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---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
Ementa e Acórdão
15/12/2009
PRIMEIRA TURMA
AG.REG.NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 595.507 MINAS GERAIS
RELATORA
: MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S)
: MARIA HELENA GOMES RABELO
ADV.(A/S)
: RUI BATISTA MENDES E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S)
: MARLI SOARES SOUTO
AGDO.(A/S)
: ESTADO DE MINAS GERAIS
ADV.(A/S)
: ADVOCACIA-GERAL DO ESTADO - MG - VANESSA
SARAIVA DE ABREU
AGDO.(A/S)
: UNIÃO
ADV.(A/S)
: ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO.
RESSARCIMENTO DE DESPESAS MÉDICAS EFETUADAS NO EXTERIOR. IMPOSSIBILIDADE
DO REEXAME DE PROVAS. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 279 DO SUPREMO TRIBUNAL
FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.
A jurisprudência do Supremo Tribunal firmou-se no sentido de que as
alegações de afronta aos princípios da legalidade, do devido processo
legal, do contraditório, da ampla defesa, dos limites da coisa julgada e
da prestação jurisdicional, quando dependentes de exame de legislação
infraconstitucional, configurariam ofensa constitucional indireta.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do
Supremo Tribunal Federal, em Primeira Turma, sob a Presidência do Ministro
Carlos Ayres Britto, na conformidade da ata de julgamento e das notas
taquigráficas, à unanimidade, em negar provimento ao agravo regimental no
recurso extraordinário, nos termos do voto da Relatora.
Brasília, 15 de dezembro de 2009.
Ministra CÁRMEN LÚCIA - Relatora
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 461791
Supremo Tribunal Federal
DJe 05/03/2010
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 9
Relatório
15/12/2009
PRIMEIRA TURMA
AG.REG.NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 595.507 MINAS GERAIS
RELATORA
: MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S)
: MARIA HELENA GOMES RABELO
ADV.(A/S)
: RUI BATISTA MENDES E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S)
: MARLI SOARES SOUTO
AGDO.(A/S)
: ESTADO DE MINAS GERAIS
ADV.(A/S)
: ADVOCACIA-GERAL DO ESTADO - MG - VANESSA
SARAIVA DE ABREU
AGDO.(A/S)
: UNIÃO
ADV.(A/S)
: ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
R E L A T Ó R I O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora):
1.
Em
15
de
abril
de
2009,
neguei
seguimento
ao
recurso
extraordinário interposto por Maria Helena Gomes Rabelo contra julgado do
Tribunal Regional Federal da 1ª Região, o qual manteve sentença que
julgara improcedente pedido de ressarcimento de valores gastos com
tratamento médico realizado no exterior. A decisão agravada teve a
seguinte fundamentação:
“4. Cumpre anotar, inicialmente, que não prospera a alegação de
nulidade do acórdão por falta de fundamentação. O Tribunal a
quo apreciou as questões suscitadas, fundamentando-as de modo
suficiente a demonstrar as razões objetivas do convencimento do
julgador. A prestação jurisdicional foi concedida nos termos da
legislação vigente, apesar de ter sido a conclusão contrária
aos interesses da Recorrente.
5. Segundo afirma a própria Recorrente em seu recurso
extraordinário, o seu pedido de cirurgia no exterior foi
negado, pois, à época, já era possível realizá-la no Brasil, e,
ainda assim, a Recorrente optou por custear a cirurgia por
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
15/12/2009
PRIMEIRA TURMA
AG.REG.NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 595.507 MINAS GERAIS
RELATORA
: MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S)
: MARIA HELENA GOMES RABELO
ADV.(A/S)
: RUI BATISTA MENDES E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S)
: MARLI SOARES SOUTO
AGDO.(A/S)
: ESTADO DE MINAS GERAIS
ADV.(A/S)
: ADVOCACIA-GERAL DO ESTADO - MG - VANESSA
SARAIVA DE ABREU
AGDO.(A/S)
: UNIÃO
ADV.(A/S)
: ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
R E L A T Ó R I O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora):
1.
Em
15
de
abril
de
2009,
neguei
seguimento
ao
recurso
extraordinário interposto por Maria Helena Gomes Rabelo contra julgado do
Tribunal Regional Federal da 1ª Região, o qual manteve sentença que
julgara improcedente pedido de ressarcimento de valores gastos com
tratamento médico realizado no exterior. A decisão agravada teve a
seguinte fundamentação:
“4. Cumpre anotar, inicialmente, que não prospera a alegação de
nulidade do acórdão por falta de fundamentação. O Tribunal a
quo apreciou as questões suscitadas, fundamentando-as de modo
suficiente a demonstrar as razões objetivas do convencimento do
julgador. A prestação jurisdicional foi concedida nos termos da
legislação vigente, apesar de ter sido a conclusão contrária
aos interesses da Recorrente.
5. Segundo afirma a própria Recorrente em seu recurso
extraordinário, o seu pedido de cirurgia no exterior foi
negado, pois, à época, já era possível realizá-la no Brasil, e,
ainda assim, a Recorrente optou por custear a cirurgia por
Supremo Tribunal Federal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 9
Relatório
RE 595.507-AgR / MG
2
conta própria. Portanto, não lhe foi negado o direito ao
tratamento de saúde.
Decidir de modo contrário, ou seja, de que não havia
procedimento cirúrgico no Brasil e de que a informação prestada
pela Secretaria de Saúde estava errada, demandaria o reexame do
conjunto probatório constante dos autos, procedimento incabível
de ser adotado validamente no recurso extraordinário, a teor do
que dispõe a Súmula 279 do Supremo Tribunal Federal.
Confira-se, a propósito, o seguinte julgado:
‘AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. TRATAMENTO MÉDICO.
DESPESA
MÉDICO-HOSPITALAR.
ANEURISMA
CEREBRAL.
REGIME
DE
URGÊNCIA. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. SÚMULAS NS. 279 E 454 DO
STF.
1.
Controvérsia
decidida
à
luz
de
normas
infraconstitucionais. Ofensa indireta à Constituição do Brasil.
2 Reexame de fatos e provas e de cláusulas de contrato.
Inviabilidade do recurso extraordinário. Súmulas ns. 279 e 454
do STF. Agravo regimental a que se nega provimento’ (AI
693.249-AgR,
Rel.
Min.
Eros
Grau,
Segunda
Turma,
DJE
16.5.2008).
6. Ademais, a jurisprudência do Supremo Tribunal firmou-se no
sentido de que as alegações de afronta aos princípios do devido
processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites
da
coisa
julgada
e
da
prestação
jurisdicional,
quando
dependentes de exame de legislação infraconstitucional, como na
espécie vertente (Portarias ns. 763/94/MS e 1.236/93), podem
configurar apenas ofensa reflexa à Constituição da República.
Nesse sentido:
‘PROCESSUAL CIVIL. MATÉRIA CONSTITUCIONAL NÃO PREQUESTIONADA.
PRINCÍPIOS
DA
AMPLA
DEFESA
E
DO
CONTRADITÓRIO.
OFENSA
CONSTITUCIONAL
INDIRETA.
PRECEDENTES.
AGRAVO
REGIMENTAL
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
RE 595.507-AgR / MG
2
conta própria. Portanto, não lhe foi negado o direito ao
tratamento de saúde.
Decidir de modo contrário, ou seja, de que não havia
procedimento cirúrgico no Brasil e de que a informação prestada
pela Secretaria de Saúde estava errada, demandaria o reexame do
conjunto probatório constante dos autos, procedimento incabível
de ser adotado validamente no recurso extraordinário, a teor do
que dispõe a Súmula 279 do Supremo Tribunal Federal.
Confira-se, a propósito, o seguinte julgado:
‘AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. TRATAMENTO MÉDICO.
DESPESA
MÉDICO-HOSPITALAR.
ANEURISMA
CEREBRAL.
REGIME
DE
URGÊNCIA. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. SÚMULAS NS. 279 E 454 DO
STF.
1.
Controvérsia
decidida
à
luz
de
normas
infraconstitucionais. Ofensa indireta à Constituição do Brasil.
2 Reexame de fatos e provas e de cláusulas de contrato.
Inviabilidade do recurso extraordinário. Súmulas ns. 279 e 454
do STF. Agravo regimental a que se nega provimento’ (AI
693.249-AgR,
Rel.
Min.
Eros
Grau,
Segunda
Turma,
DJE
16.5.2008).
6. Ademais, a jurisprudência do Supremo Tribunal firmou-se no
sentido de que as alegações de afronta aos princípios do devido
processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites
da
coisa
julgada
e
da
prestação
jurisdicional,
quando
dependentes de exame de legislação infraconstitucional, como na
espécie vertente (Portarias ns. 763/94/MS e 1.236/93), podem
configurar apenas ofensa reflexa à Constituição da República.
Nesse sentido:
‘PROCESSUAL CIVIL. MATÉRIA CONSTITUCIONAL NÃO PREQUESTIONADA.
PRINCÍPIOS
DA
AMPLA
DEFESA
E
DO
CONTRADITÓRIO.
OFENSA
CONSTITUCIONAL
INDIRETA.
PRECEDENTES.
AGRAVO
REGIMENTAL
Supremo Tribunal Federal
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Relatório
RE 595.507-AgR / MG
3
DESPROVIDO’ (AI 575.048-AgR, de minha relatoria, Primeira
Turma, DJ 20.4.2007).
E ainda:
‘RECURSO EXTRAORDINÁRIO - MATÉRIA FÁTICA E LEGAL. O recurso
extraordinário não é meio próprio ao revolvimento da prova,
também não servindo à interpretação de normas estritamente
legais. RECURSO EXTRAORDINÁRIO - PRESTAÇÃO JURISDICIONAL -
DEVIDO PROCESSO LEGAL. Se, de um lado, é possível ter-se
situação concreta em que transgredido o devido processo legal a
ponto de se enquadrar o recurso extraordinário no permissivo
que lhe é próprio, de outro, descabe confundir a ausência de
aperfeiçoamento da prestação jurisdicional com a entrega de
forma contrária aos interesses do recorrente. AGRAVO - ARTIGO
557, § 2º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL - MULTA. Se o agravo é
manifestamente
infundado,
impõe-se
a
aplicação
da
multa
prevista no § 2º do artigo 557 do Código de Processo Civil,
arcando a parte com o ônus decorrente da litigância de má-fé’
(RE 437.966-AgR, Rel. Min. Marco Aurélio, Primeira Turma, DJE
6.3.2009).
7. Não há, pois, o que prover quanto às alegações da parte
recorrente.
8. Pelo exposto, nego seguimento ao recurso extraordinário
(art. 557, caput, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º,
do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal)”
2. Publicada essa decisão no DJe de 30.4.2009, interpõe Maria Helena
Gomes Rabelo, ora Agravante, em 8.5.2009, tempestivamente, Agravo
Regimental.
3. Alega a Agravante que “a tese defendida pela Agravante, conforme
se depreende da leitura do RE, é a de que sua operação de transplante de
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Supremo Tribunal Federal
RE 595.507-AgR / MG
3
DESPROVIDO’ (AI 575.048-AgR, de minha relatoria, Primeira
Turma, DJ 20.4.2007).
E ainda:
‘RECURSO EXTRAORDINÁRIO - MATÉRIA FÁTICA E LEGAL. O recurso
extraordinário não é meio próprio ao revolvimento da prova,
também não servindo à interpretação de normas estritamente
legais. RECURSO EXTRAORDINÁRIO - PRESTAÇÃO JURISDICIONAL -
DEVIDO PROCESSO LEGAL. Se, de um lado, é possível ter-se
situação concreta em que transgredido o devido processo legal a
ponto de se enquadrar o recurso extraordinário no permissivo
que lhe é próprio, de outro, descabe confundir a ausência de
aperfeiçoamento da prestação jurisdicional com a entrega de
forma contrária aos interesses do recorrente. AGRAVO - ARTIGO
557, § 2º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL - MULTA. Se o agravo é
manifestamente
infundado,
impõe-se
a
aplicação
da
multa
prevista no § 2º do artigo 557 do Código de Processo Civil,
arcando a parte com o ônus decorrente da litigância de má-fé’
(RE 437.966-AgR, Rel. Min. Marco Aurélio, Primeira Turma, DJE
6.3.2009).
7. Não há, pois, o que prover quanto às alegações da parte
recorrente.
8. Pelo exposto, nego seguimento ao recurso extraordinário
(art. 557, caput, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º,
do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal)”
2. Publicada essa decisão no DJe de 30.4.2009, interpõe Maria Helena
Gomes Rabelo, ora Agravante, em 8.5.2009, tempestivamente, Agravo
Regimental.
3. Alega a Agravante que “a tese defendida pela Agravante, conforme
se depreende da leitura do RE, é a de que sua operação de transplante de
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Relatório
RE 595.507-AgR / MG
4
pâncreas efetuado nos EEUU deve ser custeado pelo INSS, nos termos da Lei
nº 8.080/90 e artigo 196 da CF/88, pois esse tratamento no Brasil ainda
era incipiente e, por isso, não confiável, tudo conforme demonstrado nos
autos.
Sustenta
que
“o
conjunto
probatório
constante
dos
autos
é
incontroverso, ninguém o contesta, só o desmerecem, e, se ele é
incontroverso e eficaz, deveria conduzir à procedência da ação, não à sua
improcedência”
Afirma que “todos os precedentes citados no RE abortado, favoráveis
para reconhecer o direito à saúde com base no artigo 196 da CF/88 e na Lei
nº 8.080/90, tiveram como pano de fundo negativa de tratamento com base em
normativos inferiores. No caso sob apreço, essa situação jurídica foi
utilizada como fator impeditivo ao conhecimento do RE. Situações jurídicas
idênticas, com soluções distintas”.
Requer a manifestação sobre a repercussão geral suscitada no recurso
extraordinário e o provimento do presente recurso.
É o relatório.
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 461792
Supremo Tribunal Federal
RE 595.507-AgR / MG
4
pâncreas efetuado nos EEUU deve ser custeado pelo INSS, nos termos da Lei
nº 8.080/90 e artigo 196 da CF/88, pois esse tratamento no Brasil ainda
era incipiente e, por isso, não confiável, tudo conforme demonstrado nos
autos.
Sustenta
que
“o
conjunto
probatório
constante
dos
autos
é
incontroverso, ninguém o contesta, só o desmerecem, e, se ele é
incontroverso e eficaz, deveria conduzir à procedência da ação, não à sua
improcedência”
Afirma que “todos os precedentes citados no RE abortado, favoráveis
para reconhecer o direito à saúde com base no artigo 196 da CF/88 e na Lei
nº 8.080/90, tiveram como pano de fundo negativa de tratamento com base em
normativos inferiores. No caso sob apreço, essa situação jurídica foi
utilizada como fator impeditivo ao conhecimento do RE. Situações jurídicas
idênticas, com soluções distintas”.
Requer a manifestação sobre a repercussão geral suscitada no recurso
extraordinário e o provimento do presente recurso.
É o relatório.
Supremo Tribunal Federal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 9
Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
RE 595.507-AgR / MG
5
V O T O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora):
1. Razão de direito não assiste à Agravante.
2. O Tribunal Regional Federal da 1ª Região decidiu a controvérsia
nos seguintes termos:
“Ora, à época do requerimento da autora (abril de 1996) para
realizar transplante duplo de rim e pâncreas nos Estados
Unidos, sob o argumento de que no Brasil tal procedimento se
encontrava em fase experimental, vigorava a Portaria 763/94 do
Ministério da Saúde que vedava o tratamento de saúde no
exterior.
(...) A Portaria 1.236/93 do referido Ministério, revogada pela
Portaria 763/94, permitia tal tratamento, desde que esgotadas
todas as possibilidades de tratamento pelo Sistema Único de
Saúde, nos diferentes níveis de governo.
Consoante se verifica no Parecer/SDO/Nº 443/96 do Sistema Único
de Saúde de Minas Gerais (fls. 164), ‘segundo informações
obtidas na Comissão Estadual de Nefrologia/SOS/SES/SUS/MG,
através do Sr. Coordenador do MG Transplantes, Dr. Herculano M.
Salazar, o transplante renal, terapia indicada à paciente
solicitante, como inclusive consta de documento anexo à sua
solicitação, está sendo feito aqui em Belo Horizonte – MG pelo
SUS e que este tipo de transplante tem surtido bons resultados
em pacientes diabéticos. Além disso, obtivemos informações de
que transplantes combinados de pâncreas e rim vêm sendo
realizados, há algum tempo, aqui, no Brasil, pela Santa Casa de
Misericórdia de Porto Alegre-RS’.
Assim, mesmo que a Portaria nº 1.236/93 estivesse em pleno
vigor, a autora não preencheria os requisitos nela elencados
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
RE 595.507-AgR / MG
5
V O T O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora):
1. Razão de direito não assiste à Agravante.
2. O Tribunal Regional Federal da 1ª Região decidiu a controvérsia
nos seguintes termos:
“Ora, à época do requerimento da autora (abril de 1996) para
realizar transplante duplo de rim e pâncreas nos Estados
Unidos, sob o argumento de que no Brasil tal procedimento se
encontrava em fase experimental, vigorava a Portaria 763/94 do
Ministério da Saúde que vedava o tratamento de saúde no
exterior.
(...) A Portaria 1.236/93 do referido Ministério, revogada pela
Portaria 763/94, permitia tal tratamento, desde que esgotadas
todas as possibilidades de tratamento pelo Sistema Único de
Saúde, nos diferentes níveis de governo.
Consoante se verifica no Parecer/SDO/Nº 443/96 do Sistema Único
de Saúde de Minas Gerais (fls. 164), ‘segundo informações
obtidas na Comissão Estadual de Nefrologia/SOS/SES/SUS/MG,
através do Sr. Coordenador do MG Transplantes, Dr. Herculano M.
Salazar, o transplante renal, terapia indicada à paciente
solicitante, como inclusive consta de documento anexo à sua
solicitação, está sendo feito aqui em Belo Horizonte – MG pelo
SUS e que este tipo de transplante tem surtido bons resultados
em pacientes diabéticos. Além disso, obtivemos informações de
que transplantes combinados de pâncreas e rim vêm sendo
realizados, há algum tempo, aqui, no Brasil, pela Santa Casa de
Misericórdia de Porto Alegre-RS’.
Assim, mesmo que a Portaria nº 1.236/93 estivesse em pleno
vigor, a autora não preencheria os requisitos nela elencados
Supremo Tribunal Federal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 9
Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
RE 595.507-AgR / MG
6
pois já existia, à época, tratamento aqui no Brasil para os
transplantes combinados de pâncreas e rim”.
3. Como ressaltado na decisão agravada, para o deslinde da matéria
posta à apreciação judicial, as instâncias originárias examinaram os
elementos probatórios dos autos, que não podem ser reexaminados na via
extraordinária, conforme a Súmula 279 do Supremo Tribunal.
Nesse sentido, confira-se o seguinte julgado:
‘AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. TRATAMENTO MÉDICO.
DESPESA
MÉDICO-HOSPITALAR.
ANEURISMA
CEREBRAL.
REGIME
DE
URGÊNCIA. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. SÚMULAS NS. 279 E 454 DO
STF.
1.
Controvérsia
decidida
à
luz
de
normas
infraconstitucionais. Ofensa indireta à Constituição do Brasil.
2 Reexame de fatos e provas e de cláusulas de contrato.
Inviabilidade do recurso extraordinário. Súmulas ns. 279 e 454
do STF. Agravo regimental a que se nega provimento’ (AI
693.249-AgR,
Rel.
Min.
Eros
Grau,
Segunda
Turma,
DJE
16.5.2008).
4. Ademais, a jurisprudência do Supremo Tribunal firmou-se no sentido
de que as alegações de afronta aos princípios da legalidade, do devido
processo legal, do contraditório, da ampla defesa, dos limites da coisa
julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame de normas
infraconstitucionais, configurariam ofensa indireta à Constituição da
República. Nesse sentido:
“EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL
CIVIL. ALEGAÇÃO DE AFRONTA AOS PRINCÍPIOS DA LEGALIDADE, DO ATO
JURÍDICO PERFEITO E DA COISA JULGADA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL
SE NEGA PROVIMENTO. A jurisprudência do Supremo Tribunal
Federal firmou-se no sentido de que a alegação de afronta ao
princípio da legalidade e a verificação, no caso concreto, da
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 461793
Supremo Tribunal Federal
RE 595.507-AgR / MG
6
pois já existia, à época, tratamento aqui no Brasil para os
transplantes combinados de pâncreas e rim”.
3. Como ressaltado na decisão agravada, para o deslinde da matéria
posta à apreciação judicial, as instâncias originárias examinaram os
elementos probatórios dos autos, que não podem ser reexaminados na via
extraordinária, conforme a Súmula 279 do Supremo Tribunal.
Nesse sentido, confira-se o seguinte julgado:
‘AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. TRATAMENTO MÉDICO.
DESPESA
MÉDICO-HOSPITALAR.
ANEURISMA
CEREBRAL.
REGIME
DE
URGÊNCIA. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. SÚMULAS NS. 279 E 454 DO
STF.
1.
Controvérsia
decidida
à
luz
de
normas
infraconstitucionais. Ofensa indireta à Constituição do Brasil.
2 Reexame de fatos e provas e de cláusulas de contrato.
Inviabilidade do recurso extraordinário. Súmulas ns. 279 e 454
do STF. Agravo regimental a que se nega provimento’ (AI
693.249-AgR,
Rel.
Min.
Eros
Grau,
Segunda
Turma,
DJE
16.5.2008).
4. Ademais, a jurisprudência do Supremo Tribunal firmou-se no sentido
de que as alegações de afronta aos princípios da legalidade, do devido
processo legal, do contraditório, da ampla defesa, dos limites da coisa
julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame de normas
infraconstitucionais, configurariam ofensa indireta à Constituição da
República. Nesse sentido:
“EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL
CIVIL. ALEGAÇÃO DE AFRONTA AOS PRINCÍPIOS DA LEGALIDADE, DO ATO
JURÍDICO PERFEITO E DA COISA JULGADA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL
SE NEGA PROVIMENTO. A jurisprudência do Supremo Tribunal
Federal firmou-se no sentido de que a alegação de afronta ao
princípio da legalidade e a verificação, no caso concreto, da
Supremo Tribunal Federal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 9
Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
RE 595.507-AgR / MG
7
ocorrência, ou não, de ofensa ao direito adquirido, ao ato
jurídico perfeito e à coisa julgada, se dependentes de análise
prévia da legislação infraconstitucional, configurariam apenas
ofensa constitucional indireta” (AI 684.188-AgR, de minha
relatoria, Primeira Turma, DJe 18.9.2009).
5. Ressalta-se, por fim, que a Agravante foi intimada do acórdão
recorrido antes de 3.5.2007, o que dispensa a demonstração da repercussão
geral
da
questão
constitucional
em
capítulo
especial
do
recurso
extraordinário, nos termos do que decidido pelo Plenário do Supremo
Tribunal Federal no Agravo de Instrumento 664.567-QO, Relator o Ministro
Sepúlveda Pertence.
6. Os fundamentos da Agravante, insuficientes para modificar a
decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em pôr
termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente prestação
jurisdicional.
7. Pelo exposto, nego provimento ao Agravo Regimental.
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
RE 595.507-AgR / MG
7
ocorrência, ou não, de ofensa ao direito adquirido, ao ato
jurídico perfeito e à coisa julgada, se dependentes de análise
prévia da legislação infraconstitucional, configurariam apenas
ofensa constitucional indireta” (AI 684.188-AgR, de minha
relatoria, Primeira Turma, DJe 18.9.2009).
5. Ressalta-se, por fim, que a Agravante foi intimada do acórdão
recorrido antes de 3.5.2007, o que dispensa a demonstração da repercussão
geral
da
questão
constitucional
em
capítulo
especial
do
recurso
extraordinário, nos termos do que decidido pelo Plenário do Supremo
Tribunal Federal no Agravo de Instrumento 664.567-QO, Relator o Ministro
Sepúlveda Pertence.
6. Os fundamentos da Agravante, insuficientes para modificar a
decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em pôr
termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente prestação
jurisdicional.
7. Pelo exposto, nego provimento ao Agravo Regimental.
Supremo Tribunal Federal
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Extrato de Ata - 15/12/2009
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 595.507
PROCED. : MINAS GERAIS
RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S) : MARIA HELENA GOMES RABELO
ADV.(A/S) : RUI BATISTA MENDES E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : MARLI SOARES SOUTO
AGDO.(A/S) : ESTADO DE MINAS GERAIS
ADV.(A/S) : ADVOCACIA-GERAL DO ESTADO - MG - VANESSA SARAIVA DE
ABREU
AGDO.(A/S) : UNIÃO
ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental no
recurso extraordinário, nos termos do voto da Relatora. Unânime.
Presidência do Ministro Carlos Ayres Britto. 1ª Turma, 15.12.2009.
Presidência do Ministro Carlos Ayres Britto. Presentes à
Sessão os Ministros Marco Aurélio, Ricardo Lewandowski, a Ministra
Cármen Lúcia e o Ministro Dias Toffoli.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Wagner de Castro Mathias
Netto.
Ricardo Dias Duarte
Coordenador
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 458490
Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 595.507
PROCED. : MINAS GERAIS
RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S) : MARIA HELENA GOMES RABELO
ADV.(A/S) : RUI BATISTA MENDES E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : MARLI SOARES SOUTO
AGDO.(A/S) : ESTADO DE MINAS GERAIS
ADV.(A/S) : ADVOCACIA-GERAL DO ESTADO - MG - VANESSA SARAIVA DE
ABREU
AGDO.(A/S) : UNIÃO
ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental no
recurso extraordinário, nos termos do voto da Relatora. Unânime.
Presidência do Ministro Carlos Ayres Britto. 1ª Turma, 15.12.2009.
Presidência do Ministro Carlos Ayres Britto. Presentes à
Sessão os Ministros Marco Aurélio, Ricardo Lewandowski, a Ministra
Cármen Lúcia e o Ministro Dias Toffoli.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Wagner de Castro Mathias
Netto.
Ricardo Dias Duarte
Coordenador
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 458490
Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 9
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=485864 | 2009-12-15T00:00:00 | 2010-03-05T00:00:00 | A Turma negou provimento ao agravo regimental no recurso
extraordinário, nos termos do voto da Relatora. Unânime.
Presidência do Ministro Carlos Ayres Britto. 1ª Turma, 15.12.2009. | AG.REG.NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO | EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO.
ADMINISTRATIVO. RESSARCIMENTO DE DESPESAS MÉDICAS EFETUADAS NO
EXTERIOR. IMPOSSIBILIDADE DO REEXAME DE PROVAS. INCIDÊNCIA DA
SÚMULA 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL
SE NEGA PROVIMENTO.
A jurisprudência do Supremo Tribunal
firmou-se no sentido de que as alegações de afronta aos
princípios da legalidade, do devido processo legal, do
contraditório, da ampla defesa, dos limites da coisa julgada e da
prestação jurisdicional, quando dependentes de exame de
legislação infraconstitucional, configurariam ofensa
constitucional indireta. | sjur174291 | - Acórdãos citados: AI 664567 QO - Tribunal Pleno, AI 684188 AgR, AI 693249 AgR.
Número de páginas: 9.
Análise: 10/03/2010, ANA. | CÁRMEN LÚCIA | Primeira Turma | 595507 | [
"LEG-FED SUMSTF-000279 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF"
] | RE-AgR | acordaos | RE 595507 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : MARIA HELENA GOMES RABELO
ADV.(A/S) : RUI BATISTA MENDES E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : MARLI SOARES SOUTO
AGDO.(A/S) : ESTADO DE MINAS GERAIS
ADV.(A/S) : ADVOCACIA-GERAL DO ESTADO - MG - VANESSA SARAIVA DE ABREU
AGDO.(A/S) : UNIÃO
ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 595 . 507",
"SÚMULA 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 595 . 507",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 595 . 507",
"RE 595 . 507 - AgR / MG",
"Súmula 279 do Supremo Tribunal Federal",
"SÚMULAS NS . 279",
"Súmulas ns . 279",
"AI 693 . 249 - AgR",
"RE 595 . 507 - AgR / MG",
"Súmula 279 do Supremo Tribunal Federal",
"SÚMULAS NS . 279",
"Súmulas ns . 279 e 454 do STF",
"AI 693 . 249 - AgR",
"RE 595 . 507 - AgR / MG",
"AI 575 . 048 - AgR",
"RE 437 . 966 - AgR",
"RE 595 . 507 - AgR / MG",
"AI 575 . 048 - AgR",
"RE 437 . 966 - AgR",
"RE 595 . 507 - AgR / MG",
"RE 595 . 507 - AgR / MG",
"RE 595 . 507 - AgR / MG",
"RE 595 . 507 - AgR / MG",
"RE 595 . 507 - AgR / MG",
"Súmula 279 do Supremo Tribunal",
"SÚMULAS NS . 279",
"Súmulas ns . 279 e 454 do STF",
"AI 693 . 249 - AgR",
"RE 595 . 507 - AgR / MG",
"Súmula 279 do Supremo Tribunal",
"SÚMULAS NS . 279",
"Súmulas ns . 279",
"AI 693 . 249 - AgR",
"RE 595 . 507 - AgR / MG",
"AI 684 . 188 - AgR",
"Agravo de Instrumento 664 . 567 - QO",
"RE 595 . 507 - AgR / MG",
"AI 684 . 188 - AgR",
"Agravo de Instrumento 664 . 567 - QO",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 595 . 507",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 595 . 507"
],
"LEGISLACAO": [
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição do Brasil",
"Portarias ns . 763 / 94 / MS",
"1",
".",
"236",
"/",
"93",
"Constituição da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição do Brasil",
"Portarias ns . 763 / 94 / MS",
"1",
".",
"236",
"/",
"93",
"Constituição da República",
"MP n° 2 . 200 -",
"ARTIGO 557 , § [UNK] , DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL",
"§ [UNK] do artigo 557 do Código de Processo Civil",
"art . 557 , caput , do Código de Processo Civil",
"art . 21 , § [UNK] , do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ARTIGO 557 , § [UNK] , DO CÓDIGO DE PROCESSO",
"§ [UNK] do artigo 557 do Código de Processo Civil",
"art . 557 , caput , do Código de Processo Civil",
"art . 21 , § [UNK] , do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei [UNK] 8 . 080 / 90",
"artigo 196 da CF / 88",
"artigo 196 da CF / 88",
"Lei [UNK] 8 . 080 / 90",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei [UNK] 8 . 080 / 90",
"artigo 196 da CF / 88",
"artigo 196 da CF / 88",
"Lei [UNK] 8 . 080 / 90",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Portaria 763 / 94 do Ministério da Saúde",
"Portaria 1 . 236 / 93",
"Portaria 763 / 94",
"Portaria [UNK] 1 . 236 / 93",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Portaria 763 / 94 do Ministério da Saúde",
"Portaria 1 . 236 / 93",
"Portaria 763 / 94",
"Portaria [UNK] 1 . 236 / 93",
"MP n° 2 .",
"Constituição do Brasil",
"Constituição da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição do Brasil",
"Constituição da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"MINAS GERAIS",
"ESTADO DE MINAS GERAIS",
"Brasília",
"MINAS GERAIS",
"ESTADO DE MINAS GERAIS",
"Brasil",
"MINAS GERAIS",
"ESTADO DE MINAS GERAIS",
"ESTADO",
"MG",
"Brasil",
"Brasil",
"Brasil",
"Brasil",
"Belo Horizonte – MG",
"Brasil",
"Estados Unidos",
"Belo Horizonte – MG",
"Brasil",
"Brasil",
"Brasil",
"MINAS GERAIS",
"ESTADO DE MINAS GERAIS",
"ESTADO",
"MG",
"MINAS GERAIS",
"ESTADO DE MINAS GERAIS",
"ESTADO",
"MG"
],
"ORGANIZACAO": [
"PRIMEIRA TURMA",
"UNIÃO",
"UNIÃO",
"Supremo Tribunal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"UNIÃO",
"UNIÃO",
"Tribunal Regional Federal da [UNK] Região",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"UNIÃO",
"UNIÃO",
"Tribunal Regional Federal da [UNK] Região",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Secretaria de Saúde",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Primeira Turma",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"INSS",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"INSS",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Tribunal Regional Federal da [UNK] Região",
"Sistema Único de Saúde",
"Sistema Único de Saúde",
"Comissão",
"SOS",
"/",
"SES",
"/",
"SUS",
"/",
"MG",
"MG",
"SUS",
"Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre - RS",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Tribunal Regional Federal da [UNK] Região",
"Sistema Único de Saúde",
"Sistema Único de Saúde",
"Comissão",
"SOS",
"/",
"SES",
"/",
"SUS",
"/",
"MG",
"MG Transplantes",
"SUS",
"Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre",
"RS",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"LÚCIA",
"Primeira Turma",
"Plenário do Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"Plenário do Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"UNIÃO",
"UNIÃO",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"UNIÃO",
"UNIÃO",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"CÁRMEN LÚCIA",
"MARIA HELENA GOMES RABELO",
"RUI BATISTA MENDES",
"MARLI SOARES SOUTO",
"VANESSA SARAIVA DE ABREU",
"Carlos Ayres Britto",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"MARIA HELENA GOMES RABELO",
"RUI BATISTA MENDES",
"MARLI SOARES SOUTO",
"VANESSA SARAIVA DE ABREU",
"CÁRMEN LÚCIA",
"Maria Helena Gomes Rabelo",
"CÁRMEN LÚCIA",
"MARIA HELENA GOMES RABELO",
"RUI BATISTA MENDES",
"MARLI SOARES SOUTO",
"VANESSA SARAIVA DE ABREU",
"LÚCIA",
"Maria Helena Gomes Rabelo",
"Eros Grau",
"Eros Grau",
"Marco Aurélio",
"Maria Helena Gomes Rabelo",
"Marco Aurélio",
"Maria Helena Gomes Rabelo",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"Herculano M . Salazar",
"CÁRMEN LÚCIA",
"Herculano M . Salazar",
"CÁRMEN LÚCIA",
"Eros Grau",
"Eros Grau",
"CÁRMEN",
"Sepúlveda Pertence",
"Sepúlveda Pertence",
"RUI BATISTA MENDES",
"MARLI SOARES SOUTO",
"VANESSA SARAIVA DE ABREU",
"Carlos Ayres Britto",
"Carlos Ayres Britto",
"Marco Aurélio",
"Ricardo Lewandowski",
"Cármen Lúcia",
"Dias Toffoli",
"Wagner de Castro Mathias Netto",
"Ricardo Dias Duarte",
"CÁRMEN LÚCIA",
"MARIA HELENA GOMES RABELO",
"RUI BATISTA MENDES",
"MARLI SOARES SOUTO",
"VANESSA SARAIVA DE ABREU",
"Carlos Ayres Britto",
"Carlos Ayres Britto",
"Marco Aurélio",
"Ricardo Lewandowski",
"Cármen Lúcia",
"Dias Toffoli",
"Wagner de Castro Mathias Netto",
"Ricardo Dias Duarte"
],
"TEMPO": [
"15",
"/",
"12",
"/",
"2009",
"15 de dezembro de 2009",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"05",
"/",
"03",
"/",
"2010",
"15",
"/",
"12",
"/",
"2009",
"15 de abril de 2009",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"15",
"/",
"12",
"/",
"2009",
"15 de abril de 2009",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"16",
".",
"5",
".",
"2008",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"16",
".",
"5",
".",
"2008",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"20",
".",
"4",
".",
"2007",
"6",
".",
"3",
".",
"2009",
"30",
".",
"4",
".",
"2009",
"8",
".",
"5",
".",
"2009",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"20",
".",
"4",
".",
"2007",
"6",
".",
"3",
".",
"2009",
"30",
".",
"4",
".",
"2009",
"8",
".",
"5",
".",
"2009",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"abril de 1996",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"abril de 1996",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"16",
".",
"5",
".",
"2008",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"16",
".",
"5",
".",
"2008",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"18",
".",
"9",
".",
"2009",
"3",
".",
"5",
".",
"2007",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"18",
".",
"9",
".",
"2009",
"3",
".",
"5",
".",
"2007",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"15",
"/",
"12",
"/",
"2009",
"15",
".",
"12",
".",
"2009",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"15",
".",
"12",
".",
"2009",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
09/03/2010
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 574.413 BAHIA
RELATOR
: MIN. EROS GRAU
AGTE.(S)
: CARLOS ROBERTO CARDOSO RODRIGUES E
OUTRO(A/S)
ADV.(A/S)
: DANILO VALVERDE CALASANS
AGDO.(A/S)
: CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEF
ADV.(A/S)
: MARTA BUFAIÇAL ROSA E OUTRO(A/S)
EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO.
CORREÇÃO MONETÁRIA. NORMA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA INDIRETA.
Controvérsia
decidida
à
luz
de
normas
infraconstitucionais. Ofensa indireta à Constituição do Brasil.
Agravo regimental a que se nega provimento.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os
Ministros da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a
Presidência do Senhor Ministro Cezar Peluso, na conformidade da ata
de julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos,
em negar provimento ao recurso.
Brasília, 9 de março de 2010.
EROS GRAU - RELATOR
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.O
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Supremo Tribunal Federal
DJe 16/04/2010
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 6
Relatório
09/03/2010
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 574.413 BAHIA
RELATOR
: MIN. EROS GRAU
AGTE.(S)
: CARLOS ROBERTO CARDOSO RODRIGUES E
OUTRO(A/S)
ADV.(A/S)
: DANILO VALVERDE CALASANS
AGDO.(A/S)
: CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEF
ADV.(A/S)
: MARTA BUFAIÇAL ROSA E OUTRO(A/S)
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO Eros Grau: Tem este teor a ementa do
acórdão embargado:
“Discute-se
nestes
autos
a
constitucionalidade
da
incidência da Taxa Referencial – TR, como índice de
correção monetária de contrato de mútuo hipotecário
celebrado antes da edição da Lei n. 8.177/91.
2. O Tribunal a quo decidiu pela inexistência de vedação
legal à utilização da TR como indexador do saldo devedor
decorrente do contrato em debate, vez que é índice
utilizado para a remuneração da caderneta de poupança.
3. O recorrente sustenta a impossibilidade de aplicação
da TR ao presente caso. Isso porque o STF, no julgamento
da ADI n. 493, Relator o Ministro Moreira Alves, declarou
a inconstitucionalidade da Lei n. 8.177/91, que a
instituiu.
4. Em análise de caso análogo, este Tribunal afirmou o
seguinte entendimento:
‘EMENTA: CONSTITUCIONAL. CORREÇÃO MONETÁRIA. UTILIZAÇÃO
DA TR COMO ÍNDICE DE INDEXAÇÃO.
I. – O Supremo Tribunal Federal, no julgamento das ADIns
493, Relator o Sr. Ministro Moreira Alves, 768, Relator o
Sr. Ministro Marco Aurélio e 959-DF, Relator o Sr.
Ministro Sydney Sanches, não excluiu do universo jurídico
a Taxa Referencial, TR, vale dizer, não decidiu no
sentido de que a TR não pode ser utilizada como índice de
indexação em substituição a índices estipulados em
contratos
firmados
anteriormente
a
Lei
8.177,
de
01.03.91.
Essa
imposição
violaria
os
princípios
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SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 574.413 BAHIA
RELATOR
: MIN. EROS GRAU
AGTE.(S)
: CARLOS ROBERTO CARDOSO RODRIGUES E
OUTRO(A/S)
ADV.(A/S)
: DANILO VALVERDE CALASANS
AGDO.(A/S)
: CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEF
ADV.(A/S)
: MARTA BUFAIÇAL ROSA E OUTRO(A/S)
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO Eros Grau: Tem este teor a ementa do
acórdão embargado:
“Discute-se
nestes
autos
a
constitucionalidade
da
incidência da Taxa Referencial – TR, como índice de
correção monetária de contrato de mútuo hipotecário
celebrado antes da edição da Lei n. 8.177/91.
2. O Tribunal a quo decidiu pela inexistência de vedação
legal à utilização da TR como indexador do saldo devedor
decorrente do contrato em debate, vez que é índice
utilizado para a remuneração da caderneta de poupança.
3. O recorrente sustenta a impossibilidade de aplicação
da TR ao presente caso. Isso porque o STF, no julgamento
da ADI n. 493, Relator o Ministro Moreira Alves, declarou
a inconstitucionalidade da Lei n. 8.177/91, que a
instituiu.
4. Em análise de caso análogo, este Tribunal afirmou o
seguinte entendimento:
‘EMENTA: CONSTITUCIONAL. CORREÇÃO MONETÁRIA. UTILIZAÇÃO
DA TR COMO ÍNDICE DE INDEXAÇÃO.
I. – O Supremo Tribunal Federal, no julgamento das ADIns
493, Relator o Sr. Ministro Moreira Alves, 768, Relator o
Sr. Ministro Marco Aurélio e 959-DF, Relator o Sr.
Ministro Sydney Sanches, não excluiu do universo jurídico
a Taxa Referencial, TR, vale dizer, não decidiu no
sentido de que a TR não pode ser utilizada como índice de
indexação em substituição a índices estipulados em
contratos
firmados
anteriormente
a
Lei
8.177,
de
01.03.91.
Essa
imposição
violaria
os
princípios
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Relatório
RE 574.413-AgR / BA
2
constitucionais do ato jurídico perfeito e do direito
adquirido. C.F., art. 5º, XXXVI.
II. – No caso, não há falar em contrato em que ficara
ajustado um certo índice de indexação e que estivesse
esse índice sendo substituído pela TR. É dizer, no caso,
não há nenhum contrato a impedir a aplicação da TR.
III. – R.E. não conhecido’.
[RE n. 175.678, Relator o Ministro Carlos Velloso, 2ª
Turma, DJ de 29.1.94].
5. Decidiu-se então que a TR não poderia ser aplicada
como índice de indexação em substituição ao que fora
pactuado em contratos anteriores à Lei n. 8.177/91.
Entendeu-se, no entanto, nos termos do julgamento do AI
n. 153.516-AgR, Relator o Ministro Moreira Alves, 1ª
Turma, DJ de 2.9.94, que constando no título “‘cláusula
de que a correção monetária seria feita com a aplicação
do índice do BTN ou PELA APLICAÇÃO DO ÍNDICE DE CORREÇÃO
DAS CADERNETAS DE POUPANÇA’, não há falar em ofensa ao
princípio
do
ato
jurídico
perfeito
e
do
direito
adquirido, no fato de ser mandada observar a TR, no caso
da extinção de um dos índices ajustados, dado que a TR é
o índice de correção das cadernetas de poupança”.
6. Tem-se nos presentes autos que o contrato celebrado
entre as partes prevê a incidência da taxa de remuneração
básica aplicável aos depósitos de poupança como índice de
correção monetária, qual atesta o próprio autor na
petição inicial [fl. 8]. É viável, portanto, a utilização
da TR, dado que constitui índice de correção das
cadernetas de poupança, instituído nos termos da Lei n.
8.177/91.
Nego seguimento ao recurso com esteio no artigo 21, § 1º,
do RISTF”.
2.
Os agravantes sustentam que pretendem com este recurso
“garantir que este MM. Juízo ad quem se digne de apreciar a matéria
atinente à inaplicabilidade da TR – Taxa Referencial nos contratos
de financiamento habitacional, mormente quando extirpado da Lei
8.177/91 os dispositivos que assim definiam, conforme julgamento da
ADIN 493-0/DF, ressaltando os Agravantes, ainda, que os arestos
transcritos no Recurso Extraordinário em questão são, inclusive,
mais recentes do que aqueles mencionados na r. decisão agravada, que
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constitucionais do ato jurídico perfeito e do direito
adquirido. C.F., art. 5º, XXXVI.
II. – No caso, não há falar em contrato em que ficara
ajustado um certo índice de indexação e que estivesse
esse índice sendo substituído pela TR. É dizer, no caso,
não há nenhum contrato a impedir a aplicação da TR.
III. – R.E. não conhecido’.
[RE n. 175.678, Relator o Ministro Carlos Velloso, 2ª
Turma, DJ de 29.1.94].
5. Decidiu-se então que a TR não poderia ser aplicada
como índice de indexação em substituição ao que fora
pactuado em contratos anteriores à Lei n. 8.177/91.
Entendeu-se, no entanto, nos termos do julgamento do AI
n. 153.516-AgR, Relator o Ministro Moreira Alves, 1ª
Turma, DJ de 2.9.94, que constando no título “‘cláusula
de que a correção monetária seria feita com a aplicação
do índice do BTN ou PELA APLICAÇÃO DO ÍNDICE DE CORREÇÃO
DAS CADERNETAS DE POUPANÇA’, não há falar em ofensa ao
princípio
do
ato
jurídico
perfeito
e
do
direito
adquirido, no fato de ser mandada observar a TR, no caso
da extinção de um dos índices ajustados, dado que a TR é
o índice de correção das cadernetas de poupança”.
6. Tem-se nos presentes autos que o contrato celebrado
entre as partes prevê a incidência da taxa de remuneração
básica aplicável aos depósitos de poupança como índice de
correção monetária, qual atesta o próprio autor na
petição inicial [fl. 8]. É viável, portanto, a utilização
da TR, dado que constitui índice de correção das
cadernetas de poupança, instituído nos termos da Lei n.
8.177/91.
Nego seguimento ao recurso com esteio no artigo 21, § 1º,
do RISTF”.
2.
Os agravantes sustentam que pretendem com este recurso
“garantir que este MM. Juízo ad quem se digne de apreciar a matéria
atinente à inaplicabilidade da TR – Taxa Referencial nos contratos
de financiamento habitacional, mormente quando extirpado da Lei
8.177/91 os dispositivos que assim definiam, conforme julgamento da
ADIN 493-0/DF, ressaltando os Agravantes, ainda, que os arestos
transcritos no Recurso Extraordinário em questão são, inclusive,
mais recentes do que aqueles mencionados na r. decisão agravada, que
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Relatório
RE 574.413-AgR / BA
3
contraria, por sua vez, o julgamento deste E. STF e tantos outros
emanados do E.STJ e de outros Tribunais Regionais Federais, todos no
sentido da inaplicabilidade da TR, cujos arestos foram trazidos nas
razões do RE em trecho que deve ser considerado como se aqui
estivesse integralmente transcrito, para que se evite desnecessária
repetição”.
3.
Requerem
a
reconsideração
da
decisão
agravada
ou
provimento do presente agravo regimental.
É o relatório.
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RE 574.413-AgR / BA
3
contraria, por sua vez, o julgamento deste E. STF e tantos outros
emanados do E.STJ e de outros Tribunais Regionais Federais, todos no
sentido da inaplicabilidade da TR, cujos arestos foram trazidos nas
razões do RE em trecho que deve ser considerado como se aqui
estivesse integralmente transcrito, para que se evite desnecessária
repetição”.
3.
Requerem
a
reconsideração
da
decisão
agravada
ou
provimento do presente agravo regimental.
É o relatório.
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Voto - MIN. EROS GRAU
09/03/2010
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 574.413 BAHIA
V O T O
O SENHOR MINISTRO Eros Grau (Relator): Os argumentos
apresentados não são suficientes para desconstituir a decisão
agravada.
2.
O entendimento mais recente deste Tribunal também não
socorre aos recorrentes. Analisando a questão no controle difuso,
este Tribunal assentou não haver questão constitucional a ser
examinada, com a conclusão de ausência de repercussão geral sobre o
tema [RE n. 579.073, Relator o Ministro Cezar Peluso]. Por outro
lado, no que respeita à exclusão da TR como índice de correção do
saldo devedor, o recurso também não prospera, eis que entendimento
diverso do adotado pelo Tribunal de origem exigiria o reexame da
legislação infraconstitucional e a análise de cláusulas contratuais
[Súmula
454/STF],
o
que
é
inviável
em
sede
de
recurso
extraordinário.
Nego provimento ao agravo regimental.
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09/03/2010
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 574.413 BAHIA
V O T O
O SENHOR MINISTRO Eros Grau (Relator): Os argumentos
apresentados não são suficientes para desconstituir a decisão
agravada.
2.
O entendimento mais recente deste Tribunal também não
socorre aos recorrentes. Analisando a questão no controle difuso,
este Tribunal assentou não haver questão constitucional a ser
examinada, com a conclusão de ausência de repercussão geral sobre o
tema [RE n. 579.073, Relator o Ministro Cezar Peluso]. Por outro
lado, no que respeita à exclusão da TR como índice de correção do
saldo devedor, o recurso também não prospera, eis que entendimento
diverso do adotado pelo Tribunal de origem exigiria o reexame da
legislação infraconstitucional e a análise de cláusulas contratuais
[Súmula
454/STF],
o
que
é
inviável
em
sede
de
recurso
extraordinário.
Nego provimento ao agravo regimental.
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 6
Decisão de Julgamento
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 574.413
PROCED. : BAHIA
RELATOR : MIN. EROS GRAU
AGTE.(S) : CARLOS ROBERTO CARDOSO RODRIGUES E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : DANILO VALVERDE CALASANS
AGDO.(A/S) : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEF
ADV.(A/S) : MARTA BUFAIÇAL ROSA E OUTRO(A/S)
Decisão:
Negado provimento. Votação unânime. Ausentes,
justificadamente, neste julgamento, a Senhora Ministra Ellen
Gracie e o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 09.03.2010.
Presidência do Senhor Ministro Cezar Peluso. Presentes à
sessão os Senhores Ministros Celso de Mello e Eros Grau. Ausentes,
justificadamente, a Senhora Ministra Ellen Gracie e o Senhor
Ministro Joaquim Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Wagner Gonçalves.
Carlos Alberto Cantanhede
Coordenador
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SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 574.413
PROCED. : BAHIA
RELATOR : MIN. EROS GRAU
AGTE.(S) : CARLOS ROBERTO CARDOSO RODRIGUES E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : DANILO VALVERDE CALASANS
AGDO.(A/S) : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEF
ADV.(A/S) : MARTA BUFAIÇAL ROSA E OUTRO(A/S)
Decisão:
Negado provimento. Votação unânime. Ausentes,
justificadamente, neste julgamento, a Senhora Ministra Ellen
Gracie e o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 09.03.2010.
Presidência do Senhor Ministro Cezar Peluso. Presentes à
sessão os Senhores Ministros Celso de Mello e Eros Grau. Ausentes,
justificadamente, a Senhora Ministra Ellen Gracie e o Senhor
Ministro Joaquim Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Wagner Gonçalves.
Carlos Alberto Cantanhede
Coordenador
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| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=519672 | 2010-03-09T00:00:00 | 2010-04-16T00:00:00 | Negado provimento. Votação unânime. Ausentes,
justificadamente, neste julgamento, a Senhora Ministra Ellen
Gracie e o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 09.03.2010. | AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO | EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CORREÇÃO
MONETÁRIA. NORMA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA
INDIRETA.
Controvérsia decidida à luz de normas
infraconstitucionais. Ofensa indireta à Constituição do
Brasil.
Agravo regimental a que se nega provimento. | sjur175684 | - Acórdão citado: RE 579073 RG.
Número de páginas: 6.
Análise: 04/05/2010, CRE. | EROS GRAU | Segunda Turma | 574413 | [
"LEG-FED SUMSTF-000454 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF"
] | RE-AgR | acordaos | RE 574413 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : CARLOS ROBERTO CARDOSO RODRIGUES E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : DANILO VALVERDE CALASANS
AGDO.(A/S) : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEF
ADV.(A/S) : MARTA BUFAIÇAL ROSA E OUTRO(A/S) | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 574 . 413",
"ADI n . 493",
"ADIns",
"959",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 574 . 413",
"ADI n . 493",
"ADIns 493",
"768",
"959",
"-",
"DF",
"RE 574 . 413 - AgR / BA",
"RE n . 175 . 678",
"AI n . 153 . 516 - AgR",
"ADIN 493 - 0 / DF",
"RE 574 . 413 - AgR / BA",
"RE n . 175 . 678",
"AI n . 153 . 516 - AgR",
"ADIN 493 - 0 / DF",
"RE 574 . 413 - AgR / BA",
"RE 574 . 413 - AgR / BA",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 574 . 413",
"RE n . 579 . 073",
"Súmula 454 / STF",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 574 . 413",
"RE n . 579 . 073",
"Súmula 454 / STF",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 574 . 413"
],
"LEGISLACAO": [
"Constituição do Brasil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei n . 8 . 177 / 91",
"Lei n . 8 . 177 / 91",
"Lei 8 . 177",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei n . 8 . 177 / 91",
"Lei n . 8 . 177 / 91",
"Lei 8 . 177",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei n . 8 . 177 / 91",
"Lei n . 8 . 177 / 91",
"artigo 21 , § [UNK] , do RISTF",
"Lei 8 . 177 / 91",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei n . 8 . 177 / 91",
"Lei n . 8 . 177 / 91",
"artigo 21 , § [UNK] , do RISTF ”",
"Lei 8 . 177 / 91",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"BAHIA",
"Brasília",
"BAHIA",
"BAHIA",
"BAHIA",
"BAHIA"
],
"ORGANIZACAO": [
"SEGUNDA TURMA",
"CAIXA ECONÔMICA FEDERAL",
"CEF",
"Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"CAIXA ECONÔMICA FEDERAL",
"CEF",
"STF",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"CAIXA ECONÔMICA FEDERAL",
"CEF",
"STF",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"[UNK] Turma",
"[UNK] Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"[UNK] Turma",
"[UNK] Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
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"Supremo Tribunal Federal",
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"-",
"Brasil",
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"-",
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"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"BAHIA",
"Supremo Tribunal Federal",
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"-",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"BAHIA",
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"Supremo Tribunal Federal",
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"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"EROS GRAU",
"CARLOS ROBERTO CARDOSO RODRIGUES",
"DANILO VALVERDE CALASANS",
"MARTA BUFAIÇAL ROSA",
"Cezar Peluso",
"EROS GRAU",
"EROS GRAU",
"CARLOS ROBERTO CARDOSO RODRIGUES",
"DANILO VALVERDE CALASANS",
"MARTA BUFAIÇAL ROSA",
"Eros Grau",
"Moreira Alves",
"Moreira Alves",
"Marco Aurélio",
"Sydney Sanches",
"EROS GRAU",
"CARLOS ROBERTO CARDOSO RODRIGUES",
"DANILO VALVERDE CALASANS",
"MARTA BUFAIÇAL ROSA",
"Eros Grau",
"Moreira Alves",
"Moreira Alves",
"Marco Aurélio",
"Sydney Sanches",
"Carlos Velloso",
"Moreira Alves",
"Carlos Velloso",
"Moreira Alves",
"EROS GRAU",
"Eros Grau",
"Cezar Peluso",
"Eros Grau",
"Cezar Peluso",
"EROS GRAU",
"CARLOS ROBERTO CARDOSO RODRIGUES",
"DANILO VALVERDE CALASANS",
"MARTA BUFAIÇAL ROSA",
"Ellen Gracie",
"Joaquim Barbosa",
"Cezar Peluso",
"Celso de Mello",
"Eros Grau",
"Ellen Gracie",
"Joaquim Barbosa",
"Wagner Gonçalves",
"Alberto Cantanhede",
"EROS GRAU",
"CARLOS ROBERTO CARDOSO RODRIGUES",
"DANILO VALVERDE CALASANS",
"MARTA BUFAIÇAL ROSA",
"Ellen Gracie",
"Joaquim Barbosa",
"Cezar Peluso",
"Celso de Mello",
"Eros Grau",
"Ellen Gracie",
"Joaquim Barbosa",
"Wagner Gonçalves",
"Carlos Alberto Cantanhede"
],
"TEMPO": [
"09",
"/",
"03",
"/",
"2010",
"9 de março de 2010",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"16",
"/",
"04",
"/",
"2010",
"09",
"/",
"03",
"/",
"2010",
"01",
".",
"03",
".",
"91",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"09",
"/",
"03",
"/",
"2010",
"01",
".",
"03",
".",
"91",
"24",
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"08",
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"2001",
"29",
".",
"1",
".",
"94",
"2",
".",
"9",
".",
"94",
"24",
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"08",
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"2001",
"29",
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"1",
".",
"94",
"2",
".",
"9",
".",
"94",
"24",
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"08",
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"2001",
"24",
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"2001",
"24",
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"08",
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"2001",
"09",
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"03",
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"2001",
"09",
".",
"03",
".",
"2010",
"24",
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"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
08/09/2009
SEGUNDA TURMA
AG.REG.NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 569.049 MINAS GERAIS
RELATOR
: MIN. CEZAR PELUSO
AGTE.(S)
: SUN - SERVICO UBAENSE DE NEFROLOGIA
LTDA
ADV.(A/S)
: JOÃO CLAUDIO FRANZONI BARBOSA E
OUTRO(A/S)
ADV.(A/S)
: FLAVIO TEIXEIRA MACIEL LEITE
AGDO.(A/S)
: UNIÃO
ADV.(A/S)
: PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA
NACIONAL
EMENTAS: 1. RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade.
Jurisprudência assentada. Ausência de razões consistentes. Decisão
mantida. Agravo regimental improvido. Nega-se provimento a agravo
regimental tendente a impugnar, sem razões consistentes, decisão fundada em
jurisprudência assente na Corte.
2.
RECURSO.
Agravo.
Regimental.
Jurisprudência
assentada sobre a matéria. Caráter meramente abusivo. Litigância de má-
fé. Imposição de multa. Aplicação do art. 557, § 2º, cc. arts. 14, II e III, e 17,
VII, do CPC. Quando abusiva a interposição de agravo, manifestamente
inadmissível ou infundado, deve o Tribunal condenar o agravante a pagar multa
ao agravado.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros
da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência da Senhora
Ministra ELLEN GRACIE, na conformidade da ata de julgamento e das notas
taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao agravo
regimental, com imposição, à parte agravante, de multa de 5% sobre o valor da
causa, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, neste
julgamento, os Senhores Ministros CELSO DE MELLO e JOAQUIM BARBOSA.
Brasília, 08 de setembro de 2009.
CEZAR PELUSO - RELATOR
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Supremo Tribunal Federal
DJe 05/03/2010
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 6
Relatório
08/09/2009
SEGUNDA TURMA
AG.REG.NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 569.049 MINAS GERAIS
RELATOR
: MIN. CEZAR PELUSO
AGTE.(S)
: SUN - SERVICO UBAENSE DE NEFROLOGIA
LTDA
ADV.(A/S)
: JOÃO CLAUDIO FRANZONI BARBOSA E
OUTRO(A/S)
ADV.(A/S)
: FLAVIO TEIXEIRA MACIEL LEITE
AGDO.(A/S)
: UNIÃO
ADV.(A/S)
: PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA
NACIONAL
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO CEZAR PELUSO: Trata-se de agravo
regimental contra decisão do teor seguinte:
“1. Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão do Tribunal
Regional Federal da 1ª Região que deu por ilegítima a revogação, pelo art.
56 da Lei ordinária nº 9.430/96, da isenção prevista na Lei Complementar
nº 70/91, relativamente ao pagamento da COFINS pelas sociedades civis
de profissão regulamentada.
2. Consistente o recurso.
Esta Corte, na sessão de 17.9.2008, ao julgar o RE nº 377.457 (Rel.
Min. GILMAR MENDES), entendeu constitucional e válida a revogação,
pelo art. 56 da Lei ordinária nº 9.430/96, do art. 6º, inc. II, da Lei
Complementar nº 70/91, que isentava do pagamento da COFINS as
sociedades civis de profissão regulamentada.
3. Diante do exposto, e com fundamento no art. 557, §1º-A, do
CPC, conheço do recurso e dou-lhe provimento, para julgar válida a
revogação, pelo art. 56 da Lei ordinária nº 9.430/96, do art. 6º, inc. II, da
Lei Complementar nº 70/91. Invertidos os ônus da sucumbência.”
A parte recorrente alega que faz jus à isenção, ao pagamento da
COFINS, instituída pela Lei Complementar nº 70/91. Alega, ainda, ser necessário
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08/09/2009
SEGUNDA TURMA
AG.REG.NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 569.049 MINAS GERAIS
RELATOR
: MIN. CEZAR PELUSO
AGTE.(S)
: SUN - SERVICO UBAENSE DE NEFROLOGIA
LTDA
ADV.(A/S)
: JOÃO CLAUDIO FRANZONI BARBOSA E
OUTRO(A/S)
ADV.(A/S)
: FLAVIO TEIXEIRA MACIEL LEITE
AGDO.(A/S)
: UNIÃO
ADV.(A/S)
: PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA
NACIONAL
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO CEZAR PELUSO: Trata-se de agravo
regimental contra decisão do teor seguinte:
“1. Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão do Tribunal
Regional Federal da 1ª Região que deu por ilegítima a revogação, pelo art.
56 da Lei ordinária nº 9.430/96, da isenção prevista na Lei Complementar
nº 70/91, relativamente ao pagamento da COFINS pelas sociedades civis
de profissão regulamentada.
2. Consistente o recurso.
Esta Corte, na sessão de 17.9.2008, ao julgar o RE nº 377.457 (Rel.
Min. GILMAR MENDES), entendeu constitucional e válida a revogação,
pelo art. 56 da Lei ordinária nº 9.430/96, do art. 6º, inc. II, da Lei
Complementar nº 70/91, que isentava do pagamento da COFINS as
sociedades civis de profissão regulamentada.
3. Diante do exposto, e com fundamento no art. 557, §1º-A, do
CPC, conheço do recurso e dou-lhe provimento, para julgar válida a
revogação, pelo art. 56 da Lei ordinária nº 9.430/96, do art. 6º, inc. II, da
Lei Complementar nº 70/91. Invertidos os ônus da sucumbência.”
A parte recorrente alega que faz jus à isenção, ao pagamento da
COFINS, instituída pela Lei Complementar nº 70/91. Alega, ainda, ser necessário
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Relatório
RE 569.049-AgR / MG
2
o sobrestamento do feito até a decisão final sobre a modulação dos efeitos da
decisão que declarou a constitucionalidade da revogação da isenção.
É o relatório.
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Supremo Tribunal Federal
RE 569.049-AgR / MG
2
o sobrestamento do feito até a decisão final sobre a modulação dos efeitos da
decisão que declarou a constitucionalidade da revogação da isenção.
É o relatório.
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Voto - MIN. CEZAR PELUSO
RE 569.049-AgR / MG
3
V O T O
O SENHOR MINISTRO CEZAR PELUSO - (Relator):
1.
Abusivo o recurso.
A parte agravante não logrou convelir os fundamentos da
decisão agravada, os quais, tendo resumido o entendimento assente da Corte,
subsistem invulneráveis aos argumentos do recurso, que nada acrescentaram à
compreensão e ao desate da quaestio iuris.
Ademais quanto à questão relativa à modulação dos efeitos da
decisão que declarou a constitucionalidade da revogação, pelo art. 56 da Lei
ordinária nº 9.430/96, do art. 6º, inc. II, da Lei Complementar nº 70/91, a Corte,
na sessão de 17.9.2008, ao julgar o RE nº 377.457 (Rel. Min. GILMAR
MENDES), afastou-se a possibilidade de aplicação da teoria da modulação dos
efeitos à questão.
É oportuno, aliás, advertir que o disposto no art. 544, §§ 3º e 4º,
e no art. 557, ambos do Código de Processo Civil, desvela o grau da autoridade
que o ordenamento jurídico atribui, em nome da segurança jurídica, às súmulas
e, posto que não sumulada, à jurisprudência dominante, sobretudo desta Corte,
as quais não podem desrespeitadas nem controvertidas sem graves razões
jurídicas capazes de lhes autorizar revisão ou reconsideração. De modo que o
inconformismo sistemático, manifestado em recurso carente de fundamentos
novos, não pode deixar de ser visto senão como abuso do poder recursal.
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Supremo Tribunal Federal
RE 569.049-AgR / MG
3
V O T O
O SENHOR MINISTRO CEZAR PELUSO - (Relator):
1.
Abusivo o recurso.
A parte agravante não logrou convelir os fundamentos da
decisão agravada, os quais, tendo resumido o entendimento assente da Corte,
subsistem invulneráveis aos argumentos do recurso, que nada acrescentaram à
compreensão e ao desate da quaestio iuris.
Ademais quanto à questão relativa à modulação dos efeitos da
decisão que declarou a constitucionalidade da revogação, pelo art. 56 da Lei
ordinária nº 9.430/96, do art. 6º, inc. II, da Lei Complementar nº 70/91, a Corte,
na sessão de 17.9.2008, ao julgar o RE nº 377.457 (Rel. Min. GILMAR
MENDES), afastou-se a possibilidade de aplicação da teoria da modulação dos
efeitos à questão.
É oportuno, aliás, advertir que o disposto no art. 544, §§ 3º e 4º,
e no art. 557, ambos do Código de Processo Civil, desvela o grau da autoridade
que o ordenamento jurídico atribui, em nome da segurança jurídica, às súmulas
e, posto que não sumulada, à jurisprudência dominante, sobretudo desta Corte,
as quais não podem desrespeitadas nem controvertidas sem graves razões
jurídicas capazes de lhes autorizar revisão ou reconsideração. De modo que o
inconformismo sistemático, manifestado em recurso carente de fundamentos
novos, não pode deixar de ser visto senão como abuso do poder recursal.
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 6
Voto - MIN. CEZAR PELUSO
RE 569.049-AgR / MG
4
Ao presente recurso, que não traz argumentos consistentes para
ditar eventual releitura da orientação assentada pela Corte, não sobra, pois,
senão caráter só abusivo. Há, aqui, além de violação específica à norma
proibitiva inserta no art. 557, § 2º, do Código de Processo Civil, desatenção séria
e danosa ao dever de lealdade processual (arts. 14, II e III, e 17, VII), até porque
recursos como este roubam à Corte, já notoriamente sobrecarregada, tempo
precioso para cuidar de assuntos graves. A litigância de má-fé não é ofensiva
apenas à parte adversa, mas também à dignidade do Tribunal e à alta função
pública do processo.
2.
Do exposto, nego provimento ao recurso, mantenho a decisão
agravada por seus próprios fundamentos e condeno a parte agravante a pagar à
parte agravada multa de 5% (cinco por cento) do valor corrigido da causa,
ficando a interposição de qualquer outro recurso condicionada ao depósito da
respectiva quantia, tudo nos termos do art. 557, § 2º, cc. arts. 14, II e III, e 17,
VII, do Código de Processo Civil.
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Supremo Tribunal Federal
RE 569.049-AgR / MG
4
Ao presente recurso, que não traz argumentos consistentes para
ditar eventual releitura da orientação assentada pela Corte, não sobra, pois,
senão caráter só abusivo. Há, aqui, além de violação específica à norma
proibitiva inserta no art. 557, § 2º, do Código de Processo Civil, desatenção séria
e danosa ao dever de lealdade processual (arts. 14, II e III, e 17, VII), até porque
recursos como este roubam à Corte, já notoriamente sobrecarregada, tempo
precioso para cuidar de assuntos graves. A litigância de má-fé não é ofensiva
apenas à parte adversa, mas também à dignidade do Tribunal e à alta função
pública do processo.
2.
Do exposto, nego provimento ao recurso, mantenho a decisão
agravada por seus próprios fundamentos e condeno a parte agravante a pagar à
parte agravada multa de 5% (cinco por cento) do valor corrigido da causa,
ficando a interposição de qualquer outro recurso condicionada ao depósito da
respectiva quantia, tudo nos termos do art. 557, § 2º, cc. arts. 14, II e III, e 17,
VII, do Código de Processo Civil.
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 6
Extrato de Ata - 08/09/2009
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG.NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 569.049-1
PROCED. : MINAS GERAIS
RELATOR : MIN. CEZAR PELUSO
AGTE.(S) : SUN - SERVICO UBAENSE DE NEFROLOGIA LTDA
ADV.(A/S) : JOÃO CLAUDIO FRANZONI BARBOSA E OUTRO (A/S)
ADV.(A/S) : FLAVIO TEIXEIRA MACIEL LEITE
AGDO.(A/S) : UNIÃO
ADV.(A/S) : PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA NACIONAL
Decisão: A Turma, à unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, com imposição, à parte agravante, de multa de 5% sobre
o valor da causa, nos termos do voto do Relator. Ausentes,
justificadamente, neste julgamento, os Senhores Ministros Celso de
Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 08.09.2009.
Presidência da Senhora Ministra Ellen Gracie. Presentes à
sessão os Senhores Ministros Cezar Peluso, Joaquim Barbosa e Eros
Grau. Ausente, justificadamente, o Senhor Ministro Celso de Mello.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Francisco Adalberto
Nóbrega.
Carlos Alberto Cantanhede
Coordenador
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Supremo Tribunal Federal
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG.NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 569.049-1
PROCED. : MINAS GERAIS
RELATOR : MIN. CEZAR PELUSO
AGTE.(S) : SUN - SERVICO UBAENSE DE NEFROLOGIA LTDA
ADV.(A/S) : JOÃO CLAUDIO FRANZONI BARBOSA E OUTRO (A/S)
ADV.(A/S) : FLAVIO TEIXEIRA MACIEL LEITE
AGDO.(A/S) : UNIÃO
ADV.(A/S) : PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA NACIONAL
Decisão: A Turma, à unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, com imposição, à parte agravante, de multa de 5% sobre
o valor da causa, nos termos do voto do Relator. Ausentes,
justificadamente, neste julgamento, os Senhores Ministros Celso de
Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 08.09.2009.
Presidência da Senhora Ministra Ellen Gracie. Presentes à
sessão os Senhores Ministros Cezar Peluso, Joaquim Barbosa e Eros
Grau. Ausente, justificadamente, o Senhor Ministro Celso de Mello.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Francisco Adalberto
Nóbrega.
Carlos Alberto Cantanhede
Coordenador
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 6
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=485861 | 2009-09-08T00:00:00 | 2010-03-05T00:00:00 | A Turma, à unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, com imposição, à parte agravante, de multa de 5%
sobre o valor da causa, nos termos do voto do Relator. Ausentes,
justificadamente, neste julgamento, os Senhores Ministros Celso
de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 08.09.2009. | AG.REG.NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO | EMENTAS: 1. RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade.
Jurisprudência assentada. Ausência de razões consistentes.
Decisão mantida. Agravo regimental improvido. Nega-se provimento
a agravo regimental tendente a impugnar, sem razões consistentes,
decisão fundada em jurisprudência assente na
Corte.
2. RECURSO. Agravo. Regimental. Jurisprudência
assentada sobre a matéria. Caráter meramente abusivo. Litigância
de má-fé. Imposição de multa. Aplicação do art. 557, § 2º, cc.
arts. 14, II e III, e 17, VII, do CPC. Quando abusiva a
interposição de agravo, manifestamente inadmissível ou infundado,
deve o Tribunal condenar o agravante a pagar multa ao agravado. | sjur174283 | - Acórdãos citados: RE 377457 - Tribunal Pleno.
Número de páginas: 6.
Análise: 10/03/2010, SOF. | CEZAR PELUSO | Segunda Turma | 569049 | [
"LEG-FED LEI-005869 ANO-1973\r\n ART-00014 INC-00002 INC-00003 ART-00017\r\n INC-00007 ART-00544 PAR-00003 PAR-00004\r\n ART-00557 PAR-00002 \r\n CPC-1973 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL\r\n\r\n",
"LEG-FED LCP-000070 ANO-1991\r\n ART-00006 INC-00002 \r\n REVOGADO PELA LEI-9430/1996\r\n LEI COMPLEMENTAR\r\n\r\n",
"LEG-FED LEI-009430 ANO-1996\r\n ART-00056 \r\n LEI ORDINÁRIA"
] | RE-AgR | acordaos | RE 569049 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : SUN - SERVICO UBAENSE DE NEFROLOGIA LTDA
ADV.(A/S) : JOÃO CLAUDIO FRANZONI BARBOSA E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : FLAVIO TEIXEIRA MACIEL LEITE
AGDO.(A/S) : UNIÃO
ADV.(A/S) : PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA NACIONAL | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 569 . 049",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 569 . 049",
"RE [UNK] 377 . 457",
"RE [UNK] 377 . 457",
"RE 569 . 049 - AgR / MG",
"RE 569 . 049 - AgR / MG",
"RE 569 . 049 - AgR / MG",
"RE [UNK] 377 . 457",
"RE 569 . 049 - AgR / MG",
"RE [UNK] 377 . 457",
"RE 569 . 049 - AgR / MG",
"RE 569 . 049 - AgR / MG",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 569 . 049 - 1"
],
"LEGISLACAO": [
"art . 557 , § [UNK] , cc . arts . 14 , II e III , e 17 , VII , do CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 56 da Lei ordinária [UNK] 9 . 430 / 96",
"Lei Complementar [UNK] 70 / 91",
"art . 56 da Lei ordinária [UNK] 9 . 430 / 96",
"art . [UNK] , inc . II , da Lei Complementar [UNK] 70 / 91",
"art . 557 , § [UNK] - A , do CPC",
"art . 56 da Lei ordinária [UNK] 9 . 430 / 96",
"art . [UNK] , inc . II , da Lei Complementar [UNK] 70 / 91",
"Lei Complementar [UNK] 70 / 91",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 56 da Lei ordinária [UNK] 9 . 430 / 96",
"Lei Complementar [UNK] 70 / 91",
"art . 56 da Lei ordinária [UNK] 9 . 430 / 96",
"art . [UNK] , inc . II , da Lei Complementar [UNK] 70 / 91",
"art . 557 , § [UNK] - A , do CPC",
"art . 56 da Lei ordinária [UNK] 9 . 430 / 96",
"art . [UNK] , inc . II , da Lei Complementar [UNK] 70 / 91",
"Lei Complementar [UNK] 70 / 91",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 56 da Lei ordinária [UNK] 9 . 430 / 96",
"art . [UNK] , inc . II , da Lei Complementar [UNK] 70 / 91",
"art . 544 , § § [UNK] e [UNK] , e no art . 557 , ambos do Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 56 da Lei ordinária [UNK] 9 . 430 / 96",
"art . [UNK] , inc . II , da Lei Complementar [UNK] 70 / 91",
"art . 544 , § § [UNK] e [UNK] , e no",
"art . 557 , ambos do Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 557 , § [UNK] , do Código de Processo Civil",
"art . 557 , § [UNK] , cc . arts . 14 , II e III , e 17 , VII , do Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200",
"art .",
"art . 557 , § [UNK] , cc . arts . 14 , II e III , e 17 , VII , do Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"MINAS GERAIS",
"Brasília",
"MINAS GERAIS",
"MINAS GERAIS"
],
"ORGANIZACAO": [
"SEGUNDA TURMA",
"SUN",
"-",
"SERVICO UBAENSE DE NEFROLOGIA LTDA",
"UNIÃO",
"PROCURADORIA",
"-",
"GERAL DA FAZENDA NACIONAL",
"Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"SUN",
"-",
"SERVICO UBAENSE DE NEFROLOGIA LTDA",
"UNIÃO",
"PROCURADORIA",
"-",
"GERAL DA FAZENDA NACIONAL",
"Tribunal Regional Federal da [UNK] Região",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"SUN",
"-",
"SERVICO UBAENSE DE NEFROLOGIA LTDA",
"UNIÃO",
"PROCURADORIA",
"-",
"GERAL DA FAZENDA NACIONAL",
"Tribunal Regional Federal da [UNK] Região",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"SUN",
"-",
"SERVICO UBAENSE DE NEFROLOGIA LTDA",
"UNIÃO",
"PROCURADORIA",
"-",
"GERAL DA FAZENDA NACIONAL",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"SUN",
"-",
"SERVICO UBAENSE DE NEFROLOGIA LTDA",
"UNIÃO",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"CEZAR PELUSO",
"JOÃO CLAUDIO FRANZONI BARBOSA",
"FLAVIO TEIXEIRA MACIEL LEITE",
"ELLEN GRACIE",
"CELSO DE MELLO",
"JOAQUIM BARBOSA",
"CEZAR PELUSO",
"CEZAR PELUSO",
"JOÃO CLAUDIO FRANZONI BARBOSA",
"FLAVIO TEIXEIRA MACIEL LEITE",
"CEZAR PELUSO",
"GILMAR MENDES",
"CEZAR PELUSO",
"JOÃO CLAUDIO FRANZONI BARBOSA",
"FLAVIO TEIXEIRA MACIEL LEITE",
"CEZAR PELUSO",
"GILMAR MENDES",
"CEZAR PELUSO",
"CEZAR PELUSO",
"GILMAR MENDES",
"CEZAR PELUSO",
"GILMAR MENDES",
"CEZAR PELUSO",
"CEZAR PELUSO",
"JOÃO CLAUDIO FRANZONI BARBOSA",
"FLAVIO TEIXEIRA MACIEL LEITE",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Ellen Gracie",
"Cezar Peluso",
"Joaquim Barbosa",
"Eros Grau",
"Celso de Mello",
"Francisco Adalberto Nóbrega",
"Carlos Alberto Cantanhede",
"CEZAR PELUSO",
"JOÃO CLAUDIO FRANZONI BARBOSA",
"FLAVIO TEIXEIRA MACIEL LEITE",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Ellen Gracie",
"Cezar Peluso",
"Joaquim",
"Barbosa",
"Eros Grau",
"Celso de Mello",
"Francisco Adalberto Nóbrega",
"Carlos Alberto Cantanhede"
],
"TEMPO": [
"08",
"/",
"09",
"/",
"2009",
"08 de setembro de 2009",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"05",
"/",
"03",
"/",
"2010",
"08",
"/",
"09",
"/",
"2009",
"17",
".",
"9",
".",
"2008",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"08",
"/",
"09",
"/",
"2009",
"17",
".",
"9",
".",
"2008",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"17",
".",
"9",
".",
"2008",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"17",
".",
"9",
".",
"2008",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"08",
"/",
"09",
"/",
"2009",
"08",
".",
"09",
".",
"2009",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"08",
".",
"09",
".",
"2009",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
15/12/2009
PRIMEIRA TURMA
AG.REG.NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 584.831 MARANHÃO
RELATORA
: MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S)
: UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO
ADV.(A/S)
: PROCURADORIA-GERAL FEDERAL
AGDO.(A/S)
: BÁRBARA MENDONÇA SOARES
ADV.(A/S)
: MARCO ANTONIO GUSMAO MORAES E OUTRO(A/S)
EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO.
ENSINO SUPERIOR. PROIBIÇÃO DE MATRÍCULA EM DOIS CURSOS SIMULTÂNEOS NA
MESMA INSTITUIÇÃO DE ENSINO. CONTROVÉRSIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA
CONSTITUCIONAL INDIRETA. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA
PROVIMENTO.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do
Supremo Tribunal Federal, em Primeira Turma, sob a Presidência do Ministro
Carlos Ayres Britto, na conformidade da ata de julgamento e das notas
taquigráficas, à unanimidade, em negar provimento ao agravo regimental no
recurso extraordinário, nos termos do voto da Relatora.
Brasília, 15 de dezembro de 2009.
Ministra CÁRMEN LÚCIA - Relatora
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 461794
Supremo Tribunal Federal
DJe 05/03/2010
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 7
Relatório
15/12/2009
PRIMEIRA TURMA
AG.REG.NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 584.831 MARANHÃO
RELATORA
: MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S)
: UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO
ADV.(A/S)
: PROCURADORIA-GERAL FEDERAL
AGDO.(A/S)
: BÁRBARA MENDONÇA SOARES
ADV.(A/S)
: MARCO ANTONIO GUSMAO MORAES E OUTRO(A/S)
R E L A T Ó R I O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora):
1. Em 9 de outubro 2008, neguei seguimento ao recurso extraordinário
interposto pela Universidade Federal do Maranhão contra julgado do
Tribunal Regional Federal da 1ª Região, o qual entendeu ser ilegítimo,
havendo compatibilidade de horário, o indeferimento de matrícula em dois
cursos superiores da mesma instituição de ensino. A decisão agravada teve
a seguinte fundamentação:
“4. O reexame do acórdão impugnado demandaria a análise prévia
de legislação infraconstitucional aplicável à espécie (ato
normativo
interno
da
Recorrente).
Assim,
a
alegada
contrariedade à Constituição da República, se tivesse ocorrido,
seria indireta, o que não viabiliza o processamento do recurso
extraordinário. Incide, na espécie, a Súmula 280 do Supremo
Tribunal Federal.
Confira-se, a propósito, o seguinte julgado:
‘Recurso
extraordinário:
descabimento,
quando
fundado
na
alegação de ofensa reflexa à Constituição. 1. Tem-se violação
reflexa à Constituição, quando o seu reconhecimento depende de
rever a interpretação dada à norma ordinária pela decisão
recorrida, caso em que é a hierarquia infraconstitucional dessa
última que define, para fins recursais, a natureza de questão
federal. 2. Admitir o recurso extraordinário por ofensa reflexa
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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15/12/2009
PRIMEIRA TURMA
AG.REG.NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 584.831 MARANHÃO
RELATORA
: MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S)
: UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO
ADV.(A/S)
: PROCURADORIA-GERAL FEDERAL
AGDO.(A/S)
: BÁRBARA MENDONÇA SOARES
ADV.(A/S)
: MARCO ANTONIO GUSMAO MORAES E OUTRO(A/S)
R E L A T Ó R I O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora):
1. Em 9 de outubro 2008, neguei seguimento ao recurso extraordinário
interposto pela Universidade Federal do Maranhão contra julgado do
Tribunal Regional Federal da 1ª Região, o qual entendeu ser ilegítimo,
havendo compatibilidade de horário, o indeferimento de matrícula em dois
cursos superiores da mesma instituição de ensino. A decisão agravada teve
a seguinte fundamentação:
“4. O reexame do acórdão impugnado demandaria a análise prévia
de legislação infraconstitucional aplicável à espécie (ato
normativo
interno
da
Recorrente).
Assim,
a
alegada
contrariedade à Constituição da República, se tivesse ocorrido,
seria indireta, o que não viabiliza o processamento do recurso
extraordinário. Incide, na espécie, a Súmula 280 do Supremo
Tribunal Federal.
Confira-se, a propósito, o seguinte julgado:
‘Recurso
extraordinário:
descabimento,
quando
fundado
na
alegação de ofensa reflexa à Constituição. 1. Tem-se violação
reflexa à Constituição, quando o seu reconhecimento depende de
rever a interpretação dada à norma ordinária pela decisão
recorrida, caso em que é a hierarquia infraconstitucional dessa
última que define, para fins recursais, a natureza de questão
federal. 2. Admitir o recurso extraordinário por ofensa reflexa
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Relatório
RE 584.831-AgR / MA
2
ao princípio constitucional da legalidade seria transformar em
questões
constitucionais
todas
as
controvérsias
sobre
a
interpretação da lei ordinária, baralhando as competências
repartidas entre o STF e os tribunais superiores e usurpando
até a autoridade definitiva da Justiça dos Estados para a
inteligência do direito local’ (AI 134.736-AgR, Rel. Min.
Sepúlveda Pertence, Primeira Turma, DJ 17.2.1995).
5. Nada há, pois, a prover quanto às alegações da parte
recorrente.
6. Pelo exposto, nego seguimento ao recurso extraordinário
(art. 557, caput, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º,
do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal)”.
2. Intimada dessa decisão em 10.11.2008, interpõe a Universidade
Federal do Maranhão - UFMA, ora Agravante, em 14.11.2008, tempestivamente,
Agravo Regimental.
3. Alega a Agravante que, “ao contrário do afirmado na decisão ora
agravada, não se mostra necessário a prévia análise da legislação
infraconstitucional (o ato normativo interno da Universidade), porque no
acórdão recorrido já se afirma que o regimento da universidade proíbe a
matrícula de um mesmo aluno, em mais de um curso, ao mesmo tempo, e deixa
de aplicar referida norma por não reconhecer a autonomia administrativa
assegurada no artigo 207 da Constituição Federal”.
Assevera que “a discussão é constitucional e reside na possibilidade
de a Universidade, em virtude de sua autonomia universitária, proibir duas
matrículas, simultâneas, a um mesmo aluno”.
Afirma, ainda, que “a compatibilidade ou não de horários não é
requisito para que haja ou não a vedação em matrícula em dois cursos pelo
mesmo aluno, de forma que há de se afastar a alegação segundo a qual é
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
RE 584.831-AgR / MA
2
ao princípio constitucional da legalidade seria transformar em
questões
constitucionais
todas
as
controvérsias
sobre
a
interpretação da lei ordinária, baralhando as competências
repartidas entre o STF e os tribunais superiores e usurpando
até a autoridade definitiva da Justiça dos Estados para a
inteligência do direito local’ (AI 134.736-AgR, Rel. Min.
Sepúlveda Pertence, Primeira Turma, DJ 17.2.1995).
5. Nada há, pois, a prover quanto às alegações da parte
recorrente.
6. Pelo exposto, nego seguimento ao recurso extraordinário
(art. 557, caput, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º,
do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal)”.
2. Intimada dessa decisão em 10.11.2008, interpõe a Universidade
Federal do Maranhão - UFMA, ora Agravante, em 14.11.2008, tempestivamente,
Agravo Regimental.
3. Alega a Agravante que, “ao contrário do afirmado na decisão ora
agravada, não se mostra necessário a prévia análise da legislação
infraconstitucional (o ato normativo interno da Universidade), porque no
acórdão recorrido já se afirma que o regimento da universidade proíbe a
matrícula de um mesmo aluno, em mais de um curso, ao mesmo tempo, e deixa
de aplicar referida norma por não reconhecer a autonomia administrativa
assegurada no artigo 207 da Constituição Federal”.
Assevera que “a discussão é constitucional e reside na possibilidade
de a Universidade, em virtude de sua autonomia universitária, proibir duas
matrículas, simultâneas, a um mesmo aluno”.
Afirma, ainda, que “a compatibilidade ou não de horários não é
requisito para que haja ou não a vedação em matrícula em dois cursos pelo
mesmo aluno, de forma que há de se afastar a alegação segundo a qual é
Supremo Tribunal Federal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 7
Relatório
RE 584.831-AgR / MA
3
necessário averiguar-se, in casu, se haveria ou não compatibilidade de
horários”.
Requer a reconsideração da decisão agravada ou o provimento do
presente recurso.
É o relatório.
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
RE 584.831-AgR / MA
3
necessário averiguar-se, in casu, se haveria ou não compatibilidade de
horários”.
Requer a reconsideração da decisão agravada ou o provimento do
presente recurso.
É o relatório.
Supremo Tribunal Federal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 7
Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
RE 584.831-AgR / MA
4
V O T O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora):
1. Razão de direito não assiste à Agravante.
2. O Tribunal Regional Federal da 1ª Região não afastou a autonomia
da Universidade prevista no art. 207 da Constituição da República, apenas
afirmou que:
“a sentença monocrática encontra-se em perfeita harmonia com o
entendimento jurisprudencial já pacificado no âmbito deste
egrégio
Tribunal,
no
sentido
de
que,
não
havendo
incompatibilidade de horário entre as disciplinas que compõem
os dois cursos, para os quais a estudante obteve aprovação em
regular processo seletivo, o que se verifica no caso concreto,
afigura-se ilegítimo o indeferimento de matrícula em qualquer
um deles, à míngua de amparo legal”.
3. Apesar dos fundamentos da Agravante, a jurisprudência do Supremo
Tribunal Federal firmou entendimento no sentido de que a controvérsia
sobre a possibilidade de se efetuar matrícula em dois cursos simultâneos
da mesma instituição de ensino superior, havendo compatibilidade de
horário, tem natureza infraconstitucional. Assim, a alegada contrariedade
à Constituição da República, se tivesse ocorrido, seria indireta, o que
não viabiliza o processamento do recurso extraordinário.
Nesse sentido, os seguintes julgados:
“EMENTA:
AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO.
ADMINISTRATIVO. ENSINO SUPERIOR. PROIBIÇÃO DE MATRÍCULA EM DOIS
CURSOS SIMULTÂNEOS NA MESMA INSTITUIÇÃO DE ENSINO. RESOLUÇÃO N.
4/2003. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL
INDIRETA. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 280 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL.
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
RE 584.831-AgR / MA
4
V O T O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora):
1. Razão de direito não assiste à Agravante.
2. O Tribunal Regional Federal da 1ª Região não afastou a autonomia
da Universidade prevista no art. 207 da Constituição da República, apenas
afirmou que:
“a sentença monocrática encontra-se em perfeita harmonia com o
entendimento jurisprudencial já pacificado no âmbito deste
egrégio
Tribunal,
no
sentido
de
que,
não
havendo
incompatibilidade de horário entre as disciplinas que compõem
os dois cursos, para os quais a estudante obteve aprovação em
regular processo seletivo, o que se verifica no caso concreto,
afigura-se ilegítimo o indeferimento de matrícula em qualquer
um deles, à míngua de amparo legal”.
3. Apesar dos fundamentos da Agravante, a jurisprudência do Supremo
Tribunal Federal firmou entendimento no sentido de que a controvérsia
sobre a possibilidade de se efetuar matrícula em dois cursos simultâneos
da mesma instituição de ensino superior, havendo compatibilidade de
horário, tem natureza infraconstitucional. Assim, a alegada contrariedade
à Constituição da República, se tivesse ocorrido, seria indireta, o que
não viabiliza o processamento do recurso extraordinário.
Nesse sentido, os seguintes julgados:
“EMENTA:
AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO.
ADMINISTRATIVO. ENSINO SUPERIOR. PROIBIÇÃO DE MATRÍCULA EM DOIS
CURSOS SIMULTÂNEOS NA MESMA INSTITUIÇÃO DE ENSINO. RESOLUÇÃO N.
4/2003. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL
INDIRETA. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 280 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL.
Supremo Tribunal Federal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 7
Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
RE 584.831-AgR / MA
5
PRECEDENTES. Imposição de multa de 5% do valor corrigido da
causa. Aplicação do art. 557, § 2º, c/c arts. 14, inc. II e
III, e 17, inc. VII, do Código de Processo Civil” (RE 590.494-
AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 8.5.2009).
“EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL. INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR.
POSSIBILIDADE DE MATRÍCULA EM DOIS CURSOS SIMULTÂNEOS COM
COMPATIBILIDADE DE HORÁRIOS. RESOLUÇÃO EDITADA PELA INSTITUIÇÃO
DE
ENSINO
NO
SENTIDO
DA
PROIBIÇÃO.
DISCUSSÃO
INFRACONSTITUCIONAL. ALEGAÇÃO DE OFENSA AO ART. 207 DA
CONSTITUIÇÃO FEDERAL. Nos termos da jurisprudência deste
Tribunal, o princípio da autonomia universitária não significa
soberania das universidades, devendo estas se submeter às leis
e demais atos normativos. Controvérsia decidida à luz da
legislação
infraconstitucional.
A
alegada
ofensa
à
Constituição, se existente, seria indireta ou reflexa, o que
enseja
o
descabimento
do
recurso
extraordinário.
Agravo
regimental a que se nega provimento” (RE 553.065-AgR, Rel. Min.
Joaquim Barbosa, Segunda Turma, DJe 1º.7.2009).
4. Ademais, a alegada afronta ao art. 5º, inc. II, da Constituição da
República encontra óbice na Súmula 636 do Supremo Tribunal Federal, que
dispõe que “não cabe recurso extraordinário por contrariedade ao princípio
constitucional da legalidade, quando a sua verificação pressuponha rever a
interpretação dada a normas infraconstitucionais pela decisão recorrida”.
5. Os fundamentos da Agravante, insuficientes para modificar a
decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em pôr
termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente prestação
jurisdicional.
6. Pelo exposto, nego provimento ao Agravo Regimental.
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
RE 584.831-AgR / MA
5
PRECEDENTES. Imposição de multa de 5% do valor corrigido da
causa. Aplicação do art. 557, § 2º, c/c arts. 14, inc. II e
III, e 17, inc. VII, do Código de Processo Civil” (RE 590.494-
AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 8.5.2009).
“EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL. INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR.
POSSIBILIDADE DE MATRÍCULA EM DOIS CURSOS SIMULTÂNEOS COM
COMPATIBILIDADE DE HORÁRIOS. RESOLUÇÃO EDITADA PELA INSTITUIÇÃO
DE
ENSINO
NO
SENTIDO
DA
PROIBIÇÃO.
DISCUSSÃO
INFRACONSTITUCIONAL. ALEGAÇÃO DE OFENSA AO ART. 207 DA
CONSTITUIÇÃO FEDERAL. Nos termos da jurisprudência deste
Tribunal, o princípio da autonomia universitária não significa
soberania das universidades, devendo estas se submeter às leis
e demais atos normativos. Controvérsia decidida à luz da
legislação
infraconstitucional.
A
alegada
ofensa
à
Constituição, se existente, seria indireta ou reflexa, o que
enseja
o
descabimento
do
recurso
extraordinário.
Agravo
regimental a que se nega provimento” (RE 553.065-AgR, Rel. Min.
Joaquim Barbosa, Segunda Turma, DJe 1º.7.2009).
4. Ademais, a alegada afronta ao art. 5º, inc. II, da Constituição da
República encontra óbice na Súmula 636 do Supremo Tribunal Federal, que
dispõe que “não cabe recurso extraordinário por contrariedade ao princípio
constitucional da legalidade, quando a sua verificação pressuponha rever a
interpretação dada a normas infraconstitucionais pela decisão recorrida”.
5. Os fundamentos da Agravante, insuficientes para modificar a
decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em pôr
termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente prestação
jurisdicional.
6. Pelo exposto, nego provimento ao Agravo Regimental.
Supremo Tribunal Federal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 7
Extrato de Ata - 15/12/2009
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 584.831
PROCED. : MARANHÃO
RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S) : UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO
ADV.(A/S) : PROCURADORIA-GERAL FEDERAL
AGDO.(A/S) : BÁRBARA MENDONÇA SOARES
ADV.(A/S) : MARCO ANTONIO GUSMAO MORAES E OUTRO(A/S)
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental no
recurso extraordinário, nos termos do voto da Relatora. Unânime.
Presidência do Ministro Carlos Ayres Britto. 1ª Turma, 15.12.2009.
Presidência do Ministro Carlos Ayres Britto. Presentes à
Sessão os Ministros Marco Aurélio, Ricardo Lewandowski, a Ministra
Cármen Lúcia e o Ministro Dias Toffoli.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Wagner de Castro Mathias
Netto.
Ricardo Dias Duarte
Coordenador
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 584.831
PROCED. : MARANHÃO
RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S) : UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO
ADV.(A/S) : PROCURADORIA-GERAL FEDERAL
AGDO.(A/S) : BÁRBARA MENDONÇA SOARES
ADV.(A/S) : MARCO ANTONIO GUSMAO MORAES E OUTRO(A/S)
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental no
recurso extraordinário, nos termos do voto da Relatora. Unânime.
Presidência do Ministro Carlos Ayres Britto. 1ª Turma, 15.12.2009.
Presidência do Ministro Carlos Ayres Britto. Presentes à
Sessão os Ministros Marco Aurélio, Ricardo Lewandowski, a Ministra
Cármen Lúcia e o Ministro Dias Toffoli.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Wagner de Castro Mathias
Netto.
Ricardo Dias Duarte
Coordenador
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 7
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=485863 | 2009-12-15T00:00:00 | 2010-03-05T00:00:00 | A Turma negou provimento ao agravo regimental no recurso
extraordinário, nos termos do voto da Relatora. Unânime.
Presidência do Ministro Carlos Ayres Britto. 1ª Turma, 15.12.2009. | AG.REG.NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO | EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO.
ADMINISTRATIVO. ENSINO SUPERIOR. PROIBIÇÃO DE MATRÍCULA EM DOIS
CURSOS SIMULTÂNEOS NA MESMA INSTITUIÇÃO DE ENSINO. CONTROVÉRSIA
INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. PRECEDENTES.
AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. | sjur174288 | - Acórdãos citados: RE 553065 AgR, RE 590494 AgR.
Número de páginas: 7.
Análise: 10/03/2010, ANA. | CÁRMEN LÚCIA | Primeira Turma | 584831 | [
"LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00005 INC-00002 ART-00207 \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n\r\n",
"LEG-FED SUMSTF-000636 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF"
] | RE-AgR | acordaos | RE 584831 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO
ADV.(A/S) : PROCURADORIA-GERAL FEDERAL
AGDO.(A/S) : BÁRBARA MENDONÇA SOARES
ADV.(A/S) : MARCO ANTONIO GUSMAO MORAES E OUTRO(A/S) | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 584 . 831",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 584 . 831",
"Súmula 280 do Supremo Tribunal Federal",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 584 . 831",
"Súmula 280 do Supremo Tribunal Federal",
"RE 584 . 831 - AgR / MA",
"AI 134 . 736 - AgR",
"RE 584 . 831 - AgR / MA",
"AI 134 . 736 - AgR",
"RE 584 . 831 - AgR / MA",
"RE 584 . 831 - AgR / MA",
"RE 584 . 831 - AgR / MA",
"SÚMULA 280 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL",
"RE 584 . 831 - AgR / MA",
"RESOLUÇÃO N . 4 / 2003",
"SÚMULA 280 DO SUPREMO TRIBUNAL",
"RE 584 . 831 - AgR / MA",
"RE 590 . 494 - AgR",
"RE 553 . 065 - AgR",
"Súmula 636 do Supremo Tribunal Federal",
"RE 584 . 831 - AgR / MA",
"RE 590 . 494 - AgR",
"RE 553 . 065 - AgR",
"Súmula 636 do Supremo Tribunal Federal",
"RECURSO",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 584 . 831"
],
"LEGISLACAO": [
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição da República",
"Constituição",
"Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição da República",
"Constituição",
"Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 557 , caput , do Código de Processo Civil",
"art . 21 , § [UNK] , do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal",
"artigo 207 da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 557 , caput , do Código de Processo Civil",
"art . 21 , § [UNK] , do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal",
"artigo 207 da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 207 da Constituição da República",
"Constituição da República",
"RESOLUÇÃO",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 207 da Constituição da República",
"Constituição da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 557 , § [UNK] , c / c arts . 14 , inc . II e III , e 17 , inc . VII , do Código de Processo Civil",
"ART . 207 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL",
"Constituição",
"art . [UNK] , inc . II , da Constituição da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 557 , § [UNK] , c / c arts . 14 , inc . II e III , e 17 , inc . VII , do Código de Processo Civil",
"ART . 207 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL",
"Constituição",
"art . [UNK] , inc . II , da Constituição da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"MARANHÃO",
"Brasília",
"MARANHÃO",
"MARANHÃO",
"MARANHÃO",
"MARANHÃO"
],
"ORGANIZACAO": [
"PRIMEIRA TURMA",
"UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO",
"PROCURADORIA",
"-",
"GERAL",
"Universidade Federal do Maranhão",
"Tribunal Regional Federal da [UNK] Região",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO",
"PROCURADORIA",
"Universidade Federal do Maranhão",
"Tribunal Regional Federal da [UNK] Região",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"STF",
"Primeira Turma",
"Universidade Federal do Maranhão",
"UFMA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"STF",
"Primeira Turma",
"Universidade Federal do Maranhão",
"UFMA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Tribunal Regional Federal da [UNK] Região",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Tribunal",
"Regional Federal da [UNK] Região",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Primeira Turma",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"CÁRMEN LÚCIA",
"BÁRBARA MENDONÇA SOARES",
"MARCO ANTONIO GUSMAO MORAES",
"Carlos Ayres Britto",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"BÁRBARA MENDONÇA SOARES",
"MARCO ANTONIO GUSMAO MORAES",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"BÁRBARA MENDONÇA SOARES",
"MARCO ANTONIO GUSMAO MORAES",
"CÁRMEN LÚCIA",
"Sepúlveda Pertence",
"Sepúlveda Pertence",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"Joaquim Barbosa",
"Joaquim Barbosa",
"CÁRMEN LÚCIA",
"BÁRBARA MENDONÇA SOARES",
"MARCO ANTONIO GUSMAO MORAES",
"Carlos Ayres Britto",
"Carlos Ayres Britto",
"Marco Aurélio",
"Ricardo Lewandowski",
"Cármen Lúcia",
"Dias Toffoli",
"Wagner de Castro Mathias Netto",
"Ricardo Dias Duarte",
"CÁRMEN LÚCIA",
"BÁRBARA MENDONÇA SOARES",
"MARCO ANTONIO GUSMAO MORAES",
"Carlos Ayres Britto",
"Carlos Ayres Britto",
"Marco Aurélio",
"Ricardo Lewandowski",
"Cármen Lúcia",
"Dias Toffoli",
"Wagner de Castro Mathias Netto",
"Ricardo Dias Duarte"
],
"TEMPO": [
"15",
"/",
"12",
"/",
"2009",
"15 de dezembro de 2009",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"05",
"/",
"03",
"/",
"2010",
"15",
"/",
"12",
"/",
"2009",
"9 de outubro 2008",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"15",
"/",
"12",
"/",
"2009",
"9 de outubro 2008",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"17",
".",
"2",
".",
"1995",
"10",
".",
"11",
".",
"2008",
"14",
".",
"11",
".",
"2008",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"17",
".",
"2",
".",
"1995",
"10",
".",
"11",
".",
"2008",
"14",
".",
"11",
".",
"2008",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"8",
".",
"5",
".",
"2009",
"[UNK]",
".",
"7",
".",
"2009",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"8",
".",
"5",
".",
"2009",
"[UNK]",
".",
"7",
".",
"2009",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"15",
"/",
"12",
"/",
"2009",
"15",
".",
"12",
".",
"2009",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"15",
".",
"12",
".",
"2009",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
02/12/2010
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 613.160 DISTRITO FEDERAL
RELATORA
: MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S)
:PEDRO PAULO DA SILVA
ADV.(A/S)
:TATIANA KARLA ALMEIDA MARTINS
AGDO.(A/S)
:ESTADO DO ACRE
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO ACRE
EMENTA:
AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO.
VENCIMENTOS. MODIFICAÇÃO DA FORMA DE CÁLCULO. 1.
ALEGAÇÃO DE CONTRARIEDADE AO ART. 5º, INC. XXXVI, DA
CONSTITUIÇÃO
DA
REPÚBLICA:
CONTROVÉRSIA
INFRACONSTITUCIONAL. 2. LEI ESTADUAL N. 1.394/2001:
INCIDÊNCIA DA SÚMULA N. 280 DO SUPREMO TRIBUNAL
FEDERAL. 3. INEXISTÊNCIA DE DIREITO ADQUIRIDO A REGIME
JURÍDICO E À FÓRMULA DE COMPOSIÇÃO DA REMUNERAÇÃO.
ALEGAÇÃO DE REDUÇÃO DOS VENCIMENTOS: IMPOSSIBILIDADE
DO REEXAME DE PROVAS (SÚMULA N. 279 DO SUPREMO
TRIBUNAL FEDERAL). AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA
PROVIMENTO.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do
Supremo Tribunal Federal, em Primeira Turma, sob a Presidência do
Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamento e
das notas taquigráficas, à unanimidade, em negar provimento ao agravo
regimental no recurso extraordinário, nos termos do voto da Relatora.
Brasília, 2 de dezembro de 2010.
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
DJe 01/02/2011
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 12
Ementa e Acórdão
RE 613.160 AGR / DF
Ministra CÁRMEN LÚCIA - Relatora
2
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
RE 613.160 AGR / DF
Ministra CÁRMEN LÚCIA - Relatora
2
Supremo Tribunal Federal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 12
Relatório
02/12/2010
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 613.160 DISTRITO FEDERAL
RELATORA
: MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S)
:PEDRO PAULO DA SILVA
ADV.(A/S)
:TATIANA KARLA ALMEIDA MARTINS
AGDO.(A/S)
:ESTADO DO ACRE
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO ACRE
R E L A T Ó R I O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora):
1. Em 29 de setembro de 2010, neguei seguimento ao recurso
extraordinário interposto por Pedro Paulo da Silva contra julgado do
Tribunal de Justiça do Acre, o qual manteve sentença que julgara
improcedente pedido de revisão de vencimentos. A decisão agravada teve
a seguinte fundamentação:
“4. O Supremo Tribunal Federal firmou o entendimento de que
a alegação de contrariedade ao art. 5º, inc. XXXVI, da Constituição da
República, se dependente do exame de legislação infraconstitucional –
na espécie vertente, de dispositivos do Código de Processo Civil –, não
viabiliza o recurso extraordinário, pois eventual ofensa constitucional
seria indireta. Nesse sentido:
'AGRAVO
REGIMENTAL
EM
AGRAVO
DE
INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. ALEGAÇÃO DE
AFRONTA AOS PRINCÍPIOS DA LEGALIDADE, DO ATO
JURÍDICO PERFEITO E DA COISA JULGADA. AGRAVO
REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. A
jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido de
que a alegação de afronta ao princípio da legalidade e a verificação, no
caso concreto, da ocorrência, ou não, de ofensa ao direito adquirido, ao
ato jurídico perfeito e à coisa julgada, se dependentes de análise prévia
da legislação infraconstitucional, configurariam apenas ofensa
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
02/12/2010
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 613.160 DISTRITO FEDERAL
RELATORA
: MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S)
:PEDRO PAULO DA SILVA
ADV.(A/S)
:TATIANA KARLA ALMEIDA MARTINS
AGDO.(A/S)
:ESTADO DO ACRE
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO ACRE
R E L A T Ó R I O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora):
1. Em 29 de setembro de 2010, neguei seguimento ao recurso
extraordinário interposto por Pedro Paulo da Silva contra julgado do
Tribunal de Justiça do Acre, o qual manteve sentença que julgara
improcedente pedido de revisão de vencimentos. A decisão agravada teve
a seguinte fundamentação:
“4. O Supremo Tribunal Federal firmou o entendimento de que
a alegação de contrariedade ao art. 5º, inc. XXXVI, da Constituição da
República, se dependente do exame de legislação infraconstitucional –
na espécie vertente, de dispositivos do Código de Processo Civil –, não
viabiliza o recurso extraordinário, pois eventual ofensa constitucional
seria indireta. Nesse sentido:
'AGRAVO
REGIMENTAL
EM
AGRAVO
DE
INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. ALEGAÇÃO DE
AFRONTA AOS PRINCÍPIOS DA LEGALIDADE, DO ATO
JURÍDICO PERFEITO E DA COISA JULGADA. AGRAVO
REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. A
jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido de
que a alegação de afronta ao princípio da legalidade e a verificação, no
caso concreto, da ocorrência, ou não, de ofensa ao direito adquirido, ao
ato jurídico perfeito e à coisa julgada, se dependentes de análise prévia
da legislação infraconstitucional, configurariam apenas ofensa
Supremo Tribunal Federal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 12
Relatório
RE 613.160 AGR / DF
constitucional indireta' (AI 684.188-AgR, de minha relatoria,
Primeira Turma, DJe 17.9.2009).
'AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO.
AUSÊNCIA
DE
PREQUESTIONAMENTO.
OFENSA
REFLEXA.
IMPOSSIBILIDADE EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO.
FUNDAMENTO INFRACONSTITUCIONAL. TRÂNSITO EM
JULGADO. INCIDÊNCIA DA SÚMULA N. 283 DO STF. 1. O
Tribunal a quo não se manifestou explicitamente sobre os temas
constitucionais tidos por violados. Incidência das Súmulas ns. 282 e
356 do Supremo Tribunal Federal. 2. A verificação, no caso concreto,
da ocorrência, ou não, de violação do direito adquirido, do ato jurídico
perfeito e da coisa julgada situa-se no campo infraconstitucional. 3. O
fundamento legal, suficiente para a manutenção do acórdão
impugnado, transitou em julgado. Incidência da Súmula n. 283 do
STF. Agravo regimental a que se nega provimento' (RE 600.774-AgR,
Rel. Min. Eros Grau, Segunda Turma, DJe 25.2.2010).
Ademais, para o exame da controvérsia, seria necessária a
análise da Lei estadual n. 1.394/2001, o que atrai a incidência da
Súmula n. 280 do Supremo Tribunal Federal. Nesse sentido:
'AGRAVO
REGIMENTAL
NO
AGRAVO
DE
INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO.
GRATIFICAÇÃO ESPECIAL. IMPOSSIBILIDADE DE ANÁLISE
DA LEGISLAÇÃO ESTADUAL. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 280
DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. PRECEDENTES.
AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO'
(AI 788.605-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, Dje
23.9.2010).
'AGRAVO REGIMENTAL. SERVIDOR PÚBLICO
ESTADUAL. REAJUSTE DE VENCIMENTOS. DECRETOS
ESTADUAIS 36.033/1994 E 36.829/1995. INTERPRETAÇÃO DE
DIREITO LOCAL. ÓBICE DA SÚMULA 280 DO STF. O Tribunal
2
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
RE 613.160 AGR / DF
constitucional indireta' (AI 684.188-AgR, de minha relatoria,
Primeira Turma, DJe 17.9.2009).
'AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO.
AUSÊNCIA
DE
PREQUESTIONAMENTO.
OFENSA
REFLEXA.
IMPOSSIBILIDADE EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO.
FUNDAMENTO INFRACONSTITUCIONAL. TRÂNSITO EM
JULGADO. INCIDÊNCIA DA SÚMULA N. 283 DO STF. 1. O
Tribunal a quo não se manifestou explicitamente sobre os temas
constitucionais tidos por violados. Incidência das Súmulas ns. 282 e
356 do Supremo Tribunal Federal. 2. A verificação, no caso concreto,
da ocorrência, ou não, de violação do direito adquirido, do ato jurídico
perfeito e da coisa julgada situa-se no campo infraconstitucional. 3. O
fundamento legal, suficiente para a manutenção do acórdão
impugnado, transitou em julgado. Incidência da Súmula n. 283 do
STF. Agravo regimental a que se nega provimento' (RE 600.774-AgR,
Rel. Min. Eros Grau, Segunda Turma, DJe 25.2.2010).
Ademais, para o exame da controvérsia, seria necessária a
análise da Lei estadual n. 1.394/2001, o que atrai a incidência da
Súmula n. 280 do Supremo Tribunal Federal. Nesse sentido:
'AGRAVO
REGIMENTAL
NO
AGRAVO
DE
INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO.
GRATIFICAÇÃO ESPECIAL. IMPOSSIBILIDADE DE ANÁLISE
DA LEGISLAÇÃO ESTADUAL. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 280
DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. PRECEDENTES.
AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO'
(AI 788.605-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, Dje
23.9.2010).
'AGRAVO REGIMENTAL. SERVIDOR PÚBLICO
ESTADUAL. REAJUSTE DE VENCIMENTOS. DECRETOS
ESTADUAIS 36.033/1994 E 36.829/1995. INTERPRETAÇÃO DE
DIREITO LOCAL. ÓBICE DA SÚMULA 280 DO STF. O Tribunal
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 12
Relatório
RE 613.160 AGR / DF
a quo decidiu a questão em debate com base na interpretação dada aos
Decretos estaduais 36.033/1994 e 36.585/1994. Assim, para se chegar
a conclusão diversa, seria necessária a análise de normas locais, o que
não é permitido em recurso extraordinário, à luz da Súmula 280 desta
Corte. Agravo regimental a que se nega provimento' (AI 645.457-
AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa, Segunda Turma, Dje 5.3.2009).
5. Ainda que assim não fosse, a jurisprudência do Supremo
Tribunal Federal firmou-se no sentido de que não há direito adquirido
a regime jurídico e à formula de composição da remuneração dos
servidores públicos, desde que não acarrete redução nominal dos
vencimentos.
Nesse sentido:
'DIREITOS CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO.
ESTABILIDADE FINANCEIRA. MODIFICAÇÃO DE FORMA
DE CÁLCULO DA REMUNERAÇÃO. OFENSA À GARANTIA
CONSTITUCIONAL
DA
IRREDUTIBILIDADE
DA
REMUNERAÇÃO: AUSÊNCIA. JURISPRUDÊNCIA. LEI
COMPLEMENTAR N. 203/2001 DO ESTADO DO RIO GRANDE
DO NORTE: CONSTITUCIONALIDADE. 1. O Supremo Tribunal
Federal pacificou a sua jurisprudência sobre a constitucionalidade do
instituto da estabilidade financeira e sobre a ausência de direito
adquirido a regime jurídico. 2. Nesta linha, a Lei Complementar n.
203/2001, do Estado do Rio Grande do Norte, no ponto que alterou a
forma de cálculo de gratificações e, conseqüentemente, a composição
da remuneração de servidores públicos, não ofende a Constituição da
República de 1988, por dar cumprimento ao princípio da
irredutibilidade da remuneração. 3. Recurso extraordinário ao qual se
nega provimento' (RE 563.965, de minha relatoria, Tribunal Pleno,
DJ 20.3.2009).
'Embargos de declaração em agravo regimental em recurso
extraordinário. 2. Gratificação. Forma de cálculo. Alteração de leis
estaduais. Direito adquirido. Regime jurídico. Inexistência.
3
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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RE 613.160 AGR / DF
a quo decidiu a questão em debate com base na interpretação dada aos
Decretos estaduais 36.033/1994 e 36.585/1994. Assim, para se chegar
a conclusão diversa, seria necessária a análise de normas locais, o que
não é permitido em recurso extraordinário, à luz da Súmula 280 desta
Corte. Agravo regimental a que se nega provimento' (AI 645.457-
AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa, Segunda Turma, Dje 5.3.2009).
5. Ainda que assim não fosse, a jurisprudência do Supremo
Tribunal Federal firmou-se no sentido de que não há direito adquirido
a regime jurídico e à formula de composição da remuneração dos
servidores públicos, desde que não acarrete redução nominal dos
vencimentos.
Nesse sentido:
'DIREITOS CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO.
ESTABILIDADE FINANCEIRA. MODIFICAÇÃO DE FORMA
DE CÁLCULO DA REMUNERAÇÃO. OFENSA À GARANTIA
CONSTITUCIONAL
DA
IRREDUTIBILIDADE
DA
REMUNERAÇÃO: AUSÊNCIA. JURISPRUDÊNCIA. LEI
COMPLEMENTAR N. 203/2001 DO ESTADO DO RIO GRANDE
DO NORTE: CONSTITUCIONALIDADE. 1. O Supremo Tribunal
Federal pacificou a sua jurisprudência sobre a constitucionalidade do
instituto da estabilidade financeira e sobre a ausência de direito
adquirido a regime jurídico. 2. Nesta linha, a Lei Complementar n.
203/2001, do Estado do Rio Grande do Norte, no ponto que alterou a
forma de cálculo de gratificações e, conseqüentemente, a composição
da remuneração de servidores públicos, não ofende a Constituição da
República de 1988, por dar cumprimento ao princípio da
irredutibilidade da remuneração. 3. Recurso extraordinário ao qual se
nega provimento' (RE 563.965, de minha relatoria, Tribunal Pleno,
DJ 20.3.2009).
'Embargos de declaração em agravo regimental em recurso
extraordinário. 2. Gratificação. Forma de cálculo. Alteração de leis
estaduais. Direito adquirido. Regime jurídico. Inexistência.
3
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 12
Relatório
RE 613.160 AGR / DF
Precedentes. 3. Embargos de declaração acolhidos para dar provimento
ao agravo regimental e, desde logo, conhecer do recurso extraordinário
e dar-lhe provimento' (RE 353.545-AgR-ED, Rel. Min. Gilmar
Mendes, Segunda Turma, DJ 7.3.2008).
6. Nada há, pois, a prover quanto às alegações do Recorrente.
7. Pelo exposto, nego seguimento ao recurso extraordinário (art.
557, caput, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento
Interno do Supremo Tribunal Federal)”.
2. Publicada essa decisão no DJe de 11.10.2010, interpõe Pedro Paulo
da Silva, ora Agravante, em 18.10.2010, tempestivamente, agravo
regimental.
3. Alega o Agravante que teria sido contrariado o art. 5º, inc. XXXVI,
da Constituição da República e, ainda, que, “atendo-se ao caso presente,
percebe-se claramente a violação, por parte da decisão impugnada, de disposições
contidas em sentença anterior, devidamente apreciada por Magistrado
Trabalhista e confirmada pelo Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 14ª
Região em reexame necessário, que conferiu ao Recorrente o inequívoco direito
adquirido a um piso salarial na conformidade com o disposto na lei regente de sua
classe”.
Afirma que “a própria lei que instituiu o Plano de Cargos Carreiras e
Salários dos Servidores do Estado do Acre (Lei 1.394/2001), no claro intuito
legislativo de evitar inconstitucionalidades, foi expressa quando assegurou aos
servidores nela enquadrados a garantia de manutenção das remunerações obtidas
através de sentença judicial”.
Assevera, ainda, que “o STF tem o entendimento de que o servidor não
pode alegar direito adquirido a regime jurídico. Todavia esse entendimento não é
intangível, uma vez que não admite a redutibilidade de vencimentos. No caso em
tela, vislumbramos a redução gradativa dos vencimentos do servidor e, portanto,
4
Supremo Tribunal Federal
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RE 613.160 AGR / DF
Precedentes. 3. Embargos de declaração acolhidos para dar provimento
ao agravo regimental e, desde logo, conhecer do recurso extraordinário
e dar-lhe provimento' (RE 353.545-AgR-ED, Rel. Min. Gilmar
Mendes, Segunda Turma, DJ 7.3.2008).
6. Nada há, pois, a prover quanto às alegações do Recorrente.
7. Pelo exposto, nego seguimento ao recurso extraordinário (art.
557, caput, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento
Interno do Supremo Tribunal Federal)”.
2. Publicada essa decisão no DJe de 11.10.2010, interpõe Pedro Paulo
da Silva, ora Agravante, em 18.10.2010, tempestivamente, agravo
regimental.
3. Alega o Agravante que teria sido contrariado o art. 5º, inc. XXXVI,
da Constituição da República e, ainda, que, “atendo-se ao caso presente,
percebe-se claramente a violação, por parte da decisão impugnada, de disposições
contidas em sentença anterior, devidamente apreciada por Magistrado
Trabalhista e confirmada pelo Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 14ª
Região em reexame necessário, que conferiu ao Recorrente o inequívoco direito
adquirido a um piso salarial na conformidade com o disposto na lei regente de sua
classe”.
Afirma que “a própria lei que instituiu o Plano de Cargos Carreiras e
Salários dos Servidores do Estado do Acre (Lei 1.394/2001), no claro intuito
legislativo de evitar inconstitucionalidades, foi expressa quando assegurou aos
servidores nela enquadrados a garantia de manutenção das remunerações obtidas
através de sentença judicial”.
Assevera, ainda, que “o STF tem o entendimento de que o servidor não
pode alegar direito adquirido a regime jurídico. Todavia esse entendimento não é
intangível, uma vez que não admite a redutibilidade de vencimentos. No caso em
tela, vislumbramos a redução gradativa dos vencimentos do servidor e, portanto,
4
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 12
Relatório
RE 613.160 AGR / DF
se enquadra no exceção aduzida, ou seja, a da redutibilidade de vencimentos”.
Requer o provimento do presente recurso.
É o relatório.
5
Supremo Tribunal Federal
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se enquadra no exceção aduzida, ou seja, a da redutibilidade de vencimentos”.
Requer o provimento do presente recurso.
É o relatório.
5
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Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
02/12/2010
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 613.160 DISTRITO FEDERAL
V O T O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora):
1. Razão jurídica não assiste ao Agravante.
2. O Tribunal de origem decidiu a controvérsia nos seguintes termos:
“MÉDICO-VETERINÁRIO; VENCIMENTO; REVISÃO;
MÍNIMO PROFISSIONAL. OITO E MEIO SALÁRIOS
MÍNIMOS. COBRANÇA DE DIFERENÇA A MENOR.
IMPROCEDÊNCIA. APELAÇÃO. PROVIDO.
1. Estando os vencimentos do ocupante do cargo de médico-
veterinário acima do valor previsto para o mínimo da categoria, não há
qualquer complementação a ser efetuada pela Administração Pública,
mesmo em face de ordem judicial no sentido de que os vencimentos
observem aquele piso.
2. A Administração pode modificar a forma de cálculo dos
vencimentos dos seus servidores, desde que obedeça ao princípio da
irredutibilidade de vencimentos”.
3. Como afirmado na decisão agravada, a jurisprudência do
Supremo Tribunal assentou que a alegação de contrariedade ao art. 5º,
inc. XXXVI, da Constituição da República, se dependente de análise
prévia da legislação infraconstitucional, configuraria apenas ofensa
constitucional indireta.
Ademais, para o deslinde da controvérsia, seria necessária a análise
prévia do Plano de Cargos, Carreiras e Salários dos Servidores do Estado
do Acre (Lei estadual n. 1.394/2001), o que não viabiliza o processamento
do recurso extraordinário. Incide na espécie a Súmula n. 280 do Supremo
Tribunal Federal.
Supremo Tribunal Federal
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02/12/2010
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 613.160 DISTRITO FEDERAL
V O T O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora):
1. Razão jurídica não assiste ao Agravante.
2. O Tribunal de origem decidiu a controvérsia nos seguintes termos:
“MÉDICO-VETERINÁRIO; VENCIMENTO; REVISÃO;
MÍNIMO PROFISSIONAL. OITO E MEIO SALÁRIOS
MÍNIMOS. COBRANÇA DE DIFERENÇA A MENOR.
IMPROCEDÊNCIA. APELAÇÃO. PROVIDO.
1. Estando os vencimentos do ocupante do cargo de médico-
veterinário acima do valor previsto para o mínimo da categoria, não há
qualquer complementação a ser efetuada pela Administração Pública,
mesmo em face de ordem judicial no sentido de que os vencimentos
observem aquele piso.
2. A Administração pode modificar a forma de cálculo dos
vencimentos dos seus servidores, desde que obedeça ao princípio da
irredutibilidade de vencimentos”.
3. Como afirmado na decisão agravada, a jurisprudência do
Supremo Tribunal assentou que a alegação de contrariedade ao art. 5º,
inc. XXXVI, da Constituição da República, se dependente de análise
prévia da legislação infraconstitucional, configuraria apenas ofensa
constitucional indireta.
Ademais, para o deslinde da controvérsia, seria necessária a análise
prévia do Plano de Cargos, Carreiras e Salários dos Servidores do Estado
do Acre (Lei estadual n. 1.394/2001), o que não viabiliza o processamento
do recurso extraordinário. Incide na espécie a Súmula n. 280 do Supremo
Tribunal Federal.
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Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
RE 613.160 AGR / DF
“EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE
INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. ALEGAÇÃO DE
AFRONTA AOS PRINCÍPIOS DA LEGALIDADE, DO ATO
JURÍDICO PERFEITO E DA COISA JULGADA. AGRAVO
REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. A
jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido de
que a alegação de afronta ao princípio da legalidade e a verificação, no
caso concreto, da ocorrência, ou não, de ofensa ao direito adquirido, ao
ato jurídico perfeito e à coisa julgada, se dependentes de análise prévia
da legislação infraconstitucional, configurariam apenas ofensa
constitucional indireta” (AI 684.188-AgR, de minha relatoria,
Primeira Turma, DJe 18.9.2009).
“EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO
EXTRAORDINÁRIO.
AUSÊNCIA
DE
PREQUESTIONAMENTO.
PRESCRIÇÃO.
MATÉRIA
INFRACONSTITUCIONAL.
OFENSA
REFLEXA.
IMPOSSIBILIDADE EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. 1. O
Tribunal a quo não se manifestou explicitamente sobre os temas
constitucionais tidos por violados. Incidência das Súmulas ns. 282 e
356 do Supremo Tribunal Federal. 2. Controvérsia decidida à luz de
legislação infraconstitucional. Ofensa indireta à Constituição do
Brasil. 3. A verificação, no caso concreto, da ocorrência, ou não, de
violação do direito adquirido, do ato jurídico perfeito e da coisa julgada
situa-se no campo infraconstitucional. Agravo regimental a que se
nega provimento” (RE 600.532-AgR, Rel. Min. Eros Grau,
Segunda Turma, DJe 23.10.2009 – grifos nossos).
“EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE
INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO.
EQUIPARAÇÃO
DE
VENCIMENTOS.
LEIS
COMPLEMENTARES ESTADUAIS NS. 727/93 E 859/99.
IMPOSSIBILIDADE DE ANÁLISE DE LEGISLAÇÃO LOCAL.
OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. INCIDÊNCIA DA
SÚMULA 280 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO
2
Supremo Tribunal Federal
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RE 613.160 AGR / DF
“EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE
INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. ALEGAÇÃO DE
AFRONTA AOS PRINCÍPIOS DA LEGALIDADE, DO ATO
JURÍDICO PERFEITO E DA COISA JULGADA. AGRAVO
REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. A
jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido de
que a alegação de afronta ao princípio da legalidade e a verificação, no
caso concreto, da ocorrência, ou não, de ofensa ao direito adquirido, ao
ato jurídico perfeito e à coisa julgada, se dependentes de análise prévia
da legislação infraconstitucional, configurariam apenas ofensa
constitucional indireta” (AI 684.188-AgR, de minha relatoria,
Primeira Turma, DJe 18.9.2009).
“EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO
EXTRAORDINÁRIO.
AUSÊNCIA
DE
PREQUESTIONAMENTO.
PRESCRIÇÃO.
MATÉRIA
INFRACONSTITUCIONAL.
OFENSA
REFLEXA.
IMPOSSIBILIDADE EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. 1. O
Tribunal a quo não se manifestou explicitamente sobre os temas
constitucionais tidos por violados. Incidência das Súmulas ns. 282 e
356 do Supremo Tribunal Federal. 2. Controvérsia decidida à luz de
legislação infraconstitucional. Ofensa indireta à Constituição do
Brasil. 3. A verificação, no caso concreto, da ocorrência, ou não, de
violação do direito adquirido, do ato jurídico perfeito e da coisa julgada
situa-se no campo infraconstitucional. Agravo regimental a que se
nega provimento” (RE 600.532-AgR, Rel. Min. Eros Grau,
Segunda Turma, DJe 23.10.2009 – grifos nossos).
“EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE
INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO.
EQUIPARAÇÃO
DE
VENCIMENTOS.
LEIS
COMPLEMENTARES ESTADUAIS NS. 727/93 E 859/99.
IMPOSSIBILIDADE DE ANÁLISE DE LEGISLAÇÃO LOCAL.
OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. INCIDÊNCIA DA
SÚMULA 280 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 12
Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
RE 613.160 AGR / DF
REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (AI
741.844-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe
19.6.2009).
4. Ressalte-se, ao final, que o Supremo Tribunal Federal assentou que
inexiste direito adquirido a regime jurídico e à fórmula de composição da
remuneração dos servidores públicos, desde que não acarrete redução no
valor nominal dos vencimentos.
Nesse sentido:
“EMENTA: MILITAR. PROVENTOS. ADICIONAL DE
INATIVIDADE. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE
INSTRUMENTO. REGIME JURÍDICO. DIREITO ADQUIRIDO.
INEXISTENCIA. ALEGADA OFENSA AO ART. 5º, XXXV E LV,
DA CF. OFENSA REFLEXA. AGRAVO IMPROVIDO. I - Não há
direito adquirido do servidor público estatutário a regime jurídico
pertinente à composição dos vencimentos. Precedentes. II - A
jurisprudência da Corte é no sentido de que a alegada violação ao art.
5º, XXXV e LV, da Constituição, pode configurar, quando muito,
situação de ofensa reflexa ao texto constitucional, por demandar a
análise de legislação processual ordinária. Precedentes. III - Agravo
regimental improvido” (AI 685.866-AgR, Rel. Min. Ricardo
Lewandowski, Primeira Turma, DJe 22.5.2009, grifos nossos).
E:
“EMENTA: RECURSO. Extraordinário. Provimento. Servidor
público. (...) Não há direito adquirido do servidor público estatutário à
inalterabilidade do regime jurídico pertinente à composição dos
vencimentos, desde que a eventual modificação introduzida por ato
legislativo superveniente preserve o montante global da remuneração
e, em conseqüência, não provoque decesso de caráter pecuniário” (AI
609.997-AgR, Rel. Min. Cezar Peluso, Segunda Turma, DJe
13.3.2009).
3
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RE 613.160 AGR / DF
REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (AI
741.844-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe
19.6.2009).
4. Ressalte-se, ao final, que o Supremo Tribunal Federal assentou que
inexiste direito adquirido a regime jurídico e à fórmula de composição da
remuneração dos servidores públicos, desde que não acarrete redução no
valor nominal dos vencimentos.
Nesse sentido:
“EMENTA: MILITAR. PROVENTOS. ADICIONAL DE
INATIVIDADE. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE
INSTRUMENTO. REGIME JURÍDICO. DIREITO ADQUIRIDO.
INEXISTENCIA. ALEGADA OFENSA AO ART. 5º, XXXV E LV,
DA CF. OFENSA REFLEXA. AGRAVO IMPROVIDO. I - Não há
direito adquirido do servidor público estatutário a regime jurídico
pertinente à composição dos vencimentos. Precedentes. II - A
jurisprudência da Corte é no sentido de que a alegada violação ao art.
5º, XXXV e LV, da Constituição, pode configurar, quando muito,
situação de ofensa reflexa ao texto constitucional, por demandar a
análise de legislação processual ordinária. Precedentes. III - Agravo
regimental improvido” (AI 685.866-AgR, Rel. Min. Ricardo
Lewandowski, Primeira Turma, DJe 22.5.2009, grifos nossos).
E:
“EMENTA: RECURSO. Extraordinário. Provimento. Servidor
público. (...) Não há direito adquirido do servidor público estatutário à
inalterabilidade do regime jurídico pertinente à composição dos
vencimentos, desde que a eventual modificação introduzida por ato
legislativo superveniente preserve o montante global da remuneração
e, em conseqüência, não provoque decesso de caráter pecuniário” (AI
609.997-AgR, Rel. Min. Cezar Peluso, Segunda Turma, DJe
13.3.2009).
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 12
Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
RE 613.160 AGR / DF
5. No entanto, a análise da suposta redução de vencimentos não
viabiliza o processamento do recurso extraordinário, por demandar o
reexame de fatos e provas. Incide na espécie a Súmula n. 279 do Supremo
Tribunal Federal (RE 593.711-AgR, Rel. Min. Eros Grau, Segunda Turma,
DJe 17.4.2009).
6. Os argumentos do Agravante, insuficientes para modificar a
decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em
pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente
prestação jurisdicional.
7. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental.
4
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RE 613.160 AGR / DF
5. No entanto, a análise da suposta redução de vencimentos não
viabiliza o processamento do recurso extraordinário, por demandar o
reexame de fatos e provas. Incide na espécie a Súmula n. 279 do Supremo
Tribunal Federal (RE 593.711-AgR, Rel. Min. Eros Grau, Segunda Turma,
DJe 17.4.2009).
6. Os argumentos do Agravante, insuficientes para modificar a
decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em
pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente
prestação jurisdicional.
7. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental.
4
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Decisão de Julgamento
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 613.160
PROCED. : DISTRITO FEDERAL
RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S) : PEDRO PAULO DA SILVA
ADV.(A/S) : TATIANA KARLA ALMEIDA MARTINS
AGDO.(A/S) : ESTADO DO ACRE
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO ACRE
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental no
recurso extraordinário, nos termos do voto da Relatora. Unânime.
Presidência do Ministro Ricardo Lewandowski. 1ª Turma, 02.12.2010.
Presidência do Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à
Sessão o Ministro Marco Aurélio, a Ministra Cármen Lúcia e o
Ministro Dias Toffoli.
Subprocurador-Geral da República, Edson Oliveira de Almeida.
Fabiane Duarte
Coordenadora
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Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 613.160
PROCED. : DISTRITO FEDERAL
RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S) : PEDRO PAULO DA SILVA
ADV.(A/S) : TATIANA KARLA ALMEIDA MARTINS
AGDO.(A/S) : ESTADO DO ACRE
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO ACRE
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental no
recurso extraordinário, nos termos do voto da Relatora. Unânime.
Presidência do Ministro Ricardo Lewandowski. 1ª Turma, 02.12.2010.
Presidência do Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à
Sessão o Ministro Marco Aurélio, a Ministra Cármen Lúcia e o
Ministro Dias Toffoli.
Subprocurador-Geral da República, Edson Oliveira de Almeida.
Fabiane Duarte
Coordenadora
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 900531
Inteiro Teor do Acórdão - Página 12 de 12
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=935013 | 2010-12-02T00:00:00 | 2011-02-01T00:00:00 | A Turma negou provimento ao agravo regimental no recurso extraordinário, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Presidência do Ministro Ricardo Lewandowski. 1ª Turma, 02.12.2010. | AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO | EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. VENCIMENTOS. MODIFICAÇÃO DA FORMA DE CÁLCULO. 1. ALEGAÇÃO DE CONTRARIEDADE AO ART. 5º, INC. XXXVI, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA: CONTROVÉRSIA INFRACONSTITUCIONAL. 2. LEI ESTADUAL N. 1.394/2001: INCIDÊNCIA DA SÚMULA N. 280 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. 3. INEXISTÊNCIA DE DIREITO ADQUIRIDO A REGIME JURÍDICO E À FÓRMULA DE COMPOSIÇÃO DA REMUNERAÇÃO. ALEGAÇÃO DE REDUÇÃO DOS VENCIMENTOS: IMPOSSIBILIDADE DO REEXAME DE PROVAS (SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL). AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. | sjur186735 | - Acórdãos citados: RE 593711 AgR, RE 600532 AgR, AI 609997 AgR, AI 684188 AgR, AI 685866 AgR, AI 741844 AgR.
Número de páginas: 12.
Análise: 07/02/2011, CRE. | CÁRMEN LÚCIA | Primeira Turma | 613160 | [
"LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00005 INC-00036 \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n\r\n",
"LEG-FED SUMSTF-000279 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\r\n\r\n",
"LEG-FED SUMSTF-000280 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\r\n\r\n",
"LEG-EST LEI-001394 ANO-2001\r\n LEI ORDINÁRIA, AC"
] | RE-AgR | acordaos | RE 613160 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : PEDRO PAULO DA SILVA
ADV.(A/S) : TATIANA KARLA ALMEIDA MARTINS
AGDO.(A/S) : ESTADO DO ACRE
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO ACRE | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 613 . 160",
"SÚMULA N . 280 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL",
"SÚMULA N . 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL",
"RE 613",
"RE 613 . 160 AGR / DF",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 613 . 160",
"RE 613 . 160 AGR / DF",
"AI 684 . 188 - AgR",
"SÚMULA N . 283 DO STF",
"Súmulas ns . 282",
"Súmula n . 283 do STF",
"RE 600 . 774 - AgR",
"Súmula n . 280 do Supremo Tribunal Federal",
"SÚMULA 280 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL",
"AI 788 . 605 - AgR",
"SÚMULA 280 DO STF",
"RE 613 . 160 AGR",
"AI 684 . 188 - AgR",
"SÚMULA N . 283 DO STF",
"Súmulas ns . 282 e 356 do Supremo Tribunal Federal",
"Súmula n . 283 do STF",
"RE 600 . 774 - AgR",
"Súmula n . 280 do Supremo Tribunal Federal",
"SÚMULA 280 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL",
"AI 788 . 605 - AgR",
"SÚMULA 280 DO STF",
"RE 613 . 160 AGR / DF",
"AI 645 . 457 - AgR",
"RE 563 . 965",
"RE 613 . 160 AGR / DF",
"AI 645 . 457 - AgR",
"RE 563 . 965",
"RE 613 . 160 AGR",
"RE 353 . 545 - AgR - ED",
"RE 613 . 160 AGR / DF",
"RE 353 . 545 - AgR",
"RE 613 . 160 AGR / DF",
"RE 613 . 160 AGR / DF",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 613 . 160",
"Súmula n . 280 do Supremo Tribunal Federal",
"Súmula n . 280 do Supremo Tribunal Federal",
"RE 613 . 160 AGR / DF",
"AI 684 . 188 - AgR",
"Súmulas ns . 282 e 356 do Supremo Tribunal Federal",
"RE 600 . 532 - AgR",
"SÚMULA 280 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL",
"RE 613 . 160 AGR / DF",
"AFRONTA",
"AI 684 . 188 - AgR",
"Súmulas ns . 282",
"RE 600 . 532 - AgR",
"SÚMULA 280 DO SUPREMO",
"RE 613 . 160",
"AI 741 . 844 - AgR",
"AI 685 . 866 - AgR",
"AI 609 . 997 - AgR",
"RE 613 . 160 AGR",
"AI 741 . 844 - AgR",
"AI 685 . 866 - AgR",
"AI 609 . 997 - AgR",
"RE 613 . 160 AGR / DF",
"Súmula n . 279 do Supremo Tribunal Federal",
"RE 593 . 711 - AgR",
"RE 613 . 160 AGR / DF",
"Súmula n . 279 do Supremo Tribunal Federal",
"RE 593 . 711 - AgR",
"RECURSO",
"RECURSO"
],
"LEGISLACAO": [
"ART . [UNK] , INC . XXXVI , DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA",
"LEI ESTADUAL N . 1 . 394 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] , inc . XXXVI , da Constituição da República",
"Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] , inc . XXXVI , da Constituição da República",
"Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"394",
"2001",
"DECRETOS ESTADUAIS 36 . 033 / 1994",
"36",
".",
"829",
"/",
"1995",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei estadual n . 1 . 394 / 2001",
"DECRETOS ESTADUAIS 36 . 033 / 1994",
"36",
".",
"829",
"/",
"1995",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Decretos",
"estaduais 36 . 033 / 1994",
"36",
".",
"585",
"/",
"1994",
"LEI COMPLEMENTAR N . 203 / 2001",
"Lei Complementar n . 203 / 2001",
"Constituição da República de 1988",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Decretos estaduais 36 . 033 / 1994",
"36",
".",
"585",
"/",
"1994",
"LEI COMPLEMENTAR N . 203 / 2001",
"Lei Complementar n . 203 / 2001",
"Constituição da República de 1988",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 557 , caput , do Código de Processo Civil",
"art . 21 , § [UNK] , do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal",
"art . [UNK] , inc . XXXVI , da Constituição da República",
"Lei 1 . 394 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 557 , caput , do Código de Processo Civil",
"art . 21 , § [UNK] , do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal",
"art . [UNK] , inc . XXXVI , da Constituição da República",
"Lei 1 . 394 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200",
"art . [UNK] , inc . XXXVI , da Constituição da República",
"Lei estadual n . 1 . 394 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] , inc . XXXVI , da Constituição da República",
"Plano",
"Lei estadual n . 1 . 394 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição do Brasil",
"LEIS COMPLEMENTARES ESTADUAIS NS . 727 / 93",
"859",
"/",
"99",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição do Brasil",
"LEIS COMPLEMENTARES ESTADUAIS NS . 727 / 93",
"859",
"/",
"99",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ART . [UNK] , XXXV E LV , DA CF",
"art . [UNK] , XXXV e LV , da Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ART . [UNK] , XXXV E LV , DA CF",
"art . [UNK] , XXXV e LV , da Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"DISTRITO FEDERAL",
"ESTADO DO ACRE",
"ESTADO DO ACRE",
"Brasília",
"DISTRITO FEDERAL",
"ESTADO DO ACRE",
"ESTADO DO ACRE",
"DISTRITO FEDERAL",
"ESTADO DO ACRE",
"ESTADO DO ACRE",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE",
"Estado do Rio Grande do Norte",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE",
"Estado do Rio Grande do Norte",
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL",
"ESTADO DO ACRE",
"ESTADO DO ACRE",
"DISTRITO FEDERAL",
"ESTADO DO ACRE",
"ESTADO DO ACRE"
],
"ORGANIZACAO": [
"PRIMEIRA TURMA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"Tribunal de Justiça do Acre",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Tribunal de Justiça do",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Primeira Turma",
"Segunda Turma",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"Segunda Turma",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Tribunal Pleno",
"Supremo Tribunal Federal",
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"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Tribunal Pleno",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"/",
"DF",
"Segunda Turma",
"Tribunal Regional do Trabalho da [UNK] Região",
"STF",
"Supremo Tribunal Federal",
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"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda",
"Tribunal Regional do Trabalho da [UNK] Região",
"STF",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"Supremo Tribunal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Supremo Tribunal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"CÁRMEN LÚCIA",
"PEDRO PAULO DA SILVA",
"TATIANA KARLA ALMEIDA MARTINS",
"Ricardo Lewandowski",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"PEDRO PAULO DA SILVA",
"TATIANA KARLA ALMEIDA MARTINS",
"CÁRMEN LÚCIA",
"Pedro Paulo da Silva",
"CÁRMEN LÚCIA",
"PEDRO PAULO DA SILVA",
"TATIANA KARLA ALMEIDA MARTINS",
"CÁRMEN LÚCIA",
"Pedro Paulo da Silva",
"Eros Grau",
"Eros Grau",
"Joaquim Barbosa",
"Joaquim Barbosa",
"Gilmar Mendes",
"Pedro Paulo da Silva",
"Gilmar Mendes",
"Pedro Paulo da Silva",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"Eros Grau",
"Eros Grau",
"Ricardo Lewandowski",
"Cezar Peluso",
"Ricardo Lewandowski",
"Cezar Peluso",
"Eros Grau",
"Eros Grau",
"CÁRMEN LÚCIA",
"PEDRO PAULO DA SILVA",
"TATIANA KARLA ALMEIDA MARTINS",
"Ricardo Lewandowski",
"Ricardo Lewandowski",
"Marco Aurélio",
"Cármen Lúcia",
"Dias Toffoli",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Fabiane Duarte",
"PEDRO PAULO DA SILVA",
"TATIANA KARLA ALMEIDA MARTINS",
"Ricardo Lewandowski",
"Ricardo Lewandowski",
"Marco Aurélio",
"Cármen Lúcia",
"Dias Toffoli",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Fabiane Duarte"
],
"TEMPO": [
"02",
"/",
"12",
"/",
"2010",
"2 de dezembro de 2010",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"01",
"/",
"02",
"/",
"2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
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"/",
"12",
"/",
"2010",
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"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
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"2010",
"29 de setembro de 2010",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"17",
".",
"9",
".",
"2009",
"25",
".",
"2",
".",
"2010",
"23",
".",
"9",
".",
"2010",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"17",
".",
"9",
".",
"2009",
"25",
".",
"2",
".",
"2010",
"23",
".",
"9",
".",
"2010",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"5",
".",
"3",
".",
"2009",
"20",
".",
"3",
".",
"2009",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"5",
".",
"3",
".",
"2009",
"20",
".",
"3",
".",
"2009",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"7",
".",
"3",
".",
"2008",
"11",
".",
"10",
".",
"2010",
"18",
".",
"10",
".",
"2010",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"7",
".",
"3",
".",
"2008",
"11",
".",
"10",
".",
"2010",
"18",
".",
"10",
".",
"2010",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"02",
"/",
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"/",
"2010",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"02",
"/",
"12",
"/",
"2010",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"18",
".",
"9",
".",
"2009",
"23",
".",
"10",
".",
"2009",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
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".",
"9",
".",
"2009",
"23",
".",
"10",
".",
"2009",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"19",
".",
"6",
".",
"2009",
"22",
".",
"5",
".",
"2009",
"13",
".",
"3",
".",
"2009",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"19",
".",
"6",
".",
"2009",
"22",
".",
"5",
".",
"2009",
"13",
".",
"3",
".",
"2009",
"24",
"/",
"08",
"/",
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".",
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"4",
".",
"2009",
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"/",
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".",
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"/",
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"2010",
"24",
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"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
Supremo Tribunal Federal
DJe 14/05/2010
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 10
Ementa e Acórdão
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 10
Relatório
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 10
Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 10
Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 10
Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 10
Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 10
Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 10
Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 10
Decisão de Julgamento
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 582.258
PROCED. : MINAS GERAIS
RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S) : BANCO TRIÂNGULO S/A
ADV.(A/S) : ANGELA PAES DE BARROS DI FRANCO E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental no
agravo regimental no recurso extraordinário, nos termos do voto do
Relator. Unânime. Presidência do Ministro Ricardo Lewandowski. 1ª
Turma, 06.04.2010.
Presidência do Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à
Sessão os Ministros Marco Aurélio, Ayres Britto, a Ministra Cármen
Lúcia e o Ministro Dias Toffoli.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Fabiane Duarte
Coordenadora
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 582.258
PROCED. : MINAS GERAIS
RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S) : BANCO TRIÂNGULO S/A
ADV.(A/S) : ANGELA PAES DE BARROS DI FRANCO E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental no
agravo regimental no recurso extraordinário, nos termos do voto do
Relator. Unânime. Presidência do Ministro Ricardo Lewandowski. 1ª
Turma, 06.04.2010.
Presidência do Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à
Sessão os Ministros Marco Aurélio, Ayres Britto, a Ministra Cármen
Lúcia e o Ministro Dias Toffoli.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Fabiane Duarte
Coordenadora
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 10
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=555953 | 2010-04-06T00:00:00 | 2010-05-14T00:00:00 | A Turma negou provimento ao agravo regimental no agravo
regimental no recurso extraordinário, nos termos do voto do
Relator. Unânime. Presidência do Ministro Ricardo Lewandowski. 1ª
Turma, 06.04.2010. | AG.REG. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO | EMENTA: CONSTITUCIONAL. LEGISLAÇÃO APLICADA APÓS O RECONHECIMENTO
DE INCONSTITUCIONALIDADE. INCOMPETÊNCIA DO SUPREMO. INCLUSÃO DAS
RECEITAS FINANCEIRAS AUFERIDAS POR INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS NO
CONCEITO DE FATURAMENTO. MATÉRIA ESPECÍFICA NÃO PREQUESTIONADA.
DECISÃO DE RECONSIDERAÇÃO QUE ALTERA O CONTEÚDO DECISÓRIO E
CONTRARIA AS RAZÕES DE DECIDIR DA DECISÃO RECONSIDERADA.
REABERTURA DE PRAZO PARA RECORRER. AGRAVO IMPROVIDO.
I - O STF
não tem competência para determinar, de imediato, a aplicação de
eventual comando legal em substituição de lei ou ato normativo
considerado inconstitucional.
II - A discussão sobre a inclusão
das receitas financeiras auferidas por instituições financeiras
no conceito de faturamento para fins de incidência da COFINS não
se confunde com o debate envolvendo a constitucionalidade do § 1º
do art. 3º da Lei 9.718/989. Ausência de prequestionamento da
primeira matéria, que impossibilita a análise do recurso quanto
ao ponto.
III - Alteração da parte dispositiva de decisão, de
forma a contrair ou exceder os fundamentos mantidos na decisão
modificada, não configura mera correção de erro de fato, mas
caracteriza nova decisão, a justificar a reabertura do prazo para
recurso.
IV - Agravo regimental improvido. | sjur177571 | - Acórdãos citados: RE 400479 ED, RE 489881 AgR, AI 547891 AgR-ED, RE 583417 AgR.
Número de páginas: 10.
Análise: 21/06/2010, MMR. | RICARDO LEWANDOWSKI | Primeira Turma | 582258 | [
"LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00195 INC-00001 \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n",
"LEG-FED LCP-000070 ANO-1991\r\n ART-00002 \r\n LEI COMPLEMENTAR\r\n",
"LEG-FED LEI-009718 ANO-1998\r\n ART-00003 PAR-00001 ART-00008 \"CAPUT\"\r\n LEI ORDINÁRIA"
] | RE-AgR-AgR | acordaos | RE 582258 AgR-AgR | [
""
] | AGTE.(S) : BANCO TRIÂNGULO S/A
ADV.(A/S) : ANGELA PAES DE BARROS DI FRANCO E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 582 . 258"
],
"LEGISLACAO": [
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"MINAS GERAIS",
"MINAS GERAIS"
],
"ORGANIZACAO": [
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"BANCO TRIÂNGULO S / A",
"UNIÃO",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"BANCO TRIÂNGULO S / A",
"UNIÃO",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"ANGELA PAES DE BARROS DI FRANCO",
"Ricardo Lewandowski",
"Ricardo Lewandowski",
"Marco Aurélio",
"Ayres Britto",
"Cármen Lúcia",
"Dias Toffoli",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Fabiane Duarte",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"ANGELA PAES DE BARROS DI FRANCO",
"Ricardo Lewandowski",
"Ricardo Lewandowski",
"Marco Aurélio",
"Ayres Britto",
"Cármen Lúcia",
"Dias Toffoli",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Fabiane Duarte"
],
"TEMPO": [
"14",
"/",
"05",
"/",
"2010",
"06",
".",
"04",
".",
"2010",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06",
".",
"04",
".",
"2010",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
"Ementa e Acórdão\n16/11/2010\nSEGUNDA TURMA\nHABEAS CORPUS 105.277 SÃO PAULO\nRELATOR\n: MIN. GI(...TRUNCATED) | https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=934818 | 2010-11-16T00:00:00 | 2011-02-01T00:00:00 | "Deferida a ordem, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. Falou pelo paciente o Dr. Marce(...TRUNCATED) | HABEAS CORPUS | "Habeas Corpus. 2. Alegada falta de fundamentação da decisão que indeferiu o pedido de liberdade (...TRUNCATED) | sjur186574 | "- Acórdãos citados: HC 76347 QO, HC 79238, HC 79748, HC 79775, \r\nHC 79776, HC 83806, HC 84014, (...TRUNCATED) | GILMAR MENDES | Segunda Turma | 105277 | ["LEG-FED DEL-003689 ANO-1941\r\n ART-00312 \r\n CPP-1941 CÓDIGO D(...TRUNCATED) | HC | acordaos | HC 105277 | [
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] | "PACTE.(S) : FRANCISCO ANDRADE DA SILVA\r\nIMPTE.(S) : THAÍS AROCA DATCHO LACAV(...TRUNCATED) | [
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] | {"JURISPRUDENCIA":["HABEAS CORPUS 105 . 277","HC [UNK] 179508","HABEAS CORPUS 105 . 277","HC [UNK] 1(...TRUNCATED) |
"Ementa e Acórdão\n15/02/2011\nSEGUNDA TURMA\nHABEAS CORPUS 104.407 DISTRITO FEDERAL\nRELATOR\n: M(...TRUNCATED) | https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=1604952 | 2011-02-15T00:00:00 | 2011-12-05T00:00:00 | "A Turma, por votação unânime, superando a restrição fundada na Sumula 691/STF, concedeu, de of(...TRUNCATED) | HABEAS CORPUS | "EMENTA: HABEAS CORPUS. CRIME DE DESCAMINHO (ART. 334 DO CP). TIPICIDADE. INSIGNIFICÂNCIA PENAL DA (...TRUNCATED) | sjur202316 | "- Acórdãos citados: HC 76347 QO, HC 79238, HC 79748, HC \r\n79775, HC 79776, HC 92438, HC 93072, (...TRUNCATED) | AYRES BRITTO | Segunda Turma | 104407 | ["LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00005 INC-00068 \r\n CF-1988 CONSTITU(...TRUNCATED) | HC | acordaos | HC 104407 | [
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] | "PACTE.(S) : DANIEL MANTOVANI DOS SANTOS\r\nIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA U(...TRUNCATED) | [
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] | {"JURISPRUDENCIA":["HABEAS CORPUS 104 . 407","HC [UNK] 171133","SÚMULA 691 / STF","HC 104 . 407 / D(...TRUNCATED) |
"Ementa e Acórdão\n29/03/2011\nSEGUNDA TURMA\nHABEAS CORPUS 106.957 RIO GRANDE DO SUL\nRELATOR\n: (...TRUNCATED) | https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=1609482 | 2011-03-29T00:00:00 | 2011-12-07T00:00:00 | "Deferida a ordem, nos termos do voto do Relator. Decisão unânime. Ausente, justificadamente, nest(...TRUNCATED) | HABEAS CORPUS | "EMENTA: HABEAS CORPUS. CRIME DE TENTATIVA DE FURTO (CAPUT DO ART. 155, COMBINADO COM O INCISO II DO(...TRUNCATED) | sjur202508 | "- Acórdãos citados: HC 88393, HC 102080, HC 104468.\r\n- Veja Ação Penal 023/2080003607-1 da 1(...TRUNCATED) | AYRES BRITTO | Segunda Turma | 106957 | ["LEG-FED DEL-002848 ANO-1940\r\n ART-00014 INC-00002 ART-00077 ART-00155\r\n (...TRUNCATED) | HC | acordaos | HC 106957 | [
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] | "PACTE.(S) : SIMONE LUZ DE AVILA \r\nIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO \(...TRUNCATED) | [
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] | {"JURISPRUDENCIA":["HABEAS CORPUS 106 . 957","HC 106 . 957 / RS","HC 106 . 957 / RS","HABEAS CORPUS (...TRUNCATED) |
"Decisão sobre Repercussão Geral\n21/04/2011\nPLENÁRIO\nREPERCUSSÃO GERAL NO RECURSO EXTRAORDIN(...TRUNCATED) | https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=1597961 | 2011-04-21T00:00:00 | 2011-12-01T00:00:00 | "Decisão: O Tribunal reconheceu a existência de repercussão geral da questão constitucional susc(...TRUNCATED) | REPERCUSSÃO GERAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO | "Ementa: CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO – ADMINISTRATIVO - FINANCEIRO. PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE. MA(...TRUNCATED) | repercussao-geral3202 | "- Acórdão citado: RE 562276 - Tribunal Pleno.\r\nNúmero de páginas: 10.\r\nAnálise: 25/05/2012(...TRUNCATED) | JOAQUIM BARBOSA | Tribunal Pleno | 636562 | ["LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00102 INC-00003 LET-B ART-00146\r\n INC-0000(...TRUNCATED) | RE-RG | acordaos | RE 636562 RG | [
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] | "RECTE.(S) : UNIÃO\r\nPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL\r\nRECDO(...TRUNCATED) | [
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] | {"JURISPRUDENCIA":["RECURSO EXTRAORDINÁRIO 636 . 562","RECURSO EXTRAORDINÁRIO 636 . 562","RECURSO (...TRUNCATED) |
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