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327
Custas a cargo da recorrente.
328
Anexa-se sumário do acórdão.
329
Lisboa, 17 de março de 2021
330
Chambel Mourisco
331
Maria Paula Moreira Sá Fernandes
332
Pedro Manuel Branquinho Ferreira Dias
333
_________________________________________________
334
Artigo 1 da petição inicial.
335
Artigo 5 da petição inicial.
336
Este acórdão acompanha o raciocínio de diversos outros Acórdãos deste Supremo Tribunal de Justiça, nomeadamente:
337
Acórdão de 26-10-2017, proferido no processo n. 1175/17TTLSB.L S1
338
Acórdão de 21-09-2017, proferido no processo n. 2011/17LSB.L S1
339
Acórdão de 15-04-2015, proferido no processo n. 329/00TTCSC.L S1
340
Acórdão de 18-09-2013, proferido no processo n. 2775/07TTLSB.L S1
341
Acórdão de 08-01-2013, proferido no processo n. 176/19TTGRD.C S1
342
Neste sentido, entre outros:
343
Acórdão publicado in www.dsgsi-pt de 112014, com n de documento n SJ200410130021694;
344
Acórdão publicado in www.dsgsi-pt de 202010 proferido no processo n 4401/07TTLSB.S1
345
Alegando, o Recorrente formulou as seguintes conclusões:")
346
A decisão ora recorrida labora em erro do direito aplicável ao caso em juízo;
347
A decisão ora recorrida propõe-se executar o acórdão do TCAN proferido em 12 de junho de 2019 que decreta a reconstituição da situação atual hipotética do Exequente A... na carreira de inspetor de viação;
348
O acórdão do TCAN proferido em 6 de março de 2015 já transitou há muito em julgado, como reconheceram tempestiva e sucessivamente o TAFC-UO 1 e o próprio TCAN nos autos dos Processos n. 606/01BECBR,606/01BECBR-A e 606/01BECBR-A-AC;
349
O objeto do recurso é delimitado pelas conclusões das respetivas alegações, de acordo com o disposto nos artigos 14 n. 2 e 14 n. 4 do P.T.A. e dos artigos , 60 n. 2, 63 n.s 4 e 5 e 63 do novo CPC ex dos artigos e 14 do CPTA.
350
Assim sendo, esta será a questão a apreciar e decidir.
351
O quadro fáctico apurado na decisão judicial recorrida foi o seguinte:")
352
Em sentença de 002010, proferida no processo n. 606/01BECBR, consignou-se, entre o mais:
353
Por outro lado, é pacífico que até hoje, relativamente aos funcionários da extinta DGV, não foi emitido o decreto regulamentar em causa.
354
Ocorre, por isso, uma situação de ilegalidade por omissão de normas regulamentares, nos termos do n 1 do artigo 77 do CPTA, que estabelece existe uma situação de ilegalidade por omissão das normas quando a sua adoção, ao abrigo de disposições de direito administrativo, seja necessária para dar exequibilidade a atos legislativos carentes de regulamentação.
355
No entanto, é notório o paralelismo entre a situação dos autos e a examinada no citado acórdão.
356
Ou seja, não há qualquer situação de facto que ainda possa ser objeto de regulação através de normas regulamentares, uma vez que a situação atual e futura já não carece de qualquer regulamentação e a situação passada não é suscetível de ser regulada através de normas gerais e abstratas.
357
Pelo exposto:
358
Julgo improcedente o pedido de declaração de ilegalidade por omissão de regulamento;
359
No caso concreto e, como vimos, apenas em relação aos autores integrados na carreira de inspetor de viação se verifica uma omissão ilegal de regulamentar; pelo que se verifica ser fundamentado o pedido inicialmente formulado por estes autores.
360
Voltamos aqui a citar o teor do acórdão do Supremo Tribunal Administrativo de 102012, no processo n. 0337/11, com o qual também neste trecho se concorda:
361
"...)
362
No caso concreto a revogação da norma ocorreu depois da propositura da ação.
363
A Direção-Geral de Viação foi extinta com a criação da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária, operada pelo n. 77/07, de 29 de março, que no seu artigo 13 revogou expressamente o Decreto-Lei n. 484/9
364
E a presente ação foi proposta em 112005 - ver fls.
365
Em julho de 2000 o exequente era técnico profissional principal da carreira de inspetor de viação e estava posicionado no escalão 2, índice 240 - cf. informação remetida pelo IMT;
366
Em 002000 progrediu para o escalão 3, índice 250 - cf. informação remetida pelo IMT;
367
Em 202002 foi nomeado técnico profissional especialista da mesma carreira, ficando posicionado no escalão 1 - cf. informação remetida pelo IMT;
368
Em 002005 progrediu para o escalão 2, índice 280 - cf. informação remetida pelo IMT;
369
O Exequente auferiu as remunerações base e suplementos que se inferem do doc. de fls. 174 do processo eletrónico;
370
O exequente aposentou-se em 002006 - cf. informação remetida pelo IMT;
371
O MAI e o MF não procederam ao pagamento ao exequente de qualquer indemnização - acordo.
372
Factos não provados
373
Motivação
374
Remetendo para os factos dados como provados, deles se extrai que foi proferida decisão judicial pelo TCAN em 102019, que condenou o MF e MAI, a:
375
pagar o diferencial entre o valor do suplemento de função inspetiva efetivamente auferido e o valor desse mesmo suplemento que deveria ter sido estabelecido se tivesse sido regulamentada a carreira de inspeção em que estavam inseridos os recorrentes, em cumprimento do disposto no 112/2001;
376
Estabelece como limite temporal para o computo das diferenças salariais a data de interposição do recurso - 202017 - ou a data da aposentação dos AA., se anterior.
377
Na mesma decisão refere-se que as referidas alterações remuneratórias deverão ter reflexo no montante da aposentação dos recorrentes que, entretanto, se tenham aposentado.
378
Os requisitos de ingresso a atender, para os efeitos supra mencionados, serão os previstos nos artigos 3 a 3 do Decreto-Lei n. 484/99, de 10/11, e os previstos nos artigos a Decreto-lei n. 112/2001 de 6/
379
Por outro lado, o suplemento de inspeção do exequente teria um aumento de 2,5% cf. artigo 1, n. 2 do Decreto-lei n. 112/2001 de 6/4), passando a ser de 22,5% da remuneração, e o seu cálculo far-se-á através de uma mera operação aritmética, uma vez determinadas as carreira e categoria em que aquele estaria inserido, e tendo por base a respetiva remuneração.
380
Concretizando:
381
Em julho de 2000 o exequente era técnico profissional principal da carreira de técnico profissional de viação, cujo ingresso era feito entre indivíduos habilitados com o 11 ano de escolaridade ou equivalente, com carta de condução e com idade não inferior a 21 anos, aprovados em estágio com a duração de um ano que integra um curso de formação específico cf. artigo 3 do referido Decreto-Lei n. 484/99, de 10/11).
382
Em 202002 passou para a categoria de técnico profissional especialista da carreira de inspetor de viação.
383
Não obstante as doutas alegações, falece-lhe, porém, razão.
384
Por concordarmos com a solução ali encontrada, não poderemos deixar de convocar tal labor jurisprudencial, tanto mais que o aqui Relator foi um dos Juízes Desembargadores que integra o presente Tribunal Coletivo, sob pena de ser posta em causa a relativa previsibilidade e segurança na aplicação do direito, bem como o próprio princípio da igualdade artigos 13 da CRP e 8, n3, do .
385
Acompanhemos, por isso, as partes mais significativas da argumentação expendida no mencionado processo n. 606/01BECBR-A-:")
386
Os presentes autos foram intentados com vista obter a execução da decisão proferida em 102019, nos autos 606/01BECBR-A.
387
A seu ver:
388
o TCAN decidiu duas vezes sobre a mesma pretensão material do Exequente S:
389
Primeiro, no acórdão de 6 de março de 2015, foi decidido que o Exequente tem direito a uma indemnização pela omissão do dever de regulamentação das carreiras de inspeção de viação da extinta DGV;
390
e
394
E não o posterior acórdão de 12 de junho de 2019, entretanto invocado como fundamento da presente execução pelo saneador-sentença ora recorrido
397
O que prejudica definitivamente qualquer posterior decisão jurisdicional de decretação da reconstituição da situação atual hipotética do Exequente S... na carreira de inspetor de viação,
399
O ponto não merece mais desenvoltura.
401
Dispõe o art. 625 do CPC que:
402
O recorrente entende que ao caso se aplica este regime.
403
Mas o recurso é destituído dessa boa razão.
404
Com o que o recorrente não se conforma é que a execução siga seu comando.
405
Na visão do recorrente, o Ac. deste TCAN de 12/6/2019 proc. n. 606/01BECBR-A), é infiel ao antes decidido em 6/3/2015, proc. n. 606/01BECBR), atingindo o caso julgado.
406
Aí se determinou a final:
407
Julgam a ação improcedente relativamente aos autores que não integravam a carreira de inspetor de viação, absolvendo as entidades demandadas do pedido.
408
Julgam verificada uma situação de impossibilidade superveniente da lide quanto ao pedido inicial, em relação aos autores integrados na carreira de inspetor de viação.
409
Mas é precisamente o que retira razão ao recorrente.
410
Certamente que o decidido em 6/3/2015 também) adquiriu força de caso julgado formal, com força obrigatória dentro do processo e efeitos jurídicos estabilizados e vinculativos, mas nos precisos limites e termos em que se julgou.
411
Nada se estatuiu, em termos de definição substantiva, quanto ao pudesse advir fruto dessa convolação; não foi res judicata.
412
Concludentemente, deverá ser negado provimento ao presente recurso jurisdicional e mantida a decisão judicial recorrida.
413
Ao que se provirá em sede de dispositivo.
414
Custas a cargo do Recorrente.
415
Registe e Notifique-se. Porto, 10 de março de 2022,
416
Ricardo de Oliveira e Sousa
417
Rogério Martins
418
Luís Migueis Garcia
419
Processo n 4787/04TBGDM-B.P1
420
Relator: Miguel Baldaia Morais
421
Adjunto Des. Jorge Miguel Seabra
422
Adjunto Des. Pedro Damião e Cunha
423
SUMÁRIO
424
Acordam no Tribunal da Relação do Porto:
425
AA veio, ao abrigo do disposto no art. 112, n.s 1 e 2 do Cód. Processo Civil, deduzir o presente incidente de anulação de partilha contra BB, , e marido e EE e esposa, pedindo que se declare a nulidade da partilha realizada no inventário de este incidente constitui apenso.
426
O Autor respondeu, concluindo como no articulado inicial.
427
Com o requerimento de interposição do recurso apresentou alegações, formulando, a final, as seguintes
428
FUNDAMENTOS DE FACTO
429
Correu termos nos autos principais de que estes constituem apenso o inventário para partilha de bens por óbito de FF, falecida em 08 de maio de 2007, no estado de casada com GG.
430
Por sentença proferida em 04 de junho de 2013, foi homologada a transação alcançada entre os aqui Réus contemplando a partilha dos bens relacionados.
431
Após a morte, em 08 de dezembro de 2009, de GG, os aqui Réus BB e foram habilitados no dito processo, habilitação decretada por sentença de 16 de maio de 201
432
Na decisão recorrida julgou-se improcedente esse pedido por se considerar que, in casu, não estão reunidos os pressupostos a que a lei adjetiva art. 1127 do Cód. Processo Civil, na redação da Lei n 117/2019, de 109) subordina a anulação da partilha.
433
Contra esse sentido decisório rebela-se agora o apelante por entender que foi efetivamente preterido como herdeiro.