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---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
Ementa e Acórdão
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 715.522 BAHIA
RELATORA
: MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S)
:DINALDO CAETANO DA SILVA
ADV.(A/S)
:MIUCHA BORDONI E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:MUNICÍPIO DE SAÚDE
ADV.(A/S)
:FRANKLIN LEANDRO FERREIRA DA SILVA E
OUTRO(A/S)
EMENTA:
AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO
COM
AGRAVO.
ADMINISTRATIVO.
IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. 1. AUSÊNCIA DE PREPARO.
DESERÇÃO. 2. IMPOSSIBILIDADE DA ANÁLISE DE LEGISLAÇÃO
INFRACONSTITUCIONAL E DO REEXAME DE PROVAS (SÚMULA N.
279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL). 3. AGRAVO REGIMENTAL
AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do
Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a Presidência do
Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamento e
das notas taquigráficas, à unanimidade, em negar provimento ao agravo
regimental no recurso extraordinário com agravo, nos termos do voto da
Relatora. Ausentes, justificadamente, os Ministros Celso de Mello e
Joaquim Barbosa.
Brasília, 13 de novembro de 2012.
Ministra CÁRMEN LÚCIA - Relatora
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3120752.
Supremo Tribunal Federal
DJe 04/12/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 7
Relatório
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 715.522 BAHIA
RELATORA
: MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S)
:DINALDO CAETANO DA SILVA
ADV.(A/S)
:MIUCHA BORDONI E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:MUNICÍPIO DE SAÚDE
ADV.(A/S)
:FRANKLIN LEANDRO FERREIRA DA SILVA E
OUTRO(A/S)
R E L A T Ó R I O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora):
1. Em 17 de outubro de 2012, neguei seguimento ao agravo nos autos
do recurso extraordinário interposto por Dinaldo Caetano da Silva contra
julgado do Tribunal de Justiça da Bahia, o qual decidira que “constitui
responsabilidade do Prefeito a guarda e conservação dos bens públicos.
Ocorrendo, durante sua gestão, o desaparecimento de bens relacionados no
inventário, denotam sua culpa e obrigação de ressarcimento, com o pagamento do
valor equivalente à totalidade dos bens extraviados ou subtraídos, além dos
demais consectários legais”.
A decisão agravada teve a seguinte fundamentação:
“5. Razão jurídica não assiste ao Agravante.
6. Conforme afirmado na decisão agravada, o recurso
extraordinário é deserto, pois o Agravante não comprovou o
pagamento das custas e do porte de remessa e retorno no momento da
interposição do recurso, nos termos do art. 59 do Regimento Interno
do Supremo Tribunal Federal e do art. 511, caput , do Código de
Processo Civil:
(...)(AI 719.226-AgR/MT, Rel. Min. Joaquim Barbosa, Segunda
Turma, DJ 1º.12.2011).
7. Para se concluir de modo diverso das instâncias ordinárias
seria necessário reexaminar fatos, provas e a legislação
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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13/11/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 715.522 BAHIA
RELATORA
: MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S)
:DINALDO CAETANO DA SILVA
ADV.(A/S)
:MIUCHA BORDONI E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:MUNICÍPIO DE SAÚDE
ADV.(A/S)
:FRANKLIN LEANDRO FERREIRA DA SILVA E
OUTRO(A/S)
R E L A T Ó R I O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora):
1. Em 17 de outubro de 2012, neguei seguimento ao agravo nos autos
do recurso extraordinário interposto por Dinaldo Caetano da Silva contra
julgado do Tribunal de Justiça da Bahia, o qual decidira que “constitui
responsabilidade do Prefeito a guarda e conservação dos bens públicos.
Ocorrendo, durante sua gestão, o desaparecimento de bens relacionados no
inventário, denotam sua culpa e obrigação de ressarcimento, com o pagamento do
valor equivalente à totalidade dos bens extraviados ou subtraídos, além dos
demais consectários legais”.
A decisão agravada teve a seguinte fundamentação:
“5. Razão jurídica não assiste ao Agravante.
6. Conforme afirmado na decisão agravada, o recurso
extraordinário é deserto, pois o Agravante não comprovou o
pagamento das custas e do porte de remessa e retorno no momento da
interposição do recurso, nos termos do art. 59 do Regimento Interno
do Supremo Tribunal Federal e do art. 511, caput , do Código de
Processo Civil:
(...)(AI 719.226-AgR/MT, Rel. Min. Joaquim Barbosa, Segunda
Turma, DJ 1º.12.2011).
7. Para se concluir de modo diverso das instâncias ordinárias
seria necessário reexaminar fatos, provas e a legislação
Supremo Tribunal Federal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 7
Relatório
ARE 715.522 AGR / BA
infraconstitucional aplicável à espécie vertente (Lei n. 8.429/1992),
inviável em recurso extraordinário. Incide a Súmula 279 do Supremo
Tribunal Federal. Nesse sentido:
(...) (AI 811.192-AgR/SP, Rel. Min. Ellen Gracie, Segunda
Turma, DJ 9.2.2011).
8. Ademais, o Supremo Tribunal assentou que a alegação de
contrariedade ao art. 5º, inc. LV, da Constituição da República, se
dependente do exame da legislação infraconstitucional (Lei n.
8.429/1992), não viabiliza o recurso extraordinário, pois eventual
ofensa constitucional seria indireta. Nesse sentido:
(...) (AI 776.282-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe
12.3.2010).
9. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 544, § 4º,
inc. II, alínea a, do Código de Processo Civil, com as alterações da Lei
n. 12.322/2010, e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo
Tribunal Federal)”.
2. Publicada essa decisão no DJe de 25.10.2012, interpõe Dinaldo
Caetano da Silva, em 29.10.2012, tempestivamente, agravo regimental.
3. Alega o Agravante que, “não obstante terem sido regularmente
recolhidas as custas processuais e o porte de remessa e retorno, é de se salientar
que, concessa maxima venia, a decisão agravada contraria orientação vigente
perante o Superior Tribunal de Justiça de que a insuficiência de preparo por falta
de pagamento do porte de remessa e retorno dos autos não é causa de deserção,
salvo se, uma vez intimado para proceder ao pagamento suplementar, o
recorrente quedar-se inerte. (…). Ainda que assim não fosse, a pena de deserção
tal como aplicada na espécie, viola o princípio da instrumentalidade do processo
na medida em que impede ao recorrente o acesso à ordem jurídica justa, acabando
por atribuir ao processo um fim em si mesmo”.
Requer a reconsideração da decisão agravada ou o provimento do
presente recurso.
É o relatório.
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
ARE 715.522 AGR / BA
infraconstitucional aplicável à espécie vertente (Lei n. 8.429/1992),
inviável em recurso extraordinário. Incide a Súmula 279 do Supremo
Tribunal Federal. Nesse sentido:
(...) (AI 811.192-AgR/SP, Rel. Min. Ellen Gracie, Segunda
Turma, DJ 9.2.2011).
8. Ademais, o Supremo Tribunal assentou que a alegação de
contrariedade ao art. 5º, inc. LV, da Constituição da República, se
dependente do exame da legislação infraconstitucional (Lei n.
8.429/1992), não viabiliza o recurso extraordinário, pois eventual
ofensa constitucional seria indireta. Nesse sentido:
(...) (AI 776.282-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe
12.3.2010).
9. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 544, § 4º,
inc. II, alínea a, do Código de Processo Civil, com as alterações da Lei
n. 12.322/2010, e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo
Tribunal Federal)”.
2. Publicada essa decisão no DJe de 25.10.2012, interpõe Dinaldo
Caetano da Silva, em 29.10.2012, tempestivamente, agravo regimental.
3. Alega o Agravante que, “não obstante terem sido regularmente
recolhidas as custas processuais e o porte de remessa e retorno, é de se salientar
que, concessa maxima venia, a decisão agravada contraria orientação vigente
perante o Superior Tribunal de Justiça de que a insuficiência de preparo por falta
de pagamento do porte de remessa e retorno dos autos não é causa de deserção,
salvo se, uma vez intimado para proceder ao pagamento suplementar, o
recorrente quedar-se inerte. (…). Ainda que assim não fosse, a pena de deserção
tal como aplicada na espécie, viola o princípio da instrumentalidade do processo
na medida em que impede ao recorrente o acesso à ordem jurídica justa, acabando
por atribuir ao processo um fim em si mesmo”.
Requer a reconsideração da decisão agravada ou o provimento do
presente recurso.
É o relatório.
2
Supremo Tribunal Federal
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Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 715.522 BAHIA
V O T O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora):
1. Razão jurídica não assiste ao Agravante.
2. Como posto na decisão agravada, o Supremo Tribunal Federal
assentou que compete ao Agravante, no momento da interposição do
recurso, o dever de comprovar o pagamento do preparo do recurso
extraordinário, nos termos do art. 59 do Regimento Interno do Supremo
Tribunal Federal e do art. 511, caput, do Código de Processo Civil.
Nesse sentido:
“Processual civil e administrativo. Agravo regimental no
recurso extraordinário com agravo. Recurso extraordinário: porte de
remessa e retorno dos autos. Preparo. Ausência de comprovação do
recolhimento. Deserção configurada. Deficiência na formação do apelo
extremo. Aplicação, mutatis mutandes, da súmula 288/STF. Decisão
que se mantém por seus próprios fundamentos. 1. O preparo recursal
consiste na efetuação, por parte do recorrente, do pagamento dos
encargos financeiros que dizem respeito à regularidade formal do
recurso interposto, e que englobam as custas do processamento do
recurso nos tribunais, e os portes de remessa e retorno dos autos ou do
instrumento, no caso de agravo nesta modalidade. 2. A demonstração
da efetivação do preparo deve ocorrer no momento da interposição do
recurso, sob pena de preclusão consumativa. 3.(...). 6. Agravo
regimental desprovido” (ARE 677.681-AgR, Rel. Min. Luiz Fux,
Primeira Turma, DJe 27.6.2012).
“AGRAVO
REGIMENTAL
EM
AGRAVO
DE
INSTRUMENTO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. AUSÊNCIA
DE RECOLHIMENTO DO PREPARO. DESERÇÃO. Nos termos
Supremo Tribunal Federal
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13/11/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 715.522 BAHIA
V O T O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora):
1. Razão jurídica não assiste ao Agravante.
2. Como posto na decisão agravada, o Supremo Tribunal Federal
assentou que compete ao Agravante, no momento da interposição do
recurso, o dever de comprovar o pagamento do preparo do recurso
extraordinário, nos termos do art. 59 do Regimento Interno do Supremo
Tribunal Federal e do art. 511, caput, do Código de Processo Civil.
Nesse sentido:
“Processual civil e administrativo. Agravo regimental no
recurso extraordinário com agravo. Recurso extraordinário: porte de
remessa e retorno dos autos. Preparo. Ausência de comprovação do
recolhimento. Deserção configurada. Deficiência na formação do apelo
extremo. Aplicação, mutatis mutandes, da súmula 288/STF. Decisão
que se mantém por seus próprios fundamentos. 1. O preparo recursal
consiste na efetuação, por parte do recorrente, do pagamento dos
encargos financeiros que dizem respeito à regularidade formal do
recurso interposto, e que englobam as custas do processamento do
recurso nos tribunais, e os portes de remessa e retorno dos autos ou do
instrumento, no caso de agravo nesta modalidade. 2. A demonstração
da efetivação do preparo deve ocorrer no momento da interposição do
recurso, sob pena de preclusão consumativa. 3.(...). 6. Agravo
regimental desprovido” (ARE 677.681-AgR, Rel. Min. Luiz Fux,
Primeira Turma, DJe 27.6.2012).
“AGRAVO
REGIMENTAL
EM
AGRAVO
DE
INSTRUMENTO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. AUSÊNCIA
DE RECOLHIMENTO DO PREPARO. DESERÇÃO. Nos termos
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 7
Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
ARE 715.522 AGR / BA
da orientação firmada nesta Corte, cabe à parte recorrente demonstrar,
no momento da interposição do recurso, a realização do respectivo
preparo. De acordo com a norma do art. 323 do RISTF, a existência do
requisito especial da repercussão geral será aferida quando não for caso
de inadmissibilidade do recurso por outra razão. Agravo regimental a
que se nega provimento” (ARE 679.431-AgR, Rel. Min. Joaquim
Barbosa, Segunda Turma, DJe 4.6.2012).
3. O Tribunal de origem decidiu:
“No mérito, consta dos autos um Inventário de Bens efetuado
pelo Apelante quando de sua gestão na Prefeitura Municipal de
Saúde, as fls. 07/47, sendo sua a assinatura, bem como a constatação
de que tais bens não foram encontrados no acervo do
Município/Apelado, quando da assunção da administradora eleita,
aferida através de Comissão Administrativa instalada com tal
finalidade.
O Magistrado considerou suficientemente provados os fatos
narrados na inicial e, com exceção do veículo ambulância, julgou
parcialmente a ação.
A sentença não merece reparos
Constata-se do depoimento do Apelante, às fls. 93, o seguinte:
(…).
Esta afirmação confirma que o bens dados como desaparecidos
pertencem ao Município e estavam na posse deste quando o Apelante
era seu Prefeito. O gestor do Município é o responsável direto pelo
acervo, particularmente quando não toma as devidas medidas cabíveis
na transição de gestão, como confessou, além de relatar uma completa
balbúrdia no cuidado com o bens públicos.
Não há como negar a responsabilidade do Apelante, quando
Prefeito, pela guarda e conservação dos bens, ensejando na prática de
ato de improbidade administrativa em decorrência da omissão culposa
que ensejou perda patrimonial, consistente na negligência com a
conservação do patrimônio público, previsto na art. 10, inciso X, da
Lei n. 8.429/1992”.
4. Ademais, concluir de forma diversa do julgado recorrido a
2
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Supremo Tribunal Federal
ARE 715.522 AGR / BA
da orientação firmada nesta Corte, cabe à parte recorrente demonstrar,
no momento da interposição do recurso, a realização do respectivo
preparo. De acordo com a norma do art. 323 do RISTF, a existência do
requisito especial da repercussão geral será aferida quando não for caso
de inadmissibilidade do recurso por outra razão. Agravo regimental a
que se nega provimento” (ARE 679.431-AgR, Rel. Min. Joaquim
Barbosa, Segunda Turma, DJe 4.6.2012).
3. O Tribunal de origem decidiu:
“No mérito, consta dos autos um Inventário de Bens efetuado
pelo Apelante quando de sua gestão na Prefeitura Municipal de
Saúde, as fls. 07/47, sendo sua a assinatura, bem como a constatação
de que tais bens não foram encontrados no acervo do
Município/Apelado, quando da assunção da administradora eleita,
aferida através de Comissão Administrativa instalada com tal
finalidade.
O Magistrado considerou suficientemente provados os fatos
narrados na inicial e, com exceção do veículo ambulância, julgou
parcialmente a ação.
A sentença não merece reparos
Constata-se do depoimento do Apelante, às fls. 93, o seguinte:
(…).
Esta afirmação confirma que o bens dados como desaparecidos
pertencem ao Município e estavam na posse deste quando o Apelante
era seu Prefeito. O gestor do Município é o responsável direto pelo
acervo, particularmente quando não toma as devidas medidas cabíveis
na transição de gestão, como confessou, além de relatar uma completa
balbúrdia no cuidado com o bens públicos.
Não há como negar a responsabilidade do Apelante, quando
Prefeito, pela guarda e conservação dos bens, ensejando na prática de
ato de improbidade administrativa em decorrência da omissão culposa
que ensejou perda patrimonial, consistente na negligência com a
conservação do patrimônio público, previsto na art. 10, inciso X, da
Lei n. 8.429/1992”.
4. Ademais, concluir de forma diversa do julgado recorrido a
2
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 7
Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
ARE 715.522 AGR / BA
respeito da responsabilidade administrativa do Recorrente demandaria a
análise das provas dos autos e de legislação infraconstitucional (Lei n.
8.429/1992), inviável em recurso extraordinário. A ofensa constitucional,
se tivesse ocorrido, seria indireta. Incide na espécie, ainda, a Súmula n.
279 do Supremo Tribunal Federal.
Nesse sentido:
“Agravo regimental em recurso extraordinário. 2. Direito
Administrativo. 3. Improbidade administrativa. 4. O Tribunal de
origem concluiu pela inexistência de dolo ou má-fé do agente público
e, por conseguinte, não configuração de ato de improbidade
administrativa (art. 11 da Lei 8.429/92). Necessidade do revolvimento
do conjunto fático-probatório. Óbice da Súmula 279. 5. Alegação de
aplicação do art. 11 da Lei 8.429/92 ao caso. Discussão de índole
infraconstitucional. 6. Ausência de argumentos capazes de infirmar a
decisão agravada. 7. Agravo regimental a que se nega provimento”
(RE 589.784-AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes, Segunda Turma,
DJe 17.8.2012).
5. Os argumentos do Agravante, insuficientes para modificar a
decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em
pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente
prestação jurisdicional.
6. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental.
3
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
ARE 715.522 AGR / BA
respeito da responsabilidade administrativa do Recorrente demandaria a
análise das provas dos autos e de legislação infraconstitucional (Lei n.
8.429/1992), inviável em recurso extraordinário. A ofensa constitucional,
se tivesse ocorrido, seria indireta. Incide na espécie, ainda, a Súmula n.
279 do Supremo Tribunal Federal.
Nesse sentido:
“Agravo regimental em recurso extraordinário. 2. Direito
Administrativo. 3. Improbidade administrativa. 4. O Tribunal de
origem concluiu pela inexistência de dolo ou má-fé do agente público
e, por conseguinte, não configuração de ato de improbidade
administrativa (art. 11 da Lei 8.429/92). Necessidade do revolvimento
do conjunto fático-probatório. Óbice da Súmula 279. 5. Alegação de
aplicação do art. 11 da Lei 8.429/92 ao caso. Discussão de índole
infraconstitucional. 6. Ausência de argumentos capazes de infirmar a
decisão agravada. 7. Agravo regimental a que se nega provimento”
(RE 589.784-AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes, Segunda Turma,
DJe 17.8.2012).
5. Os argumentos do Agravante, insuficientes para modificar a
decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em
pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente
prestação jurisdicional.
6. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental.
3
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 7
Decisão de Julgamento
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 715.522
PROCED. : BAHIA
RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S) : DINALDO CAETANO DA SILVA
ADV.(A/S) : MIUCHA BORDONI E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE SAÚDE
ADV.(A/S) : FRANKLIN LEANDRO FERREIRA DA SILVA E OUTRO(A/S)
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausentes,
justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim
Barbosa. 2ª Turma, 13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra
Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros
Celso de Mello e Joaquim Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
P/ Fabiane Duarte
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3150165
Supremo Tribunal Federal
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 715.522
PROCED. : BAHIA
RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S) : DINALDO CAETANO DA SILVA
ADV.(A/S) : MIUCHA BORDONI E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE SAÚDE
ADV.(A/S) : FRANKLIN LEANDRO FERREIRA DA SILVA E OUTRO(A/S)
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausentes,
justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim
Barbosa. 2ª Turma, 13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra
Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros
Celso de Mello e Joaquim Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
P/ Fabiane Duarte
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 7
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3157295 | 2012-11-13T00:00:00 | 2012-12-04T00:00:00 | A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 13.11.2012. | AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO | EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO. IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. 1. AUSÊNCIA DE PREPARO. DESERÇÃO. 2. IMPOSSIBILIDADE DA ANÁLISE DE LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL E DO REEXAME DE PROVAS (SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL). 3. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. | sjur220572 | - Acórdãos citados:
(PREPARO, DESERÇÃO)
STF: ARE 677681 AgR (1ªT), ARE 679431 AgR (2ªT);
(OFENSA REFLEXA)
STF: 589784 AgR (2ªT).
Número de páginas: 7.
Análise: 19/12/2012, MAC. | CÁRMEN LÚCIA | Segunda Turma | 715522 | [
"LEG-FED LEI-005869 ANO-1973\r\n ART-00511 \"CAPUT\"\r\n CPC-1973 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL\r\n\r\n",
"LEG-FED LEI-008429 ANO-1992\r\n LEI ORDINÁRIA\r\n\r\n",
"LEG-FED RGI ANO-1980\r\n ART-00059 \r\n RISTF-1980 REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL\r\n\r\n",
"LEG-FED SUMSTF-000279 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF"
] | ARE-AgR | acordaos | ARE 715522 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : DINALDO CAETANO DA SILVA
AGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE SAÚDE
ADV.(A/S) : FRANKLIN LEANDRO FERREIRA DA SILVA E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : MIUCHA BORDONI E OUTRO(A/S) | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 715 . 522",
"SÚMULA N . 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL",
"AGRAVO 715 . 522",
"AI 719 . 226 - AgR / MT",
"AI 719 . 226 - AgR / MT",
"ARE 715 . 522 AGR / BA",
"Súmula 279 do Supremo Tribunal Federal",
"AI 811 . 192 - AgR / SP",
"AI 776 . 282 - AgR",
"ARE 715 . 522 AGR / BA",
"Súmula 279 do Supremo Tribunal Federal",
"AI 811 . 192 - AgR / SP",
"AI 776 . 282 - AgR",
"súmula 288 / STF",
"ARE 677 . 681 - AgR",
"súmula 288 / STF",
"ARE 677 . 681 - AgR",
"ARE 715 . 522 AGR / BA",
"ARE 679 . 431 - AgR",
"ARE 715 . 522 AGR / BA",
"ARE 679 . 431 - AgR",
"ARE 715 . 522 AGR / BA",
"Súmula n . 279 do Supremo Tribunal Federal",
"RE 589 . 784 - AgR",
"ARE 715 . 522 AGR / BA",
"Súmula n . 279 do Supremo Tribunal Federal",
"RE 589 . 784 - AgR"
],
"LEGISLACAO": [
"MP n° 2 . 200 -",
"art . 59 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 59 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal",
"art . 511 , caput , do Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei n . 8 . 429 / 1992",
"art . [UNK] , inc . LV , da Constituição da República",
"Lei n . 8 . 429 / 1992",
"art . 544 , § [UNK] , inc . II , alínea a , do Código de Processo Civil",
"Lei n . 12 . 322 / 2010",
"art . 21 , § [UNK] , do Regimento Interno do Supremo Tribunal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei n . 8 . 429 / 1992",
"art . [UNK] , inc . LV , da Constituição da República",
"Lei n . 8 . 429 / 1992",
"art . 544 , § [UNK] , inc . II , alínea a , do Código de Processo Civil",
"Lei n . 12 . 322 / 2010",
"art . 21 , § [UNK] , do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 59 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal",
"art . 511 , caput , do Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 59 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal",
"art . 511 , caput , do Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 323 do RISTF",
"art . 10 , inciso X , da Lei n . 8 . 429",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 323 do RISTF",
"art . 10 , inciso X , da Lei n . 8 . 429 / 1992",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei n . 8 . 429 / 1992",
"art . 11 da Lei 8 . 429 / 92",
"art . 11 da Lei 8 . 429 / 92",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei n . 8 . 429 / 1992",
"art . 11 da Lei 8 . 429 / 92",
"art . 11 da Lei 8 . 429 / 92",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"BAHIA",
"Brasília",
"BAHIA",
"BAHIA",
"BAHIA",
"BAHIA",
"BAHIA"
],
"ORGANIZACAO": [
"SEGUNDA TURMA",
"MUNICÍPIO DE SAÚDE",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"MUNICÍPIO",
"Tribunal de Justiça da Bahia",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"MUNICÍPIO DE SAÚDE",
"Tribunal de Justiça da Bahia",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal",
"Primeira Turma",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal",
"Primeira Turma",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Segunda Turma",
"Prefeitura Municipal de Saúde",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Prefeitura Municipal de Saúde",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Segunda Turma",
"Supremo",
"Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"MUNICÍPIO DE SAÚDE",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"CÁRMEN LÚCIA",
"DINALDO CAETANO DA SILVA",
"MIUCHA BORDONI",
"FRANKLIN LEANDRO FERREIRA DA SILVA",
"Ricardo Lewandowski",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"DINALDO CAETANO DA SILVA",
"MIUCHA BORDONI",
"FRANKLIN LEANDRO FERREIRA DA SILVA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"Dinaldo Caetano da Silva",
"Joaquim Barbosa",
"CÁRMEN LÚCIA",
"DINALDO CAETANO DA SILVA",
"MIUCHA BORDONI",
"FRANKLIN LEANDRO FERREIRA DA SILVA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"Dinaldo Caetano da Silva",
"Joaquim Barbosa",
"Ellen Gracie",
"Dinaldo Caetano da Silva",
"Ellen Gracie",
"Dinaldo Caetano da Silva",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"Luiz Fux",
"CÁRMEN LÚCIA",
"Luiz Fux",
"CÁRMEN LÚCIA",
"Joaquim Barbosa",
"Joaquim Barbosa",
"CÁRMEN LÚCIA",
"Gilmar Mendes",
"Gilmar Mendes",
"CÁRMEN LÚCIA",
"DINALDO CAETANO DA SILVA",
"MIUCHA BORDONI",
"FRANKLIN LEANDRO FERREIRA DA SILVA",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos",
"Fabiane",
"CÁRMEN LÚCIA",
"DINALDO CAETANO DA SILVA",
"MIUCHA BORDONI",
"FRANKLIN LEANDRO FERREIRA DA SILVA",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos",
"Fabiane Duarte"
],
"TEMPO": [
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"13 de novembro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"04",
"/",
"12",
"/",
"2012",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"17 de outubro de 2012",
"[UNK]",
".",
"12",
".",
"2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"17 de outubro de 2012",
"[UNK]",
".",
"12",
".",
"2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"9",
".",
"2",
".",
"2011",
"12",
".",
"3",
".",
"2010",
"25",
".",
"10",
".",
"2012",
"29",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"9",
".",
"2",
".",
"2011",
"12",
".",
"3",
".",
"2010",
"25",
".",
"10",
".",
"2012",
"29",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"27",
".",
"6",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"27",
".",
"6",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"4",
".",
"6",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"4",
".",
"6",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"17",
".",
"8",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"17",
".",
"8",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 488.345 SÃO PAULO
RELATORA
: MIN. ROSA WEBER
AGTE.(S)
:ZANETTINI
BAROSSI
S/A
- INDÚSTRIA
E
COMÉRCIO
ADV.(A/S)
:NELSON LOMBARDI E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:ESTADO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
EMENTA
DIREITO TRIBUTÁRIO. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO CONTRA
DECISÃO MONOCRÁTICA. PRINCÍPIO DA FUNGIBILIDADE.
RECEBIMENTO DOS DECLARATÓRIOS COMO AGRAVO
REGIMENTAL. ICMS. NÃO CUMULATIVIDADE. BENS DESTINADOS
AO USO, AO CONSUMO E AO ATIVO FIXO DO ESTABELECIMENTO.
INEXISTÊNCIA DE DIREITO CONSTITUCIONAL AO CRÉDITO DO
IMPOSTO. IMPOSSIBILIDADE DE REAPRECIAÇÃO DE FATOS E
PROVAS. SÚMULA 279 DO STF.
Na esteira da jurisprudência desta Corte, os embargos de declaração
opostos contra decisão monocrática, almejando a concessão de efeitos
infringentes, devem ser recebidos como agravo regimental, por força do
princípio da fungibilidade.
O princípio da não cumulatividade do ICMS, inscrito no art. 155, §
2º, I, da Carta de 1988, não fundamenta, por si só, o direito ao
creditamento nas aquisições de bens destinados ao uso e consumo ou ao
ativo fixo do estabelecimento. A legislação pode consagrá-lo, em
conformidade com os arts. 20 e 33 da LC 87/1996, mas a Lei Maior não
impõe que o faça.
É inviável reapreciar a prova pericial e as categorias de bens
adquiridos pela autora, segundo a classificação acolhida pelo perito, nos
termos da Súmula STF 279: “Para simples reexame de prova não cabe
recurso extraordinário”.
Embargos de declaração conhecidos e recebidos como agravo
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
DJe 04/12/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 11
Ementa e Acórdão
AI 488.345 ED / SP
regimental, ao qual se nega provimento.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os
Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Primeira Turma, sob a
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de
julgamento e das notas taquigráficas, por maioria de votos, em converter
os embargos de declaração em agravo regimental e, por unanimidade, em
negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da relatora.
Brasília, 13 de novembro de 2012.
Ministra Rosa Weber
Relatora
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
AI 488.345 ED / SP
regimental, ao qual se nega provimento.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os
Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Primeira Turma, sob a
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de
julgamento e das notas taquigráficas, por maioria de votos, em converter
os embargos de declaração em agravo regimental e, por unanimidade, em
negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da relatora.
Brasília, 13 de novembro de 2012.
Ministra Rosa Weber
Relatora
2
Supremo Tribunal Federal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 11
Relatório
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 488.345 SÃO PAULO
RELATORA
: MIN. ROSA WEBER
AGTE.(S)
:ZANETTINI
BAROSSI
S/A
- INDÚSTRIA
E
COMÉRCIO
ADV.(A/S)
:NELSON LOMBARDI E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:ESTADO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
R E L A T Ó R I O
A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Contra a decisão
proferida pela eminente Ministra Ellen Gracie, pela qual negou
seguimento a agravo de instrumento, por considerar que o Tribunal a quo
não divergiu da jurisprudência dominante desta Corte (fls. 313-6), maneja
embargos de declaração Zanettini Barossi S.A. – Indústria e Comércio.
Reitera sua pretensão de “creditar-se de todos os valores pagos a título de
ICMS, dentro do prazo prescricional, na aquisição de materiais intermediários”
consumidos no processo produtivo, “por força do princípio da não-
cumulatividade”. Sustenta que, como assentado na decisão agravada, os
itens constantes dos grupos “A” e “C” do laudo pericial não são bens
destinados ao ativo fixo. Portanto, “o acórdão ora embargado deve ser
aclarado quanto ao direito da embargante de creditar-se dos valores pagos a título
de ICMS em relação aos itens do grupo ‘A’ e ‘C’”, do laudo pericial outrora
apresentado (l. 321).
Substituição da Relatora à fl. 322 (art. 38 do RISTF).
É o relatório.
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 488.345 SÃO PAULO
RELATORA
: MIN. ROSA WEBER
AGTE.(S)
:ZANETTINI
BAROSSI
S/A
- INDÚSTRIA
E
COMÉRCIO
ADV.(A/S)
:NELSON LOMBARDI E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:ESTADO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
R E L A T Ó R I O
A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Contra a decisão
proferida pela eminente Ministra Ellen Gracie, pela qual negou
seguimento a agravo de instrumento, por considerar que o Tribunal a quo
não divergiu da jurisprudência dominante desta Corte (fls. 313-6), maneja
embargos de declaração Zanettini Barossi S.A. – Indústria e Comércio.
Reitera sua pretensão de “creditar-se de todos os valores pagos a título de
ICMS, dentro do prazo prescricional, na aquisição de materiais intermediários”
consumidos no processo produtivo, “por força do princípio da não-
cumulatividade”. Sustenta que, como assentado na decisão agravada, os
itens constantes dos grupos “A” e “C” do laudo pericial não são bens
destinados ao ativo fixo. Portanto, “o acórdão ora embargado deve ser
aclarado quanto ao direito da embargante de creditar-se dos valores pagos a título
de ICMS em relação aos itens do grupo ‘A’ e ‘C’”, do laudo pericial outrora
apresentado (l. 321).
Substituição da Relatora à fl. 322 (art. 38 do RISTF).
É o relatório.
Supremo Tribunal Federal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 11
Voto - MIN. ROSA WEBER
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 488.345 SÃO PAULO
V O T O
A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Na esteira do
entendimento firmado por esta Corte, recebo como agravo regimental os
embargos de declaração opostos contra decisão monocrática, aplicando o
princípio da fungibilidade à espécie. Colho precedentes:
“RECURSO. Embargos de declaração. Caráter infringente.
Embargos recebidos como agravo. Agravo de instrumento.
Inadmissibilidade. Peças obrigatórias. Falta. Não conhecimento.
Agravo regimental não provido. Aplicação da súmula 288. É
ônus da parte agravante promover a integral e oportuna
formação do instrumento, sendo vedada posterior
complementação.” (AI 841.137-ED/RS, rel. Min. Presidente
Cezar Peluso, Tribunal Pleno, DJe 19.9.2011)
“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO CONVERTIDOS EM
AGRAVO REGIMENTAL. (...) Os embargos de declaração
opostos objetivando reforma da decisão do relator, com caráter
infringente, devem ser convertidos em agravo regimental, que é
o recurso cabível, por força do princípio da fungibilidade.
Precedentes: Pet 4.837-ED, rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, Tribunal
Pleno, DJ 14.3.2011; Rcl 11.022-ED, rel. Min. CÁRMEN LÚCIA,
Tribunal Pleno, DJ 7.4.2011; AI 547.827-ED, rel. Min. DIAS
TOFFOLI, 1ª Turma, DJ 9.3.2011; RE 546.525-ED, rel. Min.
ELLEN GRACIE, 2ª Turma, DJ 5.4.2011).” (ARE 656.354-ED/BA,
rel. Min. Luiz Fux, 1ª Turma, DJe 05.3.2012)
Passo ao exame do mérito do agravo regimental.
Transcrevo o teor da decisão monocrática que desafiou o presente
agravo regimental (fls. 313-6):
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 488.345 SÃO PAULO
V O T O
A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Na esteira do
entendimento firmado por esta Corte, recebo como agravo regimental os
embargos de declaração opostos contra decisão monocrática, aplicando o
princípio da fungibilidade à espécie. Colho precedentes:
“RECURSO. Embargos de declaração. Caráter infringente.
Embargos recebidos como agravo. Agravo de instrumento.
Inadmissibilidade. Peças obrigatórias. Falta. Não conhecimento.
Agravo regimental não provido. Aplicação da súmula 288. É
ônus da parte agravante promover a integral e oportuna
formação do instrumento, sendo vedada posterior
complementação.” (AI 841.137-ED/RS, rel. Min. Presidente
Cezar Peluso, Tribunal Pleno, DJe 19.9.2011)
“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO CONVERTIDOS EM
AGRAVO REGIMENTAL. (...) Os embargos de declaração
opostos objetivando reforma da decisão do relator, com caráter
infringente, devem ser convertidos em agravo regimental, que é
o recurso cabível, por força do princípio da fungibilidade.
Precedentes: Pet 4.837-ED, rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, Tribunal
Pleno, DJ 14.3.2011; Rcl 11.022-ED, rel. Min. CÁRMEN LÚCIA,
Tribunal Pleno, DJ 7.4.2011; AI 547.827-ED, rel. Min. DIAS
TOFFOLI, 1ª Turma, DJ 9.3.2011; RE 546.525-ED, rel. Min.
ELLEN GRACIE, 2ª Turma, DJ 5.4.2011).” (ARE 656.354-ED/BA,
rel. Min. Luiz Fux, 1ª Turma, DJe 05.3.2012)
Passo ao exame do mérito do agravo regimental.
Transcrevo o teor da decisão monocrática que desafiou o presente
agravo regimental (fls. 313-6):
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 11
Voto - MIN. ROSA WEBER
AI 488.345 ED / SP
“1. Trata-se de agravo de instrumento de recurso
extraordinário interposto contra acórdão proferido na apelação
cível (fls. 145-158) que reformou a sentença e afastou a alegada
ofensa ao princípio da não-cumulatividade. Tal aresto está
assim ementado:
Apelação Cível. ICMS. Creditamento. Materiais
intermediários utilizados no processo de industrialização e que
sofrem desaste no processo produtivo. Pretensão ao crédito dos
valores correspondentes. Ação julgada procedente.
Inadmissibilidade. Produtos adquiridos para o ativo fixo da
empresa, embora sofram processo de desgaste quando da sua
utilização. Impossibilidade do crédito frente ao art. 40 da Lei
6.374/89. Recursos oficial do Juízo e voluntário da Fazenda do
Estado providos para julgar improcedente a ação, prejudicado o
recurso da autora (fl. 146).
(...)
Imperativo, antes de mais nada, observar não ter ocorrido
ofensa ao princípio da não-cumulatividade ou a qualquer outro
preceito constitucional ou infraconstitucional (fl. 147).
2. Conforme relatado pelo Tribunal de origem (fl. 147), o
pedido da agravante consistia na “reforma parcial do decisório com
o reconhecimento de seu direito ao aproveitamento integral do ICMS
referente aos materiais intermediários do Grupo 'E' constante do
laudo pericial, permitindo-se, também, a correção monetária dos
créditos, condenando-se a ré nos ônus da sucumbência”.
3. A empresa agravante interpôs embargos infringentes
(fls. 172-192), que foram acolhidos (fls. 244-249) em aresto assim
ementado:
“Embargos infringentes Creditamento de ICMS Insumos
que sofrem desgaste no processo produtivo Ação julgada
parcialmente procedente Voto minoritário que deu provimento
parcial ao reexame necessário e apelo da FESP, para declarar a
existência do direito de creditamento do ICMS relativo aos
materiais elencados nos grupos 'A' e 'C' - Embargos
Infringentes acolhidos” (fl. 244).
2
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AI 488.345 ED / SP
“1. Trata-se de agravo de instrumento de recurso
extraordinário interposto contra acórdão proferido na apelação
cível (fls. 145-158) que reformou a sentença e afastou a alegada
ofensa ao princípio da não-cumulatividade. Tal aresto está
assim ementado:
Apelação Cível. ICMS. Creditamento. Materiais
intermediários utilizados no processo de industrialização e que
sofrem desaste no processo produtivo. Pretensão ao crédito dos
valores correspondentes. Ação julgada procedente.
Inadmissibilidade. Produtos adquiridos para o ativo fixo da
empresa, embora sofram processo de desgaste quando da sua
utilização. Impossibilidade do crédito frente ao art. 40 da Lei
6.374/89. Recursos oficial do Juízo e voluntário da Fazenda do
Estado providos para julgar improcedente a ação, prejudicado o
recurso da autora (fl. 146).
(...)
Imperativo, antes de mais nada, observar não ter ocorrido
ofensa ao princípio da não-cumulatividade ou a qualquer outro
preceito constitucional ou infraconstitucional (fl. 147).
2. Conforme relatado pelo Tribunal de origem (fl. 147), o
pedido da agravante consistia na “reforma parcial do decisório com
o reconhecimento de seu direito ao aproveitamento integral do ICMS
referente aos materiais intermediários do Grupo 'E' constante do
laudo pericial, permitindo-se, também, a correção monetária dos
créditos, condenando-se a ré nos ônus da sucumbência”.
3. A empresa agravante interpôs embargos infringentes
(fls. 172-192), que foram acolhidos (fls. 244-249) em aresto assim
ementado:
“Embargos infringentes Creditamento de ICMS Insumos
que sofrem desgaste no processo produtivo Ação julgada
parcialmente procedente Voto minoritário que deu provimento
parcial ao reexame necessário e apelo da FESP, para declarar a
existência do direito de creditamento do ICMS relativo aos
materiais elencados nos grupos 'A' e 'C' - Embargos
Infringentes acolhidos” (fl. 244).
2
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Voto - MIN. ROSA WEBER
AI 488.345 ED / SP
4. Nas razões do RE sustenta-se ofensa aos artigos 5º,
caput, 150, II e 155, § 2°, I, da Constituição Federal.
5. O meu antecessor, Ministro Gilmar Mendes, então
relator, proferiu decisão negando seguimento ao AI (fls. 268-
269) com base na Súmula STF 281. Após agravo regimental da
parte recorrente (fls. 280-283), o então relator reconsiderou o
referido decisum e solicitou informações ao STJ sobre o trânsito
em julgado do REsp. 475.127/SP, simultaneamente interposto ao
apelo extremo. Após, vieram os autos conclusos a este Gabinete
(fl. 311).
6. Passo a analisar o recurso. Esta Corte possui orientação
pacífica no sentido de que não há direito de se creditar ao
contribuinte o valor do ICMS recolhido quando pago em razão
da aquisição de bens destinados ao ativo fixo. Nesse sentido,
menciono os seguintes julgados: AI 691.114/SP, de minha
relatoria, DJe 04.02.2011; RE 545.845-AgR/SP, rel. Min. Eros
Grau, 2ª Turma, DJe 1º.8.2008; RE 547.725-AgR/SC, rel. Min.
Cezar Peluso, 2ª Turma, DJe 09.10.2009; e AI 677.610-AgR/SP,
rel. Min. Cármen Lúcia, 1ª Turma, DJe 23.10.2009, este último
assim ementado:
“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE
INSTRUMENTO. TRIBUTÁRIO. IMPOSTO SOBRE
CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E SERVIÇOS - ICMS.
AQUISIÇÃO DE MERCADORIAS DESTINADAS AO
USO, AO CONSUMO E À INTEGRAÇÃO DO ATIVO
FIXO. PERÍODO ANTERIOR À LEI COMPLEMENTAR N.
87/96:
INEXISTÊNCIA
DE
DIREITO
AO
CREDITAMENTO. IMPOSSIBILIDADE DO REEXAME
DE PROVAS. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 279 DO
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. PRECEDENTES.
AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA
PROVIMENTO”.
Veja-se decisão mais recente sobre o tema: AI 817.393/SP,
rel. Min. Ricardo Lewandowski, DJe 05.10.2010, de cuja decisão
transcrevo:
“Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que
3
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4. Nas razões do RE sustenta-se ofensa aos artigos 5º,
caput, 150, II e 155, § 2°, I, da Constituição Federal.
5. O meu antecessor, Ministro Gilmar Mendes, então
relator, proferiu decisão negando seguimento ao AI (fls. 268-
269) com base na Súmula STF 281. Após agravo regimental da
parte recorrente (fls. 280-283), o então relator reconsiderou o
referido decisum e solicitou informações ao STJ sobre o trânsito
em julgado do REsp. 475.127/SP, simultaneamente interposto ao
apelo extremo. Após, vieram os autos conclusos a este Gabinete
(fl. 311).
6. Passo a analisar o recurso. Esta Corte possui orientação
pacífica no sentido de que não há direito de se creditar ao
contribuinte o valor do ICMS recolhido quando pago em razão
da aquisição de bens destinados ao ativo fixo. Nesse sentido,
menciono os seguintes julgados: AI 691.114/SP, de minha
relatoria, DJe 04.02.2011; RE 545.845-AgR/SP, rel. Min. Eros
Grau, 2ª Turma, DJe 1º.8.2008; RE 547.725-AgR/SC, rel. Min.
Cezar Peluso, 2ª Turma, DJe 09.10.2009; e AI 677.610-AgR/SP,
rel. Min. Cármen Lúcia, 1ª Turma, DJe 23.10.2009, este último
assim ementado:
“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE
INSTRUMENTO. TRIBUTÁRIO. IMPOSTO SOBRE
CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E SERVIÇOS - ICMS.
AQUISIÇÃO DE MERCADORIAS DESTINADAS AO
USO, AO CONSUMO E À INTEGRAÇÃO DO ATIVO
FIXO. PERÍODO ANTERIOR À LEI COMPLEMENTAR N.
87/96:
INEXISTÊNCIA
DE
DIREITO
AO
CREDITAMENTO. IMPOSSIBILIDADE DO REEXAME
DE PROVAS. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 279 DO
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. PRECEDENTES.
AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA
PROVIMENTO”.
Veja-se decisão mais recente sobre o tema: AI 817.393/SP,
rel. Min. Ricardo Lewandowski, DJe 05.10.2010, de cuja decisão
transcrevo:
“Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que
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AI 488.345 ED / SP
negou seguimento a recurso extraordinário interposto de
acórdão assim ementado:
'ICMS Creditamento relativo à aquisição de
produtos ou mercadorias, que, apesar de integrarem o
processo de industrialização, nele não são inteiramente
consumidos Inadmissibilidade Produtos que estão sujeitos
a apenas um desgaste, e a necessidade de sua substituição
periódica é inerente à atividade industrial Princípio
constitucional da não-cumulatividade Aplicação sobre a
circulação de mercadorias e prestação de serviços Recurso
improvido' (fl. 122).
No RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição,
alegou-se ofensa, em suma, ao art. 155, § 2º, I, da mesma Carta.
O agravo não merece acolhida. Isso porque o acórdão
recorrido está em consonância com a jurisprudência desta Corte,
no sentido de que não há ofensa ao princípio da não
cumulatividade a situação de inexistência de direito a crédito de
ICMS pago em razão de operações de consumo de energia
elétrica, de utilização de serviços de comunicação ou de
aquisição de bens destinados ao ativo fixo e de materiais de uso e
consumo, conforme se pode observar do julgamento do AI
562.701-ED/RS, Rel. Min. Celso de Mello, cuja ementa
transcrevo a seguir:
'AGRAVO DE INSTRUMENTO - EMBARGOS
DE DECLARAÇÃO RECEBIDOS COMO RECURSO
DE AGRAVO - ICMS - CRÉDITO DO VALOR PAGO
EM RAZÃO DE OPERAÇÕES DE CONSUMO DE
ENERGIA ELÉTRICA, OU DE UTILIZAÇÃO DE
SERVIÇOS DE COMUNICAÇÃO OU AQUISIÇÃO
DE BENS DESTINADOS AO USO E/OU À
INTEGRAÇÃO
NO
ATIVO
FIXO
-
APROVEITAMENTO - INADMISSIBILIDADE -
RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO.
A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal
firmou-se no sentido de não reconhecer, ao contribuinte do
ICMS, o direito de creditar-se do valor do ICMS, quando
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negou seguimento a recurso extraordinário interposto de
acórdão assim ementado:
'ICMS Creditamento relativo à aquisição de
produtos ou mercadorias, que, apesar de integrarem o
processo de industrialização, nele não são inteiramente
consumidos Inadmissibilidade Produtos que estão sujeitos
a apenas um desgaste, e a necessidade de sua substituição
periódica é inerente à atividade industrial Princípio
constitucional da não-cumulatividade Aplicação sobre a
circulação de mercadorias e prestação de serviços Recurso
improvido' (fl. 122).
No RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição,
alegou-se ofensa, em suma, ao art. 155, § 2º, I, da mesma Carta.
O agravo não merece acolhida. Isso porque o acórdão
recorrido está em consonância com a jurisprudência desta Corte,
no sentido de que não há ofensa ao princípio da não
cumulatividade a situação de inexistência de direito a crédito de
ICMS pago em razão de operações de consumo de energia
elétrica, de utilização de serviços de comunicação ou de
aquisição de bens destinados ao ativo fixo e de materiais de uso e
consumo, conforme se pode observar do julgamento do AI
562.701-ED/RS, Rel. Min. Celso de Mello, cuja ementa
transcrevo a seguir:
'AGRAVO DE INSTRUMENTO - EMBARGOS
DE DECLARAÇÃO RECEBIDOS COMO RECURSO
DE AGRAVO - ICMS - CRÉDITO DO VALOR PAGO
EM RAZÃO DE OPERAÇÕES DE CONSUMO DE
ENERGIA ELÉTRICA, OU DE UTILIZAÇÃO DE
SERVIÇOS DE COMUNICAÇÃO OU AQUISIÇÃO
DE BENS DESTINADOS AO USO E/OU À
INTEGRAÇÃO
NO
ATIVO
FIXO
-
APROVEITAMENTO - INADMISSIBILIDADE -
RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO.
A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal
firmou-se no sentido de não reconhecer, ao contribuinte do
ICMS, o direito de creditar-se do valor do ICMS, quando
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AI 488.345 ED / SP
pago em razão de operações de consumo de energia
elétrica, ou de utilização de serviços de comunicação ou,
ainda, de aquisição de bens destinados ao uso e/ou à
integração no ativo fixo do seu próprio estabelecimento.
Precedentes'.
No mesmo sentido, menciono as seguintes decisões, entre
outras: RE 349.543-AgR/SP, Rel. Min. Marco Aurélio; AI
602998-AgR/MG, Rel. Min. Eros Grau; RE 295.887-AgR/SP,
Rel. Min. Joaquim Barbosa; AI 491.743-AgR/SP, Rel. Min.
Gilmar Mendes; AI 456.013-AgR/RS, Rel. Min. Ellen Gracie;
RE 296.025-AgR/PR, Rel. Min. Cezar Peluso; RE 200.168/RJ,
Rel. Min. Ilmar Galvão; AI 355.683-AgR/SP, Rel. Min.
Sepúlveda Pertence; AI 570.490/RS, Rel. Min. Cármen Lúcia.
Isso posto, nego seguimento ao recurso”.
Dessa forma, o acórdão recorrido não divergiu desse
entendimento.
7. Ante o exposto, nego seguimento ao agravo de
instrumento (art. 557, caput , do CPC)”.
Sem razão a agravante.
Inicialmente, consigno que os itens enquadrados, pela prova pericial,
nos grupos “A” e “C” foram reconhecidos, no acórdão dos embargos
infringentes, como ensejadores do creditamento do ICMS, nos termos do
voto vencido, que veio a prevalecer (fl. 158). Com essa decisão, favorável
à autora, ocorreu a perda parcial do objeto do recurso extraordinário.
Quanto à pretensão remanescente, aplica-se a pacífica orientação
desta Corte, no sentido de inexistir direito constitucional ao creditamento
do ICMS nas aquisições de bens destinados ao uso e consumo ou ao ativo
fixo do estabelecimento. A jurisprudência deste Sodalício somente
reconhece, como derivação necessária do princípio constitucional da não
cumulatividade, o direito ao crédito quando da aquisição de bens que se
integram fisicamente àqueles produzidos ou comercializados pela empresa.
Nesse sentido, refiro, a título exemplificativo, os seguintes precedentes:
“EMENTA:
TRIBUTÁRIO.
IMPOSTO
SOBRE
5
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AI 488.345 ED / SP
pago em razão de operações de consumo de energia
elétrica, ou de utilização de serviços de comunicação ou,
ainda, de aquisição de bens destinados ao uso e/ou à
integração no ativo fixo do seu próprio estabelecimento.
Precedentes'.
No mesmo sentido, menciono as seguintes decisões, entre
outras: RE 349.543-AgR/SP, Rel. Min. Marco Aurélio; AI
602998-AgR/MG, Rel. Min. Eros Grau; RE 295.887-AgR/SP,
Rel. Min. Joaquim Barbosa; AI 491.743-AgR/SP, Rel. Min.
Gilmar Mendes; AI 456.013-AgR/RS, Rel. Min. Ellen Gracie;
RE 296.025-AgR/PR, Rel. Min. Cezar Peluso; RE 200.168/RJ,
Rel. Min. Ilmar Galvão; AI 355.683-AgR/SP, Rel. Min.
Sepúlveda Pertence; AI 570.490/RS, Rel. Min. Cármen Lúcia.
Isso posto, nego seguimento ao recurso”.
Dessa forma, o acórdão recorrido não divergiu desse
entendimento.
7. Ante o exposto, nego seguimento ao agravo de
instrumento (art. 557, caput , do CPC)”.
Sem razão a agravante.
Inicialmente, consigno que os itens enquadrados, pela prova pericial,
nos grupos “A” e “C” foram reconhecidos, no acórdão dos embargos
infringentes, como ensejadores do creditamento do ICMS, nos termos do
voto vencido, que veio a prevalecer (fl. 158). Com essa decisão, favorável
à autora, ocorreu a perda parcial do objeto do recurso extraordinário.
Quanto à pretensão remanescente, aplica-se a pacífica orientação
desta Corte, no sentido de inexistir direito constitucional ao creditamento
do ICMS nas aquisições de bens destinados ao uso e consumo ou ao ativo
fixo do estabelecimento. A jurisprudência deste Sodalício somente
reconhece, como derivação necessária do princípio constitucional da não
cumulatividade, o direito ao crédito quando da aquisição de bens que se
integram fisicamente àqueles produzidos ou comercializados pela empresa.
Nesse sentido, refiro, a título exemplificativo, os seguintes precedentes:
“EMENTA:
TRIBUTÁRIO.
IMPOSTO
SOBRE
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 11
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AI 488.345 ED / SP
OPERAÇÕES DE CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E
SERVIÇOS DE COMUNICAÇÃO E DE TRANSPORTE
INTERMUNICIPAL E INTERESTADUAL. ICMS. NÃO
CUMULATIVIDADE. TÉCNICAS DO CRÉDITO FÍSICO E DO
CRÉDITO FINANCEIRO. BENS DESTINADOS AO ATIVO
FIXO, USO OU CONSUMO. ACÓRDÃO RECORRIDO QUE
INTERPRETOU EQUIVOCADAMENTE A LC 87/1996 PARA
CONSIDERAR O CRÉDITO PERTINENTE AO ATIVO COMO
DA MODALIDADE FÍSICA. VIOLAÇÃO CONSTITUCIONAL
INDIRETA OU REFLEXA. INTERPOSIÇÃO DO RECURSO
EXTRAORDINÁRIO ANTES DA PUBLICAÇÃO DA EC
45/2004. PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL. 1. A
aplicação de sistema que use conceito próximo ao de crédito
financeiro depende de previsão Constitucional ou legal
expressa e, portanto, não pode ser inferido diretamente do texto
constitucional para toda e qualquer hipótese de creditamento
calcado na não-cumulatividade. 2. A controvérsia se resume à
má interpretação de lei federal em favor de lei estadual
incompatível com o regramento de normas gerais relativas ao
ICMS. Parâmetro de controle direto amparado na LC 87/1996,
cujo modelo de crédito financeiro não poderia ser aplicado no
que se refere aos bens destinados ao ativo fixo, ao uso e ao
consumo. Violação constitucional indireta ou reflexa. 3. Como o
recurso extraordinário foi interposto anteriormente à
introdução da alínea d ao art. 102, III da Constituição, não é
possível reverter o acórdão recorrido por ter alegadamente
considerado válida lei local em contraposição à lei federal.
Agravo regimental ao qual se nega provimento.”
(AI 493.183 AgR, 2ª Turma, Rel. Min. Joaquim Barbosa,
julgado em 31/08/2010)
“EMENTA: TRIBUTÁRIO. ICMS. CREDITAMENTO.
NÃO OCORRÊNCIA. OPERAÇÕES DE CONSUMO DE
ENERGIA ELÉTRICA. UTILIZAÇÃO DE SERVIÇOS DE
COMUNICAÇÃO. AQUISIÇÃO DE BENS DESTINADOS AO
ATIVO FIXO E DE MATERIAIS DE USO E CONSUMO.
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OPERAÇÕES DE CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E
SERVIÇOS DE COMUNICAÇÃO E DE TRANSPORTE
INTERMUNICIPAL E INTERESTADUAL. ICMS. NÃO
CUMULATIVIDADE. TÉCNICAS DO CRÉDITO FÍSICO E DO
CRÉDITO FINANCEIRO. BENS DESTINADOS AO ATIVO
FIXO, USO OU CONSUMO. ACÓRDÃO RECORRIDO QUE
INTERPRETOU EQUIVOCADAMENTE A LC 87/1996 PARA
CONSIDERAR O CRÉDITO PERTINENTE AO ATIVO COMO
DA MODALIDADE FÍSICA. VIOLAÇÃO CONSTITUCIONAL
INDIRETA OU REFLEXA. INTERPOSIÇÃO DO RECURSO
EXTRAORDINÁRIO ANTES DA PUBLICAÇÃO DA EC
45/2004. PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL. 1. A
aplicação de sistema que use conceito próximo ao de crédito
financeiro depende de previsão Constitucional ou legal
expressa e, portanto, não pode ser inferido diretamente do texto
constitucional para toda e qualquer hipótese de creditamento
calcado na não-cumulatividade. 2. A controvérsia se resume à
má interpretação de lei federal em favor de lei estadual
incompatível com o regramento de normas gerais relativas ao
ICMS. Parâmetro de controle direto amparado na LC 87/1996,
cujo modelo de crédito financeiro não poderia ser aplicado no
que se refere aos bens destinados ao ativo fixo, ao uso e ao
consumo. Violação constitucional indireta ou reflexa. 3. Como o
recurso extraordinário foi interposto anteriormente à
introdução da alínea d ao art. 102, III da Constituição, não é
possível reverter o acórdão recorrido por ter alegadamente
considerado válida lei local em contraposição à lei federal.
Agravo regimental ao qual se nega provimento.”
(AI 493.183 AgR, 2ª Turma, Rel. Min. Joaquim Barbosa,
julgado em 31/08/2010)
“EMENTA: TRIBUTÁRIO. ICMS. CREDITAMENTO.
NÃO OCORRÊNCIA. OPERAÇÕES DE CONSUMO DE
ENERGIA ELÉTRICA. UTILIZAÇÃO DE SERVIÇOS DE
COMUNICAÇÃO. AQUISIÇÃO DE BENS DESTINADOS AO
ATIVO FIXO E DE MATERIAIS DE USO E CONSUMO.
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 11
Voto - MIN. ROSA WEBER
AI 488.345 ED / SP
AUSÊNCIA DE OFENSA AO PRINCÍPIO DA NÃO
CUMULATIVIDADE.
AQUISIÇÕES
DE
PRODUTOS
INTERMEDIÁRIOS. CONSUMIDOR FINAL. DIREITO AO
CRÉDITO. IMPOSSIBILIDADE. AGRAVO IMPROVIDO. I - A
decisão agravada está de acordo com entendimento adotado
por ambas as Turmas desta Corte, que consolidaram a
jurisprudência no sentido de que não ofende o princípio da não
cumulatividade a inexistência de direito a crédito de ICMS
pago em razão de operações de consumo de energia elétrica, de
utilização de serviços de comunicação ou de aquisição de bens
destinados ao ativo fixo e de materiais de uso e consumo.
Precedentes. II - A aquisição de produtos intermediários
aplicados no processo produtivo que não integram fisicamente
o produto final não gera direito ao crédito de ICMS, uma vez
que a adquirente, nesse caso, mostra-se como consumidora
final. Precedentes. III - Agravo regimental improvido.”
(RE 503.877 AgR, 1ª Turma, Rel. Min. Ricardo
Lewandowski, julgado em 01/06/2010)
Destarte, o princípio da não cumulatividade do ICMS, inscrito no
art. 155, § 2º, I, da Carta de 1988, não fundamenta, por si só, o direito ao
creditamento nas aquisições de bens destinados ao uso e consumo ou ao
ativo fixo do estabelecimento. A legislação pode consagrá-lo, em
conformidade com os arts. 20 e 33 da LC 87/1996, mas a Lei Maior não
impõe que o faça.
Ademais, é inviável reapreciar a prova pericial e as categorias de
bens adquiridos pela autora, segundo a classificação acolhida pelo perito,
nos termos da Súmula STF 279: “Para simples reexame de prova não cabe
recurso extraordinário”.
Agravo regimental conhecido e não provido.
É como voto.
7
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3107645.
Supremo Tribunal Federal
AI 488.345 ED / SP
AUSÊNCIA DE OFENSA AO PRINCÍPIO DA NÃO
CUMULATIVIDADE.
AQUISIÇÕES
DE
PRODUTOS
INTERMEDIÁRIOS. CONSUMIDOR FINAL. DIREITO AO
CRÉDITO. IMPOSSIBILIDADE. AGRAVO IMPROVIDO. I - A
decisão agravada está de acordo com entendimento adotado
por ambas as Turmas desta Corte, que consolidaram a
jurisprudência no sentido de que não ofende o princípio da não
cumulatividade a inexistência de direito a crédito de ICMS
pago em razão de operações de consumo de energia elétrica, de
utilização de serviços de comunicação ou de aquisição de bens
destinados ao ativo fixo e de materiais de uso e consumo.
Precedentes. II - A aquisição de produtos intermediários
aplicados no processo produtivo que não integram fisicamente
o produto final não gera direito ao crédito de ICMS, uma vez
que a adquirente, nesse caso, mostra-se como consumidora
final. Precedentes. III - Agravo regimental improvido.”
(RE 503.877 AgR, 1ª Turma, Rel. Min. Ricardo
Lewandowski, julgado em 01/06/2010)
Destarte, o princípio da não cumulatividade do ICMS, inscrito no
art. 155, § 2º, I, da Carta de 1988, não fundamenta, por si só, o direito ao
creditamento nas aquisições de bens destinados ao uso e consumo ou ao
ativo fixo do estabelecimento. A legislação pode consagrá-lo, em
conformidade com os arts. 20 e 33 da LC 87/1996, mas a Lei Maior não
impõe que o faça.
Ademais, é inviável reapreciar a prova pericial e as categorias de
bens adquiridos pela autora, segundo a classificação acolhida pelo perito,
nos termos da Súmula STF 279: “Para simples reexame de prova não cabe
recurso extraordinário”.
Agravo regimental conhecido e não provido.
É como voto.
7
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3107645.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 11
Decisão de Julgamento
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 488.345
PROCED. : SÃO PAULO
RELATORA : MIN. ROSA WEBER
EMBTE.(S) : ZANETTINI BAROSSI S/A - INDÚSTRIA E COMÉRCIO
ADV.(A/S) : NELSON LOMBARDI E OUTRO(A/S)
EMBDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
Decisão: Por maioria de votos, a Turma converteu os embargos
de declaração em agravo regimental, vencido, nessa parte, o Senhor
Ministro Marco Aurélio. Por unanimidade, negou provimento ao
agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Presidência do
Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Wagner Mathias.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3148990
Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 488.345
PROCED. : SÃO PAULO
RELATORA : MIN. ROSA WEBER
EMBTE.(S) : ZANETTINI BAROSSI S/A - INDÚSTRIA E COMÉRCIO
ADV.(A/S) : NELSON LOMBARDI E OUTRO(A/S)
EMBDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
Decisão: Por maioria de votos, a Turma converteu os embargos
de declaração em agravo regimental, vencido, nessa parte, o Senhor
Ministro Marco Aurélio. Por unanimidade, negou provimento ao
agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Presidência do
Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Wagner Mathias.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3148990
Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 11
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3152772 | 2012-11-13T00:00:00 | 2012-12-04T00:00:00 | Por maioria de votos, a Turma converteu os embargos de declaração em agravo regimental, vencido, nessa parte, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 13.11.2012. | EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO | EMENTA
DIREITO TRIBUTÁRIO. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO CONTRA DECISÃO MONOCRÁTICA. PRINCÍPIO DA FUNGIBILIDADE. RECEBIMENTO DOS DECLARATÓRIOS COMO AGRAVO REGIMENTAL. ICMS. NÃO CUMULATIVIDADE. BENS DESTINADOS AO USO, AO CONSUMO E AO ATIVO FIXO DO ESTABELECIMENTO. INEXISTÊNCIA DE DIREITO CONSTITUCIONAL AO CRÉDITO DO IMPOSTO. IMPOSSIBILIDADE DE REAPRECIAÇÃO DE FATOS E PROVAS. SÚMULA 279 DO STF.
Na esteira da jurisprudência desta Corte, os embargos de declaração opostos contra decisão monocrática, almejando a concessão de efeitos infringentes, devem ser recebidos como agravo regimental, por força do princípio da fungibilidade.
O princípio da não cumulatividade do ICMS, inscrito no art. 155, § 2º, I, da Carta de 1988, não fundamenta, por si só, o direito ao creditamento nas aquisições de bens destinados ao uso e consumo ou ao ativo fixo do estabelecimento. A legislação pode consagrá-lo, em conformidade com os arts. 20 e 33 da LC 87/1996, mas a Lei Maior não impõe que o faça.
É inviável reapreciar a prova pericial e as categorias de bens adquiridos pela autora, segundo a classificação acolhida pelo perito, nos termos da Súmula STF 279: “Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário”.
Embargos de declaração conhecidos e recebidos como agravo regimental, ao qual se nega provimento. | sjur220515 | - Acórdão(s) citado(s):
(AI 493183 AgR (2ªT), RE 503877 AgR (1ªT).
Número de páginas: 11.
Análise: 19/12/2012, MJC. | ROSA WEBER | Primeira Turma | 488345 | [
"LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00155 PAR-00002 INC-00001 \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n\r\n",
"LEG-FED LCP-000087 ANO-1996\r\n ART-00020 ART-00033 \r\n LEI COMPLEMENTAR\r\n\r\n",
"LEG-FED SUMSTF-000279 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF"
] | AI-ED | acordaos | AI 488345 ED | [
""
] | AGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
ADV.(A/S) : NELSON LOMBARDI E OUTRO(A/S)
AGTE.(S) : ZANETTINI BAROSSI S/A - INDÚSTRIA E COMÉRCIO | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"SÚMULA 279 DO STF",
"Súmula STF 279",
"AI 488 . 345 ED / SP",
"AI 488 . 345 ED / SP",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 488 . 345",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 488 . 345",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 488 . 345",
"AI 841 . 137 - ED / RS",
"Pet 4 . 837 - ED",
"Rcl 11 . 022 - ED",
"AI 547 . 827 - ED",
"RE 546 . 525 - ED",
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"AI 841 . 137 - ED / RS",
"Pet 4 . 837 - ED",
"Rcl 11 . 022 - ED",
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"ARE 656 . 354 - ED / BA",
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"AI 488 . 345 ED / SP",
"AI 488 . 345 ED / SP",
"REsp . 475 . 127 / SP",
"AI 691 . 114 / SP",
"RE 545 . 845 - AgR / SP",
"RE 547 . 725 - AgR / SC",
"AI 677 . 610 - AgR / SP",
"SÚMULA 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL",
"AI 817 . 393 / SP",
"AI 488 . 345 ED / SP",
"Súmula STF 281",
"REsp . 475 . 127 / SP",
"AI 691 . 114 / SP",
"RE 545 . 845 - AgR / SP",
"RE 547 . 725 - AgR / SC",
"AI 677 . 610 - AgR / SP",
"SÚMULA 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL",
"AI 817 . 393 / SP",
"AI 488 . 345 ED / SP",
"AI 562 . 701 - ED / RS",
"AI 488 . 345 ED / SP",
"AI 562 . 701 - ED / RS",
"AI 488 . 345 ED / SP",
"RE 349 . 543 - AgR / SP",
"AI 602998 - AgR / MG",
"RE 295 . 887 - AgR",
"AI 491 . 743 - AgR / SP",
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"RE 200 . 168 / RJ",
"AI 355 . 683 - AgR / SP",
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"RE 349 . 543 - AgR / SP",
"AI 602998 - AgR / MG",
"RE 295 . 887 - AgR / SP",
"AI 491 . 743 - AgR / SP",
"AI 456 . 013 - AgR / RS",
"RE 296 . 025 - AgR / PR",
"RE 200 . 168 / RJ",
"AI 355 . 683 - AgR / SP",
"AI 570 . 490 / RS",
"AI 488 . 345 ED / SP",
"AI 493 . 183 AgR",
"AI 488 . 345 ED",
"AI 493 . 183 AgR",
"AI 488 . 345 ED / SP",
"RE 503 . 877 AgR",
"Súmula STF 279 :",
"AI 488 . 345 ED / SP",
"RE 503 . 877 AgR",
"Súmula STF 279 :",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 488 . 345"
],
"LEGISLACAO": [
"art . 155 , § [UNK] , I , da Carta de 1988",
"arts . 20 e 33 da LC 87 / 1996",
"Lei Maior",
"MP",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 40 da Lei 6 . 374 / 89",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 40 da Lei 6 . 374 / 89",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigos [UNK] , caput , 150 , II e 155 , § 2° , I , da Constituição Federal",
"LEI COMPLEMENTAR N . 87 / 96",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigos [UNK] , caput , 150 , II e 155 , § 2° , I , da Constituição Federal",
"LEI COMPLEMENTAR N . 87 / 96",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 102 , III , a , da Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 102 , III , a , da Constituição",
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"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 557 , caput , do CPC",
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"LC 87 / 1996",
"EC 45 / 2004",
"LC 87 / 1996",
"alínea d ao art . 102 , III da Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"LC 87 / 1996",
"EC 45 / 2004",
"LC 87 / 1996",
"alínea d ao art . 102 , III da Constituição",
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"art . 155 , § [UNK] , I , da Carta de 1988",
"arts . 20 e 33 da LC",
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"Lei Maior",
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"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"SÃO PAULO",
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"ESTADO DE SÃO PAULO",
"Brasília",
"Brasília",
"SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO"
],
"ORGANIZACAO": [
"PRIMEIRA TURMA",
"ZANETTINI BAROSSI S / A - INDÚSTRIA E COMÉRCIO",
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"PRIMEIRA TURMA",
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"Tribunal Pleno",
"Tribunal Pleno",
"[UNK] Turma",
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"Supremo Tribunal Federal",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
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"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
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"/",
"SP",
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"[UNK] Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
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"Brasil",
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"[UNK] Turma",
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"Supremo Tribunal Federal",
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"Brasil"
],
"PESSOA": [
"ROSA WEBER",
"NELSON LOMBARDI",
"Dias Toffoli",
"Rosa Weber",
"Dias Toffoli",
"Rosa Weber",
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"NELSON LOMBARDI",
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"ROSA WEBER",
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"NELSON LOMBARDI",
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"Ellen Gracie",
"ROSA WEBER",
"Rosa Weber",
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"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"DIAS TOFFOLI",
"ELLEN GRACIE",
"Luiz Fux",
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"Cezar Peluso",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"DIAS TOFFOLI",
"ELLEN GRACIE",
"Luiz Fux",
"ROSA WEBER",
"ROSA WEBER",
"Gilmar Mendes",
"Eros Grau",
"Cezar Peluso",
"Cármen Lúcia",
"Ricardo Lewandowski",
"Gilmar Mendes",
"Eros Grau",
"Cezar Peluso",
"Cármen Lúcia",
"Ricardo Lewandowski",
"ROSA WEBER",
"Celso de Mello",
"Celso de Mello",
"ROSA WEBER",
"Marco Aurélio",
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"Gilmar Mendes",
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"Sepúlveda Pertence",
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"Marco Aurélio",
"Eros Grau",
"Joaquim Barbosa",
"Gilmar Mendes",
"Ellen Gracie",
"Cezar Peluso",
"Ilmar Galvão",
"Sepúlveda Pertence",
"Cármen Lúcia",
"ROSA WEBER",
"Joaquim Barbosa",
"Joaquim Barbosa",
"ROSA WEBER",
"Ricardo Lewandowski",
"Ricardo Lewandowski",
"ROSA WEBER",
"NELSON LOMBARDI",
"Marco Aurélio",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa",
"Wagner Mathias",
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"ROSA WEBER",
"NELSON LOMBARDI",
"Marco Aurélio",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Wagner Mathias",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza"
],
"TEMPO": [
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"/",
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"/",
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"08",
"/",
"2001",
"13 de novembro de 2012",
"24",
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"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
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"11",
"/",
"2012",
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".",
"9",
".",
"2011",
"14",
".",
"3",
".",
"2011",
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".",
"4",
".",
"2011",
"9",
".",
"3",
".",
"2011",
"5",
".",
"4",
".",
"2011",
"05",
".",
"3",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
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"11",
"/",
"2012",
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"9",
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"2011",
"14",
".",
"3",
".",
"2011",
"7",
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"4",
".",
"2011",
"9",
".",
"3",
".",
"2011",
"5",
".",
"4",
".",
"2011",
"05",
".",
"3",
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"2012",
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"/",
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"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
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".",
"02",
".",
"2011",
"[UNK]",
".",
"8",
".",
"2008",
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".",
"10",
".",
"2009",
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".",
"2009",
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"10",
".",
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"08",
"/",
"2001",
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"02",
".",
"2011",
"[UNK]",
".",
"8",
".",
"2008",
"09",
".",
"10",
".",
"2009",
"23",
".",
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".",
"2009",
"05",
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".",
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"08",
"/",
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"/",
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"/",
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"/",
"2010",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"01",
"/",
"06",
"/",
"2010",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"01",
"/",
"06",
"/",
"2010",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
HABEAS CORPUS 112.217 SÃO PAULO
RELATOR
: MIN. GILMAR MENDES
PACTE.(S)
:CLÁUDIO RENATO DOS SANTOS
IMPTE.(S)
:ANA LÚCIA CARLOS PEREIRA
COATOR(A/S)(ES)
:SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Habeas corpus. 2. Receptação e extorsão mediante sequestro. 3.
Audiência de instrução. Ausência do réu preso. 4. Inobservância da regra
sobre inquirição de testemunhas prevista no art. 212 do CPP. 5.
Complexidade da causa, escolha do advogado de não participar da
audiência, nomeação de defensor ad hoc e consentimento dos advogados
dos demais corréus com a realização do ato. Pretensão da defesa de
invalidar a instrução criminal rejeitada. 6. Ordem denegada.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os ministros do
Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a presidência do
Senhor Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de
julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, denegar
a ordem, nos termos do voto do Relator.
Brasília, 13 de novembro de 2012.
Ministro GILMAR MENDES
Relator
Documento assinado digitalmente
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3152430.
Supremo Tribunal Federal
DJe 07/12/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 13
Relatório
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
HABEAS CORPUS 112.217 SÃO PAULO
RELATOR
: MIN. GILMAR MENDES
PACTE.(S)
:CLÁUDIO RENATO DOS SANTOS
IMPTE.(S)
:ANA LÚCIA CARLOS PEREIRA
COATOR(A/S)(ES)
:SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (RELATOR): Trata-se de
habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado por Ana Lúcia Carlos
Pereira, em favor de Cláudio Renato dos Santos, contra decisão proferida
pela Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que denegou a
ordem requerida nos autos do HC 170.505/SP.
Na espécie, o paciente foi denunciado pela suposta prática dos
crimes previstos nos arts. 180, caput (receptação), e 159, §§ 1º e 3º, c/c os
arts. 29 e 69, todos do CP (extorsão mediante sequestro praticada por
quadrilha armada, contra pessoa maior de 60 anos, perdurando por mais
de 24 horas, resultando do fato a morte da vítima José Julio Sobrinho).
Consta dos autos que o paciente está preso preventivamente desde
27.2.2009, tendo sido requisitada sua apresentação para comparecimento
à audiência de instrução e julgamento com antecedência de mais de 40
dias.
Segundo a inicial, o defensor constituído, à época dos fatos, ao se
encaminhar à carceragem a fim de encontrar seu cliente, foi informado de
que esse não havia sido conduzido, em razão da necessidade de
comparecimento a ato processual em comarca distinta. Na oportunidade,
outros acusados, corréus no mesmo processo, também não se
encontravam presentes.
Diante dessa conjuntura, a despeito de os advogados dos demais
acusados não se contraporem à realização da audiência, houve por bem o
patrono não participar, temendo que sua presença pudesse convalidar o
vício de ausência do denunciado.
Ressalta que, malgrado os esforços, a ação penal manteve seu curso
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13/11/2012
SEGUNDA TURMA
HABEAS CORPUS 112.217 SÃO PAULO
RELATOR
: MIN. GILMAR MENDES
PACTE.(S)
:CLÁUDIO RENATO DOS SANTOS
IMPTE.(S)
:ANA LÚCIA CARLOS PEREIRA
COATOR(A/S)(ES)
:SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (RELATOR): Trata-se de
habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado por Ana Lúcia Carlos
Pereira, em favor de Cláudio Renato dos Santos, contra decisão proferida
pela Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que denegou a
ordem requerida nos autos do HC 170.505/SP.
Na espécie, o paciente foi denunciado pela suposta prática dos
crimes previstos nos arts. 180, caput (receptação), e 159, §§ 1º e 3º, c/c os
arts. 29 e 69, todos do CP (extorsão mediante sequestro praticada por
quadrilha armada, contra pessoa maior de 60 anos, perdurando por mais
de 24 horas, resultando do fato a morte da vítima José Julio Sobrinho).
Consta dos autos que o paciente está preso preventivamente desde
27.2.2009, tendo sido requisitada sua apresentação para comparecimento
à audiência de instrução e julgamento com antecedência de mais de 40
dias.
Segundo a inicial, o defensor constituído, à época dos fatos, ao se
encaminhar à carceragem a fim de encontrar seu cliente, foi informado de
que esse não havia sido conduzido, em razão da necessidade de
comparecimento a ato processual em comarca distinta. Na oportunidade,
outros acusados, corréus no mesmo processo, também não se
encontravam presentes.
Diante dessa conjuntura, a despeito de os advogados dos demais
acusados não se contraporem à realização da audiência, houve por bem o
patrono não participar, temendo que sua presença pudesse convalidar o
vício de ausência do denunciado.
Ressalta que, malgrado os esforços, a ação penal manteve seu curso
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Relatório
HC 112.217 / SP
ordinário, tendo o paciente, ao final, sido condenado, em primeira
instância, à pena de 30 anos de reclusão.
Adverte que, diante desse contexto fático, impetrou habeas corpus no
Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, pleiteando fosse declarada a
nulidade da ação penal pela não apresentação do paciente à audiência e,
ainda, pelo desrespeito ao art. 212, parágrafo único, do CPP. A ordem foi
denegada.
Contra essa decisão, a defesa impetrou habeas corpus no STJ, que
também denegou a ordem.
Daí, o presente habeas corpus neste Supremo Tribunal Federal.
Sustenta que o paciente é alvo de constrangimento ilegal, ao
argumento de que sua ausência na audiência de instrução e julgamento
importaria em evidente desrespeito ao direito à autodefesa, em seus dois
aspectos, o direito de audiência e o direito de presença, eivando o
processo de insanável nulidade absoluta.
Consigna o desacerto da decisão proferida pelo STJ na parte em que
reputa bastar a intimação da defesa técnica para suprimento da obrigação
legal e constitucional de ciência à parte contrária para realização de atos
processuais.
Assevera que a defesa técnica não torna prescindível a autodefesa e
que de acordo com a Constituição Federal, o Pacto de São José da Costa
Rica e o Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos é direito do
paciente comparecer a todos os atos processuais.
Atesta que, em uma audiência onde seria (e foi) produzida prova em
desfavor do ora paciente a qual, portanto, o mesmo tinha total interesse, o mesmo
não se fez presente, apesar de ter sido requisitado, e em outro ato processual,
acerca de testemunha que nada tinha de relação consigo, eis que em outro
processo sequer constou como denunciado, o Estado teve todo o trabalho de levá-
lo ao referido ato processual, desperdiçando tempo e dinheiro, sendo que neste
último nada, absolutamente nada, foi produzido em seu proveito e/ou prejuízo.
E prossegue: Ao tomar tal atitude, o que o Estado gerou ao acusado?
Retirou deste a possibilidade de acompanhar uma importantíssima audiência no
juízo originário, onde vítima e testemunhas de acusação tinham algo a dizer em
2
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HC 112.217 / SP
ordinário, tendo o paciente, ao final, sido condenado, em primeira
instância, à pena de 30 anos de reclusão.
Adverte que, diante desse contexto fático, impetrou habeas corpus no
Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, pleiteando fosse declarada a
nulidade da ação penal pela não apresentação do paciente à audiência e,
ainda, pelo desrespeito ao art. 212, parágrafo único, do CPP. A ordem foi
denegada.
Contra essa decisão, a defesa impetrou habeas corpus no STJ, que
também denegou a ordem.
Daí, o presente habeas corpus neste Supremo Tribunal Federal.
Sustenta que o paciente é alvo de constrangimento ilegal, ao
argumento de que sua ausência na audiência de instrução e julgamento
importaria em evidente desrespeito ao direito à autodefesa, em seus dois
aspectos, o direito de audiência e o direito de presença, eivando o
processo de insanável nulidade absoluta.
Consigna o desacerto da decisão proferida pelo STJ na parte em que
reputa bastar a intimação da defesa técnica para suprimento da obrigação
legal e constitucional de ciência à parte contrária para realização de atos
processuais.
Assevera que a defesa técnica não torna prescindível a autodefesa e
que de acordo com a Constituição Federal, o Pacto de São José da Costa
Rica e o Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos é direito do
paciente comparecer a todos os atos processuais.
Atesta que, em uma audiência onde seria (e foi) produzida prova em
desfavor do ora paciente a qual, portanto, o mesmo tinha total interesse, o mesmo
não se fez presente, apesar de ter sido requisitado, e em outro ato processual,
acerca de testemunha que nada tinha de relação consigo, eis que em outro
processo sequer constou como denunciado, o Estado teve todo o trabalho de levá-
lo ao referido ato processual, desperdiçando tempo e dinheiro, sendo que neste
último nada, absolutamente nada, foi produzido em seu proveito e/ou prejuízo.
E prossegue: Ao tomar tal atitude, o que o Estado gerou ao acusado?
Retirou deste a possibilidade de acompanhar uma importantíssima audiência no
juízo originário, onde vítima e testemunhas de acusação tinham algo a dizer em
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Relatório
HC 112.217 / SP
seu desfavor, mas, por tal circunstância (estar em trânsito em outra comarca, sem
qualquer relação com o referido ato processual), não teve a possibilidade de
acompanhar.
Articula, por outro lado, violação ao princípio do devido processo
legal, pois invertida a ordem de formulação das perguntas. Enfatiza que o
paciente não se viu processado na forma prescrita em lei, em frontal
desrespeito ao artigo 212, parágrafo único, do CPP com a redação dada
pela Lei 11.690/2008, tendo em vista que o magistrado formulou
perguntas às testemunhas em primeiro lugar, quando, de acordo com o
referido dispositivo, sua atuação deveria se dar em último lugar, de forma
complementar.
Por fim, propugna pela concessão da ordem, a fim de anular a ação
penal desde a audiência de instrução, ante a indevida ausência do
paciente, determinando, ainda, ao magistrado, que obedeça à ordem
prevista no art. 212, parágrafo único, do CPP. Diante do tempo da
segregação cautelar, pleiteia a revogação definitiva do mandado de prisão
expedido em desfavor do paciente.
Liminar indeferida.
Informações prestadas.
A Procuradoria-Geral da República manifestou-se pela denegação da
ordem.
É o relatório.
3
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HC 112.217 / SP
seu desfavor, mas, por tal circunstância (estar em trânsito em outra comarca, sem
qualquer relação com o referido ato processual), não teve a possibilidade de
acompanhar.
Articula, por outro lado, violação ao princípio do devido processo
legal, pois invertida a ordem de formulação das perguntas. Enfatiza que o
paciente não se viu processado na forma prescrita em lei, em frontal
desrespeito ao artigo 212, parágrafo único, do CPP com a redação dada
pela Lei 11.690/2008, tendo em vista que o magistrado formulou
perguntas às testemunhas em primeiro lugar, quando, de acordo com o
referido dispositivo, sua atuação deveria se dar em último lugar, de forma
complementar.
Por fim, propugna pela concessão da ordem, a fim de anular a ação
penal desde a audiência de instrução, ante a indevida ausência do
paciente, determinando, ainda, ao magistrado, que obedeça à ordem
prevista no art. 212, parágrafo único, do CPP. Diante do tempo da
segregação cautelar, pleiteia a revogação definitiva do mandado de prisão
expedido em desfavor do paciente.
Liminar indeferida.
Informações prestadas.
A Procuradoria-Geral da República manifestou-se pela denegação da
ordem.
É o relatório.
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Voto - MIN. GILMAR MENDES
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
HABEAS CORPUS 112.217 SÃO PAULO
V O T O
O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (RELATOR): No presente
writ, a defesa busca o reconhecimento da nulidade da ação penal,
determinando a realização de nova audiência de instrução e julgamento
com a presença do acusado, observando, ainda, o disposto no art. 212 do
CPP.
Inicialmente, analisarei o pedido de anulação do feito, ao argumento
de que a audiência de instrução e julgamento ter-se-ia realizado sem a
presença do acusado.
Faço breve resumo dos fatos: o paciente foi denunciado, juntamente
com outros corréus, nos autos da AP n. 477.01.2007.005642-2, da 2ª Vara
Criminal da Comarca de Praia Grande/SP, pela prática dos delitos
previstos nos arts. 180, caput, e 159, §§ 1º e 3º, c/c arts. 29 e 69, todos do
CP.
Ao receber a denúncia em 5.1.2009, o magistrado de origem,
acolhendo requerimento do MP, decretou-lhe a prisão preventiva,
cumprida em 27.2.2009.
Apresentada resposta à acusação, o advogado constituído pelo
paciente arrolou as mesmas testemunhas descritas na denúncia,
designando o Juiz a quo audiência de instrução para o dia 31 de agosto, a
qual não foi realizada em razão da ausência do corréu Tiago Santana de
Oliveira, sendo o ato redesignado para 14 de outubro de 2009.
Foi certificado que a audiência não se realizara em razão da
Penitenciária de Serra Azul ter comunicado que o corréu Tiago não seria
apresentado por indisponibilidade de viatura.
No caso vertente, o paciente não compareceu à audiência de
instrução, debates e julgamento, tendo em vista sua condução para
comparecimento a ato processual em comarca distinta. Assim, a ausência
do acusado não se deu por inércia ou desídia estatal.
Ao tomar ciência de que o paciente não estaria presente na referida
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13/11/2012
SEGUNDA TURMA
HABEAS CORPUS 112.217 SÃO PAULO
V O T O
O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (RELATOR): No presente
writ, a defesa busca o reconhecimento da nulidade da ação penal,
determinando a realização de nova audiência de instrução e julgamento
com a presença do acusado, observando, ainda, o disposto no art. 212 do
CPP.
Inicialmente, analisarei o pedido de anulação do feito, ao argumento
de que a audiência de instrução e julgamento ter-se-ia realizado sem a
presença do acusado.
Faço breve resumo dos fatos: o paciente foi denunciado, juntamente
com outros corréus, nos autos da AP n. 477.01.2007.005642-2, da 2ª Vara
Criminal da Comarca de Praia Grande/SP, pela prática dos delitos
previstos nos arts. 180, caput, e 159, §§ 1º e 3º, c/c arts. 29 e 69, todos do
CP.
Ao receber a denúncia em 5.1.2009, o magistrado de origem,
acolhendo requerimento do MP, decretou-lhe a prisão preventiva,
cumprida em 27.2.2009.
Apresentada resposta à acusação, o advogado constituído pelo
paciente arrolou as mesmas testemunhas descritas na denúncia,
designando o Juiz a quo audiência de instrução para o dia 31 de agosto, a
qual não foi realizada em razão da ausência do corréu Tiago Santana de
Oliveira, sendo o ato redesignado para 14 de outubro de 2009.
Foi certificado que a audiência não se realizara em razão da
Penitenciária de Serra Azul ter comunicado que o corréu Tiago não seria
apresentado por indisponibilidade de viatura.
No caso vertente, o paciente não compareceu à audiência de
instrução, debates e julgamento, tendo em vista sua condução para
comparecimento a ato processual em comarca distinta. Assim, a ausência
do acusado não se deu por inércia ou desídia estatal.
Ao tomar ciência de que o paciente não estaria presente na referida
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Voto - MIN. GILMAR MENDES
HC 112.217 / SP
audiência, seu advogado decidiu não participar do ato, razão pela qual
lhe foi nomeado defensor ad hoc.
Os advogados dos demais corréus ausentes foram consultados pelo
magistrado e anuíram com a realização do ato sem a presença destes.
O defensor do paciente, intimado, se dirigiu ao Fórum no dia da
audiência. Constatada a ausência do seu cliente, optou por não participar
da aludida audiência.
Ora, assim agindo, o advogado João Carlos criou nítido embaraço ao
trâmite processual.
Se realmente não concordasse com a colheita da prova oral sem a
presença do paciente, deveria comparecer à audiência e manifestar seu
inconformismo durante o ato.
Ademais, a defesa só veio a questionar a ausência do acusado
quando da apresentação das alegações finais.
Em despacho datado de 15.10.2009, o Juízo de origem aplicou multa
ao defensor do ora paciente pelo abandono da causa:
“De acordo com o artigo 265 do Código de Processo Penal,
com redação conferida com recente reforma, o defensor não
poderá abandonar o processo senão por motivo imperioso,
comunicado previamente o Juiz, sob pena de multa de dez a
cem salários mínimos. No caso em comento, verifica-se que o
defensor constituído pelo corréu Cláudio, ou seja, Dr. João
Carlos Pereira Filho – OAB/SP 249.729, não compareceu à
audiência, não apresentou um colega para substitui-lo e
tampouco comunicou ao Juiz, previamente sua ausência, por
motivo imperioso. Diante disso e tratando-se de audiência de
instrução, debates e julgamento, nos termos do dispositivo
mencionado, aplico-lhe multa de dez salários mínimos.”
Na sequência, no dia 14.12.2009, o referido magistrado consignou em
ata:
2
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Supremo Tribunal Federal
HC 112.217 / SP
audiência, seu advogado decidiu não participar do ato, razão pela qual
lhe foi nomeado defensor ad hoc.
Os advogados dos demais corréus ausentes foram consultados pelo
magistrado e anuíram com a realização do ato sem a presença destes.
O defensor do paciente, intimado, se dirigiu ao Fórum no dia da
audiência. Constatada a ausência do seu cliente, optou por não participar
da aludida audiência.
Ora, assim agindo, o advogado João Carlos criou nítido embaraço ao
trâmite processual.
Se realmente não concordasse com a colheita da prova oral sem a
presença do paciente, deveria comparecer à audiência e manifestar seu
inconformismo durante o ato.
Ademais, a defesa só veio a questionar a ausência do acusado
quando da apresentação das alegações finais.
Em despacho datado de 15.10.2009, o Juízo de origem aplicou multa
ao defensor do ora paciente pelo abandono da causa:
“De acordo com o artigo 265 do Código de Processo Penal,
com redação conferida com recente reforma, o defensor não
poderá abandonar o processo senão por motivo imperioso,
comunicado previamente o Juiz, sob pena de multa de dez a
cem salários mínimos. No caso em comento, verifica-se que o
defensor constituído pelo corréu Cláudio, ou seja, Dr. João
Carlos Pereira Filho – OAB/SP 249.729, não compareceu à
audiência, não apresentou um colega para substitui-lo e
tampouco comunicou ao Juiz, previamente sua ausência, por
motivo imperioso. Diante disso e tratando-se de audiência de
instrução, debates e julgamento, nos termos do dispositivo
mencionado, aplico-lhe multa de dez salários mínimos.”
Na sequência, no dia 14.12.2009, o referido magistrado consignou em
ata:
2
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Voto - MIN. GILMAR MENDES
HC 112.217 / SP
“Em se tratando de processo que envolve quadrilha e
diante da enorme dificuldade em se dar cumprimento às
requisições de presos, mantidos em diversas Penitenciárias do
Estado de São Paulo, sucessivas redesignações apenas gerariam
o prolongamento do feito em que os réus encontram-se presos
provisoriamente.
Anoto ainda que requerimentos de redesignação jamais
podem ser realizados na data da própria audiência, sob pena de
prejuízo ao andamento do processo, aos demais advogados e,
principalmente, aos próprios réus, que merecem o julgamento
no tempo razoável.
(…) Em virtude da ausência do defensor do réu Cláudio,
aplico-lhe a multa de dez salários mínimos, conforme disposto
no art. 265, caput, do CPP. Observo que de forma alguma a
multa será desta vez reconsiderada, pois não é a primeira vez
que o advogado demonstra intento procrastinatório apesar de
se tratar de processo de réu preso. Consigno ainda que o réu
Cláudio Renato dos Santos está presente em audiência,
configurando-se o inequívoco e deliberado abandono por parte
do advogado. O réu foi questionado sobre quem deverá
representá-lo, e alegou que não possui outro defensor. Oficie-se
à OAB solicitando a nomeação de defensor dativo. Oficie-se à
Comissão de Ética da OAB comunicando o ocorrido”.
Na espécie, observa-se que o processo tramita desde 2007. E como
bem mencionou o Juízo de origem na sentença condenatória, as 4
audiências foram realizadas com séria dificuldade no cumprimento da
requisição dos réus em presídios diversos e, quando finalmente isso foi
possível, obtendo-se o comparecimento de todos eles, houve insistente
tentativa de alguns dos defensores no sentido de evitar o ato, ora
mencionando a expedição de carta precatória a ser cumprida, ora se
queixando de algum atraso por parte da escolta responsável pela
condução dos presos.
Colhe-se dos autos que o paciente, juntamente com 6 corréus, estão
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Supremo Tribunal Federal
HC 112.217 / SP
“Em se tratando de processo que envolve quadrilha e
diante da enorme dificuldade em se dar cumprimento às
requisições de presos, mantidos em diversas Penitenciárias do
Estado de São Paulo, sucessivas redesignações apenas gerariam
o prolongamento do feito em que os réus encontram-se presos
provisoriamente.
Anoto ainda que requerimentos de redesignação jamais
podem ser realizados na data da própria audiência, sob pena de
prejuízo ao andamento do processo, aos demais advogados e,
principalmente, aos próprios réus, que merecem o julgamento
no tempo razoável.
(…) Em virtude da ausência do defensor do réu Cláudio,
aplico-lhe a multa de dez salários mínimos, conforme disposto
no art. 265, caput, do CPP. Observo que de forma alguma a
multa será desta vez reconsiderada, pois não é a primeira vez
que o advogado demonstra intento procrastinatório apesar de
se tratar de processo de réu preso. Consigno ainda que o réu
Cláudio Renato dos Santos está presente em audiência,
configurando-se o inequívoco e deliberado abandono por parte
do advogado. O réu foi questionado sobre quem deverá
representá-lo, e alegou que não possui outro defensor. Oficie-se
à OAB solicitando a nomeação de defensor dativo. Oficie-se à
Comissão de Ética da OAB comunicando o ocorrido”.
Na espécie, observa-se que o processo tramita desde 2007. E como
bem mencionou o Juízo de origem na sentença condenatória, as 4
audiências foram realizadas com séria dificuldade no cumprimento da
requisição dos réus em presídios diversos e, quando finalmente isso foi
possível, obtendo-se o comparecimento de todos eles, houve insistente
tentativa de alguns dos defensores no sentido de evitar o ato, ora
mencionando a expedição de carta precatória a ser cumprida, ora se
queixando de algum atraso por parte da escolta responsável pela
condução dos presos.
Colhe-se dos autos que o paciente, juntamente com 6 corréus, estão
3
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Voto - MIN. GILMAR MENDES
HC 112.217 / SP
sendo processados por outros sequestros, homicídios e tráfico de drogas.
As conversas interceptadas sinalizam a alta periculosidade da quadrilha,
pois não hesitam em intimidar (e até eliminar) vítimas e comparsas.
Ademais, os autos também revelam que todos os réus são
integrantes de facção criminosa (PCC) e toda a sua atuação demonstra
organização e estrutura.
Desse modo, considerando a peculiaridade estudada (complexidade
da causa, escolha do advogado de não participar da audiência, nomeação
de defensor ad hoc e consentimento dos advogados dos demais corréus
com a realização do ato), não acolho a pretensão da defesa de invalidar a
instrução criminal.
No que se refere à suposta inobservância da ordem de inquirição das
testemunhas (art. 212, parágrafo único, do CPP, com redação dada pela
Lei 11.690/2008), também melhor sorte não assiste à defesa.
A redação anterior à Lei 11.690/2008, era a seguinte:
“Art. 212. As perguntas das partes serão requeridas ao
juiz, que as formulará à testemunha. O juiz não poderá recusar
as perguntas da parte, salvo se não tiverem relação com o
processo ou importarem repetição de outra já respondida”.
A atual redação do dispositivo prevê que:
“Art. 212. As perguntas serão formuladas pelas partes
diretamente à testemunha, não admitindo o juiz aquelas que
puderem induzir a resposta, não tiveram relação com a causa
ou importarem na repetição de outra já respondida.
Parágrafo único. Sobre os pontos não esclarecidos, o juiz
poderá complementar a inquirição”.
Dessarte, com a nova sistemática, o sistema presidencialista de
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Supremo Tribunal Federal
HC 112.217 / SP
sendo processados por outros sequestros, homicídios e tráfico de drogas.
As conversas interceptadas sinalizam a alta periculosidade da quadrilha,
pois não hesitam em intimidar (e até eliminar) vítimas e comparsas.
Ademais, os autos também revelam que todos os réus são
integrantes de facção criminosa (PCC) e toda a sua atuação demonstra
organização e estrutura.
Desse modo, considerando a peculiaridade estudada (complexidade
da causa, escolha do advogado de não participar da audiência, nomeação
de defensor ad hoc e consentimento dos advogados dos demais corréus
com a realização do ato), não acolho a pretensão da defesa de invalidar a
instrução criminal.
No que se refere à suposta inobservância da ordem de inquirição das
testemunhas (art. 212, parágrafo único, do CPP, com redação dada pela
Lei 11.690/2008), também melhor sorte não assiste à defesa.
A redação anterior à Lei 11.690/2008, era a seguinte:
“Art. 212. As perguntas das partes serão requeridas ao
juiz, que as formulará à testemunha. O juiz não poderá recusar
as perguntas da parte, salvo se não tiverem relação com o
processo ou importarem repetição de outra já respondida”.
A atual redação do dispositivo prevê que:
“Art. 212. As perguntas serão formuladas pelas partes
diretamente à testemunha, não admitindo o juiz aquelas que
puderem induzir a resposta, não tiveram relação com a causa
ou importarem na repetição de outra já respondida.
Parágrafo único. Sobre os pontos não esclarecidos, o juiz
poderá complementar a inquirição”.
Dessarte, com a nova sistemática, o sistema presidencialista de
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Voto - MIN. GILMAR MENDES
HC 112.217 / SP
inquirição de testemunhas foi abolido. Sobre o tema, Guilherme de Souza
Nucci afirma:
“De acordo com a anterior redação do art. 212 do CPP,
devia a parte fazer a repergunta que desejasse ao magistrado e
este, avaliando a sua conveniência, iria formulá-la à
testemunha. Ocorre que a pessoa já tinha ouvido o que a parte
perguntou e, muitas vezes, começava a responder, quando,
então, era obstada pelo magistrado, recebendo a advertência de
que somente deveria responder a ele, juiz presidente do ato.
Entretanto, em seguida, a mesma formulação era dirigida à
testemunha, exigindo-lhe a resposta” - (NUCCI, Guilherme de
Souza, Manual de Processo Penal e Execução Penal, p. 475, 9ª
edição, Editora Revista dos Tribunais, 2012).
Tal sistema de inquirição mostrava-se inadequado, pois a
testemunha, mesmo entendendo perfeitamente as perguntas das partes,
não poderia respondê-las enquanto não fossem repetidas pelo juiz.
Da leitura do art. 212 do CPP, verifica-se que, agora, as partes farão
as perguntas diretamente às testemunhas, sem o intermédio do juiz.
Contudo, em razão do disposto no parágrafo único, surgiu a dúvida
quanto a ter sido ou não alterada a ordem relativamente a quem inicia as
perguntas.
Eugênio Pacelli de Oliveira entende que “as partes iniciam a
inquirição, e o juiz a encerra” (Curso de Processo Penal, 11ª edição, Lumen
Juris, p. 370).
Diferentemente, Guilherme de Souza Nucci sustenta:
“foi alterado, apenas, o sistema de inquirição feito pelas
partes. Nada mais. O juiz, como presidente da instrução e
destinatário da prova, continua a abrir o depoimento,
formulando, como sempre fez, as suas perguntas às
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HC 112.217 / SP
inquirição de testemunhas foi abolido. Sobre o tema, Guilherme de Souza
Nucci afirma:
“De acordo com a anterior redação do art. 212 do CPP,
devia a parte fazer a repergunta que desejasse ao magistrado e
este, avaliando a sua conveniência, iria formulá-la à
testemunha. Ocorre que a pessoa já tinha ouvido o que a parte
perguntou e, muitas vezes, começava a responder, quando,
então, era obstada pelo magistrado, recebendo a advertência de
que somente deveria responder a ele, juiz presidente do ato.
Entretanto, em seguida, a mesma formulação era dirigida à
testemunha, exigindo-lhe a resposta” - (NUCCI, Guilherme de
Souza, Manual de Processo Penal e Execução Penal, p. 475, 9ª
edição, Editora Revista dos Tribunais, 2012).
Tal sistema de inquirição mostrava-se inadequado, pois a
testemunha, mesmo entendendo perfeitamente as perguntas das partes,
não poderia respondê-las enquanto não fossem repetidas pelo juiz.
Da leitura do art. 212 do CPP, verifica-se que, agora, as partes farão
as perguntas diretamente às testemunhas, sem o intermédio do juiz.
Contudo, em razão do disposto no parágrafo único, surgiu a dúvida
quanto a ter sido ou não alterada a ordem relativamente a quem inicia as
perguntas.
Eugênio Pacelli de Oliveira entende que “as partes iniciam a
inquirição, e o juiz a encerra” (Curso de Processo Penal, 11ª edição, Lumen
Juris, p. 370).
Diferentemente, Guilherme de Souza Nucci sustenta:
“foi alterado, apenas, o sistema de inquirição feito pelas
partes. Nada mais. O juiz, como presidente da instrução e
destinatário da prova, continua a abrir o depoimento,
formulando, como sempre fez, as suas perguntas às
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HC 112.217 / SP
testemunhas de acusação, de defesa ou do juízo. Somente após
esgotar o seu esclarecimento, passa a palavra às partes para
que, diretamente, reperguntem. Primeiramente, a acusação
repergunta às suas testemunhas, para, na sequência fazer o
mesmo a defesa. Em segunda fase, a defesa repergunta
diretamente às suas testemunhas para, depois, fazer o mesmo a
acusação” - (NUCCI, Guilherme de Souza, Manual de Processo
Penal e Execução Penal, p. 476, 9ª edição, Editora Revista dos
Tribunais, 2012).
Ainda que se entendesse pela imposição de uma ordem legal, a
jurisprudência do STF é no sentido de reconhecer a nulidade como
relativa. Nesse sentido:
“RECURSO ORDINÁRIO EM
HABEAS CORPUS.
PROCESSUAL PENAL. AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO.
INVERSÃO DA ORDEM DE INQUIRIÇÃO DAS
TESTEMUNHAS. ARTIGO 212 DO CÓDIGO DE PROCESSO
PENAL. ARGUIÇÃO DE NULIDADE. PREJUÍZO.
DEMONSTRAÇÃO. AUSÊNCIA. RECURSO IMPROVIDO.
I – Não é de se acolher a alegação de nulidade em razão da
não observância da ordem de formulação de perguntas às
testemunhas, estabelecida pelo art. 212 do CPP, com redação
conferida pela Lei 11.690/2008. Isso porque a defesa não se
desincumbiu do ônus de demonstrar o prejuízo decorrente da
inversão da ordem de inquirição das testemunhas.
II – Esta Corte vem assentando que a demonstração de
prejuízo, a teor do art. 563 do CPP, é essencial à alegação de
nulidade, seja ela relativa ou absoluta, eis que ‘(...) o âmbito
normativo do dogma fundamental da disciplina das nulidades
pas de nullité sans grief compreende as nulidades absolutas’ (HC
85.155/SP, Rel. Min. Ellen Gracie). Precedentes.
III – A decisão ora questionada está em perfeita
consonância com o que decidido pela Primeira Turma desta
6
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Supremo Tribunal Federal
HC 112.217 / SP
testemunhas de acusação, de defesa ou do juízo. Somente após
esgotar o seu esclarecimento, passa a palavra às partes para
que, diretamente, reperguntem. Primeiramente, a acusação
repergunta às suas testemunhas, para, na sequência fazer o
mesmo a defesa. Em segunda fase, a defesa repergunta
diretamente às suas testemunhas para, depois, fazer o mesmo a
acusação” - (NUCCI, Guilherme de Souza, Manual de Processo
Penal e Execução Penal, p. 476, 9ª edição, Editora Revista dos
Tribunais, 2012).
Ainda que se entendesse pela imposição de uma ordem legal, a
jurisprudência do STF é no sentido de reconhecer a nulidade como
relativa. Nesse sentido:
“RECURSO ORDINÁRIO EM
HABEAS CORPUS.
PROCESSUAL PENAL. AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO.
INVERSÃO DA ORDEM DE INQUIRIÇÃO DAS
TESTEMUNHAS. ARTIGO 212 DO CÓDIGO DE PROCESSO
PENAL. ARGUIÇÃO DE NULIDADE. PREJUÍZO.
DEMONSTRAÇÃO. AUSÊNCIA. RECURSO IMPROVIDO.
I – Não é de se acolher a alegação de nulidade em razão da
não observância da ordem de formulação de perguntas às
testemunhas, estabelecida pelo art. 212 do CPP, com redação
conferida pela Lei 11.690/2008. Isso porque a defesa não se
desincumbiu do ônus de demonstrar o prejuízo decorrente da
inversão da ordem de inquirição das testemunhas.
II – Esta Corte vem assentando que a demonstração de
prejuízo, a teor do art. 563 do CPP, é essencial à alegação de
nulidade, seja ela relativa ou absoluta, eis que ‘(...) o âmbito
normativo do dogma fundamental da disciplina das nulidades
pas de nullité sans grief compreende as nulidades absolutas’ (HC
85.155/SP, Rel. Min. Ellen Gracie). Precedentes.
III – A decisão ora questionada está em perfeita
consonância com o que decidido pela Primeira Turma desta
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Voto - MIN. GILMAR MENDES
HC 112.217 / SP
Corte, ao apreciar o HC 103.525/PE, Rel. Min. Cármen Lúcia, no
sentido de que a inobservância do procedimento previsto no
art. 212 do CPP pode gerar, quando muito, nulidade relativa,
cujo reconhecimento não prescinde da demonstração do
prejuízo para a parte que a suscita.
IV – Recurso improvido”. (RHC 110.623/DF, Rel. Min.
Ricardo Lewandowski, Segunda Turma, unânime, DJe
26.3.2012).
“HABEAS
CORPUS.
PROCESSUAL
PENAL.
INQUIRIÇÃO DE TESTEMUNHA. ART. 212 DO CÓDIGO DE
PROCESSO PENAL COM AS ALTERAÇÕES DA LEI
11.690/2008. ADOÇÃO DO SISTEMA PRESIDENCIALISTA.
PERGUNTAS INICIADAS E INTERMEDIADAS PELO JUIZ.
IRREGULARIDADE. PREJUÍZO NÃO COMPROVADO.
ORDEM DENEGADA.
O art. 212 do Código de Processo Penal, com a redação
dada pela Lei nº 11.690/2008, inaugurou nova sistemática para o
exame das testemunhas, sendo a inquirição inaugurada pelas
partes e complementada pelo juiz, franqueando-se ainda às
partes a realização de perguntas diretamente.
Do fato de o juiz ter perguntado primeiro e não ao final
não decorre prejuízo às partes, ao contrário, da irregularidade,
provém vantagem processual para a parte que pergunta por
último, o que, em tese, lhe é mais favorável.
Do fato de o juiz ter intermediado as perguntas das partes,
decorre mero prejuízo à dinâmica da audiência. O prejuízo à
celeridade não é suficiente para justificar a pronúncia de
nulidade.
O princípio maior que rege a matéria é de que não se
decreta nulidade sem prejuízo, conforme o art. 563 do Código
de Processo Penal. Não se prestigia a forma pela forma, com o
que se, da irregularidade formal, não deflui prejuízo, o ato deve
ser preservado.
Habeas corpus denegado”. (HC 112.446/SP, Rel. Min. Rosa
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Supremo Tribunal Federal
HC 112.217 / SP
Corte, ao apreciar o HC 103.525/PE, Rel. Min. Cármen Lúcia, no
sentido de que a inobservância do procedimento previsto no
art. 212 do CPP pode gerar, quando muito, nulidade relativa,
cujo reconhecimento não prescinde da demonstração do
prejuízo para a parte que a suscita.
IV – Recurso improvido”. (RHC 110.623/DF, Rel. Min.
Ricardo Lewandowski, Segunda Turma, unânime, DJe
26.3.2012).
“HABEAS
CORPUS.
PROCESSUAL
PENAL.
INQUIRIÇÃO DE TESTEMUNHA. ART. 212 DO CÓDIGO DE
PROCESSO PENAL COM AS ALTERAÇÕES DA LEI
11.690/2008. ADOÇÃO DO SISTEMA PRESIDENCIALISTA.
PERGUNTAS INICIADAS E INTERMEDIADAS PELO JUIZ.
IRREGULARIDADE. PREJUÍZO NÃO COMPROVADO.
ORDEM DENEGADA.
O art. 212 do Código de Processo Penal, com a redação
dada pela Lei nº 11.690/2008, inaugurou nova sistemática para o
exame das testemunhas, sendo a inquirição inaugurada pelas
partes e complementada pelo juiz, franqueando-se ainda às
partes a realização de perguntas diretamente.
Do fato de o juiz ter perguntado primeiro e não ao final
não decorre prejuízo às partes, ao contrário, da irregularidade,
provém vantagem processual para a parte que pergunta por
último, o que, em tese, lhe é mais favorável.
Do fato de o juiz ter intermediado as perguntas das partes,
decorre mero prejuízo à dinâmica da audiência. O prejuízo à
celeridade não é suficiente para justificar a pronúncia de
nulidade.
O princípio maior que rege a matéria é de que não se
decreta nulidade sem prejuízo, conforme o art. 563 do Código
de Processo Penal. Não se prestigia a forma pela forma, com o
que se, da irregularidade formal, não deflui prejuízo, o ato deve
ser preservado.
Habeas corpus denegado”. (HC 112.446/SP, Rel. Min. Rosa
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Voto - MIN. GILMAR MENDES
HC 112.217 / SP
Weber, Primeira Turma, unânime, DJe 1º.6.2012).
Desse modo, a despeito de ter sido adotado, no caso concreto,
procedimento diverso daquele estatuído no art. 212, do CPP, não houve a
demonstração do prejuízo, nos termos exigidos pelo art. 563 do mesmo
estatuto, motivo pelo qual não se procede à anulação do ato.
Portanto, ausente a demonstração de prejuízo, a decisão do colendo
Superior Tribunal de Justiça ajusta-se ao entendimento dessa Corte Maior
não se constituindo em ato ilegal ou abusivo que justifique a concessão da
ordem.
Nesses termos, na linha da jurisprudência firmada pelo STF, denego
a ordem.
É como voto.
8
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Supremo Tribunal Federal
HC 112.217 / SP
Weber, Primeira Turma, unânime, DJe 1º.6.2012).
Desse modo, a despeito de ter sido adotado, no caso concreto,
procedimento diverso daquele estatuído no art. 212, do CPP, não houve a
demonstração do prejuízo, nos termos exigidos pelo art. 563 do mesmo
estatuto, motivo pelo qual não se procede à anulação do ato.
Portanto, ausente a demonstração de prejuízo, a decisão do colendo
Superior Tribunal de Justiça ajusta-se ao entendimento dessa Corte Maior
não se constituindo em ato ilegal ou abusivo que justifique a concessão da
ordem.
Nesses termos, na linha da jurisprudência firmada pelo STF, denego
a ordem.
É como voto.
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 12 de 13
Decisão de Julgamento
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
HABEAS CORPUS 112.217
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. GILMAR MENDES
PACTE.(S) : CLÁUDIO RENATO DOS SANTOS
IMPTE.(S) : ANA LÚCIA CARLOS PEREIRA
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Decisão: A Turma, por unanimidade, denegou a ordem, nos termos
do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, os Senhores
Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra
Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros
Celso de Mello e Joaquim Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
P/ Fabiane Duarte
Secretária
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Supremo Tribunal Federal
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
HABEAS CORPUS 112.217
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. GILMAR MENDES
PACTE.(S) : CLÁUDIO RENATO DOS SANTOS
IMPTE.(S) : ANA LÚCIA CARLOS PEREIRA
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Decisão: A Turma, por unanimidade, denegou a ordem, nos termos
do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, os Senhores
Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra
Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros
Celso de Mello e Joaquim Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
P/ Fabiane Duarte
Secretária
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 13 de 13
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3168569 | 2012-11-13T00:00:00 | 2012-12-07T00:00:00 | A Turma, por unanimidade, denegou a ordem, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 13.11.2012. | HABEAS CORPUS | Habeas corpus. 2. Receptação e extorsão mediante sequestro. 3. Audiência de instrução. Ausência do réu preso. 4. Inobservância da regra sobre inquirição de testemunhas prevista no art. 212 do CPP. 5. Complexidade da causa, escolha do advogado de não participar da audiência, nomeação de defensor ad hoc e consentimento dos advogados dos demais corréus com a realização do ato. Pretensão da defesa de invalidar a instrução criminal rejeitada. 6. Ordem denegada. | sjur220976 | - Acórdão(s) citado(s):
(ORDEM, INQUIRIÇÃO DE TESTEMUNHA, NULIDADE RELATIVA)
STF: RHC 110623 (2ªT), HC 112446 (1ªT).
- Veja HC 170505 do STJ e AP 477.01.2007.005642-2 da 2ª Vara Criminal da Comarca de Praia Grande/SP.
- Termo de resgate: SISTEMA PRESIDENCIALISTA DE INQUIRIÇÃO DE TESTEMUNHA.
Número de páginas: 13.
Análise: 07/01/2012, SEV. | GILMAR MENDES | Segunda Turma | 112217 | [
"LEG-FED DEL-002848 ANO-1940\r\n ART-00029 ART-00069 ART-00159 PAR-00001\r\n PAR-00003 ART-00180 \"CAPUT\" \r\n CP-1940 CÓDIGO PENAL\r\n",
"LEG-FED DEL-003689 ANO-1941\r\n ART-00212 REDAÇÃO ANTERIOR A LEI-11690/2008\r\n ART-00212 \"CAPUT\" PAR-ÚNICO REDAÇÃO DADA PELA LEI-11690/2008 \r\n ART-00563 \r\n CPP-1941 CÓDIGO DE PROCESSO PENAL"
] | HC | acordaos | HC 112217 | [
""
] | PACTE.(S) : CLÁUDIO RENATO DOS SANTOS
IMPTE.(S) : ANA LÚCIA CARLOS PEREIRA
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"HABEAS CORPUS 112 . 217",
"HABEAS CORPUS 112 . 217",
"HC 170 . 505 / SP",
"HABEAS CORPUS 112 . 217",
"HC 170 . 505 / SP",
"HC 112 . 217 / SP",
"HC 112 . 217 / SP",
"HC 112 . 217 / SP",
"HC 112 . 217 / SP",
"HABEAS CORPUS 112 . 217",
"AP n . 477 . 01 . 2007 . 005642 - 2",
"AP n . 477 . 01 . 2007 . 005642 - 2",
"HC 112 . 217 / SP",
"HC 112 . 217 / SP",
"HC 112 . 217 / SP",
"HC 112 . 217 / SP",
"HC 112 . 217 / SP",
"HC 112 . 217 / SP",
"HC 112 . 217 / SP",
"HC 112 . 217 / SP",
"HC 112 . 217 / SP",
"HC 85 . 155 / SP",
"HC 112 . 217 / SP",
"HC 85 . 155 / SP",
"HC 112 . 217 / SP",
"HC 103 . 525 / PE",
"RHC 110 . 623 / DF",
"HC 112 . 446 / SP",
"HC 112 . 217 / SP",
"HC 103 . 525 / PE",
"RHC 110 . 623 / DF",
"HC 112 . 446 / SP",
"HC 112 . 217 / SP",
"HC 112 . 217 / SP",
"HABEAS CORPUS 112 . 217",
"HABEAS CORPUS 112 . 217"
],
"LEGISLACAO": [
"art . 212 do CPP",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"arts . 180 , caput (",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"arts . 180 , caput ( receptação ) , e 159 , § § [UNK] e [UNK] , c / c os arts . 29 e 69 , todos do CP",
"MP n°",
"art . 212 , parágrafo único , do CPP",
"Constituição Federal",
"Pacto de São José da Costa Rica",
"Pacto Internacional sobre Direitos Civis e",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 212 , parágrafo único , do CPP",
"Constituição Federal",
"Pacto de São José da Costa Rica",
"Pacto Internacional sobre Direitos",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 212 , parágrafo único , do CPP",
"Lei 11 . 690 / 2008",
"art . 212 , parágrafo único , do CPP",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 212 , parágrafo único , do CPP",
"Lei 11 . 690 / 2008",
"art . 212 , parágrafo único , do CPP",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 212 do CPP",
"arts . 180 , caput , e 159 , § § [UNK] e [UNK] , c / c arts . 29 e 69 , todos do CP",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 212 do CPP",
"arts . 180 , caput , e 159 , § § [UNK] e [UNK] , c / c arts . 29 e 69 , todos do CP",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 265 do Código de Processo Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 265 do Código de Processo Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 265 , caput , do CPP",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 265 , caput , do CPP",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 212 , parágrafo único , do CPP",
"Lei 11 . 690 / 2008",
"Lei 11 . 690 / 2008",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 212 , parágrafo único , do CPP",
"Lei 11 . 690 / 2008",
"Lei 11 . 690 / 2008",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art",
"art . 212 do CPP",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 212 do CPP",
"art . 212 do CPP",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ARTIGO 212 DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL",
"art . 212 do CPP",
"Lei 11 . 690 / 2008",
"art . 563 do CPP",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ARTIGO 212 DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL",
"art . 212 do CPP",
"Lei 11 . 690 / 2008",
"art . 563 do CPP",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 212 do CPP",
"ART . 212 DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL",
"LEI 11 . 690 / 2008",
"art . 212 do Código de Processo Penal",
"Lei [UNK] 11 . 690 / 2008",
"art . 563 do Código de Processo Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 212 do CPP",
"ART . 212 DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL",
"LEI 11 . 690 / 2008",
"art . 212 do Código de Processo Penal",
"Lei [UNK] 11 . 690 / 2008",
"art . 563 do Código de Processo Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 212 , do CPP",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 212 , do CPP",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"SÃO PAULO",
"Brasília",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"Estado de São Paulo",
"Estado de São Paulo",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO"
],
"ORGANIZACAO": [
"SEGUNDA TURMA",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça",
"STJ",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça",
"STJ",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo",
"STJ",
"Supremo Tribunal Federal",
"STJ",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo",
"STJ",
"Supremo Tribunal Federal",
"STJ",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Procuradoria",
"-",
"Geral da República",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Procuradoria",
"-",
"Geral da República",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"[UNK] Vara Criminal da Comarca de Praia Grande / SP",
"MP",
"Penitenciária de Serra Azul",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"[UNK] Vara Criminal da Comarca de Praia Grande / SP",
"MP",
"Penitenciária de Serra Azul",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"OAB",
"/",
"SP",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"OAB",
"/",
"SP",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"OAB",
"Comissão de Ética da",
"OAB",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"OAB",
"Comissão de Ética da",
"OAB",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PCC",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PCC",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Editora Revista dos Tribunais",
"Lumen Juris",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Editora Revista dos Tribunais",
"Lumen Juris",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Editora Revista dos Tribunais",
"STF",
"Primeira Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Editora Revista dos Tribunais",
"STF",
"Primeira Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Primeira Turma",
"Superior Tribunal de Justiça",
"STF",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"Superior Tribunal de Justiça",
"STF",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"[UNK] Turma",
"de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"GILMAR MENDES",
"CLÁUDIO RENATO DOS SANTOS",
"ANA LÚCIA CARLOS PEREIRA",
"Ricardo Lewandowski",
"GILMAR MENDES",
"GILMAR MENDES",
"CLÁUDIO RENATO DOS SANTOS",
"ANA LÚCIA CARLOS PEREIRA",
"GILMAR MENDES",
"Ana Lúcia Carlos Pereira",
"Cláudio Renato dos Santos",
"José Julio Sobrinho",
"GILMAR MENDES",
"CLÁUDIO RENATO DOS SANTOS",
"ANA LÚCIA CARLOS PEREIRA",
"GILMAR MENDES",
"Ana Lúcia Carlos Pereira",
"Cláudio Renato dos Santos",
"José Julio Sobrinho",
"GILMAR MENDES",
"GILMAR MENDES",
"Tiago Santana de Oliveira",
"Tiago",
"GILMAR MENDES",
"Tiago Santana de Oliveira",
"Tiago",
"GILMAR MENDES",
"João Carlos",
"Cláudio",
"João Carlos Pereira Filho",
"João Carlos",
"Cláudio",
"João Carlos Pereira Filho",
"GILMAR MENDES",
"Cláudio",
"Cláudio Renato dos Santos",
"Cláudio",
"Cláudio Renato dos Santos",
"GILMAR MENDES",
"GILMAR MENDES",
"Guilherme de Souza Nucci",
"NUCCI , Guilherme de Souza",
"Eugênio Pacelli de Oliveira",
"Guilherme de Souza Nucci",
"Guilherme de Souza Nucci",
"NUCCI , Guilherme de Souza",
"Eugênio Pacelli de Oliveira",
"Guilherme de Souza Nucci",
"GILMAR MENDES",
"NUCCI , Guilherme de Souza",
"Ellen Gracie",
"NUCCI , Guilherme de Souza",
"Ellen Gracie",
"GILMAR MENDES",
"Cármen Lúcia",
"Ricardo Lewandowski",
"Rosa",
"Cármen Lúcia",
"Ricardo Lewandowski",
"Rosa",
"GILMAR MENDES",
"Weber",
"GILMAR MENDES",
"CLÁUDIO RENATO DOS SANTOS",
"ANA LÚCIA CARLOS PEREIRA",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos",
"Fabiane Duarte",
"GILMAR MENDES",
"CLÁUDIO RENATO DOS SANTOS",
"ANA LÚCIA CARLOS PEREIRA",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos",
"Fabiane Duarte"
],
"TEMPO": [
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"13 de novembro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"07",
"/",
"12",
"/",
"2012",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"27",
".",
"2",
".",
"2009",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"27",
".",
"2",
".",
"2009",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"5",
".",
"1",
".",
"2009",
"27",
".",
"2",
".",
"2009",
"31 de agosto",
"14 de outubro de 2009",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"5",
".",
"1",
".",
"2009",
"27",
".",
"2",
".",
"2009",
"31 de agosto",
"14 de outubro de 2009",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"15",
".",
"10",
".",
"2009",
"14",
".",
"12",
".",
"2009",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"15",
".",
"10",
".",
"2009",
"14",
".",
"12",
".",
"2009",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"2007",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"2007",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"26",
".",
"3",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"26",
".",
"3",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"[UNK]",
".",
"6",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"[UNK]",
".",
"6",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 671.369 SÃO PAULO
RELATOR
: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S)
:LEÃO & LEÃO LTDA
ADV.(A/S)
:EDUARDO HENRIQUE MARQUES SOARES
AGDO.(A/S)
:PAULO CAMILO
ADV.(A/S)
:MIRIAM TSUMAGARI ARAÚJO DA COSTA
EMENTA:
AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. TRABALHISTA. ACIDENTE DE TRABALHO.
INDENIZAÇÃO
POR
DANO
MORAL.
PRESCRIÇÃO.
INTERPRETAÇÃO DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL.
OFENSA INDIRETA. AGRAVO IMPROVIDO.
I - É inadmissível o recurso extraordinário quando sua análise
implica rever a interpretação de norma infraconstitucional que
fundamenta a decisão a quo. A afronta à Constituição, se ocorrente, seria
apenas indireta. Precedentes.
II - Agravo regimental improvido.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do
Senhor Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de
julgamentos e das notas taquigráficas, por unanimidade, negar
provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator.
Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e
Joaquim Barbosa.
Brasília, 13 de novembro de 2012.
RICARDO LEWANDOWSKI – PRESIDENTE E RELATOR
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3101484.
Supremo Tribunal Federal
DJe 04/12/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 6
Relatório
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 671.369 SÃO PAULO
RELATOR
: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S)
:LEÃO & LEÃO LTDA
ADV.(A/S)
:EDUARDO HENRIQUE MARQUES SOARES
AGDO.(A/S)
:PAULO CAMILO
ADV.(A/S)
:MIRIAM TSUMAGARI ARAÚJO DA COSTA
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Trata-se de
agravo regimental interposto contra decisão que negou seguimento ao
recurso extraordinário. Eis o teor da decisão agravada:
“Trata-se de recurso extraordinário interposto contra acórdão
que entendeu pela aplicabilidade do prazo prescricional previsto no
Código Civil à ação de indenização sobre danos morais decorrentes de
acidente de trabalho quando a lesão for anterior à Emenda
Constitucional 45/2004.
Neste RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-
se, em suma, ofensa ao art. 7º, XXIX, da mesma Carta.
A pretensão recursal não merece acolhida.
A jurisprudência desta Corte firmou-se no sentido de que
controvérsia em exame está restrita ao âmbito infraconstitucional. A
afronta à Constituição, se ocorrente, seria reflexa. Incabível, portanto,
o recurso extraordinário. Nesse sentido, cito o AI 827.336-AgR/RS,
Rel. Min. Ayres Britto, cuja ementa segue transcrita:
'AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE
INSTRUMENTO. DIREITO DO TRABALHO. DANOS
MATERIAIS E MORAIS. ACIDENTE DO TRABALHO.
PRAZO PRESCRICIONAL. CONTROVÉRSIA DECIDIDA
À LUZ DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL
PERTINENTE. 1. Eventual ofensa ao Magno Texto apenas
ocorreria de modo reflexo ou indireto. Precedentes. 2. Agravo
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3101485.
Supremo Tribunal Federal
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 671.369 SÃO PAULO
RELATOR
: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S)
:LEÃO & LEÃO LTDA
ADV.(A/S)
:EDUARDO HENRIQUE MARQUES SOARES
AGDO.(A/S)
:PAULO CAMILO
ADV.(A/S)
:MIRIAM TSUMAGARI ARAÚJO DA COSTA
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Trata-se de
agravo regimental interposto contra decisão que negou seguimento ao
recurso extraordinário. Eis o teor da decisão agravada:
“Trata-se de recurso extraordinário interposto contra acórdão
que entendeu pela aplicabilidade do prazo prescricional previsto no
Código Civil à ação de indenização sobre danos morais decorrentes de
acidente de trabalho quando a lesão for anterior à Emenda
Constitucional 45/2004.
Neste RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-
se, em suma, ofensa ao art. 7º, XXIX, da mesma Carta.
A pretensão recursal não merece acolhida.
A jurisprudência desta Corte firmou-se no sentido de que
controvérsia em exame está restrita ao âmbito infraconstitucional. A
afronta à Constituição, se ocorrente, seria reflexa. Incabível, portanto,
o recurso extraordinário. Nesse sentido, cito o AI 827.336-AgR/RS,
Rel. Min. Ayres Britto, cuja ementa segue transcrita:
'AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE
INSTRUMENTO. DIREITO DO TRABALHO. DANOS
MATERIAIS E MORAIS. ACIDENTE DO TRABALHO.
PRAZO PRESCRICIONAL. CONTROVÉRSIA DECIDIDA
À LUZ DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL
PERTINENTE. 1. Eventual ofensa ao Magno Texto apenas
ocorreria de modo reflexo ou indireto. Precedentes. 2. Agravo
Supremo Tribunal Federal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 6
Relatório
RE 671.369 AGR / SP
regimental desprovido'.
No mesmo sentido, menciono as seguintes decisões, entre
outras: ARE 657.377/RS e ARE 647.627/MG, Rel. Min. Cármen
Lúcia; AI 806.656-AgR/RS, Rel. Min. Ellen Gracie; AI 817.484-
AgR/GO, de minha relatoria; RE 671.376/DF, Rel. Min. Ayres Britto;
ARE 654.885/GO e AI 817.950/SP, Rel. Min. Gilmar Mendes; AI
735.532-AgR/RJ, Rel. Min. Joaquim Barbosa; ARE 665.059/PI, Rel.
Min. Luiz Fux.
Isso posto, nego seguimento ao recurso (CPC, art. 557, caput)”.
A agravante sustenta, em suma, ofensa direta ao art. 7º, XXIX, da
Constituição Federal.
É o relatório.
2
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
RE 671.369 AGR / SP
regimental desprovido'.
No mesmo sentido, menciono as seguintes decisões, entre
outras: ARE 657.377/RS e ARE 647.627/MG, Rel. Min. Cármen
Lúcia; AI 806.656-AgR/RS, Rel. Min. Ellen Gracie; AI 817.484-
AgR/GO, de minha relatoria; RE 671.376/DF, Rel. Min. Ayres Britto;
ARE 654.885/GO e AI 817.950/SP, Rel. Min. Gilmar Mendes; AI
735.532-AgR/RJ, Rel. Min. Joaquim Barbosa; ARE 665.059/PI, Rel.
Min. Luiz Fux.
Isso posto, nego seguimento ao recurso (CPC, art. 557, caput)”.
A agravante sustenta, em suma, ofensa direta ao art. 7º, XXIX, da
Constituição Federal.
É o relatório.
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3101485.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 6
Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 671.369 SÃO PAULO
V O T O
O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Bem
reexaminada a questão, verifica-se que a decisão ora atacada não merece
reforma, visto que a recorrente não aduz novos argumentos capazes de
afastar as razões nela expendidas.
Como asseverado na decisão agravada, a jurisprudência desta Corte
firmou-se no sentido de que controvérsia em exame está restrita ao
âmbito infraconstitucional. A afronta à Constituição, se ocorrente, seria
reflexa. Incabível, portanto, o recurso extraordinário.
Nesse sentido, além dos precedentes mencionados na decisão
impugnada, destaco julgados de ambas as Turmas desta Corte, cujas
ementas transcrevo a seguir:
“AGRAVO
REGIMENTAL
NO
AGRAVO
DE
INSTRUMENTO. TRABALHISTA. PRESCRIÇÃO. ARTIGO 7º,
XXIX, DA CF. OFENSA INDIRETA À CONSTITUIÇÃO
FEDERAL. PRECEDENTES.
1. A prescrição em face de suposta ofensa ao artigo 7º, XXIX, da
Constituição Federal situa-se no âmbito da legislação
infraconstitucional, por isso que, in casu, a afronta à Constituição, se
ocorrente, seria indireta ou reflexa. Precedentes: AI 817.484-AgR,
Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de
1º.02.2011, AI 819.935-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro
Ayres Britto, DJe 02.03.2011 e AI 486.246-AgR, Segunda Turma,
Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJe 06.08.2010.
2. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI 805.875-
AgR/SP, Rel. Min. Luiz Fux, Primeira Turma).
“CONSTITUCIONAL E TRABALHISTA. AGRAVO
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3101486.
Supremo Tribunal Federal
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 671.369 SÃO PAULO
V O T O
O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Bem
reexaminada a questão, verifica-se que a decisão ora atacada não merece
reforma, visto que a recorrente não aduz novos argumentos capazes de
afastar as razões nela expendidas.
Como asseverado na decisão agravada, a jurisprudência desta Corte
firmou-se no sentido de que controvérsia em exame está restrita ao
âmbito infraconstitucional. A afronta à Constituição, se ocorrente, seria
reflexa. Incabível, portanto, o recurso extraordinário.
Nesse sentido, além dos precedentes mencionados na decisão
impugnada, destaco julgados de ambas as Turmas desta Corte, cujas
ementas transcrevo a seguir:
“AGRAVO
REGIMENTAL
NO
AGRAVO
DE
INSTRUMENTO. TRABALHISTA. PRESCRIÇÃO. ARTIGO 7º,
XXIX, DA CF. OFENSA INDIRETA À CONSTITUIÇÃO
FEDERAL. PRECEDENTES.
1. A prescrição em face de suposta ofensa ao artigo 7º, XXIX, da
Constituição Federal situa-se no âmbito da legislação
infraconstitucional, por isso que, in casu, a afronta à Constituição, se
ocorrente, seria indireta ou reflexa. Precedentes: AI 817.484-AgR,
Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de
1º.02.2011, AI 819.935-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro
Ayres Britto, DJe 02.03.2011 e AI 486.246-AgR, Segunda Turma,
Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJe 06.08.2010.
2. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI 805.875-
AgR/SP, Rel. Min. Luiz Fux, Primeira Turma).
“CONSTITUCIONAL E TRABALHISTA. AGRAVO
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 6
Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
RE 671.369 AGR / SP
REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO.
INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL. RELAÇÃO DE
EMPREGO.
PRAZO
PRESCRICIONAL.
MATÉRIA
INFRACONSTITUCIONAL. INEXISTÊNCIA DE OFENSA À
CONSTITUIÇÃO.
1. Inviável o processamento de extraordinário para debater
matéria infraconstitucional sob o argumento de violação ao art. 7º,
XXIX, da Constituição Federal.
2. A discussão relativa ao prazo prescricional para propositura
da ação de indenização por danos morais derivados da relação de
emprego depende de prévio exame de fatos e provas (Súmula STF 279)
e da legislação infraconstitucional.
3. Agravo regimental improvido” (AI 808.626-AgR/RS, Rel.
Min. Ellen Gracie, Segunda Turma).
Isso posto, nego provimento ao agravo regimental.
2
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
RE 671.369 AGR / SP
REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO.
INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL. RELAÇÃO DE
EMPREGO.
PRAZO
PRESCRICIONAL.
MATÉRIA
INFRACONSTITUCIONAL. INEXISTÊNCIA DE OFENSA À
CONSTITUIÇÃO.
1. Inviável o processamento de extraordinário para debater
matéria infraconstitucional sob o argumento de violação ao art. 7º,
XXIX, da Constituição Federal.
2. A discussão relativa ao prazo prescricional para propositura
da ação de indenização por danos morais derivados da relação de
emprego depende de prévio exame de fatos e provas (Súmula STF 279)
e da legislação infraconstitucional.
3. Agravo regimental improvido” (AI 808.626-AgR/RS, Rel.
Min. Ellen Gracie, Segunda Turma).
Isso posto, nego provimento ao agravo regimental.
2
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 6
Decisão de Julgamento
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 671.369
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S) : LEÃO & LEÃO LTDA
ADV.(A/S) : EDUARDO HENRIQUE MARQUES SOARES
AGDO.(A/S) : PAULO CAMILO
ADV.(A/S) : MIRIAM TSUMAGARI ARAÚJO DA COSTA
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto do Relator. Ausentes,
justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim
Barbosa. 2ª Turma, 13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra
Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros
Celso de Mello e Joaquim Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
P/ Fabiane Duarte
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3150103
Supremo Tribunal Federal
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 671.369
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S) : LEÃO & LEÃO LTDA
ADV.(A/S) : EDUARDO HENRIQUE MARQUES SOARES
AGDO.(A/S) : PAULO CAMILO
ADV.(A/S) : MIRIAM TSUMAGARI ARAÚJO DA COSTA
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto do Relator. Ausentes,
justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim
Barbosa. 2ª Turma, 13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra
Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros
Celso de Mello e Joaquim Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
P/ Fabiane Duarte
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3150103
Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 6
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3157266 | 2012-11-13T00:00:00 | 2012-12-04T00:00:00 | A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 13.11.2012. | AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO | Ementa: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. TRABALHISTA. ACIDENTE DE TRABALHO. INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL. PRESCRIÇÃO. INTERPRETAÇÃO DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA INDIRETA. AGRAVO IMPROVIDO.
I - É inadmissível o recurso extraordinário quando sua análise implica rever a interpretação de norma infraconstitucional que fundamenta a decisão a quo. A afronta à Constituição, se ocorrente, seria apenas indireta. Precedentes.
II - Agravo regimental improvido. | sjur220525 | - Acórdão (s) citado (s):
(RECURSO EXTRAORDINÁRIO, APRECIAÇÃO, MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL)
STF: AI 805875 AgR (1ªT), AI 808626 AgR (2ªT).
Número de páginas: 6.
Análise: 10/01/2013, BMB. | RICARDO LEWANDOWSKI | Segunda Turma | 671369 | null | RE-AgR | acordaos | RE 671369 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : LEÃO & LEÃO LTDA
ADV.(A/S) : EDUARDO HENRIQUE MARQUES SOARES
AGDO.(A/S) : PAULO CAMILO
ADV.(A/S) : MIRIAM TSUMAGARI ARAÚJO DA COSTA | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 671 . 369",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 671 . 369",
"AI 827 . 336 - AgR / RS",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 671 . 369",
"AI 827 . 336 - AgR / RS",
"RE 671 . 369 AGR / SP",
"ARE 657 . 377 / RS",
"ARE 647 . 627 / MG",
"AI 806 . 656 - AgR / RS",
"AI 817 . 484 - AgR / GO",
"RE 671 . 376 / DF",
"ARE 654 . 885 / GO",
"AI 817 . 950 / SP",
"AI 735 . 532 - AgR / RJ",
"ARE 665 . 059 / PI",
"RE 671 . 369 AGR / SP",
"ARE 657 . 377 / RS",
"ARE 647 . 627 / MG",
"AI 806 . 656 - AgR / RS",
"AI 817 . 484 - AgR / GO",
"RE 671 . 376 / DF",
"ARE 654 . 885 / GO",
"AI 817 . 950 / SP",
"AI 735 . 532 - AgR / RJ",
"ARE 665 . 059 / PI",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 671 . 369",
"AI 817 . 484 - AgR",
"AI 819 . 935 - AgR",
"AI 486 . 246 - AgR",
"AI 805 . 875 - AgR / SP",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 671 . 369",
"AI 817 . 484 - AgR",
"-",
"AgR",
"AI 486 . 246 - AgR",
"AI 805 . 875 - AgR / SP",
"RE 671 . 369 AGR / SP",
"Súmula STF 279",
"AI 808 . 626 - AgR / RS",
"RE 671 . 369 AGR / SP",
"Súmula STF 279",
"AI 808 . 626 - AgR / RS",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 671 . 369",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 671 . 369"
],
"LEGISLACAO": [
"Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Código Civil",
"Emenda Constitucional 45 / 2004",
"art . 102 , III , a , da Constituição",
"Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Código Civil",
"Emenda Constitucional 45 / 2004",
"art . 102 , III , a , da Constituição",
"Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"CPC , art . 557 , caput )",
"art . [UNK] , XXIX , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200",
"CPC , art . 557 , caput",
"art . [UNK] , XXIX , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição",
"ARTIGO [UNK] , XXIX , DA CF",
"artigo [UNK] , XXIX , da Constituição Federal",
"Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ARTIGO [UNK] , XXIX , DA CF",
"artigo [UNK] , XXIX , da Constituição Federal",
"Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] , XXIX , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] , XXIX , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"SÃO PAULO",
"Brasília",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO"
],
"ORGANIZACAO": [
"SEGUNDA TURMA",
"LEÃO & LEÃO LTDA",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"LEÃO & LEÃO LTDA",
"Supremo Tribunal Federal",
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"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"LEÃO & LEÃO LTDA",
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"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"Primeira Turma",
"Segunda Turma",
"Segunda Turma",
"Primeira Turma",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"Primeira Turma",
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"Segunda Turma",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Segunda Turma",
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"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
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"& LEÃO LTDA",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"EDUARDO HENRIQUE MARQUES SOARES",
"PAULO CAMILO",
"MIRIAM TSUMAGARI ARAÚJO DA COSTA",
"Ricardo Lewandowski",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"EDUARDO HENRIQUE MARQUES SOARES",
"PAULO CAMILO",
"MIRIAM TSUMAGARI ARAÚJO DA COSTA",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Ayres Britto",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"EDUARDO HENRIQUE MARQUES SOARES",
"PAULO CAMILO",
"MIRIAM TSUMAGARI ARAÚJO DA COSTA",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Ayres Britto",
"Cármen Lúcia",
"Ellen Gracie",
"Ayres Britto",
"Gilmar Mendes",
"Joaquim Barbosa",
"Luiz Fux",
"Cármen Lúcia",
"Ellen Gracie",
"Ayres Britto",
"Gilmar Mendes",
"Joaquim Barbosa",
"Luiz Fux",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Ricardo Lewandowski",
"Ayres Britto",
"Ellen Gracie",
"Luiz Fux",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Ricardo Lewandowski",
"Ayres Britto",
"Ellen Gracie",
"Luiz Fux",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Ellen Gracie",
"Ellen Gracie",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"LEÃO",
"EDUARDO HENRIQUE MARQUES SOARES",
"PAULO CAMILO",
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"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Gilmar Mendes",
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"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
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"RICARDO LEWANDOWSKI",
"EDUARDO HENRIQUE MARQUES SOARES",
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"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos",
"Fabiane Duarte"
],
"TEMPO": [
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"13 de novembro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"04",
"/",
"12",
"/",
"2012",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"[UNK]",
".",
"02",
".",
"2011",
"02",
".",
"03",
".",
"2011",
"06",
".",
"08",
".",
"2010",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"[UNK]",
".",
"02",
".",
"2011",
"02",
".",
"03",
".",
"2011",
"06",
".",
"08",
".",
"2010",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
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".",
"11",
".",
"2012",
"24",
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".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 114.149 MATO GROSSO DO SUL
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
PACTE.(S)
:GIOVANI LEITE DA SILVA
IMPTE.(S)
:DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
COATOR(A/S)(ES)
:RELATOR DO HC Nº 239971 DO SUPERIOR
TRIBUNAL DE JUSTIÇA
EMENTA
Habeas corpus. Falta grave. Perda dos dias remidos e outras
medidas legais. Superveniência da Lei nº 12.433/11, a qual conferiu
nova redação ao art. 127 da Lei de Execução Penal, limitando ao patamar
máximo de 1/3 (um terço) a revogação do tempo a ser remido. Novatio
legis in mellius que, em razão do princípio da retroatividade da lei
penal menos gravosa, alcança a situação pretérita do paciente,
beneficiando-o. Ordem concedida para esse fim.
1. A nova redação conferida pela Lei nº 12.433/11 ao art. 127 da Lei
de Execução Penal limita ao patamar máximo de 1/3 (um terço) a
revogação do tempo a ser remido.
2. No caso, o reconhecimento da prática de falta grave pelo paciente
implicou a perda dos dias a serem remidos de sua pena, o que, à luz do
novo ordenamento jurídico, não mais é permitido.
3. Por se tratar de novatio legis in mellius, nada impede que, em
razão do princípio da retroatividade da lei penal menos gravosa, ela
alcance a situação pretérita do paciente, beneficiando-o.
4. Habeas corpus concedido para esse fim.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do
Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata do julgamento e das
notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em conceder a ordem de
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Supremo Tribunal Federal
DJe 04/12/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 8
Ementa e Acórdão
HC 114.149 / MS
habeas corpus, nos termos do voto do Relator.
Brasília, 13 de novembro de 2012.
MINISTRO DIAS TOFFOLI
Relator
2
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Supremo Tribunal Federal
HC 114.149 / MS
habeas corpus, nos termos do voto do Relator.
Brasília, 13 de novembro de 2012.
MINISTRO DIAS TOFFOLI
Relator
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 8
Relatório
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 114.149 MATO GROSSO DO SUL
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
PACTE.(S)
:GIOVANI LEITE DA SILVA
IMPTE.(S)
:DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
COATOR(A/S)(ES)
:RELATOR DO HC Nº 239971 DO SUPERIOR
TRIBUNAL DE JUSTIÇA
RELATÓRIO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado pela Defensoria
Pública da União em favor de Giovani Leite da Silva. Aponta a defesa
como autoridade coatora o Ministro Sebastião Reis Júnior, do Superior
Tribunal de Justiça, que, monocraticamente, denegou a ordem no HC nº
239.971/MS impetrado àquela Corte.
A impetrante sustenta o constrangimento ilegal imposto ao paciente,
tendo em vista que “a decisão do juízo carece de fundamentação idônea
para que se justifique o reinício da contagem do prazo legal para fins de
concessão de regime mais benéfico” (fl. 2 da inicial).
Aduz, para tanto, que:
“(...)
A situação em tela deve ser analisada pela nova redação
do art. 127 da Lei de Execuções Penais, alterada pela Lei
12.433/2011.
Isso porque a nova redação não prevê mais a perda total
dos dias remidos, logo, essa regra perdeu sua razão de ser,
passando o limite a ser de 1/3 (um terço) para todos os
benefícios previstos na lei de execução penal, sem distinção.
Considerando que a nova lei não distingue a que
benefício se aplica o limite quantitativo estatuído, não cabe ao
intérprete criar distinção não prevista na lei de regência em
prejuízo ao apenado, até porque não existem motivos racionais,
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3133521.
Supremo Tribunal Federal
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 114.149 MATO GROSSO DO SUL
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
PACTE.(S)
:GIOVANI LEITE DA SILVA
IMPTE.(S)
:DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
COATOR(A/S)(ES)
:RELATOR DO HC Nº 239971 DO SUPERIOR
TRIBUNAL DE JUSTIÇA
RELATÓRIO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado pela Defensoria
Pública da União em favor de Giovani Leite da Silva. Aponta a defesa
como autoridade coatora o Ministro Sebastião Reis Júnior, do Superior
Tribunal de Justiça, que, monocraticamente, denegou a ordem no HC nº
239.971/MS impetrado àquela Corte.
A impetrante sustenta o constrangimento ilegal imposto ao paciente,
tendo em vista que “a decisão do juízo carece de fundamentação idônea
para que se justifique o reinício da contagem do prazo legal para fins de
concessão de regime mais benéfico” (fl. 2 da inicial).
Aduz, para tanto, que:
“(...)
A situação em tela deve ser analisada pela nova redação
do art. 127 da Lei de Execuções Penais, alterada pela Lei
12.433/2011.
Isso porque a nova redação não prevê mais a perda total
dos dias remidos, logo, essa regra perdeu sua razão de ser,
passando o limite a ser de 1/3 (um terço) para todos os
benefícios previstos na lei de execução penal, sem distinção.
Considerando que a nova lei não distingue a que
benefício se aplica o limite quantitativo estatuído, não cabe ao
intérprete criar distinção não prevista na lei de regência em
prejuízo ao apenado, até porque não existem motivos racionais,
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 8
Relatório
HC 114.149 / MS
justificantes para a não extensão a outros benefícios previstos
na Lei de Execuções Penais” (fls. 2/3 da inicial – grifos conforme
o original).
Assevera, ainda, que
“não há mais perda total dos dias remidos em razão da
ultratividade da norma mais benéfica. Muito embora os fatos
narrados e as decisões impugnadas sejam anteriores à égide da
Lei nº 12.403/11 – a qual modificou substancialmente a
sistemática das prisões no ordenamento pátrio –, aplicam-se,
desde já, as diretrizes estabelecidas na referida reforma” (fl. 3
da inicial).
Requer o deferimento da liminar para “afastar os efeitos do acórdão
proferido pela instância originária, de modo a assegurar ao paciente, para
todos os benefícios que exigem a contagem de tempo, o limite de 1/3,
conforme a Lei 12.433/2011 (...)” (fl. 6 da inicial) e, no mérito, pede a
concessão da ordem para
“declarar que a prática de falta grave está limitada até 1/3
(um terço) do lapso temporal no desconto da pena para todos
os benefícios da execução da pena que exigem a contagem
temporal, não tão-somente o livramento condicional, o indulto
e a comutação da pena, ou, então, subsidiariamente, que seja
determinado ao juízo da execução penal a análise da presente
questão à luz dos artigos 57 da Lei 7.210/1984 c/c 127, com a
redação da Lei 12.433/2011; bem como reconhecer que a data
base em razão de falta grave deve ser contado do cometimento
da infração, e não da decisão judicial” (fls. 7/8 da inicial).
Indeferi o pedido de liminar e, por estar a impetração devidamente
instruída com as peças necessárias à perfeita compreensão da
controvérsia, dispensei as informações da autoridade coatora.
O Ministério Público Federal, em parecer da lavra do ilustre
2
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Supremo Tribunal Federal
HC 114.149 / MS
justificantes para a não extensão a outros benefícios previstos
na Lei de Execuções Penais” (fls. 2/3 da inicial – grifos conforme
o original).
Assevera, ainda, que
“não há mais perda total dos dias remidos em razão da
ultratividade da norma mais benéfica. Muito embora os fatos
narrados e as decisões impugnadas sejam anteriores à égide da
Lei nº 12.403/11 – a qual modificou substancialmente a
sistemática das prisões no ordenamento pátrio –, aplicam-se,
desde já, as diretrizes estabelecidas na referida reforma” (fl. 3
da inicial).
Requer o deferimento da liminar para “afastar os efeitos do acórdão
proferido pela instância originária, de modo a assegurar ao paciente, para
todos os benefícios que exigem a contagem de tempo, o limite de 1/3,
conforme a Lei 12.433/2011 (...)” (fl. 6 da inicial) e, no mérito, pede a
concessão da ordem para
“declarar que a prática de falta grave está limitada até 1/3
(um terço) do lapso temporal no desconto da pena para todos
os benefícios da execução da pena que exigem a contagem
temporal, não tão-somente o livramento condicional, o indulto
e a comutação da pena, ou, então, subsidiariamente, que seja
determinado ao juízo da execução penal a análise da presente
questão à luz dos artigos 57 da Lei 7.210/1984 c/c 127, com a
redação da Lei 12.433/2011; bem como reconhecer que a data
base em razão de falta grave deve ser contado do cometimento
da infração, e não da decisão judicial” (fls. 7/8 da inicial).
Indeferi o pedido de liminar e, por estar a impetração devidamente
instruída com as peças necessárias à perfeita compreensão da
controvérsia, dispensei as informações da autoridade coatora.
O Ministério Público Federal, em parecer da lavra do ilustre
2
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 8
Relatório
HC 114.149 / MS
Subprocurador-Geral da República Dr. Mario José Gisi, opinou pela
denegação da ordem.
É o relatório.
3
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Supremo Tribunal Federal
HC 114.149 / MS
Subprocurador-Geral da República Dr. Mario José Gisi, opinou pela
denegação da ordem.
É o relatório.
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 8
Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 114.149 MATO GROSSO DO SUL
VOTO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Conforme relatado, volta-se esta impetração contra ato do Ministro
Sebastião Reis Júnior, do Superior Tribunal de Justiça, que,
monocraticamente, denegou a ordem no HC nº 239.971/MS impetrado
àquela Corte.
Narra a impetrante, na inicial, que:
“(...)
Trata-se de habeas corpus impetrado em benefício de
Giovani Leite da Silva, apontando-se como autoridade coatora a
Segunda Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato
Grosso do Sul, que negou provimento ao Agravo Regimental
em Agravo Criminal n. 2012.005211-6/0001.00.
Afirma a defesa em sede de HC que a falta grave não
interrompe o lapso temporal para fins de progressão de regime.
Em decisão monocrática, o Ministro Relator SEBASTIÃO
REIS NUNES negou seguimento (…) (sic)” (fl. 1 da inicial).
Essa é a razão pela qual se insurge a impetrante neste writ.
O caso é de concessão da ordem.
Apenas para registro, destaco que a jurisprudência da Corte é firme
no sentido de que, em caso de falta grave “impõem-se a regressão de
regime e a alteração da data-base para a concessão de novos benefícios
executórios” (HC nº 101.757/SP, Primeira Turma, de minha relatoria, DJe
de 6/8/10). No mesmo sentido, destaco: HC nº 103.941/SP, Primeira
Turma, de minha relatoria, DJe de 23/11/10; HC nº 96.202/RS, Primeira
Turma, Relator o Ministro Ayres Britto, DJe de 28/5/10; e HC nº 97.767/RS,
Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 20/11/09, entre
outros.
A informação existente nos autos é de que, em 12/5/11, o Juízo de
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Supremo Tribunal Federal
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 114.149 MATO GROSSO DO SUL
VOTO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Conforme relatado, volta-se esta impetração contra ato do Ministro
Sebastião Reis Júnior, do Superior Tribunal de Justiça, que,
monocraticamente, denegou a ordem no HC nº 239.971/MS impetrado
àquela Corte.
Narra a impetrante, na inicial, que:
“(...)
Trata-se de habeas corpus impetrado em benefício de
Giovani Leite da Silva, apontando-se como autoridade coatora a
Segunda Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato
Grosso do Sul, que negou provimento ao Agravo Regimental
em Agravo Criminal n. 2012.005211-6/0001.00.
Afirma a defesa em sede de HC que a falta grave não
interrompe o lapso temporal para fins de progressão de regime.
Em decisão monocrática, o Ministro Relator SEBASTIÃO
REIS NUNES negou seguimento (…) (sic)” (fl. 1 da inicial).
Essa é a razão pela qual se insurge a impetrante neste writ.
O caso é de concessão da ordem.
Apenas para registro, destaco que a jurisprudência da Corte é firme
no sentido de que, em caso de falta grave “impõem-se a regressão de
regime e a alteração da data-base para a concessão de novos benefícios
executórios” (HC nº 101.757/SP, Primeira Turma, de minha relatoria, DJe
de 6/8/10). No mesmo sentido, destaco: HC nº 103.941/SP, Primeira
Turma, de minha relatoria, DJe de 23/11/10; HC nº 96.202/RS, Primeira
Turma, Relator o Ministro Ayres Britto, DJe de 28/5/10; e HC nº 97.767/RS,
Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 20/11/09, entre
outros.
A informação existente nos autos é de que, em 12/5/11, o Juízo de
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 8
Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
HC 114.149 / MS
Direito da 1ª Vara de Execução Penal da Comarca de Campo Grande/MS,
quando reconheceu a prática de falta grave pelo paciente, determinou,
entre outras medidas, a perda dos dias remidos (fl. 82 do anexo 4).
A Lei nº 12.433, de 29 de junho de 2011, conferiu aos arts. 127 e 128
da Lei de Execução Penal (Lei nº 7.210/84) a seguinte redação:
“Art. 127. Em caso de falta grave, o juiz poderá revogar até
1/3 (um terço) do tempo remido, observado o disposto no art.
57, recomeçando a contagem a partir da data da infração
disciplinar.
Art. 128. O tempo remido será computado como pena
cumprida, para todos os efeitos.“
Como visto, segundo a nova legislação, a prática de falta disciplinar
de natureza grave não mais implica a perda integral dos dias a serem
remidos da pena do condenado. A partir da sua vigência, a revogação do
tempo remido esbarra no patamar máximo permitido de 1/3 (um terço).
Por se tratar de uma novatio legis in mellius, nada impede que ela
retroaja para beneficiar o paciente no caso em apreço. Princípio da
retroatividade da lei penal menos gravosa.
Aliás, nesse sentido, ressalto, entre outros, o RHC nº 109.847/DF, de
minha relatoria, julgado nesta Primeira Turma em 22/11/11.
Ante o exposto, concedo a ordem tão somente para determinar ao
Juízo de Direito da 1ª Vara de Execução Penal da Comarca de Campo
Grande/MS, que, observando a nova redação conferida pela Lei nº
12.433/11 ao art. 127 da Lei de Execução Penal e levando em conta as
circunstâncias do caso concreto, aplique ao paciente a fração cabível para
a perda dos dias remidos dentro do patamar máximo permitido de 1/3
(um terço).
É como voto.
2
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Supremo Tribunal Federal
HC 114.149 / MS
Direito da 1ª Vara de Execução Penal da Comarca de Campo Grande/MS,
quando reconheceu a prática de falta grave pelo paciente, determinou,
entre outras medidas, a perda dos dias remidos (fl. 82 do anexo 4).
A Lei nº 12.433, de 29 de junho de 2011, conferiu aos arts. 127 e 128
da Lei de Execução Penal (Lei nº 7.210/84) a seguinte redação:
“Art. 127. Em caso de falta grave, o juiz poderá revogar até
1/3 (um terço) do tempo remido, observado o disposto no art.
57, recomeçando a contagem a partir da data da infração
disciplinar.
Art. 128. O tempo remido será computado como pena
cumprida, para todos os efeitos.“
Como visto, segundo a nova legislação, a prática de falta disciplinar
de natureza grave não mais implica a perda integral dos dias a serem
remidos da pena do condenado. A partir da sua vigência, a revogação do
tempo remido esbarra no patamar máximo permitido de 1/3 (um terço).
Por se tratar de uma novatio legis in mellius, nada impede que ela
retroaja para beneficiar o paciente no caso em apreço. Princípio da
retroatividade da lei penal menos gravosa.
Aliás, nesse sentido, ressalto, entre outros, o RHC nº 109.847/DF, de
minha relatoria, julgado nesta Primeira Turma em 22/11/11.
Ante o exposto, concedo a ordem tão somente para determinar ao
Juízo de Direito da 1ª Vara de Execução Penal da Comarca de Campo
Grande/MS, que, observando a nova redação conferida pela Lei nº
12.433/11 ao art. 127 da Lei de Execução Penal e levando em conta as
circunstâncias do caso concreto, aplique ao paciente a fração cabível para
a perda dos dias remidos dentro do patamar máximo permitido de 1/3
(um terço).
É como voto.
2
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Decisão de Julgamento
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
HABEAS CORPUS 114.149
PROCED. : MATO GROSSO DO SUL
RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI
PACTE.(S) : GIOVANI LEITE DA SILVA
IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 239971 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE
JUSTIÇA
Decisão: A Turma concedeu a ordem de habeas corpus, nos termos
do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias
Toffoli. 1ª Turma, 13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Wagner Mathias.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
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Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
HABEAS CORPUS 114.149
PROCED. : MATO GROSSO DO SUL
RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI
PACTE.(S) : GIOVANI LEITE DA SILVA
IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 239971 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE
JUSTIÇA
Decisão: A Turma concedeu a ordem de habeas corpus, nos termos
do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias
Toffoli. 1ª Turma, 13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Wagner Mathias.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 8
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3152781 | 2012-11-13T00:00:00 | 2012-12-04T00:00:00 | A Turma concedeu a ordem de habeas corpus, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 13.11.2012. | HABEAS CORPUS | EMENTA
Habeas corpus. Falta grave. Perda dos dias remidos e outras medidas legais. Superveniência da Lei nº 12.433/11, a qual conferiu nova redação ao art. 127 da Lei de Execução Penal, limitando ao patamar máximo de 1/3 (um terço) a revogação do tempo a ser remido. Novatio legis in mellius que, em razão do princípio da retroatividade da lei penal menos gravosa, alcança a situação pretérita do paciente, beneficiando-o. Ordem concedida para esse fim.
1. A nova redação conferida pela Lei nº 12.433/11 ao art. 127 da Lei de Execução Penal limita ao patamar máximo de 1/3 (um terço) a revogação do tempo a ser remido.
2. No caso, o reconhecimento da prática de falta grave pelo paciente implicou a perda dos dias a serem remidos de sua pena, o que, à luz do novo ordenamento jurídico, não mais é permitido.
3. Por se tratar de novatio legis in mellius, nada impede que, em razão do princípio da retroatividade da lei penal menos gravosa, ela alcance a situação pretérita do paciente, beneficiando-o.
4. Habeas corpus concedido para esse fim. | sjur220513 | - Acórdão(s) citado(s):
(EXECUÇÃO PENAL, FALTA GRAVE)
STF: HC 101757 (1ªT), HC 103941 (1ªT), HC 96202 (1ªT), HC 97767 (1ªT).
(RETROATIVIDADE, LEI PENAL MAIS BENÉFICA, PERDA DOS DIAS REMIDOS)
STF: RHC 109847 (1ªT).
Número de páginas: 8.
Análise: 22/01/2013, IMC.
Revisão: 23/01/2013, MMR. | DIAS TOFFOLI | Primeira Turma | 114149 | [
"LEG-FED LEI-007210 ANO-1984\r\n ART-00127 ART-00128 REDAÇÃO DADA PELA LEI-12433/2011\r\n LEP-1984 LEI DE EXECUÇÃO PENAL\r\n",
"LEG-FED LEI-012433 ANO-2011\r\n LEI ORDINÁRIA"
] | HC | acordaos | HC 114149 | [
""
] | PACTE.(S) : GIOVANI LEITE DA SILVA
IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 239971 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"HABEAS CORPUS 114 . 149",
"HC [UNK] 239971",
"HC 114 . 149 / MS",
"HC 114 . 149 / MS",
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"HABEAS CORPUS 114 . 149",
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"HC [UNK] 239 . 971 / MS",
"HC 114 . 149 / MS",
"HC 114 . 149 / MS",
"HC 114 . 149 / MS",
"HC 114 . 149 / MS",
"HABEAS CORPUS 114 . 149",
"HC [UNK] 239 . 971 / MS",
"HC [UNK] 101 . 757 / SP",
"HC [UNK] 103 . 941 / SP",
"HC [UNK] 96 . 202 / RS",
"HC [UNK] 97 . 767 / RS",
"HABEAS CORPUS 114 . 149",
"HC [UNK] 239 . 971 / MS",
"Agravo Regimental em Agravo Criminal n . 2012 . 005211 - 6 / 0001 . 00",
"HC [UNK] 101 . 757 / SP",
"HC [UNK] 103 . 941 / SP",
"HC [UNK] 96 . 202 / RS",
"HC [UNK] 97 . 767 / RS",
"HC 114 . 149 / MS",
"RHC [UNK] 109 . 847 / DF",
"HC 114 . 149 / MS",
"RHC [UNK] 109 . 847 / DF",
"HABEAS CORPUS 114 . 149",
"HC [UNK] 239971",
"HABEAS",
"HC [UNK] 239971"
],
"LEGISLACAO": [
"Lei [UNK] 12 . 433 / 11",
"art . 127 da Lei de Execução Penal",
"Lei [UNK] 12 . 433 / 11",
"art . 127 da Lei de Execução Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 127 da Lei de Execuções Penais",
"Lei 12 . 433 / 2011",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 127 da Lei de Execuções Penais",
"Lei 12 . 433 / 2011",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei de Execuções Penais",
"Lei [UNK] 12 . 403 / 11",
"Lei 12 . 433 / 2011",
"artigos 57 da Lei 7 . 210 / 1984",
"Lei 12 . 433 / 2011",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei de Execuções Penais",
"Lei [UNK] 12 . 403 / 11",
"Lei 12 . 433 / 2011",
"artigos 57 da Lei 7 . 210 / 1984",
"Lei 12 . 433 / 2011",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei [UNK] 12 . 433",
"arts . 127 e 128 da Lei de Execução Penal",
"Lei [UNK] 7 . 210 / 84",
"Lei [UNK] 12 . 433 / 11",
"art . 127 da Lei de Execução Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei [UNK] 12 . 433",
"arts . 127 e 128 da Lei de Execução Penal",
"Lei [UNK] 7 . 210 / 84",
"Lei [UNK] 12 . 433 / 11",
"art . 127 da Lei de Execução Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"MATO GROSSO DO SUL",
"Brasília",
"Brasília",
"MATO GROSSO DO SUL",
"MATO GROSSO DO SUL",
"MATO GROSSO DO SUL",
"MATO GROSSO DO SUL",
"MATO GROSSO DO SUL",
"MATO GROSSO DO SUL"
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"ORGANIZACAO": [
"PRIMEIRA TURMA",
"DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"Primeira Turma do",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"Defensoria Pública da União",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO",
"Defensoria Pública da União",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Ministério Público Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Ministério Público Federal",
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"Brasil",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Segunda Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul",
"Primeira Turma",
"Primeira Turma",
"Primeira Turma",
"Primeira Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Segunda Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul",
"Primeira Turma",
"Primeira Turma",
"Primeira Turma",
"Primeira Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"[UNK] Vara de Execução Penal da Comarca de Campo",
"Primeira Turma",
"[UNK] Vara de Execução Penal da Comarca de Campo Grande / MS",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"[UNK] Vara de Execução Penal da Comarca de Campo Grande / MS",
"Primeira Turma",
"[UNK] Vara de Execução Penal da Comarca de Campo Grande / MS",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"[UNK] Turma",
"Primeira",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"DIAS TOFFOLI",
"GIOVANI LEITE DA SILVA",
"Dias Toffoli",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"GIOVANI LEITE DA SILVA",
"DIAS TOFFOLI",
"Giovani Leite da Silva",
"Sebastião Reis Júnior",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"Giovani Leite da Silva",
"Sebastião Reis Júnior",
"Mario José Gisi",
"Mario José Gisi",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"Sebastião Reis Júnior",
"Giovani Leite da Silva",
"SEBASTIÃO REIS NUNES",
"Ayres Britto",
"Cármen Lúcia",
"DIAS TOFFOLI",
"Sebastião Reis Júnior",
"Giovani Leite da Silva",
"SEBASTIÃO REIS NUNES",
"Ayres Britto",
"Cármen Lúcia",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"GIOVANI LEITE DA SILVA",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Wagner Mathias",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza",
"DIAS TOFFOLI",
"GIOVANI LEITE DA SILVA",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Wagner Mathias",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza"
],
"TEMPO": [
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"04",
"/",
"12",
"/",
"2012",
"13 de novembro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13 de novembro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"6",
"/",
"8",
"/",
"10",
"23",
"/",
"11",
"/",
"10",
"28",
"/",
"5",
"/",
"10",
"20",
"/",
"11",
"/",
"09",
"12",
"/",
"5",
"/",
"11",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"6",
"/",
"8",
"/",
"10",
"23",
"/",
"11",
"/",
"10",
"28",
"/",
"5",
"/",
"10",
"20",
"/",
"11",
"/",
"09",
"12",
"/",
"5",
"/",
"11",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"29 de junho de 2011",
"22",
"/",
"11",
"/",
"11",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"29 de junho de 2011",
"22",
"/",
"11",
"/",
"11",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 708.883 AMAZONAS
RELATOR
: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S)
:ESTADO DO AMAZONAS
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL
DO
ESTADO
DO
AMAZONAS
AGDO.(A/S)
:M M GOMES DA SILVA
ADV.(A/S)
:SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
EMENTA:
AGRAVO
REGIMENTAL
EM
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL. CITAÇÃO POR EDITAL.
MATÉRIA PROCESSUAL. OFENSA REFLEXA. AGRAVO IMPROVIDO.
I – O acórdão recorrido dirimiu a questão dos autos com base na
legislação infraconstitucional aplicável à espécie. Inadmissível o recurso
extraordinário, porquanto a ofensa à Constituição, se ocorrente, seria
reflexa.
II – É pacífico na jurisprudência desta Corte o não cabimento de
recurso extraordinário sob alegação de má interpretação, aplicação ou
inobservância de normas processuais. A afronta à Constituição, se
ocorrente, seria indireta. Incabível, portanto, o recurso extraordinário.
Precedentes.
III - Agravo regimental improvido.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do
Senhor Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de
julgamentos e das notas taquigráficas, por unanimidade, negar
provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator.
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3101497.
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DJe 05/12/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 9
Ementa e Acórdão
RE 708.883 AGR / AM
Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e
Joaquim Barbosa.
Brasília, 13 de novembro de 2012.
RICARDO LEWANDOWSKI – PRESIDENTE E RELATOR
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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RE 708.883 AGR / AM
Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e
Joaquim Barbosa.
Brasília, 13 de novembro de 2012.
RICARDO LEWANDOWSKI – PRESIDENTE E RELATOR
2
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 9
Relatório
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 708.883 AMAZONAS
RELATOR
: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S)
:ESTADO DO AMAZONAS
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL
DO
ESTADO
DO
AMAZONAS
AGDO.(A/S)
:M M GOMES DA SILVA
ADV.(A/S)
:SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Trata-se de
agravo regimental interposto contra decisão que negou seguimento ao
recurso extraordinário. Eis o teor da decisão agravada:
“Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão que
porta a seguinte ementa:
'AGRAVO INTERNO
EM
AGRAVO DE
INSTRUMENTO – PEDIDO DE REFORMA DA DECISÃO
MONOCRÁTICA QUE NEGOU SEGUIMENTO DE
PLANO
AO
RECURSO
MANIFESTAMENTE
IMPROCEDENTE E EM CONFRONTO COM SÚMULA E
JURISPRUDÊNCIA DE TRIBUNAL SUPERIOR –
CITAÇÃO EDITALÍCIA – NÃO REALIZADAS AS DEMAIS
MODALIDADES DE CITAÇÃO QUE ANTECEDEM O
EDITAL – RECURSO DE AGRAVO INADMISSÍVEL –
CAPUT DO ART. 557 DO CPC – DECISÃO AGRAVADA
MANTIDA POR SEUS PRÓPRIOS FUNDAMENTOS –
RECURSO REGIMENTAL IMPROVIDO.
- A citação por edital na execução somente é cabível após
exauridas todas as possibilidades de localização do devedor.
Assim, configuradas as circunstâncias previstas no art. 231, II,
do CPC (quando o executado se encontrar em lugar ignorado,
incerto ou inacessível) e observados os requisitos do art. 232, em
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3101498.
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13/11/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 708.883 AMAZONAS
RELATOR
: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S)
:ESTADO DO AMAZONAS
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL
DO
ESTADO
DO
AMAZONAS
AGDO.(A/S)
:M M GOMES DA SILVA
ADV.(A/S)
:SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Trata-se de
agravo regimental interposto contra decisão que negou seguimento ao
recurso extraordinário. Eis o teor da decisão agravada:
“Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão que
porta a seguinte ementa:
'AGRAVO INTERNO
EM
AGRAVO DE
INSTRUMENTO – PEDIDO DE REFORMA DA DECISÃO
MONOCRÁTICA QUE NEGOU SEGUIMENTO DE
PLANO
AO
RECURSO
MANIFESTAMENTE
IMPROCEDENTE E EM CONFRONTO COM SÚMULA E
JURISPRUDÊNCIA DE TRIBUNAL SUPERIOR –
CITAÇÃO EDITALÍCIA – NÃO REALIZADAS AS DEMAIS
MODALIDADES DE CITAÇÃO QUE ANTECEDEM O
EDITAL – RECURSO DE AGRAVO INADMISSÍVEL –
CAPUT DO ART. 557 DO CPC – DECISÃO AGRAVADA
MANTIDA POR SEUS PRÓPRIOS FUNDAMENTOS –
RECURSO REGIMENTAL IMPROVIDO.
- A citação por edital na execução somente é cabível após
exauridas todas as possibilidades de localização do devedor.
Assim, configuradas as circunstâncias previstas no art. 231, II,
do CPC (quando o executado se encontrar em lugar ignorado,
incerto ou inacessível) e observados os requisitos do art. 232, em
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 9
Relatório
RE 708.883 AGR / AM
especial o inciso I, do mesmo diploma legal (afirmação do
exequente ou certidão do oficial de justiça quanto às referidas
circunstâncias), caberá a citação editalícia.
- Somente após a comprovação da impossibilidade de
localização do devedor para citação, é cabível determinar a
citação por edital.
- A ausência de algum dos requisitos dos dispositivos
supramencionados acarretará a invalidação da citação e a
nulidade do procedimento, a partir do ato inválido'.
Neste RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-
se, em suma, ofensa ao art. 5º, XXXVI, da mesma Carta.
A pretensão recursal não merece acolhida.
O acórdão impugnado decidiu a questão posta nos autos com
fundamento na interpretação da legislação infraconstitucional
aplicável à espécie (Código de Processo Civil). Dessa forma, o exame
da alegada ofensa ao texto constitucional envolve a reanálise da
interpretação dada àquela norma pelo Juízo a quo. A afronta à
Constituição, se ocorrente, seria indireta. Incabível, portanto, o
recurso extraordinário. Nesse sentido, menciono a seguinte decisão:
'PROCESSUAL
CIVIL.
MATÉRIA
INFRACONSTITUCIONAL: IMPOSSIBILIDADE DE
DEBATE PELA VIA EXTRAORDINÁRIA. VIOLAÇÃO AO
ART. 5º, XXXV, LIV e LV, CONSTITUIÇÃO FEDERAL.
OFENSA REFLEXA.
1. A questão relativa ao cabimento ou não da citação por
edital na execução fiscal somente após o esgotamento dos meios
processuais disponíveis para a localização do devedor configura
mera ofensa indireta ao texto constitucional, o que inviabiliza a
via extraordinária.
2. Agravo regimental improvido' (AI 748.075-AgR/PE,
Rel. Min. Ellen Gracie).
Isso posto, nego seguimento ao recurso (CPC, art. 557, caput).”
(fls. 184-185).
O agravante sustenta, em suma, que há ofensa direta e não reflexa ao
texto constitucional.
2
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Supremo Tribunal Federal
RE 708.883 AGR / AM
especial o inciso I, do mesmo diploma legal (afirmação do
exequente ou certidão do oficial de justiça quanto às referidas
circunstâncias), caberá a citação editalícia.
- Somente após a comprovação da impossibilidade de
localização do devedor para citação, é cabível determinar a
citação por edital.
- A ausência de algum dos requisitos dos dispositivos
supramencionados acarretará a invalidação da citação e a
nulidade do procedimento, a partir do ato inválido'.
Neste RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-
se, em suma, ofensa ao art. 5º, XXXVI, da mesma Carta.
A pretensão recursal não merece acolhida.
O acórdão impugnado decidiu a questão posta nos autos com
fundamento na interpretação da legislação infraconstitucional
aplicável à espécie (Código de Processo Civil). Dessa forma, o exame
da alegada ofensa ao texto constitucional envolve a reanálise da
interpretação dada àquela norma pelo Juízo a quo. A afronta à
Constituição, se ocorrente, seria indireta. Incabível, portanto, o
recurso extraordinário. Nesse sentido, menciono a seguinte decisão:
'PROCESSUAL
CIVIL.
MATÉRIA
INFRACONSTITUCIONAL: IMPOSSIBILIDADE DE
DEBATE PELA VIA EXTRAORDINÁRIA. VIOLAÇÃO AO
ART. 5º, XXXV, LIV e LV, CONSTITUIÇÃO FEDERAL.
OFENSA REFLEXA.
1. A questão relativa ao cabimento ou não da citação por
edital na execução fiscal somente após o esgotamento dos meios
processuais disponíveis para a localização do devedor configura
mera ofensa indireta ao texto constitucional, o que inviabiliza a
via extraordinária.
2. Agravo regimental improvido' (AI 748.075-AgR/PE,
Rel. Min. Ellen Gracie).
Isso posto, nego seguimento ao recurso (CPC, art. 557, caput).”
(fls. 184-185).
O agravante sustenta, em suma, que há ofensa direta e não reflexa ao
texto constitucional.
2
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 9
Relatório
RE 708.883 AGR / AM
Alega, ainda, que
“a questão pela qual o Estado se insurge diz respeito à aplicação
da súmula do STJ em situação pretéritas. Trata-se de uma questão
intertemporal estreitamente relacionada ao tema da segurança jurídica
que, como se sabe, está albergado pela Constituição no seu art. 5º,
XXXVI”.
É o relatório.
3
Supremo Tribunal Federal
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RE 708.883 AGR / AM
Alega, ainda, que
“a questão pela qual o Estado se insurge diz respeito à aplicação
da súmula do STJ em situação pretéritas. Trata-se de uma questão
intertemporal estreitamente relacionada ao tema da segurança jurídica
que, como se sabe, está albergado pela Constituição no seu art. 5º,
XXXVI”.
É o relatório.
3
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 9
Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 708.883 AMAZONAS
V O T O
O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Bem
reexaminada a questão, verifica-se que a decisão ora atacada não merece
reforma, visto que o recorrente não aduz argumentos capazes de afastar
as razões nela expendidas.
Com efeito, o Tribunal de origem dirimiu a questão com fundamento
na análise da legislação infraconstitucional pertinente (Código de
Processo Civil), conforme se observa do seguinte trecho da decisão a quo:
“A citação por edital na execução somente é cabível após
exauridas todas as possibilidades de localização do devedor. Assim,
configuradas as circunstâncias previstas no art. 231, II, do CPC
(quando o executado se encontrar em lugar ignorado, incerto ou
inacessível) e observados os requisitos do art. 232, em especial o inciso
I, do mesmo diploma legal (afirmação do exequente ou certidão do
oficial de justiça quanto às referidas circunstâncias), caberá a citação
editalícia.
- Somente após a comprovação da impossibilidade de localização
do devedor para citação, é cabível determinar a citação por edital.
- A ausência de algum dos requisitos dos dispositivos
supramencionados acarretará a invalidação da citação e a nulidade do
procedimento, a partir do ato inválido” .
Assim, firmar entendimento diverso implicaria em revisão da
interpretação conferida àquela legislação pela instância ordinária.
Eventual violação ao texto constitucional se daria de forma meramente
reflexa, circunstância que torna inviável o recurso extraordinário.
Nesse sentido, cito as seguintes decisões:
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3101499.
Supremo Tribunal Federal
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 708.883 AMAZONAS
V O T O
O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Bem
reexaminada a questão, verifica-se que a decisão ora atacada não merece
reforma, visto que o recorrente não aduz argumentos capazes de afastar
as razões nela expendidas.
Com efeito, o Tribunal de origem dirimiu a questão com fundamento
na análise da legislação infraconstitucional pertinente (Código de
Processo Civil), conforme se observa do seguinte trecho da decisão a quo:
“A citação por edital na execução somente é cabível após
exauridas todas as possibilidades de localização do devedor. Assim,
configuradas as circunstâncias previstas no art. 231, II, do CPC
(quando o executado se encontrar em lugar ignorado, incerto ou
inacessível) e observados os requisitos do art. 232, em especial o inciso
I, do mesmo diploma legal (afirmação do exequente ou certidão do
oficial de justiça quanto às referidas circunstâncias), caberá a citação
editalícia.
- Somente após a comprovação da impossibilidade de localização
do devedor para citação, é cabível determinar a citação por edital.
- A ausência de algum dos requisitos dos dispositivos
supramencionados acarretará a invalidação da citação e a nulidade do
procedimento, a partir do ato inválido” .
Assim, firmar entendimento diverso implicaria em revisão da
interpretação conferida àquela legislação pela instância ordinária.
Eventual violação ao texto constitucional se daria de forma meramente
reflexa, circunstância que torna inviável o recurso extraordinário.
Nesse sentido, cito as seguintes decisões:
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3101499.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 9
Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
RE 708.883 AGR / AM
“PROCESSUAL
CIVIL.
MATÉRIA
INFRACONSTITUCIONAL: IMPOSSIBILIDADE DE DEBATE
PELA VIA EXTRAORDINÁRIA. VIOLAÇÃO AO ART. 5º, XXXV,
LIV e LV, CONSTITUIÇÃO FEDERAL. OFENSA REFLEXA.
1. A questão relativa ao cabimento ou não da citação por edital
na execução fiscal somente após o esgotamento dos meios processuais
disponíveis para a localização do devedor configura mera ofensa
indireta ao texto constitucional, o que inviabiliza a via extraordinária.
2. Agravo regimental improvido” (AI 748.075-AgR/PE, Rel.
Min. Ellen Gracie).
“AGRAVO
REGIMENTAL.
PROCESSUAL.
PROCEDIMENTO
ADMINISTRATIVO.
ENDEREÇO
DESATUALIZADO PERANTE A SECRETARIA DA RECEITA
FEDERAL. CITAÇÃO POR EDITAL. ALEGADA OFENSA AO
DEVIDO PROCESSO LEGAL. INEXISTÊNCIA. OFENSA
INDIRETA OU REFLEXA. A análise da alegação da parte de que
teria procedido à regular atualização de seu endereço perante a
Secretaria da Receita Federal antes da citação editalícia demanda o
prévio exame da legislação infraconstitucional e do quadro fático-
probatório. (Súmulas 279 e 636 do STF). A resolução da controvérsia
em sentido contrário aos interesses da parte não equivale à negativa de
prestação jurisdicional. Agravo regimental a que se nega provimento”
(AI 733.658-AgR/PR, Rel. Min. Joaquim Barbosa).
“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM AGRAVO DE
INSTRUMENTO. EMBARGOS RECEBIDOS COMO AGRAVO
REGIMENTAL. CITAÇÃO POR EDITAL. MATÉRIA
PROCESSUAL ORDINÁRIA. OFENSA INDIRETA. AGRAVO
IMPROVIDO. I - É pacífico na jurisprudência desta Corte o não
cabimento de recurso extraordinário sob alegação de má interpretação,
aplicação ou inobservância de normas processuais. A afronta à
Constituição, se ocorrente, seria indireta. Incabível, portanto, o
recurso extraordinário. Precedentes. II – Embargos de declaração
recebidos como agravo regimental a que se nega provimento” (AI
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3101499.
Supremo Tribunal Federal
RE 708.883 AGR / AM
“PROCESSUAL
CIVIL.
MATÉRIA
INFRACONSTITUCIONAL: IMPOSSIBILIDADE DE DEBATE
PELA VIA EXTRAORDINÁRIA. VIOLAÇÃO AO ART. 5º, XXXV,
LIV e LV, CONSTITUIÇÃO FEDERAL. OFENSA REFLEXA.
1. A questão relativa ao cabimento ou não da citação por edital
na execução fiscal somente após o esgotamento dos meios processuais
disponíveis para a localização do devedor configura mera ofensa
indireta ao texto constitucional, o que inviabiliza a via extraordinária.
2. Agravo regimental improvido” (AI 748.075-AgR/PE, Rel.
Min. Ellen Gracie).
“AGRAVO
REGIMENTAL.
PROCESSUAL.
PROCEDIMENTO
ADMINISTRATIVO.
ENDEREÇO
DESATUALIZADO PERANTE A SECRETARIA DA RECEITA
FEDERAL. CITAÇÃO POR EDITAL. ALEGADA OFENSA AO
DEVIDO PROCESSO LEGAL. INEXISTÊNCIA. OFENSA
INDIRETA OU REFLEXA. A análise da alegação da parte de que
teria procedido à regular atualização de seu endereço perante a
Secretaria da Receita Federal antes da citação editalícia demanda o
prévio exame da legislação infraconstitucional e do quadro fático-
probatório. (Súmulas 279 e 636 do STF). A resolução da controvérsia
em sentido contrário aos interesses da parte não equivale à negativa de
prestação jurisdicional. Agravo regimental a que se nega provimento”
(AI 733.658-AgR/PR, Rel. Min. Joaquim Barbosa).
“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM AGRAVO DE
INSTRUMENTO. EMBARGOS RECEBIDOS COMO AGRAVO
REGIMENTAL. CITAÇÃO POR EDITAL. MATÉRIA
PROCESSUAL ORDINÁRIA. OFENSA INDIRETA. AGRAVO
IMPROVIDO. I - É pacífico na jurisprudência desta Corte o não
cabimento de recurso extraordinário sob alegação de má interpretação,
aplicação ou inobservância de normas processuais. A afronta à
Constituição, se ocorrente, seria indireta. Incabível, portanto, o
recurso extraordinário. Precedentes. II – Embargos de declaração
recebidos como agravo regimental a que se nega provimento” (AI
2
Supremo Tribunal Federal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 9
Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
RE 708.883 AGR / AM
780.463-ED/SP, de minha relatoria).
Ademais, a Súmula 414 do Superior Tribunal de Justiça foi utilizada
pelo Tribunal a quo apenas como reforço argumentativo da interpretação
realizada dos dispositivos do Código de Processo Civil.
Ressalta-se que é pacífico na jurisprudência desta Corte o não
cabimento de recurso extraordinário sob alegação de má interpretação,
aplicação ou inobservância de normas processuais. A afronta à
Constituição, se ocorrente, seria indireta. Incabível, portanto, o recurso
extraordinário. Nesse sentido, menciono as seguintes decisões, entre
outras: AI 562.212/RS, de minha relatoria; AI 592.110/RJ, Rel. Min. Cezar
Peluso; AI 645.007/RS, Rel. Min. Cármen Lúcia; AI 524.388/RS, Rel. Min.
Marco Aurélio.
Isso posto, nego provimento ao agravo regimental.
3
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Supremo Tribunal Federal
RE 708.883 AGR / AM
780.463-ED/SP, de minha relatoria).
Ademais, a Súmula 414 do Superior Tribunal de Justiça foi utilizada
pelo Tribunal a quo apenas como reforço argumentativo da interpretação
realizada dos dispositivos do Código de Processo Civil.
Ressalta-se que é pacífico na jurisprudência desta Corte o não
cabimento de recurso extraordinário sob alegação de má interpretação,
aplicação ou inobservância de normas processuais. A afronta à
Constituição, se ocorrente, seria indireta. Incabível, portanto, o recurso
extraordinário. Nesse sentido, menciono as seguintes decisões, entre
outras: AI 562.212/RS, de minha relatoria; AI 592.110/RJ, Rel. Min. Cezar
Peluso; AI 645.007/RS, Rel. Min. Cármen Lúcia; AI 524.388/RS, Rel. Min.
Marco Aurélio.
Isso posto, nego provimento ao agravo regimental.
3
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 9
Decisão de Julgamento
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 708.883
PROCED. : AMAZONAS
RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S) : ESTADO DO AMAZONAS
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO AMAZONAS
AGDO.(A/S) : M M GOMES DA SILVA
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto do Relator. Ausentes,
justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim
Barbosa. 2ª Turma, 13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra
Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros
Celso de Mello e Joaquim Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
P/ Fabiane Duarte
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 708.883
PROCED. : AMAZONAS
RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S) : ESTADO DO AMAZONAS
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO AMAZONAS
AGDO.(A/S) : M M GOMES DA SILVA
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto do Relator. Ausentes,
justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim
Barbosa. 2ª Turma, 13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra
Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros
Celso de Mello e Joaquim Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
P/ Fabiane Duarte
Secretária
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documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3150136
Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 9
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3161068 | 2012-11-13T00:00:00 | 2012-12-05T00:00:00 | A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 13.11.2012. | AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO | Ementa: AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL. CITAÇÃO POR EDITAL. MATÉRIA PROCESSUAL. OFENSA REFLEXA. AGRAVO IMPROVIDO.
I – O acórdão recorrido dirimiu a questão dos autos com base na legislação infraconstitucional aplicável à espécie. Inadmissível o recurso extraordinário, porquanto a ofensa à Constituição, se ocorrente, seria reflexa.
II – É pacífico na jurisprudência desta Corte o não cabimento de recurso extraordinário sob alegação de má interpretação, aplicação ou inobservância de normas processuais. A afronta à Constituição, se ocorrente, seria indireta. Incabível, portanto, o recurso extraordinário. Precedentes.
III - Agravo regimental improvido. | sjur220688 | - Acórdão (s) citado (s):
(OFENSA REFLEXA)
STF: AI 748075 AgR (2ªT), AI 733658 AgR (2ªT), AI 780463 ED (1ªT);
- Decisão (ões) monocrática (s) citada (s):
(OFENSA REFLEXA)
STF: AI 562212, AI 592110, AI 645007, AI 524388.
Número de páginas: 9.
Análise: 10/01/2013, BMB. | RICARDO LEWANDOWSKI | Segunda Turma | 708883 | [
"LEG-FED LEI-005869 ANO-1973\r\n CPC-1973 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL\r\n\r\n",
"LEG-FED SUMSTJ-000414 \r\n SÚMULA DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA - STJ"
] | RE-AgR | acordaos | RE 708883 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : ESTADO DO AMAZONAS
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO AMAZONAS
AGDO.(A/S) : M M GOMES DA SILVA
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 708 . 883 AMAZONAS",
"RE 708 . 883 AGR / AM",
"RE 708 . 883 AGR / AM",
"RECURSO",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 708 . 883 AMAZONAS",
"RE 708 . 883 AGR / AM",
"AI 748 . 075 - AgR / PE",
"RE 708 . 883 AGR /",
"AI 748 . 075 - AgR / PE",
"RE 708 . 883 AGR / AM",
"RE 708 . 883 AGR / AM",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 708 . 883",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 708 . 883",
"RE 708 . 883 AGR / AM",
"AI 748 . 075 - AgR / PE",
"Súmulas 279 e 636 do STF",
"AI 733 . 658 - AgR / PR",
"AI 2 Supremo Tribunal Federal",
"RE 708 . 883 AGR / AM",
"AI 748 . 075 - AgR / PE",
"Súmulas 279",
"AI 733 . 658 - AgR / PR",
"AI 2 Supremo Tribunal Federal",
"RE 708 . 883 AGR",
"/",
"AM 780 .",
"463",
"-",
"ED",
"/",
"SP",
"Súmula 414 do Superior Tribunal de Justiça",
"AI 562 . 212 / RS",
"AI 592 . 110 / RJ",
"AI 645 . 007 / RS",
"AI 524 . 388 / RS",
"RE 708 .",
"AGR",
"/",
"AM 780 . 463 - ED / SP",
"Súmula 414 do Superior Tribunal de Justiça",
"AI 562 . 212 / RS",
"AI 592 . 110 / RJ",
"AI 645 . 007 / RS",
"AI 524 . 388 / RS",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 708 . 883",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 708 . 883"
],
"LEGISLACAO": [
"Constituição",
"Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ART . 557 DO CPC",
"art . 231 , II , do CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ART . 557 DO CPC",
"art . 231 , II , do CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 102 , III , a , da Constituição",
"Código de Processo Civil",
"Constituição",
"CPC , art . 557 , caput",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 102 , III , a , da Constituição",
"art . [UNK] , XXXVI ,",
"Código de Processo Civil",
"Constituição",
"ART . [UNK] , XXXV , LIV e LV , CONSTITUIÇÃO FEDERAL",
"CPC , art . 557 , caput",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição no seu art . [UNK] , XXXVI ”",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição no seu art . [UNK] , XXXVI ”",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Código de Processo Civil",
"art . 231 , II , do CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Código de Processo Civil",
"art . 231 , II , do CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ART . [UNK] , XXXV , LIV e LV , CONSTITUIÇÃO FEDERAL",
"Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ART . [UNK] , XXXV , LIV e LV , CONSTITUIÇÃO FEDERAL",
"Constituição",
"MP n° 2",
"Código de Processo Civil",
"Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Código de Processo Civil",
"Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"ESTADO DO AMAZONAS",
"ESTADO DO AMAZONAS",
"Brasília",
"Brasília",
"ESTADO DO AMAZONAS",
"ESTADO DO AMAZONAS",
"ESTADO DO AMAZONAS",
"ESTADO DO AMAZONAS",
"AMAZONAS",
"ESTADO DO AMAZONAS",
"ESTADO DO AMAZONAS",
"AMAZONAS",
"ESTADO DO AMAZONAS",
"ESTADO DO AMAZONAS"
],
"ORGANIZACAO": [
"SEGUNDA TURMA",
"Segunda Turma do",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
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"Supremo Tribunal Federal",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"Supremo Tribunal Federal",
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"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"STJ",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"STJ",
"Supremo Tribunal Federal",
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"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"AMAZONAS",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL",
"Secretaria da Receita Federal",
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"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL",
"Secretaria da Receita Federal",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"[UNK] Turma",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"M",
"GOMES DA SILVA",
"Ricardo Lewandowski",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"GOMES DA SILVA",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"M",
"GOMES DA SILVA",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Ellen Gracie",
"Ellen Gracie",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Ellen Gracie",
"Joaquim Barbosa",
"Ellen Gracie",
"Joaquim Barbosa",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Cezar Peluso",
"Cármen Lúcia",
"Marco Aurélio",
"Cezar Peluso",
"Cármen Lúcia",
"Marco Aurélio",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"M",
"GOMES DA SILVA",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos",
"Fabiane Duarte",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"M",
"M GOMES DA SILVA",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos",
"Fabiane Duarte"
],
"TEMPO": [
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"05",
"/",
"12",
"/",
"2012",
"13 de novembro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13 de novembro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
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".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
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"2001",
".",
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".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.508 SÃO
PAULO
RELATORA
: MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S)
:FRAYA PHILIPP
ADV.(A/S)
:EDER TOKIO ASATO E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:VICENTE PAULO DE OLIVEIRA
ADV.(A/S)
:NELSON KANÔ JÚNIOR E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:MARINHO PINTURAS LTDA
ADV.(A/S)
:JORGE TOKUZI NAKAMA E OUTRO(A/S)
EMENTA:
AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL.
ARREMATAÇÃO DE BEM. 1. Reexame de fatos e provas. Súmula n. 279
do Supremo Tribunal Federal. 2. Análise de normas infraconstitucionais.
Alegada afronta ao princípio da legalidade. Súmula n. 636 do Supremo
Tribunal. 3. Agravo regimental ao qual se nega provimento.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do
Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a Presidência do
Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamento e
das notas taquigráficas, à unanimidade, em negar provimento ao agravo
regimental no recurso extraordinário com agravo, nos termos do voto da
Relatora. Ausentes, justificadamente, os Ministros Celso de Mello e
Joaquim Barbosa.
Brasília, 13 de novembro de 2012.
Ministra CÁRMEN LÚCIA - Relatora
Supremo Tribunal Federal
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documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3146892.
Supremo Tribunal Federal
DJe 04/12/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 7
Relatório
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.508 SÃO
PAULO
RELATORA
: MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S)
:FRAYA PHILIPP
ADV.(A/S)
:EDER TOKIO ASATO E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:VICENTE PAULO DE OLIVEIRA
ADV.(A/S)
:NELSON KANÔ JÚNIOR E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:MARINHO PINTURAS LTDA
ADV.(A/S)
:JORGE TOKUZI NAKAMA E OUTRO(A/S)
R E L A T Ó R I O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA (Relatora):
1. Em 20 de setembro de 2012, neguei seguimento ao agravo nos
autos do recurso extraordinário interposto por Fraya Philipp contra
julgado do Tribunal Superior do Trabalho, o qual não conheceu de agravo
de instrumento ao fundamento de que a controvérsia sobre eventual
preclusão havia sido dirimida com base em normas processuais.
A decisão agravada teve a seguinte fundamentação:
“5. Razão jurídica não assiste à Agravante.
6. Concluir de forma diversa do que assentada pelo Tribunal de
origem demandaria o reexame do conjunto fático-probatório constante
do processo e da legislação infraconstitucional aplicável à espécie
vertente (Consolidação das Leis do Trabalho, Código de Processo Civil
e Lei n. 8.009/1990), o que não viabiliza o recurso extraordinário, pois
eventual ofensa constitucional seria indireta. Incide na espécie
vertente a Súmula 279 deste Supremo Tribunal. Nesse sentido:
(…)
7. Quanto à alegação de contrariedade ao art. 5º, inc. II, da
Constituição da República, incide na espécie a Súmula 636 do
Supremo Tribunal Federal, que dispõe: ’não cabe recurso
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.508 SÃO
PAULO
RELATORA
: MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S)
:FRAYA PHILIPP
ADV.(A/S)
:EDER TOKIO ASATO E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:VICENTE PAULO DE OLIVEIRA
ADV.(A/S)
:NELSON KANÔ JÚNIOR E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:MARINHO PINTURAS LTDA
ADV.(A/S)
:JORGE TOKUZI NAKAMA E OUTRO(A/S)
R E L A T Ó R I O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA (Relatora):
1. Em 20 de setembro de 2012, neguei seguimento ao agravo nos
autos do recurso extraordinário interposto por Fraya Philipp contra
julgado do Tribunal Superior do Trabalho, o qual não conheceu de agravo
de instrumento ao fundamento de que a controvérsia sobre eventual
preclusão havia sido dirimida com base em normas processuais.
A decisão agravada teve a seguinte fundamentação:
“5. Razão jurídica não assiste à Agravante.
6. Concluir de forma diversa do que assentada pelo Tribunal de
origem demandaria o reexame do conjunto fático-probatório constante
do processo e da legislação infraconstitucional aplicável à espécie
vertente (Consolidação das Leis do Trabalho, Código de Processo Civil
e Lei n. 8.009/1990), o que não viabiliza o recurso extraordinário, pois
eventual ofensa constitucional seria indireta. Incide na espécie
vertente a Súmula 279 deste Supremo Tribunal. Nesse sentido:
(…)
7. Quanto à alegação de contrariedade ao art. 5º, inc. II, da
Constituição da República, incide na espécie a Súmula 636 do
Supremo Tribunal Federal, que dispõe: ’não cabe recurso
Supremo Tribunal Federal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 7
Relatório
ARE 711.508 AGR / SP
extraordinário por contrariedade ao princípio constitucional da
legalidade, quando a sua verificação pressuponha rever a interpretação
dada a normas infraconstitucionais pela decisão recorrida’.
Nada há a prover quanto às alegações da Agravante.
8. Pelo exposto, nego seguimento ao agravo (art. 544, § 4º, inc.
II, alínea a, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento
Interno do Supremo Tribunal Federal)”.
2. Publicada essa decisão no DJe de 24.9.2012, interpõe Fraya Philipp,
em 27.9.2012, tempestivamente, agravo regimental.
3. Afirma o Agravante que “se trata de questão de primeira ordem,
relacionada, notadamente ao direito constitucional de moradia, violado por
decisão monocrática de primeiro grau, apesar de amplamente comprovado que é
terceira de boa-fé e a constrição judicial levada erroneamente a efeito, não
preenche os requisitos legais, já que atingiu bem imóvel de moradia de terceiro
não envolvido no processo trabalhista”.
Sustenta que “o direito à moradia e a impenhorabilidade do bem de família
são questões atinentes à discussão travada nos autos, ainda que se faça já com
decisão singular de penhora e expropriação do bem imóvel guerreado, ou seja,
sempre a arguição do bem de família e do direito à moradia, pode ser feita pelo
então possuidor do imóvel a ser expropriado, tratando-se de questão efetivamente
constitucional”.
Requer a reconsideração da decisão agravada ou o provimento do
presente recurso.
É o relatório.
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
ARE 711.508 AGR / SP
extraordinário por contrariedade ao princípio constitucional da
legalidade, quando a sua verificação pressuponha rever a interpretação
dada a normas infraconstitucionais pela decisão recorrida’.
Nada há a prover quanto às alegações da Agravante.
8. Pelo exposto, nego seguimento ao agravo (art. 544, § 4º, inc.
II, alínea a, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento
Interno do Supremo Tribunal Federal)”.
2. Publicada essa decisão no DJe de 24.9.2012, interpõe Fraya Philipp,
em 27.9.2012, tempestivamente, agravo regimental.
3. Afirma o Agravante que “se trata de questão de primeira ordem,
relacionada, notadamente ao direito constitucional de moradia, violado por
decisão monocrática de primeiro grau, apesar de amplamente comprovado que é
terceira de boa-fé e a constrição judicial levada erroneamente a efeito, não
preenche os requisitos legais, já que atingiu bem imóvel de moradia de terceiro
não envolvido no processo trabalhista”.
Sustenta que “o direito à moradia e a impenhorabilidade do bem de família
são questões atinentes à discussão travada nos autos, ainda que se faça já com
decisão singular de penhora e expropriação do bem imóvel guerreado, ou seja,
sempre a arguição do bem de família e do direito à moradia, pode ser feita pelo
então possuidor do imóvel a ser expropriado, tratando-se de questão efetivamente
constitucional”.
Requer a reconsideração da decisão agravada ou o provimento do
presente recurso.
É o relatório.
2
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Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.508 SÃO
PAULO
V O T O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora):
1. Razão jurídica não assiste ao Agravante.
2. Na espécie, o Tribunal a quo decidiu:
“EMBARGOS DE TERCEIRO. IMPUGNAÇÃO À
PENHORA E À ARREMATAÇÃO. PRECLUSÃO.
(…)
A admissibilidade do recurso de revista contra acórdão proferido
em execução de sentença depende de demonstração inequívoca de
violação literal e direta à Constituição Federal, a teor do contido na
Súmula nº 266 do TST e no art. 896, § 2º, da CLT.
Incabível, portanto, nesta fase recursal, indicação de ofensa a
dispositivo de lei federal, contrariedade à súmula e divergência
jurisprudencial.
(…)
Observa-se da análise dos autos que o Tribunal Regional
manteve a decisão do Juízo da execução que declarou a perda da
oportunidade para a terceira embargante se opor a penhora e a
arrematação do bem imóvel.
Nesse contexto, as questões invocadas pela terceira embargante,
ora agravante - ‘Nulidade da penhora e da arrematação’ - dizem
respeito ao mérito, cujo exame a Corte Regional não adentrou em face
da manutenção da preclusão declarada pelo Juízo de origem.
Destarte, os temas de fundo não foram objeto de tese por parte
do acórdão do Tribunal Regional, incidindo a preclusão, incólume o
art. 6º da Constituição Federal, o qual não têm pertinência com a
questão processual relacionada a perda da oportunidade processual
Supremo Tribunal Federal
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13/11/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.508 SÃO
PAULO
V O T O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora):
1. Razão jurídica não assiste ao Agravante.
2. Na espécie, o Tribunal a quo decidiu:
“EMBARGOS DE TERCEIRO. IMPUGNAÇÃO À
PENHORA E À ARREMATAÇÃO. PRECLUSÃO.
(…)
A admissibilidade do recurso de revista contra acórdão proferido
em execução de sentença depende de demonstração inequívoca de
violação literal e direta à Constituição Federal, a teor do contido na
Súmula nº 266 do TST e no art. 896, § 2º, da CLT.
Incabível, portanto, nesta fase recursal, indicação de ofensa a
dispositivo de lei federal, contrariedade à súmula e divergência
jurisprudencial.
(…)
Observa-se da análise dos autos que o Tribunal Regional
manteve a decisão do Juízo da execução que declarou a perda da
oportunidade para a terceira embargante se opor a penhora e a
arrematação do bem imóvel.
Nesse contexto, as questões invocadas pela terceira embargante,
ora agravante - ‘Nulidade da penhora e da arrematação’ - dizem
respeito ao mérito, cujo exame a Corte Regional não adentrou em face
da manutenção da preclusão declarada pelo Juízo de origem.
Destarte, os temas de fundo não foram objeto de tese por parte
do acórdão do Tribunal Regional, incidindo a preclusão, incólume o
art. 6º da Constituição Federal, o qual não têm pertinência com a
questão processual relacionada a perda da oportunidade processual
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Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
ARE 711.508 AGR / SP
para a parte se manifestar a respeito da penhora e da arrematação.
Impende acrescer que a discussão em torno da preclusão,
resolvida pelas Instâncias ordinárias com fundamento em normas
inferiores (arts. 651, 692, 693, 694, 787, 788 e 795 do CPC), não e
eleva ao patamar constitucional a caracterizar hipótese de exceção
revista no art. 896, § 2º, da CLT” (grifos nossos).
3. Como afirmado na decisão agravada, ficou assentado nas
instâncias originárias que a questão em debate estaria preclusa (penhora e
arrematação de bem imóvel). Divergir dessa decisão demandaria a
análise de normas processuais e o reexame de fatos e provas. Incide na
espécie a Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal.
Além disso, a alegada contrariedade ao art. 5º, inc. II, da
Constituição da República esbarra no óbice da Súmula n. 636 do Supremo
Tribunal Federal, que dispõe “não cabe[r] recurso extraordinário por
contrariedade ao princípio constitucional da legalidade, quando a sua verificação
pressuponha rever a interpretação dada a normas infraconstitucionais por decisão
recorrida”.
Confiram-se os seguintes julgados:
“AGRAVO
REGIMENTAL
EM
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. IMÓVEL OBJETO DE
ARREMATAÇÃO JUDICIAL. POSTERIOR ANULAÇÃO DA
ARREMATAÇÃO. INDENIZAÇÃO PELAS ACESSÕES
REALIZADAS DE BOA-FÉ. NECESSIDADE DE REEXAME DO
CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO. SÚMULA 279 DO STF.
AGRAVO IMPROVIDO. I – Para se chegar à conclusão contrária à
adotada pelo acórdão recorrido, quanto à necessidade de serem
indenizadas as acessões realizadas de boa-fé em imóvel adquirido em
arrematação judicial posteriormente anulada, seria necessário o
reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos, o que atrai
a incidência da Súmula 279 do STF. II – Agravo regimental
improvido” (ARE 705.901-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski,
2
Supremo Tribunal Federal
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ARE 711.508 AGR / SP
para a parte se manifestar a respeito da penhora e da arrematação.
Impende acrescer que a discussão em torno da preclusão,
resolvida pelas Instâncias ordinárias com fundamento em normas
inferiores (arts. 651, 692, 693, 694, 787, 788 e 795 do CPC), não e
eleva ao patamar constitucional a caracterizar hipótese de exceção
revista no art. 896, § 2º, da CLT” (grifos nossos).
3. Como afirmado na decisão agravada, ficou assentado nas
instâncias originárias que a questão em debate estaria preclusa (penhora e
arrematação de bem imóvel). Divergir dessa decisão demandaria a
análise de normas processuais e o reexame de fatos e provas. Incide na
espécie a Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal.
Além disso, a alegada contrariedade ao art. 5º, inc. II, da
Constituição da República esbarra no óbice da Súmula n. 636 do Supremo
Tribunal Federal, que dispõe “não cabe[r] recurso extraordinário por
contrariedade ao princípio constitucional da legalidade, quando a sua verificação
pressuponha rever a interpretação dada a normas infraconstitucionais por decisão
recorrida”.
Confiram-se os seguintes julgados:
“AGRAVO
REGIMENTAL
EM
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. IMÓVEL OBJETO DE
ARREMATAÇÃO JUDICIAL. POSTERIOR ANULAÇÃO DA
ARREMATAÇÃO. INDENIZAÇÃO PELAS ACESSÕES
REALIZADAS DE BOA-FÉ. NECESSIDADE DE REEXAME DO
CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO. SÚMULA 279 DO STF.
AGRAVO IMPROVIDO. I – Para se chegar à conclusão contrária à
adotada pelo acórdão recorrido, quanto à necessidade de serem
indenizadas as acessões realizadas de boa-fé em imóvel adquirido em
arrematação judicial posteriormente anulada, seria necessário o
reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos, o que atrai
a incidência da Súmula 279 do STF. II – Agravo regimental
improvido” (ARE 705.901-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski,
2
Supremo Tribunal Federal
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Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
ARE 711.508 AGR / SP
Segunda Turma, DJe 11.10.2012).
“Agravo regimental em agravo de instrumento. 2. Processo
Civil. Execução de título extrajudicial. Embargos à arrematação.
Alegação de nulidade. Matéria infraconstitucional. Reexame de
matéria fático-probatória. Enunciado 279 da Súmula do STF.
Precedentes. 3. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI
816.987-AgR-Segundo, Rel. Min. Gilmar Mendes, Segunda
Turma, DJe 10.9.2012).
“DIREITO CIVIL. DEPÓSITO JUDICIAL. CORREÇÃO
MONETÁRIA. PRECLUSÃO DE TESE NÃO SUSCITADA
OPORTUNAMENTE. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL.
REEXAME INCABÍVEL NO ÂMBITO DO RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. Preclusão da alegação de nulidade, quando a
omissão verificada no acórdão recorrido não foi arguida mediante a
oposição de embargos de declaração na instância ordinária.
Impossibilidade de exame em recurso extraordinário de alegada
violação, acaso existente, situada no âmbito infraconstitucional.
Aplicação da Súmula 636/STF. Precedentes. Agravo regimental
conhecido e não provido” (AI 650.444-AgR, Rel. Min. Rosa Weber,
Primeira Turma, DJe 5.9.2012).
4. Os argumentos do Agravante, insuficientes para modificar a
decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em
pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente
prestação jurisdicional.
5. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental.
3
Supremo Tribunal Federal
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ARE 711.508 AGR / SP
Segunda Turma, DJe 11.10.2012).
“Agravo regimental em agravo de instrumento. 2. Processo
Civil. Execução de título extrajudicial. Embargos à arrematação.
Alegação de nulidade. Matéria infraconstitucional. Reexame de
matéria fático-probatória. Enunciado 279 da Súmula do STF.
Precedentes. 3. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI
816.987-AgR-Segundo, Rel. Min. Gilmar Mendes, Segunda
Turma, DJe 10.9.2012).
“DIREITO CIVIL. DEPÓSITO JUDICIAL. CORREÇÃO
MONETÁRIA. PRECLUSÃO DE TESE NÃO SUSCITADA
OPORTUNAMENTE. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL.
REEXAME INCABÍVEL NO ÂMBITO DO RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. Preclusão da alegação de nulidade, quando a
omissão verificada no acórdão recorrido não foi arguida mediante a
oposição de embargos de declaração na instância ordinária.
Impossibilidade de exame em recurso extraordinário de alegada
violação, acaso existente, situada no âmbito infraconstitucional.
Aplicação da Súmula 636/STF. Precedentes. Agravo regimental
conhecido e não provido” (AI 650.444-AgR, Rel. Min. Rosa Weber,
Primeira Turma, DJe 5.9.2012).
4. Os argumentos do Agravante, insuficientes para modificar a
decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em
pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente
prestação jurisdicional.
5. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental.
3
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Decisão de Julgamento
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.508
PROCED. : SÃO PAULO
RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S) : FRAYA PHILIPP
ADV.(A/S) : EDER TOKIO ASATO E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : VICENTE PAULO DE OLIVEIRA
ADV.(A/S) : NELSON KANÔ JÚNIOR E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : MARINHO PINTURAS LTDA
ADV.(A/S) : JORGE TOKUZI NAKAMA E OUTRO(A/S)
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausentes,
justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim
Barbosa. 2ª Turma, 13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra
Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros
Celso de Mello e Joaquim Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
P/ Fabiane Duarte
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.508
PROCED. : SÃO PAULO
RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S) : FRAYA PHILIPP
ADV.(A/S) : EDER TOKIO ASATO E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : VICENTE PAULO DE OLIVEIRA
ADV.(A/S) : NELSON KANÔ JÚNIOR E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : MARINHO PINTURAS LTDA
ADV.(A/S) : JORGE TOKUZI NAKAMA E OUTRO(A/S)
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausentes,
justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim
Barbosa. 2ª Turma, 13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra
Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros
Celso de Mello e Joaquim Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
P/ Fabiane Duarte
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 7
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3157262 | 2012-11-13T00:00:00 | 2012-12-04T00:00:00 | A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 13.11.2012. | AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO | EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL. ARREMATAÇÃO DE BEM. 1. Reexame de fatos e provas. Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal. 2. Análise de normas infraconstitucionais. Alegada afronta ao princípio da legalidade. Súmula n. 636 do Supremo Tribunal. 3. Agravo regimental ao qual se nega provimento. | sjur220562 | - Acórdãos citados:
(SÚMULA 279)
STF: ARE 705901 AgR (2ªT), AI 816987 AgR-segundo (2ªT).
(SÚMULA 636)
STF: AI 650444 AgR (1ªT)
Número de páginas: 7.
Análise: 19/12/2012, MAC. | CÁRMEN LÚCIA | Segunda Turma | 711508 | [
"LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00005 INC-00002 \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n\r\n",
"LEG-FED DEL-005452 ANO-1943\r\n CLT-1943 CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO\r\n\r\n",
"LEG-FED LEI-005869 ANO-1973\r\n CPC-1973 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL\r\n\r\n",
"LEG-FED LEI-008009 ANO-1990\r\n LEI ORDINÁRIA\r\n\r\n",
"LEG-FED SUMSTF-000279 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\r\n\r\n",
"LEG-FED SUMSTF-000636 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF"
] | ARE-AgR | acordaos | ARE 711508 AgR | [
""
] | ADV.(A/S) : EDER TOKIO ASATO E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : MARINHO PINTURAS LTDA
AGDO.(A/S) : VICENTE PAULO DE OLIVEIRA
ADV.(A/S) : NELSON KANÔ JÚNIOR E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : JORGE TOKUZI NAKAMA E OUTRO(A/S)
AGTE.(S) : FRAYA PHILIPP | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711 . 508",
"Súmula n . 279 do Supremo Tribunal Federal",
"Súmula n . 636 do Supremo Tribunal .",
"RECURSO",
"Súmula 279 deste Supremo Tribunal",
"Súmula 636 do Supremo Tribunal Federal",
"Súmula 279 deste Supremo Tribunal",
"Súmula 636 do Supremo Tribunal Federal",
"ARE 711 . 508 AGR / SP",
"ARE 711 . 508 AGR / SP",
"AGRAVO 711 . 508",
"Súmula [UNK] 266 do TST",
"AGRAVO 711 . 508",
"Súmula [UNK] 266 do TST",
"ARE 711 . 508 AGR / SP",
"Súmula n . 279 do Supremo Tribunal Federal",
"Súmula n . 636 do Supremo Tribunal Federal",
"SÚMULA 279 DO STF",
"Súmula 279 do STF",
"ARE 705 . 901 - AgR",
"ARE 711 . 508 AGR / SP",
"Súmula n . 279 do Supremo Tribunal Federal",
"Súmula n . 636 do Supremo Tribunal Federal",
"SÚMULA 279 DO STF",
"Súmula 279 do STF",
"ARE 705 . 901 - AgR",
"ARE 711 . 508 AGR",
"Enunciado 279 da Súmula do STF",
"AI 816 . 987 - AgR - Segundo",
"Súmula 636 / STF",
"AI 650 . 444 - AgR",
"ARE 711 . 508 AGR / SP",
"Enunciado 279 da Súmula do STF",
"AI 816 . 987 - AgR - Segundo",
"Súmula 636 / STF",
"AI 650 . 444 - AgR"
],
"LEGISLACAO": [
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Consolidação das Leis do Trabalho",
"Código de Processo Civil",
"Lei n . 8 . 009 / 1990",
"art . [UNK] , inc . II , da Constituição da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Consolidação das Leis do Trabalho",
"Código de Processo Civil",
"Lei n . 8 . 009 / 1990",
"art . [UNK] , inc . II , da Constituição da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 544 , § [UNK] , inc . II , alínea a , do Código de Processo Civil",
"art . 21 , § [UNK] , do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 544 , § [UNK] , inc . II , alínea a , do Código de Processo Civil",
"art . 21 , § [UNK] , do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição Federal",
"art . 896 , § [UNK] , da CLT",
"art . [UNK] da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição Federal",
"art . 896 , § [UNK] , da CLT",
"art . [UNK] da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"arts . 651 , 692 , 693 , 694 , 787 , 788 e 795 do CPC",
"art . 896 , § [UNK] , da CLT",
"art . [UNK] , inc . II , da Constituição da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"arts . 651 , 692 , 693 , 694 , 787 , 788 e 795 do CPC",
"art . 896 , § [UNK] , da CLT",
"art . [UNK] , inc . II , da Constituição da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"SÃO PAULO",
"Brasília",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO"
],
"ORGANIZACAO": [
"SEGUNDA TURMA",
"MARINHO PINTURAS LTDA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"Tribunal Superior do Trabalho",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"MARINHO PINTURAS LTDA",
"Tribunal Superior do Trabalho",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"/",
"SP",
"Segunda Turma",
"Segunda Turma",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Segunda Turma",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"MARINHO PINTURAS LTDA",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"MARINHO PINTURAS LTDA",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"CÁRMEN LÚCIA",
"FRAYA PHILIPP",
"EDER TOKIO ASATO",
"VICENTE PAULO DE OLIVEIRA",
"NELSON KANÔ JÚNIOR",
"JORGE TOKUZI NAKAMA",
"Ricardo Lewandowski",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"FRAYA PHILIPP",
"EDER TOKIO ASATO",
"VICENTE PAULO DE OLIVEIRA",
"NELSON KANÔ JÚNIOR",
"MARINHO",
"JORGE TOKUZI NAKAMA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"Fraya Philipp",
"CÁRMEN LÚCIA",
"FRAYA PHILIPP",
"EDER TOKIO ASATO",
"VICENTE PAULO DE OLIVEIRA",
"NELSON KANÔ JÚNIOR",
"JORGE TOKUZI NAKAMA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"Fraya Philipp",
"Fraya Philipp",
"Fraya Philipp",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"Ricardo Lewandowski",
"Ricardo Lewandowski",
"CÁRMEN LÚCIA",
"Gilmar Mendes",
"Rosa Weber",
"Gilmar Mendes",
"Rosa Weber",
"CÁRMEN LÚCIA",
"FRAYA PHILIPP",
"EDER TOKIO ASATO",
"VICENTE PAULO DE OLIVEIRA",
"NELSON KANÔ JÚNIOR",
"JORGE TOKUZI NAKAMA",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos",
"Fabiane Duarte",
"CÁRMEN LÚCIA",
"FRAYA PHILIPP",
"EDER TOKIO ASATO",
"VICENTE PAULO DE OLIVEIRA",
"NELSON KANÔ JÚNIOR",
"JORGE TOKUZI NAKAMA",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos",
"Fabiane Duarte"
],
"TEMPO": [
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"13 de novembro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"04",
"/",
"12",
"/",
"2012",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"20 de setembro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"20 de setembro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
".",
"9",
".",
"2012",
"27",
".",
"9",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
".",
"9",
".",
"2012",
"27",
".",
"9",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
".",
"10",
".",
"2012",
"10",
".",
"9",
".",
"2012",
"5",
".",
"9",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
".",
"10",
".",
"2012",
"10",
".",
"9",
".",
"2012",
"5",
".",
"9",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 684.565 SÃO
PAULO
RELATOR
: MIN. GILMAR MENDES
AGTE.(S)
:LUIS ANTONIO DOS SANTOS
ADV.(A/S)
:ELIEZER PEREIRA MARTINS
AGDO.(A/S)
:ESTADO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
Agravos regimentais em recurso extraordinário com agravo. 2.
Direito Administrativo. 3. Servidor público. 4. Base de cálculo do
adicional de insalubridade. Não recepção do art. 3º, § 1º, da Lei
Complementar 432/85, do Estado de São Paulo pela Constituição Federal
de 1988. Congelamento do adicional de insalubridade até que sobrevenha
legislação própria sobre a matéria. Possibilidade. 5. Posterior edição da
Lei Complementar estadual 1.179/2012, que alterou a LCE 432/85, no que
se refere à base de cálculo do adicional de insalubridade, desvinculando
sua indexação ao valor do salário mínimo. Efeitos retroativos a janeiro de
2010, o que encampa o pleito do autor. 6. Negado provimento ao agravo
regimental de Luis Antonio dos Santos. 7. Agravo regimental do Estado
de São Paulo provido para declarar a perda superveniente do interesse do
autor.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os ministros do
Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a presidência do
Senhor Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de
julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, negar
provimento ao agravo regimental de Luis Antonio dos Santos, nos termos
do voto do Relator.
Brasília, 13 de novembro de 2012.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3130426.
Supremo Tribunal Federal
DJe 06/12/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 8
Ementa e Acórdão
ARE 684.565 AGR / SP
Ministro GILMAR MENDES
Relator
Documento assinado digitalmente
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
ARE 684.565 AGR / SP
Ministro GILMAR MENDES
Relator
Documento assinado digitalmente
2
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Relatório
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 684.565 SÃO
PAULO
RELATOR
: MIN. GILMAR MENDES
AGTE.(S)
:LUIS ANTONIO DOS SANTOS
ADV.(A/S)
:ELIEZER PEREIRA MARTINS
AGDO.(A/S)
:ESTADO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (RELATOR): Trata-se de
agravos regimentais interpostos, respectivamente, por Luis Antonio dos
Santos e pelo Estado de São Paulo, em face da decisão de fls. 208-210, que
conheceu do agravo e deu provimento ao recurso extraordinário, nos
seguintes termos:
“Com efeito, o Plenário desta Corte, no julgamento de
mérito do RE-RG 565.714, Rel. Min. Cármen Lúcia, declarou a
não recepção do art. 3º, § 1º, da Lei Complementar 432/85 do
Estado de São Paulo, tendo em vista a impossibilidade de
indexação de qualquer adicional à variação do valor do salário
mínimo. Confira-se a ementa:
‘CONSTITUCIONAL. ART. 7º, INC. IV, DA
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. NÃO-RECEPÇÃO
DO ART. 3º, § 1º, DA LEI COMPLEMENTAR PAULISTA
N. 432/1985 PELA CONSTITUIÇÃO DE 1988.
INCONSTITUCIONALIDADE DE VINCULAÇÃO DO
ADICIONAL DE INSALUBRIDADE AO SALÁRIO
MÍNIMO: PRECEDENTES. IMPOSSIBILIDADE DA
MODIFICAÇÃO DA BASE DE CÁLCULO DO
BENEFÍCIO POR DECISÃO JUDICIAL. RECURSO
EXTRAORDINÁRIO
AO
QUAL
SE
NEGA
PROVIMENTO. 1. O sentido da vedação constante da
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Supremo Tribunal Federal
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 684.565 SÃO
PAULO
RELATOR
: MIN. GILMAR MENDES
AGTE.(S)
:LUIS ANTONIO DOS SANTOS
ADV.(A/S)
:ELIEZER PEREIRA MARTINS
AGDO.(A/S)
:ESTADO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (RELATOR): Trata-se de
agravos regimentais interpostos, respectivamente, por Luis Antonio dos
Santos e pelo Estado de São Paulo, em face da decisão de fls. 208-210, que
conheceu do agravo e deu provimento ao recurso extraordinário, nos
seguintes termos:
“Com efeito, o Plenário desta Corte, no julgamento de
mérito do RE-RG 565.714, Rel. Min. Cármen Lúcia, declarou a
não recepção do art. 3º, § 1º, da Lei Complementar 432/85 do
Estado de São Paulo, tendo em vista a impossibilidade de
indexação de qualquer adicional à variação do valor do salário
mínimo. Confira-se a ementa:
‘CONSTITUCIONAL. ART. 7º, INC. IV, DA
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. NÃO-RECEPÇÃO
DO ART. 3º, § 1º, DA LEI COMPLEMENTAR PAULISTA
N. 432/1985 PELA CONSTITUIÇÃO DE 1988.
INCONSTITUCIONALIDADE DE VINCULAÇÃO DO
ADICIONAL DE INSALUBRIDADE AO SALÁRIO
MÍNIMO: PRECEDENTES. IMPOSSIBILIDADE DA
MODIFICAÇÃO DA BASE DE CÁLCULO DO
BENEFÍCIO POR DECISÃO JUDICIAL. RECURSO
EXTRAORDINÁRIO
AO
QUAL
SE
NEGA
PROVIMENTO. 1. O sentido da vedação constante da
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 8
Relatório
ARE 684.565 AGR / SP
parte final do inc. IV do art. 7º da Constituição impede que
o salário-mínimo possa ser aproveitado como fator de
indexação; essa utilização tolheria eventual aumento do
salário-mínimo pela cadeia de aumentos que ensejaria se
admitida essa vinculação (RE 217.700, Ministro Moreira
Alves). A norma constitucional tem o objetivo de impedir
que aumento do salário-mínimo gere, indiretamente, peso
maior do que aquele diretamente relacionado com o
acréscimo. Essa circunstância pressionaria reajuste menor
do salário-mínimo, o que significaria obstaculizar a
implementação da política salarial prevista no art. 7º,
inciso IV, da Constituição da República. O aproveitamento
do salário-mínimo para formação da base de cálculo de
qualquer parcela remuneratória ou com qualquer outro
objetivo pecuniário (indenizações, pensões, etc.) esbarra
na vinculação vedada pela Constituição do Brasil.
Histórico e análise comparativa da jurisprudência do
Supremo Tribunal Federal. Declaração de não-recepção
pela Constituição da República de 1988 do Art. 3º, § 1º, da
Lei Complementar n. 432/1985 do Estado de São Paulo. 2.
Inexistência de regra constitucional autorizativa de
concessão de adicional de insalubridade a servidores
públicos (art. 39, § 1º, inc. III) ou a policiais militares (art.
42, § 1º, c/c 142, § 3º, inc. X). 3. Inviabilidade de invocação
do art. 7º, inc. XXIII, da Constituição da República, pois
mesmo se a legislação local determina a sua incidência aos
servidores públicos, a expressão adicional de remuneração
contida na norma constitucional há de ser interpretada
como adicional remuneratório, a saber, aquele que
desenvolve atividades penosas, insalubres ou perigosas
tem direito a adicional, a compor a sua remuneração. Se a
Constituição tivesse estabelecido remuneração do
trabalhador como base de cálculo teria afirmado adicional
sobre a remuneração, o que não fez. 4. Recurso
extraordinário ao qual se nega provimento’. (RE-RG
565.714, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, Tribunal Pleno,
2
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Supremo Tribunal Federal
ARE 684.565 AGR / SP
parte final do inc. IV do art. 7º da Constituição impede que
o salário-mínimo possa ser aproveitado como fator de
indexação; essa utilização tolheria eventual aumento do
salário-mínimo pela cadeia de aumentos que ensejaria se
admitida essa vinculação (RE 217.700, Ministro Moreira
Alves). A norma constitucional tem o objetivo de impedir
que aumento do salário-mínimo gere, indiretamente, peso
maior do que aquele diretamente relacionado com o
acréscimo. Essa circunstância pressionaria reajuste menor
do salário-mínimo, o que significaria obstaculizar a
implementação da política salarial prevista no art. 7º,
inciso IV, da Constituição da República. O aproveitamento
do salário-mínimo para formação da base de cálculo de
qualquer parcela remuneratória ou com qualquer outro
objetivo pecuniário (indenizações, pensões, etc.) esbarra
na vinculação vedada pela Constituição do Brasil.
Histórico e análise comparativa da jurisprudência do
Supremo Tribunal Federal. Declaração de não-recepção
pela Constituição da República de 1988 do Art. 3º, § 1º, da
Lei Complementar n. 432/1985 do Estado de São Paulo. 2.
Inexistência de regra constitucional autorizativa de
concessão de adicional de insalubridade a servidores
públicos (art. 39, § 1º, inc. III) ou a policiais militares (art.
42, § 1º, c/c 142, § 3º, inc. X). 3. Inviabilidade de invocação
do art. 7º, inc. XXIII, da Constituição da República, pois
mesmo se a legislação local determina a sua incidência aos
servidores públicos, a expressão adicional de remuneração
contida na norma constitucional há de ser interpretada
como adicional remuneratório, a saber, aquele que
desenvolve atividades penosas, insalubres ou perigosas
tem direito a adicional, a compor a sua remuneração. Se a
Constituição tivesse estabelecido remuneração do
trabalhador como base de cálculo teria afirmado adicional
sobre a remuneração, o que não fez. 4. Recurso
extraordinário ao qual se nega provimento’. (RE-RG
565.714, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, Tribunal Pleno,
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Relatório
ARE 684.565 AGR / SP
REPERCUSSÃO GERAL – MÉRITO, DJe 8.8.2008)
Na ocasião, a fim de resguardar o direito dos servidores
ao recebimento do adicional de insalubridade, consignou-se
que a base de cálculo do referido adicional deve ser equivalente
ao total do valor de dois salários mínimos, segundo o valor
vigente na data do trânsito em julgado do mencionado
paradigma, até que sobrevenha legislação própria sobre a
matéria.
Nesses termos, tendo em vista a ausência da edição de
legislação sobre o tema, a recorrente, ao efetuar o
“congelamento” do valor pago a título de adicional de
insalubridade, nada mais fez do que dar efetivo cumprimento à
orientação firmada pelo Supremo Tribunal Federal.
Ante o exposto, conheço do presente agravo para dar
provimento ao recurso extraordinário e cassar o acórdão
recorrido, a fim de que seja observada a orientação firmada por
esta Corte no julgamento do RE-RG 565.714,Rel. Min. Cármen
Lúcia, Pleno, DJe 8.8.2008. (Art. 544, § 4º, II, “c”, do CPC)”.
No primeiro regimental (fls. 214-226), interposto por Luis Antonio
dos Santos, o agravante sustenta que possui direito ao reajustamento do
adicional de insalubridade na forma determinada pela Lei Complementar
estadual 432/85, ou seja, de acordo com a variação do salário mínimo, até
que diploma posterior venha a fazê-lo, tendo em vista o princípio
constitucional da irredutibilidade de vencimentos. Já no segundo (fls.
228-229), interposto pelo Estado de São Paulo, sustenta-se que após o
julgamento do RE-RG 565.714, rel. Min. Cármen Lúcia, pelo Plenário do
STF, o ora agravante editou a Lei Complementar estadual 1.179, de 26 de
junho de 2012, alterando o art. 3º da Lei Complementar estadual 432/85 e
fixando novos valores a serem considerados para base de cálculo do
adicional de insalubridade.
O Estado aduz, ainda, que a mencionada LC possui efeitos
retroativos a 1º de janeiro de 2010, data de origem da pretensão do autor,
motivo pelo qual requer o reconhecimento da perda superveniente do
3
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3130427.
Supremo Tribunal Federal
ARE 684.565 AGR / SP
REPERCUSSÃO GERAL – MÉRITO, DJe 8.8.2008)
Na ocasião, a fim de resguardar o direito dos servidores
ao recebimento do adicional de insalubridade, consignou-se
que a base de cálculo do referido adicional deve ser equivalente
ao total do valor de dois salários mínimos, segundo o valor
vigente na data do trânsito em julgado do mencionado
paradigma, até que sobrevenha legislação própria sobre a
matéria.
Nesses termos, tendo em vista a ausência da edição de
legislação sobre o tema, a recorrente, ao efetuar o
“congelamento” do valor pago a título de adicional de
insalubridade, nada mais fez do que dar efetivo cumprimento à
orientação firmada pelo Supremo Tribunal Federal.
Ante o exposto, conheço do presente agravo para dar
provimento ao recurso extraordinário e cassar o acórdão
recorrido, a fim de que seja observada a orientação firmada por
esta Corte no julgamento do RE-RG 565.714,Rel. Min. Cármen
Lúcia, Pleno, DJe 8.8.2008. (Art. 544, § 4º, II, “c”, do CPC)”.
No primeiro regimental (fls. 214-226), interposto por Luis Antonio
dos Santos, o agravante sustenta que possui direito ao reajustamento do
adicional de insalubridade na forma determinada pela Lei Complementar
estadual 432/85, ou seja, de acordo com a variação do salário mínimo, até
que diploma posterior venha a fazê-lo, tendo em vista o princípio
constitucional da irredutibilidade de vencimentos. Já no segundo (fls.
228-229), interposto pelo Estado de São Paulo, sustenta-se que após o
julgamento do RE-RG 565.714, rel. Min. Cármen Lúcia, pelo Plenário do
STF, o ora agravante editou a Lei Complementar estadual 1.179, de 26 de
junho de 2012, alterando o art. 3º da Lei Complementar estadual 432/85 e
fixando novos valores a serem considerados para base de cálculo do
adicional de insalubridade.
O Estado aduz, ainda, que a mencionada LC possui efeitos
retroativos a 1º de janeiro de 2010, data de origem da pretensão do autor,
motivo pelo qual requer o reconhecimento da perda superveniente do
3
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Relatório
ARE 684.565 AGR / SP
objeto da presente demanda.
É o relatório.
4
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Supremo Tribunal Federal
ARE 684.565 AGR / SP
objeto da presente demanda.
É o relatório.
4
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Voto - MIN. GILMAR MENDES
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 684.565 SÃO
PAULO
V O T O
O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (RELATOR): Passo à análise
do primeiro agravo regimental, interposto por Luis Antonio dos Santos.
Com efeito, como já demonstrado pela decisão ora agravada, o
Plenário do STF, no julgamento do RE-RG 565.714, declarou que o art. 3º,
§ 1º, da LC 432/85 do Estado de São Paulo não foi recepcionado pela
Constituição Federal, tendo em vista a impossibilidade de indexação de
qualquer adicional à variação do valor do salário mínimo.
Ressalto que esta Corte, a fim de resguardar o direito ao recebimento
do adicional de insalubridade, também firmou entendimento no sentido
de ser viável o congelamento do valor pago a esse título até que legislação
superveniente regulamente a matéria (ADPF-MC 151, rel. Min.
JOAQUIM BARBOSA, redator p/Acórdão: Min. GILMAR MENDES,
Tribunal Pleno, DJe 6.5.2011).
Ademais, analisando o segundo, de fls. 228-229, verifico que o
Estado de São Paulo, após decisão proferida por esta Corte no RE-RG
565.714, editou a Lei Complementar 1.179/2012 (fl. 230), alterando a LC
432/85, no que se refere à base de cálculo do adicional de insalubridade,
desvinculando sua indexação ao valor do salário mínimo.
Cumpre, ainda, esclarecer que a referida LC fixou o adicional de
insalubridade no mesmo valor pleiteado por Luis Antonio dos Santos na
peça inicial, bem como determinou a retroação dos efeitos a 1º de janeiro
de 2010, o que engloba todo o período questionado pelo autor.
Ante o exposto, nego provimento ao agravo regimental de Luis
Antonio do Santos e dou provimento ao recurso do Estado de São Paulo,
para declarar a perda superveniente do interesse do autor.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3130428.
Supremo Tribunal Federal
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 684.565 SÃO
PAULO
V O T O
O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (RELATOR): Passo à análise
do primeiro agravo regimental, interposto por Luis Antonio dos Santos.
Com efeito, como já demonstrado pela decisão ora agravada, o
Plenário do STF, no julgamento do RE-RG 565.714, declarou que o art. 3º,
§ 1º, da LC 432/85 do Estado de São Paulo não foi recepcionado pela
Constituição Federal, tendo em vista a impossibilidade de indexação de
qualquer adicional à variação do valor do salário mínimo.
Ressalto que esta Corte, a fim de resguardar o direito ao recebimento
do adicional de insalubridade, também firmou entendimento no sentido
de ser viável o congelamento do valor pago a esse título até que legislação
superveniente regulamente a matéria (ADPF-MC 151, rel. Min.
JOAQUIM BARBOSA, redator p/Acórdão: Min. GILMAR MENDES,
Tribunal Pleno, DJe 6.5.2011).
Ademais, analisando o segundo, de fls. 228-229, verifico que o
Estado de São Paulo, após decisão proferida por esta Corte no RE-RG
565.714, editou a Lei Complementar 1.179/2012 (fl. 230), alterando a LC
432/85, no que se refere à base de cálculo do adicional de insalubridade,
desvinculando sua indexação ao valor do salário mínimo.
Cumpre, ainda, esclarecer que a referida LC fixou o adicional de
insalubridade no mesmo valor pleiteado por Luis Antonio dos Santos na
peça inicial, bem como determinou a retroação dos efeitos a 1º de janeiro
de 2010, o que engloba todo o período questionado pelo autor.
Ante o exposto, nego provimento ao agravo regimental de Luis
Antonio do Santos e dou provimento ao recurso do Estado de São Paulo,
para declarar a perda superveniente do interesse do autor.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 8
Decisão de Julgamento
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 684.565
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. GILMAR MENDES
AGTE.(S) : LUIS ANTONIO DOS SANTOS
ADV.(A/S) : ELIEZER PEREIRA MARTINS
AGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental de Luis Antonio dos Santos, nos termos do voto do
Relator. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso
de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra
Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros
Celso de Mello e Joaquim Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
P/ Fabiane Duarte
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3150109
Supremo Tribunal Federal
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 684.565
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. GILMAR MENDES
AGTE.(S) : LUIS ANTONIO DOS SANTOS
ADV.(A/S) : ELIEZER PEREIRA MARTINS
AGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental de Luis Antonio dos Santos, nos termos do voto do
Relator. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso
de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra
Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros
Celso de Mello e Joaquim Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
P/ Fabiane Duarte
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3150109
Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 8
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3164112 | 2012-11-13T00:00:00 | 2012-12-06T00:00:00 | A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental de Luis Antonio dos Santos, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 13.11.2012. | AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO | Agravos regimentais em recurso extraordinário com agravo. 2. Direito Administrativo. 3. Servidor público. 4. Base de cálculo do adicional de insalubridade. Não recepção do art. 3º, § 1º, da Lei Complementar 432/85, do Estado de São Paulo pela Constituição Federal de 1988. Congelamento do adicional de insalubridade até que sobrevenha legislação própria sobre a matéria. Possibilidade. 5. Posterior edição da Lei Complementar estadual 1.179/2012, que alterou a LCE 432/85, no que se refere à base de cálculo do adicional de insalubridade, desvinculando sua indexação ao valor do salário mínimo. Efeitos retroativos a janeiro de 2010, o que encampa o pleito do autor. 6. Negado provimento ao agravo regimental de Luis Antonio dos Santos. 7. Agravo regimental do Estado de São Paulo provido para declarar a perda superveniente do interesse do autor. | sjur220883 | - Acórdão (s) citado (s):
(VINCULAÇÃO, ADICIONAL, SALÁRIO MÍNIMO)
STF: RE 565714 RG (TP);
(CONGELAMENTO, ADICIONAL DE INSALUBRIDADE)
STF: ADPF 151 MC (TP).
Número de páginas: 8.
Análise: 18/01/2013, BMB. | GILMAR MENDES | Segunda Turma | 684565 | [
"LEG-EST LCP-000432 ANO-1985\r\n ART-00003 PAR-00001 \r\n LEI COMPLEMENTAR, SP\r\n\r\n",
"LEG-EST LCP-001179 ANO-2012\r\n LEI COMPLEMENTAR, SP"
] | ARE-AgR | acordaos | ARE 684565 AgR | [
""
] | AGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
ADV.(A/S) : ELIEZER PEREIRA MARTINS
AGTE.(S) : LUIS ANTONIO DOS SANTOS | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 684 . 565",
"ARE 684 . 565 AGR / SP",
"ARE 684 . 565 AGR / SP",
"AGRAVO 684 . 565 SÃO",
"RE",
"-",
"RG 565 . 714",
"RE",
"-",
"RG 565 . 714",
"ARE 684 . 565 AGR",
"RE 217 . 700",
"RE",
"-",
"RG 565 . 714",
"ARE 684 . 565 AGR",
"RE 217 . 700",
"RE",
"-",
"RG 565 . 714",
"ARE 684 . 565 AGR / SP",
"RE",
"-",
"RG 565 . 714",
"RE",
"-",
"RG 565 . 714",
"ARE 684 . 565 AGR",
"RE",
"-",
"RG 565",
"RE",
"-",
"RG 565 . 714",
"ARE 684 . 565 AGR / SP",
"ARE 684 . 565 AGR / SP",
"RECURSO",
"RE",
"-",
"RG 565 . 714",
"ADPF",
"-",
"MC 151",
"RE",
"-",
"RG 565 . 714",
"RE",
"-",
"RG 565 . 714",
"ADPF",
"-",
"MC 151",
"RE",
"-",
"RG 565 . 714"
],
"LEGISLACAO": [
"art . [UNK] , § [UNK] , da Lei Complementar 432 / 85",
"Constituição Federal de 1988",
"Lei Complementar estadual 1 . 179 / 2012",
"LCE 432 / 85",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] , § [UNK] , da Lei Complementar 432 / 85",
"ART . [UNK] , INC . IV , DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA",
"ART . [UNK] , § [UNK] , DA LEI COMPLEMENTAR PAULISTA N . 432 / 1985",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] , § [UNK] , da Lei Complementar 432 / 85",
"ART . [UNK] , INC . IV , DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA",
"ART . [UNK] , § [UNK] , DA LEI COMPLEMENTAR PAULISTA N . 432 / 1985",
"CONSTITUIÇÃO",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"inc . IV do art . [UNK] da Constituição",
"art . [UNK] , inciso IV , da Constituição da República",
"Constituição do Brasil",
"Constituição da República de 1988",
"Art . [UNK] , § [UNK] , da Lei Complementar n . 432 / 1985",
"art . 42 , § [UNK] , c / c 142 , § [UNK] , inc . X",
"art . [UNK] , inc . XXIII , da Constituição da República",
"Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"inc . IV do art . [UNK] da Constituição",
"art . [UNK] , inciso IV , da Constituição da República",
"Constituição do Brasil",
"Constituição da República de 1988",
"Art . [UNK] , § [UNK] , da Lei Complementar n . 432 / 1985",
"art . [UNK] , inc . XXIII , da Constituição da República",
"Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Art . 544 , § [UNK] , II , “ c ” , do CPC",
"Lei Complementar estadual 432 / 85",
"Lei Complementar estadual 1 . 179",
"art . [UNK] da Lei Complementar estadual 432 / 85",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Art . 544 , § [UNK] , II , “ c ” , do CPC",
"Lei Complementar estadual 432 / 85",
"Lei Complementar estadual 1 . 179",
"art . [UNK] da Lei Complementar estadual 432 / 85",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] , § [UNK] , da LC 432 / 85",
"Constituição Federal",
"Lei Complementar 1 . 179 / 2012",
"LC 432 / 85",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] , § [UNK] , da LC 432 / 85",
"Constituição Federal",
"Lei Complementar 1 . 179 / 2012",
"LC 432 / 85",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"Estado de São Paulo",
"Estado de São Paulo",
"Brasília",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"Estado de São Paulo",
"Estado de São Paulo",
"SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"Estado de São Paulo",
"Estado de São Paulo",
"Estado de São Paulo",
"Estado de São Paulo",
"Estado de São Paulo",
"SÃO PAULO",
"Estado de São Paulo",
"Estado de São Paulo",
"Estado de São Paulo",
"SÃO PAULO",
"Estado de São Paulo",
"Estado de São Paulo",
"SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO"
],
"ORGANIZACAO": [
"SEGUNDA TURMA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"Plenário",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"Plenário",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"/",
"SP",
"Supremo Tribunal Federal",
"Tribunal Pleno",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Estado",
"Tribunal Pleno",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Pleno",
"Plenário do STF",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Plenário do STF",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"Plenário do STF",
"Tribunal Pleno",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"Plenário do STF",
"Tribunal Pleno",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"GILMAR MENDES",
"LUIS ANTONIO DOS SANTOS",
"ELIEZER PEREIRA MARTINS",
"Luis Antonio dos Santos",
"Ricardo Lewandowski",
"Luis Antonio dos Santos",
"GILMAR MENDES",
"GILMAR MENDES",
"GILMAR MENDES",
"LUIS ANTONIO DOS SANTOS",
"ELIEZER PEREIRA MARTINS",
"GILMAR MENDES",
"Luis Antonio dos Santos",
"Cármen Lúcia",
"GILMAR MENDES",
"LUIS ANTONIO DOS SANTOS",
"ELIEZER PEREIRA MARTINS",
"GILMAR MENDES",
"Luis Antonio dos Santos",
"Cármen Lúcia",
"Moreira Alves",
"CÁRMEN LÚCIA",
"Moreira Alves",
"CÁRMEN LÚCIA",
"Cármen Lúcia",
"Luis Antonio dos Santos",
"Cármen Lúcia",
"Cármen Lúcia",
"Luis Antonio dos Santos",
"Cármen Lúcia",
"GILMAR MENDES",
"GILMAR MENDES",
"Luis Antonio dos Santos",
"JOAQUIM BARBOSA",
"GILMAR MENDES",
"Luis Antonio dos Santos",
"Luis Antonio do Santos",
"GILMAR MENDES",
"Luis Antonio dos Santos",
"JOAQUIM BARBOSA",
"GILMAR MENDES",
"Luis Antonio dos Santos",
"Luis Antonio do Santos",
"GILMAR MENDES",
"LUIS ANTONIO DOS SANTOS",
"ELIEZER PEREIRA MARTINS",
"Luis Antonio dos Santos",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos",
"Fabiane Duarte",
"GILMAR MENDES",
"LUIS ANTONIO DOS SANTOS",
"ELIEZER PEREIRA MARTINS",
"Luis Antonio dos Santos",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos",
"Fabiane Duarte"
],
"TEMPO": [
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"janeiro de 2010",
"13 de novembro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06",
"/",
"12",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"1988",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"8",
".",
"8",
".",
"2008",
"8",
".",
"8",
".",
"2008",
"26 de junho de 2012",
"[UNK] de janeiro de 2010",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"8",
".",
"8",
".",
"2008",
"8",
".",
"8",
".",
"2008",
"26 de junho de 2012",
"[UNK] de janeiro de 2010",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"6",
".",
"5",
".",
"2011",
"[UNK] de janeiro de 2010",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"6",
".",
"5",
".",
"2011",
"[UNK] de janeiro de 2010",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
HABEAS CORPUS 111.842 ESPÍRITO SANTO
RELATORA
: MIN. CÁRMEN LÚCIA
PACTE.(S)
:CARLOS ALBERTO ALVES
IMPTE.(S)
:DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO ESPÍRITO
SANTO
PROC.(A/S)(ES)
:DEFENSOR PÚBLICO-GERAL
DO ESTADO
DO
ESPÍRITO SANTO
COATOR(A/S)(ES)
:SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
EMENTA:
HABEAS CORPUS. PENAL. ESTATUTO DO
DESARMAMENTO. ART. 12 DA LEI N. 10.826/2003. PRETENSÃO DE
EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE EM RAZÃO DA ABOLITIO CRIMINIS
TEMPORÁRIA.
IMPOSSIBILIDADE
DE
REGULARIZAÇÃO.
ARMAMENTO UTILIZADO PELO PACIENTE PARA GARANTIR A
PRÁTICA DO CRIME DE TRÁFICO DE ENTORPECENTE.
1. Não há falar em abolitio criminis na espécie vertente, pois consta
dos autos que os armamentos de posse do Paciente (1 pistola Taurus,
calibre 380, com 2 carregadores, 86 munições calibre 380, 12 munições
calibre 12) foram utilizados para garantir a prática de tráfico de drogas.
Mesmo que tivesse a intenção de regularizá-los, não poderia, pois a
intenção foi a utilização desses armamentos para a prática de crime.
2. Ordem denegada.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do
Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a Presidência do
Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamento e
das notas taquigráficas, por unanimidade, em denegar a ordem, nos
termos do voto da Relatora. Ausentes, justificadamente, os Ministros
Celso de Mello e Joaquim Barbosa.
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3112077.
Supremo Tribunal Federal
DJe 04/12/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 11
Ementa e Acórdão
HC 111.842 / ES
Brasília, 13 de novembro de 2012.
Ministra CÁRMEN LÚCIA - Relatora
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
HC 111.842 / ES
Brasília, 13 de novembro de 2012.
Ministra CÁRMEN LÚCIA - Relatora
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 11
Relatório
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
HABEAS CORPUS 111.842 ESPÍRITO SANTO
RELATORA
: MIN. CÁRMEN LÚCIA
PACTE.(S)
:CARLOS ALBERTO ALVES
IMPTE.(S)
:DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO ESPÍRITO
SANTO
PROC.(A/S)(ES)
:DEFENSOR PÚBLICO-GERAL
DO ESTADO
DO
ESPÍRITO SANTO
COATOR(A/S)(ES)
:SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
R E L A T Ó R I O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA (RELATORA):
1. Habeas corpus, sem pedido de medida liminar, impetrado pela
DEFENSORIA PÚBLICA DO ESPÍRITO SANTO, em favor de CARLOS
ALBERTO ALVES, contra julgado da Quinta Turma do Superior Tribunal
de Justiça, que, em 18.10.2011, denegou a ordem no Habeas Corpus n.
151.521, Relatora a Ministra Laurita Vaz.
O caso
2. Tem-se nos autos que o Paciente foi “condenado à pena de 08 anos de
reclusão, em regime inicial fechado, como incurso nos arts. 33, caput, da Lei n.
11.343/2006 e 12 da Lei n. 10.826/2003”.
3. A defesa impetrou o Habeas Corpus n. 100090014604 com o objetivo
de rever a sentença condenatória, ao argumento de “atipicidade da conduta
prevista no artigo 12 da Lei n. 10.826/2003”. Em 15.7.2009, a Primeira
Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Espírito Santo denegou a
ordem.
4. Contra esse acórdão foi impetrado o Habeas Corpus n. 151.521,
Relatora a Ministra Laurita Vaz. Em 18.10.2011, a Quinta Turma do
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3112001.
Supremo Tribunal Federal
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
HABEAS CORPUS 111.842 ESPÍRITO SANTO
RELATORA
: MIN. CÁRMEN LÚCIA
PACTE.(S)
:CARLOS ALBERTO ALVES
IMPTE.(S)
:DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO ESPÍRITO
SANTO
PROC.(A/S)(ES)
:DEFENSOR PÚBLICO-GERAL
DO ESTADO
DO
ESPÍRITO SANTO
COATOR(A/S)(ES)
:SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
R E L A T Ó R I O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA (RELATORA):
1. Habeas corpus, sem pedido de medida liminar, impetrado pela
DEFENSORIA PÚBLICA DO ESPÍRITO SANTO, em favor de CARLOS
ALBERTO ALVES, contra julgado da Quinta Turma do Superior Tribunal
de Justiça, que, em 18.10.2011, denegou a ordem no Habeas Corpus n.
151.521, Relatora a Ministra Laurita Vaz.
O caso
2. Tem-se nos autos que o Paciente foi “condenado à pena de 08 anos de
reclusão, em regime inicial fechado, como incurso nos arts. 33, caput, da Lei n.
11.343/2006 e 12 da Lei n. 10.826/2003”.
3. A defesa impetrou o Habeas Corpus n. 100090014604 com o objetivo
de rever a sentença condenatória, ao argumento de “atipicidade da conduta
prevista no artigo 12 da Lei n. 10.826/2003”. Em 15.7.2009, a Primeira
Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Espírito Santo denegou a
ordem.
4. Contra esse acórdão foi impetrado o Habeas Corpus n. 151.521,
Relatora a Ministra Laurita Vaz. Em 18.10.2011, a Quinta Turma do
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3112001.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 11
Relatório
HC 111.842 / ES
Superior Tribunal de Justiça denegou a ordem:
“HABEAS CORPUS. ESTATUTO DO DESARMAMENTO.
ART. 12 DA LEI N. 10.826/2003. TESE DE ABOLITIO CRIMINIS
TEMPORÁRIA. IMPOSSIBILIDADE DE REGULARIZAR AS
ARMAS APREENDIDAS. TIPICIDADE DA CONDUTA.
ORDEM DENEGADA.
1. Demonstrado o dolo de possuir arma de fogo de origem
irregular, sem autorização e em desacordo com determinação legal e
regulamentar, descabe reconhecer a atipicidade da conduta. No caso, a
própria natureza dos armamentos - uma pistola taurus, calibre 380,
com dois carregadores, oitenta e seis munições calibre 380 e doze
munições calibre 12, encontrados em local voltado à prática do crime
de tráfico de drogas - indica que eles são de origem ilegal e não
poderiam ser regularizados.
2. Habeas corpus denegado”.
5. Esse julgado é o objeto do presente habeas corpus, no qual a
Impetrante alega que:
“Com o advento da Lei 10.826/03, foi o crime de posse ilegal de
arma de fogo descriminalizado temporariamente, consoante doutrina e
jurisprudência pátrias, diante da literalidade da indigitada norma, que
estabeleceu prazos para regularização do registro da arma ou entrega
da arma de fogo à autoridade policial.
Tais prazos, inicialmente com termo previsto para o dia 23 de
dezembro de 2003, foram sucessivamente prorrogados pelas Leis
10.884/04, 11.118/05, 11.706/08 e, finalmente, Lei 11.922/09, até o
dia 31 de dezembro de 2009.
Assim sendo, como já assentado pelo próprio Superior Tribunal
de Justiça, até 31 de dezembro de 2009, ninguém poderá ser preso ou
processado por possuir (em casa ou no trabalho), uma arma de fogo
(…).
A melhor interpretação das Leis 11.706/2008 e 11.922/2009
considera que o prazo previsto no art. 30 é aplicável também ao art.
32. Assim, o prazo final tanto para o registro quanto para a entrega da
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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HC 111.842 / ES
Superior Tribunal de Justiça denegou a ordem:
“HABEAS CORPUS. ESTATUTO DO DESARMAMENTO.
ART. 12 DA LEI N. 10.826/2003. TESE DE ABOLITIO CRIMINIS
TEMPORÁRIA. IMPOSSIBILIDADE DE REGULARIZAR AS
ARMAS APREENDIDAS. TIPICIDADE DA CONDUTA.
ORDEM DENEGADA.
1. Demonstrado o dolo de possuir arma de fogo de origem
irregular, sem autorização e em desacordo com determinação legal e
regulamentar, descabe reconhecer a atipicidade da conduta. No caso, a
própria natureza dos armamentos - uma pistola taurus, calibre 380,
com dois carregadores, oitenta e seis munições calibre 380 e doze
munições calibre 12, encontrados em local voltado à prática do crime
de tráfico de drogas - indica que eles são de origem ilegal e não
poderiam ser regularizados.
2. Habeas corpus denegado”.
5. Esse julgado é o objeto do presente habeas corpus, no qual a
Impetrante alega que:
“Com o advento da Lei 10.826/03, foi o crime de posse ilegal de
arma de fogo descriminalizado temporariamente, consoante doutrina e
jurisprudência pátrias, diante da literalidade da indigitada norma, que
estabeleceu prazos para regularização do registro da arma ou entrega
da arma de fogo à autoridade policial.
Tais prazos, inicialmente com termo previsto para o dia 23 de
dezembro de 2003, foram sucessivamente prorrogados pelas Leis
10.884/04, 11.118/05, 11.706/08 e, finalmente, Lei 11.922/09, até o
dia 31 de dezembro de 2009.
Assim sendo, como já assentado pelo próprio Superior Tribunal
de Justiça, até 31 de dezembro de 2009, ninguém poderá ser preso ou
processado por possuir (em casa ou no trabalho), uma arma de fogo
(…).
A melhor interpretação das Leis 11.706/2008 e 11.922/2009
considera que o prazo previsto no art. 30 é aplicável também ao art.
32. Assim, o prazo final tanto para o registro quanto para a entrega da
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HC 111.842 / ES
arma é o dia 31 de dezembro de 2009. Dessa forma, o réu teria até o
dia 31/12/2009 para entregar a arma apreendida em sua residência
sem que sua posse constituísse crime.
Assim sendo, tendo sido o paciente flagrado dentro do período
chamado de vacatio legis indireta, em que estava suspensa a eficácia
do dispositivo legal que lhe foi imputado, há que se reconhecer a
atipicidade da sua conduta”.
Este o teor do pedido:
“Por todo o exposto, pugna a Defensoria Pública do Estado do
Espírito Santo pela concessão da ordem de habeas corpus para
declarar a extinção da punibilidade da conduta imputada ao paciente,
com fundamento na superveniência de norma penal descriminalizante
(art. 107, inc. III, do CP e art. 386, inc. III, do CPP)”.
6. Em 19.1.2012, não havendo requerimento de medida liminar a ser
apreciado e suficiente a instrução, determinei vista ao Procurador-Geral
da República, que opinou pela denegação da ordem.
É o relatório.
3
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HC 111.842 / ES
arma é o dia 31 de dezembro de 2009. Dessa forma, o réu teria até o
dia 31/12/2009 para entregar a arma apreendida em sua residência
sem que sua posse constituísse crime.
Assim sendo, tendo sido o paciente flagrado dentro do período
chamado de vacatio legis indireta, em que estava suspensa a eficácia
do dispositivo legal que lhe foi imputado, há que se reconhecer a
atipicidade da sua conduta”.
Este o teor do pedido:
“Por todo o exposto, pugna a Defensoria Pública do Estado do
Espírito Santo pela concessão da ordem de habeas corpus para
declarar a extinção da punibilidade da conduta imputada ao paciente,
com fundamento na superveniência de norma penal descriminalizante
(art. 107, inc. III, do CP e art. 386, inc. III, do CPP)”.
6. Em 19.1.2012, não havendo requerimento de medida liminar a ser
apreciado e suficiente a instrução, determinei vista ao Procurador-Geral
da República, que opinou pela denegação da ordem.
É o relatório.
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Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
HABEAS CORPUS 111.842 ESPÍRITO SANTO
V O T O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora):
1. Razão jurídica não assiste à Impetrante.
2. Ao denegar a ordem, a Primeira Câmara Criminal do Tribunal de
Justiça do Espírito Santo assentou:
“não há que se falar em atipicidade na conduta do artigo 12 da
Lei nº 10.826/03, simplesmente porque foi concedido novo prazo no
artigo 30 da Estatuto do Desarmamento (alterado pela Lei nº
11.922/2009) para adequação e regularização dos registros de armas
de fogo.
Ademais, consta dos autos a apreensão ‘de 01 pistola Taurus PT
58 ss, calibre 380, com dois carregadores, 12 munições calibre 12, no
dia 24 de janeiro de 2008’.
E, embora o impetrante sustente que nesta data, o crime de posse
ilegal de arma de fogo encontrava-se na ‘vacatio legis’ temporária,
não vislumbro qualquer embasamento para fundamentar a concessão
da ordem.
Cabe dizer que o artigo 30 do Estatuto do Desarmamento
estabeleceu um ‘prazo de 180 dias para que os possuidores e
proprietários de armas de fogo não registradas’ solicitassem o registro.
Tal prazo findou em 19/06/2004.
Em seguida, foi baixada a Medida Provisória nº 229/2004, que
passou a vigorar em 17/12/2004, e foi convertida na Lei nº
11.118/2005, prorrogando o prazo previsto no citado artigo 30 para o
dia 23/06/2005.
Daí editou-se a Lei nº 11.191/05, prorrogando-se de novo o
prazo, desta vez, especificamente aos produtores rurais.
Tal prazo expirou em 11/03/2006.
Adiante, a Lei nº 11.706/2008, concedeu mais prazo para a
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13/11/2012
SEGUNDA TURMA
HABEAS CORPUS 111.842 ESPÍRITO SANTO
V O T O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora):
1. Razão jurídica não assiste à Impetrante.
2. Ao denegar a ordem, a Primeira Câmara Criminal do Tribunal de
Justiça do Espírito Santo assentou:
“não há que se falar em atipicidade na conduta do artigo 12 da
Lei nº 10.826/03, simplesmente porque foi concedido novo prazo no
artigo 30 da Estatuto do Desarmamento (alterado pela Lei nº
11.922/2009) para adequação e regularização dos registros de armas
de fogo.
Ademais, consta dos autos a apreensão ‘de 01 pistola Taurus PT
58 ss, calibre 380, com dois carregadores, 12 munições calibre 12, no
dia 24 de janeiro de 2008’.
E, embora o impetrante sustente que nesta data, o crime de posse
ilegal de arma de fogo encontrava-se na ‘vacatio legis’ temporária,
não vislumbro qualquer embasamento para fundamentar a concessão
da ordem.
Cabe dizer que o artigo 30 do Estatuto do Desarmamento
estabeleceu um ‘prazo de 180 dias para que os possuidores e
proprietários de armas de fogo não registradas’ solicitassem o registro.
Tal prazo findou em 19/06/2004.
Em seguida, foi baixada a Medida Provisória nº 229/2004, que
passou a vigorar em 17/12/2004, e foi convertida na Lei nº
11.118/2005, prorrogando o prazo previsto no citado artigo 30 para o
dia 23/06/2005.
Daí editou-se a Lei nº 11.191/05, prorrogando-se de novo o
prazo, desta vez, especificamente aos produtores rurais.
Tal prazo expirou em 11/03/2006.
Adiante, a Lei nº 11.706/2008, concedeu mais prazo para a
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Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
HC 111.842 / ES
solicitação do registro de arma de fogo para o dia 31/12/2008.
Ultimamente, a partir de 06 de novembro de 2008, com a edição
da Medida Provisória 445/2008, convertida na Lei nº 11.922/2009,
prorrogou-se o prazo para o próximo dia 31/12/2009.
De todo exposto, cumpre frisar, como bem concluído pela Douta
Procuradoria de Justiça que:
‘à época dos fatos (24/01/2008) não vigorava qualquer
circunstância que pudesse ensejar a atipicidade da conduta do
paciente (abolitio criminis)’.
Assim sendo, entendo que os artigos 30 e 32 da referida lei
referem-se a armas não registradas, mas passíveis de registro, já que
na forma do artigo 30 pode ser solicitado, até dia 31 de dezembro de
2008, o seu registro, desde que apresentada nota fiscal, comprobatória
de sua origem lícita.
Ademais, devemos levar em consideração que a sentença
constante dos autos registra que, além do paciente ter sido condenado
pelo crime de posse de arma de fogo, também recebeu penalidade de
seis anos de reclusão e 500 dias-multa pela prática do delito previsto
no artigo 33 da Lei 11.343/06.
(…)
Posto isso, e acompanhando o Parecer da Douta Procuradoria de
Justiça, denego a ordem” (grifos nossos).
3. A Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça manteve esse
julgado, com base nestes fundamentos:
“Esta Corte vem entendendo que, diante da literalidade dos
artigos relativos ao prazo legal para regularização do registro da arma
(artigos 30, 31 e 32 da Lei 10.826/03), houve a descriminalização
temporária no tocante às condutas delituosas relacionadas à posse de
arma de fogo, tanto de uso permitido quanto de uso restrito.
Tais delitos estão tipificados nos arts. 12 e 16 da Lei n.º
10.826/2003 (…).
O prazo para registro de armas de uso permitido, a que se refere
o art. 30 da Lei n.° 10.826/2003, foi prorrogado para 31 de dezembro
de 2009, pela Lei n.º 11.922, de 13 de abril de 2009.
2
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HC 111.842 / ES
solicitação do registro de arma de fogo para o dia 31/12/2008.
Ultimamente, a partir de 06 de novembro de 2008, com a edição
da Medida Provisória 445/2008, convertida na Lei nº 11.922/2009,
prorrogou-se o prazo para o próximo dia 31/12/2009.
De todo exposto, cumpre frisar, como bem concluído pela Douta
Procuradoria de Justiça que:
‘à época dos fatos (24/01/2008) não vigorava qualquer
circunstância que pudesse ensejar a atipicidade da conduta do
paciente (abolitio criminis)’.
Assim sendo, entendo que os artigos 30 e 32 da referida lei
referem-se a armas não registradas, mas passíveis de registro, já que
na forma do artigo 30 pode ser solicitado, até dia 31 de dezembro de
2008, o seu registro, desde que apresentada nota fiscal, comprobatória
de sua origem lícita.
Ademais, devemos levar em consideração que a sentença
constante dos autos registra que, além do paciente ter sido condenado
pelo crime de posse de arma de fogo, também recebeu penalidade de
seis anos de reclusão e 500 dias-multa pela prática do delito previsto
no artigo 33 da Lei 11.343/06.
(…)
Posto isso, e acompanhando o Parecer da Douta Procuradoria de
Justiça, denego a ordem” (grifos nossos).
3. A Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça manteve esse
julgado, com base nestes fundamentos:
“Esta Corte vem entendendo que, diante da literalidade dos
artigos relativos ao prazo legal para regularização do registro da arma
(artigos 30, 31 e 32 da Lei 10.826/03), houve a descriminalização
temporária no tocante às condutas delituosas relacionadas à posse de
arma de fogo, tanto de uso permitido quanto de uso restrito.
Tais delitos estão tipificados nos arts. 12 e 16 da Lei n.º
10.826/2003 (…).
O prazo para registro de armas de uso permitido, a que se refere
o art. 30 da Lei n.° 10.826/2003, foi prorrogado para 31 de dezembro
de 2009, pela Lei n.º 11.922, de 13 de abril de 2009.
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Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
HC 111.842 / ES
Finalmente, nos termos do art. 31 da Lei n.º 10.826/03, não
existe mais prazo para a entrega de armas de fogo adquiridas
regularmente à Polícia Federal, que poderá ocorrer a qualquer tempo.
Como se vê, desde a nova redação dada aos dispositivos legais
pela Medida Provisória n.º 417, convertida na Lei n.º 11.706/2008, há
distinção entre os crimes previstos no art. 12 e 16 do Estatuto do
Desarmamento, sendo prorrogado tão-somente o prazo para a
regularização de armas de fogo de uso permitido.
Embora o Paciente tenha sido condenado pela posse de arma de
uso permitido, demonstrado o dolo de possuir arma de fogo de origem
irregular, sem autorização e em desacordo com determinação legal e
regulamentar, descabe reconhecer a atipicidade da conduta na espécie.
Afinal, o ora Paciente foi preso em flagrante por manter em
depósito armamentos que guarneciam local voltado à prática do crime
de tráfico de drogas, o que, por si só, indica que eles são de origem
ilegal e não poderiam ser regularizados” (grifos nossos).
4. Dessa forma, não há falar em abolitio criminis na espécie vertente.
Consta dos autos que os armamentos de posse do Paciente (1 pistola
Taurus, calibre 380, com 2 carregadores, 86 munições calibre 380, 12
munições calibre 12) foram utilizados para garantir a prática de tráfico de
drogas. Mesmo que tivesse a intenção de regularizá-los, não poderia, pois
a intenção foi a utilização desses armamentos para a prática de crime.
5. Em caso semelhante ao destes autos, embora se discutisse porte e
não posse de arma, esta Segunda Turma assentou que o Paciente na
ocasião, preso em flagrante portando arma de fogo, associado em
quadrilha para cometer crimes contra o patrimônio, não poderia ter
aplicada em seu favor a abolitio criminis, por se tratar de porte ilegal de
arma que não poderia ser regularizada:
“Abolitio criminis temporária. 2. Vacatio legis da Lei n.
10.826/2003, com dispositivos alterados pela pela Lei n. 11.706/2008.
3. Inaplicabilidade. Não há como aceitar o socorro do fenômeno
extintivo, porquanto a figura da
vacatio legis
não tem o condão de
3
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HC 111.842 / ES
Finalmente, nos termos do art. 31 da Lei n.º 10.826/03, não
existe mais prazo para a entrega de armas de fogo adquiridas
regularmente à Polícia Federal, que poderá ocorrer a qualquer tempo.
Como se vê, desde a nova redação dada aos dispositivos legais
pela Medida Provisória n.º 417, convertida na Lei n.º 11.706/2008, há
distinção entre os crimes previstos no art. 12 e 16 do Estatuto do
Desarmamento, sendo prorrogado tão-somente o prazo para a
regularização de armas de fogo de uso permitido.
Embora o Paciente tenha sido condenado pela posse de arma de
uso permitido, demonstrado o dolo de possuir arma de fogo de origem
irregular, sem autorização e em desacordo com determinação legal e
regulamentar, descabe reconhecer a atipicidade da conduta na espécie.
Afinal, o ora Paciente foi preso em flagrante por manter em
depósito armamentos que guarneciam local voltado à prática do crime
de tráfico de drogas, o que, por si só, indica que eles são de origem
ilegal e não poderiam ser regularizados” (grifos nossos).
4. Dessa forma, não há falar em abolitio criminis na espécie vertente.
Consta dos autos que os armamentos de posse do Paciente (1 pistola
Taurus, calibre 380, com 2 carregadores, 86 munições calibre 380, 12
munições calibre 12) foram utilizados para garantir a prática de tráfico de
drogas. Mesmo que tivesse a intenção de regularizá-los, não poderia, pois
a intenção foi a utilização desses armamentos para a prática de crime.
5. Em caso semelhante ao destes autos, embora se discutisse porte e
não posse de arma, esta Segunda Turma assentou que o Paciente na
ocasião, preso em flagrante portando arma de fogo, associado em
quadrilha para cometer crimes contra o patrimônio, não poderia ter
aplicada em seu favor a abolitio criminis, por se tratar de porte ilegal de
arma que não poderia ser regularizada:
“Abolitio criminis temporária. 2. Vacatio legis da Lei n.
10.826/2003, com dispositivos alterados pela pela Lei n. 11.706/2008.
3. Inaplicabilidade. Não há como aceitar o socorro do fenômeno
extintivo, porquanto a figura da
vacatio legis
não tem o condão de
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Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
HC 111.842 / ES
tornar atípica a conduta de porte ilegal. Preceitos direcionados à mera
regulação da posse e da propriedade. 4. Armas ilegais e de uso vedado.
4. Conduta típica. Precedentes. Ordem denegada” (HC 104.769, Rel.
Min. Gilmar Mendes, DJe 1º.2.2011, grifos nossos).
Extrai-se do voto condutor desse julgado:
“Não bastassem esses fundamentos, importante registrar que o
paciente foi condenado pela conduta típica descrita no art. 16, caput,
III, da Lei n. 10.826/2003 (…), pois, ao ser abordado por policiais, em
Jacarepaguá, fora surpreendido e preso em flagrante portando arma de
fogo de uso restrito. Por oportuno, colho excerto da sentença, no
trecho em que descreve o aditamento à denúncia:
‘A partir do mês de outubro do corrente ano, o denunciado
José Cláudio Fontoura Piúma associou-se aos demais
denunciados em quadrilha ou bando armada, de forma estável e
permanente, para o fim de cometer crimes, especialmente contra
o patrimônio. A sede da quadrilha localizava-se no Sítio Recanto
do Baby, nesta Comarca, cabendo ao denunciado José Cláudio
Fontoura Piúma a função de fornecer as armas para a
empreitada criminosa.
(...)’.
Assim, consoante bem enfatizado pelo parecer da Procuradoria-
Geral da República, não há que se falar em
abolitio criminis
temporária ara o caso dos autos, uma vez que ‘as armas apreendidas,
por serem de origem ilegal, de uso restrito e proibido, jamais poderiam
ser regularizadas, assim como, certamente, não seriam objeto de
entrega espontânea à Polícia Federal’” (grifos nossos).
O acórdão objeto desta impetração está em harmonia com essa
jurisprudência.
6. Nessa linha, o parecer da Procuradoria-Geral da República:
“7. O acórdão deixou de reconhecer a abolitio criminis
temporalis ao fundamento de que, ‘embora o paciente tenha sido
4
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tornar atípica a conduta de porte ilegal. Preceitos direcionados à mera
regulação da posse e da propriedade. 4. Armas ilegais e de uso vedado.
4. Conduta típica. Precedentes. Ordem denegada” (HC 104.769, Rel.
Min. Gilmar Mendes, DJe 1º.2.2011, grifos nossos).
Extrai-se do voto condutor desse julgado:
“Não bastassem esses fundamentos, importante registrar que o
paciente foi condenado pela conduta típica descrita no art. 16, caput,
III, da Lei n. 10.826/2003 (…), pois, ao ser abordado por policiais, em
Jacarepaguá, fora surpreendido e preso em flagrante portando arma de
fogo de uso restrito. Por oportuno, colho excerto da sentença, no
trecho em que descreve o aditamento à denúncia:
‘A partir do mês de outubro do corrente ano, o denunciado
José Cláudio Fontoura Piúma associou-se aos demais
denunciados em quadrilha ou bando armada, de forma estável e
permanente, para o fim de cometer crimes, especialmente contra
o patrimônio. A sede da quadrilha localizava-se no Sítio Recanto
do Baby, nesta Comarca, cabendo ao denunciado José Cláudio
Fontoura Piúma a função de fornecer as armas para a
empreitada criminosa.
(...)’.
Assim, consoante bem enfatizado pelo parecer da Procuradoria-
Geral da República, não há que se falar em
abolitio criminis
temporária ara o caso dos autos, uma vez que ‘as armas apreendidas,
por serem de origem ilegal, de uso restrito e proibido, jamais poderiam
ser regularizadas, assim como, certamente, não seriam objeto de
entrega espontânea à Polícia Federal’” (grifos nossos).
O acórdão objeto desta impetração está em harmonia com essa
jurisprudência.
6. Nessa linha, o parecer da Procuradoria-Geral da República:
“7. O acórdão deixou de reconhecer a abolitio criminis
temporalis ao fundamento de que, ‘embora o paciente tenha sido
4
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HC 111.842 / ES
condenado pela posse de arma de uso permitido, demonstrado o dolo de
possuir uma arma de fogo de origem irregular, sem autorização e em
desacordo com determinação legal e regulamentar, descabe reconhecer
a atipicidade da conduta na espécie’.
8. Apesar de a apreensão ter ocorrido antes de 31 de dezembro de
2009, não há elementos para concluir, nesta via restrita, que o
paciente, sendo traficante de drogas, estava disposto a regularizar ou
entregar a arma apreendida” (grifos nossos).
7. Pelo exposto, encaminho a votação no sentido de denegar a
ordem.
5
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3112002.
Supremo Tribunal Federal
HC 111.842 / ES
condenado pela posse de arma de uso permitido, demonstrado o dolo de
possuir uma arma de fogo de origem irregular, sem autorização e em
desacordo com determinação legal e regulamentar, descabe reconhecer
a atipicidade da conduta na espécie’.
8. Apesar de a apreensão ter ocorrido antes de 31 de dezembro de
2009, não há elementos para concluir, nesta via restrita, que o
paciente, sendo traficante de drogas, estava disposto a regularizar ou
entregar a arma apreendida” (grifos nossos).
7. Pelo exposto, encaminho a votação no sentido de denegar a
ordem.
5
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3112002.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 11
Decisão de Julgamento
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
HABEAS CORPUS 111.842
PROCED. : ESPÍRITO SANTO
RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA
PACTE.(S) : CARLOS ALBERTO ALVES
IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO ESPÍRITO
SANTO
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Decisão: A Turma, por unanimidade, denegou a ordem, nos termos
do voto da Relatora. Ausentes, justificadamente, os Senhores
Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra
Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros
Celso de Mello e Joaquim Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
P/ Fabiane Duarte
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3150073
Supremo Tribunal Federal
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
HABEAS CORPUS 111.842
PROCED. : ESPÍRITO SANTO
RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA
PACTE.(S) : CARLOS ALBERTO ALVES
IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO ESPÍRITO
SANTO
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Decisão: A Turma, por unanimidade, denegou a ordem, nos termos
do voto da Relatora. Ausentes, justificadamente, os Senhores
Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra
Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros
Celso de Mello e Joaquim Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
P/ Fabiane Duarte
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3150073
Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 11
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3157551 | 2012-11-13T00:00:00 | 2012-12-04T00:00:00 | A Turma, por unanimidade, denegou a ordem, nos termos do voto da Relatora. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 13.11.2012. | HABEAS CORPUS | EMENTA: HABEAS CORPUS. PENAL. ESTATUTO DO DESARMAMENTO. ART. 12 DA LEI N. 10.826/2003. PRETENSÃO DE EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE EM RAZÃO DA ABOLITIO CRIMINIS TEMPORÁRIA. IMPOSSIBILIDADE DE REGULARIZAÇÃO. ARMAMENTO UTILIZADO PELO PACIENTE PARA GARANTIR A PRÁTICA DO CRIME DE TRÁFICO DE ENTORPECENTE.
1. Não há falar em abolitio criminis na espécie vertente, pois consta dos autos que os armamentos de posse do Paciente (1 pistola Taurus, calibre 380, com 2 carregadores, 86 munições calibre 380, 12 munições calibre 12) foram utilizados para garantir a prática de tráfico de drogas. Mesmo que tivesse a intenção de regularizá-los, não poderia, pois a intenção foi a utilização desses armamentos para a prática de crime.
2. Ordem denegada. | sjur220508 | - Acórdão(s) citado(s):
(POSSE OU PORTE ILEGAL DE ARMA DE FOGO DE USO RESTRITO OU DE USO PROIBIDO, ABOLITIO CRIMINIS TEMPORÁRIA):
STF: HC 104769 (2ªT).
- Veja HC 151521 do STF.
Número de páginas: 11.
Análise: 21/01/2013, AAT.
Revisão: 29/01/2013, SEV. | CÁRMEN LÚCIA | Segunda Turma | 111842 | [
"LEG-FED LEI-010826 ANO-2003\r\n ART-00012 \r\n ED-2003 ESTATUTO DO DESARMAMENTO"
] | HC | acordaos | HC 111842 | [
""
] | PACTE.(S) : CARLOS ALBERTO ALVES
IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"HABEAS CORPUS 111 . 842",
"HC 111 . 842 / ES",
"HC 111 . 842 / ES",
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"Habeas Corpus n . 151 . 521",
"Habeas Corpus n . 151 . 521",
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"HC 111 . 842 / ES",
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"HC 111 . 842 / ES",
"HC 111 . 842 / ES",
"HC 104 . 769",
"HC 111 . 842 / ES",
"HC 104 . 769",
"HC 111 . 842 / ES",
"HC 111 . 842 / ES",
"HABEAS CORPUS 111 . 842",
"HABEAS CORPUS 111 . 842"
],
"LEGISLACAO": [
"ART . 12 DA LEI N . 10 . 826 / 2003",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"arts . 33 , caput , da Lei n . 11 . 343 / 2006",
"12 da Lei n . 10 . 826 / 2003",
"artigo 12 da Lei n . 10 . 826 / 2003",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
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"11",
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"922",
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"2009",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 107 , inc . III , do CP",
"art . 386 , inc . III , do CPP",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 107 , inc . III , do CP",
"art . 386 , inc . III , do CPP",
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"Lei [UNK] 11 . 922 / 2009",
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"Medida Provisória [UNK] 229 / 2004",
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"Lei [UNK] 11 . 922 / 2009",
"artigo 30 do Estatuto do Desarmamento",
"Medida Provisória [UNK] 229 / 2004",
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"Lei [UNK] 11 . 706 / 2008",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
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"Lei [UNK] 11 . 922 /",
"artigo 33 da Lei 11 . 343 / 06",
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"arts . 12 e 16 da Lei n . [UNK] 10 . 826 / 2003",
"art . 30 da Lei n . ° 10 . 826 / 2003",
"Lei n . [UNK] 11 . 922",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Medida Provisória 445 / 2008",
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"artigo 33 da Lei 11 . 343 / 06",
"artigos 30 , 31 e 32 da Lei 10 . 826 / 03",
"arts . 12 e 16 da Lei n . [UNK] 10 . 826 / 2003",
"art . 30 da Lei n . ° 10 . 826 / 2003",
"Lei n . [UNK] 11 . 922",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 31 da Lei n . [UNK] 10 . 826 / 03",
"Medida Provisória n . [UNK] 417",
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"Lei n . 11 . 706 / 2008",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 31 da Lei n . [UNK] 10 . 826 / 03",
"Medida Provisória n . [UNK] 417",
"Lei n . [UNK] 11 . 706 / 2008",
"art . 12 e 16 do Estatuto do Desarmamento",
"Lei n . 10 . 826 / 2003",
"Lei n . 11 . 706 / 2008",
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],
"LOCAL": [
"ESPÍRITO SANTO",
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"Brasília",
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"ESTADO DO ESPÍRITO SANTO"
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"ORGANIZACAO": [
"SEGUNDA TURMA",
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"-",
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"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
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"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
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"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"DEFENSORIA PÚBLICA DO ESPÍRITO SANTO",
"Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça",
"Primeira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Espírito Santo",
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"Superior Tribunal de Justiça",
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"[UNK] Turma",
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"PESSOA": [
"CÁRMEN LÚCIA",
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"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CARLOS ALBERTO ALVES",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CARLOS ALBERTO ALVES",
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"Laurita Vaz",
"CÁRMEN LÚCIA",
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"CÁRMEN LÚCIA",
"CARLOS ALBERTO ALVES",
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"Laurita Vaz",
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"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
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"José Cláudio Fontoura Piúma",
"Gilmar Mendes",
"José Cláudio Fontoura Piúma",
"José Cláudio Fontoura Piúma",
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"24 de janeiro de 2008",
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"[UNK]",
".",
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"[UNK]",
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".",
"2011",
"outubro do corrente ano",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"31 de dezembro de 2009",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"31 de dezembro de 2009",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 715.601 RIO
GRANDE DO SUL
RELATORA
: MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S)
:ANA MARIA HALLAL DE OLIVEIRA
ADV.(A/S)
:VANESSA ACHTSCHIN SOARES
DA SILVA
E
OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
EMENTA:
AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO. ADICIONAL
DE PERICULOSIDADE. SERVIDOR PÚBLICO. PAGAMENTO DE
VALORES EM ATRASO. 1. Insuficiência da preliminar formal de
repercussão geral: inviabilidade da análise do recurso extraordinário. 2.
Reexame de fatos e provas. Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal.
3. Análise de matéria infraconstitucional. Ofensa constitucional indireta.
4. Agravo regimental ao qual se nega provimento.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do
Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a Presidência do
Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamento e
das notas taquigráficas, à unanimidade, em negar provimento ao agravo
regimental no recurso extraordinário com agravo, nos termos do voto da
Relatora. Ausentes, justificadamente, os Ministros Celso de Mello e
Joaquim Barbosa.
Brasília, 13 de novembro de 2012.
Ministra CÁRMEN LÚCIA - Relatora
Supremo Tribunal Federal
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DJe 04/12/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 10
Relatório
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 715.601 RIO
GRANDE DO SUL
RELATORA
: MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S)
:ANA MARIA HALLAL DE OLIVEIRA
ADV.(A/S)
:VANESSA ACHTSCHIN SOARES
DA SILVA
E
OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
R E L A T Ó R I O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA – (Relatora):
1. Em 18 de outubro de 2012, neguei seguimento ao agravo nos autos
do recurso extraordinário interposto por Ana Maria Hallar de Oliveira
contra julgado proferido pelo Juizado Especial Federal Previdenciário do
Rio Grande do Sul, o qual decidiu que o adicional de periculosidade fora
indevidamente concedido, não havendo o direito ao pagamento de
valores em atraso.
A decisão agravada teve a seguinte fundamentação:
“5. Razão jurídica não assiste à Agravante.
6. A intimação do acórdão recorrido ocorreu no dia 10.12.2010
e, nos termos do que decidido pelo Supremo Tribunal Federal no
Agravo de Instrumento 664.567-QO, Relator o Ministro Sepúlveda
Pertence, Plenário, ‘a exigência da demonstração formal e
fundamentada, no recurso extraordinário, da repercussão geral das
questões constitucionais discutidas só incide quando a intimação do
acórdão recorrido tenha ocorrido a partir de 03 de maio de 2007’.
Entretanto, a Recorrente limitou-se a afirmar que “existe
repercussão geral neste processo do ponto de vista econômico e
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13/11/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 715.601 RIO
GRANDE DO SUL
RELATORA
: MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S)
:ANA MARIA HALLAL DE OLIVEIRA
ADV.(A/S)
:VANESSA ACHTSCHIN SOARES
DA SILVA
E
OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
R E L A T Ó R I O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA – (Relatora):
1. Em 18 de outubro de 2012, neguei seguimento ao agravo nos autos
do recurso extraordinário interposto por Ana Maria Hallar de Oliveira
contra julgado proferido pelo Juizado Especial Federal Previdenciário do
Rio Grande do Sul, o qual decidiu que o adicional de periculosidade fora
indevidamente concedido, não havendo o direito ao pagamento de
valores em atraso.
A decisão agravada teve a seguinte fundamentação:
“5. Razão jurídica não assiste à Agravante.
6. A intimação do acórdão recorrido ocorreu no dia 10.12.2010
e, nos termos do que decidido pelo Supremo Tribunal Federal no
Agravo de Instrumento 664.567-QO, Relator o Ministro Sepúlveda
Pertence, Plenário, ‘a exigência da demonstração formal e
fundamentada, no recurso extraordinário, da repercussão geral das
questões constitucionais discutidas só incide quando a intimação do
acórdão recorrido tenha ocorrido a partir de 03 de maio de 2007’.
Entretanto, a Recorrente limitou-se a afirmar que “existe
repercussão geral neste processo do ponto de vista econômico e
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Relatório
ARE 715.601 AGR / RS
jurídico, pois trata-se de pagamento de adicional de periculosidade
retroativo a existência de laudo de avaliação ambiental que atestou a
existência de periculosidade no ambiente de trabalho do Recorrente’.
(…)
Assim, embora tenha mencionado a existência de repercussão
geral, a Recorrente não desenvolveu argumentos suficientes para
cumprir o objetivo da exigência constitucional. Nesse sentido:
(…)
8. No voto condutor do acórdão recorrido, o Juiz Relator
asseverou:
(…)
9. O Tribunal de origem julgou com base nas provas do processo
e na interpretação da legislação infraconstitucional aplicável à espécie
(Lei n. 8.112/1990, 8.270/1991 e NR 16).
Concluir de modo diverso demandaria o reexame dessas normas
e do conjunto fático-probatório constante do processo, o que não
viabiliza o recurso extraordinário. Incide a Súmula n. 279 do
Supremo Tribunal.
Nesse sentido:
(…)
Nada há a prover quanto às alegações da Agravante.
10. Pelo exposto, nego seguimento ao agravo (art. 544, § 4º, inc.
II, alínea a, do Código de Processo Civil, com as alterações da Lei n.
12.322/2010, e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo
Tribunal Federal)”.
2. Publicada essa decisão no DJe de 26.10.2012, interpõe Ana Maria
Hallal de Oliveira, em 26.10.2012, tempestivamente, agravo regimental.
3. Alega a Agravante que “não se aplica ao caso a Súmula n. 279 do
Supremo Tribunal Federal, pois o direito já havia sido reconhecido”.
2
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
ARE 715.601 AGR / RS
jurídico, pois trata-se de pagamento de adicional de periculosidade
retroativo a existência de laudo de avaliação ambiental que atestou a
existência de periculosidade no ambiente de trabalho do Recorrente’.
(…)
Assim, embora tenha mencionado a existência de repercussão
geral, a Recorrente não desenvolveu argumentos suficientes para
cumprir o objetivo da exigência constitucional. Nesse sentido:
(…)
8. No voto condutor do acórdão recorrido, o Juiz Relator
asseverou:
(…)
9. O Tribunal de origem julgou com base nas provas do processo
e na interpretação da legislação infraconstitucional aplicável à espécie
(Lei n. 8.112/1990, 8.270/1991 e NR 16).
Concluir de modo diverso demandaria o reexame dessas normas
e do conjunto fático-probatório constante do processo, o que não
viabiliza o recurso extraordinário. Incide a Súmula n. 279 do
Supremo Tribunal.
Nesse sentido:
(…)
Nada há a prover quanto às alegações da Agravante.
10. Pelo exposto, nego seguimento ao agravo (art. 544, § 4º, inc.
II, alínea a, do Código de Processo Civil, com as alterações da Lei n.
12.322/2010, e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo
Tribunal Federal)”.
2. Publicada essa decisão no DJe de 26.10.2012, interpõe Ana Maria
Hallal de Oliveira, em 26.10.2012, tempestivamente, agravo regimental.
3. Alega a Agravante que “não se aplica ao caso a Súmula n. 279 do
Supremo Tribunal Federal, pois o direito já havia sido reconhecido”.
2
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Relatório
ARE 715.601 AGR / RS
Sustenta que “o que se discute no recurso extraordinário é o retrocesso de
um direito social já incorporado ao patrimônio do particular. O fato de se tratar
de julgado de Juizado Especial não afasta a repercussão geral”.
Afirma que “a necessidade de intervenção do Supremo Tribunal Federal
está plenamente justificada, diante da ausência de efetividade da tutela
jurisdicional na proteção dos direitos fundamentais já incorporados ao [seu]
patrimônio particular”.
Requer o provimento do presente recurso.
É o relatório.
3
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
ARE 715.601 AGR / RS
Sustenta que “o que se discute no recurso extraordinário é o retrocesso de
um direito social já incorporado ao patrimônio do particular. O fato de se tratar
de julgado de Juizado Especial não afasta a repercussão geral”.
Afirma que “a necessidade de intervenção do Supremo Tribunal Federal
está plenamente justificada, diante da ausência de efetividade da tutela
jurisdicional na proteção dos direitos fundamentais já incorporados ao [seu]
patrimônio particular”.
Requer o provimento do presente recurso.
É o relatório.
3
Supremo Tribunal Federal
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Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 715.601 RIO
GRANDE DO SUL
V O T O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA – (Relatora):
1. Razão jurídica não assiste à Agravante.
2. Como assentado na decisão agravada, a Agravante foi intimada do
acórdão recorrido em 10.12.2010, ou seja, quando já exigível a
demonstração formal da existência de repercussão geral da questão
constitucional suscitada no recurso extraordinário, nos termos do que
decidido pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal no Agravo de
Instrumento n. 664.567-QO, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence.
Todavia, nas razões do recurso extraordinário, a Agravante limitou-
se a alegar que “existe repercussão geral neste processo do ponto de vista
econômico e jurídico, pois se trata de pagamento de adicional de periculosidade
retroativo a existência de laudo de avaliação ambiental que atestou a existência de
periculosidade no [seu] ambiente de trabalho”.
3. O § 1º do art. 543-A do Código de Processo Civil dispõe que, “para
efeito da repercussão geral, será considerada a existência, ou não, de questões
relevantes do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico, que
ultrapassem os interesses subjetivos da causa”. Não basta, portanto, dizer que
o tema tem repercussão geral, sendo ônus exclusivo do recorrente
demonstrar, com argumentos substanciais, que há no caso relevância
econômica, política, social ou jurídica.
A insuficiência de argumentação expressa, formal e objetivamente
articulada pela Agravante para demonstrar, nas razões do recurso
extraordinário, a existência de repercussão geral da matéria
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13/11/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 715.601 RIO
GRANDE DO SUL
V O T O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA – (Relatora):
1. Razão jurídica não assiste à Agravante.
2. Como assentado na decisão agravada, a Agravante foi intimada do
acórdão recorrido em 10.12.2010, ou seja, quando já exigível a
demonstração formal da existência de repercussão geral da questão
constitucional suscitada no recurso extraordinário, nos termos do que
decidido pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal no Agravo de
Instrumento n. 664.567-QO, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence.
Todavia, nas razões do recurso extraordinário, a Agravante limitou-
se a alegar que “existe repercussão geral neste processo do ponto de vista
econômico e jurídico, pois se trata de pagamento de adicional de periculosidade
retroativo a existência de laudo de avaliação ambiental que atestou a existência de
periculosidade no [seu] ambiente de trabalho”.
3. O § 1º do art. 543-A do Código de Processo Civil dispõe que, “para
efeito da repercussão geral, será considerada a existência, ou não, de questões
relevantes do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico, que
ultrapassem os interesses subjetivos da causa”. Não basta, portanto, dizer que
o tema tem repercussão geral, sendo ônus exclusivo do recorrente
demonstrar, com argumentos substanciais, que há no caso relevância
econômica, política, social ou jurídica.
A insuficiência de argumentação expressa, formal e objetivamente
articulada pela Agravante para demonstrar, nas razões do recurso
extraordinário, a existência de repercussão geral da matéria
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 10
Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
ARE 715.601 AGR / RS
constitucionalmente arguida inviabiliza o exame do recurso. Nesse
sentido:
“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. CONVERSÃO EM
AGRAVO REGIMENTAL. INSUFICIÊNCIA DA PRELIMINAR
FORMAL DE REPERCUSSÃO GERAL: INVIABILIDADE DA
ANÁLISE DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. AGRAVO
REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (ARE
669.841-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe
17.4.2012).
“AGRAVO
REGIMENTAL.
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. DEFICIÊNCIA NA FUNDAMENTAÇÃO
RELATIVA À PRELIMINAR DE EXISTÊNCIA DE
REPERCUSSÃO GERAL DA MATÉRIA CONSTITUCIONAL
INVOCADA NO RECURSO. INTIMAÇÃO DO ACÓRDÃO
RECORRIDO POSTERIOR A 03.05.2007. (...). De acordo com a
orientação firmada neste Tribunal, é insuficiente a simples alegação de
que a matéria em debate no recurso extraordinário tem repercussão
geral. Cabe à parte recorrente demonstrar de forma expressa e clara as
circunstâncias que poderiam configurar a relevância – do ponto de
vista econômico, político, social ou jurídico – das questões
constitucionais invocadas no recurso extraordinário. (...) Agravo
regimental a que se nega provimento” (ARE 660.749-AgR, Rel. Min.
Joaquim Barbosa, Segunda Turma, DJe 24.2.2012 – grifos
nossos).
4. Na espécie, o Tribunal de origem decidiu:
“Trata-se de recurso interposto pela União visando à reforma do
julgado que, reconhecendo a periculosidade a que exposto servidor
público, condenou a parte ré ao pagamento de diferenças do
mencionado adicional, referente ao período compreendido entre
27/08/2004 e 02/07/2007.
2
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constitucionalmente arguida inviabiliza o exame do recurso. Nesse
sentido:
“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. CONVERSÃO EM
AGRAVO REGIMENTAL. INSUFICIÊNCIA DA PRELIMINAR
FORMAL DE REPERCUSSÃO GERAL: INVIABILIDADE DA
ANÁLISE DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. AGRAVO
REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (ARE
669.841-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe
17.4.2012).
“AGRAVO
REGIMENTAL.
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. DEFICIÊNCIA NA FUNDAMENTAÇÃO
RELATIVA À PRELIMINAR DE EXISTÊNCIA DE
REPERCUSSÃO GERAL DA MATÉRIA CONSTITUCIONAL
INVOCADA NO RECURSO. INTIMAÇÃO DO ACÓRDÃO
RECORRIDO POSTERIOR A 03.05.2007. (...). De acordo com a
orientação firmada neste Tribunal, é insuficiente a simples alegação de
que a matéria em debate no recurso extraordinário tem repercussão
geral. Cabe à parte recorrente demonstrar de forma expressa e clara as
circunstâncias que poderiam configurar a relevância – do ponto de
vista econômico, político, social ou jurídico – das questões
constitucionais invocadas no recurso extraordinário. (...) Agravo
regimental a que se nega provimento” (ARE 660.749-AgR, Rel. Min.
Joaquim Barbosa, Segunda Turma, DJe 24.2.2012 – grifos
nossos).
4. Na espécie, o Tribunal de origem decidiu:
“Trata-se de recurso interposto pela União visando à reforma do
julgado que, reconhecendo a periculosidade a que exposto servidor
público, condenou a parte ré ao pagamento de diferenças do
mencionado adicional, referente ao período compreendido entre
27/08/2004 e 02/07/2007.
2
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 10
Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
ARE 715.601 AGR / RS
(…)
Foi com base neste laudo, encomendado pelos servidores (consta
o nome da UNAFISCO no documento), que o Delegado da Receita
Federal do Brasil de Santa Maria, em Portaria de 11 de julho de 2007,
concedeu o adicional de periculosidade de 10% aos servidores que
trabalham no prédio, inclusive a si próprio (PROCADM 14 E 15,
EVENTO 1).
O direito dos servidores estatutários ao recebimento do adicional
de insalubridade foi estatuído pela Lei 8.112/90, nos seguintes termos:
(…)
Em relação aos graus de insalubridade e seus respectivos
percentuais, a Lei 8.270/91 regulamentou:
(…)
Ocorre que as regras válidas para os trabalhadores em geral no
que tange ao adicional de periculosidade não sustentam a pretensão do
recorrido de recebê-lo em atraso (questão trazida a Juízo), visto que
não se configura nos termos da legislação aplicável o direito ao
adicional.
Isto porque a NR 16, em que se baseia o laudo, dispõe de forma
diametralmente diversa da conclusão do aludido laudo técnico. Ali
consta que:
(…)
Ou seja, o adicional de periculosidade é devido a quem trabalha
diretamente com líquidos inflamáveis ou pelo menos no recinto em que
são armazenados.
E mais, o Tribunal Superior do Trabalho baixou súmula
(anterior à concessão do adicional aos servidores da DRF de Santa
Maria), que determina como condição à recepção do adicional de
periculosidade a exposição permanente às condições de risco. Ei-la:
(…)
De todo o exposto resulta que o adicional de periculosidade foi
indevidamente concedido, razão pela qual não tem o recorrido direito
ao pagamento de valores em atraso, ou seja, antes da data da concessão
administrativa”.
5. Além disso, como afirmado na decisão agravada, divergir das
3
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ARE 715.601 AGR / RS
(…)
Foi com base neste laudo, encomendado pelos servidores (consta
o nome da UNAFISCO no documento), que o Delegado da Receita
Federal do Brasil de Santa Maria, em Portaria de 11 de julho de 2007,
concedeu o adicional de periculosidade de 10% aos servidores que
trabalham no prédio, inclusive a si próprio (PROCADM 14 E 15,
EVENTO 1).
O direito dos servidores estatutários ao recebimento do adicional
de insalubridade foi estatuído pela Lei 8.112/90, nos seguintes termos:
(…)
Em relação aos graus de insalubridade e seus respectivos
percentuais, a Lei 8.270/91 regulamentou:
(…)
Ocorre que as regras válidas para os trabalhadores em geral no
que tange ao adicional de periculosidade não sustentam a pretensão do
recorrido de recebê-lo em atraso (questão trazida a Juízo), visto que
não se configura nos termos da legislação aplicável o direito ao
adicional.
Isto porque a NR 16, em que se baseia o laudo, dispõe de forma
diametralmente diversa da conclusão do aludido laudo técnico. Ali
consta que:
(…)
Ou seja, o adicional de periculosidade é devido a quem trabalha
diretamente com líquidos inflamáveis ou pelo menos no recinto em que
são armazenados.
E mais, o Tribunal Superior do Trabalho baixou súmula
(anterior à concessão do adicional aos servidores da DRF de Santa
Maria), que determina como condição à recepção do adicional de
periculosidade a exposição permanente às condições de risco. Ei-la:
(…)
De todo o exposto resulta que o adicional de periculosidade foi
indevidamente concedido, razão pela qual não tem o recorrido direito
ao pagamento de valores em atraso, ou seja, antes da data da concessão
administrativa”.
5. Além disso, como afirmado na decisão agravada, divergir das
3
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Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
ARE 715.601 AGR / RS
instâncias originárias demandaria a análise das normas
infraconstitucionais aplicadas à espécie (Lei n. 8.112/1990, 8.270/1991 e
NR 16) e o reexame de fatos e provas (laudo pericial). Incide na espécie a
Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal. Nesse sentido:
“Agravo regimental no recurso extraordinário. Servidor
estadual. Adicional de periculosidade. Extensão aos inativos.
Natureza jurídica. Impossibilidade. Precedentes. 1. O Tribunal de
origem decidiu que o adicional de periculosidade deveria ser estendido
aos inativos, por força do art. 40, § 8º, da Constituição Federal, haja
vista o seu caráter genérico. 2. Para chegar a entendimento diverso
sobre a natureza da vantagem, seria necessário interpretar a legislação
infraconstitucional pertinente e reexaminar o conjunto fático-
probatório, o que é inviável em recurso extraordinário. Incidência das
Súmulas nºs 280 e 279/STF. 3. Agravo regimental não provido” (RE
450.026-AgR, Rel. Min. Dias Toffoli, Primeira Turma, DJe
15.3.2012).
“AGRAVO
REGIMENTAL
EM
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. POLICIAL MILITAR DO ESTADO DE
SÃO PAULO. RECEBIMENTO DE ADICIONAL DE
PERICULOSIDADE. AUSÊNCIA DE PREVISÃO LEGAL.
IMPROCEDÊNCIA DA PRETENSÃO. 1. Nos termos da
jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, cabe à legislação
infraconstitucional - observadas as regras de competência de cada ente
federado - a disciplina da extensão dos direitos sociais contidos no art.
7º do Magno Texto a servidores públicos. 2. Agravo regimental a que
se nega provimento” (RE 599.166-AgR, Rel. Min. Ayres Britto,
Segunda Turma, DJe 23.9.2011).
6. Os argumentos da Agravante, insuficientes para modificar a
decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em
pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente
prestação jurisdicional.
4
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Supremo Tribunal Federal
ARE 715.601 AGR / RS
instâncias originárias demandaria a análise das normas
infraconstitucionais aplicadas à espécie (Lei n. 8.112/1990, 8.270/1991 e
NR 16) e o reexame de fatos e provas (laudo pericial). Incide na espécie a
Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal. Nesse sentido:
“Agravo regimental no recurso extraordinário. Servidor
estadual. Adicional de periculosidade. Extensão aos inativos.
Natureza jurídica. Impossibilidade. Precedentes. 1. O Tribunal de
origem decidiu que o adicional de periculosidade deveria ser estendido
aos inativos, por força do art. 40, § 8º, da Constituição Federal, haja
vista o seu caráter genérico. 2. Para chegar a entendimento diverso
sobre a natureza da vantagem, seria necessário interpretar a legislação
infraconstitucional pertinente e reexaminar o conjunto fático-
probatório, o que é inviável em recurso extraordinário. Incidência das
Súmulas nºs 280 e 279/STF. 3. Agravo regimental não provido” (RE
450.026-AgR, Rel. Min. Dias Toffoli, Primeira Turma, DJe
15.3.2012).
“AGRAVO
REGIMENTAL
EM
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. POLICIAL MILITAR DO ESTADO DE
SÃO PAULO. RECEBIMENTO DE ADICIONAL DE
PERICULOSIDADE. AUSÊNCIA DE PREVISÃO LEGAL.
IMPROCEDÊNCIA DA PRETENSÃO. 1. Nos termos da
jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, cabe à legislação
infraconstitucional - observadas as regras de competência de cada ente
federado - a disciplina da extensão dos direitos sociais contidos no art.
7º do Magno Texto a servidores públicos. 2. Agravo regimental a que
se nega provimento” (RE 599.166-AgR, Rel. Min. Ayres Britto,
Segunda Turma, DJe 23.9.2011).
6. Os argumentos da Agravante, insuficientes para modificar a
decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em
pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente
prestação jurisdicional.
4
Supremo Tribunal Federal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 10
Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
ARE 715.601 AGR / RS
7. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental.
5
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
ARE 715.601 AGR / RS
7. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental.
5
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Decisão de Julgamento
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 715.601
PROCED. : RIO GRANDE DO SUL
RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S) : ANA MARIA HALLAL DE OLIVEIRA
ADV.(A/S) : VANESSA ACHTSCHIN SOARES DA SILVA E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausentes,
justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim
Barbosa. 2ª Turma, 13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra
Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros
Celso de Mello e Joaquim Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
P/ Fabiane Duarte
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3150167
Supremo Tribunal Federal
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 715.601
PROCED. : RIO GRANDE DO SUL
RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S) : ANA MARIA HALLAL DE OLIVEIRA
ADV.(A/S) : VANESSA ACHTSCHIN SOARES DA SILVA E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausentes,
justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim
Barbosa. 2ª Turma, 13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra
Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros
Celso de Mello e Joaquim Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
P/ Fabiane Duarte
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3150167
Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 10
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3157549 | 2012-11-13T00:00:00 | 2012-12-04T00:00:00 | A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 13.11.2012. | AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO | EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO. ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. SERVIDOR PÚBLICO. PAGAMENTO DE VALORES EM ATRASO. 1. Insuficiência da preliminar formal de repercussão geral: inviabilidade da análise do recurso extraordinário. 2. Reexame de fatos e provas. Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal. 3. Análise de matéria infraconstitucional. Ofensa constitucional indireta. 4. Agravo regimental ao qual se nega provimento. | sjur220573 | - Acórdãos citados:
(REPERCUSSÃO GERAL, EXIGÊNCIA, REQUISITOS FORMAIS)
STF: AI 664567 QO (TP);
(REPERCUSSÃO GERAL, INSUFICIÊNCIA, REQUISITOS)
STF: ARE 669841 AgR (1ªT), ARE 660749 AgR (2ªT);
(SÚMULA 279)
STF: RE 450026 AgR (1ªT), RE 599166 AgR (2ªT).
Número de páginas: 10.
Análise: 18/12/2012, MAC. | CÁRMEN LÚCIA | Segunda Turma | 715601 | [
"LEG-FED LEI-005869 ANO-1973\r\n ART-0543A PAR-00001 \r\n CPC-1973 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL\r\n\r\n",
"LEG-FED LEI-008112 ANO-1990\r\n LEI ORDINÁRIA\r\n\r\n",
"LEG-FED LEI-008270 ANO-1991\r\n LEI ORDINÁRIA\r\n\r\n",
"LEG-FED PRT-003274 ANO-1978\r\n NORMA REGULAMENTADORA Nº 16\r\n PORTARIA DO MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO - MTE\r\n\r\n",
"LEG-FED SUMSTF-000279 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF"
] | ARE-AgR | acordaos | ARE 715601 AgR | [
""
] | AGDO.(A/S) : UNIÃO
AGTE.(S) : ANA MARIA HALLAL DE OLIVEIRA
PROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
ADV.(A/S) : VANESSA ACHTSCHIN SOARES DA SILVA E OUTRO(A/S) | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 715 . 601",
"Súmula n . 279 do Supremo Tribunal Federal",
"Agravo de Instrumento 664 . 567 - QO",
"Agravo de Instrumento 664 . 567 - QO",
"ARE 715 . 601 AGR / RS",
"Súmula n . 279 do Supremo Tribunal",
"Súmula n . 279 do Supremo Tribunal Federal",
"ARE 715 . 601 AGR / RS",
"Súmula n . 279 do Supremo Tribunal",
"Súmula n . 279 do Supremo Tribunal Federal",
"ARE 715 . 601 AGR / RS",
"ARE 715 . 601 AGR",
"AGRAVO 715 . 601",
"Agravo de Instrumento n . 664 . 567 - QO",
"Agravo de Instrumento n . 664 . 567 - QO",
"ARE 669 . 841 - AgR",
"ARE 660 . 749 - AgR",
"ARE 715 . 601 AGR / RS",
"ARE 669 . 841 - AgR",
"ARE 660 . 749 - AgR",
"ARE 715 . 601 AGR",
"ARE 715 . 601",
"Súmula n . 279 do Supremo Tribunal Federal",
"Súmulas [UNK] 280",
"RE 450 . 026 - AgR",
"RE 599 . 166 - AgR",
"ARE 715 . 601 AGR",
"Súmula n . 279 do Supremo Tribunal Federal",
"Súmulas [UNK] 280 e 279 / STF",
"RE 450 . 026 - AgR",
"RE 599 . 166 - AgR",
"ARE 715 . 601 AGR",
"ARE 715 . 601 AGR / RS"
],
"LEGISLACAO": [
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei n . 8 . 112 / 1990",
"8",
".",
"270",
"/",
"1991",
"NR",
"16",
"art . 544 , § [UNK] , inc . II , alínea a , do Código de Processo Civil",
"Lei n . 12 . 322 / 2010",
"art . 21 , § [UNK] , do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal",
"MP n° 2 . 200",
"Lei n . 8 . 112 / 1990",
"8",
".",
"270",
"/",
"1991",
"art . 544 , § [UNK] , inc . II , alínea a , do Código de Processo Civil",
"Lei n . 12 . 322 / 2010",
"art . 21 , § [UNK] , do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"§ [UNK] do art . 543 - A do Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"§ [UNK] do art . 543 - A do Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
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"Lei 8 . 112 / 90",
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"Lei 8 . 112 / 90",
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"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei n . 8 . 112 / 1990",
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"270",
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"16",
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"270",
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"NR",
"art . 40 , § [UNK] , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"RIO GRANDE DO SUL",
"Brasília",
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"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"Santa Maria",
"Santa",
"Santa Maria",
"Santa Maria",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"RIO GRANDE DO SUL",
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"ORGANIZACAO": [
"SEGUNDA TURMA",
"UNIÃO",
"UNIÃO",
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"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
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"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
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"UNIÃO",
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"Supremo Tribunal Federal",
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"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
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"UNIÃO",
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"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
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"/",
"RS",
"Supremo Tribunal Federal",
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"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
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"Brasil",
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"Brasil",
"/",
"RS",
"Primeira Turma",
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"União",
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"Infraestrutura",
"de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
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"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
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"AGR",
"/",
"RS",
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"Receita Federal do Brasil",
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"UNAFISCO",
"Receita Federal do Brasil",
"Tribunal Superior do Trabalho",
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"Primeira Turma",
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"-",
"Brasil",
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"/",
"Primeira Turma",
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"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"UNIÃO",
"UNIÃO",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"UNIÃO",
"UNIÃO",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"ANA MARIA HALLAL DE OLIVEIRA",
"VANESSA ACHTSCHIN SOARES DA SILVA",
"Ricardo Lewandowski",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"ANA MARIA HALLAL DE OLIVEIRA",
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"Ana Maria Hallar de Oliveira",
"Sepúlveda Pertence",
"CÁRMEN LÚCIA",
"ANA MARIA HALLAL DE OLIVEIRA",
"VANESSA ACHTSCHIN SOARES DA SILVA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"Ana Maria Hallar de Oliveira",
"Sepúlveda Pertence",
"Ana Maria Hallal de Oliveira",
"Ana Maria Hallal de Oliveira",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"Sepúlveda Pertence",
"CÁRMEN LÚCIA",
"Sepúlveda Pertence",
"CÁRMEN LÚCIA",
"Joaquim Barbosa",
"Joaquim Barbosa",
"CÁRMEN LÚCIA ARE",
"CÁRMEN LÚCIA",
"Dias Toffoli",
"Ayres Britto",
"Dias Toffoli",
"Ayres Britto",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"ANA MARIA HALLAL DE OLIVEIRA",
"VANESSA ACHTSCHIN SOARES DA SILVA",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos",
"Fabiane Duarte",
"CÁRMEN LÚCIA",
"ANA MARIA HALLAL DE OLIVEIRA",
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"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos"
],
"TEMPO": [
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"13 de novembro de 2012",
"24",
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"08",
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"2001",
"04",
"/",
"12",
"/",
"2012",
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"/",
"11",
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"2012",
"18 de outubro de 2012",
"10",
".",
"12",
".",
"2010",
"03 de maio de 2007",
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"/",
"2012",
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"10",
".",
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".",
"2010",
"03 de maio de 2007",
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"2012",
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"/",
"2001",
"26",
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".",
"2012",
"26",
".",
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".",
"2012",
"24",
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"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
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"2012",
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".",
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"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
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"/",
"2012",
"10",
".",
"12",
".",
"2010",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"17",
".",
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".",
"2012",
"03",
".",
"05",
".",
"2007",
"24",
".",
"2",
".",
"2012",
"27",
"/",
"08",
"/",
"2004",
"02",
"/",
"07",
"/",
"2007",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"17",
".",
"4",
".",
"2012",
"03",
".",
"05",
".",
"2007",
"24",
".",
"2",
".",
"2012",
"27",
"/",
"08",
"/",
"2004",
"02",
"/",
"07",
"/",
"2007",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11 de julho de 2007",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11 de julho de 2007",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"15",
".",
"3",
".",
"2012",
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".",
"9",
".",
"2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"15",
".",
"3",
".",
"2012",
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".",
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".",
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"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
HABEAS CORPUS 111.762 RONDÔNIA
RELATORA
: MIN. CÁRMEN LÚCIA
PACTE.(S)
:RUFINO NELSON SA DAS NEVES
PACTE.(S)
:ROBERTO NOGUEIRA DA SILVA
IMPTE.(S)
:DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
COATOR(A/S)(ES)
:SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
EMENTA: HABEAS CORPUS. PENAL. PROCESSUAL PENAL.
EXTRAÇÃO DE OURO. INTERESSE PATRIMONIAL DA UNIÃO. ART.
2º DA LEI N. 8.176/1991. CRIME CONTRA O MEIO AMBIENTE. ART. 55
DA LEI N. 9.605/1998. BENS JURÍDICOS DISTINTOS. CONCURSO
FORMAL. INEXISTÊNCIA DE CONFLITO APARENTE DE NORMAS.
AFASTAMENTO
DO
PRINCÍPIO
DA
ESPECIALIDADE.
INCOMPETÊNCIA DO JUIZADO ESPECIAL FEDERAL.
1. Como se trata, na espécie vertente, de concurso formal entre os
delitos do art. 2º da Lei n. 8.176/1991 e do art. 55 da Lei n. 9.605/1998, que
dispõem sobre bens jurídicos distintos (patrimônio da União e meio
ambiente, respectivamente), não há falar em aplicação do princípio da
especialidade para fixar a competência do Juizado Especial Federal.
2. Ordem denegada.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do
Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a Presidência do
Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamento e
das notas taquigráficas, por unanimidade, em denegar a ordem, nos
termos do voto da Relatora. Ausentes, justificadamente, os Ministros
Celso de Mello e Joaquim Barbosa.
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
DJe 04/12/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 11
Ementa e Acórdão
HC 111.762 / RO
Brasília, 13 de novembro de 2012.
Ministra CÁRMEN LÚCIA - Relatora
2
Supremo Tribunal Federal
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HC 111.762 / RO
Brasília, 13 de novembro de 2012.
Ministra CÁRMEN LÚCIA - Relatora
2
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 11
Relatório
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
HABEAS CORPUS 111.762 RONDÔNIA
RELATORA
: MIN. CÁRMEN LÚCIA
PACTE.(S)
:RUFINO NELSON SA DAS NEVES
PACTE.(S)
:ROBERTO NOGUEIRA DA SILVA
IMPTE.(S)
:DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
COATOR(A/S)(ES)
:SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
R E L A T Ó R I O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA (RELATORA):
1. Habeas corpus, com pedido de medida liminar, impetrado pela
DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO, em favor de RUFINO NELSON SA
DAS NEVES e ROBERTO NOGUEIRA DA SILVA, contra julgado da
Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça, que, em 22.11.2011, negou
provimento ao Agravo Regimental no Agravo de Instrumento n.
1.409.550, Relatora a Ministra Laurita Vaz.
O caso
2. Tem-se nos autos que os Pacientes foram denunciados pela
suposta prática do delito previsto no art. 55, caput, da Lei n. 9.605/1998,
em concurso formal com aquele tipificado no art. 2º, caput, da Lei n.
8.176/1991. Expõe a denúncia:
“Consta dos inclusos de inquérito policial que os denunciados
Rufino Nelson Sá das Neves e Roberto Nogueira da Silva, em
concurso de pessoas, executaram extração de recursos minerais (ouro)
sem a competente autorização, permissão ou licença, atentando, assim,
contra o meio ambiente, e, em concurso formal, praticaram crime
contra o patrimônio, na modalidade de usurpação, ao explorarem
matéria-prima (ouro) pertencente à União, sem autorização legal.
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13/11/2012
SEGUNDA TURMA
HABEAS CORPUS 111.762 RONDÔNIA
RELATORA
: MIN. CÁRMEN LÚCIA
PACTE.(S)
:RUFINO NELSON SA DAS NEVES
PACTE.(S)
:ROBERTO NOGUEIRA DA SILVA
IMPTE.(S)
:DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
COATOR(A/S)(ES)
:SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
R E L A T Ó R I O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA (RELATORA):
1. Habeas corpus, com pedido de medida liminar, impetrado pela
DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO, em favor de RUFINO NELSON SA
DAS NEVES e ROBERTO NOGUEIRA DA SILVA, contra julgado da
Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça, que, em 22.11.2011, negou
provimento ao Agravo Regimental no Agravo de Instrumento n.
1.409.550, Relatora a Ministra Laurita Vaz.
O caso
2. Tem-se nos autos que os Pacientes foram denunciados pela
suposta prática do delito previsto no art. 55, caput, da Lei n. 9.605/1998,
em concurso formal com aquele tipificado no art. 2º, caput, da Lei n.
8.176/1991. Expõe a denúncia:
“Consta dos inclusos de inquérito policial que os denunciados
Rufino Nelson Sá das Neves e Roberto Nogueira da Silva, em
concurso de pessoas, executaram extração de recursos minerais (ouro)
sem a competente autorização, permissão ou licença, atentando, assim,
contra o meio ambiente, e, em concurso formal, praticaram crime
contra o patrimônio, na modalidade de usurpação, ao explorarem
matéria-prima (ouro) pertencente à União, sem autorização legal.
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 11
Relatório
HC 111.762 / RO
Segundo logrou-se apurar, no dia 01 de abril de 2007, os
denunciados foram abordados por uma equipe de policiais militares no
momento em que estavam operando uma draga no leito Rio Madeira,
numa área conhecida como Garimpo da Praia do Avião, sem que
tivessem as respectivas licenças dos órgãos competentes.
O denunciado RUFINO NELSON SÁ DAS NEVES, ouvido às
fls. 15/16, confirmou que trabalha na draga extraindo ouro do leito do
Rio Madeira; que, em sua companhia, quando da falsificação da
Polícia Ambiental, encontrava-se ROBERTO NOGUEIRA DA
SILVA, que também é garimpeiro; que a draga pertencia a SENA, o
qual a vendera, residindo atualmente em Guiana, onde trabalha com
garimpo; que não possuía licença para a atividade garimpeira; e que
utiliza mercúrio para fazer a junção do ouro.
O denunciado ROBERTO NOGUEIRA DA SILVA, em termo
de declarações de fls. 25/26, disse que se encontrava na draga no dia
dos fatos; que RUFINO NELSON SÁ DAS NEVES também estava
trabalhando; que a draga pertencia a SENA, não sabendo seu nome;
no dia dos fatos estava extraindo minérios na Praia do Avião; e que
não possuía licença para executar tal atividade.
Às fls. 28 e ss foram acostados laudos periciais os quais atestam
que a draga Vitória apresenta equipamentos necessários para a
extração mineral do ouro por dragagem de sedimentos do tipo
escariante e processamento posterior, e que o funcionamento da draga
ocasiona diversos danos ambientais”.
3. Em 26.2.2009, o Juízo Federal da 3ª Vara de Porto Velho/RO
declinou da competência para o Juizado Federal Especial local, “sob o
fundamento de que, aplicando-se o princípio da especialidade, incide na espécie
apenas o art. 55, caput, da Lei n. 9.605/98”.
4. O Ministério Público Federal interpôs o Recurso em Sentido
Estrito n. 2009.41.00.001596-5, ao qual a Quarta Turma do Tribunal
Regional Federal da 1ª Região, em 9.2.2010, deu provimento para fixar a
competência da Justiça Federal Comum:
2
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HC 111.762 / RO
Segundo logrou-se apurar, no dia 01 de abril de 2007, os
denunciados foram abordados por uma equipe de policiais militares no
momento em que estavam operando uma draga no leito Rio Madeira,
numa área conhecida como Garimpo da Praia do Avião, sem que
tivessem as respectivas licenças dos órgãos competentes.
O denunciado RUFINO NELSON SÁ DAS NEVES, ouvido às
fls. 15/16, confirmou que trabalha na draga extraindo ouro do leito do
Rio Madeira; que, em sua companhia, quando da falsificação da
Polícia Ambiental, encontrava-se ROBERTO NOGUEIRA DA
SILVA, que também é garimpeiro; que a draga pertencia a SENA, o
qual a vendera, residindo atualmente em Guiana, onde trabalha com
garimpo; que não possuía licença para a atividade garimpeira; e que
utiliza mercúrio para fazer a junção do ouro.
O denunciado ROBERTO NOGUEIRA DA SILVA, em termo
de declarações de fls. 25/26, disse que se encontrava na draga no dia
dos fatos; que RUFINO NELSON SÁ DAS NEVES também estava
trabalhando; que a draga pertencia a SENA, não sabendo seu nome;
no dia dos fatos estava extraindo minérios na Praia do Avião; e que
não possuía licença para executar tal atividade.
Às fls. 28 e ss foram acostados laudos periciais os quais atestam
que a draga Vitória apresenta equipamentos necessários para a
extração mineral do ouro por dragagem de sedimentos do tipo
escariante e processamento posterior, e que o funcionamento da draga
ocasiona diversos danos ambientais”.
3. Em 26.2.2009, o Juízo Federal da 3ª Vara de Porto Velho/RO
declinou da competência para o Juizado Federal Especial local, “sob o
fundamento de que, aplicando-se o princípio da especialidade, incide na espécie
apenas o art. 55, caput, da Lei n. 9.605/98”.
4. O Ministério Público Federal interpôs o Recurso em Sentido
Estrito n. 2009.41.00.001596-5, ao qual a Quarta Turma do Tribunal
Regional Federal da 1ª Região, em 9.2.2010, deu provimento para fixar a
competência da Justiça Federal Comum:
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 11
Relatório
HC 111.762 / RO
“PENAL. PROCESSUAL PENAL. RECURSO EM
SENTIDO ESTRITO. EXTRAÇÃO DE OURO. INTERESSE
PATRIMONIAL DA UNIÃO. ART. 2º DA LEI N. 8.176/1991.
MEIO AMBIENTE. ART. 55 DA LEI N. 9.605/1998. BENS
JURÍDICOS DISTINTOS. CONCURSO FORMAL. ART. 70 DO
CP. CARACTERIZAÇÃO. CONFLITO APARENTE DE
NORMAS. INEXISTÊNCIA. PRINCÍPIO DA ESPECIALIDADE.
NÃO APLICAÇÃO. JUIZADO ESPECIAL FEDERAL.
COMPETÊNCIA. NÃO CONFIGURAÇÃO. RECURSO
MINISTERIAL PROVIDO.
1. Os bens jurídicos tutelados pelo art. 2º da Lei n. 8.176/1991 e
pelo art. 55 da Lei n. 9.605/1998 são distintos, quais sejam,
patrimônio pertencente à União e o meio ambiente, respectivamente.
2. Havendo, em tese, violação não só ao art. 55 da Lei n.
9.605/1998, mas também ao art. 2º, caput, da Lei n. 8.176/1991, resta
caracterizado o concurso formal de crimes, não se aplicando, ao caso, o
conflito aparente de normas, tampouco o princípio da especialidade.
3. Outrossim, não há que se falar em infração de menor
potencial ofensivo, afastando-se a competência do Juizado Especial
Federal. A competência para processar e julgar o feito é da Justiça
Federal Comum.
4. Recurso provido”.
5. A defesa dos Pacientes interpôs recurso especial, inadmitido, o que
deu ensejo ao Agravo de Instrumento n. 1.409.550. Em 26.9.2011, a
Relatora desse agravo, Ministra Laurita Vaz, negou-lhe provimento:
“O artigo 55 da Lei dos Crimes Ambientais tipifica a execução
de pesquisa, lavra ou extração de recursos minerais sem a competente
autorização, permissão, concessão ou licença, ou em desacordo com a
obtida. Eis o inteiro teor do artigo:
‘Art. 55. Executar pesquisa, lavra ou extração de recursos
minerais sem a competente autorização, permissão, concessão ou
licença, ou em desacordo com a obtida:
Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa.
Parágrafo único. Nas mesmas penas incorre quem deixa de
3
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HC 111.762 / RO
“PENAL. PROCESSUAL PENAL. RECURSO EM
SENTIDO ESTRITO. EXTRAÇÃO DE OURO. INTERESSE
PATRIMONIAL DA UNIÃO. ART. 2º DA LEI N. 8.176/1991.
MEIO AMBIENTE. ART. 55 DA LEI N. 9.605/1998. BENS
JURÍDICOS DISTINTOS. CONCURSO FORMAL. ART. 70 DO
CP. CARACTERIZAÇÃO. CONFLITO APARENTE DE
NORMAS. INEXISTÊNCIA. PRINCÍPIO DA ESPECIALIDADE.
NÃO APLICAÇÃO. JUIZADO ESPECIAL FEDERAL.
COMPETÊNCIA. NÃO CONFIGURAÇÃO. RECURSO
MINISTERIAL PROVIDO.
1. Os bens jurídicos tutelados pelo art. 2º da Lei n. 8.176/1991 e
pelo art. 55 da Lei n. 9.605/1998 são distintos, quais sejam,
patrimônio pertencente à União e o meio ambiente, respectivamente.
2. Havendo, em tese, violação não só ao art. 55 da Lei n.
9.605/1998, mas também ao art. 2º, caput, da Lei n. 8.176/1991, resta
caracterizado o concurso formal de crimes, não se aplicando, ao caso, o
conflito aparente de normas, tampouco o princípio da especialidade.
3. Outrossim, não há que se falar em infração de menor
potencial ofensivo, afastando-se a competência do Juizado Especial
Federal. A competência para processar e julgar o feito é da Justiça
Federal Comum.
4. Recurso provido”.
5. A defesa dos Pacientes interpôs recurso especial, inadmitido, o que
deu ensejo ao Agravo de Instrumento n. 1.409.550. Em 26.9.2011, a
Relatora desse agravo, Ministra Laurita Vaz, negou-lhe provimento:
“O artigo 55 da Lei dos Crimes Ambientais tipifica a execução
de pesquisa, lavra ou extração de recursos minerais sem a competente
autorização, permissão, concessão ou licença, ou em desacordo com a
obtida. Eis o inteiro teor do artigo:
‘Art. 55. Executar pesquisa, lavra ou extração de recursos
minerais sem a competente autorização, permissão, concessão ou
licença, ou em desacordo com a obtida:
Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa.
Parágrafo único. Nas mesmas penas incorre quem deixa de
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 11
Relatório
HC 111.762 / RO
recuperar a área pesquisada ou explorada, nos termos da
autorização, permissão, licença, concessão ou determinação do
órgão competente’.
Já o art. 2º, caput, da Lei n. 8.176/1991 diz que ‘[c]onstitui
crime contra o patrimônio, na modalidade de usurpação, produzir
bens ou explorar matéria-prima pertencentes à União, sem
autorização legal ou em desacordo com as obrigações impostas pelo
título autorizativo’.
Observa-se, portanto, que o delito previsto no art. 55 da Lei n.
9.605/1998 objetiva proteger o meio ambiente, e o crime do art. 2º,
caput, da Lei n. 8.176/91, tutela bem jurídico distinto, isto é, a ordem
econômica.
(…)
Ante o exposto, NEGO PROVIMENTO ao agravo de
instrumento”.
6. Essa decisão foi objeto de agravo regimental, ao qual a Quinta
Turma negou provimento em 22.11.2011:
“AGRAVO
REGIMENTAL
NO
AGRAVO
DE
INSTRUMENTO. PENAL. CRIME CONTRA O MEIO
AMBIENTE E DELITO CONTRA A ORDEM ECONÔMICA.
ART. 55 DA LEI N. 9.605/1998 E ART. 2º, CAPUT, DA LEI N.
8.176/1991. CONFLITO DE NORMAS. PROTEÇÃO A BENS
JURÍDICOS DISTINTOS. AGRAVO DESPROVIDO.
1. Não existe conflito aparente de normas entre o delito previsto
no art. 55 da Lei n. 9.605/1998, que objetiva proteger o meio
ambiente, e o crime do art. 2º, caput, da Lei n. 8.176/1991, que
defende a ordem econômica, pois tutelam bens jurídicos distintos,
existindo, na verdade, concurso formal. Precedentes.
2. Agravo regimental desprovido”.
7. Esse julgado é o objeto do presente habeas corpus, no qual a
Impetrante alega que teria ocorrido constrangimento ilegal por se
imputar aos Pacientes o “concurso formal pela prática das condutas tipificadas
no art. 55 da Lei 9.605/1998 e no art. 2º da Lei 8.176/1991”. Ressalta que esses
4
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HC 111.762 / RO
recuperar a área pesquisada ou explorada, nos termos da
autorização, permissão, licença, concessão ou determinação do
órgão competente’.
Já o art. 2º, caput, da Lei n. 8.176/1991 diz que ‘[c]onstitui
crime contra o patrimônio, na modalidade de usurpação, produzir
bens ou explorar matéria-prima pertencentes à União, sem
autorização legal ou em desacordo com as obrigações impostas pelo
título autorizativo’.
Observa-se, portanto, que o delito previsto no art. 55 da Lei n.
9.605/1998 objetiva proteger o meio ambiente, e o crime do art. 2º,
caput, da Lei n. 8.176/91, tutela bem jurídico distinto, isto é, a ordem
econômica.
(…)
Ante o exposto, NEGO PROVIMENTO ao agravo de
instrumento”.
6. Essa decisão foi objeto de agravo regimental, ao qual a Quinta
Turma negou provimento em 22.11.2011:
“AGRAVO
REGIMENTAL
NO
AGRAVO
DE
INSTRUMENTO. PENAL. CRIME CONTRA O MEIO
AMBIENTE E DELITO CONTRA A ORDEM ECONÔMICA.
ART. 55 DA LEI N. 9.605/1998 E ART. 2º, CAPUT, DA LEI N.
8.176/1991. CONFLITO DE NORMAS. PROTEÇÃO A BENS
JURÍDICOS DISTINTOS. AGRAVO DESPROVIDO.
1. Não existe conflito aparente de normas entre o delito previsto
no art. 55 da Lei n. 9.605/1998, que objetiva proteger o meio
ambiente, e o crime do art. 2º, caput, da Lei n. 8.176/1991, que
defende a ordem econômica, pois tutelam bens jurídicos distintos,
existindo, na verdade, concurso formal. Precedentes.
2. Agravo regimental desprovido”.
7. Esse julgado é o objeto do presente habeas corpus, no qual a
Impetrante alega que teria ocorrido constrangimento ilegal por se
imputar aos Pacientes o “concurso formal pela prática das condutas tipificadas
no art. 55 da Lei 9.605/1998 e no art. 2º da Lei 8.176/1991”. Ressalta que esses
4
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 11
Relatório
HC 111.762 / RO
dispositivos estariam “intimamente ligados e quando aplicados ao presente
caso possuem o mesmo significado, descrevendo a conduta praticada pelos
Pacientes, qual seja, extração ilegal dos minérios da área pertencente à União”.
Afirma que, dessa forma, haveria a “existência de um conflito aparente
de normas, devendo-se, portanto, aplicar-se o princípio da especialidade, vez que
a lex specialis derrogat generali, pois a norma especial possui todos os
elementos em geral”.
Este o teor dos pedidos:
“- a concessão da liminar, nos termos constantes deste writ;
- e, no mérito, que seja cassado o v. acórdão da e. Quinta Turma
do Colendo Superior Tribunal de Justiça para que seja aplicado o
princípio da especialidade, incidindo-se na espécie apenas o art. 55 da
Lei n. 9.605/1998”.
8. Em 24.12.2011, o Ministro Cezar Peluso, então Presidente do
Supremo Tribunal Federal, indeferiu a medida liminar requerida e,
suficiente a instrução, determinou vista ao Procurador-Geral da
República, que opinou pela denegação da ordem.
É o relatório.
5
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HC 111.762 / RO
dispositivos estariam “intimamente ligados e quando aplicados ao presente
caso possuem o mesmo significado, descrevendo a conduta praticada pelos
Pacientes, qual seja, extração ilegal dos minérios da área pertencente à União”.
Afirma que, dessa forma, haveria a “existência de um conflito aparente
de normas, devendo-se, portanto, aplicar-se o princípio da especialidade, vez que
a lex specialis derrogat generali, pois a norma especial possui todos os
elementos em geral”.
Este o teor dos pedidos:
“- a concessão da liminar, nos termos constantes deste writ;
- e, no mérito, que seja cassado o v. acórdão da e. Quinta Turma
do Colendo Superior Tribunal de Justiça para que seja aplicado o
princípio da especialidade, incidindo-se na espécie apenas o art. 55 da
Lei n. 9.605/1998”.
8. Em 24.12.2011, o Ministro Cezar Peluso, então Presidente do
Supremo Tribunal Federal, indeferiu a medida liminar requerida e,
suficiente a instrução, determinou vista ao Procurador-Geral da
República, que opinou pela denegação da ordem.
É o relatório.
5
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 11
Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
HABEAS CORPUS 111.762 RONDÔNIA
V O T O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora):
1. Razão jurídica não assiste à Impetrante.
2. Ao declinar da competência para o Juizado Federal Especial local,
o Juízo Federal da 3ª Vara de Porto Velho/RO afirmou:
“A conduta censurada, bem se vê, consistiu na extração ilegal de
minérios (ouro) de área pertencente à União: leito do Rio Madeira, em
Porto Velho/RO. O bem ou objeto jurídico tutelado é o meio ambiente,
induvidosamente. A partir dele, eixo central da dogmática penal
moderna, define-se a lei penal passível de incidência: 9.605/1996 (lei
dos crimes ambientais). Somente a eventual não configuração das
elementares de suas fórmulas incriminadoras legitimaria, em tese, a
evocação de crime contra o patrimônio da União (Lei 8.176/1991), de
caráter subsidiário, máxime à ausência de transporte. O conflito
aparente de normas é solvido com a aplicação do princípio da
especialidade: lex specialis derogat legi generali. Situação análoga
se verifica na hipótese de flagrância quanto à introdução irregular de
cloreto de etila estrangeiro em território nacional: tem-se ‘concurso’
entre os tipos do artigo 334 do Código Penal e do artigo 33 da Lei
11.343/2006, resolvido pela incidência do derradeiro, à conta de seu
elemento ‘especializante’.
Nesta linha, configurado o crime tipificado na Lei 9.605/98,
artigo 55, tem-se, em tese, infração penal de menor potencial ofensivo,
nos termos da Lei 10.159/2001, artigo 2º, em liame com a Lei
9.099/95, artigo 61, com a nova redação dada pela Lei 11.313, de 28 de
junho de 2006.
A competência, para processar a espécie, portanto, incumbe ao
Juizado Federal Especial local.
Remetam-se-lhe os autos, pois, com as nossas homenagens”.
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
HABEAS CORPUS 111.762 RONDÔNIA
V O T O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora):
1. Razão jurídica não assiste à Impetrante.
2. Ao declinar da competência para o Juizado Federal Especial local,
o Juízo Federal da 3ª Vara de Porto Velho/RO afirmou:
“A conduta censurada, bem se vê, consistiu na extração ilegal de
minérios (ouro) de área pertencente à União: leito do Rio Madeira, em
Porto Velho/RO. O bem ou objeto jurídico tutelado é o meio ambiente,
induvidosamente. A partir dele, eixo central da dogmática penal
moderna, define-se a lei penal passível de incidência: 9.605/1996 (lei
dos crimes ambientais). Somente a eventual não configuração das
elementares de suas fórmulas incriminadoras legitimaria, em tese, a
evocação de crime contra o patrimônio da União (Lei 8.176/1991), de
caráter subsidiário, máxime à ausência de transporte. O conflito
aparente de normas é solvido com a aplicação do princípio da
especialidade: lex specialis derogat legi generali. Situação análoga
se verifica na hipótese de flagrância quanto à introdução irregular de
cloreto de etila estrangeiro em território nacional: tem-se ‘concurso’
entre os tipos do artigo 334 do Código Penal e do artigo 33 da Lei
11.343/2006, resolvido pela incidência do derradeiro, à conta de seu
elemento ‘especializante’.
Nesta linha, configurado o crime tipificado na Lei 9.605/98,
artigo 55, tem-se, em tese, infração penal de menor potencial ofensivo,
nos termos da Lei 10.159/2001, artigo 2º, em liame com a Lei
9.099/95, artigo 61, com a nova redação dada pela Lei 11.313, de 28 de
junho de 2006.
A competência, para processar a espécie, portanto, incumbe ao
Juizado Federal Especial local.
Remetam-se-lhe os autos, pois, com as nossas homenagens”.
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 11
Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
HC 111.762 / RO
3. Ao prover o Recurso em Sentido Estrito n. 2009.41.00.001596-5 do
Ministério Público Federal, a Quarta Turma do Tribunal Regional Federal
da 1ª Região assentou:
“Com efeito, verifico que, no presente caso, não se aplica o
princípio da especialidade.
Ocorre que os fatos apurados nos autos subsumem-se, em tese,
aos tipos delitivos do art. 2º, caput, da Lei n. 8.176/1991 e do art. 55
da Lei n. 9.605/1998, que tutelam diferentes bens jurídicos: o primeiro
protege interesse patrimonial da União, enquanto o segundo define
crime ambiental. Diferentes, portanto, os objetos dos preceitos
incriminatórios, não havendo que se falar em conflito aparente de
normas.
(…)
A Lei n. 8.176/1991 ‘define crimes contra a ordem econômica e
cria o sistema de estoque de combustíveis’, enquanto que a Lei n.
9.605/1998 ‘dispõe sobre as sanções penais e administrativas
derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente’.
Distintos, portanto, os objetos dos preceitos incriminatórios, não
ficam submetidos às regras da sucessão temporal das leis, para fim de
revogação.
(…)
Dessarte, havendo, em tese, violação não só ao art. 55 da Lei n.
9.605/1998, mas também ao art. 2º,
caput
, da Lei n. 8.176/1991, em
concurso formal, não se caracteriza, no caso, infração de menor
potencial ofensivo, afastando-se a competência do Juizado Especial
Federal. A competência para processar e julgar o feito é da Justiça
Federal Comum.
Isto posto, dou provimento ao recurso, para declarar a
competência do juízo federal da 3ª Vara da Seção Judiciária de
Rondônia, determinando o retorno dos autos à Vara de origem para os
atos subsequentes” (grifos nossos).
4. Esse julgado foi mantido pela Quinta Turma do Superior Tribunal
de Justiça, que assentou não existir “conflito aparente de normas entre o
2
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HC 111.762 / RO
3. Ao prover o Recurso em Sentido Estrito n. 2009.41.00.001596-5 do
Ministério Público Federal, a Quarta Turma do Tribunal Regional Federal
da 1ª Região assentou:
“Com efeito, verifico que, no presente caso, não se aplica o
princípio da especialidade.
Ocorre que os fatos apurados nos autos subsumem-se, em tese,
aos tipos delitivos do art. 2º, caput, da Lei n. 8.176/1991 e do art. 55
da Lei n. 9.605/1998, que tutelam diferentes bens jurídicos: o primeiro
protege interesse patrimonial da União, enquanto o segundo define
crime ambiental. Diferentes, portanto, os objetos dos preceitos
incriminatórios, não havendo que se falar em conflito aparente de
normas.
(…)
A Lei n. 8.176/1991 ‘define crimes contra a ordem econômica e
cria o sistema de estoque de combustíveis’, enquanto que a Lei n.
9.605/1998 ‘dispõe sobre as sanções penais e administrativas
derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente’.
Distintos, portanto, os objetos dos preceitos incriminatórios, não
ficam submetidos às regras da sucessão temporal das leis, para fim de
revogação.
(…)
Dessarte, havendo, em tese, violação não só ao art. 55 da Lei n.
9.605/1998, mas também ao art. 2º,
caput
, da Lei n. 8.176/1991, em
concurso formal, não se caracteriza, no caso, infração de menor
potencial ofensivo, afastando-se a competência do Juizado Especial
Federal. A competência para processar e julgar o feito é da Justiça
Federal Comum.
Isto posto, dou provimento ao recurso, para declarar a
competência do juízo federal da 3ª Vara da Seção Judiciária de
Rondônia, determinando o retorno dos autos à Vara de origem para os
atos subsequentes” (grifos nossos).
4. Esse julgado foi mantido pela Quinta Turma do Superior Tribunal
de Justiça, que assentou não existir “conflito aparente de normas entre o
2
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 11
Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
HC 111.762 / RO
delito previsto no art. 55 da Lei n. 9.605/98, que objetiva proteger o meio
ambiente, e o crime do art. 2º, caput, da Lei n. 8.176/91, que defende a ordem
econômica, pois tutelam bens jurídicos distintos, existindo, na verdade, concurso
formal”.
5. Esse acórdão está em harmonia com a jurisprudência deste
Supremo Tribunal:
“HABEAS CORPUS. PENAL E PROCESSUAL PENAL.
ARTS. 2º DA LEI N. 8.176/91 E 55 DA LEI N. 9.605/98. TUTELA
DE BENS JURÍDICOS DISTINTOS. REVOGAÇÃO. NÃO
OCORRÊNCIA. 1. Os artigos 2º da Lei n. 8.176/91 e 55 da Lei n.
9.605/98 tutelam bens jurídicos distintos: o primeiro visa a
resguardar o patrimônio da União; o segundo protege o meio
ambiente. 2. Daí a improcedência da alegação de que o artigo 55 da Lei
n. 9.605/98 revogou o artigo 2º da Lei n. 8.176/91. Ordem indeferida”
(HC 89.878, Rel. Min. Eros Grau, DJe 14.5.2010, grifos nossos).
6. Dessa forma, como se trata, na espécie vertente, de concurso
formal entre os delitos do art. 55 da Lei n. 9.605/1998 e do art. 2º, caput, da
Lei n. 8.176/1991, que dispõem sobre bens jurídicos distintos, não há falar
em aplicação do princípio da especialidade para fixar a competência do
Juizado Especial Federal.
7. Pelo exposto, encaminho a votação no sentido de denegar a
ordem.
3
Supremo Tribunal Federal
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HC 111.762 / RO
delito previsto no art. 55 da Lei n. 9.605/98, que objetiva proteger o meio
ambiente, e o crime do art. 2º, caput, da Lei n. 8.176/91, que defende a ordem
econômica, pois tutelam bens jurídicos distintos, existindo, na verdade, concurso
formal”.
5. Esse acórdão está em harmonia com a jurisprudência deste
Supremo Tribunal:
“HABEAS CORPUS. PENAL E PROCESSUAL PENAL.
ARTS. 2º DA LEI N. 8.176/91 E 55 DA LEI N. 9.605/98. TUTELA
DE BENS JURÍDICOS DISTINTOS. REVOGAÇÃO. NÃO
OCORRÊNCIA. 1. Os artigos 2º da Lei n. 8.176/91 e 55 da Lei n.
9.605/98 tutelam bens jurídicos distintos: o primeiro visa a
resguardar o patrimônio da União; o segundo protege o meio
ambiente. 2. Daí a improcedência da alegação de que o artigo 55 da Lei
n. 9.605/98 revogou o artigo 2º da Lei n. 8.176/91. Ordem indeferida”
(HC 89.878, Rel. Min. Eros Grau, DJe 14.5.2010, grifos nossos).
6. Dessa forma, como se trata, na espécie vertente, de concurso
formal entre os delitos do art. 55 da Lei n. 9.605/1998 e do art. 2º, caput, da
Lei n. 8.176/1991, que dispõem sobre bens jurídicos distintos, não há falar
em aplicação do princípio da especialidade para fixar a competência do
Juizado Especial Federal.
7. Pelo exposto, encaminho a votação no sentido de denegar a
ordem.
3
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Decisão de Julgamento
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
HABEAS CORPUS 111.762
PROCED. : RONDÔNIA
RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA
PACTE.(S) : RUFINO NELSON SA DAS NEVES
PACTE.(S) : ROBERTO NOGUEIRA DA SILVA
IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Decisão: A Turma, por unanimidade, denegou a ordem, nos termos
do voto da Relatora. Ausentes, justificadamente, os Senhores
Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra
Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros
Celso de Mello e Joaquim Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
P/ Fabiane Duarte
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
HABEAS CORPUS 111.762
PROCED. : RONDÔNIA
RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA
PACTE.(S) : RUFINO NELSON SA DAS NEVES
PACTE.(S) : ROBERTO NOGUEIRA DA SILVA
IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Decisão: A Turma, por unanimidade, denegou a ordem, nos termos
do voto da Relatora. Ausentes, justificadamente, os Senhores
Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra
Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros
Celso de Mello e Joaquim Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
P/ Fabiane Duarte
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3150072
Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 11
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3157670 | 2012-11-13T00:00:00 | 2012-12-04T00:00:00 | A Turma, por unanimidade, denegou a ordem, nos termos do voto da Relatora. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 13.11.2012. | HABEAS CORPUS | EMENTA: HABEAS CORPUS. PENAL. PROCESSUAL PENAL. EXTRAÇÃO DE OURO. INTERESSE PATRIMONIAL DA UNIÃO. ART. 2º DA LEI N. 8.176/1991. CRIME CONTRA O MEIO AMBIENTE. ART. 55 DA LEI N. 9.605/1998. BENS JURÍDICOS DISTINTOS. CONCURSO FORMAL. INEXISTÊNCIA DE CONFLITO APARENTE DE NORMAS. AFASTAMENTO DO PRINCÍPIO DA ESPECIALIDADE. INCOMPETÊNCIA DO JUIZADO ESPECIAL FEDERAL.
1. Como se trata, na espécie vertente, de concurso formal entre os delitos do art. 2º da Lei n. 8.176/1991 e do art. 55 da Lei n. 9.605/1998, que dispõem sobre bens jurídicos distintos (patrimônio da União e meio ambiente, respectivamente), não há falar em aplicação do princípio da especialidade para fixar a competência do Juizado Especial Federal.
2. Ordem denegada. | sjur220507 | - Acórdão(s)mcitado(s):
(MINERAÇÃO, CONCURSO FORMAL, CRIME CONTRA O PATRIMÔNIO DA UNIÃO, CRIME AMBIENTAL)
STF: HC 89878 (2ªT).
- Veja Ag 1409550 AgR
AgR do STJ e Recurso em Sentido Estrito 2009.41.00.001596-5
do TRF-1.
Número de páginas: 11.
Análise: 17/01/2013, AAT.
Revisão: 29/01/2013, SEV. | CÁRMEN LÚCIA | Segunda Turma | 111762 | [
"LEG-FED LEI-008176 ANO-1991\r\n ART-00002 \"CAPUT\" \r\n LEI ORDINÁRIA\r\n",
"LEG-FED LEI-009605 ANO-1998\r\n ART-00055 \r\n LEI ORDINÁRIA"
] | HC | acordaos | HC 111762 | [
""
] | PACTE.(S) : RUFINO NELSON SA DAS NEVES
PACTE.(S) : ROBERTO NOGUEIRA DA SILVA
IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"HABEAS CORPUS 111 . 762",
"HC 111 . 762 / RO",
"HC 111 . 762 / RO",
"HABEAS CORPUS 111 . 762",
"HABEAS CORPUS 111 . 762",
"Agravo Regimental no Agravo de Instrumento n . 1 . 409 . 550",
"HC 111 . 762 / RO",
"Recurso em Sentido Estrito n . 2009 . 41 . 00 . 001596 - 5",
"HC 111 . 762 / RO",
"Recurso em Sentido Estrito n . 2009 . 41 . 00 . 001596 - 5",
"HC 111 . 762 / RO",
"Agravo de Instrumento n . 1 . 409 . 550",
"HC 111",
"Agravo de Instrumento n . 1 . 409 . 550",
"HC 111 . 762 / RO",
"HC 111 . 762 / RO",
"HC 111 . 762 / RO",
"HC 111 . 762 / RO",
"HABEAS CORPUS 111 . 762",
"HABEAS CORPUS 111 . 762",
"HC 111 . 762 / RO",
"Recurso em Sentido Estrito n . 2009 . 41 . 00 . 001596 - 5 do",
"HC 111 . 762 / RO",
"Recurso em Sentido Estrito n . 2009 . 41 . 00 . 001596 - 5",
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"HC 89 . 878",
"HC 111 . 762 / RO",
"HC 89 . 878",
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"HABEAS CORPUS 111 . 762"
],
"LEGISLACAO": [
"ART . [UNK] DA LEI N . 8 . 176 / 1991",
"ART . 55 DA LEI N . 9 . 605 / 1998",
"art . [UNK] da Lei n . 8 . 176 / 1991",
"art . 55 da Lei n . 9 . 605 / 1998",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 55 , caput , da Lei n . 9 . 605 / 1998",
"art . [UNK] , caput , da Lei n . 8 . 176 / 1991",
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"art . 55 , caput , da Lei n . 9 . 605 / 1998",
"art . [UNK] , caput , da Lei",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 55 , caput , da Lei n . 9 . 605 / 98",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
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"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ART . [UNK] DA LEI N . 8 . 176 / 1991",
"ART . 55 DA LEI N . 9 . 605 / 1998",
"ART . 70 DO CP",
"art . [UNK] da Lei n . 8 . 176 / 1991",
"art . 55 da Lei n . 9 . 605 / 1998",
"art . 55 da Lei n . 9 . 605 / 1998",
"art . [UNK] , caput , da Lei n . 8 . 176 / 1991",
"artigo 55 da Lei dos Crimes Ambientais",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
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"art . 55 da Lei 9 . 605 / 1998",
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"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
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"art . [UNK] , caput , da Lei n . 8 . 176 / 1991",
"art . 55 da Lei 9 . 605 / 1998",
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"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
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"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 55 da Lei n . 9 . 605 / 1998",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"9",
".",
"605",
"/",
"1996",
"lei",
"Lei 8 . 176 / 1991",
"artigo 334 do Código Penal",
"artigo 33 da Lei 11 . 343 / 2006",
"9",
".",
"605",
"/",
"98",
"Lei 10 . 159 / 2001 , artigo [UNK]",
"Lei 9 . 099 / 95 ,",
"Lei 11 . 313",
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"605",
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"art . [UNK] , caput , da Lei n . 8 . 176 / 1991",
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"art . [UNK] , caput , da Lei n . 8 . 176 / 91",
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"91",
"55 DA LEI N . 9 . 605 / 98",
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"artigos [UNK] da Lei n . 8 . 176 / 91",
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"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
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"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"Brasília",
"Brasília",
"RONDÔNIA",
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"Rio Madeira",
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],
"ORGANIZACAO": [
"SEGUNDA TURMA",
"RONDÔNIA",
"DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"UNIÃO",
"União",
"Juizado Especial Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO",
"Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça",
"União",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo",
"SEGUNDA TURMA",
"DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO",
"Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça",
"União",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"[UNK] Vara de Porto Velho / RO",
"Juizado Federal Especial",
"Ministério Público Federal",
"Quarta Turma do Tribunal Regional Federal da [UNK] Região",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"[UNK] Vara de Porto Velho / RO",
"Ministério Público Federal",
"Quarta Turma do Tribunal Regional Federal da [UNK] Região",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"UNIÃO",
"União",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"UNIÃO",
"União",
"Juizado Especial Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"União",
"Quinta Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"União",
"Quinta Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"União",
"Quinta Turma",
"Colendo",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"União",
"Quinta Turma do Colendo Superior Tribunal de Justiça",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"[UNK] Vara de Porto Velho / RO",
"União",
"União",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"Juízo Federal",
"[UNK] Vara de Porto Velho / RO",
"União",
"União",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Ministério Público Federal",
"Quarta Turma do Tribunal Regional Federal da [UNK] Região",
"União",
"Juizado Especial Federal",
"[UNK] Vara da Seção Judiciária de Rondônia",
"Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Ministério Público Federal",
"Quarta Turma do Tribunal Regional Federal da [UNK] Região",
"União",
"[UNK] Vara da Seção Judiciária de Rondônia",
"Quinta Turma do",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"União",
"Juizado Especial Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal",
"União",
"Juizado Especial Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"CÁRMEN LÚCIA",
"RUFINO NELSON SA DAS NEVES",
"ROBERTO NOGUEIRA DA SILVA",
"Ricardo Lewandowski",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"RUFINO NELSON SA DAS NEVES",
"ROBERTO NOGUEIRA DA SILVA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"RUFINO NELSON SA DAS NEVES",
"ROBERTO NOGUEIRA DA SILVA",
"Laurita Vaz",
"Rufino Nelson Sá das Neves",
"Roberto Nogueira da Silva",
"CÁRMEN LÚCIA",
"RUFINO NELSON SA DAS NEVES",
"ROBERTO NOGUEIRA DA SILVA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"RUFINO NELSON SA DAS NEVES",
"ROBERTO NOGUEIRA DA SILVA",
"Laurita Vaz",
"Rufino Nelson Sá das Neves",
"Roberto Nogueira da Silva",
"RUFINO NELSON SÁ DAS NEVES",
"ROBERTO NOGUEIRA DA SILVA",
"SENA",
"ROBERTO NOGUEIRA DA SILVA",
"RUFINO NELSON SÁ DAS NEVES",
"SENA",
"RUFINO NELSON SÁ DAS NEVES",
"ROBERTO NOGUEIRA DA SILVA",
"SENA",
"ROBERTO NOGUEIRA DA SILVA",
"RUFINO NELSON SÁ DAS NEVES",
"SENA",
"Laurita Vaz",
"Laurita Vaz",
"Cezar Peluso",
"Cezar Peluso",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"RONDÔNIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"Eros Grau",
"Eros Grau",
"CÁRMEN LÚCIA",
"RUFINO NELSON SA DAS NEVES",
"ROBERTO NOGUEIRA DA SILVA",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos",
"Fabiane Duarte",
"RONDÔNIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"RUFINO NELSON SA DAS NEVES",
"ROBERTO NOGUEIRA DA SILVA",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos",
"Fabiane Duarte"
],
"TEMPO": [
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"04",
"/",
"12",
"/",
"2012",
"13 de novembro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13 de novembro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"22",
".",
"11",
".",
"2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"22",
".",
"11",
".",
"2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"01 de abril de 2007",
"26",
".",
"2",
".",
"2009",
"9",
".",
"2",
".",
"2010",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"01 de abril de 2007",
"26",
".",
"2",
".",
"2009",
"9",
".",
"2",
".",
"2010",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"26",
".",
"9",
".",
"2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"26",
".",
"9",
".",
"2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"22",
".",
"11",
".",
"2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"22",
".",
"11",
".",
"2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
".",
"12",
".",
"2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
".",
"12",
".",
"2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"28 de junho de 2006",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"28 de junho de 2006",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"14",
".",
"5",
".",
"2010",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"14",
".",
"5",
".",
"2010",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 829.606 SÃO
PAULO
RELATOR
: MIN. LUIZ FUX
EMBTE.(S)
:RODOVIARIO RAMOS LTDA
ADV.(A/S)
:RAQUEL ELITA ALVES PRETO VILLA REAL E
OUTRO(A/S)
EMBDO.(A/S)
:DÉCIO ROBERTO AMBRÓSIO
ADV.(A/S)
:ULISSES MÁRIO DE CAMPOS PINHEIRO
EMENTA:
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO
REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSO
CIVIL. RECURSO ESPECIAL PROVIDO PELO SUPERIOR
TRIBUNAL DE JUSTIÇA. TRÂNSITO EM JULGADO.
PREJUDICIALIDADE DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PERDA
DO OBJETO.
1. Provido o recurso especial cujo objeto é o mesmo do recurso
extraordinário, impõe-se a declaração de sua prejudicialidade nos termos
do art. 543, § 1º, do CPC.
2. Recurso prejudicado ante a perda superveniente do objeto.
Precedente: (AI n. 628.964 AgR-ED, Relatora a Ministra Ellen Gracie,
Segunda Turma, DJe 23/10/2009).
3. Embargos de declaração acolhidos, com efeitos infringentes, para
tornar sem efeito o julgamento do agravo regimental no agravo de
instrumento ocorrido, e julgar prejudicado o recurso extraordinário
interposto.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do
Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de julgamento e das
notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em acolher os embargos
de declaração, com efeitos infringentes, para tornar sem efeito o
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3196885.
Supremo Tribunal Federal
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 6
Ementa e Acórdão
AI 829.606 AGR-ED / SP
julgamento do agravo regimental ocorrido e julgar prejudicado o recurso
extraordinário, nos termos do voto do Relator.
Brasília, 13 de novembro de 2012.
LUIZ FUX – Relator
Documento assinado digitalmente
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3196885.
Supremo Tribunal Federal
AI 829.606 AGR-ED / SP
julgamento do agravo regimental ocorrido e julgar prejudicado o recurso
extraordinário, nos termos do voto do Relator.
Brasília, 13 de novembro de 2012.
LUIZ FUX – Relator
Documento assinado digitalmente
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 6
Relatório
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 829.606 SÃO
PAULO
RELATOR
: MIN. LUIZ FUX
EMBTE.(S)
:RODOVIARIO RAMOS LTDA
ADV.(A/S)
:RAQUEL ELITA ALVES PRETO VILLA REAL E
OUTRO(A/S)
EMBDO.(A/S)
:DÉCIO ROBERTO AMBRÓSIO
ADV.(A/S)
:ULISSES MÁRIO DE CAMPOS PINHEIRO
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Trata-se de embargos de
declaração opostos interposto por RODOVIARIO RAMOS LTDA, com fulcro
no art. 535, I e II, do Código de Processo Civil em face do acórdão de
minha relatoria que restou assim ementado:
AGRAVO
REGIMENTAL
NO
AGRAVO
DE
INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO DE
TÍTULO JUDICIAL. SUPOSTA CONEXÃO ENTRE A
EXECUÇÃO COM EMBARGOS E A AÇÃO ANULATÓRIA.
ALEGAÇÃO DE VIOLAÇÃO AO DEVIDO PROCESSO
LEGAL, À AMPLA DEFESA E AO CONTRADITÓRIO, ALÉM
DA FALTA DE FUNDAMENTAÇÃO DA DECISÃO JUDICIAL.
MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. SÚMULA 279 DO STF.
1. A alegação de ofensa aos postulados da legalidade, do
devido processo legal, da ampla defesa, da motivação dos atos
decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da
prestação jurisdicional, se ocorrente, seria indireta ou reflexa.
Precedentes: AI n. 803.857-AgR, Rel. Min. CELSO DE MELLO,
2ª Turma, DJ 17.03.11; AI n. 812.678-AgR, Rel. Min. ELLEN
GRACIE, 2ª Turma, DJ 08.02.11; AI n. 513.804-AgR, Rel. Min.
JOAQUIM BARBOSA, 1ª Turma, DJ 01.02.11 .
2. A Súmula 279/STF dispõe verbis : Para simples reexame de
prova não cabe recurso extraordinário .
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3196886.
Supremo Tribunal Federal
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 829.606 SÃO
PAULO
RELATOR
: MIN. LUIZ FUX
EMBTE.(S)
:RODOVIARIO RAMOS LTDA
ADV.(A/S)
:RAQUEL ELITA ALVES PRETO VILLA REAL E
OUTRO(A/S)
EMBDO.(A/S)
:DÉCIO ROBERTO AMBRÓSIO
ADV.(A/S)
:ULISSES MÁRIO DE CAMPOS PINHEIRO
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Trata-se de embargos de
declaração opostos interposto por RODOVIARIO RAMOS LTDA, com fulcro
no art. 535, I e II, do Código de Processo Civil em face do acórdão de
minha relatoria que restou assim ementado:
AGRAVO
REGIMENTAL
NO
AGRAVO
DE
INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO DE
TÍTULO JUDICIAL. SUPOSTA CONEXÃO ENTRE A
EXECUÇÃO COM EMBARGOS E A AÇÃO ANULATÓRIA.
ALEGAÇÃO DE VIOLAÇÃO AO DEVIDO PROCESSO
LEGAL, À AMPLA DEFESA E AO CONTRADITÓRIO, ALÉM
DA FALTA DE FUNDAMENTAÇÃO DA DECISÃO JUDICIAL.
MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. SÚMULA 279 DO STF.
1. A alegação de ofensa aos postulados da legalidade, do
devido processo legal, da ampla defesa, da motivação dos atos
decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da
prestação jurisdicional, se ocorrente, seria indireta ou reflexa.
Precedentes: AI n. 803.857-AgR, Rel. Min. CELSO DE MELLO,
2ª Turma, DJ 17.03.11; AI n. 812.678-AgR, Rel. Min. ELLEN
GRACIE, 2ª Turma, DJ 08.02.11; AI n. 513.804-AgR, Rel. Min.
JOAQUIM BARBOSA, 1ª Turma, DJ 01.02.11 .
2. A Súmula 279/STF dispõe verbis : Para simples reexame de
prova não cabe recurso extraordinário .
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 6
Relatório
AI 829.606 AGR-ED / SP
3. É que o recurso extraordinário não se presta ao exame
de questões que demandam revolvimento do contexto fático-
probatório dos autos, adstringindo-se à análise da violação
direta da ordem constitucional.
4. In casu, o acórdão originariamente recorrido assentou:
AGRAVO DE INSTRUMENTO EMBARGOS À EXECUÇÃO
Suspensividade Pretensão que se agregue o efeito suspensivo
aos embargos opostos até o julgamento da exceção de
incompetência Exceção já julgada e rejeitada, conforme
informado nos embargos declaratórios opostos em primeira
instância. Recurso não conhecido. CONEXÃO E
PREJUDICALIDADE EXTERNA Pontos que não se encontram
na decisão recorrida Impossibilidade de apreciação na segunda
instância. Recurso não conhecido. FUNDAMENTAÇÃO
Alegada a ausência de fundamentação Inocorrência Motivação
suficiente para conclusão do decidido. Recurso desprovido.
5. Agravo regimental desprovido.
A embargante afirma ter ocorrido a prejudicialidade do recurso
extraordinário, eis que foi dado provimento ao recurso especial, e já
transitado em julgado o acórdão do Egrégio Superior Tribunal de Justiça.
Requer, ao final, o acolhimento dos embargos para sanar a omissão
apontada e consequentemente, conferindo-lhes eficácia infringente, o
provimento do agravo regimental.
É o relatório.
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
AI 829.606 AGR-ED / SP
3. É que o recurso extraordinário não se presta ao exame
de questões que demandam revolvimento do contexto fático-
probatório dos autos, adstringindo-se à análise da violação
direta da ordem constitucional.
4. In casu, o acórdão originariamente recorrido assentou:
AGRAVO DE INSTRUMENTO EMBARGOS À EXECUÇÃO
Suspensividade Pretensão que se agregue o efeito suspensivo
aos embargos opostos até o julgamento da exceção de
incompetência Exceção já julgada e rejeitada, conforme
informado nos embargos declaratórios opostos em primeira
instância. Recurso não conhecido. CONEXÃO E
PREJUDICALIDADE EXTERNA Pontos que não se encontram
na decisão recorrida Impossibilidade de apreciação na segunda
instância. Recurso não conhecido. FUNDAMENTAÇÃO
Alegada a ausência de fundamentação Inocorrência Motivação
suficiente para conclusão do decidido. Recurso desprovido.
5. Agravo regimental desprovido.
A embargante afirma ter ocorrido a prejudicialidade do recurso
extraordinário, eis que foi dado provimento ao recurso especial, e já
transitado em julgado o acórdão do Egrégio Superior Tribunal de Justiça.
Requer, ao final, o acolhimento dos embargos para sanar a omissão
apontada e consequentemente, conferindo-lhes eficácia infringente, o
provimento do agravo regimental.
É o relatório.
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 6
Voto - MIN. LUIZ FUX
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 829.606 SÃO
PAULO
V O T O
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): O embargante alega ter
ocorrido a prejudicialidade do recurso extraordinário, eis que foi dado
provimento ao recurso especial, e já transitado em julgado o acórdão do
Egrégio Superior Tribunal de Justiça.
Deveras, o presente recurso extraordinário encontra-se prejudicado
ante a perda superveniente do objeto. Nesse sentido:
PROCESSO CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM
AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO.
ACOLHIMENTO. EFEITOS MODIFICATIVOS. RECURSO
ESPECIAL PROVIDO. PREJUDICIALIDADE DO AGRAVO DE
INSTRUMENTO. 1. Provido o recurso especial cujo objeto é o
mesmo do recurso extraordinário pendente de apreciação,
impõe-se a declaração de sua prejudicialidade nos termos do
art. 543, § 1º, do CPC. 2. Embargos declaratórios acolhidos, com
efeitos modificativos, para julgar prejudicado o agravo de
instrumento interposto.
(AI n. 628.964 AgR-ED, Relatora a Ministra Ellen Gracie,
Segunda Turma, DJe 23/10/2009)
Assim sendo, acolho os presentes embargos declaratórios, com
efeitos infringentes, para tornar sem efeito o julgamento do agravo
regimental no agravo de instrumento, uma vez que o recurso
extraordinário se encontra prejudicado. Homologo a desistência do
referido agravo regimental e determino a imediata baixa dos autos à
origem.
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3196947.
Supremo Tribunal Federal
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 829.606 SÃO
PAULO
V O T O
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): O embargante alega ter
ocorrido a prejudicialidade do recurso extraordinário, eis que foi dado
provimento ao recurso especial, e já transitado em julgado o acórdão do
Egrégio Superior Tribunal de Justiça.
Deveras, o presente recurso extraordinário encontra-se prejudicado
ante a perda superveniente do objeto. Nesse sentido:
PROCESSO CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM
AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO.
ACOLHIMENTO. EFEITOS MODIFICATIVOS. RECURSO
ESPECIAL PROVIDO. PREJUDICIALIDADE DO AGRAVO DE
INSTRUMENTO. 1. Provido o recurso especial cujo objeto é o
mesmo do recurso extraordinário pendente de apreciação,
impõe-se a declaração de sua prejudicialidade nos termos do
art. 543, § 1º, do CPC. 2. Embargos declaratórios acolhidos, com
efeitos modificativos, para julgar prejudicado o agravo de
instrumento interposto.
(AI n. 628.964 AgR-ED, Relatora a Ministra Ellen Gracie,
Segunda Turma, DJe 23/10/2009)
Assim sendo, acolho os presentes embargos declaratórios, com
efeitos infringentes, para tornar sem efeito o julgamento do agravo
regimental no agravo de instrumento, uma vez que o recurso
extraordinário se encontra prejudicado. Homologo a desistência do
referido agravo regimental e determino a imediata baixa dos autos à
origem.
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3196947.
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Decisão de Julgamento
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 829.606
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. LUIZ FUX
EMBTE.(S) : RODOVIARIO RAMOS LTDA
ADV.(A/S) : RAQUEL ELITA ALVES PRETO VILLA REAL E OUTRO(A/S)
EMBDO.(A/S) : DÉCIO ROBERTO AMBRÓSIO
ADV.(A/S) : ULISSES MÁRIO DE CAMPOS PINHEIRO
Decisão: A Turma acolheu os embargos de declaração, com
efeitos infringentes, para tornar sem efeito o julgamento do
agravo regimental ocorrido e julgar prejudicado o recurso
extraordinário, nos termos do voto do Relator. Unânime.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Wagner Mathias.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3228822
Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 829.606
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. LUIZ FUX
EMBTE.(S) : RODOVIARIO RAMOS LTDA
ADV.(A/S) : RAQUEL ELITA ALVES PRETO VILLA REAL E OUTRO(A/S)
EMBDO.(A/S) : DÉCIO ROBERTO AMBRÓSIO
ADV.(A/S) : ULISSES MÁRIO DE CAMPOS PINHEIRO
Decisão: A Turma acolheu os embargos de declaração, com
efeitos infringentes, para tornar sem efeito o julgamento do
agravo regimental ocorrido e julgar prejudicado o recurso
extraordinário, nos termos do voto do Relator. Unânime.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Wagner Mathias.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3228822
Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 6
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3229723 | 2012-11-13T00:00:00 | 2012-12-19T00:00:00 | A Turma acolheu os embargos de declaração, com efeitos infringentes, para tornar sem efeito o julgamento do agravo regimental ocorrido e julgar prejudicado o recurso extraordinário, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 13.11.2012. | EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO | Ementa: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSO CIVIL. RECURSO ESPECIAL PROVIDO PELO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. TRÂNSITO EM JULGADO. PREJUDICIALIDADE DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PERDA DO OBJETO.
1. Provido o recurso especial cujo objeto é o mesmo do recurso extraordinário, impõe-se a declaração de sua prejudicialidade nos termos do art. 543, § 1º, do CPC.
2. Recurso prejudicado ante a perda superveniente do objeto. Precedente: (AI n. 628.964 AgR-ED, Relatora a Ministra Ellen Gracie, Segunda Turma, DJe 23/10/2009).
3. Embargos de declaração acolhidos, com efeitos infringentes, para tornar sem efeito o julgamento do agravo regimental no agravo de instrumento ocorrido, e julgar prejudicado o recurso extraordinário interposto. | sjur222205 | - Acórdão(s) citado(s):
(OBJETO, PERDA SUPERVENIENTE)
STF: AI 628964 AgR-ED (2ªT).
Número de páginas: 6.
Análise: 25/01/2012, MAC. | LUIZ FUX | Primeira Turma | 829606 | [
"LEG-FED LEI-005869 ANO-1973\r\n ART-00543 PAR-00001 \r\n CPC-1973 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL"
] | AI-AgR-ED | acordaos | AI 829606 AgR-ED | [
""
] | EMBTE.(S) : RODOVIARIO RAMOS LTDA
ADV.(A/S) : RAQUEL ELITA ALVES PRETO VILLA REAL E OUTRO(A/S)
EMBDO.(A/S) : DÉCIO ROBERTO AMBRÓSIO
ADV.(A/S) : ULISSES MÁRIO DE CAMPOS PINHEIRO
ADV.(A/S) : ANA PAULA MARTINS ALEIXO | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 829 . 606",
"AI n . 628 . 964 AgR - ED",
"AI 829 . 606 AGR",
"AI 829 . 606",
"SÚMULA 279 DO STF",
"AI n . 803 . 857 - AgR",
"AI n",
"AI n . 513 . 804 - AgR",
"Súmula 279 / STF",
"SÚMULA 279 DO STF",
"AI n . 803 . 857 - AgR",
"AI n . 812 . 678 - AgR",
"AI n . 513 . 804 - AgR",
"Súmula 279 / STF",
"AI 829 . 606 AGR - ED / SP",
"AI 829 . 606 AGR",
"AI n . 628 . 964 AgR - ED",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 829 . 606",
"AI n . 628 . 964 AgR - ED",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 829 . 606",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 829 . 606"
],
"LEGISLACAO": [
"art . 543 , § [UNK] , do CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 535 , I e II , do Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 535 , I e II , do Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 543 , § [UNK] , do CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 543 , § [UNK] , do CPC",
"MP n° 2 . 200 -",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"SÃO PAULO",
"Brasília",
"Brasília",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO"
],
"ORGANIZACAO": [
"PRIMEIRA TURMA",
"RODOVIARIO",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"Segunda Turma",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"-",
"ED",
"/",
"SP",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"-",
"ED",
"/",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"RODOVIARIO RAMOS LTDA",
"RODOVIARIO RAMOS LTDA",
"[UNK] Turma",
"[UNK] Turma",
"[UNK] Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"RODOVIARIO RAMOS LTDA",
"RODOVIARIO",
"[UNK] Turma",
"[UNK] Turma",
"[UNK] Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"ED",
"/",
"SP",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"RODOVIARIO RAMOS LTDA",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"LUIZ FUX",
"RAQUEL ELITA ALVES PRETO",
"DÉCIO ROBERTO AMBRÓSIO",
"ULISSES MÁRIO DE CAMPOS PINHEIRO",
"Ellen Gracie",
"Dias Toffoli",
"LUIZ FUX",
"LUIZ FUX",
"LUIZ FUX",
"RAQUEL ELITA ALVES PRETO VILLA REAL",
"DÉCIO ROBERTO AMBRÓSIO",
"ULISSES MÁRIO DE CAMPOS PINHEIRO",
"LUIZ FUX",
"CELSO DE MELLO",
"ELLEN GRACIE",
"JOAQUIM BARBOSA",
"LUIZ FUX",
"RAQUEL ELITA ALVES PRETO VILLA REAL",
"DÉCIO ROBERTO AMBRÓSIO",
"ULISSES MÁRIO DE CAMPOS PINHEIRO",
"LUIZ FUX",
"CELSO DE MELLO",
"ELLEN GRACIE",
"JOAQUIM BARBOSA",
"LUIZ FUX",
"LUIZ FUX",
"Ellen Gracie",
"LUIZ FUX",
"Ellen Gracie",
"LUIZ FUX",
"RODOVIARIO RAMOS LTDA",
"RAQUEL ELITA ALVES PRETO VILLA REAL",
"DÉCIO ROBERTO AMBRÓSIO",
"ULISSES MÁRIO DE CAMPOS PINHEIRO",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Wagner Mathias",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza",
"LUIZ FUX",
"RAQUEL ELITA ALVES PRETO VILLA",
"DÉCIO ROBERTO AMBRÓSIO",
"ULISSES MÁRIO DE CAMPOS PINHEIRO",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Wagner Mathias",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza"
],
"TEMPO": [
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"23",
"/",
"10",
"/",
"2009",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13 de novembro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13 de novembro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"17",
".",
"03",
".",
"11",
"08",
".",
"02",
".",
"11",
"01",
".",
"02",
".",
"11",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"17",
".",
"03",
".",
"11",
"08",
".",
"02",
".",
"11",
"01",
".",
"02",
".",
"11",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"23",
"/",
"10",
"/",
"2009",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"23",
"/",
"10",
"/",
"2009",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
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"2001",
"13",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 592.650 DISTRITO FEDERAL
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S)
:ROBERTO RIBEIRO DE ALBUQUERQUE
ADV.(A/S)
:ULISSES BORGES DE RESENDE E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:UNIÃO
ADV.(A/S)
:ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
RECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA FÁTICA E LEGAL. O
recurso extraordinário não é meio próprio ao revolvimento da prova,
também não servindo à interpretação de normas estritamente legais.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal em desprover o agravo
regimental no recurso extraordinário, nos termos do voto do relator e por
unanimidade, em sessão presidida pelo Ministro Dias Toffoli, na
conformidade da ata do julgamento e das respectivas notas taquigráficas.
Brasília, 13 de novembro de 2012.
MINISTRO MARCO AURÉLIO – RELATOR
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documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3208123.
Supremo Tribunal Federal
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 7
Relatório
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 592.650 DISTRITO FEDERAL
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S)
:ROBERTO RIBEIRO DE ALBUQUERQUE
ADV.(A/S)
:ULISSES BORGES DE RESENDE E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:UNIÃO
ADV.(A/S)
:ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – As folhas 530 e 531,
proferi a seguinte decisão:
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO
–
MATÉRIA FÁTICA – INTERPRETAÇÃO
DE
NORMAS
LEGAIS
–
INVIABILIDADE – NEGATIVA DE
SEGUIMENTO.
1. A recorribilidade extraordinária é distinta daquela
revelada por simples revisão do que decidido, na maioria das
vezes procedida mediante o recurso por excelência – a apelação.
Atua-se em sede excepcional à luz da moldura fática delineada
soberanamente pelo Tribunal de origem, considerando-se as
premissas constantes do acórdão impugnado. A jurisprudência
sedimentada é pacífica a respeito, devendo-se ter presente o
Verbete nº 279 da Súmula do Supremo:
Para simples reexame de prova não cabe recurso
extraordinário.
No caso, as razões do extraordinário partem de
pressupostos fáticos estranhos ao acórdão atacado, buscando-
se, em síntese, o reexame dos elementos probatórios para, com
fundamento em quadro diverso, assentar-se a viabilidade do
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Supremo Tribunal Federal
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 592.650 DISTRITO FEDERAL
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S)
:ROBERTO RIBEIRO DE ALBUQUERQUE
ADV.(A/S)
:ULISSES BORGES DE RESENDE E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:UNIÃO
ADV.(A/S)
:ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – As folhas 530 e 531,
proferi a seguinte decisão:
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO
–
MATÉRIA FÁTICA – INTERPRETAÇÃO
DE
NORMAS
LEGAIS
–
INVIABILIDADE – NEGATIVA DE
SEGUIMENTO.
1. A recorribilidade extraordinária é distinta daquela
revelada por simples revisão do que decidido, na maioria das
vezes procedida mediante o recurso por excelência – a apelação.
Atua-se em sede excepcional à luz da moldura fática delineada
soberanamente pelo Tribunal de origem, considerando-se as
premissas constantes do acórdão impugnado. A jurisprudência
sedimentada é pacífica a respeito, devendo-se ter presente o
Verbete nº 279 da Súmula do Supremo:
Para simples reexame de prova não cabe recurso
extraordinário.
No caso, as razões do extraordinário partem de
pressupostos fáticos estranhos ao acórdão atacado, buscando-
se, em síntese, o reexame dos elementos probatórios para, com
fundamento em quadro diverso, assentar-se a viabilidade do
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 7
Relatório
RE 592.650 AGR / DF
recurso.
Acresce que o acórdão impugnado revela interpretação de
normas estritamente legais, não ensejando campo ao acesso ao
Supremo. À mercê de articulação sobre a violência à Carta da
República, pretende-se submeter a análise matéria que não se
enquadra no inciso III do artigo 102 da Constituição Federal.
Este recurso somente serve à sobrecarga da máquina judiciária,
ocupando espaço que deveria ser utilizado na apreciação de
processo da competência do Tribunal.
2. Nego seguimento ao extraordinário.
3. Publiquem.
Os agravantes, na minuta de folha 537 a 546, sustentam a
insubsistência do ato impugnado. Apontam a ofensa ao contido na Lei nº
9.784/99, no que teria sido inobservado o devido processo legal quando
da redução procedida nos respectivos vencimentos e proventos.
A agravada, instada a se manifestar, apresentou contraminuta (folha
554 a 560). Ressaltou que a pretensão dos agravantes faz-se circunscrita a
reversão do quadro fático e à ofensa reflexa.
É o relatório.
2
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documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3208124.
Supremo Tribunal Federal
RE 592.650 AGR / DF
recurso.
Acresce que o acórdão impugnado revela interpretação de
normas estritamente legais, não ensejando campo ao acesso ao
Supremo. À mercê de articulação sobre a violência à Carta da
República, pretende-se submeter a análise matéria que não se
enquadra no inciso III do artigo 102 da Constituição Federal.
Este recurso somente serve à sobrecarga da máquina judiciária,
ocupando espaço que deveria ser utilizado na apreciação de
processo da competência do Tribunal.
2. Nego seguimento ao extraordinário.
3. Publiquem.
Os agravantes, na minuta de folha 537 a 546, sustentam a
insubsistência do ato impugnado. Apontam a ofensa ao contido na Lei nº
9.784/99, no que teria sido inobservado o devido processo legal quando
da redução procedida nos respectivos vencimentos e proventos.
A agravada, instada a se manifestar, apresentou contraminuta (folha
554 a 560). Ressaltou que a pretensão dos agravantes faz-se circunscrita a
reversão do quadro fático e à ofensa reflexa.
É o relatório.
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3208124.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 7
Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 592.650 DISTRITO FEDERAL
V O T O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Na
interposição deste agravo, observaram-se os pressupostos de
recorribilidade. A peça, subscrita por profissional da advocacia
regularmente constituído, foi protocolada no prazo legal. Conheço.
Na espécie, é importante destacar o que decidido na origem. O
Tribunal, ao julgar a matéria, assentou (folhas 314 e 315):
O confronto entre as disposições legais de regência e as do
ato normativo em que sustentam os impetrantes a pretensão
deduzida na lide põe em evidência o excesso que o desautoriza
no tocante à extensão do benefício a servidores que não se
incluíam entre os destinatários da produção suplementar, à
determinação de pagamento, pela média geral, a favor dos
servidores com produção aferida, quando superior ao total do
respectivo produto individual, e ao próprio valor da vantagem,
pois a definição do índice da Unidade Gráfica, indicado em seu
artigo 6º, levou em conta, conforme relatório da auditoria
realizada pela Secretaria de Controle Interno da Presidência da
República, não apenas os vencimentos mensais dos níveis
intermediário e superior das categorias funcionais constantes
no Plano de Classificação de Cargos da Lei 5.645/70,
considerando ainda, sem nenhum respaldo legal, a Gratificação
de Atividade Executiva instituída pela Lei Delegada nº. 13, de
27 de agosto de 1992. A esse respeito, esclarece o relatório em
referência:
“ Como se observa, a posição por nós encontrada
(9,21), relativamente à média aritmética dos níveis de
vencimento intermediário e superior diverge daquela
estabelecida no artigo 6º da supracitada Portaria,
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3207826.
Supremo Tribunal Federal
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 592.650 DISTRITO FEDERAL
V O T O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Na
interposição deste agravo, observaram-se os pressupostos de
recorribilidade. A peça, subscrita por profissional da advocacia
regularmente constituído, foi protocolada no prazo legal. Conheço.
Na espécie, é importante destacar o que decidido na origem. O
Tribunal, ao julgar a matéria, assentou (folhas 314 e 315):
O confronto entre as disposições legais de regência e as do
ato normativo em que sustentam os impetrantes a pretensão
deduzida na lide põe em evidência o excesso que o desautoriza
no tocante à extensão do benefício a servidores que não se
incluíam entre os destinatários da produção suplementar, à
determinação de pagamento, pela média geral, a favor dos
servidores com produção aferida, quando superior ao total do
respectivo produto individual, e ao próprio valor da vantagem,
pois a definição do índice da Unidade Gráfica, indicado em seu
artigo 6º, levou em conta, conforme relatório da auditoria
realizada pela Secretaria de Controle Interno da Presidência da
República, não apenas os vencimentos mensais dos níveis
intermediário e superior das categorias funcionais constantes
no Plano de Classificação de Cargos da Lei 5.645/70,
considerando ainda, sem nenhum respaldo legal, a Gratificação
de Atividade Executiva instituída pela Lei Delegada nº. 13, de
27 de agosto de 1992. A esse respeito, esclarece o relatório em
referência:
“ Como se observa, a posição por nós encontrada
(9,21), relativamente à média aritmética dos níveis de
vencimento intermediário e superior diverge daquela
estabelecida no artigo 6º da supracitada Portaria,
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3207826.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 7
Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
RE 592.650 AGR / DF
identificada como sendo de 23,95%. Tal divergência,
segundo apuramos, decorreu da aplicação indevida pelo
Órgão do percentual de 160% correspondente à
Gratificação de Atividade Executiva - GAE, sem que a
citada norma assim estabelecesse.
O órgão utilizou, então, a citada média de 23,95 até
18.09.98, quando diante da publicação do Decreto nº
2.693/98, aplicou sobre ela o reajuste de 28,86%, passando
esta a corresponder a 30,86, posteriormente retificada, em
01.08.99, para 29,83, que vem sendo usada até a presente
data. Contudo, de acordo com o raciocínio por nós
aplicado, já demonstrado anteriormente , a alteração dessa
média teria que ter sido feita a partir de 1.7.98, segundo
interpretação da DIRGE/IN nº 133/96, passando a ser de
10,33%, se aplicado o cálculo sobre os vencimentos dos
níveis intermediário e superior, constantes da Portaria
MARE nº. 2.179/98, que os adequou às disposições do
Decreto 2.693/98.
Sobre o comentário feito no item precedente, cabe
registrar que o Órgão, no cálculo da nova média
aritmética, aplicou o percentual de 28,86% sobre a
anterior, passando a utilizá-la sem considerar os expurgos
a serem aplicados sobre o mesmo, determinados pelo
Supremo Tribunal Federal, desprezando no cálculo, desse
modo, os vencimentos dos níveis intermediário e superior,
na forma estabelecida na norma que disciplina a matéria.
Desse modo, o procedimento correto a adotar seria o de
realizar-se o cálculo considerando as novas tabelas de
vencimentos editadas pelo então MARE, o que não foi
feito” (fls. 154/155).
Já se vê, portanto, que o Grupo de Trabalho instituído pela
Portaria 576, de 5 de outubro de 2000, expedida pela Secretaria
de Administração da Casa Civil da Presidência da República,
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3207826.
Supremo Tribunal Federal
RE 592.650 AGR / DF
identificada como sendo de 23,95%. Tal divergência,
segundo apuramos, decorreu da aplicação indevida pelo
Órgão do percentual de 160% correspondente à
Gratificação de Atividade Executiva - GAE, sem que a
citada norma assim estabelecesse.
O órgão utilizou, então, a citada média de 23,95 até
18.09.98, quando diante da publicação do Decreto nº
2.693/98, aplicou sobre ela o reajuste de 28,86%, passando
esta a corresponder a 30,86, posteriormente retificada, em
01.08.99, para 29,83, que vem sendo usada até a presente
data. Contudo, de acordo com o raciocínio por nós
aplicado, já demonstrado anteriormente , a alteração dessa
média teria que ter sido feita a partir de 1.7.98, segundo
interpretação da DIRGE/IN nº 133/96, passando a ser de
10,33%, se aplicado o cálculo sobre os vencimentos dos
níveis intermediário e superior, constantes da Portaria
MARE nº. 2.179/98, que os adequou às disposições do
Decreto 2.693/98.
Sobre o comentário feito no item precedente, cabe
registrar que o Órgão, no cálculo da nova média
aritmética, aplicou o percentual de 28,86% sobre a
anterior, passando a utilizá-la sem considerar os expurgos
a serem aplicados sobre o mesmo, determinados pelo
Supremo Tribunal Federal, desprezando no cálculo, desse
modo, os vencimentos dos níveis intermediário e superior,
na forma estabelecida na norma que disciplina a matéria.
Desse modo, o procedimento correto a adotar seria o de
realizar-se o cálculo considerando as novas tabelas de
vencimentos editadas pelo então MARE, o que não foi
feito” (fls. 154/155).
Já se vê, portanto, que o Grupo de Trabalho instituído pela
Portaria 576, de 5 de outubro de 2000, expedida pela Secretaria
de Administração da Casa Civil da Presidência da República,
2
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 7
Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
RE 592.650 AGR / DF
antes de promover qualquer alteração na disciplina relativa à
Gratificação por Produção Suplementar, limitou-se a cumprir a
finalidade para a qual fora criado, assim de coordenar e
executar as ações de ajuste na folha de pagamento da Imprensa
Nacional, para adequar o pagamento do benefício em apreço às
normas legais de regência.
O deslinde da controvérsia deu-se sob o ângulo estritamente legal e
considerado o quadro fático constante no processo, não a partir da Carta
da República. Está-se diante de conflito de interesses que tem desfecho no
Tribunal de origem, não ensejando campo ao acesso ao Supremo.
Ante o quadro, conheço do agravo regimental e o desprovejo.
3
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Supremo Tribunal Federal
RE 592.650 AGR / DF
antes de promover qualquer alteração na disciplina relativa à
Gratificação por Produção Suplementar, limitou-se a cumprir a
finalidade para a qual fora criado, assim de coordenar e
executar as ações de ajuste na folha de pagamento da Imprensa
Nacional, para adequar o pagamento do benefício em apreço às
normas legais de regência.
O deslinde da controvérsia deu-se sob o ângulo estritamente legal e
considerado o quadro fático constante no processo, não a partir da Carta
da República. Está-se diante de conflito de interesses que tem desfecho no
Tribunal de origem, não ensejando campo ao acesso ao Supremo.
Ante o quadro, conheço do agravo regimental e o desprovejo.
3
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 7
Decisão de Julgamento
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 592.650
PROCED. : DISTRITO FEDERAL
RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S) : ROBERTO RIBEIRO DE ALBUQUERQUE
ADV.(A/S) : ULISSES BORGES DE RESENDE E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : UNIÃO
ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos
termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro
Dias Toffoli. 1ª Turma, 13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Wagner Mathias.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3126370
Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 592.650
PROCED. : DISTRITO FEDERAL
RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S) : ROBERTO RIBEIRO DE ALBUQUERQUE
ADV.(A/S) : ULISSES BORGES DE RESENDE E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : UNIÃO
ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos
termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro
Dias Toffoli. 1ª Turma, 13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Wagner Mathias.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 7
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3228590 | 2012-11-13T00:00:00 | 2012-12-19T00:00:00 | A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 13.11.2012. | AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO | RECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA FÁTICA E LEGAL. O recurso extraordinário não é meio próprio ao revolvimento da prova, também não servindo à interpretação de normas estritamente legais. | sjur222119 | Número de páginas: 7.
Análise: 16/01/2013, BMB. | MARCO AURÉLIO | Primeira Turma | 592650 | [
"LEG-FED LEI-005645 ANO-1970\r\n LEI ORDINÁRIA"
] | RE-AgR | acordaos | RE 592650 AgR | [
""
] | AGDO.(A/S) : UNIÃO
ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
ADV.(A/S) : ULISSES BORGES DE RESENDE E OUTRO(A/S)
AGTE.(S) : ROBERTO RIBEIRO DE ALBUQUERQUE | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 592 . 650",
"Verbete [UNK] 279 da Súmula do Supremo",
"Verbete [UNK] 279 da Súmula do Supremo",
"RE 592 . 650",
"RE 592 . 650 AGR /",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 592 . 650",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 592 . 650",
"RE 592 . 650 AGR / DF",
"RE 592 . 650 AGR / DF",
"RE 592 . 650 AGR / DF",
"RE 592 . 650 AGR / DF",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 592 . 650",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 592 . 650"
],
"LEGISLACAO": [
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Carta da República",
"inciso III do artigo 102 da Constituição Federal",
"Lei [UNK] 9 . 784 / 99",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Carta da República",
"inciso III do artigo 102 da Constituição Federal",
"Lei [UNK] 9 . 784 / 99",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei Delegada [UNK] . 13",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei 5 . 645 / 70",
"Lei Delegada [UNK] . 13",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Decreto [UNK] 2 . 693 / 98",
"DIRGE",
"/",
"IN [UNK] 133 / 96",
"Portaria MARE [UNK] . 2 . 179 / 98",
"Decreto 2 . 693 / 98",
"Portaria 576",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Decreto [UNK] 2 . 693 / 98",
"DIRGE",
"/",
"IN [UNK] 133 / 96",
"Portaria MARE [UNK] . 2 . 179 / 98",
"Decreto 2 . 693 / 98",
"Portaria 576",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Carta da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Carta da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"DISTRITO FEDERAL",
"Brasília",
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL"
],
"ORGANIZACAO": [
"PRIMEIRA TURMA",
"UNIÃO",
"UNIÃO",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"UNIÃO",
"UNIÃO",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"UNIÃO",
"UNIÃO",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"/",
"Supremo",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"Secretaria de Controle Interno da Presidência da República",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Secretaria de Controle Interno da Presidência da República",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Secretaria de Administração da Casa Civil da Presidência da República",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Secretaria de Administração da Casa Civil da Presidência da República",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"UNIÃO",
"UNIÃO",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"UNIÃO",
"UNIÃO",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"MARCO AURÉLIO",
"ROBERTO RIBEIRO DE ALBUQUERQUE",
"ULISSES BORGES DE RESENDE",
"Dias Toffoli",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"ROBERTO RIBEIRO DE ALBUQUERQUE",
"ULISSES BORGES DE RESENDE",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"ULISSES BORGES DE RESENDE",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"ROBERTO RIBEIRO DE ALBUQUERQUE",
"ULISSES BORGES DE RESENDE",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Wagner Mathias",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza",
"MARCO AURÉLIO",
"ROBERTO RIBEIRO DE ALBUQUERQUE",
"ULISSES BORGES DE RESENDE",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Wagner Mathias",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza"
],
"TEMPO": [
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"13 de novembro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"27 de agosto de 1992",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"27 de agosto de 1992",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"18",
".",
"09",
".",
"98",
"01",
".",
"08",
".",
"99",
"1",
".",
"7",
".",
"98",
"5 de outubro de 2000",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"18",
".",
"09",
".",
"98",
"01",
".",
"08",
".",
"99",
"1",
".",
"7",
".",
"98",
"5 de outubro de 2000",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
HABEAS CORPUS 111.711 SÃO PAULO
RELATORA
: MIN. CÁRMEN LÚCIA
PACTE.(S)
:GILVANI APARECIDO FEITOSA
IMPTE.(S)
:DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
COATOR(A/S)(ES)
:SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
EMENTA: HABEAS CORPUS. CONSTITUCIONAL. PENAL E
PROCESSUAL PENAL. PECULATO. AUSÊNCIA DE NOTIFICAÇÃO
PRÉVIA (ART. 514 E SEGUINTES DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL).
NULIDADE RELATIVA. AUSÊNCIA DE DEMONSTRAÇÃO DO
PREJUÍZO. SUPERVENIÊNCIA DA SENTENÇA CONDENATÓRIA.
ALEGAÇÃO DE PREJUÍZO PREJUDICADA.
1. A ausência da notificação prévia de que trata o art. 514 do Código
de Processo Penal constitui vício que gera nulidade relativa e deve ser
arguida oportunamente, sob pena de preclusão. Precedentes.
2. O princípio do pas de nullité sans grief exige a demonstração de
prejuízo concreto à parte que suscita o vício, independentemente da
sanção prevista para o ato, pois não se declara nulidade processual por
mera presunção. Precedentes.
3. Este Supremo Tribunal Federal assentou que a defesa prévia à
denúncia prevista no art. 514 do Código de Processo Penal tem por
objetivo proporcionar ao réu, funcionário público, a possibilidade de
impedir a tramitação de ação penal baseada em acusação infundada.
Superveniência da sentença condenatória. Alegação de prejuízo
prejudicada, pois a denúncia foi confirmada com a procedência no exame
do mérito da ação penal.
4. Ordem denegada.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3111992.
Supremo Tribunal Federal
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 13
Ementa e Acórdão
HC 111.711 / SP
Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a Presidência do
Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamento e
das notas taquigráficas, por unanimidade, em denegar a ordem, nos
termos do voto da Relatora. Ausentes, justificadamente, os Ministros
Celso de Mello e Joaquim Barbosa.
Brasília, 13 de novembro de 2012.
Ministra CÁRMEN LÚCIA - Relatora
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3111992.
Supremo Tribunal Federal
HC 111.711 / SP
Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a Presidência do
Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamento e
das notas taquigráficas, por unanimidade, em denegar a ordem, nos
termos do voto da Relatora. Ausentes, justificadamente, os Ministros
Celso de Mello e Joaquim Barbosa.
Brasília, 13 de novembro de 2012.
Ministra CÁRMEN LÚCIA - Relatora
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3111992.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 13
Relatório
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
HABEAS CORPUS 111.711 SÃO PAULO
RELATORA
: MIN. CÁRMEN LÚCIA
PACTE.(S)
:GILVANI APARECIDO FEITOSA
IMPTE.(S)
:DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
COATOR(A/S)(ES)
:SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
R E L A T Ó R I O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA (RELATORA):
1. Habeas corpus, sem pedido de medida liminar, impetrado pela
DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO, em favor de GILVANI
APARECIDO FEITOSA, contra julgado da Sexta Turma do Superior
Tribunal de Justiça, que, em 1º.12.2011, negou provimento ao Recurso
Ordinário em Habeas Corpus n. 30.920, Relator o Ministro Vasco Della
Giustina.
O caso
2. Tem-se nos autos que o Paciente foi denunciado pela suposta
prática do delito previsto no art. 312, § 1º, c/c art. 71 do Código Penal.
Expõe a denúncia:
“O denunciado, na qualidade de vigia terceirizado do Tribunal
Regional da 15ª Região, de modo consciente, voluntário e reiterado,
valendo-se da facilidade proporcionada pela função desempenhada,
subtraiu, em proveito próprio, fios de cobre armazenados no setor de
almoxarifado do anexo deste Tribunal, situado à Rua Ângelo Grigol,
n. 5, distrito de Barão Geraldo, também em campinas.
Segundo apurado nos autos, o DENUNCIADO, vigia
terceirizado vinculado à empresa Security Vigiliância e Segurança
Ltda, apoderou-se, mediante a realização de diversas subtrações, nas
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3111993.
Supremo Tribunal Federal
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
HABEAS CORPUS 111.711 SÃO PAULO
RELATORA
: MIN. CÁRMEN LÚCIA
PACTE.(S)
:GILVANI APARECIDO FEITOSA
IMPTE.(S)
:DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
COATOR(A/S)(ES)
:SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
R E L A T Ó R I O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA (RELATORA):
1. Habeas corpus, sem pedido de medida liminar, impetrado pela
DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO, em favor de GILVANI
APARECIDO FEITOSA, contra julgado da Sexta Turma do Superior
Tribunal de Justiça, que, em 1º.12.2011, negou provimento ao Recurso
Ordinário em Habeas Corpus n. 30.920, Relator o Ministro Vasco Della
Giustina.
O caso
2. Tem-se nos autos que o Paciente foi denunciado pela suposta
prática do delito previsto no art. 312, § 1º, c/c art. 71 do Código Penal.
Expõe a denúncia:
“O denunciado, na qualidade de vigia terceirizado do Tribunal
Regional da 15ª Região, de modo consciente, voluntário e reiterado,
valendo-se da facilidade proporcionada pela função desempenhada,
subtraiu, em proveito próprio, fios de cobre armazenados no setor de
almoxarifado do anexo deste Tribunal, situado à Rua Ângelo Grigol,
n. 5, distrito de Barão Geraldo, também em campinas.
Segundo apurado nos autos, o DENUNCIADO, vigia
terceirizado vinculado à empresa Security Vigiliância e Segurança
Ltda, apoderou-se, mediante a realização de diversas subtrações, nas
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3111993.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 13
Relatório
HC 111.711 / SP
datas de 02/10/2007, 06/10/2007, 12/10/2007 e 14/10/2007, de fios de
cobre pertencentes ao Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região,
avaliados em R$ 6.172,32 (seis mil, cento e sessenta e dois reais e
trinta e dois centavos).
O DENUNCIADO, embora não tivesse acesso direto ao
almoxarifado, onde estavam depositados os bens valeu-se da facilidade
que lhe proporcionava a condição de vigai e, durante o horário de
trabalho, apoderou-se da chave do setor e subtraiu os bens.
A subtração e sua autoria foram identificadas, inicialmente, pelo
setor de segurança institucional do TRT. Ciente do desaparecimento
constante dos materiais, o agente de segurança Mauricio Pereira dos
Santos determinou aos também agentes Milton Alves de Silva e
Roberto Victorino da Silva a instalação de câmeras de monitoramento
de circuito fechado, com o intuito de identificar o responsável pelo
delito. Dias após, ao verificarem as imagens colhidas, depararam-se
com o denunciado realizando novos furtos dos mesmos materiais.
O laudo de exame em material audiovisual juntado às f. 56-73,
apesar de não atestar a identificação do acusado, traz imagens que
tornam clarividente sua prática delituosa.
Nas duas vezes em que o denunciado foi ouvido, uma perante a
Assessoria de Segurança do Tribunal e outra perante a autoridade
policial, admitiu a prática delitiva. Afirmou que, apesar de não ter
acesso ao almoxarifado, numa determinada ocasião encontrou as
chaves que davam acesso àquele setor e dela apoderou-se, utilizando-a
para a prática do delito”.
3. Em 17.8.2012, o juízo da 1ª Vara Criminal Federal da Subseção
Judiciária de Campinas, Seção Judiciária de São Paulo, recebeu a
denúncia e afirmou não ser aplicável na espécie vertente o art. 514 do
Código de Processo Penal:
“Trata-se de denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal
contra GILVANI APARECIDO FEITOSA, devidamente qualificado
nos autos, apontando-o como incurso nas penas do artigo 312, § 1º,
c/c artigo 71, ambos do Código Penal.
Na hipótese dos autos não se aplica o artigo 514 do CPP, haja
2
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HC 111.711 / SP
datas de 02/10/2007, 06/10/2007, 12/10/2007 e 14/10/2007, de fios de
cobre pertencentes ao Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região,
avaliados em R$ 6.172,32 (seis mil, cento e sessenta e dois reais e
trinta e dois centavos).
O DENUNCIADO, embora não tivesse acesso direto ao
almoxarifado, onde estavam depositados os bens valeu-se da facilidade
que lhe proporcionava a condição de vigai e, durante o horário de
trabalho, apoderou-se da chave do setor e subtraiu os bens.
A subtração e sua autoria foram identificadas, inicialmente, pelo
setor de segurança institucional do TRT. Ciente do desaparecimento
constante dos materiais, o agente de segurança Mauricio Pereira dos
Santos determinou aos também agentes Milton Alves de Silva e
Roberto Victorino da Silva a instalação de câmeras de monitoramento
de circuito fechado, com o intuito de identificar o responsável pelo
delito. Dias após, ao verificarem as imagens colhidas, depararam-se
com o denunciado realizando novos furtos dos mesmos materiais.
O laudo de exame em material audiovisual juntado às f. 56-73,
apesar de não atestar a identificação do acusado, traz imagens que
tornam clarividente sua prática delituosa.
Nas duas vezes em que o denunciado foi ouvido, uma perante a
Assessoria de Segurança do Tribunal e outra perante a autoridade
policial, admitiu a prática delitiva. Afirmou que, apesar de não ter
acesso ao almoxarifado, numa determinada ocasião encontrou as
chaves que davam acesso àquele setor e dela apoderou-se, utilizando-a
para a prática do delito”.
3. Em 17.8.2012, o juízo da 1ª Vara Criminal Federal da Subseção
Judiciária de Campinas, Seção Judiciária de São Paulo, recebeu a
denúncia e afirmou não ser aplicável na espécie vertente o art. 514 do
Código de Processo Penal:
“Trata-se de denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal
contra GILVANI APARECIDO FEITOSA, devidamente qualificado
nos autos, apontando-o como incurso nas penas do artigo 312, § 1º,
c/c artigo 71, ambos do Código Penal.
Na hipótese dos autos não se aplica o artigo 514 do CPP, haja
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Relatório
HC 111.711 / SP
vista que a denúncia encontra-se respaldada em inquérito policial.
Além disso, conforme noticiado nas declarações do agente de
segurança do TRT (fls. 34/35), o réu foi demitido logo após a
ocorrência dos fatos delituosos.
Não estando presentes quaisquer das hipóteses de rejeição
previstas no artigo 395 do Código de Processo Penal, RECEBO DA
DENÚNCIA.
Proceda-se à citação do acusado para que ofereça resposta à
acuação, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias, nos termos do artigo
396 do CPP, expedindo-se carta precatória, se necessário.
Ao SEDI para as anotações pertinentes.
Com a juntada da resposta, havendo questões preliminares ou
juntada de documentos, dê-se vista ao Ministério Público Federal,
independentemente de novo despacho”.
4. A defesa impetrou o Habeas Corpus n. 2011.03.00.006858-1 e, em
11.7.2011, a Quinta Turma do Tribunal Regional Federal da 3ª Região
denegou a ordem:
“PENAL E PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS.
DEFESA PRELIMINAR APÓS RECEBIMENTO DA
DENÚNCIA. ART. 514 DO CPP. DENÚNCIA BASEADA EM
INQUÉRITO. SÚMULA 330 DO STJ. AUSÊNCIA DE
PREJUÍZO.
NULIDADE
NÃO
RECONHECIDA.
PRECEDENTES. ORDEM DENEGADA.
1. Denúncia respaldada em inquérito e notícia de demissão do
acusado após a ocorrência dos fatos delituosos.
2. Desnecessária a resposta preliminar do art. 514 do CPP, nos
termos da Súmula 330 do STJ.
3. Alegação de nulidade que não se reconhece. Ausência de
prejuízo à defesa. Precedentes do STJ.
4. Ordem denegada”.
5. Contra esse acórdão foi interposto o Recurso Ordinário em Habeas
Corpus n. 30.920, Relator o Ministro Vasco Della Giustina, do Superior
Tribunal de Justiça, ao qual a Sexta Turma negou provimento em
3
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vista que a denúncia encontra-se respaldada em inquérito policial.
Além disso, conforme noticiado nas declarações do agente de
segurança do TRT (fls. 34/35), o réu foi demitido logo após a
ocorrência dos fatos delituosos.
Não estando presentes quaisquer das hipóteses de rejeição
previstas no artigo 395 do Código de Processo Penal, RECEBO DA
DENÚNCIA.
Proceda-se à citação do acusado para que ofereça resposta à
acuação, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias, nos termos do artigo
396 do CPP, expedindo-se carta precatória, se necessário.
Ao SEDI para as anotações pertinentes.
Com a juntada da resposta, havendo questões preliminares ou
juntada de documentos, dê-se vista ao Ministério Público Federal,
independentemente de novo despacho”.
4. A defesa impetrou o Habeas Corpus n. 2011.03.00.006858-1 e, em
11.7.2011, a Quinta Turma do Tribunal Regional Federal da 3ª Região
denegou a ordem:
“PENAL E PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS.
DEFESA PRELIMINAR APÓS RECEBIMENTO DA
DENÚNCIA. ART. 514 DO CPP. DENÚNCIA BASEADA EM
INQUÉRITO. SÚMULA 330 DO STJ. AUSÊNCIA DE
PREJUÍZO.
NULIDADE
NÃO
RECONHECIDA.
PRECEDENTES. ORDEM DENEGADA.
1. Denúncia respaldada em inquérito e notícia de demissão do
acusado após a ocorrência dos fatos delituosos.
2. Desnecessária a resposta preliminar do art. 514 do CPP, nos
termos da Súmula 330 do STJ.
3. Alegação de nulidade que não se reconhece. Ausência de
prejuízo à defesa. Precedentes do STJ.
4. Ordem denegada”.
5. Contra esse acórdão foi interposto o Recurso Ordinário em Habeas
Corpus n. 30.920, Relator o Ministro Vasco Della Giustina, do Superior
Tribunal de Justiça, ao qual a Sexta Turma negou provimento em
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Relatório
HC 111.711 / SP
1º.12.2011:
“RECURSO EM
HABEAS CORPUS. PECULATO.
INOBSERVÂNCIA DO ART. 514 DO CPP. INOCORRÊNCIA DE
NULIDADE PROCESSUAL. AÇÃO PENAL INSTRUÍDA POR
INQUÉRITO POLICIAL. DESNECESSIDADE DE DEFESA
PRELIMINAR. SÚMULA 330/STJ. ORDEM DENEGADA.
1. No procedimento concernente aos crimes praticados por
funcionário público no exercício de suas funções, é desnecessária a
resposta preliminar de que trata o artigo 514 do Código de Processo
Penal se a ação penal foi instruída por inquérito policial. Incidência da
Súmula 330 do STJ.
2. Recurso ordinário a que se nega provimento”.
6. Contra esse julgado foi impetrado o presente habeas corpus, no qual
a Impetrante alega que os “princípios do contraditório e da ampla defesa
aplicam-se aos litigantes em processo judicial ou administrativo e aos acusados
em geral (art. 5º, LV, da CF/88). Assim, embora na fase do art. 514 do CPP ainda
não tenha havido o recebimento da denúncia, já há acusação formal, e, portanto,
já há o direito ao contraditório e à ampla defesa”.
Ressalta que:
“o inquérito policial é procedimento inquisitivo, não havendo
nele o direito ao contraditório e à ampla defesa, uma vez que a
investigação policial é mera colheita de provas, não existindo ainda
nessa fase, ‘instrução’ processual no sentido estrito, nem acusação
formal. Assim sendo, a existência ou não de inquérito policial em nada
anula a necessidade da defesa preliminar, porquanto na fase
investigatória o suspeito ou indiciado não pode exercer o efetivo
contraditório, nem a ampla defesa. Com isso, a defesa preliminar do
art. 514 do CPP, seja qual for sua finalidade, é o primeiro ato
procedimental do direito de ampla defesa do funcionário acusado de
um crime funcional. A primeira e única oportunidade para ele
contraditar, no juízo a quo, os termos da inicial acusatória, na
4
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1º.12.2011:
“RECURSO EM
HABEAS CORPUS. PECULATO.
INOBSERVÂNCIA DO ART. 514 DO CPP. INOCORRÊNCIA DE
NULIDADE PROCESSUAL. AÇÃO PENAL INSTRUÍDA POR
INQUÉRITO POLICIAL. DESNECESSIDADE DE DEFESA
PRELIMINAR. SÚMULA 330/STJ. ORDEM DENEGADA.
1. No procedimento concernente aos crimes praticados por
funcionário público no exercício de suas funções, é desnecessária a
resposta preliminar de que trata o artigo 514 do Código de Processo
Penal se a ação penal foi instruída por inquérito policial. Incidência da
Súmula 330 do STJ.
2. Recurso ordinário a que se nega provimento”.
6. Contra esse julgado foi impetrado o presente habeas corpus, no qual
a Impetrante alega que os “princípios do contraditório e da ampla defesa
aplicam-se aos litigantes em processo judicial ou administrativo e aos acusados
em geral (art. 5º, LV, da CF/88). Assim, embora na fase do art. 514 do CPP ainda
não tenha havido o recebimento da denúncia, já há acusação formal, e, portanto,
já há o direito ao contraditório e à ampla defesa”.
Ressalta que:
“o inquérito policial é procedimento inquisitivo, não havendo
nele o direito ao contraditório e à ampla defesa, uma vez que a
investigação policial é mera colheita de provas, não existindo ainda
nessa fase, ‘instrução’ processual no sentido estrito, nem acusação
formal. Assim sendo, a existência ou não de inquérito policial em nada
anula a necessidade da defesa preliminar, porquanto na fase
investigatória o suspeito ou indiciado não pode exercer o efetivo
contraditório, nem a ampla defesa. Com isso, a defesa preliminar do
art. 514 do CPP, seja qual for sua finalidade, é o primeiro ato
procedimental do direito de ampla defesa do funcionário acusado de
um crime funcional. A primeira e única oportunidade para ele
contraditar, no juízo a quo, os termos da inicial acusatória, na
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Relatório
HC 111.711 / SP
tentativa de demonstrar ao Juiz a inviabilidade da ação penal e assim
impedir um processo eventualmente desnecessário e descabido.
Assim, embora na fase do art. 514 do CPP ainda não tenha
havido o recebimento da denúncia, já há acusação formal, e portanto,
já há o direito ao contraditório e à ampla defesa. Nessa linha, outra
não poderia ser a conclusão: a defesa inserta no artigo 514 do CPP não
é dispensável e passível de acarretar mera nulidade relativa, mas ao
contrário, é ato de defesa obrigatório do procedimento dos delitos
funcionais, cuja inobservância acarreta irregularidade processual e
constitucional, ensejando, consequentemente, nulidade absoluta, por
ofensa aos princípios constitucionais citados.
E, sendo nulidade absoluta, independe de comprovação de
prejuízo para o acusado, devendo ser decretada de ofício pelo juiz ou
tribunal, ou arguida pela defesa em qualquer fase processual ou grau
de jurisdição, não havendo preclusão nessa questão”.
Este o teor dos pedidos:
“Ante o exposto, requer a concessão da presente ordem, para que
se reconheça a inobservância das formalidades do artigo 514 do Código
Processo Penal e a violação de texto constitucional referente ao devido
processo legal, à ampla defesa e ao contraditório, com a consequente
decretação da nulidade do processo a partir da decisão que recebeu a
denúncia.
Pugna ainda pela intimação pessoal do Defensor Público-Geral
da União da sessão de julgamento da presente ordem”.
7. Em 19.12.2011, não havendo requerimento de medida liminar a ser
apreciado e instruídos os autos, determinei vista ao Procurador-Geral da
República, que opinou pela denegação da ordem.
É o relatório.
5
Supremo Tribunal Federal
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tentativa de demonstrar ao Juiz a inviabilidade da ação penal e assim
impedir um processo eventualmente desnecessário e descabido.
Assim, embora na fase do art. 514 do CPP ainda não tenha
havido o recebimento da denúncia, já há acusação formal, e portanto,
já há o direito ao contraditório e à ampla defesa. Nessa linha, outra
não poderia ser a conclusão: a defesa inserta no artigo 514 do CPP não
é dispensável e passível de acarretar mera nulidade relativa, mas ao
contrário, é ato de defesa obrigatório do procedimento dos delitos
funcionais, cuja inobservância acarreta irregularidade processual e
constitucional, ensejando, consequentemente, nulidade absoluta, por
ofensa aos princípios constitucionais citados.
E, sendo nulidade absoluta, independe de comprovação de
prejuízo para o acusado, devendo ser decretada de ofício pelo juiz ou
tribunal, ou arguida pela defesa em qualquer fase processual ou grau
de jurisdição, não havendo preclusão nessa questão”.
Este o teor dos pedidos:
“Ante o exposto, requer a concessão da presente ordem, para que
se reconheça a inobservância das formalidades do artigo 514 do Código
Processo Penal e a violação de texto constitucional referente ao devido
processo legal, à ampla defesa e ao contraditório, com a consequente
decretação da nulidade do processo a partir da decisão que recebeu a
denúncia.
Pugna ainda pela intimação pessoal do Defensor Público-Geral
da União da sessão de julgamento da presente ordem”.
7. Em 19.12.2011, não havendo requerimento de medida liminar a ser
apreciado e instruídos os autos, determinei vista ao Procurador-Geral da
República, que opinou pela denegação da ordem.
É o relatório.
5
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Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
HABEAS CORPUS 111.711 SÃO PAULO
V O T O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora):
1. Razão jurídica não assiste à Impetrante.
2. Ao receber a denúncia, o juízo da 1ª Vara Criminal Federal da
Subseção Judiciária de Campinas, Seção Judiciária de São Paulo, afirmou
não ser aplicável o art. 514 do Código de Processo Penal porque a
“denúncia encontra-se respaldada em inquérito policial” e o Paciente,
“conforme noticiado nas declarações do agente de segurança do TRT (fls. 34/35),
(...) foi demitido logo após a ocorrência dos fatos delituosos”.
3. Esse entendimento foi corroborado pela Quinta Turma do
Tribunal Regional Federal da 3ª Região e pela Sexta Turma do Superior
Tribunal de Justiça, que, ao prolatar o julgado objeto desta impetração,
assentou que, “no procedimento concernente aos crimes praticados por
funcionário público no exercício de suas funções, é desnecessária a resposta
preliminar de que trata o artigo 514 do Código de Processo Penal se a ação penal
foi instruída por inquérito policial”.
4. Embora este Supremo Tribunal tenha decidido no sentido de ser
indispensável a defesa prévia prevista no art. 514 do Código de Processo
Penal, ainda que a denúncia esteja amparada em inquérito policial,
também ressaltou que esse dispositivo não se aplica quando, como na
espécie vertente, o funcionário público deixou de exercer a função:
“HABEAS
CORPUS.
PROCESSUAL
PENAL.
OBRIGATORIEDADE DE DEFESA PRÉVIA. ART. 514 DO CPP.
PACIENTE QUE NÃO MAIS EXERCIA O CARGO PÚBLICO À
ÉPOCA DA DENÚNCIA. PECULIARIDADE QUE AFASTA A
EXIGÊNCIA. NULIDADE RELATIVA. NECESSIDADE DE
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
HABEAS CORPUS 111.711 SÃO PAULO
V O T O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora):
1. Razão jurídica não assiste à Impetrante.
2. Ao receber a denúncia, o juízo da 1ª Vara Criminal Federal da
Subseção Judiciária de Campinas, Seção Judiciária de São Paulo, afirmou
não ser aplicável o art. 514 do Código de Processo Penal porque a
“denúncia encontra-se respaldada em inquérito policial” e o Paciente,
“conforme noticiado nas declarações do agente de segurança do TRT (fls. 34/35),
(...) foi demitido logo após a ocorrência dos fatos delituosos”.
3. Esse entendimento foi corroborado pela Quinta Turma do
Tribunal Regional Federal da 3ª Região e pela Sexta Turma do Superior
Tribunal de Justiça, que, ao prolatar o julgado objeto desta impetração,
assentou que, “no procedimento concernente aos crimes praticados por
funcionário público no exercício de suas funções, é desnecessária a resposta
preliminar de que trata o artigo 514 do Código de Processo Penal se a ação penal
foi instruída por inquérito policial”.
4. Embora este Supremo Tribunal tenha decidido no sentido de ser
indispensável a defesa prévia prevista no art. 514 do Código de Processo
Penal, ainda que a denúncia esteja amparada em inquérito policial,
também ressaltou que esse dispositivo não se aplica quando, como na
espécie vertente, o funcionário público deixou de exercer a função:
“HABEAS
CORPUS.
PROCESSUAL
PENAL.
OBRIGATORIEDADE DE DEFESA PRÉVIA. ART. 514 DO CPP.
PACIENTE QUE NÃO MAIS EXERCIA O CARGO PÚBLICO À
ÉPOCA DA DENÚNCIA. PECULIARIDADE QUE AFASTA A
EXIGÊNCIA. NULIDADE RELATIVA. NECESSIDADE DE
Supremo Tribunal Federal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 13
Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
HC 111.711 / SP
DEMONSTRAR O EFETIVO PREJUÍZO. CONDENAÇÃO
TRANSITADA EM JULGADO. ORDEM DENEGADA. I – A
partir do julgamento do HC 85.779/RJ, passou-se a entender, nesta
Corte, que é indispensável a defesa prévia nas hipóteses do art. 514 do
Código de Processo Penal, mesmo quando a denúncia é lastreada em
inquérito policial (Informativo 457/STF). II – A jurisprudência do
STF, contudo, firmou-se no sentido de que o ‘procedimento especial
previsto no artigo 514 do CPP não é de ser aplicado ao funcionário
público que deixou de exercer a função na qual estava investido’ (HC
95.402-ED/SP, Rel. Min. Eros Grau). III – Esta Corte decidiu, por
diversas vezes, que a defesa preliminar de que trata o art. 514 do
Código de Processo Penal tem como objetivo evitar a propositura de
ações penais temerárias contra funcionários públicos e, por isso, a sua
falta constitui apenas nulidade relativa. IV – O entendimento deste
Tribunal, de resto, é o de que para o reconhecimento de eventual
nulidade, ainda que absoluta, faz-se necessária a demonstração do
prejuízo, o que não ocorreu na espécie. Nesse sentido, o Tribunal tem
reafirmado que a demonstração de prejuízo, ‘a teor do art. 563 do CPP,
é essencial à alegação de nulidade, seja ela relativa ou absoluta, eis que
(…) o âmbito normativo do dogma fundamental da disciplina das
nulidades pas de nullité sans grief compreende as nulidades
absolutas’ (HC 85.155/SP, Rel. Min. Ellen Gracie). V – Habeas
corpus denegado” (HC 110.361, Rel. Min. Ricardo
Lewandowski, DJe 1º.8.2012, grifos nossos).
5. Ademais, a jurisprudência predominante do Supremo Tribunal
Federal é no sentido de que a ausência da notificação prévia de que trata
o art. 514 do Código de Processo Penal constitui vício que gera nulidade
relativa, o qual, portanto, deve ser arguido oportunamente, sob pena de
preclusão (HC 89.686, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, DJ 17.8.2007; HC
71.237, Rel. Min. Marco Aurélio, DJ 1º.7.1994; HC 68.621, Rel. Min. Marco
Aurélio, DJ 2.8.1991; HC 65.277, Rel. Min. Djaci Falcão, DJ 3.10.1987; HC
65.261, Rel. Min. Moreira Alves, DJ 31.10.1987; RHC 54.705, Rel. Min.
Cunha Peixoto, DJ 1º.11.1976; e RE 71.161, Rel. Min. Djaci Falcão, RTJ
60/489).
2
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HC 111.711 / SP
DEMONSTRAR O EFETIVO PREJUÍZO. CONDENAÇÃO
TRANSITADA EM JULGADO. ORDEM DENEGADA. I – A
partir do julgamento do HC 85.779/RJ, passou-se a entender, nesta
Corte, que é indispensável a defesa prévia nas hipóteses do art. 514 do
Código de Processo Penal, mesmo quando a denúncia é lastreada em
inquérito policial (Informativo 457/STF). II – A jurisprudência do
STF, contudo, firmou-se no sentido de que o ‘procedimento especial
previsto no artigo 514 do CPP não é de ser aplicado ao funcionário
público que deixou de exercer a função na qual estava investido’ (HC
95.402-ED/SP, Rel. Min. Eros Grau). III – Esta Corte decidiu, por
diversas vezes, que a defesa preliminar de que trata o art. 514 do
Código de Processo Penal tem como objetivo evitar a propositura de
ações penais temerárias contra funcionários públicos e, por isso, a sua
falta constitui apenas nulidade relativa. IV – O entendimento deste
Tribunal, de resto, é o de que para o reconhecimento de eventual
nulidade, ainda que absoluta, faz-se necessária a demonstração do
prejuízo, o que não ocorreu na espécie. Nesse sentido, o Tribunal tem
reafirmado que a demonstração de prejuízo, ‘a teor do art. 563 do CPP,
é essencial à alegação de nulidade, seja ela relativa ou absoluta, eis que
(…) o âmbito normativo do dogma fundamental da disciplina das
nulidades pas de nullité sans grief compreende as nulidades
absolutas’ (HC 85.155/SP, Rel. Min. Ellen Gracie). V – Habeas
corpus denegado” (HC 110.361, Rel. Min. Ricardo
Lewandowski, DJe 1º.8.2012, grifos nossos).
5. Ademais, a jurisprudência predominante do Supremo Tribunal
Federal é no sentido de que a ausência da notificação prévia de que trata
o art. 514 do Código de Processo Penal constitui vício que gera nulidade
relativa, o qual, portanto, deve ser arguido oportunamente, sob pena de
preclusão (HC 89.686, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, DJ 17.8.2007; HC
71.237, Rel. Min. Marco Aurélio, DJ 1º.7.1994; HC 68.621, Rel. Min. Marco
Aurélio, DJ 2.8.1991; HC 65.277, Rel. Min. Djaci Falcão, DJ 3.10.1987; HC
65.261, Rel. Min. Moreira Alves, DJ 31.10.1987; RHC 54.705, Rel. Min.
Cunha Peixoto, DJ 1º.11.1976; e RE 71.161, Rel. Min. Djaci Falcão, RTJ
60/489).
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 13
Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
HC 111.711 / SP
Na mesma linha, o Habeas Corpus n. 91.760, de minha relatoria, DJe
28.2.2008:
“HABEAS CORPUS. CONSTITUCIONAL. PENAL E
PROCESSUAL PENAL. CONDENAÇÃO PELO CRIME DE
PECULATO. AUSÊNCIA DE NOTIFIAÇÃO PRÉVIA (ART. 514 E
SEGUINTES DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL).
NULIDADE RELATIVA. (...)
1. A ausência da notificação prévia de que trata o art. 514 do
Código de Processo Penal constitui vício que gera nulidade relativa e
deve ser arguida oportunamente, sob pena de preclusão. Precedentes.
(...) 4. Habeas corpus parcialmente conhecido e na parte conhecida
deferida parcialmente a ordem”.
6. Contudo, embora a defesa tenha impetrado habeas corpus contra a
decisão que decidiu pela não aplicação do art. 514 do Código de Processo
Penal, o que afasta a preclusão quanto à matéria, e apesar de existir
entendimento deste Supremo Tribunal no sentido de que o prejuízo de
determinadas nulidades seria de “prova impossível” (HC 84.835, Rel. Min.
Sepúlveda Pertence, DJ 26.8.2005; e HC 85.443, Rel. Min. Sepúlveda
Pertence, DJ 13.5.2005), o princípio do pas de nullité sans grief exige, em
regra, a demonstração de prejuízo concreto à parte que suscita o vício,
independentemente da sanção prevista para o ato, podendo ser ela tanto
a de nulidade absoluta (Código de Processo Penal, arts. 563 e 566; HC
81.510, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, DJ 12.4.2002; e HC 74.671, Rel. Min.
Carlos Velloso, DJ 11.4.1997) quanto a de nulidade relativa (HC 88.755,
Rel. Min. Celso de Mello, DJ 15.12.2006; HC 74.356, Rel. Min. Octavio
Gallotti, DJ 25.4.1997; HC 73.099, Rel. Min. Moreira Alves, DJ 17.5.1996).
7. Na espécie vertente, entretanto, a defesa do Paciente não
demonstrou em que foi prejudicada pela preterição da formalidade,
limitando-se a ressaltar que a inobservância do procedimento previsto no
art. 514 do Código de Processo Penal teria contrariado os “princípios do
3
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
HC 111.711 / SP
Na mesma linha, o Habeas Corpus n. 91.760, de minha relatoria, DJe
28.2.2008:
“HABEAS CORPUS. CONSTITUCIONAL. PENAL E
PROCESSUAL PENAL. CONDENAÇÃO PELO CRIME DE
PECULATO. AUSÊNCIA DE NOTIFIAÇÃO PRÉVIA (ART. 514 E
SEGUINTES DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL).
NULIDADE RELATIVA. (...)
1. A ausência da notificação prévia de que trata o art. 514 do
Código de Processo Penal constitui vício que gera nulidade relativa e
deve ser arguida oportunamente, sob pena de preclusão. Precedentes.
(...) 4. Habeas corpus parcialmente conhecido e na parte conhecida
deferida parcialmente a ordem”.
6. Contudo, embora a defesa tenha impetrado habeas corpus contra a
decisão que decidiu pela não aplicação do art. 514 do Código de Processo
Penal, o que afasta a preclusão quanto à matéria, e apesar de existir
entendimento deste Supremo Tribunal no sentido de que o prejuízo de
determinadas nulidades seria de “prova impossível” (HC 84.835, Rel. Min.
Sepúlveda Pertence, DJ 26.8.2005; e HC 85.443, Rel. Min. Sepúlveda
Pertence, DJ 13.5.2005), o princípio do pas de nullité sans grief exige, em
regra, a demonstração de prejuízo concreto à parte que suscita o vício,
independentemente da sanção prevista para o ato, podendo ser ela tanto
a de nulidade absoluta (Código de Processo Penal, arts. 563 e 566; HC
81.510, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, DJ 12.4.2002; e HC 74.671, Rel. Min.
Carlos Velloso, DJ 11.4.1997) quanto a de nulidade relativa (HC 88.755,
Rel. Min. Celso de Mello, DJ 15.12.2006; HC 74.356, Rel. Min. Octavio
Gallotti, DJ 25.4.1997; HC 73.099, Rel. Min. Moreira Alves, DJ 17.5.1996).
7. Na espécie vertente, entretanto, a defesa do Paciente não
demonstrou em que foi prejudicada pela preterição da formalidade,
limitando-se a ressaltar que a inobservância do procedimento previsto no
art. 514 do Código de Processo Penal teria contrariado os “princípios do
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Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
HC 111.711 / SP
contraditório e da ampla defesa”. Sustenta, a despeito da jurisprudência
majoritária deste Supremo Tribunal, que, “sendo nulidade absoluta,
independe de comprovação de prejuízo para o acusado, devendo ser decretada de
ofício pelo juiz ou tribunal, ou arguida pela defesa em qualquer fase processual ou
grau de jurisdição, não havendo preclusão nessa questão”.
8. Inexistindo a demonstração do eventual prejuízo decorrente da
inobservância do art. 514 do Código de Processo Penal, a alegada
nulidade, absoluta ou relativa, não pode ser decretada, notadamente ao se
considerar o verdadeiro objetivo dessa oportunidade processual, que, no
entendimento do Ministro Sepúlveda Pertence, exteriorizado no
julgamento do Habeas Corpus n. 72.198, Relator o Ministro Ilmar Galvão,
seria o de “dar ao réu-funcionário a possibilidade de evitar a instauração de
processo temerário, com base em acusação que já a defesa prévia ao recebimento
da denúncia poderia, de logo, demonstrar de todo infundada” (DJ 26.5.1995).
9. Por fim, ressalto que consta do sítio do Tribunal Regional Federal
da 3ª Região (www.trf3.jus.br) a superveniência da sentença condenatória
do Paciente em 9.11.2011, pendente de trânsito em julgado. Este Supremo
Tribunal assentou que essa circunstância prejudica a alegação de
nulidade pela não apresentação da defesa prévia à denúncia:
“Habeas Corpus. Processo Penal. Ausência da notificação para
apresentação de resposta preliminar prevista no art. 514 do CPP.
Alegação não comprovada. Superveniência de sentença condenatória.
Prejuízo da questão preliminar. Precedentes.
É da jurisprudência desta Corte que ‘a ausência da notificação
prévia de que trata o art. 514 do Código de Processo Penal constitui
vício que gera nulidade relativa e deve ser arguida oportunamente, sob
pena de preclusão’ (HC 97.033/SP, rel. min. Cármen Lúcia, DJe 108
de 10.06.2009).
Igualmente sedimentado é o entendimento de que ‘a
superveniência de sentença condenatória, que denota a viabilidade da
ação penal, prejudica a preliminar de nulidade processual por falta de
4
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contraditório e da ampla defesa”. Sustenta, a despeito da jurisprudência
majoritária deste Supremo Tribunal, que, “sendo nulidade absoluta,
independe de comprovação de prejuízo para o acusado, devendo ser decretada de
ofício pelo juiz ou tribunal, ou arguida pela defesa em qualquer fase processual ou
grau de jurisdição, não havendo preclusão nessa questão”.
8. Inexistindo a demonstração do eventual prejuízo decorrente da
inobservância do art. 514 do Código de Processo Penal, a alegada
nulidade, absoluta ou relativa, não pode ser decretada, notadamente ao se
considerar o verdadeiro objetivo dessa oportunidade processual, que, no
entendimento do Ministro Sepúlveda Pertence, exteriorizado no
julgamento do Habeas Corpus n. 72.198, Relator o Ministro Ilmar Galvão,
seria o de “dar ao réu-funcionário a possibilidade de evitar a instauração de
processo temerário, com base em acusação que já a defesa prévia ao recebimento
da denúncia poderia, de logo, demonstrar de todo infundada” (DJ 26.5.1995).
9. Por fim, ressalto que consta do sítio do Tribunal Regional Federal
da 3ª Região (www.trf3.jus.br) a superveniência da sentença condenatória
do Paciente em 9.11.2011, pendente de trânsito em julgado. Este Supremo
Tribunal assentou que essa circunstância prejudica a alegação de
nulidade pela não apresentação da defesa prévia à denúncia:
“Habeas Corpus. Processo Penal. Ausência da notificação para
apresentação de resposta preliminar prevista no art. 514 do CPP.
Alegação não comprovada. Superveniência de sentença condenatória.
Prejuízo da questão preliminar. Precedentes.
É da jurisprudência desta Corte que ‘a ausência da notificação
prévia de que trata o art. 514 do Código de Processo Penal constitui
vício que gera nulidade relativa e deve ser arguida oportunamente, sob
pena de preclusão’ (HC 97.033/SP, rel. min. Cármen Lúcia, DJe 108
de 10.06.2009).
Igualmente sedimentado é o entendimento de que ‘a
superveniência de sentença condenatória, que denota a viabilidade da
ação penal, prejudica a preliminar de nulidade processual por falta de
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Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
HC 111.711 / SP
defesa prévia à denúncia’ (HC 89.517/RJ, rel. min. Cezar Peluso, DJe
27 de 11.02.2010).
Ordem denegada” (grifos nossos).
10. Pelo exposto, encaminho a votação no sentido de denegar a
ordem.
5
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HC 111.711 / SP
defesa prévia à denúncia’ (HC 89.517/RJ, rel. min. Cezar Peluso, DJe
27 de 11.02.2010).
Ordem denegada” (grifos nossos).
10. Pelo exposto, encaminho a votação no sentido de denegar a
ordem.
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Decisão de Julgamento
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
HABEAS CORPUS 111.711
PROCED. : SÃO PAULO
RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA
PACTE.(S) : GILVANI APARECIDO FEITOSA
IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Decisão: A Turma, por unanimidade, denegou a ordem, nos termos
do voto da Relatora. Ausentes, justificadamente, os Senhores
Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra
Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros
Celso de Mello e Joaquim Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
P/ Fabiane Duarte
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
HABEAS CORPUS 111.711
PROCED. : SÃO PAULO
RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA
PACTE.(S) : GILVANI APARECIDO FEITOSA
IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Decisão: A Turma, por unanimidade, denegou a ordem, nos termos
do voto da Relatora. Ausentes, justificadamente, os Senhores
Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra
Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros
Celso de Mello e Joaquim Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
P/ Fabiane Duarte
Secretária
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| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3157765 | 2012-11-13T00:00:00 | 2012-12-05T00:00:00 | A Turma, por unanimidade, denegou a ordem, nos termos do voto da Relatora. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 13.11.2012. | HABEAS CORPUS | EMENTA: HABEAS CORPUS. CONSTITUCIONAL. PENAL E PROCESSUAL PENAL. PECULATO. AUSÊNCIA DE NOTIFICAÇÃO PRÉVIA (ART. 514 E SEGUINTES DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL). NULIDADE RELATIVA. AUSÊNCIA DE DEMONSTRAÇÃO DO PREJUÍZO. SUPERVENIÊNCIA DA SENTENÇA CONDENATÓRIA. ALEGAÇÃO DE PREJUÍZO PREJUDICADA.
1. A ausência da notificação prévia de que trata o art. 514 do Código de Processo Penal constitui vício que gera nulidade relativa e deve ser arguida oportunamente, sob pena de preclusão. Precedentes.
2. O princípio do pas de nullité sans grief exige a demonstração de prejuízo concreto à parte que suscita o vício, independentemente da sanção prevista para o ato, pois não se declara nulidade processual por mera presunção. Precedentes.
3. Este Supremo Tribunal Federal assentou que a defesa prévia à denúncia prevista no art. 514 do Código de Processo Penal tem por objetivo proporcionar ao réu, funcionário público, a possibilidade de impedir a tramitação de ação penal baseada em acusação infundada. Superveniência da sentença condenatória. Alegação de prejuízo prejudicada, pois a denúncia foi confirmada com a procedência no exame do mérito da ação penal.
4. Ordem denegada. | sjur220626 | - Acórdão(s) citados:
(NOTIFICAÇÃO PRÉVIA, CRIMES DE RESPONSABILIDADE DOS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS)
STF: RE 71161 (TP), HC 89686 (1ªT), HC 65261 (1ªT), RHC 54705 (1ªT), HC 91760 (1ªT), HC 72198 (1ªT), HC 97033 (1ªT), HC 110361 (2ªT), HC 71237 (2ªT), HC 68621 (2ªT), HC 65277 (2ªT), HC 89517 (2ªT).
(PRINCÍPIO PAS DE NULLITÉ SANS GRIEF)
STF: HC 84835 (1ª), HC 85443 (1ªT), HC 81510 (1ªT), HC 74356 (1ªT), HC 73099 (1ªT), HC 74671 (2ªT), HC 88755 (2ªT).
- Veja RHC 30920 do STJ.
Número de páginas: 13.
Análise: 22/01/2013, IMC.
Revisão: 27/01/2013, MMR. | CÁRMEN LÚCIA | Segunda Turma | 111711 | [
"LEG-FED DEL-003689 ANO-1941\r\n ART-00514 ART-00515 ART-00516 ART-00517\r\n ART-00518 ART-00563 ART-00566 \r\n CPP-1941 CÓDIGO DE PROCESSO PENAL"
] | HC | acordaos | HC 111711 | [
""
] | PACTE.(S) : GILVANI APARECIDO FEITOSA
IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"HABEAS CORPUS 111 . 711",
"HC 111 . 711 / SP",
"HC 111 . 711 / SP",
"HABEAS CORPUS 111 . 711",
"Recurso Ordinário em Habeas Corpus n . 30 . 920",
"HABEAS CORPUS 111 . 711 SÃO",
"Recurso Ordinário em Habeas Corpus n . 30 . 920",
"HC 111 . 711 / SP",
"HC 111 . 711 / SP",
"HC 111 . 711 / SP",
"Habeas Corpus n . 2011 . 03 . 00 . 006858 - 1",
"SÚMULA 330 DO STJ",
"Súmula 330 do STJ",
"Recurso Ordinário em Habeas Corpus n . 30 . 920",
"HC 111 . 711 / SP",
"Habeas Corpus n . 2011 . 03 . 00 . 006858 - 1",
"SÚMULA 330 DO STJ",
"Súmula 330 do STJ",
"Recurso Ordinário em Habeas Corpus n . 30 . 920",
"HC 111 . 711 / SP",
"SÚMULA 330 / STJ",
"Súmula 330 do STJ",
"HC 111 . 711 / SP",
"SÚMULA 330 / STJ",
"Súmula 330 do STJ",
"HC 111 . 711 / SP",
"HC 111 . 711 / SP",
"HABEAS CORPUS 111 . 711",
"HABEAS CORPUS 111 . 711",
"HC 111 . 711 / SP",
"HC 85 . 779 / RJ",
"HC 95 . 402 - ED / SP",
"HC 85 . 155 / SP",
"HC 110 . 361",
"HC 89 . 686",
"HC 71 . 237",
"HC 68 . 621",
"HC 65 . 277",
"HC 65 . 261",
"RHC 54 . 705",
"RE 71 . 161",
"HC 111 . 711 / SP",
"HC 85 . 779 / RJ",
"Informativo 457 / STF",
"HC 95 . 402 - ED / SP",
"HC 85 . 155 / SP",
"HC 110 . 361",
"HC 89 . 686",
"HC 71 . 237",
"HC 68 . 621",
"HC 65 . 277",
"HC 65 . 261",
"RHC 54 . 705",
"RE 71 . 161",
"HC 111 . 711 / SP",
"Habeas Corpus n . 91 . 760",
"HC 84 . 835",
"HC 85 . 443",
"HC 81 . 510",
"HC 74 . 671",
"HC 88 . 755",
"HC 74 . 356",
"HC 73 . 099",
"HC 111 . 711 / SP",
"HC 84 . 835",
"HC 85 . 443",
"HC 81 . 510",
"HC 74 . 671",
"HC 88 . 755",
"HC 74 . 356",
"HC 73 . 099",
"HC 111 . 711 / SP",
"Habeas Corpus n . 72 . 198",
"HC 97 . 033 / SP",
"HC 111 . 711 / SP",
"Habeas Corpus n . 72 . 198",
"HC 97 . 033 / SP",
"HC 111 . 711 / SP",
"HC 89 . 517 / RJ",
"HC 111 . 711 / SP",
"HC 89 . 517 / RJ",
"HABEAS CORPUS 111 . 711",
"HABEAS CORPUS 111 . 711"
],
"LEGISLACAO": [
"ART . 514 E SEGUINTES DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL",
"art . 514 do Código de Processo Penal",
"art . 514 do Código de Processo Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 312 , § [UNK] , c / c art . 71 do Código Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 312 , § [UNK] , c / c art . 71 do Código Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 514 do Código de Processo Penal",
"artigo 312 , § [UNK] , c / c artigo 71 , ambos do Código Penal",
"artigo 514 do CPP",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 514 do Código de Processo Penal",
"artigo 312 , § [UNK] , c / c artigo 71 , ambos do Código Penal",
"artigo 514 do CPP",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 395 do Código de Processo Penal",
"artigo 396 do CPP",
"ART . 514 DO CPP",
"art . 514 do CPP",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 395 do Código de Processo Penal",
"artigo 396 do CPP",
"ART . 514 DO CPP",
"art . 514 do CPP",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ART . 514 DO CPP",
"artigo 514 do Código de Processo Penal",
"art . [UNK] , LV , da CF / 88",
"art . 514 do CPP",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ART . 514 DO CPP",
"artigo 514 do Código de Processo Penal",
"art . [UNK] , LV , da CF / 88",
"art",
"art . 514 do CPP",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art",
"artigo 514 do CPP",
"artigo 514 do Código Processo Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 514 do CPP",
"artigo 514 do CPP",
"artigo 514 do Código Processo Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 514 do Código de Processo Penal",
"artigo 514 do Código de Processo Penal",
"art . 514 do Código de Processo Penal",
"ART . 514 DO CPP",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 514 do Código de Processo Penal",
"artigo 514 do Código de Processo Penal",
"art . 514 do Código de Processo Penal",
"ART . 514 DO CPP",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 514 do Código de Processo Penal",
"artigo 514 do CPP",
"art . 514 do Código de Processo Penal",
"art . 563 do CPP",
"art . 514 do Código de Processo Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 514 do Código de Processo Penal",
"artigo 514 do CPP",
"art . 514 do Código de",
"art . 563 do CPP",
"art . 514 do Código de Processo Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 514 do Código de Processo Penal",
"art . 514 do Código de Processo Penal",
"Código de Processo Penal , arts . 563 e 566",
"art . 514 do Código de Processo Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ART . 514 E SEGUINTES DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL",
"art . 514 do Código de Processo Penal",
"art . 514 do Código de Processo Penal",
"Código de Processo Penal , arts . 563 e 566",
"art . 514 do Código de Processo Penal",
"MP",
"art . 514 do Código de Processo Penal",
"art . 514 do CPP",
"art . 514 do Código de Processo Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 514 do Código de Processo Penal",
"art . 514 do CPP",
"art . 514 do Código de Processo Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"SÃO PAULO",
"Brasília",
"Brasília",
"SÃO PAULO",
"Rua Ângelo Grigol",
"distrito de",
"Barão Geraldo",
"campinas",
"Rua Ângelo Grigol",
"distrito de",
"Barão Geraldo",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO"
],
"ORGANIZACAO": [
"SEGUNDA TURMA",
"DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO",
"Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça",
"Tribunal Regional da [UNK] Região",
"Security Vigiliância e Segurança Ltda",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO",
"Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça",
"Tribunal Regional da [UNK] Região",
"Security Vigiliância e Segurança Ltda",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Tribunal Regional do Trabalho da [UNK] Região",
"[UNK] Vara Criminal Federal da Subseção Judiciária de Campinas",
"Seção Judiciária de São",
"Ministério Público Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Tribunal Regional do Trabalho da [UNK] Região",
"TRT",
"[UNK] Vara Criminal Federal da Subseção Judiciária de Campinas",
"Seção Judiciária de São Paulo",
"Ministério Público Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"TRT",
"SEDI",
"Ministério Público Federal",
"Quinta Turma do Tribunal Regional Federal da [UNK] Região",
"STJ",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Sexta Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"TRT",
"SEDI",
"Ministério Público Federal",
"Quinta Turma do Tribunal Regional Federal da [UNK] Região",
"STJ",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Sexta Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"União",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"-",
"Geral da",
"União",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"[UNK] Vara Criminal Federal da Subseção Judiciária de Campinas",
"Seção",
"TRT",
"Quinta Turma do Tribunal Regional Federal da [UNK] Região",
"Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"[UNK] Vara Criminal Federal da Subseção Judiciária de Campinas",
"Seção",
"TRT",
"Quinta Turma do Tribunal Regional Federal da [UNK] Região",
"Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça",
"Supremo Tribunal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"STF",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
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"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"STF",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Tribunal Regional Federal da [UNK] Região",
"Supremo Tribunal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal",
"Tribunal Regional Federal da [UNK] Região",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"CÁRMEN LÚCIA",
"GILVANI APARECIDO FEITOSA",
"Ricardo Lewandowski",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"CÁRMEN LÚCIA",
"Ricardo Lewandowski",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"GILVANI APARECIDO FEITOSA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"GILVANI APARECIDO FEITOSA",
"Vasco Della Giustina",
"CÁRMEN LÚCIA",
"GILVANI APARECIDO FEITOSA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"GILVANI APARECIDO FEITOSA",
"Vasco Della Giustina",
"Mauricio Pereira dos Santos",
"Milton Alves de Silva",
"Roberto Victorino da Silva",
"GILVANI APARECIDO FEITOSA",
"Mauricio Pereira dos Santos",
"Milton Alves de Silva",
"Roberto Victorino da Silva",
"GILVANI APARECIDO FEITOSA",
"Vasco Della Giustina",
"Vasco Della Giustina",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"Eros Grau",
"Ellen Gracie",
"Ricardo Lewandowski",
"Sepúlveda Pertence",
"Marco Aurélio",
"Marco Aurélio",
"Djaci Falcão",
"Moreira Alves",
"Cunha Peixoto",
"Djaci Falcão",
"Eros Grau",
"Ellen Gracie",
"Ricardo Lewandowski",
"Sepúlveda Pertence",
"Marco Aurélio",
"Marco Aurélio",
"Djaci Falcão",
"Moreira Alves",
"Cunha Peixoto",
"Djaci Falcão",
"CÁRMEN LÚCIA",
"Sepúlveda Pertence",
"Sepúlveda Pertence",
"Sepúlveda Pertence",
"Carlos Velloso",
"Celso de Mello",
"Octavio Gallotti",
"Moreira Alves",
"Sepúlveda Pertence",
"Sepúlveda Pertence",
"Sepúlveda Pertence",
"Carlos Velloso",
"Celso de Mello",
"Octavio Gallotti",
"Moreira Alves",
"CÁRMEN LÚCIA",
"Sepúlveda Pertence",
"Ilmar Galvão",
"Cármen Lúcia",
"Sepúlveda Pertence",
"Ilmar Galvão",
"Cármen Lúcia",
"CÁRMEN LÚCIA",
"Cezar Peluso",
"Cezar Peluso",
"CÁRMEN LÚCIA",
"GILVANI APARECIDO FEITOSA",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos",
"Fabiane",
"CÁRMEN LÚCIA",
"GILVANI APARECIDO FEITOSA",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos",
"Fabiane Duarte"
],
"TEMPO": [
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13 de novembro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13 de novembro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"[UNK]",
".",
"12",
".",
"2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"[UNK]",
".",
"12",
".",
"2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"02",
"/",
"10",
"/",
"2007",
"06",
"/",
"10",
"/",
"2007",
"12",
"/",
"10",
"/",
"2007",
"14",
"/",
"10",
"/",
"2007",
"17",
".",
"8",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"02",
"/",
"10",
"/",
"2007",
"06",
"/",
"10",
"/",
"2007",
"12",
"/",
"10",
"/",
"2007",
"14",
"/",
"10",
"/",
"2007",
"17",
".",
"8",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
".",
"7",
".",
"2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
".",
"7",
".",
"2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"[UNK]",
".",
"12",
".",
"2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"[UNK]",
".",
"12",
".",
"2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"19",
".",
"12",
".",
"2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"19",
".",
"12",
".",
"2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"[UNK]",
".",
"8",
".",
"2012",
"17",
".",
"8",
".",
"2007",
"[UNK]",
".",
"7",
".",
"1994",
"2",
".",
"8",
".",
"1991",
"3",
".",
"10",
".",
"1987",
"31",
".",
"10",
".",
"1987",
"[UNK]",
".",
"11",
".",
"1976",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"[UNK]",
".",
"8",
".",
"2012",
"17",
".",
"8",
".",
"2007",
"[UNK]",
".",
"7",
".",
"1994",
"2",
".",
"8",
".",
"1991",
"3",
".",
"10",
".",
"1987",
"31",
".",
"10",
".",
"1987",
"[UNK]",
".",
"11",
".",
"1976",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"28",
".",
"2",
".",
"2008",
"26",
".",
"8",
".",
"2005",
"13",
".",
"5",
".",
"2005",
"12",
".",
"4",
".",
"2002",
"11",
".",
"4",
".",
"1997",
"15",
".",
"12",
".",
"2006",
"25",
".",
"4",
".",
"1997",
"17",
".",
"5",
".",
"1996",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"28",
".",
"2",
".",
"2008",
"26",
".",
"8",
".",
"2005",
"13",
".",
"5",
".",
"2005",
"12",
".",
"4",
".",
"2002",
"11",
".",
"4",
".",
"1997",
"15",
".",
"12",
".",
"2006",
"25",
".",
"4",
".",
"1997",
"17",
".",
"5",
".",
"1996",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"26",
".",
"5",
".",
"1995",
"9",
".",
"11",
".",
"2011",
"10",
".",
"06",
".",
"2009",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"26",
".",
"9",
".",
"11",
".",
"2011",
"10",
".",
"06",
".",
"2009",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
".",
"02",
".",
"2010",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"de",
"11",
".",
"02",
".",
"2010",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 702.955 SÃO PAULO
RELATOR
: MIN. GILMAR MENDES
AGTE.(S)
:W
A
COMÉRCIO
E
EMPREENDIMENTOS
IMOBILIÁRIOS LTDA
ADV.(A/S)
:FLAVIO CASCAES
DE BARROS BARRETO
E
OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO
PAULO
Agravo regimental em recurso extraordinário. 2. Direito
Administrativo. 3. Necessidade de realização de diversas obras e serviços
para aprovação da construção de prédios de escritórios na
municipalidade. Solução da controvérsia demandaria rever a
interpretação conferida pelo Tribunal de origem à legislação
infraconstitucional aplicável à espécie. Ofensa indireta à Constituição
Federal. 3. Ausência de argumentos capazes de infirmar a decisão
agravada. 4. Agravo regimental a que se nega provimento.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os ministros do
Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a presidência do
Senhor Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de
julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, negar
provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator.
Brasília, 13 de novembro de 2012.
Ministro GILMAR MENDES
Relator
Documento assinado digitalmente
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3130499.
Supremo Tribunal Federal
DJe 11/12/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 6
Relatório
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 702.955 SÃO PAULO
RELATOR
: MIN. GILMAR MENDES
AGTE.(S)
:W
A
COMÉRCIO
E
EMPREENDIMENTOS
IMOBILIÁRIOS LTDA
ADV.(A/S)
:FLAVIO CASCAES
DE BARROS BARRETO
E
OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO
PAULO
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (RELATOR): Trata-se de
agravo regimental interposto contra decisão de fls. 628-630, que negou
seguimento ao recurso extraordinário por entender que a solução da
controvérsia demandaria rever a interpretação conferida pela origem à
legislação infraconstitucional, providência vedada na via extraordinária.
Confira-se trecho da decisão agravada:
“Com efeito, o Tribunal de origem, interpretando a
legislação local aplicável ao caso (Leis Municipais 10.334/87 e
10.506/88) e Lei Federal 10.257/2001, consignou a necessidade
de realização de obras e serviços, como requisito para a
construção de prédio de escritórios.
Nesses termos, para se entender de forma diversa do
assentado pelo acórdão recorrido, é imprescindível rever a
interpretação conferida pela origem à legislação local,
providência vedada no âmbito do recurso extraordinário, a teor
do disposto nas Súmulas 280 e 636 do STF”.
No agravo regimental, sustenta-se que não é caso de aplicação da
Súmulas 280 e 636, uma vez que a solução da lide não demandaria rever a
interpretação da legislação infraconstitucional, já que o Tribunal de
origem ao consignar que “é justo que sejam custeados pelo empreendedor e
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3130500.
Supremo Tribunal Federal
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 702.955 SÃO PAULO
RELATOR
: MIN. GILMAR MENDES
AGTE.(S)
:W
A
COMÉRCIO
E
EMPREENDIMENTOS
IMOBILIÁRIOS LTDA
ADV.(A/S)
:FLAVIO CASCAES
DE BARROS BARRETO
E
OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO
PAULO
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (RELATOR): Trata-se de
agravo regimental interposto contra decisão de fls. 628-630, que negou
seguimento ao recurso extraordinário por entender que a solução da
controvérsia demandaria rever a interpretação conferida pela origem à
legislação infraconstitucional, providência vedada na via extraordinária.
Confira-se trecho da decisão agravada:
“Com efeito, o Tribunal de origem, interpretando a
legislação local aplicável ao caso (Leis Municipais 10.334/87 e
10.506/88) e Lei Federal 10.257/2001, consignou a necessidade
de realização de obras e serviços, como requisito para a
construção de prédio de escritórios.
Nesses termos, para se entender de forma diversa do
assentado pelo acórdão recorrido, é imprescindível rever a
interpretação conferida pela origem à legislação local,
providência vedada no âmbito do recurso extraordinário, a teor
do disposto nas Súmulas 280 e 636 do STF”.
No agravo regimental, sustenta-se que não é caso de aplicação da
Súmulas 280 e 636, uma vez que a solução da lide não demandaria rever a
interpretação da legislação infraconstitucional, já que o Tribunal de
origem ao consignar que “é justo que sejam custeados pelo empreendedor e
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3130500.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 6
Relatório
RE 702.955 AGR / SP
não pelo conjunto da sociedade, com a receita proporcional pelos impostos, a
realização de obras e serviços, como requisito para a construção de prédio de
escritório” (fl. 639), fundamentou-se no princípio da equidade.
Por fim, salienta-se o seguinte:
“No caso concreto, a Municipalidade está a exigir do
particular a prestação de serviços que independem do
empreendimento imobiliário a ser desenvolvido, onerando os
agravantes a ponto de inviabilizar a própria realização do
empreendimento, em nítido abuso de poder, afrontando
diretamente o disposto no art. 37, caput, da CF”. (fl. 640)
É o relatório.
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3130500.
Supremo Tribunal Federal
RE 702.955 AGR / SP
não pelo conjunto da sociedade, com a receita proporcional pelos impostos, a
realização de obras e serviços, como requisito para a construção de prédio de
escritório” (fl. 639), fundamentou-se no princípio da equidade.
Por fim, salienta-se o seguinte:
“No caso concreto, a Municipalidade está a exigir do
particular a prestação de serviços que independem do
empreendimento imobiliário a ser desenvolvido, onerando os
agravantes a ponto de inviabilizar a própria realização do
empreendimento, em nítido abuso de poder, afrontando
diretamente o disposto no art. 37, caput, da CF”. (fl. 640)
É o relatório.
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3130500.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 6
Voto - MIN. GILMAR MENDES
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 702.955 SÃO PAULO
V O T O
O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (RELATOR): No agravo
regimental, não ficou demonstrado o desacerto da decisão agravada.
Verifico que as alegações da parte são impertinentes e decorrem de
mero inconformismo com a decisão adotada por este Tribunal.
A agravante não trouxe argumentos suficientes para infirmar a
decisão, visando apenas à rediscussão da matéria já decidida em
conformidade com a jurisprudência pacífica desta Corte.
Como já demonstrado pela decisão ora agravada, o Tribunal de
origem, interpretando a legislação infraconstitucional aplicável à espécie,
consignou a necessidade de realização de diversas obras e serviços para
aprovação da construção de prédios de escritórios na municipalidade.
Nesses termos, para concluir de forma diversa do consignado pelo
acórdão recorrido seria necessário rever a interpretação conferida na
origem à legislação infraconstitucional, providência vedada na via
extraordinária, nos termos das súmulas 280 e 636.
No caso, a ofensa à Constituição Federal, se existente, dar-se-ia de
forma diversa.
Nesse sentido, confiram-se, entre inúmeros outros, os seguintes
precedentes:
“1. RECURSO.Extraordinário.Inadmissibilidade. Taxa de
Licenciamento de Obras e Serviços Públicos. Lei Municipal nº
1.369/88. Reexame de legislação local. Controvérsia
infraconstitucional. Aplicação da súmula 280. Precedentes.
Agravo regimental improvido. Não cabe recurso extraordinário
que teria por objeto alegação de ofensa que, irradiando-se de
má interpretação, aplicação, ou, até, inobservância de direito
local, seria apenas indireta à Constituição da República. 2.
RECURSO. Agravo. Regimental. Jurisprudência assentada
sobre a matéria. Caráter meramente abusivo. Litigância de má-
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Supremo Tribunal Federal
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 702.955 SÃO PAULO
V O T O
O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (RELATOR): No agravo
regimental, não ficou demonstrado o desacerto da decisão agravada.
Verifico que as alegações da parte são impertinentes e decorrem de
mero inconformismo com a decisão adotada por este Tribunal.
A agravante não trouxe argumentos suficientes para infirmar a
decisão, visando apenas à rediscussão da matéria já decidida em
conformidade com a jurisprudência pacífica desta Corte.
Como já demonstrado pela decisão ora agravada, o Tribunal de
origem, interpretando a legislação infraconstitucional aplicável à espécie,
consignou a necessidade de realização de diversas obras e serviços para
aprovação da construção de prédios de escritórios na municipalidade.
Nesses termos, para concluir de forma diversa do consignado pelo
acórdão recorrido seria necessário rever a interpretação conferida na
origem à legislação infraconstitucional, providência vedada na via
extraordinária, nos termos das súmulas 280 e 636.
No caso, a ofensa à Constituição Federal, se existente, dar-se-ia de
forma diversa.
Nesse sentido, confiram-se, entre inúmeros outros, os seguintes
precedentes:
“1. RECURSO.Extraordinário.Inadmissibilidade. Taxa de
Licenciamento de Obras e Serviços Públicos. Lei Municipal nº
1.369/88. Reexame de legislação local. Controvérsia
infraconstitucional. Aplicação da súmula 280. Precedentes.
Agravo regimental improvido. Não cabe recurso extraordinário
que teria por objeto alegação de ofensa que, irradiando-se de
má interpretação, aplicação, ou, até, inobservância de direito
local, seria apenas indireta à Constituição da República. 2.
RECURSO. Agravo. Regimental. Jurisprudência assentada
sobre a matéria. Caráter meramente abusivo. Litigância de má-
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Voto - MIN. GILMAR MENDES
RE 702.955 AGR / SP
fé. Imposição de multa. Aplicação do art. 557, § 2º, cc. arts. 14, II
e III, e 17, VII, do CPC. Quando abusiva a interposição de
agravo, manifestamente inadmissível ou infundado, deve o
Tribunal condenar o agravante a pagar multa ao agravado”.
(RE-AgR 251.301, Rel. Min. CEZAR PELUSO, Segunda Turma,
DJ 7.12.2006).
“AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO.
SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL. PROMOÇÃO NA
CARREIRA. LEGISLAÇÃO ESTADUAL. REAPRECIAÇÃO DE
INTERPRETAÇÃO DE NORMA INFRACONSTITUCIONAL
LOCAL. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA 280 DO STF. AGRAVO
IMPROVIDO. I - É inadmissível o recurso extraordinário
quando sua análise implica rever a interpretação de norma
infraconstitucional local que fundamenta a decisão a quo.
Incidência da Súmula 280 desta Corte. Precedentes. II - A
discussão acerca de eventual extrapolação de ato regulamentar
em relação ao comando legal regulamentado não possui
natureza constitucional, porquanto depende da análise do
cotejo da norma regulamentadora com a lei ordinária, a cujo
exame não se presta o recurso extraordinário. Precedentes. III -
Agravo regimental improvido”. (ARE-AgR 664.941, Rel. Min.
RICARDO LEWANDOWSKI, Segunda Turma, DJe 22.10.2012).
Ante o exposto, nego provimento ao agravo regimental.
2
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Supremo Tribunal Federal
RE 702.955 AGR / SP
fé. Imposição de multa. Aplicação do art. 557, § 2º, cc. arts. 14, II
e III, e 17, VII, do CPC. Quando abusiva a interposição de
agravo, manifestamente inadmissível ou infundado, deve o
Tribunal condenar o agravante a pagar multa ao agravado”.
(RE-AgR 251.301, Rel. Min. CEZAR PELUSO, Segunda Turma,
DJ 7.12.2006).
“AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO.
SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL. PROMOÇÃO NA
CARREIRA. LEGISLAÇÃO ESTADUAL. REAPRECIAÇÃO DE
INTERPRETAÇÃO DE NORMA INFRACONSTITUCIONAL
LOCAL. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA 280 DO STF. AGRAVO
IMPROVIDO. I - É inadmissível o recurso extraordinário
quando sua análise implica rever a interpretação de norma
infraconstitucional local que fundamenta a decisão a quo.
Incidência da Súmula 280 desta Corte. Precedentes. II - A
discussão acerca de eventual extrapolação de ato regulamentar
em relação ao comando legal regulamentado não possui
natureza constitucional, porquanto depende da análise do
cotejo da norma regulamentadora com a lei ordinária, a cujo
exame não se presta o recurso extraordinário. Precedentes. III -
Agravo regimental improvido”. (ARE-AgR 664.941, Rel. Min.
RICARDO LEWANDOWSKI, Segunda Turma, DJe 22.10.2012).
Ante o exposto, nego provimento ao agravo regimental.
2
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Decisão de Julgamento
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 702.955
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. GILMAR MENDES
AGTE.(S) : W A COMÉRCIO E EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS LTDA
ADV.(A/S) : FLAVIO CASCAES DE BARROS BARRETO E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto do Relator. Ausentes,
justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim
Barbosa. 2ª Turma, 13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra
Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros
Celso de Mello e Joaquim Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
P/ Fabiane Duarte
Secretária
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Supremo Tribunal Federal
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 702.955
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. GILMAR MENDES
AGTE.(S) : W A COMÉRCIO E EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS LTDA
ADV.(A/S) : FLAVIO CASCAES DE BARROS BARRETO E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto do Relator. Ausentes,
justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim
Barbosa. 2ª Turma, 13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra
Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros
Celso de Mello e Joaquim Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
P/ Fabiane Duarte
Secretária
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 6
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3176668 | 2012-11-13T00:00:00 | 2012-12-11T00:00:00 | A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 13.11.2012. | AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO | Agravo regimental em recurso extraordinário. 2. Direito Administrativo. 3. Necessidade de realização de diversas obras e serviços para aprovação da construção de prédios de escritórios na municipalidade. Solução da controvérsia demandaria rever a interpretação conferida pelo Tribunal de origem à legislação infraconstitucional aplicável à espécie. Ofensa indireta à Constituição Federal. 3. Ausência de argumentos capazes de infirmar a decisão agravada. 4. Agravo regimental a que se nega provimento. | sjur221322 | - Acórdãos citados:
(OFENSA REFLEXA)
STF: RE 251301 AgR (2ªT)
(SERVIDOR ESTADUAL, PROMOÇÃO)
STF: ARE 664941 AgR (2ªT)
Número de páginas: 10.
Análise: 19/12/2012, MAC. | GILMAR MENDES | Segunda Turma | 702955 | [
"LEG-FED SUMSTF-000280 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\r\n\r\n",
"LEG-FED SUMSTF-000636 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\r\n\r\n",
"LEG-MUN LEI-010334 ANO-1987\r\n LEI ORDINÁRIA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO, SP\r\n\r\n",
"LEG-MUN LEI-010506 ANO-1988\r\n LEI ORDINÁRIA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO, SP\r\n\r\n",
"LEG-MUN LEI-010257 ANO-2001\r\n LEI ORDINÁRIA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO, SP"
] | RE-AgR | acordaos | RE 702955 AgR | [
""
] | AGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
AGTE.(S) : W A COMÉRCIO E EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS LTDA
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
ADV.(A/S) : FLAVIO CASCAES DE BARROS BARRETO E OUTRO(A/S) | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 702 . 955",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 702 . 955",
"Súmulas 280 e 636 do STF",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 702 . 955",
"Súmulas 280",
"RE 702 . 955 AGR / SP",
"RE 702 . 955 AGR / SP",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 702 . 955",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 702 . 955",
"RE 702 . 955 AGR / SP",
"RE",
"-",
"AgR 251 . 301",
"SÚMULA 280 DO STF",
"ARE",
"-",
"AgR 664 . 941",
"RE 702 . 955 AGR / SP",
"RE",
"-",
"AgR 251 . 301",
"SÚMULA 280 DO STF",
"Súmula 280 desta Corte",
"ARE",
"-",
"AgR 664 . 941",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 702 . 955",
"RECURSO"
],
"LEGISLACAO": [
"Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Leis Municipais 10 . 334 / 87",
"10",
".",
"506",
"/",
"88",
"Lei Federal 10 . 257 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Leis Municipais 10 . 334 / 87",
"10",
".",
"506",
"/",
"88",
"Lei Federal 10 . 257 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 37 , caput , da CF",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 37 , caput , da CF ”",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição Federal",
"Lei Municipal [UNK] 1 . 369 / 88",
"Constituição da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição Federal",
"Municipal [UNK] 1 . 369 / 88",
"Constituição da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 557 , § [UNK] , cc . arts . 14 , II e III , e 17 , VII , do CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 557 , § [UNK] , cc . arts . 14 , II e III , e 17 , VII , do CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"SÃO PAULO",
"MUNICÍPIO DE SÃO PAULO",
"Brasília",
"SÃO PAULO",
"MUNICÍPIO DE SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"MUNICÍPIO DE SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"MUNICÍPIO DE SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"MUNICÍPIO"
],
"ORGANIZACAO": [
"SEGUNDA TURMA",
"W",
"A COMÉRCIO E EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS LTDA",
"MUNICÍPIO DE SÃO PAULO",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"W",
"A COMÉRCIO E EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS LTDA",
"MUNICÍPIO",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"W",
"A COMÉRCIO E EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS LTDA",
"MUNICÍPIO",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Segunda Turma",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"W",
"A COMÉRCIO E EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS LTDA",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"W A COMÉRCIO E EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS LTDA",
"MUNICÍPIO",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"GILMAR MENDES",
"FLAVIO CASCAES DE BARROS BARRETO",
"Ricardo Lewandowski",
"GILMAR MENDES",
"GILMAR MENDES",
"FLAVIO CASCAES DE BARROS BARRETO",
"GILMAR MENDES",
"GILMAR MENDES",
"FLAVIO CASCAES DE BARROS BARRETO",
"GILMAR MENDES",
"GILMAR MENDES",
"GILMAR MENDES",
"GILMAR MENDES",
"GILMAR MENDES",
"CEZAR PELUSO",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"CEZAR PELUSO",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"GILMAR MENDES",
"FLAVIO CASCAES DE BARROS BARRETO",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos",
"Fabiane Duarte",
"GILMAR MENDES",
"FLAVIO CASCAES DE BARROS BARRETO",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos",
"Fabiane Duarte"
],
"TEMPO": [
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"13 de novembro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2012",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"7",
".",
"12",
".",
"2006",
"22",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"7",
".",
"12",
".",
"2006",
"22",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 104.502 MINAS GERAIS
RELATORA
: MIN. ROSA WEBER
PACTE.(S)
:VIVIANE MARTINS SILVA
IMPTE.(S)
:DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
COATOR(A/S)(ES)
:SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
EMENTA
HABEAS
CORPUS.
SUBSTITUTIVO
DO
RECURSO
CONSTITUCIONAL. INADEQUAÇÃO DA VIA ELEITA. LIBERDADE
PROVISÓRIA NO CRIME DE TRÁFICO DE DROGAS. PRESSUPOSTOS
E FUNDAMENTOS DA PRISÃO PREVENTIVA. RISCO DE
REITERAÇÃO DELITIVA E À ORDEM PÚBLICA. DECISÃO
FUNDAMENTADA.
1. O habeas corpus tem uma rica história, constituindo garantia
fundamental do cidadão. Ação constitucional que é, não pode ser
amesquinhado, mas também não é passível de vulgarização, sob pena de
restar descaracterizado como remédio heroico. Contra a denegação de
habeas corpus por Tribunal Superior prevê a Constituição Federal remédio
jurídico expresso, o recurso ordinário. Diante da dicção do art. 102, II, a,
da Constituição da República, a impetração de novo habeas corpus em
caráter substitutivo escamoteia o instituto recursal próprio, em manifesta
burla ao preceito constitucional. Precedente da Primeira Turma desta
Suprema Corte.
2. O Plenário desta Corte, no julgamento do Habeas Corpus
104.339/SP, decidiu pela inconstitucionalidade da vedação abstrata à
concessão de liberdade provisória em crimes de tráfico de drogas,
invalidando parcialmente a provisão da espécie contida no art. 44 da Lei
nº 11.343/2006. Não obstante, a Corte também ressalvou a possibilidade
da decretação da prisão cautelar em processos por crimes de tráfico de
drogas.
3. Se as circunstâncias concretas da prática do crime indicam o
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Supremo Tribunal Federal
DJe 27/11/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 19
Ementa e Acórdão
HC 104.502 / MG
envolvimento significativo do agente com o tráfico de drogas e, por
conseguinte, a periculosidade e o risco de reiteração delitiva, está
justificada decretação ou a manutenção da prisão cautelar para
resguardar a ordem pública, desde que igualmente presentes boas provas
da materialidade e da autoria.
4. O efeito disruptivo e desagregador do tráfico de drogas, este
associado a um mundo de violência, desespero e morte para as suas
vítimas e para as comunidades afetadas, justifica tratamento jurídico mais
rigoroso em relação aos agentes por eles responsáveis a refletir na análise
dos casos concretos.
5. Habeas corpus extinto sem resolução do mérito.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os
Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Primeira Turma, sob a
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de
julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em
julgar extinta a ordem de habeas corpus por inadequação da via
processual, nos termos do voto da relatora.
Brasília, 13 de novembro de 2012.
Ministra Rosa Weber
Relatora
2
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
HC 104.502 / MG
envolvimento significativo do agente com o tráfico de drogas e, por
conseguinte, a periculosidade e o risco de reiteração delitiva, está
justificada decretação ou a manutenção da prisão cautelar para
resguardar a ordem pública, desde que igualmente presentes boas provas
da materialidade e da autoria.
4. O efeito disruptivo e desagregador do tráfico de drogas, este
associado a um mundo de violência, desespero e morte para as suas
vítimas e para as comunidades afetadas, justifica tratamento jurídico mais
rigoroso em relação aos agentes por eles responsáveis a refletir na análise
dos casos concretos.
5. Habeas corpus extinto sem resolução do mérito.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os
Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Primeira Turma, sob a
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de
julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em
julgar extinta a ordem de habeas corpus por inadequação da via
processual, nos termos do voto da relatora.
Brasília, 13 de novembro de 2012.
Ministra Rosa Weber
Relatora
2
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 19
Relatório
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 104.502 MINAS GERAIS
RELATORA
: MIN. ROSA WEBER
PACTE.(S)
:VIVIANE MARTINS SILVA
IMPTE.(S)
:DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
COATOR(A/S)(ES)
:SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
RELATÓRIO
A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Trata-se de habeas
corpus, com pedido de liminar, impetrado pela Defensoria Pública da
União em favor de Viviane Martins Silva contra acórdão da Quinta Turma
do Superior Tribunal de Justiça, que indeferiu a ordem requerida no HC
159.163/MG.
A paciente foi presa em flagrante, em 16.7.2009, e, posteriormente,
denunciada pela suposta prática dos crimes previstos no art. 33, c/c o art.
40, VI, e art. 35, todos da Lei 11.343/2006, na forma do art. 69 do CP (fls.
64-66). Formulado pedido de liberdade provisória, foi indeferido pelo
Juízo da 1ª Vara de Tóxicos da Comarca de Belo Horizonte/MG (fls. 29-
34).
Contra essa decisão, foi impetrado o HC 1.0000.09.503814-7/000
perante o Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais. A liminar foi
deferida pelo Desembargador plantonista, com a consequente expedição
de alvará de soltura em 15.8.2009 (fls. 112-116). No mérito, a 5ª Câmara
Criminal, em 15.9.2009, por maioria, denegou a ordem, cassando a
liminar anteriormente deferida (fls. 155-171).
Em seguida, foi impetrado o HC 159.163/MG perante o Superior
Tribunal de Justiça, igualmente denegado, à unanimidade, em julgamento
pela Quinta Turma, sendo Relator o Ministro Felix Fischer (fls. 49-62).
Foi impetrado, então, o presente writ.
Requer a concessão de provimento liminar para que a paciente tenha
assegurado o direito de aguardar em liberdade o julgamento do presente
habeas corpus. No mérito, pleiteia a concessão da ordem em definitivo.
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 104.502 MINAS GERAIS
RELATORA
: MIN. ROSA WEBER
PACTE.(S)
:VIVIANE MARTINS SILVA
IMPTE.(S)
:DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
COATOR(A/S)(ES)
:SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
RELATÓRIO
A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Trata-se de habeas
corpus, com pedido de liminar, impetrado pela Defensoria Pública da
União em favor de Viviane Martins Silva contra acórdão da Quinta Turma
do Superior Tribunal de Justiça, que indeferiu a ordem requerida no HC
159.163/MG.
A paciente foi presa em flagrante, em 16.7.2009, e, posteriormente,
denunciada pela suposta prática dos crimes previstos no art. 33, c/c o art.
40, VI, e art. 35, todos da Lei 11.343/2006, na forma do art. 69 do CP (fls.
64-66). Formulado pedido de liberdade provisória, foi indeferido pelo
Juízo da 1ª Vara de Tóxicos da Comarca de Belo Horizonte/MG (fls. 29-
34).
Contra essa decisão, foi impetrado o HC 1.0000.09.503814-7/000
perante o Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais. A liminar foi
deferida pelo Desembargador plantonista, com a consequente expedição
de alvará de soltura em 15.8.2009 (fls. 112-116). No mérito, a 5ª Câmara
Criminal, em 15.9.2009, por maioria, denegou a ordem, cassando a
liminar anteriormente deferida (fls. 155-171).
Em seguida, foi impetrado o HC 159.163/MG perante o Superior
Tribunal de Justiça, igualmente denegado, à unanimidade, em julgamento
pela Quinta Turma, sendo Relator o Ministro Felix Fischer (fls. 49-62).
Foi impetrado, então, o presente writ.
Requer a concessão de provimento liminar para que a paciente tenha
assegurado o direito de aguardar em liberdade o julgamento do presente
habeas corpus. No mérito, pleiteia a concessão da ordem em definitivo.
Supremo Tribunal Federal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 19
Relatório
HC 104.502 / MG
Em 22.6.2010, a eminente Ministra Ellen Gracie indeferiu a liminar
(fls. 205-208).
O Ministério Público Federal, em parecer da lavra do
Subprocurador-Geral da República Edson Oliveira de Almeida, opinou
pela denegação da ordem (fls. 211-215).
Informações prestadas pelo Juízo da 1ª Vara de Tóxicos da Comarca
de Belo Horizonte/MG dando conta de que, “na data de 15 de setembro de
2009, foi expedido Alvará de Soltura em favor da paciente, estando esta solta
desde a referida data. Assim, estão os autos conclusos para prolação de sentença
desde o dia 14 de agosto de 2012” (fl. 230).
É o relatório.
2
Supremo Tribunal Federal
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HC 104.502 / MG
Em 22.6.2010, a eminente Ministra Ellen Gracie indeferiu a liminar
(fls. 205-208).
O Ministério Público Federal, em parecer da lavra do
Subprocurador-Geral da República Edson Oliveira de Almeida, opinou
pela denegação da ordem (fls. 211-215).
Informações prestadas pelo Juízo da 1ª Vara de Tóxicos da Comarca
de Belo Horizonte/MG dando conta de que, “na data de 15 de setembro de
2009, foi expedido Alvará de Soltura em favor da paciente, estando esta solta
desde a referida data. Assim, estão os autos conclusos para prolação de sentença
desde o dia 14 de agosto de 2012” (fl. 230).
É o relatório.
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Voto - MIN. ROSA WEBER
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 104.502 MINAS GERAIS
VOTO
I.
A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): O presente habeas
corpus foi impetrado contra acórdão denegatório do HC 159.163/MG
proferido pelo Superior Tribunal de Justiça.
Contra a denegação de habeas corpus por Tribunal Superior prevê a
Constituição da República remédio jurídico expresso, o recurso ordinário
(art. 102, II, a). Diante da dicção constitucional não cabe, em decorrência,
a utilização de novo habeas corpus, em caráter substitutivo.
Esta Primeira Turma assentou tal entendimento, em 08.8.2012, ao
julgar o HC 109.956 (Rel. Min. Marco Aurélio, por maioria, DJE de
11.9.2012), tendo a discussão iniciado no HC 108.715, cujo julgamento
ainda não foi finalizado.
Ora, o habeas corpus constitui garantia fundamental prevista na
Constituição da República para a tutela da liberdade de locomoção — ir,
vir e permanecer —, contra prisão ou ameaça de prisão ilegal ou abusiva
(art. 5.º, LXVIII).
Sua origem perde-se no tempo. Na Inglaterra, o seu berço histórico,
afirma-se que é mais antigo que a própria Magna Carta de 1215 (LEVY,
Leonard W. Origins of the Bill of Rights. New Haven and London: Yale
University Press, p. 44).
Originariamente, era utilizado pelos Tribunais para determinar a
apresentação de alguém, um prisioneiro, à Corte, para literalmente “ter o
corpo” em Juízo, e não constituía um instrumento destinado
necessariamente à salvaguarda da liberdade. Ilustrativamente, em 1554, a
Queen's Bench utilizou dois habeas corpus para trazer a julgamento
diversas pessoas envolvidas em rebelião, sendo identificadas nos writs
notas de que os rebeldes deveriam ser enforcados (HALLIDAY, Paul D.
Habeas Corpus: From England to Empire . Cambridge: Harvard University
Press, 2010, p. 29).
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13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 104.502 MINAS GERAIS
VOTO
I.
A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): O presente habeas
corpus foi impetrado contra acórdão denegatório do HC 159.163/MG
proferido pelo Superior Tribunal de Justiça.
Contra a denegação de habeas corpus por Tribunal Superior prevê a
Constituição da República remédio jurídico expresso, o recurso ordinário
(art. 102, II, a). Diante da dicção constitucional não cabe, em decorrência,
a utilização de novo habeas corpus, em caráter substitutivo.
Esta Primeira Turma assentou tal entendimento, em 08.8.2012, ao
julgar o HC 109.956 (Rel. Min. Marco Aurélio, por maioria, DJE de
11.9.2012), tendo a discussão iniciado no HC 108.715, cujo julgamento
ainda não foi finalizado.
Ora, o habeas corpus constitui garantia fundamental prevista na
Constituição da República para a tutela da liberdade de locomoção — ir,
vir e permanecer —, contra prisão ou ameaça de prisão ilegal ou abusiva
(art. 5.º, LXVIII).
Sua origem perde-se no tempo. Na Inglaterra, o seu berço histórico,
afirma-se que é mais antigo que a própria Magna Carta de 1215 (LEVY,
Leonard W. Origins of the Bill of Rights. New Haven and London: Yale
University Press, p. 44).
Originariamente, era utilizado pelos Tribunais para determinar a
apresentação de alguém, um prisioneiro, à Corte, para literalmente “ter o
corpo” em Juízo, e não constituía um instrumento destinado
necessariamente à salvaguarda da liberdade. Ilustrativamente, em 1554, a
Queen's Bench utilizou dois habeas corpus para trazer a julgamento
diversas pessoas envolvidas em rebelião, sendo identificadas nos writs
notas de que os rebeldes deveriam ser enforcados (HALLIDAY, Paul D.
Habeas Corpus: From England to Empire . Cambridge: Harvard University
Press, 2010, p. 29).
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Voto - MIN. ROSA WEBER
HC 104.502 / MG
Com o tempo, porém, as Cortes inglesas, especialmente a King's
Bench, começaram a utilizar o habeas corpus para avaliar a causa da prisão,
liberando o preso quando reputavam a medida ilegal ou abusiva.
Foi o habeas corpus o veículo para a afirmação progressiva das
liberdades públicas inglesas, uma vez utilizado como instrumento contra
prisões decorrentes de perseguições religiosas e políticas.
Entre o rico histórico de casos, destaco apenas dois para não ser
cansativa. James Somerset obteve, por meio de habeas corpus impetrado
em 1771, a libertação pela King's Bench da condição de escravo por haver
sido deportado da Inglaterra pelo seu proprietário sem seu
consentimento (HALLIDAY, Paul D. op.cit ., p. 174-175). No Buschel's Case,
de 1670, o habeas corpus foi concedido pela Court of Common Pleas para
libertar jurados presos por ordem do Juiz Presidente do Júri fundada na
compreensão deste de que eles haviam proferido um veredicto contrário
à prova dos autos. O Buschel's Case confunde-se com o próprio
nascimento do princípio da soberania dos veredictos (HALLIDAY, Paul
D. op.cit., p. 235-236, e LEVY, Leonard W. op.cit ., p. 52-53).
Embora o habeas corpus constitua remédio criado pela common law, o
seu prestígio ensejou-lhe posterior consagração legislativa, especialmente,
no âmbito inglês, com o Habeas Corpus Act, de 1679, e, no âmbito norte-
americano, com o artigo I, seção 9, da Constituição norte-americana de
1787, ainda antes da adoção das dez primeiras emendas de 1791.
Interessante nesse breve relato é que, a despeito da importância
histórica do instituto, confundido com a própria essência da liberdade,
não foi e não é o habeas corpus utilizado, no Direito anglo-saxão, senão
diretamente contra uma prisão, decretada em processo criminal ou não
(v.g. KAMISAR, Yale e outros. Modern Criminal Procedures: Cases,
Comments, Questions. 10. ed. St. Paul: West Group, 2002, p. 1.585-628;
TRECHSEL, Stefan. Human Rights in Criminal Proceedings . Oxford
University Press, 2005, p. 462-495; GUIMARÃES, Isaac Sabbá. Habeas
Corpus: críticas e perspectivas . 3. ed. Curitiba, Juruá, 2009, p. 165-81).
Jamais se cogitou de sua utilização como um substitutivo de recurso no
processo penal.
2
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HC 104.502 / MG
Com o tempo, porém, as Cortes inglesas, especialmente a King's
Bench, começaram a utilizar o habeas corpus para avaliar a causa da prisão,
liberando o preso quando reputavam a medida ilegal ou abusiva.
Foi o habeas corpus o veículo para a afirmação progressiva das
liberdades públicas inglesas, uma vez utilizado como instrumento contra
prisões decorrentes de perseguições religiosas e políticas.
Entre o rico histórico de casos, destaco apenas dois para não ser
cansativa. James Somerset obteve, por meio de habeas corpus impetrado
em 1771, a libertação pela King's Bench da condição de escravo por haver
sido deportado da Inglaterra pelo seu proprietário sem seu
consentimento (HALLIDAY, Paul D. op.cit ., p. 174-175). No Buschel's Case,
de 1670, o habeas corpus foi concedido pela Court of Common Pleas para
libertar jurados presos por ordem do Juiz Presidente do Júri fundada na
compreensão deste de que eles haviam proferido um veredicto contrário
à prova dos autos. O Buschel's Case confunde-se com o próprio
nascimento do princípio da soberania dos veredictos (HALLIDAY, Paul
D. op.cit., p. 235-236, e LEVY, Leonard W. op.cit ., p. 52-53).
Embora o habeas corpus constitua remédio criado pela common law, o
seu prestígio ensejou-lhe posterior consagração legislativa, especialmente,
no âmbito inglês, com o Habeas Corpus Act, de 1679, e, no âmbito norte-
americano, com o artigo I, seção 9, da Constituição norte-americana de
1787, ainda antes da adoção das dez primeiras emendas de 1791.
Interessante nesse breve relato é que, a despeito da importância
histórica do instituto, confundido com a própria essência da liberdade,
não foi e não é o habeas corpus utilizado, no Direito anglo-saxão, senão
diretamente contra uma prisão, decretada em processo criminal ou não
(v.g. KAMISAR, Yale e outros. Modern Criminal Procedures: Cases,
Comments, Questions. 10. ed. St. Paul: West Group, 2002, p. 1.585-628;
TRECHSEL, Stefan. Human Rights in Criminal Proceedings . Oxford
University Press, 2005, p. 462-495; GUIMARÃES, Isaac Sabbá. Habeas
Corpus: críticas e perspectivas . 3. ed. Curitiba, Juruá, 2009, p. 165-81).
Jamais se cogitou de sua utilização como um substitutivo de recurso no
processo penal.
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Voto - MIN. ROSA WEBER
HC 104.502 / MG
Também em Portugal, onde o habeas corpus foi adotado apenas no
século XX (Decreto-lei nº 35.043, de 20.10.1945), constitui ação destinada
apenas à impugnação de uma prisão. Como já decidiu o Superior
Tribunal de Justiça português, "a providência de habeas corpus destina-se tão-
só a controlar a legalidade da prisão no momento em que se decide, tendo como
finalidade verificar a legalidade das prisões a que os cidadãos estão sujeitos, nela
não se incluindo a verificação de qualquer ilegalidade que possa ter sido cometida
no processo, seja criminal ou disciplinar, nem qualquer medida contra os
responsáveis por tais ilegalidades" (Acórdão de 26.04.1989, processo 10/89,
BMJ 386, p. 422 - apud GUIMARÃES, Isaac Sabbá. op.cit., p. 228-229).
No Brasil, o habeas corpus tem igualmente rica história, contada em
diversas obras, entre as quais a famosa de Pontes de Miranda (História e
prática do habeas corpus, primeira edição de 1916).
É certo que, no período colonial, não eram totalmente inexistentes
remédios jurídicos para a proteção da liberdade, entre eles as assim
denominadas “cartas de seguro” (por todos, STRAUS, Flávio Augusto
Saraiva. A tutela da liberdade pessoal antes da instituição formal do
habeas corpus no Brasil. In: PIOVESAN, Flávia e GARCIA, Maria (org.)
Doutrinas essenciais: Direitos Humanos: Instrumentos e garantias de proteção.
São Paulo: RT, 2011, v. 5, p. 799-51), mas somente com o habeas corpus a
liberdade passou a ser assegurada por um remédio pronto, fácil e efetivo.
Devido ao prestígio das instituições inglesas, o writ foi adotado,
entre nós, ainda no período imperial. O Código Criminal de 1830 a ele já
faz referência nos arts. 183 a 188. Seu regramento, contudo, veio com o
Código de Processo Criminal de 1832 (“art. 340. Todo o cidadão que
entender, que elle ou outrem soffre uma prisão ou constrangimento illegal, em
sua liberdade, tem direito de pedir uma ordem de - Habeas-Corpus - em seu
favor”). Ainda no Império ampliou-se o cabimento do habeas corpus, que
passou a ser admitido, com a promulgação da Lei nº 2.033, de 1871,
também contra a ameaça de prisão (“art. 18, §1º: Tem lugar o pedido e
concessão da ordem de habeas-corpus ainda quando o impetrante não tenha
chegado a soffrer o constrangimento corporal, mas se veja delle ameaçado”).
Já na primeira Constituição Republicana, de 1891, o habeas corpus foi
3
Supremo Tribunal Federal
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HC 104.502 / MG
Também em Portugal, onde o habeas corpus foi adotado apenas no
século XX (Decreto-lei nº 35.043, de 20.10.1945), constitui ação destinada
apenas à impugnação de uma prisão. Como já decidiu o Superior
Tribunal de Justiça português, "a providência de habeas corpus destina-se tão-
só a controlar a legalidade da prisão no momento em que se decide, tendo como
finalidade verificar a legalidade das prisões a que os cidadãos estão sujeitos, nela
não se incluindo a verificação de qualquer ilegalidade que possa ter sido cometida
no processo, seja criminal ou disciplinar, nem qualquer medida contra os
responsáveis por tais ilegalidades" (Acórdão de 26.04.1989, processo 10/89,
BMJ 386, p. 422 - apud GUIMARÃES, Isaac Sabbá. op.cit., p. 228-229).
No Brasil, o habeas corpus tem igualmente rica história, contada em
diversas obras, entre as quais a famosa de Pontes de Miranda (História e
prática do habeas corpus, primeira edição de 1916).
É certo que, no período colonial, não eram totalmente inexistentes
remédios jurídicos para a proteção da liberdade, entre eles as assim
denominadas “cartas de seguro” (por todos, STRAUS, Flávio Augusto
Saraiva. A tutela da liberdade pessoal antes da instituição formal do
habeas corpus no Brasil. In: PIOVESAN, Flávia e GARCIA, Maria (org.)
Doutrinas essenciais: Direitos Humanos: Instrumentos e garantias de proteção.
São Paulo: RT, 2011, v. 5, p. 799-51), mas somente com o habeas corpus a
liberdade passou a ser assegurada por um remédio pronto, fácil e efetivo.
Devido ao prestígio das instituições inglesas, o writ foi adotado,
entre nós, ainda no período imperial. O Código Criminal de 1830 a ele já
faz referência nos arts. 183 a 188. Seu regramento, contudo, veio com o
Código de Processo Criminal de 1832 (“art. 340. Todo o cidadão que
entender, que elle ou outrem soffre uma prisão ou constrangimento illegal, em
sua liberdade, tem direito de pedir uma ordem de - Habeas-Corpus - em seu
favor”). Ainda no Império ampliou-se o cabimento do habeas corpus, que
passou a ser admitido, com a promulgação da Lei nº 2.033, de 1871,
também contra a ameaça de prisão (“art. 18, §1º: Tem lugar o pedido e
concessão da ordem de habeas-corpus ainda quando o impetrante não tenha
chegado a soffrer o constrangimento corporal, mas se veja delle ameaçado”).
Já na primeira Constituição Republicana, de 1891, o habeas corpus foi
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Voto - MIN. ROSA WEBER
HC 104.502 / MG
constitucionalizado. E o silêncio do art. 72, § 22, quanto ao objetivo de
tutela apenas da liberdade de locomoção, propiciou o desenvolvimento
da “Doutrina brasileira do habeas corpus”, que levou o writ, na ausência de
outras ações constitucionais, a ser utilizado para a salvaguarda de outras
liberdades que não a de locomoção, caso, v.g., do Habeas Corpus 3.536, em
que concedida ordem, em 05.6.1914, por este Supremo Tribunal Federal,
para garantir o direito do então Senador Ruy Barbosa a publicar os seus
discursos proferidos no Senado, pela imprensa, onde, como e quando lhe convier.
A memorável construção — a maior criação jurisprudencial brasileira,
nos dizeres da historiadora Leda Boechat Rodrigues (História do Supremo
Tribunal Federal: 1910-1926: doutrina brasileira do habeas corpus. 2. ed. Rio de
Janeiro: Civilização brasileira, 1991, vol. 3, p. 17) —, chegou, contudo, ao
fim, em 1926, com a reforma constitucional promovida pelo Presidente
Artur Bernardes, que, mediante alteração do mencionado art. 72 da
Constituição de 1891, limitou o emprego do habeas corpus à tutela da
liberdade de locomoção.
Desde então o habeas foi contemplado em todas as Constituições
republicanas, de 1934, 1937, 1946, 1967, 1969 e 1988, para a tutela da
liberdade de locomoção contra violência ou coação ilegal ou abusiva.
Todo esse rico histórico evidencia o caráter nobre da ação
constitucional do habeas corpus, garantia fundamental que, se não pode
ser amesquinhada, também não é passível de vulgarização. No dizer de
Pontes de Miranda, “onde não há remédio do rito do habeas corpus, não há, não
pode haver garantia segura da liberdade física” (História e prática do Habeas
Corpus. 3. ed. Campinas: Bookseller, 2007, vol. I, p. 160-161).
Assim, é o habeas corpus uma garantia da liberdade de locomoção —
ir, vir e permanecer —, contra violência ou coação, pressupondo,
portanto, uma prisão, uma ameaça de prisão ou pelo menos alguma
espécie de constrangimento físico ou moral à liberdade física.
Nos últimos anos, todavia, tem se verificado um desvirtuamento da
garantia constitucional. Ilustrativamente, notícia divulgada no site do
Superior Tribunal de Justiça em 29.5.2011 (“Número de habeas corpus dobra
em três anos e preocupa Ministros”) revela atingida naquela data a marca de
4
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HC 104.502 / MG
constitucionalizado. E o silêncio do art. 72, § 22, quanto ao objetivo de
tutela apenas da liberdade de locomoção, propiciou o desenvolvimento
da “Doutrina brasileira do habeas corpus”, que levou o writ, na ausência de
outras ações constitucionais, a ser utilizado para a salvaguarda de outras
liberdades que não a de locomoção, caso, v.g., do Habeas Corpus 3.536, em
que concedida ordem, em 05.6.1914, por este Supremo Tribunal Federal,
para garantir o direito do então Senador Ruy Barbosa a publicar os seus
discursos proferidos no Senado, pela imprensa, onde, como e quando lhe convier.
A memorável construção — a maior criação jurisprudencial brasileira,
nos dizeres da historiadora Leda Boechat Rodrigues (História do Supremo
Tribunal Federal: 1910-1926: doutrina brasileira do habeas corpus. 2. ed. Rio de
Janeiro: Civilização brasileira, 1991, vol. 3, p. 17) —, chegou, contudo, ao
fim, em 1926, com a reforma constitucional promovida pelo Presidente
Artur Bernardes, que, mediante alteração do mencionado art. 72 da
Constituição de 1891, limitou o emprego do habeas corpus à tutela da
liberdade de locomoção.
Desde então o habeas foi contemplado em todas as Constituições
republicanas, de 1934, 1937, 1946, 1967, 1969 e 1988, para a tutela da
liberdade de locomoção contra violência ou coação ilegal ou abusiva.
Todo esse rico histórico evidencia o caráter nobre da ação
constitucional do habeas corpus, garantia fundamental que, se não pode
ser amesquinhada, também não é passível de vulgarização. No dizer de
Pontes de Miranda, “onde não há remédio do rito do habeas corpus, não há, não
pode haver garantia segura da liberdade física” (História e prática do Habeas
Corpus. 3. ed. Campinas: Bookseller, 2007, vol. I, p. 160-161).
Assim, é o habeas corpus uma garantia da liberdade de locomoção —
ir, vir e permanecer —, contra violência ou coação, pressupondo,
portanto, uma prisão, uma ameaça de prisão ou pelo menos alguma
espécie de constrangimento físico ou moral à liberdade física.
Nos últimos anos, todavia, tem se verificado um desvirtuamento da
garantia constitucional. Ilustrativamente, notícia divulgada no site do
Superior Tribunal de Justiça em 29.5.2011 (“Número de habeas corpus dobra
em três anos e preocupa Ministros”) revela atingida naquela data a marca de
4
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Voto - MIN. ROSA WEBER
HC 104.502 / MG
duzentos mil habeas corpus impetrados perante aquela Corte. E, segundo
os dados estatísticos disponibilizados, naquele ano nela foram
distribuídos 36.125 habeas corpus, número quase equivalente ao total de
processos distribuídos perante este Supremo Tribunal Federal no mesmo
ano (de 38.109).
Tais números só foram possíveis em virtude da prodigalização e da
vulgarização do habeas corpus.
Embora restrito seu cabimento, segundo a Constituição, a casos de
prisão ou ameaça de prisão, passou-se a admiti-lo como substitutivo de
recursos no processo penal, por vezes até mesmo sem qualquer prisão
vigente ou sem ameaça senão remota de prisão.
A pauta, aliás, desta Primeira Turma, com mais de uma centena de
habeas corpus sobre os mais variados temas, poucos relacionados à
impugnação da prisão ou efetiva ameaça de, é ilustrativa do
desvirtuamento do habeas corpus, que também tornou sem sentido o
princípio da exaustividade dos recursos no processo legal. De nada
adianta a lei prever um número limitado de recursos contra decisões
finais ou contra decisões interlocutórias se a jurisprudência entender, à
falta de previsão do recurso, manejável o habeas corpus. A par de notório
que a possibilidade de recorrer contra toda e qualquer decisão
interlocutória é fatal para a duração razoável do processo também
assegurada constitucionalmente, há verdadeira avalanche de habeas
corpus
a submeterem a mesma questão, sucessiva e até
concomitantemente, a diferentes tribunais.
O efeito é ainda mais grave nos Tribunais Superiores, diante das
funções precípuas do Superior Tribunal de Justiça — a última palavra na
interpretação da lei federal —, e desta Suprema Corte — a guarda da
Constituição.
A preservação da racionalidade do sistema processual e recursal,
bem como a necessidade de assegurar a razoável duração do processo
comandada no art. 5º, LXXVIII, da Carta Magna aconselham seja
retomada a função constitucional do habeas corpus, inadmitido o seu uso
como substitutivo de recurso no processo penal.
5
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HC 104.502 / MG
duzentos mil habeas corpus impetrados perante aquela Corte. E, segundo
os dados estatísticos disponibilizados, naquele ano nela foram
distribuídos 36.125 habeas corpus, número quase equivalente ao total de
processos distribuídos perante este Supremo Tribunal Federal no mesmo
ano (de 38.109).
Tais números só foram possíveis em virtude da prodigalização e da
vulgarização do habeas corpus.
Embora restrito seu cabimento, segundo a Constituição, a casos de
prisão ou ameaça de prisão, passou-se a admiti-lo como substitutivo de
recursos no processo penal, por vezes até mesmo sem qualquer prisão
vigente ou sem ameaça senão remota de prisão.
A pauta, aliás, desta Primeira Turma, com mais de uma centena de
habeas corpus sobre os mais variados temas, poucos relacionados à
impugnação da prisão ou efetiva ameaça de, é ilustrativa do
desvirtuamento do habeas corpus, que também tornou sem sentido o
princípio da exaustividade dos recursos no processo legal. De nada
adianta a lei prever um número limitado de recursos contra decisões
finais ou contra decisões interlocutórias se a jurisprudência entender, à
falta de previsão do recurso, manejável o habeas corpus. A par de notório
que a possibilidade de recorrer contra toda e qualquer decisão
interlocutória é fatal para a duração razoável do processo também
assegurada constitucionalmente, há verdadeira avalanche de habeas
corpus
a submeterem a mesma questão, sucessiva e até
concomitantemente, a diferentes tribunais.
O efeito é ainda mais grave nos Tribunais Superiores, diante das
funções precípuas do Superior Tribunal de Justiça — a última palavra na
interpretação da lei federal —, e desta Suprema Corte — a guarda da
Constituição.
A preservação da racionalidade do sistema processual e recursal,
bem como a necessidade de assegurar a razoável duração do processo
comandada no art. 5º, LXXVIII, da Carta Magna aconselham seja
retomada a função constitucional do habeas corpus, inadmitido o seu uso
como substitutivo de recurso no processo penal.
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Voto - MIN. ROSA WEBER
HC 104.502 / MG
No caso do recurso ordinário contra a denegação do writ por
Tribunal Superior, o emprego do habeas corpus em substituição é ainda
mais grave, considerada a expressa previsão do recurso no texto
constitucional (art. 102, II, a, da Constituição Federal).
Admitir o habeas corpus como substitutivo do recurso, diante da
expressa previsão constitucional, representa burla indireta ao instituto
próprio, cujo manejo está à disposição do sucumbente, observados os
requisitos pertinentes.
Em síntese, o habeas corpus é garantia fundamental que não pode ser
vulgarizada, sob pena de sua descaracterização como remédio heroico, e
seu emprego não pode servir a escamotear o instituto recursal previsto no
texto da Constituição.
Como foi o que ocorreu no presente caso, voto por afirmar a
inadequação do habeas corpus e por sua consequente extinção sem
julgamento do mérito.
II.
Como a não admissão do habeas corpus como substitutivo do recurso
ordinário constitucional representa guinada da jurisprudência desta
Corte, entendo que se impõe, quanto aos habeas corpus já impetrados, o
exame da questão de fundo, uma vez que, em tese, possível a concessão
de habeas corpus de ofício diante de flagrante ilegalidade ou
arbitrariedade.
Em síntese, pretende a paciente o reconhecimento do direito de
aguardar em liberdade o processo por tráfico de drogas. Para tanto, aduz
a Defensoria Pública do Estado de Minas Gerais que o indeferimento do
pedido de liberdade provisória restou embasado na gravidade do delito,
na vedação legal do art. 44 da Lei 11.343/2006 e também no fato de a
paciente não possuir profissão definida, o que, no seu entender, não são
fundamentos idôneos hábeis a justificar a segregação.
Preliminarmente, observo que há informação prestada pelo Juízo da
1ª Vara de Tóxicos da Comarca de Belo Horizonte/MG dando conta de
6
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HC 104.502 / MG
No caso do recurso ordinário contra a denegação do writ por
Tribunal Superior, o emprego do habeas corpus em substituição é ainda
mais grave, considerada a expressa previsão do recurso no texto
constitucional (art. 102, II, a, da Constituição Federal).
Admitir o habeas corpus como substitutivo do recurso, diante da
expressa previsão constitucional, representa burla indireta ao instituto
próprio, cujo manejo está à disposição do sucumbente, observados os
requisitos pertinentes.
Em síntese, o habeas corpus é garantia fundamental que não pode ser
vulgarizada, sob pena de sua descaracterização como remédio heroico, e
seu emprego não pode servir a escamotear o instituto recursal previsto no
texto da Constituição.
Como foi o que ocorreu no presente caso, voto por afirmar a
inadequação do habeas corpus e por sua consequente extinção sem
julgamento do mérito.
II.
Como a não admissão do habeas corpus como substitutivo do recurso
ordinário constitucional representa guinada da jurisprudência desta
Corte, entendo que se impõe, quanto aos habeas corpus já impetrados, o
exame da questão de fundo, uma vez que, em tese, possível a concessão
de habeas corpus de ofício diante de flagrante ilegalidade ou
arbitrariedade.
Em síntese, pretende a paciente o reconhecimento do direito de
aguardar em liberdade o processo por tráfico de drogas. Para tanto, aduz
a Defensoria Pública do Estado de Minas Gerais que o indeferimento do
pedido de liberdade provisória restou embasado na gravidade do delito,
na vedação legal do art. 44 da Lei 11.343/2006 e também no fato de a
paciente não possuir profissão definida, o que, no seu entender, não são
fundamentos idôneos hábeis a justificar a segregação.
Preliminarmente, observo que há informação prestada pelo Juízo da
1ª Vara de Tóxicos da Comarca de Belo Horizonte/MG dando conta de
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HC 104.502 / MG
que, “na data de 15 de setembro de 2009, foi expedido Alvará de Soltura em
favor da paciente, estando esta solta desde a referida data” (fl. 230). Informou
ainda que o processo estaria concluso para sentença desde 14.8.2012.
A informação merece pequena correção. A paciente foi beneficiada
com a expedição de alvará de soltura, diante de liminar deferida pelo
Desembargador plantonista (fls. 112-116), todavia no dia 15.8.2009, e não
no dia 15.9.2009, como consignado equivocadamente pelo magistrado de
primeiro grau.
Ocorre que, no mérito, a 5ª Câmara Criminal, agora sim, em
15.9.2009, por maioria, denegou a ordem, cassando a liminar
anteriormente deferida (fls. 155-171). Não houve alteração no quadro
deste então.
Assim, de se concluir que a paciente permanece em liberdade por
equívoco, não tendo sido expedido o mandado de prisão após a
denegação do habeas e cassação da liminar liberatória.
Portanto, o presente habeas corpus não perdeu o objeto, devendo ser
analisado.
A paciente foi presa em flagrante, juntamente com uma adolescente,
em 16.7.2009, porque, em decorrência de monitoração perpetrada pela
Polícia Militar, foi surpreendida na posse de 2 (dois) tabletes contendo
substância petrificada e amarelada, vulgarmente conhecida como crack, e
1 (um) tablete contendo cocaína (fls. 64-66), em um total de 493,06
gramas.
O Plenário desta Suprema Corte, na sessão de julgamento realizada
em 10.5.2012, nos autos do HC 104.339/SP, Rel. Ministro Gilmar Mendes,
decidiu pela inconstitucionalidade da vedação abstrata à concessão de
liberdade provisória em crimes de tráfico de drogas, invalidando
parcialmente a provisão da espécie contida no art. 44 da Lei nº
11.343/2006.
Não obstante, a Corte também ressalvou a possibilidade da
decretação da prisão cautelar em processos por crimes de tráfico de
drogas.
Cumpre então verificar se há base jurídica para a manutenção da
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que, “na data de 15 de setembro de 2009, foi expedido Alvará de Soltura em
favor da paciente, estando esta solta desde a referida data” (fl. 230). Informou
ainda que o processo estaria concluso para sentença desde 14.8.2012.
A informação merece pequena correção. A paciente foi beneficiada
com a expedição de alvará de soltura, diante de liminar deferida pelo
Desembargador plantonista (fls. 112-116), todavia no dia 15.8.2009, e não
no dia 15.9.2009, como consignado equivocadamente pelo magistrado de
primeiro grau.
Ocorre que, no mérito, a 5ª Câmara Criminal, agora sim, em
15.9.2009, por maioria, denegou a ordem, cassando a liminar
anteriormente deferida (fls. 155-171). Não houve alteração no quadro
deste então.
Assim, de se concluir que a paciente permanece em liberdade por
equívoco, não tendo sido expedido o mandado de prisão após a
denegação do habeas e cassação da liminar liberatória.
Portanto, o presente habeas corpus não perdeu o objeto, devendo ser
analisado.
A paciente foi presa em flagrante, juntamente com uma adolescente,
em 16.7.2009, porque, em decorrência de monitoração perpetrada pela
Polícia Militar, foi surpreendida na posse de 2 (dois) tabletes contendo
substância petrificada e amarelada, vulgarmente conhecida como crack, e
1 (um) tablete contendo cocaína (fls. 64-66), em um total de 493,06
gramas.
O Plenário desta Suprema Corte, na sessão de julgamento realizada
em 10.5.2012, nos autos do HC 104.339/SP, Rel. Ministro Gilmar Mendes,
decidiu pela inconstitucionalidade da vedação abstrata à concessão de
liberdade provisória em crimes de tráfico de drogas, invalidando
parcialmente a provisão da espécie contida no art. 44 da Lei nº
11.343/2006.
Não obstante, a Corte também ressalvou a possibilidade da
decretação da prisão cautelar em processos por crimes de tráfico de
drogas.
Cumpre então verificar se há base jurídica para a manutenção da
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prisão, o que demanda verificar se estão presentes os pressupostos e
fundamentos da prisão preventiva elencados no art. 312 do CPP.
Quanto aos pressupostos, prova de autoria e de materialidade,
decorrem da própria prisão em flagrante na posse de quantidade
significativa de drogas. Além disso, consta que a paciente seria conhecida
por seu envolvimento na região com o tráfico de drogas, tendo sido
submetida à vigilância visual policia que teria confirmado o fato.
Agregue-se que ela confessou a prática do tráfico, embora tenha afirmado
que teria cometido este delito pela primeira vez nessa ocasião.
Quanto aos fundamentos da preventiva, observo que o magistrado
de primeiro grau não se limitou à inafiançabilidade do tráfico de drogas,
mas reputo presente risco a ordem pública. Transcrevo parcialmente (fls.
29-34):
“É o relatório. Decido.
(...)
A requente fora presa em flagrante delito pelo crime de tráfico de
drogas, sendo certo que o benefício visando à liberdade provisória
encontra óbice na legislação — art. 44 da Lei 11.343/2006, o que
inclusive dispensaria sim qualquer outra fundamentação.
Nesse sentido:
(...).
Ultrapassado isto, verifico por tudo o que dos autos conta que a
requerente, não obstante ser primária e possuir residência fixa, não
possui sequer profissão definida, havendo nos autos motivos que
justificam a manutenção da medida.
Segundo consta no depoimento do policial, juntamente com a
sua guarnição, em patrulhamento na região do Morro do Papagaio,
sendo que há vários dias vem monitorando as envolvidas que já são
conhecidas na região por prática de tráfico de drogas em geral no local
conhecido como ‘beco dos ratos’ e estas levariam a droga que teriam
vendido para os supostos compradores e levariam até os mesmos e
pegariam o valor monetário combinado com eles; que, após denúncia,
esta guarnição se deslocou para um ponto estratégico onde a
guarnição ficou monitorando, observando e aguardando as supostas
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prisão, o que demanda verificar se estão presentes os pressupostos e
fundamentos da prisão preventiva elencados no art. 312 do CPP.
Quanto aos pressupostos, prova de autoria e de materialidade,
decorrem da própria prisão em flagrante na posse de quantidade
significativa de drogas. Além disso, consta que a paciente seria conhecida
por seu envolvimento na região com o tráfico de drogas, tendo sido
submetida à vigilância visual policia que teria confirmado o fato.
Agregue-se que ela confessou a prática do tráfico, embora tenha afirmado
que teria cometido este delito pela primeira vez nessa ocasião.
Quanto aos fundamentos da preventiva, observo que o magistrado
de primeiro grau não se limitou à inafiançabilidade do tráfico de drogas,
mas reputo presente risco a ordem pública. Transcrevo parcialmente (fls.
29-34):
“É o relatório. Decido.
(...)
A requente fora presa em flagrante delito pelo crime de tráfico de
drogas, sendo certo que o benefício visando à liberdade provisória
encontra óbice na legislação — art. 44 da Lei 11.343/2006, o que
inclusive dispensaria sim qualquer outra fundamentação.
Nesse sentido:
(...).
Ultrapassado isto, verifico por tudo o que dos autos conta que a
requerente, não obstante ser primária e possuir residência fixa, não
possui sequer profissão definida, havendo nos autos motivos que
justificam a manutenção da medida.
Segundo consta no depoimento do policial, juntamente com a
sua guarnição, em patrulhamento na região do Morro do Papagaio,
sendo que há vários dias vem monitorando as envolvidas que já são
conhecidas na região por prática de tráfico de drogas em geral no local
conhecido como ‘beco dos ratos’ e estas levariam a droga que teriam
vendido para os supostos compradores e levariam até os mesmos e
pegariam o valor monetário combinado com eles; que, após denúncia,
esta guarnição se deslocou para um ponto estratégico onde a
guarnição ficou monitorando, observando e aguardando as supostas
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HC 104.502 / MG
denunciadas para a abordagem e a constatação da veracidade dos fatos;
que depois de várias horas as supostas envolvidas foram avistadas
‘juntas’, sendo que a maior Viviane — ora requerente — portava uma
mochila de cor preta e cinza nas costas; que, de imediato, a guarnição
deslocou para fazer a abordagem nas mesmas e no momento em que as
mesmas avistaram a viatura de longe, a maior Viviane — requerente
— passou a mochila para a menor J..., que colocou nas costas; que
fizemos a abordagem das mesmas onde, após revistarmos a mochila,
encontramos a droga apreendida, relacionada na ocorrência f. 23.
Perante a Autoridade Policial a requerente confirmou que: ‘um
cara pediu a requerente e a J..., sua prima, para irem até a boca de
fumo buscar certa quantidade de droga para o mesmo; que receberam a
droga e no caminho foram abordadas; porém a requerente recusou a
dizer o nome do traficante’ f. 27.
Deste modo, não se trata de punir antecipadamente a
requerente, ao contrário, em crime desta natureza, que caminha a
passos largos, a prisão preventiva apresenta-se como medida
necessária, ainda mais, em face dos acontecimentos fáticos imputados
ao mesmo que, livre, sem dúvida, encontrará os mesmos estímulos
para continuar delinquindo.
Eis a jurisprudência: ‘Para a garantia da ordem pública, visará
o magistrado, ao decretar a prisão preventiva, evitar que o delinquente
volte a cometer delitos, ou porque é acentuadamente propenso às
práticas delituosas, ou porque, em liberdade, encontraria os mesmos
estímulos relacionados com a infração cometida’ (JTACRESP 42/58).
A prisão preventiva é sim um sacrifício da liberdade individual,
mas é ditada por interesse social e para a garantia da ordem pública,
visando, nesse caso, a evitar que a requerente, solta, volte a praticar
novos crimes. Ora, a custódia processual encerra um juízo de risco e
cautela, e não de definitividade, não havendo que se falar em ofensa ao
princípio constitucional da presunção de inocência, conforme
entendimento já pacificado.
(...)
Por fim, ressalto que a primariedade e a ausência de
antecedentes, por si sós, não são circunstâncias que impedem a
manutenção da medida:
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HC 104.502 / MG
denunciadas para a abordagem e a constatação da veracidade dos fatos;
que depois de várias horas as supostas envolvidas foram avistadas
‘juntas’, sendo que a maior Viviane — ora requerente — portava uma
mochila de cor preta e cinza nas costas; que, de imediato, a guarnição
deslocou para fazer a abordagem nas mesmas e no momento em que as
mesmas avistaram a viatura de longe, a maior Viviane — requerente
— passou a mochila para a menor J..., que colocou nas costas; que
fizemos a abordagem das mesmas onde, após revistarmos a mochila,
encontramos a droga apreendida, relacionada na ocorrência f. 23.
Perante a Autoridade Policial a requerente confirmou que: ‘um
cara pediu a requerente e a J..., sua prima, para irem até a boca de
fumo buscar certa quantidade de droga para o mesmo; que receberam a
droga e no caminho foram abordadas; porém a requerente recusou a
dizer o nome do traficante’ f. 27.
Deste modo, não se trata de punir antecipadamente a
requerente, ao contrário, em crime desta natureza, que caminha a
passos largos, a prisão preventiva apresenta-se como medida
necessária, ainda mais, em face dos acontecimentos fáticos imputados
ao mesmo que, livre, sem dúvida, encontrará os mesmos estímulos
para continuar delinquindo.
Eis a jurisprudência: ‘Para a garantia da ordem pública, visará
o magistrado, ao decretar a prisão preventiva, evitar que o delinquente
volte a cometer delitos, ou porque é acentuadamente propenso às
práticas delituosas, ou porque, em liberdade, encontraria os mesmos
estímulos relacionados com a infração cometida’ (JTACRESP 42/58).
A prisão preventiva é sim um sacrifício da liberdade individual,
mas é ditada por interesse social e para a garantia da ordem pública,
visando, nesse caso, a evitar que a requerente, solta, volte a praticar
novos crimes. Ora, a custódia processual encerra um juízo de risco e
cautela, e não de definitividade, não havendo que se falar em ofensa ao
princípio constitucional da presunção de inocência, conforme
entendimento já pacificado.
(...)
Por fim, ressalto que a primariedade e a ausência de
antecedentes, por si sós, não são circunstâncias que impedem a
manutenção da medida:
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(...).
Assim, a meu sentir, justifica-se a prisão preventiva, em face do
que, indefiro o pedido”.
Em síntese, o magistrado justificou a necessidade de se manter a
segregação cautelar da paciente com base na garantia da ordem pública,
sobretudo para evitar a reiteração criminosa.
O entendimento do magistrado encontra amparo em fatos.
Primeiro, a potencialidade lesiva das drogas apreendidas, crack e
cocaína, em quantidade considerável, 493 gramas para essa espécie de
drogas.
Segundo, pela constatação, pela vigilância policial, de que o
envolvimento da paciente no tráfico precedia à apreensão havida,
conforme trecho da decisão atacada que novamente reproduzo:
“Segundo consta no depoimento do policial, juntamente com a
sua guarnição, em patrulhamento na região do Morro do Papagaio,
sendo que há vários dias vem monitorando as envolvidas que já são
conhecidas na região por prática de tráfico de drogas em geral no local
conhecido como ‘beco dos ratos’ e estas levariam a droga que teriam
vendido para os supostos compradores e levariam até os mesmos e
pegariam o valor monetário combinado com eles.”
Ainda que mera transportadora da droga, é evidente, pelas regras da
experiência, que não se confia quantidade expressiva de drogas para o
transporte senão a pessoas já envolvidas profissionalmente com o tráfico,
o que torna implausível a afirmação de que o envolvimento da paciente
teria sido meramente ocasional.
Tais fatos revelam significativo envolvimento da paciente com o
assim denominado mundo das drogas e autorizam conclusão acerca da
necessidade da prisão cautelar para prevenir novos crimes.
Não se trata de prisão decretada com base na gravidade abstrata do
crime, mas fundada nas circunstâncias concretas da atividade criminosa,
a evidenciarem risco à ordem pública, fundamento suficiente para a
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(...).
Assim, a meu sentir, justifica-se a prisão preventiva, em face do
que, indefiro o pedido”.
Em síntese, o magistrado justificou a necessidade de se manter a
segregação cautelar da paciente com base na garantia da ordem pública,
sobretudo para evitar a reiteração criminosa.
O entendimento do magistrado encontra amparo em fatos.
Primeiro, a potencialidade lesiva das drogas apreendidas, crack e
cocaína, em quantidade considerável, 493 gramas para essa espécie de
drogas.
Segundo, pela constatação, pela vigilância policial, de que o
envolvimento da paciente no tráfico precedia à apreensão havida,
conforme trecho da decisão atacada que novamente reproduzo:
“Segundo consta no depoimento do policial, juntamente com a
sua guarnição, em patrulhamento na região do Morro do Papagaio,
sendo que há vários dias vem monitorando as envolvidas que já são
conhecidas na região por prática de tráfico de drogas em geral no local
conhecido como ‘beco dos ratos’ e estas levariam a droga que teriam
vendido para os supostos compradores e levariam até os mesmos e
pegariam o valor monetário combinado com eles.”
Ainda que mera transportadora da droga, é evidente, pelas regras da
experiência, que não se confia quantidade expressiva de drogas para o
transporte senão a pessoas já envolvidas profissionalmente com o tráfico,
o que torna implausível a afirmação de que o envolvimento da paciente
teria sido meramente ocasional.
Tais fatos revelam significativo envolvimento da paciente com o
assim denominado mundo das drogas e autorizam conclusão acerca da
necessidade da prisão cautelar para prevenir novos crimes.
Não se trata de prisão decretada com base na gravidade abstrata do
crime, mas fundada nas circunstâncias concretas da atividade criminosa,
a evidenciarem risco à ordem pública, fundamento suficiente para a
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HC 104.502 / MG
decretação da preventiva, conforme o art. 312 do Código de Processo
Penal.
A presunção de inocência, ou de não culpabilidade, é princípio
cardeal no processo penal em um Estado Democrático de Direito. Teve
longo desenvolvimento histórico, sendo considerada uma conquista da
humanidade. Não impede, porém, em absoluto, a imposição de restrições
ao direito do acusado antes do final processo, exigindo apenas que essas
sejam necessárias e que não sejam prodigalizadas. “A antecipação cautelar
da prisão”, conforme lição do eminente Ministro Celso de Mello, “não se
revela incompatível com o princípio constitucional da presunção de não
culpabilidade” (HC 94.194/CE, decisão monocrática, 28.8.2008, DJe nº 165,
de 2.9.2008). Não constitui um véu inibidor da apreensão da realidade
pelo juiz, ou mais especificamente do conhecimento dos fatos do processo
e da valoração das provas, ainda que em cognição sumária e provisória. O
mundo não pode ser colocado entre parênteses. O entendimento de que o
fato criminoso em si não pode ser conhecido e valorado para decretação
ou manutenção da prisão cautelar não é consentâneo com o próprio
instituto da prisão preventiva, já que a imposição desta tem por
pressuposto a presença de prova da materialidade do crime e de indícios
de autoria.
Se as circunstâncias concretas da prática do crime indicam o
envolvimento significativo do agente com o tráfico de drogas e, por
conseguinte, a periculosidade e o risco de reiteração delitiva, está
justificada a decretação ou a manutenção da prisão cautelar para
resguardar a ordem pública, desde que igualmente presentes boas provas
da materialidade e da autoria.
Nesse sentido, existem vários precedentes desta Suprema Corte (v.g.:
HC 109.436, Rel. Min. Ayres Britto, 2ª Turma, Dje-036, de 17.02.2012; HC
104.332/ES, Rel. Min. Dias Toffoli, 1ª Turma, Dje-175, de 12.9.2011; HC
98.754/SP, Rel. Min. Ellen Gracie, 2ª Turma, Dje-232, de 10.12.2009). Por
todos eles, destaco o seguinte:
"Este Supremo Tribunal assentou que a periculosidade do
agente evidenciada pelo modus operandi e o risco concreto de
11
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Supremo Tribunal Federal
HC 104.502 / MG
decretação da preventiva, conforme o art. 312 do Código de Processo
Penal.
A presunção de inocência, ou de não culpabilidade, é princípio
cardeal no processo penal em um Estado Democrático de Direito. Teve
longo desenvolvimento histórico, sendo considerada uma conquista da
humanidade. Não impede, porém, em absoluto, a imposição de restrições
ao direito do acusado antes do final processo, exigindo apenas que essas
sejam necessárias e que não sejam prodigalizadas. “A antecipação cautelar
da prisão”, conforme lição do eminente Ministro Celso de Mello, “não se
revela incompatível com o princípio constitucional da presunção de não
culpabilidade” (HC 94.194/CE, decisão monocrática, 28.8.2008, DJe nº 165,
de 2.9.2008). Não constitui um véu inibidor da apreensão da realidade
pelo juiz, ou mais especificamente do conhecimento dos fatos do processo
e da valoração das provas, ainda que em cognição sumária e provisória. O
mundo não pode ser colocado entre parênteses. O entendimento de que o
fato criminoso em si não pode ser conhecido e valorado para decretação
ou manutenção da prisão cautelar não é consentâneo com o próprio
instituto da prisão preventiva, já que a imposição desta tem por
pressuposto a presença de prova da materialidade do crime e de indícios
de autoria.
Se as circunstâncias concretas da prática do crime indicam o
envolvimento significativo do agente com o tráfico de drogas e, por
conseguinte, a periculosidade e o risco de reiteração delitiva, está
justificada a decretação ou a manutenção da prisão cautelar para
resguardar a ordem pública, desde que igualmente presentes boas provas
da materialidade e da autoria.
Nesse sentido, existem vários precedentes desta Suprema Corte (v.g.:
HC 109.436, Rel. Min. Ayres Britto, 2ª Turma, Dje-036, de 17.02.2012; HC
104.332/ES, Rel. Min. Dias Toffoli, 1ª Turma, Dje-175, de 12.9.2011; HC
98.754/SP, Rel. Min. Ellen Gracie, 2ª Turma, Dje-232, de 10.12.2009). Por
todos eles, destaco o seguinte:
"Este Supremo Tribunal assentou que a periculosidade do
agente evidenciada pelo modus operandi e o risco concreto de
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 15 de 19
Voto - MIN. ROSA WEBER
HC 104.502 / MG
reiteração criminosa são motivos idôneos para a manutenção da
custódia cautelar.” (HC 110.313/MS, Rel. Min. Carmen Lúcia 1.ª
Turma do STF un. - j. 13.12.2011 Dje-032, de 13.02.2012).
É relevante ainda lembrar que a própria Constituição Federal de
1988 conferiu ao crime de tráfico de drogas, juntamente com outros
crimes extremamente graves, como a tortura, o terrorismo e os crimes
hediondos, um tratamento mais rigoroso, ao estabelecer, em seu art. 5º,
XLIII, a inafiançabilidade do crime de tráfico de drogas.
É digno de nota que a inafiançabilidade esteja localizada no art. 5º da
Constituição Federal, sede dos mais importantes direitos fundamentais.
Tal localização da norma decorre da compreensão pelo Constituinte
de que as espécies delitivas arroladas no inciso XLIII do art. 5º implicam
graves agressões aos direitos humanos, considerando o seu efeito danoso
e disruptivo no meio social.
Oportuno, aliás, destacar que constitui praxe universal o tratamento
mais rigoroso do tráfico de drogas em relação a outros crimes, o que
conta com reflexos inclusive em tratados internacionais de que o Brasil
faz parte. Ilustrativamente, extraio os seguintes trechos do preâmbulo da
Convenção das Nações Unidas contra o Tráfico de Entorpecentes e
Substâncias Psicotrópicas de 1988, dita Convenção de Viena, promulgada
no Brasil pelo Decreto n.º 154/1991:
“As Partes nesta Convenção,
Profundamente preocupadas com a magnitude e a crescente
tendência da produção, da demanda e do tráfico ilícitos de
entorpecentes e de substâncias psicotrópicas, que representam uma
grave ameaça à saúde e ao bem-estar dos seres humanos e que têm
efeitos nefastos sobre as bases econômica, culturais e políticas da
sociedade,
Profundamente preocupadas também com a sustentada e
crescente expansão do tráfico ilícito de entorpecentes e de substâncias
psicotrópicas nos diversos grupos sociais e, em particular, pela
exploração de crianças em muitas partes do mundo, tanto na
qualidade de consumidores como na produção, na distribuição e no
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HC 104.502 / MG
reiteração criminosa são motivos idôneos para a manutenção da
custódia cautelar.” (HC 110.313/MS, Rel. Min. Carmen Lúcia 1.ª
Turma do STF un. - j. 13.12.2011 Dje-032, de 13.02.2012).
É relevante ainda lembrar que a própria Constituição Federal de
1988 conferiu ao crime de tráfico de drogas, juntamente com outros
crimes extremamente graves, como a tortura, o terrorismo e os crimes
hediondos, um tratamento mais rigoroso, ao estabelecer, em seu art. 5º,
XLIII, a inafiançabilidade do crime de tráfico de drogas.
É digno de nota que a inafiançabilidade esteja localizada no art. 5º da
Constituição Federal, sede dos mais importantes direitos fundamentais.
Tal localização da norma decorre da compreensão pelo Constituinte
de que as espécies delitivas arroladas no inciso XLIII do art. 5º implicam
graves agressões aos direitos humanos, considerando o seu efeito danoso
e disruptivo no meio social.
Oportuno, aliás, destacar que constitui praxe universal o tratamento
mais rigoroso do tráfico de drogas em relação a outros crimes, o que
conta com reflexos inclusive em tratados internacionais de que o Brasil
faz parte. Ilustrativamente, extraio os seguintes trechos do preâmbulo da
Convenção das Nações Unidas contra o Tráfico de Entorpecentes e
Substâncias Psicotrópicas de 1988, dita Convenção de Viena, promulgada
no Brasil pelo Decreto n.º 154/1991:
“As Partes nesta Convenção,
Profundamente preocupadas com a magnitude e a crescente
tendência da produção, da demanda e do tráfico ilícitos de
entorpecentes e de substâncias psicotrópicas, que representam uma
grave ameaça à saúde e ao bem-estar dos seres humanos e que têm
efeitos nefastos sobre as bases econômica, culturais e políticas da
sociedade,
Profundamente preocupadas também com a sustentada e
crescente expansão do tráfico ilícito de entorpecentes e de substâncias
psicotrópicas nos diversos grupos sociais e, em particular, pela
exploração de crianças em muitas partes do mundo, tanto na
qualidade de consumidores como na produção, na distribuição e no
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Voto - MIN. ROSA WEBER
HC 104.502 / MG
comércio ilícitos de entorpecentes e de substâncias psicotrópicas, o que
constitui um perigo de gravidade incalculável,
Reconhecendo os vínculos que existem entre o tráfico ilícito e
outras atividades criminosas organizadas, a ele relacionadas, que
minam as economias lícitas e ameaçam a estabilidade, a segurança e a
soberania dos Estados,
(...)”.
E no art. 3º, itens 6 e 7, encontram-se normas que dispõem sobre o
papel das Cortes judiciais na implementação das previsões do tratado:
“6. As Partes se esforçarão para assegurar que qualquer poder
legal discricionário, com base em seu direito interno, no que se refere
ao julgamento de pessoas pelos delitos mencionados neste Artigo, seja
exercido para dotar de eficiência máxima as medidas de detecção e
repressão desses delitos, levando devidamente em conta a necessidade
de se exercer um efeito dissuasivo à prática desses delitos.
7. As Partes velarão para que seus tribunais ou demais
autoridades competentes levem em conta a gravidade dos delitos
estabelecidos no parágrafo 1 deste Artigo, e as circunstâncias
especificadas no parágrafo 5 deste Artigo, ao considerar a possibilidade
de conceder liberdade antecipada ou liberdade condicional a pessoas
que tenham sido condenadas por alguns desses delitos”.
Apesar do reconhecimento internacional da gravidade do crime de
tráfico de drogas, não é preciso ir tão longe, considerando que no Brasil é
notória a existência até de comunidades dominadas pelo tráfico de
drogas, em espécie de Estado de exceção permanente, sem lei, sem
segurança e sem liberdade.
O efeito disruptivo e desagregador do tráfico de drogas, este
associado a um mundo de violência, desespero e morte para as suas
vítimas e para as comunidades afetadas, justifica tratamento jurídico mais
rigoroso em relação aos agentes por eles responsáveis e que deve refletir
na análise dos casos concretos, inclusive acerca da possibilidade do
processado por crime de tráfico de drogas responder em liberdade
13
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comércio ilícitos de entorpecentes e de substâncias psicotrópicas, o que
constitui um perigo de gravidade incalculável,
Reconhecendo os vínculos que existem entre o tráfico ilícito e
outras atividades criminosas organizadas, a ele relacionadas, que
minam as economias lícitas e ameaçam a estabilidade, a segurança e a
soberania dos Estados,
(...)”.
E no art. 3º, itens 6 e 7, encontram-se normas que dispõem sobre o
papel das Cortes judiciais na implementação das previsões do tratado:
“6. As Partes se esforçarão para assegurar que qualquer poder
legal discricionário, com base em seu direito interno, no que se refere
ao julgamento de pessoas pelos delitos mencionados neste Artigo, seja
exercido para dotar de eficiência máxima as medidas de detecção e
repressão desses delitos, levando devidamente em conta a necessidade
de se exercer um efeito dissuasivo à prática desses delitos.
7. As Partes velarão para que seus tribunais ou demais
autoridades competentes levem em conta a gravidade dos delitos
estabelecidos no parágrafo 1 deste Artigo, e as circunstâncias
especificadas no parágrafo 5 deste Artigo, ao considerar a possibilidade
de conceder liberdade antecipada ou liberdade condicional a pessoas
que tenham sido condenadas por alguns desses delitos”.
Apesar do reconhecimento internacional da gravidade do crime de
tráfico de drogas, não é preciso ir tão longe, considerando que no Brasil é
notória a existência até de comunidades dominadas pelo tráfico de
drogas, em espécie de Estado de exceção permanente, sem lei, sem
segurança e sem liberdade.
O efeito disruptivo e desagregador do tráfico de drogas, este
associado a um mundo de violência, desespero e morte para as suas
vítimas e para as comunidades afetadas, justifica tratamento jurídico mais
rigoroso em relação aos agentes por eles responsáveis e que deve refletir
na análise dos casos concretos, inclusive acerca da possibilidade do
processado por crime de tráfico de drogas responder em liberdade
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 17 de 19
Voto - MIN. ROSA WEBER
HC 104.502 / MG
durante o processo.
Assim, em síntese, as circunstâncias concretas do caso,
especialmente o elevado potencial ofensivo da droga apreendida e a
quantidade relativamente expressiva apreendida para a espécie
envolvida, constituem indícios suficientes do envolvimento significativo
da paciente na atividade delitiva e, por conseguinte, revelam a existência
de risco de reiteração delitiva e à ordem pública, um dos fundamentos da
preventiva.
A prisão preventiva não é passível de ser caracterizada como
arbitrária ou ilegal.
Mesmo, portanto, que o presente habeas corpus fosse julgado no
mérito, seria denegado, não tendo lugar a concessão de ofício.
III.
Ante o exposto, voto pela extinção do habeas corpus sem resolução do
mérito, por sua inadequação como substitutivo do recurso constitucional.
14
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HC 104.502 / MG
durante o processo.
Assim, em síntese, as circunstâncias concretas do caso,
especialmente o elevado potencial ofensivo da droga apreendida e a
quantidade relativamente expressiva apreendida para a espécie
envolvida, constituem indícios suficientes do envolvimento significativo
da paciente na atividade delitiva e, por conseguinte, revelam a existência
de risco de reiteração delitiva e à ordem pública, um dos fundamentos da
preventiva.
A prisão preventiva não é passível de ser caracterizada como
arbitrária ou ilegal.
Mesmo, portanto, que o presente habeas corpus fosse julgado no
mérito, seria denegado, não tendo lugar a concessão de ofício.
III.
Ante o exposto, voto pela extinção do habeas corpus sem resolução do
mérito, por sua inadequação como substitutivo do recurso constitucional.
14
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 18 de 19
Decisão de Julgamento
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
HABEAS CORPUS 104.502
PROCED. : MINAS GERAIS
RELATORA : MIN. ROSA WEBER
PACTE.(S) : VIVIANE MARTINS SILVA
IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Decisão: A Turma julgou extinta a ordem de habeas corpus por
inadequação da via processual, nos termos do voto da Relatora.
Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma,
13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Wagner Mathias.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
HABEAS CORPUS 104.502
PROCED. : MINAS GERAIS
RELATORA : MIN. ROSA WEBER
PACTE.(S) : VIVIANE MARTINS SILVA
IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Decisão: A Turma julgou extinta a ordem de habeas corpus por
inadequação da via processual, nos termos do voto da Relatora.
Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma,
13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Wagner Mathias.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 19 de 19
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3129620 | 2012-11-13T00:00:00 | 2012-11-27T00:00:00 | A Turma julgou extinta a ordem de habeas corpus por inadequação da via processual, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 13.11.2012. | HABEAS CORPUS | EMENTA
HABEAS CORPUS. SUBSTITUTIVO DO RECURSO CONSTITUCIONAL. INADEQUAÇÃO DA VIA ELEITA. LIBERDADE PROVISÓRIA NO CRIME DE TRÁFICO DE DROGAS. PRESSUPOSTOS E FUNDAMENTOS DA PRISÃO PREVENTIVA. RISCO DE REITERAÇÃO DELITIVA E À ORDEM PÚBLICA. DECISÃO FUNDAMENTADA.
1. O habeas corpus tem uma rica história, constituindo garantia fundamental do cidadão. Ação constitucional que é, não pode ser amesquinhado, mas também não é passível de vulgarização, sob pena de restar descaracterizado como remédio heroico. Contra a denegação de habeas corpus por Tribunal Superior prevê a Constituição Federal remédio jurídico expresso, o recurso ordinário. Diante da dicção do art. 102, II, a, da Constituição da República, a impetração de novo habeas corpus em caráter substitutivo escamoteia o instituto recursal próprio, em manifesta burla ao preceito constitucional. Precedente da Primeira Turma desta Suprema Corte.
2. O Plenário desta Corte, no julgamento do Habeas Corpus 104.339/SP, decidiu pela inconstitucionalidade da vedação abstrata à concessão de liberdade provisória em crimes de tráfico de drogas, invalidando parcialmente a provisão da espécie contida no art. 44 da Lei nº 11.343/2006. Não obstante, a Corte também ressalvou a possibilidade da decretação da prisão cautelar em processos por crimes de tráfico de drogas.
3. Se as circunstâncias concretas da prática do crime indicam o envolvimento significativo do agente com o tráfico de drogas e, por conseguinte, a periculosidade e o risco de reiteração delitiva, está justificada decretação ou a manutenção da prisão cautelar para resguardar a ordem pública, desde que igualmente presentes boas provas da materialidade e da autoria.
4. O efeito disruptivo e desagregador do tráfico de drogas, este associado a um mundo de violência, desespero e morte para as suas vítimas e para as comunidades afetadas, justifica tratamento jurídico mais rigoroso em relação aos agentes por eles responsáveis a refletir na análise dos casos concretos.
5. Habeas corpus extinto sem resolução do mérito. | sjur219910 | - Acórdão(s) citado(s):
(LIBERDADE PROVISÓRIA, TRÁFICO DE ENTORPECENTES)
STF: HC 104339 (TP).
(HABEAS CORPUS, SUBSTITUIÇÃO, RECURSO ORDINÁRIO)
STF: HC 109956 (1ªT), HC 108715 (1ªT).
(HABEAS CORPUS, CABIMENTO)
STF: HC 3536.
(PRISÃO CAUTELAR, GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA)
STF: HC 109436 (2ªT), HC 104332 (1ªT), HC 98754 (2ªT), HC 110313 (1ªT).
- Decisão monocrática citada:
(PRISÃO CAUTELAR, PRINCÍPIO DA PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA)
SRF: HC 94194.
- Veja HC 159163 do STJ.
- Legislação estrangeira citada: Magna Carta de 1215 da Inglaterra;
Habeas Corpus Act, de 1679, artigo I, seção 9, da Constituição
norte-americana de 1787; Decreto-lei nº 35.043, de 20.10.1945 de
Portugual.
- Decisões estrangeiras citadas: Caso James Somerset da King's
Bench; Buschel's Case, de 1670, da Court of Common Pleas; Acórdão
de 26.04.1989, processo 10/89, BMJ 386, p. 422, do Superior Tribunal
de Justiça português.
- Termo(s) de resgate: Doutrina brasileira do habeas corpus.
Número de páginas: 19.
Análise: 15/01/2013, AAT.
Revisão: 30/01/2013, SEV. | ROSA WEBER | Primeira Turma | 104502 | [
"LEG-IMP CCI ANO-1830\r\n ART-00183 ART-00184 ART-00185 ART-00186\r\n ART-00187 ART-00188 \r\n CCI-1830 CODIGO CRIMINAL DO IMPERIO DO BRAZIL (LEI DE 16 DE DEZEMBRO)\r\n",
"LEG-IMP CPCPI ANO-1832\r\n ART-00340\r\n CPCPI-1832 CODIGO DE PROCESSO CRIMINAL DE PRIMEIRA INSTANCIA (LEI DE 29 DE NOVEMBRO)\r\n",
"LEG-IMP LIM-002033 ANO-1871\r\n ART-00018 PAR-00001 \r\n LEI DO IMPÉRIO\r\n",
"LEG-FED CF ANO-1891\r\n ART-00072 PAR-00022 REDAÇÃO DADA PELA EMC-3/1926\r\n CF-1891 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n",
"LEG-FED EMC-000003 ANO-1926\r\n EMENDA CONSTITUCIONAL \r\n",
"LEG-FED CF ANO-1934\r\n CF-1934 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n",
"LEG-FED CF ANO-1937\r\n CF-1937 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n",
"LEG-FED CF ANO-1946\r\n CF-1946 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n",
"LEG-FED CF ANO-1967\r\n CF-1967 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n",
"LEG-FED EMC-000001 ANO-1969\r\n EMENDA CONSTITUCIONAL\r\n",
"LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00005 INC-00043 INC-00068 INC-00078\r\n ART-00102 INC-00002 LET-A \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n",
"LEG-FED DEL-003689 ANO-1941\r\n ART-00312 \r\n CPP-1941 CÓDIGO DE PROCESSO PENAL\r\n",
"LEG-FED LEI-011343 ANO-2006\r\n ART-00044 \r\n LTX-2006 LEI DE TÓXICOS\r\n",
"LEG-INT CVC ANO-1988\r\n CONVENÇÃO DE VIENA CONTRA O TRÁFICO ILÍCITO DE ENTORPECENTES E\r\n SUBSTÂNCIAS PSICOTRÓPICAS\r\n",
"LEG-FED DLG-000162 ANO-1991\r\n APROVA A CONVENÇÃO CONTRA O TRÁFICO ILÍCITO DE ENTORPECENTES E\r\n SUBSTÂNCIAS PSICOTRÓPICAS\r\n DECRETO LEGISLATIVO\r\n",
"LEG-FED DEC-000154 ANO-1991\r\n ART-00003 ITEM-6 ITEM-7 \r\n PROMULGA A CONVENÇÃO CONTRA O TRÁFICO ILÍCITO DE ENTORPECENTES\r\n E SUBSTÂNCIAS PSICOTRÓPICAS\r\n DECRETO"
] | HC | acordaos | HC 104502 | [
""
] | PACTE.(S) : VIVIANE MARTINS SILVA
IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"HABEAS CORPUS 104 . 502",
"Habeas Corpus 104 . 339 / SP",
"HC 104 . 502 / MG",
"HC 104 . 502",
"HABEAS CORPUS 104 . 502",
"HC 159 . 163 / MG",
"HC 1 . 0000 . 09 . 503814 - 7 / 000",
"HC 159 . 163 / MG",
"HC 159 . 163 / MG",
"HC 1 . 0000 . 09 . 503814 - 7 / 000",
"HC 159 . 163 / MG",
"HC 104 . 502 / MG",
"HC 104 . 502 / MG",
"HABEAS CORPUS 104 . 502",
"HC 159 . 163 / MG",
"HC 109 . 956",
"HC 108 . 715",
"HABEAS CORPUS 104 . 502",
"HC 159 . 163 / MG",
"HC 109 . 956",
"HC 108 . 715",
"HC 104 . 502 / MG",
"HC 104 . 502 / MG",
"HC 104 . 502 / MG",
"HC 104 . 502 / MG",
"HC 104 . 502 / MG",
"Habeas Corpus 3 . 536",
"HC 104 . 502 / MG",
"Habeas Corpus 3 . 536",
"HC 104 . 502 / MG",
"HC 104 . 502 / MG",
"HC 104 . 502 / MG",
"HC 104 . 502 /",
"HC 104 . 502 / MG",
"HC 104 . 339 / SP",
"HC 104 . 502 / MG",
"HC 104 . 339 / SP",
"HC 104 . 502 / MG",
"HC 104 . 502 / MG",
"HC 104 . 502 / MG",
"JTACRESP 42 / 58",
"HC 104 . 502 / MG",
"JTACRESP 42 / 58",
"HC 104 . 502 / MG",
"HC 104 . 502 / MG",
"HC 104 . 502 / MG",
"HC 94 . 194 / CE",
"HC 109 . 436",
"HC 104 . 332 / ES",
"HC 98 . 754 / SP",
"HC 104 . 502 / MG",
"HC 94 . 194 / CE",
"HC 109 . 436",
"HC 104 . 332 / ES",
"HC 98 . 754 / SP",
"HC 104 . 502 / MG",
"HC 110 . 313 / MS",
"HC 104 . 502 / MG",
"HC 110 . 313 / MS",
"HC 104 . 502 / MG",
"HC 104 . 502 / MG",
"HC 104 . 502 / MG",
"HC 104 . 502 / MG",
"HABEAS CORPUS 104 . 502",
"HABEAS CORPUS 104 . 502"
],
"LEGISLACAO": [
"Constituição Federal",
"art . 102 , II , a , da Constituição da República",
"art . 44 da Lei [UNK] 11 . 343 / 2006",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 33 , c / c o art . 40 , VI , e art . 35 , todos da Lei 11 . 343 / 2006",
"art . 69 do CP",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art",
"art . 69 do CP",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição da República",
"Constituição da República",
"Magna Carta de 1215",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição da República",
"Constituição da República",
"Magna Carta de 1215",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo I , seção 9 , da Constituição norte - americana de 1787",
"1791",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo I , seção 9 , da Constituição norte - americana de 1787",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Decreto",
"-",
"lei [UNK] 35 . 043",
"Código Criminal de 1830",
"Código de Processo Criminal de 1832",
"Lei [UNK] 2 . 033",
"Constituição Republicana",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Decreto",
"-",
"lei [UNK] 35 . 043",
"Código Criminal de 1830",
"Código de Processo Criminal de 1832",
"Lei [UNK] 2 . 033",
"Constituição Republicana",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 72 da Constituição de 1891",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 72 da Constituição de 1891",
"1934",
"1937",
"1946",
"1967",
"1969",
"1988",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição",
"art . [UNK] , LXXVIII , da Carta Magna",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição",
"art . [UNK] , LXXVIII , da Carta Magna",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 102 , II , a , da Constituição Federal",
"Constituição",
"art . 44 da Lei 11 . 343 / 2006",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 102 , II , a , da Constituição Federal",
"Constituição",
"art . 44 da Lei 11 . 343 / 2006",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 44 da Lei [UNK] 11 . 343 / 2006",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 44 da Lei [UNK] 11 . 343 / 2006",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 312 do CPP",
"art . 44 da Lei 11 . 343 / 2006",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 312 do CPP",
"art . 44 da Lei 11 . 343 / 2006",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 312 do Código de Processo Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 312 do Código de Processo Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição Federal de 1988",
"art . [UNK] da Constituição Federal",
"Convenção das Nações Unidas contra o",
"Decreto n . [UNK] 154 / 1991",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição Federal de 1988",
"art . [UNK] da Constituição Federal",
"Convenção das Nações Unidas contra o Tráfico de",
"Decreto n . [UNK] 154 / 1991",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"MINAS GERAIS",
"Brasília",
"/",
"MG",
"Brasília",
"MINAS GERAIS",
"Inglaterra",
"New Haven and London",
"Cambridge",
"Inglaterra",
"New Haven and",
"London",
"Cambridge",
"St",
". Paul",
"Curitiba",
"St . Paul",
"Curitiba",
"Portugal",
"Brasil",
"São Paulo",
"Portugal",
"Brasil",
"Brasil",
"São Paulo",
"Rio de Janeiro",
"Campinas",
"Rio de Janeiro",
"Campinas",
"Morro do Papagaio",
"beco",
"Morro do Papagaio",
"beco",
"Morro do Papagaio",
"beco",
"Morro do Papagaio",
"Brasil",
"Brasil",
"Brasil",
"Brasil",
"MINAS GERAIS",
"MINAS GERAIS"
],
"ORGANIZACAO": [
"PRIMEIRA TURMA",
"DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"Primeira Turma",
"Suprema Corte",
"Plenário desta",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"Defensoria Pública da União",
"Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça",
"[UNK] Vara de Tóxicos da Comarca de Belo Horizonte / MG",
"Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais",
"[UNK] Câmara Criminal",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Quinta Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"Defensoria Pública da União",
"Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça",
"[UNK] Vara de Tóxicos da Comarca de Belo Horizonte / MG",
"Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais",
"[UNK] Câmara Criminal",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Quinta Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Ministério Público Federal",
"[UNK] Vara de Tóxicos da Comarca de Belo Horizonte / MG",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Ministério Público Federal",
"[UNK] Vara",
"de Tóxicos da Comarca de Belo Horizonte / MG",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Primeira Turma",
"Yale University Press",
"Queen",
"'",
"s Bench",
"Harvard University Press",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Yale University Press",
"Queen",
"'",
"s Bench",
"Harvard University Press",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"King",
"King",
"'",
"Court of",
"West Group",
"Oxford University Press",
"Juruá",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"King",
"s Bench",
"King",
"'",
"s Bench",
"Court of Common Pleas",
"West Group",
"Oxford University Press",
"Juruá",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Superior Tribunal de Justiça português",
"RT",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Superior Tribunal de Justiça português",
"RT",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Senado",
"Supremo Tribunal Federal",
"Civilização brasileira",
"Bookseller",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Senado",
"Supremo Tribunal Federal",
"Civilização brasileira",
"Bookseller",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Suprema Corte",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Suprema Corte",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Defensoria Pública do Estado de Minas Gerais",
"[UNK] Vara de Tóxicos da Comarca de Belo Horizonte / MG",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"MG",
"Defensoria Pública do Estado de Minas Gerais",
"[UNK] Vara de Tóxicos da Comarca de Belo Horizonte / MG",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"[UNK] Câmara Criminal",
"Polícia Militar",
"Plenário desta",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"[UNK] Câmara Criminal",
"Plenário desta Suprema Corte",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Suprema",
"[UNK] Turma",
"[UNK] Turma",
"[UNK] Turma",
"Supremo",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"[UNK] Turma",
"[UNK] Turma",
"[UNK] Turma",
"Supremo Tribunal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"1",
".",
"[UNK] Turma do",
"STF",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"1",
".",
"[UNK] Turma do STF",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"ROSA WEBER",
"VIVIANE MARTINS SILVA",
"Dias Toffoli",
"Rosa Weber",
"Dias Toffoli",
"Rosa Weber",
"ROSA WEBER",
"VIVIANE MARTINS SILVA",
"Rosa Weber",
"Viviane Martins Silva",
"Felix Fischer",
"ROSA WEBER",
"VIVIANE MARTINS SILVA",
"Rosa Weber",
"Viviane Martins Silva",
"Felix Fischer",
"Ellen Gracie",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Ellen Gracie",
"Edson Oliveira de Almeida",
"ROSA WEBER",
"Rosa Weber",
"Marco Aurélio",
"LEVY , Leonard W",
"HALLIDAY , Paul D .",
"Rosa Weber",
"Marco Aurélio",
"LEVY , Leonard W",
"HALLIDAY , Paul D",
"ROSA WEBER",
"James Somerset",
"HALLIDAY ,",
"Paul D .",
"HALLIDAY , Paul D .",
"LEVY , Leonard W .",
"KAMISAR , Yale",
"TRECHSEL , Stefan",
"GUIMARÃES , Isaac Sabbá",
"James Somerset",
"HALLIDAY , Paul D .",
"HALLIDAY , Paul D .",
"LEVY , Leonard W .",
"KAMISAR ,",
"Yale",
"TRECHSEL , Stefan",
"GUIMARÃES , Isaac Sabbá",
"ROSA WEBER",
"GUIMARÃES , Isaac Sabbá",
"Pontes de Miranda",
"STRAUS , Flávio Augusto Saraiva",
"GARCIA ,",
"Maria",
"GUIMARÃES , Isaac Sabbá",
"Pontes de Miranda",
"STRAUS , Flávio Augusto Saraiva",
"PIOVESAN ,",
"Flávia",
"GARCIA ,",
"Maria",
"ROSA WEBER",
"Ruy Barbosa",
"Leda Boechat Rodrigues",
"Artur Bernardes",
"Pontes de Miranda",
"Ruy Barbosa",
"Leda Boechat Rodrigues",
"Artur Bernardes",
"Pontes de Miranda",
"ROSA WEBER",
"ROSA WEBER",
"ROSA WEBER",
"Gilmar Mendes",
"Gilmar Mendes",
"ROSA WEBER",
"ROSA WEBER",
"Viviane",
"Viviane",
"J",
"J",
"Viviane",
"Viviane",
"J",
"J",
"ROSA WEBER",
"ROSA WEBER",
"Celso de Mello",
"Ayres Britto",
"Dias Toffoli",
"Ellen Gracie",
"Celso de Mello",
"Ayres Britto",
"Dias Toffoli",
"Ellen Gracie",
"ROSA WEBER",
"Carmen Lúcia",
"Carmen Lúcia",
"ROSA WEBER",
"ROSA WEBER",
"ROSA WEBER",
"VIVIANE MARTINS SILVA",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Wagner Mathias",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza",
"ROSA WEBER",
"VIVIANE MARTINS SILVA",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Wagner Mathias",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza"
],
"TEMPO": [
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"27",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"13 de novembro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13 de novembro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"16",
".",
"7",
".",
"2009",
"15",
".",
"8",
".",
"2009",
"15",
".",
"9",
".",
"2009",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"16",
".",
"7",
".",
"2009",
"15",
".",
"8",
".",
"2009",
"15",
".",
"9",
".",
"2009",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"22",
".",
"6",
".",
"2010",
"15 de setembro de 2009",
"14 de agosto de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"22",
".",
"6",
".",
"2010",
"15 de setembro de 2009",
"14 de agosto de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"08",
".",
"8",
".",
"2012",
"11",
".",
"9",
".",
"2012",
"2010",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"08",
".",
"8",
".",
"2012",
"11",
".",
"9",
".",
"2012",
"2010",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"1679",
"2002",
"2005",
"2009",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"1771",
"1670",
"1679",
"1791",
"2002",
"2005",
"2009",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"20",
".",
"10",
".",
"1945",
"26",
".",
"04",
".",
"1989",
"1916",
"2011",
"1871",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"20",
".",
"10",
".",
"1945",
"26",
".",
"04",
".",
"1989",
"1916",
"2011",
"1871",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"05",
".",
"6",
".",
"1914",
"1991",
"1988",
"2007",
"29",
".",
"5",
".",
"2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"05",
".",
"6",
".",
"1914",
"1991",
"1926",
"2007",
"29",
".",
"5",
".",
"2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"15 de setembro de 2009",
"14",
".",
"8",
".",
"2012",
"15",
".",
"8",
".",
"2009",
"15",
".",
"9",
".",
"2009",
"15",
".",
"9",
".",
"2009",
"16",
".",
"7",
".",
"2009",
"10",
".",
"5",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"15 de setembro de 2009",
"14",
".",
"8",
".",
"2012",
"15",
".",
"8",
".",
"2009",
"15",
".",
"9",
".",
"2009",
"15",
".",
"9",
".",
"2009",
"16",
".",
"7",
".",
"2009",
"10",
".",
"5",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"28",
".",
"8",
".",
"2008",
"2",
".",
"9",
".",
"2008",
"17",
".",
"02",
".",
"2012",
"12",
".",
"9",
".",
"2011",
"10",
".",
"12",
".",
"2009",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"28",
".",
"8",
".",
"2008",
"2",
".",
"9",
".",
"2008",
"17",
".",
"02",
".",
"2012",
"12",
".",
"9",
".",
"2011",
"10",
".",
"12",
".",
"2009",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
".",
"12",
".",
"2011",
"13",
".",
"02",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
".",
"12",
".",
"2011",
"13",
".",
"02",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO HABEAS CORPUS 114.030 MATO GROSSO
RELATORA
: MIN. ROSA WEBER
AGTE.(S)
:JOSÉ DOS SANTOS OU JOSÉ TONTIM DOS SANTOS
ADV.(A/S)
:HUGO MENDES PLUTARCO
AGDO.(A/S)
:SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICA
EMENTA
DIREITO PROCESSUAL PENAL. AGRAVO REGIMENTAL EM
HABEAS CORPUS. PRONÚNCIA. QUALIFICADORAS. REEXAME DE
FATOS E PROVAS. INADMISSIBILIDADE.
Não se presta o habeas corpus, enquanto não permite ampla
avaliação e valoração das provas, como instrumento hábil ao
reexame do conjunto fático-probatório das qualificadoras admitidas
em sentença de pronúncia. Precedentes.
Agravo regimental não provido.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os
Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Primeira Turma, sob a
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de
julgamento e das notas taquigráficas, por maioria de votos, em negar
provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da relatora.
Brasília, 13 de novembro de 2012.
Ministra Rosa Weber
Relatora
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3107737.
Supremo Tribunal Federal
DJe 17/12/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 11
Relatório
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO HABEAS CORPUS 114.030 MATO GROSSO
RELATORA
: MIN. ROSA WEBER
AGTE.(S)
:JOSÉ DOS SANTOS OU JOSÉ TONTIM DOS SANTOS
ADV.(A/S)
:HUGO MENDES PLUTARCO
AGDO.(A/S)
:SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICA
R E L A T Ó R I O
A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Trata-se de agravo
regimental em contra decisão monocrática denegatória de seguimento a
habeas corpus em razão da inadequação da via eleita para reexame de fatos
e provas.
José dos Santos ou José Tontim dos Santos foi pronunciado pela
prática do crime tipificado no art. 121, § 2º, I e IV, do Código Penal. A
sentença de pronúncia foi proferida pelo Juízo de Direito da 2ª Vara
Criminal da Comarca de Barra do Garças-MT.
O Tribunal de Justiça do Estado do Mato Grosso negou provimento
ao recurso em sentido estrito manejado pela Defesa, mantida a pronúncia
do paciente e o seu julgamento pelo Tribunal do Júri.
No Superior Tribunal de Justiça, ao argumento de exclusão das
qualificadoras de motivo torpe e surpresa, o ora agravante impetrou
habeas corpus. Todavia, a Corte Superior manteve a decisão do magistrado
de primeiro grau.
Inconformado, José dos Santos ou José Tontim do Santos impetrou
este HC 114.030/MT perante este Supremo Tribunal Federal.
Argumentou, em síntese, pela a exclusão das qualificadoras de ação em
surpresa à vítima e de motivo torpe, pois não teriam restado
caracterizados. Requereu a concessão da ordem para excluir as
qualificadoras.
Em 19.6.2012, neguei seguimento ao writ por entender que se
pretendia o exame e a valoração aprofundada da prova, inviável no writ.
Inconformada, a Defesa maneja o presente agravo regimental,
repisando os argumentos lançados na inicial. Pugna pelo provimento do
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO HABEAS CORPUS 114.030 MATO GROSSO
RELATORA
: MIN. ROSA WEBER
AGTE.(S)
:JOSÉ DOS SANTOS OU JOSÉ TONTIM DOS SANTOS
ADV.(A/S)
:HUGO MENDES PLUTARCO
AGDO.(A/S)
:SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICA
R E L A T Ó R I O
A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Trata-se de agravo
regimental em contra decisão monocrática denegatória de seguimento a
habeas corpus em razão da inadequação da via eleita para reexame de fatos
e provas.
José dos Santos ou José Tontim dos Santos foi pronunciado pela
prática do crime tipificado no art. 121, § 2º, I e IV, do Código Penal. A
sentença de pronúncia foi proferida pelo Juízo de Direito da 2ª Vara
Criminal da Comarca de Barra do Garças-MT.
O Tribunal de Justiça do Estado do Mato Grosso negou provimento
ao recurso em sentido estrito manejado pela Defesa, mantida a pronúncia
do paciente e o seu julgamento pelo Tribunal do Júri.
No Superior Tribunal de Justiça, ao argumento de exclusão das
qualificadoras de motivo torpe e surpresa, o ora agravante impetrou
habeas corpus. Todavia, a Corte Superior manteve a decisão do magistrado
de primeiro grau.
Inconformado, José dos Santos ou José Tontim do Santos impetrou
este HC 114.030/MT perante este Supremo Tribunal Federal.
Argumentou, em síntese, pela a exclusão das qualificadoras de ação em
surpresa à vítima e de motivo torpe, pois não teriam restado
caracterizados. Requereu a concessão da ordem para excluir as
qualificadoras.
Em 19.6.2012, neguei seguimento ao writ por entender que se
pretendia o exame e a valoração aprofundada da prova, inviável no writ.
Inconformada, a Defesa maneja o presente agravo regimental,
repisando os argumentos lançados na inicial. Pugna pelo provimento do
Supremo Tribunal Federal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 11
Relatório
HC 114.030 AGR / MT
recurso.
O Ministério Público Federal, em parecer da lavra do
Subprocurador-Geral da República Mário José Gisi, manifestou-se pelo
desprovimento do agravo regimental.
É o relatório.
Colho da referida decisão:
“(...).
O paciente foi pronunciado pelo Juízo da 2ª Câmara
Criminal da Comarca de Barra do Garças/MT, pela prática do
crime descrito no art. 121, § 2º, I e IV, do Código Penal, para
submetê-lo a julgamento pelo Tribunal de Júri.
(…).
Neste writ, o impetrante busca, em síntese, apenas que se
exclua da sentença de pronúncia as qualificadoras dos incisos I
e IV do §2º do art. 121 do Código Penal, afirmando que não
agiu por motivo torpe ou mediante recurso que dificulte ou
tenha tornado impossível a defesa da vítima.
Argumenta que “o agir do acusado não foi em surpresa da
vítima, muito pelo contrário, foi a própria vítima que surpreendeu o
acusado quando partiu para agredi-lo, mesmo estando o último
operado fazia poucos dias”.
Registra que “a decisão de pronúncia, confirmada pela decisão
do tribunal estadual e pela decisão ora combatida, tenta fazer crer que
os tiros nas costas do acusado gerariam dúvidas quanto à tese da
legítima defesa e fortaleceriam a tese de ter agido o paciente em
suposta surpresa à vítima”.
E ainda:
“Nada leva a crer que a vítima foi pega de ‘inopino’. A perícia
invocada na pronúncia confirma justamente o oposto, que o
depoimento do acusado é o mais cristalino relato do que ocorreu
naquele fatídico dia. A ação do acusado foi a repulsa, pelos meios que
tinha disponíveis, da agressão injusta que estava a sofrer da vítima.
Agressão originada pela discussão entre acusado e vítima porque este
último, de qualquer forma queria ver aumentados os honorários que
tinha a receber.”
2
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
HC 114.030 AGR / MT
recurso.
O Ministério Público Federal, em parecer da lavra do
Subprocurador-Geral da República Mário José Gisi, manifestou-se pelo
desprovimento do agravo regimental.
É o relatório.
Colho da referida decisão:
“(...).
O paciente foi pronunciado pelo Juízo da 2ª Câmara
Criminal da Comarca de Barra do Garças/MT, pela prática do
crime descrito no art. 121, § 2º, I e IV, do Código Penal, para
submetê-lo a julgamento pelo Tribunal de Júri.
(…).
Neste writ, o impetrante busca, em síntese, apenas que se
exclua da sentença de pronúncia as qualificadoras dos incisos I
e IV do §2º do art. 121 do Código Penal, afirmando que não
agiu por motivo torpe ou mediante recurso que dificulte ou
tenha tornado impossível a defesa da vítima.
Argumenta que “o agir do acusado não foi em surpresa da
vítima, muito pelo contrário, foi a própria vítima que surpreendeu o
acusado quando partiu para agredi-lo, mesmo estando o último
operado fazia poucos dias”.
Registra que “a decisão de pronúncia, confirmada pela decisão
do tribunal estadual e pela decisão ora combatida, tenta fazer crer que
os tiros nas costas do acusado gerariam dúvidas quanto à tese da
legítima defesa e fortaleceriam a tese de ter agido o paciente em
suposta surpresa à vítima”.
E ainda:
“Nada leva a crer que a vítima foi pega de ‘inopino’. A perícia
invocada na pronúncia confirma justamente o oposto, que o
depoimento do acusado é o mais cristalino relato do que ocorreu
naquele fatídico dia. A ação do acusado foi a repulsa, pelos meios que
tinha disponíveis, da agressão injusta que estava a sofrer da vítima.
Agressão originada pela discussão entre acusado e vítima porque este
último, de qualquer forma queria ver aumentados os honorários que
tinha a receber.”
2
Supremo Tribunal Federal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 11
Relatório
HC 114.030 AGR / MT
Quanto à qualificadora do motivo torpe, afirma que “uma
coisa é o desentendimento que gerou a tragédia ter ocorrido quando do
acerto do pagamento do paciente, Sr. José dos Santos, à vítima, outro
fato diametralmente oposto é a conclusão do juízo a quo, baseado nas
alegações do Ministério Público, acerca de ter o paciente agido com o
intuito de se furtar ao pagamento de R$ 3.000,00 (três mil reais)”.
(…).
Passo a decidir.
O acórdão impugnado do Superior Tribunal de Justiça
está assim ementado:
“HABEAS CORPUS.
PRONÚNCIA. HOMICÍDIO.
QUALIFICADORAS DE SURPRESA E MOTIVO TORPE.
ADMISSIBILIDADE.
FUNDAMENTAÇÃO
IDÔNEA.
SOBERANIA DO JÚRI.
1. Esta Corte firmou entendimento de que só podem ser
excluídas da sentença de pronúncia as circunstâncias qualificadoras
manifestamente improcedentes, sem amparo nos elementos dos autos,
uma vez que não se deve usurpar do Tribunal do Júri o pleno exame
dos fatos da causa.
2. Impende destacar que tanto a pronúncia como o acórdão
proferido em sede de recurso em estrito, de maneira fundamentada, a
saber, com base em elementos indiciários colhidos sob o crivo do
contraditório, admitiram a imputação das qualificadoras de motivo
torpe e surpresa.
3. Ordem denegada”.
Ora, como resta evidenciado pela argumentação do
Impetrante e inclusive pelos trechos da inicial acima transcritos,
o acolhimento da pretensão exigiria o exame e a valoração
aprofundada das provas do processo, para o que não se presta a
via eleita.
Com efeito, esta Suprema Corte já assentou que “o caráter
sumaríssimo da via jurídico-processual do "habeas corpus" não
permite que se proceda, no âmbito estreito do "writ" constitucional, a
qualquer indagação de ordem probatória nem mesmo a qualquer
rediscussão em torno da autoria do fato delituoso” (HC 89.823/MG,
rel. Min. Celso de Mello, 2ª Turma, Dje 31.10.2008). No mesmo
3
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Supremo Tribunal Federal
HC 114.030 AGR / MT
Quanto à qualificadora do motivo torpe, afirma que “uma
coisa é o desentendimento que gerou a tragédia ter ocorrido quando do
acerto do pagamento do paciente, Sr. José dos Santos, à vítima, outro
fato diametralmente oposto é a conclusão do juízo a quo, baseado nas
alegações do Ministério Público, acerca de ter o paciente agido com o
intuito de se furtar ao pagamento de R$ 3.000,00 (três mil reais)”.
(…).
Passo a decidir.
O acórdão impugnado do Superior Tribunal de Justiça
está assim ementado:
“HABEAS CORPUS.
PRONÚNCIA. HOMICÍDIO.
QUALIFICADORAS DE SURPRESA E MOTIVO TORPE.
ADMISSIBILIDADE.
FUNDAMENTAÇÃO
IDÔNEA.
SOBERANIA DO JÚRI.
1. Esta Corte firmou entendimento de que só podem ser
excluídas da sentença de pronúncia as circunstâncias qualificadoras
manifestamente improcedentes, sem amparo nos elementos dos autos,
uma vez que não se deve usurpar do Tribunal do Júri o pleno exame
dos fatos da causa.
2. Impende destacar que tanto a pronúncia como o acórdão
proferido em sede de recurso em estrito, de maneira fundamentada, a
saber, com base em elementos indiciários colhidos sob o crivo do
contraditório, admitiram a imputação das qualificadoras de motivo
torpe e surpresa.
3. Ordem denegada”.
Ora, como resta evidenciado pela argumentação do
Impetrante e inclusive pelos trechos da inicial acima transcritos,
o acolhimento da pretensão exigiria o exame e a valoração
aprofundada das provas do processo, para o que não se presta a
via eleita.
Com efeito, esta Suprema Corte já assentou que “o caráter
sumaríssimo da via jurídico-processual do "habeas corpus" não
permite que se proceda, no âmbito estreito do "writ" constitucional, a
qualquer indagação de ordem probatória nem mesmo a qualquer
rediscussão em torno da autoria do fato delituoso” (HC 89.823/MG,
rel. Min. Celso de Mello, 2ª Turma, Dje 31.10.2008). No mesmo
3
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 11
Relatório
HC 114.030 AGR / MT
sentido, encontram-se inúmeros precedentes: HC 73.721/RJ, rel.
Min. Carlos Velloso, 2ª Turma, DJ 14.11.1996; HC 74.562/SP, rel.
Min. Ilmar Galvão, 1ª Turma, DJ 6.12.1996; HC 82.050/MS, rel.
Min. Maurício Corrêa, 2ª Turma, DJ 21.3.2003; HC 68.658/SP;
rel. Min. Celso de Mello, 1ª Turma, DJ 26.6.1992; HC 88.707/SP,
rel. Min. Ellen Gracie, 2ª Turma, Dje 17.10.2008; HC 102.004/ES,
rel. Min. Cármen Lúcia, 1ª Turma, Dje 8.2.2011.
Logo a pretensão do Impetrante é manifestamente
inadmissível.
Ante o exposto, nego seguimento ao presente habeas
corpus (art. 21, § 1º, do Regimento Interno.)”
Inconformada, a Defesa maneja o presente agravo regimental,
repisando os argumentos lançados na inicial. Pugna pelo provimento do
recurso.
O Ministério Público Federal, em parecer da lavra do
Subprocurador-Geral da República Mário José Gisi, manifestou-se pelo
desprovimento do agravo regimental.
É o relatório.
4
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HC 114.030 AGR / MT
sentido, encontram-se inúmeros precedentes: HC 73.721/RJ, rel.
Min. Carlos Velloso, 2ª Turma, DJ 14.11.1996; HC 74.562/SP, rel.
Min. Ilmar Galvão, 1ª Turma, DJ 6.12.1996; HC 82.050/MS, rel.
Min. Maurício Corrêa, 2ª Turma, DJ 21.3.2003; HC 68.658/SP;
rel. Min. Celso de Mello, 1ª Turma, DJ 26.6.1992; HC 88.707/SP,
rel. Min. Ellen Gracie, 2ª Turma, Dje 17.10.2008; HC 102.004/ES,
rel. Min. Cármen Lúcia, 1ª Turma, Dje 8.2.2011.
Logo a pretensão do Impetrante é manifestamente
inadmissível.
Ante o exposto, nego seguimento ao presente habeas
corpus (art. 21, § 1º, do Regimento Interno.)”
Inconformada, a Defesa maneja o presente agravo regimental,
repisando os argumentos lançados na inicial. Pugna pelo provimento do
recurso.
O Ministério Público Federal, em parecer da lavra do
Subprocurador-Geral da República Mário José Gisi, manifestou-se pelo
desprovimento do agravo regimental.
É o relatório.
4
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Voto - MIN. ROSA WEBER
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO HABEAS CORPUS 114.030 MATO GROSSO
VOTO
A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): As razões apresentadas
no agravo não atacam o fundamento esgrimido, limitando-se a repisar os
argumentos da exordial do habeas corpus, a atrair a regra do artigo 317, §
1º, do RISTF, o que impede por si só o provimento do recurso.
Precedentes: AI-AgR 699.776/RS, Min. Cármen Lúcia, 1ª Turma, DJe
19.9.2008 e o HC-AgR 97.742/PI, Min. Joaquim Barbosa, DJe 5.2.2010.
O agravante foi pronunciado pela prática do crime de homicídio
qualificado (art. 121, § 4º, I e IV, do CP). Segundo a peça acusatória, José
dos Santos ou José Tontim dos Santos, em 14.09.2005, às 07:40 hs, nas
dependências de um posto de combustíveis, situado no entroncamento
das BRs 070 e 158, mediante surpresa e por motivo torpe, utilizando-se de
arma de fogo, desferiu quatro tiros contra a vítima, causando-lhe lesões
suficientes para sua morte.
Com a presente impetração, objetiva a Defesa a exclusão das duas
qualificadoras admitidas pela sentença de pronúncia.
Eis o teor da respectiva decisão:
“(...).
Como se sabe, na sentença de pronúncia deve o Juiz verificar a
existência do crime (prova da materialidade) e os indícios de que o réu
seja o seu autor.
(…).
A materialidade do crime vem devidamente delineada no laudo
de exame de fls. 74/75 que dá conta das lesões provocadas na vítima
por “projétil de arma de fogo”. Os ferimentos teriam ocasionado
“hipovalemia” decorrente de anemia aguda, que, por sua vez, decorreu
de hemorragia aguda.
Os indícios de autoria são presentes e extremamente fortes.
Veja-se, primeiramente, que o acusado confessa a autoria dos
fatos, não sendo necessárias maiores digressões acerca da questão,
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13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO HABEAS CORPUS 114.030 MATO GROSSO
VOTO
A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): As razões apresentadas
no agravo não atacam o fundamento esgrimido, limitando-se a repisar os
argumentos da exordial do habeas corpus, a atrair a regra do artigo 317, §
1º, do RISTF, o que impede por si só o provimento do recurso.
Precedentes: AI-AgR 699.776/RS, Min. Cármen Lúcia, 1ª Turma, DJe
19.9.2008 e o HC-AgR 97.742/PI, Min. Joaquim Barbosa, DJe 5.2.2010.
O agravante foi pronunciado pela prática do crime de homicídio
qualificado (art. 121, § 4º, I e IV, do CP). Segundo a peça acusatória, José
dos Santos ou José Tontim dos Santos, em 14.09.2005, às 07:40 hs, nas
dependências de um posto de combustíveis, situado no entroncamento
das BRs 070 e 158, mediante surpresa e por motivo torpe, utilizando-se de
arma de fogo, desferiu quatro tiros contra a vítima, causando-lhe lesões
suficientes para sua morte.
Com a presente impetração, objetiva a Defesa a exclusão das duas
qualificadoras admitidas pela sentença de pronúncia.
Eis o teor da respectiva decisão:
“(...).
Como se sabe, na sentença de pronúncia deve o Juiz verificar a
existência do crime (prova da materialidade) e os indícios de que o réu
seja o seu autor.
(…).
A materialidade do crime vem devidamente delineada no laudo
de exame de fls. 74/75 que dá conta das lesões provocadas na vítima
por “projétil de arma de fogo”. Os ferimentos teriam ocasionado
“hipovalemia” decorrente de anemia aguda, que, por sua vez, decorreu
de hemorragia aguda.
Os indícios de autoria são presentes e extremamente fortes.
Veja-se, primeiramente, que o acusado confessa a autoria dos
fatos, não sendo necessárias maiores digressões acerca da questão,
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 11
Voto - MIN. ROSA WEBER
HC 114.030 AGR / MT
entretanto justifica que agiu em legítima defesa.
(…).
Embora plausível a tese, a mesma não está livre de dúvidas neste
momento e não pode ser, por isso, reconhecida em sede de pronúncia,
devendo a questão ser encaminhada ao plenário do júri, para que o
Douto Conselho de Sentença a dirima em seu julgamento.
(…).
Das qualificadoras.
Não se pode afirmar também que estejam absolutamente
dissociadas do quadro probatório.
Quanto aos motivos, embora o réu não tenha confessado a
acusação do Ministério Público de que o crime teria se dado em razão
da suposta recusa do réu em promover o pagamento dos valores
devidos à vítima, consta que realmente o desacerto teria surgido
quando do acerto de contas e pagamento de um serviço realizado pela
vítima ao réu, não tendo ambos chegado a um bom termo,
desembocando o desentendimento no crime em questão.
Já com relação à surpresa, ou dificuldade de defesa, também resta
plausível e por isso não pode ser afastada neste momento.
A própria perícia, como já mencionado acima, ressaltou que
alguns dos tiros que atingiram a vítima foram disparados de cima
para baixo, o que pode, eventualmente, levar a crer que a vítima
estaria sentada em tal momento e, assim, pega de “inopino”.
Assim, por não dissociadas do quadro fático probatório, as
qualificadoras devem ser mantidas.”
A sentença de pronúncia está devidamente fundamentada, com a
indicação da materialidade do fato criminoso e dos indícios suficientes de
autoria, inclusive com a especificação das qualificadoras previstas nos
incisos I e IV do § 4º do art. 121 do Código Penal. Tal fato, por si só, enseja
a remessa da ação penal para julgamento pelo órgão competente –
Tribunal do Júri –, que apreciará a existência das qualificadoras
declinadas nos autos.
Neste habeas corpus impetrado perante esta Suprema Corte,
pretende-se a exclusão da sentença de pronúncia as qualificadoras dos
incisos I e IV do §2º do art. 121 do Código Penal, afirmando que não agiu
2
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
HC 114.030 AGR / MT
entretanto justifica que agiu em legítima defesa.
(…).
Embora plausível a tese, a mesma não está livre de dúvidas neste
momento e não pode ser, por isso, reconhecida em sede de pronúncia,
devendo a questão ser encaminhada ao plenário do júri, para que o
Douto Conselho de Sentença a dirima em seu julgamento.
(…).
Das qualificadoras.
Não se pode afirmar também que estejam absolutamente
dissociadas do quadro probatório.
Quanto aos motivos, embora o réu não tenha confessado a
acusação do Ministério Público de que o crime teria se dado em razão
da suposta recusa do réu em promover o pagamento dos valores
devidos à vítima, consta que realmente o desacerto teria surgido
quando do acerto de contas e pagamento de um serviço realizado pela
vítima ao réu, não tendo ambos chegado a um bom termo,
desembocando o desentendimento no crime em questão.
Já com relação à surpresa, ou dificuldade de defesa, também resta
plausível e por isso não pode ser afastada neste momento.
A própria perícia, como já mencionado acima, ressaltou que
alguns dos tiros que atingiram a vítima foram disparados de cima
para baixo, o que pode, eventualmente, levar a crer que a vítima
estaria sentada em tal momento e, assim, pega de “inopino”.
Assim, por não dissociadas do quadro fático probatório, as
qualificadoras devem ser mantidas.”
A sentença de pronúncia está devidamente fundamentada, com a
indicação da materialidade do fato criminoso e dos indícios suficientes de
autoria, inclusive com a especificação das qualificadoras previstas nos
incisos I e IV do § 4º do art. 121 do Código Penal. Tal fato, por si só, enseja
a remessa da ação penal para julgamento pelo órgão competente –
Tribunal do Júri –, que apreciará a existência das qualificadoras
declinadas nos autos.
Neste habeas corpus impetrado perante esta Suprema Corte,
pretende-se a exclusão da sentença de pronúncia as qualificadoras dos
incisos I e IV do §2º do art. 121 do Código Penal, afirmando que não agiu
2
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 11
Voto - MIN. ROSA WEBER
HC 114.030 AGR / MT
por motivo torpe ou mediante recurso que dificulte ou tenha tornado
impossível a defesa da vítima.
Argumenta que “o agir do acusado não foi em surpresa da vítima, muito
pelo contrário, foi a própria vítima que surpreendeu o acusado quando partiu
para agredi-lo, mesmo estando o último operado fazia poucos dias”.
Registra que “a decisão de pronúncia, confirmada pela decisão do tribunal
estadual e pela decisão ora combatida, tenta fazer crer que os tiros nas costas do
acusado gerariam dúvidas quanto à tese da legítima defesa e fortaleceriam a tese
de ter agido o paciente em suposta surpresa à vítima”.
E ainda:
“Nada leva a crer que a vítima foi pega de ‘inopino’. A perícia
invocada na pronúncia confirma justamente o oposto, que o
depoimento do acusado é o mais cristalino relato do que ocorreu
naquele fatídico dia. A ação do acusado foi a repulsa, pelos meios que
tinha disponíveis, da agressão injusta que estava a sofrer da vítima.
Agressão originada pela discussão entre acusado e vítima porque este
último, de qualquer forma queria ver aumentados os honorários que
tinha a receber.”
Quanto à qualificadora do motivo torpe, afirma que “uma coisa é o
desentendimento que gerou a tragédia ter ocorrido quando do acerto do
pagamento do paciente, Sr. José dos Santos, à vítima, outro fato diametralmente
oposto é a conclusão do juízo a quo, baseado nas alegações do Ministério Público,
acerca de ter o paciente agido com o intuito de se furtar ao pagamento de R$
3.000,00 (três mil reais)”.
Como já consignei na decisão atacada, resta evidenciado, pela
argumentação do Impetrante e inclusive pelos trechos da inicial acima
transcritos, que o acolhimento da pretensão exigiria o exame e a
valoração aprofundada das provas do processo, para o que não se presta
a via eleita.
Na mesma linha, o Ministério Público Federal apontou, em seu
parecer, que, para se afastar as qualificadoras, “seria necessário o
revolvimento do acervo probatório, providência não condizente com a via
processual eleita”.
Esta Suprema Corte já assentou que “o caráter sumaríssimo da via
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HC 114.030 AGR / MT
por motivo torpe ou mediante recurso que dificulte ou tenha tornado
impossível a defesa da vítima.
Argumenta que “o agir do acusado não foi em surpresa da vítima, muito
pelo contrário, foi a própria vítima que surpreendeu o acusado quando partiu
para agredi-lo, mesmo estando o último operado fazia poucos dias”.
Registra que “a decisão de pronúncia, confirmada pela decisão do tribunal
estadual e pela decisão ora combatida, tenta fazer crer que os tiros nas costas do
acusado gerariam dúvidas quanto à tese da legítima defesa e fortaleceriam a tese
de ter agido o paciente em suposta surpresa à vítima”.
E ainda:
“Nada leva a crer que a vítima foi pega de ‘inopino’. A perícia
invocada na pronúncia confirma justamente o oposto, que o
depoimento do acusado é o mais cristalino relato do que ocorreu
naquele fatídico dia. A ação do acusado foi a repulsa, pelos meios que
tinha disponíveis, da agressão injusta que estava a sofrer da vítima.
Agressão originada pela discussão entre acusado e vítima porque este
último, de qualquer forma queria ver aumentados os honorários que
tinha a receber.”
Quanto à qualificadora do motivo torpe, afirma que “uma coisa é o
desentendimento que gerou a tragédia ter ocorrido quando do acerto do
pagamento do paciente, Sr. José dos Santos, à vítima, outro fato diametralmente
oposto é a conclusão do juízo a quo, baseado nas alegações do Ministério Público,
acerca de ter o paciente agido com o intuito de se furtar ao pagamento de R$
3.000,00 (três mil reais)”.
Como já consignei na decisão atacada, resta evidenciado, pela
argumentação do Impetrante e inclusive pelos trechos da inicial acima
transcritos, que o acolhimento da pretensão exigiria o exame e a
valoração aprofundada das provas do processo, para o que não se presta
a via eleita.
Na mesma linha, o Ministério Público Federal apontou, em seu
parecer, que, para se afastar as qualificadoras, “seria necessário o
revolvimento do acervo probatório, providência não condizente com a via
processual eleita”.
Esta Suprema Corte já assentou que “o caráter sumaríssimo da via
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Voto - MIN. ROSA WEBER
HC 114.030 AGR / MT
jurídico-processual do "habeas corpus" não permite que se proceda, no âmbito
estreito do "writ" constitucional, a qualquer indagação de ordem probatória nem
mesmo a qualquer rediscussão em torno da autoria do fato delituoso” (HC
89.823/MG, rel. Min. Celso de Mello, 2ª Turma, Dje 31.10.2008). No
mesmo sentido, encontram-se inúmeros precedentes: HC 73.721/RJ, rel.
Min. Carlos Velloso, 2ª Turma, DJ 14.11.1996; HC 74.562/SP, rel. Min.
Ilmar Galvão, 1ª Turma, DJ 6.12.1996; HC 82.050/MS, rel. Min. Maurício
Corrêa, 2ª Turma, DJ 21.3.2003; HC 68.658/SP; rel. Min. Celso de Mello, 1ª
Turma, DJ 26.6.1992; HC 88.707/SP, rel. Min. Ellen Gracie, 2ª Turma, Dje
17.10.2008; HC 102.004/ES, rel. Min. Cármen Lúcia, 1ª Turma, Dje
8.2.2011.
Logo a pretensão do Impetrante é manifestamente inadmissível,
nada tendo a se reparar na decisão agravada.
Ante o exposto, nego provimento ao agravo regimental.
É como voto.
4
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HC 114.030 AGR / MT
jurídico-processual do "habeas corpus" não permite que se proceda, no âmbito
estreito do "writ" constitucional, a qualquer indagação de ordem probatória nem
mesmo a qualquer rediscussão em torno da autoria do fato delituoso” (HC
89.823/MG, rel. Min. Celso de Mello, 2ª Turma, Dje 31.10.2008). No
mesmo sentido, encontram-se inúmeros precedentes: HC 73.721/RJ, rel.
Min. Carlos Velloso, 2ª Turma, DJ 14.11.1996; HC 74.562/SP, rel. Min.
Ilmar Galvão, 1ª Turma, DJ 6.12.1996; HC 82.050/MS, rel. Min. Maurício
Corrêa, 2ª Turma, DJ 21.3.2003; HC 68.658/SP; rel. Min. Celso de Mello, 1ª
Turma, DJ 26.6.1992; HC 88.707/SP, rel. Min. Ellen Gracie, 2ª Turma, Dje
17.10.2008; HC 102.004/ES, rel. Min. Cármen Lúcia, 1ª Turma, Dje
8.2.2011.
Logo a pretensão do Impetrante é manifestamente inadmissível,
nada tendo a se reparar na decisão agravada.
Ante o exposto, nego provimento ao agravo regimental.
É como voto.
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Supremo Tribunal Federal
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Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO HABEAS CORPUS 114.030 MATO GROSSO
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Presidente, continuo
convencido de que pela envergadura da ação, no que voltada a preservar
a liberdade de ir e vir do cidadão, quer já atingida, quer ameaçada, o
habeas deve vir a julgamento. Definir se se trata de matéria de fato, ou
não, compete à Turma.
Não aplico o artigo 21 do Regimento Interno do Supremo ao habeas
corpus, nem, muito menos, o artigo 557 do Código de Processo Civil. Dir-
se-á que, no caso, a minuta do agravo não infirma o ato atacado. Estamos
julgando habeas corpus, muito embora revestido pelo agravo regimental, e
qualquer do povo poderia impetrá-lo, como poderia interpor recurso.
Por isso, não levo às últimas consequências a sintonia entre a decisão
atacada, mediante o agravo regimental, e a minuta apresentada.
Provejo, para que o habeas venha a julgamento.
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13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO HABEAS CORPUS 114.030 MATO GROSSO
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Presidente, continuo
convencido de que pela envergadura da ação, no que voltada a preservar
a liberdade de ir e vir do cidadão, quer já atingida, quer ameaçada, o
habeas deve vir a julgamento. Definir se se trata de matéria de fato, ou
não, compete à Turma.
Não aplico o artigo 21 do Regimento Interno do Supremo ao habeas
corpus, nem, muito menos, o artigo 557 do Código de Processo Civil. Dir-
se-á que, no caso, a minuta do agravo não infirma o ato atacado. Estamos
julgando habeas corpus, muito embora revestido pelo agravo regimental, e
qualquer do povo poderia impetrá-lo, como poderia interpor recurso.
Por isso, não levo às últimas consequências a sintonia entre a decisão
atacada, mediante o agravo regimental, e a minuta apresentada.
Provejo, para que o habeas venha a julgamento.
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 11
Decisão de Julgamento
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO HABEAS CORPUS 114.030
PROCED. : MATO GROSSO
RELATORA : MIN. ROSA WEBER
AGTE.(S) : JOSÉ DOS SANTOS OU JOSÉ TONTIM DOS SANTOS
ADV.(A/S) : HUGO MENDES PLUTARCO
AGDO.(A/S) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICA
Decisão: Por maioria de votos, a Turma negou provimento ao
agravo regimental, nos termos do voto da Relatora, vencido o
Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Dias
Toffoli. 1ª Turma, 13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Wagner Mathias.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO HABEAS CORPUS 114.030
PROCED. : MATO GROSSO
RELATORA : MIN. ROSA WEBER
AGTE.(S) : JOSÉ DOS SANTOS OU JOSÉ TONTIM DOS SANTOS
ADV.(A/S) : HUGO MENDES PLUTARCO
AGDO.(A/S) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICA
Decisão: Por maioria de votos, a Turma negou provimento ao
agravo regimental, nos termos do voto da Relatora, vencido o
Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Dias
Toffoli. 1ª Turma, 13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Wagner Mathias.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 11
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3207213 | 2012-11-13T00:00:00 | 2012-12-17T00:00:00 | Por maioria de votos, a Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora, vencido o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 13.11.2012. | AG.REG. NO HABEAS CORPUS | EMENTA
DIREITO PROCESSUAL PENAL. AGRAVO REGIMENTAL EM HABEAS CORPUS. PRONÚNCIA. QUALIFICADORAS. REEXAME DE FATOS E PROVAS. INADMISSIBILIDADE.
Não se presta o habeas corpus, enquanto não permite ampla avaliação e valoração das provas, como instrumento hábil ao reexame do conjunto fático-probatório das qualificadoras admitidas em sentença de pronúncia. Precedentes.
Agravo regimental não provido. | sjur221826 | - Acórdão(s) citado(s):
(DECISÃO ATACADA, IMPUGNAÇÃO ESPECÍFICA)
STF: AI 699776 AgR (1ªT), HC 97742 AgR (2ªT).
(HABEAS CORPUS, REEXAME, FATO, PROVA)
STF: HC 89823 (2ªT), HC 73721 (2ªT), HC 74562 (1ªT), HC 82050,
(2ªT), HC 68658 (1ªT), HC 88707 (2ªT), HC 102004 (1ªT).
Número de páginas: 11.
Análise: 30/01/2013, AAT.
Revisão: 04/02/2013, SEV. | ROSA WEBER | Primeira Turma | 114030 | [
"LEG-FED DEL-002848 ANO-1940\r\n ART-00121 PAR-00002 INC-00001 INC-00004\r\n PAR-00004 \r\n CP-1940 CÓDIGO PENAL\r\n",
"LEG-FED LEI-005869 ANO-1973\r\n ART-00557 \r\n CPC-1973 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL\r\n",
"LEG-FED RGI ANO-1980\r\n ART-00021 ART-00317 PAR-00001 \r\n RISTF-1980 REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL"
] | HC-AgR | acordaos | HC 114030 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : JOSÉ DOS SANTOS OU JOSÉ TONTIM DOS SANTOS
ADV.(A/S) : HUGO MENDES PLUTARCO
AGDO.(A/S) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICA | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"HABEAS CORPUS 114 . 030",
"HC 114 . 030 / MT",
"HABEAS CORPUS 114 . 030",
"HC 114 . 030 / MT",
"HC 114 . 030 AGR / MT",
"HC 114 . 030 AGR",
"HC 114 . 030 AGR / MT",
"HC 89 . 823 / MG",
"HC 114 . 030 AGR / MT",
"HC 89 . 823 / MG",
"HC 114 . 030 AGR / MT",
"HC 73 . 721 / RJ",
"HC 74 . 562 / SP",
"HC 82 . 050 / MS",
"HC 68 . 658 / SP",
"HC 88 . 707 / SP",
"HC",
"102",
".",
"004 /",
"ES",
"HC 114 . 030 AGR / MT",
"HC 73 . 721 / RJ",
"HC 74 . 562 / SP",
"HC 82 . 050 / MS",
"HC 68 . 658 / SP",
"HC 88 . 707 / SP",
"HC 102 . 004 / ES",
"HABEAS CORPUS 114 . 030",
"AI",
"-",
"AgR 699 . 776 / RS",
"HC",
"-",
"AgR 97 . 742 / PI",
"HABEAS CORPUS 114 . 030",
"AI",
"-",
"AgR 699 . 776 / RS",
"HC",
"-",
"AgR 97 . 742 / PI",
"HC 114 . 030 AGR / MT",
"HC 114 . 030 AGR / MT",
"HC 114 . 030 AGR / MT",
"HC 114 . 030 AGR / MT",
"HC 114 . 030 AGR",
"HC 89 . 823 / MG",
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"HC 74 . 562 / SP",
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"HC 102 . 004 / ES",
"HC 114 . 030",
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"HABEAS CORPUS 114 . 030",
"HABEAS CORPUS 114 . 030",
"HABEAS CORPUS 114 . 030"
],
"LEGISLACAO": [
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 121 , § [UNK] , I e IV , do Código Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 121 , § [UNK] , I e IV , do Código Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 121 , § [UNK] , I e IV , do Código Penal",
"incisos I e IV do § [UNK] do art . 121 do Código Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 121 , § [UNK] , I e IV , do Código Penal",
"incisos I e IV do § [UNK] do art . 121 do Código Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 317 , § [UNK] , do RISTF",
"art . 121 , § [UNK] , I e IV , do CP",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 317 , § [UNK] , do RISTF",
"art . 121 , § [UNK] , I e IV , do CP",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"incisos I e IV do § [UNK] do art . 121 do Código Penal",
"incisos I e IV do § [UNK] do art . 121 do Código Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"incisos I e IV do § [UNK] do art . 121 do Código Penal",
"incisos I e IV do § [UNK] do art . 121 do Código Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 21 do Regimento Interno do Supremo",
"artigo 557 do Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 21 do Regimento Interno do Supremo",
"artigo 557 do Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"MATO GROSSO",
"Brasília",
"MATO GROSSO",
"MATO GROSSO",
"MATO GROSSO",
"BRs 070 e 158",
"MATO GROSSO",
"BRs 070",
"MATO GROSSO",
"MATO GROSSO",
"MATO GROSSO",
"MATO GROSSO"
],
"ORGANIZACAO": [
"PRIMEIRA TURMA",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICA",
"[UNK] Vara Criminal da Comarca de Barra do Garças - MT",
"Tribunal de Justiça do Estado do Mato Grosso",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICA",
"[UNK] Vara Criminal da Comarca de Barra do Garças - MT",
"Tribunal de Justiça do Estado do Mato Grosso",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Ministério Público Federal",
"[UNK] Câmara Criminal da Comarca de Barra do Garças / MT",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"/",
"MT",
"Ministério Público Federal",
"[UNK] Câmara Criminal da Comarca de Barra do Garças / MT",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Ministério Público",
"Superior Tribunal de Justiça",
"[UNK] Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Ministério Público",
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"Suprema Corte",
"[UNK] Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"[UNK] Turma",
"[UNK] Turma",
"[UNK] Turma",
"[UNK] Turma",
"[UNK] Turma",
"[UNK] Turma",
"Ministério Público Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"[UNK] Turma",
"[UNK] Turma",
"[UNK] Turma",
"[UNK] Turma",
"[UNK] Turma",
"[UNK] Turma",
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"-",
"Brasil",
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"[UNK] Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
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"-",
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"PRIMEIRA TURMA",
"[UNK] Turma",
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"Brasil",
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"-",
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"Brasil",
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"/",
"MT",
"[UNK] Turma",
"[UNK] Turma",
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"[UNK] Turma",
"[UNK] Turma",
"[UNK] Turma",
"[UNK] Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"[UNK] Turma",
"[UNK] Turma",
"[UNK] Turma",
"[UNK] Turma",
"[UNK] Turma",
"[UNK] Turma",
"[UNK] Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICA",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"ROSA WEBER",
"JOSÉ DOS SANTOS",
"JOSÉ TONTIM DOS SANTOS",
"HUGO MENDES PLUTARCO",
"Dias Toffoli",
"Rosa Weber",
"ROSA WEBER",
"JOSÉ DOS SANTOS OU",
"JOSÉ TONTIM DOS SANTOS",
"HUGO MENDES PLUTARCO",
"Rosa Weber",
"José dos Santos",
"José Tontim dos Santos",
"José dos Santos",
"José Tontim do Santos",
"ROSA WEBER",
"JOSÉ DOS SANTOS",
"JOSÉ TONTIM DOS SANTOS",
"HUGO MENDES PLUTARCO",
"Rosa Weber",
"José dos Santos",
"José Tontim dos Santos",
"José dos Santos",
"José Tontim do Santos",
"Mário José Gisi",
"Mário José Gisi",
"José dos Santos",
"Celso de Mello",
"José dos Santos",
"Celso de Mello",
"Carlos Velloso",
"Ilmar Galvão",
"Maurício Corrêa",
"Celso de Mello",
"Ellen Gracie",
"Cármen Lúcia",
"Mário José Gisi",
"Carlos Velloso",
"Ilmar Galvão",
"Maurício Corrêa",
"Celso de Mello",
"Ellen Gracie",
"Cármen Lúcia",
"Mário José Gisi",
"ROSA WEBER",
"Rosa Weber",
"Cármen Lúcia",
"Joaquim Barbosa",
"José dos Santos",
"José Tontim dos Santos",
"Rosa Weber",
"Cármen Lúcia",
"Joaquim Barbosa",
"José dos Santos",
"José Tontim dos Santos",
"ROSA WEBER",
"ROSA WEBER",
"José dos Santos",
"José dos Santos",
"ROSA WEBER",
"Celso de Mello",
"Carlos Velloso",
"Ilmar Galvão",
"Maurício Corrêa",
"Celso de Mello",
"Ellen Gracie",
"Cármen Lúcia",
"Celso de Mello",
"Carlos Velloso",
"Ilmar Galvão",
"Maurício Corrêa",
"Celso de Mello",
"Ellen Gracie",
"Cármen Lúcia",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"ROSA WEBER",
"JOSÉ DOS SANTOS",
"JOSÉ TONTIM DOS SANTOS",
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"Marco Aurélio",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Wagner Mathias",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza",
"ROSA WEBER",
"JOSÉ DOS SANTOS",
"JOSÉ TONTIM DOS SANTOS",
"HUGO MENDES",
"Marco Aurélio",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Wagner Mathias",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza"
],
"TEMPO": [
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"/",
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".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
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"11",
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"2012",
"19",
".",
"6",
".",
"2012",
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"/",
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"08",
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"2001",
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".",
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".",
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"08",
"/",
"2001",
"31",
".",
"10",
".",
"2008",
"24",
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"08",
"/",
"2001",
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".",
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".",
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".",
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"1996",
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".",
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".",
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".",
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".",
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".",
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"/",
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".",
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".",
"1996",
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".",
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".",
"1996",
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".",
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".",
"2003",
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".",
"1992",
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".",
"2008",
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".",
"2011",
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"/",
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"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"19",
".",
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".",
"2008",
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".",
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".",
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"2012",
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"9",
".",
"2008",
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"2010",
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".",
"09",
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"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
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".",
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".",
"2008",
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".",
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".",
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".",
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".",
"1996",
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"3",
".",
"2003",
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".",
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".",
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".",
"10",
".",
"2008",
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".",
"2",
".",
"2011",
"24",
"/",
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"/",
"2001",
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".",
"10",
".",
"2008",
"14",
".",
"11",
".",
"1996",
"6",
".",
"12",
".",
"1996",
"21",
".",
"3",
".",
"2003",
"26",
".",
"6",
".",
"1992",
"17",
".",
"10",
".",
"2008",
"8",
".",
"2",
".",
"2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 113.276 DISTRITO FEDERAL
RELATOR
: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
RECTE.(S)
:D R DA S
PROC.(A/S)(ES)
:DEFENSOR
PÚBLICO-GERAL
DO
DISTRITO
FEDERAL E TERRITÓRIOS
RECDO.(A/S)
:MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA
EMENTA: RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS. PENAL.
PACIENTE CONDENADO PELA PRÁTICA DE ATO LIBIDINOSO
CONTRA MENOR DE 14 ANOS EM REITERAÇÃO DELITIVA.
FIXAÇÃO DA PENA-BASE ACIMA DO MÍNIMO LEGAL
DEVIDAMENTE JUSTIFICADA. CIRCUNSTÂNCIAS JUDICIAIS
DESFAVORÁVEIS. RECURSO IMPROVIDO.
I – A sentença condenatória que fixou a pena-base acima do mínimo
legal não merece nenhum reparo, pois considerou desfavoráveis as
circunstâncias em que praticados os delitos, as consequências e a intensa
culpabilidade do agente.
II – O quantum de pena-base fixado pelo magistrado sentenciante
encontra-se devidamente motivado, além de mostrar-se proporcional ao
caso em apreço, sendo certo que não se pode utilizar “o habeas corpus
para realizar novo juízo de reprovabilidade, ponderando, em concreto, qual seria
a pena adequada ao fato pelo qual condenado o Paciente” (HC 94.655/MT, Rel.
Min. Cármen Lúcia). Precedentes.
III – Recurso ordinário em habeas corpus improvido.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do
Senhor Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de
julgamentos e das notas taquigráficas, por unanimidade, negar
provimento ao recurso ordinário, nos termos do voto do Relator.
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3101502.
Supremo Tribunal Federal
DJe 05/12/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 3
Ementa e Acórdão
RHC 113.276 / DF
Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e
Joaquim Barbosa.
Brasília, 13 de novembro de 2012.
RICARDO LEWANDOWSKI – PRESIDENTE E RELATOR
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3101502.
Supremo Tribunal Federal
RHC 113.276 / DF
Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e
Joaquim Barbosa.
Brasília, 13 de novembro de 2012.
RICARDO LEWANDOWSKI – PRESIDENTE E RELATOR
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3101502.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 3
Decisão de Julgamento
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 113.276
PROCED. : DISTRITO FEDERAL
RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
RECTE.(S) : D R DA S
PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO DISTRITO FEDERAL E
TERRITÓRIOS
RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao recurso
ordinário, nos termos do voto do Relator. Ausentes,
justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim
Barbosa. 2ª Turma, 13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra
Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros
Celso de Mello e Joaquim Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
P/ Fabiane Duarte
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3150079
Supremo Tribunal Federal
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 113.276
PROCED. : DISTRITO FEDERAL
RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
RECTE.(S) : D R DA S
PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO DISTRITO FEDERAL E
TERRITÓRIOS
RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao recurso
ordinário, nos termos do voto do Relator. Ausentes,
justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim
Barbosa. 2ª Turma, 13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra
Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros
Celso de Mello e Joaquim Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
P/ Fabiane Duarte
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3150079
Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 3
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3161425 | 2012-11-13T00:00:00 | 2012-12-05T00:00:00 | A Turma, por unanimidade, negou provimento ao recurso ordinário, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 13.11.2012. | RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS | Ementa: RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS. PENAL. PACIENTE CONDENADO PELA PRÁTICA DE ATO LIBIDINOSO CONTRA MENOR DE 14 ANOS EM REITERAÇÃO DELITIVA. FIXAÇÃO DA PENA-BASE ACIMA DO MÍNIMO LEGAL DEVIDAMENTE JUSTIFICADA. CIRCUNSTÂNCIAS JUDICIAIS DESFAVORÁVEIS. RECURSO IMPROVIDO.
I – A sentença condenatória que fixou a pena-base acima do mínimo legal não merece nenhum reparo, pois considerou desfavoráveis as circunstâncias em que praticados os delitos, as consequências e a intensa culpabilidade do agente.
II – O quantum de pena-base fixado pelo magistrado sentenciante encontra-se devidamente motivado, além de mostrar-se proporcional ao caso em apreço, sendo certo que não se pode utilizar “o habeas corpus para realizar novo juízo de reprovabilidade, ponderando, em concreto, qual seria a pena adequada ao fato pelo qual condenado o Paciente” (HC 94.655/MT, Rel. Min. Cármen Lúcia). Precedentes.
III – Recurso ordinário em habeas corpus improvido. | sjur220627 | - Acórdão citado:
(HABEAS CORPUS, FIXAÇÃO, PENA)
STF: HC 94655 (2ªT).
Número de páginas: 3.
Análise: 18/12/2012, TBC. | RICARDO LEWANDOWSKI | Segunda Turma | 113276 | null | RHC | acordaos | RHC 113276 | [
""
] | RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
RECTE.(S) : D R DA S
PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 113 . 276",
"HC 94 . 655 / MT",
"RHC 113 . 276 / DF",
"RHC 113 . 276 / DF",
"HABEAS CORPUS 113 . 276"
],
"LEGISLACAO": [
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL",
"Brasília",
"Brasília",
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL"
],
"ORGANIZACAO": [
"SEGUNDA TURMA",
"MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL",
"Segunda Turma do",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
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"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
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"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"R",
"Cármen Lúcia",
"Ricardo Lewandowski",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos",
"Fabiane Duarte",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos",
"Fabiane Duarte"
],
"TEMPO": [
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"/",
"11",
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"2012",
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"2012",
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"08",
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".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 677.909 SÃO PAULO
RELATOR
: MIN. GILMAR MENDES
AGTE.(S)
:ESPÓLIO DE ANTONIO URAS E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S)
:WÁLTER GOMES FRANÇA
AGDO.(A/S)
:ESTADO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
Agravo regimental em agravo de instrumento. 2. Sobrestamento do
feito. Descabimento. Precedente. 3. Alegada deficiência de
fundamentação. AI-QO-RG 791.292, DJe 13.8.2010. Reafirmação da
jurisprudência. A Constituição Federal exige que o acórdão ou a decisão
sejam fundamentados, ainda que sucintamente, sem estabelecer, todavia,
o exame pormenorizado de cada uma das alegações ou provas. 4.
Controvérsia referente às restrições ao direito de propriedade e à
natureza da área em questão. Discussão de índole infraconstitucional e
necessidade do revolvimento do conjunto fático-probatório (Súmula 279).
Situações vedadas no âmbito do recurso extraordinário. Precedentes. 5.
Ausência de argumentos capazes de infirmar a decisão agravada. 6.
Agravo regimental a que se nega provimento.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os ministros do
Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a presidência do
Senhor Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de
julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, negar
provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator.
Brasília, 13 de novembro de 2012.
Ministro GILMAR MENDES
Relator
Documento assinado digitalmente
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3130411.
Supremo Tribunal Federal
DJe 11/12/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 7
Relatório
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 677.909 SÃO PAULO
RELATOR
: MIN. GILMAR MENDES
AGTE.(S)
:ESPÓLIO DE ANTONIO URAS E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S)
:WÁLTER GOMES FRANÇA
AGDO.(A/S)
:ESTADO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (RELATOR): Trata-se de
agravo regimental interposto contra decisão de fls. 946-949, que negou
provimento ao agravo de instrumento, nos seguintes termos:
“Inicialmente, com relação à alegada deficiência de
fundamentação do acórdão recorrido, observo que esta Corte já
apreciou a matéria por meio do regime da repercussão geral, no
julgamento do AI-QO-RG 791.292, de minha relatoria, DJ e
13.8.2010.
Nessa oportunidade, este Tribunal reconheceu a existência
de repercussão geral do tema e reafirmou a jurisprudência da
Corte no sentido de que a Constituição Federal exige que o
acórdão ou a decisão sejam fundamentados, ainda que
sucintamente, sem estabelecer, todavia, o exame
pormenorizado de cada uma das alegações ou provas.
Ultrapassada essa questão, registre-se que o Tribunal de
origem acolheu integralmente os termos da sentença (fls. 746-
752), a qual consignou que o terreno em discussão, ao contrário
do alegado pelos recorrentes, situa-se em área rural (fl. 749).
Além disso, solucionou a controvérsia com fundamento
na interpretação da legislação local (Leis Estaduais 898/75 e
1.172/76) e federal, consubstanciada no Código Florestal.
Nesses termos, para se concluir de forma diversa, seria
necessário revolver o conjunto fático-probatório constante dos
autos, bem como rever a interpretação conferida pelo Tribunal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3130412.
Supremo Tribunal Federal
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 677.909 SÃO PAULO
RELATOR
: MIN. GILMAR MENDES
AGTE.(S)
:ESPÓLIO DE ANTONIO URAS E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S)
:WÁLTER GOMES FRANÇA
AGDO.(A/S)
:ESTADO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (RELATOR): Trata-se de
agravo regimental interposto contra decisão de fls. 946-949, que negou
provimento ao agravo de instrumento, nos seguintes termos:
“Inicialmente, com relação à alegada deficiência de
fundamentação do acórdão recorrido, observo que esta Corte já
apreciou a matéria por meio do regime da repercussão geral, no
julgamento do AI-QO-RG 791.292, de minha relatoria, DJ e
13.8.2010.
Nessa oportunidade, este Tribunal reconheceu a existência
de repercussão geral do tema e reafirmou a jurisprudência da
Corte no sentido de que a Constituição Federal exige que o
acórdão ou a decisão sejam fundamentados, ainda que
sucintamente, sem estabelecer, todavia, o exame
pormenorizado de cada uma das alegações ou provas.
Ultrapassada essa questão, registre-se que o Tribunal de
origem acolheu integralmente os termos da sentença (fls. 746-
752), a qual consignou que o terreno em discussão, ao contrário
do alegado pelos recorrentes, situa-se em área rural (fl. 749).
Além disso, solucionou a controvérsia com fundamento
na interpretação da legislação local (Leis Estaduais 898/75 e
1.172/76) e federal, consubstanciada no Código Florestal.
Nesses termos, para se concluir de forma diversa, seria
necessário revolver o conjunto fático-probatório constante dos
autos, bem como rever a interpretação conferida pelo Tribunal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 7
Relatório
AI 677.909 AGR / SP
de origem à legislação infraconstitucional, providências
vedadas no âmbito do recurso extraordinário, a teor do
disposto nas Súmulas 279, 280 e 636 do STF”.
No agravo regimental, pugna-se pelo sobrestamento do feito, tendo
em vista a pendência de julgamento definitivo de recurso especial no STJ.
No mérito, aduz-se que a solução da controvérsia não demanda o
revolvimento do conjunto fático-probatório nem análise da interpretação
conferida pelo Tribunal de origem à legislação infraconstitucional.
Sustenta-se que o acórdão recorrido violou diretamente os arts. 5º,
XXXIV, XXXV, LIV, LV, XXII; 37, § 6º; e 93, IX, da Constituição Federal.
É o relatório.
2
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Supremo Tribunal Federal
AI 677.909 AGR / SP
de origem à legislação infraconstitucional, providências
vedadas no âmbito do recurso extraordinário, a teor do
disposto nas Súmulas 279, 280 e 636 do STF”.
No agravo regimental, pugna-se pelo sobrestamento do feito, tendo
em vista a pendência de julgamento definitivo de recurso especial no STJ.
No mérito, aduz-se que a solução da controvérsia não demanda o
revolvimento do conjunto fático-probatório nem análise da interpretação
conferida pelo Tribunal de origem à legislação infraconstitucional.
Sustenta-se que o acórdão recorrido violou diretamente os arts. 5º,
XXXIV, XXXV, LIV, LV, XXII; 37, § 6º; e 93, IX, da Constituição Federal.
É o relatório.
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Voto - MIN. GILMAR MENDES
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 677.909 SÃO PAULO
V O T O
O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (RELATOR): No agravo
regimental, não ficou demonstrado o desacerto da decisão agravada.
Verifico que as alegações da parte são impertinentes e decorrem de
mero inconformismo com a decisão adotada por este Tribunal.
Inicialmente, registro que é desnecessário o sobrestamento deste
feito, tendo em vista a independência entre recursos excepcionais –
extraordinário e especial – que possuem campos temáticos próprios.
Com efeito, a jurisprudência desta Corte firmou-se no sentido de que
não há razão para aguardar o julgamento do agravo de instrumento de
competência do Superior Tribunal de Justiça, porque o disposto no § 1º do
art. 543 do Código Processo Civil somente se aplica quando há
interposição simultânea dos recursos especial e extraordinário e ambos
são admitidos na origem, o que não é o caso dos autos.
Nesse sentido, confira-se o seguinte precedente:
“AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE
INSTRUMENTO. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO.
SÚMULAS 282 E 356 DO STF. INCIDÊNCIA. ARTIGO 543 DO
CPC. SOBRESTAMENTO DO FEITO. DESCABIMENTO.
AGRAVO IMPROVIDO. I – Inadmissível o recurso
extraordinário se a questão constitucional suscitada não tiver
sido apreciada no acórdão recorrido. Ademais, não opostos
embargos declaratórios para suprir a omissão, é inviável o
recurso, nos termos da Súmula 356 do STF. II – O art. 543, § 1º,
do Código de Processo Civil, que impõe o julgamento prévio do
recurso especial pelo Superior Tribunal de Justiça, somente se
aplica, nos termos do que disposto no caput do artigo, quando
os recursos especial e extraordinário são admitidos. III – É
desnecessário aguardar o julgamento do recurso especial pelo
STJ quando o extraordinário não possuir condições de
admissibilidade. Precedentes. IV - Agravo regimental
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Supremo Tribunal Federal
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 677.909 SÃO PAULO
V O T O
O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (RELATOR): No agravo
regimental, não ficou demonstrado o desacerto da decisão agravada.
Verifico que as alegações da parte são impertinentes e decorrem de
mero inconformismo com a decisão adotada por este Tribunal.
Inicialmente, registro que é desnecessário o sobrestamento deste
feito, tendo em vista a independência entre recursos excepcionais –
extraordinário e especial – que possuem campos temáticos próprios.
Com efeito, a jurisprudência desta Corte firmou-se no sentido de que
não há razão para aguardar o julgamento do agravo de instrumento de
competência do Superior Tribunal de Justiça, porque o disposto no § 1º do
art. 543 do Código Processo Civil somente se aplica quando há
interposição simultânea dos recursos especial e extraordinário e ambos
são admitidos na origem, o que não é o caso dos autos.
Nesse sentido, confira-se o seguinte precedente:
“AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE
INSTRUMENTO. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO.
SÚMULAS 282 E 356 DO STF. INCIDÊNCIA. ARTIGO 543 DO
CPC. SOBRESTAMENTO DO FEITO. DESCABIMENTO.
AGRAVO IMPROVIDO. I – Inadmissível o recurso
extraordinário se a questão constitucional suscitada não tiver
sido apreciada no acórdão recorrido. Ademais, não opostos
embargos declaratórios para suprir a omissão, é inviável o
recurso, nos termos da Súmula 356 do STF. II – O art. 543, § 1º,
do Código de Processo Civil, que impõe o julgamento prévio do
recurso especial pelo Superior Tribunal de Justiça, somente se
aplica, nos termos do que disposto no caput do artigo, quando
os recursos especial e extraordinário são admitidos. III – É
desnecessário aguardar o julgamento do recurso especial pelo
STJ quando o extraordinário não possuir condições de
admissibilidade. Precedentes. IV - Agravo regimental
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Voto - MIN. GILMAR MENDES
AI 677.909 AGR / SP
improvido”. (AI-AgR 780.879, Rel. Min. Ricardo Lewandowski,
Segunda Turma, DJe 16.11.2011).
Ademais, como já demonstrado pela decisão ora agravada, no que se
refere à alegada deficiência de fundamentação, esta Corte já apreciou a
matéria por meio do regime da repercussão geral, no julgamento do AI-
QO-RG 791.292, de minha relatoria, DJ e 13.8.2010, ocasião em que
reafirmou a jurisprudência no sentido de que a Constituição Federal
exige que o acórdão ou a decisão sejam fundamentados, ainda que
sucintamente, sem estabelecer, todavia, o exame pormenorizado de cada
uma das alegações ou provas.
Destaco, ainda, que, quanto ao mérito, o agravante não trouxe
argumentos suficientes para infirmar a decisão, visando apenas à
rediscussão da matéria já decidida em conformidade com a
jurisprudência pacífica desta Corte. Isso porque, conforme consignado
pela decisão agravada, a solução da controvérsia referente às restrições ao
direito de propriedade e à natureza da área em discussão, demandaria
rever o conjunto fático-probatório constante dos autos e a interpretação
conferida na origem à legislação infraconstitucional (leis estaduais 898/75
e 1.172/76 e Código Florestal), providências vedadas na via
extraordinaria.
Nesse sentido, confiram-se os seguintes precedentes:
"AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE
INSTRUMENTO. DANO AMBIENTAL. AÇÃO CIVIL
PÚBLICA.
IMPOSSIBILIDADE
DE
ANÁLISE
DA
LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL E DO REEXAME
DE FATOS E PROVAS. SÚMULA N. 279 DO SUPREMO
TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE
NEGA PROVIMENTO". (AI-AgR 856.568, Rel. Min. CÁRMEN
LÚCIA, Segunda Turma, 4.10.2012)
"1. A alegada ofensa à Lei Maior (art. 5º, XXII e XXIV),
além de demandar o revolvimento de fatos e provas (Súmula
STF nº 279), se houvesse, seria indireta, a depender da análise
de legislação infraconstitucional (Resolução nº 40/85 e Código
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Supremo Tribunal Federal
AI 677.909 AGR / SP
improvido”. (AI-AgR 780.879, Rel. Min. Ricardo Lewandowski,
Segunda Turma, DJe 16.11.2011).
Ademais, como já demonstrado pela decisão ora agravada, no que se
refere à alegada deficiência de fundamentação, esta Corte já apreciou a
matéria por meio do regime da repercussão geral, no julgamento do AI-
QO-RG 791.292, de minha relatoria, DJ e 13.8.2010, ocasião em que
reafirmou a jurisprudência no sentido de que a Constituição Federal
exige que o acórdão ou a decisão sejam fundamentados, ainda que
sucintamente, sem estabelecer, todavia, o exame pormenorizado de cada
uma das alegações ou provas.
Destaco, ainda, que, quanto ao mérito, o agravante não trouxe
argumentos suficientes para infirmar a decisão, visando apenas à
rediscussão da matéria já decidida em conformidade com a
jurisprudência pacífica desta Corte. Isso porque, conforme consignado
pela decisão agravada, a solução da controvérsia referente às restrições ao
direito de propriedade e à natureza da área em discussão, demandaria
rever o conjunto fático-probatório constante dos autos e a interpretação
conferida na origem à legislação infraconstitucional (leis estaduais 898/75
e 1.172/76 e Código Florestal), providências vedadas na via
extraordinaria.
Nesse sentido, confiram-se os seguintes precedentes:
"AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE
INSTRUMENTO. DANO AMBIENTAL. AÇÃO CIVIL
PÚBLICA.
IMPOSSIBILIDADE
DE
ANÁLISE
DA
LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL E DO REEXAME
DE FATOS E PROVAS. SÚMULA N. 279 DO SUPREMO
TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE
NEGA PROVIMENTO". (AI-AgR 856.568, Rel. Min. CÁRMEN
LÚCIA, Segunda Turma, 4.10.2012)
"1. A alegada ofensa à Lei Maior (art. 5º, XXII e XXIV),
além de demandar o revolvimento de fatos e provas (Súmula
STF nº 279), se houvesse, seria indireta, a depender da análise
de legislação infraconstitucional (Resolução nº 40/85 e Código
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Voto - MIN. GILMAR MENDES
AI 677.909 AGR / SP
Florestal - Decreto nº 23.793/34), hipóteses inviáveis em sede
extraordinária. 2. Agravo regimental improvido". (AI-AgR
387.598, Rel. Min. ELLEN GRACIE, Segunda Turma, DJe
7.8.2009)
Ante o exposto, nego provimento ao agravo regimental.
3
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Supremo Tribunal Federal
AI 677.909 AGR / SP
Florestal - Decreto nº 23.793/34), hipóteses inviáveis em sede
extraordinária. 2. Agravo regimental improvido". (AI-AgR
387.598, Rel. Min. ELLEN GRACIE, Segunda Turma, DJe
7.8.2009)
Ante o exposto, nego provimento ao agravo regimental.
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 7
Decisão de Julgamento
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 677.909
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. GILMAR MENDES
AGTE.(S) : ESPÓLIO DE ANTONIO URAS E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : WÁLTER GOMES FRANÇA
AGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto do Relator. Ausentes,
justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim
Barbosa. 2ª Turma, 13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra
Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros
Celso de Mello e Joaquim Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
P/ Fabiane Duarte
Secretária
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Supremo Tribunal Federal
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 677.909
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. GILMAR MENDES
AGTE.(S) : ESPÓLIO DE ANTONIO URAS E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : WÁLTER GOMES FRANÇA
AGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto do Relator. Ausentes,
justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim
Barbosa. 2ª Turma, 13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra
Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros
Celso de Mello e Joaquim Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
P/ Fabiane Duarte
Secretária
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 7
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3176611 | 2012-11-13T00:00:00 | 2012-12-11T00:00:00 | A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 13.11.2012. | AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO | Agravo regimental em agravo de instrumento. 2. Sobrestamento do feito. Descabimento. Precedente. 3. Alegada deficiência de fundamentação. AI-QO-RG 791.292, DJe 13.8.2010. Reafirmação da jurisprudência. A Constituição Federal exige que o acórdão ou a decisão sejam fundamentados, ainda que sucintamente, sem estabelecer, todavia, o exame pormenorizado de cada uma das alegações ou provas. 4. Controvérsia referente às restrições ao direito de propriedade e à natureza da área em questão. Discussão de índole infraconstitucional e necessidade do revolvimento do conjunto fático-probatório (Súmula 279). Situações vedadas no âmbito do recurso extraordinário. Precedentes. 5. Ausência de argumentos capazes de infirmar a decisão agravada. 6. Agravo regimental a que se nega provimento. | sjur221309 | - Acórdão (s) citado (s):
(DEFICIÊNCIA, FUNDAMENTAÇÃO)
STF: AI 791292 QO RG (TP).
Número de páginas: 7.
Análise: 18/01/2013, BMB. | GILMAR MENDES | Segunda Turma | 677909 | [
"LEG-FED LEI-012651 ANO-2012\r\n LEI ORDINÁRIA\r\n\r\n",
"LEG-FED SUMSTF-000279 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\r\n\r\n",
"LEG-EST LEI-000898 ANO-1975\r\n LEI ORDINÁRIA, SP\r\n\r\n",
"LEG-EST LEI-011172 ANO-1976\r\n LEI ORDINÁRIA, SP"
] | AI-AgR | acordaos | AI 677909 AgR | [
""
] | PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
AGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULO
ADV.(A/S) : WÁLTER GOMES FRANÇA
AGTE.(S) : ESPÓLIO DE ANTONIO URAS E OUTRO(A/S) | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 677 . 909",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 677 . 909",
"AI",
"-",
"QO",
"-",
"RG 791 . 292",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 677 . 909",
"AI",
"-",
"QO",
"-",
"RG 791 . 292",
"AI 677 . 909 AGR / SP",
"Súmulas 279 , 280 e 636 do STF ”",
"AI 677 . 909 AGR / SP",
"Súmulas 279 , 280 e 636 do STF",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 677 . 909",
"SÚMULAS 282",
"Súmula 356 do STF",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 677 .",
"SÚMULAS 282",
"Súmula 356 do STF",
"AI 677 . 909 AGR",
"AI",
"-",
"AgR 780 . 879",
"AI",
"-",
"QO",
"-",
"RG 791 . 292",
"SÚMULA N . 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL",
"AI",
"-",
"AgR 856 . 568",
"Súmula STF [UNK] 279",
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"AI",
"-",
"AgR 387 . 598",
"AI 677 . 909 AGR",
"AI",
"-",
"AgR 387 . 598",
".",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 677 . 909"
],
"LEGISLACAO": [
"Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição Federal",
"Leis Estaduais 898 / 75",
"1",
".",
"172",
"/",
"76",
"Código Florestal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição Federal",
"Leis Estaduais 898 / 75",
"1",
".",
"172",
"/",
"76",
"Código Florestal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"arts . [UNK] , XXXIV , XXXV , LIV , LV , XXII ;",
"37 , § [UNK] ; e 93 , IX , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"arts . [UNK] , XXXIV , XXXV , LIV , LV , XXII ; 37 , § [UNK] ; e 93 , IX , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
".",
"543 do Código Processo Civil",
"ARTIGO 543 DO CPC",
"art . 543 , § [UNK] , do Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"§ [UNK] do art . 543 do Código Processo Civil",
"ARTIGO 543 DO CPC",
"art . 543 , § [UNK] , do Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição Federal",
"leis estaduais 898 / 75",
"1",
".",
"172",
"/",
"76",
"Código Florestal",
"Lei Maior ( art . [UNK] , XXII e XXIV",
"Resolução [UNK] 40 / 85",
"Código 2",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição Federal",
"leis estaduais 898 / 75",
"1",
".",
"172",
"/",
"76",
"Código Florestal",
"Lei Maior ( art . [UNK] , XXII e XXIV",
"Resolução [UNK] 40 / 85",
"MP n° 2 . 200 -",
"Decreto [UNK] 23 . 793 /",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Decreto [UNK] 23 . 793 / 34",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"Brasília",
"SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO"
],
"ORGANIZACAO": [
"SEGUNDA TURMA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"STJ",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"STJ",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Superior Tribunal de Justiça",
"STJ",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Superior Tribunal de Justiça",
"STJ",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"/",
"SP",
"Segunda Turma",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
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"Segunda Turma",
"Segunda Turma",
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"-",
"Brasil",
"/",
"SP",
"Segunda Turma",
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"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
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"-",
"Brasil",
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"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
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"[UNK] Turma",
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"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"GILMAR MENDES",
"ESPÓLIO DE ANTONIO URAS",
"WÁLTER GOMES FRANÇA",
"Ricardo Lewandowski",
"GILMAR MENDES",
"GILMAR MENDES",
"ESPÓLIO DE ANTONIO URAS",
"WÁLTER GOMES FRANÇA",
"GILMAR MENDES",
"GILMAR MENDES",
"ESPÓLIO DE ANTONIO URAS",
"WÁLTER GOMES FRANÇA",
"GILMAR MENDES",
"GILMAR MENDES",
"GILMAR MENDES",
"GILMAR MENDES",
"GILMAR MENDES",
"Ricardo Lewandowski",
"CÁRMEN LÚCIA",
"Ricardo Lewandowski",
"CÁRMEN LÚCIA",
"GILMAR MENDES",
"ELLEN GRACIE",
"ELLEN GRACIE",
"GILMAR MENDES",
"ESPÓLIO DE ANTONIO URAS",
"WÁLTER GOMES FRANÇA",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos",
"GILMAR MENDES",
"ESPÓLIO DE ANTONIO URAS",
"WÁLTER GOMES FRANÇA",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos",
"Fabiane Duarte"
],
"TEMPO": [
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"13",
".",
"8",
".",
"2010",
"13 de novembro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2012",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"13",
".",
"8",
".",
"2010",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"13",
".",
"8",
".",
"2010",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"16",
".",
"11",
".",
"2011",
"13",
".",
"8",
".",
"2010",
"4",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"16",
".",
"11",
".",
"2011",
"13",
".",
"8",
".",
"2010",
"4",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"7",
".",
"8",
".",
"2009",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"7",
".",
"8",
".",
"2009",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 614.799 SÃO PAULO
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:ARI ESPERANÇA E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S)
:ANTONIO APARECIDO PASCOTTO
AGDO.(A/S)
:MARIA DAS GRAÇAS ANDRADE
ADV.(A/S)
:JOSÉ WAGNER BARRUECO SENRA E OUTRO(A/S)
INTDO.(A/S)
:ESPÓLIO DE MARIO ESPERANÇA
ADV.(A/S)
:LUIZ ANTONIO BORGES TEIXEIRA E OUTRO(A/S)
INTDO.(A/S)
:MÁRIO ESPERANÇA JÚNIOR
ADV.(A/S)
:SÉRGIO AUGUSTO MOMBERGUE DA COSTA
EMENTA
Agravo regimental no recurso extraordinário. União estável.
Partilha de bens. Alegada violação do princípio da irretroatividade da
lei. Ofensa reflexa. Precedentes.
1. A alegação de violação do princípio constitucional da
irretroatividade da lei, no presente caso, não prescinde da análise da
legislação infraconstitucional pertinente.
2. Mostra-se inadmissível, nesta via extraordinária, a análise de
legislação infraconstitucional.
3. Agravo regimental não provido.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do
Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata do julgamento e das
notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao
agravo regimental, nos termos do voto do Relator.
Brasília, 13 de novembro de 2012.
MINISTRO DIAS TOFFOLI
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Supremo Tribunal Federal
DJe 17/12/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 10
Ementa e Acórdão
RE 614.799 AGR / SP
Relator
2
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Supremo Tribunal Federal
RE 614.799 AGR / SP
Relator
2
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 10
Relatório
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 614.799 SÃO PAULO
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:ARI ESPERANÇA E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S)
:ANTONIO APARECIDO PASCOTTO
AGDO.(A/S)
:MARIA DAS GRAÇAS ANDRADE
ADV.(A/S)
:JOSÉ WAGNER BARRUECO SENRA E OUTRO(A/S)
INTDO.(A/S)
:ESPÓLIO DE MARIO ESPERANÇA
ADV.(A/S)
:LUIZ ANTONIO BORGES TEIXEIRA E OUTRO(A/S)
INTDO.(A/S)
:MÁRIO ESPERANÇA JÚNIOR
ADV.(A/S)
:SÉRGIO AUGUSTO MOMBERGUE DA COSTA
RELATÓRIO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Ari Esperança e outros interpõem tempestivo agravo regimental
contra decisão em que neguei seguimento ao recurso extraordinário (fls.
2144 a 2147), com a seguinte fundamentação:
“Vistos.
Espólio de Mario Esperança interpõe recurso
extraordinário (folhas 1.700 a 1.711) contra acórdão proferido
pela Sexta Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça do
Estado de São Paulo, assim ementado:
‘Processual civil – Alegada nulidade da sentença, por
falta de motivação – Inocorrência – Decisão sucinta,
deficiente ou até mal fundamentada não é nula –
Ausência, ademais, de oportuna interposição de embargos
declaratórios – Preliminar de nulidade rejeitada.
União estável – Partilha de bens adquiridos antes da
entrada em vigor da lei 9278/96 – Alegada retroatividade –
Inocorrência – Caso de aplicação imediata da lei a todas
as situações nela descritas – Ensinamentos doutrinários –
Recurso desprovido, no particular.
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Supremo Tribunal Federal
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 614.799 SÃO PAULO
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:ARI ESPERANÇA E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S)
:ANTONIO APARECIDO PASCOTTO
AGDO.(A/S)
:MARIA DAS GRAÇAS ANDRADE
ADV.(A/S)
:JOSÉ WAGNER BARRUECO SENRA E OUTRO(A/S)
INTDO.(A/S)
:ESPÓLIO DE MARIO ESPERANÇA
ADV.(A/S)
:LUIZ ANTONIO BORGES TEIXEIRA E OUTRO(A/S)
INTDO.(A/S)
:MÁRIO ESPERANÇA JÚNIOR
ADV.(A/S)
:SÉRGIO AUGUSTO MOMBERGUE DA COSTA
RELATÓRIO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Ari Esperança e outros interpõem tempestivo agravo regimental
contra decisão em que neguei seguimento ao recurso extraordinário (fls.
2144 a 2147), com a seguinte fundamentação:
“Vistos.
Espólio de Mario Esperança interpõe recurso
extraordinário (folhas 1.700 a 1.711) contra acórdão proferido
pela Sexta Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça do
Estado de São Paulo, assim ementado:
‘Processual civil – Alegada nulidade da sentença, por
falta de motivação – Inocorrência – Decisão sucinta,
deficiente ou até mal fundamentada não é nula –
Ausência, ademais, de oportuna interposição de embargos
declaratórios – Preliminar de nulidade rejeitada.
União estável – Partilha de bens adquiridos antes da
entrada em vigor da lei 9278/96 – Alegada retroatividade –
Inocorrência – Caso de aplicação imediata da lei a todas
as situações nela descritas – Ensinamentos doutrinários –
Recurso desprovido, no particular.
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 10
Relatório
RE 614.799 AGR / SP
União estável – Partilha de bens adquiridos com o
produto de outros havidos antes da união – Subrogação
prevista no art. 5º § 1º da lei 9278/96 – Inocorrência – Falta
de prova cabal da subrogação, mormente diante da prova
de que a parte contrária levou para a união bens e valores
usados na constituição do patrimônio - Recurso
desprovido, no particular.
União estável – Contrato escrito afastando a
comunhão até sua formação – Admissibilidade – Coação
moral não comprovada - Inexigibilidade de escritura
pública na espécie – Irrelevância das partes terem mantido
a união por mais alguns anos depois do documento –
Nova união formada a partir de então – Recurso provido
em parte resultando em sucumbência recíproca’ (fl. 1.618).
Opostos dois recursos de embargos de declaração (fls.
1.638 a 1.642 e 1644 a 1647), foram ambos rejeitados (fls. 1651 a
1656).
Insurge-se, no apelo extremo, fundado na alínea ‘a’, do
permissivo constitucional, contra alegada contrariedade ao
artigo 5º, inciso XXXVI, da Constituição Federal, em razão de
ter sido aplicado retroativamente, ao caso, o disposto na Lei nº
9.278/96.
Depois de apresentadas contrarrazões (fls. 1.742 a 1.750), o
recurso não foi admitido, na origem (fls. 1.774/1.775), o que
ensejou a interposição de agravo de instrumento, que foi
provido pelo saudoso Ministro Menezes Direito, ensejando a
subida dos autos a esta Corte.
O parecer da douta Procuradoria-Geral da República é
pelo não-conhecimento do recurso (fls. 2.111 a 2.113).
Decido.
Anote-se, inicialmente, que o acórdão recorrido foi
publicado em 31/5/04, conforme expresso na certidão de fl.
1.657, não sendo exigível a demonstração da existência de
repercussão geral das questões constitucionais trazidas no
recurso extraordinário, conforme decidido na Questão de
2
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Supremo Tribunal Federal
RE 614.799 AGR / SP
União estável – Partilha de bens adquiridos com o
produto de outros havidos antes da união – Subrogação
prevista no art. 5º § 1º da lei 9278/96 – Inocorrência – Falta
de prova cabal da subrogação, mormente diante da prova
de que a parte contrária levou para a união bens e valores
usados na constituição do patrimônio - Recurso
desprovido, no particular.
União estável – Contrato escrito afastando a
comunhão até sua formação – Admissibilidade – Coação
moral não comprovada - Inexigibilidade de escritura
pública na espécie – Irrelevância das partes terem mantido
a união por mais alguns anos depois do documento –
Nova união formada a partir de então – Recurso provido
em parte resultando em sucumbência recíproca’ (fl. 1.618).
Opostos dois recursos de embargos de declaração (fls.
1.638 a 1.642 e 1644 a 1647), foram ambos rejeitados (fls. 1651 a
1656).
Insurge-se, no apelo extremo, fundado na alínea ‘a’, do
permissivo constitucional, contra alegada contrariedade ao
artigo 5º, inciso XXXVI, da Constituição Federal, em razão de
ter sido aplicado retroativamente, ao caso, o disposto na Lei nº
9.278/96.
Depois de apresentadas contrarrazões (fls. 1.742 a 1.750), o
recurso não foi admitido, na origem (fls. 1.774/1.775), o que
ensejou a interposição de agravo de instrumento, que foi
provido pelo saudoso Ministro Menezes Direito, ensejando a
subida dos autos a esta Corte.
O parecer da douta Procuradoria-Geral da República é
pelo não-conhecimento do recurso (fls. 2.111 a 2.113).
Decido.
Anote-se, inicialmente, que o acórdão recorrido foi
publicado em 31/5/04, conforme expresso na certidão de fl.
1.657, não sendo exigível a demonstração da existência de
repercussão geral das questões constitucionais trazidas no
recurso extraordinário, conforme decidido na Questão de
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Relatório
RE 614.799 AGR / SP
Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Tribunal
Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07.
A irresignação, contudo, não merece prosperar.
E isso porque se mostra pacífica a jurisprudência deste
Supremo Tribunal Federal, no sentido de que o conceito dos
institutos do direito adquirido, do ato jurídico perfeito e da
coisa julgada não se encontra na Constituição Federal, senão na
legislação ordinária (Lei de Introdução ao Código Civil, artigo
6º).
Nessa conformidade, encontra-se sob o pálio da proteção
constitucional, tão somente a garantia desses direitos, mas não
seu conteúdo material, isoladamente considerado, conforme
bem explicitado nos seguintes precedentes: AI nº 638.758/SP-
AgR, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de
19/12/07; AI nº 135.632/RS-AgR, Relator o Ministro Celso de
Mello, DJ de 3/9/99 e RE nº 437.384/RS-AgR, Relator o Ministro
Carlos Velloso, DJ de 8/10/04.
Da fundamentação desse último julgado, dadas as
preciosas lições que encerra para o deslinde da controvérsia
instaurada nestes autos, transcreve-se o seguinte trecho:
‘Ademais, o direito adquirido, o ato jurídico perfeito
e a coisa julgada encontram proteção em dois níveis: em
nível infraconstitucional, na Lei de Introdução ao Cód.
Civil, art. 6º, e em nível constitucional, art. 5º, XXXVI, C.F.
Todavia, o conceito de tais institutos não se encontra na
Constituição, art. 5º, XXXVI, mas na lei ordinária, art. 6º da
LICC. Assim, a decisão que dá pela ocorrência, ou não, no
caso concreto, de tais institutos situa-se no contencioso de
direito comum, que não autoriza a admissão do RE.’
Não é demais ressaltar, ainda, que o acórdão atacado
decidiu pela aplicação imediata, à solução do litígio, das
normas da Lei nº 9.278/96, declarando expressamente que isso
não implicaria em aplicação retroativa dessa Lei.
Trata-se, pois, de típica discussão acerca do conteúdo
3
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Supremo Tribunal Federal
RE 614.799 AGR / SP
Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Tribunal
Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07.
A irresignação, contudo, não merece prosperar.
E isso porque se mostra pacífica a jurisprudência deste
Supremo Tribunal Federal, no sentido de que o conceito dos
institutos do direito adquirido, do ato jurídico perfeito e da
coisa julgada não se encontra na Constituição Federal, senão na
legislação ordinária (Lei de Introdução ao Código Civil, artigo
6º).
Nessa conformidade, encontra-se sob o pálio da proteção
constitucional, tão somente a garantia desses direitos, mas não
seu conteúdo material, isoladamente considerado, conforme
bem explicitado nos seguintes precedentes: AI nº 638.758/SP-
AgR, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de
19/12/07; AI nº 135.632/RS-AgR, Relator o Ministro Celso de
Mello, DJ de 3/9/99 e RE nº 437.384/RS-AgR, Relator o Ministro
Carlos Velloso, DJ de 8/10/04.
Da fundamentação desse último julgado, dadas as
preciosas lições que encerra para o deslinde da controvérsia
instaurada nestes autos, transcreve-se o seguinte trecho:
‘Ademais, o direito adquirido, o ato jurídico perfeito
e a coisa julgada encontram proteção em dois níveis: em
nível infraconstitucional, na Lei de Introdução ao Cód.
Civil, art. 6º, e em nível constitucional, art. 5º, XXXVI, C.F.
Todavia, o conceito de tais institutos não se encontra na
Constituição, art. 5º, XXXVI, mas na lei ordinária, art. 6º da
LICC. Assim, a decisão que dá pela ocorrência, ou não, no
caso concreto, de tais institutos situa-se no contencioso de
direito comum, que não autoriza a admissão do RE.’
Não é demais ressaltar, ainda, que o acórdão atacado
decidiu pela aplicação imediata, à solução do litígio, das
normas da Lei nº 9.278/96, declarando expressamente que isso
não implicaria em aplicação retroativa dessa Lei.
Trata-se, pois, de típica discussão acerca do conteúdo
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 10
Relatório
RE 614.799 AGR / SP
material do referido princípio da irretroatividade da lei,
isoladamente considerado e que se situa, portanto, no plano
infraconstitucional, conforme pacífica jurisprudência desta
Suprema Corte sobre o tema, a inadmitir rediscussão, em autos
de um apelo extremo, como o presente.
Citem-se, em arremate, os seguintes precedentes,
específicos sobre a alegada aplicação retroativa de leis, em
matéria de união estável:
‘1. Agravo regimental: motivação da decisão
agravada: necessidade de impugnação. 2. RE:
descabimento: ofensa reflexa à Constituição. Situada a
controvérsia - relativa à incidência ou não da L. 8.971/94 -
em nível infraconstitucional, a pretendida ofensa ao art.
226, § 3º, da Constituição Federal só teria ocorrido de
forma reflexa ou indireta, o que não viabiliza o RE’ (AI nº
342.235-AgR/SC, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence,
Primeira Turma, DJ de 16/11/01).
‘Recurso extraordinário: descabimento: controvérsia
relativa à partilha dos bens do casal decidida à luz de
legislação infraconstitucional (L. 9278/96), não cogitada
pelo acórdão recorrido a matéria constitucional suscitada
no RE (Súmula 282),além de acarretar reapreciação de
fatos e provas (Súmula 279)’ (AI nº 438.861-AgR/SP,
Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, Primeira Turma,
DJ de 5/9/03).
Ante o exposto, nego seguimento ao recurso.”
Sustentam os agravantes que
“o fato dos institutos coisa julgada, direito adquirido e ato
jurídico perfeito não serem institutos cujo conceito não se
encontra na Constituição, como entendeu o d. Relator, não é
motivo para que seja negado seguimento ao Recurso, mesmo
4
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Supremo Tribunal Federal
RE 614.799 AGR / SP
material do referido princípio da irretroatividade da lei,
isoladamente considerado e que se situa, portanto, no plano
infraconstitucional, conforme pacífica jurisprudência desta
Suprema Corte sobre o tema, a inadmitir rediscussão, em autos
de um apelo extremo, como o presente.
Citem-se, em arremate, os seguintes precedentes,
específicos sobre a alegada aplicação retroativa de leis, em
matéria de união estável:
‘1. Agravo regimental: motivação da decisão
agravada: necessidade de impugnação. 2. RE:
descabimento: ofensa reflexa à Constituição. Situada a
controvérsia - relativa à incidência ou não da L. 8.971/94 -
em nível infraconstitucional, a pretendida ofensa ao art.
226, § 3º, da Constituição Federal só teria ocorrido de
forma reflexa ou indireta, o que não viabiliza o RE’ (AI nº
342.235-AgR/SC, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence,
Primeira Turma, DJ de 16/11/01).
‘Recurso extraordinário: descabimento: controvérsia
relativa à partilha dos bens do casal decidida à luz de
legislação infraconstitucional (L. 9278/96), não cogitada
pelo acórdão recorrido a matéria constitucional suscitada
no RE (Súmula 282),além de acarretar reapreciação de
fatos e provas (Súmula 279)’ (AI nº 438.861-AgR/SP,
Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, Primeira Turma,
DJ de 5/9/03).
Ante o exposto, nego seguimento ao recurso.”
Sustentam os agravantes que
“o fato dos institutos coisa julgada, direito adquirido e ato
jurídico perfeito não serem institutos cujo conceito não se
encontra na Constituição, como entendeu o d. Relator, não é
motivo para que seja negado seguimento ao Recurso, mesmo
4
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 10
Relatório
RE 614.799 AGR / SP
porque a Constituição assegura o respeito a estes institutos, o
que não está sendo observado no caso presente, quanto é
aplicada a RETROATIVIDADE DA LEI, em benefício da
Recorrida” (fl. 2157).
Pleiteiam a reconsideração da decisão agravada para que seja
reconhecida
“a VIOLAÇÃO do artigo 5º, XXXVI, da Constituição
Federal, por infringir o direito adquirido, a coisa julgada e ato
jurídico perfeito, para que seja reconhecida a irretroatividade
da Lei 9.278/96, não ensejando, portanto, a comunicação dos
bens adquiridos pelo falecido Mario Esperança, em data
anterior à da promulgação desse diploma legal, excluindo-se
estes bens da partilha” (fl. 2158).
É o relatório.
5
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Supremo Tribunal Federal
RE 614.799 AGR / SP
porque a Constituição assegura o respeito a estes institutos, o
que não está sendo observado no caso presente, quanto é
aplicada a RETROATIVIDADE DA LEI, em benefício da
Recorrida” (fl. 2157).
Pleiteiam a reconsideração da decisão agravada para que seja
reconhecida
“a VIOLAÇÃO do artigo 5º, XXXVI, da Constituição
Federal, por infringir o direito adquirido, a coisa julgada e ato
jurídico perfeito, para que seja reconhecida a irretroatividade
da Lei 9.278/96, não ensejando, portanto, a comunicação dos
bens adquiridos pelo falecido Mario Esperança, em data
anterior à da promulgação desse diploma legal, excluindo-se
estes bens da partilha” (fl. 2158).
É o relatório.
5
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 10
Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 614.799 SÃO PAULO
VOTO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
O inconformismo não merece prosperar.
Conforme expresso na decisão agravada, o Tribunal de Justiça do
Estado de São Paulo solucionou a controvérsia acerca da partilha de bens
decorrente de união estável com fundamento na legislação
infraconstitucional pertinente – Lei nº 9.278/96. Assim, a alegada violação
do dispositivo constitucional invocado seria, se ocorresse, indireta ou
reflexa, o que não enseja o reexame da matéria em recurso extraordinário.
Aliás, conforme então destacado, aquela decisão regional declarou
expressamente que a questão referente à aplicabilidade, ao caso, das
normas da referida lei, a par de já ter sido deliberada no despacho
saneador, que restou irrecorrido, não implicaria a aplicação retroativa da
lei, mas, sim, “sua aplicação imediata a todas as situações nela previstas” (fl.
1622).
Assim, como constou da decisão ora agravada, a discussão travada
nestes autos é típica do conteúdo material do princípio da
irretroatividade da lei, considerado de forma isolada, cuja definição se
situa no plano infraconstitucional, da forma como foi ali ressaltada, com
apoio em inúmeros precedentes desta Corte, que assim dispõem, alguns
deles proferidos, inclusive, em casos similares ao presente.
Em arremate e em complemento aos referidos precedentes,
transcrevo a ementa do seguinte julgado:
“1. RECURSO. Agravo de instrumento. Admissibilidade.
Contra-razões do recurso extraordinário. Peça obrigatória.
Comprovação
de
inexistência.
Decisão
agravada.
Reconsideração. Deve ser conhecido agravo de instrumento
corretamente formado. 2. RECURSO. Extraordinário.
Inadmissibilidade.
Prequestionamento.
Falta.
Agravo
regimental não provido. Aplicação das súmulas nºs 282 e 356.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3183251.
Supremo Tribunal Federal
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 614.799 SÃO PAULO
VOTO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
O inconformismo não merece prosperar.
Conforme expresso na decisão agravada, o Tribunal de Justiça do
Estado de São Paulo solucionou a controvérsia acerca da partilha de bens
decorrente de união estável com fundamento na legislação
infraconstitucional pertinente – Lei nº 9.278/96. Assim, a alegada violação
do dispositivo constitucional invocado seria, se ocorresse, indireta ou
reflexa, o que não enseja o reexame da matéria em recurso extraordinário.
Aliás, conforme então destacado, aquela decisão regional declarou
expressamente que a questão referente à aplicabilidade, ao caso, das
normas da referida lei, a par de já ter sido deliberada no despacho
saneador, que restou irrecorrido, não implicaria a aplicação retroativa da
lei, mas, sim, “sua aplicação imediata a todas as situações nela previstas” (fl.
1622).
Assim, como constou da decisão ora agravada, a discussão travada
nestes autos é típica do conteúdo material do princípio da
irretroatividade da lei, considerado de forma isolada, cuja definição se
situa no plano infraconstitucional, da forma como foi ali ressaltada, com
apoio em inúmeros precedentes desta Corte, que assim dispõem, alguns
deles proferidos, inclusive, em casos similares ao presente.
Em arremate e em complemento aos referidos precedentes,
transcrevo a ementa do seguinte julgado:
“1. RECURSO. Agravo de instrumento. Admissibilidade.
Contra-razões do recurso extraordinário. Peça obrigatória.
Comprovação
de
inexistência.
Decisão
agravada.
Reconsideração. Deve ser conhecido agravo de instrumento
corretamente formado. 2. RECURSO. Extraordinário.
Inadmissibilidade.
Prequestionamento.
Falta.
Agravo
regimental não provido. Aplicação das súmulas nºs 282 e 356.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 10
Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
RE 614.799 AGR / SP
Não se admite recurso extraordinário quando falte
prequestionamento da matéria constitucional invocada. 3.
RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. Concubinato. Lei
nº 9.278/96. Alegação de ofensa ao art. 226, § 3º, da Constituição
Federal. Apreciação da causa perante a prova e a legislação
infraconstitucional. Agravo regimental não provido. Aplicação
da súmula 279. Não se admite, em recurso extraordinário,
alegação de ofensa que, irradiando-se de má interpretação,
aplicação, ou, até, de inobservância de normas
infraconstitucionais, seria apenas indireta à Constituição da
República, nem tampouco de violação que dependeria de
reexame prévio de provas” (AI nº 554.447/GO-AgR, Relator o
Ministro Cezar Peluso, Primeira Turma, DJ de 11/11/05).
Dadas as lições que encerra para a exegese da controvérsia aqui
instaurada, cite-se, em arremate, o seguinte trecho da fundamentação
apresentada pelo relator do RE nº 437.384/RS:
“Ademais, o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a
coisa julgada encontram proteção em dois níveis: em nível
infraconstitucional, na Lei de Introdução ao Cód. Civil, art. 6º, e
em nível constitucional, art. 5º, XXXVI, C.F. Todavia, o conceito
de tais institutos não se encontra na Constituição, art. 5º,
XXXVI, mas na lei ordinária, art. 6º da LICC. Assim, a decisão
que dá pela ocorrência, ou não, no caso concreto, de tais
institutos situa-se no contencioso de direito comum, que não
autoriza a admissão do RE” (Relator o Ministro Carlos Velloso,
Segunda Turma, DJ de 8/10/04).
Assim, como, no caso presente, a alegada ofensa ao princípio
constitucional do ato jurídico perfeito não prescinde, para sua verificação,
da análise do teor da referida legislação, ela é meramente reflexa,
mostrando-se mesmo de insuscetível apreciação nesta via extraordinária.
Ante o exposto, voto pelo não provimento do agravo regimental.
2
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Supremo Tribunal Federal
RE 614.799 AGR / SP
Não se admite recurso extraordinário quando falte
prequestionamento da matéria constitucional invocada. 3.
RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. Concubinato. Lei
nº 9.278/96. Alegação de ofensa ao art. 226, § 3º, da Constituição
Federal. Apreciação da causa perante a prova e a legislação
infraconstitucional. Agravo regimental não provido. Aplicação
da súmula 279. Não se admite, em recurso extraordinário,
alegação de ofensa que, irradiando-se de má interpretação,
aplicação, ou, até, de inobservância de normas
infraconstitucionais, seria apenas indireta à Constituição da
República, nem tampouco de violação que dependeria de
reexame prévio de provas” (AI nº 554.447/GO-AgR, Relator o
Ministro Cezar Peluso, Primeira Turma, DJ de 11/11/05).
Dadas as lições que encerra para a exegese da controvérsia aqui
instaurada, cite-se, em arremate, o seguinte trecho da fundamentação
apresentada pelo relator do RE nº 437.384/RS:
“Ademais, o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a
coisa julgada encontram proteção em dois níveis: em nível
infraconstitucional, na Lei de Introdução ao Cód. Civil, art. 6º, e
em nível constitucional, art. 5º, XXXVI, C.F. Todavia, o conceito
de tais institutos não se encontra na Constituição, art. 5º,
XXXVI, mas na lei ordinária, art. 6º da LICC. Assim, a decisão
que dá pela ocorrência, ou não, no caso concreto, de tais
institutos situa-se no contencioso de direito comum, que não
autoriza a admissão do RE” (Relator o Ministro Carlos Velloso,
Segunda Turma, DJ de 8/10/04).
Assim, como, no caso presente, a alegada ofensa ao princípio
constitucional do ato jurídico perfeito não prescinde, para sua verificação,
da análise do teor da referida legislação, ela é meramente reflexa,
mostrando-se mesmo de insuscetível apreciação nesta via extraordinária.
Ante o exposto, voto pelo não provimento do agravo regimental.
2
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 10
Decisão de Julgamento
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 614.799
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S) : ARI ESPERANÇA E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : ANTONIO APARECIDO PASCOTTO
AGDO.(A/S) : MARIA DAS GRAÇAS ANDRADE
ADV.(A/S) : JOSÉ WAGNER BARRUECO SENRA E OUTRO(A/S)
INTDO.(A/S) : ESPÓLIO DE MARIO ESPERANÇA
ADV.(A/S) : LUIZ ANTONIO BORGES TEIXEIRA E OUTRO(A/S)
INTDO.(A/S) : MÁRIO ESPERANÇA JÚNIOR
ADV.(A/S) : SÉRGIO AUGUSTO MOMBERGUE DA COSTA
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos
termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro
Dias Toffoli. 1ª Turma, 13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Wagner Mathias.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 614.799
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S) : ARI ESPERANÇA E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : ANTONIO APARECIDO PASCOTTO
AGDO.(A/S) : MARIA DAS GRAÇAS ANDRADE
ADV.(A/S) : JOSÉ WAGNER BARRUECO SENRA E OUTRO(A/S)
INTDO.(A/S) : ESPÓLIO DE MARIO ESPERANÇA
ADV.(A/S) : LUIZ ANTONIO BORGES TEIXEIRA E OUTRO(A/S)
INTDO.(A/S) : MÁRIO ESPERANÇA JÚNIOR
ADV.(A/S) : SÉRGIO AUGUSTO MOMBERGUE DA COSTA
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos
termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro
Dias Toffoli. 1ª Turma, 13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Wagner Mathias.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3126380
Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 10
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3207208 | 2012-11-13T00:00:00 | 2012-12-17T00:00:00 | A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 13.11.2012. | AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO | EMENTA
Agravo regimental no recurso extraordinário. União estável. Partilha de bens. Alegada violação do princípio da irretroatividade da lei. Ofensa reflexa. Precedentes.
1. A alegação de violação do princípio constitucional da irretroatividade da lei, no presente caso, não prescinde da análise da legislação infraconstitucional pertinente.
2. Mostra-se inadmissível, nesta via extraordinária, a análise de legislação infraconstitucional.
3. Agravo regimental não provido. | sjur221832 | - Acórdão(s) citado(s):
(RECURSO EXTRAORDINÁRIO, APRECIAÇÃO, MATÉRIA
INFRACONSTITUCIONAL)
STF: AI 554447 AgR (1ªT);
(OFENSA REFLEXA)
STF: RE 437384 AgR (2ªT).
Número de páginas: 10.
Análise: 15/01/2013, MJC. | DIAS TOFFOLI | Primeira Turma | 614799 | [
"LEG-FED LEI-009278 ANO-1996\r\n LEI ORDINÁRIA"
] | RE-AgR | acordaos | RE 614799 AgR | [
""
] | AGDO.(A/S) : MARIA DAS GRAÇAS ANDRADE
ADV.(A/S) : JOSÉ WAGNER BARRUECO SENRA E OUTRO(A/S)
AGTE.(S) : ARI ESPERANÇA E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : ANTONIO APARECIDO PASCOTTO
INTDO.(A/S) : ESPÓLIO DE MARIO ESPERANÇA
ADV.(A/S) : LUIZ ANTONIO BORGES TEIXEIRA E OUTRO(A/S)
INTDO.(A/S) : MÁRIO ESPERANÇA JÚNIOR
ADV.(A/S) : SÉRGIO AUGUSTO MOMBERGUE DA COSTA | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 614 . 799",
"RE 614 . 799 AGR / SP",
"RE 614 . 799 AGR",
"RE 614 . 799 AGR / SP",
"RE 614 . 799 AGR",
"RE 614 . 799 AGR / SP",
"AI [UNK] 638 . 758 / SP - AgR",
"AI [UNK] 135 . 632 / RS - AgR",
"RE [UNK] 437 . 384 / RS - AgR",
"RE 614 . 799 AGR",
"AI [UNK] 638 . 758 / SP - AgR",
"AI [UNK] 135 . 632 / RS - AgR",
"RE [UNK] 437 . 384 / RS - AgR",
"RE 614 . 799 AGR / SP",
"AI [UNK] 342 . 235 - AgR / SC",
"AI [UNK] 438 . 861 - AgR / SP",
"RE 614 . 799 AGR",
"AI [UNK] 342 . 235 - AgR / SC",
"AI [UNK] 438 . 861 - AgR / SP",
"RE 614 . 799 AGR / SP",
"RE 614 . 799 AGR / SP",
"RE 614 . 799 AGR",
"AI [UNK] 554 . 447 / GO - AgR",
"RE [UNK] 437 . 384 / RS",
"RE 614 . 799 AGR / SP",
"AI [UNK] 554 . 447 / GO - AgR",
"RE [UNK] 437 . 384 / RS",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 614",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 614 . 799"
],
"LEGISLACAO": [
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"lei 9278 / 96",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"lei 9278 / 96",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] § [UNK] da lei 9278 / 96",
"artigo [UNK] , inciso XXXVI , da Constituição Federal",
"Lei [UNK] 9 . 278 / 96",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] § [UNK] da lei 9278 / 96",
"artigo [UNK] , inciso XXXVI , da Constituição Federal",
"Lei [UNK] 9 . 278 / 96",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição Federal",
"Lei de Introdução ao Código Civil , artigo [UNK]",
"Lei de Introdução ao Cód . Civil",
"Constituição , art . [UNK] , XXXVI",
"art . [UNK] da LICC",
"Lei [UNK] 9 . 278 / 96",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição Federal",
"Lei de Introdução ao Código Civil , artigo [UNK]",
"Lei de Introdução ao Cód . Civil , art . [UNK]",
"art . [UNK] , XXXVI , C . F",
"Constituição , art . [UNK] , XXXVI",
"art . [UNK] da LICC",
"Lei [UNK] 9 . 278 / 96",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição",
"L",
". 8 . 971 / 94",
"art . 226 , § [UNK] , da Constituição Federal",
"L",
". 9278",
"/",
"96",
"Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição",
"L",
". 8 . 971",
"art . 226 , § [UNK] , da Constituição Federal",
"L",
". 9278 / 96",
"Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição",
"artigo [UNK] , XXXVI , da Constituição Federal",
"Lei 9 . 278 / 96",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição",
"artigo [UNK] , XXXVI , da Constituição Federal",
"Lei 9 . 278 / 96",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei [UNK] 9 . 278 / 96",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei [UNK] 9 . 278 / 96",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei [UNK] 9 . 278 / 96",
"art . 226 , § [UNK] , da Constituição Federal",
"Constituição da República",
"Lei de Introdução ao Cód . Civil , art . [UNK]",
"art . [UNK] , XXXVI , C . F",
"Constituição , art . [UNK] , XXXVI",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei [UNK] 9 . 278 / 96",
"art . 226 , § [UNK] , da Constituição Federal",
"Constituição da República",
"Lei de Introdução ao Cód . Civil ,",
"Constituição , art . [UNK] ,",
"art . [UNK] da LICC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"SÃO PAULO",
"Brasília",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO"
],
"ORGANIZACAO": [
"PRIMEIRA TURMA",
"Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"/",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"Sexta Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo",
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"PRIMEIRA TURMA",
"Sexta Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
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"-",
"Geral da República",
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"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
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"SP",
"Procuradoria",
"-",
"Geral da República",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"Tribunal Pleno",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"/",
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"Tribunal Pleno",
"Supremo Tribunal Federal",
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"-",
"Brasil",
"Suprema Corte",
"Primeira Turma",
"Primeira Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"/",
"Primeira Turma",
"Primeira Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
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"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
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"-",
"Brasil",
"/",
"SP",
"Primeira Turma",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
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"Brasil",
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"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
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"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"DIAS TOFFOLI",
"ARI ESPERANÇA",
"ANTONIO APARECIDO",
"MARIA DAS GRAÇAS ANDRADE",
"JOSÉ WAGNER BARRUECO SENRA",
"ESPÓLIO DE MARIO ESPERANÇA",
"LUIZ ANTONIO BORGES TEIXEIRA",
"MÁRIO ESPERANÇA JÚNIOR",
"SÉRGIO AUGUSTO MOMBERGUE DA COSTA",
"Dias Toffoli",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"ARI ESPERANÇA",
"ANTONIO APARECIDO PASCOTTO",
"MARIA DAS GRAÇAS ANDRADE",
"JOSÉ WAGNER BARRUECO SENRA",
"ESPÓLIO DE MARIO ESPERANÇA",
"LUIZ ANTONIO BORGES TEIXEIRA",
"MÁRIO ESPERANÇA JÚNIOR",
"SÉRGIO AUGUSTO MOMBERGUE DA COSTA",
"DIAS TOFFOLI",
"Ari Esperança",
"Mario Esperança",
"DIAS TOFFOLI",
"ARI ESPERANÇA",
"ANTONIO APARECIDO PASCOTTO",
"MARIA DAS GRAÇAS ANDRADE",
"JOSÉ WAGNER BARRUECO SENRA",
"ESPÓLIO DE MARIO ESPERANÇA",
"LUIZ ANTONIO BORGES TEIXEIRA",
"MÁRIO ESPERANÇA JÚNIOR",
"SÉRGIO AUGUSTO MOMBERGUE DA COSTA",
"DIAS TOFFOLI",
"Ari Esperança",
"Mario Esperança",
"Menezes Direito",
"Menezes Direito",
"Sepúlveda Pertence",
"Ricardo Lewandowski",
"Celso de Mello",
"Carlos Velloso",
"Sepúlveda Pertence",
"Ricardo Lewandowski",
"Celso de Mello",
"Carlos Velloso",
"Sepúlveda Pertence",
"Sepúlveda Pertence",
"Sepúlveda Pertence",
"Sepúlveda Pertence",
"Mario Esperança",
"Mario Esperança",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"Cezar Peluso",
"Carlos Velloso",
"Cezar Peluso",
"Carlos Velloso",
"DIAS TOFFOLI",
"ARI ESPERANÇA",
"ANTONIO APARECIDO PASCOTTO",
"MARIA DAS GRAÇAS ANDRADE",
"JOSÉ WAGNER BARRUECO SENRA",
"ESPÓLIO DE MARIO ESPERANÇA",
"LUIZ ANTONIO BORGES TEIXEIRA",
"MÁRIO ESPERANÇA JÚNIOR",
"SÉRGIO AUGUSTO MOMBERGUE DA COSTA",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Wagner Mathias",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza",
"DIAS TOFFOLI",
"ARI ESPERANÇA",
"ANTONIO APARECIDO PASCOTTO",
"MARIA DAS GRAÇAS ANDRADE",
"JOSÉ WAGNER BARRUECO SENRA",
"ESPÓLIO DE MARIO ESPERANÇA",
"LUIZ ANTONIO BORGES TEIXEIRA",
"MÁRIO ESPERANÇA JÚNIOR",
"SÉRGIO AUGUSTO MOMBERGUE DA COSTA",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
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"Rosa Weber",
"Wagner Mathias",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza"
],
"TEMPO": [
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"/",
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"08",
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"08",
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"11",
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"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
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"5",
"/",
"04",
"24",
"/",
"08",
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"2001",
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"07",
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"12",
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"07",
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"99",
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"16",
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"2001"
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Ementa e Acórdão
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 702.574 PARAÍBA
RELATOR
: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S)
:ESTADO DA PARAÍBA
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA PARAÍBA
AGDO.(A/S)
:MOACIR CARLOS DA SILVA
ADV.(A/S)
:ALBA LUCIA DINIZ DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S)
EMENTA:
AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO.
OMISSÃO. ROMPIMENTO DE BARRAGEM. NECESSIDADE DE
REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO CONSTANTE DOS
AUTOS. SÚMULA 279 DO STF. INCIDÊNCIA. AGRAVO IMPROVIDO.
I - A apreciação do recurso extraordinário, no que concerne à
alegada ofensa ao art. 37, § 6°, da Constituição, encontra óbice na Súmula
279 do STF. Precedentes.
II - Agravo regimental improvido.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do
Senhor Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de
julgamentos e das notas taquigráficas, por unanimidade, negar
provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator.
Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e
Joaquim Barbosa.
Brasília, 13 de novembro de 2012.
RICARDO LEWANDOWSKI – PRESIDENTE E RELATOR
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3101489.
Supremo Tribunal Federal
DJe 04/12/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 7
Relatório
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 702.574 PARAÍBA
RELATOR
: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S)
:ESTADO DA PARAÍBA
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA PARAÍBA
AGDO.(A/S)
:MOACIR CARLOS DA SILVA
ADV.(A/S)
:ALBA LUCIA DINIZ DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S)
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Trata-se de
agravo regimental interposto contra decisão que negou seguimento ao
recurso extraordinário. Eis o teor da decisão agravada:
“Trata-se de recurso extraordinário interposto contra acórdão
que possui a seguinte ementa:
'APELAÇÃO CÍVEL AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR
DANOS MORAIS E MATERIAIS ROMPIMENTO DA
BARRAGEM CAMARÁ INUNDAÇÃO DE RESIDÊNCIA E
DESTRUIÇÃO DE BENS PROCEDÊNCIA PARCIAL
IRRESIGNAÇÃO
PRESCRIÇÃO
INOCORRÊNCIA
RESPONSABILIDADE CIVIL SUBJETIVA FISCALIZAÇÃO
DA OBRA DEVER DO ESTADO DANOS COMPROVADOS
QUANTUM INDENIZATÓRIO VALOR FIXADO DE
ACORDO COM OS PRINCÍPIOS DA RAZOABILIDADE E
PROPORCIONALIDADE
HONORÁRIOS
ADVOCATÍCIOS SUCUMBÊNCIA RECÍPROCA JUROS
DE MORA LEI Nº 11.960/2009 PROVIMENTO PARCIAL.
- O Tribunal de origem decidiu em conformidade com a
orientação firmada nessa Corte de que 'O art. 1º do Decreto nº
20.910/32 dispõe acerca da prescrição quinquenal de qualquer
direito ou ação contra a Fazenda Pública, seja qual for a sua
natureza, a partir do ato ou fato do qual se originou. (…)
- O pagamento parcial efetuado pelo Estado não impede o
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13/11/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 702.574 PARAÍBA
RELATOR
: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S)
:ESTADO DA PARAÍBA
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA PARAÍBA
AGDO.(A/S)
:MOACIR CARLOS DA SILVA
ADV.(A/S)
:ALBA LUCIA DINIZ DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S)
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Trata-se de
agravo regimental interposto contra decisão que negou seguimento ao
recurso extraordinário. Eis o teor da decisão agravada:
“Trata-se de recurso extraordinário interposto contra acórdão
que possui a seguinte ementa:
'APELAÇÃO CÍVEL AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR
DANOS MORAIS E MATERIAIS ROMPIMENTO DA
BARRAGEM CAMARÁ INUNDAÇÃO DE RESIDÊNCIA E
DESTRUIÇÃO DE BENS PROCEDÊNCIA PARCIAL
IRRESIGNAÇÃO
PRESCRIÇÃO
INOCORRÊNCIA
RESPONSABILIDADE CIVIL SUBJETIVA FISCALIZAÇÃO
DA OBRA DEVER DO ESTADO DANOS COMPROVADOS
QUANTUM INDENIZATÓRIO VALOR FIXADO DE
ACORDO COM OS PRINCÍPIOS DA RAZOABILIDADE E
PROPORCIONALIDADE
HONORÁRIOS
ADVOCATÍCIOS SUCUMBÊNCIA RECÍPROCA JUROS
DE MORA LEI Nº 11.960/2009 PROVIMENTO PARCIAL.
- O Tribunal de origem decidiu em conformidade com a
orientação firmada nessa Corte de que 'O art. 1º do Decreto nº
20.910/32 dispõe acerca da prescrição quinquenal de qualquer
direito ou ação contra a Fazenda Pública, seja qual for a sua
natureza, a partir do ato ou fato do qual se originou. (…)
- O pagamento parcial efetuado pelo Estado não impede o
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Relatório
RE 702.574 AGR / PB
requerimento, em juízo, da indenização pelos danos morais
sofridos.
- A responsabilidade da Administração Pública por ato
omissivo é subjetiva, dependendo, para sua configuração, da
efetiva ocorrência do dano, de uma decisão ilícita estatal, e da
relação de causalidade entre o dano e a conduta culposa do ente
público em deixar de prestar ou prestar mal o serviço público.
(...)' (fls. 153-154).
Neste RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-
se, em suma, ofensa ao art. 37, § 6º, da mesma Carta.
A pretensão recursal não merece acolhida.
O acórdão recorrido assim dirimiu a questão:
'Com relação à responsabilidade do Estado, no caso in
examen, verifica-se ser a mesma subjetiva, lastreada na
obrigação do Estado de impedir o evento danoso, uma vez
que caberia ao ente público a escorreita fiscalização da
obra, a fim de manter em condição regular de uso a barragem de
Camará, sem oferecer riscos à população.
(…)
Sendo assim, resta caracterizada a responsabilidade civil
do Estado, quando este, devendo fiscalizar a obra, a fim de que
fosse efetuada conforme os critérios técnicos, não garante sua
correta e segura execução.
(...)' (fls. 157, grifos no original).
Dessa forma, para se chegar à conclusão contrária à adotada pelo
Tribunal de origem, necessário seria o reexame do conjunto fático-
probatório constante dos autos, o que atrai a incidência da Súmula
279 do STF. Nesse sentido, transcrevo a ementa do RE 680.730-
AgR/PB, Rel. Min. Dias Toffoli, em que se examinou a mesma questão
ora em análise:
'Agravo regimental no recurso extraordinário. Omissão
do poder público. Elementos da responsabilidade civil estatal
demonstrados na origem. Reexame de fatos e provas.
Impossibilidade. Precedentes. 1. O Tribunal de origem concluiu,
2
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RE 702.574 AGR / PB
requerimento, em juízo, da indenização pelos danos morais
sofridos.
- A responsabilidade da Administração Pública por ato
omissivo é subjetiva, dependendo, para sua configuração, da
efetiva ocorrência do dano, de uma decisão ilícita estatal, e da
relação de causalidade entre o dano e a conduta culposa do ente
público em deixar de prestar ou prestar mal o serviço público.
(...)' (fls. 153-154).
Neste RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-
se, em suma, ofensa ao art. 37, § 6º, da mesma Carta.
A pretensão recursal não merece acolhida.
O acórdão recorrido assim dirimiu a questão:
'Com relação à responsabilidade do Estado, no caso in
examen, verifica-se ser a mesma subjetiva, lastreada na
obrigação do Estado de impedir o evento danoso, uma vez
que caberia ao ente público a escorreita fiscalização da
obra, a fim de manter em condição regular de uso a barragem de
Camará, sem oferecer riscos à população.
(…)
Sendo assim, resta caracterizada a responsabilidade civil
do Estado, quando este, devendo fiscalizar a obra, a fim de que
fosse efetuada conforme os critérios técnicos, não garante sua
correta e segura execução.
(...)' (fls. 157, grifos no original).
Dessa forma, para se chegar à conclusão contrária à adotada pelo
Tribunal de origem, necessário seria o reexame do conjunto fático-
probatório constante dos autos, o que atrai a incidência da Súmula
279 do STF. Nesse sentido, transcrevo a ementa do RE 680.730-
AgR/PB, Rel. Min. Dias Toffoli, em que se examinou a mesma questão
ora em análise:
'Agravo regimental no recurso extraordinário. Omissão
do poder público. Elementos da responsabilidade civil estatal
demonstrados na origem. Reexame de fatos e provas.
Impossibilidade. Precedentes. 1. O Tribunal de origem concluiu,
2
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Relatório
RE 702.574 AGR / PB
com base nos fatos e nas provas dos autos, que restaram
devidamente demonstrados os pressupostos necessários à
configuração da responsabilidade extracontratual do Estado
pelos danos causados à agravada com o rompimento da
Barragem de Camará. 2. Inadmissível, em recurso
extraordinário, o reexame de fatos e provas dos autos. Incidência
da Súmula nº 279/STF. 3. Agravo regimental não provido'.
No mesmo sentido, indico os seguintes precedentes, entre
outros: RE 670.275-AgR/PB, Rel. Min. Marco Aurélio; RE 677.283-
AgR/PB, Rel. Min. Gilmar Mendes; RE 698.254/PB, Rel. Min.
Cármen Lúcia; RE 695.887/PB, Rel. Min. Luiz Fux.
Isso posto, nego seguimento ao recurso (CPC, art. 557, caput)”
(fls. 191-193).
O agravante sustenta, em suma, a desnecessidade do reexame de
provas.
Alega, ainda, que, para a hipótese de omissão estatal, vigora a teoria
da responsabilidade subjetiva.
Aduz, por fim, que o que se pretende “é que seja aplicada a teoria
dominante, consolidada na jurisprudência desse Excelso Pretório, no sentido de
que na hipótese de omissão administrativa a responsabilidade seja subjetiva” (fl.
201).
É o relatório.
3
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RE 702.574 AGR / PB
com base nos fatos e nas provas dos autos, que restaram
devidamente demonstrados os pressupostos necessários à
configuração da responsabilidade extracontratual do Estado
pelos danos causados à agravada com o rompimento da
Barragem de Camará. 2. Inadmissível, em recurso
extraordinário, o reexame de fatos e provas dos autos. Incidência
da Súmula nº 279/STF. 3. Agravo regimental não provido'.
No mesmo sentido, indico os seguintes precedentes, entre
outros: RE 670.275-AgR/PB, Rel. Min. Marco Aurélio; RE 677.283-
AgR/PB, Rel. Min. Gilmar Mendes; RE 698.254/PB, Rel. Min.
Cármen Lúcia; RE 695.887/PB, Rel. Min. Luiz Fux.
Isso posto, nego seguimento ao recurso (CPC, art. 557, caput)”
(fls. 191-193).
O agravante sustenta, em suma, a desnecessidade do reexame de
provas.
Alega, ainda, que, para a hipótese de omissão estatal, vigora a teoria
da responsabilidade subjetiva.
Aduz, por fim, que o que se pretende “é que seja aplicada a teoria
dominante, consolidada na jurisprudência desse Excelso Pretório, no sentido de
que na hipótese de omissão administrativa a responsabilidade seja subjetiva” (fl.
201).
É o relatório.
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 7
Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 702.574 PARAÍBA
V O T O
O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Bem
reexaminada a questão, verifica-se que a decisão ora atacada não merece
reforma, visto que o recorrente não aduz argumentos capazes de afastar
as razões nela expendidas.
Conforme afirmado na decisão agravada, o Tribunal de origem
dirimiu a matéria atinente à configuração da responsabilidade subjetiva
estatal com fundamento na análise do acervo probatório existente nos
autos, conforme se observa do seguinte trecho da decisão a quo:
“Com relação à responsabilidade do Estado, no caso in examen,
verifica-se ser a mesma subjetiva, lastreada na obrigação do Estado
de impedir o evento danoso, uma vez que caberia ao ente público
a escorreita fiscalização da obra, a fim de manter em condição
regular de uso a barragem de Camará, sem oferecer riscos à população.
Leciona Celso Antônio Bandeira de Mello:
Quando o dano foi possível em decorrência de uma
omissão do Estado (o serviço não funcionou, funcionou tardia
ou ineficientemente) é de aplicar-se a teoria da responsabilidade
subjetiva. Com efeito, se o Estado não agiu, não pode,
logicamente, ser ele o autor do dano. E, se não foi o autor, só
cabe responsabilizá-lo caso esteja obrigado a impedir o dano. Isto
é: só faz sentido responsabilizá-lo se descumpriu dever
legal que lhe impunha obstar ao evento lesivo. (curso de
Direito Administrativo, 18ª edição, p. 936/937).
Sendo assim, resta caracterizada a responsabilidade civil do
Estado, quando este, devendo fiscalizar a obra, a fim de que fosse
efetuada conforme os critérios técnicos, não garante sua correta e
segura execução.
(...)” (fls. 157 - grifos no original).
Supremo Tribunal Federal
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13/11/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 702.574 PARAÍBA
V O T O
O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Bem
reexaminada a questão, verifica-se que a decisão ora atacada não merece
reforma, visto que o recorrente não aduz argumentos capazes de afastar
as razões nela expendidas.
Conforme afirmado na decisão agravada, o Tribunal de origem
dirimiu a matéria atinente à configuração da responsabilidade subjetiva
estatal com fundamento na análise do acervo probatório existente nos
autos, conforme se observa do seguinte trecho da decisão a quo:
“Com relação à responsabilidade do Estado, no caso in examen,
verifica-se ser a mesma subjetiva, lastreada na obrigação do Estado
de impedir o evento danoso, uma vez que caberia ao ente público
a escorreita fiscalização da obra, a fim de manter em condição
regular de uso a barragem de Camará, sem oferecer riscos à população.
Leciona Celso Antônio Bandeira de Mello:
Quando o dano foi possível em decorrência de uma
omissão do Estado (o serviço não funcionou, funcionou tardia
ou ineficientemente) é de aplicar-se a teoria da responsabilidade
subjetiva. Com efeito, se o Estado não agiu, não pode,
logicamente, ser ele o autor do dano. E, se não foi o autor, só
cabe responsabilizá-lo caso esteja obrigado a impedir o dano. Isto
é: só faz sentido responsabilizá-lo se descumpriu dever
legal que lhe impunha obstar ao evento lesivo. (curso de
Direito Administrativo, 18ª edição, p. 936/937).
Sendo assim, resta caracterizada a responsabilidade civil do
Estado, quando este, devendo fiscalizar a obra, a fim de que fosse
efetuada conforme os critérios técnicos, não garante sua correta e
segura execução.
(...)” (fls. 157 - grifos no original).
Supremo Tribunal Federal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 7
Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
RE 702.574 AGR / PB
Assim, firmar entendimento diverso implicaria novo exame do
conjunto fático-probatório dos autos, circunstância que torna inviável o
recurso, nos termos da Súmula 279 do STF. Nesse sentido, transcrevo
ementas de julgados de ambas as Turmas desta Corte:
“AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA.
OMISSÃO ESTATAL. ROMPIMENTO DE BARRAGEM.
REEXAME DE FATOS E PROVAS. SÚMULA N. 279 DO
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO
QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (RE 691.678-AgR/PB, Rel.
Min. Cármen Lúcia, Primeira Turma).
“Agravo regimental em recurso extraordinário. 2.
Responsabilidade objetiva prevista no art. 37, § 6º, da Constituição
Federal abrange também os atos omissivos do Poder Público.
Precedentes. 3. Impossibilidade de reexame do conjunto fático-
probatório. Enunciado 279 da Súmula do STF. 4. Ausência de
argumentos suficientes para infirmar a decisão recorrida. 5. Agravo
regimental a que se nega provimento” (RE 677.283-AgR/PB, Rel.
Min. Gilmar Mendes, Segunda Turma).
Por fim, quanto à alegação do agravante de que o que se pretende,
na verdade, é a aplicação da teoria da responsabilidade subjetiva, adotada
na hipótese de omissão estatal, registro que, conforme destacou o Rel.
Min. Joaquim Barbosa, no julgamento do AI 600.652-AgR/PR,
“a qualificação do tipo de responsabilidade imputável ao Estado,
se objetiva ou subjetiva, constitui circunstância de menor relevo
quando as instâncias ordinárias demonstram, com base no acervo
probatório, que a inoperância estatal injustificada foi condição decisiva
para a produção do resultado danoso”.
Isso posto, nego provimento ao agravo regimental.
2
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Supremo Tribunal Federal
RE 702.574 AGR / PB
Assim, firmar entendimento diverso implicaria novo exame do
conjunto fático-probatório dos autos, circunstância que torna inviável o
recurso, nos termos da Súmula 279 do STF. Nesse sentido, transcrevo
ementas de julgados de ambas as Turmas desta Corte:
“AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA.
OMISSÃO ESTATAL. ROMPIMENTO DE BARRAGEM.
REEXAME DE FATOS E PROVAS. SÚMULA N. 279 DO
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO
QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (RE 691.678-AgR/PB, Rel.
Min. Cármen Lúcia, Primeira Turma).
“Agravo regimental em recurso extraordinário. 2.
Responsabilidade objetiva prevista no art. 37, § 6º, da Constituição
Federal abrange também os atos omissivos do Poder Público.
Precedentes. 3. Impossibilidade de reexame do conjunto fático-
probatório. Enunciado 279 da Súmula do STF. 4. Ausência de
argumentos suficientes para infirmar a decisão recorrida. 5. Agravo
regimental a que se nega provimento” (RE 677.283-AgR/PB, Rel.
Min. Gilmar Mendes, Segunda Turma).
Por fim, quanto à alegação do agravante de que o que se pretende,
na verdade, é a aplicação da teoria da responsabilidade subjetiva, adotada
na hipótese de omissão estatal, registro que, conforme destacou o Rel.
Min. Joaquim Barbosa, no julgamento do AI 600.652-AgR/PR,
“a qualificação do tipo de responsabilidade imputável ao Estado,
se objetiva ou subjetiva, constitui circunstância de menor relevo
quando as instâncias ordinárias demonstram, com base no acervo
probatório, que a inoperância estatal injustificada foi condição decisiva
para a produção do resultado danoso”.
Isso posto, nego provimento ao agravo regimental.
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 7
Decisão de Julgamento
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 702.574
PROCED. : PARAÍBA
RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S) : ESTADO DA PARAÍBA
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA PARAÍBA
AGDO.(A/S) : MOACIR CARLOS DA SILVA
ADV.(A/S) : ALBA LUCIA DINIZ DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S)
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto do Relator. Ausentes,
justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim
Barbosa. 2ª Turma, 13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra
Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros
Celso de Mello e Joaquim Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
P/ Fabiane Duarte
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3150117
Supremo Tribunal Federal
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 702.574
PROCED. : PARAÍBA
RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S) : ESTADO DA PARAÍBA
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA PARAÍBA
AGDO.(A/S) : MOACIR CARLOS DA SILVA
ADV.(A/S) : ALBA LUCIA DINIZ DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S)
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto do Relator. Ausentes,
justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim
Barbosa. 2ª Turma, 13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra
Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros
Celso de Mello e Joaquim Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
P/ Fabiane Duarte
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 7
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3157417 | 2012-11-13T00:00:00 | 2012-12-04T00:00:00 | A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 13.11.2012. | AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO | Ementa: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO. OMISSÃO. ROMPIMENTO DE BARRAGEM. NECESSIDADE DE REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO CONSTANTE DOS AUTOS. SÚMULA 279 DO STF. INCIDÊNCIA. AGRAVO IMPROVIDO.
I - A apreciação do recurso extraordinário, no que concerne à alegada ofensa ao art. 37, § 6°, da Constituição, encontra óbice na Súmula 279 do STF. Precedentes.
II - Agravo regimental improvido. | sjur220544 | - Acórdão (s) citado (s):
(SÚMULA 279)
STF: RE 691678 AgR (1ªT), RE 677283 AgR (2ªT);
(RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO)
STF: AI 600652 AgR (2ªT).
Número de páginas: 7.
Análise: 10/01/2013, BMB. | RICARDO LEWANDOWSKI | Segunda Turma | 702574 | [
"LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00037 PAR-00006 \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n\r\n",
"LEG-FED SUMSTF-000279 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF"
] | RE-AgR | acordaos | RE 702574 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : ESTADO DA PARAÍBA
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA PARAÍBA
ADV.(A/S) : ALBA LUCIA DINIZ DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : MOACIR CARLOS DA SILVA | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 702 . 574",
"SÚMULA 279 DO STF",
"Súmula 279 do STF",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 702 . 574",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 702 . 574",
"RE 702 . 574 AGR",
"Súmula 279 do STF",
"RE 680 . 730 - AgR / PB",
"Súmula 279 do STF",
"RE 680 . 730 - AgR / PB",
"RE 702 . 574 AGR / PB",
"Súmula [UNK] 279 / STF",
"RE 670 . 275 - AgR / PB",
"RE 677 . 283 - AgR / PB",
"RE 698 . 254 / PB",
"RE 695 . 887 / PB",
"RE 702 . 574 AGR / PB",
"Súmula [UNK] 279 / STF",
"RE 670 . 275 - AgR / PB",
"RE 677 . 283 - AgR / PB",
"RE 698 . 254 / PB",
"RE 695 . 887 / PB",
"RE 702 . 574 AGR / PB",
"Súmula 279 do STF",
"SÚMULA N . 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL",
"RE 691 . 678 - AgR / PB",
"Enunciado 279 da Súmula do STF",
"RE 677 . 283 - AgR / PB",
"AI 600 . 652 - AgR / PR",
"RE 702 . 574 AGR / PB",
"Súmula 279 do STF",
"SÚMULA N . 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL",
"RE 691 . 678 - AgR / PB",
"Enunciado 279 da Súmula do STF",
"RE 677 . 283 - AgR / PB",
"AI 600 . 652",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 702 . 574",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 702 . 574"
],
"LEGISLACAO": [
"art . 37 , § 6° , da Constituição",
"MP n° 2 . 200",
"LEI [UNK] 11 . 960 / 2009",
"art . [UNK] do Decreto [UNK] 20 . 910 / 32",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"LEI [UNK] 11 . 960 / 2009",
"art . [UNK] do Decreto [UNK] 20 . 910 / 32",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 102 , III , a , da Constituição",
"art . 37 , § [UNK] , da mesma Carta",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 102 , III , a , da Constituição",
"art . 37 , § [UNK] , da",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"CPC , art . 557 , caput",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"CPC , art . 557 , caput",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 37 , § [UNK] , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 37 , § [UNK] , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"PARAÍBA",
"ESTADO DA PARAÍBA",
"ESTADO DA PARAÍBA",
"Brasília",
"PARAÍBA",
"ESTADO DA PARAÍBA",
"ESTADO DA PARAÍBA",
"PARAÍBA",
"ESTADO DA PARAÍBA",
"ESTADO DA PARAÍBA",
"barragem de Camará",
"Camará",
"Barragem de Camará",
"Barragem de Camará",
"PARAÍBA",
"barragem de Camará",
"PARAÍBA",
"barragem de Camará",
"PARAÍBA",
"ESTADO DA PARAÍBA",
"ESTADO DA PARAÍBA",
"PARAÍBA",
"ESTADO DA PARAÍBA",
"ESTADO DA PARAÍBA"
],
"ORGANIZACAO": [
"SEGUNDA TURMA",
"Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"Fazenda Pública",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"/",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"/",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Primeira Turma",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"MOACIR CARLOS DA SILVA",
"ALBA LUCIA DINIZ DE OLIVEIRA",
"Ricardo Lewandowski",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"MOACIR CARLOS DA SILVA",
"ALBA LUCIA DINIZ DE OLIVEIRA",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"MOACIR CARLOS DA SILVA",
"ALBA LUCIA DINIZ DE OLIVEIRA",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Luiz Fux",
"Marco Aurélio",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Luiz Fux",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Celso Antônio Bandeira de Mello",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Celso Antônio Bandeira de Mello",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Cármen Lúcia",
"Gilmar Mendes",
"Joaquim Barbosa",
"Cármen Lúcia",
"Gilmar Mendes",
"Joaquim Barbosa",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"MOACIR CARLOS DA SILVA",
"ALBA LUCIA DINIZ DE OLIVEIRA",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos",
"Fabiane Duarte",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"MOACIR CARLOS DA SILVA",
"ALBA LUCIA DINIZ DE OLIVEIRA",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos"
],
"TEMPO": [
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"13 de novembro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"04",
"/",
"12",
"/",
"2012",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 848.714 RIO GRANDE DO SUL
RELATOR
: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S)
:NILDIESEL RETÍFICA
DE MOTORES LTDA
E
OUTRO(A/S)
ADV.(A/S)
:ÉDISON FREITAS DE SIQUEIRA
AGDO.(A/S)
:BANCO DO BRASIL S/A
ADV.(A/S)
:JULIO CARLOS BLOIS VAZ
INTDO.(A/S)
:BB FINANCEIRA S/A CRÉDITO, FINANCIAMENTO
E INVESTIMENTO
ADV.(A/S)
:MARILURDES ALMEIDA
EMENTA:
AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE
INSTRUMENTO. CORREÇÃO MONETÁRIA. ALEGADA VIOLAÇÃO
AO ART. 5º, XXXVI, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. OFENSA
INDIRETA. INTERPRETAÇÃO DE CLÁUSULA CONTRATUAL.
INCIDÊNCIA DA SÚMULA 454 DO STF. PRECEDENTES. AGRAVO
REGIMENTAL IMPROVIDO.
I – A verificação, no caso concreto, da ocorrência, ou não, de violação
ao art. 5º, XXXVI, da Constituição Federal situa-se no campo
infraconstitucional. A afronta à Constituição, se ocorrente, seria indireta.
Precedentes.
II – Para se chegar à conclusão diversa a adotada pelo Juízo a quo,
necessário seria o reexame e interpretação de cláusula contratual, o que
atrai a incidência da Súmula 454 do STF. Portanto, a ofensa à
Constituição, se ocorrente, seria indireta. Precedentes.
III – A inconstitucionalidade da aplicação da TR como índice de
atualização monetária é relativa apenas aos contratos anteriores à Lei
8.177/1991. Precedentes.
IV - Agravo regimental improvido.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
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Supremo Tribunal Federal
DJe 05/12/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 10
Ementa e Acórdão
AI 848.714 AGR / RS
Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do
Senhor Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de
julgamentos e das notas taquigráficas, por unanimidade, negar
provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator.
Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e
Joaquim Barbosa.
Brasília, 13 de novembro de 2012.
RICARDO LEWANDOWSKI – PRESIDENTE E RELATOR
2
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
AI 848.714 AGR / RS
Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do
Senhor Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de
julgamentos e das notas taquigráficas, por unanimidade, negar
provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator.
Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e
Joaquim Barbosa.
Brasília, 13 de novembro de 2012.
RICARDO LEWANDOWSKI – PRESIDENTE E RELATOR
2
Supremo Tribunal Federal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 10
Relatório
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 848.714 RIO GRANDE DO SUL
RELATOR
: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S)
:NILDIESEL RETÍFICA
DE MOTORES LTDA
E
OUTRO(A/S)
ADV.(A/S)
:ÉDISON FREITAS DE SIQUEIRA
AGDO.(A/S)
:BANCO DO BRASIL S/A
ADV.(A/S)
:JULIO CARLOS BLOIS VAZ
INTDO.(A/S)
:BB FINANCEIRA S/A CRÉDITO, FINANCIAMENTO
E INVESTIMENTO
ADV.(A/S)
:MARILURDES ALMEIDA
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Trata-se de
agravo regimental interposto contra decisão que negou seguimento ao
agravo de instrumento. Eis o teor da decisão agravada:
“Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou
seguimento a recurso extraordinário interposto de acórdão, cuja
ementa segue transcrita, no que importa:
'APELAÇÃO CÍVEL. NEGÓCIOS JURÍDICOS
BANCÁRIOS. AÇÃO REVISIONAL. CONTRATO DE
ABERTURA DE CRÉDITO. AUSÊNCIA DE INTERESSE
RECURSAL. (...)
CORREÇÃO MONETÁRIA. Possibilidade de adoção da
TR, nos contratos onde assim expressamente previsto.
REPETIÇÃO DO INDÉBITO E COMPENSAÇÃO DE
VALORES. Possibilidade. APELAÇÃO CÍVEL CONHECIDA
EM PARTE E, NA PARTE CONHECIDA, PARCIALMENTE
PROVIDA' (fl. 27).
No RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se
violação ao art. 5º, XXXVI, da mesma Carta.
O agravo não merece acolhida. O acórdão recorrido encontra-se
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Supremo Tribunal Federal
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 848.714 RIO GRANDE DO SUL
RELATOR
: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S)
:NILDIESEL RETÍFICA
DE MOTORES LTDA
E
OUTRO(A/S)
ADV.(A/S)
:ÉDISON FREITAS DE SIQUEIRA
AGDO.(A/S)
:BANCO DO BRASIL S/A
ADV.(A/S)
:JULIO CARLOS BLOIS VAZ
INTDO.(A/S)
:BB FINANCEIRA S/A CRÉDITO, FINANCIAMENTO
E INVESTIMENTO
ADV.(A/S)
:MARILURDES ALMEIDA
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Trata-se de
agravo regimental interposto contra decisão que negou seguimento ao
agravo de instrumento. Eis o teor da decisão agravada:
“Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou
seguimento a recurso extraordinário interposto de acórdão, cuja
ementa segue transcrita, no que importa:
'APELAÇÃO CÍVEL. NEGÓCIOS JURÍDICOS
BANCÁRIOS. AÇÃO REVISIONAL. CONTRATO DE
ABERTURA DE CRÉDITO. AUSÊNCIA DE INTERESSE
RECURSAL. (...)
CORREÇÃO MONETÁRIA. Possibilidade de adoção da
TR, nos contratos onde assim expressamente previsto.
REPETIÇÃO DO INDÉBITO E COMPENSAÇÃO DE
VALORES. Possibilidade. APELAÇÃO CÍVEL CONHECIDA
EM PARTE E, NA PARTE CONHECIDA, PARCIALMENTE
PROVIDA' (fl. 27).
No RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se
violação ao art. 5º, XXXVI, da mesma Carta.
O agravo não merece acolhida. O acórdão recorrido encontra-se
Supremo Tribunal Federal
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Relatório
AI 848.714 AGR / RS
em consonância com o entendimento firmado pelo Plenário deste
Tribunal que, no julgamento da ADI 493/DF, Rel. Min. Moreira
Alves, entendeu que a inconstitucionalidade da aplicação da TR como
índice de atualização monetária é relativa apenas aos contratos
anteriores à Lei 8.177/1991. Nesse sentido, transcrevo a ementa do AI
556.169-AgR/GO, Rel. Min. Sepúlveda Pertence:
'EMENTA: 1. Recurso extraordinário: descabimento: falta
de prequestionamento dos dispositivos constitucionais tidos
como violados, exigência que se faz ainda que a violação à
Constituição tenha surgido no acórdão recorrido: incidência das
Súmulas 282 e 356. 2. Correção monetária: decidiu o Supremo
Tribunal na ADIn 493, Moreira Alves, RTJ 143/724, que a
inconstitucionalidade da aplicação da TR (ou TRD) como índice
de indexação é relativa apenas aos contratos anteriores à L.
8.177/91'.
Ademais, para dissentir do julgado atacado no concernente à
aplicação da TR como índice de correção monetária do saldo devedor,
na espécie, necessário seria o reexame de cláusulas contratuais, o que
atrai a incidência da Súmula 454 do STF. Nesse sentido:
'DIREITO CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL EM
AGRAVO DE INSTRUMENTO. SISTEMA FINANCEIRO
DE HABITAÇÃO - SFH. CONTRATO DE MÚTUO. TR.
ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA DO SALDO DEVEDOR.
ALEGAÇÃO DE VIOLAÇÃO AO ART. 6º DA
CONSTITUIÇÃO FEDERAL.OFENSA INDIRETA OU
REFLEXA. SÚMULA STF 454. 1. O debate acerca da
utilização da TR como índice de atualização do saldo devedor
nos contratos do sistema financeiro de habitação é de nível
infraconstitucional (Lei 4.380/64). 2. A apreciação do apelo
extremo demanda o reexame de cláusulas contratuais (Súmula
STF 454). Precedentes. 3. Agravo regimental improvido' (AI
746.435-AgR/DF, Rel. Min. Ellen Gracie).
Isso posto, nego seguimento ao recurso (CPC, art. 557, caput)”
(fls. 1.266-1.267).
2
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Supremo Tribunal Federal
AI 848.714 AGR / RS
em consonância com o entendimento firmado pelo Plenário deste
Tribunal que, no julgamento da ADI 493/DF, Rel. Min. Moreira
Alves, entendeu que a inconstitucionalidade da aplicação da TR como
índice de atualização monetária é relativa apenas aos contratos
anteriores à Lei 8.177/1991. Nesse sentido, transcrevo a ementa do AI
556.169-AgR/GO, Rel. Min. Sepúlveda Pertence:
'EMENTA: 1. Recurso extraordinário: descabimento: falta
de prequestionamento dos dispositivos constitucionais tidos
como violados, exigência que se faz ainda que a violação à
Constituição tenha surgido no acórdão recorrido: incidência das
Súmulas 282 e 356. 2. Correção monetária: decidiu o Supremo
Tribunal na ADIn 493, Moreira Alves, RTJ 143/724, que a
inconstitucionalidade da aplicação da TR (ou TRD) como índice
de indexação é relativa apenas aos contratos anteriores à L.
8.177/91'.
Ademais, para dissentir do julgado atacado no concernente à
aplicação da TR como índice de correção monetária do saldo devedor,
na espécie, necessário seria o reexame de cláusulas contratuais, o que
atrai a incidência da Súmula 454 do STF. Nesse sentido:
'DIREITO CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL EM
AGRAVO DE INSTRUMENTO. SISTEMA FINANCEIRO
DE HABITAÇÃO - SFH. CONTRATO DE MÚTUO. TR.
ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA DO SALDO DEVEDOR.
ALEGAÇÃO DE VIOLAÇÃO AO ART. 6º DA
CONSTITUIÇÃO FEDERAL.OFENSA INDIRETA OU
REFLEXA. SÚMULA STF 454. 1. O debate acerca da
utilização da TR como índice de atualização do saldo devedor
nos contratos do sistema financeiro de habitação é de nível
infraconstitucional (Lei 4.380/64). 2. A apreciação do apelo
extremo demanda o reexame de cláusulas contratuais (Súmula
STF 454). Precedentes. 3. Agravo regimental improvido' (AI
746.435-AgR/DF, Rel. Min. Ellen Gracie).
Isso posto, nego seguimento ao recurso (CPC, art. 557, caput)”
(fls. 1.266-1.267).
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 10
Relatório
AI 848.714 AGR / RS
Os agravantes sustentam, em suma, a inaplicabilidade da Súmula
454 desta Corte.
Alegam, ainda, que “é ilegal aplicação da TR como índice de Correção
Monetária” (fl. 1.288).
É o relatório.
3
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3101330.
Supremo Tribunal Federal
AI 848.714 AGR / RS
Os agravantes sustentam, em suma, a inaplicabilidade da Súmula
454 desta Corte.
Alegam, ainda, que “é ilegal aplicação da TR como índice de Correção
Monetária” (fl. 1.288).
É o relatório.
3
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 10
Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 848.714 RIO GRANDE DO SUL
V O T O
O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Bem
reexaminada a questão, verifica-se que a decisão ora atacada não merece
reforma, visto que os recorrentes não aduziram argumentos capazes de
afastar as razões nela expendidas.
Como a firme jurisprudência desta Corte, é inadmissível a
interposição de recurso extraordinário, quando a verificação da ofensa à
Constituição envolva a análise de norma infraconstitucional Nesse
sentido, transcrevo ementas de julgados de ambas as Turmas desta Corte:
“Agravo regimental no agravo de instrumento. Danos morais.
Prequestionamento. Ausência. Princípios da legalidade, do direito
adquirido e do ato jurídico perfeito. Ofensa reflexa. Precedentes. 1.
Não se admite o recurso extraordinário quando os dispositivos
constitucionais que nele se alega violados não estão devidamente
prequestionados. Incidência das Súmulas nºs 282 e 356/STF. 2.
Inadmissível em recurso extraordinário o exame da legislação
infraconstitucional e das provas dos autos. Incidência das Súmulas
nºs 279 e 636/STF. 3. Agravo regimental não provido” (AI 829.605-
AgR/SP, Rel. Min. Dias Toffoli, Primeira Turma).
“PROCESSO
CIVIL.
AUSÊNCIA
DE
PREQUESTIONAMENTO. NECESSIDADE DE APRECIAÇÃO
DOS FATOS E DAS PROVAS DA CAUSA. PRINCÍPIO DA
INAFASTABILIDADE DE JURISDIÇÃO E DO ATO JURÍDICO
PERFEITO: OFENSA REFLEXA. 1. São inviáveis os embargos de
declaração opostos para fins de prequestionamento quando o tema
constitucional não tiver sido ventilado previamente no recurso
interposto perante o Tribunal de origem. 2. Inviável o recurso
extraordinário nos casos em que se impõe o reexame do quadro fático-
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13/11/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 848.714 RIO GRANDE DO SUL
V O T O
O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Bem
reexaminada a questão, verifica-se que a decisão ora atacada não merece
reforma, visto que os recorrentes não aduziram argumentos capazes de
afastar as razões nela expendidas.
Como a firme jurisprudência desta Corte, é inadmissível a
interposição de recurso extraordinário, quando a verificação da ofensa à
Constituição envolva a análise de norma infraconstitucional Nesse
sentido, transcrevo ementas de julgados de ambas as Turmas desta Corte:
“Agravo regimental no agravo de instrumento. Danos morais.
Prequestionamento. Ausência. Princípios da legalidade, do direito
adquirido e do ato jurídico perfeito. Ofensa reflexa. Precedentes. 1.
Não se admite o recurso extraordinário quando os dispositivos
constitucionais que nele se alega violados não estão devidamente
prequestionados. Incidência das Súmulas nºs 282 e 356/STF. 2.
Inadmissível em recurso extraordinário o exame da legislação
infraconstitucional e das provas dos autos. Incidência das Súmulas
nºs 279 e 636/STF. 3. Agravo regimental não provido” (AI 829.605-
AgR/SP, Rel. Min. Dias Toffoli, Primeira Turma).
“PROCESSO
CIVIL.
AUSÊNCIA
DE
PREQUESTIONAMENTO. NECESSIDADE DE APRECIAÇÃO
DOS FATOS E DAS PROVAS DA CAUSA. PRINCÍPIO DA
INAFASTABILIDADE DE JURISDIÇÃO E DO ATO JURÍDICO
PERFEITO: OFENSA REFLEXA. 1. São inviáveis os embargos de
declaração opostos para fins de prequestionamento quando o tema
constitucional não tiver sido ventilado previamente no recurso
interposto perante o Tribunal de origem. 2. Inviável o recurso
extraordinário nos casos em que se impõe o reexame do quadro fático-
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 10
Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AI 848.714 AGR / RS
probatório para apreciar a apontada ofensa à Constituição Federal.
Incidência da Súmula STF 279. 3. Alegação de ofensa aos princípios
do ato jurídico perfeito e da inafastabilidade de jurisdição configura,
quando muito, ofensa meramente reflexa às normas constitucionais. 4.
Ainda que a matéria esteja prequestionada, tal argumento, no caso, é
incapaz de infirmar de maneira suficiente a decisão agravada, que
deve ser mantida pelos seus próprios fundamentos. 5. Agravo
regimental” (RE 397.237-AgR/MA, Rel. Min. Ellen Gracie,
Segunda Turma).
Reitero, ainda, que para dissentir do acórdão recorrido seria
necessário o reexame de cláusulas contratuais, o que inviabiliza o recurso
extraordinário, nos termos da Súmula 454 do STF. Com o mesmo
entendimento, anote-se:
“AGRAVO
REGIMENTAL
EM
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO.
CONTROVÉRSIA
DECIDIDA
CENTRALMENTE
À
LUZ
DA
LEGISLAÇÃO
INFRACONSTITUCIONAL
E
DE
CLÁUSULAS
CONTRATUAIS. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 454 DO STF. 1.
Caso em que entendimento diverso do adotado pelo aresto impugnado
demandaria o reexame da legislação ordinária aplicada à espécie e o
revolvimento de cláusulas contratuais. Providências vedadas na
instância extraordinária. 2. Agravo regimental desprovido” (RE
575.575-AgR/DF, Rel. Min. Ayres Britto).
“AGRAVO
REGIMENTAL
NO
AGRAVO
DE
INSTRUMENTO. CIVIL. CRÉDITO EDUCATIVO. JUROS
PACTUADOS EM CONTRATO. IMPOSSIBILIDADE DO
REEXAME DE LEGISLAÇÃO INFRACONTRATUAL E DE
NORMAS CONTRATUAIS. INCIDÊNCIA DAS SÚMULAS N.
279 E N. 454 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO
REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (AI
829.893-AgR/RS, Rel. Min. Cármen Lúcia).
“Agravo regimental no agravo de instrumento. Tributário.
2
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AI 848.714 AGR / RS
probatório para apreciar a apontada ofensa à Constituição Federal.
Incidência da Súmula STF 279. 3. Alegação de ofensa aos princípios
do ato jurídico perfeito e da inafastabilidade de jurisdição configura,
quando muito, ofensa meramente reflexa às normas constitucionais. 4.
Ainda que a matéria esteja prequestionada, tal argumento, no caso, é
incapaz de infirmar de maneira suficiente a decisão agravada, que
deve ser mantida pelos seus próprios fundamentos. 5. Agravo
regimental” (RE 397.237-AgR/MA, Rel. Min. Ellen Gracie,
Segunda Turma).
Reitero, ainda, que para dissentir do acórdão recorrido seria
necessário o reexame de cláusulas contratuais, o que inviabiliza o recurso
extraordinário, nos termos da Súmula 454 do STF. Com o mesmo
entendimento, anote-se:
“AGRAVO
REGIMENTAL
EM
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO.
CONTROVÉRSIA
DECIDIDA
CENTRALMENTE
À
LUZ
DA
LEGISLAÇÃO
INFRACONSTITUCIONAL
E
DE
CLÁUSULAS
CONTRATUAIS. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 454 DO STF. 1.
Caso em que entendimento diverso do adotado pelo aresto impugnado
demandaria o reexame da legislação ordinária aplicada à espécie e o
revolvimento de cláusulas contratuais. Providências vedadas na
instância extraordinária. 2. Agravo regimental desprovido” (RE
575.575-AgR/DF, Rel. Min. Ayres Britto).
“AGRAVO
REGIMENTAL
NO
AGRAVO
DE
INSTRUMENTO. CIVIL. CRÉDITO EDUCATIVO. JUROS
PACTUADOS EM CONTRATO. IMPOSSIBILIDADE DO
REEXAME DE LEGISLAÇÃO INFRACONTRATUAL E DE
NORMAS CONTRATUAIS. INCIDÊNCIA DAS SÚMULAS N.
279 E N. 454 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO
REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (AI
829.893-AgR/RS, Rel. Min. Cármen Lúcia).
“Agravo regimental no agravo de instrumento. Tributário.
2
Supremo Tribunal Federal
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Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AI 848.714 AGR / RS
Matéria infraconstitucional. Reexame de fatos e provas. Súmulas nºs
454 e 279. Art. 1º da Lei de Usura. Taxa de juros. Aplicação. Limite
de 12% ao ano. Ausência de repercussão geral. 1. A jurisprudência
desta Corte é pacífica no sentido da impossibilidade do cabimento do
recurso extraordinário, quando não há ofensa direta à Constituição
Federal. Ademais, verificada a ausência de repercussão geral da
matéria. 2. Reexame de fatos e provas e do próprio contrato para
divergir do decidido pelo acórdão do Tribunal local. Incidência da
Súmulas nºs 459 e 279/STF. 3. Agravo regimental ao qual se nega
provimento” (AI 630.219-AgR/PR, Rel. Min. Dias Toffoli).
Por fim, conforme assentado na decisão agravada, o acórdão
recorrido encontra-se em consonância com o entendimento firmado pelo
Plenário deste Tribunal que, no julgamento da ADI 493/DF, Rel. Min.
Moreira Alves, entendeu que a inconstitucionalidade da aplicação da TR
como índice de atualização monetária é relativa apenas aos contratos
anteriores à Lei 8.177/1991. Nesse sentido, transcrevo as ementas do AI
556.169-AgR/GO, Rel. Min. Sepúlveda Pertence e do AI 162.421-AgR/GO,
Rel. Min. Sidney Sanches:
“EMENTA: 1. Recurso extraordinário: descabimento: falta de
prequestionamento dos dispositivos constitucionais tidos como
violados, exigência que se faz ainda que a violação à Constituição
tenha surgido no acórdão recorrido: incidência das Súmulas 282 e
356. 2. Correção monetária: decidiu o Supremo Tribunal na ADIn
493, Moreira Alves, RTJ 143/724, que a inconstitucionalidade da
aplicação da TR (ou TRD) como índice de indexação é relativa apenas
aos contratos anteriores à L. 8.177/91”.
“DIREITO CONSTITUCIONAL E PROCESSUAL CIVIL.
DÉBITO RURAL: CORREÇÃO MONETÁRIA PELA TR.
RECURSO EXTRAORDINÁRIO: ARTS. 5º, INCISOS II E
XXXVI, E 192, § 3 , DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL.
(SÚMULAS 282 E 356). CLÁUSULA CONTRATUAL (SÚMULA
454). ÍNDICE DE CORREÇÃO MONETÁRIA. AGRAVO. 1. Não
conseguiu a agravante demonstrar o desacerto da decisão que, na
3
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AI 848.714 AGR / RS
Matéria infraconstitucional. Reexame de fatos e provas. Súmulas nºs
454 e 279. Art. 1º da Lei de Usura. Taxa de juros. Aplicação. Limite
de 12% ao ano. Ausência de repercussão geral. 1. A jurisprudência
desta Corte é pacífica no sentido da impossibilidade do cabimento do
recurso extraordinário, quando não há ofensa direta à Constituição
Federal. Ademais, verificada a ausência de repercussão geral da
matéria. 2. Reexame de fatos e provas e do próprio contrato para
divergir do decidido pelo acórdão do Tribunal local. Incidência da
Súmulas nºs 459 e 279/STF. 3. Agravo regimental ao qual se nega
provimento” (AI 630.219-AgR/PR, Rel. Min. Dias Toffoli).
Por fim, conforme assentado na decisão agravada, o acórdão
recorrido encontra-se em consonância com o entendimento firmado pelo
Plenário deste Tribunal que, no julgamento da ADI 493/DF, Rel. Min.
Moreira Alves, entendeu que a inconstitucionalidade da aplicação da TR
como índice de atualização monetária é relativa apenas aos contratos
anteriores à Lei 8.177/1991. Nesse sentido, transcrevo as ementas do AI
556.169-AgR/GO, Rel. Min. Sepúlveda Pertence e do AI 162.421-AgR/GO,
Rel. Min. Sidney Sanches:
“EMENTA: 1. Recurso extraordinário: descabimento: falta de
prequestionamento dos dispositivos constitucionais tidos como
violados, exigência que se faz ainda que a violação à Constituição
tenha surgido no acórdão recorrido: incidência das Súmulas 282 e
356. 2. Correção monetária: decidiu o Supremo Tribunal na ADIn
493, Moreira Alves, RTJ 143/724, que a inconstitucionalidade da
aplicação da TR (ou TRD) como índice de indexação é relativa apenas
aos contratos anteriores à L. 8.177/91”.
“DIREITO CONSTITUCIONAL E PROCESSUAL CIVIL.
DÉBITO RURAL: CORREÇÃO MONETÁRIA PELA TR.
RECURSO EXTRAORDINÁRIO: ARTS. 5º, INCISOS II E
XXXVI, E 192, § 3 , DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL.
(SÚMULAS 282 E 356). CLÁUSULA CONTRATUAL (SÚMULA
454). ÍNDICE DE CORREÇÃO MONETÁRIA. AGRAVO. 1. Não
conseguiu a agravante demonstrar o desacerto da decisão que, na
3
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Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AI 848.714 AGR / RS
instância de origem, indeferiu o processamento do R.E., nem o da ora
agravada, que negou seguimento ao agravo de instrumento. 2. Na
verdade, o que sustenta é que o acórdão recorrido ofendeu o disposto
no art. 5º, incisos II e XXXVI, da Constituição Federal (princípio da
legalidade e do ato jurídico perfeito). 3. Sucede que tais temas não
chegaram a ser por este focalizados, o que já inviabiliza o Recurso
Extraordinário, à falta de prequestionamento (Súmulas nºs 282 e
356). 4. Não procedem as alegações da agravante, concernentes a
decisões do Supremo Tribunal Federal, em Ações Diretas de
Inconstitucionalidade, pois ali se tratava de Lei que pretendeu, com a
adoção da T.R., para efeito de correção monetária, atingir contratos
celebrados anteriormente a ela. E isso é que não foi permitido pela
Corte. No caso, porém, o contrato é posterior e há, segundo o acórdão,
cláusula expressa, prevendo a aplicação da T.R., como índice de
correção monetária. E interpretação de cláusula contratual não pode
ser revista por esta Corte em Recurso Extraordinário (Súmula 454). 5.
No que concerne ao § 3º do art. 192 da Constituição Federal, o tema
não foi suscitado no R.E. 6. Por fim, a matéria infraconstitucional
suscitada no Agravo também escapa ao reexame do Supremo Tribunal
Federal (art. 102, III, da Constituição Federal). 7. Agravo improvido”.
Isso posto, nego provimento ao agravo regimental.
4
Supremo Tribunal Federal
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AI 848.714 AGR / RS
instância de origem, indeferiu o processamento do R.E., nem o da ora
agravada, que negou seguimento ao agravo de instrumento. 2. Na
verdade, o que sustenta é que o acórdão recorrido ofendeu o disposto
no art. 5º, incisos II e XXXVI, da Constituição Federal (princípio da
legalidade e do ato jurídico perfeito). 3. Sucede que tais temas não
chegaram a ser por este focalizados, o que já inviabiliza o Recurso
Extraordinário, à falta de prequestionamento (Súmulas nºs 282 e
356). 4. Não procedem as alegações da agravante, concernentes a
decisões do Supremo Tribunal Federal, em Ações Diretas de
Inconstitucionalidade, pois ali se tratava de Lei que pretendeu, com a
adoção da T.R., para efeito de correção monetária, atingir contratos
celebrados anteriormente a ela. E isso é que não foi permitido pela
Corte. No caso, porém, o contrato é posterior e há, segundo o acórdão,
cláusula expressa, prevendo a aplicação da T.R., como índice de
correção monetária. E interpretação de cláusula contratual não pode
ser revista por esta Corte em Recurso Extraordinário (Súmula 454). 5.
No que concerne ao § 3º do art. 192 da Constituição Federal, o tema
não foi suscitado no R.E. 6. Por fim, a matéria infraconstitucional
suscitada no Agravo também escapa ao reexame do Supremo Tribunal
Federal (art. 102, III, da Constituição Federal). 7. Agravo improvido”.
Isso posto, nego provimento ao agravo regimental.
4
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Decisão de Julgamento
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 848.714
PROCED. : RIO GRANDE DO SUL
RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S) : NILDIESEL RETÍFICA DE MOTORES LTDA E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : ÉDISON FREITAS DE SIQUEIRA
AGDO.(A/S) : BANCO DO BRASIL S/A
ADV.(A/S) : JULIO CARLOS BLOIS VAZ
INTDO.(A/S) : BB FINANCEIRA S/A CRÉDITO, FINANCIAMENTO E
INVESTIMENTO
ADV.(A/S) : MARILURDES ALMEIDA
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto do Relator. Ausentes,
justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim
Barbosa. 2ª Turma, 13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra
Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros
Celso de Mello e Joaquim Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
P/ Fabiane Duarte
Secretária
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documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3150180
Supremo Tribunal Federal
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 848.714
PROCED. : RIO GRANDE DO SUL
RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S) : NILDIESEL RETÍFICA DE MOTORES LTDA E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : ÉDISON FREITAS DE SIQUEIRA
AGDO.(A/S) : BANCO DO BRASIL S/A
ADV.(A/S) : JULIO CARLOS BLOIS VAZ
INTDO.(A/S) : BB FINANCEIRA S/A CRÉDITO, FINANCIAMENTO E
INVESTIMENTO
ADV.(A/S) : MARILURDES ALMEIDA
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto do Relator. Ausentes,
justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim
Barbosa. 2ª Turma, 13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra
Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros
Celso de Mello e Joaquim Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
P/ Fabiane Duarte
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3150180
Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 10
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3160982 | 2012-11-13T00:00:00 | 2012-12-05T00:00:00 | A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 13.11.2012. | AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO | Ementa: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. CORREÇÃO MONETÁRIA. ALEGADA VIOLAÇÃO AO ART. 5º, XXXVI, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. OFENSA INDIRETA. INTERPRETAÇÃO DE CLÁUSULA CONTRATUAL. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 454 DO STF. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL IMPROVIDO.
I – A verificação, no caso concreto, da ocorrência, ou não, de violação ao art. 5º, XXXVI, da Constituição Federal situa-se no campo infraconstitucional. A afronta à Constituição, se ocorrente, seria indireta. Precedentes.
II – Para se chegar à conclusão diversa a adotada pelo Juízo a quo, necessário seria o reexame e interpretação de cláusula contratual, o que atrai a incidência da Súmula 454 do STF. Portanto, a ofensa à Constituição, se ocorrente, seria indireta. Precedentes.
III – A inconstitucionalidade da aplicação da TR como índice de atualização monetária é relativa apenas aos contratos anteriores à Lei 8.177/1991. Precedentes.
IV - Agravo regimental improvido. | sjur220725 | - Acórdãos citados:
(MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL, APRECIAÇÃO, RECURSO EXTRAORDINÁRIO)
STF: AI 829605 AgR (1ªT), RE 397237 AgR (2ªT);
(SÚMULA 454)
STF: RE 575575 AgR (2ªT), AI 829893 AgR (1ªT), AI 630219
AgR (1ªT);
(JURISPRUDÊNCIA, CONFORMIDADE)
STF: ADI 493 (TP), AI 556169 AgR (1ªT), AI 162421 AgR
(1ªT).
Número de páginas: 10.
Análise: 18/12/2012, TBC. | RICARDO LEWANDOWSKI | Segunda Turma | 848714 | [
"LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00005 INC-00036 \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n\r\n",
"LEG-FED LEI-008177 ANO-1991\r\n LEI ORDINÁRIA\r\n\r\n",
"LEG-FED SUMSTF-000454 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF"
] | AI-AgR | acordaos | AI 848714 AgR | [
""
] | ADV.(A/S) : ÉDISON FREITAS DE SIQUEIRA
AGDO.(A/S) : BANCO DO BRASIL S/A
ADV.(A/S) : JULIO CARLOS BLOIS VAZ
INTDO.(A/S) : BB FINANCEIRA S/A CRÉDITO, FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO
ADV.(A/S) : MARILURDES ALMEIDA
AGTE.(S) : NILDIESEL RETÍFICA DE MOTORES LTDA E OUTRO(A/S) | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 848 . 714",
"SÚMULA 454 DO STF",
"Súmula 454 do STF",
"AI 848 . 714 AGR /",
"AI 848 . 714 AGR",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 848 . 714",
"AI 848 . 714",
"ADI 493 / DF",
"ADIn 493",
"Súmula 454 do STF",
"Súmula STF 454",
"AI 746 . 435 - AgR / DF",
"AI 848 . 714 AGR",
"ADI 493 / DF",
"AI 556 . 169 - AgR / GO",
"ADIn 493",
"Súmula 454 do STF",
"SÚMULA STF 454",
"Súmula STF 454",
"AI 746 . 435 - AgR / DF",
"AI 848 . 714 AGR / RS",
"AI 848 . 714 AGR / RS",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 848 . 714",
"Súmulas [UNK] 282 e 356 / STF",
"Súmulas [UNK] 279",
"AI 829 . 605 - AgR / SP",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 848 . 714",
"Súmulas [UNK] 282",
"Súmulas [UNK] 279",
"AI 829 . 605 - AgR / SP",
"AI 848 . 714 AGR",
"Súmula STF 279",
"RE 397 . 237 - AgR / MA",
"Súmula 454 do STF",
"SÚMULA 454 DO STF",
"RE 575 . 575 - AgR / DF",
"SÚMULAS N . 279",
"AI 829 . 893 - AgR / RS",
"AI 848 . 714 AGR",
"Súmula STF 279 .",
"RE 397 . 237 - AgR / MA",
"Súmula 454 do STF",
"SÚMULA 454 DO STF",
"RE 575 . 575 - AgR / DF",
"SÚMULAS N . 279",
"AI 829 . 893 - AgR / RS",
"AI 848 . 714 AGR",
"Súmulas [UNK] 459",
"AI 630 . 219 - AgR / PR",
"ADI 493 / DF",
"AI 556 . 169 - AgR / GO",
"AI 162 . 421 - AgR / GO",
"ADIn 493",
"AI 848 . 714 AGR",
"Súmulas",
"Súmulas [UNK] 459 e 279 / STF",
"AI 630 . 219 - AgR / PR",
"ADI 493 / DF",
"AI 556 . 169 - AgR / GO",
"AI 162 . 421 - AgR / GO",
"ADIn 493",
"AI 848 . 714",
"AI 848 . 714 AGR / RS",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 848 . 714",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 848 . 714"
],
"LEGISLACAO": [
"ART . [UNK] , XXXVI , DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL",
"art . [UNK] , XXXVI , da Constituição Federal",
"Constituição",
"Constituição",
"Lei 8 . 177 / 1991",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 102 , III , a , da Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 102 , III , a , da Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei 8 . 177 / 1991",
"Constituição",
"L . 8 . 177 / 91",
"ART . [UNK] DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL",
"Lei 4 . 380 / 64",
"CPC , art . 557 , caput",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei 8 . 177 / 1991",
"Constituição",
"L",
". 8 . 177 / 91",
"ART . [UNK] DA CONSTITUIÇÃO",
"Lei 4 . 380 / 64",
"CPC , art . 557 , caput",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2",
"Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP",
"Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Súmulas",
"Constituição Federal",
"Lei 8 . 177 / 1991",
"Constituição",
"L . 8 . 177 / 91",
"ARTS . [UNK] , INCISOS II E XXXVI , E 192 , § 3 , DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Art . [UNK] da Lei de Usura",
"Constituição Federal",
"Lei 8 . 177 / 1991",
"Constituição",
"L",
". 8 . 177 / 91",
"ARTS . [UNK] , INCISOS II E XXXVI , E 192 , § 3 , DA CONSTITUIÇÃO",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] , incisos II e XXXVI , da Constituição Federal",
"§ [UNK] do art . 192 da Constituição Federal",
"art . 102 , III , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] , incisos II e XXXVI , da Constituição Federal",
"§ [UNK] do art . 192 da Constituição Federal",
"art . 102 , III , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"RIO GRANDE DO SUL",
"Brasília",
"Brasília",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL"
],
"ORGANIZACAO": [
"SEGUNDA TURMA",
"NILDIESEL RETÍFICA DE MOTORES LTDA",
"BANCO DO BRASIL S / A",
"BB FINANCEIRA S / A CRÉDITO , FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"NILDIESEL RETÍFICA DE MOTORES LTDA",
"BANCO DO BRASIL S / A",
"BB FINANCEIRA S / A CRÉDITO , FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"NILDIESEL RETÍFICA DE MOTORES LTDA",
"BANCO DO BRASIL S / A",
"BB FINANCEIRA S / A CRÉDITO",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"/",
"Plenário",
"Supremo Tribunal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Plenário",
"Supremo Tribunal",
"Moreira Alves",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"/",
"RS",
"Plenário",
"Supremo Tribunal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Plenário",
"Supremo Tribunal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"AGR",
"/",
"RS",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"NILDIESEL",
"BANCO DO BRASIL S / A",
"BB FINANCEIRA S / A CRÉDITO , FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"NILDIESEL RETÍFICA DE MOTORES LTDA",
"BANCO DO BRASIL S / A",
"BB FINANCEIRA S / A CRÉDITO , FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"ÉDISON FREITAS DE SIQUEIRA",
"JULIO CARLOS BLOIS VAZ",
"MARILURDES ALMEIDA",
"Ricardo Lewandowski",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Ricardo Lewandowski",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"ÉDISON FREITAS DE SIQUEIRA",
"JULIO CARLOS BLOIS VAZ",
"MARILURDES ALMEIDA",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"ÉDISON FREITAS DE SIQUEIRA",
"JULIO CARLOS BLOIS VAZ",
"MARILURDES ALMEIDA",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Moreira Alves",
"Sepúlveda Pertence",
"Moreira Alves",
"Ellen Gracie",
"Moreira Alves",
"Sepúlveda Pertence",
"Ellen Gracie",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Dias Toffoli",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Dias Toffoli",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Ellen Gracie",
"Ayres Britto",
"Cármen Lúcia",
"Ellen Gracie",
"Ayres Britto",
"Cármen Lúcia",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Dias Toffoli",
"Moreira Alves",
"Sepúlveda Pertence",
"Sidney Sanches",
"Moreira Alves",
"Dias Toffoli",
"Moreira Alves",
"Sepúlveda Pertence",
"Sidney Sanches",
"Moreira Alves",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"ÉDISON FREITAS DE SIQUEIRA",
"JULIO CARLOS BLOIS VAZ",
"MARILURDES ALMEIDA",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos",
"Fabiane Duarte",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"ÉDISON FREITAS DE SIQUEIRA",
"JULIO CARLOS BLOIS VAZ",
"MARILURDES ALMEIDA",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos",
"Fabiane"
],
"TEMPO": [
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"05",
"/",
"12",
"/",
"2012",
"13 de novembro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13 de novembro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
HABEAS CORPUS 111.118 SÃO PAULO
RELATORA
: MIN. CÁRMEN LÚCIA
PACTE.(S)
:BRUNO MONTEIRO FERNANDES DA MATA
IMPTE.(S)
:DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
COATOR(A/S)(ES)
:SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR
EMENTA:
HABEAS CORPUS. CONSTITUCIONAL. PENAL.
FURTO QUALIFICADO. CRIME COMETIDO DENTRO DE
ESTABELECIMENTO MILITAR. ALEGAÇÃO DE INCIDÊNCIA DO
PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA: INVIABILIDADE. NULIDADE DO
PROCEDIMENTO PENAL POR AUSÊNCIA DO EXAME DE CORPO DE
DELITO: INOCORRÊNCIA. POSSIBILIDADE DE SUPRIMENTO DO
EXAME PERICIAL POR OUTROS ELEMENTOS PROBATÓRIOS.
ORDEM DENEGADA.
1. Para a incidência do princípio da insignificância, devem ser
relevados o valor do objeto do crime e os aspectos objetivos do fato, tais
como, a mínima ofensividade da conduta do agente, a ausência de
periculosidade social da ação, o reduzido grau de reprovabilidade do
comportamento e a inexpressividade da lesão jurídica causada.
2. No caso dos autos, o delito foi praticado dentro de
estabelecimento militar, não é de se desconhecer a presença da
ofensividade e da reprovabilidade do comportamento do Paciente.
Precedentes.
3. O valor do bem furtado (R$ 379,00, trezentos e setenta e nove
reais) corresponde a mais de 50% do valor do salário mínimo nacional, à
época do crime (R$ 465,00, quatrocentos e sessenta e cinco reais, Lei n.
11.944/ 2009).
4. O exame de corpo de delito direto pode ser suprido, quando
desaparecidos os vestígios sensíveis da infração penal, por outros
elementos de caráter probatório existentes nos autos do processo-crime,
notadamente os de natureza testemunhal ou documental. Precedentes.
5. Ordem denegada.
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3171827.
Supremo Tribunal Federal
DJe 11/12/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 11
Ementa e Acórdão
HC 111.118 / SP
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do
Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a Presidência do
Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamento e
das notas taquigráficas, por unanimidade, em denegar a ordem, nos
termos do voto da Relatora. Ausentes, justificadamente, os Ministros
Celso de Mello e Joaquim Barbosa.
Brasília, 13 de novembro de 2012.
Ministra CÁRMEN LÚCIA - Relatora
2
Supremo Tribunal Federal
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documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3171827.
Supremo Tribunal Federal
HC 111.118 / SP
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do
Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a Presidência do
Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamento e
das notas taquigráficas, por unanimidade, em denegar a ordem, nos
termos do voto da Relatora. Ausentes, justificadamente, os Ministros
Celso de Mello e Joaquim Barbosa.
Brasília, 13 de novembro de 2012.
Ministra CÁRMEN LÚCIA - Relatora
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 11
Relatório
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
HABEAS CORPUS 111.118 SÃO PAULO
RELATORA
: MIN. CÁRMEN LÚCIA
PACTE.(S)
:BRUNO MONTEIRO FERNANDES DA MATA
IMPTE.(S)
:DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
COATOR(A/S)(ES)
:SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR
R E L A T Ó R I O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora):
1. Habeas corpus, com pedido liminar, impetrado pela DEFENSORIA
PÚBLICA DA UNIÃO em favor de BRUNO MONTEIRO FERNANDES
DA MATA, apontando-se como autoridade coatora o Superior Tribunal
Militar, que negou provimento à Apelação n. 0000050-43.2009.7.02.0202.
2. A Impetrante esclarece ter sido o Paciente denunciado pela prática
de fato tipificado no art. 240, § 4º, c/c, o art. 70, l, do Código Penal Militar,
porque, “durante o serviço de plantão realizado no dia 26.5.2009”, furtou “um
aparelho de telefone celular, estimado em aproximadamente R$ 379,00 (trezentos
e setenta e nove reais)”.
Segundo a denúncia:
“... o 1º Sargente Liberato estava pernoitando entre os dias 25 e
26 de maio de 2009, no referido alojamento, tendo utilizado seu
aparelho celular na madrugada de 26 de maio, por volta da 01h00.
Após essa utilização, o citado sargento colocou o aparelho sobre uma
apostila que se encontrava no chão, ao lado de sua cama. Ao acordar
pela manhã, por volta das 05h20, o sargento Liberato constatou o
desaparecimento do celular e, ato contínuo, comunicou o fato ao 3º
sargento Rogério Costa Caldeira, sargento-de-dia ao BINFA.
Após ser informado da ocorrência, o sargento Caldeira,
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3171828.
Supremo Tribunal Federal
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
HABEAS CORPUS 111.118 SÃO PAULO
RELATORA
: MIN. CÁRMEN LÚCIA
PACTE.(S)
:BRUNO MONTEIRO FERNANDES DA MATA
IMPTE.(S)
:DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
COATOR(A/S)(ES)
:SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR
R E L A T Ó R I O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora):
1. Habeas corpus, com pedido liminar, impetrado pela DEFENSORIA
PÚBLICA DA UNIÃO em favor de BRUNO MONTEIRO FERNANDES
DA MATA, apontando-se como autoridade coatora o Superior Tribunal
Militar, que negou provimento à Apelação n. 0000050-43.2009.7.02.0202.
2. A Impetrante esclarece ter sido o Paciente denunciado pela prática
de fato tipificado no art. 240, § 4º, c/c, o art. 70, l, do Código Penal Militar,
porque, “durante o serviço de plantão realizado no dia 26.5.2009”, furtou “um
aparelho de telefone celular, estimado em aproximadamente R$ 379,00 (trezentos
e setenta e nove reais)”.
Segundo a denúncia:
“... o 1º Sargente Liberato estava pernoitando entre os dias 25 e
26 de maio de 2009, no referido alojamento, tendo utilizado seu
aparelho celular na madrugada de 26 de maio, por volta da 01h00.
Após essa utilização, o citado sargento colocou o aparelho sobre uma
apostila que se encontrava no chão, ao lado de sua cama. Ao acordar
pela manhã, por volta das 05h20, o sargento Liberato constatou o
desaparecimento do celular e, ato contínuo, comunicou o fato ao 3º
sargento Rogério Costa Caldeira, sargento-de-dia ao BINFA.
Após ser informado da ocorrência, o sargento Caldeira,
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Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 11
Relatório
HC 111.118 / SP
juntamente com outros militares de serviço, realizaram uma revista
nas dependências do alojamento e nos pertences dos militares de
serviço, vindo a encontrar o referido aparelho celular na mochila do
ora denunciado.
Ao ser questionado sobre o aparelho encontrado em seu poder, o
denunciado afirmou ser de sua propriedade. Após ser constatado que a
tela do aparelho exibia uma foto do sargento Liberato, o denunciado
alterou a versão apresentada inicialmente, tendo declarado que,
durante o serviço de plantão, no quarto-de-hora iniciado às 02h00,
subtraiu o mencionado aparelho que se encontrava no chão do
alojamento, vindo a guardar o objeto furtado em sua mochila, após ter
retirado a bateria e o chip do celular (fls. 197/198).”
O Conselho Permanente de Justiça condenou o Paciente a dois anos
de reclusão, tendo sido a sentença mantida pelo Superior Tribunal Militar,
que negou provimento ao recurso de apelação interposto pela defesa, nos
termos seguintes:
“APELAÇÃO.
ATIPICIDADE.
PRINCÍPIO
DA
INSIGNIFICÂNCIA.
NÃO
CARACTERIZAÇÃO.
INEXISTÊNCIA DE LAUDO DE AVALIAÇÃO. PROVA DO
VALOR DA ‘RES FURTIVA’ POR OUTROS MEIOS.
INEXISTÊNCIA DE NULIDADE. DESCLASSIFICAÇÃO OU
REDUÇÃO DE PENA PELA DEVOLUÇÃO DO BEM ANTES
DA
DENÚNCIA.
NÃO
CARACTERIZAÇÃO.
MATERIALIDADE E AUTORIA COMPROVADOS. APELO
DESPROVIDO.
A caracterização do princípio da insignificância em crimes
patrimoniais exige que seja ínfimo o valor econômico da res furtiva e
que seja reduzida a reprovabilidade da conduta do agente.
É relevante e reprovável a conduta do militar que, estando em
serviço, durante a noite, subtrai telefone celular de colega de farda que
dormia no alojamento cuja segurança lhe incumbia. Ofensa não só ao
patrimônio do ofendido, mas também a valores cultuados nas Forças
Armadas, como a retidão de caráter, o espírito do corpo e a honra.
Telefone celular com valor estimado em R$ 370,00 não pode ser
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
HC 111.118 / SP
juntamente com outros militares de serviço, realizaram uma revista
nas dependências do alojamento e nos pertences dos militares de
serviço, vindo a encontrar o referido aparelho celular na mochila do
ora denunciado.
Ao ser questionado sobre o aparelho encontrado em seu poder, o
denunciado afirmou ser de sua propriedade. Após ser constatado que a
tela do aparelho exibia uma foto do sargento Liberato, o denunciado
alterou a versão apresentada inicialmente, tendo declarado que,
durante o serviço de plantão, no quarto-de-hora iniciado às 02h00,
subtraiu o mencionado aparelho que se encontrava no chão do
alojamento, vindo a guardar o objeto furtado em sua mochila, após ter
retirado a bateria e o chip do celular (fls. 197/198).”
O Conselho Permanente de Justiça condenou o Paciente a dois anos
de reclusão, tendo sido a sentença mantida pelo Superior Tribunal Militar,
que negou provimento ao recurso de apelação interposto pela defesa, nos
termos seguintes:
“APELAÇÃO.
ATIPICIDADE.
PRINCÍPIO
DA
INSIGNIFICÂNCIA.
NÃO
CARACTERIZAÇÃO.
INEXISTÊNCIA DE LAUDO DE AVALIAÇÃO. PROVA DO
VALOR DA ‘RES FURTIVA’ POR OUTROS MEIOS.
INEXISTÊNCIA DE NULIDADE. DESCLASSIFICAÇÃO OU
REDUÇÃO DE PENA PELA DEVOLUÇÃO DO BEM ANTES
DA
DENÚNCIA.
NÃO
CARACTERIZAÇÃO.
MATERIALIDADE E AUTORIA COMPROVADOS. APELO
DESPROVIDO.
A caracterização do princípio da insignificância em crimes
patrimoniais exige que seja ínfimo o valor econômico da res furtiva e
que seja reduzida a reprovabilidade da conduta do agente.
É relevante e reprovável a conduta do militar que, estando em
serviço, durante a noite, subtrai telefone celular de colega de farda que
dormia no alojamento cuja segurança lhe incumbia. Ofensa não só ao
patrimônio do ofendido, mas também a valores cultuados nas Forças
Armadas, como a retidão de caráter, o espírito do corpo e a honra.
Telefone celular com valor estimado em R$ 370,00 não pode ser
2
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Relatório
HC 111.118 / SP
considerado de valor ínfimo, em especial ao serem levados em conta os
vencimentos do ofendido.
Inexistência nos autos de laudo pericial de avaliação do objeto do
furto não macula a condenação, mormente quando não arguida por
qualquer da partes, operando-se a preclusão. É válida a avaliação da
coisa por outros meios em Direito admitidos, como a pesquisa de
preços feita na fase inquisitiva em perfeita consonância com o valor
informado pelo ofendido.
A atenuação de pena e a desclassificação para transgressão
disciplinar previstas no parágrafo 1° do artigo 240 do CPM exigem,
para sua caracterização, observância a critério objetivo: valor da coisa
menor que um décimo do salário mínimo, portanto incompatível com
o valor do objeto furtado.
A restituição do bem antes do recebimento da denúncia não se
caracteriza quando o objeto é encontrado em revista de armários
efetuada por superior hierárquico com a finalidade de localizar o objeto
do furto, em especial quando o agente tenta ludibriar o superior,
informando ser proprietário da coisa.
Materialidade e autoria suficientemente comprovadas. Cálculo
da pena correto. Inexistência de nulidades processuais. Apelo
desprovido. Sentença Mantida. Decisão unânime”.
3. A Impetrante alega traduzir a condenação imposta ao Paciente
manifesta ilegalidade, quer porque o valor do bem era de reduzida
expressão econômica, justificando-se a aplicação do princípio da
insignificância, como já o fez este Supremo Tribunal em situações
análogas, quer por ser nula a ação penal por não ter sido observado o art.
328 do Código de Processo Penal Militar, que determina a realização de
exame de corpo de delito sempre que “a infração deixar vestígios”.
4. Requer liminar, “para determinar a suspensão dos efeitos do acórdão
proferido pelo Superior Tribunal Militar em desfavor do ora Paciente, bem como
o sobrestamento da execução da ação penal militar 0000050-43.2009.7.02.0202,
até o julgamento final da presente impetração”, e pede a concessão da ordem,
“para determinar o trancamento da ação penal militar, por ausência de justa
3
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considerado de valor ínfimo, em especial ao serem levados em conta os
vencimentos do ofendido.
Inexistência nos autos de laudo pericial de avaliação do objeto do
furto não macula a condenação, mormente quando não arguida por
qualquer da partes, operando-se a preclusão. É válida a avaliação da
coisa por outros meios em Direito admitidos, como a pesquisa de
preços feita na fase inquisitiva em perfeita consonância com o valor
informado pelo ofendido.
A atenuação de pena e a desclassificação para transgressão
disciplinar previstas no parágrafo 1° do artigo 240 do CPM exigem,
para sua caracterização, observância a critério objetivo: valor da coisa
menor que um décimo do salário mínimo, portanto incompatível com
o valor do objeto furtado.
A restituição do bem antes do recebimento da denúncia não se
caracteriza quando o objeto é encontrado em revista de armários
efetuada por superior hierárquico com a finalidade de localizar o objeto
do furto, em especial quando o agente tenta ludibriar o superior,
informando ser proprietário da coisa.
Materialidade e autoria suficientemente comprovadas. Cálculo
da pena correto. Inexistência de nulidades processuais. Apelo
desprovido. Sentença Mantida. Decisão unânime”.
3. A Impetrante alega traduzir a condenação imposta ao Paciente
manifesta ilegalidade, quer porque o valor do bem era de reduzida
expressão econômica, justificando-se a aplicação do princípio da
insignificância, como já o fez este Supremo Tribunal em situações
análogas, quer por ser nula a ação penal por não ter sido observado o art.
328 do Código de Processo Penal Militar, que determina a realização de
exame de corpo de delito sempre que “a infração deixar vestígios”.
4. Requer liminar, “para determinar a suspensão dos efeitos do acórdão
proferido pelo Superior Tribunal Militar em desfavor do ora Paciente, bem como
o sobrestamento da execução da ação penal militar 0000050-43.2009.7.02.0202,
até o julgamento final da presente impetração”, e pede a concessão da ordem,
“para determinar o trancamento da ação penal militar, por ausência de justa
3
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Relatório
HC 111.118 / SP
causa, dada a atipicidade material da conduta, em razão da incidência dos
princípios da insignificância e da irrelevância penal”.
5. Em 16.9.2011, indeferi o pedido de medida liminar e determinei
vista dos autos ao Procurador-Geral da República.
6. A Procuradoria-Geral da República opinou “pela denegação da
ordem”.
É o relatório.
4
Supremo Tribunal Federal
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causa, dada a atipicidade material da conduta, em razão da incidência dos
princípios da insignificância e da irrelevância penal”.
5. Em 16.9.2011, indeferi o pedido de medida liminar e determinei
vista dos autos ao Procurador-Geral da República.
6. A Procuradoria-Geral da República opinou “pela denegação da
ordem”.
É o relatório.
4
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Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
HABEAS CORPUS 111.118 SÃO PAULO
VOTO
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora):
1. Conforme relatado, a Impetrante pede a concessão da ordem
“para determinar o trancamento da ação penal militar, por ausência de justa
causa, dada a atipicidade material da conduta, em razão da incidência dos
princípios da insignificância e da irrelevância penal”, sustentando que a) ao
caso haveria de se aplicar princípio da insignificância porque a conduta
imputada ao Paciente lesaria bem jurídico de pequena relevância, sendo a
atipicidade a medida que se impõe; e b) nulidade da ação penal por
ausência do exame de corpo de delito.
2. Pelo que se tem nos autos, foi subtraído um aparelho celular,
marca Motorola, modelo Razor V3, pertencente ao 1º Sargento Gilberto
Liberato Mendes Júnior, avaliado em R$ 379,00.
3. É consabido que a verificação da tipicidade penal não pode ser
percebida como o exercício abstrato de adequação do fato concreto à
norma jurídica. Além da correspondência formal, a configuração da
tipicidade demandaria uma análise materialmente valorativa das
circunstâncias do caso concreto, para verificar a ocorrência de alguma
lesão grave, contundente e penalmente relevante do bem jurídico
tutelado.
O princípio da insignificância reduz o âmbito de proibição aparente
da tipicidade legal e, por consequência, torna atípico fato na seara penal,
apesar de haver lesão a bem juridicamente tutelado pela norma penal.
4. Ao negar provimento ao recurso de apelação interposto pela
Defesa do Paciente, o Ministro Tenente Brigadeiro do Ar Cleonilson
Nicácio Silva acertadamente ressaltou a materialidade do delito e a
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13/11/2012
SEGUNDA TURMA
HABEAS CORPUS 111.118 SÃO PAULO
VOTO
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora):
1. Conforme relatado, a Impetrante pede a concessão da ordem
“para determinar o trancamento da ação penal militar, por ausência de justa
causa, dada a atipicidade material da conduta, em razão da incidência dos
princípios da insignificância e da irrelevância penal”, sustentando que a) ao
caso haveria de se aplicar princípio da insignificância porque a conduta
imputada ao Paciente lesaria bem jurídico de pequena relevância, sendo a
atipicidade a medida que se impõe; e b) nulidade da ação penal por
ausência do exame de corpo de delito.
2. Pelo que se tem nos autos, foi subtraído um aparelho celular,
marca Motorola, modelo Razor V3, pertencente ao 1º Sargento Gilberto
Liberato Mendes Júnior, avaliado em R$ 379,00.
3. É consabido que a verificação da tipicidade penal não pode ser
percebida como o exercício abstrato de adequação do fato concreto à
norma jurídica. Além da correspondência formal, a configuração da
tipicidade demandaria uma análise materialmente valorativa das
circunstâncias do caso concreto, para verificar a ocorrência de alguma
lesão grave, contundente e penalmente relevante do bem jurídico
tutelado.
O princípio da insignificância reduz o âmbito de proibição aparente
da tipicidade legal e, por consequência, torna atípico fato na seara penal,
apesar de haver lesão a bem juridicamente tutelado pela norma penal.
4. Ao negar provimento ao recurso de apelação interposto pela
Defesa do Paciente, o Ministro Tenente Brigadeiro do Ar Cleonilson
Nicácio Silva acertadamente ressaltou a materialidade do delito e a
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Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
HC 111.118 / SP
circunstância de ter o bem sido subtraído de dentro de um
estabelecimento militar, o que indica a reprovabilidade do
comportamento do Paciente, verbis:
“(...) Materialidade e autoria do delito restaram suficientemente
comprovadas nos autos, consoante se depreende dos depoimentos do
Ofendido, que relatou ter deixado seu telefone celular ao lado da cama
quando foi dormir, não o tendo encontrado ao acordar. No mesmo
sentido estão os depoimentos do graduado que determinou a revista
dos armários dos soldados, encontrando a res furtiva no interior do
armário do Apelante, bem como sua própria confissão, admitindo a
subtração do aparelho do graduado para presentear sua namorada.
Não é o caso de aplicação do princípio da insignificância, ao
contrário do que deseja a Defensoria Pública da União. A
jurisprudência desta Corte é assente em afastar a aplicação de tal
princípio no âmbito da Justiça Militar para casos semelhantes, uma
vez que não só o patrimônio do ofendido é bem jurídico tutelado pelo
Direito Penal Militar, mas também a Hierarquia e a Disciplina das
Forças Armadas, as quais abrangem toda a gama de valores cultuados
na caserna, dentre os quais estão a retidão de caráter, o espírito do
corpo e a honra.
(…)
Demais disso, ainda que fosse aceita a aplicação do princípio da
insignificância nesta Justiça Especializada, o Apelante não poderia ser
por ela beneficiado. Com efeito, suas hipóteses de aplicação são bem
restritas e, no caso em testilha, a conduta do Apelante é muito mais
reprovável que aquelas abarcadas pelo mencionado princípio. O
Apelante abusou da confiança de seu superior hierárquico, pois
cometeu o furto estando de serviço, durante a madrugada, enquanto o
Ofendido dormia e quando se encontrava na condição de garante, pois,
estando na função de rondante, era responsável pela segurança
justamente das instalações onde cometeu o ilícito (...)”.
Essa decisão está em harmonia com a jurisprudência deste Supremo
Tribunal Federal
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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circunstância de ter o bem sido subtraído de dentro de um
estabelecimento militar, o que indica a reprovabilidade do
comportamento do Paciente, verbis:
“(...) Materialidade e autoria do delito restaram suficientemente
comprovadas nos autos, consoante se depreende dos depoimentos do
Ofendido, que relatou ter deixado seu telefone celular ao lado da cama
quando foi dormir, não o tendo encontrado ao acordar. No mesmo
sentido estão os depoimentos do graduado que determinou a revista
dos armários dos soldados, encontrando a res furtiva no interior do
armário do Apelante, bem como sua própria confissão, admitindo a
subtração do aparelho do graduado para presentear sua namorada.
Não é o caso de aplicação do princípio da insignificância, ao
contrário do que deseja a Defensoria Pública da União. A
jurisprudência desta Corte é assente em afastar a aplicação de tal
princípio no âmbito da Justiça Militar para casos semelhantes, uma
vez que não só o patrimônio do ofendido é bem jurídico tutelado pelo
Direito Penal Militar, mas também a Hierarquia e a Disciplina das
Forças Armadas, as quais abrangem toda a gama de valores cultuados
na caserna, dentre os quais estão a retidão de caráter, o espírito do
corpo e a honra.
(…)
Demais disso, ainda que fosse aceita a aplicação do princípio da
insignificância nesta Justiça Especializada, o Apelante não poderia ser
por ela beneficiado. Com efeito, suas hipóteses de aplicação são bem
restritas e, no caso em testilha, a conduta do Apelante é muito mais
reprovável que aquelas abarcadas pelo mencionado princípio. O
Apelante abusou da confiança de seu superior hierárquico, pois
cometeu o furto estando de serviço, durante a madrugada, enquanto o
Ofendido dormia e quando se encontrava na condição de garante, pois,
estando na função de rondante, era responsável pela segurança
justamente das instalações onde cometeu o ilícito (...)”.
Essa decisão está em harmonia com a jurisprudência deste Supremo
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 11
Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
HC 111.118 / SP
“Habeas corpus. 2. Militar. Furto de combustível de viatura
policial. 3. Ausência de um dos vetores considerados para aplicação do
princípio da insignificância: o reduzido grau de reprovabilidade do
comportamento. 4. Ordem denegada” (HC 113.986, Rel. Min.
Gilmar Mendes, DJ 3.10.2012); e
“EMENTA:
HABEAS CORPUS. PENAL MILITAR.
PACIENTE CONDENADO PELO CRIME DE FURTO.
ABSOLVIÇÃO.
PRINCÍPIO
DA
INSIGNIFICÂNCIA.
INAPLICABILIDADE.
RAZOÁVEL
GRAU
DE
REPROVABILIDADE
DA
CONDUTA.
FURTO
INSIGNIFICANTE. FURTO PRIVILEGIADO. DISTINÇÃO.
ORDEM DENEGADA. I – A aplicação do princípio da
insignificância de modo a tornar a conduta atípica exige, além da
pequena expressão econômica dos bens que foram objeto de subtração,
um reduzido grau de reprovabilidade da conduta do agente. II – É
relevante e reprovável a conduta de um militar que, em serviço, furta
bem de um colega de farda, demonstrando desrespeito às leis e às
instituições de seu País. III – No caso em espécie, o bem subtraído era
de suma importância para a vítima, que conforme restou demonstrado
nos autos seria utilizado para atender urgente necessidade de seu
filho. IV – Convém distinguir, ainda, a figura do furto insignificante
daquele de pequeno valor. O primeiro, como é cediço, autoriza o
reconhecimento da atipicidade da conduta, ante a aplicação do
princípio da insignificância. No que tange à coisa de pequeno valor,
criou o legislador a causa de diminuição referente ao furto atenuado,
prevista no art. 240, § 1º, do Código Penal Militar, que foi
corretamente aplicada na sentença condenatória. V – Ordem
denegada” (HC 105.201, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, DJ
23.11.2010).
5. Ademais, como bem pontuou a Procuradoria-Geral da República,
em seu parecer, “não tem relevância a alegação de falta de perícia”, pois a) a
“questão atingida pela preclusão”; b) a “vítima declarou que adquirira o telefone
por R$ 370,00”; c) “a pesquisa de preços realizada na fase do inquérito apurou
que um aparelho do mesmo tipo custaria R$ 379,00”; e d) “[a]lém desses valores
3
Supremo Tribunal Federal
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“Habeas corpus. 2. Militar. Furto de combustível de viatura
policial. 3. Ausência de um dos vetores considerados para aplicação do
princípio da insignificância: o reduzido grau de reprovabilidade do
comportamento. 4. Ordem denegada” (HC 113.986, Rel. Min.
Gilmar Mendes, DJ 3.10.2012); e
“EMENTA:
HABEAS CORPUS. PENAL MILITAR.
PACIENTE CONDENADO PELO CRIME DE FURTO.
ABSOLVIÇÃO.
PRINCÍPIO
DA
INSIGNIFICÂNCIA.
INAPLICABILIDADE.
RAZOÁVEL
GRAU
DE
REPROVABILIDADE
DA
CONDUTA.
FURTO
INSIGNIFICANTE. FURTO PRIVILEGIADO. DISTINÇÃO.
ORDEM DENEGADA. I – A aplicação do princípio da
insignificância de modo a tornar a conduta atípica exige, além da
pequena expressão econômica dos bens que foram objeto de subtração,
um reduzido grau de reprovabilidade da conduta do agente. II – É
relevante e reprovável a conduta de um militar que, em serviço, furta
bem de um colega de farda, demonstrando desrespeito às leis e às
instituições de seu País. III – No caso em espécie, o bem subtraído era
de suma importância para a vítima, que conforme restou demonstrado
nos autos seria utilizado para atender urgente necessidade de seu
filho. IV – Convém distinguir, ainda, a figura do furto insignificante
daquele de pequeno valor. O primeiro, como é cediço, autoriza o
reconhecimento da atipicidade da conduta, ante a aplicação do
princípio da insignificância. No que tange à coisa de pequeno valor,
criou o legislador a causa de diminuição referente ao furto atenuado,
prevista no art. 240, § 1º, do Código Penal Militar, que foi
corretamente aplicada na sentença condenatória. V – Ordem
denegada” (HC 105.201, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, DJ
23.11.2010).
5. Ademais, como bem pontuou a Procuradoria-Geral da República,
em seu parecer, “não tem relevância a alegação de falta de perícia”, pois a) a
“questão atingida pela preclusão”; b) a “vítima declarou que adquirira o telefone
por R$ 370,00”; c) “a pesquisa de preços realizada na fase do inquérito apurou
que um aparelho do mesmo tipo custaria R$ 379,00”; e d) “[a]lém desses valores
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Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
HC 111.118 / SP
serem compatíveis com os preços do mercado, nada foi questionado pela defesa
durante a instrução”.
Nesse sentido, a jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal:
“’HABEAS CORPUS’ - ALEGADA NULIDADE DO
PROCEDIMENTO PENAL POR AUSÊNCIA DO EXAME DE
CORPO DE DELITO - INOCORRÊNCIA – POSSIBILIDADE DE
SUPRIMENTO DO EXAME PERICIAL POR OUTROS
ELEMENTOS PROBATÓRIOS - PEDIDO INDEFERIDO. - O
exame de corpo de delito direto pode ser suprido, quando desaparecidos
os vestígios sensíveis da infração penal, por outros elementos de
caráter probatório existentes nos autos da ‘persecutio criminis’,
notadamente os de natureza testemunhal ou documental. Os
postulados da verdade real, do livre convencimento do magistrado e da
inexistência de hierarquia legal em matéria probatória admitem e
legitimam - consoante orientação jurisprudencial firmada pela
Suprema Corte - a utilização da prova testemunhal, da prova
documental e, até mesmo, da confissão do próprio réu, como elementos
hábeis ao válido suprimento da ausência do exame pericial de corpo de
delito. Precedentes: RTJ 84/425 - 89/109 - 103/1040 - 112/167. O
magistrado sentenciante pode, em consequência - e desde que não mais
subsistam os vestígios materiais da infração penal - recorrer, para
efeito de prolação de seu ato decisório, a outros meios de convicção,
não obstante a ausência do exame pericial. A falta do laudo pericial
não deve conduzir, necessariamente, à decretação da nulidade do
processo. Ante a inexistência ou insuficiência dos elementos
probatórios, deve, o juiz, como ordinário efeito consequencial, proferir
o ‘non liquet’” (HC 69.174, Rel. Min. Celso de Mello, DJ
14.8.1992).
6. Pelo exposto, encaminho a votação no sentido de denegar a
ordem.
4
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serem compatíveis com os preços do mercado, nada foi questionado pela defesa
durante a instrução”.
Nesse sentido, a jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal:
“’HABEAS CORPUS’ - ALEGADA NULIDADE DO
PROCEDIMENTO PENAL POR AUSÊNCIA DO EXAME DE
CORPO DE DELITO - INOCORRÊNCIA – POSSIBILIDADE DE
SUPRIMENTO DO EXAME PERICIAL POR OUTROS
ELEMENTOS PROBATÓRIOS - PEDIDO INDEFERIDO. - O
exame de corpo de delito direto pode ser suprido, quando desaparecidos
os vestígios sensíveis da infração penal, por outros elementos de
caráter probatório existentes nos autos da ‘persecutio criminis’,
notadamente os de natureza testemunhal ou documental. Os
postulados da verdade real, do livre convencimento do magistrado e da
inexistência de hierarquia legal em matéria probatória admitem e
legitimam - consoante orientação jurisprudencial firmada pela
Suprema Corte - a utilização da prova testemunhal, da prova
documental e, até mesmo, da confissão do próprio réu, como elementos
hábeis ao válido suprimento da ausência do exame pericial de corpo de
delito. Precedentes: RTJ 84/425 - 89/109 - 103/1040 - 112/167. O
magistrado sentenciante pode, em consequência - e desde que não mais
subsistam os vestígios materiais da infração penal - recorrer, para
efeito de prolação de seu ato decisório, a outros meios de convicção,
não obstante a ausência do exame pericial. A falta do laudo pericial
não deve conduzir, necessariamente, à decretação da nulidade do
processo. Ante a inexistência ou insuficiência dos elementos
probatórios, deve, o juiz, como ordinário efeito consequencial, proferir
o ‘non liquet’” (HC 69.174, Rel. Min. Celso de Mello, DJ
14.8.1992).
6. Pelo exposto, encaminho a votação no sentido de denegar a
ordem.
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Decisão de Julgamento
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
HABEAS CORPUS 111.118
PROCED. : SÃO PAULO
RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA
PACTE.(S) : BRUNO MONTEIRO FERNANDES DA MATA
IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR
Decisão: A Turma, por unanimidade, denegou a ordem, nos termos
do voto da Relatora. Ausentes, justificadamente, os Senhores
Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra
Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros
Celso de Mello e Joaquim Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
P/ Fabiane Duarte
Secretária
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SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
HABEAS CORPUS 111.118
PROCED. : SÃO PAULO
RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA
PACTE.(S) : BRUNO MONTEIRO FERNANDES DA MATA
IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR
Decisão: A Turma, por unanimidade, denegou a ordem, nos termos
do voto da Relatora. Ausentes, justificadamente, os Senhores
Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra
Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros
Celso de Mello e Joaquim Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
P/ Fabiane Duarte
Secretária
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 11
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3177172 | 2012-11-13T00:00:00 | 2012-12-11T00:00:00 | A Turma, por unanimidade, denegou a ordem, nos termos do voto da Relatora. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 13.11.2012. | HABEAS CORPUS | EMENTA: HABEAS CORPUS. CONSTITUCIONAL. PENAL. FURTO QUALIFICADO. CRIME COMETIDO DENTRO DE ESTABELECIMENTO MILITAR. ALEGAÇÃO DE INCIDÊNCIA DO PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA: INVIABILIDADE. NULIDADE DO PROCEDIMENTO PENAL POR AUSÊNCIA DO EXAME DE CORPO DE DELITO: INOCORRÊNCIA. POSSIBILIDADE DE SUPRIMENTO DO EXAME PERICIAL POR OUTROS ELEMENTOS PROBATÓRIOS. ORDEM DENEGADA.
1. Para a incidência do princípio da insignificância, devem ser relevados o valor do objeto do crime e os aspectos objetivos do fato, tais como, a mínima ofensividade da conduta do agente, a ausência de periculosidade social da ação, o reduzido grau de reprovabilidade do comportamento e a inexpressividade da lesão jurídica causada.
2. No caso dos autos, o delito foi praticado dentro de estabelecimento militar, não é de se desconhecer a presença da ofensividade e da reprovabilidade do comportamento do Paciente. Precedentes.
3. O valor do bem furtado (R$ 379,00, trezentos e setenta e nove reais) corresponde a mais de 50% do valor do salário mínimo nacional, à época do crime (R$ 465,00, quatrocentos e sessenta e cinco reais, Lei n. 11.944/ 2009).
4. O exame de corpo de delito direto pode ser suprido, quando desaparecidos os vestígios sensíveis da infração penal, por outros elementos de caráter probatório existentes nos autos do processo-crime, notadamente os de natureza testemunhal ou documental. Precedentes.
5. Ordem denegada. | sjur221293 | - Acórdão(s) citado(s):
(PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA, FURTO, ESTABELECIMENTO MILITAR)
STF: HC 105201 (1ªT).
(AUSÊNCIA, EXAME DE CORPO DE DELITO DIRETO)
STF: HC 69174 (1ªT).
- Veja Apelação 0000050-43.2009.7.02.0202 do STM.
Número de páginas: 11.
Análise: 22/01/2013, IMC.
Revisão: 29/01/2013, MMR. | CÁRMEN LÚCIA | Segunda Turma | 111118 | [
"LEG-FED LEI-011944 ANO-2009\r\n LEI ORDINÁRIA"
] | HC | acordaos | HC 111118 | [
""
] | PACTE.(S) : BRUNO MONTEIRO FERNANDES DA MATA
IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"HABEAS CORPUS 111 . 118",
"HC 111 . 118 / SP",
"HC 111 . 118 / SP",
"HABEAS CORPUS 111 . 118 SÃO",
"Apelação n . 0000050 - 43 . 2009 . 7 . 02 . 0202",
"HABEAS CORPUS 111 . 118 SÃO",
"Apelação n . 0000050 - 43 . 2009 . 7 . 02 . 0202",
"HC 111 . 118 / SP",
"HC 111 . 118 / SP",
"HC 111 . 118 / SP",
"HC 111 . 118 / SP",
"43 .",
"2009 .",
"7",
".",
"02",
".",
"0202",
"HC 111 . 118 / SP",
"HC 111 . 118 / SP",
"HABEAS CORPUS 111 . 118 SÃO",
"HABEAS CORPUS 111 . 118 SÃO",
"HC 111 . 118 / SP",
"HC 111 . 118 / SP",
"HC 111 . 118 / SP",
"HC 113 . 986",
"HC 105 . 201",
"HC 111 . 118 / SP",
"HC 113 . 986",
"HC 105 . 201",
"HC 111 . 118 / SP",
"RTJ 84 / 425 - 89 / 109",
"HC 69 . 174",
"HC 111 . 118 / SP",
"RTJ 84 / 425 - 89 / 109",
"HC 69 . 174",
"HABEAS CORPUS 111 . 118",
"HABEAS CORPUS 111 . 118"
],
"LEGISLACAO": [
"Lei n . 11 . 944 / 2009",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 240 , § [UNK] , c / c , o art . 70 , l , do Código Penal Militar",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 240 , § [UNK] , c / c , o art . 70 , l , do Código Penal Militar",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"parágrafo 1° do artigo 240 do CPM",
"art . 328 do Código de Processo Penal Militar",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"parágrafo 1° do artigo 240 do CPM",
"art . 328 do Código de Processo Penal Militar",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 240 , § [UNK] , do Código Penal Militar",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 240 , § [UNK] , do Código Penal Militar",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"SÃO PAULO",
"Brasília",
"Brasília",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO"
],
"ORGANIZACAO": [
"SEGUNDA TURMA",
"DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO",
"SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO",
"SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR",
"DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO",
"Superior Tribunal Militar",
"BINFA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO",
"SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR",
"DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO",
"Superior Tribunal Militar",
"BINFA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Conselho Permanente de Justiça",
"Superior Tribunal Militar",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Conselho Permanente de Justiça",
"Superior Tribunal Militar",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal",
"Superior Tribunal Militar",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal",
"Superior Tribunal Militar",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Procuradoria",
"-",
"Geral da República",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Procuradoria",
"-",
"Geral da República",
"Supremo Tribunal Federal",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"Motorola",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"Motorola",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Defensoria Pública da União",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Defensoria Pública da União",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Procuradoria",
"-",
"Geral da República",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Procuradoria",
"-",
"Geral da República",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Suprema Corte",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Suprema Corte",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO",
"SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO",
"SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"LÚCIA",
"BRUNO MONTEIRO FERNANDES DA MATA",
"Ricardo Lewandowski",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"CÁRMEN LÚCIA",
"Ricardo Lewandowski",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"BRUNO MONTEIRO FERNANDES DA MATA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"BRUNO MONTEIRO FERNANDES DA MATA",
"Liberato",
"Liberato",
"Rogério Costa Caldeira",
"Caldeira",
"CÁRMEN LÚCIA",
"BRUNO MONTEIRO FERNANDES DA MATA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"BRUNO MONTEIRO FERNANDES DA MATA",
"Liberato",
"Liberato",
"Rogério Costa Caldeira",
"Caldeira",
"Liberato",
"Liberato",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"Gilberto Liberato Mendes Júnior",
"Cleonilson Nicácio Silva",
"CÁRMEN LÚCIA",
"Gilberto Liberato Mendes Júnior",
"Cleonilson Nicácio Silva",
"CÁRMEN LÚCIA",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"CÁRMEN LÚCIA",
"Celso de Mello",
"Celso de Mello",
"CÁRMEN LÚCIA",
"BRUNO MONTEIRO FERNANDES DA MATA",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos",
"Fabiane",
"CÁRMEN LÚCIA",
"BRUNO MONTEIRO FERNANDES DA MATA",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos",
"Fabiane Duarte"
],
"TEMPO": [
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2012",
"13 de novembro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13 de novembro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"26",
".",
"5",
".",
"2009",
"25",
"26 de maio de 2009",
"26 de maio",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"26",
".",
"5",
".",
"2009",
"25",
"26 de maio de 2009",
"26 de maio",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"16",
".",
"9",
".",
"2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"16",
".",
"9",
".",
"2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"3",
".",
"10",
".",
"2012",
"23",
".",
"11",
".",
"2010",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"3",
".",
"10",
".",
"2012",
"23",
".",
"11",
".",
"2010",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"14",
".",
"8",
".",
"1992",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"14",
".",
"8",
".",
"1992",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
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".",
"11",
".",
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"/",
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"/",
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".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 702.406
ESPÍRITO SANTO
RELATOR
: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S)
:ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO ESPÍRITO
SANTO
AGDO.(A/S)
:LUIZ CARLOS DE SOUZA
ADV.(A/S)
:LUIZ
ALFREDO
DE
SOUZA
E
MELLO
E
OUTRO(A/S)
EMENTA:
AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR
PÚBLICO. DELEGADO DE POLÍCIA. INCORPORAÇÃO DE
GRATIFICAÇÃO DE CHEFIA. NATUREZA JURÍDICA DE
VENCIMENTO. LEIS COMPLEMENTARES ESTADUAIS 3.400/1981,
4/1990 E 57/1994. INTERPRETAÇÃO DA LEGISLAÇÃO
INFRACONSTITUCIONAL LOCAL. SÚMULA 280 DO STF. OFENSA
INDIRETA. AGRAVO IMPROVIDO.
I – É inadmissível o recurso extraordinário quando sua análise
implica rever a interpretação de normas infraconstitucionais locais que
fundamentam a decisão a quo. A afronta à Constituição, se ocorrente, seria
apenas indireta. Incidência da Súmula 280 desta Corte. Precedentes.
II – Agravo regimental improvido.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do
Senhor Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de
julgamentos e das notas taquigráficas, por unanimidade, negar
provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator.
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
DJe 06/12/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 6
Ementa e Acórdão
ARE 702.406 AGR / ES
Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e
Joaquim Barbosa.
Brasília, 13 de novembro de 2012.
RICARDO LEWANDOWSKI – PRESIDENTE E RELATOR
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
ARE 702.406 AGR / ES
Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e
Joaquim Barbosa.
Brasília, 13 de novembro de 2012.
RICARDO LEWANDOWSKI – PRESIDENTE E RELATOR
2
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 6
Relatório
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 702.406
ESPÍRITO SANTO
RELATOR
: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S)
:ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO ESPÍRITO
SANTO
AGDO.(A/S)
:LUIZ CARLOS DE SOUZA
ADV.(A/S)
:LUIZ
ALFREDO
DE
SOUZA
E
MELLO
E
OUTRO(A/S)
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Trata-se de
agravo regimental interposto contra decisão que negou seguimento ao
agravo. Eis o teor da decisão impugnada:
“Trata-se de agravo contra decisão que negou seguimento a
recurso extraordinário interposto de acórdão, cuja ementa segue
transcrita, no que importa:
'REMESSA NECESSÁRIA E APELAÇÃO CÍVEL –
DELEGADO DA POLÍCIA CIVIL DO ESTADO –
GRATIFICAÇÃO DE CHEFIA – RUBRICA 23 –
INCORPORAÇÃO DE TAL BENEFÍCIO – RECONHECIDO
CARÁTER REMUNERATÓRIO E NATUREZA JURÍDICA
DE VENCIMENTO – INOCORRE VIOLAÇÃO AO ART. 37,
XIV, da CF/88. - TAL DISPOSITIVO SOMENTE SE APLICA
AOS ACRÉSCIMOS PECUNIÁRIOS, ENTENDIDOS
COMO
GRATIFICAÇÕES,
ADICIONAIS
E
INDENIZAÇÕES (...)'.
No RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se
violação ao art. 37, V, X e XIV, da mesma Carta.
O agravo não merece acolhida. Para se chegar à conclusão
contrária à adotada pelo acórdão recorrido, necessária seria a análise
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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13/11/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 702.406
ESPÍRITO SANTO
RELATOR
: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S)
:ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO ESPÍRITO
SANTO
AGDO.(A/S)
:LUIZ CARLOS DE SOUZA
ADV.(A/S)
:LUIZ
ALFREDO
DE
SOUZA
E
MELLO
E
OUTRO(A/S)
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Trata-se de
agravo regimental interposto contra decisão que negou seguimento ao
agravo. Eis o teor da decisão impugnada:
“Trata-se de agravo contra decisão que negou seguimento a
recurso extraordinário interposto de acórdão, cuja ementa segue
transcrita, no que importa:
'REMESSA NECESSÁRIA E APELAÇÃO CÍVEL –
DELEGADO DA POLÍCIA CIVIL DO ESTADO –
GRATIFICAÇÃO DE CHEFIA – RUBRICA 23 –
INCORPORAÇÃO DE TAL BENEFÍCIO – RECONHECIDO
CARÁTER REMUNERATÓRIO E NATUREZA JURÍDICA
DE VENCIMENTO – INOCORRE VIOLAÇÃO AO ART. 37,
XIV, da CF/88. - TAL DISPOSITIVO SOMENTE SE APLICA
AOS ACRÉSCIMOS PECUNIÁRIOS, ENTENDIDOS
COMO
GRATIFICAÇÕES,
ADICIONAIS
E
INDENIZAÇÕES (...)'.
No RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se
violação ao art. 37, V, X e XIV, da mesma Carta.
O agravo não merece acolhida. Para se chegar à conclusão
contrária à adotada pelo acórdão recorrido, necessária seria a análise
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Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 6
Relatório
ARE 702.406 AGR / ES
de normas infraconstitucionais locais (Leis Complementares
3.400/1981 e 4/1990 do Estado do Espírito Santo), o que atrai a
incidência da Súmula 280 do STF. Nesse sentido:
'AGRAVO DE INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO.
SERVIDOR PÚBLICO: DELEGADO DE POLÍCIA.
INCORPORAÇÃO DE GRATIFICAÇÃO. 1) AUSÊNCIA DE
CONTRARIEDADE AO ART. 93, INC. IX, DA
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. 2) AUSÊNCIA DE
AFRONTA AO ART. 97 DA CONSTITUIÇÃO. 3)
IMPOSSIBILIDADE DE ANÁLISE DE LEGISLAÇÃO
INFRACONSTITUCIONAL. SÚMULA N. 280 DO
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO AO QUAL SE
NEGA SEGUIMENTO' (AI 850.863/ES, Rel. Min. Cármen
Lúcia).
Isso posto, nego seguimento ao recurso (CPC, art. 557, caput)”.
O agravante sustenta, em suma, que a decisão agravada deve ser
reformada, ao argumento de que
“não se diga que para chegar ao exame da ofensa à Constituição
faz-se necessário o exame de norma local. É que, no caso concreto, a
questão foi debatida no TJES sobre o prisma constitucional, resultando
o acórdão recorrido do debate em torno dos artigos 37, caput e 40, §§
2º e 3º da Constituição Federal”.
É o relatório.
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3101362.
Supremo Tribunal Federal
ARE 702.406 AGR / ES
de normas infraconstitucionais locais (Leis Complementares
3.400/1981 e 4/1990 do Estado do Espírito Santo), o que atrai a
incidência da Súmula 280 do STF. Nesse sentido:
'AGRAVO DE INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO.
SERVIDOR PÚBLICO: DELEGADO DE POLÍCIA.
INCORPORAÇÃO DE GRATIFICAÇÃO. 1) AUSÊNCIA DE
CONTRARIEDADE AO ART. 93, INC. IX, DA
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. 2) AUSÊNCIA DE
AFRONTA AO ART. 97 DA CONSTITUIÇÃO. 3)
IMPOSSIBILIDADE DE ANÁLISE DE LEGISLAÇÃO
INFRACONSTITUCIONAL. SÚMULA N. 280 DO
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO AO QUAL SE
NEGA SEGUIMENTO' (AI 850.863/ES, Rel. Min. Cármen
Lúcia).
Isso posto, nego seguimento ao recurso (CPC, art. 557, caput)”.
O agravante sustenta, em suma, que a decisão agravada deve ser
reformada, ao argumento de que
“não se diga que para chegar ao exame da ofensa à Constituição
faz-se necessário o exame de norma local. É que, no caso concreto, a
questão foi debatida no TJES sobre o prisma constitucional, resultando
o acórdão recorrido do debate em torno dos artigos 37, caput e 40, §§
2º e 3º da Constituição Federal”.
É o relatório.
2
Supremo Tribunal Federal
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Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 702.406
ESPÍRITO SANTO
V O T O
O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Bem
reexaminada a questão, verifica-se que a decisão ora atacada não merece
reforma, visto que o recorrente não aduz novos argumentos capazes de
afastar as razões nela expendidas.
Consoante asseverado na decisão agravada, o exame da alegada
ofensa à Lei Maior demanda a prévia análise da legislação
infraconstitucional local (Leis Complementares estaduais 3.400/1981,
4/1990 e 57/1994) e, por isso, a afronta à Constituição, se ocorrente, seria
apenas indireta, o que inviabiliza o apelo extremo, a teor da Súmula 280
do STF. Nesse sentido, destaco o julgamento do ARE 682.281-ED/ES, Rel.
Min. Cármen Lúcia, cuja ementa transcrevo a seguir:
“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. CONVERSÃO EM
AGRAVO REGIMENTAL. ADMINISTRATIVO. DELEGADO DE
POLÍCIA. INCORPORAÇÃO DE GRATIFICAÇÃO DE CHEFIA.
1. Admissibilidade de recurso de competência de Tribunal diverso:
Inexistência de repercussão geral. Matéria infraconstitucional. 2.
Análise de norma local. Incidência da Súmula n. 280 do Supremo
Tribunal Federal. 3. Agravo regimental ao qual se nega provimento”.
Com a mesma orientação, indico, ainda, as seguintes decisões, entre
outras: RE 658.121/DF, AI 852.630/ES e AI 809.617-AgR/BA, Rel. Min.
Cármen Lúcia; AI 852.619-AgR/ES e AI 840.135/ES, Rel. Min. Luiz Fux; RE
599.044-AgR/PE, Rel. Min. Ayres Britto; AI 752.671-AgR/RS, Rel. Min.
Ellen Gracie; ARE 710.045/ES, de minha relatoria.
Isso posto, nego provimento ao agravo regimental.
Supremo Tribunal Federal
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13/11/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 702.406
ESPÍRITO SANTO
V O T O
O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Bem
reexaminada a questão, verifica-se que a decisão ora atacada não merece
reforma, visto que o recorrente não aduz novos argumentos capazes de
afastar as razões nela expendidas.
Consoante asseverado na decisão agravada, o exame da alegada
ofensa à Lei Maior demanda a prévia análise da legislação
infraconstitucional local (Leis Complementares estaduais 3.400/1981,
4/1990 e 57/1994) e, por isso, a afronta à Constituição, se ocorrente, seria
apenas indireta, o que inviabiliza o apelo extremo, a teor da Súmula 280
do STF. Nesse sentido, destaco o julgamento do ARE 682.281-ED/ES, Rel.
Min. Cármen Lúcia, cuja ementa transcrevo a seguir:
“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. CONVERSÃO EM
AGRAVO REGIMENTAL. ADMINISTRATIVO. DELEGADO DE
POLÍCIA. INCORPORAÇÃO DE GRATIFICAÇÃO DE CHEFIA.
1. Admissibilidade de recurso de competência de Tribunal diverso:
Inexistência de repercussão geral. Matéria infraconstitucional. 2.
Análise de norma local. Incidência da Súmula n. 280 do Supremo
Tribunal Federal. 3. Agravo regimental ao qual se nega provimento”.
Com a mesma orientação, indico, ainda, as seguintes decisões, entre
outras: RE 658.121/DF, AI 852.630/ES e AI 809.617-AgR/BA, Rel. Min.
Cármen Lúcia; AI 852.619-AgR/ES e AI 840.135/ES, Rel. Min. Luiz Fux; RE
599.044-AgR/PE, Rel. Min. Ayres Britto; AI 752.671-AgR/RS, Rel. Min.
Ellen Gracie; ARE 710.045/ES, de minha relatoria.
Isso posto, nego provimento ao agravo regimental.
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Decisão de Julgamento
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 702.406
PROCED. : ESPÍRITO SANTO
RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S) : ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
AGDO.(A/S) : LUIZ CARLOS DE SOUZA
ADV.(A/S) : LUIZ ALFREDO DE SOUZA E MELLO E OUTRO(A/S)
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto do Relator. Ausentes,
justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim
Barbosa. 2ª Turma, 13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra
Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros
Celso de Mello e Joaquim Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
P/ Fabiane Duarte
Secretária
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Supremo Tribunal Federal
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 702.406
PROCED. : ESPÍRITO SANTO
RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S) : ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
AGDO.(A/S) : LUIZ CARLOS DE SOUZA
ADV.(A/S) : LUIZ ALFREDO DE SOUZA E MELLO E OUTRO(A/S)
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto do Relator. Ausentes,
justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim
Barbosa. 2ª Turma, 13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra
Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros
Celso de Mello e Joaquim Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
P/ Fabiane Duarte
Secretária
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 6
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3163635 | 2012-11-13T00:00:00 | 2012-12-06T00:00:00 | A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 13.11.2012. | AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO | Ementa: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. DELEGADO DE POLÍCIA. INCORPORAÇÃO DE GRATIFICAÇÃO DE CHEFIA. NATUREZA JURÍDICA DE VENCIMENTO. LEIS COMPLEMENTARES ESTADUAIS 3.400/1981, 4/1990 E 57/1994. INTERPRETAÇÃO DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL LOCAL. SÚMULA 280 DO STF. OFENSA INDIRETA. AGRAVO IMPROVIDO.
I – É inadmissível o recurso extraordinário quando sua análise implica rever a interpretação de normas infraconstitucionais locais que fundamentam a decisão a quo. A afronta à Constituição, se ocorrente, seria apenas indireta. Incidência da Súmula 280 desta Corte. Precedentes.
II – Agravo regimental improvido. | sjur220885 | - Acórdãos citados:
(SÚMULA 280)
STF: AI 809617 AgR (1ªT), AI 852619 AgR (1ªT), RE 599044
AgR (2ªT), AI 752671 AgR (2ªT), ARE 710045 (2ªT).
- Decisões monocráticas citadas:
(SÚMULA 280)
STF: RE 658121, AI 852630, AI 840135.
Número de páginas: 6.
Análise: 17/12/2012, TBC. | RICARDO LEWANDOWSKI | Segunda Turma | 702406 | [
"LEG-FED SUMSTF-000280 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\r\n\r\n",
"LEG-EST LCP-003400 ANO-1981\r\n LEI COMPLEMENTAR, ES\r\n\r\n",
"LEG-EST LCP-000004 ANO-1990\r\n LEI COMPLEMENTAR, ES\r\n\r\n",
"LEG-EST LCP-000057 ANO-1994\r\n LEI COMPLEMENTAR, ES"
] | ARE-AgR | acordaos | ARE 702406 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
AGDO.(A/S) : LUIZ CARLOS DE SOUZA
ADV.(A/S) : LUIZ ALFREDO DE SOUZA E MELLO E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : JOSÉ ALEXANDRE BUAIZ FILHO | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO",
"SÚMULA 280 DO STF",
"ARE 702 . 406 AGR",
"ARE 702 . 406 AGR /",
"ARE 702 . 406 AGR / ES",
"Súmula 280 do STF",
"AI 850 . 863 / ES",
"ARE 702 . 406 AGR / ES",
"Súmula 280 do STF",
"SÚMULA N . 280 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL",
"AI 850 . 863 / ES",
"AGRAVO 702 . 406",
"Súmula 280 do STF",
"ARE 682 . 281 - ED / ES",
"Súmula n . 280 do Supremo Tribunal Federal",
"RE 658 . 121 / DF",
"AI 852 . 630 / ES",
"AI 809 . 617 - AgR / BA",
"AI 852 . 619 - AgR / ES",
"AI 840 . 135 / ES",
"RE 599 . 044 - AgR / PE",
"AI 752 . 671 - AgR / RS",
"ARE 710 . 045 / ES",
"Súmula 280 do STF",
"ARE 682 . 281 - ED / ES",
"Súmula n . 280 do Supremo Tribunal Federal",
"RE 658 . 121 / DF",
"AI 852 . 630 / ES",
"AI 809 . 617 - AgR / BA",
"AI 852 . 619 - AgR / ES",
"AI 840 . 135 / ES",
"RE 599 . 044 - AgR / PE",
"AI 752",
".",
"671",
"-",
"AgR",
"/",
"RS",
"ARE 710 . 045 / ES",
"AGRAVO 702 . 406"
],
"LEGISLACAO": [
"LEIS COMPLEMENTARES ESTADUAIS 3 . 400 / 1981",
"4",
"/",
"1990",
"57",
"/",
"1994",
"Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ART . 37 , XIV , da CF / 88",
"art . 102 , III , a , da Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ART . 37 , XIV , da CF / 88",
"art . 102 , III , a , da Constituição",
"art . 37 , V , X e XIV , da mesma Carta",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Leis Complementares 3 . 400 / 1981",
"4",
"/",
"1990",
"do",
"Estado do Espírito Santo",
"ART . 93 , INC . IX , DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA",
"ART . 97 DA CONSTITUIÇÃO",
"CPC , art . 557 , caput",
"Constituição",
"artigos 37 , caput e 40 , § § [UNK] e [UNK] da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Leis Complementares 3 . 400 / 1981",
"4",
"/",
"1990",
"do Estado do Espírito Santo",
"ART . 93 , INC . IX , DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA",
"ART . 97 DA CONSTITUIÇÃO",
"CPC , art . 557 , caput",
"Constituição",
"artigos 37 , caput e 40 , § § [UNK] e [UNK] da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei Maior",
"Leis Complementares estaduais 3 . 400 / 1981",
"4",
"/",
"1990",
"57",
"/",
"1994",
"Constituição",
"MP n° 2 . 200",
"Lei Maior",
"Leis Complementares estaduais 3 . 400 / 1981",
"4",
"/",
"1990",
"57",
"/",
"1994",
"Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"ESPÍRITO SANTO",
"ESTADO DO ESPÍRITO SANTO",
"ESTADO DO ESPÍRITO SANTO",
"Brasília",
"Brasília",
"ESTADO DO ESPÍRITO SANTO",
"ESTADO DO ESPÍRITO SANTO",
"ESPÍRITO SANTO",
"ESTADO DO ESPÍRITO SANTO",
"ESTADO DO ESPÍRITO SANTO",
"ESPÍRITO SANTO",
"ESPÍRITO SANTO",
"ESPÍRITO SANTO",
"ESTADO DO ESPÍRITO SANTO",
"ESTADO DO ESPÍRITO SANTO",
"ESPÍRITO SANTO",
"ESTADO DO ESPÍRITO SANTO",
"ESTADO DO ESPÍRITO SANTO"
],
"ORGANIZACAO": [
"SEGUNDA TURMA",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"POLÍCIA CIVIL DO ESTADO",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"POLÍCIA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL",
"TJES",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"TJES",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"LUIZ CARLOS DE SOUZA",
"LUIZ ALFREDO DE SOUZA E MELLO",
"Ricardo Lewandowski",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"LUIZ CARLOS DE SOUZA",
"LUIZ ALFREDO DE SOUZA E MELLO",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"LUIZ CARLOS DE SOUZA",
"LUIZ ALFREDO DE SOUZA E MELLO",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Cármen Lúcia",
"Cármen Lúcia",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Cármen Lúcia",
"Cármen Lúcia",
"Luiz Fux",
"Ayres Britto",
"Ellen Gracie",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Cármen Lúcia",
"Cármen Lúcia",
"Luiz Fux",
"Ayres Britto",
"Ellen Gracie",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"LUIZ CARLOS DE SOUZA",
"LUIZ ALFREDO DE SOUZA E MELLO",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos",
"Fabiane Duarte",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"LUIZ CARLOS DE SOUZA",
"LUIZ ALFREDO DE SOUZA E MELLO",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos",
"Fabiane Duarte"
],
"TEMPO": [
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06",
"/",
"12",
"/",
"2012",
"13 de novembro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13 de novembro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 705.615
PARANÁ
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:ADHEMAR FERNANDES DIAS
ADV.(A/S)
:ANTONIO CAMARGO JUNIOR
AGDO.(A/S)
:BANCO BANESTADO S/A
ADV.(A/S)
:LUIZ RODRIGUES WAMBIER E OUTRO(A/S)
EMENTA
Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo.
Prescrição. Coisa julgada. Limites objetivos. Ofensa reflexa.
Precedentes.
1. Inadmissível, em recurso extraordinário, o exame de ofensa
reflexa à Constituição Federal e a análise de legislação infraconstitucional.
Incidência da Súmula nº 636/STF.
2. É pacífica a orientação desta Corte de que não se presta o recurso
extraordinário à verificação dos limites objetivos da coisa julgada, haja
vista tratar-se de discussão de índole infraconstitucional.
3. Agravo regimental não provido.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do
Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata do julgamento e das
notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao
agravo regimental, nos termos do voto do Relator.
Brasília, 13 de novembro de 2012.
MINISTRO DIAS TOFFOLI
Relator
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3183355.
Supremo Tribunal Federal
DJe 14/12/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 14
Relatório
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 705.615
PARANÁ
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:ADHEMAR FERNANDES DIAS
ADV.(A/S)
:ANTONIO CAMARGO JUNIOR
AGDO.(A/S)
:BANCO BANESTADO S/A
ADV.(A/S)
:LUIZ RODRIGUES WAMBIER E OUTRO(A/S)
RELATÓRIO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Adhemar Fernandes Dias e outros interpõem tempestivo agravo
regimental contra decisão em que conheci de agravo para negar
seguimento ao recurso extraordinário, com a seguinte fundamentação:
“Vistos.
Adhemar Fernandes Dias e outros interpõem agravo
contra a decisão que não admitiu recurso extraordinário
assentado em contrariedade ao artigo 5º, inciso XXXVI, da
Constituição Federal.
Insurgem-se, no apelo extremo, contra acórdão da Quarta
Turma do Superior Tribunal de Justiça, assim ementado:
‘PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL EM
AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. AÇÃO CIVIL
PÚBLICA. APADECO. CUMPRIMENTO INDIVIDUAL
DE SENTENÇA. PEDIDO DE SUSPENSÃO DO FEITO
EM RAZÃO DA ADMISSIBILIDADE DE RECURSO
REPETITIVO.
DESNECESSIDADE.
PRESCRIÇÃO
QUINQUENAL.
PRECEDENTES.
QUESTÃO
PACIFICADA NO ÂMBITO DESTA CORTE SUPERIOR.
INCIDÊNCIA DA SÚMULA 83 DO STJ.
1. A suspensão determinada pelo art. 543-C do CPC
aos processos que cuidam de matéria repetitiva orienta-se
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Supremo Tribunal Federal
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 705.615
PARANÁ
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:ADHEMAR FERNANDES DIAS
ADV.(A/S)
:ANTONIO CAMARGO JUNIOR
AGDO.(A/S)
:BANCO BANESTADO S/A
ADV.(A/S)
:LUIZ RODRIGUES WAMBIER E OUTRO(A/S)
RELATÓRIO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Adhemar Fernandes Dias e outros interpõem tempestivo agravo
regimental contra decisão em que conheci de agravo para negar
seguimento ao recurso extraordinário, com a seguinte fundamentação:
“Vistos.
Adhemar Fernandes Dias e outros interpõem agravo
contra a decisão que não admitiu recurso extraordinário
assentado em contrariedade ao artigo 5º, inciso XXXVI, da
Constituição Federal.
Insurgem-se, no apelo extremo, contra acórdão da Quarta
Turma do Superior Tribunal de Justiça, assim ementado:
‘PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL EM
AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. AÇÃO CIVIL
PÚBLICA. APADECO. CUMPRIMENTO INDIVIDUAL
DE SENTENÇA. PEDIDO DE SUSPENSÃO DO FEITO
EM RAZÃO DA ADMISSIBILIDADE DE RECURSO
REPETITIVO.
DESNECESSIDADE.
PRESCRIÇÃO
QUINQUENAL.
PRECEDENTES.
QUESTÃO
PACIFICADA NO ÂMBITO DESTA CORTE SUPERIOR.
INCIDÊNCIA DA SÚMULA 83 DO STJ.
1. A suspensão determinada pelo art. 543-C do CPC
aos processos que cuidam de matéria repetitiva orienta-se
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Relatório
ARE 705.615 AGR / PR
às causas que ainda não ascenderam aos tribunais
superiores. Precedentes.
2. O prazo quinquenal estabelecido na Lei nº 4.717/65
(Lei da Ação Popular) aplica-se à ação civil pública e
também à respectiva execução (Súmula n. 150/STF).
Precedentes.
3. Não há que se falar em ofensa à coisa julgada
formada no processo de conhecimento, quando a
prescrição reconhecida na fase de execução é
superveniente à sentença coletiva transitada em julgado.
Assim, não há coisa julgada em relação ao que sucedeu
após a sentença, vale dizer, a inação do beneficiado pela
coisa julgada ao longo do prazo de prescrição para a
execução da sentença coletiva (5 anos). A regra abstrata de
direito que fixa o prazo de prescrição, adotada na fase de
conhecimento, em desconformidade com a jurisprudência
atual do STJ, não faz coisa julgada para reger o prazo da
prescrição da execução.
4. Agravo regimental a que se nega provimento.’
Opostos embargos de declaração, foram rejeitados.
Sustentam os agravantes, nas razões do recurso
extraordinário, que ‘é impossível a incidência da aludida tese
prescricional, eis que em caso hipotético de tal aplicação, ter-se-
ia a possibilidade de alterar o próprio instituto da coisa julgada,
esta já definitivamente consagrado pelo sistema processual
pátrio, o que torna imutável e indiscutível a sentença
condenatória proferida nos autos de Ação Civil Pública nº.
38.765/98, proposta pela Apadeco em face do Banco do Estado
do Paraná S/A, que resolveu o mérito da demanda’.
Decido.
Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi
interposto contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era
plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da
matéria constitucional objeto do recurso, conforme decidido na
2
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Supremo Tribunal Federal
ARE 705.615 AGR / PR
às causas que ainda não ascenderam aos tribunais
superiores. Precedentes.
2. O prazo quinquenal estabelecido na Lei nº 4.717/65
(Lei da Ação Popular) aplica-se à ação civil pública e
também à respectiva execução (Súmula n. 150/STF).
Precedentes.
3. Não há que se falar em ofensa à coisa julgada
formada no processo de conhecimento, quando a
prescrição reconhecida na fase de execução é
superveniente à sentença coletiva transitada em julgado.
Assim, não há coisa julgada em relação ao que sucedeu
após a sentença, vale dizer, a inação do beneficiado pela
coisa julgada ao longo do prazo de prescrição para a
execução da sentença coletiva (5 anos). A regra abstrata de
direito que fixa o prazo de prescrição, adotada na fase de
conhecimento, em desconformidade com a jurisprudência
atual do STJ, não faz coisa julgada para reger o prazo da
prescrição da execução.
4. Agravo regimental a que se nega provimento.’
Opostos embargos de declaração, foram rejeitados.
Sustentam os agravantes, nas razões do recurso
extraordinário, que ‘é impossível a incidência da aludida tese
prescricional, eis que em caso hipotético de tal aplicação, ter-se-
ia a possibilidade de alterar o próprio instituto da coisa julgada,
esta já definitivamente consagrado pelo sistema processual
pátrio, o que torna imutável e indiscutível a sentença
condenatória proferida nos autos de Ação Civil Pública nº.
38.765/98, proposta pela Apadeco em face do Banco do Estado
do Paraná S/A, que resolveu o mérito da demanda’.
Decido.
Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi
interposto contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era
plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da
matéria constitucional objeto do recurso, conforme decidido na
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Relatório
ARE 705.615 AGR / PR
Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS,
Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de
6/9/07.
Todavia, apesar da petição recursal haver trazido a
preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua
existência, uma vez que, nos termos do artigo 323 do Regimento
Interno do Supremo Tribunal Federal, com a redação
introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o
procedimento acerca da existência da repercussão geral
somente ocorrerá ‘quando não for o caso de inadmissibilidade
do recurso por outra razão’.
A irresignação não merece prosperar, haja vista que a
discussão acerca do decurso de prazo prescricional,
fundamento do acórdão recorrido, é questão restrita ao plano
infraconstitucional e, por conseguinte, à luz da Súmula nº 279
desta Corte, não enseja reexame na via do recurso
extraordinário. Sobre o tema, anote-se:
‘AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE
INSTRUMENTO.
PRESCRIÇÃO.
MATÉRIA
INFRACONSTITUCIONAL.
OFENSA
INDIRETA.
REEXAME DE PROVAS. IMPOSSIBILIDADE EM
RECURSO EXTRAORDINÁRIO. 2. Controvérsia decidida
à luz de legislações infraconstitucionais. Ofensa indireta à
Constituição do Brasil. 3. As alegações de desrespeito aos
postulados da legalidade, do devido processo legal, da
motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos
limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se
dependentes de reexame prévio de normas inferiores,
podem configurar, quando muito, situações de ofensa
meramente reflexa ao texto da Constituição. 4. Reexame
de fatos e provas. Inviabilidade do recurso extraordinário.
Súmula 279 do Supremo Tribunal Federal. Agravo
regimental a que se nega provimento’ (AI nº 719.749/RJ-
AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Eros Grau, DJe
de 14/5/10).
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Supremo Tribunal Federal
ARE 705.615 AGR / PR
Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS,
Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de
6/9/07.
Todavia, apesar da petição recursal haver trazido a
preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua
existência, uma vez que, nos termos do artigo 323 do Regimento
Interno do Supremo Tribunal Federal, com a redação
introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o
procedimento acerca da existência da repercussão geral
somente ocorrerá ‘quando não for o caso de inadmissibilidade
do recurso por outra razão’.
A irresignação não merece prosperar, haja vista que a
discussão acerca do decurso de prazo prescricional,
fundamento do acórdão recorrido, é questão restrita ao plano
infraconstitucional e, por conseguinte, à luz da Súmula nº 279
desta Corte, não enseja reexame na via do recurso
extraordinário. Sobre o tema, anote-se:
‘AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE
INSTRUMENTO.
PRESCRIÇÃO.
MATÉRIA
INFRACONSTITUCIONAL.
OFENSA
INDIRETA.
REEXAME DE PROVAS. IMPOSSIBILIDADE EM
RECURSO EXTRAORDINÁRIO. 2. Controvérsia decidida
à luz de legislações infraconstitucionais. Ofensa indireta à
Constituição do Brasil. 3. As alegações de desrespeito aos
postulados da legalidade, do devido processo legal, da
motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos
limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se
dependentes de reexame prévio de normas inferiores,
podem configurar, quando muito, situações de ofensa
meramente reflexa ao texto da Constituição. 4. Reexame
de fatos e provas. Inviabilidade do recurso extraordinário.
Súmula 279 do Supremo Tribunal Federal. Agravo
regimental a que se nega provimento’ (AI nº 719.749/RJ-
AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Eros Grau, DJe
de 14/5/10).
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Relatório
ARE 705.615 AGR / PR
‘AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE
INSTRUMENTO. TÍTULOS DA DÍVIDA PÚBLICA.
COMPENSAÇÃO. PRESCRIÇÃO. IMPOSSIBILIDADE
DA
ANÁLISE
DA
LEGISLAÇÃO
INFRACONSTITUCIONAL E DO REEXAME DE
PROVAS (SÚMULA 279). OFENSA CONSTITUCIONAL
INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE
NEGA PROVIMENTO’ (AI nº 639.000/SP-AgR, Primeira
Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 8/5/09).
‘AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE
INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. DECADÊNCIA.
LEI
N.
9.784/99.
CONTROVÉRSIA
INFRACONSTITUCIONAL.
OFENSA
CONSTITUCIONAL
INDIRETA.
PRECEDENTES.
AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA
PROVIMENTO’ (AI nº 622.219/RS-AgR, Primeira Turma,
Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 13/3/09).
‘Agravo regimental em agravo de instrumento. 2.
PIS/PASEP. Correção monetária. Prazo prescricional. Art.
1o do Decreto no 20.910/32. Matéria decidida no âmbito da
legislação infraconstitucional. Ofensa reflexa à CF/88.
Precedentes. 3. Agravo regimental a que se nega
provimento’ (AI nº 670.142/SP-AgR, Segunda Turma,
Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJe de 18/4/08).
Nesse mesmo sentido, destaco, também, as recentes
decisões monocráticas proferidas em casos análogos ao
presente: ARE nº 705.590/DF, Relator o Ministro Luiz Fux, DJe
de 16/10/12; e ARE nº 712.597/DF, Relatora a Ministra Cármen
Lúcia, DJe de 5/10/12.
Ademais, para que se pudesse acolher a pretensão dos
agravantes e ultrapassar o entendimento firmado pelo acórdão
recorrido, seria imprescindível a verificação dos limites
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ARE 705.615 AGR / PR
‘AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE
INSTRUMENTO. TÍTULOS DA DÍVIDA PÚBLICA.
COMPENSAÇÃO. PRESCRIÇÃO. IMPOSSIBILIDADE
DA
ANÁLISE
DA
LEGISLAÇÃO
INFRACONSTITUCIONAL E DO REEXAME DE
PROVAS (SÚMULA 279). OFENSA CONSTITUCIONAL
INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE
NEGA PROVIMENTO’ (AI nº 639.000/SP-AgR, Primeira
Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 8/5/09).
‘AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE
INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. DECADÊNCIA.
LEI
N.
9.784/99.
CONTROVÉRSIA
INFRACONSTITUCIONAL.
OFENSA
CONSTITUCIONAL
INDIRETA.
PRECEDENTES.
AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA
PROVIMENTO’ (AI nº 622.219/RS-AgR, Primeira Turma,
Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 13/3/09).
‘Agravo regimental em agravo de instrumento. 2.
PIS/PASEP. Correção monetária. Prazo prescricional. Art.
1o do Decreto no 20.910/32. Matéria decidida no âmbito da
legislação infraconstitucional. Ofensa reflexa à CF/88.
Precedentes. 3. Agravo regimental a que se nega
provimento’ (AI nº 670.142/SP-AgR, Segunda Turma,
Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJe de 18/4/08).
Nesse mesmo sentido, destaco, também, as recentes
decisões monocráticas proferidas em casos análogos ao
presente: ARE nº 705.590/DF, Relator o Ministro Luiz Fux, DJe
de 16/10/12; e ARE nº 712.597/DF, Relatora a Ministra Cármen
Lúcia, DJe de 5/10/12.
Ademais, para que se pudesse acolher a pretensão dos
agravantes e ultrapassar o entendimento firmado pelo acórdão
recorrido, seria imprescindível a verificação dos limites
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Relatório
ARE 705.615 AGR / PR
objetivos da coisa julgada, ao que não se presta o recurso
extraordinário, pois demandaria o reexame da legislação
infraconstitucional. Sobre o tema, anote-se a seguinte passagem
do voto do Ministro Celso de Mello, Relator, proferido no
julgamento do AI nº 452.174/RJ-AgR:
‘Cabe não desconhecer, de outro lado, com relação à
suposta ofensa ao postulado da coisa julgada, a diretriz
jurisprudencial prevalecente no Supremo Tribunal
Federal, cuja orientação, no tema, tem enfatizado que a
indagação pertinente aos limites objetivos da ‘res judicata’
traduz controvérsia ‘que não se alça ao plano
constitucional do desrespeito ao princípio de observância
da coisa julgada, mas se restringe ao plano
infraconstitucional, configurando-se, no máximo, ofensa
reflexa à Constituição, o que não dá margem ao cabimento
do recurso extraordinário’ (RE 233.929/MG, Rel. Min.
MOREIRA ALVES – grifei).
Daí recente decisão desta Suprema Corte, que, em
julgamento sobre a questão ora em análise, reiterou esse
mesmo entendimento jurisprudencial:
‘RECURSO
EXTRAORDINÁRIO
-
POSTULADO CONSTITUCIONAL DA COISA
JULGADA - ALEGAÇÃO DE OFENSA DIRETA -
INOCORRÊNCIA - LIMITES OBJETIVOS - TEMA
DE DIREITO PROCESSUAL - MATÉRIA
INFRACONSTITUCIONAL - VIOLAÇÃO OBLÍQUA
À CONSTITUIÇÃO - RECURSO DE AGRAVO
IMPROVIDO.
- Se a discussão em torno da integridade da
coisa julgada reclamar análise prévia e necessária dos
requisitos legais, que, em nosso sistema jurídico,
conformam o fenômeno processual da res judicata,
revelar-se-á incabível o recurso extraordinário, eis
5
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Supremo Tribunal Federal
ARE 705.615 AGR / PR
objetivos da coisa julgada, ao que não se presta o recurso
extraordinário, pois demandaria o reexame da legislação
infraconstitucional. Sobre o tema, anote-se a seguinte passagem
do voto do Ministro Celso de Mello, Relator, proferido no
julgamento do AI nº 452.174/RJ-AgR:
‘Cabe não desconhecer, de outro lado, com relação à
suposta ofensa ao postulado da coisa julgada, a diretriz
jurisprudencial prevalecente no Supremo Tribunal
Federal, cuja orientação, no tema, tem enfatizado que a
indagação pertinente aos limites objetivos da ‘res judicata’
traduz controvérsia ‘que não se alça ao plano
constitucional do desrespeito ao princípio de observância
da coisa julgada, mas se restringe ao plano
infraconstitucional, configurando-se, no máximo, ofensa
reflexa à Constituição, o que não dá margem ao cabimento
do recurso extraordinário’ (RE 233.929/MG, Rel. Min.
MOREIRA ALVES – grifei).
Daí recente decisão desta Suprema Corte, que, em
julgamento sobre a questão ora em análise, reiterou esse
mesmo entendimento jurisprudencial:
‘RECURSO
EXTRAORDINÁRIO
-
POSTULADO CONSTITUCIONAL DA COISA
JULGADA - ALEGAÇÃO DE OFENSA DIRETA -
INOCORRÊNCIA - LIMITES OBJETIVOS - TEMA
DE DIREITO PROCESSUAL - MATÉRIA
INFRACONSTITUCIONAL - VIOLAÇÃO OBLÍQUA
À CONSTITUIÇÃO - RECURSO DE AGRAVO
IMPROVIDO.
- Se a discussão em torno da integridade da
coisa julgada reclamar análise prévia e necessária dos
requisitos legais, que, em nosso sistema jurídico,
conformam o fenômeno processual da res judicata,
revelar-se-á incabível o recurso extraordinário, eis
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Relatório
ARE 705.615 AGR / PR
que, em tal hipótese, a indagação em torno do que
dispõe o art. 5º, XXXVI, da Constituição - por supor o
exame, in concreto, dos limites subjetivos (CPC, art.
472) e/ou objetivos (CPC, arts. 468, 469, 470 e 474) da
coisa julgada - traduzirá matéria revestida de caráter
infraconstitucional, podendo configurar, quando
muito, situação de conflito indireto com o texto da
Carta Política, circunstância essa que torna inviável o
acesso à via recursal extraordinária. Precedentes’
(RTJ 182/746, Rel. Min. CELSO DE MELLO).
Mostra-se relevante acentuar que essa orientação tem
sido observada em sucessivas decisões proferidas no
âmbito desta Suprema Corte (AI 268.312-AgR/MG, Rel.
Min. MAURÍCIO CORRÊA - AI 330.077-AgR/RS, Rel. Min.
CELSO DE MELLO - AI 338.927-AgR/RS, Rel. Min.
ELLEN GRACIE - AI 360.269-AgR/SP, Rel. Min. NELSON
JOBIM).
Sendo esse o contexto em que proferida a decisão em
causa, não vejo como dele inferir o pretendido
reconhecimento de ofensa direta ao que dispõe o art. 5º,
XXXVI, da Carta Política, pois - insista-se - a discussão em
torno 0da definição dos limites subjetivos ou objetivos
pertinentes à coisa julgada qualifica-se como controvérsia
impregnada
de
natureza
eminentemente
infraconstitucional, podendo configurar, ‘no máximo,
ofensa reflexa à Constituição, o que não dá margem a
recurso extraordinário’ (RTJ 158/327, Rel. Min. MOREIRA
ALVES - grifei)’ (DJ de 17/10/03).
No mesmo sentido, destaco os seguintes precedentes:
‘CONSTITUCIONAL.
PROCESSUAL
CIVIL.
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. DECISÃO BASEADA
NA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL LOCAL.
SÚMULA 280 DO STF. LIMITES DA COISA JULGADA.
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ARE 705.615 AGR / PR
que, em tal hipótese, a indagação em torno do que
dispõe o art. 5º, XXXVI, da Constituição - por supor o
exame, in concreto, dos limites subjetivos (CPC, art.
472) e/ou objetivos (CPC, arts. 468, 469, 470 e 474) da
coisa julgada - traduzirá matéria revestida de caráter
infraconstitucional, podendo configurar, quando
muito, situação de conflito indireto com o texto da
Carta Política, circunstância essa que torna inviável o
acesso à via recursal extraordinária. Precedentes’
(RTJ 182/746, Rel. Min. CELSO DE MELLO).
Mostra-se relevante acentuar que essa orientação tem
sido observada em sucessivas decisões proferidas no
âmbito desta Suprema Corte (AI 268.312-AgR/MG, Rel.
Min. MAURÍCIO CORRÊA - AI 330.077-AgR/RS, Rel. Min.
CELSO DE MELLO - AI 338.927-AgR/RS, Rel. Min.
ELLEN GRACIE - AI 360.269-AgR/SP, Rel. Min. NELSON
JOBIM).
Sendo esse o contexto em que proferida a decisão em
causa, não vejo como dele inferir o pretendido
reconhecimento de ofensa direta ao que dispõe o art. 5º,
XXXVI, da Carta Política, pois - insista-se - a discussão em
torno 0da definição dos limites subjetivos ou objetivos
pertinentes à coisa julgada qualifica-se como controvérsia
impregnada
de
natureza
eminentemente
infraconstitucional, podendo configurar, ‘no máximo,
ofensa reflexa à Constituição, o que não dá margem a
recurso extraordinário’ (RTJ 158/327, Rel. Min. MOREIRA
ALVES - grifei)’ (DJ de 17/10/03).
No mesmo sentido, destaco os seguintes precedentes:
‘CONSTITUCIONAL.
PROCESSUAL
CIVIL.
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. DECISÃO BASEADA
NA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL LOCAL.
SÚMULA 280 DO STF. LIMITES DA COISA JULGADA.
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Relatório
ARE 705.615 AGR / PR
OFENSA REFLEXA. AGRAVO IMPROVIDO.
I - O acórdão recorrido dirimiu a questão dos autos
com base na legislação infraconstitucional local aplicável à
espécie. Incidência da Súmula 280 desta Corte.
II - Esta Corte tem se orientado no sentido de que a
discussão em torno dos limites objetivos da coisa julgada,
matéria de legislação ordinária, não dá ensejo à abertura
da via extraordinária.
III - Agravo regimental improvido’ (AI nº
601.325/PR-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro
Ricardo Lewandowski, DJ de 17/8/07).
‘AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE
INSTRUMENTO.
AUSÊNCIA
DE
PREQUESTIONAMENTO.
OFENSA
REFLEXA.
REPETIÇÃO DE INDÉBITO. JUROS MORATÓRIOS.
TERMO INICIAL. TRÂNSITO EM JULGADO.
1. O Tribunal a quo não se manifestou explicitamente
sobre os temas constitucionais tidos por violados.
Incidência das Súmulas ns. 282 e 356 do Supremo Tribunal
Federal.
2. As alegações de desrespeito aos postulados da
legalidade, do devido processo legal, da motivação dos
atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa
julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de
reexame prévio de normas inferiores, podem configurar,
quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao
texto da Constituição.
3. O termo inicial da fluência dos juros moratórios,
na repetição do indébito, dá-se na data do trânsito em
julgado da decisão [art. 167, parágrafo único, do CTN].
Precedentes.
4. Agravo regimental a que se nega provimento’ (AI
nº 658.206/RS-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro
Eros Grau, DJ 28/9/07).
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ARE 705.615 AGR / PR
OFENSA REFLEXA. AGRAVO IMPROVIDO.
I - O acórdão recorrido dirimiu a questão dos autos
com base na legislação infraconstitucional local aplicável à
espécie. Incidência da Súmula 280 desta Corte.
II - Esta Corte tem se orientado no sentido de que a
discussão em torno dos limites objetivos da coisa julgada,
matéria de legislação ordinária, não dá ensejo à abertura
da via extraordinária.
III - Agravo regimental improvido’ (AI nº
601.325/PR-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro
Ricardo Lewandowski, DJ de 17/8/07).
‘AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE
INSTRUMENTO.
AUSÊNCIA
DE
PREQUESTIONAMENTO.
OFENSA
REFLEXA.
REPETIÇÃO DE INDÉBITO. JUROS MORATÓRIOS.
TERMO INICIAL. TRÂNSITO EM JULGADO.
1. O Tribunal a quo não se manifestou explicitamente
sobre os temas constitucionais tidos por violados.
Incidência das Súmulas ns. 282 e 356 do Supremo Tribunal
Federal.
2. As alegações de desrespeito aos postulados da
legalidade, do devido processo legal, da motivação dos
atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa
julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de
reexame prévio de normas inferiores, podem configurar,
quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao
texto da Constituição.
3. O termo inicial da fluência dos juros moratórios,
na repetição do indébito, dá-se na data do trânsito em
julgado da decisão [art. 167, parágrafo único, do CTN].
Precedentes.
4. Agravo regimental a que se nega provimento’ (AI
nº 658.206/RS-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro
Eros Grau, DJ 28/9/07).
7
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 14
Relatório
ARE 705.615 AGR / PR
Ante o exposto, conheço do agravo para negar seguimento
ao recurso extraordinário.”
Aduzem os agravantes, in verbis, que:
“(...) ainda que haja a alegada violação reflexa a corte
superior deve apreciar os fundamentos do recurso para que
analise se foi dada interpretação conforme a constituição,
impedindo que seus dispositivos sejam vulnerados.
(...)
O v. acórdão recorrido violou o princípio da segurança
jurídica artigo 5º, inciso XXXVI da CF/88) por não observar a
coisa julgada material (artigo 5º, inciso XXXVI da CF/88), a
Súmula 150 dessa Colenda Corte, o princípio da legalidade e ao
aplicar sobre os processos em curso nova orientação
jurisprudencial que reduziu o prazo de prescrição.
(...) uma vez discutido e decidido o tema relacionado à
prescrição, derrama-se, sobre ele, o manto da coisa julgada
material, tornando-se imutável.
(...)
No presente caso, como há coisa julgada material sobre o
prazo prescricional na ação civil pública ajuizada pela
APADECO em face do Recorrido (processo 98.0092313)
prescrição vintenária, a execução individual da sentença
coletiva dar-se-á no mesmo prazo prescricional de vinte anos,
conforme orientação da Sumula 150:
(...) ao aplicar o prazo prescricional qüinqüenal o v.
Acórdão recorrido obstruiu o direito de ação dos poupadores
que se programaram para executar individualmente a sentença
coletiva proferida na ação civil pública até 11 de janeiro de 2013,
conforme prazo vintenário previsto na sentença exeqüenda.”
É o relatório.
8
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Supremo Tribunal Federal
ARE 705.615 AGR / PR
Ante o exposto, conheço do agravo para negar seguimento
ao recurso extraordinário.”
Aduzem os agravantes, in verbis, que:
“(...) ainda que haja a alegada violação reflexa a corte
superior deve apreciar os fundamentos do recurso para que
analise se foi dada interpretação conforme a constituição,
impedindo que seus dispositivos sejam vulnerados.
(...)
O v. acórdão recorrido violou o princípio da segurança
jurídica artigo 5º, inciso XXXVI da CF/88) por não observar a
coisa julgada material (artigo 5º, inciso XXXVI da CF/88), a
Súmula 150 dessa Colenda Corte, o princípio da legalidade e ao
aplicar sobre os processos em curso nova orientação
jurisprudencial que reduziu o prazo de prescrição.
(...) uma vez discutido e decidido o tema relacionado à
prescrição, derrama-se, sobre ele, o manto da coisa julgada
material, tornando-se imutável.
(...)
No presente caso, como há coisa julgada material sobre o
prazo prescricional na ação civil pública ajuizada pela
APADECO em face do Recorrido (processo 98.0092313)
prescrição vintenária, a execução individual da sentença
coletiva dar-se-á no mesmo prazo prescricional de vinte anos,
conforme orientação da Sumula 150:
(...) ao aplicar o prazo prescricional qüinqüenal o v.
Acórdão recorrido obstruiu o direito de ação dos poupadores
que se programaram para executar individualmente a sentença
coletiva proferida na ação civil pública até 11 de janeiro de 2013,
conforme prazo vintenário previsto na sentença exeqüenda.”
É o relatório.
8
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Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 705.615
PARANÁ
VOTO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
O inconformismo não merece prosperar.
Colhe-se do voto condutor do acórdão recorrido:
“(...)
Quanto ao cerne da controvérsia, conforme foi assentado
na decisão ora agravada, a jurisprudência consolidada no
âmbito desta Corte é no sentido de o beneficiário da ação
coletiva tem o mesmo prazo de cinco anos para o ajuizamento
da execução individual, contados a partir do trânsito em
julgado da ação coletiva.
(...)
Por fim, ressalto que restou inabalada a decisão agravada
também quanto ao afastamento da coisa julgada, razão pela
qual a mantenho por seus próprios fundamentos:
‘Registro que não há que se falar em ofensa à coisa
julgada formada no processo de conhecimento, porque a
prescrição que ora se reconhece é superveniente à
sentença coletiva transitada em julgado, com base na
interpretação do direito federal hoje consolidada pelo
Superior Tribunal de Justiça, na linha da qual o prazo para
prescrição da ação coletiva é diverso daquele prazo que se
aplica às ações individuais.
Assim, não há coisa julgada em relação ao que
sucedeu após a sentença, vale dizer, a inação do
beneficiado pela coisa julgada ao longo do prazo de
prescrição para a execução da sentença coletiva (5 anos). A
regra abstrata de direito que fixa o prazo de prescrição,
adotada na fase de conhecimento, em desconformidade
com a jurisprudência atual do STJ, não faz coisa julgada
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Supremo Tribunal Federal
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 705.615
PARANÁ
VOTO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
O inconformismo não merece prosperar.
Colhe-se do voto condutor do acórdão recorrido:
“(...)
Quanto ao cerne da controvérsia, conforme foi assentado
na decisão ora agravada, a jurisprudência consolidada no
âmbito desta Corte é no sentido de o beneficiário da ação
coletiva tem o mesmo prazo de cinco anos para o ajuizamento
da execução individual, contados a partir do trânsito em
julgado da ação coletiva.
(...)
Por fim, ressalto que restou inabalada a decisão agravada
também quanto ao afastamento da coisa julgada, razão pela
qual a mantenho por seus próprios fundamentos:
‘Registro que não há que se falar em ofensa à coisa
julgada formada no processo de conhecimento, porque a
prescrição que ora se reconhece é superveniente à
sentença coletiva transitada em julgado, com base na
interpretação do direito federal hoje consolidada pelo
Superior Tribunal de Justiça, na linha da qual o prazo para
prescrição da ação coletiva é diverso daquele prazo que se
aplica às ações individuais.
Assim, não há coisa julgada em relação ao que
sucedeu após a sentença, vale dizer, a inação do
beneficiado pela coisa julgada ao longo do prazo de
prescrição para a execução da sentença coletiva (5 anos). A
regra abstrata de direito que fixa o prazo de prescrição,
adotada na fase de conhecimento, em desconformidade
com a jurisprudência atual do STJ, não faz coisa julgada
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 14
Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
ARE 705.615 AGR / PR
para reger o prazo da prescrição da execução.’
Em que pesem as razões de recurso, a decisão atacada se
encontra amparada em orientação firmada no âmbito deste
Superior Tribunal de Justiça (...).”
Desse modo, conforme expresso na decisão agravada, é certo que a
discussão acerca do decurso de prazo prescricional é questão restrita ao
plano infraconstitucional, o que faz incidir, no caso, a Súmula nº 636 desta
Corte, pois não se presta o recurso extraordinário ao exame de ofensa
reflexa à Constituição. Sobre o tema, anote-se:
“Agravo regimental em recurso extraordinário. 2. Recurso
que não ataca o fundamento da decisão agravada. Aplicação da
Súmula 287. 3. Prescrição. Matéria infraconstitucional. Súmula
280. 4. Agravo regimental a que se nega provimento” (RE nº
550.505/DF-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Gilmar
Mendes, DJe de 24/2/11).
“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE
INSTRUMENTO.
PRESCRIÇÃO.
MATÉRIA
INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA INDIRETA. REEXAME
DE
PROVAS.
IMPOSSIBILIDADE
EM
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. 2. Controvérsia decidida à luz de
legislações infraconstitucionais. Ofensa indireta à Constituição
do Brasil. 3. As alegações de desrespeito aos postulados da
legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos
decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da
prestação jurisdicional, se dependentes de reexame prévio de
normas inferiores, podem configurar, quando muito, situações
de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição. 4.
Reexame de fatos e provas. Inviabilidade do recurso
extraordinário. Súmula 279 do Supremo Tribunal Federal.
Agravo regimental a que se nega provimento” (AI nº
719.749/RJ-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Eros Grau,
DJe de 14/5/10).
2
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Supremo Tribunal Federal
ARE 705.615 AGR / PR
para reger o prazo da prescrição da execução.’
Em que pesem as razões de recurso, a decisão atacada se
encontra amparada em orientação firmada no âmbito deste
Superior Tribunal de Justiça (...).”
Desse modo, conforme expresso na decisão agravada, é certo que a
discussão acerca do decurso de prazo prescricional é questão restrita ao
plano infraconstitucional, o que faz incidir, no caso, a Súmula nº 636 desta
Corte, pois não se presta o recurso extraordinário ao exame de ofensa
reflexa à Constituição. Sobre o tema, anote-se:
“Agravo regimental em recurso extraordinário. 2. Recurso
que não ataca o fundamento da decisão agravada. Aplicação da
Súmula 287. 3. Prescrição. Matéria infraconstitucional. Súmula
280. 4. Agravo regimental a que se nega provimento” (RE nº
550.505/DF-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Gilmar
Mendes, DJe de 24/2/11).
“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE
INSTRUMENTO.
PRESCRIÇÃO.
MATÉRIA
INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA INDIRETA. REEXAME
DE
PROVAS.
IMPOSSIBILIDADE
EM
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. 2. Controvérsia decidida à luz de
legislações infraconstitucionais. Ofensa indireta à Constituição
do Brasil. 3. As alegações de desrespeito aos postulados da
legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos
decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da
prestação jurisdicional, se dependentes de reexame prévio de
normas inferiores, podem configurar, quando muito, situações
de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição. 4.
Reexame de fatos e provas. Inviabilidade do recurso
extraordinário. Súmula 279 do Supremo Tribunal Federal.
Agravo regimental a que se nega provimento” (AI nº
719.749/RJ-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Eros Grau,
DJe de 14/5/10).
2
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Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
ARE 705.615 AGR / PR
“I. Recurso extraordinário: inadmissibilidade: falta de
prequestionamento do tema do art. 37, caput, da Constituição
Federal, dado por violado, uma vez que não foi examinado pelo
acórdão recorrido, nem objeto dos embargos de declaração
opostos: incidência das Súmulas 282 e 356. II. Recurso
extraordinário: descabimento: discussão relativa à observância,
em processo administrativo, dos princípios constitucionais do
contraditório e da ampla defesa, que demanda o revolvimento
de matéria de fato e o reexame de prova inviáveis no recurso
extraordinário: incidência da Súmula 279. III. Prescrição:
questão restrita ao âmbito de legislação infraconstitucional
local, que não enseja reexame no recurso extraordinário:
incidência da Súmula 280” (RE nº 487.434/GO-AgR, Primeira
Turma, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 9/2/07).
Ademais, no tocante à alegada violação do art. 5º, inciso XXXVI, da
Constituição Federal, para que se pudesse acolher a pretensão recursal,
seria necessário aferir os limites objetivos da coisa julgada, o que é
inviável no recurso extraordinário, haja vista tratar-se de matéria de
índole infraconstitucional, consoante pacífica jurisprudência desta Corte.
Nesse sentido, anote-se:
“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE
INSTRUMENTO. DIREITO PROCESSUAL CIVIL. LIMITES DA
COISA JULGADA. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL.
OFENSA REFLEXA. REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-
PROBATÓRIO. SÚMULA 279 DO STF. ALEGADA VIOLAÇÃO
AOS ARTS. 5º, XXXV, DA CONSTITUIÇÃO. OFENSA
REFLEXA. AGRAVO IMPROVIDO. I – Para dissentir da
conclusão a que chegou o acórdão recorrido quanto aos limites
objetivos da coisa julgada, necessário seria o reexame de
normas infraconstitucionais, bem como a análise do conjunto
fático-probatório constante dos autos, o que atrai a incidência
da Súmula 279 do STF . Precedentes. II - A alegada violação ao
art. 5º, XXXV, da Constituição pode configurar, em regra,
3
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Supremo Tribunal Federal
ARE 705.615 AGR / PR
“I. Recurso extraordinário: inadmissibilidade: falta de
prequestionamento do tema do art. 37, caput, da Constituição
Federal, dado por violado, uma vez que não foi examinado pelo
acórdão recorrido, nem objeto dos embargos de declaração
opostos: incidência das Súmulas 282 e 356. II. Recurso
extraordinário: descabimento: discussão relativa à observância,
em processo administrativo, dos princípios constitucionais do
contraditório e da ampla defesa, que demanda o revolvimento
de matéria de fato e o reexame de prova inviáveis no recurso
extraordinário: incidência da Súmula 279. III. Prescrição:
questão restrita ao âmbito de legislação infraconstitucional
local, que não enseja reexame no recurso extraordinário:
incidência da Súmula 280” (RE nº 487.434/GO-AgR, Primeira
Turma, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 9/2/07).
Ademais, no tocante à alegada violação do art. 5º, inciso XXXVI, da
Constituição Federal, para que se pudesse acolher a pretensão recursal,
seria necessário aferir os limites objetivos da coisa julgada, o que é
inviável no recurso extraordinário, haja vista tratar-se de matéria de
índole infraconstitucional, consoante pacífica jurisprudência desta Corte.
Nesse sentido, anote-se:
“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE
INSTRUMENTO. DIREITO PROCESSUAL CIVIL. LIMITES DA
COISA JULGADA. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL.
OFENSA REFLEXA. REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-
PROBATÓRIO. SÚMULA 279 DO STF. ALEGADA VIOLAÇÃO
AOS ARTS. 5º, XXXV, DA CONSTITUIÇÃO. OFENSA
REFLEXA. AGRAVO IMPROVIDO. I – Para dissentir da
conclusão a que chegou o acórdão recorrido quanto aos limites
objetivos da coisa julgada, necessário seria o reexame de
normas infraconstitucionais, bem como a análise do conjunto
fático-probatório constante dos autos, o que atrai a incidência
da Súmula 279 do STF . Precedentes. II - A alegada violação ao
art. 5º, XXXV, da Constituição pode configurar, em regra,
3
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 12 de 14
Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
ARE 705.615 AGR / PR
situação de ofensa reflexa ao texto constitucional, por
demandar a análise de legislação processual ordinária. III –
Agravo regimental improvido” (AI nº 825.142/RS-AgR,
Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe
de 16/6/11).
“PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL EM
AGRAVO DE INSTRUMENTO. CONTROVÉRSIA REFERENTE
AOS LIMITES OBJETIVOS DA COISA JULGADA. OFENSA
REFLEXA À CONSTITUIÇÃO FEDERAL.PRECEDENTES. 1. A
discussão em torno dos limites objetivos da coisa julgada
pertence ao plano infraconstitucional. Precedentes: AIs 587.396-
AgR, da relatoria do ministro Sepúlveda Pertence; 710.529-
AgR, da relatoria do ministro Ricardo Lewandowski; 754.994-
AgR, da minha relatoria; 765.612-AgR, da relatoria da ministra
Cármen Lúcia; 767.968-AgR, da relatoria do ministro Joaquim
Barbosa; e 733.272-AgR, da relatoria do ministro Celso de
Mello. 2. Agravo regimental desprovido” (AI nº 488.339/SP-
AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Ayres Britto, DJe de
25/4/11).
Nego provimento ao agravo regimental.
4
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Supremo Tribunal Federal
ARE 705.615 AGR / PR
situação de ofensa reflexa ao texto constitucional, por
demandar a análise de legislação processual ordinária. III –
Agravo regimental improvido” (AI nº 825.142/RS-AgR,
Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe
de 16/6/11).
“PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL EM
AGRAVO DE INSTRUMENTO. CONTROVÉRSIA REFERENTE
AOS LIMITES OBJETIVOS DA COISA JULGADA. OFENSA
REFLEXA À CONSTITUIÇÃO FEDERAL.PRECEDENTES. 1. A
discussão em torno dos limites objetivos da coisa julgada
pertence ao plano infraconstitucional. Precedentes: AIs 587.396-
AgR, da relatoria do ministro Sepúlveda Pertence; 710.529-
AgR, da relatoria do ministro Ricardo Lewandowski; 754.994-
AgR, da minha relatoria; 765.612-AgR, da relatoria da ministra
Cármen Lúcia; 767.968-AgR, da relatoria do ministro Joaquim
Barbosa; e 733.272-AgR, da relatoria do ministro Celso de
Mello. 2. Agravo regimental desprovido” (AI nº 488.339/SP-
AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Ayres Britto, DJe de
25/4/11).
Nego provimento ao agravo regimental.
4
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 13 de 14
Decisão de Julgamento
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 705.615
PROCED. : PARANÁ
RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S) : ADHEMAR FERNANDES DIAS
ADV.(A/S) : ANTONIO CAMARGO JUNIOR
AGDO.(A/S) : BANCO BANESTADO S/A
ADV.(A/S) : LUIZ RODRIGUES WAMBIER E OUTRO(A/S)
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos
termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro
Dias Toffoli. 1ª Turma, 13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Wagner Mathias.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
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documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3126418
Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 705.615
PROCED. : PARANÁ
RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S) : ADHEMAR FERNANDES DIAS
ADV.(A/S) : ANTONIO CAMARGO JUNIOR
AGDO.(A/S) : BANCO BANESTADO S/A
ADV.(A/S) : LUIZ RODRIGUES WAMBIER E OUTRO(A/S)
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos
termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro
Dias Toffoli. 1ª Turma, 13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Wagner Mathias.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
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documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3126418
Inteiro Teor do Acórdão - Página 14 de 14
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3195664 | 2012-11-13T00:00:00 | 2012-12-14T00:00:00 | A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 13.11.2012. | AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO | EMENTA
Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo. Prescrição. Coisa julgada. Limites objetivos. Ofensa reflexa. Precedentes.
1. Inadmissível, em recurso extraordinário, o exame de ofensa reflexa à Constituição Federal e a análise de legislação infraconstitucional. Incidência da Súmula nº 636/STF.
2. É pacífica a orientação desta Corte de que não se presta o recurso extraordinário à verificação dos limites objetivos da coisa julgada, haja vista tratar-se de discussão de índole infraconstitucional.
3. Agravo regimental não provido. | sjur221723 | - Acórdão(s) citado(s):
(OFENSA REFLEXA)
STF: RE 550505 AgR (2ªT), AI 719749 AgR (2ªT), RE 487434
AgR (1ªT);
(MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL, LIMITES DA COISA JULGADA)
STF: AI 825142 AgR (1ªT), AI 488339 AgR (2ªT).
Número de páginas: 14.
Análise: 16/01/2013, MJC. | DIAS TOFFOLI | Primeira Turma | 705615 | [
"LEG-FED SUMSTF-000636 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF"
] | ARE-AgR | acordaos | ARE 705615 AgR | [
""
] | AGDO.(A/S) : BANCO BANESTADO S/A
ADV.(A/S) : LUIZ RODRIGUES WAMBIER E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : ANTONIO CAMARGO JUNIOR
AGTE.(S) : ADHEMAR FERNANDES DIAS | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 705 . 615",
"Súmula [UNK] 636 / STF",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 705 . 615",
"SÚMULA 83 DO STJ",
"SÚMULA 83 DO STJ",
"ARE 705 . 615 AGR / PR",
"Súmula n . 150 / STF",
"Ação Civil Pública [UNK] . 38 . 765 / 98",
"ARE 705 . 615 AGR / PR",
"Súmula n . 150 / STF",
"Ação Civil Pública [UNK] . 38 . 765 / 98",
"ARE 705 . 615 AGR /",
"Agravo de Instrumento [UNK] 664 . 567 / RS",
"Súmula",
"Súmula 279 do Supremo Tribunal Federal",
"AI [UNK] 719 . 749 / RJ - AgR",
"ARE 705 . 615 AGR /",
"Agravo de Instrumento [UNK] 664 . 567 / RS",
"Súmula [UNK] 279 desta Corte",
"Súmula 279 do Supremo Tribunal Federal",
"AI [UNK] 719 . 749 / RJ - AgR",
"ARE 705 . 615",
"AI [UNK] 639 . 000 / SP - AgR",
"AI [UNK] 622 . 219 / RS - AgR",
"AI [UNK] 670 . 142 / SP - AgR",
"ARE [UNK] 705 . 590 / DF",
"ARE [UNK] 712 . 597 / DF",
"ARE 705 . 615",
"AI [UNK] 639 . 000 / SP - AgR",
"AI [UNK] 622 . 219 / RS - AgR",
"AI [UNK] 670 . 142 / SP - AgR",
"ARE [UNK] 705 . 590 / DF",
"ARE [UNK] 712 . 597 / DF",
"ARE 705 . 615 AGR / PR",
"AI [UNK] 452 . 174 / RJ - AgR",
"RE 233 . 929 / MG",
"ARE 705 . 615",
"AI [UNK] 452 . 174 / RJ - AgR",
"RE 233 . 929 / MG",
"ARE 705 . 615 AGR",
"RTJ 182 / 746",
"AI 268 . 312 - AgR / MG",
"AI 330 . 077 - AgR / RS",
"AI 338 . 927 - AgR / RS",
"AI 360 . 269 - AgR / SP",
"RTJ 158 / 327",
"SÚMULA 280 DO STF",
"ARE 705 . 615 AGR",
"RTJ 182 / 746",
"AI 268 . 312 - AgR / MG",
"AI 330 . 077 - AgR / RS",
"AI 338 . 927 - AgR / RS",
"AI 360 . 269 - AgR / SP",
"RTJ 158 / 327",
"SÚMULA 280 DO STF",
"ARE 705 . 615",
"AI [UNK] 601 . 325 / PR - AgR",
"Súmulas ns . 282",
"AI [UNK] 658 . 206 / RS - AgR",
"ARE 705 . 615 AGR",
"AI [UNK] 601 . 325 / PR - AgR",
"Súmulas ns . 282",
"AI [UNK] 658 . 206 / RS - AgR",
"ARE 705 . 615 AGR / PR",
"ARE 705 . 615 AGR / PR",
"AGRAVO 705 . 615",
"ARE 705 . 615 AGR /",
"RE [UNK] 550 . 505 / DF - AgR",
"Súmula 279 do Supremo Tribunal Federal",
"AI [UNK] 719 . 749 / RJ - AgR",
"ARE 705 . 615 AGR / PR",
"RE [UNK] 550 . 505 / DF - AgR",
"Súmula 279 do Supremo Tribunal Federal",
"AI [UNK] 719 . 749 / RJ - AgR",
"ARE 705 . 615 AGR / PR",
"RE [UNK] 487 . 434 / GO - AgR",
"SÚMULA 279 DO STF",
"Súmula 279 do STF",
"RE [UNK] 487 . 434 / GO - AgR",
"SÚMULA 279 DO STF",
"Súmula 279 do STF",
"ARE 705 . 615",
"AI [UNK] 825 . 142 / RS - AgR",
"AIs 587 . 396 - AgR",
"AI [UNK] 488 . 339 / SP - AgR",
"ARE 705 . 615 AGR",
"AI [UNK] 825 . 142 / RS - AgR",
"AIs 587 . 396 - AgR",
"AI [UNK] 488 . 339 / SP - AgR"
],
"LEGISLACAO": [
"Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo [UNK] , inciso XXXVI , da Constituição Federal",
"art . 543 - C do CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo [UNK] , inciso XXXVI , da Constituição Federal",
"art . 543 - C do CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei [UNK] 4 . 717 / 65",
"Lei da Ação Popular",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei [UNK] 4",
"Lei",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal",
"Emenda Regimental [UNK] 21 / 07",
"Constituição do Brasil",
"Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal",
"Emenda Regimental [UNK] 21 / 07",
"Constituição do Brasil",
"Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"LEI N . 9 . 784 / 99",
"Art . 1o do Decreto no 20 . 910 / 32",
"CF",
"/",
"88",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"LEI N . 9 . 784 / 99",
"Art . 1o do Decreto no 20 . 910 / 32",
"CF",
"/",
"88",
"MP n° 2 . 200",
"Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] , XXXVI , da Constituição",
"CPC , art . 472",
"CPC , arts . 468 , 469 , 470 e 474",
"Carta Política",
"art . [UNK] , XXXVI , da Carta Política",
"Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] , XXXVI , da Constituição",
"CPC , art . 472",
"CPC , arts . 468 , 469 , 470 e 474 )",
"Carta Política",
"art . [UNK] , XXXVI , da Carta Política",
"Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição",
"art . 167 , parágrafo único , do CTN",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição",
"art . 167 , parágrafo único , do CTN",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo [UNK] , inciso XXXVI da CF / 88",
"artigo [UNK] , inciso XXXVI da CF / 88",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo [UNK] , inciso XXXVI da CF / 88",
"artigo [UNK] , inciso XXXVI da CF / 88",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição",
"Constituição do Brasil",
"Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição",
"Constituição do Brasil",
"Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 37 , caput , da Constituição Federal",
"art . [UNK] , inciso XXXVI , da Constituição Federal",
"ARTS . [UNK] , XXXV , DA CONSTITUIÇÃO",
"art . [UNK] , XXXV , da Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 37 , caput , da Constituição Federal",
"art . [UNK] , inciso XXXVI , da Constituição Federal",
"ARTS . [UNK] , XXXV , DA CONSTITUIÇÃO",
"art . [UNK] , XXXV , da Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"PARANÁ",
"Brasília",
"PARANÁ",
"PARANÁ",
"PARANÁ",
"PARANÁ",
"PARANÁ",
"PARANÁ"
],
"ORGANIZACAO": [
"PRIMEIRA TURMA",
"BANCO BANESTADO S / A",
"Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"BANCO BANESTADO S / A",
"Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"BANCO BANESTADO S / A",
"Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"STJ",
"Apadeco",
"Banco do Estado do Paraná S / A",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
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"Supremo Tribunal Federal",
"STJ",
"Apadeco",
"Banco do Estado do Paraná S / A",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Tribunal Pleno",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Tribunal Pleno",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Primeira Turma",
"Primeira Turma",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"Primeira Turma",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Suprema Corte",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"/",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
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"Supremo Tribunal Federal",
"Suprema Corte",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
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"Primeira Turma",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
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"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"APADECO",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"APADECO",
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"Superior Tribunal de Justiça",
"STJ",
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"-",
"Brasil",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Segunda Turma",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Segunda Turma",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Primeira Turma",
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"ICP",
"-",
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"-",
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"/",
"Primeira Turma",
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"-",
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"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"Segunda Turma",
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"-",
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"[UNK] Turma",
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"Infra",
"-",
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"ICP",
"-",
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"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"BANCO BANESTADO S / A",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"DIAS TOFFOLI",
"ADHEMAR FERNANDES DIAS",
"ANTONIO CAMARGO JUNIOR",
"LUIZ RODRIGUES WAMBIER",
"Dias Toffoli",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"ADHEMAR FERNANDES DIAS",
"ANTONIO CAMARGO JUNIOR",
"LUIZ RODRIGUES WAMBIER",
"DIAS TOFFOLI",
"Adhemar Fernandes Dias",
"Adhemar Fernandes Dias",
"DIAS TOFFOLI",
"ADHEMAR FERNANDES DIAS",
"ANTONIO CAMARGO JUNIOR",
"LUIZ RODRIGUES WAMBIER",
"DIAS TOFFOLI",
"Adhemar Fernandes Dias",
"Adhemar Fernandes Dias",
"Sepúlveda Pertence",
"Eros Grau",
"Sepúlveda Pertence",
"Eros Grau",
"Cármen Lúcia",
"Cármen Lúcia",
"Gilmar Mendes",
"Luiz Fux",
"Cármen Lúcia",
"Cármen Lúcia",
"Cármen Lúcia",
"Gilmar Mendes",
"Luiz Fux",
"Cármen Lúcia",
"Celso de Mello",
"MOREIRA ALVES",
"Celso de Mello",
"MOREIRA ALVES",
"CELSO DE MELLO",
"MAURÍCIO CORRÊA",
"CELSO DE MELLO",
"ELLEN GRACIE",
"NELSON JOBIM",
"MOREIRA ALVES",
"CELSO DE MELLO",
"MAURÍCIO CORRÊA",
"CELSO DE MELLO",
"ELLEN GRACIE",
"NELSON JOBIM",
"MOREIRA ALVES",
"Ricardo Lewandowski",
"Eros Grau",
"Ricardo Lewandowski",
"Eros Grau",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"Gilmar Mendes",
"Eros Grau",
"Gilmar Mendes",
"Eros Grau",
"DIAS TOFFOLI",
"Sepúlveda Pertence",
"Sepúlveda Pertence",
"DIAS TOFFOLI",
"Ricardo Lewandowski",
"Sepúlveda Pertence",
"Ricardo Lewandowski",
"Cármen Lúcia",
"Joaquim Barbosa",
"Celso de Mello",
"Ayres Britto",
"Ricardo Lewandowski",
"Sepúlveda Pertence",
"Ricardo Lewandowski",
"Cármen Lúcia",
"Joaquim Barbosa",
"Celso de Mello",
"Ayres Britto",
"DIAS TOFFOLI",
"ADHEMAR FERNANDES DIAS",
"ANTONIO CAMARGO",
"LUIZ RODRIGUES WAMBIER",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Wagner Mathias",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza",
"DIAS TOFFOLI",
"ADHEMAR FERNANDES DIAS",
"ANTONIO CAMARGO JUNIOR",
"LUIZ RODRIGUES WAMBIER",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Wagner Mathias",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza"
],
"TEMPO": [
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"13 de novembro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
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"/",
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"/",
"2012",
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"/",
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"/",
"2012",
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"/",
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"2012",
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"/",
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"08",
"/",
"2001",
"3",
"/",
"5",
"/",
"07",
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"08",
"/",
"2001",
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"/",
"07",
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"/",
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"08",
"/",
"2001",
"6",
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"/",
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"/",
"2001",
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"/",
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"09",
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"/",
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"/",
"09",
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"/",
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"2001",
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"/",
"2001",
"24",
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"/",
"2001",
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"/",
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"/",
"03",
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"/",
"08",
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"2001",
"17",
"/",
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"/",
"03",
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"/",
"2001",
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"07",
"28",
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"/",
"2001",
"11 de janeiro de 2013",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11 de janeiro de 2013",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
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"/",
"11",
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"2012",
"24",
"/",
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"/",
"2001",
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"2012",
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"08",
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"2001",
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"/",
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"/",
"2001",
"9",
"/",
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"/",
"07",
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"/",
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"/",
"2001",
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"/",
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"11",
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"/",
"2001",
"16",
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"4",
"/",
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"24",
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"/",
"2001",
"13",
".",
"11",
".",
"2012",
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"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 717.867 SÃO PAULO
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:INTERPRINT LTDA
ADV.(A/S)
:MÁRCIO SEVERO MARQUES
ADV.(A/S)
:EDGARD SILVEIRA BUENO FILHO
AGDO.(A/S)
:ESTADO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
EMENTA
Agravo regimental no agravo de instrumento. Tributário.
Compensação. Questão infraconstitucional. Ofensa reflexa ou indireta.
Precedentes.
1. Para ultrapassar o entendimento do Tribunal de origem e acolher a
pretensão da agravante, no sentido da exclusão do montante referente ao
alegado crédito tributário do valor do débito fiscal, seria necessário
analisar matéria de índole infraconstitucional. Desse modo, a alegada
violação do dispositivo constitucional invocado seria, se ocorresse,
indireta ou reflexa, o que não enseja reexame da questão em recurso
extraordinário.
2. Agravo regimental não provido.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do
Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata do julgamento e das
notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao
agravo regimental, nos termos do voto do Relator.
Brasília, 13 de novembro de 2012.
MINISTRO DIAS TOFFOLI
Relator
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3183341.
Supremo Tribunal Federal
DJe 14/12/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 6
Relatório
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 717.867 SÃO PAULO
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:INTERPRINT LTDA
ADV.(A/S)
:MÁRCIO SEVERO MARQUES
ADV.(A/S)
:EDGARD SILVEIRA BUENO FILHO
AGDO.(A/S)
:ESTADO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
RELATÓRIO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Interprint Ltda. interpõe agravo regimental contra decisão mediante
a qual neguei provimento ao agravo de instrumento, nos seguintes
termos:
“Interprint Ltda. interpõe agravo de instrumento contra
decisão que não admitiu recurso extraordinário assentado em
contrariedade ao artigo 155, § 2º, I, da Constituição Federal.
Insurge-se, no apelo extremo, contra acórdão do Tribunal
de Justiça do Estado de São Paulo, assim ementado:
‘ICMS. FABRICAÇÃO DE IMPRESSOS SOB
ENCOMENDA-
produto
industrializado
e
comercializado- efetiva circulação da mercadoria
produzida- incidência do imposto questionado-
possibilidade- atividade preponderante na fabricação e
venda de impressos- não incidência do ISS- agravo retido
não conhecido e apelo da Fazendo do Estado provido’ (fl.
1.226).
Opostos embargos de declaração, foram rejeitados.
Decido.
Não merece prosperar a irresignação.
Verifica-se que o Tribunal de origem solucionou a lide
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3183253.
Supremo Tribunal Federal
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 717.867 SÃO PAULO
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:INTERPRINT LTDA
ADV.(A/S)
:MÁRCIO SEVERO MARQUES
ADV.(A/S)
:EDGARD SILVEIRA BUENO FILHO
AGDO.(A/S)
:ESTADO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
RELATÓRIO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Interprint Ltda. interpõe agravo regimental contra decisão mediante
a qual neguei provimento ao agravo de instrumento, nos seguintes
termos:
“Interprint Ltda. interpõe agravo de instrumento contra
decisão que não admitiu recurso extraordinário assentado em
contrariedade ao artigo 155, § 2º, I, da Constituição Federal.
Insurge-se, no apelo extremo, contra acórdão do Tribunal
de Justiça do Estado de São Paulo, assim ementado:
‘ICMS. FABRICAÇÃO DE IMPRESSOS SOB
ENCOMENDA-
produto
industrializado
e
comercializado- efetiva circulação da mercadoria
produzida- incidência do imposto questionado-
possibilidade- atividade preponderante na fabricação e
venda de impressos- não incidência do ISS- agravo retido
não conhecido e apelo da Fazendo do Estado provido’ (fl.
1.226).
Opostos embargos de declaração, foram rejeitados.
Decido.
Não merece prosperar a irresignação.
Verifica-se que o Tribunal de origem solucionou a lide
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3183253.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 6
Relatório
AI 717.867 AGR / SP
consignando que:
‘De outro lado, nem sequer o pedido subsidiário
comporta guarida, pois em se cuidando na espécie de
crédito tributário já definitivamente constituído,
consistente em auto de infração e imposição de multa, não
se há falar em aproveitamento de créditos escriturais para
redução do valor exigido. Nesta fase a pretensão da autora
equivaleria à própria compensação de valores, aqui
entendido como encontro de contas, o que se mostra
absolutamente inviável na espécie, posto que ausente
disposição legal que autorize (artigo 170 do Código
Tributário Nacional). E não se diga que tal recusa
implicaria em afronta ao princípio da não-cumulatividade,
na medida em que os eventuais créditos existentes
poderão ser a todo tempo aproveitados pela contribuinte
em futuras operações’ (Grifo nosso) (fls. 1310/1311).
Como visto, para ultrapassar o entendimento do Tribunal
de origem e acolher a pretensão da agravante no sentido da
exclusão do montante referente ao alegado crédito tributário do
valor do débito fiscal, seria necessária a análise da legislação
infraconstitucional. Desse modo, a alegada violação do
dispositivo constitucional invocado seria, se ocorresse, indireta
ou reflexa, o que não enseja reexame em recurso extraordinário.
Nesse sentido, anote-se:
‘Agravo regimental no agravo de instrumento.
Correção monetária de indébito tributário. Questão
infraconstitucional. Ofensa reflexa ou indireta. 1. As
questões relativas à compensação tributária, correção
monetária e incidência de juros em eventual crédito do
contribuinte para com a Fazenda Pública não
transbordam os limites do âmbito infraconstitucional,
sendo que eventual incompatibilidade com a
Constituição Federal, caso ocorresse, dar-se-ia de forma
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3183253.
Supremo Tribunal Federal
AI 717.867 AGR / SP
consignando que:
‘De outro lado, nem sequer o pedido subsidiário
comporta guarida, pois em se cuidando na espécie de
crédito tributário já definitivamente constituído,
consistente em auto de infração e imposição de multa, não
se há falar em aproveitamento de créditos escriturais para
redução do valor exigido. Nesta fase a pretensão da autora
equivaleria à própria compensação de valores, aqui
entendido como encontro de contas, o que se mostra
absolutamente inviável na espécie, posto que ausente
disposição legal que autorize (artigo 170 do Código
Tributário Nacional). E não se diga que tal recusa
implicaria em afronta ao princípio da não-cumulatividade,
na medida em que os eventuais créditos existentes
poderão ser a todo tempo aproveitados pela contribuinte
em futuras operações’ (Grifo nosso) (fls. 1310/1311).
Como visto, para ultrapassar o entendimento do Tribunal
de origem e acolher a pretensão da agravante no sentido da
exclusão do montante referente ao alegado crédito tributário do
valor do débito fiscal, seria necessária a análise da legislação
infraconstitucional. Desse modo, a alegada violação do
dispositivo constitucional invocado seria, se ocorresse, indireta
ou reflexa, o que não enseja reexame em recurso extraordinário.
Nesse sentido, anote-se:
‘Agravo regimental no agravo de instrumento.
Correção monetária de indébito tributário. Questão
infraconstitucional. Ofensa reflexa ou indireta. 1. As
questões relativas à compensação tributária, correção
monetária e incidência de juros em eventual crédito do
contribuinte para com a Fazenda Pública não
transbordam os limites do âmbito infraconstitucional,
sendo que eventual incompatibilidade com a
Constituição Federal, caso ocorresse, dar-se-ia de forma
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 6
Relatório
AI 717.867 AGR / SP
meramente reflexa ou indireta. Precedentes. 2. Os
fundamentos do agravante, insuficientes para modificar a
decisão ora agravada, demonstram apenas inconformismo
e resistência em pôr termo ao processo, em detrimento da
eficiente prestação jurisdicional. 3. Agravo regimental não
provido’ (AI n° 637.541/SP-AgR, Primeira Turma, de
minha relatoria, DJe de 14/3/12) (Grifo nosso).
‘Agravo regimental em recurso extraordinário. 2.
Tributário. Compensação. Controvérsia que se reveste de
índole infraconstitucional. Ofensa reflexa. 3. Processual
civil. Questão decidida no segundo grau. Ausência de
interposição de recurso extraordinário concomitantemente
ao especial. Preclusão. Precedentes. 4. Agravo regimental a
que se nega provimento’ (RE n° 563.280/CE-AgR, Segunda
Turma, Relator o Ministro Gilmar Mendes , DJe de
11/5/12) (Grifo nosso).
Ante o exposto, nego provimento ao agravo de
instrumento.”
Em suas razões recursais, insiste a agravante na ofensa ao art. 155, §
2º, inciso I, da Constituição Federal.
Aduz, in verbis:
“(...) esclareça-se que o referido pedido objetiva apenas a
manifestação jurisdicional no sentido de que, na hipótese de ser
acolhida a pretensão fazendária, seja da mesma forma
reconhecido o direito subjetivo da Agravante à compensação
dos créditos de ICMS correspondentes às operações
anteriormente realizadas (concernentes às operações de
aquisições de matéria-prima), em atenção ao princípio
constitucional da não-cumulatividade.”
É o relatório.
3
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3183253.
Supremo Tribunal Federal
AI 717.867 AGR / SP
meramente reflexa ou indireta. Precedentes. 2. Os
fundamentos do agravante, insuficientes para modificar a
decisão ora agravada, demonstram apenas inconformismo
e resistência em pôr termo ao processo, em detrimento da
eficiente prestação jurisdicional. 3. Agravo regimental não
provido’ (AI n° 637.541/SP-AgR, Primeira Turma, de
minha relatoria, DJe de 14/3/12) (Grifo nosso).
‘Agravo regimental em recurso extraordinário. 2.
Tributário. Compensação. Controvérsia que se reveste de
índole infraconstitucional. Ofensa reflexa. 3. Processual
civil. Questão decidida no segundo grau. Ausência de
interposição de recurso extraordinário concomitantemente
ao especial. Preclusão. Precedentes. 4. Agravo regimental a
que se nega provimento’ (RE n° 563.280/CE-AgR, Segunda
Turma, Relator o Ministro Gilmar Mendes , DJe de
11/5/12) (Grifo nosso).
Ante o exposto, nego provimento ao agravo de
instrumento.”
Em suas razões recursais, insiste a agravante na ofensa ao art. 155, §
2º, inciso I, da Constituição Federal.
Aduz, in verbis:
“(...) esclareça-se que o referido pedido objetiva apenas a
manifestação jurisdicional no sentido de que, na hipótese de ser
acolhida a pretensão fazendária, seja da mesma forma
reconhecido o direito subjetivo da Agravante à compensação
dos créditos de ICMS correspondentes às operações
anteriormente realizadas (concernentes às operações de
aquisições de matéria-prima), em atenção ao princípio
constitucional da não-cumulatividade.”
É o relatório.
3
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 6
Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 717.867 SÃO PAULO
VOTO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
O recurso não merece prosperar.
As alegações deduzidas no agravo são insuficientes para infirmar a
fundamentação que ampara a decisão agravada, a qual se encontra em
sintonia com a orientação jurisprudencial deste Supremo Tribunal
Federal.
Reitero que, para ultrapassar o entendimento do Tribunal de origem
e acolher a pretensão da agravante, no sentido da exclusão do montante
referente ao alegado crédito tributário do valor do débito fiscal, seria
necessário analisar matéria de índole infraconstitucional.
Desse modo, a alegada violação do dispositivo constitucional
invocado seria, se ocorresse, indireta ou reflexa, o que não enseja reexame
da questão em recurso extraordinário. Nesse sentido: AI nº 637.541/SP-
AgR, Primeira Turma, de minha relatoria, DJe de 14/3/12 e RE n°
563.280/CE-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Gilmar Mendes,
DJe de 11/5/12.
Ante o exposto, voto pelo não provimento do agravo regimental.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 717.867 SÃO PAULO
VOTO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
O recurso não merece prosperar.
As alegações deduzidas no agravo são insuficientes para infirmar a
fundamentação que ampara a decisão agravada, a qual se encontra em
sintonia com a orientação jurisprudencial deste Supremo Tribunal
Federal.
Reitero que, para ultrapassar o entendimento do Tribunal de origem
e acolher a pretensão da agravante, no sentido da exclusão do montante
referente ao alegado crédito tributário do valor do débito fiscal, seria
necessário analisar matéria de índole infraconstitucional.
Desse modo, a alegada violação do dispositivo constitucional
invocado seria, se ocorresse, indireta ou reflexa, o que não enseja reexame
da questão em recurso extraordinário. Nesse sentido: AI nº 637.541/SP-
AgR, Primeira Turma, de minha relatoria, DJe de 14/3/12 e RE n°
563.280/CE-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Gilmar Mendes,
DJe de 11/5/12.
Ante o exposto, voto pelo não provimento do agravo regimental.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3183254.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 6
Decisão de Julgamento
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 717.867
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S) : INTERPRINT LTDA
ADV.(A/S) : MÁRCIO SEVERO MARQUES
ADV.(A/S) : EDGARD SILVEIRA BUENO FILHO
AGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos
termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro
Dias Toffoli. 1ª Turma, 13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Wagner Mathias.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3126444
Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 717.867
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S) : INTERPRINT LTDA
ADV.(A/S) : MÁRCIO SEVERO MARQUES
ADV.(A/S) : EDGARD SILVEIRA BUENO FILHO
AGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos
termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro
Dias Toffoli. 1ª Turma, 13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Wagner Mathias.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3126444
Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 6
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3195631 | 2012-11-13T00:00:00 | 2012-12-14T00:00:00 | A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 13.11.2012. | AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO | EMENTA
Agravo regimental no agravo de instrumento. Tributário. Compensação. Questão infraconstitucional. Ofensa reflexa ou indireta. Precedentes.
1. Para ultrapassar o entendimento do Tribunal de origem e acolher a pretensão da agravante, no sentido da exclusão do montante referente ao alegado crédito tributário do valor do débito fiscal, seria necessário analisar matéria de índole infraconstitucional. Desse modo, a alegada violação do dispositivo constitucional invocado seria, se ocorresse, indireta ou reflexa, o que não enseja reexame da questão em recurso extraordinário.
2. Agravo regimental não provido. | sjur221744 | - Acórdão(s) citado(s):
(OFENSA REFLEXA)
STF: AI 637541 AgR (1ªT), RE 563280 AgR (2ªT).
Número de páginas: 6.
Análise: 15/01/2013, MJC. | DIAS TOFFOLI | Primeira Turma | 717867 | null | AI-AgR | acordaos | AI 717867 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : INTERPRINT LTDA
ADV.(A/S) : MÁRCIO SEVERO MARQUES
ADV.(A/S) : EDGARD SILVEIRA BUENO FILHO
AGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 717 . 867",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 717 . 867",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 717 . 867",
"AI 717 . 867 AGR / SP",
"AI 717 . 867 AGR / SP",
"AI 717 . 867 AGR",
"AI n° 637 . 541 / SP - AgR",
"RE n° 563 . 280 / CE - AgR",
"AI 717 . 867 AGR",
"AI n° 637 . 541 / SP - AgR",
"RE n° 563 . 280 / CE - AgR",
"INSTRUMENTO 717 . 867",
"AI [UNK] 637 . 541 / SP - AgR",
"RE n° 563 . 280 / CE - AgR",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 717 . 867",
"AI [UNK] 637 . 541 / SP - AgR",
"RE n° 563 . 280 / CE - AgR",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 717 .",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 717 . 867"
],
"LEGISLACAO": [
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 155 , § [UNK] , I , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 155 , § [UNK] , I , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 170 do Código Tributário Nacional",
"Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 170 do Código Tributário Nacional",
"Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 155 , § [UNK] , inciso I , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 155 , § [UNK] , inciso I , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"Brasília",
"SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO"
],
"ORGANIZACAO": [
"PRIMEIRA TURMA",
"INTERPRINT LTDA",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
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"Interprint Ltda .",
"Interprint Ltda .",
"Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo",
"Fazendo do",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"INTERPRINT LTDA",
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"Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"Brasil",
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"Brasil",
"/",
"SP",
"Primeira Turma",
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"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"/",
"SP",
"Primeira Turma",
"Segunda Turma",
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"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"Segunda Turma",
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"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"INTERPRINT LTDA",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"INTERPRINT LTDA",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"DIAS TOFFOLI",
"MÁRCIO SEVERO MARQUES",
"EDGARD SILVEIRA BUENO FILHO",
"Dias Toffoli",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"MÁRCIO SEVERO MARQUES",
"EDGARD SILVEIRA BUENO FILHO",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"MÁRCIO SEVERO MARQUES",
"EDGARD SILVEIRA BUENO FILHO",
"DIAS TOFFOLI",
"Gilmar Mendes",
"Gilmar Mendes",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"Gilmar Mendes",
"DIAS TOFFOLI",
"Gilmar Mendes",
"DIAS TOFFOLI",
"MÁRCIO SEVERO MARQUES",
"EDGARD SILVEIRA BUENO FILHO",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Wagner Mathias",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza",
"DIAS TOFFOLI",
"MÁRCIO SEVERO MARQUES",
"EDGARD SILVEIRA BUENO FILHO",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Wagner Mathias",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza"
],
"TEMPO": [
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"13 de novembro de 2012",
"24",
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"08",
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"2001",
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"2012",
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"2012",
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"08",
"/",
"2001",
"13",
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"2012",
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"08",
"/",
"2001",
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"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
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"/",
"12",
"11",
"/",
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"/",
"12",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"14",
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"/",
"12",
"11",
"/",
"5",
"/",
"12",
"24",
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"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"14",
"/",
"3",
"/",
"12",
"11",
"/",
"5",
"/",
"12",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"14",
"/",
"3",
"/",
"12",
"11",
"/",
"5",
"/",
"12",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 708.028 RIO
GRANDE DO SUL
RELATOR
: MIN. LUIZ FUX
AGTE.(S)
:IVAN FERNANDO DAMIANI
ADV.(A/S)
:CARLOS ALBERTO NASCIMENTO E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S)
:LUÍS ALFREDO COSTA E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S)
:ANDRE ANDRADE DE ARAUJO
AGDO.(A/S)
:ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL
DO
ESTADO
DO
RIO
GRANDE DO SUL
EMENTA:
AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO
COM
AGRAVO.
ADMINISTRATIVO.
APLICAÇÃO DOS CRITÉRIOS DE REAJUSTE DO VALE-REFEIÇÃO
DOS SERVIDORES DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL AOS
INTEGRANTES DO QUADRO ESPECIAL DECORRENTE DA
TRANSFORMAÇÃO DA ANTIGA CEERGS – CAIXA ECONÔMICA
ESTADUAL DO RIO GRANDE DO SUL EM SOCIEDADE ANÔNIMA
DE ECONOMIA MISTA. CONTROVÉRSIA DE ÍNDOLE
INFRACONSTITUCIONAL. REPERCUSSÃO GERAL REJEITADA
PELO PLENÁRIO VIRTUAL DESTA CORTE NO ARE 708.403 RG.
1. O reajuste do vale-refeição dos servidores integrantes do quadro
especial decorrente da transformação CEERGS em sociedade anônima de
economia mista, à luz do caput do artigo 37 da Constituição Federal, nas
mesmas datas e com os mesmos índices aplicáveis aos demais servidores
do Poder Executivo, já restou analisado no ARE n. 708.403-RG, em que o
Plenário desta Corte decidiu rejeitar sua repercussão geral, uma vez que a
matéria está restrita a análise de norma infraconstitucional.
2.
In casu,
o acórdão originariamente recorrido assentou:
“SERVIDOR PÚBLICO. EXTINTA CAIXA ECONÔMICA ESTADUAL
(QUADRO ESPECIAL INSTITUÍDO PELA LEI ESTADUAL Nº 10.959/97).
AUXÍLIO RANCHO E VALE REFEIÇÃO. VERBAS DIVERSAS.
IMPROCEDENTE O PEDIDO DE REAJUSTE DO VALE REFEIÇÃO,
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3135704.
Supremo Tribunal Federal
DJe 29/11/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 11
Ementa e Acórdão
ARE 708.028 AGR / RS
POSTO QUE INAPLICÁVEL AO CASO O DISPOSTO NA LEI Nº
10.002/93. VALOR PERCEBIDO QUE EXTRAPOLA O RECEBIDO PELOS
DEMAIS SERVIDORES. CARÊNCIA DA AÇÃO AFASTADA. MATÉRIA
NO MÉRITO ENFRENTADA, MAS RECURSO IMPROVIDO.”
3. Agravo regimental desprovido.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do
Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de julgamento e das
notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao
agravo regimental, nos termos do voto do Relator.
Brasília, 13 de novembro de 2012.
LUIZ FUX – Relator
Documento assinado digitalmente
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3135704.
Supremo Tribunal Federal
ARE 708.028 AGR / RS
POSTO QUE INAPLICÁVEL AO CASO O DISPOSTO NA LEI Nº
10.002/93. VALOR PERCEBIDO QUE EXTRAPOLA O RECEBIDO PELOS
DEMAIS SERVIDORES. CARÊNCIA DA AÇÃO AFASTADA. MATÉRIA
NO MÉRITO ENFRENTADA, MAS RECURSO IMPROVIDO.”
3. Agravo regimental desprovido.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do
Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de julgamento e das
notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao
agravo regimental, nos termos do voto do Relator.
Brasília, 13 de novembro de 2012.
LUIZ FUX – Relator
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Relatório
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 708.028 RIO
GRANDE DO SUL
RELATOR
: MIN. LUIZ FUX
AGTE.(S)
:IVAN FERNANDO DAMIANI
ADV.(A/S)
:CARLOS ALBERTO NASCIMENTO E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S)
:LUÍS ALFREDO COSTA E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S)
:ANDRE ANDRADE DE ARAUJO
AGDO.(A/S)
:ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL
DO
ESTADO
DO
RIO
GRANDE DO SUL
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Trata-se de agravo
regimental interposto por IVAN FERNANDO DAMIANI, contra a decisão que
prolatei, assim ementada, verbis:
RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO.
DIREITO ADMINISTRATIVO. REAJUSTE DO VALE
REFEIÇÃO. LEI ESTADUAL 10.002/93. SERVIDORES DA
CAIXA ECONÔMICA ESTADUAL. PEDIDO DE ISONOMIA.
AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. ANÁLISE DE
NORMA
INFRACONSTITUCIONAL
LOCAL.
IMPOSSIBILIDADE. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 280 DO STF.
REPERCUSSÃO GERAL NÃO EXAMINADA EM FACE DE
OUTROS FUNDAMENTOS QUE OBSTAM A ADMISSÃO DO
APELO EXTREMO.
1. A repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o
crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais de
admissibilidade (art. 323 do RISTF). Consectariamente, se o
recurso é inadmissível por outro motivo, não há como se
pretender seja reconhecida “a repercussão geral das questões
constitucionais discutidas no caso” (art. 102, III, § 3º, da CF).
2. O prequestionamento da questão constitucional é
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13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 708.028 RIO
GRANDE DO SUL
RELATOR
: MIN. LUIZ FUX
AGTE.(S)
:IVAN FERNANDO DAMIANI
ADV.(A/S)
:CARLOS ALBERTO NASCIMENTO E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S)
:LUÍS ALFREDO COSTA E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S)
:ANDRE ANDRADE DE ARAUJO
AGDO.(A/S)
:ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL
DO
ESTADO
DO
RIO
GRANDE DO SUL
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Trata-se de agravo
regimental interposto por IVAN FERNANDO DAMIANI, contra a decisão que
prolatei, assim ementada, verbis:
RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO.
DIREITO ADMINISTRATIVO. REAJUSTE DO VALE
REFEIÇÃO. LEI ESTADUAL 10.002/93. SERVIDORES DA
CAIXA ECONÔMICA ESTADUAL. PEDIDO DE ISONOMIA.
AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. ANÁLISE DE
NORMA
INFRACONSTITUCIONAL
LOCAL.
IMPOSSIBILIDADE. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 280 DO STF.
REPERCUSSÃO GERAL NÃO EXAMINADA EM FACE DE
OUTROS FUNDAMENTOS QUE OBSTAM A ADMISSÃO DO
APELO EXTREMO.
1. A repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o
crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais de
admissibilidade (art. 323 do RISTF). Consectariamente, se o
recurso é inadmissível por outro motivo, não há como se
pretender seja reconhecida “a repercussão geral das questões
constitucionais discutidas no caso” (art. 102, III, § 3º, da CF).
2. O prequestionamento da questão constitucional é
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Relatório
ARE 708.028 AGR / RS
requisito indispensável à admissão do recurso extraordinário,
sendo certo que eventual omissão no acórdão recorrido reclama
embargos de declaração.
3. As Súmulas 282 e 356 do STF dispõem respectivamente:
“É inadmissível o recurso extraordinário, quando não ventilada, na
decisão recorrida, a questão federal suscitada” e “O ponto omisso da
decisão, sobre o qual não foram opostos embargos declaratórios, não
pode ser objeto de recurso extraordinário, por faltar o requisito do
prequestionamento”.
4. A controvérsia foi decidida pelo Tribunal a quo à luz de
interpretação das Leis estaduais nºs 11.468/2000, 10.002/93,
9.055/90, revelando-se incabível a insurgência recursal
extraordinária para rediscussão da matéria. (Súmula 280/STF:
“Por ofensa a direito local não cabe recurso extraordinário”).
Precedentes: ARE 680.280-AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes,
Segunda Turma, DJe de 29/05/2012; AI 844.653-AgR, Rel.
Ministro Luiz Fux, Primeira Turma, DJe 15/09/2011; e AI
450.849-AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJ de
01/07/2005.
5. In casu, o acórdão recorrido assentou: “SERVIDOR
PÚBLICO. EXTINTA CAIXA ECONÔMICA ESTADUAL
(QUADRO ESPECIAL INSTITUÍDO PELA LEI ESTADUAL Nº
10.959/97). AUXÍLIO RANCHO E VALE REFEIÇÃO. VERBAS
DIVERSAS. IMPROCEDENTE O PEDIDO DE REAJUSTE DO
VALE REFEIÇÃO, POSTO QUE INAPLICÁVEL AO CASO O
DISPOSTO NA LEI Nº 10.002/93. VALOR PERCEBIDO QUE
EXTRAPOLA O RECEBIDO PELOS DEMAIS SERVIDORES.
CARÊNCIA DA AÇÃO AFASTADA. MATÉRIA NO MÉRITO
ENFRENTADA, MAS RECURSO IMPROVIDO.”
6. NEGO SEGUIMENTO ao agravo.
Inconformado com a decisão supra, o agravante interpõe o recurso
fls. 89/99 alegando em síntese que:
“O julgado cujos fundamentos se requer a apreciação pelo
colegiado supremo através da via extraordinária, traz em seu
2
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requisito indispensável à admissão do recurso extraordinário,
sendo certo que eventual omissão no acórdão recorrido reclama
embargos de declaração.
3. As Súmulas 282 e 356 do STF dispõem respectivamente:
“É inadmissível o recurso extraordinário, quando não ventilada, na
decisão recorrida, a questão federal suscitada” e “O ponto omisso da
decisão, sobre o qual não foram opostos embargos declaratórios, não
pode ser objeto de recurso extraordinário, por faltar o requisito do
prequestionamento”.
4. A controvérsia foi decidida pelo Tribunal a quo à luz de
interpretação das Leis estaduais nºs 11.468/2000, 10.002/93,
9.055/90, revelando-se incabível a insurgência recursal
extraordinária para rediscussão da matéria. (Súmula 280/STF:
“Por ofensa a direito local não cabe recurso extraordinário”).
Precedentes: ARE 680.280-AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes,
Segunda Turma, DJe de 29/05/2012; AI 844.653-AgR, Rel.
Ministro Luiz Fux, Primeira Turma, DJe 15/09/2011; e AI
450.849-AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJ de
01/07/2005.
5. In casu, o acórdão recorrido assentou: “SERVIDOR
PÚBLICO. EXTINTA CAIXA ECONÔMICA ESTADUAL
(QUADRO ESPECIAL INSTITUÍDO PELA LEI ESTADUAL Nº
10.959/97). AUXÍLIO RANCHO E VALE REFEIÇÃO. VERBAS
DIVERSAS. IMPROCEDENTE O PEDIDO DE REAJUSTE DO
VALE REFEIÇÃO, POSTO QUE INAPLICÁVEL AO CASO O
DISPOSTO NA LEI Nº 10.002/93. VALOR PERCEBIDO QUE
EXTRAPOLA O RECEBIDO PELOS DEMAIS SERVIDORES.
CARÊNCIA DA AÇÃO AFASTADA. MATÉRIA NO MÉRITO
ENFRENTADA, MAS RECURSO IMPROVIDO.”
6. NEGO SEGUIMENTO ao agravo.
Inconformado com a decisão supra, o agravante interpõe o recurso
fls. 89/99 alegando em síntese que:
“O julgado cujos fundamentos se requer a apreciação pelo
colegiado supremo através da via extraordinária, traz em seu
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Relatório
ARE 708.028 AGR / RS
bojo, o devido debate sobre a matéria tratando uma a uma das
normas infraconstitucionais aventadas pelas partes.
Daí, portanto, surge a inconformidade da parte recorrente,
no que respeita a violação ao comando constitucional (artigo 37,
caput da Lei Maior) realizado pelo Tribunal ‘a quo’, quando da
negativa de vigência ao comando legal expresso que reconhece
igualdade entre os servidores pertencentes ao quadro Especial,
que é o caso do recorrente.
Desta forma, se tem por preenchido em sua plenitude, o
requisito do pré-questionamento, não havendo que se obstar o
trânsito do recurso com o fundamento de sua ausência”.
É o relatório.
3
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ARE 708.028 AGR / RS
bojo, o devido debate sobre a matéria tratando uma a uma das
normas infraconstitucionais aventadas pelas partes.
Daí, portanto, surge a inconformidade da parte recorrente,
no que respeita a violação ao comando constitucional (artigo 37,
caput da Lei Maior) realizado pelo Tribunal ‘a quo’, quando da
negativa de vigência ao comando legal expresso que reconhece
igualdade entre os servidores pertencentes ao quadro Especial,
que é o caso do recorrente.
Desta forma, se tem por preenchido em sua plenitude, o
requisito do pré-questionamento, não havendo que se obstar o
trânsito do recurso com o fundamento de sua ausência”.
É o relatório.
3
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Voto - MIN. LUIZ FUX
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 708.028 RIO
GRANDE DO SUL
V O T O
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Não assiste razão ao
agravante.
Em suma, os fundamentos da decisão agravada restaram assim
consignados:
Trata-se de agravo interposto por EDSON RIBEIRO LEITÃO
contra decisão de fls. 72/73 que inadmitiu recurso
extraordinário interposto com fundamento no artigo 102, III,
“a”, da Constituição Federal, em face de acórdão proferido pelo
Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul (fl. 54),
assim ementado:
SERVIDOR PÚBLICO. EXTINTA CAIXA ECONÔMICA
ESTADUAL (QUADRO ESPECIAL INSTITUÍDO PELA LEI
ESTADUAL Nº 10.959/97). AUXÍLIO RANCHO E VALE
REFEIÇÃO. VERBAS DIVERSAS. IMPROCEDENTE O
PEDIDO DE REAJUSTE DO VALE REFEIÇÃO, POSTO QUE
INAPLICÁVEL AO CASO O DISPOSTO NA LEI Nº 10.002/93.
VALOR PERCEBIDO QUE EXTRAPOLA O RECEBIDO PELOS
DEMAIS SERVIDORES. CARÊNCIA DA AÇÃO AFASTADA.
MATÉRIA NO MÉRITO ENFRENTADA, MAS RECURSO
IMPROVIDO.
Não foram opostos embargos de declaração.
Nas razões do apelo extremo, sustenta a preliminar de
repercussão geral e, no mérito, alega violação ao artigo 37,
caput, da Constituição Federal.
O Tribunal a quo negou seguimento ao apelo extremo, por
entender que a controvérsia carece de prequestionamento,
além do que a verificação de ofensa a dispositivo constitucional
demandaria a análise da legislação infraconstitucional local.
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 708.028 RIO
GRANDE DO SUL
V O T O
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Não assiste razão ao
agravante.
Em suma, os fundamentos da decisão agravada restaram assim
consignados:
Trata-se de agravo interposto por EDSON RIBEIRO LEITÃO
contra decisão de fls. 72/73 que inadmitiu recurso
extraordinário interposto com fundamento no artigo 102, III,
“a”, da Constituição Federal, em face de acórdão proferido pelo
Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul (fl. 54),
assim ementado:
SERVIDOR PÚBLICO. EXTINTA CAIXA ECONÔMICA
ESTADUAL (QUADRO ESPECIAL INSTITUÍDO PELA LEI
ESTADUAL Nº 10.959/97). AUXÍLIO RANCHO E VALE
REFEIÇÃO. VERBAS DIVERSAS. IMPROCEDENTE O
PEDIDO DE REAJUSTE DO VALE REFEIÇÃO, POSTO QUE
INAPLICÁVEL AO CASO O DISPOSTO NA LEI Nº 10.002/93.
VALOR PERCEBIDO QUE EXTRAPOLA O RECEBIDO PELOS
DEMAIS SERVIDORES. CARÊNCIA DA AÇÃO AFASTADA.
MATÉRIA NO MÉRITO ENFRENTADA, MAS RECURSO
IMPROVIDO.
Não foram opostos embargos de declaração.
Nas razões do apelo extremo, sustenta a preliminar de
repercussão geral e, no mérito, alega violação ao artigo 37,
caput, da Constituição Federal.
O Tribunal a quo negou seguimento ao apelo extremo, por
entender que a controvérsia carece de prequestionamento,
além do que a verificação de ofensa a dispositivo constitucional
demandaria a análise da legislação infraconstitucional local.
Supremo Tribunal Federal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 11
Voto - MIN. LUIZ FUX
ARE 708.028 AGR / RS
É o relatório. DECIDO.
Ab initio, a repercussão geral pressupõe recurso admissível
sob o crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais
de admissibilidade (art. 323 do RISTF). Consectariamente, se o
recurso é inadmissível por outro motivo, não há como se
pretender seja reconhecida “a repercussão geral das questões
constitucionais discutidas no caso” (art. 102, III, § 3º, da CF).
Quanto ao mérito, não merece prosperar o presente
agravo.
Verifica-se, na espécie, que o dispositivo da Constituição
Federal que o agravante considera violado não foi debatido no
acórdão recorrido. Além disso, não foram opostos embargos de
declaração para sanar eventual omissão, faltando, ao caso, o
necessário prequestionamento da questão constitucional, que
deve ser explícito, o que inviabiliza a pretensão de exame do
recurso extraordinário. Incide, portanto, o óbice das Súmulas
282 e 356 do STF, verbis: “É inadmissível o recurso extraordinário,
quando não ventilada, na decisão recorrida, a questão federal
suscitada.” e “O ponto omisso da decisão, sobre o qual não foram
opostos embargos declaratórios, não pode ser objeto de recurso
extraordinário, por faltar o requisito do prequestionamento.”
A respeito da aplicação das referidas súmulas assim
discorre Roberto Rosas:
“A Constituição de 1891, no art. 59, III, a, dizia: 'quando se
questionar sobre a validade de leis ou aplicação de tratados e
leis federais, e a decisão for contra ela'.
De forma idêntica dispôs a Constituição de 1934, no art.
76, III, a: ‘quando a decisão for contra literal disposição de
tratado ou lei federal, sobre cuja aplicação se haja questionado’.
Essas Constituições eram mais explícitas a respeito do
âmbito do recurso extraordinário. Limita-se este às questões
apreciadas na decisão recorrida. Se foi omissa em relação a
determinado ponto, a parte deve opor embargos declaratórios.
Caso não o faça, não poderá invocar essa questão não apreciada
na decisão recorrida (RTJ 56/70; v. Súmula 356 do STF e Súmula
211 do STJ; Nelson Luiz Pinto, Manual dos Recursos Cíveis,
2
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
ARE 708.028 AGR / RS
É o relatório. DECIDO.
Ab initio, a repercussão geral pressupõe recurso admissível
sob o crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais
de admissibilidade (art. 323 do RISTF). Consectariamente, se o
recurso é inadmissível por outro motivo, não há como se
pretender seja reconhecida “a repercussão geral das questões
constitucionais discutidas no caso” (art. 102, III, § 3º, da CF).
Quanto ao mérito, não merece prosperar o presente
agravo.
Verifica-se, na espécie, que o dispositivo da Constituição
Federal que o agravante considera violado não foi debatido no
acórdão recorrido. Além disso, não foram opostos embargos de
declaração para sanar eventual omissão, faltando, ao caso, o
necessário prequestionamento da questão constitucional, que
deve ser explícito, o que inviabiliza a pretensão de exame do
recurso extraordinário. Incide, portanto, o óbice das Súmulas
282 e 356 do STF, verbis: “É inadmissível o recurso extraordinário,
quando não ventilada, na decisão recorrida, a questão federal
suscitada.” e “O ponto omisso da decisão, sobre o qual não foram
opostos embargos declaratórios, não pode ser objeto de recurso
extraordinário, por faltar o requisito do prequestionamento.”
A respeito da aplicação das referidas súmulas assim
discorre Roberto Rosas:
“A Constituição de 1891, no art. 59, III, a, dizia: 'quando se
questionar sobre a validade de leis ou aplicação de tratados e
leis federais, e a decisão for contra ela'.
De forma idêntica dispôs a Constituição de 1934, no art.
76, III, a: ‘quando a decisão for contra literal disposição de
tratado ou lei federal, sobre cuja aplicação se haja questionado’.
Essas Constituições eram mais explícitas a respeito do
âmbito do recurso extraordinário. Limita-se este às questões
apreciadas na decisão recorrida. Se foi omissa em relação a
determinado ponto, a parte deve opor embargos declaratórios.
Caso não o faça, não poderá invocar essa questão não apreciada
na decisão recorrida (RTJ 56/70; v. Súmula 356 do STF e Súmula
211 do STJ; Nelson Luiz Pinto, Manual dos Recursos Cíveis,
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 11
Voto - MIN. LUIZ FUX
ARE 708.028 AGR / RS
Malheiros Editores, 1999, p. 234; Carlos Mário Velloso, Temas de
Direito Público, p. 236).”
E:
“Os embargos declaratórios visam a pedir ao juiz ou juízes
prolatores da decisão que espanquem dúvidas, supram
omissões ou eliminem contradições. Se esse possível ponto
omisso não foi aventado, nada há que se alegar posteriormente
no recurso extraordinário. Falta o prequestionamento da
matéria.
A parte não considerou a existência de omissão, por isso
não opôs os embargos declaratórios no devido tempo, por não
existir matéria a discutir no recurso extraordinário sobre essa
questão (RE 77.128, RTJ 79/162; v. Súmula 282).
O STF interpretou o teor da Súmula no sentido da
desnecessidade de nova provocação, se a parte opôs os
embargos, e o tribunal se recusou a suprir a omissão (RE
176.626, RTJ 168/305; v. Súmula 211 do STJ).” (ROSAS, Roberto,
in Direito Sumular, Malheiros).
Ainda nesse sentido:
“Recurso extraordinário: prequestionamento explícito:
exigibilidade. O requisito do prequestionamento assenta no fato
de não ser aplicável à fase de conhecimento do recurso
extraordinário o princípio jura novit curia: instrumento de
revisão in jure das decisões proferidas em única ou última
instância, o RE não investe o Supremo de competência para
vasculhar o acórdão recorrido, à procura de uma norma que
poderia ser pertinente ao caso, mas da qual não se cogitou. Daí
a necessidade de pronunciamento explícito do Tribunal a quo
sobre a questão suscitada no recurso extraordinário: Sendo o
prequestionamento, por definição, necessariamente explícito, o
chamado prequestionamento implícito não é mais do que uma
simples e inconcebível contradição em termos”. (AI 253.566-
AgR, rel. Min. Sepúlveda Pertence, DJ 03/03/00).
Ademais, a controvérsia foi decidida à luz da legislação
infraconstitucional local pertinente e, portanto, incide o
3
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Malheiros Editores, 1999, p. 234; Carlos Mário Velloso, Temas de
Direito Público, p. 236).”
E:
“Os embargos declaratórios visam a pedir ao juiz ou juízes
prolatores da decisão que espanquem dúvidas, supram
omissões ou eliminem contradições. Se esse possível ponto
omisso não foi aventado, nada há que se alegar posteriormente
no recurso extraordinário. Falta o prequestionamento da
matéria.
A parte não considerou a existência de omissão, por isso
não opôs os embargos declaratórios no devido tempo, por não
existir matéria a discutir no recurso extraordinário sobre essa
questão (RE 77.128, RTJ 79/162; v. Súmula 282).
O STF interpretou o teor da Súmula no sentido da
desnecessidade de nova provocação, se a parte opôs os
embargos, e o tribunal se recusou a suprir a omissão (RE
176.626, RTJ 168/305; v. Súmula 211 do STJ).” (ROSAS, Roberto,
in Direito Sumular, Malheiros).
Ainda nesse sentido:
“Recurso extraordinário: prequestionamento explícito:
exigibilidade. O requisito do prequestionamento assenta no fato
de não ser aplicável à fase de conhecimento do recurso
extraordinário o princípio jura novit curia: instrumento de
revisão in jure das decisões proferidas em única ou última
instância, o RE não investe o Supremo de competência para
vasculhar o acórdão recorrido, à procura de uma norma que
poderia ser pertinente ao caso, mas da qual não se cogitou. Daí
a necessidade de pronunciamento explícito do Tribunal a quo
sobre a questão suscitada no recurso extraordinário: Sendo o
prequestionamento, por definição, necessariamente explícito, o
chamado prequestionamento implícito não é mais do que uma
simples e inconcebível contradição em termos”. (AI 253.566-
AgR, rel. Min. Sepúlveda Pertence, DJ 03/03/00).
Ademais, a controvérsia foi decidida à luz da legislação
infraconstitucional local pertinente e, portanto, incide o
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documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3135706.
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Voto - MIN. LUIZ FUX
ARE 708.028 AGR / RS
disposto na Súmula 280 desta Corte, de seguinte teor: “Por
ofensa a direito local não cabe recurso extraordinário”.
A respeito do enunciado da Súmula 280, traz-se à lume as
lições do ilustre professor Roberto Rosas, verbis:
"A interpretação do direito local ou então a violação de
direito local para possibilitar o recurso extraordinário é
impossível, porque o desideratum do legislador e a orientação
do STF são no sentido de instituir o apelo final no âmbito da lei
federal, mantendo a sua supremacia. A Súmula 280, seguindo
nessa esteira, afirma que por ofensa a direito local não cabe
recurso extraordinário. Ressalte-se que, quando as leis estaduais
conflitam no tempo, a matéria já está no plano do direito
federal, porquanto o Direito Intertemporal é do âmbito da lei
federal (RE 51.680, Rel. Min. Luiz Gallotti, DJU 1.8.1963).
Quanto às leis municipais adota-se o mesmo ponto concernente
às leis estaduais. As Leis de Organização Judiciária são locais,
estaduais, portanto não podem ser invocadas para a admissão
de recurso extraordinário, sendo comum os casos onde surgem
problemas no concernente ao julgamento da causa pelo tribunal
a quo, discutindo-se a sistemática nos julgamentos: juízes
impedidos, convocação de juízes etc. (RE 66.149, RTJ 49/356).”
(in, Direito Sumular. 12ª ed. São Paulo: Malheiros, 2004).
No mesmo sentido colaciono os seguintes precedentes:
ARE 680.280-AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes, Segunda Turma,
DJe de 29/05/2012; AI 844.653-AgR, Rel. Ministro Luiz Fux,
Primeira Turma, DJe 15/09/2011; e AI 450.849-AgR, Rel. Min.
Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJ de 01/07/2005.
Ex positis, NEGO SEGUIMENTO ao agravo, com
fundamento no art. 21, § 1º, do RISTF.
Em que pesem os argumentos expendidos nas razões de agravar,
resta evidenciado das razões recursais que o agravante não trouxe
nenhum argumento capaz de infirmar a decisão hostilizada, razão pela
qual a mesma deve ser mantida por seus próprios fundamentos.
Ademais, a questão objeto dos presentes autos já foi analisada no
4
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3135706.
Supremo Tribunal Federal
ARE 708.028 AGR / RS
disposto na Súmula 280 desta Corte, de seguinte teor: “Por
ofensa a direito local não cabe recurso extraordinário”.
A respeito do enunciado da Súmula 280, traz-se à lume as
lições do ilustre professor Roberto Rosas, verbis:
"A interpretação do direito local ou então a violação de
direito local para possibilitar o recurso extraordinário é
impossível, porque o desideratum do legislador e a orientação
do STF são no sentido de instituir o apelo final no âmbito da lei
federal, mantendo a sua supremacia. A Súmula 280, seguindo
nessa esteira, afirma que por ofensa a direito local não cabe
recurso extraordinário. Ressalte-se que, quando as leis estaduais
conflitam no tempo, a matéria já está no plano do direito
federal, porquanto o Direito Intertemporal é do âmbito da lei
federal (RE 51.680, Rel. Min. Luiz Gallotti, DJU 1.8.1963).
Quanto às leis municipais adota-se o mesmo ponto concernente
às leis estaduais. As Leis de Organização Judiciária são locais,
estaduais, portanto não podem ser invocadas para a admissão
de recurso extraordinário, sendo comum os casos onde surgem
problemas no concernente ao julgamento da causa pelo tribunal
a quo, discutindo-se a sistemática nos julgamentos: juízes
impedidos, convocação de juízes etc. (RE 66.149, RTJ 49/356).”
(in, Direito Sumular. 12ª ed. São Paulo: Malheiros, 2004).
No mesmo sentido colaciono os seguintes precedentes:
ARE 680.280-AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes, Segunda Turma,
DJe de 29/05/2012; AI 844.653-AgR, Rel. Ministro Luiz Fux,
Primeira Turma, DJe 15/09/2011; e AI 450.849-AgR, Rel. Min.
Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJ de 01/07/2005.
Ex positis, NEGO SEGUIMENTO ao agravo, com
fundamento no art. 21, § 1º, do RISTF.
Em que pesem os argumentos expendidos nas razões de agravar,
resta evidenciado das razões recursais que o agravante não trouxe
nenhum argumento capaz de infirmar a decisão hostilizada, razão pela
qual a mesma deve ser mantida por seus próprios fundamentos.
Ademais, a questão objeto dos presentes autos já foi analisada no
4
Supremo Tribunal Federal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 11
Voto - MIN. LUIZ FUX
ARE 708.028 AGR / RS
ARE 708.403 RG, Rel. Min. Gilmar Mendes, em que o Plenário desta Corte
recusou o recurso extraordinário ante a ausência de repercussão geral,
visto que a matéria está restrita à análise de norma infraconstitucional.
Ex positis, nego provimento ao agravo regimental.
5
Supremo Tribunal Federal
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ARE 708.028 AGR / RS
ARE 708.403 RG, Rel. Min. Gilmar Mendes, em que o Plenário desta Corte
recusou o recurso extraordinário ante a ausência de repercussão geral,
visto que a matéria está restrita à análise de norma infraconstitucional.
Ex positis, nego provimento ao agravo regimental.
5
Supremo Tribunal Federal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 11
Decisão de Julgamento
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 708.028
PROCED. : RIO GRANDE DO SUL
RELATOR : MIN. LUIZ FUX
AGTE.(S) : IVAN FERNANDO DAMIANI
ADV.(A/S) : CARLOS ALBERTO NASCIMENTO E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : LUÍS ALFREDO COSTA E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : ANDRE ANDRADE DE ARAUJO
AGDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos
termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro
Dias Toffoli. 1ª Turma, 13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Wagner Mathias.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 708.028
PROCED. : RIO GRANDE DO SUL
RELATOR : MIN. LUIZ FUX
AGTE.(S) : IVAN FERNANDO DAMIANI
ADV.(A/S) : CARLOS ALBERTO NASCIMENTO E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : LUÍS ALFREDO COSTA E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : ANDRE ANDRADE DE ARAUJO
AGDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos
termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro
Dias Toffoli. 1ª Turma, 13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Wagner Mathias.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3126423
Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 11
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3140812 | 2012-11-13T00:00:00 | 2012-11-29T00:00:00 | A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 13.11.2012. | AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO | Ementa: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO. APLICAÇÃO DOS CRITÉRIOS DE REAJUSTE DO VALE-REFEIÇÃO DOS SERVIDORES DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL AOS INTEGRANTES DO QUADRO ESPECIAL DECORRENTE DA TRANSFORMAÇÃO DA ANTIGA CEERGS – CAIXA ECONÔMICA ESTADUAL DO RIO GRANDE DO SUL EM SOCIEDADE ANÔNIMA DE ECONOMIA MISTA. CONTROVÉRSIA DE ÍNDOLE INFRACONSTITUCIONAL. REPERCUSSÃO GERAL REJEITADA PELO PLENÁRIO VIRTUAL DESTA CORTE NO ARE 708.403 RG.
1. O reajuste do vale-refeição dos servidores integrantes do quadro especial decorrente da transformação CEERGS em sociedade anônima de economia mista, à luz do caput do artigo 37 da Constituição Federal, nas mesmas datas e com os mesmos índices aplicáveis aos demais servidores do Poder Executivo, já restou analisado no ARE n. 708.403-RG, em que o Plenário desta Corte decidiu rejeitar sua repercussão geral, uma vez que a matéria está restrita a análise de norma infraconstitucional.
2. In casu, o acórdão originariamente recorrido assentou: “SERVIDOR PÚBLICO. EXTINTA CAIXA ECONÔMICA ESTADUAL (QUADRO ESPECIAL INSTITUÍDO PELA LEI ESTADUAL Nº 10.959/97). AUXÍLIO RANCHO E VALE REFEIÇÃO. VERBAS DIVERSAS. IMPROCEDENTE O PEDIDO DE REAJUSTE DO VALE REFEIÇÃO, POSTO QUE INAPLICÁVEL AO CASO O DISPOSTO NA LEI Nº 10.002/93. VALOR PERCEBIDO QUE EXTRAPOLA O RECEBIDO PELOS DEMAIS SERVIDORES. CARÊNCIA DA AÇÃO AFASTADA. MATÉRIA NO MÉRITO ENFRENTADA, MAS RECURSO IMPROVIDO.”
3. Agravo regimental desprovido. | sjur220159 | - Acórdão (s) citado (s):
(MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL, CRITÉRIO, REAJUSTE, VALE-REFEIÇÃO)
STF: ARE 708403 RG (TP).
Número de páginas: 11.
Análise: 05/12/2012, BMB. | LUIZ FUX | Primeira Turma | 708028 | [
"LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00037 \"CAPUT\" \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n\r\n",
"LEG-EST LEI-010002 ANO-1993\r\n LEI ORDINÁRIA, RS\r\n\r\n",
"LEG-EST LEI-010959 ANO-1997\r\n LEI ORDINÁRIA, RS"
] | ARE-AgR | acordaos | ARE 708028 AgR | [
""
] | AGDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
ADV.(A/S) : LUÍS ALFREDO COSTA E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : CARLOS ALBERTO NASCIMENTO E OUTRO(A/S)
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
AGTE.(S) : IVAN FERNANDO DAMIANI
ADV.(A/S) : ANDRE ANDRADE DE ARAUJO | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"ARE n . 708 . 403 - RG",
"ARE 708 . 028",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 708 . 028",
"SÚMULA 280 DO STF",
"SÚMULA 280 DO STF",
"ARE 708 . 028 AGR / RS",
"Súmulas 282",
"Súmula 280 / STF",
"ARE 680 . 280 - AgR",
"AI 844 . 653 - AgR",
"AI 450 . 849 - AgR",
"ARE 708 . 028 AGR / RS",
"Súmulas 282",
"Súmula 280 / STF",
"ARE 680 . 280 - AgR",
"AI 844 . 653 - AgR",
"AI 450 . 849 - AgR",
"ARE 708 . 028 AGR / RS",
"ARE 708 . 028 AGR / RS",
"ARE 708 . 028 AGR / RS",
"Súmulas 282",
"RTJ 56 / 70",
"Súmula 356 do STF",
"Súmula 211 do STJ",
"ARE 708 . 028 AGR / RS",
"Súmulas 282 e 356 do STF",
"RTJ 56 / 70",
"Súmula 356 do STF",
"Súmula 211 do STJ",
"ARE 708 . 028 AGR / RS",
"RE 77 . 128",
"RTJ 79 / 162",
"RE 176 . 626",
"RTJ 168 / 305",
"Súmula 211 do STJ",
"AI 253 . 566 - AgR",
"ARE 708 . 028 AGR / RS",
"RE 77 . 128",
"RTJ 79 / 162",
"RE 176 . 626",
"RTJ 168 / 305",
"Súmula 211 do STJ",
"AI 253 . 566 - AgR",
"ARE 708 . 028 AGR",
"Súmula 280",
"RE 51 . 680",
"RE 66 . 149",
"RTJ 49 / 356",
"ARE 680 . 280 - AgR",
"AI 844 . 653 - AgR",
"AI 450 . 849 - AgR",
"ARE 708 . 028 AGR / RS",
"Súmula 280 desta Corte",
"RE 51 . 680",
"RE 66 . 149",
"RTJ 49 / 356",
"ARE 680 . 280 - AgR",
"AI 844 . 653 - AgR",
"AI 450 . 849 - AgR",
"ARE 708 . 028 AGR / RS",
"ARE 708 . 403 RG",
"ARE 708 . 028 AGR / RS",
"ARE 708 . 403 RG",
"AGRAVO 708 . 028"
],
"LEGISLACAO": [
"artigo 37 da Constituição Federal",
"LEI ESTADUAL [UNK] 10 . 959 / 97",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"LEI [UNK] 10 . 002 / 93",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"LEI [UNK] 10 . 002 / 93",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"LEI ESTADUAL 10 . 002 / 93",
"art . 323 do RISTF",
"art . 102 , III , § [UNK] , da CF",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"LEI ESTADUAL 10 . 002 / 93",
"art . 323 do RISTF",
"art . 102 , III , § [UNK] , da CF",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Leis estaduais [UNK] 11 . 468 / 2000",
"10",
".",
"002",
"/",
"93",
"9",
".",
"055",
"/",
"90",
"LEI ESTADUAL [UNK] 10 . 959 / 97",
"LEI [UNK] 10 . 002 / 93",
"MP",
"Leis estaduais [UNK] 11 . 468 / 2000",
"10",
".",
"002",
"/",
"93",
"9",
".",
"055",
"/",
"90",
"LEI ESTADUAL [UNK] 10 . 959 / 97",
"LEI [UNK] 10 . 002 / 93",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 37 , caput da Lei Maior",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 37 , caput da Lei Maior",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"102 , III , “ a ” , da Constituição Federal",
"LEI ESTADUAL [UNK] 10 . 959 / 97",
"LEI [UNK] 10 . 002 / 93",
"artigo 37 , caput , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 102 , III , “ a ” , da Constituição Federal",
"LEI ESTADUAL [UNK] 10 . 959 / 97",
"LEI [UNK] 10 . 002 / 93",
"artigo 37 , caput , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 323 do RISTF",
"art . 102 , III , § [UNK] , da CF",
"Constituição Federal",
"Constituição de 1891",
"Constituição de 1934",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 323 do RISTF",
"art . 102 , III , § [UNK] , da CF",
"Constituição Federal",
"Constituição de",
"1891",
"Constituição de 1934",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 21 , § [UNK] , do RISTF",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 21 , § [UNK] , do RISTF",
"MP",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL",
"Brasília",
"Brasília",
"RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"São Paulo",
"São Paulo",
"RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL"
],
"ORGANIZACAO": [
"PRIMEIRA TURMA",
"ANTIGA",
"CEERGS",
"CAIXA ECONÔMICA ESTADUAL DO RIO",
"CEERGS",
"Plenário",
"CAIXA ECONÔMICA ESTADUAL",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"/",
"Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma do",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"CAIXA ECONÔMICA ESTADUAL",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"CAIXA ECONÔMICA ESTADUAL",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Segunda Turma",
"Primeira Turma",
"Segunda Turma",
"CAIXA ECONÔMICA ESTADUAL",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Primeira Turma",
"Segunda Turma",
"CAIXA ECONÔMICA ESTADUAL",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul",
"CAIXA ECONÔMICA ESTADUAL",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul",
"CAIXA ECONÔMICA ESTADUAL",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Malheiros Editores",
"STF",
"Malheiros",
"Supremo",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Malheiros Editores",
"STF",
"Malheiros",
"Supremo",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"/",
"STF",
"Malheiros",
"Segunda Turma",
"Primeira Turma",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"STF",
"Malheiros",
"Segunda Turma",
"Primeira Turma",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Plenário",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Plenário",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"LUIZ FUX",
"IVAN FERNANDO DAMIANI",
"CARLOS ALBERTO NASCIMENTO",
"LUÍS ALFREDO COSTA",
"ANDRE ANDRADE DE ARAUJO",
"Dias Toffoli",
"LUIZ FUX",
"Dias Toffoli",
"LUIZ FUX",
"LUIZ FUX",
"IVAN FERNANDO DAMIANI",
"CARLOS ALBERTO NASCIMENTO",
"LUÍS ALFREDO COSTA",
"ANDRE ANDRADE DE ARAUJO",
"LUIZ FUX",
"IVAN FERNANDO DAMIANI",
"LUIZ FUX",
"IVAN FERNANDO DAMIANI",
"CARLOS ALBERTO NASCIMENTO",
"LUÍS ALFREDO COSTA",
"ANDRE ANDRADE DE ARAUJO",
"LUIZ FUX",
"IVAN FERNANDO DAMIANI",
"Gilmar Mendes",
"Luiz Fux",
"Gilmar Mendes",
"Gilmar Mendes",
"Luiz Fux",
"Gilmar Mendes",
"LUIZ FUX",
"LUIZ FUX",
"EDSON RIBEIRO LEITÃO",
"LUIZ FUX",
"EDSON RIBEIRO LEITÃO",
"LUIZ FUX",
"Roberto Rosas",
"Nelson Luiz Pinto",
"Roberto Rosas",
"Nelson Luiz Pinto",
"LUIZ FUX",
"Carlos Mário Velloso",
"ROSAS , Roberto",
"Sepúlveda Pertence",
"Carlos Mário Velloso",
"ROSAS , Roberto",
"Sepúlveda Pertence",
"LUIZ FUX",
"Roberto Rosas",
"Luiz Gallotti",
"Gilmar Mendes",
"Luiz Fux",
"Gilmar Mendes",
"Roberto Rosas",
"Luiz Gallotti",
"Gilmar Mendes",
"Luiz Fux",
"Gilmar Mendes",
"LUIZ FUX",
"Gilmar Mendes",
"Gilmar Mendes",
"LUIZ FUX",
"IVAN FERNANDO DAMIANI",
"CARLOS ALBERTO NASCIMENTO",
"LUÍS ALFREDO COSTA",
"ANDRE ANDRADE DE ARAUJO",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Wagner Mathias",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza",
"LUIZ FUX",
"IVAN FERNANDO DAMIANI",
"CARLOS ALBERTO NASCIMENTO",
"LUÍS ALFREDO COSTA",
"ANDRE ANDRADE DE ARAUJO",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Wagner Mathias",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza"
],
"TEMPO": [
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"29",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"13 de novembro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13 de novembro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"29",
"/",
"05",
"/",
"2012",
"15",
"/",
"09",
"/",
"2011",
"01",
"/",
"07",
"/",
"2005",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"29",
"/",
"05",
"/",
"2012",
"15",
"/",
"09",
"/",
"2011",
"01",
"/",
"07",
"/",
"2005",
"24",
"/",
"08",
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"2001",
"24",
"/",
"08",
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"2001",
"24",
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"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"1999",
"03",
"/",
"03",
"/",
"00",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"1999",
"03",
"/",
"03",
"/",
"00",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"1",
".",
"8",
".",
"1963",
"2004",
"29",
"/",
"05",
"/",
"2012",
"15",
"/",
"09",
"/",
"2011",
"01",
"/",
"07",
"/",
"2005",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"1",
".",
"8",
".",
"1963",
"2004",
"29",
"/",
"05",
"/",
"2012",
"15",
"/",
"09",
"/",
"2011",
"01",
"/",
"07",
"/",
"2005",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 612.213 MARANHÃO
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:ESTADO DO MARANHÃO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL
DO
ESTADO
DO
MARANHÃO
AGDO.(A/S)
:REFRINOR INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE BEBIDAS
LTDA E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S)
:JOSÉ ANTONIO FIGUEIREDO FERREIRA JÚNIOR E
OUTRO(A/S)
EMENTA
Agravo regimental no recurso extraordinário. Tributário. Multa.
Descumprimento de obrigação acessória. Caracterização de efeito
confiscatório. Análise dos fatos e das provas dos autos. Súmula nº 279
desta Corte.
1. Mostram-se insuficientes as razões alegadas para descaracterizar,
de plano, a redução da multa fiscal aplicada em relação à hipótese dos
autos, sendo certo que eventual efeito confiscatório dessa multa apenas
seria aferível mediante averiguação do quadro fático-probatório, o que é
vedado na via estreita do recurso extraordinário (Súmula nº 279 desta
Corte).
2. Agravo regimental não provido.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do
Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata do julgamento e das
notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao
agravo regimental, nos termos do voto do Relator.
Brasília, 13 de novembro de 2012.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3183365.
Supremo Tribunal Federal
DJe 14/12/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 11
Ementa e Acórdão
RE 612.213 AGR / MA
MINISTRO DIAS TOFFOLI
Relator
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
RE 612.213 AGR / MA
MINISTRO DIAS TOFFOLI
Relator
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 11
Relatório
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 612.213 MARANHÃO
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:ESTADO DO MARANHÃO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL
DO
ESTADO
DO
MARANHÃO
AGDO.(A/S)
:REFRINOR INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE BEBIDAS
LTDA E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S)
:JOSÉ ANTONIO FIGUEIREDO FERREIRA JÚNIOR E
OUTRO(A/S)
RELATÓRIO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Estado do Maranhão interpõe agravo regimental contra decisão
mediante a qual neguei seguimento ao recurso extraordinário, nos
seguintes termos:
“Vistos,
O Estado do Maranhão interpõe recurso extraordinário
com fundamento na alínea a do permissivo constitucional
contra julgado do Tribunal de Justiça do Estado do Maranhão
que restou assim ementado:
‘DIREITO TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL.
PENHORA FALTA DE INTIMAÇÃO DA FAZENDA
PÚBLICA PARA MANIFESTAR-SE. NULIDADE
INEXISTENTE.
AUSÊNCIA
DE
PREJUÍZO.
POSSIBILIDADE DE QUALQUER FASE DO PROCESSO,
OPERAR-SE A SUBSTITUIÇÃO DO BEM OU REFORÇO
DA GARANTIA. MULTA DECORRENTE DE
DESCUMPRIMENTO DE OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA.
COBRANÇA EM PERCENTUAL SUPERIOR A 30%.
CARACTERIZAÇÃO DE CONFISCO. PRECEDENTES
DO STJ. EXECUÇÃO FISCAL. PROPOSITURA CONTRA
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Supremo Tribunal Federal
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 612.213 MARANHÃO
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:ESTADO DO MARANHÃO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL
DO
ESTADO
DO
MARANHÃO
AGDO.(A/S)
:REFRINOR INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE BEBIDAS
LTDA E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S)
:JOSÉ ANTONIO FIGUEIREDO FERREIRA JÚNIOR E
OUTRO(A/S)
RELATÓRIO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Estado do Maranhão interpõe agravo regimental contra decisão
mediante a qual neguei seguimento ao recurso extraordinário, nos
seguintes termos:
“Vistos,
O Estado do Maranhão interpõe recurso extraordinário
com fundamento na alínea a do permissivo constitucional
contra julgado do Tribunal de Justiça do Estado do Maranhão
que restou assim ementado:
‘DIREITO TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL.
PENHORA FALTA DE INTIMAÇÃO DA FAZENDA
PÚBLICA PARA MANIFESTAR-SE. NULIDADE
INEXISTENTE.
AUSÊNCIA
DE
PREJUÍZO.
POSSIBILIDADE DE QUALQUER FASE DO PROCESSO,
OPERAR-SE A SUBSTITUIÇÃO DO BEM OU REFORÇO
DA GARANTIA. MULTA DECORRENTE DE
DESCUMPRIMENTO DE OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA.
COBRANÇA EM PERCENTUAL SUPERIOR A 30%.
CARACTERIZAÇÃO DE CONFISCO. PRECEDENTES
DO STJ. EXECUÇÃO FISCAL. PROPOSITURA CONTRA
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 11
Relatório
RE 612.213 AGR / MA
PESSOA JURÍDICA E OS SÓCIOS. INDICAÇÃO DO
NOME DOS ÚLTIMOS NA CDA. PRESUNÇÃO DE
LEGITIMIDADE. AUSÊNCIA DE PROVA DA NÃO
INCIDÊNCIA DO ARTIGO 135 DO CTN.
IMPOSSIBILIDADE DE EXCLUSÃO DO POLO PASSIVO.
I - A falta de oitiva da Fazenda Pública, em seguida à
lavratura do auto de penhora, não configuram nulidade,
porque não lhe acarreta prejuízo algum, tendo em vista
que, nos termos do artigo 15 da LEF, pode manifestar-se
em qualquer fase da execução fiscal, visando à
substituição do bem ou à penhora de outro, em
complementação da garantia. Preliminar rejeitada.
II - É vedada, nos termos do artigo 150, IV, da
Constituição Federal, a utilização de tributos com caráter
de confisco, preceito que também se aplica às multas
impostas em decorrência do descumprimento de
obrigações tributárias, conforme dicção do STF.
III - Diante da presunção, de certeza e liquidez da
certidão de dívida ativa (CDA), não se pode inverter o
ônus probatório contra a Fazenda Pública e excluir os
sócios da execução fiscal, sem que estes tenham
comprovado que não se fazem presentes as hipóteses de
responsabilização indicadas no artigo 135 do CTN.
IV - Apelação parcialmente provida’ (fls. 920).
Opostos embargos de declaração, foram rejeitadas. (fls.
943).
No recurso extraordinário, o recorrente alega ofensa aos
artigos 1º, 2º e 150, IV da Constituição Federal.
Às fls. 974/976, a decisão que admitiu o apelo extremo.
Decido.
Razão jurídica não assiste ao recorrente.
No que se refere à multa fiscal moratória, em que pese não
constar da petição de recurso extraordinário a indicação correta
do percentual a ser aplicado, extrai-se dos autos que foi
utilizado o percentual de 30% (fls. 943 e 945).
2
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Supremo Tribunal Federal
RE 612.213 AGR / MA
PESSOA JURÍDICA E OS SÓCIOS. INDICAÇÃO DO
NOME DOS ÚLTIMOS NA CDA. PRESUNÇÃO DE
LEGITIMIDADE. AUSÊNCIA DE PROVA DA NÃO
INCIDÊNCIA DO ARTIGO 135 DO CTN.
IMPOSSIBILIDADE DE EXCLUSÃO DO POLO PASSIVO.
I - A falta de oitiva da Fazenda Pública, em seguida à
lavratura do auto de penhora, não configuram nulidade,
porque não lhe acarreta prejuízo algum, tendo em vista
que, nos termos do artigo 15 da LEF, pode manifestar-se
em qualquer fase da execução fiscal, visando à
substituição do bem ou à penhora de outro, em
complementação da garantia. Preliminar rejeitada.
II - É vedada, nos termos do artigo 150, IV, da
Constituição Federal, a utilização de tributos com caráter
de confisco, preceito que também se aplica às multas
impostas em decorrência do descumprimento de
obrigações tributárias, conforme dicção do STF.
III - Diante da presunção, de certeza e liquidez da
certidão de dívida ativa (CDA), não se pode inverter o
ônus probatório contra a Fazenda Pública e excluir os
sócios da execução fiscal, sem que estes tenham
comprovado que não se fazem presentes as hipóteses de
responsabilização indicadas no artigo 135 do CTN.
IV - Apelação parcialmente provida’ (fls. 920).
Opostos embargos de declaração, foram rejeitadas. (fls.
943).
No recurso extraordinário, o recorrente alega ofensa aos
artigos 1º, 2º e 150, IV da Constituição Federal.
Às fls. 974/976, a decisão que admitiu o apelo extremo.
Decido.
Razão jurídica não assiste ao recorrente.
No que se refere à multa fiscal moratória, em que pese não
constar da petição de recurso extraordinário a indicação correta
do percentual a ser aplicado, extrai-se dos autos que foi
utilizado o percentual de 30% (fls. 943 e 945).
2
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 11
Relatório
RE 612.213 AGR / MA
Assim, quanto a alegação de confisco da multa moratória,
observo que no julgamento da ADI 2.010-MC (rel. min. Celso
de Mello, DJ de 12.04.2002), esta Corte estabeleceu alguns
parâmetros pelos quais poderia ser identificado o efeito
confiscatório. Extraio trecho pertinente da ementa:
‘A identificação do efeito confiscatório deve ser feita
em função da totalidade da carga tributária, mediante
verificação da capacidade de que dispõe o contribuinte -
considerado o montante de sua riqueza (renda e capital) - para
suportar e sofrer a incidência de todos os tributos que ele deverá
pagar, dentro de determinado período, à mesma pessoa política
que os houver instituído (a União Federal, no caso),
condicionando-se, ainda, a aferição do grau de
insuportabilidade econômico-financeira, à observância, pelo
legislador, de padrões de razoabilidade destinados a
neutralizar excessos de ordem fiscal eventualmente praticados
pelo Poder Público. (...).
O Poder Público, especialmente em sede de tributação
[...] não pode agir imoderadamente, pois a atividade estatal
acha-se essencialmente condicionada pelo princípio da
razoabilidade’ (Grifos originais).
Todavia, nas razões do presente recurso, o Estado do
Maranhão se limita afirmar, de forma genérica, que a multa
aplicada não teria caráter confiscatório, mas não trouxe
argumentos adequados a caracterizar, de plano, a razoabilidade
e a proporcionalidade da multa fiscal aplicada em relação à
hipótese dos autos. Portanto, a análise do caráter da multa
aplicada e eventual efeito confiscatório somente seria aferível
mediante exame do quadro fático-probatório, o que é vedado
na via estreita do recurso extraordinário (Súmula 279/STF).
Nesse sentido:
‘PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL.
CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. MULTA. VEDAÇÃO
3
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
RE 612.213 AGR / MA
Assim, quanto a alegação de confisco da multa moratória,
observo que no julgamento da ADI 2.010-MC (rel. min. Celso
de Mello, DJ de 12.04.2002), esta Corte estabeleceu alguns
parâmetros pelos quais poderia ser identificado o efeito
confiscatório. Extraio trecho pertinente da ementa:
‘A identificação do efeito confiscatório deve ser feita
em função da totalidade da carga tributária, mediante
verificação da capacidade de que dispõe o contribuinte -
considerado o montante de sua riqueza (renda e capital) - para
suportar e sofrer a incidência de todos os tributos que ele deverá
pagar, dentro de determinado período, à mesma pessoa política
que os houver instituído (a União Federal, no caso),
condicionando-se, ainda, a aferição do grau de
insuportabilidade econômico-financeira, à observância, pelo
legislador, de padrões de razoabilidade destinados a
neutralizar excessos de ordem fiscal eventualmente praticados
pelo Poder Público. (...).
O Poder Público, especialmente em sede de tributação
[...] não pode agir imoderadamente, pois a atividade estatal
acha-se essencialmente condicionada pelo princípio da
razoabilidade’ (Grifos originais).
Todavia, nas razões do presente recurso, o Estado do
Maranhão se limita afirmar, de forma genérica, que a multa
aplicada não teria caráter confiscatório, mas não trouxe
argumentos adequados a caracterizar, de plano, a razoabilidade
e a proporcionalidade da multa fiscal aplicada em relação à
hipótese dos autos. Portanto, a análise do caráter da multa
aplicada e eventual efeito confiscatório somente seria aferível
mediante exame do quadro fático-probatório, o que é vedado
na via estreita do recurso extraordinário (Súmula 279/STF).
Nesse sentido:
‘PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL.
CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. MULTA. VEDAÇÃO
3
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 11
Relatório
RE 612.213 AGR / MA
DO EFEITO DE CONFISCO. APLICABILIDADE.
RAZÕES RECURSAIS PELA MANUTENÇÃO DA
MULTA. AUSÊNCIA DE INDICAÇÃO PRECISA DE
PECULIARIDADE DA INFRAÇÃO A JUSTIFICAR A
GRAVIDADE DA PUNIÇÃO. DECISÃO MANTIDA. 1.
Conforme orientação fixada pelo Supremo Tribunal
Federal, o princípio da vedação ao efeito de confisco
aplica-se às multas. 2. Esta Corte já teve a oportunidade de
considerar multas de 20% a 30% do valor do débito como
adequadas à luz do princípio da vedação do confisco.
Caso em que o Tribunal de origem reduziu a multa de
60% para 30%. 3. A mera alusão à mora, pontual e
isoladamente considerada, é insuficiente para estabelecer
a relação de calibração e ponderação necessárias entre a
gravidade da conduta e o peso da punição. É ônus da
parte interessada apontar peculiaridades e idiossincrasias
do quadro que permitiriam sustentar a proporcionalidade
da pena almejada. Agravo regimental ao qual se nega
provimento’ (RE nº 523.471/MG AgR, Relator o Ministro
Joaquim Barbosa, Segunda Turma Dje 23/4/10).
Ante ao exposto, nego seguimento ao recurso
extraordinário.”
Em suas razões recursais, insiste o agravante na ofensa aos arts. 1º, 2º
e 150, IV, da Constituição Federal, sustentando que a vedação
constitucional ao efeito confiscatório só seria aplicável aos tributos e que
o julgador não poderia reduzir o percentual da multa aplicada, sob pena
de violar o princípio da separação dos poderes.
É o relatório.
4
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Supremo Tribunal Federal
RE 612.213 AGR / MA
DO EFEITO DE CONFISCO. APLICABILIDADE.
RAZÕES RECURSAIS PELA MANUTENÇÃO DA
MULTA. AUSÊNCIA DE INDICAÇÃO PRECISA DE
PECULIARIDADE DA INFRAÇÃO A JUSTIFICAR A
GRAVIDADE DA PUNIÇÃO. DECISÃO MANTIDA. 1.
Conforme orientação fixada pelo Supremo Tribunal
Federal, o princípio da vedação ao efeito de confisco
aplica-se às multas. 2. Esta Corte já teve a oportunidade de
considerar multas de 20% a 30% do valor do débito como
adequadas à luz do princípio da vedação do confisco.
Caso em que o Tribunal de origem reduziu a multa de
60% para 30%. 3. A mera alusão à mora, pontual e
isoladamente considerada, é insuficiente para estabelecer
a relação de calibração e ponderação necessárias entre a
gravidade da conduta e o peso da punição. É ônus da
parte interessada apontar peculiaridades e idiossincrasias
do quadro que permitiriam sustentar a proporcionalidade
da pena almejada. Agravo regimental ao qual se nega
provimento’ (RE nº 523.471/MG AgR, Relator o Ministro
Joaquim Barbosa, Segunda Turma Dje 23/4/10).
Ante ao exposto, nego seguimento ao recurso
extraordinário.”
Em suas razões recursais, insiste o agravante na ofensa aos arts. 1º, 2º
e 150, IV, da Constituição Federal, sustentando que a vedação
constitucional ao efeito confiscatório só seria aplicável aos tributos e que
o julgador não poderia reduzir o percentual da multa aplicada, sob pena
de violar o princípio da separação dos poderes.
É o relatório.
4
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 11
Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 612.213 MARANHÃO
VOTO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
O recurso não merece prosperar.
Primeiramente, o argumento da não aplicabilidade do princípio do
não confisco às multas é contrário à jurisprudência firmada por esta
Corte. Confira-se:
“AGRAVO
REGIMENTAL
EM
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. TRIBUTÁRIO. PRINCÍPIO DO NÃO
CONFISCO. APLICABILIDADE ÀS MULTAS TRIBUTÁRIAS.
INOVAÇÃO DE MATÉRIA EM AGRAVO REGIMENTAL.
IMPOSSIBILIDADE. AGRAVO IMPROVIDO. I A vedação à
utilização de tributos com efeito de confisco (art. 150, IV, da
Constituição) deve ser observada pelo Estado tanto na
instituição de tributos quanto na imposição das multas
tributárias. II A questão referente à não demonstração, pelo
recorrido, do caráter confiscatório da multa discutida nestes
autos, segundo os parâmetros estabelecidos pela jurisprudência
desta Corte, não foi arguida no recurso extraordinário e, desse
modo, não pode ser aduzida em agravo regimental. É incabível
a inovação de fundamento nesta fase processual. III Agravo
regimental improvido” (RE nº 632.315/PE-AgR, Segunda
Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de
14/9/12) (grifo nosso).
No mesmo sentido: ADI nº 1075/DF-MC, Relator o Ministro Celso de
Mello, DJ de 24/11/06; e ARE nº 637.717/GO-AgR, Primeira Turma,
Relator o Ministro Luiz Fux, DJe de 30/3/12.
Por outro lado, verifico que o Tribunal de origem solucionou a lide
consignando não existir qualquer rastro de razoabilidade em admitir
valores excessivos de multa, de caráter acessório, como no caso dos autos.
Para ultrapassar o entendimento do Tribunal a quo e acolher a
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 612.213 MARANHÃO
VOTO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
O recurso não merece prosperar.
Primeiramente, o argumento da não aplicabilidade do princípio do
não confisco às multas é contrário à jurisprudência firmada por esta
Corte. Confira-se:
“AGRAVO
REGIMENTAL
EM
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. TRIBUTÁRIO. PRINCÍPIO DO NÃO
CONFISCO. APLICABILIDADE ÀS MULTAS TRIBUTÁRIAS.
INOVAÇÃO DE MATÉRIA EM AGRAVO REGIMENTAL.
IMPOSSIBILIDADE. AGRAVO IMPROVIDO. I A vedação à
utilização de tributos com efeito de confisco (art. 150, IV, da
Constituição) deve ser observada pelo Estado tanto na
instituição de tributos quanto na imposição das multas
tributárias. II A questão referente à não demonstração, pelo
recorrido, do caráter confiscatório da multa discutida nestes
autos, segundo os parâmetros estabelecidos pela jurisprudência
desta Corte, não foi arguida no recurso extraordinário e, desse
modo, não pode ser aduzida em agravo regimental. É incabível
a inovação de fundamento nesta fase processual. III Agravo
regimental improvido” (RE nº 632.315/PE-AgR, Segunda
Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de
14/9/12) (grifo nosso).
No mesmo sentido: ADI nº 1075/DF-MC, Relator o Ministro Celso de
Mello, DJ de 24/11/06; e ARE nº 637.717/GO-AgR, Primeira Turma,
Relator o Ministro Luiz Fux, DJe de 30/3/12.
Por outro lado, verifico que o Tribunal de origem solucionou a lide
consignando não existir qualquer rastro de razoabilidade em admitir
valores excessivos de multa, de caráter acessório, como no caso dos autos.
Para ultrapassar o entendimento do Tribunal a quo e acolher a
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 11
Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
RE 612.213 AGR / MA
pretensão do recorrente, seria necessário reexaminar o conjunto fático-
probatório constante dos autos, o que é incabível em sede de recurso
extraordinário.
Nesse sentido, anote-se:
“AGRAVO
REGIMENTAL
EM
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. VERIFICAÇÃO, NO CASO CONCRETO,
DO CARÉTER CONFISCATÓRIO DA MULTA TRIBUTÁRIA
DISCUTIDA NOS AUTOS. NECESSIDADE DE REEXAME DO
CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO. SÚMULA 279.
I A verificação, no caso concreto, do caráter confiscatório
ou não da multa tributária discutida nos autos não dispensa o
exame do conjunto fático-probatório constante dos autos.
Incide, no caso, a Súmula 279 do STF.
II - Agravo regimental improvido” (RE nº 583.516/PB,
Segunda Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe
de 29/5/12).
“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE
INSTRUMENTO. TRIBUTÁRIO. INCIDÊNCIA DA TAXA
SELIC: IMPOSSIBILIDADE DA ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO
INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL
INDIRETA. ALEGAÇÃO DE CARÁTER CONFISCATÓRIO DA
MULTA APLICADA: NECESSIDADE DO REEXAME DE
FATOS E PROVAS (SÚMULA 279). AGRAVO REGIMENTAL
AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO” (AI nº 740.631/RS,
Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de
14/8/09).
Por fim, ressalto que, no julgamento da ADI nº 2.010-MC (Relator o
Ministro Celso de Mello, DJ de 12/4/02), esta Corte estabeleceu alguns
parâmetros pelos quais poderia ser identificado o efeito confiscatório.
Extraio trecho pertinente de sua ementa:
“A identificação do efeito confiscatório deve ser feita em
2
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Supremo Tribunal Federal
RE 612.213 AGR / MA
pretensão do recorrente, seria necessário reexaminar o conjunto fático-
probatório constante dos autos, o que é incabível em sede de recurso
extraordinário.
Nesse sentido, anote-se:
“AGRAVO
REGIMENTAL
EM
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. VERIFICAÇÃO, NO CASO CONCRETO,
DO CARÉTER CONFISCATÓRIO DA MULTA TRIBUTÁRIA
DISCUTIDA NOS AUTOS. NECESSIDADE DE REEXAME DO
CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO. SÚMULA 279.
I A verificação, no caso concreto, do caráter confiscatório
ou não da multa tributária discutida nos autos não dispensa o
exame do conjunto fático-probatório constante dos autos.
Incide, no caso, a Súmula 279 do STF.
II - Agravo regimental improvido” (RE nº 583.516/PB,
Segunda Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe
de 29/5/12).
“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE
INSTRUMENTO. TRIBUTÁRIO. INCIDÊNCIA DA TAXA
SELIC: IMPOSSIBILIDADE DA ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO
INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL
INDIRETA. ALEGAÇÃO DE CARÁTER CONFISCATÓRIO DA
MULTA APLICADA: NECESSIDADE DO REEXAME DE
FATOS E PROVAS (SÚMULA 279). AGRAVO REGIMENTAL
AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO” (AI nº 740.631/RS,
Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de
14/8/09).
Por fim, ressalto que, no julgamento da ADI nº 2.010-MC (Relator o
Ministro Celso de Mello, DJ de 12/4/02), esta Corte estabeleceu alguns
parâmetros pelos quais poderia ser identificado o efeito confiscatório.
Extraio trecho pertinente de sua ementa:
“A identificação do efeito confiscatório deve ser feita em
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Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
RE 612.213 AGR / MA
função da totalidade da carga tributária, mediante verificação
da capacidade de que dispõe o contribuinte - considerado o
montante de sua riqueza (renda e capital) - para suportar e
sofrer a incidência de todos os tributos que ele deverá pagar,
dentro de determinado período, à mesma pessoa política que os
houver instituído (a União Federal, no caso), condicionando-se ,
ainda, a aferição do grau de insuportabilidade econômico-
financeira, à observância, pelo legislador, de padrões de
razoabilidade destinados a neutralizar excessos de ordem fiscal
eventualmente praticados pelo Poder Público. (...).
O Poder Público, especialmente em sede de tributação [...]
não pode agir imoderadamente, pois a atividade estatal acha-se
essencialmente condicionada pelo princípio da razoabilidade.”
Todavia, nas razões do presente recurso, o Estado do Maranhão se
limita a afirmar, de forma genérica, que a multa aplicada não teria caráter
confiscatório, não trazendo argumentos adequados a descaracterizar, de
plano, a redução da multa fiscal aplicada em relação à hipótese dos autos.
Portanto, a análise do caráter da multa aplicada e de eventual
ausência de efeito confiscatório somente seria aferível mediante o exame
do quadro fático-probatório, o que é vedado na via estreita do recurso
extraordinário (Súmula nº 279 desta Corte).
Por fim, no que tange à violação do art. 2º da Constituição Federal,
tampouco pode prosperar o recurso, uma vez que a jurisprudência do
Supremo Tribunal Federal é pacífica no sentido de que o julgamento pelo
Poder Judiciário da legalidade dos atos dos demais poderes não
representa ofensa ao princípio da separação dos poderes. Anote-se, nesse
sentido:
“CONSTITUCIONAL. SEPARAÇÃO DOS PODERES.
POSSIBILIDADE DE ANÁLISE DE ATO DO PODER
EXECUTIVO PELO PODER JUDICIÁRIO. DECISÃO
BASEADA NA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL
LOCAL.
REEXAME
DE
MATÉRIA
FÁTICA
E
INTERPRETAÇÃO
DE
CLÁUSULAS
EDITALÍCIAS.
3
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Supremo Tribunal Federal
RE 612.213 AGR / MA
função da totalidade da carga tributária, mediante verificação
da capacidade de que dispõe o contribuinte - considerado o
montante de sua riqueza (renda e capital) - para suportar e
sofrer a incidência de todos os tributos que ele deverá pagar,
dentro de determinado período, à mesma pessoa política que os
houver instituído (a União Federal, no caso), condicionando-se ,
ainda, a aferição do grau de insuportabilidade econômico-
financeira, à observância, pelo legislador, de padrões de
razoabilidade destinados a neutralizar excessos de ordem fiscal
eventualmente praticados pelo Poder Público. (...).
O Poder Público, especialmente em sede de tributação [...]
não pode agir imoderadamente, pois a atividade estatal acha-se
essencialmente condicionada pelo princípio da razoabilidade.”
Todavia, nas razões do presente recurso, o Estado do Maranhão se
limita a afirmar, de forma genérica, que a multa aplicada não teria caráter
confiscatório, não trazendo argumentos adequados a descaracterizar, de
plano, a redução da multa fiscal aplicada em relação à hipótese dos autos.
Portanto, a análise do caráter da multa aplicada e de eventual
ausência de efeito confiscatório somente seria aferível mediante o exame
do quadro fático-probatório, o que é vedado na via estreita do recurso
extraordinário (Súmula nº 279 desta Corte).
Por fim, no que tange à violação do art. 2º da Constituição Federal,
tampouco pode prosperar o recurso, uma vez que a jurisprudência do
Supremo Tribunal Federal é pacífica no sentido de que o julgamento pelo
Poder Judiciário da legalidade dos atos dos demais poderes não
representa ofensa ao princípio da separação dos poderes. Anote-se, nesse
sentido:
“CONSTITUCIONAL. SEPARAÇÃO DOS PODERES.
POSSIBILIDADE DE ANÁLISE DE ATO DO PODER
EXECUTIVO PELO PODER JUDICIÁRIO. DECISÃO
BASEADA NA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL
LOCAL.
REEXAME
DE
MATÉRIA
FÁTICA
E
INTERPRETAÇÃO
DE
CLÁUSULAS
EDITALÍCIAS.
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Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
RE 612.213 AGR / MA
SÚMULAS 279, 280 E 454. AGRAVO IMPROVIDO. I - Cabe ao
Poder Judiciário a análise da legalidade e constitucionalidade
dos atos dos três poderes constitucionais, e, em vislumbrando
mácula no ato impugnado, afastar a sua aplicação. II - O
acórdão recorrido dirimiu a questão dos autos com base na
legislação infraconstitucional local aplicável à espécie.
Incidência da Súmula 280 desta Corte. III - O exame de matéria
de fato e a interpretação de cláusulas editalícias atrai a
incidência das Súmulas 279 e 454 do STF. IV - Agravo
regimental improvido” (AI nº 640.272/DF-AgR, Primeira
Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJ de
31/10/07).
Ante o exposto, voto pelo não provimento do agravo regimental.
4
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Supremo Tribunal Federal
RE 612.213 AGR / MA
SÚMULAS 279, 280 E 454. AGRAVO IMPROVIDO. I - Cabe ao
Poder Judiciário a análise da legalidade e constitucionalidade
dos atos dos três poderes constitucionais, e, em vislumbrando
mácula no ato impugnado, afastar a sua aplicação. II - O
acórdão recorrido dirimiu a questão dos autos com base na
legislação infraconstitucional local aplicável à espécie.
Incidência da Súmula 280 desta Corte. III - O exame de matéria
de fato e a interpretação de cláusulas editalícias atrai a
incidência das Súmulas 279 e 454 do STF. IV - Agravo
regimental improvido” (AI nº 640.272/DF-AgR, Primeira
Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJ de
31/10/07).
Ante o exposto, voto pelo não provimento do agravo regimental.
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Decisão de Julgamento
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 612.213
PROCED. : MARANHÃO
RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S) : ESTADO DO MARANHÃO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO MARANHÃO
AGDO.(A/S) : REFRINOR INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE BEBIDAS LTDA E
OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : JOSÉ ANTONIO FIGUEIREDO FERREIRA JÚNIOR E OUTRO(A/S)
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos
termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro
Dias Toffoli. 1ª Turma, 13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Wagner Mathias.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 612.213
PROCED. : MARANHÃO
RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S) : ESTADO DO MARANHÃO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO MARANHÃO
AGDO.(A/S) : REFRINOR INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE BEBIDAS LTDA E
OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : JOSÉ ANTONIO FIGUEIREDO FERREIRA JÚNIOR E OUTRO(A/S)
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos
termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro
Dias Toffoli. 1ª Turma, 13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Wagner Mathias.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 11
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3195745 | 2012-11-13T00:00:00 | 2012-12-14T00:00:00 | A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 13.11.2012. | AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO | EMENTA
Agravo regimental no recurso extraordinário. Tributário. Multa. Descumprimento de obrigação acessória. Caracterização de efeito confiscatório. Análise dos fatos e das provas dos autos. Súmula nº 279 desta Corte.
1. Mostram-se insuficientes as razões alegadas para descaracterizar, de plano, a redução da multa fiscal aplicada em relação à hipótese dos autos, sendo certo que eventual efeito confiscatório dessa multa apenas seria aferível mediante averiguação do quadro fático-probatório, o que é vedado na via estreita do recurso extraordinário (Súmula nº 279 desta Corte).
2. Agravo regimental não provido. | sjur221695 | - Acórdão(s) citado(s):
(DÉBITO TRIBUTÁRIO, MULTA, CARÁTER CONFISCATÓRIO)
STF: ADI 2010MC (TP), RE 632315 AgR (2ªT), ARE 637717 AgR
(1ªT), RE 583516 (2ªT), AI 740631 (1ªT);
(PRINCÍPIO DA SEPARAÇÃO DOS PODERES, ANÁLISE, PODER
JUDICIÁRIO, ATO DO PODER EXECUTIVO)
STF: AI 640272 AgR (1ªT).
Número de páginas: 11.
Análise: 21/01/2013, MJC. | DIAS TOFFOLI | Primeira Turma | 612213 | [
"LEG-FED SUMSTF-000279 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF"
] | RE-AgR | acordaos | RE 612213 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : ESTADO DO MARANHÃO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO MARANHÃO
AGDO.(A/S) : REFRINOR INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE BEBIDAS LTDA E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : JOSÉ ANTONIO FIGUEIREDO FERREIRA JÚNIOR E OUTRO(A/S) | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 612 . 213",
"RE 612 . 213 AGR / MA",
"RE 612 . 213 AGR /",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 612 . 213",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 612 . 213",
"RE 612 . 213 AGR /",
"RE 612 . 213 AGR / MA",
"RE 612 . 213 AGR",
"ADI 2 . 010 - MC",
"Súmula 279 / STF",
"RE 612 . 213 AGR / MA",
"ADI 2 . 010 - MC",
"Súmula 279 / STF",
"RE 612 . 213 AGR / MA",
"RE [UNK] 523 . 471 / MG AgR",
"RE 612 . 213 AGR / MA",
"RE [UNK] 523 . 471 / MG AgR",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 612 . 213",
"RE [UNK] 632 . 315 / PE - AgR",
"ADI [UNK] 1075 / DF - MC",
"ARE [UNK] 637 . 717 / GO - AgR",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO",
"RE [UNK] 632 . 315 / PE - AgR",
"ADI [UNK] 1075 / DF - MC",
"ARE [UNK] 637 . 717 / GO - AgR",
"RE 612 . 213 AGR",
"Súmula 279 do STF",
"RE [UNK] 583 . 516 / PB",
"AI [UNK] 740 . 631 / RS",
"ADI [UNK] 2 . 010 - MC",
"RE 612 . 213 AGR / MA",
"Súmula 279 do STF",
"RE [UNK] 583 . 516 / PB",
"AI [UNK] 740 . 631 / RS",
"ADI [UNK] 2 . 010 - MC",
"RE 612 . 213 AGR / MA",
"Súmula [UNK] 279 desta Corte",
"RE 612 . 213 AGR / MA",
"RE 612 . 213 AGR",
"Súmulas 279 e 454 do STF",
"AI [UNK] 640 . 272 / DF - AgR",
"RE 612 . 213 AGR / MA",
"Súmulas 279 e 454 do STF",
"AI [UNK] 640 . 272 / DF - AgR",
"RECURSO",
"RECURSO"
],
"LEGISLACAO": [
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ARTIGO 135 DO CTN",
"artigo 15 da LEF",
"artigo 150 , IV , da Constituição Federal",
"artigo 135 do CTN",
"artigos [UNK] , [UNK] e 150 , IV da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ARTIGO 135 DO CTN",
"artigo 15 da LEF",
"artigo 150 , IV , da Constituição Federal",
"artigo 135 do CTN",
"artigos [UNK] , [UNK] e 150 , IV da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"arts . [UNK] , [UNK] e 150 , IV , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"arts . [UNK] , [UNK] e 150 , IV , da Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
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"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 150 , IV , da Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"MARANHÃO",
"ESTADO DO MARANHÃO",
"ESTADO DO MARANHÃO",
"Brasília",
"ESTADO DO MARANHÃO",
"ESTADO DO MARANHÃO",
"Estado do Maranhão",
"Estado do Maranhão",
"MARANHÃO",
"ESTADO DO MARANHÃO",
"ESTADO DO MARANHÃO",
"Estado do Maranhão",
"Estado do Maranhão",
"Estado do Maranhão",
"MARANHÃO",
"Estado do Maranhão",
"Estado do Maranhão",
"MARANHÃO",
"ESTADO DO MARANHÃO",
"ESTADO DO MARANHÃO",
"MARANHÃO",
"ESTADO DO MARANHÃO",
"ESTADO DO MARANHÃO"
],
"ORGANIZACAO": [
"PRIMEIRA TURMA",
"REFRINOR INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE BEBIDAS LTDA",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
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"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"REFRINOR INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE BEBIDAS LTDA",
"Tribunal de Justiça do Estado do Maranhão",
"STJ",
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"-",
"Brasil",
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"Brasil",
"/",
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],
"PESSOA": [
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"JOSÉ ANTONIO FIGUEIREDO FERREIRA JÚNIOR",
"Dias Toffoli",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
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"JOSÉ ANTONIO FIGUEIREDO FERREIRA JÚNIOR",
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"DIAS TOFFOLI",
"JOSÉ ANTONIO FIGUEIREDO FERREIRA JÚNIOR",
"DIAS TOFFOLI",
"Celso de Mello",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Joaquim Barbosa",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"Ricardo Lewandowski",
"Celso de Mello",
"Luiz Fux",
"DIAS TOFFOLI",
"Ricardo Lewandowski",
"Celso de Mello",
"Luiz Fux",
"DIAS TOFFOLI",
"Ricardo Lewandowski",
"Cármen Lúcia",
"Celso de Mello",
"Ricardo Lewandowski",
"Cármen Lúcia",
"Celso de Mello",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"Ricardo Lewandowski",
"Ricardo Lewandowski",
"DIAS TOFFOLI",
"JOSÉ ANTONIO FIGUEIREDO FERREIRA JÚNIOR",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Wagner Mathias",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza",
"DIAS TOFFOLI",
"JOSÉ ANTONIO FIGUEIREDO FERREIRA JÚNIOR",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Wagner Mathias",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza"
],
"TEMPO": [
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"13 de novembro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"14",
"/",
"12",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"12",
".",
"04",
".",
"2002",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"12",
".",
"04",
".",
"2002",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"23",
"/",
"4",
"/",
"10",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"23",
"/",
"4",
"/",
"10",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"14",
"/",
"9",
"/",
"12",
"24",
"/",
"11",
"/",
"06",
"30",
"/",
"3",
"/",
"12",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"14",
"/",
"9",
"/",
"12",
"24",
"/",
"11",
"/",
"06",
"30",
"/",
"3",
"/",
"12",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"29",
"/",
"5",
"/",
"12",
"14",
"/",
"8",
"/",
"09",
"12",
"/",
"4",
"/",
"02",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"29",
"/",
"5",
"/",
"12",
"14",
"/",
"8",
"/",
"09",
"12",
"/",
"4",
"/",
"02",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"31",
"/",
"10",
"/",
"07",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"31",
"/",
"10",
"/",
"07",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
HABEAS CORPUS 114.536 MINAS GERAIS
RELATOR
: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
PACTE.(S)
:J B N
IMPTE.(S)
:J B N
COATOR(A/S)(ES)
:SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
EMENTA: HABEAS CORPUS. PENAL. PACIENTE CONDENADO
PELO CRIME DE ESTUPRO. LEGITIMIDADE DOS FUNDAMENTOS
DA PRISÃO PREVENTIVA. GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA.
PERICULOSIDADE DO AGENTE. GARANTIA DE APLICAÇÃO DA LEI
PENAL. POSSIBILIDADE DE FUGA. RÉU QUE PERMANECEU PRESO
DURANTE A INSTRUÇÃO. SUPERVENIÊNCIA DE CONDENAÇÃO.
MANUTENÇÃO DOS FUNDAMENTOS DA CUSTÓDIA CAUTELAR.
AUSÊNCIA DE CONSTRANGIMENTO ILEGAL. ORDEM DENEGADA.
I – A prisão cautelar se mostra suficientemente motivada para a
preservação da ordem pública, tendo em vista a periculosidade do
paciente, verificada pelo modus operandi mediante o qual foi praticado o
delito. Precedentes.
II – A possibilidade concreta de fuga também mostra-se apta a
embasar a segregação cautelar para assegurar a aplicação da lei penal.
Precedentes.
III – Esta Corte já firmou entendimento no sentido de que,
permanecendo os fundamentos da custódia cautelar, revela-se um
contrassenso conferir ao réu, que foi mantido custodiado durante a
instrução, o direito de aguardar em liberdade o trânsito em julgado da
condenação. Precedentes.
IV - Ordem denegada.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do
Senhor Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3101459.
Supremo Tribunal Federal
DJe 05/12/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 3
Ementa e Acórdão
HC 114.536 / MG
julgamentos e das notas taquigráficas, por unanimidade, denegar a
ordem, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, os
Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa.
Brasília, 13 de novembro de 2012.
RICARDO LEWANDOWSKI – PRESIDENTE E RELATOR
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3101459.
Supremo Tribunal Federal
HC 114.536 / MG
julgamentos e das notas taquigráficas, por unanimidade, denegar a
ordem, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, os
Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa.
Brasília, 13 de novembro de 2012.
RICARDO LEWANDOWSKI – PRESIDENTE E RELATOR
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3101459.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 3
Decisão de Julgamento
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
HABEAS CORPUS 114.536
PROCED. : MINAS GERAIS
RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
PACTE.(S) : J B N
IMPTE.(S) : J B N
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Decisão: A Turma, por unanimidade, denegou a ordem, nos termos
do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, os Senhores
Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra
Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros
Celso de Mello e Joaquim Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
P/ Fabiane Duarte
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3150083
Supremo Tribunal Federal
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
HABEAS CORPUS 114.536
PROCED. : MINAS GERAIS
RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
PACTE.(S) : J B N
IMPTE.(S) : J B N
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Decisão: A Turma, por unanimidade, denegou a ordem, nos termos
do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, os Senhores
Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra
Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros
Celso de Mello e Joaquim Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
P/ Fabiane Duarte
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3150083
Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 3
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3161000 | 2012-11-13T00:00:00 | 2012-12-05T00:00:00 | A Turma, por unanimidade, denegou a ordem, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 13.11.2012. | HABEAS CORPUS | Ementa: HABEAS CORPUS. PENAL. PACIENTE CONDENADO PELO CRIME DE ESTUPRO. LEGITIMIDADE DOS FUNDAMENTOS DA PRISÃO PREVENTIVA. GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA. PERICULOSIDADE DO AGENTE. GARANTIA DE APLICAÇÃO DA LEI PENAL. POSSIBILIDADE DE FUGA. RÉU QUE PERMANECEU PRESO DURANTE A INSTRUÇÃO. SUPERVENIÊNCIA DE CONDENAÇÃO. MANUTENÇÃO DOS FUNDAMENTOS DA CUSTÓDIA CAUTELAR. AUSÊNCIA DE CONSTRANGIMENTO ILEGAL. ORDEM DENEGADA.
I – A prisão cautelar se mostra suficientemente motivada para a preservação da ordem pública, tendo em vista a periculosidade do paciente, verificada pelo modus operandi mediante o qual foi praticado o delito. Precedentes.
II – A possibilidade concreta de fuga também mostra-se apta a embasar a segregação cautelar para assegurar a aplicação da lei penal. Precedentes.
III – Esta Corte já firmou entendimento no sentido de que, permanecendo os fundamentos da custódia cautelar, revela-se um contrassenso conferir ao réu, que foi mantido custodiado durante a instrução, o direito de aguardar em liberdade o trânsito em julgado da condenação. Precedentes.
IV - Ordem denegada. | sjur220628 | Número de páginas: 3.
Análise: 18/12/2012, TBC. | RICARDO LEWANDOWSKI | Segunda Turma | 114536 | null | HC | acordaos | HC 114536 | [
""
] | PACTE.(S) : J B N
IMPTE.(S) : J B N
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"HABEAS CORPUS 114 . 536",
"HC 114 . 536 / MG",
"HC 114 . 536 / MG",
"HABEAS CORPUS 114 . 536",
"HABEAS CORPUS 114 . 536"
],
"LEGISLACAO": [
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"MINAS GERAIS",
"Brasília",
"Brasília",
"MINAS GERAIS",
"MINAS GERAIS"
],
"ORGANIZACAO": [
"SEGUNDA TURMA",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"TURMA",
"SUPERIOR TRIBUNAL",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Ricardo Lewandowski",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos",
"Fabiane Duarte",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos",
"Fabiane Duarte"
],
"TEMPO": [
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"05",
"/",
"12",
"/",
"2012",
"13 de novembro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13 de novembro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 114.548 PARANÁ
RELATORA
: MIN. ROSA WEBER
PACTE.(S)
:JACSON EITOR ENGEL
IMPTE.(S)
:DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
COATOR(A/S)(ES)
:SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
E M E N T A
HABEAS CORPUS. DIREITO PENAL. DESCAMINHO. VALOR
INFERIOR AO ESTIPULADO PELO ART. 20 DA LEI 10.522/2002.
PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA. HABITUALIDADE DELITIVA.
REPROVABILIDADE DA CONDUTA.
1. A pertinência do princípio da insignificância deve ser avaliada
considerando-se todos os aspectos relevantes da conduta imputada.
2. Para crimes de descaminho, a jurisprudência predominante da
Suprema Corte tem considerado para a avaliação da insignificância o
patamar de R$ 10.000,00, o mesmo previsto no art 20 da Lei n.º
10.522/2002, que determina o arquivamento de execuções fiscais de valor
igual ou inferior a este patamar.
3. A existência de registros criminais pretéritos contra o paciente
obsta o reconhecimento do princípio da insignificância, consoante
jurisprudência consolidada da Primeira Turma desta Suprema Corte (v.g.:
HC 109.739/SP, rel. Min. Cármen Lúcia, DJe 14.02.2012; HC 110.951, rel.
Min. Dias Toffoli, DJe 27.02.2012; HC 108.696 rel. Min. Dias Toffoli, Dje
20.10.2011; e HC 107.674, rel. Min. Cármen Lúcia, DJe 14.9.2011). O
mesmo entendimento aplica-se quando há indícios de habitualidade
delitiva. Ressalva da posição pessoal da Ministra Relatora.
4. Ordem denegada.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os
Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Primeira Turma, sob a
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3107741.
Supremo Tribunal Federal
DJe 27/11/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 11
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3129454
Ementa e Acórdão
HC 114.548 / PR
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de
julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em
denegar a ordem de habeas corpus, nos termos do voto da relatora.
Brasília, 13 de novembro de 2012.
Ministra Rosa Weber
Relatora
2
Supremo Tribunal Federal
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documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3107741.
Supremo Tribunal Federal
HC 114.548 / PR
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de
julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em
denegar a ordem de habeas corpus, nos termos do voto da relatora.
Brasília, 13 de novembro de 2012.
Ministra Rosa Weber
Relatora
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3107741.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 11
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Relatório
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 114.548 PARANÁ
RELATORA
: MIN. ROSA WEBER
PACTE.(S)
:JACSON EITOR ENGEL
IMPTE.(S)
:DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
COATOR(A/S)(ES)
:SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
R E L A T Ó R I O
A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Trata-se de habeas
corpus impetrado pela Defensoria Pública da União em favor de Jacson
Eitor Engel contra decisão colegiada do Superior Tribunal de Justiça,
proferida nos autos do agravo regimental no REsp 1.306.048/PR.
O paciente foi denunciado pela prática do crime de descaminho,
previsto no art. 334 do Código Penal, por iludir o pagamento de imposto
devido pela entrada de mercadorias estrangeiras. O tributo não recolhido
perfazia a quantia de R$ 7.663,45 (sete mil, seiscentos e sessenta e três
reais e quarenta e cinco centavos).
O magistrado federal de primeiro grau, ao considerar a pequena
lesividade da conduta, já que o montante devido à Fazenda Pública não
seria objeto de execução fiscal, aplicou o princípio da insignificância para
rejeitar a denúncia.
O Tribunal Regional Federal da 4ª Região, no julgamento do recurso
em sentido estrito, também considerou atípico o crime de descaminho,
pois o total da elisão tributária não ultrapassava o valor estabelecido
legalmente para o arquivamento das ações fiscais de débitos inscritos
como dívida ativa da União.
Irresignado, o Ministério Público Federal manejou o Recurso
Especial 1.306.048/PR ao Superior Tribunal de Justiça, que, por intermédio
da decisão da lavra do Ministro Adilson Vieira Macabu (Desembargador
convocado do TJRJ), deu provimento ao apelo especial para afastar o
princípio da insignificância e determinar o prosseguimento da ação penal
na origem.
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3107742.
Supremo Tribunal Federal
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 114.548 PARANÁ
RELATORA
: MIN. ROSA WEBER
PACTE.(S)
:JACSON EITOR ENGEL
IMPTE.(S)
:DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
COATOR(A/S)(ES)
:SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
R E L A T Ó R I O
A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Trata-se de habeas
corpus impetrado pela Defensoria Pública da União em favor de Jacson
Eitor Engel contra decisão colegiada do Superior Tribunal de Justiça,
proferida nos autos do agravo regimental no REsp 1.306.048/PR.
O paciente foi denunciado pela prática do crime de descaminho,
previsto no art. 334 do Código Penal, por iludir o pagamento de imposto
devido pela entrada de mercadorias estrangeiras. O tributo não recolhido
perfazia a quantia de R$ 7.663,45 (sete mil, seiscentos e sessenta e três
reais e quarenta e cinco centavos).
O magistrado federal de primeiro grau, ao considerar a pequena
lesividade da conduta, já que o montante devido à Fazenda Pública não
seria objeto de execução fiscal, aplicou o princípio da insignificância para
rejeitar a denúncia.
O Tribunal Regional Federal da 4ª Região, no julgamento do recurso
em sentido estrito, também considerou atípico o crime de descaminho,
pois o total da elisão tributária não ultrapassava o valor estabelecido
legalmente para o arquivamento das ações fiscais de débitos inscritos
como dívida ativa da União.
Irresignado, o Ministério Público Federal manejou o Recurso
Especial 1.306.048/PR ao Superior Tribunal de Justiça, que, por intermédio
da decisão da lavra do Ministro Adilson Vieira Macabu (Desembargador
convocado do TJRJ), deu provimento ao apelo especial para afastar o
princípio da insignificância e determinar o prosseguimento da ação penal
na origem.
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3107742.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 11
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3129454
Relatório
HC 114.548 / PR
Contra essa decisão, a Defesa interpôs agravo regimental, não
provido pela Corte Superior. Eis o teor do acórdão:
“PROCESSO PENAL. PENAL. AGRAVO REGIMENTAL
NO RECURSO ESPECIAL. DESCAMINHO. VALORES
FRACIONÁRIOS QUE SE ENCONTRAM ABAIXO DO
PARÂMETRO DISPOSTO NO ART. 20 DA LEI Nº 10.522/02.
PRINCÍPIO DA INSIGINIFICÂNCIA. INAPLICABILIDADE.
REITERAÇÃO CRIMINOSA.
1. O entendimento firmado no Superior Tribunal de
Justiça é no sentido de que nos delitos de descaminho, embora
o pequeno valor do débito tributário seja condição necessária
para permitir a aplicação do princípio da insignificância, ele
pode ser afastado se o agente demonstrar habitualidade na
mesma atividade criminosa. Precedentes.
2. Não se divisam, nas razões deste regimental,
argumentos aptos a modificar o decisum agravado, razão pela
qual deve ser mantido.
3. Agravo regimental a que se nega provimento.”
Pleiteia a Impetrante, em síntese, a aplicação do princípio da
insignificância na espécie, independentemente da reincidência do
paciente. Nesse vértice, sustenta a mínima ofensividade da conduta do
agente, nenhuma periculosidade da ação, o reduzido grau de
reprovabilidade da ação e a inexpressividade da lesão jurídica provocada.
Indeferi a liminar em 07.8.2012. Dispensei informações.
O Ministério Público Federal, em parecer da lavra do
Subprocurador-Geral da República Mario José Gisi, manifestou-se pela
denegação da ordem.
É o relatório.
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
HC 114.548 / PR
Contra essa decisão, a Defesa interpôs agravo regimental, não
provido pela Corte Superior. Eis o teor do acórdão:
“PROCESSO PENAL. PENAL. AGRAVO REGIMENTAL
NO RECURSO ESPECIAL. DESCAMINHO. VALORES
FRACIONÁRIOS QUE SE ENCONTRAM ABAIXO DO
PARÂMETRO DISPOSTO NO ART. 20 DA LEI Nº 10.522/02.
PRINCÍPIO DA INSIGINIFICÂNCIA. INAPLICABILIDADE.
REITERAÇÃO CRIMINOSA.
1. O entendimento firmado no Superior Tribunal de
Justiça é no sentido de que nos delitos de descaminho, embora
o pequeno valor do débito tributário seja condição necessária
para permitir a aplicação do princípio da insignificância, ele
pode ser afastado se o agente demonstrar habitualidade na
mesma atividade criminosa. Precedentes.
2. Não se divisam, nas razões deste regimental,
argumentos aptos a modificar o decisum agravado, razão pela
qual deve ser mantido.
3. Agravo regimental a que se nega provimento.”
Pleiteia a Impetrante, em síntese, a aplicação do princípio da
insignificância na espécie, independentemente da reincidência do
paciente. Nesse vértice, sustenta a mínima ofensividade da conduta do
agente, nenhuma periculosidade da ação, o reduzido grau de
reprovabilidade da ação e a inexpressividade da lesão jurídica provocada.
Indeferi a liminar em 07.8.2012. Dispensei informações.
O Ministério Público Federal, em parecer da lavra do
Subprocurador-Geral da República Mario José Gisi, manifestou-se pela
denegação da ordem.
É o relatório.
2
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Voto - MIN. ROSA WEBER
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 114.548 PARANÁ
V O T O
A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): O presente habeas
corpus diz com a aplicação – ou não – do princípio da insignificância ao
caso concreto.
Conforme relatado, o Juízo de primeiro grau rejeitou a denúncia
oferecida contra Jacson Eitor Engel pela prática do crime de descaminho,
por entender atípica a conduta de elidir pagamento de tributo cujo valor
não exceda o limite legal estipulado para a execução fiscal. No
julgamento do recurso em sentido estrito, o Tribunal Regional Federal da
4ª Região também considerou atípica a conduta.
Todavia, o Superior Tribunal de Justiça afastou a aplicação do
princípio da insignificância.
O descaminho envolveu elisão de tributos que perfaziam a quantia
de R$ 7.663,45 (sete mil, seiscentos e sessenta e três reais e quarenta e
cinco centavos).
Esta Suprema Corte tem admitido a aplicação do princípio da
insignificância em casos envolvendo crimes de pequena dimensão.
A conduta delitiva seria tão diminuta que não afetaria materialmente
o bem jurídico protegido pela norma penal, sendo atípica da perspectiva
material.
Tal entendimento encontra-se consubstanciado em diversos acórdãos
desta Suprema Corte:
“A tipicidade penal não pode ser percebida como o trivial
exercício de adequação do fato concreto à norma abstrata. Além da
correspondência formal, para a configuração da tipicidade, é
necessária análise materialmente valorativa das circunstâncias do caso
concreto, no sentido de se verificar a ocorrência de alguma lesão grave,
contundente e penalmente relevante do bem jurídico tutelado.” (HC
109.739/SP – Rel. Min. Carmen Lúcia – 1ª Turma do STF – un. - j.
13.12.2011 – Dje-032, de 13.02.2012)
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13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 114.548 PARANÁ
V O T O
A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): O presente habeas
corpus diz com a aplicação – ou não – do princípio da insignificância ao
caso concreto.
Conforme relatado, o Juízo de primeiro grau rejeitou a denúncia
oferecida contra Jacson Eitor Engel pela prática do crime de descaminho,
por entender atípica a conduta de elidir pagamento de tributo cujo valor
não exceda o limite legal estipulado para a execução fiscal. No
julgamento do recurso em sentido estrito, o Tribunal Regional Federal da
4ª Região também considerou atípica a conduta.
Todavia, o Superior Tribunal de Justiça afastou a aplicação do
princípio da insignificância.
O descaminho envolveu elisão de tributos que perfaziam a quantia
de R$ 7.663,45 (sete mil, seiscentos e sessenta e três reais e quarenta e
cinco centavos).
Esta Suprema Corte tem admitido a aplicação do princípio da
insignificância em casos envolvendo crimes de pequena dimensão.
A conduta delitiva seria tão diminuta que não afetaria materialmente
o bem jurídico protegido pela norma penal, sendo atípica da perspectiva
material.
Tal entendimento encontra-se consubstanciado em diversos acórdãos
desta Suprema Corte:
“A tipicidade penal não pode ser percebida como o trivial
exercício de adequação do fato concreto à norma abstrata. Além da
correspondência formal, para a configuração da tipicidade, é
necessária análise materialmente valorativa das circunstâncias do caso
concreto, no sentido de se verificar a ocorrência de alguma lesão grave,
contundente e penalmente relevante do bem jurídico tutelado.” (HC
109.739/SP – Rel. Min. Carmen Lúcia – 1ª Turma do STF – un. - j.
13.12.2011 – Dje-032, de 13.02.2012)
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Voto - MIN. ROSA WEBER
HC 114.548 / PR
“O princípio da insignificância - que deve ser analisado em
conexão com os postulados da fragmentariedade e da intervenção
mínima do Estado em matéria penal - tem o sentido de excluir ou de
afastar a própria tipicidade penal, examinada na perspectiva de seu
caráter material. Doutrina. Tal postulado - que considera necessária,
na aferição do relevo material da tipicidade penal, a presença de certos
vetores, tais como (a) a mínima ofensividade da conduta do agente, (b)
a nenhuma periculosidade social da ação, (c) o reduzidíssimo grau de
reprovabilidade do comportamento e (d) a inexpressividade da lesão
jurídica provocada - apoiou-se, em seu processo de formulação teórica,
no reconhecimento de que o caráter subsidiário do sistema penal
reclama e impõe, em função dos próprios objetivos por ele visados, a
intervenção mínima do Poder Público.” (RHC 107264/DF – Rel.
Min. Celso de Mello – 2ª Turma – un. – j. 19.04.2011 – Dje-232, de
06/12/2011).
A doutrina majoritária também tem se posicionado no sentido de
que o princípio da insignificância afeta a tipicidade material. Por todos,
considerando a torrencial doutrina existente sobre o tema, cito o eminente
e saudoso Ministro Francisco de Assis Toledo:
“Note-se que a gradação qualitativa e quantitativa do injusto
referida inicialmente (supra, n. 123), permite que o fato penalmente
insignificante seja excluído da tipicidade penal, mas possa receber
tratamento adequado – se necessário – como ilícito civil,
administrativo etc., quando assim o exigirem preceitos legais ou
regulamentares extrapenais.” (TOLEDO, Francisco de Assis.
Princípios básicos de Direito Penal. 5ª ed. São Paulo, Saraiva, 2002,
p. 134).
O princípio da insignificância também pode ser invocado como
decorrência dos princípios da proporcionalidade ou da razoabilidade.
Impor prisão ou condenação criminal por crimes de diminuta dimensão
não se justificaria por sua desproporcionalidade.
Invocando a insignificância como consequência do princípio da
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Supremo Tribunal Federal
HC 114.548 / PR
“O princípio da insignificância - que deve ser analisado em
conexão com os postulados da fragmentariedade e da intervenção
mínima do Estado em matéria penal - tem o sentido de excluir ou de
afastar a própria tipicidade penal, examinada na perspectiva de seu
caráter material. Doutrina. Tal postulado - que considera necessária,
na aferição do relevo material da tipicidade penal, a presença de certos
vetores, tais como (a) a mínima ofensividade da conduta do agente, (b)
a nenhuma periculosidade social da ação, (c) o reduzidíssimo grau de
reprovabilidade do comportamento e (d) a inexpressividade da lesão
jurídica provocada - apoiou-se, em seu processo de formulação teórica,
no reconhecimento de que o caráter subsidiário do sistema penal
reclama e impõe, em função dos próprios objetivos por ele visados, a
intervenção mínima do Poder Público.” (RHC 107264/DF – Rel.
Min. Celso de Mello – 2ª Turma – un. – j. 19.04.2011 – Dje-232, de
06/12/2011).
A doutrina majoritária também tem se posicionado no sentido de
que o princípio da insignificância afeta a tipicidade material. Por todos,
considerando a torrencial doutrina existente sobre o tema, cito o eminente
e saudoso Ministro Francisco de Assis Toledo:
“Note-se que a gradação qualitativa e quantitativa do injusto
referida inicialmente (supra, n. 123), permite que o fato penalmente
insignificante seja excluído da tipicidade penal, mas possa receber
tratamento adequado – se necessário – como ilícito civil,
administrativo etc., quando assim o exigirem preceitos legais ou
regulamentares extrapenais.” (TOLEDO, Francisco de Assis.
Princípios básicos de Direito Penal. 5ª ed. São Paulo, Saraiva, 2002,
p. 134).
O princípio da insignificância também pode ser invocado como
decorrência dos princípios da proporcionalidade ou da razoabilidade.
Impor prisão ou condenação criminal por crimes de diminuta dimensão
não se justificaria por sua desproporcionalidade.
Invocando a insignificância como consequência do princípio da
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Voto - MIN. ROSA WEBER
HC 114.548 / PR
proporcionalidade, encontram-se alguns julgados desta Corte, entre eles o
seguinte da lavra do eminente Ministro Ayres Britto:
“Reiteradas vezes este Supremo Tribunal Federal debateu o
tema da insignificância penal. Oportunidades em que me posicionei
pelo reconhecimento da insignificância penal como expressão de um
necessário juízo de razoabilidade e proporcionalidade de condutas que,
embora formalmente encaixadas no molde legal-punitivo,
materialmente escapam desse encaixe.” (HC 109.277/SE – Rel. Min.
Ayres Britto – 2ª Turma – un. – j. 13.12.2011 – DJe-036, de
17.2.2012).
De todo modo, qualquer que seja a base jurídica para a aplicação do
princípio da insignificância, a pontual atenuação do rigor da lei em
crimes de diminuta expressão é medida necessária sob pena da criação de
situações de acentuada injustiça e da incômoda sensação de identificação
da Justiça e do acusado com os personagens literários Inspetor Javert e
Jean Valjean, da obra imortal de Victor Hugo.
A hipótese dos autos envolve a prática de crime de descaminho, pelo
não recolhimento de tributos devidos pela importação de mercadorias de
procedência estrangeira, no montante de R$ 7.663,45 (sete mil, seiscentos
e sessenta e três reais e quarenta e cinco centavos).
Para crimes de descaminho, a jurisprudência predominante da
Suprema Corte tem considerado, para avaliação da insignificância, o
patamar de R$ 10.000,00, o mesmo previsto no art 20 da Lei n.º
10.522/2002, que determina o arquivamento de execuções fiscais de valor
igual ou inferior a este patamar.
Nesse sentido:
“PENAL. HABEAS CORPUS. CRIME DE DESCAMINHO.
VALOR SONEGADO INFERIOR AO FIXADO NO ART. 20 DA
LEI 10.522/2002, COM A REDAÇÃO DADA PELA LEI
11.033/2004.
PRINCÍPIO
DA
INSIGNIFICÂNCIA.
APLICABILIDADE. PRECEDENTES. ORDEM CONCEDIDA. I
- Nos termos da jurisprudência deste Tribunal, o princípio da
3
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HC 114.548 / PR
proporcionalidade, encontram-se alguns julgados desta Corte, entre eles o
seguinte da lavra do eminente Ministro Ayres Britto:
“Reiteradas vezes este Supremo Tribunal Federal debateu o
tema da insignificância penal. Oportunidades em que me posicionei
pelo reconhecimento da insignificância penal como expressão de um
necessário juízo de razoabilidade e proporcionalidade de condutas que,
embora formalmente encaixadas no molde legal-punitivo,
materialmente escapam desse encaixe.” (HC 109.277/SE – Rel. Min.
Ayres Britto – 2ª Turma – un. – j. 13.12.2011 – DJe-036, de
17.2.2012).
De todo modo, qualquer que seja a base jurídica para a aplicação do
princípio da insignificância, a pontual atenuação do rigor da lei em
crimes de diminuta expressão é medida necessária sob pena da criação de
situações de acentuada injustiça e da incômoda sensação de identificação
da Justiça e do acusado com os personagens literários Inspetor Javert e
Jean Valjean, da obra imortal de Victor Hugo.
A hipótese dos autos envolve a prática de crime de descaminho, pelo
não recolhimento de tributos devidos pela importação de mercadorias de
procedência estrangeira, no montante de R$ 7.663,45 (sete mil, seiscentos
e sessenta e três reais e quarenta e cinco centavos).
Para crimes de descaminho, a jurisprudência predominante da
Suprema Corte tem considerado, para avaliação da insignificância, o
patamar de R$ 10.000,00, o mesmo previsto no art 20 da Lei n.º
10.522/2002, que determina o arquivamento de execuções fiscais de valor
igual ou inferior a este patamar.
Nesse sentido:
“PENAL. HABEAS CORPUS. CRIME DE DESCAMINHO.
VALOR SONEGADO INFERIOR AO FIXADO NO ART. 20 DA
LEI 10.522/2002, COM A REDAÇÃO DADA PELA LEI
11.033/2004.
PRINCÍPIO
DA
INSIGNIFICÂNCIA.
APLICABILIDADE. PRECEDENTES. ORDEM CONCEDIDA. I
- Nos termos da jurisprudência deste Tribunal, o princípio da
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Voto - MIN. ROSA WEBER
HC 114.548 / PR
insignificância deve ser aplicado ao delito de descaminho
quando o valor sonegado for inferior ao estabelecido no art. 20
da Lei 10.522/2002, com a redação dada pela Lei 11.033/2004. II
– Ordem concedida para, reconhecendo-se a atipicidade da
conduta, determinar o trancamento da ação penal.” (HC
112.772/PR – Rel. Min. Ricardo Lewandowski – 2ª Turma – por
maioria – j. 11.9.2012)”
“PENAL. HABEAS CORPUS. DESCAMINHO (ART. 334,
CAPUT, DO CP). PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA.
REQUISITOS PRESENTES. DELITO PURAMENTE FISCAL.
TRIBUTO ILUDIDO EM VALOR INFERIOR A R$ 10.000,00
(DEZ MIL REAIS). ATIPICIDADE MATERIAL DA CONDUTA.
ART. 20 DA LEI Nº 10.522/02. DISPENSA DA UNIÃO DE
EXECUTAR OS CRÉDITOS FISCAIS EM VALOR INFERIOR A
ESSE PATAMAR. PRECEDENTES. ORDEM CONCEDIDA. 1. O
princípio da insignificância incide quando quando o tributo
iludido pelo delito de descaminho for de valor inferior a R$
10.000,00, presentes o princípio da lesividade, da
fragmentariedade, da intervenção mínima e ante o disposto no
art. 20 da Lei nº 10.522/02, que dispensa a União de executar os
créditos fiscais em valor inferior a esse patamar. Precedentes:
HC 96412/SP, red. p/ acórdão Min. Dias Toffoli; 1ª Turma, DJ de
18/3/2011; HC 97257/RS, rel. Min. Marco Aurélio, 1ª Turma, DJ
de 1/12/2010; HC 102935, rel. Min. Dias Toffoli, 1ª Turma, DJ de
19/11/2010; HC 96852/PR, rel. Min. Joaquim Barbosa, 2ª Turma,
DJ de 15/3/2011; HC 96307/GO, rel. Min. Joaquim Barbosa, 2ª
Turma, DJ de 10/12/2009; HC 100365/PR, rel. Min. Joaquim
Barbosa, DJ de 5/2/2010) 2. In casu, a paciente fora denunciada
pela prática do crime de descaminho por iludir, no ingresso de
mercadorias em território nacional, tributos no valor de R$
3.045,98. 3. Ordem concedida para restabelecer a decisão do
Juízo rejeitando a denúncia.” (HC 100.942/PR – 1ª Turma – Rel.
Min. Luiz Fux – por maioria – j. 09.8.2011).”
É oportuno esclarecer que há, evidentemente, questões de política
4
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HC 114.548 / PR
insignificância deve ser aplicado ao delito de descaminho
quando o valor sonegado for inferior ao estabelecido no art. 20
da Lei 10.522/2002, com a redação dada pela Lei 11.033/2004. II
– Ordem concedida para, reconhecendo-se a atipicidade da
conduta, determinar o trancamento da ação penal.” (HC
112.772/PR – Rel. Min. Ricardo Lewandowski – 2ª Turma – por
maioria – j. 11.9.2012)”
“PENAL. HABEAS CORPUS. DESCAMINHO (ART. 334,
CAPUT, DO CP). PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA.
REQUISITOS PRESENTES. DELITO PURAMENTE FISCAL.
TRIBUTO ILUDIDO EM VALOR INFERIOR A R$ 10.000,00
(DEZ MIL REAIS). ATIPICIDADE MATERIAL DA CONDUTA.
ART. 20 DA LEI Nº 10.522/02. DISPENSA DA UNIÃO DE
EXECUTAR OS CRÉDITOS FISCAIS EM VALOR INFERIOR A
ESSE PATAMAR. PRECEDENTES. ORDEM CONCEDIDA. 1. O
princípio da insignificância incide quando quando o tributo
iludido pelo delito de descaminho for de valor inferior a R$
10.000,00, presentes o princípio da lesividade, da
fragmentariedade, da intervenção mínima e ante o disposto no
art. 20 da Lei nº 10.522/02, que dispensa a União de executar os
créditos fiscais em valor inferior a esse patamar. Precedentes:
HC 96412/SP, red. p/ acórdão Min. Dias Toffoli; 1ª Turma, DJ de
18/3/2011; HC 97257/RS, rel. Min. Marco Aurélio, 1ª Turma, DJ
de 1/12/2010; HC 102935, rel. Min. Dias Toffoli, 1ª Turma, DJ de
19/11/2010; HC 96852/PR, rel. Min. Joaquim Barbosa, 2ª Turma,
DJ de 15/3/2011; HC 96307/GO, rel. Min. Joaquim Barbosa, 2ª
Turma, DJ de 10/12/2009; HC 100365/PR, rel. Min. Joaquim
Barbosa, DJ de 5/2/2010) 2. In casu, a paciente fora denunciada
pela prática do crime de descaminho por iludir, no ingresso de
mercadorias em território nacional, tributos no valor de R$
3.045,98. 3. Ordem concedida para restabelecer a decisão do
Juízo rejeitando a denúncia.” (HC 100.942/PR – 1ª Turma – Rel.
Min. Luiz Fux – por maioria – j. 09.8.2011).”
É oportuno esclarecer que há, evidentemente, questões de política
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HC 114.548 / PR
criminal envolvidas. Os recursos da Justiça criminal são limitados e a
aplicação do princípio da insignificância permite que eles sejam
concentrados em casos maiores e mais relevantes, evitando que se
dissipem na investigação e persecução de crimes menores.
Considerandos os precedentes citados, a conduta deveria ser
considerada atípica.
O Superior Tribunal de Justiça, que adota o mesmo patamar, negou,
não obstante,provimento ao agravo regimental no Recurso Especial
1.306.048/PR, ao fundamento de que:
“O entendimento firmado no Superior Tribunal de Justiça
é no sentido de que nos delitos de descaminho, embora o pequeno
valor do débito tributário seja condição necessária para permitir
a aplicação do princípio da insignificância, ele pode ser afastado
se o agente demonstrar habitualidade na mesma atividade
criminosa.”
Consta dos autos, especificamente nas razões do recurso em sentido
estrito manejado pelo Ministério Público, notícia da existência de outros
doze procedimentos administrativos que tratam da prática do mesmo
delito de descaminho pelo paciente, com os tributos elididos alcançando a
quantia de R$ 53.889,57 (cinquenta e três mil, oitocentos e oitenta e nove
reais e cinquenta e sete centavos).
Enfatizo que a jurisprudência consolidada desta 1ª Turma
compreende que “apesar de tratar-se de critério subjetivo, a reincidência
deve ser excepcionada da regra para análise do princípio da
insignificância, pois não está sujeita a interpretações doutrinárias e
jurisprudenciais ou a análises discricionárias. O criminoso reincidente,
como é o caso do ora paciente, apresenta comportamento reprovável, e
sua conduta deve ser considerada materialmente típica” (HC 109.739/SP,
rel. Min. Cármen Lúcia, DJe 14.02.2012). Nessa linha, representaria, o
reconhecimento da insignificância para agente com registros criminais
pretéritos, estímulo para a prática reiterada de pequenos crimes sem
punição. É o que emerge dos precedentes, v.g., HC 110.951, rel. Min. Dias
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HC 114.548 / PR
criminal envolvidas. Os recursos da Justiça criminal são limitados e a
aplicação do princípio da insignificância permite que eles sejam
concentrados em casos maiores e mais relevantes, evitando que se
dissipem na investigação e persecução de crimes menores.
Considerandos os precedentes citados, a conduta deveria ser
considerada atípica.
O Superior Tribunal de Justiça, que adota o mesmo patamar, negou,
não obstante,provimento ao agravo regimental no Recurso Especial
1.306.048/PR, ao fundamento de que:
“O entendimento firmado no Superior Tribunal de Justiça
é no sentido de que nos delitos de descaminho, embora o pequeno
valor do débito tributário seja condição necessária para permitir
a aplicação do princípio da insignificância, ele pode ser afastado
se o agente demonstrar habitualidade na mesma atividade
criminosa.”
Consta dos autos, especificamente nas razões do recurso em sentido
estrito manejado pelo Ministério Público, notícia da existência de outros
doze procedimentos administrativos que tratam da prática do mesmo
delito de descaminho pelo paciente, com os tributos elididos alcançando a
quantia de R$ 53.889,57 (cinquenta e três mil, oitocentos e oitenta e nove
reais e cinquenta e sete centavos).
Enfatizo que a jurisprudência consolidada desta 1ª Turma
compreende que “apesar de tratar-se de critério subjetivo, a reincidência
deve ser excepcionada da regra para análise do princípio da
insignificância, pois não está sujeita a interpretações doutrinárias e
jurisprudenciais ou a análises discricionárias. O criminoso reincidente,
como é o caso do ora paciente, apresenta comportamento reprovável, e
sua conduta deve ser considerada materialmente típica” (HC 109.739/SP,
rel. Min. Cármen Lúcia, DJe 14.02.2012). Nessa linha, representaria, o
reconhecimento da insignificância para agente com registros criminais
pretéritos, estímulo para a prática reiterada de pequenos crimes sem
punição. É o que emerge dos precedentes, v.g., HC 110.951, rel. Min. Dias
5
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Voto - MIN. ROSA WEBER
HC 114.548 / PR
Toffoli, DJe 27.02.2012; HC 108.696 rel. Min. Dias Toffoli, DJe 20.10.2011; e
HC 107.674, rel. Min. Cármen Lúcia, DJe 14.9.2011.
Diversa, contudo, a minha visão. Se a insignificância afeta a
chamada tipicidade material - vale dizer, implica atipicidade da conduta
-, antecedentes criminais não se mostram aptos a inibir a aplicação do
princípio no caso concreto, uma vez pertinentes a categoria dogmática
estranha à tipicidade. Assim, antecedentes criminais, por maior
gravidade que ostentem, não ensejam a tipificação criminal de conduta
que, pela insignificância da ofensa perpetrada ao bem jurídico protegido,
não lhe tenha causado lesão de relevo. Nessa ótica, com a devida vênia, a
vida pregressa do indivíduo não se mostra hábil a transformar em crime
fato que, pelo dano insignificante causado ao bem jurídico objeto da
tutela penal, materialmente não se subsume no tipo previsto em lei.
Acato, todavia, a firme orientação desta Turma no que não admite a
aplicação do princípio da bagatela quando o indivíduo possui registros
criminais pretéritos. O mesmo entendimento se aplica, no presente caso,
já que, embora não haja outros processos criminais, existem
procedimentos administrativos que indicam habitualidade na prática do
descaminho.
Em síntese, no presente caso, pelos indicativos de atividade criminal
habitual do paciente, não tem lugar o princípio da insignificância.
Ante o exposto, denego a ordem.
É como voto.
6
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HC 114.548 / PR
Toffoli, DJe 27.02.2012; HC 108.696 rel. Min. Dias Toffoli, DJe 20.10.2011; e
HC 107.674, rel. Min. Cármen Lúcia, DJe 14.9.2011.
Diversa, contudo, a minha visão. Se a insignificância afeta a
chamada tipicidade material - vale dizer, implica atipicidade da conduta
-, antecedentes criminais não se mostram aptos a inibir a aplicação do
princípio no caso concreto, uma vez pertinentes a categoria dogmática
estranha à tipicidade. Assim, antecedentes criminais, por maior
gravidade que ostentem, não ensejam a tipificação criminal de conduta
que, pela insignificância da ofensa perpetrada ao bem jurídico protegido,
não lhe tenha causado lesão de relevo. Nessa ótica, com a devida vênia, a
vida pregressa do indivíduo não se mostra hábil a transformar em crime
fato que, pelo dano insignificante causado ao bem jurídico objeto da
tutela penal, materialmente não se subsume no tipo previsto em lei.
Acato, todavia, a firme orientação desta Turma no que não admite a
aplicação do princípio da bagatela quando o indivíduo possui registros
criminais pretéritos. O mesmo entendimento se aplica, no presente caso,
já que, embora não haja outros processos criminais, existem
procedimentos administrativos que indicam habitualidade na prática do
descaminho.
Em síntese, no presente caso, pelos indicativos de atividade criminal
habitual do paciente, não tem lugar o princípio da insignificância.
Ante o exposto, denego a ordem.
É como voto.
6
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Decisão de Julgamento
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
HABEAS CORPUS 114.548
PROCED. : PARANÁ
RELATORA : MIN. ROSA WEBER
PACTE.(S) : JACSON EITOR ENGEL
IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Decisão: A Turma denegou a ordem de habeas corpus, nos termos
do voto da Relatora. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias
Toffoli. 1ª Turma, 13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Wagner Mathias.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
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Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
HABEAS CORPUS 114.548
PROCED. : PARANÁ
RELATORA : MIN. ROSA WEBER
PACTE.(S) : JACSON EITOR ENGEL
IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Decisão: A Turma denegou a ordem de habeas corpus, nos termos
do voto da Relatora. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias
Toffoli. 1ª Turma, 13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Wagner Mathias.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 11
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| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3129454 | 2012-11-13T00:00:00 | 2012-11-27T00:00:00 | A Turma denegou a ordem de habeas corpus, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 13.11.2012. | HABEAS CORPUS | E M E N T A
HABEAS CORPUS. DIREITO PENAL. DESCAMINHO. VALOR INFERIOR AO ESTIPULADO PELO ART. 20 DA LEI 10.522/2002. PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA. HABITUALIDADE DELITIVA. REPROVABILIDADE DA CONDUTA.
1. A pertinência do princípio da insignificância deve ser avaliada considerando-se todos os aspectos relevantes da conduta imputada.
2. Para crimes de descaminho, a jurisprudência predominante da Suprema Corte tem considerado para a avaliação da insignificância o patamar de R$ 10.000,00, o mesmo previsto no art 20 da Lei n.º 10.522/2002, que determina o arquivamento de execuções fiscais de valor igual ou inferior a este patamar.
3. A existência de registros criminais pretéritos contra o paciente obsta o reconhecimento do princípio da insignificância, consoante jurisprudência consolidada da Primeira Turma desta Suprema Corte (v.g.: HC 109.739/SP, rel. Min. Cármen Lúcia, DJe 14.02.2012; HC 110.951, rel. Min. Dias Toffoli, DJe 27.02.2012; HC 108.696 rel. Min. Dias Toffoli, Dje 20.10.2011; e HC 107.674, rel. Min. Cármen Lúcia, DJe 14.9.2011). O mesmo entendimento aplica-se quando há indícios de habitualidade delitiva. Ressalva da posição pessoal da Ministra Relatora.
4. Ordem denegada. | sjur219923 | - Acórdão(s) citado(s):
(DESCAMINHO, INSIGNIFICÂNCIA, REINCIDÊNCIA)
STF: HC 109739 (1ªT), HC 110951 (1ªT), HC 108696 (1ªT) HC 107674 (1ªT).
(INSIGNIFICÂNCIA, TIPICIDADE MATERIAL)
STF: RHC 107264 (2ªT).
(INSIGNIFICÂNCIA, PRINCÍPIO DA PROPORCIONALIDADE)
STF: HC 109277 (2ªT).
(DESCAMINHO, INSIGNIFICÂNCIA, DEZ MIL REAIS)
HC 112772 (2ªT), HC 100942 (1ªT).
- Veja REsp 1306048 do STJ.
Número de páginas: 11.
Análise: 13/12/2012, SEV.
Revisão: 04/02/2013, AAT. | ROSA WEBER | Primeira Turma | 114548 | [
"LEG-FED LEI-010522 ANO-2002\r\n ART-00020 \r\n LEI ORDINÁRIA"
] | HC | acordaos | HC 114548 | [
""
] | PACTE.(S) : JACSON EITOR ENGEL
IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"HABEAS CORPUS 114 . 548",
"HC 109 . 739 / SP",
"HC 110 . 951",
"HC 108 . 696",
"HC 107 . 674",
"HC 114 . 548 / PR",
"HC 114 . 548 / PR",
"HABEAS CORPUS 114 . 548",
"REsp 1 . 306 . 048 / PR",
"Recurso Especial 1 . 306 . 048 / PR",
"HABEAS CORPUS 114 . 548",
"REsp 1 . 306 . 048 / PR",
"Recurso Especial 1 . 306 . 048 / PR",
"HC 114 . 548 / PR",
"HC 114 . 548 / PR",
"HABEAS CORPUS 114 . 548",
"HC 109 . 739 / SP",
"HABEAS CORPUS 114 . 548",
"HC 109 . 739 / SP",
"HC 114 . 548 / PR",
"RHC 107264 / DF",
"HC 114 . 548 / PR",
"RHC 107264 / DF",
"HC 114 . 548 / PR",
"HC 109 . 277 / SE",
"HC 114 . 548 / PR",
"HC 109 . 277 / SE",
"HC 114 . 548 / PR",
"HC 112 . 772 / PR",
"HC 96412 / SP",
"HC 97257 / RS",
"HC 102935",
"HC 96852 / PR",
"HC 96307 / GO",
"HC 100365 / PR",
"HC 100 . 942 / PR",
"HC 114 . 548 / PR",
"HC 112 . 772 / PR",
"HC 96412 / SP",
"HC 97257 / RS",
"HC 102935",
"HC 96852 / PR",
"HC 96307 / GO",
"HC 100365 / PR",
"HC 100 . 942 / PR",
"HC 114 . 548 / PR",
"Recurso Especial 1 . 306 . 048 / PR",
"HC 109 . 739 / SP",
"HC 110 . 951",
"HC 114 . 548 / PR",
"Recurso Especial 1 . 306 . 048 / PR",
"HC 109 . 739 / SP",
"HC 110 . 951",
"HC 114 . 548 / PR",
"HC 108",
"HC 107 . 674",
"HC 114 . 548 / PR",
"HC 108 . 696",
"HC 107 . 674",
"HABEAS CORPUS 114 . 548",
"HABEAS CORPUS 114 . 548"
],
"LEGISLACAO": [
"ART . 20 DA LEI 10 . 522 / 2002",
"art 20 da Lei n . [UNK] 10 . 522 / 2002",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 334 do Código Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Código Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ART . 20 DA LEI [UNK] 10 . 522 / 02",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ART . 20 DA LEI [UNK] 10 . 522 / 02",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art 20 da Lei n . [UNK] 10 . 522 / 2002",
"ART . 20 DA LEI 10 . 522 / 2002",
"LEI 11 . 033 / 2004",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art 20 da Lei n . [UNK] 10 . 522 / 2002",
"ART . 20 DA LEI 10 . 522 / 2002",
"LEI 11 . 033 / 2004",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 20 da Lei 10 . 522 / 2002",
"Lei 11 . 033 / 2004",
"ART . 334 , CAPUT , DO CP",
"ART . 20 DA LEI [UNK] 10 . 522 / 02",
"art . 20 da Lei [UNK] 10 . 522 / 02",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 20 da Lei 10 . 522 / 2002",
"Lei 11 . 033 / 2004",
"ART . 334 , CAPUT , DO CP",
"ART . 20 DA LEI [UNK] 10 . 522 / 02",
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"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
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"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
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"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"PARANÁ",
"Brasília",
"Brasília",
"PARANÁ",
"PARANÁ",
"PARANÁ",
"PARANÁ",
"São Paulo",
"São Paulo",
"PARANÁ",
"PARANÁ"
],
"ORGANIZACAO": [
"PRIMEIRA TURMA",
"DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO",
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"-",
"Brasil",
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"-",
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"-",
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"-",
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"-",
"Brasil",
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"-",
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"-",
"Brasil",
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"PRIMEIRA TURMA",
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"-",
"Brasil",
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"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
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"Supremo Tribunal Federal",
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"-",
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"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
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"-",
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"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
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"-",
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"[UNK] Turma",
"[UNK] Turma",
"[UNK] Turma",
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"[UNK] Turma",
"[UNK] Turma",
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"-",
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"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"ROSA WEBER",
"JACSON",
"Cármen Lúcia",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Cármen Lúcia",
"Dias Toffoli",
"Rosa Weber",
"Dias Toffoli",
"Rosa Weber",
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"Rosa Weber",
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"ROSA WEBER",
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"Mario José Gisi",
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"Rosa Weber",
"Jacson Eitor Engel",
"Carmen Lúcia",
"ROSA WEBER",
"Celso de Mello",
"Francisco de Assis Toledo",
"TOLEDO , Francisco de Assis",
"Celso de Mello",
"Francisco de Assis Toledo",
"TOLEDO , Francisco de Assis",
"ROSA WEBER",
"Ayres Britto",
"Ayres Britto",
"Jean Valjean",
"Victor Hugo",
"Ayres Britto",
"Ayres Britto",
"Jean Valjean",
"Victor",
"ROSA WEBER",
"Ricardo Lewandowski",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Dias Toffoli",
"Joaquim Barbosa",
"Joaquim Barbosa",
"Joaquim Barbosa",
"Luiz Fux",
"Ricardo Lewandowski",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Dias Toffoli",
"Joaquim Barbosa",
"Joaquim Barbosa",
"Joaquim Barbosa",
"Luiz Fux",
"ROSA WEBER",
"Cármen Lúcia",
"Dias",
"Cármen Lúcia",
"Dias",
"ROSA WEBER",
"Toffoli",
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"Cármen Lúcia",
"Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Cármen Lúcia",
"ROSA WEBER",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Wagner Mathias",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza",
"ROSA WEBER",
"JACSON",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz",
"Fux",
"Rosa Weber",
"Wagner Mathias",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza"
],
"TEMPO": [
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"14",
".",
"02",
".",
"2012",
"27",
".",
"02",
".",
"2012",
"20",
".",
"10",
".",
"2011",
"14",
".",
"9",
".",
"2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"27",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13 de novembro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13 de novembro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"07",
".",
"8",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"07",
".",
"8",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"13",
".",
"12",
".",
"2011",
"13",
".",
"02",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"13",
".",
"12",
".",
"2011",
"13",
".",
"02",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"19",
".",
"04",
".",
"2011",
"06",
"/",
"12",
"/",
"2011",
"2002",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"19",
".",
"04",
".",
"2011",
"06",
"/",
"12",
"/",
"2011",
"2002",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
".",
"12",
".",
"2011",
"17",
".",
"2",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
".",
"12",
".",
"2011",
"17",
".",
"2",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
".",
"9",
".",
"2012",
"18",
"/",
"3",
"/",
"2011",
"1",
"/",
"12",
"/",
"2010",
"19",
"/",
"11",
"/",
"2010",
"15",
"/",
"3",
"/",
"2011",
"10",
"/",
"12",
"/",
"2009",
"5",
"/",
"2",
"/",
"2010",
"09",
".",
"8",
".",
"2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
".",
"9",
".",
"2012",
"18",
"/",
"3",
"/",
"2011",
"1",
"/",
"12",
"/",
"2010",
"19",
"/",
"11",
"/",
"2010",
"15",
"/",
"3",
"/",
"2011",
"10",
"/",
"12",
"/",
"2009",
"5",
"/",
"2",
"/",
"2010",
"09",
".",
"8",
".",
"2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"14",
".",
"02",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"14",
".",
"02",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"27",
".",
"02",
".",
"2012",
"20",
".",
"10",
".",
"2011",
"14",
".",
"9",
".",
"2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"27",
".",
"02",
".",
"2012",
"20",
".",
"10",
".",
"2011",
"14",
".",
"9",
".",
"2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 730.015 RIO GRANDE DO SUL
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:EATON POWER QUALITY INDÚSTRIA LTDA
ADV.(A/S)
:JOÃO CARLOS DE LIMA JUNIOR E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:RAYSUL COMÉRCIO E SERVIÇOS TECNOLÓGICOS
LTDA
ADV.(A/S)
:JOSÉ LUIZ THOMÉ DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S)
EMENTA
Agravo regimental no agravo de instrumento. Civil. Ato jurídico
perfeito. Contrato de representação comercial. Rescisão. Indenização.
Ofensa reflexa. Legislação infraconstitucional. Reexame de fatos e
provas. Análise de cláusulas contratuais. Impossibilidade. Precedentes.
1. Inadmissível, em recurso extraordinário, a análise da legislação
infraconstitucional e o reexame de fatos e provas dos autos e de cláusulas
contratuais. Incidência das Súmulas nºs 636, 279 e 454/STF.
2. A alegada violação do art. 5º, inciso XXXVI, da Constituição
Federal, caso ocorresse, seria indireta ou reflexa, haja vista que sua
verificação não prescinde de anterior análise da legislação
infraconstitucional, o que é inviável em recurso extraordinário.
3. Agravo regimental não provido.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do
Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata do julgamento e das
notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao
agravo regimental, nos termos do voto do Relator.
Brasília, 13 de novembro de 2012.
MINISTRO DIAS TOFFOLI
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3183343.
Supremo Tribunal Federal
DJe 14/12/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 15
Ementa e Acórdão
AI 730.015 AGR / RS
Relator
2
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Relator
2
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Relatório
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 730.015 RIO GRANDE DO SUL
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:EATON POWER QUALITY INDÚSTRIA LTDA
ADV.(A/S)
:JOÃO CARLOS DE LIMA JUNIOR E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:RAYSUL COMÉRCIO E SERVIÇOS TECNOLÓGICOS
LTDA
ADV.(A/S)
:JOSÉ LUIZ THOMÉ DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S)
RELATÓRIO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Eaton Power Quality Indústria Ltda. interpõe tempestivo agravo
regimental (fls. 799 a 802 – fax – e – 805 a 808 – original) contra decisão
em que neguei provimento ao agravo de instrumento (fls. 790 a 795), com
a seguinte fundamentação:
“Vistos.
Eaton Power Quality Indústria Ltda interpõe agravo de
instrumento contra a decisão que não admitiu recurso
extraordinário assentado em contrariedade ao artigo 5º, inciso
XXXVI, da Constituição Federal.
Insurge-se, no apelo extremo, contra acórdão proferido
pela Décima Sexta Câmara Cível do Tribunal de Justiça do
Estado do Rio Grande do Sul, assim ementado:
‘APELAÇÃO
CÍVEL.
REPRESENTAÇÃO
COMERCIAL.
1) AGRAVO RETIDO não acolhido. Testemunha
compromissada. Interesse na causa. Ausência de prejuízo.
2) BASE DE CÁLCULO da indenização mantida, nos
termos do laudo pericial, que bem justifica a consideração
de valores ainda que de atividades posteriores à rescisão,
mas que são decorrentes de trabalho anterior da
representante, assim como o indexador utilizado na
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Supremo Tribunal Federal
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 730.015 RIO GRANDE DO SUL
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:EATON POWER QUALITY INDÚSTRIA LTDA
ADV.(A/S)
:JOÃO CARLOS DE LIMA JUNIOR E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:RAYSUL COMÉRCIO E SERVIÇOS TECNOLÓGICOS
LTDA
ADV.(A/S)
:JOSÉ LUIZ THOMÉ DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S)
RELATÓRIO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Eaton Power Quality Indústria Ltda. interpõe tempestivo agravo
regimental (fls. 799 a 802 – fax – e – 805 a 808 – original) contra decisão
em que neguei provimento ao agravo de instrumento (fls. 790 a 795), com
a seguinte fundamentação:
“Vistos.
Eaton Power Quality Indústria Ltda interpõe agravo de
instrumento contra a decisão que não admitiu recurso
extraordinário assentado em contrariedade ao artigo 5º, inciso
XXXVI, da Constituição Federal.
Insurge-se, no apelo extremo, contra acórdão proferido
pela Décima Sexta Câmara Cível do Tribunal de Justiça do
Estado do Rio Grande do Sul, assim ementado:
‘APELAÇÃO
CÍVEL.
REPRESENTAÇÃO
COMERCIAL.
1) AGRAVO RETIDO não acolhido. Testemunha
compromissada. Interesse na causa. Ausência de prejuízo.
2) BASE DE CÁLCULO da indenização mantida, nos
termos do laudo pericial, que bem justifica a consideração
de valores ainda que de atividades posteriores à rescisão,
mas que são decorrentes de trabalho anterior da
representante, assim como o indexador utilizado na
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Relatório
AI 730.015 AGR / RS
planilha de cálculo dos valores devidos, que observa
reajuste contratuais. 3) INDENIZAÇÃO calculada com
base na legislação vigente na data da rescisão do contrato,
no caso, o equivalente a 1/12 sobre o total da retribuição
auferida durante o tempo em que perdurou a
representação. 4) JUROS DE MORA de 0,5% ao mês até a
vigência do CC atual, quando devem ser computados em
1% ao mês. 5) REDUÇÃO do percentual da comissão de
8,2% para 1%. Concordância do autor quanto à redução da
comissão, conveniente a manutenção do vínculo
contratual, tanto que permaneceu o representante
realizando seu trabalho. 5) COMISSÃO REDUZIDA a
partir da data do aditamento contratual. AGRAVO
RETIDO REJEITADO. APELOS PARCIALMENTE
PROVIDOS’ (fl. 697).
Opostos embargos de declaração (fls. 714 a 716 e 724 a
728), foram rejeitados (fls. 738 a 743).
Decido.
Anote-se, inicialmente, que o acórdão dos embargos de
declaração foi publicado em 20/3/07, conforme expresso na
certidão de folha 744, não sendo exigível a demonstração da
existência de repercussão geral das questões constitucionais
trazidas no recurso extraordinário, conforme decidido na
Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS,
Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07.
A irresignação, contudo, não merece prosperar.
O acórdão recorrido assim consignou, quanto à pretensão
formulada no apelo extremo e referente à indenização devida
na rescisão do contrato de representação comercial:
‘O contrato de representação comercial mantido
entre as partes foi rescindido em jul/99. Ocorreu, portanto,
a quebra, na vigência da Lei n 8.420, de 8 de maio de 1992,
que alterou a indenização prevista no art. 27, letra ‘j’, da
2
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Supremo Tribunal Federal
AI 730.015 AGR / RS
planilha de cálculo dos valores devidos, que observa
reajuste contratuais. 3) INDENIZAÇÃO calculada com
base na legislação vigente na data da rescisão do contrato,
no caso, o equivalente a 1/12 sobre o total da retribuição
auferida durante o tempo em que perdurou a
representação. 4) JUROS DE MORA de 0,5% ao mês até a
vigência do CC atual, quando devem ser computados em
1% ao mês. 5) REDUÇÃO do percentual da comissão de
8,2% para 1%. Concordância do autor quanto à redução da
comissão, conveniente a manutenção do vínculo
contratual, tanto que permaneceu o representante
realizando seu trabalho. 5) COMISSÃO REDUZIDA a
partir da data do aditamento contratual. AGRAVO
RETIDO REJEITADO. APELOS PARCIALMENTE
PROVIDOS’ (fl. 697).
Opostos embargos de declaração (fls. 714 a 716 e 724 a
728), foram rejeitados (fls. 738 a 743).
Decido.
Anote-se, inicialmente, que o acórdão dos embargos de
declaração foi publicado em 20/3/07, conforme expresso na
certidão de folha 744, não sendo exigível a demonstração da
existência de repercussão geral das questões constitucionais
trazidas no recurso extraordinário, conforme decidido na
Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS,
Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07.
A irresignação, contudo, não merece prosperar.
O acórdão recorrido assim consignou, quanto à pretensão
formulada no apelo extremo e referente à indenização devida
na rescisão do contrato de representação comercial:
‘O contrato de representação comercial mantido
entre as partes foi rescindido em jul/99. Ocorreu, portanto,
a quebra, na vigência da Lei n 8.420, de 8 de maio de 1992,
que alterou a indenização prevista no art. 27, letra ‘j’, da
2
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Relatório
AI 730.015 AGR / RS
Lei nº 4.886/65, elevando-se para 1/12 do total da
retribuição auferida pelo representante no tempo em que
exerceu a representação.
A indenização deve ser calculada tomando-se por
base o texto legal em vigor na data da rescisão do
contrato, no caso, a que estipula o montante indenizatório
no equivalente a 1/12 sobre o total da retribuição auferida
durante o tempo em que perdurou a representação. O fato
gerador da indenização ocorreu em 1999 e incide a
legislação vigente à época deste’ (fl. 705).
Ora, para divergir da realidade de tal assertiva, mister
seria o necessário reexame do conjunto fático-probatório
constante dos autos e do contrato firmado entre as partes, bem
como de normas infraconstitucionais utilizadas na
fundamentação da decisão recorrida, o que se mostra de
inviável ocorrência no âmbito do recurso extraordinário, a teor
do que dispõe as Súmulas 279 e 454 desta Corte.
No sentido dessa conclusão, cite-se o seguinte precedente:
‘DIREITO CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL EM
RECURSO EXTRAORDINÁRIO. RESCISÃO DE
CONTRATO DE REPRESENTAÇÃO COMERCIAL.
INDENIZAÇÃO.
LEI
8.420/92.
MATÉRIA
INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA INDIRETA OU
REFLEXA. 1. É inadmissível recurso extraordinário no
qual se pretende a análise de legislação
infraconstitucional. Hipótese de ofensa indireta ou reflexa
à Constituição Federal. 2. Inviável processamento de
extraordinário para debater matéria infraconstitucional e
de cláusulas contratuais, sob argumento de violação aos
arts. 5º, XXXVI, da Constituição Federal. Afronta, se
existente, ocorreria de forma indireta. 3. Inexistência de
argumento capaz de infirmar a decisão agravada, que
deve ser mantida pelos seus próprios fundamentos. 4.
Agravo regimental improvido’ (RE nº 307.396/SP-AgR,
3
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Supremo Tribunal Federal
AI 730.015 AGR / RS
Lei nº 4.886/65, elevando-se para 1/12 do total da
retribuição auferida pelo representante no tempo em que
exerceu a representação.
A indenização deve ser calculada tomando-se por
base o texto legal em vigor na data da rescisão do
contrato, no caso, a que estipula o montante indenizatório
no equivalente a 1/12 sobre o total da retribuição auferida
durante o tempo em que perdurou a representação. O fato
gerador da indenização ocorreu em 1999 e incide a
legislação vigente à época deste’ (fl. 705).
Ora, para divergir da realidade de tal assertiva, mister
seria o necessário reexame do conjunto fático-probatório
constante dos autos e do contrato firmado entre as partes, bem
como de normas infraconstitucionais utilizadas na
fundamentação da decisão recorrida, o que se mostra de
inviável ocorrência no âmbito do recurso extraordinário, a teor
do que dispõe as Súmulas 279 e 454 desta Corte.
No sentido dessa conclusão, cite-se o seguinte precedente:
‘DIREITO CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL EM
RECURSO EXTRAORDINÁRIO. RESCISÃO DE
CONTRATO DE REPRESENTAÇÃO COMERCIAL.
INDENIZAÇÃO.
LEI
8.420/92.
MATÉRIA
INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA INDIRETA OU
REFLEXA. 1. É inadmissível recurso extraordinário no
qual se pretende a análise de legislação
infraconstitucional. Hipótese de ofensa indireta ou reflexa
à Constituição Federal. 2. Inviável processamento de
extraordinário para debater matéria infraconstitucional e
de cláusulas contratuais, sob argumento de violação aos
arts. 5º, XXXVI, da Constituição Federal. Afronta, se
existente, ocorreria de forma indireta. 3. Inexistência de
argumento capaz de infirmar a decisão agravada, que
deve ser mantida pelos seus próprios fundamentos. 4.
Agravo regimental improvido’ (RE nº 307.396/SP-AgR,
3
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Relatório
AI 730.015 AGR / RS
Segunda Turma, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJe de
19/2/10).
E, ainda, a seguinte decisão monocrática:
‘AGRAVO
DE
INSTRUMENTO.
REPRESENTAÇÃO
COMERCIAL.
IMPOSSIBILIDADE DE REEXAME DE FATOS,
PROVAS E DA INTERPRETAÇÃO DO CONTRATO
FIRMADO ENTRE PARTES: SÚMULAS N. 279 E 454
DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO
AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.
Relatório
1. Agravo de instrumento contra decisão que não
admitiu recurso extraordinário, interposto com base no
art. 102, inc. III, alínea a , da Constituição da República.
2. O recurso inadmitido tem como objeto o seguinte
julgado do Tribunal de Justiça de São Paulo:
‘Apelação. Representação Comercial. Contrato
de representação comercial prorrogação por prazo
indeterminado. Rescisão sem justa causa. Cláusula
de não exclusividade. Vendas diretamente realizadas
pela representada em zona de atuação da
representante. Dever de indenizar inexistente.
Comissões. Devidas quando do pagamento dos
pedidos. Base de cálculo. Valor das mercadorias. Art.
32 e parágrafos da Lei 4.886/65, alterada pela Lei
8.420/92. Aviso prévio e indenizações. Diferenças a
serem apuradas em liquidação. Recurso
parcialmente provido. Ação julgada parcialmente
procedente. Sucumbência recíproca’ (fl. 931).
3. No recurso extraordinário, a Agravante afirma que
o Tribunal a quo teria contrariado o art. 5º, inc. XXXVI, da
4
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
AI 730.015 AGR / RS
Segunda Turma, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJe de
19/2/10).
E, ainda, a seguinte decisão monocrática:
‘AGRAVO
DE
INSTRUMENTO.
REPRESENTAÇÃO
COMERCIAL.
IMPOSSIBILIDADE DE REEXAME DE FATOS,
PROVAS E DA INTERPRETAÇÃO DO CONTRATO
FIRMADO ENTRE PARTES: SÚMULAS N. 279 E 454
DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO
AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.
Relatório
1. Agravo de instrumento contra decisão que não
admitiu recurso extraordinário, interposto com base no
art. 102, inc. III, alínea a , da Constituição da República.
2. O recurso inadmitido tem como objeto o seguinte
julgado do Tribunal de Justiça de São Paulo:
‘Apelação. Representação Comercial. Contrato
de representação comercial prorrogação por prazo
indeterminado. Rescisão sem justa causa. Cláusula
de não exclusividade. Vendas diretamente realizadas
pela representada em zona de atuação da
representante. Dever de indenizar inexistente.
Comissões. Devidas quando do pagamento dos
pedidos. Base de cálculo. Valor das mercadorias. Art.
32 e parágrafos da Lei 4.886/65, alterada pela Lei
8.420/92. Aviso prévio e indenizações. Diferenças a
serem apuradas em liquidação. Recurso
parcialmente provido. Ação julgada parcialmente
procedente. Sucumbência recíproca’ (fl. 931).
3. No recurso extraordinário, a Agravante afirma que
o Tribunal a quo teria contrariado o art. 5º, inc. XXXVI, da
4
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Relatório
AI 730.015 AGR / RS
Constituição da República.
Argumenta que o acórdão, ao alterar ato jurídico
perfeito, o contrato de representação comercial, fere não só
os direitos patrimoniais privados das partes, mas gera um
desequilíbrio político, econômico e social, pois leva a crer
que os contratos não têm qualquer validade no país, eis
que suas cláusulas, ainda que válidas e lícitas, podem ser
revisadas pelo Poder Judiciário a qualquer tempo, o que
gera insegurança, afasta investidores externos e faz com
que investidores internos deixem de empreender por
medo, além da instabilidade econômica, pois, com a
revisão, o equilíbrio econômico e financeiro do contrato
deixa de existir (fls. 992-993).
4. A decisão agravada teve como fundamentos para a
inadmissibilidade do recurso extraordinário a ausência de
ofensa direta à Constituição da República (fl. 1032).
Examinados os elementos havidos nos autos,
DECIDO .
5. Razão jurídica não assiste à Agravante.
6. O acórdão recorrido foi proferido à luz dos fatos e
das provas constantes dos autos, do contrato celebrado
entre as partes e da legislação infraconstitucional aplicável
à espécie (Lei n. 4.886/1965 e 8.420/1992), razão pela qual
não ocorre ofensa constitucional direta, única a permitir o
processamento do recurso extraordinário, nos termos do
art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República.
Incide na espécie as Súmulas n. 279 e 454 deste Supremo
Tribunal Federal. Nesse sentido:
‘EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO
AGRAVO DE INSTRUMENTO. REPRESENTAÇÃO
COMERCIAL. INDENIZAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE
DA
ANÁLISE
DA
LEGISLAÇÃO
INFRACONSTITUCIONAL E DO REEXAME DE
PROVAS
(SÚMULA
279).
OFENSA
CONSTITUCIONAL
INDIRETA.
AGRAVO
5
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Supremo Tribunal Federal
AI 730.015 AGR / RS
Constituição da República.
Argumenta que o acórdão, ao alterar ato jurídico
perfeito, o contrato de representação comercial, fere não só
os direitos patrimoniais privados das partes, mas gera um
desequilíbrio político, econômico e social, pois leva a crer
que os contratos não têm qualquer validade no país, eis
que suas cláusulas, ainda que válidas e lícitas, podem ser
revisadas pelo Poder Judiciário a qualquer tempo, o que
gera insegurança, afasta investidores externos e faz com
que investidores internos deixem de empreender por
medo, além da instabilidade econômica, pois, com a
revisão, o equilíbrio econômico e financeiro do contrato
deixa de existir (fls. 992-993).
4. A decisão agravada teve como fundamentos para a
inadmissibilidade do recurso extraordinário a ausência de
ofensa direta à Constituição da República (fl. 1032).
Examinados os elementos havidos nos autos,
DECIDO .
5. Razão jurídica não assiste à Agravante.
6. O acórdão recorrido foi proferido à luz dos fatos e
das provas constantes dos autos, do contrato celebrado
entre as partes e da legislação infraconstitucional aplicável
à espécie (Lei n. 4.886/1965 e 8.420/1992), razão pela qual
não ocorre ofensa constitucional direta, única a permitir o
processamento do recurso extraordinário, nos termos do
art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República.
Incide na espécie as Súmulas n. 279 e 454 deste Supremo
Tribunal Federal. Nesse sentido:
‘EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO
AGRAVO DE INSTRUMENTO. REPRESENTAÇÃO
COMERCIAL. INDENIZAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE
DA
ANÁLISE
DA
LEGISLAÇÃO
INFRACONSTITUCIONAL E DO REEXAME DE
PROVAS
(SÚMULA
279).
OFENSA
CONSTITUCIONAL
INDIRETA.
AGRAVO
5
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Relatório
AI 730.015 AGR / RS
REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO’
(AI 642.482-AgR/RS, de minha relatoria, Primeira
Turma, DJ 8.5.2009).
‘AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE
INSTRUMENTO.
MATÉRIA
INFRACONSTITCUINOAL. OFENSA INDIRETA.
NECESSIDADE DE REEXAME DE FATOS E
PROVAS E DE CLÁUSULAS CONTRATUAIS.
INVIABILIDADE
DO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. 1. Controvérsia decidida à luz
de norma infraconstitucionais. Ofensa indireta à
Constituição do Brasil. 2. A incidência do óbice da
Súmula 279-STF inviabiliza o recurso extraordinário
quando evidenciada a necessidade do revolvimento
de matéria fático-probatória. 3. É vedado o reexame
de cláusulas contratuais, nos termos da Súmula 454-
STF. Agravo regimental a que se nega provimento’
(AI 528.896-AgR, Rel. Min. Eros Grau, Segunda
Turma, DJ 5.2.2005).
7. Ademais, o Supremo Tribunal Federal assentou
que a alegação de contrariedade ao art. 5º, inc. XXXVI, da
Constituição da República, se dependente do exame da
legislação infraconstitucional (Lei n. 4.886/1965 e
8.420/1992) não viabiliza o recurso extraordinário, pois
eventual ofensa constitucional seria indireta. Nesse
sentido:
‘AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE
INSTRUMENTO.
PROCESSUAL
CIVIL.
FUNDAMENTAÇÃO DO JULGADO RECORRIDO:
INEXISTÊNCIA DE AFRONTA AO ART. 93, INC. IX,
DA
CONSTITUIÇÃO
DA
REPÚBLICA.
PRECEDENTES. ALEGAÇÃO DE AFRONTA AO
ART. 5º, INC. XXXV, XXXVI, LIV E LV, DA
6
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Supremo Tribunal Federal
AI 730.015 AGR / RS
REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO’
(AI 642.482-AgR/RS, de minha relatoria, Primeira
Turma, DJ 8.5.2009).
‘AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE
INSTRUMENTO.
MATÉRIA
INFRACONSTITCUINOAL. OFENSA INDIRETA.
NECESSIDADE DE REEXAME DE FATOS E
PROVAS E DE CLÁUSULAS CONTRATUAIS.
INVIABILIDADE
DO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. 1. Controvérsia decidida à luz
de norma infraconstitucionais. Ofensa indireta à
Constituição do Brasil. 2. A incidência do óbice da
Súmula 279-STF inviabiliza o recurso extraordinário
quando evidenciada a necessidade do revolvimento
de matéria fático-probatória. 3. É vedado o reexame
de cláusulas contratuais, nos termos da Súmula 454-
STF. Agravo regimental a que se nega provimento’
(AI 528.896-AgR, Rel. Min. Eros Grau, Segunda
Turma, DJ 5.2.2005).
7. Ademais, o Supremo Tribunal Federal assentou
que a alegação de contrariedade ao art. 5º, inc. XXXVI, da
Constituição da República, se dependente do exame da
legislação infraconstitucional (Lei n. 4.886/1965 e
8.420/1992) não viabiliza o recurso extraordinário, pois
eventual ofensa constitucional seria indireta. Nesse
sentido:
‘AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE
INSTRUMENTO.
PROCESSUAL
CIVIL.
FUNDAMENTAÇÃO DO JULGADO RECORRIDO:
INEXISTÊNCIA DE AFRONTA AO ART. 93, INC. IX,
DA
CONSTITUIÇÃO
DA
REPÚBLICA.
PRECEDENTES. ALEGAÇÃO DE AFRONTA AO
ART. 5º, INC. XXXV, XXXVI, LIV E LV, DA
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Relatório
AI 730.015 AGR / RS
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA: OFENSA
CONSTITUCIONAL INDIRETA. PRECEDENTES.
AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA
PROVIMENTO’ (RE 603.357-AgR, de minha
relatoria, Primeira Turma, DJe 11.3.2010).
Nada há, pois, a prover quanto às alegações da
Agravante.
8. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art.
557, caput , do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do
Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal)’ (AI nº
841.134/SP, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de
10/5/11).
Ante o exposto, nego provimento ao agravo.
Publique-se.”
Insiste a agravante que foi violado o art. 5º, inciso XXXVI, da
Constituição Federal.
Aduz, in verbis, que
“(...) é a manutenção do cálculo da indenização devida ao
representante comercial ora agravado na proporção de 1/12
sobre o total da retribuição auferida durante todo o tempo da
relação jurídico comercial que representa a afronta ao
dispositivo constitucional supra referenciado.
Isto porque na época da celebração do contrato de
representação comercial (1991) a legislação específica
estabelecia que a indenização devida ao representante, pela
rescisão não poderia ser inferior a 1/20 do total presente das
comissões recebidas durante a vigência do contrato (art. 27, ‘j’,
Lei 4.886/65).
Portanto não pode a Lei posterior, no caso a Lei 8.420/92
dar ensejo a alteração dos valores contidos no contrato firmado
entre as partes sob pena de ofensa ao ato jurídico perfeito” (fl.
807).
7
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AI 730.015 AGR / RS
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA: OFENSA
CONSTITUCIONAL INDIRETA. PRECEDENTES.
AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA
PROVIMENTO’ (RE 603.357-AgR, de minha
relatoria, Primeira Turma, DJe 11.3.2010).
Nada há, pois, a prover quanto às alegações da
Agravante.
8. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art.
557, caput , do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do
Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal)’ (AI nº
841.134/SP, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de
10/5/11).
Ante o exposto, nego provimento ao agravo.
Publique-se.”
Insiste a agravante que foi violado o art. 5º, inciso XXXVI, da
Constituição Federal.
Aduz, in verbis, que
“(...) é a manutenção do cálculo da indenização devida ao
representante comercial ora agravado na proporção de 1/12
sobre o total da retribuição auferida durante todo o tempo da
relação jurídico comercial que representa a afronta ao
dispositivo constitucional supra referenciado.
Isto porque na época da celebração do contrato de
representação comercial (1991) a legislação específica
estabelecia que a indenização devida ao representante, pela
rescisão não poderia ser inferior a 1/20 do total presente das
comissões recebidas durante a vigência do contrato (art. 27, ‘j’,
Lei 4.886/65).
Portanto não pode a Lei posterior, no caso a Lei 8.420/92
dar ensejo a alteração dos valores contidos no contrato firmado
entre as partes sob pena de ofensa ao ato jurídico perfeito” (fl.
807).
7
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 15
Relatório
AI 730.015 AGR / RS
É o relatório.
8
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Supremo Tribunal Federal
AI 730.015 AGR / RS
É o relatório.
8
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 15
Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 730.015 RIO GRANDE DO SUL
VOTO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Não merece prosperar a irresignação.
Colhe-se do voto condutor do acórdão recorrido:
“O contrato de representação comercial mantido entre as
partes foi rescindido em jul/99. Ocorreu, portanto, a quebra, na
vigência da Lei n 8.420, de 8 de maio de 1992, que alterou a
indenização prevista no art. 27, letra ‘j’, da Lei nº 4.886/65,
elevando-se para 1/12 do total da retribuição auferida pelo
representante no tempo em que exerceu a representação.
A indenização deve ser calculada tomando-se por base o
texto legal em vigor na data da rescisão do contrato, no caso, a
que estipula o montante indenizatório no equivalente a 1/12
sobre o total da retribuição auferida durante o tempo em que
perdurou a representação. O fato gerador da indenização
ocorreu em 1999 e incide a legislação vigente à época deste” (fl.
705).
Desse modo, conforme expresso na decisão agravada, para divergir
desse entendimento e acolher a tese do agravante de que a indenização
pela rescisão do contrato de representação comercial deveria ser
calculada de forma diversa, seria necessário interpretar a legislação
infraconstitucional, reexaminar o conjunto fático-probatório dos autos e
analisar as cláusulas do contrato celebrado pelos litigantes, o que é
inviável em recurso extraordinário. Incidência das Súmulas nºs 636, 279 e
454/STF.
Nesse sentido, além dos precedentes citados na decisão agravada,
anote-se:
“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE
INSTRUMENTO.
REPRESENTAÇÃO
COMERCIAL.
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13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 730.015 RIO GRANDE DO SUL
VOTO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Não merece prosperar a irresignação.
Colhe-se do voto condutor do acórdão recorrido:
“O contrato de representação comercial mantido entre as
partes foi rescindido em jul/99. Ocorreu, portanto, a quebra, na
vigência da Lei n 8.420, de 8 de maio de 1992, que alterou a
indenização prevista no art. 27, letra ‘j’, da Lei nº 4.886/65,
elevando-se para 1/12 do total da retribuição auferida pelo
representante no tempo em que exerceu a representação.
A indenização deve ser calculada tomando-se por base o
texto legal em vigor na data da rescisão do contrato, no caso, a
que estipula o montante indenizatório no equivalente a 1/12
sobre o total da retribuição auferida durante o tempo em que
perdurou a representação. O fato gerador da indenização
ocorreu em 1999 e incide a legislação vigente à época deste” (fl.
705).
Desse modo, conforme expresso na decisão agravada, para divergir
desse entendimento e acolher a tese do agravante de que a indenização
pela rescisão do contrato de representação comercial deveria ser
calculada de forma diversa, seria necessário interpretar a legislação
infraconstitucional, reexaminar o conjunto fático-probatório dos autos e
analisar as cláusulas do contrato celebrado pelos litigantes, o que é
inviável em recurso extraordinário. Incidência das Súmulas nºs 636, 279 e
454/STF.
Nesse sentido, além dos precedentes citados na decisão agravada,
anote-se:
“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE
INSTRUMENTO.
REPRESENTAÇÃO
COMERCIAL.
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 15
Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
AI 730.015 AGR / RS
INDENIZAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE DA ANÁLISE DA
LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL E DO REEXAME
DE PROVAS (SÚMULA 279). OFENSA CONSTITUCIONAL
INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA
PROVIMENTO” (AI nº 642.482/RS-AgR, Primeira Turma,
Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 8/5/09).
“1. RECURSO. Agravo de instrumento. Inadmissibilidade.
Falta de prequestionamento. Comprovação de que a discussão
da matéria constitucional foi adequadamente provocada.
Decisão agravada. Reconsideração. Demonstrada a existência
do prequestionamento, deve ser reapreciado o recurso. 2.
RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. Reexame de
norma infraconstitucional. Ofensa indireta à Constituição.
Agravo regimental não provido. Não cabe recurso
extraordinário que tenha por objeto alegação de ofensa que,
irradiando-se de má interpretação, aplicação, ou, até, de
inobservância de normas infraconstitucionais, seria apenas
indireta à Constituição da República. 3. RECURSO.
Extraordinário. Inadmissibilidade. Reexame de fatos e provas.
Aplicação das súmulas nº. 279 e 454. Agravo regimental
improvido. Não cabe recurso extraordinário que tenha por
objeto o simples reexame de fatos e provas, nem a interpretação
de cláusula contratual. 4. RECURSO. Agravo. Regimental.
Jurisprudência assentada sobre a matéria. Argumentação velha.
Caráter meramente abusivo. Litigância de má-fé. Imposição de
multa. Aplicação do art. 557, § 2º, cc. arts. 14, II e III, e 17, VII,
do CPC. Quando abusiva a interposição de agravo,
manifestamente inadmissível ou infundado, deve o Tribunal
condenar o agravante a pagar multa ao agravado” (AI nº
613.053/PR-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Cezar
Peluso, DJe de 11/10/07).
Ademais, a alegada violação do art. 5º, inciso XXXVI, da
Constituição Federal, acaso ocorresse, seria indireta ou reflexa, haja vista
que sua verificação não prescinde de anterior análise da legislação
2
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Supremo Tribunal Federal
AI 730.015 AGR / RS
INDENIZAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE DA ANÁLISE DA
LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL E DO REEXAME
DE PROVAS (SÚMULA 279). OFENSA CONSTITUCIONAL
INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA
PROVIMENTO” (AI nº 642.482/RS-AgR, Primeira Turma,
Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 8/5/09).
“1. RECURSO. Agravo de instrumento. Inadmissibilidade.
Falta de prequestionamento. Comprovação de que a discussão
da matéria constitucional foi adequadamente provocada.
Decisão agravada. Reconsideração. Demonstrada a existência
do prequestionamento, deve ser reapreciado o recurso. 2.
RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. Reexame de
norma infraconstitucional. Ofensa indireta à Constituição.
Agravo regimental não provido. Não cabe recurso
extraordinário que tenha por objeto alegação de ofensa que,
irradiando-se de má interpretação, aplicação, ou, até, de
inobservância de normas infraconstitucionais, seria apenas
indireta à Constituição da República. 3. RECURSO.
Extraordinário. Inadmissibilidade. Reexame de fatos e provas.
Aplicação das súmulas nº. 279 e 454. Agravo regimental
improvido. Não cabe recurso extraordinário que tenha por
objeto o simples reexame de fatos e provas, nem a interpretação
de cláusula contratual. 4. RECURSO. Agravo. Regimental.
Jurisprudência assentada sobre a matéria. Argumentação velha.
Caráter meramente abusivo. Litigância de má-fé. Imposição de
multa. Aplicação do art. 557, § 2º, cc. arts. 14, II e III, e 17, VII,
do CPC. Quando abusiva a interposição de agravo,
manifestamente inadmissível ou infundado, deve o Tribunal
condenar o agravante a pagar multa ao agravado” (AI nº
613.053/PR-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Cezar
Peluso, DJe de 11/10/07).
Ademais, a alegada violação do art. 5º, inciso XXXVI, da
Constituição Federal, acaso ocorresse, seria indireta ou reflexa, haja vista
que sua verificação não prescinde de anterior análise da legislação
2
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 12 de 15
Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
AI 730.015 AGR / RS
infraconstitucional, o que é inviável em recurso extraordinário. Nesse
sentido, anote-se:
“Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo.
2. Consumidor. Alegação de violação ao ato jurídico perfeito
(Art. 5º, XXXVI, da CF/88). Ofensa reflexa. Incidência das
súmulas 279 e 636. 3. Agravo regimental a que se nega
provimento” (ARE nº 675.094/SP-AgR, Segunda Turma, Relator
o Ministro Gilmar Mendes, DJe de 23/4/12).
“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE
INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO MONITÓRIA.
TÍTULO EXECUTIVO PRESCRITO. LEI 9.079/95. ALEGAÇÃO
DE VIOLAÇÃO AO DIREITO ADQUIRIDO E AO ATO
JURÍDICO PERFEITO. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL.
1. O direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada,
quando objeto de verificação de cada caso concreto acerca da
ocorrência ou não de violação, não desafiam a instância
extraordinária, posto implicar análise de matéria
infraconstitucional. 2. A prescrição, posto regulada por normas
infraconstitucionais, indica que a eventual violação à
Constituição, se ocorrente, é indireta ou reflexa, e não enseja o
processamento do recurso extraordinário. 3. Deveras, mesmo
afastado o óbice quanto à ausência de prequestionamento da
questão constitucional, o agravo regimental não merece
provimento, posto que a controvérsia a respeito da
aplicabilidade da ação monitória para as dívidas não prescritas,
apostas em títulos executivos já fulminados pela prescrição,
restringe-se ao exame da norma processual infraconstitucional
aplicável à espécie. 4. In casu, o acórdão recorrido assentou:
‘APELAÇÃO CÍVEL. EMBARGOS MONITÓRIOS. AÇÃO
MONITÓRIA EMBASADA EM NOTA PROMISSÓRIA
ASSINADA PELO EMBARGANTE. ALEGAÇÃO DE
PAGAMENTO. INEXISTÊNCIA DE PROVA DOCUMENTAL.
ÔNUS PROBATÓRIO. EFICÁCIA DA PROVA ESCRITA
DEMONSTRA A EXISTÊNCIA DA DÍVIDA. 1. É ônus do
3
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infraconstitucional, o que é inviável em recurso extraordinário. Nesse
sentido, anote-se:
“Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo.
2. Consumidor. Alegação de violação ao ato jurídico perfeito
(Art. 5º, XXXVI, da CF/88). Ofensa reflexa. Incidência das
súmulas 279 e 636. 3. Agravo regimental a que se nega
provimento” (ARE nº 675.094/SP-AgR, Segunda Turma, Relator
o Ministro Gilmar Mendes, DJe de 23/4/12).
“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE
INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO MONITÓRIA.
TÍTULO EXECUTIVO PRESCRITO. LEI 9.079/95. ALEGAÇÃO
DE VIOLAÇÃO AO DIREITO ADQUIRIDO E AO ATO
JURÍDICO PERFEITO. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL.
1. O direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada,
quando objeto de verificação de cada caso concreto acerca da
ocorrência ou não de violação, não desafiam a instância
extraordinária, posto implicar análise de matéria
infraconstitucional. 2. A prescrição, posto regulada por normas
infraconstitucionais, indica que a eventual violação à
Constituição, se ocorrente, é indireta ou reflexa, e não enseja o
processamento do recurso extraordinário. 3. Deveras, mesmo
afastado o óbice quanto à ausência de prequestionamento da
questão constitucional, o agravo regimental não merece
provimento, posto que a controvérsia a respeito da
aplicabilidade da ação monitória para as dívidas não prescritas,
apostas em títulos executivos já fulminados pela prescrição,
restringe-se ao exame da norma processual infraconstitucional
aplicável à espécie. 4. In casu, o acórdão recorrido assentou:
‘APELAÇÃO CÍVEL. EMBARGOS MONITÓRIOS. AÇÃO
MONITÓRIA EMBASADA EM NOTA PROMISSÓRIA
ASSINADA PELO EMBARGANTE. ALEGAÇÃO DE
PAGAMENTO. INEXISTÊNCIA DE PROVA DOCUMENTAL.
ÔNUS PROBATÓRIO. EFICÁCIA DA PROVA ESCRITA
DEMONSTRA A EXISTÊNCIA DA DÍVIDA. 1. É ônus do
3
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3183316.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 13 de 15
Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
AI 730.015 AGR / RS
embargante, nos termos do artigo 333, II do CPC, provar suas
alegações em sede de embargos. A nota promissória comprova
a existência de crédito em favor do autor, pois há ausência de
elementos de convicção para desfazer tal documento. Ademais,
é regra basilar em Direito, que o pagamento se comprova com
recibo, ou seja, prova documental e não testemunhal, nada
tendo sido informado a respeito de eventual pagamento ou da
origem ilícita da dívida. 2. Os juros moratórios na ação
monitória, contam-se a partir da citação, conforme a lei civil
vigente naquela data, no caso, o CC/2002. Deram parcial
provimento. Unânime.’ 5. Agravo regimental desprovido” (AI
nº 803.153/RS-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Luiz
Fux, DJe de 17/4/12).
Nego provimento ao agravo regimental.
4
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Supremo Tribunal Federal
AI 730.015 AGR / RS
embargante, nos termos do artigo 333, II do CPC, provar suas
alegações em sede de embargos. A nota promissória comprova
a existência de crédito em favor do autor, pois há ausência de
elementos de convicção para desfazer tal documento. Ademais,
é regra basilar em Direito, que o pagamento se comprova com
recibo, ou seja, prova documental e não testemunhal, nada
tendo sido informado a respeito de eventual pagamento ou da
origem ilícita da dívida. 2. Os juros moratórios na ação
monitória, contam-se a partir da citação, conforme a lei civil
vigente naquela data, no caso, o CC/2002. Deram parcial
provimento. Unânime.’ 5. Agravo regimental desprovido” (AI
nº 803.153/RS-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Luiz
Fux, DJe de 17/4/12).
Nego provimento ao agravo regimental.
4
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Decisão de Julgamento
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 730.015
PROCED. : RIO GRANDE DO SUL
RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S) : EATON POWER QUALITY INDÚSTRIA LTDA
ADV.(A/S) : JOÃO CARLOS DE LIMA JUNIOR E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : RAYSUL COMÉRCIO E SERVIÇOS TECNOLÓGICOS LTDA
ADV.(A/S) : JOSÉ LUIZ THOMÉ DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S)
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos
termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro
Dias Toffoli. 1ª Turma, 13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Wagner Mathias.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3126446
Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 730.015
PROCED. : RIO GRANDE DO SUL
RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S) : EATON POWER QUALITY INDÚSTRIA LTDA
ADV.(A/S) : JOÃO CARLOS DE LIMA JUNIOR E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : RAYSUL COMÉRCIO E SERVIÇOS TECNOLÓGICOS LTDA
ADV.(A/S) : JOSÉ LUIZ THOMÉ DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S)
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos
termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro
Dias Toffoli. 1ª Turma, 13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Wagner Mathias.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3126446
Inteiro Teor do Acórdão - Página 15 de 15
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3194989 | 2012-11-13T00:00:00 | 2012-12-14T00:00:00 | A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 13.11.2012. | AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO | EMENTA
Agravo regimental no agravo de instrumento. Civil. Ato jurídico perfeito. Contrato de representação comercial. Rescisão. Indenização. Ofensa reflexa. Legislação infraconstitucional. Reexame de fatos e provas. Análise de cláusulas contratuais. Impossibilidade. Precedentes.
1. Inadmissível, em recurso extraordinário, a análise da legislação infraconstitucional e o reexame de fatos e provas dos autos e de cláusulas contratuais. Incidência das Súmulas nºs 636, 279 e 454/STF.
2. A alegada violação do art. 5º, inciso XXXVI, da Constituição Federal, caso ocorresse, seria indireta ou reflexa, haja vista que sua verificação não prescinde de anterior análise da legislação infraconstitucional, o que é inviável em recurso extraordinário.
3. Agravo regimental não provido. | sjur221751 | - Acórdão(s) citado(s):
(MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL, INTERPRETAÇÃO, CLAUSULA
CONTRATUAL)
STF: AI 642482 AgR (1ªT), AI 613053 AgR (2ªT);
(OFENSA REFLEXA, VIOLAÇÃO, ATO JURÍDICO PERFEITO)
STF:ARE 675094 AgR (2ªT), AI 803153 AgR (1ªT).
Número de páginas: 15.
Análise: 22/01/2013, MJC. | DIAS TOFFOLI | Primeira Turma | 730015 | [
"LEG-FED LEI-004886 ANO-1965\r\n ART-00027 LET-J \r\n LEI ORDINÁRIA\r\n\r\n",
"LEG-FED LEI-008420 ANO-1992\r\n LEI ORDINÁRIA\r\n\r\n",
"LEG-FED SUMSTF-000279 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\r\n\r\n",
"LEG-FED SUMSTF-000454 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\r\n\r\n",
"LEG-FED SUMSTF-000636 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF"
] | AI-AgR | acordaos | AI 730015 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : EATON POWER QUALITY INDÚSTRIA LTDA
ADV.(A/S) : JOÃO CARLOS DE LIMA JUNIOR E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : RAYSUL COMÉRCIO E SERVIÇOS TECNOLÓGICOS LTDA
ADV.(A/S) : JOSÉ LUIZ THOMÉ DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S) | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 730 . 015",
"Súmulas [UNK] 636",
"AI 730 . 015 AGR",
"AI 730 . 015 AGR / RS",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 730 . 015",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 730 . 015",
"AI 730 . 015 AGR / RS",
"AI 730 . 015 AGR / RS",
"Agravo de Instrumento [UNK] 664 . 567 / RS",
"AI 730 . 015 AGR",
"RE [UNK] 307 . 396 / SP - AgR",
"AI 730 . 015 AGR",
"RE [UNK] 307 . 396 / SP - AgR",
"AI 730 . 015 AGR / RS",
"SÚMULAS N . 279",
"AI 730 . 015 AGR / RS",
"SÚMULAS N . 279",
"AI 730 . 015 AGR",
"Súmulas n . 279",
"AI 730 . 015 AGR / RS",
"Súmulas n . 279",
"AI 730 . 015",
"AI 642 . 482 - AgR / RS",
"Súmula 279 - STF",
"Súmula 454 - STF",
"AI 528 . 896 - AgR",
"AI 730 . 015 AGR",
"AI 642 . 482 - AgR / RS",
"Súmula 279 - STF",
"Súmula 454 - STF",
"AI 528 . 896 - AgR",
"AI 730 . 015 AGR",
"RE 603 . 357 - AgR",
"AI [UNK] 841 . 134 / SP",
"AI 730 . 015 AGR",
"RE 603 . 357 - AgR",
"AI [UNK] 841 . 134 / SP",
"AI 730 . 015 AGR / RS",
"AI 730 . 015 AGR / RS",
"Súmulas [UNK] 636 , 279 e 454 / STF",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 730 . 015",
"Súmulas [UNK] 636 , 279 e 454 / STF",
"AI 730 . 015 AGR / RS",
"AI [UNK] 642 . 482 / RS - AgR",
"AI [UNK] 613 . 053 / PR - AgR",
"AI 730 . 015 AGR",
"AI [UNK] 642 . 482 / RS - AgR",
"AI [UNK] 613 . 053 / PR - AgR",
"AI 730 . 015 AGR / RS",
"ARE [UNK] 675 . 094 / SP - AgR",
"AI 730 . 015 AGR / RS",
"ARE [UNK] 675 . 094 / SP - AgR",
"AI 730 . 015 AGR / RS",
"AI [UNK] 803 . 153 / RS - AgR",
"AI 730 . 015 AGR",
"AI [UNK] 803 . 153 / RS - AgR",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 730 . 015",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 730 . 015"
],
"LEGISLACAO": [
"art . [UNK] , inciso XXXVI , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo [UNK] , inciso XXXVI , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo [UNK] , inciso XXXVI , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei n 8 . 420",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei n 8 . 420",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei [UNK] 4 . 886 / 65",
"LEI 8 . 420 / 92",
"Constituição Federal",
"arts . [UNK] , XXXVI , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei [UNK] 4 . 886 / 65",
"LEI 8 . 420 / 92",
"Constituição Federal",
"arts . [UNK] , XXXVI , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 102 , inc . III , alínea a , da Constituição da República",
"Art . 32 e parágrafos da Lei 4 . 886 / 65",
"Lei 8 . 420 / 92",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 102 , inc . III , alínea a , da Constituição da República",
"Art . 32 e parágrafos da Lei 4 . 886 / 65",
"Lei 8 . 420 / 92",
"art .",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição da República",
"Constituição da República",
"Lei n . 4 . 886 / 1965",
"8",
".",
"420",
"/",
"1992",
"art . 102 , inc . III , alínea a , da Constituição da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição da República",
"Constituição",
"Lei n . 4 . 886 / 1965",
"8",
".",
"420",
"/",
"1992",
"art . 102 , inc . III , alínea a , da Constituição da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição do Brasil",
"art . [UNK] , inc . XXXVI , da Constituição da República",
"Lei n . 4 . 886 / 1965",
"8",
".",
"420",
"/",
"1992",
"ART . 93 , INC . IX , DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA",
"ART . [UNK] , INC . XXXV , XXXVI , LIV E LV , DA",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição do Brasil",
"art . [UNK] , inc . XXXVI , da Constituição da República",
"Lei n . 4 . 886 / 1965",
"8",
".",
"420",
"/",
"1992",
"ART . 93 , INC . IX , DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA",
"ART . [UNK] , INC . XXXV , XXXVI , LIV E LV , DA 6",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 557 , caput , do Código de Processo Civil",
"art . 21 , § [UNK] , do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal",
"art . [UNK] , inciso XXXVI , da Constituição Federal",
"art . 27 , ‘ j ’ , Lei 4 . 886",
"Lei 8 . 420 / 92",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 557 , caput , do Código de Processo Civil",
"art . 21 , § [UNK] , do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal",
"art . [UNK] , inciso XXXVI , da Constituição Federal",
"Lei 8 . 420 / 92",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei n 8 . 420",
"art . 27 , letra ‘ j ’ , da Lei [UNK] 4 . 886 / 65",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei n 8 . 420",
"art . 27 , letra ‘ j ’ , da Lei [UNK] 4 . 886 / 65",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição",
"Constituição da República",
"art . 557 , § [UNK] , cc . arts . 14 , II e III , e 17 , VII , do CPC",
"art . [UNK] , inciso XXXVI , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição",
"Constituição da República",
"art . 557 , § [UNK] , cc . arts . 14 , II e III , e 17 , VII , do CPC",
"art . [UNK] , inciso XXXVI , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Art . [UNK] , XXXVI , da CF / 88",
"LEI 9 . 079 / 95",
"Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Art . [UNK] , XXXVI , da CF / 88",
"LEI 9 . 079 / 95",
"Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 333 , II do CPC",
"CC",
"/",
"2002",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 333 , II do CPC",
"CC",
"/",
"2002",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"RIO GRANDE DO SUL",
"Brasília",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL"
],
"ORGANIZACAO": [
"PRIMEIRA TURMA",
"EATON",
"RAYSUL COMÉRCIO E SERVIÇOS TECNOLÓGICOS LTDA",
"Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"/",
"RS",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"RAYSUL COMÉRCIO E SERVIÇOS TECNOLÓGICOS LTDA",
"Eaton Power Quality Indústria Ltda .",
"Eaton Power Quality Indústria Ltda",
"Décima Sexta Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"RAYSUL COMÉRCIO E SERVIÇOS TECNOLÓGICOS LTDA",
"Eaton Power Quality Indústria Ltda .",
"Eaton Power Quality Indústria Ltda",
"Décima Sexta Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Pleno",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Pleno",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"/",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"/",
"RS",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Segunda Turma",
"Tribunal de Justiça de São Paulo",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Tribunal de Justiça de São Paulo",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"/",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"AGR",
"/",
"RS",
"Primeira Turma",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"/",
"RS",
"Primeira Turma",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"/",
"RS",
"Primeira Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"/",
"Primeira Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Primeira Turma",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"/",
"Primeira Turma",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Primeira Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"/",
"Primeira Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"[UNK] Turma",
"Primeira",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"EATON",
"RAYSUL COMÉRCIO E SERVIÇOS TECNOLÓGICOS LTDA",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"DIAS TOFFOLI",
"JOÃO CARLOS DE LIMA JUNIOR",
"JOSÉ LUIZ THOMÉ DE OLIVEIRA",
"Dias Toffoli",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"EATON POWER QUALITY",
"JOÃO CARLOS DE LIMA JUNIOR",
"JOSÉ LUIZ THOMÉ DE OLIVEIRA",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"EATON POWER",
"JOÃO CARLOS DE LIMA JUNIOR",
"JOSÉ LUIZ THOMÉ DE OLIVEIRA",
"DIAS TOFFOLI",
"Sepúlveda Pertence",
"Sepúlveda Pertence",
"Ellen Gracie",
"Ellen Gracie",
"Eros Grau",
"Eros Grau",
"Cármen Lúcia",
"Cármen Lúcia",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"Cármen Lúcia",
"Cezar Peluso",
"Cármen Lúcia",
"Cezar Peluso",
"DIAS TOFFOLI",
"Gilmar Mendes",
"Gilmar Mendes",
"DIAS TOFFOLI",
"Luiz Fux",
"Luiz Fux",
"DIAS TOFFOLI",
"EATON POWER",
"JOÃO CARLOS DE LIMA",
"RAYSUL",
"JOSÉ LUIZ THOMÉ DE OLIVEIRA",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Wagner Mathias",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza",
"DIAS TOFFOLI",
"JOÃO CARLOS DE LIMA JUNIOR",
"JOSÉ LUIZ THOMÉ DE OLIVEIRA",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Wagner Mathias",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza"
],
"TEMPO": [
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"13 de novembro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"14",
"/",
"12",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"20",
"/",
"3",
"/",
"07",
"6",
"/",
"9",
"/",
"07",
"jul",
"/",
"99",
"8 de maio de 1992",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"20",
"/",
"3",
"/",
"07",
"6",
"/",
"9",
"/",
"07",
"jul",
"/",
"99",
"8 de maio de 1992",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"1999",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"1999",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"19",
"/",
"2",
"/",
"10",
"24",
"/",
"08",
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"2001",
"19",
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"2",
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"10",
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"08",
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"2001",
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"08",
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"2001",
"24",
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"08",
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"2001",
"8",
".",
"5",
".",
"2009",
"5",
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"2",
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"2005",
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"2001",
"8",
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"5",
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"2009",
"5",
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"2",
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"2005",
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"08",
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"2001",
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"2010",
"10",
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"1991",
"24",
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"2001",
"11",
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"3",
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"2010",
"10",
"/",
"5",
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"1991",
"24",
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"08",
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"2001",
"24",
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"08",
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"2001",
"24",
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"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"jul",
"/",
"99",
"8 de maio de 1992",
"1999",
"24",
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"08",
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"2001",
"13",
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"11",
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"2012",
"jul",
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"99",
"8 de maio de 1992",
"1999",
"24",
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"08",
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"2001",
"8",
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"2001",
"8",
"/",
"5",
"/",
"09",
"11",
"/",
"10",
"/",
"07",
"24",
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"08",
"/",
"2001",
"23",
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"4",
"/",
"12",
"“",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"23",
"/",
"4",
"/",
"12",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"17",
"/",
"4",
"/",
"12",
"24",
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"08",
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"17",
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"2012",
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"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 713.030 RIO
GRANDE DO SUL
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:RIO GRANDE ENERGIA S/A
ADV.(A/S)
:MOISES GRAFFUNDER DE VARGAS E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:COOPERATIVA MISTA DOS PRODUTORES RURAIS
DE LAJEADO BONITO LTDA
ADV.
:SIMONE GALINA ENGSTER
EMENTA
Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo.
Concessionária de serviço público. Responsabilidade civil. Ofensa
reflexa. Reexame de fatos e provas. Impossibilidade. Precedentes.
1. Inadmissível, em recurso extraordinário, a análise de legislação
infraconstitucional e o reexame de fatos e provas dos autos. Incidência
das Súmulas nºs 636 e 279/STF.
2. Agravo regimental não provido.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do
Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata do julgamento e das
notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao
agravo regimental, nos termos do voto do Relator.
Brasília, 13 de novembro de 2012.
MINISTRO DIAS TOFFOLI
Relator
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3183359.
Supremo Tribunal Federal
DJe 17/12/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 12
Relatório
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 713.030 RIO
GRANDE DO SUL
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:RIO GRANDE ENERGIA S/A
ADV.(A/S)
:MOISES GRAFFUNDER DE VARGAS E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:COOPERATIVA MISTA DOS PRODUTORES RURAIS
DE LAJEADO BONITO LTDA
ADV.
:SIMONE GALINA ENGSTER
RELATÓRIO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Rio Grande Energia S/A interpõe tempestivo agravo regimental
contra decisão em que conheci de agravo para negar seguimento ao
recurso extraordinário, com a seguinte fundamentação:
“Vistos.
Rio Grande Energia S/A interpõe agravo contra a decisão
que não admitiu recurso extraordinário assentado em
contrariedade ao artigo 37, § 6º, da Constituição Federal.
Insurge-se, no apelo extremo, contra acórdão da Nona
Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande
do Sul, assim ementado:
‘RESPONSABILIDADE
CIVIL.
AÇÃO
INDENIZATÓRIA. DANOS MATERIAIS DECORRENTES
DE FALTA DE ENERGIA ELÉTRICA. AUSÊNCIA DE
EXLUDENTES DE RESPONSABILIDADE. DANOS
COMPROVADOS.
Devida indenização restrita aos danos efetivamente
demonstrados e causados pela falta de energia elétrica por
período prolongado. Intempéries que não justificam ou
afastam o nexo causal.
APELAÇÃO DESPROVIDA’.
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Supremo Tribunal Federal
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 713.030 RIO
GRANDE DO SUL
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:RIO GRANDE ENERGIA S/A
ADV.(A/S)
:MOISES GRAFFUNDER DE VARGAS E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:COOPERATIVA MISTA DOS PRODUTORES RURAIS
DE LAJEADO BONITO LTDA
ADV.
:SIMONE GALINA ENGSTER
RELATÓRIO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Rio Grande Energia S/A interpõe tempestivo agravo regimental
contra decisão em que conheci de agravo para negar seguimento ao
recurso extraordinário, com a seguinte fundamentação:
“Vistos.
Rio Grande Energia S/A interpõe agravo contra a decisão
que não admitiu recurso extraordinário assentado em
contrariedade ao artigo 37, § 6º, da Constituição Federal.
Insurge-se, no apelo extremo, contra acórdão da Nona
Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande
do Sul, assim ementado:
‘RESPONSABILIDADE
CIVIL.
AÇÃO
INDENIZATÓRIA. DANOS MATERIAIS DECORRENTES
DE FALTA DE ENERGIA ELÉTRICA. AUSÊNCIA DE
EXLUDENTES DE RESPONSABILIDADE. DANOS
COMPROVADOS.
Devida indenização restrita aos danos efetivamente
demonstrados e causados pela falta de energia elétrica por
período prolongado. Intempéries que não justificam ou
afastam o nexo causal.
APELAÇÃO DESPROVIDA’.
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Relatório
ARE 713.030 AGR / RS
Opostos embargos declaratórios, foram rejeitados.
Decido.
Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi
interposto contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era
plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da
matéria constitucional objeto do recurso, conforme decidido na
Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS,
Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de
6/9/07. Todavia, apesar da petição recursal haver trazido a
preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua
existência, uma vez que, nos termos do artigo 323 do Regimento
Interno do Supremo Tribunal Federal, com a redação
introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o
procedimento acerca da existência da repercussão geral
somente ocorrerá ‘quando não for o caso de inadmissibilidade
do recurso por outra razão’.
No que tange aos fatos ensejadores dos danos materiais e
à responsabilidade da recorrente em indenizá-los, o acórdão
recorrido, baseou seu convencimento a partir das disposições
do Código de Defesa do Consumidor e do conjunto probatório
que permeia a lide, destacando, expressamente que:
‘Preferimos nos filiar à corrente que defende, em
grande parte, que não se pode adotar conceito restritivo,
limitando o que dispõe expressamente a legislação, com
base na utilização de teorias que não se amoldam
perfeitamente ao corpo do Código de Defesa do
Consumidor.
O que se mostra imprescindível é a interpretação do
termo ‘destinatário final’, a fim de que se possa estabelecer
os limites de incidência da legislação consumerista.
Neste caso, não tenho dúvida de que o autor é o
destinatário final do produto oferecido pela demandada.
O demandante não faz da energia elétrica um produto a
ser revendido ou utilizado como insumo em sua
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Supremo Tribunal Federal
ARE 713.030 AGR / RS
Opostos embargos declaratórios, foram rejeitados.
Decido.
Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi
interposto contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era
plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da
matéria constitucional objeto do recurso, conforme decidido na
Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS,
Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de
6/9/07. Todavia, apesar da petição recursal haver trazido a
preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua
existência, uma vez que, nos termos do artigo 323 do Regimento
Interno do Supremo Tribunal Federal, com a redação
introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o
procedimento acerca da existência da repercussão geral
somente ocorrerá ‘quando não for o caso de inadmissibilidade
do recurso por outra razão’.
No que tange aos fatos ensejadores dos danos materiais e
à responsabilidade da recorrente em indenizá-los, o acórdão
recorrido, baseou seu convencimento a partir das disposições
do Código de Defesa do Consumidor e do conjunto probatório
que permeia a lide, destacando, expressamente que:
‘Preferimos nos filiar à corrente que defende, em
grande parte, que não se pode adotar conceito restritivo,
limitando o que dispõe expressamente a legislação, com
base na utilização de teorias que não se amoldam
perfeitamente ao corpo do Código de Defesa do
Consumidor.
O que se mostra imprescindível é a interpretação do
termo ‘destinatário final’, a fim de que se possa estabelecer
os limites de incidência da legislação consumerista.
Neste caso, não tenho dúvida de que o autor é o
destinatário final do produto oferecido pela demandada.
O demandante não faz da energia elétrica um produto a
ser revendido ou utilizado como insumo em sua
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Relatório
ARE 713.030 AGR / RS
produção. Utiliza-a, na verdade, como um dos aliados no
desenvolvimento de sua atividade, o que, por si só, não
permite seja afastada a incidência do CDC.
Com efeito, o fato de uma empresa utilizar-se de
energia elétrica para maior conservação de produtos
alimentícios, não a retira da condição de destinatária final
e, por conseguinte, de consumidora.
Pelo exposto é que por um ou outro viés, ressalta a
responsabilidade objetiva da concessionária pela falha no
serviço prestado.
É incontroverso que a autora teve interrupção de
energia em seu estabelecimento, culminando com a
deterioração do leite que deveria sofrer prévio
resfriamento para que posteriormente fosse enviado à
industrialização.
A responsabilidade é objetiva, bastando se comprove
o nexo causal entre o defeito do serviço e os danos dele
originados, o que, à toda evidência, restou comprovado.
Ainda que a interrupção do fornecimento de energia
elétrica tivesse ocorrido devido a temporais, não é
razoável que o restabelecimento tenha sido retardado,
denunciando um incorreto planejamento do serviço
concedido.
Tratando-se de evidente relação de consumo e
comprovada a falha no serviço, inafastável o dever de
reparação dos danos materiais.
Por certo que a falta de energia não se deu no dia
27/09, e sim no dia 28 seguinte, o que não invalida o pleito
indenizatório buscado na inicial.
Restou assente que o leite foi recolhido dos
produtores no dia 27, e deveria ser mantido em
resfriamento pela autora até a sua entrega à AVIPAL.
Devido à comprovada falta de energia elétrica no dia
28, em razão de temporais, o estoque de leite mantido em
refrigeração estragou, restando demonstrado pelos
documentos colacionados com a inicial, que o produto
3
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Supremo Tribunal Federal
ARE 713.030 AGR / RS
produção. Utiliza-a, na verdade, como um dos aliados no
desenvolvimento de sua atividade, o que, por si só, não
permite seja afastada a incidência do CDC.
Com efeito, o fato de uma empresa utilizar-se de
energia elétrica para maior conservação de produtos
alimentícios, não a retira da condição de destinatária final
e, por conseguinte, de consumidora.
Pelo exposto é que por um ou outro viés, ressalta a
responsabilidade objetiva da concessionária pela falha no
serviço prestado.
É incontroverso que a autora teve interrupção de
energia em seu estabelecimento, culminando com a
deterioração do leite que deveria sofrer prévio
resfriamento para que posteriormente fosse enviado à
industrialização.
A responsabilidade é objetiva, bastando se comprove
o nexo causal entre o defeito do serviço e os danos dele
originados, o que, à toda evidência, restou comprovado.
Ainda que a interrupção do fornecimento de energia
elétrica tivesse ocorrido devido a temporais, não é
razoável que o restabelecimento tenha sido retardado,
denunciando um incorreto planejamento do serviço
concedido.
Tratando-se de evidente relação de consumo e
comprovada a falha no serviço, inafastável o dever de
reparação dos danos materiais.
Por certo que a falta de energia não se deu no dia
27/09, e sim no dia 28 seguinte, o que não invalida o pleito
indenizatório buscado na inicial.
Restou assente que o leite foi recolhido dos
produtores no dia 27, e deveria ser mantido em
resfriamento pela autora até a sua entrega à AVIPAL.
Devido à comprovada falta de energia elétrica no dia
28, em razão de temporais, o estoque de leite mantido em
refrigeração estragou, restando demonstrado pelos
documentos colacionados com a inicial, que o produto
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Relatório
ARE 713.030 AGR / RS
remetido à Avipal, pesado e registrado em nota fiscal, foi
por esta rejeitado em razão da verificação sanitária ( fls.
19/21), constatando a sua inadequação ao consumo.
Comprovado, pois, o dano e o nexo causal, não se
tipificando excludente de responsabilidade, pois a
ocorrência de temporais não isentam a concessionária da
responsabilidade pela falta do serviço, mormente quando
a reparação é morosa’.
Nesse caso, para acolher a pretensão da recorrente e
ultrapassar o entendimento do Tribunal de origem seria
necessário o reexame das provas dos autos e da legislação
infraconstitucional pertinente, o que não é cabível em sede de
recurso extraordinário. Incidência da Súmula nº 279/STF. Nesse
sentido, anote-se:
‘CONSTITUCIONAL.
ADMINISTRATIVO.
RESPONSABILIDADE OBJETIVA DO ESTADO. ART. 37,
§ 6° DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. ALEGAÇÃO DE
CULPA EXCLUSIVA DA VÍTIMA. SÚMULA 279 do STF. I
- A apreciação do recurso extraordinário, no que concerne
à alegada ofensa ao art. 37, § 6°, da Constituição, encontra
óbice na Súmula 279 do STF. Precedentes do STF. II -
Agravo regimental improvido’ (RE nº 484.277/SE-AgR,
Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo
Lewandowski, DJ de 7/12/07).
‘RESPONSABILIDADE CIVIL DO PODER PÚBLICO
- PRESSUPOSTOS PRIMÁRIOS QUE DETERMINAM A
RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA DO ESTADO - O
NEXO DE CAUSALIDADE MATERIAL COMO
REQUISITO INDISPENSÁVEL À CONFIGURAÇÃO DO
DEVER ESTATAL DE REPARAR O DANO - NÃO-
COMPROVAÇÃO, PELA PARTE RECORRENTE, DO
VÍNCULO CAUSAL - RECONHECIMENTO DE SUA
INEXISTÊNCIA, NA ESPÉCIE, PELAS INSTÂNCIAS
4
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ARE 713.030 AGR / RS
remetido à Avipal, pesado e registrado em nota fiscal, foi
por esta rejeitado em razão da verificação sanitária ( fls.
19/21), constatando a sua inadequação ao consumo.
Comprovado, pois, o dano e o nexo causal, não se
tipificando excludente de responsabilidade, pois a
ocorrência de temporais não isentam a concessionária da
responsabilidade pela falta do serviço, mormente quando
a reparação é morosa’.
Nesse caso, para acolher a pretensão da recorrente e
ultrapassar o entendimento do Tribunal de origem seria
necessário o reexame das provas dos autos e da legislação
infraconstitucional pertinente, o que não é cabível em sede de
recurso extraordinário. Incidência da Súmula nº 279/STF. Nesse
sentido, anote-se:
‘CONSTITUCIONAL.
ADMINISTRATIVO.
RESPONSABILIDADE OBJETIVA DO ESTADO. ART. 37,
§ 6° DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. ALEGAÇÃO DE
CULPA EXCLUSIVA DA VÍTIMA. SÚMULA 279 do STF. I
- A apreciação do recurso extraordinário, no que concerne
à alegada ofensa ao art. 37, § 6°, da Constituição, encontra
óbice na Súmula 279 do STF. Precedentes do STF. II -
Agravo regimental improvido’ (RE nº 484.277/SE-AgR,
Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo
Lewandowski, DJ de 7/12/07).
‘RESPONSABILIDADE CIVIL DO PODER PÚBLICO
- PRESSUPOSTOS PRIMÁRIOS QUE DETERMINAM A
RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA DO ESTADO - O
NEXO DE CAUSALIDADE MATERIAL COMO
REQUISITO INDISPENSÁVEL À CONFIGURAÇÃO DO
DEVER ESTATAL DE REPARAR O DANO - NÃO-
COMPROVAÇÃO, PELA PARTE RECORRENTE, DO
VÍNCULO CAUSAL - RECONHECIMENTO DE SUA
INEXISTÊNCIA, NA ESPÉCIE, PELAS INSTÂNCIAS
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Relatório
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ORDINÁRIAS
-
SOBERANIA
DESSE
PRONUNCIAMENTO JURISDICIONAL EM MATÉRIA
FÁTICO-PROBATÓRIA
-
INVIABILIDADE
DA
DISCUSSÃO, EM SEDE RECURSAL EXTRAORDINÁRIA,
DA
EXISTÊNCIA
DO
NEXO
CAUSAL
-
IMPOSSIBILIDADE DE REEXAME DE MATÉRIA
FÁTICO-PROBATÓRIA (SÚMULA 279/STF) - RECURSO
DE AGRAVO IMPROVIDO. - Os elementos que compõem
a estrutura e delineiam o perfil da responsabilidade civil
objetiva do Poder Público compreendem (a) a alteridade
do dano, (b) a causalidade material entre o ‘eventus
damni’ e o comportamento positivo (ação) ou negativo
(omissão) do agente público, (c) a oficialidade da
atividade causal e lesiva imputável a agente do Poder
Público que tenha, nessa específica condição, incidido em
conduta comissiva ou omissiva, independentemente da
licitude, ou não, do comportamento funcional e (d) a
ausência de causa excludente da responsabilidade estatal.
Precedentes. - O dever de indenizar, mesmo nas hipóteses
de responsabilidade civil objetiva do Poder Público,
supõe, dentre outros elementos (RTJ 163/1107-1109, v.g.), a
comprovada existência do nexo de causalidade material
entre o comportamento do agente e o ‘eventus damni’,
sem o que se torna inviável, no plano jurídico, o
reconhecimento da obrigação de recompor o prejuízo
sofrido pelo ofendido. - A comprovação da relação de
causalidade - qualquer que seja a teoria que lhe dê suporte
doutrinário (teoria da equivalência das condições, teoria
da causalidade necessária ou teoria da causalidade
adequada) - revela-se essencial ao reconhecimento do
dever de indenizar, pois, sem tal demonstração, não há
como imputar, ao causador do dano, a responsabilidade
civil pelos prejuízos sofridos pelo ofendido. Doutrina.
Precedentes. - Não se revela processualmente lícito
reexaminar matéria fático-probatória em sede de recurso
extraordinário (RTJ 161/992 - RTJ 186/703 - Súmula
5
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Supremo Tribunal Federal
ARE 713.030 AGR / RS
ORDINÁRIAS
-
SOBERANIA
DESSE
PRONUNCIAMENTO JURISDICIONAL EM MATÉRIA
FÁTICO-PROBATÓRIA
-
INVIABILIDADE
DA
DISCUSSÃO, EM SEDE RECURSAL EXTRAORDINÁRIA,
DA
EXISTÊNCIA
DO
NEXO
CAUSAL
-
IMPOSSIBILIDADE DE REEXAME DE MATÉRIA
FÁTICO-PROBATÓRIA (SÚMULA 279/STF) - RECURSO
DE AGRAVO IMPROVIDO. - Os elementos que compõem
a estrutura e delineiam o perfil da responsabilidade civil
objetiva do Poder Público compreendem (a) a alteridade
do dano, (b) a causalidade material entre o ‘eventus
damni’ e o comportamento positivo (ação) ou negativo
(omissão) do agente público, (c) a oficialidade da
atividade causal e lesiva imputável a agente do Poder
Público que tenha, nessa específica condição, incidido em
conduta comissiva ou omissiva, independentemente da
licitude, ou não, do comportamento funcional e (d) a
ausência de causa excludente da responsabilidade estatal.
Precedentes. - O dever de indenizar, mesmo nas hipóteses
de responsabilidade civil objetiva do Poder Público,
supõe, dentre outros elementos (RTJ 163/1107-1109, v.g.), a
comprovada existência do nexo de causalidade material
entre o comportamento do agente e o ‘eventus damni’,
sem o que se torna inviável, no plano jurídico, o
reconhecimento da obrigação de recompor o prejuízo
sofrido pelo ofendido. - A comprovação da relação de
causalidade - qualquer que seja a teoria que lhe dê suporte
doutrinário (teoria da equivalência das condições, teoria
da causalidade necessária ou teoria da causalidade
adequada) - revela-se essencial ao reconhecimento do
dever de indenizar, pois, sem tal demonstração, não há
como imputar, ao causador do dano, a responsabilidade
civil pelos prejuízos sofridos pelo ofendido. Doutrina.
Precedentes. - Não se revela processualmente lícito
reexaminar matéria fático-probatória em sede de recurso
extraordinário (RTJ 161/992 - RTJ 186/703 - Súmula
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Relatório
ARE 713.030 AGR / RS
279/STF), prevalecendo, nesse domínio, o caráter soberano
do pronunciamento jurisdicional dos Tribunais ordinários
sobre matéria de fato e de prova. Precedentes. - Ausência,
na espécie, de demonstração inequívoca, mediante prova
idônea, da efetiva ocorrência dos prejuízos alegadamente
sofridos pela parte recorrente. Não-comprovação do
vínculo causal registrada pelas instâncias ordinárias’ (RE
nº 481.110/PE, Segunda Turma, Relator o Ministro Celso
de Mello, DJ de 9/3/07).
‘RE: descabimento: debate relativo à existência de
nexo de causalidade a justificar indenização por dano
material e moral, que reclama o reexame de fatos e provas:
incidência da Súmula 279’ (AI nº 359.016/DF-AgR,
Primeira Turma, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence,
DJ de 7/5/04).
‘Responsabilidade objetiva do Estado. Ocorrência de
culpa exclusiva da vítima. - Esta Corte tem admitido que a
responsabilidade objetiva da pessoa jurídica de direito
público seja reduzida ou excluída conforme haja culpa
concorrente do particular ou tenha sido este o exclusivo
culpado (Ag. 113.722-3-AgRg e RE 113.587). - No caso,
tendo o acórdão recorrido, com base na analise dos
elementos probatórios cujo reexame não e admissível em
recurso extraordinário, decidido que ocorreu culpa
exclusiva da vítima, inexistente a responsabilidade civil da
pessoa jurídica de direito público, pois foi a vítima que
deu causa ao infortúnio, o que afasta, sem duvida, o nexo
de causalidade entre a ação e a omissão e o dano, no
tocante ao ora recorrido. Recurso extraordinário não
conhecido’ (RE nº 120.924/SP, Relator o Ministro Moreira
Alves, DJ de 27/8/93).
Ante o exposto, conheço do agravo para negar seguimento
ao recurso extraordinário.”
6
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documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3183318.
Supremo Tribunal Federal
ARE 713.030 AGR / RS
279/STF), prevalecendo, nesse domínio, o caráter soberano
do pronunciamento jurisdicional dos Tribunais ordinários
sobre matéria de fato e de prova. Precedentes. - Ausência,
na espécie, de demonstração inequívoca, mediante prova
idônea, da efetiva ocorrência dos prejuízos alegadamente
sofridos pela parte recorrente. Não-comprovação do
vínculo causal registrada pelas instâncias ordinárias’ (RE
nº 481.110/PE, Segunda Turma, Relator o Ministro Celso
de Mello, DJ de 9/3/07).
‘RE: descabimento: debate relativo à existência de
nexo de causalidade a justificar indenização por dano
material e moral, que reclama o reexame de fatos e provas:
incidência da Súmula 279’ (AI nº 359.016/DF-AgR,
Primeira Turma, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence,
DJ de 7/5/04).
‘Responsabilidade objetiva do Estado. Ocorrência de
culpa exclusiva da vítima. - Esta Corte tem admitido que a
responsabilidade objetiva da pessoa jurídica de direito
público seja reduzida ou excluída conforme haja culpa
concorrente do particular ou tenha sido este o exclusivo
culpado (Ag. 113.722-3-AgRg e RE 113.587). - No caso,
tendo o acórdão recorrido, com base na analise dos
elementos probatórios cujo reexame não e admissível em
recurso extraordinário, decidido que ocorreu culpa
exclusiva da vítima, inexistente a responsabilidade civil da
pessoa jurídica de direito público, pois foi a vítima que
deu causa ao infortúnio, o que afasta, sem duvida, o nexo
de causalidade entre a ação e a omissão e o dano, no
tocante ao ora recorrido. Recurso extraordinário não
conhecido’ (RE nº 120.924/SP, Relator o Ministro Moreira
Alves, DJ de 27/8/93).
Ante o exposto, conheço do agravo para negar seguimento
ao recurso extraordinário.”
6
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 12
Relatório
ARE 713.030 AGR / RS
Aduz a agravante, in verbis:
“(...)
Não se vislumbra in casu qualquer análise de prova, uma
vez que a discussão se limita à aplicabilidade ou não da
legislação afeta ao setor energético.
Isso porque está se tratando de um caso fortuito –
excludente da responsabilidade objetiva prevista no art. 37, § 6º,
da Constituição.
Trata-se, como se vê, de matéria eminentemente de direito,
passível de ser analisada e julgada independentemente de
reapreciação de provas”.
É o relatório.
7
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Supremo Tribunal Federal
ARE 713.030 AGR / RS
Aduz a agravante, in verbis:
“(...)
Não se vislumbra in casu qualquer análise de prova, uma
vez que a discussão se limita à aplicabilidade ou não da
legislação afeta ao setor energético.
Isso porque está se tratando de um caso fortuito –
excludente da responsabilidade objetiva prevista no art. 37, § 6º,
da Constituição.
Trata-se, como se vê, de matéria eminentemente de direito,
passível de ser analisada e julgada independentemente de
reapreciação de provas”.
É o relatório.
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 12
Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 713.030 RIO
GRANDE DO SUL
VOTO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
O inconformismo não merece prosperar.
Conforme expresso na decisão agravada, é certo que, para
ultrapassar o entendimento do Tribunal de origem, que concluiu pela
responsabilidade civil da concessionária de serviço público ora agravante
e pelo consequente dever de indenizar, seria necessário analisar a
legislação infraconstitucional pertinente (Código de defesa do
Consumidor) e reexaminar os fatos e as provas constantes dos autos, o
que é inviável em recurso extraordinário. Nesse sentido, além dos
precedentes citados na decisão agravada, trago os seguintes julgados:
“CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. AGRAVO
REGIMENTAL
EM
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO.
RESPONSABILIDADE OBJETIVA DE CONCESSIONÁRIA
PRESTADORA DE SERVIÇO PÚBLICO. FALHA DE
SEGURANÇA EM RODOVIA. REPARAÇÃO DE DANOS.
ART. 37, § 6º, DA CF/88. FATOS E PROVAS. SÚMULA STF 279.
1. O Tribunal a quo, diante da análise do conjunto fático-
probatório da causa, concluiu pela responsabilidade objetiva,
porquanto comprovadas a falha na segurança da pista e a
causação de prejuízos ao autor, evidenciando, portanto, o nexo
causal a ensejar o direito à reparação. Precedentes. 2. Incidência
da Súmula STF 279 para aferir alegada ofensa ao artigo 37, § 6º,
da Constituição Federal - responsabilidade objetiva da
concessionário de serviço público. 3. Pedido recursal contido no
agravo regimental não pode, por si só, alterar aquele
originariamente deduzido no recurso extraordinário. 4. Agravo
regimental improvido”(RE nº 557.935/ES-AgR, Segunda Turma,
Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJe de 5/2/10).
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Supremo Tribunal Federal
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 713.030 RIO
GRANDE DO SUL
VOTO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
O inconformismo não merece prosperar.
Conforme expresso na decisão agravada, é certo que, para
ultrapassar o entendimento do Tribunal de origem, que concluiu pela
responsabilidade civil da concessionária de serviço público ora agravante
e pelo consequente dever de indenizar, seria necessário analisar a
legislação infraconstitucional pertinente (Código de defesa do
Consumidor) e reexaminar os fatos e as provas constantes dos autos, o
que é inviável em recurso extraordinário. Nesse sentido, além dos
precedentes citados na decisão agravada, trago os seguintes julgados:
“CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. AGRAVO
REGIMENTAL
EM
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO.
RESPONSABILIDADE OBJETIVA DE CONCESSIONÁRIA
PRESTADORA DE SERVIÇO PÚBLICO. FALHA DE
SEGURANÇA EM RODOVIA. REPARAÇÃO DE DANOS.
ART. 37, § 6º, DA CF/88. FATOS E PROVAS. SÚMULA STF 279.
1. O Tribunal a quo, diante da análise do conjunto fático-
probatório da causa, concluiu pela responsabilidade objetiva,
porquanto comprovadas a falha na segurança da pista e a
causação de prejuízos ao autor, evidenciando, portanto, o nexo
causal a ensejar o direito à reparação. Precedentes. 2. Incidência
da Súmula STF 279 para aferir alegada ofensa ao artigo 37, § 6º,
da Constituição Federal - responsabilidade objetiva da
concessionário de serviço público. 3. Pedido recursal contido no
agravo regimental não pode, por si só, alterar aquele
originariamente deduzido no recurso extraordinário. 4. Agravo
regimental improvido”(RE nº 557.935/ES-AgR, Segunda Turma,
Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJe de 5/2/10).
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 12
Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
ARE 713.030 AGR / RS
“AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE
INSTRUMENTO. RESPONSABILIDADE OBJETIVA DO
ESTADO. ALEGADA VIOLAÇÃO AO ART. 37, § 6° DA
CONSTITUIÇÃO FEDERAL. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 279
DO STF. AGRAVO IMPROVIDO. I – A apreciação do recurso
extraordinário, no que concerne à alegada ofensa ao art. 37, § 6°,
da Constituição, encontra óbice na Súmula 279 do STF.
Precedentes do STF. II - Agravo regimental improvido” (AI nº
810.613/RJ-AgR , Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo
Lewandowski, DJe de 1º/2/11).
“1. RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade.
Responsabilidade civil. Responsabilidade objetiva do Estado.
Art. 37, § 6º. Aplicação da súmula 279. Agravo regimental
improvido. Não se admite, em recurso extraordinário, alegação
de ofensa que, irradiando-se de má interpretação, aplicação, ou,
até, de inobservância de normas infraconstitucionais, seria
apenas indireta à Constituição da República, nem tampouco de
violação que dependeria de reexame prévio de provas. 2.
RECURSO. Agravo. Regimental. Jurisprudência assentada
sobre a matéria. Caráter meramente abusivo. Litigância de má-
fé. Imposição de multa. Aplicação do art. 557, § 2º, c.c. arts. 14,
II e III, e 17, VII, do CPC. Quando abusiva a interposição de
agravo, manifestamente inadmissível ou infundado, deve o
Tribunal condenar o agravante a pagar multa ao agravado”(RE
nº 457.769/PR-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Cezar
Peluso, DJe de 13/3/09).
“AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. RESPONSABILIDADE OBJETIVA DO
ESTADO. IMPOSSIBILIDADE DO REEXAME DE PROVAS:
INCIDÊNCIA DA SÚMULA 279 DO SUPREMO TRIBUNAL
FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA
PROVIMENTO” (RE nº 598.078/PR-AgR, Primeira Turma,
Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 23/10/09).
2
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Supremo Tribunal Federal
ARE 713.030 AGR / RS
“AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE
INSTRUMENTO. RESPONSABILIDADE OBJETIVA DO
ESTADO. ALEGADA VIOLAÇÃO AO ART. 37, § 6° DA
CONSTITUIÇÃO FEDERAL. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 279
DO STF. AGRAVO IMPROVIDO. I – A apreciação do recurso
extraordinário, no que concerne à alegada ofensa ao art. 37, § 6°,
da Constituição, encontra óbice na Súmula 279 do STF.
Precedentes do STF. II - Agravo regimental improvido” (AI nº
810.613/RJ-AgR , Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo
Lewandowski, DJe de 1º/2/11).
“1. RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade.
Responsabilidade civil. Responsabilidade objetiva do Estado.
Art. 37, § 6º. Aplicação da súmula 279. Agravo regimental
improvido. Não se admite, em recurso extraordinário, alegação
de ofensa que, irradiando-se de má interpretação, aplicação, ou,
até, de inobservância de normas infraconstitucionais, seria
apenas indireta à Constituição da República, nem tampouco de
violação que dependeria de reexame prévio de provas. 2.
RECURSO. Agravo. Regimental. Jurisprudência assentada
sobre a matéria. Caráter meramente abusivo. Litigância de má-
fé. Imposição de multa. Aplicação do art. 557, § 2º, c.c. arts. 14,
II e III, e 17, VII, do CPC. Quando abusiva a interposição de
agravo, manifestamente inadmissível ou infundado, deve o
Tribunal condenar o agravante a pagar multa ao agravado”(RE
nº 457.769/PR-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Cezar
Peluso, DJe de 13/3/09).
“AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. RESPONSABILIDADE OBJETIVA DO
ESTADO. IMPOSSIBILIDADE DO REEXAME DE PROVAS:
INCIDÊNCIA DA SÚMULA 279 DO SUPREMO TRIBUNAL
FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA
PROVIMENTO” (RE nº 598.078/PR-AgR, Primeira Turma,
Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 23/10/09).
2
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 12
Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
ARE 713.030 AGR / RS
No mesmo sentido, a seguinte decisão monocrática: ARE nº 693.445/
RJ, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 1º/8/12; ARE nº 682.705/RS,
Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 22/6/12.
Nego provimento ao agravo regimental.
3
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Supremo Tribunal Federal
ARE 713.030 AGR / RS
No mesmo sentido, a seguinte decisão monocrática: ARE nº 693.445/
RJ, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 1º/8/12; ARE nº 682.705/RS,
Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 22/6/12.
Nego provimento ao agravo regimental.
3
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 12
Decisão de Julgamento
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 713.030
PROCED. : RIO GRANDE DO SUL
RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S) : RIO GRANDE ENERGIA S/A
ADV.(A/S) : MOISES GRAFFUNDER DE VARGAS E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : COOPERATIVA MISTA DOS PRODUTORES RURAIS DE LAJEADO
BONITO LTDA
ADV. : SIMONE GALINA ENGSTER
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos
termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro
Dias Toffoli. 1ª Turma, 13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Wagner Mathias.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
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Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 713.030
PROCED. : RIO GRANDE DO SUL
RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S) : RIO GRANDE ENERGIA S/A
ADV.(A/S) : MOISES GRAFFUNDER DE VARGAS E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : COOPERATIVA MISTA DOS PRODUTORES RURAIS DE LAJEADO
BONITO LTDA
ADV. : SIMONE GALINA ENGSTER
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos
termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro
Dias Toffoli. 1ª Turma, 13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Wagner Mathias.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 12 de 12
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3195948 | 2012-11-13T00:00:00 | 2012-12-17T00:00:00 | A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 13.11.2012. | AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO | EMENTA
Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo. Concessionária de serviço público. Responsabilidade civil. Ofensa reflexa. Reexame de fatos e provas. Impossibilidade. Precedentes.
1. Inadmissível, em recurso extraordinário, a análise de legislação infraconstitucional e o reexame de fatos e provas dos autos. Incidência das Súmulas nºs 636 e 279/STF.
2. Agravo regimental não provido. | sjur221864 | - Acórdão(s) citado(s)
(RECURSO EXTRAORDINÁRIO, REEXAME, FATO, PROVA,
RESPONSABILIDADE OBJETVIA)
STF: RE 557935 AgR (2ªT), AI 810613 AgR (1ªT), RE 457769
AgR (2ªT), RE 598078 AgR (1ªT);
- Decisão(ões) monocrática(s) citada(s)
(RECURSO EXTRAORDINÁRIO, REEXAME, FATO, PROVA,
RESPONSABILIDADE OBJETIVA)
STF: ARE 693445, ARE 682705.
Número de páginas: 12.
Análise: 28/01/2013, MJC. | DIAS TOFFOLI | Primeira Turma | 713030 | [
"LEG-FED LEI-008078 ANO-1990\r\n CDC-1990 CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR\r\n\r\n",
"LEG-FED SUMSTF-000279 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\r\n\r\n",
"LEG-FED SUMSTF-000636 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF"
] | ARE-AgR | acordaos | ARE 713030 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : RIO GRANDE ENERGIA S/A
ADV.(A/S) : MOISES GRAFFUNDER DE VARGAS E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : COOPERATIVA MISTA DOS PRODUTORES RURAIS DE LAJEADO BONITO LTDA
ADV. : SIMONE GALINA ENGSTER | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 713 . 030",
"Súmulas [UNK] 636 e 279 / STF",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 713 . 030",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 713 . 030",
"ARE 713 . 030 AGR / RS",
"Questão de Ordem no Agravo de Instrumento [UNK] 664 . 567 / RS",
"ARE 713 . 030 AGR / RS",
"Questão de Ordem no Agravo de Instrumento [UNK] 664 . 567 / RS",
"ARE 713 . 030 AGR / RS",
"ARE 713 . 030 AGR / RS",
"ARE 713 . 030 AGR / RS",
"Súmula [UNK] 279 / STF",
"SÚMULA 279 do STF",
"Súmula 279 do STF",
"RE [UNK] 484 . 277 / SE - AgR",
"ARE 713 . 030 AGR / RS",
"Súmula [UNK] 279 / STF",
"SÚMULA 279 do STF",
"Súmula 279 do STF",
"RE [UNK] 484 . 277 / SE - AgR",
"ARE 713 . 030",
"SÚMULA 279 / STF",
"RTJ 163 / 1107 - 1109",
"RTJ 161 / 992",
"RTJ 186 / 703",
"ARE 713 .",
"SÚMULA 279 / STF",
"RTJ 163 / 1107 - 1109",
"RTJ 161 / 992",
"RTJ 186 / 703",
"ARE 713 . 030",
"/",
"RS",
"RE [UNK] 481 . 110 / PE",
"AI [UNK] 359 . 016 / DF - AgR",
"Ag",
". 113 . 722 - 3",
"AgRg",
"RE 113 . 587",
"RE [UNK] 120 . 924 / SP",
"ARE 713 . 030 AGR / RS 279 / STF",
"RE [UNK] 481 . 110 / PE",
"AI [UNK] 359 . 016 / DF - AgR",
"Ag",
". 113 . 722 - 3 -",
"AgRg",
"RE 113 . 587",
"RE [UNK] 120 . 924 / SP",
"ARE 713 . 030 AGR / RS",
"ARE 713 . 030 AGR / RS",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM",
"Súmula STF 279",
"RE [UNK] 557 . 935 / ES - AgR",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM",
"SÚMULA",
"Súmula STF 279",
"RE [UNK] 557 . 935 / ES - AgR",
"ARE 713 . 030",
"SÚMULA 279 DO STF",
"Súmula 279 do STF",
"AI [UNK] 810 . 613 / RJ - AgR",
"RE [UNK] 457 . 769 / PR - AgR",
"SÚMULA 279 DO SUPREMO TRIBUNAL",
"RE [UNK] 598 . 078 / PR - AgR",
"ARE 713 . 030 AGR / RS",
"SÚMULA 279 DO STF",
"Súmula 279 do STF",
"AI [UNK] 810 . 613 / RJ - AgR",
"RE [UNK] 457 . 769 / PR - AgR",
"SÚMULA 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL",
"RE [UNK] 598 . 078 / PR - AgR",
"ARE 713 . 030",
"ARE [UNK] 693 . 445 / RJ",
"ARE [UNK] 682 . 705 / RS",
"ARE 713 . 030",
"ARE [UNK] 693 . 445 / RJ",
"ARE [UNK] 682 . 705 / RS"
],
"LEGISLACAO": [
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 37 , § [UNK] , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 37 , § [UNK] , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal",
"Emenda Regimental [UNK] 21 / 07",
"Código de Defesa do",
"Código de Defesa do Consumidor",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal",
"Emenda Regimental [UNK] 21 / 07",
"Código de Defesa do",
"Código de Defesa do Consumidor",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"CDC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ART . 37 , § 6° DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL",
"art . 37 , § 6° , da Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ART . 37 , § 6° DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL",
"art . 37 , § 6° , da Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 37 , § [UNK] , da Constituição",
"MP n° 2 . 200",
"art . 37 , § [UNK] , da Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Código de defesa do Consumidor",
"ART . 37 , § [UNK] , DA CF / 88",
"artigo 37 , § [UNK] , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Código de defesa do Consumidor",
"ART . 37 , § [UNK] , DA CF / 88",
"artigo 37 , § [UNK] , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ART . 37 , § 6° DA CONSTITUIÇÃO",
"art . 37 , § 6° , da Constituição",
"Constituição da República",
"art . 557 , § [UNK] , c . c . arts . 14 , II e III , e 17 , VII , do CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ART . 37 , § 6° DA CONSTITUIÇÃO",
"art . 37 , § 6° , da Constituição",
"Constituição da República",
"art . 557 , § [UNK] , c . c . arts . 14 , II e III , e 17 , VII , do CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"RIO GRANDE DO SUL",
"Brasília",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RODOVIA",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL"
],
"ORGANIZACAO": [
"PRIMEIRA TURMA",
"RIO GRANDE ENERGIA S / A",
"COOPERATIVA MISTA DOS PRODUTORES RURAIS DE LAJEADO BONITO LTDA",
"Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"RIO GRANDE ENERGIA S / A",
"COOPERATIVA MISTA DOS PRODUTORES RURAIS DE LAJEADO BONITO LTDA",
"Rio Grande Energia S / A",
"Rio Grande Energia S / A",
"Nona Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"RIO GRANDE ENERGIA S / A",
"COOPERATIVA MISTA DOS PRODUTORES RURAIS DE LAJEADO BONITO LTDA",
"Rio Grande Energia S / A",
"Rio Grande Energia S / A",
"Nona Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Tribunal Pleno",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Tribunal Pleno",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"AVIPAL",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"AVIPAL",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"STF",
"Primeira Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"STF",
"Primeira Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Segunda Turma",
"Primeira Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Primeira Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"STF",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"STF",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"STF",
"Primeira Turma",
"Segunda Turma",
"Primeira Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"STF",
"Primeira Turma",
"Segunda Turma",
"Primeira Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"/",
"RS",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"RIO GRANDE ENERGIA S / A",
"COOPERATIVA MISTA DOS PRODUTORES RURAIS DE LAJEADO BONITO LTDA",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"RIO GRANDE ENERGIA S / A",
"COOPERATIVA MISTA DOS PRODUTORES RURAIS DE LAJEADO BONITO LTDA",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"DIAS TOFFOLI",
"MOISES GRAFFUNDER DE VARGAS",
"SIMONE GALINA ENGSTER",
"Dias Toffoli",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"MOISES GRAFFUNDER DE VARGAS",
"SIMONE GALINA ENGSTER",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"MOISES GRAFFUNDER DE VARGAS",
"SIMONE GALINA",
"DIAS TOFFOLI",
"Sepúlveda Pertence",
"Sepúlveda Pertence",
"Ricardo Lewandowski",
"Ricardo Lewandowski",
"Celso de Mello",
"Sepúlveda Pertence",
"Moreira Alves",
"Celso de Mello",
"Sepúlveda Pertence",
"Moreira Alves",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"Ellen Gracie",
"DIAS TOFFOLI",
"Ellen Gracie",
"DIAS TOFFOLI",
"Ricardo Lewandowski",
"Cezar Peluso",
"Cármen Lúcia",
"Ricardo Lewandowski",
"Cezar Peluso",
"Cármen Lúcia",
"DIAS TOFFOLI",
"Cármen Lúcia",
"Ricardo Lewandowski",
"Cármen Lúcia",
"Ricardo Lewandowski",
"DIAS TOFFOLI",
"MOISES GRAFFUNDER DE VARGAS",
"SIMONE GALINA ENGSTER",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Wagner Mathias",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza",
"DIAS TOFFOLI",
"MOISES GRAFFUNDER DE VARGAS",
"SIMONE GALINA ENGSTER",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Wagner Mathias",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza"
],
"TEMPO": [
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"13 de novembro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"17",
"/",
"12",
"/",
"2012",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"3",
"/",
"5",
"/",
"07",
"6",
"/",
"9",
"/",
"07",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"3",
"/",
"5",
"/",
"07",
"6",
"/",
"9",
"/",
"07",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"27",
"/",
"09",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"27",
"/",
"09",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"7",
"/",
"12",
"/",
"07",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"7",
"/",
"12",
"/",
"07",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"9",
"/",
"3",
"/",
"07",
"7",
"/",
"5",
"/",
"04",
"27",
"/",
"8",
"/",
"93",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"9",
"/",
"3",
"/",
"07",
"7",
"/",
"5",
"/",
"04",
"27",
"/",
"8",
"/",
"93",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"5",
"/",
"2",
"/",
"10",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"5",
"/",
"2",
"/",
"10",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"[UNK]",
"/",
"2",
"/",
"11",
"13",
"/",
"3",
"/",
"09",
"23",
"/",
"10",
"/",
"09",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"[UNK]",
"/",
"2",
"/",
"11",
"13",
"/",
"3",
"/",
"09",
"23",
"/",
"10",
"/",
"09",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"[UNK]",
"/",
"8",
"/",
"12",
"22",
"/",
"6",
"/",
"12",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"[UNK]",
"/",
"8",
"/",
"12",
"22",
"/",
"6",
"/",
"12",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 705.958 RIO GRANDE DO SUL
RELATOR
: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S)
:MARIA GOMES JACOBSEN
ADV.(A/S)
:PEDRO LOPES RAMOS E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL
DO
ESTADO
DO
RIO
GRANDE DO SUL
EMENTA:
AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO.
CONSTITUCIONAL.
ADMINISTRATIVO.
SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL. TRANSPOSIÇÃO DE REGIME
CELESTISTA PARA ESTATUTÁRIO. VIOLAÇÃO À CLÁUSULA DE
RESERVA DE PLENÁRIO. SÚMULA VINCULANTE 10 DO STF.
I - Viola o art. 97 da Constituição a decisão de órgão fracionário de
tribunal que, sem declarar expressamente a inconstitucionalidade de
dispositivo de lei, afasta a sua incidência no todo ou em parte.
Precedentes.
II - Agravo regimental improvido.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do
Senhor Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de
julgamentos e das notas taquigráficas, por unanimidade, negar
provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator.
Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e
Joaquim Barbosa.
Brasília, 13 de novembro de 2012.
RICARDO LEWANDOWSKI – PRESIDENTE E RELATOR
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3101493.
Supremo Tribunal Federal
DJe 04/12/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 8
Relatório
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 705.958 RIO GRANDE DO SUL
RELATOR
: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S)
:MARIA GOMES JACOBSEN
ADV.(A/S)
:PEDRO LOPES RAMOS E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL
DO
ESTADO
DO
RIO
GRANDE DO SUL
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Trata-se de
agravo regimental interposto contra decisão que conheceu do recurso
extraordinário e deu-lhe provimento. Eis o teor da decisão agravada:
“Trata-se de recurso extraordinário interposto contra acórdão
que possui a seguinte ementa:
'(…)
PRESCRIÇÃO. TRANSPOSIÇÃO DO REGIME
CELETISTA PARA O ESTATUTÁRIO. LEI ESTADUAL
10.098/94-RS. SÚMULA 382/TST. INAPLICABILIDADE. A
Lei Estadual 10.098/94-RS, que instituiu no âmbito do Estado
do Rio Grande do Sul as regras para a transposição do regime
jurídico de celetista para estatutário, foi objeto da ADI nº 1.150-
2, tendo o STF declarado inconstitucional a expressão
'operando-se automaticamente a transposição dos seus
ocupantes', prevista no § 2º do art. 276. Em razão da referida
declaração de inconstitucionalidade, a reclamante permaneceu
na condição de empregada celetista, mesmo após a edição da Lei
Estadual 10.098/94-RS, porque embora estável, na forma do art.
19 do ADCT, não se submetera a concurso público. Se a
transposição do regime jurídico de celetista para estatutário não
alcançou a autora, a tese adotada pela Turma de extinção do
contrato de trabalho, por força da mudança de regime jurídico,
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 705.958 RIO GRANDE DO SUL
RELATOR
: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S)
:MARIA GOMES JACOBSEN
ADV.(A/S)
:PEDRO LOPES RAMOS E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL
DO
ESTADO
DO
RIO
GRANDE DO SUL
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Trata-se de
agravo regimental interposto contra decisão que conheceu do recurso
extraordinário e deu-lhe provimento. Eis o teor da decisão agravada:
“Trata-se de recurso extraordinário interposto contra acórdão
que possui a seguinte ementa:
'(…)
PRESCRIÇÃO. TRANSPOSIÇÃO DO REGIME
CELETISTA PARA O ESTATUTÁRIO. LEI ESTADUAL
10.098/94-RS. SÚMULA 382/TST. INAPLICABILIDADE. A
Lei Estadual 10.098/94-RS, que instituiu no âmbito do Estado
do Rio Grande do Sul as regras para a transposição do regime
jurídico de celetista para estatutário, foi objeto da ADI nº 1.150-
2, tendo o STF declarado inconstitucional a expressão
'operando-se automaticamente a transposição dos seus
ocupantes', prevista no § 2º do art. 276. Em razão da referida
declaração de inconstitucionalidade, a reclamante permaneceu
na condição de empregada celetista, mesmo após a edição da Lei
Estadual 10.098/94-RS, porque embora estável, na forma do art.
19 do ADCT, não se submetera a concurso público. Se a
transposição do regime jurídico de celetista para estatutário não
alcançou a autora, a tese adotada pela Turma de extinção do
contrato de trabalho, por força da mudança de regime jurídico,
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Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 8
Relatório
RE 705.958 AGR / RS
nos termos da Súmula 382/TST, não se sustenta. Por
conseguinte, impossível concluir pela prescrição total da
pretensão, como decidido. Recurso de embargos provido'.
Neste RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-
se, em suma, ofensa aos arts. 5º, XXXV, XXXVI, LIV e LV, 93, IX, 97
e 114, I, da mesma Carta, bem como à Sumula Vinculante 10.
A pretensão recursal merece acolhida. Isso porque esta Corte, em
Sessão Plenária de 18/6/2008, corroborada pela discussão que
envolveu o julgamento do RE 482.090/SP, Rel. Min. Joaquim
Barbosa, aprovou a Súmula Vinculante 10, cujo teor segue transcrito:
'Viola a cláusula de reserva de plenário (CF, art. 97) a
decisão de órgão fracionário de tribunal que, embora não declare
expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo
do Poder Público, afasta a sua incidência no todo ou em parte'.
Ressalte-se que, durante os debates, fixou-se entendimento de
que a afronta ao art. 97 da Constituição persiste mesmo que o
Tribunal a quo tenha, por meio do Pleno ou de seu Órgão Especial,
declarado, após a interposição do recurso extraordinário sob
julgamento, a inconstitucionalidade do dispositivo afastado.
Nessa hipótese, a decisão atacada também será cassada, mas
apenas para aplicação, pelo relator ou pelo órgão fracionário, do
precedente firmado pelo pleno ou pelo órgão especial competente para
a declaração de inconstitucionalidade.
Por oportuno, transcrevo a ementa do RE 463.278-AgR/RS,
Rel. Min. Cezar Peluso, em que esta Corte, ao examinar hipótese
similar à ora em exame, assentou:
'1. RECURSO. Extraordinário. Admissibilidade.
Inobservância do seu art. 97. Agravo regimental provido.
Aplicação direta de norma constitucional que implique juízo de
desconsideração de preceito infraconstitucional só pode dar-se
com observância da cláusula de reserva de Plenário prevista no
art. 97 da Constituição da República'.
Desse mesmo julgado destaco o seguinte trecho do voto do
relator:
'Da leitura do acórdão impugnado, observa-se claramente
que foi afastada a aplicação do caput do art. 276, da Lei nº
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
RE 705.958 AGR / RS
nos termos da Súmula 382/TST, não se sustenta. Por
conseguinte, impossível concluir pela prescrição total da
pretensão, como decidido. Recurso de embargos provido'.
Neste RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-
se, em suma, ofensa aos arts. 5º, XXXV, XXXVI, LIV e LV, 93, IX, 97
e 114, I, da mesma Carta, bem como à Sumula Vinculante 10.
A pretensão recursal merece acolhida. Isso porque esta Corte, em
Sessão Plenária de 18/6/2008, corroborada pela discussão que
envolveu o julgamento do RE 482.090/SP, Rel. Min. Joaquim
Barbosa, aprovou a Súmula Vinculante 10, cujo teor segue transcrito:
'Viola a cláusula de reserva de plenário (CF, art. 97) a
decisão de órgão fracionário de tribunal que, embora não declare
expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo
do Poder Público, afasta a sua incidência no todo ou em parte'.
Ressalte-se que, durante os debates, fixou-se entendimento de
que a afronta ao art. 97 da Constituição persiste mesmo que o
Tribunal a quo tenha, por meio do Pleno ou de seu Órgão Especial,
declarado, após a interposição do recurso extraordinário sob
julgamento, a inconstitucionalidade do dispositivo afastado.
Nessa hipótese, a decisão atacada também será cassada, mas
apenas para aplicação, pelo relator ou pelo órgão fracionário, do
precedente firmado pelo pleno ou pelo órgão especial competente para
a declaração de inconstitucionalidade.
Por oportuno, transcrevo a ementa do RE 463.278-AgR/RS,
Rel. Min. Cezar Peluso, em que esta Corte, ao examinar hipótese
similar à ora em exame, assentou:
'1. RECURSO. Extraordinário. Admissibilidade.
Inobservância do seu art. 97. Agravo regimental provido.
Aplicação direta de norma constitucional que implique juízo de
desconsideração de preceito infraconstitucional só pode dar-se
com observância da cláusula de reserva de Plenário prevista no
art. 97 da Constituição da República'.
Desse mesmo julgado destaco o seguinte trecho do voto do
relator:
'Da leitura do acórdão impugnado, observa-se claramente
que foi afastada a aplicação do caput do art. 276, da Lei nº
2
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 8
Relatório
RE 705.958 AGR / RS
10.098/94, que submeteu ao regime jurídico instituído por esta
Lei os servidores estabilizados vinculados à Consolidação das
Leis do Trabalho . Tal decisório afronta orientação assentada pelo
Plenário desta Corte, que deu pela inconstitucionalidade apenas
dos parágrafos 2º, 3º e 4º, do art. 276, da norma estadual (cf.
ADI nº 1.150, Min. MOREIRA ALVES, DJ de 17.04/97)'.
No mesmo sentido, menciono ainda o RE 500.276/RS, Rel. Min.
Cármen Lúcia.
Isso posto, conheço do recurso extraordinário e dou-lhe
provimento (CPC, art. 557, § 1º-A) para cassar o acórdão recorrido,
proferido pela Subseção I Especializada em Dissídios Individuais do
Tribunal Superior do Trabalho TST, bem como os posteriores a ele,
proferidos pela Segunda Turma daquela Corte, e determinar o retorno
dos autos ao TST, a fim de que proceda a novo julgamento pelo órgão
competente, nos termos do art. 97 da Constituição Federal”.
A agravante sustenta, em suma, a não incidência da Súmula
Vinculante 10, ao argumento de que “o TST não proferiu nenhuma decisão
decretando a inconstitucionalidade, do que quer que seja, nem por turmas e nem
pelo pleno”.
Alega, ainda, que a questão dos autos envolve a análise de norma
infraconstitucional, no caso a interpretação da Lei estadual 10.098/1994.
Aduz, por fim, que o “STF recusou 'repercussão geral' à questão da
prescrição trabalhista, como decidido no ARE nº 697514-DF”.
É o relatório.
3
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Supremo Tribunal Federal
RE 705.958 AGR / RS
10.098/94, que submeteu ao regime jurídico instituído por esta
Lei os servidores estabilizados vinculados à Consolidação das
Leis do Trabalho . Tal decisório afronta orientação assentada pelo
Plenário desta Corte, que deu pela inconstitucionalidade apenas
dos parágrafos 2º, 3º e 4º, do art. 276, da norma estadual (cf.
ADI nº 1.150, Min. MOREIRA ALVES, DJ de 17.04/97)'.
No mesmo sentido, menciono ainda o RE 500.276/RS, Rel. Min.
Cármen Lúcia.
Isso posto, conheço do recurso extraordinário e dou-lhe
provimento (CPC, art. 557, § 1º-A) para cassar o acórdão recorrido,
proferido pela Subseção I Especializada em Dissídios Individuais do
Tribunal Superior do Trabalho TST, bem como os posteriores a ele,
proferidos pela Segunda Turma daquela Corte, e determinar o retorno
dos autos ao TST, a fim de que proceda a novo julgamento pelo órgão
competente, nos termos do art. 97 da Constituição Federal”.
A agravante sustenta, em suma, a não incidência da Súmula
Vinculante 10, ao argumento de que “o TST não proferiu nenhuma decisão
decretando a inconstitucionalidade, do que quer que seja, nem por turmas e nem
pelo pleno”.
Alega, ainda, que a questão dos autos envolve a análise de norma
infraconstitucional, no caso a interpretação da Lei estadual 10.098/1994.
Aduz, por fim, que o “STF recusou 'repercussão geral' à questão da
prescrição trabalhista, como decidido no ARE nº 697514-DF”.
É o relatório.
3
Supremo Tribunal Federal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 8
Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 705.958 RIO GRANDE DO SUL
V O T O
O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Bem
reexaminada a questão, verifica-se que a decisão ora atacada não merece
reforma, visto que a recorrente não aduz novos argumentos capazes de
afastar as razões nela expendidas.
Com efeito, o acórdão do Tribunal de origem afastou a aplicação do
caput do 276 da Lei estadual 10.098/1994, que previa a mudança do
regime celetista para estatutário, com base na ADI 1.150/RS, que declarou
expressamente inconstitucionais apenas a expressão
“operando-se
automaticamente a transposição de seus ocupantes” do § 2º bem como os § 3º
e § 4º da referida lei estadual. Nesse sentido, transcrevo os seguintes
trechos do aresto recorrido:
“(...).
No caso dos autos, a transposição do regime celetista para
estatutário está regulado no art. 276 e parágrafos da Lei Estadual
10.098/94-RS que foi objeto da ADI 1.150-2, tendo o STF declarado
inconstitucional a expressão 'operando-se automaticamente a
transposição dos seus ocupantes', prevista no § 2º do referido artigo,
que assim dispõe:
(…).
Conforme consignado pelo Tribunal Regional, a reclamante foi
admitida em 23/09/82, pelo regime da CLT, adquirindo estabilidade na
forma do disposto no art. 19 do ADCT, pois em exercício há mais de
cinco anos continuados da data da promulgação da Constituição.
Conforme registrado no julgamento da ADIN 1.150-2 do STF, a
inconstitucionalidade da expressão contida no art. 276 da Lei
10.098/94, diz respeito também a servidores estáveis mas que não se
submeteram a concurso público para fins de efetivação no serviço
público, como no caso da reclamante.
Constata-se, em síntese, que em razão da referida declaração de
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13/11/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 705.958 RIO GRANDE DO SUL
V O T O
O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Bem
reexaminada a questão, verifica-se que a decisão ora atacada não merece
reforma, visto que a recorrente não aduz novos argumentos capazes de
afastar as razões nela expendidas.
Com efeito, o acórdão do Tribunal de origem afastou a aplicação do
caput do 276 da Lei estadual 10.098/1994, que previa a mudança do
regime celetista para estatutário, com base na ADI 1.150/RS, que declarou
expressamente inconstitucionais apenas a expressão
“operando-se
automaticamente a transposição de seus ocupantes” do § 2º bem como os § 3º
e § 4º da referida lei estadual. Nesse sentido, transcrevo os seguintes
trechos do aresto recorrido:
“(...).
No caso dos autos, a transposição do regime celetista para
estatutário está regulado no art. 276 e parágrafos da Lei Estadual
10.098/94-RS que foi objeto da ADI 1.150-2, tendo o STF declarado
inconstitucional a expressão 'operando-se automaticamente a
transposição dos seus ocupantes', prevista no § 2º do referido artigo,
que assim dispõe:
(…).
Conforme consignado pelo Tribunal Regional, a reclamante foi
admitida em 23/09/82, pelo regime da CLT, adquirindo estabilidade na
forma do disposto no art. 19 do ADCT, pois em exercício há mais de
cinco anos continuados da data da promulgação da Constituição.
Conforme registrado no julgamento da ADIN 1.150-2 do STF, a
inconstitucionalidade da expressão contida no art. 276 da Lei
10.098/94, diz respeito também a servidores estáveis mas que não se
submeteram a concurso público para fins de efetivação no serviço
público, como no caso da reclamante.
Constata-se, em síntese, que em razão da referida declaração de
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Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
RE 705.958 AGR / RS
inconstitucionalidade pelo STF, a reclamante permaneceu na condição
de empregada celetista, mesmo após a edição da Lei Estadual
10.098/94-RS. Se a transposição do regime jurídico de celetista para
estatutário não alcançou a autora, a tese adotada pela Turma de
extinção do contrato de trabalho, por força da mudança de regime
jurídico, nos termos da Súmula 382/TST, não se sustenta.
(...)”.
Assim, para afastar a incidência, ainda que parcial, do dispositivo
questionado, o Tribunal de origem deveria ter observado a cláusula de
reserva de plenário (art. 97 da Constituição). Nesse sentido, além dos
precedentes já citados na decisão agravada, transcrevo ementa do RE
482.090/SP, Plenário, Rel. Min. Joaquim Barbosa:
“CONSTITUCIONAL. PROCESSO CIVIL. RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. ACÓRDÃO QUE AFASTA A
INCIDÊNCIA DE NORMA FEDERAL. CAUSA DECIDIDA SOB
CRITÉRIOS DIVERSOS ALEGADAMENTE EXTRAÍDOS DA
CONSTITUIÇÃO. RESERVA DE PLENÁRIO. ART. 97 DA
CONSTITUIÇÃO.
TRIBUTÁRIO. PRESCRIÇÃO. LEI COMPLEMENTAR
118/2005, ARTS. 3º E 4º. CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL
(LEI 5.172/1966), ART. 106, I. RETROAÇÃO DE NORMA AUTO-
INTITULADA INTERPRETATIVA.
'Reputa-se declaratório de inconstitucionalidade o acórdão que -
embora sem o explicitar - afasta a incidência da norma ordinária
pertinente à lide para decidi-la sob critérios diversos alegadamente
extraídos da Constituição' (RE 240.096, rel. min. Sepúlveda Pertence,
Primeira Turma, DJ de 21.05.1999).
Viola a reserva de Plenário (art. 97 da Constituição) acórdão
prolatado por órgão fracionário em que há declaração parcial de
inconstitucionalidade, sem amparo em anterior decisão proferida por
Órgão Especial ou Plenário.
Recurso extraordinário conhecido e provido, para devolver a
matéria ao exame do Órgão Fracionário do Superior Tribunal de
Justiça”.
2
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RE 705.958 AGR / RS
inconstitucionalidade pelo STF, a reclamante permaneceu na condição
de empregada celetista, mesmo após a edição da Lei Estadual
10.098/94-RS. Se a transposição do regime jurídico de celetista para
estatutário não alcançou a autora, a tese adotada pela Turma de
extinção do contrato de trabalho, por força da mudança de regime
jurídico, nos termos da Súmula 382/TST, não se sustenta.
(...)”.
Assim, para afastar a incidência, ainda que parcial, do dispositivo
questionado, o Tribunal de origem deveria ter observado a cláusula de
reserva de plenário (art. 97 da Constituição). Nesse sentido, além dos
precedentes já citados na decisão agravada, transcrevo ementa do RE
482.090/SP, Plenário, Rel. Min. Joaquim Barbosa:
“CONSTITUCIONAL. PROCESSO CIVIL. RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. ACÓRDÃO QUE AFASTA A
INCIDÊNCIA DE NORMA FEDERAL. CAUSA DECIDIDA SOB
CRITÉRIOS DIVERSOS ALEGADAMENTE EXTRAÍDOS DA
CONSTITUIÇÃO. RESERVA DE PLENÁRIO. ART. 97 DA
CONSTITUIÇÃO.
TRIBUTÁRIO. PRESCRIÇÃO. LEI COMPLEMENTAR
118/2005, ARTS. 3º E 4º. CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL
(LEI 5.172/1966), ART. 106, I. RETROAÇÃO DE NORMA AUTO-
INTITULADA INTERPRETATIVA.
'Reputa-se declaratório de inconstitucionalidade o acórdão que -
embora sem o explicitar - afasta a incidência da norma ordinária
pertinente à lide para decidi-la sob critérios diversos alegadamente
extraídos da Constituição' (RE 240.096, rel. min. Sepúlveda Pertence,
Primeira Turma, DJ de 21.05.1999).
Viola a reserva de Plenário (art. 97 da Constituição) acórdão
prolatado por órgão fracionário em que há declaração parcial de
inconstitucionalidade, sem amparo em anterior decisão proferida por
Órgão Especial ou Plenário.
Recurso extraordinário conhecido e provido, para devolver a
matéria ao exame do Órgão Fracionário do Superior Tribunal de
Justiça”.
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Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
RE 705.958 AGR / RS
Ademais, não procede a alegação da agravante de que a análise do
recurso extraordinário demanda a interpretação da Lei estadual
10.098/1994. Ao contrário, a questão em análise é de índole
eminentemente constitucional, referente à violação à clausula de reserva
de plenário e à Súmula Vinculante 10, tendo em vista que o acórdão
recorrido afastou a aplicação de dispositivo da referida lei estadual com
base em ADI que declarou a inconstitucionalidade de outros dispositivos
da mencionada norma local.
Por fim, contrariamente ao alegado pela agravante, a hipótese dos
autos não guarda similitude com o ARE 697.514-RG/DF, Rel. Min. Gilmar
Mendes.
É que, enquanto no leading case acima referido a discussão gira em
torno, única e exclusivamente, da prescrição do direito às diferenças de
complementação de aposentadoria, na hipótese dos autos a matéria é
mais ampla, sendo que a questão referente à prescrição é dependente do
mérito da causa. No caso, o Tribunal Superior do Trabalho afastou
entendimento sumulado daquela Corte no sentido de que a mudança de
regime jurídico extingue o contrato de trabalho, e o prazo prescricional,
então, inicia-se a partir da mudança do regime (prescrição bienal) sob o
fundamento de que, com o julgamento da ADI 1.150/RS, não houve a
transposição de regimes, mesmo após a edição da Lei estadual
10.098/1994 e, portanto, não houve a extinção do contrato de trabalho
nem, como consequência, a prescrição total da ação.
Assim, não havendo total semelhança entre as matérias discutidas,
não há que se falar em aplicação à hipótese dos autos do precedente
indicado pela agravante (ARE 697.514-RG/DF).
Isso posto, nego provimento ao agravo regimental.
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RE 705.958 AGR / RS
Ademais, não procede a alegação da agravante de que a análise do
recurso extraordinário demanda a interpretação da Lei estadual
10.098/1994. Ao contrário, a questão em análise é de índole
eminentemente constitucional, referente à violação à clausula de reserva
de plenário e à Súmula Vinculante 10, tendo em vista que o acórdão
recorrido afastou a aplicação de dispositivo da referida lei estadual com
base em ADI que declarou a inconstitucionalidade de outros dispositivos
da mencionada norma local.
Por fim, contrariamente ao alegado pela agravante, a hipótese dos
autos não guarda similitude com o ARE 697.514-RG/DF, Rel. Min. Gilmar
Mendes.
É que, enquanto no leading case acima referido a discussão gira em
torno, única e exclusivamente, da prescrição do direito às diferenças de
complementação de aposentadoria, na hipótese dos autos a matéria é
mais ampla, sendo que a questão referente à prescrição é dependente do
mérito da causa. No caso, o Tribunal Superior do Trabalho afastou
entendimento sumulado daquela Corte no sentido de que a mudança de
regime jurídico extingue o contrato de trabalho, e o prazo prescricional,
então, inicia-se a partir da mudança do regime (prescrição bienal) sob o
fundamento de que, com o julgamento da ADI 1.150/RS, não houve a
transposição de regimes, mesmo após a edição da Lei estadual
10.098/1994 e, portanto, não houve a extinção do contrato de trabalho
nem, como consequência, a prescrição total da ação.
Assim, não havendo total semelhança entre as matérias discutidas,
não há que se falar em aplicação à hipótese dos autos do precedente
indicado pela agravante (ARE 697.514-RG/DF).
Isso posto, nego provimento ao agravo regimental.
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 8
Decisão de Julgamento
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 705.958
PROCED. : RIO GRANDE DO SUL
RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S) : MARIA GOMES JACOBSEN
ADV.(A/S) : PEDRO LOPES RAMOS E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto do Relator. Ausentes,
justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim
Barbosa. 2ª Turma, 13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra
Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros
Celso de Mello e Joaquim Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
P/ Fabiane Duarte
Secretária
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Supremo Tribunal Federal
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 705.958
PROCED. : RIO GRANDE DO SUL
RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S) : MARIA GOMES JACOBSEN
ADV.(A/S) : PEDRO LOPES RAMOS E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto do Relator. Ausentes,
justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim
Barbosa. 2ª Turma, 13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra
Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros
Celso de Mello e Joaquim Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
P/ Fabiane Duarte
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 8
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3157263 | 2012-11-13T00:00:00 | 2012-12-04T00:00:00 | A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 13.11.2012. | AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO | Ementa: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL. TRANSPOSIÇÃO DE REGIME CELESTISTA PARA ESTATUTÁRIO. VIOLAÇÃO À CLÁUSULA DE RESERVA DE PLENÁRIO. SÚMULA VINCULANTE 10 DO STF.
I - Viola o art. 97 da Constituição a decisão de órgão fracionário de tribunal que, sem declarar expressamente a inconstitucionalidade de dispositivo de lei, afasta a sua incidência no todo ou em parte. Precedentes.
II - Agravo regimental improvido. | sjur220553 | - Acórdão (s) citado (s):
(CLÁUSULA, RESERVA DE PLENÁRIO)
STF: RE 482090 (TP).
Número de páginas: 8.
Análise: 10/01/2013, BMB. | RICARDO LEWANDOWSKI | Segunda Turma | 705958 | [
"LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00097 \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n\r\n",
"LEG-FED SUV-000010 \r\n SÚMULA VINCULANTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\r\n\r\n",
"LEG-EST LEI-010098 ANO-1994\r\n ART-00276 \"CAPUT\" PAR-00002 PAR-00003\r\n PAR-00004 \r\n LEI ORDINÁRIA, RS"
] | RE-AgR | acordaos | RE 705958 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : MARIA GOMES JACOBSEN
ADV.(A/S) : PEDRO LOPES RAMOS E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
ADV.(A/S) : NILTON CORREIA | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 705 . 958",
"SÚMULA VINCULANTE 10 DO STF",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 705 . 958",
"SÚMULA 382 / TST",
"ADI [UNK] 1 . 150 - 2",
"RECURSO",
"SÚMULA 382 / TST",
"ADI [UNK] 1 . 150 - 2",
"RE 705 . 958 AGR / RS",
"Súmula 382 / TST",
"Sumula Vinculante 10",
"RE 482 . 090 / SP",
"RE 463 . 278 - AgR / RS",
"RE 705 . 958 AGR",
"Súmula 382 / TST",
"Sumula Vinculante 10",
"RE 482 . 090 / SP",
"RE 463 . 278 - AgR / RS",
"RE 705 . 958 AGR",
"/",
"RS 10 . 098 / 94",
"ADI [UNK] 1 . 150",
"RE 500 . 276 / RS",
"ARE [UNK] 697514 - DF ”",
"RE 705 . 958 AGR / RS 10 . 098 / 94",
"ADI [UNK] 1 . 150",
"RE 500 . 276 / RS",
"Súmula Vinculante 10",
"ARE [UNK] 697514 - DF",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 705 . 958",
"ADI 1 . 150 / RS",
"ADI 1 . 150 - 2",
"ADIN 1 . 150 - 2 do STF",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 705 . 958",
"ADI 1 . 150 / RS",
"ADI 1 . 150 - 2",
"RE 705 . 958 AGR",
"Súmula 382 / TST",
"RE 482 . 090 / SP",
"RE 240 . 096",
"RE 705 . 958",
"Súmula 382 / TST",
"RE 482 . 090 / SP",
"RE 240 . 096",
"RE 705 . 958 AGR / RS",
"Súmula Vinculante 10",
"ARE 697 . 514 - RG / DF",
"ADI 1 . 150 / RS",
"ARE 697 . 514 - RG / DF",
"RE 705 . 958 AGR / RS",
"Súmula Vinculante 10",
"ARE 697 . 514 - RG / DF",
"ADI 1 . 150 / RS",
"ARE 697 . 514 - RG / DF",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 705 . 958",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 705 . 958"
],
"LEGISLACAO": [
"art . 97 da Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"LEI ESTADUAL 10 . 098 / 94",
"Lei Estadual 10 . 098 / 94",
"Lei Estadual 10 . 098 / 94 - RS",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"LEI ESTADUAL 10 . 098 / 94 -",
"Lei Estadual 10 . 098 / 94 - RS",
"Lei Estadual 10 . 098 / 94 - RS",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 102 , III , a , da Constituição",
"CF , art . 97",
"art . 97 da Constituição",
"art . 97 da Constituição da República",
"art . 276 , da Lei [UNK]",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 102 , III , a , da Constituição",
"arts . [UNK] , XXXV , XXXVI , LIV e LV , 93 , IX , 97 e 114 , I , da mesma",
"CF , art . 97",
"art . 97 da Constituição",
"art . 97 da Constituição da República",
"art . 276 , da Lei [UNK]",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Consolidação das Leis do Trabalho",
"CPC , art . 557 , § [UNK] - A",
"art . 97 da Constituição Federal",
"Lei estadual 10 . 098 / 1994",
"MP n° 2 . 200 - 2 /",
"Consolidação das Leis do Trabalho",
"CPC , art . 557 , § [UNK] - A",
"art . 97 da Constituição Federal",
"Lei estadual 10 . 098 / 1994",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"276 da Lei estadual 10 . 098 / 1994",
"art . 276 e parágrafos da Lei Estadual 10 . 098 / 94",
"CLT",
"art . 276 da Lei 10 . 098 / 94",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"caput",
"276 da Lei estadual 10 . 098",
"art . 276 e parágrafos da Lei Estadual 10 . 098 / 94",
"CLT",
"art . 19 do ADCT",
"Constituição",
"art . 276 da Lei 10 . 098 / 94",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei Estadual 10 . 098 / 94",
"art . 97 da Constituição",
"ART . 97 DA CONSTITUIÇÃO",
"LEI COMPLEMENTAR 118 / 2005 , ARTS . [UNK]",
"CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL",
"LEI 5 . 172 / 1966",
"Constituição",
"art . 97 da Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei Estadual 10 . 098 / 94",
"art . 97 da Constituição",
"ART . 97 DA CONSTITUIÇÃO",
"LEI COMPLEMENTAR 118 / 2005 , ARTS . [UNK] E [UNK] . CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL",
"LEI 5 . 172 / 1966",
"Constituição",
"art . 97 da Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei estadual 10 . 098 / 1994",
"Lei estadual 10 . 098 / 1994",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei estadual 10 . 098 / 1994",
"Lei estadual 10 . 098 / 1994",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL",
"Brasília",
"RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL",
"Estado do Rio Grande do Sul",
"RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL",
"Estado do Rio Grande do Sul",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL"
],
"ORGANIZACAO": [
"SEGUNDA TURMA",
"Segunda Turma do",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"STF",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"STF",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Pleno",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Pleno",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Plenário",
"Subseção I Especializada em Dissídios Individuais do Tribunal Superior do Trabalho",
"TST",
"Segunda Turma",
"TST",
"TST",
"STF",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Plenário",
"Subseção I Especializada em Dissídios Individuais do Tribunal Superior do Trabalho",
"TST",
"Segunda Turma",
"TST",
"TST",
"STF",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"STF",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"STF",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"/",
"RS",
"STF",
"RS",
"Plenário",
"Primeira Turma",
"Plenário",
"Plenário",
"Órgão Fracionário do Superior Tribunal de Justiça",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
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"Plenário",
"Primeira Turma",
"Plenário",
"Plenário",
"Órgão Fracionário do Superior Tribunal de Justiça",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"Tribunal Superior do Trabalho",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Tribunal Superior do Trabalho",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"MARIA GOMES JACOBSEN",
"PEDRO LOPES RAMOS",
"Ricardo Lewandowski",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"MARIA GOMES JACOBSEN",
"PEDRO LOPES RAMOS",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"MARIA GOMES JACOBSEN",
"PEDRO LOPES RAMOS",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Joaquim Barbosa",
"Cezar Peluso",
"Joaquim Barbosa",
"Cezar Peluso",
"MOREIRA ALVES",
"Cármen Lúcia",
"MOREIRA ALVES",
"Cármen Lúcia",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Joaquim Barbosa",
"Sepúlveda Pertence",
"Joaquim Barbosa",
"Sepúlveda Pertence",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Gilmar Mendes",
"Gilmar Mendes",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"MARIA GOMES JACOBSEN",
"PEDRO LOPES RAMOS",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos",
"Fabiane Duarte",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"MARIA GOMES JACOBSEN",
"PEDRO LOPES RAMOS",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos",
"Fabiane Duarte"
],
"TEMPO": [
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"13 de novembro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"04",
"/",
"12",
"/",
"2012",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"18",
"/",
"6",
"/",
"2008",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"18",
"/",
"6",
"/",
"2008",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"17",
".",
"04",
"/",
"97",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"17",
".",
"04",
"/",
"97",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"23",
"/",
"09",
"/",
"82",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"23",
"/",
"09",
"/",
"82",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"21",
".",
"05",
".",
"1999",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"21",
".",
"05",
".",
"1999",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 817.261 RIO GRANDE DO SUL
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S)
:MARIA ELISABETH SALDANHA CASSEMIRO E
OUTRO(A/S)
ADV.(A/S)
:DENISE ARANTES SANTOS VASCONCELOS
E
OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL
RECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA FÁTICA E LEGAL. O
recurso extraordinário não é meio próprio ao revolvimento da prova,
também não servindo à interpretação de normas estritamente legais.
RECURSO EXTRAORDINÁRIO – PRESTAÇÃO JURISDICIONAL –
DEVIDO PROCESSO LEGAL. Se, de um lado, é possível ter-se situação
concreta em que transgredido o devido processo legal a ponto de se
enquadrar o recurso extraordinário no permissivo que lhe é próprio, de
outro, descabe confundir a ausência de aperfeiçoamento da prestação
jurisdicional com a entrega de forma contrária aos interesses do
recorrente.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal em desprover o agravo
regimental no agravo de instrumento, nos termos do voto do relator e por
unanimidade, em sessão presidida pelo Ministro Dias Toffoli, na
conformidade da ata do julgamento e das respectivas notas taquigráficas.
Brasília, 13 de novembro de 2012.
MINISTRO MARCO AURÉLIO – RELATOR
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3207006.
Supremo Tribunal Federal
DJe 18/12/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 7
Relatório
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 817.261 RIO GRANDE DO SUL
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S)
:MARIA ELISABETH SALDANHA CASSEMIRO E
OUTRO(A/S)
ADV.(A/S)
:DENISE ARANTES SANTOS VASCONCELOS
E
OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Às folhas 225 e 226,
proferi a seguinte decisão:
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO
–
INTERPRETAÇÃO DE NORMAS LEGAIS
– INVIABILIDADE
1. O acórdão impugnado mediante o extraordinário revela
interpretação de normas estritamente legais, não ensejando o
acesso ao Supremo. À mercê de articulação sobre a ofensa à
Carta da República, pretende-se guindar a esta Corte recurso
que não se enquadra no inciso III do artigo 102 da Constituição
Federal.
A par desse aspecto, descabe confundir a ausência de
entrega aperfeiçoada da prestação jurisdicional com decisão
contrária aos interesses defendidos. A violência ao devido
processo legal não pode ser tomada como uma alavanca para
alçar a este Tribunal conflito de interesses cuja solução se
exaure na origem. A tentativa acaba por se fazer voltada à
transformação do Supremo em mero revisor dos atos dos
demais tribunais do País. Na espécie, o Colegiado de origem
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3207007.
Supremo Tribunal Federal
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 817.261 RIO GRANDE DO SUL
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S)
:MARIA ELISABETH SALDANHA CASSEMIRO E
OUTRO(A/S)
ADV.(A/S)
:DENISE ARANTES SANTOS VASCONCELOS
E
OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Às folhas 225 e 226,
proferi a seguinte decisão:
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO
–
INTERPRETAÇÃO DE NORMAS LEGAIS
– INVIABILIDADE
1. O acórdão impugnado mediante o extraordinário revela
interpretação de normas estritamente legais, não ensejando o
acesso ao Supremo. À mercê de articulação sobre a ofensa à
Carta da República, pretende-se guindar a esta Corte recurso
que não se enquadra no inciso III do artigo 102 da Constituição
Federal.
A par desse aspecto, descabe confundir a ausência de
entrega aperfeiçoada da prestação jurisdicional com decisão
contrária aos interesses defendidos. A violência ao devido
processo legal não pode ser tomada como uma alavanca para
alçar a este Tribunal conflito de interesses cuja solução se
exaure na origem. A tentativa acaba por se fazer voltada à
transformação do Supremo em mero revisor dos atos dos
demais tribunais do País. Na espécie, o Colegiado de origem
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 7
Relatório
AI 817.261 AGR / RS
procedeu a julgamento fundamentado de forma consentânea
com a ordem jurídica.
Este agravo somente serve à sobrecarga da máquina
judiciária, ocupando espaço que deveria estar sendo utilizado
no exame de outro processo.
2. Conheço do agravo e o desprovejo.
3. Publiquem.
Os agravantes, na minuta de folha 230 a 236, insistem no
processamento do extraordinário. Aduzem configurada a ofensa aos
artigos 5º, cabeça e incisos I, II, XXXV, LIV e LV, 7º, incisos VI, VII, X e
XXXII, e 93, inciso IX, do Diploma Maior. Defendem que, consoante
disposto na parte final do parágrafo único do artigo 538 do Código de
Processo Civil, somente na hipótese de reiteração de embargos
protelatórios, ou seja, quando a multa correspondente é elevada de 1%
para 10% do valor da causa – o que não ocorreu na espécie –, é que a
protocolização de recurso diverso fica condicionada ao depósito da
quantia atinente à sanção processual.
A parte agravada apresentou a contraminuta de folha 243 a 246,
apontando o acerto do ato impugnado.
É o relatório.
2
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documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3207007.
Supremo Tribunal Federal
AI 817.261 AGR / RS
procedeu a julgamento fundamentado de forma consentânea
com a ordem jurídica.
Este agravo somente serve à sobrecarga da máquina
judiciária, ocupando espaço que deveria estar sendo utilizado
no exame de outro processo.
2. Conheço do agravo e o desprovejo.
3. Publiquem.
Os agravantes, na minuta de folha 230 a 236, insistem no
processamento do extraordinário. Aduzem configurada a ofensa aos
artigos 5º, cabeça e incisos I, II, XXXV, LIV e LV, 7º, incisos VI, VII, X e
XXXII, e 93, inciso IX, do Diploma Maior. Defendem que, consoante
disposto na parte final do parágrafo único do artigo 538 do Código de
Processo Civil, somente na hipótese de reiteração de embargos
protelatórios, ou seja, quando a multa correspondente é elevada de 1%
para 10% do valor da causa – o que não ocorreu na espécie –, é que a
protocolização de recurso diverso fica condicionada ao depósito da
quantia atinente à sanção processual.
A parte agravada apresentou a contraminuta de folha 243 a 246,
apontando o acerto do ato impugnado.
É o relatório.
2
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Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 817.261 RIO GRANDE DO SUL
V O T O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Na
interposição deste agravo, observaram-se os pressupostos de
recorribilidade. A peça, subscrita por advogada regularmente constituída
(folhas 21 a 27, 51 e 237), foi protocolada no prazo legal. Conheço.
Atentem para o que decidido, em síntese, pelo Superior Tribunal de
Justiça (folha 153):
Embargos de divergência (indeferimento liminar).
Embargos de declaração (caráter protelatório). Sanção
(aplicação). Depósito da multa (condição para recorrer). Art.
538, parágrafo único, do Cód. de Pr. Civil (interpretação).
1. Os embargos de declaração destinam-se a aclarar
obscuridade, corrigir contradição ou suprir omissão; não
ocorrendo nenhuma de tais hipóteses, os embargos ficam sem
cabimento, evidentemente.
2. Quando de todo sem cabimento os embargos, ao
Tribunal é dado declarar a sua natureza protelatória e, ao fazê-
lo, condenar o embargante ao pagamento de multa, que não
poderá exceder a 1% do valor atualizado da causa.
3. Somente na hipótese de reiteração de embargos
protelatórios é que poderá ser elevada, a até 10%, a multa já
aplicada, condicionando-se ao depósito desse valor a
interposição de qualquer outro recurso.
4. Quando ilegalmente imposta a condição de
recorribilidade, duas possibilidades se abrem à parte: a
primeira, a de demonstrar, em embargos de divergência, que o
acórdão, ao impor o depósito como condição para recorrer,
diverge de outros julgados do Tribunal. Para tanto, todavia, é
necessário que, antes, seja a multa recolhida. A segunda, a única
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Supremo Tribunal Federal
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 817.261 RIO GRANDE DO SUL
V O T O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Na
interposição deste agravo, observaram-se os pressupostos de
recorribilidade. A peça, subscrita por advogada regularmente constituída
(folhas 21 a 27, 51 e 237), foi protocolada no prazo legal. Conheço.
Atentem para o que decidido, em síntese, pelo Superior Tribunal de
Justiça (folha 153):
Embargos de divergência (indeferimento liminar).
Embargos de declaração (caráter protelatório). Sanção
(aplicação). Depósito da multa (condição para recorrer). Art.
538, parágrafo único, do Cód. de Pr. Civil (interpretação).
1. Os embargos de declaração destinam-se a aclarar
obscuridade, corrigir contradição ou suprir omissão; não
ocorrendo nenhuma de tais hipóteses, os embargos ficam sem
cabimento, evidentemente.
2. Quando de todo sem cabimento os embargos, ao
Tribunal é dado declarar a sua natureza protelatória e, ao fazê-
lo, condenar o embargante ao pagamento de multa, que não
poderá exceder a 1% do valor atualizado da causa.
3. Somente na hipótese de reiteração de embargos
protelatórios é que poderá ser elevada, a até 10%, a multa já
aplicada, condicionando-se ao depósito desse valor a
interposição de qualquer outro recurso.
4. Quando ilegalmente imposta a condição de
recorribilidade, duas possibilidades se abrem à parte: a
primeira, a de demonstrar, em embargos de divergência, que o
acórdão, ao impor o depósito como condição para recorrer,
diverge de outros julgados do Tribunal. Para tanto, todavia, é
necessário que, antes, seja a multa recolhida. A segunda, a única
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 7
Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
AI 817.261 AGR / RS
que dispensaria o recolhimento da multa, é a de opor novos
embargos de declaração como forma de instar o colegiado a se
pronunciar sobre o evidente equívoco de condicionar a
apresentação de novos recursos ao depósito da multa.
5. Na espécie, os embargos de divergência foram
indeferidos liminarmente, por não ter sido atendida a condição
imposta pelo acórdão embargado.
6. Agravo regimental improvido.
O deslinde da controvérsia deu-se sob o ângulo estritamente legal e
não considerada a Carta da República. A conclusão adotada fez-se
alicerçada em interpretação conferida à legislação de regência.
Anoto não equivaler à negativa de prestação jurisdicional o
julgamento fundamentado da controvérsia, mas contrário aos interesses
da parte. Em jogo o cabimento de recurso, a via excepcional do
extraordinário somente é aberta quando o acórdão impugnado esteja em
conflito com a Constituição Federal, o que no caso não ocorreu.
Este recurso ganha contornos protelatórios. Valho-me de trecho do
artigo “O Judiciário e a Litigância de Má-fé”, por mim outrora publicado:
Observa-se, portanto, a existência de instrumental hábil a
inibir-se manobras processuais procrastinatórias. Atento à
sinalização de derrocada do Judiciário, sufocado por número de
processos estranho à ordem natural das coisas, o Legislador
normatizou. Agora, em verdadeira resistência democrática ao
que vem acontecendo, compete ao Estado-juiz atuar com
desassombro, sob pena de tornar-se o responsável pela falência
do Judiciário. Cumpre-lhe, sem extravasamento, sem
menosprezo ao dever de preservar o direito de defesa das
partes, examinar, caso a caso, os recursos enquadráveis como
meramente protelatórios, restabelecendo a boa ordem
processual. Assim procedendo, honrará a responsabilidade
decorrente do ofício, alfim, a própria toga.
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
AI 817.261 AGR / RS
que dispensaria o recolhimento da multa, é a de opor novos
embargos de declaração como forma de instar o colegiado a se
pronunciar sobre o evidente equívoco de condicionar a
apresentação de novos recursos ao depósito da multa.
5. Na espécie, os embargos de divergência foram
indeferidos liminarmente, por não ter sido atendida a condição
imposta pelo acórdão embargado.
6. Agravo regimental improvido.
O deslinde da controvérsia deu-se sob o ângulo estritamente legal e
não considerada a Carta da República. A conclusão adotada fez-se
alicerçada em interpretação conferida à legislação de regência.
Anoto não equivaler à negativa de prestação jurisdicional o
julgamento fundamentado da controvérsia, mas contrário aos interesses
da parte. Em jogo o cabimento de recurso, a via excepcional do
extraordinário somente é aberta quando o acórdão impugnado esteja em
conflito com a Constituição Federal, o que no caso não ocorreu.
Este recurso ganha contornos protelatórios. Valho-me de trecho do
artigo “O Judiciário e a Litigância de Má-fé”, por mim outrora publicado:
Observa-se, portanto, a existência de instrumental hábil a
inibir-se manobras processuais procrastinatórias. Atento à
sinalização de derrocada do Judiciário, sufocado por número de
processos estranho à ordem natural das coisas, o Legislador
normatizou. Agora, em verdadeira resistência democrática ao
que vem acontecendo, compete ao Estado-juiz atuar com
desassombro, sob pena de tornar-se o responsável pela falência
do Judiciário. Cumpre-lhe, sem extravasamento, sem
menosprezo ao dever de preservar o direito de defesa das
partes, examinar, caso a caso, os recursos enquadráveis como
meramente protelatórios, restabelecendo a boa ordem
processual. Assim procedendo, honrará a responsabilidade
decorrente do ofício, alfim, a própria toga.
2
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Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
AI 817.261 AGR / RS
Ante o quadro, desprovejo o regimental.
3
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Supremo Tribunal Federal
AI 817.261 AGR / RS
Ante o quadro, desprovejo o regimental.
3
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 7
Decisão de Julgamento
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 817.261
PROCED. : RIO GRANDE DO SUL
RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S) : MARIA ELISABETH SALDANHA CASSEMIRO E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : DENISE ARANTES SANTOS VASCONCELOS E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos
termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro
Dias Toffoli. 1ª Turma, 13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Wagner Mathias.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3126467
Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 817.261
PROCED. : RIO GRANDE DO SUL
RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S) : MARIA ELISABETH SALDANHA CASSEMIRO E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : DENISE ARANTES SANTOS VASCONCELOS E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos
termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro
Dias Toffoli. 1ª Turma, 13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Wagner Mathias.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3126467
Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 7
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3216168 | 2012-11-13T00:00:00 | 2012-12-18T00:00:00 | A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 13.11.2012. | AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO | RECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA FÁTICA E LEGAL. O recurso extraordinário não é meio próprio ao revolvimento da prova, também não servindo à interpretação de normas estritamente legais.
RECURSO EXTRAORDINÁRIO – PRESTAÇÃO JURISDICIONAL – DEVIDO PROCESSO LEGAL. Se, de um lado, é possível ter-se situação concreta em que transgredido o devido processo legal a ponto de se enquadrar o recurso extraordinário no permissivo que lhe é próprio, de outro, descabe confundir a ausência de aperfeiçoamento da prestação jurisdicional com a entrega de forma contrária aos interesses do recorrente. | sjur222005 | Número de páginas: 7.
Análise: 04/01/2013, LLD. | MARCO AURÉLIO | Primeira Turma | 817261 | null | AI-AgR | acordaos | AI 817261 AgR | [
""
] | AGDO.(A/S) : UNIÃO
AGTE.(S) : MARIA ELISABETH SALDANHA CASSEMIRO E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : DENISE ARANTES SANTOS VASCONCELOS E OUTRO(A/S)
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 817 . 261",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 817 . 261",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 817 . 261",
"AI 817 . 261 AGR / RS",
"AI 817 . 261 AGR / RS",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 817 . 261",
"AI 817 . 261 AGR / RS",
"AI 817 . 261 AGR",
"AI 817 . 261 AGR / RS",
"AI 817 . 261 AGR / RS"
],
"LEGISLACAO": [
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Carta da República",
"inciso III do artigo 102 da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Carta da República",
"inciso III do artigo 102 da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigos [UNK] , cabeça e incisos I , II , XXXV , LIV e LV , [UNK] , incisos VI , VII , X e XXXII , e 93 , inciso IX , do Diploma Maior",
"parágrafo único do artigo 538 do Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigos [UNK] , cabeça e incisos I , II , XXXV , LIV e LV , [UNK] , incisos VI , VII , X e XXXII , e 93 , inciso IX , do Diploma Maior",
"parágrafo único do artigo 538 do Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Art . 538 , parágrafo único , do Cód . de Pr . Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Carta da República",
"Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Carta da República",
"Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
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"LOCAL": [
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"Brasília",
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"RIO GRANDE DO SUL",
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"Supremo",
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"Brasil",
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"/",
"RS",
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"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
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"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
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"Dias Toffoli",
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"TEMPO": [
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"/",
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"/",
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"24",
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"2012",
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"2012",
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"2012",
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"2012",
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"08",
"/",
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"08",
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"08",
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".",
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"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 709.601 RIO DE
JANEIRO
RELATORA
: MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S)
:MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DO RIO DE
JANEIRO
AGDO.(A/S)
:ALDIRENE
DA
CONCEICAO
DA
SILVA
E
OUTRO(A/S)
ADV.(A/S)
:JOSÉ EDUARDO COELHO BRANCO JUNQUEIRA
FERRAZ E OUTRO(A/S)
EMENTA:
AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL E
ADMINISTRATIVO. 1. Inexistência de contrariedade ao art. 93, inc. IX, da
Constituição da República. 2. Análise de matéria infraconstitucional.
Ofensa constitucional indireta. 3. Desvio de função. Pagamento de
diferença remuneratória. Ausência de repercussão geral. 4. Agravo
regimental ao qual se nega provimento.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do
Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a Presidência do
Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamento e
das notas taquigráficas, à unanimidade, em negar provimento ao agravo
regimental no recurso extraordinário com agravo, nos termos do voto da
Relatora. Ausentes, justificadamente, os Ministros Celso de Mello e
Joaquim Barbosa.
Brasília, 13 de novembro de 2012.
Ministra CÁRMEN LÚCIA - Relatora
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Supremo Tribunal Federal
DJe 11/12/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 8
Relatório
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 709.601 RIO DE
JANEIRO
RELATORA
: MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S)
:MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DO RIO DE
JANEIRO
AGDO.(A/S)
:ALDIRENE
DA
CONCEICAO
DA
SILVA
E
OUTRO(A/S)
ADV.(A/S)
:JOSÉ EDUARDO COELHO BRANCO JUNQUEIRA
FERRAZ E OUTRO(A/S)
R E L A T Ó R I O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora):
1. Em 3 de outubro de 2012, neguei seguimento ao agravo nos autos
do recurso extraordinário interposto pelo Município do Rio de Janeiro
contra julgado do Superior Tribunal de Justiça, no qual se decidiu que,
“nos casos de desvio de função, o servidor não tem direito à promoção para outra
classe da carreira, nem à incorporação das vantagens inerentes ao cargo que
exerce, mas apenas às diferenças vencimentais decorrentes do exercício desviado”.
A decisão agravada teve a seguinte fundamentação:
“5. Razão jurídica não assiste ao Agravante.
6. A alegação de nulidade do acórdão por contrariedade ao art.
93, inc. IX, da Constituição da República não pode prosperar. Embora
em sentido contrário à pretensão do Agravante, o acórdão recorrido
apresentou suficiente fundamentação.
Conforme a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, ‘o que
a Constituição exige, no art. 93, IX, é que a decisão judicial seja
fundamentada; não, que a fundamentação seja correta, na solução das
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13/11/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 709.601 RIO DE
JANEIRO
RELATORA
: MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S)
:MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DO RIO DE
JANEIRO
AGDO.(A/S)
:ALDIRENE
DA
CONCEICAO
DA
SILVA
E
OUTRO(A/S)
ADV.(A/S)
:JOSÉ EDUARDO COELHO BRANCO JUNQUEIRA
FERRAZ E OUTRO(A/S)
R E L A T Ó R I O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora):
1. Em 3 de outubro de 2012, neguei seguimento ao agravo nos autos
do recurso extraordinário interposto pelo Município do Rio de Janeiro
contra julgado do Superior Tribunal de Justiça, no qual se decidiu que,
“nos casos de desvio de função, o servidor não tem direito à promoção para outra
classe da carreira, nem à incorporação das vantagens inerentes ao cargo que
exerce, mas apenas às diferenças vencimentais decorrentes do exercício desviado”.
A decisão agravada teve a seguinte fundamentação:
“5. Razão jurídica não assiste ao Agravante.
6. A alegação de nulidade do acórdão por contrariedade ao art.
93, inc. IX, da Constituição da República não pode prosperar. Embora
em sentido contrário à pretensão do Agravante, o acórdão recorrido
apresentou suficiente fundamentação.
Conforme a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, ‘o que
a Constituição exige, no art. 93, IX, é que a decisão judicial seja
fundamentada; não, que a fundamentação seja correta, na solução das
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 8
Relatório
ARE 709.601 AGR / RJ
questões de fato ou de direito da lide: declinadas no julgado as
premissas, corretamente assentadas ou
não, mas coerentes com o dispositivo do acórdão, está satisfeita a
exigência constitucional” (RE 140.370, Rel. Min. Sepúlveda
Pertence, RTJ 150/269)’.
7. A Relatora, Ministra Maria Thereza de Assis Moura,
afirmou: (…)
Concluir de forma diversa do que decidido pelas instâncias
originárias demandaria a análise prévia de legislação
infraconstitucional aplicadas à espécie (Código de Processo Civil).
Assim, a alegada contrariedade à Constituição da República, se tivesse
ocorrido, seria indireta, o que não viabiliza o processamento do recurso
extraordinário. Nesse sentido: (…)
8. O Supremo Tribunal assentou, ainda, que as alegações de
contrariedade aos princípios do devido processo legal, da ampla defesa
e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação
jurisdicional, quando dependentes de exame de legislação
infraconstitucional, podem configurar apenas ofensa constitucional
indireta. Nesse sentido: (…)
9. Anote-se, finalmente, a inexistência de repercussão geral da
questão relativa a diferenças remuneratórias por desvio de função: (...)
(RE 578.657, Rel. Min. Menezes Direito, Dje 6.6.2008).
A decisão agravada, embasada nos dados constantes do julgado
recorrido, está em harmonia com a jurisprudência deste Supremo
Tribunal, razão pela qual nada há a prover quanto às alegações do
Agravante.
10. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 544, § 4º,
inc. II, alínea a, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do
Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal)”.
2
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Supremo Tribunal Federal
ARE 709.601 AGR / RJ
questões de fato ou de direito da lide: declinadas no julgado as
premissas, corretamente assentadas ou
não, mas coerentes com o dispositivo do acórdão, está satisfeita a
exigência constitucional” (RE 140.370, Rel. Min. Sepúlveda
Pertence, RTJ 150/269)’.
7. A Relatora, Ministra Maria Thereza de Assis Moura,
afirmou: (…)
Concluir de forma diversa do que decidido pelas instâncias
originárias demandaria a análise prévia de legislação
infraconstitucional aplicadas à espécie (Código de Processo Civil).
Assim, a alegada contrariedade à Constituição da República, se tivesse
ocorrido, seria indireta, o que não viabiliza o processamento do recurso
extraordinário. Nesse sentido: (…)
8. O Supremo Tribunal assentou, ainda, que as alegações de
contrariedade aos princípios do devido processo legal, da ampla defesa
e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação
jurisdicional, quando dependentes de exame de legislação
infraconstitucional, podem configurar apenas ofensa constitucional
indireta. Nesse sentido: (…)
9. Anote-se, finalmente, a inexistência de repercussão geral da
questão relativa a diferenças remuneratórias por desvio de função: (...)
(RE 578.657, Rel. Min. Menezes Direito, Dje 6.6.2008).
A decisão agravada, embasada nos dados constantes do julgado
recorrido, está em harmonia com a jurisprudência deste Supremo
Tribunal, razão pela qual nada há a prover quanto às alegações do
Agravante.
10. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 544, § 4º,
inc. II, alínea a, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do
Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal)”.
2
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 8
Relatório
ARE 709.601 AGR / RJ
2. Publicada essa decisão no DJe de 15.10.2012, interpõe o Município
do Rio de Janeiro, em 24.10.2012, tempestivamente, agravo regimental.
3. Alega o Agravante que, “não obstante o v. acórdão guerreado tenha
corretamente reconhecido a inexistência do direito dos ora agravados ao
percebimento de gratificação de desempenho fazendário, em vista de tal fato
configurar ofensa ao princípio da legalidade, igual precisão não demonstrou ao
condenar a URBE carioca a pagar aos agravados os valores relativos às supostas
diferenças salarias entre o cargo de Agente de Administração e o de Agente da
Fazenda, sob o argumento da existência de pretenso desvio de função”.
Sustenta que “não há que se cogitar em desvio de função (…) tendo sido a
lotação dos agravados na Secretaria Municipal da Fazenda efetuada em
observância aos critérios legais aplicáveis à espécie”.
Afirma que “reconhecer aos agravados o direito à percepção de supostas
diferenças salariais pelo exercício de função desviada macula flagrantemente a
moralidade que se deve pautar a conduta da Administração Pública”.
Requer o provimento do presente recurso.
É o relatório.
3
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ARE 709.601 AGR / RJ
2. Publicada essa decisão no DJe de 15.10.2012, interpõe o Município
do Rio de Janeiro, em 24.10.2012, tempestivamente, agravo regimental.
3. Alega o Agravante que, “não obstante o v. acórdão guerreado tenha
corretamente reconhecido a inexistência do direito dos ora agravados ao
percebimento de gratificação de desempenho fazendário, em vista de tal fato
configurar ofensa ao princípio da legalidade, igual precisão não demonstrou ao
condenar a URBE carioca a pagar aos agravados os valores relativos às supostas
diferenças salarias entre o cargo de Agente de Administração e o de Agente da
Fazenda, sob o argumento da existência de pretenso desvio de função”.
Sustenta que “não há que se cogitar em desvio de função (…) tendo sido a
lotação dos agravados na Secretaria Municipal da Fazenda efetuada em
observância aos critérios legais aplicáveis à espécie”.
Afirma que “reconhecer aos agravados o direito à percepção de supostas
diferenças salariais pelo exercício de função desviada macula flagrantemente a
moralidade que se deve pautar a conduta da Administração Pública”.
Requer o provimento do presente recurso.
É o relatório.
3
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 8
Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 709.601 RIO DE
JANEIRO
V O T O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora):
1. Razão jurídica não assiste ao Agravante.
2. Na espécie, o Superior Tribunal de Justiça decidiu:
“Consoante entendimento pacífico deste Superior Tribunal de
Justiça, nos casos de desvio de função, o servidor não tem direito à
promoção para outra classe da carreira, nem à incorporação das
vantagens inerentes ao cargo que exerce, mas apenas às diferenças
vencimentais decorrentes do exercício desviado.
A propósito, merece destaque o disposto no Enunciado nº 378 da
Súmula deste Superior Tribunal de Justiça, verbis:
‘Reconhecido o desvio de função, o servidor faz jus às diferenças
salariais decorrentes’.
(…)
Dessarte, revela-se incabível cogitar a hipótese de julgamento
ultra petita no caso concreto, sobretudo quando os autores obtêm
prestação menor que a pretendida, eis que, ao invés de perceberem a
gratificação almejada, receberão tão-somente a ‘diferença estipendial
havida até que cesse o desvio’.
3. Inicialmente, não prospera a alegação de nulidade do acórdão por
falta de fundamentação. O Tribunal de origem apreciou as questões
suscitadas, fundamentando-as de modo suficiente a demonstrar as razões
objetivas do convencimento do julgador. A prestação jurisdicional foi
concedida nos termos da legislação vigente, apesar de ter sido a
conclusão contrária aos interesses do Agravante.
Nesse sentido:
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 709.601 RIO DE
JANEIRO
V O T O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora):
1. Razão jurídica não assiste ao Agravante.
2. Na espécie, o Superior Tribunal de Justiça decidiu:
“Consoante entendimento pacífico deste Superior Tribunal de
Justiça, nos casos de desvio de função, o servidor não tem direito à
promoção para outra classe da carreira, nem à incorporação das
vantagens inerentes ao cargo que exerce, mas apenas às diferenças
vencimentais decorrentes do exercício desviado.
A propósito, merece destaque o disposto no Enunciado nº 378 da
Súmula deste Superior Tribunal de Justiça, verbis:
‘Reconhecido o desvio de função, o servidor faz jus às diferenças
salariais decorrentes’.
(…)
Dessarte, revela-se incabível cogitar a hipótese de julgamento
ultra petita no caso concreto, sobretudo quando os autores obtêm
prestação menor que a pretendida, eis que, ao invés de perceberem a
gratificação almejada, receberão tão-somente a ‘diferença estipendial
havida até que cesse o desvio’.
3. Inicialmente, não prospera a alegação de nulidade do acórdão por
falta de fundamentação. O Tribunal de origem apreciou as questões
suscitadas, fundamentando-as de modo suficiente a demonstrar as razões
objetivas do convencimento do julgador. A prestação jurisdicional foi
concedida nos termos da legislação vigente, apesar de ter sido a
conclusão contrária aos interesses do Agravante.
Nesse sentido:
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 8
Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
ARE 709.601 AGR / RJ
“AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL.
ALEGAÇÃO DE CONTRARIEDADE AO ART. 93, INC. IX, DA
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA: IMPROCEDÊNCIA.
PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA
PROVIMENTO” (ARE 672.135-AgR, de minha relatoria,
Primeira Turma, DJe 26.10.2011).
4. Como afirmado na decisão agravada, a controvérsia resolveu-se
no âmbito infraconstitucional. A alegada contrariedade ao art. 37, inc. II,
da Constituição da República esbarra no óbice da Súmula n. 636 do
Supremo Tribunal Federal.
Confiram-se os seguintes julgados:
“Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo.
Prescrição. Ofensa reflexa. Impossibilidade. Desvio de função.
Diferenças salariais. Repercussão geral. Ausência. Precedentes. 1.
Para ultrapassar o entendimento firmado pelo Tribunal de origem
quanto à ocorrência da prescrição, seria necessário interpretar a
legislação infraconstitucional pertinente - Decreto nº 20.910/32 -, o
que não é cabível em sede de recurso extraordinário. Incidência da
Súmula nº 636 desta Corte. 2. Ausência da repercussão geral do tema
relativo ao direito, ou não, de servidor ao pagamento de diferenças
salariais e de gratificações decorrentes do exercício de função em cargo
diverso daquele para o qual foi admitido no serviço público. 3. Agravo
regimental não provido” (ARE 660.424-AgR, Rel. Min. Dias
Toffoli, Primeira Turma, DJe 29.3.2012).
“AGRAVOS
REGIMENTAIS
EM
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. ALEGAÇÃO DE JULGAMENTO EXTRA
PETITA PELO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 3ª
REGIÃO.
INOVAÇÃO
RECURSAL.
MATÉRIA
INFRACONSTITUCIONAL. (…) 1. A controvérsia sobre suposto
2
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
ARE 709.601 AGR / RJ
“AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL.
ALEGAÇÃO DE CONTRARIEDADE AO ART. 93, INC. IX, DA
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA: IMPROCEDÊNCIA.
PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA
PROVIMENTO” (ARE 672.135-AgR, de minha relatoria,
Primeira Turma, DJe 26.10.2011).
4. Como afirmado na decisão agravada, a controvérsia resolveu-se
no âmbito infraconstitucional. A alegada contrariedade ao art. 37, inc. II,
da Constituição da República esbarra no óbice da Súmula n. 636 do
Supremo Tribunal Federal.
Confiram-se os seguintes julgados:
“Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo.
Prescrição. Ofensa reflexa. Impossibilidade. Desvio de função.
Diferenças salariais. Repercussão geral. Ausência. Precedentes. 1.
Para ultrapassar o entendimento firmado pelo Tribunal de origem
quanto à ocorrência da prescrição, seria necessário interpretar a
legislação infraconstitucional pertinente - Decreto nº 20.910/32 -, o
que não é cabível em sede de recurso extraordinário. Incidência da
Súmula nº 636 desta Corte. 2. Ausência da repercussão geral do tema
relativo ao direito, ou não, de servidor ao pagamento de diferenças
salariais e de gratificações decorrentes do exercício de função em cargo
diverso daquele para o qual foi admitido no serviço público. 3. Agravo
regimental não provido” (ARE 660.424-AgR, Rel. Min. Dias
Toffoli, Primeira Turma, DJe 29.3.2012).
“AGRAVOS
REGIMENTAIS
EM
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. ALEGAÇÃO DE JULGAMENTO EXTRA
PETITA PELO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 3ª
REGIÃO.
INOVAÇÃO
RECURSAL.
MATÉRIA
INFRACONSTITUCIONAL. (…) 1. A controvérsia sobre suposto
2
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Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
ARE 709.601 AGR / RJ
julgamento extra petita pela instância judicante de origem, suscitada
pela primeira vez no agravo regimental, além de constituir-se em
inovação insuscetível de ser apreciada neste momento processual, não
transborda os limites do âmbito infraconstitucional, nos termos da
jurisprudência desta Casa de Justiça” (RE 567.941, Rel. Min. Ayres
Britto, Segunda Turma, DJe 13.10.2011).
5. Além disso, o Supremo Tribunal declarou a ausência de
repercussão geral do tema em debate, sobre “a existência, ou não, da
obrigação do pagamento das diferenças de remuneração decorrentes do exercício
de função diversa daquela do cargo originário”:
“ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. DESVIO DE
FUNÇÃO. DISCUSSÃO ACERCA DO DIREITO À DIFERENÇA
DE REMUNERAÇÃO. AUSÊNCIA DE REPERCUSSÃO
GERAL” (RE 578.657, Rel. Min. Menezes Direito, DJe 6.6.2008).
6. Os argumentos do Agravante, insuficientes para modificar a
decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em
pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente
prestação jurisdicional.
7. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental.
3
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
ARE 709.601 AGR / RJ
julgamento extra petita pela instância judicante de origem, suscitada
pela primeira vez no agravo regimental, além de constituir-se em
inovação insuscetível de ser apreciada neste momento processual, não
transborda os limites do âmbito infraconstitucional, nos termos da
jurisprudência desta Casa de Justiça” (RE 567.941, Rel. Min. Ayres
Britto, Segunda Turma, DJe 13.10.2011).
5. Além disso, o Supremo Tribunal declarou a ausência de
repercussão geral do tema em debate, sobre “a existência, ou não, da
obrigação do pagamento das diferenças de remuneração decorrentes do exercício
de função diversa daquela do cargo originário”:
“ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. DESVIO DE
FUNÇÃO. DISCUSSÃO ACERCA DO DIREITO À DIFERENÇA
DE REMUNERAÇÃO. AUSÊNCIA DE REPERCUSSÃO
GERAL” (RE 578.657, Rel. Min. Menezes Direito, DJe 6.6.2008).
6. Os argumentos do Agravante, insuficientes para modificar a
decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em
pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente
prestação jurisdicional.
7. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental.
3
Supremo Tribunal Federal
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Decisão de Julgamento
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 709.601
PROCED. : RIO DE JANEIRO
RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S) : MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO
AGDO.(A/S) : ALDIRENE DA CONCEICAO DA SILVA E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : JOSÉ EDUARDO COELHO BRANCO JUNQUEIRA FERRAZ E OUTRO(A/
S)
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausentes,
justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim
Barbosa. 2ª Turma, 13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra
Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros
Celso de Mello e Joaquim Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
P/ Fabiane Duarte
Secretária
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Supremo Tribunal Federal
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 709.601
PROCED. : RIO DE JANEIRO
RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S) : MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO
AGDO.(A/S) : ALDIRENE DA CONCEICAO DA SILVA E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : JOSÉ EDUARDO COELHO BRANCO JUNQUEIRA FERRAZ E OUTRO(A/
S)
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausentes,
justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim
Barbosa. 2ª Turma, 13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra
Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros
Celso de Mello e Joaquim Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
P/ Fabiane Duarte
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 8
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3176670 | 2012-11-13T00:00:00 | 2012-12-11T00:00:00 | A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 13.11.2012. | AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO | EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. 1. Inexistência de contrariedade ao art. 93, inc. IX, da Constituição da República. 2. Análise de matéria infraconstitucional. Ofensa constitucional indireta. 3. Desvio de função. Pagamento de diferença remuneratória. Ausência de repercussão geral. 4. Agravo regimental ao qual se nega provimento. | sjur221327 | - Acórdão citados:
(FUNDAMENTAÇÃO SUFICIENTE)
STF: ARE 672135 AgR (1ªT);
(SÚMULA 636)
STF: ARE 660424 AgR (1ªT), RE 567941 (2ªT);
(DESVIO DE FUNÇÃO, PAGAMENTO, DIFERENÇAS SALARIAIS)
STF: 578657 RG (TP).
Número de páginas: 8.
Análise: 18/12/2012, MAC. | CÁRMEN LÚCIA | Segunda Turma | 709601 | [
"LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00037 INC-00002 \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n\r\n",
"LEG-FED SUMSTF-000636 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF"
] | ARE-AgR | acordaos | ARE 709601 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO
ADV.(A/S) : JOSÉ EDUARDO COELHO BRANCO JUNQUEIRA FERRAZ E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : ALDIRENE DA CONCEICAO DA SILVA E OUTRO(A/S) | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 709 . 601",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 709 . 601",
"RECURSO",
"ARE 709 . 601 AGR / RJ",
"RE 140 . 370",
"RTJ 150 / 269",
"RE 578 . 657",
"ARE 709 . 601",
"RE 140 . 370",
"RTJ 150 / 269",
"RE 578 . 657",
"ARE 709 . 601 AGR",
"Enunciado [UNK] 378 da Súmula deste Superior Tribunal de Justiça",
"Enunciado [UNK] 378 da Súmula deste Superior Tribunal de Justiça",
"ARE 709 . 601 AGR / RJ",
"ARE 672 . 135 - AgR",
"Súmula n . 636 do Supremo Tribunal Federal",
"Súmula",
"ARE 660 . 424 - AgR",
"ARE 709 . 601",
"ARE 672 . 135 - AgR",
"Súmula n . 636 do Supremo Tribunal Federal",
"ARE 660 . 424 - AgR",
"ARE 709 . 601",
"RE 567 . 941",
"RE 578 . 657",
"ARE 709 . 601 AGR / RJ",
"RE 567 . 941",
"RE 578 . 657"
],
"LEGISLACAO": [
"art . 93 , inc . IX , da Constituição da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 93 , inc . IX , da Constituição da República",
"Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 93 , inc . IX , da Constituição da República",
"Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Código de Processo Civil",
"Constituição da República",
"art . 544 , § [UNK] , inc . II , alínea a , do Código de Processo Civil",
"art . 21 , § [UNK] , do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Código de Processo Civil",
"Constituição da República",
"art . 544 , § [UNK] , inc . II , alínea a , do Código de Processo Civil",
"art . 21 , § [UNK] , do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ART . 93 , INC . IX , DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA",
"art . 37 , inc . II , da Constituição da República",
"Decreto [UNK] 20 . 910 / 32",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ART . 93 , INC . IX , DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA",
"art . 37 , inc . II , da Constituição da República",
"Decreto [UNK] 20 . 910 / 32",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
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"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"RIO DE JANEIRO",
"MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO",
"Brasília",
"RIO DE JANEIRO",
"MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO",
"Município do Rio de Janeiro",
"RIO DE JANEIRO",
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"RIO DE JANEIRO",
"RIO DE JANEIRO",
"RIO DE JANEIRO",
"MUNICÍPIO",
"RIO DE JANEIRO",
"RIO DE JANEIRO",
"MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO",
"MUNICÍPIO"
],
"ORGANIZACAO": [
"SEGUNDA TURMA",
"MUNICÍPIO",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal",
"Supremo Tribunal",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal",
"Supremo Tribunal Federal",
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"-",
"Brasil",
"/",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
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"Secretaria Municipal da Fazenda",
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"Brasil",
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"Superior Tribunal de Justiça",
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"Superior Tribunal de Justiça",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"Primeira Turma",
"Primeira Turma",
"TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA [UNK] REGIÃO",
"Supremo Tribunal Federal",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"/",
"RJ",
"Primeira Turma",
"Primeira Turma",
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"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"AGR",
"/",
"RJ",
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"Supremo Tribunal Federal",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
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"Supremo Tribunal Federal",
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"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
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"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"CÁRMEN LÚCIA",
"ALDIRENE DA CONCEICAO DA SILVA",
"JOSÉ EDUARDO COELHO BRANCO JUNQUEIRA FERRAZ",
"Ricardo Lewandowski",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"ALDIRENE DA CONCEICAO DA SILVA",
"JOSÉ EDUARDO COELHO BRANCO JUNQUEIRA FERRAZ",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"ALDIRENE DA CONCEICAO DA SILVA",
"JOSÉ EDUARDO COELHO BRANCO JUNQUEIRA FERRAZ",
"CÁRMEN LÚCIA",
"Sepúlveda Pertence",
"Maria Thereza de Assis Moura",
"Menezes Direito",
"Sepúlveda Pertence",
"Maria Thereza de Assis Moura",
"Menezes Direito",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"CÁRMEN LÚCIA",
"Ayres Britto",
"Menezes Direito",
"Ayres Britto",
"Menezes Direito",
"CÁRMEN LÚCIA",
"ALDIRENE DA CONCEICAO DA SILVA",
"JOSÉ EDUARDO COELHO BRANCO JUNQUEIRA FERRAZ",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos",
"Fabiane",
"CÁRMEN LÚCIA",
"ALDIRENE DA CONCEICAO DA SILVA",
"JOSÉ EDUARDO COELHO BRANCO JUNQUEIRA FERRAZ",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos",
"Fabiane Duarte"
],
"TEMPO": [
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"13 de novembro de 2012",
"24",
"/",
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"/",
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"/",
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"2012",
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"2012",
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"24",
"/",
"08",
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"2012",
"3 de outubro de 2012",
"24",
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"08",
"/",
"2001",
"6",
".",
"6",
".",
"2008",
"24",
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"08",
"/",
"2001",
"6",
".",
"6",
".",
"2008",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"15",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
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"10",
".",
"2012",
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"/",
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"/",
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"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 682.870 SÃO
PAULO
RELATORA
: MIN. ROSA WEBER
AGTE.(S)
:BANCO SANTANDER ( BRASIL ) S/A
ADV.(A/S)
:OSMAR MENDES PAIXÃO CÔRTES E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:BEATRIZ NELLIS
ADV.(A/S)
:DANIELA DE CÁSSIA NELLIS ORLANDINO
EMENTA
DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DIREITO DO CONSUMIDOR.
DECISÃO REGIONAL QUE MANTEVE ANTECIPAÇÃO DE TUTELA
DEFERIDA LIMINARMENTE PARA EXCLUSÃO DO NOME DA
AUTORA DOS CADASTROS DOS ÓRGÃOS DE PROTEÇÃO AO
CRÉDITO.
AUSÊNCIA
DE
JUÍZO
DEFINITIVO
DE
CONSTITUCIONALIDADE.
Inviabilidade do recurso extraordinário interposto de decisão que
defere antecipação de tutela, mediante liminar, com espeque na urgência
do caso, considerada a ausência de juízo definitivo de
constitucionalidade. Aplicação da Súmula 735/STF.
Agravo conhecido e não provido.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os
Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Primeira Turma, sob a
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de
julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em
negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da relatora.
Brasília, 13 de novembro de 2012.
Ministra Rosa Weber
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
DJe 27/11/2012
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Ementa e Acórdão
ARE 682.870 AGR / SP
Relatora
2
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ARE 682.870 AGR / SP
Relatora
2
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Relatório
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 682.870 SÃO
PAULO
RELATORA
: MIN. ROSA WEBER
AGTE.(S)
:BANCO SANTANDER ( BRASIL ) S/A
ADV.(A/S)
:OSMAR MENDES PAIXÃO CÔRTES E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:BEATRIZ NELLIS
ADV.(A/S)
:DANIELA DE CÁSSIA NELLIS ORLANDINO
RELATÓRIO
Contra decisão por mim proferida (fl. 151), mediante a qual negado
provimento a seu agravo em recurso extraordinário, maneja agravo
regimental o Banco Santander (fls. 153-6).
O agravante insurge-se contra a decisão agravada, ao argumento de
que “a violação de dispositivos constitucionais pode lhe causar sérios
prejuízos” (fl. 155).
Acórdão regional publicado em 09.02.2012 (fl. 93).
É o relatório.
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PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 682.870 SÃO
PAULO
RELATORA
: MIN. ROSA WEBER
AGTE.(S)
:BANCO SANTANDER ( BRASIL ) S/A
ADV.(A/S)
:OSMAR MENDES PAIXÃO CÔRTES E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:BEATRIZ NELLIS
ADV.(A/S)
:DANIELA DE CÁSSIA NELLIS ORLANDINO
RELATÓRIO
Contra decisão por mim proferida (fl. 151), mediante a qual negado
provimento a seu agravo em recurso extraordinário, maneja agravo
regimental o Banco Santander (fls. 153-6).
O agravante insurge-se contra a decisão agravada, ao argumento de
que “a violação de dispositivos constitucionais pode lhe causar sérios
prejuízos” (fl. 155).
Acórdão regional publicado em 09.02.2012 (fl. 93).
É o relatório.
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Voto - MIN. ROSA WEBER
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 682.870 SÃO
PAULO
VOTO
A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Preenchidos os
pressupostos genéricos, conheço do agravo regimental e passo ao exame
do mérito.
Transcrevo o teor da decisão que desafiou o agravo:
“Vistos etc.
Contra o juízo negativo de admissibilidade do recurso
extraordinário, exarado pela Presidência do Tribunal a quo ,
maneja agravo o Banco Santander (Brasil) S/A. Na minuta,
sustenta que o recurso extraordinário reúne todos os requisitos
para sua admissão. Aponta violação direta do art. 5º, XXXV,
XXXVI, LIV, LV e LVII, da Lei Maior.
Contraminuta.
É o relatório.
Decido.
Preenchidos os pressupostos extrínsecos.
Nada colhe o agravo.
Na hipótese, verifica-se de plano que, impugnada,
mediante o recurso extraordinário, decisão proferida em sede
de agravo de instrumento interposto contra decisão concessiva
de antecipação de tutela, emerge como óbice ao seu
processamento a Súmula nº 735 desta Casa, segundo a qual não
cabe recurso extraordinário contra acórdão que defere medida
liminar.
Conheço do agravo para negar-lhe provimento (art. 544, §
4º, II, a, do CPC)”.
Não prospera a insurgência.
A jurisprudência desta Corte é firme no sentido de que incabível
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13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 682.870 SÃO
PAULO
VOTO
A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Preenchidos os
pressupostos genéricos, conheço do agravo regimental e passo ao exame
do mérito.
Transcrevo o teor da decisão que desafiou o agravo:
“Vistos etc.
Contra o juízo negativo de admissibilidade do recurso
extraordinário, exarado pela Presidência do Tribunal a quo ,
maneja agravo o Banco Santander (Brasil) S/A. Na minuta,
sustenta que o recurso extraordinário reúne todos os requisitos
para sua admissão. Aponta violação direta do art. 5º, XXXV,
XXXVI, LIV, LV e LVII, da Lei Maior.
Contraminuta.
É o relatório.
Decido.
Preenchidos os pressupostos extrínsecos.
Nada colhe o agravo.
Na hipótese, verifica-se de plano que, impugnada,
mediante o recurso extraordinário, decisão proferida em sede
de agravo de instrumento interposto contra decisão concessiva
de antecipação de tutela, emerge como óbice ao seu
processamento a Súmula nº 735 desta Casa, segundo a qual não
cabe recurso extraordinário contra acórdão que defere medida
liminar.
Conheço do agravo para negar-lhe provimento (art. 544, §
4º, II, a, do CPC)”.
Não prospera a insurgência.
A jurisprudência desta Corte é firme no sentido de que incabível
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Voto - MIN. ROSA WEBER
ARE 682.870 AGR / SP
recurso extraordinário da decisão que aprecia medida cautelar,
antecipação de tutela ou provimento liminar, porque, em casos tais, não
são proferidos juízos definitivos de constitucionalidade, podendo as
decisões ser modificadas ou revogadas a qualquer tempo pela instância a
quo.
Assim, não há falar em preclusão de eventual matéria constitucional
discutida na Corte de origem, pois o Tribunal a quo proferiu decisão de
cunho não definitivo, ao manter antecipação de tutela deferida
liminarmente para exclusão do nome da autora dos cadastros dos órgãos
de proteção ao crédito, ante discussão judicial acerca do débito
questionado. Anoto precedentes:
DIREITO ADMINISTRATIVO. SEGUNDO AGRAVO
REGIMENTAL. JUÍZO DE RETRATAÇÃO AO EXAME DO
ANTERIOR AGRAVO REGIMENTAL. CONCURSO PÚBLICO.
DECISÃO QUE CONCEDEU LIMINAR EM MANDADO DE
SEGURANÇA. AUSÊNCIA DE JUÍZO DEFINITIVO DE
CONSTITUCIONALIDADE. OFENSA À CONSTITUIÇÃO
FEDERAL NÃO CONFIGURADA. Inviabilidade do recurso
extraordinário interposto de decisão que aprecia medidas
cautelares, antecipações de tutelas ou provimentos liminares.
Possibilidade de modificação da decisão pela instância de
origem. Ausência de juízo definitivo de constitucionalidade.
Aplicação da Súmula 735/STF. Agravo regimental conhecido e
não provido (AI 679201 AgR-segundo/RJ, de minha relatoria,
Primeira Turma, DJe 04.5.2012)
AGRAVO
REGIMENTAL
EM
AGRAVO
DE
INSTRUMENTO.
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO
INTERPOSTO CONTRA ACÓRDÃO QUE MANTEVE
DECISÃO CONCESSIVA DE ANTECIPAÇÃO DE TUTELA.
INADMISSIBILIDADE. 1. O apelo extremo não preenche o
requisito do inciso III do art. 102 da Constituição Federal.
Dispositivo que prevê a competência do Supremo Tribunal
Federal para julgar, “mediante recurso extraordinário, as causas
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ARE 682.870 AGR / SP
recurso extraordinário da decisão que aprecia medida cautelar,
antecipação de tutela ou provimento liminar, porque, em casos tais, não
são proferidos juízos definitivos de constitucionalidade, podendo as
decisões ser modificadas ou revogadas a qualquer tempo pela instância a
quo.
Assim, não há falar em preclusão de eventual matéria constitucional
discutida na Corte de origem, pois o Tribunal a quo proferiu decisão de
cunho não definitivo, ao manter antecipação de tutela deferida
liminarmente para exclusão do nome da autora dos cadastros dos órgãos
de proteção ao crédito, ante discussão judicial acerca do débito
questionado. Anoto precedentes:
DIREITO ADMINISTRATIVO. SEGUNDO AGRAVO
REGIMENTAL. JUÍZO DE RETRATAÇÃO AO EXAME DO
ANTERIOR AGRAVO REGIMENTAL. CONCURSO PÚBLICO.
DECISÃO QUE CONCEDEU LIMINAR EM MANDADO DE
SEGURANÇA. AUSÊNCIA DE JUÍZO DEFINITIVO DE
CONSTITUCIONALIDADE. OFENSA À CONSTITUIÇÃO
FEDERAL NÃO CONFIGURADA. Inviabilidade do recurso
extraordinário interposto de decisão que aprecia medidas
cautelares, antecipações de tutelas ou provimentos liminares.
Possibilidade de modificação da decisão pela instância de
origem. Ausência de juízo definitivo de constitucionalidade.
Aplicação da Súmula 735/STF. Agravo regimental conhecido e
não provido (AI 679201 AgR-segundo/RJ, de minha relatoria,
Primeira Turma, DJe 04.5.2012)
AGRAVO
REGIMENTAL
EM
AGRAVO
DE
INSTRUMENTO.
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO
INTERPOSTO CONTRA ACÓRDÃO QUE MANTEVE
DECISÃO CONCESSIVA DE ANTECIPAÇÃO DE TUTELA.
INADMISSIBILIDADE. 1. O apelo extremo não preenche o
requisito do inciso III do art. 102 da Constituição Federal.
Dispositivo que prevê a competência do Supremo Tribunal
Federal para julgar, “mediante recurso extraordinário, as causas
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Voto - MIN. ROSA WEBER
ARE 682.870 AGR / SP
decididas em única ou última instância”. 2. Agravo regimental
desprovido (AI 779520 AgR/PI, Rel. Min. Ayres Britto,
Segunda Turma, DJe 26.11.2010).
RECURSO EXTRAORDINÁRIO - ACÓRDÃO QUE
CONFIRMA
INDEFERIMENTO
DE
LIMINAR
MANDAMENTAL - ATO DECISÓRIO QUE NÃO SE REVESTE
DE DEFINITIVIDADE - MERA ANÁLISE DOS
PRESSUPOSTOS DO ‘FUMUS BONI JURIS’ E DO
‘PERICULUM IN MORA’ - AUSÊNCIA DE QUALQUER
PRONUNCIAMENTO
SOBRE
OS
FUNDAMENTOS
CONSTITUCIONAIS DA IMPETRAÇÃO MANDAMENTAL -
INVIABILIDADE DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO
INTERPOSTO PELA EMPRESA CONTRIBUINTE -
ACOLHIMENTO DA POSTULAÇÃO RECURSAL DEDUZIDA
PELO MUNICÍPIO - AGRAVO PROVIDO.- Não cabe recurso
extraordinário contra decisões que concedem ou que denegam
medidas cautelares ou provimentos liminares, pelo fato de que
tais atos decisórios - precisamente porque fundados em mera
verificação não conclusiva da ocorrência do ‘periculum in mora’
e da relevância jurídica da pretensão deduzida pela parte
interessada - não veiculam qualquer juízo definitivo de
constitucionalidade, deixando de ajustar-se, em consequência,
às hipóteses consubstanciadas no art. 102, III, da Constituição
da República. Precedentes. (AI 439.613-AgR, Rel. Min. Celso de
Mello, DJ de 24.06.2003)
AGRAVO REGIMENTAL - NÃO CABIMENTO DE
RECURSO EXTRAORDINÁRIO CONTRA ACÓRDÃO QUE
DEFERE LIMINAR POR ENTENDER QUE OCORREM OS
REQUISITOS DO ‘FUMUS BONI IURIS’ E DO ‘PERICULUM
IN MORA’.- Em se tratando de acórdão que deu provimento a
agravo para deferir a liminar pleiteada por entender que havia
o ‘fumus boni iuris’ e o ‘periculum in mora’, o que o aresto
afirmou, com referência ao primeiro desses requisitos, foi que
os fundamentos jurídicos (no caso, constitucionais) do
3
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ARE 682.870 AGR / SP
decididas em única ou última instância”. 2. Agravo regimental
desprovido (AI 779520 AgR/PI, Rel. Min. Ayres Britto,
Segunda Turma, DJe 26.11.2010).
RECURSO EXTRAORDINÁRIO - ACÓRDÃO QUE
CONFIRMA
INDEFERIMENTO
DE
LIMINAR
MANDAMENTAL - ATO DECISÓRIO QUE NÃO SE REVESTE
DE DEFINITIVIDADE - MERA ANÁLISE DOS
PRESSUPOSTOS DO ‘FUMUS BONI JURIS’ E DO
‘PERICULUM IN MORA’ - AUSÊNCIA DE QUALQUER
PRONUNCIAMENTO
SOBRE
OS
FUNDAMENTOS
CONSTITUCIONAIS DA IMPETRAÇÃO MANDAMENTAL -
INVIABILIDADE DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO
INTERPOSTO PELA EMPRESA CONTRIBUINTE -
ACOLHIMENTO DA POSTULAÇÃO RECURSAL DEDUZIDA
PELO MUNICÍPIO - AGRAVO PROVIDO.- Não cabe recurso
extraordinário contra decisões que concedem ou que denegam
medidas cautelares ou provimentos liminares, pelo fato de que
tais atos decisórios - precisamente porque fundados em mera
verificação não conclusiva da ocorrência do ‘periculum in mora’
e da relevância jurídica da pretensão deduzida pela parte
interessada - não veiculam qualquer juízo definitivo de
constitucionalidade, deixando de ajustar-se, em consequência,
às hipóteses consubstanciadas no art. 102, III, da Constituição
da República. Precedentes. (AI 439.613-AgR, Rel. Min. Celso de
Mello, DJ de 24.06.2003)
AGRAVO REGIMENTAL - NÃO CABIMENTO DE
RECURSO EXTRAORDINÁRIO CONTRA ACÓRDÃO QUE
DEFERE LIMINAR POR ENTENDER QUE OCORREM OS
REQUISITOS DO ‘FUMUS BONI IURIS’ E DO ‘PERICULUM
IN MORA’.- Em se tratando de acórdão que deu provimento a
agravo para deferir a liminar pleiteada por entender que havia
o ‘fumus boni iuris’ e o ‘periculum in mora’, o que o aresto
afirmou, com referência ao primeiro desses requisitos, foi que
os fundamentos jurídicos (no caso, constitucionais) do
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Voto - MIN. ROSA WEBER
ARE 682.870 AGR / SP
mandado de segurança eram relevantes, o que, evidentemente,
não é manifestação conclusiva da procedência deles para
ocorrer a hipótese de cabimento do recurso extraordinário pela
letra ‘a’ do inciso I do artigo 102 da Constituição (que é a dos
autos) que exige, necessariamente, decisão que haja
desrespeitado dispositivo constitucional, por negar-lhe vigência
ou por tê-lo interpretado erroneamente ao aplicá-lo ou ao
deixar de aplicá-lo. Agravo a que se nega provimento.” (AI
252.382-AgR, Rel. Min. Moreira Alves, DJ 24.3.2000).
Agravo regimental conhecido e não provido.
É como voto.
4
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ARE 682.870 AGR / SP
mandado de segurança eram relevantes, o que, evidentemente,
não é manifestação conclusiva da procedência deles para
ocorrer a hipótese de cabimento do recurso extraordinário pela
letra ‘a’ do inciso I do artigo 102 da Constituição (que é a dos
autos) que exige, necessariamente, decisão que haja
desrespeitado dispositivo constitucional, por negar-lhe vigência
ou por tê-lo interpretado erroneamente ao aplicá-lo ou ao
deixar de aplicá-lo. Agravo a que se nega provimento.” (AI
252.382-AgR, Rel. Min. Moreira Alves, DJ 24.3.2000).
Agravo regimental conhecido e não provido.
É como voto.
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Decisão de Julgamento
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 682.870
PROCED. : SÃO PAULO
RELATORA : MIN. ROSA WEBER
AGTE.(S) : BANCO SANTANDER ( BRASIL ) S/A
ADV.(A/S) : OSMAR MENDES PAIXÃO CÔRTES E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : BEATRIZ NELLIS
ADV.(A/S) : DANIELA DE CÁSSIA NELLIS ORLANDINO
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos
termos do voto da Relatora. Unânime. Presidência do Senhor
Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Wagner Mathias.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
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documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3126401
Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 682.870
PROCED. : SÃO PAULO
RELATORA : MIN. ROSA WEBER
AGTE.(S) : BANCO SANTANDER ( BRASIL ) S/A
ADV.(A/S) : OSMAR MENDES PAIXÃO CÔRTES E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : BEATRIZ NELLIS
ADV.(A/S) : DANIELA DE CÁSSIA NELLIS ORLANDINO
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos
termos do voto da Relatora. Unânime. Presidência do Senhor
Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Wagner Mathias.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 8
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3129773 | 2012-11-13T00:00:00 | 2012-11-27T00:00:00 | A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 13.11.2012. | AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO | EMENTA
DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DIREITO DO CONSUMIDOR. DECISÃO REGIONAL QUE MANTEVE ANTECIPAÇÃO DE TUTELA DEFERIDA LIMINARMENTE PARA EXCLUSÃO DO NOME DA AUTORA DOS CADASTROS DOS ÓRGÃOS DE PROTEÇÃO AO CRÉDITO. AUSÊNCIA DE JUÍZO DEFINITIVO DE CONSTITUCIONALIDADE.
Inviabilidade do recurso extraordinário interposto de decisão que defere antecipação de tutela, mediante liminar, com espeque na urgência do caso, considerada a ausência de juízo definitivo de constitucionalidade. Aplicação da Súmula 735/STF.
Agravo conhecido e não provido. | sjur219930 | - Acórdão (s) citado (s):
(DEFERIMENTO, LIMINAR, OFENSA, CONSTITUIÇÃO FEDERAL, AUSÊNCIA)
STF: AI 679201 AgR-segundo (1ªT), AI 779520 AgR (2ªT), AI 439613 AgR (2ªT), AI 252382 AgR (1ªT).
Número de páginas: 8.
Análise: 03/12/2012, BMB. | ROSA WEBER | Primeira Turma | 682870 | [
"LEG-FED SUMSTF-000735 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF"
] | ARE-AgR | acordaos | ARE 682870 AgR | [
""
] | ADV.(A/S) : OSMAR MENDES PAIXÃO CÔRTES E OUTRO(A/S)
AGTE.(S) : BANCO SANTANDER ( BRASIL ) S/A
AGDO.(A/S) : BEATRIZ NELLIS
ADV.(A/S) : DANIELA DE CÁSSIA NELLIS ORLANDINO | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 682 . 870",
"Súmula 735 / STF",
"ARE 682 . 870 AGR / SP",
"ARE 682 . 870 AGR / SP",
"Súmula [UNK] 735 desta Casa",
"Súmula [UNK] 735 desta Casa",
"Súmula 735 / STF",
"AI 679201 AgR - segundo / RJ",
"ARE 682 . 870 AGR / SP",
"Súmula 735 / STF",
"AI 679201 AgR - segundo / RJ",
"AI 779520 AgR / PI",
"AI 439 . 613 - AgR",
"ARE 682 . 870 AGR / SP",
"AI 779520 AgR / PI",
"AI 439 . 613 - AgR",
"ARE 682 . 870 AGR / SP",
"AI 252 . 382 - AgR",
"ARE 682 . 870 AGR / SP",
"AI 252 . 382 - AgR",
"AGRAVO 682 . 870"
],
"LEGISLACAO": [
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] , XXXV , XXXVI , LIV , LV e LVII , da Lei Maior",
"art . 544 , § [UNK] , II , a , do CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] , XXXV , XXXVI , LIV , LV e LVII , da Lei Maior",
"art . 544 , § [UNK] , II , a , do CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"inciso III do art . 102 da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"inciso III do art . 102 da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 102 , III , da Constituição da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 102 , III , da Constituição da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"letra ‘ a ’ do inciso I do artigo 102 da Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"letra ‘ a ’ do inciso I do artigo 102 da Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"SÃO PAULO",
"Brasília",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO"
],
"ORGANIZACAO": [
"PRIMEIRA TURMA",
"BANCO SANTANDER ( BRASIL ) S / A",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"BANCO SANTANDER ( BRASIL )",
"Banco Santander",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"BANCO SANTANDER",
"Banco Santander",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"Banco Santander ( Brasil ) S / A",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Banco Santander ( Brasil ) S / A",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"AGR",
"/",
"SP",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"/",
"SP",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"BANCO SANTANDER ( BRASIL )",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"BANCO SANTANDER ( BRASIL ) S / A",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"ROSA WEBER",
"OSMAR MENDES PAIXÃO CÔRTES",
"BEATRIZ NELLIS",
"DANIELA DE CÁSSIA NELLIS ORLANDINO",
"Dias Toffoli",
"Rosa Weber",
"ROSA WEBER",
"OSMAR MENDES PAIXÃO CÔRTES",
"BEATRIZ NELLIS",
"DANIELA DE CÁSSIA NELLIS",
"ROSA WEBER",
"OSMAR MENDES PAIXÃO CÔRTES",
"BEATRIZ NELLIS",
"DANIELA DE CÁSSIA NELLIS ORLANDINO",
"ROSA WEBER",
"Rosa Weber",
"Rosa Weber",
"ROSA WEBER ARE",
"ROSA WEBER",
"Ayres Britto",
"Celso de Mello",
"Ayres Britto",
"Celso de Mello",
"ROSA WEBER",
"Moreira Alves",
"Moreira Alves",
"ROSA WEBER",
"OSMAR MENDES PAIXÃO CÔRTES",
"BEATRIZ NELLIS",
"DANIELA DE CÁSSIA NELLIS ORLANDINO",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Wagner Mathias",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza",
"ROSA WEBER",
"OSMAR MENDES PAIXÃO CÔRTES",
"BEATRIZ NELLIS",
"DANIELA DE CÁSSIA NELLIS ORLANDINO",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Wagner Mathias",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza"
],
"TEMPO": [
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"13 de novembro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"27",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"09",
".",
"02",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"09",
".",
"02",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"04",
".",
"5",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"04",
".",
"5",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"26",
".",
"11",
".",
"2010",
"24",
".",
"06",
".",
"2003",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"26",
".",
"11",
".",
"2010",
"24",
".",
"06",
".",
"2003",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
".",
"3",
".",
"2000",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
".",
"3",
".",
"2000",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 806.437 PARANÁ
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:ESTADO DO PARANÁ
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁ
AGDO.(A/S)
:ADONAI ARMSTRONG E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S)
:CAROLINE SAID DIAS
EMENTA
Agravo regimental em agravo de instrumento. Servidor público.
Gratificação de representação. Natureza da vantagem. Ofensa a direito
local. Reexame de fatos e provas. Precedentes.
1. Não se presta o recurso extraordinário à análise de matéria ínsita
ao plano normativo local e ao reexame de fatos e provas. Incidência das
Súmulas nºs 280 e 279 desta Corte.
2. Agravo regimental não provido.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do
Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata do julgamento e das
notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao
agravo regimental, nos termos do voto do Relator.
Brasília, 13 de novembro de 2012.
MINISTRO DIAS TOFFOLI
Relator
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3183347.
Supremo Tribunal Federal
DJe 14/12/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 11
Relatório
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 806.437 PARANÁ
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:ESTADO DO PARANÁ
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁ
AGDO.(A/S)
:ADONAI ARMSTRONG E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S)
:CAROLINE SAID DIAS
RELATÓRIO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Estado do Paraná interpõe tempestivo agravo regimental contra
decisão em que se negou provimento ao agravo de instrumento, com a
seguinte fundamentação:
“Vistos.
Estado do Paraná interpõe agravo de instrumento contra a
decisão que não admitiu recurso extraordinário assentado em
contrariedade ao artigo 37, inciso XIV, da Constituição Federal.
Insurge-se, no apelo extremo, contra acórdão da Quinta
Câmara Cível do Tribunal de Justiça daquele Estado, assim
ementado:
‘APELAÇÃO CÍVEL. DELEGADO DE POLÍCIA.
ADICIONAL POR TEMPO SERVIÇO. VENCIMENTO
BÁSICO
MAIS
GRATIFICAÇÃO
POR
REPRESENTAÇÃO. INCIDÊNCIA.
1. Nos termos do Estatuto da Polícia Civil do Paraná,
o qual, em seu artigo 83, ao prever os adicionais -
quinquênios e mais 5% sobre cada ano, após a
consumação de 30 anos de serviço público – registrou
expressamente, em seu parágrafo segundo que a base de
cálculo para os adicionais seria o somatório dos
vencimentos e da gratificação de representação.
2. E o dispositivo legal tem razão de existir, pois a
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 806.437 PARANÁ
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:ESTADO DO PARANÁ
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁ
AGDO.(A/S)
:ADONAI ARMSTRONG E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S)
:CAROLINE SAID DIAS
RELATÓRIO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Estado do Paraná interpõe tempestivo agravo regimental contra
decisão em que se negou provimento ao agravo de instrumento, com a
seguinte fundamentação:
“Vistos.
Estado do Paraná interpõe agravo de instrumento contra a
decisão que não admitiu recurso extraordinário assentado em
contrariedade ao artigo 37, inciso XIV, da Constituição Federal.
Insurge-se, no apelo extremo, contra acórdão da Quinta
Câmara Cível do Tribunal de Justiça daquele Estado, assim
ementado:
‘APELAÇÃO CÍVEL. DELEGADO DE POLÍCIA.
ADICIONAL POR TEMPO SERVIÇO. VENCIMENTO
BÁSICO
MAIS
GRATIFICAÇÃO
POR
REPRESENTAÇÃO. INCIDÊNCIA.
1. Nos termos do Estatuto da Polícia Civil do Paraná,
o qual, em seu artigo 83, ao prever os adicionais -
quinquênios e mais 5% sobre cada ano, após a
consumação de 30 anos de serviço público – registrou
expressamente, em seu parágrafo segundo que a base de
cálculo para os adicionais seria o somatório dos
vencimentos e da gratificação de representação.
2. E o dispositivo legal tem razão de existir, pois a
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Relatório
AI 806.437 AGR / PR
verba de representação porque alcança 170% vencimento
básico do servidor, não exige e nem se sujeita a qualquer
condição ou situação, bastando, para usufrui-la, apenas o
exercício do cargo de Delegado de Polícia.
3. Nos termos do artigo 1º - F da Lei nº 9494/1997,
com a redação dada pela Medida Provisória nº 2.180-35,
de 24.08.2001, os juros moratórios aplicados à Fazenda
Pública para pagamento de verbas remuneratórias
devidas a servidores e empregados públicos ficaram
limitados a meio por cento ao mês (0,5% a m) e seis por
cento ao ano (6% a a).
4. Quanto ficar vencido o ente público a verba
honorária deve ser fixada em quantia certa, mediante
apreciação eqüitativa do juiz.
Apelação Cível provida’.
Opostos embargos de declaração, foram rejeitados.
Decido.
Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi
interposto contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era
plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da
matéria constitucional objeto do recurso, conforme decidido na
Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS,
Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de
6/9/07.
Todavia, apesar da petição recursal haver trazido a
preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua
existência, uma vez que, nos termos do artigo 323 do Regimento
Interno do Supremo Tribunal Federal, com a redação
introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o
procedimento acerca da existência da repercussão geral
somente ocorrerá ‘quando não for o caso de inadmissibilidade
do recurso por outra razão’.
Não merece prosperar a irresignação.
Colhem-se do voto condutor do acórdão atacado, as
seguintes fundamentações:
2
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Supremo Tribunal Federal
AI 806.437 AGR / PR
verba de representação porque alcança 170% vencimento
básico do servidor, não exige e nem se sujeita a qualquer
condição ou situação, bastando, para usufrui-la, apenas o
exercício do cargo de Delegado de Polícia.
3. Nos termos do artigo 1º - F da Lei nº 9494/1997,
com a redação dada pela Medida Provisória nº 2.180-35,
de 24.08.2001, os juros moratórios aplicados à Fazenda
Pública para pagamento de verbas remuneratórias
devidas a servidores e empregados públicos ficaram
limitados a meio por cento ao mês (0,5% a m) e seis por
cento ao ano (6% a a).
4. Quanto ficar vencido o ente público a verba
honorária deve ser fixada em quantia certa, mediante
apreciação eqüitativa do juiz.
Apelação Cível provida’.
Opostos embargos de declaração, foram rejeitados.
Decido.
Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi
interposto contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era
plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da
matéria constitucional objeto do recurso, conforme decidido na
Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS,
Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de
6/9/07.
Todavia, apesar da petição recursal haver trazido a
preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua
existência, uma vez que, nos termos do artigo 323 do Regimento
Interno do Supremo Tribunal Federal, com a redação
introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o
procedimento acerca da existência da repercussão geral
somente ocorrerá ‘quando não for o caso de inadmissibilidade
do recurso por outra razão’.
Não merece prosperar a irresignação.
Colhem-se do voto condutor do acórdão atacado, as
seguintes fundamentações:
2
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Relatório
AI 806.437 AGR / PR
‘2. A matéria em debate - natureza da verba de
representação - ainda não se pacificou no âmbito deste
Tribunal, conforme se infere do contido nos autos.
Para iniciar, não se pode olvidar os termos do
Estatuto da Polícia Civil do Paraná, o qual, em seu artigo
83, ao prever os adicionais - quinquenios e mais 5% sobre
cada ano, após a consumação de 30 anos de serviço
público - registrou expressamente, em seu parágrafo
segundo que:
‘A base de cálculo para os adicionais é o
somatório dos vencimentos e da gratificação de
representação, observado o disposto nesta lei’.
Temos a lei.
E o dispositivo legal tem razão existir, pois a verba
de representação representa 170% vencimento básico do
servidor, não exigindo e não se sujeitando a qualquer
condição ou situação, bastando, para usufrui-la, apenas o
exercício do cargo de Delegado de Polícia.
Atente-se para a afirmativa do eminente Juiz
Substituto em 2º Grau Péricles Batista Pereira:
‘(...) no percentual em que é percebida mais
parece um mascaramento do efetivo vencimento
básico dos Delegados do que propriamente uma
gratificação pelo desenvolvimento do serviço
público’”.
Nesse caso, para acolher a pretensão do recorrente e
ultrapassar o entendimento do Tribunal de origem, seria
necessária a interpretação da legislação infraconstitucional e o
reexame das provas dos autos, o que não é cabível em sede de
recurso extraordinário. Incidência das Súmulas nºs 279 e 280
desta Corte.
3
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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AI 806.437 AGR / PR
‘2. A matéria em debate - natureza da verba de
representação - ainda não se pacificou no âmbito deste
Tribunal, conforme se infere do contido nos autos.
Para iniciar, não se pode olvidar os termos do
Estatuto da Polícia Civil do Paraná, o qual, em seu artigo
83, ao prever os adicionais - quinquenios e mais 5% sobre
cada ano, após a consumação de 30 anos de serviço
público - registrou expressamente, em seu parágrafo
segundo que:
‘A base de cálculo para os adicionais é o
somatório dos vencimentos e da gratificação de
representação, observado o disposto nesta lei’.
Temos a lei.
E o dispositivo legal tem razão existir, pois a verba
de representação representa 170% vencimento básico do
servidor, não exigindo e não se sujeitando a qualquer
condição ou situação, bastando, para usufrui-la, apenas o
exercício do cargo de Delegado de Polícia.
Atente-se para a afirmativa do eminente Juiz
Substituto em 2º Grau Péricles Batista Pereira:
‘(...) no percentual em que é percebida mais
parece um mascaramento do efetivo vencimento
básico dos Delegados do que propriamente uma
gratificação pelo desenvolvimento do serviço
público’”.
Nesse caso, para acolher a pretensão do recorrente e
ultrapassar o entendimento do Tribunal de origem, seria
necessária a interpretação da legislação infraconstitucional e o
reexame das provas dos autos, o que não é cabível em sede de
recurso extraordinário. Incidência das Súmulas nºs 279 e 280
desta Corte.
3
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Relatório
AI 806.437 AGR / PR
Ademais, a jurisprudência deste Tribunal está consolidada
no sentido de que a discussão acerca da natureza jurídica de
gratificação concedida aos servidores em atividade está restrita
à interpretação da legislação local. Sobre o tema, destaca-se o
seguinte julgado da relatoria do Ministro Cezar Peluso:
‘RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade.
Servidor público. Vencimentos. Proventos. Vantagem
pecuniária. Gratificação devida aos funcionários em
atividade. Extensão aos aposentados. Rediscussão do
caráter geral sob fundamento de ofensa ao art. 40, § 8º, da
CF. Impossibilidade. Questão infraconstitucional. Recurso
não conhecido. Aplicação das súmulas 279, 280 e 636.
Reconhecido ou negado pelo tribunal a quo o caráter geral
de gratificação funcional ou de outra vantagem
pecuniária, perante os termos da legislação local que a
disciplina, não pode o Supremo, em recurso
extraordinário, rever tal premissa para estender ou negar
aquela aos servidores inativos com base no art. 40, § 8º, da
Constituição da República’ (RE nº 586.949/MG, Segunda
Turma, DJ de 13/3/09).
No mesmo sentido, anote-se:
‘AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE
INSTRUMENTO.
ADMINISTRATIVO.
SERVIDOR
PÚBLICO.
PRÊMIO
DE
PRODUTIVIDADE.
IMPOSSIBILIDADE DA ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO
INFRACONSTITUCIONAL LOCAL (SÚMULA 280).
OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO
REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO’ (AI
nº 657.696/MG-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra
Cármen Lúcia, DJ de 13/2/09).
‘SERVIDOR PÚBLICO INATIVO. GRATIFICAÇÃO.
INCORPORAÇÃO AOS PROVENTOS. NECESSIDADE
4
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Supremo Tribunal Federal
AI 806.437 AGR / PR
Ademais, a jurisprudência deste Tribunal está consolidada
no sentido de que a discussão acerca da natureza jurídica de
gratificação concedida aos servidores em atividade está restrita
à interpretação da legislação local. Sobre o tema, destaca-se o
seguinte julgado da relatoria do Ministro Cezar Peluso:
‘RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade.
Servidor público. Vencimentos. Proventos. Vantagem
pecuniária. Gratificação devida aos funcionários em
atividade. Extensão aos aposentados. Rediscussão do
caráter geral sob fundamento de ofensa ao art. 40, § 8º, da
CF. Impossibilidade. Questão infraconstitucional. Recurso
não conhecido. Aplicação das súmulas 279, 280 e 636.
Reconhecido ou negado pelo tribunal a quo o caráter geral
de gratificação funcional ou de outra vantagem
pecuniária, perante os termos da legislação local que a
disciplina, não pode o Supremo, em recurso
extraordinário, rever tal premissa para estender ou negar
aquela aos servidores inativos com base no art. 40, § 8º, da
Constituição da República’ (RE nº 586.949/MG, Segunda
Turma, DJ de 13/3/09).
No mesmo sentido, anote-se:
‘AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE
INSTRUMENTO.
ADMINISTRATIVO.
SERVIDOR
PÚBLICO.
PRÊMIO
DE
PRODUTIVIDADE.
IMPOSSIBILIDADE DA ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO
INFRACONSTITUCIONAL LOCAL (SÚMULA 280).
OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO
REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO’ (AI
nº 657.696/MG-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra
Cármen Lúcia, DJ de 13/2/09).
‘SERVIDOR PÚBLICO INATIVO. GRATIFICAÇÃO.
INCORPORAÇÃO AOS PROVENTOS. NECESSIDADE
4
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 11
Relatório
AI 806.437 AGR / PR
DE
EXAME
DA
LEGISLAÇÃO
INFRACONSTITUCIONAL LOCAL. SÚMULA 280 DO
STF. EXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO
CONSTANTE DOS AUTOS. SÚMULA 279 DO STF.
AGRAVO IMPROVIDO. I - Para se chegar ao exame da
alegada ofensa à Constituição, faz-se necessário analisar
normas infraconstitucionais locais, bem como o conjunto
fático-probatório constante dos autos, o que inviabiliza o
extraordinário, a teor das Súmulas 279 e 280 do STF.
Precedentes. II - Agravo regimental improvido’ (AI nº
733.499/SP-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro
Ricardo Lewandowski, DJ de 13/3/09).
‘AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. EXTENSÃO DE GRATIFICAÇÃO A
INATIVO.
MATÉRIA
INFRACONSTITUCIONAL.
REEXAME DE PROVAS. IMPOSSIBILIDADE. 1. A
controvérsia foi decidida com fundamento na legislação
local, incidência da Súmula n. 280 deste Tribunal. 2.
Reexame de fatos e provas. Inviabilidade do recurso
extraordinário. Súmula n. 279 do Supremo Tribunal
Federal. Agravo regimental a que se nega provimento’ (RE
nº 562.541/MS-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro
Eros Grau, DJ de 16/5/08).
No mesmo sentido e em casos similares ao presente,
citem-se as seguintes decisões monocráticas: AI nº 850.863/ES,
Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 23/8/11 e ARE nº
702.406/ES, Relator o Ministro Ricardo Leandowski, DJe de
13/8/12.
Ante o exposto, nego provimento ao agravo de
instrumento.”
Aduz o agravante, in verbis, que
“[g]ira a controvérsia em torno do cômputo de gratificação
5
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documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3183309.
Supremo Tribunal Federal
AI 806.437 AGR / PR
DE
EXAME
DA
LEGISLAÇÃO
INFRACONSTITUCIONAL LOCAL. SÚMULA 280 DO
STF. EXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO
CONSTANTE DOS AUTOS. SÚMULA 279 DO STF.
AGRAVO IMPROVIDO. I - Para se chegar ao exame da
alegada ofensa à Constituição, faz-se necessário analisar
normas infraconstitucionais locais, bem como o conjunto
fático-probatório constante dos autos, o que inviabiliza o
extraordinário, a teor das Súmulas 279 e 280 do STF.
Precedentes. II - Agravo regimental improvido’ (AI nº
733.499/SP-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro
Ricardo Lewandowski, DJ de 13/3/09).
‘AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. EXTENSÃO DE GRATIFICAÇÃO A
INATIVO.
MATÉRIA
INFRACONSTITUCIONAL.
REEXAME DE PROVAS. IMPOSSIBILIDADE. 1. A
controvérsia foi decidida com fundamento na legislação
local, incidência da Súmula n. 280 deste Tribunal. 2.
Reexame de fatos e provas. Inviabilidade do recurso
extraordinário. Súmula n. 279 do Supremo Tribunal
Federal. Agravo regimental a que se nega provimento’ (RE
nº 562.541/MS-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro
Eros Grau, DJ de 16/5/08).
No mesmo sentido e em casos similares ao presente,
citem-se as seguintes decisões monocráticas: AI nº 850.863/ES,
Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 23/8/11 e ARE nº
702.406/ES, Relator o Ministro Ricardo Leandowski, DJe de
13/8/12.
Ante o exposto, nego provimento ao agravo de
instrumento.”
Aduz o agravante, in verbis, que
“[g]ira a controvérsia em torno do cômputo de gratificação
5
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Relatório
AI 806.437 AGR / PR
de representação recebida por delegados de polícia do Estado
do Paraná na base de cálculo do adicional por tempo de serviço.
Alega o ora agravado que o art. 83 do Estatuto da Polícia
Civil do Paraná prevê que a base de cálculo para os adicionais
por tempo de serviço deve ser a soma dos vencimentos e da
gratificação de representação.
Argumenta o Estado do Paraná, todavia, não ter sido
recepcionado dito dispositivo, na medida em que a CF/88 veda,
em seu art. 37, XIV, o cálculo de adicional por tempo de serviço
sobre outra base que não apenas o simples vencimento.
Procurou demonstrar, assim, não ser necessária a análise de
legislação local, mas sim a simples interpretação da CF/88.
(…) à questão foi reconhecida repercussão geral, no
âmbito do Recurso Extraordinário n. 563.708 -5(...)”.
É o relatório.
6
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AI 806.437 AGR / PR
de representação recebida por delegados de polícia do Estado
do Paraná na base de cálculo do adicional por tempo de serviço.
Alega o ora agravado que o art. 83 do Estatuto da Polícia
Civil do Paraná prevê que a base de cálculo para os adicionais
por tempo de serviço deve ser a soma dos vencimentos e da
gratificação de representação.
Argumenta o Estado do Paraná, todavia, não ter sido
recepcionado dito dispositivo, na medida em que a CF/88 veda,
em seu art. 37, XIV, o cálculo de adicional por tempo de serviço
sobre outra base que não apenas o simples vencimento.
Procurou demonstrar, assim, não ser necessária a análise de
legislação local, mas sim a simples interpretação da CF/88.
(…) à questão foi reconhecida repercussão geral, no
âmbito do Recurso Extraordinário n. 563.708 -5(...)”.
É o relatório.
6
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Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 806.437 PARANÁ
VOTO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
O inconformismo não merece prosperar.
Colhe-se do julgado proferido nos embargos de declaratórios, o qual
confirmou o acórdão da apelação:
“A decisão embargada ao analisar e julgar o recurso,
considerou que nos termos do Estatuto da Polícia Civil do
Paraná, o qual, em seu artigo 83, ao prever os adicionais –
quinquênios e mais 5% sobre cada ano, após a consumação de
30 anos de serviço público – registrou expressamente, em seu
par. 2º, que a base de cálculo para os adicionais seria a soma dos
vencimentos e da gratificação de representação. Arrematou,
dizendo, que o dispositivo legal tem razão de existir pois a
verba de representação porque alcança 170% do vencimento
básico do servidor não exige e nem se sujeita a qualquer
condição ou situação, bastando, para usufruí-la, apenas o
exercício do cargo de Delegado de Polícia.
Justificou-se, afirmando que a gratificação de
representação policial civil tem caráter geral, sendo atribuída a
todos os integrantes da Polícia Civil do Estado do Paraná,
inclusive inativos.
Portanto, concluiu que não há dúvidas de que a
gratificação por representação integra os vencimentos dos
apelados e, assim, deve também integrar a base de cálculo da
gratificação por tempo de serviço.
Quanto à ofensa ao artigo 37, XIV, da Constituição Federal,
ao contrário do entendimento do embargante, tal vedação
somente se aplicaria às gratificações pessoais e às de idêntico
fundamento, não abarcando as de caráter geral e específica do
cargo em si.”
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Supremo Tribunal Federal
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 806.437 PARANÁ
VOTO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
O inconformismo não merece prosperar.
Colhe-se do julgado proferido nos embargos de declaratórios, o qual
confirmou o acórdão da apelação:
“A decisão embargada ao analisar e julgar o recurso,
considerou que nos termos do Estatuto da Polícia Civil do
Paraná, o qual, em seu artigo 83, ao prever os adicionais –
quinquênios e mais 5% sobre cada ano, após a consumação de
30 anos de serviço público – registrou expressamente, em seu
par. 2º, que a base de cálculo para os adicionais seria a soma dos
vencimentos e da gratificação de representação. Arrematou,
dizendo, que o dispositivo legal tem razão de existir pois a
verba de representação porque alcança 170% do vencimento
básico do servidor não exige e nem se sujeita a qualquer
condição ou situação, bastando, para usufruí-la, apenas o
exercício do cargo de Delegado de Polícia.
Justificou-se, afirmando que a gratificação de
representação policial civil tem caráter geral, sendo atribuída a
todos os integrantes da Polícia Civil do Estado do Paraná,
inclusive inativos.
Portanto, concluiu que não há dúvidas de que a
gratificação por representação integra os vencimentos dos
apelados e, assim, deve também integrar a base de cálculo da
gratificação por tempo de serviço.
Quanto à ofensa ao artigo 37, XIV, da Constituição Federal,
ao contrário do entendimento do embargante, tal vedação
somente se aplicaria às gratificações pessoais e às de idêntico
fundamento, não abarcando as de caráter geral e específica do
cargo em si.”
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Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
AI 806.437 AGR / PR
Desse modo, é certo que o Tribunal de origem decidiu, com
fundamento na legislação infraconstitucional e nas provas dos autos, que
a gratificação de representação policial civil tem caráter geral e integra os
vencimentos dos ora agravados, razão pela qual deve integrar a base de
cálculo da gratificação por tempo de serviço. Assim, para ultrapassar tal
entendimento e rever a qualificação dada à referida vantagem, seria
necessário interpretar a legislação local pertinente (Decreto estadual nº
5.048/98) e reexaminar as provas dos autos, o que é inviável em recurso
extraordinário. Incidência das Súmulas nºs 280 e 279/STF. Nesse sentido,
anote-se:
“AGRAVO
REGIMENTAL.
AGRAVO
DE
INSTRUMENTO. POLICIAL MILITAR. APOSENTADORIA.
PREENCHIMENTO DOS REQUISITOS NA VIGÊNCIA DA LEI
ESTADUAL 8.255/1977 (ALTERADA PELA LEI 11.866/1992).
GRATIFICAÇÃO DE REPRESENTAÇÃO DE FUNÇÃO.
INCLUSÃO NA BASE DE CÁLCULO DO ADICIONAL DE
TEMPO DE SERVIÇO. LEI ESTADUAL 11.950/1993. REEXAME
DE DIREITO LOCAL. ÓBICE DA SÚMULA 280 DO STF.
Ambas as Turmas desta Corte firmaram entendimento no
sentido de que é inviável em recurso extraordinário o debate de
questão relativa a direito meramente local. Incidência da
Súmula 280/STF. Esta Corte firmou o entendimento de que a
aposentadoria regula-se pela lei vigente à época da reunião dos
requisitos. Agravo regimental a que se nega provimento”(AI nº
533.327/GO-AgR-segundo, Segunda Turma, Relator o Ministro
Joaquim Barbosa, DJe de 25/10/12).
“AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO.
SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL. VANTAGEM PESSOAL.
BASE DE CÁLCULO. GRATIFICAÇÃO POR TEMPO DE
SERVIÇO. LEI ESTADUAL 10.470/1991. REAPRECIAÇÃO DE
INTERPRETAÇÃO DE NORMA INFRACONSTITUCIONAL
LOCAL. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA 280 DO STF. AGRAVO
2
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Desse modo, é certo que o Tribunal de origem decidiu, com
fundamento na legislação infraconstitucional e nas provas dos autos, que
a gratificação de representação policial civil tem caráter geral e integra os
vencimentos dos ora agravados, razão pela qual deve integrar a base de
cálculo da gratificação por tempo de serviço. Assim, para ultrapassar tal
entendimento e rever a qualificação dada à referida vantagem, seria
necessário interpretar a legislação local pertinente (Decreto estadual nº
5.048/98) e reexaminar as provas dos autos, o que é inviável em recurso
extraordinário. Incidência das Súmulas nºs 280 e 279/STF. Nesse sentido,
anote-se:
“AGRAVO
REGIMENTAL.
AGRAVO
DE
INSTRUMENTO. POLICIAL MILITAR. APOSENTADORIA.
PREENCHIMENTO DOS REQUISITOS NA VIGÊNCIA DA LEI
ESTADUAL 8.255/1977 (ALTERADA PELA LEI 11.866/1992).
GRATIFICAÇÃO DE REPRESENTAÇÃO DE FUNÇÃO.
INCLUSÃO NA BASE DE CÁLCULO DO ADICIONAL DE
TEMPO DE SERVIÇO. LEI ESTADUAL 11.950/1993. REEXAME
DE DIREITO LOCAL. ÓBICE DA SÚMULA 280 DO STF.
Ambas as Turmas desta Corte firmaram entendimento no
sentido de que é inviável em recurso extraordinário o debate de
questão relativa a direito meramente local. Incidência da
Súmula 280/STF. Esta Corte firmou o entendimento de que a
aposentadoria regula-se pela lei vigente à época da reunião dos
requisitos. Agravo regimental a que se nega provimento”(AI nº
533.327/GO-AgR-segundo, Segunda Turma, Relator o Ministro
Joaquim Barbosa, DJe de 25/10/12).
“AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO.
SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL. VANTAGEM PESSOAL.
BASE DE CÁLCULO. GRATIFICAÇÃO POR TEMPO DE
SERVIÇO. LEI ESTADUAL 10.470/1991. REAPRECIAÇÃO DE
INTERPRETAÇÃO DE NORMA INFRACONSTITUCIONAL
LOCAL. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA 280 DO STF. AGRAVO
2
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Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
AI 806.437 AGR / PR
IMPROVIDO. I - É inadmissível o recurso extraordinário
quando sua análise implica rever a interpretação de norma
infraconstitucional local que fundamenta a decisão a quo.
Incidência da Súmula 280 desta Corte. Precedentes. II - Agravo
regimental improvido”(ARE nº 677.144/MG-AgR, Segunda
Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de
29/5/12).
Ressalte-se que não procede a alegação do agravante de que seria
aplicável ao caso o que decidido no RE nº 563.708/MS, com repercussão
geral reconhecida, tendo em vista a natureza infraconstitucional da
controvérsia decidida nos presentes autos, pois o Tribunal de origem
afirmou que a referida gratificação, na verdade, integra os vencimentos
dos apelados.
Nego provimento ao agravo regimental.
3
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Supremo Tribunal Federal
AI 806.437 AGR / PR
IMPROVIDO. I - É inadmissível o recurso extraordinário
quando sua análise implica rever a interpretação de norma
infraconstitucional local que fundamenta a decisão a quo.
Incidência da Súmula 280 desta Corte. Precedentes. II - Agravo
regimental improvido”(ARE nº 677.144/MG-AgR, Segunda
Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de
29/5/12).
Ressalte-se que não procede a alegação do agravante de que seria
aplicável ao caso o que decidido no RE nº 563.708/MS, com repercussão
geral reconhecida, tendo em vista a natureza infraconstitucional da
controvérsia decidida nos presentes autos, pois o Tribunal de origem
afirmou que a referida gratificação, na verdade, integra os vencimentos
dos apelados.
Nego provimento ao agravo regimental.
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 11
Decisão de Julgamento
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 806.437
PROCED. : PARANÁ
RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S) : ESTADO DO PARANÁ
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁ
AGDO.(A/S) : ADONAI ARMSTRONG E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : CAROLINE SAID DIAS
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos
termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro
Dias Toffoli. 1ª Turma, 13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Wagner Mathias.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
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Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 806.437
PROCED. : PARANÁ
RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S) : ESTADO DO PARANÁ
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁ
AGDO.(A/S) : ADONAI ARMSTRONG E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : CAROLINE SAID DIAS
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos
termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro
Dias Toffoli. 1ª Turma, 13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Wagner Mathias.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 11
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3195589 | 2012-11-13T00:00:00 | 2012-12-14T00:00:00 | A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 13.11.2012. | AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO | EMENTA
Agravo regimental em agravo de instrumento. Servidor público. Gratificação de representação. Natureza da vantagem. Ofensa a direito local. Reexame de fatos e provas. Precedentes.
1. Não se presta o recurso extraordinário à análise de matéria ínsita ao plano normativo local e ao reexame de fatos e provas. Incidência das Súmulas nºs 280 e 279 desta Corte.
2. Agravo regimental não provido. | sjur221757 | - Acórdão(s) citado(s)
(MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL,BASE DE CÁLCULO, GRATIFICAÇÃO
POR TEMPO DE SERVIÇO)
STF: AI 533327 AgR-segundo (2ªT), ARE 677144 AgR (2ªT).
Número de páginas: 11.
Análise: 22/01/2013, MJC. | DIAS TOFFOLI | Primeira Turma | 806437 | [
"LEG-FED SUMSTF-000279 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\r\n\r\n",
"LEG-FED SUMSTF-000280 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\r\n\r\n",
"LEG-EST DEC-005048 ANO-1998\r\n DECRETO, PR"
] | AI-AgR | acordaos | AI 806437 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : ESTADO DO PARANÁ
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁ
ADV.(A/S) : CAROLINE SAID DIAS
AGDO.(A/S) : ADONAI ARMSTRONG E OUTRO(A/S) | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 806 . 437",
"AI 806 . 437 AGR / PR",
"Agravo de Instrumento [UNK] 664 . 567 / RS",
"AI 806 . 437 AGR / PR",
"AI 806 . 437 AGR",
"AI 806 . 437",
"AI 806 . 437",
"RE [UNK] 586 . 949 / MG",
"AI [UNK] 657 . 696 / MG - AgR",
"AI 806 . 437",
"RE [UNK] 586 . 949 / MG",
"AI [UNK] 657 . 696 / MG - AgR",
"AI 806 . 437 AGR / PR",
"SÚMULA 280 DO STF",
"SÚMULA 279 DO STF",
"Súmulas 279 e 280 do STF",
"AI [UNK] 733 . 499 / SP - AgR",
"Súmula n . 280 deste",
"Súmula n . 279 do Supremo Tribunal Federal",
"RE [UNK] 562 . 541 / MS - AgR",
"AI [UNK] 850 . 863 / ES",
"ARE [UNK] 702 . 406 / ES",
"AI 806 . 437 AGR / PR",
"SÚMULA 280 DO STF",
"SÚMULA 279 DO STF",
"Súmulas 279",
"AI [UNK] 733 . 499 / SP - AgR",
"Súmula n . 280 deste Tribunal",
"Súmula n . 279 do Supremo Tribunal Federal",
"RE [UNK] 562 . 541 / MS - AgR",
"AI [UNK] 850 . 863 / ES",
"ARE [UNK] 702 . 406 / ES",
"AI 806 . 437 AGR / PR",
"Recurso Extraordinário n . 563",
"AI 806 . 437 AGR",
"Recurso Extraordinário n . 563 . 708 - 5",
"AGRAVO",
"AI 806 . 437 AGR",
"Súmulas [UNK] 280",
"SÚMULA 280 DO STF",
"Súmula 280 / STF",
"AI [UNK] 533 . 327 / GO - AgR - segundo",
"AI 806 . 437 AGR",
"Súmulas [UNK] 280 e 279 / STF",
"SÚMULA 280 DO STF",
"Súmula 280 / STF",
"AI [UNK] 533 . 327 / GO - AgR - segundo",
"SÚMULA 280 DO STF",
"AI 806 . 437 AGR / PR",
"Súmula 280 desta Corte",
"ARE [UNK] 677 . 144 / MG - AgR",
"RE [UNK] 563 . 708 / MS",
"AI 806 . 437 AGR",
"ARE [UNK] 677 . 144 / MG - AgR",
"RE [UNK] 563 . 708 / MS",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 806 .",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 806 ."
],
"LEGISLACAO": [
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 37 , inciso XIV , da Constituição Federal",
"Estatuto da Polícia Civil do Paraná",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 37 , inciso XIV , da Constituição Federal",
"Estatuto da Polícia Civil do Paraná",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo [UNK] - F da Lei [UNK] 9494 / 1997",
"Medida Provisória [UNK] 2 . 180 - 35",
"artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal",
"Emenda Regimental [UNK] 21 / 07",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo [UNK] - F da Lei [UNK] 9494 / 1997",
"Medida Provisória [UNK] 2 . 180 - 35",
"artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal",
"Emenda Regimental [UNK] 21 / 07",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Estatuto da Polícia Civil do Paraná",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Estatuto da Polícia Civil do Paraná",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 40 , § [UNK] , da CF",
"art . 40 , § [UNK] , da Constituição da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 40 , § [UNK] , da CF",
"art . 40 , § [UNK] , da Constituição da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição",
"MP",
"art . 83 do Estatuto da Polícia Civil do Paraná",
"CF",
"/",
"88",
"CF",
"/",
"88",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 83 do Estatuto da Polícia Civil do Paraná",
"CF",
"/",
"88",
"CF",
"/",
"88",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Estatuto da Polícia Civil do Paraná",
"artigo 37 , XIV , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Estatuto da Polícia Civil do",
"artigo 37 , XIV , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Decreto estadual [UNK] 5 . 048 / 98",
"LEI ESTADUAL 8 . 255 / 1977",
"LEI 11 . 866 / 1992",
"LEI ESTADUAL 11 . 950 / 1993",
"LEI ESTADUAL 10 . 470 / 1991",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Decreto estadual [UNK] 5 . 048 / 98",
"LEI ESTADUAL 8 . 255 / 1977",
"LEI 11 . 866 / 1992",
"LEI ESTADUAL 11 . 950 / 1993",
"LEI ESTADUAL 10 . 470 / 1991",
"MP n°",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"PARANÁ",
"ESTADO DO PARANÁ",
"ESTADO DO PARANÁ",
"Brasília",
"ESTADO DO PARANÁ",
"ESTADO DO PARANÁ",
"Estado do Paraná",
"Estado do Paraná",
"PARANÁ",
"ESTADO DO PARANÁ",
"ESTADO DO PARANÁ",
"Estado do Paraná",
"Estado do Paraná",
"Estado do Paraná",
"Estado do Paraná",
"Estado do Paraná",
"Estado do Paraná",
"PARANÁ",
"PARANÁ",
"Paraná",
"PARANÁ",
"ESTADO DO",
"PARANÁ",
"ESTADO DO PARANÁ",
"PARANÁ",
"ESTADO DO PARANÁ",
"ESTADO DO PARANÁ"
],
"ORGANIZACAO": [
"PRIMEIRA TURMA",
"Primeira Turma do",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Quinta Câmara Cível do Tribunal de Justiça",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Quinta Câmara Cível do Tribunal de Justiça",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Fazenda Pública",
"Tribunal Pleno",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Fazenda Pública",
"Tribunal Pleno",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"/",
"PR",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"/",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"AGR",
"/",
"PR",
"Supremo",
"Segunda Turma",
"Primeira Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"/",
"PR",
"Supremo",
"Segunda Turma",
"Primeira Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Primeira Turma",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"/",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"Polícia Civil do Estado do Paraná",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Polícia Civil do Estado do Paraná",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"/",
"Segunda Turma",
"STF",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"/",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"DIAS TOFFOLI",
"ADONAI ARMSTRONG",
"CAROLINE SAID DIAS",
"Dias Toffoli",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"ADONAI ARMSTRONG",
"CAROLINE SAID DIAS",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"ADONAI ARMSTRONG",
"CAROLINE SAID DIAS",
"DIAS TOFFOLI",
"Sepúlveda Pertence",
"Sepúlveda Pertence",
"Péricles Batista Pereira",
"Péricles Batista Pereira",
"Cezar Peluso",
"Cármen Lúcia",
"Cezar Peluso",
"Cármen Lúcia",
"Ricardo Lewandowski",
"Eros Grau",
"Cármen Lúcia",
"Ricardo Leandowski",
"Ricardo Lewandowski",
"Eros Grau",
"Cármen Lúcia",
"Ricardo Leandowski",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"Joaquim Barbosa",
"Joaquim Barbosa",
"DIAS TOFFOLI",
"Ricardo Lewandowski",
"Ricardo Lewandowski",
"DIAS TOFFOLI",
"ADONAI ARMSTRONG",
"CAROLINE SAID DIAS",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Wagner Mathias",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza",
"DIAS TOFFOLI",
"ADONAI ARMSTRONG",
"CAROLINE SAID DIAS",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Wagner Mathias",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza"
],
"TEMPO": [
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"13 de novembro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"14",
"/",
"12",
"/",
"2012",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
".",
"08",
".",
"2001",
"3",
"/",
"5",
"/",
"07",
"6",
"/",
"9",
"/",
"07",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
".",
"08",
".",
"2001",
"3",
"/",
"5",
"/",
"07",
"6",
"/",
"9",
"/",
"07",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"3",
"/",
"09",
"13",
"/",
"2",
"/",
"09",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"3",
"/",
"09",
"13",
"/",
"2",
"/",
"09",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"3",
"/",
"09",
"16",
"/",
"5",
"/",
"08",
"23",
"/",
"8",
"/",
"11",
"13",
"/",
"8",
"/",
"12",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"3",
"/",
"09",
"16",
"/",
"5",
"/",
"08",
"23",
"/",
"8",
"/",
"11",
"13",
"/",
"8",
"/",
"12",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"25",
"/",
"10",
"/",
"12",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"25",
"/",
"10",
"/",
"12",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"29",
"/",
"5",
"/",
"12",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"29",
"/",
"5",
"/",
"12",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 704.042 SÃO
PAULO
RELATOR
: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S)
:DJALMA JOSÉ HERRERA DE BARROS
ADV.(A/S)
:NIVALDO PESSINI E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL FEDERAL
EMENTA:
AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO
COM
AGRAVO.
DEFICIÊNCIA
NA
FUNDAMENTAÇÃO. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 284 DO STF.
CRITÉRIOS. REVISÃO DE BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO. MATÉRIA
INFRACONSTITUCIONAL.
OFENSA
INDIRETA.
ALEGADA
CONTRARIEDADE AO ART. 5º, XXXV E LV, DA CONSTITUIÇÃO.
OFENSA REFLEXA. VIOLAÇÃO AO ART. 93, IX, DA CF.
INOCORRÊNCIA.
ACÓRDÃO
RECORRIDO
DEVIDAMENTE
FUNDAMENTADO. AGRAVO IMPROVIDO.
I – As razões do agravo regimental não atacaram, de forma
convincente, os fundamentos da decisão agravada. Incide, na espécie, o
óbice previsto na Súmula 284 do STF.
II – A análise dos critérios de reajuste dos benefícios previdenciários
se restringe ao âmbito infraconstitucional. A afronta à Constituição, se
ocorrente, seria apenas indireta. Precedentes.
III – A orientação desta Corte, por meio da remansosa
jurisprudência, é a de que, em regra, a alegada violação ao art. 5º, XXXV e
LV, da Constituição, quando dependente de exame de legislação
infraconstitucional, configura situação de ofensa reflexa ao texto
constitucional, o que inviabiliza o conhecimento do recurso
extraordinário. Precedentes.
IV – Não há contrariedade ao art. 93, IX, da Lei Maior, quando o
acórdão recorrido encontra-se suficientemente fundamentado.
Precedentes.
V – Agravo regimental improvido.
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3101369.
Supremo Tribunal Federal
DJe 06/12/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 10
Ementa e Acórdão
ARE 704.042 AGR / SP
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do
Senhor Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de
julgamentos e das notas taquigráficas, por unanimidade, negar
provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator.
Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e
Joaquim Barbosa.
Brasília, 13 de novembro de 2012.
RICARDO LEWANDOWSKI – PRESIDENTE E RELATOR
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3101369.
Supremo Tribunal Federal
ARE 704.042 AGR / SP
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do
Senhor Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de
julgamentos e das notas taquigráficas, por unanimidade, negar
provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator.
Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e
Joaquim Barbosa.
Brasília, 13 de novembro de 2012.
RICARDO LEWANDOWSKI – PRESIDENTE E RELATOR
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 10
Relatório
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 704.042 SÃO
PAULO
RELATOR
: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S)
:DJALMA JOSÉ HERRERA DE BARROS
ADV.(A/S)
:NIVALDO PESSINI E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL FEDERAL
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Trata-se de
agravo regimental interposto contra decisão que negou seguimento ao
agravo. Eis o teor da decisão impugnada:
“Trata-se de agravo contra decisão que negou seguimento a
recurso extraordinário em que se discute a revisão dos índices de
reajuste de benefício previdenciário.
No RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se
violação aos arts. 5º, I, II, XXXIV, XXXV e LV, 93, IX, da mesma
Carta.
O agravo não merece acolhida. A jurisprudência desta Corte
firmou-se no sentido de que, em regra, a alegação de ofensa aos
princípios do devido processo legal, da ampla defesa, do contraditório e
da prestação jurisdicional, quando dependente de exame prévio de
normas infraconstitucionais, configura situação de ofensa reflexa ao
texto constitucional, o que inviabiliza o conhecimento do recurso
extraordinário. É certo, ainda, que não há contrariedade ao art. 93, IX,
da Carta Magna, quando o acórdão recorrido encontra-se
suficientemente fundamentado. Nesse sentido, menciono as seguintes
decisões, entre outras: AI 663.125-AgR/PE, Rel. Min. Cármen Lúcia;
AI 806.313-AgR/RN, Rel. Min. Ayres Britto; AI 756.336-AgR/MG,
Rel. Min. Ellen Gracie; AI 634.217-AgR/GO, Rel. Min. Joaquim
Barbosa; AI 764.042-AgR/MA, Rel. Min. Eros Grau; AI 508.047-
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Supremo Tribunal Federal
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 704.042 SÃO
PAULO
RELATOR
: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S)
:DJALMA JOSÉ HERRERA DE BARROS
ADV.(A/S)
:NIVALDO PESSINI E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL FEDERAL
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Trata-se de
agravo regimental interposto contra decisão que negou seguimento ao
agravo. Eis o teor da decisão impugnada:
“Trata-se de agravo contra decisão que negou seguimento a
recurso extraordinário em que se discute a revisão dos índices de
reajuste de benefício previdenciário.
No RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se
violação aos arts. 5º, I, II, XXXIV, XXXV e LV, 93, IX, da mesma
Carta.
O agravo não merece acolhida. A jurisprudência desta Corte
firmou-se no sentido de que, em regra, a alegação de ofensa aos
princípios do devido processo legal, da ampla defesa, do contraditório e
da prestação jurisdicional, quando dependente de exame prévio de
normas infraconstitucionais, configura situação de ofensa reflexa ao
texto constitucional, o que inviabiliza o conhecimento do recurso
extraordinário. É certo, ainda, que não há contrariedade ao art. 93, IX,
da Carta Magna, quando o acórdão recorrido encontra-se
suficientemente fundamentado. Nesse sentido, menciono as seguintes
decisões, entre outras: AI 663.125-AgR/PE, Rel. Min. Cármen Lúcia;
AI 806.313-AgR/RN, Rel. Min. Ayres Britto; AI 756.336-AgR/MG,
Rel. Min. Ellen Gracie; AI 634.217-AgR/GO, Rel. Min. Joaquim
Barbosa; AI 764.042-AgR/MA, Rel. Min. Eros Grau; AI 508.047-
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 10
Relatório
ARE 704.042 AGR / SP
AgR/RJ, Rel. Min. Cezar Peluso; AI 643.180-AgR/BA, Rel. Min.
Gilmar Mendes; AI 787.991-AgR/DF, de minha relatoria.
Ademais, este Tribunal firmou entendimento no sentido de que a
discussão a respeito dos índices de reajuste de benefício previdenciário
possui natureza infraconstitucional. Desse modo, eventual ofensa à
Constituição se daria de forma meramente reflexa. Inviável, portanto,
o recurso extraordinário. Nesse sentido, transcrevo a ementa do AI
854.711-AgR/MG, Rel. Min. Cármen Lúcia:
'AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE
INSTRUMENTO. PREVIDENCIÁRIO. 1. Índices de reajuste
de benefício previdenciário. Impossibilidade de análise de
legislação infraconstitucional: ofensa constitucional indireta. 2.
Alegada inconstitucionalidade do art. 41, inc. II, da Lei n.
8.213/1991. Inadmissibilidade de inovação de argumentos em
agravo regimental. 3. Agravo regimental ao qual se nega
provimento'.
Isso posto, nego seguimento ao recurso (CPC, art. 557, caput)”.
O agravante alega, em suma, que a decisão agravada deve ser
reformada, ao argumento de que
“(...) a R. Decisão ora Agravada diz que o Autor discute
'revisão dos índices de reajuste de benefício previdenciário', o que
NÃO É VERDADE, 'data maxima venia'.
O Autor discute o SISTEMA de reajuste, sem a ressalva de
obediência do princípio de isonomia, que, para os que ganham mais de
1 (um) salário mínimo, resulta em DISPARIDADE, dentro da mesma
categoria dos que ganham mais de um mínimo, POR FORÇA DE
CONSEQUENCIA DO SISTEMA adotado, e, portanto, gerando
diferenças de modo a igualar-se todos os que, nesta categoria jurídica,
recebem índices diversos.
(…)
O INSS obviamente poderá achar outra fórmula. Mas o que não
é possível é que SEGURADOS QUE GANHAM MAIS QUE UM
MÍNIMO POSSAM GANHAR ÍNDICES DIFERENTES ENTRE
ELES, considerando-se o seu benefício integral em confronto com o
2
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Supremo Tribunal Federal
ARE 704.042 AGR / SP
AgR/RJ, Rel. Min. Cezar Peluso; AI 643.180-AgR/BA, Rel. Min.
Gilmar Mendes; AI 787.991-AgR/DF, de minha relatoria.
Ademais, este Tribunal firmou entendimento no sentido de que a
discussão a respeito dos índices de reajuste de benefício previdenciário
possui natureza infraconstitucional. Desse modo, eventual ofensa à
Constituição se daria de forma meramente reflexa. Inviável, portanto,
o recurso extraordinário. Nesse sentido, transcrevo a ementa do AI
854.711-AgR/MG, Rel. Min. Cármen Lúcia:
'AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE
INSTRUMENTO. PREVIDENCIÁRIO. 1. Índices de reajuste
de benefício previdenciário. Impossibilidade de análise de
legislação infraconstitucional: ofensa constitucional indireta. 2.
Alegada inconstitucionalidade do art. 41, inc. II, da Lei n.
8.213/1991. Inadmissibilidade de inovação de argumentos em
agravo regimental. 3. Agravo regimental ao qual se nega
provimento'.
Isso posto, nego seguimento ao recurso (CPC, art. 557, caput)”.
O agravante alega, em suma, que a decisão agravada deve ser
reformada, ao argumento de que
“(...) a R. Decisão ora Agravada diz que o Autor discute
'revisão dos índices de reajuste de benefício previdenciário', o que
NÃO É VERDADE, 'data maxima venia'.
O Autor discute o SISTEMA de reajuste, sem a ressalva de
obediência do princípio de isonomia, que, para os que ganham mais de
1 (um) salário mínimo, resulta em DISPARIDADE, dentro da mesma
categoria dos que ganham mais de um mínimo, POR FORÇA DE
CONSEQUENCIA DO SISTEMA adotado, e, portanto, gerando
diferenças de modo a igualar-se todos os que, nesta categoria jurídica,
recebem índices diversos.
(…)
O INSS obviamente poderá achar outra fórmula. Mas o que não
é possível é que SEGURADOS QUE GANHAM MAIS QUE UM
MÍNIMO POSSAM GANHAR ÍNDICES DIFERENTES ENTRE
ELES, considerando-se o seu benefício integral em confronto com o
2
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 10
Relatório
ARE 704.042 AGR / SP
benefício mínimo determinado pela própria Constituição.
E é esta a questão que a R. Decisão agravada não examinou,
simplificando a matéria, como se se tratasse de discussão de índices
aplicáveis. Não é. E é sobre esta matéria que o cidadão merece do
Judiciário, mormente, de seu órgão máximo, decisão fundamentada”.
É o relatório.
3
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Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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ARE 704.042 AGR / SP
benefício mínimo determinado pela própria Constituição.
E é esta a questão que a R. Decisão agravada não examinou,
simplificando a matéria, como se se tratasse de discussão de índices
aplicáveis. Não é. E é sobre esta matéria que o cidadão merece do
Judiciário, mormente, de seu órgão máximo, decisão fundamentada”.
É o relatório.
3
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 10
Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 704.042 SÃO
PAULO
V O T O
O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Bem
reexaminada a questão, verifica-se que a decisão ora atacada não merece
reforma, visto que o recorrente não aduz novos argumentos capazes de
afastar as razões nela expendidas.
Inicialmente, verifico que as razões do agravo regimental não
atacaram, de forma convincente, os fundamentos da decisão agravada.
Incabível, portanto, o presente recurso por deficiência de fundamentação,
a teor da Súmula 284 do STF. Nesse sentido, destaco julgados de ambas as
Turmas deste Tribunal, cujas ementas transcrevo a seguir:
“1. Agravo de instrumento: ausência de impugnação dos
fundamentos da decisão que obstou o processamento do RE: incidência
da Súmula 284.
2. Agravo regimental: necessidade de que se volte contra a
argumentação da decisão agravada e de forma convincente:
precedentes” (AI 297.718-AgR/SP, Rel. Min. Sepúlveda Pertence,
Primeira Turma).
“AGRAVO
REGIMENTAL
NO
AGRAVO
DE
INSTRUMENTO. DEFICIÊNCIA NA FUNDAMENTAÇÃO.
INCIDÊNCIA DA SÚMULA 284 DO STF. AGRAVO
IMPROVIDO.
I – As razões do agravo regimental não atacaram, de forma
convincente, o único fundamento da decisão agravada. Incidência da
Súmula 284 do STF. Precedentes.
II – Agravo regimental improvido” (AI 846.131-AgR/RS, de
minha relatoria, Segunda Turma).
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3101371.
Supremo Tribunal Federal
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 704.042 SÃO
PAULO
V O T O
O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Bem
reexaminada a questão, verifica-se que a decisão ora atacada não merece
reforma, visto que o recorrente não aduz novos argumentos capazes de
afastar as razões nela expendidas.
Inicialmente, verifico que as razões do agravo regimental não
atacaram, de forma convincente, os fundamentos da decisão agravada.
Incabível, portanto, o presente recurso por deficiência de fundamentação,
a teor da Súmula 284 do STF. Nesse sentido, destaco julgados de ambas as
Turmas deste Tribunal, cujas ementas transcrevo a seguir:
“1. Agravo de instrumento: ausência de impugnação dos
fundamentos da decisão que obstou o processamento do RE: incidência
da Súmula 284.
2. Agravo regimental: necessidade de que se volte contra a
argumentação da decisão agravada e de forma convincente:
precedentes” (AI 297.718-AgR/SP, Rel. Min. Sepúlveda Pertence,
Primeira Turma).
“AGRAVO
REGIMENTAL
NO
AGRAVO
DE
INSTRUMENTO. DEFICIÊNCIA NA FUNDAMENTAÇÃO.
INCIDÊNCIA DA SÚMULA 284 DO STF. AGRAVO
IMPROVIDO.
I – As razões do agravo regimental não atacaram, de forma
convincente, o único fundamento da decisão agravada. Incidência da
Súmula 284 do STF. Precedentes.
II – Agravo regimental improvido” (AI 846.131-AgR/RS, de
minha relatoria, Segunda Turma).
Supremo Tribunal Federal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 10
Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
ARE 704.042 AGR / SP
Com a mesma orientação, menciono, ainda, os seguintes
precedentes, entre outros: RE 575.481-ED-AgR/SP, Rel. Min. Gilmar
Mendes; AI 549.854-AgR/SP, Rel. Min. Eros Grau; AI 755.231-AgR/MS e
AI 746.642-ED/MG, Rel. Min. Ellen Gracie; RE 426.930-AgR/RJ, Rel. Min.
Sepúlveda Pertence; RE 631.741-AgR/RS e RE 457.688-AgR/PR, de minha
relatoria.
Ainda que superado esse óbice, o recurso não prosperaria. Isso
porque a jurisprudência desta Corte é firme no sentido de que a análise
dos critérios de reajuste dos benefícios previdenciários se restringe ao
âmbito infraconstitucional, sendo certo que a ofensa à Constituição, se
ocorrente, seria apenas indireta. Incabível, portanto, o recurso
extraordinário. Nesse sentido, destaco o julgamento do AI 668.444-
AgR/DF, Rel. Min. Eros Grau, cuja ementa transcrevo a seguir:
“AGRAVO
REGIMENTAL
NO
AGRAVO
DE
INSTRUMENTO. BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS. REVISÃO.
ARTIGO
201,
§
4º,
DA
CB/88.
MATÉRIA
INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA REFLEXA.
1.
Este Tribunal fixou entendimento no sentido de que o
disposto no artigo 201, § 4º, da Constituição do Brasil, assegura a
revisão dos benefícios previdenciários conforme critérios definidos em
lei, ou seja, compete ao legislador ordinário definir as diretrizes para
conservação do valor real do benefício. Precedentes.
2.
Controvérsia decidida à luz de legislações
infraconstitucionais. Ofensa indireta à Constituição do Brasil.
3.
Agravo regimental a que se nega provimento”.
No mesmo sentido, menciono as seguintes decisões, entre outras: AI
590.177-AgR/SC, Rel. Min. Cezar Peluso; AI 552.341-AgR/RS, Rel. Min.
Eros Grau; AI 550.211-ED/RJ, Rel. Min. Sepúlveda Pertence; RE 437.738-
AgR/SC, Rel. Min. Carlos Velloso; AI 637.417-AgR/DF, Rel. Min. Joaquim
Barbosa; AI 755.640-AgR/MG, Rel. Min. Rosa Weber; ARE 676.327-ED/RS,
de minha relatoria.
2
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Com a mesma orientação, menciono, ainda, os seguintes
precedentes, entre outros: RE 575.481-ED-AgR/SP, Rel. Min. Gilmar
Mendes; AI 549.854-AgR/SP, Rel. Min. Eros Grau; AI 755.231-AgR/MS e
AI 746.642-ED/MG, Rel. Min. Ellen Gracie; RE 426.930-AgR/RJ, Rel. Min.
Sepúlveda Pertence; RE 631.741-AgR/RS e RE 457.688-AgR/PR, de minha
relatoria.
Ainda que superado esse óbice, o recurso não prosperaria. Isso
porque a jurisprudência desta Corte é firme no sentido de que a análise
dos critérios de reajuste dos benefícios previdenciários se restringe ao
âmbito infraconstitucional, sendo certo que a ofensa à Constituição, se
ocorrente, seria apenas indireta. Incabível, portanto, o recurso
extraordinário. Nesse sentido, destaco o julgamento do AI 668.444-
AgR/DF, Rel. Min. Eros Grau, cuja ementa transcrevo a seguir:
“AGRAVO
REGIMENTAL
NO
AGRAVO
DE
INSTRUMENTO. BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS. REVISÃO.
ARTIGO
201,
§
4º,
DA
CB/88.
MATÉRIA
INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA REFLEXA.
1.
Este Tribunal fixou entendimento no sentido de que o
disposto no artigo 201, § 4º, da Constituição do Brasil, assegura a
revisão dos benefícios previdenciários conforme critérios definidos em
lei, ou seja, compete ao legislador ordinário definir as diretrizes para
conservação do valor real do benefício. Precedentes.
2.
Controvérsia decidida à luz de legislações
infraconstitucionais. Ofensa indireta à Constituição do Brasil.
3.
Agravo regimental a que se nega provimento”.
No mesmo sentido, menciono as seguintes decisões, entre outras: AI
590.177-AgR/SC, Rel. Min. Cezar Peluso; AI 552.341-AgR/RS, Rel. Min.
Eros Grau; AI 550.211-ED/RJ, Rel. Min. Sepúlveda Pertence; RE 437.738-
AgR/SC, Rel. Min. Carlos Velloso; AI 637.417-AgR/DF, Rel. Min. Joaquim
Barbosa; AI 755.640-AgR/MG, Rel. Min. Rosa Weber; ARE 676.327-ED/RS,
de minha relatoria.
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ARE 704.042 AGR / SP
Além disso, esta Corte firmou entendimento no sentido de ser
inadmissível, em regra, a interposição de recurso extraordinário para
discutir matéria relacionada à ofensa aos princípios constitucionais do
devido processo legal, da ampla defesa, do contraditório e da prestação
jurisdicional, quando a verificação dessa alegação depender de exame
prévio de legislação infraconstitucional, por configurar situação de ofensa
reflexa ao texto constitucional. Nesse sentido, transcrevo ementas de
julgados de ambas as Turmas deste Tribunal:
“AGRAVO
REGIMENTAL
NO
AGRAVO
DE
INSTRUMENTO.
TRABALHISTA.
ALEGAÇÃO
DE
CONTRARIEDADE AO ART. 5º, INC. XXXV, LIV E LV, DA
CONSTITUIÇÃO
DA
REPÚBLICA:
CONTROVÉRSIA
INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL
INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA
PROVIMENTO.
A jurisprudência do Supremo Tribunal firmou-se no sentido de
que as alegações de contrariedade aos princípios da legalidade, do
devido processo legal, do contraditório, da ampla defesa, dos limites da
coisa julgada e da prestação jurisdicional, quando dependentes de
exame de legislação infraconstitucional, configuram ofensa
constitucional indireta” (AI 777.240-AgR/RS, Rel. Min. Cármen
Lúcia, Primeira Turma).
“1. RECURSO. Agravo de instrumento. Inadmissibilidade.
Certidão de não apresentação de contra-razões de recurso
extraordinário. Comprovação de Inexistência. Recurso conhecido.
Demonstrada a existência de peça obrigatória ao agravo de
instrumento, deve ser apreciado o recurso.
2. RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. Alegação de
ofensa ao art. 5º, XXXV, LIV e LV, da Constituição Federal. Ofensa
constitucional indireta. Agravo regimental não provido. As alegações
de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal,
da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa
julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame prévio
3
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Além disso, esta Corte firmou entendimento no sentido de ser
inadmissível, em regra, a interposição de recurso extraordinário para
discutir matéria relacionada à ofensa aos princípios constitucionais do
devido processo legal, da ampla defesa, do contraditório e da prestação
jurisdicional, quando a verificação dessa alegação depender de exame
prévio de legislação infraconstitucional, por configurar situação de ofensa
reflexa ao texto constitucional. Nesse sentido, transcrevo ementas de
julgados de ambas as Turmas deste Tribunal:
“AGRAVO
REGIMENTAL
NO
AGRAVO
DE
INSTRUMENTO.
TRABALHISTA.
ALEGAÇÃO
DE
CONTRARIEDADE AO ART. 5º, INC. XXXV, LIV E LV, DA
CONSTITUIÇÃO
DA
REPÚBLICA:
CONTROVÉRSIA
INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL
INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA
PROVIMENTO.
A jurisprudência do Supremo Tribunal firmou-se no sentido de
que as alegações de contrariedade aos princípios da legalidade, do
devido processo legal, do contraditório, da ampla defesa, dos limites da
coisa julgada e da prestação jurisdicional, quando dependentes de
exame de legislação infraconstitucional, configuram ofensa
constitucional indireta” (AI 777.240-AgR/RS, Rel. Min. Cármen
Lúcia, Primeira Turma).
“1. RECURSO. Agravo de instrumento. Inadmissibilidade.
Certidão de não apresentação de contra-razões de recurso
extraordinário. Comprovação de Inexistência. Recurso conhecido.
Demonstrada a existência de peça obrigatória ao agravo de
instrumento, deve ser apreciado o recurso.
2. RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. Alegação de
ofensa ao art. 5º, XXXV, LIV e LV, da Constituição Federal. Ofensa
constitucional indireta. Agravo regimental não provido. As alegações
de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal,
da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa
julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame prévio
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ARE 704.042 AGR / SP
de normas inferiores, podem configurar, quando muito, situações de
ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição” (AI 610.626-
AgR/RJ, Rel. Min. Cezar Peluso, Segunda Turma).
Por fim, ressalto que a exigência do art. 93, IX, da Constituição não
impõe que a decisão seja exaustivamente fundamentada. O que se busca é
que o julgador indique de forma clara as razões de seu convencimento, tal
como ocorreu. Assim, não há que falar em contrariedade ao referido
dispositivo constitucional, quando o acórdão recorrido encontra-se
suficientemente fundamentado. Nesse sentido, cito os seguintes
precedentes, entre outros: AI 816.457-AgR/MT, Rel. Min. Ellen Gracie; AI
701.567-AgR/SP, Rel. Min. Dias Toffoli; AI 712.670-AgR/MG, Rel. Min.
Joaquim Barbosa; RE 430.637-AgR/PR, Rel. Min. Carlos Velloso; AI
747.611-AgR/SP, Rel. Min. Cármen Lúcia; AI 743.094-AgR/RJ, Rel. Min.
Eros Grau; AI 590.140-AgR/SP, Rel. Min. Sepúlveda Pertence; RE 414.618-
AgR/RN, Rel. Min. Ayres Britto; AI 812.481-AgR/RJ e RE 520.187-
AgR/MG, de minha relatoria.
Isso posto, nego provimento ao agravo regimental.
4
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de normas inferiores, podem configurar, quando muito, situações de
ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição” (AI 610.626-
AgR/RJ, Rel. Min. Cezar Peluso, Segunda Turma).
Por fim, ressalto que a exigência do art. 93, IX, da Constituição não
impõe que a decisão seja exaustivamente fundamentada. O que se busca é
que o julgador indique de forma clara as razões de seu convencimento, tal
como ocorreu. Assim, não há que falar em contrariedade ao referido
dispositivo constitucional, quando o acórdão recorrido encontra-se
suficientemente fundamentado. Nesse sentido, cito os seguintes
precedentes, entre outros: AI 816.457-AgR/MT, Rel. Min. Ellen Gracie; AI
701.567-AgR/SP, Rel. Min. Dias Toffoli; AI 712.670-AgR/MG, Rel. Min.
Joaquim Barbosa; RE 430.637-AgR/PR, Rel. Min. Carlos Velloso; AI
747.611-AgR/SP, Rel. Min. Cármen Lúcia; AI 743.094-AgR/RJ, Rel. Min.
Eros Grau; AI 590.140-AgR/SP, Rel. Min. Sepúlveda Pertence; RE 414.618-
AgR/RN, Rel. Min. Ayres Britto; AI 812.481-AgR/RJ e RE 520.187-
AgR/MG, de minha relatoria.
Isso posto, nego provimento ao agravo regimental.
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Decisão de Julgamento
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 704.042
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S) : DJALMA JOSÉ HERRERA DE BARROS
ADV.(A/S) : NIVALDO PESSINI E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto do Relator. Ausentes,
justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim
Barbosa. 2ª Turma, 13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra
Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros
Celso de Mello e Joaquim Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
P/ Fabiane Duarte
Secretária
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SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 704.042
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S) : DJALMA JOSÉ HERRERA DE BARROS
ADV.(A/S) : NIVALDO PESSINI E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto do Relator. Ausentes,
justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim
Barbosa. 2ª Turma, 13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra
Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros
Celso de Mello e Joaquim Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
P/ Fabiane Duarte
Secretária
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 10
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3163638 | 2012-11-13T00:00:00 | 2012-12-06T00:00:00 | A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 13.11.2012. | AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO | Ementa: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. DEFICIÊNCIA NA FUNDAMENTAÇÃO. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 284 DO STF. CRITÉRIOS. REVISÃO DE BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA INDIRETA. ALEGADA CONTRARIEDADE AO ART. 5º, XXXV E LV, DA CONSTITUIÇÃO. OFENSA REFLEXA. VIOLAÇÃO AO ART. 93, IX, DA CF. INOCORRÊNCIA. ACÓRDÃO RECORRIDO DEVIDAMENTE FUNDAMENTADO. AGRAVO IMPROVIDO.
I – As razões do agravo regimental não atacaram, de forma convincente, os fundamentos da decisão agravada. Incide, na espécie, o óbice previsto na Súmula 284 do STF.
II – A análise dos critérios de reajuste dos benefícios previdenciários se restringe ao âmbito infraconstitucional. A afronta à Constituição, se ocorrente, seria apenas indireta. Precedentes.
III – A orientação desta Corte, por meio da remansosa jurisprudência, é a de que, em regra, a alegada violação ao art. 5º, XXXV e LV, da Constituição, quando dependente de exame de legislação infraconstitucional, configura situação de ofensa reflexa ao texto constitucional, o que inviabiliza o conhecimento do recurso extraordinário. Precedentes.
IV – Não há contrariedade ao art. 93, IX, da Lei Maior, quando o acórdão recorrido encontra-se suficientemente fundamentado. Precedentes.
V – Agravo regimental improvido. | sjur220888 | - Acórdãos citados:
(SÚMULA 284)
STF: AI 297718 AgR (1ªT), AI 846131 AgR (2ªT), RE 575481
ED-AgR (2ªT), AI 549854 AgR (1ªT), AI 755231 AgR (2ªT), AI
746642 ED (2ªT), RE 426930 AgR (1ªT), RE 631741 AgR (1ªT),
RE 457688 AgR (1ªT);
(MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL, REAJUSTE, BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO)
STF: AI 668444 AgR (2ªT), AI 590177 AgR (2ªT), AI 552341
AgR (2ªT), AI 550211 ED (1ªT), RE 437738 AgR (2ªT), AI
637417 AgR (2ªT), AI 755640 AgR (1ªT), ARE 676327 ED (2ªT),
AI 777240 AgR (1ªT), AI 610626 AgR (2ªT);
(DEVER DE FUNDAMENTAR)
STF: AI 816457 AgR (2ªT), AI 701567 AgR (1ªT), AI 712670
AgR (2ªT), RE 430637 AgR (2ªT), AI 747611 AgR (2ªT), AI
743094 AgR (2ªT), AI 590140 AgR (1ªT), RE 414618 AgR (1ªT),
AI 812481 AgR (1ªT), RE 520187 AgR (1ªT).
Número de páginas: 10.
Análise: 18/12/2012, TBC. | RICARDO LEWANDOWSKI | Segunda Turma | 704042 | [
"LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00005 INC-00035 INC-00055 ART-00093\r\n INC-00009 \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n\r\n",
"LEG-FED SUMSTF-000284 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF"
] | ARE-AgR | acordaos | ARE 704042 AgR | [
""
] | ADV.(A/S) : NIVALDO PESSINI E OUTRO(A/S)
AGTE.(S) : DJALMA JOSÉ HERRERA DE BARROS
AGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 704 . 042",
"SÚMULA 284 DO STF",
"Súmula 284 do STF",
"ARE 704 . 042 AGR / SP",
"ARE 704 . 042 AGR",
"AI 663 . 125 - AgR / PE",
"AI 806 . 313 - AgR / RN",
"AI 756 . 336 - AgR / MG",
"AI 634 . 217 - AgR / GO",
"AI 764 . 042 - AgR / MA",
"AI 508 . 047",
"AI 663 . 125 - AgR / PE",
"AI 806 . 313 - AgR / RN",
"AI 756 . 336 - AgR / MG",
"AI 634 . 217 - AgR / GO",
"AI 764 . 042 - AgR / MA",
"AI 508 . 047",
"ARE 704 . 042 AGR / SP AgR",
"/",
"RJ",
"AI 643 . 180 - AgR / BA",
"AI 787 . 991 - AgR / DF",
"AI 854 . 711 - AgR / MG",
"ARE 704 . 042 AGR / SP AgR / RJ",
"AI 643 . 180 - AgR / BA",
"AI 787 . 991 - AgR / DF",
"AI 854 . 711 - AgR / MG",
"ARE 704 . 042 AGR / SP",
"ARE 704 . 042 AGR / SP",
"Súmula 284 do STF",
"297",
".",
"718",
"-",
"AgR",
"/",
"SP",
"SÚMULA 284 DO STF",
"Súmula 284 do STF",
"AI 846 . 131 - AgR / RS",
"Súmula 284 do STF",
"AI 297 . 718 - AgR / SP",
"SÚMULA 284 DO STF",
"Súmula 284 do STF",
"AI 846 . 131 - AgR / RS",
"ARE 704 . 042 AGR / SP",
"RE 575 . 481 - ED - AgR / SP",
"AI 549 . 854 - AgR / SP",
"AI 755 . 231 - AgR / MS",
"AI 746 . 642 - ED / MG",
"RE 426 . 930 - AgR / RJ",
"RE 631 . 741 - AgR / RS",
"RE 457 . 688 - AgR / PR",
"AI 668 . 444 - AgR / DF",
"AI 590 . 177 - AgR / SC",
"AI 552 . 341 - AgR / RS",
"AI 550 . 211 - ED / RJ",
"RE 437 . 738 - AgR / SC",
"AI 637 . 417 - AgR / DF",
"AI 755 . 640 - AgR / MG",
"ARE 676 . 327 - ED / RS",
"ARE 704 . 042 AGR / SP",
"RE 575 . 481 - ED - AgR / SP",
"AI 549 . 854 - AgR / SP",
"AI 755 . 231 - AgR / MS",
"AI 746 . 642 - ED / MG",
"RE 426 . 930 - AgR / RJ",
"RE 631 . 741 - AgR / RS",
"RE 457 . 688 - AgR / PR",
"AI 668 . 444 - AgR / DF",
"AI 590 . 177 - AgR / SC",
"AI 552 . 341 - AgR / RS",
"AI 550 . 211 - ED / RJ",
"RE 437 . 738 - AgR / SC",
"AI 637 . 417 - AgR / DF",
"AI 755 . 640 - AgR / MG",
"ARE 676 . 327 - ED / RS",
"AI 777 . 240 - AgR / RS",
"ARE 704 . 042 AGR",
"AI 777 . 240 - AgR / RS",
"ARE 704 . 042 AGR / SP",
"AI 610 . 626 - AgR / RJ",
"AI 816 . 457 - AgR / MT",
"AI 701 . 567 - AgR / SP",
"AI 712 . 670 - AgR / MG",
"RE 430 . 637 - AgR / PR",
"AI 747 . 611 - AgR / SP",
"AI 743 . 094 - AgR / RJ",
"AI 590 . 140 - AgR / SP",
"RE 414 . 618 - AgR / RN",
"AI 812 . 481 - AgR / RJ",
"RE 520 . 187 - AgR / MG",
"ARE 704 . 042 AGR / SP",
"AI 610 . 626 - AgR / RJ",
"AI 816 . 457 - AgR / MT",
"AI 701 . 567 - AgR / SP",
"AI 712 . 670 - AgR / MG",
"RE 430 . 637 - AgR / PR",
"AI 747 . 611 - AgR / SP",
"AI 743 . 094 - AgR / RJ",
"AI 590 . 140 - AgR / SP",
"RE 414 . 618 - AgR / RN",
"AI 812 . 481 - AgR / RJ",
"RE 520 . 187 - AgR / MG"
],
"LEGISLACAO": [
"ART . [UNK] , XXXV E LV , DA CONSTITUIÇÃO",
"ART . 93 , IX , DA CF",
"Constituição",
"art . [UNK] , XXXV e LV , da Constituição",
"art . 93 , IX , da Lei Maior",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 102 , III , a , da Constituição",
"art . 93 , IX , da Carta Magna",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 102 , III , a , da Constituição",
"arts . [UNK] , I , II , XXXIV , XXXV e LV , 93 , IX ,",
"art . 93 , IX , da Carta Magna",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição",
"art . 41 , inc . II , da Lei n . 8 .",
"CPC , art . 557 , caput",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição",
"art . 41 , inc . II , da Lei n . 8 . 213 / 1991",
"CPC , art . 557 , caput",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição",
"ARTIGO 201 , § [UNK] , DA CB / 88",
"artigo 201 , § [UNK] , da Constituição do Brasil",
"Constituição do Brasil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição",
"ARTIGO 201 , § [UNK] , DA CB / 88",
"artigo 201 , § [UNK] , da Constituição do Brasil",
"Constituição do Brasil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ART . [UNK] , INC . XXXV , LIV E LV , DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA",
"art . [UNK] , XXXV , LIV e LV , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ART . [UNK] , INC . XXXV , LIV E LV , DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA",
"art . [UNK] , XXXV , LIV e LV , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição ”",
"art . 93 , IX , da Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição ”",
"art . 93 , IX , da Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"SÃO PAULO",
"Brasília",
"Brasília",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO"
],
"ORGANIZACAO": [
"SEGUNDA TURMA",
"INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL",
"INSS",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL",
"INSS",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"INSS",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"INSS",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"INSS",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"Primeira Turma",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"Primeira Turma",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"AGR",
"/",
"SP",
"CONTROVÉRSIA INFRACONSTITUCIONAL",
"Supremo Tribunal",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"/",
"SP",
"Supremo Tribunal",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL",
"INSS",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL",
"INSS",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"DJALMA JOSÉ HERRERA DE BARROS",
"NIVALDO PESSINI",
"Ricardo Lewandowski",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Ricardo Lewandowski",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"DJALMA JOSÉ HERRERA DE BARROS",
"NIVALDO PESSINI",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Cármen Lúcia",
"Ayres Britto",
"Ellen Gracie",
"Joaquim Barbosa",
"Eros Grau",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"DJALMA JOSÉ HERRERA DE BARROS",
"NIVALDO PESSINI",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Cármen Lúcia",
"Ayres Britto",
"Ellen Gracie",
"Joaquim Barbosa",
"Eros Grau",
"Cezar Peluso",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Cezar Peluso",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Sepúlveda Pertence",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Sepúlveda Pertence",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Gilmar Mendes",
"Eros Grau",
"Ellen Gracie",
"Sepúlveda Pertence",
"Eros Grau",
"Cezar Peluso",
"Eros Grau",
"Sepúlveda Pertence",
"Carlos Velloso",
"Joaquim Barbosa",
"Rosa Weber",
"Gilmar Mendes",
"Eros Grau",
"Ellen Gracie",
"Sepúlveda Pertence",
"Eros Grau",
"Cezar Peluso",
"Eros Grau",
"Sepúlveda Pertence",
"Carlos Velloso",
"Joaquim Barbosa",
"Rosa Weber",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Cármen Lúcia",
"Cármen Lúcia",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Cezar Peluso",
"Ellen Gracie",
"Dias Toffoli",
"Joaquim Barbosa",
"Carlos Velloso",
"Cármen Lúcia",
"Eros Grau",
"Sepúlveda Pertence",
"Ayres Britto",
"Cezar Peluso",
"Ellen Gracie",
"Dias Toffoli",
"Joaquim Barbosa",
"Carlos Velloso",
"Cármen Lúcia",
"Eros Grau",
"Sepúlveda Pertence",
"Ayres Britto",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"NIVALDO PESSINI",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos",
"Fabiane Duarte",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"DJALMA JOSÉ HERRERA DE BARROS",
"NIVALDO PESSINI",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos",
"Fabiane Duarte"
],
"TEMPO": [
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06",
"/",
"12",
"/",
"2012",
"13 de novembro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"13 de novembro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 684.473 CEARÁ
RELATOR
: MIN. LUIZ FUX
AGTE.(S)
:ANTONIO CARLOS MAGALHÃES
PROC.(A/S)(ES)
:DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
AGDO.(A/S)
:MINISTÉRIO PÚBLICO MILITAR
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA
EMENTA:
AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. MILITAR E PROCESSUAL
PENAL MILITAR. DESRESPEITO A SUPERIOR. CPM, ART. 160.
COMPROVAÇÃO DE AUTORIA E MATERIALIDADE. OFENSA
REFLEXA AO TEXTO DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. REEXAME
DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO JÁ CARREADO AOS
AUTOS. IMPOSSIBILIDADE. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 279/STF.
REPERCUSSÃO GERAL NÃO EXAMINADA EM FACE DE OUTROS
FUNDAMENTOS QUE OBSTAM A ADMISSÃO DO APELO
EXTREMO.
1. A violação indireta ou reflexa das regras constitucionais não enseja
recurso extraordinário. Precedentes: AI n. 738.145 - AgR, Rel. Min. CELSO
DE MELLO, 2ª Turma, DJ 25.02.11; AI n. 482.317-AgR, Rel. Min. ELLEN
GRACIE, 2ª Turma DJ 15.03.11; AI n. 646.103-AgR, Rel. Min. CÁRMEN
LÚCIA, 1ª Turma, DJ 18.03.11.
2. A Súmula 279/STF dispõe verbis: Para simples reexame de prova não
cabe recurso extraordinário.
3. É que o recurso extraordinário não se presta ao exame de questões
que demandam revolvimento do contexto fático-probatório dos autos,
adstringindo-se à análise da violação direta da ordem constitucional.
4.
In casu,
o acórdão originariamente recorrido assentou:
“APELAÇÃO. DESRESPEITO A SUPERIOR. CPM, ART. 160.
PRELIMINAR DE INCONSTITUCIONALIDADE. REJEIÇÃO. DOLO.
MENOSCABO À AUTORIDADE DO SUPERIOR. FALTA DE
ACATAMENTO. PRESENÇA DE OUTRO MILITAR. SENTENÇA
CONDENATÓRIA MANTIDA. Não prospera a aventada preliminar defensiva
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3135644.
Supremo Tribunal Federal
DJe 29/11/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 10
Ementa e Acórdão
ARE 684.473 AGR / CE
de não-recepção do art. 160 do CPM pela Constituição da República, uma vez
que o tipo basta que a falta de respeito ao superior hierárquico ocorra diante de
outro militar, em nítido menoscabo à autoridade, depreciada em face da falta de
acatamento. A conduta descrita no tipo penal não contém termos vagos, ao revés,
é descrita com exatidão e destina-se à proteção de uma ambiente
hierarquicamente organizado onde desponta o prestígio da autoridade militar.
Amolda-se à figura típica de ‘desrespeito a superior’ a atitude de militar que
lança ameaças veladas a Oficial, intimidando-o, que fora perceptível ao colega de
farda que presenciaria a exaltação de ânimos. O comportamento é reprovável
porque se externou com elevação, assumindo nítidos contornos de desapreço e de
descrédito à autoridade militar, não condizentes com a deferência e o respeito
devidos entre militares pertencentes a círculos hierárquicos distintos. Preliminar
de inconstitucionalidade rejeitada, por unanimidade. No mérito, por
unanimidade, desprovido o apelo defensivo.”
5. Agravo regimental desprovido.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do
Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de julgamento e das
notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao
agravo regimental, nos termos do voto do Relator.
Brasília, 13 de novembro de 2012.
LUIZ FUX – Relator
Documento assinado digitalmente
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3135644.
Supremo Tribunal Federal
ARE 684.473 AGR / CE
de não-recepção do art. 160 do CPM pela Constituição da República, uma vez
que o tipo basta que a falta de respeito ao superior hierárquico ocorra diante de
outro militar, em nítido menoscabo à autoridade, depreciada em face da falta de
acatamento. A conduta descrita no tipo penal não contém termos vagos, ao revés,
é descrita com exatidão e destina-se à proteção de uma ambiente
hierarquicamente organizado onde desponta o prestígio da autoridade militar.
Amolda-se à figura típica de ‘desrespeito a superior’ a atitude de militar que
lança ameaças veladas a Oficial, intimidando-o, que fora perceptível ao colega de
farda que presenciaria a exaltação de ânimos. O comportamento é reprovável
porque se externou com elevação, assumindo nítidos contornos de desapreço e de
descrédito à autoridade militar, não condizentes com a deferência e o respeito
devidos entre militares pertencentes a círculos hierárquicos distintos. Preliminar
de inconstitucionalidade rejeitada, por unanimidade. No mérito, por
unanimidade, desprovido o apelo defensivo.”
5. Agravo regimental desprovido.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do
Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de julgamento e das
notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao
agravo regimental, nos termos do voto do Relator.
Brasília, 13 de novembro de 2012.
LUIZ FUX – Relator
Documento assinado digitalmente
2
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Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 10
Relatório
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 684.473 CEARÁ
RELATOR
: MIN. LUIZ FUX
AGTE.(S)
:ANTONIO CARLOS MAGALHÃES
PROC.(A/S)(ES)
:DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
AGDO.(A/S)
:MINISTÉRIO PÚBLICO MILITAR
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Trata-se de agravo
regimental interposto por ANTONIO CARLOS MAGALHÃES, contra a decisão
que prolatei, assim ementada, verbis:
MILITAR E PROCESSUAL PENAL MILITAR.
DESRESPEITO
A
SUPERIOR.
CPM,
ART.
160.
COMPROVAÇÃO DE AUTORIA E MATERIALIDADE.
OFENSA REFLEXA AO TEXTO DA CONSTITUIÇÃO
FEDERAL. REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-
PROBATÓRIO
JÁ
CARREADO
AOS
AUTOS.
IMPOSSIBILIDADE. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 279/STF.
REPERCUSSÃO GERAL NÃO EXAMINADA EM FACE DE
OUTROS FUNDAMENTOS QUE OBSTAM A ADMISSÃO DO
APELO EXTREMO.
1. A repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o
crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais de
admissibilidade (art. 323 do RISTF). Consectariamente, se o
recurso é inadmissível por outro motivo, não há como se
pretender seja reconhecida “a repercussão geral das questões
constitucionais discutidas no caso” (art. 102, III, § 3º, da CF).
2. A violação reflexa e oblíqua da Constituição Federal
decorrente da necessidade de análise de malferimento de
dispositivo infraconstitucional torna inadmissível o recurso
extraordinário. Precedentes: RE 596.682, Rel. Min. Carlos Britto,
Dje de 21/10/10, e o AI 808.361, Rel. Min. Marco Aurélio, Dje de
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3135645.
Supremo Tribunal Federal
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 684.473 CEARÁ
RELATOR
: MIN. LUIZ FUX
AGTE.(S)
:ANTONIO CARLOS MAGALHÃES
PROC.(A/S)(ES)
:DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
AGDO.(A/S)
:MINISTÉRIO PÚBLICO MILITAR
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Trata-se de agravo
regimental interposto por ANTONIO CARLOS MAGALHÃES, contra a decisão
que prolatei, assim ementada, verbis:
MILITAR E PROCESSUAL PENAL MILITAR.
DESRESPEITO
A
SUPERIOR.
CPM,
ART.
160.
COMPROVAÇÃO DE AUTORIA E MATERIALIDADE.
OFENSA REFLEXA AO TEXTO DA CONSTITUIÇÃO
FEDERAL. REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-
PROBATÓRIO
JÁ
CARREADO
AOS
AUTOS.
IMPOSSIBILIDADE. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 279/STF.
REPERCUSSÃO GERAL NÃO EXAMINADA EM FACE DE
OUTROS FUNDAMENTOS QUE OBSTAM A ADMISSÃO DO
APELO EXTREMO.
1. A repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o
crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais de
admissibilidade (art. 323 do RISTF). Consectariamente, se o
recurso é inadmissível por outro motivo, não há como se
pretender seja reconhecida “a repercussão geral das questões
constitucionais discutidas no caso” (art. 102, III, § 3º, da CF).
2. A violação reflexa e oblíqua da Constituição Federal
decorrente da necessidade de análise de malferimento de
dispositivo infraconstitucional torna inadmissível o recurso
extraordinário. Precedentes: RE 596.682, Rel. Min. Carlos Britto,
Dje de 21/10/10, e o AI 808.361, Rel. Min. Marco Aurélio, Dje de
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3135645.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 10
Relatório
ARE 684.473 AGR / CE
08/09/10.
3. A Súmula 279/STF dispõe, verbis: “Para simples
reexame de prova não cabe recurso extraordinário”.
4. É que o recurso extraordinário não se presta ao exame
de questões que demandam revolvimento do contexto fático-
probatório dos autos, adstringindo-se à análise da violação
direta da ordem constitucional.
5. In casu, o acórdão recorrido assentou: “APELAÇÃO.
DESRESPEITO A SUPERIOR. CPM, ART. 160. PRELIMINAR
DE INCONSTITUCIONALIDADE. REJEIÇÃO. DOLO.
MENOSCABO À AUTORIDADE DO SUPERIOR. FALTA DE
ACATAMENTO. PRESENÇA DE OUTRO MILITAR.
SENTENÇA CONDENATÓRIA MANTIDA. Não prospera a
aventada preliminar defensiva de não-recepção do art. 160 do
CPM pela Constituição da República, uma vez que o tipo basta
que a falta de respeito ao superior hierárquico ocorra diante de
outro militar, em nítido menoscabo à autoridade, depreciada
em face da falta de acatamento. A conduta descrita no tipo
penal não contém termos vagos, ao revés, é descrita com
exatidão e destina-se à proteção de uma ambiente
hierarquicamente organizado onde desponta o prestígio da
autoridade militar. Amolda-se à figura típica de ‘desrespeito a
superior’ a atitude de militar que lança ameaças veladas a
Oficial, intimidando-o, que fora perceptível ao colega de farda
que presenciaria a exaltação de ânimos. O comportamento é
reprovável porque se externou com elevação, assumindo
nítidos contornos de desapreço e de descrédito à autoridade
militar, não condizentes com a deferência e o respeito devidos
entre militares pertencentes a círculos hierárquicos distintos.
Preliminar de inconstitucionalidade rejeitada, por
unanimidade. No mérito, por unanimidade, desprovido o apelo
defensivo.”
6. NEGO SEGUIMENTO ao agravo de instrumento.
Inconformada com a decisão supra, o agravante interpõe o recurso
fl. 658/664 alegando em síntese que:
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3135645.
Supremo Tribunal Federal
ARE 684.473 AGR / CE
08/09/10.
3. A Súmula 279/STF dispõe, verbis: “Para simples
reexame de prova não cabe recurso extraordinário”.
4. É que o recurso extraordinário não se presta ao exame
de questões que demandam revolvimento do contexto fático-
probatório dos autos, adstringindo-se à análise da violação
direta da ordem constitucional.
5. In casu, o acórdão recorrido assentou: “APELAÇÃO.
DESRESPEITO A SUPERIOR. CPM, ART. 160. PRELIMINAR
DE INCONSTITUCIONALIDADE. REJEIÇÃO. DOLO.
MENOSCABO À AUTORIDADE DO SUPERIOR. FALTA DE
ACATAMENTO. PRESENÇA DE OUTRO MILITAR.
SENTENÇA CONDENATÓRIA MANTIDA. Não prospera a
aventada preliminar defensiva de não-recepção do art. 160 do
CPM pela Constituição da República, uma vez que o tipo basta
que a falta de respeito ao superior hierárquico ocorra diante de
outro militar, em nítido menoscabo à autoridade, depreciada
em face da falta de acatamento. A conduta descrita no tipo
penal não contém termos vagos, ao revés, é descrita com
exatidão e destina-se à proteção de uma ambiente
hierarquicamente organizado onde desponta o prestígio da
autoridade militar. Amolda-se à figura típica de ‘desrespeito a
superior’ a atitude de militar que lança ameaças veladas a
Oficial, intimidando-o, que fora perceptível ao colega de farda
que presenciaria a exaltação de ânimos. O comportamento é
reprovável porque se externou com elevação, assumindo
nítidos contornos de desapreço e de descrédito à autoridade
militar, não condizentes com a deferência e o respeito devidos
entre militares pertencentes a círculos hierárquicos distintos.
Preliminar de inconstitucionalidade rejeitada, por
unanimidade. No mérito, por unanimidade, desprovido o apelo
defensivo.”
6. NEGO SEGUIMENTO ao agravo de instrumento.
Inconformada com a decisão supra, o agravante interpõe o recurso
fl. 658/664 alegando em síntese que:
2
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 10
Relatório
ARE 684.473 AGR / CE
“não há aqui, debate sobre a matéria fático-probatória, se houve
ou não desrespeito a superior preparatório pelo ora agravante, até
porque a expressão ‘desrespeito’ é ampla e carregada de subjetivismo,
dando margem a dúvidas, não sendo possível a análise da matéria
fático-probatória no âmbito do apelo extraordinário”.
O Ministério Público Federal opina no sentido do desprovimento do
agravo regimental.
É o relatório.
3
Supremo Tribunal Federal
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ARE 684.473 AGR / CE
“não há aqui, debate sobre a matéria fático-probatória, se houve
ou não desrespeito a superior preparatório pelo ora agravante, até
porque a expressão ‘desrespeito’ é ampla e carregada de subjetivismo,
dando margem a dúvidas, não sendo possível a análise da matéria
fático-probatória no âmbito do apelo extraordinário”.
O Ministério Público Federal opina no sentido do desprovimento do
agravo regimental.
É o relatório.
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 10
Voto - MIN. LUIZ FUX
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 684.473 CEARÁ
V O T O
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Não assiste razão ao
agravante.
Em suma, os fundamentos da decisão agravada restaram assim
consignados:
DECISÃO: Cuida-se de agravo de instrumento interposto
por ANTONIO CARLOS MAGALHÃES, com fundamento no art. 544
do Código de Processo Civil, com o objetivo de ver reformada a
r. decisão de fls. 608/610 que inadmitiu seu recurso
extraordinário manejado com arrimo na alínea a do permissivo
Constitucional contra acórdão prolatado pelo Superior Tribunal
Militar, ementado nos seguintes termos (fl. 493/494), verbis:
APELAÇÃO. DESRESPEITO A SUPERIOR. CPM, ART.
160. PRELIMINAR DE INCONSTITUCIONALIDADE.
REJEIÇÃO. DOLO. MENOSCABO À AUTORIDADE DO
SUPERIOR. FALTA DE ACATAMENTO. PRESENÇA DE
OUTRO MILITAR. SENTENÇA CONDENATÓRIA MANTIDA.
Não prospera a aventada preliminar defensiva de não-
recepção do art. 160 do CPM pela Constituição da República,
uma vez que o tipo basta que a falta de respeito ao superior
hierárquico ocorra diatne de outro militar, em nítido
menoscabo à autoridade, depreciada em face da falta de
acatamento. A conduta descrita no tipo penal não contém
termos vagos, ao revés, é descrita com exatidão e destina-se à
proteção de uma ambiente hierarquicamente organizado onde
desponta o prestígio da autoridade militar.
Amolda-se à figura típica de ‘desrespeito a superior’ a
atitude de militar que lança ameaças veladas a Oficial,
intimidando-o, que fora perceptível ao colega de farda que
presenciaria a exaltação de ânimos. O comportamento é
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13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 684.473 CEARÁ
V O T O
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Não assiste razão ao
agravante.
Em suma, os fundamentos da decisão agravada restaram assim
consignados:
DECISÃO: Cuida-se de agravo de instrumento interposto
por ANTONIO CARLOS MAGALHÃES, com fundamento no art. 544
do Código de Processo Civil, com o objetivo de ver reformada a
r. decisão de fls. 608/610 que inadmitiu seu recurso
extraordinário manejado com arrimo na alínea a do permissivo
Constitucional contra acórdão prolatado pelo Superior Tribunal
Militar, ementado nos seguintes termos (fl. 493/494), verbis:
APELAÇÃO. DESRESPEITO A SUPERIOR. CPM, ART.
160. PRELIMINAR DE INCONSTITUCIONALIDADE.
REJEIÇÃO. DOLO. MENOSCABO À AUTORIDADE DO
SUPERIOR. FALTA DE ACATAMENTO. PRESENÇA DE
OUTRO MILITAR. SENTENÇA CONDENATÓRIA MANTIDA.
Não prospera a aventada preliminar defensiva de não-
recepção do art. 160 do CPM pela Constituição da República,
uma vez que o tipo basta que a falta de respeito ao superior
hierárquico ocorra diatne de outro militar, em nítido
menoscabo à autoridade, depreciada em face da falta de
acatamento. A conduta descrita no tipo penal não contém
termos vagos, ao revés, é descrita com exatidão e destina-se à
proteção de uma ambiente hierarquicamente organizado onde
desponta o prestígio da autoridade militar.
Amolda-se à figura típica de ‘desrespeito a superior’ a
atitude de militar que lança ameaças veladas a Oficial,
intimidando-o, que fora perceptível ao colega de farda que
presenciaria a exaltação de ânimos. O comportamento é
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 10
Voto - MIN. LUIZ FUX
ARE 684.473 AGR / CE
reprovável porque se externou com elevação, assumindo
nítidos contornos de desapreço e de descrédito à autoridade
militar, não condizentes com a deferência e o respeito devidos
entre militares pertencentes a círculos hierárquicos distintos.
Preliminar de inconstitucionalidade rejeitada, por
unanimidade.
No mérito, por unanimidade, desprovido o apelo
defensivo.
Os embargos de declaração opostos foram rejeitados.
Nas razões do apelo extremo, sustenta a preliminar de
repercussão geral e, no mérito, alega violação ao artigo 5º,
XXXIX, da Constituição Federal.
O Tribunal a quo negou seguimento ao apelo extremo sob
o fundamento de que não houve prequestionamento, além do
necessário reexame conjunto fático-probatório.
É o Relatório. DECIDO.
Ab initio, a repercussão geral pressupõe recurso admissível
sob o crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais
de admissibilidade (art. 323 do RISTF). Consectariamente, se o
recurso é inadmissível por outro motivo, não há como se
pretender seja reconhecida “a repercussão geral das questões
constitucionais discutidas no caso” (art. 102, III, § 3º, da CF).
Quanto ao mérito, melhor sorte não socorre ao agravante.
A violação constitucional dependente da análise de
malferimento de dispositivo infraconstitucional encerra
violação reflexa e oblíqua, tornando inadmissível o recurso
extraordinário. Nesse sentido: RE 596.682, Rel. Min. Carlos
Britto, Dje de 21/10/10, e AI 808.361, Rel. Min. Marco Aurélio,
Dje de 08/09/10, entre outros.
Por fim, não se revela cognoscível, em sede de Recurso
Extraordinário, a insurgência que tem como escopo o
incursionamento no contexto fático-probatório engendrado nos
autos, porquanto referida pretensão não se amolda à estreita via
do apelo extremo, cujo conteúdo restringe-se a fundamentação
vinculada de discussão eminentemente de direito e, portanto,
não servil ao exame de questões que demandam o revolvimento
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ARE 684.473 AGR / CE
reprovável porque se externou com elevação, assumindo
nítidos contornos de desapreço e de descrédito à autoridade
militar, não condizentes com a deferência e o respeito devidos
entre militares pertencentes a círculos hierárquicos distintos.
Preliminar de inconstitucionalidade rejeitada, por
unanimidade.
No mérito, por unanimidade, desprovido o apelo
defensivo.
Os embargos de declaração opostos foram rejeitados.
Nas razões do apelo extremo, sustenta a preliminar de
repercussão geral e, no mérito, alega violação ao artigo 5º,
XXXIX, da Constituição Federal.
O Tribunal a quo negou seguimento ao apelo extremo sob
o fundamento de que não houve prequestionamento, além do
necessário reexame conjunto fático-probatório.
É o Relatório. DECIDO.
Ab initio, a repercussão geral pressupõe recurso admissível
sob o crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais
de admissibilidade (art. 323 do RISTF). Consectariamente, se o
recurso é inadmissível por outro motivo, não há como se
pretender seja reconhecida “a repercussão geral das questões
constitucionais discutidas no caso” (art. 102, III, § 3º, da CF).
Quanto ao mérito, melhor sorte não socorre ao agravante.
A violação constitucional dependente da análise de
malferimento de dispositivo infraconstitucional encerra
violação reflexa e oblíqua, tornando inadmissível o recurso
extraordinário. Nesse sentido: RE 596.682, Rel. Min. Carlos
Britto, Dje de 21/10/10, e AI 808.361, Rel. Min. Marco Aurélio,
Dje de 08/09/10, entre outros.
Por fim, não se revela cognoscível, em sede de Recurso
Extraordinário, a insurgência que tem como escopo o
incursionamento no contexto fático-probatório engendrado nos
autos, porquanto referida pretensão não se amolda à estreita via
do apelo extremo, cujo conteúdo restringe-se a fundamentação
vinculada de discussão eminentemente de direito e, portanto,
não servil ao exame de questões que demandam o revolvimento
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Supremo Tribunal Federal
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Voto - MIN. LUIZ FUX
ARE 684.473 AGR / CE
do arcabouço fático-probatório dos autos, face ao óbice erigido
pela Súmula 279/STF de seguinte teor, verbis: “Para simples
reexame de prova não cabe recurso extraordinário”.
Sob esse enfoque, ressoa inequívoca a vocação para o
insucesso do apelo extremo, por força do óbice intransponível
do verbete sumular supra, que veda a esta Suprema Corte, em
sede de recurso extraordinário, sindicar matéria fática.
Por oportuno, vale destacar preciosa lição de Roberto
Rosas acerca da Súmula n. 279/STF, qual seja:
“Chiovenda nos dá os limites da distinção entre questão
de fato e questão de direito. A questão de fato consiste em
verificar se existem as circunstâncias com base nas quais deve o
juiz, de acordo com a lei, considerar existentes determinados
fatos concretos. A questão de direito consiste na focalização,
primeiro, se a norma, a que o autor se refere, existe, como
norma abstrata (Instituições de Direito Processual, 2a ed., v.
I/175).
Não é estranha a qualificação jurídica dos fatos dados
como provados ( RT 275/884 e 226/583). Já se refere a matéria de
fato quando a decisão assenta no processo de livre
convencimento do julgador (RE 64.051, Rel. Min. Djaci Falcão,
RTJ 47/276); não cabe o recurso extraordinário quando o
acórdão recorrido deu determinada qualificação jurídica a fatos
delituosos e se pretende atribuir aos mesmos fatos outra
configuração, quando essa pretensão exige reexame de provas
(ERE 58.714, Relator para o acórdão o Min. Amaral Santos, RTJ
46/821). No processo penal, a verificação entre a qualificação de
motivo fútil ou estado de embriaguez para a apenação importa
matéria de fato, insuscetível de reexame no recurso
extraordinário (RE 63.226, Rel. Min. Eloy da Rocha, RTJ 46/666).
A Súmula 279 é peremptória: Para simples reexame de
prova não cabe recurso extraordinário. Não se vislumbraria a
existência da questão federal motivadora do recurso
extraordinário. O juiz dá a valoração mais conveniente aos
elementos probatórios, atendendo aos fatos e circunstâncias
constantes dos autos, ainda que não alegados pelas partes. Não
3
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ARE 684.473 AGR / CE
do arcabouço fático-probatório dos autos, face ao óbice erigido
pela Súmula 279/STF de seguinte teor, verbis: “Para simples
reexame de prova não cabe recurso extraordinário”.
Sob esse enfoque, ressoa inequívoca a vocação para o
insucesso do apelo extremo, por força do óbice intransponível
do verbete sumular supra, que veda a esta Suprema Corte, em
sede de recurso extraordinário, sindicar matéria fática.
Por oportuno, vale destacar preciosa lição de Roberto
Rosas acerca da Súmula n. 279/STF, qual seja:
“Chiovenda nos dá os limites da distinção entre questão
de fato e questão de direito. A questão de fato consiste em
verificar se existem as circunstâncias com base nas quais deve o
juiz, de acordo com a lei, considerar existentes determinados
fatos concretos. A questão de direito consiste na focalização,
primeiro, se a norma, a que o autor se refere, existe, como
norma abstrata (Instituições de Direito Processual, 2a ed., v.
I/175).
Não é estranha a qualificação jurídica dos fatos dados
como provados ( RT 275/884 e 226/583). Já se refere a matéria de
fato quando a decisão assenta no processo de livre
convencimento do julgador (RE 64.051, Rel. Min. Djaci Falcão,
RTJ 47/276); não cabe o recurso extraordinário quando o
acórdão recorrido deu determinada qualificação jurídica a fatos
delituosos e se pretende atribuir aos mesmos fatos outra
configuração, quando essa pretensão exige reexame de provas
(ERE 58.714, Relator para o acórdão o Min. Amaral Santos, RTJ
46/821). No processo penal, a verificação entre a qualificação de
motivo fútil ou estado de embriaguez para a apenação importa
matéria de fato, insuscetível de reexame no recurso
extraordinário (RE 63.226, Rel. Min. Eloy da Rocha, RTJ 46/666).
A Súmula 279 é peremptória: Para simples reexame de
prova não cabe recurso extraordinário. Não se vislumbraria a
existência da questão federal motivadora do recurso
extraordinário. O juiz dá a valoração mais conveniente aos
elementos probatórios, atendendo aos fatos e circunstâncias
constantes dos autos, ainda que não alegados pelas partes. Não
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 10
Voto - MIN. LUIZ FUX
ARE 684.473 AGR / CE
se confunda com o critério legal da valorização da prova (RTJ
37/480, 56/65) (Pestana de Aguiar, Comentários ao Código de
Processo Civil, 2a ed., v. VI/40, Ed. RT; Castro Nunes, Teoria e
Prática do Poder Judiciário, 1943, p. 383). V. Súmula 7 do STJ”.
(in, Direito Sumular, 14ª ed. São Paulo, Malheiros).
Ex positis,
NEGO SEGUIMENTO ao agravo de
instrumento, com fundamento no artigo 21, § 1º, do RISTF.
Em que pesem os argumentos expendidos nas razões de agravar,
resta evidenciado das razões recursais que o agravante não trouxe
nenhum argumento capaz de infirmar a decisão hostilizada, razão pela
qual a mesma deve ser mantida por seus próprios fundamentos.
Ex positis, nego provimento ao agravo regimental.
É como voto.
4
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ARE 684.473 AGR / CE
se confunda com o critério legal da valorização da prova (RTJ
37/480, 56/65) (Pestana de Aguiar, Comentários ao Código de
Processo Civil, 2a ed., v. VI/40, Ed. RT; Castro Nunes, Teoria e
Prática do Poder Judiciário, 1943, p. 383). V. Súmula 7 do STJ”.
(in, Direito Sumular, 14ª ed. São Paulo, Malheiros).
Ex positis,
NEGO SEGUIMENTO ao agravo de
instrumento, com fundamento no artigo 21, § 1º, do RISTF.
Em que pesem os argumentos expendidos nas razões de agravar,
resta evidenciado das razões recursais que o agravante não trouxe
nenhum argumento capaz de infirmar a decisão hostilizada, razão pela
qual a mesma deve ser mantida por seus próprios fundamentos.
Ex positis, nego provimento ao agravo regimental.
É como voto.
4
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 10
Decisão de Julgamento
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 684.473
PROCED. : CEARÁ
RELATOR : MIN. LUIZ FUX
AGTE.(S) : ANTONIO CARLOS MAGALHÃES
PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO MILITAR
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos
termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro
Dias Toffoli. 1ª Turma, 13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Wagner Mathias.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
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documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3126405
Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 684.473
PROCED. : CEARÁ
RELATOR : MIN. LUIZ FUX
AGTE.(S) : ANTONIO CARLOS MAGALHÃES
PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO MILITAR
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos
termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro
Dias Toffoli. 1ª Turma, 13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Wagner Mathias.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3126405
Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 10
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3140819 | 2012-11-13T00:00:00 | 2012-11-29T00:00:00 | A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 13.11.2012. | AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO | Ementa: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. MILITAR E PROCESSUAL PENAL MILITAR. DESRESPEITO A SUPERIOR. CPM, ART. 160. COMPROVAÇÃO DE AUTORIA E MATERIALIDADE. OFENSA REFLEXA AO TEXTO DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO JÁ CARREADO AOS AUTOS. IMPOSSIBILIDADE. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 279/STF. REPERCUSSÃO GERAL NÃO EXAMINADA EM FACE DE OUTROS FUNDAMENTOS QUE OBSTAM A ADMISSÃO DO APELO EXTREMO.
1. A violação indireta ou reflexa das regras constitucionais não enseja recurso extraordinário. Precedentes: AI n. 738.145 - AgR, Rel. Min. CELSO DE MELLO, 2ª Turma, DJ 25.02.11; AI n. 482.317-AgR, Rel. Min. ELLEN GRACIE, 2ª Turma DJ 15.03.11; AI n. 646.103-AgR, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, 1ª Turma, DJ 18.03.11.
2. A Súmula 279/STF dispõe verbis: Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário.
3. É que o recurso extraordinário não se presta ao exame de questões que demandam revolvimento do contexto fático-probatório dos autos, adstringindo-se à análise da violação direta da ordem constitucional.
4. In casu, o acórdão originariamente recorrido assentou: “APELAÇÃO. DESRESPEITO A SUPERIOR. CPM, ART. 160. PRELIMINAR DE INCONSTITUCIONALIDADE. REJEIÇÃO. DOLO. MENOSCABO À AUTORIDADE DO SUPERIOR. FALTA DE ACATAMENTO. PRESENÇA DE OUTRO MILITAR. SENTENÇA CONDENATÓRIA MANTIDA. Não prospera a aventada preliminar defensiva de não-recepção do art. 160 do CPM pela Constituição da República, uma vez que o tipo basta que a falta de respeito ao superior hierárquico ocorra diante de outro militar, em nítido menoscabo à autoridade, depreciada em face da falta de acatamento. A conduta descrita no tipo penal não contém termos vagos, ao revés, é descrita com exatidão e destina-se à proteção de uma ambiente hierarquicamente organizado onde desponta o prestígio da autoridade militar. Amolda-se à figura típica de ‘desrespeito a superior’ a atitude de militar que lança ameaças veladas a Oficial, intimidando-o, que fora perceptível ao colega de farda que presenciaria a exaltação de ânimos. O comportamento é reprovável porque se externou com elevação, assumindo nítidos contornos de desapreço e de descrédito à autoridade militar, não condizentes com a deferência e o respeito devidos entre militares pertencentes a círculos hierárquicos distintos. Preliminar de inconstitucionalidade rejeitada, por unanimidade. No mérito, por unanimidade, desprovido o apelo defensivo.”
5. Agravo regimental desprovido. | sjur220157 | - Acórdão (s) citado (s):
(OFENSA REFLEXA)
STF: AI 738145 AgR (2ªT), AI 482317 AgR (2ªT), AI 646103 AgR (1ªT).
Número de páginas: 10.
Análise: 05/12/2012, BMB. | LUIZ FUX | Primeira Turma | 684473 | [
"LEG-FED DEL-001001 ANO-1969\r\n ART-00160 \r\n CPM-1969 CÓDIGO PENAL MILITAR\r\n\r\n",
"LEG-FED SUMSTF-000279 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF"
] | ARE-AgR | acordaos | ARE 684473 AgR | [
""
] | AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO MILITAR
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA
PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
AGTE.(S) : ANTONIO CARLOS MAGALHÃES | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 684 . 473",
"SÚMULA 279 / STF",
"AI n . 738 . 145 - AgR",
"AI n . 482 . 317 - AgR",
"AI n . 646 . 103 - AgR",
"Súmula 279 / STF",
"ARE 684 . 473 AGR / CE",
"ARE 684 . 473 AGR / CE",
"SÚMULA 279 / STF",
"RE 596 . 682",
"AI 808 . 361",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 684 . 473",
"SÚMULA 279 / STF",
"RE 596 . 682",
"AI 808 . 361",
"ARE 684 . 473 AGR / CE",
"Súmula 279 / STF",
"ARE 684 . 473 AGR / CE",
"Súmula 279 / STF",
"ARE 684 . 473 AGR / CE",
"ARE 684 . 473",
"ARE 684 . 473 AGR",
"RE 596 . 682",
"AI 808 . 361",
"ARE 684 . 473 AGR",
"RE 596 . 682",
"AI 808 . 361",
"ARE 684 . 473 AGR / CE",
"Súmula 279 / STF",
"Súmula n . 279 / STF",
"RT 275 / 884",
"226",
"/",
"583",
"RE 64 . 051",
"RTJ 47 / 276",
"ERE 58 . 714",
"RTJ 46 / 821",
"RE 63 . 226",
"RTJ 46 / 666",
"ARE 684 . 473 AGR /",
"Súmula 279 / STF",
"Súmula n . 279 / STF",
"RT 275 / 884",
"226",
"/",
"583",
"RE 64 . 051",
"ERE 58 . 714",
"RE 63 . 226",
"ARE 684 . 473 AGR",
"RTJ 37 / 480",
"Súmula 7 do STJ",
"ARE 684 . 473 AGR / CE",
"RTJ 37 / 480",
"Súmula 7 do STJ"
],
"LEGISLACAO": [
"CPM",
"CPM , ART . 160",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 160 do CPM",
"Constituição da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 160 do CPM",
"Constituição da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"CPM , ART . 160",
"art",
"art . 102 , III , § [UNK] , da CF",
"Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"CPM , ART . 160",
"art . 323 do RISTF",
"art . 102 , III , § [UNK] , da CF",
"Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"CPM , ART . 160",
"art . 160 do CPM",
"Constituição da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"CPM , ART . 160",
"art . 160 do CPM",
"Constituição da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 544 do Código de Processo Civil",
"alínea a do permissivo Constitucional",
"CPM , ART . 160",
"art . 160 do CPM",
"Constituição da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 544 do Código de Processo Civil",
"CPM , ART . 160",
"art . 160 do CPM",
"Constituição da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo [UNK] , XXXIX , da Constituição Federal",
"art",
"art . 102 , III , § [UNK] , da CF",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo [UNK] , XXXIX , da Constituição Federal",
"art . 323 do RISTF",
"art . 102 , III , § [UNK] , da CF",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Código de Processo Civil",
"artigo 21 , § [UNK] , do RISTF",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Código de",
"artigo 21 , § [UNK] , do RISTF",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"CEARÁ",
"Brasília",
"Brasília",
"CEARÁ",
"CEARÁ",
"CEARÁ",
"São Paulo",
"São Paulo",
"CEARÁ",
"CEARÁ"
],
"ORGANIZACAO": [
"PRIMEIRA TURMA",
"MINISTÉRIO PÚBLICO MILITAR",
"[UNK] Turma",
"[UNK] Turma",
"[UNK] Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"MINISTÉRIO PÚBLICO MILITAR",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"MINISTÉRIO PÚBLICO MILITAR",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Ministério Público Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Ministério Público Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"Superior Tribunal Militar",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Superior Tribunal Militar",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"/",
"CE",
"Poder Judiciário",
"Malheiros",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"RT",
"Malheiros",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"MINISTÉRIO PÚBLICO MILITAR",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"MINISTÉRIO PÚBLICO MILITAR",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"LUIZ FUX",
"ANTONIO CARLOS MAGALHÃES",
"CELSO DE MELLO",
"ELLEN",
"GRACIE",
"CÁRMEN LÚCIA",
"Dias Toffoli",
"LUIZ FUX",
"Dias Toffoli",
"LUIZ FUX",
"LUIZ FUX",
"ANTONIO CARLOS MAGALHÃES",
"LUIZ FUX",
"ANTONIO CARLOS MAGALHÃES",
"Carlos Britto",
"Marco Aurélio",
"LUIZ FUX",
"ANTONIO CARLOS MAGALHÃES",
"LUIZ FUX",
"ANTONIO CARLOS MAGALHÃES",
"Carlos Britto",
"Marco Aurélio",
"LUIZ FUX",
"LUIZ FUX",
"ANTONIO CARLOS MAGALHÃES",
"LUIZ FUX",
"ANTONIO CARLOS MAGALHÃES",
"LUIZ FUX",
"Carlos Britto",
"Marco Aurélio",
"Carlos Britto",
"Marco Aurélio",
"LUIZ FUX",
"Roberto Rosas",
"Djaci Falcão",
"Amaral Santos",
"Eloy da Rocha",
"Roberto Rosas",
"“",
"Djaci Falcão",
"Amaral Santos",
"Eloy da Rocha",
"LUIZ FUX",
"Pestana de Aguiar",
"Castro Nunes",
"Pestana de Aguiar",
"Castro Nunes",
"LUIZ FUX",
"ANTONIO CARLOS MAGALHÃES",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Wagner Mathias",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza",
"LUIZ FUX",
"ANTONIO CARLOS MAGALHÃES",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Wagner Mathias",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza"
],
"TEMPO": [
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"25",
".",
"02",
".",
"11",
"15",
".",
"03",
".",
"11",
"18",
".",
"03",
".",
"11",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"29",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"13 de novembro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13 de novembro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"21",
"/",
"10",
"/",
"10",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"21",
"/",
"10",
"/",
"10",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"08",
"/",
"09",
"/",
"10",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"08",
"/",
"09",
"/",
"10",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"21",
"/",
"10",
"/",
"10",
"08",
"/",
"09",
"/",
"10",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"21",
"/",
"10",
"/",
"10",
"08",
"/",
"09",
"/",
"10",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"1943",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"1943",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.342 RIO DE
JANEIRO
RELATORA
: MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S)
:CONCESSIONARIA DA PONTE RIO NITEROI S/A
ADV.(A/S)
:LUCIANA TAKITO TORTIMA E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:MARIA
BEATRIZ
DA
SILVA
MIGUEL
REPRESENTADA POR MARIA ZENITE DA SILVA E
OUTRO(A/S)
ADV.(A/S)
:ED WILSON SANTOS DE OLIVEIRA
INTDO.(A/S)
:F A DISTRIBUIDORA DE MINERAIS LTDA
ADV.(A/S)
:PAULINO GONÇALVES MOREIRA LEITE NETO E
OUTRO(A/S)
INTDO.(A/S)
:BRADESCO AUTO/RE COMPANHIA DE SEGUROS
ADV.(A/S)
:JEAN CARLOS DE ALBUQUERQUE GOMES E
OUTRO(A/S)
INTDO.(A/S)
:YOLANDA DE FIGUEIREDO ALVARES
ADV.(A/S)
:SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
EMENTA:
AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. RESPONSABILIDADE CIVIL
OBJETIVA. CONCESSIONÁRIA DE SERVIÇO PÚBLICO. CONDUTA
OMISSIVA. ACÓRDÃO FUNDAMENTADO NO CONJUNTO
PROBATÓRIO. SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL.
AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do
Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a Presidência do
Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamento e
das notas taquigráficas, à unanimidade, em negar provimento ao agravo
regimental no recurso extraordinário com agravo, nos termos do voto da
Relatora. Ausentes, justificadamente, os Ministros Celso de Mello e
Joaquim Barbosa.
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3139376.
Supremo Tribunal Federal
DJe 07/12/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 10
Ementa e Acórdão
ARE 711.342 AGR / RJ
Brasília, 13 de novembro de 2012.
Ministra CÁRMEN LÚCIA - Relatora
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
ARE 711.342 AGR / RJ
Brasília, 13 de novembro de 2012.
Ministra CÁRMEN LÚCIA - Relatora
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 10
Relatório
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.342 RIO DE
JANEIRO
RELATORA
: MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S)
:CONCESSIONARIA DA PONTE RIO NITEROI S/A
ADV.(A/S)
:LUCIANA TAKITO TORTIMA E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:MARIA
BEATRIZ
DA
SILVA
MIGUEL
REPRESENTADA POR MARIA ZENITE DA SILVA E
OUTRO(A/S)
ADV.(A/S)
:ED WILSON SANTOS DE OLIVEIRA
INTDO.(A/S)
:F A DISTRIBUIDORA DE MINERAIS LTDA
ADV.(A/S)
:PAULINO GONÇALVES MOREIRA LEITE NETO E
OUTRO(A/S)
INTDO.(A/S)
:BRADESCO AUTO/RE COMPANHIA DE SEGUROS
ADV.(A/S)
:JEAN CARLOS DE ALBUQUERQUE GOMES E
OUTRO(A/S)
INTDO.(A/S)
:YOLANDA DE FIGUEIREDO ALVARES
ADV.(A/S)
:SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
R E L A T Ó R I O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora):
1. Em 5 de outubro de 2012, neguei seguimento ao agravo nos autos
do recurso extraordinário interposto pela Concessionária da Ponte Rio
Niterói S/A contra julgado do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, que
manteve sentença de condenação ao pagamento de indenização por
danos decorrentes de acidente de trânsito. A decisão agravada teve a
seguinte fundamentação:
“5. Razão jurídica não assiste à Agravante.
6. O Desembargador Relator Edson Vasconcelos afirmou:
“A questão controvertida diz respeito à responsabilidade civil de
concessionária de serviço público por acidente de usuário do serviço
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Supremo Tribunal Federal
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.342 RIO DE
JANEIRO
RELATORA
: MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S)
:CONCESSIONARIA DA PONTE RIO NITEROI S/A
ADV.(A/S)
:LUCIANA TAKITO TORTIMA E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:MARIA
BEATRIZ
DA
SILVA
MIGUEL
REPRESENTADA POR MARIA ZENITE DA SILVA E
OUTRO(A/S)
ADV.(A/S)
:ED WILSON SANTOS DE OLIVEIRA
INTDO.(A/S)
:F A DISTRIBUIDORA DE MINERAIS LTDA
ADV.(A/S)
:PAULINO GONÇALVES MOREIRA LEITE NETO E
OUTRO(A/S)
INTDO.(A/S)
:BRADESCO AUTO/RE COMPANHIA DE SEGUROS
ADV.(A/S)
:JEAN CARLOS DE ALBUQUERQUE GOMES E
OUTRO(A/S)
INTDO.(A/S)
:YOLANDA DE FIGUEIREDO ALVARES
ADV.(A/S)
:SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
R E L A T Ó R I O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora):
1. Em 5 de outubro de 2012, neguei seguimento ao agravo nos autos
do recurso extraordinário interposto pela Concessionária da Ponte Rio
Niterói S/A contra julgado do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, que
manteve sentença de condenação ao pagamento de indenização por
danos decorrentes de acidente de trânsito. A decisão agravada teve a
seguinte fundamentação:
“5. Razão jurídica não assiste à Agravante.
6. O Desembargador Relator Edson Vasconcelos afirmou:
“A questão controvertida diz respeito à responsabilidade civil de
concessionária de serviço público por acidente de usuário do serviço
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3139377.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 10
Relatório
ARE 711.342 AGR / RJ
em razão de colisão com automóvel avariado na via de rolamento.
Da análise do acervo probatório coligido aos autos do processo,
possível imputar à segunda apelante conduta ensejadora do evento que
vitimou fatalmente o companheiro e genitor da primeira e segunda
autoras, respectivamente.
O Código de Defesa do Consumidor foi instituído pela Lei nº
8.078/90 (…) A relação mantida entre a vítima e a apelante, que deve
ser estendida às autoras do conceito de consumidor ter sido ampliado
pelo art. 17 daquele diploma, que equipara todo aquele que for vítima
da relação de consumo, ainda que dela não tenha participado, mas seja
atingida pela falha na prestação de serviço, assegurando o
ressarcimento dos danos causados” (fls. 581-582).
7. O Tribunal a quo apreciou a matéria à luz dos fatos e das
provas constantes dos autos.
Concluir de forma diversa do que decidido demandaria o
reexame do conjunto fático-probatório, procedimento que não pode ser
validamente adotado em recurso extraordinário. Incide na espécie a
Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal. Nesse sentido:
“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO DE
INSTRUMENTO. CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL.
PROCESSUAL
CIVIL.
RESPONSABILIDADE
CIVIL.
INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS.
NECESSIDADE DE REEXAME DE FATOS E PROVAS.
SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL.
AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO”
(AI 778.295-ED, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe
14.6.2012).
“Agravo regimental em recurso extraordinário com agravo. 2.
Lesão corporal. Menores sob custódia do Estado. FEBEM. Incêndio 3.
Responsabilidade objetiva do Estado. Art. 37, § 6º, da Constituição
Federal. Dever do Estado, na condição de garante, de zelar pela
integridade física dos custodiados. Precedentes do STF. 3. Discussão
acerca da existência ou não de culpa exclusiva das vítimas.
Necessidade do reexame do conjunto fático-probatório. Súmula 279. 4.
Ausência de argumentos capazes de infirmar a decisão agravada. 5.
Agravo regimental a que se nega provimento” (ARE 669.001-AgR,
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3139377.
Supremo Tribunal Federal
ARE 711.342 AGR / RJ
em razão de colisão com automóvel avariado na via de rolamento.
Da análise do acervo probatório coligido aos autos do processo,
possível imputar à segunda apelante conduta ensejadora do evento que
vitimou fatalmente o companheiro e genitor da primeira e segunda
autoras, respectivamente.
O Código de Defesa do Consumidor foi instituído pela Lei nº
8.078/90 (…) A relação mantida entre a vítima e a apelante, que deve
ser estendida às autoras do conceito de consumidor ter sido ampliado
pelo art. 17 daquele diploma, que equipara todo aquele que for vítima
da relação de consumo, ainda que dela não tenha participado, mas seja
atingida pela falha na prestação de serviço, assegurando o
ressarcimento dos danos causados” (fls. 581-582).
7. O Tribunal a quo apreciou a matéria à luz dos fatos e das
provas constantes dos autos.
Concluir de forma diversa do que decidido demandaria o
reexame do conjunto fático-probatório, procedimento que não pode ser
validamente adotado em recurso extraordinário. Incide na espécie a
Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal. Nesse sentido:
“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO DE
INSTRUMENTO. CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL.
PROCESSUAL
CIVIL.
RESPONSABILIDADE
CIVIL.
INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS.
NECESSIDADE DE REEXAME DE FATOS E PROVAS.
SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL.
AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO”
(AI 778.295-ED, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe
14.6.2012).
“Agravo regimental em recurso extraordinário com agravo. 2.
Lesão corporal. Menores sob custódia do Estado. FEBEM. Incêndio 3.
Responsabilidade objetiva do Estado. Art. 37, § 6º, da Constituição
Federal. Dever do Estado, na condição de garante, de zelar pela
integridade física dos custodiados. Precedentes do STF. 3. Discussão
acerca da existência ou não de culpa exclusiva das vítimas.
Necessidade do reexame do conjunto fático-probatório. Súmula 279. 4.
Ausência de argumentos capazes de infirmar a decisão agravada. 5.
Agravo regimental a que se nega provimento” (ARE 669.001-AgR,
2
Supremo Tribunal Federal
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Relatório
ARE 711.342 AGR / RJ
Rel. Min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJe 14.5.2012).
9. Além disso, este Supremo Tribunal Federal assentou que a
alegação de contrariedade ao art. 5º, inc. II, da Constituição da
República, se dependente do exame da legislação infraconstitucional
(na espécie vertente, Código de Defesa do Consumidor), não viabiliza
o recurso extraordinário, pois eventual ofensa constitucional seria
indireta. Incide na espécie a Súmula n. 636 do Supremo Tribunal
Federal. Nesse sentido:
“AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. DIREITO DO
CONSUMIDOR. NULIDADE DE CLÁUSULA CONTRATUAL.
SEGURO DE VIDA. CARÁTER ABUSIVO. 1. Alegada
contrariedade ao princípio constitucional da legalidade. Súmula n.
636 do Supremo Tribunal Federal. 2. Análise de cláusulas contratuais
e reexame de fatos e provas. Súmulas n. 454 e 279 do Supremo
Tribunal. 3. Agravo regimental ao qual se nega provimento” (ARE
690.895-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 19.9.2012).
(...)
Nada há, pois, a prover quanto às alegações da Agravante.
10. Pelo exposto, nego seguimento ao agravo (art. 544, § 4º, inc.
II, alínea a, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento
Interno do Supremo Tribunal Federal)” (fls. 720-725).
2. Publicada essa decisão no DJe de 19.10.2012, interpõe a
Concessionária da Ponte Rio Niterói S/A, em 23.10.2012,
tempestivamente, agravo regimental (fls. 728-735, 737-744).
3. Afirma a Agravante que “a discussão cinge-se à responsabilidade da
Agravante preconizada na Constituição Federal (…) a relação discutida nos
autos não está adstrita às regras consumeristas. (…) não é qualquer dano
supostamente relacionado ao Estado que caracteriza esse tipo de responsabilidade.
O Código Civil é expresso em exigir uma conduta comissiva do agente estatal. Se
o fato não foi praticado por um agente público (mesmo que por equiparação), a
responsabilidade a ser discutida é a subjetiva, e não a objetiva. Desta maneira, a
responsabilidade a ser imputada à Agravante é subjetiva. Primeiro porque o dano
3
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ARE 711.342 AGR / RJ
Rel. Min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJe 14.5.2012).
9. Além disso, este Supremo Tribunal Federal assentou que a
alegação de contrariedade ao art. 5º, inc. II, da Constituição da
República, se dependente do exame da legislação infraconstitucional
(na espécie vertente, Código de Defesa do Consumidor), não viabiliza
o recurso extraordinário, pois eventual ofensa constitucional seria
indireta. Incide na espécie a Súmula n. 636 do Supremo Tribunal
Federal. Nesse sentido:
“AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. DIREITO DO
CONSUMIDOR. NULIDADE DE CLÁUSULA CONTRATUAL.
SEGURO DE VIDA. CARÁTER ABUSIVO. 1. Alegada
contrariedade ao princípio constitucional da legalidade. Súmula n.
636 do Supremo Tribunal Federal. 2. Análise de cláusulas contratuais
e reexame de fatos e provas. Súmulas n. 454 e 279 do Supremo
Tribunal. 3. Agravo regimental ao qual se nega provimento” (ARE
690.895-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 19.9.2012).
(...)
Nada há, pois, a prover quanto às alegações da Agravante.
10. Pelo exposto, nego seguimento ao agravo (art. 544, § 4º, inc.
II, alínea a, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento
Interno do Supremo Tribunal Federal)” (fls. 720-725).
2. Publicada essa decisão no DJe de 19.10.2012, interpõe a
Concessionária da Ponte Rio Niterói S/A, em 23.10.2012,
tempestivamente, agravo regimental (fls. 728-735, 737-744).
3. Afirma a Agravante que “a discussão cinge-se à responsabilidade da
Agravante preconizada na Constituição Federal (…) a relação discutida nos
autos não está adstrita às regras consumeristas. (…) não é qualquer dano
supostamente relacionado ao Estado que caracteriza esse tipo de responsabilidade.
O Código Civil é expresso em exigir uma conduta comissiva do agente estatal. Se
o fato não foi praticado por um agente público (mesmo que por equiparação), a
responsabilidade a ser discutida é a subjetiva, e não a objetiva. Desta maneira, a
responsabilidade a ser imputada à Agravante é subjetiva. Primeiro porque o dano
3
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Relatório
ARE 711.342 AGR / RJ
não foi causado por qualquer de seus agentes. Ademais, a conduta a ela atribuída
é omissiva – e não comissiva” (fl. 739).
Sustenta que “nas circunstâncias em que ocorreu o acidente a Agravante é
efetivamente irresponsável. Examine-se. Considerando a ocorrência de evento
instantâneo – colisão de moto imediatamente após a parada do caminhão –
impossível à Agravante obstar o acidente. Trata-se de providência descabida e
inviável, que, se exigida fosse, lhe acarretaria a função de seguradora universal e
irrestrita (…) Não houve, pois, por parte da Agravante, negligência, imperícia ou
imprudência. Daí se concluir que, considerando a natureza subjetiva da
responsabilidade por conduta omissiva, a Agravante não se obriga, perante as
Agravadas, ao dever de reparação” (fl. 741).
Requer a reconsideração da decisão agravada ou o provimento do
presente recurso.
É o relatório.
4
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não foi causado por qualquer de seus agentes. Ademais, a conduta a ela atribuída
é omissiva – e não comissiva” (fl. 739).
Sustenta que “nas circunstâncias em que ocorreu o acidente a Agravante é
efetivamente irresponsável. Examine-se. Considerando a ocorrência de evento
instantâneo – colisão de moto imediatamente após a parada do caminhão –
impossível à Agravante obstar o acidente. Trata-se de providência descabida e
inviável, que, se exigida fosse, lhe acarretaria a função de seguradora universal e
irrestrita (…) Não houve, pois, por parte da Agravante, negligência, imperícia ou
imprudência. Daí se concluir que, considerando a natureza subjetiva da
responsabilidade por conduta omissiva, a Agravante não se obriga, perante as
Agravadas, ao dever de reparação” (fl. 741).
Requer a reconsideração da decisão agravada ou o provimento do
presente recurso.
É o relatório.
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Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.342 RIO DE
JANEIRO
V O T O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora):
1. Razão jurídica não assiste à Agravante.
2. Consta do acórdão recorrido:
“Da análise do acervo probatório coligido aos autos do processo,
possível imputar à segunda apelante conduta ensejadora do evento que
vitimou fatalmente o companheiro e genitor da primeira e segunda
autoras, respectivamente. (…) A prova testemunhal produzida foi
firme no sentido de haver ocorrido a colisão da motocicleta na parte
traseira do caminhão, sendo certo que um de seus ocupantes efetuava
precária sinalização para suprir a falha do dever de informação aos
usuários pela segunda apelante. A hipótese em exame comporta
aplicação da responsabilidade objetiva da apelante (…) Esta
exatamente a relação mantida entre a vítima e a apelante
[relação de
consumo]
, que deve ser estendida às autoras diante do conceito de
consumidor ter sido ampliado pelo art. 17 daquele diploma
[Código
de Defesa do Consumidor], que equipara todo aquele que for vítima
da relação de consumo, ainda que dela não tenha participado, mas seja
atingido pela falha na prestação do serviço, assegurando o
ressarcimento dos danos causados. (…) Desta forma, bem fixada a
responsabilidade da segunda apelante pelo evento danoso capaz de
excluir qualquer causa excludente de responsabilidade por manifesta
ausência de provas neste sentido” (fls. 581-585 – grifos nossos).
Como afirmado na decisão agravada, o acórdão recorrido
fundamentou-se no conjunto probatório e na legislação
infraconstitucional, especificamente o Código de Defesa do Consumidor.
Supremo Tribunal Federal
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13/11/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.342 RIO DE
JANEIRO
V O T O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora):
1. Razão jurídica não assiste à Agravante.
2. Consta do acórdão recorrido:
“Da análise do acervo probatório coligido aos autos do processo,
possível imputar à segunda apelante conduta ensejadora do evento que
vitimou fatalmente o companheiro e genitor da primeira e segunda
autoras, respectivamente. (…) A prova testemunhal produzida foi
firme no sentido de haver ocorrido a colisão da motocicleta na parte
traseira do caminhão, sendo certo que um de seus ocupantes efetuava
precária sinalização para suprir a falha do dever de informação aos
usuários pela segunda apelante. A hipótese em exame comporta
aplicação da responsabilidade objetiva da apelante (…) Esta
exatamente a relação mantida entre a vítima e a apelante
[relação de
consumo]
, que deve ser estendida às autoras diante do conceito de
consumidor ter sido ampliado pelo art. 17 daquele diploma
[Código
de Defesa do Consumidor], que equipara todo aquele que for vítima
da relação de consumo, ainda que dela não tenha participado, mas seja
atingido pela falha na prestação do serviço, assegurando o
ressarcimento dos danos causados. (…) Desta forma, bem fixada a
responsabilidade da segunda apelante pelo evento danoso capaz de
excluir qualquer causa excludente de responsabilidade por manifesta
ausência de provas neste sentido” (fls. 581-585 – grifos nossos).
Como afirmado na decisão agravada, o acórdão recorrido
fundamentou-se no conjunto probatório e na legislação
infraconstitucional, especificamente o Código de Defesa do Consumidor.
Supremo Tribunal Federal
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Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
ARE 711.342 AGR / RJ
Eventual ofensa constitucional, se tivesse ocorrido, seria indireta.
Ademais, incide no caso vertente a Súmula n . 279 do Supremo Tribunal
Federal.
Nesse sentido, os seguintes julgados:
“AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA.
OMISSÃO ESTATAL. ROMPIMENTO DE BARRAGEM.
REEXAME DE FATOS E PROVAS. SÚMULA N. 279 DO
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO
QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (RE 691.678-AgR, de minha
relatoria, Segunda Turma, DJe 25.9.2012 – grifos nossos).
“AGRAVO
REGIMENTAL
NO
AGRAVO
DE
INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. RESPONSABILIDADE
OBJETIVA. CONCESSIONÁRIA DE SERVIÇO PÚBLICO.
ARTIGO 37, § 6º, DA CF. DANO MORAL. TERCEIRO NÃO-
USUÁRIO DO SERVIÇO. QUANTUM INDENIZATÓRIO.
ANÁLISE
DO
CONJUNTO
FÁTICO-PROBATÓRIO
CARREADO AOS AUTOS. SÚMULA 279 DESTA CORTE. 1. A
Súmula 279/STF dispõe verbis: Para simples reexame de prova não
cabe recurso extraordinário. 2. É que o recurso extraordinário não se
presta ao exame de questões que demandam revolvimento do contexto
fático-probatório dos autos, adstringindo-se à análise da violação
direta da ordem constitucional. 3. In casu, acórdão recorrido assentou:
“RESPONSABILIDADE CIVIL. CONCESSIONÁRIA DE
SERVIÇO PÚBLICO. RESPONSABILIDADE OBJETIVA, NOS
TERMOS DO ART. 37, §, 6º, DA CF. PROVA PERICIAL
COMPROVANDO O NEXO DE CAUSALIDADE. LIVRE
CONVENCIMENTO
MOTIVADO.
INCAPACIDADE
LABORATIVA.
ENSÃO
VITALÍCIA
NO
VALOR
CORRESPONDENTE À UM SALÁRIO MÍNIMO. DANO
MORAL CONFIGURADO. MANUTENÇÃO DO QUANTUM
INDENIZATÓRIO. CORREÇÃO MONTETÁRIA A PARTIR DA
DATA DA SENTENÇA QUE FIXOU O QUANTUM
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ARE 711.342 AGR / RJ
Eventual ofensa constitucional, se tivesse ocorrido, seria indireta.
Ademais, incide no caso vertente a Súmula n . 279 do Supremo Tribunal
Federal.
Nesse sentido, os seguintes julgados:
“AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA.
OMISSÃO ESTATAL. ROMPIMENTO DE BARRAGEM.
REEXAME DE FATOS E PROVAS. SÚMULA N. 279 DO
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO
QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (RE 691.678-AgR, de minha
relatoria, Segunda Turma, DJe 25.9.2012 – grifos nossos).
“AGRAVO
REGIMENTAL
NO
AGRAVO
DE
INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. RESPONSABILIDADE
OBJETIVA. CONCESSIONÁRIA DE SERVIÇO PÚBLICO.
ARTIGO 37, § 6º, DA CF. DANO MORAL. TERCEIRO NÃO-
USUÁRIO DO SERVIÇO. QUANTUM INDENIZATÓRIO.
ANÁLISE
DO
CONJUNTO
FÁTICO-PROBATÓRIO
CARREADO AOS AUTOS. SÚMULA 279 DESTA CORTE. 1. A
Súmula 279/STF dispõe verbis: Para simples reexame de prova não
cabe recurso extraordinário. 2. É que o recurso extraordinário não se
presta ao exame de questões que demandam revolvimento do contexto
fático-probatório dos autos, adstringindo-se à análise da violação
direta da ordem constitucional. 3. In casu, acórdão recorrido assentou:
“RESPONSABILIDADE CIVIL. CONCESSIONÁRIA DE
SERVIÇO PÚBLICO. RESPONSABILIDADE OBJETIVA, NOS
TERMOS DO ART. 37, §, 6º, DA CF. PROVA PERICIAL
COMPROVANDO O NEXO DE CAUSALIDADE. LIVRE
CONVENCIMENTO
MOTIVADO.
INCAPACIDADE
LABORATIVA.
ENSÃO
VITALÍCIA
NO
VALOR
CORRESPONDENTE À UM SALÁRIO MÍNIMO. DANO
MORAL CONFIGURADO. MANUTENÇÃO DO QUANTUM
INDENIZATÓRIO. CORREÇÃO MONTETÁRIA A PARTIR DA
DATA DA SENTENÇA QUE FIXOU O QUANTUM
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Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
ARE 711.342 AGR / RJ
INDENIZATÓRIO. PARCIAL PROVIMENTO DO RECURSO.”
4. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI 839.590-AgR,
Rel. Min. Luiz Fux, Primeira Turma, DJe 7.8.2012 – grifos
nossos).
“Agravo regimental em recurso extraordinário. 2.
Responsabilidade objetiva prevista no art. 37, § 6º, da Constituição
Federal abrange também os atos omissivos do Poder Público.
Precedentes. 3. Impossibilidade de reexame do conjunto fático-
probatório. Enunciado 279 da Súmula do STF. 4. Ausência de
argumentos suficientes para infirmar a decisão recorrida. 5. Agravo
regimental a que se nega provimento” (RE 677.283-AgR, Rel. Min.
Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJe 8.5.2012 – grifos nossos).
3. Os argumentos da Agravante, insuficientes para modificar a
decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em
pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente
prestação jurisdicional.
4. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental.
3
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ARE 711.342 AGR / RJ
INDENIZATÓRIO. PARCIAL PROVIMENTO DO RECURSO.”
4. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI 839.590-AgR,
Rel. Min. Luiz Fux, Primeira Turma, DJe 7.8.2012 – grifos
nossos).
“Agravo regimental em recurso extraordinário. 2.
Responsabilidade objetiva prevista no art. 37, § 6º, da Constituição
Federal abrange também os atos omissivos do Poder Público.
Precedentes. 3. Impossibilidade de reexame do conjunto fático-
probatório. Enunciado 279 da Súmula do STF. 4. Ausência de
argumentos suficientes para infirmar a decisão recorrida. 5. Agravo
regimental a que se nega provimento” (RE 677.283-AgR, Rel. Min.
Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJe 8.5.2012 – grifos nossos).
3. Os argumentos da Agravante, insuficientes para modificar a
decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em
pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente
prestação jurisdicional.
4. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental.
3
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Decisão de Julgamento
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.342
PROCED. : RIO DE JANEIRO
RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S) : CONCESSIONARIA DA PONTE RIO NITEROI S/A
ADV.(A/S) : LUCIANA TAKITO TORTIMA E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : MARIA BEATRIZ DA SILVA MIGUEL REPRESENTADA POR MARIA
ZENITE DA SILVA E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : ED WILSON SANTOS DE OLIVEIRA
INTDO.(A/S) : F A DISTRIBUIDORA DE MINERAIS LTDA
ADV.(A/S) : PAULINO GONÇALVES MOREIRA LEITE NETO E OUTRO(A/S)
INTDO.(A/S) : BRADESCO AUTO/RE COMPANHIA DE SEGUROS
ADV.(A/S) : JEAN CARLOS DE ALBUQUERQUE GOMES E OUTRO(A/S)
INTDO.(A/S) : YOLANDA DE FIGUEIREDO ALVARES
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausentes,
justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim
Barbosa. 2ª Turma, 13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra
Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros
Celso de Mello e Joaquim Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
P/ Fabiane Duarte
Secretária
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SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.342
PROCED. : RIO DE JANEIRO
RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S) : CONCESSIONARIA DA PONTE RIO NITEROI S/A
ADV.(A/S) : LUCIANA TAKITO TORTIMA E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : MARIA BEATRIZ DA SILVA MIGUEL REPRESENTADA POR MARIA
ZENITE DA SILVA E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : ED WILSON SANTOS DE OLIVEIRA
INTDO.(A/S) : F A DISTRIBUIDORA DE MINERAIS LTDA
ADV.(A/S) : PAULINO GONÇALVES MOREIRA LEITE NETO E OUTRO(A/S)
INTDO.(A/S) : BRADESCO AUTO/RE COMPANHIA DE SEGUROS
ADV.(A/S) : JEAN CARLOS DE ALBUQUERQUE GOMES E OUTRO(A/S)
INTDO.(A/S) : YOLANDA DE FIGUEIREDO ALVARES
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausentes,
justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim
Barbosa. 2ª Turma, 13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra
Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros
Celso de Mello e Joaquim Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
P/ Fabiane Duarte
Secretária
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 10
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3168796 | 2012-11-13T00:00:00 | 2012-12-07T00:00:00 | A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 13.11.2012. | AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO | EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA. CONCESSIONÁRIA DE SERVIÇO PÚBLICO. CONDUTA OMISSIVA. ACÓRDÃO FUNDAMENTADO NO CONJUNTO PROBATÓRIO. SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. | sjur221044 | - Acórdãos citados:
(SÚMULA 279)
STF: RE 691678 AgR (2ªT), AI 839590 AgR (1ªT), RE 677283
AgR (2ªT).
Número de páginas: 10.
Análise: 19/12/2012, MAC. | CÁRMEN LÚCIA | Segunda Turma | 711342 | [
"LEG-FED LEI-008078 ANO-1990\r\n CDC-1990 CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR\r\n\r\n",
"LEG-FED SUMSTF-000279 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF"
] | ARE-AgR | acordaos | ARE 711342 AgR | [
""
] | INTDO.(A/S) : BRADESCO AUTO/RE COMPANHIA DE SEGUROS
ADV.(A/S) : LUCIANA TAKITO TORTIMA E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
ADV.(A/S) : ED WILSON SANTOS DE OLIVEIRA
ADV.(A/S) : JEAN CARLOS DE ALBUQUERQUE GOMES E OUTRO(A/S)
AGTE.(S) : CONCESSIONARIA DA PONTE RIO NITEROI S/A
AGDO.(A/S) : MARIA BEATRIZ DA SILVA MIGUEL REPRESENTADA POR MARIA ZENITE DA SILVA E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : PAULINO GONÇALVES MOREIRA LEITE NETO E OUTRO(A/S)
INTDO.(A/S) : F A DISTRIBUIDORA DE MINERAIS LTDA
INTDO.(A/S) : YOLANDA DE FIGUEIREDO ALVARES | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO",
"SÚMULA N . 279 DO SUPREMO",
"ARE 711 . 342 AGR / RJ",
"ARE 711 . 342",
"ARE 711 . 342 AGR / RJ",
"Súmula n . 279 do Supremo Tribunal Federal",
"SÚMULA N . 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL",
"AI 778 . 295 - ED",
"ARE 669 . 001 -",
"ARE 711 . 342 AGR / RJ",
"Súmula n . 279 do Supremo Tribunal Federal",
"SÚMULA N . 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL",
"AI 778 . 295 - ED",
"ARE 669 . 001 - AgR",
"ARE 711 . 342 AGR / RJ",
"Súmula n . 636 do Supremo Tribunal Federal",
"Súmula n . 636 do Supremo Tribunal Federal",
"Súmulas n . 454",
"ARE 690 . 895 - AgR",
"ARE 711 . 342 AGR / RJ",
"Súmula n . 636 do Supremo Tribunal Federal",
"Súmulas n . 454",
"ARE 690 . 895 - AgR",
"ARE 711 . 342 AGR / RJ",
"ARE 711 . 342 AGR / RJ",
"ARE 711 . 342",
"Súmula n . 279 do Supremo Tribunal Federal",
"SÚMULA N . 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL",
"RE 691 . 678 - AgR",
"SÚMULA 279 DESTA CORTE",
"Súmula 279 / STF",
"ARE 711 . 342 AGR / RJ",
"Súmula n . 279 do Supremo Tribunal Federal",
"SÚMULA N . 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL",
"RE 691 . 678 - AgR",
"SÚMULA 279 DESTA CORTE",
"Súmula 279 / STF",
"ARE 711 . 342 AGR",
"AI 839 . 590 - AgR",
"Enunciado 279 da Súmula do STF",
"RE 677 . 283 - AgR",
"ARE 711 . 342 AGR",
"AI 839 . 590 - AgR",
"Enunciado 279 da Súmula do STF",
"RE 677 . 283 - AgR"
],
"LEGISLACAO": [
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 -",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Código",
"Lei [UNK] 8 . 078 / 90",
"Art . 37 , § [UNK] , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Código de Defesa do Consumidor",
"Lei [UNK] 8 . 078 / 90",
".",
"37 , § [UNK] , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] , inc . II , da Constituição da República",
"Código de Defesa do Consumidor",
"art . 544 , § [UNK] , inc . II , alínea a , do Código de Processo Civil",
"art . 21 , § [UNK] , do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal",
"Constituição Federal",
"Código Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] , inc . II , da Constituição da República",
"Código de Defesa do Consumidor",
"art . 544 , § [UNK] , inc . II , alínea a , do Código de Processo Civil",
"art . 21 , § [UNK] , do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal",
"Constituição Federal",
"Código Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Código de Defesa do Consumidor",
"Código de Defesa do Consumidor",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Código de Defesa do",
"Código de Defesa do Consumidor",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ARTIGO 37 , § [UNK] , DA CF",
"ART . 37 , § , [UNK] , DA CF",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ARTIGO 37 , § [UNK] , DA CF",
"ART . 37 , § , [UNK] , DA CF",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 37 , § [UNK] , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 37 , § [UNK] , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"RIO DE JANEIRO",
"Brasília",
"Brasília",
"RIO DE JANEIRO",
"RIO DE JANEIRO",
"RIO DE JANEIRO",
"RIO DE JANEIRO",
"RIO DE JANEIRO",
"RIO DE JANEIRO"
],
"ORGANIZACAO": [
"SEGUNDA TURMA",
"CONCESSIONARIA DA PONTE RIO NITEROI S / A",
"F",
"A",
"DISTRIBUIDORA DE MINERAIS LTDA",
"BRADESCO",
"AUTO",
"COMPANHIA DE SEGUROS",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"CONCESSIONARIA DA PONTE RIO NITEROI S / A",
"BRADESCO AUTO /",
"Concessionária da Ponte Rio Niterói S / A",
"Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"CONCESSIONARIA DA",
"PONTE RIO NITEROI S / A",
"F",
"A DISTRIBUIDORA DE MINERAIS LTDA",
"BRADESCO AUTO / RE COMPANHIA DE SEGUROS",
"Concessionária da Ponte Rio Niterói S / A",
"Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Primeira Turma",
"STF",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal",
"Federal",
"Primeira Turma",
"STF",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"Concessionária da Ponte Rio Niterói S / A",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"Concessionária da Ponte Rio Niterói S / A",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Primeira Turma",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"CONCESSIONARIA DA PONTE RIO NITEROI S / A",
"F",
"A DISTRIBUIDORA DE MINERAIS LTDA",
"BRADESCO",
"AUTO",
"/",
"RE COMPANHIA DE SEGUROS",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"CONCESSIONARIA DA PONTE RIO NITEROI S / A",
"F",
"A DISTRIBUIDORA DE MINERAIS LTDA",
"BRADESCO AUTO / RE COMPANHIA DE SEGUROS",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"LUCIANA TAKITO TORTIMA",
"MARIA BEATRIZ DA SILVA MIGUEL",
"MARIA ZENITE DA SILVA",
"ED WILSON SANTOS DE OLIVEIRA",
"PAULINO GONÇALVES MOREIRA LEITE NETO",
"JEAN CARLOS DE ALBUQUERQUE GOMES",
"YOLANDA DE FIGUEIREDO ALVARES",
"Ricardo Lewandowski",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"LUCIANA TAKITO TORTIMA",
"MARIA BEATRIZ DA SILVA MIGUEL",
"MARIA ZENITE DA SILVA",
"ED WILSON SANTOS DE OLIVEIRA",
"PAULINO GONÇALVES MOREIRA LEITE NETO",
"JEAN CARLOS DE ALBUQUERQUE GOMES",
"YOLANDA DE FIGUEIREDO ALVARES",
"CÁRMEN LÚCIA",
"Edson Vasconcelos",
"CÁRMEN LÚCIA",
"LUCIANA TAKITO TORTIMA",
"MARIA BEATRIZ DA SILVA MIGUEL",
"MARIA ZENITE DA SILVA",
"ED",
"WILSON SANTOS DE OLIVEIRA",
"PAULINO GONÇALVES MOREIRA LEITE NETO",
"JEAN CARLOS DE ALBUQUERQUE GOMES",
"YOLANDA DE FIGUEIREDO ALVARES",
"CÁRMEN LÚCIA",
"Edson Vasconcelos",
"Gilmar Mendes",
"Gilmar Mendes",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"Luiz Fux",
"Gilmar Mendes",
"Luiz Fux",
"Gilmar Mendes",
"CÁRMEN LÚCIA",
"LUCIANA TAKITO TORTIMA",
"MARIA BEATRIZ DA SILVA MIGUEL",
"MARIA ZENITE DA SILVA",
"WILSON SANTOS DE OLIVEIRA",
"PAULINO GONÇALVES MOREIRA LEITE NETO",
"JEAN CARLOS DE ALBUQUERQUE GOMES",
"YOLANDA DE FIGUEIREDO ALVARES",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos",
"Fabiane Duarte",
"CÁRMEN LÚCIA",
"LUCIANA TAKITO TORTIMA",
"MARIA BEATRIZ DA SILVA MIGUEL",
"MARIA ZENITE DA SILVA",
"ED WILSON SANTOS DE OLIVEIRA",
"PAULINO GONÇALVES MOREIRA LEITE NETO",
"JEAN CARLOS DE ALBUQUERQUE GOMES",
"YOLANDA DE FIGUEIREDO ALVARES",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos",
"Fabiane"
],
"TEMPO": [
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"07",
"/",
"12",
"/",
"2012",
"13 de novembro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13 de novembro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"5 de outubro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"5 de outubro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"14",
".",
"6",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"14",
".",
"6",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"14",
".",
"5",
".",
"2012",
"19",
".",
"9",
".",
"2012",
"19",
".",
"10",
".",
"2012",
"23",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"14",
".",
"5",
".",
"2012",
"19",
".",
"9",
".",
"2012",
"19",
".",
"10",
".",
"2012",
"23",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"25",
".",
"9",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"25",
".",
"9",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"7",
".",
"8",
".",
"2012",
"8",
".",
"5",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"7",
".",
"8",
".",
"2012",
"8",
".",
"5",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 101.341 SÃO PAULO
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
PACTE.(S)
:VALDIR PONTES PEREIRA
IMPTE.(S)
:DANILO MIGUEL DE JESUS E OUTRO(A/S)
COATOR(A/S)(ES)
:SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
HABEAS CORPUS – PERDA DE OBJETO – PREJUÍZO. Uma vez
alcançada na origem a providência buscada com a impetração, há o
prejuízo desta.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal em julgar prejudicada a
ordem de habeas corpus, nos termos do voto do relator e por unanimidade,
em sessão presidida pelo Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata
do julgamento e das respectivas notas taquigráficas.
Brasília, 13 de novembro de 2012.
MINISTRO MARCO AURÉLIO – RELATOR
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3163828.
Supremo Tribunal Federal
DJe 17/12/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 5
Relatório
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 101.341 SÃO PAULO
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
PACTE.(S)
:VALDIR PONTES PEREIRA
IMPTE.(S)
:DANILO MIGUEL DE JESUS E OUTRO(A/S)
COATOR(A/S)(ES)
:SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – O Gabinete prestou as
seguintes informações:
Eis o teor do despacho proferido por Vossa Excelência
(folha 2167):
HABEAS CORPUS
– PREJUÍZO –
ELUCIDAÇÃO.
1. Ante as informações prestadas pelo Juízo da 2ª
Vara Criminal da Comarca de Vinhedo/SP, esclarecendo
que o paciente encontra-se em liberdade desde 5 de julho
de 2010, digam os impetrantes sobre a persistência do
interesse no prosseguimento deste habeas.
2. Publiquem.
Brasília, 29 de setembro de 2011.
A Secretaria Judiciária certificou que, embora
devidamente intimado, o impetrante quedou silente (folha
2175).
Lancei visto no processo em 4 de novembro de 2012, liberando-o
para ser julgado na Turma a partir de 13 seguinte, isso objetivando a
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3163829.
Supremo Tribunal Federal
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 101.341 SÃO PAULO
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
PACTE.(S)
:VALDIR PONTES PEREIRA
IMPTE.(S)
:DANILO MIGUEL DE JESUS E OUTRO(A/S)
COATOR(A/S)(ES)
:SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – O Gabinete prestou as
seguintes informações:
Eis o teor do despacho proferido por Vossa Excelência
(folha 2167):
HABEAS CORPUS
– PREJUÍZO –
ELUCIDAÇÃO.
1. Ante as informações prestadas pelo Juízo da 2ª
Vara Criminal da Comarca de Vinhedo/SP, esclarecendo
que o paciente encontra-se em liberdade desde 5 de julho
de 2010, digam os impetrantes sobre a persistência do
interesse no prosseguimento deste habeas.
2. Publiquem.
Brasília, 29 de setembro de 2011.
A Secretaria Judiciária certificou que, embora
devidamente intimado, o impetrante quedou silente (folha
2175).
Lancei visto no processo em 4 de novembro de 2012, liberando-o
para ser julgado na Turma a partir de 13 seguinte, isso objetivando a
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3163829.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 5
Relatório
HC 101.341 / SP
ciência dos impetrantes.
É o relatório.
2
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documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3163829.
Supremo Tribunal Federal
HC 101.341 / SP
ciência dos impetrantes.
É o relatório.
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3163829.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 5
Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 101.341 SÃO PAULO
V O T O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Vê-se que
o paciente logrou a liberdade perante o Juízo. Ante a perda de objeto,
declaro prejudicada a impetração.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3168484.
Supremo Tribunal Federal
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 101.341 SÃO PAULO
V O T O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Vê-se que
o paciente logrou a liberdade perante o Juízo. Ante a perda de objeto,
declaro prejudicada a impetração.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3168484.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 5
Decisão de Julgamento
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
HABEAS CORPUS 101.341
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO
PACTE.(S) : VALDIR PONTES PEREIRA
IMPTE.(S) : DANILO MIGUEL DE JESUS E OUTRO(A/S)
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Decisão: A Turma julgou prejudicada a ordem de habeas corpus,
nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor
Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Wagner Mathias.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3126330
Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
HABEAS CORPUS 101.341
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO
PACTE.(S) : VALDIR PONTES PEREIRA
IMPTE.(S) : DANILO MIGUEL DE JESUS E OUTRO(A/S)
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Decisão: A Turma julgou prejudicada a ordem de habeas corpus,
nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor
Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Wagner Mathias.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3126330
Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 5
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3206929 | 2012-11-13T00:00:00 | 2012-12-17T00:00:00 | A Turma julgou prejudicada a ordem de habeas corpus, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 13.11.2012. | HABEAS CORPUS | HABEAS CORPUS – PERDA DE OBJETO – PREJUÍZO. Uma vez alcançada na origem a providência buscada com a impetração, há o prejuízo desta. | sjur221807 | Número de páginas: 5.
Análise: 07/01/2013, LLD. | MARCO AURÉLIO | Primeira Turma | 101341 | null | HC | acordaos | HC 101341 | [
""
] | PACTE.(S) : VALDIR PONTES PEREIRA
IMPTE.(S) : DANILO MIGUEL DE JESUS E OUTRO(A/S)
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
IMPTE.(S) : OSEAS DE CAMPOS
IMPTE.(S) : OSEAS DE CAMPOS | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"HABEAS CORPUS 101 . 341",
"HABEAS CORPUS 101 . 341",
"HABEAS CORPUS 101 . 341",
"HC 101 . 341 / SP",
"HC 101 . 341 / SP",
"HABEAS CORPUS 101 . 341",
"HABEAS CORPUS 101 . 341",
"HABEAS CORPUS 101 . 341",
"HABEAS CORPUS 101 . 341"
],
"LEGISLACAO": [
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"SÃO PAULO",
"Brasília",
"SÃO PAULO",
"Brasília",
"SÃO PAULO",
"Brasília",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO"
],
"ORGANIZACAO": [
"PRIMEIRA TURMA",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"Primeira Turma do",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"[UNK] Vara Criminal da Comarca de Vinhedo / SP",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
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"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"[UNK] Vara Criminal da Comarca de Vinhedo / SP",
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"ICP",
"-",
"Brasil",
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"-",
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"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
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"-",
"Brasil",
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"-",
"Brasil",
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"Infra",
"-",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
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"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"MARCO AURÉLIO",
"VALDIR PONTES PEREIRA",
"DANILO MIGUEL DE JESUS",
"Dias Toffoli",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"VALDIR PONTES PEREIRA",
"DANILO MIGUEL DE JESUS",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"VALDIR PONTES PEREIRA",
"DANILO MIGUEL DE JESUS",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"VALDIR PONTES PEREIRA",
"DANILO MIGUEL DE JESUS",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Wagner Mathias",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza",
"MARCO AURÉLIO",
"VALDIR PONTES PEREIRA",
"DANILO MIGUEL DE JESUS",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Wagner Mathias",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza"
],
"TEMPO": [
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"13 de novembro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"17",
"/",
"12",
"/",
"2012",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"5 de julho de 2010",
"29 de setembro de 2011",
"4 de novembro de 2012",
"13",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"5 de julho de 2010",
"29 de setembro de 2011",
"4 de novembro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
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"2001",
"13",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 718.152 RIO DE
JANEIRO
RELATORA
: MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S)
:LUCIENE APARECIDA DOS SANTOS
ADV.(A/S)
:FELIPE CHAGAS DA COSTA SAMPAIO
AGDO.(A/S)
:MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE
JANEIRO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO
RIO DE JANEIRO
EMENTA:
AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. CRIMINAL. CONTRAVENÇÃO
PENAL. ALEGADO CERCEAMENTO DE DEFESA. 1. Ausência de
prequestionamento da matéria constitucional. Incidência das Súmulas n.
282 e 356 do Supremo Tribunal Federal. 2. Impossibilidade de análise de
normas infraconstitucionais. Ofensa constitucional indireta. 3. Agravo
regimental ao qual se nega provimento.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do
Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a Presidência do
Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamento e
das notas taquigráficas, à unanimidade, em negar provimento ao agravo
regimental no recurso extraordinário com agravo, nos termos do voto da
Relatora. Ausentes, justificadamente, os Ministros Celso de Mello e
Joaquim Barbosa.
Brasília, 13 de novembro de 2012.
Ministra CÁRMEN LÚCIA - Relatora
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3120764.
Supremo Tribunal Federal
DJe 07/12/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 7
Relatório
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 718.152 RIO DE
JANEIRO
RELATORA
: MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S)
:LUCIENE APARECIDA DOS SANTOS
ADV.(A/S)
:FELIPE CHAGAS DA COSTA SAMPAIO
AGDO.(A/S)
:MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE
JANEIRO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO
RIO DE JANEIRO
R E L A T Ó R I O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA – (Relatora):
1. Em 19 de outubro de 2012, neguei seguimento ao agravo nos
autos do recurso extraordinário interposto por Luciene Aparecida dos
Santos contra julgado da 2ª Turma Recursal Criminal dos Juizados
Especiais do Rio de Janeiro, que manteve a condenação da Agravante às
penas de três meses de prisão simples (substituída por prestação
pecuniária) e dez dias-multa pela prática da contravenção do art. 50 do
Decreto-Lei n. 3.688/1941, mas reduziu a R$ 100,00 (cem reais) o valor do
dia-multa.
A decisão agravada teve a seguinte fundamentação:
“5. Razão jurídica não assiste à Agravante.
6. Este Supremo Tribunal assentou que a alegação de
contrariedade ao art. 5º, inc. LIV e LV, da Constituição da República,
se dependente do exame da legislação infraconstitucional (na espécie
vertente, do Código de Processo Penal e da Lei n. 9.099/1995), não
viabiliza o recurso extraordinário, pois eventual ofensa constitucional
seria indireta:
(…)
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3120765.
Supremo Tribunal Federal
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 718.152 RIO DE
JANEIRO
RELATORA
: MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S)
:LUCIENE APARECIDA DOS SANTOS
ADV.(A/S)
:FELIPE CHAGAS DA COSTA SAMPAIO
AGDO.(A/S)
:MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE
JANEIRO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO
RIO DE JANEIRO
R E L A T Ó R I O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA – (Relatora):
1. Em 19 de outubro de 2012, neguei seguimento ao agravo nos
autos do recurso extraordinário interposto por Luciene Aparecida dos
Santos contra julgado da 2ª Turma Recursal Criminal dos Juizados
Especiais do Rio de Janeiro, que manteve a condenação da Agravante às
penas de três meses de prisão simples (substituída por prestação
pecuniária) e dez dias-multa pela prática da contravenção do art. 50 do
Decreto-Lei n. 3.688/1941, mas reduziu a R$ 100,00 (cem reais) o valor do
dia-multa.
A decisão agravada teve a seguinte fundamentação:
“5. Razão jurídica não assiste à Agravante.
6. Este Supremo Tribunal assentou que a alegação de
contrariedade ao art. 5º, inc. LIV e LV, da Constituição da República,
se dependente do exame da legislação infraconstitucional (na espécie
vertente, do Código de Processo Penal e da Lei n. 9.099/1995), não
viabiliza o recurso extraordinário, pois eventual ofensa constitucional
seria indireta:
(…)
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Relatório
ARE 718.152 AGR / RJ
7. Ademais, a alegação formulada no recurso extraordinário não
foi objeto de debate e decisão prévios no Tribunal de origem, tampouco
foram opostos embargos de declaração com a finalidade de comprovar
ter havido, no momento processual próprio, o prequestionamento.
Incidem na espécie vertente as Súmulas 282 e 356 do Supremo
Tribunal Federal:
(…)
8. Nada há a prover quanto às alegações da Agravante.
9. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 38 da Lei n.
8.038/90 e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal
Federal)” (fls. 184-187).
2. Publicada essa decisão no DJe de 29.10.2012 (fl. 188), interpõe
Luciene Aparecida dos Santos, em 5.11.2012, tempestivamente, agravo
regimental (fls. 191-200, 203-212).
3. Alega a Agravante que “a defesa colacionou aos autos laudos periciais
que atestam que existem máquinas do tipo caça-níquel, que não configuram jogo
de azar. A preliminar de cerceamento de defesa, entretanto, foi rejeitada pela
Segunda Turma Recursal” (fl. 205).
Sustenta que “a matéria foi devidamente prequestionada e está
diretamente ligada à Carta da República” (fl. 208).
Requer a reconsideração da decisão agravada ou o provimento do
presente recurso.
É o relatório.
2
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
ARE 718.152 AGR / RJ
7. Ademais, a alegação formulada no recurso extraordinário não
foi objeto de debate e decisão prévios no Tribunal de origem, tampouco
foram opostos embargos de declaração com a finalidade de comprovar
ter havido, no momento processual próprio, o prequestionamento.
Incidem na espécie vertente as Súmulas 282 e 356 do Supremo
Tribunal Federal:
(…)
8. Nada há a prover quanto às alegações da Agravante.
9. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 38 da Lei n.
8.038/90 e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal
Federal)” (fls. 184-187).
2. Publicada essa decisão no DJe de 29.10.2012 (fl. 188), interpõe
Luciene Aparecida dos Santos, em 5.11.2012, tempestivamente, agravo
regimental (fls. 191-200, 203-212).
3. Alega a Agravante que “a defesa colacionou aos autos laudos periciais
que atestam que existem máquinas do tipo caça-níquel, que não configuram jogo
de azar. A preliminar de cerceamento de defesa, entretanto, foi rejeitada pela
Segunda Turma Recursal” (fl. 205).
Sustenta que “a matéria foi devidamente prequestionada e está
diretamente ligada à Carta da República” (fl. 208).
Requer a reconsideração da decisão agravada ou o provimento do
presente recurso.
É o relatório.
2
Supremo Tribunal Federal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 7
Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 718.152 RIO DE
JANEIRO
VO T O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA – (Relatora):
1. Razão jurídica não assiste à Agravante.
2. Na espécie vertente, a Turma Recursal a quo decidiu:
“Trata o presente recurso de apelação interposta contra sentença
condenatória pela prática da contravenção penal prevista no art. 50 do
Decreto-lei n. 3.688/1941.
(…)
No mérito, analisando a tese defensiva ainda referente à prova
material, os documentos juntados pela defesa referem-se a outro
processo e outra discussão que não a presente.
A autoria e a materialidade são incontestáveis, conforme se
subsume do teor do auto de apreensão de folhas 8/10, do laudo de
exame, assim como depoimento prestado pelas testemunhas em juízo,
não restando dúvida que o fato delituoso praticado se enquadra na
moldura do art. 50 do Decreto-lei 3.688/1941.
Nesta trilha, há que se dizer que o laudo é conclusivo no sentido
de que o maquinário apreendido é destinado a ludibriar o público,
também não merecendo acolhida o argumento defensivo de que a
máquina ‘caça níquel’ apreendida não ´possível de ser identificada, o
que é uma forma de obstar a atuação a atuação da polícia e da justiça
no sentido de tentar localizar os fornecedores” (fls. 128-129).
3. Como assentado na decisão agravada, o art. 5º, inc. LIV e LV, da
Constituição da República não foi objeto de debate e decisão prévios no
Tribunal de origem. Incidem na espécie as Súmulas n. 282 e 356 do
Supremo Tribunal Federal. Nesse sentido:
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 718.152 RIO DE
JANEIRO
VO T O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA – (Relatora):
1. Razão jurídica não assiste à Agravante.
2. Na espécie vertente, a Turma Recursal a quo decidiu:
“Trata o presente recurso de apelação interposta contra sentença
condenatória pela prática da contravenção penal prevista no art. 50 do
Decreto-lei n. 3.688/1941.
(…)
No mérito, analisando a tese defensiva ainda referente à prova
material, os documentos juntados pela defesa referem-se a outro
processo e outra discussão que não a presente.
A autoria e a materialidade são incontestáveis, conforme se
subsume do teor do auto de apreensão de folhas 8/10, do laudo de
exame, assim como depoimento prestado pelas testemunhas em juízo,
não restando dúvida que o fato delituoso praticado se enquadra na
moldura do art. 50 do Decreto-lei 3.688/1941.
Nesta trilha, há que se dizer que o laudo é conclusivo no sentido
de que o maquinário apreendido é destinado a ludibriar o público,
também não merecendo acolhida o argumento defensivo de que a
máquina ‘caça níquel’ apreendida não ´possível de ser identificada, o
que é uma forma de obstar a atuação a atuação da polícia e da justiça
no sentido de tentar localizar os fornecedores” (fls. 128-129).
3. Como assentado na decisão agravada, o art. 5º, inc. LIV e LV, da
Constituição da República não foi objeto de debate e decisão prévios no
Tribunal de origem. Incidem na espécie as Súmulas n. 282 e 356 do
Supremo Tribunal Federal. Nesse sentido:
Supremo Tribunal Federal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 7
Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
ARE 718.152 AGR / RJ
“AGRAVO
REGIMENTAL
NO
AGRAVO
DE
INSTRUMENTO. PENAL. 1. ACÓRDÃO RECORRIDO
DEVIDAMENTE FUNDAMENTADO, EMBORA EM SENTIDO
CONTRÁRIO
À
PRETENSÃO
DO
AGRAVANTE.
INEXISTÊNCIA DE CONTRARIEDADE AO ART. 93, INC. IX,
DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. 2. AUSÊNCIA DE
PREQUESTIONAMENTO DO ART. 5º, INC. XII, XXXIX E
XLVI, DA CONSTITUIÇÃO. INCIDÊNCIA DAS SÚMULAS N.
282 E 356 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. 3. ALEGADA
AFRONTA AO ART. 5º, INC. LIV E LV, DA CONSTITUIÇÃO
QUE DEMANDA O PRÉVIO EXAME DE LEGISLAÇÃO
INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL
INDIRETA. (...) AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA
PROVIMENTO” (AI 831.657-AgR, de minha relatoria, Primeira
Turma, DJe 18.8.2011).
4. Ainda que assim não fosse, este Supremo Tribunal assentou que a
alegação de afronta aos princípios da legalidade, do devido processo
legal, do contraditório, da ampla defesa, dos limites da coisa julgada e da
prestação jurisdicional, quando dependente de exame de legislação
infraconstitucional, na espécie vertente, do Código de Processo Penal e da
Lei n. 9.099/1995, configura ofensa constitucional indireta.
Nesse sentido:
“DIREITO PENAL. CERCEAMENTO DE DEFESA.
ILEGALIDADE NA DOSIMETRIA DA PENA. AUSÊNCIA DE
FUNDAMENTAÇÃO. INEXISTÊNCIA. OFENSA INDIRETA À
CONSTITUIÇÃO FEDERAL. 1. Inviável o Recurso Extraordinário
quando a alegada ofensa à Constituição Federal, se existente, seria
meramente reflexa, a depender de interpretação da legislação
infraconstitucional. Precedentes. 2. O fato de a decisão impugnada ter
sido contrária aos interesses da parte não configura ofensa ao disposto
2
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Supremo Tribunal Federal
ARE 718.152 AGR / RJ
“AGRAVO
REGIMENTAL
NO
AGRAVO
DE
INSTRUMENTO. PENAL. 1. ACÓRDÃO RECORRIDO
DEVIDAMENTE FUNDAMENTADO, EMBORA EM SENTIDO
CONTRÁRIO
À
PRETENSÃO
DO
AGRAVANTE.
INEXISTÊNCIA DE CONTRARIEDADE AO ART. 93, INC. IX,
DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. 2. AUSÊNCIA DE
PREQUESTIONAMENTO DO ART. 5º, INC. XII, XXXIX E
XLVI, DA CONSTITUIÇÃO. INCIDÊNCIA DAS SÚMULAS N.
282 E 356 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. 3. ALEGADA
AFRONTA AO ART. 5º, INC. LIV E LV, DA CONSTITUIÇÃO
QUE DEMANDA O PRÉVIO EXAME DE LEGISLAÇÃO
INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL
INDIRETA. (...) AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA
PROVIMENTO” (AI 831.657-AgR, de minha relatoria, Primeira
Turma, DJe 18.8.2011).
4. Ainda que assim não fosse, este Supremo Tribunal assentou que a
alegação de afronta aos princípios da legalidade, do devido processo
legal, do contraditório, da ampla defesa, dos limites da coisa julgada e da
prestação jurisdicional, quando dependente de exame de legislação
infraconstitucional, na espécie vertente, do Código de Processo Penal e da
Lei n. 9.099/1995, configura ofensa constitucional indireta.
Nesse sentido:
“DIREITO PENAL. CERCEAMENTO DE DEFESA.
ILEGALIDADE NA DOSIMETRIA DA PENA. AUSÊNCIA DE
FUNDAMENTAÇÃO. INEXISTÊNCIA. OFENSA INDIRETA À
CONSTITUIÇÃO FEDERAL. 1. Inviável o Recurso Extraordinário
quando a alegada ofensa à Constituição Federal, se existente, seria
meramente reflexa, a depender de interpretação da legislação
infraconstitucional. Precedentes. 2. O fato de a decisão impugnada ter
sido contrária aos interesses da parte não configura ofensa ao disposto
2
Supremo Tribunal Federal
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Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
ARE 718.152 AGR / RJ
no art. 93, IX, da Constituição Federal. 3. Cerceamento de defesa,
ilegalidade na dosimetria da pena e ausência de fundamentação não
caracterizadas. 4. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI
677.648-AgR, Rel. Min. Rosa Weber, Primeira Turma, DJe
30.8.2012).
“Agravo regimental em agravo nos próprios autos do recurso
extraordinário. 2. Penal e Processual Penal. 3. Descaminho. 4.
Alegação de violação ao princípio do devido processo legal pela não
aplicação do sursis processual. Questão que demanda exclusivamente
o exame do art. 89 da Lei 9.099/95 e do art. 383 do CPP. 5. Fixação da
sanção penal suficientemente motivada, com fulcro na sofisticação do
modus operandi e no elevado prejuízo causado ao bem jurídico
tutelado. Não-ocorrência de violação ao art. 93. IX, da CF. 6.
Denúncia que aponta os indícios de autoria. Não-ocorrência de
violação ao princípio do contraditório e da ampla defesa. 7. Ausência
de indícios de escolha arbitrária dos acusados que figuram na
denúncia. Para entender de forma diversa, seria necessária a análise
de fatos e provas, o que não se admite em sede de recurso
extraordinário. Súmula 279. 8. Nos termos da jurisprudência do STF,
não há arquivamento implícito de ação penal pública. Precedentes. 9.
As alegações de descumprimento aos artigos 158 e 236 do CPP,
relativamente aos exames de corpo de delito nas notas fiscais e à falta
de tradução de documentos de língua estrangeira, possuem índole
infraconstitucional. 10. Aplicação da Súmula 283. 11. Agravo
regimental a que se nega provimento” (AI 803.138-AgR, Rel. Min.
Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJe 15.10.2012).
5. Os argumentos da Agravante, insuficientes para modificar a
decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em
pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente
prestação jurisdicional.
6. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental.
3
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
ARE 718.152 AGR / RJ
no art. 93, IX, da Constituição Federal. 3. Cerceamento de defesa,
ilegalidade na dosimetria da pena e ausência de fundamentação não
caracterizadas. 4. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI
677.648-AgR, Rel. Min. Rosa Weber, Primeira Turma, DJe
30.8.2012).
“Agravo regimental em agravo nos próprios autos do recurso
extraordinário. 2. Penal e Processual Penal. 3. Descaminho. 4.
Alegação de violação ao princípio do devido processo legal pela não
aplicação do sursis processual. Questão que demanda exclusivamente
o exame do art. 89 da Lei 9.099/95 e do art. 383 do CPP. 5. Fixação da
sanção penal suficientemente motivada, com fulcro na sofisticação do
modus operandi e no elevado prejuízo causado ao bem jurídico
tutelado. Não-ocorrência de violação ao art. 93. IX, da CF. 6.
Denúncia que aponta os indícios de autoria. Não-ocorrência de
violação ao princípio do contraditório e da ampla defesa. 7. Ausência
de indícios de escolha arbitrária dos acusados que figuram na
denúncia. Para entender de forma diversa, seria necessária a análise
de fatos e provas, o que não se admite em sede de recurso
extraordinário. Súmula 279. 8. Nos termos da jurisprudência do STF,
não há arquivamento implícito de ação penal pública. Precedentes. 9.
As alegações de descumprimento aos artigos 158 e 236 do CPP,
relativamente aos exames de corpo de delito nas notas fiscais e à falta
de tradução de documentos de língua estrangeira, possuem índole
infraconstitucional. 10. Aplicação da Súmula 283. 11. Agravo
regimental a que se nega provimento” (AI 803.138-AgR, Rel. Min.
Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJe 15.10.2012).
5. Os argumentos da Agravante, insuficientes para modificar a
decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em
pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente
prestação jurisdicional.
6. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental.
3
Supremo Tribunal Federal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 7
Decisão de Julgamento
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 718.152
PROCED. : RIO DE JANEIRO
RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S) : LUCIENE APARECIDA DOS SANTOS
ADV.(A/S) : FELIPE CHAGAS DA COSTA SAMPAIO
AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE
JANEIRO
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausentes,
justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim
Barbosa. 2ª Turma, 13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra
Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros
Celso de Mello e Joaquim Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
P/ Fabiane Duarte
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3150173
Supremo Tribunal Federal
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 718.152
PROCED. : RIO DE JANEIRO
RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S) : LUCIENE APARECIDA DOS SANTOS
ADV.(A/S) : FELIPE CHAGAS DA COSTA SAMPAIO
AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE
JANEIRO
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausentes,
justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim
Barbosa. 2ª Turma, 13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra
Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros
Celso de Mello e Joaquim Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
P/ Fabiane Duarte
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3150173
Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 7
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3164566 | 2012-11-13T00:00:00 | 2012-12-07T00:00:00 | A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 13.11.2012. | AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO | EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. CRIMINAL. CONTRAVENÇÃO PENAL. ALEGADO CERCEAMENTO DE DEFESA. 1. Ausência de prequestionamento da matéria constitucional. Incidência das Súmulas n. 282 e 356 do Supremo Tribunal Federal. 2. Impossibilidade de análise de normas infraconstitucionais. Ofensa constitucional indireta. 3. Agravo regimental ao qual se nega provimento. | sjur221049 | - Acórdãos citados:
(SÚMULA 282, SÚMULA 356)
STF: AI 831657 AgR (1ªT)
(OFENSA REFLEXA)
AI 667648 AgR (1ªT), AI 803138 (2ªT).
Número de páginas: 7.
Análise: 18/12/2012, MAC. | CÁRMEN LÚCIA | Segunda Turma | 718152 | [
"LEG-FED DEL-003689 ANO-1941\r\n CPP-1941 CÓDIGO DE PROCESSO PENAL\r\n\r\n",
"LEG-FED LEI-009099 ANO-1995\r\n LEI ORDINÁRIA\r\n\r\n",
"LEG-FED SUMSTF-000282 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\r\n\r\n",
"LEG-FED SUMSTF-000356 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF"
] | ARE-AgR | acordaos | ARE 718152 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : LUCIENE APARECIDA DOS SANTOS
ADV.(A/S) : FELIPE CHAGAS DA COSTA SAMPAIO
AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 718 . 152",
"Súmulas n . 282 e 356 do Supremo Tribunal Federal",
"RECURSO",
"ARE 718 . 152 AGR / RJ",
"Súmulas 282 e 356 do Supremo Tribunal Federal",
"ARE 718 . 152 AGR / RJ",
"Súmulas 282 e 356 do Supremo Tribunal Federal",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 718 . 152",
"Súmulas n . 282 e 356 do Supremo Tribunal Federal",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 718 . 152",
"Súmulas n . 282",
"ARE 718 . 152 AGR",
"SÚMULAS N . 282",
"AI 831 . 657 - AgR",
"ARE 718 . 152 AGR / RJ",
"SÚMULAS N . 282",
"AI 831 . 657 - AgR",
"ARE 718 . 152 AGR / RJ",
"AI 677 . 648 - AgR",
"AI 803 . 138 - AgR",
"ARE 718 . 152 AGR / RJ",
"AI 677 . 648 - AgR",
"AI 803 . 138 - AgR"
],
"LEGISLACAO": [
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 50 do Decreto - Lei n . 3 . 688 / 1941",
"art . [UNK] , inc . LIV e LV , da Constituição da República",
"Código de Processo Penal",
"Lei n . 9 . 099 / 1995",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 50 do Decreto - Lei n . 3 . 688 / 1941",
"art . [UNK] , inc . LIV e LV , da Constituição da República",
"Código de Processo Penal",
"Lei n . 9 . 099 / 1995",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 38 da Lei n . 8 . 038 / 90",
"art . 21 , § [UNK] , do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal",
"Carta da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 38 da Lei n . 8 . 038 / 90",
"art . 21 , § [UNK] , do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal",
"Carta da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 50 do Decreto - lei n . 3 . 688 / 1941",
"art . 50 do Decreto - lei 3 . 688 / 1941",
"art . [UNK] , inc . LIV e LV , da Constituição da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 50 do Decreto - lei n . 3 . 688 / 1941",
"art . 50 do Decreto - lei 3 . 688 / 1941",
"art . [UNK] , inc . LIV e LV , da Constituição da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ART . 93 , INC . IX , DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA",
"ART . [UNK] , INC . XII , XXXIX E XLVI , DA CONSTITUIÇÃO",
"ART . [UNK] , INC . LIV E LV , DA CONSTITUIÇÃO",
"Código de Processo Penal",
"Lei n . 9 . 099 / 1995",
"Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ART . 93 , INC . IX , DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA",
"ART . [UNK] , INC . XII , XXXIX E XLVI , DA",
"ART . [UNK] , INC . LIV E LV , DA CONSTITUIÇÃO",
"Código de Processo Penal",
"Lei n . 9 . 099 / 1995",
"Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 93 , IX , da Constituição Federal",
"art . 89 da Lei 9 . 099 / 95",
"art . 383 do CPP",
"art . 93 . IX , da CF",
"artigos 158 e 236 do CPP",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 93 , IX , da Constituição Federal",
"art . 89 da Lei 9 . 099 / 95",
"art . 383 do CPP",
"art . 93 . IX , da CF",
"artigos 158 e 236 do CPP",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"RIO DE JANEIRO",
"ESTADO DO RIO DE JANEIRO",
"Brasília",
"RIO DE JANEIRO",
"ESTADO DO RIO DE JANEIRO",
"RIO DE JANEIRO",
"ESTADO DO RIO DE JANEIRO",
"RIO DE JANEIRO",
"RIO DE JANEIRO",
"RIO DE JANEIRO",
"ESTADO DO RIO DE JANEIRO",
"RIO DE JANEIRO",
"ESTADO DO RIO DE JANEIRO"
],
"ORGANIZACAO": [
"SEGUNDA TURMA",
"MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO",
"[UNK] Turma Recursal Criminal dos Juizados Especiais do Rio de Janeiro",
"Supremo Tribunal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO",
"[UNK] Turma Recursal Criminal",
"Supremo Tribunal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Segunda Turma Recursal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma Recursal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"/",
"RJ",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Primeira Turma",
"STF",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"STF",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"CÁRMEN LÚCIA",
"LUCIENE APARECIDA DOS SANTOS",
"FELIPE CHAGAS DA COSTA SAMPAIO",
"Ricardo Lewandowski",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"LUCIENE APARECIDA DOS SANTOS",
"FELIPE CHAGAS DA COSTA SAMPAIO",
"CÁRMEN LÚCIA",
"Luciene Aparecida dos Santos",
"CÁRMEN LÚCIA",
"LUCIENE APARECIDA DOS SANTOS",
"FELIPE CHAGAS DA COSTA SAMPAIO",
"CÁRMEN LÚCIA",
"Luciene Aparecida dos Santos",
"Luciene Aparecida dos Santos",
"Luciene Aparecida dos Santos",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"Rosa Weber",
"Gilmar Mendes",
"Rosa Weber",
"Gilmar Mendes",
"CÁRMEN LÚCIA",
"LUCIENE APARECIDA DOS SANTOS",
"FELIPE CHAGAS DA COSTA SAMPAIO",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos",
"Fabiane Duarte",
"CÁRMEN LÚCIA",
"LUCIENE APARECIDA DOS SANTOS",
"FELIPE CHAGAS DA COSTA SAMPAIO",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos",
"Fabiane Duarte"
],
"TEMPO": [
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"13 de novembro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"07",
"/",
"12",
"/",
"2012",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"19 de outubro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"19 de outubro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"29",
".",
"10",
".",
"2012",
"5",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"29",
".",
"10",
".",
"2012",
"5",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"18",
".",
"8",
".",
"2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"18",
".",
"8",
".",
"2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"8",
".",
"2012",
"15",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"8",
".",
"2012",
"15",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 627.527 RIO GRANDE DO SUL
RELATOR
: MIN. LUIZ FUX
AGTE.(S)
:MASAL S/A - INDÚSTRIA E COMÉRCIO
ADV.(A/S)
:CLAUDIO MERTEN E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S)
:VINICIUS VIEIRA INDARTE
AGDO.(A/S)
:BANCO CENTRAL DO BRASIL
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DO BANCO CENTRAL
EMENTA:
AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO.
OPERAÇÃO DE CÂMBIO ILEGÍTIMA.
DECRETO
N.
23.258/33.
APLICAÇÃO
DE
MULTA.
DESPROPORCIONALIDADE. CARÁTER CONFISCATÓRIO.
A
REPERCUSSÃO GERAL NÃO DISPENSA O PREENCHIMENTO DOS
DEMAIS REQUISITOS DE ADMISSIBILIDADE DOS RECURSOS.
ART. 323 DO RISTF C.C. ART. 102, III, § 3º, DA CONSTITUIÇÃO
FEDERAL. PREQUESTIONAMENTO.
INEXISTÊNCIA.
CONTROVÉRSIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA INDIRETA.
REEXAME DE FATOS E PROVAS. SÚMULA N. 279 DO STF.
INVIABILIDADE DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO.
1. A repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o crivo dos
demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade (art.
323 do RISTF).
2. Consectariamente, se o recurso é inadmissível por outro motivo,
não há como se pretender seja reconhecida “a repercussão geral das
questões constitucionais discutidas no caso” (art. 102, III, § 3º, da CF).
3. O requisito do prequestionamento é indispensável, por isso que
inviável a apreciação, em sede de recurso extraordinário, de matéria
sobre a qual não se pronunciou o Tribunal de origem.
4. A simples oposição dos embargos de declaração, sem o efetivo
debate acerca da matéria versada pelos dispositivo constitucional
apontado como malferido, não supre a falta do requisito do
prequestionamento, viabilizador da abertura da instância extraordinária.
Incidência da Súmula n. 282 do Supremo Tribunal Federal, verbis: é
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
DJe 05/12/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 14
Ementa e Acórdão
RE 627.527 AGR / RS
inadmissível o recurso extraordinário, quando não ventilada na decisão recorrida,
a questão federal suscitada.
5. A controvérsia sub judice, consubstanciada na análise da prática de
operação de câmbio ilegítima (“sonegação de cobertura”) aludida no
Decreto n. 23.258/33, e o caráter confiscatório e desproporcional da multa
aplicada decorrente desta infração, é de índole infraconstitucional, bem
como foi decidida à luz do contexto fático-probatório engendrado nos
autos. Por isso, além de eventual ofensa à Constituição ocorrer de forma
indireta, para se chegar à conclusão contrária à adotada pelo acórdão
recorrido, necessário seria o reexame de fatos e provas, o que inviabiliza o
extraordinário, a teor do Enunciado da Súmula n. 279 do Supremo
Tribunal Federal, que interdita a esta Corte, em sede de recurso
extraordinário, sindicar matéria fática, verbis: para simples reexame de prova
não cabe recurso extraordinário.
6. Os princípios da legalidade, o do devido processo legal, o da
ampla defesa e do contraditório, bem como a verificação dos limites da
coisa julgada e da motivação das decisões judiciais quando a verificação
da violação dos mesmos depende de reexame prévio de normas
infraconstitucionais, revela ofensa indireta ou reflexa à Constituição
Federal, o que, por si só, não desafia a instância extraordinária.
(Precedentes: AI n. 804.854, 1ª Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia,
DJe de 18.08.10 e AI n. 756.336-AgR, 2ª Turma, Relatora a Ministra Ellen
Gracie, DJe de 25.10.10).
7.
In casu,
o acórdão originariamente recorrido assentou:
“ADMINISTRATIVO.
EXECUÇÃO
FISCAL.
PENALIDADE
PECUNIÁRIA. Caso em que, não se vislumbrando razões para reformar a
sentença recorrida nem para reduzir a penalidade pecuniária cominada, há que se
negar provimento ao apelo.”
8. Agravo regimental a que se nega provimento.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
2
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
RE 627.527 AGR / RS
inadmissível o recurso extraordinário, quando não ventilada na decisão recorrida,
a questão federal suscitada.
5. A controvérsia sub judice, consubstanciada na análise da prática de
operação de câmbio ilegítima (“sonegação de cobertura”) aludida no
Decreto n. 23.258/33, e o caráter confiscatório e desproporcional da multa
aplicada decorrente desta infração, é de índole infraconstitucional, bem
como foi decidida à luz do contexto fático-probatório engendrado nos
autos. Por isso, além de eventual ofensa à Constituição ocorrer de forma
indireta, para se chegar à conclusão contrária à adotada pelo acórdão
recorrido, necessário seria o reexame de fatos e provas, o que inviabiliza o
extraordinário, a teor do Enunciado da Súmula n. 279 do Supremo
Tribunal Federal, que interdita a esta Corte, em sede de recurso
extraordinário, sindicar matéria fática, verbis: para simples reexame de prova
não cabe recurso extraordinário.
6. Os princípios da legalidade, o do devido processo legal, o da
ampla defesa e do contraditório, bem como a verificação dos limites da
coisa julgada e da motivação das decisões judiciais quando a verificação
da violação dos mesmos depende de reexame prévio de normas
infraconstitucionais, revela ofensa indireta ou reflexa à Constituição
Federal, o que, por si só, não desafia a instância extraordinária.
(Precedentes: AI n. 804.854, 1ª Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia,
DJe de 18.08.10 e AI n. 756.336-AgR, 2ª Turma, Relatora a Ministra Ellen
Gracie, DJe de 25.10.10).
7.
In casu,
o acórdão originariamente recorrido assentou:
“ADMINISTRATIVO.
EXECUÇÃO
FISCAL.
PENALIDADE
PECUNIÁRIA. Caso em que, não se vislumbrando razões para reformar a
sentença recorrida nem para reduzir a penalidade pecuniária cominada, há que se
negar provimento ao apelo.”
8. Agravo regimental a que se nega provimento.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
2
Supremo Tribunal Federal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 14
Ementa e Acórdão
RE 627.527 AGR / RS
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do
Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de julgamento e das
notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao
agravo regimental, nos termos do voto do Relator.
Brasília, 13 de novembro de 2012.
LUIZ FUX – Relator
Documento assinado digitalmente
3
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
RE 627.527 AGR / RS
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do
Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de julgamento e das
notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao
agravo regimental, nos termos do voto do Relator.
Brasília, 13 de novembro de 2012.
LUIZ FUX – Relator
Documento assinado digitalmente
3
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 14
Relatório
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 627.527 RIO GRANDE DO SUL
RELATOR
: MIN. LUIZ FUX
AGTE.(S)
:MASAL S/A - INDÚSTRIA E COMÉRCIO
ADV.(A/S)
:CLAUDIO MERTEN E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S)
:VINICIUS VIEIRA INDARTE
AGDO.(A/S)
:BANCO CENTRAL DO BRASIL
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DO BANCO CENTRAL
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Trata-se de agravo
regimental interposto por MASAL S.A INDÚSTRIA E COMÉRCIO em
face de decisão de minha lavra, assim ementada:
“RECURSO EXTRAORDINÁRIO. OPERAÇÃO DE
CÂMBIO ILEGÍTIMA. DECRETO N. 23.258/33. APLICAÇÃO DE
MULTA.
DESPROPORCIONALIDADE.
CARÁTER
CONFISCATÓRIO.
REPERCUSSÃO
GERAL
NÃO
EXAMINADA. AUSÊNCIA DE QUESTÃO CONSTITUCIONAL.
ART. 323 DO RISTF C.C. ART. 102, III, § 3º, DA
CONSTITUIÇÃO
FEDERAL.
PREQUESTIONAMENTO.
INEXISTÊNCIA. CONTROVÉRSIA INFRACONSTITUCIONAL.
OFENSA INDIRETA. REEXAME DE FATOS E PROVAS.
SÚMULA N. 279 DO STF. INVIABILIDADE DO RECURSO
EXTRAORDINÁRIO.
1. A repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o crivo
dos demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade
(art. 323 do RISTF).
2. Consectariamente, se inexiste questão constitucional, não há
como se pretender seja reconhecida “a repercussão geral das questões
constitucionais discutidas no caso” (art. 102, III, § 3º, da CF).
3. O requisito do prequestionamento é indispensável, por isso
que inviável a apreciação, em sede de recurso extraordinário, de
matéria sobre a qual não se pronunciou o Tribunal de origem.
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Supremo Tribunal Federal
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 627.527 RIO GRANDE DO SUL
RELATOR
: MIN. LUIZ FUX
AGTE.(S)
:MASAL S/A - INDÚSTRIA E COMÉRCIO
ADV.(A/S)
:CLAUDIO MERTEN E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S)
:VINICIUS VIEIRA INDARTE
AGDO.(A/S)
:BANCO CENTRAL DO BRASIL
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DO BANCO CENTRAL
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Trata-se de agravo
regimental interposto por MASAL S.A INDÚSTRIA E COMÉRCIO em
face de decisão de minha lavra, assim ementada:
“RECURSO EXTRAORDINÁRIO. OPERAÇÃO DE
CÂMBIO ILEGÍTIMA. DECRETO N. 23.258/33. APLICAÇÃO DE
MULTA.
DESPROPORCIONALIDADE.
CARÁTER
CONFISCATÓRIO.
REPERCUSSÃO
GERAL
NÃO
EXAMINADA. AUSÊNCIA DE QUESTÃO CONSTITUCIONAL.
ART. 323 DO RISTF C.C. ART. 102, III, § 3º, DA
CONSTITUIÇÃO
FEDERAL.
PREQUESTIONAMENTO.
INEXISTÊNCIA. CONTROVÉRSIA INFRACONSTITUCIONAL.
OFENSA INDIRETA. REEXAME DE FATOS E PROVAS.
SÚMULA N. 279 DO STF. INVIABILIDADE DO RECURSO
EXTRAORDINÁRIO.
1. A repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o crivo
dos demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade
(art. 323 do RISTF).
2. Consectariamente, se inexiste questão constitucional, não há
como se pretender seja reconhecida “a repercussão geral das questões
constitucionais discutidas no caso” (art. 102, III, § 3º, da CF).
3. O requisito do prequestionamento é indispensável, por isso
que inviável a apreciação, em sede de recurso extraordinário, de
matéria sobre a qual não se pronunciou o Tribunal de origem.
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 14
Relatório
RE 627.527 AGR / RS
4. A simples oposição dos embargos de declaração, sem o efetivo
debate acerca da matéria versada pelos dispositivo constitucional
apontado como malferido, não supre a falta do requisito do
prequestionamento, viabilizador da abertura da instância
extraordinária. Incidência da Súmula n. 282 do Supremo Tribunal
Federal, verbis: é inadmissível o recurso extraordinário, quando não
ventilada na decisão recorrida, a questão federal suscitada.
5. A controvérsia sub judice, consubstanciada na análise da
prática de operação de câmbio ilegítima (“sonegação de cobertura”)
aludida no Decreto n. 23.258/33, e o caráter confiscatório e
desproporcional da multa aplicada decorrente desta infração, é de
índole infraconstitucional, bem como foi decidida à luz do contexto
fático-probatório engendrado nos autos. Por isso, além de eventual
ofensa à Constituição ocorrer de forma indireta, para se chegar à
conclusão contrária à adotada pelo acórdão recorrido, necessário seria
o reexame de fatos e provas, o que inviabiliza o extraordinário, a teor
do Enunciado da Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal, que
interdita a esta Corte, em sede de recurso extraordinário, sindicar
matéria fática, verbis: para simples reexame de prova não cabe recurso
extraordinário.
6. Os princípios da legalidade, o do devido processo legal, o da
ampla defesa e do contraditório, bem como a verificação dos limites da
coisa julgada e da motivação das decisões judiciais quando a
verificação da violação dos mesmos depende de reexame prévio de
normas infraconstitucionais, revela ofensa indireta ou reflexa à
Constituição Federal, o que, por si só, não desafia a instância
extraordinária. (Precedentes: AI n. 804.854, 1ª Turma, Relatora a
Ministra Cármen Lúcia, DJe de 18.08.10 e AI n. 756.336-AgR, 2ª
Turma, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJe de 25.10.10).
7. Recurso extraordinário a que se nega seguimento.”
Em suas razões de agravar, a agravante sustenta que “os únicos
dispositivos infraconstitucionais que a Colenda Turma precisa examinar
para o julgamento do recurso extraordinário que se objetiva ver admitido
são os arts. 3º e 6º, do Decreto n. 23.258/33 – justamente os dispositivos
que veicularam a malsinada multa que a Agravante entende ser
2
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
RE 627.527 AGR / RS
4. A simples oposição dos embargos de declaração, sem o efetivo
debate acerca da matéria versada pelos dispositivo constitucional
apontado como malferido, não supre a falta do requisito do
prequestionamento, viabilizador da abertura da instância
extraordinária. Incidência da Súmula n. 282 do Supremo Tribunal
Federal, verbis: é inadmissível o recurso extraordinário, quando não
ventilada na decisão recorrida, a questão federal suscitada.
5. A controvérsia sub judice, consubstanciada na análise da
prática de operação de câmbio ilegítima (“sonegação de cobertura”)
aludida no Decreto n. 23.258/33, e o caráter confiscatório e
desproporcional da multa aplicada decorrente desta infração, é de
índole infraconstitucional, bem como foi decidida à luz do contexto
fático-probatório engendrado nos autos. Por isso, além de eventual
ofensa à Constituição ocorrer de forma indireta, para se chegar à
conclusão contrária à adotada pelo acórdão recorrido, necessário seria
o reexame de fatos e provas, o que inviabiliza o extraordinário, a teor
do Enunciado da Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal, que
interdita a esta Corte, em sede de recurso extraordinário, sindicar
matéria fática, verbis: para simples reexame de prova não cabe recurso
extraordinário.
6. Os princípios da legalidade, o do devido processo legal, o da
ampla defesa e do contraditório, bem como a verificação dos limites da
coisa julgada e da motivação das decisões judiciais quando a
verificação da violação dos mesmos depende de reexame prévio de
normas infraconstitucionais, revela ofensa indireta ou reflexa à
Constituição Federal, o que, por si só, não desafia a instância
extraordinária. (Precedentes: AI n. 804.854, 1ª Turma, Relatora a
Ministra Cármen Lúcia, DJe de 18.08.10 e AI n. 756.336-AgR, 2ª
Turma, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJe de 25.10.10).
7. Recurso extraordinário a que se nega seguimento.”
Em suas razões de agravar, a agravante sustenta que “os únicos
dispositivos infraconstitucionais que a Colenda Turma precisa examinar
para o julgamento do recurso extraordinário que se objetiva ver admitido
são os arts. 3º e 6º, do Decreto n. 23.258/33 – justamente os dispositivos
que veicularam a malsinada multa que a Agravante entende ser
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 14
Relatório
RE 627.527 AGR / RS
confiscatória. (…) A ofensa ao art. 150, IV, da CF/88 ocorre de forma
direita e frontal, não dependendo do exame prévio de qualquer
dispositivo legal, não dependendo, outrossim, do reexame dos fatos, ve
que estes, incontroversos nos autos, foram delineados, soberanamente
delineados nas instâncias ordinárias” (fls. 713).
Ao final, requer a reconsideração da decisão hostilizada, com o
consequente provimento do recurso extraordinário.
É o relatório.
3
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
RE 627.527 AGR / RS
confiscatória. (…) A ofensa ao art. 150, IV, da CF/88 ocorre de forma
direita e frontal, não dependendo do exame prévio de qualquer
dispositivo legal, não dependendo, outrossim, do reexame dos fatos, ve
que estes, incontroversos nos autos, foram delineados, soberanamente
delineados nas instâncias ordinárias” (fls. 713).
Ao final, requer a reconsideração da decisão hostilizada, com o
consequente provimento do recurso extraordinário.
É o relatório.
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Supremo Tribunal Federal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 14
Voto - MIN. LUIZ FUX
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 627.527 RIO GRANDE DO SUL
V O T O
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Não assiste razão ao
agravante.
Em suma, os fundamentos da decisão agravada restaram assim
consignados:
Cuida-se de recurso extraordinário interposto pelo
MASAL S/A INDÚSTRIA E COMÉRCIO com fulcro no art. 102,
III, ‘a’, da Constituição Federal de 1988, em face de v. acórdão
prolatado pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região, assim
ementado:
‘ADMINISTRATIVO.
EXECUÇÃO
FISCAL.
PENALIDADE PECUNIÁRIA.
Caso em que, não se vislumbrando razões para
reformar a sentença recorrida nem para reduzir a
penalidade pecuniária cominada, há que se negar
provimento ao apelo.’
Opostos embargos de declaração, estes foram rejeitados
(fl. 504).
Em suas razões recursais, o recorrente aponta violação aos
artigos 5º, XXXV, LIV, LV, 93, IX e 150, IV, da Constituição
Federal, sustentando, em síntese, que ‘a sanção administrativa,
in casu, aplicada pelo Banco Central do Brasil – BACEN, feriu o
princípio da proporcionalidade e, por consectário, o princípio
do não-confisco, uma vez que a penalidade pecuniária
confiscou a integralidade do quanto pela Recorrente recebido a
título de pagamento das exportações, por si procedidas, ferindo
o núcleo essencial do direito de propriedade, razão pela qual
deve ser integralmente reformado v. Aresto ora recorrido,
Supremo Tribunal Federal
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13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 627.527 RIO GRANDE DO SUL
V O T O
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Não assiste razão ao
agravante.
Em suma, os fundamentos da decisão agravada restaram assim
consignados:
Cuida-se de recurso extraordinário interposto pelo
MASAL S/A INDÚSTRIA E COMÉRCIO com fulcro no art. 102,
III, ‘a’, da Constituição Federal de 1988, em face de v. acórdão
prolatado pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região, assim
ementado:
‘ADMINISTRATIVO.
EXECUÇÃO
FISCAL.
PENALIDADE PECUNIÁRIA.
Caso em que, não se vislumbrando razões para
reformar a sentença recorrida nem para reduzir a
penalidade pecuniária cominada, há que se negar
provimento ao apelo.’
Opostos embargos de declaração, estes foram rejeitados
(fl. 504).
Em suas razões recursais, o recorrente aponta violação aos
artigos 5º, XXXV, LIV, LV, 93, IX e 150, IV, da Constituição
Federal, sustentando, em síntese, que ‘a sanção administrativa,
in casu, aplicada pelo Banco Central do Brasil – BACEN, feriu o
princípio da proporcionalidade e, por consectário, o princípio
do não-confisco, uma vez que a penalidade pecuniária
confiscou a integralidade do quanto pela Recorrente recebido a
título de pagamento das exportações, por si procedidas, ferindo
o núcleo essencial do direito de propriedade, razão pela qual
deve ser integralmente reformado v. Aresto ora recorrido,
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 14
Voto - MIN. LUIZ FUX
RE 627.527 AGR / RS
reiteradas vênias.’ (fl. 548).
Foram apresentadas contrarrazões ao recurso
extraordinário (fls. 577/590).
É o relatório. DECIDO.
O recurso não merece prosperar.
Ab initio, a repercussão geral pressupõe recurso admissível
sob o crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais
de admissibilidade (art. 323 do RISTF). Consectariamente, se
inexiste questão constitucional, não há como se pretender seja
reconhecida a repercussão geral das questões constitucionais
discutidas no caso (art. 102, III, § 3º, da CF).
Verifica-se, na espécie, que os artigos da Constituição
Federal que o o recorrente considera violados (artigos 5º,
XXXV, LIV, LV, 93, IX e 150, IV, da CF) não foram debatidos no
acórdão recorrido. Além disso, a simples oposição dos
embargos de declaração sem o efetivo debate no Tribunal de
origem, acerca da matéria versada pelos dispositivos
constitucionais apontados como malferidos, não supre a falta
do requisito do prequestionamento, viabilizador da abertura da
instância extraordinária. Incidência da Súmula n. 282 do
Supremo Tribunal Federal, verbis: é inadmissível o recurso
extraordinário, quando não ventilada na decisão recorrida, a questão
federal suscitada. Confiram-se, à guisa de exemplo, os seguintes
precedentes deste Sodalício, verbis:
‘E M E N T A: AGRAVO DE INSTRUMENTO -
ALEGADA
VIOLAÇÃO
A
PRECEITOS
CONSTITUCIONAIS
-
AUSÊNCIA
DE
PREQUESTIONAMENTO - OFENSA INDIRETA À
CONSTITUIÇÃO - CONTENCIOSO DE MERA
LEGALIDADE - REEXAME DE FATOS E PROVAS -
IMPOSSIBILIDADE - SÚMULA 279/STF - RECURSO
IMPROVIDO. - A ausência de efetiva apreciação do litígio
constitucional, por parte do Tribunal de que emanou o
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RE 627.527 AGR / RS
reiteradas vênias.’ (fl. 548).
Foram apresentadas contrarrazões ao recurso
extraordinário (fls. 577/590).
É o relatório. DECIDO.
O recurso não merece prosperar.
Ab initio, a repercussão geral pressupõe recurso admissível
sob o crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais
de admissibilidade (art. 323 do RISTF). Consectariamente, se
inexiste questão constitucional, não há como se pretender seja
reconhecida a repercussão geral das questões constitucionais
discutidas no caso (art. 102, III, § 3º, da CF).
Verifica-se, na espécie, que os artigos da Constituição
Federal que o o recorrente considera violados (artigos 5º,
XXXV, LIV, LV, 93, IX e 150, IV, da CF) não foram debatidos no
acórdão recorrido. Além disso, a simples oposição dos
embargos de declaração sem o efetivo debate no Tribunal de
origem, acerca da matéria versada pelos dispositivos
constitucionais apontados como malferidos, não supre a falta
do requisito do prequestionamento, viabilizador da abertura da
instância extraordinária. Incidência da Súmula n. 282 do
Supremo Tribunal Federal, verbis: é inadmissível o recurso
extraordinário, quando não ventilada na decisão recorrida, a questão
federal suscitada. Confiram-se, à guisa de exemplo, os seguintes
precedentes deste Sodalício, verbis:
‘E M E N T A: AGRAVO DE INSTRUMENTO -
ALEGADA
VIOLAÇÃO
A
PRECEITOS
CONSTITUCIONAIS
-
AUSÊNCIA
DE
PREQUESTIONAMENTO - OFENSA INDIRETA À
CONSTITUIÇÃO - CONTENCIOSO DE MERA
LEGALIDADE - REEXAME DE FATOS E PROVAS -
IMPOSSIBILIDADE - SÚMULA 279/STF - RECURSO
IMPROVIDO. - A ausência de efetiva apreciação do litígio
constitucional, por parte do Tribunal de que emanou o
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 14
Voto - MIN. LUIZ FUX
RE 627.527 AGR / RS
acórdão impugnado, não autoriza - ante a falta de
prequestionamento explícito da controvérsia jurídica - a
utilização do recurso extraordinário. Precedentes. - A
situação de ofensa meramente reflexa ao texto constitucional,
quando ocorrente, não basta, só por si, para viabilizar o acesso à
via recursal extraordinária. Precedentes. - Não cabe recurso
extraordinário, quando interposto com o objetivo de discutir
questões de fato ou de examinar matéria de caráter probatório.
Precedentes.’ (AI n. 758.626-AgR, Relator o Ministro Celso
de Mello, 2ª Turma, DJ 23.03.11 )
‘EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO
DE INSTRUMENTO. PENSIONISTAS DE EX-
FERROVIÁRIOS DA FEPASA. AUSÊNCIA DE
PREQUESTIONAMENTO. SÚMULAS 282 E 356.
DECRETO
Nº
35.530/59.
MATÉRIA
INFRACONSTITUCIONAL. SÚMULA 280. REEXAME
DE FATOS E CLÁUSULAS CONTRATUAIS. SÚMULAS
279 E 454. AGRAVO IMPROVIDO I - Como tem
consignado o Tribunal, por meio da Súmula 282, é
inadmissível o recurso extraordinário se a questão
constitucional suscitada não tiver sido apreciada no
acórdão recorrido. II Omissis. III Omissis. IV - Agravo
regimental improvido.’ (AI n. 793.610-AgR, Relator o
Ministro Ricardo Lewandowski, 1ª Turma, DJ 17.11.10 )
Ademais, o Tribunal a quo, ao julgar a presente demanda,
consignou (fl. 497):
‘O numerário correspondia ao pagamento dos
produtos pelo importador argentino, mediante depósito
em conta bancária de diretor da apelante na Argentina, e
não por transferência bancária. O procedimento inusitado
de portar essa vultosa quantia, sem possibilidade de cabal
comprovação de origem, em vez de fazê-lo através de
transferência bancária da empresa importadora para a
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RE 627.527 AGR / RS
acórdão impugnado, não autoriza - ante a falta de
prequestionamento explícito da controvérsia jurídica - a
utilização do recurso extraordinário. Precedentes. - A
situação de ofensa meramente reflexa ao texto constitucional,
quando ocorrente, não basta, só por si, para viabilizar o acesso à
via recursal extraordinária. Precedentes. - Não cabe recurso
extraordinário, quando interposto com o objetivo de discutir
questões de fato ou de examinar matéria de caráter probatório.
Precedentes.’ (AI n. 758.626-AgR, Relator o Ministro Celso
de Mello, 2ª Turma, DJ 23.03.11 )
‘EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO
DE INSTRUMENTO. PENSIONISTAS DE EX-
FERROVIÁRIOS DA FEPASA. AUSÊNCIA DE
PREQUESTIONAMENTO. SÚMULAS 282 E 356.
DECRETO
Nº
35.530/59.
MATÉRIA
INFRACONSTITUCIONAL. SÚMULA 280. REEXAME
DE FATOS E CLÁUSULAS CONTRATUAIS. SÚMULAS
279 E 454. AGRAVO IMPROVIDO I - Como tem
consignado o Tribunal, por meio da Súmula 282, é
inadmissível o recurso extraordinário se a questão
constitucional suscitada não tiver sido apreciada no
acórdão recorrido. II Omissis. III Omissis. IV - Agravo
regimental improvido.’ (AI n. 793.610-AgR, Relator o
Ministro Ricardo Lewandowski, 1ª Turma, DJ 17.11.10 )
Ademais, o Tribunal a quo, ao julgar a presente demanda,
consignou (fl. 497):
‘O numerário correspondia ao pagamento dos
produtos pelo importador argentino, mediante depósito
em conta bancária de diretor da apelante na Argentina, e
não por transferência bancária. O procedimento inusitado
de portar essa vultosa quantia, sem possibilidade de cabal
comprovação de origem, em vez de fazê-lo através de
transferência bancária da empresa importadora para a
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 14
Voto - MIN. LUIZ FUX
RE 627.527 AGR / RS
empresa exportadora, caracteriza a sonegação de
cobertura aludida no art. 3º, do Decreto 23.258/33, prática
evidentemente irregular e culposa à vista do disposto no
art. 1º, do mencionado Decreto 23.258/33. Além disso, não
há como classificar essa conduta como fato necessário, de
molde a travesti-lo de caso fortuito ou força maior.
Relativamente ao argumento da falta de motivação
do ato de cominar a penalidade pecuniária, deve ser
respondido nos precisos termos da fundamentação
sentencial: as decisões administrativas foram
cumpridamente motivadas (fls. 308/310 e 365/370) e a
multa foi estabelecida no termo médio do espectro
facultado pelo art. 6º do aludido Decreto 23.258/33:
máximo do dobro do valor da operação e mínimo de cinco
contos de réis.
No tocante à qualificação da multa aplicada, não se
pode dizer que seja desproporcional à infração cometida.
Primeiro, porque esta reveste-se de notável gravidade e
merece a repulsa de todo empresário que pretenda
dedicar-se ao comércio internacional com a moralidade
exigida pelo atual nível de relações entre os países que
compõem o mercado mundial. Segundo, porque a referida
aplicação no termo médio traduz a moderação com que a
autoridade administrativa contemplou a espécie.’
Ora, a controvérsia sub judice, consubstanciada na análise
da prática de operação de câmbio ilegítima – ‘sonegação de
cobertura’ - aludida no Decreto n. 23.258/33, e o caráter
confiscatório e desproporcional da multa aplicada decorrente
desta infração, é de índole infraconstitucional, bem como foi
decidida à luz do contexto fático-probatório engendrado nos
autos. Por isso, além de eventual ofensa à Constituição ocorrer
de forma indireta, para se chegar à conclusão contrária à
adotada pelo acórdão recorrido, necessário seria o reexame de
fatos e provas, o que inviabiliza o extraordinário, a teor do
Enunciado da Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal, que
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Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
RE 627.527 AGR / RS
empresa exportadora, caracteriza a sonegação de
cobertura aludida no art. 3º, do Decreto 23.258/33, prática
evidentemente irregular e culposa à vista do disposto no
art. 1º, do mencionado Decreto 23.258/33. Além disso, não
há como classificar essa conduta como fato necessário, de
molde a travesti-lo de caso fortuito ou força maior.
Relativamente ao argumento da falta de motivação
do ato de cominar a penalidade pecuniária, deve ser
respondido nos precisos termos da fundamentação
sentencial: as decisões administrativas foram
cumpridamente motivadas (fls. 308/310 e 365/370) e a
multa foi estabelecida no termo médio do espectro
facultado pelo art. 6º do aludido Decreto 23.258/33:
máximo do dobro do valor da operação e mínimo de cinco
contos de réis.
No tocante à qualificação da multa aplicada, não se
pode dizer que seja desproporcional à infração cometida.
Primeiro, porque esta reveste-se de notável gravidade e
merece a repulsa de todo empresário que pretenda
dedicar-se ao comércio internacional com a moralidade
exigida pelo atual nível de relações entre os países que
compõem o mercado mundial. Segundo, porque a referida
aplicação no termo médio traduz a moderação com que a
autoridade administrativa contemplou a espécie.’
Ora, a controvérsia sub judice, consubstanciada na análise
da prática de operação de câmbio ilegítima – ‘sonegação de
cobertura’ - aludida no Decreto n. 23.258/33, e o caráter
confiscatório e desproporcional da multa aplicada decorrente
desta infração, é de índole infraconstitucional, bem como foi
decidida à luz do contexto fático-probatório engendrado nos
autos. Por isso, além de eventual ofensa à Constituição ocorrer
de forma indireta, para se chegar à conclusão contrária à
adotada pelo acórdão recorrido, necessário seria o reexame de
fatos e provas, o que inviabiliza o extraordinário, a teor do
Enunciado da Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal, que
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 14
Voto - MIN. LUIZ FUX
RE 627.527 AGR / RS
interdita a esta Corte, em sede de recurso extraordinário,
sindicar matéria fática. À guisa de exemplos, cito os seguintes
julgados dessa Suprema Corte:
‘EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL. TAXA SELIC.
INCIDÊNCIA SOBRE DÉBITOS TRIBUTÁRIOS.
MATÉRIA
INFRACONSTITUCIONAL.
OFENSA
REFLEXA OU INDIRETA À CONSTITUIÇÃO FEDERAL.
IMPOSIÇÃO DE MULTA PELO DESCUMPRIMENTO DE
OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA. ALEGAÇÃO DE EFEITO
CONFISCATÓRIO E DE OFENSA AO PRINCÍPIO DA
CAPACIDADE CONTRIBUTIVA. SÚMULA 279 DO STF.
De acordo com a orientação firmada neste Tribunal, a
controvérsia relativa à aplicação da taxa SELIC como
índice de atualização de débitos tributários encontra-se no
âmbito infraconstitucional. Por essa razão, incabível o
recurso extraordinário, visto que não há ofensa direta à
Constituição Federal.
Para se chegar a conclusão diversa daquela a que
chegou o acórdão recorrido, quanto à alegada ofensa aos
princípios da capacidade contributiva e da vedação ao
confisco, seria necessário o reexame de fatos e provas, o
que encontra óbice na Súmula 279 do STF.
Agravo regimental a que se nega provimento.’ (AI n.
505.908-AgR, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, 2ª
Turma, DJe de 14.8.09)
‘EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO
DE INSTRUMENTO. TRIBUTÁRIO. INCIDÊNCIA DA
TAXA SELIC: IMPOSSIBILIDADE DA ANÁLISE DA
LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA
CONSTITUCIONAL INDIRETA. ALEGAÇÃO DE
CARÁTER CONFISCATÓRIO DA MULTA APLICADA:
NECESSIDADE DO REEXAME DE FATOS E PROVAS
(SÚMULA 279). AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE
NEGA SEGUIMENTO.’ (AI n. 740.631-AgR, Relatora a
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RE 627.527 AGR / RS
interdita a esta Corte, em sede de recurso extraordinário,
sindicar matéria fática. À guisa de exemplos, cito os seguintes
julgados dessa Suprema Corte:
‘EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL. TAXA SELIC.
INCIDÊNCIA SOBRE DÉBITOS TRIBUTÁRIOS.
MATÉRIA
INFRACONSTITUCIONAL.
OFENSA
REFLEXA OU INDIRETA À CONSTITUIÇÃO FEDERAL.
IMPOSIÇÃO DE MULTA PELO DESCUMPRIMENTO DE
OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA. ALEGAÇÃO DE EFEITO
CONFISCATÓRIO E DE OFENSA AO PRINCÍPIO DA
CAPACIDADE CONTRIBUTIVA. SÚMULA 279 DO STF.
De acordo com a orientação firmada neste Tribunal, a
controvérsia relativa à aplicação da taxa SELIC como
índice de atualização de débitos tributários encontra-se no
âmbito infraconstitucional. Por essa razão, incabível o
recurso extraordinário, visto que não há ofensa direta à
Constituição Federal.
Para se chegar a conclusão diversa daquela a que
chegou o acórdão recorrido, quanto à alegada ofensa aos
princípios da capacidade contributiva e da vedação ao
confisco, seria necessário o reexame de fatos e provas, o
que encontra óbice na Súmula 279 do STF.
Agravo regimental a que se nega provimento.’ (AI n.
505.908-AgR, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, 2ª
Turma, DJe de 14.8.09)
‘EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO
DE INSTRUMENTO. TRIBUTÁRIO. INCIDÊNCIA DA
TAXA SELIC: IMPOSSIBILIDADE DA ANÁLISE DA
LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA
CONSTITUCIONAL INDIRETA. ALEGAÇÃO DE
CARÁTER CONFISCATÓRIO DA MULTA APLICADA:
NECESSIDADE DO REEXAME DE FATOS E PROVAS
(SÚMULA 279). AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE
NEGA SEGUIMENTO.’ (AI n. 740.631-AgR, Relatora a
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Voto - MIN. LUIZ FUX
RE 627.527 AGR / RS
Ministra Cármen Lúcia, 1ª Turma, DJe de 14.8.09).
Relativamente ao verbete sumular, traz-se a lume o
comentário do ilustre professor Roberto Rosas, In Direito
Sumular , 12ª edição, Editora Malheiros, verbis:
‘Chiovenda nos dá os limites da distinção entre
questão de fato e questão de direito. A questão de fato
consiste em verificar se existem as circunstâncias com base
nas quais deve o juiz, de acordo com a lei, considerar
existentes determinados fatos concretos. A questão de
direito consiste na focalização, primeiro, se a norma, a que
o autor se refere, existe, como norma abstrata (Instituições
de Direito Processual, 2a ed., v. I/175).
Não é estranha a qualificação jurídica dos fatos
dados como provados (RT 275/884 e 226/583). Já se refere a
matéria de fato quando a decisão assenta no processo de
livre convencimento do julgador (RE 64.051, Rel. Min.
Djaci Falcão, RTJ 47/276); não cabe o recurso
extraordinário quando o acórdão recorrido deu
determinada qualificação jurídica a fatos delituosos e se
pretende atribuir aos mesmos fatos outra configuração,
quando essa pretensão exige reexame de provas (ERE
58.714, Relator para o acórdão o Min. Amaral Santos, RTJ
46/821). No processo penal, a verificação entre a
qualificação de motivo fútil ou estado de embriaguez para
a apenação importa matéria de fato, insuscetível de
reexame no recurso extraordinário (RE 63.226, Rel. Min.
Eloy da Rocha, RTJ 46/666).
A Súmula 279 é peremptória: Para simples reexame
de prova não cabe recurso extraordinário. Não se
vislumbraria a existência da questão federal motivadora
do recurso extraordinário. O juiz dá a valoração mais
conveniente aos elementos probatórios, atendendo aos
fatos e circunstâncias constantes dos autos, ainda que não
alegados pelas partes. Não se confunda com o critério
6
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RE 627.527 AGR / RS
Ministra Cármen Lúcia, 1ª Turma, DJe de 14.8.09).
Relativamente ao verbete sumular, traz-se a lume o
comentário do ilustre professor Roberto Rosas, In Direito
Sumular , 12ª edição, Editora Malheiros, verbis:
‘Chiovenda nos dá os limites da distinção entre
questão de fato e questão de direito. A questão de fato
consiste em verificar se existem as circunstâncias com base
nas quais deve o juiz, de acordo com a lei, considerar
existentes determinados fatos concretos. A questão de
direito consiste na focalização, primeiro, se a norma, a que
o autor se refere, existe, como norma abstrata (Instituições
de Direito Processual, 2a ed., v. I/175).
Não é estranha a qualificação jurídica dos fatos
dados como provados (RT 275/884 e 226/583). Já se refere a
matéria de fato quando a decisão assenta no processo de
livre convencimento do julgador (RE 64.051, Rel. Min.
Djaci Falcão, RTJ 47/276); não cabe o recurso
extraordinário quando o acórdão recorrido deu
determinada qualificação jurídica a fatos delituosos e se
pretende atribuir aos mesmos fatos outra configuração,
quando essa pretensão exige reexame de provas (ERE
58.714, Relator para o acórdão o Min. Amaral Santos, RTJ
46/821). No processo penal, a verificação entre a
qualificação de motivo fútil ou estado de embriaguez para
a apenação importa matéria de fato, insuscetível de
reexame no recurso extraordinário (RE 63.226, Rel. Min.
Eloy da Rocha, RTJ 46/666).
A Súmula 279 é peremptória: Para simples reexame
de prova não cabe recurso extraordinário. Não se
vislumbraria a existência da questão federal motivadora
do recurso extraordinário. O juiz dá a valoração mais
conveniente aos elementos probatórios, atendendo aos
fatos e circunstâncias constantes dos autos, ainda que não
alegados pelas partes. Não se confunda com o critério
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Voto - MIN. LUIZ FUX
RE 627.527 AGR / RS
legal da valorização da prova (RTJ 37/480, 56/65) (Pestana
de Aguiar, Comentários ao Código de Processo Civil, 2a
ed., v. VI/40, Ed. RT; Castro Nunes, Teoria e Prática do
Poder Judiciário, 1943, p. 383).’
Por fim, cabe salientar que a jurisprudência desta Suprema
Corte é uníssona no sentido de que a ofensa aos princípios da
legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do
contraditório, bem como a verificação dos limites da coisa
julgada e da motivação das decisões judiciais, quando a
verificação da violação dos mesmos depende de reexame prévio
de normas infraconstitucionais, revela ofensa indireta ou reflexa
à Constituição Federal, o que, por si só, não desafia a instância
extraordinária (AI n. 804.854, 1ª Turma, Relatora a Ministra
Cármen Lúcia DJe de 18.08.10, AI n. 756.336-AgR, 2ª Turma,
Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJe de 25.10.10, entre outros).
Ex positis, NEGO SEGUIMENTO ao recurso extraordinário,
com fundamento no artigo 21, § 1º, do RISTF.”
Em que pesem os argumentos expendidos nas razões de agravar,
resta evidenciado das razões recursais que o agravante não trouxe
nenhum argumento capaz de infirmar a decisão hostilizada, razão pela
qual a mesma deve ser mantida por seus próprios fundamentos.
Ex positis, nego provimento ao agravo regimental.
É como voto.
7
Supremo Tribunal Federal
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RE 627.527 AGR / RS
legal da valorização da prova (RTJ 37/480, 56/65) (Pestana
de Aguiar, Comentários ao Código de Processo Civil, 2a
ed., v. VI/40, Ed. RT; Castro Nunes, Teoria e Prática do
Poder Judiciário, 1943, p. 383).’
Por fim, cabe salientar que a jurisprudência desta Suprema
Corte é uníssona no sentido de que a ofensa aos princípios da
legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do
contraditório, bem como a verificação dos limites da coisa
julgada e da motivação das decisões judiciais, quando a
verificação da violação dos mesmos depende de reexame prévio
de normas infraconstitucionais, revela ofensa indireta ou reflexa
à Constituição Federal, o que, por si só, não desafia a instância
extraordinária (AI n. 804.854, 1ª Turma, Relatora a Ministra
Cármen Lúcia DJe de 18.08.10, AI n. 756.336-AgR, 2ª Turma,
Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJe de 25.10.10, entre outros).
Ex positis, NEGO SEGUIMENTO ao recurso extraordinário,
com fundamento no artigo 21, § 1º, do RISTF.”
Em que pesem os argumentos expendidos nas razões de agravar,
resta evidenciado das razões recursais que o agravante não trouxe
nenhum argumento capaz de infirmar a decisão hostilizada, razão pela
qual a mesma deve ser mantida por seus próprios fundamentos.
Ex positis, nego provimento ao agravo regimental.
É como voto.
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Decisão de Julgamento
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 627.527
PROCED. : RIO GRANDE DO SUL
RELATOR : MIN. LUIZ FUX
AGTE.(S) : MASAL S/A - INDÚSTRIA E COMÉRCIO
ADV.(A/S) : CLAUDIO MERTEN E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : VINICIUS VIEIRA INDARTE
AGDO.(A/S) : BANCO CENTRAL DO BRASIL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO BANCO CENTRAL
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos
termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro
Dias Toffoli. 1ª Turma, 13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Wagner Mathias.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
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PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 627.527
PROCED. : RIO GRANDE DO SUL
RELATOR : MIN. LUIZ FUX
AGTE.(S) : MASAL S/A - INDÚSTRIA E COMÉRCIO
ADV.(A/S) : CLAUDIO MERTEN E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : VINICIUS VIEIRA INDARTE
AGDO.(A/S) : BANCO CENTRAL DO BRASIL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO BANCO CENTRAL
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos
termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro
Dias Toffoli. 1ª Turma, 13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Wagner Mathias.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 14 de 14
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3161074 | 2012-11-13T00:00:00 | 2012-12-05T00:00:00 | A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 13.11.2012. | AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO | Ementa: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. OPERAÇÃO DE CÂMBIO ILEGÍTIMA. DECRETO N. 23.258/33. APLICAÇÃO DE MULTA. DESPROPORCIONALIDADE. CARÁTER CONFISCATÓRIO. A REPERCUSSÃO GERAL NÃO DISPENSA O PREENCHIMENTO DOS DEMAIS REQUISITOS DE ADMISSIBILIDADE DOS RECURSOS. ART. 323 DO RISTF C.C. ART. 102, III, § 3º, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. PREQUESTIONAMENTO. INEXISTÊNCIA. CONTROVÉRSIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA INDIRETA. REEXAME DE FATOS E PROVAS. SÚMULA N. 279 DO STF. INVIABILIDADE DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO.
1. A repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade (art. 323 do RISTF).
2. Consectariamente, se o recurso é inadmissível por outro motivo, não há como se pretender seja reconhecida “a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso” (art. 102, III, § 3º, da CF).
3. O requisito do prequestionamento é indispensável, por isso que inviável a apreciação, em sede de recurso extraordinário, de matéria sobre a qual não se pronunciou o Tribunal de origem.
4. A simples oposição dos embargos de declaração, sem o efetivo debate acerca da matéria versada pelos dispositivo constitucional apontado como malferido, não supre a falta do requisito do prequestionamento, viabilizador da abertura da instância extraordinária. Incidência da Súmula n. 282 do Supremo Tribunal Federal, verbis: é inadmissível o recurso extraordinário, quando não ventilada na decisão recorrida, a questão federal suscitada.
5. A controvérsia sub judice, consubstanciada na análise da prática de operação de câmbio ilegítima (“sonegação de cobertura”) aludida no Decreto n. 23.258/33, e o caráter confiscatório e desproporcional da multa aplicada decorrente desta infração, é de índole infraconstitucional, bem como foi decidida à luz do contexto fático-probatório engendrado nos autos. Por isso, além de eventual ofensa à Constituição ocorrer de forma indireta, para se chegar à conclusão contrária à adotada pelo acórdão recorrido, necessário seria o reexame de fatos e provas, o que inviabiliza o extraordinário, a teor do Enunciado da Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal, que interdita a esta Corte, em sede de recurso extraordinário, sindicar matéria fática, verbis: para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário.
6. Os princípios da legalidade, o do devido processo legal, o da ampla defesa e do contraditório, bem como a verificação dos limites da coisa julgada e da motivação das decisões judiciais quando a verificação da violação dos mesmos depende de reexame prévio de normas infraconstitucionais, revela ofensa indireta ou reflexa à Constituição Federal, o que, por si só, não desafia a instância extraordinária. (Precedentes: AI n. 804.854, 1ª Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 18.08.10 e AI n. 756.336-AgR, 2ª Turma, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJe de 25.10.10).
7. In casu, o acórdão originariamente recorrido assentou: “ADMINISTRATIVO. EXECUÇÃO FISCAL. PENALIDADE PECUNIÁRIA. Caso em que, não se vislumbrando razões para reformar a sentença recorrida nem para reduzir a penalidade pecuniária cominada, há que se negar provimento ao apelo.”
8. Agravo regimental a que se nega provimento. | sjur220643 | - Acórdão (s) citado (s):
(OFENSA REFLEXA)
STF: AI 804854 AgR (1ªT), AI 756336 AgR (2ªT).
Número de páginas: 14.
Análise: 18/12/2012, BMB. | LUIZ FUX | Primeira Turma | 627527 | [
"LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00102 INC-00003 PAR-00003 \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n\r\n",
"LEG-FED DEC-023258 ANO-1933\r\n DECRETO\r\n\r\n",
"LEG-FED RGI ANO-1980\r\n ART-00323 \r\n RISTF-1980 REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL\r\n\r\n",
"LEG-FED SUMSTF-000279 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\r\n\r\n",
"LEG-FED SUMSTF-000282 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF"
] | RE-AgR | acordaos | RE 627527 AgR | [
""
] | AGDO.(A/S) : BANCO CENTRAL DO BRASIL
AGTE.(S) : MASAL S/A - INDÚSTRIA E COMÉRCIO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO BANCO CENTRAL
ADV.(A/S) : CLAUDIO MERTEN E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : VINICIUS VIEIRA INDARTE | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 627 . 527",
"SÚMULA N . 279 DO STF",
"Súmula n . 282 do Supremo Tribunal Federal",
"RE 627 . 527 AGR / RS",
"AI n . 804 . 854",
"AI n . 756 . 336 - AgR",
"RE 627 . 527",
"Súmula n . 279 do Supremo Tribunal Federal",
"AI n . 804 . 854",
"AI n . 756 . 336 - AgR",
"RE 627 . 527 AGR / RS",
"RE 627 . 527 AGR / RS",
"SÚMULA N . 279 DO STF",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 627 . 527",
"SÚMULA N . 279 DO STF",
"RE 627 . 527 AGR / RS",
"Súmula n . 282 do Supremo Tribunal Federal",
"Enunciado da Súmula n . 279 do Supremo Tribunal Federal",
"AI n . 804 . 854",
"AI n . 756 . 336 - AgR",
"RE 627 . 527 AGR / RS",
"Súmula n . 282 do Supremo Tribunal Federal",
"Enunciado da Súmula n . 279 do Supremo Tribunal Federal",
"AI n . 804 . 854",
"AI n . 756 . 336 - AgR",
"RE 627 . 527 AGR / RS",
"RE 627 . 527 AGR / RS",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 627 . 527",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 627 . 527",
"RE 627 . 527 AGR / RS",
"Súmula n . 282 do Supremo Tribunal Federal",
"SÚMULA 279 / STF",
"RE 627 . 527 AGR / RS",
"Súmula n . 282 do Supremo Tribunal Federal",
"SÚMULA 279 / STF",
"RE 627 . 527 AGR / RS",
"AI n . 758 . 626 - AgR",
"AI n . 793 . 610 - AgR",
"RE 627 . 527 AGR /",
"AI n . 758 . 626 - AgR",
"AI n . 793 . 610 - AgR",
"RE 627 . 527 AGR / RS",
"Súmula n . 279 do Supremo Tribunal Federal",
"RE 627 . 527 AGR / RS",
"Súmula n . 279 do Supremo Tribunal Federal",
"RE 627 . 527 AGR / RS",
"SÚMULA 279 DO STF",
"Súmula 279 do STF",
"AI n . 505 . 908",
"AI n . 740 . 631 - AgR",
"RE 627 . 527 AGR / RS",
"SÚMULA 279 DO STF",
"Súmula 279 do STF",
"AI n . 505 . 908 - AgR",
"AI n . 740 . 631 - AgR",
"RE 627 . 527 AGR / RS",
"RT 275 / 884",
"226",
"/",
"583",
"RE 64 . 051",
"RTJ 47 / 276",
"ERE 58 . 714",
"RE 63 . 226",
"RTJ",
"RE 627 . 527 AGR / RS",
"RT 275 / 884",
"226",
"/",
"583",
"RE 64 . 051",
"ERE 58 . 714",
"RE 63 . 226",
"RTJ",
"RE 627 . 527 AGR / RS",
"RTJ 37 / 480",
"AI n . 804 . 854",
"AI n . 756 . 336 - AgR",
"RE 627 . 527 AGR / RS",
"RTJ 37 / 480",
"AI n . 804 . 854",
"AI n . 756 . 336 - AgR",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 627 . 527",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 627 . 527"
],
"LEGISLACAO": [
"DECRETO N . 23 . 258 / 33",
"ART . 323 DO RISTF",
"ART . 102 , III , § [UNK] , DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL",
"art . 323 do RISTF",
"art . 102 , III , § [UNK] , da CF",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Decreto n . 23 . 258 / 33",
"Constituição",
"Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Decreto n . 23 . 258 / 33",
"Constituição",
"Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"DECRETO N . 23 . 258 / 33",
"ART . 323 DO RISTF C",
"ART . 102 , III , § [UNK] , DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL",
"art . 102 , III , § [UNK] , da CF",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"DECRETO N . 23 . 258 / 33",
"ART . 323 DO RISTF",
"ART . 102 , III , § [UNK] , DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL",
"art . 323 do RISTF",
"art . 102 , III , § [UNK] , da CF",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Decreto n . 23 . 258 / 33",
"Constituição",
"Constituição Federal",
"arts . [UNK] e [UNK] , do Decreto n . 23 . 258 / 33",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Decreto n . 23 . 258 / 33",
"Constituição",
"Constituição Federal",
"arts . [UNK] e [UNK] , do Decreto n . 23 . 258 / 33",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 150 , IV , da CF / 88",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 150 , IV , da CF / 88",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 102 , III , ‘ a ’ , da Constituição Federal de 1988",
"artigos [UNK] , XXXV , LIV , LV , 93 , IX e 150 , IV , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 102 , III , ‘ a ’ , da Constituição Federal de 1988",
"artigos [UNK] , XXXV , LIV , LV , 93 , IX e 150 , IV , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 323 do RISTF",
"art . 102 , III , § [UNK] , da CF",
"Constituição Federal",
"artigos [UNK] , XXXV , LIV , LV , 93 , IX e 150 , IV , da CF",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 323 do RISTF",
"art . 102 , III , § [UNK] , da CF",
"Constituição Federal",
"artigos [UNK] , XXXV , LIV , LV , 93 , IX e 150 , IV , da CF",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"DECRETO [UNK] 35 . 530 / 59",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"DECRETO [UNK] 35 . 530 / 59",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] , do Decreto 23 . 258 / 33",
"art . [UNK] , do mencionado Decreto 23 . 258 / 33",
"art . [UNK] do aludido Decreto 23 . 258 / 33",
"Decreto n . 23 . 258 / 33",
"Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] , do Decreto 23 . 258 / 33",
"art . [UNK] , do",
"Decreto 23 . 258 / 33",
"art . [UNK]",
"Decreto 23 . 258 / 33",
"Decreto n . 23 . 258 / 33",
"Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Código de Processo Civil",
"Constituição Federal",
"artigo 21 , § [UNK] , do RISTF .",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Código de",
"Constituição Federal",
"artigo 21 , § [UNK] , do RISTF .",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"RIO GRANDE DO SUL",
"Brasília",
"Brasília",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"Argentina",
"RIO GRANDE DO SUL"
],
"ORGANIZACAO": [
"PRIMEIRA TURMA",
"MASAL S / A - INDÚSTRIA E COMÉRCIO",
"BANCO CENTRAL DO BRASIL",
"BANCO CENTRAL",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"[UNK] Turma",
"[UNK] Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"/",
"[UNK] Turma",
"[UNK] Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"MASAL S / A - INDÚSTRIA E COMÉRCIO",
"BANCO CENTRAL DO BRASIL",
"BANCO CENTRAL",
"MASAL S . A INDÚSTRIA E COMÉRCIO",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"MASAL S / A - INDÚSTRIA E COMÉRCIO",
"BANCO CENTRAL DO BRASIL",
"BANCO CENTRAL",
"MASAL S . A INDÚSTRIA E COMÉRCIO",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"[UNK] Turma",
"[UNK] Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"[UNK] Turma",
"[UNK] Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"MASAL S / A INDÚSTRIA E COMÉRCIO",
"Tribunal Regional Federal da [UNK] Região",
"Banco Central do Brasil",
"BACEN",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"MASAL S / A INDÚSTRIA E COMÉRCIO",
"Tribunal Regional Federal da [UNK] Região",
"Banco Central do Brasil",
"BACEN",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"[UNK] Turma",
"FEPASA",
"[UNK] Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"[UNK] Turma",
"FEPASA",
"[UNK] Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"[UNK] Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"[UNK] Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"[UNK] Turma",
"Editora Malheiros",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"[UNK] Turma",
"Editora Malheiros",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"[UNK] Turma",
"[UNK] Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"RT",
"[UNK] Turma",
"[UNK] Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"MASAL S / A - INDÚSTRIA E COMÉRCIO",
"BANCO CENTRAL DO BRASIL",
"BANCO CENTRAL",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"MASAL S / A - INDÚSTRIA E COMÉRCIO",
"BANCO CENTRAL DO BRASIL",
"BANCO CENTRAL",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"LUIZ FUX",
"CLAUDIO MERTEN",
"VINICIUS VIEIRA",
"Cármen Lúcia",
"Ellen Gracie",
"Cármen Lúcia",
"Ellen Gracie",
"Dias Toffoli",
"LUIZ FUX",
"Dias Toffoli",
"LUIZ FUX",
"LUIZ FUX",
"VINICIUS VIEIRA",
"LUIZ FUX",
"LUIZ FUX",
"CLAUDIO MERTEN",
"VINICIUS VIEIRA",
"LUIZ FUX",
"Cármen Lúcia",
"Ellen Gracie",
"Cármen Lúcia",
"Ellen Gracie",
"LUIZ FUX",
"LUIZ FUX",
"LUIZ FUX",
"LUIZ FUX",
"LUIZ FUX",
"Celso de Mello",
"Ricardo Lewandowski",
"Celso de Mello",
"Ricardo Lewandowski",
"LUIZ FUX",
"LUIZ FUX",
"Joaquim Barbosa",
"Joaquim Barbosa",
"LUIZ FUX",
"Cármen Lúcia",
"Roberto Rosas",
"Chiovenda",
"Djaci Falcão",
"Amaral Santos",
"Eloy da Rocha",
"Cármen Lúcia",
"Roberto Rosas",
"Djaci Falcão",
"Amaral Santos",
"Eloy da Rocha",
"LUIZ FUX",
"Pestana de Aguiar",
"Castro Nunes",
"Cármen Lúcia",
"Ellen Gracie",
"Pestana de Aguiar",
"Castro Nunes",
"Cármen Lúcia",
"Ellen Gracie",
"LUIZ FUX",
"CLAUDIO MERTEN",
"VINICIUS VIEIRA",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Wagner Mathias",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza",
"LUIZ FUX",
"CLAUDIO MERTEN",
"VINICIUS VIEIRA",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Wagner Mathias",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza"
],
"TEMPO": [
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"05",
"/",
"12",
"/",
"2012",
"18",
".",
"08",
".",
"10",
"25",
".",
"10",
".",
"10",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"18",
".",
"08",
".",
"10",
"25",
".",
"10",
".",
"10",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13 de novembro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13 de novembro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"18",
".",
"08",
".",
"10",
"25",
".",
"10",
".",
"10",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"18",
".",
"08",
".",
"10",
"25",
".",
"10",
".",
"10",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"23",
".",
"03",
".",
"11",
"17",
".",
"11",
".",
"10",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"23",
".",
"03",
".",
"11",
"17",
".",
"11",
".",
"10",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"14",
".",
"8",
".",
"09",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"14",
".",
"8",
".",
"09",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"14",
".",
"8",
".",
"09",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"14",
".",
"8",
".",
"09",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"1943",
"18",
".",
"08",
".",
"10",
"25",
".",
"10",
".",
"10",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"1943",
"18",
".",
"08",
".",
"10",
"25",
".",
"10",
".",
"10",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 567.288 SÃO PAULO
RELATORA
: MIN. CÁRMEN LÚCIA
EMBTE.(S)
:SINDBOL - SINDICATO DAS ASSOCIAÇÕES DE
FUTEBOL PROFISSIONAL DO ESTADO DE SÃO
PAULO
ADV.(A/S)
:ADRIANA
FELIPE
CAPITANI
CABOCLO
E
OUTRO(A/S)
EMBDO.(A/S)
:ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE SÃO
PAULO
ADV.(A/S)
:CARLOS ROBERTO DE ALCKMIN DUTRA
INTDO.(A/S)
:ESTADO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
EMENTA:
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL.
CONSTITUCIONAL.
REPRESENTAÇÃO
DE
INCONSTITUCIONALIDADE NO TRIBUNAL A QUO. ANÁLISE DE
LEI ESTADUAL EM FACE DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA:
IMPOSSIBILIDADE. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO
QUAL SE NEGA PROVIMENTO.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do
Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a Presidência do
Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamento e
das notas taquigráficas, à unanimidade, em converter os embargos de
declaração em agravo regimental e, negar provimento ao agravo
regimental no recurso extraordinário, nos termos do voto da Relatora.
Ausentes, justificadamente, os Ministros Celso de Mello e Joaquim
Barbosa.
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3126186.
Supremo Tribunal Federal
DJe 05/12/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 8
Ementa e Acórdão
RE 567.288 ED / SP
Brasília, 13 de novembro de 2012.
Ministra CÁRMEN LÚCIA - Relatora
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3126186.
Supremo Tribunal Federal
RE 567.288 ED / SP
Brasília, 13 de novembro de 2012.
Ministra CÁRMEN LÚCIA - Relatora
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3126186.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 8
Relatório
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 567.288 SÃO PAULO
RELATORA
: MIN. CÁRMEN LÚCIA
EMBTE.(S)
:SINDBOL - SINDICATO DAS ASSOCIAÇÕES DE
FUTEBOL PROFISSIONAL DO ESTADO DE SÃO
PAULO
ADV.(A/S)
:ADRIANA
FELIPE
CAPITANI
CABOCLO
E
OUTRO(A/S)
EMBDO.(A/S)
:ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE SÃO
PAULO
ADV.(A/S)
:CARLOS ROBERTO DE ALCKMIN DUTRA
INTDO.(A/S)
:ESTADO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
R E L A T Ó R I O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora):
1. Em 8 de dezembro de 2010, dei provimento ao recurso
extraordinário interposto pela Assembleia Legislativa do Estado de São
Paulo contra julgado do Tribunal de Justiça daquele Estado, o qual julgou
procedente representação de inconstitucionalidade para declarar
inconstitucional a Lei estadual n. 9.500/1997, que prevê meia-entrada para
maiores de 65 anos aos centros de lazer.
A decisão embargada teve a seguinte fundamentação:
“3. Razão jurídica assiste à Recorrente.
4 . O Supremo Tribunal Federal assentou que Tribunal de
Justiça não tem competência para o controle abstrato de
constitucionalidade de norma estadual ou municipal contra
dispositivos da Constituição da República. Nesse sentido:
(...)
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3126187.
Supremo Tribunal Federal
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 567.288 SÃO PAULO
RELATORA
: MIN. CÁRMEN LÚCIA
EMBTE.(S)
:SINDBOL - SINDICATO DAS ASSOCIAÇÕES DE
FUTEBOL PROFISSIONAL DO ESTADO DE SÃO
PAULO
ADV.(A/S)
:ADRIANA
FELIPE
CAPITANI
CABOCLO
E
OUTRO(A/S)
EMBDO.(A/S)
:ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE SÃO
PAULO
ADV.(A/S)
:CARLOS ROBERTO DE ALCKMIN DUTRA
INTDO.(A/S)
:ESTADO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
R E L A T Ó R I O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora):
1. Em 8 de dezembro de 2010, dei provimento ao recurso
extraordinário interposto pela Assembleia Legislativa do Estado de São
Paulo contra julgado do Tribunal de Justiça daquele Estado, o qual julgou
procedente representação de inconstitucionalidade para declarar
inconstitucional a Lei estadual n. 9.500/1997, que prevê meia-entrada para
maiores de 65 anos aos centros de lazer.
A decisão embargada teve a seguinte fundamentação:
“3. Razão jurídica assiste à Recorrente.
4 . O Supremo Tribunal Federal assentou que Tribunal de
Justiça não tem competência para o controle abstrato de
constitucionalidade de norma estadual ou municipal contra
dispositivos da Constituição da República. Nesse sentido:
(...)
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3126187.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 8
Relatório
RE 567.288 ED / SP
(RE 421.256, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Primeira Turma,
DJ 24.11.2006).
(...) (ADI 409, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, Plenário, DJ
26.4.2002).
Dessa orientação jurisprudencial divergiu o acórdão recorrido.
5. Pelo exposto, dou provimento ao recurso extraordinário para
cassar o acórdão recorrido e determinar o retorno dos autos ao
Tribunal de origem para decidir como de direito (art. 557, § 1º-A, do
Código de Processo Civil e art. 21, § 2º, do Regimento Interno do
Supremo Tribunal Federal)” (fls. 597-599).
2. Publicada essa decisão no DJe de 15.10.2010 (fl. 600), opõe o
Sindicato das Associações de Futebol Profissional do Estado de São Paulo
– Sindbol, em 1º.2.2011, tempestivamente, embargos de declaração (fls.
603-606).
3. Afirma o Embargante que “a fundamentação do acórdão girou em
torno da incompetência da lei estadual para atribuir descontos sobre ingressos em
eventos culturais, decidindo aquele Colendo Tribunal de Justiça pela autonomia
do legislativo municipal a tais incumbências, razão pela qual apontou
expressamente a violação da lei estadual do art. 144 da Constituição do Estado de
São Paulo” (fl. 605).
Requer o acolhimento dos presentes embargos para que seja sanada
a alegada contradição.
É o relatório.
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3126187.
Supremo Tribunal Federal
RE 567.288 ED / SP
(RE 421.256, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Primeira Turma,
DJ 24.11.2006).
(...) (ADI 409, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, Plenário, DJ
26.4.2002).
Dessa orientação jurisprudencial divergiu o acórdão recorrido.
5. Pelo exposto, dou provimento ao recurso extraordinário para
cassar o acórdão recorrido e determinar o retorno dos autos ao
Tribunal de origem para decidir como de direito (art. 557, § 1º-A, do
Código de Processo Civil e art. 21, § 2º, do Regimento Interno do
Supremo Tribunal Federal)” (fls. 597-599).
2. Publicada essa decisão no DJe de 15.10.2010 (fl. 600), opõe o
Sindicato das Associações de Futebol Profissional do Estado de São Paulo
– Sindbol, em 1º.2.2011, tempestivamente, embargos de declaração (fls.
603-606).
3. Afirma o Embargante que “a fundamentação do acórdão girou em
torno da incompetência da lei estadual para atribuir descontos sobre ingressos em
eventos culturais, decidindo aquele Colendo Tribunal de Justiça pela autonomia
do legislativo municipal a tais incumbências, razão pela qual apontou
expressamente a violação da lei estadual do art. 144 da Constituição do Estado de
São Paulo” (fl. 605).
Requer o acolhimento dos presentes embargos para que seja sanada
a alegada contradição.
É o relatório.
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Supremo Tribunal Federal
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Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 567.288 SÃO PAULO
VO T O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora):
1. Recebo os embargos de declaração e converto-os em agravo
regimental (Pet 1.245-ED-AgR, Rel. Min. Moreira Alves, DJ 22.5.1998; e RE
195.578-ED, Rel. Min. Ilmar Galvão, DJ 23.8.1996).
2. Razão jurídica não assiste ao Agravante.
3. Na espécie, o Tribunal de Justiça de São Paulo julgou procedente
representação de inconstitucionalidade ajuizada pelo ora Agravante, para
declarar a inconstitucionalidade da Lei estadual n. 9.500/1997, sob os
seguintes fundamentos:
“Como se vê, dita espécie normativa impõe aos empresários que
atuam no ramo de cinemas, teatros, museus, circos, parques e demais
centro de lazer e diversões públicas que passem a cobrar o
correspondente a 50% (cinquenta por cento) do valor normal dos
ingressos, das pessoas com sessenta e cinco anos ou mais de idade,
mediante a exibição de documento de identidade.
A Constituição Federal, em capítulo dedicado à família, à
criança ao adolescente e ao idoso, exige que a família, a sociedade e o
Estado amparem as pessoas idosas, assegurando sua participação na
comunidade.
(…) o tema não pode ser tratado como mero interesse regional.
Apesar de concorrente a competência dos Estados em relação à
matéria, ela será suplementar a da União, como dispõe o art. 24, § 2º,
da Carta Política Federal.
(…)
Importa registrar que a Lei n. 10.741/2003, que instituiu o
Estatuto do Idoso, previu no seu art. 23 descontos de pelo menos 50%
nos ingressos para eventos artísticos, culturais, esportivos e de lazer,
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13/11/2012
SEGUNDA TURMA
EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 567.288 SÃO PAULO
VO T O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora):
1. Recebo os embargos de declaração e converto-os em agravo
regimental (Pet 1.245-ED-AgR, Rel. Min. Moreira Alves, DJ 22.5.1998; e RE
195.578-ED, Rel. Min. Ilmar Galvão, DJ 23.8.1996).
2. Razão jurídica não assiste ao Agravante.
3. Na espécie, o Tribunal de Justiça de São Paulo julgou procedente
representação de inconstitucionalidade ajuizada pelo ora Agravante, para
declarar a inconstitucionalidade da Lei estadual n. 9.500/1997, sob os
seguintes fundamentos:
“Como se vê, dita espécie normativa impõe aos empresários que
atuam no ramo de cinemas, teatros, museus, circos, parques e demais
centro de lazer e diversões públicas que passem a cobrar o
correspondente a 50% (cinquenta por cento) do valor normal dos
ingressos, das pessoas com sessenta e cinco anos ou mais de idade,
mediante a exibição de documento de identidade.
A Constituição Federal, em capítulo dedicado à família, à
criança ao adolescente e ao idoso, exige que a família, a sociedade e o
Estado amparem as pessoas idosas, assegurando sua participação na
comunidade.
(…) o tema não pode ser tratado como mero interesse regional.
Apesar de concorrente a competência dos Estados em relação à
matéria, ela será suplementar a da União, como dispõe o art. 24, § 2º,
da Carta Política Federal.
(…)
Importa registrar que a Lei n. 10.741/2003, que instituiu o
Estatuto do Idoso, previu no seu art. 23 descontos de pelo menos 50%
nos ingressos para eventos artísticos, culturais, esportivos e de lazer,
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Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
RE 567.288 ED / SP
bem como o acesso preferencial aos respectivos locais.
A inserção desse dispositivo no Estatuto do Idoso demonstra
claramente que a União exerceu sua competência em relação à
matéria, de modo a uniformizar essa previsão por todo o território
nacional.
O exercício dessa competência legislativa tem fundamento no
próprio art. 24, inc. IX, da Constituição Federal.
(…)
E, nos termos do art. 144 da Carta Paulista, os municípios têm
autonomia legislativa, mas ficam compelidos a atender os princípios
estabelecidos na Constituição Federal e na Constituição Estadual.
(…)
Em assim sendo, a lei examinada é inconstitucional, por afronta
ao art. 144 da Constituição Bandeirante” (fls. 413-417, grifos
nossos).
4.
Como afirmado na decisão agravada, o cotejo de
inconstitucionalidade da norma estadual deu-se com relação à
Constituição da República, o que contraria a jurisprudência do Supremo
Tribunal Federal. Nesse sentido:
“Controle abstrato de constitucionalidade de leis locais (CF, art.
125, § 2º): cabimento restrito à fiscalização da validade de leis ou atos
normativos locais - sejam estaduais ou municipais -, em face da
Constituição estadual: invalidade da disposição constitucional
estadual que outorga competência ao respectivo Tribunal de Justiça
para processar e julgar ação direta de inconstitucionalidade de normas
municipais em face também da Constituição Federal: precedentes”
(ADI 409, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, Plenário, DJ 26.4.2002).
“CONSTITUCIONAL.
PENAL.
CONTROLE
DE
CONSTITUCIONALIDADE DE LEIS OU ATOS NORMATIVOS
MUNICIPAIS. TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO.
VALIDADE DA NORMA EM FACE DA CONSTITUIÇÃO
FEDERAL. IMPOSSIBILIDADE. HIPÓTESE DE USURPAÇÃO
DA COMPETÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. I -
2
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RE 567.288 ED / SP
bem como o acesso preferencial aos respectivos locais.
A inserção desse dispositivo no Estatuto do Idoso demonstra
claramente que a União exerceu sua competência em relação à
matéria, de modo a uniformizar essa previsão por todo o território
nacional.
O exercício dessa competência legislativa tem fundamento no
próprio art. 24, inc. IX, da Constituição Federal.
(…)
E, nos termos do art. 144 da Carta Paulista, os municípios têm
autonomia legislativa, mas ficam compelidos a atender os princípios
estabelecidos na Constituição Federal e na Constituição Estadual.
(…)
Em assim sendo, a lei examinada é inconstitucional, por afronta
ao art. 144 da Constituição Bandeirante” (fls. 413-417, grifos
nossos).
4.
Como afirmado na decisão agravada, o cotejo de
inconstitucionalidade da norma estadual deu-se com relação à
Constituição da República, o que contraria a jurisprudência do Supremo
Tribunal Federal. Nesse sentido:
“Controle abstrato de constitucionalidade de leis locais (CF, art.
125, § 2º): cabimento restrito à fiscalização da validade de leis ou atos
normativos locais - sejam estaduais ou municipais -, em face da
Constituição estadual: invalidade da disposição constitucional
estadual que outorga competência ao respectivo Tribunal de Justiça
para processar e julgar ação direta de inconstitucionalidade de normas
municipais em face também da Constituição Federal: precedentes”
(ADI 409, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, Plenário, DJ 26.4.2002).
“CONSTITUCIONAL.
PENAL.
CONTROLE
DE
CONSTITUCIONALIDADE DE LEIS OU ATOS NORMATIVOS
MUNICIPAIS. TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO.
VALIDADE DA NORMA EM FACE DA CONSTITUIÇÃO
FEDERAL. IMPOSSIBILIDADE. HIPÓTESE DE USURPAÇÃO
DA COMPETÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. I -
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Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
RE 567.288 ED / SP
Os Tribunais de Justiça dos Estados, ao realizarem o controle abstrato
de constitucionalidade, somente podem utilizar, como parâmetro, a
Constituição do Estado. II - Em ação direta de inconstitucionalidade,
aos Tribunais de Justiça, e até mesmo ao Supremo Tribunal Federal, é
defeso analisar leis ou atos normativos municipais em face da
Constituição Federal. III - Os arts. 74, I, e 144 da Constituição do
Estado de São Paulo não constituem regra de repetição do art. 22 da
Constituição Federal. Não há, portanto, que se admitir o controle de
constitucionalidade por parte do Tribunal de Justiça local, com base
nas referidas normas, sob a alegação de se constituírem normas de
reprodução obrigatória da Constituição Federal. IV - Recurso
extraordinário conhecido e provido, para anular o acórdão, devendo
outro ser proferido, se for o caso, limitando-se a aferir a
constitucionalidade das leis e atos normativos municipais em face da
Constituição Estadual” (RE 421.256, Rel. Ricardo Lewandowski,
Primeira Turma, DJ 24.11.2006).
5. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental.
3
Supremo Tribunal Federal
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RE 567.288 ED / SP
Os Tribunais de Justiça dos Estados, ao realizarem o controle abstrato
de constitucionalidade, somente podem utilizar, como parâmetro, a
Constituição do Estado. II - Em ação direta de inconstitucionalidade,
aos Tribunais de Justiça, e até mesmo ao Supremo Tribunal Federal, é
defeso analisar leis ou atos normativos municipais em face da
Constituição Federal. III - Os arts. 74, I, e 144 da Constituição do
Estado de São Paulo não constituem regra de repetição do art. 22 da
Constituição Federal. Não há, portanto, que se admitir o controle de
constitucionalidade por parte do Tribunal de Justiça local, com base
nas referidas normas, sob a alegação de se constituírem normas de
reprodução obrigatória da Constituição Federal. IV - Recurso
extraordinário conhecido e provido, para anular o acórdão, devendo
outro ser proferido, se for o caso, limitando-se a aferir a
constitucionalidade das leis e atos normativos municipais em face da
Constituição Estadual” (RE 421.256, Rel. Ricardo Lewandowski,
Primeira Turma, DJ 24.11.2006).
5. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental.
3
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Decisão de Julgamento
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 567.288
PROCED. : SÃO PAULO
RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA
EMBTE.(S) : SINDBOL - SINDICATO DAS ASSOCIAÇÕES DE FUTEBOL
PROFISSIONAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
ADV.(A/S) : ADRIANA FELIPE CAPITANI CABOCLO E OUTRO(A/S)
EMBDO.(A/S) : ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE SÃO PAULO
ADV.(A/S) : CARLOS ROBERTO DE ALCKMIN DUTRA
INTDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
Decisão: A Turma, por unanimidade, converteu os embargos de
declaração em agravo regimental, ao qual negou provimento, nos
termos do voto da Relatora. Ausentes, justificadamente, os
Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma,
13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra
Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros
Celso de Mello e Joaquim Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
P/ Fabiane Duarte
Secretária
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Supremo Tribunal Federal
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 567.288
PROCED. : SÃO PAULO
RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA
EMBTE.(S) : SINDBOL - SINDICATO DAS ASSOCIAÇÕES DE FUTEBOL
PROFISSIONAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
ADV.(A/S) : ADRIANA FELIPE CAPITANI CABOCLO E OUTRO(A/S)
EMBDO.(A/S) : ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE SÃO PAULO
ADV.(A/S) : CARLOS ROBERTO DE ALCKMIN DUTRA
INTDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
Decisão: A Turma, por unanimidade, converteu os embargos de
declaração em agravo regimental, ao qual negou provimento, nos
termos do voto da Relatora. Ausentes, justificadamente, os
Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma,
13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra
Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros
Celso de Mello e Joaquim Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
P/ Fabiane Duarte
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 8
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3160928 | 2012-11-13T00:00:00 | 2012-12-05T00:00:00 | A Turma, por unanimidade, converteu os embargos de declaração em agravo regimental, ao qual negou provimento, nos termos do voto da Relatora. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 13.11.2012. | EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO | EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. CONSTITUCIONAL. REPRESENTAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE NO TRIBUNAL A QUO. ANÁLISE DE LEI ESTADUAL EM FACE DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA: IMPOSSIBILIDADE. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. | sjur220637 | - Acórdãos citados:
(CONVERSÃO, EMBARGOS DE DECLARAÇÃO)
STF: Pet 1245 ED-AgR (TP), RE 195578 ED (1ªT);
(CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE)
STF: ADI 409 (TP), RE 421256 (1ªT).
Número de páginas: 8.
Análise: 18/12/2012, MAC. | CÁRMEN LÚCIA | Segunda Turma | 567288 | [
"LEG-EST LEI-009500 ANO-1997\r\n LEI ORDINÁRIA, SP"
] | RE-ED | acordaos | RE 567288 ED | [
""
] | EMBTE.(S) : SINDBOL - SINDICATO DAS ASSOCIAÇÕES DE FUTEBOL PROFISSIONAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
ADV.(A/S) : ADRIANA FELIPE CAPITANI CABOCLO E OUTRO(A/S)
EMBDO.(A/S) : ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE SÃO PAULO
ADV.(A/S) : CARLOS ROBERTO DE ALCKMIN DUTRA
INTDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
ADV.(A/S) : RICARDO DI GIAIMO CABOCLO | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 567 . 288",
"RE 567 . 288 ED / SP",
"RE 567 . 288 ED / SP",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 567 . 288",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 567 . 288",
"RE 567 . 288 ED / SP",
"RE 421 . 256",
"ADI 409",
"RE 567 . 288 ED / SP",
"RE 421 . 256",
"ADI 409",
"Pet 1 . 245 - ED -",
"RE 195 . 578 - ED",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 567 . 288",
"Pet 1 . 245 - ED - AgR",
"RE 195 . 578 - ED",
"RE 567 . 288 ED / SP",
"ADI 409",
"RE 567 . 288 ED / SP",
"ADI 409",
"RE 567 . 288 ED / SP",
"RE 421 . 256",
"RE 567 . 288 ED / SP",
"RE 421 . 256",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 567 . 288",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 567 . 288"
],
"LEGISLACAO": [
"CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei estadual n . 9 . 500 / 1997",
"Constituição da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei estadual n . 9 . 500 / 1997",
"Constituição da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 557 , § [UNK] - A , do Código de Processo Civil",
"art . 21 , § [UNK] , do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 557 , § [UNK] - A , do Código de Processo Civil",
", § [UNK] , do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal",
"art . 144 da Constituição do Estado de São Paulo",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei estadual n . 9 . 500 / 1997",
"Constituição Federal",
"art . 24 , § [UNK] , da Carta Política Federal",
"Lei n . 10 . 741 / 2003",
"Estatuto",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei estadual n . 9 . 500 / 1997",
"Constituição Federal",
"art . 24 , § [UNK] , da Carta Política Federal",
"Lei n . 10 . 741 / 2003",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Estatuto",
"art . 24 , inc . IX , da Constituição Federal",
"art . 144 da Carta Paulista",
"Constituição Federal",
"144 da Constituição Bandeirante",
"Constituição da República",
"CF , art . 125 , § [UNK]",
"Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 24 , inc . IX , da Constituição Federal",
"art . 144 da Carta Paulista",
"Constituição Federal",
"Constituição Estadual",
"art . 144 da Constituição Bandeirante",
"Constituição da República",
"CF , art . 125 , § [UNK]",
"Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição",
"Constituição Federal",
"arts . 74 , I , e 144 da Constituição do Estado de São Paulo",
"art . 22 da Constituição Federal",
"Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição Federal",
"arts .",
"Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"Brasília",
"Brasília",
"SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"ESTADO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO"
],
"ORGANIZACAO": [
"SEGUNDA TURMA",
"SINDBOL",
"SINDICATO DAS ASSOCIAÇÕES DE FUTEBOL PROFISSIONAL DO ESTADO",
"ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE SÃO PAULO",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"SINDBOL",
"SINDICATO DAS ASSOCIAÇÕES DE FUTEBOL PROFISSIONAL DO ESTADO DE SÃO PAULO",
"ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE SÃO PAULO",
"Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo",
"Supremo Tribunal Federal",
"Tribunal de Justiça",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"SINDBOL",
"-",
"SINDICATO DAS ASSOCIAÇÕES DE FUTEBOL PROFISSIONAL",
"ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE SÃO PAULO",
"Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo",
"Supremo Tribunal Federal",
"Tribunal de Justiça",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Primeira Turma",
"Plenário",
"Sindicato das Associações de Futebol Profissional do Estado de São Paulo",
"Sindbol",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"Plenário",
"Sindicato das Associações de Futebol Profissional do Estado de São Paulo",
"Sindbol",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"Tribunal de Justiça de São Paulo",
"União",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"Tribunal de Justiça de São Paulo",
"União",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"União",
"Supremo Tribunal Federal",
"Plenário",
"TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"União",
"Supremo Tribunal Federal",
"Plenário",
"CONTROLE",
"TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO",
"SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"SINDBOL",
"SINDICATO DAS ASSOCIAÇÕES DE FUTEBOL PROFISSIONAL DO ESTADO",
"ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE SÃO PAULO",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"CÁRMEN LÚCIA",
"ADRIANA FELIPE CAPITANI CABOCLO",
"CARLOS ROBERTO DE ALCKMIN",
"Ricardo Lewandowski",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"ADRIANA FELIPE CAPITANI CABOCLO",
"CARLOS ROBERTO DE ALCKMIN",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"ADRIANA FELIPE CAPITANI CABOCLO",
"CARLOS ROBERTO DE ALCKMIN",
"CÁRMEN LÚCIA",
"Ricardo Lewandowski",
"Sepúlveda Pertence",
"Ricardo Lewandowski",
"Sepúlveda Pertence",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"Moreira Alves",
"Ilmar Galvão",
"CÁRMEN LÚCIA",
"Moreira Alves",
"Ilmar Galvão",
"CÁRMEN LÚCIA",
"Sepúlveda Pertence",
"Sepúlveda Pertence",
"CÁRMEN LÚCIA",
"Ricardo Lewandowski",
"Ricardo Lewandowski",
"ADRIANA FELIPE CAPITANI CABOCLO",
"CARLOS ROBERTO DE ALCKMIN",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos",
"Fabiane Duarte",
"CÁRMEN LÚCIA",
"ADRIANA FELIPE CAPITANI CABOCLO",
"CARLOS ROBERTO DE ALCKMIN DUTRA",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos",
"Fabiane Duarte"
],
"TEMPO": [
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"05",
"/",
"12",
"/",
"2012",
"13 de novembro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13 de novembro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"8 de dezembro de 2010",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"8 de dezembro de 2010",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
".",
"11",
".",
"2006",
"26",
".",
"4",
".",
"2002",
"15",
".",
"10",
".",
"2010",
"[UNK]",
".",
"2",
".",
"2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
".",
"11",
".",
"2006",
"26",
".",
"4",
".",
"2002",
"15",
".",
"10",
".",
"2010",
"[UNK]",
".",
"2",
".",
"2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"22",
".",
"5",
".",
"1998",
"23",
".",
"8",
".",
"1996",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"22",
".",
"5",
".",
"1998",
"23",
".",
"8",
".",
"1996",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"26",
".",
"4",
".",
"2002",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"26",
".",
"4",
".",
"2002",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
".",
"11",
".",
"2006",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
".",
"11",
".",
"2006",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 550.252 GOIÁS
RELATORA
: MIN. ROSA WEBER
AGTE.(S)
:AGIPLIQUIGÁS S/A
ADV.(A/S)
:ADRIANA FONSECA PEREIRA E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:ESTADO DE GOIÁS
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE GOIÁS
EMENTA
DIREITO TRIBUTÁRIO. CREDITAMENTO, PELA EMPRESA
ALIENANTE, DO ICMS INCIDENTE SOBRE OPERAÇÕES DE
TRANSPORTE INTERESTADUAL DE MERCADORIAS NÃO
TRIBUTADAS. RECURSO EXTRAORDINÁRIO QUE NÃO ATACA
TODOS OS FUNDAMENTOS DO ACÓRDÃO FUSTIGADO.
PRECLUSÃO DA QUESTÃO CONSTITUCIONAL. APLICAÇÃO DA
SÚMULA 283/STF.
Incumbe à parte impugnar, de modo específico, todos os
fundamentos do acórdão do Tribunal a quo, mesmo que não estejam
claramente delimitados no voto condutor.
Ausência de ataque, nas razões do recurso extraordinário, a
fundamento suficiente e autônomo. Aplicação da Súmula 283/STF: “é
inadmissível o recurso extraordinário, quando a decisão recorrida assenta em
mais de um fundamento suficiente e o recurso não abrange todos eles”.
Agravo regimental conhecido e não provido.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os
Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Primeira Turma, sob a
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de
julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em
negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da relatora.
Brasília, 13 de novembro de 2012.
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3107755.
Supremo Tribunal Federal
DJe 27/11/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 9
Ementa e Acórdão
RE 550.252 AGR / GO
Ministra Rosa Weber
Relatora
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
RE 550.252 AGR / GO
Ministra Rosa Weber
Relatora
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 9
Relatório
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 550.252 GOIÁS
RELATORA
: MIN. ROSA WEBER
AGTE.(S)
:AGIPLIQUIGÁS S/A
ADV.(A/S)
:ADRIANA FONSECA PEREIRA E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:ESTADO DE GOIÁS
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE GOIÁS
R E L A T Ó R I O
A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Contra a decisão
proferida pela eminente Ministra Ellen Gracie, publicada no DJe de
11.3.2011 (fl. 285), pela qual negou seguimento ao recurso extraordinário,
forte na Súmula STF 283, por não ter a parte recorrente atacado
fundamento suficiente do acórdão impugnado “relativo à ausência de
direito ao aproveitamento de créditos de ICMS, em razão de a operação ter sido
considerada como verdadeira saída de mercadoria” (fl. 284), a Agipliquigás S/A
maneja agravo regimental (fls. 288-305).
Consigna, inicialmente, que o “caso em comento cinge-se na ofensa ao
Art. 155, § 2º, I a X da Constituição Federal e, por conseguinte, a possibilidade
do aproveitamento dos créditos de ICMS uma vez que referida exação, de acordo
com o Auto de Infração, incidiria sobre o serviço de transporte e não sobre a
circulação de mercadoria” (fl. 291). Defende que o acórdão recorrido se
fundou na “inaplicabilidade do princípio da não-cumulatividade do ICMS no
caso de operação de transporte de combustíveis realizado pela Agravante, por não
incidir o referido imposto sobre esta operação” (fl. 292). Assevera:
“A Constituição distingue entre operações e prestações de
serviços quando se refere ao ICMS, de forma que a operação
tratada no artigo 155, § 2º, X, b da Constituição Federal refere-se
à saída do combustível de um Estado para outro, mas não à
prestação do serviço de frete (transporte) do produto.
Ao enviar para suas filiais o Gás Liquefeito de Petróleo, a
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 550.252 GOIÁS
RELATORA
: MIN. ROSA WEBER
AGTE.(S)
:AGIPLIQUIGÁS S/A
ADV.(A/S)
:ADRIANA FONSECA PEREIRA E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:ESTADO DE GOIÁS
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE GOIÁS
R E L A T Ó R I O
A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Contra a decisão
proferida pela eminente Ministra Ellen Gracie, publicada no DJe de
11.3.2011 (fl. 285), pela qual negou seguimento ao recurso extraordinário,
forte na Súmula STF 283, por não ter a parte recorrente atacado
fundamento suficiente do acórdão impugnado “relativo à ausência de
direito ao aproveitamento de créditos de ICMS, em razão de a operação ter sido
considerada como verdadeira saída de mercadoria” (fl. 284), a Agipliquigás S/A
maneja agravo regimental (fls. 288-305).
Consigna, inicialmente, que o “caso em comento cinge-se na ofensa ao
Art. 155, § 2º, I a X da Constituição Federal e, por conseguinte, a possibilidade
do aproveitamento dos créditos de ICMS uma vez que referida exação, de acordo
com o Auto de Infração, incidiria sobre o serviço de transporte e não sobre a
circulação de mercadoria” (fl. 291). Defende que o acórdão recorrido se
fundou na “inaplicabilidade do princípio da não-cumulatividade do ICMS no
caso de operação de transporte de combustíveis realizado pela Agravante, por não
incidir o referido imposto sobre esta operação” (fl. 292). Assevera:
“A Constituição distingue entre operações e prestações de
serviços quando se refere ao ICMS, de forma que a operação
tratada no artigo 155, § 2º, X, b da Constituição Federal refere-se
à saída do combustível de um Estado para outro, mas não à
prestação do serviço de frete (transporte) do produto.
Ao enviar para suas filiais o Gás Liquefeito de Petróleo, a
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 9
Relatório
RE 550.252 AGR / GO
embargante realizou dois fatos: um que gerou a não-incidência
de ICMS, que foi a saída do produto de um Estado a outro, e
outro que foi a prestação do serviço de frete do produto, que
gera a incidência do ICMS e consequentemente, o direito ao seu
aproveitamento. A embargante aproveitou crédito referente à
prestação de serviço de TRANSPORTE, conforme consta no
auto de infração” (fl. 295).
Substituição da Relatora à fl. 306 (art. 38 do RISTF).
É o relatório.
2
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Supremo Tribunal Federal
RE 550.252 AGR / GO
embargante realizou dois fatos: um que gerou a não-incidência
de ICMS, que foi a saída do produto de um Estado a outro, e
outro que foi a prestação do serviço de frete do produto, que
gera a incidência do ICMS e consequentemente, o direito ao seu
aproveitamento. A embargante aproveitou crédito referente à
prestação de serviço de TRANSPORTE, conforme consta no
auto de infração” (fl. 295).
Substituição da Relatora à fl. 306 (art. 38 do RISTF).
É o relatório.
2
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Voto - MIN. ROSA WEBER
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 550.252 GOIÁS
VOTO
A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Preenchidos os
pressupostos genéricos, conheço do agravo regimental e passo ao exame
do mérito.
Transcrevo o teor da decisão que desafiou o agravo:
“1.
Trata-se de recurso extraordinário interposto
contra acórdão (fls. 142-145) que entendeu que o recorrente não
fazia jus ao aproveitamento de créditos de ICMS pelos
seguintes motivos:
a) a operação verificada no auto de infração foi de
`verdadeira´ saída de mercadorias, fato que não ensejaria
direito ao creditamento;
b) o princípio da não-cumulatividade do ICMS seria
inaplicável no caso porque a referida operação não seria
tributável, conforme o disposto no art. 155, X, a, da Constituição
Federal.
2.
Os embargos de declaração opostos foram
rejeitados (fls. 167-172e fls. 179-186).
3.
Nas razões do RE, a parte recorrente alega ofensa
ao art. 155, § 2º, I e X, da Constituição Federal. Sustenta que
teria direito ao aproveitamento dos créditos de ICMS porque o
referido imposto, de acordo com o auto de infração, incidiria
sobre o serviço de transporte e não sobre a circulação da
mercadoria circulada, como entendeu o acórdão recorrido (fls.
199-211).
4.
Inadmitido o recurso na origem (fls. 257-258),
subiram os autos em virtude do provimento do AI 610.398/GO.
5.
O Ministério Público Federal opinou pelo não-
conhecimento do recurso extraordinário (fls. 274-277).
6.
O recurso não merece prosperar. Verifico que a
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Supremo Tribunal Federal
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 550.252 GOIÁS
VOTO
A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Preenchidos os
pressupostos genéricos, conheço do agravo regimental e passo ao exame
do mérito.
Transcrevo o teor da decisão que desafiou o agravo:
“1.
Trata-se de recurso extraordinário interposto
contra acórdão (fls. 142-145) que entendeu que o recorrente não
fazia jus ao aproveitamento de créditos de ICMS pelos
seguintes motivos:
a) a operação verificada no auto de infração foi de
`verdadeira´ saída de mercadorias, fato que não ensejaria
direito ao creditamento;
b) o princípio da não-cumulatividade do ICMS seria
inaplicável no caso porque a referida operação não seria
tributável, conforme o disposto no art. 155, X, a, da Constituição
Federal.
2.
Os embargos de declaração opostos foram
rejeitados (fls. 167-172e fls. 179-186).
3.
Nas razões do RE, a parte recorrente alega ofensa
ao art. 155, § 2º, I e X, da Constituição Federal. Sustenta que
teria direito ao aproveitamento dos créditos de ICMS porque o
referido imposto, de acordo com o auto de infração, incidiria
sobre o serviço de transporte e não sobre a circulação da
mercadoria circulada, como entendeu o acórdão recorrido (fls.
199-211).
4.
Inadmitido o recurso na origem (fls. 257-258),
subiram os autos em virtude do provimento do AI 610.398/GO.
5.
O Ministério Público Federal opinou pelo não-
conhecimento do recurso extraordinário (fls. 274-277).
6.
O recurso não merece prosperar. Verifico que a
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 9
Voto - MIN. ROSA WEBER
RE 550.252 AGR / GO
parte recorrente não atacou fundamento suficiente do aresto
impugnado, relativo à ausência de direito ao aproveitamento de
créditos de ICMS, em razão de a operação ter sido considerada
como verdadeira saída de mercadoria. Assim, incide, no
presente caso, o óbice da Súmula STF 283. Corroborando esse
entendimento, transcrevo o seguinte trecho do parecer do
Ministério Público Federal:
`... verifica-se que o acórdão recorrido adotou fundamento
autônomo e suficiente para a manutenção do julgado, que não
foi objeto de impugnação no presente recurso extraordinário.
É que entendeu o acórdão que o contribuinte não teria
direito ao creditamento do ICMS, haja vista que o princípio da
não-cumulatividade confere ao contribuinte o direito de
compensar o que for devido em cada operação com o montante
cobrado nas anteriores, e, no caso, ‘a operação verificada não foi
a de entrada de mercadoria e sua posterior saída, mas de
verdadeira saída da mesma, com recolhimento do imposto
embutido no frete´ (fl. 277).
7.
Ante o exposto, com fundamento no art. 557,
caput, do Código de Processo Civil, nego seguimento ao recurso
extraordinário”.
Nada colhe o agravo.
Questiona-se, nestes autos, autuação relativa ao aproveitamento de
créditos do ICMS incidente sobre serviços de transporte interestadual de
mercadorias não tributadas, consoante descrito no auto de infração de fl.
34. Trata-se, noutros termos, do aproveitamento do ICMS sobre o serviço
de transporte pago pela distribuidora dos produtos, quando da sua saída.
É correta a aplicação da Súmula STF 283, pois o apelo extremo não
atacou todos os fundamentos do acórdão vergastado, consistentes, em
essência: i) na impossibilidade de aproveitamento do crédito do ICMS
relativo a estas operações, pelo fato de a incidência ter ocorrido na
operação de saída, e não de entrada; e ii) na aplicabilidade do art. 155, X,
a, da Carta de 1988 às operações interestaduais de transporte de
combustíveis e outros derivados de petróleo (fls. 143-6). Destaco, do voto
2
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
RE 550.252 AGR / GO
parte recorrente não atacou fundamento suficiente do aresto
impugnado, relativo à ausência de direito ao aproveitamento de
créditos de ICMS, em razão de a operação ter sido considerada
como verdadeira saída de mercadoria. Assim, incide, no
presente caso, o óbice da Súmula STF 283. Corroborando esse
entendimento, transcrevo o seguinte trecho do parecer do
Ministério Público Federal:
`... verifica-se que o acórdão recorrido adotou fundamento
autônomo e suficiente para a manutenção do julgado, que não
foi objeto de impugnação no presente recurso extraordinário.
É que entendeu o acórdão que o contribuinte não teria
direito ao creditamento do ICMS, haja vista que o princípio da
não-cumulatividade confere ao contribuinte o direito de
compensar o que for devido em cada operação com o montante
cobrado nas anteriores, e, no caso, ‘a operação verificada não foi
a de entrada de mercadoria e sua posterior saída, mas de
verdadeira saída da mesma, com recolhimento do imposto
embutido no frete´ (fl. 277).
7.
Ante o exposto, com fundamento no art. 557,
caput, do Código de Processo Civil, nego seguimento ao recurso
extraordinário”.
Nada colhe o agravo.
Questiona-se, nestes autos, autuação relativa ao aproveitamento de
créditos do ICMS incidente sobre serviços de transporte interestadual de
mercadorias não tributadas, consoante descrito no auto de infração de fl.
34. Trata-se, noutros termos, do aproveitamento do ICMS sobre o serviço
de transporte pago pela distribuidora dos produtos, quando da sua saída.
É correta a aplicação da Súmula STF 283, pois o apelo extremo não
atacou todos os fundamentos do acórdão vergastado, consistentes, em
essência: i) na impossibilidade de aproveitamento do crédito do ICMS
relativo a estas operações, pelo fato de a incidência ter ocorrido na
operação de saída, e não de entrada; e ii) na aplicabilidade do art. 155, X,
a, da Carta de 1988 às operações interestaduais de transporte de
combustíveis e outros derivados de petróleo (fls. 143-6). Destaco, do voto
2
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 9
Voto - MIN. ROSA WEBER
RE 550.252 AGR / GO
do relator, a seguinte passagem:
“O que é importante saber, para o deslinde da questão, é
qual a natureza da operação efetuada pela apelante, quando da
contratação de empresas de transportes, a fim de que levasse os
seus produtos ao consumidor final.
… a não cumulatividade tributária, prevista no art. 155,
inciso I, da Carta Magna, regulamentada, no caso específico,
pelo Código Tributário Estadual, compreende uma atividade de
`passe e repasse´ do imposto, evitando-se, assim, a majoração
exagerada do preço da mercadoria por aquele contribuinte que
não se compensa, em efeito cascata, o que seria desastroso para
a economia.
Assim, ao recolher o imposto no momento da entrada da
mercadoria no seu âmbito jurídico, repassa-o ao consumidor.
No caso em comento, a operação verificada não foi a de
entrada de mercadoria e sua posterior saída, mas de verdadeira
saída da mesma, com recolhimento de imposto embutido no
`frete´, não tendo, pois, como o contribuinte desta tributação
aproveitar-se.
A apelante não poderia ter inserido no valor do
Conhecimento de Transporte, eventual montante referente a
ICMS, até porque, conforme revela o Auto de Infração e
documentos que a acompanham às f. 51 usque 64, a operação
destinou-se a transporte de produtos combustíveis a outras
unidades da Federação.
Assim é porque esta não é hipótese de incidência do ICMS
nos termos colocados pelo art. 155, inciso X, alínea `a´, da
Constituição Federal.
Portanto, não sendo operação tributável, não se cogita
direito a aproveitamento de crédito, que se efetivado, constitui
infração à lei tributária pertinente” (fls. 144-5).
Após um atento exame do recurso extraordinário (fls. 199-211),
infere-se que apenas o segundo fundamento foi impugnado. Não se
questionou a impossibilidade de creditamento do imposto incidente na
3
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
RE 550.252 AGR / GO
do relator, a seguinte passagem:
“O que é importante saber, para o deslinde da questão, é
qual a natureza da operação efetuada pela apelante, quando da
contratação de empresas de transportes, a fim de que levasse os
seus produtos ao consumidor final.
… a não cumulatividade tributária, prevista no art. 155,
inciso I, da Carta Magna, regulamentada, no caso específico,
pelo Código Tributário Estadual, compreende uma atividade de
`passe e repasse´ do imposto, evitando-se, assim, a majoração
exagerada do preço da mercadoria por aquele contribuinte que
não se compensa, em efeito cascata, o que seria desastroso para
a economia.
Assim, ao recolher o imposto no momento da entrada da
mercadoria no seu âmbito jurídico, repassa-o ao consumidor.
No caso em comento, a operação verificada não foi a de
entrada de mercadoria e sua posterior saída, mas de verdadeira
saída da mesma, com recolhimento de imposto embutido no
`frete´, não tendo, pois, como o contribuinte desta tributação
aproveitar-se.
A apelante não poderia ter inserido no valor do
Conhecimento de Transporte, eventual montante referente a
ICMS, até porque, conforme revela o Auto de Infração e
documentos que a acompanham às f. 51 usque 64, a operação
destinou-se a transporte de produtos combustíveis a outras
unidades da Federação.
Assim é porque esta não é hipótese de incidência do ICMS
nos termos colocados pelo art. 155, inciso X, alínea `a´, da
Constituição Federal.
Portanto, não sendo operação tributável, não se cogita
direito a aproveitamento de crédito, que se efetivado, constitui
infração à lei tributária pertinente” (fls. 144-5).
Após um atento exame do recurso extraordinário (fls. 199-211),
infere-se que apenas o segundo fundamento foi impugnado. Não se
questionou a impossibilidade de creditamento do imposto incidente na
3
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 9
Voto - MIN. ROSA WEBER
RE 550.252 AGR / GO
prestação de serviços relativa à operação de saída. Esse fato foi assinalado
no escorreito parecer da lavra do Subprocurador-Geral da República
Rodrigo Janot Monteiro de Barros:
“... verifica-se que o acórdão recorrido adotou fundamento
autônomo e suficiente para a manutenção do julgado, que não
foi objeto de impugnação no presente recurso extraordinário.
É que entendeu o acórdão que o contribuinte não teria
direito ao creditamento do ICMS, haja vista que o princípio da
não-cumulatividade confere ao contribuinte o direito de
compensar o que for devido em cada operação com o montante
cobrado nas anteriores, e no, caso, `a operação verificada não foi
a de entrada de mercadoria e sua posterior saída, mas de
verdadeira saída da mesma, com recolhimento do imposto
embutido no `frete´” (fl. 277).
Admito ser confuso o multicitado voto, ao baralhar o primeiro com o
segundo fundamento constitucional. Isso não afasta, contudo, a
autonomia de tais fundamentos e sequer libera a parte do ônus de
impugnar cada um deles, consoante exige a tradicional jurisprudência
desta Suprema Corte.
Agravo regimental conhecido e não provido.
É como voto.
4
Supremo Tribunal Federal
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RE 550.252 AGR / GO
prestação de serviços relativa à operação de saída. Esse fato foi assinalado
no escorreito parecer da lavra do Subprocurador-Geral da República
Rodrigo Janot Monteiro de Barros:
“... verifica-se que o acórdão recorrido adotou fundamento
autônomo e suficiente para a manutenção do julgado, que não
foi objeto de impugnação no presente recurso extraordinário.
É que entendeu o acórdão que o contribuinte não teria
direito ao creditamento do ICMS, haja vista que o princípio da
não-cumulatividade confere ao contribuinte o direito de
compensar o que for devido em cada operação com o montante
cobrado nas anteriores, e no, caso, `a operação verificada não foi
a de entrada de mercadoria e sua posterior saída, mas de
verdadeira saída da mesma, com recolhimento do imposto
embutido no `frete´” (fl. 277).
Admito ser confuso o multicitado voto, ao baralhar o primeiro com o
segundo fundamento constitucional. Isso não afasta, contudo, a
autonomia de tais fundamentos e sequer libera a parte do ônus de
impugnar cada um deles, consoante exige a tradicional jurisprudência
desta Suprema Corte.
Agravo regimental conhecido e não provido.
É como voto.
4
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 9
Decisão de Julgamento
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 550.252
PROCED. : GOIÁS
RELATORA : MIN. ROSA WEBER
AGTE.(S) : AGIPLIQUIGÁS S/A
ADV.(A/S) : ADRIANA FONSECA PEREIRA E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : ESTADO DE GOIÁS
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE GOIÁS
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos
termos do voto da Relatora. Unânime. Presidência do Senhor
Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Wagner Mathias.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
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Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 550.252
PROCED. : GOIÁS
RELATORA : MIN. ROSA WEBER
AGTE.(S) : AGIPLIQUIGÁS S/A
ADV.(A/S) : ADRIANA FONSECA PEREIRA E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : ESTADO DE GOIÁS
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE GOIÁS
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos
termos do voto da Relatora. Unânime. Presidência do Senhor
Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Wagner Mathias.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3126364
Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 9
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3129779 | 2012-11-13T00:00:00 | 2012-11-27T00:00:00 | A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 13.11.2012. | AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO | EMENTA
DIREITO TRIBUTÁRIO. CREDITAMENTO, PELA EMPRESA ALIENANTE, DO ICMS INCIDENTE SOBRE OPERAÇÕES DE TRANSPORTE INTERESTADUAL DE MERCADORIAS NÃO TRIBUTADAS. RECURSO EXTRAORDINÁRIO QUE NÃO ATACA TODOS OS FUNDAMENTOS DO ACÓRDÃO FUSTIGADO. PRECLUSÃO DA QUESTÃO CONSTITUCIONAL. APLICAÇÃO DA SÚMULA 283/STF.
Incumbe à parte impugnar, de modo específico, todos os fundamentos do acórdão do Tribunal a quo, mesmo que não estejam claramente delimitados no voto condutor.
Ausência de ataque, nas razões do recurso extraordinário, a fundamento suficiente e autônomo. Aplicação da Súmula 283/STF: “é inadmissível o recurso extraordinário, quando a decisão recorrida assenta em mais de um fundamento suficiente e o recurso não abrange todos eles”.
Agravo regimental conhecido e não provido. | sjur219925 | Número de páginas: 9.
Análise: 03/12/2012, BMB. | ROSA WEBER | Primeira Turma | 550252 | [
"LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00155 PAR-00002 INC-00001 INC-00010\r\n LET-A \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n\r\n",
"LEG-FED SUMSTF-000283 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF"
] | RE-AgR | acordaos | RE 550252 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : AGIPLIQUIGÁS S/A
ADV.(A/S) : ADRIANA FONSECA PEREIRA E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : ESTADO DE GOIÁS
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE GOIÁS
ADV.(A/S) : SANDRO PEREIRA DA SILVA | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 550 . 252",
"SÚMULA 283 / STF",
"Súmula 283 / STF",
"RE 550 . 252 AGR",
"RE 550 . 252 AGR / GO",
"Súmula STF 283",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 550 . 252",
"Súmula STF 283",
"RE 550 . 252 AGR / GO",
"RE 550 . 252 AGR / GO",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 550 . 252",
"AI 610 . 398 / GO",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 550 . 252",
"AI 610 . 398 / GO",
"RE 550 . 252 AGR / GO",
"Súmula STF 283",
"Súmula STF 283",
"RE 550 . 252 AGR / GO",
"Súmula STF 283 .",
"Súmula STF 283",
"RE 550 . 252 AGR / GO",
"RE 550 . 252 AGR / GO",
"RE 550 . 252 AGR / GO",
"RE 550 . 252 AGR",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 550 . 252",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 550 . 252"
],
"LEGISLACAO": [
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Art . 155 , § [UNK] , I a X da Constituição Federal",
"Constituição",
"artigo 155 , § [UNK] , X , b da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Art . 155 , § [UNK] , I a X da Constituição Federal",
"Constituição",
"artigo 155 , § [UNK] , X , b da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 155 , X , a , da Constituição Federal",
"art . 155 , § [UNK] , I e X , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200",
"art . 155 , X , a , da Constituição Federal",
"art . 155 , § [UNK] , I e X , da Constituição Federal",
"MP n°",
"art . 557 , caput , do Código de Processo Civil",
"art . 155 , X , a , da Carta de 1988",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 557 , caput , do Código de Processo Civil",
"art . 155 , X , a , da Carta de 1988",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 155 , inciso I , da Carta Magna",
"Código Tributário Estadual",
"art . 155 , inciso X , alínea ` [UNK] , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 155 , inciso I , da Carta Magna",
"Código Tributário Estadual",
"art . 155 , inciso X , alínea ` [UNK] , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"GOIÁS",
"ESTADO DE GOIÁS",
"ESTADO DE GOIÁS",
"Brasília",
"ESTADO DE GOIÁS",
"ESTADO DE GOIÁS",
"GOIÁS",
"ESTADO DE GOIÁS",
"ESTADO DE GOIÁS",
"GOIÁS",
"GOIÁS",
"GOIÁS",
"ESTADO DE GOIÁS",
"ESTADO DE GOIÁS",
"GOIÁS",
"ESTADO DE GOIÁS",
"ESTADO DE GOIÁS"
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"ORGANIZACAO": [
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"Brasil",
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"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
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"-",
"Brasil",
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"Brasil",
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"Supremo Tribunal Federal",
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"-",
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"Brasil",
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"-",
"Brasil",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Ministério Público Federal",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"/",
"GO",
"Supremo Tribunal Federal",
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"-",
"Brasil",
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"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
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"-",
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"PESSOA": [
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"Rosa Weber",
"ROSA WEBER",
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"ROSA WEBER",
"ADRIANA FONSECA PEREIRA",
"Rosa Weber",
"Ellen Gracie",
"ROSA WEBER",
"Rosa Weber",
"Rosa Weber",
"ROSA WEBER",
"ROSA WEBER",
"ROSA WEBER",
"Rodrigo Janot Monteiro de Barros",
"Rodrigo Janot Monteiro de Barros",
"ROSA WEBER",
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"Dias Toffoli",
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"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
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"TEMPO": [
"13",
"/",
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"13 de novembro de 2012",
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"27",
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"2012",
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"/",
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"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
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"/",
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"/",
"2012",
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".",
"3",
".",
"2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
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"/",
"2012",
"11",
".",
"3",
".",
"2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
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"08",
"/",
"2001",
"24",
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"08",
"/",
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"/",
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"2012",
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"/",
"2001",
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"/",
"2012",
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"08",
"/",
"2001",
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"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
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"08",
"/",
"2001",
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"08",
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".",
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"2012",
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"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
HABEAS CORPUS 113.254 SÃO PAULO
RELATOR
: MIN. GILMAR MENDES
PACTE.(S)
:ALBERTO FRANCISCO DONATTI
IMPTE.(S)
:ANTONIO ROBERTO SANCHES
ADV.(A/S)
:CAIO HENRIQUE KONISH E OUTRO(A/S)
COATOR(A/S)(ES)
:SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Habeas corpus. 2. Tráfico de entorpecentes. Lei 6.368/1976.
Condenação. 3. Pedidos: a) exclusão da majorante do concurso eventual
de agentes; b) aplicação da minorante do art. 33, § 4º, da Lei 11.343/2006;
c) substituição da pena; e d) fixação de regime inicial diverso do fechado.
4. Concessão parcial da ordem pelo STJ. Juízo de origem que não admitiu
a aplicação do § 4º do art. 33 da Lei 11.343/2006, ao fundamento de ser
vedada a combinação de normas. 5. Com o julgamento do RE 596.152/SP,
o Plenário do STF assentou a possibilidade da aplicação da causa de
diminuição de pena prevista no § 4º do art. 33 da Lei 11.343/2006 aos
condenados sob a vigência da Lei 6.368/1976. 6. Ordem concedida, de
ofício, para remover o óbice à incidência do § 4º do art. 33 da Lei
11.343/2006 na pena imposta pelo crime do art. 12 da Lei 6.368/1976 e
determinar ao Juízo de origem que analise se o paciente preenche os
requisitos legais da minorante. E, após a fixação da pena, analise a
possibilidade de substituição da pena privativa de liberdade por
restritivas de direitos.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os ministros do
Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a presidência do
Senhor Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de
julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, de
ofício, conceder a ordem, nos termos do voto do Relator.
Brasília, 13 de novembro de 2012.
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Supremo Tribunal Federal
DJe 07/12/2012
Supremo Tribunal Federal
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Ementa e Acórdão
HC 113.254 / SP
Ministro GILMAR MENDES
Relator
Documento assinado digitalmente
2
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Supremo Tribunal Federal
HC 113.254 / SP
Ministro GILMAR MENDES
Relator
Documento assinado digitalmente
2
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Relatório
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
HABEAS CORPUS 113.254 SÃO PAULO
RELATOR
: MIN. GILMAR MENDES
PACTE.(S)
:ALBERTO FRANCISCO DONATTI
IMPTE.(S)
:ANTONIO ROBERTO SANCHES
ADV.(A/S)
:CAIO HENRIQUE KONISH E OUTRO(A/S)
COATOR(A/S)(ES)
:SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (RELATOR): Trata-se de
habeas corpus, com pedido de medida liminar, impetrado por Antonio
Roberto Sanches, em favor de Alberto Francisco Donatti, contra acórdão
proferido pela Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que
concedeu parcialmente a ordem, nos autos do HC 220.589/SP.
Na espécie, o paciente foi denunciado pela prática dos delitos
descritos nos arts. 12, caput, c/c arts. 14 e 18, da Lei 6.368/1976 (tráfico e
associação para o tráfico de entorpecentes combinados com a majorante
pelo concurso eventual para a prática dos delitos da Lei de Drogas).
Segundo a denúncia, a apreensão atingiu um total de 442,689 Kg
(quatrocentos e quarenta e dois quilos e seiscentos e oitenta e nove
gramas) de maconha.
Sobreveio sentença absolutória com base no art. 386, VI, do CPP.
O Ministério Público Federal, então, interpôs apelação no Tribunal
Regional Federal da 3ª Região, que deu parcial provimento ao recurso
para condenar o paciente às penas de 7 anos e 6 meses de reclusão, em
regime integralmente fechado, e de 120 dias-multa, pela prática do delito
previsto no art. 12 c/c 18, I e III, da Lei 6.368/1976 (internacionalidade do
tráfico e concurso de agentes).
A defesa, então, impetrou habeas corpus no STJ, requerendo o
afastamento da condenação relativa ao art. 18 da Lei 6.368/1976, em face
da revogação pela Lei 11.343/2006.
Buscou, também, a aplicação retroativa do § 4º do art. 33 da nova Lei
de Drogas, assim como a fixação de regime prisional mais benéfico e a
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Supremo Tribunal Federal
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
HABEAS CORPUS 113.254 SÃO PAULO
RELATOR
: MIN. GILMAR MENDES
PACTE.(S)
:ALBERTO FRANCISCO DONATTI
IMPTE.(S)
:ANTONIO ROBERTO SANCHES
ADV.(A/S)
:CAIO HENRIQUE KONISH E OUTRO(A/S)
COATOR(A/S)(ES)
:SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (RELATOR): Trata-se de
habeas corpus, com pedido de medida liminar, impetrado por Antonio
Roberto Sanches, em favor de Alberto Francisco Donatti, contra acórdão
proferido pela Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que
concedeu parcialmente a ordem, nos autos do HC 220.589/SP.
Na espécie, o paciente foi denunciado pela prática dos delitos
descritos nos arts. 12, caput, c/c arts. 14 e 18, da Lei 6.368/1976 (tráfico e
associação para o tráfico de entorpecentes combinados com a majorante
pelo concurso eventual para a prática dos delitos da Lei de Drogas).
Segundo a denúncia, a apreensão atingiu um total de 442,689 Kg
(quatrocentos e quarenta e dois quilos e seiscentos e oitenta e nove
gramas) de maconha.
Sobreveio sentença absolutória com base no art. 386, VI, do CPP.
O Ministério Público Federal, então, interpôs apelação no Tribunal
Regional Federal da 3ª Região, que deu parcial provimento ao recurso
para condenar o paciente às penas de 7 anos e 6 meses de reclusão, em
regime integralmente fechado, e de 120 dias-multa, pela prática do delito
previsto no art. 12 c/c 18, I e III, da Lei 6.368/1976 (internacionalidade do
tráfico e concurso de agentes).
A defesa, então, impetrou habeas corpus no STJ, requerendo o
afastamento da condenação relativa ao art. 18 da Lei 6.368/1976, em face
da revogação pela Lei 11.343/2006.
Buscou, também, a aplicação retroativa do § 4º do art. 33 da nova Lei
de Drogas, assim como a fixação de regime prisional mais benéfico e a
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Relatório
HC 113.254 / SP
substituição da pena privativa por restritivas de direitos.
A Quinta Turma do STJ concedeu parcialmente a ordem, nos termos
da ementa transcrita:
“CRIMINAL.
HABEAS CORPUS.
TRÁFICO DE
ENTORPECENTES. LEI 6.368/76. SENTENÇA TRANSITADA
EM JULGADO. DESCONSTITUIÇÃO DO JULGADO EM SEDE
DE WRIT. MATÉRIA A SER EVENTUALMENTE DEBATIDA
EM SEDE DE REVISÃO CRIMINAL. FLAGRANTES
ILEGALIDADES EVIDENCIADAS. MAJORANTE DO
CONCURSO EVENTUAL DE AGENTES.
ABOLITIO
CRIMINIS.
REGIME PRISIONAL. NECESSIDADE DE
ANÁLISE DOS CRITÉRIOS DO ART. 33 DO CP. ORDEM
PARCIALMENTE CONCEDIDA.
I. A substituição da revisão criminal pelo habeas corpus
somente é admitida quando a análise do pleito prescindir de
revolvimento de provas e a ilegalidade for manifesta, o que se
infere na hipótese dos autos.
II. Com o advento da Lei n. 11.343/2006, que revogou
expressamente a Lei n. 6.368/1976, não foi mantida a previsão
de majorante pelo concurso eventual para a prática dos delitos
da Lei de Tóxicos, devendo ser reconhecida a abolitio criminis no
tocante ao inciso III do artigo 18 da vetusta Lei n. 6.368/76
(Precedente).
III. A Terceira Seção entende que a aplicação retroativa do
§ 4º do artigo 33 da novel Lei de Drogas deve ser verificada,
caso a caso, a fim de se aferir a situação mais vantajosa ao
condenado, isto é, se a aplicação das penas insertas na antiga lei
- em que a pena mínima é mais baixa - ou a aplicação da nova
lei com a incidência da causa de diminuição, sem se admitir,
contudo, a combinação dos textos legais, sob pena de contrariar
a lógica da nova legislação, criando uma norma híbrida.
IV. Com esteio na Súmula/STF n. 611, deve ser
determinado ao Juízo das Execuções que proceda à análise da
viabilidade da aplicação integral da novel Lei de Tóxicos ao fato
ocorrido antes da sua entrada em vigor.
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Supremo Tribunal Federal
HC 113.254 / SP
substituição da pena privativa por restritivas de direitos.
A Quinta Turma do STJ concedeu parcialmente a ordem, nos termos
da ementa transcrita:
“CRIMINAL.
HABEAS CORPUS.
TRÁFICO DE
ENTORPECENTES. LEI 6.368/76. SENTENÇA TRANSITADA
EM JULGADO. DESCONSTITUIÇÃO DO JULGADO EM SEDE
DE WRIT. MATÉRIA A SER EVENTUALMENTE DEBATIDA
EM SEDE DE REVISÃO CRIMINAL. FLAGRANTES
ILEGALIDADES EVIDENCIADAS. MAJORANTE DO
CONCURSO EVENTUAL DE AGENTES.
ABOLITIO
CRIMINIS.
REGIME PRISIONAL. NECESSIDADE DE
ANÁLISE DOS CRITÉRIOS DO ART. 33 DO CP. ORDEM
PARCIALMENTE CONCEDIDA.
I. A substituição da revisão criminal pelo habeas corpus
somente é admitida quando a análise do pleito prescindir de
revolvimento de provas e a ilegalidade for manifesta, o que se
infere na hipótese dos autos.
II. Com o advento da Lei n. 11.343/2006, que revogou
expressamente a Lei n. 6.368/1976, não foi mantida a previsão
de majorante pelo concurso eventual para a prática dos delitos
da Lei de Tóxicos, devendo ser reconhecida a abolitio criminis no
tocante ao inciso III do artigo 18 da vetusta Lei n. 6.368/76
(Precedente).
III. A Terceira Seção entende que a aplicação retroativa do
§ 4º do artigo 33 da novel Lei de Drogas deve ser verificada,
caso a caso, a fim de se aferir a situação mais vantajosa ao
condenado, isto é, se a aplicação das penas insertas na antiga lei
- em que a pena mínima é mais baixa - ou a aplicação da nova
lei com a incidência da causa de diminuição, sem se admitir,
contudo, a combinação dos textos legais, sob pena de contrariar
a lógica da nova legislação, criando uma norma híbrida.
IV. Com esteio na Súmula/STF n. 611, deve ser
determinado ao Juízo das Execuções que proceda à análise da
viabilidade da aplicação integral da novel Lei de Tóxicos ao fato
ocorrido antes da sua entrada em vigor.
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Relatório
HC 113.254 / SP
V. Compete ao Magistrado de 1º grau igualmente verificar
a possibilidade de substituição da pena corporal por restritiva
de direitos, considerando o fato de o Plenário do STF ter
declarado incidentalmente, por maioria de votos, a
inconstitucionalidade da expressão ‘vedada a conversão em penas
restritivas de direitos’, constante do § 4º do artigo 33.
IV. Tratando-se de crime de tráfico cometido antes da
vigência da Lei n. 11.464/2007, em observância ao princípio da
irretroatividade
in pejus, faz-se mister reconhecer a
impossibilidade de fixação do regime inicialmente mais
gravoso, sem que o Juízo tenha procedido à análise dos critérios
trazidos pelo art. 33 do Estatuto Repressor Penal.
V. Deve ser determinado ao Juízo das Execuções que,
afastada a incidência do art. 18, III, da Lei 6.368/76, readeque a
pena imposta ao ora paciente e verifique a viabilidade de
aplicação retroativa da Lei 11.343/06, devendo, ainda, analisar a
possibilidade de conversão da pena corporal em restritiva de
direitos e de fixação de regime menos gravoso para o desconto
inicial da reprimenda.
VI. Ordem parcialmente concedida, nos termos do voto do
Relator.”
Agora, a defesa afirma que o Juízo da 1ª Vara das Execuções
Criminais da Comarca de Ribeirão Preto/SP, ciente do acórdão proferido
pela Corte de Justiça, afastou o inciso III do art. 18 da Lei 6.368/1976,
diminuindo a pena em 10 meses, fixando-a, assim, em 6 anos e 8 meses.
Foi mantido o regime fechado para início do cumprimento da pena e
negada a substituição da pena privativa de liberdade por restritivas de
direitos.
Alega que, com relação à aplicação do § 4º do art. 33 da Lei
11.343/2006, o Juízo das Execuções não a admitiu, ao fundamento de ser
vedada a combinação de normas.
Sustenta, por fim, que o paciente preenche os requisitos de ordem
objetiva e subjetiva para concessão dos benefícios pretendidos, bem como
que os tribunais superiores têm permitindo a fixação do regime aberto, a
3
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Supremo Tribunal Federal
HC 113.254 / SP
V. Compete ao Magistrado de 1º grau igualmente verificar
a possibilidade de substituição da pena corporal por restritiva
de direitos, considerando o fato de o Plenário do STF ter
declarado incidentalmente, por maioria de votos, a
inconstitucionalidade da expressão ‘vedada a conversão em penas
restritivas de direitos’, constante do § 4º do artigo 33.
IV. Tratando-se de crime de tráfico cometido antes da
vigência da Lei n. 11.464/2007, em observância ao princípio da
irretroatividade
in pejus, faz-se mister reconhecer a
impossibilidade de fixação do regime inicialmente mais
gravoso, sem que o Juízo tenha procedido à análise dos critérios
trazidos pelo art. 33 do Estatuto Repressor Penal.
V. Deve ser determinado ao Juízo das Execuções que,
afastada a incidência do art. 18, III, da Lei 6.368/76, readeque a
pena imposta ao ora paciente e verifique a viabilidade de
aplicação retroativa da Lei 11.343/06, devendo, ainda, analisar a
possibilidade de conversão da pena corporal em restritiva de
direitos e de fixação de regime menos gravoso para o desconto
inicial da reprimenda.
VI. Ordem parcialmente concedida, nos termos do voto do
Relator.”
Agora, a defesa afirma que o Juízo da 1ª Vara das Execuções
Criminais da Comarca de Ribeirão Preto/SP, ciente do acórdão proferido
pela Corte de Justiça, afastou o inciso III do art. 18 da Lei 6.368/1976,
diminuindo a pena em 10 meses, fixando-a, assim, em 6 anos e 8 meses.
Foi mantido o regime fechado para início do cumprimento da pena e
negada a substituição da pena privativa de liberdade por restritivas de
direitos.
Alega que, com relação à aplicação do § 4º do art. 33 da Lei
11.343/2006, o Juízo das Execuções não a admitiu, ao fundamento de ser
vedada a combinação de normas.
Sustenta, por fim, que o paciente preenche os requisitos de ordem
objetiva e subjetiva para concessão dos benefícios pretendidos, bem como
que os tribunais superiores têm permitindo a fixação do regime aberto, a
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Relatório
HC 113.254 / SP
substituição da pena privativa de liberdade e a redução de pena prevista
na Lei 11.343/2006, em casos análogos ao aqui tratado.
Por fim, pede a “concessão da ordem de habeas corpus, nos exatos termos
pleiteados, facultando-se ao Paciente o cumprimento da pena imposta em regime
aberto, ou semiaberto no caso de mantida a pena no patamar estabelecido pela
autoridade coatora; a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de
direitos”.
Liminar indeferida.
Informações prestadas.
A Procuradoria-Geral da República pugnou pelo conhecimento
parcial da ordem e, nessa extensão, pela denegação.
É o relatório.
4
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Supremo Tribunal Federal
HC 113.254 / SP
substituição da pena privativa de liberdade e a redução de pena prevista
na Lei 11.343/2006, em casos análogos ao aqui tratado.
Por fim, pede a “concessão da ordem de habeas corpus, nos exatos termos
pleiteados, facultando-se ao Paciente o cumprimento da pena imposta em regime
aberto, ou semiaberto no caso de mantida a pena no patamar estabelecido pela
autoridade coatora; a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de
direitos”.
Liminar indeferida.
Informações prestadas.
A Procuradoria-Geral da República pugnou pelo conhecimento
parcial da ordem e, nessa extensão, pela denegação.
É o relatório.
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Voto - MIN. GILMAR MENDES
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
HABEAS CORPUS 113.254 SÃO PAULO
V O T O
O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (RELATOR): Trata-se de
habeas corpus, no qual a defesa requer: a) aplicação da causa especial de
diminuição de pena prevista no art. 33, § 4º da Lei n. 11.343/2006, no seu
patamar máximo; b) fixação de regime inicial diverso do fechado; e c)
substituição da pena privativa de liberdade por restritivas de direitos.
Consta dos autos que o paciente, absolvido em primeira instância,
foi condenado pelo TRF da 3ª Região pela prática do crime de tráfico,
ainda sob a égide da Lei 6.368/1976.
A defesa, então, impetrou habeas corpus no STJ, requerendo o
afastamento da condenação relativa ao art. 18 da antiga Lei de Drogas,
em face da revogação pela Lei 11.343/2006.
Buscou, também, a aplicação retroativa do § 4º do art. 33 da nova Lei
de Drogas, assim como a fixação de regime prisional mais benéfico e a
substituição da pena privativa por restritivas de direitos.
Inicialmente, a Constituição Federal estabelece, no art. 5º, XL, que a
lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu. Por seu turno, o art.
2º do Código Penal dispõe que lei posterior, que de qualquer modo
favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por
sentença condenatória transitada em julgado.
Segundo Francisco de Assis Toledo, reputa-se mais benigna a lei na
qual:
“a) a pena cominada for mais branda, por sua natureza,
quantidade, critérios de aplicação e dosimetria ou modo de
execução;
b) forem criadas novas circunstâncias atenuantes, causas
de diminuição de pena ou benefícios relacionados com a
extinção, suspensão ou dispensa de execução da pena, ou,
ainda, maiores facilidades para o livramento condicional;
c) forem extintas circunstâncias agravantes, causas de
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Supremo Tribunal Federal
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
HABEAS CORPUS 113.254 SÃO PAULO
V O T O
O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (RELATOR): Trata-se de
habeas corpus, no qual a defesa requer: a) aplicação da causa especial de
diminuição de pena prevista no art. 33, § 4º da Lei n. 11.343/2006, no seu
patamar máximo; b) fixação de regime inicial diverso do fechado; e c)
substituição da pena privativa de liberdade por restritivas de direitos.
Consta dos autos que o paciente, absolvido em primeira instância,
foi condenado pelo TRF da 3ª Região pela prática do crime de tráfico,
ainda sob a égide da Lei 6.368/1976.
A defesa, então, impetrou habeas corpus no STJ, requerendo o
afastamento da condenação relativa ao art. 18 da antiga Lei de Drogas,
em face da revogação pela Lei 11.343/2006.
Buscou, também, a aplicação retroativa do § 4º do art. 33 da nova Lei
de Drogas, assim como a fixação de regime prisional mais benéfico e a
substituição da pena privativa por restritivas de direitos.
Inicialmente, a Constituição Federal estabelece, no art. 5º, XL, que a
lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu. Por seu turno, o art.
2º do Código Penal dispõe que lei posterior, que de qualquer modo
favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por
sentença condenatória transitada em julgado.
Segundo Francisco de Assis Toledo, reputa-se mais benigna a lei na
qual:
“a) a pena cominada for mais branda, por sua natureza,
quantidade, critérios de aplicação e dosimetria ou modo de
execução;
b) forem criadas novas circunstâncias atenuantes, causas
de diminuição de pena ou benefícios relacionados com a
extinção, suspensão ou dispensa de execução da pena, ou,
ainda, maiores facilidades para o livramento condicional;
c) forem extintas circunstâncias agravantes, causas de
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Voto - MIN. GILMAR MENDES
HC 113.254 / SP
aumento de pena ou qualificadora;
d) se estabelecerem novas causas extintivas da
punibilidade ou se ampliarem as hipóteses de incidência das já
existentes, notadamente quando são reduzidos prazos de
decadência, de prescrição, ou se estabelece modo mais
favorável de contagem desses prazos;
e) se extinguirem medidas de segurança, penas acessórias
ou efeitos da condenação;
f) forem ampliadas as hipóteses de inimputabilidade, de
atipicidade, de exclusão da ilicitude, de exclusão da
culpabilidade ou de isenção de pena”. (Toledo, Francisco de
Assis. Princípio Básicos de Direito Penal, 5ª ed., pg. 35-36. São
Paulo: Saraiva, 2007).
De qualquer sorte, a análise da lei mais benigna restará sempre
submetida à avaliação do resultado final in concreto, até porque um juízo
abstrato pode levar, não raras vezes, a percepções equivocadas no que
concerne à aplicação da sanção e à sua execução.
No caso, a Corte Superior entendeu tratar-se de lei penal mais
benéfica, devendo, portanto, retroagir para favorecer o paciente. Ao fim,
concedeu parcialmente a ordem.
Sustenta a defesa que o STJ, ao delegar ao Juízo da Execução
Criminal, a análise da aplicação de dispositivos da nova Lei de Drogas, a
possibilidade de mudança de regime menos gravoso e a conversão da
pena privativa em restritivas de direitos, submeteu o paciente a
constrangimento ilegal, a ser sanado pelo Supremo Tribunal Federal.
Passo à análise do pedido de aplicação da causa especial de
diminuição de pena prevista no § 4º do art. 33 da Lei 11.343/2006 à sanção
prevista no art. 12 da Lei 6.368/76.
Preliminarmente, ressalto que a questão sempre foi bastante
controvertida. De fato, observo que — no próprio âmbito deste Supremo
Tribunal Federal — formaram-se duas posições bem delineadas.
A primeira no sentido da impossibilidade de aplicar dispositivos
mais benéficos da lei anterior (Lei 6.368/76) e, concomitantemente,
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Supremo Tribunal Federal
HC 113.254 / SP
aumento de pena ou qualificadora;
d) se estabelecerem novas causas extintivas da
punibilidade ou se ampliarem as hipóteses de incidência das já
existentes, notadamente quando são reduzidos prazos de
decadência, de prescrição, ou se estabelece modo mais
favorável de contagem desses prazos;
e) se extinguirem medidas de segurança, penas acessórias
ou efeitos da condenação;
f) forem ampliadas as hipóteses de inimputabilidade, de
atipicidade, de exclusão da ilicitude, de exclusão da
culpabilidade ou de isenção de pena”. (Toledo, Francisco de
Assis. Princípio Básicos de Direito Penal, 5ª ed., pg. 35-36. São
Paulo: Saraiva, 2007).
De qualquer sorte, a análise da lei mais benigna restará sempre
submetida à avaliação do resultado final in concreto, até porque um juízo
abstrato pode levar, não raras vezes, a percepções equivocadas no que
concerne à aplicação da sanção e à sua execução.
No caso, a Corte Superior entendeu tratar-se de lei penal mais
benéfica, devendo, portanto, retroagir para favorecer o paciente. Ao fim,
concedeu parcialmente a ordem.
Sustenta a defesa que o STJ, ao delegar ao Juízo da Execução
Criminal, a análise da aplicação de dispositivos da nova Lei de Drogas, a
possibilidade de mudança de regime menos gravoso e a conversão da
pena privativa em restritivas de direitos, submeteu o paciente a
constrangimento ilegal, a ser sanado pelo Supremo Tribunal Federal.
Passo à análise do pedido de aplicação da causa especial de
diminuição de pena prevista no § 4º do art. 33 da Lei 11.343/2006 à sanção
prevista no art. 12 da Lei 6.368/76.
Preliminarmente, ressalto que a questão sempre foi bastante
controvertida. De fato, observo que — no próprio âmbito deste Supremo
Tribunal Federal — formaram-se duas posições bem delineadas.
A primeira no sentido da impossibilidade de aplicar dispositivos
mais benéficos da lei anterior (Lei 6.368/76) e, concomitantemente,
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Voto - MIN. GILMAR MENDES
HC 113.254 / SP
dispositivos favoráveis da lei posterior (Lei 11.343/2006), dado que — ao
combiná-los e aplicá-los ao caso concreto — o juiz estaria a criar uma
terceira lei (lex tertia), invadindo atribuições inerentes ao exercício do
legislador, o que seria de todo inviável. A propósito, colho alguns
precedentes: HC 96.844/MS, rel. Min. Joaquim Barbosa, 2ª Turma, DJe
5.2.2010 e RHC 101.278/RJ, rel. Min. Cármen Lúcia, 1ª Turma, DJe
21.5.2010.
Entendimento diverso, a tese sufragada nesta própria Segunda
Turma. Os adeptos dessa corrente (Ministro Cezar Peluso e Ministro Eros
Grau) entendiam que adequar a causa especial de diminuição de pena da
lei nova à pena prevista na lei antiga não significa misturar, baralhar ou
combinar normas, na medida em que o juiz, ao assim agir, somente
movimenta-se dentro de quadros legais para uma integração
perfeitamente possível, o da retroatividade da lei mais benéfica. Nesse
sentido: HC 95.435/RS, rel. orig. Min. Ellen Gracie, red. do acórdão Min.
Cezar Peluso, 2ª Turma, DJe 7.11.2008 e HC 101.511/MG, rel. Min. Eros
Grau, 2ª Turma, DJe 21.5.2010.
A despeito de toda essa divergência, cumpre observar que, em
sessão realizada em 13.10.2011, o Plenário desta Suprema Corte, diante do
empate na votação, negou provimento ao RE 596.152/SP, de relatoria do
Min. Ricardo Lewandowski, no qual se discutia exatamente a
possibilidade de aplicação da causa especial de diminuição de pena
prevista no § 4º do art. 33 da Lei 11.343/2006 aos condenados sob a
vigência da Lei 6.368/76.
O voto do Min. Ayres Britto, redator do acórdão, consignou que o
fato de a Lei 11.343/2006 ter criado a figura do pequeno traficante, a
merecer tratamento diferenciado — não contemplada na legislação
anterior — não implicaria conflito de normas, tampouco mescla indevida,
visto que a minorante seria inédita, sem contraposição a qualquer regra
pretérita.
Ficou assentado, portanto, ser possível a aplicação da causa de
diminuição de pena prevista no § 4º do art. 33 da Lei 11.343/2006 aos
condenados sob a vigência da Lei 6.368/1976.
3
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Supremo Tribunal Federal
HC 113.254 / SP
dispositivos favoráveis da lei posterior (Lei 11.343/2006), dado que — ao
combiná-los e aplicá-los ao caso concreto — o juiz estaria a criar uma
terceira lei (lex tertia), invadindo atribuições inerentes ao exercício do
legislador, o que seria de todo inviável. A propósito, colho alguns
precedentes: HC 96.844/MS, rel. Min. Joaquim Barbosa, 2ª Turma, DJe
5.2.2010 e RHC 101.278/RJ, rel. Min. Cármen Lúcia, 1ª Turma, DJe
21.5.2010.
Entendimento diverso, a tese sufragada nesta própria Segunda
Turma. Os adeptos dessa corrente (Ministro Cezar Peluso e Ministro Eros
Grau) entendiam que adequar a causa especial de diminuição de pena da
lei nova à pena prevista na lei antiga não significa misturar, baralhar ou
combinar normas, na medida em que o juiz, ao assim agir, somente
movimenta-se dentro de quadros legais para uma integração
perfeitamente possível, o da retroatividade da lei mais benéfica. Nesse
sentido: HC 95.435/RS, rel. orig. Min. Ellen Gracie, red. do acórdão Min.
Cezar Peluso, 2ª Turma, DJe 7.11.2008 e HC 101.511/MG, rel. Min. Eros
Grau, 2ª Turma, DJe 21.5.2010.
A despeito de toda essa divergência, cumpre observar que, em
sessão realizada em 13.10.2011, o Plenário desta Suprema Corte, diante do
empate na votação, negou provimento ao RE 596.152/SP, de relatoria do
Min. Ricardo Lewandowski, no qual se discutia exatamente a
possibilidade de aplicação da causa especial de diminuição de pena
prevista no § 4º do art. 33 da Lei 11.343/2006 aos condenados sob a
vigência da Lei 6.368/76.
O voto do Min. Ayres Britto, redator do acórdão, consignou que o
fato de a Lei 11.343/2006 ter criado a figura do pequeno traficante, a
merecer tratamento diferenciado — não contemplada na legislação
anterior — não implicaria conflito de normas, tampouco mescla indevida,
visto que a minorante seria inédita, sem contraposição a qualquer regra
pretérita.
Ficou assentado, portanto, ser possível a aplicação da causa de
diminuição de pena prevista no § 4º do art. 33 da Lei 11.343/2006 aos
condenados sob a vigência da Lei 6.368/1976.
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Voto - MIN. GILMAR MENDES
HC 113.254 / SP
Ademais, no caso, o acórdão da apelação proferido pelo TRF da 3ª
Região menciona a ausência de antecedentes criminais e que a única
circunstância que deve ser levada em conta é a grande quantidade de
droga traficada.
Diante de todo o exposto, ante a decisão proferida por este STF no
RE 596.152/SP, meu voto é no sentido de conceder a ordem, de ofício, para
remover o óbice à incidência do § 4º do art. 33 da Lei 11.343/2006 na pena
imposta ao paciente pelo crime do art. 12 da Lei 6.368/1976 e determinar
ao Juízo da 1ª Vara das Execuções Criminais da Comarca de Ribeirão
Preto/SP que analise se o paciente preenche os requisitos legais da
minorante.
E, após a fixação da pena, analise a possibilidade de substituição da
pena privativa de liberdade por restritivas de direitos.
É como voto.
4
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Supremo Tribunal Federal
HC 113.254 / SP
Ademais, no caso, o acórdão da apelação proferido pelo TRF da 3ª
Região menciona a ausência de antecedentes criminais e que a única
circunstância que deve ser levada em conta é a grande quantidade de
droga traficada.
Diante de todo o exposto, ante a decisão proferida por este STF no
RE 596.152/SP, meu voto é no sentido de conceder a ordem, de ofício, para
remover o óbice à incidência do § 4º do art. 33 da Lei 11.343/2006 na pena
imposta ao paciente pelo crime do art. 12 da Lei 6.368/1976 e determinar
ao Juízo da 1ª Vara das Execuções Criminais da Comarca de Ribeirão
Preto/SP que analise se o paciente preenche os requisitos legais da
minorante.
E, após a fixação da pena, analise a possibilidade de substituição da
pena privativa de liberdade por restritivas de direitos.
É como voto.
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Decisão de Julgamento
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
HABEAS CORPUS 113.254
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. GILMAR MENDES
PACTE.(S) : ALBERTO FRANCISCO DONATTI
IMPTE.(S) : ANTONIO ROBERTO SANCHES
ADV.(A/S) : CAIO HENRIQUE KONISH E OUTRO(A/S)
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Decisão: A Turma, por unanimidade, concedeu a ordem, de
ofício, para determinar ao Juízo da 1ª Vara das Execuções
Criminais da Comarca de Ribeirão Preto/SP que proceda à redução da
pena do paciente na proporção devida, nos termos do § 4º do art.
33 da Lei 11.343/2006. E, após a readequação da pena, fixe o
regime inicial, nos termos do HC 111.840/ES (superação da
obrigatoriedade de início do cumprimento da pena no regime
fechado) e segundo os critérios previstos no art. 33, §§ 2º e 3º
do CP, e, por fim, analise a possibilidade de substituição da pena
privativa de liberdade por restritivas de direitos, nos termos do
voto do Relator. Falou, pelo paciente, o Dr. Caio Henrique Konish.
Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e
Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra
Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros
Celso de Mello e Joaquim Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
P/ Fabiane Duarte
Secretária
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Supremo Tribunal Federal
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
HABEAS CORPUS 113.254
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. GILMAR MENDES
PACTE.(S) : ALBERTO FRANCISCO DONATTI
IMPTE.(S) : ANTONIO ROBERTO SANCHES
ADV.(A/S) : CAIO HENRIQUE KONISH E OUTRO(A/S)
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Decisão: A Turma, por unanimidade, concedeu a ordem, de
ofício, para determinar ao Juízo da 1ª Vara das Execuções
Criminais da Comarca de Ribeirão Preto/SP que proceda à redução da
pena do paciente na proporção devida, nos termos do § 4º do art.
33 da Lei 11.343/2006. E, após a readequação da pena, fixe o
regime inicial, nos termos do HC 111.840/ES (superação da
obrigatoriedade de início do cumprimento da pena no regime
fechado) e segundo os critérios previstos no art. 33, §§ 2º e 3º
do CP, e, por fim, analise a possibilidade de substituição da pena
privativa de liberdade por restritivas de direitos, nos termos do
voto do Relator. Falou, pelo paciente, o Dr. Caio Henrique Konish.
Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e
Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra
Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros
Celso de Mello e Joaquim Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
P/ Fabiane Duarte
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 11
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3168458 | 2012-11-13T00:00:00 | 2012-12-07T00:00:00 | A Turma, por unanimidade, concedeu a ordem, de ofício, para determinar ao Juízo da 1ª Vara das Execuções Criminais da Comarca de Ribeirão Preto/SP que proceda à redução da pena do paciente na proporção devida, nos termos do § 4º do art. 33 da Lei 11.343/2006. E, após a readequação da pena, fixe o regime inicial, nos termos do HC 111.840/ES (superação da obrigatoriedade de início do cumprimento da pena no regime fechado) e segundo os critérios previstos no art. 33, §§ 2º e 3º do CP, e, por fim, analise a possibilidade de substituição da pena privativa de liberdade por restritivas de direitos, nos termos do voto do Relator. Falou, pelo paciente, o Dr. Caio Henrique Konish. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 13.11.2012. | HABEAS CORPUS | Habeas corpus. 2. Tráfico de entorpecentes. Lei 6.368/1976. Condenação. 3. Pedidos: a) exclusão da majorante do concurso eventual de agentes; b) aplicação da minorante do art. 33, § 4º, da Lei 11.343/2006; c) substituição da pena; e d) fixação de regime inicial diverso do fechado. 4. Concessão parcial da ordem pelo STJ. Juízo de origem que não admitiu a aplicação do § 4º do art. 33 da Lei 11.343/2006, ao fundamento de ser vedada a combinação de normas. 5. Com o julgamento do RE 596.152/SP, o Plenário do STF assentou a possibilidade da aplicação da causa de diminuição de pena prevista no § 4º do art. 33 da Lei 11.343/2006 aos condenados sob a vigência da Lei 6.368/1976. 6. Ordem concedida, de ofício, para remover o óbice à incidência do § 4º do art. 33 da Lei 11.343/2006 na pena imposta pelo crime do art. 12 da Lei 6.368/1976 e determinar ao Juízo de origem que analise se o paciente preenche os requisitos legais da minorante. E, após a fixação da pena, analise a possibilidade de substituição da pena privativa de liberdade por restritivas de direitos. | sjur220978 | - Acórdão(s) citado(s):
(RETROATIVIDADE, CAUSA DE DIMINUIÇÃO DE PENA, TRÁFICO DE ENTORPECENTES PRIVILEGIADO)
STF: RE 596152 (TP), HC 96844 (2ªT), RHC 101278 (1ªT), HC 95435 (2ªT), HC 101511 (2ªT).
- Veja HC 220589 do STJ.
Número de páginas: 11.
Análise: 21/01/2013, AAT.
Revisão: 29/01/2013, SEV. | GILMAR MENDES | Segunda Turma | 113254 | [
"LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00005 INC-00040 \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n",
"LEG-FED DEL-002848 ANO-1940\r\n ART-00002 \r\n CP-1940 CÓDIGO PENAL\r\n",
"LEG-FED LEI-006368 ANO-1976\r\n ART-00012 \r\n ART-00018 \r\n REVOGADA PELA LEI-11343/2006 \r\n LTX-1976 LEI DE TÓXICOS\r\n",
"LEG-FED LEI-011343 ANO-2006\r\n ART-00033 PAR-00004 \r\n LTX-2006 LEI DE TÓXICOS"
] | HC | acordaos | HC 113254 | [
""
] | PACTE.(S) : ALBERTO FRANCISCO DONATTI
IMPTE.(S) : ANTONIO ROBERTO SANCHES
ADV.(A/S) : CAIO HENRIQUE KONISH E OUTRO(A/S)
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"HABEAS CORPUS 113 . 254",
"RE 596 . 152 / SP",
"HC 113 . 254 / SP",
"HC 113 . 254 / SP",
"HABEAS CORPUS 113 . 254 SÃO",
"HC 220 . 589 / SP",
"HABEAS CORPUS 113 . 254",
"HC 220 . 589 / SP",
"HC 113 . 254 / SP",
"Súmula",
"/",
"STF n . 611",
"HC 113 . 254 / SP",
"Súmula",
"/",
"STF n . 611",
"HC 113 . 254 / SP",
"HC 113 . 254 / SP",
"HC 113 . 254 / SP",
"HC 113 . 254 / SP",
"HABEAS CORPUS 113 . 254",
"HABEAS CORPUS 113 . 254",
"HC 113 . 254 / SP",
"HC 113 . 254 / SP",
"HC 113 . 254 / SP",
"HC 96 . 844 / MS",
"RHC 101 . 278 / RJ",
"HC 95 . 435 / RS",
"HC 101 . 511 / MG",
"RE 596 . 152 / SP",
"HC 113 . 254 / SP",
"HC 96 . 844 / MS",
"RHC 101 . 278 / RJ",
"HC 95 . 435 / RS",
"HC 101 . 511 / MG",
"RE 596 . 152 / SP",
"HC 113 . 254 / SP",
"RE 596 . 152 / SP",
"HC 113 . 254 / SP",
"RE 596 . 152 / SP",
"HABEAS CORPUS 113 . 254",
"HC 111 . 840 / ES",
"HABEAS CORPUS 113 . 254",
"HC 111 . 840 / ES"
],
"LEGISLACAO": [
"Lei 6 . 368 / 1976",
"art . 33 , § [UNK] , da Lei 11 . 343 / 2006",
"§ [UNK] do art . 33 da Lei 11 . 343 / 2006",
"§ [UNK] do art . 33 da Lei 11 . 343 / 2006",
"Lei 6 . 368 / 1976",
"§ [UNK] do art . 33 da Lei 11 . 343 / 2006",
"art . 12 da Lei 6 . 368 / 1976",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"arts . 12 , caput , c / c arts . 14 e 18 , da Lei 6 . 368 / 1976",
"Lei de Drogas",
"art . 386 , VI , do CPP",
"art . 12 c / c 18 , I e III , da Lei 6 . 368 / 1976",
"art . 18 da Lei 6 . 368 / 1976",
"Lei 11 . 343 / 2006",
"§ [UNK] do art . 33 da nova Lei de Drogas",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"arts . 12 , caput , c / c arts . 14 e 18 , da Lei 6 . 368 / 1976",
"Lei de",
"art . 386 , VI , do CPP",
"art . 12 c / c 18 , I e III , da Lei 6 . 368 / 1976",
"art . 18 da Lei 6 . 368 / 1976",
"Lei 11 . 343 / 2006",
"§ [UNK] do art . 33 da nova Lei de Drogas",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"LEI 6 . 368 / 76",
"ART . 33 DO CP",
"Lei n . 11 . 343 / 2006",
"Lei n . 6 . 368 / 1976",
"Lei",
"inciso III do artigo 18 da vetusta Lei n . 6 . 368 / 76",
"§ [UNK] do artigo 33 da novel Lei de Drogas",
"MP n° 2 . 200",
"LEI 6 . 368 / 76",
"ART . 33 DO CP",
"Lei n . 11 . 343 / 2006",
"Lei n . 6 . 368 / 1976",
"inciso III do artigo 18 da",
"Lei n . 6 . 368 / 76",
"§ [UNK] do artigo 33 da novel Lei de Drogas",
"Lei de Tóxicos",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei n . 11 . 464 / 2007",
"art . 33 do Estatuto Repressor Penal",
"art . 18 , III , da Lei 6 . 368 / 76",
"Lei 11 . 343 / 06",
"inciso III do art . 18 da Lei 6 . 368 / 1976",
"§ [UNK] do art . 33 da Lei 11 . 343 / 2006",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei n . 11 . 464 / 2007",
"art . 33 do Estatuto Repressor Penal",
"art . 18 , III , da Lei 6 . 368 / 76",
"Lei 11 . 343 / 06",
"inciso III do art . 18 da Lei 6 . 368 / 1976",
"§ [UNK] do art . 33 da Lei 11 . 343 / 2006",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei 11",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei 11 . 343 / 2006",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 33 , § [UNK] da Lei n . 11 . 343 / 2006",
"Lei 6 . 368 / 1976",
"art . 18 da antiga Lei de Drogas",
"Lei 11 . 343 / 2006",
"§ [UNK] do art . 33 da nova Lei de Drogas",
"Constituição Federal",
"art . [UNK] , XL",
"art . [UNK] do Código Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 33 , § [UNK] da Lei n . 11 . 343 / 2006",
"Lei 6 . 368 / 1976",
"art . 18 da antiga Lei de Drogas",
"Lei 11 . 343 / 2006",
"§ [UNK] do art . 33 da nova Lei de Drogas",
"Constituição Federal",
"art . [UNK] do Código Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei de Drogas",
"§ [UNK] do art . 33 da Lei 11 . 343 / 2006",
"art . 12 da Lei 6 . 368 / 76",
"Lei 6 . 368 / 76",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei de Drogas",
"§ [UNK] do art . 33 da Lei 11 . 343 / 2006",
"art . 12 da Lei 6 . 368 / 76",
"Lei 6 . 368 / 76",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei 11 . 343 / 2006",
"§ [UNK] do art . 33 da Lei 11 . 343 / 2006",
"Lei 6 . 368 / 76",
"Lei 11 . 343 / 2006",
"§ [UNK] do art . 33 da Lei 11 . 343 / 2006",
"Lei 6 . 368 / 1976",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei 11 . 343 / 2006",
"§ [UNK] do art . 33 da Lei 11 . 343",
"Lei 6 . 368 / 76",
"Lei 11 . 343 / 2006",
"§ [UNK] do art . 33 da Lei 11 . 343 / 2006",
"Lei 6 . 368 / 1976",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"§ [UNK] do art . 33 da Lei 11 . 343 / 2006",
"art . 12 da Lei 6 . 368 / 1976",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"§ [UNK] do art . 33 da Lei 11 . 343 / 2006",
"art . 12 da Lei 6 . 368 / 1976",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"§ [UNK] do art . 33 da Lei 11 . 343 / 2006",
"art . 33 , § § [UNK] e [UNK] do CP",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"§ [UNK] do art . 33 da Lei 11 . 343 / 2006",
"art . 33 , § § [UNK] e [UNK] do CP",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"SÃO PAULO",
"Brasília",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"São Paulo",
"São Paulo",
"Preto /",
"SP",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO"
],
"ORGANIZACAO": [
"SEGUNDA TURMA",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"STJ",
"Plenário do STF",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infra",
"-",
"estrutura de",
"Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça",
"STJ",
"Ministério Público Federal",
"Tribunal Regional Federal da [UNK] Região",
"STJ",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça",
"STJ",
"Ministério Público Federal",
"Tribunal Regional Federal da [UNK] Região",
"STJ",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Quinta Turma do STJ",
"Terceira Seção",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Quinta Turma do STJ",
"Terceira Seção",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Plenário do STF",
"[UNK] Vara das Execuções Criminais da Comarca de Ribeirão Preto / SP",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Plenário do STF",
"[UNK] Vara das Execuções Criminais da Comarca de Ribeirão Preto / SP",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Procuradoria",
"-",
"Geral da República",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Procuradoria",
"-",
"Geral da República",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"TRF da [UNK] Região",
"STJ",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"TRF da [UNK] Região",
"STJ",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Saraiva",
"STJ",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Saraiva",
"STJ",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"[UNK] Turma",
"[UNK] Turma",
"Segunda Turma",
"[UNK] Turma",
"[UNK] Turma",
"Plenário desta Suprema Corte",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"[UNK] Turma",
"[UNK] Turma",
"Segunda Turma",
"[UNK] Turma",
"[UNK] Turma",
"Plenário desta Suprema Corte",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"TRF da [UNK] Região",
"STF",
"[UNK] Vara das Execuções Criminais da Comarca de Ribeirão",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"TRF da [UNK] Região",
"[UNK] Vara das Execuções Criminais da Comarca de Ribeirão Preto / SP",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"[UNK] Vara das Execuções Criminais da Comarca de Ribeirão Preto / SP",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"[UNK] Vara das Execuções Criminais da Comarca de Ribeirão Preto / SP",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"GILMAR MENDES",
"ALBERTO FRANCISCO DONATTI",
"ANTONIO ROBERTO SANCHES",
"CAIO HENRIQUE KONISH",
"Ricardo Lewandowski",
"GILMAR MENDES",
"GILMAR MENDES",
"GILMAR MENDES",
"ALBERTO FRANCISCO DONATTI",
"ANTONIO ROBERTO SANCHES",
"CAIO HENRIQUE KONISH",
"GILMAR MENDES",
"Antonio Roberto Sanches",
"Alberto Francisco Donatti",
"GILMAR MENDES",
"ALBERTO FRANCISCO DONATTI",
"ANTONIO ROBERTO SANCHES",
"CAIO HENRIQUE KONISH",
"GILMAR MENDES",
"Antonio Roberto Sanches",
"Alberto Francisco Donatti",
"GILMAR MENDES",
"GILMAR MENDES",
"Francisco de Assis Toledo",
"GILMAR MENDES",
"Francisco de Assis Toledo",
"GILMAR MENDES",
"Toledo , Francisco de Assis",
"Toledo , Francisco de Assis",
"GILMAR MENDES",
"Joaquim Barbosa",
"Cármen Lúcia",
"Cezar Peluso",
"Eros Grau",
"Ellen Gracie",
"Cezar Peluso",
"Eros Grau",
"Ricardo Lewandowski",
"Ayres Britto",
"Joaquim Barbosa",
"Cármen Lúcia",
"Cezar Peluso",
"Eros Grau",
"Ellen Gracie",
"Cezar Peluso",
"Eros Grau",
"Ricardo Lewandowski",
"Ayres Britto",
"GILMAR MENDES",
"GILMAR MENDES",
"ALBERTO FRANCISCO DONATTI",
"ANTONIO ROBERTO SANCHES",
"CAIO HENRIQUE KONISH",
"Caio Henrique Konish",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos",
"Fabiane Duarte",
"GILMAR MENDES",
"ALBERTO FRANCISCO DONATTI",
"ANTONIO ROBERTO SANCHES",
"CAIO HENRIQUE KONISH",
"Caio Henrique Konish",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos"
],
"TEMPO": [
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"13 de novembro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"07",
"/",
"12",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"2007",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"2007",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"5",
".",
"2",
".",
"2010",
"21",
".",
"5",
".",
"2010",
"7",
".",
"11",
".",
"2008",
"21",
".",
"5",
".",
"2010",
"13",
".",
"10",
".",
"2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"5",
".",
"2",
".",
"2010",
"21",
".",
"5",
".",
"2010",
"7",
".",
"11",
".",
"2008",
"21",
".",
"5",
".",
"2010",
"13",
".",
"10",
".",
"2011",
"/",
"2006",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 713.259 MINAS
GERAIS
RELATORA
: MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S)
:BANCO SANTANDER (BRASIL) S/A
ADV.(A/S)
:OSMAR MENDES PAIXÂO CÔRTES E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:SIMÉRIO MINERVINO DE ANDRADE CASTRO
ADV.(A/S)
:THIAGO MONTEIRO DE QUEIROZ E OUTRO(A/S)
EMENTA:
AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO
COM
AGRAVO.
CONSUMIDOR.
1.
INSUFICIÊNCIA DA PRELIMINAR FORMAL DE REPERCUSSÃO
GERAL: INVIABILIDADE DA ANÁLISE DO RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. 2. RESPONSABILIDADE CIVIL. FALHA NA
PRESTAÇÃO DE SERVIÇO. REEXAME DE FATOS E PROVAS. SÚMULA
N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. 3. AGRAVO
REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do
Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a Presidência do
Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamento e
das notas taquigráficas, à unanimidade, em negar provimento ao agravo
regimental no recurso extraordinário com agravo, nos termos do voto da
Relatora. Ausentes, justificadamente, os Ministros Celso de Mello e
Joaquim Barbosa.
Brasília, 13 de novembro de 2012.
Ministra CÁRMEN LÚCIA - Relatora
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3139396.
Supremo Tribunal Federal
DJe 04/12/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 9
Relatório
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 713.259 MINAS
GERAIS
RELATORA
: MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S)
:BANCO SANTANDER (BRASIL) S/A
ADV.(A/S)
:OSMAR MENDES PAIXÂO CÔRTES E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:SIMÉRIO MINERVINO DE ANDRADE CASTRO
ADV.(A/S)
:THIAGO MONTEIRO DE QUEIROZ E OUTRO(A/S)
R E L A T Ó R I O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora):
1. Em 15 de outubro de 2012, neguei seguimento ao agravo nos autos
do recurso extraordinário interposto por Banco Santander (Brasil) S/A
contra julgado da 8ª Turma Recursal dos Juizados Especiais de Belo
Horizonte, a qual decidira que o “dano moral decorre do fato, por si só, da
indevida inclusão do nome em órgão restritivo de crédito”.
A decisão agravada teve a seguinte fundamentação:
“6. Razão jurídica não assiste ao Agravante.
7. O Agravante limitou-se a afirmar que:
(…).
O art. 543-A, § 1º, do Código de Processo Civil dispõe que, para
efeito da repercussão geral, será considerada a existência, ou não, de
questões relevantes do ponto de vista econômico, político, social ou
jurídico, que ultrapassem os interesses subjetivos da causa.
Não basta, portanto, afirmar que o tema tem repercussão geral,
sendo ônus exclusivo da parte demonstrar, com argumentos
substanciais, haver na espécie relevância econômica, política, social ou
jurídica.
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 713.259 MINAS
GERAIS
RELATORA
: MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S)
:BANCO SANTANDER (BRASIL) S/A
ADV.(A/S)
:OSMAR MENDES PAIXÂO CÔRTES E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:SIMÉRIO MINERVINO DE ANDRADE CASTRO
ADV.(A/S)
:THIAGO MONTEIRO DE QUEIROZ E OUTRO(A/S)
R E L A T Ó R I O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora):
1. Em 15 de outubro de 2012, neguei seguimento ao agravo nos autos
do recurso extraordinário interposto por Banco Santander (Brasil) S/A
contra julgado da 8ª Turma Recursal dos Juizados Especiais de Belo
Horizonte, a qual decidira que o “dano moral decorre do fato, por si só, da
indevida inclusão do nome em órgão restritivo de crédito”.
A decisão agravada teve a seguinte fundamentação:
“6. Razão jurídica não assiste ao Agravante.
7. O Agravante limitou-se a afirmar que:
(…).
O art. 543-A, § 1º, do Código de Processo Civil dispõe que, para
efeito da repercussão geral, será considerada a existência, ou não, de
questões relevantes do ponto de vista econômico, político, social ou
jurídico, que ultrapassem os interesses subjetivos da causa.
Não basta, portanto, afirmar que o tema tem repercussão geral,
sendo ônus exclusivo da parte demonstrar, com argumentos
substanciais, haver na espécie relevância econômica, política, social ou
jurídica.
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 9
Relatório
ARE 713.259 AGR / MG
A insuficiência de argumentação expressa, formal e
objetivamente articulada pelo Agravante para demonstrar, nas razões
do recurso extraordinário, a existência de repercussão geral da matéria
constitucionalmente arguida inviabiliza o exame do recurso.
Assim, embora tenha mencionado a existência, na espécie
vertente, de repercussão geral, o Agravante não desenvolveu
argumentos suficientes para cumprir o objetivo da exigência
constitucional. Nesse sentido:
(...) (AI 703.803-AgR, de minha relatoria, Primeira
Turma, DJe 20.2.2009).
8. Ademais, concluir de forma diversa do que decidido pelas
instâncias originárias demandaria o reexame do conjunto fático-
probatório constante dos autos, procedimento incabível de ser adotado
validamente em recurso extraordinário, nos termos do que dispõe a
Súmula n. 279 deste Supremo Tribunal. Nesse sentido:
(...) (ARE 684.192-AgR, de minha relatoria, Primeira
Turma, DJe 18.9.2012).
Nada há, pois, a prover quanto às alegações do Agravante.
9. Pelo exposto, nego seguimento ao agravo (art. 544, § 4º, inc.
I, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do
Supremo Tribunal Federal)”.
2. Publicada essa decisão no DJe de 23.10.2012, interpõe Banco
Santander (Brasil) S/A, em 29.10.2012, tempestivamente, agravo
regimental.
3. Alega o Agravante que “a discussão submetida à apreciação do C.
Supremo Tribunal Federal pelo presente recurso extraordinário é de extrema
relevância por tratar de questão de alta repercussão econômica e jurídica”.
Afirma que “o Recurso não pretende reexaminar qualquer das provas dos
2
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
ARE 713.259 AGR / MG
A insuficiência de argumentação expressa, formal e
objetivamente articulada pelo Agravante para demonstrar, nas razões
do recurso extraordinário, a existência de repercussão geral da matéria
constitucionalmente arguida inviabiliza o exame do recurso.
Assim, embora tenha mencionado a existência, na espécie
vertente, de repercussão geral, o Agravante não desenvolveu
argumentos suficientes para cumprir o objetivo da exigência
constitucional. Nesse sentido:
(...) (AI 703.803-AgR, de minha relatoria, Primeira
Turma, DJe 20.2.2009).
8. Ademais, concluir de forma diversa do que decidido pelas
instâncias originárias demandaria o reexame do conjunto fático-
probatório constante dos autos, procedimento incabível de ser adotado
validamente em recurso extraordinário, nos termos do que dispõe a
Súmula n. 279 deste Supremo Tribunal. Nesse sentido:
(...) (ARE 684.192-AgR, de minha relatoria, Primeira
Turma, DJe 18.9.2012).
Nada há, pois, a prover quanto às alegações do Agravante.
9. Pelo exposto, nego seguimento ao agravo (art. 544, § 4º, inc.
I, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do
Supremo Tribunal Federal)”.
2. Publicada essa decisão no DJe de 23.10.2012, interpõe Banco
Santander (Brasil) S/A, em 29.10.2012, tempestivamente, agravo
regimental.
3. Alega o Agravante que “a discussão submetida à apreciação do C.
Supremo Tribunal Federal pelo presente recurso extraordinário é de extrema
relevância por tratar de questão de alta repercussão econômica e jurídica”.
Afirma que “o Recurso não pretende reexaminar qualquer das provas dos
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 9
Relatório
ARE 713.259 AGR / MG
autos, e trata apenas da interpretação que foi dada pelo acórdão recorrido para
fatos que estão delimitados nos próprios acórdãos, que criam uma moldura fática
para o caso, que delimita a discussão puramente jurídica que se pretende fazer”.
Requer a reconsideração da decisão agravada ou o provimento do
presente recurso.
É o relatório.
3
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
ARE 713.259 AGR / MG
autos, e trata apenas da interpretação que foi dada pelo acórdão recorrido para
fatos que estão delimitados nos próprios acórdãos, que criam uma moldura fática
para o caso, que delimita a discussão puramente jurídica que se pretende fazer”.
Requer a reconsideração da decisão agravada ou o provimento do
presente recurso.
É o relatório.
3
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 9
Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 713.259 MINAS
GERAIS
VO T O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA – (Relatora):
1. Razão jurídica não assiste ao Agravante.
2. Como assentado na decisão agravada, o Agravante foi intimado
do acórdão recorrido quando já exigível a demonstração formal da
existência de repercussão geral da questão constitucional suscitada no
recurso extraordinário, nos termos do que decidido pelo Plenário do
Supremo Tribunal Federal no Agravo de Instrumento n. 664.567-QO,
Relator o Ministro Sepúlveda Pertence.
Todavia, nas razões do recurso extraordinário, o Agravante limitou-
se a alegar que:
“no presente caso, resta claro os reflexos sociais e jurídicos caso
haja manutenção da decisão proferida no acórdão emanado pela Turma
Recursal da Comarca de Belo Horizonte/MG, pois manteve o
entendimento de que a indenização é devida.
Na remota hipótese de ser mantida tal decisão, nítido que o
recorrente ficará lesado em seu direito.
Portanto, patente a repercussão geral da questão que é o cerne
deste recurso”.
3. O § 1º do art. 543-A do Código de Processo Civil dispõe que, ”para
efeito da repercussão geral, será considerada a existência, ou não, de questões
relevantes do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico, que
ultrapassem os interesses subjetivos da causa”. Não basta, portanto, dizer que
o tema tem repercussão geral, sendo ônus exclusivo do recorrente
demonstrar, com argumentos substanciais, que há no caso relevância
econômica, política, social ou jurídica.
Supremo Tribunal Federal
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documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3139398.
Supremo Tribunal Federal
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 713.259 MINAS
GERAIS
VO T O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA – (Relatora):
1. Razão jurídica não assiste ao Agravante.
2. Como assentado na decisão agravada, o Agravante foi intimado
do acórdão recorrido quando já exigível a demonstração formal da
existência de repercussão geral da questão constitucional suscitada no
recurso extraordinário, nos termos do que decidido pelo Plenário do
Supremo Tribunal Federal no Agravo de Instrumento n. 664.567-QO,
Relator o Ministro Sepúlveda Pertence.
Todavia, nas razões do recurso extraordinário, o Agravante limitou-
se a alegar que:
“no presente caso, resta claro os reflexos sociais e jurídicos caso
haja manutenção da decisão proferida no acórdão emanado pela Turma
Recursal da Comarca de Belo Horizonte/MG, pois manteve o
entendimento de que a indenização é devida.
Na remota hipótese de ser mantida tal decisão, nítido que o
recorrente ficará lesado em seu direito.
Portanto, patente a repercussão geral da questão que é o cerne
deste recurso”.
3. O § 1º do art. 543-A do Código de Processo Civil dispõe que, ”para
efeito da repercussão geral, será considerada a existência, ou não, de questões
relevantes do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico, que
ultrapassem os interesses subjetivos da causa”. Não basta, portanto, dizer que
o tema tem repercussão geral, sendo ônus exclusivo do recorrente
demonstrar, com argumentos substanciais, que há no caso relevância
econômica, política, social ou jurídica.
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3139398.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 9
Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
ARE 713.259 AGR / MG
A insuficiência de argumentação expressa, formal e objetivamente
articulada pelo Agravante para demonstrar, nas razões do recurso
extraordinário, a existência de repercussão geral da matéria
constitucionalmente arguida inviabiliza o exame do recurso. Nesse
sentido:
“AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL PENAL. 1.
INSUFICIÊNCIA DA PRELIMINAR DE REPERCUSSÃO
GERAL. INVIABILIDADE DA ANÁLISE DO RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. (...) AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL
SE NEGA PROVIMENTO” (ARE 648.967-AgR, de minha
relatoria, Primeira Turma, DJe 12.9.2011).
“AGRAVO
REGIMENTAL.
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. DEFICIÊNCIA NA FUNDAMENTAÇÃO
RELATIVA À PRELIMINAR DE EXISTÊNCIA DE
REPERCUSSÃO GERAL DA MATÉRIA CONSTITUCIONAL
INVOCADA NO RECURSO. INTIMAÇÃO DO ACÓRDÃO
RECORRIDO POSTERIOR A 03.05.2007. (...). De acordo com a
orientação firmada neste Tribunal, é insuficiente a simples alegação de
que a matéria em debate no recurso extraordinário tem repercussão
geral. Cabe à parte recorrente demonstrar de forma expressa e clara as
circunstâncias que poderiam configurar a relevância – do ponto de
vista econômico, político, social ou jurídico – das questões
constitucionais invocadas no recurso extraordinário. (...) Agravo
regimental a que se nega provimento” (ARE 660.749-AgR, Rel. Min.
Joaquim Barbosa, Segunda Turma, DJe 24.2.2012).
4. O Juízo de origem confirmou a sentença proferida nos seguintes
termos:
“Na relação de consumo, três são os requisitos necessários para
a caracterização da responsabilidade patrimonial por dano moral: 1-
conduta comissiva ou omissiva; 2- resultado danoso; 3- nexo de
2
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ARE 713.259 AGR / MG
A insuficiência de argumentação expressa, formal e objetivamente
articulada pelo Agravante para demonstrar, nas razões do recurso
extraordinário, a existência de repercussão geral da matéria
constitucionalmente arguida inviabiliza o exame do recurso. Nesse
sentido:
“AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL PENAL. 1.
INSUFICIÊNCIA DA PRELIMINAR DE REPERCUSSÃO
GERAL. INVIABILIDADE DA ANÁLISE DO RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. (...) AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL
SE NEGA PROVIMENTO” (ARE 648.967-AgR, de minha
relatoria, Primeira Turma, DJe 12.9.2011).
“AGRAVO
REGIMENTAL.
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. DEFICIÊNCIA NA FUNDAMENTAÇÃO
RELATIVA À PRELIMINAR DE EXISTÊNCIA DE
REPERCUSSÃO GERAL DA MATÉRIA CONSTITUCIONAL
INVOCADA NO RECURSO. INTIMAÇÃO DO ACÓRDÃO
RECORRIDO POSTERIOR A 03.05.2007. (...). De acordo com a
orientação firmada neste Tribunal, é insuficiente a simples alegação de
que a matéria em debate no recurso extraordinário tem repercussão
geral. Cabe à parte recorrente demonstrar de forma expressa e clara as
circunstâncias que poderiam configurar a relevância – do ponto de
vista econômico, político, social ou jurídico – das questões
constitucionais invocadas no recurso extraordinário. (...) Agravo
regimental a que se nega provimento” (ARE 660.749-AgR, Rel. Min.
Joaquim Barbosa, Segunda Turma, DJe 24.2.2012).
4. O Juízo de origem confirmou a sentença proferida nos seguintes
termos:
“Na relação de consumo, três são os requisitos necessários para
a caracterização da responsabilidade patrimonial por dano moral: 1-
conduta comissiva ou omissiva; 2- resultado danoso; 3- nexo de
2
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Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
ARE 713.259 AGR / MG
causalidade entre a ação e o resultado. Os fornecedores de serviços
bancários têm o dever de prestar um serviço seguro e confiável aos
clientes. É preciso assinalar que a conduta do demandado Banco
demonstrou uma prestação de serviço viciada e falha quanto ao modo
do fornecimento e quanto aos resultados esperados, eis que não
reconheceu o pagamento das faturas realizadas em 11/02/2010 e
05/03/2010, embora integralmente pagas, o que se subsume ao
denominado fato do serviço, previsto no art. 14, § 1º, I e II, da Lei
8.078/90. (...) Considerando a natureza, extensão e nível de gravidade
do dano, o bem jurídico lesado, a condição econômica do ofensor e da
parte ofendida, além do caráter pedagógico que se busca obter com a
condenação, entendo que a indenização deve ficar limitada a
R$5.000,00 quantia essa, a meu ver, razoável, já que não torna a parte
autora mais rica pelo seu recebimento mas por outro lado, atinge os
cofres da empresa ré, repercutindo na sua contabilidade”.
Como também posto na decisão agravada, além de não ter sido
cumprido o requisito de admissibilidade do recurso extraordinário,
concluir de forma diversa do que decidido pelas instâncias originárias
demandaria o reexame das provas dos autos, inviável em recurso
extraordinário. Incide na espécie a Súmula n. 279 deste Supremo
Tribunal.
Nesse sentido:
“Agravo regimental em recurso extraordinário com agravo. 2.
Consumidor. Falha na prestação do serviço. Indenização por danos
morais. Incidência do Enunciado 279 da Súmula do STF. 3. Agravo
regimental a que se nega provimento” (ARE 685.480-AgR, Rel. Min.
Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJe 1º.8.2012).
5. Os argumentos do Agravante, insuficientes para modificar a
decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em
pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente
prestação jurisdicional.
3
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ARE 713.259 AGR / MG
causalidade entre a ação e o resultado. Os fornecedores de serviços
bancários têm o dever de prestar um serviço seguro e confiável aos
clientes. É preciso assinalar que a conduta do demandado Banco
demonstrou uma prestação de serviço viciada e falha quanto ao modo
do fornecimento e quanto aos resultados esperados, eis que não
reconheceu o pagamento das faturas realizadas em 11/02/2010 e
05/03/2010, embora integralmente pagas, o que se subsume ao
denominado fato do serviço, previsto no art. 14, § 1º, I e II, da Lei
8.078/90. (...) Considerando a natureza, extensão e nível de gravidade
do dano, o bem jurídico lesado, a condição econômica do ofensor e da
parte ofendida, além do caráter pedagógico que se busca obter com a
condenação, entendo que a indenização deve ficar limitada a
R$5.000,00 quantia essa, a meu ver, razoável, já que não torna a parte
autora mais rica pelo seu recebimento mas por outro lado, atinge os
cofres da empresa ré, repercutindo na sua contabilidade”.
Como também posto na decisão agravada, além de não ter sido
cumprido o requisito de admissibilidade do recurso extraordinário,
concluir de forma diversa do que decidido pelas instâncias originárias
demandaria o reexame das provas dos autos, inviável em recurso
extraordinário. Incide na espécie a Súmula n. 279 deste Supremo
Tribunal.
Nesse sentido:
“Agravo regimental em recurso extraordinário com agravo. 2.
Consumidor. Falha na prestação do serviço. Indenização por danos
morais. Incidência do Enunciado 279 da Súmula do STF. 3. Agravo
regimental a que se nega provimento” (ARE 685.480-AgR, Rel. Min.
Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJe 1º.8.2012).
5. Os argumentos do Agravante, insuficientes para modificar a
decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em
pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente
prestação jurisdicional.
3
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Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
ARE 713.259 AGR / MG
6. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental.
4
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ARE 713.259 AGR / MG
6. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental.
4
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Decisão de Julgamento
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 713.259
PROCED. : MINAS GERAIS
RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S) : BANCO SANTANDER (BRASIL) S/A
ADV.(A/S) : OSMAR MENDES PAIXÂO CÔRTES E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : SIMÉRIO MINERVINO DE ANDRADE CASTRO
ADV.(A/S) : THIAGO MONTEIRO DE QUEIROZ E OUTRO(A/S)
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausentes,
justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim
Barbosa. 2ª Turma, 13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra
Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros
Celso de Mello e Joaquim Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
P/ Fabiane Duarte
Secretária
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SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 713.259
PROCED. : MINAS GERAIS
RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S) : BANCO SANTANDER (BRASIL) S/A
ADV.(A/S) : OSMAR MENDES PAIXÂO CÔRTES E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : SIMÉRIO MINERVINO DE ANDRADE CASTRO
ADV.(A/S) : THIAGO MONTEIRO DE QUEIROZ E OUTRO(A/S)
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausentes,
justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim
Barbosa. 2ª Turma, 13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra
Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros
Celso de Mello e Joaquim Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
P/ Fabiane Duarte
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 9
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3157554 | 2012-11-13T00:00:00 | 2012-12-04T00:00:00 | A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 13.11.2012. | AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO | EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. CONSUMIDOR. 1. INSUFICIÊNCIA DA PRELIMINAR FORMAL DE REPERCUSSÃO GERAL: INVIABILIDADE DA ANÁLISE DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. 2. RESPONSABILIDADE CIVIL. FALHA NA PRESTAÇÃO DE SERVIÇO. REEXAME DE FATOS E PROVAS. SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. 3. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. | sjur220567 | - Acórdãos citados:
(DEFICIÊNCIA, FUNDAMENTAÇÃO, REPERCUSSÃO GERAL)
STF: ARE 648967 AgR (1ªT), ARE 660749 AgR (2ªT);
(SÚMULA 279)
STF: ARE 685480 AgR (2ªT).
Número de páginas: 9.
Análise: 18/12/2012, MAC. | CÁRMEN LÚCIA | Segunda Turma | 713259 | [
"LEG-FED LEI-005869 ANO-1973\r\n ART-0543A PAR-00001 \r\n CPC-1973 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL\r\n\r\n",
"LEG-FED SUMSTF-000279 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF"
] | ARE-AgR | acordaos | ARE 713259 AgR | [
""
] | ADV.(A/S) : OSMAR MENDES PAIXÂO CÔRTES E OUTRO(A/S)
AGTE.(S) : BANCO SANTANDER (BRASIL) S/A
AGDO.(A/S) : SIMÉRIO MINERVINO DE ANDRADE CASTRO
ADV.(A/S) : THIAGO MONTEIRO DE QUEIROZ E OUTRO(A/S) | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO",
"SÚMULA N . 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL",
"ARE 713 . 259 AGR / MG",
"AI 703 . 803 - AgR",
"Súmula n . 279 deste Supremo Tribunal",
"ARE 684 . 192 - AgR",
"ARE 713 . 259 AGR / MG",
"AI 703 . 803 - AgR",
"Súmula n . 279 deste Supremo Tribunal",
"ARE 684 . 192 - AgR",
"ARE 713 . 259 AGR / MG",
"ARE 713 . 259 AGR / MG",
"Agravo de Instrumento n . 664 . 567 - QO",
"Agravo de Instrumento n . 664 . 567 - QO",
"ARE 713 . 259",
"ARE 648 . 967 - AgR",
"ARE 660 . 749 - AgR",
"ARE 713 . 259 AGR / MG",
"ARE 648 . 967 - AgR",
"ARE 660 . 749 - AgR",
"ARE 713 . 259 AGR",
"Súmula n . 279 deste Supremo Tribunal",
"Enunciado 279 da Súmula do STF",
"ARE 685 . 480 - AgR",
"ARE 713 . 259",
"Súmula n . 279 deste Supremo Tribunal",
"Enunciado 279 da Súmula do STF",
"ARE 685 . 480 - AgR",
"ARE 713 . 259 AGR / MG",
"ARE 713 . 259 AGR / MG"
],
"LEGISLACAO": [
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 543 - A , § [UNK] , do Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"[UNK] , do Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 544 , § [UNK] , inc . I , do Código de Processo Civil",
"art . 21 , § [UNK] , do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 544 , § [UNK] , inc . I , do Código de Processo Civil",
"art . 21 , § [UNK] , do",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"§ [UNK] do art . 543 - A do Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"§ [UNK] do art . 543 - A do Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 14 , § [UNK] , I e II , da Lei 8 . 078 / 90",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 14 , § [UNK] , I e II , da Lei 8 . 078 / 90",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"MINAS GERAIS",
"Brasília",
"MINAS GERAIS",
"MINAS GERAIS",
"MINAS GERAIS",
"MINAS GERAIS",
"MINAS GERAIS"
],
"ORGANIZACAO": [
"SEGUNDA TURMA",
"BANCO SANTANDER ( BRASIL ) S / A",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"BANCO SANTANDER ( BRASIL ) S / A",
"Banco Santander ( Brasil ) S / A",
"[UNK] Turma Recursal dos Juizados Especiais de Belo Horizonte",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"BANCO SANTANDER ( BRASIL )",
"SIMÉRIO MINERVINO DE ANDRADE CASTRO",
"Banco Santander ( Brasil ) S / A",
"[UNK] Turma Recursal dos Juizados Especiais de Belo Horizonte",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"Primeira Turma",
"Primeira Turma",
"Banco Santander ( Brasil ) S / A",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"Primeira Turma",
"Banco Santander ( Brasil ) S / A",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
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"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"Plenário do Supremo Tribunal Federal",
"Turma Recursal da Comarca de Belo Horizonte / MG",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA",
"TURMA",
"Plenário do Supremo Tribunal Federal",
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"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"/",
"MG",
"Primeira Turma",
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"Supremo Tribunal Federal",
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"/",
"MG",
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"AGR",
"/",
"MG",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
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"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"BANCO SANTANDER ( BRASIL ) S / A",
"SIMÉRIO",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA",
"BANCO SANTANDER ( BRASIL ) S / A",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"CÁRMEN LÚCIA",
"OSMAR MENDES PAIXÂO CÔRTES",
"SIMÉRIO MINERVINO DE ANDRADE CASTRO",
"THIAGO MONTEIRO DE QUEIROZ",
"Ricardo Lewandowski",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"OSMAR MENDES PAIXÂO CÔRTES",
"SIMÉRIO MINERVINO DE ANDRADE CASTRO",
"THIAGO MONTEIRO DE QUEIROZ",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"OSMAR MENDES PAIXÂO CÔRTES",
"THIAGO MONTEIRO DE QUEIROZ",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"Sepúlveda Pertence",
"CÁRMEN LÚCIA",
"Sepúlveda Pertence",
"CÁRMEN LÚCIA",
"Joaquim Barbosa",
"Joaquim Barbosa",
"CÁRMEN LÚCIA",
"Gilmar Mendes",
"Gilmar Mendes",
"CÁRMEN",
"LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"OSMAR MENDES PAIXÂO CÔRTES",
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"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos",
"CÁRMEN LÚCIA",
"OSMAR MENDES PAIXÂO CÔRTES",
"SIMÉRIO MINERVINO DE ANDRADE CASTRO",
"THIAGO MONTEIRO DE QUEIROZ",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos",
"Fabiane Duarte"
],
"TEMPO": [
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"13 de novembro",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"04",
"/",
"12",
"/",
"2012",
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"/",
"11",
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"2012",
"15 de outubro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
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"11",
"/",
"2012",
"15 de outubro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"20",
".",
"2",
".",
"2009",
"18",
".",
"9",
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"2012",
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".",
"2012",
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"08",
"/",
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".",
"9",
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"2012",
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".",
"2012",
"29",
".",
"10",
".",
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"/",
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"08",
"/",
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"24",
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"08",
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"13",
"/",
"11",
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"2012",
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"9",
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"08",
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"2001",
"12",
".",
"9",
".",
"2011",
"03",
".",
"05",
".",
"2007",
"24",
".",
"2",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"02",
"/",
"2010",
"05",
"/",
"03",
"/",
"2010",
"[UNK]",
".",
"8",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"02",
"/",
"2010",
"05",
"/",
"03",
"/",
"2010",
"[UNK]",
".",
"8",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 111.049 RIO DE JANEIRO
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
PACTE.(S)
:FREDERICO PESSOA GOMES
IMPTE.(S)
:TICIANO FIGUEIREDO DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S)
COATOR(A/S)(ES)
:RELATORA
DO
HC
221120
DO
SUPERIOR
TRIBUNAL DE JUSTIÇA
PRISÃO PREVENTIVA – GRAVIDADE DA IMPUTAÇÃO. A
gravidade da imputação, presente o princípio da não culpabilidade, não é
capaz, por si só, de levar à prisão provisória.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal em conceder a ordem de
habeas corpus, nos termos do voto do relator e por maioria, em sessão
presidida pelo Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata do
julgamento e das respectivas notas taquigráficas.
Brasília, 13 de novembro de 2012.
MINISTRO MARCO AURÉLIO – RELATOR
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3158631.
Supremo Tribunal Federal
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 16
Relatório
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 111.049 RIO DE JANEIRO
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
PACTE.(S)
:FREDERICO PESSOA GOMES
IMPTE.(S)
:TICIANO FIGUEIREDO DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S)
COATOR(A/S)(ES)
:RELATORA
DO
HC
221120
DO
SUPERIOR
TRIBUNAL DE JUSTIÇA
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Adoto, a título de
relatório, as informações prestadas pelo Gabinete:
Na decisão que implicou o indeferimento da liminar, a
espécie ficou assim resumida:
FLAGRANTE – TRÁFICO DE DROGAS –
CRITÉRIO DA ESPECIALIDADE –
AFASTAMENTO DO DISPOSTO NO
ARTIGO 310 DO CÓDIGO DE
PROCESSO PENAL NA REDAÇÃO DA
LEI Nº 12.403/2011 – LIMINAR
INDEFERIDA.
1. A Assessoria prestou as seguintes informações:
O paciente foi preso, em flagrante delito, em 8
de julho de 2011, por suposta infração do disposto no
artigo 33 da Lei nº 11.343/2006. Com ele foram
encontrados 3,8kg da substância denominada
“cannabis sativa L.”
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3098728.
Supremo Tribunal Federal
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 111.049 RIO DE JANEIRO
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
PACTE.(S)
:FREDERICO PESSOA GOMES
IMPTE.(S)
:TICIANO FIGUEIREDO DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S)
COATOR(A/S)(ES)
:RELATORA
DO
HC
221120
DO
SUPERIOR
TRIBUNAL DE JUSTIÇA
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Adoto, a título de
relatório, as informações prestadas pelo Gabinete:
Na decisão que implicou o indeferimento da liminar, a
espécie ficou assim resumida:
FLAGRANTE – TRÁFICO DE DROGAS –
CRITÉRIO DA ESPECIALIDADE –
AFASTAMENTO DO DISPOSTO NO
ARTIGO 310 DO CÓDIGO DE
PROCESSO PENAL NA REDAÇÃO DA
LEI Nº 12.403/2011 – LIMINAR
INDEFERIDA.
1. A Assessoria prestou as seguintes informações:
O paciente foi preso, em flagrante delito, em 8
de julho de 2011, por suposta infração do disposto no
artigo 33 da Lei nº 11.343/2006. Com ele foram
encontrados 3,8kg da substância denominada
“cannabis sativa L.”
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 16
Relatório
HC 111.049 / RJ
O Juízo da 19ª Vara Criminal da Comarca da
Capital/RJ indeferiu o pedido de liberdade
provisória, tendo em conta o previsto no artigo 44 da
Lei nº 11.343/2006, que expressamente veda a
concessão do benefício, e por estarem presentes os
requisitos do artigo 312 do Código de Processo
Penal. Em seguida, nos termos do artigo 310, inciso
II, do mesmo Código, converteu a prisão em
flagrante em preventiva, para garantir a ordem
pública, por tratar-se de tráfico de drogas, e, ainda,
assegurar a instrução criminal, pois as testemunhas
ainda seriam ouvidas, devendo-se fazê-lo sem
constrangimento.
Contra essa decisão impetrou-se habeas corpus.
A Quarta Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do
Estado do Rio de Janeiro indeferiu a ordem, por ser
vedada a concessão de liberdade provisória àqueles
aos quais é imputada a prática do crime de tráfico de
drogas (Lei nº 11.343/2006, artigo 44).
Idêntica medida foi formalizada no Superior
Tribunal de Justiça, alegando-se nulidade do
flagrante, porque a suposta situação fática não se
enquadraria no disposto no artigo 302 do Código de
Processo Penal, e também ausência de
fundamentação do ato mediante o qual foi
determinada a preventiva, visto não estarem
presentes os requisitos do artigo 312 do referido
Código. Por fim, apontou-se a inconstitucionalidade
do artigo 44 da Lei nº 11.343/2006 e a aplicabilidade,
na espécie, de medida cautelar diversa da prisão, nos
termos da Lei nº 12.403/2011. A Ministra Laurita Vaz,
relatora do Habeas Corpus nº 221.120/RJ, indeferiu a
liminar.
2
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documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3098728.
Supremo Tribunal Federal
HC 111.049 / RJ
O Juízo da 19ª Vara Criminal da Comarca da
Capital/RJ indeferiu o pedido de liberdade
provisória, tendo em conta o previsto no artigo 44 da
Lei nº 11.343/2006, que expressamente veda a
concessão do benefício, e por estarem presentes os
requisitos do artigo 312 do Código de Processo
Penal. Em seguida, nos termos do artigo 310, inciso
II, do mesmo Código, converteu a prisão em
flagrante em preventiva, para garantir a ordem
pública, por tratar-se de tráfico de drogas, e, ainda,
assegurar a instrução criminal, pois as testemunhas
ainda seriam ouvidas, devendo-se fazê-lo sem
constrangimento.
Contra essa decisão impetrou-se habeas corpus.
A Quarta Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do
Estado do Rio de Janeiro indeferiu a ordem, por ser
vedada a concessão de liberdade provisória àqueles
aos quais é imputada a prática do crime de tráfico de
drogas (Lei nº 11.343/2006, artigo 44).
Idêntica medida foi formalizada no Superior
Tribunal de Justiça, alegando-se nulidade do
flagrante, porque a suposta situação fática não se
enquadraria no disposto no artigo 302 do Código de
Processo Penal, e também ausência de
fundamentação do ato mediante o qual foi
determinada a preventiva, visto não estarem
presentes os requisitos do artigo 312 do referido
Código. Por fim, apontou-se a inconstitucionalidade
do artigo 44 da Lei nº 11.343/2006 e a aplicabilidade,
na espécie, de medida cautelar diversa da prisão, nos
termos da Lei nº 12.403/2011. A Ministra Laurita Vaz,
relatora do Habeas Corpus nº 221.120/RJ, indeferiu a
liminar.
2
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 16
Relatório
HC 111.049 / RJ
A inicial desta impetração volta-se contra esse
ato. Os impetrantes observam que a autoridade
apontada como coatora, ao deixar de implementar a
liminar, ter-se-ia equivocado ao referir-se à existência
de sentença condenatória na qual estaria expressa a
vedação ao direito de apelar em liberdade.
Sustentam ser evidente a ilegalidade da custódia
processual
imposta
ao
paciente
e
a
inconstitucionalidade da vedação à concessão de
liberdade provisória prevista no artigo 44 da Lei nº
11.343/2006, motivo pelo qual afirmam cuidar-se de
hipótese em que se admite a relativização do óbice
previsto no Verbete nº 691 da Súmula do Supremo.
Aduzem não estar fundamentada a decisão
mediante a qual a prisão em flagrante foi convertida
em preventiva, não se verificando no processo a
presença de indícios suficientes de que o paciente
realizasse o comércio ilícito de drogas. Também o
argumento de que, solto, causaria dano à ordem
pública e à aplicação da lei penal não estaria
alicerçado em elemento concreto, mas em meras
conjecturas. Assim, a preventiva não poderia
subsistir e constituiria constrangimento ilegal.
Pedem o deferimento de liminar no sentido de
afastar os efeitos da ordem de prisão preventiva,
determinando-se a expedição de alvará de soltura,
assegurando-se ao paciente o direito de aguardar em
liberdade o julgamento desta impetração ou,
sucessivamente, a apreciação do habeas em curso no
Superior Tribunal de Justiça. No mérito, pleiteiam a
confirmação da providência.
Tendo em vista haver o Juízo Criminal
acrescentado à decisão que proferiu os motivos
3
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Supremo Tribunal Federal
HC 111.049 / RJ
A inicial desta impetração volta-se contra esse
ato. Os impetrantes observam que a autoridade
apontada como coatora, ao deixar de implementar a
liminar, ter-se-ia equivocado ao referir-se à existência
de sentença condenatória na qual estaria expressa a
vedação ao direito de apelar em liberdade.
Sustentam ser evidente a ilegalidade da custódia
processual
imposta
ao
paciente
e
a
inconstitucionalidade da vedação à concessão de
liberdade provisória prevista no artigo 44 da Lei nº
11.343/2006, motivo pelo qual afirmam cuidar-se de
hipótese em que se admite a relativização do óbice
previsto no Verbete nº 691 da Súmula do Supremo.
Aduzem não estar fundamentada a decisão
mediante a qual a prisão em flagrante foi convertida
em preventiva, não se verificando no processo a
presença de indícios suficientes de que o paciente
realizasse o comércio ilícito de drogas. Também o
argumento de que, solto, causaria dano à ordem
pública e à aplicação da lei penal não estaria
alicerçado em elemento concreto, mas em meras
conjecturas. Assim, a preventiva não poderia
subsistir e constituiria constrangimento ilegal.
Pedem o deferimento de liminar no sentido de
afastar os efeitos da ordem de prisão preventiva,
determinando-se a expedição de alvará de soltura,
assegurando-se ao paciente o direito de aguardar em
liberdade o julgamento desta impetração ou,
sucessivamente, a apreciação do habeas em curso no
Superior Tribunal de Justiça. No mérito, pleiteiam a
confirmação da providência.
Tendo em vista haver o Juízo Criminal
acrescentado à decisão que proferiu os motivos
3
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 16
Relatório
HC 111.049 / RJ
declinados pelo Ministério Público estadual, Vossa
Excelência determinou a realização de diligência no
sentido de vir ao processo a referida peça.
Antecipando-se, o impetrante Ticiano
Figueiredo juntou cópia do documento, em que se lê:
a) a ilegalidade da prisão não se discute, pois as
circunstâncias autorizam a ilação de que os quase 4
kg de maconha apreendidos pertenciam ao
denunciado, sendo o crime permanente na
modalidade cometida – ter em depósito e guardar; b)
na denúncia anônima, mencionou-se o andar onde
ocorria o tráfico, o qual coincidiu com o endereço do
denunciado; c) as alegações de que não praticara o
ilícito (tráfico) se referem ao mérito, não podendo ser
analisadas naquele estágio processual, havendo
vários elementos colhidos na fase inquisitorial que
desautorizam a assertiva; d) sobre o denunciado
recai imputação grave, insusceptível da concessão do
benefício da liberdade provisória, nos termos do
artigo 44 da Lei nº 11.343/2006, cuja
constitucionalidade se presume; e) a conduta do
denunciado não autorizaria o deferimento do pedido
de liberdade, pois há informação de que praticava,
na residência, o tráfico ilícito de drogas, com grande
circulação de usuários, e também registro de
ocorrência para apuração da venda de anabolizantes;
f) o relatório da vida pregressa do denunciado
aponta diversos antecedentes criminais; g) existem
indícios de autoria e prova da materialidade do
delito; o crime é grave, assemelhado ao hediondo e,
se posto o paciente em liberdade, estar-se-ia
contribuindo para denegrir a imagem da Justiça; h)
ante a sistemática trazida pela Lei nº 12.403/2011, não
se percebe, no caso, o cabimento de outra medida
cautelar que possa substituir a custódia do acusado;
4
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Supremo Tribunal Federal
HC 111.049 / RJ
declinados pelo Ministério Público estadual, Vossa
Excelência determinou a realização de diligência no
sentido de vir ao processo a referida peça.
Antecipando-se, o impetrante Ticiano
Figueiredo juntou cópia do documento, em que se lê:
a) a ilegalidade da prisão não se discute, pois as
circunstâncias autorizam a ilação de que os quase 4
kg de maconha apreendidos pertenciam ao
denunciado, sendo o crime permanente na
modalidade cometida – ter em depósito e guardar; b)
na denúncia anônima, mencionou-se o andar onde
ocorria o tráfico, o qual coincidiu com o endereço do
denunciado; c) as alegações de que não praticara o
ilícito (tráfico) se referem ao mérito, não podendo ser
analisadas naquele estágio processual, havendo
vários elementos colhidos na fase inquisitorial que
desautorizam a assertiva; d) sobre o denunciado
recai imputação grave, insusceptível da concessão do
benefício da liberdade provisória, nos termos do
artigo 44 da Lei nº 11.343/2006, cuja
constitucionalidade se presume; e) a conduta do
denunciado não autorizaria o deferimento do pedido
de liberdade, pois há informação de que praticava,
na residência, o tráfico ilícito de drogas, com grande
circulação de usuários, e também registro de
ocorrência para apuração da venda de anabolizantes;
f) o relatório da vida pregressa do denunciado
aponta diversos antecedentes criminais; g) existem
indícios de autoria e prova da materialidade do
delito; o crime é grave, assemelhado ao hediondo e,
se posto o paciente em liberdade, estar-se-ia
contribuindo para denegrir a imagem da Justiça; h)
ante a sistemática trazida pela Lei nº 12.403/2011, não
se percebe, no caso, o cabimento de outra medida
cautelar que possa substituir a custódia do acusado;
4
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 16
Relatório
HC 111.049 / RJ
i) estariam presentes os requisitos da prisão
preventiva, que se mostraria adequada à gravidade
do crime cometido.
2. Reafirmo a envergadura maior do habeas corpus. É
cabível contra decisão de primeira instância, de instância
revisional, de instância superior, seja individual, seja de
colegiado. O afastamento dessa visão discrepa da ordem
jurídico-constitucional, devendo o Verbete nº 691 da
Súmula do Supremo ter alcance definido em razão dos
ditames da Carta Federal.
Apesar de o ato formalizado com base no artigo 312
do Código de Processo Penal não subsistir, por fazer-se
lastreado na gravidade da imputação, havendo mera
referência ao fato de testemunhas ainda não terem sido
ouvidas, nada acrescentando a remissão à manifestação do
Ministério Público, tem-se a prevalência da prisão
preventiva. Descabe assentar aplicável à espécie o disposto
no artigo 310 do Código de Processo Penal, na redação
imprimida pela Lei nº 12.403/2011, ou seja, a necessidade
de substituição do flagrante por decisão interlocutória
formalizada à luz do artigo 312 do Código de Processo
Penal. A razão é muito simples: prevalece o critério da
especialidade. Incide a Lei nº 11.343/2006 no que versa a
prisão em flagrante por tráfico de drogas e obstaculiza a
liberdade provisória.
3. Ante o quadro, indefiro a liminar.
4. Oficiem ao Superior Tribunal de Justiça,
encaminhando cópia desta decisão e ressaltando que a
tramitação deste habeas não implica o prejuízo da
impetração que nele está em curso – de nº 221.120.
5. Colham o parecer da Procuradoria Geral da
5
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Supremo Tribunal Federal
HC 111.049 / RJ
i) estariam presentes os requisitos da prisão
preventiva, que se mostraria adequada à gravidade
do crime cometido.
2. Reafirmo a envergadura maior do habeas corpus. É
cabível contra decisão de primeira instância, de instância
revisional, de instância superior, seja individual, seja de
colegiado. O afastamento dessa visão discrepa da ordem
jurídico-constitucional, devendo o Verbete nº 691 da
Súmula do Supremo ter alcance definido em razão dos
ditames da Carta Federal.
Apesar de o ato formalizado com base no artigo 312
do Código de Processo Penal não subsistir, por fazer-se
lastreado na gravidade da imputação, havendo mera
referência ao fato de testemunhas ainda não terem sido
ouvidas, nada acrescentando a remissão à manifestação do
Ministério Público, tem-se a prevalência da prisão
preventiva. Descabe assentar aplicável à espécie o disposto
no artigo 310 do Código de Processo Penal, na redação
imprimida pela Lei nº 12.403/2011, ou seja, a necessidade
de substituição do flagrante por decisão interlocutória
formalizada à luz do artigo 312 do Código de Processo
Penal. A razão é muito simples: prevalece o critério da
especialidade. Incide a Lei nº 11.343/2006 no que versa a
prisão em flagrante por tráfico de drogas e obstaculiza a
liberdade provisória.
3. Ante o quadro, indefiro a liminar.
4. Oficiem ao Superior Tribunal de Justiça,
encaminhando cópia desta decisão e ressaltando que a
tramitação deste habeas não implica o prejuízo da
impetração que nele está em curso – de nº 221.120.
5. Colham o parecer da Procuradoria Geral da
5
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 16
Relatório
HC 111.049 / RJ
República.
6. Publiquem.
Brasília – residência –, 9 de dezembro de 2011, às
10h25.
A Procuradoria Geral da República, no parecer, afirma que
a impetração não comporta conhecimento, ante a incidência do
Verbete nº 691 da Súmula do Supremo. Sustenta, ainda, ser
vedado conceder o benefício de liberdade provisória nos crimes
de tráfico ilícito de entorpecentes, na forma do artigo 44 da Lei
nº 11.343, de 2006. Citando precedente da Primeira Turma,
opina pelo não conhecimento da ordem.
Consulta ao sítio eletrônico do Superior Tribunal de
Justiça, nesta data, revela que o Habeas Corpus nº 221.120/RJ, da
relatoria da ministra Laurita Vaz, encontra-se concluso com
parecer do Ministério Público Federal.
Lancei visto no processo em 3 de novembro de 2012, liberando-o
para ser julgado na Turma a partir de 13 seguinte, isso objetivando a
ciência dos impetrantes.
É o relatório.
6
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Supremo Tribunal Federal
HC 111.049 / RJ
República.
6. Publiquem.
Brasília – residência –, 9 de dezembro de 2011, às
10h25.
A Procuradoria Geral da República, no parecer, afirma que
a impetração não comporta conhecimento, ante a incidência do
Verbete nº 691 da Súmula do Supremo. Sustenta, ainda, ser
vedado conceder o benefício de liberdade provisória nos crimes
de tráfico ilícito de entorpecentes, na forma do artigo 44 da Lei
nº 11.343, de 2006. Citando precedente da Primeira Turma,
opina pelo não conhecimento da ordem.
Consulta ao sítio eletrônico do Superior Tribunal de
Justiça, nesta data, revela que o Habeas Corpus nº 221.120/RJ, da
relatoria da ministra Laurita Vaz, encontra-se concluso com
parecer do Ministério Público Federal.
Lancei visto no processo em 3 de novembro de 2012, liberando-o
para ser julgado na Turma a partir de 13 seguinte, isso objetivando a
ciência dos impetrantes.
É o relatório.
6
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 16
Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 111.049 RIO DE JANEIRO
V O T O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – O
Supremo, ao declarar a inconstitucionalidade do artigo 44 da Lei nº
11.343/2006, que vedava a liberdade provisória, adotou entendimento
oposto ao que consignei quando indeferi a medida acauteladora. Abriu
margem, então, à observância da reforma do Código de Processo Penal,
mediante a Lei nº 12.403/2011, no que veio a excluir o flagrante como
título da preventiva, impondo a análise da espécie pelo Juízo.
No caso, ao indeferir a liberdade provisória, o Juízo apontou a
gravidade do crime a desestabilizar a ordem pública. A prevalecer essa
óptica, sempre haverá a custódia automática em se tratando de
imputação a alcançar o tráfico de entorpecentes. A gravidade do crime
bem como a circunstância de o elemento subjetivo ser o dolo e a pena
mostrar-se superior a quatro anos não respaldam a prisão preventiva.
Em face de tais razões, concedo a ordem para afastar a citada
constrição. Advirtam o paciente da necessidade de permanecer no distrito
da culpa, atendendo aos chamamentos judiciais e adotando a postura que
se aguarda do homem integrado à sociedade.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 111.049 RIO DE JANEIRO
V O T O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – O
Supremo, ao declarar a inconstitucionalidade do artigo 44 da Lei nº
11.343/2006, que vedava a liberdade provisória, adotou entendimento
oposto ao que consignei quando indeferi a medida acauteladora. Abriu
margem, então, à observância da reforma do Código de Processo Penal,
mediante a Lei nº 12.403/2011, no que veio a excluir o flagrante como
título da preventiva, impondo a análise da espécie pelo Juízo.
No caso, ao indeferir a liberdade provisória, o Juízo apontou a
gravidade do crime a desestabilizar a ordem pública. A prevalecer essa
óptica, sempre haverá a custódia automática em se tratando de
imputação a alcançar o tráfico de entorpecentes. A gravidade do crime
bem como a circunstância de o elemento subjetivo ser o dolo e a pena
mostrar-se superior a quatro anos não respaldam a prisão preventiva.
Em face de tais razões, concedo a ordem para afastar a citada
constrição. Advirtam o paciente da necessidade de permanecer no distrito
da culpa, atendendo aos chamamentos judiciais e adotando a postura que
se aguarda do homem integrado à sociedade.
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Notas para o Voto
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 111.049 RIO DE JANEIRO
NOTAS PARA O VOTO
A SENHORA MINISTRA ROSA WEBER - Senhor Presidente, em
princípio, tal como foi proposto o habeas corpus, impetrado o habeas corpus,
encontraria o primeiro óbice da Súmula 691. Porque ele se volta contra
um indeferimento de liminar de Ministro do STJ; é a jurisprudência que
tenho observado. Mas estava disposta, caminhando no sentido da
superação do entendimento sumular, em função da argumentação não
concreta, absolutamente em abstrato, que embasava o decreto
condenatório, mas foi colocado da tribuna que sobreveio a prolação da
sentença condenatória.
Então, em casos como estes - a não ser que cheguemos, aqui na
Turma, a outra orientação -, tenho sempre votado no sentido do prejuízo
do habeas pela alteração do título, entendendo prejudicado, porque agora
já há um outro título embasando a prisão.
O nobre patrono, inclusive da tribuna, noticiou que já houve
impetração de habeas, no Tribunal de Justiça, contemplando essa nova
situação.
A minha inclinação, o meu primeiro momento, era acompanhar o
voto do eminente Ministro Relator, porque, de fato, a argumentação que
amparou a prisão preventiva no caso, do meu ponto de vista, é
absolutamente insuficiente para tanto.
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Vossa
Excelência me permite apenas algumas observações?
A SENHORA MINISTRA ROSA WEBER - Todas, Ministro. Ouço-o
com o maior prazer.
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Está
preso provisoriamente – porque não transitou em julgado a sentença
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 111.049 RIO DE JANEIRO
NOTAS PARA O VOTO
A SENHORA MINISTRA ROSA WEBER - Senhor Presidente, em
princípio, tal como foi proposto o habeas corpus, impetrado o habeas corpus,
encontraria o primeiro óbice da Súmula 691. Porque ele se volta contra
um indeferimento de liminar de Ministro do STJ; é a jurisprudência que
tenho observado. Mas estava disposta, caminhando no sentido da
superação do entendimento sumular, em função da argumentação não
concreta, absolutamente em abstrato, que embasava o decreto
condenatório, mas foi colocado da tribuna que sobreveio a prolação da
sentença condenatória.
Então, em casos como estes - a não ser que cheguemos, aqui na
Turma, a outra orientação -, tenho sempre votado no sentido do prejuízo
do habeas pela alteração do título, entendendo prejudicado, porque agora
já há um outro título embasando a prisão.
O nobre patrono, inclusive da tribuna, noticiou que já houve
impetração de habeas, no Tribunal de Justiça, contemplando essa nova
situação.
A minha inclinação, o meu primeiro momento, era acompanhar o
voto do eminente Ministro Relator, porque, de fato, a argumentação que
amparou a prisão preventiva no caso, do meu ponto de vista, é
absolutamente insuficiente para tanto.
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Vossa
Excelência me permite apenas algumas observações?
A SENHORA MINISTRA ROSA WEBER - Todas, Ministro. Ouço-o
com o maior prazer.
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Está
preso provisoriamente – porque não transitou em julgado a sentença
Supremo Tribunal Federal
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Notas para o Voto
HC 111.049 / RJ
condenatória – há um ano e meio, em regime sabidamente fechado,
enquanto a sentença previu o semiaberto.
Se tiver que aguardar a apreciação do habeas formalizado no Tribunal
de Justiça, posteriormente, no caso de indeferimento, o recurso ordinário
constitucional para o Superior Tribunal de Justiça, evidentemente ele
acabará cumprindo a pena em regime mais gravoso do que versado no
título.
Por isso, penso – e Vossa Excelência concorda comigo, quanto aos
fundamentos da preventiva serem insubsistentes – que o caso é
excepcional e até não abordo a problemática do Verbete nº 691, porque,
para mim, o habeas é adequado, desde que se articule um ato de
constrangimento, ato ilegal a alcançar a liberdade de ir e vir do paciente, e
exista órgão, acima daquele que o perpetrou, capaz de examinar a
impetração, como é o Supremo, mas vamos deixar de lado.
A SENHORA MINISTRA ROSA WEBER - Porque eu até superaria.
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – De
qualquer forma, é uma situação – excepcional que conduz, segundo o
pronunciamento da maioria que potencializa o Verbete nº 691 da Súmula,
que, para mim, devia ser inclusive revogado – que autoriza a
ultrapassagem do próprio verbete.
A SENHORA MINISTRA ROSA WEBER - Com relação ao Verbete
691, eu já o ultrapassara para acompanhar Vossa Excelência, a minha
questão é a segunda.
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Mas, se
potencializar a sentença, admitirei a execução precoce, açodada, temporã,
antes de estar coberta pela preclusão.
A SENHORA MINISTRA ROSA WEBER - Sem dúvida, Ministro,
temos utilizado aquele critério do prejuízo depois de proferida a
2
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
HC 111.049 / RJ
condenatória – há um ano e meio, em regime sabidamente fechado,
enquanto a sentença previu o semiaberto.
Se tiver que aguardar a apreciação do habeas formalizado no Tribunal
de Justiça, posteriormente, no caso de indeferimento, o recurso ordinário
constitucional para o Superior Tribunal de Justiça, evidentemente ele
acabará cumprindo a pena em regime mais gravoso do que versado no
título.
Por isso, penso – e Vossa Excelência concorda comigo, quanto aos
fundamentos da preventiva serem insubsistentes – que o caso é
excepcional e até não abordo a problemática do Verbete nº 691, porque,
para mim, o habeas é adequado, desde que se articule um ato de
constrangimento, ato ilegal a alcançar a liberdade de ir e vir do paciente, e
exista órgão, acima daquele que o perpetrou, capaz de examinar a
impetração, como é o Supremo, mas vamos deixar de lado.
A SENHORA MINISTRA ROSA WEBER - Porque eu até superaria.
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – De
qualquer forma, é uma situação – excepcional que conduz, segundo o
pronunciamento da maioria que potencializa o Verbete nº 691 da Súmula,
que, para mim, devia ser inclusive revogado – que autoriza a
ultrapassagem do próprio verbete.
A SENHORA MINISTRA ROSA WEBER - Com relação ao Verbete
691, eu já o ultrapassara para acompanhar Vossa Excelência, a minha
questão é a segunda.
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Mas, se
potencializar a sentença, admitirei a execução precoce, açodada, temporã,
antes de estar coberta pela preclusão.
A SENHORA MINISTRA ROSA WEBER - Sem dúvida, Ministro,
temos utilizado aquele critério do prejuízo depois de proferida a
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Notas para o Voto
HC 111.049 / RJ
sentença, mas eu não tenho nenhuma dificuldade.
3
Supremo Tribunal Federal
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HC 111.049 / RJ
sentença, mas eu não tenho nenhuma dificuldade.
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Voto - MIN. LUIZ FUX
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 111.049 RIO DE JANEIRO
VOTO
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - Senhor Presidente, nós temos
entendimento diferente. Eu também levo em consideração a
periculosidade social, porque verifico que, se fosse só o artigo 44, isto
estaria resolvido, porque o Pleno declarou a inconstitucionalidade.
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Ministro,
se tivesse enfrentado o pedido de concessão de liminar em data posterior
ao pronunciamento do Plenário, ele estaria solto.
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - Não, sem dúvida.
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Estaria
solto.
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - Porque estaria só com base no
dispositivo. Só que o fato de o dispositivo ter sido declarado
inconstitucional significa dizer que não é impossível conceder-se
liberdade provisória num dos casos do tráfico; mas também não é
impossível decretar-se a preventiva no caso de tráfico.
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Só que a
decretação fez-se a partir da gravidade da imputação, até aqui simples
imputação.
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - Eu sei, Vossa Excelência tem
um ponto de vista diferente. Eu só queria saber o pano de fundo desse
tráfico, se fosse possível, mas se não tiver informações nos autos, não tem
problema.
Supremo Tribunal Federal
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13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 111.049 RIO DE JANEIRO
VOTO
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - Senhor Presidente, nós temos
entendimento diferente. Eu também levo em consideração a
periculosidade social, porque verifico que, se fosse só o artigo 44, isto
estaria resolvido, porque o Pleno declarou a inconstitucionalidade.
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Ministro,
se tivesse enfrentado o pedido de concessão de liminar em data posterior
ao pronunciamento do Plenário, ele estaria solto.
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - Não, sem dúvida.
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Estaria
solto.
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - Porque estaria só com base no
dispositivo. Só que o fato de o dispositivo ter sido declarado
inconstitucional significa dizer que não é impossível conceder-se
liberdade provisória num dos casos do tráfico; mas também não é
impossível decretar-se a preventiva no caso de tráfico.
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Só que a
decretação fez-se a partir da gravidade da imputação, até aqui simples
imputação.
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - Eu sei, Vossa Excelência tem
um ponto de vista diferente. Eu só queria saber o pano de fundo desse
tráfico, se fosse possível, mas se não tiver informações nos autos, não tem
problema.
Supremo Tribunal Federal
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Voto - MIN. LUIZ FUX
HC 111.049 / RJ
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Ele foi
surpreendido com uma quantidade de maconha – 3,8 Kg.
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - Três quilos de maconha.
Mas três quilos de maconha dá para fazer coisa à beça, não é?
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Mas isso,
para mim, não implica a inversão da ordem natural das coisas – apurar
para depois prender.
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - Isso é uma divergência já
marcante aqui na Turma, porque eu tenho essa preocupação com a
periculosidade social do tráfico; quando o tráfico é de somenos, nós
temos até relevado, porque já foi declarada a inconstitucionalidade do
artigo 44; mas, nesses casos aí, eu vou ficar exatamente na Súmula 691,
que, digamos assim, defende a jurisprudência coerente com o que nós
temos sustentado, porque eu acho que não é teratológico. Por que não é
teratológico? Porque depois dessa liminar, adveio uma sentença
condenatória num caso em que o paciente foi preso em flagrante com três
quilos de maconha; três quilos de maconha não é para uso próprio.
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Vale a
gravidade da imputação, porque a culpa não está formada?
A SENHORA MINISTRA ROSA WEBER - Ministro Luiz Fux,
temos entendido que depois de proferida a sentença há uma alteração do
título, temos encaminhado no sentido de entender prejudicado; aqui
teríamos, em função da especificidade, se o caso, de acompanhar, ou
eventualmente, afastando o artigo 44, ou mandando o juiz apreciar se há
motivos para a cautelar, mas já sabemos que, no caso, nem a cautelar ele
já o fez na sentença.
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Mas já o
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HC 111.049 / RJ
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Ele foi
surpreendido com uma quantidade de maconha – 3,8 Kg.
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - Três quilos de maconha.
Mas três quilos de maconha dá para fazer coisa à beça, não é?
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Mas isso,
para mim, não implica a inversão da ordem natural das coisas – apurar
para depois prender.
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - Isso é uma divergência já
marcante aqui na Turma, porque eu tenho essa preocupação com a
periculosidade social do tráfico; quando o tráfico é de somenos, nós
temos até relevado, porque já foi declarada a inconstitucionalidade do
artigo 44; mas, nesses casos aí, eu vou ficar exatamente na Súmula 691,
que, digamos assim, defende a jurisprudência coerente com o que nós
temos sustentado, porque eu acho que não é teratológico. Por que não é
teratológico? Porque depois dessa liminar, adveio uma sentença
condenatória num caso em que o paciente foi preso em flagrante com três
quilos de maconha; três quilos de maconha não é para uso próprio.
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Vale a
gravidade da imputação, porque a culpa não está formada?
A SENHORA MINISTRA ROSA WEBER - Ministro Luiz Fux,
temos entendido que depois de proferida a sentença há uma alteração do
título, temos encaminhado no sentido de entender prejudicado; aqui
teríamos, em função da especificidade, se o caso, de acompanhar, ou
eventualmente, afastando o artigo 44, ou mandando o juiz apreciar se há
motivos para a cautelar, mas já sabemos que, no caso, nem a cautelar ele
já o fez na sentença.
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Mas já o
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Voto - MIN. LUIZ FUX
HC 111.049 / RJ
fez, apontou a gravidade da imputação, ao indeferir a liberdade
provisória.
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - Por outro lado, nós também
temos a jurisprudência no sentido de que se o paciente respondeu preso
ao processo seria uma contradictio in terminis, com o advento da
sentença condenatória, ele ser posto em liberdade.
A SENHORA MINISTRA ROSA WEBER - Mas tem um aspecto
que a mim, pelo menos, toca muito, que foi destacado da tribuna.
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Nenhum
erro passa a justificar outro.
A SENHORA MINISTRA ROSA WEBER - Na verdade, ele foi
condenado a um regime semiaberto. E ele está sofrendo um gravame.
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE):
Há mais de ano.
A SENHORA MINISTRA ROSA WEBER - Há mais de ano. Nesse
caso, entendo presente uma excepcionalidade que me leva a acompanhar
o voto do eminente Relator, pedindo vênia, e, sobretudo, também por que
é só maconha. Eu reconheço à maconha uma gravidade muito menor. Se
se tratasse de crack, de cocaína.
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - No uso, realmente. Hoje já
está comprovado que até ex-presidentes fazem campanha a favor da
liberação, mas o tráfico é um pouquinho diferente.
Eu vou pedir vênia para manter a minha posição, muito embora já
saiba vencido.
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE):
3
Supremo Tribunal Federal
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HC 111.049 / RJ
fez, apontou a gravidade da imputação, ao indeferir a liberdade
provisória.
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - Por outro lado, nós também
temos a jurisprudência no sentido de que se o paciente respondeu preso
ao processo seria uma contradictio in terminis, com o advento da
sentença condenatória, ele ser posto em liberdade.
A SENHORA MINISTRA ROSA WEBER - Mas tem um aspecto
que a mim, pelo menos, toca muito, que foi destacado da tribuna.
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Nenhum
erro passa a justificar outro.
A SENHORA MINISTRA ROSA WEBER - Na verdade, ele foi
condenado a um regime semiaberto. E ele está sofrendo um gravame.
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE):
Há mais de ano.
A SENHORA MINISTRA ROSA WEBER - Há mais de ano. Nesse
caso, entendo presente uma excepcionalidade que me leva a acompanhar
o voto do eminente Relator, pedindo vênia, e, sobretudo, também por que
é só maconha. Eu reconheço à maconha uma gravidade muito menor. Se
se tratasse de crack, de cocaína.
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - No uso, realmente. Hoje já
está comprovado que até ex-presidentes fazem campanha a favor da
liberação, mas o tráfico é um pouquinho diferente.
Eu vou pedir vênia para manter a minha posição, muito embora já
saiba vencido.
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE):
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Voto - MIN. LUIZ FUX
HC 111.049 / RJ
Vossa Excelência não conhece ou julga prejudicado?
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - Julgo prejudicado.
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HC 111.049 / RJ
Vossa Excelência não conhece ou julga prejudicado?
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - Julgo prejudicado.
4
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 15 de 16
Decisão de Julgamento
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
HABEAS CORPUS 111.049
PROCED. : RIO DE JANEIRO
RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO
PACTE.(S) : FREDERICO PESSOA GOMES
IMPTE.(S) : TICIANO FIGUEIREDO DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S)
COATOR(A/S)(ES) : RELATORA DO HC 221120 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE
JUSTIÇA
Decisão: Por maioria de votos, a Turma concedeu a ordem de
habeas corpus, nos termos do voto do Relator, vencido o Senhor
Ministro Luiz Fux, que a julgava prejudicada. Falou o Dr. Marcelo
Turbay Freiria, pelo Paciente. Presidência do Senhor Ministro Dias
Toffoli. 1ª Turma, 13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Wagner Mathias.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
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documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3126342
Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
HABEAS CORPUS 111.049
PROCED. : RIO DE JANEIRO
RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO
PACTE.(S) : FREDERICO PESSOA GOMES
IMPTE.(S) : TICIANO FIGUEIREDO DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S)
COATOR(A/S)(ES) : RELATORA DO HC 221120 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE
JUSTIÇA
Decisão: Por maioria de votos, a Turma concedeu a ordem de
habeas corpus, nos termos do voto do Relator, vencido o Senhor
Ministro Luiz Fux, que a julgava prejudicada. Falou o Dr. Marcelo
Turbay Freiria, pelo Paciente. Presidência do Senhor Ministro Dias
Toffoli. 1ª Turma, 13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Wagner Mathias.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
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documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3126342
Inteiro Teor do Acórdão - Página 16 de 16
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3228589 | 2012-11-13T00:00:00 | 2012-12-19T00:00:00 | Por maioria de votos, a Turma concedeu a ordem de habeas corpus, nos termos do voto do Relator, vencido o Senhor Ministro Luiz Fux, que a julgava prejudicada. Falou o Dr. Marcelo Turbay Freiria, pelo Paciente. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 13.11.2012. | HABEAS CORPUS | PRISÃO PREVENTIVA – GRAVIDADE DA IMPUTAÇÃO. A gravidade da imputação, presente o princípio da não culpabilidade, não é capaz, por si só, de levar à prisão provisória. | sjur222094 | Número de páginas: 16.
Análise: 25/01/2013, IMC.
Revisão: 01/02/2013, MMR. | MARCO AURÉLIO | Primeira Turma | 111049 | [
"LEG-FED LEI-011343 ANO-2006\r\n ART-00044 \r\n LTX-2006 LEI DE TÓXICOS\r\n",
"LEG-FED LEI-012403 ANO-2011\r\n LEI ORDINÁRIA\r\n",
"LEG-FED SUMSTF-000691 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF"
] | HC | acordaos | HC 111049 | [
""
] | PACTE.(S) : FREDERICO PESSOA GOMES
IMPTE.(S) : TICIANO FIGUEIREDO DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S)
COATOR(A/S)(ES) : RELATORA DO HC 221120 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"HABEAS CORPUS 111 . 049",
"HC 221120",
"HABEAS CORPUS 111 . 049",
"HC 221120 DO",
"HABEAS CORPUS 111 . 049",
"HC 221120",
"HC 111 . 049 / RJ",
"Habeas Corpus [UNK] 221 . 120 / RJ",
"HC 111 . 049 / RJ",
"Habeas Corpus [UNK] 221 . 120 / RJ",
"HC 111 . 049 / RJ",
"Verbete [UNK] 691 da Súmula do Supremo",
"HC 111 . 049 / RJ",
"Verbete [UNK] 691 da Súmula do Supremo",
"HC 111 . 049 / RJ",
"HC 111 . 049 / RJ",
"HC 111 . 049 / RJ",
"Verbete [UNK] 691 da Súmula do Supremo",
"HC 111 . 049 / RJ",
"Verbete [UNK] 691 da Súmula do Supremo",
"HC 111 . 049 / RJ República",
"Verbete [UNK] 691 da Súmula do Supremo",
"Habeas Corpus [UNK] 221 . 120 / RJ",
"HC 111 . 049 / RJ",
"Verbete [UNK] 691 da Súmula do Supremo",
"Habeas Corpus [UNK] 221 . 120 / RJ",
"HABEAS CORPUS 111 . 049",
"HABEAS CORPUS 111 . 049",
"HABEAS CORPUS 111 . 049",
"Súmula 691",
"HABEAS CORPUS 111 . 049",
"HC 111 . 049 / RJ",
"HC 111 . 049 / RJ",
"HC 111 . 049 / RJ",
"HC 111 . 049 / RJ",
"HABEAS CORPUS 111 . 049",
"HABEAS CORPUS 111 . 049",
"HC 111 . 049 / RJ",
"Súmula 691",
"HC 111 . 049 / RJ",
"Súmula 691",
"HC 111 . 049 / RJ",
"HC 111 . 049 / RJ",
"HC 111 . 049 / RJ",
"HC 111 . 049 / RJ",
"HABEAS CORPUS 111 . 049",
"HC 221120 DO SUPERIOR TRIBUNAL",
"HABEAS CORPUS 111 . 049",
"HC 221120 DO"
],
"LEGISLACAO": [
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ARTIGO 310 DO CÓDIGO DE PROCESSO",
"LEI [UNK] 12 . 403 / 2011",
"artigo 33 da Lei [UNK] 11 . 343 / 2006",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ARTIGO 310 DO CÓDIGO DE PROCESSO",
"LEI [UNK] 12 . 403 / 2011",
"artigo 33 da Lei [UNK] 11 . 343 / 2006",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 44 da Lei [UNK] 11 . 343 / 2006",
"artigo 312 do Código de Processo Penal",
"Lei [UNK] 11 . 343 / 2006 , artigo",
"artigo 302 do Código de Processo Penal",
"artigo 312 do referido Código",
"artigo 44 da Lei [UNK] 11 . 343 / 2006",
"Lei [UNK] 12 . 403 / 2011",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 44 da Lei [UNK] 11 . 343 / 2006",
"artigo 312 do Código de Processo Penal",
"Lei [UNK] 11 . 343 / 2006",
"artigo 302 do Código de Processo Penal",
"artigo 312 do referido Código",
"artigo 44 da Lei [UNK] 11 . 343 / 2006",
"Lei [UNK] 12 . 403 / 2011",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 44 da Lei [UNK] 11 . 343 / 2006",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 44 da Lei",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 44 da Lei [UNK] 11 . 343 / 2006",
"Lei [UNK] 12 . 403 / 2011",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 44 da Lei [UNK] 11 . 343 / 2006",
"Lei [UNK] 12 . 403 /",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Carta Federal",
"artigo 312 do Código de Processo Penal",
"artigo 310 do Código de Processo Penal",
"Lei [UNK] 12 . 403 / 2011",
"artigo 312 do Código de Processo Penal",
"Lei [UNK] 11 . 343 / 2006",
"MP n° 2 .",
"Carta Federal",
"artigo 312 do Código de Processo Penal",
"artigo 310 do Código de Processo Penal",
"Lei [UNK] 12 . 403 / 2011",
"artigo 312 do Código de Processo Penal",
"Lei [UNK] 11 . 343 / 2006",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 44 da Lei [UNK]",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 44 da Lei [UNK] 11 . 343",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 44 da Lei [UNK] 11 . 343 /",
"Código de Processo Penal",
"Lei [UNK] 12 . 403 / 2011",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 44 da Lei [UNK] 11 . 343 / 2006",
"Código de Processo Penal",
"Lei [UNK] 12 . 403 / 2011",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200"
],
"LOCAL": [
"RIO DE JANEIRO",
"Brasília",
"RIO DE JANEIRO",
"RIO DE JANEIRO",
"Brasília",
"Brasília",
"RIO DE JANEIRO",
"RIO DE JANEIRO",
"RIO DE JANEIRO",
"RIO DE JANEIRO",
"RIO DE JANEIRO",
"RIO DE JANEIRO",
"RIO DE JANEIRO",
"RIO DE JANEIRO"
],
"ORGANIZACAO": [
"PRIMEIRA TURMA",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"[UNK] Vara Criminal da Comarca da Capital / RJ",
"Quarta Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"[UNK] Vara Criminal da Comarca da Capital / RJ",
"Quarta Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Ministério Público estadual",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Ministério Público estadual",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Ministério Público",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Procuradoria Geral da 5",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Ministério Público",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Procuradoria Geral da 5",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Procuradoria Geral da República",
"Primeira Turma",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Ministério Público Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Procuradoria Geral da República",
"Primeira Turma",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Ministério Público Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"Supremo",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Supremo",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"STJ",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"STJ",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Tribunal de Justiça",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Supremo",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Tribunal de Justiça",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Supremo",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"Pleno",
"Plenário",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Pleno",
"Plenário",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"MARCO AURÉLIO",
"FREDERICO PESSOA GOMES",
"TICIANO FIGUEIREDO DE OLIVEIRA",
"Dias Toffoli",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"FREDERICO PESSOA GOMES",
"TICIANO FIGUEIREDO DE OLIVEIRA",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"FREDERICO PESSOA GOMES",
"TICIANO FIGUEIREDO DE OLIVEIRA",
"Laurita Vaz",
"Laurita Vaz",
"Ticiano Figueiredo",
"Ticiano Figueiredo",
"Laurita Vaz",
"Laurita Vaz",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"ROSA WEBER",
"MARCO AURÉLIO",
"ROSA WEBER",
"MARCO AURÉLIO",
"ROSA WEBER",
"MARCO AURÉLIO",
"ROSA WEBER",
"MARCO AURÉLIO",
"ROSA WEBER",
"MARCO AURÉLIO",
"ROSA WEBER",
"MARCO AURÉLIO",
"ROSA WEBER",
"ROSA WEBER",
"MARCO AURÉLIO",
"ROSA WEBER",
"MARCO AURÉLIO",
"ROSA WEBER",
"LUIZ FUX",
"LUIZ FUX",
"MARCO AURÉLIO",
"LUIZ FUX",
"MARCO AURÉLIO",
"LUIZ FUX",
"MARCO AURÉLIO",
"LUIZ FUX",
"LUIZ FUX",
"MARCO AURÉLIO",
"LUIZ FUX",
"MARCO AURÉLIO",
"LUIZ FUX",
"MARCO AURÉLIO",
"LUIZ FUX",
"LUIZ FUX",
"MARCO AURÉLIO",
"LUIZ FUX",
"MARCO AURÉLIO",
"LUIZ FUX",
"MARCO AURÉLIO",
"ROSA WEBER",
"Luiz Fux",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"LUIZ FUX",
"MARCO AURÉLIO",
"LUIZ FUX",
"MARCO AURÉLIO",
"ROSA WEBER",
"Luiz Fux",
"MARCO AURÉLIO",
"LUIZ FUX",
"LUIZ FUX",
"ROSA WEBER",
"MARCO AURÉLIO",
"ROSA WEBER",
"DIAS TOFFOLI",
"ROSA WEBER",
"LUIZ FUX",
"DIAS TOFFOLI",
"LUIZ FUX",
"ROSA WEBER",
"MARCO AURÉLIO",
"ROSA WEBER",
"DIAS TOFFOLI",
"ROSA WEBER",
"LUIZ FUX",
"DIAS TOFFOLI",
"LUIZ FUX",
"LUIZ FUX",
"LUIZ FUX",
"MARCO AURÉLIO",
"FREDERICO PESSOA GOMES",
"TICIANO FIGUEIREDO DE OLIVEIRA",
"Luiz Fux",
"Marcelo Turbay Freiria",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Wagner Mathias",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza",
"MARCO AURÉLIO",
"FREDERICO PESSOA GOMES",
"TICIANO FIGUEIREDO DE OLIVEIRA",
"Luiz Fux",
"Marcelo Turbay Freiria",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Wagner Mathias",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza"
],
"TEMPO": [
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"13 de novembro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"8 de julho de 2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"8 de julho de 2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"9 de dezembro de 2011",
"2006",
"3 de novembro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"9 de dezembro de 2011",
"2006",
"3 de novembro de 2012",
"13",
"seguinte",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712.185 SÃO
PAULO
RELATORA
: MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S)
:ESTADO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
AGDO.(A/S)
:GINNZA ARTES GRÁFICAS E EDITORA LTDA
ADV.(A/S)
:RENATA LATANSIO C RIBEIRO E OUTRO(A/S)
EMENTA:
AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO E
PROCESSUAL CIVIL. 1. RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA DO
ESTADO. CONTROVÉRSIA SOBRE O DANO. REEXAME DE FATOS E
PROVAS. SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. 2.
APLICAÇÃO DO DECRETO–LEI N. 3.365/1941 À AÇÃO
INDENIZATÓRIA POR DESAPROPRIAÇÃO DO IMÓVEL LOCADO:
OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. 3. AGRAVO REGIMENTAL
AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do
Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a Presidência do
Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamento e
das notas taquigráficas, à unanimidade, em negar provimento ao agravo
regimental no recurso extraordinário com agravo, nos termos do voto da
Relatora. Ausentes, justificadamente, os Ministros Celso de Mello e
Joaquim Barbosa.
Brasília, 13 de novembro de 2012.
Ministra CÁRMEN LÚCIA - Relatora
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3139388.
Supremo Tribunal Federal
DJe 04/12/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 8
Relatório
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712.185 SÃO
PAULO
RELATORA
: MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S)
:ESTADO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
AGDO.(A/S)
:GINNZA ARTES GRÁFICAS E EDITORA LTDA
ADV.(A/S)
:RENATA LATANSIO C RIBEIRO E OUTRO(A/S)
R E L A T Ó R I O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora):
1. Em 15 de outubro de 2012, neguei seguimento ao agravo nos autos
do recurso extraordinário interposto pelo Estado de São Paulo contra
julgado do Tribunal de Justiça daquele Estado, o qual aplicara o
procedimento expropriatório previsto no Decreto-Lei n. 3.365/1941 à ação
indenizatória do fundo de comércio, proposta por locatário de imóvel
desapropriado.
A decisão agravada teve a seguinte fundamentação:
“5. Razão jurídica não assiste ao Agravante.
6. O reexame do acórdão impugnado demandaria a interpretação
da legislação infraconstitucional aplicável à espécie (Decreto-Lei n.
3.365/1941). Assim, a alegada contrariedade à Constituição da
República, se tivesse ocorrido, seria indireta, o que não viabiliza o
processamento do recurso extraordinário. Nesse sentido:
(...) (RE 455.970-AgR, Rel. Min. Dias Toffoli, Primeira Turma,
DJe 26.4.2012).
7. Inadmissível o recurso extraordinário pela alínea b do inc. III
do art. 102 da Constituição da República, pois o Tribunal de origem
não declarou a inconstitucionalidade de norma legal. Ao contrário, o
Tribunal a quo limitou-se a interpretar e aplicar a legislação
infraconstitucional (Decreto-Lei n. 3.365/1941).
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3139389.
Supremo Tribunal Federal
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712.185 SÃO
PAULO
RELATORA
: MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S)
:ESTADO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
AGDO.(A/S)
:GINNZA ARTES GRÁFICAS E EDITORA LTDA
ADV.(A/S)
:RENATA LATANSIO C RIBEIRO E OUTRO(A/S)
R E L A T Ó R I O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora):
1. Em 15 de outubro de 2012, neguei seguimento ao agravo nos autos
do recurso extraordinário interposto pelo Estado de São Paulo contra
julgado do Tribunal de Justiça daquele Estado, o qual aplicara o
procedimento expropriatório previsto no Decreto-Lei n. 3.365/1941 à ação
indenizatória do fundo de comércio, proposta por locatário de imóvel
desapropriado.
A decisão agravada teve a seguinte fundamentação:
“5. Razão jurídica não assiste ao Agravante.
6. O reexame do acórdão impugnado demandaria a interpretação
da legislação infraconstitucional aplicável à espécie (Decreto-Lei n.
3.365/1941). Assim, a alegada contrariedade à Constituição da
República, se tivesse ocorrido, seria indireta, o que não viabiliza o
processamento do recurso extraordinário. Nesse sentido:
(...) (RE 455.970-AgR, Rel. Min. Dias Toffoli, Primeira Turma,
DJe 26.4.2012).
7. Inadmissível o recurso extraordinário pela alínea b do inc. III
do art. 102 da Constituição da República, pois o Tribunal de origem
não declarou a inconstitucionalidade de norma legal. Ao contrário, o
Tribunal a quo limitou-se a interpretar e aplicar a legislação
infraconstitucional (Decreto-Lei n. 3.365/1941).
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3139389.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 8
Relatório
ARE 712.185 AGR / SP
8. Nada há, pois, a prover quanto às alegações do Agravante.
9. Pelo exposto, nego seguimento ao agravo (art. 544, § 4º, inc.
II, alínea a , do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento
Interno do Supremo Tribunal Federal)”.
2. Publicada essa decisão no DJe de 22.10.2012, interpõe o Estado de
São Paulo, em 25.10.2012, tempestivamente, agravo regimental.
3. Alega o Agravante que “também foi alegada violação ao artigo 37, §6º,
da Constituição Federal (não ocorrência dos pressupostos para a configuração do
dever de indenizar – fl. 217/223 dos autos originais) e ao artigo 100 da
Constituição Federal (pagamento sem emissão de precatório – fl. 226/228 dos
autos originais). No entanto, tais alegações restaram não apreciadas na decisão
agravada”.
Requer a reconsideração da decisão agravada ou o provimento do
presente recurso.
É o relatório.
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3139389.
Supremo Tribunal Federal
ARE 712.185 AGR / SP
8. Nada há, pois, a prover quanto às alegações do Agravante.
9. Pelo exposto, nego seguimento ao agravo (art. 544, § 4º, inc.
II, alínea a , do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento
Interno do Supremo Tribunal Federal)”.
2. Publicada essa decisão no DJe de 22.10.2012, interpõe o Estado de
São Paulo, em 25.10.2012, tempestivamente, agravo regimental.
3. Alega o Agravante que “também foi alegada violação ao artigo 37, §6º,
da Constituição Federal (não ocorrência dos pressupostos para a configuração do
dever de indenizar – fl. 217/223 dos autos originais) e ao artigo 100 da
Constituição Federal (pagamento sem emissão de precatório – fl. 226/228 dos
autos originais). No entanto, tais alegações restaram não apreciadas na decisão
agravada”.
Requer a reconsideração da decisão agravada ou o provimento do
presente recurso.
É o relatório.
2
Supremo Tribunal Federal
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Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712.185 SÃO
PAULO
V O T O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora):
1. Razão jurídica não assiste ao Agravante.
2. Na espécie vertente, o Tribunal de origem decidiu:
“AGRAVO DE INSTRUMENTO - INDENIZAÇÃO PELO
FUNDO DE COMÉRCIO - Realização de perícia e apuração de valor
provisório - Imissão na posse - Pedido de levantamento de 80% ou
60% do valor depositado - ADMISSIBILIDADE EM PARTE: É
razoável a redução do levantamento dos depósitos para 40% (metade
do valor pretendido) diante da natureza da ação e por se tratar de
valor provisório o apurado para fins de imissão na posse nos termos
dos artigos 14, 15 e 33, § 2º, todos do Decreto-Lei n. 3.365/41.
Decisão reformada”.
Quanto à aplicação do procedimento expropriatório previsto no
Decreto-Lei n. 3.365/1941 às ações indenizatórias por restrições
decorrentes de atos do Poder Público, o Desembargador Relator afirmou:
“Ora, já foi decidido por esta Relatoria no Agravo de
Instrumento n. 923.938-5/9-00, julgado em 21/09/2009, que ‘(...) de
nada adianta ter reconhecido o direito da locatária à prévia
indenização pelo fundo de comércio, se não lhe é aplicado, por força do
princípio da isonomia, o processo expropriatório que segue o rito
especial estabelecido a lei geral das desapropriações (Decreto lei n.
3.365/41)’.”
Nesse sentido, também o entendimento da D. Procuradora de
Justiça Dra. Regina Helena da Silva Simões como pode ser verificado
pelo trecho do seu parecer abaixo transcrito:
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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13/11/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712.185 SÃO
PAULO
V O T O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora):
1. Razão jurídica não assiste ao Agravante.
2. Na espécie vertente, o Tribunal de origem decidiu:
“AGRAVO DE INSTRUMENTO - INDENIZAÇÃO PELO
FUNDO DE COMÉRCIO - Realização de perícia e apuração de valor
provisório - Imissão na posse - Pedido de levantamento de 80% ou
60% do valor depositado - ADMISSIBILIDADE EM PARTE: É
razoável a redução do levantamento dos depósitos para 40% (metade
do valor pretendido) diante da natureza da ação e por se tratar de
valor provisório o apurado para fins de imissão na posse nos termos
dos artigos 14, 15 e 33, § 2º, todos do Decreto-Lei n. 3.365/41.
Decisão reformada”.
Quanto à aplicação do procedimento expropriatório previsto no
Decreto-Lei n. 3.365/1941 às ações indenizatórias por restrições
decorrentes de atos do Poder Público, o Desembargador Relator afirmou:
“Ora, já foi decidido por esta Relatoria no Agravo de
Instrumento n. 923.938-5/9-00, julgado em 21/09/2009, que ‘(...) de
nada adianta ter reconhecido o direito da locatária à prévia
indenização pelo fundo de comércio, se não lhe é aplicado, por força do
princípio da isonomia, o processo expropriatório que segue o rito
especial estabelecido a lei geral das desapropriações (Decreto lei n.
3.365/41)’.”
Nesse sentido, também o entendimento da D. Procuradora de
Justiça Dra. Regina Helena da Silva Simões como pode ser verificado
pelo trecho do seu parecer abaixo transcrito:
Supremo Tribunal Federal
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Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
ARE 712.185 AGR / SP
‘Além disso, como sustentou com propriedade a agravante,
o próprio Dec. Lei 3.365/41, que rege o processo expropriatório,
se aplica também às ações ordinárias de indenização por
apossamento administrativo ou desapropriações indiretas, bem
como às ações que visam a indenização por restrições
decorrentes de atos do Poder público, conforme dispõe o art. 15-
A, face a alterações introduzidas pela Medida Provisória
2.183/01”.
3. Como posto na decisão agravada, a discussão neste processo é de
natureza infraconstitucional, pois fundamentada no Decreto-Lei
3.365/1945. Assim, eventual contrariedade à Constituição, se tivesse
ocorrido, seria indireta.
Nesse sentido:
“Agravo regimental no recurso extraordinário. Desapropriação.
Indenização. Ofensa reflexa. Impossibilidade. Precedentes. 1.
Inadmissível, em recurso extraordinário, a análise de legislação
infraconstitucional. Incidência da Súmula nº 636/STF. 2. Agravo
regimental não provido” (RE 455.970-AgR, Rel. Min. Dias Toffoli,
Primeira Turma, DJe 26.4.2012).
E:
“AGRAVO
REGIMENTAL
EM
AGRAVO
DE
INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. DESAPROPRIAÇÃO
INDIRETA. JUSTA INDENIZAÇÃO. CONTROVÉRSIA
DECIDIDA
COM
BASE
NA
LEGISLAÇÃO
INFRACONSTITUCIONAL E NO CONJUNTO FÁTICO-
PROBATÓRIO DOS AUTOS. INCIDÊNCIA DA SÚMULA
279/STF. 1. Caso em que entendimento diverso do adotado pela
instância judicante de origem demandaria a análise da legislação
ordinária pertinente e o revolvimento dos fatos e provas constantes
dos autos. Providências vedadas neste momento processual. 2. Agravo
regimental desprovido” (AI 763.874-AgR, Rel. Min. Ayres Britto,
2
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
ARE 712.185 AGR / SP
‘Além disso, como sustentou com propriedade a agravante,
o próprio Dec. Lei 3.365/41, que rege o processo expropriatório,
se aplica também às ações ordinárias de indenização por
apossamento administrativo ou desapropriações indiretas, bem
como às ações que visam a indenização por restrições
decorrentes de atos do Poder público, conforme dispõe o art. 15-
A, face a alterações introduzidas pela Medida Provisória
2.183/01”.
3. Como posto na decisão agravada, a discussão neste processo é de
natureza infraconstitucional, pois fundamentada no Decreto-Lei
3.365/1945. Assim, eventual contrariedade à Constituição, se tivesse
ocorrido, seria indireta.
Nesse sentido:
“Agravo regimental no recurso extraordinário. Desapropriação.
Indenização. Ofensa reflexa. Impossibilidade. Precedentes. 1.
Inadmissível, em recurso extraordinário, a análise de legislação
infraconstitucional. Incidência da Súmula nº 636/STF. 2. Agravo
regimental não provido” (RE 455.970-AgR, Rel. Min. Dias Toffoli,
Primeira Turma, DJe 26.4.2012).
E:
“AGRAVO
REGIMENTAL
EM
AGRAVO
DE
INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. DESAPROPRIAÇÃO
INDIRETA. JUSTA INDENIZAÇÃO. CONTROVÉRSIA
DECIDIDA
COM
BASE
NA
LEGISLAÇÃO
INFRACONSTITUCIONAL E NO CONJUNTO FÁTICO-
PROBATÓRIO DOS AUTOS. INCIDÊNCIA DA SÚMULA
279/STF. 1. Caso em que entendimento diverso do adotado pela
instância judicante de origem demandaria a análise da legislação
ordinária pertinente e o revolvimento dos fatos e provas constantes
dos autos. Providências vedadas neste momento processual. 2. Agravo
regimental desprovido” (AI 763.874-AgR, Rel. Min. Ayres Britto,
2
Supremo Tribunal Federal
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Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
ARE 712.185 AGR / SP
Segunda Turma, DJe 13.10.2011).
4. Ademais, concluir de modo diverso do que decidido pela instância
ordinária a respeito da ocorrência do dano para fins de responsabilidade
civil do Estado demandaria a análise prévia das provas dos autos,
inviável em recurso extraordinário. Incide na espécie a Sumula n. 279 do
Supremo Tribunal Federal.
Nesse sentido:
“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. CONVERSÃO EM
AGRAVO REGIMENTAL. RESPONSABILIDADE CIVIL DO
ESTADO. INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS.
IMPOSSIBILIDADE DE REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-
PROBATÓRIO. INCIDÊNCIA DA SÚMULA N. 279 DO
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. PRECEDENTES. AGRAVO
REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (ARE
669.763-ED, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 20.6.2012).
E:
“AGRAVO
REGIMENTAL
EM
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO.
ADMINISTRATIVO.
SERVIDOR
PÚBLICO. ATRASO NO CÔMPUTO DE TEMPO DE SERVIÇO
ESPECIAL
PARA
FINS
DE
APOSENTADORIA.
RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO. NECESSIDADE DE
REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO. SÚMULA
279 DO STF. AGRAVO IMPROVIDO. I - Inviável em recurso
extraordinário o reexame do conjunto fático-probatório constante dos
autos. Incide, no caso, a Súmula 279 do STF. Precedentes. II - Agravo
regimental improvido” (RE 644.298-AgR, Rel. Min. Ricardo
Lewandowski, Segunda Turma, DJe 25.10.2012).
5. Por fim, ressalte-se a inadmissibilidade do recurso extraordinário
3
Supremo Tribunal Federal
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ARE 712.185 AGR / SP
Segunda Turma, DJe 13.10.2011).
4. Ademais, concluir de modo diverso do que decidido pela instância
ordinária a respeito da ocorrência do dano para fins de responsabilidade
civil do Estado demandaria a análise prévia das provas dos autos,
inviável em recurso extraordinário. Incide na espécie a Sumula n. 279 do
Supremo Tribunal Federal.
Nesse sentido:
“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. CONVERSÃO EM
AGRAVO REGIMENTAL. RESPONSABILIDADE CIVIL DO
ESTADO. INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS.
IMPOSSIBILIDADE DE REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-
PROBATÓRIO. INCIDÊNCIA DA SÚMULA N. 279 DO
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. PRECEDENTES. AGRAVO
REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (ARE
669.763-ED, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 20.6.2012).
E:
“AGRAVO
REGIMENTAL
EM
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO.
ADMINISTRATIVO.
SERVIDOR
PÚBLICO. ATRASO NO CÔMPUTO DE TEMPO DE SERVIÇO
ESPECIAL
PARA
FINS
DE
APOSENTADORIA.
RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO. NECESSIDADE DE
REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO. SÚMULA
279 DO STF. AGRAVO IMPROVIDO. I - Inviável em recurso
extraordinário o reexame do conjunto fático-probatório constante dos
autos. Incide, no caso, a Súmula 279 do STF. Precedentes. II - Agravo
regimental improvido” (RE 644.298-AgR, Rel. Min. Ricardo
Lewandowski, Segunda Turma, DJe 25.10.2012).
5. Por fim, ressalte-se a inadmissibilidade do recurso extraordinário
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Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
ARE 712.185 AGR / SP
pela alínea b do inc. III do art. 102 da Constituição da República, pois o
Tribunal de origem não declarou a inconstitucionalidade de norma legal.
Ao contrário, o Tribunal a quo limitou-se a interpretar e aplicar a
legislação infraconstitucional (Decreto-Lei n. 3.365/1941).
6. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental.
4
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
ARE 712.185 AGR / SP
pela alínea b do inc. III do art. 102 da Constituição da República, pois o
Tribunal de origem não declarou a inconstitucionalidade de norma legal.
Ao contrário, o Tribunal a quo limitou-se a interpretar e aplicar a
legislação infraconstitucional (Decreto-Lei n. 3.365/1941).
6. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental.
4
Supremo Tribunal Federal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 8
Decisão de Julgamento
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712.185
PROCED. : SÃO PAULO
RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
AGDO.(A/S) : GINNZA ARTES GRÁFICAS E EDITORA LTDA
ADV.(A/S) : RENATA LATANSIO C RIBEIRO E OUTRO(A/S)
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausentes,
justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim
Barbosa. 2ª Turma, 13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra
Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros
Celso de Mello e Joaquim Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
P/ Fabiane Duarte
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3150150
Supremo Tribunal Federal
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712.185
PROCED. : SÃO PAULO
RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
AGDO.(A/S) : GINNZA ARTES GRÁFICAS E EDITORA LTDA
ADV.(A/S) : RENATA LATANSIO C RIBEIRO E OUTRO(A/S)
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausentes,
justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim
Barbosa. 2ª Turma, 13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra
Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros
Celso de Mello e Joaquim Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
P/ Fabiane Duarte
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3150150
Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 8
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3157252 | 2012-11-13T00:00:00 | 2012-12-04T00:00:00 | A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 13.11.2012. | AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO | EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. 1. RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA DO ESTADO. CONTROVÉRSIA SOBRE O DANO. REEXAME DE FATOS E PROVAS. SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. 2. APLICAÇÃO DO DECRETO–LEI N. 3.365/1941 À AÇÃO INDENIZATÓRIA POR DESAPROPRIAÇÃO DO IMÓVEL LOCADO: OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. 3. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. | sjur220564 | - Acórdãos citados:
(OFENSA REFLEXA)
STF: RE 455970 AgR (1ªT), AI 763874 AgR (2ªT);
(SÚMULA 279)
STF: ARE 669763 ED (1ªT), RE 644298 AgR (2ªT).
Número de páginas: 8.
Análise: 18/12/2012, MAC. | CÁRMEN LÚCIA | Segunda Turma | 712185 | [
"LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00102 INC-00003 LET-B \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n\r\n",
"LEG-FED DEL-003365 ANO-1941\r\n ART-00014 ART-00015 ART-0015A REDAÇÃO DADA PELA MPR-2183/2001\r\n ART-00033 PAR-00002 \r\n LDUP-1941 LEI DE DESAPROPRIAÇÃO POR UTILIDADE PÚBLICA\r\n\r\n",
"LEG-FED MPR-002183 ANO-2001\r\n MEDIDA PROVISÓRIA\r\n\r\n",
"LEG-FED SUMSTF-000279 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF"
] | ARE-AgR | acordaos | ARE 712185 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
AGDO.(A/S) : GINNZA ARTES GRÁFICAS E EDITORA LTDA
ADV.(A/S) : RENATA LATANSIO C RIBEIRO E OUTRO(A/S) | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712 . 185",
"SÚMULA N . 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL",
"RE 455 . 970 - AgR",
"RE 455 . 970 - AgR",
"ARE 712 . 185 AGR / SP",
"ARE 712 . 185 AGR / SP",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM",
"Agravo de Instrumento n . 923 . 938 - 5 / 9 - 00",
"AGRAVO 712 . 185",
"Agravo de Instrumento n . 923 . 938 - 5 / 9 - 00",
"ARE 712 . 185 AGR / SP",
"Súmula [UNK] 636 / STF",
"RE 455 . 970 - AgR",
"SÚMULA 279 / STF",
"AI 763 . 874 - AgR",
"ARE 712 . 185 AGR / SP",
"Súmula [UNK] 636 / STF",
"RE 455 . 970 - AgR",
"SÚMULA 279 / STF",
"AI 763 . 874 - AgR",
"Sumula n . 279 do Supremo Tribunal Federal",
"SÚMULA N . 279 DO SUPREMO",
"ARE 669 . 763 - ED",
"SÚMULA 279 DO STF",
"Súmula 279 do STF",
"RE 644 . 298 - AgR",
"ARE 712 . 185 AGR / SP",
"Sumula n . 279 do Supremo Tribunal Federal",
"SÚMULA N . 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL",
"ARE 669 . 763 - ED",
"SÚMULA 279 DO STF",
"Súmula 279 do STF",
"RE 644 . 298 - AgR",
"ARE 712 . 185 AGR / SP",
"ARE 712 . 185 AGR / SP"
],
"LEGISLACAO": [
"LEI N . 3 . 365 / 1941",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Decreto",
"-",
"Lei n . 3 . 365 / 1941",
"Decreto",
"-",
"Lei n . 3 . 365",
"Constituição da República",
"alínea b do inc . III do art . 102 da Constituição da República",
"Decreto",
"-",
"Lei n . 3 . 365 / 1941",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Decreto",
"-",
"Lei n . 3 . 365 / 1941",
"Decreto",
"-",
"Lei n . 3 . 365 / 1941",
"Constituição da República",
"alínea b do inc . III do art . 102 da Constituição da República",
"Decreto",
"-",
"Lei n . 3 . 365 / 1941",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 544 , § [UNK] , inc . II , alínea a , do Código de Processo Civil",
"art . 21 , § [UNK] , do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal",
"artigo 37 , § [UNK] , da Constituição Federal",
"artigo 100 da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 544 , § [UNK] , inc . II , alínea a , do Código de Processo Civil",
"art . 21 , § [UNK] , do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal",
"artigo 37 , § [UNK] , da Constituição Federal",
"artigo 100 da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigos 14 , 15 e 33 , § [UNK] , todos do Decreto -",
"Lei n . 3 . 365 / 41",
"Decreto",
"-",
"Lei n . 3 . 365 / 1941",
"lei geral das desapropriações",
"Decreto lei n . 3 . 365 / 41",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigos 14 , 15 e 33 , § [UNK] , todos do Decreto - Lei n . 3 . 365 / 41",
"Decreto",
"-",
"Lei n . 3 . 365 / 1941",
"lei geral das",
"Decreto lei n . 3 . 365 / 41",
"MP n° 2 . 200",
"Dec",
".",
"Lei 3 . 365 / 41",
"Medida Provisória 2 . 183 / 01",
"Decreto",
"-",
"Lei 3 . 365 / 1945",
"Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Dec",
".",
"Lei 3 . 365 / 41",
"Medida Provisória 2 . 183 / 01",
"Decreto",
"-",
"Lei 3 . 365 / 1945",
"Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"alínea b do inc . III do art . 102 da Constituição da República",
"Decreto",
"-",
"Lei n . 3 . 365 / 1941",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"alínea b do inc . III do art . 102 da Constituição da República",
"Decreto",
"-",
"Lei n . 3 . 365 / 1941",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"Brasília",
"SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"Estado de São Paulo",
"SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"Estado de São Paulo",
"Estado de São Paulo",
"Estado de São Paulo",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO"
],
"ORGANIZACAO": [
"SEGUNDA TURMA",
"GINNZA ARTES GRÁFICAS E EDITORA LTDA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"GINNZA ARTES GRÁFICAS E EDITORA LTDA",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"GINNZA ARTES GRÁFICAS E EDITORA LTDA",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Segunda Turma",
"Primeira Turma",
"AGRAVO",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Primeira Turma",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"GINNZA ARTES GRÁFICAS E EDITORA LTDA",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"GINNZA ARTES GRÁFICAS E EDITORA LTDA",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"CÁRMEN LÚCIA",
"RENATA LATANSIO C RIBEIRO",
"Ricardo Lewandowski",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"RENATA LATANSIO C RIBEIRO",
"CÁRMEN LÚCIA",
"Dias Toffoli",
"CÁRMEN LÚCIA",
"RENATA LATANSIO C RIBEIRO",
"CÁRMEN LÚCIA",
"Dias Toffoli",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"Regina Helena da Silva Simões",
"CÁRMEN LÚCIA",
"Regina Helena da Silva Simões",
"CÁRMEN LÚCIA",
"Dias Toffoli",
"Ayres Britto",
"Dias Toffoli",
"Ayres Britto",
"CÁRMEN LÚCIA",
"Ricardo Lewandowski",
"Ricardo Lewandowski",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"RENATA LATANSIO C RIBEIRO",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos",
"Fabiane Duarte",
"RENATA LATANSIO C RIBEIRO",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos",
"Fabiane Duarte"
],
"TEMPO": [
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"13 de novembro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"04",
"/",
"12",
"/",
"2012",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"15 de outubro de 2012",
"26",
".",
"4",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"15 de outubro de 2012",
"26",
".",
"4",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"22",
".",
"10",
".",
"2012",
"25",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"22",
".",
"10",
".",
"2012",
"25",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"21",
"/",
"09",
"/",
"2009",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"21",
"/",
"09",
"/",
"2009",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"26",
".",
"4",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"26",
".",
"4",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
".",
"10",
".",
"2011",
"20",
".",
"6",
".",
"2012",
"25",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
".",
"10",
".",
"2011",
"20",
".",
"6",
".",
"2012",
"25",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 662.169
PARAÍBA
RELATOR
: MIN. GILMAR MENDES
AGTE.(S)
:NORMANDO PAULO DE SOUZA FILHO
ADV.(A/S)
:MICHEL SALIBA OLIVEIRA E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA
Agravo regimental em recurso extraordinário com agravo. 1.
Depósito de multa recursal decorrente do caráter procrastinatório de
recurso interposto no Tribunal Superior Eleitoral. Ausência de
recolhimento. Não preenchimento de pressuposto objetivo de
admissibilidade do recurso extraordinário. Precedentes. 2. Matéria
eleitoral de caráter infraconstitucional. A jurisprudência do Supremo
Tribunal Federal está consolidada no sentido de que não devem ser
conhecidos recursos extraordinários cuja análise da alegada ofensa à
Constituição requeira exame prévio da legislação eleitoral comum ou
complementar, especialmente o Código Eleitoral e a Lei de
Inelegibilidades. Precedentes. 3. Agravo regimental a que se nega
provimento.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os ministros do
Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a presidência do
Senhor Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de
julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, negar
provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator.
Brasília, 13 de novembro de 2012.
Ministro GILMAR MENDES
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3117150.
Supremo Tribunal Federal
DJe 07/12/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 8
Ementa e Acórdão
ARE 662.169 AGR / PB
Relator
Documento assinado digitalmente
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
ARE 662.169 AGR / PB
Relator
Documento assinado digitalmente
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Relatório
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 662.169
PARAÍBA
RELATOR
: MIN. GILMAR MENDES
AGTE.(S)
:NORMANDO PAULO DE SOUZA FILHO
ADV.(A/S)
:MICHEL SALIBA OLIVEIRA E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (RELATOR): Trata-se de
agravo regimental interposto contra decisão monocrática de fls. 457-464,
de minha relatoria, que negou provimento ao recurso interposto, tendo
por base o não preenchimento de pressuposto objetivo de recorribilidade
– depósito de multa recursal – e a ausência de violação direta ao texto da
Constituição Federal, haja vista ser imprescindível, no caso, o exame da
legislação eleitoral ordinária para deslinde da controvérsia.
No agravo regimental, sustenta-se, em síntese, que houve violação
ao princípio da inafastabilidade da prestação jurisdicional (art. 5º, XXXV,
da CF), pelo que, afirma-se, a violação ao texto constitucional é direta.
É o breve relatório.
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Supremo Tribunal Federal
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 662.169
PARAÍBA
RELATOR
: MIN. GILMAR MENDES
AGTE.(S)
:NORMANDO PAULO DE SOUZA FILHO
ADV.(A/S)
:MICHEL SALIBA OLIVEIRA E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (RELATOR): Trata-se de
agravo regimental interposto contra decisão monocrática de fls. 457-464,
de minha relatoria, que negou provimento ao recurso interposto, tendo
por base o não preenchimento de pressuposto objetivo de recorribilidade
– depósito de multa recursal – e a ausência de violação direta ao texto da
Constituição Federal, haja vista ser imprescindível, no caso, o exame da
legislação eleitoral ordinária para deslinde da controvérsia.
No agravo regimental, sustenta-se, em síntese, que houve violação
ao princípio da inafastabilidade da prestação jurisdicional (art. 5º, XXXV,
da CF), pelo que, afirma-se, a violação ao texto constitucional é direta.
É o breve relatório.
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 8
Voto - MIN. GILMAR MENDES
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 662.169
PARAÍBA
V O T O
O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (RELATOR): As razões do
agravo regimental são insuficientes para desconstituir a decisão
agravada, a qual corretamente entendeu que não foi preenchido requisito
de admissibilidade do recurso extraordinário – depósito de multa
recursal – e que as razões do presente recurso estão fundadas em
questões infraconstitucionais.
Inicialmente, verifica-se, conforme consignado na decisão agravada,
que a decisão do Tribunal Superior Eleitoral encontra consonância com
jurisprudência desta Corte no sentido de que a admissibilidade de
recurso fica sujeita ao recolhimento da multa imposta, matéria esta
relativa a pressuposto de recorribilidade.
Nesse sentido, leiam-se os seguintes julgados: RE-AgR-ED-ED-EDv-
AgR 421.102, rel. Min. Ricardo Lewandowski, DJe 13.12.2010; RE-AgR-
ED 505.623, rel. Min. Ellen Gracie, DJe 28.8.2009; e AI-AgR 683.224, rel.
Min. Marco Aurélio, DJe 21.8.2009, este último a seguir ementado:
“EMBARGOS DECLARATÓRIOS – MULTA –
INTERPOSIÇÃO DE RECURSO. A admissibilidade de recurso
fixa jungida ao recolhimento da multa imposta ante o disposto
no artigo 538, parágrafo único, do Código de Processo Civil,
sendo a matéria, porque ligada aos pressupostos de
recorribilidade, passível de exame independentemente de
provocação da parte interessada.
RECURSO EXTRAORDINÁRIO – INDICAÇÃO DO
PERMISSIVO CONSTITUCIONAL – FORMALIDADE
ESSENCIAL. A teor do disposto no artigo 321 do Regimento
Interno do Supremo Tribunal Federal, o recorrente deve indicar,
na petição de encaminhamento do extraordinário, o permissivo
constitucional que o autoriza. A importância do tema de fundo
não é de molde a colocar em plano secundário a disciplina da
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Supremo Tribunal Federal
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 662.169
PARAÍBA
V O T O
O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (RELATOR): As razões do
agravo regimental são insuficientes para desconstituir a decisão
agravada, a qual corretamente entendeu que não foi preenchido requisito
de admissibilidade do recurso extraordinário – depósito de multa
recursal – e que as razões do presente recurso estão fundadas em
questões infraconstitucionais.
Inicialmente, verifica-se, conforme consignado na decisão agravada,
que a decisão do Tribunal Superior Eleitoral encontra consonância com
jurisprudência desta Corte no sentido de que a admissibilidade de
recurso fica sujeita ao recolhimento da multa imposta, matéria esta
relativa a pressuposto de recorribilidade.
Nesse sentido, leiam-se os seguintes julgados: RE-AgR-ED-ED-EDv-
AgR 421.102, rel. Min. Ricardo Lewandowski, DJe 13.12.2010; RE-AgR-
ED 505.623, rel. Min. Ellen Gracie, DJe 28.8.2009; e AI-AgR 683.224, rel.
Min. Marco Aurélio, DJe 21.8.2009, este último a seguir ementado:
“EMBARGOS DECLARATÓRIOS – MULTA –
INTERPOSIÇÃO DE RECURSO. A admissibilidade de recurso
fixa jungida ao recolhimento da multa imposta ante o disposto
no artigo 538, parágrafo único, do Código de Processo Civil,
sendo a matéria, porque ligada aos pressupostos de
recorribilidade, passível de exame independentemente de
provocação da parte interessada.
RECURSO EXTRAORDINÁRIO – INDICAÇÃO DO
PERMISSIVO CONSTITUCIONAL – FORMALIDADE
ESSENCIAL. A teor do disposto no artigo 321 do Regimento
Interno do Supremo Tribunal Federal, o recorrente deve indicar,
na petição de encaminhamento do extraordinário, o permissivo
constitucional que o autoriza. A importância do tema de fundo
não é de molde a colocar em plano secundário a disciplina da
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 8
Voto - MIN. GILMAR MENDES
ARE 662.169 AGR / PB
matéria”.
Ademais, a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal está
consolidada no sentido de que não devem ser conhecidos os recursos
extraordinários cuja análise da alegada ofensa à Constituição requeira
exame prévio da legislação eleitoral comum ou complementar,
especialmente o Código Eleitoral e a Lei de Inelegibilidades. Nesse
sentido, cito o acórdão da Segunda Turma no AI-AgR n. 761.324/MG, rel.
Min. Celso de Mello (DJ 2.3.2010), cuja ementa possui o seguinte teor:
“AGRAVO DE INSTRUMENTO - ALEGADA VIOLAÇÃO
A PRECEITOS INSCRITOS NA CONSTITUIÇÃO DA
REPÚBLICA - AUSÊNCIA DE OFENSA DIRETA À
CONSTITUIÇÃO - CONTENCIOSO DE MERA LEGALIDADE
- RECURSO IMPROVIDO.
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO
EM
MATÉRIA
ELEITORAL E OFENSA REFLEXA.
A alegação de ofensa ao texto constitucional, cuja
invocação reclame exame prévio e necessário da legislação
comum (ordinária ou complementar), mesmo que se trate de
matéria eleitoral, não viabiliza o trânsito do recurso
extraordinário, eis que a verificação de desrespeito à
Constituição Federal dependerá, sempre, da análise do Código
Eleitoral, da Lei de Inelegibilidade e de outros diplomas
legislativos equivalentes. Precedentes.”
Esse é o entendimento que tenho observado, tal como demonstra o
julgamento do AI n. 505.766, DJ 10.9.2004, assim ementado:
“Agravo regimental em agravo de instrumento. 2.
Controvérsia decidida pelo Tribunal Superior Eleitoral à luz da
legislação infraconstitucional. Ausência de ofensa à
Constituição Federal. 3. Agravo regimental a que se nega
2
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Supremo Tribunal Federal
ARE 662.169 AGR / PB
matéria”.
Ademais, a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal está
consolidada no sentido de que não devem ser conhecidos os recursos
extraordinários cuja análise da alegada ofensa à Constituição requeira
exame prévio da legislação eleitoral comum ou complementar,
especialmente o Código Eleitoral e a Lei de Inelegibilidades. Nesse
sentido, cito o acórdão da Segunda Turma no AI-AgR n. 761.324/MG, rel.
Min. Celso de Mello (DJ 2.3.2010), cuja ementa possui o seguinte teor:
“AGRAVO DE INSTRUMENTO - ALEGADA VIOLAÇÃO
A PRECEITOS INSCRITOS NA CONSTITUIÇÃO DA
REPÚBLICA - AUSÊNCIA DE OFENSA DIRETA À
CONSTITUIÇÃO - CONTENCIOSO DE MERA LEGALIDADE
- RECURSO IMPROVIDO.
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO
EM
MATÉRIA
ELEITORAL E OFENSA REFLEXA.
A alegação de ofensa ao texto constitucional, cuja
invocação reclame exame prévio e necessário da legislação
comum (ordinária ou complementar), mesmo que se trate de
matéria eleitoral, não viabiliza o trânsito do recurso
extraordinário, eis que a verificação de desrespeito à
Constituição Federal dependerá, sempre, da análise do Código
Eleitoral, da Lei de Inelegibilidade e de outros diplomas
legislativos equivalentes. Precedentes.”
Esse é o entendimento que tenho observado, tal como demonstra o
julgamento do AI n. 505.766, DJ 10.9.2004, assim ementado:
“Agravo regimental em agravo de instrumento. 2.
Controvérsia decidida pelo Tribunal Superior Eleitoral à luz da
legislação infraconstitucional. Ausência de ofensa à
Constituição Federal. 3. Agravo regimental a que se nega
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 8
Voto - MIN. GILMAR MENDES
ARE 662.169 AGR / PB
provimento.”
Ressalto, ainda, os seguintes julgados sobre o assunto:
“DIREITO ELEITORAL E PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO
REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO.
PRESSUPOSTO DE ADMISSIBILIDADE DE RECURSO
ESPECIAL. INEXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL.
ALEGAÇÃO DE OFENSA AO DEVIDO PROCESSO LEGAL.
MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA REFLEXA. 1.
Inviabilidade do processamento do extraordinário para debater
matéria relacionada à má interpretação ou inobservância de
normas de direito eleitoral material e processual, por ser reflexa
a alegada ofensa ao devido processo legal. Precedentes. 2. O
Supremo Tribunal Federal manifestou-se pela inexistência de
repercussão geral da matéria relacionada a pressuposto de
admissibilidade de recurso da competência de Corte diversa, no
RE 598.365/MG, rel. Min. Carlos Britto. 3. Agravo regimental
improvido”. (AI 768911 AgR, Rel. Min. Ellen Gracie, DJ
11.3.2010)
“CONSTITUCIONAL.
PROCESSO
ELEITORAL.
MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA INDIRETA.
ALEGADA VIOLAÇÃO AO ART. 5º, LIV E LV, DA
CONSTITUIÇÃO.
OFENSA
REFLEXA.
AGRAVO
IMPROVIDO. I - O TSE decidiu a causa à luz da legislação
infraconstitucional cabível à espécie. A violação ao texto
constitucional, se ocorrente, seria indireta. II - A jurisprudência
da Corte é no sentido de que a alegada violação ao art. 5º, LIV e
LV, da Constituição, pode configurar, quando muito, situação
de ofensa reflexa ao texto constitucional, por demandar a
análise de legislação processual ordinária. III - Agravo
regimental improvido”. (AI 707204 AgR, Rel. Min. Ricardo
Lewandowski, DJ 15.5.2009)
“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE
3
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documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3117152.
Supremo Tribunal Federal
ARE 662.169 AGR / PB
provimento.”
Ressalto, ainda, os seguintes julgados sobre o assunto:
“DIREITO ELEITORAL E PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO
REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO.
PRESSUPOSTO DE ADMISSIBILIDADE DE RECURSO
ESPECIAL. INEXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL.
ALEGAÇÃO DE OFENSA AO DEVIDO PROCESSO LEGAL.
MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA REFLEXA. 1.
Inviabilidade do processamento do extraordinário para debater
matéria relacionada à má interpretação ou inobservância de
normas de direito eleitoral material e processual, por ser reflexa
a alegada ofensa ao devido processo legal. Precedentes. 2. O
Supremo Tribunal Federal manifestou-se pela inexistência de
repercussão geral da matéria relacionada a pressuposto de
admissibilidade de recurso da competência de Corte diversa, no
RE 598.365/MG, rel. Min. Carlos Britto. 3. Agravo regimental
improvido”. (AI 768911 AgR, Rel. Min. Ellen Gracie, DJ
11.3.2010)
“CONSTITUCIONAL.
PROCESSO
ELEITORAL.
MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA INDIRETA.
ALEGADA VIOLAÇÃO AO ART. 5º, LIV E LV, DA
CONSTITUIÇÃO.
OFENSA
REFLEXA.
AGRAVO
IMPROVIDO. I - O TSE decidiu a causa à luz da legislação
infraconstitucional cabível à espécie. A violação ao texto
constitucional, se ocorrente, seria indireta. II - A jurisprudência
da Corte é no sentido de que a alegada violação ao art. 5º, LIV e
LV, da Constituição, pode configurar, quando muito, situação
de ofensa reflexa ao texto constitucional, por demandar a
análise de legislação processual ordinária. III - Agravo
regimental improvido”. (AI 707204 AgR, Rel. Min. Ricardo
Lewandowski, DJ 15.5.2009)
“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE
3
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Voto - MIN. GILMAR MENDES
ARE 662.169 AGR / PB
INSTRUMENTO. ELEITORAL. INDEFERIMENTO DE
REGISTRO
DE
CANDIDATURA.
MATÉRIA
INFRACONSTITUCIONAL. SÚMULA 279/STF. 1. Controvérsia
decidida à luz de norma infraconstitucional. Ofensa indireta à
Constituição do Brasil. 2. Reexame de fatos e provas.
Inviabilidade do recurso extraordinário. Súmula n. 279 do
Supremo Tribunal Federal. 3. As alegações de desrespeito aos
postulados da legalidade, do devido processo legal, da
motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da
coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de
reexame prévio de normas inferiores, podem configurar,
quando muito, situações de violação meramente reflexa do
texto da Constituição. Agravo regimental a que se nega
provimento”. (AI 734869 AgR, Rel. Min. Eros Grau, DJ
17.4.2009)
É certo, por outro lado, que, em muitos casos, relevantes questões
constitucionais em matéria eleitoral envolverão alguma interpretação de
legislação infraconstitucional, principalmente nas hipóteses em que se
discuta a constitucionalidade dessa legislação. Este, no entanto, não é o
que revelado no presente processo.
Com essas considerações, nego provimento ao agravo regimental.
É como voto.
4
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Supremo Tribunal Federal
ARE 662.169 AGR / PB
INSTRUMENTO. ELEITORAL. INDEFERIMENTO DE
REGISTRO
DE
CANDIDATURA.
MATÉRIA
INFRACONSTITUCIONAL. SÚMULA 279/STF. 1. Controvérsia
decidida à luz de norma infraconstitucional. Ofensa indireta à
Constituição do Brasil. 2. Reexame de fatos e provas.
Inviabilidade do recurso extraordinário. Súmula n. 279 do
Supremo Tribunal Federal. 3. As alegações de desrespeito aos
postulados da legalidade, do devido processo legal, da
motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da
coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de
reexame prévio de normas inferiores, podem configurar,
quando muito, situações de violação meramente reflexa do
texto da Constituição. Agravo regimental a que se nega
provimento”. (AI 734869 AgR, Rel. Min. Eros Grau, DJ
17.4.2009)
É certo, por outro lado, que, em muitos casos, relevantes questões
constitucionais em matéria eleitoral envolverão alguma interpretação de
legislação infraconstitucional, principalmente nas hipóteses em que se
discuta a constitucionalidade dessa legislação. Este, no entanto, não é o
que revelado no presente processo.
Com essas considerações, nego provimento ao agravo regimental.
É como voto.
4
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Decisão de Julgamento
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 662.169
PROCED. : PARAÍBA
RELATOR : MIN. GILMAR MENDES
AGTE.(S) : NORMANDO PAULO DE SOUZA FILHO
ADV.(A/S) : MICHEL SALIBA OLIVEIRA E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto do Relator. Ausentes,
justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim
Barbosa. 2ª Turma, 13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra
Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros
Celso de Mello e Joaquim Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
P/ Fabiane Duarte
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 662.169
PROCED. : PARAÍBA
RELATOR : MIN. GILMAR MENDES
AGTE.(S) : NORMANDO PAULO DE SOUZA FILHO
ADV.(A/S) : MICHEL SALIBA OLIVEIRA E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto do Relator. Ausentes,
justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim
Barbosa. 2ª Turma, 13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra
Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros
Celso de Mello e Joaquim Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
P/ Fabiane Duarte
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 8
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3164764 | 2012-11-13T00:00:00 | 2012-12-07T00:00:00 | A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 13.11.2012. | AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO | Agravo regimental em recurso extraordinário com agravo. 1. Depósito de multa recursal decorrente do caráter procrastinatório de recurso interposto no Tribunal Superior Eleitoral. Ausência de recolhimento. Não preenchimento de pressuposto objetivo de admissibilidade do recurso extraordinário. Precedentes. 2. Matéria eleitoral de caráter infraconstitucional. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal está consolidada no sentido de que não devem ser conhecidos recursos extraordinários cuja análise da alegada ofensa à Constituição requeira exame prévio da legislação eleitoral comum ou complementar, especialmente o Código Eleitoral e a Lei de Inelegibilidades. Precedentes. 3. Agravo regimental a que se nega provimento. | sjur220989 | Número de páginas: 8.
Análise: 18/01/2013, BMB. | GILMAR MENDES | Segunda Turma | 662169 | null | ARE-AgR | acordaos | ARE 662169 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : NORMANDO PAULO DE SOUZA FILHO
ADV.(A/S) : MICHEL SALIBA OLIVEIRA E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA
ADV.(A/S) : AMANDA ANDRADE SOARES DA SILVA | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 662 . 169",
"ARE 662 . 169 AGR / PB",
"ARE 662 . 169 AGR / PB",
"RE",
"-",
"AgR",
"-",
"ED",
"-",
"ED",
"-",
"EDv",
"-",
"AgR 421 . 102",
"RE",
"-",
"AgR",
"-",
"ED 505 . 623",
"AI",
"-",
"AgR 683 . 224",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM",
"-",
"AgR 421 . 102",
"RE",
"-",
"AgR",
"-",
"ED 505 . 623",
"AI",
"-",
"AgR 683 . 224",
"AI",
"-",
"AgR n . 761 . 324 / MG",
"AI n . 505 . 766",
"ARE 662 . 169",
"AI",
"-",
"AgR n . 761 . 324 / MG",
"AI n . 505 . 766",
"ARE 662 . 169 AGR /",
"RE 598 . 365 / MG",
"AI 768911 AgR",
"AI 707204 AgR",
"ARE 662 . 169 AGR / PB",
"RE 598 . 365 / MG",
"AI 768911 AgR",
"AI 707204 AgR",
"ARE 662 . 169 AGR / PB",
"SÚMULA 279 / STF",
"Súmula n . 279 do Supremo Tribunal Federal",
"ARE 662 . 169 AGR / PB",
"SÚMULA 279 / STF",
"Súmula n . 279 do Supremo Tribunal Federal",
"AI 734869 AgR"
],
"LEGISLACAO": [
"Constituição",
"Código Eleitoral",
"Lei de Inelegibilidades",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição Federal",
"art . [UNK] , XXXV , da CF",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição Federal",
"art . [UNK] , XXXV , da CF",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 538 , parágrafo único , do Código de Processo Civil",
"artigo 321 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 538 , parágrafo único , do Código de Processo Civil",
"artigo 321 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição",
"Código Eleitoral",
"Lei de Inelegibilidades",
"CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA",
"Constituição Federal",
"Código Eleitoral",
"Lei de Inelegibilidade",
"Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Código Eleitoral",
"Lei de Inelegibilidades",
"CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA",
"Constituição Federal",
"Código Eleitoral",
"Lei de",
"Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ART . [UNK] , LIV E LV , DA CONSTITUIÇÃO",
"art . [UNK] , LIV e LV , da Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ART . [UNK] , LIV E LV , DA CONSTITUIÇÃO",
"art . [UNK] , LIV e LV , da Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição do Brasil",
"Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição do Brasil",
"Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"PARAÍBA",
"Brasília",
"PARAÍBA",
"PARAÍBA",
"PARAÍBA",
"PARAÍBA",
"PARAÍBA",
"PARAÍBA"
],
"ORGANIZACAO": [
"SEGUNDA TURMA",
"MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL",
"Tribunal Superior Eleitoral",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"Tribunal Superior Eleitoral",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"Tribunal Superior Eleitoral",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Tribunal Superior Eleitoral",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Tribunal Superior Eleitoral",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"TSE",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"TSE",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"GILMAR MENDES",
"NORMANDO PAULO DE SOUZA FILHO",
"MICHEL SALIBA OLIVEIRA",
"Ricardo Lewandowski",
"GILMAR MENDES",
"GILMAR MENDES",
"NORMANDO PAULO DE SOUZA FILHO",
"MICHEL SALIBA OLIVEIRA",
"GILMAR MENDES",
"GILMAR MENDES",
"NORMANDO PAULO DE SOUZA FILHO",
"MICHEL SALIBA OLIVEIRA",
"GILMAR MENDES",
"GILMAR MENDES",
"GILMAR MENDES",
"Ricardo Lewandowski",
"Ellen Gracie",
"Marco Aurélio",
"GILMAR MENDES",
"Ricardo Lewandowski",
"Ellen Gracie",
"Marco Aurélio",
"GILMAR MENDES",
"Celso de Mello",
"Celso de Mello",
"GILMAR MENDES",
"Carlos Britto",
"Ellen Gracie",
"Ricardo Lewandowski",
"Carlos Britto",
"Ellen Gracie",
"Ricardo Lewandowski",
"GILMAR MENDES",
"Eros Grau",
"Eros Grau",
"GILMAR MENDES",
"NORMANDO PAULO DE SOUZA FILHO",
"MICHEL SALIBA OLIVEIRA",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos",
"GILMAR MENDES",
"NORMANDO PAULO DE SOUZA FILHO",
"MICHEL SALIBA OLIVEIRA",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos",
"Fabiane Duarte"
],
"TEMPO": [
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"13 de novembro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"07",
"/",
"12",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"13",
".",
"12",
".",
"2010",
"28",
".",
"8",
".",
"2009",
"21",
".",
"8",
".",
"2009",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"13",
".",
"12",
".",
"2010",
"28",
".",
"8",
".",
"2009",
"21",
".",
"8",
".",
"2009",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"2",
".",
"3",
".",
"2010",
"10",
".",
"9",
".",
"2004",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"2",
".",
"3",
".",
"2010",
"10",
".",
"9",
".",
"2004",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
".",
"3",
".",
"2010",
"15",
".",
"5",
".",
"2009",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
".",
"3",
".",
"2010",
"15",
".",
"5",
".",
"2009",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"17",
".",
"4",
".",
"2009",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"17",
".",
"4",
".",
"2009",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
HABEAS CORPUS 112.611 PERNAMBUCO
RELATORA
: MIN. CÁRMEN LÚCIA
PACTE.(S)
:MYRIAN BARROS CAVALCANTE
PACTE.(S)
:ROGÉRIO CAVALCANTE LIPPO ACIOLI
IMPTE.(S)
:JOSE AUGUSTO BRANCO E OUTRO(A/S)
COATOR(A/S)(ES)
:SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
EMENTA: HABEAS CORPUS. PENAL. SONEGAÇÃO FISCAL.
PEDIDO PARA REDUÇÃO DA PENA-BASE. INDICAÇÃO DE
FUNDAMENTAÇÃO IDÔNEA PARA A VALORAÇÃO NEGATIVA DA
CIRCUNSTÂNCIA JUDICIAL DAS CONSEQUÊNCIAS DO CRIME.
IMPOSSIBILIDADE DE REEXAME, EM CONCRETO, DA SUFICIÊNCIA
DESSA CIRCUNSTÂNCIA.
1. Não há nulidade na decisão que majora a pena-base considerando
fundamentação idônea para ter como negativa a circunstância judicial das
consequências do crime. É inexigível a fundamentação exaustiva das
circunstâncias judiciais consideradas; a sentença deve ser lida em seu
todo. Precedentes.
2. Não se presta o habeas corpus para ponderar, em concreto, a
suficiência das circunstâncias judiciais invocadas pelas instâncias
antecedentes para a majoração da pena. Precedentes.
3. Ordem denegada.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do
Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a Presidência do
Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamento e
das notas taquigráficas, por unanimidade, em denegar a ordem, nos
termos do voto da Relatora. Ausentes, justificadamente, os Ministros
Celso de Mello e Joaquim Barbosa.
Brasília, 13 de novembro de 2012.
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
DJe 04/12/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 12
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Ementa e Acórdão
HC 112.611 / PE
Ministra CÁRMEN LÚCIA - Relatora
2
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
HC 112.611 / PE
Ministra CÁRMEN LÚCIA - Relatora
2
Supremo Tribunal Federal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 12
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Relatório
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
HABEAS CORPUS 112.611 PERNAMBUCO
RELATORA
: MIN. CÁRMEN LÚCIA
PACTE.(S)
:MYRIAN BARROS CAVALCANTE
PACTE.(S)
:ROGÉRIO CAVALCANTE LIPPO ACIOLI
IMPTE.(S)
:JOSE AUGUSTO BRANCO E OUTRO(A/S)
COATOR(A/S)(ES)
:SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
R E L A T Ó R I O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA (RELATORA):
1. Habeas corpus, sem pedido de medida liminar, impetrado por JOSÉ
AUGUSTO BRANCO e outro, advogados, em favor de MYRIAN
BARROS CAVALCANTE e ROGÉRIO CAVALCANTE LIPPO ACIOLI,
contra julgado da Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça, que, em
28.2.2012, ao julgar o Habeas Corpus n. 154.729, concedeu parcialmente a
ordem, nos termos do voto do Relator, Ministro Jorge Mussi, “para,
afastada a valoração negativa da circunstância judicial da culpabilidade,
redimensionar a pena de cada paciente definitivamente para 2 (dois) anos e 11
(onze) meses de reclusão, e pagamento de 60 (sessenta) dias-multa, mantidos os
demais termos da sentença condenatória e do acórdão impugnado”.
O caso
2. Tem-se nos autos que os Pacientes foram denunciados como
incursos nas penas do art. 1º, inc. II e V, da Lei n. 8.137/1990 c/c arts. 29 e
71 do Código Penal. Expõe a denúncia:
“MYRIAM BARROS CAVALCANTE, devidamente
qualificada nos autos, foi denunciada pelo Ministério Público
Estadual em virtude de, no período de janeiro de 1995 a dezembro de
1997, ter, por reiteradas vezes, suprimido pagamento do ISS incidente
sobre a receita de prestação de serviços auferida por empresa de sua
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
HABEAS CORPUS 112.611 PERNAMBUCO
RELATORA
: MIN. CÁRMEN LÚCIA
PACTE.(S)
:MYRIAN BARROS CAVALCANTE
PACTE.(S)
:ROGÉRIO CAVALCANTE LIPPO ACIOLI
IMPTE.(S)
:JOSE AUGUSTO BRANCO E OUTRO(A/S)
COATOR(A/S)(ES)
:SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
R E L A T Ó R I O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA (RELATORA):
1. Habeas corpus, sem pedido de medida liminar, impetrado por JOSÉ
AUGUSTO BRANCO e outro, advogados, em favor de MYRIAN
BARROS CAVALCANTE e ROGÉRIO CAVALCANTE LIPPO ACIOLI,
contra julgado da Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça, que, em
28.2.2012, ao julgar o Habeas Corpus n. 154.729, concedeu parcialmente a
ordem, nos termos do voto do Relator, Ministro Jorge Mussi, “para,
afastada a valoração negativa da circunstância judicial da culpabilidade,
redimensionar a pena de cada paciente definitivamente para 2 (dois) anos e 11
(onze) meses de reclusão, e pagamento de 60 (sessenta) dias-multa, mantidos os
demais termos da sentença condenatória e do acórdão impugnado”.
O caso
2. Tem-se nos autos que os Pacientes foram denunciados como
incursos nas penas do art. 1º, inc. II e V, da Lei n. 8.137/1990 c/c arts. 29 e
71 do Código Penal. Expõe a denúncia:
“MYRIAM BARROS CAVALCANTE, devidamente
qualificada nos autos, foi denunciada pelo Ministério Público
Estadual em virtude de, no período de janeiro de 1995 a dezembro de
1997, ter, por reiteradas vezes, suprimido pagamento do ISS incidente
sobre a receita de prestação de serviços auferida por empresa de sua
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Relatório
HC 112.611 / PE
propriedade e administração, LIPPO CORRETORA DE SEGUROS
LTDA, em face da não escrituração da receita no Livro de Prestadores
de Serviço e da não emissão das respectivas notas fiscais.
Ocorre que, no correr da instrução, o filho da denunciada,
ROGÉRIO CAVALCANTE LIPPO ACIOLI, através das declarações
de fls. 196/197, informou a esse juízo que, na época do cometimento
reiterado da fraude, também era gestor da empresa autuada,
confirmando a não escrituração da receita no Livro de Prestadores de
Serviço e a não emissão das pertinentes notas fiscais”.
3. Em 26.9.2005, o juízo da Vara dos Crimes Contra a Administração
Pública e Ordem Tributária da Comarca de Recife/PE condenou cada um
dos Pacientes à pena de três anos e seis meses de reclusão, a ser cumprida
em regime aberto, substituída por duas penas restritivas de direitos para
ambos, e sessenta dias-multa.
4. A defesa dos Pacientes interpôs a Apelação Criminal n. 133.232-5,
à qual a Segunda Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Pernambuco
negou provimento em 4.6.2008:
“PENAL E FISCAL. Sonegação de imposto mediante fraude à
fiscalização tributária, não recolhimento de imposto sobre serviço e
ausência de emissão de notas fiscais em detrimento do erário
municipal. Preliminares de violação ao princípio da indivisibilidade da
ação penal, de questão prejudicial e de nulidade por cerceamento de
defesa inacolhidas. Teses de mérito rechassadas. Improvimento do
apelo. Decisão unânime”.
5. Foi impetrado o Habeas Corpus n. 154.729, Relator o Ministro Jorge
Mussi. Em 28.2.2012, a Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça
concedeu parcialmente a ordem “para, afastada a valoração negativa da
circunstância judicial da culpabilidade, redimensionar a pena de cada paciente
definitivamente para 2 (dois) anos e 11 (onze) meses de reclusão, e pagamento de
60 (sessenta) dias-multa, mantidos os demais termos da sentença condenatória e
do acórdão impugnado”. Esta a ementa desse julgado:
2
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HC 112.611 / PE
propriedade e administração, LIPPO CORRETORA DE SEGUROS
LTDA, em face da não escrituração da receita no Livro de Prestadores
de Serviço e da não emissão das respectivas notas fiscais.
Ocorre que, no correr da instrução, o filho da denunciada,
ROGÉRIO CAVALCANTE LIPPO ACIOLI, através das declarações
de fls. 196/197, informou a esse juízo que, na época do cometimento
reiterado da fraude, também era gestor da empresa autuada,
confirmando a não escrituração da receita no Livro de Prestadores de
Serviço e a não emissão das pertinentes notas fiscais”.
3. Em 26.9.2005, o juízo da Vara dos Crimes Contra a Administração
Pública e Ordem Tributária da Comarca de Recife/PE condenou cada um
dos Pacientes à pena de três anos e seis meses de reclusão, a ser cumprida
em regime aberto, substituída por duas penas restritivas de direitos para
ambos, e sessenta dias-multa.
4. A defesa dos Pacientes interpôs a Apelação Criminal n. 133.232-5,
à qual a Segunda Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Pernambuco
negou provimento em 4.6.2008:
“PENAL E FISCAL. Sonegação de imposto mediante fraude à
fiscalização tributária, não recolhimento de imposto sobre serviço e
ausência de emissão de notas fiscais em detrimento do erário
municipal. Preliminares de violação ao princípio da indivisibilidade da
ação penal, de questão prejudicial e de nulidade por cerceamento de
defesa inacolhidas. Teses de mérito rechassadas. Improvimento do
apelo. Decisão unânime”.
5. Foi impetrado o Habeas Corpus n. 154.729, Relator o Ministro Jorge
Mussi. Em 28.2.2012, a Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça
concedeu parcialmente a ordem “para, afastada a valoração negativa da
circunstância judicial da culpabilidade, redimensionar a pena de cada paciente
definitivamente para 2 (dois) anos e 11 (onze) meses de reclusão, e pagamento de
60 (sessenta) dias-multa, mantidos os demais termos da sentença condenatória e
do acórdão impugnado”. Esta a ementa desse julgado:
2
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Relatório
HC 112.611 / PE
“HABEAS
CORPUS.
SONEGAÇÃO
FISCAL.
DOSIMETRIA. PENA-BASE. CULPABILIDADE ELEVADA.
UTILIZAÇÃO
DE
ELEMENTARES
DO
TIPO.
CONSEQUÊNCIAS DO CRIME. DESFAVORABILIDADE.
FUNDAMENTAÇÃO CONCRETA E IDÔNEA. EXASPERAÇÃO
ACIMA DO MÍNIMO LEGAL EM PARTE JUSTIFICADA.
CONSTRANGIMENTO
ILEGAL
PARCIALMENTE
EVIDENCIADO.
1. Não há como admitir como elevada a culpabilidade dos
agentes ao argumento de terem cometido fraude contra a fiscalização
tributária como meio de auferir maiores lucros, pois são circunstâncias
inerentes ao próprio tipo penal violado (art. 1º, II e V, da Lei
8.137/90).
2. As consequências do crime, considerado o prejuízo da vítima,
no caso o Fisco, é justificativa suficiente para elevar a pena na
primeira etapa da dosimetria. Precedentes deste STJ.
3. Ordem concedida parcialmente para, afastada a valoração
negativa da circunstância judicial da culpabilidade, redimensionar a
pena de cada paciente definitivamente para 2 (dois) anos e 11 (onze)
meses de reclusão, e pagamento de60 (sessenta) dias-multa, mantidos
os demais termos da sentença condenatória e do acórdão impugnado”.
6. Esse julgado é o objeto do presente habeas corpus, no qual os
Impetrantes alegam que, embora a autoridade coatora tenha reduzido a
pena ao assentar que foi considerada equivocadamente a culpabilidade
acentuada em razão de “circunstâncias inerentes ao próprio tipo penal
violado”, não manteve a pena-base no mínimo diante da valoração
negativa da circunstância judicial das consequências do crime.
Afirmam que os Pacientes teriam sido sentenciados sem
individualização das penas, em suposta contrariedade ao art. 29 do
Código Penal.
Ressaltam que a pena-base foi aumentada “ao argumento de que as
3
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Supremo Tribunal Federal
HC 112.611 / PE
“HABEAS
CORPUS.
SONEGAÇÃO
FISCAL.
DOSIMETRIA. PENA-BASE. CULPABILIDADE ELEVADA.
UTILIZAÇÃO
DE
ELEMENTARES
DO
TIPO.
CONSEQUÊNCIAS DO CRIME. DESFAVORABILIDADE.
FUNDAMENTAÇÃO CONCRETA E IDÔNEA. EXASPERAÇÃO
ACIMA DO MÍNIMO LEGAL EM PARTE JUSTIFICADA.
CONSTRANGIMENTO
ILEGAL
PARCIALMENTE
EVIDENCIADO.
1. Não há como admitir como elevada a culpabilidade dos
agentes ao argumento de terem cometido fraude contra a fiscalização
tributária como meio de auferir maiores lucros, pois são circunstâncias
inerentes ao próprio tipo penal violado (art. 1º, II e V, da Lei
8.137/90).
2. As consequências do crime, considerado o prejuízo da vítima,
no caso o Fisco, é justificativa suficiente para elevar a pena na
primeira etapa da dosimetria. Precedentes deste STJ.
3. Ordem concedida parcialmente para, afastada a valoração
negativa da circunstância judicial da culpabilidade, redimensionar a
pena de cada paciente definitivamente para 2 (dois) anos e 11 (onze)
meses de reclusão, e pagamento de60 (sessenta) dias-multa, mantidos
os demais termos da sentença condenatória e do acórdão impugnado”.
6. Esse julgado é o objeto do presente habeas corpus, no qual os
Impetrantes alegam que, embora a autoridade coatora tenha reduzido a
pena ao assentar que foi considerada equivocadamente a culpabilidade
acentuada em razão de “circunstâncias inerentes ao próprio tipo penal
violado”, não manteve a pena-base no mínimo diante da valoração
negativa da circunstância judicial das consequências do crime.
Afirmam que os Pacientes teriam sido sentenciados sem
individualização das penas, em suposta contrariedade ao art. 29 do
Código Penal.
Ressaltam que a pena-base foi aumentada “ao argumento de que as
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Relatório
HC 112.611 / PE
consequências do crime foram imensas, posto que houve uma sonegação no valor
de R$ 51.000,00 (cinquenta e um mil reais)”, quando os Pacientes “nunca
deixaram de pagar os tributos, só os fazendo em relação a estes, posto acreditar
que estavam sendo pagos pelo substituto tributário, em razão de que, como
corretores de seguros que eram e são, tinham ciência de que cabia aos bancos,
quando do pagamento de suas comissões, subtrair o ISS, o que não foi feito”.
Sustentam que a consequência de não recolher o tributo estaria
“embutida no próprio tipo penal” e que não teriam sido apresentados fatos
concretos para a fixação da pena-base acima do mínimo legal.
Este o teor do pedido:
“Por todo o acima exposto, roga-se a esse Supremo Tribunal
Federal que julgue favoravelmente a ordem aqui pedida, sendo, em
consequência, determinado por esta Corte Máxima a aplicação da pena
base no mínimo legal, qual seja, 2 (dois) anos de reclusão, com o
aumento estipulado pela continuidade delitiva, devendo a mesma ser
substituída, nos termos do art. 44 do CP, tudo isto nos autos do
processo de n. 001.2002.009396-0, que tramitou perante a Vara dos
Crimes Contra a Administração Pública e a Ordem Tributária da
Capital-PE, haja vista a patente e incontestável exacerbação da pena
base, não tendo sido observado o que determina o art. 59 do Código
Penal”.
7. Em 23.3.2012, não havendo requerimento de medida liminar a ser
apreciado e suficiente a instrução, determinei vista ao Procurador-Geral
da República, que opinou pela denegação da ordem.
É o relatório.
4
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
HC 112.611 / PE
consequências do crime foram imensas, posto que houve uma sonegação no valor
de R$ 51.000,00 (cinquenta e um mil reais)”, quando os Pacientes “nunca
deixaram de pagar os tributos, só os fazendo em relação a estes, posto acreditar
que estavam sendo pagos pelo substituto tributário, em razão de que, como
corretores de seguros que eram e são, tinham ciência de que cabia aos bancos,
quando do pagamento de suas comissões, subtrair o ISS, o que não foi feito”.
Sustentam que a consequência de não recolher o tributo estaria
“embutida no próprio tipo penal” e que não teriam sido apresentados fatos
concretos para a fixação da pena-base acima do mínimo legal.
Este o teor do pedido:
“Por todo o acima exposto, roga-se a esse Supremo Tribunal
Federal que julgue favoravelmente a ordem aqui pedida, sendo, em
consequência, determinado por esta Corte Máxima a aplicação da pena
base no mínimo legal, qual seja, 2 (dois) anos de reclusão, com o
aumento estipulado pela continuidade delitiva, devendo a mesma ser
substituída, nos termos do art. 44 do CP, tudo isto nos autos do
processo de n. 001.2002.009396-0, que tramitou perante a Vara dos
Crimes Contra a Administração Pública e a Ordem Tributária da
Capital-PE, haja vista a patente e incontestável exacerbação da pena
base, não tendo sido observado o que determina o art. 59 do Código
Penal”.
7. Em 23.3.2012, não havendo requerimento de medida liminar a ser
apreciado e suficiente a instrução, determinei vista ao Procurador-Geral
da República, que opinou pela denegação da ordem.
É o relatório.
4
Supremo Tribunal Federal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 12
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Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
HABEAS CORPUS 112.611 PERNAMBUCO
V O T O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora):
1. Razão jurídica não assiste aos Impetrantes.
2. A questão objeto da presente impetração restringe-se à fixação da
pena base no mínimo diante da valoração negativa da circunstância
judicial das consequências do crime, pois, quanto à culpabilidade, a
autoridade coatora concedeu parcialmente a ordem por ter sido
considerada negativamente em razão de “circunstâncias inerentes ao próprio
tipo penal violado”, sendo a pena diminuída.
3. Ao fixar a pena-base, o juízo da Vara dos Crimes Contra a
Administração Pública e Ordem Tributária da Comarca de Recife/PE
apresentou os seguintes fundamentos:
“Os réus MYRIAN BARROS CAVALCANTE e ROGÉRIO
CAVALCANTE LIPPO ACIOLI são primários e não registram
antecedentes.
Apesar disso agiram os réus com intensa culpabilidade, fazendo
da fraude à fiscalização tributária, seja deixando de emitir notas
fiscais, seja omitindo operações no seu Livro de Prestadores de
Serviços, como meio de auferir maiores lucros no seu negócio.
Conquanto não lhes abonem os motivos do crime, não há nos
autos maiores informações sobre a conduta social e a personalidade dos
réus.
As consequências do crime podem ser tidas como graves, pois
representou uma sonegação fiscal, cujo montante, pelo menos até
junho de 2002 já era superior a R$ 51.000,00 (cinquenta e um mil
reais), conforme se observa no documento de fls. 138, juntado aos
autos pela própria Defesa.
Trata-se de crime perverso, muito grave, pois praticado contra o
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
HABEAS CORPUS 112.611 PERNAMBUCO
V O T O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora):
1. Razão jurídica não assiste aos Impetrantes.
2. A questão objeto da presente impetração restringe-se à fixação da
pena base no mínimo diante da valoração negativa da circunstância
judicial das consequências do crime, pois, quanto à culpabilidade, a
autoridade coatora concedeu parcialmente a ordem por ter sido
considerada negativamente em razão de “circunstâncias inerentes ao próprio
tipo penal violado”, sendo a pena diminuída.
3. Ao fixar a pena-base, o juízo da Vara dos Crimes Contra a
Administração Pública e Ordem Tributária da Comarca de Recife/PE
apresentou os seguintes fundamentos:
“Os réus MYRIAN BARROS CAVALCANTE e ROGÉRIO
CAVALCANTE LIPPO ACIOLI são primários e não registram
antecedentes.
Apesar disso agiram os réus com intensa culpabilidade, fazendo
da fraude à fiscalização tributária, seja deixando de emitir notas
fiscais, seja omitindo operações no seu Livro de Prestadores de
Serviços, como meio de auferir maiores lucros no seu negócio.
Conquanto não lhes abonem os motivos do crime, não há nos
autos maiores informações sobre a conduta social e a personalidade dos
réus.
As consequências do crime podem ser tidas como graves, pois
representou uma sonegação fiscal, cujo montante, pelo menos até
junho de 2002 já era superior a R$ 51.000,00 (cinquenta e um mil
reais), conforme se observa no documento de fls. 138, juntado aos
autos pela própria Defesa.
Trata-se de crime perverso, muito grave, pois praticado contra o
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Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
HC 112.611 / PE
Estado, sem falar que a expressiva quantia desfalcada da Fazenda
Municipal – até hoje não recuperada – reflete diretamente sobre os
mais pobres, pois são eles os que mais sentem a falta de recursos
públicos decorrentes da sonegação fiscal.
Tais circunstâncias estão a exigir um razoável grau de censura e
reprovação.
E sendo assim, fixo a pena base dos réus MYRIAN BARROS
CAVALCANTE e ROGÉRIO CAVALCANTE LIPPO ACIOLI em 03
(três) anos de reclusão” (grifos nossos).
4. Essa pena-base foi mantida pela Segunda Câmara Criminal do
Tribunal de Justiça de Pernambuco ao julgar a apelação da defesa:
“não há como sustentar-se o pedido alternativo de redução da
pena base aplicada, pugnando pela defesa. O juiz sentenciante
fundamentou a dosimetria da pena, apresentando as circunstâncias
desfavoráveis aos réus, apesar da primariedade, atendendo, inclusive,
ao previsto no art. 44 do Código Penal, quando substituiu a pena
privativa de liberdade imposta aos mesmos, qual seja, 3 (três) anos e 6
(seis) meses de reclusão, por duas restritivas de direitos, para cada um,
a serem designadas pelo Juiz da Vara de Execuções de Penas
Alternativas”.
5. Ao proferir o julgado objeto desta impetração, a Quinta Turma do
Superior Tribunal de Justiça concedeu parcialmente a ordem “para,
afastada a valoração negativa da circunstância judicial da culpabilidade,
redimensionar a pena de cada paciente definitivamente para 2 (dois) anos e 11
(onze) meses de reclusão, e pagamento de 60 (sessenta) dias-multa, mantidos os
demais termos da sentença condenatória e do acórdão impugnado”. Dessa
forma, manteve a valoração negativa da circunstância judicial das
consequências do crime apresentada nas instâncias antecedentes. Extrai-
se do ato ora apontado como coator:
“verifica-se que os argumentos utilizados pela instâncias
ordinárias para valorar negativamente a circunstância judicial da
2
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
HC 112.611 / PE
Estado, sem falar que a expressiva quantia desfalcada da Fazenda
Municipal – até hoje não recuperada – reflete diretamente sobre os
mais pobres, pois são eles os que mais sentem a falta de recursos
públicos decorrentes da sonegação fiscal.
Tais circunstâncias estão a exigir um razoável grau de censura e
reprovação.
E sendo assim, fixo a pena base dos réus MYRIAN BARROS
CAVALCANTE e ROGÉRIO CAVALCANTE LIPPO ACIOLI em 03
(três) anos de reclusão” (grifos nossos).
4. Essa pena-base foi mantida pela Segunda Câmara Criminal do
Tribunal de Justiça de Pernambuco ao julgar a apelação da defesa:
“não há como sustentar-se o pedido alternativo de redução da
pena base aplicada, pugnando pela defesa. O juiz sentenciante
fundamentou a dosimetria da pena, apresentando as circunstâncias
desfavoráveis aos réus, apesar da primariedade, atendendo, inclusive,
ao previsto no art. 44 do Código Penal, quando substituiu a pena
privativa de liberdade imposta aos mesmos, qual seja, 3 (três) anos e 6
(seis) meses de reclusão, por duas restritivas de direitos, para cada um,
a serem designadas pelo Juiz da Vara de Execuções de Penas
Alternativas”.
5. Ao proferir o julgado objeto desta impetração, a Quinta Turma do
Superior Tribunal de Justiça concedeu parcialmente a ordem “para,
afastada a valoração negativa da circunstância judicial da culpabilidade,
redimensionar a pena de cada paciente definitivamente para 2 (dois) anos e 11
(onze) meses de reclusão, e pagamento de 60 (sessenta) dias-multa, mantidos os
demais termos da sentença condenatória e do acórdão impugnado”. Dessa
forma, manteve a valoração negativa da circunstância judicial das
consequências do crime apresentada nas instâncias antecedentes. Extrai-
se do ato ora apontado como coator:
“verifica-se que os argumentos utilizados pela instâncias
ordinárias para valorar negativamente a circunstância judicial da
2
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 12
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Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
HC 112.611 / PE
culpabilidade não se mostram idôneos para justificar a elevação da
reprimenda na primeira etapa da dosimetria, merecendo reparo o
acórdão impugnado, nesse ponto.
Quanto à valoração negativa da circunstância judicial das
consequências do delito, melhor sorte não socorre os impetrantes.
O Magistrado singular, analisando as consequências,
considerou-as como circunstância negativa, sob o argumento de que o
crime ‘representou uma sonegação fiscal, cujo montante, pelo menos
até junho de 2002 já era superior a R$ 51.000,00 (cinquenta e um mil
reais)’, tendo acrescentado ainda que ‘a expressiva quantia desfalcada
da Fazenda Municipal - até hoje não recuperada – reflete diretamente
sobre os mais pobres, pois são eles os que mais sentem a falta de
recursos públicos decorrentes da sonegação fiscal’ (fls. 48).
Ora, leciona a doutrina que as consequências do delito ‘são os
efeitos da conduta do agente, o maior ou menor dano (ou risco
concreto de dano) para a vítima ou para a própria coletividade’
(DELMANTO, Celso e outros, Código Penal Comentado, 7ª ed.,
Renovar: RJ, 2007, p. 188), e, como visto, na hipótese, considerou-se
desfavoravelmente as consequências do delito em razão do prejuízo
sofrido pela vítima - o Fisco - em decorrência do ato criminoso dos
pacientes, superior a R$ 51.000,00 (cinquenta e um mil reais) (fls.
48), que, por não integrar o tipo penal da sonegação fiscal prevista no
art. 1º da Lei 8.137/90 - delito formal, que não exige para sua
consumação a ocorrência de resultado naturalístico, consistente em
dano para ao erário, restando caracterizado com a simples supressão
ou redução do tributo devido -, pode e deve ser considerado para elevar
a pena-base na análise das consequências do delito, em homenagem ao
princípio da individualização da pena.
(…)
Dessa forma, verificado que o decreto condenatório carece
somente em parte de motivação apta a justificar a fixação da pena-base
no patamar aplicado, e tendo sido reconhecida a existência de apenas 1
(uma) circunstância judicial desfavorável - consequências do crime -
merece ser parcialmente reformado nesse ponto, aplicando-se a sanção-
base dos pacientes em 2 (dois) anos e 6 (seis) meses de reclusão.
Prosseguindo-se na dosimetria da pena, eleva-se a reprimenda
3
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HC 112.611 / PE
culpabilidade não se mostram idôneos para justificar a elevação da
reprimenda na primeira etapa da dosimetria, merecendo reparo o
acórdão impugnado, nesse ponto.
Quanto à valoração negativa da circunstância judicial das
consequências do delito, melhor sorte não socorre os impetrantes.
O Magistrado singular, analisando as consequências,
considerou-as como circunstância negativa, sob o argumento de que o
crime ‘representou uma sonegação fiscal, cujo montante, pelo menos
até junho de 2002 já era superior a R$ 51.000,00 (cinquenta e um mil
reais)’, tendo acrescentado ainda que ‘a expressiva quantia desfalcada
da Fazenda Municipal - até hoje não recuperada – reflete diretamente
sobre os mais pobres, pois são eles os que mais sentem a falta de
recursos públicos decorrentes da sonegação fiscal’ (fls. 48).
Ora, leciona a doutrina que as consequências do delito ‘são os
efeitos da conduta do agente, o maior ou menor dano (ou risco
concreto de dano) para a vítima ou para a própria coletividade’
(DELMANTO, Celso e outros, Código Penal Comentado, 7ª ed.,
Renovar: RJ, 2007, p. 188), e, como visto, na hipótese, considerou-se
desfavoravelmente as consequências do delito em razão do prejuízo
sofrido pela vítima - o Fisco - em decorrência do ato criminoso dos
pacientes, superior a R$ 51.000,00 (cinquenta e um mil reais) (fls.
48), que, por não integrar o tipo penal da sonegação fiscal prevista no
art. 1º da Lei 8.137/90 - delito formal, que não exige para sua
consumação a ocorrência de resultado naturalístico, consistente em
dano para ao erário, restando caracterizado com a simples supressão
ou redução do tributo devido -, pode e deve ser considerado para elevar
a pena-base na análise das consequências do delito, em homenagem ao
princípio da individualização da pena.
(…)
Dessa forma, verificado que o decreto condenatório carece
somente em parte de motivação apta a justificar a fixação da pena-base
no patamar aplicado, e tendo sido reconhecida a existência de apenas 1
(uma) circunstância judicial desfavorável - consequências do crime -
merece ser parcialmente reformado nesse ponto, aplicando-se a sanção-
base dos pacientes em 2 (dois) anos e 6 (seis) meses de reclusão.
Prosseguindo-se na dosimetria da pena, eleva-se a reprimenda
3
Supremo Tribunal Federal
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Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
HC 112.611 / PE
básica, em razão da continuidade delitiva, na fração de 1/6 (um sexto),
conforme procedido pelas instâncias ordinárias, totalizando 2 (dois)
anos e 11 (onze) meses de reclusão, que nestes moldes resta definitiva,
mantida a pena pecuniária definitivamente fixada na sentença em 60
(sessenta) dias-multa, porque mais benéfica aos pacientes, haja vista a
aplicação da regra do art. 71 do CP e o previsto no art. 72 do Código
Penal.
Ante o exposto, concede-se parcialmente a ordem para
redimensionar a pena dos pacientes para 2 (dois) anos e 11 (onze)
meses de reclusão, e pagamento de 60 (sessenta) dias-multa, mantidos,
no mais, a sentença condenatória e o acórdão impugnado” (grifos
nossos).
6.
Dessa forma, tem-se que a circunstância judicial das
consequências do crime foi valorada negativamente nas instâncias
antecedentes de forma fundamentada, com a indicação do fato concreto
do “prejuízo sofrido pela vítima - o Fisco - em decorrência do ato criminoso dos
Pacientes, superior a R$ 51.000,00”, não se mostrando juridicamente
desproporcional a fixação definitiva da pena-base pela Quinta Turma do
Superior Tribunal de Justiça em dois anos e seis meses de reclusão.
7. Ademais, este Supremo Tribunal assentou ser inexigível a
“fundamentação exaustiva das circunstâncias judiciais consideradas, uma vez
que a sentença deve ser lida em seu todo” (RHC 90.531, Rel. Min. Ricardo
Lewandowski, DJ 27.4.2007).
8. Ressalto, ainda, que o habeas corpus não se presta para ponderar,
em concreto, a suficiência das circunstâncias judiciais invocadas pelas
instâncias de mérito para a majoração da pena (HC 111.668, Rel. Min.
Dias Toffoli, DJe 16.4.2012; HC 101.892, Rel. Min. Luiz Fux, DJe 27.9.2011;
HC 107.626, de minha relatoria, DJe 20.10.2011; HC 97.677, de minha
relatoria, DJe 18.12.2009; HC 87.684, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, DJ
25.8.2006; HC 88.132, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, DJ 2.6.2006; e RHC
90.525, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, DJ 25.5.2007, entre outros).
4
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Supremo Tribunal Federal
HC 112.611 / PE
básica, em razão da continuidade delitiva, na fração de 1/6 (um sexto),
conforme procedido pelas instâncias ordinárias, totalizando 2 (dois)
anos e 11 (onze) meses de reclusão, que nestes moldes resta definitiva,
mantida a pena pecuniária definitivamente fixada na sentença em 60
(sessenta) dias-multa, porque mais benéfica aos pacientes, haja vista a
aplicação da regra do art. 71 do CP e o previsto no art. 72 do Código
Penal.
Ante o exposto, concede-se parcialmente a ordem para
redimensionar a pena dos pacientes para 2 (dois) anos e 11 (onze)
meses de reclusão, e pagamento de 60 (sessenta) dias-multa, mantidos,
no mais, a sentença condenatória e o acórdão impugnado” (grifos
nossos).
6.
Dessa forma, tem-se que a circunstância judicial das
consequências do crime foi valorada negativamente nas instâncias
antecedentes de forma fundamentada, com a indicação do fato concreto
do “prejuízo sofrido pela vítima - o Fisco - em decorrência do ato criminoso dos
Pacientes, superior a R$ 51.000,00”, não se mostrando juridicamente
desproporcional a fixação definitiva da pena-base pela Quinta Turma do
Superior Tribunal de Justiça em dois anos e seis meses de reclusão.
7. Ademais, este Supremo Tribunal assentou ser inexigível a
“fundamentação exaustiva das circunstâncias judiciais consideradas, uma vez
que a sentença deve ser lida em seu todo” (RHC 90.531, Rel. Min. Ricardo
Lewandowski, DJ 27.4.2007).
8. Ressalto, ainda, que o habeas corpus não se presta para ponderar,
em concreto, a suficiência das circunstâncias judiciais invocadas pelas
instâncias de mérito para a majoração da pena (HC 111.668, Rel. Min.
Dias Toffoli, DJe 16.4.2012; HC 101.892, Rel. Min. Luiz Fux, DJe 27.9.2011;
HC 107.626, de minha relatoria, DJe 20.10.2011; HC 97.677, de minha
relatoria, DJe 18.12.2009; HC 87.684, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, DJ
25.8.2006; HC 88.132, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, DJ 2.6.2006; e RHC
90.525, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, DJ 25.5.2007, entre outros).
4
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Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
HC 112.611 / PE
9. Na mesma linha, o parecer da Procuradoria-Geral da República:
“Assim, verifica-se que os argumentos utilizados pela instância
ordinária para valorar negativamente a circunstância judicial das
consequências do delito mostram-se idôneos para justificar a elevação
da reprimenda na primeira etapa da dosimetria em 6 meses acima do
mínimo legal, não merecendo reparo o acórdão impugnado. Portanto,
improcedente as alegações, o
habeas corpus
reduz-se à mera
insatisfação com a quantidade da pena imposta, para o que se mostra
imprópria a via escolhida” (grifos nossos).
10. Pelo exposto, encaminho a votação no sentido de denegar a
ordem.
5
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HC 112.611 / PE
9. Na mesma linha, o parecer da Procuradoria-Geral da República:
“Assim, verifica-se que os argumentos utilizados pela instância
ordinária para valorar negativamente a circunstância judicial das
consequências do delito mostram-se idôneos para justificar a elevação
da reprimenda na primeira etapa da dosimetria em 6 meses acima do
mínimo legal, não merecendo reparo o acórdão impugnado. Portanto,
improcedente as alegações, o
habeas corpus
reduz-se à mera
insatisfação com a quantidade da pena imposta, para o que se mostra
imprópria a via escolhida” (grifos nossos).
10. Pelo exposto, encaminho a votação no sentido de denegar a
ordem.
5
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Decisão de Julgamento
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
HABEAS CORPUS 112.611
PROCED. : PERNAMBUCO
RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA
PACTE.(S) : MYRIAN BARROS CAVALCANTE
PACTE.(S) : ROGÉRIO CAVALCANTE LIPPO ACIOLI
IMPTE.(S) : JOSE AUGUSTO BRANCO E OUTRO(A/S)
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Decisão: A Turma, por unanimidade, denegou a ordem, nos termos
do voto da Relatora. Ausentes, justificadamente, os Senhores
Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra
Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros
Celso de Mello e Joaquim Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
P/ Fabiane Duarte
Secretária
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Supremo Tribunal Federal
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
HABEAS CORPUS 112.611
PROCED. : PERNAMBUCO
RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA
PACTE.(S) : MYRIAN BARROS CAVALCANTE
PACTE.(S) : ROGÉRIO CAVALCANTE LIPPO ACIOLI
IMPTE.(S) : JOSE AUGUSTO BRANCO E OUTRO(A/S)
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Decisão: A Turma, por unanimidade, denegou a ordem, nos termos
do voto da Relatora. Ausentes, justificadamente, os Senhores
Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra
Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros
Celso de Mello e Joaquim Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
P/ Fabiane Duarte
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3150076
Inteiro Teor do Acórdão - Página 12 de 12
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documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3157491
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3157491 | 2012-11-13T00:00:00 | 2012-12-04T00:00:00 | A Turma, por unanimidade, denegou a ordem, nos termos do voto da Relatora. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 13.11.2012. | HABEAS CORPUS | EMENTA: HABEAS CORPUS. PENAL. SONEGAÇÃO FISCAL. PEDIDO PARA REDUÇÃO DA PENA-BASE. INDICAÇÃO DE FUNDAMENTAÇÃO IDÔNEA PARA A VALORAÇÃO NEGATIVA DA CIRCUNSTÂNCIA JUDICIAL DAS CONSEQUÊNCIAS DO CRIME. IMPOSSIBILIDADE DE REEXAME, EM CONCRETO, DA SUFICIÊNCIA DESSA CIRCUNSTÂNCIA.
1. Não há nulidade na decisão que majora a pena-base considerando fundamentação idônea para ter como negativa a circunstância judicial das consequências do crime. É inexigível a fundamentação exaustiva das circunstâncias judiciais consideradas; a sentença deve ser lida em seu todo. Precedentes.
2. Não se presta o habeas corpus para ponderar, em concreto, a suficiência das circunstâncias judiciais invocadas pelas instâncias antecedentes para a majoração da pena. Precedentes.
3. Ordem denegada. | sjur220509 | - Acórdão(s) citado(s):
(FUNDAMENTAÇÃO, CIRCUNSTÃNCIA JUDICIAL)
STF: RHC 90531 (1ªT).
(HABEAS CORPUS, DOSIMETRIA DA PENA)
STF: HC 111668 (1ªT), HC 101892 (1ªT), HC 107626 (1ªT), HC
97677 (1ªT), HC 87684 (1ªT), HC 88132 (1ªT), RHC 90525 (1ªT).
- Veja HC 154729 do STJ.
Número de páginas: 12.
Análise: 04/01/2013, SEV.
Revisão: 05/02/2013, AAT. | CÁRMEN LÚCIA | Segunda Turma | 112611 | null | HC | acordaos | HC 112611 | [
""
] | PACTE.(S) : MYRIAN BARROS CAVALCANTE
PACTE.(S) : ROGÉRIO CAVALCANTE LIPPO ACIOLI
IMPTE.(S) : JOSE AUGUSTO BRANCO E OUTRO(A/S)
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"HABEAS CORPUS 112 . 611",
"HC 112 . 611 / PE",
"HC 112 . 611 / PE",
"HABEAS CORPUS 112 . 611",
"Habeas Corpus n . 154 . 729",
"HABEAS CORPUS 112 . 611",
"Habeas Corpus n . 154 . 729",
"HC 112 . 611 / PE",
"Apelação Criminal n . 133 . 232 - 5",
"Habeas Corpus n . 154 . 729",
"HC 112 . 611 / PE",
"Apelação Criminal n . 133 . 232 - 5",
"Habeas Corpus n . 154 . 729",
"HC 112 . 611 / PE",
"HC 112 . 611 / PE",
"HC 112 . 611 / PE",
"001",
".",
"2002",
".",
"009396",
"-",
"0",
"HC 112 . 611 / PE",
"001",
".",
"2002",
".",
"009396",
"-",
"0",
"HABEAS CORPUS 112 . 611",
"HABEAS CORPUS 112 . 611",
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"RHC 90 . 531",
"HC 111 . 668",
"HC 101 . 892",
"HC 107 . 626",
"HC 97 . 677",
"HC 87 . 684",
"HC 88 . 132",
"RHC 90 . 525",
"HC 112 . 611 / PE",
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"HC 101 . 892",
"HC 107 . 626",
"HC 97 . 677",
"HC 87 . 684",
"HC 88 . 132",
"RHC 90 . 525",
"HC 112 . 611 / PE",
"HC 112 . 611 / PE",
"HABEAS CORPUS 112 . 611"
],
"LEGISLACAO": [
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] , inc . II e V , da Lei n . 8 . 137 / 1990",
"arts . 29 e 71 do Código Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] , inc . II e V , da Lei n . 8 . 137 / 1990",
"arts . 29 e 71 do Código Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] , II e V , da Lei 8 . 137 / 90",
"art . 29 do Código Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] , II e V , da Lei 8 . 137 / 90",
"art . 29 do Código Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 44 do CP",
"art . 59 do Código Penal ”",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 44 do CP",
"art . 59 do Código Penal ”",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 44 do Código Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 44 do Código Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] da Lei 8 . 137 / 90",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] da Lei 8 . 137 / 90",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 71 do CP",
"art . 72 do Código Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 71 do CP",
"art . 72 do Código Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"PERNAMBUCO",
"Brasília",
"PERNAMBUCO",
"PERNAMBUCO",
"PE",
"PERNAMBUCO",
"PERNAMBUCO",
"PERNAMBUCO",
"PERNAMBUCO"
],
"ORGANIZACAO": [
"SEGUNDA TURMA",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça",
"Ministério Público Estadual",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça",
"Ministério Público Estadual",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"LIPPO CORRETORA DE SEGUROS LTDA",
"Vara dos Crimes Contra a Administração Pública e Ordem Tributária da Comarca de Recife / PE",
"Segunda Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Pernambuco",
"Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"LIPPO CORRETORA DE SEGUROS LTDA",
"Vara dos Crimes Contra a Administração Pública e Ordem Tributária da Comarca",
"Segunda Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Pernambuco",
"Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Vara dos Crimes Contra a Administração Pública e a Ordem Tributária da Capital",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Vara dos Crimes Contra a Administração Pública e a Ordem Tributária",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"Vara dos Crimes Contra a Administração Pública e Ordem Tributária da Comarca de Recife / PE",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"Vara dos Crimes Contra a Administração Pública e Ordem Tributária da Comarca de Recife / PE",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Segunda Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Pernambuco",
"Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Pernambuco",
"Vara",
"Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Renovar",
":",
"RJ",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Renovar",
":",
"RJ",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça",
"Supremo Tribunal",
"Supremo Tribunal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Procuradoria",
"-",
"Geral da República",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Procuradoria",
"-",
"Geral da República",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"CÁRMEN LÚCIA",
"MYRIAN BARROS CAVALCANTE",
"ROGÉRIO CAVALCANTE",
"JOSE AUGUSTO BRANCO",
"Ricardo Lewandowski",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"MYRIAN BARROS CAVALCANTE",
"ROGÉRIO CAVALCANTE LIPPO ACIOLI",
"JOSE AUGUSTO BRANCO",
"CÁRMEN LÚCIA",
"JOSÉ AUGUSTO BRANCO",
"MYRIAN BARROS CAVALCANTE",
"ROGÉRIO CAVALCANTE LIPPO ACIOLI",
"Jorge Mussi",
"MYRIAM BARROS CAVALCANTE",
"CÁRMEN LÚCIA",
"MYRIAN BARROS CAVALCANTE",
"ROGÉRIO CAVALCANTE",
"JOSE AUGUSTO BRANCO",
"CÁRMEN LÚCIA",
"JOSÉ AUGUSTO BRANCO",
"MYRIAN BARROS CAVALCANTE",
"ROGÉRIO CAVALCANTE LIPPO ACIOLI",
"Jorge Mussi",
"MYRIAM BARROS CAVALCANTE",
"ROGÉRIO CAVALCANTE LIPPO ACIOLI",
"Jorge Mussi",
"ROGÉRIO CAVALCANTE LIPPO ACIOLI",
"Jorge Mussi",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"MYRIAN BARROS CAVALCANTE",
"ROGÉRIO CAVALCANTE LIPPO ACIOLI",
"CÁRMEN LÚCIA",
"MYRIAN BARROS CAVALCANTE",
"ROGÉRIO CAVALCANTE LIPPO ACIOLI",
"CÁRMEN LÚCIA",
"MYRIAN BARROS CAVALCANTE",
"ROGÉRIO CAVALCANTE LIPPO ACIOLI",
"MYRIAN BARROS CAVALCANTE",
"ROGÉRIO CAVALCANTE LIPPO ACIOLI",
"CÁRMEN LÚCIA",
"DELMANTO , Celso",
"DELMANTO , Celso",
"CÁRMEN LÚCIA",
"Ricardo Lewandowski",
"Dias Toffoli",
"Luiz Fux",
"Sepúlveda Pertence",
"Sepúlveda Pertence",
"Sepúlveda Pertence",
"Ricardo Lewandowski",
"Dias Toffoli",
"Luiz Fux",
"Sepúlveda Pertence",
"Sepúlveda Pertence",
"Sepúlveda Pertence",
"CÁRMEN LÚCIA",
"LÚCIA",
"MYRIAN BARROS CAVALCANTE",
"ROGÉRIO",
"JOSE AUGUSTO BRANCO",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos",
"Fabiane Duarte",
"CÁRMEN LÚCIA",
"MYRIAN BARROS CAVALCANTE",
"ROGÉRIO CAVALCANTE",
"JOSE AUGUSTO BRANCO",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos",
"Fabiane Duarte"
],
"TEMPO": [
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"13 de novembro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"04",
"/",
"12",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"28",
".",
"2",
".",
"2012",
"janeiro de 1995",
"dezembro de 1997",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"28",
".",
"2",
".",
"2012",
"janeiro de 1995",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"26",
".",
"9",
".",
"2005",
"4",
".",
"6",
".",
"2008",
"28",
".",
"2",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"26",
".",
"9",
".",
"2005",
"4",
".",
"6",
".",
"2008",
"28",
".",
"2",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"23",
".",
"3",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"23",
".",
"3",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"junho de 2002",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"junho de 2002",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"junho de 2002",
"2007",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"junho de 2002",
"2007",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"27",
".",
"4",
".",
"2007",
"16",
".",
"4",
".",
"2012",
"27",
".",
"9",
".",
"2011",
"20",
".",
"10",
".",
"2011",
"18",
".",
"12",
".",
"2009",
"25",
".",
"8",
".",
"2006",
"2",
".",
"6",
".",
"2006",
"25",
".",
"5",
".",
"2007",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"27",
".",
"4",
".",
"2007",
"16",
".",
"4",
".",
"2012",
"27",
".",
"9",
".",
"2011",
"20",
".",
"10",
".",
"2011",
"18",
".",
"12",
".",
"2009",
"25",
".",
"8",
".",
"2006",
"2",
".",
"6",
".",
"2006",
"25",
".",
"5",
".",
"2007",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 654.842 MINAS
GERAIS
RELATOR
: MIN. LUIZ FUX
AGTE.(S)
:SINDICATO
DOS
EMPREGADOS
EM
ESTABELECIMENTOS
BANCÁRIOS
DE
BELO
HORIZONTE E REGIÃO
ADV.(A/S)
:EDUARDO HENRIQUE MARQUES SOARES
AGDO.(A/S)
:BANCO SANTANDER S/A
ADV.(A/S)
:VICTOR RUSSOMANO JÚNIOR
AGDO.(A/S)
:ASSOCIAÇÃO DOS FUNCIONÁRIOS APOSENTADOS
DO BANESPA DE BELO HORIZONTE - AFABAN
ADV.(A/S)
:TIAGO LUIS COELHO DA ROCHA MUZZI
EMENTA:
AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. TRABALHISTA. DISSÍDIO
COLETIVO. ACORDO COLETIVO. REAJUSTE SALARIAL.
ORIENTAÇÃO JURISPRUDENCIAL TRANSITÓRIA N. 68 DA SBDI-
1. ALEGAÇÃO DE AFRONTA AOS ARTS. 5º, CAPUT , 7º, XXVI, E 8º,
III E VI, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. MATÉRIA
INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA REFLEXA. INTERPRETAÇÃO
DE CLÁUSULAS CONTRATUAIS. INCIDÊNCIA DA SÚMULA N.
454/STF. DECISÃO QUE SE MANTÉM POR SEUS PRÓPRIOS
FUNDAMENTOS.
1. A violação reflexa e oblíqua da Constituição Federal decorrente da
necessidade de análise de malferimento de dispositivo infraconstitucional
torna inadmissível o recurso extraordinário. Precedentes: AI 775.275-
AgR, Rel. Min. CELSO DE MELLO, Segunda Turma, DJ 28.10.2011 e AI
595.651-AgR, Rel. Min. DIAS TOFFOLI, Primeira Turma, DJ 25.10.2011.
2. É cediço na Corte que a interpretação de cláusulas contratuais não
viabiliza o recurso extraordinário, a teor do Enunciado da Súmula n. 454
do Supremo Tribunal Federal.
3. In casu, o acórdão recorrido assentou: AGRAVO INTERPOSTO
PELO SINDICATO. BANESPA. CONVENÇÃO COLETIVA. REAJUSTE
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3122120.
Supremo Tribunal Federal
DJe 28/11/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 10
Ementa e Acórdão
ARE 654.842 AGR / MG
SALARIAL. SUPERVENIÊNCIA DE ACORDO EM DISSÍDIO
COLETIVO.
PREVALÊNCIA.
ABRANGÊNCIA
NACIONAL.
APLICAÇÃO DA ORIENTAÇÃO JURISPRUDENCIAL TRANSITÓRIA
N.º 68 DA SBDI-1. Em face do princípio do conglobamento, o acordo
homologado no Dissídio Coletivo n.º TST - DC - 810.905/2001.3, que estabeleceu
a garantia de emprego, prevalece sobre a fixação do reajuste salarial previsto na
convenção coletiva firmada entre a Federação Nacional dos Bancos - Fenaban e os
sindicatos dos bancários. Tal diretriz não excepciona os empregados do Banco
Banespa representados pelo Sindicato dos Bancários de Belo Horizonte, tal como
pretende demonstrar o Autor. Conforme declinado pela Turma, a situação do
Banco Banespa é peculiar, por possuir tal instituição quadro de carreira em nível
nacional, o que afasta as convenções coletivas de trabalho regionalizadas e
autoriza a aplicação do acordo coletivo homologado no Dissídio Coletivo em que
figurou a CONTEC. Incidência da Orientação Jurisprudencial n.º 68 da SBDI-1.
Agravo a que se nega provimento .
4. Agravo regimental a que se nega provimento.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do
Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de julgamento e das
notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao
agravo regimental, nos termos do voto do Relator.
Brasília, 13 de novembro de 2012.
LUIZ FUX – Relator
Documento assinado digitalmente
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3122120.
Supremo Tribunal Federal
ARE 654.842 AGR / MG
SALARIAL. SUPERVENIÊNCIA DE ACORDO EM DISSÍDIO
COLETIVO.
PREVALÊNCIA.
ABRANGÊNCIA
NACIONAL.
APLICAÇÃO DA ORIENTAÇÃO JURISPRUDENCIAL TRANSITÓRIA
N.º 68 DA SBDI-1. Em face do princípio do conglobamento, o acordo
homologado no Dissídio Coletivo n.º TST - DC - 810.905/2001.3, que estabeleceu
a garantia de emprego, prevalece sobre a fixação do reajuste salarial previsto na
convenção coletiva firmada entre a Federação Nacional dos Bancos - Fenaban e os
sindicatos dos bancários. Tal diretriz não excepciona os empregados do Banco
Banespa representados pelo Sindicato dos Bancários de Belo Horizonte, tal como
pretende demonstrar o Autor. Conforme declinado pela Turma, a situação do
Banco Banespa é peculiar, por possuir tal instituição quadro de carreira em nível
nacional, o que afasta as convenções coletivas de trabalho regionalizadas e
autoriza a aplicação do acordo coletivo homologado no Dissídio Coletivo em que
figurou a CONTEC. Incidência da Orientação Jurisprudencial n.º 68 da SBDI-1.
Agravo a que se nega provimento .
4. Agravo regimental a que se nega provimento.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do
Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de julgamento e das
notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao
agravo regimental, nos termos do voto do Relator.
Brasília, 13 de novembro de 2012.
LUIZ FUX – Relator
Documento assinado digitalmente
2
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Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 10
Relatório
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 654.842 MINAS
GERAIS
RELATOR
: MIN. LUIZ FUX
AGTE.(S)
:SINDICATO
DOS
EMPREGADOS
EM
ESTABELECIMENTOS
BANCÁRIOS
DE
BELO
HORIZONTE E REGIÃO
ADV.(A/S)
:EDUARDO HENRIQUE MARQUES SOARES
AGDO.(A/S)
:BANCO SANTANDER S/A
ADV.(A/S)
:VICTOR RUSSOMANO JÚNIOR
AGDO.(A/S)
:ASSOCIAÇÃO DOS FUNCIONÁRIOS APOSENTADOS
DO BANESPA DE BELO HORIZONTE - AFABAN
ADV.(A/S)
:TIAGO LUIS COELHO DA ROCHA MUZZI
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Cuida-se de agravo
regimental interposto pelo SINDICATO DOS EMPREGADOS EM
ESTABELECIMENTOS BANCÁRIOS DE BELO HORIZONTE E
REGIÃO, em face da decisão assim ementada:
RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO.
TRABALHISTA. DISSÍDIO COLETIVO. ACORDO
COLETIVO. REAJUSTE SALARIAL. ORIENTAÇÃO
JURISPRUDENCIAL TRANSITÓRIA N. 68 DA SBDI-1.
REPERCUSSÃO GERAL NÃO EXAMINADA. ALEGAÇÃO
DE AFRONTA AOS ARTS. 5º, CAPUT , 7º, XXVI, E 8º, III E
VI, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. MATÉRIA
INFRACONSTITUCIONAL.
OFENSA
REFLEXA.
INTERPRETAÇÃO DE CLÁUSULAS CONTRATUAIS.
INCIDÊNCIA DA SÚMULA N. 454/STF.
1 . A repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o
crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais de
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 654.842 MINAS
GERAIS
RELATOR
: MIN. LUIZ FUX
AGTE.(S)
:SINDICATO
DOS
EMPREGADOS
EM
ESTABELECIMENTOS
BANCÁRIOS
DE
BELO
HORIZONTE E REGIÃO
ADV.(A/S)
:EDUARDO HENRIQUE MARQUES SOARES
AGDO.(A/S)
:BANCO SANTANDER S/A
ADV.(A/S)
:VICTOR RUSSOMANO JÚNIOR
AGDO.(A/S)
:ASSOCIAÇÃO DOS FUNCIONÁRIOS APOSENTADOS
DO BANESPA DE BELO HORIZONTE - AFABAN
ADV.(A/S)
:TIAGO LUIS COELHO DA ROCHA MUZZI
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Cuida-se de agravo
regimental interposto pelo SINDICATO DOS EMPREGADOS EM
ESTABELECIMENTOS BANCÁRIOS DE BELO HORIZONTE E
REGIÃO, em face da decisão assim ementada:
RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO.
TRABALHISTA. DISSÍDIO COLETIVO. ACORDO
COLETIVO. REAJUSTE SALARIAL. ORIENTAÇÃO
JURISPRUDENCIAL TRANSITÓRIA N. 68 DA SBDI-1.
REPERCUSSÃO GERAL NÃO EXAMINADA. ALEGAÇÃO
DE AFRONTA AOS ARTS. 5º, CAPUT , 7º, XXVI, E 8º, III E
VI, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. MATÉRIA
INFRACONSTITUCIONAL.
OFENSA
REFLEXA.
INTERPRETAÇÃO DE CLÁUSULAS CONTRATUAIS.
INCIDÊNCIA DA SÚMULA N. 454/STF.
1 . A repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o
crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais de
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 10
Relatório
ARE 654.842 AGR / MG
admissibilidade (art. 323 do RISTF). Consectariamente, se
inexiste questão constitucional, não há como se pretender seja
reconhecida a repercussão geral das questões constitucionais
discutidas no caso (art. 102, III, § 3º, da CF).
2. A violação reflexa e oblíqua da Constituição Federal
decorrente da necessidade de análise de malferimento de
dispositivo infraconstitucional torna inadmissível o recurso
extraordinário. Precedentes.
3. É cediço na Corte que a interpretação de cláusulas
contratuais não viabiliza o recurso extraordinário, a teor do
Enunciado da Súmula n. 454 do Supremo Tribunal Federal.
4. In casu, o acórdão recorrido assentou: AGRAVO
INTERPOSTO PELO SINDICATO. BANESPA. CONVENÇÃO
COLETIVA. REAJUSTE SALARIAL. SUPERVENIÊNCIA DE
ACORDO EM DISSÍDIO COLETIVO. PREVALÊNCIA.
ABRANGÊNCIA
NACIONAL.
APLICAÇÃO
DA
ORIENTAÇÃO JURISPRUDENCIAL TRANSITÓRIA N.º 68
DA SBDI-1 . Em face do princípio do conglobamento, o acordo
homologado no Dissídio Coletivo n.º TST - DC - 810.905/2001.3, que
estabeleceu a garantia de emprego, prevalece sobre a fixação do
reajuste salarial previsto na convenção coletiva firmada entre a
Federação Nacional dos Bancos - Fenaban e os sindicatos dos
bancários. Tal diretriz não excepciona os empregados do Banco
Banespa representados pelo Sindicato dos Bancários de Belo
Horizonte, tal como pretende demonstrar o Autor. Conforme
declinado pela Turma, a situação do Banco Banespa é peculiar, por
possuir tal instituição quadro de carreira em nível nacional, o que
afasta as convenções coletivas de trabalho regionalizadas e autoriza a
aplicação do acordo coletivo homologado no Dissídio Coletivo em que
figurou a CONTEC. Incidência da Orientação Jurisprudencial n.º 68
da SBDI-1. Agravo a que se nega provimento .
5. Agravo de instrumento a que se nega seguimento.
Em suas razões, aduz o agravante que não se faz necessário o
reexame de provas, nem tampouco de normas coletivas. Sustenta, ainda,
a violação direta à Constituição Federal, no tocante à prevalência que se
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
ARE 654.842 AGR / MG
admissibilidade (art. 323 do RISTF). Consectariamente, se
inexiste questão constitucional, não há como se pretender seja
reconhecida a repercussão geral das questões constitucionais
discutidas no caso (art. 102, III, § 3º, da CF).
2. A violação reflexa e oblíqua da Constituição Federal
decorrente da necessidade de análise de malferimento de
dispositivo infraconstitucional torna inadmissível o recurso
extraordinário. Precedentes.
3. É cediço na Corte que a interpretação de cláusulas
contratuais não viabiliza o recurso extraordinário, a teor do
Enunciado da Súmula n. 454 do Supremo Tribunal Federal.
4. In casu, o acórdão recorrido assentou: AGRAVO
INTERPOSTO PELO SINDICATO. BANESPA. CONVENÇÃO
COLETIVA. REAJUSTE SALARIAL. SUPERVENIÊNCIA DE
ACORDO EM DISSÍDIO COLETIVO. PREVALÊNCIA.
ABRANGÊNCIA
NACIONAL.
APLICAÇÃO
DA
ORIENTAÇÃO JURISPRUDENCIAL TRANSITÓRIA N.º 68
DA SBDI-1 . Em face do princípio do conglobamento, o acordo
homologado no Dissídio Coletivo n.º TST - DC - 810.905/2001.3, que
estabeleceu a garantia de emprego, prevalece sobre a fixação do
reajuste salarial previsto na convenção coletiva firmada entre a
Federação Nacional dos Bancos - Fenaban e os sindicatos dos
bancários. Tal diretriz não excepciona os empregados do Banco
Banespa representados pelo Sindicato dos Bancários de Belo
Horizonte, tal como pretende demonstrar o Autor. Conforme
declinado pela Turma, a situação do Banco Banespa é peculiar, por
possuir tal instituição quadro de carreira em nível nacional, o que
afasta as convenções coletivas de trabalho regionalizadas e autoriza a
aplicação do acordo coletivo homologado no Dissídio Coletivo em que
figurou a CONTEC. Incidência da Orientação Jurisprudencial n.º 68
da SBDI-1. Agravo a que se nega provimento .
5. Agravo de instrumento a que se nega seguimento.
Em suas razões, aduz o agravante que não se faz necessário o
reexame de provas, nem tampouco de normas coletivas. Sustenta, ainda,
a violação direta à Constituição Federal, no tocante à prevalência que se
2
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 10
Relatório
ARE 654.842 AGR / MG
deu à norma coletiva celebrada por confederação sindical, quando havia
sindicato representativo da categoria profissional na base territorial,
violando, assim, o art. 8º, III e VI, da C.F./88.
É o relatório.
3
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deu à norma coletiva celebrada por confederação sindical, quando havia
sindicato representativo da categoria profissional na base territorial,
violando, assim, o art. 8º, III e VI, da C.F./88.
É o relatório.
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Voto - MIN. LUIZ FUX
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 654.842 MINAS
GERAIS
V O T O
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Não assiste razão ao
agravante.
Em suma, os fundamentos da decisão agravada restaram assim
consignados:
Cuida-se de agravo de instrumento interposto por
SINDICATO DOS EMPREGADOS EM ESTABELECIMENTOS
BANCÁRIOS DE BELO HORIZONTE E REGIÃO, contra
decisão que não admitiu seu recurso extraordinário.
O Tribunal Superior do Trabalho negou provimento ao
agravo em recurso de revista, consignando:
AGRAVO INTERPOSTO PELO SINDICATO.
BANESPA. CONVENÇÃO COLETIVA. REAJUSTE
SALARIAL. SUPERVENIÊNCIA DE ACORDO EM
DISSÍDIO COLETIVO. PREVALÊNCIA. ABRANGÊNCIA
NACIONAL.
APLICAÇÃO
DA
ORIENTAÇÃO
JURISPRUDENCIAL TRANSITÓRIA N.º 68 DA SBDI-1 .
Em face do princípio do conglobamento, o acordo homologado no
Dissídio Coletivo n.º TST - DC - 810.905/2001.3, que
estabeleceu a garantia de emprego, prevalece sobre a fixação do
reajuste salarial previsto na convenção coletiva firmada entre a
Federação Nacional dos Bancos - Fenaban e os sindicatos dos
bancários. Tal diretriz não excepciona os empregados do Banco
Banespa representados pelo Sindicato dos Bancários de Belo
Horizonte, tal como pretende demonstrar o Autor. Conforme
declinado pela Turma, a situação do Banco Banespa é peculiar,
por possuir tal instituição quadro de carreira em nível nacional,
o que afasta as convenções coletivas de trabalho regionalizadas e
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PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 654.842 MINAS
GERAIS
V O T O
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Não assiste razão ao
agravante.
Em suma, os fundamentos da decisão agravada restaram assim
consignados:
Cuida-se de agravo de instrumento interposto por
SINDICATO DOS EMPREGADOS EM ESTABELECIMENTOS
BANCÁRIOS DE BELO HORIZONTE E REGIÃO, contra
decisão que não admitiu seu recurso extraordinário.
O Tribunal Superior do Trabalho negou provimento ao
agravo em recurso de revista, consignando:
AGRAVO INTERPOSTO PELO SINDICATO.
BANESPA. CONVENÇÃO COLETIVA. REAJUSTE
SALARIAL. SUPERVENIÊNCIA DE ACORDO EM
DISSÍDIO COLETIVO. PREVALÊNCIA. ABRANGÊNCIA
NACIONAL.
APLICAÇÃO
DA
ORIENTAÇÃO
JURISPRUDENCIAL TRANSITÓRIA N.º 68 DA SBDI-1 .
Em face do princípio do conglobamento, o acordo homologado no
Dissídio Coletivo n.º TST - DC - 810.905/2001.3, que
estabeleceu a garantia de emprego, prevalece sobre a fixação do
reajuste salarial previsto na convenção coletiva firmada entre a
Federação Nacional dos Bancos - Fenaban e os sindicatos dos
bancários. Tal diretriz não excepciona os empregados do Banco
Banespa representados pelo Sindicato dos Bancários de Belo
Horizonte, tal como pretende demonstrar o Autor. Conforme
declinado pela Turma, a situação do Banco Banespa é peculiar,
por possuir tal instituição quadro de carreira em nível nacional,
o que afasta as convenções coletivas de trabalho regionalizadas e
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Voto - MIN. LUIZ FUX
ARE 654.842 AGR / MG
autoriza a aplicação do acordo coletivo homologado no Dissídio
Coletivo em que figurou a CONTEC. Incidência da Orientação
Jurisprudencial n.º 68 da SBDI-1. Agravo a que se nega
provimento .
Opostos embargos de declaração, restaram rejeitados.
Irresignado com o teor do acórdão prolatado, o recorrente
interpôs recurso extraordinário com fulcro no art. 102, III, a , da
Constituição Federal, sustentando a preliminar de repercussão
geral e apontando como violados os arts. 5º, c aput , 7º, XXVI, e
8º, III e VI, da Carta Federal.
Brevemente relatados, DECIDO .
O agravo de instrumento não merece prosperar.
Ab initio, a repercussão geral pressupõe recurso admissível
sob o crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais
de admissibilidade (art. 323 do RISTF). Consectariamente, se
inexiste questão constitucional, não há como se pretender seja
reconhecida a repercussão geral das questões constitucionais
discutidas no caso (art. 102, III, § 3º, da CF).
A violação constitucional dependente da análise de
malferimento de dispositivo infraconstitucional encerra
violação reflexa e oblíqua, tornando inadmissível o recurso
extraordinário. Confira-se à guisa de exemplos, os seguintes
precedentes:
AGRAVO DE INSTRUMENTO - ALEGADA
VIOLAÇÃO A PRECEITOS INSCRITOS NA
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA - AUSÊNCIA DE
OFENSA
DIRETA
À
CONSTITUIÇÃO
-
CONTENCIOSO DE MERA LEGALIDADE - RECURSO
IMPROVIDO. - A situação de ofensa meramente reflexa
ao texto constitucional, quando ocorrente, não basta, só
por si, para viabilizar o acesso à via recursal
extraordinária.
(AI 775.275-AgR, Rel. Min. CELSO DE MELLO,
Segunda Turma, DJ 28.10.2011)
Agravo regimental no agravo de instrumento.
Servidor público. Nomeação retroativa. Vencimentos
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autoriza a aplicação do acordo coletivo homologado no Dissídio
Coletivo em que figurou a CONTEC. Incidência da Orientação
Jurisprudencial n.º 68 da SBDI-1. Agravo a que se nega
provimento .
Opostos embargos de declaração, restaram rejeitados.
Irresignado com o teor do acórdão prolatado, o recorrente
interpôs recurso extraordinário com fulcro no art. 102, III, a , da
Constituição Federal, sustentando a preliminar de repercussão
geral e apontando como violados os arts. 5º, c aput , 7º, XXVI, e
8º, III e VI, da Carta Federal.
Brevemente relatados, DECIDO .
O agravo de instrumento não merece prosperar.
Ab initio, a repercussão geral pressupõe recurso admissível
sob o crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais
de admissibilidade (art. 323 do RISTF). Consectariamente, se
inexiste questão constitucional, não há como se pretender seja
reconhecida a repercussão geral das questões constitucionais
discutidas no caso (art. 102, III, § 3º, da CF).
A violação constitucional dependente da análise de
malferimento de dispositivo infraconstitucional encerra
violação reflexa e oblíqua, tornando inadmissível o recurso
extraordinário. Confira-se à guisa de exemplos, os seguintes
precedentes:
AGRAVO DE INSTRUMENTO - ALEGADA
VIOLAÇÃO A PRECEITOS INSCRITOS NA
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA - AUSÊNCIA DE
OFENSA
DIRETA
À
CONSTITUIÇÃO
-
CONTENCIOSO DE MERA LEGALIDADE - RECURSO
IMPROVIDO. - A situação de ofensa meramente reflexa
ao texto constitucional, quando ocorrente, não basta, só
por si, para viabilizar o acesso à via recursal
extraordinária.
(AI 775.275-AgR, Rel. Min. CELSO DE MELLO,
Segunda Turma, DJ 28.10.2011)
Agravo regimental no agravo de instrumento.
Servidor público. Nomeação retroativa. Vencimentos
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Voto - MIN. LUIZ FUX
ARE 654.842 AGR / MG
atrasados. Indenização. Prequestionamento. Ausência.
Ofensa reflexa. 1. Não se admite o recurso extraordinário
quando tema nele suscitado não está devidamente
prequestionado. Incidência da Súmula nº 282/STF. 2.
Inadmissível em recurso extraordinário o exame de
ofensa reflexa à Constituição Federal. Incidência da
Súmula nº 636/STF. 3. Agravo regimental não provido.
(AI 595.651-AgR, Rel. Min. DIAS TOFFOLI, Primeira
Turma, DJ 25.10.2011)
Por fim, para se chegar a conclusão contrária à adotada
pelo acórdão recorrido necessária seria a análise de cláusulas de
norma coletiva de trabalho, o que inviabiliza o extraordinário, a
teor do Enunciado da Súmula n. 454 do Supremo Tribunal
Federal, que interdita a esta Corte, em sede de recurso
extraordinário, interpretar cláusulas contratuais.
Ao comentar a Súmula 454/STF, afirma o ilustre Professor
Roberto Rosas:
O CC (1916) não se estende além do art. 85 (art. 112
do CC-2002) no tocante à interpretação dos atos jurídicos.
Nele adota-se o princípio da manifestação da vontade
acima do sentido literal da linguagem. Menos regras
temos em relação à interpretação dos contratos. Mas
podemos verificar que essa interpretação está no plano
dos fatos, principalmente como deixa entrever Danz.
Como observa Washington de Barros Monteiro, para
chegarmos à interpretação do contrato é necessário
reconstruir o ato volitivo em que se exteriorizou o negócio
jurídico, pesquisando meticulosamente qual teria sido a
real vontade do agente e, assim, corrigindo sua
manifestação, verbal ou escrita, expressa erradamente (
Curso , v. 5/38). Portanto, os fatos voltariam a ser
examinados no STF quando da apreciação do recurso
extraordinário. Teríamos o STF como terceira instância,
aliás entendida assim por João Mendes, contraditado por
José Rodrigues de Carvalho ( Do Recurso Extraordinário ,
Paraíba, 1920, p. 14; RTJ 109/814).
3
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ARE 654.842 AGR / MG
atrasados. Indenização. Prequestionamento. Ausência.
Ofensa reflexa. 1. Não se admite o recurso extraordinário
quando tema nele suscitado não está devidamente
prequestionado. Incidência da Súmula nº 282/STF. 2.
Inadmissível em recurso extraordinário o exame de
ofensa reflexa à Constituição Federal. Incidência da
Súmula nº 636/STF. 3. Agravo regimental não provido.
(AI 595.651-AgR, Rel. Min. DIAS TOFFOLI, Primeira
Turma, DJ 25.10.2011)
Por fim, para se chegar a conclusão contrária à adotada
pelo acórdão recorrido necessária seria a análise de cláusulas de
norma coletiva de trabalho, o que inviabiliza o extraordinário, a
teor do Enunciado da Súmula n. 454 do Supremo Tribunal
Federal, que interdita a esta Corte, em sede de recurso
extraordinário, interpretar cláusulas contratuais.
Ao comentar a Súmula 454/STF, afirma o ilustre Professor
Roberto Rosas:
O CC (1916) não se estende além do art. 85 (art. 112
do CC-2002) no tocante à interpretação dos atos jurídicos.
Nele adota-se o princípio da manifestação da vontade
acima do sentido literal da linguagem. Menos regras
temos em relação à interpretação dos contratos. Mas
podemos verificar que essa interpretação está no plano
dos fatos, principalmente como deixa entrever Danz.
Como observa Washington de Barros Monteiro, para
chegarmos à interpretação do contrato é necessário
reconstruir o ato volitivo em que se exteriorizou o negócio
jurídico, pesquisando meticulosamente qual teria sido a
real vontade do agente e, assim, corrigindo sua
manifestação, verbal ou escrita, expressa erradamente (
Curso , v. 5/38). Portanto, os fatos voltariam a ser
examinados no STF quando da apreciação do recurso
extraordinário. Teríamos o STF como terceira instância,
aliás entendida assim por João Mendes, contraditado por
José Rodrigues de Carvalho ( Do Recurso Extraordinário ,
Paraíba, 1920, p. 14; RTJ 109/814).
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 10
Voto - MIN. LUIZ FUX
ARE 654.842 AGR / MG
Ver Súmula 5 do STJ.
(in, Direito Sumular, 14ª ed. São Paulo, Malheiros)
Ex positis,
NEGO SEGUIMENTO
ao agravo de
instrumento, com fundamento no art. 21, § 1º, do RISTF.
Resta evidenciado que o agravante não expendeu qualquer
argumento capaz de infirmar a decisão que pretende ver reformada,
razão pela qual tenho que a mesma há de ser mantida íntegra por seus
próprios fundamentos.
Pelo exposto, NEGO PROVIMENTO ao agravo regimental.
É como voto.
4
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ARE 654.842 AGR / MG
Ver Súmula 5 do STJ.
(in, Direito Sumular, 14ª ed. São Paulo, Malheiros)
Ex positis,
NEGO SEGUIMENTO
ao agravo de
instrumento, com fundamento no art. 21, § 1º, do RISTF.
Resta evidenciado que o agravante não expendeu qualquer
argumento capaz de infirmar a decisão que pretende ver reformada,
razão pela qual tenho que a mesma há de ser mantida íntegra por seus
próprios fundamentos.
Pelo exposto, NEGO PROVIMENTO ao agravo regimental.
É como voto.
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 10
Decisão de Julgamento
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 654.842
PROCED. : MINAS GERAIS
RELATOR : MIN. LUIZ FUX
AGTE.(S) : SINDICATO DOS EMPREGADOS EM ESTABELECIMENTOS BANCÁRIOS
DE BELO HORIZONTE E REGIÃO
ADV.(A/S) : EDUARDO HENRIQUE MARQUES SOARES
AGDO.(A/S) : BANCO SANTANDER S/A
ADV.(A/S) : VICTOR RUSSOMANO JÚNIOR
AGDO.(A/S) : ASSOCIAÇÃO DOS FUNCIONÁRIOS APOSENTADOS DO BANESPA DE
BELO HORIZONTE - AFABAN
ADV.(A/S) : TIAGO LUIS COELHO DA ROCHA MUZZI
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos
termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro
Dias Toffoli. 1ª Turma, 13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Wagner Mathias.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
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Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 654.842
PROCED. : MINAS GERAIS
RELATOR : MIN. LUIZ FUX
AGTE.(S) : SINDICATO DOS EMPREGADOS EM ESTABELECIMENTOS BANCÁRIOS
DE BELO HORIZONTE E REGIÃO
ADV.(A/S) : EDUARDO HENRIQUE MARQUES SOARES
AGDO.(A/S) : BANCO SANTANDER S/A
ADV.(A/S) : VICTOR RUSSOMANO JÚNIOR
AGDO.(A/S) : ASSOCIAÇÃO DOS FUNCIONÁRIOS APOSENTADOS DO BANESPA DE
BELO HORIZONTE - AFABAN
ADV.(A/S) : TIAGO LUIS COELHO DA ROCHA MUZZI
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos
termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro
Dias Toffoli. 1ª Turma, 13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Wagner Mathias.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 10
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3134297 | 2012-11-13T00:00:00 | 2012-11-28T00:00:00 | A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 13.11.2012. | AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO | Ementa: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. TRABALHISTA. DISSÍDIO COLETIVO. ACORDO COLETIVO. REAJUSTE SALARIAL. ORIENTAÇÃO JURISPRUDENCIAL TRANSITÓRIA N. 68 DA SBDI-1. ALEGAÇÃO DE AFRONTA AOS ARTS. 5º, CAPUT , 7º, XXVI, E 8º, III E VI, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA REFLEXA. INTERPRETAÇÃO DE CLÁUSULAS CONTRATUAIS. INCIDÊNCIA DA SÚMULA N. 454/STF. DECISÃO QUE SE MANTÉM POR SEUS PRÓPRIOS FUNDAMENTOS.
1. A violação reflexa e oblíqua da Constituição Federal decorrente da necessidade de análise de malferimento de dispositivo infraconstitucional torna inadmissível o recurso extraordinário. Precedentes: AI 775.275-AgR, Rel. Min. CELSO DE MELLO, Segunda Turma, DJ 28.10.2011 e AI 595.651-AgR, Rel. Min. DIAS TOFFOLI, Primeira Turma, DJ 25.10.2011.
2. É cediço na Corte que a interpretação de cláusulas contratuais não viabiliza o recurso extraordinário, a teor do Enunciado da Súmula n. 454 do Supremo Tribunal Federal.
3. In casu, o acórdão recorrido assentou: AGRAVO INTERPOSTO PELO SINDICATO. BANESPA. CONVENÇÃO COLETIVA. REAJUSTE SALARIAL. SUPERVENIÊNCIA DE ACORDO EM DISSÍDIO COLETIVO. PREVALÊNCIA. ABRANGÊNCIA NACIONAL. APLICAÇÃO DA ORIENTAÇÃO JURISPRUDENCIAL TRANSITÓRIA N.º 68 DA SBDI-1. Em face do princípio do conglobamento, o acordo homologado no Dissídio Coletivo n.º TST - DC - 810.905/2001.3, que estabeleceu a garantia de emprego, prevalece sobre a fixação do reajuste salarial previsto na convenção coletiva firmada entre a Federação Nacional dos Bancos - Fenaban e os sindicatos dos bancários. Tal diretriz não excepciona os empregados do Banco Banespa representados pelo Sindicato dos Bancários de Belo Horizonte, tal como pretende demonstrar o Autor. Conforme declinado pela Turma, a situação do Banco Banespa é peculiar, por possuir tal instituição quadro de carreira em nível nacional, o que afasta as convenções coletivas de trabalho regionalizadas e autoriza a aplicação do acordo coletivo homologado no Dissídio Coletivo em que figurou a CONTEC. Incidência da Orientação Jurisprudencial n.º 68 da SBDI-1. Agravo a que se nega provimento .
4. Agravo regimental a que se nega provimento. | sjur220030 | - Acórdão (s) citado (s):
(INTERPRETAÇÃO, NORMA INFRACONSTITUCIONAL)
STF: AI 775275 AgR (2ªT), AI 595651 AgR (1ªT).
Número de páginas: 10.
Análise: 05/12/2012, BMB. | LUIZ FUX | Primeira Turma | 654842 | [
"LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00005 \"CAPUT\" ART-00007 INC-00026\r\n ART-00008 INC-00003 INC-00006 \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n\r\n",
"LEG-FED SUMSTF-000454 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\r\n\r\n",
"LEG-FED OJ-000068 \r\n ORIENTAÇÃO JURISPRUDENCIAL DA SBDI-1 TRANSITÓRIA DO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO - TST"
] | ARE-AgR | acordaos | ARE 654842 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : SINDICATO DOS EMPREGADOS EM ESTABELECIMENTOS BANCÁRIOS DE BELO HORIZONTE E REGIÃO
ADV.(A/S) : EDUARDO HENRIQUE MARQUES SOARES
AGDO.(A/S) : BANCO SANTANDER S/A
ADV.(A/S) : VICTOR RUSSOMANO JÚNIOR
AGDO.(A/S) : ASSOCIAÇÃO DOS FUNCIONÁRIOS APOSENTADOS DO BANESPA DE BELO HORIZONTE - AFABAN
ADV.(A/S) : TIAGO LUIS COELHO DA ROCHA MUZZI | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"SÚMULA N . 454 / STF",
"AI 775 . 275 - AgR",
"AI 595 . 651 - AgR",
"Súmula n . 454 do Supremo Tribunal Federal",
"ARE 654 . 842",
"Dissídio Coletivo n . [UNK] TST - DC - 810 . 905 / 2001 . 3",
"Orientação Jurisprudencial n . [UNK] 68 da SBDI - 1",
"ARE 654 . 842 AGR",
"Dissídio Coletivo n . [UNK] TST - DC",
"-",
"810",
".",
"Orientação Jurisprudencial n . [UNK] 68 da SBDI - 1",
"SÚMULA N . 454 / STF",
"SÚMULA N . 454 / STF",
"ARE 654 . 842 AGR / MG",
"Súmula n . 454 do Supremo Tribunal Federal",
"Dissídio Coletivo n . [UNK] TST - DC - 810 . 905 / 2001 .",
"Orientação Jurisprudencial n . [UNK] 68 da SBDI - 1",
"ARE 654 . 842 AGR /",
"Súmula n . 454 do Supremo Tribunal Federal",
"Dissídio Coletivo n . [UNK] TST - DC - 810 . 905 / 2001 . 3",
"Orientação Jurisprudencial n . [UNK] 68 da SBDI - 1",
"ARE 654 . 842 AGR / MG",
"ARE 654 . 842 AGR",
"Dissídio Coletivo n . [UNK] TST - DC - 810 . 905 / 2001 . 3",
"ORIENTAÇÃO",
"Dissídio Coletivo n . [UNK] TST - DC - 810 . 905 / 2001 .",
"ARE 654 . 842 AGR / MG",
"Orientação Jurisprudencial n . [UNK] 68 da SBDI - 1",
"AI 775 . 275 - AgR",
"ARE 654 . 842 AGR",
"Orientação Jurisprudencial n . [UNK] 68 da SBDI - 1",
"AI 775 . 275 - AgR",
"ARE 654 . 842 AGR / MG",
"Súmula [UNK] 282 / STF",
"Súmula [UNK] 636 / STF",
"AI 595 . 651 - AgR",
"Enunciado da",
"Súmula n . 454 do Supremo Tribunal Federal",
"Súmula 454 / STF",
"ARE 654 . 842 AGR",
"Súmula [UNK] 282 / STF",
"Súmula [UNK] 636 / STF",
"AI 595 . 651 - AgR",
"Súmula n . 454 do Supremo Tribunal Federal",
"Súmula 454 / STF",
"Súmula 5 do STJ",
"ARE 654 . 842 AGR / MG",
"Súmula 5 do STJ"
],
"LEGISLACAO": [
"ARTS . [UNK] , CAPUT , [UNK] , XXVI , E [UNK] , III E VI , DA CONSTITUIÇÃO",
"Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ARTS . [UNK] , CAPUT , [UNK] , XXVI , E [UNK] , III E VI , DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ARTS . [UNK] , CAPUT , [UNK] , XXVI , E [UNK] , III E VI , DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art .",
"art . 102 , III , § [UNK] , da CF",
"Constituição Federal",
"Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 323 do RISTF",
"art . 102 , III , § [UNK] , da CF",
"Constituição Federal",
"Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] , III e VI , da C . F . / 88",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] , III e VI , da C . F . / 88",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 102 , III , a , da Constituição Federal",
"arts . [UNK] , c aput , [UNK] , XXVI , e [UNK] , III e VI , da Carta Federal",
"art . 323 do RISTF",
"art . 102 , III , § [UNK] , da CF",
"CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 102 , III , a , da Constituição Federal",
"arts . [UNK] , c aput , [UNK] , XXVI , e [UNK] , III e VI , da Carta Federal",
"art . 323 do RISTF",
"art . 102 , III , § [UNK] , da CF",
"CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição Federal",
"CC",
"1916",
"art . 85 ( art . 112 do CC - 2002",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição Federal",
"CC",
"1916",
"art . 85 ( art . 112 do CC - 2002",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"Brasília",
"Brasília",
"MINAS GERAIS",
"BELO HORIZONTE",
"BELO HORIZONTE",
"MINAS GERAIS",
"BELO HORIZONTE",
"BELO HORIZONTE",
"MINAS GERAIS",
"BELO HORIZONTE",
"MINAS GERAIS",
"Paraíba",
"Paraíba",
"São Paulo",
"São Paulo",
"MINAS GERAIS",
"BELO HORIZONTE",
"MINAS GERAIS",
"BELO HORIZONTE"
],
"ORGANIZACAO": [
"PRIMEIRA TURMA",
"SINDICATO DOS EMPREGADOS EM ESTABELECIMENTOS BANCÁRIOS DE BELO",
"BANCO SANTANDER S / A",
"BANESPA DE BELO HORIZONTE",
"AFABAN",
"SBDI",
"Segunda Turma",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"SBDI",
"Federação Nacional dos Bancos",
"Fenaban",
"Banco Banespa",
"Sindicato dos Bancários de Belo Horizonte",
"Banco Banespa",
"CONTEC",
"Primeira Turma do",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"1",
"Federação Nacional dos Bancos",
"Fenaban",
"Banco Banespa",
"Sindicato dos Bancários de Belo Horizonte",
"Banco Banespa",
"CONTEC",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"SINDICATO DOS",
"BANCO SANTANDER S / A",
"ASSOCIAÇÃO DOS",
"BANESPA DE BELO HORIZONTE",
"AFABAN",
"SINDICATO DOS EMPREGADOS EM ESTABELECIMENTOS BANCÁRIOS",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"SINDICATO DOS EMPREGADOS",
"BANCO SANTANDER S / A",
"ASSOCIAÇÃO DOS FUNCIONÁRIOS APOSENTADOS DO",
"BANESPA DE BELO HORIZONTE",
"AFABAN",
"SINDICATO DOS EMPREGADOS EM ESTABELECIMENTOS BANCÁRIOS DE",
"1",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"1",
"Federação Nacional dos Bancos",
"Fenaban",
"Banco Banespa",
"Sindicato dos Bancários de Belo Horizonte",
"Banco Banespa",
"CONTEC",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"MG",
"Federação Nacional dos Bancos",
"Fenaban",
"Banco Banespa",
"Sindicato dos Bancários de Belo Horizonte",
"Banco Banespa",
"CONTEC",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"/",
"MG",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"SINDICATO DOS EMPREGADOS EM ESTABELECIMENTOS BANCÁRIOS DE",
"Tribunal Superior do Trabalho",
"Federação Nacional dos Bancos",
"Fenaban",
"Banco Banespa",
"Sindicato dos Bancários de Belo Horizonte",
"Banco Banespa",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"SINDICATO DOS EMPREGADOS EM ESTABELECIMENTOS BANCÁRIOS DE BELO",
"Tribunal Superior do Trabalho",
"Federação Nacional dos Bancos",
"Fenaban",
"Banco Banespa",
"Sindicato dos Bancários de Belo Horizonte",
"Banco Banespa",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"CONTEC",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"/",
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"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
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"-",
"Brasil",
"Primeira Turma",
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"STF",
"Supremo Tribunal Federal",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"STF",
"STF",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"/",
"MG",
"Malheiros",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Malheiros",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"SINDICATO DOS EMPREGADOS EM ESTABELECIMENTOS BANCÁRIOS",
"BANCO SANTANDER S / A",
"BANESPA DE BELO HORIZONTE",
"AFABAN",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"SINDICATO DOS EMPREGADOS",
"BANCO SANTANDER S / A",
"ASSOCIAÇÃO DOS FUNCIONÁRIOS APOSENTADOS DO",
"BANESPA DE BELO HORIZONTE",
"AFABAN",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"LUIZ FUX",
"EDUARDO HENRIQUE MARQUES SOARES",
"VICTOR RUSSOMANO JÚNIOR",
"TIAGO LUIS COELHO DA ROCHA MUZZI",
"CELSO DE MELLO",
"DIAS TOFFOLI",
"Dias Toffoli",
"LUIZ FUX",
"Dias Toffoli",
"LUIZ FUX",
"LUIZ FUX",
"EDUARDO HENRIQUE MARQUES SOARES",
"VICTOR RUSSOMANO JÚNIOR",
"TIAGO LUIS COELHO DA ROCHA MUZZI",
"LUIZ FUX",
"LUIZ FUX",
"EDUARDO HENRIQUE MARQUES SOARES",
"VICTOR RUSSOMANO JÚNIOR",
"TIAGO LUIS COELHO DA ROCHA MUZZI",
"LUIZ FUX",
"LUIZ FUX",
"LUIZ FUX",
"LUIZ FUX",
"LUIZ FUX",
"CELSO DE MELLO",
"CELSO DE MELLO",
"LUIZ FUX",
"DIAS TOFFOLI",
"Roberto Rosas",
"Danz",
"Washington de Barros Monteiro",
"João Mendes",
"José Rodrigues de Carvalho",
"DIAS TOFFOLI",
"Roberto Rosas",
"Washington de Barros Monteiro",
"João Mendes",
"José Rodrigues de Carvalho",
"LUIZ FUX",
"LUIZ FUX",
"EDUARDO HENRIQUE MARQUES SOARES",
"VICTOR RUSSOMANO JÚNIOR",
"TIAGO LUIS COELHO DA ROCHA MUZZI",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Wagner Mathias",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza",
"LUIZ FUX",
"VICTOR RUSSOMANO JÚNIOR",
"TIAGO LUIS COELHO DA ROCHA MUZZI",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Wagner Mathias",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza"
],
"TEMPO": [
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"28",
".",
"10",
".",
"2011",
"25",
".",
"10",
".",
"2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"28",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"13 de novembro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13 de novembro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"28",
".",
"10",
".",
"2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"28",
".",
"10",
".",
"2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"25",
".",
"10",
".",
"2011",
"1920",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"25",
".",
"10",
".",
"2011",
"1920",
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"/",
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"/",
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"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
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"/",
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".",
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".",
"2012",
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"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
MANDADO DE SEGURANÇA 31.462 DISTRITO FEDERAL
RELATORA
: MIN. CÁRMEN LÚCIA
IMPTE.(S)
:JOÃO SOARES
IMPTE.(S)
:JOSÉ RICARDO RODRIGUES
ADV.(A/S)
:JOSE JAYME DE SOUZA SANTORO E OUTRO(A/S)
IMPDO.(A/S)
:TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO
ADV.(A/S)
:ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
LIT.PAS.(A/S)
:UNIÃO
ADV.(A/S)
:ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
EMENTA: MANDADO DE SEGURANÇA. ADMINISTRATIVO.
TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO. TOMADA DE CONTAS ESPECIAL.
FRAUDE NO RECOLHIMENTO DE TRIBUTO. RESPONSABILIZAÇÃO
SOLIDÁRIA DE GESTORES PÚBLICOS E EMPRESÁRIO. APLICAÇÃO
DE MULTA. RECURSOS DE REVISÃO INADMITIDOS. HIPÓTESES DE
CABIMENTO RECURSAL NÃO CONFIGURADAS. ALEGADA
CONTRARIEDADE AO PRINCÍPIO DA IGUALDADE. NÃO
OCORRÊNCIA. SEGURANÇA DENEGADA.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do
Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a Presidência do
Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamento e
das notas taquigráficas, à unanimidade, em denegar o mandado de
segurança, nos termos do voto da Relatora. Falaram, pelos impetrantes, a
Dra. Fabíola Santoro Garcia. Ausentes, justificadamente, os Ministros
Celso de Mello e Joaquim Barbosa.
Brasília, 13 de novembro de 2012.
Ministra CÁRMEN LÚCIA - Relatora
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3139507.
Supremo Tribunal Federal
DJe 07/12/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 11
Relatório
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
MANDADO DE SEGURANÇA 31.462 DISTRITO FEDERAL
RELATORA
: MIN. CÁRMEN LÚCIA
IMPTE.(S)
:JOÃO SOARES
IMPTE.(S)
:JOSÉ RICARDO RODRIGUES
ADV.(A/S)
:JOSE JAYME DE SOUZA SANTORO E OUTRO(A/S)
IMPDO.(A/S)
:TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO
ADV.(A/S)
:ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
LIT.PAS.(A/S)
:UNIÃO
ADV.(A/S)
:ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
R E L A T Ó R I O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora):
1. Mandado de segurança, sem pedido de medida liminar,
impetrado por João Soares e José Ricardo Rodrigues, em 2.7.2012, contra
decisão do Plenário do Tribunal de Contas da União, que deixou de
admitir os recursos de revisão interpostos pelos Impetrantes (Acórdão n.
100/2012).
2. Em 2000, por solicitação do Ministro de Estado dos Transportes, o
Tribunal de Contas da União instaurou tomada de contas especial contra
os servidores Luiz Noah da Silva Lopes, José Ricardo Rodrigues e Júlio
César Sousa Ramos, da Divisão de Controle e Arrecadação do
Departamento de Marinha Mercante, e João Soares, sócio da empresa
FHS Serviços Marítimos Ltda., em decorrência de prejuízos relacionados
ao recolhimento fraudulento do Adicional ao Frete para a Renovação da
Marinha Mercante – AFRMM, nos anos de 1999 e 2000 (Processo TCU n.
15.249/2000-9).
Em 23.9.2008, o Tribunal de Contas da União julgou regulares, com
ressalvas, as contas do servidor Luiz Noah da Silva Lopes e irregulares as
dos demais responsáveis, condenando-os, solidariamente, ao
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
MANDADO DE SEGURANÇA 31.462 DISTRITO FEDERAL
RELATORA
: MIN. CÁRMEN LÚCIA
IMPTE.(S)
:JOÃO SOARES
IMPTE.(S)
:JOSÉ RICARDO RODRIGUES
ADV.(A/S)
:JOSE JAYME DE SOUZA SANTORO E OUTRO(A/S)
IMPDO.(A/S)
:TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO
ADV.(A/S)
:ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
LIT.PAS.(A/S)
:UNIÃO
ADV.(A/S)
:ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
R E L A T Ó R I O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora):
1. Mandado de segurança, sem pedido de medida liminar,
impetrado por João Soares e José Ricardo Rodrigues, em 2.7.2012, contra
decisão do Plenário do Tribunal de Contas da União, que deixou de
admitir os recursos de revisão interpostos pelos Impetrantes (Acórdão n.
100/2012).
2. Em 2000, por solicitação do Ministro de Estado dos Transportes, o
Tribunal de Contas da União instaurou tomada de contas especial contra
os servidores Luiz Noah da Silva Lopes, José Ricardo Rodrigues e Júlio
César Sousa Ramos, da Divisão de Controle e Arrecadação do
Departamento de Marinha Mercante, e João Soares, sócio da empresa
FHS Serviços Marítimos Ltda., em decorrência de prejuízos relacionados
ao recolhimento fraudulento do Adicional ao Frete para a Renovação da
Marinha Mercante – AFRMM, nos anos de 1999 e 2000 (Processo TCU n.
15.249/2000-9).
Em 23.9.2008, o Tribunal de Contas da União julgou regulares, com
ressalvas, as contas do servidor Luiz Noah da Silva Lopes e irregulares as
dos demais responsáveis, condenando-os, solidariamente, ao
Supremo Tribunal Federal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 11
Relatório
MS 31.462 / DF
recolhimento do valor apurado do débito, que superava 2,6 milhões de
reais, além do pagamento de multa individual (Acórdão TCU n.
3.042/2008).
Ao examinar os recursos de revisão interpostos contra essa decisão,
o Tribunal de Contas da União deu provimento ao recurso de Júlio César
Sousa Ramos (Acórdão TCU n. 2.570/2010) para afastar sua
responsabilidade pelo pagamento do débito e da multa, e deixou de
admitir os recursos de José Ricardo Rodrigues e João Soares, ao
fundamento de que os argumentos e documentos juntados já teriam sido
apreciados pelo Tribunal e não teriam eficácia sobre a prova produzida
nos autos (Acórdão TCU n. 100/2012).
É contra essa decisão que se impetra o presente mandado de
segurança.
3. Os Imperantes alegam, em síntese, que seus recursos deveriam ser
conhecidos, pois preencheriam ao menos o requisito estabelecido no inc.
III do art. 35 da Lei n. 8.443/1992 (superveniência de documentos novos
com eficácia sobre a prova produzida).
Afirmam que a decisão que julgou regulares, com ressalvas, as
contas de Luiz Noah Silva Lopes, assim como o acórdão que deu
provimento ao recurso de revisão interposto por Julio Cezar Sousa
Ramos, “tratam de documentos novos, evidentemente posteriores à Tomada de
Contas Especial” (fl. 8), suficientes para autorizar a interposição dos
recursos de revisão pelos Impetrantes.
Asseveram que “os quatro personagens julgados pelo (...) TCU estavam
na mesmíssima situação, não podendo ter tratamento diferenciado por parte do
Impetrado, como [teria] acontec[ido com os Impetrantes]” (fl. 8).
Pedem seja concedida a ordem de segurança, “determinando que o
2
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
MS 31.462 / DF
recolhimento do valor apurado do débito, que superava 2,6 milhões de
reais, além do pagamento de multa individual (Acórdão TCU n.
3.042/2008).
Ao examinar os recursos de revisão interpostos contra essa decisão,
o Tribunal de Contas da União deu provimento ao recurso de Júlio César
Sousa Ramos (Acórdão TCU n. 2.570/2010) para afastar sua
responsabilidade pelo pagamento do débito e da multa, e deixou de
admitir os recursos de José Ricardo Rodrigues e João Soares, ao
fundamento de que os argumentos e documentos juntados já teriam sido
apreciados pelo Tribunal e não teriam eficácia sobre a prova produzida
nos autos (Acórdão TCU n. 100/2012).
É contra essa decisão que se impetra o presente mandado de
segurança.
3. Os Imperantes alegam, em síntese, que seus recursos deveriam ser
conhecidos, pois preencheriam ao menos o requisito estabelecido no inc.
III do art. 35 da Lei n. 8.443/1992 (superveniência de documentos novos
com eficácia sobre a prova produzida).
Afirmam que a decisão que julgou regulares, com ressalvas, as
contas de Luiz Noah Silva Lopes, assim como o acórdão que deu
provimento ao recurso de revisão interposto por Julio Cezar Sousa
Ramos, “tratam de documentos novos, evidentemente posteriores à Tomada de
Contas Especial” (fl. 8), suficientes para autorizar a interposição dos
recursos de revisão pelos Impetrantes.
Asseveram que “os quatro personagens julgados pelo (...) TCU estavam
na mesmíssima situação, não podendo ter tratamento diferenciado por parte do
Impetrado, como [teria] acontec[ido com os Impetrantes]” (fl. 8).
Pedem seja concedida a ordem de segurança, “determinando que o
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3139508.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 11
Relatório
MS 31.462 / DF
Impetrado admita os Recursos de Revisão interpostos por JOÃO SOARES e
JOSÉ RICARDO RODRIGUES, julgando-lhes o mérito, dentro dos princípios
de isonomia, que informam o Direito Brasileiro” (fl. 9).
4. Em 1º.8.2012, determinei aos Impetrantes que comprovassem o
recolhimento das custas processuais e a tempestividade da presente
impetração, o que foi atendido em 17.8.2012, quando requereram a
juntada de “cópia da íntegra do processo que tramita no TCU” (doc. 15).
5. Nas informações prestadas em 6.9.2012, o Tribunal de Contas da
União defendeu a legitimidade e legalidade da decisão impugnada e
ressaltou inexistir direito líquido e certo ao recebimento de recurso fora
das hipóteses legais (doc. 107).
6. Em 13.9.2012, a União requereu seu ingresso no feito (doc. 109), o
que deferi.
7. Em 29.10.2012, a Procuradoria-Geral da República opinou pela
denegação da segurança.
3
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
MS 31.462 / DF
Impetrado admita os Recursos de Revisão interpostos por JOÃO SOARES e
JOSÉ RICARDO RODRIGUES, julgando-lhes o mérito, dentro dos princípios
de isonomia, que informam o Direito Brasileiro” (fl. 9).
4. Em 1º.8.2012, determinei aos Impetrantes que comprovassem o
recolhimento das custas processuais e a tempestividade da presente
impetração, o que foi atendido em 17.8.2012, quando requereram a
juntada de “cópia da íntegra do processo que tramita no TCU” (doc. 15).
5. Nas informações prestadas em 6.9.2012, o Tribunal de Contas da
União defendeu a legitimidade e legalidade da decisão impugnada e
ressaltou inexistir direito líquido e certo ao recebimento de recurso fora
das hipóteses legais (doc. 107).
6. Em 13.9.2012, a União requereu seu ingresso no feito (doc. 109), o
que deferi.
7. Em 29.10.2012, a Procuradoria-Geral da República opinou pela
denegação da segurança.
3
Supremo Tribunal Federal
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Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
MANDADO DE SEGURANÇA 31.462 DISTRITO FEDERAL
VOTO
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora):
1. Inicialmente, considerando-se que em mandado de segurança não
há dilação probatória nem se admite juntada posterior de documentos
necessários à comprovação da liquidez e certeza do direito alegado, não
conheço dos documentos eletrônicos n. 22 a 101, juntados pelos
Impetrantes quando determinada a comprovação do preparo e da
tempestividade desta ação.
2. O que se põe em foco no presente mandado de segurança é se a
decisão do Tribunal de Contas da União que não admitiu os recursos de
revisão interpostos pelos Impetrantes contrariou seu direito líquido e
certo.
3. Os Impetrantes alegam, em essência, que seus recursos deveriam
ser recebidos, pois as decisões proferidas pelo Tribunal de Contas da
União com relação aos demais responsáveis evidenciariam a
superveniência de documentos novos com eficácia sobre a prova
produzida nos autos (art. 35, inc. III, da Lei n. 8.443/1992). Acrescentam
ter recebido tratamento distinto daqueles que tiveram sua
responsabilidade afastada, o que desatenderia o caput do art. 5º da
Constituição da República.
4. Ao dispor sobre o recurso de revisão, a Lei n. 8.443/1992 estabelece
as seguintes hipóteses de cabimento:
“Art. 35. De decisão definitiva caberá recurso de revisão ao
Plenário, sem efeito suspensivo, interposto por escrito, uma só vez,
pelo responsável, seus sucessores, ou pelo Ministério Público junto ao
Tribunal, dentro do prazo de cinco anos, contados na forma prevista
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13/11/2012
SEGUNDA TURMA
MANDADO DE SEGURANÇA 31.462 DISTRITO FEDERAL
VOTO
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora):
1. Inicialmente, considerando-se que em mandado de segurança não
há dilação probatória nem se admite juntada posterior de documentos
necessários à comprovação da liquidez e certeza do direito alegado, não
conheço dos documentos eletrônicos n. 22 a 101, juntados pelos
Impetrantes quando determinada a comprovação do preparo e da
tempestividade desta ação.
2. O que se põe em foco no presente mandado de segurança é se a
decisão do Tribunal de Contas da União que não admitiu os recursos de
revisão interpostos pelos Impetrantes contrariou seu direito líquido e
certo.
3. Os Impetrantes alegam, em essência, que seus recursos deveriam
ser recebidos, pois as decisões proferidas pelo Tribunal de Contas da
União com relação aos demais responsáveis evidenciariam a
superveniência de documentos novos com eficácia sobre a prova
produzida nos autos (art. 35, inc. III, da Lei n. 8.443/1992). Acrescentam
ter recebido tratamento distinto daqueles que tiveram sua
responsabilidade afastada, o que desatenderia o caput do art. 5º da
Constituição da República.
4. Ao dispor sobre o recurso de revisão, a Lei n. 8.443/1992 estabelece
as seguintes hipóteses de cabimento:
“Art. 35. De decisão definitiva caberá recurso de revisão ao
Plenário, sem efeito suspensivo, interposto por escrito, uma só vez,
pelo responsável, seus sucessores, ou pelo Ministério Público junto ao
Tribunal, dentro do prazo de cinco anos, contados na forma prevista
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Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
MS 31.462 / DF
no inciso III do art. 30 desta Lei, e fundar-se-á:
I - em erro de cálculo nas contas;
II - em falsidade ou insuficiência de documentos em que se tenha
fundamentado a decisão recorrida;
III - na superveniência de documentos novos com eficácia sobre
a prova produzida.
Parágrafo único. A decisão que der provimento a recurso de
revisão ensejará a correção de todo e qualquer erro ou engano
apurado” (grifos nossos).
5. No julgamento dos recursos de revisão interpostos pelos
Impetrantes contra o Acórdão TCU n. 3.042/2008, que julgou regulares,
com ressalvas, as contas de Luiz Noah da Silva Lopes e irregulares as dos
demais responsáveis, o Tribunal de Contas da União decidiu:
“RECURSO DE REVISÃO EM TOMADA DE CONTAS
ESPECIAL. ARGUMENTOS E PARTE DOS DOCUMENTOS JÁ
EXISTENTES E APRECIADOS NOS AUTOS. OUTROS
DOCUMENTOS SEM EFICÁCIA SOBRE A PROVA
PRODUZIDA. NÃO CONHECIMENTO. ARQUIVAMENTO”.
Em seu voto, o Ministro Aroldo Cedraz inadmitiu os recursos, nos
termos seguintes:
“2. Quanto à admissibilidade, compartilho o entendimento da
Serur no sentido de que alguns dos documentos ora trazidos ao
processo, por já terem sido apresentados pelo Sr. Júlio César Sousa
Ramos em sede de recurso de revisão, não se amoldam ao conceito de
documentos novos previsto no art. 35, inciso III, da Lei 8.443/1992.
3. Também não se prestam a fundamentar a interposição dessa
espécie recursal os argumentos repetidos nesta fase, mesmo aquele em
que é suscitada a insuficiência dos elementos de prova utilizados pelo
TCU para apontar a ocorrência de dano ao erário e para quantificar
esse dano, argumento este que, a princípio, coadunar-se-ia com a
hipótese positivada no art. 35, inciso II, da Lei Orgânica do TCU.
4. Ora, já tendo sido eles analisados e refutados por ocasião da
2
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MS 31.462 / DF
no inciso III do art. 30 desta Lei, e fundar-se-á:
I - em erro de cálculo nas contas;
II - em falsidade ou insuficiência de documentos em que se tenha
fundamentado a decisão recorrida;
III - na superveniência de documentos novos com eficácia sobre
a prova produzida.
Parágrafo único. A decisão que der provimento a recurso de
revisão ensejará a correção de todo e qualquer erro ou engano
apurado” (grifos nossos).
5. No julgamento dos recursos de revisão interpostos pelos
Impetrantes contra o Acórdão TCU n. 3.042/2008, que julgou regulares,
com ressalvas, as contas de Luiz Noah da Silva Lopes e irregulares as dos
demais responsáveis, o Tribunal de Contas da União decidiu:
“RECURSO DE REVISÃO EM TOMADA DE CONTAS
ESPECIAL. ARGUMENTOS E PARTE DOS DOCUMENTOS JÁ
EXISTENTES E APRECIADOS NOS AUTOS. OUTROS
DOCUMENTOS SEM EFICÁCIA SOBRE A PROVA
PRODUZIDA. NÃO CONHECIMENTO. ARQUIVAMENTO”.
Em seu voto, o Ministro Aroldo Cedraz inadmitiu os recursos, nos
termos seguintes:
“2. Quanto à admissibilidade, compartilho o entendimento da
Serur no sentido de que alguns dos documentos ora trazidos ao
processo, por já terem sido apresentados pelo Sr. Júlio César Sousa
Ramos em sede de recurso de revisão, não se amoldam ao conceito de
documentos novos previsto no art. 35, inciso III, da Lei 8.443/1992.
3. Também não se prestam a fundamentar a interposição dessa
espécie recursal os argumentos repetidos nesta fase, mesmo aquele em
que é suscitada a insuficiência dos elementos de prova utilizados pelo
TCU para apontar a ocorrência de dano ao erário e para quantificar
esse dano, argumento este que, a princípio, coadunar-se-ia com a
hipótese positivada no art. 35, inciso II, da Lei Orgânica do TCU.
4. Ora, já tendo sido eles analisados e refutados por ocasião da
2
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Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
MS 31.462 / DF
apreciação do Acórdão 2.570/2010-Plenário, pode-se concluir, sem
necessidade de novo aprofundamento de mérito, que não houve
“falsidade ou insuficiência de documentos em que se tenha
fundamentado a decisão recorrida” (art. 35, inciso II, da Lei
8.443/1992), tampouco “erro de cálculo nas contas” (art. 35, inciso I,
daquele mesmo diploma legal).
5. Por fim, no que tange aos demais elementos que se fizeram
acompanhar dos recursos de revisão em apreço (...), valho-me da linha
de raciocínio desenvolvida pela unidade técnica especializada no
sentido de que ‘tais documentos não têm eficácia sobre a prova
produzida nos autos’, primeiramente porque são dotados de baixo
valor probante, servindo mais para fazer prova contra o declarante do
que para comprovar o fato declarado.
6. Some-se a isso a robustez dos elementos de convicção
existentes nos autos, conforme se evidencia no voto que apresentei
como fundamento do Acórdão 2.570/2010-Plenário, voto este que me
permito transcrever quase integralmente, por se mostrar bastante
elucidativo acerca da não eficácia, sobre a prova produzida nos autos,
dos novos depoimentos e declarações ora trazidos ao processo pelos
Sres João Soares e José Ricardo:
‘10. Nesse momento, dava-se início à fraude mediante
encaminhamento de comunicado, via fac-símile, às empresas
devedoras do AFRMM, informando-lhes que os valores devidos
deveriam ser repassados à agente de navegação FHS Serviços
Marítimos Ltda. (...)
11. Note-se que, não obstante o uso da palavra ‘Solicitamos’
atribuir aparente caráter facultativo à indicação da empresa FHS, o
último parágrafo mostra-se impositivo quanto a essa indicação, (...)’.
Tal procedimento se repete em vários dos faxes juntados aos autos.
12. Feito o pagamento à agência de navegação indicada, este não
era repassado à conta do Fundo da Marinha Mercante – FMM no
Banco do Brasil. Estava consumado o desvio de recursos. Em
complemento, os fraudadores subtraiam do DMM os processos
administrativos, o que dificultou a constatação da fraude, ao menos
até que uma das importadoras destinatárias dos mencionados faxes se
desse conta da ilicitude e apresentasse denúncia. (...)
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apreciação do Acórdão 2.570/2010-Plenário, pode-se concluir, sem
necessidade de novo aprofundamento de mérito, que não houve
“falsidade ou insuficiência de documentos em que se tenha
fundamentado a decisão recorrida” (art. 35, inciso II, da Lei
8.443/1992), tampouco “erro de cálculo nas contas” (art. 35, inciso I,
daquele mesmo diploma legal).
5. Por fim, no que tange aos demais elementos que se fizeram
acompanhar dos recursos de revisão em apreço (...), valho-me da linha
de raciocínio desenvolvida pela unidade técnica especializada no
sentido de que ‘tais documentos não têm eficácia sobre a prova
produzida nos autos’, primeiramente porque são dotados de baixo
valor probante, servindo mais para fazer prova contra o declarante do
que para comprovar o fato declarado.
6. Some-se a isso a robustez dos elementos de convicção
existentes nos autos, conforme se evidencia no voto que apresentei
como fundamento do Acórdão 2.570/2010-Plenário, voto este que me
permito transcrever quase integralmente, por se mostrar bastante
elucidativo acerca da não eficácia, sobre a prova produzida nos autos,
dos novos depoimentos e declarações ora trazidos ao processo pelos
Sres João Soares e José Ricardo:
‘10. Nesse momento, dava-se início à fraude mediante
encaminhamento de comunicado, via fac-símile, às empresas
devedoras do AFRMM, informando-lhes que os valores devidos
deveriam ser repassados à agente de navegação FHS Serviços
Marítimos Ltda. (...)
11. Note-se que, não obstante o uso da palavra ‘Solicitamos’
atribuir aparente caráter facultativo à indicação da empresa FHS, o
último parágrafo mostra-se impositivo quanto a essa indicação, (...)’.
Tal procedimento se repete em vários dos faxes juntados aos autos.
12. Feito o pagamento à agência de navegação indicada, este não
era repassado à conta do Fundo da Marinha Mercante – FMM no
Banco do Brasil. Estava consumado o desvio de recursos. Em
complemento, os fraudadores subtraiam do DMM os processos
administrativos, o que dificultou a constatação da fraude, ao menos
até que uma das importadoras destinatárias dos mencionados faxes se
desse conta da ilicitude e apresentasse denúncia. (...)
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 11
Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
MS 31.462 / DF
14. Feita essa explanação, passo ao exame de mérito.
15. De plano, registro meu entendimento de que os argumentos
apresentados pelo recorrente não se prestam, por si sós, a dar o
necessário suporte a qualquer pedido de alteração (...)
29. Apesar disso, considerando o efeito devolutivo pleno a que
me referi há pouco, entendo que o Acórdão 3.042/2008-1ª Câmara
merece reparos no que tange ao rol de responsáveis.
30. Assim penso por considerar frágil a responsabilização do Sr.
Júlio César Sousa Ramos, baseada exclusivamente nos seguintes
pontos:
30.1. depoimento do Sr. João Soares no inquérito policial
602/1999 em que afirma ter repassado ‘em alguns meses (...) para José
Ricardo e Júlio uma quantia de até cem mil reais, sendo que em alguns
meses o valor era menor’ (fl. 7, anexo 6);
30.2. suposta existência de cópia de um único fax aparentemente
subscrito pelo responsável(...);
30.3. depoimento do Sérgio Schechter no inquérito policial
602/1999, em que afirma ter o Sr. Júlio César Sousa Ramos enviados
diversos faxes com indicação da empresa FHS como responsável pelo
recebimento do AFRMM.
31. Quanto aos depoimentos, verifica-se que foram prestados por
outros dois suspeitos de envolvimento no desvio fraudulento de
recursos, sem que tenham sido apontadas ou encontradas provas
documentais que os corroborassem (...)
32. Por sua vez, a cópia do fax que teria sido enviado pelo Sr.
Júlio César não se reveste de valor probante suficiente para
fundamentar sua condenação em débito, em especial por se tratar de
prova isolada (...)
34. Nessas condições, entendo não haver nos autos elementos de
convicção suficientes para a condenação desse responsável (...), sendo
pertinente ressaltar que esse encaminhamento não aproveita os Sres
José Ricardo Rodrigues e João Soares.
35. Este, na condição de sócio-gerente da FHS Serviços
Marítimos Ltda., deve responder pela fraude apurada, haja vista ter se
valido da referida empresa para fins contrários ao direito, (...)
38. Também se encontra comprovadamente atrelado à fraude
4
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14. Feita essa explanação, passo ao exame de mérito.
15. De plano, registro meu entendimento de que os argumentos
apresentados pelo recorrente não se prestam, por si sós, a dar o
necessário suporte a qualquer pedido de alteração (...)
29. Apesar disso, considerando o efeito devolutivo pleno a que
me referi há pouco, entendo que o Acórdão 3.042/2008-1ª Câmara
merece reparos no que tange ao rol de responsáveis.
30. Assim penso por considerar frágil a responsabilização do Sr.
Júlio César Sousa Ramos, baseada exclusivamente nos seguintes
pontos:
30.1. depoimento do Sr. João Soares no inquérito policial
602/1999 em que afirma ter repassado ‘em alguns meses (...) para José
Ricardo e Júlio uma quantia de até cem mil reais, sendo que em alguns
meses o valor era menor’ (fl. 7, anexo 6);
30.2. suposta existência de cópia de um único fax aparentemente
subscrito pelo responsável(...);
30.3. depoimento do Sérgio Schechter no inquérito policial
602/1999, em que afirma ter o Sr. Júlio César Sousa Ramos enviados
diversos faxes com indicação da empresa FHS como responsável pelo
recebimento do AFRMM.
31. Quanto aos depoimentos, verifica-se que foram prestados por
outros dois suspeitos de envolvimento no desvio fraudulento de
recursos, sem que tenham sido apontadas ou encontradas provas
documentais que os corroborassem (...)
32. Por sua vez, a cópia do fax que teria sido enviado pelo Sr.
Júlio César não se reveste de valor probante suficiente para
fundamentar sua condenação em débito, em especial por se tratar de
prova isolada (...)
34. Nessas condições, entendo não haver nos autos elementos de
convicção suficientes para a condenação desse responsável (...), sendo
pertinente ressaltar que esse encaminhamento não aproveita os Sres
José Ricardo Rodrigues e João Soares.
35. Este, na condição de sócio-gerente da FHS Serviços
Marítimos Ltda., deve responder pela fraude apurada, haja vista ter se
valido da referida empresa para fins contrários ao direito, (...)
38. Também se encontra comprovadamente atrelado à fraude
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 11
Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
MS 31.462 / DF
apurada nesta TCE o Sr. José Ricardo Rodrigues, valendo esclarecer,
desde já, que não lhe favorece a ausência de exame grafotécnico com
relação aos diversos faxes apontados como de sua autoria (...), tendo
em vista os demais elementos de convicção existentes (...)
40. Some-se a isso a confissão de que ‘encaminhou alguns
processos à FHS, em confiança, uma vez que desconhecia que os
referidos processos não poderiam sair do DMM’ (fl. 14, anexo 8).
41. Por fim, (...) o Sr. José Ricardo Rodrigues (...) suscitou
dúvidas apenas quanto à autenticidade das assinaturas apostas nos
‘documentos de fls. 420, 455, 458 e 484’ (...), sendo que tantos outros
já evidenciavam àquela época a iniciativa do responsável em indicar a
empresa FHS como encarregada da arrecadação do AFRMM (...).
42. Nessas circunstâncias, (...) considero existirem nos presentes
autos elementos de convicção que me permitem, nos termos do sistema
de persuasão racional de avaliação de provas, concluir pelo
envolvimento direto desse responsável no desvio fraudulento de
recursos públicos descrito nesta TCE, o mesmo podendo ser dito com
relação ao sócio-gerente da FHS Serviços Marítimos Ltda.
43. São essas as razões que (…) me levam a não incluir os Sres
José Ricardo Rodrigues e João Soares na proposta de afastamento do
débito feita em relação ao Sr. Júlio César Sousa Ramos.’
7. Destarte, evidenciado o não preenchimento dos requisitos
específicos de admissibilidade aplicáveis a esta espécie recursal, resta
negar conhecimento aos recursos de revisão interpostos pelos Sres João
Soares e Antônio Cesar Cabral de Oliveira” (grifos nossos).
É de se ver que, como salientado pela Procuradoria-Geral da
República, a autoridade apontada como coatora “apreciou adequadamente
as irregularidades cometidas pelos Impetrantes – as quais, inclusive, ensejaram a
condenação penal deles, conforme narrado na própria exordial – com a
observância do devido processo legal”.
6. Acrescente-se, por fim, que, diferentemente do que pretendem
fazer crer os Impetrantes, não lhes foi conferido tratamento desigual com
relação aos demais responsáveis pelos fatos apurados na Tomada de
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MS 31.462 / DF
apurada nesta TCE o Sr. José Ricardo Rodrigues, valendo esclarecer,
desde já, que não lhe favorece a ausência de exame grafotécnico com
relação aos diversos faxes apontados como de sua autoria (...), tendo
em vista os demais elementos de convicção existentes (...)
40. Some-se a isso a confissão de que ‘encaminhou alguns
processos à FHS, em confiança, uma vez que desconhecia que os
referidos processos não poderiam sair do DMM’ (fl. 14, anexo 8).
41. Por fim, (...) o Sr. José Ricardo Rodrigues (...) suscitou
dúvidas apenas quanto à autenticidade das assinaturas apostas nos
‘documentos de fls. 420, 455, 458 e 484’ (...), sendo que tantos outros
já evidenciavam àquela época a iniciativa do responsável em indicar a
empresa FHS como encarregada da arrecadação do AFRMM (...).
42. Nessas circunstâncias, (...) considero existirem nos presentes
autos elementos de convicção que me permitem, nos termos do sistema
de persuasão racional de avaliação de provas, concluir pelo
envolvimento direto desse responsável no desvio fraudulento de
recursos públicos descrito nesta TCE, o mesmo podendo ser dito com
relação ao sócio-gerente da FHS Serviços Marítimos Ltda.
43. São essas as razões que (…) me levam a não incluir os Sres
José Ricardo Rodrigues e João Soares na proposta de afastamento do
débito feita em relação ao Sr. Júlio César Sousa Ramos.’
7. Destarte, evidenciado o não preenchimento dos requisitos
específicos de admissibilidade aplicáveis a esta espécie recursal, resta
negar conhecimento aos recursos de revisão interpostos pelos Sres João
Soares e Antônio Cesar Cabral de Oliveira” (grifos nossos).
É de se ver que, como salientado pela Procuradoria-Geral da
República, a autoridade apontada como coatora “apreciou adequadamente
as irregularidades cometidas pelos Impetrantes – as quais, inclusive, ensejaram a
condenação penal deles, conforme narrado na própria exordial – com a
observância do devido processo legal”.
6. Acrescente-se, por fim, que, diferentemente do que pretendem
fazer crer os Impetrantes, não lhes foi conferido tratamento desigual com
relação aos demais responsáveis pelos fatos apurados na Tomada de
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Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
MS 31.462 / DF
Contas Especial n. 015.249/2000-9.
Deve-se ter em perspectiva que o cumprimento do postulado da
igualdade resulta em conferir tratamento desigual aos desiguais, no
limite de suas desigualdades. Na espécie, como salientado pela
autoridade apontada como coatora, os Acórdãos TCU n. 3.042/2008 e
2.570/2010 bem esclarecem que as circunstâncias jurídicas que
conduziram à não responsabilização de Luiz Noah da Silva Lopes e Júlio
César Sousa Ramos não aproveitam aos Impetrantes, cujas provas de
participação na fraude descoberta são robustas, pelo que não há falar em
contrariedade ao princípio constitucional da isonomia.
7. Pelo exposto, voto no sentido de denegar a ordem de segurança.
6
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Supremo Tribunal Federal
MS 31.462 / DF
Contas Especial n. 015.249/2000-9.
Deve-se ter em perspectiva que o cumprimento do postulado da
igualdade resulta em conferir tratamento desigual aos desiguais, no
limite de suas desigualdades. Na espécie, como salientado pela
autoridade apontada como coatora, os Acórdãos TCU n. 3.042/2008 e
2.570/2010 bem esclarecem que as circunstâncias jurídicas que
conduziram à não responsabilização de Luiz Noah da Silva Lopes e Júlio
César Sousa Ramos não aproveitam aos Impetrantes, cujas provas de
participação na fraude descoberta são robustas, pelo que não há falar em
contrariedade ao princípio constitucional da isonomia.
7. Pelo exposto, voto no sentido de denegar a ordem de segurança.
6
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Decisão de Julgamento
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
MANDADO DE SEGURANÇA 31.462
PROCED. : DISTRITO FEDERAL
RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA
IMPTE.(S) : JOÃO SOARES
IMPTE.(S) : JOSÉ RICARDO RODRIGUES
ADV.(A/S) : JOSE JAYME DE SOUZA SANTORO E OUTRO(A/S)
IMPDO.(A/S) : TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO
ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
LIT.PAS.(A/S) : UNIÃO
ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
Decisão: A Turma, por unanimidade, denegou o mandado de
segurança, nos termos do voto da Relatora. Falou, pelos
impetrantes, a Dra. Fabíola Santoro Garcia. Ausentes,
justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim
Barbosa. 2ª Turma, 13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra
Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros
Celso de Mello e Joaquim Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
P/ Fabiane Duarte
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3150065
Supremo Tribunal Federal
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
MANDADO DE SEGURANÇA 31.462
PROCED. : DISTRITO FEDERAL
RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA
IMPTE.(S) : JOÃO SOARES
IMPTE.(S) : JOSÉ RICARDO RODRIGUES
ADV.(A/S) : JOSE JAYME DE SOUZA SANTORO E OUTRO(A/S)
IMPDO.(A/S) : TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO
ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
LIT.PAS.(A/S) : UNIÃO
ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
Decisão: A Turma, por unanimidade, denegou o mandado de
segurança, nos termos do voto da Relatora. Falou, pelos
impetrantes, a Dra. Fabíola Santoro Garcia. Ausentes,
justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim
Barbosa. 2ª Turma, 13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra
Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros
Celso de Mello e Joaquim Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
P/ Fabiane Duarte
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3150065
Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 11
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3168693 | 2012-11-13T00:00:00 | 2012-12-07T00:00:00 | A Turma, por unanimidade, denegou o mandado de segurança, nos termos do voto da Relatora. Falou, pelos impetrantes, a Dra. Fabíola Santoro Garcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 13.11.2012. | MANDADO DE SEGURANÇA | EMENTA: MANDADO DE SEGURANÇA. ADMINISTRATIVO. TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO. TOMADA DE CONTAS ESPECIAL. FRAUDE NO RECOLHIMENTO DE TRIBUTO. RESPONSABILIZAÇÃO SOLIDÁRIA DE GESTORES PÚBLICOS E EMPRESÁRIO. APLICAÇÃO DE MULTA. RECURSOS DE REVISÃO INADMITIDOS. HIPÓTESES DE CABIMENTO RECURSAL NÃO CONFIGURADAS. ALEGADA CONTRARIEDADE AO PRINCÍPIO DA IGUALDADE. NÃO OCORRÊNCIA. SEGURANÇA DENEGADA. | sjur220965 | - Veja Acórdãos nº 3042/2008 e 2570/2010 do TCU.
Número de páginas: 11.
Análise: 21/01/2013, MAC. | CÁRMEN LÚCIA | Segunda Turma | 31462 | [
"LEG-FED LEI-008443 ANO-1992\r\n ART-00035 INC-00003 \r\n LEI ORDINÁRIA"
] | MS | acordaos | MS 31462 | [
""
] | IMPTE.(S) : JOÃO SOARES
IMPTE.(S) : JOSÉ RICARDO RODRIGUES
ADV.(A/S) : JOSE JAYME DE SOUZA SANTORO E OUTRO(A/S)
IMPDO.(A/S) : TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO
ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"MANDADO DE SEGURANÇA 31 . 462",
"Acórdão n . 100 / 2012",
"Processo TCU n . 15 . 249 / 2000 - 9",
"Acórdão n . 100 / 2012",
"Processo",
"MS 31 . 462 / DF",
"Acórdão TCU n . 3 . 042 / 2008",
"Acórdão TCU n . 2 . 570 / 2010",
"Acórdão TCU n . 100 / 2012",
"MS 31 . 462 / DF",
"Acórdão TCU n . 3 . 042 / 2008",
"Acórdão TCU n . 2 . 570 / 2010",
"Acórdão TCU n . 100 / 2012",
"MS 31 . 462 / DF",
"MS 31 . 462 / DF",
"MANDADO",
"MS 31 . 462 / DF",
"Acórdão TCU n . 3 . 042 / 2008",
"MS 31 . 462 / DF",
"Acórdão TCU n . 3 . 042 / 2008",
"MS 31 . 462 / DF",
"Acórdão 2 . 570 / 2010",
"Acórdão 2 . 570 / 2010",
"MS 31 . 462 / DF",
"Acórdão 2 . 570 / 2010",
"Acórdão 2 . 570 / 2010",
"MS 31 . 462 / DF",
"Acórdão 3 . 042 / 2008",
"MS 31 . 462 / DF",
"Acórdão 3 . 042 / 2008 - [UNK] Câmara",
"MS 31 . 462 / DF",
"MS 31 . 462 / DF",
"MS 31 . 462 / DF",
"Contas Especial n . 015 . 249 / 2000 - 9",
"Acórdãos TCU n . 3 . 042 / 2008",
"2",
".",
"570",
"/",
"2010",
"MS 31 . 462 / DF",
"Contas Especial n . 015 . 249 / 2000 - 9",
"Acórdãos",
"2",
".",
"570",
"/",
"2010"
],
"LEGISLACAO": [
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"inc . III do art . 35 da Lei n . 8 . 443",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"inc . III do art . 35 da Lei n . 8 . 443 / 1992",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 35 , inc . III , da Lei n . 8 . 443 / 1992",
"art . [UNK] da Constituição da República",
"Lei n . 8 . 443 / 1992",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 35 , inc . III , da Lei n . 8 . 443 / 1992",
"art . [UNK] da Constituição da República",
"Lei n . 8 . 443 / 1992",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 35 , inciso III , da Lei 8 . 443 / 1992",
"art . 35 , inciso II , da Lei Orgânica do TCU",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 35 , inciso III , da Lei 8 . 443 / 1992",
", inciso II , da Lei Orgânica do TCU",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 35 , inciso II , da Lei 8 . 443 / 1992",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 35 , inciso II , da Lei 8 . 443 / 1992",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"DISTRITO FEDERAL",
"Brasília",
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL"
],
"ORGANIZACAO": [
"SEGUNDA TURMA",
"TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO",
"UNIÃO",
"UNIÃO",
"UNIÃO",
"TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO",
"UNIÃO",
"UNIÃO",
"Plenário do Tribunal de Contas da União",
"Tribunal de Contas da União",
"Divisão de Controle e Arrecadação do",
"Departamento de Marinha Mercante",
"FHS Serviços Marítimos Ltda .",
"Tribunal de Contas da União",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO",
"UNIÃO",
"UNIÃO",
"UNIÃO",
"Plenário do Tribunal de Contas da União",
"Tribunal de Contas da União",
"Departamento de Marinha Mercante",
"FHS Serviços Marítimos Ltda .",
"TCU",
"Tribunal de Contas da União",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Tribunal de Contas da União",
"TCU",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Tribunal de Contas da União",
"TCU",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"TCU",
"Tribunal de Contas da União",
"União",
"Procuradoria",
"-",
"Geral da República",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"TCU",
"Tribunal de Contas da União",
"União",
"Procuradoria",
"-",
"Geral da República",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"Tribunal de Contas da União",
"Tribunal de Contas da União",
"Plenário",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"Tribunal de Contas da União",
"Tribunal de Contas da União",
"Plenário",
"Ministério Público",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Tribunal de Contas da União",
"Serur",
"TCU",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Tribunal de Contas da União",
"Serur",
"TCU",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Plenário",
"Plenário",
"FHS Serviços Marítimos Ltda .",
"FHS",
"Fundo da Marinha Mercante",
"FMM",
"Banco do Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Plenário",
"Plenário",
"FHS Serviços Marítimos Ltda .",
"FHS",
"Fundo da Marinha Mercante",
"FMM",
"Banco do Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"[UNK] Câmara",
"FHS",
"FHS Serviços Marítimos Ltda .",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"FHS",
"FHS Serviços Marítimos Ltda .",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"FHS",
"FHS",
"FHS Serviços Marítimos Ltda .",
"Procuradoria",
"-",
"Geral da República",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"FHS",
"FHS",
"FHS Serviços Marítimos Ltda .",
"Procuradoria",
"-",
"Geral da República",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"TCU",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO",
"UNIÃO",
"UNIÃO",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO",
"UNIÃO",
"UNIÃO",
"UNIÃO",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"CÁRMEN LÚCIA",
"JOÃO SOARES",
"JOSÉ RICARDO RODRIGUES",
"JOSE JAYME DE SOUZA SANTORO",
"Ricardo Lewandowski",
"Fabíola Santoro Garcia",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"JOÃO SOARES",
"JOSÉ RICARDO RODRIGUES",
"JOSE JAYME DE SOUZA SANTORO",
"CÁRMEN LÚCIA",
"João Soares",
"José Ricardo Rodrigues",
"Luiz Noah da Silva Lopes",
"José Ricardo Rodrigues",
"Júlio César Sousa Ramos",
"João Soares",
"Luiz Noah da Silva Lopes",
"CÁRMEN LÚCIA",
"JOÃO SOARES",
"JOSÉ RICARDO RODRIGUES",
"JOSE JAYME DE SOUZA SANTORO",
"CÁRMEN LÚCIA",
"João",
"Soares",
"José Ricardo Rodrigues",
"Luiz Noah da Silva Lopes",
"José Ricardo Rodrigues",
"Júlio César Sousa Ramos",
"João Soares",
"Luiz Noah da Silva Lopes",
"Júlio César Sousa Ramos",
"José Ricardo Rodrigues",
"João Soares",
"Luiz Noah Silva Lopes",
"Julio Cezar Sousa Ramos",
"Júlio César Sousa Ramos",
"José Ricardo Rodrigues",
"João Soares",
"Luiz Noah Silva Lopes",
"Julio Cezar Sousa Ramos",
"JOÃO SOARES",
"JOSÉ RICARDO RODRIGUES",
"JOÃO SOARES",
"JOSÉ RICARDO RODRIGUES",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"Luiz Noah da Silva Lopes",
"Aroldo Cedraz",
"Júlio César Sousa Ramos",
"Luiz Noah da Silva Lopes",
"Aroldo Cedraz",
"Júlio César Sousa Ramos",
"CÁRMEN LÚCIA",
"João Soares",
"José Ricardo",
"João Soares",
"José Ricardo",
"CÁRMEN LÚCIA",
"Júlio César Sousa Ramos",
"João Soares",
"José Ricardo",
"Júlio",
"Sérgio Schechter",
"Júlio César Sousa Ramos",
"Júlio César",
"José Ricardo Rodrigues",
"João Soares",
"Júlio César Sousa Ramos",
"João Soares",
"José Ricardo",
"Júlio",
"Sérgio Schechter",
"Júlio César Sousa Ramos",
"Júlio César",
"José Ricardo Rodrigues",
"João Soares",
"CÁRMEN LÚCIA",
"José Ricardo Rodrigues",
"José Ricardo Rodrigues",
"José Ricardo Rodrigues",
"João Soares",
"Júlio César Sousa Ramos .",
"João Soares",
"Antônio Cesar Cabral de Oliveira",
"José Ricardo Rodrigues",
"José Ricardo Rodrigues",
"José Ricardo Rodrigues",
"João Soares",
"Júlio César Sousa Ramos .",
"João Soares",
"Antônio Cesar Cabral de Oliveira",
"CÁRMEN LÚCIA",
"Luiz Noah da Silva Lopes",
"Júlio César Sousa Ramos",
"Luiz Noah da Silva Lopes",
"Júlio César Sousa Ramos",
"CÁRMEN LÚCIA",
"JOÃO SOARES",
"JOSÉ RICARDO RODRIGUES",
"JOSE JAYME DE SOUZA SANTORO",
"Fabíola Santoro Garcia",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos",
"Fabiane Duarte",
"CÁRMEN LÚCIA",
"JOÃO SOARES",
"JOSÉ RICARDO RODRIGUES",
"JOSE JAYME DE SOUZA SANTORO",
"Fabíola Santoro",
"Garcia",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos",
"Fabiane Duarte"
],
"TEMPO": [
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"13 de novembro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"07",
"/",
"12",
"/",
"2012",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"2",
".",
"7",
".",
"2012",
"2000",
"1999",
"2000",
"23",
".",
"9",
".",
"2008",
"24",
"/",
"08",
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"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"2",
".",
"7",
".",
"2012",
"2000",
"1999",
"2000",
"23",
".",
"9",
".",
"2008",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"[UNK]",
".",
"8",
".",
"2012",
"17",
".",
"8",
".",
"2012",
"6",
".",
"9",
".",
"2012",
"13",
".",
"9",
".",
"2012",
"29",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"[UNK]",
".",
"8",
".",
"2012",
"17",
".",
"8",
".",
"2012",
"6",
".",
"9",
".",
"2012",
"13",
".",
"9",
".",
"2012",
"29",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
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"08",
"/",
"2001",
"13",
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"11",
"/",
"2012",
"24",
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"08",
"/",
"2001",
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"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
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"/",
"08",
"/",
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"/",
"08",
"/",
"2001",
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"/",
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".",
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".",
"2012",
"24",
"/",
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"2001",
"13",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 715.856 SÃO
PAULO
RELATORA
: MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S)
:EDNA PERITO
ADV.(A/S)
:PATRÍCIA ULIANO EFFTING ZOCH DE MOURA
AGDO.(A/S)
:INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO ESTADO DE
SANTA CATARINA - IPESC
ADV.(A/S)
:JOSÉ GIOVENARDI E OUTRO(A/S)
EMENTA:
AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL.
PRESCRIÇÃO. 1. Insuficiência da preliminar formal de repercussão geral:
inviabilidade da análise do recurso extraordinário. 2. Ausência de
prequestionamento. Súmulas n. 282 e 356 do Supremo Tribunal Federal.
3. Análise de norma infraconstitucional. 4. Agravo regimental ao qual se
nega provimento.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do
Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a Presidência do
Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamento e
das notas taquigráficas, à unanimidade, em negar provimento ao agravo
regimental no recurso extraordinário com agravo, nos termos do voto da
Relatora. Ausentes, justificadamente, os Ministros Celso de Mello e
Joaquim Barbosa.
Brasília, 13 de novembro de 2012.
Ministra CÁRMEN LÚCIA - Relatora
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
DJe 11/12/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 9
Relatório
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 715.856 SÃO
PAULO
RELATORA
: MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S)
:EDNA PERITO
ADV.(A/S)
:PATRÍCIA ULIANO EFFTING ZOCH DE MOURA
AGDO.(A/S)
:INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO ESTADO DE
SANTA CATARINA - IPESC
ADV.(A/S)
:JOSÉ GIOVENARDI E OUTRO(A/S)
R E L A T Ó R I O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA (Relatora):
1. Em 18 de outubro de 2012, neguei seguimento ao agravo nos autos
do recurso extraordinário interposto por Edna Perito contra julgado do
Tribunal de Justiça de Santa Catarina, o qual reconhecera a prescrição da
pretensão de pensão por morte.
A decisão agravada teve a seguinte fundamentação:
“5. Razão jurídica não assiste à Agravante.
6. A intimação do acórdão recorrido ocorreu no dia 27.7.2010 e,
nos termos do que decidido pelo Supremo Tribunal Federal no Agravo
de Instrumento 664.567-QO, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence,
Plenário, ‘a exigência da demonstração formal e fundamentada, no
recurso extraordinário, da repercussão geral das questões
constitucionais discutidas só incide quando a intimação do acórdão
recorrido tenha ocorrido a partir de 03 de maio de 2007’.
Entretanto, a Agravante limitou-se a afirmar que ”a repercussão
geral se caracteriza na necessária interpretação constitucional a ser
dada ao instituto da prescrição com a alteração processual de 17 de
maio de 2006. Todos os litígios que envolvem prescrição de ofício
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 715.856 SÃO
PAULO
RELATORA
: MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S)
:EDNA PERITO
ADV.(A/S)
:PATRÍCIA ULIANO EFFTING ZOCH DE MOURA
AGDO.(A/S)
:INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO ESTADO DE
SANTA CATARINA - IPESC
ADV.(A/S)
:JOSÉ GIOVENARDI E OUTRO(A/S)
R E L A T Ó R I O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA (Relatora):
1. Em 18 de outubro de 2012, neguei seguimento ao agravo nos autos
do recurso extraordinário interposto por Edna Perito contra julgado do
Tribunal de Justiça de Santa Catarina, o qual reconhecera a prescrição da
pretensão de pensão por morte.
A decisão agravada teve a seguinte fundamentação:
“5. Razão jurídica não assiste à Agravante.
6. A intimação do acórdão recorrido ocorreu no dia 27.7.2010 e,
nos termos do que decidido pelo Supremo Tribunal Federal no Agravo
de Instrumento 664.567-QO, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence,
Plenário, ‘a exigência da demonstração formal e fundamentada, no
recurso extraordinário, da repercussão geral das questões
constitucionais discutidas só incide quando a intimação do acórdão
recorrido tenha ocorrido a partir de 03 de maio de 2007’.
Entretanto, a Agravante limitou-se a afirmar que ”a repercussão
geral se caracteriza na necessária interpretação constitucional a ser
dada ao instituto da prescrição com a alteração processual de 17 de
maio de 2006. Todos os litígios que envolvem prescrição de ofício
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Relatório
ARE 715.856 AGR / SP
carecem de interpretação a ser dada pelo Supremo Tribunal Federal’.
7. O § 1º do art. 543-A do Código de Processo Civil dispõe que,
‘para efeito da repercussão geral, será considerada a existência, ou não,
de questões relevantes do ponto de vista econômico, político, social ou
jurídico, que ultrapassem os interesses subjetivos da causa’. Não
basta, portanto, se afirmar que o tema tem repercussão geral, sendo
ônus exclusivo da parte recorrente demonstrar, com argumentos
substanciais, haver na espécie relevância econômica, política, social ou
jurídica.
A insuficiência de fundamentação expressa, formal e
objetivamente articulada pela Agravante para demonstrar, nas razões
do recurso extraordinário, a existência de repercussão geral da matéria
constitucionalmente arguída inviabiliza o exame do recurso.
Assim, embora tenha mencionado a existência de repercussão
geral, a Recorrente não desenvolveu argumentos suficientes para
cumprir o objetivo da exigência constitucional. Nesse sentido: (…).
8. Ademais, os art. 1º, inc. III, 5º, caput, inc. XXXV, XXXVI, e
6º da Constituição da República da Constituição não foram objeto de
debate e decisão prévios no Tribunal de origem, tampouco foram
opostos embargos de declaração com a finalidade de comprovar ter
havido, no momento processual próprio, o prequestionamento.
Incidem na espécie vertente as Súmulas 282 e 356 do Supremo
Tribunal Federal: (…).
9. Finalmente, cumpre destacar que a controvérsia relativa ao
reconhecimento da prescrição foi analisada com base na legislação
infraconstitucional (Decreto n. 20.910/1932). Concluir de forma
diversa demandaria o reexame desse decreto, procedimento que não
pode ser validamente adotado em recurso extraordinário. Nesse
sentido: (...).
Nada há a prover quanto às alegações da Agravante.
2
Supremo Tribunal Federal
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carecem de interpretação a ser dada pelo Supremo Tribunal Federal’.
7. O § 1º do art. 543-A do Código de Processo Civil dispõe que,
‘para efeito da repercussão geral, será considerada a existência, ou não,
de questões relevantes do ponto de vista econômico, político, social ou
jurídico, que ultrapassem os interesses subjetivos da causa’. Não
basta, portanto, se afirmar que o tema tem repercussão geral, sendo
ônus exclusivo da parte recorrente demonstrar, com argumentos
substanciais, haver na espécie relevância econômica, política, social ou
jurídica.
A insuficiência de fundamentação expressa, formal e
objetivamente articulada pela Agravante para demonstrar, nas razões
do recurso extraordinário, a existência de repercussão geral da matéria
constitucionalmente arguída inviabiliza o exame do recurso.
Assim, embora tenha mencionado a existência de repercussão
geral, a Recorrente não desenvolveu argumentos suficientes para
cumprir o objetivo da exigência constitucional. Nesse sentido: (…).
8. Ademais, os art. 1º, inc. III, 5º, caput, inc. XXXV, XXXVI, e
6º da Constituição da República da Constituição não foram objeto de
debate e decisão prévios no Tribunal de origem, tampouco foram
opostos embargos de declaração com a finalidade de comprovar ter
havido, no momento processual próprio, o prequestionamento.
Incidem na espécie vertente as Súmulas 282 e 356 do Supremo
Tribunal Federal: (…).
9. Finalmente, cumpre destacar que a controvérsia relativa ao
reconhecimento da prescrição foi analisada com base na legislação
infraconstitucional (Decreto n. 20.910/1932). Concluir de forma
diversa demandaria o reexame desse decreto, procedimento que não
pode ser validamente adotado em recurso extraordinário. Nesse
sentido: (...).
Nada há a prover quanto às alegações da Agravante.
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Relatório
ARE 715.856 AGR / SP
10. Pelo exposto, nego seguimento ao agravo (art. 544, § 4º, inc.
II, alínea a, do Código de Processo Civil, com as alterações da Lei n.
12.322/2010, e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo
Tribunal Federal)”.
2. Publicada essa decisão no DJe de 25.10.2012, interpõe Edna Perito,
em 30.10.2012, tempestivamente, agravo regimental.
3. Afirma a Agravante que “a interpretação dada pelos Tribunais
Inferiores aos artigos relativos à prescrição no CPC ferem de morte os direitos
fundamentais da segurança jurídica e da coisa julgada, o que caracterizaria a
relevância jurídica do assunto”.
Sustenta que “não afastar a prescrição declarada de ofício pelo Tribunal de
Justiça coloca em xeque o princípio da segurança jurídica, bem como os efeitos da
coisa julgada”.
Alega que “não busca a análise de matéria infraconstitucional nem fática,
mas tão somente a interpretação do STF quanto aos limites da coisa julgada
diante de decisão que reconheceu a prescrição de ofício em processo cuja
prescrição já havia sido afastada e não foi matéria de recurso”.
Requer a reconsideração da decisão agravada ou o provimento do
presente recurso.
É o relatório.
3
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10. Pelo exposto, nego seguimento ao agravo (art. 544, § 4º, inc.
II, alínea a, do Código de Processo Civil, com as alterações da Lei n.
12.322/2010, e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo
Tribunal Federal)”.
2. Publicada essa decisão no DJe de 25.10.2012, interpõe Edna Perito,
em 30.10.2012, tempestivamente, agravo regimental.
3. Afirma a Agravante que “a interpretação dada pelos Tribunais
Inferiores aos artigos relativos à prescrição no CPC ferem de morte os direitos
fundamentais da segurança jurídica e da coisa julgada, o que caracterizaria a
relevância jurídica do assunto”.
Sustenta que “não afastar a prescrição declarada de ofício pelo Tribunal de
Justiça coloca em xeque o princípio da segurança jurídica, bem como os efeitos da
coisa julgada”.
Alega que “não busca a análise de matéria infraconstitucional nem fática,
mas tão somente a interpretação do STF quanto aos limites da coisa julgada
diante de decisão que reconheceu a prescrição de ofício em processo cuja
prescrição já havia sido afastada e não foi matéria de recurso”.
Requer a reconsideração da decisão agravada ou o provimento do
presente recurso.
É o relatório.
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Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 715.856 SÃO
PAULO
V O T O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA – (Relatora):
1. Razão jurídica não assiste à Agravante.
2. Como afirmado na decisão agravada, a Agravante foi intimada do
acórdão recorrido em 22.6.2010, ou seja, quando já exigível a
demonstração formal da existência de repercussão geral da questão
constitucional suscitada no recurso extraordinário, nos termos do que
decidido pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal no Agravo de
Instrumento n. 664.567-QO, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence.
Todavia, nas razões do recurso extraordinário, a Agravante limitou-
se a alegar que “a repercussão geral se caracteriza na necessária interpretação
constitucional a ser dada ao instituto da prescrição com a alteração processual de
17 de maio de 2006. Todos os litígios que envolvem prescrição de ofício carecem
de interpretação a ser dada pelo Supremo Tribunal Federal quanto aos limites do
reconhecimento de ofício sob a luz do princípio da segurança jurídica e seus
reflexos, entre eles, a coisa julgada”.
3. O § 1º do art. 543-A do Código de Processo Civil dispõe que, “para
efeito da repercussão geral, será considerada a existência, ou não, de questões
relevantes do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico, que
ultrapassem os interesses subjetivos da causa”. Não basta, portanto, dizer que
o tema tem repercussão geral, sendo ônus exclusivo do recorrente
demonstrar, com argumentos substanciais, que há no caso relevância
econômica, política, social ou jurídica.
A insuficiência de argumentação expressa, formal e objetivamente
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SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 715.856 SÃO
PAULO
V O T O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA – (Relatora):
1. Razão jurídica não assiste à Agravante.
2. Como afirmado na decisão agravada, a Agravante foi intimada do
acórdão recorrido em 22.6.2010, ou seja, quando já exigível a
demonstração formal da existência de repercussão geral da questão
constitucional suscitada no recurso extraordinário, nos termos do que
decidido pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal no Agravo de
Instrumento n. 664.567-QO, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence.
Todavia, nas razões do recurso extraordinário, a Agravante limitou-
se a alegar que “a repercussão geral se caracteriza na necessária interpretação
constitucional a ser dada ao instituto da prescrição com a alteração processual de
17 de maio de 2006. Todos os litígios que envolvem prescrição de ofício carecem
de interpretação a ser dada pelo Supremo Tribunal Federal quanto aos limites do
reconhecimento de ofício sob a luz do princípio da segurança jurídica e seus
reflexos, entre eles, a coisa julgada”.
3. O § 1º do art. 543-A do Código de Processo Civil dispõe que, “para
efeito da repercussão geral, será considerada a existência, ou não, de questões
relevantes do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico, que
ultrapassem os interesses subjetivos da causa”. Não basta, portanto, dizer que
o tema tem repercussão geral, sendo ônus exclusivo do recorrente
demonstrar, com argumentos substanciais, que há no caso relevância
econômica, política, social ou jurídica.
A insuficiência de argumentação expressa, formal e objetivamente
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 9
Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
ARE 715.856 AGR / SP
articulada pela Agravante para demonstrar, nas razões do recurso
extraordinário, a existência de repercussão geral da matéria
constitucionalmente arguida inviabiliza o exame do recurso. Nesse
sentido:
“AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL PENAL. 1.
INSUFICIÊNCIA DA PRELIMINAR DE REPERCUSSÃO
GERAL. INVIABILIDADE DA ANÁLISE DO RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. (...) AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL
SE NEGA PROVIMENTO” (ARE 648.967-AgR, de minha
relatoria, Primeira Turma, DJe 12.9.2011).
“AGRAVO
REGIMENTAL.
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. DEFICIÊNCIA NA FUNDAMENTAÇÃO
RELATIVA À PRELIMINAR DE EXISTÊNCIA DE
REPERCUSSÃO GERAL DA MATÉRIA CONSTITUCIONAL
INVOCADA NO RECURSO. INTIMAÇÃO DO ACÓRDÃO
RECORRIDO POSTERIOR A 03.05.2007. (...). De acordo com a
orientação firmada neste Tribunal, é insuficiente a simples alegação de
que a matéria em debate no recurso extraordinário tem repercussão
geral. Cabe à parte recorrente demonstrar de forma expressa e clara as
circunstâncias que poderiam configurar a relevância – do ponto de
vista econômico, político, social ou jurídico – das questões
constitucionais invocadas no recurso extraordinário. (...) Agravo
regimental a que se nega provimento” (ARE 660.749-AgR, Rel. Min.
Joaquim Barbosa, Segunda Turma, DJe 24.2.2012 – grifos
nossos).
4. Na espécie, o Tribunal a quo decidiu:
“Busca a apelante ser incluída como beneficiária da pensão por
morte do servidor João Abel dos Santos, falecido em 1992, na condição
de companheira.
(…)
Como visto, a negativa expressa por parte da administração
2
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articulada pela Agravante para demonstrar, nas razões do recurso
extraordinário, a existência de repercussão geral da matéria
constitucionalmente arguida inviabiliza o exame do recurso. Nesse
sentido:
“AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL PENAL. 1.
INSUFICIÊNCIA DA PRELIMINAR DE REPERCUSSÃO
GERAL. INVIABILIDADE DA ANÁLISE DO RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. (...) AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL
SE NEGA PROVIMENTO” (ARE 648.967-AgR, de minha
relatoria, Primeira Turma, DJe 12.9.2011).
“AGRAVO
REGIMENTAL.
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. DEFICIÊNCIA NA FUNDAMENTAÇÃO
RELATIVA À PRELIMINAR DE EXISTÊNCIA DE
REPERCUSSÃO GERAL DA MATÉRIA CONSTITUCIONAL
INVOCADA NO RECURSO. INTIMAÇÃO DO ACÓRDÃO
RECORRIDO POSTERIOR A 03.05.2007. (...). De acordo com a
orientação firmada neste Tribunal, é insuficiente a simples alegação de
que a matéria em debate no recurso extraordinário tem repercussão
geral. Cabe à parte recorrente demonstrar de forma expressa e clara as
circunstâncias que poderiam configurar a relevância – do ponto de
vista econômico, político, social ou jurídico – das questões
constitucionais invocadas no recurso extraordinário. (...) Agravo
regimental a que se nega provimento” (ARE 660.749-AgR, Rel. Min.
Joaquim Barbosa, Segunda Turma, DJe 24.2.2012 – grifos
nossos).
4. Na espécie, o Tribunal a quo decidiu:
“Busca a apelante ser incluída como beneficiária da pensão por
morte do servidor João Abel dos Santos, falecido em 1992, na condição
de companheira.
(…)
Como visto, a negativa expressa por parte da administração
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Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
ARE 715.856 AGR / SP
ocorreu no ano de 1992, razão pela qual incidente o art. 1º do Decreto-
Lei n. 20.910/32, verbis, ‘As dívidas passivas da União, dos Estados e
dos Municípios, bem assim todo e qualquer direito ou ação contra a
Fazenda federal, estadual ou municipal, seja qual for a sua natureza,
prescrevem em cinco anos contados da data do ato ou fato do qual se
originaram’.
É o teor da Súmula 85 do Superior Tribunal de Justiça:
(…)
Conforme documentação encartada aos autos, na via
administrativa foram analisados, em conjunto, os pedidos de inclusão
da autora (na condição de companheira), de sua filha (filha menor) e
de Nilda Olivia de Souza (também na condição de companheira), como
beneficiárias da pensão por morte do servidor falecido, porém, somente
foi autorizado o pagamento para a filha menor (fl. 103), tendo a autora
sido cientificada pela correspondência encaminhada em 24.8.1992 (fl.
109).
A filha menor recebeu a pensão até setembro de 2004, quando
completou 24 (vinte e quatro) anos, de forma que não havendo outros
dependentes, a pensão foi cancelada. Foi nesse momento que a apelante
ingressou com pedido de reavaliação do pedido (fls. 170/173).
No entanto, esse novo requerimento administrativo não faz
reinciar o prazo prescricional que já havia findado nos idos de 1997.
Pelo exposto, reconhecida a prescrição, fica prejudicada a
análise do recurso”.
5. Como também posto na decisão agravada, além de não ter
cumprido requisito de admissibilidade do recurso extraordinário, a
alegada contrariedade aos arts. 1º, inc. III, 5º, caput, inc. XXXV, XXXVI, e
6º da Constituição da República não foi objeto de debate e decisão prévios
no Tribunal de origem. Tampouco foram opostos embargos de
declaração, de modo a se ter por provocado o necessário
prequestionamento. Incidem na espécie as Súmulas n. 282 e 356 do
Supremo Tribunal Federal. Nesse sentido: AI 607.544-AgR, Rel. Min.
Joaquim Barbosa, Segunda Turma, DJe 1°.10.2010.
3
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ocorreu no ano de 1992, razão pela qual incidente o art. 1º do Decreto-
Lei n. 20.910/32, verbis, ‘As dívidas passivas da União, dos Estados e
dos Municípios, bem assim todo e qualquer direito ou ação contra a
Fazenda federal, estadual ou municipal, seja qual for a sua natureza,
prescrevem em cinco anos contados da data do ato ou fato do qual se
originaram’.
É o teor da Súmula 85 do Superior Tribunal de Justiça:
(…)
Conforme documentação encartada aos autos, na via
administrativa foram analisados, em conjunto, os pedidos de inclusão
da autora (na condição de companheira), de sua filha (filha menor) e
de Nilda Olivia de Souza (também na condição de companheira), como
beneficiárias da pensão por morte do servidor falecido, porém, somente
foi autorizado o pagamento para a filha menor (fl. 103), tendo a autora
sido cientificada pela correspondência encaminhada em 24.8.1992 (fl.
109).
A filha menor recebeu a pensão até setembro de 2004, quando
completou 24 (vinte e quatro) anos, de forma que não havendo outros
dependentes, a pensão foi cancelada. Foi nesse momento que a apelante
ingressou com pedido de reavaliação do pedido (fls. 170/173).
No entanto, esse novo requerimento administrativo não faz
reinciar o prazo prescricional que já havia findado nos idos de 1997.
Pelo exposto, reconhecida a prescrição, fica prejudicada a
análise do recurso”.
5. Como também posto na decisão agravada, além de não ter
cumprido requisito de admissibilidade do recurso extraordinário, a
alegada contrariedade aos arts. 1º, inc. III, 5º, caput, inc. XXXV, XXXVI, e
6º da Constituição da República não foi objeto de debate e decisão prévios
no Tribunal de origem. Tampouco foram opostos embargos de
declaração, de modo a se ter por provocado o necessário
prequestionamento. Incidem na espécie as Súmulas n. 282 e 356 do
Supremo Tribunal Federal. Nesse sentido: AI 607.544-AgR, Rel. Min.
Joaquim Barbosa, Segunda Turma, DJe 1°.10.2010.
3
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Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
ARE 715.856 AGR / SP
6. Ademais, a discussão na origem encerrou-se no âmbito
infraconstitucional (prescrição). Eventual ofensa constitucional, se tivesse
ocorrido, seria indireta. Nesse sentido:
“AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO E
PROCESSUAL CIVIL. PRESCRIÇÃO. DECRETO N. 20.910/1932.
MATÉRIA
INFRACONSTITUCIONAL.
OFENSA
CONSTITUCIONAL INDIRETA. PRECEDENTES. AGRAVO
REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (ARE
651.130-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe
6.10.2011).
7. Os argumentos da Agravante, insuficientes para modificar a
decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em
pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente
prestação jurisdicional.
8. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental.
4
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ARE 715.856 AGR / SP
6. Ademais, a discussão na origem encerrou-se no âmbito
infraconstitucional (prescrição). Eventual ofensa constitucional, se tivesse
ocorrido, seria indireta. Nesse sentido:
“AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO E
PROCESSUAL CIVIL. PRESCRIÇÃO. DECRETO N. 20.910/1932.
MATÉRIA
INFRACONSTITUCIONAL.
OFENSA
CONSTITUCIONAL INDIRETA. PRECEDENTES. AGRAVO
REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (ARE
651.130-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe
6.10.2011).
7. Os argumentos da Agravante, insuficientes para modificar a
decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em
pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente
prestação jurisdicional.
8. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental.
4
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Decisão de Julgamento
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 715.856
PROCED. : SÃO PAULO
RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S) : EDNA PERITO
ADV.(A/S) : PATRÍCIA ULIANO EFFTING ZOCH DE MOURA
AGDO.(A/S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO ESTADO DE SANTA CATARINA
- IPREV
ADV.(A/S) : JOSÉ GIOVENARDI
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausentes,
justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim
Barbosa. 2ª Turma, 13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra
Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros
Celso de Mello e Joaquim Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
P/ Fabiane Duarte
Secretária
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Supremo Tribunal Federal
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 715.856
PROCED. : SÃO PAULO
RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S) : EDNA PERITO
ADV.(A/S) : PATRÍCIA ULIANO EFFTING ZOCH DE MOURA
AGDO.(A/S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO ESTADO DE SANTA CATARINA
- IPREV
ADV.(A/S) : JOSÉ GIOVENARDI
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausentes,
justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim
Barbosa. 2ª Turma, 13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra
Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros
Celso de Mello e Joaquim Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
P/ Fabiane Duarte
Secretária
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| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3177104 | 2012-11-13T00:00:00 | 2012-12-11T00:00:00 | A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 13.11.2012. | AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO | EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL. PRESCRIÇÃO. 1. Insuficiência da preliminar formal de repercussão geral: inviabilidade da análise do recurso extraordinário. 2. Ausência de prequestionamento. Súmulas n. 282 e 356 do Supremo Tribunal Federal. 3. Análise de norma infraconstitucional. 4. Agravo regimental ao qual se nega provimento. | sjur221329 | - Acórdãos citados:
(REPERCUSSÃO GERAL, REQUISITOS)
STF: AI 664567 QP (TP);
(DEFICIÊNCIA, FUNDAMENTAÇÃO, REPERCUSSÃO GERAL)
STF: ARE 648967 AgR (1ªT), ARE 660749 AgR (2ªT);
(PREQUESTIONAMENTO)
STF: AI 607544 AgR (2ªT);
(OFENSA REFLEXA)
STF: ARE 651130 AgR (1ªT).
Número de páginas: 9.
Análise: 18/12/2012, MAC. | CÁRMEN LÚCIA | Segunda Turma | 715856 | [
"LEG-FED LEI-005869 ANO-1973\r\n ART-0543A PAR-00001 \r\n CPC-1973 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL\r\n\r\n",
"LEG-FED DEL-020910 ANO-1932\r\n ART-00001 \r\n DECRETO-LEI\r\n\r\n",
"LEG-FED SUMSTF-000282 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\r\n\r\n",
"LEG-FED SUMSTF-000356 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF"
] | ARE-AgR | acordaos | ARE 715856 AgR | [
""
] | AGDO.(A/S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO ESTADO DE SANTA CATARINA - IPESC
ADV.(A/S) : JOSÉ GIOVENARDI E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : PATRÍCIA ULIANO EFFTING ZOCH DE MOURA
AGTE.(S) : EDNA PERITO | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 715 . 856",
"Súmulas n . 282",
"AGRAVO 715 . 856",
"Agravo de Instrumento 664 . 567 - QO",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 715 . 856 SÃO",
"Agravo de Instrumento 664 . 567 - QO",
"ARE 715 . 856 AGR / SP",
"Súmulas 282",
"ARE 715 . 856 AGR",
"Súmulas 282 e 356 do Supremo Tribunal Federal",
"ARE 715 . 856 AGR / SP",
"ARE 715 . 856 AGR / SP",
"Agravo de Instrumento n . 664 . 567 - QO",
"Agravo",
".",
"-",
"ARE 715 . 856",
"ARE 648 . 967 - AgR",
"ARE 660 . 749 - AgR",
"ARE 715 . 856 AGR / SP",
"ARE 648 . 967 - AgR",
"ARE 660 . 749 - AgR",
"ARE 715 . 856 AGR / SP",
"Súmula 85 do Superior Tribunal de Justiça",
"AI 607 . 544 - AgR",
"ARE 715 . 856 AGR",
"Súmula 85 do Superior Tribunal de Justiça",
"Súmulas n . 282",
"AI 607 . 544 - AgR",
"ARE 715 . 856 AGR / SP",
"ARE 651 . 130 - AgR",
"ARE 715 . 856 AGR / SP",
"ARE 651 . 130 - AgR"
],
"LEGISLACAO": [
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"§ [UNK] do art . 543 - A do Código de Processo Civil",
"art . [UNK] , inc . III , [UNK] , caput , inc . XXXV , XXXVI , e [UNK] da Constituição da República da Constituição",
"Decreto n . 20 . 910 / 1932",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"§ [UNK] do art . 543 - A do Código de Processo Civil",
"art . [UNK] , inc",
"Decreto n . 20 . 910 / 1932",
"MP n° 2 . 200",
"art . 544 , § [UNK] , inc . II , alínea a , do Código de Processo Civil",
"Lei n . 12 . 322 / 2010",
"art . 21 , § [UNK] , do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal",
"CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 544 , § [UNK] , inc . II , alínea a , do Código de",
"Lei n . 12 . 322 / 2010",
"art . 21 , § [UNK] , do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal",
"CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"§ [UNK] do art . 543 - A do Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"§ [UNK] do art . 543 - A do Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] do Decreto - Lei n . 20 . 910 / 32",
"arts . [UNK] , inc . III , [UNK] , caput , inc . XXXV , XXXVI , e [UNK] da Constituição da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] do Decreto - Lei n . 20 . 910 / 32",
". XXXV , XXXVI , e [UNK] da Constituição da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"DECRETO N . 20 . 910 / 1932",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"DECRETO N . 20 . 910 / 1932",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"SÃO PAULO",
"Brasília",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO"
],
"ORGANIZACAO": [
"SEGUNDA TURMA",
"INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO ESTADO DE SANTA CATARINA",
"IPESC",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO ESTADO DE SANTA CATARINA",
"IPESC",
"Tribunal de Justiça de Santa Catarina",
"Supremo Tribunal Federal",
"Plenário",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO ESTADO DE SANTA CATARINA",
"IPESC",
"Tribunal de Justiça de Santa Catarina",
"Supremo Tribunal Federal",
"Plenário",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"/",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"STF",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"STF",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"Plenário do Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"Plenário do Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"AGR",
"/",
"SP",
"Primeira Turma",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"MATÉRIA CONSTITUCIONAL",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"União",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"/",
"SP",
"União",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO ESTADO DE SANTA CATARINA",
"IPREV",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO ESTADO DE SANTA CATARINA",
"IPREV",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"CÁRMEN LÚCIA",
"EDNA PERITO",
"PATRÍCIA ULIANO EFFTING ZOCH DE MOURA",
"JOSÉ GIOVENARDI",
"Ricardo Lewandowski",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"EDNA PERITO",
"ULIANO EFFTING ZOCH DE MOURA",
"JOSÉ GIOVENARDI",
"CÁRMEN LÚCIA",
"Edna Perito",
"Sepúlveda Pertence",
"CÁRMEN LÚCIA",
"EDNA PERITO",
"JOSÉ GIOVENARDI",
"CÁRMEN LÚCIA",
"Edna Perito",
"Sepúlveda Pertence",
"Edna Perito",
"Edna Perito",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"Sepúlveda Pertence",
"CÁRMEN LÚCIA",
"Sepúlveda Pertence",
"CÁRMEN LÚCIA",
"Joaquim Barbosa",
"João Abel dos Santos",
"Joaquim Barbosa",
"João Abel dos Santos",
"CÁRMEN LÚCIA",
"Nilda Olivia de Souza",
"Joaquim Barbosa",
"Nilda Olivia de Souza",
"Joaquim Barbosa",
"CÁRMEN",
"LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"EDNA PERITO",
"JOSÉ GIOVENARDI",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos .",
"CÁRMEN LÚCIA",
"EDNA PERITO",
"JOSÉ GIOVENARDI",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos",
"Fabiane Duarte"
],
"TEMPO": [
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"13 de novembro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2012",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"18 de outubro de 2012",
"27",
".",
"7",
".",
"2010",
"03 de maio de 2007",
"17 de maio de 2006",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"18 de outubro de 2012",
"27",
".",
"7",
".",
"2010",
"03 de maio de 2007",
"17 de maio de 2006",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"25",
".",
"10",
".",
"2012",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"25",
".",
"10",
".",
"2012",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"22",
".",
"6",
".",
"2010",
"17 de maio de 2006",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"22",
".",
"6",
".",
"2010",
"17 de maio de 2006",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"12",
".",
"9",
".",
"2011",
"03",
".",
"05",
".",
"2007",
"24",
".",
"2",
".",
"2012",
"1992",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"12",
".",
"9",
".",
"2011",
"03",
".",
"05",
".",
"2007",
"24",
".",
"2",
".",
"2012",
"1992",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"1992",
"24",
".",
"8",
".",
"1992",
"setembro de 2004",
"1997",
"1°",
".",
"10",
".",
"2010",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"1992",
"24",
".",
"8",
".",
"1992",
"setembro de 2004",
"1997",
"1°",
".",
"10",
".",
"2010",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"6",
".",
"10",
".",
"2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"6",
".",
"10",
".",
"2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 680.278 MINAS
GERAIS
RELATORA
: MIN. ROSA WEBER
AGTE.(S)
:SANTANDER
LEASING
S/A
ARRENDAMENTO
MERCANTIL
ADV.(A/S)
:OSMAR MENDES PAIXÃO CÔRTES E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:JOSÉ ANTONIO DE MOURA OLIVEIRA
ADV.(A/S)
:WELLINGTON RODRIGO PASSOS CORRÊA
EMENTA
DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DIREITO DO CONSUMIDOR.
NULIDADE DE TARIFAS BANCÁRIAS RECONHECIDA. SUPOSTA
AFRONTA AO ART. 5º, XXXV, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA.
AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. SÚMULAS 282 E 356/STF.
As razões do agravo regimental não são aptas a infirmar os
fundamentos que lastrearam a decisão agravada, mormente no que se
refere ao óbice das Súmulas 282 e 356 do STF, a inviabilizar o trânsito do
recurso extraordinário.
A matéria constitucional versada no recurso extraordinário não foi
analisada pelas instâncias ordinárias, tampouco opostos embargos de
declaração para satisfazer o requisito do prequestionamento.
Agravo regimental conhecido e não provido.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os
Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Primeira Turma, sob a
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de
julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em
negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da relatora.
Brasília, 13 de novembro de 2012.
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3107676.
Supremo Tribunal Federal
DJe 27/11/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 7
Ementa e Acórdão
ARE 680.278 AGR / MG
Ministra Rosa Weber
Relatora
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
ARE 680.278 AGR / MG
Ministra Rosa Weber
Relatora
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 7
Relatório
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 680.278 MINAS
GERAIS
RELATORA
: MIN. ROSA WEBER
AGTE.(S)
:SANTANDER
LEASING
S/A
ARRENDAMENTO
MERCANTIL
ADV.(A/S)
:OSMAR MENDES PAIXÃO CÔRTES E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:JOSÉ ANTONIO DE MOURA OLIVEIRA
ADV.(A/S)
:WELLINGTON RODRIGO PASSOS CORRÊA
RELATÓRIO
Contra decisão por mim proferida (fls. 105-6), mediante a qual
negado provimento a seu agravo em recurso extraordinário, maneja
agravo regimental a parte ré (fls.108-13).
O agravante insurge-se contra a decisão agravada, ao argumento de
que inaplicáveis as Súmulas 282 e 356/STF. Sustenta a ocorrência de
prequestionamento, alegando que, embora a Corte de origem não tenha
se manifestado de maneira explícita a respeito do dispositivo afrontado, a
matéria nele versada “arrastou-se durante todo o curso do processo”.
Aduz a falta de necessidade de que a decisão recorrida faça referência aos
artigos violados. Alega que o art. 5º, XXXV, da Carta Maior resultou
violado, ante o prejuízo decorrente da manutenção da sentença,
considerada a condenação à restituição de valores ao autor. Entende
devido o cumprimento do financiamento na forma inicialmente avençada
entre as partes contratantes.
Acordão da Primeira Turma Recursal Cível da Comarca de Uberaba
do Estado de Minas Gerais publicado em 02.9.2011
É o relatório.
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3107677.
Supremo Tribunal Federal
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 680.278 MINAS
GERAIS
RELATORA
: MIN. ROSA WEBER
AGTE.(S)
:SANTANDER
LEASING
S/A
ARRENDAMENTO
MERCANTIL
ADV.(A/S)
:OSMAR MENDES PAIXÃO CÔRTES E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:JOSÉ ANTONIO DE MOURA OLIVEIRA
ADV.(A/S)
:WELLINGTON RODRIGO PASSOS CORRÊA
RELATÓRIO
Contra decisão por mim proferida (fls. 105-6), mediante a qual
negado provimento a seu agravo em recurso extraordinário, maneja
agravo regimental a parte ré (fls.108-13).
O agravante insurge-se contra a decisão agravada, ao argumento de
que inaplicáveis as Súmulas 282 e 356/STF. Sustenta a ocorrência de
prequestionamento, alegando que, embora a Corte de origem não tenha
se manifestado de maneira explícita a respeito do dispositivo afrontado, a
matéria nele versada “arrastou-se durante todo o curso do processo”.
Aduz a falta de necessidade de que a decisão recorrida faça referência aos
artigos violados. Alega que o art. 5º, XXXV, da Carta Maior resultou
violado, ante o prejuízo decorrente da manutenção da sentença,
considerada a condenação à restituição de valores ao autor. Entende
devido o cumprimento do financiamento na forma inicialmente avençada
entre as partes contratantes.
Acordão da Primeira Turma Recursal Cível da Comarca de Uberaba
do Estado de Minas Gerais publicado em 02.9.2011
É o relatório.
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 7
Voto - MIN. ROSA WEBER
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 680.278 MINAS
GERAIS
VOTO
A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Preenchidos os
pressupostos genéricos, conheço do agravo regimental e passo ao exame
do mérito.
Transcrevo o teor da decisão que desafiou o agravo:
“Vistos etc.
Contra o juízo negativo de admissibilidade do recurso
extraordinário que interpôs, exarado pela Presidência do
Tribunal a quo , maneja agravo Santander Leasing S/A
Arrendamento Mercantil. Na minuta, sustenta que o recurso
extraordinário reúne todos os requisitos para sua admissão.
Aponta violação direta do art. 5º, XXXV, da Lei Maior.
Sem contraminuta.
É o relatório.
Decido.
Preenchidos os pressupostos extrínsecos.
Da detida análise dos fundamentos da decisão
denegatória de seguimento do recurso extraordinário, bem
como à luz das razões de decidir adotadas pelo Tribunal de
origem, por ocasião do julgamento do recurso veiculado na
instância ordinária, concluo que nada colhe o agravo.
A matéria constitucional versada no recurso
extraordinário não foi analisada pelas instâncias ordinárias,
tampouco opostos embargos de declaração para satisfazer o
requisito do prequestionamento. Aplicável, na hipótese, o
entendimento jurisprudencial vertido nas Súmulas 282 e
356/STF: é inadmissível o recurso extraordinário, quando não
ventilada, na decisão recorrida, a questão suscitada e o ponto
omisso da decisão, sobre o qual não foram opostos embargos
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 680.278 MINAS
GERAIS
VOTO
A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Preenchidos os
pressupostos genéricos, conheço do agravo regimental e passo ao exame
do mérito.
Transcrevo o teor da decisão que desafiou o agravo:
“Vistos etc.
Contra o juízo negativo de admissibilidade do recurso
extraordinário que interpôs, exarado pela Presidência do
Tribunal a quo , maneja agravo Santander Leasing S/A
Arrendamento Mercantil. Na minuta, sustenta que o recurso
extraordinário reúne todos os requisitos para sua admissão.
Aponta violação direta do art. 5º, XXXV, da Lei Maior.
Sem contraminuta.
É o relatório.
Decido.
Preenchidos os pressupostos extrínsecos.
Da detida análise dos fundamentos da decisão
denegatória de seguimento do recurso extraordinário, bem
como à luz das razões de decidir adotadas pelo Tribunal de
origem, por ocasião do julgamento do recurso veiculado na
instância ordinária, concluo que nada colhe o agravo.
A matéria constitucional versada no recurso
extraordinário não foi analisada pelas instâncias ordinárias,
tampouco opostos embargos de declaração para satisfazer o
requisito do prequestionamento. Aplicável, na hipótese, o
entendimento jurisprudencial vertido nas Súmulas 282 e
356/STF: é inadmissível o recurso extraordinário, quando não
ventilada, na decisão recorrida, a questão suscitada e o ponto
omisso da decisão, sobre o qual não foram opostos embargos
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 7
Voto - MIN. ROSA WEBER
ARE 680.278 AGR / MG
declaratórios, não pode ser objeto de recurso extraordinário,
por faltar o requisito do prequestionamento. Nesse sentido, o
AI 743.256-AgR/SP, Rel. Min. Dias Toffoli, 1ª Turma, DJe
08.3.2012 e o AI 827.894-AgR/RJ, Rel. Min. Marco Aurélio, 1ª
Turma, unânime, DJe 07.11.2011, cuja ementa transcrevo:
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO prequestionamento
CONFIGURAÇÃO RAZÃO DE SER. O prequestionamento não
resulta da circunstância de a matéria haver sido arguida pela
parte recorrente. A configuração do instituto pressupõe debate
e decisão prévios pelo Colegiado, ou seja, emissão de juízo
sobre o tema. O procedimento tem como escopo o cotejo
indispensável a que se diga do enquadramento do recurso
extraordinário no permissivo constitucional. Se o Tribunal de
origem não adotou tese explícita a respeito do fato jurígeno
veiculado nas razões recursais, inviabilizado fica o
entendimento sobre a violência ao preceito evocado pelo
recorrente. AGRAVO ARTIGO 557, § 2º, DO CÓDIGO DE
PROCESSO CIVIL MULTA. Se o agravo é manifestamente
infundado, impõe-se a aplicação da multa prevista no § 2º do
artigo 557 do Código de Processo Civil, arcando a parte com o
ônus decorrente da litigância de má-fé".
Ressalte-se que, consoante entendimento desta Corte, o
prequestionamento explícito da questão constitucional é
requisito indispensável à admissão do recurso extraordinário.
Nesse sentir, não merece processamento o apelo extremo,
consoante também se denota dos fundamentos da decisão que
desafiou o recurso, aos quais me reporto e cuja detida análise
conduz à conclusão pela ausência de ofensa direta e literal a
preceito da Constituição da República.
Conheço do agravo para negar-lhe provimento (art. 544, §
4º, II, a, do CPC)”.
Irrepreensível a decisão agravada.
Consoante registrado na decisão agravada, a jurisprudência desta
Casa exige o prequestionamento das questões constitucionais para o
respectivo exame mediante recurso extraordinário.
2
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ARE 680.278 AGR / MG
declaratórios, não pode ser objeto de recurso extraordinário,
por faltar o requisito do prequestionamento. Nesse sentido, o
AI 743.256-AgR/SP, Rel. Min. Dias Toffoli, 1ª Turma, DJe
08.3.2012 e o AI 827.894-AgR/RJ, Rel. Min. Marco Aurélio, 1ª
Turma, unânime, DJe 07.11.2011, cuja ementa transcrevo:
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO prequestionamento
CONFIGURAÇÃO RAZÃO DE SER. O prequestionamento não
resulta da circunstância de a matéria haver sido arguida pela
parte recorrente. A configuração do instituto pressupõe debate
e decisão prévios pelo Colegiado, ou seja, emissão de juízo
sobre o tema. O procedimento tem como escopo o cotejo
indispensável a que se diga do enquadramento do recurso
extraordinário no permissivo constitucional. Se o Tribunal de
origem não adotou tese explícita a respeito do fato jurígeno
veiculado nas razões recursais, inviabilizado fica o
entendimento sobre a violência ao preceito evocado pelo
recorrente. AGRAVO ARTIGO 557, § 2º, DO CÓDIGO DE
PROCESSO CIVIL MULTA. Se o agravo é manifestamente
infundado, impõe-se a aplicação da multa prevista no § 2º do
artigo 557 do Código de Processo Civil, arcando a parte com o
ônus decorrente da litigância de má-fé".
Ressalte-se que, consoante entendimento desta Corte, o
prequestionamento explícito da questão constitucional é
requisito indispensável à admissão do recurso extraordinário.
Nesse sentir, não merece processamento o apelo extremo,
consoante também se denota dos fundamentos da decisão que
desafiou o recurso, aos quais me reporto e cuja detida análise
conduz à conclusão pela ausência de ofensa direta e literal a
preceito da Constituição da República.
Conheço do agravo para negar-lhe provimento (art. 544, §
4º, II, a, do CPC)”.
Irrepreensível a decisão agravada.
Consoante registrado na decisão agravada, a jurisprudência desta
Casa exige o prequestionamento das questões constitucionais para o
respectivo exame mediante recurso extraordinário.
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 7
Voto - MIN. ROSA WEBER
ARE 680.278 AGR / MG
Na espécie, o próprio agravante reconhece que a Turma Recursal, ao
negar provimento a seu recuro, não dirimiu a lide à luz do art. 5º, XXXV,
da Carta Política, limitado o pronunciamento regional à manutenção da
sentença, que reconheceu a nulidade da cobrança das quantias relativas a
cadastro e despesas para pagamentos de serviços de terceiros, consoante
se denota do seguinte excerto:
“As denominadas ‘Taxa de Abertura de Crédito’, ‘Tarifas
Contratuais’, ‘Serviços de Terceiros’, ‘Seguros’ e ‘Registro de
Contrato’ são modalidades de oneração indevida e abusiva do
consumidor.
Não bastassem os juros excessivos e os impostos
incidentes sobre as operações de crédito, as instituições
financeiras continuam com a prática de criar taxas, tarifas, etc.,
para justificar o incremento de maiores lucros, à custa do
consumidor que necessita tomar o empréstimo.
As instituições financeiras, portanto, valem-se da
necessidade dos consumidores para impingir-lhes o pagamento
de valores que não se justificam, seja sob o enfoque da
legalidade, seja sob o enfoque da natureza da contraprestação”
(fl. 64).
De outra parte, não cuidou o réu de provocar a pretendido
prequestionamento mediante oposição de embargos aclaratórios. A
suposta violação de aludido dispositivo resultou suscitada apenas em
sede extraordinária.
Nesse contexto, as razões do agravo não aptas a infirmar os
fundamentos que lastrearam a decisão agravada, mormente no que se
refere ao óbice das Súmulas 282 e 356/STF, a inviabilizar o trânsito do
recurso extraordinário.
Agravo regimental conhecido e não provido.
É como voto.
3
Supremo Tribunal Federal
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ARE 680.278 AGR / MG
Na espécie, o próprio agravante reconhece que a Turma Recursal, ao
negar provimento a seu recuro, não dirimiu a lide à luz do art. 5º, XXXV,
da Carta Política, limitado o pronunciamento regional à manutenção da
sentença, que reconheceu a nulidade da cobrança das quantias relativas a
cadastro e despesas para pagamentos de serviços de terceiros, consoante
se denota do seguinte excerto:
“As denominadas ‘Taxa de Abertura de Crédito’, ‘Tarifas
Contratuais’, ‘Serviços de Terceiros’, ‘Seguros’ e ‘Registro de
Contrato’ são modalidades de oneração indevida e abusiva do
consumidor.
Não bastassem os juros excessivos e os impostos
incidentes sobre as operações de crédito, as instituições
financeiras continuam com a prática de criar taxas, tarifas, etc.,
para justificar o incremento de maiores lucros, à custa do
consumidor que necessita tomar o empréstimo.
As instituições financeiras, portanto, valem-se da
necessidade dos consumidores para impingir-lhes o pagamento
de valores que não se justificam, seja sob o enfoque da
legalidade, seja sob o enfoque da natureza da contraprestação”
(fl. 64).
De outra parte, não cuidou o réu de provocar a pretendido
prequestionamento mediante oposição de embargos aclaratórios. A
suposta violação de aludido dispositivo resultou suscitada apenas em
sede extraordinária.
Nesse contexto, as razões do agravo não aptas a infirmar os
fundamentos que lastrearam a decisão agravada, mormente no que se
refere ao óbice das Súmulas 282 e 356/STF, a inviabilizar o trânsito do
recurso extraordinário.
Agravo regimental conhecido e não provido.
É como voto.
3
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Decisão de Julgamento
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 680.278
PROCED. : MINAS GERAIS
RELATORA : MIN. ROSA WEBER
AGTE.(S) : SANTANDER LEASING S/A ARRENDAMENTO MERCANTIL
ADV.(A/S) : OSMAR MENDES PAIXÃO CÔRTES E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : JOSÉ ANTONIO DE MOURA OLIVEIRA
ADV.(A/S) : WELLINGTON RODRIGO PASSOS CORRÊA
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos
termos do voto da Relatora. Unânime. Presidência do Senhor
Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Wagner Mathias.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
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Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 680.278
PROCED. : MINAS GERAIS
RELATORA : MIN. ROSA WEBER
AGTE.(S) : SANTANDER LEASING S/A ARRENDAMENTO MERCANTIL
ADV.(A/S) : OSMAR MENDES PAIXÃO CÔRTES E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : JOSÉ ANTONIO DE MOURA OLIVEIRA
ADV.(A/S) : WELLINGTON RODRIGO PASSOS CORRÊA
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos
termos do voto da Relatora. Unânime. Presidência do Senhor
Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Wagner Mathias.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 7
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3129835 | 2012-11-13T00:00:00 | 2012-11-27T00:00:00 | A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 13.11.2012. | AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO | EMENTA
DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DIREITO DO CONSUMIDOR. NULIDADE DE TARIFAS BANCÁRIAS RECONHECIDA. SUPOSTA AFRONTA AO ART. 5º, XXXV, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. SÚMULAS 282 E 356/STF.
As razões do agravo regimental não são aptas a infirmar os fundamentos que lastrearam a decisão agravada, mormente no que se refere ao óbice das Súmulas 282 e 356 do STF, a inviabilizar o trânsito do recurso extraordinário.
A matéria constitucional versada no recurso extraordinário não foi analisada pelas instâncias ordinárias, tampouco opostos embargos de declaração para satisfazer o requisito do prequestionamento.
Agravo regimental conhecido e não provido. | sjur219929 | Número de páginas: 7.
Análise: 03/12/2012, BMB. | ROSA WEBER | Primeira Turma | 680278 | [
"LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00005 INC-00035 \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n\r\n",
"LEG-FED SUMSTF-000282 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\r\n\r\n",
"LEG-FED SUMSTF-000356 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF"
] | ARE-AgR | acordaos | ARE 680278 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : SANTANDER LEASING S/A ARRENDAMENTO MERCANTIL
ADV.(A/S) : OSMAR MENDES PAIXÃO CÔRTES E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : WELLINGTON RODRIGO PASSOS CORRÊA
AGDO.(A/S) : JOSÉ ANTONIO DE MOURA OLIVEIRA | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 680 . 278",
"SÚMULAS 282",
"Súmulas 282 e 356 do STF",
"ARE 680 . 278 AGR / MG",
"ARE 680 . 278 AGR / MG",
"Súmulas 282 e 356 / STF",
"Súmulas 282 e 356 / STF",
"Súmulas 282 e 356 / STF",
"Súmulas 282 e 356 / STF",
"ARE 680 . 278 AGR / MG",
"AI 743 . 256 - AgR / SP",
"AI 827 . 894 - AgR / RJ",
"ARE 680 . 278 AGR",
"AI 743 . 256 - AgR /",
"AI 827 . 894 - AgR / RJ",
"ARE 680 . 278 AGR / MG",
"Súmulas 282",
"ARE 680 . 278 AGR / MG",
"Súmulas 282 e 356 / STF"
],
"LEGISLACAO": [
"ART . [UNK] , XXXV , DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] , XXXV , da Carta Maior",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] , XXXV , da Carta Maior",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] , XXXV , da Lei Maior",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] , XXXV , da Lei Maior",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ARTIGO 557 , § [UNK] , DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL",
"§ [UNK] do artigo 557 do Código de Processo Civil",
"Constituição da República",
"art . 544 , § [UNK] , II , a , do CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ARTIGO 557 , § [UNK] , DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL",
"§ [UNK] do artigo 557 do Código de Processo Civil",
"Constituição da República",
"art . 544 , § [UNK] , II , a , do CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] , XXXV , da Carta Política",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] , XXXV , da Carta Política",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"MINAS GERAIS",
"Brasília",
"MINAS GERAIS",
"Comarca de Uberaba",
"MINAS GERAIS",
"MINAS GERAIS",
"MINAS GERAIS"
],
"ORGANIZACAO": [
"PRIMEIRA TURMA",
"SANTANDER LEASING S / A",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"SANTANDER LEASING S / A",
"ARRENDAMENTO",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA",
"TURMA",
"SANTANDER LEASING S / A ARRENDAMENTO MERCANTIL",
"Primeira Turma",
"Comarca",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"Santander Leasing S / A Arrendamento Mercantil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Santander Leasing S / A Arrendamento Mercantil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"[UNK] Turma",
"[UNK] Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"[UNK] Turma",
"[UNK] Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"SANTANDER LEASING S / A",
"[UNK] Turma",
"Primeira",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"SANTANDER LEASING S / A",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"ROSA WEBER",
"OSMAR MENDES PAIXÃO CÔRTES",
"JOSÉ ANTONIO DE MOURA OLIVEIRA",
"WELLINGTON RODRIGO PASSOS CORRÊA",
"Dias Toffoli",
"Rosa Weber",
"Rosa Weber",
"ROSA WEBER",
"OSMAR MENDES PAIXÃO CÔRTES",
"JOSÉ ANTONIO DE MOURA",
"WELLINGTON RODRIGO PASSOS CORRÊA",
"ROSA WEBER",
"OSMAR MENDES PAIXÃO CÔRTES",
"JOSÉ ANTONIO DE MOURA OLIVEIRA",
"WELLINGTON RODRIGO PASSOS",
"ROSA WEBER",
"Rosa Weber",
"Rosa Weber",
"ROSA WEBER",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"ROSA WEBER",
"ROSA WEBER",
"OSMAR MENDES PAIXÃO CÔRTES",
"JOSÉ ANTONIO DE MOURA OLIVEIRA",
"WELLINGTON RODRIGO PASSOS CORRÊA",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Wagner Mathias",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza",
"ROSA WEBER",
"OSMAR MENDES PAIXÃO CÔRTES",
"JOSÉ ANTONIO DE MOURA OLIVEIRA",
"WELLINGTON RODRIGO PASSOS CORRÊA",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Wagner Mathias",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza"
],
"TEMPO": [
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"13 de novembro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"27",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"02",
".",
"9",
".",
"2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"02",
".",
"9",
".",
"2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"08",
".",
"3",
".",
"2012",
"07",
".",
"11",
".",
"2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"08",
".",
"3",
".",
"2012",
"07",
".",
"11",
".",
"2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 693.195 BAHIA
RELATORA
: MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S)
:CINDALVA MARTINS SANTOS E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S)
:JOSÉ EYMARD LOGUERCIO E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEF
ADV.(A/S)
:OSIVAL DANTAS BARRETO E OUTRO(A/S)
EMENTA:
AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. TRABALHISTA E PROCESSUAL
CIVIL. AÇÃO DE REPETIÇÃO DE INDÉBITO. PARCELAS RECEBIDAS
POR FORÇA DE DECISÃO JUDICIAL DESCONSTITUÍDA POR AÇÃO
RESCISÓRIA. LIMITES OBJETIVOS DA COISA JULGADA. OFENSA
CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE
NEGA PROVIMENTO.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do
Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a Presidência do
Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamento e
das notas taquigráficas, à unanimidade, em negar provimento ao agravo
regimental no recurso extraordinário com agravo, nos termos do voto da
Relatora. Ausentes, justificadamente, os Ministros Celso de Mello e
Joaquim Barbosa.
Brasília, 13 de novembro de 2012.
Ministra CÁRMEN LÚCIA - Relatora
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3120700.
Supremo Tribunal Federal
DJe 05/12/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 7
Relatório
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 693.195 BAHIA
RELATORA
: MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S)
:CINDALVA MARTINS SANTOS E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S)
:JOSÉ EYMARD LOGUERCIO E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEF
ADV.(A/S)
:OSIVAL DANTAS BARRETO E OUTRO(A/S)
R E L A T Ó R I O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA – (Relatora):
1. Em 18 de outubro de 2012, neguei seguimento ao agravo nos autos
do recurso extraordinário interposto por Cindalva Martins Santos e
outros contra julgado do Tribunal Superior do Trabalho, o qual negou
provimento ao recurso de embargos interposto pelos Agravantes.
A decisão agravada teve a seguinte fundamentação:
“6. Razão jurídica não assiste aos Agravantes.
O Ministro Renato de Lacerda Paiva, Relator, afirmou:
(…)
7. O Supremo Tribunal Federal assentou que a alegação de
contrariedade ao princípio da legalidade e a verificação, no caso
concreto, da ocorrência, ou não, de ofensa ao direito adquirido, ao ato
jurídico perfeito, à coisa julgada ou, ainda, aos princípios do devido
processo legal, da ampla defesa, do contraditório e da jurisdição, se
dependentes da análise prévia de legislação infraconstitucional
(Código de Processo Civil e Código Civil), configurariam apenas
ofensa constitucional indireta. Nesse sentido: (…). 8. Ademais, cabe
registrar que o Supremo Tribunal Federal decidiu ‘ser indevida a
reposição relativa à URP de fevereiro de 1989, que foi suprimida pela
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3120701.
Supremo Tribunal Federal
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 693.195 BAHIA
RELATORA
: MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S)
:CINDALVA MARTINS SANTOS E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S)
:JOSÉ EYMARD LOGUERCIO E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEF
ADV.(A/S)
:OSIVAL DANTAS BARRETO E OUTRO(A/S)
R E L A T Ó R I O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA – (Relatora):
1. Em 18 de outubro de 2012, neguei seguimento ao agravo nos autos
do recurso extraordinário interposto por Cindalva Martins Santos e
outros contra julgado do Tribunal Superior do Trabalho, o qual negou
provimento ao recurso de embargos interposto pelos Agravantes.
A decisão agravada teve a seguinte fundamentação:
“6. Razão jurídica não assiste aos Agravantes.
O Ministro Renato de Lacerda Paiva, Relator, afirmou:
(…)
7. O Supremo Tribunal Federal assentou que a alegação de
contrariedade ao princípio da legalidade e a verificação, no caso
concreto, da ocorrência, ou não, de ofensa ao direito adquirido, ao ato
jurídico perfeito, à coisa julgada ou, ainda, aos princípios do devido
processo legal, da ampla defesa, do contraditório e da jurisdição, se
dependentes da análise prévia de legislação infraconstitucional
(Código de Processo Civil e Código Civil), configurariam apenas
ofensa constitucional indireta. Nesse sentido: (…). 8. Ademais, cabe
registrar que o Supremo Tribunal Federal decidiu ‘ser indevida a
reposição relativa à URP de fevereiro de 1989, que foi suprimida pela
Supremo Tribunal Federal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 7
Relatório
ARE 693.195 AGR / BA
Lei 7.730, de 31.01.89’, e, no julgamento do Recurso Extraordinário
n. 328.812, Relator o Ministro Gilmar Mendes, ressaltou a
importância da ação rescisória, fundada em violação às decisões
definitivas deste Tribunal em matéria constitucional, como
instrumento de efetividade da Constituição. Nesse sentido: (…).
Nada há a prover quanto às alegações dos Agravantes.
9. Pelo exposto, nego seguimento ao agravo (art. 544, § 4º, inc.
II, alínea a, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento
Interno do Supremo Tribunal Federal)” (fls. 609-613).
2. Publicada essa decisão no DJe de 25.10.2012 (fl. 614), interpõem
Cindalva Martins Santos e outros, em 29.10.2012, tempestivamente,
agravo regimental (fls. 615-619).
3. Afirmam os Agravantes que “o debate é de nítido caráter
constitucional, vez que há de ser examinado sob o enfoque único da literalidade
do art. 5º, inc. I, XXXV, XXXVI, LI e LV, da Carta Magna” (fl. 616).
Sustentam a “impossibilidade de execução contra os empregados quando a
decisão proferida nos autos daquela ação rescisória não determina,
expressamente, qualquer devolução, de modo que a conclusão alcançada pelo TST
acabou por violar os princípios denunciados, notadamente o da segurança
jurídica em razão do recebimento de boa-fé” (fl. 618).
Requerem a reconsideração da decisão agravada ou o provimento do
presente recurso.
É o relatório.
2
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
ARE 693.195 AGR / BA
Lei 7.730, de 31.01.89’, e, no julgamento do Recurso Extraordinário
n. 328.812, Relator o Ministro Gilmar Mendes, ressaltou a
importância da ação rescisória, fundada em violação às decisões
definitivas deste Tribunal em matéria constitucional, como
instrumento de efetividade da Constituição. Nesse sentido: (…).
Nada há a prover quanto às alegações dos Agravantes.
9. Pelo exposto, nego seguimento ao agravo (art. 544, § 4º, inc.
II, alínea a, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento
Interno do Supremo Tribunal Federal)” (fls. 609-613).
2. Publicada essa decisão no DJe de 25.10.2012 (fl. 614), interpõem
Cindalva Martins Santos e outros, em 29.10.2012, tempestivamente,
agravo regimental (fls. 615-619).
3. Afirmam os Agravantes que “o debate é de nítido caráter
constitucional, vez que há de ser examinado sob o enfoque único da literalidade
do art. 5º, inc. I, XXXV, XXXVI, LI e LV, da Carta Magna” (fl. 616).
Sustentam a “impossibilidade de execução contra os empregados quando a
decisão proferida nos autos daquela ação rescisória não determina,
expressamente, qualquer devolução, de modo que a conclusão alcançada pelo TST
acabou por violar os princípios denunciados, notadamente o da segurança
jurídica em razão do recebimento de boa-fé” (fl. 618).
Requerem a reconsideração da decisão agravada ou o provimento do
presente recurso.
É o relatório.
2
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 7
Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 693.195 BAHIA
V O T O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA – (Relatora):
1. Razão jurídica não assiste aos Agravantes.
2. Na espécie vertente, o Tribunal Superior do Trabalho decidiu:
“A 6ª Turma ao tratar da questão, deixou consignado, in verbis:
‘A Caixa Econômica Federal – CEF ajuizou a presente ação de
repetição de indébito em face do Sindicato dos Empregados em
Estabelecimento Bancário de Ilhéus (substituto procesual), pleiteando
a devolução de diferenças salariais decorrentes do Plano Verão
(URP/89), pagas aos substituídos por força de decisão judicial
transitada em julgado e que, posteriormente, fora objeto de ação
rescisória julgada procedente’
(...)
A controvérsia dos autos cinge-se aos efeitos, bem como ao
alcance da decisão proferida em ação rescisória, que desconstituiu
decisão judicial anterior que havia reconhecido o direitos dos
reclamantes, ora réus, ao recebimento de diferenças salariais.
Na medida em que a ação rescisória é aceita, cabível e
perfeitamente admissível no âmbito da Justiça do Trabalho, há que
advir as consequências de sua aplicação, já que a desconstituição de
um julgado se traduz em efeitos jurídicos e patrimoniais, atingindo as
partes envolvidas. Ora, a procedência da ação rescisória implica um
juízo rescindente, no sentido de desconstituir o julgado atacado, e um
juízo rescisório, ao proferir novo julgamento acerca da matéria objeto
da ação principal.
Na verdade, desapareceram do mundo jurídico a sentença e o
acórdão que deferiram aos recorrentes as diferenças salariais, devendo,
como consequência, ser revertido o pagamento feito pela reclamada aos
ora réus.
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 693.195 BAHIA
V O T O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA – (Relatora):
1. Razão jurídica não assiste aos Agravantes.
2. Na espécie vertente, o Tribunal Superior do Trabalho decidiu:
“A 6ª Turma ao tratar da questão, deixou consignado, in verbis:
‘A Caixa Econômica Federal – CEF ajuizou a presente ação de
repetição de indébito em face do Sindicato dos Empregados em
Estabelecimento Bancário de Ilhéus (substituto procesual), pleiteando
a devolução de diferenças salariais decorrentes do Plano Verão
(URP/89), pagas aos substituídos por força de decisão judicial
transitada em julgado e que, posteriormente, fora objeto de ação
rescisória julgada procedente’
(...)
A controvérsia dos autos cinge-se aos efeitos, bem como ao
alcance da decisão proferida em ação rescisória, que desconstituiu
decisão judicial anterior que havia reconhecido o direitos dos
reclamantes, ora réus, ao recebimento de diferenças salariais.
Na medida em que a ação rescisória é aceita, cabível e
perfeitamente admissível no âmbito da Justiça do Trabalho, há que
advir as consequências de sua aplicação, já que a desconstituição de
um julgado se traduz em efeitos jurídicos e patrimoniais, atingindo as
partes envolvidas. Ora, a procedência da ação rescisória implica um
juízo rescindente, no sentido de desconstituir o julgado atacado, e um
juízo rescisório, ao proferir novo julgamento acerca da matéria objeto
da ação principal.
Na verdade, desapareceram do mundo jurídico a sentença e o
acórdão que deferiram aos recorrentes as diferenças salariais, devendo,
como consequência, ser revertido o pagamento feito pela reclamada aos
ora réus.
Supremo Tribunal Federal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 7
Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
ARE 693.195 AGR / BA
(…)
Conclui-se, com esses fundamentos, que os efeitos da decisão
proferida em ação rescisória operam-se
ex tunc
, e, dessa forma,
autorizam a devolução dos valores indevidamente recebidos pela
reclamante, nos termos do disposto no artigo 876 do Código de Civil.
Portanto, a hipótese dos autos permite a procedência da ação
ordinária de repetição de indébito para condenar os réus à devolução
dos valores recebidos indevidamente em decorrência da ação rescisória
que julgou improcedente os pedidos relativos às diferenças salariais.
Nego provimento” (fls. 529-532 v., grifos nossos).
3. Como afirmado na decisão agravada, este Supremo Tribunal
assentou que a alegação de afronta aos princípios da legalidade, do
devido processo legal, do contraditório, da ampla defesa, dos limites da
coisa julgada e da prestação jurisdicional, quando dependente de exame
de legislação infraconstitucional (na espécie vertente, do art. 876 do
Código Civil, do art. 894 da Consolidação das Leis do Trabalho e do
Código de Processo Civil), configura ofensa constitucional indireta.
Além disso, divergir das instâncias originárias demandaria a análise
dos limites objetivos da coisa julgada, inviável em recurso extraordinário.
Confiram-se os seguintes julgados:
“AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. TRABALHISTA. EMBARGOS À
EXECUÇÃO. PLANOS ECONÔMICOS. DIFERENÇAS
SALARIAIS. COISA JULGADA. OFENSA CONSTITUCIONAL
INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA
PROVIMENTO. Imposição de multa de 5% do valor corrigido da
causa. Aplicação do art. 557, § 2º, c/c arts. 14, inc. II e III, e 17, inc.
VII, do Código de Processo Civil” (RE 592.968-AgR, de minha
relatoria, Primeira Turma, DJe 19.6.2009).
“AGRAVO
REGIMENTAL
EM
AGRAVO
DE
2
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
ARE 693.195 AGR / BA
(…)
Conclui-se, com esses fundamentos, que os efeitos da decisão
proferida em ação rescisória operam-se
ex tunc
, e, dessa forma,
autorizam a devolução dos valores indevidamente recebidos pela
reclamante, nos termos do disposto no artigo 876 do Código de Civil.
Portanto, a hipótese dos autos permite a procedência da ação
ordinária de repetição de indébito para condenar os réus à devolução
dos valores recebidos indevidamente em decorrência da ação rescisória
que julgou improcedente os pedidos relativos às diferenças salariais.
Nego provimento” (fls. 529-532 v., grifos nossos).
3. Como afirmado na decisão agravada, este Supremo Tribunal
assentou que a alegação de afronta aos princípios da legalidade, do
devido processo legal, do contraditório, da ampla defesa, dos limites da
coisa julgada e da prestação jurisdicional, quando dependente de exame
de legislação infraconstitucional (na espécie vertente, do art. 876 do
Código Civil, do art. 894 da Consolidação das Leis do Trabalho e do
Código de Processo Civil), configura ofensa constitucional indireta.
Além disso, divergir das instâncias originárias demandaria a análise
dos limites objetivos da coisa julgada, inviável em recurso extraordinário.
Confiram-se os seguintes julgados:
“AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. TRABALHISTA. EMBARGOS À
EXECUÇÃO. PLANOS ECONÔMICOS. DIFERENÇAS
SALARIAIS. COISA JULGADA. OFENSA CONSTITUCIONAL
INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA
PROVIMENTO. Imposição de multa de 5% do valor corrigido da
causa. Aplicação do art. 557, § 2º, c/c arts. 14, inc. II e III, e 17, inc.
VII, do Código de Processo Civil” (RE 592.968-AgR, de minha
relatoria, Primeira Turma, DJe 19.6.2009).
“AGRAVO
REGIMENTAL
EM
AGRAVO
DE
2
Supremo Tribunal Federal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 7
Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
ARE 693.195 AGR / BA
INSTRUMENTO. CONTROVÉRSIA ENVOLVENDO AS
GARANTIAS CONSTITUCIONAIS DO PROCESSO. LIMITES
OBJETIVOS E SUBJETIVOS DA COISA JULGADA. REEXAME
DE LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL PERTINENTE. 1.
Segundo a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, suposta
ofensa às garantias constitucionais da ampla defesa, do contraditório e
aos limites objetivos e subjetivos da coisa julgada pertence ao plano
infraconstitucional. Precedentes: AIs 517.643-AgR e 733.272-AgR,
da relatoria do ministro Celso de Mello. 2. Agravo regimental
desprovido” (AI 755.396-AgR, Rel. Min. Ayres Britto, Segunda
Turma, DJe 6.12.2011).
4. Os argumentos dos Agravantes, insuficientes para modificar a
decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em
pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente
prestação jurisdicional.
5. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental.
3
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
ARE 693.195 AGR / BA
INSTRUMENTO. CONTROVÉRSIA ENVOLVENDO AS
GARANTIAS CONSTITUCIONAIS DO PROCESSO. LIMITES
OBJETIVOS E SUBJETIVOS DA COISA JULGADA. REEXAME
DE LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL PERTINENTE. 1.
Segundo a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, suposta
ofensa às garantias constitucionais da ampla defesa, do contraditório e
aos limites objetivos e subjetivos da coisa julgada pertence ao plano
infraconstitucional. Precedentes: AIs 517.643-AgR e 733.272-AgR,
da relatoria do ministro Celso de Mello. 2. Agravo regimental
desprovido” (AI 755.396-AgR, Rel. Min. Ayres Britto, Segunda
Turma, DJe 6.12.2011).
4. Os argumentos dos Agravantes, insuficientes para modificar a
decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em
pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente
prestação jurisdicional.
5. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental.
3
Supremo Tribunal Federal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 7
Decisão de Julgamento
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 693.195
PROCED. : BAHIA
RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S) : CINDALVA MARTINS SANTOS E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : JOSÉ EYMARD LOGUERCIO E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEF
ADV.(A/S) : OSIVAL DANTAS BARRETO E OUTRO(A/S)
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausentes,
justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim
Barbosa. 2ª Turma, 13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra
Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros
Celso de Mello e Joaquim Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
P/ Fabiane Duarte
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3150112
Supremo Tribunal Federal
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 693.195
PROCED. : BAHIA
RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S) : CINDALVA MARTINS SANTOS E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : JOSÉ EYMARD LOGUERCIO E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEF
ADV.(A/S) : OSIVAL DANTAS BARRETO E OUTRO(A/S)
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausentes,
justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim
Barbosa. 2ª Turma, 13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra
Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros
Celso de Mello e Joaquim Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
P/ Fabiane Duarte
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3150112
Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 7
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3161366 | 2012-11-13T00:00:00 | 2012-12-05T00:00:00 | A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 13.11.2012. | AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO | EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. TRABALHISTA E PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO DE REPETIÇÃO DE INDÉBITO. PARCELAS RECEBIDAS POR FORÇA DE DECISÃO JUDICIAL DESCONSTITUÍDA POR AÇÃO RESCISÓRIA. LIMITES OBJETIVOS DA COISA JULGADA. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. | sjur220672 | - Acórdãos citados:
(COISA JULGADA, LIMITES OBJETIVOS)
STF: RE 592968 AgR (1ªT), AI 755396 AgR (2ªT).
Número de páginas: 8.
Análise: 17/12/2012, MAC. | CÁRMEN LÚCIA | Segunda Turma | 693195 | [
"LEG-FED DEL-005452 ANO-1943\r\n ART-00894 \r\n CLT-1943 CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO\r\n\r\n",
"LEG-FED LEI-005869 ANO-1973\r\n CPC-1973 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL\r\n\r\n",
"LEG-FED LEI-010406 ANO-2002\r\n ART-00876 \r\n CC-2002 CÓDIGO CIVIL"
] | ARE-AgR | acordaos | ARE 693195 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : CINDALVA MARTINS SANTOS E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : JOSÉ EYMARD LOGUERCIO E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEF
ADV.(A/S) : OSIVAL DANTAS BARRETO E OUTRO(A/S)
AGTE.(S) : EDSON MARTINS SALES
AGTE.(S) : HUMBERTO COSTA VASCONCELOS
AGTE.(S) : IRAMILDES CALIXTA DO NASCIMENTO
AGTE.(S) : IMEUDA NERY LEITE BRAGA
AGTE.(S) : MARIA ALBA FERREIRA CAVALCANTE
AGTE.(S) : MARIA APARECIDA FERREIRA SILVA
AGTE.(S) : MIGUEL FLORINDO BOMFIM FREITAS
AGTE.(S) : NEDINALVA FARIAS DA SILVA SANTOS
AGTE.(S) : TEREZA CRISTINA SANTOS
AGTE.(S) : JUANITA SOUZA VASCONCELOS
AGTE.(S) : JOSETE PEREIRA DE SOUZA
AGTE.(S) : MARIA ROSA DA SILVA
AGTE.(S) : IVANILDA DE SOUZA CARVALHO
AGTE.(S) : MARIA DE FÁTIMA SOUZA SOLEDADE
AGTE.(S) : PAULO ANDERSON VIEIRA MAIA
AGTE.(S) : RITA DE CASSIA SILVA DIAS
AGTE.(S) : ROBERTO DE ALBUQUERQUE ARLÉO BARBOSA
AGTE.(S) : SINEIDE SANTOS DO NASCIMENTO LIMA
AGTE.(S) : TELMA MARIA CARILO PEREIRA
AGTE.(S) : SILVANA FERREIRA SANTOS
AGTE.(S) : CLAUDIA PARANHOS MONIZ FREIRE
AGTE.(S) : ANTONIA MARISE LINS DE OLIVEIRA MINISTRO
AGTE.(S) : JANDIR RODRIGUES DOCIO
AGTE.(S) : MILSON JOSE DOS SANTOS SILVEIRA
AGTE.(S) : NILSON ALBERTO XAVIER DO NASCIMENTO
AGTE.(S) : NORMA VILMA DE OLIVEIRA VALLE MACEDO
AGTE.(S) : IRIS PEREIRA PORTELA
AGTE.(S) : MARIA DE FÁTIMA BACELAR MATOS
AGTE.(S) : ADENOR JOSÉ DA CRUZ
AGTE.(S) : MARIA DAS GRAÇAS DO SANTOS GUIMARÃES
AGTE.(S) : NADJA BORGES FERRARI
AGTE.(S) : JOSÉ BALBINO LEMOS DA SILVA
AGTE.(S) : ELISABETH DE ARAÚJO COSTA
ADV.(A/S) : EDUARDO HENRIQUE MARQUES SOARES
ADV.(A/S) : ADRIANA SOUSA DE OLIVEIRA | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO",
"ARE 693 . 195 AGR / BA",
"Recurso Extraordinário n . 328 . 812",
"ARE 693 . 195 AGR / BA",
"Recurso Extraordinário n . 328 . 812",
"ARE 693 . 195 AGR / BA",
"RE 592 . 968 - AgR",
"ARE 693 . 195 AGR / BA",
"RE 592 . 968 - AgR",
"AIs 517 . 643 - AgR",
"733",
".",
"272",
"-",
"AgR",
"AI 755 . 396 - AgR",
"ARE 693 . 195 AGR / BA",
"AIs 517 . 643",
"AI 755 . 396 - AgR"
],
"LEGISLACAO": [
"MP n° 2 . 200 - 2",
"Código de Processo Civil",
"Código Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Código de Processo Civil",
"Código Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição",
"art . 544 , § [UNK] , inc . II , alínea a , do Código de Processo Civil",
"art . 21 , § [UNK] , do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal",
"art . [UNK] , inc . I , XXXV , XXXVI , LI e LV , da Carta Magna",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição",
"art . 544 , § [UNK] , inc . II , alínea a , do Código de Processo Civil",
"art . 21 , § [UNK] , do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal",
"art . [UNK] , inc . I , XXXV , XXXVI , LI e LV , da Carta Magna",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 876 do Código de Civil",
"art . 876 do Código Civil",
"art . 894 da Consolidação das Leis do Trabalho",
"Código de Processo Civil",
"art . 557 , § [UNK] , c / c arts . 14 , inc . II e III , e 17 , inc . VII , do Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 876 do Código de Civil",
"art . 876 do Código Civil",
"art . 894 da Consolidação das Leis do Trabalho",
"Código de Processo Civil",
"art . 557 , § [UNK] , c / c arts . 14 , inc . II e III , e 17 , inc . VII , do Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"BAHIA",
"Brasília",
"BAHIA",
"BAHIA",
"BAHIA",
"BAHIA",
"BAHIA",
"BAHIA"
],
"ORGANIZACAO": [
"SEGUNDA TURMA",
"CAIXA ECONÔMICA FEDERAL",
"CEF",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"CAIXA ECONÔMICA FEDERAL",
"CEF",
"Tribunal Superior do Trabalho",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"CAIXA ECONÔMICA FEDERAL",
"CEF",
"Tribunal Superior do Trabalho",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"TST",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"TST",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"Tribunal Superior do Trabalho",
"[UNK] Turma",
"Caixa Econômica Federal",
"CEF",
"Sindicato dos Empregados em Estabelecimento Bancário de Ilhéus",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"Tribunal Superior do Trabalho",
"[UNK] Turma",
"Caixa Econômica Federal",
"CEF",
"Sindicato dos Empregados em Estabelecimento Bancário de Ilhéus",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"CAIXA ECONÔMICA FEDERAL",
"CEF",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"CAIXA ECONÔMICA FEDERAL",
"CEF",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"CINDALVA MARTINS SANTOS",
"JOSÉ EYMARD LOGUERCIO",
"OSIVAL DANTAS BARRETO",
"Ricardo Lewandowski",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CINDALVA MARTINS SANTOS",
"JOSÉ EYMARD LOGUERCIO",
"OSIVAL DANTAS BARRETO",
"CÁRMEN LÚCIA",
"Cindalva Martins Santos",
"Renato de Lacerda Paiva",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CINDALVA MARTINS SANTOS",
"JOSÉ EYMARD LOGUERCIO",
"OSIVAL DANTAS BARRETO",
"CÁRMEN LÚCIA",
"Cindalva Martins Santos",
"Renato de Lacerda Paiva",
"Gilmar Mendes",
"Cindalva Martins Santos",
"Gilmar Mendes",
"Cindalva Martins Santos",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"Celso de Mello",
"Ayres Britto",
"Celso de Mello",
"Ayres Britto",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CINDALVA MARTINS SANTOS",
"JOSÉ EYMARD LOGUERCIO",
"OSIVAL DANTAS BARRETO",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos",
"Fabiane Duarte",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CINDALVA MARTINS SANTOS",
"JOSÉ EYMARD LOGUERCIO",
"OSIVAL DANTAS BARRETO",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos",
"Fabiane Duarte"
],
"TEMPO": [
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"13 de novembro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"05",
"/",
"12",
"/",
"2012",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"18 de outubro de 2012",
"fevereiro de 1989",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"18 de outubro de 2012",
"fevereiro de 1989",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"31",
".",
"01",
".",
"89",
"25",
".",
"10",
".",
"2012",
"29",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"31",
".",
"01",
".",
"89",
"25",
".",
"10",
".",
"2012",
"29",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"19",
".",
"6",
".",
"2009",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"19",
".",
"6",
".",
"2009",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"6",
".",
"12",
".",
"2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"6",
".",
"12",
".",
"2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 736.282 SÃO PAULO
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DO MUNICIPIO DE SÃO
PAULO
AGDO.(A/S)
:JOYCE CRISTINA MELO OLIVEIRA
ADV.(A/S)
:AFRANIO AFFONSO FERREIRA NETO
EMENTA
Agravo regimental no agravo de instrumento. Concurso público.
Magistério. Requisitos. Ofensa reflexa. Reexame de provas.
Impossibilidade. Precedentes.
1. Inadmissível, em recurso extraordinário, o reexame da legislação
infraconstitucional e das provas dos autos. Incidência das Súmulas nºs
279 e 280 desta Corte.
2. Agravo regimental não provido.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do
Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata do julgamento e das
notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao
agravo regimental, nos termos do voto do Relator.
Brasília, 13 de novembro de 2012.
MINISTRO DIAS TOFFOLI
Relator
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3183345.
Supremo Tribunal Federal
DJe 18/12/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 11
Relatório
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 736.282 SÃO PAULO
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DO MUNICIPIO DE SÃO
PAULO
AGDO.(A/S)
:JOYCE CRISTINA MELO OLIVEIRA
ADV.(A/S)
:AFRANIO AFFONSO FERREIRA NETO
RELATÓRIO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Município de São Paulo interpõe tempestivo agravo regimental
contra decisão em que neguei provimento ao agravo de instrumento (fls.
417 a 422), com a seguinte fundamentação:
“Vistos.
Município de São Paulo interpõe agravo contra despacho
denegatório de seguimento a recurso extraordinário calcado em
alegada violação às normas dos artigos 18 e 211, da
Constituição Federal.
Insurge-se, no apelo extremo, fundado na alínea ‘a’, do
permissivo constitucional, contra acórdão proferido pela Sétima
Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça do Estado de
São Paulo, assim ementado:
‘ADMINISTRATIVO.
CONCURSO
PÚBLICO.
MAGISTÉRIO. REQUISITOS. Mandado de segurança
impetrado contra ato de autoridade que, sob pretexto de
que impetrante havia concluído curso de habilitação por
meio de ensino ‘à distância’, a impediu de tomar posse no
cargo de professor municipal. Procedência. A política
educacional tem um eixo para além do critério do peculiar
interesse do Município, vale dizer: os valores estabelecidos
pela lei federal 9.394/96 (LDB), têm por escopo disciplinar
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3183278.
Supremo Tribunal Federal
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 736.282 SÃO PAULO
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DO MUNICIPIO DE SÃO
PAULO
AGDO.(A/S)
:JOYCE CRISTINA MELO OLIVEIRA
ADV.(A/S)
:AFRANIO AFFONSO FERREIRA NETO
RELATÓRIO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Município de São Paulo interpõe tempestivo agravo regimental
contra decisão em que neguei provimento ao agravo de instrumento (fls.
417 a 422), com a seguinte fundamentação:
“Vistos.
Município de São Paulo interpõe agravo contra despacho
denegatório de seguimento a recurso extraordinário calcado em
alegada violação às normas dos artigos 18 e 211, da
Constituição Federal.
Insurge-se, no apelo extremo, fundado na alínea ‘a’, do
permissivo constitucional, contra acórdão proferido pela Sétima
Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça do Estado de
São Paulo, assim ementado:
‘ADMINISTRATIVO.
CONCURSO
PÚBLICO.
MAGISTÉRIO. REQUISITOS. Mandado de segurança
impetrado contra ato de autoridade que, sob pretexto de
que impetrante havia concluído curso de habilitação por
meio de ensino ‘à distância’, a impediu de tomar posse no
cargo de professor municipal. Procedência. A política
educacional tem um eixo para além do critério do peculiar
interesse do Município, vale dizer: os valores estabelecidos
pela lei federal 9.394/96 (LDB), têm por escopo disciplinar
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 11
Relatório
AI 736.282 AGR / SP
um eixo normativo principal a ser adotado por toda a
Federação – logo – pelos órgãos federais, pelos demais que
se repetem nos Estados (referentemente ao ensino) e
naturalmente pelos dos Municípios. Se a LDB possibilita o
ensino à distância, não subsiste ato da autoridade, mesmo
lastreada em lei municipal, de não reconhecer sua
validade. Recurso e remessa necessária desprovidos’ (fl.
290).
Depois de apresentadas contrarrazões (fls. 344 a 352), o
recurso não foi admitido na origem (fls. 379/380), daí a
interposição do presente agravo.
Decido.
Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi
interposto contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era
plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da
matéria constitucional objeto do recurso, conforme decidido na
Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS,
Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07.
Todavia, apesar da petição recursal haver trazido a
preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua
existência, uma vez que, nos termos do artigo 323 do Regimento
Interno do Supremo Tribunal Federal, com a redação
introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o
procedimento acerca da existência da repercussão geral
somente ocorrerá ‘quando não for o caso de inadmissibilidade
do recurso por outra razão’.
Não merece prosperar a irresignação, uma vez que a
análise acerca da alegada violação dos princípios
constitucionais objetos do presente recurso demandaria o
necessário reexame do conjunto fático-probatório constante dos
autos, bem como de normas infraconstitucionais utilizadas em
sua fundamentação, o que se mostra de inviável ocorrência no
âmbito do recurso extraordinário, a teor do que dispõe a
Súmula nº 279 desta Corte.
De fato, assim restou fundamentada a decisão atacada
2
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Supremo Tribunal Federal
AI 736.282 AGR / SP
um eixo normativo principal a ser adotado por toda a
Federação – logo – pelos órgãos federais, pelos demais que
se repetem nos Estados (referentemente ao ensino) e
naturalmente pelos dos Municípios. Se a LDB possibilita o
ensino à distância, não subsiste ato da autoridade, mesmo
lastreada em lei municipal, de não reconhecer sua
validade. Recurso e remessa necessária desprovidos’ (fl.
290).
Depois de apresentadas contrarrazões (fls. 344 a 352), o
recurso não foi admitido na origem (fls. 379/380), daí a
interposição do presente agravo.
Decido.
Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi
interposto contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era
plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da
matéria constitucional objeto do recurso, conforme decidido na
Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS,
Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07.
Todavia, apesar da petição recursal haver trazido a
preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua
existência, uma vez que, nos termos do artigo 323 do Regimento
Interno do Supremo Tribunal Federal, com a redação
introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o
procedimento acerca da existência da repercussão geral
somente ocorrerá ‘quando não for o caso de inadmissibilidade
do recurso por outra razão’.
Não merece prosperar a irresignação, uma vez que a
análise acerca da alegada violação dos princípios
constitucionais objetos do presente recurso demandaria o
necessário reexame do conjunto fático-probatório constante dos
autos, bem como de normas infraconstitucionais utilizadas em
sua fundamentação, o que se mostra de inviável ocorrência no
âmbito do recurso extraordinário, a teor do que dispõe a
Súmula nº 279 desta Corte.
De fato, assim restou fundamentada a decisão atacada
2
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 11
Relatório
AI 736.282 AGR / SP
quanto à rejeição da pretensão deduzida pelo recorrente:
‘A deliberação normativa de número 5 de 2004 requer
para que se haja por válidos os diplomas que os
postulantes tenham-nos obtido por meio de cursos
presenciais, o que se oporia "in caso" à natureza do curso
freqüentado pela autora do mandado de segurança (fls.
135):
Somente serão admitidos no sistema municipal de
ensino de São Paulo profissionais do magistério que
tenham sua formação inicial obtida em cursos presenciais.
De fato, cabe ao Município, pois é pertinente à esfera
de atribuições que lhe é própria, o dever de consultar a
qualidade dos currículos de formação dos aspirantes ao
seu Magistério. Faz parte de usual autonomia deste ente
da Federação. Neste sentido, poder-se-ia considerar que o
empecilho que objetou o direito da autora do mandado de
segurança teria toda a razão de existir. Não se
convalidariam, portanto - aptidões dos candidatos, se e
quando (e porque) os programas que por ventura
apresentassem - houvesse como que desobedientes aos
pressupostos
requeridos
pela
Municipalidade,
exemplificando, como o requisito presente na deliberação
acima transcrita, cujo cunho especial é relativo aos cursos
não presenciais.
2. Entretanto, o artigo 80 da Lei Federal n° 9.394/96
disciplina que:
Art. 80- O Poder Público incentivará o
desenvolvimento e a veiculação de programas de ensino a
distância, em todos os níveis e modalidades de ensino, e
de educação continuada.
Se for certo que um parecer do Conselho Estadual de
Educação pode ser rejeitado tornando desqualificável um
título obtido em curso de formação de professores que
perante órgão municipal nada vale, não menos certo será
em contrapartida, considerar que a política educacional
3
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Supremo Tribunal Federal
AI 736.282 AGR / SP
quanto à rejeição da pretensão deduzida pelo recorrente:
‘A deliberação normativa de número 5 de 2004 requer
para que se haja por válidos os diplomas que os
postulantes tenham-nos obtido por meio de cursos
presenciais, o que se oporia "in caso" à natureza do curso
freqüentado pela autora do mandado de segurança (fls.
135):
Somente serão admitidos no sistema municipal de
ensino de São Paulo profissionais do magistério que
tenham sua formação inicial obtida em cursos presenciais.
De fato, cabe ao Município, pois é pertinente à esfera
de atribuições que lhe é própria, o dever de consultar a
qualidade dos currículos de formação dos aspirantes ao
seu Magistério. Faz parte de usual autonomia deste ente
da Federação. Neste sentido, poder-se-ia considerar que o
empecilho que objetou o direito da autora do mandado de
segurança teria toda a razão de existir. Não se
convalidariam, portanto - aptidões dos candidatos, se e
quando (e porque) os programas que por ventura
apresentassem - houvesse como que desobedientes aos
pressupostos
requeridos
pela
Municipalidade,
exemplificando, como o requisito presente na deliberação
acima transcrita, cujo cunho especial é relativo aos cursos
não presenciais.
2. Entretanto, o artigo 80 da Lei Federal n° 9.394/96
disciplina que:
Art. 80- O Poder Público incentivará o
desenvolvimento e a veiculação de programas de ensino a
distância, em todos os níveis e modalidades de ensino, e
de educação continuada.
Se for certo que um parecer do Conselho Estadual de
Educação pode ser rejeitado tornando desqualificável um
título obtido em curso de formação de professores que
perante órgão municipal nada vale, não menos certo será
em contrapartida, considerar que a política educacional
3
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 11
Relatório
AI 736.282 AGR / SP
tem um eixo para além do critério do peculiar interesse do
município, ou seja: os valores estabelecidos por lei federal
como a que consta no dispositivo que acima mencionei,
têm por escopo disciplinar um eixo normativo principiai a
ser adotado por toda a União - logo - pelos órgãos
federais, pelos demais que se repetem nos Estados
(referentemente ao ensino) e naturalmente pelos dos
Municípios. Neste passo, conviria alinhar a seguinte
asserção. Pode em nome da autonomia municipal, um
órgão de sua pertinência objetar os títulos de quem possui
habilitação para postular o cargo de professor, no caso de
curso à distância - aprovado pelo Estado (e apenas por
ele)? Não vejo como, porquanto a competência
suplementar nesta matéria não poderá infirmar o primado
da lei federal. Neste caso, ela discriminou com acento de
positividade inquestionável – a validade dos cursos de
formação à distância e os pôs em destaque no texto que
enfocamos acima. Logo, a ação suplementar da
Municipalidade tem apenas o condão de subsidiar - assim
como, nos Estados e mesmo na esfera federal, - as ações
governativas dos negócios da Educação desde que
obedientes aos princípios insculpidos na lei federal em
referência, Se for válido, se formou o professor, se a lei
federal o reconhece como apto a gerar efeitos, não poderá
gestor municipal sob o argumento de reserva da
autonomia que cabe ao Município - discriminar o valor e a
extensão desta titulação - ou seja, daquela que provenha
de cursos à distância’ (fls. 293 a 295).
No sentido dessa conclusão, citem-se os seguintes
precedentes:
‘Para se chegar a conclusão diversa daquela a que
chegou o acórdão recorrido, seria necessário reexaminar
os fatos da causa, o que é vedado na esfera do recurso
extraordinário, de acordo com a Súmula 279 do Supremo
4
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Supremo Tribunal Federal
AI 736.282 AGR / SP
tem um eixo para além do critério do peculiar interesse do
município, ou seja: os valores estabelecidos por lei federal
como a que consta no dispositivo que acima mencionei,
têm por escopo disciplinar um eixo normativo principiai a
ser adotado por toda a União - logo - pelos órgãos
federais, pelos demais que se repetem nos Estados
(referentemente ao ensino) e naturalmente pelos dos
Municípios. Neste passo, conviria alinhar a seguinte
asserção. Pode em nome da autonomia municipal, um
órgão de sua pertinência objetar os títulos de quem possui
habilitação para postular o cargo de professor, no caso de
curso à distância - aprovado pelo Estado (e apenas por
ele)? Não vejo como, porquanto a competência
suplementar nesta matéria não poderá infirmar o primado
da lei federal. Neste caso, ela discriminou com acento de
positividade inquestionável – a validade dos cursos de
formação à distância e os pôs em destaque no texto que
enfocamos acima. Logo, a ação suplementar da
Municipalidade tem apenas o condão de subsidiar - assim
como, nos Estados e mesmo na esfera federal, - as ações
governativas dos negócios da Educação desde que
obedientes aos princípios insculpidos na lei federal em
referência, Se for válido, se formou o professor, se a lei
federal o reconhece como apto a gerar efeitos, não poderá
gestor municipal sob o argumento de reserva da
autonomia que cabe ao Município - discriminar o valor e a
extensão desta titulação - ou seja, daquela que provenha
de cursos à distância’ (fls. 293 a 295).
No sentido dessa conclusão, citem-se os seguintes
precedentes:
‘Para se chegar a conclusão diversa daquela a que
chegou o acórdão recorrido, seria necessário reexaminar
os fatos da causa, o que é vedado na esfera do recurso
extraordinário, de acordo com a Súmula 279 do Supremo
4
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 11
Relatório
AI 736.282 AGR / SP
Tribunal Federal. Falta de prequestionamento de
dispositivos constitucionais. Matéria que não foi abordada
nas razões de apelação ou mesmo em embargos
declaratórios. Agravo regimental a que se nega
provimento’ (AI nº 491.543/SP-AgR, Segunda Turma,
Relator o Ministro Joaquim Barbosa, DJe de 29/6/07).
‘O acórdão recorrido decidiu a lide com base na
legislação infraconstitucional. Inadmissível o recurso
extraordinário porquanto a ofensa à Constituição Federal,
se existente, se daria de maneira reflexa. 2. Decidir de
maneira diferente do que deliberado pelo tribunal a quo
demandaria o reexame de fatos e provas da causa, ante a
incidência da Súmula STF 279. 3. Agravo regimental
improvido’ (RE nº 544.373/ES-AgR, Segunda Turma,
Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJe de 7/8/09).
E, especificamente sobre o tema aqui em debate, as
seguintes decisões monocráticas: RE nº 572.274/MG, Relator o
Ministro Ayres Britto (DJe de 9/12/11); AI nº 781.708/SP, Relator
o Ministro Luiz Fux (DJe de 17/9/12) e AI nº 805.563/SP, Relator
o Ministro Ayres Britto (DJe de 22/9/11), o qual, assim dispõe:
‘DECISÃO: vistos, etc.
Trata-se de agravo de instrumento contra decisão
obstativa de recurso extraordinário, este interposto com
suporte na alínea “a” do inciso III do art. 102 da
Constituição Republicana, contra acórdão do Tribunal de
Justiça do Estado de São Paulo’.
Acórdão assim ementado (fls. 192):
‘REEXAME NECESSÁRIO – APLICAÇÃO DO
PARÁGRAFO ÚNICO DO ART. 12 DA LEI 1.533/51 –
CONHECIDO.
MANDADO DE SEGURANÇA – CURSO À
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Tribunal Federal. Falta de prequestionamento de
dispositivos constitucionais. Matéria que não foi abordada
nas razões de apelação ou mesmo em embargos
declaratórios. Agravo regimental a que se nega
provimento’ (AI nº 491.543/SP-AgR, Segunda Turma,
Relator o Ministro Joaquim Barbosa, DJe de 29/6/07).
‘O acórdão recorrido decidiu a lide com base na
legislação infraconstitucional. Inadmissível o recurso
extraordinário porquanto a ofensa à Constituição Federal,
se existente, se daria de maneira reflexa. 2. Decidir de
maneira diferente do que deliberado pelo tribunal a quo
demandaria o reexame de fatos e provas da causa, ante a
incidência da Súmula STF 279. 3. Agravo regimental
improvido’ (RE nº 544.373/ES-AgR, Segunda Turma,
Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJe de 7/8/09).
E, especificamente sobre o tema aqui em debate, as
seguintes decisões monocráticas: RE nº 572.274/MG, Relator o
Ministro Ayres Britto (DJe de 9/12/11); AI nº 781.708/SP, Relator
o Ministro Luiz Fux (DJe de 17/9/12) e AI nº 805.563/SP, Relator
o Ministro Ayres Britto (DJe de 22/9/11), o qual, assim dispõe:
‘DECISÃO: vistos, etc.
Trata-se de agravo de instrumento contra decisão
obstativa de recurso extraordinário, este interposto com
suporte na alínea “a” do inciso III do art. 102 da
Constituição Republicana, contra acórdão do Tribunal de
Justiça do Estado de São Paulo’.
Acórdão assim ementado (fls. 192):
‘REEXAME NECESSÁRIO – APLICAÇÃO DO
PARÁGRAFO ÚNICO DO ART. 12 DA LEI 1.533/51 –
CONHECIDO.
MANDADO DE SEGURANÇA – CURSO À
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Relatório
AI 736.282 AGR / SP
DISTÂNCIA – RECONHECIDO PELO CONSELHO DE
EDUCAÇÃO EM QUE O INSTITUTO DE ENSINO É
DOMICILIADO – PRINCÍPIO FEDERATIVO EM
RESPEITO À POLÍTICA DE ENSINO QUE É DE CUNHO
NACIONAL – RECURSOS IMPROVIDOS.”
2. Pois bem, a parte recorrente sustenta ofensa aos
arts. 18 e 211 da Magna Carta de 1988.
3. Tenho que a insurgência não merece acolhida. De
saída, anoto que o art. 211 não foi apreciado pelo aresto
impugnado, tampouco foi suscitado nos embargos
declaratórios opostos. Pelo que é de incidir a Súmula
282/STF.
4. De mais a mais, pontuo que entendimento diverso
do adotado pela instância judicante de origem exigiria o
reexame da legislação infraconstitucional pertinente.
Providência vedada neste momento processual.
5. Por outra volta, consigno que o Superior Tribunal
de Justiça negou seguimento ao recurso especial manejado
simultaneamente ao apelo extremo. Pelo que permanecem
incólumes os fundamentos infraconstitucionais do aresto
impugnado. O que atrai a incidência da Súmula 283/STF:
‘É inadmissível o recurso extraordinário,
quando a decisão recorrida assenta em mais de um
fundamento suficiente e o recurso não abrange todos
eles’.
Ante o exposto, e frente ao caput do art. 557 do CPC
e ao § 1º do art. 21 do RI/STF, nego seguimento ao agravo.
Publique-se.
Brasília, 10 de agosto de 2011’.
Ante o exposto, nego seguimento ao recurso.”
Alega o agravante que foram violados os arts. 2º, 6º, 18, 206, inciso
VII, e 211 da Constituição Federal.
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Supremo Tribunal Federal
AI 736.282 AGR / SP
DISTÂNCIA – RECONHECIDO PELO CONSELHO DE
EDUCAÇÃO EM QUE O INSTITUTO DE ENSINO É
DOMICILIADO – PRINCÍPIO FEDERATIVO EM
RESPEITO À POLÍTICA DE ENSINO QUE É DE CUNHO
NACIONAL – RECURSOS IMPROVIDOS.”
2. Pois bem, a parte recorrente sustenta ofensa aos
arts. 18 e 211 da Magna Carta de 1988.
3. Tenho que a insurgência não merece acolhida. De
saída, anoto que o art. 211 não foi apreciado pelo aresto
impugnado, tampouco foi suscitado nos embargos
declaratórios opostos. Pelo que é de incidir a Súmula
282/STF.
4. De mais a mais, pontuo que entendimento diverso
do adotado pela instância judicante de origem exigiria o
reexame da legislação infraconstitucional pertinente.
Providência vedada neste momento processual.
5. Por outra volta, consigno que o Superior Tribunal
de Justiça negou seguimento ao recurso especial manejado
simultaneamente ao apelo extremo. Pelo que permanecem
incólumes os fundamentos infraconstitucionais do aresto
impugnado. O que atrai a incidência da Súmula 283/STF:
‘É inadmissível o recurso extraordinário,
quando a decisão recorrida assenta em mais de um
fundamento suficiente e o recurso não abrange todos
eles’.
Ante o exposto, e frente ao caput do art. 557 do CPC
e ao § 1º do art. 21 do RI/STF, nego seguimento ao agravo.
Publique-se.
Brasília, 10 de agosto de 2011’.
Ante o exposto, nego seguimento ao recurso.”
Alega o agravante que foram violados os arts. 2º, 6º, 18, 206, inciso
VII, e 211 da Constituição Federal.
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Relatório
AI 736.282 AGR / SP
Aduz, in verbis:
“(...) verifica-se não haver ilegalidade no ato de um órgão
próprio da Municipalidade, no caso o Conselho Nacional de
Educação (CME), estabelecer normas para o seu próprio
sistema de ensino, inclusive porque tais normas melhor se
adaptam às diferentes realidades de cada um dos sistemas de
ensino.
(...)
Outrossim, não se pretende o reexame do contexto fático-
probatório, o qual é incontroverso (...)” (fls. 429/430).
É o relatório.
7
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Supremo Tribunal Federal
AI 736.282 AGR / SP
Aduz, in verbis:
“(...) verifica-se não haver ilegalidade no ato de um órgão
próprio da Municipalidade, no caso o Conselho Nacional de
Educação (CME), estabelecer normas para o seu próprio
sistema de ensino, inclusive porque tais normas melhor se
adaptam às diferentes realidades de cada um dos sistemas de
ensino.
(...)
Outrossim, não se pretende o reexame do contexto fático-
probatório, o qual é incontroverso (...)” (fls. 429/430).
É o relatório.
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 11
Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 736.282 SÃO PAULO
VOTO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Inicialmente, anote-se que a alegadas afrontas aos arts. 2º, 6º e 206,
inciso VII, da Constituição Federal não foram suscitadas no recurso
extraordinário; destarte, constitui inovação recursal manifesta em
momento inoportuno.
O inconformismo não merece prosperar.
Conforme expresso na decisão agravada, é certo que o Tribunal de
origem decidiu pela validade do curso de habilitação concluído pela ora
agravada por meio de ensino à distância para fins de posse no cargo de
professor municipal. Assim, para ultrapassar tal entendimento, seria
necessário interpretar a legislação infraconstitucional pertinente ao caso,
bem como reexaminar as provas dos autos, o que é inviável em recurso
extraordinário. Incidência das Súmulas nº 279 e 280 desta Corte. Nesse
sentido, anote-se:
“Agravo regimental em recurso extraordinário com
agravo. 2. Direito Administrativo. 3. Concurso público. 4.
Controle judicial dos atos administrativos quando eivados de
ilegalidade ou abuso de poder. Possibilidade. Ausência de
violação ao Princípio da Separação de Poderes. Precedentes do
STF. 5. Discussão acerca da existência de ilegalidade e quanto à
apreciação do preenchimento dos requisitos legais, pela
agravada, para investidura no cargo público de magistério
estadual. Necessário reexame do conjunto fático-probatório da
legislação infraconstitucional e do edital que rege o certame.
Providências vedadas pelas súmulas 279, 280 e 454.
Precedentes. 6. Ausência de argumentos capazes de infirmar a
decisão agravada. 7. Agravo regimental a que se nega
provimento” (ARE nº 655.080/DF-AgR, Segunda Turma, Relator
o Ministro Gilmar Mendes, DJe de 4/9/12).
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Supremo Tribunal Federal
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 736.282 SÃO PAULO
VOTO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Inicialmente, anote-se que a alegadas afrontas aos arts. 2º, 6º e 206,
inciso VII, da Constituição Federal não foram suscitadas no recurso
extraordinário; destarte, constitui inovação recursal manifesta em
momento inoportuno.
O inconformismo não merece prosperar.
Conforme expresso na decisão agravada, é certo que o Tribunal de
origem decidiu pela validade do curso de habilitação concluído pela ora
agravada por meio de ensino à distância para fins de posse no cargo de
professor municipal. Assim, para ultrapassar tal entendimento, seria
necessário interpretar a legislação infraconstitucional pertinente ao caso,
bem como reexaminar as provas dos autos, o que é inviável em recurso
extraordinário. Incidência das Súmulas nº 279 e 280 desta Corte. Nesse
sentido, anote-se:
“Agravo regimental em recurso extraordinário com
agravo. 2. Direito Administrativo. 3. Concurso público. 4.
Controle judicial dos atos administrativos quando eivados de
ilegalidade ou abuso de poder. Possibilidade. Ausência de
violação ao Princípio da Separação de Poderes. Precedentes do
STF. 5. Discussão acerca da existência de ilegalidade e quanto à
apreciação do preenchimento dos requisitos legais, pela
agravada, para investidura no cargo público de magistério
estadual. Necessário reexame do conjunto fático-probatório da
legislação infraconstitucional e do edital que rege o certame.
Providências vedadas pelas súmulas 279, 280 e 454.
Precedentes. 6. Ausência de argumentos capazes de infirmar a
decisão agravada. 7. Agravo regimental a que se nega
provimento” (ARE nº 655.080/DF-AgR, Segunda Turma, Relator
o Ministro Gilmar Mendes, DJe de 4/9/12).
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 11
Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
AI 736.282 AGR / SP
“RECURSO EXTRAORDINÁRIO. TRANSFERÊNCIA DE
ALUNO. AUTONOMIA UNIVERSITÁRIA. OFENSA
REFLEXA. 1. É inadmissível o recurso extraordinário no qual, a
pretexto de ofensa a princípios constitucionais, pretende-se a
exegese de legislação infraconstitucional. Hipótese de
contrariedade indireta ou reflexa à Carta Federal. 2. Agravo
regimental improvido” (RE nº 241.050/SP-AgR, Segunda
Turma, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJ de 19/12/03).
“PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
OPOSTOS DE DECISÃO MONOCRÁTICA. CONVERSÃO EM
AGRAVO REGIMENTAL. REEXAME DE PROVA. SÚMULA
279 DO STF. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. AGRAVO
IMPROVIDO. I - Matéria demanda o reexame de conjunto
fático-probatório, o que atrai a incidência da Súmula 279 do
STF. II - O acórdão recorrido dirimiu a questão dos autos com
base na legislação infraconstitucional aplicável à espécie.
Inadmissibilidade do RE, porquanto a ofensa à Constituição, se
ocorrente, seria indireta. III - Embargos de declaração
convertidos em agravo regimental, a que se nega provimento”
(AI nº 655.792/RJ-ED, Primeira Turma, Relator o Ministro
Ricardo Lewandowski, DJ de 8/2/08).
Ante o exposto, voto pelo não provimento do agravo regimental.
2
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Supremo Tribunal Federal
AI 736.282 AGR / SP
“RECURSO EXTRAORDINÁRIO. TRANSFERÊNCIA DE
ALUNO. AUTONOMIA UNIVERSITÁRIA. OFENSA
REFLEXA. 1. É inadmissível o recurso extraordinário no qual, a
pretexto de ofensa a princípios constitucionais, pretende-se a
exegese de legislação infraconstitucional. Hipótese de
contrariedade indireta ou reflexa à Carta Federal. 2. Agravo
regimental improvido” (RE nº 241.050/SP-AgR, Segunda
Turma, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJ de 19/12/03).
“PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
OPOSTOS DE DECISÃO MONOCRÁTICA. CONVERSÃO EM
AGRAVO REGIMENTAL. REEXAME DE PROVA. SÚMULA
279 DO STF. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. AGRAVO
IMPROVIDO. I - Matéria demanda o reexame de conjunto
fático-probatório, o que atrai a incidência da Súmula 279 do
STF. II - O acórdão recorrido dirimiu a questão dos autos com
base na legislação infraconstitucional aplicável à espécie.
Inadmissibilidade do RE, porquanto a ofensa à Constituição, se
ocorrente, seria indireta. III - Embargos de declaração
convertidos em agravo regimental, a que se nega provimento”
(AI nº 655.792/RJ-ED, Primeira Turma, Relator o Ministro
Ricardo Lewandowski, DJ de 8/2/08).
Ante o exposto, voto pelo não provimento do agravo regimental.
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 11
Decisão de Julgamento
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 736.282
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S) : MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICIPIO DE SÃO PAULO
AGDO.(A/S) : JOYCE CRISTINA MELO OLIVEIRA
ADV.(A/S) : AFRANIO AFFONSO FERREIRA NETO
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos
termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro
Dias Toffoli. 1ª Turma, 13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Wagner Mathias.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
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Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 736.282
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S) : MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICIPIO DE SÃO PAULO
AGDO.(A/S) : JOYCE CRISTINA MELO OLIVEIRA
ADV.(A/S) : AFRANIO AFFONSO FERREIRA NETO
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos
termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro
Dias Toffoli. 1ª Turma, 13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Wagner Mathias.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 11
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3207929 | 2012-11-13T00:00:00 | 2012-12-18T00:00:00 | A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 13.11.2012. | AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO | EMENTA
Agravo regimental no agravo de instrumento. Concurso público. Magistério. Requisitos. Ofensa reflexa. Reexame de provas. Impossibilidade. Precedentes.
1. Inadmissível, em recurso extraordinário, o reexame da legislação infraconstitucional e das provas dos autos. Incidência das Súmulas nºs 279 e 280 desta Corte.
2. Agravo regimental não provido. | sjur221996 | - Acórdão(s) citado(s)
(SÚMULA 279)
STF: ARE 655080 AgR (2ªT), RE 241050 AgR (2ªT), AI 655792
ED (1ªT).
Número de páginas: 11.
Análise: 28/01/2013, MJC. | DIAS TOFFOLI | Primeira Turma | 736282 | [
"LEG-FED LEI-009394 ANO-1996\r\n ART-00080 \r\n LDBEN-1996 LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL\r\n\r\n",
"LEG-FED SUMSTF-000279 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\r\n\r\n",
"LEG-FED SUMSTF-000280 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\r\n\r\n",
"LEG-MUN DLB-000005 ANO-2004\r\n DELIBERAÇÃO NORMATIVA DO CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO"
] | AI-AgR | acordaos | AI 736282 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICIPIO DE SÃO PAULO
AGDO.(A/S) : JOYCE CRISTINA MELO OLIVEIRA
ADV.(A/S) : AFRANIO AFFONSO FERREIRA NETO | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 736 . 282",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 736 . 282",
"AI 736 . 282 AGR / SP",
"Súmula [UNK] 279 desta Corte",
"AI 736 . 282 AGR / SP",
"Questão de Ordem no Agravo de Instrumento [UNK] 664 . 567 / RS",
"AI 736 . 282 AGR / SP",
"AI 736 . 282 AGR / SP",
"AI 736 . 282 AGR",
"Súmula 279 do Supremo",
"AI 736 . 282 AGR / SP",
"Súmula 279 do Supremo",
"AI 736 . 282 AGR",
"AI [UNK] 491 . 543 / SP - AgR",
"Súmula STF 279 .",
"RE [UNK] 544 . 373 / ES - AgR",
"RE [UNK] 572 . 274 / MG",
"AI [UNK] 781 . 708 / SP",
"AI [UNK] 805 . 563 / SP",
"AI 736 . 282 AGR / SP",
"AI [UNK] 491 . 543 / SP - AgR",
"Súmula STF 279 . 3",
"RE [UNK] 544 . 373 / ES - AgR",
"RE [UNK] 572 . 274 / MG",
"AI [UNK] 781 . 708 / SP",
"AI [UNK] 805 . 563 / SP",
"AI 736 . 282 AGR / SP",
"Súmula 282 / STF",
"Súmula 283 / STF",
"AI 736 . 282 AGR",
"Súmula 282 / STF",
"Súmula 283 / STF",
"AI 736 . 282 AGR / SP",
"AI 736 . 282 AGR / SP",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 736 . 282",
"ARE [UNK] 655 . 080 / DF - AgR",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 736 . 282",
"ARE [UNK] 655 . 080 / DF - AgR",
"AI 736 . 282 AGR / SP",
"RE [UNK] 241 . 050 / SP - AgR",
"SÚMULA 279 DO STF",
"Súmula 279 do STF",
"AI [UNK] 655 . 792 / RJ - ED",
"AI 736 . 282 AGR / SP",
"RE [UNK] 241 . 050 / SP - AgR",
"SÚMULA 279 DO STF",
"Súmula 279 do STF",
"AI [UNK] 655 . 792 / RJ - ED",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 736 . 282"
],
"LEGISLACAO": [
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigos 18 e 211 , da Constituição Federal",
"lei federal 9 . 394 / 96",
"LDB",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigos 18 e 211 , da Constituição Federal",
"lei federal 9 . 394 / 96",
"LDB",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"LDB",
"artigo 323 do Regimento",
"Emenda Regimental [UNK] 21 / 07",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"LDB",
"artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal",
"Emenda Regimental [UNK] 21 / 07",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 80 da Lei Federal n° 9 . 394 / 96",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 80 da Lei Federal n° 9 . 394 / 96",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição Federal",
"alínea “ a ” do inciso III do art . 102 da Constituição Republicana",
"PARÁGRAFO ÚNICO DO ART . 12 DA LEI 1 . 533 / 51",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição Federal",
"alínea “ a ” do inciso III do art . 102 da Constituição Republicana",
"PARÁGRAFO ÚNICO DO ART . 12 DA LEI 1 . 533 / 51",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"arts . 18 e 211 da Magna Carta de 1988",
"art . 557 do CPC",
"§ [UNK] do art . 21 do RI / STF",
"arts . [UNK] , [UNK] , 18 , 206 , inciso VII , e 211 da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"arts . 18 e 211 da Magna Carta de 1988",
"art . 557 do CPC",
"§ [UNK] do art . 21 do RI / STF",
"arts . [UNK] , [UNK] , 18 , 206 , inciso VII , e 211 da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"arts . [UNK] , [UNK] e 206 , inciso VII , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"arts . [UNK] , [UNK] e 206 , inciso VII , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Carta Federal",
"Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Carta Federal",
"Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 /"
],
"LOCAL": [
"SÃO PAULO",
"MUNICIPIO DE SÃO PAULO",
"Brasília",
"SÃO PAULO",
"MUNICIPIO DE SÃO PAULO",
"Município de São Paulo",
"Município de São Paulo",
"SÃO PAULO",
"MUNICIPIO DE SÃO PAULO",
"Município de São Paulo",
"Município",
"São Paulo",
"São Paulo",
"Brasília",
"Brasília",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"MUNICIPIO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"MUNICIPIO"
],
"ORGANIZACAO": [
"PRIMEIRA TURMA",
"MUNICÍPIO",
"Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"MUNICÍPIO",
"Sétima Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"MUNICÍPIO",
"Sétima Câmara de Direito",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Pleno",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Pleno",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Conselho Estadual de Educação",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Conselho Estadual de Educação",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"/",
"SP",
"União",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"União",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"/",
"SP Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Segunda Turma",
"Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Segunda Turma",
"Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"CONSELHO DE EDUCAÇÃO",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Conselho Nacional de Educação",
"CME",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Conselho Nacional de Educação",
"CME",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"STF",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"STF",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Segunda Turma",
"Primeira Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Primeira",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"MUNICÍPIO",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"DIAS TOFFOLI",
"JOYCE CRISTINA MELO OLIVEIRA",
"AFRANIO AFFONSO FERREIRA NETO",
"Dias Toffoli",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"JOYCE CRISTINA MELO OLIVEIRA",
"AFRANIO AFFONSO FERREIRA NETO",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"JOYCE CRISTINA MELO OLIVEIRA",
"AFRANIO AFFONSO FERREIRA NETO",
"DIAS TOFFOLI",
"Sepúlveda Pertence",
"Sepúlveda Pertence",
"Joaquim Barbosa",
"Ellen Gracie",
"Ayres Britto",
"Luiz Fux",
"Ayres Britto",
"Joaquim Barbosa",
"Ellen Gracie",
"Ayres Britto",
"Luiz Fux",
"Ayres Britto",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"Gilmar Mendes",
"DIAS TOFFOLI",
"Gilmar Mendes",
"DIAS TOFFOLI",
"Ellen Gracie",
"Ricardo Lewandowski",
"Ellen Gracie",
"Ricardo Lewandowski",
"DIAS TOFFOLI",
"JOYCE CRISTINA MELO OLIVEIRA",
"AFRANIO AFFONSO FERREIRA NETO",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Wagner Mathias",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza",
"DIAS TOFFOLI",
"JOYCE CRISTINA MELO OLIVEIRA",
"AFRANIO AFFONSO FERREIRA NETO",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Wagner Mathias",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza"
],
"TEMPO": [
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"13 de novembro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"18",
"/",
"12",
"/",
"2012",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"3",
"/",
"5",
"/",
"07",
"6",
"/",
"9",
"/",
"07",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"3",
"/",
"5",
"/",
"07",
"6",
"/",
"9",
"/",
"07",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"2004",
"24",
"/",
"08",
"2001",
"2004",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"29",
"/",
"6",
"/",
"07",
"7",
"/",
"8",
"/",
"09",
"9",
"/",
"12",
"/",
"11",
"17",
"/",
"9",
"/",
"12",
"22",
"/",
"9",
"/",
"11",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"29",
"/",
"6",
"/",
"07",
"7",
"/",
"8",
"/",
"09",
"9",
"/",
"12",
"/",
"11",
"17",
"/",
"9",
"/",
"12",
"22",
"/",
"9",
"/",
"11",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"10 de agosto de 2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"10 de agosto de 2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"4",
"/",
"9",
"/",
"12",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"4",
"/",
"9",
"/",
"12",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"19",
"/",
"12",
"/",
"03",
"8",
"/",
"2",
"/",
"08",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"19",
"/",
"12",
"/",
"03",
"8",
"/",
"2",
"/",
"08",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 113.119 SÃO PAULO
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
PACTE.(S)
:ALMIR VIEIRA DE OLIVEIRA JUNIOR
IMPTE.(S)
:DEFENSORIA PÚBLICA
DO ESTADO
DE SÃO
PAULO
PROC.(A/S)(ES)
:DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE SÃO
PAULO
COATOR(A/S)(ES)
:RELATOR DO HC Nº 236778 DO SUPERIOR
TRIBUNAL DE JUSTIÇA
EMENTA
Habeas corpus. Crime de roubo qualificado tentado. Prisão
preventiva. Necessidade de comprovação da presença dos requisitos
previstos no art. 312 do CPP. Fundamentação inexistente no caso
concreto. Superação da Súmula 691. Ordem concedida.
1. Em princípio, se o caso não é de flagrante constrangimento ilegal,
não compete ao Supremo Tribunal Federal conhecer de habeas corpus
contra decisão de relator que, em habeas corpus requerido a Tribunal
Superior, indefere liminar.
2. Para decretar a prisão preventiva, deverá o magistrado fazê-lo
com base em elementos concretos e individualizados aptos a demonstrar
a necessidade da prisão do indivíduo, nos termos do art. 312 do Código
de Processo Penal.
3. Na hipótese em análise, contudo, ao determinar a prisão imediata
do paciente, o Tribunal estadual não indicou elementos concretos e
individualizados que comprovassem a necessidade da sua prisão
cautelar, nos termos do art. 312 do Código de Processo Penal, fazendo-o
exclusivamente em razão do não provimento do recurso,
independentemente do trânsito em julgado da decisão. Inamissibilidade.
Precedentes.
4. Ordem concedida.
ACÓRDÃO
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3133513.
Supremo Tribunal Federal
DJe 04/12/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 11
Ementa e Acórdão
HC 113.119 / SP
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do
Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata do julgamento e das
notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em conceder a ordem de
habeas corpus, nos termos do voto do Relator.
Brasília, 13 de novembro de 2012.
MINISTRO DIAS TOFFOLI
Relator
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3133513.
Supremo Tribunal Federal
HC 113.119 / SP
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do
Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata do julgamento e das
notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em conceder a ordem de
habeas corpus, nos termos do voto do Relator.
Brasília, 13 de novembro de 2012.
MINISTRO DIAS TOFFOLI
Relator
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3133513.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 11
Relatório
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 113.119 SÃO PAULO
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
PACTE.(S)
:ALMIR VIEIRA DE OLIVEIRA JUNIOR
IMPTE.(S)
:DEFENSORIA PÚBLICA
DO ESTADO
DE SÃO
PAULO
PROC.(A/S)(ES)
:DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE SÃO
PAULO
COATOR(A/S)(ES)
:RELATOR DO HC Nº 236778 DO SUPERIOR
TRIBUNAL DE JUSTIÇA
RELATÓRIO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado pela Defensoria
Pública do Estado de São Paulo em favor de Almir Vieira de Oliveira
Júnior, buscando a revogação da prisão preventiva do paciente.
Aponta a impetrante como autoridade coatora o Ministro Jorge
Mussi, do Superior Tribunal de Justiça, que indeferiu a liminar no HC nº
236.778/SP impetrado àquela Corte.
Inicialmente, argumenta que o caso concreto autoriza o afastamento
do enunciado da Súmula nº 691 desta Suprema Corte.
No mais, sustenta, em síntese, o constrangimento ilegal imposto ao
paciente, tendo em vista a falta de fundamentação apta a justificar a
necessidade da medida constritiva, bem como a ausência dos
pressupostos autorizadores da segregação cautelar previstos no art. 312
do Código de Processo Penal.
Aduz, para tanto, que a segregação cautelar do paciente é, na
verdade, uma execução provisória da pena imposta na sua condenação,
pois a expedição de mandado de prisão contra o paciente foi determinada
pela 13ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo
como se fosse uma consequência automática do julgamento do recurso de
apelação interposto (fl. 9 de inicial – grifos conforme o original).
Assevera, ainda, a impetrante que a decisão daquela Corte estadual
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3133510.
Supremo Tribunal Federal
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 113.119 SÃO PAULO
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
PACTE.(S)
:ALMIR VIEIRA DE OLIVEIRA JUNIOR
IMPTE.(S)
:DEFENSORIA PÚBLICA
DO ESTADO
DE SÃO
PAULO
PROC.(A/S)(ES)
:DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE SÃO
PAULO
COATOR(A/S)(ES)
:RELATOR DO HC Nº 236778 DO SUPERIOR
TRIBUNAL DE JUSTIÇA
RELATÓRIO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado pela Defensoria
Pública do Estado de São Paulo em favor de Almir Vieira de Oliveira
Júnior, buscando a revogação da prisão preventiva do paciente.
Aponta a impetrante como autoridade coatora o Ministro Jorge
Mussi, do Superior Tribunal de Justiça, que indeferiu a liminar no HC nº
236.778/SP impetrado àquela Corte.
Inicialmente, argumenta que o caso concreto autoriza o afastamento
do enunciado da Súmula nº 691 desta Suprema Corte.
No mais, sustenta, em síntese, o constrangimento ilegal imposto ao
paciente, tendo em vista a falta de fundamentação apta a justificar a
necessidade da medida constritiva, bem como a ausência dos
pressupostos autorizadores da segregação cautelar previstos no art. 312
do Código de Processo Penal.
Aduz, para tanto, que a segregação cautelar do paciente é, na
verdade, uma execução provisória da pena imposta na sua condenação,
pois a expedição de mandado de prisão contra o paciente foi determinada
pela 13ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo
como se fosse uma consequência automática do julgamento do recurso de
apelação interposto (fl. 9 de inicial – grifos conforme o original).
Assevera, ainda, a impetrante que a decisão daquela Corte estadual
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3133510.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 11
Relatório
HC 113.119 / SP
violaria o princípio constitucional da presunção de inocência, que
militaria em favor do paciente.
Requer o deferimento da liminar para revogar a prisão preventiva
do paciente, autorizando-o a aguardar em liberdade o trânsito em julgado
do v. Acórdão. No mérito, pede a sua confirmação.
Em 11/4/12, deferi o pedido de liminar para suspender,
cautelarmente, se por outro motivo não estivesse preso, a prisão
preventiva do paciente, decretada nos autos da Apelação Criminal nº
0012474.67.2011.8.26.0050. Solicitei, além disso, informações à autoridade
coatora, ao Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo e ao Juízo de
Direito da 2ª Vara Criminal da Capital/SP, as quais foram devidamente
prestadas (anexos de instrução 14, 19 e 23).
O Ministério Público Federal, em parecer da lavra da ilustre
Subprocuradora-Geral da República Dra. Cláudia Sampaio Marques,
opinou pela concessão da ordem (anexo de instrução nº 24).
É o relatório.
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
HC 113.119 / SP
violaria o princípio constitucional da presunção de inocência, que
militaria em favor do paciente.
Requer o deferimento da liminar para revogar a prisão preventiva
do paciente, autorizando-o a aguardar em liberdade o trânsito em julgado
do v. Acórdão. No mérito, pede a sua confirmação.
Em 11/4/12, deferi o pedido de liminar para suspender,
cautelarmente, se por outro motivo não estivesse preso, a prisão
preventiva do paciente, decretada nos autos da Apelação Criminal nº
0012474.67.2011.8.26.0050. Solicitei, além disso, informações à autoridade
coatora, ao Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo e ao Juízo de
Direito da 2ª Vara Criminal da Capital/SP, as quais foram devidamente
prestadas (anexos de instrução 14, 19 e 23).
O Ministério Público Federal, em parecer da lavra da ilustre
Subprocuradora-Geral da República Dra. Cláudia Sampaio Marques,
opinou pela concessão da ordem (anexo de instrução nº 24).
É o relatório.
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3133510.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 11
Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 113.119 SÃO PAULO
VOTO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Conforme relatado, volta-se esta impetração contra decisão do
Ministro Jorge Mussi, do Superior Tribunal de Justiça, que indeferiu a
liminar no HC nº 236.778/SP impetrado àquela Corte.
Narra a impetrante, na inicial, que
(…) [o] paciente foi denunciado como incurso no artigo
157, § 2º, inciso II, c.c. artigo 14, inciso II, do Código Penal.
Encerrada a instrução processual e após as manifestações
das partes, o MM. Juiz, analisando detidamente os elementos
de convicção constantes nos autos, julgou procedente a ação
penal, condenando o paciente à pena de 03 anos, 06 meses e 20
dias de reclusão, em regime inicial aberto. No mais, como é
conseqüência lógica da fixação do regime aberto, foi
garantido ao paciente o direito de recorrer em liberdade.
O Ministério Público interpôs o recurso de apelação
objetivando a reforma da r. sentença.
O Egrégio Tribunal de Justiça deu provimento ao recurso
de apelação, estabelecendo o regime inicial semi-aberto para o
início de cumprimento da pena.
O E. Tribunal, no dispositivo do v.acórdão, SEM
QUALQUER FUNDAMENTAÇÃO, determinou a imediata
expedição do mandado de prisão contra o paciente, ‘in verbis’:
‘Expedir mandado de prisão’. O mandado, então, foi expedido.
A Defensoria Pública sequer foi intimada pessoalmente até
a presente data do teor do v. acórdão, razão pela qual sequer
iniciou-se o prazo para que a defesa oponha embargos de
declaração ou interponha Recurso Especial e/ou Extraordinário.
Assim, impetrou-se ‘Habeas Corpus’ perante o C. STJ.
Ocorre que, quando do julgamento da medida liminar, o Exmo.
Ministro Relator aduziu, singelamente, que não se verificaria
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3133511.
Supremo Tribunal Federal
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 113.119 SÃO PAULO
VOTO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Conforme relatado, volta-se esta impetração contra decisão do
Ministro Jorge Mussi, do Superior Tribunal de Justiça, que indeferiu a
liminar no HC nº 236.778/SP impetrado àquela Corte.
Narra a impetrante, na inicial, que
(…) [o] paciente foi denunciado como incurso no artigo
157, § 2º, inciso II, c.c. artigo 14, inciso II, do Código Penal.
Encerrada a instrução processual e após as manifestações
das partes, o MM. Juiz, analisando detidamente os elementos
de convicção constantes nos autos, julgou procedente a ação
penal, condenando o paciente à pena de 03 anos, 06 meses e 20
dias de reclusão, em regime inicial aberto. No mais, como é
conseqüência lógica da fixação do regime aberto, foi
garantido ao paciente o direito de recorrer em liberdade.
O Ministério Público interpôs o recurso de apelação
objetivando a reforma da r. sentença.
O Egrégio Tribunal de Justiça deu provimento ao recurso
de apelação, estabelecendo o regime inicial semi-aberto para o
início de cumprimento da pena.
O E. Tribunal, no dispositivo do v.acórdão, SEM
QUALQUER FUNDAMENTAÇÃO, determinou a imediata
expedição do mandado de prisão contra o paciente, ‘in verbis’:
‘Expedir mandado de prisão’. O mandado, então, foi expedido.
A Defensoria Pública sequer foi intimada pessoalmente até
a presente data do teor do v. acórdão, razão pela qual sequer
iniciou-se o prazo para que a defesa oponha embargos de
declaração ou interponha Recurso Especial e/ou Extraordinário.
Assim, impetrou-se ‘Habeas Corpus’ perante o C. STJ.
Ocorre que, quando do julgamento da medida liminar, o Exmo.
Ministro Relator aduziu, singelamente, que não se verificaria
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 11
Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
HC 113.119 / SP
manifesta ilegalidade, indeferindo o pleito liminar.
A nosso ver, a decisão referida configura a teratologia
necessária à superação do disposto na súmula 691 deste C. STF,
uma vez que a expedição de mandado de prisão, conforme
comprovado documentalmente, sobreveio sem qualquer
fundamentação.
Não se está diante de decisão fundamentada de forma
idônea, mas de decisão que, a olhos vistos, não foi
fundamentada. Consta do final do acórdão do Tribunal Paulista
simplesmente os dizeres: ‘Expeça-se mandado de prisão’, sem
que se faça qualquer referência sequer a qual modalidade de
prisão teria sido decretada.
Salvo melhor juízo, é teratológica a decretação de uma
prisão cautelar atípica não fundamentada!
Sabe-se que este C. STF, apoiando-se em interpretação
realizada com base na Súmula 691, (‘não compete ao Supremo
Tribunal Federal conhecer de habeas corpus impetrado contra
decisão do Relator que, em habeas corpus requerido a tribunal
superior, indefere a liminar’) não tem como hábito analisar
‘Habeas Corpus’ de denegação de liminar por Tribunal
Superior.
No entanto, sabe-se também que, em caso de grave
ilegalidade, abuso, irrazoabilidade e teratologia, porém, tanto o
STJ como o STF têm superado o disposto na súmula para
conhecer do ‘writ’” (fls. 2/4 da petição inicial).
Buscando a revogação da prisão preventiva do paciente, impetrou-se
ao Superior Tribunal de Justiça o HC nº 236.778/SP, tendo o Ministro
Relator indeferido o pedido de liminar, nos termos que se seguem:
“Trata-se de habeas corpus com pedido liminar impetrado
pela Defensoria Pública em favor de ALMIR VIEIRA DE
OLIVEIRA JÚNIOR contra acórdão da 13ª Câmara de Direito
Criminal do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo que deu
parcial provimento à Apelação nº. 0012474-67-2011.8.26.0050,
interposta pelo Ministério Público, apenas para impor o regime
2
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Supremo Tribunal Federal
HC 113.119 / SP
manifesta ilegalidade, indeferindo o pleito liminar.
A nosso ver, a decisão referida configura a teratologia
necessária à superação do disposto na súmula 691 deste C. STF,
uma vez que a expedição de mandado de prisão, conforme
comprovado documentalmente, sobreveio sem qualquer
fundamentação.
Não se está diante de decisão fundamentada de forma
idônea, mas de decisão que, a olhos vistos, não foi
fundamentada. Consta do final do acórdão do Tribunal Paulista
simplesmente os dizeres: ‘Expeça-se mandado de prisão’, sem
que se faça qualquer referência sequer a qual modalidade de
prisão teria sido decretada.
Salvo melhor juízo, é teratológica a decretação de uma
prisão cautelar atípica não fundamentada!
Sabe-se que este C. STF, apoiando-se em interpretação
realizada com base na Súmula 691, (‘não compete ao Supremo
Tribunal Federal conhecer de habeas corpus impetrado contra
decisão do Relator que, em habeas corpus requerido a tribunal
superior, indefere a liminar’) não tem como hábito analisar
‘Habeas Corpus’ de denegação de liminar por Tribunal
Superior.
No entanto, sabe-se também que, em caso de grave
ilegalidade, abuso, irrazoabilidade e teratologia, porém, tanto o
STJ como o STF têm superado o disposto na súmula para
conhecer do ‘writ’” (fls. 2/4 da petição inicial).
Buscando a revogação da prisão preventiva do paciente, impetrou-se
ao Superior Tribunal de Justiça o HC nº 236.778/SP, tendo o Ministro
Relator indeferido o pedido de liminar, nos termos que se seguem:
“Trata-se de habeas corpus com pedido liminar impetrado
pela Defensoria Pública em favor de ALMIR VIEIRA DE
OLIVEIRA JÚNIOR contra acórdão da 13ª Câmara de Direito
Criminal do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo que deu
parcial provimento à Apelação nº. 0012474-67-2011.8.26.0050,
interposta pelo Ministério Público, apenas para impor o regime
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 11
Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
HC 113.119 / SP
inicial semiaberto, mantendo, no mais, a sentença que
condenou o paciente à pena de 3 (três) anos, 6 (seis) meses e 20
(vinte) dias de reclusão, mais multa, pela prática do delito
previsto no art. 157, § 2°, inciso II, c/c art. 14, inciso II, ambos do
Código Penal.
Sustenta o impetrante a ocorrência de constrangimento
ilegal sob o argumento de que a Corte de origem teria
determinado a expedição de mandado de prisão em desfavor
do paciente sem apresentar qualquer fundamentação.
Destaca que a Defensoria Pública ainda não teria sido
intimada do acórdão objurgado, não tendo iniciado, assim, o
prazo para a oposição de embargos de declaração ou
interposição de recuso especial e extraordinário.
Requer, liminarmente e no mérito, que seja concedido ao
paciente o direito de aguardar o trânsito em julgado de sua
condenação em liberdade.
É o relatório.
A concessão da tutela de urgência reserva-se aos casos
excepcionais de ofensa manifesta ao direito de ir e vir do
paciente e desde que preenchidos os pressupostos legais, que
são o fumus boni juris e o periculum in mora.
In casu, mostra-se inviável acolher-se a pretensão
sumária, porquanto a motivação que dá suporte à pretensão
liminar confunde-se com o mérito do writ, devendo o caso
concreto ser analisado mais detalhadamente quando da
apreciação e do seu julgamento definitivo.
Ante o exposto, indefiro a liminar.
Solicitem-se informações à autoridade apontada como
coatora e ao Juízo de primeiro grau, em especial acerca da
execução da pena imposta ao paciente.
Após, dê-se vista ao Ministério Público Federal para
manifestação” (fl. 23 anexo de instrução 3 – grifos conforme o
original).
Essa é a razão pela qual se insurge a impetrante neste writ.
Como visto, trata-se de decisão indeferitória de liminar, devendo
3
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Supremo Tribunal Federal
HC 113.119 / SP
inicial semiaberto, mantendo, no mais, a sentença que
condenou o paciente à pena de 3 (três) anos, 6 (seis) meses e 20
(vinte) dias de reclusão, mais multa, pela prática do delito
previsto no art. 157, § 2°, inciso II, c/c art. 14, inciso II, ambos do
Código Penal.
Sustenta o impetrante a ocorrência de constrangimento
ilegal sob o argumento de que a Corte de origem teria
determinado a expedição de mandado de prisão em desfavor
do paciente sem apresentar qualquer fundamentação.
Destaca que a Defensoria Pública ainda não teria sido
intimada do acórdão objurgado, não tendo iniciado, assim, o
prazo para a oposição de embargos de declaração ou
interposição de recuso especial e extraordinário.
Requer, liminarmente e no mérito, que seja concedido ao
paciente o direito de aguardar o trânsito em julgado de sua
condenação em liberdade.
É o relatório.
A concessão da tutela de urgência reserva-se aos casos
excepcionais de ofensa manifesta ao direito de ir e vir do
paciente e desde que preenchidos os pressupostos legais, que
são o fumus boni juris e o periculum in mora.
In casu, mostra-se inviável acolher-se a pretensão
sumária, porquanto a motivação que dá suporte à pretensão
liminar confunde-se com o mérito do writ, devendo o caso
concreto ser analisado mais detalhadamente quando da
apreciação e do seu julgamento definitivo.
Ante o exposto, indefiro a liminar.
Solicitem-se informações à autoridade apontada como
coatora e ao Juízo de primeiro grau, em especial acerca da
execução da pena imposta ao paciente.
Após, dê-se vista ao Ministério Público Federal para
manifestação” (fl. 23 anexo de instrução 3 – grifos conforme o
original).
Essa é a razão pela qual se insurge a impetrante neste writ.
Como visto, trata-se de decisão indeferitória de liminar, devendo
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HC 113.119 / SP
incidir, na espécie, a Súmula nº 691 do Supremo Tribunal Federal,
segundo a qual, “não compete ao Supremo Tribunal Federal conhecer de
'habeas corpus' impetrado contra decisão do Relator que, em 'habeas
corpus' requerido a tribunal superior, indefere a liminar”.
Porém, a jurisprudência deste Supremo Tribunal tem acolhido o
abrandamento da referida súmula para admitir a impetração de habeas
corpus se os autos demonstrarem ser hipótese de flagrante ilegalidade,
abuso de poder ou teratologia.
Na hipótese vertente, verifica-se, de forma evidenciada, situação de
flagrante ilegalidade apta a ensejar o afastamento, excepcional, do óbice
processual.
Segundo a jurisprudência consolidada do Supremo Tribunal Federal,
para que o decreto de custódia cautelar seja idôneo, é necessário que o ato
judicial constritivo da liberdade traga, fundamentadamente, elementos
concretos aptos a justificar tal medida. Nesse sentido: HC nº 98.673/SP,
Segunda Turma, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJe de 29/10/09; HC nº
99.043/PE, Segunda Turma, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJe de
9/9/10; e HC nº 100.184/MG, Primeira Turma, Relator o Ministro Ayres
Britto, DJe de 1º/10/10, entre outros.
Pelo que se depreende dos documentos que instruem a impetração,
o paciente restou condenado pelo crime de roubo qualificado na forma
tentada (art. 157, § 2º, inciso II, c/c art. 14, inciso II, ambos do Código
Penal).
Ao fixar a pena de 3 anos, 6 meses e 20 dias de reclusão em regime
inicialmente aberto, o juízo de piso, considerando que o paciente é
primário, lhe deferiu o direito de recorrer em liberdade, determinando a
expedição de alvará de soltura.
Ao dar provimento ao apelo ministerial, a 13ª Câmara Criminal do
Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo determinou a expedição de
mandado de prisão, sem, contudo, explicitar os motivos justificadores da
medida extrema, doutrinariamente considerada a última ratio das
medidas cautelares.
Reproduzo trecho do julgado que bem demonstra a questão:
4
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Supremo Tribunal Federal
HC 113.119 / SP
incidir, na espécie, a Súmula nº 691 do Supremo Tribunal Federal,
segundo a qual, “não compete ao Supremo Tribunal Federal conhecer de
'habeas corpus' impetrado contra decisão do Relator que, em 'habeas
corpus' requerido a tribunal superior, indefere a liminar”.
Porém, a jurisprudência deste Supremo Tribunal tem acolhido o
abrandamento da referida súmula para admitir a impetração de habeas
corpus se os autos demonstrarem ser hipótese de flagrante ilegalidade,
abuso de poder ou teratologia.
Na hipótese vertente, verifica-se, de forma evidenciada, situação de
flagrante ilegalidade apta a ensejar o afastamento, excepcional, do óbice
processual.
Segundo a jurisprudência consolidada do Supremo Tribunal Federal,
para que o decreto de custódia cautelar seja idôneo, é necessário que o ato
judicial constritivo da liberdade traga, fundamentadamente, elementos
concretos aptos a justificar tal medida. Nesse sentido: HC nº 98.673/SP,
Segunda Turma, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJe de 29/10/09; HC nº
99.043/PE, Segunda Turma, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJe de
9/9/10; e HC nº 100.184/MG, Primeira Turma, Relator o Ministro Ayres
Britto, DJe de 1º/10/10, entre outros.
Pelo que se depreende dos documentos que instruem a impetração,
o paciente restou condenado pelo crime de roubo qualificado na forma
tentada (art. 157, § 2º, inciso II, c/c art. 14, inciso II, ambos do Código
Penal).
Ao fixar a pena de 3 anos, 6 meses e 20 dias de reclusão em regime
inicialmente aberto, o juízo de piso, considerando que o paciente é
primário, lhe deferiu o direito de recorrer em liberdade, determinando a
expedição de alvará de soltura.
Ao dar provimento ao apelo ministerial, a 13ª Câmara Criminal do
Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo determinou a expedição de
mandado de prisão, sem, contudo, explicitar os motivos justificadores da
medida extrema, doutrinariamente considerada a última ratio das
medidas cautelares.
Reproduzo trecho do julgado que bem demonstra a questão:
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 11
Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
HC 113.119 / SP
“(...)
Pelo exposto, dá-se provimento parcial ao apelo
ministerial, apenas para impor regime prisional semiaberto
para início de cumprimento de pena. Expedir mandado de
prisão” (fl.14 do anexo de instrução 3).
Trata-se, portanto, de típica execução provisória da pena imposta ao
paciente pela 13ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça estadual.
Com visto, é nítido que o decreto prisional não demonstra a
presença de um único requisito cautelar sequer dentre aqueles previstos
no art. 312 do Código de Processo Penal, o que evidencia a inidoneidade
do ato judicial em questão.
Com o posicionamento desta Suprema Corte, há muito conhecido,
de que ofende o princípio da não culpabilidade a execução da pena
privativa de liberdade antes do trânsito em julgado da sentença
condenatória, ressalvada a hipótese de prisão cautelar do réu, desde que
presentes os requisitos autorizadores previstos no art. 312 do Código de
Processo Penal (HC nº 84.078/MG, Plenário, Relator o Ministro Eros Grau,
DJe de 26/2/10), não é mais possível a prisão automática, decorrente da
sentença de pronúncia ou da sentença condenatória recorrível. Da mesma
forma, não se pode manter a prisão preventiva, quando, no decorrer do
processo, os motivos da sua decretação se tornam insubsistentes ou não
são renovados os seus fundamentos.
Em virtude de não mais ser possível a decretação da prisão
preventiva, em qualquer hipótese, de forma automática, é necessário que
o juízo da causa, em todos os graus de jurisdição, durante a tramitação do
feito, tenha sempre presentes os motivos justificadores da medida, sob
pena de a prisão tornar-se arbitrária e ilegal, o que, como visto, é patente
no caso dos autos.
Ante o exposto, concedo a ordem para revogar a prisão preventiva
do paciente, decretada nos autos da Apelação Criminal nº
0012474.67.2011.8.26.0050, se por outro motivo não estiver preso,
facultando-lhe o direito de aguardar em liberdade até o trânsito em
5
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Supremo Tribunal Federal
HC 113.119 / SP
“(...)
Pelo exposto, dá-se provimento parcial ao apelo
ministerial, apenas para impor regime prisional semiaberto
para início de cumprimento de pena. Expedir mandado de
prisão” (fl.14 do anexo de instrução 3).
Trata-se, portanto, de típica execução provisória da pena imposta ao
paciente pela 13ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça estadual.
Com visto, é nítido que o decreto prisional não demonstra a
presença de um único requisito cautelar sequer dentre aqueles previstos
no art. 312 do Código de Processo Penal, o que evidencia a inidoneidade
do ato judicial em questão.
Com o posicionamento desta Suprema Corte, há muito conhecido,
de que ofende o princípio da não culpabilidade a execução da pena
privativa de liberdade antes do trânsito em julgado da sentença
condenatória, ressalvada a hipótese de prisão cautelar do réu, desde que
presentes os requisitos autorizadores previstos no art. 312 do Código de
Processo Penal (HC nº 84.078/MG, Plenário, Relator o Ministro Eros Grau,
DJe de 26/2/10), não é mais possível a prisão automática, decorrente da
sentença de pronúncia ou da sentença condenatória recorrível. Da mesma
forma, não se pode manter a prisão preventiva, quando, no decorrer do
processo, os motivos da sua decretação se tornam insubsistentes ou não
são renovados os seus fundamentos.
Em virtude de não mais ser possível a decretação da prisão
preventiva, em qualquer hipótese, de forma automática, é necessário que
o juízo da causa, em todos os graus de jurisdição, durante a tramitação do
feito, tenha sempre presentes os motivos justificadores da medida, sob
pena de a prisão tornar-se arbitrária e ilegal, o que, como visto, é patente
no caso dos autos.
Ante o exposto, concedo a ordem para revogar a prisão preventiva
do paciente, decretada nos autos da Apelação Criminal nº
0012474.67.2011.8.26.0050, se por outro motivo não estiver preso,
facultando-lhe o direito de aguardar em liberdade até o trânsito em
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Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
HC 113.119 / SP
julgado da decisão condenatória, tornando definitiva a liminar concedida.
Comunique-se o teor desta decisão ao Relator do HC nº 236.778/SP
do Superior Tribunal de Justiça, para os devidos fins.
É como voto.
6
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Supremo Tribunal Federal
HC 113.119 / SP
julgado da decisão condenatória, tornando definitiva a liminar concedida.
Comunique-se o teor desta decisão ao Relator do HC nº 236.778/SP
do Superior Tribunal de Justiça, para os devidos fins.
É como voto.
6
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 11
Decisão de Julgamento
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
HABEAS CORPUS 113.119
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI
PACTE.(S) : ALMIR VIEIRA DE OLIVEIRA JUNIOR
IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 236778 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE
JUSTIÇA
Decisão: A Turma concedeu a ordem de habeas corpus, nos termos
do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias
Toffoli. 1ª Turma, 13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Wagner Mathias.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
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Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
HABEAS CORPUS 113.119
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI
PACTE.(S) : ALMIR VIEIRA DE OLIVEIRA JUNIOR
IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 236778 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE
JUSTIÇA
Decisão: A Turma concedeu a ordem de habeas corpus, nos termos
do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias
Toffoli. 1ª Turma, 13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Wagner Mathias.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 11
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3152784 | 2012-11-13T00:00:00 | 2012-12-04T00:00:00 | A Turma concedeu a ordem de habeas corpus, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 13.11.2012. | HABEAS CORPUS | EMENTA
Habeas corpus. Crime de roubo qualificado tentado. Prisão preventiva. Necessidade de comprovação da presença dos requisitos previstos no art. 312 do CPP. Fundamentação inexistente no caso concreto. Superação da Súmula 691. Ordem concedida.
1. Em princípio, se o caso não é de flagrante constrangimento ilegal, não compete ao Supremo Tribunal Federal conhecer de habeas corpus contra decisão de relator que, em habeas corpus requerido a Tribunal Superior, indefere liminar.
2. Para decretar a prisão preventiva, deverá o magistrado fazê-lo com base em elementos concretos e individualizados aptos a demonstrar a necessidade da prisão do indivíduo, nos termos do art. 312 do Código de Processo Penal.
3. Na hipótese em análise, contudo, ao determinar a prisão imediata do paciente, o Tribunal estadual não indicou elementos concretos e individualizados que comprovassem a necessidade da sua prisão cautelar, nos termos do art. 312 do Código de Processo Penal, fazendo-o exclusivamente em razão do não provimento do recurso, independentemente do trânsito em julgado da decisão. Inamissibilidade. Precedentes.
4. Ordem concedida. | sjur220510 | - Acórdão(s) citado(s):
(PRISÃO PREVENTIVA, FUNDAMENTAÇÃO)
STF: HC 100184 (1ªT), HC 98673 (2ªT), HC 99043 (2ªT).
(PRINCÍPIO DA NÃO CULPABILIDADE, PRISÃO, TRÂNSITO EM JULGADO)
STF: HC 84078 (TP).
Número de páginas: 11.
Análise: 22/01/2013, IMC.
Revisão: 23/01/2013, MMR. | DIAS TOFFOLI | Primeira Turma | 113119 | [
"LEG-FED DEL-002848 ANO-1940\r\n ART-00014 INC-00002 ART-00157 PAR-00002\r\n INC-00002 \r\n CP-1940 CÓDIGO PENAL\r\n",
"LEG-FED DEL-003689 ANO-1941\r\n ART-00312 \r\n CPP-1941 CÓDIGO DE PROCESSO PENAL\r\n",
"LEG-FED SUMSTF-000691 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF"
] | HC | acordaos | HC 113119 | [
""
] | PACTE.(S) : ALMIR VIEIRA DE OLIVEIRA JUNIOR
IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 236778 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"HABEAS CORPUS 113 . 119",
"HC [UNK] 236778 DO SUPERIOR",
"HC 113 . 119 / SP",
"HC 113 . 119 / SP",
"HABEAS CORPUS 113 . 119",
"HC [UNK] 236778 DO SUPERIOR",
"HC [UNK] 236 . 778 / SP",
"HABEAS CORPUS 113 . 119",
"HC [UNK] 236778",
"HC [UNK] 236 . 778 / SP",
"Súmula [UNK] 691 desta Suprema Corte",
"HC 113 . 119 / SP",
"Apelação Criminal [UNK] 0012474 . 67 . 2011 . 8 . 26 . 0050",
"HC 113 . 119 / SP",
"Apelação Criminal [UNK] 0012474 . 67 . 2011 . 8 . 26 . 0050",
"HABEAS CORPUS 113 . 119 SÃO",
"HC [UNK] 236 . 778 / SP",
"HABEAS CORPUS 113 . 119",
"HC [UNK] 236 . 778 / SP",
"HC 113 . 119 / SP",
"súmula 691 deste C . STF",
"HC [UNK] 236 . 778 / SP",
"Apelação [UNK] . 0012474 - 67 - 2011 . 8 . 26 . 0050",
"HC 113 . 119 / SP",
"HC [UNK] 236 . 778 / SP",
"Apelação [UNK] . 0012474 - 67 - 2011 . 8 . 26 . 0050",
"HC 113 . 119 / SP",
"HC 113",
"HC 113 . 119 / SP",
"Súmula [UNK] 691 do Supremo Tribunal Federal",
"HC [UNK] 98 . 673 / SP",
"HC [UNK] 99 . 043 / PE",
"HC [UNK] 100 . 184 / MG",
"HC 113 . 119 / SP",
"Súmula [UNK] 691 do Supremo Tribunal Federal",
"HC [UNK] 98 . 673 / SP",
"HC [UNK] 99 . 043 / PE",
"HC [UNK] 100 . 184 / MG",
"HC 113 . 119 / SP",
"HC [UNK] 84 . 078 / MG",
"Apelação Criminal [UNK] 0012474 . 67 . 2011 . 8 . 26 . 0050",
"HC 113 . 119 / SP",
"HC [UNK] 84 . 078 / MG",
"Apelação Criminal [UNK] 0012474 . 67 . 2011 . 8 . 26 . 0050",
"HC 113 . 119 / SP",
"HC [UNK] 236 . 778 / SP",
"HC 113 . 119 / SP",
"HC [UNK] 236 . 778 / SP",
"HABEAS CORPUS 113 . 119",
"HC [UNK] 236778",
"HABEAS CORPUS 113 . 119",
"HC [UNK] 236778 DO SUPERIOR"
],
"LEGISLACAO": [
"art . 312 do CPP",
"art . 312 do Código de Processo Penal",
"art . 312 do Código de Processo Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 312 do Código de Processo Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 312 do Código de Processo Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 157 , § [UNK] , inciso II , c . c . artigo 14 , inciso II , do Código Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 157 , § [UNK] , inciso II , c . c . artigo 14 , inciso II , do Código Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 157 , § 2° , inciso II , c / c art . 14 , inciso II , ambos do Código Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 157 , § 2° , inciso II , c / c art . 14 , inciso II , ambos do Código Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 157 , § [UNK] , inciso II , c / c art . 14 , inciso II , ambos do Código Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 312 do Código de Processo Penal",
"art . 312 do Código de Processo Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 312 do Código de Processo Penal",
"art . 312 do Código de Processo Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"Brasília",
"Brasília",
"SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"ESTADO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO"
],
"ORGANIZACAO": [
"PRIMEIRA TURMA",
"DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma do",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma do",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO",
"Defensoria Pública do Estado de São Paulo",
"Superior Tribunal de Justiça",
"[UNK] Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"Defensoria Pública do Estado de São Paulo",
"Superior Tribunal de Justiça",
"[UNK] Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo",
"[UNK] Vara Criminal da Capital / SP",
"Ministério Público Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo",
"[UNK] Vara Criminal da Capital / SP",
"Ministério Público Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Ministério Público",
"C",
"STJ",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Ministério Público",
"Tribunal de Justiça",
"Defensoria Pública",
"STJ",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Tribunal Paulista",
"STF",
"Supremo Tribunal Federal",
"STJ",
"STF",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Defensoria",
"[UNK] Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo",
"Ministério Público",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Tribunal Paulista",
"STF",
"Supremo Tribunal Federal",
"STJ",
"STF",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Defensoria Pública",
"[UNK] Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo",
"Ministério",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Defensoria Pública",
"Ministério Público Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Defensoria Pública",
"Ministério Público Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Segunda Turma",
"Primeira Turma",
"[UNK] Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Segunda Turma",
"Primeira Turma",
"[UNK] Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"[UNK] Câmara Criminal do Tribunal de Justiça estadual",
"Plenário",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"[UNK] Câmara Criminal do Tribunal de Justiça estadual",
"Plenário",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo",
"Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"DIAS TOFFOLI",
"ALMIR VIEIRA DE OLIVEIRA JUNIOR",
"Dias Toffoli",
"DIAS TOFFOLI",
"Dias Toffoli",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"ALMIR VIEIRA DE OLIVEIRA",
"DIAS TOFFOLI",
"Almir Vieira de Oliveira Júnior",
"Jorge Mussi",
"DIAS TOFFOLI",
"ALMIR VIEIRA DE OLIVEIRA JUNIOR",
"DIAS TOFFOLI",
"Almir Vieira de Oliveira Júnior",
"Jorge Mussi",
"Cláudia Sampaio Marques",
"Cláudia Sampaio Marques",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"Jorge Mussi",
"DIAS TOFFOLI",
"Jorge Mussi",
"DIAS TOFFOLI",
"ALMIR VIEIRA DE OLIVEIRA JÚNIOR",
"ALMIR VIEIRA DE OLIVEIRA JÚNIOR",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"Ellen Gracie",
"Gilmar Mendes",
"Ayres Britto",
"Ellen Gracie",
"Gilmar Mendes",
"Ayres Britto",
"DIAS TOFFOLI",
"Eros Grau",
"Eros Grau",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"ALMIR VIEIRA DE OLIVEIRA JUNIOR",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Wagner Mathias",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza",
"DIAS TOFFOLI",
"ALMIR VIEIRA DE OLIVEIRA JUNIOR",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Wagner Mathias",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza"
],
"TEMPO": [
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"04",
"/",
"12",
"/",
"2012",
"13 de novembro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13 de novembro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"4",
"/",
"12",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"4",
"/",
"12",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"29",
"/",
"10",
"/",
"09",
"9",
"/",
"9",
"/",
"10",
"[UNK]",
"/",
"10",
"/",
"10",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"29",
"/",
"10",
"/",
"09",
"9",
"/",
"9",
"/",
"10",
"[UNK]",
"/",
"10",
"/",
"10",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"26",
"/",
"2",
"/",
"10",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"26",
"/",
"2",
"/",
"10",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 704.956 RIO DE
JANEIRO
RELATORA
: MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S)
:FUNDAÇÃO PETROBRAS DE SEGURIDADE SOCIAL
- PETROS
ADV.(A/S)
:MARCUS F. H. CALDEIRA E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:JOAQUIM RODRIGUES DA COSTA E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S)
:CACILDA LAGO P CHAVES
EMENTA:
AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO
COM
AGRAVO.
PREVIDENCIÁRIO.
PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR. REPETIÇÃO DE INDÉBITO.
PRESCRIÇÃO. JULGADO RECORRIDO FUNDAMENTADO EM
LEGISLAÇÃO
INFRACONSTITUCIONAL:
OFENSA
CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE
NEGA PROVIMENTO.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do
Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a Presidência do
Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamento e
das notas taquigráficas, à unanimidade, em negar provimento ao agravo
regimental no recurso extraordinário com agravo, nos termos do voto da
Relatora. Ausentes, justificadamente, os Ministros Celso de Mello e
Joaquim Barbosa.
Brasília, 13 de novembro de 2012.
Ministra CÁRMEN LÚCIA - Relatora
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3139364.
Supremo Tribunal Federal
DJe 05/12/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 6
Relatório
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 704.956 RIO DE
JANEIRO
RELATORA
: MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S)
:FUNDAÇÃO PETROBRAS DE SEGURIDADE SOCIAL
- PETROS
ADV.(A/S)
:MARCUS F. H. CALDEIRA E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:JOAQUIM RODRIGUES DA COSTA E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S)
:CACILDA LAGO P CHAVES
R E L A T Ó R I O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora):
1. Em 23 de outubro de 2012, neguei seguimento ao agravo nos autos
do recurso extraordinário interposto pela Fundação Petrobras de
Seguridade Social - Petros contra julgado do Tribunal de Justiça do Rio de
Janeiro, o qual condenara a Agravante “ao restabelecimento do percentual
anteriormente estipulado e devolução em dobro dos descontos indevidos” (fl.
420).
A decisão agravada teve a seguinte fundamentação:
“6. Razão jurídica não assiste à Agravante.
7. A Desembargadora Maria Regina Nova Alves afirmou:
(...) (fl. 422).
8. A questão em debate foi decidida com base na aplicação e na
interpretação da legislação infraconstitucional (Lei Complementar n.
109/2001). Assim, a alegada ofensa constitucional, se tivesse ocorrido,
seria indireta, o que não viabiliza o processamento do recurso
extraordinário.
Nesse sentido:
(...) (ARE 676.216-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma,
DJe 16.5.2012).
Nada há a prover quanto às alegações da Agravante.
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 704.956 RIO DE
JANEIRO
RELATORA
: MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S)
:FUNDAÇÃO PETROBRAS DE SEGURIDADE SOCIAL
- PETROS
ADV.(A/S)
:MARCUS F. H. CALDEIRA E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:JOAQUIM RODRIGUES DA COSTA E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S)
:CACILDA LAGO P CHAVES
R E L A T Ó R I O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora):
1. Em 23 de outubro de 2012, neguei seguimento ao agravo nos autos
do recurso extraordinário interposto pela Fundação Petrobras de
Seguridade Social - Petros contra julgado do Tribunal de Justiça do Rio de
Janeiro, o qual condenara a Agravante “ao restabelecimento do percentual
anteriormente estipulado e devolução em dobro dos descontos indevidos” (fl.
420).
A decisão agravada teve a seguinte fundamentação:
“6. Razão jurídica não assiste à Agravante.
7. A Desembargadora Maria Regina Nova Alves afirmou:
(...) (fl. 422).
8. A questão em debate foi decidida com base na aplicação e na
interpretação da legislação infraconstitucional (Lei Complementar n.
109/2001). Assim, a alegada ofensa constitucional, se tivesse ocorrido,
seria indireta, o que não viabiliza o processamento do recurso
extraordinário.
Nesse sentido:
(...) (ARE 676.216-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma,
DJe 16.5.2012).
Nada há a prover quanto às alegações da Agravante.
Supremo Tribunal Federal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 6
Relatório
ARE 704.956 AGR / RJ
9. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 544, § 4º,
inc. II, alínea a, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do
Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal)” (fls. 489-490).
2. Publicada essa decisão no DJe de 29.10.2012 (fl. 491), interpõe a
Fundação Petrobras de Seguridade Social - Petros, em 5.11.2012,
tempestivamente, agravo regimental (fls. 497-505).
3. Alega a Agravante que “o v. Acórdão recorrido, ao tratar do tema
atinente à prescrição, violou diretamente o princípio da segurança jurídica,
consignado no art. 5º, caput, da Constituição Federal” (fl. 505).
Requer a reconsideração da decisão agravada ou o provimento do
presente recurso.
É o relatório.
2
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
ARE 704.956 AGR / RJ
9. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 544, § 4º,
inc. II, alínea a, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do
Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal)” (fls. 489-490).
2. Publicada essa decisão no DJe de 29.10.2012 (fl. 491), interpõe a
Fundação Petrobras de Seguridade Social - Petros, em 5.11.2012,
tempestivamente, agravo regimental (fls. 497-505).
3. Alega a Agravante que “o v. Acórdão recorrido, ao tratar do tema
atinente à prescrição, violou diretamente o princípio da segurança jurídica,
consignado no art. 5º, caput, da Constituição Federal” (fl. 505).
Requer a reconsideração da decisão agravada ou o provimento do
presente recurso.
É o relatório.
2
Supremo Tribunal Federal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 6
Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 704.956 RIO DE
JANEIRO
V O T O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora):
1. Razão jurídica não assiste à Agravante.
2. Quanto à prescrição, o Tribunal de origem decidiu:
“No que tange ao prazo prescricional, aplica-se a espécie o
disposto no artigo 75 da Lei Complementar n. 109/2001, que dispõe
sobre o regime de previdência complementar, e prevê que ‘sem prejuízo
do benefício, prescreve em cinco anos o direito às prestações não pagas
nem reclamadas na época própria, resguardados os direitos dos
menores dependentes, dos incapazes ou dos ausentes, na forma do
Código Civil’.
Eventual controvérsia nesse sentido restou a partir da edição da
Súmula 291 do Superior Tribunal de Justiça, nos seguintes termos:
‘A ação de cobrança de parcelas de complementação de
aposentadoria pela previdência privada prescreve em cinco anos’.
Quanto ao termo inicial para a contagem do prazo prescricional
da correção monetária, este deverá se dar a partir de cada desconto
efetuado, tendo em vista que se trata de obrigação de trato sucessivo,
com renovação do prazo prescricional e cada prestação, consoante a
dicção do artigo 75 da Lei Complementa n. 109/2001.
Isso é o que se infere do entendimento firmado pelo Superior
Tribunal de Justiça (...)” (fls. 122.123).
3. Como posto na decisão agravada, a discussão a respeito da
prescrição é de natureza infraconstitucional, pois fundamentada na Lei
Complementar n. 109/2001 e na jurisprudência do Superior Tribunal de
Justiça. Assim, eventual contrariedade à Constituição, se tivesse ocorrido,
seria indireta.
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 704.956 RIO DE
JANEIRO
V O T O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora):
1. Razão jurídica não assiste à Agravante.
2. Quanto à prescrição, o Tribunal de origem decidiu:
“No que tange ao prazo prescricional, aplica-se a espécie o
disposto no artigo 75 da Lei Complementar n. 109/2001, que dispõe
sobre o regime de previdência complementar, e prevê que ‘sem prejuízo
do benefício, prescreve em cinco anos o direito às prestações não pagas
nem reclamadas na época própria, resguardados os direitos dos
menores dependentes, dos incapazes ou dos ausentes, na forma do
Código Civil’.
Eventual controvérsia nesse sentido restou a partir da edição da
Súmula 291 do Superior Tribunal de Justiça, nos seguintes termos:
‘A ação de cobrança de parcelas de complementação de
aposentadoria pela previdência privada prescreve em cinco anos’.
Quanto ao termo inicial para a contagem do prazo prescricional
da correção monetária, este deverá se dar a partir de cada desconto
efetuado, tendo em vista que se trata de obrigação de trato sucessivo,
com renovação do prazo prescricional e cada prestação, consoante a
dicção do artigo 75 da Lei Complementa n. 109/2001.
Isso é o que se infere do entendimento firmado pelo Superior
Tribunal de Justiça (...)” (fls. 122.123).
3. Como posto na decisão agravada, a discussão a respeito da
prescrição é de natureza infraconstitucional, pois fundamentada na Lei
Complementar n. 109/2001 e na jurisprudência do Superior Tribunal de
Justiça. Assim, eventual contrariedade à Constituição, se tivesse ocorrido,
seria indireta.
Supremo Tribunal Federal
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Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
ARE 704.956 AGR / RJ
Nesse sentido:
“Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo.
Previdência privada. Contribuição. Resgate. Prescrição. Correção
monetária. Ofensa reflexa. Reexame de fatos e provas e de cláusulas
contratuais. Impossibilidade. Precedentes. 1. Inadmissível, em recurso
extraordinário, o reexame de legislação infraconstitucional, dos fatos e
das provas dos autos e de cláusulas contratuais. Incidência das
Súmulas nº 636, 279 e 454/STF. 2. Agravo regimental não provido”
(ARE 704.579-AgR, Rel. Min. Dias Toffoli, Primeira Turma, DJe
26.10.2012).
“AGRAVO
REGIMENTAL
NO
AGRAVO
DE
INSTRUMENTO. PREVIDENCIÁRIO. PRESCRIÇÃO. 1.
ALEGADA CONTRARIEDADE AOS ARTS. 6º E 202 DA
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. AUSÊNCIA DE
PREQUESTIONAMENTO. INCIDÊNCIA DAS SÚMULAS N.
282 E 356 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. 2.
IMPOSSIBILIDADE DA ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO
INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL
INDIRETA. PRECEDENTES. 3. AGRAVO REGIMENTAL AO
QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (AI 804.496-AgR segundo, de
minha relatoria, Primeira Turma, DJe 17.5.2012).
4. Os argumentos da Agravante, insuficientes para modificar a
decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em
pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente
prestação jurisdicional.
5. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental.
2
Supremo Tribunal Federal
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ARE 704.956 AGR / RJ
Nesse sentido:
“Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo.
Previdência privada. Contribuição. Resgate. Prescrição. Correção
monetária. Ofensa reflexa. Reexame de fatos e provas e de cláusulas
contratuais. Impossibilidade. Precedentes. 1. Inadmissível, em recurso
extraordinário, o reexame de legislação infraconstitucional, dos fatos e
das provas dos autos e de cláusulas contratuais. Incidência das
Súmulas nº 636, 279 e 454/STF. 2. Agravo regimental não provido”
(ARE 704.579-AgR, Rel. Min. Dias Toffoli, Primeira Turma, DJe
26.10.2012).
“AGRAVO
REGIMENTAL
NO
AGRAVO
DE
INSTRUMENTO. PREVIDENCIÁRIO. PRESCRIÇÃO. 1.
ALEGADA CONTRARIEDADE AOS ARTS. 6º E 202 DA
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. AUSÊNCIA DE
PREQUESTIONAMENTO. INCIDÊNCIA DAS SÚMULAS N.
282 E 356 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. 2.
IMPOSSIBILIDADE DA ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO
INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL
INDIRETA. PRECEDENTES. 3. AGRAVO REGIMENTAL AO
QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (AI 804.496-AgR segundo, de
minha relatoria, Primeira Turma, DJe 17.5.2012).
4. Os argumentos da Agravante, insuficientes para modificar a
decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em
pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente
prestação jurisdicional.
5. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental.
2
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Decisão de Julgamento
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 704.956
PROCED. : RIO DE JANEIRO
RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S) : FUNDAÇÃO PETROBRAS DE SEGURIDADE SOCIAL - PETROS
ADV.(A/S) : MARCUS F. H. CALDEIRA E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : JOAQUIM RODRIGUES DA COSTA E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : CACILDA LAGO P CHAVES
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausentes,
justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim
Barbosa. 2ª Turma, 13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra
Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros
Celso de Mello e Joaquim Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
P/ Fabiane Duarte
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3150122
Supremo Tribunal Federal
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 704.956
PROCED. : RIO DE JANEIRO
RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S) : FUNDAÇÃO PETROBRAS DE SEGURIDADE SOCIAL - PETROS
ADV.(A/S) : MARCUS F. H. CALDEIRA E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : JOAQUIM RODRIGUES DA COSTA E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : CACILDA LAGO P CHAVES
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausentes,
justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim
Barbosa. 2ª Turma, 13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra
Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros
Celso de Mello e Joaquim Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
P/ Fabiane Duarte
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3150122
Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 6
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3160921 | 2012-11-13T00:00:00 | 2012-12-05T00:00:00 | A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 13.11.2012. | AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO | EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PREVIDENCIÁRIO. PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR. REPETIÇÃO DE INDÉBITO. PRESCRIÇÃO. JULGADO RECORRIDO FUNDAMENTADO EM LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL: OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. | sjur220680 | - Acórdãos citados:
(OFENSA REFLEXA)
STF: ARE 704579 AgR (1ªT), AI 804496 AgR-segundo (1ªT).
Número de páginas: 6.
Análise: 17/12/2012, MAC. | CÁRMEN LÚCIA | Segunda Turma | 704956 | [
"LEG-FED LCP-000109 ANO-2001\r\n ART-00075 \r\n LEI COMPLEMENTAR"
] | ARE-AgR | acordaos | ARE 704956 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : FUNDAÇÃO PETROBRAS DE SEGURIDADE SOCIAL - PETROS
ADV.(A/S) : MARCUS F. H. CALDEIRA E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : JOAQUIM RODRIGUES DA COSTA E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : CACILDA LAGO P CHAVES
AGDO.(A/S) : JOSE LEO GUZ
AGDO.(A/S) : MARCO ANTONIO NEUBERGER
AGDO.(A/S) : JORGE LUÍS DE SOUSA CARVALHO
AGDO.(A/S) : PAULO FREDERICO DE GEORGE NETO
AGDO.(A/S) : ORLANDO FERREIRA DA SILVA FILHO
ADV.(A/S) : LEONARDO BRITO XIMENES
AGDO.(A/S) : SUELI GONZALEZ DA SILVA | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 704 . 956",
"ARE 676 . 216 - AgR",
"ARE 676 . 216 - AgR",
"ARE 704 . 956 AGR / RJ",
"ARE 704 . 956",
"Súmula 291 do Superior Tribunal de Justiça",
"Súmula 291 do Superior Tribunal de Justiça",
"ARE 704 . 956 AGR",
"Súmulas [UNK] 636",
"ARE 704 . 579 - AgR",
"SÚMULAS N . 282",
"AI 804 . 496 - AgR segundo",
"ARE 704 . 956",
"Súmulas [UNK] 636 , 279",
"ARE 704 . 579 - AgR",
"SÚMULAS N . 282",
"AI 804 . 496 - AgR segundo"
],
"LEGISLACAO": [
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei Complementar n . 109 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei Complementar n . 109 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 544 , § [UNK] , inc . II , alínea a , do Código de Processo Civil",
"art . 21 , § [UNK] , do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal",
"art . [UNK] , caput , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 544 , § [UNK] , inc . II , alínea a , do Código de Processo Civil",
"art . 21 , § [UNK] , do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal",
"art . [UNK] , caput , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 75 da Lei Complementar n . 109 / 2001",
"Código Civil ’",
"artigo 75 da Lei Complementa n . 109 / 2001",
"Lei Complementar n . 109 / 2001",
"Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 75 da Lei Complementar n . 109 / 2001",
"Código Civil ’",
"artigo 75 da Lei Complementa n . 109 / 2001",
"Lei Complementar n . 109 / 2001",
"Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ARTS . [UNK] E 202 DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ARTS . [UNK] E 202 DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"RIO DE JANEIRO",
"Brasília",
"RIO DE JANEIRO",
"RIO DE JANEIRO",
"RIO DE JANEIRO",
"RIO DE JANEIRO",
"RIO DE JANEIRO",
"RIO DE JANEIRO"
],
"ORGANIZACAO": [
"SEGUNDA TURMA",
"FUNDAÇÃO PETROBRAS DE SEGURIDADE SOCIAL",
"PETROS",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"FUNDAÇÃO PETROBRAS DE SEGURIDADE SOCIAL",
"PETROS",
"Fundação Petrobras de Seguridade Social",
"Petros",
"Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"FUNDAÇÃO PETROBRAS DE SEGURIDADE SOCIAL",
"PETROS",
"Fundação Petrobras de Seguridade Social",
"Petros",
"Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Fundação Petrobras de Seguridade Social",
"Petros",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"/",
"RJ",
"Fundação Petrobras de Seguridade Social",
"Petros",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"/",
"RJ",
"Primeira Turma",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"AGR",
"/",
"RJ",
"Primeira Turma",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"FUNDAÇÃO PETROBRAS DE SEGURIDADE SOCIAL",
"PETROS",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"FUNDAÇÃO PETROBRAS DE SEGURIDADE",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"CÁRMEN LÚCIA",
"MARCUS F . H . CALDEIRA",
"JOAQUIM RODRIGUES DA COSTA",
"CACILDA LAGO P CHAVES",
"Ricardo Lewandowski",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"MARCUS F . H . CALDEIRA",
"JOAQUIM RODRIGUES DA COSTA",
"CACILDA LAGO P CHAVES",
"CÁRMEN LÚCIA",
"Maria Regina Nova Alves",
"CÁRMEN LÚCIA",
"MARCUS F . H . CALDEIRA",
"JOAQUIM RODRIGUES DA COSTA",
"CACILDA LAGO P CHAVES",
"CÁRMEN LÚCIA",
"Maria Regina Nova Alves",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"MARCUS F . H . CALDEIRA",
"JOAQUIM RODRIGUES DA COSTA",
"CACILDA LAGO P CHAVES",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos",
"Fabiane Duarte",
"MARCUS F . H . CALDEIRA",
"JOAQUIM RODRIGUES DA COSTA",
"CACILDA LAGO P CHAVES",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos",
"Fabiane Duarte"
],
"TEMPO": [
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"13 de novembro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"05",
"/",
"12",
"/",
"2012",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"23 de outubro de 2012",
"16",
".",
"5",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"23 de outubro de 2012",
"16",
".",
"5",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"29",
".",
"10",
".",
"2012",
"5",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"29",
".",
"10",
".",
"2012",
"5",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"26",
".",
"10",
".",
"2012",
"17",
".",
"5",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"26",
".",
"10",
".",
"2012",
"17",
".",
"5",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 709.497 SÃO
PAULO
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:BANCO SANTANDER (BRASIL) S/A
ADV.(A/S)
:OSMAR MENDES PAIXÃO CÔRTES E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:MOACYR ROBERTO PRETO
ADV.(A/S)
:ALEX DONIZETH DE MATOS
EMENTA
Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo. Civil.
Prequestionamento. Ausência. Princípios do devido processo legal, do
contraditório e da ampla defesa. Ofensa reflexa. Consumidor. Dano
moral. Indenização. Valor. Legislação infraconstitucional. Reexame de
fatos. Impossibilidade. Precedentes.
1. Não se admite o recurso extraordinário quando os dispositivos
constitucionais que nele se alega violados não estão devidamente
prequestionados. Incidência das Súmulas nºs 282 e 356 desta Corte.
2. A afronta aos princípios do devido processo legal, da ampla defesa
e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação
jurisdicional, quando depende, para ser reconhecida como tal, da análise
de normas infraconstitucionais, configura apenas ofensa indireta ou
reflexa à Constituição da República.
3. Inadmissível, em recurso extraordinário, a análise da legislação
infraconstitucional e o reexame dos fatos e das provas dos autos.
Incidência das Súmulas nºs 636 e 279 desta Corte.
4. Agravo regimental não provido.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do
Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata do julgamento e das
notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao
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Supremo Tribunal Federal
DJe 14/12/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 11
Ementa e Acórdão
ARE 709.497 AGR / SP
agravo regimental, nos termos do voto do Relator.
Brasília, 13 de novembro de 2012.
MINISTRO DIAS TOFFOLI
Relator
2
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Supremo Tribunal Federal
ARE 709.497 AGR / SP
agravo regimental, nos termos do voto do Relator.
Brasília, 13 de novembro de 2012.
MINISTRO DIAS TOFFOLI
Relator
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 11
Relatório
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 709.497 SÃO
PAULO
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:BANCO SANTANDER (BRASIL) S/A
ADV.(A/S)
:OSMAR MENDES PAIXÃO CÔRTES E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:MOACYR ROBERTO PRETO
ADV.(A/S)
:ALEX DONIZETH DE MATOS
RELATÓRIO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Banco Santander (Brasil) S.A. interpõe tempestivo agravo regimental
contra decisão em que conheci de agravo para negar seguimento ao
recurso extraordinário (fls. 213 a 215), com a seguinte fundamentação:
“Vistos.
Trata-se de agravo contra a decisão que não admitiu
recurso extraordinário interposto contra acórdão da Turma
Recursal Cível e Criminal da 55ª Circunscrição Judiciária do
Estado de São Paulo que, em síntese, reduziu a indenização por
danos morais, decorrente da indevida manutenção do nome do
autor nos cadastros negativos de crédito por aproximadamente
dois anos, para o valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais).
No recurso extraordinário sustenta-se violação do artigo
5º, incisos II, LIV e LV, da Constituição Federal.
Decido.
Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi
interposto contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era
plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da
matéria constitucional objeto do recurso, conforme decidido na
Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS,
Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de
6/9/07. Todavia, apesar da petição recursal haver trazido a
preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua
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Supremo Tribunal Federal
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 709.497 SÃO
PAULO
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:BANCO SANTANDER (BRASIL) S/A
ADV.(A/S)
:OSMAR MENDES PAIXÃO CÔRTES E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:MOACYR ROBERTO PRETO
ADV.(A/S)
:ALEX DONIZETH DE MATOS
RELATÓRIO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Banco Santander (Brasil) S.A. interpõe tempestivo agravo regimental
contra decisão em que conheci de agravo para negar seguimento ao
recurso extraordinário (fls. 213 a 215), com a seguinte fundamentação:
“Vistos.
Trata-se de agravo contra a decisão que não admitiu
recurso extraordinário interposto contra acórdão da Turma
Recursal Cível e Criminal da 55ª Circunscrição Judiciária do
Estado de São Paulo que, em síntese, reduziu a indenização por
danos morais, decorrente da indevida manutenção do nome do
autor nos cadastros negativos de crédito por aproximadamente
dois anos, para o valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais).
No recurso extraordinário sustenta-se violação do artigo
5º, incisos II, LIV e LV, da Constituição Federal.
Decido.
Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi
interposto contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era
plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da
matéria constitucional objeto do recurso, conforme decidido na
Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS,
Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de
6/9/07. Todavia, apesar da petição recursal haver trazido a
preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua
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Relatório
ARE 709.497 AGR / SP
existência, uma vez que, nos termos do artigo 323 do Regimento
Interno do Supremo Tribunal Federal, com a redação
introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o
procedimento acerca da existência da repercussão geral
somente ocorrerá ‘quando não for o caso de inadmissibilidade do
recurso por outra razão’.
Não merece prosperar a irresignação, uma vez que os
dispositivos constitucionais apontados como violados carecem
do necessário prequestionamento, sendo certo que não foram
opostos embargos de declaração para sanar eventual omissão
no acórdão recorrido. Incidem na espécie as Súmulas nºs 282 e
356 desta Corte.
Ademais, a jurisprudência deste Supremo Tribunal
Federal é firme no sentido de que afronta aos princípios
constitucionais da legalidade, do devido processo legal, da
ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e
da prestação jurisdicional, se dependente de reexame prévio de
normas infraconstitucionais, seria indireta ou reflexa, o que
inviabiliza o trânsito do recurso extraordinário nesse ponto.
Sobre o tema, anote-se:
‘AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE
INSTRUMENTO. AÇÃO DE COBRANÇA. DESPESAS
CONDOMINIAIS. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL
SE NEGA PROVIMENTO. 1. Impossibilidade da análise
da legislação infraconstitucional e do reexame de provas
na via do recurso extraordinário. 2. A jurisprudência do
Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido de que as
alegações de afronta aos princípios do devido processo
legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da
coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes
de reexame de normas infraconstitucionais, podem
configurar apenas ofensa reflexa à Constituição da
República’ (AI nº 594.887/SP-AgR, Primeira Turma,
Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJ de 30/11/07).
2
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Supremo Tribunal Federal
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existência, uma vez que, nos termos do artigo 323 do Regimento
Interno do Supremo Tribunal Federal, com a redação
introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o
procedimento acerca da existência da repercussão geral
somente ocorrerá ‘quando não for o caso de inadmissibilidade do
recurso por outra razão’.
Não merece prosperar a irresignação, uma vez que os
dispositivos constitucionais apontados como violados carecem
do necessário prequestionamento, sendo certo que não foram
opostos embargos de declaração para sanar eventual omissão
no acórdão recorrido. Incidem na espécie as Súmulas nºs 282 e
356 desta Corte.
Ademais, a jurisprudência deste Supremo Tribunal
Federal é firme no sentido de que afronta aos princípios
constitucionais da legalidade, do devido processo legal, da
ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e
da prestação jurisdicional, se dependente de reexame prévio de
normas infraconstitucionais, seria indireta ou reflexa, o que
inviabiliza o trânsito do recurso extraordinário nesse ponto.
Sobre o tema, anote-se:
‘AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE
INSTRUMENTO. AÇÃO DE COBRANÇA. DESPESAS
CONDOMINIAIS. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL
SE NEGA PROVIMENTO. 1. Impossibilidade da análise
da legislação infraconstitucional e do reexame de provas
na via do recurso extraordinário. 2. A jurisprudência do
Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido de que as
alegações de afronta aos princípios do devido processo
legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da
coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes
de reexame de normas infraconstitucionais, podem
configurar apenas ofensa reflexa à Constituição da
República’ (AI nº 594.887/SP-AgR, Primeira Turma,
Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJ de 30/11/07).
2
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Relatório
ARE 709.497 AGR / SP
‘AGRAVO DE INSTRUMENTO - ALEGAÇÃO DE
OFENSA AO POSTULADO DA MOTIVAÇÃO DOS ATOS
DECISÓRIOS - INOCORRÊNCIA - AUSÊNCIA DE
OFENSA DIRETA À CONSTITUIÇÃO - RECURSO
IMPROVIDO. O Supremo Tribunal Federal deixou
assentado que, em regra, as alegações de desrespeito aos
postulados da legalidade, do devido processo legal, da
motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos
limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional
podem configurar, quando muito, situações de ofensa
meramente reflexa ao texto da Constituição, circunstância
essa que impede a utilização do recurso extraordinário.
Precedentes.’ (AI nº 360.265/RJ-AgR, Segunda Turma,
Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 20/9/02).
Ressalte-se, por fim, que o Tribunal de origem decidiu a
lide amparado nas provas dos autos, de reexame incabível em
sede de recurso extraordinário. Incidência da Súmula nº
279/STF.
Ante o exposto, conheço do agravo para negar seguimento
ao recurso extraordinário.
Publique-se”.
Insiste o agravante que foram violados os incisos LIV e LV do art. 5º
da Constituição Federal, que a ofensa às referidas normas foi
devidamente prequestionada e que não incide no caso o óbice da Súmula
nº 279 desta Corte.
Aduz, in verbis:
“Note-se que no caso dos presentes autos, mesmo que o
Tribunal a quo não tenha se manifestado de maneira explícita a
respeito dos artigos violados, a questão tratada por eles
arrastou-se durante todo o curso do processo, desde seu início.
Não há, portanto, necessidade de que as r. decisões
recorridas façam expressa referência aos artigos violados,
bastando que disponha sobre as matérias relativas e tais
3
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‘AGRAVO DE INSTRUMENTO - ALEGAÇÃO DE
OFENSA AO POSTULADO DA MOTIVAÇÃO DOS ATOS
DECISÓRIOS - INOCORRÊNCIA - AUSÊNCIA DE
OFENSA DIRETA À CONSTITUIÇÃO - RECURSO
IMPROVIDO. O Supremo Tribunal Federal deixou
assentado que, em regra, as alegações de desrespeito aos
postulados da legalidade, do devido processo legal, da
motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos
limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional
podem configurar, quando muito, situações de ofensa
meramente reflexa ao texto da Constituição, circunstância
essa que impede a utilização do recurso extraordinário.
Precedentes.’ (AI nº 360.265/RJ-AgR, Segunda Turma,
Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 20/9/02).
Ressalte-se, por fim, que o Tribunal de origem decidiu a
lide amparado nas provas dos autos, de reexame incabível em
sede de recurso extraordinário. Incidência da Súmula nº
279/STF.
Ante o exposto, conheço do agravo para negar seguimento
ao recurso extraordinário.
Publique-se”.
Insiste o agravante que foram violados os incisos LIV e LV do art. 5º
da Constituição Federal, que a ofensa às referidas normas foi
devidamente prequestionada e que não incide no caso o óbice da Súmula
nº 279 desta Corte.
Aduz, in verbis:
“Note-se que no caso dos presentes autos, mesmo que o
Tribunal a quo não tenha se manifestado de maneira explícita a
respeito dos artigos violados, a questão tratada por eles
arrastou-se durante todo o curso do processo, desde seu início.
Não há, portanto, necessidade de que as r. decisões
recorridas façam expressa referência aos artigos violados,
bastando que disponha sobre as matérias relativas e tais
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Relatório
ARE 709.497 AGR / SP
dispositivos.
(…)
Desnecessário rever documentos dos autos, bastando –
para acolher a insurgência – analisar o equivocado
enquadramento jurídico dado, ante a não conformação com o
disposto nos dispositivos legais impugnados.
(…)
O próprio STF recomenda que as indenizações sejam
arbitradas segundo padrões de proporcionalidade, conceito no
qual se insere a ideia de adequação entre meio e fim;
necessidade-exigibilidade da medida e razoabilidade (justeza).
Objetiva-se, assim, preconizando o caráter educativo e
reparatório, evitar que a apuração do quantum, indenizatório se
converta em medida abusiva e exagerada” (fls. 220 a 222).
É o relatório.
4
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Supremo Tribunal Federal
ARE 709.497 AGR / SP
dispositivos.
(…)
Desnecessário rever documentos dos autos, bastando –
para acolher a insurgência – analisar o equivocado
enquadramento jurídico dado, ante a não conformação com o
disposto nos dispositivos legais impugnados.
(…)
O próprio STF recomenda que as indenizações sejam
arbitradas segundo padrões de proporcionalidade, conceito no
qual se insere a ideia de adequação entre meio e fim;
necessidade-exigibilidade da medida e razoabilidade (justeza).
Objetiva-se, assim, preconizando o caráter educativo e
reparatório, evitar que a apuração do quantum, indenizatório se
converta em medida abusiva e exagerada” (fls. 220 a 222).
É o relatório.
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Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 709.497 SÃO
PAULO
VOTO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Não merece prosperar a irresignação.
Conforme consignado na decisão agravada, os incisos LIV e LV do
art. 5º da Constituição Federal, apontados como violados no recurso
extraordinário, em nenhum momento foram analisados no acórdão
recorrido, sendo certo que o agravante não opôs embargos declaratórios
para sanar eventual omissão no julgado. Incidência das Súmulas nºs 282 e
356 desta Corte.
É certo que, no caso do recurso extraordinário, para se considerar
que houve prequestionamento, não é necessário que o acórdão recorrido
tenha tratado explicitamente dos dispositivos constitucionais invocados
pela parte recorrente. É necessário, porém, que o referido acórdão tenha
versado inequivocamente sobre a matéria neles abordada, o que não
ocorreu no caso em tela.
Ressalte-se, outrossim, que a jurisprudência desta Corte é pacífica no
sentido de que, se a ofensa à Constituição surgir com a prolação do
acórdão recorrido, é necessário opor embargos declaratórios que
permitam ao Tribunal de origem apreciar o ponto sob o ângulo
constitucional.
Sobre o tema, anote-se:
“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO OPOSTOS DE
DECISÃO MONOCRÁTICA. CONVERSÃO EM AGRAVO
REGIMENTAL.
INOCORRÊNCIA
DE
PREQUESTIONAMENTO. SÚMULAS 282 E 356 DO STF.
AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO DE TODOS OS
FUNDAMENTOS SUFICIENTES DA DECISÃO AGRAVADA.
SÚMULA 283 DO STF. AGRAVO IMPROVIDO. I – Inocorrência
de prequestionamento das questões constitucionais suscitadas.
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13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 709.497 SÃO
PAULO
VOTO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Não merece prosperar a irresignação.
Conforme consignado na decisão agravada, os incisos LIV e LV do
art. 5º da Constituição Federal, apontados como violados no recurso
extraordinário, em nenhum momento foram analisados no acórdão
recorrido, sendo certo que o agravante não opôs embargos declaratórios
para sanar eventual omissão no julgado. Incidência das Súmulas nºs 282 e
356 desta Corte.
É certo que, no caso do recurso extraordinário, para se considerar
que houve prequestionamento, não é necessário que o acórdão recorrido
tenha tratado explicitamente dos dispositivos constitucionais invocados
pela parte recorrente. É necessário, porém, que o referido acórdão tenha
versado inequivocamente sobre a matéria neles abordada, o que não
ocorreu no caso em tela.
Ressalte-se, outrossim, que a jurisprudência desta Corte é pacífica no
sentido de que, se a ofensa à Constituição surgir com a prolação do
acórdão recorrido, é necessário opor embargos declaratórios que
permitam ao Tribunal de origem apreciar o ponto sob o ângulo
constitucional.
Sobre o tema, anote-se:
“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO OPOSTOS DE
DECISÃO MONOCRÁTICA. CONVERSÃO EM AGRAVO
REGIMENTAL.
INOCORRÊNCIA
DE
PREQUESTIONAMENTO. SÚMULAS 282 E 356 DO STF.
AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO DE TODOS OS
FUNDAMENTOS SUFICIENTES DA DECISÃO AGRAVADA.
SÚMULA 283 DO STF. AGRAVO IMPROVIDO. I – Inocorrência
de prequestionamento das questões constitucionais suscitadas.
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Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
ARE 709.497 AGR / SP
Incidência da Súmula 282 do STF. Ademais, não opostos
embargos declaratórios para suprir a omissão, é inviável o
recurso, a teor da Súmula 356 desta Corte. II – Ausência de
impugnação de todos os fundamentos suficientes da decisão
agravada. Incidência da Súmula 283 do STF. III – Agravo
regimental improvido” (RE nº 607.071/DF-ED, Primeira Turma,
Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 1º/7/11).
“Agravo regimental em recurso extraordinário. 2.
Alegação de ofensa ao art. 5º, LXIX e 97, da Carta Magna.
Ausência de prequestionamento. Caso a violação à Constituição
surja no julgamento do acórdão recorrido, torna-se
indispensável à oposição dos embargos de declaração. 3.
Agravo regimental a que se nega provimento” (RE nº
411.859/AL-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Gilmar
Mendes DJ de 3/3/06).
Ademais, a jurisprudência desta Corte está consolidada no sentido
de que a afronta aos princípios da legalidade, do devido processo legal,
da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da
prestação jurisdicional, quando depende, para ser reconhecido como tal,
da análise de normas infraconstitucionais, configura apenas ofensa
indireta ou reflexa à Constituição da República, o que não enseja reexame
da matéria em recurso extraordinário. Nesse sentido, anote-se:
“DIREITO ADMINISTRATIVO. INDENIZAÇÃO POR
DANO MORAL E MATERIAL. REEXAME DO CONJUNTO
FÁTICO-PROBATÓRIO DOS AUTOS. SÚMULA STF 279.
ALEGADA AFRONTA AO ART. 5º, II, XXXV, LIV E LV, DA
CF/88: OFENSA INDIRETA. VIOLAÇÃO AO ART. 93, IX, DA
CARTA MAIOR: INEXISTÊNCIA. 1. Para se chegar à conclusão
contrária à adotada pelo acórdão recorrido, seria necessário o
reexame do conjunto fático-probatório dos autos, o que atrai a
incidência da Súmula STF 279. 2. A jurisprudência desta Corte
fixou-se no sentido de que a afronta aos princípios
constitucionais da legalidade, do devido processo legal, da
2
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Supremo Tribunal Federal
ARE 709.497 AGR / SP
Incidência da Súmula 282 do STF. Ademais, não opostos
embargos declaratórios para suprir a omissão, é inviável o
recurso, a teor da Súmula 356 desta Corte. II – Ausência de
impugnação de todos os fundamentos suficientes da decisão
agravada. Incidência da Súmula 283 do STF. III – Agravo
regimental improvido” (RE nº 607.071/DF-ED, Primeira Turma,
Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 1º/7/11).
“Agravo regimental em recurso extraordinário. 2.
Alegação de ofensa ao art. 5º, LXIX e 97, da Carta Magna.
Ausência de prequestionamento. Caso a violação à Constituição
surja no julgamento do acórdão recorrido, torna-se
indispensável à oposição dos embargos de declaração. 3.
Agravo regimental a que se nega provimento” (RE nº
411.859/AL-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Gilmar
Mendes DJ de 3/3/06).
Ademais, a jurisprudência desta Corte está consolidada no sentido
de que a afronta aos princípios da legalidade, do devido processo legal,
da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da
prestação jurisdicional, quando depende, para ser reconhecido como tal,
da análise de normas infraconstitucionais, configura apenas ofensa
indireta ou reflexa à Constituição da República, o que não enseja reexame
da matéria em recurso extraordinário. Nesse sentido, anote-se:
“DIREITO ADMINISTRATIVO. INDENIZAÇÃO POR
DANO MORAL E MATERIAL. REEXAME DO CONJUNTO
FÁTICO-PROBATÓRIO DOS AUTOS. SÚMULA STF 279.
ALEGADA AFRONTA AO ART. 5º, II, XXXV, LIV E LV, DA
CF/88: OFENSA INDIRETA. VIOLAÇÃO AO ART. 93, IX, DA
CARTA MAIOR: INEXISTÊNCIA. 1. Para se chegar à conclusão
contrária à adotada pelo acórdão recorrido, seria necessário o
reexame do conjunto fático-probatório dos autos, o que atrai a
incidência da Súmula STF 279. 2. A jurisprudência desta Corte
fixou-se no sentido de que a afronta aos princípios
constitucionais da legalidade, do devido processo legal, da
2
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Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
ARE 709.497 AGR / SP
ampla defesa e do contraditório, podem configurar, quando
muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da
Constituição, circunstância essa que impede a utilização do
recurso extraordinário. 3. O acórdão recorrido contém
motivação suficiente e adequada. Decisão fundamentada,
embora contrária aos interesses da parte, não configura ofensa
ao artigo 93, IX, da CF/88. 4. Agravo regimental a que se nega
provimento” (AI nº 830.812/RJ-AgR, Segunda Turma, Relatora a
Ministra Ellen Gracie, DJe de 18/8/11).
“PROCESSUAL PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NO
AGRAVO DE INSTRUMENTO. CERCEAMENTO DE DEFESA.
MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL OFENSA INDIRETA À
CONSTITUIÇÃO. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL
AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. A jurisprudência deste
Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido de que as
alegações de afronta aos princípios do devido processo legal, da
ampla defesa e do contraditório, entre outros, configuram
ofensa reflexa à Constituição da República. Precedentes. 2.
Agravo Regimental desprovido” (AI nº 643.654/RJ-AgR,
Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJ de
22/6/07).
De resto, é certo que a Corte de origem fixou o valor da indenização
devida pelo agravante - decorrente de manutenção abusiva do nome do
agravado em cadastros de restrição ao crédito - com fundamento no
Código de Defesa do Consumidor e nos fatos e nas provas dos autos.
Assim, para acolher a pretensão do agravante no sentido do
desacerto na fixação desse quantum indenizatório, seria necessário
analisar a legislação infraconstitucional pertinente e reexaminar o
conjunto fático-probatório da causa, o que é inadmissível em recurso
extraordinário. Incidência das Súmulas nºs 636 e 279 desta Corte. Sobre o
tema, registre-se:
“AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
3
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ampla defesa e do contraditório, podem configurar, quando
muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da
Constituição, circunstância essa que impede a utilização do
recurso extraordinário. 3. O acórdão recorrido contém
motivação suficiente e adequada. Decisão fundamentada,
embora contrária aos interesses da parte, não configura ofensa
ao artigo 93, IX, da CF/88. 4. Agravo regimental a que se nega
provimento” (AI nº 830.812/RJ-AgR, Segunda Turma, Relatora a
Ministra Ellen Gracie, DJe de 18/8/11).
“PROCESSUAL PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NO
AGRAVO DE INSTRUMENTO. CERCEAMENTO DE DEFESA.
MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL OFENSA INDIRETA À
CONSTITUIÇÃO. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL
AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. A jurisprudência deste
Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido de que as
alegações de afronta aos princípios do devido processo legal, da
ampla defesa e do contraditório, entre outros, configuram
ofensa reflexa à Constituição da República. Precedentes. 2.
Agravo Regimental desprovido” (AI nº 643.654/RJ-AgR,
Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJ de
22/6/07).
De resto, é certo que a Corte de origem fixou o valor da indenização
devida pelo agravante - decorrente de manutenção abusiva do nome do
agravado em cadastros de restrição ao crédito - com fundamento no
Código de Defesa do Consumidor e nos fatos e nas provas dos autos.
Assim, para acolher a pretensão do agravante no sentido do
desacerto na fixação desse quantum indenizatório, seria necessário
analisar a legislação infraconstitucional pertinente e reexaminar o
conjunto fático-probatório da causa, o que é inadmissível em recurso
extraordinário. Incidência das Súmulas nºs 636 e 279 desta Corte. Sobre o
tema, registre-se:
“AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
3
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 11
Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
ARE 709.497 AGR / SP
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. INDENIZAÇÃO POR
DANO MORAL. QUANTUM INDENIZATÓRIO. REDUÇÃO
DO VALOR DA CONDENAÇÃO. NECESSIDADE DE
REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO.
SÚMULA 279 DO STF. AGRAVO IMPROVIDO. I – Incabível em
recurso extraordinário o reexame do conjunto fático-probatório
constante dos autos. Incidência da Súmula 279 desta Corte.
Precedentes. II – Agravo regimental improvido” (ARE nº
698.118/DF-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Ricardo
Lewandowski, DJe de 22/10/12).
“Agravo regimental em agravo de instrumento. 2.
Responsabilidade civil. Redução do valor fixado a título de
indenização por danos morais. 3. Incidência das súmulas 279,
454 e 636. 4. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI
nº 825.956/SC-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Gilmar
Mendes, DJe de 10/10/12).
“DIREITO DO CONSUMIDOR. RESPONSABILIDADE
CIVIL. CONTRATO BANCÁRIO. FALHA NA PRESTAÇÃO DE
SERVIÇO. IMPOSIÇÃO DE MULTA POR LITIGÂNCIA DE
MÁ-FÉ NO TRIBUNAL DE ORIGEM. MATÉRIA
INFRACONSTITUCIONAL. REEXAME INCABÍVEL NO
ÂMBITO DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. REVISÃO DO
VALOR DA INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS.
INVIABILIDADE DE REEXAME DE FATOS E PROVAS.
Impossibilidade de exame em recurso extraordinário de
alegada violação, acaso existente, situada no âmbito
infraconstitucional. Inviabilidade de reenquadramento fático
em sede recursal extraordinária. Aplicação da Súmula 279/STF:
‘para simples reexame de prova não cabe recurso
extraordinário’. Agravo regimental conhecido e não provido”
(ARE nº 642.575/SP-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra
Rosa Weber, DJe de 27/6/12).
Ante o exposto, voto pelo não provimento do agravo regimental.
4
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Supremo Tribunal Federal
ARE 709.497 AGR / SP
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. INDENIZAÇÃO POR
DANO MORAL. QUANTUM INDENIZATÓRIO. REDUÇÃO
DO VALOR DA CONDENAÇÃO. NECESSIDADE DE
REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO.
SÚMULA 279 DO STF. AGRAVO IMPROVIDO. I – Incabível em
recurso extraordinário o reexame do conjunto fático-probatório
constante dos autos. Incidência da Súmula 279 desta Corte.
Precedentes. II – Agravo regimental improvido” (ARE nº
698.118/DF-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Ricardo
Lewandowski, DJe de 22/10/12).
“Agravo regimental em agravo de instrumento. 2.
Responsabilidade civil. Redução do valor fixado a título de
indenização por danos morais. 3. Incidência das súmulas 279,
454 e 636. 4. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI
nº 825.956/SC-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Gilmar
Mendes, DJe de 10/10/12).
“DIREITO DO CONSUMIDOR. RESPONSABILIDADE
CIVIL. CONTRATO BANCÁRIO. FALHA NA PRESTAÇÃO DE
SERVIÇO. IMPOSIÇÃO DE MULTA POR LITIGÂNCIA DE
MÁ-FÉ NO TRIBUNAL DE ORIGEM. MATÉRIA
INFRACONSTITUCIONAL. REEXAME INCABÍVEL NO
ÂMBITO DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. REVISÃO DO
VALOR DA INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS.
INVIABILIDADE DE REEXAME DE FATOS E PROVAS.
Impossibilidade de exame em recurso extraordinário de
alegada violação, acaso existente, situada no âmbito
infraconstitucional. Inviabilidade de reenquadramento fático
em sede recursal extraordinária. Aplicação da Súmula 279/STF:
‘para simples reexame de prova não cabe recurso
extraordinário’. Agravo regimental conhecido e não provido”
(ARE nº 642.575/SP-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra
Rosa Weber, DJe de 27/6/12).
Ante o exposto, voto pelo não provimento do agravo regimental.
4
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 11
Decisão de Julgamento
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 709.497
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S) : BANCO SANTANDER (BRASIL) S/A
ADV.(A/S) : OSMAR MENDES PAIXÃO CÔRTES E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : MOACYR ROBERTO PRETO
ADV.(A/S) : ALEX DONIZETH DE MATOS
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos
termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro
Dias Toffoli. 1ª Turma, 13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Wagner Mathias.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3126437
Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 709.497
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S) : BANCO SANTANDER (BRASIL) S/A
ADV.(A/S) : OSMAR MENDES PAIXÃO CÔRTES E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : MOACYR ROBERTO PRETO
ADV.(A/S) : ALEX DONIZETH DE MATOS
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos
termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro
Dias Toffoli. 1ª Turma, 13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Wagner Mathias.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3126437
Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 11
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3195670 | 2012-11-13T00:00:00 | 2012-12-14T00:00:00 | A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 13.11.2012. | AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO | EMENTA
Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo. Civil. Prequestionamento. Ausência. Princípios do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa. Ofensa reflexa. Consumidor. Dano moral. Indenização. Valor. Legislação infraconstitucional. Reexame de fatos. Impossibilidade. Precedentes.
1. Não se admite o recurso extraordinário quando os dispositivos constitucionais que nele se alega violados não estão devidamente prequestionados. Incidência das Súmulas nºs 282 e 356 desta Corte.
2. A afronta aos princípios do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, quando depende, para ser reconhecida como tal, da análise de normas infraconstitucionais, configura apenas ofensa indireta ou reflexa à Constituição da República.
3. Inadmissível, em recurso extraordinário, a análise da legislação infraconstitucional e o reexame dos fatos e das provas dos autos. Incidência das Súmulas nºs 636 e 279 desta Corte.
4. Agravo regimental não provido. | sjur221728 | - Acórdão(s) citado(s):
(PREQUESTIONAMENTO, EMBARGOS DE DECLARAÇÃO)
STF: RE 607071 ED (1ªT), RE 411859 AgR (2ªT).
(OFENSA REFLEXA)
STF: AI 830812 AgR (2ªT), AI 643654 AgR (1ªT).
(MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL, DANO MORAL, INDENIZAÇÃO,
VALOR)
STF: ARE 698118 AgR (2ªT), AI 825956 AgR (2ªT), ARE 642575
AgR (1ªT).
Número de páginas: 11.
Análise: 18/01/2013, MJC. | DIAS TOFFOLI | Primeira Turma | 709497 | [
"LEG-FED LEI-008078 ANO-1990\r\n CDC-1990 CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR\r\n\r\n",
"LEG-FED SUMSTF-000279 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\r\n\r\n",
"LEG-FED SUMSTF-000282 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\r\n\r\n",
"LEG-FED SUMSTF-000356 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\r\n\r\n",
"LEG-FED SUMSTF-000636 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF"
] | ARE-AgR | acordaos | ARE 709497 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : BANCO SANTANDER (BRASIL) S/A
ADV.(A/S) : OSMAR MENDES PAIXÃO CÔRTES E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : ALEX DONIZETH DE MATOS
AGDO.(A/S) : MOACYR ROBERTO PRETO | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 709 . 497",
"ARE 709 . 497 AGR / SP",
"ARE 709 . 497 AGR /",
"Agravo de Instrumento [UNK] 664 . 567 / RS",
"ARE 709 . 497 AGR / SP",
"AI [UNK] 594 . 887 / SP - AgR",
"ARE 709 . 497 AGR / SP",
"AI [UNK] 594 .",
"887",
"/",
"SP",
"AgR",
"ARE 709 . 497",
"AI [UNK] 360 . 265 / RJ - AgR",
"Súmula [UNK] 279 / STF",
"Súmula [UNK] 279 desta Corte",
"ARE 709 . 497 AGR / SP",
"AI [UNK] 360 . 265 / RJ - AgR",
"Súmula [UNK] 279 / STF",
"Súmula [UNK] 279 desta Corte",
"ARE 709 . 497 AGR / SP",
"ARE 709 . 497 AGR / SP",
"SÚMULAS 282",
"SÚMULA 283 DO STF",
"SÚMULAS 282",
"SÚMULA 283 DO STF",
"ARE 709 . 497",
"Súmula 282 do STF",
"Súmula 356 desta Corte",
"Súmula 283 do STF",
"RE [UNK] 607 . 071 / DF - ED",
"RE [UNK] 411 . 859 / AL - AgR",
"SÚMULA STF 279",
"Súmula STF 279 .",
"ARE 709 . 497 AGR / SP",
"Súmula 282 do STF",
"Súmula 283 do STF",
"RE [UNK] 607 . 071 / DF - ED",
"RE [UNK] 411 . 859 / AL - AgR",
"Súmula STF 279",
"ARE 709 . 497 AGR / SP",
"AI [UNK] 830 . 812 / RJ - AgR",
"AI [UNK] 643 . 654 / RJ - AgR",
"ARE 709 . 497",
"AI [UNK] 830 . 812 /",
"AI [UNK] 643 . 654 / RJ - AgR",
"ARE 709 . 497 AGR",
"SÚMULA 279 DO STF",
"ARE [UNK] 698 . 118 / DF - AgR",
"AI [UNK] 825 . 956 / SC - AgR",
"Súmula 279 / STF",
"ARE [UNK] 642 . 575 / SP - AgR",
"ARE 709 . 497 AGR / SP",
"SÚMULA 279 DO STF",
"Súmula 279 desta Corte",
"ARE [UNK] 698 . 118 / DF - AgR",
"súmulas",
"AI [UNK] 825 . 956 / SC - AgR",
"Súmula 279 / STF",
"ARE [UNK] 642 . 575 / SP - AgR"
],
"LEGISLACAO": [
"Constituição da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo [UNK] , incisos II , LIV e LV , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo [UNK] , incisos II , LIV e LV , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal",
"Emenda Regimental [UNK] 21 / 07",
"Constituição da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal",
"Emenda Regimental [UNK] 21 / 07",
"Constituição da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição",
"incisos LIV e LV do art . [UNK] da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição",
"incisos LIV e LV do art . [UNK] da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"incisos LIV e LV do art . [UNK] da Constituição Federal",
"Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"incisos LIV e LV do art . [UNK] da Constituição Federal",
"Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] , LXIX e 97 , da Carta Magna",
"Constituição",
"Constituição da República",
"ART . [UNK] , II , XXXV , LIV E LV , DA CF / 88",
"ART . 93 , IX , DA CARTA MAIOR",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] , LXIX e 97 , da Carta Magna",
"Constituição",
"Constituição da República",
"ART . [UNK] , II , XXXV , LIV E LV , DA CF / 88",
"ART . 93 , IX , DA CARTA MAIOR",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição",
"artigo 93 , IX , da CF / 88",
"Constituição da República",
"Código de Defesa do Consumidor",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição",
"artigo 93 , IX , da CF / 88",
"Constituição da República",
"Código de Defesa do Consumidor",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"SÃO PAULO",
"Brasília",
"Brasília",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO"
],
"ORGANIZACAO": [
"PRIMEIRA TURMA",
"BANCO SANTANDER ( BRASIL ) S / A",
"Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"BANCO SANTANDER ( BRASIL ) S / A",
"Banco Santander ( Brasil ) S . A .",
"Turma Recursal Cível e Criminal da [UNK] Circunscrição Judiciária do Estado de São Paulo",
"Tribunal Pleno",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"BANCO SANTANDER ( BRASIL ) S / A",
"Banco Santander ( Brasil ) S . A .",
"Turma Recursal Cível e Criminal da [UNK] Circunscrição Judiciária do Estado de São Paulo",
"Tribunal Pleno",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
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"-",
"Brasil",
"/",
"SP",
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"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
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"-",
"Brasil",
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"Brasil",
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"Brasil",
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"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
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"-",
"Brasil",
"Primeira Turma",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"Segunda Turma",
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"-",
"Brasil",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
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"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"/",
"SP",
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"Brasil",
"/",
"SP",
"Segunda Turma",
"Segunda Turma",
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"Brasil",
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"Segunda Turma",
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"-",
"Brasil",
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"[UNK] Turma",
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"-",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"BANCO SANTANDER ( BRASIL ) S / A",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"DIAS TOFFOLI",
"OSMAR MENDES PAIXÃO",
"MOACYR ROBERTO PRETO",
"ALEX DONIZETH DE MATOS",
"Dias Toffoli",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"OSMAR MENDES PAIXÃO CÔRTES",
"ALEX DONIZETH DE MATOS",
"DIAS TOFFOLI",
"Sepúlveda Pertence",
"DIAS TOFFOLI",
"OSMAR MENDES PAIXÃO CÔRTES",
"MOACYR ROBERTO PRETO",
"ALEX DONIZETH DE MATOS",
"DIAS TOFFOLI",
"Sepúlveda Pertence",
"Cármen Lúcia",
"Cármen Lúcia",
"Celso de Mello",
"Celso de Mello",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"Ricardo Lewandowski",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Gilmar Mendes",
"DIAS TOFFOLI",
"Ellen Gracie",
"Cármen Lúcia",
"Ellen Gracie",
"Cármen Lúcia",
"DIAS TOFFOLI",
"Ricardo Lewandowski",
"Gilmar Mendes",
"Rosa Weber",
"Ricardo Lewandowski",
"Gilmar Mendes",
"Rosa Weber",
"DIAS TOFFOLI",
"OSMAR MENDES PAIXÃO",
"MOACYR ROBERTO PRETO",
"ALEX DONIZETH DE MATOS",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Wagner Mathias",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza",
"DIAS TOFFOLI",
"OSMAR MENDES PAIXÃO CÔRTES",
"MOACYR ROBERTO PRETO",
"ALEX DONIZETH DE MATOS",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Wagner Mathias",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza"
],
"TEMPO": [
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"14",
"/",
"12",
"/",
"2012",
"13 de novembro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13 de novembro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"3",
"/",
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"/",
"07",
"6",
"/",
"9",
"/",
"07",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"3",
"/",
"5",
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"07",
"6",
"/",
"9",
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"07",
"24",
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"08",
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"/",
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"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
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"/",
"07",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
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"9",
"/",
"02",
"24",
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"08",
"/",
"2001",
"20",
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"9",
"/",
"02",
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"/",
"2001",
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"08",
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"2001",
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"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
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"2012",
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"2001",
"[UNK]",
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"/",
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"/",
"3",
"/",
"06",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"[UNK]",
"/",
"7",
"/",
"11",
"3",
"/",
"3",
"/",
"06",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"18",
"/",
"8",
"/",
"11",
"22",
"/",
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"/",
"07",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"18",
"/",
"8",
"/",
"11",
"22",
"/",
"6",
"/",
"07",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"22",
"/",
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"/",
"12",
"10",
"/",
"10",
"/",
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"12",
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"/",
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"/",
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"/",
"10",
"/",
"12",
"10",
"/",
"10",
"/",
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"27",
"/",
"6",
"/",
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"/",
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".",
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".",
"2012",
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"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 715.042 RIO DE
JANEIRO
RELATOR
: MIN. GILMAR MENDES
AGTE.(S)
:ESTADO DO RIO DE JANEIRO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE
JANEIRO
AGDO.(A/S)
:ROBERTO PASQUALE SAGARIA
ADV.(A/S)
:MANOEL BARCELOS DE AGUIAR
Agravo regimental em recurso extraordinário com agravo. 2.
Servidor público. Férias não gozadas. Indenização pecuniária.
Possibilidade. Vedação ao enriquecimento ilícito. Inaplicabilidade da ADI
227 ao caso concreto. 3. Agravo regimental a que se nega provimento.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os ministros do
Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a presidência do
Senhor Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de
julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, negar
provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator.
Brasília, 13 de novembro de 2012.
Ministro GILMAR MENDES
Relator
Documento assinado digitalmente
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3130439.
Supremo Tribunal Federal
DJe 05/12/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 5
Relatório
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 715.042 RIO DE
JANEIRO
RELATOR
: MIN. GILMAR MENDES
AGTE.(S)
:ESTADO DO RIO DE JANEIRO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE
JANEIRO
AGDO.(A/S)
:ROBERTO PASQUALE SAGARIA
ADV.(A/S)
:MANOEL BARCELOS DE AGUIAR
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (RELATOR): Trata-se de
agravo regimental contra decisão monocrática de fls. 198-200, de minha
relatoria, que negou seguimento ao recurso interposto com base no
entendimento segundo o qual é assegurada ao servidor público a
conversão de férias não gozadas em pecúnia, em razão da vedação do
enriquecimento ilícito.
No agravo regimental, sustenta-se, em síntese, a inexistência do
direito dos servidores públicos ativos à indenização pelas férias não
gozadas.
É o breve relatório.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3130440.
Supremo Tribunal Federal
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 715.042 RIO DE
JANEIRO
RELATOR
: MIN. GILMAR MENDES
AGTE.(S)
:ESTADO DO RIO DE JANEIRO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE
JANEIRO
AGDO.(A/S)
:ROBERTO PASQUALE SAGARIA
ADV.(A/S)
:MANOEL BARCELOS DE AGUIAR
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (RELATOR): Trata-se de
agravo regimental contra decisão monocrática de fls. 198-200, de minha
relatoria, que negou seguimento ao recurso interposto com base no
entendimento segundo o qual é assegurada ao servidor público a
conversão de férias não gozadas em pecúnia, em razão da vedação do
enriquecimento ilícito.
No agravo regimental, sustenta-se, em síntese, a inexistência do
direito dos servidores públicos ativos à indenização pelas férias não
gozadas.
É o breve relatório.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 5
Voto - MIN. GILMAR MENDES
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 715.042 RIO DE
JANEIRO
V O T O
O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (RELATOR): No agravo
regimental, não ficou demostrado o desacerto da decisão agravada.
Verifico que as alegações da parte são impertinentes e decorrem de
mero inconformismo com a decisão adotada por esta Corte.
O agravante não trouxe argumentos suficientes para infirmar a
decisão, visando apenas à rediscussão da matéria já decidida em
conformidade com jurisprudência desta Corte.
Na espécie, conforme consignado pela decisão agravada, é
assegurado ao servidor público a conversão de férias não gozadas em
indenização pecuniária, dada a vedação ao enriquecimento ilícito.
Nesse sentido, o AI-AgR 768.313, rel. Min. Eros Grau, Segunda
Turma, DJe 18.12.2009; RE 197.640, rel. Min. Ilmar Galvão, Primeira
Turma, DJ 18.6.1999; RE-AgR 239.552, rel. Min. Cezar Peluso, Primeira
Turma, DJ 17.9.2004; e RE-AgR 324.880, rel. Min. Ayres Britto, Primeira
Turma, DJ 10.3.2006, este último com acórdão assim ementado:
“AGRAVO
REGIMENTAL.
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL.
FÉRIAS. PERÍODOS NÃO GOZADOS EM ATIVIDADE.
RECEBIMENTO EM PECÚNIA. ACRÉSCIMO DO TERÇO
CONSTITUCIONAL. INCISO XVII DO ART. 7º DA MAGNA
CARTA. ADMISSIBILIDADE.
O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, ao acolher o
pedido do autor, apenas conferiu efetividade ao disposto no
inciso XVII do art. 7º da Lei das Leis.
Com efeito, se o benefício não é usufruído, porque a
Administração indeferiu requerimento tempestivo do servidor,
ao argumento de absoluta necessidade do serviço, impõe-se a
indenização correspondente, acrescida do terço constitucional.
De outra parte, o fato de o servidor não haver usufruído o
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Supremo Tribunal Federal
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 715.042 RIO DE
JANEIRO
V O T O
O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (RELATOR): No agravo
regimental, não ficou demostrado o desacerto da decisão agravada.
Verifico que as alegações da parte são impertinentes e decorrem de
mero inconformismo com a decisão adotada por esta Corte.
O agravante não trouxe argumentos suficientes para infirmar a
decisão, visando apenas à rediscussão da matéria já decidida em
conformidade com jurisprudência desta Corte.
Na espécie, conforme consignado pela decisão agravada, é
assegurado ao servidor público a conversão de férias não gozadas em
indenização pecuniária, dada a vedação ao enriquecimento ilícito.
Nesse sentido, o AI-AgR 768.313, rel. Min. Eros Grau, Segunda
Turma, DJe 18.12.2009; RE 197.640, rel. Min. Ilmar Galvão, Primeira
Turma, DJ 18.6.1999; RE-AgR 239.552, rel. Min. Cezar Peluso, Primeira
Turma, DJ 17.9.2004; e RE-AgR 324.880, rel. Min. Ayres Britto, Primeira
Turma, DJ 10.3.2006, este último com acórdão assim ementado:
“AGRAVO
REGIMENTAL.
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL.
FÉRIAS. PERÍODOS NÃO GOZADOS EM ATIVIDADE.
RECEBIMENTO EM PECÚNIA. ACRÉSCIMO DO TERÇO
CONSTITUCIONAL. INCISO XVII DO ART. 7º DA MAGNA
CARTA. ADMISSIBILIDADE.
O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, ao acolher o
pedido do autor, apenas conferiu efetividade ao disposto no
inciso XVII do art. 7º da Lei das Leis.
Com efeito, se o benefício não é usufruído, porque a
Administração indeferiu requerimento tempestivo do servidor,
ao argumento de absoluta necessidade do serviço, impõe-se a
indenização correspondente, acrescida do terço constitucional.
De outra parte, o fato de o servidor não haver usufruído o
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Voto - MIN. GILMAR MENDES
ARE 715.042 AGR / RJ
direito, não lhe acarreta punição ainda maior; qual seja, a de
deixar de receber a indenização devida, com o acréscimo
constitucional.
Procedimento esse que acarretaria, ainda, enriquecimento
ilícito do Estado. Agravo regimental a que se nega
provimento”.
Ademais, conforme anotado na decisão agravada, não se aplica ao
caso o julgamento da ADI 227, pois a inconstitucionalidade declarada
nessa assentada referia-se a dispositivo que atribuía ao servidor público a
faculdade de optar por gozo das férias ou por sua transformação em
pecúnia indenizatória, deixando a seu arbítrio a criação de despesa para o
erário (art. 77, XVII, da Constituição do Estado do Rio de Janeiro).
Ante o exposto, mantenho o que decidido anteriormente, por seus
próprios fundamentos, para negar provimento a este agravo regimental.
É como voto.
2
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Supremo Tribunal Federal
ARE 715.042 AGR / RJ
direito, não lhe acarreta punição ainda maior; qual seja, a de
deixar de receber a indenização devida, com o acréscimo
constitucional.
Procedimento esse que acarretaria, ainda, enriquecimento
ilícito do Estado. Agravo regimental a que se nega
provimento”.
Ademais, conforme anotado na decisão agravada, não se aplica ao
caso o julgamento da ADI 227, pois a inconstitucionalidade declarada
nessa assentada referia-se a dispositivo que atribuía ao servidor público a
faculdade de optar por gozo das férias ou por sua transformação em
pecúnia indenizatória, deixando a seu arbítrio a criação de despesa para o
erário (art. 77, XVII, da Constituição do Estado do Rio de Janeiro).
Ante o exposto, mantenho o que decidido anteriormente, por seus
próprios fundamentos, para negar provimento a este agravo regimental.
É como voto.
2
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Decisão de Julgamento
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 715.042
PROCED. : RIO DE JANEIRO
RELATOR : MIN. GILMAR MENDES
AGTE.(S) : ESTADO DO RIO DE JANEIRO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
AGDO.(A/S) : ROBERTO PASQUALE SAGARIA
ADV.(A/S) : MANOEL BARCELOS DE AGUIAR
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto do Relator. Ausentes,
justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim
Barbosa. 2ª Turma, 13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra
Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros
Celso de Mello e Joaquim Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
P/ Fabiane Duarte
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3150162
Supremo Tribunal Federal
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 715.042
PROCED. : RIO DE JANEIRO
RELATOR : MIN. GILMAR MENDES
AGTE.(S) : ESTADO DO RIO DE JANEIRO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
AGDO.(A/S) : ROBERTO PASQUALE SAGARIA
ADV.(A/S) : MANOEL BARCELOS DE AGUIAR
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto do Relator. Ausentes,
justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim
Barbosa. 2ª Turma, 13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra
Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros
Celso de Mello e Joaquim Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
P/ Fabiane Duarte
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3150162
Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 5
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3161372 | 2012-11-13T00:00:00 | 2012-12-05T00:00:00 | A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 13.11.2012. | AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO | Agravo regimental em recurso extraordinário com agravo. 2. Servidor público. Férias não gozadas. Indenização pecuniária. Possibilidade. Vedação ao enriquecimento ilícito. Inaplicabilidade da ADI 227 ao caso concreto. 3. Agravo regimental a que se nega provimento. | sjur220703 | - Acórdãos citados:
(SERVIDOR PÚBLICO, FÉRIAS NÃO GOZADAS, INDENIZAÇÃO,
PECÚNIA)
STF: AI 768313 AgR (2ªT), RE 197640 (1ªT), RE 239552 AgR
(1ªT), RE 324880 AgR (1ªT);
(SERVIDOR PÚBLICO, OPÇÃO, GOZO, FÉRIAS, PECÚNIA)
STF: ADI 227 (TP) | GILMAR MENDES | Segunda Turma | 715042 | [
"LEG-EST CES ANO-1989\r\n ART-00077 INC-00017 \r\n CONSTITUIÇÃO ESTADUAL, RJ"
] | ARE-AgR | acordaos | ARE 715042 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : ESTADO DO RIO DE JANEIRO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
ADV.(A/S) : MANOEL BARCELOS DE AGUIAR
AGDO.(A/S) : ROBERTO PASQUALE SAGARIA | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO",
"ADI 227",
"AI",
"-",
"AgR 768 . 313",
"RE 197 . 640",
"RE",
"-",
"AgR 239 . 552",
"RE",
"-",
"AgR 324 . 880",
"AI",
"-",
"AgR 768 . 313",
"RE 197 . 640",
"RE",
"-",
"AgR 239 . 552",
"RE",
"-",
"AgR 324 . 880",
"ARE 715 . 042 AGR / RJ",
"ADI 227",
"ARE 715 . 042 AGR / RJ",
"ADI 227"
],
"LEGISLACAO": [
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"INCISO XVII DO ART . [UNK] DA MAGNA",
"inciso XVII do art . [UNK] da Lei das Leis",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"INCISO",
"inciso XVII do art . [UNK] da Lei das Leis",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 77 , XVII , da Constituição do Estado do Rio de Janeiro",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 77 , XVII , da Constituição do Estado do Rio de Janeiro",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"RIO DE JANEIRO",
"ESTADO DO RIO DE JANEIRO",
"ESTADO DO RIO DE JANEIRO",
"Brasília",
"RIO DE JANEIRO",
"ESTADO DO RIO DE JANEIRO",
"ESTADO DO RIO DE JANEIRO",
"RIO DE JANEIRO",
"ESTADO DO RIO DE JANEIRO",
"ESTADO DO RIO DE JANEIRO",
"RIO DE JANEIRO",
"RIO DE JANEIRO",
"RIO DE JANEIRO",
"ESTADO DO RIO DE JANEIRO",
"ESTADO DO RIO DE JANEIRO",
"RIO DE JANEIRO",
"ESTADO DO RIO DE JANEIRO",
"ESTADO DO RIO DE JANEIRO"
],
"ORGANIZACAO": [
"SEGUNDA TURMA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"Segunda Turma",
"Primeira Turma",
"Primeira Turma",
"Primeira Turma",
"Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"Segunda Turma",
"Primeira Turma",
"Primeira Turma",
"Primeira Turma",
"Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
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"Brasil",
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"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"GILMAR MENDES",
"ROBERTO PASQUALE SAGARIA",
"MANOEL BARCELOS DE AGUIAR",
"Ricardo Lewandowski",
"GILMAR MENDES",
"GILMAR MENDES",
"ROBERTO PASQUALE SAGARIA",
"MANOEL BARCELOS DE AGUIAR",
"GILMAR MENDES",
"GILMAR MENDES",
"ROBERTO PASQUALE SAGARIA",
"MANOEL BARCELOS DE AGUIAR",
"GILMAR MENDES",
"GILMAR MENDES",
"GILMAR MENDES",
"Eros Grau",
"Ilmar Galvão",
"Cezar Peluso",
"Ayres Britto",
"GILMAR MENDES",
"Eros Grau",
"Ilmar Galvão",
"Cezar Peluso",
"Ayres Britto",
"GILMAR MENDES",
"GILMAR MENDES",
"ROBERTO PASQUALE SAGARIA",
"MANOEL BARCELOS DE AGUIAR",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos",
"Fabiane Duarte",
"GILMAR MENDES",
"ROBERTO PASQUALE SAGARIA",
"MANOEL BARCELOS DE AGUIAR",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos",
"Fabiane Duarte"
],
"TEMPO": [
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"13 de novembro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"05",
"/",
"12",
"/",
"2012",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"18",
".",
"12",
".",
"2009",
"18",
".",
"6",
".",
"1999",
"17",
".",
"9",
".",
"2004",
"10",
".",
"3",
".",
"2006",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
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"11",
"/",
"2012",
"18",
".",
"12",
".",
"2009",
"18",
".",
"6",
".",
"1999",
"17",
".",
"9",
".",
"2004",
"10",
".",
"3",
".",
"2006",
"24",
"/",
"08",
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"2001",
"24",
"/",
"08",
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"2001",
"24",
"/",
"08",
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"2001",
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"24",
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"08",
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"2001",
"13",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
SEGUNDO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 824.986
PERNAMBUCO
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:ANTONIO GOMES DA SILVA
ADV.(A/S)
:ELIZABETH DE CARVALHO SIMPLÍCIO
AGDO.(A/S)
:FUNDAÇÃO DE APOSENTADORIAS E PENSÕES DO
ESTADO
DE
PERNAMBUCO
- FUNAPE
E
OUTRO(A/S)
ADV.(A/S)
:WALBER DE MOURA AGRA
EMENTA
Segundo agravo regimental no agravo de instrumento. Servidor
militar. Reforma. Grau hierárquico superior. Adicional de inatividade.
Reexame de legislação local. Precedentes.
1. O recurso extraordinário não se presta ao reexame de matéria
ínsita ao plano normativo local. Incidência da Súmula nº 280/STF.
2. Agravo regimental não provido.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do
Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata do julgamento e das
notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao
agravo regimental, nos termos do voto do Relator.
Brasília, 13 de novembro de 2012.
MINISTRO DIAS TOFFOLI
Relator
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3183349.
Supremo Tribunal Federal
DJe 14/12/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 13
Relatório
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
SEGUNDO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 824.986
PERNAMBUCO
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:ANTONIO GOMES DA SILVA
ADV.(A/S)
:ELIZABETH DE CARVALHO SIMPLÍCIO
AGDO.(A/S)
:FUNDAÇÃO DE APOSENTADORIAS E PENSÕES DO
ESTADO
DE
PERNAMBUCO
- FUNAPE
E
OUTRO(A/S)
ADV.(A/S)
:WALBER DE MOURA AGRA
RELATÓRIO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Antônio Gomes da Silva interpõe tempestivo agravo regimental
contra decisão em que se negou provimento ao agravo de instrumento,
com a seguinte fundamentação:
“Vistos.
Antônio Gomes da Silva interpõe agravo de instrumento
contra a decisão que não admitiu recurso extraordinário
assentado em contrariedade aos artigos 5º, inciso II, e 37, inciso
XV, da Constituição Federal.
Insurge-se, no apelo extremo, contra acórdão da Oitava
Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco,
assim ementado:
‘CONSTITUCIONAL.
ADMINISTRATIVO.
RECURSO DE AGRAVO. SERVIDOR MILITAR.
REFORMA POR INCAPACIDADE FÍSICA DEFINITIVA.
PLEITO DE RETIFICAÇÃO DE ATO DE REFORMA.
PROVENTOS DO GRAU HIERÁRQUICO SUPERIOR, DE
‘TERCEIRO-SARGENTO
PM’.
INCABIMENTO.
INCIDÊNCIA DO ART. 21, CAPUT, DA LC Nº 59/2004.
IMPLANTAÇÃO DO ADICIONAL DE INATIVIDADE.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3183228.
Supremo Tribunal Federal
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
SEGUNDO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 824.986
PERNAMBUCO
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:ANTONIO GOMES DA SILVA
ADV.(A/S)
:ELIZABETH DE CARVALHO SIMPLÍCIO
AGDO.(A/S)
:FUNDAÇÃO DE APOSENTADORIAS E PENSÕES DO
ESTADO
DE
PERNAMBUCO
- FUNAPE
E
OUTRO(A/S)
ADV.(A/S)
:WALBER DE MOURA AGRA
RELATÓRIO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Antônio Gomes da Silva interpõe tempestivo agravo regimental
contra decisão em que se negou provimento ao agravo de instrumento,
com a seguinte fundamentação:
“Vistos.
Antônio Gomes da Silva interpõe agravo de instrumento
contra a decisão que não admitiu recurso extraordinário
assentado em contrariedade aos artigos 5º, inciso II, e 37, inciso
XV, da Constituição Federal.
Insurge-se, no apelo extremo, contra acórdão da Oitava
Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco,
assim ementado:
‘CONSTITUCIONAL.
ADMINISTRATIVO.
RECURSO DE AGRAVO. SERVIDOR MILITAR.
REFORMA POR INCAPACIDADE FÍSICA DEFINITIVA.
PLEITO DE RETIFICAÇÃO DE ATO DE REFORMA.
PROVENTOS DO GRAU HIERÁRQUICO SUPERIOR, DE
‘TERCEIRO-SARGENTO
PM’.
INCABIMENTO.
INCIDÊNCIA DO ART. 21, CAPUT, DA LC Nº 59/2004.
IMPLANTAÇÃO DO ADICIONAL DE INATIVIDADE.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Relatório
AI 824.986 AGR-SEGUNDO / PE
AUSÊNCIA DE TEMPO DE SERVIÇO. INEXISTÊNCIA
DE DIREITO ADQUIRIDO. DECISÃO AGRAVADA
MANTIDA POR SEUS PRÓPRIOS FUNDAMENTOS. 1.
Com relação ao pleito preliminar de conhecimento do
agravo retido, é de se reconhecer a perda do objeto do
agravo em questão, uma vez que, tendo a ação sido
julgada improcedente, a tutela perseguida a título
antecipatório é a mesma que se busca com o presente
apelo, agora em cognição exauriente (precedentes do STJ).
2.
No
que
concerne
ao
argumento
de
inconstitucionalidade formal da ECE nº 16/99, observa-se
que esta buscou harmonizar a Constituição Estadual aos
ditames da Constituição Federal, após a introdução no
ordenamento jurídico das Emendas Constitucionais de nºs
19 e 20, de 1998. 3. Deveras, com o advento da ECE nº
16/99, restaram tacitamente revogados os dispositivos
legais que autorizavam os servidores públicos militares a
perceberem, na inatividade, valores remuneratórios em
patamares maiores do que os auferidos quando estavam
em atividade, a exemplo do art. 98, § 2º, ‘c’, da Lei nº
6.783/74. 4. No caso vertente, o agravante foi reformado
por incapacidade física definitiva, tendo a sua
transferência para a inatividade se realizado com
proventos do grau hierárquico imediato de ‘Cabo PM’, em
conformidade com o art. 21, caput, da LC nº 59/04, e
atendendo-se ao escalonamento constante do Anexo I-A
da referida Lei Complementar Estadual. 5. No que tange
ao pleito de percepção do adicional de inatividade, nos
moldes da Lei nº 10.426/90, o agravante não comprovou
que, em 05 de junho de 1999, tivesse reunido as condições
necessárias à sua transferência para a inatividade, de
modo a permitir a invocação, em tese, de eventual direito
adquirido à percepção do adicional de inatividade quando
da subsequente formalização da aposentadoria. 6. Frise-se,
ao cabo, que a matéria trazida à baila no presente recurso
do agravo foi efetivamente enfrentada no julgamento da
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Supremo Tribunal Federal
AI 824.986 AGR-SEGUNDO / PE
AUSÊNCIA DE TEMPO DE SERVIÇO. INEXISTÊNCIA
DE DIREITO ADQUIRIDO. DECISÃO AGRAVADA
MANTIDA POR SEUS PRÓPRIOS FUNDAMENTOS. 1.
Com relação ao pleito preliminar de conhecimento do
agravo retido, é de se reconhecer a perda do objeto do
agravo em questão, uma vez que, tendo a ação sido
julgada improcedente, a tutela perseguida a título
antecipatório é a mesma que se busca com o presente
apelo, agora em cognição exauriente (precedentes do STJ).
2.
No
que
concerne
ao
argumento
de
inconstitucionalidade formal da ECE nº 16/99, observa-se
que esta buscou harmonizar a Constituição Estadual aos
ditames da Constituição Federal, após a introdução no
ordenamento jurídico das Emendas Constitucionais de nºs
19 e 20, de 1998. 3. Deveras, com o advento da ECE nº
16/99, restaram tacitamente revogados os dispositivos
legais que autorizavam os servidores públicos militares a
perceberem, na inatividade, valores remuneratórios em
patamares maiores do que os auferidos quando estavam
em atividade, a exemplo do art. 98, § 2º, ‘c’, da Lei nº
6.783/74. 4. No caso vertente, o agravante foi reformado
por incapacidade física definitiva, tendo a sua
transferência para a inatividade se realizado com
proventos do grau hierárquico imediato de ‘Cabo PM’, em
conformidade com o art. 21, caput, da LC nº 59/04, e
atendendo-se ao escalonamento constante do Anexo I-A
da referida Lei Complementar Estadual. 5. No que tange
ao pleito de percepção do adicional de inatividade, nos
moldes da Lei nº 10.426/90, o agravante não comprovou
que, em 05 de junho de 1999, tivesse reunido as condições
necessárias à sua transferência para a inatividade, de
modo a permitir a invocação, em tese, de eventual direito
adquirido à percepção do adicional de inatividade quando
da subsequente formalização da aposentadoria. 6. Frise-se,
ao cabo, que a matéria trazida à baila no presente recurso
do agravo foi efetivamente enfrentada no julgamento da
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Relatório
AI 824.986 AGR-SEGUNDO / PE
apelação cível, não tendo o agravante apresentados novos
argumentos aptos a infirmar os termos em que lançada a
decisão guerreada. 7. Recurso de agravo improvido.’
Opostos embargos de declaração, foram rejeitados.
Decido.
Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi
interposto contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era
plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da
matéria constitucional objeto do recurso, conforme decidido na
Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS,
Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de
6/9/07.
Todavia, apesar da petição recursal haver trazido a
preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua
existência, uma vez que, nos termos do artigo 323 do Regimento
Interno do Supremo Tribunal Federal, com a redação
introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o
procedimento acerca da existência da repercussão geral
somente ocorrerá ‘quando não for o caso de inadmissibilidade
do recurso por outra razão’.
A irresignação não merece prosperar.
A questão acerca dos proventos almejados pelo recorrente
no caso dos autos é matéria adstrita ao plano da legislação
infraconstitucional (Lei Complementar nº 59/04 e Lei Estadual
nº 10.426/90), o que não enseja reexame em recurso
extraordinário. Incidência da Súmula nº 280 desta Corte. Sobre
o tema, anote-se:
‘CONSTITUCIONAL.
ADMINISTRATIVO.
AGRAVO
REGIMENTAL
EM
AGRAVO
DE
INSTRUMENTO. POLICIAL MILITAR REFORMADO.
SUPRESSÃO
DO
AUXÍLIO
INVALIDEZ.
IRREDUTIBILIDADE
DE
VENCIMENTOS.
LEI
ESTADUAL 10.426/90. OFENSA REFLEXA À CF. FATOS E
3
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Supremo Tribunal Federal
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apelação cível, não tendo o agravante apresentados novos
argumentos aptos a infirmar os termos em que lançada a
decisão guerreada. 7. Recurso de agravo improvido.’
Opostos embargos de declaração, foram rejeitados.
Decido.
Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi
interposto contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era
plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da
matéria constitucional objeto do recurso, conforme decidido na
Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS,
Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de
6/9/07.
Todavia, apesar da petição recursal haver trazido a
preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua
existência, uma vez que, nos termos do artigo 323 do Regimento
Interno do Supremo Tribunal Federal, com a redação
introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o
procedimento acerca da existência da repercussão geral
somente ocorrerá ‘quando não for o caso de inadmissibilidade
do recurso por outra razão’.
A irresignação não merece prosperar.
A questão acerca dos proventos almejados pelo recorrente
no caso dos autos é matéria adstrita ao plano da legislação
infraconstitucional (Lei Complementar nº 59/04 e Lei Estadual
nº 10.426/90), o que não enseja reexame em recurso
extraordinário. Incidência da Súmula nº 280 desta Corte. Sobre
o tema, anote-se:
‘CONSTITUCIONAL.
ADMINISTRATIVO.
AGRAVO
REGIMENTAL
EM
AGRAVO
DE
INSTRUMENTO. POLICIAL MILITAR REFORMADO.
SUPRESSÃO
DO
AUXÍLIO
INVALIDEZ.
IRREDUTIBILIDADE
DE
VENCIMENTOS.
LEI
ESTADUAL 10.426/90. OFENSA REFLEXA À CF. FATOS E
3
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Relatório
AI 824.986 AGR-SEGUNDO / PE
PROVAS. SÚMULAS STF 279 E 280. 1. Para se aferir a
alegada afronta ao princípio da irredutibilidade de
vencimentos, na hipótese, seria necessário o reexame de
fatos e de provas, bem como a análise de legislação local
(Lei 10.426/90), hipóteses inviáveis nesta via (Súmulas STF
279 e 280). 2. Agravo regimental a que se nega provimento’
(AI nº 785.386/PE-AgR, Segunda Turma, Relatora a
Ministra Ellen Gracie, DJe de 13/6/11).
‘AGRAVO
REGIMENTAL
EM
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. POLICIAL MILITAR DO ESTADO
DE PERNAMBUCO. SISTEMA REMUNERATÓRIO.
VALOR FIXADO A TÍTULO DE SOLDO.
CONTROVÉRSIA
DECIDIDA
COM
BASE
EXCLUSIVAMENTE
NA
LEGISLAÇÃO
INFRACONSTITUCIONAL ESTADUAL PERTINENTE.
INCIDÊNCIA DA SÚMULA 280/STF. PRECEDENTES. 1.
Entendimento diverso do adotado no aresto impugnado
exigiria o reexame da legislação infraconstitucional
pertinente (Leis estaduais 10.426/1990 e 11.216/1995),
providência que não tem lugar na instância recursal
extraordinária. 2. Agravo regimental desprovido’ (RE nº
601.230/PE-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro
Ayres Britto, DJE de 1º/6/11).
‘AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO. POLICIAL
MILITAR: AUXÍLIO-INVALIDEZ. IMPOSSIBILIDADE
DA ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO ESTADUAL.
INCIDÊNCIA DA SÚMULA 280 DO SUPREMO
TRIBUNAL FEDERAL. OFENSA CONSTITUCIONAL
INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE
NEGA PROVIMENTO’ (AI nº 579.404/PE-AgR, Primeira
Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJ de 13/3/09).
Ante o exposto, nego provimento ao agravo.”
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Supremo Tribunal Federal
AI 824.986 AGR-SEGUNDO / PE
PROVAS. SÚMULAS STF 279 E 280. 1. Para se aferir a
alegada afronta ao princípio da irredutibilidade de
vencimentos, na hipótese, seria necessário o reexame de
fatos e de provas, bem como a análise de legislação local
(Lei 10.426/90), hipóteses inviáveis nesta via (Súmulas STF
279 e 280). 2. Agravo regimental a que se nega provimento’
(AI nº 785.386/PE-AgR, Segunda Turma, Relatora a
Ministra Ellen Gracie, DJe de 13/6/11).
‘AGRAVO
REGIMENTAL
EM
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. POLICIAL MILITAR DO ESTADO
DE PERNAMBUCO. SISTEMA REMUNERATÓRIO.
VALOR FIXADO A TÍTULO DE SOLDO.
CONTROVÉRSIA
DECIDIDA
COM
BASE
EXCLUSIVAMENTE
NA
LEGISLAÇÃO
INFRACONSTITUCIONAL ESTADUAL PERTINENTE.
INCIDÊNCIA DA SÚMULA 280/STF. PRECEDENTES. 1.
Entendimento diverso do adotado no aresto impugnado
exigiria o reexame da legislação infraconstitucional
pertinente (Leis estaduais 10.426/1990 e 11.216/1995),
providência que não tem lugar na instância recursal
extraordinária. 2. Agravo regimental desprovido’ (RE nº
601.230/PE-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro
Ayres Britto, DJE de 1º/6/11).
‘AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO. POLICIAL
MILITAR: AUXÍLIO-INVALIDEZ. IMPOSSIBILIDADE
DA ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO ESTADUAL.
INCIDÊNCIA DA SÚMULA 280 DO SUPREMO
TRIBUNAL FEDERAL. OFENSA CONSTITUCIONAL
INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE
NEGA PROVIMENTO’ (AI nº 579.404/PE-AgR, Primeira
Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJ de 13/3/09).
Ante o exposto, nego provimento ao agravo.”
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 13
Relatório
AI 824.986 AGR-SEGUNDO / PE
Aduz o agravante, in verbis, que:
“(...) a incapacidade que ocasionara a reforma do
Agravante encontra-se elencada no artigo 83, inciso I da lei nº
10.426/90, sendo, portanto, devido, em face de tal circunstância
proventos de reforma equivalente ao grau hierárquico
imediatamente superior, no caso, TERCEIRO SARGENTO e não
o de CABO.
(...)
No caso em comento, aplica-se a lei que regula os postos
da hierarquia militar estadual, qual seja, Lei nº 6.783/74, que em
seu artigo 98, §2º, ‘c’, estabelece como grau hierarquicamente
superior ao de Soldado PM, o cargo de Terceiro - Sargento PM.
(...) possui direito a perceber em seus proventos o
adicional de inatividade.
(...) o não pagamento dos vencimentos do Agravante de
acordo com a Lei 11.216/95 em seus artigos 11 e 12, gerou
decesso da remuneração do Agravante.
(...) exsurge a responsabilidade civil do Estado e a
necessidade dele responder por toda espécie de prejuízo
causado aos cidadãos, inclusive, pelo negligenciamento dos
direitos assegurados, in casu, ao Agravante.”
É o relatório.
5
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Supremo Tribunal Federal
AI 824.986 AGR-SEGUNDO / PE
Aduz o agravante, in verbis, que:
“(...) a incapacidade que ocasionara a reforma do
Agravante encontra-se elencada no artigo 83, inciso I da lei nº
10.426/90, sendo, portanto, devido, em face de tal circunstância
proventos de reforma equivalente ao grau hierárquico
imediatamente superior, no caso, TERCEIRO SARGENTO e não
o de CABO.
(...)
No caso em comento, aplica-se a lei que regula os postos
da hierarquia militar estadual, qual seja, Lei nº 6.783/74, que em
seu artigo 98, §2º, ‘c’, estabelece como grau hierarquicamente
superior ao de Soldado PM, o cargo de Terceiro - Sargento PM.
(...) possui direito a perceber em seus proventos o
adicional de inatividade.
(...) o não pagamento dos vencimentos do Agravante de
acordo com a Lei 11.216/95 em seus artigos 11 e 12, gerou
decesso da remuneração do Agravante.
(...) exsurge a responsabilidade civil do Estado e a
necessidade dele responder por toda espécie de prejuízo
causado aos cidadãos, inclusive, pelo negligenciamento dos
direitos assegurados, in casu, ao Agravante.”
É o relatório.
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 13
Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
SEGUNDO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 824.986
PERNAMBUCO
VOTO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
O inconformismo não merece prosperar.
Colhe-se do voto condutor do acórdão recorrido:
“Eis o teor da decisão que se pretende reformar:
‘Trata-se de apelação cível interposta em face de
sentença que julgou improcedente o pedido formulado
por Antônio Gomes da Silva contra o Estado de
Pernambuco, a FUNAPE - Fundação de Aposentadorias e
Pensões dos 'Servidores do Estado de Pernambuco e o
FUNAFIN – Fundo Financeiro de Aposentadorias e
Pensões dos Servidores do Estado de Pernambuco,
objetivando a retificação do seu ato de reforma, a fim de
que os seus proventos sejam fixados com base no grau
hierárquico de ‘Terceiro-Sargento PM’, bem como a
percepção do adicional de inatividade nos moldes da Lei
nº 10.426/90 e a condenação da parte ré ao pagamento de
indenização por danos materiais e morais.
(...)
Cumpre, no ponto, ressaltar que o dispositivo legal
em apreço foi revogado com o advento da ECE nº 16/99.
(...) com o advento da emenda, restaram tacitamente
revogados os dispositivos legais que autorizavam os
servidores públicos militares a perceberem, na
inatividade, valores remuneratórios em patamares
maiores do que os auferidos quando estavam em
atividade, a exemplo do art. 83, § 1º e incisos, da Lei nº
10.426/90, (...)
No mesmo sentido, o art. 98 e parágrafos, da Lei nº
6.783/74, (...)
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13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
SEGUNDO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 824.986
PERNAMBUCO
VOTO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
O inconformismo não merece prosperar.
Colhe-se do voto condutor do acórdão recorrido:
“Eis o teor da decisão que se pretende reformar:
‘Trata-se de apelação cível interposta em face de
sentença que julgou improcedente o pedido formulado
por Antônio Gomes da Silva contra o Estado de
Pernambuco, a FUNAPE - Fundação de Aposentadorias e
Pensões dos 'Servidores do Estado de Pernambuco e o
FUNAFIN – Fundo Financeiro de Aposentadorias e
Pensões dos Servidores do Estado de Pernambuco,
objetivando a retificação do seu ato de reforma, a fim de
que os seus proventos sejam fixados com base no grau
hierárquico de ‘Terceiro-Sargento PM’, bem como a
percepção do adicional de inatividade nos moldes da Lei
nº 10.426/90 e a condenação da parte ré ao pagamento de
indenização por danos materiais e morais.
(...)
Cumpre, no ponto, ressaltar que o dispositivo legal
em apreço foi revogado com o advento da ECE nº 16/99.
(...) com o advento da emenda, restaram tacitamente
revogados os dispositivos legais que autorizavam os
servidores públicos militares a perceberem, na
inatividade, valores remuneratórios em patamares
maiores do que os auferidos quando estavam em
atividade, a exemplo do art. 83, § 1º e incisos, da Lei nº
10.426/90, (...)
No mesmo sentido, o art. 98 e parágrafos, da Lei nº
6.783/74, (...)
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 13
Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
AI 824.986 AGR-SEGUNDO / PE
Posteriormente, com a edição da Emenda
Constitucional Estadual nº 24/2005, restou revogada - no
que tange aos servidores militares -, a vedação expressa
então constante do art. 171, §§ 2º ~ 3º da CE.
(...)
Na seqüência, e tendo em conta que a relação
jurídica de fundo é de trato sucessivo, e como tal
suscetível de receber a influência dos atos normativos
supervenientes, impende considerar os termos da Lei
Complementar nº 59 de 05 de julho de 2004, que dispõe, in
litteris: (...)
Compulsando os autos, verifico que o apelante, então
‘Soldado PM’, foi transferido para a inatividade com os
proventos de ‘Cabo PM’, em conformidade com o art. 21,
caput, supramencionado (fls. 34), e atendendo-se ao
escalonamento constante do Anexo I-A da referida Lei
Complementar Estadual.
Logo, não assiste direito ao apelante à fixação dos
seus proventos na forma pretendida - com base na
graduação hierárquica de Terceiro Sargento -, porquanto o
posto hierárquico superior ao ocupado por ele na
atividade é o de Cabo PM.
Passo ao exame do pleito de implantação do
adicional de inatividade nos moldes da Lei nº 10.426/90.
O adicional de inatividade - enquanto esteve em
vigor - era deferido aos militares no ato da inativação, em
função da soma dos anos de serviço prestados à
Corporação.
No caso vertente, não comprovou o autor/apelante o
tempo de serviço necessário à percepção do adicional de
inatividade, de que tratava a Lei Estadual 10.426/90.
(...)
Inclusive, conforme aduziu o apelante na exordial, o
mesmo ingressou na Corporação no ano de 1982, não
reunindo, em 05 de junho de 1999, as condições
necessárias a sua transferência para inatividade, de modo
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Posteriormente, com a edição da Emenda
Constitucional Estadual nº 24/2005, restou revogada - no
que tange aos servidores militares -, a vedação expressa
então constante do art. 171, §§ 2º ~ 3º da CE.
(...)
Na seqüência, e tendo em conta que a relação
jurídica de fundo é de trato sucessivo, e como tal
suscetível de receber a influência dos atos normativos
supervenientes, impende considerar os termos da Lei
Complementar nº 59 de 05 de julho de 2004, que dispõe, in
litteris: (...)
Compulsando os autos, verifico que o apelante, então
‘Soldado PM’, foi transferido para a inatividade com os
proventos de ‘Cabo PM’, em conformidade com o art. 21,
caput, supramencionado (fls. 34), e atendendo-se ao
escalonamento constante do Anexo I-A da referida Lei
Complementar Estadual.
Logo, não assiste direito ao apelante à fixação dos
seus proventos na forma pretendida - com base na
graduação hierárquica de Terceiro Sargento -, porquanto o
posto hierárquico superior ao ocupado por ele na
atividade é o de Cabo PM.
Passo ao exame do pleito de implantação do
adicional de inatividade nos moldes da Lei nº 10.426/90.
O adicional de inatividade - enquanto esteve em
vigor - era deferido aos militares no ato da inativação, em
função da soma dos anos de serviço prestados à
Corporação.
No caso vertente, não comprovou o autor/apelante o
tempo de serviço necessário à percepção do adicional de
inatividade, de que tratava a Lei Estadual 10.426/90.
(...)
Inclusive, conforme aduziu o apelante na exordial, o
mesmo ingressou na Corporação no ano de 1982, não
reunindo, em 05 de junho de 1999, as condições
necessárias a sua transferência para inatividade, de modo
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 13
Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
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a permitir a invocação, em tese, de eventual direito
adquirido à percepção do adicional de inatividade,
quando da subseqüente reforma.
Com efeito, o seu ato de reforma ocorreu no ano de
2007 (fls. 34), restando patente a não incidência da
vantagem pretendida na hipótese em lume.
(...)
Pois bem.
Tais fundamentos, que tenho por auto-explicativos, são
suficientes para o improvimento do recurso.”
Desse modo, é certo que o Tribunal de origem decidiu, com
fundamento na legislação infraconstitucional, que a transferência do ora
agravante para a inatividade foi feita em conformidade com a legislação
que disciplinava a matéria e, no que tange ao adicional de inatividade,
entendeu que não houve comprovação dos requisitos exigidos para a sua
percepção. Assim, para ultrapassar tal entendimento, seria necessário
interpretar a legislação local pertinente (Lei estadual nº 10.426/90; Leis
Complementares nºs 32/01 e 59/04; e Lei nº 6.783/74), o que é inviável em
recurso extraordinário. Incidência da Súmula nº 280/STF. Nesse sentido,
anote-se:
“AGRAVO
REGIMENTAL
EM
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. AUSÊNCIA DE
IMPUGNAÇÃO DE TODOS OS FUNDAMENTOS
SUFICIENTES DA DECISÃO RECORRIDA. SÚMULA 283 DO
STF. DEFINIÇÃO DO CORRETO VALOR DO SOLDO DOS
MILITARES DO ESTADO DE PERNAMBUCO. LEIS
ESTADUAIS
10.426/1990
E
11.216/1995
E
LEI
COMPLEMENTAR
32/2001.
REAPRECIAÇÃO
DE
INTERPRETAÇÃO
DE
NORMAS
LOCAIS.
IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA 280 DO STF. AGRAVO
IMPROVIDO. I – Aplicável a Súmula 283 desta Corte quando
persiste na decisão recorrida fundamento suficiente para sua
3
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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AI 824.986 AGR-SEGUNDO / PE
a permitir a invocação, em tese, de eventual direito
adquirido à percepção do adicional de inatividade,
quando da subseqüente reforma.
Com efeito, o seu ato de reforma ocorreu no ano de
2007 (fls. 34), restando patente a não incidência da
vantagem pretendida na hipótese em lume.
(...)
Pois bem.
Tais fundamentos, que tenho por auto-explicativos, são
suficientes para o improvimento do recurso.”
Desse modo, é certo que o Tribunal de origem decidiu, com
fundamento na legislação infraconstitucional, que a transferência do ora
agravante para a inatividade foi feita em conformidade com a legislação
que disciplinava a matéria e, no que tange ao adicional de inatividade,
entendeu que não houve comprovação dos requisitos exigidos para a sua
percepção. Assim, para ultrapassar tal entendimento, seria necessário
interpretar a legislação local pertinente (Lei estadual nº 10.426/90; Leis
Complementares nºs 32/01 e 59/04; e Lei nº 6.783/74), o que é inviável em
recurso extraordinário. Incidência da Súmula nº 280/STF. Nesse sentido,
anote-se:
“AGRAVO
REGIMENTAL
EM
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. AUSÊNCIA DE
IMPUGNAÇÃO DE TODOS OS FUNDAMENTOS
SUFICIENTES DA DECISÃO RECORRIDA. SÚMULA 283 DO
STF. DEFINIÇÃO DO CORRETO VALOR DO SOLDO DOS
MILITARES DO ESTADO DE PERNAMBUCO. LEIS
ESTADUAIS
10.426/1990
E
11.216/1995
E
LEI
COMPLEMENTAR
32/2001.
REAPRECIAÇÃO
DE
INTERPRETAÇÃO
DE
NORMAS
LOCAIS.
IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA 280 DO STF. AGRAVO
IMPROVIDO. I – Aplicável a Súmula 283 desta Corte quando
persiste na decisão recorrida fundamento suficiente para sua
3
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AI 824.986 AGR-SEGUNDO / PE
manutenção que não foi atacado no recurso extraordinário. II –
O acórdão recorrido dirimiu a questão dos autos com base na
legislação infraconstitucional local aplicável à espécie.
Inadmissível o RE, ante a incidência da Súmula 280 do STF. III –
Agravo regimental improvido” (ARE nº 699.774/PE-AgR,
Segunda Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe
de 24/9/12).
“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE
INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. MILITAR. REFORMA.
PROMOÇÃO AO POSTO IMEDIATAMENTE SUPERIOR.
ANÁLISE DE LEGISLAÇÃO LOCAL. SÚMULA 280 DO STF.
INCURSIONAMENTO
NO
CONTEXTO
FÁTICO-
PROBATÓRIO CARREADO AOS AUTOS. SÚMULA 279 DO
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. 1. A ofensa ao direito local
não viabiliza o apelo extremo (Súmula 280 do STF).
Precedentes: AI n. 649.653-AgR, Segunda Turma, Relator o
Ministro Ayres Britto, Dje de 12.09.2011 e AI n. 682.356-AgR,
Relator o Ministro Dias Toffoli, Primeira Turma. Dje de
14.09.2011. 2. Os princípios da legalidade, do devido processo
legal, da ampla defesa e do contraditório, da motivação das
decisões judiciais, dos limites da coisa julgada e da prestação
jurisdicional, quando a verificação de sua ofensa dependa do
reexame prévio de normas infraconstitucionais, revelam ofensa
indireta ou reflexa à Constituição Federal, o que, por si só, não
desafia a abertura da instância extraordinária. Precedentes: AI
804.854-AgR, 1ª Turma, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJe de
24/11/2010 e AI 756.336-AgR, 2ª Turma, Rel. Min. Ellen Gracie,
DJe de 22/10/2010. 3. A Súmula 279/STF dispõe: ‘Para simples
reexame de prova não cabe recurso extraordinário’. 4. É que o
recurso extraordinário não se presta ao exame de questões que
demandam revolvimento do contexto fático-probatório dos
autos, adstringindo-se à análise da violação direta da ordem
constitucional. 5. In casu, o acórdão recorrido assentou:
‘DIREITO ADMINISTRATIVO, CONSTITUCIONAL
4
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manutenção que não foi atacado no recurso extraordinário. II –
O acórdão recorrido dirimiu a questão dos autos com base na
legislação infraconstitucional local aplicável à espécie.
Inadmissível o RE, ante a incidência da Súmula 280 do STF. III –
Agravo regimental improvido” (ARE nº 699.774/PE-AgR,
Segunda Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe
de 24/9/12).
“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE
INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. MILITAR. REFORMA.
PROMOÇÃO AO POSTO IMEDIATAMENTE SUPERIOR.
ANÁLISE DE LEGISLAÇÃO LOCAL. SÚMULA 280 DO STF.
INCURSIONAMENTO
NO
CONTEXTO
FÁTICO-
PROBATÓRIO CARREADO AOS AUTOS. SÚMULA 279 DO
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. 1. A ofensa ao direito local
não viabiliza o apelo extremo (Súmula 280 do STF).
Precedentes: AI n. 649.653-AgR, Segunda Turma, Relator o
Ministro Ayres Britto, Dje de 12.09.2011 e AI n. 682.356-AgR,
Relator o Ministro Dias Toffoli, Primeira Turma. Dje de
14.09.2011. 2. Os princípios da legalidade, do devido processo
legal, da ampla defesa e do contraditório, da motivação das
decisões judiciais, dos limites da coisa julgada e da prestação
jurisdicional, quando a verificação de sua ofensa dependa do
reexame prévio de normas infraconstitucionais, revelam ofensa
indireta ou reflexa à Constituição Federal, o que, por si só, não
desafia a abertura da instância extraordinária. Precedentes: AI
804.854-AgR, 1ª Turma, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJe de
24/11/2010 e AI 756.336-AgR, 2ª Turma, Rel. Min. Ellen Gracie,
DJe de 22/10/2010. 3. A Súmula 279/STF dispõe: ‘Para simples
reexame de prova não cabe recurso extraordinário’. 4. É que o
recurso extraordinário não se presta ao exame de questões que
demandam revolvimento do contexto fático-probatório dos
autos, adstringindo-se à análise da violação direta da ordem
constitucional. 5. In casu, o acórdão recorrido assentou:
‘DIREITO ADMINISTRATIVO, CONSTITUCIONAL
4
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E PROCESSUAL CIVIL. APLICAÇÃO DO ART. 285-A DO
CPC. IRREGULARIDADE NÃO CONSTATADA.
REFORMA POLICIAL MILITAR REMUNERADA.
PROVENTOS DO POSTO CORRESPONDENTE AO
GRAU HIERÁRQUICO SUPERIOR AO QUE POSSUÍA
QUANDO NA ATIVA. LEI Nº 10.426/90. LEI
COMPLEMENTAR 59/04. EMENDA À CONSTITUIÇÃO
DO ESTADO DE PERNAMBUCO. SUPOSTA
ANTINOMIA
DE
NORMAS
INEXISTENTE.
ENQUADRAMENTO DA SITUAÇÃO FÁTICA AOS
DITAMES DA LC Nº 59/04. RECURSO A QUE SE NEGA
PROVIMENTO. 1. A aplicação do disposto no art. 285-A
do CPC, quando preenchidos os elementos autorizadores
pelo julgador não fere princípio da ampla defesa e do
contraditório. 2. A Lei nº 10.426, de 27 de abril de 1990,
previa a possibilidade dos Policiais reformados de terem
seus proventos calculados com base no soldo
correspondente ao grau hierárquico que possuía na ativa.
3. Com a Emenda à Constituição do Estado de
Pernambuco de 1999, foi vedada a possibilidade de o
servidor público estadual aposentado ou pensionista
perceber, a título de proventos de aposentadoria ou
pensão, valor que exceda a remuneração do respectivo
servidor, no cargo efetivo em que se deu a aposentadoria
ou que serviu de referência para a concessão da pensão. 4.
Com a edição da Lei Complementar nº 59, a qual garantiu,
expressamente aos militares que tenha sido reformados ou
transferidos para a reserva remunerada no posto que
ocupavam quando em atividade, até a sua entra em vigor,
a percepção da remuneração correspondente ao posto ou
graduação imediatamente superior ao que ocupavam em
atividade, a título de promoção. 5. Poder-se-ia vislumbrar,
assim, a existência de uma suposta antinomia dentre tais
leis, a qual, contudo, não é real, mas solucionável
mediante a aplicação dos princípios gerais do direito, bem
como visando ao atendimento da função social da norma e
5
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E PROCESSUAL CIVIL. APLICAÇÃO DO ART. 285-A DO
CPC. IRREGULARIDADE NÃO CONSTATADA.
REFORMA POLICIAL MILITAR REMUNERADA.
PROVENTOS DO POSTO CORRESPONDENTE AO
GRAU HIERÁRQUICO SUPERIOR AO QUE POSSUÍA
QUANDO NA ATIVA. LEI Nº 10.426/90. LEI
COMPLEMENTAR 59/04. EMENDA À CONSTITUIÇÃO
DO ESTADO DE PERNAMBUCO. SUPOSTA
ANTINOMIA
DE
NORMAS
INEXISTENTE.
ENQUADRAMENTO DA SITUAÇÃO FÁTICA AOS
DITAMES DA LC Nº 59/04. RECURSO A QUE SE NEGA
PROVIMENTO. 1. A aplicação do disposto no art. 285-A
do CPC, quando preenchidos os elementos autorizadores
pelo julgador não fere princípio da ampla defesa e do
contraditório. 2. A Lei nº 10.426, de 27 de abril de 1990,
previa a possibilidade dos Policiais reformados de terem
seus proventos calculados com base no soldo
correspondente ao grau hierárquico que possuía na ativa.
3. Com a Emenda à Constituição do Estado de
Pernambuco de 1999, foi vedada a possibilidade de o
servidor público estadual aposentado ou pensionista
perceber, a título de proventos de aposentadoria ou
pensão, valor que exceda a remuneração do respectivo
servidor, no cargo efetivo em que se deu a aposentadoria
ou que serviu de referência para a concessão da pensão. 4.
Com a edição da Lei Complementar nº 59, a qual garantiu,
expressamente aos militares que tenha sido reformados ou
transferidos para a reserva remunerada no posto que
ocupavam quando em atividade, até a sua entra em vigor,
a percepção da remuneração correspondente ao posto ou
graduação imediatamente superior ao que ocupavam em
atividade, a título de promoção. 5. Poder-se-ia vislumbrar,
assim, a existência de uma suposta antinomia dentre tais
leis, a qual, contudo, não é real, mas solucionável
mediante a aplicação dos princípios gerais do direito, bem
como visando ao atendimento da função social da norma e
5
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Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
AI 824.986 AGR-SEGUNDO / PE
às exigências do bem comum, eis que o regramento no
âmbito no âmbito do serviço público militar é diverso,
sendo tratada a matéria por meio de lei especial, do que se
conclui que deve prevalecer a incidência da Lei
Complementar nº 59/04 à hipótese dos autos, que garante
aos militares que tenha sido reformados ou transferidos
para a reserva remunerada no posto que ocupavam
quando em atividade a percepção da remuneração
correspondente ao posto ou graduação imediatamente
superior ao que ocupavam em atividade, a título de
promoção,
consoante
pacífico
entendimento
jurisprudencial desta Corte de Justiça. 6. Desta feita, a
orientação superveniente da Lei Complementar Estadual
nº 59/04 determina, incondicionalmente, em seu art. 21,
que ‘fica assegurada aos militares da ativa, quando de sua
passagem à reserva remunerada ou reforma, a percepção
da remuneração correspondente ao posto ou graduação
imediatamente superior ao que ocupava na atividade, a
título de promoção’. Esse mesmo diploma legal estabelece,
ainda, a hierarquia a ser observada na Corporação Militar
do Estado, restando claro, em seu Anexo I-A, que a
graduação imediatamente superior a de Soldado passou a
ser a de Cabo, e não a de Terceiro Sargento. 7. À
unanimidade de votos, negou-se provimento ao presente
recurso’.
6. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI nº
822.804/PE-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Luiz Fux,
DJe de 20/6/12).
Nego provimento ao agravo regimental.
6
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às exigências do bem comum, eis que o regramento no
âmbito no âmbito do serviço público militar é diverso,
sendo tratada a matéria por meio de lei especial, do que se
conclui que deve prevalecer a incidência da Lei
Complementar nº 59/04 à hipótese dos autos, que garante
aos militares que tenha sido reformados ou transferidos
para a reserva remunerada no posto que ocupavam
quando em atividade a percepção da remuneração
correspondente ao posto ou graduação imediatamente
superior ao que ocupavam em atividade, a título de
promoção,
consoante
pacífico
entendimento
jurisprudencial desta Corte de Justiça. 6. Desta feita, a
orientação superveniente da Lei Complementar Estadual
nº 59/04 determina, incondicionalmente, em seu art. 21,
que ‘fica assegurada aos militares da ativa, quando de sua
passagem à reserva remunerada ou reforma, a percepção
da remuneração correspondente ao posto ou graduação
imediatamente superior ao que ocupava na atividade, a
título de promoção’. Esse mesmo diploma legal estabelece,
ainda, a hierarquia a ser observada na Corporação Militar
do Estado, restando claro, em seu Anexo I-A, que a
graduação imediatamente superior a de Soldado passou a
ser a de Cabo, e não a de Terceiro Sargento. 7. À
unanimidade de votos, negou-se provimento ao presente
recurso’.
6. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI nº
822.804/PE-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Luiz Fux,
DJe de 20/6/12).
Nego provimento ao agravo regimental.
6
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Decisão de Julgamento
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
SEGUNDO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 824.986
PROCED. : PERNAMBUCO
RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S) : ANTONIO GOMES DA SILVA
ADV.(A/S) : ELIZABETH DE CARVALHO SIMPLÍCIO
AGDO.(A/S) : FUNDAÇÃO DE APOSENTADORIAS E PENSÕES DO ESTADO DE
PERNAMBUCO - FUNAPE E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : WALBER DE MOURA AGRA
Decisão: A Turma negou provimento ao segundo agravo
regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do
Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Wagner Mathias.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
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Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
SEGUNDO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 824.986
PROCED. : PERNAMBUCO
RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S) : ANTONIO GOMES DA SILVA
ADV.(A/S) : ELIZABETH DE CARVALHO SIMPLÍCIO
AGDO.(A/S) : FUNDAÇÃO DE APOSENTADORIAS E PENSÕES DO ESTADO DE
PERNAMBUCO - FUNAPE E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : WALBER DE MOURA AGRA
Decisão: A Turma negou provimento ao segundo agravo
regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do
Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Wagner Mathias.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 13 de 13
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3195551 | 2012-11-13T00:00:00 | 2012-12-14T00:00:00 | A Turma negou provimento ao segundo agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 13.11.2012. | SEGUNDO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO | EMENTA
Segundo agravo regimental no agravo de instrumento. Servidor militar. Reforma. Grau hierárquico superior. Adicional de inatividade. Reexame de legislação local. Precedentes.
1. O recurso extraordinário não se presta ao reexame de matéria ínsita ao plano normativo local. Incidência da Súmula nº 280/STF.
2. Agravo regimental não provido. | sjur221759 | - Acórdão(s) citado(s):
(MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL, LEI LOCAL, MILITAR, REFORMA,
PROMOÇÃO)
STF: ARE 699774 AgR (2ªT), AI 822804 AgR (1ªT).
Número de páginas: 13.
Análise: 22/01/2013, MJC. | DIAS TOFFOLI | Primeira Turma | 824986 | [
"LEG-FED SUMSTF-000280 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\r\n\r\n",
"LEG-EST LCP-000032 ANO-2001\r\n LEI COMPLEMENTAR, PE\r\n\r\n",
"LEG-EST LCP-000059 ANO-2004\r\n LEI COMPLEMENTAR, PE\r\n\r\n",
"LEG-EST LEI-006783 ANO-1974\r\n LEI ORDINÁRIA, PE\r\n\r\n",
"LEG-EST LEI-010426 ANO-1990\r\n LEI ORDINÁRIA, PE"
] | AI-AgR-segundo | acordaos | AI 824986 AgR-segundo | [
""
] | AGDO.(A/S) : FUNDAÇÃO DE APOSENTADORIAS E PENSÕES DO ESTADO DE PERNAMBUCO - FUNAPE E OUTRO(A/S)
AGTE.(S) : ANTONIO GOMES DA SILVA
ADV.(A/S) : ELIZABETH DE CARVALHO SIMPLÍCIO
ADV.(A/S) : WALBER DE MOURA AGRA | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 824 . 986",
"Súmula [UNK] 280 / STF",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 824 . 986",
"AI 824 . 986",
"AI 824 . 986",
"AI 824 . 986",
"Agravo de Instrumento [UNK] 664 . 567 / RS",
"AI 824 . 986",
"Questão",
"SÚMULAS STF 279",
"Súmulas STF 279",
"AI [UNK] 785 . 386 / PE - AgR",
"SÚMULA 280 / STF",
"RE [UNK] 601 . 230 / PE - AgR",
"SÚMULA 280 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL",
"AI [UNK] 579 . 404 / PE - AgR",
"AI 824 . 986",
"Súmulas",
"AI [UNK] 785 . 386 / PE - AgR",
"SÚMULA 280 / STF",
"RE [UNK] 601 . 230 / PE - AgR",
"SÚMULA 280 DO SUPREMO",
"AI [UNK] 579 . 404 / PE - AgR",
"AI 824 . 986 AGR",
"AI 824 . 986",
"AI 824 . 986",
"AI 824 . 986",
"Súmula [UNK] 280 / STF",
"SÚMULA 283 DO STF",
"SÚMULA 280 DO STF",
"AI 824 . 986",
"Súmula [UNK] 280 / STF",
"SÚMULA 283 DO STF",
"SÚMULA 280 DO STF",
"AI 824 . 986 AGR - SEGUNDO / PE",
"Súmula 280 do STF",
"ARE [UNK] 699 . 774 / PE - AgR",
"SÚMULA 280 DO STF",
"SÚMULA 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL",
"Súmula 280 do STF",
"AI n . 649 . 653 - AgR",
"AI n . 682 . 356 - AgR",
"AI 804 . 854 - AgR",
"AI 756 . 336 - AgR",
"Súmula 279 / STF",
"AI 824 . 986",
"Súmula 280 do STF",
"ARE [UNK] 699 . 774 / PE - AgR",
"SÚMULA 280 DO STF",
"SÚMULA 279 DO SUPREMO",
"Súmula 280 do STF",
"AI n . 649 . 653 - AgR",
"AI n . 682 . 356 - AgR",
"AI 804 . 854 - AgR",
"AI 756 . 336 - AgR",
"Súmula 279 / STF",
"AI 824 . 986",
"AI 824 . 986",
"AI 824 . 986",
"AI [UNK] 822 . 804 / PE - AgR",
"AI 824 . 986",
"AI [UNK] 822 . 804 / PE - AgR",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 824 . 986",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 824 . 986"
],
"LEGISLACAO": [
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigos [UNK] , inciso II , e 37 , inciso XV , da Constituição Federal",
"ART . 21 , CAPUT , DA LC [UNK] 59 / 2004",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigos [UNK] , inciso II , e 37 , inciso XV , da Constituição Federal",
"ART . 21 , CAPUT , DA LC [UNK] 59 / 2004",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ECE [UNK] 16 / 99",
"Constituição Federal",
"Emendas Constitucionais de [UNK] 19",
"ECE [UNK] 16 / 99",
"art . 98 , § [UNK] , ‘ c ’ , da Lei [UNK] 6 . 783 / 74",
"art . 21 , caput , da LC [UNK] 59 / 04",
"Lei [UNK] 10 . 426 / 90",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ECE [UNK] 16 / 99",
"Constituição Federal",
"Emendas Constitucionais de [UNK] 19 e 20",
"ECE [UNK] 16 / 99",
"art . 98 , § [UNK] , ‘ c ’ , da Lei [UNK] 6 . 783 / 74",
"art . 21 , caput , da LC [UNK] 59 / 04",
"Lei [UNK] 10 . 426 / 90",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal",
"Emenda Regimental [UNK] 21 / 07",
"Lei Complementar [UNK] 59 / 04",
"Lei Estadual [UNK] 10 . 426 / 90",
"LEI ESTADUAL 10 . 426 / 90",
"CF",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal",
"Emenda Regimental [UNK] 21 / 07",
"Lei Complementar [UNK] 59 / 04",
"Lei Estadual [UNK] 10 . 426 / 90",
"LEI ESTADUAL 10 . 426 / 90",
"CF",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei 10 . 426 / 90",
"Leis estaduais 10 . 426 / 1990",
"11",
".",
"216",
"/",
"1995",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei 10 . 426 / 90",
"Leis estaduais 10 . 426 / 1990",
"11",
".",
"216",
"/",
"1995",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 83 , inciso I da lei [UNK] 10 . 426 / 90",
"Lei [UNK] 6 . 783 / 74",
"Lei 11 . 216 / 95",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 83 , inciso I da lei [UNK] 10 . 426 / 90",
"Lei [UNK] 6 . 783 / 74",
"Lei 11 . 216 / 95",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"[UNK] 10 . 426 / 90",
"ECE [UNK] 16 / 99",
"art . 83 , § [UNK] e incisos , da Lei [UNK] 10 . 426 / 90",
"art . 98 e parágrafos , da Lei [UNK] 6 . 783 / 74",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei [UNK] 10 .",
"ECE [UNK] 16 / 99",
"art . 83 , § [UNK] e incisos , da Lei [UNK] 10 . 426 / 90",
"art . 98 e parágrafos , da Lei [UNK] 6 . 783 / 74",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Emenda Constitucional Estadual [UNK] 24 / 2005",
"art . 171 , § § [UNK] ~ [UNK] da CE",
"Lei Complementar [UNK] 59",
"Lei [UNK] 10 . 426 / 90",
"Lei Estadual 10 . 426 / 90",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Emenda Constitucional Estadual [UNK] 24 / 2005",
"art . 171 , § § [UNK] ~ [UNK] da CE",
"Lei Complementar [UNK] 59",
"Lei [UNK] 10 . 426 / 90",
"Lei Estadual 10 . 426 / 90",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei estadual [UNK]",
"10",
".",
"426",
"/",
"90",
"Leis Complementares [UNK] 32 / 01",
"59",
"/",
"04",
"Lei [UNK] 6 . 783 / 74",
"LEIS ESTADUAIS 10 . 426 / 1990",
"11",
".",
"216",
"/",
"1995",
"LEI COMPLEMENTAR 32 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei estadual [UNK] 10 . 426 / 90",
"Leis Complementares [UNK] 32 / 01",
"59",
"/",
"04",
"Lei [UNK] 6 . 783 / 74",
"LEIS ESTADUAIS 10 . 426 / 1990",
"11",
".",
"216",
"/",
"1995",
"LEI COMPLEMENTAR 32 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ART . 285 - A DO CPC",
"LEI [UNK] 10 . 426 / 90",
"LEI COMPLEMENTAR 59 / 04",
"CONSTITUIÇÃO",
"LC [UNK] 59 / 04",
"art . 285 - A do CPC",
"Lei [UNK] 10 . 426",
"Emenda à Constituição do Estado de Pernambuco",
"Lei Complementar [UNK] 59",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ART . 285 - A DO CPC",
"LEI [UNK] 10 . 426 / 90",
"LEI COMPLEMENTAR 59 / 04",
"LC [UNK] 59 / 04",
"art . 285 - A do CPC",
"Lei [UNK] 10 . 426",
"Emenda à Constituição do Estado de Pernambuco de",
"Lei Complementar [UNK] 59",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei Complementar [UNK] 59 / 04",
"Lei Complementar Estadual [UNK] 59 / 04",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei Complementar [UNK]",
"Lei Complementar Estadual [UNK] 59 / 04",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"PERNAMBUCO",
"Brasília",
"PERNAMBUCO",
"PERNAMBUCO",
"ESTADO DE PERNAMBUCO",
"ESTADO DE PERNAMBUCO",
"PERNAMBUCO",
"Estado de Pernambuco",
"PERNAMBUCO",
"Estado de Pernambuco",
"ESTADO DE PERNAMBUCO",
"ESTADO DE PERNAMBUCO",
"ESTADO DE PERNAMBUCO",
"ESTADO DE PERNAMBUCO",
"PERNAMBUCO",
"PERNAMBUCO"
],
"ORGANIZACAO": [
"PRIMEIRA TURMA",
"SEGUNDO",
"FUNDAÇÃO DE APOSENTADORIAS E PENSÕES DO ESTADO DE PERNAMBUCO",
"FUNAPE",
"Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA",
"TURMA",
"SEGUNDO",
"FUNDAÇÃO DE APOSENTADORIAS E PENSÕES DO ESTADO DE PERNAMBUCO",
"FUNAPE",
"Oitava Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"SEGUNDO",
"FUNDAÇÃO DE APOSENTADORIAS E PENSÕES DO ESTADO DE PERNAMBUCO",
"FUNAPE",
"Oitava Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"/",
"STJ",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"STJ",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"/",
"Tribunal Pleno",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDO",
"/",
"PE",
"Tribunal Pleno",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Segunda Turma",
"Segunda Turma",
"Primeira Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Segunda Turma",
"Primeira Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDO",
"/",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"SEGUNDO",
"FUNAPE",
"Fundação de Aposentadorias e Pensões dos ' Servidores do Estado de Pernambuco",
"FUNAFIN",
"Fundo Financeiro de Aposentadorias e Pensões dos Servidores do Estado de Pernambuco",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"SEGUNDO",
"FUNAPE",
"Fundação de Aposentadorias e Pensões dos ' Servidores do Estado de Pernambuco",
"FUNAFIN",
"Fundo Financeiro de Aposentadorias e Pensões dos Servidores do Estado de Pernambuco",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDO",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDO",
"/",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Segunda Turma",
"Segunda Turma",
"Primeira",
"[UNK] Turma",
"[UNK] Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDO",
"/",
"PE",
"Segunda Turma",
"Segunda Turma",
"Primeira Turma",
"[UNK] Turma",
"[UNK] Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Primeira Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Corporação Militar do Estado",
"Primeira Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"FUNDAÇÃO DE APOSENTADORIAS E PENSÕES DO ESTADO DE PERNAMBUCO",
"FUNAPE",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"FUNDAÇÃO DE APOSENTADORIAS E PENSÕES DO ESTADO DE PERNAMBUCO",
"FUNAPE",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"DIAS TOFFOLI",
"ANTONIO GOMES DA SILVA",
"ELIZABETH DE CARVALHO",
"WALBER DE MOURA",
"Dias Toffoli",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"ANTONIO GOMES DA SILVA",
"ELIZABETH DE CARVALHO",
"WALBER DE MOURA",
"DIAS TOFFOLI",
"Antônio Gomes da Silva",
"Antônio Gomes da Silva",
"DIAS TOFFOLI",
"ANTONIO GOMES DA SILVA",
"ELIZABETH DE CARVALHO",
"WALBER DE MOURA",
"DIAS TOFFOLI",
"Antônio Gomes da Silva",
"Antônio Gomes da Silva",
"Sepúlveda Pertence",
"Sepúlveda Pertence",
"Ellen Gracie",
"Ayres Britto",
"Cármen Lúcia",
"Ellen Gracie",
"Ayres Britto",
"Cármen Lúcia",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"Antônio Gomes da Silva",
"DIAS TOFFOLI",
"Antônio Gomes da Silva",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS",
"Ricardo Lewandowski",
"Ayres Britto",
"Dias Toffoli",
"Cármen Lúcia",
"Ellen Gracie",
"Ricardo Lewandowski",
"Ayres Britto",
"Dias Toffoli",
"Cármen Lúcia",
"Ellen Gracie",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"Luiz Fux",
"Luiz Fux",
"DIAS TOFFOLI",
"ANTONIO GOMES DA SILVA",
"ELIZABETH DE CARVALHO",
"WALBER DE MOURA AGRA",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Wagner Mathias",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza",
"DIAS TOFFOLI",
"ANTONIO GOMES DA SILVA",
"ELIZABETH DE CARVALHO",
"WALBER DE MOURA",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Wagner Mathias",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza"
],
"TEMPO": [
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"13 de novembro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"14",
"/",
"12",
"/",
"2012",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"1998",
"05 de junho de 1999",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"1998",
"05 de junho de 1999",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"3",
"/",
"5",
"/",
"07",
"6",
"/",
"9",
"/",
"07",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"3",
"/",
"5",
"/",
"07",
"6",
"/",
"9",
"/",
"07",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"6",
"/",
"11",
"[UNK]",
"/",
"6",
"/",
"11",
"13",
"/",
"3",
"/",
"09",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"6",
"/",
"11",
"[UNK]",
"/",
"6",
"/",
"11",
"13",
"/",
"3",
"/",
"09",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"05 de julho de 2004",
"1982",
"05 de junho de 1999",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"05 de julho de 2004",
"1982",
"05 de junho de 1999",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"2007",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"2007",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"9",
"/",
"12",
"12",
".",
"09",
".",
"2011",
"14",
".",
"09",
".",
"2011",
"24",
"/",
"11",
"/",
"2010",
"22",
"/",
"10",
"/",
"2010",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"9",
"/",
"12",
"12",
".",
"09",
".",
"2011",
"14",
".",
"09",
".",
"2011",
"24",
"/",
"11",
"/",
"2010",
"22",
"/",
"10",
"/",
"2010",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"27 de abril de 1990",
"1999",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"27 de abril de 1990",
"1999",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"20",
"/",
"6",
"/",
"12",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"20",
"/",
"6",
"/",
"12",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 709.926 MINAS
GERAIS
RELATORA
: MIN. ROSA WEBER
AGTE.(S)
:BANCO SANTANDER (BRASIL) S/A
ADV.(A/S)
:OSMAR MENDES PAIXÃO CÔRTES E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:ALINE NAZARETH VIEIRA DE ASSIS
ADV.(A/S)
:SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
EMENTA
DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DIREITO DO CONSUMIDOR.
DANOS MORAIS. INCLUSÃO INDEVIDA DO NOME DA AUTORA NO
SERVIÇO DE PROTEÇÃO AO CRÉDITO (SPC). VALOR DA
INDENIZAÇÃO. SUPOSTA AFRONTA AO ART. 5º, LIV, DA CARTA
MAIOR. INTERPRETAÇÃO DE NORMAS DE ÂMBITO
INFRACONSTITUCIONAL. EVENTUAL VIOLAÇÃO REFLEXA NÃO
VIABILIZA O MANEJO DE RECURSO EXTRAORDINÁRIO.
Não cuidou o agravante de infirmar os fundamentos que lastrearam
a decisão agravada, mormente no que se refere ao âmbito
infraconstitucional do debate, a inviabilizar o trânsito do recurso
extraordinário.
Agravo conhecido e não provido.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os
Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Primeira Turma, sob a
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de
julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em
negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da relatora.
Brasília, 13 de novembro de 2012.
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3107720.
Supremo Tribunal Federal
DJe 27/11/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 7
Ementa e Acórdão
ARE 709.926 AGR / MG
Ministra Rosa Weber
Relatora
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3107720.
Supremo Tribunal Federal
ARE 709.926 AGR / MG
Ministra Rosa Weber
Relatora
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3107720.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 7
Relatório
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 709.926 MINAS
GERAIS
RELATORA
: MIN. ROSA WEBER
AGTE.(S)
:BANCO SANTANDER (BRASIL) S/A
ADV.(A/S)
:OSMAR MENDES PAIXÃO CÔRTES E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:ALINE NAZARETH VIEIRA DE ASSIS
ADV.(A/S)
:SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
RELATÓRIO
Contra decisão por mim proferida (fls. 108-10), mediante a qual
negado provimento a seu agravo em recurso extraordinário, maneja
agravo regimental o Banco Santander (fls.112-5).
O agravante insurge-se contra a decisão agravada, ao argumento de
que resulta clara a violação do art. 5º, LIV, da Carta Maior. Sustenta que o
valor fixado a título de danos morais não se coaduna com os princípios
da proporcionalidade e razoabilidade.
Acordão da Turma Recursal de Barbacena/MG publicado em
02.5.2012 (fl. 79v).
É o relatório.
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3107721.
Supremo Tribunal Federal
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 709.926 MINAS
GERAIS
RELATORA
: MIN. ROSA WEBER
AGTE.(S)
:BANCO SANTANDER (BRASIL) S/A
ADV.(A/S)
:OSMAR MENDES PAIXÃO CÔRTES E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:ALINE NAZARETH VIEIRA DE ASSIS
ADV.(A/S)
:SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
RELATÓRIO
Contra decisão por mim proferida (fls. 108-10), mediante a qual
negado provimento a seu agravo em recurso extraordinário, maneja
agravo regimental o Banco Santander (fls.112-5).
O agravante insurge-se contra a decisão agravada, ao argumento de
que resulta clara a violação do art. 5º, LIV, da Carta Maior. Sustenta que o
valor fixado a título de danos morais não se coaduna com os princípios
da proporcionalidade e razoabilidade.
Acordão da Turma Recursal de Barbacena/MG publicado em
02.5.2012 (fl. 79v).
É o relatório.
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3107721.
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Voto - MIN. ROSA WEBER
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 709.926 MINAS
GERAIS
VOTO
A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Preenchidos os
pressupostos genéricos, conheço do agravo regimental e passo ao exame
do mérito.
Transcrevo o teor da decisão que desafiou o agravo:
“Vistos etc.
Contra o juízo negativo de admissibilidade do recurso
extraordinário, exarado pela Presidência do Tribunal a quo ,
maneja agravo o Banco Santander (Brasil) S/A. Na minuta,
sustenta que o recurso extraordinário reúne todos os requisitos
para sua admissão. Aponta violação direta do art. 5º, LIV, da Lei
Maior.
Sem contraminuta.
É o relatório.
Decido.
Preenchidos os pressupostos extrínsecos.
Da detida análise dos fundamentos da decisão
denegatória de seguimento do recurso extraordinário, bem
como à luz das razões de decidir adotadas pelo Tribunal de
origem, por ocasião do julgamento do recurso veiculado na
instância ordinária, concluo que nada colhe o agravo.
O exame de eventual ofensa ao preceito constitucional
indicado nas razões recursais, consagrador dos princípios da
proteção ao devido processo legal, ao contraditório e à ampla
defesa (art. 5º da Lei Maior), demanda, em primeiro plano, a
interpretação das normas infraconstitucionais aplicáveis à
espécie, de tal modo que, se afronta ocorresse, seria indireta, o
que não atende à exigência do art. 102, III, a, da Lei Maior, nos
termos da remansosa jurisprudência deste egrégio Supremo
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3107722.
Supremo Tribunal Federal
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 709.926 MINAS
GERAIS
VOTO
A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Preenchidos os
pressupostos genéricos, conheço do agravo regimental e passo ao exame
do mérito.
Transcrevo o teor da decisão que desafiou o agravo:
“Vistos etc.
Contra o juízo negativo de admissibilidade do recurso
extraordinário, exarado pela Presidência do Tribunal a quo ,
maneja agravo o Banco Santander (Brasil) S/A. Na minuta,
sustenta que o recurso extraordinário reúne todos os requisitos
para sua admissão. Aponta violação direta do art. 5º, LIV, da Lei
Maior.
Sem contraminuta.
É o relatório.
Decido.
Preenchidos os pressupostos extrínsecos.
Da detida análise dos fundamentos da decisão
denegatória de seguimento do recurso extraordinário, bem
como à luz das razões de decidir adotadas pelo Tribunal de
origem, por ocasião do julgamento do recurso veiculado na
instância ordinária, concluo que nada colhe o agravo.
O exame de eventual ofensa ao preceito constitucional
indicado nas razões recursais, consagrador dos princípios da
proteção ao devido processo legal, ao contraditório e à ampla
defesa (art. 5º da Lei Maior), demanda, em primeiro plano, a
interpretação das normas infraconstitucionais aplicáveis à
espécie, de tal modo que, se afronta ocorresse, seria indireta, o
que não atende à exigência do art. 102, III, a, da Lei Maior, nos
termos da remansosa jurisprudência deste egrégio Supremo
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documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3107722.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 7
Voto - MIN. ROSA WEBER
ARE 709.926 AGR / MG
Tribunal Federal, verbis :
"RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. Alegação
de ofensa ao art. 5º, XXII, XXIII, XXIV, LIV e LV, da Constituição
Federal. Violações dependentes de reexame prévio de normas
inferiores. Ofensa constitucional indireta. Matéria fática.
Súmula 279. Agravo regimental não provido. É pacífica a
jurisprudência desta Corte, no sentido de não tolerar, em
recurso extraordinário, alegação de ofensa que, irradiando-se
de má interpretação, aplicação, ou, até, inobservância de
normas infraconstitucionais, seria apenas indireta à
Constituição da República, e, muito menos, de reexame de
provas" (STF-AI-AgR-495.880/SP, Relator Ministro Cezar Peluso,
1ª Turma, DJ 05.8.2005).
"Recurso extraordinário: descabimento: acórdão recorrido,
do Tribunal Superior do Trabalho, que decidiu a questão à luz
de legislação infraconstitucional: alegada violação ao texto
constitucional que, se ocorresse, seria reflexa ou indireta;
ausência de negativa de prestação jurisdicional ou de defesa aos
princípios compreendidos nos arts. 5º, II, XXXV, LIV e LV e 93,
IX, da Constituição Federal." (STF-AI-AgR-436.911/SE, Relator
Ministro Sepúlveda Pertence, 1ª Turma, DJ 17.6.2005)
"CONSTITUCIONAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO:
ALEGAÇÃO DE OFENSA À C.F., art. 5º, II, XXXV, XXXVI, LIV
e LV. I. - Ao Judiciário cabe, no conflito de interesses, fazer valer
a vontade concreta da lei, interpretando-a. Se, em tal operação,
interpreta razoavelmente ou desarrazoadamente a lei, a questão
fica no campo da legalidade, inocorrendo o contencioso
constitucional. II. - Decisão contrária ao interesse da parte não
configura negativa de prestação jurisdicional (C.F., art. 5º,
XXXV). III. - A verificação, no caso concreto, da existência, ou
não, do direito adquirido, situa-se no campo
infraconstitucional. IV. - Alegação de ofensa ao devido processo
legal: C.F., art. 5º, LIV e LV: se ofensa tivesse havido, seria ela
indireta, reflexa, dado que a ofensa direta seria a normas
processuais. E a ofensa a preceito constitucional que autoriza a
admissão do recurso extraordinário é a ofensa direta, frontal. V.
2
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ARE 709.926 AGR / MG
Tribunal Federal, verbis :
"RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. Alegação
de ofensa ao art. 5º, XXII, XXIII, XXIV, LIV e LV, da Constituição
Federal. Violações dependentes de reexame prévio de normas
inferiores. Ofensa constitucional indireta. Matéria fática.
Súmula 279. Agravo regimental não provido. É pacífica a
jurisprudência desta Corte, no sentido de não tolerar, em
recurso extraordinário, alegação de ofensa que, irradiando-se
de má interpretação, aplicação, ou, até, inobservância de
normas infraconstitucionais, seria apenas indireta à
Constituição da República, e, muito menos, de reexame de
provas" (STF-AI-AgR-495.880/SP, Relator Ministro Cezar Peluso,
1ª Turma, DJ 05.8.2005).
"Recurso extraordinário: descabimento: acórdão recorrido,
do Tribunal Superior do Trabalho, que decidiu a questão à luz
de legislação infraconstitucional: alegada violação ao texto
constitucional que, se ocorresse, seria reflexa ou indireta;
ausência de negativa de prestação jurisdicional ou de defesa aos
princípios compreendidos nos arts. 5º, II, XXXV, LIV e LV e 93,
IX, da Constituição Federal." (STF-AI-AgR-436.911/SE, Relator
Ministro Sepúlveda Pertence, 1ª Turma, DJ 17.6.2005)
"CONSTITUCIONAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO:
ALEGAÇÃO DE OFENSA À C.F., art. 5º, II, XXXV, XXXVI, LIV
e LV. I. - Ao Judiciário cabe, no conflito de interesses, fazer valer
a vontade concreta da lei, interpretando-a. Se, em tal operação,
interpreta razoavelmente ou desarrazoadamente a lei, a questão
fica no campo da legalidade, inocorrendo o contencioso
constitucional. II. - Decisão contrária ao interesse da parte não
configura negativa de prestação jurisdicional (C.F., art. 5º,
XXXV). III. - A verificação, no caso concreto, da existência, ou
não, do direito adquirido, situa-se no campo
infraconstitucional. IV. - Alegação de ofensa ao devido processo
legal: C.F., art. 5º, LIV e LV: se ofensa tivesse havido, seria ela
indireta, reflexa, dado que a ofensa direta seria a normas
processuais. E a ofensa a preceito constitucional que autoriza a
admissão do recurso extraordinário é a ofensa direta, frontal. V.
2
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 7
Voto - MIN. ROSA WEBER
ARE 709.926 AGR / MG
- Agravo não provido" (STF-RE-AgR-154.158/SP, Relator
Ministro Carlos Velloso, 2ª Turma, DJ 20.9.2002).
Nesse sentir, não merece processamento o apelo extremo,
consoante também se denota dos fundamentos da decisão que
desafiou o recurso, aos quais me reporto e cuja detida análise
conduz à conclusão pela ausência de ofensa direta e literal a
preceito da Constituição da República.
Conheço do agravo para negar-lhe provimento (art. 544, §
4º, II, a, do CPC)” (fls. 108-10).
Irrepreensível a decisão agravada.
Não cuidou o agravante de infirmar os fundamentos que lastrearam
a decisão agravada, mormente no que se refere ao âmbito
infraconstitucional do debate, a inviabilizar o trânsito do recurso
extraordinário.
Destaco que, no presente feito, tendo o Colegiado de origem
mantido a indenização de R$ 7.000,00 (sete mil reais), a título de danos
morais, fixada na sentença de piso, com espeque no Código de Defesa do
Consumidor, por inclusão indevida do nome da autora no Serviço de
Proteção ao Crédito, suposta afronta ao preceito constitucional indicado
nas razões recursais dependeria da análise de normas
infraconstitucionais, o que torna oblíqua e reflexa eventual ofensa,
insuscetível, portanto, de viabilizar o conhecimento do recurso
extraordinário, considerada a disposição do art. 102, III, “a”, da Lei Maior.
Agravo regimental conhecido e não provido.
É como voto.
3
Supremo Tribunal Federal
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ARE 709.926 AGR / MG
- Agravo não provido" (STF-RE-AgR-154.158/SP, Relator
Ministro Carlos Velloso, 2ª Turma, DJ 20.9.2002).
Nesse sentir, não merece processamento o apelo extremo,
consoante também se denota dos fundamentos da decisão que
desafiou o recurso, aos quais me reporto e cuja detida análise
conduz à conclusão pela ausência de ofensa direta e literal a
preceito da Constituição da República.
Conheço do agravo para negar-lhe provimento (art. 544, §
4º, II, a, do CPC)” (fls. 108-10).
Irrepreensível a decisão agravada.
Não cuidou o agravante de infirmar os fundamentos que lastrearam
a decisão agravada, mormente no que se refere ao âmbito
infraconstitucional do debate, a inviabilizar o trânsito do recurso
extraordinário.
Destaco que, no presente feito, tendo o Colegiado de origem
mantido a indenização de R$ 7.000,00 (sete mil reais), a título de danos
morais, fixada na sentença de piso, com espeque no Código de Defesa do
Consumidor, por inclusão indevida do nome da autora no Serviço de
Proteção ao Crédito, suposta afronta ao preceito constitucional indicado
nas razões recursais dependeria da análise de normas
infraconstitucionais, o que torna oblíqua e reflexa eventual ofensa,
insuscetível, portanto, de viabilizar o conhecimento do recurso
extraordinário, considerada a disposição do art. 102, III, “a”, da Lei Maior.
Agravo regimental conhecido e não provido.
É como voto.
3
Supremo Tribunal Federal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 7
Decisão de Julgamento
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 709.926
PROCED. : MINAS GERAIS
RELATORA : MIN. ROSA WEBER
AGTE.(S) : BANCO SANTANDER (BRASIL) S/A
ADV.(A/S) : OSMAR MENDES PAIXÃO CÔRTES E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : ALINE NAZARETH VIEIRA DE ASSIS
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos
termos do voto da Relatora. Unânime. Presidência do Senhor
Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Wagner Mathias.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
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Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 709.926
PROCED. : MINAS GERAIS
RELATORA : MIN. ROSA WEBER
AGTE.(S) : BANCO SANTANDER (BRASIL) S/A
ADV.(A/S) : OSMAR MENDES PAIXÃO CÔRTES E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : ALINE NAZARETH VIEIRA DE ASSIS
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos
termos do voto da Relatora. Unânime. Presidência do Senhor
Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Wagner Mathias.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3126441
Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 7
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3129822 | 2012-11-13T00:00:00 | 2012-11-27T00:00:00 | A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 13.11.2012. | AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO | EMENTA
DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DIREITO DO CONSUMIDOR. DANOS MORAIS. INCLUSÃO INDEVIDA DO NOME DA AUTORA NO SERVIÇO DE PROTEÇÃO AO CRÉDITO (SPC). VALOR DA INDENIZAÇÃO. SUPOSTA AFRONTA AO ART. 5º, LIV, DA CARTA MAIOR. INTERPRETAÇÃO DE NORMAS DE ÂMBITO INFRACONSTITUCIONAL. EVENTUAL VIOLAÇÃO REFLEXA NÃO VIABILIZA O MANEJO DE RECURSO EXTRAORDINÁRIO.
Não cuidou o agravante de infirmar os fundamentos que lastrearam a decisão agravada, mormente no que se refere ao âmbito infraconstitucional do debate, a inviabilizar o trânsito do recurso extraordinário.
Agravo conhecido e não provido. | sjur219944 | Número de páginas: 7.
Análise: 03/12/2012, BMB. | ROSA WEBER | Primeira Turma | 709926 | [
"LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00005 INC-00054 ART-00102 INC-00003\r\n LET-A \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n\r\n",
"LEG-FED LEI-008078 ANO-1990\r\n CDC-1990 CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR"
] | ARE-AgR | acordaos | ARE 709926 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : BANCO SANTANDER (BRASIL) S/A
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
ADV.(A/S) : OSMAR MENDES PAIXÃO CÔRTES E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : ALINE NAZARETH VIEIRA DE ASSIS | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"ARE 709 . 926 AGR",
"ARE 709 . 926 AGR / MG",
"STF",
"-",
"AI",
"-",
"AgR",
"-",
"495",
".",
"880",
"/",
"SP",
"STF",
"-",
"AI",
"-",
"AgR",
"-",
"436",
".",
"911",
"/",
"SE",
"ARE 709 . 926 AGR / MG",
"-",
"AI",
"-",
"AgR",
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"495",
".",
"880",
"SP",
"STF",
"-",
"AI",
"-",
"AgR",
"-",
"436",
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"911",
"/",
"SE",
"ARE 709 . 926 AGR",
"STF",
"-",
"RE",
"-",
"AgR",
"-",
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".",
"158",
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"SP",
"ARE 709 . 926 AGR /",
"MG",
"STF",
"-",
"RE",
"-",
"AgR",
"-",
"154",
".",
"158",
"/",
"SP"
],
"LEGISLACAO": [
"ART . [UNK] , LIV , DA CARTA MAIOR",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] , LIV , da Carta Maior",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] , LIV , da Lei Maior",
"art . [UNK] da Lei Maior",
"art . 102 , III , a , da Lei Maior",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] , LIV , da Lei Maior",
"art . [UNK] da Lei Maior",
"art . 102 , III , a , da Lei Maior",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] , XXII , XXIII , XXIV , LIV e LV , da Constituição Federal",
"Constituição da República",
"arts . [UNK] , II , XXXV , LIV e LV e 93 , IX , da Constituição Federal",
"C",
".",
"F . , art . [UNK] , II , XXXV",
"C",
".",
"F . , art . [UNK] , XXXV",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] , XXII , XXIII , XXIV , LIV e LV , da Constituição Federal",
"Constituição da República",
"arts . [UNK] , II , XXXV , LIV e LV e 93 , IX , da Constituição Federal",
"C",
".",
"F",
"art . [UNK] , II , XXXV , XXXVI , LIV e LV",
"C",
".",
"F",
"art",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição da República",
"art . 544 , § [UNK] , II , a , do CPC",
"Código de Defesa do Consumidor",
"art . 102 , III , “ a ” , da Lei Maior",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição da República",
"art . 544 , § [UNK] , II , a , do CPC",
"Código de Defesa do Consumidor",
"art . 102 , III , “ a ” , da Lei Maior",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"MINAS GERAIS",
"Brasília",
"MINAS GERAIS",
"MINAS GERAIS",
"MINAS GERAIS",
"MINAS GERAIS",
"MINAS GERAIS"
],
"ORGANIZACAO": [
"PRIMEIRA TURMA",
"BANCO SANTANDER ( BRASIL ) S / A",
"SERVIÇO",
"SPC",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"/",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"BANCO SANTANDER ( BRASIL ) S / A",
"Banco Santander",
"Turma Recursal de Barbacena / MG",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"BANCO SANTANDER ( BRASIL ) S / A",
"Banco Santander",
"Turma Recursal de Barbacena / MG",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"Banco Santander ( Brasil ) S / A",
"Supremo",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Banco Santander ( Brasil ) S / A",
"Supremo",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Tribunal Federal",
"[UNK] Turma",
"Tribunal Superior do Trabalho",
"[UNK] Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"STF",
"[UNK] Turma",
"Tribunal Superior do Trabalho",
"[UNK] Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"[UNK] Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"[UNK] Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"BANCO SANTANDER ( BRASIL ) S / A",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"BANCO SANTANDER ( BRASIL ) S / A",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"ROSA WEBER",
"OSMAR MENDES PAIXÃO",
"ALINE NAZARETH VIEIRA DE ASSIS",
"Dias Toffoli",
"Rosa Weber",
"Rosa Weber",
"ROSA WEBER",
"OSMAR MENDES PAIXÃO CÔRTES",
"ALINE NAZARETH VIEIRA DE ASSIS",
"ROSA WEBER",
"OSMAR MENDES PAIXÃO CÔRTES",
"ALINE NAZARETH VIEIRA DE ASSIS",
"ROSA WEBER",
"Rosa Weber",
"Rosa Weber",
"ROSA WEBER",
"Cezar Peluso",
"Sepúlveda Pertence",
"Cezar Peluso",
"Sepúlveda Pertence",
"ROSA WEBER",
"Carlos Velloso",
"Carlos Velloso",
"ROSA",
"OSMAR MENDES PAIXÃO CÔRTES",
"ALINE NAZARETH VIEIRA DE ASSIS",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Wagner Mathias",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza",
"ROSA WEBER",
"OSMAR MENDES PAIXÃO",
"ALINE NAZARETH VIEIRA DE ASSIS",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Wagner Mathias",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza"
],
"TEMPO": [
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"13 de novembro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"27",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"02",
".",
"5",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"02",
".",
"5",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"05",
".",
"8",
".",
"2005",
"17",
".",
"6",
".",
"2005",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"05",
".",
"8",
".",
"2005",
"17",
".",
"6",
".",
"2005",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"20",
".",
"9",
".",
"2002",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"20",
".",
"9",
".",
"2002",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
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"08",
"/",
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"13",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
HABEAS CORPUS 112.213 SÃO PAULO
RELATOR
: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
PACTE.(S)
:SÉRGIO SORGI FILHO
IMPTE.(S)
:SÉRGIO SORGI FILHO
PROC.(A/S)(ES)
:DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
COATOR(A/S)(ES)
:SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
EMENTA:
HABEAS CORPUS. PENAL. ROUBO TENTADO.
PRESCRIÇÃO. NÃO OCORRÊNCIA. ORDEM DENEGADA.
I – Nos termos do § 1º do art. 110, combinado com o art. 109, V, do
Código Penal, a reprimenda fixada em 1 ano e 10 meses de reclusão
prescreve em 4 anos.
II – Entre todas as causas legais de interrupção da prescrição não
ocorreu lapso temporal igual ou superior a 4 anos, o que afasta a alegação
de prescrição da pretensão punitiva quanto ao delito de roubo tentado.
III – Ordem denegada.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do
Senhor Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de
julgamentos e das notas taquigráficas, por unanimidade, denegar a
ordem, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, os
Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa.
Brasília, 13 de novembro de 2012.
RICARDO LEWANDOWSKI – PRESIDENTE E RELATOR
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
DJe 06/12/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 7
Relatório
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
HABEAS CORPUS 112.213 SÃO PAULO
RELATOR
: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
PACTE.(S)
:SÉRGIO SORGI FILHO
IMPTE.(S)
:SÉRGIO SORGI FILHO
PROC.(A/S)(ES)
:DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
COATOR(A/S)(ES)
:SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Trata-se de
habeas corpus, com pedido de medida liminar, impetrado por SÉRGIO
SORGI FILHO, em nome próprio, contra acórdão da Sexta Turma do
Superior Tribunal de Justiça, que denegou a ordem pleiteada no HC
100.029/SP, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura.
Consta dos autos que o impetrante/paciente foi condenado à pena de
5 anos e 8 meses de reclusão pela prática do crime de roubo e a 1 ano e 10
meses de reclusão pela prática do delito de roubo tentado.
O impetrante/paciente afirma, de início, que requereu no STJ a
extinção das duas penas pela ocorrência da prescrição. Diz que, contudo,
a Ministra Relatora efetuou o cálculo somente em relação à primeira
reprimenda, que prescreve em 12 anos, sem perceber que a segunda já
estava prescrita.
É contra o acórdão da Corte Superior que se insurge o
impetrante/paciente.
Sustenta, em síntese, o equívoco do acórdão ora questionado,
alegando que o prazo prescricional de 12 anos foi aplicado à pena do
roubo tentado (1 ano e 10 meses de reclusão), quando, na verdade, o
correto seria 4 anos, nos termos do art. 109, V, do Código Penal.
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13/11/2012
SEGUNDA TURMA
HABEAS CORPUS 112.213 SÃO PAULO
RELATOR
: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
PACTE.(S)
:SÉRGIO SORGI FILHO
IMPTE.(S)
:SÉRGIO SORGI FILHO
PROC.(A/S)(ES)
:DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
COATOR(A/S)(ES)
:SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Trata-se de
habeas corpus, com pedido de medida liminar, impetrado por SÉRGIO
SORGI FILHO, em nome próprio, contra acórdão da Sexta Turma do
Superior Tribunal de Justiça, que denegou a ordem pleiteada no HC
100.029/SP, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura.
Consta dos autos que o impetrante/paciente foi condenado à pena de
5 anos e 8 meses de reclusão pela prática do crime de roubo e a 1 ano e 10
meses de reclusão pela prática do delito de roubo tentado.
O impetrante/paciente afirma, de início, que requereu no STJ a
extinção das duas penas pela ocorrência da prescrição. Diz que, contudo,
a Ministra Relatora efetuou o cálculo somente em relação à primeira
reprimenda, que prescreve em 12 anos, sem perceber que a segunda já
estava prescrita.
É contra o acórdão da Corte Superior que se insurge o
impetrante/paciente.
Sustenta, em síntese, o equívoco do acórdão ora questionado,
alegando que o prazo prescricional de 12 anos foi aplicado à pena do
roubo tentado (1 ano e 10 meses de reclusão), quando, na verdade, o
correto seria 4 anos, nos termos do art. 109, V, do Código Penal.
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 7
Relatório
HC 112.213 / SP
Aduz, assim, “haver decorrido mais de 6 anos entre o trânsito em julgado
e a sentença, e entre a denúncia e a sentença recorrível”.
Requer, ao final, liminarmente, a concessão da ordem, para que seja
extinta a pena de 1 ano e 10 meses, pela prescrição da pretensão punitiva.
Em 15/2/2012, indeferi o pedido de liminar e solicitei informações ao
Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, para que enviasse cópia
integral da Revisão Criminal 1.015.065.3/3-00, noticiando, especialmente,
as datas de todos os marcos interruptivos da prescrição das reprimendas
mencionadas pelo impetrante/paciente neste writ, para posterior
manifestação do Procurador-Geral da República.
As informações foram prestadas por meio dos Ofícios 4.458/12–GAP
1.1/HC, de 28/5/2012, e 5.149/12–GAP 1.1/HC, de 5/6/2012.
O Ministério Público Federal, por meio de manifestação do
Subprocurador-Geral da República Mario José Gisi, requereu
“(...) a conversão do feito em diligência para que se encaminhe o
feito à Defensoria Pública da União, assegurando-se ao
paciente/impetrante sua assistência judicial junto a essa Suprema
Corte e para que sejam solicitadas as decisões proferidas pelo TJ/SP,
bem como todos os informes respeitantes ao cômputo do prazo
prescricional; após cumpridas, a nova remessa dos autos a esta
Procuradoria Geral da República para a apresentação de parecer”.
Verifiquei, então, que os dados solicitados pelo Ministério Público
Federal já haviam sido encaminhados por meio dos ofícios mencionados,
acompanhados pelos documentos a que fizeram referência. Daí porque
somente determinei que se oficiasse à Defensoria Pública da União, para
que, daquele momento em diante, acompanhasse o feito e solicitasse as
providências que entendesse necessárias. Determinei, ainda, na
2
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
HC 112.213 / SP
Aduz, assim, “haver decorrido mais de 6 anos entre o trânsito em julgado
e a sentença, e entre a denúncia e a sentença recorrível”.
Requer, ao final, liminarmente, a concessão da ordem, para que seja
extinta a pena de 1 ano e 10 meses, pela prescrição da pretensão punitiva.
Em 15/2/2012, indeferi o pedido de liminar e solicitei informações ao
Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, para que enviasse cópia
integral da Revisão Criminal 1.015.065.3/3-00, noticiando, especialmente,
as datas de todos os marcos interruptivos da prescrição das reprimendas
mencionadas pelo impetrante/paciente neste writ, para posterior
manifestação do Procurador-Geral da República.
As informações foram prestadas por meio dos Ofícios 4.458/12–GAP
1.1/HC, de 28/5/2012, e 5.149/12–GAP 1.1/HC, de 5/6/2012.
O Ministério Público Federal, por meio de manifestação do
Subprocurador-Geral da República Mario José Gisi, requereu
“(...) a conversão do feito em diligência para que se encaminhe o
feito à Defensoria Pública da União, assegurando-se ao
paciente/impetrante sua assistência judicial junto a essa Suprema
Corte e para que sejam solicitadas as decisões proferidas pelo TJ/SP,
bem como todos os informes respeitantes ao cômputo do prazo
prescricional; após cumpridas, a nova remessa dos autos a esta
Procuradoria Geral da República para a apresentação de parecer”.
Verifiquei, então, que os dados solicitados pelo Ministério Público
Federal já haviam sido encaminhados por meio dos ofícios mencionados,
acompanhados pelos documentos a que fizeram referência. Daí porque
somente determinei que se oficiasse à Defensoria Pública da União, para
que, daquele momento em diante, acompanhasse o feito e solicitasse as
providências que entendesse necessárias. Determinei, ainda, na
2
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 7
Relatório
HC 112.213 / SP
sequência, fosse ouvido novamente o Procurador-Geral da República.
O Ministério Público Federal, em parecer da lavra do
Subprocurador-Geral da República Mario José Gisi, opinou pela
denegação da ordem.
É o relatório.
3
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Supremo Tribunal Federal
HC 112.213 / SP
sequência, fosse ouvido novamente o Procurador-Geral da República.
O Ministério Público Federal, em parecer da lavra do
Subprocurador-Geral da República Mario José Gisi, opinou pela
denegação da ordem.
É o relatório.
3
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 7
Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
HABEAS CORPUS 112.213 SÃO PAULO
V O T O
O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Bem
examinados os autos, tenho que o caso é de denegação da ordem.
O acórdão atacado possui a seguinte ementa:
“PROCESSUAL E PENAL. HABEAS CORPUS. PEDIDO.
REITERAÇÃO DE PLEITO JÁ DECIDIDO. NÃO
CONHECIMENTO.
ROUBO.
PRESCRIÇÃO.
NÃO
OCORRÊNCIA.
1 - Não se conhece de pleito deduzido em habeas corpus se é
reiteração de mesma pretensão já julgada em outro writ.
2 - Se a pena in concreto é de cinco anos e oito meses de
reclusão e não houve o transcurso de mais de doze anos entre os
marcos interruptivos previstos no Código Penal, não há falar em
prescrição do crime de roubo.
3 - Impetração conhecida em parte e, nesta, denegada”.
Conforme relatado, o impetrante/paciente pretende seja declarada a
extinção da pena de 1 ano e 10 meses, referente ao roubo tentado, pela
prescrição da pretensão punitiva, alegando “haver decorrido mais de 6 anos
entre o trânsito em julgado e a sentença, e entre a denúncia e a sentença
recorrível”.
Sem razão, contudo.
Nos termos do § 1º do art. 110, combinado com o art. 109, V, do
Código Penal, a reprimenda fixada em 1 ano e 10 meses de reclusão
prescreve em 4 anos.
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
HABEAS CORPUS 112.213 SÃO PAULO
V O T O
O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Bem
examinados os autos, tenho que o caso é de denegação da ordem.
O acórdão atacado possui a seguinte ementa:
“PROCESSUAL E PENAL. HABEAS CORPUS. PEDIDO.
REITERAÇÃO DE PLEITO JÁ DECIDIDO. NÃO
CONHECIMENTO.
ROUBO.
PRESCRIÇÃO.
NÃO
OCORRÊNCIA.
1 - Não se conhece de pleito deduzido em habeas corpus se é
reiteração de mesma pretensão já julgada em outro writ.
2 - Se a pena in concreto é de cinco anos e oito meses de
reclusão e não houve o transcurso de mais de doze anos entre os
marcos interruptivos previstos no Código Penal, não há falar em
prescrição do crime de roubo.
3 - Impetração conhecida em parte e, nesta, denegada”.
Conforme relatado, o impetrante/paciente pretende seja declarada a
extinção da pena de 1 ano e 10 meses, referente ao roubo tentado, pela
prescrição da pretensão punitiva, alegando “haver decorrido mais de 6 anos
entre o trânsito em julgado e a sentença, e entre a denúncia e a sentença
recorrível”.
Sem razão, contudo.
Nos termos do § 1º do art. 110, combinado com o art. 109, V, do
Código Penal, a reprimenda fixada em 1 ano e 10 meses de reclusão
prescreve em 4 anos.
Supremo Tribunal Federal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 7
Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
HC 112.213 / SP
O art. 117 do mesmo Codex, por sua vez, estabelece as seguintes
causas interruptivas da prescrição:
“I - pelo recebimento da denúncia ou da queixa;
II - pela pronúncia;
III - pela decisão confirmatória da pronúncia;
IV - pela publicação da sentença ou acórdão condenatórios
recorríveis;
V - pelo início ou continuação do cumprimento da pena;
VI - pela reincidência”.
Nas informações prestadas pelo Presidente da Seção Criminal do
Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, é possível verificar que o
delito de roubo tentado ocorreu em 30/5/2001, oportunidade em que o ora
paciente foi preso em flagrante. A denúncia foi recebida em 26/6/2001 e a
sentença condenatória foi proferida e publicada em 19/9/2002. Em
27/4/2005, o Tribunal bandeirante julgou as apelações interpostas pelas
partes, em acórdão que transitou em julgado para a acusação em
17/6/2005 e para a defesa em 19/9/2005.
Buscando a desconstituição do julgado, a defesa ajuizou revisão
criminal no TJ/SP, que, em 29/10/2007, julgou parcialmente procedente o
pleito revisional para redimensionar as penas do impetrante/paciente
para 5 anos e 8 meses de reclusão pelo roubo consumado e 1 ano e 10
meses pelo roubo tentado. Esse acórdão transitou em julgado para o
Parquet estadual em 18/1/2008 e para a defesa em 19/5/2008.
Como se vê, entre todas as causas legais de interrupção da
prescrição, não ocorreu lapso temporal igual ou superior a 4 anos, não
havendo falar, portanto, em prescrição da pretensão punitiva quanto ao
delito de roubo tentado.
Ante o exposto, denego a ordem.
2
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HC 112.213 / SP
O art. 117 do mesmo Codex, por sua vez, estabelece as seguintes
causas interruptivas da prescrição:
“I - pelo recebimento da denúncia ou da queixa;
II - pela pronúncia;
III - pela decisão confirmatória da pronúncia;
IV - pela publicação da sentença ou acórdão condenatórios
recorríveis;
V - pelo início ou continuação do cumprimento da pena;
VI - pela reincidência”.
Nas informações prestadas pelo Presidente da Seção Criminal do
Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, é possível verificar que o
delito de roubo tentado ocorreu em 30/5/2001, oportunidade em que o ora
paciente foi preso em flagrante. A denúncia foi recebida em 26/6/2001 e a
sentença condenatória foi proferida e publicada em 19/9/2002. Em
27/4/2005, o Tribunal bandeirante julgou as apelações interpostas pelas
partes, em acórdão que transitou em julgado para a acusação em
17/6/2005 e para a defesa em 19/9/2005.
Buscando a desconstituição do julgado, a defesa ajuizou revisão
criminal no TJ/SP, que, em 29/10/2007, julgou parcialmente procedente o
pleito revisional para redimensionar as penas do impetrante/paciente
para 5 anos e 8 meses de reclusão pelo roubo consumado e 1 ano e 10
meses pelo roubo tentado. Esse acórdão transitou em julgado para o
Parquet estadual em 18/1/2008 e para a defesa em 19/5/2008.
Como se vê, entre todas as causas legais de interrupção da
prescrição, não ocorreu lapso temporal igual ou superior a 4 anos, não
havendo falar, portanto, em prescrição da pretensão punitiva quanto ao
delito de roubo tentado.
Ante o exposto, denego a ordem.
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 7
Decisão de Julgamento
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
HABEAS CORPUS 112.213
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
PACTE.(S) : SÉRGIO SORGI FILHO
IMPTE.(S) : SÉRGIO SORGI FILHO
PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Decisão: A Turma, por unanimidade, denegou a ordem, nos termos
do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, os Senhores
Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra
Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros
Celso de Mello e Joaquim Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
P/ Fabiane Duarte
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3150074
Supremo Tribunal Federal
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
HABEAS CORPUS 112.213
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
PACTE.(S) : SÉRGIO SORGI FILHO
IMPTE.(S) : SÉRGIO SORGI FILHO
PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Decisão: A Turma, por unanimidade, denegou a ordem, nos termos
do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, os Senhores
Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra
Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros
Celso de Mello e Joaquim Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
P/ Fabiane Duarte
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 7
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3164171 | 2012-11-13T00:00:00 | 2012-12-06T00:00:00 | A Turma, por unanimidade, denegou a ordem, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 13.11.2012. | HABEAS CORPUS | Ementa: HABEAS CORPUS. PENAL. ROUBO TENTADO. PRESCRIÇÃO. NÃO OCORRÊNCIA. ORDEM DENEGADA.
I – Nos termos do § 1º do art. 110, combinado com o art. 109, V, do Código Penal, a reprimenda fixada em 1 ano e 10 meses de reclusão prescreve em 4 anos.
II – Entre todas as causas legais de interrupção da prescrição não ocorreu lapso temporal igual ou superior a 4 anos, o que afasta a alegação de prescrição da pretensão punitiva quanto ao delito de roubo tentado.
III – Ordem denegada. | sjur220870 | Número de páginas: 7.
Análise: 19/12/2012, TBC. | RICARDO LEWANDOWSKI | Segunda Turma | 112213 | [
"LEG-FED DEL-002848 ANO-1940\r\n ART-00109 INC-00005 ART-00110 PAR-00001\r\n ART-00117 INC-00001 INC-00002 INC-00003\r\n INC-00004 INC-00005 INC-00006 \r\n CP-1940 CÓDIGO PENAL"
] | HC | acordaos | HC 112213 | [
""
] | PACTE.(S) : SÉRGIO SORGI FILHO
IMPTE.(S) : SÉRGIO SORGI FILHO
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"HABEAS CORPUS 112 . 213",
"HABEAS CORPUS 112 . 213 SÃO PAULO",
"HC 100 . 029 / SP",
"HABEAS CORPUS 112 . 213 SÃO",
"HC 100 . 029 / SP",
"HC 112 . 213 / SP",
"HC 112 . 213 / SP",
"HC 112 . 213 / SP",
"HC 112 . 213 / SP",
"HABEAS CORPUS 112 . 213 SÃO",
"HABEAS CORPUS 112 . 213",
"HC 112 . 213 / SP",
"HC 112 . 213 / SP",
"HABEAS CORPUS 112 . 213",
"HABEAS CORPUS 112 . 213"
],
"LEGISLACAO": [
"§ [UNK] do art . 110",
"art . 109 , V , do Código Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Código Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 109 , V , do Código Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Código Penal",
"art . 109 , V , do Código Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Código Penal",
"art . 109 , V , do Código Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"SÃO PAULO",
"Brasília",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO"
],
"ORGANIZACAO": [
"SEGUNDA TURMA",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça",
"STJ",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça",
"STJ",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo",
"Ministério Público Federal",
"Defensoria Pública da União",
"Suprema",
"TJ",
"/",
"SP",
"Procuradoria Geral da República",
"Ministério Público Federal",
"Defensoria Pública da União",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo",
"Ministério Público Federal",
"Defensoria Pública da União",
"Suprema Corte",
"/",
"SP",
"Procuradoria Geral da República",
"Ministério Público Federal",
"Defensoria Pública da União",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Ministério Público Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Ministério Público Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Seção Criminal do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo",
"TJ",
"/",
"SP",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Seção Criminal do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo",
"TJ",
"/",
"SP",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"SÉRGIO SORGI FILHO",
"SÉRGIO SORGI FILHO",
"Ricardo Lewandowski",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"SÉRGIO SORGI FILHO",
"SÉRGIO SORGI FILHO",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"SÉRGIO SORGI FILHO",
"Maria Thereza de Assis Moura",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"SÉRGIO SORGI FILHO",
"SÉRGIO SORGI FILHO",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"SÉRGIO SORGI FILHO",
"Maria Thereza de Assis Moura",
"Mario José Gisi",
"Mario José Gisi",
"Mario José Gisi",
"Mario José Gisi",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"SÉRGIO SORGI FILHO",
"SÉRGIO SORGI FILHO",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos",
"Fabiane Duarte",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"SÉRGIO SORGI FILHO",
"SÉRGIO SORGI FILHO",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos",
"Fabiane Duarte"
],
"TEMPO": [
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"13 de novembro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06",
"/",
"12",
"/",
"2012",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"15",
"/",
"2",
"/",
"2012",
"28",
"/",
"5",
"/",
"2012",
"5",
"/",
"6",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"15",
"/",
"2",
"/",
"2012",
"28",
"/",
"5",
"/",
"2012",
"5",
"/",
"6",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
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"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
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"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"5",
"/",
"2001",
"26",
"/",
"6",
"/",
"2001",
"19",
"/",
"9",
"/",
"2002",
"27",
"/",
"4",
"/",
"2005",
"17",
"/",
"6",
"/",
"2005",
"19",
"/",
"9",
"/",
"2005",
"29",
"/",
"10",
"/",
"2007",
"18",
"/",
"1",
"/",
"2008",
"19",
"/",
"5",
"/",
"2008",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"5",
"/",
"2001",
"26",
"/",
"6",
"/",
"2001",
"19",
"/",
"9",
"/",
"2002",
"27",
"/",
"4",
"/",
"2005",
"17",
"/",
"6",
"/",
"2005",
"19",
"/",
"9",
"/",
"2005",
"29",
"/",
"10",
"/",
"2007",
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"/",
"2008",
"19",
"/",
"5",
"/",
"2008",
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"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 598.660 RIO DE
JANEIRO
RELATORA
: MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S)
:UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL
AGDO.(A/S)
:BRASCAN IMOBILIÁRIA INCORPORAÇÕES S/A E
OUTRO(A/S)
ADV.(A/S)
:EUNYCE
PORCHAT
SECCO
FAVERET
E
OUTRO(A/S)
EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO REGIMENTAL
NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. TRIBUTÁRIO E PROCESSUAL
CIVIL. CONTRIBUIÇÃO PARA O FINANCIAMENTO DA
SEGURIDADE SOCIAL - COFINS. BENS IMÓVEIS. LIMITES
OBJETIVOS DA COISA JULGADA. PEDIDO DE EXTINÇÃO DO
PROCESSO. ANÁLISE DE NORMAS INFRACONSTITUCIONAIS.
OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO
QUAL SE NEGA PROVIMENTO.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do
Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a Presidência do
Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamento e
das notas taquigráficas, à unanimidade, em negar provimento ao agravo
regimental no recurso extraordinário, nos termos do voto da Relatora.
Ausentes, justificadamente, os Ministros Celso de Mello e Joaquim
Barbosa.
Brasília, 13 de novembro de 2012.
Ministra CÁRMEN LÚCIA - Relatora
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3139517.
Supremo Tribunal Federal
DJe 05/12/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 8
Relatório
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 598.660 RIO DE
JANEIRO
RELATORA
: MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S)
:UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL
AGDO.(A/S)
:BRASCAN IMOBILIÁRIA INCORPORAÇÕES S/A E
OUTRO(A/S)
ADV.(A/S)
:EUNYCE
PORCHAT
SECCO
FAVERET
E
OUTRO(A/S)
R E L A T Ó R I O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora):
1. Em 24 de setembro de 2012, dei parcial provimento ao recurso
extraordinário interposto pela União contra julgado do Tribunal Regional
Federal da 2ª Região, o qual decidira pela inexigibilidade da Contribuição
para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins sobre locação de bens
imóveis.
A decisão agravada teve a seguinte fundamentação:
“7. Razão jurídica assiste em parte à União.
8. O Supremo Tribunal Federal assentou que a ampliação do
conceito de receita bruta promovida pelo § 1º do art. 3º da Lei n.
9.718/1998 é inconstitucional, sendo sinônimas as expressões
faturamento e receita bruta, pois consistem na totalidade das receitas
auferidas com a venda de mercadorias, de serviços ou de mercadorias e
serviços.
Nesse sentido:
(…)
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 598.660 RIO DE
JANEIRO
RELATORA
: MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S)
:UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL
AGDO.(A/S)
:BRASCAN IMOBILIÁRIA INCORPORAÇÕES S/A E
OUTRO(A/S)
ADV.(A/S)
:EUNYCE
PORCHAT
SECCO
FAVERET
E
OUTRO(A/S)
R E L A T Ó R I O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora):
1. Em 24 de setembro de 2012, dei parcial provimento ao recurso
extraordinário interposto pela União contra julgado do Tribunal Regional
Federal da 2ª Região, o qual decidira pela inexigibilidade da Contribuição
para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins sobre locação de bens
imóveis.
A decisão agravada teve a seguinte fundamentação:
“7. Razão jurídica assiste em parte à União.
8. O Supremo Tribunal Federal assentou que a ampliação do
conceito de receita bruta promovida pelo § 1º do art. 3º da Lei n.
9.718/1998 é inconstitucional, sendo sinônimas as expressões
faturamento e receita bruta, pois consistem na totalidade das receitas
auferidas com a venda de mercadorias, de serviços ou de mercadorias e
serviços.
Nesse sentido:
(…)
Supremo Tribunal Federal
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Relatório
RE 598.660 AGR-SEGUNDO / RJ
Desse entendimento não divergiu o acórdão recorrido.
9. Todavia, quanto à locação de bens imóveis, o Tribunal a quo
divergiu da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, que se
firmou no sentido de que as receitas decorrentes de locação de bens
imóveis integram a base de cálculo da Contribuição para o
Financiamento da Seguridade Social - COFINS. Confiram-se o
seguintes julgados:
(…)
No mesmo sentido, as seguintes decisões monocráticas: ARE
684.665, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Dje 6.8.2012, trânsito em
julgado em 23.8.2012; AI 856182, Rel. Min. Gilmar Mendes, Dje
2.8.2012, trânsito em julgado em 20.8.2012; AI 776.446, Rel. Min.
Dias Toffoli, Dje 1º.2.2012, trânsito em julgado em 17.2.2012; AI
807.600, Rel. Min. Ayres Britto, Dje 11.11.2011, trânsito em julgado
em 1º.12.2011.
Dessa orientação jurisprudencial divergiu o acórdão recorrido.
10. Cumpre ressaltar, ao final, que não merece prosperar o
pedido de sobrestamento do feito em razão da pendência do julgamento
do Recurso Extraordinário n. 400.479, pois o debate trazido naqueles
autos diz respeito às empresas seguradoras.
11. Pelo exposto, dou provimento parcial ao recurso
extraordinário (art. 557, § 1º-A, do Código de Processo Civil e art. 21,
§ 2º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal), para que
seja reformado o acórdão recorrido apenas no ponto relativo à
inexigibilidade da Cofins sobre locação de bens imóveis. Invertidos,
nesse ponto, os ônus da sucumbência” (fls. 589-592).
2. Intimada dessa decisão em 9.10.2012 (fl. 593), interpõe a União, em
18.10.2012, tempestivamente, agravo regimental (fls. 594-596).
3. Alega a União que “há preliminar de reconhecimento de coisa julgada,
nos moldes do art. 267, inc. V, do CPC (…), no tocante ao pedido formulado no
2
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
RE 598.660 AGR-SEGUNDO / RJ
Desse entendimento não divergiu o acórdão recorrido.
9. Todavia, quanto à locação de bens imóveis, o Tribunal a quo
divergiu da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, que se
firmou no sentido de que as receitas decorrentes de locação de bens
imóveis integram a base de cálculo da Contribuição para o
Financiamento da Seguridade Social - COFINS. Confiram-se o
seguintes julgados:
(…)
No mesmo sentido, as seguintes decisões monocráticas: ARE
684.665, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Dje 6.8.2012, trânsito em
julgado em 23.8.2012; AI 856182, Rel. Min. Gilmar Mendes, Dje
2.8.2012, trânsito em julgado em 20.8.2012; AI 776.446, Rel. Min.
Dias Toffoli, Dje 1º.2.2012, trânsito em julgado em 17.2.2012; AI
807.600, Rel. Min. Ayres Britto, Dje 11.11.2011, trânsito em julgado
em 1º.12.2011.
Dessa orientação jurisprudencial divergiu o acórdão recorrido.
10. Cumpre ressaltar, ao final, que não merece prosperar o
pedido de sobrestamento do feito em razão da pendência do julgamento
do Recurso Extraordinário n. 400.479, pois o debate trazido naqueles
autos diz respeito às empresas seguradoras.
11. Pelo exposto, dou provimento parcial ao recurso
extraordinário (art. 557, § 1º-A, do Código de Processo Civil e art. 21,
§ 2º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal), para que
seja reformado o acórdão recorrido apenas no ponto relativo à
inexigibilidade da Cofins sobre locação de bens imóveis. Invertidos,
nesse ponto, os ônus da sucumbência” (fls. 589-592).
2. Intimada dessa decisão em 9.10.2012 (fl. 593), interpõe a União, em
18.10.2012, tempestivamente, agravo regimental (fls. 594-596).
3. Alega a União que “há preliminar de reconhecimento de coisa julgada,
nos moldes do art. 267, inc. V, do CPC (…), no tocante ao pedido formulado no
2
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Relatório
RE 598.660 AGR-SEGUNDO / RJ
presente mandado de segurança por Brascan Incorporações Imobiliárias S/A,
visando à obtenção de provimento jurisdicional que lhe desobrigue do
recolhimento da Cofins sobre receita auferida com a venda de bens imóveis” (fl.
595).
Sustenta que “o presente feito deverá ser extinto nos moldes do art. 267,
inc. V, do Código de Processo Civil, em relação à receita auferida com a venda de
bens imóveis” (fl. 595).
Requer a reconsideração parcial da decisão agravada ou o
provimento do presente recurso.
É o relatório.
3
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RE 598.660 AGR-SEGUNDO / RJ
presente mandado de segurança por Brascan Incorporações Imobiliárias S/A,
visando à obtenção de provimento jurisdicional que lhe desobrigue do
recolhimento da Cofins sobre receita auferida com a venda de bens imóveis” (fl.
595).
Sustenta que “o presente feito deverá ser extinto nos moldes do art. 267,
inc. V, do Código de Processo Civil, em relação à receita auferida com a venda de
bens imóveis” (fl. 595).
Requer a reconsideração parcial da decisão agravada ou o
provimento do presente recurso.
É o relatório.
3
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 8
Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 598.660 RIO DE
JANEIRO
V O T O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora):
1. Razão jurídica não assiste à Agravante.
2. Na espécie vertente, o Tribunal Regional Federal da 2ª Região
decidiu:
“O presente mandamus foi impetrado com o objetivo de
impugnar a cobrança da Cofins sobre as receitas brutas decorrentes da
venda e locação de imóveis e de quaisquer outras receitas que não
configurem vendas de mercadorias e serviços auferidas a partir de
1º.2.1999, inclusive.
(…)
A 1ª Seção do Colendo Superior Tribunal de Justiça uniformizou
posição no sentido de que é devida a Cofins sobra a construção e venda
de imóveis, por caracterizarem negócios jurídicos de natureza
mercantil.
(…)
A Lei n. 9.718/1998 nada inovou nesse particular, em relação à
Lei Complementar n. 70/91, eis que a interpretação do Superior
Tribunal de Justiça já era no sentido do enquadramento como venda de
mercadorias, razão pela qual não seriam outras receitas” (fls. 389-
402).
3. Na decisão agravada, afirmou-se que o Tribunal de origem
divergiu da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, que assentou
que as receitas decorrentes de locação de bens imóveis integram a base de
cálculo da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social –
Cofins. Nesse sentido: AI 799.578-AgR, Rel. Min. Ayres Britto, Segunda
Turma, DJe 18.8.2011; e RE 371.258-AgR, Rel. Min. Cezar Peluso, Segunda
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 598.660 RIO DE
JANEIRO
V O T O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora):
1. Razão jurídica não assiste à Agravante.
2. Na espécie vertente, o Tribunal Regional Federal da 2ª Região
decidiu:
“O presente mandamus foi impetrado com o objetivo de
impugnar a cobrança da Cofins sobre as receitas brutas decorrentes da
venda e locação de imóveis e de quaisquer outras receitas que não
configurem vendas de mercadorias e serviços auferidas a partir de
1º.2.1999, inclusive.
(…)
A 1ª Seção do Colendo Superior Tribunal de Justiça uniformizou
posição no sentido de que é devida a Cofins sobra a construção e venda
de imóveis, por caracterizarem negócios jurídicos de natureza
mercantil.
(…)
A Lei n. 9.718/1998 nada inovou nesse particular, em relação à
Lei Complementar n. 70/91, eis que a interpretação do Superior
Tribunal de Justiça já era no sentido do enquadramento como venda de
mercadorias, razão pela qual não seriam outras receitas” (fls. 389-
402).
3. Na decisão agravada, afirmou-se que o Tribunal de origem
divergiu da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, que assentou
que as receitas decorrentes de locação de bens imóveis integram a base de
cálculo da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social –
Cofins. Nesse sentido: AI 799.578-AgR, Rel. Min. Ayres Britto, Segunda
Turma, DJe 18.8.2011; e RE 371.258-AgR, Rel. Min. Cezar Peluso, Segunda
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 8
Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
RE 598.660 AGR-SEGUNDO / RJ
Turma, DJ 27.10.2006.
4. A União recorre para suscitar apenas a existência de coisa julgada
quanto ao pedido da Agravada de que “lhe desobrigue do recolhimento da
Cofins sobre receita auferida com a venda de bens imóveis”.
A verificação, no caso concreto, dos limites objetivos da coisa julgada
demandaria a análise de legislação infraconstitucional, inviável em
recurso extraordinário. Assim, a contrariedade à Constituição da
República, se tivesse ocorrido, seria indireta. Confiram-se os seguintes
julgados:
“AGRAVO
REGIMENTAL
NO
AGRAVO
DE
INSTRUMENTO. TRIBUTÁRIO. PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO
ANULATÓRIA. IMPOSTO PREDIAL E TERRITORIAL
URBANO - IPTU. 1. Alegada contrariedade ao princípio
constitucional da legalidade. Análise de norma infraconstitucional.
Súmula n. 636 do Supremo Tribunal Federal. 2. Limites objetivos da
coisa julgada. Análise de norma infraconstitucional. Ofensa
constitucional indireta. 3. Agravo regimental ao qual se nega
provimento” (AI 673.377-AgR, de minha relatoria, Primeira
Turma, DJe 21.9.2012).
“PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL EM
AGRAVO DE INSTRUMENTO. CONTROVÉRSIA REFERENTE
AOS LIMITES OBJETIVOS DA COISA JULGADA. OFENSA
REFLEXA À CONSTITUIÇÃO FEDERAL.PRECEDENTES. A
discussão em torno dos limites objetivos da coisa julgada pertence ao
plano infraconstitucional. Precedentes: AIs 587.396-AgR, da relatoria
do ministro Sepúlveda Pertence; 710.529-AgR, da relatoria do
ministro Ricardo Lewandowski; 754.994-AgR, da minha relatoria;
765.612-AgR, da relatoria da ministra Cármen Lúcia; 767.968-AgR,
da relatoria do ministro Joaquim Barbosa; e 733.272-AgR, da relatoria
do ministro Celso de Mello. Agravo regimental desprovido” (AI
785.738-AgR, Rel. Min. Ayres Britto, Segunda Turma, DJe
2
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
RE 598.660 AGR-SEGUNDO / RJ
Turma, DJ 27.10.2006.
4. A União recorre para suscitar apenas a existência de coisa julgada
quanto ao pedido da Agravada de que “lhe desobrigue do recolhimento da
Cofins sobre receita auferida com a venda de bens imóveis”.
A verificação, no caso concreto, dos limites objetivos da coisa julgada
demandaria a análise de legislação infraconstitucional, inviável em
recurso extraordinário. Assim, a contrariedade à Constituição da
República, se tivesse ocorrido, seria indireta. Confiram-se os seguintes
julgados:
“AGRAVO
REGIMENTAL
NO
AGRAVO
DE
INSTRUMENTO. TRIBUTÁRIO. PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO
ANULATÓRIA. IMPOSTO PREDIAL E TERRITORIAL
URBANO - IPTU. 1. Alegada contrariedade ao princípio
constitucional da legalidade. Análise de norma infraconstitucional.
Súmula n. 636 do Supremo Tribunal Federal. 2. Limites objetivos da
coisa julgada. Análise de norma infraconstitucional. Ofensa
constitucional indireta. 3. Agravo regimental ao qual se nega
provimento” (AI 673.377-AgR, de minha relatoria, Primeira
Turma, DJe 21.9.2012).
“PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL EM
AGRAVO DE INSTRUMENTO. CONTROVÉRSIA REFERENTE
AOS LIMITES OBJETIVOS DA COISA JULGADA. OFENSA
REFLEXA À CONSTITUIÇÃO FEDERAL.PRECEDENTES. A
discussão em torno dos limites objetivos da coisa julgada pertence ao
plano infraconstitucional. Precedentes: AIs 587.396-AgR, da relatoria
do ministro Sepúlveda Pertence; 710.529-AgR, da relatoria do
ministro Ricardo Lewandowski; 754.994-AgR, da minha relatoria;
765.612-AgR, da relatoria da ministra Cármen Lúcia; 767.968-AgR,
da relatoria do ministro Joaquim Barbosa; e 733.272-AgR, da relatoria
do ministro Celso de Mello. Agravo regimental desprovido” (AI
785.738-AgR, Rel. Min. Ayres Britto, Segunda Turma, DJe
2
Supremo Tribunal Federal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 8
Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
RE 598.660 AGR-SEGUNDO / RJ
24.2.2011).
Ainda que assim não fosse, esse pedido da União não foi sequer
tema abordado pelas instâncias originárias, pois alegado após o juízo de
admissibilidade do recurso extraordinário, conforme se extrai do
despacho à fl. 557.
5. Os argumentos da Agravante, insuficientes para modificar a
decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em
pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente
prestação jurisdicional.
6. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental.
3
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Supremo Tribunal Federal
RE 598.660 AGR-SEGUNDO / RJ
24.2.2011).
Ainda que assim não fosse, esse pedido da União não foi sequer
tema abordado pelas instâncias originárias, pois alegado após o juízo de
admissibilidade do recurso extraordinário, conforme se extrai do
despacho à fl. 557.
5. Os argumentos da Agravante, insuficientes para modificar a
decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em
pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente
prestação jurisdicional.
6. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental.
3
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Decisão de Julgamento
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 598.660
PROCED. : RIO DE JANEIRO
RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S) : UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL
AGDO.(A/S) : BRASCAN IMOBILIÁRIA INCORPORAÇÕES S/A E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : EUNYCE PORCHAT SECCO FAVERET E OUTRO(A/S)
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausentes,
justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim
Barbosa. 2ª Turma, 13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra
Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros
Celso de Mello e Joaquim Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
P/ Fabiane Duarte
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 598.660
PROCED. : RIO DE JANEIRO
RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S) : UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL
AGDO.(A/S) : BRASCAN IMOBILIÁRIA INCORPORAÇÕES S/A E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : EUNYCE PORCHAT SECCO FAVERET E OUTRO(A/S)
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausentes,
justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim
Barbosa. 2ª Turma, 13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra
Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros
Celso de Mello e Joaquim Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
P/ Fabiane Duarte
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3150095
Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 8
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3161266 | 2012-11-13T00:00:00 | 2012-12-05T00:00:00 | A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 13.11.2012. | SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO | EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. TRIBUTÁRIO E PROCESSUAL CIVIL. CONTRIBUIÇÃO PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL - COFINS. BENS IMÓVEIS. LIMITES OBJETIVOS DA COISA JULGADA. PEDIDO DE EXTINÇÃO DO PROCESSO. ANÁLISE DE NORMAS INFRACONSTITUCIONAIS. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. | sjur220640 | - Acórdão(s) citado(s):
(BASE DE CÁLCULO, COFINS)
STF: AI 799578 AgR (2ªT), RE 371258 AgR (2ªT).
(OFENSA INDIRETA)
STF: AI 673377 AgR (1ªT), AI 785738 AgR (2ªT).
Número de páginas: 8.
Análise: 11/01/2013, AMS. | CÁRMEN LÚCIA | Segunda Turma | 598660 | null | RE-AgR-segundo | acordaos | RE 598660 AgR-segundo | [
""
] | AGTE.(S) : UNIÃO
ADV.(A/S) : EUNYCE PORCHAT SECCO FAVERET E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : BRASCAN IMOBILIÁRIA INCORPORAÇÕES S/A E OUTRO(A/S)
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 598 . 660",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 598 . 660",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 598 . 660",
"RE 598 . 660 AGR - SEGUNDO / RJ",
"ARE 684 . 665",
"AI 856182",
"AI 776 . 446",
"AI 807 . 600",
"Recurso Extraordinário n . 400 . 479",
"RE 598 . 660 AGR",
"ARE 684 . 665",
"AI 856182",
"AI 776 . 446",
"AI 807 . 600",
"Recurso Extraordinário n . 400 . 479",
"RE 598 . 660 AGR",
"RE 598 . 660 AGR",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 598 . 660",
"AI 799 . 578 - AgR",
"RE 371 . 258 - AgR",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 598",
"AI 799 . 578 - AgR",
"RE 371 . 258 - AgR",
"RE 598 . 660",
"Súmula n",
"AI 673 . 377 - AgR",
"AIs 587 . 396 - AgR",
"AI 785 . 738 - AgR",
"RE 598 . 660",
"Súmula n . 636 do Supremo Tribunal Federal",
"AI 673 . 377 - AgR",
"AIs 587 . 396 - AgR",
"AI 785 . 738 - AgR",
"RE 598 . 660 AGR",
"RE 598 . 660 AGR",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 598 . 660"
],
"LEGISLACAO": [
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"§ [UNK] do art . [UNK] da Lei n . 9 . 718 / 1998",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"§ [UNK] do art . [UNK] da Lei n . 9 . 718 / 1998",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 557 , § [UNK] - A , do Código de Processo Civil",
"art . 21 , § [UNK] , do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal",
"art . 267 , inc . V , do CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 557 , § [UNK] - A , do Código de Processo Civil",
"art . 21 , § [UNK] , do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal",
"art . 267 , inc . V , do CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 267 , inc . V , do Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 267 , inc . V , do Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei n . 9 . 718 / 1998",
"Lei Complementar n . 70 / 91",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei n . 9 . 718 / 1998",
"Lei Complementar n . 70 / 91",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"RIO DE JANEIRO",
"Brasília",
"RIO DE JANEIRO",
"RIO DE JANEIRO",
"RIO DE JANEIRO",
"RIO DE JANEIRO",
"RIO DE JANEIRO",
"RIO DE JANEIRO"
],
"ORGANIZACAO": [
"SEGUNDA TURMA",
"SEGUNDO",
"UNIÃO",
"BRASCAN IMOBILIÁRIA INCORPORAÇÕES S / A",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"SEGUNDO",
"UNIÃO",
"BRASCAN IMOBILIÁRIA INCORPORAÇÕES S / A",
"União",
"Tribunal",
"Regional Federal da [UNK] Região",
"União",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"UNIÃO",
"BRASCAN IMOBILIÁRIA INCORPORAÇÕES S / A",
"União",
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"União",
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"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"União",
"União",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDO",
"RJ",
"Supremo Tribunal Federal",
"União",
"União",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"-",
"SEGUNDO",
"/",
"RJ",
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"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de",
"Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"-",
"SEGUNDO",
"/",
"RJ",
"Brascan Incorporações Imobiliárias S / A",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"SEGUNDO",
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"Tribunal Regional Federal da [UNK] Região",
"[UNK] Seção do Colendo Superior Tribunal de Justiça",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Supremo Tribunal Federal",
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"Segunda",
"Supremo Tribunal Federal",
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"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"SEGUNDO",
"Tribunal Regional Federal da [UNK] Região",
"[UNK] Seção do Colendo Superior Tribunal de Justiça",
"Superior Tribunal de Justiça",
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"Segunda Turma",
"Segunda",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"AGR",
"-",
"SEGUNDO",
"/",
"RJ Turma",
"União",
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"Segunda Turma",
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"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"AGR",
"-",
"SEGUNDO",
"/",
"RJ Turma",
"União",
"Primeira Turma",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"União",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"União",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"UNIÃO",
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"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
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"SEGUNDA",
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"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"CÁRMEN LÚCIA",
"EUNYCE PORCHAT SECCO FAVERET",
"Ricardo Lewandowski",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"CÁRMEN LÚCIA",
"EUNYCE PORCHAT SECCO FAVERET",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"EUNYCE PORCHAT SECCO FAVERET",
"CÁRMEN LÚCIA",
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"Gilmar Mendes",
"Dias Toffoli",
"Ayres Britto",
"Ricardo Lewandowski",
"Gilmar Mendes",
"Dias Toffoli",
"Ayres Britto",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"Ayres Britto",
"Cezar Peluso",
"CÁRMEN LÚCIA",
"Ayres Britto",
"Cezar Peluso",
"CÁRMEN LÚCIA",
"Sepúlveda Pertence",
"Ricardo Lewandowski",
"Cármen Lúcia",
"Joaquim Barbosa",
"Celso de Mello",
"Ayres Britto",
"Sepúlveda Pertence",
"Ricardo Lewandowski",
"Cármen Lúcia",
"Joaquim Barbosa",
"Celso de Mello",
"Ayres Britto",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"EUNYCE PORCHAT SECCO FAVERET",
"Celso de Mello",
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"Ricardo Lewandowski",
"Gilmar Mendes",
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"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos",
"CÁRMEN LÚCIA",
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"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos",
"Fabiane Duarte"
],
"TEMPO": [
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"13 de novembro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"05",
"/",
"12",
"/",
"2012",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24 de setembro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
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"11",
"/",
"2012",
"24 de setembro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"6",
".",
"8",
".",
"2012",
"23",
".",
"8",
".",
"2012",
"2",
".",
"8",
".",
"2012",
"20",
".",
"8",
".",
"2012",
"[UNK]",
".",
"2",
".",
"2012",
"17",
".",
"2",
".",
"2012",
"11",
".",
"11",
".",
"2011",
"[UNK]",
".",
"12",
".",
"2011",
"9",
".",
"10",
".",
"2012",
"18",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"6",
".",
"8",
".",
"2012",
"23",
".",
"8",
".",
"2012",
"2",
".",
"8",
".",
"2012",
"20",
".",
"8",
".",
"2012",
"[UNK]",
".",
"2",
".",
"2012",
"17",
".",
"2",
".",
"2012",
"11",
".",
"11",
".",
"2011",
"[UNK]",
".",
"12",
".",
"2011",
"9",
".",
"10",
".",
"2012",
"18",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"[UNK]",
".",
"2",
".",
"1999",
"18",
".",
"8",
".",
"2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"[UNK]",
".",
"2",
".",
"1999",
"18",
".",
"8",
".",
"2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"27",
".",
"10",
".",
"2006",
"21",
".",
"9",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"27",
".",
"10",
".",
"2006",
"21",
".",
"9",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
".",
"2",
".",
"2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
".",
"2",
".",
"2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 710.124 MATO
GROSSO DO SUL
RELATORA
: MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S)
:ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL
DO ESTADO
DE MATO
GROSSO DO SUL
AGDO.(A/S)
:SIMONE RAIMUNDO ALEXANDRE
ADV.(A/S)
:ELAINE
CRISTINA
RIBEIRO
DA
SILVA
E
OUTRO(A/S)
EMENTA:
AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO. POLICIAL
MILITAR. CURSO DE FORMAÇÃO DE SARGENTO. LEGALIDADE DA
EXIGÊNCIA DO TESTE DE APTIDÃO FÍSICA. FUNDAMENTO
INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA.
AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do
Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a Presidência do
Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamento e
das notas taquigráficas, à unanimidade, em negar provimento ao agravo
regimental no recurso extraordinário com agravo, nos termos do voto da
Relatora. Ausentes, justificadamente, os Ministros Celso de Mello e
Joaquim Barbosa.
Brasília, 13 de novembro de 2012.
Ministra CÁRMEN LÚCIA - Relatora
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DJe 05/12/2012
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 8
Relatório
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 710.124 MATO
GROSSO DO SUL
RELATORA
: MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S)
:ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL
DO ESTADO
DE MATO
GROSSO DO SUL
AGDO.(A/S)
:SIMONE RAIMUNDO ALEXANDRE
ADV.(A/S)
:ELAINE
CRISTINA
RIBEIRO
DA
SILVA
E
OUTRO(A/S)
R E L A T Ó R I O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora):
1. Em 8 de outubro de 2012, neguei seguimento ao agravo nos autos
do recurso extraordinário interposto pelo Estado de Mato Grosso do Sul
contra julgado do Tribunal de Justiça daquele Estado, o qual manteve
sentença que permitira que a Recorrida ingressasse no curso de formação
de sargentos independentemente do resultado do Teste de Aptidão Física
(TAF). A decisão agravada teve a seguinte fundamentação:
“6. Razão jurídica não assiste ao Agravante.
Designado Redator para o acórdão no Tribunal de Justiça de
Mato Grosso do Sul, o Desembargador Dorival Renato Pavan
afirmou:
(...)
Concluir de forma diversa do que decidido pelas instâncias
originárias demandaria a análise prévia da legislação
infraconstitucional e de normas infralegais aplicadas à espécie (Lei
Complementar estadual n. 53/1990, Decreto estadual n. 10.769/2002,
Lei estadual n. 3.808/2009 e Portarias n. 4/2009 e 12/2010 da Polícia
Militar de Mato Grosso do Sul). Assim, a alegada contrariedade à
Constituição da República, se tivesse ocorrido, seria indireta, o que
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13/11/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 710.124 MATO
GROSSO DO SUL
RELATORA
: MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S)
:ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL
DO ESTADO
DE MATO
GROSSO DO SUL
AGDO.(A/S)
:SIMONE RAIMUNDO ALEXANDRE
ADV.(A/S)
:ELAINE
CRISTINA
RIBEIRO
DA
SILVA
E
OUTRO(A/S)
R E L A T Ó R I O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora):
1. Em 8 de outubro de 2012, neguei seguimento ao agravo nos autos
do recurso extraordinário interposto pelo Estado de Mato Grosso do Sul
contra julgado do Tribunal de Justiça daquele Estado, o qual manteve
sentença que permitira que a Recorrida ingressasse no curso de formação
de sargentos independentemente do resultado do Teste de Aptidão Física
(TAF). A decisão agravada teve a seguinte fundamentação:
“6. Razão jurídica não assiste ao Agravante.
Designado Redator para o acórdão no Tribunal de Justiça de
Mato Grosso do Sul, o Desembargador Dorival Renato Pavan
afirmou:
(...)
Concluir de forma diversa do que decidido pelas instâncias
originárias demandaria a análise prévia da legislação
infraconstitucional e de normas infralegais aplicadas à espécie (Lei
Complementar estadual n. 53/1990, Decreto estadual n. 10.769/2002,
Lei estadual n. 3.808/2009 e Portarias n. 4/2009 e 12/2010 da Polícia
Militar de Mato Grosso do Sul). Assim, a alegada contrariedade à
Constituição da República, se tivesse ocorrido, seria indireta, o que
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Relatório
ARE 710.124 AGR / MS
inviabiliza o recurso extraordinário.
Nesse sentido:
“AGRAVO
REGIMENTAL
EM
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO
COM
AGRAVO.
MILITAR.
TRANSFERÊNCIA PARA A RESERVA REMUNERADA.
PROMOÇÃO E PROVENTOS. GRAU IMEDIATAMENTE
SUPERIOR. LEI COMPLEMENTAR ESTADUAL N. 53/1990.
REAPRECIAÇÃO DE INTERPRETAÇÃO DE NORMA LOCAL.
IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA N. 280 DO STF.
INTERPOSIÇÃO DE RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM
BASE NAS ALÍNEAS ‘C’ E ‘D’ DO INCISO III DO ART. 102 DA
CONSTITUIÇÃO FEDERAL. IMPOSSIBILIDADE. AGRAVO
IMPROVIDO. I – O acórdão recorrido dirimiu a questão dos autos
com base na legislação infraconstitucional local aplicável à espécie.
Inadmissível o RE, ante a incidência da Súmula 280 do STF.
Precedentes. II – O aresto impugnado não julgou válida lei ou ato de
governo local contestado em face da Constituição, tampouco lei local
contestada em face de lei federal. Incabível, portanto, o recurso pelas
alíneas ‘c’ e ‘d’ do art. 102, III, da Constituição. Precedentes. III –
Agravo regimental improvido” (ARE 702.999-AgR, Rel. Min.
Ricardo Lewandowski, Segunda Turma, DJe 8.10.2012).
A decisão agravada, embasada nos dados constantes do acórdão
recorrido, está em harmonia com a jurisprudência deste Supremo
Tribunal, razão pela qual nada há a prover quanto às alegações do
Agravante.
7. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 544, § 4º,
inc. II, alínea a, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do
Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal)” (fls. 579-586).
2. Publicada essa decisão no DJe de 17.10.2012, interpõe o Estado de
Mato Grosso do Sul, em 26.10.2012, tempestivamente, agravo regimental
(fls. 588-595).
3. Afirma o Agravante que, “a despeito de o v. acórdão ter se referido a
leis locais, também houve discussão acerca de normas constitucionais e, mesmo
que todos os dispositivos apontados não tenham explicitamente constado do texto
2
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ARE 710.124 AGR / MS
inviabiliza o recurso extraordinário.
Nesse sentido:
“AGRAVO
REGIMENTAL
EM
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO
COM
AGRAVO.
MILITAR.
TRANSFERÊNCIA PARA A RESERVA REMUNERADA.
PROMOÇÃO E PROVENTOS. GRAU IMEDIATAMENTE
SUPERIOR. LEI COMPLEMENTAR ESTADUAL N. 53/1990.
REAPRECIAÇÃO DE INTERPRETAÇÃO DE NORMA LOCAL.
IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA N. 280 DO STF.
INTERPOSIÇÃO DE RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM
BASE NAS ALÍNEAS ‘C’ E ‘D’ DO INCISO III DO ART. 102 DA
CONSTITUIÇÃO FEDERAL. IMPOSSIBILIDADE. AGRAVO
IMPROVIDO. I – O acórdão recorrido dirimiu a questão dos autos
com base na legislação infraconstitucional local aplicável à espécie.
Inadmissível o RE, ante a incidência da Súmula 280 do STF.
Precedentes. II – O aresto impugnado não julgou válida lei ou ato de
governo local contestado em face da Constituição, tampouco lei local
contestada em face de lei federal. Incabível, portanto, o recurso pelas
alíneas ‘c’ e ‘d’ do art. 102, III, da Constituição. Precedentes. III –
Agravo regimental improvido” (ARE 702.999-AgR, Rel. Min.
Ricardo Lewandowski, Segunda Turma, DJe 8.10.2012).
A decisão agravada, embasada nos dados constantes do acórdão
recorrido, está em harmonia com a jurisprudência deste Supremo
Tribunal, razão pela qual nada há a prover quanto às alegações do
Agravante.
7. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 544, § 4º,
inc. II, alínea a, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do
Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal)” (fls. 579-586).
2. Publicada essa decisão no DJe de 17.10.2012, interpõe o Estado de
Mato Grosso do Sul, em 26.10.2012, tempestivamente, agravo regimental
(fls. 588-595).
3. Afirma o Agravante que, “a despeito de o v. acórdão ter se referido a
leis locais, também houve discussão acerca de normas constitucionais e, mesmo
que todos os dispositivos apontados não tenham explicitamente constado do texto
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Relatório
ARE 710.124 AGR / MS
do acórdão recorrido, não se pode segundo a jurisprudência dessa Excelsa Corte
ser exigido o denominado prequestionamento numérico” (fl. 589).
Sustenta que “o voto condutor do Desembargador Revisor (…) refuta as
asserções do voto do Relator analisando a questão de modo percuciente em torno
da constitucionalidade da exigência do TAF, o que demonstra de modo claro,
ainda que sem menção numérica dos dispositivos constitucionais, que houve sim
debate aprofundado sobre a controvérsia constitucional trazida à baila nas razões
do recurso extraordinário” (fl. 591).
Argumenta, ainda, que a decisão agravada destoaria da
jurisprudência do Supremo Tribunal Federal no sentido da
impossibilidade de realização de prova de aptidão física em momento
distinto daquele previsto originalmente.
Requer a reconsideração da decisão agravada ou o provimento do
presente recurso.
É o relatório.
3
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ARE 710.124 AGR / MS
do acórdão recorrido, não se pode segundo a jurisprudência dessa Excelsa Corte
ser exigido o denominado prequestionamento numérico” (fl. 589).
Sustenta que “o voto condutor do Desembargador Revisor (…) refuta as
asserções do voto do Relator analisando a questão de modo percuciente em torno
da constitucionalidade da exigência do TAF, o que demonstra de modo claro,
ainda que sem menção numérica dos dispositivos constitucionais, que houve sim
debate aprofundado sobre a controvérsia constitucional trazida à baila nas razões
do recurso extraordinário” (fl. 591).
Argumenta, ainda, que a decisão agravada destoaria da
jurisprudência do Supremo Tribunal Federal no sentido da
impossibilidade de realização de prova de aptidão física em momento
distinto daquele previsto originalmente.
Requer a reconsideração da decisão agravada ou o provimento do
presente recurso.
É o relatório.
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Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 710.124 MATO
GROSSO DO SUL
V O T O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora):
1. Razão jurídica não assiste ao Agravante.
2. Consta do voto condutor do acórdão recorrido:
“Divirjo do eminente relator por estar convencido que a
legislação de regência da carreira de Policial Militar, em que diversos
graus podem ser atingidos pelo integrante da respectiva carreira, não
contém regra que determine que o policial deva se submeter ao teste de
aptidão física – para além daquele já realizado semestralmente – como
condição para participar do curso de formação. (…) Tal determinação,
para realização do teste de aptidão física, como condição para
participar do curso de promoção, pelo critério de merecimento, não
consta da lei de regência e não se presta a tanto a legislação citada pelo
eminente relator que, a meu modo de ver, não trata da matéria, e sim
de situações outras que não aquelas aqui centradas para discussão.
(…) O art. 12 da Lei Complementar Estadual 53/90, citado pelo
eminente relator, não dá o respaldo para a Portaria que regula o curso
de formação exigir do soldado novo teste de aptidão física e, somente se
nele aprovado, ser admitido naquele curso. (…) O artigo 1º, parágrafo
único, da Lei 3.808/2009, também citado pelo douto relator, na
realidade nada diz a respeito do teste de aptidão física, fazendo menção
expressa, aliás, a uma fase anterior àquela em que o soldado irá
participar do curso de formação tendente à graduação, e não este
próprio (…) De igual forma, e com todo o respeito, o artigo 14, I, do
Decreto 10.769/02, citado pelo douto relator, nem de longe faz menção
à exigência de prévia realização de teste de aptidão física como
condição de ingresso no curso de formação de sargentos da Polícia
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13/11/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 710.124 MATO
GROSSO DO SUL
V O T O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora):
1. Razão jurídica não assiste ao Agravante.
2. Consta do voto condutor do acórdão recorrido:
“Divirjo do eminente relator por estar convencido que a
legislação de regência da carreira de Policial Militar, em que diversos
graus podem ser atingidos pelo integrante da respectiva carreira, não
contém regra que determine que o policial deva se submeter ao teste de
aptidão física – para além daquele já realizado semestralmente – como
condição para participar do curso de formação. (…) Tal determinação,
para realização do teste de aptidão física, como condição para
participar do curso de promoção, pelo critério de merecimento, não
consta da lei de regência e não se presta a tanto a legislação citada pelo
eminente relator que, a meu modo de ver, não trata da matéria, e sim
de situações outras que não aquelas aqui centradas para discussão.
(…) O art. 12 da Lei Complementar Estadual 53/90, citado pelo
eminente relator, não dá o respaldo para a Portaria que regula o curso
de formação exigir do soldado novo teste de aptidão física e, somente se
nele aprovado, ser admitido naquele curso. (…) O artigo 1º, parágrafo
único, da Lei 3.808/2009, também citado pelo douto relator, na
realidade nada diz a respeito do teste de aptidão física, fazendo menção
expressa, aliás, a uma fase anterior àquela em que o soldado irá
participar do curso de formação tendente à graduação, e não este
próprio (…) De igual forma, e com todo o respeito, o artigo 14, I, do
Decreto 10.769/02, citado pelo douto relator, nem de longe faz menção
à exigência de prévia realização de teste de aptidão física como
condição de ingresso no curso de formação de sargentos da Polícia
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 8
Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
ARE 710.124 AGR / MS
Militar (…) Ora, se não existe autorização contida no sistema legal
que rege a carreira do policial militar de realização do TAF (teste de
aptidão física) como condição para o ingresso na carreira de formação
de 3º Sargento – e também para outras graduações – não pode a
Portaria, que é ato de concretude da vontade da lei, dispor sobre o que
nela não se contém, criando uma nova hipótese limitativa do acesso do
policial militar ao curso de formação, que a própria lei não criou” (fls.
518-521 – grifos nossos).
Como afirmado na decisão agravada, o acórdão recorrido
fundamentou-se na legislação infraconstitucional. Eventual contrariedade
à Constituição, se tivesse ocorrido, seria indireta.
Nesse sentido, os seguintes julgados:
“AGRAVO
REGIMENTAL
NO
AGRAVO
DE
INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. POLICIAL MILITAR.
PARTICIPAÇÃO EM CURSO DE FORMAÇÃO DE
SARGENTOS. NECESSIDADE DA ANÁLISE DE LEGISLAÇÃO
LOCAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. SÚMULA N.
280 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO
REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (AI
831.687-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 9.5.2011).
“AGRAVO
REGIMENTAL
EM
AGRAVO
DE
INSTRUMENTO. 1. CONCURSO PÚBLICO. CURSO DE
FORMAÇÃO DE SOLDADOS DA POLÍCIA MILITAR. EXAME
PSICOTÉCNICO. EDITAL DO CERTAME. INOBSERVÂNCIA
DA
LEGISLAÇÃO
REGENTE.
MATÉRIA
INFRACONSTITUCIONAL.
2.
AUSÊNCIA
DE
PREQUESTIONAMENTO. 1. Eventual ofensa ao princípio
constitucional da legalidade, no caso, apenas ocorreria de modo reflexo
ou indireto (Súmula 636/STF). 2. Incidência das Súmulas 282 e
356/STF. Agravo regimental desprovido” (AI 660.783-AgR, Rel.
Min. Ayres Britto, Segunda Turma, DJe 1º.6.2011).
2
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ARE 710.124 AGR / MS
Militar (…) Ora, se não existe autorização contida no sistema legal
que rege a carreira do policial militar de realização do TAF (teste de
aptidão física) como condição para o ingresso na carreira de formação
de 3º Sargento – e também para outras graduações – não pode a
Portaria, que é ato de concretude da vontade da lei, dispor sobre o que
nela não se contém, criando uma nova hipótese limitativa do acesso do
policial militar ao curso de formação, que a própria lei não criou” (fls.
518-521 – grifos nossos).
Como afirmado na decisão agravada, o acórdão recorrido
fundamentou-se na legislação infraconstitucional. Eventual contrariedade
à Constituição, se tivesse ocorrido, seria indireta.
Nesse sentido, os seguintes julgados:
“AGRAVO
REGIMENTAL
NO
AGRAVO
DE
INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. POLICIAL MILITAR.
PARTICIPAÇÃO EM CURSO DE FORMAÇÃO DE
SARGENTOS. NECESSIDADE DA ANÁLISE DE LEGISLAÇÃO
LOCAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. SÚMULA N.
280 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO
REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (AI
831.687-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 9.5.2011).
“AGRAVO
REGIMENTAL
EM
AGRAVO
DE
INSTRUMENTO. 1. CONCURSO PÚBLICO. CURSO DE
FORMAÇÃO DE SOLDADOS DA POLÍCIA MILITAR. EXAME
PSICOTÉCNICO. EDITAL DO CERTAME. INOBSERVÂNCIA
DA
LEGISLAÇÃO
REGENTE.
MATÉRIA
INFRACONSTITUCIONAL.
2.
AUSÊNCIA
DE
PREQUESTIONAMENTO. 1. Eventual ofensa ao princípio
constitucional da legalidade, no caso, apenas ocorreria de modo reflexo
ou indireto (Súmula 636/STF). 2. Incidência das Súmulas 282 e
356/STF. Agravo regimental desprovido” (AI 660.783-AgR, Rel.
Min. Ayres Britto, Segunda Turma, DJe 1º.6.2011).
2
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Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
ARE 710.124 AGR / MS
3. Ademais, a jurisprudência trazida pelo Agravante não se
conforma à controvérsia discutida no presente recurso. Naqueles casos, o
Supremo Tribunal Federal manifestou-se quanto à realização de testes de
aptidão física em momento distinto do previsto no edital de concurso, e,
neste processo, discute-se a legalidade da exigência do mesmo teste para
participação em cursos de formação dentro da carreira para a qual já foi
o candidato aprovado e devidamente testado do ponto de vista físico.
4. Os argumentos do Agravante, insuficientes para modificar a
decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em
pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente
prestação jurisdicional.
5. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental.
3
Supremo Tribunal Federal
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3. Ademais, a jurisprudência trazida pelo Agravante não se
conforma à controvérsia discutida no presente recurso. Naqueles casos, o
Supremo Tribunal Federal manifestou-se quanto à realização de testes de
aptidão física em momento distinto do previsto no edital de concurso, e,
neste processo, discute-se a legalidade da exigência do mesmo teste para
participação em cursos de formação dentro da carreira para a qual já foi
o candidato aprovado e devidamente testado do ponto de vista físico.
4. Os argumentos do Agravante, insuficientes para modificar a
decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em
pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente
prestação jurisdicional.
5. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental.
3
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Decisão de Julgamento
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 710.124
PROCED. : MATO GROSSO DO SUL
RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S) : ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL
AGDO.(A/S) : SIMONE RAIMUNDO ALEXANDRE
ADV.(A/S) : ELAINE CRISTINA RIBEIRO DA SILVA E OUTRO(A/S)
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausentes,
justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim
Barbosa. 2ª Turma, 13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra
Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros
Celso de Mello e Joaquim Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
P/ Fabiane Duarte
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3150140
Supremo Tribunal Federal
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 710.124
PROCED. : MATO GROSSO DO SUL
RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S) : ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL
AGDO.(A/S) : SIMONE RAIMUNDO ALEXANDRE
ADV.(A/S) : ELAINE CRISTINA RIBEIRO DA SILVA E OUTRO(A/S)
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausentes,
justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim
Barbosa. 2ª Turma, 13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra
Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros
Celso de Mello e Joaquim Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
P/ Fabiane Duarte
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 8
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3160958 | 2012-11-13T00:00:00 | 2012-12-05T00:00:00 | A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 13.11.2012. | AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO | EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO. POLICIAL MILITAR. CURSO DE FORMAÇÃO DE SARGENTO. LEGALIDADE DA EXIGÊNCIA DO TESTE DE APTIDÃO FÍSICA. FUNDAMENTO INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. | sjur220698 | - Acórdãos citados:
(OFENSA REFLEXA)
STF: AI 831687 AgR (1ªT), AI 660783 AgR (2ªT).
Número de páginas: 8.
Análise: 17/12/2012, MAC. | CÁRMEN LÚCIA | Segunda Turma | 710124 | [
"LEG-EST LCP-000053 ANO-1990\r\n ART-00012 \r\n LEI COMPLEMENTAR, MS\r\n\r\n",
"LEG-EST LEI-003808 ANO-2009\r\n ART-00001 PAR-ÚNICO \r\n LEI ORDINÁRIA, MS\r\n\r\n",
"LEG-EST DEC-010769 ANO-2002\r\n ART-00014 INC-00001 \r\n DECRETO, MS\r\n\r\n",
"LEG-EST PRT-000004 ANO-2009\r\n PORTARIA DA POLÍCIA MILITAR DE MATO GROSSO DO SUL, MS\r\n\r\n",
"LEG-EST PRT-000012 ANO-2010\r\n PORTARIA DA POLÍCIA MILITAR DE MATO GROSSO DO SUL, MS"
] | ARE-AgR | acordaos | ARE 710124 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL
ADV.(A/S) : ELAINE CRISTINA RIBEIRO DA SILVA E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : SIMONE RAIMUNDO ALEXANDRE | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"ARE 710 . 124 AGR / MS",
"SÚMULA N . 280 DO STF",
"Súmula 280 do STF",
"ARE 702 . 999 - AgR",
"ARE 710 . 124 AGR / MS",
"SÚMULA N . 280 DO STF",
"Súmula 280 do STF",
"ARE 702 . 999 - AgR",
"ARE 710 . 124 AGR / MS",
"ARE 710 . 124 AGR / MS",
"ARE 710 . 124 AGR / MS",
"SÚMULA N . 280 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL",
"AI 831 . 687 - AgR",
"Súmula 636 / STF",
"Súmulas 282",
"AI 660 . 783 - AgR",
"ARE 710 . 124 AGR / MS",
"SÚMULA N . 280 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL",
"AI 831 . 687 - AgR",
"Súmula 636 / STF",
"Súmulas 282 e 356 / STF",
"AI 660 . 783 - AgR",
"ARE 710 . 124 AGR",
"ARE 710 . 124 AGR / MS"
],
"LEGISLACAO": [
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei Complementar estadual n . 53 / 1990",
"Decreto estadual n . 10 . 769 /",
"Lei estadual n . 3 . 808 / 2009",
"12",
"/",
"2010",
"Constituição da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei Complementar estadual n . 53 / 1990",
"Decreto estadual n . 10 . 769 / 2002",
"Lei estadual n . 3 . 808 / 2009",
"Portarias n . 4 / 2009",
"12",
"/",
"2010",
"Constituição da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"LEI COMPLEMENTAR ESTADUAL N . 53 / 1990",
"Constituição",
"alíneas ‘ c ’ e ‘ d ’ do art . 102 , III , da Constituição",
"art . 544 , § [UNK] , inc . II , alínea a , do Código de Processo Civil",
"art . 21 , § [UNK] , do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"LEI COMPLEMENTAR ESTADUAL N . 53 / 1990",
"ALÍNEAS ‘ C ’ E ‘ D ’ DO INCISO III DO ART . 102 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL",
"Constituição",
"alíneas ‘ c ’ e ‘ d ’ do art . 102 , III , da Constituição",
"art . 544 , § [UNK] , inc . II , alínea a , do Código de Processo Civil",
"art . 21 , § [UNK] , do",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 12 da Lei Complementar Estadual 53 / 90",
"artigo [UNK] , parágrafo único , da Lei 3 . 808 / 2009",
"artigo 14 , I , do Decreto 10 . 769 / 02",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 12 da Lei Complementar Estadual 53 / 90",
"artigo [UNK] , parágrafo único , da Lei 3 . 808 / 2009",
"artigo 14 , I , do Decreto 10 . 769 / 02",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 /",
"Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"MATO GROSSO DO SUL",
"ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL",
"ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL",
"Brasília",
"MATO GROSSO DO SUL",
"ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL",
"ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL",
"Estado de Mato Grosso do Sul",
"MATO GROSSO DO SUL",
"ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL",
"ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL",
"Estado de Mato Grosso do Sul",
"Estado de Mato Grosso do Sul",
"Estado de Mato Grosso do Sul",
"MATO GROSSO DO SUL",
"MATO GROSSO DO SUL",
"MATO GROSSO DO SUL",
"ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL",
"ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL",
"MATO GROSSO DO SUL",
"ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL",
"ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL"
],
"ORGANIZACAO": [
"SEGUNDA TURMA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul",
"Polícia Militar de Mato Grosso do Sul",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul",
"Polícia Militar de Mato Grosso do Sul",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Primeira Turma",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"/",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"CÁRMEN LÚCIA",
"SIMONE RAIMUNDO ALEXANDRE",
"ELAINE CRISTINA RIBEIRO DA SILVA",
"Ricardo Lewandowski",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"SIMONE RAIMUNDO ALEXANDRE",
"ELAINE CRISTINA RIBEIRO DA SILVA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"Dorival Renato Pavan",
"CÁRMEN LÚCIA",
"SIMONE RAIMUNDO ALEXANDRE",
"ELAINE CRISTINA RIBEIRO DA SILVA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"Dorival Renato Pavan",
"Ricardo Lewandowski",
"Ricardo Lewandowski",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"Ayres Britto",
"Ayres Britto",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"SIMONE RAIMUNDO ALEXANDRE",
"ELAINE CRISTINA RIBEIRO DA SILVA",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos",
"Fabiane Duarte",
"CÁRMEN LÚCIA",
"SIMONE RAIMUNDO ALEXANDRE",
"ELAINE CRISTINA RIBEIRO DA SILVA",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos",
"Fabiane Duarte"
],
"TEMPO": [
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"13 de novembro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"05",
"/",
"12",
"/",
"2012",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"8 de outubro de 2012",
"2002",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"8 de outubro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"8",
".",
"10",
".",
"2012",
"17",
".",
"10",
".",
"2012",
"26",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"8",
".",
"10",
".",
"2012",
"17",
".",
"10",
".",
"2012",
"26",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"9",
".",
"5",
".",
"2011",
"[UNK]",
".",
"6",
".",
"2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"9",
".",
"5",
".",
"2011",
"[UNK]",
".",
"6",
".",
"2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 710.489 RIO
GRANDE DO SUL
RELATOR
: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S)
:MUNICÍPIO DE CAXIAS DO SUL
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE CAXIAS
DO SUL
AGDO.(A/S)
:ANTONIO CARLOS PIROLA E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S)
:PAULA COMUNELLO SOARES E OUTRO(A/S)
INTDO.(A/S)
:REAL SEGUROS S/A
ADV.(A/S)
:RODRIGO RAMA E SILVA
ADV.(A/S)
:SIRLEY MARIA RAMA VIEIRA SILVEIRA
EMENTA:
AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. RESPONSABILIDADE DO
ESTADO. NECESSIDADE DE REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-
PROBATÓRIO CONSTANTE DOS AUTOS. SÚMULA 279 DO STF.
INCIDÊNCIA. AGRAVO IMPROVIDO.
I – Para divergir do acórdão recorrido acerca da presença dos
elementos configuradores da responsabilidade objetiva do Estado, seria
necessário o reexame do conjunto fático-probatório dos autos, o que é
vedado pela Súmula 279 do STF. Precedentes.
II - Agravo regimental improvido.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do
Senhor Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de
julgamentos e das notas taquigráficas, por unanimidade, negar
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documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3101397.
Supremo Tribunal Federal
DJe 06/12/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 9
Ementa e Acórdão
ARE 710.489 AGR / RS
provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator.
Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e
Joaquim Barbosa.
Brasília, 13 de novembro de 2012.
RICARDO LEWANDOWSKI – PRESIDENTE E RELATOR
2
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
ARE 710.489 AGR / RS
provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator.
Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e
Joaquim Barbosa.
Brasília, 13 de novembro de 2012.
RICARDO LEWANDOWSKI – PRESIDENTE E RELATOR
2
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 9
Relatório
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 710.489 RIO
GRANDE DO SUL
RELATOR
: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S)
:MUNICÍPIO DE CAXIAS DO SUL
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE CAXIAS
DO SUL
AGDO.(A/S)
:ANTONIO CARLOS PIROLA E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S)
:PAULA COMUNELLO SOARES E OUTRO(A/S)
INTDO.(A/S)
:REAL SEGUROS S/A
ADV.(A/S)
:RODRIGO RAMA E SILVA
ADV.(A/S)
:SIRLEY MARIA RAMA VIEIRA SILVEIRA
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Trata-se de
agravo regimental interposto contra decisão que negou seguimento ao
agravo. Eis o teor da decisão agravada:
“Trata-se de agravo contra decisão que negou seguimento a
recurso extraordinário interposto de acórdão, cuja ementa segue
transcrita:
'APELAÇÃO. RESPONSABILIDADE CIVIL EM
ACIDENTE DE TRÂNSITO. REPARAÇÃO DE DANOS
MORAIS. MORTE DE PASSAGEIRA CONDUZIDA EM
AMBULÂNCIA DO MUNICÍPIO. RESPONSABILIDADE
OBJETIVA. FATO DE TERCEIRO.
1. Aplicável ao caso em exame a teoria da responsabilidade
objetiva do poder público, a teor do art. 37, § 6º, da CF, somente
elidida se demonstrada a culpa exclusiva da vítima, ou se
decorrente o dano de caso fortuito ou força maior.
Caso em que a esposa e mãe dos autores, que estava na
ambulância, veio a falecer em decorrência das lesões causadas
pela colisão contra outro veículo.
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13/11/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 710.489 RIO
GRANDE DO SUL
RELATOR
: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S)
:MUNICÍPIO DE CAXIAS DO SUL
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE CAXIAS
DO SUL
AGDO.(A/S)
:ANTONIO CARLOS PIROLA E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S)
:PAULA COMUNELLO SOARES E OUTRO(A/S)
INTDO.(A/S)
:REAL SEGUROS S/A
ADV.(A/S)
:RODRIGO RAMA E SILVA
ADV.(A/S)
:SIRLEY MARIA RAMA VIEIRA SILVEIRA
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Trata-se de
agravo regimental interposto contra decisão que negou seguimento ao
agravo. Eis o teor da decisão agravada:
“Trata-se de agravo contra decisão que negou seguimento a
recurso extraordinário interposto de acórdão, cuja ementa segue
transcrita:
'APELAÇÃO. RESPONSABILIDADE CIVIL EM
ACIDENTE DE TRÂNSITO. REPARAÇÃO DE DANOS
MORAIS. MORTE DE PASSAGEIRA CONDUZIDA EM
AMBULÂNCIA DO MUNICÍPIO. RESPONSABILIDADE
OBJETIVA. FATO DE TERCEIRO.
1. Aplicável ao caso em exame a teoria da responsabilidade
objetiva do poder público, a teor do art. 37, § 6º, da CF, somente
elidida se demonstrada a culpa exclusiva da vítima, ou se
decorrente o dano de caso fortuito ou força maior.
Caso em que a esposa e mãe dos autores, que estava na
ambulância, veio a falecer em decorrência das lesões causadas
pela colisão contra outro veículo.
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 9
Relatório
ARE 710.489 AGR / RS
Fato de terceiro que não afasta a responsabilidade do
município demandado. Contra terceiro poderá exercer o direito
de regresso.
2. Danos morais evidenciados pela repentina e trágica
morte da esposa e mãe dos autores. Manutenção do montante
fixado na sentença considerando as circunstâncias fáticas, a
responsabilidade objetiva do demandado, o princípio da
proporcionalidade e, em especial, os parâmetros desta Câmara
em casos semelhantes.
3. Dedução do valor do DPVAT. Cabível somente quando
comprovado o recebimento, o que não ocorreu no caso em exame.
4. Ônus sucumbenciais.
4.1. Redistribuição na ação principal, considerando a
sucumbência recíproca, sem preponderância a qualquer das
partes.
4.2. Honorários na litisdenúncia. Não são devidos os
encargos sucumbenciais pela seguradora denunciada, pois
aderiu à tese do denunciante.
Apelos parcialmente providos'.
No RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se
violação ao art. 37, § 6º, da mesma Carta.
O agravo não merece acolhida. Isso porque, para se chegar à
conclusão contrária à adotada pelo Tribunal de origem quanto à
existência de nexo de causalidade a ensejar o dever de indenizar,
necessário seria o reexame do conjunto fático-probatório constante dos
autos, o que atrai a incidência da Súmula 279 do STF. Nesse sentido:
AI 634.072-AgR/RJ, de minha relatoria; AI 642.351-AgR/SP, Rel.
Min. Eros Grau; RE 516.836/DF, Rel. Min. Menezes Direito; RE
587.219-AgR/RJ, Rel. Min. Ellen Gracie; e AI 766.051-AgR/SP, Rel.
Min. Gilmar Mendes, cuja ementa segue transcrita:
'Agravo regimental em agravo de instrumento. 2.
Responsabilidade objetiva prevista no art. 37, § 6º, da
Constituição Federal abrange também os atos omissivos do
Poder Público. 3. Impossibilidade de reexame do conjunto fático-
probatório. Súmula 279. 4. Ausência de argumentos suficientes
para infirmar a decisão recorrida. 5. Agravo regimental a que se
2
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ARE 710.489 AGR / RS
Fato de terceiro que não afasta a responsabilidade do
município demandado. Contra terceiro poderá exercer o direito
de regresso.
2. Danos morais evidenciados pela repentina e trágica
morte da esposa e mãe dos autores. Manutenção do montante
fixado na sentença considerando as circunstâncias fáticas, a
responsabilidade objetiva do demandado, o princípio da
proporcionalidade e, em especial, os parâmetros desta Câmara
em casos semelhantes.
3. Dedução do valor do DPVAT. Cabível somente quando
comprovado o recebimento, o que não ocorreu no caso em exame.
4. Ônus sucumbenciais.
4.1. Redistribuição na ação principal, considerando a
sucumbência recíproca, sem preponderância a qualquer das
partes.
4.2. Honorários na litisdenúncia. Não são devidos os
encargos sucumbenciais pela seguradora denunciada, pois
aderiu à tese do denunciante.
Apelos parcialmente providos'.
No RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se
violação ao art. 37, § 6º, da mesma Carta.
O agravo não merece acolhida. Isso porque, para se chegar à
conclusão contrária à adotada pelo Tribunal de origem quanto à
existência de nexo de causalidade a ensejar o dever de indenizar,
necessário seria o reexame do conjunto fático-probatório constante dos
autos, o que atrai a incidência da Súmula 279 do STF. Nesse sentido:
AI 634.072-AgR/RJ, de minha relatoria; AI 642.351-AgR/SP, Rel.
Min. Eros Grau; RE 516.836/DF, Rel. Min. Menezes Direito; RE
587.219-AgR/RJ, Rel. Min. Ellen Gracie; e AI 766.051-AgR/SP, Rel.
Min. Gilmar Mendes, cuja ementa segue transcrita:
'Agravo regimental em agravo de instrumento. 2.
Responsabilidade objetiva prevista no art. 37, § 6º, da
Constituição Federal abrange também os atos omissivos do
Poder Público. 3. Impossibilidade de reexame do conjunto fático-
probatório. Súmula 279. 4. Ausência de argumentos suficientes
para infirmar a decisão recorrida. 5. Agravo regimental a que se
2
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 9
Relatório
ARE 710.489 AGR / RS
nega provimento'.
Isso posto, nego seguimento ao recurso (CPC, art. 557, caput)”.
O agravante sustenta, em suma, a inaplicabilidade da Súmula 279 do
STF, ao argumento de que “não se verifica a necessidade de análise do
conjunto fático-probatório”.
Alega ainda que, no caso em análise, “tanto o acórdão quanto a
sentença de primeiro grau afirmam que o acidente deu-se por ação de terceiro,
e não por ação de agente público, o que afronta o disposto no § 6º do artigo 37 da
Carta Magna” (grifos no original).
É o relatório.
3
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
ARE 710.489 AGR / RS
nega provimento'.
Isso posto, nego seguimento ao recurso (CPC, art. 557, caput)”.
O agravante sustenta, em suma, a inaplicabilidade da Súmula 279 do
STF, ao argumento de que “não se verifica a necessidade de análise do
conjunto fático-probatório”.
Alega ainda que, no caso em análise, “tanto o acórdão quanto a
sentença de primeiro grau afirmam que o acidente deu-se por ação de terceiro,
e não por ação de agente público, o que afronta o disposto no § 6º do artigo 37 da
Carta Magna” (grifos no original).
É o relatório.
3
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 9
Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 710.489 RIO
GRANDE DO SUL
V O T O
O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Bem
reexaminada a questão, verifica-se que a decisão ora atacada não merece
reforma, uma vez que o agravante não aduz argumentos capazes de
afastar as razões nela expendidas.
O Tribunal a quo entendeu que foi comprovada a existência de nexo
de causalidade e o dano sofrido, nos seguintes termos:
“Responsabilidade pelo acidente. A esposa e mãe dos autores
faleceu em virtude de lesões causadas em acidente de trânsito, quando
era transportada em ambulância.
O serviço de transporte de pacientes era realizado pela
municipalidade, respondendo o ente público pelos danos derivados de
tal atividade. Ao caso aplica-se a teoria objetiva do art. 37, § 6º, da CF,
que prescreve:
'As pessoas jurídicas de direito público e as de direito
privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos
danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros,
assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos
de dolo ou culpa'
Nessa perspectiva, a responsabilidade objetiva somente é elidida
se demonstrada a culpa exclusiva da vítima, ou se decorrente de caso
fortuito ou força maior.
(…)
Na espécie, não há evidência de qualquer contribuição da vítima
para ocorrência do fato.
De outro lado, como destacado, o fato de terceiro não é causa
excludente da responsabilidade do ente público, pois não se trata de
evento imprevisível ou irresistível. Na atividade de transportes –
Supremo Tribunal Federal
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13/11/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 710.489 RIO
GRANDE DO SUL
V O T O
O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Bem
reexaminada a questão, verifica-se que a decisão ora atacada não merece
reforma, uma vez que o agravante não aduz argumentos capazes de
afastar as razões nela expendidas.
O Tribunal a quo entendeu que foi comprovada a existência de nexo
de causalidade e o dano sofrido, nos seguintes termos:
“Responsabilidade pelo acidente. A esposa e mãe dos autores
faleceu em virtude de lesões causadas em acidente de trânsito, quando
era transportada em ambulância.
O serviço de transporte de pacientes era realizado pela
municipalidade, respondendo o ente público pelos danos derivados de
tal atividade. Ao caso aplica-se a teoria objetiva do art. 37, § 6º, da CF,
que prescreve:
'As pessoas jurídicas de direito público e as de direito
privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos
danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros,
assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos
de dolo ou culpa'
Nessa perspectiva, a responsabilidade objetiva somente é elidida
se demonstrada a culpa exclusiva da vítima, ou se decorrente de caso
fortuito ou força maior.
(…)
Na espécie, não há evidência de qualquer contribuição da vítima
para ocorrência do fato.
De outro lado, como destacado, o fato de terceiro não é causa
excludente da responsabilidade do ente público, pois não se trata de
evento imprevisível ou irresistível. Na atividade de transportes –
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 9
Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
ARE 710.489 AGR / RS
especialmente de pacientes -, o transportador tem o dever de conduzir
os passageiros em segurança. Com relação ao terceiro poderá exercer o
direito de regresso. Aplicável, por analogia, o disposto no art. 735 do
CC/2002.
Portanto, inequívoca a responsabilidade do ente público pelo
transporte seguro da paciente, que era conduzida ao hospital,
demonstrado então o liame entre o fato lesivo (morte de passageira) e
os danos causados aos autores”.
Nesse contexto, reitero que, para divergir do acórdão recorrido, seria
necessário o reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos, o
que atrai a incidência da Súmula 279 do STF. Nesse sentido, transcrevo
ementas de julgados de ambas as turmas desta Corte:
“AGRAVO
REGIMENTAL
NO
AGRAVO
DE
INSTRUMENTO.
RESPONSABILIDADE
OBJETIVA.
INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. NECESSIDADE DO
REEXAME DE LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL E DO
CONJUNTO PROBATÓRIO. OFENSA CONSTITUCIONAL
INDIRETA. INCIDÊNCIA DA SÚMULA N. 279 DO SUPREMO
TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE
NEGA PROVIMENTO” (AI 829.078-AgR/RJ, Rel. Min. Cármen
Lúcia, Primeira Turma).
“AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO.
RESPONSABILIDADE OBJETIVA. REPARAÇÃO DE DANOS.
ACIDENTE DE TRÂNSITO. RECURSO INOMINADO
INTERPOSTO APÓS DECORRIDO O PRAZO LEGAL.
INTEMPESTIVIDADE. INCURSIONAMENTO NO CONTEXTO
FÁTICO-PROBATÓRIO CARREADO AOS AUTOS. SÚMULA
279 DO STF.
(...) 3. A Súmula 279/STF dispõe: 'Para simples reexame de
prova não cabe recurso extraordinário'. 4. É que o recurso
extraordinário não se presta ao exame de questões que demandam
revolvimento do contexto fático-probatório dos autos, adstringindo-se
2
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ARE 710.489 AGR / RS
especialmente de pacientes -, o transportador tem o dever de conduzir
os passageiros em segurança. Com relação ao terceiro poderá exercer o
direito de regresso. Aplicável, por analogia, o disposto no art. 735 do
CC/2002.
Portanto, inequívoca a responsabilidade do ente público pelo
transporte seguro da paciente, que era conduzida ao hospital,
demonstrado então o liame entre o fato lesivo (morte de passageira) e
os danos causados aos autores”.
Nesse contexto, reitero que, para divergir do acórdão recorrido, seria
necessário o reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos, o
que atrai a incidência da Súmula 279 do STF. Nesse sentido, transcrevo
ementas de julgados de ambas as turmas desta Corte:
“AGRAVO
REGIMENTAL
NO
AGRAVO
DE
INSTRUMENTO.
RESPONSABILIDADE
OBJETIVA.
INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. NECESSIDADE DO
REEXAME DE LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL E DO
CONJUNTO PROBATÓRIO. OFENSA CONSTITUCIONAL
INDIRETA. INCIDÊNCIA DA SÚMULA N. 279 DO SUPREMO
TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE
NEGA PROVIMENTO” (AI 829.078-AgR/RJ, Rel. Min. Cármen
Lúcia, Primeira Turma).
“AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO.
RESPONSABILIDADE OBJETIVA. REPARAÇÃO DE DANOS.
ACIDENTE DE TRÂNSITO. RECURSO INOMINADO
INTERPOSTO APÓS DECORRIDO O PRAZO LEGAL.
INTEMPESTIVIDADE. INCURSIONAMENTO NO CONTEXTO
FÁTICO-PROBATÓRIO CARREADO AOS AUTOS. SÚMULA
279 DO STF.
(...) 3. A Súmula 279/STF dispõe: 'Para simples reexame de
prova não cabe recurso extraordinário'. 4. É que o recurso
extraordinário não se presta ao exame de questões que demandam
revolvimento do contexto fático-probatório dos autos, adstringindo-se
2
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Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
ARE 710.489 AGR / RS
à análise da violação direta da ordem constitucional. Precedentes: RE
n. 389.096-AgR, Segunda Turma, Relatora a Ministra Ellen Gracie,
DJe de 25.09.2009 e AI n. 763.419-AgR, Primeira Turma, Relator o
Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 10.11.2010. (...) 6. Agravo
regimental a que se nega provimento” (ARE 683.170-AgR/SC, Rel.
Min. Luiz Fux, Primeira Turma).
“1.
RECURSO
Extraordinário.
Inadmissibilidade.
Responsabilidade civil. Extracontratual. Assalto em veículo de
transporte coletivo intermunicipal. Danos morais reconhecidos.
Responsabilidade objetiva do Estado. Indenização devida. Art. 37, § 6º
da CF. Necessidade de revisão dos fatos à luz da prova.
Impossibilidade. Recurso não conhecido. Aplicação da súmula 279.
Não se admite, em recurso extraordinário, alegação de ofensa
constitucional, cujo reconhecimento dependeria de reexame prévio de
provas. 2. RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade
pronunciada. Jurisprudência assentada a respeito da matéria.
Ausência de objeções consistentes. Decisão mantida. Agravo
regimental improvido. Nega-se provimento a agravo regimental
tendente a impugnar, sem razões consistentes, decisão fundada em
jurisprudência assente na Corte” (RE 449.210-AgR/BA, Rel. Min.
Cezar Peluso, Segunda Turma).
“AGRAVO
REGIMENTAL
EM
AGRAVO
DE
INSTRUMENTO. RESPONSABILIDADE DO ESTADO.
NECESSIDADE DE REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-
PROBATÓRIO CONSTANTE DOS AUTOS. SÚMULA 279 DO
STF. INCIDÊNCIA. AGRAVO IMPROVIDO. I – A apreciação do
recurso extraordinário, no que concerne à alegada ofensa ao art. 37, §
6°, da Constituição, encontra óbice na Súmula 279 do STF.
Precedentes. II - Agravo regimental improvido” (AI 829.974-
AgR/GO, de minha relatoria, Segunda Turma).
Isso posto, nego provimento ao agravo regimental.
3
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ARE 710.489 AGR / RS
à análise da violação direta da ordem constitucional. Precedentes: RE
n. 389.096-AgR, Segunda Turma, Relatora a Ministra Ellen Gracie,
DJe de 25.09.2009 e AI n. 763.419-AgR, Primeira Turma, Relator o
Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 10.11.2010. (...) 6. Agravo
regimental a que se nega provimento” (ARE 683.170-AgR/SC, Rel.
Min. Luiz Fux, Primeira Turma).
“1.
RECURSO
Extraordinário.
Inadmissibilidade.
Responsabilidade civil. Extracontratual. Assalto em veículo de
transporte coletivo intermunicipal. Danos morais reconhecidos.
Responsabilidade objetiva do Estado. Indenização devida. Art. 37, § 6º
da CF. Necessidade de revisão dos fatos à luz da prova.
Impossibilidade. Recurso não conhecido. Aplicação da súmula 279.
Não se admite, em recurso extraordinário, alegação de ofensa
constitucional, cujo reconhecimento dependeria de reexame prévio de
provas. 2. RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade
pronunciada. Jurisprudência assentada a respeito da matéria.
Ausência de objeções consistentes. Decisão mantida. Agravo
regimental improvido. Nega-se provimento a agravo regimental
tendente a impugnar, sem razões consistentes, decisão fundada em
jurisprudência assente na Corte” (RE 449.210-AgR/BA, Rel. Min.
Cezar Peluso, Segunda Turma).
“AGRAVO
REGIMENTAL
EM
AGRAVO
DE
INSTRUMENTO. RESPONSABILIDADE DO ESTADO.
NECESSIDADE DE REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-
PROBATÓRIO CONSTANTE DOS AUTOS. SÚMULA 279 DO
STF. INCIDÊNCIA. AGRAVO IMPROVIDO. I – A apreciação do
recurso extraordinário, no que concerne à alegada ofensa ao art. 37, §
6°, da Constituição, encontra óbice na Súmula 279 do STF.
Precedentes. II - Agravo regimental improvido” (AI 829.974-
AgR/GO, de minha relatoria, Segunda Turma).
Isso posto, nego provimento ao agravo regimental.
3
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Decisão de Julgamento
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 710.489
PROCED. : RIO GRANDE DO SUL
RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S) : MUNICÍPIO DE CAXIAS DO SUL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE CAXIAS DO SUL
AGDO.(A/S) : ANTONIO CARLOS PIROLA E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : PAULA COMUNELLO SOARES E OUTRO(A/S)
INTDO.(A/S) : REAL SEGUROS S/A
ADV.(A/S) : RODRIGO RAMA E SILVA
ADV.(A/S) : SIRLEY MARIA RAMA VIEIRA SILVEIRA
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto do Relator. Ausentes,
justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim
Barbosa. 2ª Turma, 13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra
Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros
Celso de Mello e Joaquim Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
P/ Fabiane Duarte
Secretária
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Supremo Tribunal Federal
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 710.489
PROCED. : RIO GRANDE DO SUL
RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S) : MUNICÍPIO DE CAXIAS DO SUL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE CAXIAS DO SUL
AGDO.(A/S) : ANTONIO CARLOS PIROLA E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : PAULA COMUNELLO SOARES E OUTRO(A/S)
INTDO.(A/S) : REAL SEGUROS S/A
ADV.(A/S) : RODRIGO RAMA E SILVA
ADV.(A/S) : SIRLEY MARIA RAMA VIEIRA SILVEIRA
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto do Relator. Ausentes,
justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim
Barbosa. 2ª Turma, 13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra
Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros
Celso de Mello e Joaquim Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
P/ Fabiane Duarte
Secretária
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 9
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3163696 | 2012-11-13T00:00:00 | 2012-12-06T00:00:00 | A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 13.11.2012. | AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO | Ementa: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. RESPONSABILIDADE DO ESTADO. NECESSIDADE DE REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO CONSTANTE DOS AUTOS. SÚMULA 279 DO STF. INCIDÊNCIA. AGRAVO IMPROVIDO.
I – Para divergir do acórdão recorrido acerca da presença dos elementos configuradores da responsabilidade objetiva do Estado, seria necessário o reexame do conjunto fático-probatório dos autos, o que é vedado pela Súmula 279 do STF. Precedentes.
II - Agravo regimental improvido. | sjur220909 | - Acórdãos citados:
(SÚMULA 279)
STF: AI 829078 AgR (1ªT), ARE 683170 AgR (1ªT), RE 449210
AgR (2ªT), AI 829974 AgR (2ªT).
Número de páginas: 9.
Análise: 18/12/2012, TBC. | RICARDO LEWANDOWSKI | Segunda Turma | 710489 | [
"LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00037 PAR-00006 \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n\r\n",
"LEG-FED SUMSTF-000279 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF"
] | ARE-AgR | acordaos | ARE 710489 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : MUNICÍPIO DE CAXIAS DO SUL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE CAXIAS DO SUL
AGDO.(A/S) : ANTONIO CARLOS PIROLA E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : PAULA COMUNELLO SOARES E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : RODRIGO RAMA E SILVA
ADV.(A/S) : SIRLEY MARIA RAMA VIEIRA SILVEIRA
INTDO.(A/S) : REAL SEGUROS S/A | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 710 . 489",
"SÚMULA 279 DO STF",
"Súmula 279 do STF",
"ARE 710 . 489 AGR / RS",
"ARE 710 . 489",
"ARE 710 . 489 AGR / RS",
"Súmula 279 do STF",
"AI 634 . 072 - AgR / RJ",
"AI 642 . 351 - AgR / SP",
"RE 516 . 836 / DF",
"RE 587 . 219 - AgR / RJ",
"AI 766 . 051 - AgR / SP",
"ARE 710 . 489 AGR / RS",
"Súmula 279 do STF",
"AI 634 . 072 - AgR / RJ",
"AI 642 . 351 - AgR / SP",
"RE 516 . 836 / DF",
"RE 587 . 219 - AgR / RJ",
"AI 766 . 051 - AgR / SP",
"ARE 710 . 489",
"Súmula 279 do STF",
"ARE 710 . 489",
"Súmula 279 do STF",
"ARE 710 . 489",
"Súmula 279 do STF",
"SÚMULA N . 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL",
"AI 829 . 078 - AgR / RJ",
"SÚMULA 279 DO STF",
"Súmula 279 / STF",
"ARE 710 . 489 AGR / RS",
"Súmula 279 do STF",
"SÚMULA N . 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL",
"AI 829 . 078 - AgR / RJ",
"SÚMULA 279 DO STF",
"Súmula 279 / STF",
"ARE 710 . 489 AGR / RS",
"RE n . 389 . 096 - AgR",
"AI n . 763 . 419 - AgR",
"ARE 683 . 170 - AgR / SC",
"RE 449 . 210 - AgR / BA",
"SÚMULA 279 DO STF",
"Súmula 279 do STF",
"AI 829 . 974 - AgR / GO",
"ARE 710 . 489 AGR / RS",
"RE n . 389 . 096 - AgR",
"AI n . 763 . 419 - AgR",
"ARE 683 . 170 - AgR / SC",
"RE 449 . 210 - AgR / BA",
"Súmula 279 do STF",
"AI 829 . 974 - AgR / GO"
],
"LEGISLACAO": [
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 37 , § [UNK] , da CF",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 37 , § [UNK] , da CF",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 102 , III , a , da Constituição",
"art . 37 , § [UNK] , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 102 , III , a , da Constituição",
"art . 37 , § [UNK] ,",
"art . 37 , § [UNK] , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200",
"CPC , art . 557 , caput",
"§ [UNK] do artigo 37 da Carta Magna",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"CPC , art . 557 , caput",
"§ [UNK] do artigo 37 da Carta Magna",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 37 , § [UNK] , da CF",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 37 , § [UNK] , da CF",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 735 do CC / 2002",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 735 do CC / 2002",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Art . 37 , § [UNK] da CF",
"art . 37 , § 6° , da Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Art . 37 , § [UNK] da CF",
"art . 37 , § 6° , da Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"RIO GRANDE DO SUL",
"MUNICÍPIO DE CAXIAS DO SUL",
"Brasília",
"Brasília",
"RIO GRANDE DO SUL",
"MUNICÍPIO DE CAXIAS DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"MUNICÍPIO DE CAXIAS DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"MUNICÍPIO DE CAXIAS DO SUL",
"MUNICÍPIO DE CAXIAS DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"MUNICÍPIO DE CAXIAS DO SUL",
"MUNICÍPIO DE CAXIAS DO SUL"
],
"ORGANIZACAO": [
"SEGUNDA TURMA",
"MUNICÍPIO",
"REAL SEGUROS S / A",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"AGR",
"/",
"RS",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"MUNICÍPIO",
"REAL SEGUROS S / A",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
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"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
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"/",
"RS",
"Supremo Tribunal Federal",
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"ICP",
"-",
"Brasil",
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"/",
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"Supremo Tribunal Federal",
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"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"Segunda Turma",
"Primeira Turma",
"Primeira Turma",
"Segunda Turma",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Primeira Turma",
"Primeira Turma",
"Segunda Turma",
"Segunda Turma",
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"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"REAL SEGUROS S / A",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"REAL SEGUROS S / A",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"ANTONIO CARLOS PIROLA",
"PAULA COMUNELLO SOARES",
"RODRIGO RAMA E SILVA",
"SIRLEY MARIA RAMA VIEIRA SILVEIRA",
"Ricardo Lewandowski",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"ANTONIO CARLOS PIROLA",
"PAULA COMUNELLO SOARES",
"RODRIGO RAMA E SILVA",
"SIRLEY MARIA RAMA VIEIRA SILVEIRA",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"ANTONIO CARLOS PIROLA",
"PAULA COMUNELLO SOARES",
"RODRIGO RAMA E SILVA",
"SIRLEY MARIA RAMA VIEIRA SILVEIRA",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Eros Grau",
"Menezes Direito",
"Ellen Gracie",
"Gilmar Mendes",
"Eros Grau",
"Menezes Direito",
"Ellen Gracie",
"Gilmar Mendes",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Cármen Lúcia",
"Cármen Lúcia",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Ellen Gracie",
"Ricardo Lewandowski",
"Luiz Fux",
"Cezar Peluso",
"Ellen Gracie",
"Ricardo Lewandowski",
"Luiz Fux",
"Cezar Peluso",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"ANTONIO CARLOS PIROLA",
"PAULA COMUNELLO SOARES",
"RODRIGO RAMA E SILVA",
"SIRLEY MARIA RAMA VIEIRA SILVEIRA",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos",
"Fabiane Duarte",
"ANTONIO CARLOS PIROLA",
"PAULA COMUNELLO SOARES",
"RODRIGO RAMA E SILVA",
"SIRLEY MARIA RAMA VIEIRA SILVEIRA",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos",
"Fabiane Duarte"
],
"TEMPO": [
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06",
"/",
"12",
"/",
"2012",
"13 de novembro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13 de novembro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"25",
".",
"09",
".",
"2009",
"10",
".",
"11",
".",
"2010",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"25",
".",
"09",
".",
"2009",
"10",
".",
"11",
".",
"2010",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.514 RIO DE
JANEIRO
RELATOR
: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S)
:FUNDAÇÃO PETROBRÁS DE SEGURIDADE SOCIAL
- PETROS
ADV.(A/S)
:RENATO LÔBO GUIMARÃES E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:IVALDO CIRILO DO NASCIMENTO
ADV.(A/S)
:ALESSANDRA MARQUES E OUTRO(A/S)
INTDO.(A/S)
:PETRÓLEO BRASILEIRO S/A - PETROBRAS
ADV.(A/S)
:LÍVIA MARIA M V SALDANHA
EMENTA:
AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. COMPLEMENTAÇÃO DE
APOSENTADORIA. PRESCRIÇÃO TOTAL OU PARCIAL. AUSÊNCIA
DE REPERCUSSÃO GERAL. QUESTÃO INFRACONSTITUCIONAL.
AGRAVO IMPROVIDO.
I – Os Ministros desta Corte, no ARE 697.514-RG/RO, Rel. Min.
Gilmar Mendes, manifestaram-se pela inexistência de repercussão geral
da controvérsia acerca da prescrição trabalhista, se parcial ou total, por
entenderem que a discussão possui natureza infraconstitucional, decisão
que vale para todos os recursos sobre matéria idêntica.
II – Agravo regimental improvido.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do
Senhor Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de
julgamentos e das notas taquigráficas, por unanimidade, negar
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documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3101406.
Supremo Tribunal Federal
DJe 06/12/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 6
Ementa e Acórdão
ARE 711.514 AGR / RJ
provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator.
Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e
Joaquim Barbosa.
Brasília, 13 de novembro de 2012.
RICARDO LEWANDOWSKI – PRESIDENTE E RELATOR
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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ARE 711.514 AGR / RJ
provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator.
Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e
Joaquim Barbosa.
Brasília, 13 de novembro de 2012.
RICARDO LEWANDOWSKI – PRESIDENTE E RELATOR
2
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 6
Relatório
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.514 RIO DE
JANEIRO
RELATOR
: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S)
:FUNDAÇÃO PETROBRÁS DE SEGURIDADE SOCIAL
- PETROS
ADV.(A/S)
:RENATO LÔBO GUIMARÃES E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:IVALDO CIRILO DO NASCIMENTO
ADV.(A/S)
:ALESSANDRA MARQUES E OUTRO(A/S)
INTDO.(A/S)
:PETRÓLEO BRASILEIRO S/A - PETROBRAS
ADV.(A/S)
:LÍVIA MARIA M V SALDANHA
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Trata-se de
agravo regimental interposto contra decisão que negou seguimento a
agravo. Eis o teor da decisão agravada:
“Trata-se de recurso de agravo contra decisão que negou
seguimento a recurso extraordinário interposto de acórdão, cuja
ementa segue transcrita no que importa:
'AGRAVO
DE
INSTRUMENTO.
COMPLEMENTAÇÃO
DE
APOSENTADORIA.
PRESCRIÇÃO PARCIAL. Ante possível contrariedade à
Súmula n.º 327 do TST, dá-se provimento ao Agravo de
Instrumento.
RECURSO DE REVISTA. COMPLEMENTAÇÃO DE
APOSENTADORIA. PRESCRIÇÃO PARCIAL. O objeto da
presente ação refere-se a diferenças de complementação de
aposentadoria decorrentes da revisão do valor pago, em função
do incorreto cálculo do benefício. Incide, portanto, a prescrição
parcial inserta na Súmula n.º 327 do TST. Recurso de Revista
conhecido e provido'.
No RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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13/11/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.514 RIO DE
JANEIRO
RELATOR
: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S)
:FUNDAÇÃO PETROBRÁS DE SEGURIDADE SOCIAL
- PETROS
ADV.(A/S)
:RENATO LÔBO GUIMARÃES E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:IVALDO CIRILO DO NASCIMENTO
ADV.(A/S)
:ALESSANDRA MARQUES E OUTRO(A/S)
INTDO.(A/S)
:PETRÓLEO BRASILEIRO S/A - PETROBRAS
ADV.(A/S)
:LÍVIA MARIA M V SALDANHA
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Trata-se de
agravo regimental interposto contra decisão que negou seguimento a
agravo. Eis o teor da decisão agravada:
“Trata-se de recurso de agravo contra decisão que negou
seguimento a recurso extraordinário interposto de acórdão, cuja
ementa segue transcrita no que importa:
'AGRAVO
DE
INSTRUMENTO.
COMPLEMENTAÇÃO
DE
APOSENTADORIA.
PRESCRIÇÃO PARCIAL. Ante possível contrariedade à
Súmula n.º 327 do TST, dá-se provimento ao Agravo de
Instrumento.
RECURSO DE REVISTA. COMPLEMENTAÇÃO DE
APOSENTADORIA. PRESCRIÇÃO PARCIAL. O objeto da
presente ação refere-se a diferenças de complementação de
aposentadoria decorrentes da revisão do valor pago, em função
do incorreto cálculo do benefício. Incide, portanto, a prescrição
parcial inserta na Súmula n.º 327 do TST. Recurso de Revista
conhecido e provido'.
No RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se
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Relatório
ARE 711.514 AGR / RJ
violação aos arts. 5º, caput, e 7º, XXIX, da mesma Carta.
O agravo não merece acolhida. Os Ministros desta Corte, no
ARE 697.514-RG/RO, Rel. Min. Gilmar Mendes, manifestaram-se
pela inexistência de repercussão geral da controvérsia acerca da
prescrição trabalhista, se parcial ou total, por entenderem que a
discussão possui natureza infraconstitucional. Essa decisão vale para
todos os recursos sobre matéria idêntica, consoante determinam os
arts. 326 e 327, § 1º, do RISTF, e o art. 543-A, § 5º, do CPC,
introduzido pela Lei 11.418/2006. Por oportuno, transcrevo a ementa
do referido julgamento:
'Trabalhista. 2. Prescrição aplicável, se total ou parcial.
Controvérsia que se situa no âmbito da legislação
infraconstitucional. Inexistência de repercussão geral'.
Isso posto, nego seguimento ao recurso (CPC, art. 557, caput)”.
A agravante sustenta, em suma, que, no julgamento do ARE 697.514-
RG/RO, a análise da controvérsia ocorreu com base na alegação de
violação aos arts. 5º, XXXVI, e 7º, XXIX, da Constituição, ao passo que,
“no presente caso, o que se está discutindo é a violação da segurança jurídica, sob
o enfoque do art. 5º, caput, da CF”, razão pela qual há que se afastar o
entendimento daquele precedente e, em consequência, o comando do art.
543-A, § 5º, do CPC.
É o relatório.
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
ARE 711.514 AGR / RJ
violação aos arts. 5º, caput, e 7º, XXIX, da mesma Carta.
O agravo não merece acolhida. Os Ministros desta Corte, no
ARE 697.514-RG/RO, Rel. Min. Gilmar Mendes, manifestaram-se
pela inexistência de repercussão geral da controvérsia acerca da
prescrição trabalhista, se parcial ou total, por entenderem que a
discussão possui natureza infraconstitucional. Essa decisão vale para
todos os recursos sobre matéria idêntica, consoante determinam os
arts. 326 e 327, § 1º, do RISTF, e o art. 543-A, § 5º, do CPC,
introduzido pela Lei 11.418/2006. Por oportuno, transcrevo a ementa
do referido julgamento:
'Trabalhista. 2. Prescrição aplicável, se total ou parcial.
Controvérsia que se situa no âmbito da legislação
infraconstitucional. Inexistência de repercussão geral'.
Isso posto, nego seguimento ao recurso (CPC, art. 557, caput)”.
A agravante sustenta, em suma, que, no julgamento do ARE 697.514-
RG/RO, a análise da controvérsia ocorreu com base na alegação de
violação aos arts. 5º, XXXVI, e 7º, XXIX, da Constituição, ao passo que,
“no presente caso, o que se está discutindo é a violação da segurança jurídica, sob
o enfoque do art. 5º, caput, da CF”, razão pela qual há que se afastar o
entendimento daquele precedente e, em consequência, o comando do art.
543-A, § 5º, do CPC.
É o relatório.
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.514 RIO DE
JANEIRO
V O T O
O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Bem
reexaminada a questão, verifico que a decisão ora atacada não merece
reforma, visto que a agravante não aduz argumentos capazes de afastar
as razões nela expendidas, que devem ser mantidas por seus próprios
fundamentos.
Como destacado na decisão recorrida, o recurso é inadmissível,
tendo em vista que os Ministros desta Corte, no ARE 697.514-RG/RO, Rel.
Min. Gilmar Mendes, manifestaram-se pela inexistência de repercussão
geral da controvérsia acerca da prescrição trabalhista, se parcial ou total,
por entenderem que a discussão possui natureza infraconstitucional.
Ressalte-se, também, que, declarada a ausência de repercussão geral,
os recursos extraordinários e agravos que suscitarem a mesma questão
poderão ter o seu seguimento negado pelos relatores, nos termos do art.
327, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal.
Isso posto, nego provimento ao agravo regimental.
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3101408.
Supremo Tribunal Federal
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.514 RIO DE
JANEIRO
V O T O
O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Bem
reexaminada a questão, verifico que a decisão ora atacada não merece
reforma, visto que a agravante não aduz argumentos capazes de afastar
as razões nela expendidas, que devem ser mantidas por seus próprios
fundamentos.
Como destacado na decisão recorrida, o recurso é inadmissível,
tendo em vista que os Ministros desta Corte, no ARE 697.514-RG/RO, Rel.
Min. Gilmar Mendes, manifestaram-se pela inexistência de repercussão
geral da controvérsia acerca da prescrição trabalhista, se parcial ou total,
por entenderem que a discussão possui natureza infraconstitucional.
Ressalte-se, também, que, declarada a ausência de repercussão geral,
os recursos extraordinários e agravos que suscitarem a mesma questão
poderão ter o seu seguimento negado pelos relatores, nos termos do art.
327, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal.
Isso posto, nego provimento ao agravo regimental.
Supremo Tribunal Federal
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Decisão de Julgamento
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.514
PROCED. : RIO DE JANEIRO
RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S) : FUNDAÇÃO PETROBRÁS DE SEGURIDADE SOCIAL - PETROS
ADV.(A/S) : RENATO LÔBO GUIMARÃES E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : IVALDO CIRILO DO NASCIMENTO
ADV.(A/S) : ALESSANDRA MARQUES E OUTRO(A/S)
INTDO.(A/S) : PETRÓLEO BRASILEIRO S/A - PETROBRAS
ADV.(A/S) : LÍVIA MARIA M V SALDANHA
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto do Relator. Ausentes,
justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim
Barbosa. 2ª Turma, 13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra
Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros
Celso de Mello e Joaquim Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
P/ Fabiane Duarte
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3150145
Supremo Tribunal Federal
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.514
PROCED. : RIO DE JANEIRO
RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S) : FUNDAÇÃO PETROBRÁS DE SEGURIDADE SOCIAL - PETROS
ADV.(A/S) : RENATO LÔBO GUIMARÃES E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : IVALDO CIRILO DO NASCIMENTO
ADV.(A/S) : ALESSANDRA MARQUES E OUTRO(A/S)
INTDO.(A/S) : PETRÓLEO BRASILEIRO S/A - PETROBRAS
ADV.(A/S) : LÍVIA MARIA M V SALDANHA
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto do Relator. Ausentes,
justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim
Barbosa. 2ª Turma, 13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra
Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros
Celso de Mello e Joaquim Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
P/ Fabiane Duarte
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3150145
Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 6
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3163730 | 2012-11-13T00:00:00 | 2012-12-06T00:00:00 | A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 13.11.2012. | AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO | Ementa: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. COMPLEMENTAÇÃO DE APOSENTADORIA. PRESCRIÇÃO TOTAL OU PARCIAL. AUSÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL. QUESTÃO INFRACONSTITUCIONAL. AGRAVO IMPROVIDO.
I – Os Ministros desta Corte, no ARE 697.514-RG/RO, Rel. Min. Gilmar Mendes, manifestaram-se pela inexistência de repercussão geral da controvérsia acerca da prescrição trabalhista, se parcial ou total, por entenderem que a discussão possui natureza infraconstitucional, decisão que vale para todos os recursos sobre matéria idêntica.
II – Agravo regimental improvido. | sjur220911 | - Acórdão citado:
(MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL, PRESCRIÇÃO, TRABALHISTA)
STF: ARE 697514 RG (TP)
Número de páginas: 6.
Análise: 18/12/2012, TBC. | RICARDO LEWANDOWSKI | Segunda Turma | 711514 | [
"LEG-FED RGI ANO-1980\r\n ART-00327 PAR-00001 \r\n RISTF-1980 REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL"
] | ARE-AgR | acordaos | ARE 711514 AgR | [
""
] | INTDO.(A/S) : PETRÓLEO BRASILEIRO S/A - PETROBRAS
AGTE.(S) : FUNDAÇÃO PETROBRÁS DE SEGURIDADE SOCIAL - PETROS
ADV.(A/S) : RENATO LÔBO GUIMARÃES E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : LÍVIA MARIA M V SALDANHA
ADV.(A/S) : ALESSANDRA MARQUES E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : IVALDO CIRILO DO NASCIMENTO | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711 . 514",
"ARE 697 . 514 - RG / RO",
"ARE 711 . 514 AGR / RJ",
"ARE 711 . 514",
"Súmula n . [UNK] 327 do TST",
"Súmula n . [UNK] 327 do TST",
"Súmula n . [UNK] 327 do TST",
"Súmula n . [UNK] 327 do TST",
"ARE 711 . 514 AGR / RJ",
"ARE 697 . 514 - RG / RO",
"ARE 697 . 514 - RG / RO",
"ARE 711 . 514 AGR / RJ",
"ARE 697 . 514 - RG / RO",
"ARE 697 . 514 - RG / RO",
"ARE 697 . 514 - RG / RO",
"ARE 697 . 514 - RG / RO"
],
"LEGISLACAO": [
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 102 , III , a , da Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 102 , III , a , da Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"arts . [UNK] , caput , e [UNK] , XXIX , da mesma",
"Carta",
"arts . 326 e 327 , § [UNK] ,",
"art . 543 - A , § [UNK] , do CPC",
"Lei 11 . 418 / 2006",
"CPC , art . 557 , caput )",
"arts . [UNK] , XXXVI , e [UNK] , XXIX , da Constituição",
"art . [UNK] , caput , da CF ”",
"art . 543 - A , § [UNK] , do CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"arts . [UNK] , caput , e [UNK] , XXIX , da mesma Carta",
"arts . 326 e 327 , § [UNK] , do RISTF",
"art . 543 - A , § [UNK] , do CPC",
"Lei 11 . 418 / 2006",
"CPC , art . 557 , caput",
"arts . [UNK] , XXXVI , e [UNK] , XXIX , da Constituição",
"art",
"CF ”",
"art . 543 - A , § [UNK] , do CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 327 , § [UNK] , do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 327 , § [UNK] , do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"RIO DE JANEIRO",
"Brasília",
"Brasília",
"RIO DE JANEIRO",
"RIO DE JANEIRO",
"RIO DE JANEIRO",
"RIO DE JANEIRO",
"RIO DE JANEIRO",
"RIO DE JANEIRO"
],
"ORGANIZACAO": [
"SEGUNDA TURMA",
"FUNDAÇÃO PETROBRÁS DE SEGURIDADE SOCIAL",
"PETROS",
"PETRÓLEO BRASILEIRO S / A",
"PETROBRAS",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"AGR",
"/",
"RJ",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"FUNDAÇÃO PETROBRÁS DE SEGURIDADE SOCIAL",
"PETROS",
"PETRÓLEO BRASILEIRO S / A",
"PETROBRAS",
"Supremo Tribunal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"FUNDAÇÃO PETROBRÁS DE SEGURIDADE SOCIAL",
"PETROS",
"PETRÓLEO BRASILEIRO S / A",
"PETROBRAS",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"FUNDAÇÃO PETROBRÁS DE SEGURIDADE SOCIAL",
"PETROS",
"PETRÓLEO BRASILEIRO S / A",
"PETROBRAS",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"FUNDAÇÃO PETROBRÁS DE SEGURIDADE SOCIAL",
"PETROS",
"PETRÓLEO BRASILEIRO S / A",
"PETROBRAS",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RENATO LÔBO GUIMARÃES",
"IVALDO CIRILO DO NASCIMENTO",
"ALESSANDRA MARQUES",
"LÍVIA MARIA M V SALDANHA",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RENATO LÔBO GUIMARÃES",
"IVALDO CIRILO DO NASCIMENTO",
"ALESSANDRA MARQUES",
"LÍVIA MARIA M V SALDANHA",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RENATO LÔBO GUIMARÃES",
"IVALDO CIRILO DO NASCIMENTO",
"ALESSANDRA MARQUES",
"LÍVIA MARIA M V SALDANHA",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Gilmar Mendes",
"Gilmar Mendes",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Gilmar Mendes",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Gilmar Mendes",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RENATO LÔBO GUIMARÃES",
"IVALDO CIRILO DO NASCIMENTO",
"ALESSANDRA MARQUES",
"LÍVIA MARIA M V SALDANHA",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RENATO LÔBO GUIMARÃES",
"IVALDO CIRILO DO NASCIMENTO",
"ALESSANDRA MARQUES",
"LÍVIA MARIA M V SALDANHA",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos",
"Fabiane Duarte"
],
"TEMPO": [
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06",
"/",
"12",
"/",
"2012",
"13 de novembro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13 de novembro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 635.734 PARANÁ
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:ALENCAR LEITE AGNER
ADV.(A/S)
:ALENCAR LEITE AGNER
AGDO.(A/S)
:INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL FEDERAL
EMENTA
Agravo regimental no recurso extraordinário. Competência do
Relator. Negativa de prestação jurisdicional. Não ocorrência. Ofensa
reflexa. Danos morais. Indenização. Reexame de fatos e provas.
Precedentes.
1. É competente o Relator (art. 557, caput, do Código de Processo
Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal)
para negar seguimento “ao recurso manifestamente inadmissível,
improcedente, prejudicado ou em confronto com súmula ou com
jurisprudência dominante do respectivo tribunal, do Supremo Tribunal
Federal, ou de Tribunal Superior”.
2. A jurisdição foi prestada pelo Tribunal de origem mediante
decisão suficientemente motivada.
3. A afronta aos princípios do devido processo legal, da ampla defesa
e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação
jurisdicional, quando depende, para ser reconhecida como tal, da análise
de normas infraconstitucionais, configura apenas ofensa indireta ou
reflexa à Constituição da República.
4. Inadmissível, em recurso extraordinário, o reexame de fatos e
provas. Incidência da Súmula nº 279/STF.
5. Agravo regimental não provido.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do
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documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3183368.
Supremo Tribunal Federal
DJe 14/12/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 17
Ementa e Acórdão
RE 635.734 AGR / PR
Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata do julgamento e das
notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao
agravo regimental, nos termos do voto do Relator.
Brasília, 13 de novembro de 2012.
MINISTRO DIAS TOFFOLI
Relator
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3183368.
Supremo Tribunal Federal
RE 635.734 AGR / PR
Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata do julgamento e das
notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao
agravo regimental, nos termos do voto do Relator.
Brasília, 13 de novembro de 2012.
MINISTRO DIAS TOFFOLI
Relator
2
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 17
Relatório
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 635.734 PARANÁ
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:ALENCAR LEITE AGNER
ADV.(A/S)
:ALENCAR LEITE AGNER
AGDO.(A/S)
:INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL FEDERAL
RELATÓRIO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Alencar Leite Agner interpõe tempestivo agravo regimental (fls. 656
a 660 – fax – e 662 a 666 – original) contra decisão em que se negou
seguimento ao recurso extraordinário (fls. 646 a 652), com a seguinte
fundamentação:
“Vistos.
Alencar Leite Agner interpõe recurso extraordinário, com
fundamento na alínea ‘a’ do permissivo constitucional, contra
acórdão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, assim
ementado:
‘PREVIDENCIÁRIO.
APELAÇÃO
CÍVEL.
CONCESSÃO DE APOSENTADORIA POR TEMPO DE
SERVIÇO. ALUNO- APRENDIZ. RECONHECIMENTO.
PROFESSOR. CONVERSÃO. CARÊNCIA. REQUISITOS
SATISFEITOS. DANO MORAL. AFASTAMENTO DA
CONDENAÇÃO.
1. O aluno-aprendiz tem o direito a computar o
período em que frequentou cursos profissionalizantes,
para fins previdenciários, quando comprovado o vínculo
empregatício durante o processo de aprendizagem, o que
se dá inclusive mediante remuneração indireta (súmula 96
do TCU).
2. Comprovado o exercício de atividade especial de
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Supremo Tribunal Federal
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 635.734 PARANÁ
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:ALENCAR LEITE AGNER
ADV.(A/S)
:ALENCAR LEITE AGNER
AGDO.(A/S)
:INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL FEDERAL
RELATÓRIO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Alencar Leite Agner interpõe tempestivo agravo regimental (fls. 656
a 660 – fax – e 662 a 666 – original) contra decisão em que se negou
seguimento ao recurso extraordinário (fls. 646 a 652), com a seguinte
fundamentação:
“Vistos.
Alencar Leite Agner interpõe recurso extraordinário, com
fundamento na alínea ‘a’ do permissivo constitucional, contra
acórdão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, assim
ementado:
‘PREVIDENCIÁRIO.
APELAÇÃO
CÍVEL.
CONCESSÃO DE APOSENTADORIA POR TEMPO DE
SERVIÇO. ALUNO- APRENDIZ. RECONHECIMENTO.
PROFESSOR. CONVERSÃO. CARÊNCIA. REQUISITOS
SATISFEITOS. DANO MORAL. AFASTAMENTO DA
CONDENAÇÃO.
1. O aluno-aprendiz tem o direito a computar o
período em que frequentou cursos profissionalizantes,
para fins previdenciários, quando comprovado o vínculo
empregatício durante o processo de aprendizagem, o que
se dá inclusive mediante remuneração indireta (súmula 96
do TCU).
2. Comprovado o exercício de atividade especial de
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 17
Relatório
RE 635.734 AGR / PR
professor, o segurado faz jus à conversão do tempo de
serviço especial até a promulgação da EC nº 18/81.
3. É incabível a indenização a título de danos morais,
quando o indeferimento administrativo deu-se por
interpretação razoável da lei, ainda que esta não se
coadune com as decisões dos tribunais.
4. Apelação do INSS parcialmente conhecida e, nessa
extensão, parcialmente provida. Remessa oficial
parcialmente provida’ (fl. 376).
Opostos embargos declaratórios (fls. 378 a 385), foram
rejeitados (fls. 387 a 388).
No recurso extraordinário sustenta-se violação dos artigos
5º, inciso LIV, 37, parágrafo 6º, e 93, inciso IX, da Constituição
Federal.
Decido.
Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi
interposto contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era
plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da
matéria constitucional objeto do recurso, conforme decidido na
Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS,
Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de
6/9/07. Todavia, apesar da petição recursal haver trazido a
preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua
existência, uma vez que, nos termos do artigo 323 do Regimento
Interno do Supremo Tribunal Federal, com a redação
introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o
procedimento acerca da existência da repercussão geral
somente ocorrerá ‘quando não for o caso de inadmissibilidade
do recurso por outra razão’.
Não merece prosperar a irresignação, uma vez que não
houve negativa de prestação jurisdicional ou inexistência de
motivação no acórdão recorrido. A jurisdição foi prestada, no
caso, mediante decisão suficientemente motivada, não obstante
contrária à pretensão do recorrente, tendo o Tribunal de origem
justificado suas razões de decidir.
2
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Supremo Tribunal Federal
RE 635.734 AGR / PR
professor, o segurado faz jus à conversão do tempo de
serviço especial até a promulgação da EC nº 18/81.
3. É incabível a indenização a título de danos morais,
quando o indeferimento administrativo deu-se por
interpretação razoável da lei, ainda que esta não se
coadune com as decisões dos tribunais.
4. Apelação do INSS parcialmente conhecida e, nessa
extensão, parcialmente provida. Remessa oficial
parcialmente provida’ (fl. 376).
Opostos embargos declaratórios (fls. 378 a 385), foram
rejeitados (fls. 387 a 388).
No recurso extraordinário sustenta-se violação dos artigos
5º, inciso LIV, 37, parágrafo 6º, e 93, inciso IX, da Constituição
Federal.
Decido.
Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi
interposto contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era
plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da
matéria constitucional objeto do recurso, conforme decidido na
Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS,
Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de
6/9/07. Todavia, apesar da petição recursal haver trazido a
preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua
existência, uma vez que, nos termos do artigo 323 do Regimento
Interno do Supremo Tribunal Federal, com a redação
introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o
procedimento acerca da existência da repercussão geral
somente ocorrerá ‘quando não for o caso de inadmissibilidade
do recurso por outra razão’.
Não merece prosperar a irresignação, uma vez que não
houve negativa de prestação jurisdicional ou inexistência de
motivação no acórdão recorrido. A jurisdição foi prestada, no
caso, mediante decisão suficientemente motivada, não obstante
contrária à pretensão do recorrente, tendo o Tribunal de origem
justificado suas razões de decidir.
2
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 17
Relatório
RE 635.734 AGR / PR
Anote-se que o referido artigo 93, inciso IX, da
Constituição Federal não exige que o órgão judicante manifeste-
se sobre todos os argumentos de defesa apresentados, mas que
fundamente as razões que entendeu suficientes à formação de
seu convencimento (RE nº 463.139/RJ-AgR, Segunda Turma,
Relator o Ministro Joaquim Barbosa, DJ de 3/2/06; e RE nº
181.039/SP-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Ellen
Gracie, DJ de 18/5/01).
Ademais, a jurisprudência desta Corte está consolidada no
sentido de que as alegações de afronta aos princípios da
legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do
contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação
jurisdicional, se dependentes de reexame de normas
infraconstitucionais, podem configurar apenas ofensa indireta
ou reflexa à Constituição Federal, o que não enseja reexame em
recurso extraordinário. Nesse sentido, anote-se:
‘AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE
INSTRUMENTO. AÇÃO DE COBRANÇA. DESPESAS
CONDOMINIAIS. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL
SE NEGA PROVIMENTO. 1. Impossibilidade da análise
da legislação infraconstitucional e do reexame de provas
na via do recurso extraordinário. 2. A jurisprudência do
Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido de que as
alegações de afronta aos princípios do devido processo
legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da
coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes
de reexame de normas infraconstitucionais, podem
configurar apenas ofensa reflexa à Constituição da
República’ (AI nº 594.887/SP - AgR, Primeira Turma,
Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJ de 30/11/07).
‘AGRAVO DE INSTRUMENTO - ALEGAÇÃO DE
OFENSA AO POSTULADO DA MOTIVAÇÃO DOS ATOS
DECISÓRIOS - INOCORRÊNCIA - AUSÊNCIA DE
OFENSA DIRETA À CONSTITUIÇÃO - RECURSO
3
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
RE 635.734 AGR / PR
Anote-se que o referido artigo 93, inciso IX, da
Constituição Federal não exige que o órgão judicante manifeste-
se sobre todos os argumentos de defesa apresentados, mas que
fundamente as razões que entendeu suficientes à formação de
seu convencimento (RE nº 463.139/RJ-AgR, Segunda Turma,
Relator o Ministro Joaquim Barbosa, DJ de 3/2/06; e RE nº
181.039/SP-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Ellen
Gracie, DJ de 18/5/01).
Ademais, a jurisprudência desta Corte está consolidada no
sentido de que as alegações de afronta aos princípios da
legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do
contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação
jurisdicional, se dependentes de reexame de normas
infraconstitucionais, podem configurar apenas ofensa indireta
ou reflexa à Constituição Federal, o que não enseja reexame em
recurso extraordinário. Nesse sentido, anote-se:
‘AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE
INSTRUMENTO. AÇÃO DE COBRANÇA. DESPESAS
CONDOMINIAIS. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL
SE NEGA PROVIMENTO. 1. Impossibilidade da análise
da legislação infraconstitucional e do reexame de provas
na via do recurso extraordinário. 2. A jurisprudência do
Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido de que as
alegações de afronta aos princípios do devido processo
legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da
coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes
de reexame de normas infraconstitucionais, podem
configurar apenas ofensa reflexa à Constituição da
República’ (AI nº 594.887/SP - AgR, Primeira Turma,
Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJ de 30/11/07).
‘AGRAVO DE INSTRUMENTO - ALEGAÇÃO DE
OFENSA AO POSTULADO DA MOTIVAÇÃO DOS ATOS
DECISÓRIOS - INOCORRÊNCIA - AUSÊNCIA DE
OFENSA DIRETA À CONSTITUIÇÃO - RECURSO
3
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 17
Relatório
RE 635.734 AGR / PR
IMPROVIDO. O Supremo Tribunal Federal deixou
assentado que, em regra, as alegações de desrespeito aos
postulados da legalidade, do devido processo legal, da
motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos
limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional
podem configurar, quando muito, situações de ofensa
meramente reflexa ao texto da Constituição, circunstância
essa que impede a utilização do recurso extraordinário.
Precedentes’ (AI nº 360.265/RJ-AgR, Segunda Turma,
Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 20/9/02.
Colhe-se do voto condutor do acórdão recorrido os
seguintes fundamentos:
‘A legislação hoje vigente dá à administração o
poder de interpretar as normas jurídicas que disciplinam o
conceito de tempo de serviço para fins de concessão de
aposentadoria. Em momento algum a Lei 8.213/91
enumera exaustivamente, sem margem de dúvida, todo e
qualquer tipo de atividade que pode ser abarcada como
tempo de serviço para fins previdenciários. Portanto a lei
deve ser explicitada, cabendo à Administração, no
exercício dos poderes regulares e normativo atinente,
explicitar a norma atinente ao tempo de serviço.
A interpretação feita pela Administração, ao caso dos
alunos-aprendizes, não é absurda. Pelo contrário, era
entendimento quase pacificado neste Tribunal, que o
tempo de frequência como aluno-aprendiz não tinha
qualquer efeito para fins de concessão de benefício
previdenciário. Não se pode responsabilizar a
Administração pelo indeferimento decorrente de uma
interpretação razoável dada por ela à norma legal atinente
ao tempo de serviço. Não se trata de ilegalidade manifesta
ou absurda decisão frente ao caso dos autos.
Assim decidiu a 6ª turma desta Corte na Apelação
Cível 96.04.59238-9/PR, relatada pelo Des. Fed. Nylson
4
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
RE 635.734 AGR / PR
IMPROVIDO. O Supremo Tribunal Federal deixou
assentado que, em regra, as alegações de desrespeito aos
postulados da legalidade, do devido processo legal, da
motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos
limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional
podem configurar, quando muito, situações de ofensa
meramente reflexa ao texto da Constituição, circunstância
essa que impede a utilização do recurso extraordinário.
Precedentes’ (AI nº 360.265/RJ-AgR, Segunda Turma,
Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 20/9/02.
Colhe-se do voto condutor do acórdão recorrido os
seguintes fundamentos:
‘A legislação hoje vigente dá à administração o
poder de interpretar as normas jurídicas que disciplinam o
conceito de tempo de serviço para fins de concessão de
aposentadoria. Em momento algum a Lei 8.213/91
enumera exaustivamente, sem margem de dúvida, todo e
qualquer tipo de atividade que pode ser abarcada como
tempo de serviço para fins previdenciários. Portanto a lei
deve ser explicitada, cabendo à Administração, no
exercício dos poderes regulares e normativo atinente,
explicitar a norma atinente ao tempo de serviço.
A interpretação feita pela Administração, ao caso dos
alunos-aprendizes, não é absurda. Pelo contrário, era
entendimento quase pacificado neste Tribunal, que o
tempo de frequência como aluno-aprendiz não tinha
qualquer efeito para fins de concessão de benefício
previdenciário. Não se pode responsabilizar a
Administração pelo indeferimento decorrente de uma
interpretação razoável dada por ela à norma legal atinente
ao tempo de serviço. Não se trata de ilegalidade manifesta
ou absurda decisão frente ao caso dos autos.
Assim decidiu a 6ª turma desta Corte na Apelação
Cível 96.04.59238-9/PR, relatada pelo Des. Fed. Nylson
4
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 17
Relatório
RE 635.734 AGR / PR
Paim de Abreu: ‘Se a segurada não comprovou o dano
moral sofrido com o indeferimento do pedido de benefício
na via administração, não lhe é devida a indenização a
esse título’ (fl. 371).’
Nesse caso, para acolher a pretensão do recorrente e
ultrapassar o entendimento do Tribunal de origem seria
necessária o reexame das provas dos autos, o que não é cabível
em sede de recurso extraordinário. Incidência da Súmula nº
279/STF. Nesse sentido, anote-se:
‘CONSTITUCIONAL.
ADMINISTRATIVO.
RESPONSABILIDADE OBJETIVA DO ESTADO. ART. 37,
§ 6º DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. ALEGAÇÃO DE
CULPA EXCLUSIVA DA VÍTIMA. SÚMULA 279 do STF. I
- A apreciação do recurso extraordinário, no que concerne
à alegada ofensa ao art. 37, § 6º, da Constituição, encontra
óbice na Súmula 279 do STF. Precedentes do STF. II -
Agravo regimental improvido’ (RE nº 484.277/SE-AgR,
Primeira Turma, Relator o Ministro
Ricardo
Lewandowski, DJ de 7/12/07).
‘RESPONSABILIDADE CIVIL DO PODER PÚBLICO
- PRESSUPOSTOS PRIMÁRIOS QUE DETERMINAM A
RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA DO ESTADO - O
NEXO DE CAUSALIDADE MATERIAL COMO
REQUISITO INDISPENSÁVEL À CONFIGURAÇÃO DO
DEVER ESTATAL DE REPARAR O DANO - NÃO-
COMPROVAÇÃO, PELA PARTE RECORRENTE, DO
VÍNCULO CAUSAL - RECONHECIMENTO DE SUA
INEXISTÊNCIA, NA ESPÉCIE, PELAS INSTÂNCIAS
ORDINÁRIAS
-
SOBERANIA
DESSE
PRONUNCIAMENTO JURISDICIONAL EM MATÉRIA
FÁTICO-PROBATÓRIA
-
INVIABILIDADE
DA
DISCUSSÃO, EM SEDE RECURSAL EXTRAORDINÁRIA,
DA
EXISTÊNCIA
DO
NEXO
CAUSAL
-
5
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Supremo Tribunal Federal
RE 635.734 AGR / PR
Paim de Abreu: ‘Se a segurada não comprovou o dano
moral sofrido com o indeferimento do pedido de benefício
na via administração, não lhe é devida a indenização a
esse título’ (fl. 371).’
Nesse caso, para acolher a pretensão do recorrente e
ultrapassar o entendimento do Tribunal de origem seria
necessária o reexame das provas dos autos, o que não é cabível
em sede de recurso extraordinário. Incidência da Súmula nº
279/STF. Nesse sentido, anote-se:
‘CONSTITUCIONAL.
ADMINISTRATIVO.
RESPONSABILIDADE OBJETIVA DO ESTADO. ART. 37,
§ 6º DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. ALEGAÇÃO DE
CULPA EXCLUSIVA DA VÍTIMA. SÚMULA 279 do STF. I
- A apreciação do recurso extraordinário, no que concerne
à alegada ofensa ao art. 37, § 6º, da Constituição, encontra
óbice na Súmula 279 do STF. Precedentes do STF. II -
Agravo regimental improvido’ (RE nº 484.277/SE-AgR,
Primeira Turma, Relator o Ministro
Ricardo
Lewandowski, DJ de 7/12/07).
‘RESPONSABILIDADE CIVIL DO PODER PÚBLICO
- PRESSUPOSTOS PRIMÁRIOS QUE DETERMINAM A
RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA DO ESTADO - O
NEXO DE CAUSALIDADE MATERIAL COMO
REQUISITO INDISPENSÁVEL À CONFIGURAÇÃO DO
DEVER ESTATAL DE REPARAR O DANO - NÃO-
COMPROVAÇÃO, PELA PARTE RECORRENTE, DO
VÍNCULO CAUSAL - RECONHECIMENTO DE SUA
INEXISTÊNCIA, NA ESPÉCIE, PELAS INSTÂNCIAS
ORDINÁRIAS
-
SOBERANIA
DESSE
PRONUNCIAMENTO JURISDICIONAL EM MATÉRIA
FÁTICO-PROBATÓRIA
-
INVIABILIDADE
DA
DISCUSSÃO, EM SEDE RECURSAL EXTRAORDINÁRIA,
DA
EXISTÊNCIA
DO
NEXO
CAUSAL
-
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 17
Relatório
RE 635.734 AGR / PR
IMPOSSIBILIDADE DE REEXAME DE MATÉRIA
FÁTICO-PROBATÓRIA (SÚMULA 279/STF) - RECURSO
DE AGRAVO IMPROVIDO. - Os elementos que compõem
a estrutura e delineiam o perfil da responsabilidade civil
objetiva do Poder Público compreendem (a) a alteridade
do dano, (b) a causalidade material entre o ‘eventus
damni’ e o comportamento positivo (ação) ou negativo
(omissão) do agente público, (c) a oficialidade da
atividade causal e lesiva imputável a agente do Poder
Público que tenha, nessa específica condição, incidido em
conduta comissiva ou omissiva, independentemente da
licitude, ou não, do comportamento funcional e (d) a
ausência de causa excludente da responsabilidade estatal.
Precedentes. - O dever de indenizar, mesmo nas hipóteses
de responsabilidade civil objetiva do Poder Público,
supõe, dentre outros elementos (RTJ 163/1107-1109, v.g.), a
comprovada existência do nexo de causalidade material
entre o comportamento do agente e o ‘eventus damni’,
sem o que se torna inviável, no plano jurídico, o
reconhecimento da obrigação de recompor o prejuízo
sofrido pelo ofendido. - A comprovação da relação de
causalidade - qualquer que seja a teoria que lhe dê suporte
doutrinário (teoria da equivalência das condições, teoria
da causalidade necessária ou teoria da causalidade
adequada) - revela-se essencial ao reconhecimento do
dever de indenizar, pois, sem tal demonstração, não há
como imputar, ao causador do dano, a responsabilidade
civil pelos prejuízos sofridos pelo ofendido. Doutrina.
Precedentes. - Não se revela processualmente lícito
reexaminar matéria fático-probatória em sede de recurso
extraordinário (RTJ 161/992 - RTJ 186/703 - Súmula
279/STF), prevalecendo, nesse domínio, o caráter soberano
do pronunciamento jurisdicional dos Tribunais ordinários
sobre matéria de fato e de prova. Precedentes. - Ausência,
na espécie, de demonstração inequívoca, mediante prova
idônea, da efetiva ocorrência dos prejuízos alegadamente
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Supremo Tribunal Federal
RE 635.734 AGR / PR
IMPOSSIBILIDADE DE REEXAME DE MATÉRIA
FÁTICO-PROBATÓRIA (SÚMULA 279/STF) - RECURSO
DE AGRAVO IMPROVIDO. - Os elementos que compõem
a estrutura e delineiam o perfil da responsabilidade civil
objetiva do Poder Público compreendem (a) a alteridade
do dano, (b) a causalidade material entre o ‘eventus
damni’ e o comportamento positivo (ação) ou negativo
(omissão) do agente público, (c) a oficialidade da
atividade causal e lesiva imputável a agente do Poder
Público que tenha, nessa específica condição, incidido em
conduta comissiva ou omissiva, independentemente da
licitude, ou não, do comportamento funcional e (d) a
ausência de causa excludente da responsabilidade estatal.
Precedentes. - O dever de indenizar, mesmo nas hipóteses
de responsabilidade civil objetiva do Poder Público,
supõe, dentre outros elementos (RTJ 163/1107-1109, v.g.), a
comprovada existência do nexo de causalidade material
entre o comportamento do agente e o ‘eventus damni’,
sem o que se torna inviável, no plano jurídico, o
reconhecimento da obrigação de recompor o prejuízo
sofrido pelo ofendido. - A comprovação da relação de
causalidade - qualquer que seja a teoria que lhe dê suporte
doutrinário (teoria da equivalência das condições, teoria
da causalidade necessária ou teoria da causalidade
adequada) - revela-se essencial ao reconhecimento do
dever de indenizar, pois, sem tal demonstração, não há
como imputar, ao causador do dano, a responsabilidade
civil pelos prejuízos sofridos pelo ofendido. Doutrina.
Precedentes. - Não se revela processualmente lícito
reexaminar matéria fático-probatória em sede de recurso
extraordinário (RTJ 161/992 - RTJ 186/703 - Súmula
279/STF), prevalecendo, nesse domínio, o caráter soberano
do pronunciamento jurisdicional dos Tribunais ordinários
sobre matéria de fato e de prova. Precedentes. - Ausência,
na espécie, de demonstração inequívoca, mediante prova
idônea, da efetiva ocorrência dos prejuízos alegadamente
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 17
Relatório
RE 635.734 AGR / PR
sofridos pela parte recorrente. Não-comprovação do
vínculo causal registrada pelas instâncias ordinárias’ (RE
nº 481.110/PE, Segunda Turma, Relator o Ministro Celso
de Mello, DJ de 9/3/07).
‘RE: descabimento: debate relativo à existência de
nexo de causalidade a justificar indenização por dano
material e moral, que reclama o reexame de fatos e provas:
incidência da Súmula 279’ (AI nº 359.016/DF-AgR,
Primeira Turma, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence,
DJ de 7/5/04).
‘Responsabilidade objetiva do Estado. Ocorrência de
culpa exclusiva da vítima. - Esta Corte tem admitido que a
responsabilidade objetiva da pessoa jurídica de direito
público seja reduzida ou excluída conforme haja culpa
concorrente do particular ou tenha sido este o exclusivo
culpado (Ag. 113.722-3-AgRg e RE 113.587). - No caso,
tendo o acórdão recorrido, com base na analise dos
elementos probatórios cujo reexame não e admissível em
recurso extraordinário, decidido que ocorreu culpa
exclusiva da vítima, inexistente a responsabilidade civil da
pessoa jurídica de direito público, pois foi a vítima que
deu causa ao infortúnio, o que afasta, sem duvida, o nexo
de causalidade entre a ação e a omissão e o dano, no
tocante ao ora recorrido. Recurso extraordinário não
conhecido’ (RE nº 120.924/SP, Relator o Ministro Moreira
Alves, DJ de 27/8/93).
Ante o exposto, nos termos do artigo 557, caput, do
Código de Processo Civil, nego seguimento ao recurso
extraordinário.”
Insiste o agravante que foram violados os arts. 5º, inciso LIV; 37, § 6º;
e 93, inciso IX, da Constituição Federal.
Aduz, in verbis, que:
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Supremo Tribunal Federal
RE 635.734 AGR / PR
sofridos pela parte recorrente. Não-comprovação do
vínculo causal registrada pelas instâncias ordinárias’ (RE
nº 481.110/PE, Segunda Turma, Relator o Ministro Celso
de Mello, DJ de 9/3/07).
‘RE: descabimento: debate relativo à existência de
nexo de causalidade a justificar indenização por dano
material e moral, que reclama o reexame de fatos e provas:
incidência da Súmula 279’ (AI nº 359.016/DF-AgR,
Primeira Turma, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence,
DJ de 7/5/04).
‘Responsabilidade objetiva do Estado. Ocorrência de
culpa exclusiva da vítima. - Esta Corte tem admitido que a
responsabilidade objetiva da pessoa jurídica de direito
público seja reduzida ou excluída conforme haja culpa
concorrente do particular ou tenha sido este o exclusivo
culpado (Ag. 113.722-3-AgRg e RE 113.587). - No caso,
tendo o acórdão recorrido, com base na analise dos
elementos probatórios cujo reexame não e admissível em
recurso extraordinário, decidido que ocorreu culpa
exclusiva da vítima, inexistente a responsabilidade civil da
pessoa jurídica de direito público, pois foi a vítima que
deu causa ao infortúnio, o que afasta, sem duvida, o nexo
de causalidade entre a ação e a omissão e o dano, no
tocante ao ora recorrido. Recurso extraordinário não
conhecido’ (RE nº 120.924/SP, Relator o Ministro Moreira
Alves, DJ de 27/8/93).
Ante o exposto, nos termos do artigo 557, caput, do
Código de Processo Civil, nego seguimento ao recurso
extraordinário.”
Insiste o agravante que foram violados os arts. 5º, inciso LIV; 37, § 6º;
e 93, inciso IX, da Constituição Federal.
Aduz, in verbis, que:
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 17
Relatório
RE 635.734 AGR / PR
“(...) a decisão monocrática é nula porque não há como se
afirmar que há qualquer dos requisitos do art. 557 do CPC a
autorizar o julgamento monocrático, (...)
A culpa objetiva referida pelo art. 37, § 6º da Constituição
Federal, só comportaria ser afastada se houvesse culpa
exclusiva da vítima, mas isso não ocorreu e nem poderia
ocorrer porque se trata de ato da Administração.
(...) no caso em tela o que faltou foi a fundamentação das
razões de recurso acerca do ponto nevrálgico do recurso, qual
seja: incidência da culpa objetiva da Administração Pública
conforme dispõe ao Art. 37, § 6º da Constituição Federal.
(...)
Não ocorre o impeditivo da súmula 279 do STF porque se
trata de culpa objetiva do art. 37, § 6º da Constituição Federal.
(...)
É por tudo isso é que deve o INSS pagar indenização de
danos materiais e morais, na forma definida na sentença” (fls.
664 a 666).
É o relatório.
8
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Supremo Tribunal Federal
RE 635.734 AGR / PR
“(...) a decisão monocrática é nula porque não há como se
afirmar que há qualquer dos requisitos do art. 557 do CPC a
autorizar o julgamento monocrático, (...)
A culpa objetiva referida pelo art. 37, § 6º da Constituição
Federal, só comportaria ser afastada se houvesse culpa
exclusiva da vítima, mas isso não ocorreu e nem poderia
ocorrer porque se trata de ato da Administração.
(...) no caso em tela o que faltou foi a fundamentação das
razões de recurso acerca do ponto nevrálgico do recurso, qual
seja: incidência da culpa objetiva da Administração Pública
conforme dispõe ao Art. 37, § 6º da Constituição Federal.
(...)
Não ocorre o impeditivo da súmula 279 do STF porque se
trata de culpa objetiva do art. 37, § 6º da Constituição Federal.
(...)
É por tudo isso é que deve o INSS pagar indenização de
danos materiais e morais, na forma definida na sentença” (fls.
664 a 666).
É o relatório.
8
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 17
Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 635.734 PARANÁ
VOTO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
O inconformismo não merece prosperar.
Inicialmente, não há falar na impossibilidade de julgamento
monocrático do presente recurso extraordinário, haja vista que o art. 557,
caput, do Código de Processo Civil permite ao relator negar “seguimento
ao recurso manifestamente inadmissível, improcedente, prejudicado ou
em confronto com súmula ou com jurisprudência dominante do
respectivo tribunal, do Supremo Tribunal Federal, ou de Tribunal
Superior”. Também o art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo
Tribunal Federal faculta ao Relator “negar seguimento a pedido ou
recurso manifestamente intempestivo, incabível ou improcedente e,
ainda, quando contrariar a jurisprudência predominante no Tribunal”.
Ademais, assentando a constitucionalidade das normas que
permitem ao Relator arquivar, negar seguimento a pedido ou recurso, ou
dar provimento a este, vide o seguinte julgado desta Corte:
“CONSTITUCIONAL.
PROCESSUAL
CIVIL.
TRIBUTÁRIO. PROVIMENTO DO RECURSO PELO
RELATOR. IMPOSTO DE RENDA: MAJORAÇÃO DE
ALÍQUOTA. SÚMULA 584/STF. I. - Legitimidade constitucional
da atribuição conferida ao Relator para arquivar, negar
seguimento a pedido ou recurso e dar provimento a este -
R.I./S.T.F., art. 21, § 1º; Lei 8.038/90, art. 38; C.P.C., art. 557,
redação da Lei 9.756/98 - desde que, mediante recurso, possam
as decisões ser submetidas ao controle do Colegiado. II. -
Agravo não provido” (RE nº 321.778/MG-AgR, Segunda Turma,
Relator o Ministro Carlos Velloso, DJ de 26/9/03).
Conforme expresso na decisão agravada, não houve negativa de
prestação jurisdicional ou inexistência de motivação no acórdão
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Supremo Tribunal Federal
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 635.734 PARANÁ
VOTO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
O inconformismo não merece prosperar.
Inicialmente, não há falar na impossibilidade de julgamento
monocrático do presente recurso extraordinário, haja vista que o art. 557,
caput, do Código de Processo Civil permite ao relator negar “seguimento
ao recurso manifestamente inadmissível, improcedente, prejudicado ou
em confronto com súmula ou com jurisprudência dominante do
respectivo tribunal, do Supremo Tribunal Federal, ou de Tribunal
Superior”. Também o art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo
Tribunal Federal faculta ao Relator “negar seguimento a pedido ou
recurso manifestamente intempestivo, incabível ou improcedente e,
ainda, quando contrariar a jurisprudência predominante no Tribunal”.
Ademais, assentando a constitucionalidade das normas que
permitem ao Relator arquivar, negar seguimento a pedido ou recurso, ou
dar provimento a este, vide o seguinte julgado desta Corte:
“CONSTITUCIONAL.
PROCESSUAL
CIVIL.
TRIBUTÁRIO. PROVIMENTO DO RECURSO PELO
RELATOR. IMPOSTO DE RENDA: MAJORAÇÃO DE
ALÍQUOTA. SÚMULA 584/STF. I. - Legitimidade constitucional
da atribuição conferida ao Relator para arquivar, negar
seguimento a pedido ou recurso e dar provimento a este -
R.I./S.T.F., art. 21, § 1º; Lei 8.038/90, art. 38; C.P.C., art. 557,
redação da Lei 9.756/98 - desde que, mediante recurso, possam
as decisões ser submetidas ao controle do Colegiado. II. -
Agravo não provido” (RE nº 321.778/MG-AgR, Segunda Turma,
Relator o Ministro Carlos Velloso, DJ de 26/9/03).
Conforme expresso na decisão agravada, não houve negativa de
prestação jurisdicional ou inexistência de motivação no acórdão
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 17
Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
RE 635.734 AGR / PR
recorrido, uma vez que a jurisdição foi prestada, no caso, mediante
decisão suficientemente motivada, não obstante contrária à pretensão dos
recorrentes, tendo o Tribunal de origem explicitado suas razões de
decidir.
Ressalte-se que o referido art. 93, inciso IX, da Constituição Federal
não determina que o órgão judicante se manifeste sobre todos os
argumentos de defesa apresentados, mas, sim, que fundamente as razões
que entendeu suficientes à formação de seu convencimento. Sobre o tema,
anotem-se os seguintes precedentes:
“PROCESSUAL PENAL. AGRAVO REGIMENTAL EM
AGRAVO DE INSTRUMENTO. DEVIDO PROCESSO LEGAL,
AMPLA DEFESA E CONTRADITÓRIO. OFENSA REFLEXA
AO TEXTO CONSTITUCIONAL. ART. 93, IX, DA
CONSTITUIÇÃO.
DECISÃO
SUFICIENTEMENTE
FUNDAMENTADA. ANÁLISE DE FATOS E PROVAS.
IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA 279 DO STF. AGRAVO
IMPROVIDO. I - A alegada violação aos postulados
constitucionais do devido processo legal, ampla defesa e
contraditório, em regra, configura ofensa reflexa ao texto
constitucional. II - A exigência do art. 93, IX, da Constituição,
não impõe seja a decisão exaustivamente fundamentada,
bastando que o julgador informe, de forma clara e concisa, as
razões de seu convencimento, tal como ocorreu no caso em tela.
III - Necessidade do reexame do contexto fático probatório que
envolve a matéria, o que é inadmissível em recurso
extraordinário. Incidência da Súmula 279 do STF. IV - Agravo
regimental improvido” (AI nº 653.010/DF-AgR, Primeira
Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJ de
29/8/08).
“AGRAVO REGIMENTAL. OFENSA AO ART. 93, IX, DA
CF/88. INEXISTÊNCIA. Acórdão recorrido que se encontra
devidamente fundamentado, ainda que com sua
fundamentação não concorde o ora agravante. O órgão
judicante não é obrigado a se manifestar sobre todas as teses
2
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Supremo Tribunal Federal
RE 635.734 AGR / PR
recorrido, uma vez que a jurisdição foi prestada, no caso, mediante
decisão suficientemente motivada, não obstante contrária à pretensão dos
recorrentes, tendo o Tribunal de origem explicitado suas razões de
decidir.
Ressalte-se que o referido art. 93, inciso IX, da Constituição Federal
não determina que o órgão judicante se manifeste sobre todos os
argumentos de defesa apresentados, mas, sim, que fundamente as razões
que entendeu suficientes à formação de seu convencimento. Sobre o tema,
anotem-se os seguintes precedentes:
“PROCESSUAL PENAL. AGRAVO REGIMENTAL EM
AGRAVO DE INSTRUMENTO. DEVIDO PROCESSO LEGAL,
AMPLA DEFESA E CONTRADITÓRIO. OFENSA REFLEXA
AO TEXTO CONSTITUCIONAL. ART. 93, IX, DA
CONSTITUIÇÃO.
DECISÃO
SUFICIENTEMENTE
FUNDAMENTADA. ANÁLISE DE FATOS E PROVAS.
IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA 279 DO STF. AGRAVO
IMPROVIDO. I - A alegada violação aos postulados
constitucionais do devido processo legal, ampla defesa e
contraditório, em regra, configura ofensa reflexa ao texto
constitucional. II - A exigência do art. 93, IX, da Constituição,
não impõe seja a decisão exaustivamente fundamentada,
bastando que o julgador informe, de forma clara e concisa, as
razões de seu convencimento, tal como ocorreu no caso em tela.
III - Necessidade do reexame do contexto fático probatório que
envolve a matéria, o que é inadmissível em recurso
extraordinário. Incidência da Súmula 279 do STF. IV - Agravo
regimental improvido” (AI nº 653.010/DF-AgR, Primeira
Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJ de
29/8/08).
“AGRAVO REGIMENTAL. OFENSA AO ART. 93, IX, DA
CF/88. INEXISTÊNCIA. Acórdão recorrido que se encontra
devidamente fundamentado, ainda que com sua
fundamentação não concorde o ora agravante. O órgão
judicante não é obrigado a se manifestar sobre todas as teses
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 12 de 17
Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
RE 635.734 AGR / PR
apresentadas pela defesa, bastando que aponte
fundamentadamente as razões de seu convencimento. Agravo
regimental a que se nega provimento” (RE nº 463.139/RJ-AgR,
Segunda Turma, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, DJ de
3/2/06).
Ademais, a jurisprudência desta Corte está consolidada no sentido
de que a afronta aos princípios do devido processo legal, da ampla defesa
e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação
jurisdicional, quando depende, para ser reconhecida como tal, da análise
de normas infraconstitucionais, configura apenas ofensa indireta ou
reflexa à Constituição da República, o que não enseja o reexame da
matéria em recurso extraordinário. Nesse sentido, anote-se:
“PROCESSUAL PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NO
AGRAVO DE INSTRUMENTO. CERCEAMENTO DE DEFESA.
MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL OFENSA INDIRETA À
CONSTITUIÇÃO. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL
AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. A jurisprudência deste
Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido de que as
alegações de afronta aos princípios do devido processo legal, da
ampla defesa e do contraditório, entre outros, configuram
ofensa reflexa à Constituição da República. Precedentes. 2.
Agravo Regimental desprovido” (AI nº 643.654/RJ-AgR,
Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de
22/6/07).
“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE
INSTRUMENTO. TRIBUTÁRIO. ICMS. BENS DESTINADOS A
CONSUMO.
CREDITAMENTO.
IMPOSSIBILIDADE.
CERCEAMENTO DE DEFESA. PRODUÇÃO. PROVAS.
CORREÇÃO
MONETÁRIA.
MATÉRIA
INFRACONSTITUCIONAL. 1. Não implica crédito para
compensação com o montante do imposto devido nas
operações ou prestações seguintes, a entrada de bens
destinados a consumo ou a integração no ativo fixo do
3
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Supremo Tribunal Federal
RE 635.734 AGR / PR
apresentadas pela defesa, bastando que aponte
fundamentadamente as razões de seu convencimento. Agravo
regimental a que se nega provimento” (RE nº 463.139/RJ-AgR,
Segunda Turma, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, DJ de
3/2/06).
Ademais, a jurisprudência desta Corte está consolidada no sentido
de que a afronta aos princípios do devido processo legal, da ampla defesa
e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação
jurisdicional, quando depende, para ser reconhecida como tal, da análise
de normas infraconstitucionais, configura apenas ofensa indireta ou
reflexa à Constituição da República, o que não enseja o reexame da
matéria em recurso extraordinário. Nesse sentido, anote-se:
“PROCESSUAL PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NO
AGRAVO DE INSTRUMENTO. CERCEAMENTO DE DEFESA.
MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL OFENSA INDIRETA À
CONSTITUIÇÃO. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL
AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. A jurisprudência deste
Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido de que as
alegações de afronta aos princípios do devido processo legal, da
ampla defesa e do contraditório, entre outros, configuram
ofensa reflexa à Constituição da República. Precedentes. 2.
Agravo Regimental desprovido” (AI nº 643.654/RJ-AgR,
Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de
22/6/07).
“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE
INSTRUMENTO. TRIBUTÁRIO. ICMS. BENS DESTINADOS A
CONSUMO.
CREDITAMENTO.
IMPOSSIBILIDADE.
CERCEAMENTO DE DEFESA. PRODUÇÃO. PROVAS.
CORREÇÃO
MONETÁRIA.
MATÉRIA
INFRACONSTITUCIONAL. 1. Não implica crédito para
compensação com o montante do imposto devido nas
operações ou prestações seguintes, a entrada de bens
destinados a consumo ou a integração no ativo fixo do
3
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Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
RE 635.734 AGR / PR
estabelecimento. 2. Se não há saída do bem, ainda que na
qualidade de componente de produto industrializado, não há
falar-se em cumulatividade tributária. Precedentes. 3. O
acórdão que mantém o indeferimento de diligência probatória
tida por desnecessária não ofende o artigo 5º, LV, da
Constituição do Brasil. 4. Correção Monetária. Controvérsia
decidida à luz de legislação infraconstitucional. Ofensa indireta
à Constituição do Brasil. Agravo regimental a que se nega
provimento” (AI nº 602.998/MG-AgR, Segunda Turma, Relator
o Ministro Eros Grau, DJe de 1º/6/07).
Por outro lado, é certo que o Tribunal de origem, ao julgar indevida
a indenização pleiteada pelo ora agravante, fundamentou-se nos fatos e
nas provas constantes dos autos. Assim, para chegar a entendimento
diverso, haveria a necessidade de reexaminar o conjunto fático-
probatório, o que é inviável em recurso extraordinário. Incidência da
Súmula nº 279/STF. Nesse sentido, anote-se:
“AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. RESPONSABILIDADE OBJETIVA DO
ESTADO. IMPOSSIBILIDADE DO REEXAME DE PROVAS:
INCIDÊNCIA DA SÚMULA 279 DO SUPREMO TRIBUNAL
FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA
PROVIMENTO” (RE nº 598.078/PR-AgR, Primeira Turma,
Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 23/10/09).
“DIREITO ADMINISTRATIVO. INDENIZAÇÃO POR
DANO MORAL E MATERIAL. REEXAME DO CONJUNTO
FÁTICO-PROBATÓRIO DOS AUTOS. SÚMULA STF 279.
ALEGADA AFRONTA AO ART. 5º, II, XXXV, LIV E LV, DA
CF/88: OFENSA INDIRETA. VIOLAÇÃO AO ART. 93, IX, DA
CARTA MAIOR: INEXISTÊNCIA. 1. Para se chegar à conclusão
contrária à adotada pelo acórdão recorrido, seria necessário o
reexame do conjunto fático- probatório dos autos, o que atrai a
incidência da Súmula STF 279. 2. A jurisprudência desta Corte
fixou-se no sentido de que a afronta aos princípios
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Supremo Tribunal Federal
RE 635.734 AGR / PR
estabelecimento. 2. Se não há saída do bem, ainda que na
qualidade de componente de produto industrializado, não há
falar-se em cumulatividade tributária. Precedentes. 3. O
acórdão que mantém o indeferimento de diligência probatória
tida por desnecessária não ofende o artigo 5º, LV, da
Constituição do Brasil. 4. Correção Monetária. Controvérsia
decidida à luz de legislação infraconstitucional. Ofensa indireta
à Constituição do Brasil. Agravo regimental a que se nega
provimento” (AI nº 602.998/MG-AgR, Segunda Turma, Relator
o Ministro Eros Grau, DJe de 1º/6/07).
Por outro lado, é certo que o Tribunal de origem, ao julgar indevida
a indenização pleiteada pelo ora agravante, fundamentou-se nos fatos e
nas provas constantes dos autos. Assim, para chegar a entendimento
diverso, haveria a necessidade de reexaminar o conjunto fático-
probatório, o que é inviável em recurso extraordinário. Incidência da
Súmula nº 279/STF. Nesse sentido, anote-se:
“AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. RESPONSABILIDADE OBJETIVA DO
ESTADO. IMPOSSIBILIDADE DO REEXAME DE PROVAS:
INCIDÊNCIA DA SÚMULA 279 DO SUPREMO TRIBUNAL
FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA
PROVIMENTO” (RE nº 598.078/PR-AgR, Primeira Turma,
Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 23/10/09).
“DIREITO ADMINISTRATIVO. INDENIZAÇÃO POR
DANO MORAL E MATERIAL. REEXAME DO CONJUNTO
FÁTICO-PROBATÓRIO DOS AUTOS. SÚMULA STF 279.
ALEGADA AFRONTA AO ART. 5º, II, XXXV, LIV E LV, DA
CF/88: OFENSA INDIRETA. VIOLAÇÃO AO ART. 93, IX, DA
CARTA MAIOR: INEXISTÊNCIA. 1. Para se chegar à conclusão
contrária à adotada pelo acórdão recorrido, seria necessário o
reexame do conjunto fático- probatório dos autos, o que atrai a
incidência da Súmula STF 279. 2. A jurisprudência desta Corte
fixou-se no sentido de que a afronta aos princípios
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Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
RE 635.734 AGR / PR
constitucionais da legalidade, do devido processo legal, da
ampla defesa e do contraditório, podem configurar, quando
muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da
Constituição, circunstância essa que impede a utilização do
recurso extraordinário. 3. O acórdão recorrido contém
motivação suficiente e adequada. Decisão fundamentada,
embora contrária aos interesses da parte, não configura ofensa
ao artigo 93, IX, da CF/88. 4. Agravo regimental a que se nega
provimento” (AI nº 830.812/RJ-AgR, Segunda Turma, Relator a
Ministra Ellen Gracie, DJe de 18/08/11).
“AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE
INSTRUMENTO. RESPONSABILIDADE OBJETIVA DO
ESTADO. ALEGADA VIOLAÇÃO AO ART. 37, § 6° DA
CONSTITUIÇÃO FEDERAL. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 279
DO STF. AGRAVO IMPROVIDO. I – A apreciação do recurso
extraordinário, no que concerne à alegada ofensa ao art. 37, § 6°,
da Constituição, encontra óbice na Súmula 279 do STF.
Precedentes do STF. II - Agravo regimental improvido” (AI nº
810.613/RJ-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo
Lewandowski, DJe de 1º/2/11)
“RECURSO.
Extraordinário.
Inadmissibilidade.
Responsabilidade civil. Responsabilidade objetiva do Estado.
Art. 37, § 6º. Aplicação da súmula 279. Agravo regimental
improvido. Não se admite, em recurso extraordinário, alegação
de ofensa que, irradiando-se de má interpretação, aplicação, ou,
até, de inobservância de normas infraconstitucionais, seria
apenas indireta à Constituição da República, nem tampouco de
violação que dependeria de reexame prévio de provas. 2.
RECURSO. Agravo. Regimental. Jurisprudência assentada
sobre a matéria. Caráter meramente abusivo. Litigância de má-
fé. Imposição de multa. Aplicação do art. 557, § 2º, c.c. arts. 14,
II e III, e 17, VII, do CPC. Quando abusiva a interposição de
agravo, manifestamente inadmissível ou infundado, deve o
Tribunal condenar o agravante a pagar multa ao agravado” (RE
5
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Supremo Tribunal Federal
RE 635.734 AGR / PR
constitucionais da legalidade, do devido processo legal, da
ampla defesa e do contraditório, podem configurar, quando
muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da
Constituição, circunstância essa que impede a utilização do
recurso extraordinário. 3. O acórdão recorrido contém
motivação suficiente e adequada. Decisão fundamentada,
embora contrária aos interesses da parte, não configura ofensa
ao artigo 93, IX, da CF/88. 4. Agravo regimental a que se nega
provimento” (AI nº 830.812/RJ-AgR, Segunda Turma, Relator a
Ministra Ellen Gracie, DJe de 18/08/11).
“AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE
INSTRUMENTO. RESPONSABILIDADE OBJETIVA DO
ESTADO. ALEGADA VIOLAÇÃO AO ART. 37, § 6° DA
CONSTITUIÇÃO FEDERAL. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 279
DO STF. AGRAVO IMPROVIDO. I – A apreciação do recurso
extraordinário, no que concerne à alegada ofensa ao art. 37, § 6°,
da Constituição, encontra óbice na Súmula 279 do STF.
Precedentes do STF. II - Agravo regimental improvido” (AI nº
810.613/RJ-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo
Lewandowski, DJe de 1º/2/11)
“RECURSO.
Extraordinário.
Inadmissibilidade.
Responsabilidade civil. Responsabilidade objetiva do Estado.
Art. 37, § 6º. Aplicação da súmula 279. Agravo regimental
improvido. Não se admite, em recurso extraordinário, alegação
de ofensa que, irradiando-se de má interpretação, aplicação, ou,
até, de inobservância de normas infraconstitucionais, seria
apenas indireta à Constituição da República, nem tampouco de
violação que dependeria de reexame prévio de provas. 2.
RECURSO. Agravo. Regimental. Jurisprudência assentada
sobre a matéria. Caráter meramente abusivo. Litigância de má-
fé. Imposição de multa. Aplicação do art. 557, § 2º, c.c. arts. 14,
II e III, e 17, VII, do CPC. Quando abusiva a interposição de
agravo, manifestamente inadmissível ou infundado, deve o
Tribunal condenar o agravante a pagar multa ao agravado” (RE
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Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
RE 635.734 AGR / PR
nº 457.769/PR-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Cezar
Peluso, DJe de 13/3/09).
Anote-se, por fim, que, embora tenha havido erro na decisão
agravada no tocante à questão referente à repercussão geral, é certo que
sua correção em nada influenciaria na conclusão a que se chegou sobre a
lide.
Nego provimento ao agravo regimental.
6
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Supremo Tribunal Federal
RE 635.734 AGR / PR
nº 457.769/PR-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Cezar
Peluso, DJe de 13/3/09).
Anote-se, por fim, que, embora tenha havido erro na decisão
agravada no tocante à questão referente à repercussão geral, é certo que
sua correção em nada influenciaria na conclusão a que se chegou sobre a
lide.
Nego provimento ao agravo regimental.
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Decisão de Julgamento
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 635.734
PROCED. : PARANÁ
RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S) : ALENCAR LEITE AGNER
ADV.(A/S) : ALENCAR LEITE AGNER
AGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos
termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro
Dias Toffoli. 1ª Turma, 13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Wagner Mathias.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 635.734
PROCED. : PARANÁ
RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S) : ALENCAR LEITE AGNER
ADV.(A/S) : ALENCAR LEITE AGNER
AGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos
termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro
Dias Toffoli. 1ª Turma, 13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Wagner Mathias.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 17 de 17
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3195641 | 2012-11-13T00:00:00 | 2012-12-14T00:00:00 | A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 13.11.2012. | AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO | EMENTA
Agravo regimental no recurso extraordinário. Competência do Relator. Negativa de prestação jurisdicional. Não ocorrência. Ofensa reflexa. Danos morais. Indenização. Reexame de fatos e provas. Precedentes.
1. É competente o Relator (art. 557, caput, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal) para negar seguimento “ao recurso manifestamente inadmissível, improcedente, prejudicado ou em confronto com súmula ou com jurisprudência dominante do respectivo tribunal, do Supremo Tribunal Federal, ou de Tribunal Superior”.
2. A jurisdição foi prestada pelo Tribunal de origem mediante decisão suficientemente motivada.
3. A afronta aos princípios do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, quando depende, para ser reconhecida como tal, da análise de normas infraconstitucionais, configura apenas ofensa indireta ou reflexa à Constituição da República.
4. Inadmissível, em recurso extraordinário, o reexame de fatos e provas. Incidência da Súmula nº 279/STF.
5. Agravo regimental não provido. | sjur221697 | - Acórdão(s) citado(s):
(RECURSO EXTRAORDINÁRIO, ATRIBUIÇÃO, RELATOR)
STF: RE 321778 AgR (2ªT).
(DEFICIÊNCIA, FUNDAMENTAÇÃO)
STF: AI 653010 AgR (1ªT), RE 463139 AgR (2ªT).
(OFENSA REFLEXA)
STF: AI 643654 AgR (1ªT), AI 602998 AgR (2ªT).
(RESPONSABILIDADE OBJETIVA DO ESTADO, DANO MORAL)
STF: RE 598078 AgR (1ªT), AI 830812 AgR (2ªT), AI 810613
AgR (1ªT), RE 457769 AgR (2ªT).
Número de páginas: 17.
Análise: 22/01/2013, MJC. | DIAS TOFFOLI | Primeira Turma | 635734 | [
"LEG-FED LEI-005869 ANO-1973\r\n ART-00557 \"CAPUT\"\r\n CPC-1973 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL\r\n\r\n",
"LEG-FED RGI ANO-1980\r\n ART-00021 PAR-00001 \r\n RISTF-1980 REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL\r\n\r\n",
"LEG-FED SUMSTF-000279 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF"
] | RE-AgR | acordaos | RE 635734 AgR | [
""
] | AGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL
ADV.(A/S) : ALENCAR LEITE AGNER
AGTE.(S) : ALENCAR LEITE AGNER | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 635 . 734",
"Súmula [UNK] 279 / STF",
"RE 635 . 734 AGR",
"RE 635 . 734 AGR / PR",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 635 .",
"súmula 96 do TCU",
"súmula 96 do TCU",
"RE 635 . 734 AGR / PR",
"Questão de Ordem no Agravo de Instrumento [UNK] 664 . 567 / RS",
"RE 635 . 734 AGR / PR",
"RE 635 . 734 AGR / PR",
"RE [UNK] 463 . 139 / RJ - AgR",
"RE [UNK] 181 . 039 / SP - AgR",
"AI [UNK] 594 . 887 / SP - AgR",
"RE 635 . 734 AGR / PR",
"RE [UNK] 463 . 139 / RJ - AgR",
"RE [UNK] 181 . 039 / SP - AgR",
"AI [UNK] 594 . 887 / SP - AgR",
"RE 635 . 734 AGR / PR",
"AI [UNK] 360 . 265 / RJ - AgR",
"Apelação Cível 96 . 04 . 59238 - 9 / PR",
"RE 635 . 734 AGR / PR",
"AI [UNK] 360 . 265 / RJ - AgR",
"Apelação Cível 96 . 04 . 59238 - 9 / PR",
"RE 635 . 734 AGR / PR",
"Súmula [UNK] 279 / STF",
"SÚMULA 279 do STF",
"Súmula 279 do STF",
"RE [UNK] 484 . 277 / SE - AgR",
"RE 635 . 734 AGR / PR",
"Súmula [UNK] 279 / STF",
"SÚMULA 279 do STF",
"Súmula 279 do STF",
"RE [UNK] 484 . 277 / SE - AgR",
"RE 635 . 734 AGR / PR",
"SÚMULA 279 / STF",
"RTJ 163 / 1107 - 1109",
"RTJ 161 / 992",
"RTJ 186 / 703",
"Súmula 279 / STF",
"RE 635 . 734 AGR / PR",
"SÚMULA 279 / STF",
"RTJ 163 / 1107 - 1109",
"RTJ 161 / 992",
"RTJ 186 / 703",
"Súmula 279 / STF",
"RE 635 . 734 AGR / PR",
"RE [UNK] 481 . 110 / PE",
"AI [UNK] 359 . 016 / DF - AgR",
"Ag",
". 113 . 722 - 3 - AgRg",
"RE 113 . 587",
"RE [UNK] 120 . 924 / SP",
"RE 635 . 734 AGR / PR",
"RE [UNK] 481 . 110 / PE",
"AI [UNK] 359 . 016 / DF - AgR",
"Ag",
". 113 . 722 - 3 - AgRg",
"RE 113 . 587",
"RE [UNK] 120 . 924 / SP",
"RE 635 . 734 AGR / PR",
"súmula 279 do STF",
"RE 635 . 734 AGR / PR",
"súmula 279 do STF",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 635 . 734",
"SÚMULA 584 / STF",
"RE [UNK] 321 . 778 / MG - AgR",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 635 . 734",
"SÚMULA 584 / STF",
"RE [UNK] 321 . 778 / MG - AgR",
"RE 635 . 734 AGR",
"SÚMULA 279 DO STF",
"Súmula 279 do STF",
"AI [UNK] 653 . 010 / DF - AgR",
"SÚMULA 279 DO STF",
"Súmula 279 do STF",
"AI [UNK] 653 . 010 / DF - AgR",
"RE 635 . 734 AGR / PR",
"RE [UNK] 463 . 139 / RJ - AgR",
"AI [UNK] 643 . 654 / RJ - AgR",
"RE 635 . 734 AGR / PR",
"RE [UNK] 463 . 139 / RJ - AgR",
"AI [UNK] 643 . 654 / RJ - AgR",
"RE 635 . 734 AGR",
"AI [UNK] 602 . 998 / MG - AgR",
"Súmula [UNK] 279 / STF",
"SÚMULA 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL",
"RE [UNK] 598 . 078 / PR - AgR",
"SÚMULA STF 279",
"Súmula STF 279 .",
"RE 635 . 734 AGR",
"AI [UNK] 602 . 998 / MG - AgR",
"Súmula [UNK] 279 / STF",
"SÚMULA 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL",
"RE [UNK] 598 . 078 / PR - AgR",
"SÚMULA STF 279",
"Súmula STF 279 . 2",
"RE 635 . 734 AGR",
"AI [UNK] 830 . 812 / RJ - AgR",
"AGRAVO",
"SÚMULA 279 DO STF",
"Súmula 279 do STF",
"AI [UNK] 810 . 613 / RJ - AgR",
"RE 635 . 734 AGR",
"AI [UNK] 830 . 812 / RJ - AgR",
"SÚMULA 279 DO STF",
"Súmula 279 do STF",
"AI [UNK] 810 . 613 / RJ - AgR",
"RE 635 . 734 AGR / PR [UNK] 457 . 769 / PR - AgR",
"RE 635 . 734 AGR / PR [UNK] 457 . 769 / PR - AgR",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 635 . 734"
],
"LEGISLACAO": [
"art . 557 , caput , do Código de Processo Civil",
"art . 21 , § [UNK] , do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal",
"Constituição da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"EC [UNK] 18 / 81",
"artigos [UNK] , inciso LIV , 37 , parágrafo [UNK] , e 93 , inciso IX , da Constituição Federal",
"artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal",
"Emenda Regimental [UNK] 21 / 07",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"EC [UNK] 18 / 81",
"artigos [UNK] , inciso LIV , 37 , parágrafo [UNK] , e 93 , inciso IX , da Constituição Federal",
"artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal",
"Emenda Regimental [UNK] 21 / 07",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 93 , inciso IX , da Constituição Federal",
"Constituição Federal",
"Constituição da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 93 , inciso IX , da Constituição Federal",
"Constituição Federal",
"Constituição da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição",
"Lei 8 . 213 / 91",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição",
"Lei 8 . 213 / 91",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ART . 37 , § [UNK] DA CONSTITUIÇÃO",
"art . 37 , § [UNK] , da Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ART . 37 , § [UNK] DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL",
"art . 37 , § [UNK] , da Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 557 , caput , do Código de Processo Civil",
"arts . [UNK] , inciso LIV ; 37 , § [UNK] ; e 93 , inciso IX , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 557 , caput , do Código de Processo Civil",
"arts . [UNK] , inciso LIV ; 37 , § [UNK] ; e 93 , inciso IX , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 557 do CPC",
"art . 37 , § [UNK] da Constituição Federal",
"Art . 37 , § [UNK] da Constituição Federal",
"art . 37 , § [UNK] da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 557 do CPC",
"art . 37 , § [UNK] da Constituição Federal",
"Art . 37 , § [UNK] da Constituição Federal",
"art . 37 , § [UNK] da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 557 , caput , do Código de Processo Civil",
"art . 21 , § [UNK] , do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal",
"R",
".",
"I",
"Lei 8 . 038 / 90 , art",
"C",
".",
"P",
"C",
"Lei 9 . 756 / 98",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 557 , caput , do Código de Processo Civil",
"art . 21 , § [UNK] , do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal",
"R",
".",
"Lei 8 . 038 / 90 ,",
"Lei 9 . 756 / 98",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 93 , inciso IX , da Constituição Federal",
"ART . 93 , IX , DA CONSTITUIÇÃO",
"art . 93 , IX , da Constituição",
"ART . 93 , IX , DA CF / 88",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 93 , inciso IX , da Constituição Federal",
"ART . 93 , IX , DA CONSTITUIÇÃO",
"art . 93 , IX , da Constituição",
"ART",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição da República",
"Constituição da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição da República",
"Constituição da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo [UNK] , LV , da Constituição do Brasil",
"Constituição do Brasil",
"ART . [UNK] , II , XXXV , LIV E LV , DA CF",
"/",
"88",
"ART . 93 , IX , DA CARTA MAIOR",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo [UNK] , LV , da Constituição do Brasil",
"Constituição do Brasil",
"ART . [UNK] , II , XXXV , LIV E LV , DA CF / 88",
"ART . 93 , IX , DA CARTA MAIOR",
"MP n° 2 . 200",
"Constituição",
"artigo 93 , IX , da CF / 88",
"ART . 37 , § 6° DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL",
"art . 37 , § 6° , da Constituição",
"Constituição da República",
"art . 557 , § [UNK] , c . c . arts . 14 , II e III ,",
"17 , VII , do CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição",
"artigo 93 , IX , da CF / 88",
"ART . 37 , § 6° DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL",
"art . 37 , § 6° , da Constituição",
"Constituição da República",
"art . 557 , § [UNK] , c . c . arts . 14 , II e III , e 17 , VII , do CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"PARANÁ",
"Brasília",
"Brasília",
"PARANÁ",
"PARANÁ",
"PARANÁ",
"PARANÁ",
"PARANÁ",
"PARANÁ"
],
"ORGANIZACAO": [
"PRIMEIRA TURMA",
"INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL",
"INSS",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"/",
"PR",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL",
"INSS",
"Tribunal Regional Federal da [UNK] Região",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL",
"INSS",
"Tribunal Regional Federal da [UNK] Região",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"INSS",
"Tribunal Pleno",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"INSS",
"Tribunal Pleno",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Segunda Turma",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"[UNK]",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"STF",
"Primeira Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"STF",
"Primeira Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Segunda Turma",
"Primeira Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Primeira Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"INSS",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"INSS",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Supremo Tribunal Federal",
"CONSTITUCIONAL",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"/",
"Primeira Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Segunda Turma",
"Primeira Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Primeira Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Segunda Turma",
"STF",
"Primeira Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"/",
"Segunda Turma",
"STF",
"Primeira Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL",
"INSS",
"[UNK] Turma",
"Primeira",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL",
"INSS",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"DIAS TOFFOLI",
"ALENCAR LEITE AGNER",
"ALENCAR LEITE AGNER",
"Dias Toffoli",
"DIAS TOFFOLI",
"Dias Toffoli",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"ALENCAR LEITE",
"ALENCAR LEITE",
"DIAS TOFFOLI",
"Alencar Leite Agner",
"Alencar Leite Agner",
"DIAS TOFFOLI",
"ALENCAR LEITE AGNER",
"ALENCAR LEITE AGNER",
"DIAS TOFFOLI",
"Alencar Leite Agner",
"Alencar Leite Agner",
"Sepúlveda Pertence",
"Sepúlveda Pertence",
"Joaquim Barbosa",
"Ellen Gracie",
"Cármen Lúcia",
"Joaquim Barbosa",
"Ellen Gracie",
"Cármen Lúcia",
"Celso de Mello",
"Nylson",
"Celso de Mello",
"Nylson",
"Paim de Abreu",
"Ricardo Lewandowski",
"Paim de Abreu",
"Ricardo Lewandowski",
"Celso de Mello",
"Sepúlveda Pertence",
"Moreira Alves",
"Celso de Mello",
"Sepúlveda Pertence",
"Moreira Alves",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"Carlos Velloso",
"DIAS TOFFOLI",
"Carlos Velloso",
"DIAS TOFFOLI",
"Ricardo Lewandowski",
"Ricardo Lewandowski",
"DIAS TOFFOLI",
"Joaquim Barbosa",
"Cármen Lúcia",
"Joaquim Barbosa",
"Cármen Lúcia",
"DIAS TOFFOLI",
"Eros Grau",
"Cármen Lúcia",
"Eros Grau",
"Cármen Lúcia",
"DIAS TOFFOLI",
"Ellen Gracie",
"Ricardo Lewandowski",
"Ellen Gracie",
"Ricardo Lewandowski",
"DIAS TOFFOLI",
"Cezar Peluso",
"Cezar Peluso",
"DIAS TOFFOLI",
"ALENCAR LEITE AGNER",
"ALENCAR LEITE AGNER",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Wagner Mathias",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza",
"DIAS TOFFOLI",
"ALENCAR LEITE AGNER",
"ALENCAR LEITE AGNER",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Wagner Mathias",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza"
],
"TEMPO": [
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"14",
"/",
"12",
"/",
"2012",
"13 de novembro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13 de novembro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"3",
"/",
"5",
"/",
"07",
"6",
"/",
"9",
"/",
"07",
"24",
"/",
"08",
"2001",
"3",
"/",
"5",
"/",
"07",
"6",
"/",
"9",
"/",
"07",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"3",
"/",
"2",
"/",
"06",
"18",
"/",
"5",
"/",
"01",
"30",
"/",
"11",
"/",
"07",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"3",
"/",
"2",
"/",
"06",
"18",
"/",
"5",
"/",
"01",
"30",
"/",
"11",
"/",
"07",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"20",
"/",
"9",
"/",
"02",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"20",
"/",
"9",
"/",
"02",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"7",
"/",
"12",
"/",
"07",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"7",
"/",
"12",
"/",
"07",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"9",
"/",
"3",
"/",
"07",
"7",
"/",
"5",
"/",
"04",
"27",
"/",
"8",
"/",
"93",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"9",
"/",
"3",
"/",
"7",
"/",
"5",
"/",
"04",
"27",
"/",
"8",
"/",
"93",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"26",
"/",
"9",
"/",
"03",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"26",
"/",
"9",
"/",
"03",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"29",
"/",
"8",
"/",
"08",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"29",
"/",
"8",
"/",
"08",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"3",
"/",
"2",
"/",
"06",
"22",
"/",
"6",
"/",
"07",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"3",
"/",
"2",
"/",
"06",
"22",
"/",
"6",
"/",
"07",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"[UNK]",
"/",
"6",
"/",
"07",
"23",
"/",
"10",
"/",
"09",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"[UNK]",
"/",
"6",
"/",
"07",
"23",
"/",
"10",
"/",
"09",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"18",
"/",
"08",
"/",
"11",
"[UNK]",
"/",
"2",
"/",
"11",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"18",
"/",
"08",
"/",
"11",
"[UNK]",
"/",
"2",
"/",
"11",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"3",
"/",
"09",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"3",
"/",
"09",
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"/",
"08",
"/",
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"13",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 112.766 SÃO PAULO
RELATORA
: MIN. ROSA WEBER
PACTE.(S)
:LEONARDO GOMES SILVA
IMPTE.(S)
:DEFENSORIA PÚBLICA
DO ESTADO
DE SÃO
PAULO
PROC.(A/S)(ES)
:DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
COATOR(A/S)(ES)
:RELATOR DO HC Nº 231.972 DO SUPERIOR
TRIBUNAL DE JUSTIÇA
EMENTA
HABEAS CORPUS. TRÁFICO DE DROGAS. PRISÃO PREVENTIVA.
SÚMULA 691. REDUZIDA QUANTIDADE DE DROGA. RISCO À
ORDEM PÚBLICA NÃO DEMONSTRADO. MEDIDAS CAUTELARES.
1. O Plenário desta Corte, no julgamento do Habeas Corpus nº
104.339, decidiu pela inconstitucionalidade da vedação abstrata à
concessão de liberdade provisória em crimes de tráfico de drogas,
invalidando parcialmente a provisão da espécie contida no art. 44 da Lei
nº 11.343/2006. Não obstante, a Corte também ressalvou a possibilidade
da decretação da prisão cautelar em processos por crimes de tráfico de
drogas.
2. Se a quantidade de droga apreendida é reduzida e estão ausentes
outros elementos que autorizem conclusão acerca do envolvimento
profundo ou relevante do agente com o tráfico de drogas, não se justifica
a prisão preventiva para resguardar a ordem pública.
3. Circunstâncias do caso que recomendam a substituição da prisão
pelas medidas cautelares previstas no art. 319 do Código de Processo
Penal, ausente, nas decisões atacadas, demonstração da necessidade do
cárcere provisório.
4. Habeas corpus concedido parcialmente, com superação excepcional
da Súmula 691/STF.
A C Ó R D Ã O
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3081116.
Supremo Tribunal Federal
DJe 07/12/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 9
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3168217
Ementa e Acórdão
HC 112.766 / SP
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os
Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Primeira Turma, sob a
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de
julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em
conceder, em parte, a ordem de habeas corpus, nos termos do voto da
relatora.
Brasília, 6 de novembro de 2012.
Ministra Rosa Weber
Relatora
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3081116.
Supremo Tribunal Federal
HC 112.766 / SP
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os
Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Primeira Turma, sob a
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de
julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em
conceder, em parte, a ordem de habeas corpus, nos termos do voto da
relatora.
Brasília, 6 de novembro de 2012.
Ministra Rosa Weber
Relatora
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3081116.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 9
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3168217
Relatório
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 112.766 SÃO PAULO
RELATORA
: MIN. ROSA WEBER
PACTE.(S)
:LEONARDO GOMES SILVA
IMPTE.(S)
:DEFENSORIA PÚBLICA
DO ESTADO
DE SÃO
PAULO
PROC.(A/S)(ES)
:DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
COATOR(A/S)(ES)
:RELATOR DO HC Nº 231.972 DO SUPERIOR
TRIBUNAL DE JUSTIÇA
RELATÓRIO
Trata-se de habeas corpus impetrado pela Defensoria Pública do
Estado de São Paulo em favor de Leonardo Gomes Silva contra decisão
monocrática que indeferiu o pedido de liminar no HC 231.972/SP
anteriormente aforado perante o Superior Tribunal de Justiça.
Consta da inicial que o paciente foi preso em flagrante, em 13.8.2011,
quando praticava atos de traficância, oportunidade em que portava
164,6g (cento e sessenta e quatro gramas e seis decigramas) de maconha.
A prisão em flagrante foi convertida em preventiva e contra essa
decisão o paciente ajuizou habeas corpus perante o Tribunal de Justiça, que
denegou a ordem.
No Superior Tribunal de Justiça, o relator do HC nº 231.972/SP, Min.
Jorge Mussi, indeferiu o pedido de liminar aos seguintes fundamentos:
“A concessão da tutela de urgência reserva-se aos casos
excepcionais de ofensa manifesta ao direito de ir e vir do
paciente e desde que preenchidos os pressupostos legais, que
são o fumus boni juris e o periculum in mora.
In casu, mostra-se inviável acolher-se a pretensão sumária,
porquanto a motivação que dá suporte à pretensão liminar
confunde-se com o mérito do writ, devendo o caso concreto ser
analisado mais detalhadamente quando da apreciação e do seu
julgamento definitivo.
Ademais, a questão relativa ao alegado excesso de prazo
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3081117.
Supremo Tribunal Federal
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 112.766 SÃO PAULO
RELATORA
: MIN. ROSA WEBER
PACTE.(S)
:LEONARDO GOMES SILVA
IMPTE.(S)
:DEFENSORIA PÚBLICA
DO ESTADO
DE SÃO
PAULO
PROC.(A/S)(ES)
:DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
COATOR(A/S)(ES)
:RELATOR DO HC Nº 231.972 DO SUPERIOR
TRIBUNAL DE JUSTIÇA
RELATÓRIO
Trata-se de habeas corpus impetrado pela Defensoria Pública do
Estado de São Paulo em favor de Leonardo Gomes Silva contra decisão
monocrática que indeferiu o pedido de liminar no HC 231.972/SP
anteriormente aforado perante o Superior Tribunal de Justiça.
Consta da inicial que o paciente foi preso em flagrante, em 13.8.2011,
quando praticava atos de traficância, oportunidade em que portava
164,6g (cento e sessenta e quatro gramas e seis decigramas) de maconha.
A prisão em flagrante foi convertida em preventiva e contra essa
decisão o paciente ajuizou habeas corpus perante o Tribunal de Justiça, que
denegou a ordem.
No Superior Tribunal de Justiça, o relator do HC nº 231.972/SP, Min.
Jorge Mussi, indeferiu o pedido de liminar aos seguintes fundamentos:
“A concessão da tutela de urgência reserva-se aos casos
excepcionais de ofensa manifesta ao direito de ir e vir do
paciente e desde que preenchidos os pressupostos legais, que
são o fumus boni juris e o periculum in mora.
In casu, mostra-se inviável acolher-se a pretensão sumária,
porquanto a motivação que dá suporte à pretensão liminar
confunde-se com o mérito do writ, devendo o caso concreto ser
analisado mais detalhadamente quando da apreciação e do seu
julgamento definitivo.
Ademais, a questão relativa ao alegado excesso de prazo
Supremo Tribunal Federal
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Relatório
HC 112.766 / SP
na formação da culpa não foi apreciada pela Corte a quo, razão
pela qual não se mostra possível analisá-la, ao menos neste
juízo perfunctório, sob pena de supressão de instância.
Diante do exposto, indefiro a liminar. ”
Neste writ, o Impetrante alega, em suma, excesso de prazo na prisão
cautelar do paciente e ausência dos requisitos autorizadores da
preventiva. Pleiteia, ainda, a aplicação das medidas diversas da
segregação de que trata o art. 319 do Código de Processo Penal. Requer o
deferimento de liminar para expedir o contramandado de prisão em favor
do paciente. E, no mérito, pugna pela confirmação do pleito emergencial.
Indeferi o pedido liminar em 26.3.2012.
O Ministério Público manifestou-se pelo não conhecimento do writ e,
se conhecido, pela denegação da ordem.
Em verificação realizada em 30.10.2012, foi constatado que o HC
231.972 ainda não foi julgado perante o Superior Tribunal de Justiça.
É o relatório.
2
Supremo Tribunal Federal
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HC 112.766 / SP
na formação da culpa não foi apreciada pela Corte a quo, razão
pela qual não se mostra possível analisá-la, ao menos neste
juízo perfunctório, sob pena de supressão de instância.
Diante do exposto, indefiro a liminar. ”
Neste writ, o Impetrante alega, em suma, excesso de prazo na prisão
cautelar do paciente e ausência dos requisitos autorizadores da
preventiva. Pleiteia, ainda, a aplicação das medidas diversas da
segregação de que trata o art. 319 do Código de Processo Penal. Requer o
deferimento de liminar para expedir o contramandado de prisão em favor
do paciente. E, no mérito, pugna pela confirmação do pleito emergencial.
Indeferi o pedido liminar em 26.3.2012.
O Ministério Público manifestou-se pelo não conhecimento do writ e,
se conhecido, pela denegação da ordem.
Em verificação realizada em 30.10.2012, foi constatado que o HC
231.972 ainda não foi julgado perante o Superior Tribunal de Justiça.
É o relatório.
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Voto - MIN. ROSA WEBER
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 112.766 SÃO PAULO
VOTO
A Sra. Ministra Rosa Weber (Relatora): O presente habeas corpus foi
impetrado contra indeferimento de liminar no HC 231.972/SP.
Não se conhece de habeas corpus impetrado contra indeferimento de
liminar por Relator em writ manejado perante Tribunal Superior (Súmula
691). Óbice superável apenas em hipótese de teratologia.
O presente feito é exceção, sendo superável a Súmula 691 desta
Casa.
A impetração restringe-se à impugnação da prisão cautelar.
Observo que o paciente responde preso cautelarmente à ação penal
0069799-97.2011.8.26.0050, em trâmite perante a 21ª Vara Criminal da
Justiça Estadual de São Paulo/SP.
Após a prisão em flagrante do paciente, na posse de 164,6 gramas de
maconha, o magistrado de primeiro grau decretou a prisão preventiva do
paciente.
O Plenário desta Corte, no julgamento do Habeas Corpus nº 104.339,
decidiu pela inconstitucionalidade da vedação abstrata à concessão de
liberdade provisória em crimes de tráfico de drogas, invalidando
parcialmente a provisão da espécie contida no art. 44 da Lei nº
11.343/2006.
Não obstante, a Corte também ressalvou a possibilidade da
decretação da prisão cautelar em processos por crimes de tráfico de
drogas.
Entretanto, a prisão preventiva foi versada em termos genéricos, sem
maiores justificativas concretas quanto aos fundamentos da cautelar:
Transcrevo:
“(...) )a acusação que pesa contra o autuado LEONARDO é
grave, ou seja, de crime de tráfico de entorpecentes, o qual traz efeitos
nefastos para a sociedade, na medida em que, incentiva a
criminalidade e destrói a base desta que é a família, de modo que é
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06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 112.766 SÃO PAULO
VOTO
A Sra. Ministra Rosa Weber (Relatora): O presente habeas corpus foi
impetrado contra indeferimento de liminar no HC 231.972/SP.
Não se conhece de habeas corpus impetrado contra indeferimento de
liminar por Relator em writ manejado perante Tribunal Superior (Súmula
691). Óbice superável apenas em hipótese de teratologia.
O presente feito é exceção, sendo superável a Súmula 691 desta
Casa.
A impetração restringe-se à impugnação da prisão cautelar.
Observo que o paciente responde preso cautelarmente à ação penal
0069799-97.2011.8.26.0050, em trâmite perante a 21ª Vara Criminal da
Justiça Estadual de São Paulo/SP.
Após a prisão em flagrante do paciente, na posse de 164,6 gramas de
maconha, o magistrado de primeiro grau decretou a prisão preventiva do
paciente.
O Plenário desta Corte, no julgamento do Habeas Corpus nº 104.339,
decidiu pela inconstitucionalidade da vedação abstrata à concessão de
liberdade provisória em crimes de tráfico de drogas, invalidando
parcialmente a provisão da espécie contida no art. 44 da Lei nº
11.343/2006.
Não obstante, a Corte também ressalvou a possibilidade da
decretação da prisão cautelar em processos por crimes de tráfico de
drogas.
Entretanto, a prisão preventiva foi versada em termos genéricos, sem
maiores justificativas concretas quanto aos fundamentos da cautelar:
Transcrevo:
“(...) )a acusação que pesa contra o autuado LEONARDO é
grave, ou seja, de crime de tráfico de entorpecentes, o qual traz efeitos
nefastos para a sociedade, na medida em que, incentiva a
criminalidade e destrói a base desta que é a família, de modo que é
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Voto - MIN. ROSA WEBER
HC 112.766 / SP
necessária a sua custódia para garantia da ordem pública.
(…)
Não obstante, a ordem pública se encontra ameaçada caso o
indiciado seja colocado em liberdade, uma vez que poderia, em tese,
continuar a praticar ilícito, que é de extrema gravidade e tem que ser
rigorosamente combatido, e, precipuamente, na salvaguarda do meio
social, gravemente violado.
Além disso, depreende-se dos fatos apurados, que a conduta do
indiciado LEONARDO provoca acentuado impacto na sociedade,
dado a ofender significativamente os valores reclamados. A
conveniência da instrução criminal evidencia a necessidade de a coleta
de provas não ser perturbada, impedindo a busca da verdade real.
Assegurar a aplicação da lei penal, por fim, traz ideia de que, como na
hipótese dos presentes autos, pode se evadir do distrito da culpa,
furtando-se a aplicação da lei penal, passando a residir em local onde
os fatos, provavelmente, não são conhecidos. Aqui, é suficiente o juízo
de probabilidade.
Oportuno acrescentar que o crime de tráfico ilícito de drogas é
infração que se integra de várias fases sucessivas, articuladas umas
nas outras desde a sua produção até a sua entrega a consumo, ainda
que de forma gratuita, pouco importando a quantidade de droga
apreendida. (…). ”
A decisão do Tribunal de Justiça, quanto aos fundamentos da
preventiva, não foi diferente:
“(...)
A ver pelo que se infere da documentação acostada aos autos há
fortes indícios de autoria e a materialidade está demonstrada, o que
deve ser levado em consideração, além da gravidade do delito de
natureza hedionda.
Acrescente-se, ainda, que os documentos de fls. 60/62 são
insuficientes para autorizar a concessão de liberdade provisória ao
paciente, justificando, a manutenção de sua custódia para garantia da
ordem pública, sendo grande o risco à sociedade se ele for colocado
precocemente em liberdade.
2
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HC 112.766 / SP
necessária a sua custódia para garantia da ordem pública.
(…)
Não obstante, a ordem pública se encontra ameaçada caso o
indiciado seja colocado em liberdade, uma vez que poderia, em tese,
continuar a praticar ilícito, que é de extrema gravidade e tem que ser
rigorosamente combatido, e, precipuamente, na salvaguarda do meio
social, gravemente violado.
Além disso, depreende-se dos fatos apurados, que a conduta do
indiciado LEONARDO provoca acentuado impacto na sociedade,
dado a ofender significativamente os valores reclamados. A
conveniência da instrução criminal evidencia a necessidade de a coleta
de provas não ser perturbada, impedindo a busca da verdade real.
Assegurar a aplicação da lei penal, por fim, traz ideia de que, como na
hipótese dos presentes autos, pode se evadir do distrito da culpa,
furtando-se a aplicação da lei penal, passando a residir em local onde
os fatos, provavelmente, não são conhecidos. Aqui, é suficiente o juízo
de probabilidade.
Oportuno acrescentar que o crime de tráfico ilícito de drogas é
infração que se integra de várias fases sucessivas, articuladas umas
nas outras desde a sua produção até a sua entrega a consumo, ainda
que de forma gratuita, pouco importando a quantidade de droga
apreendida. (…). ”
A decisão do Tribunal de Justiça, quanto aos fundamentos da
preventiva, não foi diferente:
“(...)
A ver pelo que se infere da documentação acostada aos autos há
fortes indícios de autoria e a materialidade está demonstrada, o que
deve ser levado em consideração, além da gravidade do delito de
natureza hedionda.
Acrescente-se, ainda, que os documentos de fls. 60/62 são
insuficientes para autorizar a concessão de liberdade provisória ao
paciente, justificando, a manutenção de sua custódia para garantia da
ordem pública, sendo grande o risco à sociedade se ele for colocado
precocemente em liberdade.
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Voto - MIN. ROSA WEBER
HC 112.766 / SP
Portanto, por ora, inexistem elementos a assegurar que o
paciente não irá se furtar à aplicação da lei, mantendo-se em local
incerto ou ignorado.
Não é demais assinalar, também, que a vedação legal de
concessão de liberdade provisória prevista no art. 44 da Lei 11.343/06,
regra especial relativa ao crime de tráfico ilícito de entorpecentes,
afasta a incidência da regra geral do inc. II do art. 2º da Lei 8.072/90,
embora sua redação tenha sido modificada por lei posterior, qual seja, a
Lei 11.464/07.
De qualquer modo, trata-se de crime doloso com pena privativa
máxima superior a 4 anos de reclusão, admitindo-se, dessa forma, a
decretação da prisão preventiva nos termos do atual art. 313, inciso I,
da Lei 12.403/2011, não havendo falar em aplicação da medida
cautelar alternativa.
Razoável, portanto, à época, por ausência de demonstração
inequívoca da presença dos requisitos da liberdade provisória e
ausência dos pressupostos da prisão preventiva, a manutenção da
prisão cautelar do paciente com o objetivo de resguardo da ordem
pública, quer para evitar a reiteração criminosa, quer para resgatar a
estabilidade social, que em situações como a presente, em razão da
natureza do crime que lhe foi imputado, evidentemente resta
comprometida.”
Por outro lado, a quantidade da droga apreendida, de 164,6 gramas
de maconha, embora esteja longe de ser insignificante, não parece
autorizar juízo no sentido da periculosidade do paciente ou que este seria
pessoa profundamente envolvida no tráfico de drogas.
É certo que a quantidade de droga não é o único dado a ser
considerado na avaliação da eventual necessidade da prisão cautelar, mas
carecem, em princípio, os autos de outros elementos que poderia ser
valorados em desfavor do paciente.
Com efeito, há, nas decisões, apenas referência ao fato de terem sido
encontradas com o paciente uma faca, uma foto de espingarda e telefones
de pessoas supostamente envolvidas com tráfico, o que não autoriza
conclusão quanto à sua elevada periculosidade.
3
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HC 112.766 / SP
Portanto, por ora, inexistem elementos a assegurar que o
paciente não irá se furtar à aplicação da lei, mantendo-se em local
incerto ou ignorado.
Não é demais assinalar, também, que a vedação legal de
concessão de liberdade provisória prevista no art. 44 da Lei 11.343/06,
regra especial relativa ao crime de tráfico ilícito de entorpecentes,
afasta a incidência da regra geral do inc. II do art. 2º da Lei 8.072/90,
embora sua redação tenha sido modificada por lei posterior, qual seja, a
Lei 11.464/07.
De qualquer modo, trata-se de crime doloso com pena privativa
máxima superior a 4 anos de reclusão, admitindo-se, dessa forma, a
decretação da prisão preventiva nos termos do atual art. 313, inciso I,
da Lei 12.403/2011, não havendo falar em aplicação da medida
cautelar alternativa.
Razoável, portanto, à época, por ausência de demonstração
inequívoca da presença dos requisitos da liberdade provisória e
ausência dos pressupostos da prisão preventiva, a manutenção da
prisão cautelar do paciente com o objetivo de resguardo da ordem
pública, quer para evitar a reiteração criminosa, quer para resgatar a
estabilidade social, que em situações como a presente, em razão da
natureza do crime que lhe foi imputado, evidentemente resta
comprometida.”
Por outro lado, a quantidade da droga apreendida, de 164,6 gramas
de maconha, embora esteja longe de ser insignificante, não parece
autorizar juízo no sentido da periculosidade do paciente ou que este seria
pessoa profundamente envolvida no tráfico de drogas.
É certo que a quantidade de droga não é o único dado a ser
considerado na avaliação da eventual necessidade da prisão cautelar, mas
carecem, em princípio, os autos de outros elementos que poderia ser
valorados em desfavor do paciente.
Com efeito, há, nas decisões, apenas referência ao fato de terem sido
encontradas com o paciente uma faca, uma foto de espingarda e telefones
de pessoas supostamente envolvidas com tráfico, o que não autoriza
conclusão quanto à sua elevada periculosidade.
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Voto - MIN. ROSA WEBER
HC 112.766 / SP
É até possível aventar a possibilidade de que, em caso de
condenação, haja substituição da pena privativa de liberdade por
restritiva de direito ou a imposição de regime menos gravoso que o
fechado, como admitido pelo Plenário desta Suprema Corte no HC
97.256/RS e no HC 111.840/ES, respectivamente.
Então , entendo que a prisão preventiva não se justifica.
Não obstante, considerando a usual gravidade do crime de tráfico de
droga, reputo adequada a imposição ao paciente das medidas cautelares
alternativas à prisão previstas no art. 319 do Código de Processo Penal,
especialmente fiança, se a capacidade econômica do paciente assim
permitir, e comparecimento periódico em Juízo. Caberá ao magistrado
processante definir as medidas cautelares apropriados.
Reputo, portanto, superável excepcionalmente o óbice da Súmula
691 diante da falta de demonstração da necessidade da prisão cautelar
nas decisões atacadas e das circunstâncias do caso.
Ante o exposto, voto por conceder parcialmente a ordem de habeas
corpus para que o paciente seja colocado em liberdade, salvo se por outro
motivo tiver que permanecer preso, com a substituição da prisão
preventiva por medidas cautelares do art. 319 do Código de Processo
Penal, a serem determinadas pelo magistrado processante.
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É até possível aventar a possibilidade de que, em caso de
condenação, haja substituição da pena privativa de liberdade por
restritiva de direito ou a imposição de regime menos gravoso que o
fechado, como admitido pelo Plenário desta Suprema Corte no HC
97.256/RS e no HC 111.840/ES, respectivamente.
Então , entendo que a prisão preventiva não se justifica.
Não obstante, considerando a usual gravidade do crime de tráfico de
droga, reputo adequada a imposição ao paciente das medidas cautelares
alternativas à prisão previstas no art. 319 do Código de Processo Penal,
especialmente fiança, se a capacidade econômica do paciente assim
permitir, e comparecimento periódico em Juízo. Caberá ao magistrado
processante definir as medidas cautelares apropriados.
Reputo, portanto, superável excepcionalmente o óbice da Súmula
691 diante da falta de demonstração da necessidade da prisão cautelar
nas decisões atacadas e das circunstâncias do caso.
Ante o exposto, voto por conceder parcialmente a ordem de habeas
corpus para que o paciente seja colocado em liberdade, salvo se por outro
motivo tiver que permanecer preso, com a substituição da prisão
preventiva por medidas cautelares do art. 319 do Código de Processo
Penal, a serem determinadas pelo magistrado processante.
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Decisão de Julgamento
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
HABEAS CORPUS 112.766
PROCED. : SÃO PAULO
RELATORA : MIN. ROSA WEBER
PACTE.(S) : LEONARDO GOMES SILVA
IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 231.972 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE
JUSTIÇA
Decisão: A Turma concedeu, em parte, a ordem de habeas corpus,
nos termos do voto da Relatora. Unânime. Presidência do Senhor
Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 6.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
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Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
HABEAS CORPUS 112.766
PROCED. : SÃO PAULO
RELATORA : MIN. ROSA WEBER
PACTE.(S) : LEONARDO GOMES SILVA
IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 231.972 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE
JUSTIÇA
Decisão: A Turma concedeu, em parte, a ordem de habeas corpus,
nos termos do voto da Relatora. Unânime. Presidência do Senhor
Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 6.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 9
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| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3168217 | 2012-11-06T00:00:00 | 2012-12-07T00:00:00 | A Turma concedeu, em parte, a ordem de habeas corpus, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 6.11.2012. | HABEAS CORPUS | EMENTA
HABEAS CORPUS. TRÁFICO DE DROGAS. PRISÃO PREVENTIVA. SÚMULA 691. REDUZIDA QUANTIDADE DE DROGA. RISCO À ORDEM PÚBLICA NÃO DEMONSTRADO. MEDIDAS CAUTELARES.
1. O Plenário desta Corte, no julgamento do Habeas Corpus nº 104.339, decidiu pela inconstitucionalidade da vedação abstrata à concessão de liberdade provisória em crimes de tráfico de drogas, invalidando parcialmente a provisão da espécie contida no art. 44 da Lei nº 11.343/2006. Não obstante, a Corte também ressalvou a possibilidade da decretação da prisão cautelar em processos por crimes de tráfico de drogas.
2. Se a quantidade de droga apreendida é reduzida e estão ausentes outros elementos que autorizem conclusão acerca do envolvimento profundo ou relevante do agente com o tráfico de drogas, não se justifica a prisão preventiva para resguardar a ordem pública.
3. Circunstâncias do caso que recomendam a substituição da prisão pelas medidas cautelares previstas no art. 319 do Código de Processo Penal, ausente, nas decisões atacadas, demonstração da necessidade do cárcere provisório.
4. Habeas corpus concedido parcialmente, com superação excepcional da Súmula 691/STF. | sjur220977 | - Acórdão(s) citado(s):
(LIBERDADE PROVISÓRIA, TRÁFICO DE DROGAS)
STF: HC 104339 (TP);
(SUBSTITUIÇÃO DE REGIME DE CUMPRIMENTO DE PENA, TRÁFICO DE
DROGAS)
STF: HC 97256 (TP), HC 111840 (TP).
Número de páginas: 9.
Análise: 14/12/2012, MJC. | ROSA WEBER | Primeira Turma | 112766 | [
"LEG-FED DEL-003689 ANO-1941\r\n ART-00319 \r\n CPP-1941 CÓDIGO DE PROCESSO PENAL\r\n\r\n",
"LEG-FED LEI-011343 ANO-2006\r\n ART-00044 \r\n LTX-2006 LEI DE TÓXICOS\r\n\r\n",
"LEG-FED SUMSTF-000691 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF"
] | HC | acordaos | HC 112766 | [
""
] | IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO
PACTE.(S) : LEONARDO GOMES SILVA
PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 231.972 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"HABEAS CORPUS 112 . 766",
"HC [UNK] 231 . 972",
"Habeas Corpus [UNK] 104 . 339",
"Súmula 691 / STF",
"HC 112 . 766 / SP",
"HC 112 . 766 / SP",
"HABEAS CORPUS 112 . 766 SÃO",
"HC [UNK] 231 . 972",
"HC 231 . 972 / SP",
"HC [UNK] 231 . 972 / SP",
"HABEAS CORPUS 112 . 766 SÃO",
"HC [UNK] 231 . 972",
"HC 231 . 972 / SP",
"HC [UNK] 231 . 972 / SP",
"HC 112 . 766 / SP",
"HC 231 . 972",
"HC 112 . 766 / SP",
"HC 231 . 972",
"HABEAS CORPUS 112 . 766",
"HC 231 . 972 / SP",
"Súmula 691 desta Casa",
"ação penal 0069799 - 97 . 2011 . 8 . 26 . 0050",
"Habeas Corpus [UNK] 104 . 339",
"HABEAS CORPUS 112 . 766",
"HC 231 . 972 / SP",
"Súmula 691 desta Casa",
"ação penal 0069799 - 97 . 2011 . 8 . 26 . 0050",
"Habeas Corpus [UNK] 104 . 339",
"HC 112 . 766 / SP",
"HC 112 . 766 / SP",
"HC 112 . 766 / SP",
"HC 112 . 766 / SP",
"HC 112 . 766 / SP",
"HC 97 . 256 / RS",
"HC 111 . 840 / ES",
"HC 112 . 766 / SP",
"HC 97 . 256 / RS",
"HC 111 . 840 / ES",
"HABEAS CORPUS 112 . 766",
"HC [UNK] 231 . 972",
"HABEAS CORPUS 112 . 766",
"HC [UNK] 231 . 972"
],
"LEGISLACAO": [
"art . 44 da Lei [UNK] 11 . 343 / 2006",
"art . 319 do Código de Processo Penal",
"MP n° 2 . 200 -",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 319 do Código de Processo Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 319 do Código de Processo Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 44 da Lei [UNK] 11 . 343 / 2006",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 44 da Lei [UNK] 11 . 343 / 2006",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 44 da Lei 11 . 343 / 06",
"[UNK] da Lei 8 . 072 / 90",
"Lei 11 . 464 / 07",
"art . 313 , inciso I , da Lei 12 . 403 / 2011",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 44 da Lei 11 . 343 / 06",
"inc . II do art . [UNK] da Lei 8 . 072 / 90",
"Lei 11 . 464 / 07",
"art . 313 , inciso I , da Lei 12 . 403 / 2011",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 319 do Código de Processo Penal",
"art . 319 do Código de Processo Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 319 do Código de Processo Penal",
"art . 319 do Código de Processo Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"SÃO PAULO",
"Brasília",
"Brasília",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO"
],
"ORGANIZACAO": [
"PRIMEIRA TURMA",
"DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"Plenário desta",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"Defensoria Pública do Estado de São Paulo",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"Defensoria Pública do Estado de São Paulo",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Ministério Público",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Ministério Público",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"[UNK] Vara Criminal da Justiça Estadual de São Paulo / SP",
"Plenário desta",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"[UNK] Vara Criminal da Justiça Estadual de São Paulo / SP",
"Plenário desta Corte",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Tribunal de Justiça",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Plenário desta",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Plenário desta Suprema Corte",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"ROSA WEBER",
"LEONARDO GOMES SILVA",
"Dias Toffoli",
"Rosa Weber",
"Dias Toffoli",
"Rosa Weber",
"ROSA WEBER",
"LEONARDO GOMES SILVA",
"Leonardo Gomes Silva",
"Jorge Mussi",
"ROSA WEBER",
"LEONARDO GOMES SILVA",
"Leonardo Gomes Silva",
"Jorge Mussi",
"ROSA WEBER",
"Rosa Weber",
"LEONARDO",
"Rosa Weber",
"LEONARDO",
"ROSA WEBER",
"LEONARDO",
"LEONARDO",
"ROSA WEBER",
"ROSA WEBER",
"ROSA WEBER",
"LEONARDO GOMES SILVA",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza",
"ROSA WEBER",
"LEONARDO GOMES SILVA",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza"
],
"TEMPO": [
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"07",
"/",
"12",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"6 de novembro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"6 de novembro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"13",
".",
"8",
".",
"2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"13",
".",
"8",
".",
"2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"26",
".",
"3",
".",
"2012",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"26",
".",
"3",
".",
"2012",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"6",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"6",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 730.343 SÃO PAULO
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:ESTADO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
AGDO.(A/S)
:TÚLIO DE VASCONCELLOS BARBOSA
ADV.(A/S)
:LEONARDO MASSAMI PAVÃO MIYAHARA
EMENTA
Agravo regimental no agravo de instrumento. Servidor público
estadual. Acumulação de cargos. Compatibilidade de horários. Ofensa
reflexa. Reexame de provas. Impossibilidade. Precedentes.
1. A verificação da compatibilidade de horários em relação aos
cargos exercidos pelo ora agravado demandaria a análise da legislação
local, bem como dos fatos e das provas dos autos, o que encontra óbice
nas Súmulas nºs 280 e 279/STF.
2. Agravo regimental não provido.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do
Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata do julgamento e das
notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao
agravo regimental, nos termos do voto do Relator.
Brasília, 13 de novembro de 2012.
MINISTRO DIAS TOFFOLI
Relator
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3183344.
Supremo Tribunal Federal
DJe 14/12/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 9
Relatório
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 730.343 SÃO PAULO
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:ESTADO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
AGDO.(A/S)
:TÚLIO DE VASCONCELLOS BARBOSA
ADV.(A/S)
:LEONARDO MASSAMI PAVÃO MIYAHARA
RELATÓRIO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Estado de São Paulo interpõe tempestivo agravo regimental contra
decisão em que se negou provimento ao agravo de instrumento (fls. 92 a
95), com a seguinte fundamentação:
“Vistos.
Estado de São Paulo interpõe agravo de instrumento
contra a decisão que não admitiu recurso extraordinário
assentado em contrariedade ao artigo 37, inciso XVI, alínea ‘c’,
da Constituição Federal.
Insurge-se, no apelo extremo, contra acórdão da Sexta
Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça do Estado de
São Paulo, assim ementado:
‘REEXAME – Alçada – Não conhecimento.
INTERESSE PROCESSUAL – Presente – Preliminar
afastada.
SERVIDOR
PÚBLICO
ESTADUAL
–
Compatibilidade de horários – Requisito para cumulação
de cargos públicos – Exigência descabida – Ordem
concedida – Recurso não provido’ (fl. 61).
Decido.
Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3183306.
Supremo Tribunal Federal
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 730.343 SÃO PAULO
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:ESTADO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
AGDO.(A/S)
:TÚLIO DE VASCONCELLOS BARBOSA
ADV.(A/S)
:LEONARDO MASSAMI PAVÃO MIYAHARA
RELATÓRIO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Estado de São Paulo interpõe tempestivo agravo regimental contra
decisão em que se negou provimento ao agravo de instrumento (fls. 92 a
95), com a seguinte fundamentação:
“Vistos.
Estado de São Paulo interpõe agravo de instrumento
contra a decisão que não admitiu recurso extraordinário
assentado em contrariedade ao artigo 37, inciso XVI, alínea ‘c’,
da Constituição Federal.
Insurge-se, no apelo extremo, contra acórdão da Sexta
Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça do Estado de
São Paulo, assim ementado:
‘REEXAME – Alçada – Não conhecimento.
INTERESSE PROCESSUAL – Presente – Preliminar
afastada.
SERVIDOR
PÚBLICO
ESTADUAL
–
Compatibilidade de horários – Requisito para cumulação
de cargos públicos – Exigência descabida – Ordem
concedida – Recurso não provido’ (fl. 61).
Decido.
Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3183306.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 9
Relatório
AI 730.343 AGR / SP
interposto contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era
plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da
matéria constitucional objeto do recurso, conforme decidido na
Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS,
Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de
6/9/07.
Todavia, apesar da petição recursal haver trazido a
preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua
existência, uma vez que, nos termos do artigo 323 do Regimento
Interno do Supremo Tribunal Federal, com a redação
introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o
procedimento acerca da existência da repercussão geral
somente ocorrerá ‘quando não for o caso de inadmissibilidade do
recurso por outra razão’.
A irresignação não merece prosperar.
O acórdão atacado entendeu pela compatibilidade de
horários para a cumulação dos cargos em comento, assim
dispondo, in verbis:
‘Embora o cargo de Médico Legista esteja vinculado
à Secretaria de Segurança Pública, trata-se de cargo que
somente pode ser preenchido por médico, de modo que é
possível a acumulação de cargos, nos termos do art. 37,
inc. XVI, alínea ‘c’, da Constituição Federal, desde que não
ocorra incompatibilidade de horários’.
‘O impetrante juntou declaração do Núcleo de
Anatomia Patológica do Centro de Referência de Saúde da
Mulher do Hospital pérola Byngton a indicar a
possibilidade de adequação dos horários’.
‘Assim, a determinação contida no art. 44, da Lei
Complementar nº 207/79 não tem aplicação aos médicos’.
‘Caso ocorram situações em que o Impetrante venha
a atender ‘chamados a qualquer hora’, ou cumprir horário
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3183306.
Supremo Tribunal Federal
AI 730.343 AGR / SP
interposto contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era
plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da
matéria constitucional objeto do recurso, conforme decidido na
Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS,
Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de
6/9/07.
Todavia, apesar da petição recursal haver trazido a
preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua
existência, uma vez que, nos termos do artigo 323 do Regimento
Interno do Supremo Tribunal Federal, com a redação
introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o
procedimento acerca da existência da repercussão geral
somente ocorrerá ‘quando não for o caso de inadmissibilidade do
recurso por outra razão’.
A irresignação não merece prosperar.
O acórdão atacado entendeu pela compatibilidade de
horários para a cumulação dos cargos em comento, assim
dispondo, in verbis:
‘Embora o cargo de Médico Legista esteja vinculado
à Secretaria de Segurança Pública, trata-se de cargo que
somente pode ser preenchido por médico, de modo que é
possível a acumulação de cargos, nos termos do art. 37,
inc. XVI, alínea ‘c’, da Constituição Federal, desde que não
ocorra incompatibilidade de horários’.
‘O impetrante juntou declaração do Núcleo de
Anatomia Patológica do Centro de Referência de Saúde da
Mulher do Hospital pérola Byngton a indicar a
possibilidade de adequação dos horários’.
‘Assim, a determinação contida no art. 44, da Lei
Complementar nº 207/79 não tem aplicação aos médicos’.
‘Caso ocorram situações em que o Impetrante venha
a atender ‘chamados a qualquer hora’, ou cumprir horário
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3183306.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 9
Relatório
AI 730.343 AGR / SP
irregular ou a constatação de incompatibilidade de
horários, competirá à Autoridade Policial abrir
procedimento administrativo para sancionamento do
servidor. O que não se pode é, com base na suposição de
ocorrência de fato futuro e incerto, impor limitação ao
concursado diametralmente oposta ao disposto na
Constituição’(fl. 64).
Com efeito, para chegar a entendimento diverso, seria
necessário reexaminar o conjunto fático-probatório e a
legislação infraconstitucional pertinente (Lei Complementar
Estadual nº 207/79), o que é inviável em recurso extraordinário.
Incidência das Súmulas nº 279 e 636 desta Corte. Nesse sentido,
anote-se:
‘AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO.
ADMINISTRATIVO.
CONSTITUCIONAL.
SERVIDOR
PÚBLICO.
ACUMULAÇÃO DE CARGOS. EXISTÊNCIA DE
NORMA INFRACONSTITUCIONAL QUE LIMITA A
JORNADA SEMANAL DOS CARGOS A SEREM
ACUMULADOS. PREVISÃO QUE NÃO PODE SER
OPOSTA COMO IMPEDITIVA AO RECONHECIMENTO
DO DIREITO À ACUMULAÇÃO. COMPATIBILIDADE
DE HORÁRIOS RECONHECIDA PELA CORTE DE
ORIGEM. REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-
PROBATÓRIO.
IMPOSSIBILIDADE.
AGRAVO
IMPROVIDO. I - A existência de norma infraconstitucional
que estipula limitação de jornada semanal não constitui
óbice ao reconhecimento do direito à acumulação prevista
no art. 37, XVI, c, da Constituição, desde que haja
compatibilidade de horários para o exercício dos cargos a
serem acumulados. II – Para se chegar à conclusão
contrária à adotada pelo acórdão recorrido quanto à
compatibilidade de horários entre os cargos a serem
acumulados, necessário seria o reexame do conjunto
3
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3183306.
Supremo Tribunal Federal
AI 730.343 AGR / SP
irregular ou a constatação de incompatibilidade de
horários, competirá à Autoridade Policial abrir
procedimento administrativo para sancionamento do
servidor. O que não se pode é, com base na suposição de
ocorrência de fato futuro e incerto, impor limitação ao
concursado diametralmente oposta ao disposto na
Constituição’(fl. 64).
Com efeito, para chegar a entendimento diverso, seria
necessário reexaminar o conjunto fático-probatório e a
legislação infraconstitucional pertinente (Lei Complementar
Estadual nº 207/79), o que é inviável em recurso extraordinário.
Incidência das Súmulas nº 279 e 636 desta Corte. Nesse sentido,
anote-se:
‘AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO.
ADMINISTRATIVO.
CONSTITUCIONAL.
SERVIDOR
PÚBLICO.
ACUMULAÇÃO DE CARGOS. EXISTÊNCIA DE
NORMA INFRACONSTITUCIONAL QUE LIMITA A
JORNADA SEMANAL DOS CARGOS A SEREM
ACUMULADOS. PREVISÃO QUE NÃO PODE SER
OPOSTA COMO IMPEDITIVA AO RECONHECIMENTO
DO DIREITO À ACUMULAÇÃO. COMPATIBILIDADE
DE HORÁRIOS RECONHECIDA PELA CORTE DE
ORIGEM. REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-
PROBATÓRIO.
IMPOSSIBILIDADE.
AGRAVO
IMPROVIDO. I - A existência de norma infraconstitucional
que estipula limitação de jornada semanal não constitui
óbice ao reconhecimento do direito à acumulação prevista
no art. 37, XVI, c, da Constituição, desde que haja
compatibilidade de horários para o exercício dos cargos a
serem acumulados. II – Para se chegar à conclusão
contrária à adotada pelo acórdão recorrido quanto à
compatibilidade de horários entre os cargos a serem
acumulados, necessário seria o reexame do conjunto
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Relatório
AI 730.343 AGR / SP
fático-probatório constante dos autos, o que atrai a
incidência da Súmula 279 do STF. III - Agravo regimental
improvido’ (RE nº 633.298/MG-AgR, Segunda Turma,
Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 14/2/12).
‘AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR
PÚBLICO.
MANDADO
DE
SEGURANÇA.
ACUMULAÇÃO DE CARGOS DA ÁREA DE SAÚDE.
NÃO COMPROVAÇÃO DE COMPATIBILIDADE DE
HORÁRIOS. SÚMULA 279 DO STF. 1. A acumulação de
cargos da área da saúde é assegurada pela Constituição
Federal (art. 37, XVI, ‘c’, CF), observada a compatibilidade
de horários. 2 . In casu, a recorrente não comprovou,
quando da impetração do writ, a compatibilidade de
horários para exercício do cargo de auxiliar de
enfermagem em dois hospitais públicos, o que atrai a
aplicação da Súmula 279 do STF, verbis: ‘Para simples
reexame de prova não cabe recurso extraordinário’.
Precedentes: AI 644.432-AgR, 1ª Turma, Rel. Min. Cármen
Lúcia, Dje de 26/06/09 e AI 733.152-AgR, 2ª Turma, Rel.
Min. Eros Grau. 3. Agravo regimental a que se nega
provimento’ (Re nº 634.086/RJ-AgR, Primeira Turma,
Relator o Ministro Luiz Fux, DJe de 13/9/11).
Ante o exposto, nego provimento ao agravo de
instrumento”.
Aduz o agravante, in verbis, que
“(...) [a] questão constitucional que se coloca, e que
independe do reexame de fatos ou de direito local, é se a lei
específica da categoria policial pode ser mais rigorosa que a
disciplina do artigo 37, XVI da Constituição Federal. (…)
Ainda que haja compatibilidade in abstrato de horários, a
natureza do serviço policial impede a cumulação pretendida. E
4
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fático-probatório constante dos autos, o que atrai a
incidência da Súmula 279 do STF. III - Agravo regimental
improvido’ (RE nº 633.298/MG-AgR, Segunda Turma,
Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 14/2/12).
‘AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR
PÚBLICO.
MANDADO
DE
SEGURANÇA.
ACUMULAÇÃO DE CARGOS DA ÁREA DE SAÚDE.
NÃO COMPROVAÇÃO DE COMPATIBILIDADE DE
HORÁRIOS. SÚMULA 279 DO STF. 1. A acumulação de
cargos da área da saúde é assegurada pela Constituição
Federal (art. 37, XVI, ‘c’, CF), observada a compatibilidade
de horários. 2 . In casu, a recorrente não comprovou,
quando da impetração do writ, a compatibilidade de
horários para exercício do cargo de auxiliar de
enfermagem em dois hospitais públicos, o que atrai a
aplicação da Súmula 279 do STF, verbis: ‘Para simples
reexame de prova não cabe recurso extraordinário’.
Precedentes: AI 644.432-AgR, 1ª Turma, Rel. Min. Cármen
Lúcia, Dje de 26/06/09 e AI 733.152-AgR, 2ª Turma, Rel.
Min. Eros Grau. 3. Agravo regimental a que se nega
provimento’ (Re nº 634.086/RJ-AgR, Primeira Turma,
Relator o Ministro Luiz Fux, DJe de 13/9/11).
Ante o exposto, nego provimento ao agravo de
instrumento”.
Aduz o agravante, in verbis, que
“(...) [a] questão constitucional que se coloca, e que
independe do reexame de fatos ou de direito local, é se a lei
específica da categoria policial pode ser mais rigorosa que a
disciplina do artigo 37, XVI da Constituição Federal. (…)
Ainda que haja compatibilidade in abstrato de horários, a
natureza do serviço policial impede a cumulação pretendida. E
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Relatório
AI 730.343 AGR / SP
a restrição mostra-se razoável, dada a especificidade da função
policial, (...)” (fls. 99/100).
É o relatório.
5
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a restrição mostra-se razoável, dada a especificidade da função
policial, (...)” (fls. 99/100).
É o relatório.
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Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 730.343 SÃO PAULO
VOTO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
O inconformismo não merece prosperar.
O Tribunal de origem, ao concluir ser possível que o ora agravado
acumulasse o cargo de médico patologista do “Núcleo de Anatomia
Patológica do Centro de Referência de Saúde da Mulher” - com carga
horária de 30 (trinta) horas semanais - com o de médico legista, vinculado
à Secretária de Segurança Pública, com carga horária de 40 (quarenta)
horas semanais, assim consignou:
“ O impetrante juntou declaração do Núcleo de Anatomia
Patológica do Centro de Referência de Saúde da Mulher do
Hospital pérola Byngton a indicar a possibilidade de adequação
dos horários.’
Assim, a determinação contida no art. 44, da Lei
Complementar nº 207/79 não tem aplicação aos médicos.
Caso ocorram situações em que o Impetrante venha a
atender ‘chamados a qualquer hora’, ou cumprir horário
irregular ou a constatação de incompatibilidade de horários,
competirá à Autoridade Policial abrir procedimento
administrativo para sancionamento do servidor. O que não se
pode é, com base na suposição de ocorrência de fato futuro e
incerto, impor limitação ao concursado diametralmente oposta
ao disposto na Constituição” (fl. 64).
Desse modo, é certo que, para divergir do Tribunal de origem e
concluir pela incompatibilidade de horários, conforme pleiteia o ora
agravante, seria necessário analisar a legislação local pertinente (Lei
Complementar estadual nº 207/79) e reexaminar os fatos e as provas dos
autos, o que é inviável em recurso extraordinário. Incidência das Súmulas
nºs 636 e 279/STF. Sobre o tema, anote-se:
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3183307.
Supremo Tribunal Federal
13/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 730.343 SÃO PAULO
VOTO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
O inconformismo não merece prosperar.
O Tribunal de origem, ao concluir ser possível que o ora agravado
acumulasse o cargo de médico patologista do “Núcleo de Anatomia
Patológica do Centro de Referência de Saúde da Mulher” - com carga
horária de 30 (trinta) horas semanais - com o de médico legista, vinculado
à Secretária de Segurança Pública, com carga horária de 40 (quarenta)
horas semanais, assim consignou:
“ O impetrante juntou declaração do Núcleo de Anatomia
Patológica do Centro de Referência de Saúde da Mulher do
Hospital pérola Byngton a indicar a possibilidade de adequação
dos horários.’
Assim, a determinação contida no art. 44, da Lei
Complementar nº 207/79 não tem aplicação aos médicos.
Caso ocorram situações em que o Impetrante venha a
atender ‘chamados a qualquer hora’, ou cumprir horário
irregular ou a constatação de incompatibilidade de horários,
competirá à Autoridade Policial abrir procedimento
administrativo para sancionamento do servidor. O que não se
pode é, com base na suposição de ocorrência de fato futuro e
incerto, impor limitação ao concursado diametralmente oposta
ao disposto na Constituição” (fl. 64).
Desse modo, é certo que, para divergir do Tribunal de origem e
concluir pela incompatibilidade de horários, conforme pleiteia o ora
agravante, seria necessário analisar a legislação local pertinente (Lei
Complementar estadual nº 207/79) e reexaminar os fatos e as provas dos
autos, o que é inviável em recurso extraordinário. Incidência das Súmulas
nºs 636 e 279/STF. Sobre o tema, anote-se:
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
AI 730.343 AGR / SP
“AGRAVO
REGIMENTAL
EM
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO. CUMULAÇÃO DE
CARGOS OCORRIDA EM 1990. PROFISSIONAL DA SAÚDE.
ART. 17, § 2º, DO ADCT E ART. 37, XVI, C, DA
CONSTITUIÇÃO. IMPOSSIBILIDADE. VERIFICAÇÃO DE
COMPATIBILIDADE DE HORÁRIOS. EXAME DE MATÉRIA
FÁTICA. SÚMULA 279. AGRAVO IMPROVIDO. I – A regra
prevista no art. 17, § 2º, do ADCT assegura a acumulação de
dois cargos privativos de profissionais de saúde àqueles que, à
época da promulgação da Carta de 1988, estavam exercendo os
cargos. II – A redação original do art. 37, XVI, c, da Constituição
autorizava apenas a acumulação de dois cargos privativos de
médico, não abrangendo os cargos privativos de profissionais
de saúde contemplados posteriormente pela Emenda
Constitucional 34/2001. III – A verificação da compatibilidade
de horários dos cargos exercidos pelo agravante demandaria o
reexame do conjunto fático-probatório dos autos, o que
inviabiliza o recurso extraordinário, nos termos da Súmula 279
desta Corte. IV – Agravo regimental improvido”(RE nº
570.213/RJ-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo
Lewandowski, DJe de 26/5/11).
“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE
INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. PROCESSO SELETIVO.
ACUMULAÇÃO DE CARGOS. INCOMPATIBILIDADE DE
HORÁRIO. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA 279/STF. Reexame
de fatos e provas. Inviabilidade do recurso extraordinário.
Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal. Agravo regimental
a que se nega provimento”(AI nº 733.152/SP-AgR, Segunda
Turma, Relator o Ministro Eros Grau, DJe de 17/4/09).
Nesse sentido, anotem-se as seguintes decisões monocráticas: RE nº
607.270/SP, Relator o Ministro Ayres Britto, DJe de 2/6/11; RE nº
679.028/RR, Relator o Ministro Luiz Fux, DJe de 4/5/12.
Nego provimento ao agravo regimental.
2
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Supremo Tribunal Federal
AI 730.343 AGR / SP
“AGRAVO
REGIMENTAL
EM
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO. CUMULAÇÃO DE
CARGOS OCORRIDA EM 1990. PROFISSIONAL DA SAÚDE.
ART. 17, § 2º, DO ADCT E ART. 37, XVI, C, DA
CONSTITUIÇÃO. IMPOSSIBILIDADE. VERIFICAÇÃO DE
COMPATIBILIDADE DE HORÁRIOS. EXAME DE MATÉRIA
FÁTICA. SÚMULA 279. AGRAVO IMPROVIDO. I – A regra
prevista no art. 17, § 2º, do ADCT assegura a acumulação de
dois cargos privativos de profissionais de saúde àqueles que, à
época da promulgação da Carta de 1988, estavam exercendo os
cargos. II – A redação original do art. 37, XVI, c, da Constituição
autorizava apenas a acumulação de dois cargos privativos de
médico, não abrangendo os cargos privativos de profissionais
de saúde contemplados posteriormente pela Emenda
Constitucional 34/2001. III – A verificação da compatibilidade
de horários dos cargos exercidos pelo agravante demandaria o
reexame do conjunto fático-probatório dos autos, o que
inviabiliza o recurso extraordinário, nos termos da Súmula 279
desta Corte. IV – Agravo regimental improvido”(RE nº
570.213/RJ-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo
Lewandowski, DJe de 26/5/11).
“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE
INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. PROCESSO SELETIVO.
ACUMULAÇÃO DE CARGOS. INCOMPATIBILIDADE DE
HORÁRIO. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA 279/STF. Reexame
de fatos e provas. Inviabilidade do recurso extraordinário.
Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal. Agravo regimental
a que se nega provimento”(AI nº 733.152/SP-AgR, Segunda
Turma, Relator o Ministro Eros Grau, DJe de 17/4/09).
Nesse sentido, anotem-se as seguintes decisões monocráticas: RE nº
607.270/SP, Relator o Ministro Ayres Britto, DJe de 2/6/11; RE nº
679.028/RR, Relator o Ministro Luiz Fux, DJe de 4/5/12.
Nego provimento ao agravo regimental.
2
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 9
Decisão de Julgamento
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 730.343
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
AGDO.(A/S) : TÚLIO DE VASCONCELLOS BARBOSA
ADV.(A/S) : LEONARDO MASSAMI PAVÃO MIYAHARA
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos
termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro
Dias Toffoli. 1ª Turma, 13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Wagner Mathias.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
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Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 730.343
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
AGDO.(A/S) : TÚLIO DE VASCONCELLOS BARBOSA
ADV.(A/S) : LEONARDO MASSAMI PAVÃO MIYAHARA
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos
termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro
Dias Toffoli. 1ª Turma, 13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Wagner Mathias.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 9
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3195789 | 2012-11-13T00:00:00 | 2012-12-14T00:00:00 | A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 13.11.2012. | AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO | EMENTA
Agravo regimental no agravo de instrumento. Servidor público estadual. Acumulação de cargos. Compatibilidade de horários. Ofensa reflexa. Reexame de provas. Impossibilidade. Precedentes.
1. A verificação da compatibilidade de horários em relação aos cargos exercidos pelo ora agravado demandaria a análise da legislação local, bem como dos fatos e das provas dos autos, o que encontra óbice nas Súmulas nºs 280 e 279/STF.
2. Agravo regimental não provido. | sjur221752 | - Acórdão(s) citado(s):
(RECURSO EXTRAORDINÁRIO, REEXAME, LEI LOCAL, CUMULAÇÃO DE
CARGO)
STF: RE 570213 AgR (1ªT), AI 733152 AgR (2ªT);
- Decisão(ões) monocrática(s) citada(s):
(RECURSO EXTRAORDINÁRIO, REEXAME, LEI LOCAL, CUMULAÇÃO DE
CARGO)
STF: RE 607270, RE 679028.
Número de páginas: 9.
Análise: 22/01/2013, MJC. | DIAS TOFFOLI | Primeira Turma | 730343 | [
"LEG-FED SUMSTF-000279 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\r\n\r\n",
"LEG-FED SUMSTF-000280 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\r\n\r\n",
"LEG-FED SUMSTF-000636 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\r\n\r\n",
"LEG-EST LCP-000207 ANO-1979\r\n LEI COMPLEMENTAR, SP"
] | AI-AgR | acordaos | AI 730343 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
ADV.(A/S) : LEONARDO MASSAMI PAVÃO MIYAHARA
AGDO.(A/S) : TÚLIO DE VASCONCELLOS BARBOSA | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 730 . 343",
"Súmulas [UNK] 280",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 730 . 343",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 730 . 343",
"Questão",
"AI 730 . 343 AGR / SP",
"Questão de Ordem no Agravo de Instrumento [UNK] 664 . 567 / RS",
"AI 730 . 343 AGR / SP",
"AI 730 . 343 AGR / SP",
"AI 730 . 343 AGR / SP",
"Súmula 279 do STF",
"RE [UNK] 633 . 298 / MG - AgR",
"SÚMULA 279 DO STF",
"Súmula 279 do STF",
"AI 644 . 432 - AgR",
"AI",
"733",
".",
"152",
"-",
"AgR",
"Re [UNK] 634 . 086 / RJ - AgR",
"AI 730 . 343 AGR",
"Súmula 279 do STF",
"RE [UNK] 633 . 298 / MG - AgR",
"SÚMULA 279 DO STF",
"Súmula 279 do STF",
"AI 644 . 432 - AgR",
"AI 733 . 152 - AgR",
"Re [UNK] 634 . 086 / RJ - AgR",
"AI 730 . 343 AGR / SP",
"AI 730 . 343 AGR /",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 730 . 343",
"Súmulas [UNK] 636 e 279 / STF",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 730 . 343",
"Súmulas [UNK] 636 e 279 / STF",
"AI 730 . 343 AGR / SP",
"Súmula 279 desta Corte",
"RE [UNK] 570 . 213 / RJ - AgR",
"SÚMULA 279 / STF",
"Súmula n . 279 do Supremo Tribunal Federal",
"AI [UNK] 733 . 152 / SP - AgR",
"RE [UNK] 607 . 270 / SP",
"RE [UNK] 679 . 028 / RR",
"AI 730 . 343 AGR / SP",
"RE [UNK] 570 . 213 / RJ - AgR",
"SÚMULA 279 / STF",
"Súmula n . 279 do Supremo Tribunal Federal",
"AI [UNK] 733 . 152 / SP - AgR",
"RE [UNK] 607 . 270 / SP",
"RE [UNK] 679 . 028 / RR",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 730 . 343"
],
"LEGISLACAO": [
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 37 , inciso XVI , alínea ‘ c ’ , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 37 , inciso XVI , alínea ‘ c ’ , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal",
"Emenda Regimental [UNK] 21 / 07",
"art . 37 , inc . XVI , alínea ‘ c ’ , da Constituição Federal",
"art . 44 , da Lei Complementar [UNK] 207 / 79",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal",
"Emenda Regimental [UNK] 21 / 07",
"art . 37 , inc . XVI , alínea ‘ c ’ , da Constituição Federal",
"art . 44 , da Lei Complementar [UNK] 207 / 79",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição ’",
"Lei Complementar Estadual [UNK] 207 / 79",
"art . 37 , XVI , c , da Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição",
"Lei Complementar Estadual [UNK] 207 / 79",
"Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição Federal ( art . 37 , XVI , ‘ c ’ , CF",
"artigo 37 , XVI da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição Federal",
"art . 37 , XVI , ‘ c ’ , CF",
"artigo 37 , XVI da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 44 , da Lei Complementar [UNK] 207 / 79",
"Constituição",
"Lei Complementar estadual [UNK] 207 / 79",
"MP",
"art . 44 , da Lei Complementar [UNK] 207 / 79",
"Constituição",
"Lei Complementar estadual [UNK] 207 / 79",
"MP",
"ART . 17 , § [UNK] , DO ADCT",
"ART . 37 , XVI , C , DA CONSTITUIÇÃO",
"art",
"Carta de 1988",
"art",
"Constituição",
"Emenda Constitucional 34 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ART . 17 , § [UNK] , DO ADCT",
"ART . 37 , XVI , C , DA CONSTITUIÇÃO",
"art . 17 , § [UNK] , do ADCT",
"Carta de 1988",
"art . 37 , XVI , c , da Constituição",
"Emenda Constitucional 34 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"Brasília",
"SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"Estado de São Paulo",
"Estado de São Paulo",
"SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"Estado de São Paulo",
"Estado de São Paulo",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO"
],
"ORGANIZACAO": [
"PRIMEIRA TURMA",
"Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Sexta Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"AG",
"Sexta Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"343",
"AGR",
"/",
"SP",
"Tribunal Pleno",
"Secretaria de Segurança Pública",
"Núcleo de Anatomia Patológica do Centro de Referência de Saúde da Mulher do",
"Hospital pérola Byngton",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Tribunal Pleno",
"Núcleo de",
"Centro de Referência de Saúde da Mulher",
"Hospital pérola",
"Byngton",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Segunda Turma",
"[UNK] Turma",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"[UNK] Turma",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SP",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"Núcleo",
"Centro de Referência de Saúde da Mulher",
"Núcleo",
"Centro de Referência de Saúde da Mulher",
"Hospital pérola",
"Byngton",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Núcleo de",
"Núcleo",
"Centro de Referência de Saúde da Mulher",
"Hospital",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Primeira Turma",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"[UNK] Turma",
"Primeira",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"DIAS TOFFOLI",
"TÚLIO DE VASCONCELLOS BARBOSA",
"LEONARDO MASSAMI PAVÃO MIYAHARA",
"Dias Toffoli",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"TÚLIO DE VASCONCELLOS BARBOSA",
"LEONARDO MASSAMI PAVÃO MIYAHARA",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"TÚLIO DE VASCONCELLOS BARBOSA",
"LEONARDO MASSAMI PAVÃO MIYAHARA",
"DIAS TOFFOLI",
"Sepúlveda Pertence",
"Sepúlveda Pertence",
"Ricardo Lewandowski",
"Cármen Lúcia",
"Eros Grau",
"Luiz Fux",
"Ricardo Lewandowski",
"Cármen Lúcia",
"Eros Grau",
"Luiz Fux",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"Ricardo Lewandowski",
"Eros Grau",
"Ayres Britto",
"Luiz Fux",
"Ricardo Lewandowski",
"Eros Grau",
"Ayres Britto",
"Luiz Fux",
"DIAS TOFFOLI",
"TÚLIO DE VASCONCELLOS BARBOSA",
"LEONARDO MASSAMI PAVÃO MIYAHARA",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Wagner Mathias",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza",
"DIAS TOFFOLI",
"TÚLIO DE VASCONCELLOS BARBOSA",
"LEONARDO MASSAMI PAVÃO MIYAHARA",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Wagner Mathias",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza"
],
"TEMPO": [
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"13 de novembro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"14",
"/",
"12",
"/",
"2012",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"3",
"/",
"5",
"/",
"07",
"6",
"/",
"9",
"/",
"07",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"3",
"/",
"5",
"/",
"07",
"6",
"/",
"9",
"/",
"07",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"14",
"/",
"2",
"/",
"12",
"26",
"/",
"06",
"/",
"09",
"13",
"/",
"9",
"/",
"11",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"14",
"/",
"2",
"/",
"12",
"26",
"/",
"06",
"/",
"09",
"13",
"/",
"9",
"/",
"11",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"1990",
"26",
"/",
"5",
"/",
"11",
"17",
"/",
"4",
"/",
"09",
"2",
"/",
"6",
"/",
"11",
"4",
"/",
"5",
"/",
"12",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"1990",
"26",
"/",
"5",
"/",
"11",
"17",
"/",
"4",
"/",
"09",
"2",
"/",
"6",
"/",
"11",
"4",
"/",
"5",
"/",
"12",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 680.746 SÃO
PAULO
RELATORA
: MIN. ROSA WEBER
AGTE.(S)
:MARCIO DO ESPIRITO SANTO MELO SILVA
ADV.
:EDSON ROBERTO BAPTISTA DE OLIVEIRA
AGDO.(A/S)
:MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DE SAO PAULO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE
SÃO PAULO
INTDO.(A/S)
:MARCIO SILVA PIMENTA
EMENTA
DIREITO PENAL. ROUBO. FUNDAMENTOS DA CONDENAÇÃO.
REVOLVIMENTO DE FATOS E PROVAS. OFENSA INDIRETA À
CONSTITUIÇÃO FEDERAL.
Inviável o Recurso Extraordinário quando a alegada ofensa à
Constituição Federal, se existente, depende do revolvimento de fatos e
provas da causa e da interpretação da legislação infraconstitucional.
Súmula 279/STF.
Eventual discordância da valoração das provas da condenação
realizada pelas instâncias anteriores não enseja o manejo do apelo
extremo.
Agravo regimental a que se nega provimento.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os
Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Primeira Turma, sob a
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de
julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em
negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da relatora.
Brasília, 06 de novembro de 2012.
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3081013.
Supremo Tribunal Federal
DJe 23/11/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 9
Ementa e Acórdão
ARE 680.746 AGR / SP
Ministra Rosa Weber
Relatora
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3081013.
Supremo Tribunal Federal
ARE 680.746 AGR / SP
Ministra Rosa Weber
Relatora
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 9
Relatório
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 680.746 SÃO
PAULO
RELATORA
: MIN. ROSA WEBER
AGTE.(S)
:MARCIO DO ESPIRITO SANTO MELO SILVA
ADV.
:EDSON ROBERTO BAPTISTA DE OLIVEIRA
AGDO.(A/S)
:MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DE SAO PAULO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE
SÃO PAULO
INTDO.(A/S)
:MARCIO SILVA PIMENTA
RELATÓRIO
A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Trata-se de agravo
regimental de Marcio do Espírito Santo Melo Silva contra decisão de
inadmissão do agravo por ele manejado com vista à liberação do recurso
extraordinário anteriormente interposto.
O Agravante foi denunciado pela suposta prática do crime de roubo,
por ter, em concurso de pessoas, subtraído o veículo Fiat/Palio, placa
DIA-7900/SP, além de outros bens descritos no auto de apreensão,
mediante grave ameaça exercida com emprego de arma de fogo contra as
vítimas Helena Santos Quaresma e Adriana Patrícia Fernandes.
O magistrado sentenciante absolveu o denunciado por falta de
provas. Ao julgar o apelo ministerial, o Tribunal de Justiça do Estado de
São Paulo deu provimento ao recurso e condenou o Agravante às penas
de 08 (oito) anos, 08 (oito) meses e 24 (vinte e quatro) dias de reclusão, em
regime inicial fechado, e 18 (dezoito) dias-multa, pela prática do delito
tipificado no artigo 157, § 2º, I e II do Código Penal.
Irresignada, a Defesa manejou recurso extraordinário, não admitido
pelo Tribunal de Justiça, o que ensejou a interposição de agravo no RE,
igualmente inadmitido pela decisão ora recorrida.
Nas razões do presente agravo regimental, insiste o Agravante que a
questão recursal trata de matéria eminentemente de direito, relativa à
condenação fundamentada exclusivamente em prova produzida na fase
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 680.746 SÃO
PAULO
RELATORA
: MIN. ROSA WEBER
AGTE.(S)
:MARCIO DO ESPIRITO SANTO MELO SILVA
ADV.
:EDSON ROBERTO BAPTISTA DE OLIVEIRA
AGDO.(A/S)
:MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DE SAO PAULO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE
SÃO PAULO
INTDO.(A/S)
:MARCIO SILVA PIMENTA
RELATÓRIO
A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Trata-se de agravo
regimental de Marcio do Espírito Santo Melo Silva contra decisão de
inadmissão do agravo por ele manejado com vista à liberação do recurso
extraordinário anteriormente interposto.
O Agravante foi denunciado pela suposta prática do crime de roubo,
por ter, em concurso de pessoas, subtraído o veículo Fiat/Palio, placa
DIA-7900/SP, além de outros bens descritos no auto de apreensão,
mediante grave ameaça exercida com emprego de arma de fogo contra as
vítimas Helena Santos Quaresma e Adriana Patrícia Fernandes.
O magistrado sentenciante absolveu o denunciado por falta de
provas. Ao julgar o apelo ministerial, o Tribunal de Justiça do Estado de
São Paulo deu provimento ao recurso e condenou o Agravante às penas
de 08 (oito) anos, 08 (oito) meses e 24 (vinte e quatro) dias de reclusão, em
regime inicial fechado, e 18 (dezoito) dias-multa, pela prática do delito
tipificado no artigo 157, § 2º, I e II do Código Penal.
Irresignada, a Defesa manejou recurso extraordinário, não admitido
pelo Tribunal de Justiça, o que ensejou a interposição de agravo no RE,
igualmente inadmitido pela decisão ora recorrida.
Nas razões do presente agravo regimental, insiste o Agravante que a
questão recursal trata de matéria eminentemente de direito, relativa à
condenação fundamentada exclusivamente em prova produzida na fase
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Relatório
ARE 680.746 AGR / SP
inquisitorial, não submetida ao crivo do contraditório.
Destaca o intuito recursal de submeter a julgamento o exame da
valoração da prova indevidamente utilizada para embasar decreto
condenatório, e não o mero reexame do contexto probatório dos autos
(fls. 401-9).
É o relatório.
2
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ARE 680.746 AGR / SP
inquisitorial, não submetida ao crivo do contraditório.
Destaca o intuito recursal de submeter a julgamento o exame da
valoração da prova indevidamente utilizada para embasar decreto
condenatório, e não o mero reexame do contexto probatório dos autos
(fls. 401-9).
É o relatório.
2
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Voto - MIN. ROSA WEBER
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 680.746 SÃO
PAULO
VOTO
A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): A decisão agravada
negou seguimento ao agravo com espeque na Súmula 279/STF.
Conforme relatado, o Agravante foi condenado, pelo Tribunal de
Apelação, às penas de 08 (oito) anos, 08 (oito) meses e 24 (vinte e quatro)
dias de reclusão, no regime inicial fechado, e multa, pela prática do crime
de roubo.
Insiste o Agravante na possibilidade de cabimento do apelo extremo
por violação dos artigo 5º, LIV e LV, da Constituição Federal.
A pretensão recursal não prospera.
Reclama o Agravante que a única prova justificadora da condenação,
a saber, o depoimento de testemunha perante autoridade policial, teria
sido produzida no curso do inquérito policial, sem o crivo do
contraditório.
Oportuno transcrever os trechos do voto condutor do acórdão
condenatório para melhor exame da questão (fls. 269-72) :
“Conforme a denúncia, no dia 26 de abril de 2005, por
volta das 22h:15min., na Rua Aristeu Dias Leme, n. 70, Vila Gea,
nesta Capital, Marcio do Espírito Santo Melo Silva, além de
outros três indivíduos não identificados, em comum acordo,
mediante grave ameaça, exercida com emprego de arma de
fogo, contra as vítimas Helena Santos Quaresma e Adriana
Patrícia Fernandes, subtraíram, para eles, o veículo Fiat/Palio,
placas DIA-7900/SP; além de outros bens descritos no auto de
exibição e apreensão (fls. 14/15).
Consta, ainda que, no mesmo dia, por volta das
22h30min., na Avenida Nossa Senhora do Sabará, altura do n.
300, nesta Capital, Marcio Silva Pimenta, conduzia, em proveito
próprio e alheio, um veículo, que sabia ser produto do crime.
Apurou-se que policiais militares noticiados sobre um
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Supremo Tribunal Federal
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 680.746 SÃO
PAULO
VOTO
A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): A decisão agravada
negou seguimento ao agravo com espeque na Súmula 279/STF.
Conforme relatado, o Agravante foi condenado, pelo Tribunal de
Apelação, às penas de 08 (oito) anos, 08 (oito) meses e 24 (vinte e quatro)
dias de reclusão, no regime inicial fechado, e multa, pela prática do crime
de roubo.
Insiste o Agravante na possibilidade de cabimento do apelo extremo
por violação dos artigo 5º, LIV e LV, da Constituição Federal.
A pretensão recursal não prospera.
Reclama o Agravante que a única prova justificadora da condenação,
a saber, o depoimento de testemunha perante autoridade policial, teria
sido produzida no curso do inquérito policial, sem o crivo do
contraditório.
Oportuno transcrever os trechos do voto condutor do acórdão
condenatório para melhor exame da questão (fls. 269-72) :
“Conforme a denúncia, no dia 26 de abril de 2005, por
volta das 22h:15min., na Rua Aristeu Dias Leme, n. 70, Vila Gea,
nesta Capital, Marcio do Espírito Santo Melo Silva, além de
outros três indivíduos não identificados, em comum acordo,
mediante grave ameaça, exercida com emprego de arma de
fogo, contra as vítimas Helena Santos Quaresma e Adriana
Patrícia Fernandes, subtraíram, para eles, o veículo Fiat/Palio,
placas DIA-7900/SP; além de outros bens descritos no auto de
exibição e apreensão (fls. 14/15).
Consta, ainda que, no mesmo dia, por volta das
22h30min., na Avenida Nossa Senhora do Sabará, altura do n.
300, nesta Capital, Marcio Silva Pimenta, conduzia, em proveito
próprio e alheio, um veículo, que sabia ser produto do crime.
Apurou-se que policiais militares noticiados sobre um
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 9
Voto - MIN. ROSA WEBER
ARE 680.746 AGR / SP
roubo de veículo, cujas características coincidem com o
Fiat/Palio, acima descrito, o avistaram na Av. Nossa Senhora do
Sabará, conduzido por Marcio Silva Pimenta, tendo como
passageiro Marcio do Espírito Santo Melo Silva. Após
perseguição, os réus pararam o veículo e tentaram fugir, mas
foram presos e os bens roubados com eles apreendidos.
Observa-se que as contradições ou imprecisões
mencionadas são periféricas, não prejudicando o cerne da
acusação.
As vítimas, na fase própria (policial), nos termos do artigo
226, do CPP, sempre observadas as condições de momento para
a formalização do ato, estiveram, de acordo com o auto de
prisão em flagrante, frente a frente com os então detidos,
reconhecendo Marcio Silva como um dos roubadores,
mencionadas as características físicas, inclusive. Disseram que
os roubadores eram altos, magros e não de pele escura. E mais,
não reconheceram, como integrante do grupo roubador, Marcio
Pimenta. Essas circunstâncias, de pronto, nos dão coerência,
precisão e segurança para a conclusão de que um dos presos foi
apontado como autor do crime. A exclusão do outro, demonstra
sinceridade e conteúdo dos relatos, sem interferência, sem
sugestionamento.
Em juízo, ratificaram o ato, muito embora, e uma vez
mais, tenham sido sinceras ao mencionarem que se
apresentavam diferentes fisionomicamente, o que era natural,
em função do tempo decorrido (mais de um ano).
Nem seria preciso ressaltar a importância da palavra da
vítima em situações como a aqui analisada, na medida em que é
ela que sofre a violência, se vê obrigada a permanecer na
companhia de seus algozes, em condições, pois, de fornecer
dados característicos, não só da ação, como da feição dos
agentes.
Frise-se que o contexto probatório vem complementado
pela detenção de Márcio do Espírito Santo na posse do veículo,
em que pese não o conduzisse, e de outros pertences roubados,
que no automóvel estavam depositados. Mais não se poderia
2
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
ARE 680.746 AGR / SP
roubo de veículo, cujas características coincidem com o
Fiat/Palio, acima descrito, o avistaram na Av. Nossa Senhora do
Sabará, conduzido por Marcio Silva Pimenta, tendo como
passageiro Marcio do Espírito Santo Melo Silva. Após
perseguição, os réus pararam o veículo e tentaram fugir, mas
foram presos e os bens roubados com eles apreendidos.
Observa-se que as contradições ou imprecisões
mencionadas são periféricas, não prejudicando o cerne da
acusação.
As vítimas, na fase própria (policial), nos termos do artigo
226, do CPP, sempre observadas as condições de momento para
a formalização do ato, estiveram, de acordo com o auto de
prisão em flagrante, frente a frente com os então detidos,
reconhecendo Marcio Silva como um dos roubadores,
mencionadas as características físicas, inclusive. Disseram que
os roubadores eram altos, magros e não de pele escura. E mais,
não reconheceram, como integrante do grupo roubador, Marcio
Pimenta. Essas circunstâncias, de pronto, nos dão coerência,
precisão e segurança para a conclusão de que um dos presos foi
apontado como autor do crime. A exclusão do outro, demonstra
sinceridade e conteúdo dos relatos, sem interferência, sem
sugestionamento.
Em juízo, ratificaram o ato, muito embora, e uma vez
mais, tenham sido sinceras ao mencionarem que se
apresentavam diferentes fisionomicamente, o que era natural,
em função do tempo decorrido (mais de um ano).
Nem seria preciso ressaltar a importância da palavra da
vítima em situações como a aqui analisada, na medida em que é
ela que sofre a violência, se vê obrigada a permanecer na
companhia de seus algozes, em condições, pois, de fornecer
dados característicos, não só da ação, como da feição dos
agentes.
Frise-se que o contexto probatório vem complementado
pela detenção de Márcio do Espírito Santo na posse do veículo,
em que pese não o conduzisse, e de outros pertences roubados,
que no automóvel estavam depositados. Mais não se poderia
2
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 9
Voto - MIN. ROSA WEBER
ARE 680.746 AGR / SP
exigir da ação, no mais das vezes, perpetrada às escondidas.
Abordada a conduta de Marcio Pimenta, incontroverso ter
sido surpreendido na condução do veículo, produto do roubo
recente, em companhia de um dos roubadores, fornecendo
justificação, no mínimo, inconsistente, para não dizê-la infantil.
De outro lado, ao alegar ter recebido o veículo, por empréstimo
de terceira pessoa, a ele cabia a prova do álibi, o que não
providenciou.
A demonstração vem demonstrada visualmente, aliás.”
Nesse contexto, reitero os fundamentos da decisão recorrida no
sentido de que não condiz com a realidade a afirmação do Agravante de
que teria sido condenado somente com base no depoimento de uma
testemunha na fase do inquérito.
Ora, o Colegiado contextualizou as provas colacionadas aos autos,
produzidas ou ratificadas sob o crivo do contraditório, para então
concluir pela existência de prova suficiente para condenação do agente,
de forma coerente e fundamentada.
Compreender de forma diversa demandaria necessariamente o
revolvimento do conjunto fático-probatório dos autos, vedado pela
Súmula 279 desta Suprema Corte (“Para simples reexame de prova não
cabe recurso extraordinário.”).
Repiso que a Súmula não pode ser contornada por suposta
vulneração do princípio da ampla defesa ou do devido processo legal
(art. 5º, LIV e LV da Constituição), sob pena de acesso ao extraordinário,
em caso de discordância com a valoração das provas realizada pelas
instâncias anteriores.
Outrossim, assinalo o entendimento firmado por esta Suprema Corte
no sentido de que “as alegações de desrespeito aos postulados da
legalidade, do devido processo legal, da plenitude de defesa e da
motivação dos atos decisórios, por dependerem de exame prévio e
necessário da legislação comum, podem configurar, quando muito,
situações caracterizadoras de ofensa meramente reflexa ao texto da
Constituição, o que não basta, só por si, para viabilizar o acesso à
3
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Supremo Tribunal Federal
ARE 680.746 AGR / SP
exigir da ação, no mais das vezes, perpetrada às escondidas.
Abordada a conduta de Marcio Pimenta, incontroverso ter
sido surpreendido na condução do veículo, produto do roubo
recente, em companhia de um dos roubadores, fornecendo
justificação, no mínimo, inconsistente, para não dizê-la infantil.
De outro lado, ao alegar ter recebido o veículo, por empréstimo
de terceira pessoa, a ele cabia a prova do álibi, o que não
providenciou.
A demonstração vem demonstrada visualmente, aliás.”
Nesse contexto, reitero os fundamentos da decisão recorrida no
sentido de que não condiz com a realidade a afirmação do Agravante de
que teria sido condenado somente com base no depoimento de uma
testemunha na fase do inquérito.
Ora, o Colegiado contextualizou as provas colacionadas aos autos,
produzidas ou ratificadas sob o crivo do contraditório, para então
concluir pela existência de prova suficiente para condenação do agente,
de forma coerente e fundamentada.
Compreender de forma diversa demandaria necessariamente o
revolvimento do conjunto fático-probatório dos autos, vedado pela
Súmula 279 desta Suprema Corte (“Para simples reexame de prova não
cabe recurso extraordinário.”).
Repiso que a Súmula não pode ser contornada por suposta
vulneração do princípio da ampla defesa ou do devido processo legal
(art. 5º, LIV e LV da Constituição), sob pena de acesso ao extraordinário,
em caso de discordância com a valoração das provas realizada pelas
instâncias anteriores.
Outrossim, assinalo o entendimento firmado por esta Suprema Corte
no sentido de que “as alegações de desrespeito aos postulados da
legalidade, do devido processo legal, da plenitude de defesa e da
motivação dos atos decisórios, por dependerem de exame prévio e
necessário da legislação comum, podem configurar, quando muito,
situações caracterizadoras de ofensa meramente reflexa ao texto da
Constituição, o que não basta, só por si, para viabilizar o acesso à
3
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Voto - MIN. ROSA WEBER
ARE 680.746 AGR / SP
via recursal extraordinária” (AI 640.480-AgR, rel. Min Celso de
Mello, 2ª Turma, DJe 21.02.2008).
Portanto, a decisão ora agravada bem como a negativa de
admissibilidade não merecem quaisquer reparos, sendo compatíveis com
a jurisprudência consolidada do Supremo Tribunal Federal sobre o tema.
Desse modo, conheço e nego provimento ao agravo regimental.
É como voto.
4
Supremo Tribunal Federal
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ARE 680.746 AGR / SP
via recursal extraordinária” (AI 640.480-AgR, rel. Min Celso de
Mello, 2ª Turma, DJe 21.02.2008).
Portanto, a decisão ora agravada bem como a negativa de
admissibilidade não merecem quaisquer reparos, sendo compatíveis com
a jurisprudência consolidada do Supremo Tribunal Federal sobre o tema.
Desse modo, conheço e nego provimento ao agravo regimental.
É como voto.
4
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 9
Decisão de Julgamento
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 680.746
PROCED. : SÃO PAULO
RELATORA : MIN. ROSA WEBER
AGTE.(S) : MARCIO DO ESPIRITO SANTO MELO SILVA
ADV. : EDSON ROBERTO BAPTISTA DE OLIVEIRA
AGDO.(A/S) : MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DE SAO PAULO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO
PAULO
INTDO.(A/S) : MARCIO SILVA PIMENTA
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos
termos do voto da Relatora. Unânime. Presidência do Senhor
Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 6.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 680.746
PROCED. : SÃO PAULO
RELATORA : MIN. ROSA WEBER
AGTE.(S) : MARCIO DO ESPIRITO SANTO MELO SILVA
ADV. : EDSON ROBERTO BAPTISTA DE OLIVEIRA
AGDO.(A/S) : MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DE SAO PAULO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO
PAULO
INTDO.(A/S) : MARCIO SILVA PIMENTA
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos
termos do voto da Relatora. Unânime. Presidência do Senhor
Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 6.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3108184
Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 9
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3116616 | 2012-11-06T00:00:00 | 2012-11-23T00:00:00 | A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 6.11.2012. | AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO | EMENTA
DIREITO PENAL. ROUBO. FUNDAMENTOS DA CONDENAÇÃO. REVOLVIMENTO DE FATOS E PROVAS. OFENSA INDIRETA À CONSTITUIÇÃO FEDERAL.
Inviável o Recurso Extraordinário quando a alegada ofensa à Constituição Federal, se existente, depende do revolvimento de fatos e provas da causa e da interpretação da legislação infraconstitucional. Súmula 279/STF.
Eventual discordância da valoração das provas da condenação realizada pelas instâncias anteriores não enseja o manejo do apelo extremo.
Agravo regimental a que se nega provimento. | sjur219664 | - Acórdão citado:
(DEVIDO PROCESSO LEGAL)
STF: AI 640480 AgR (2ªT).
Número de páginas: 9.
Análise: 28/11/2012, TBC. | ROSA WEBER | Primeira Turma | 680746 | [
"LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00005 INC-00054 INC-00055 \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n\r\n",
"LEG-FED SUMSTF-000279 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF"
] | ARE-AgR | acordaos | ARE 680746 AgR | [
""
] | AGDO.(A/S) : MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DE SAO PAULO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
AGTE.(S) : MARCIO DO ESPIRITO SANTO MELO SILVA
ADV. : EDSON ROBERTO BAPTISTA DE OLIVEIRA
INTDO.(A/S) : MARCIO SILVA PIMENTA | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 680 . 746",
"Súmula 279 / STF",
"ARE 680 . 746 AGR / SP",
"ARE 680 . 746 AGR / SP",
"ARE 680 . 746 AGR",
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"Súmula 279 / STF",
"Súmula 279 / STF",
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"Súmula 279 desta Suprema Corte",
"ARE 680 . 746 AGR",
"AI 640 . 480 - AgR",
"ARE 680 . 746 AGR / SP",
"AI 640 . 480 - AgR"
],
"LEGISLACAO": [
"Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 157 , § [UNK] , I e II do Código Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 157 , § [UNK] , I e II do Código Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo [UNK] , LIV e LV , da Constituição Federal",
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"artigo [UNK] , LIV e LV , da Constituição Federal",
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"artigo 226 , do CPP",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
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"art . [UNK] , LIV e LV da Constituição",
"Constituição",
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"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"Brasília",
"SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"Rua Aristeu Dias Leme",
"Vila Gea",
"Avenida Nossa Senhora do Sabará",
"Capital",
"SÃO PAULO",
"Rua Aristeu Dias Leme",
"Vila Gea",
"Avenida Nossa Senhora do Sabará",
"Av . Nossa Senhora do Sabará",
"Av . Nossa Senhora do Sabará",
"SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO"
],
"ORGANIZACAO": [
"PRIMEIRA TURMA",
"MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DE SAO PAULO",
"Supremo Tribunal Federal",
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"Supremo Tribunal Federal",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
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"PRIMEIRA TURMA",
"MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DE SAO PAULO",
"Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo",
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"/",
"/",
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"-",
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"Brasil"
],
"PESSOA": [
"ROSA WEBER",
"MARCIO DO ESPIRITO SANTO MELO SILVA",
"EDSON ROBERTO BAPTISTA DE OLIVEIRA",
"MARCIO SILVA PIMENTA",
"Dias Toffoli",
"Rosa Weber",
"Rosa Weber",
"ROSA WEBER",
"MARCIO DO ESPIRITO SANTO MELO SILVA",
"EDSON ROBERTO BAPTISTA DE OLIVEIRA",
"MARCIO",
"Rosa Weber",
"Marcio do Espírito Santo Melo Silva",
"Helena Santos Quaresma",
"Adriana Patrícia Fernandes",
"ROSA WEBER",
"MARCIO DO ESPIRITO SANTO MELO",
"EDSON ROBERTO BAPTISTA DE OLIVEIRA",
"MARCIO SILVA",
"Rosa Weber",
"Marcio do Espírito Santo Melo Silva",
"Helena Santos Quaresma",
"Adriana Patrícia Fernandes",
"ROSA WEBER",
"Rosa Weber",
"Marcio do Espírito Santo Melo Silva",
"Helena Santos Quaresma",
"Adriana Patrícia Fernandes",
"Marcio Silva Pimenta",
"Rosa Weber",
"Marcio do Espírito Santo Melo Silva",
"Helena Santos Quaresma",
"Adriana Patrícia Fernandes",
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"ROSA WEBER",
"Marcio Silva Pimenta",
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"Marcio Silva",
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"Marcio Silva Pimenta",
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"Márcio do Espírito Santo",
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"Marcio Pimenta",
"ROSA WEBER",
"Celso de Mello",
"Celso de Mello",
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"MARCIO SILVA PIMENTA",
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"Dias Toffoli",
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"Carmen Lilian Oliveira de Souza"
],
"TEMPO": [
"06",
"/",
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"2012",
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"2012",
"24",
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"/",
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"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
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"/",
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"/",
"2012",
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"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"26 de abril de 2005",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"21",
".",
"02",
".",
"2008",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"21",
".",
"02",
".",
"2008",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"6",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
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"/",
"2001",
"6",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 715.401 SÃO
PAULO
RELATORA
: MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S)
:ELETROPAULO METROPOLITANA ELETRICIDADE
DE SAO PAULO S/A
ADV.(A/S)
:ROBERTO KAISSERLIAN MARMO E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:CARLOS CARMELO NUNES
ADV.(A/S)
:CARLOS CARMELO NUNES
EMENTA:
AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. CONSTITUCIONAL E
ADMINISTRATIVO. 1. DIREITO URBANÍSTICO: COMPETÊNCIA
LEGISLATIVA CONCORRENTE. 2. CUSTOS DA OBRIGAÇÃO DE
FAZER: REEXAME DE PROVAS. SÚMULA N. 279 DO SUPREMO
TRIBUNAL FEDERAL. 3. FALTA DE IMPUGNAÇÃO DE
FUNDAMENTO CONSTITUCIONAL AUTÔNOMO: SÚMULA N. 283
DO SUPREMO TRIBUNAL. 4. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE
NEGA PROVIMENTO.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do
Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a Presidência do
Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamento e
das notas taquigráficas, à unanimidade, em negar provimento ao agravo
regimental no recurso extraordinário com agravo, nos termos do voto da
Relatora. Ausentes, justificadamente, os Ministros Celso de Mello e
Joaquim Barbosa.
Brasília, 13 de novembro de 2012.
Ministra CÁRMEN LÚCIA - Relatora
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
DJe 07/12/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 9
Relatório
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 715.401 SÃO
PAULO
RELATORA
: MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S)
:ELETROPAULO METROPOLITANA ELETRICIDADE
DE SAO PAULO S/A
ADV.(A/S)
:ROBERTO KAISSERLIAN MARMO E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:CARLOS CARMELO NUNES
ADV.(A/S)
:CARLOS CARMELO NUNES
R E L A T Ó R I O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora):
1. Em 4 de outubro de 2012, neguei seguimento ao agravo nos autos
do recurso extraordinário interposto por Eletropaulo Metropolitana
Eletricidade de São Paulo S/A contra julgado da 4ª Turma do Colégio
Recursal do Juizado Especial de São Paulo, a qual condenara a Agravante
a remover o poste, “encravado no meio da garagem do Autor [ora Agravado],
inviabilizando o exercício pleno da propriedade”.
A decisão agravada teve a seguinte fundamentação:
“5. Inicialmente, cumpre afastar os fundamentos da decisão
agravada, pois a matéria objeto do recurso extraordinário é
constitucional e foi objeto de debate e decisão prévios no Juízo de
origem.
Todavia, a superação desse óbice não é suficiente para o
acolhimento da pretensão da Agravante.
6. Pela jurisprudência do Supremo Tribunal, as concessionárias
de energia elétrica submetem-se às regras de Direito urbanístico:
(...) (RE n. 581.947, Relator o Ministro Eros Grau,
Plenário, DJe 27.8.2010).
Na vigência da Constituição de 1946 (quando competia
privativamente à União legislar sobre energia elétrica e dependia de
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Supremo Tribunal Federal
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 715.401 SÃO
PAULO
RELATORA
: MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S)
:ELETROPAULO METROPOLITANA ELETRICIDADE
DE SAO PAULO S/A
ADV.(A/S)
:ROBERTO KAISSERLIAN MARMO E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:CARLOS CARMELO NUNES
ADV.(A/S)
:CARLOS CARMELO NUNES
R E L A T Ó R I O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora):
1. Em 4 de outubro de 2012, neguei seguimento ao agravo nos autos
do recurso extraordinário interposto por Eletropaulo Metropolitana
Eletricidade de São Paulo S/A contra julgado da 4ª Turma do Colégio
Recursal do Juizado Especial de São Paulo, a qual condenara a Agravante
a remover o poste, “encravado no meio da garagem do Autor [ora Agravado],
inviabilizando o exercício pleno da propriedade”.
A decisão agravada teve a seguinte fundamentação:
“5. Inicialmente, cumpre afastar os fundamentos da decisão
agravada, pois a matéria objeto do recurso extraordinário é
constitucional e foi objeto de debate e decisão prévios no Juízo de
origem.
Todavia, a superação desse óbice não é suficiente para o
acolhimento da pretensão da Agravante.
6. Pela jurisprudência do Supremo Tribunal, as concessionárias
de energia elétrica submetem-se às regras de Direito urbanístico:
(...) (RE n. 581.947, Relator o Ministro Eros Grau,
Plenário, DJe 27.8.2010).
Na vigência da Constituição de 1946 (quando competia
privativamente à União legislar sobre energia elétrica e dependia de
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 9
Relatório
ARE 715.401 AGR / SP
concessão federal o aproveitamento de energia hidráulica arts. 5º, inc.
XV, alínea l, e 153, caput, da Constituição de 1946), este Supremo
Tribunal assentou:
‘CONCESSIONÁRIA DE SERVIÇO PÚBLICO DE
PRODUÇÃO, TRANSMISSÃO E DISTRIBUIÇÃO DE
ENERGIA ELÉTRICA. TEM QUE OBSERVAR O CÓDIGO
DE POSTURAS EM CADA MUNICÍPIO A QUE SERVIR.
NÃO PODE PERFURAR RUAS E PRAÇAS, COLOCAR
POSTES E INSTALAR FIOS E TRANSMISSORES SEM
PRÉVIO PERMISSO MUNICIPAL’ (RMS 9.384, Rel. Min.
Cunha Mello, Plenário, DJ 18.10.1962 grifos nossos).
Dessa orientação jurisprudencial não divergiu o julgado
recorrido.
7. Ademais, o Juízo de origem afirmou que caso efetivamente
houvesse comprovação de que ao plantar o poste no local a
concessionária se atentou à divisão do loteamento, que já existia e por
mudança posterior na divisão ocorreu a inviabilização da utilização da
garagem do Autor, o desfecho poderia ser outro quanto aos custos .
Isto não foi provado , porém, e esse ônus era da concessionária (fl. 106
grifos nossos).
Assim, as alegações de que não houve descaso ou cobrança
indevida (fl. 140), de impossibilidade de cobrança de custos e de que o
Recorrido, antes de adquirir o imóvel, sabia da localização do poste (fl.
143) não podem ser analisadas em recurso extraordinário, nos termos
da Súmula n. 279 do Supremo Tribunal:
(...) (RE 330.907-AgR, Rel. Min. Cezar Peluso, Segunda
Turma, DJe 9.5.2008).
8. Anote-se, finalmente, ter sido solucionada a controvérsia não
apenas com base na Lei paulista n. 12.635/2007, mas também no art.
5º, inc. XXII, da Constituição da República (direito de propriedade).
A Agravante, entretanto, deixou de impugnar esse último
fundamento, o que atrai a incidência da Súmula n. 283 do Supremo
Tribunal:
(...) (AI 659546-AgR, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, DJe
14.9.2007).
9. Nada há, pois, a prover quanto às alegações da Agravante.
2
Supremo Tribunal Federal
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ARE 715.401 AGR / SP
concessão federal o aproveitamento de energia hidráulica arts. 5º, inc.
XV, alínea l, e 153, caput, da Constituição de 1946), este Supremo
Tribunal assentou:
‘CONCESSIONÁRIA DE SERVIÇO PÚBLICO DE
PRODUÇÃO, TRANSMISSÃO E DISTRIBUIÇÃO DE
ENERGIA ELÉTRICA. TEM QUE OBSERVAR O CÓDIGO
DE POSTURAS EM CADA MUNICÍPIO A QUE SERVIR.
NÃO PODE PERFURAR RUAS E PRAÇAS, COLOCAR
POSTES E INSTALAR FIOS E TRANSMISSORES SEM
PRÉVIO PERMISSO MUNICIPAL’ (RMS 9.384, Rel. Min.
Cunha Mello, Plenário, DJ 18.10.1962 grifos nossos).
Dessa orientação jurisprudencial não divergiu o julgado
recorrido.
7. Ademais, o Juízo de origem afirmou que caso efetivamente
houvesse comprovação de que ao plantar o poste no local a
concessionária se atentou à divisão do loteamento, que já existia e por
mudança posterior na divisão ocorreu a inviabilização da utilização da
garagem do Autor, o desfecho poderia ser outro quanto aos custos .
Isto não foi provado , porém, e esse ônus era da concessionária (fl. 106
grifos nossos).
Assim, as alegações de que não houve descaso ou cobrança
indevida (fl. 140), de impossibilidade de cobrança de custos e de que o
Recorrido, antes de adquirir o imóvel, sabia da localização do poste (fl.
143) não podem ser analisadas em recurso extraordinário, nos termos
da Súmula n. 279 do Supremo Tribunal:
(...) (RE 330.907-AgR, Rel. Min. Cezar Peluso, Segunda
Turma, DJe 9.5.2008).
8. Anote-se, finalmente, ter sido solucionada a controvérsia não
apenas com base na Lei paulista n. 12.635/2007, mas também no art.
5º, inc. XXII, da Constituição da República (direito de propriedade).
A Agravante, entretanto, deixou de impugnar esse último
fundamento, o que atrai a incidência da Súmula n. 283 do Supremo
Tribunal:
(...) (AI 659546-AgR, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, DJe
14.9.2007).
9. Nada há, pois, a prover quanto às alegações da Agravante.
2
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Relatório
ARE 715.401 AGR / SP
10. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 544, § 4º,
inc. II, alínea a, do Código de Processo Civil, com as alterações da Lei
n. 12.322/2010, e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo
Tribunal Federal)”.
2. Publicada essa decisão no DJe de 22.10.2012 (fl. 244), interpõe
Eletropaulo Metropolitana Eletricidade de São Paulo S/A, em 29.10.2012,
tempestivamente, agravo regimental (fls. 247-253).
3. Alega a Agravante que “o cerne do presente recurso não era e nunca
foi a reapreciação do mérito ou das provas, mas a inequívoca afronta do texto
constitucional, notadamente no que diz respeito a inconstitucionalidade da Lei
Estadual n. 12.635/2007, que se mostra incompatível com o texto expresso do
art. 22 da Constituição Federal de 1988” (fl. 249).
Requer a reconsideração da decisão agravada ou o provimento do
presente recurso.
É o relatório.
3
Supremo Tribunal Federal
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ARE 715.401 AGR / SP
10. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 544, § 4º,
inc. II, alínea a, do Código de Processo Civil, com as alterações da Lei
n. 12.322/2010, e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo
Tribunal Federal)”.
2. Publicada essa decisão no DJe de 22.10.2012 (fl. 244), interpõe
Eletropaulo Metropolitana Eletricidade de São Paulo S/A, em 29.10.2012,
tempestivamente, agravo regimental (fls. 247-253).
3. Alega a Agravante que “o cerne do presente recurso não era e nunca
foi a reapreciação do mérito ou das provas, mas a inequívoca afronta do texto
constitucional, notadamente no que diz respeito a inconstitucionalidade da Lei
Estadual n. 12.635/2007, que se mostra incompatível com o texto expresso do
art. 22 da Constituição Federal de 1988” (fl. 249).
Requer a reconsideração da decisão agravada ou o provimento do
presente recurso.
É o relatório.
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Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 715.401 SÃO
PAULO
V O T O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora):
1. Razão jurídica não assiste à Agravante.
2. Na espécie vertente, o Juízo de origem decidiu:
“Cuida-se de recurso inominado interposto contra a r. sentença
(…) que julgou procedente o pedido formulado para condenar a Ré à
obrigação de fazer consistente na remoção do poste mencionado na
inicial do local onde se encontra, no prazo de 30 dias, sob pena de
multa de R$ 500,00 por dia de atraso, multa essa limitada ao valor
total de R$ 15.000,00.
(...)
A Lei Estadual n. 12.635/2007 dispõe, claramente, que:
Artigo 1º As concessionárias que exploram o fornecimento de
energia elétrica, priorizarão a colocação dos postes de sustentação à
rede elétrica nas divisas dos lotes de terrenos das áreas urbanas.
Artigo 2º Os postes de sustentação à rede elétrica que estejam
causando transtornos ou impedimentos aos proprietários e aos
compromissários compradores de terrenos serão removidos, sem
quaisquer ônus para os interessados, desde que não tenham sofrido
remoção anterior.
A Lei não é inconstitucional, ao contrário do alegado (…).
O Estado de São Paulo não se propôs ou legislou sobre energia,
apenas balizou obrigação acessória relacionada à ocupação do solo ou
ocupação do espaço urbano, cuja regulação é perfeitamente pertinente
pelo ente federativo. A imposição de remoção de postes nas condições
estabelecidas pela Lei estadual a ninguém mais poderia tocar senão à
concessionária responsável por sua colocação e exploração.
(…) O poste está encravado no meio da garagem do Autor,
Supremo Tribunal Federal
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SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 715.401 SÃO
PAULO
V O T O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora):
1. Razão jurídica não assiste à Agravante.
2. Na espécie vertente, o Juízo de origem decidiu:
“Cuida-se de recurso inominado interposto contra a r. sentença
(…) que julgou procedente o pedido formulado para condenar a Ré à
obrigação de fazer consistente na remoção do poste mencionado na
inicial do local onde se encontra, no prazo de 30 dias, sob pena de
multa de R$ 500,00 por dia de atraso, multa essa limitada ao valor
total de R$ 15.000,00.
(...)
A Lei Estadual n. 12.635/2007 dispõe, claramente, que:
Artigo 1º As concessionárias que exploram o fornecimento de
energia elétrica, priorizarão a colocação dos postes de sustentação à
rede elétrica nas divisas dos lotes de terrenos das áreas urbanas.
Artigo 2º Os postes de sustentação à rede elétrica que estejam
causando transtornos ou impedimentos aos proprietários e aos
compromissários compradores de terrenos serão removidos, sem
quaisquer ônus para os interessados, desde que não tenham sofrido
remoção anterior.
A Lei não é inconstitucional, ao contrário do alegado (…).
O Estado de São Paulo não se propôs ou legislou sobre energia,
apenas balizou obrigação acessória relacionada à ocupação do solo ou
ocupação do espaço urbano, cuja regulação é perfeitamente pertinente
pelo ente federativo. A imposição de remoção de postes nas condições
estabelecidas pela Lei estadual a ninguém mais poderia tocar senão à
concessionária responsável por sua colocação e exploração.
(…) O poste está encravado no meio da garagem do Autor,
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Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
ARE 715.401 AGR / SP
inviabilizando o exercício pleno da propriedade, garantia essa de
magnitude constitucional.
De todo modo, portanto, imperativa seria a obrigação da
Ré/Recorrente de providenciar a imediata remoção do poste, sem
tergiversações, ainda que pendesse, posteriormente, alguma discussão
sobre o custeio dos serviços correlatos.
Caso efetivamente houvesse comprovação de que ao plantar o
poste no local a concessionária se atentou à divisão do loteamento, que
já existia e por mudança posterior na divisão ocorreu a inviabilização
da utilização da garagem do Autor, o desfecho poderia ser outro
quanto aos custos. Isto não foi provado, porém, e esse ônus era da
concessionária” (fls. 104-106 – grifos nossos).
3. O entendimento da Turma Recursal está em consonância com a
Constituição da República, que dispõe competir concorrentemente à
União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar sobre direito urbanístico
(art. 24, inc. I).
Como posto na decisão agravada, este Supremo Tribunal assentou
que as concessionárias de energia elétrica se submetem às regras de
direito urbanístico:
“O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES - Senhor
Presidente, também estava comentando com o Ministro Ricardo
Lewandowski que o caso longe me parece estar de um tratamento
pacífico, porque os municípios acabam...
Talvez a lei não tenha conseguido apreender o objeto do serviço
prestado, mas certamente há e pode haver o exercício de poder de
polícia .
O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO - De polícia, por
exemplo, a fiscalização.
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - Em outros
casos, o Tribunal aceitou até.
O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO - O município tem
de fiscalizar para saber.
O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES - Lembrávamos,
2
Supremo Tribunal Federal
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inviabilizando o exercício pleno da propriedade, garantia essa de
magnitude constitucional.
De todo modo, portanto, imperativa seria a obrigação da
Ré/Recorrente de providenciar a imediata remoção do poste, sem
tergiversações, ainda que pendesse, posteriormente, alguma discussão
sobre o custeio dos serviços correlatos.
Caso efetivamente houvesse comprovação de que ao plantar o
poste no local a concessionária se atentou à divisão do loteamento, que
já existia e por mudança posterior na divisão ocorreu a inviabilização
da utilização da garagem do Autor, o desfecho poderia ser outro
quanto aos custos. Isto não foi provado, porém, e esse ônus era da
concessionária” (fls. 104-106 – grifos nossos).
3. O entendimento da Turma Recursal está em consonância com a
Constituição da República, que dispõe competir concorrentemente à
União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar sobre direito urbanístico
(art. 24, inc. I).
Como posto na decisão agravada, este Supremo Tribunal assentou
que as concessionárias de energia elétrica se submetem às regras de
direito urbanístico:
“O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES - Senhor
Presidente, também estava comentando com o Ministro Ricardo
Lewandowski que o caso longe me parece estar de um tratamento
pacífico, porque os municípios acabam...
Talvez a lei não tenha conseguido apreender o objeto do serviço
prestado, mas certamente há e pode haver o exercício de poder de
polícia .
O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO - De polícia, por
exemplo, a fiscalização.
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - Em outros
casos, o Tribunal aceitou até.
O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO - O município tem
de fiscalizar para saber.
O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES - Lembrávamos,
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Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
ARE 715.401 AGR / SP
inclusive, a distinção de postura .
O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO - Efeito de posturas
municipais.
O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI -
Altura dos fios, impedindo a circulação de caminhões muito altos,
colocando aquelas placas que anunciam.
O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO - Arborização.
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - Arborização ,
principalmente.
O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI -
Aquelas podas são serviços que devem, de certa maneira, ser
ressarcidos.
O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO - Regras de
trânsito.
O SENHOR MINISTRO EROS GRAU (RELATOR): -
Certamente o poder concernente fará isso.
O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI - É.
Mas Vossa Excelência tem razão, no caso, a lei não contemplou essas
hipóteses. O Ministro Peluso observou muito bem que aí está se
taxando o uso e a ocupação do solo.
O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO - A ocupação pura
e simples.
O SENHOR MINISTRO EROS GRAU (RELATOR): - Aqui é
nitidamente taxa de uso e ocupação do solo” (RE 581.947, Rel. Min.
Eros Grau, Plenário, DJe 27.8.2010).
4. Quanto à responsabilidade pelos custos da obrigação de fazer,
concluir de forma diversa das instâncias ordinárias demandaria a análise
prévia das provas dos autos, inviável em recurso extraordinário. Incide
na espécie a Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal.
Nesse sentido:
“AGRAVO
REGIMENTAL
EM
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO. (…). NECESSIDADE
DE REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO.
3
Supremo Tribunal Federal
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inclusive, a distinção de postura .
O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO - Efeito de posturas
municipais.
O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI -
Altura dos fios, impedindo a circulação de caminhões muito altos,
colocando aquelas placas que anunciam.
O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO - Arborização.
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - Arborização ,
principalmente.
O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI -
Aquelas podas são serviços que devem, de certa maneira, ser
ressarcidos.
O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO - Regras de
trânsito.
O SENHOR MINISTRO EROS GRAU (RELATOR): -
Certamente o poder concernente fará isso.
O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI - É.
Mas Vossa Excelência tem razão, no caso, a lei não contemplou essas
hipóteses. O Ministro Peluso observou muito bem que aí está se
taxando o uso e a ocupação do solo.
O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO - A ocupação pura
e simples.
O SENHOR MINISTRO EROS GRAU (RELATOR): - Aqui é
nitidamente taxa de uso e ocupação do solo” (RE 581.947, Rel. Min.
Eros Grau, Plenário, DJe 27.8.2010).
4. Quanto à responsabilidade pelos custos da obrigação de fazer,
concluir de forma diversa das instâncias ordinárias demandaria a análise
prévia das provas dos autos, inviável em recurso extraordinário. Incide
na espécie a Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal.
Nesse sentido:
“AGRAVO
REGIMENTAL
EM
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO. (…). NECESSIDADE
DE REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO.
3
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Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
ARE 715.401 AGR / SP
SÚMULA 279 DO STF. AGRAVO IMPROVIDO. I - Inviável em
recurso extraordinário o reexame do conjunto fático-probatório
constante dos autos. Incide, no caso, a Súmula 279 do STF.
Precedentes. II - Agravo regimental improvido” (RE 644.298-AgR,
Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Segunda Turma, DJe
25.10.2012).
5. Anote-se, finalmente, ter sido solucionada a controvérsia não
apenas com base na Lei paulista n. 12.635/2007, mas também no art. 5º,
inc. XXII, da Constituição da República (direito de propriedade).
A Agravante, entretanto, deixou de impugnar esse último
fundamento, o que atrai a incidência da Súmula n. 283 do Supremo
Tribunal:
“AGRAVO
REGIMENTAL
EM
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. AUSÊNCIA DE
IMPUGNAÇÃO DE TODOS OS FUNDAMENTOS
SUFICIENTES DA DECISÃO AGRAVADA. INCIDÊNCIA DA
SÚMULA 283 DO STF. AGRAVO IMPROVIDO. I – O agravante
não refutou todos os fundamentos suficientes da decisão agravada, o
que atrai a incidência da Súmula 283 do STF. II – Agravo regimental
improvido” (ARE 708.462-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski,
Segunda Turma, DJe 7.11.2012).
6. Os argumentos da Agravante, insuficientes para modificar a
decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em
pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente
prestação jurisdicional.
7. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental.
4
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SÚMULA 279 DO STF. AGRAVO IMPROVIDO. I - Inviável em
recurso extraordinário o reexame do conjunto fático-probatório
constante dos autos. Incide, no caso, a Súmula 279 do STF.
Precedentes. II - Agravo regimental improvido” (RE 644.298-AgR,
Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Segunda Turma, DJe
25.10.2012).
5. Anote-se, finalmente, ter sido solucionada a controvérsia não
apenas com base na Lei paulista n. 12.635/2007, mas também no art. 5º,
inc. XXII, da Constituição da República (direito de propriedade).
A Agravante, entretanto, deixou de impugnar esse último
fundamento, o que atrai a incidência da Súmula n. 283 do Supremo
Tribunal:
“AGRAVO
REGIMENTAL
EM
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. AUSÊNCIA DE
IMPUGNAÇÃO DE TODOS OS FUNDAMENTOS
SUFICIENTES DA DECISÃO AGRAVADA. INCIDÊNCIA DA
SÚMULA 283 DO STF. AGRAVO IMPROVIDO. I – O agravante
não refutou todos os fundamentos suficientes da decisão agravada, o
que atrai a incidência da Súmula 283 do STF. II – Agravo regimental
improvido” (ARE 708.462-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski,
Segunda Turma, DJe 7.11.2012).
6. Os argumentos da Agravante, insuficientes para modificar a
decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em
pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente
prestação jurisdicional.
7. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental.
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 9
Decisão de Julgamento
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 715.401
PROCED. : SÃO PAULO
RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S) : ELETROPAULO METROPOLITANA ELETRICIDADE DE SAO PAULO S/A
ADV.(A/S) : ROBERTO KAISSERLIAN MARMO E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : CARLOS CARMELO NUNES
ADV.(A/S) : CARLOS CARMELO NUNES
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausentes,
justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim
Barbosa. 2ª Turma, 13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra
Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros
Celso de Mello e Joaquim Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
P/ Fabiane Duarte
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 715.401
PROCED. : SÃO PAULO
RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S) : ELETROPAULO METROPOLITANA ELETRICIDADE DE SAO PAULO S/A
ADV.(A/S) : ROBERTO KAISSERLIAN MARMO E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : CARLOS CARMELO NUNES
ADV.(A/S) : CARLOS CARMELO NUNES
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausentes,
justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim
Barbosa. 2ª Turma, 13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra
Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros
Celso de Mello e Joaquim Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
P/ Fabiane Duarte
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3150163
Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 9
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3164592 | 2012-11-13T00:00:00 | 2012-12-07T00:00:00 | A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 13.11.2012. | AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO | EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. 1. DIREITO URBANÍSTICO: COMPETÊNCIA LEGISLATIVA CONCORRENTE. 2. CUSTOS DA OBRIGAÇÃO DE FAZER: REEXAME DE PROVAS. SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. 3. FALTA DE IMPUGNAÇÃO DE FUNDAMENTO CONSTITUCIONAL AUTÔNOMO: SÚMULA N. 283 DO SUPREMO TRIBUNAL. 4. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. | sjur221048 | - Acórdãos citados:
(CONCESSIONÁRIAS DE ENERGIA ELÉTRICA, REGRAS, DIREITO
URBANÍSTICO)
STF: RE 581947 RG (TP);
(SÚMULA 279)
STF: RE 644298 AgR (2ªT);
(SÚMULA 283)
STF: ARE 708462 AgR (2ªT).
Número de páginas: 9.
Análise: 17/12/2012, MAC. | CÁRMEN LÚCIA | Segunda Turma | 715401 | [
"LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00005 INC-00022 ART-00024 INC-00001\r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n\r\n",
"LEG-FED SUMSTF-000279 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\r\n\r\n",
"LEG-FED SUMSTF-000283 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\r\n\r\n",
"LEG-EST LEI-012635 ANO-2007\r\n LEI ORDINÁRIA, SP"
] | ARE-AgR | acordaos | ARE 715401 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : ELETROPAULO METROPOLITANA ELETRICIDADE DE SAO PAULO S/A
ADV.(A/S) : ROBERTO KAISSERLIAN MARMO E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : CARLOS CARMELO NUNES
ADV.(A/S) : CARLOS CARMELO NUNES | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 715 . 401",
"SÚMULA N . 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL",
"SÚMULA N . 283 DO SUPREMO TRIBUNAL",
"RE n . 581 . 947",
"RE n . 581 . 947",
"ARE 715 . 401 AGR / SP",
"RMS 9 . 384",
"Súmula n . 279 do Supremo Tribunal",
"RE 330 . 907 - AgR",
"Súmula n . 283 do Supremo Tribunal",
"AI 659546 - AgR",
"ARE 715 . 401 AGR",
"RMS 9 . 384",
"Súmula n . 279 do Supremo Tribunal",
"RE 330 . 907 - AgR",
"Súmula n . 283 do Supremo Tribunal",
"AI 659546",
"-",
"AgR",
"ARE 715 . 401 AGR / SP",
"ARE 715 . 401 AGR",
"ARE 715 . 401 AGR",
"ARE 715 . 401 AGR / SP",
"ARE 715 . 401",
"RE 581 . 947",
"Súmula n . 279 do Supremo Tribunal Federal",
"ARE 715 . 401 AGR / SP",
"RE 581 . 947",
"Súmula n . 279 do Supremo Tribunal Federal",
"ARE 715 . 401",
"SÚMULA 279 DO STF",
"Súmula 279 do STF",
"RE 644 . 298 - AgR",
"Súmula n . 283 do Supremo Tribunal :",
"SÚMULA 283 DO STF",
"Súmula 283 do STF",
"ARE 708 . 462 - AgR",
"ARE 715 . 401 AGR / SP",
"SÚMULA 279 DO STF",
"Súmula 279 do STF",
"RE 644 . 298 - AgR",
"Súmula n . 283 do Supremo Tribunal :",
"SÚMULA 283 DO STF",
"Súmula 283 do STF",
"ARE 708 . 462 - AgR"
],
"LEGISLACAO": [
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição de 1946",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição de 1946",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"arts . [UNK] , inc . XV , alínea l , e 153 , caput , da Constituição de 1946",
"Lei paulista n . 12 . 635 / 2007",
"art . [UNK] , inc . XXII , da Constituição da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"arts . [UNK] , inc . XV , alínea l , e 153 , caput , da Constituição de 1946",
"Lei paulista n . 12 . 635 / 2007",
"art . [UNK] , inc . XXII , da Constituição da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 544 , § [UNK] , inc . II , alínea a , do Código de Processo Civil",
"Lei n . 12 . 322 / 2010",
"art . 21 , § [UNK] , do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal",
"Lei Estadual n . 12 . 635 / 2007",
"art . 22 da Constituição Federal de 1988",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 544 , § [UNK] , inc . II , alínea a , do Código de Processo Civil",
"Lei n . 12 . 322 / 2010",
"art . 21 , § [UNK] , do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal",
"Lei Estadual n . 12 . 635 / 2007",
"art . 22 da Constituição Federal de 1988",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei Estadual n . 12 . 635 / 2007",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei Estadual n . 12 . 635 / 2007",
"MP",
"Constituição da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei paulista n",
"art . [UNK] , inc",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei paulista n . 12 . 635 / 2007",
"art . [UNK] , inc . XXII , da Constituição da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"SÃO PAULO",
"Brasília",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"Estado de São Paulo",
"SÃO PAULO",
"Estado de São Paulo",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO"
],
"ORGANIZACAO": [
"SEGUNDA TURMA",
"ELETROPAULO METROPOLITANA ELETRICIDADE DE SAO PAULO S / A",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"ELETROPAULO METROPOLITANA ELETRICIDADE DE SAO PAULO S / A",
"Eletropaulo Metropolitana Eletricidade de São Paulo S / A",
"[UNK] Turma do Colégio Recursal do Juizado Especial de São Paulo",
"Supremo Tribunal",
"Plenário",
"União",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"ELETROPAULO METROPOLITANA",
"ELETRICIDADE DE SAO PAULO S / A",
"Eletropaulo Metropolitana Eletricidade de São Paulo S / A",
"[UNK] Turma do Colégio Recursal do Juizado Especial de São Paulo",
"Supremo Tribunal",
"Plenário",
"União",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal",
"Plenário",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Plenário",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Eletropaulo Metropolitana Eletricidade de São Paulo S / A",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Eletropaulo Metropolitana Eletricidade de São Paulo S / A",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"/",
"SP",
"União",
"Distrito Federal",
"Supremo Tribunal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"União",
"Distrito Federal",
"Supremo Tribunal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"/",
"SP",
"Plenário",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Plenário",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Segunda Turma",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"ELETROPAULO METROPOLITANA",
"ELETRICIDADE DE SAO PAULO S / A",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"ELETROPAULO METROPOLITANA ELETRICIDADE DE SAO PAULO S / A",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"ROBERTO KAISSERLIAN MARMO",
"CARLOS CARMELO NUNES",
"CARLOS CARMELO NUNES",
"Ricardo Lewandowski",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"ROBERTO KAISSERLIAN MARMO",
"CARLOS CARMELO NUNES",
"CARLOS CARMELO NUNES",
"CÁRMEN LÚCIA",
"Eros Grau",
"CÁRMEN LÚCIA",
"ROBERTO KAISSERLIAN MARMO",
"CARLOS CARMELO NUNES",
"CARLOS CARMELO NUNES",
"CÁRMEN LÚCIA",
"Eros Grau",
"Cunha Mello",
"Cezar Peluso",
"Sepúlveda Pertence",
"Cunha Mello",
"Cezar Peluso",
"Sepúlveda Pertence",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"GILMAR MENDES",
"Ricardo Lewandowski",
"AYRES BRITTO",
"CÁRMEN LÚCIA",
"AYRES BRITTO",
"GILMAR MENDES",
"GILMAR MENDES",
"Ricardo Lewandowski",
"AYRES BRITTO",
"CÁRMEN LÚCIA",
"AYRES BRITTO",
"GILMAR MENDES",
"CÁRMEN LÚCIA",
"AYRES BRITTO",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"AYRES BRITTO",
"CÁRMEN LÚCIA",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"AYRES BRITTO",
"EROS GRAU",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Peluso",
"AYRES BRITTO",
"EROS GRAU",
"Eros Grau",
"AYRES BRITTO",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"AYRES BRITTO",
"CÁRMEN LÚCIA",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"AYRES BRITTO",
"EROS GRAU",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Peluso",
"AYRES BRITTO",
"EROS GRAU",
"Eros Grau",
"CÁRMEN LÚCIA",
"Ricardo Lewandowski",
"Ricardo Lewandowski",
"Ricardo Lewandowski",
"Ricardo Lewandowski",
"CÁRMEN LÚCIA",
"ROBERTO KAISSERLIAN MARMO",
"CARLOS CARMELO NUNES",
"CARLOS CARMELO NUNES",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos",
"Fabiane Duarte",
"CÁRMEN LÚCIA",
"ROBERTO KAISSERLIAN MARMO",
"CARLOS CARMELO NUNES",
"CARLOS CARMELO NUNES",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos",
"Fabiane Duarte"
],
"TEMPO": [
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"13 de novembro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"07",
"/",
"12",
"/",
"2012",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"4 de outubro de 2012",
"27",
".",
"8",
".",
"2010",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"4 de outubro de 2012",
"27",
".",
"8",
".",
"2010",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"18",
".",
"10",
"9",
".",
"5",
".",
"2008",
"14",
".",
"9",
".",
"2007",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"18",
".",
"10",
".",
"1962",
"9",
".",
"5",
".",
"2008",
"14",
".",
"9",
".",
"2007",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"22",
".",
"10",
".",
"2012",
"29",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"22",
".",
"10",
".",
"2012",
"29",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"27",
".",
"8",
".",
"2010",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"27",
".",
"8",
".",
"2010",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"25",
".",
"10",
".",
"2012",
"7",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"25",
".",
"10",
".",
"2012",
"7",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
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".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 106.109 AMAZONAS
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
PACTE.(S)
:FRANCISCO JOSE FERNANDES DA SILVA
IMPTE.(S)
:DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
PROC.(A/S)(ES)
:GUSTAVO DE ALMEIDA RIBEIRO
COATOR(A/S)(ES)
:SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR
HABEAS CORPUS
– PREMISSAS FÁTICAS – ACÓRDÃO
FORMALIZADO EM APELAÇÃO – PROCESSO-CRIME –
REJULGAMENTO. O habeas corpus não é meio próprio a haver o
rejulgamento da ação penal quanto a elemento subjetivo do tipo.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal em indeferir a ordem de
habeas corpus, nos termos do voto do relator e por unanimidade, em
sessão presidida pelo Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata do
julgamento e das respectivas notas taquigráficas.
Brasília, 6 de novembro de 2012.
MINISTRO MARCO AURÉLIO – RELATOR
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3134202.
Supremo Tribunal Federal
DJe 29/11/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 5
Relatório
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 106.109 AMAZONAS
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
PACTE.(S)
:FRANCISCO JOSE FERNANDES DA SILVA
IMPTE.(S)
:DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
PROC.(A/S)(ES)
:GUSTAVO DE ALMEIDA RIBEIRO
COATOR(A/S)(ES)
:SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Adoto, a título de
relatório, as informações prestadas pelo Gabinete:
Vossa Excelência indeferiu o pedido de liminar em decisão
assim fundamentada:
HABEAS CORPUS
– PECULATO –
ABSOLVIÇÃO – DESCLASSIFICAÇÃO
DO
DELITO
–
LIMINAR
–
IMPROPRIEDADE.
1. Constato a confusão entre o pleito de concessão de
liminar e o de julgamento final. Ambos estão direcionados
à absolvição do paciente da prática do crime de peculato
ou a desclassificação do delito para o de emprego
irregular de verbas públicas.
2. Indefiro a medida acauteladora.
3. Estando no processo as peças indispensáveis à
compreensão do tema, colham o parecer da Procuradoria
Geral da República.
4. Publiquem.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3134203.
Supremo Tribunal Federal
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 106.109 AMAZONAS
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
PACTE.(S)
:FRANCISCO JOSE FERNANDES DA SILVA
IMPTE.(S)
:DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
PROC.(A/S)(ES)
:GUSTAVO DE ALMEIDA RIBEIRO
COATOR(A/S)(ES)
:SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Adoto, a título de
relatório, as informações prestadas pelo Gabinete:
Vossa Excelência indeferiu o pedido de liminar em decisão
assim fundamentada:
HABEAS CORPUS
– PECULATO –
ABSOLVIÇÃO – DESCLASSIFICAÇÃO
DO
DELITO
–
LIMINAR
–
IMPROPRIEDADE.
1. Constato a confusão entre o pleito de concessão de
liminar e o de julgamento final. Ambos estão direcionados
à absolvição do paciente da prática do crime de peculato
ou a desclassificação do delito para o de emprego
irregular de verbas públicas.
2. Indefiro a medida acauteladora.
3. Estando no processo as peças indispensáveis à
compreensão do tema, colham o parecer da Procuradoria
Geral da República.
4. Publiquem.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 5
Relatório
HC 106.109 / AM
Brasília, 1º de setembro de 2011.
A Defensoria Pública da União impetrou habeas em favor
do paciente, por suposto constrangimento ilegal. Aduz não
estar configurada a tipicidade do crime de peculato previsto no
artigo 303 do Código Penal Militar, em razão da ausência de
dolo. Sustenta, alternativamente, a possibilidade de
desclassificação para o tipo de emprego irregular de verbas
públicas, porquanto não demonstrada a obtenção de proveito
material. Pleiteia a absolvição ou a desclassificação da conduta
para a prevista no artigo 315 do Código Penal.
O Ministério Público Federal, no parecer, destaca, em
preliminar, a ausência de crivo pelo órgão coator, Superior
Tribunal Militar, sobre a desclassificação para o crime de
emprego irregular de verbas públicas, a obstar o conhecimento
da tese, sob pena de supressão de instância. Articula com a
necessidade do reexame do conjunto fático-probatório para a
solução do pleito e ressalta a ocorrência do trânsito em julgado
da decisão condenatória. Opina pela não concessão da ordem.
Lancei visto no processo em 29 de outubro de 2012, liberando-o para
ser julgado na Turma a partir de 6 de novembro seguinte, isso
objetivando a ciência da impetrante.
É o relatório.
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3134203.
Supremo Tribunal Federal
HC 106.109 / AM
Brasília, 1º de setembro de 2011.
A Defensoria Pública da União impetrou habeas em favor
do paciente, por suposto constrangimento ilegal. Aduz não
estar configurada a tipicidade do crime de peculato previsto no
artigo 303 do Código Penal Militar, em razão da ausência de
dolo. Sustenta, alternativamente, a possibilidade de
desclassificação para o tipo de emprego irregular de verbas
públicas, porquanto não demonstrada a obtenção de proveito
material. Pleiteia a absolvição ou a desclassificação da conduta
para a prevista no artigo 315 do Código Penal.
O Ministério Público Federal, no parecer, destaca, em
preliminar, a ausência de crivo pelo órgão coator, Superior
Tribunal Militar, sobre a desclassificação para o crime de
emprego irregular de verbas públicas, a obstar o conhecimento
da tese, sob pena de supressão de instância. Articula com a
necessidade do reexame do conjunto fático-probatório para a
solução do pleito e ressalta a ocorrência do trânsito em julgado
da decisão condenatória. Opina pela não concessão da ordem.
Lancei visto no processo em 29 de outubro de 2012, liberando-o para
ser julgado na Turma a partir de 6 de novembro seguinte, isso
objetivando a ciência da impetrante.
É o relatório.
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 5
Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 106.109 AMAZONAS
V O T O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Tanto o
Juízo quanto o Superior Tribunal Militar, este último no julgamento de
apelação, entenderam enquadrada a conduta do paciente no artigo 303 do
Código Penal Militar:
Art. 303. Apropriar-se de dinheiro, valor ou qualquer
outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse ou
detenção, em razão de cargo ou comissão, ou desviá-lo em
proveito próprio ou alheio.
Concluíram pelas seguintes práticas:
a) venda e troca de combustível recebido, destinado pela Marinha a
atividades operativas;
b) apropriação e desvio de valores repassados pela Capitania Fluvial
da Amazônia Ocidental para a manutenção de instalações de agência,
viaturas, embarcações.
Ora, assentar a inexistência do elemento subjetivo do tipo – o dolo –
pressupõe o rejulgamento do processo-crime. Ante o quadro, não se pode
dizer de ilegalidade. Indefiro a ordem.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3134204.
Supremo Tribunal Federal
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 106.109 AMAZONAS
V O T O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Tanto o
Juízo quanto o Superior Tribunal Militar, este último no julgamento de
apelação, entenderam enquadrada a conduta do paciente no artigo 303 do
Código Penal Militar:
Art. 303. Apropriar-se de dinheiro, valor ou qualquer
outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse ou
detenção, em razão de cargo ou comissão, ou desviá-lo em
proveito próprio ou alheio.
Concluíram pelas seguintes práticas:
a) venda e troca de combustível recebido, destinado pela Marinha a
atividades operativas;
b) apropriação e desvio de valores repassados pela Capitania Fluvial
da Amazônia Ocidental para a manutenção de instalações de agência,
viaturas, embarcações.
Ora, assentar a inexistência do elemento subjetivo do tipo – o dolo –
pressupõe o rejulgamento do processo-crime. Ante o quadro, não se pode
dizer de ilegalidade. Indefiro a ordem.
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 5
Decisão de Julgamento
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
HABEAS CORPUS 106.109
PROCED. : AMAZONAS
RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO
PACTE.(S) : FRANCISCO JOSE FERNANDES DA SILVA
IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
PROC.(A/S)(ES) : GUSTAVO DE ALMEIDA RIBEIRO
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR
Decisão: A Turma denegou a ordem de habeas corpus, nos termos
do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias
Toffoli. 1ª Turma, 6.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3108144
Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
HABEAS CORPUS 106.109
PROCED. : AMAZONAS
RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO
PACTE.(S) : FRANCISCO JOSE FERNANDES DA SILVA
IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
PROC.(A/S)(ES) : GUSTAVO DE ALMEIDA RIBEIRO
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR
Decisão: A Turma denegou a ordem de habeas corpus, nos termos
do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias
Toffoli. 1ª Turma, 6.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 5
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3140289 | 2012-11-06T00:00:00 | 2012-11-29T00:00:00 | A Turma denegou a ordem de habeas corpus, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 6.11.2012. | HABEAS CORPUS | HABEAS CORPUS – PREMISSAS FÁTICAS – ACÓRDÃO FORMALIZADO EM APELAÇÃO – PROCESSO-CRIME – REJULGAMENTO. O habeas corpus não é meio próprio a haver o rejulgamento da ação penal quanto a elemento subjetivo do tipo. | sjur220080 | Número de páginas: 5.
Análise: 18/12/2012, AAT.
Revisão: 28/01/2013, SEV. | MARCO AURÉLIO | Primeira Turma | 106109 | [
"LEG-FED DEL-001001 ANO-1969\r\n ART-00303 \r\n CPM-1969 CÓDIGO PENAL MILITAR"
] | HC | acordaos | HC 106109 | [
""
] | PACTE.(S) : FRANCISCO JOSE FERNANDES DA SILVA
IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
PROC.(A/S)(ES) : GUSTAVO DE ALMEIDA RIBEIRO
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"HABEAS CORPUS 106 . 109 AMAZONAS",
"HABEAS CORPUS 106 . 109 AMAZONAS",
"HC 106 . 109 / AM",
"HC 106 . 109 / AM",
"HABEAS CORPUS 106 . 109 AMAZONAS",
"HABEAS CORPUS 106 . 109",
"HABEAS CORPUS 106 . 109",
"HABEAS CORPUS 106 . 109"
],
"LEGISLACAO": [
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 303 do Código Penal Militar",
"artigo 315 do Código Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 303 do Código Penal Militar",
"artigo 315 do Código Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 303 do Código Penal Militar",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 303 do Código Penal Militar",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"Brasília",
"AMAZONAS",
"Brasília",
"Brasília",
"AMAZONAS",
"AMAZONAS"
],
"ORGANIZACAO": [
"PRIMEIRA TURMA",
"DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO",
"SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR",
"Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO",
"SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR",
"Procuradoria Geral da República",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO",
"SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR",
"Procuradoria Geral da República",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Defensoria Pública da União",
"Ministério Público Federal",
"Superior Tribunal Militar",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Defensoria Pública da União",
"Ministério Público Federal",
"Superior Tribunal Militar",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"Superior Tribunal Militar",
"Marinha",
"Capitania Fluvial da Amazônia Ocidental",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"AMAZONAS",
"Superior Tribunal Militar",
"Marinha",
"Capitania Fluvial da Amazônia Ocidental",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO",
"SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO",
"SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"MARCO AURÉLIO",
"FRANCISCO JOSE FERNANDES DA SILVA",
"GUSTAVO DE ALMEIDA RIBEIRO",
"Dias Toffoli",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"FRANCISCO JOSE FERNANDES DA SILVA",
"GUSTAVO DE ALMEIDA RIBEIRO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"FRANCISCO",
"JOSE FERNANDES DA SILVA",
"GUSTAVO DE ALMEIDA RIBEIRO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"FRANCISCO JOSE FERNANDES DA SILVA",
"GUSTAVO DE ALMEIDA RIBEIRO",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza",
"MARCO AURÉLIO",
"FRANCISCO JOSE FERNANDES DA SILVA",
"GUSTAVO DE ALMEIDA RIBEIRO",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza"
],
"TEMPO": [
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"6 de novembro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"29",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"[UNK] de setembro de 2011",
"29 de outubro de 2012",
"6 de novembro",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"[UNK] de setembro de 2011",
"29 de outubro de 2012",
"6 de novembro seguinte",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"6",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"6",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 705.838 RIO
GRANDE DO SUL
RELATOR
: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S)
:HSBC BANK BRASIL S/A - BANCO MÚLTIPLO
ADV.(A/S)
:CRISTIANA RODRIGUES GONTIJO E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:SINDICATO
DOS
EMPREGADOS
EM
ESTABELECIMENTOS BANCÁRIOS DE ALEGRETE E
REGIÃO
ADV.(A/S)
:RICARDO GRESSLER
EMENTA:
AGRAVO
REGIMENTAL
EM
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. VERIFICAÇÃO DA NATUREZA
SALARIAL DE GRATIFICAÇÃO PAGA PELO RECORRENTE AOS SEUS
EMPREGADOS. NECESSIDADE DE REEXAME DE CONVENÇÃO
COLETIVA FIRMADA ENTRE AS PARTES. IMPOSSIBILIDADE.
SÚMULAS 279 E 454 DO STF. AGRAVO IMPROVIDO.
I – Inviável em recurso extraordinário o reexame do conjunto fático-
probatório constante dos autos e de cláusulas convenção coletiva firmada
entre as partes. Incidência das Súmulas 279 e 454 do STF.
II – Agravo regimental improvido.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do
Senhor Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de
julgamentos e das notas taquigráficas, por unanimidade, negar
provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator.
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
DJe 06/12/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 6
Ementa e Acórdão
ARE 705.838 AGR / RS
Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e
Joaquim Barbosa.
Brasília, 13 de novembro de 2012.
RICARDO LEWANDOWSKI – PRESIDENTE E RELATOR
2
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
ARE 705.838 AGR / RS
Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e
Joaquim Barbosa.
Brasília, 13 de novembro de 2012.
RICARDO LEWANDOWSKI – PRESIDENTE E RELATOR
2
Supremo Tribunal Federal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 6
Relatório
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 705.838 RIO
GRANDE DO SUL
RELATOR
: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S)
:HSBC BANK BRASIL S/A - BANCO MÚLTIPLO
ADV.(A/S)
:CRISTIANA RODRIGUES GONTIJO E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:SINDICATO
DOS
EMPREGADOS
EM
ESTABELECIMENTOS BANCÁRIOS DE ALEGRETE E
REGIÃO
ADV.(A/S)
:RICARDO GRESSLER
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Trata-se de
agravo regimental contra decisão que negou seguimento ao agravo sob o
fundamento de que incidem na espécie as Súmulas 279 e 454 desta Corte.
O agravante sustentou, em suma, a inaplicabilidade das Súmulas
mencionadas ao caso dos autos.
É o relatório.
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 705.838 RIO
GRANDE DO SUL
RELATOR
: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S)
:HSBC BANK BRASIL S/A - BANCO MÚLTIPLO
ADV.(A/S)
:CRISTIANA RODRIGUES GONTIJO E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:SINDICATO
DOS
EMPREGADOS
EM
ESTABELECIMENTOS BANCÁRIOS DE ALEGRETE E
REGIÃO
ADV.(A/S)
:RICARDO GRESSLER
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Trata-se de
agravo regimental contra decisão que negou seguimento ao agravo sob o
fundamento de que incidem na espécie as Súmulas 279 e 454 desta Corte.
O agravante sustentou, em suma, a inaplicabilidade das Súmulas
mencionadas ao caso dos autos.
É o relatório.
Supremo Tribunal Federal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 6
Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 705.838 RIO
GRANDE DO SUL
V O T O
O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Bem
reexaminada a questão, verifica-se que a decisão ora atacada não merece
reforma, visto que o recorrente não aduz argumentos capazes de afastar
as razões nela expendidas.
O Tribunal de origem dirimiu a matéria atinente à natureza salarial
da gratificação semestral debatida nestes autos com fundamento na
análise das cláusulas da convenção coletiva firmada entre as partes,
conforme se observa do seguinte trecho do acórdão a quo:
“Nesse contexto, o Regional estabeleceu que a gratificação
semestral é parcela fixa de natureza salarial, nos termos da norma
coletiva, e, por isso, deve integrar a base de cálculo da participação nos
lucros e resultados. Assim, não há de se falar, como articula o
Recorrente, em interpretação extensiva das convenções coletivas
juntadas nos autos, mas, sim, em aplicação das normas coletiva na
espécie.
Com efeito, apesar da gratificação semestral possuir valor
variável e o seu pagamento ser feito em periodicidade superior à
mensal, tais circunstâncias não lhe retiram a natureza de parcela fixa
salarial, razão pela qual é correto o entendimento do Regional, de que
a gratificação semestral deve integrar a base de cálculo da participação
nos lucros e resultados ”.
Assim, firmar entendimento diverso implicaria novo exame do
conjunto fático-probatório dos autos, bem como das cláusulas da
convenção mencionada, circunstância que torna inviável o recurso, nos
termos das Súmulas 279 e 454 do STF.
Supremo Tribunal Federal
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13/11/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 705.838 RIO
GRANDE DO SUL
V O T O
O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Bem
reexaminada a questão, verifica-se que a decisão ora atacada não merece
reforma, visto que o recorrente não aduz argumentos capazes de afastar
as razões nela expendidas.
O Tribunal de origem dirimiu a matéria atinente à natureza salarial
da gratificação semestral debatida nestes autos com fundamento na
análise das cláusulas da convenção coletiva firmada entre as partes,
conforme se observa do seguinte trecho do acórdão a quo:
“Nesse contexto, o Regional estabeleceu que a gratificação
semestral é parcela fixa de natureza salarial, nos termos da norma
coletiva, e, por isso, deve integrar a base de cálculo da participação nos
lucros e resultados. Assim, não há de se falar, como articula o
Recorrente, em interpretação extensiva das convenções coletivas
juntadas nos autos, mas, sim, em aplicação das normas coletiva na
espécie.
Com efeito, apesar da gratificação semestral possuir valor
variável e o seu pagamento ser feito em periodicidade superior à
mensal, tais circunstâncias não lhe retiram a natureza de parcela fixa
salarial, razão pela qual é correto o entendimento do Regional, de que
a gratificação semestral deve integrar a base de cálculo da participação
nos lucros e resultados ”.
Assim, firmar entendimento diverso implicaria novo exame do
conjunto fático-probatório dos autos, bem como das cláusulas da
convenção mencionada, circunstância que torna inviável o recurso, nos
termos das Súmulas 279 e 454 do STF.
Supremo Tribunal Federal
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documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3101379.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 6
Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
ARE 705.838 AGR / RS
De fato, o intuito do recorrente é fazer prevalecer a interpretação da
norma coletiva que lhe parece a mais adequada ao caso sob exame, como
se depreende da seguinte passagem do agravo regimental:
“Todavia, a interpretação dada a norma coletiva foi equivocada,
pois quando a referida norma fala em parcelas fixas está se referindo
àquelas parcelas que são pagas mensalmente, as parcelas de natureza
salarial. Não estão inseridas, portanto, nesse contexto, as parcelas
pagas semestralmente, como é o caso da gratificação semestral.
O inconformismo do reclamado está no fato de que não foi
reconhecida a norma coletiva, restando por violar dispositivos
constitucionais. A gratificação semestral não foi prevista para compor
a base de cálculo da PLR.
Além do mais, se a convenção coletiva quisesse que a
gratificação semestral fizesse parte da base de cálculo teria sido
expressa e explícita, ocorre que não o foi”.
Essa pretensão, contudo, é inviável em recurso extraordinário, ante
os termos das Súmulas citadas.
Isso posto, nego provimento ao agravo regimental.
2
Supremo Tribunal Federal
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documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3101379.
Supremo Tribunal Federal
ARE 705.838 AGR / RS
De fato, o intuito do recorrente é fazer prevalecer a interpretação da
norma coletiva que lhe parece a mais adequada ao caso sob exame, como
se depreende da seguinte passagem do agravo regimental:
“Todavia, a interpretação dada a norma coletiva foi equivocada,
pois quando a referida norma fala em parcelas fixas está se referindo
àquelas parcelas que são pagas mensalmente, as parcelas de natureza
salarial. Não estão inseridas, portanto, nesse contexto, as parcelas
pagas semestralmente, como é o caso da gratificação semestral.
O inconformismo do reclamado está no fato de que não foi
reconhecida a norma coletiva, restando por violar dispositivos
constitucionais. A gratificação semestral não foi prevista para compor
a base de cálculo da PLR.
Além do mais, se a convenção coletiva quisesse que a
gratificação semestral fizesse parte da base de cálculo teria sido
expressa e explícita, ocorre que não o foi”.
Essa pretensão, contudo, é inviável em recurso extraordinário, ante
os termos das Súmulas citadas.
Isso posto, nego provimento ao agravo regimental.
2
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 6
Decisão de Julgamento
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 705.838
PROCED. : RIO GRANDE DO SUL
RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S) : HSBC BANK BRASIL S/A - BANCO MÚLTIPLO
ADV.(A/S) : CRISTIANA RODRIGUES GONTIJO E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : SINDICATO DOS EMPREGADOS EM ESTABELECIMENTOS
BANCÁRIOS DE ALEGRETE E REGIÃO
ADV.(A/S) : RICARDO GRESSLER
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto do Relator. Ausentes,
justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim
Barbosa. 2ª Turma, 13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra
Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros
Celso de Mello e Joaquim Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
P/ Fabiane Duarte
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 705.838
PROCED. : RIO GRANDE DO SUL
RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
AGTE.(S) : HSBC BANK BRASIL S/A - BANCO MÚLTIPLO
ADV.(A/S) : CRISTIANA RODRIGUES GONTIJO E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : SINDICATO DOS EMPREGADOS EM ESTABELECIMENTOS
BANCÁRIOS DE ALEGRETE E REGIÃO
ADV.(A/S) : RICARDO GRESSLER
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto do Relator. Ausentes,
justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim
Barbosa. 2ª Turma, 13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra
Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros
Celso de Mello e Joaquim Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
P/ Fabiane Duarte
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 6
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3163639 | 2012-11-13T00:00:00 | 2012-12-06T00:00:00 | A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 13.11.2012. | AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO | Ementa: AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. VERIFICAÇÃO DA NATUREZA SALARIAL DE GRATIFICAÇÃO PAGA PELO RECORRENTE AOS SEUS EMPREGADOS. NECESSIDADE DE REEXAME DE CONVENÇÃO COLETIVA FIRMADA ENTRE AS PARTES. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULAS 279 E 454 DO STF. AGRAVO IMPROVIDO.
I – Inviável em recurso extraordinário o reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos e de cláusulas convenção coletiva firmada entre as partes. Incidência das Súmulas 279 e 454 do STF.
II – Agravo regimental improvido. | sjur220889 | Número de páginas: 6.
Análise: 18/12/2012, TBC. | RICARDO LEWANDOWSKI | Segunda Turma | 705838 | [
"LEG-FED SUMSTF-000279 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\r\n\r\n",
"LEG-FED SUMSTF-000454 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF"
] | ARE-AgR | acordaos | ARE 705838 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : HSBC BANK BRASIL S/A - BANCO MÚLTIPLO
ADV.(A/S) : CRISTIANA RODRIGUES GONTIJO E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : RICARDO GRESSLER
AGDO.(A/S) : SINDICATO DOS EMPREGADOS EM ESTABELECIMENTOS BANCÁRIOS DE ALEGRETE E REGIÃO | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 705 . 838",
"SÚMULAS 279",
"Súmulas 279",
"ARE 705 . 838 AGR / RS",
"ARE 705 . 838 AGR / RS",
"Súmulas 279 e 454 do STF",
"Súmulas 279 e 454 do STF",
"ARE 705 . 838 AGR / RS",
"ARE 705 . 838 AGR / RS"
],
"LEGISLACAO": [
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"RIO GRANDE DO SUL",
"Brasília",
"Brasília",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL"
],
"ORGANIZACAO": [
"SEGUNDA TURMA",
"HSBC BANK BRASIL S / A",
"BANCO MÚLTIPLO",
"SINDICATO",
"Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
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"-",
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"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
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"-",
"Brasil",
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"SINDICATO DOS EMPREGADOS EM ESTABELECIMENTOS BANCÁRIOS DE ALEGRETE",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
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"HSBC BANK BRASIL S / A",
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"SINDICATO",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
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"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"BANCO MÚLTIPLO",
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"[UNK] Turma",
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"-",
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"-",
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"Supremo Tribunal Federal",
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"HSBC BANK BRASIL S / A",
"BANCO MÚLTIPLO",
"SINDICATO DOS EMPREGADOS",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"CRISTIANA RODRIGUES GONTIJO",
"RICARDO GRESSLER",
"Ricardo Lewandowski",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"CRISTIANA RODRIGUES GONTIJO",
"RICARDO GRESSLER",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"CRISTIANA RODRIGUES GONTIJO",
"RICARDO GRESSLER",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"CRISTIANA RODRIGUES GONTIJO",
"RICARDO GRESSLER",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
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"Cármen Lúcia",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos",
"Fabiane",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"CRISTIANA RODRIGUES GONTIJO",
"RICARDO GRESSLER",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos",
"Fabiane Duarte"
],
"TEMPO": [
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06",
"/",
"12",
"/",
"2012",
"13 de novembro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13 de novembro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
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"2001",
"13",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
HABEAS CORPUS 113.295 SÃO PAULO
RELATOR
: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
PACTE.(S)
:PAULO CEZAR DA SILVA
IMPTE.(S)
:DEFENSORIA PÚBLICA
DO ESTADO
DE SÃO
PAULO
PROC.(A/S)(ES)
:DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE SÃO
PAULO
COATOR(A/S)(ES)
:SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
EMENTA: PENAL. HABEAS CORPUS. PORTE DE MUNIÇÃO.
ATIPICIDADE DA CONDUTA. ABOLITIO CRIMINIS TEMPORÁRIA.
MATÉRIA QUE NÃO FOI ANALISADA PELO SUPERIOR TRIBUNAL
DE JUSTIÇA. SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA. AUSÊNCIA DE
LESIVIDADE DA CONDUTA. INTELIGÊNCIA DO ART. 14 DA LEI
10.826/2003. TIPICIDADE RECONHECIDA. CRIME DE PERIGO
ABSTRATO. WRIT PARCIALMENTE CONHECIDO E, NESSA
EXTENSÃO, DENEGADA A ORDEM.
I – A alegação de atipicidade da conduta decorrente da abolitio
criminis temporária não pode ser conhecida, pois não foi objeto de exame
pelo Superior Tribunal de Justiça, e o seu conhecimento por esta Corte
levaria à indevida supressão de instância e ao extravasamento dos limites
de competência descritos no art. 102 da Constituição Federal.
II - A objetividade jurídica da norma penal em comento transcende a
mera proteção da incolumidade pessoal, para alcançar também a tutela
da liberdade individual e do corpo social como um todo, asseguradas
ambas pelo incremento dos níveis de segurança coletiva que a lei
propicia.
III - Mostra-se irrelevante, no caso, cogitar-se da lesividade da
conduta de portar apenas a munição, porque a hipótese é de crime de
perigo abstrato, para cuja caracterização não importa o resultado concreto
da ação.
IV – Habeas corpus conhecido em parte e, nessa extensão, denegada a
ordem.
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
DJe 06/12/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 11
Ementa e Acórdão
HC 113.295 / SP
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do
Senhor Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de
julgamentos e das notas taquigráficas, por unanimidade, conhecer, em
parte, do habeas corpus e, nessa parte, denegar a ordem, nos termos do
voto do Relator. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso
de Mello e Joaquim Barbosa.
Brasília, 13 de novembro de 2012.
RICARDO LEWANDOWSKI – PRESIDENTE E RELATOR
2
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
HC 113.295 / SP
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do
Senhor Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de
julgamentos e das notas taquigráficas, por unanimidade, conhecer, em
parte, do habeas corpus e, nessa parte, denegar a ordem, nos termos do
voto do Relator. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso
de Mello e Joaquim Barbosa.
Brasília, 13 de novembro de 2012.
RICARDO LEWANDOWSKI – PRESIDENTE E RELATOR
2
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 11
Relatório
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
HABEAS CORPUS 113.295 SÃO PAULO
RELATOR
: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
PACTE.(S)
:PAULO CEZAR DA SILVA
IMPTE.(S)
:DEFENSORIA PÚBLICA
DO ESTADO
DE SÃO
PAULO
PROC.(A/S)(ES)
:DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE SÃO
PAULO
COATOR(A/S)(ES)
:SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Trata-se de
habeas corpus, com pedido de medida liminar, impetrado pela Defensoria
Pública do Estado de São Paulo, em favor de PAULO CEZAR DA SILVA,
contra ato da Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça, que denegou
a ordem postulada no HC 200.973/SP, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze.
A impetrante narra, de início, que o paciente foi condenado à pena
de 2 anos, 8 meses e 20 dias de reclusão, em regime inicial fechado, pela
prática do delito previsto no art. 14 da Lei 10.826/2003 (porte ilegal de
arma de fogo de uso permitido) porque, em 1º/12/2009, foi surpreendido
por policiais portando, no interior de uma caixa de papelão, 25 cápsulas
intactas destinadas a revólver de calibre 38, de uso permitido, porém sem
autorização legal ou regulamentar, bem como 17 cartuchos do mesmo
calibre, porém já deflagrados.
Infere-se dos autos que a defesa apelou para o Tribunal de Justiça do
Estado de São Paulo, que deu parcial provimento ao recurso para corrigir
erro material no cálculo da pena de multa e fixar o regime prisional
semiaberto.
Supremo Tribunal Federal
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documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3101452.
Supremo Tribunal Federal
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
HABEAS CORPUS 113.295 SÃO PAULO
RELATOR
: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
PACTE.(S)
:PAULO CEZAR DA SILVA
IMPTE.(S)
:DEFENSORIA PÚBLICA
DO ESTADO
DE SÃO
PAULO
PROC.(A/S)(ES)
:DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE SÃO
PAULO
COATOR(A/S)(ES)
:SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Trata-se de
habeas corpus, com pedido de medida liminar, impetrado pela Defensoria
Pública do Estado de São Paulo, em favor de PAULO CEZAR DA SILVA,
contra ato da Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça, que denegou
a ordem postulada no HC 200.973/SP, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze.
A impetrante narra, de início, que o paciente foi condenado à pena
de 2 anos, 8 meses e 20 dias de reclusão, em regime inicial fechado, pela
prática do delito previsto no art. 14 da Lei 10.826/2003 (porte ilegal de
arma de fogo de uso permitido) porque, em 1º/12/2009, foi surpreendido
por policiais portando, no interior de uma caixa de papelão, 25 cápsulas
intactas destinadas a revólver de calibre 38, de uso permitido, porém sem
autorização legal ou regulamentar, bem como 17 cartuchos do mesmo
calibre, porém já deflagrados.
Infere-se dos autos que a defesa apelou para o Tribunal de Justiça do
Estado de São Paulo, que deu parcial provimento ao recurso para corrigir
erro material no cálculo da pena de multa e fixar o regime prisional
semiaberto.
Supremo Tribunal Federal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 11
Relatório
HC 113.295 / SP
Ainda inconformada, a defesa manejou habeas corpus no Superior
Tribunal de Justiça, mas a ordem foi denegada.
É contra o acórdão da Corte Superior que se insurge a impetrante.
Sustenta, em síntese, a atipicidade da conduta imputada ao paciente
em razão da abolitio criminis temporária estabelecida pelo art. 30 da Lei
10.826/2003 e prorrogada para 31/12/2009 pela Lei 11.922/2009.
Salienta ainda que, se esta Corte não entender pela ocorrência de
abolitio criminis, seria o caso, então, de absolvição por atipicidade material
da conduta em face da ausência de lesividade.
Destaca, nesse contexto, que, in casu, “o fato é materialmente atípico, eis
que a conduta não dispõe de lesividade a um bem jurídico protegido, já que não
havia sequer arma de fogo ao alcance do acusado”.
Requer, ao final, seja deferida a medida liminar “para conceder
liberdade ao paciente, expedindo-se alvará de soltura caso não esteja preso por
outro feito”.
No mérito, pugna pela concessão da ordem para cassar a decisão
atacada e reconhecer a atipicidade da conduta em função da abolitio
criminis ou da ausência de ofensividade concreta do comportamento do
paciente.
Em 26/4/2012, indeferi a liminar e solicitei informações ao juízo de
primeiro grau. Determinei, ainda, na sequência, fosse ouvido o
Procurador-Geral da República.
As informações foram recebidas nesta Corte em 15/5/2012.
2
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
HC 113.295 / SP
Ainda inconformada, a defesa manejou habeas corpus no Superior
Tribunal de Justiça, mas a ordem foi denegada.
É contra o acórdão da Corte Superior que se insurge a impetrante.
Sustenta, em síntese, a atipicidade da conduta imputada ao paciente
em razão da abolitio criminis temporária estabelecida pelo art. 30 da Lei
10.826/2003 e prorrogada para 31/12/2009 pela Lei 11.922/2009.
Salienta ainda que, se esta Corte não entender pela ocorrência de
abolitio criminis, seria o caso, então, de absolvição por atipicidade material
da conduta em face da ausência de lesividade.
Destaca, nesse contexto, que, in casu, “o fato é materialmente atípico, eis
que a conduta não dispõe de lesividade a um bem jurídico protegido, já que não
havia sequer arma de fogo ao alcance do acusado”.
Requer, ao final, seja deferida a medida liminar “para conceder
liberdade ao paciente, expedindo-se alvará de soltura caso não esteja preso por
outro feito”.
No mérito, pugna pela concessão da ordem para cassar a decisão
atacada e reconhecer a atipicidade da conduta em função da abolitio
criminis ou da ausência de ofensividade concreta do comportamento do
paciente.
Em 26/4/2012, indeferi a liminar e solicitei informações ao juízo de
primeiro grau. Determinei, ainda, na sequência, fosse ouvido o
Procurador-Geral da República.
As informações foram recebidas nesta Corte em 15/5/2012.
2
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 11
Relatório
HC 113.295 / SP
O Ministério Público Federal, em parecer da lavra do
Subprocurador-Geral da República Mario José Gisi, opinou pela
denegação da ordem.
É o relatório.
3
Supremo Tribunal Federal
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HC 113.295 / SP
O Ministério Público Federal, em parecer da lavra do
Subprocurador-Geral da República Mario José Gisi, opinou pela
denegação da ordem.
É o relatório.
3
Supremo Tribunal Federal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 11
Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
HABEAS CORPUS 113.295 SÃO PAULO
V O T O
O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Bem
examinados os autos, tenho que o caso é de parcial conhecimento da
impetração e de denegação da ordem na parte conhecida.
O acórdão questionado está assim ementado:
“DIREITO PENAL. HABEAS CORPUS. PORTE ILEGAL
DE MUNIÇÃO. TIPICIDADE DA CONDUTA. AUSÊNCIA DE
POTENCIALIDADE LESIVA. IRRELEVÂNCIA. CRIME DE
PERIGO ABSTRATO. ORDEM DENEGADA.
1. O porte ilegal de munição subsume-se ao tipo descrito no art.
14 da Lei 10.826/2003, por tratar-se de crime de mera conduta ou de
perigo abstrato, sendo irrelevante a averiguação de sua potencialidade
lesiva.
2. Habeas corpus denegado”.
Conforme relatado, a impetrante postula o reconhecimento da
atipicidade da conduta imputada ao paciente em razão da abolitio criminis
temporária estabelecida pelo art. 30 da Lei 10.826/2003. Alternativamente,
pugna pela absolvição do réu devido à ausência de lesividade da
conduta.
Em relação ao primeiro pedido, o writ não deve ser conhecido.
Com efeito, verifico que a alegação de atipicidade da conduta
decorrente da referida abolitio criminis temporária não foi objeto de
apreciação pelo Superior Tribunal de Justiça, porquanto não foi levantada
perante o Tribunal bandeirante, o que impediu a sua apreciação pela
Corte Superior sob pena de indevida supressão de instância.
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
13/11/2012
SEGUNDA TURMA
HABEAS CORPUS 113.295 SÃO PAULO
V O T O
O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Bem
examinados os autos, tenho que o caso é de parcial conhecimento da
impetração e de denegação da ordem na parte conhecida.
O acórdão questionado está assim ementado:
“DIREITO PENAL. HABEAS CORPUS. PORTE ILEGAL
DE MUNIÇÃO. TIPICIDADE DA CONDUTA. AUSÊNCIA DE
POTENCIALIDADE LESIVA. IRRELEVÂNCIA. CRIME DE
PERIGO ABSTRATO. ORDEM DENEGADA.
1. O porte ilegal de munição subsume-se ao tipo descrito no art.
14 da Lei 10.826/2003, por tratar-se de crime de mera conduta ou de
perigo abstrato, sendo irrelevante a averiguação de sua potencialidade
lesiva.
2. Habeas corpus denegado”.
Conforme relatado, a impetrante postula o reconhecimento da
atipicidade da conduta imputada ao paciente em razão da abolitio criminis
temporária estabelecida pelo art. 30 da Lei 10.826/2003. Alternativamente,
pugna pela absolvição do réu devido à ausência de lesividade da
conduta.
Em relação ao primeiro pedido, o writ não deve ser conhecido.
Com efeito, verifico que a alegação de atipicidade da conduta
decorrente da referida abolitio criminis temporária não foi objeto de
apreciação pelo Superior Tribunal de Justiça, porquanto não foi levantada
perante o Tribunal bandeirante, o que impediu a sua apreciação pela
Corte Superior sob pena de indevida supressão de instância.
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Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
HC 113.295 / SP
Essa circunstância também impede o exame da matéria por este
Tribunal, sob pena de incorrer-se em dupla supressão de instância, com
evidente extravasamento dos limites de competência descritos no art. 102
da Constituição Federal.
Nesse sentido, transcrevo a ementa do HC 108.778/SP, de minha
relatoria, julgado na Primeira Turma:
“HABEAS CORPUS. PENAL. PROCESSUAL PENAL.
QUESTÕES NÃO ANALISADAS PELO TRIBUNAL A QUO.
DUPLA SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA. REVOLVIMENTO DO
CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO. IMPOSSIBILIDADE.
HABEAS CORPUS NÃO CONHECIDO.
I – As alegações constantes neste writ não foram objeto de
apreciação pelo Superior Tribunal de Justiça, circunstância que
impede o exame da matéria por esta Suprema Corte, sob pena de
incorrer-se em indevida supressão de instância, com evidente
extravasamento dos limites de competência descritos no art. 102 da
Constituição Federal. Precedentes.
II – A condenação do paciente deu-se mediante ampla cognição,
com detalhada e aprofundada análise do conjunto fático-probatório,
cujo revolvimento é inviável na via eleita. Precedentes.
III – Habeas corpus não conhecido”.
Na mesma linha, cito os seguintes precedentes, entre outros: HC
101.410/SP e HC 96.220/PR, ambos de relatoria da Ministra Cármen Lúcia;
HC 99.031-AgR/SP, Rel. Min. Eros Grau; HC 96.623/SP, Rel. Min. Menezes
Direito; HC 84.349/ES, Rel. Min. Sepúlveda Pertence; HC 86.997/DF, Rel.
Min. Carlos Velloso; HC 98.216/AC, de minha relatoria.
Ainda que esse óbice pudesse ser superado, está sedimentado nesta
Corte o entendimento no sentido de que a abolitio criminis prevista nos
arts. 30 e 32 do Estatuto do Desarmamento abrange apenas a conduta de
possuir, ou seja, manter no interior de residência ou do local de trabalho
2
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HC 113.295 / SP
Essa circunstância também impede o exame da matéria por este
Tribunal, sob pena de incorrer-se em dupla supressão de instância, com
evidente extravasamento dos limites de competência descritos no art. 102
da Constituição Federal.
Nesse sentido, transcrevo a ementa do HC 108.778/SP, de minha
relatoria, julgado na Primeira Turma:
“HABEAS CORPUS. PENAL. PROCESSUAL PENAL.
QUESTÕES NÃO ANALISADAS PELO TRIBUNAL A QUO.
DUPLA SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA. REVOLVIMENTO DO
CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO. IMPOSSIBILIDADE.
HABEAS CORPUS NÃO CONHECIDO.
I – As alegações constantes neste writ não foram objeto de
apreciação pelo Superior Tribunal de Justiça, circunstância que
impede o exame da matéria por esta Suprema Corte, sob pena de
incorrer-se em indevida supressão de instância, com evidente
extravasamento dos limites de competência descritos no art. 102 da
Constituição Federal. Precedentes.
II – A condenação do paciente deu-se mediante ampla cognição,
com detalhada e aprofundada análise do conjunto fático-probatório,
cujo revolvimento é inviável na via eleita. Precedentes.
III – Habeas corpus não conhecido”.
Na mesma linha, cito os seguintes precedentes, entre outros: HC
101.410/SP e HC 96.220/PR, ambos de relatoria da Ministra Cármen Lúcia;
HC 99.031-AgR/SP, Rel. Min. Eros Grau; HC 96.623/SP, Rel. Min. Menezes
Direito; HC 84.349/ES, Rel. Min. Sepúlveda Pertence; HC 86.997/DF, Rel.
Min. Carlos Velloso; HC 98.216/AC, de minha relatoria.
Ainda que esse óbice pudesse ser superado, está sedimentado nesta
Corte o entendimento no sentido de que a abolitio criminis prevista nos
arts. 30 e 32 do Estatuto do Desarmamento abrange apenas a conduta de
possuir, ou seja, manter no interior de residência ou do local de trabalho
2
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Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
HC 113.295 / SP
arma de fogo, e não a de portar arma ou munição, como no caso sob
exame. A corroborar essa assertiva, transcrevo a ementa do HC 89.287/SP,
Rel. Min. Ellen Gracie, apreciado por esta Turma:
“HABEAS CORPUS. PORTE ILEGAL DE ARMA.
ARGUIÇÃO DE ABOLITIO CRIMINIS E VACATIO LEGIS.
INOCORRÊNCIA. 1. A tese deste habeas corpus consiste na
alegada atipicidade da conduta de portar um revólver no período
anterior ao prazo de 180 (cento e oitenta dias) previsto na Lei nº
10.826/03. 2. Não se pode confundir a posse de arma de fogo com o
porte de arma de fogo. Segundo o Estatuto do Desarmamento, a posse
consiste em manter no interior de residência (ou dependência desta)
ou no local de trabalho a arma de fogo, enquanto que o porte, por sua
vez, pressupõe que a arma de fogo esteja fora da residência ou do local
de trabalho. 3. A hipótese de abolitio criminis temporária deferida
nos artigos 30 e 32 do Estatuto do Desarmamento não alcança a
conduta praticada pelo Paciente, tornando-se, pois, inviável o
acolhimento da pretensão ora deduzida. 4. A previsão legal contida
nos arts. 30 e 32, ambos da Lei n 10.826/2003, dirigiu-se aos
possuidores e proprietários de arma de fogo que, por sua vez, não se
confundem com aqueles que portavam ilegalmente arma de fogo (fora
da residência ou do local de trabalho). 5. O tipo penal do art. 14, da
Lei nº 10.826/03, ao prever as condutas de portar, deter, adquirir,
fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder, ainda que
gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob guarda ou
ocultar arma de fogo, acessório ou munição, de uso permitido, sem
autorização e em desacordo com determinação legal e regulamentar,
não foi abrangido pelo disposto nos arts. 30 e 32, do mesmo texto
legal. 6. O porte ilegal de arma de fogo não se tornou atípico com o
advento da Lei nº 10.826/03 (mesmo temporariamente); ao revés, além
de manter a descrição da conduta como criminosa, o art. 14 agravou a
pena anteriormente prevista na Lei n 9.437/97. 7. Ordem denegada”.
Na mesma linha, menciono, ainda, o HC 88.757/DF, Rel. Min. Luiz
Fux.
3
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HC 113.295 / SP
arma de fogo, e não a de portar arma ou munição, como no caso sob
exame. A corroborar essa assertiva, transcrevo a ementa do HC 89.287/SP,
Rel. Min. Ellen Gracie, apreciado por esta Turma:
“HABEAS CORPUS. PORTE ILEGAL DE ARMA.
ARGUIÇÃO DE ABOLITIO CRIMINIS E VACATIO LEGIS.
INOCORRÊNCIA. 1. A tese deste habeas corpus consiste na
alegada atipicidade da conduta de portar um revólver no período
anterior ao prazo de 180 (cento e oitenta dias) previsto na Lei nº
10.826/03. 2. Não se pode confundir a posse de arma de fogo com o
porte de arma de fogo. Segundo o Estatuto do Desarmamento, a posse
consiste em manter no interior de residência (ou dependência desta)
ou no local de trabalho a arma de fogo, enquanto que o porte, por sua
vez, pressupõe que a arma de fogo esteja fora da residência ou do local
de trabalho. 3. A hipótese de abolitio criminis temporária deferida
nos artigos 30 e 32 do Estatuto do Desarmamento não alcança a
conduta praticada pelo Paciente, tornando-se, pois, inviável o
acolhimento da pretensão ora deduzida. 4. A previsão legal contida
nos arts. 30 e 32, ambos da Lei n 10.826/2003, dirigiu-se aos
possuidores e proprietários de arma de fogo que, por sua vez, não se
confundem com aqueles que portavam ilegalmente arma de fogo (fora
da residência ou do local de trabalho). 5. O tipo penal do art. 14, da
Lei nº 10.826/03, ao prever as condutas de portar, deter, adquirir,
fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder, ainda que
gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob guarda ou
ocultar arma de fogo, acessório ou munição, de uso permitido, sem
autorização e em desacordo com determinação legal e regulamentar,
não foi abrangido pelo disposto nos arts. 30 e 32, do mesmo texto
legal. 6. O porte ilegal de arma de fogo não se tornou atípico com o
advento da Lei nº 10.826/03 (mesmo temporariamente); ao revés, além
de manter a descrição da conduta como criminosa, o art. 14 agravou a
pena anteriormente prevista na Lei n 9.437/97. 7. Ordem denegada”.
Na mesma linha, menciono, ainda, o HC 88.757/DF, Rel. Min. Luiz
Fux.
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HC 113.295 / SP
Quanto ao segundo pedido, referente à atipicidade da conduta ante
a ausência de lesividade, anoto que o porte ilegal de munição é crime de
mera conduta, de modo que a existência ou não de potencialidade lesiva é
questão irrelevante para a configuração do delito.
Como se sabe, o Estatuto do Desarmamento, que dispõe sobre
registro, posse e comercialização de armas de fogo, em seu art. 14,
tipificou criminalmente a simples conduta de portar munição, a qual
isoladamente, ou seja, sem a arma, como é evidente, não possui nenhum
potencial ofensivo.
O referido estatuto foi promulgado com o objetivo de disciplinar a
aquisição de armas e munições em território nacional, bem como de
regulamentar o registro e o porte de armas de fogo que estão na posse de
cidadãos comuns. Em outras palavras, dito diploma busca, em última
análise, garantir a segurança da coletividade.
Por essa razão, a objetividade jurídica dos delitos tipificados na
mencionada norma transcende a mera proteção da incolumidade pessoal
para alcançar, também, a tutela da liberdade individual e do corpo social
como um todo, asseguradas ambas pelo incremento dos níveis de
segurança coletiva que a lei propicia.
O Estatuto do Desarmamento, que veio a lume após estudos técnicos
da mais elevada envergadura, permitiu que a lei se antecipasse aos
resultados danosos do emprego de arma de fogo, criminalizando o seu
porte, ainda que desmuniciada, bem assim o simples porte da munição,
considerados ambos os fatos situações que geram risco para a
coletividade.
O tipo penal de perigo abstrato, no caso sob exame, visa a impedir
que sejam praticadas certas condutas antes mesmo da ocorrência de
qualquer resultado lesivo, garantindo-se, assim, de forma mais eficaz, a
4
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HC 113.295 / SP
Quanto ao segundo pedido, referente à atipicidade da conduta ante
a ausência de lesividade, anoto que o porte ilegal de munição é crime de
mera conduta, de modo que a existência ou não de potencialidade lesiva é
questão irrelevante para a configuração do delito.
Como se sabe, o Estatuto do Desarmamento, que dispõe sobre
registro, posse e comercialização de armas de fogo, em seu art. 14,
tipificou criminalmente a simples conduta de portar munição, a qual
isoladamente, ou seja, sem a arma, como é evidente, não possui nenhum
potencial ofensivo.
O referido estatuto foi promulgado com o objetivo de disciplinar a
aquisição de armas e munições em território nacional, bem como de
regulamentar o registro e o porte de armas de fogo que estão na posse de
cidadãos comuns. Em outras palavras, dito diploma busca, em última
análise, garantir a segurança da coletividade.
Por essa razão, a objetividade jurídica dos delitos tipificados na
mencionada norma transcende a mera proteção da incolumidade pessoal
para alcançar, também, a tutela da liberdade individual e do corpo social
como um todo, asseguradas ambas pelo incremento dos níveis de
segurança coletiva que a lei propicia.
O Estatuto do Desarmamento, que veio a lume após estudos técnicos
da mais elevada envergadura, permitiu que a lei se antecipasse aos
resultados danosos do emprego de arma de fogo, criminalizando o seu
porte, ainda que desmuniciada, bem assim o simples porte da munição,
considerados ambos os fatos situações que geram risco para a
coletividade.
O tipo penal de perigo abstrato, no caso sob exame, visa a impedir
que sejam praticadas certas condutas antes mesmo da ocorrência de
qualquer resultado lesivo, garantindo-se, assim, de forma mais eficaz, a
4
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Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
HC 113.295 / SP
proteção dos bens mais valiosos do ser humano, que são sua vida e sua
incolumidade física.
Nesse contexto, como afirmado anteriormente, mostra-se irrelevante
cogitar-se do potencial lesivo da conduta de portar munição, porque a
hipótese é de crime de perigo abstrato, para o qual não importa o
resultado concreto.
No mesmo sentido, cito os seguintes precedentes, entre outros: HC
96.922/RS, HC 96.072/RJ e RHC 90.197/DF, todos de minha relatoria; RHC
91.553/DF, Rel. Min. Carlos Brito; RHC 89.889/DF, Rel. Min. Cármen
Lúcia.
Com essas considerações, conheço parcialmente do writ, e, nessa
extensão, denego a ordem.
5
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HC 113.295 / SP
proteção dos bens mais valiosos do ser humano, que são sua vida e sua
incolumidade física.
Nesse contexto, como afirmado anteriormente, mostra-se irrelevante
cogitar-se do potencial lesivo da conduta de portar munição, porque a
hipótese é de crime de perigo abstrato, para o qual não importa o
resultado concreto.
No mesmo sentido, cito os seguintes precedentes, entre outros: HC
96.922/RS, HC 96.072/RJ e RHC 90.197/DF, todos de minha relatoria; RHC
91.553/DF, Rel. Min. Carlos Brito; RHC 89.889/DF, Rel. Min. Cármen
Lúcia.
Com essas considerações, conheço parcialmente do writ, e, nessa
extensão, denego a ordem.
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Decisão de Julgamento
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
HABEAS CORPUS 113.295
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
PACTE.(S) : PAULO CEZAR DA SILVA
IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Decisão: A Turma, por unanimidade, conheceu, em parte, do
habeas corpus e, nessa parte, denegou a ordem, nos termos do voto
do Relator. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros
Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra
Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros
Celso de Mello e Joaquim Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
P/ Fabiane Duarte
Secretária
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documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3150080
Supremo Tribunal Federal
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
HABEAS CORPUS 113.295
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
PACTE.(S) : PAULO CEZAR DA SILVA
IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Decisão: A Turma, por unanimidade, conheceu, em parte, do
habeas corpus e, nessa parte, denegou a ordem, nos termos do voto
do Relator. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros
Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 13.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra
Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros
Celso de Mello e Joaquim Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
P/ Fabiane Duarte
Secretária
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 11
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3163631 | 2012-11-13T00:00:00 | 2012-12-06T00:00:00 | A Turma, por unanimidade, conheceu, em parte, do habeas corpus e, nessa parte, denegou a ordem, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 13.11.2012. | HABEAS CORPUS | Ementa: PENAL. HABEAS CORPUS. PORTE DE MUNIÇÃO. ATIPICIDADE DA CONDUTA. ABOLITIO CRIMINIS TEMPORÁRIA. MATÉRIA QUE NÃO FOI ANALISADA PELO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA. AUSÊNCIA DE LESIVIDADE DA CONDUTA. INTELIGÊNCIA DO ART. 14 DA LEI 10.826/2003. TIPICIDADE RECONHECIDA. CRIME DE PERIGO ABSTRATO. WRIT PARCIALMENTE CONHECIDO E, NESSA EXTENSÃO, DENEGADA A ORDEM.
I – A alegação de atipicidade da conduta decorrente da abolitio criminis temporária não pode ser conhecida, pois não foi objeto de exame pelo Superior Tribunal de Justiça, e o seu conhecimento por esta Corte levaria à indevida supressão de instância e ao extravasamento dos limites de competência descritos no art. 102 da Constituição Federal.
II - A objetividade jurídica da norma penal em comento transcende a mera proteção da incolumidade pessoal, para alcançar também a tutela da liberdade individual e do corpo social como um todo, asseguradas ambas pelo incremento dos níveis de segurança coletiva que a lei propicia.
III - Mostra-se irrelevante, no caso, cogitar-se da lesividade da conduta de portar apenas a munição, porque a hipótese é de crime de perigo abstrato, para cuja caracterização não importa o resultado concreto da ação.
IV – Habeas corpus conhecido em parte e, nessa extensão, denegada a ordem. | sjur220871 | - Acórdão(s) citado(s):
(SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA)
STF: HC 108778 (1ªT), HC 101410 (1ªT), HC 96220 (1ªT), HC 99031 AgR (2ªT), HC 96623 (1ªT), HC 84349 (1ªT), HC 86997 (2ªT), HC 98216 (1ªT).
(ARMA DE FOGO, ABOLITIO CRIMINIS)
STF: HC 89287 (2ªT), HC 88757 (1ªT).
(PORTE ILEGAL DE MUNIÇÃO, CRIME DE PERIGO ABSTRATO)
STF: HC 96922 (1ªT), HC 96072 (1ªT), RHC 90197 (1ªT), RHC 91553
(1ªT), RHC 89889 (TP).
- Veja HC 200973 do STJ.
Número de páginas: 11.
Análise: 04/01/2013, SEV.
Revisão: 04/02/2013, AAT. | RICARDO LEWANDOWSKI | Segunda Turma | 113295 | [
"LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00102 \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n",
"LEG-FED LEI-010826 ANO-2003\r\n ART-00014 ART-00030 ART-00032\r\n ED-2003 ESTATUTO DO DESARMAMENTO"
] | HC | acordaos | HC 113295 | [
""
] | PACTE.(S) : PAULO CEZAR DA SILVA
IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"HABEAS CORPUS 113 . 295",
"HC 113 . 295 / SP",
"HC 113 . 295 / SP",
"HABEAS CORPUS 113 . 295",
"HC 200 . 973 / SP",
"HABEAS CORPUS 113 . 295",
"HC 200 . 973 / SP",
"HC 113 . 295 / SP",
"HC 113 . 295 / SP",
"HC 113 . 295 / SP",
"HC 113 . 295 / SP",
"HABEAS CORPUS 113 . 295",
"HABEAS CORPUS 113 . 295",
"HC 113 . 295 / SP",
"HC 108 . 778 / SP",
"HC 101 . 410 / SP",
"HC 96 . 220 / PR",
"HC 99 . 031 - AgR / SP",
"HC 96 . 623 / SP",
"HC 84 . 349 / ES",
"HC 86 . 997 / DF",
"HC 98 . 216 / AC",
"HC 113 . 295 / SP",
"HC 108 . 778 / SP",
"HC 101 . 410 / SP",
"HC 96 . 220 / PR",
"HC 99 . 031 - AgR / SP",
"HC 96 . 623 / SP",
"HC 84 . 349 / ES",
"HC 86 . 997 /",
"HC 98 . 216 / AC",
"HC 113 . 295 / SP",
"HC 89 . 287 / SP",
"HC 88 . 757 / DF",
"HC 113 . 295 / SP",
"HC 89 . 287 / SP",
"HC 88 . 757 / DF",
"HC 113 . 295 / SP",
"HC 113 . 295 / SP",
"HC 113 . 295 / SP",
"HC 96 . 922 / RS",
"HC 96 . 072 / RJ",
"RHC 90 . 197 / DF",
"RHC 91 . 553 / DF",
"RHC 89 . 889 / DF",
"HC 113 . 295 / SP",
"HC 96 . 922 / RS",
"HC 96 . 072 / RJ",
"RHC 90 . 197 / DF",
"RHC 91 . 553 / DF",
"RHC 89 . 889 / DF",
"HABEAS CORPUS 113 . 295",
"HABEAS CORPUS 113 . 295"
],
"LEGISLACAO": [
"ART . 14 DA LEI 10 . 826 / 2003",
"art . 102 da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 -",
"art . 14 da Lei 10 . 826 /",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 14 da Lei 10 . 826 / 2003",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 30 da Lei 10 . 826 / 2003",
"Lei 11 . 922 / 2009",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 30 da Lei 10 . 826 / 2003",
"Lei 11 . 922 / 2009",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 14 da Lei 10 . 826 / 2003",
"art . 30 da Lei 10 . 826 / 2003",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 14 da Lei 10 . 826 / 2003",
"art . 30 da Lei 10 . 826 / 2003",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 102 da Constituição Federal",
"art . 102 da Constituição Federal",
"arts . 30 e 32 do Estatuto do Desarmamento",
"MP n° 2 . 200 -",
"art . 102 da Constituição Federal",
"art . 102 da Constituição Federal",
"arts . 30 e 32 do Estatuto do Desarmamento",
"MP",
"Lei [UNK] 10 . 826 / 03",
"Estatuto do Desarmamento",
"artigos 30 e 32 do Estatuto do Desarmamento",
"arts . 30 e 32 , ambos da Lei n 10 . 826 / 2003",
"art . 14 , da Lei [UNK] 10 . 826 / 03",
"Lei [UNK] 10 . 826 / 03",
"Lei n 9 . 437 / 97",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei [UNK] 10 . 826 / 03",
"Estatuto do Desarmamento",
"artigos 30 e 32 do Estatuto do Desarmamento",
"arts . 30 e 32 , ambos da Lei n 10 . 826 / 2003",
"art . 14 , da Lei [UNK] 10 . 826 / 03",
"Lei [UNK] 10 . 826 / 03",
"Lei n 9 . 437 / 97",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Estatuto do Desarmamento",
"Estatuto do Desarmamento",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Estatuto do Desarmamento",
"Estatuto do Desarmamento",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 -",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"Brasília",
"Brasília",
"SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"DF",
"SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO"
],
"ORGANIZACAO": [
"SEGUNDA TURMA",
"DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"Defensoria Pública do Estado de São Paulo",
"Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça",
"Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"Defensoria Pública do Estado de São Paulo",
"Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça",
"Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Ministério Público Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Ministério Público Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Primeira Turma",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"PAULO CEZAR DA SILVA",
"Ricardo Lewandowski",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Ricardo Lewandowski",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"PAULO CEZAR DA SILVA",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"PAULO CEZAR DA SILVA",
"Marco Aurélio Bellizze",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"PAULO CEZAR DA SILVA",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"PAULO CEZAR DA SILVA",
"Marco Aurélio Bellizze",
"Mario José Gisi",
"Mario José Gisi",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Cármen Lúcia",
"Eros Grau",
"Menezes Direito",
"Sepúlveda Pertence",
"Carlos Velloso",
"Cármen Lúcia",
"Eros Grau",
"Menezes Direito",
"Sepúlveda Pertence",
"Carlos Velloso",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Ellen Gracie",
"Luiz Fux",
"Ellen Gracie",
"Luiz Fux",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Carlos Brito",
"Cármen Lúcia",
"Carlos Brito",
"Cármen Lúcia",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"PAULO CEZAR DA SILVA",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos",
"Fabiane Duarte",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"PAULO CEZAR DA SILVA",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos"
],
"TEMPO": [
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06",
"/",
"12",
"/",
"2012",
"13 de novembro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13 de novembro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"[UNK]",
"/",
"12",
"/",
"2009",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"[UNK]",
"/",
"12",
"/",
"2009",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"31",
"/",
"12",
"/",
"2009",
"26",
"/",
"4",
"/",
"2012",
"15",
"/",
"5",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"31",
"/",
"12",
"/",
"2009",
"26",
"/",
"4",
"/",
"2012",
"15",
"/",
"5",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 705.177 RIO
GRANDE DO SUL
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:NET SERVIÇOS DE COMUNICAÇÃO S/A
ADV.(A/S)
:MARCIA MALLMANN LIPPERT E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:RAQUEL AGUIAR
ADV.(A/S)
:LUCAS KOAKOSKI
EMENTA
Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo.
Prequestionamento. Ausência. TV por assinatura. Ponto adicional.
Cobrança. Reexame de cláusulas contratuais e de fatos e provas. Ofensa
reflexa. Precedentes.
1. Não se admite o recurso extraordinário quando os dispositivos
constitucionais que nele se alega violados não estão devidamente
prequestionados. Incidência das Súmulas nºs 282 e 356/STF.
2. Inadmissível, em recurso extraordinário, o reexame de cláusulas
contratuais, dos fatos e das provas dos autos e da legislação
infraconstitucional. Incidência das Súmulas nºs 454, 279 e 636/STF.
3. Agravo regimental não provido.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do
Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata do julgamento e das
notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao
agravo regimental, nos termos do voto do Relator.
Brasília, 6 de novembro de 2012.
MINISTRO DIAS TOFFOLI
Relator
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3158353.
Supremo Tribunal Federal
DJe 07/12/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 12
Relatório
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 705.177 RIO
GRANDE DO SUL
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:NET SERVIÇOS DE COMUNICAÇÃO S/A
ADV.(A/S)
:MARCIA MALLMANN LIPPERT E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:RAQUEL AGUIAR
ADV.(A/S)
:LUCAS KOAKOSKI
RELATÓRIO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
NET Serviços de Comunicação S.A. interpõe tempestivo agravo
regimental (fls. 380 a 387 – fax – e 391 a 398 – original) contra decisão em
que conheci de agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário
(fls. 374 a 376), com a seguinte fundamentação:
“Vistos.
Trata-se de agravo contra a decisão que não admitiu
recurso extraordinário interposto contra acórdão da Primeira
Turma Recursal Cível dos Juizados Especiais Cíveis do Estado
do Rio Grande do Sul, assim ementado:
‘DIREITO DO CONSUMIDOR. SERVIÇO DE
TELEVISÃO A CABO. PONTO ADICIONAL OU EXTRA.
COBRANÇA A TÍTULO DE ALUGUEL DE
EQUIPAMENTO. PRELIMINARES DE DECADÊNCIA E
PRESCRIÇÃO AFASTADAS. COBRANÇAS INDEVIDAS.
RESTITUIÇÃO DOS VALORES INDEVIDAMENTE
COBRADOS.
DESCABIMENTO
DO
PREQUESTIONAMENTO. 1. Em se tratando, não de
reclamação contra o serviço de televisão a cabo em si, mas
sim de discussão sobre a cobrança indevida, não se aplica
o prazo decadencial dos vícios de qualidade dos serviços.
2. Igualmente, não há que se falar em prescrição trienal.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3158351.
Supremo Tribunal Federal
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 705.177 RIO
GRANDE DO SUL
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:NET SERVIÇOS DE COMUNICAÇÃO S/A
ADV.(A/S)
:MARCIA MALLMANN LIPPERT E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:RAQUEL AGUIAR
ADV.(A/S)
:LUCAS KOAKOSKI
RELATÓRIO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
NET Serviços de Comunicação S.A. interpõe tempestivo agravo
regimental (fls. 380 a 387 – fax – e 391 a 398 – original) contra decisão em
que conheci de agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário
(fls. 374 a 376), com a seguinte fundamentação:
“Vistos.
Trata-se de agravo contra a decisão que não admitiu
recurso extraordinário interposto contra acórdão da Primeira
Turma Recursal Cível dos Juizados Especiais Cíveis do Estado
do Rio Grande do Sul, assim ementado:
‘DIREITO DO CONSUMIDOR. SERVIÇO DE
TELEVISÃO A CABO. PONTO ADICIONAL OU EXTRA.
COBRANÇA A TÍTULO DE ALUGUEL DE
EQUIPAMENTO. PRELIMINARES DE DECADÊNCIA E
PRESCRIÇÃO AFASTADAS. COBRANÇAS INDEVIDAS.
RESTITUIÇÃO DOS VALORES INDEVIDAMENTE
COBRADOS.
DESCABIMENTO
DO
PREQUESTIONAMENTO. 1. Em se tratando, não de
reclamação contra o serviço de televisão a cabo em si, mas
sim de discussão sobre a cobrança indevida, não se aplica
o prazo decadencial dos vícios de qualidade dos serviços.
2. Igualmente, não há que se falar em prescrição trienal.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Relatório
ARE 705.177 AGR / RS
Tratando-se de relação de consumo, aplica-se a prescrição
quinquenal, conforme o disposto no art. 27, do CDC. 3. A
programação do serviço de televisão a cabo deve ser
disponibilizada sem cobrança adicional, para Pontos-
Extras e para Pontos-de-Extensão, independentemente do
Plano de Serviço contratado. Pacificada está, nas Turmas
Recursais Cíveis, a impossibilidade da cobrança, ainda
que sob o pretexto de aluguel de equipamento, sob pena
de afronta às disposições do Código de Defesa do
Consumidor. No mesmo sentido, a Resolução n.º 528, de
22/04/2009 da ANATEL, que veda a cobrança pelo ponto
extra da TV por assinatura. 4. A mídia juntada à fl. 253
comprova que não houve a anuência da autora em
adquirir novo plano de televisão a cabo, caracterizando
assim a alteração unilateral do contrato por parte da
empresa ré. Ademais, a ré não obteve êxito em comprovar
que a autora exerceu seu poder de escolha quanto ao
modo de aquisição de equipamentos, descabendo a
cobrança a título de aluguel de equipamento. 5. Assim,
correta a sentença em determinar a substituição do plano
da autora, bem como em condenar a ré à devolução dos
valores indevidamente cobrados, observando-se a
memória de cálculo às fls. 248/250 e o prazo prescricional
quinquenal (art. 27, do CDC). 6. No que tange à pretensão
do réu de prequestionamento, tampouco esta vinga, pois
não houve a apreciação de matéria constitucional.
Sentença confirmada por seus próprios fundamentos.
Recurso improvido’ (fl. 316).
No recurso extraordinário sustenta-se violação dos artigos
5º, incisos II e LIV, e 170, parágrafo único, da Constituição
Federal.
Decido.
Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi
interposto contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era
plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da
2
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Supremo Tribunal Federal
ARE 705.177 AGR / RS
Tratando-se de relação de consumo, aplica-se a prescrição
quinquenal, conforme o disposto no art. 27, do CDC. 3. A
programação do serviço de televisão a cabo deve ser
disponibilizada sem cobrança adicional, para Pontos-
Extras e para Pontos-de-Extensão, independentemente do
Plano de Serviço contratado. Pacificada está, nas Turmas
Recursais Cíveis, a impossibilidade da cobrança, ainda
que sob o pretexto de aluguel de equipamento, sob pena
de afronta às disposições do Código de Defesa do
Consumidor. No mesmo sentido, a Resolução n.º 528, de
22/04/2009 da ANATEL, que veda a cobrança pelo ponto
extra da TV por assinatura. 4. A mídia juntada à fl. 253
comprova que não houve a anuência da autora em
adquirir novo plano de televisão a cabo, caracterizando
assim a alteração unilateral do contrato por parte da
empresa ré. Ademais, a ré não obteve êxito em comprovar
que a autora exerceu seu poder de escolha quanto ao
modo de aquisição de equipamentos, descabendo a
cobrança a título de aluguel de equipamento. 5. Assim,
correta a sentença em determinar a substituição do plano
da autora, bem como em condenar a ré à devolução dos
valores indevidamente cobrados, observando-se a
memória de cálculo às fls. 248/250 e o prazo prescricional
quinquenal (art. 27, do CDC). 6. No que tange à pretensão
do réu de prequestionamento, tampouco esta vinga, pois
não houve a apreciação de matéria constitucional.
Sentença confirmada por seus próprios fundamentos.
Recurso improvido’ (fl. 316).
No recurso extraordinário sustenta-se violação dos artigos
5º, incisos II e LIV, e 170, parágrafo único, da Constituição
Federal.
Decido.
Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi
interposto contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era
plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da
2
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 12
Relatório
ARE 705.177 AGR / RS
matéria constitucional objeto do recurso, conforme decidido na
Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS,
Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de
6/9/07. Todavia, apesar da petição recursal haver trazido a
preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua
existência, uma vez que, nos termos do artigo 323 do Regimento
Interno do Supremo Tribunal Federal, com a redação
introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o
procedimento acerca da existência da repercussão geral
somente ocorrerá ‘quando não for o caso de inadmissibilidade
do recurso por outra razão’.
Não merece prosperar a irresignação, uma vez que os
dispositivos constitucionais indicados como violados no recurso
extraordinário carecem do necessário prequestionamento,
sendo certo que não foram opostos embargos de declaração
para sanar eventual omissão no acórdão recorrido. Incidem na
espécie as Súmulas nºs 282 e 356 desta Corte.
Ademais, para acolher a pretensão da agravante e
ultrapassar o entendimento do Tribunal de origem seria
necessário o reexame das cláusulas do contrato celebrado entre
as partes e da legislação infraconstitucional pertinente, o que
não é cabível em sede de recurso extraordinário. Incidência da
Súmula nº 454 desta Corte. Sobre o tema, anote-se:
‘AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE
INSTRUMENTO. NORMA INFRACONSTITUCIONAL.
OFENSA INDIRETA. REEXAME DE PROVAS.
IMPOSSIBILIDADE EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO.
1. Controvérsia decidida à luz de normas
infraconstitucionais. Ofensa indireta à Constituição do
Brasil. 2. Reexame de fatos e provas. Inviabilidade do
recurso extraordinário. Súmula n. 279 do STF. Agravo
regimental a que se nega provimento’ (AI nº 556.757/RJ-
AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Eros Grau, DJ de
12/5/06).
3
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3158351.
Supremo Tribunal Federal
ARE 705.177 AGR / RS
matéria constitucional objeto do recurso, conforme decidido na
Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS,
Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de
6/9/07. Todavia, apesar da petição recursal haver trazido a
preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua
existência, uma vez que, nos termos do artigo 323 do Regimento
Interno do Supremo Tribunal Federal, com a redação
introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o
procedimento acerca da existência da repercussão geral
somente ocorrerá ‘quando não for o caso de inadmissibilidade
do recurso por outra razão’.
Não merece prosperar a irresignação, uma vez que os
dispositivos constitucionais indicados como violados no recurso
extraordinário carecem do necessário prequestionamento,
sendo certo que não foram opostos embargos de declaração
para sanar eventual omissão no acórdão recorrido. Incidem na
espécie as Súmulas nºs 282 e 356 desta Corte.
Ademais, para acolher a pretensão da agravante e
ultrapassar o entendimento do Tribunal de origem seria
necessário o reexame das cláusulas do contrato celebrado entre
as partes e da legislação infraconstitucional pertinente, o que
não é cabível em sede de recurso extraordinário. Incidência da
Súmula nº 454 desta Corte. Sobre o tema, anote-se:
‘AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE
INSTRUMENTO. NORMA INFRACONSTITUCIONAL.
OFENSA INDIRETA. REEXAME DE PROVAS.
IMPOSSIBILIDADE EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO.
1. Controvérsia decidida à luz de normas
infraconstitucionais. Ofensa indireta à Constituição do
Brasil. 2. Reexame de fatos e provas. Inviabilidade do
recurso extraordinário. Súmula n. 279 do STF. Agravo
regimental a que se nega provimento’ (AI nº 556.757/RJ-
AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Eros Grau, DJ de
12/5/06).
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Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 12
Relatório
ARE 705.177 AGR / RS
‘1.
Recurso
extraordinário:
descabimento:
controvérsia de natureza infraconstitucional (Código de
Defesa do Consumidor), decidida com base em fatos e
provas, de reexame vedado no recurso extraordinário:
incidência, mutatis mutandis, das Súmula 636 e Súmula
279. 2. Alegações improcedentes de negativa de prestação
jurisdicional ou de violação do art. 5º, XXXV e LV, da
Constituição Federal’ (AI nº 597.064/BA-AgR, Primeira
Turma, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de
20/10/06).
Ante o exposto, conheço do agravo para negar seguimento
ao recurso extraordinário.”
Aduz a agravante, in verbis, que:
“(...) a matéria foi devidamente prequestionada pela
empresa agravante, quedando-se omisso o Tribunal de origem,
razão pela qual o recurso não pode frustrar-se pela falta de
prequestionamento, uma vez que a matéria foi devidamente
prequestionada pela agravante.
(...)
Há que se destacar que não há lei que vede a cobrança
do ponto adicional (art. 5º, II da CF), sendo assegurado à
agravante, ainda, o livre exercício da atividade econômica
(parágrafo único do art. 170 da CF).
Outrossim, no tocante ao pedido que a agravante realizou
no recurso inominado também foi omisso, tendo em vista que
não se manifestou sobre os dispositivos elencados, o que
configura cerceamento de defesa, eis que o acórdão não se
manifesta sobre os dispositivos legais para que não haja
prequestionamento a fim de interpor recurso extraordinário.
(...) a ANATEL regulou a cobrança acerca da matéria, e
contrariamente ao teor da decisão, permitiu a cobrança do
aluguel do equipamento cedido para a utilização do ponto
adicional, razão pela qual a agravante apenas cobra do
4
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‘1.
Recurso
extraordinário:
descabimento:
controvérsia de natureza infraconstitucional (Código de
Defesa do Consumidor), decidida com base em fatos e
provas, de reexame vedado no recurso extraordinário:
incidência, mutatis mutandis, das Súmula 636 e Súmula
279. 2. Alegações improcedentes de negativa de prestação
jurisdicional ou de violação do art. 5º, XXXV e LV, da
Constituição Federal’ (AI nº 597.064/BA-AgR, Primeira
Turma, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de
20/10/06).
Ante o exposto, conheço do agravo para negar seguimento
ao recurso extraordinário.”
Aduz a agravante, in verbis, que:
“(...) a matéria foi devidamente prequestionada pela
empresa agravante, quedando-se omisso o Tribunal de origem,
razão pela qual o recurso não pode frustrar-se pela falta de
prequestionamento, uma vez que a matéria foi devidamente
prequestionada pela agravante.
(...)
Há que se destacar que não há lei que vede a cobrança
do ponto adicional (art. 5º, II da CF), sendo assegurado à
agravante, ainda, o livre exercício da atividade econômica
(parágrafo único do art. 170 da CF).
Outrossim, no tocante ao pedido que a agravante realizou
no recurso inominado também foi omisso, tendo em vista que
não se manifestou sobre os dispositivos elencados, o que
configura cerceamento de defesa, eis que o acórdão não se
manifesta sobre os dispositivos legais para que não haja
prequestionamento a fim de interpor recurso extraordinário.
(...) a ANATEL regulou a cobrança acerca da matéria, e
contrariamente ao teor da decisão, permitiu a cobrança do
aluguel do equipamento cedido para a utilização do ponto
adicional, razão pela qual a agravante apenas cobra do
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Relatório
ARE 705.177 AGR / RS
agravado o aluguel dos equipamentos disponibilizados, de
forma que o objeto do processo em questão perdeu seu objeto
com a permissão da cobrança do aluguel dos equipamentos
relativos aos pontos adicionais” (fls. 396/397).
É o relatório.
5
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ARE 705.177 AGR / RS
agravado o aluguel dos equipamentos disponibilizados, de
forma que o objeto do processo em questão perdeu seu objeto
com a permissão da cobrança do aluguel dos equipamentos
relativos aos pontos adicionais” (fls. 396/397).
É o relatório.
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 12
Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 705.177 RIO
GRANDE DO SUL
VOTO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
O inconformismo não merece prosperar.
Conforme expresso na decisão agravada, os arts. 5º, incisos II e LIV; e
170, parágrafo único, da Constituição Federal, apontados como violados
no recurso extraordinário, carecem do necessário prequestionamento,
sendo certo que o acórdão proferido pelo Tribunal de origem não cuidou
da referida normas. Ressalte-se, também, que não foram opostos
embargos de declaração para sanar eventual omissão no julgado.
Incidência das Súmulas nºs 282 e 356/STF.
É certo que, no caso do recurso extraordinário, para haver
prequestionamento, não é necessário que o acórdão recorrido tenha
tratado explicitamente dos dispositivos constitucionais invocados pela
parte recorrente. É necessário, porém, que ele tenha versado
inequivocamente sobre a matéria neles abordada, o que não ocorreu no
caso em tela.
Ressalte-se, outrossim, que a jurisprudência desta Corte é pacífica no
sentido de que, se a ofensa à Constituição surgir com a prolação do
acórdão recorrido, é necessário opor embargos declaratórios que
permitam ao Tribunal de origem apreciar o ponto sob o ângulo
constitucional.
Sobre o tema, anote-se:
“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO REGIMENTAL
NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. AUSÊNCIA DE
PREQUESTIONAMENTO.
REEXAME
DE
PROVAS.
IMPOSSIBILIDADE EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. 2. O
Tribunal a quo não se manifestou explicitamente sobre os temas
constitucionais tidos por violados. Incidência das Súmulas ns.
282 e 356 do Supremo Tribunal Federal. 3. Reexame de fatos e
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 705.177 RIO
GRANDE DO SUL
VOTO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
O inconformismo não merece prosperar.
Conforme expresso na decisão agravada, os arts. 5º, incisos II e LIV; e
170, parágrafo único, da Constituição Federal, apontados como violados
no recurso extraordinário, carecem do necessário prequestionamento,
sendo certo que o acórdão proferido pelo Tribunal de origem não cuidou
da referida normas. Ressalte-se, também, que não foram opostos
embargos de declaração para sanar eventual omissão no julgado.
Incidência das Súmulas nºs 282 e 356/STF.
É certo que, no caso do recurso extraordinário, para haver
prequestionamento, não é necessário que o acórdão recorrido tenha
tratado explicitamente dos dispositivos constitucionais invocados pela
parte recorrente. É necessário, porém, que ele tenha versado
inequivocamente sobre a matéria neles abordada, o que não ocorreu no
caso em tela.
Ressalte-se, outrossim, que a jurisprudência desta Corte é pacífica no
sentido de que, se a ofensa à Constituição surgir com a prolação do
acórdão recorrido, é necessário opor embargos declaratórios que
permitam ao Tribunal de origem apreciar o ponto sob o ângulo
constitucional.
Sobre o tema, anote-se:
“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO REGIMENTAL
NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. AUSÊNCIA DE
PREQUESTIONAMENTO.
REEXAME
DE
PROVAS.
IMPOSSIBILIDADE EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. 2. O
Tribunal a quo não se manifestou explicitamente sobre os temas
constitucionais tidos por violados. Incidência das Súmulas ns.
282 e 356 do Supremo Tribunal Federal. 3. Reexame de fatos e
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 12
Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
ARE 705.177 AGR / RS
provas. Inviabilidade do recurso extraordinário. Súmula 279 do
Supremo Tribunal Federal. Agravo regimental a que se nega
provimento” (RE nº 449.232/CE-AgR-AgR, Segunda Turma,
Relator o Ministro Eros Grau, DJe de 11/4/08).
“CONSTITUCIONAL. PROCESSUAL CIVIL. FALTA DE
PREQUESTIONAMENTO. SÚMULA 282 E 356 DO STF.
INTERPRETAÇÃO DE CLÁUSULAS CONTRATUAIS.
SÚMULA 454. I - Falta de prequestionamento da questão
constitucional suscitada. Incidência da Súmula 282 e 356 do
STF. II - Não se presta o recurso extraordinário à apreciação de
cláusulas contratuais. Incidência da Súmula 454 do STF. III -
Agravo regimental improvido” (AI nº 594.612/RJ-AgR, Primeira
Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de
19/12/07).
“Agravo regimental em recurso extraordinário. 2.
Alegação de ofensa ao art. 5º, LXIX e 97, da Carta Magna.
Ausência de prequestionamento. Caso a violação à Constituição
surja no julgamento do acórdão recorrido, torna-se
indispensável à oposição dos embargos de declaração. 3.
Agravo regimental a que se nega provimento” (RE nº
411.859/MS-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Gilmar
Mendes, DJ de 3/3/06).
Ademais, o Tribunal de origem, ao decidir, manteve a decisão de
primeiro grau por seus próprios fundamentos. Colhe-se da referida
sentença:
“(...)
Os contratos de fls. 204/227 e 241 preveem em seus artigos
12.01 que o decodificador – equipamento indispensável para a
fruição dos serviços contratados – pode ser locado, adquirido
ou usado em comodato, ficando a escolha a critério do
consumidor, segundo se depreende da cláusula em análise.
(...)
2
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Supremo Tribunal Federal
ARE 705.177 AGR / RS
provas. Inviabilidade do recurso extraordinário. Súmula 279 do
Supremo Tribunal Federal. Agravo regimental a que se nega
provimento” (RE nº 449.232/CE-AgR-AgR, Segunda Turma,
Relator o Ministro Eros Grau, DJe de 11/4/08).
“CONSTITUCIONAL. PROCESSUAL CIVIL. FALTA DE
PREQUESTIONAMENTO. SÚMULA 282 E 356 DO STF.
INTERPRETAÇÃO DE CLÁUSULAS CONTRATUAIS.
SÚMULA 454. I - Falta de prequestionamento da questão
constitucional suscitada. Incidência da Súmula 282 e 356 do
STF. II - Não se presta o recurso extraordinário à apreciação de
cláusulas contratuais. Incidência da Súmula 454 do STF. III -
Agravo regimental improvido” (AI nº 594.612/RJ-AgR, Primeira
Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de
19/12/07).
“Agravo regimental em recurso extraordinário. 2.
Alegação de ofensa ao art. 5º, LXIX e 97, da Carta Magna.
Ausência de prequestionamento. Caso a violação à Constituição
surja no julgamento do acórdão recorrido, torna-se
indispensável à oposição dos embargos de declaração. 3.
Agravo regimental a que se nega provimento” (RE nº
411.859/MS-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Gilmar
Mendes, DJ de 3/3/06).
Ademais, o Tribunal de origem, ao decidir, manteve a decisão de
primeiro grau por seus próprios fundamentos. Colhe-se da referida
sentença:
“(...)
Os contratos de fls. 204/227 e 241 preveem em seus artigos
12.01 que o decodificador – equipamento indispensável para a
fruição dos serviços contratados – pode ser locado, adquirido
ou usado em comodato, ficando a escolha a critério do
consumidor, segundo se depreende da cláusula em análise.
(...)
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 12
Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
ARE 705.177 AGR / RS
Pelo conjunto probatório dos autos, verifica-se que a
cobrança foi imputada a consumidora sem que este tivesse o
direito de escolha, entre o comodato, a locação ou a aquisição
do decodificador, como prevê o contrato.
Já a cláusula 18 do contrato firmado entre as partes prevê
a cobrança de ‘taxa’ de adesão e instalação do ponto extra, além
da mensalidade.
Ocorre que como sustentou a demandada esta não cobra
mensalidade, mas locatício. Pois bem.
(...)
Se é certo que é vedado a cobrança de serviço adicional
pela agência que regula o serviço de telecomunicações e, que a
Ré não ofertou a autora a possibilidade de adquirir, usar em
comodato ou locar o decodificados, não pode cobrar pelo
aluguel do equipamento, sem antes ofertar ao consumidor as
alternativas dispostas no contrato.
(...) não há custos porquanto a estrutura física encontra-se
previamente disponível, tanto que a Ré sequer comprovou que
tenha custos adicionais.
(...)
Não há prova robusta de custos extras derivados do ponto
adicional, e à operadora cumpria os demonstrar. Na ausência
de comprovação dos custos, investimentos ou perdas que
poderiam advir da instalação do ponto adicional, para as
operadoras, a cobrança de tarifa ou preço periódicos afigura-se
excessiva, abusiva à luz do CDC, 51, inc. IV e XV e parágrafo 1º,
I e III.
Com isso, mostra-se indevida a cobrança pelo ponto
adicional (conexão adicional – aluguel de equipamento), já que
os custos eventualmente enfrentados pela ré já estão incluídos
na prestação do serviço no ponto principal, não podendo o
consumidor ser compelido a novo pagamento apenas pela
liberação do sinal em outro ponto de sua residência, sob pena
de violação ao disposto no art. 51, IV, do Código de Defesa do
Consumidor” (fls. 259/259v e 260).
3
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Supremo Tribunal Federal
ARE 705.177 AGR / RS
Pelo conjunto probatório dos autos, verifica-se que a
cobrança foi imputada a consumidora sem que este tivesse o
direito de escolha, entre o comodato, a locação ou a aquisição
do decodificador, como prevê o contrato.
Já a cláusula 18 do contrato firmado entre as partes prevê
a cobrança de ‘taxa’ de adesão e instalação do ponto extra, além
da mensalidade.
Ocorre que como sustentou a demandada esta não cobra
mensalidade, mas locatício. Pois bem.
(...)
Se é certo que é vedado a cobrança de serviço adicional
pela agência que regula o serviço de telecomunicações e, que a
Ré não ofertou a autora a possibilidade de adquirir, usar em
comodato ou locar o decodificados, não pode cobrar pelo
aluguel do equipamento, sem antes ofertar ao consumidor as
alternativas dispostas no contrato.
(...) não há custos porquanto a estrutura física encontra-se
previamente disponível, tanto que a Ré sequer comprovou que
tenha custos adicionais.
(...)
Não há prova robusta de custos extras derivados do ponto
adicional, e à operadora cumpria os demonstrar. Na ausência
de comprovação dos custos, investimentos ou perdas que
poderiam advir da instalação do ponto adicional, para as
operadoras, a cobrança de tarifa ou preço periódicos afigura-se
excessiva, abusiva à luz do CDC, 51, inc. IV e XV e parágrafo 1º,
I e III.
Com isso, mostra-se indevida a cobrança pelo ponto
adicional (conexão adicional – aluguel de equipamento), já que
os custos eventualmente enfrentados pela ré já estão incluídos
na prestação do serviço no ponto principal, não podendo o
consumidor ser compelido a novo pagamento apenas pela
liberação do sinal em outro ponto de sua residência, sob pena
de violação ao disposto no art. 51, IV, do Código de Defesa do
Consumidor” (fls. 259/259v e 260).
3
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 12
Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
ARE 705.177 AGR / RS
Desse modo, é certo que para acolher a pretensão da agravante e
ultrapassar o entendimento do Tribunal de origem seria necessário
reexaminar as cláusulas do contrato celebrado entre as partes, os fatos e
as provas dos autos e interpretar a legislação infraconstitucional
pertinente (Código de Defesa do Consumidor), o que é inviável em
recurso extraordinário. Incidência da Súmula nºs 454, 279 e 636/STF.
Nesse sentido, anote-se:
“Agravo regimental em agravo de instrumento. 2. TV por
assinatura. Cobrança de ponto adicional. Código de Defesa do
Consumidor. Legislação infraconstitucional. Ofensa reflexa 3.
Negativa de prestação jurisdicional. Não configuração.
Precedente. AI-QO-RG 791.292 4. Agravo regimental a que se
nega provimento” (AI nº 827.052/SP-AgR, Segunda Turma,
Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJe de 24/9/12).
“ RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO (LEI Nº
12.322/2010) - ALEGADA VIOLAÇÃO A PRECEITOS
INSCRITOS NA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA (CF, ART.
5º, INCISOS II, LIV E LV, E ART. 93, INCISO IX) - TELEVISÃO
POR ASSINATURA - COBRANÇA DE PONTO ADICIONAL -
AUSÊNCIA DE OFENSA DIRETA À CONSTITUIÇÃO -
CONTENCIOSO DE MERA LEGALIDADE - REEXAME DE
FATOS E PROVAS - IMPOSSIBILIDADE - SÚMULA 279/STF -
PRECEDENTES - RECURSO IMPROVIDO” (ARE nº
642.600/RS-AgR-segundo, Segunda Turma, Relator o Ministro
Celso de Mello, DJe de 24/4/12).
“AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE
INSTRUMENTO. TV POR ASSINATURA. COBRANÇA
INDEVIDA DE PONTO ADICIONAL. CERCEAMENTO DE
DEFESA. NÃO CONFIGURADO. CÓDIGO DE DEFESA DO
CONSUMIDOR. LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL.
OFENSA REFLEXA. ART. 93, IX, DA CF. NÃO VIOLAÇÃO.
AGRAVO IMPROVIDO. I – O Supremo Tribunal tem decidido
no sentido de que o indeferimento de diligência probatória, tida
4
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Supremo Tribunal Federal
ARE 705.177 AGR / RS
Desse modo, é certo que para acolher a pretensão da agravante e
ultrapassar o entendimento do Tribunal de origem seria necessário
reexaminar as cláusulas do contrato celebrado entre as partes, os fatos e
as provas dos autos e interpretar a legislação infraconstitucional
pertinente (Código de Defesa do Consumidor), o que é inviável em
recurso extraordinário. Incidência da Súmula nºs 454, 279 e 636/STF.
Nesse sentido, anote-se:
“Agravo regimental em agravo de instrumento. 2. TV por
assinatura. Cobrança de ponto adicional. Código de Defesa do
Consumidor. Legislação infraconstitucional. Ofensa reflexa 3.
Negativa de prestação jurisdicional. Não configuração.
Precedente. AI-QO-RG 791.292 4. Agravo regimental a que se
nega provimento” (AI nº 827.052/SP-AgR, Segunda Turma,
Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJe de 24/9/12).
“ RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO (LEI Nº
12.322/2010) - ALEGADA VIOLAÇÃO A PRECEITOS
INSCRITOS NA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA (CF, ART.
5º, INCISOS II, LIV E LV, E ART. 93, INCISO IX) - TELEVISÃO
POR ASSINATURA - COBRANÇA DE PONTO ADICIONAL -
AUSÊNCIA DE OFENSA DIRETA À CONSTITUIÇÃO -
CONTENCIOSO DE MERA LEGALIDADE - REEXAME DE
FATOS E PROVAS - IMPOSSIBILIDADE - SÚMULA 279/STF -
PRECEDENTES - RECURSO IMPROVIDO” (ARE nº
642.600/RS-AgR-segundo, Segunda Turma, Relator o Ministro
Celso de Mello, DJe de 24/4/12).
“AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE
INSTRUMENTO. TV POR ASSINATURA. COBRANÇA
INDEVIDA DE PONTO ADICIONAL. CERCEAMENTO DE
DEFESA. NÃO CONFIGURADO. CÓDIGO DE DEFESA DO
CONSUMIDOR. LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL.
OFENSA REFLEXA. ART. 93, IX, DA CF. NÃO VIOLAÇÃO.
AGRAVO IMPROVIDO. I – O Supremo Tribunal tem decidido
no sentido de que o indeferimento de diligência probatória, tida
4
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documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3158350.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 12
Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
ARE 705.177 AGR / RS
por desnecessária pelo juízo a quo, não viola os princípios do
contraditório e da ampla defesa. II – O acórdão recorrido
decidiu a questão com base na legislação infraconstitucional
aplicável à espécie, no caso, o Código de Defesa do
Consumidor. A afronta à Constituição, se ocorrente, seria
indireta. Incabível, portanto, o recurso extraordinário. III – A
exigência do art. 93, IX, da Constituição, não impõe que seja a
decisão exaustivamente fundamentada. O que se busca é que o
julgador informe de forma clara e concisa as razões de seu
convencimento. IV - Agravo regimental improvido” (AI nº
804.061/RS-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo
Lewandowski, DJe de 12/11/10).
Nego provimento ao agravo regimental.
5
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3158350.
Supremo Tribunal Federal
ARE 705.177 AGR / RS
por desnecessária pelo juízo a quo, não viola os princípios do
contraditório e da ampla defesa. II – O acórdão recorrido
decidiu a questão com base na legislação infraconstitucional
aplicável à espécie, no caso, o Código de Defesa do
Consumidor. A afronta à Constituição, se ocorrente, seria
indireta. Incabível, portanto, o recurso extraordinário. III – A
exigência do art. 93, IX, da Constituição, não impõe que seja a
decisão exaustivamente fundamentada. O que se busca é que o
julgador informe de forma clara e concisa as razões de seu
convencimento. IV - Agravo regimental improvido” (AI nº
804.061/RS-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo
Lewandowski, DJe de 12/11/10).
Nego provimento ao agravo regimental.
5
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 12
Decisão de Julgamento
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 705.177
PROCED. : RIO GRANDE DO SUL
RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S) : NET SERVIÇOS DE COMUNICAÇÃO S/A
ADV.(A/S) : MARCIA MALLMANN LIPPERT E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : RAQUEL AGUIAR
ADV.(A/S) : LUCAS KOAKOSKI
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos
termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro
Dias Toffoli. 1ª Turma, 6.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3108195
Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 705.177
PROCED. : RIO GRANDE DO SUL
RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S) : NET SERVIÇOS DE COMUNICAÇÃO S/A
ADV.(A/S) : MARCIA MALLMANN LIPPERT E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : RAQUEL AGUIAR
ADV.(A/S) : LUCAS KOAKOSKI
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos
termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro
Dias Toffoli. 1ª Turma, 6.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3108195
Inteiro Teor do Acórdão - Página 12 de 12
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3164273 | 2012-11-06T00:00:00 | 2012-12-07T00:00:00 | A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 6.11.2012. | AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO | EMENTA
Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo. Prequestionamento. Ausência. TV por assinatura. Ponto adicional. Cobrança. Reexame de cláusulas contratuais e de fatos e provas. Ofensa reflexa. Precedentes.
1. Não se admite o recurso extraordinário quando os dispositivos constitucionais que nele se alega violados não estão devidamente prequestionados. Incidência das Súmulas nºs 282 e 356/STF.
2. Inadmissível, em recurso extraordinário, o reexame de cláusulas contratuais, dos fatos e das provas dos autos e da legislação infraconstitucional. Incidência das Súmulas nºs 454, 279 e 636/STF.
3. Agravo regimental não provido. | sjur221018 | - Acórdãos citados:
(PREQUESTIONAMENTO)
STF: AI 594612 AgR(1ªT), RE 411859 AgR(1ªT),
RE 449232 AgR-AgR(2ªT).
(OFENSA REFLEXA)
STF: AI 804061 AgR(1ªT), AI 827052 AgR(2ªT),
ARE 642600 AgR-segundo(2ªT).
Número de páginas: 12.
Análise: 14/12/2012, LLD. | DIAS TOFFOLI | Primeira Turma | 705177 | [
"LEG-FED LEI-008078 ANO-1990\r\n CDC-1990 CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR\r\n\r\n",
"LEG-FED SUMSTF-000279 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF \r\n\r\n",
"LEG-FED SUMSTF-000282 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF \r\n\r\n",
"LEG-FED SUMSTF-000356 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF \r\n\r\n",
"LEG-FED SUMSTF-000454 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF \r\n\r\n",
"LEG-FED SUMSTF-000636 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF"
] | ARE-AgR | acordaos | ARE 705177 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : NET SERVIÇOS DE COMUNICAÇÃO S/A
ADV.(A/S) : MARCIA MALLMANN LIPPERT E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : RAQUEL AGUIAR
ADV.(A/S) : LUCAS KOAKOSKI | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 705 . 177",
"Súmulas [UNK] 282",
"Súmulas [UNK] 454 , 279",
"AGRAVO 705 . 177",
"ARE 705 . 177 AGR / RS",
"ARE 705 . 177",
"ARE 705 . 177 AGR / RS",
"Agravo de Instrumento [UNK] 664 . 567 / RS",
"Súmula n . 279 do STF",
"AI [UNK] 556 . 757 / RJ - AgR",
"ARE 705 . 177 AGR / RS",
"Questão de Ordem no Agravo de Instrumento [UNK] 664 . 567 / RS",
"Súmula n . 279 do STF",
"AI [UNK] 556 . 757 / RJ - AgR",
"AI [UNK] 597 . 064 / BA - AgR",
"ARE 705 . 177 AGR / RS",
"AI [UNK] 597 . 064 / BA - AgR",
"ARE 705 . 177 AGR / RS",
"ARE 705 . 177 AGR / RS",
"Súmulas [UNK] 282",
"Súmulas ns . 282",
"Súmulas [UNK] 282 e 356 / STF",
"Súmulas ns . 282 e 356 do Supremo Tribunal Federal",
"ARE 705 . 177 AGR / RS",
"Súmula 279 do Supremo Tribunal Federal",
"RE [UNK] 449 . 232 / CE - AgR - AgR",
"SÚMULA 282 E 356 DO STF",
"Súmula 282 e 356 do STF",
"Súmula 454 do STF",
"AI [UNK] 594 . 612 / RJ - AgR",
"RE [UNK] 411 . 859 / MS - AgR",
"ARE 705 . 177 AGR / RS",
"Súmula 279 do Supremo Tribunal Federal",
"RE [UNK] 449 . 232 / CE - AgR - AgR",
"SÚMULA 282 E 356 DO STF",
"Súmula 282 e 356 do STF",
"Súmula 454 do STF",
"AI [UNK] 594 . 612 / RJ - AgR",
"RE [UNK] 411 . 859 / MS - AgR",
"ARE 705 . 177 AGR / RS",
"ARE 705 . 177 AGR / RS",
"ARE 705 . 177 AGR /",
"Súmula [UNK] 454 , 279 e 636 / STF",
"AI [UNK] 827 . 052 / SP - AgR",
"SÚMULA 279 / STF",
"ARE [UNK] 642 . 600 / RS",
"Súmula [UNK] 454 , 279 e 636 / STF",
"AI",
"-",
"QO",
"-",
"RG 791 . 292",
"AI [UNK] 827 . 052 / SP - AgR",
"SÚMULA 279 / STF",
"ARE [UNK] 642 . 600 / RS -",
"ARE 705 . 177 AGR / RS",
"AI [UNK] 804 . 061 / RS - AgR",
"ARE 705 . 177 AGR / RS",
"AI [UNK] 804 . 061 / RS - AgR"
],
"LEGISLACAO": [
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 27 , do CDC",
"Código de Defesa do Consumidor",
"Resolução n . [UNK] 528",
"art . 27 , do CDC",
"artigos [UNK] , incisos II e LIV , e 170 , parágrafo único , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 27 , do CDC",
"Código de Defesa do Consumidor",
"Resolução n . [UNK] 528",
"art . 27 , do CDC",
"artigos [UNK] , incisos II e LIV , e 170 , parágrafo único , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal",
"Emenda Regimental [UNK] 21 / 07",
"Constituição do Brasil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal",
"Emenda Regimental [UNK] 21 / 07",
"Constituição do Brasil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Código de Defesa do Consumidor",
"art . [UNK] , XXXV e LV , da Constituição Federal",
"art . [UNK] , II da CF",
"parágrafo único do art . 170 da CF",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Código de Defesa do Consumidor",
"art . [UNK] , XXXV e LV , da Constituição Federal",
"art . [UNK] , II da CF",
"parágrafo único do art . 170 da CF",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"arts . [UNK] , incisos II e LIV ; e 170 , parágrafo único , da Constituição Federal",
"Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"arts . [UNK] , incisos II e LIV ; e 170 , parágrafo único , da Constituição Federal",
"Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] , LXIX e 97 , da Carta Magna",
"Constituição",
"MP n°",
"art . [UNK] , LXIX e 97 , da Carta",
"Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"CDC , 51 , inc . IV e XV e parágrafo [UNK] , I e III",
"art . 51 , IV , do Código de Defesa do Consumidor",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"CDC , 51 , inc . IV e XV e parágrafo [UNK] , I e III",
"art . 51 , IV , do Código de Defesa do Consumidor",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Código de Defesa do Consumidor",
"Código de Defesa do",
"LEI [UNK] 12 . 322 / 2010",
"CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA",
"CF , ART",
"CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR",
"ART . 93 , IX , DA CF",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Código de Defesa do Consumidor",
"Código de Defesa do",
"LEI [UNK] 12 . 322 / 2010",
"CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA",
"CF , ART . [UNK] , INCISOS II , LIV E LV , E ART . 93 , INCISO IX",
"CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR",
"ART . 93 , IX , DA CF",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Código de Defesa do Consumidor",
"Constituição",
"art . 93 , IX , da Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Código de Defesa do Consumidor",
"Constituição",
"art . 93 , IX , da Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"RIO GRANDE DO SUL",
"Brasília",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL"
],
"ORGANIZACAO": [
"PRIMEIRA TURMA",
"NET SERVIÇOS DE COMUNICAÇÃO S / A",
"Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"NET SERVIÇOS DE COMUNICAÇÃO S / A",
"NET Serviços de Comunicação S . A .",
"Primeira Turma Recursal Cível",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"NET SERVIÇOS DE COMUNICAÇÃO S / A",
"NET Serviços de Comunicação S . A .",
"Primeira Turma Recursal Cível dos Juizados Especiais Cíveis do Estado do Rio Grande do Sul",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"ANATEL",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"/",
"ANATEL",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Tribunal Pleno",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Tribunal Pleno",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"/",
"RS",
"Primeira Turma",
"ANATEL",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo",
"Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"ANATEL",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Segunda Turma",
"Primeira Turma",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Primeira Turma",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Segunda Turma",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Primeira Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"NET SERVIÇOS DE COMUNICAÇÃO S / A",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"NET SERVIÇOS DE COMUNICAÇÃO S / A",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"DIAS TOFFOLI",
"MARCIA MALLMANN LIPPERT",
"RAQUEL AGUIAR",
"LUCAS KOAKOSKI",
"Dias Toffoli",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"MARCIA MALLMANN LIPPERT",
"RAQUEL AGUIAR",
"LUCAS KOAKOSKI",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"MARCIA MALLMANN LIPPERT",
"RAQUEL AGUIAR",
"LUCAS KOAKOSKI",
"DIAS TOFFOLI",
"Sepúlveda Pertence",
"Eros Grau",
"Sepúlveda Pertence",
"Eros Grau",
"Sepúlveda Pertence",
"Sepúlveda Pertence",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"Eros Grau",
"Ricardo Lewandowski",
"Gilmar Mendes",
"Eros Grau",
"Ricardo Lewandowski",
"Gilmar Mendes",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"Gilmar Mendes",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Celso de Mello",
"DIAS TOFFOLI",
"Ricardo Lewandowski",
"Ricardo Lewandowski",
"DIAS TOFFOLI",
"MARCIA MALLMANN LIPPERT",
"RAQUEL AGUIAR",
"LUCAS KOAKOSKI",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza",
"DIAS TOFFOLI",
"MARCIA MALLMANN LIPPERT",
"RAQUEL AGUIAR",
"LUCAS KOAKOSKI",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza"
],
"TEMPO": [
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"6 de novembro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"07",
"/",
"12",
"/",
"2012",
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"22",
"/",
"04",
"/",
"2009",
"3",
"/",
"5",
"/",
"07",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"22",
"/",
"04",
"/",
"2009",
"3",
"/",
"5",
"/",
"07",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"6",
"/",
"9",
"/",
"07",
"12",
"/",
"5",
"/",
"06",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"6",
"/",
"9",
"/",
"07",
"12",
"/",
"5",
"/",
"06",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"20",
"/",
"10",
"/",
"06",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"20",
"/",
"10",
"/",
"06",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06",
"/",
"11",
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"2012",
"24",
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"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"4",
"/",
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"19",
"/",
"12",
"/",
"07",
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"/",
"3",
"/",
"06",
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"08",
"/",
"2001",
"11",
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"4",
"/",
"08",
"19",
"/",
"12",
"/",
"07",
"3",
"/",
"3",
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"06",
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"/",
"08",
"/",
"2001",
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"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
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"/",
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"/",
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"/",
"4",
"/",
"12",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"9",
"/",
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"24",
"/",
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"/",
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"/",
"08",
"/",
"2001",
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"/",
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"/",
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"/",
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"/",
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"/",
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"/",
"10",
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"08",
"/",
"2001",
"6",
".",
"11",
".",
"2012",
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"/",
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"/",
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".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 708.412 RIO
GRANDE DO SUL
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S)
:VILMAR CORONETTI
ADV.(A/S)
:CARLOS ALBERTO NASCIMENTO E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL
DO
ESTADO
DO
RIO
GRANDE DO SUL
RECURSO EXTRAORDINÁRIO - MATÉRIA FÁTICA E LEGAL. O
recurso extraordinário não é meio próprio ao revolvimento da prova,
também não servindo à interpretação de normas estritamente legais.
RECURSO EXTRAORDINÁRIO - PREQUESTIONAMENTO -
CONFIGURAÇÃO - RAZÃO DE SER. O prequestionamento não resulta
da circunstância de a matéria haver sido arguida pela parte recorrente. A
configuração do instituto pressupõe debate e decisão prévios pelo
Colegiado, ou seja, emissão de juízo sobre o tema. O procedimento tem
como escopo o cotejo indispensável a que se diga do enquadramento do
recurso extraordinário no permissivo constitucional. Se o Tribunal de
origem não adotou tese explícita a respeito do fato jurígeno veiculado nas
razões recursais, inviabilizado fica o entendimento sobre a violência ao
preceito evocado pelo recorrente.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal em desprover o agravo
regimental no recurso extraordinário com agravo, nos termos do voto do
relator e por unanimidade, em sessão presidida pelo Ministro Dias
Toffoli, na conformidade da ata do julgamento e das respectivas notas
taquigráficas.
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Supremo Tribunal Federal
DJe 18/12/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 9
Ementa e Acórdão
ARE 708.412 AGR / RS
Brasília, 6 de novembro de 2012.
MINISTRO MARCO AURÉLIO – RELATOR
2
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ARE 708.412 AGR / RS
Brasília, 6 de novembro de 2012.
MINISTRO MARCO AURÉLIO – RELATOR
2
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Relatório
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 708.412 RIO
GRANDE DO SUL
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S)
:VILMAR CORONETTI
ADV.(A/S)
:CARLOS ALBERTO NASCIMENTO E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL
DO
ESTADO
DO
RIO
GRANDE DO SUL
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Às folhas 81 e 82,
proferi a seguinte decisão:
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO
–
MATÉRIA FÁTICA – INTERPRETAÇÃO
DE NORMAS LEGAIS – FALTA DE
PREQUESTIONAMENTO
–
INVIABILIDADE
–
AGRAVO
DESPROVIDO.
1. A recorribilidade extraordinária é distinta daquela
revelada por simples revisão do que decidido, na maioria das
vezes procedida mediante o recurso por excelência – a apelação.
Atua-se em sede excepcional à luz da moldura fática delineada
soberanamente pelo Tribunal de origem, considerando-se as
premissas constantes do acórdão impugnado. A jurisprudência
sedimentada é pacífica a respeito, devendo-se ter presente o
Verbete nº 279 da Súmula do Supremo:
Para simples reexame de prova não cabe recurso
extraordinário.
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06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 708.412 RIO
GRANDE DO SUL
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S)
:VILMAR CORONETTI
ADV.(A/S)
:CARLOS ALBERTO NASCIMENTO E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL
DO
ESTADO
DO
RIO
GRANDE DO SUL
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Às folhas 81 e 82,
proferi a seguinte decisão:
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO
–
MATÉRIA FÁTICA – INTERPRETAÇÃO
DE NORMAS LEGAIS – FALTA DE
PREQUESTIONAMENTO
–
INVIABILIDADE
–
AGRAVO
DESPROVIDO.
1. A recorribilidade extraordinária é distinta daquela
revelada por simples revisão do que decidido, na maioria das
vezes procedida mediante o recurso por excelência – a apelação.
Atua-se em sede excepcional à luz da moldura fática delineada
soberanamente pelo Tribunal de origem, considerando-se as
premissas constantes do acórdão impugnado. A jurisprudência
sedimentada é pacífica a respeito, devendo-se ter presente o
Verbete nº 279 da Súmula do Supremo:
Para simples reexame de prova não cabe recurso
extraordinário.
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 9
Relatório
ARE 708.412 AGR / RS
As razões do extraordinário partem de pressupostos
fáticos estranhos ao acórdão atacado, buscando-se, em síntese, o
reexame dos elementos probatórios para, com fundamento em
quadro diverso, assentar-se a viabilidade do recurso.
A par desse aspecto, o acórdão impugnado revela
interpretação de normas estritamente legais, não ensejando
campo ao acesso ao Supremo. À mercê de articulação sobre a
violência à Carta da República, pretende-se submeter a análise
matéria que não se enquadra no inciso III do artigo 102 da
Constituição Federal.
Acresce que, no caso, o que sustentado nas razões do
extraordinário não foi enfrentado pelo Órgão julgador. Assim,
padece o recurso da ausência de prequestionamento,
esbarrando nos Verbetes nº 282 e 356 da Súmula do Supremo.
Este agravo somente serve à sobrecarga da máquina judiciária,
ocupando espaço que deveria ser utilizado na apreciação de
outro processo.
2. Conheço do agravo e o desprovejo.
3. Publiquem.
O agravante, na minuta de folha 86 a 92, insiste no processamento do
extraordinário. Salienta ter a matéria natureza constitucional e estar
devidamente prequestionada. Aduz configurada a ofensa ao artigo 37,
cabeça, do Diploma Maior. Evoca o princípio da igualdade, considerados
os servidores do quadro especial e os demais, no âmbito do Estado.
Alude a pronunciamento no qual se assentou o direito à reposição do
poder aquisitivo do vale-refeição instituído mediante a Lei estadual nº
10.002/93. Menciona, por fim, precedente desta Turma, no sentido da
possibilidade de examinar-se a legislação comum, para concluir-se pela
afronta aos princípios da legalidade e do devido processo legal.
O Estado do Rio Grande do Sul apresentou a contraminuta de folha
2
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ARE 708.412 AGR / RS
As razões do extraordinário partem de pressupostos
fáticos estranhos ao acórdão atacado, buscando-se, em síntese, o
reexame dos elementos probatórios para, com fundamento em
quadro diverso, assentar-se a viabilidade do recurso.
A par desse aspecto, o acórdão impugnado revela
interpretação de normas estritamente legais, não ensejando
campo ao acesso ao Supremo. À mercê de articulação sobre a
violência à Carta da República, pretende-se submeter a análise
matéria que não se enquadra no inciso III do artigo 102 da
Constituição Federal.
Acresce que, no caso, o que sustentado nas razões do
extraordinário não foi enfrentado pelo Órgão julgador. Assim,
padece o recurso da ausência de prequestionamento,
esbarrando nos Verbetes nº 282 e 356 da Súmula do Supremo.
Este agravo somente serve à sobrecarga da máquina judiciária,
ocupando espaço que deveria ser utilizado na apreciação de
outro processo.
2. Conheço do agravo e o desprovejo.
3. Publiquem.
O agravante, na minuta de folha 86 a 92, insiste no processamento do
extraordinário. Salienta ter a matéria natureza constitucional e estar
devidamente prequestionada. Aduz configurada a ofensa ao artigo 37,
cabeça, do Diploma Maior. Evoca o princípio da igualdade, considerados
os servidores do quadro especial e os demais, no âmbito do Estado.
Alude a pronunciamento no qual se assentou o direito à reposição do
poder aquisitivo do vale-refeição instituído mediante a Lei estadual nº
10.002/93. Menciona, por fim, precedente desta Turma, no sentido da
possibilidade de examinar-se a legislação comum, para concluir-se pela
afronta aos princípios da legalidade e do devido processo legal.
O Estado do Rio Grande do Sul apresentou a contraminuta de folha
2
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 9
Relatório
ARE 708.412 AGR / RS
96 a 99, ressaltando cuidar a espécie de pedido, formulado por servidor
da extinta Caixa Econômica do Estado do Rio Grande do Sul, de extensão
do vale-refeição previsto para os servidores da administração direta e das
autarquias. Ressalta que o Supremo, no Recurso Extraordinário com
Agravo nº 708.403/RS, reconheceu a inexistência de repercussão geral do
tema, haja vista o caráter infraconstitucional da discussão.
É o relatório.
3
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Supremo Tribunal Federal
ARE 708.412 AGR / RS
96 a 99, ressaltando cuidar a espécie de pedido, formulado por servidor
da extinta Caixa Econômica do Estado do Rio Grande do Sul, de extensão
do vale-refeição previsto para os servidores da administração direta e das
autarquias. Ressalta que o Supremo, no Recurso Extraordinário com
Agravo nº 708.403/RS, reconheceu a inexistência de repercussão geral do
tema, haja vista o caráter infraconstitucional da discussão.
É o relatório.
3
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 9
Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 708.412 RIO
GRANDE DO SUL
V O T O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Na
interposição deste agravo, observaram-se os pressupostos de
recorribilidade. A peça, subscrita por profissional da advocacia
regularmente constituído (folha 7), foi protocolada no prazo legal.
Conheço.
No tocante à ausência de envergadura constitucional do tema,
atentem para o que decidido pela Turma Recursal da Fazenda Pública da
Comarca de Porto Alegre (folha 45):
SERVIDOR PÚBLICO. EXTINTA CAIXA ECONÔMICA
ESTADUAL (QUADRO ESPECIAL INSTITUÍDO PELA LEI
ESTADUAL Nº 10.959/97). AUXÍLIO RANCHO E VALE
REFEIÇÃO. VERBAS DIVERSAS. IMPROCEDENTE O
PEDIDO DE REAJUSTE DO VALE REFEIÇÃO, POSTO QUE
INAPLICÁVEL AO CASO O DISPOSTO NA LEI Nº 10.002/93.
VALOR PERCEBIDO QUE EXTRAPOLA O RECEBIDO PELOS
DEMAIS SERVIDORES. CARÊNCIA DA AÇÃO AFASTADA.
MATÉRIA NO MÉRITO ENFRENTADA, MAS RECURSO
IMPROVIDO.
Em sede excepcional, atua-se à luz da moldura fática delineada
soberanamente pelo Colegiado de origem, considerando-se as premissas
constantes do pronunciamento impugnado. A jurisprudência
sedimentada é pacífica a respeito, devendo-se ter presente o Verbete nº
279 da Súmula deste Tribunal:
Para simples reexame de prova não cabe recurso
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PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 708.412 RIO
GRANDE DO SUL
V O T O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Na
interposição deste agravo, observaram-se os pressupostos de
recorribilidade. A peça, subscrita por profissional da advocacia
regularmente constituído (folha 7), foi protocolada no prazo legal.
Conheço.
No tocante à ausência de envergadura constitucional do tema,
atentem para o que decidido pela Turma Recursal da Fazenda Pública da
Comarca de Porto Alegre (folha 45):
SERVIDOR PÚBLICO. EXTINTA CAIXA ECONÔMICA
ESTADUAL (QUADRO ESPECIAL INSTITUÍDO PELA LEI
ESTADUAL Nº 10.959/97). AUXÍLIO RANCHO E VALE
REFEIÇÃO. VERBAS DIVERSAS. IMPROCEDENTE O
PEDIDO DE REAJUSTE DO VALE REFEIÇÃO, POSTO QUE
INAPLICÁVEL AO CASO O DISPOSTO NA LEI Nº 10.002/93.
VALOR PERCEBIDO QUE EXTRAPOLA O RECEBIDO PELOS
DEMAIS SERVIDORES. CARÊNCIA DA AÇÃO AFASTADA.
MATÉRIA NO MÉRITO ENFRENTADA, MAS RECURSO
IMPROVIDO.
Em sede excepcional, atua-se à luz da moldura fática delineada
soberanamente pelo Colegiado de origem, considerando-se as premissas
constantes do pronunciamento impugnado. A jurisprudência
sedimentada é pacífica a respeito, devendo-se ter presente o Verbete nº
279 da Súmula deste Tribunal:
Para simples reexame de prova não cabe recurso
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 9
Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
ARE 708.412 AGR / RS
extraordinário.
A par deste aspecto, o deslinde da controvérsia deu-se sob o ângulo
estritamente legal e não considerada a Carta da República. A conclusão
adotada fez-se alicerçada em interpretação conferida à legislação local.
Acresce que o Supremo, no julgamento do Recurso Extraordinário
com Agravo nº 708.403/RS, da relatoria do ministro Gilmar Mendes,
assentando a natureza infraconstitucional da matéria, concluiu não ter
repercussão geral o tema concernente à observância dos critérios de
reajuste do vale-refeição dos servidores do Estado do Rio Grande do Sul
relativamente aos integrantes do quadro especial decorrente da
transformação da CEERGS – Caixa Econômica Estadual do Rio Grande
do Sul em sociedade de economia mista.
No mais, não foi examinado, na origem, o preceito constitucional
mencionado no extraordinário, padecendo o recurso da ausência do
prequestionamento. Atentem não para o apego à literalidade do Verbete
nº 356, também da Súmula deste Tribunal, mas para a razão de ser do
prequestionamento e, mais ainda, para o teor do Verbete nº 282 da
referida Súmula. O instituto do prequestionamento significa o debate e a
decisão prévios do tema jurídico constante das razões apresentadas. Se o
ato impugnado nada contém sobre o que versado no recurso, descabe
assentar o enquadramento deste no permissivo constitucional. Assim
decidiu o Supremo no julgamento do Agravo Regimental no Agravo de
Instrumento nº 541.696-6/DF, de que fui relator, com acórdão publicado
no Diário da Justiça de 24 de fevereiro de 2006, sintetizado na seguinte
ementa:
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO
–
PREQUESTIONAMENTO – CONFIGURAÇÃO – RAZÃO DE
SER. O prequestionamento não resulta da circunstância de a
matéria haver sido arguida pela parte recorrente. A
configuração do instituto pressupõe debate e decisão prévios
pelo Colegiado, ou seja, emissão de juízo sobre o tema. O
procedimento tem como escopo o cotejo indispensável a que se
2
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Supremo Tribunal Federal
ARE 708.412 AGR / RS
extraordinário.
A par deste aspecto, o deslinde da controvérsia deu-se sob o ângulo
estritamente legal e não considerada a Carta da República. A conclusão
adotada fez-se alicerçada em interpretação conferida à legislação local.
Acresce que o Supremo, no julgamento do Recurso Extraordinário
com Agravo nº 708.403/RS, da relatoria do ministro Gilmar Mendes,
assentando a natureza infraconstitucional da matéria, concluiu não ter
repercussão geral o tema concernente à observância dos critérios de
reajuste do vale-refeição dos servidores do Estado do Rio Grande do Sul
relativamente aos integrantes do quadro especial decorrente da
transformação da CEERGS – Caixa Econômica Estadual do Rio Grande
do Sul em sociedade de economia mista.
No mais, não foi examinado, na origem, o preceito constitucional
mencionado no extraordinário, padecendo o recurso da ausência do
prequestionamento. Atentem não para o apego à literalidade do Verbete
nº 356, também da Súmula deste Tribunal, mas para a razão de ser do
prequestionamento e, mais ainda, para o teor do Verbete nº 282 da
referida Súmula. O instituto do prequestionamento significa o debate e a
decisão prévios do tema jurídico constante das razões apresentadas. Se o
ato impugnado nada contém sobre o que versado no recurso, descabe
assentar o enquadramento deste no permissivo constitucional. Assim
decidiu o Supremo no julgamento do Agravo Regimental no Agravo de
Instrumento nº 541.696-6/DF, de que fui relator, com acórdão publicado
no Diário da Justiça de 24 de fevereiro de 2006, sintetizado na seguinte
ementa:
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO
–
PREQUESTIONAMENTO – CONFIGURAÇÃO – RAZÃO DE
SER. O prequestionamento não resulta da circunstância de a
matéria haver sido arguida pela parte recorrente. A
configuração do instituto pressupõe debate e decisão prévios
pelo Colegiado, ou seja, emissão de juízo sobre o tema. O
procedimento tem como escopo o cotejo indispensável a que se
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 9
Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
ARE 708.412 AGR / RS
diga do enquadramento do recurso extraordinário no
permissivo constitucional. Se o Tribunal de origem não adotou
entendimento explícito a respeito do fato jurígeno veiculado
nas razões recursais, inviabilizada fica a conclusão sobre a
violência ao preceito evocado pelo recorrente.
Ante o quadro, desprovejo o regimental.
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Supremo Tribunal Federal
ARE 708.412 AGR / RS
diga do enquadramento do recurso extraordinário no
permissivo constitucional. Se o Tribunal de origem não adotou
entendimento explícito a respeito do fato jurígeno veiculado
nas razões recursais, inviabilizada fica a conclusão sobre a
violência ao preceito evocado pelo recorrente.
Ante o quadro, desprovejo o regimental.
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 9
Decisão de Julgamento
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 708.412
PROCED. : RIO GRANDE DO SUL
RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S) : VILMAR CORONETTI
ADV.(A/S) : CARLOS ALBERTO NASCIMENTO E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos
termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro
Dias Toffoli. 1ª Turma, 6.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
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documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3108211
Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 708.412
PROCED. : RIO GRANDE DO SUL
RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S) : VILMAR CORONETTI
ADV.(A/S) : CARLOS ALBERTO NASCIMENTO E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos
termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro
Dias Toffoli. 1ª Turma, 6.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 9
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3216291 | 2012-11-06T00:00:00 | 2012-12-18T00:00:00 | A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 6.11.2012. | AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO | RECURSO EXTRAORDINÁRIO - MATÉRIA FÁTICA E LEGAL. O recurso extraordinário não é meio próprio ao revolvimento da prova, também não servindo à interpretação de normas estritamente legais.
RECURSO EXTRAORDINÁRIO - PREQUESTIONAMENTO - CONFIGURAÇÃO - RAZÃO DE SER. O prequestionamento não resulta da circunstância de a matéria haver sido arguida pela parte recorrente. A configuração do instituto pressupõe debate e decisão prévios pelo Colegiado, ou seja, emissão de juízo sobre o tema. O procedimento tem como escopo o cotejo indispensável a que se diga do enquadramento do recurso extraordinário no permissivo constitucional. Se o Tribunal de origem não adotou tese explícita a respeito do fato jurígeno veiculado nas razões recursais, inviabilizado fica o entendimento sobre a violência ao preceito evocado pelo recorrente. | sjur221979 | - Acórdãos citados:
(SÚMULA 279)
STF: AI 541696 AgR(1ªT);
(CRITÉRIOS, REAJUSTE, VALE-REFEIÇÃO)
STF: ARE 708403 RG(TP).
Número de páginas: 9.
Análise: 04/01/2013, LLD. | MARCO AURÉLIO | Primeira Turma | 708412 | [
"LEG-FED SUMSTF-000279 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF \r\n\r\n",
"LEG-FED SUMSTF-000282 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF \r\n\r\n",
"LEG-FED SUMSTF-000356 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF \r\n\r\n",
"LEG-EST LEI-010959 ANO-1997\r\n LEI ORDINÁRIA, RS\r\n\r\n",
"LEG-EST LEI-010002 ANO-1993\r\n LEI ORDINÁRIA, RS"
] | ARE-AgR | acordaos | ARE 708412 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : VILMAR CORONETTI
ADV.(A/S) : CARLOS ALBERTO NASCIMENTO E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
ADV.(A/S) : LUIS ALFREDO COSTA | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 708 . 412",
"ARE 708 . 412 AGR / RS",
"ARE 708 . 412 AGR / RS",
"Verbete [UNK] 279 da Súmula do Supremo",
"Verbete [UNK] 279 da Súmula do Supremo",
"ARE 708 . 412 AGR / RS",
"ARE 708 . 412 AGR / RS",
"Verbetes [UNK] 282",
"ARE 708 . 412 AGR / RS",
"Recurso Extraordinário com Agravo [UNK] 708 . 403 / RS",
"ARE 708 . 412 AGR / RS 96 a",
"Recurso Extraordinário com Agravo [UNK] 708 . 403 / RS",
"ARE 708 . 412 AGR / RS",
"Recurso Extraordinário com Agravo [UNK] 708 . 403 / RS",
"Agravo Regimental no Agravo de Instrumento [UNK] 541 . 696 - 6 / DF",
"ARE 708 . 412 AGR / RS",
"Recurso Extraordinário com Agravo [UNK] 708 . 403 /",
"Agravo Regimental no Agravo de Instrumento [UNK] 541 . 696 - 6 / DF",
"ARE 708 . 412",
"ARE 708 . 412 AGR"
],
"LEGISLACAO": [
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Carta da República",
"inciso III do artigo 102 da Constituição Federal",
"[UNK] 282",
"artigo 37 , cabeça , do Diploma Maior",
"Lei estadual [UNK] 10 . 002 / 93",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Carta da República",
"inciso III do artigo 102 da Constituição Federal",
"artigo 37 , cabeça , do Diploma Maior",
"Lei estadual [UNK] 10 . 002 / 93",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"LEI ESTADUAL [UNK] 10 . 959 / 97",
"LEI [UNK] 10 . 002 / 93",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"LEI [UNK] 10 . 002 / 93",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Carta da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Carta da República",
"MP n° 2 . 200 -",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 ."
],
"LOCAL": [
"RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL",
"Brasília",
"Brasília",
"RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL",
"Estado do Rio Grande do Sul",
"Estado do Rio Grande do Sul",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"Estado do Rio Grande do Sul",
"RS",
"Estado do Rio Grande do Sul",
"RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL"
],
"ORGANIZACAO": [
"PRIMEIRA TURMA",
"Primeira Turma do",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura",
"de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Caixa Econômica do Estado do Rio Grande do Sul",
"Supremo",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo",
"Tribunal Federal",
"Caixa Econômica do Estado do Rio Grande do Sul",
"Supremo",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"Turma Recursal da Fazenda Pública da Comarca de Porto Alegre",
"CAIXA ECONÔMICA ESTADUAL",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Turma Recursal da Fazenda Pública da Comarca de Porto Alegre",
"CAIXA ECONÔMICA ESTADUAL",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo",
"CEERGS",
"Caixa Econômica Estadual do Rio Grande do Sul",
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"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo",
"CEERGS",
"Caixa Econômica Estadual do Rio Grande do Sul",
"Supremo",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"/",
"RS",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"/",
"RS",
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"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"[UNK] Turma",
"Primeira",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"MARCO AURÉLIO",
"VILMAR CORONETTI",
"CARLOS ALBERTO NASCIMENTO",
"Dias Toffoli",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"VILMAR CORONETTI",
"CARLOS ALBERTO NASCIMENTO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"VILMAR CORONETTI",
"CARLOS ALBERTO NASCIMENTO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"Gilmar Mendes",
"Gilmar Mendes",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"VILMAR CORONETTI",
"CARLOS ALBERTO NASCIMENTO",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza",
"MARCO AURÉLIO",
"VILMAR CORONETTI",
"CARLOS ALBERTO NASCIMENTO",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza"
],
"TEMPO": [
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"18",
"/",
"12",
"/",
"2012",
"6 de novembro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"6 de novembro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
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"08",
"/",
"2001",
"06",
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"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24 de fevereiro de 2006",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24 de fevereiro de 2006",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"6",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"6",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 700.108 RIO GRANDE DO SUL
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S)
:ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL
DO
ESTADO
DO
RIO
GRANDE DO SUL
AGDO.(A/S)
:LUIZ ALBERTO PORTO DE LIMA
ADV.(A/S)
:LEO IOLOVITCH E OUTRO(A/S)
RECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA FÁTICA E LEGAL. O
recurso extraordinário não é meio próprio ao revolvimento da prova,
também não servindo à interpretação de normas estritamente legais.
RECURSO EXTRAORDINÁRIO – PRESTAÇÃO JURISDICIONAL –
DEVIDO PROCESSO LEGAL. Se, de um lado, é possível ter-se situação
concreta em que transgredido o devido processo legal a ponto de se
enquadrar o recurso extraordinário no permissivo que lhe é próprio, de
outro, descabe confundir a ausência de aperfeiçoamento da prestação
jurisdicional com a entrega de forma contrária aos interesses do
recorrente.
AGRAVO – ARTIGO 557, § 2º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL –
MULTA. Se o agravo é manifestamente infundado, impõe-se a aplicação
da multa prevista no § 2º do artigo 557 do Código de Processo Civil,
arcando a parte com o ônus decorrente da litigância de má-fé.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal em desprover o agravo
regimental no agravo de instrumento, nos termos do voto do relator e por
unanimidade, em sessão presidida pelo Ministro Dias Toffoli, na
conformidade da ata do julgamento e das respectivas notas taquigráficas.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3206966.
Supremo Tribunal Federal
DJe 19/12/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 7
Ementa e Acórdão
AI 700.108 AGR / RS
Brasília, 6 de novembro de 2012.
MINISTRO MARCO AURÉLIO – RELATOR
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3206966.
Supremo Tribunal Federal
AI 700.108 AGR / RS
Brasília, 6 de novembro de 2012.
MINISTRO MARCO AURÉLIO – RELATOR
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3206966.
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Relatório
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 700.108 RIO GRANDE DO SUL
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S)
:ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL
DO
ESTADO
DO
RIO
GRANDE DO SUL
AGDO.(A/S)
:LUIZ ALBERTO PORTO DE LIMA
ADV.(A/S)
:LEO IOLOVITCH E OUTRO(A/S)
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Por meio da decisão
de folhas 302 e 303, neguei provimento a agravo, consignando:
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO
–
MATÉRIA FÁTICA – INTERPRETAÇÃO
DE
NORMAS
LEGAIS
–
INVIABILIDADE – DESPROVIMENTO
DO AGRAVO.
1. A recorribilidade extraordinária é distinta daquela
revelada por simples revisão do que decidido, na maioria das
vezes procedida mediante o recurso por excelência – a apelação.
Atua-se em sede excepcional à luz da moldura fática delineada
soberanamente pelo Tribunal de origem, considerando-se as
premissas constantes do acórdão impugnado. A jurisprudência
sedimentada é pacífica a respeito, devendo-se ter presente o
Verbete nº 279 da Súmula do Supremo:
Para simples reexame de prova não cabe recurso
extraordinário.
As razões do extraordinário partem de pressupostos
fáticos estranhos ao acórdão atacado, buscando-se, em última
análise, o reexame dos elementos probatórios para, com
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documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3206967.
Supremo Tribunal Federal
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 700.108 RIO GRANDE DO SUL
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S)
:ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL
DO
ESTADO
DO
RIO
GRANDE DO SUL
AGDO.(A/S)
:LUIZ ALBERTO PORTO DE LIMA
ADV.(A/S)
:LEO IOLOVITCH E OUTRO(A/S)
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Por meio da decisão
de folhas 302 e 303, neguei provimento a agravo, consignando:
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO
–
MATÉRIA FÁTICA – INTERPRETAÇÃO
DE
NORMAS
LEGAIS
–
INVIABILIDADE – DESPROVIMENTO
DO AGRAVO.
1. A recorribilidade extraordinária é distinta daquela
revelada por simples revisão do que decidido, na maioria das
vezes procedida mediante o recurso por excelência – a apelação.
Atua-se em sede excepcional à luz da moldura fática delineada
soberanamente pelo Tribunal de origem, considerando-se as
premissas constantes do acórdão impugnado. A jurisprudência
sedimentada é pacífica a respeito, devendo-se ter presente o
Verbete nº 279 da Súmula do Supremo:
Para simples reexame de prova não cabe recurso
extraordinário.
As razões do extraordinário partem de pressupostos
fáticos estranhos ao acórdão atacado, buscando-se, em última
análise, o reexame dos elementos probatórios para, com
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 7
Relatório
AI 700.108 AGR / RS
fundamento em quadro diverso, assentar a viabilidade do
recurso.
A par desse aspecto, descabe confundir a ausência de
entrega aperfeiçoada da prestação jurisdicional com decisão
contrária aos interesses defendidos. A violência ao devido
processo legal não pode ser tomada como uma alavanca para
alçar a este Tribunal conflito de interesses com solução na
origem. A tentativa acaba por fazer-se voltada à transformação
do Supremo em mero revisor dos atos dos demais tribunais do
País. Na espécie, o Colegiado de origem procedeu a julgamento
fundamentado de forma consentânea com a ordem jurídica.
Acresce que o acórdão impugnado mediante o
extraordinário revela interpretação de normas estritamente
legais, não ensejando campo ao acesso ao Supremo. À mercê de
articulação sobre a violência à Carta da República, pretende-se
submeter a análise matéria que não se enquadra no inciso III do
artigo 102 da Constituição Federal. Este agravo somente serve à
sobrecarga da máquina judiciária, ocupando espaço que
deveria ser utilizado na apreciação de outro processo.
2. Conheço do agravo e o desprovejo.
3. Publiquem.
O Estado do Rio Grande do Sul, na minuta de folha 316 a 323, insiste
na demonstração de ofensa ao artigo 37, inciso I, da Constituição Federal,
considerado o não preenchimento dos requisitos legais no momento da
posse no cargo para o qual o agravado fora aprovado em concurso
público. Sustenta ser desnecessário o revolvimento do conjunto fático-
probatório.
A parte agravada apresentou a contraminuta de folha 331 a 340,
apontando o acerto do ato atacado.
É o relatório.
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3206967.
Supremo Tribunal Federal
AI 700.108 AGR / RS
fundamento em quadro diverso, assentar a viabilidade do
recurso.
A par desse aspecto, descabe confundir a ausência de
entrega aperfeiçoada da prestação jurisdicional com decisão
contrária aos interesses defendidos. A violência ao devido
processo legal não pode ser tomada como uma alavanca para
alçar a este Tribunal conflito de interesses com solução na
origem. A tentativa acaba por fazer-se voltada à transformação
do Supremo em mero revisor dos atos dos demais tribunais do
País. Na espécie, o Colegiado de origem procedeu a julgamento
fundamentado de forma consentânea com a ordem jurídica.
Acresce que o acórdão impugnado mediante o
extraordinário revela interpretação de normas estritamente
legais, não ensejando campo ao acesso ao Supremo. À mercê de
articulação sobre a violência à Carta da República, pretende-se
submeter a análise matéria que não se enquadra no inciso III do
artigo 102 da Constituição Federal. Este agravo somente serve à
sobrecarga da máquina judiciária, ocupando espaço que
deveria ser utilizado na apreciação de outro processo.
2. Conheço do agravo e o desprovejo.
3. Publiquem.
O Estado do Rio Grande do Sul, na minuta de folha 316 a 323, insiste
na demonstração de ofensa ao artigo 37, inciso I, da Constituição Federal,
considerado o não preenchimento dos requisitos legais no momento da
posse no cargo para o qual o agravado fora aprovado em concurso
público. Sustenta ser desnecessário o revolvimento do conjunto fático-
probatório.
A parte agravada apresentou a contraminuta de folha 331 a 340,
apontando o acerto do ato atacado.
É o relatório.
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 7
Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 700.108 RIO GRANDE DO SUL
V O T O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Na interposição deste
agravo, observaram-se os pressupostos de recorribilidade. A peça,
subscrita por Procurador do Estado, foi protocolada no prazo legal.
Conheço.
Atentem para o que decidido na origem. A Quarta Câmara Cível do
Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul deu provimento à
apelação, consignando em síntese (folha 165):
ADMINISTRATIVO - CONCURSO PÚBLICO -
CANDIDATO APROVADO QUE TEVE A POSSE NO CARGO
NEGADA EM RAZÃO DE CONDENAÇÃO CRIMINAL
TRANSITADA EM JULGADO - IMPLEMENTO DA
CONDIÇÃO PARA O FORNECIMENTO DA CERTIDÃO DA
JUSTIÇA ELEITORAL - CANDIDATO QUE ASSUMIU A
VAGA POR FORÇA DE LIMINAR NO PRAZO CONCEDIDO -
AGRAVO DE INSTRUMENTO COM TRÂNSITO EM
JULGADO QUE CONFIRMOU A LIMINAR CONCEDENDO A
POSSE SOB CONDIÇÃO DEVIDAMENTE CUMPRIDA - FATO
CONSUMADO A SER CONSIDERADO TENDO EM VISTA A
RECUPERAÇÃO DO APENADO - OS EFEITOS
SECUNDÁRIOS DA PENA DEVEM SER ENCARADOS COM
A DEVIDA SENSIBILIDADE DIANTE DO CASO CONCRETO.
Apelo provido.
O deslinde da controvérsia deu-se à luz dos fatos e das provas e sob
o ângulo estritamente legal, não considerada a Constituição da República.
Está-se diante de conflito de interesses que tem desfecho no Tribunal de
origem, não ensejando campo ao acesso ao Supremo.
Anoto não equivaler à negativa de prestação jurisdicional o
julgamento fundamentado da controvérsia, mas contrário aos interesses
da parte.
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documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3206968.
Supremo Tribunal Federal
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 700.108 RIO GRANDE DO SUL
V O T O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Na interposição deste
agravo, observaram-se os pressupostos de recorribilidade. A peça,
subscrita por Procurador do Estado, foi protocolada no prazo legal.
Conheço.
Atentem para o que decidido na origem. A Quarta Câmara Cível do
Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul deu provimento à
apelação, consignando em síntese (folha 165):
ADMINISTRATIVO - CONCURSO PÚBLICO -
CANDIDATO APROVADO QUE TEVE A POSSE NO CARGO
NEGADA EM RAZÃO DE CONDENAÇÃO CRIMINAL
TRANSITADA EM JULGADO - IMPLEMENTO DA
CONDIÇÃO PARA O FORNECIMENTO DA CERTIDÃO DA
JUSTIÇA ELEITORAL - CANDIDATO QUE ASSUMIU A
VAGA POR FORÇA DE LIMINAR NO PRAZO CONCEDIDO -
AGRAVO DE INSTRUMENTO COM TRÂNSITO EM
JULGADO QUE CONFIRMOU A LIMINAR CONCEDENDO A
POSSE SOB CONDIÇÃO DEVIDAMENTE CUMPRIDA - FATO
CONSUMADO A SER CONSIDERADO TENDO EM VISTA A
RECUPERAÇÃO DO APENADO - OS EFEITOS
SECUNDÁRIOS DA PENA DEVEM SER ENCARADOS COM
A DEVIDA SENSIBILIDADE DIANTE DO CASO CONCRETO.
Apelo provido.
O deslinde da controvérsia deu-se à luz dos fatos e das provas e sob
o ângulo estritamente legal, não considerada a Constituição da República.
Está-se diante de conflito de interesses que tem desfecho no Tribunal de
origem, não ensejando campo ao acesso ao Supremo.
Anoto não equivaler à negativa de prestação jurisdicional o
julgamento fundamentado da controvérsia, mas contrário aos interesses
da parte.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3206968.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 7
Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
AI 700.108 AGR / RS
Este recurso ganha contornos protelatórios. Valho-me de trecho do
artigo “O Judiciário e a Litigância de Má-fé”, por mim outrora publicado:
Observa-se, portanto, a existência de instrumental hábil a
inibir-se manobras processuais procrastinatórias. Atento à
sinalização de derrocada do Judiciário, sufocado por número de
processos estranho à ordem natural das coisas, o Legislador
normatizou. Agora, em verdadeira resistência democrática ao
que vem acontecendo, compete ao Estado-juiz atuar com
desassombro, sob pena de tornar-se o responsável pela falência
do Judiciário. Cumpre-lhe, sem extravasamento, sem
menosprezo ao dever de preservar o direito de defesa das
partes, examinar, caso a caso, os recursos enquadráveis como
meramente protelatórios, restabelecendo a boa ordem
processual. Assim procedendo, honrará a responsabilidade
decorrente do ofício, alfim, a própria toga.
Ante o quadro, desprovejo o regimental. Imponho ao agravante, nos
termos do artigo 557, § 2º, do Código de Processo Civil, a multa de 5%
sobre o valor da causa devidamente corrigido, a reverter em benefício do
agravado.
2
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Supremo Tribunal Federal
AI 700.108 AGR / RS
Este recurso ganha contornos protelatórios. Valho-me de trecho do
artigo “O Judiciário e a Litigância de Má-fé”, por mim outrora publicado:
Observa-se, portanto, a existência de instrumental hábil a
inibir-se manobras processuais procrastinatórias. Atento à
sinalização de derrocada do Judiciário, sufocado por número de
processos estranho à ordem natural das coisas, o Legislador
normatizou. Agora, em verdadeira resistência democrática ao
que vem acontecendo, compete ao Estado-juiz atuar com
desassombro, sob pena de tornar-se o responsável pela falência
do Judiciário. Cumpre-lhe, sem extravasamento, sem
menosprezo ao dever de preservar o direito de defesa das
partes, examinar, caso a caso, os recursos enquadráveis como
meramente protelatórios, restabelecendo a boa ordem
processual. Assim procedendo, honrará a responsabilidade
decorrente do ofício, alfim, a própria toga.
Ante o quadro, desprovejo o regimental. Imponho ao agravante, nos
termos do artigo 557, § 2º, do Código de Processo Civil, a multa de 5%
sobre o valor da causa devidamente corrigido, a reverter em benefício do
agravado.
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3206968.
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Decisão de Julgamento
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 700.108
PROCED. : RIO GRANDE DO SUL
RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
AGDO.(A/S) : LUIZ ALBERTO PORTO DE LIMA
ADV.(A/S) : LEO IOLOVITCH E OUTRO(A/S)
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, com
imposição de multa, nos termos do voto do Relator. Unânime.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 6.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3108192
Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 700.108
PROCED. : RIO GRANDE DO SUL
RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
AGDO.(A/S) : LUIZ ALBERTO PORTO DE LIMA
ADV.(A/S) : LEO IOLOVITCH E OUTRO(A/S)
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, com
imposição de multa, nos termos do voto do Relator. Unânime.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 6.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3108192
Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 7
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3216330 | 2012-11-06T00:00:00 | 2012-12-19T00:00:00 | A Turma negou provimento ao agravo regimental, com imposição de multa, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 6.11.2012. | AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO | RECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA FÁTICA E LEGAL. O recurso extraordinário não é meio próprio ao revolvimento da prova, também não servindo à interpretação de normas estritamente legais.
RECURSO EXTRAORDINÁRIO – PRESTAÇÃO JURISDICIONAL – DEVIDO PROCESSO LEGAL. Se, de um lado, é possível ter-se situação concreta em que transgredido o devido processo legal a ponto de se enquadrar o recurso extraordinário no permissivo que lhe é próprio, de outro, descabe confundir a ausência de aperfeiçoamento da prestação jurisdicional com a entrega de forma contrária aos interesses do recorrente.
AGRAVO – ARTIGO 557, § 2º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL – MULTA. Se o agravo é manifestamente infundado, impõe-se a aplicação da multa prevista no § 2º do artigo 557 do Código de Processo Civil, arcando a parte com o ônus decorrente da litigância de má-fé. | sjur222148 | Número de páginas: 7.
Análise: 16/01/2013, BMB. | MARCO AURÉLIO | Primeira Turma | 700108 | [
"LEG-FED LEI-005869 ANO-1973\r\n ART-00557 PAR-00002 \r\n CPC-1973 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL"
] | AI-AgR | acordaos | AI 700108 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
AGDO.(A/S) : LUIZ ALBERTO PORTO DE LIMA
ADV.(A/S) : LEO IOLOVITCH E OUTRO(A/S) | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 700 . 108",
"AI 700 . 108 AGR / RS",
"AI 700 . 108 AGR / RS",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 700 . 108",
"Verbete [UNK] 279 da Súmula do Supremo",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 700 . 108",
"Verbete [UNK] 279 da Súmula do Supremo",
"AI 700 . 108 AGR / RS",
"AI 700 . 108 AGR / RS",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 700 . 108",
"AI 700 . 108 AGR / RS",
"AI 700 . 108 AGR / RS",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 700 . 108",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 700 . 108"
],
"LEGISLACAO": [
"ARTIGO 557 , § [UNK] , DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL",
"§ [UNK] do artigo 557 do Código de Processo Civil",
"n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Carta da República",
"inciso III do artigo 102 da Constituição Federal",
"artigo 37 , inciso I , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Carta da República",
"inciso III do artigo 102 da Constituição Federal",
"artigo 37 , inciso I , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 557 , § [UNK] , do Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 557 , § [UNK] , do Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL",
"Brasília",
"Brasília",
"RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL",
"Estado do Rio Grande do Sul",
"Estado do Rio Grande do Sul",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL"
],
"ORGANIZACAO": [
"PRIMEIRA TURMA",
"Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
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"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo",
"Supremo",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo",
"Supremo",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"Quarta Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul",
"Supremo",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Quarta Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul",
"Supremo",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"[UNK] Turma",
"Primeira",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"MARCO AURÉLIO",
"LUIZ ALBERTO PORTO DE LIMA",
"LEO IOLOVITCH",
"Dias Toffoli",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"LUIZ ALBERTO PORTO DE LIMA",
"LEO IOLOVITCH",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"LUIZ ALBERTO PORTO DE LIMA",
"LEO IOLOVITCH",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"LUIZ ALBERTO PORTO DE LIMA",
"LEO IOLOVITCH",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza",
"MARCO AURÉLIO",
"LUIZ ALBERTO PORTO DE LIMA",
"LEO IOLOVITCH",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza"
],
"TEMPO": [
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"19",
"/",
"12",
"/",
"2012",
"6 de novembro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"6 de novembro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"6",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"6",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 109.378 MINAS GERAIS
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
PACTE.(S)
:FLAVIO GUSTAVO ELIAS MARTINS
IMPTE.(S)
:DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
COATOR(A/S)(ES)
:SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
HABEAS CORPUS – JULGAMENTO POR TRIBUNAL SUPERIOR –
IMPUGNAÇÃO. A teor do disposto no artigo 102, inciso II, alínea “a”, da
Constituição Federal, contra decisão, proferida em processo revelador de
habeas corpus, a implicar a não concessão da ordem, cabível é o recurso
ordinário. Evolução quanto à admissibilidade do substitutivo do habeas
corpus.
PRISÃO PREVENTIVA – LIMINAR DEFERIDA – FUNDAMENTOS
DO ATO DO JUÍZO – INSUBSISTÊNCIA – CONCESSÃO DE OFÍCIO. A
gravidade da imputação, por si só, não respalda, presente o artigo 312 do
Código de Processo Penal, a prisão preventiva.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal em julgar extinta a ordem
de habeas corpus por inadequação da via processual, mas em concedê-la,
de ofício, tornando definitiva a liminar anteriormente deferida, nos
termos do voto do relator e por unanimidade, em sessão presidida pelo
Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata do julgamento e das
respectivas notas taquigráficas.
Brasília, 6 de novembro de 2012.
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Supremo Tribunal Federal
DJe 27/11/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 12
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Ementa e Acórdão
HC 109.378 / MG
MINISTRO MARCO AURÉLIO – RELATOR
2
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Supremo Tribunal Federal
HC 109.378 / MG
MINISTRO MARCO AURÉLIO – RELATOR
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Relatório
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 109.378 MINAS GERAIS
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
PACTE.(S)
:FLAVIO GUSTAVO ELIAS MARTINS
IMPTE.(S)
:DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
COATOR(A/S)(ES)
:SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Adoto, a título de
relatório, as informações prestadas pelo Gabinete:
O Presidente, ao deferir o pedido de liminar, consignou:
Decisão: 1. Trata-se de habeas corpus, com pedido
liminar, impetrado em favor de FLÁVIO GUSTAVO
ELIAS MARTINS, contra decisão do Superior Tribunal de
Justiça, que lhe denegou a ordem requerida no HC nº
199.341.
O paciente foi preso em flagrante, pela suposta
prática dos delitos tipificados no art. 33 da Lei nº
11.343/2006, pela posse de cerca de 25 pedras de “crack”.
O juízo singular manteve a prisão cautelar, sob o
fundamento de o art. 44 da Lei 11.343/06 não admite a
concessão de liberdade provisória, o que, por sua vez,
decore da inafiançabilidade prevista no art. 5º, XLII, da
Constituição Federal, e para garantir a ordem pública,
diante da gravidade do delito. A defesa impetrou habeas
corpus junto ao TJMG, que lhe denegou a ordem. Novo
pedido de writ foi impetrado perante o STJ, que o denegou
nos seguintes termos:
“HABEAS CORPUS . PRISÃO EM
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Supremo Tribunal Federal
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 109.378 MINAS GERAIS
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
PACTE.(S)
:FLAVIO GUSTAVO ELIAS MARTINS
IMPTE.(S)
:DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
COATOR(A/S)(ES)
:SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Adoto, a título de
relatório, as informações prestadas pelo Gabinete:
O Presidente, ao deferir o pedido de liminar, consignou:
Decisão: 1. Trata-se de habeas corpus, com pedido
liminar, impetrado em favor de FLÁVIO GUSTAVO
ELIAS MARTINS, contra decisão do Superior Tribunal de
Justiça, que lhe denegou a ordem requerida no HC nº
199.341.
O paciente foi preso em flagrante, pela suposta
prática dos delitos tipificados no art. 33 da Lei nº
11.343/2006, pela posse de cerca de 25 pedras de “crack”.
O juízo singular manteve a prisão cautelar, sob o
fundamento de o art. 44 da Lei 11.343/06 não admite a
concessão de liberdade provisória, o que, por sua vez,
decore da inafiançabilidade prevista no art. 5º, XLII, da
Constituição Federal, e para garantir a ordem pública,
diante da gravidade do delito. A defesa impetrou habeas
corpus junto ao TJMG, que lhe denegou a ordem. Novo
pedido de writ foi impetrado perante o STJ, que o denegou
nos seguintes termos:
“HABEAS CORPUS . PRISÃO EM
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 12
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Relatório
HC 109.378 / MG
FLAGRANTE. TRÁFICO ILÍCITO DE DROGAS.
INDEFERIMENTO DO PEDIDO DE LIBERDADE
PROVISÓRIA. VALIDADE DA VEDAÇÃO
CONTIDA NO ART. 44 DA LEI N.º 11.343/06.
ORDEM DENEGADA.
1. O Paciente foi preso em flagrante delito na
posse de 25 (vinte e cinco) pedras de substância
amarelada, semelhante ao "crack".
2. É firme a orientação da Quinta Turma deste
Superior Tribunal de Justiça no sentido de que a
vedação expressa da liberdade provisória nos crimes
de tráfico ilícito de entorpecentes é, por si só, motivo
suficiente para impedir a concessão da benesse ao
réu preso em flagrante por crime hediondo ou
equiparado, nos termos do disposto no art. 5.º, inciso
XLIII, da Constituição da República, que impõe a
inafiançabilidade das referidas infrações penais.
Precedentes desta Turma e do Supremo
Tribunal Federal.
3. Ordem denegada.”
Aduz, agora, o impetrante, a inconstitucionalidade
do art. 44 da Lei nº 11.343/2006, e a consequente
impossibilidade de se utilizar tal dispositivo como
fundamento suficiente para a denegação do writ. Cita
precedentes da Corte no sentido de não considerar
suficiente a mera referência à vedação legal como
fundamento da prisão cautelar.
Requer o impetrante “seja concedida a ordem do
presente habeas corpus para garantir à paciente sua liberdade
provisória”.
2. Nos termos do art. 13, VIII, do RISTF, decido.
É caso de liminar.
O acórdão do Superior Tribunal de Justiça
fundamentou a manutenção da prisão cautelar do ora
2
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Supremo Tribunal Federal
HC 109.378 / MG
FLAGRANTE. TRÁFICO ILÍCITO DE DROGAS.
INDEFERIMENTO DO PEDIDO DE LIBERDADE
PROVISÓRIA. VALIDADE DA VEDAÇÃO
CONTIDA NO ART. 44 DA LEI N.º 11.343/06.
ORDEM DENEGADA.
1. O Paciente foi preso em flagrante delito na
posse de 25 (vinte e cinco) pedras de substância
amarelada, semelhante ao "crack".
2. É firme a orientação da Quinta Turma deste
Superior Tribunal de Justiça no sentido de que a
vedação expressa da liberdade provisória nos crimes
de tráfico ilícito de entorpecentes é, por si só, motivo
suficiente para impedir a concessão da benesse ao
réu preso em flagrante por crime hediondo ou
equiparado, nos termos do disposto no art. 5.º, inciso
XLIII, da Constituição da República, que impõe a
inafiançabilidade das referidas infrações penais.
Precedentes desta Turma e do Supremo
Tribunal Federal.
3. Ordem denegada.”
Aduz, agora, o impetrante, a inconstitucionalidade
do art. 44 da Lei nº 11.343/2006, e a consequente
impossibilidade de se utilizar tal dispositivo como
fundamento suficiente para a denegação do writ. Cita
precedentes da Corte no sentido de não considerar
suficiente a mera referência à vedação legal como
fundamento da prisão cautelar.
Requer o impetrante “seja concedida a ordem do
presente habeas corpus para garantir à paciente sua liberdade
provisória”.
2. Nos termos do art. 13, VIII, do RISTF, decido.
É caso de liminar.
O acórdão do Superior Tribunal de Justiça
fundamentou a manutenção da prisão cautelar do ora
2
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 12
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Relatório
HC 109.378 / MG
paciente em uma única razão: a proibição de liberdade
provisória constante do art. 44 da Lei de Drogas. A decisão
do juízo singular afirma, por sua vez, não ser necessário
que se motive concretamente a negativa ao pedido de
liberdade provisória, diante da vedação legal.
O Plenário desta Corte discute, no julgamento do HC
nº 100.949, a constitucionalidade da vedação prevista no
art. 44 da Lei de Drogas. Ademais, a Segunda Turma tem
decidido pela necessidade de fundamentação da custódia
preventiva nos termos do art. 312 do CPP, sendo
insuficiente a mera referência ao art. 44 da Lei nº
11.343/06, ou à inafiançabilidade dos crimes hediondos
prevista no texto constitucional (HC nº 93.056, Rel. Min.
CELSO DE MELLO, DJ 15/05/2009; HC nº 98.966, Rel.
Min. EROS GRAU, DJ 30/04/2010; HC nº 99.043, Rel. Min.
GILMAR MENDES, DJ 10/09/2010).
Acolhendo a posição majoritária na Turma, já afirmei
não me parecer razoável conferir plena vigência ao
princípio da presunção de inocência e, ao mesmo tempo,
compatibilizá-lo com a interpretação de que a própria
Constituição Federal determina a prisão de um acusado
antes do trânsito em julgado de sentença penal
condenatória (HC nº 99.043/MC, DJ 22/05/2009). É o que,
salvo melhor juízo, parece ocorrer no caso, em que se
busca extrair a fundamentação da custódia preventiva do
paciente à tipificação legal de conduta a ele atribuída antes
do julgamento.
3. A decisão do juízo singular faz referência, ainda, à
gravidade abstrata do delito de tráfico de drogas e à
necessidade da prisão para evitar que “esta sociedade venha
a se sentir desprotegida e atemorizada”.
Mas tal motivo não é bastante a ensejar a prisão
preventiva. Isto seria uma finalidade da pena – prevenção
geral –, que não pode, sem ofensa à Constituição,
garantidora da presunção de inocência (art. 5º, inc. LVII),
3
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Supremo Tribunal Federal
HC 109.378 / MG
paciente em uma única razão: a proibição de liberdade
provisória constante do art. 44 da Lei de Drogas. A decisão
do juízo singular afirma, por sua vez, não ser necessário
que se motive concretamente a negativa ao pedido de
liberdade provisória, diante da vedação legal.
O Plenário desta Corte discute, no julgamento do HC
nº 100.949, a constitucionalidade da vedação prevista no
art. 44 da Lei de Drogas. Ademais, a Segunda Turma tem
decidido pela necessidade de fundamentação da custódia
preventiva nos termos do art. 312 do CPP, sendo
insuficiente a mera referência ao art. 44 da Lei nº
11.343/06, ou à inafiançabilidade dos crimes hediondos
prevista no texto constitucional (HC nº 93.056, Rel. Min.
CELSO DE MELLO, DJ 15/05/2009; HC nº 98.966, Rel.
Min. EROS GRAU, DJ 30/04/2010; HC nº 99.043, Rel. Min.
GILMAR MENDES, DJ 10/09/2010).
Acolhendo a posição majoritária na Turma, já afirmei
não me parecer razoável conferir plena vigência ao
princípio da presunção de inocência e, ao mesmo tempo,
compatibilizá-lo com a interpretação de que a própria
Constituição Federal determina a prisão de um acusado
antes do trânsito em julgado de sentença penal
condenatória (HC nº 99.043/MC, DJ 22/05/2009). É o que,
salvo melhor juízo, parece ocorrer no caso, em que se
busca extrair a fundamentação da custódia preventiva do
paciente à tipificação legal de conduta a ele atribuída antes
do julgamento.
3. A decisão do juízo singular faz referência, ainda, à
gravidade abstrata do delito de tráfico de drogas e à
necessidade da prisão para evitar que “esta sociedade venha
a se sentir desprotegida e atemorizada”.
Mas tal motivo não é bastante a ensejar a prisão
preventiva. Isto seria uma finalidade da pena – prevenção
geral –, que não pode, sem ofensa à Constituição,
garantidora da presunção de inocência (art. 5º, inc. LVII),
3
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Relatório
HC 109.378 / MG
ser transportada para a prisão preventiva, eis que ambas
possuem natureza diversa. Tenho afirmado que a
incompatibilidade da presunção de periculosidade e
prisão cautelar “se revela ainda mais grave quando se tem em
conta a referência à função de pronta reação do delito como
forma de aplacar o alarme social; aqui se parte de um dado
emotivo, instável e sujeito a manipulações, para impor à
consciência do juiz uma medida muito próxima à idéia de justiça
sumária” (ANTONIO MAGALHÃES GOMES FILHO,
“Presunção de Inocência e Prisão Cautelar”, SP, Saraiva,
1991, p. 68. Grifei).
É o que tem decidido a Corte:
“AÇÃO PENAL. Prisão preventiva. Decreto
fundado na gravidade do delito, a título de garantia
da ordem pública. Inadmissibilidade. Razão que não
autoriza a prisão cautelar. Constrangimento ilegal
caracterizado. Precedentes.
É ilegal o decreto de prisão preventiva que, a
título de necessidade de garantir a ordem pública, se
funda na gravidade do delito” (HC n° 92.302, Rel.
Min. CEZAR PELUSO, DJ 13/06/2008).
“AÇÃO PENAL. Prisão preventiva. Decreto
fundado na gravidade do delito. Inadmissibilidade.
Razão que não autoriza a prisão cautelar.
Constrangimento ilegal caracterizado. Precedentes.
HC concedido.
É ilegal o decreto de prisão preventiva que se
funda na gravidade do delito.” (HC n° 94.122, Rel.
Min. CEZAR PELUSO, DJ 17/11/2008).
Afastadas as razões que fundaram a manutenção da
custódia preventiva do ora paciente, impõe-se a concessão
da liminar requerida.
4
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Supremo Tribunal Federal
HC 109.378 / MG
ser transportada para a prisão preventiva, eis que ambas
possuem natureza diversa. Tenho afirmado que a
incompatibilidade da presunção de periculosidade e
prisão cautelar “se revela ainda mais grave quando se tem em
conta a referência à função de pronta reação do delito como
forma de aplacar o alarme social; aqui se parte de um dado
emotivo, instável e sujeito a manipulações, para impor à
consciência do juiz uma medida muito próxima à idéia de justiça
sumária” (ANTONIO MAGALHÃES GOMES FILHO,
“Presunção de Inocência e Prisão Cautelar”, SP, Saraiva,
1991, p. 68. Grifei).
É o que tem decidido a Corte:
“AÇÃO PENAL. Prisão preventiva. Decreto
fundado na gravidade do delito, a título de garantia
da ordem pública. Inadmissibilidade. Razão que não
autoriza a prisão cautelar. Constrangimento ilegal
caracterizado. Precedentes.
É ilegal o decreto de prisão preventiva que, a
título de necessidade de garantir a ordem pública, se
funda na gravidade do delito” (HC n° 92.302, Rel.
Min. CEZAR PELUSO, DJ 13/06/2008).
“AÇÃO PENAL. Prisão preventiva. Decreto
fundado na gravidade do delito. Inadmissibilidade.
Razão que não autoriza a prisão cautelar.
Constrangimento ilegal caracterizado. Precedentes.
HC concedido.
É ilegal o decreto de prisão preventiva que se
funda na gravidade do delito.” (HC n° 94.122, Rel.
Min. CEZAR PELUSO, DJ 17/11/2008).
Afastadas as razões que fundaram a manutenção da
custódia preventiva do ora paciente, impõe-se a concessão
da liminar requerida.
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Relatório
HC 109.378 / MG
3. Ante o exposto, concedo a liminar, expedindo-se
alvará de soltura em favor do paciente, para que, se por al
não estiver preso, aguarde em liberdade o julgamento
deste habeas corpus, sem prejuízo de nova análise pelo
Ministro Relator.
Comunique-se, com urgência, por ofício e fac-símile, o
inteiro teor desta decisão ao juízo de Direito da 1ª Vara de
Tóxicos da comarca de Belo Horizonte/MG, ao Tribunal de
Justiça do Estado de Minas Gerais e ao Superior Tribunal
de Justiça.
Estando os autos devidamente instruídos, dê-se vista
dos autos à Procuradoria-Geral da República.
Submetam-se, após, os autos à distribuição na forma
regimental.
Publique-se. Int..
Brasília, 20 de julho de 2011.
Ministro Cezar Peluso
Presidente
Documento assinado digitalmente
Dispensadas as informações da origem pelo Presidente do
Supremo, a Procuradoria Geral da República, em parecer,
sustenta não haver ilegalidade a ser sanada pelo habeas. Articula
com a especialidade da Lei nº 11.343/06 em relação à Lei nº
8.072/90, inclusive na redação dada pela Lei nº 11.464/07. Cita
precedentes: Medida Cautelar no Habeas Corpus nº 92.723/GO,
relator Ministro Ricardo Lewandowski, Habeas Corpus nº
89.068/RN, relator Ministro Carlos Ayres Britto, Habeas Corpus
nº 93.229/SP, relatora Ministra Cármen Lúcia, Habeas Corpus nº
93.653/RN, relatora Ministra Ellen Gracie, e Habeas Corpus nº
93.000/MG, relator Ministro Ricardo Lewandowski. Menciona,
ainda, o Recurso Extraordinário nº 601.384/RS, que teve a
repercussão geral reconhecida, no qual se discute a
5
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Supremo Tribunal Federal
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3. Ante o exposto, concedo a liminar, expedindo-se
alvará de soltura em favor do paciente, para que, se por al
não estiver preso, aguarde em liberdade o julgamento
deste habeas corpus, sem prejuízo de nova análise pelo
Ministro Relator.
Comunique-se, com urgência, por ofício e fac-símile, o
inteiro teor desta decisão ao juízo de Direito da 1ª Vara de
Tóxicos da comarca de Belo Horizonte/MG, ao Tribunal de
Justiça do Estado de Minas Gerais e ao Superior Tribunal
de Justiça.
Estando os autos devidamente instruídos, dê-se vista
dos autos à Procuradoria-Geral da República.
Submetam-se, após, os autos à distribuição na forma
regimental.
Publique-se. Int..
Brasília, 20 de julho de 2011.
Ministro Cezar Peluso
Presidente
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Dispensadas as informações da origem pelo Presidente do
Supremo, a Procuradoria Geral da República, em parecer,
sustenta não haver ilegalidade a ser sanada pelo habeas. Articula
com a especialidade da Lei nº 11.343/06 em relação à Lei nº
8.072/90, inclusive na redação dada pela Lei nº 11.464/07. Cita
precedentes: Medida Cautelar no Habeas Corpus nº 92.723/GO,
relator Ministro Ricardo Lewandowski, Habeas Corpus nº
89.068/RN, relator Ministro Carlos Ayres Britto, Habeas Corpus
nº 93.229/SP, relatora Ministra Cármen Lúcia, Habeas Corpus nº
93.653/RN, relatora Ministra Ellen Gracie, e Habeas Corpus nº
93.000/MG, relator Ministro Ricardo Lewandowski. Menciona,
ainda, o Recurso Extraordinário nº 601.384/RS, que teve a
repercussão geral reconhecida, no qual se discute a
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Relatório
HC 109.378 / MG
compatibilidade do artigo 44 da Lei nº 11.343/06 com o atual
ordenamento jurídico. Assevera que deve prevalecer a tese da
constitucionalidade da referida norma. Afirma estar a decisão
que implicou o afastamento da liberdade provisória
fundamentada em elementos concretos a indicarem a
materialidade e a autoria do delito e na necessidade de
garantir-se a ordem pública. Opina pelo indeferimento da
ordem.
Lancei visto no processo em 28 de outubro de 2012, liberando-o para
ser julgado na Turma a partir de 6 de novembro seguinte, isso
objetivando a ciência da impetrante.
É o relatório.
6
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Supremo Tribunal Federal
HC 109.378 / MG
compatibilidade do artigo 44 da Lei nº 11.343/06 com o atual
ordenamento jurídico. Assevera que deve prevalecer a tese da
constitucionalidade da referida norma. Afirma estar a decisão
que implicou o afastamento da liberdade provisória
fundamentada em elementos concretos a indicarem a
materialidade e a autoria do delito e na necessidade de
garantir-se a ordem pública. Opina pelo indeferimento da
ordem.
Lancei visto no processo em 28 de outubro de 2012, liberando-o para
ser julgado na Turma a partir de 6 de novembro seguinte, isso
objetivando a ciência da impetrante.
É o relatório.
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Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 109.378 MINAS GERAIS
V O T O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Este
habeas
ganha contornos de substitutivo do recurso ordinário
constitucional. Valho-me do que tenho consignado a respeito:
A Carta Federal encerra como garantia maior essa ação
nobre voltada a preservar a liberdade de ir e vir do cidadão – o
habeas corpus. Vale dizer, sofrendo alguém ou se achando
ameaçado de sofrer violência ou coação à liberdade de
locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder, cabe manusear o
instrumental, fazendo-o no tocante à competência originária de
órgão julgador.
Em época na qual não havia a sobrecarga de processos
hoje notada – praticamente inviabilizando, em tempo hábil, a
jurisdição –, passou-se a admitir o denominado habeas
substitutivo do recurso ordinário constitucional previsto contra
decisão judicial a implicar o indeferimento da ordem. Com isso,
atualmente, tanto o Supremo quanto o Superior Tribunal de
Justiça estão às voltas com um grande número de habeas corpus
– este Tribunal recebeu, no primeiro semestre de 2012, 2.181
habeas e 108 recursos ordinários e aquele, 16.372 habeas e 1.475
recursos ordinários. Raras exceções, não se trata de impetrações
passíveis de serem enquadradas como originárias, mas de
medidas intentadas a partir de construção jurisprudencial.
O Direito é orgânico e dinâmico e contém princípios,
expressões e vocábulos com sentido próprio. A definição do
alcance da Carta da República há de fazer-se de forma
integrativa, mas também considerada a regra de hermenêutica e
aplicação do Direito que é a sistemática. O habeas corpus
substitutivo do recurso ordinário, além de não estar abrangido
pela garantia constante do inciso LXVIII do artigo 5º do
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Supremo Tribunal Federal
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 109.378 MINAS GERAIS
V O T O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Este
habeas
ganha contornos de substitutivo do recurso ordinário
constitucional. Valho-me do que tenho consignado a respeito:
A Carta Federal encerra como garantia maior essa ação
nobre voltada a preservar a liberdade de ir e vir do cidadão – o
habeas corpus. Vale dizer, sofrendo alguém ou se achando
ameaçado de sofrer violência ou coação à liberdade de
locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder, cabe manusear o
instrumental, fazendo-o no tocante à competência originária de
órgão julgador.
Em época na qual não havia a sobrecarga de processos
hoje notada – praticamente inviabilizando, em tempo hábil, a
jurisdição –, passou-se a admitir o denominado habeas
substitutivo do recurso ordinário constitucional previsto contra
decisão judicial a implicar o indeferimento da ordem. Com isso,
atualmente, tanto o Supremo quanto o Superior Tribunal de
Justiça estão às voltas com um grande número de habeas corpus
– este Tribunal recebeu, no primeiro semestre de 2012, 2.181
habeas e 108 recursos ordinários e aquele, 16.372 habeas e 1.475
recursos ordinários. Raras exceções, não se trata de impetrações
passíveis de serem enquadradas como originárias, mas de
medidas intentadas a partir de construção jurisprudencial.
O Direito é orgânico e dinâmico e contém princípios,
expressões e vocábulos com sentido próprio. A definição do
alcance da Carta da República há de fazer-se de forma
integrativa, mas também considerada a regra de hermenêutica e
aplicação do Direito que é a sistemática. O habeas corpus
substitutivo do recurso ordinário, além de não estar abrangido
pela garantia constante do inciso LXVIII do artigo 5º do
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Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
HC 109.378 / MG
Diploma Maior, não existindo sequer previsão legal, enfraquece
este último documento, tornando-o desnecessário no que, nos
artigos 102, inciso II, alínea “a”, e 105, inciso II, alínea “a”, tem-
se a previsão do recurso ordinário constitucional a ser
manuseado, em tempo, para o Supremo, contra decisão
proferida por tribunal superior indeferindo ordem, e para o
Superior Tribunal de Justiça, contra ato de tribunal regional
federal e de tribunal de justiça. O Direito é avesso a
sobreposições e impetrar-se novo habeas, embora para
julgamento por tribunal diverso, impugnando pronunciamento
em idêntica medida implica inviabilizar, em detrimento de
outras situações em que requerida, a jurisdição.
Cumpre implementar – visando restabelecer a eficácia
dessa ação maior, a valia da Carta Federal no que prevê não o
habeas substitutivo, mas o recurso ordinário – a correção de
rumos. Consigno que, no tocante a habeas já formalizado sob a
óptica da substituição do recurso constitucional, não ocorrerá
prejuízo para o paciente, ante a possibilidade de vir-se a
conceder, se for o caso, a ordem de ofício.
Saliento, por último, que, há dois anos, cheguei a propor a
edição de verbete de súmula que, no entanto, esbarrou na
ausência de precedentes. Deve-se afastar o misoneísmo, a
aversão a novas ideias, pouco importando a justificativa
plausível destas – no caso, constitucional –, salvando-se, e esta é
a expressão própria, o habeas corpus em sua envergadura maior,
no que solapado por visão contrária ao princípio do terceiro
excluído: uma coisa é ou não é. Entre duas possibilidades
contempladas na Lei Fundamental, de modo exaustivo, não
simplesmente exemplificativo, não há lugar para uma terceira –
na espécie, o inexistente, normativamente, habeas corpus
substitutivo do recurso ordinário, que, ante a prática admitida
até aqui, caiu em desuso, tornando quase letra morta os
preceitos constitucionais que o versam.
É cômodo não interpor o recurso ordinário quando se
pode, a qualquer momento e considerado o estágio do
processo-crime, buscar-se infirmar decisão há muito proferida,
2
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Supremo Tribunal Federal
HC 109.378 / MG
Diploma Maior, não existindo sequer previsão legal, enfraquece
este último documento, tornando-o desnecessário no que, nos
artigos 102, inciso II, alínea “a”, e 105, inciso II, alínea “a”, tem-
se a previsão do recurso ordinário constitucional a ser
manuseado, em tempo, para o Supremo, contra decisão
proferida por tribunal superior indeferindo ordem, e para o
Superior Tribunal de Justiça, contra ato de tribunal regional
federal e de tribunal de justiça. O Direito é avesso a
sobreposições e impetrar-se novo habeas, embora para
julgamento por tribunal diverso, impugnando pronunciamento
em idêntica medida implica inviabilizar, em detrimento de
outras situações em que requerida, a jurisdição.
Cumpre implementar – visando restabelecer a eficácia
dessa ação maior, a valia da Carta Federal no que prevê não o
habeas substitutivo, mas o recurso ordinário – a correção de
rumos. Consigno que, no tocante a habeas já formalizado sob a
óptica da substituição do recurso constitucional, não ocorrerá
prejuízo para o paciente, ante a possibilidade de vir-se a
conceder, se for o caso, a ordem de ofício.
Saliento, por último, que, há dois anos, cheguei a propor a
edição de verbete de súmula que, no entanto, esbarrou na
ausência de precedentes. Deve-se afastar o misoneísmo, a
aversão a novas ideias, pouco importando a justificativa
plausível destas – no caso, constitucional –, salvando-se, e esta é
a expressão própria, o habeas corpus em sua envergadura maior,
no que solapado por visão contrária ao princípio do terceiro
excluído: uma coisa é ou não é. Entre duas possibilidades
contempladas na Lei Fundamental, de modo exaustivo, não
simplesmente exemplificativo, não há lugar para uma terceira –
na espécie, o inexistente, normativamente, habeas corpus
substitutivo do recurso ordinário, que, ante a prática admitida
até aqui, caiu em desuso, tornando quase letra morta os
preceitos constitucionais que o versam.
É cômodo não interpor o recurso ordinário quando se
pode, a qualquer momento e considerado o estágio do
processo-crime, buscar-se infirmar decisão há muito proferida,
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HC 109.378 / MG
mediante o denominado habeas corpus substitutivo, alcançando-
se, com isso, a passagem do tempo, a desaguar, por vezes, na
prescrição. A situação não deve continuar, no que já mitigou a
importância do habeas corpus e emperrou a máquina judiciária,
sendo prejudicados os cidadãos em geral, a cidadania. Rara é a
sessão da Turma em que não se examina impetração voltada
contra a demora na apreciação de idêntica medida pelo
Superior Tribunal de Justiça.
No caso, conforme vislumbrou o então Presidente do Supremo
Tribunal, ministro Cezar Peluso, ilegalidade a ensejar a concessão da
ordem de ofício. O Juízo, após tecer considerações sobre a vedação da Lei
nº 11.343/06 à liberdade provisória – já afastada por este Tribunal em
virtude do conflito com a Constituição Federal –, assentou a prisão na
gravidade dos fatos narrados pelo Ministério Público na denúncia:
Dada a gravidade de tais fatos, tenho que se encontram
presentes os requisitos do art. 312 do CPP, principalmente para
a manutenção da ordem pública.
Com isso, inobservou o figurino legal, colocando em segundo plano
a circunstância de tratar-se de acusado primário e com residência fixa.
Implemento a ordem de ofício, para tornar definitiva a medida
acauteladora.
3
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Supremo Tribunal Federal
HC 109.378 / MG
mediante o denominado habeas corpus substitutivo, alcançando-
se, com isso, a passagem do tempo, a desaguar, por vezes, na
prescrição. A situação não deve continuar, no que já mitigou a
importância do habeas corpus e emperrou a máquina judiciária,
sendo prejudicados os cidadãos em geral, a cidadania. Rara é a
sessão da Turma em que não se examina impetração voltada
contra a demora na apreciação de idêntica medida pelo
Superior Tribunal de Justiça.
No caso, conforme vislumbrou o então Presidente do Supremo
Tribunal, ministro Cezar Peluso, ilegalidade a ensejar a concessão da
ordem de ofício. O Juízo, após tecer considerações sobre a vedação da Lei
nº 11.343/06 à liberdade provisória – já afastada por este Tribunal em
virtude do conflito com a Constituição Federal –, assentou a prisão na
gravidade dos fatos narrados pelo Ministério Público na denúncia:
Dada a gravidade de tais fatos, tenho que se encontram
presentes os requisitos do art. 312 do CPP, principalmente para
a manutenção da ordem pública.
Com isso, inobservou o figurino legal, colocando em segundo plano
a circunstância de tratar-se de acusado primário e com residência fixa.
Implemento a ordem de ofício, para tornar definitiva a medida
acauteladora.
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Decisão de Julgamento
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
HABEAS CORPUS 109.378
PROCED. : MINAS GERAIS
RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO
PACTE.(S) : FLAVIO GUSTAVO ELIAS MARTINS
IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Decisão: A Turma julgou extinta a ordem de habeas corpus por
inadequação da via processual, mas a concedeu, de ofício, tornando
definitiva a liminar anteriormente deferida, nos termos do voto do
Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª
Turma, 6.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
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documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3108155
Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
HABEAS CORPUS 109.378
PROCED. : MINAS GERAIS
RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO
PACTE.(S) : FLAVIO GUSTAVO ELIAS MARTINS
IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Decisão: A Turma julgou extinta a ordem de habeas corpus por
inadequação da via processual, mas a concedeu, de ofício, tornando
definitiva a liminar anteriormente deferida, nos termos do voto do
Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª
Turma, 6.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 12 de 12
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3129642
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3129642 | 2012-11-06T00:00:00 | 2012-11-27T00:00:00 | A Turma julgou extinta a ordem de habeas corpus por inadequação da via processual, mas a concedeu, de ofício, tornando definitiva a liminar anteriormente deferida, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 6.11.2012. | HABEAS CORPUS | HABEAS CORPUS – JULGAMENTO POR TRIBUNAL SUPERIOR – IMPUGNAÇÃO. A teor do disposto no artigo 102, inciso II, alínea “a”, da Constituição Federal, contra decisão, proferida em processo revelador de habeas corpus, a implicar a não concessão da ordem, cabível é o recurso ordinário. Evolução quanto à admissibilidade do substitutivo do habeas corpus.
PRISÃO PREVENTIVA – LIMINAR DEFERIDA – FUNDAMENTOS DO ATO DO JUÍZO – INSUBSISTÊNCIA – CONCESSÃO DE OFÍCIO. A gravidade da imputação, por si só, não respalda, presente o artigo 312 do Código de Processo Penal, a prisão preventiva. | sjur219918 | Número de páginas: 12.
Análise: 30/11/2012, LLD. | MARCO AURÉLIO | Primeira Turma | 109378 | [
"LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00102 INC-00002 LET-A \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n\r\n",
"LEG-FED DEL-003689 ANO-1941\r\n ART-00312 \r\n CPP-1941 CÓDIGO DE PROCESSO PENAL\r\n\r\n",
"LEG-FED LEI-011343 ANO-2006\r\n LTX-2006 LEI DE TÓXICOS"
] | HC | acordaos | HC 109378 | [
""
] | PACTE.(S) : FLAVIO GUSTAVO ELIAS MARTINS
IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"HABEAS CORPUS 109 . 378",
"HC 109 . 378 / MG",
"HC 109 . 378 / MG",
"HABEAS",
"HC [UNK] 199 . 341",
"HABEAS CORPUS 109 . 378",
"HC [UNK] 199 . 341",
"HC 109 . 378 / MG",
"HC 109 . 378 / MG",
"HC 109 . 378 / MG",
"HC [UNK] 100 . 949",
"HC [UNK] 93 . 056",
"HC [UNK] 98 . 966",
"HC [UNK] 99 . 043",
"HC [UNK] 99 . 043 / MC",
"HC 109 . 378 / MG",
"HC [UNK] 100 . 949",
"HC [UNK] 93 . 056",
"HC [UNK] 98 .",
"HC [UNK] 99 . 043",
"HC [UNK] 99 . 043 / MC",
"HC 109 . 378 / MG",
"HC n° 92 . 302",
"HC n° 94 . 122",
"HC 109 . 378 / MG",
"HC n° 92 . 302",
"HC n° 94 . 122",
"HC 109 . 378 / MG",
"Habeas Corpus [UNK] 89 . 068 / RN",
"Habeas Corpus [UNK] 93 . 229 / SP",
"Habeas Corpus [UNK] 93 . 653 / RN",
"Habeas Corpus [UNK] 93 . 000 / MG",
"Recurso Extraordinário [UNK] 601 . 384 / RS",
"HC 109 . 378 / MG",
"Habeas Corpus [UNK] 89 . 068 / RN",
"Habeas Corpus [UNK] 93 . 229 / SP",
"Habeas Corpus [UNK] 93 . 653 / RN",
"Habeas Corpus [UNK] 93 . 000 / MG",
"Recurso Extraordinário [UNK] 601 . 384 / RS",
"HC 109 . 378 / MG",
"HC 109 . 378 / MG",
"HABEAS CORPUS 109 . 378 MINAS",
"HABEAS CORPUS 109 . 378",
"HC 109 . 378 / MG",
"HC 109 . 378 / MG",
"HC 109 . 378 / MG",
"HC 109 . 378 / MG",
"HABEAS CORPUS 109 . 378",
"HABEAS CORPUS 109 . 378"
],
"LEGISLACAO": [
"artigo 102 , inciso II , alínea “ a ” , da Constituição Federal",
"artigo 312 do Código de Processo Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 33 da Lei [UNK] 11 . 343 / 2006",
"art . 44 da Lei 11 . 343 / 06",
"art . [UNK] , XLII , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 33 da Lei [UNK] 11 . 343 / 2006",
"art . 44 da Lei 11 . 343 / 06",
"art . [UNK] , XLII , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ART . 44 DA LEI N . [UNK] 11 . 343 / 06",
"art . 5 . [UNK] , inciso XLIII , da Constituição da República",
"art . 44 da Lei [UNK] 11 . 343 / 2006",
"art . 13 , VIII , do RISTF",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ART . 44 DA LEI N . [UNK] 11 . 343 / 06",
"art . 5 . [UNK] , inciso XLIII , da Constituição da República",
"art . 44 da Lei [UNK] 11 . 343 / 2006",
"art . 13 , VIII , do RISTF",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 44 da Lei de Drogas",
"art . 44 da Lei de Drogas",
"art . 312 do CPP",
"art . 44 da Lei [UNK] 11 . 343 / 06",
"Constituição Federal",
"Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 44 da Lei de Drogas",
"art . 44 da Lei de Drogas",
"art . 312 do CPP",
"art . 44 da Lei [UNK] 11 . 343 / 06",
"Constituição Federal",
"Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei [UNK] 11 . 343 / 06",
"Lei [UNK] 8 . 072 / 90",
"Lei [UNK] 11 . 464 / 07",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei [UNK] 11 . 343 / 06",
"Lei [UNK] 8 . 072 / 90",
"Lei [UNK] 11 . 464 / 07",
"MP n° 2 . 200 -",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 44 da Lei [UNK] 11 . 343 / 06",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 44 da Lei [UNK] 11 . 343 / 06",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200",
"Carta Federal",
"Carta da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Carta Federal",
"Carta da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Carta Federal",
"Lei Fundamental",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Carta Federal",
"Lei Fundamental",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei [UNK] 11 . 343 / 06",
"Constituição Federal",
"art . 312 do CPP",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei [UNK] 11 . 343 / 06",
"Constituição Federal",
"art . 312 do CPP",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"MINAS GERAIS",
"Brasília",
"MINAS GERAIS",
"SP",
"SP",
"Brasília",
"Brasília",
"MINAS GERAIS",
"MINAS GERAIS"
],
"ORGANIZACAO": [
"PRIMEIRA TURMA",
"DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"Primeira Turma do",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"Superior Tribunal de Justiça",
"TJMG",
"STJ",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"Superior Tribunal de Justiça",
"TJMG",
"STJ",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Quinta Turma deste Superior Tribunal de Justiça",
"Supremo Tribunal Federal",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Quinta Turma deste Superior Tribunal de Justiça",
"Supremo Tribunal Federal",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Plenário",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Plenário",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Saraiva",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Saraiva",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infra",
"-",
"estrutura de",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"[UNK] Vara de Tóxicos da comarca de Belo Horizonte / MG",
"Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Procuradoria",
"-",
"Geral da República",
"Supremo",
"Procuradoria Geral da República",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"[UNK] Vara de Tóxicos da comarca de Belo Horizonte / MG",
"Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Procuradoria",
"-",
"Geral da República",
"Supremo",
"Procuradoria Geral da República",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"Supremo",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Supremo",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Supremo Tribunal",
"Ministério Público",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Supremo Tribunal",
"Ministério Público",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"MARCO AURÉLIO",
"FLAVIO GUSTAVO ELIAS MARTINS",
"Dias Toffoli",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"FLAVIO GUSTAVO ELIAS MARTINS",
"MARCO AURÉLIO",
"FLÁVIO GUSTAVO ELIAS MARTINS",
"MARCO AURÉLIO",
"FLAVIO GUSTAVO ELIAS MARTINS",
"MARCO AURÉLIO",
"FLÁVIO GUSTAVO ELIAS MARTINS",
"CELSO DE MELLO",
"EROS GRAU",
"GILMAR MENDES",
"CELSO DE MELLO",
"EROS GRAU",
"GILMAR MENDES",
"ANTONIO MAGALHÃES GOMES FILHO",
"CEZAR PELUSO",
"CEZAR PELUSO",
"ANTONIO MAGALHÃES GOMES FILHO",
"CEZAR PELUSO",
"CEZAR PELUSO",
"Cezar Peluso",
"Ricardo Lewandowski",
"Carlos Ayres Britto",
"Cármen Lúcia",
"Ellen Gracie",
"Ricardo Lewandowski",
"Cezar Peluso",
"Ricardo Lewandowski",
"Carlos Ayres Britto",
"Cármen Lúcia",
"Ellen Gracie",
"Ricardo Lewandowski",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"Cezar Peluso",
"Cezar Peluso",
"MARCO AURÉLIO",
"FLAVIO GUSTAVO ELIAS MARTINS",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza",
"MARCO AURÉLIO",
"FLAVIO GUSTAVO ELIAS MARTINS",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza"
],
"TEMPO": [
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"6 de novembro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"27",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"15",
"/",
"05",
"/",
"2009",
"30",
"/",
"04",
"/",
"2010",
"10",
"/",
"09",
"/",
"2010",
"22",
"/",
"05",
"/",
"2009",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"15",
"/",
"05",
"/",
"2009",
"30",
"/",
"04",
"/",
"2010",
"10",
"/",
"09",
"/",
"2010",
"22",
"/",
"05",
"/",
"2009",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"1991",
"13",
"/",
"06",
"/",
"2008",
"17",
"/",
"11",
"/",
"2008",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"1991",
"13",
"/",
"06",
"/",
"2008",
"17",
"/",
"11",
"/",
"2008",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"20 de julho de 2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"20 de julho de 2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"28 de outubro de 2012",
"6 de novembro seguinte",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"28 de outubro de 2012",
"6 de novembro seguinte",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"6",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"6",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 109.389 RIO GRANDE DO SUL
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
PACTE.(S)
:JONATAS BENTIVOGLIO CORREA
IMPTE.(S)
:DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
COATOR(A/S)(ES)
:SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
HABEAS CORPUS – JULGAMENTO POR TRIBUNAL SUPERIOR –
IMPUGNAÇÃO. A teor do disposto no artigo 102, inciso II, alínea “a”, da
Constituição Federal, contra decisão, proferida em processo revelador de
habeas corpus, a implicar a não concessão da ordem, cabível é o recurso
ordinário. Evolução quanto à admissibilidade do substitutivo do habeas
corpus.
FALTA GRAVE – REGRESSÃO – CONTAGEM DE NOVO
PERÍODO – ALCANCE. A regressão ao regime mais gravoso implica
termo inicial para voltar-se a progredir no regime de cumprimento da
pena. Ante o princípio da legalidade, essa óptica não pode ser estendida a
benefícios diversos, em relação aos quais a Lei de Execuções Penais
mostra-se silente.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal em julgar extinta a ordem
de habeas corpus por inadequação da vida processual, mas concedê-la de
ofício, nos termos do voto do relator e por unanimidade, em sessão
presidida pelo Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata do
julgamento e das respectivas notas taquigráficas.
Brasília, 6 de novembro de 2012.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
DJe 10/12/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 10
Ementa e Acórdão
HC 109.389 / RS
MINISTRO MARCO AURÉLIO – RELATOR
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
HC 109.389 / RS
MINISTRO MARCO AURÉLIO – RELATOR
2
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Relatório
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 109.389 RIO GRANDE DO SUL
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
PACTE.(S)
:JONATAS BENTIVOGLIO CORREA
IMPTE.(S)
:DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
COATOR(A/S)(ES)
:SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Adoto, a título de
relatório, as informações prestadas pelo Gabinete:
O Presidente, ao indeferir o pedido de liminar, consignou:
Decisão: 1. Trata-se de habeas corpus, com pedido de
liminar, impetrado em favor de
JONATAS
BENTIVÓGLIO CORREA, contra decisão do SUPERIOR
TRIBUNAL DE JUSTIÇA que denegou a ordem no HC nº
191.500. Alega que vem sofrendo constrangimento ilegal
em virtude da decisão que manteve a interrupção da
contagem do prazo para concessão de benefícios e que tal
posição cria obstáculo que a Lei de Execução Penal não
previu.
Requer liminarmente que sejam afastados os efeitos
do acórdão proferido pela instância originária, de modo a
assegurar ao paciente o direto de não ter interrompida a
contagem do lapso temporal, para progressão de regime
prisional, em razão da prática de falta grave. No mérito,
requer a declaração de que a prática de falta grave não
interrompe a contagem do lapso temporal para progressão
de regime prisional.
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06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 109.389 RIO GRANDE DO SUL
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
PACTE.(S)
:JONATAS BENTIVOGLIO CORREA
IMPTE.(S)
:DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
COATOR(A/S)(ES)
:SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Adoto, a título de
relatório, as informações prestadas pelo Gabinete:
O Presidente, ao indeferir o pedido de liminar, consignou:
Decisão: 1. Trata-se de habeas corpus, com pedido de
liminar, impetrado em favor de
JONATAS
BENTIVÓGLIO CORREA, contra decisão do SUPERIOR
TRIBUNAL DE JUSTIÇA que denegou a ordem no HC nº
191.500. Alega que vem sofrendo constrangimento ilegal
em virtude da decisão que manteve a interrupção da
contagem do prazo para concessão de benefícios e que tal
posição cria obstáculo que a Lei de Execução Penal não
previu.
Requer liminarmente que sejam afastados os efeitos
do acórdão proferido pela instância originária, de modo a
assegurar ao paciente o direto de não ter interrompida a
contagem do lapso temporal, para progressão de regime
prisional, em razão da prática de falta grave. No mérito,
requer a declaração de que a prática de falta grave não
interrompe a contagem do lapso temporal para progressão
de regime prisional.
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Relatório
HC 109.389 / RS
2. Decido, nos termos do art. 13, VIII, do RISTF. Não
é caso de liminar.
É necessário para o deferimento desta que se
comprove, documentalmente e de plano, o cerceamento
de liberdade ou séria ameaça de cerceá-la.
Não observo, entretanto, manifesta ilegalidade a
ensejar o deferimento da liminar, uma vez que inexiste
constrangimento ilegal de plano, visto que a decisão
atacada não padece de fundamentação, impondo uma
análise mais profunda dos elementos de convicção
trazidos aos autos, o que ocorrerá por ocasião do
julgamento do mérito.
Ademais, o deferimento do requerido, a título de
liminar, implicaria tutela satisfativa, uma vez que
permitiria a progressão do paciente para regime menos
gravoso, que de certo modo exauriria o objeto da causa e,
por conseqüência, usurparia ao órgão competente, a
Turma, a apreciação do writ.
3. Isto posto, indefiro o pedido de medida liminar,
sem prejuízo de nova apreciação pelo Ministro Relator.
Requisitem-se informações e submetam-se os autos a
oportuna e livre distribuição.
Publique-se. Int..
Brasília, 18 de Julho de 2011
Ministro Cezar Peluso
Presidente
A Procuradoria Geral da República, no parecer, discorre
2
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Supremo Tribunal Federal
HC 109.389 / RS
2. Decido, nos termos do art. 13, VIII, do RISTF. Não
é caso de liminar.
É necessário para o deferimento desta que se
comprove, documentalmente e de plano, o cerceamento
de liberdade ou séria ameaça de cerceá-la.
Não observo, entretanto, manifesta ilegalidade a
ensejar o deferimento da liminar, uma vez que inexiste
constrangimento ilegal de plano, visto que a decisão
atacada não padece de fundamentação, impondo uma
análise mais profunda dos elementos de convicção
trazidos aos autos, o que ocorrerá por ocasião do
julgamento do mérito.
Ademais, o deferimento do requerido, a título de
liminar, implicaria tutela satisfativa, uma vez que
permitiria a progressão do paciente para regime menos
gravoso, que de certo modo exauriria o objeto da causa e,
por conseqüência, usurparia ao órgão competente, a
Turma, a apreciação do writ.
3. Isto posto, indefiro o pedido de medida liminar,
sem prejuízo de nova apreciação pelo Ministro Relator.
Requisitem-se informações e submetam-se os autos a
oportuna e livre distribuição.
Publique-se. Int..
Brasília, 18 de Julho de 2011
Ministro Cezar Peluso
Presidente
A Procuradoria Geral da República, no parecer, discorre
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Relatório
HC 109.389 / RS
sobre o acerto do acórdão impugnado. Destaca a natureza
disciplinar e o caráter preventivo da interrupção do lapso
temporal para a progressão no regime de cumprimento da pena
em decorrência do cometimento de falta grave prevista no
artigo 127 da Lei de Execução Penal. Cita os precedentes:
Habeas Corpus nº 94.820, relatora Ministra Ellen Gracie, Habeas
Corpus nº 94.652, relator Ministro Menezes Direito, Habeas
Corpus nº 85.141, relator Ministro Carlos Ayres Britto, e Habeas
Corpus nº 98.387, relator Ministro Eros Grau. Opina pelo
indeferimento da ordem.
Consulta ao sítio do Superior Tribunal de Justiça, nesta
data, revelou que o Habeas Corpus nº 191.500/RS encontra-se
arquivado em definitivo, após o trânsito em julgado do acórdão
que implicou a não concessão da ordem, ocorrido em 17 de
agosto de 2011.
Lancei visto no processo em 27 de outubro de 2012, liberando-o para
ser julgado na Turma a partir de 6 de novembro seguinte, isso
objetivando a ciência da impetrante.
É o relatório.
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HC 109.389 / RS
sobre o acerto do acórdão impugnado. Destaca a natureza
disciplinar e o caráter preventivo da interrupção do lapso
temporal para a progressão no regime de cumprimento da pena
em decorrência do cometimento de falta grave prevista no
artigo 127 da Lei de Execução Penal. Cita os precedentes:
Habeas Corpus nº 94.820, relatora Ministra Ellen Gracie, Habeas
Corpus nº 94.652, relator Ministro Menezes Direito, Habeas
Corpus nº 85.141, relator Ministro Carlos Ayres Britto, e Habeas
Corpus nº 98.387, relator Ministro Eros Grau. Opina pelo
indeferimento da ordem.
Consulta ao sítio do Superior Tribunal de Justiça, nesta
data, revelou que o Habeas Corpus nº 191.500/RS encontra-se
arquivado em definitivo, após o trânsito em julgado do acórdão
que implicou a não concessão da ordem, ocorrido em 17 de
agosto de 2011.
Lancei visto no processo em 27 de outubro de 2012, liberando-o para
ser julgado na Turma a partir de 6 de novembro seguinte, isso
objetivando a ciência da impetrante.
É o relatório.
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Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 109.389 RIO GRANDE DO SUL
V O T O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Este
habeas mostra-se inadequado. Valho-me do que tenho consignado a
respeito:
A Carta Federal encerra como garantia maior essa ação
nobre voltada a preservar a liberdade de ir e vir do cidadão – o
habeas corpus. Vale dizer, sofrendo alguém ou se achando
ameaçado de sofrer violência ou coação à liberdade de
locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder, cabe manusear o
instrumental, fazendo-o no tocante à competência originária de
órgão julgador.
Em época na qual não havia a sobrecarga de processos
hoje notada – praticamente inviabilizando, em tempo hábil, a
jurisdição –, passou-se a admitir o denominado habeas
substitutivo do recurso ordinário constitucional previsto contra
decisão judicial a implicar o indeferimento da ordem. Com isso,
atualmente, tanto o Supremo quanto o Superior Tribunal de
Justiça estão às voltas com um grande número de habeas corpus
– este Tribunal recebeu, no primeiro semestre de 2012, 2.181
habeas e 108 recursos ordinários e aquele, 16.372 habeas e 1.475
recursos ordinários. Raras exceções, não se trata de impetrações
passíveis de serem enquadradas como originárias, mas de
medidas intentadas a partir de construção jurisprudencial.
O Direito é orgânico e dinâmico e contém princípios,
expressões e vocábulos com sentido próprio. A definição do
alcance da Carta da República há de fazer-se de forma
integrativa, mas também considerada a regra de hermenêutica e
aplicação do Direito que é a sistemática. O habeas corpus
substitutivo do recurso ordinário, além de não estar abrangido
pela garantia constante do inciso LXVIII do artigo 5º do
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Supremo Tribunal Federal
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 109.389 RIO GRANDE DO SUL
V O T O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Este
habeas mostra-se inadequado. Valho-me do que tenho consignado a
respeito:
A Carta Federal encerra como garantia maior essa ação
nobre voltada a preservar a liberdade de ir e vir do cidadão – o
habeas corpus. Vale dizer, sofrendo alguém ou se achando
ameaçado de sofrer violência ou coação à liberdade de
locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder, cabe manusear o
instrumental, fazendo-o no tocante à competência originária de
órgão julgador.
Em época na qual não havia a sobrecarga de processos
hoje notada – praticamente inviabilizando, em tempo hábil, a
jurisdição –, passou-se a admitir o denominado habeas
substitutivo do recurso ordinário constitucional previsto contra
decisão judicial a implicar o indeferimento da ordem. Com isso,
atualmente, tanto o Supremo quanto o Superior Tribunal de
Justiça estão às voltas com um grande número de habeas corpus
– este Tribunal recebeu, no primeiro semestre de 2012, 2.181
habeas e 108 recursos ordinários e aquele, 16.372 habeas e 1.475
recursos ordinários. Raras exceções, não se trata de impetrações
passíveis de serem enquadradas como originárias, mas de
medidas intentadas a partir de construção jurisprudencial.
O Direito é orgânico e dinâmico e contém princípios,
expressões e vocábulos com sentido próprio. A definição do
alcance da Carta da República há de fazer-se de forma
integrativa, mas também considerada a regra de hermenêutica e
aplicação do Direito que é a sistemática. O habeas corpus
substitutivo do recurso ordinário, além de não estar abrangido
pela garantia constante do inciso LXVIII do artigo 5º do
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Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
HC 109.389 / RS
Diploma Maior, não existindo sequer previsão legal, enfraquece
este último documento, tornando-o desnecessário no que, nos
artigos 102, inciso II, alínea “a”, e 105, inciso II, alínea “a”, tem-
se a previsão do recurso ordinário constitucional a ser
manuseado, em tempo, para o Supremo, contra decisão
proferida por tribunal superior indeferindo ordem, e para o
Superior Tribunal de Justiça, contra ato de tribunal regional
federal e de tribunal de justiça. O Direito é avesso a
sobreposições e impetrar-se novo habeas, embora para
julgamento por tribunal diverso, impugnando pronunciamento
em idêntica medida implica inviabilizar, em detrimento de
outras situações em que requerida, a jurisdição.
Cumpre implementar – visando restabelecer a eficácia
dessa ação maior, a valia da Carta Federal no que prevê não o
habeas substitutivo, mas o recurso ordinário – a correção de
rumos. Consigno que, no tocante a habeas já formalizado sob a
óptica da substituição do recurso constitucional, não ocorrerá
prejuízo para o paciente, ante a possibilidade de vir-se a
conceder, se for o caso, a ordem de ofício.
Saliento, por último, que, há dois anos, cheguei a propor a
edição de verbete de súmula que, no entanto, esbarrou na
ausência de precedentes. Deve-se afastar o misoneísmo, a
aversão a novas ideias, pouco importando a justificativa
plausível destas – no caso, constitucional –, salvando-se, e esta é
a expressão própria, o habeas corpus em sua envergadura maior,
no que solapado por visão contrária ao princípio do terceiro
excluído: uma coisa é ou não é. Entre duas possibilidades
contempladas na Lei Fundamental, de modo exaustivo, não
simplesmente exemplificativo, não há lugar para uma terceira –
na espécie, o inexistente, normativamente, habeas corpus
substitutivo do recurso ordinário, que, ante a prática admitida
até aqui, caiu em desuso, tornando quase letra morta os
preceitos constitucionais que o versam.
É cômodo não interpor o recurso ordinário quando se
pode, a qualquer momento e considerado o estágio do
processo-crime, buscar-se infirmar decisão há muito proferida,
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HC 109.389 / RS
Diploma Maior, não existindo sequer previsão legal, enfraquece
este último documento, tornando-o desnecessário no que, nos
artigos 102, inciso II, alínea “a”, e 105, inciso II, alínea “a”, tem-
se a previsão do recurso ordinário constitucional a ser
manuseado, em tempo, para o Supremo, contra decisão
proferida por tribunal superior indeferindo ordem, e para o
Superior Tribunal de Justiça, contra ato de tribunal regional
federal e de tribunal de justiça. O Direito é avesso a
sobreposições e impetrar-se novo habeas, embora para
julgamento por tribunal diverso, impugnando pronunciamento
em idêntica medida implica inviabilizar, em detrimento de
outras situações em que requerida, a jurisdição.
Cumpre implementar – visando restabelecer a eficácia
dessa ação maior, a valia da Carta Federal no que prevê não o
habeas substitutivo, mas o recurso ordinário – a correção de
rumos. Consigno que, no tocante a habeas já formalizado sob a
óptica da substituição do recurso constitucional, não ocorrerá
prejuízo para o paciente, ante a possibilidade de vir-se a
conceder, se for o caso, a ordem de ofício.
Saliento, por último, que, há dois anos, cheguei a propor a
edição de verbete de súmula que, no entanto, esbarrou na
ausência de precedentes. Deve-se afastar o misoneísmo, a
aversão a novas ideias, pouco importando a justificativa
plausível destas – no caso, constitucional –, salvando-se, e esta é
a expressão própria, o habeas corpus em sua envergadura maior,
no que solapado por visão contrária ao princípio do terceiro
excluído: uma coisa é ou não é. Entre duas possibilidades
contempladas na Lei Fundamental, de modo exaustivo, não
simplesmente exemplificativo, não há lugar para uma terceira –
na espécie, o inexistente, normativamente, habeas corpus
substitutivo do recurso ordinário, que, ante a prática admitida
até aqui, caiu em desuso, tornando quase letra morta os
preceitos constitucionais que o versam.
É cômodo não interpor o recurso ordinário quando se
pode, a qualquer momento e considerado o estágio do
processo-crime, buscar-se infirmar decisão há muito proferida,
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 10
Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
HC 109.389 / RS
mediante o denominado habeas corpus substitutivo, alcançando-
se, com isso, a passagem do tempo, a desaguar, por vezes, na
prescrição. A situação não deve continuar, no que já mitigou a
importância do habeas corpus e emperrou a máquina judiciária,
sendo prejudicados os cidadãos em geral, a cidadania. Rara é a
sessão da Turma em que não se examina impetração voltada
contra a demora na apreciação de idêntica medida pelo
Superior Tribunal de Justiça.
No mais, relativamente ao termo inicial para voltar-se a progredir no
regime de cumprimento da pena, o quadro decisório mostra-se
harmônico com o arcabouço jurídico, não havendo campo a implementar-
se ordem de ofício. Seria incongruente interpretar os preceitos alusivos à
matéria a ponto de concluir que, ocorrida a regressão, no dia seguinte,
poderia o preso progredir no regime de cumprimento da pena.
Esse é o enfoque atinente ao instituto, mas o princípio da legalidade
estrita afasta interpretação analógica prejudicial ao réu. A Lei de
Execuções Penais silencia quanto ao surgimento de novo termo inicial
para reconhecer-se o direito do preso a benefícios diversos.
Ante o quadro, concedo a ordem de ofício para assentar que o termo
inicial da contagem de prazo diz respeito, estritamente, à progressão no
regime de cumprimento da pena, descabendo observá-lo no tocante a
outros direitos.
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Supremo Tribunal Federal
HC 109.389 / RS
mediante o denominado habeas corpus substitutivo, alcançando-
se, com isso, a passagem do tempo, a desaguar, por vezes, na
prescrição. A situação não deve continuar, no que já mitigou a
importância do habeas corpus e emperrou a máquina judiciária,
sendo prejudicados os cidadãos em geral, a cidadania. Rara é a
sessão da Turma em que não se examina impetração voltada
contra a demora na apreciação de idêntica medida pelo
Superior Tribunal de Justiça.
No mais, relativamente ao termo inicial para voltar-se a progredir no
regime de cumprimento da pena, o quadro decisório mostra-se
harmônico com o arcabouço jurídico, não havendo campo a implementar-
se ordem de ofício. Seria incongruente interpretar os preceitos alusivos à
matéria a ponto de concluir que, ocorrida a regressão, no dia seguinte,
poderia o preso progredir no regime de cumprimento da pena.
Esse é o enfoque atinente ao instituto, mas o princípio da legalidade
estrita afasta interpretação analógica prejudicial ao réu. A Lei de
Execuções Penais silencia quanto ao surgimento de novo termo inicial
para reconhecer-se o direito do preso a benefícios diversos.
Ante o quadro, concedo a ordem de ofício para assentar que o termo
inicial da contagem de prazo diz respeito, estritamente, à progressão no
regime de cumprimento da pena, descabendo observá-lo no tocante a
outros direitos.
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Explicação
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 109.389 RIO GRANDE DO SUL
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) –
Presidente, há um detalhe: concedo a ordem de ofício apenas para limitar
o termo inicial da contagem relativamente ao regime de cumprimento.
Não há lei que aponte a volta no tempo no tocante a outros benefícios. Há
um vácuo legislativo, e não posso aplicar, analogicamente, o que se tem
quanto à regressão, para entender que outros benefícios também têm
termo inicial do prazo reiniciado.
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE):
Quais seriam esses outros?
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – A
liberdade condicional seria um benefício maior. É interessante, mas o
Direito Penal está submetido ao princípio da legalidade estrita.
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - Mas foi pedido isso?
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE):
Estaria concedendo de ofício.
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – É de
ofício, diante da situação.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3163877.
Supremo Tribunal Federal
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 109.389 RIO GRANDE DO SUL
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) –
Presidente, há um detalhe: concedo a ordem de ofício apenas para limitar
o termo inicial da contagem relativamente ao regime de cumprimento.
Não há lei que aponte a volta no tempo no tocante a outros benefícios. Há
um vácuo legislativo, e não posso aplicar, analogicamente, o que se tem
quanto à regressão, para entender que outros benefícios também têm
termo inicial do prazo reiniciado.
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE):
Quais seriam esses outros?
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – A
liberdade condicional seria um benefício maior. É interessante, mas o
Direito Penal está submetido ao princípio da legalidade estrita.
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - Mas foi pedido isso?
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE):
Estaria concedendo de ofício.
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – É de
ofício, diante da situação.
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 10
Decisão de Julgamento
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
HABEAS CORPUS 109.389
PROCED. : RIO GRANDE DO SUL
RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO
PACTE.(S) : JONATAS BENTIVOGLIO CORREA
IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Decisão: A Turma julgou extinta a ordem de habeas corpus por
inadequação da via processual, mas a concedeu, de ofício, nos
termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro
Dias Toffoli. 1ª Turma, 6.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3108156
Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
HABEAS CORPUS 109.389
PROCED. : RIO GRANDE DO SUL
RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO
PACTE.(S) : JONATAS BENTIVOGLIO CORREA
IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Decisão: A Turma julgou extinta a ordem de habeas corpus por
inadequação da via processual, mas a concedeu, de ofício, nos
termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro
Dias Toffoli. 1ª Turma, 6.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 10
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3172850 | 2012-11-06T00:00:00 | 2012-12-10T00:00:00 | A Turma julgou extinta a ordem de habeas corpus por inadequação da via processual, mas a concedeu, de ofício, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 6.11.2012. | HABEAS CORPUS | HABEAS CORPUS – JULGAMENTO POR TRIBUNAL SUPERIOR – IMPUGNAÇÃO. A teor do disposto no artigo 102, inciso II, alínea “a”, da Constituição Federal, contra decisão, proferida em processo revelador de habeas corpus, a implicar a não concessão da ordem, cabível é o recurso ordinário. Evolução quanto à admissibilidade do substitutivo do habeas corpus.
FALTA GRAVE – REGRESSÃO – CONTAGEM DE NOVO PERÍODO – ALCANCE. A regressão ao regime mais gravoso implica termo inicial para voltar-se a progredir no regime de cumprimento da pena. Ante o princípio da legalidade, essa óptica não pode ser estendida a benefícios diversos, em relação aos quais a Lei de Execuções Penais mostra-se silente. | sjur221133 | Número de páginas: 10.
Análise: 19/12/2012, BMB. | MARCO AURÉLIO | Primeira Turma | 109389 | [
"LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00102 INC-00002 LET-A \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n\r\n",
"LEG-FED LEI-007210 ANO-1984\r\n LEP-1984 LEI DE EXECUÇÃO PENAL"
] | HC | acordaos | HC 109389 | [
""
] | PACTE.(S) : JONATAS BENTIVOGLIO CORREA
IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"HABEAS CORPUS 109 . 389",
"HC 109 . 389 / RS",
"HC 109 . 389 / RS",
"HABEAS CORPUS 109 . 389",
"HC [UNK] 191 . 500",
"HABEAS CORPUS 109 . 389",
"HC [UNK] 191 . 500",
"HC 109 . 389 / RS",
"HC 109 . 389 / RS",
"HC 109 . 389 / RS",
"Habeas Corpus [UNK] 94 . 820",
"Habeas Corpus [UNK] 94 . 652",
"Habeas Corpus [UNK] 85 . 141",
"Habeas Corpus [UNK] 98 . 387",
"Habeas Corpus [UNK] 191 . 500 / RS",
"HC 109 . 389 / RS",
"Habeas Corpus [UNK] 94 . 820",
"Habeas Corpus [UNK] 94 . 652",
"Habeas Corpus [UNK] 85 . 141",
"Habeas Corpus [UNK] 98 . 387",
"Habeas Corpus [UNK] 191 . 500 / RS",
"HABEAS CORPUS 109 . 389",
"HABEAS CORPUS 109 . 389",
"HC 109 . 389 / RS",
"HC 109 . 389 / RS",
"HC 109 . 389 / RS",
"HC 109 . 389 / RS",
"HABEAS CORPUS 109 . 389",
"HABEAS CORPUS 109 . 389",
"HABEAS CORPUS 109 . 389",
"HABEAS"
],
"LEGISLACAO": [
"artigo 102 , inciso II , alínea “ a ” , da Constituição Federal",
"Lei de Execuções Penais",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei de Execução Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei de Execução Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 13 , VIII , do RISTF",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 13 , VIII , do RISTF",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 127 da Lei de Execução Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 /",
"artigo 127 da Lei de Execução Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Carta Federal",
"Carta da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Carta Federal",
"Carta da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Carta Federal",
"Lei Fundamental",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Carta Federal",
"Lei Fundamental",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei de Execuções Penais",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei de Execuções Penais",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"RIO GRANDE DO SUL",
"Brasília",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"Brasília",
"Brasília",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL"
],
"ORGANIZACAO": [
"PRIMEIRA TURMA",
"DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"Primeira Turma do",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
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"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO",
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"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
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"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"Brasil",
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"Brasil",
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"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
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"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"Supremo",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Supremo",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"Supremo",
"Superior Tribunal de Justiça",
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"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo",
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"-",
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"Brasil",
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"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
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"-",
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"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
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"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
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"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"MARCO AURÉLIO",
"JONATAS BENTIVOGLIO CORREA",
"Dias Toffoli",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"JONATAS BENTIVOGLIO CORREA",
"MARCO AURÉLIO",
"JONATAS BENTIVÓGLIO CORREA",
"MARCO AURÉLIO",
"JONATAS BENTIVOGLIO CORREA",
"MARCO AURÉLIO",
"JONATAS BENTIVÓGLIO CORREA",
"Cezar Peluso",
"Cezar Peluso",
"Ellen Gracie",
"Menezes Direito",
"Carlos Ayres Britto",
"Eros Grau",
"Ellen Gracie",
"Menezes Direito",
"Carlos Ayres Britto",
"Eros Grau",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"DIAS TOFFOLI",
"MARCO AURÉLIO",
"LUIZ FUX",
"DIAS TOFFOLI",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"DIAS TOFFOLI",
"MARCO AURÉLIO",
"LUIZ FUX",
"DIAS TOFFOLI",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"JONATAS BENTIVOGLIO CORREA",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza",
"MARCO AURÉLIO",
"JONATAS BENTIVOGLIO CORREA",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza"
],
"TEMPO": [
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"6 de novembro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"10",
"/",
"12",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"18 de Julho de 2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"18 de Julho de 2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"17 de agosto de 2011",
"27 de outubro de 2012",
"6 de novembro seguinte",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"17 de agosto de 2011",
"27 de outubro de 2012",
"6 de novembro seguinte",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"primeiro semestre de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"primeiro semestre de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"6",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
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"/",
"2001",
"6",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO
COM AGRAVO 692.153 PIAUÍ
RELATOR
: MIN. LUIZ FUX
EMBTE.(S)
:JOSÉ HERCULANO DE NEGREIROS
ADV.(A/S)
:ALEXANDRO AUGUSTO CARVALHO GUIMARÃES
E OUTRO(A/S)
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA
ADV.
:ALEXANDRO AUGUSTO CARVALHO GUIMARAES
EMBDO.(A/S)
:MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA
EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM EMBARGOS DE
DECLARAÇÃO EM AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO
EXTRAORDINÁRIO
COM
AGRAVO.
DIREITO
PENAL.
DOSIMETRIA DA PENA. ALEGADO CERCEAMENTO DE DEFESA.
OFENSA
REFLEXA.
VIOLAÇÃO
AO
PRINCÍPIO
DA
INDIVIDUALIZAÇÃO
DA
PENA.
AUSÊNCIA
DE
PREQUESTIONAMENTO. INCIDÊNCIA DAS SÚMULAS 282 E 356
DO STF. AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO. REPERCUSSÃO
GERAL RECONHECIDA PELA CORTE. INOCORRÊNCIA.
PRETENSÃO
MANIFESTAMENTE
PROCRASTINATÓRIA.
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO REJEITADOS. IMEDIATA BAIXA
DOS AUTOS.
1. Os embargos de declaração opostos revelam-se procrastinatórios,
porquanto os argumentos trazidos nas razões do agravo regimental já
foram enfrentados. Verifica-se, in casu, que as alegações expostas nos
embargos de declaração visam atacar o mérito do recurso, conferindo-lhe
efeito infringente, o que, em princípio, desnatura as finalidades da
impugnação.
2. A interposição de sucessivos recursos com intuito protelatório é
prática repudiada no âmbito desta Corte, dando ensejo à imediata baixa
dos autos, independentemente do trânsito em julgado da decisão.
3. Embargos de declaração rejeitados, com determinação de baixa
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DJe 21/11/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 9
Ementa e Acórdão
ARE 692.153 AGR-ED-ED / PI
imediata.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do
Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de julgamento e das
notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em rejeitar os embargos
de declaração e, por maioria de votos, em determinar a baixa imediata
dos autos, nos termos do voto do Relator, vencido, nesse ponto, o Senhor
Ministro Marco Aurélio.
Brasília, 6 de novembro de 2012.
LUIZ FUX – Relator
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ARE 692.153 AGR-ED-ED / PI
imediata.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do
Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de julgamento e das
notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em rejeitar os embargos
de declaração e, por maioria de votos, em determinar a baixa imediata
dos autos, nos termos do voto do Relator, vencido, nesse ponto, o Senhor
Ministro Marco Aurélio.
Brasília, 6 de novembro de 2012.
LUIZ FUX – Relator
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 9
Relatório
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO
COM AGRAVO 692.153 PIAUÍ
RELATOR
: MIN. LUIZ FUX
EMBTE.(S)
:JOSÉ HERCULANO DE NEGREIROS
ADV.(A/S)
:ALEXANDRO AUGUSTO CARVALHO GUIMARÃES
E OUTRO(A/S)
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA
ADV.
:ALEXANDRO AUGUSTO CARVALHO GUIMARAES
EMBDO.(A/S)
:MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Trata-se de embargos de
declaração opostos em face do acórdão de minha relatoria, o qual restou
assim ementado:
“Ementa: Embargos de declaração no agravo regimental
no recurso extraordinário com agravo. Omissão. Inexistência.
Efeitos infringentes. Impossibilidade. Rejeição.
1. O inconformismo, que tem como real escopo a
pretensão de reformar o decisum, não há como prosperar,
porquanto inocorrentes as hipóteses de omissão, contradição ou
obscuridade, sendo inviável a revisão em sede de embargos de
declaração, em face dos estreitos limites do art. 535 do CPC.
2. O magistrado não está obrigado a rebater, um a um, os
argumentos trazidos pela parte, desde que os fundamentos
utilizados tenham sido suficientes para embasar a decisão.
3. A pretensão de revisão do julgado, em manifesta
pretensão infringente, revela-se inadmissível, em sede de
embargos. (Precedentes: AI n. 799.509-AgR-ED, Relator o
Ministro Marco Aurélio, 1ª Turma, DJe de 8.9.2011; e RE n.
591.260-AgR-ED, Relator o Ministro Celso de Mello, 2ª Turma,
DJe de 9.9.2011).
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06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO
COM AGRAVO 692.153 PIAUÍ
RELATOR
: MIN. LUIZ FUX
EMBTE.(S)
:JOSÉ HERCULANO DE NEGREIROS
ADV.(A/S)
:ALEXANDRO AUGUSTO CARVALHO GUIMARÃES
E OUTRO(A/S)
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA
ADV.
:ALEXANDRO AUGUSTO CARVALHO GUIMARAES
EMBDO.(A/S)
:MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Trata-se de embargos de
declaração opostos em face do acórdão de minha relatoria, o qual restou
assim ementado:
“Ementa: Embargos de declaração no agravo regimental
no recurso extraordinário com agravo. Omissão. Inexistência.
Efeitos infringentes. Impossibilidade. Rejeição.
1. O inconformismo, que tem como real escopo a
pretensão de reformar o decisum, não há como prosperar,
porquanto inocorrentes as hipóteses de omissão, contradição ou
obscuridade, sendo inviável a revisão em sede de embargos de
declaração, em face dos estreitos limites do art. 535 do CPC.
2. O magistrado não está obrigado a rebater, um a um, os
argumentos trazidos pela parte, desde que os fundamentos
utilizados tenham sido suficientes para embasar a decisão.
3. A pretensão de revisão do julgado, em manifesta
pretensão infringente, revela-se inadmissível, em sede de
embargos. (Precedentes: AI n. 799.509-AgR-ED, Relator o
Ministro Marco Aurélio, 1ª Turma, DJe de 8.9.2011; e RE n.
591.260-AgR-ED, Relator o Ministro Celso de Mello, 2ª Turma,
DJe de 9.9.2011).
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 9
Relatório
ARE 692.153 AGR-ED-ED / PI
4 . Embargos de declaração REJEITADOS.”
Nas razões recursais, o embargante aponta omissão e contradição no
acórdão recorrido. Argumenta que o acórdão carece de fundamentação e
não apreciou todas as alegações constantes do recurso. Sustenta, ainda,
que a denúncia não esclareceu a data do crime, a pena foi agravada sem
razoabilidade e o crime carece de elemento essencial, consistente no dolo.
O Ministério Público Federal requer a imediata baixa dos autos, por
considerar que o recurso tem cunho protelatório.
É o relatório.
2
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Supremo Tribunal Federal
ARE 692.153 AGR-ED-ED / PI
4 . Embargos de declaração REJEITADOS.”
Nas razões recursais, o embargante aponta omissão e contradição no
acórdão recorrido. Argumenta que o acórdão carece de fundamentação e
não apreciou todas as alegações constantes do recurso. Sustenta, ainda,
que a denúncia não esclareceu a data do crime, a pena foi agravada sem
razoabilidade e o crime carece de elemento essencial, consistente no dolo.
O Ministério Público Federal requer a imediata baixa dos autos, por
considerar que o recurso tem cunho protelatório.
É o relatório.
2
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 9
Voto - MIN. LUIZ FUX
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO
COM AGRAVO 692.153 PIAUÍ
V O T O
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): A irresignação recursal
não merece acolhida.
De saída, esclareço que os argumentos trazidos nas razões do agravo
regimental já foram enfrentados, bem delineando as questões suscitadas
no recurso extraordinário, razão pela qual verifica-se que as alegações
expostas nos embargos de declaração visam atacar o mérito do recurso,
conferindo-lhe efeito infringente, o que, em princípio, desnatura as
finalidades da impugnação.
Com efeito, é manifesto o intuito protelatório do recurso, já que não
logrou êxito em demonstrar a existência de omissão ou contradição a ser
suprida em sede de embargos de declaração.
Destaco, a propósito, que a jurisprudência do Supremo Tribunal
Federal firmou-se no sentido de repudiar embargos de declaração com
intuito protelatório, tal qual se verifica nos presentes autos. Nesse
sentido, são os seguintes julgados:
“EMENTA:
PROCESSO
PENAL.
AGRAVO
REGIMENTAL NOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO
AGRAVO
REGIMENTAL
NOS
EMBARGOS
DE
DECLARAÇÃO NO AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO
DE
INSTRUMENTO.
AGRAVO
REGIMENTAL
MANIFESTAMENTE PROTELATÓRIO. CONDENAÇÃO AO
PAGAMENTO DE MULTA. I - Evidente a intenção do
agravante em prolongar indefinidamente o exercício da
jurisdição, mediante a interposição dos inúmeros recursos e
petições desprovidos de qualquer razão e notoriamente
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06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO
COM AGRAVO 692.153 PIAUÍ
V O T O
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): A irresignação recursal
não merece acolhida.
De saída, esclareço que os argumentos trazidos nas razões do agravo
regimental já foram enfrentados, bem delineando as questões suscitadas
no recurso extraordinário, razão pela qual verifica-se que as alegações
expostas nos embargos de declaração visam atacar o mérito do recurso,
conferindo-lhe efeito infringente, o que, em princípio, desnatura as
finalidades da impugnação.
Com efeito, é manifesto o intuito protelatório do recurso, já que não
logrou êxito em demonstrar a existência de omissão ou contradição a ser
suprida em sede de embargos de declaração.
Destaco, a propósito, que a jurisprudência do Supremo Tribunal
Federal firmou-se no sentido de repudiar embargos de declaração com
intuito protelatório, tal qual se verifica nos presentes autos. Nesse
sentido, são os seguintes julgados:
“EMENTA:
PROCESSO
PENAL.
AGRAVO
REGIMENTAL NOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO
AGRAVO
REGIMENTAL
NOS
EMBARGOS
DE
DECLARAÇÃO NO AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO
DE
INSTRUMENTO.
AGRAVO
REGIMENTAL
MANIFESTAMENTE PROTELATÓRIO. CONDENAÇÃO AO
PAGAMENTO DE MULTA. I - Evidente a intenção do
agravante em prolongar indefinidamente o exercício da
jurisdição, mediante a interposição dos inúmeros recursos e
petições desprovidos de qualquer razão e notoriamente
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 9
Voto - MIN. LUIZ FUX
ARE 692.153 AGR-ED-ED / PI
incabíveis. II - Recurso manifestamente infundado: imposição
ao pagamento de multa de 10% (dez por cento) do valor
corrigido da condenação, nos termos do art. 557, § 2º, do CPC.
III - Agravo regimental improvido.” (AI 608.735-AgR-ED-AgR-
ED-AgR, Relator Ministro Ricardo Lewandowski, Primeira
Turma, DJe de 10/06/2009)
“Embargos de declaração em agravo regimental em
recurso extraordinário com agravo. 2. Embargos protelatórios.
3. Ausência de omissão, contradição ou obscuridade no acórdão
embargado. 4. Inocorrência de violação ao art. 93, inciso IX, da
Constituição Federal. 5. Acórdão embargado suficientemente
motivado. 6. Manifesto intuito procrastinatório dos embargos.
7. Embargos de declaração rejeitados com determinação de
baixa imediata.” (ARE 665.384-AgR-ED, Relator Ministro
Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJe de 04/09/2012)
“Ementa: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NOS
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO REGIMENTAL
NO AGRAVO DE INSTRUMENTO – MATÉRIA CRIMINAL –
INTUITO PROCRASTINATÓRIO – PRÁTICA ABUSIVA. O
Supremo Tribunal Federal tem se mostrado intolerante com as
sucessivas interposições de recursos manifestamente incabíveis
que possuem o claro propósito de impedir o trânsito em
julgado das decisões judiciais. Precedentes. Determinado o
imediato
cumprimento
da
decisão
condenatória,
independentemente da publicação do acórdão. Embargos de
declaração rejeitados.” (AI 727.244-AgR-ED-ED, Relator
Ministro Joaquim Barbosa, Segunda Turma, DJe de 19/10/2012)
“E M E N T A: SEGUNDOS EMBARGOS DE
DECLARAÇÃO - INOCORRÊNCIA DE CONTRADIÇÃO,
OBSCURIDADE OU OMISSÃO - PRETENSÃO RECURSAL
QUE VISA, NA REALIDADE, A UM NOVO JULGAMENTO
DA
CAUSA
-
CARÁTER
INFRINGENTE
-
INADMISSIBILIDADE - CUMPRIMENTO IMEDIATO DA
2
Supremo Tribunal Federal
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ARE 692.153 AGR-ED-ED / PI
incabíveis. II - Recurso manifestamente infundado: imposição
ao pagamento de multa de 10% (dez por cento) do valor
corrigido da condenação, nos termos do art. 557, § 2º, do CPC.
III - Agravo regimental improvido.” (AI 608.735-AgR-ED-AgR-
ED-AgR, Relator Ministro Ricardo Lewandowski, Primeira
Turma, DJe de 10/06/2009)
“Embargos de declaração em agravo regimental em
recurso extraordinário com agravo. 2. Embargos protelatórios.
3. Ausência de omissão, contradição ou obscuridade no acórdão
embargado. 4. Inocorrência de violação ao art. 93, inciso IX, da
Constituição Federal. 5. Acórdão embargado suficientemente
motivado. 6. Manifesto intuito procrastinatório dos embargos.
7. Embargos de declaração rejeitados com determinação de
baixa imediata.” (ARE 665.384-AgR-ED, Relator Ministro
Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJe de 04/09/2012)
“Ementa: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NOS
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO REGIMENTAL
NO AGRAVO DE INSTRUMENTO – MATÉRIA CRIMINAL –
INTUITO PROCRASTINATÓRIO – PRÁTICA ABUSIVA. O
Supremo Tribunal Federal tem se mostrado intolerante com as
sucessivas interposições de recursos manifestamente incabíveis
que possuem o claro propósito de impedir o trânsito em
julgado das decisões judiciais. Precedentes. Determinado o
imediato
cumprimento
da
decisão
condenatória,
independentemente da publicação do acórdão. Embargos de
declaração rejeitados.” (AI 727.244-AgR-ED-ED, Relator
Ministro Joaquim Barbosa, Segunda Turma, DJe de 19/10/2012)
“E M E N T A: SEGUNDOS EMBARGOS DE
DECLARAÇÃO - INOCORRÊNCIA DE CONTRADIÇÃO,
OBSCURIDADE OU OMISSÃO - PRETENSÃO RECURSAL
QUE VISA, NA REALIDADE, A UM NOVO JULGAMENTO
DA
CAUSA
-
CARÁTER
INFRINGENTE
-
INADMISSIBILIDADE - CUMPRIMENTO IMEDIATO DA
2
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Voto - MIN. LUIZ FUX
ARE 692.153 AGR-ED-ED / PI
DECISÃO
DESTA
SUPREMA
CORTE,
INDEPENDENTEMENTE
DA
PUBLICAÇÃO
DO
RESPECTIVO ACÓRDÃO - POSSIBILIDADE - EMBARGOS DE
DECLARAÇÃO
REJEITADOS.
EMBARGOS
DE
DECLARAÇÃO REVESTIDOS DE CARÁTER INFRINGENTE -
POSSIBILIDADE
EXCEPCIONAL
-
HIPÓTESE
INOCORRENTE NA ESPÉCIE. - Os embargos de declaração -
desde que ausentes os seus requisitos de admissibilidade - não
podem ser utilizados com o indevido objetivo de infringir o
julgado, sob pena de inaceitável desvio da específica função
jurídico-processual para a qual esse tipo recursal se acha
instrumentalmente vocacionado. Precedentes. UTILIZAÇÃO
ABUSIVA DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO.
POSSIBILIDADE DE IMEDIATO CUMPRIMENTO DA
DECISÃO EMANADA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. -
A reiteração de embargos de declaração, sem que se registre
qualquer dos pressupostos legais de embargabilidade (CPP, art.
620), reveste-se de caráter abusivo e evidencia o intuito
protelatório que anima a conduta processual da parte
recorrente. O propósito revelado pelo embargante, de impedir a
consumação do trânsito em julgado de decisão que lhe foi
inteiramente desfavorável - valendo-se, para esse efeito, da
utilização sucessiva e procrastinatória de embargos
declaratórios incabíveis - constitui fim ilícito que desqualifica o
comportamento processual da parte recorrente e que autoriza,
em conseqüência, o imediato cumprimento da decisão emanada
desta Suprema Corte (e daquelas proferidas em grau de
jurisdição inferior), independentemente da publicação do
acórdão consubstanciador do julgamento proferido pelo
Supremo Tribunal Federal. Precedentes.” (AI 746.016-AgR-ED-
ED, Relator Ministro Celso de Mello, Segunda Turma, DJe de
11/02/2010)
“EMENTA: RECURSO CRIMINAL. Embargos de
declaração. Caráter manifestamente protelatório. Abuso
caracterizado. Recurso não conhecido. Imediato arquivamento
3
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ARE 692.153 AGR-ED-ED / PI
DECISÃO
DESTA
SUPREMA
CORTE,
INDEPENDENTEMENTE
DA
PUBLICAÇÃO
DO
RESPECTIVO ACÓRDÃO - POSSIBILIDADE - EMBARGOS DE
DECLARAÇÃO
REJEITADOS.
EMBARGOS
DE
DECLARAÇÃO REVESTIDOS DE CARÁTER INFRINGENTE -
POSSIBILIDADE
EXCEPCIONAL
-
HIPÓTESE
INOCORRENTE NA ESPÉCIE. - Os embargos de declaração -
desde que ausentes os seus requisitos de admissibilidade - não
podem ser utilizados com o indevido objetivo de infringir o
julgado, sob pena de inaceitável desvio da específica função
jurídico-processual para a qual esse tipo recursal se acha
instrumentalmente vocacionado. Precedentes. UTILIZAÇÃO
ABUSIVA DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO.
POSSIBILIDADE DE IMEDIATO CUMPRIMENTO DA
DECISÃO EMANADA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. -
A reiteração de embargos de declaração, sem que se registre
qualquer dos pressupostos legais de embargabilidade (CPP, art.
620), reveste-se de caráter abusivo e evidencia o intuito
protelatório que anima a conduta processual da parte
recorrente. O propósito revelado pelo embargante, de impedir a
consumação do trânsito em julgado de decisão que lhe foi
inteiramente desfavorável - valendo-se, para esse efeito, da
utilização sucessiva e procrastinatória de embargos
declaratórios incabíveis - constitui fim ilícito que desqualifica o
comportamento processual da parte recorrente e que autoriza,
em conseqüência, o imediato cumprimento da decisão emanada
desta Suprema Corte (e daquelas proferidas em grau de
jurisdição inferior), independentemente da publicação do
acórdão consubstanciador do julgamento proferido pelo
Supremo Tribunal Federal. Precedentes.” (AI 746.016-AgR-ED-
ED, Relator Ministro Celso de Mello, Segunda Turma, DJe de
11/02/2010)
“EMENTA: RECURSO CRIMINAL. Embargos de
declaração. Caráter manifestamente protelatório. Abuso
caracterizado. Recurso não conhecido. Imediato arquivamento
3
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Voto - MIN. LUIZ FUX
ARE 692.153 AGR-ED-ED / PI
dos autos. Não se conhece de embargos declaratórios
manifestamente abusivos.” (AI 362.828-AgR-ED-ED-EDv-AgR-
ED, Relator Ministro Cezar Peluso, Tribunal Pleno, DJ de
06/10/2006)
Diante do exposto, rejeito os embargos de declaração e determino a
imediata baixa dos autos à Corte de origem, independentemente de
trânsito em julgado.
4
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Supremo Tribunal Federal
ARE 692.153 AGR-ED-ED / PI
dos autos. Não se conhece de embargos declaratórios
manifestamente abusivos.” (AI 362.828-AgR-ED-ED-EDv-AgR-
ED, Relator Ministro Cezar Peluso, Tribunal Pleno, DJ de
06/10/2006)
Diante do exposto, rejeito os embargos de declaração e determino a
imediata baixa dos autos à Corte de origem, independentemente de
trânsito em julgado.
4
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Decisão de Julgamento
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM
AGRAVO 692.153
PROCED. : PIAUÍ
RELATOR : MIN. LUIZ FUX
EMBTE.(S) : JOSÉ HERCULANO DE NEGREIROS
ADV.(A/S) : ALEXANDRO AUGUSTO CARVALHO GUIMARÃES
EMBDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA
Decisão: Por unanimidade, a Turma rejeitou os embargos de
declaração e, por maioria de votos, determinou a baixa imediata
dos autos, nos termos do voto do Relator, vencido, nesse ponto, o
Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Dias
Toffoli. 1ª Turma, 6.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM
AGRAVO 692.153
PROCED. : PIAUÍ
RELATOR : MIN. LUIZ FUX
EMBTE.(S) : JOSÉ HERCULANO DE NEGREIROS
ADV.(A/S) : ALEXANDRO AUGUSTO CARVALHO GUIMARÃES
EMBDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA
Decisão: Por unanimidade, a Turma rejeitou os embargos de
declaração e, por maioria de votos, determinou a baixa imediata
dos autos, nos termos do voto do Relator, vencido, nesse ponto, o
Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Dias
Toffoli. 1ª Turma, 6.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3113007
Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 9
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3113000 | 2012-11-06T00:00:00 | 2012-11-21T00:00:00 | Por unanimidade, a Turma rejeitou os embargos de declaração e, por maioria de votos, determinou a baixa imediata dos autos, nos termos do voto do Relator, vencido, nesse ponto, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 6.11.2012. | EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO | Ementa: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. DIREITO PENAL. DOSIMETRIA DA PENA. ALEGADO CERCEAMENTO DE DEFESA. OFENSA REFLEXA. VIOLAÇÃO AO PRINCÍPIO DA INDIVIDUALIZAÇÃO DA PENA. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. INCIDÊNCIA DAS SÚMULAS 282 E 356 DO STF. AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO. REPERCUSSÃO GERAL RECONHECIDA PELA CORTE. INOCORRÊNCIA. PRETENSÃO MANIFESTAMENTE PROCRASTINATÓRIA. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO REJEITADOS. IMEDIATA BAIXA DOS AUTOS.
1. Os embargos de declaração opostos revelam-se procrastinatórios, porquanto os argumentos trazidos nas razões do agravo regimental já foram enfrentados. Verifica-se, in casu, que as alegações expostas nos embargos de declaração visam atacar o mérito do recurso, conferindo-lhe efeito infringente, o que, em princípio, desnatura as finalidades da impugnação.
2. A interposição de sucessivos recursos com intuito protelatório é prática repudiada no âmbito desta Corte, dando ensejo à imediata baixa dos autos, independentemente do trânsito em julgado da decisão.
3. Embargos de declaração rejeitados, com determinação de baixa imediata. | sjur219296 | - Acórdãos citados:
(EMBARGOS DE DECLARAÇÃO PROCRASTINATÓRIOS, REJEIÇÃO)
STF: AI 608735 AgR-ED-AgR-ED-AGR (1ªT), ARE 665384 AgR-ED
(2ªT), AI 727244 AgR-ED-ED (2ªT), AI 746016 AgR-ED-ED
(2ªT), AI 362828 AgR-ED-ED-EDv-AgR-ED (TP).
Número de páginas: 9.
Análise: 06/12/2012, MAC. | LUIZ FUX | Primeira Turma | 692153 | [
"LEG-FED SUMSTF-000282 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\r\n\r\n",
"LEG-FED SUMSTF-000356 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF"
] | ARE-AgR-ED-ED | acordaos | ARE 692153 AgR-ED-ED | [
""
] | EMBDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA
EMBTE.(S) : JOSÉ HERCULANO DE NEGREIROS
ADV.(A/S) : ALEXANDRO AUGUSTO CARVALHO GUIMARÃES E OUTRO(A/S)
ADV. : ALEXANDRO AUGUSTO CARVALHO GUIMARAES | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"SÚMULAS 282",
"ARE 692 . 153 AGR",
"ARE 692 . 153 AGR -",
"AI n . 799 . 509 - AgR - ED",
"RE n . 591 . 260 - AgR - ED",
"AI n . 799 . 509 - AgR - ED",
"RE n . 591 . 260 - AgR - ED",
"ARE 692 . 153 AGR -",
"ARE 692 . 153 AGR",
"ARE 692 . 153 AGR - ED - ED / PI",
"AI 608 . 735 - AgR - ED - AgR - ED - AgR",
"ARE 665 . 384 - AgR - ED",
"AI 727 . 244 - AgR - ED - ED",
"ARE 692 . 153 AGR",
"AI 608 . 735 - AgR - ED - AgR - ED -",
"ARE 665 . 384 - AgR - ED",
"AI 727 . 244 - AgR - ED - ED",
"ARE 692 . 153 AGR",
"AI 746 . 016 - AgR - ED - ED",
"ARE 692 . 153 AGR",
"AI 746 . 016 - AgR - ED - ED",
"ARE 692 . 153",
"AI 362 . 828 - AgR - ED - ED - EDv - AgR -",
"ARE 692 . 153 AGR",
"AI 362 . 828 - AgR - ED - ED - EDv - AgR - ED"
],
"LEGISLACAO": [
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 535 do CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 535 do CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 557 , § [UNK] , do CPC",
"art . 93 , inciso IX , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 557 , § [UNK] , do CPC",
"art . 93 , inciso IX , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"CPP , art . 620",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"CPP , art . 620",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
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"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
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"LOCAL": [
"Brasília",
"Brasília",
"PIAUÍ",
"PIAUÍ",
"PIAUÍ",
"PIAUÍ"
],
"ORGANIZACAO": [
"PRIMEIRA TURMA",
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"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
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"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
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"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
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"Supremo Tribunal Federal",
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"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL",
"[UNK] Turma",
"[UNK] Turma",
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"Brasil",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Ministério Público Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
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"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
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"Supremo Tribunal Federal",
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"-",
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"Supremo Tribunal Federal",
"SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL",
"Supremo Tribunal Federal",
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"Supremo Tribunal Federal",
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"-",
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"Supremo Tribunal Federal",
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"-",
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"Primeira Turma",
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],
"PESSOA": [
"LUIZ FUX",
"JOSÉ HERCULANO DE NEGREIROS",
"ALEXANDRO AUGUSTO CARVALHO GUIMARÃES",
"ALEXANDRO AUGUSTO CARVALHO GUIMARAES",
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"Marco Aurélio",
"LUIZ FUX",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"LUIZ FUX",
"LUIZ FUX",
"JOSÉ HERCULANO DE NEGREIROS",
"ALEXANDRO AUGUSTO CARVALHO GUIMARÃES",
"ALEXANDRO AUGUSTO CARVALHO GUIMARAES",
"LUIZ FUX",
"Marco Aurélio",
"Celso de Mello",
"LUIZ FUX",
"JOSÉ HERCULANO DE NEGREIROS",
"ALEXANDRO AUGUSTO CARVALHO GUIMARÃES",
"ALEXANDRO AUGUSTO CARVALHO GUIMARAES",
"LUIZ FUX",
"Marco Aurélio",
"Celso de Mello",
"LUIZ FUX",
"LUIZ FUX",
"LUIZ FUX",
"LUIZ FUX",
"Ricardo Lewandowski",
"Gilmar Mendes",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Gilmar Mendes",
"Joaquim Barbosa",
"LUIZ FUX",
"Celso de Mello",
"Celso de Mello",
"LUIZ FUX",
"Cezar Peluso",
"Cezar Peluso",
"LUIZ FUX",
"JOSÉ HERCULANO DE NEGREIROS",
"ALEXANDRO AUGUSTO CARVALHO GUIMARÃES",
"Marco Aurélio",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza",
"LUIZ FUX",
"JOSÉ HERCULANO DE NEGREIROS",
"ALEXANDRO AUGUSTO CARVALHO GUIMARÃES",
"Marco Aurélio",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza"
],
"TEMPO": [
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"21",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"6 de novembro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"6 de novembro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"8",
".",
"9",
".",
"2011",
"9",
".",
"9",
".",
"2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"8",
".",
"9",
".",
"2011",
"9",
".",
"9",
".",
"2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"10",
"/",
"06",
"/",
"2009",
"04",
"/",
"09",
"/",
"2012",
"19",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"10",
"/",
"06",
"/",
"2009",
"04",
"/",
"09",
"/",
"2012",
"19",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"02",
"/",
"2010",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"02",
"/",
"2010",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06",
"/",
"10",
"/",
"2006",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06",
"/",
"10",
"/",
"2006",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"6",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"6",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 721.353 SÃO PAULO
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
EMBTE.(S)
:NELSON NUNES FERNANDEZ
ADV.(A/S)
:ADRIANA MARIA MELLO ARAÚJO DE SOUZA
EMBDO.(A/S)
:ESTADO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
EMENTA
Embargos de declaração no agravo de instrumento. Conversão em
agravo regimental. Servidor público. Incidência de gratificação sobre
adicionais por tempo de serviço e de sexta-parte. Coisa julgada formada
antes da Constituição Federal de 1988. Direito adquirido. Não
oponibilidade. Artigo 17 do ADCT. Precedente.
1. Embargos de declaração recebidos como agravo regimental,
conforme pacífica orientação desta Corte.
2. Este Supremo Tribunal Federal firmou o entendimento de que a
coisa julgada constituída anteriormente à vigência da Constituição
Federal de 1988 não impede a incidência do disposto no art. 17 do Ato
das Disposições Constitucionais Transitórias, em razão da não
oponibilidade do direito adquirido quando incompatível com a atual
norma constitucional.
3. Agravo regimental não provido.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do
Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata do julgamento e das
notas taquigráficas, por maioria de votos, em converter os embargos de
declaração em agravo regimental e a ele negar provimento, nos termos do
voto do Relator.
Brasília, 6 de novembro de 2012.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3133380.
Supremo Tribunal Federal
DJe 10/12/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 10
Ementa e Acórdão
AI 721.353 ED / SP
MINISTRO DIAS TOFFOLI
Relator
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3133380.
Supremo Tribunal Federal
AI 721.353 ED / SP
MINISTRO DIAS TOFFOLI
Relator
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3133380.
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Relatório
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 721.353 SÃO PAULO
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
EMBTE.(S)
:NELSON NUNES FERNANDEZ
ADV.(A/S)
:ADRIANA MARIA MELLO ARAÚJO DE SOUZA
EMBDO.(A/S)
:ESTADO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
RELATÓRIO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Nelson Nunes Fernandez interpõe tempestivos embargos de
declaração contra decisão em que neguei provimento ao agravo de
instrumento (fls. 79 a 81), com a seguinte fundamentação:
“Vistos.
Nelson Nunes Fernandez interpõe agravo de instrumento
contra a decisão que não admitiu recurso extraordinário
interposto contra acórdão da Quarta Câmara de Direito Público
do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, assim ementado:
‘SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL – Inativo –
Redução do valor da indenização do Regime Especial de
Trabalho Policial – Aplicação do artigo 17 do ADCT –
Pretensão de incidência da gratificação sobre adicionais de
tempo de serviço e sexta-parte desacolhida – Inocorrência
de violação a direito adquirido – Recurso não provido’ (fl.
17)
No recurso extraordinário (fls. 21 a 38), sustenta-se
violação dos artigos 5º, inciso XXXVI, da Constituição Federal.
Decido.
Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi
interposto contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era
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documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3133377.
Supremo Tribunal Federal
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 721.353 SÃO PAULO
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
EMBTE.(S)
:NELSON NUNES FERNANDEZ
ADV.(A/S)
:ADRIANA MARIA MELLO ARAÚJO DE SOUZA
EMBDO.(A/S)
:ESTADO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
RELATÓRIO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Nelson Nunes Fernandez interpõe tempestivos embargos de
declaração contra decisão em que neguei provimento ao agravo de
instrumento (fls. 79 a 81), com a seguinte fundamentação:
“Vistos.
Nelson Nunes Fernandez interpõe agravo de instrumento
contra a decisão que não admitiu recurso extraordinário
interposto contra acórdão da Quarta Câmara de Direito Público
do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, assim ementado:
‘SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL – Inativo –
Redução do valor da indenização do Regime Especial de
Trabalho Policial – Aplicação do artigo 17 do ADCT –
Pretensão de incidência da gratificação sobre adicionais de
tempo de serviço e sexta-parte desacolhida – Inocorrência
de violação a direito adquirido – Recurso não provido’ (fl.
17)
No recurso extraordinário (fls. 21 a 38), sustenta-se
violação dos artigos 5º, inciso XXXVI, da Constituição Federal.
Decido.
Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi
interposto contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 10
Relatório
AI 721.353 ED / SP
plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da
matéria constitucional objeto do recurso, conforme decidido na
Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS,
Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07.
Todavia, apesar da petição recursal haver trazido a
preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua
existência, uma vez que, nos termos do artigo 323 do Regimento
Interno do Supremo Tribunal Federal, com a redação
introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o
procedimento acerca da existência da repercussão geral
somente ocorrerá ‘quando não for o caso de inadmissibilidade do
recurso por outra razão’.
Não merece prosperar a irresignação, uma vez que na
sessão Plenária de 11 de fevereiro de 2009, este Tribunal, ao
apreciar o mérito do RE nº 563.965/RN, Relatora a Ministra
Cármen Lúcia, reafirmou o entendimento já consolidado nesta
Corte no sentido de que não há direito adquirido à manutenção
da forma de cálculo da remuneração, o que importaria em
direito adquirido a regime jurídico, ficando assegurada,
entretanto, a irredutibilidade vencimental. O acórdão do
referido julgado foi assim ementado:
‘DIREITOS
CONSTITUCIONAL
E
ADMINISTRATIVO. ESTABILIDADE FINANCEIRA.
MODIFICAÇÃO DE FORMA DE CÁLCULO DA
REMUNERAÇÃO.
OFENSA
À
GARANTIA
CONSTITUCIONAL DA IRREDUTIBILIDADE DA
REMUNERAÇÃO: AUSÊNCIA. JURISPRUDÊNCIA. LEI
COMPLEMENTAR N. 203/2001 DO ESTADO DO RIO
GRANDE DO NORTE: CONSTITUCIONALIDADE. 1. O
Supremo Tribunal Federal pacificou a sua jurisprudência
sobre a constitucionalidade do instituto da estabilidade
financeira e sobre a ausência de direito adquirido a regime
jurídico. 2. Nesta linha, a Lei Complementar n. 203/2001,
do Estado do Rio Grande do Norte, no ponto que alterou a
forma de cálculo de gratificações e, conseqüentemente, a
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
AI 721.353 ED / SP
plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da
matéria constitucional objeto do recurso, conforme decidido na
Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS,
Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07.
Todavia, apesar da petição recursal haver trazido a
preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua
existência, uma vez que, nos termos do artigo 323 do Regimento
Interno do Supremo Tribunal Federal, com a redação
introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o
procedimento acerca da existência da repercussão geral
somente ocorrerá ‘quando não for o caso de inadmissibilidade do
recurso por outra razão’.
Não merece prosperar a irresignação, uma vez que na
sessão Plenária de 11 de fevereiro de 2009, este Tribunal, ao
apreciar o mérito do RE nº 563.965/RN, Relatora a Ministra
Cármen Lúcia, reafirmou o entendimento já consolidado nesta
Corte no sentido de que não há direito adquirido à manutenção
da forma de cálculo da remuneração, o que importaria em
direito adquirido a regime jurídico, ficando assegurada,
entretanto, a irredutibilidade vencimental. O acórdão do
referido julgado foi assim ementado:
‘DIREITOS
CONSTITUCIONAL
E
ADMINISTRATIVO. ESTABILIDADE FINANCEIRA.
MODIFICAÇÃO DE FORMA DE CÁLCULO DA
REMUNERAÇÃO.
OFENSA
À
GARANTIA
CONSTITUCIONAL DA IRREDUTIBILIDADE DA
REMUNERAÇÃO: AUSÊNCIA. JURISPRUDÊNCIA. LEI
COMPLEMENTAR N. 203/2001 DO ESTADO DO RIO
GRANDE DO NORTE: CONSTITUCIONALIDADE. 1. O
Supremo Tribunal Federal pacificou a sua jurisprudência
sobre a constitucionalidade do instituto da estabilidade
financeira e sobre a ausência de direito adquirido a regime
jurídico. 2. Nesta linha, a Lei Complementar n. 203/2001,
do Estado do Rio Grande do Norte, no ponto que alterou a
forma de cálculo de gratificações e, conseqüentemente, a
2
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Relatório
AI 721.353 ED / SP
composição da remuneração de servidores públicos, não
ofende a Constituição da República de 1988, por dar
cumprimento ao princípio da irredutibilidade da
remuneração. 3. Recurso extraordinário ao qual se nega
provimento.’
Aplicando essa orientação, destacam-se as seguintes
decisões: RE nº 597.324/SP, Relator o Ministro Ayres Britto, DJe
de 11/6/10, e ARE nº 650.798/SP, Relator o Ministro Gilmar
Mendes, DJe de 25/8/11.
Ante o exposto, nego provimento ao agravo de
instrumento.”
Sustenta o embargante que
“a mudança na forma de cálculo da remuneração
REDUZIU DRASTICAMENTE O VENCIMENTO DO
AGRAVANTE. ALIÁS, SE ASSIM NÃO FOSSE É ÓBVIO QUE
SEQUER ESTARIA NO PRESENTE MOMENTO LEVANDO A
QUESTÃO A ESTA NOBRE CORTE” (fl. 86).
Aduz que
“está havendo um a contradição, pois a fundamentação do
v. acórdão está justamente afirmando que o Agravante teria o
direito pleiteado caso acontecesse a redução salarial, QUE FOI
EXATAMENTE O QUE ACONTECEU” (fl. 86).
É o relatório.
3
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Supremo Tribunal Federal
AI 721.353 ED / SP
composição da remuneração de servidores públicos, não
ofende a Constituição da República de 1988, por dar
cumprimento ao princípio da irredutibilidade da
remuneração. 3. Recurso extraordinário ao qual se nega
provimento.’
Aplicando essa orientação, destacam-se as seguintes
decisões: RE nº 597.324/SP, Relator o Ministro Ayres Britto, DJe
de 11/6/10, e ARE nº 650.798/SP, Relator o Ministro Gilmar
Mendes, DJe de 25/8/11.
Ante o exposto, nego provimento ao agravo de
instrumento.”
Sustenta o embargante que
“a mudança na forma de cálculo da remuneração
REDUZIU DRASTICAMENTE O VENCIMENTO DO
AGRAVANTE. ALIÁS, SE ASSIM NÃO FOSSE É ÓBVIO QUE
SEQUER ESTARIA NO PRESENTE MOMENTO LEVANDO A
QUESTÃO A ESTA NOBRE CORTE” (fl. 86).
Aduz que
“está havendo um a contradição, pois a fundamentação do
v. acórdão está justamente afirmando que o Agravante teria o
direito pleiteado caso acontecesse a redução salarial, QUE FOI
EXATAMENTE O QUE ACONTECEU” (fl. 86).
É o relatório.
3
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 10
Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 721.353 SÃO PAULO
VOTO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Recebo o presente inconformismo como agravo regimental,
conforme a pacífica jurisprudência desta Corte acerca do tema, segundo a
qual, não se admitem embargos de declaração contra decisão
monocrática. Nesses termos, passo a apreciá-lo.
A irresignação não merece prosperar, haja vista que as alegações
deduzidas no agravo são insuficientes para infirmar a fundamentação
que ampara a decisão agravada, a qual se encontra em sintonia com a
orientação jurisprudencial deste Supremo Tribunal Federal.
Não obstante o agravante asseverar, em suas razões recursais, que
houve contradição na decisão agravada, haja vista que, no caso dos autos,
houve redução de seus vencimentos, é certo que o inconformismo não
merece trânsito.
Com efeito, colhe-se da fundamentação do voto condutor do
acórdão recorrido:
“(...)
Em que pese a existência de decisão transitada em julgado
determinando que para o cálculo da indenização do Regime
Especial de Trabalho Policial a percentagem deva incidir sobre o
valor total dos vencimentos, não há que se falar em ofensa à
coisa julgada.
(...)
Ademais, necessária a aplicação ao caso dos autos do
artigo 17 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias
que estabelece: ‘Os vencimentos, a remuneração, as vantagens e
os adicionais, bem como os proventos de aposentadoria que
estejam sendo percebidos em desacordo com a Constituição
serão imediatamente reduzidos aos limites dela decorrentes,
não se admitindo, neste caso, invocação de direito adquirido ou
percepção de excesso a qualquer título’” (fls. 18/19).
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3133378.
Supremo Tribunal Federal
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 721.353 SÃO PAULO
VOTO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Recebo o presente inconformismo como agravo regimental,
conforme a pacífica jurisprudência desta Corte acerca do tema, segundo a
qual, não se admitem embargos de declaração contra decisão
monocrática. Nesses termos, passo a apreciá-lo.
A irresignação não merece prosperar, haja vista que as alegações
deduzidas no agravo são insuficientes para infirmar a fundamentação
que ampara a decisão agravada, a qual se encontra em sintonia com a
orientação jurisprudencial deste Supremo Tribunal Federal.
Não obstante o agravante asseverar, em suas razões recursais, que
houve contradição na decisão agravada, haja vista que, no caso dos autos,
houve redução de seus vencimentos, é certo que o inconformismo não
merece trânsito.
Com efeito, colhe-se da fundamentação do voto condutor do
acórdão recorrido:
“(...)
Em que pese a existência de decisão transitada em julgado
determinando que para o cálculo da indenização do Regime
Especial de Trabalho Policial a percentagem deva incidir sobre o
valor total dos vencimentos, não há que se falar em ofensa à
coisa julgada.
(...)
Ademais, necessária a aplicação ao caso dos autos do
artigo 17 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias
que estabelece: ‘Os vencimentos, a remuneração, as vantagens e
os adicionais, bem como os proventos de aposentadoria que
estejam sendo percebidos em desacordo com a Constituição
serão imediatamente reduzidos aos limites dela decorrentes,
não se admitindo, neste caso, invocação de direito adquirido ou
percepção de excesso a qualquer título’” (fls. 18/19).
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3133378.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 10
Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
AI 721.353 ED / SP
Como visto, o acórdão recorrido está em perfeita sintonia com a
jurisprudência firmada pelo Plenário desta Corte no julgamento dos
embargos de divergência no RE nº 146.331/SP, no sentido de que a coisa
julgada constituída anteriormente à vigência da Constituição Federal de
1988 não impede a incidência do disposto no art. 17 do Ato das
Disposições Constitucionais Transitórias, em razão da não oponibilidade
do direito adquirido quando incompatível com a atual norma
constitucional. Esse julgado restou assim ementado:
“SERVIDOR PÚBLICO. Vencimentos. Vantagens
pecuniárias. Adicionais por Tempo de Serviço e Sexta-Parte.
Cálculo. Influência recíproca. Cumulação. Excesso.
Inadmissibilidade. Redução por ato da administração. Coisa
julgada material anterior ao início de vigência da atual
Constituição da República. Direito adquirido. Não
oponibilidade. Ação julgada improcedente. Embargos de
divergência conhecidos e acolhidos para esse fim.
Interpretação do art. 37, XIV, da CF, e do art. 17, caput, do
ADCT. Voto vencido. Não pode ser oposta à administração
pública, para efeito de impedir redução de excesso na
percepção de adicionais e sexta-parte, calculados com influência
recíproca, coisa julgada material formada antes do início de
vigência da atual Constituição da República” (DJ de 20/4/07).
Nesse mesmo sentido, destaco o seguinte precedente:
“CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. EMBARGOS
DE DECLARAÇÃO EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO.
CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. SERVIDOR
PÚBLICO. ESTADO DE SÃO PAULO. LEI COMPLEMENTAR
ESTADUAL 645/98. REVISÃO DE ENQUADRAMENTO DE
CARGOS. COISA JULGADA. NÃO-OPONIBILIDADE. ART.
37, XIV, CF/88 E ART. 17 ADCT/88. 1. Embargos de declaração
recebidos como agravo regimental, consoante iterativa
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3133378.
Supremo Tribunal Federal
AI 721.353 ED / SP
Como visto, o acórdão recorrido está em perfeita sintonia com a
jurisprudência firmada pelo Plenário desta Corte no julgamento dos
embargos de divergência no RE nº 146.331/SP, no sentido de que a coisa
julgada constituída anteriormente à vigência da Constituição Federal de
1988 não impede a incidência do disposto no art. 17 do Ato das
Disposições Constitucionais Transitórias, em razão da não oponibilidade
do direito adquirido quando incompatível com a atual norma
constitucional. Esse julgado restou assim ementado:
“SERVIDOR PÚBLICO. Vencimentos. Vantagens
pecuniárias. Adicionais por Tempo de Serviço e Sexta-Parte.
Cálculo. Influência recíproca. Cumulação. Excesso.
Inadmissibilidade. Redução por ato da administração. Coisa
julgada material anterior ao início de vigência da atual
Constituição da República. Direito adquirido. Não
oponibilidade. Ação julgada improcedente. Embargos de
divergência conhecidos e acolhidos para esse fim.
Interpretação do art. 37, XIV, da CF, e do art. 17, caput, do
ADCT. Voto vencido. Não pode ser oposta à administração
pública, para efeito de impedir redução de excesso na
percepção de adicionais e sexta-parte, calculados com influência
recíproca, coisa julgada material formada antes do início de
vigência da atual Constituição da República” (DJ de 20/4/07).
Nesse mesmo sentido, destaco o seguinte precedente:
“CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. EMBARGOS
DE DECLARAÇÃO EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO.
CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. SERVIDOR
PÚBLICO. ESTADO DE SÃO PAULO. LEI COMPLEMENTAR
ESTADUAL 645/98. REVISÃO DE ENQUADRAMENTO DE
CARGOS. COISA JULGADA. NÃO-OPONIBILIDADE. ART.
37, XIV, CF/88 E ART. 17 ADCT/88. 1. Embargos de declaração
recebidos como agravo regimental, consoante iterativa
2
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 10
Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
AI 721.353 ED / SP
jurisprudência do Supremo Tribunal Federal. 2. A decisão
agravada funda-se em precedentes ratificados pelo Plenário do
Supremo Tribunal Federal - RE 146.331-EDiv/SP. 3. A coisa
julgada constituída antes da vigência da Constituição Federal
de 1988 não impede a incidência do art. 17 do ADCT/88. 4.
Legitimidade da reestruturação ensejada pela Lei
Complementar Estadual 645/98. Precedentes. 5. Agravo
regimental improvido” (RE nº 161.571/SP-ED, Segunda Turma,
Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJe de 13/11/09).
Ante o exposto, voto pelo não provimento do agravo regimental.
3
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Supremo Tribunal Federal
AI 721.353 ED / SP
jurisprudência do Supremo Tribunal Federal. 2. A decisão
agravada funda-se em precedentes ratificados pelo Plenário do
Supremo Tribunal Federal - RE 146.331-EDiv/SP. 3. A coisa
julgada constituída antes da vigência da Constituição Federal
de 1988 não impede a incidência do art. 17 do ADCT/88. 4.
Legitimidade da reestruturação ensejada pela Lei
Complementar Estadual 645/98. Precedentes. 5. Agravo
regimental improvido” (RE nº 161.571/SP-ED, Segunda Turma,
Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJe de 13/11/09).
Ante o exposto, voto pelo não provimento do agravo regimental.
3
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Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 721.353 SÃO PAULO
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Senhor Presidente,
fico vencido na conversão e também na matéria de fundo. O artigo 17 do
Ato das Disposições Constitucionais Transitórias não coloca em segundo
plano a coisa julgada. Cito precedente da Segunda Turma, no Recurso
Extraordinário nº 195.821 – creio, se não me falha a memória –, nesse
sentido.
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documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3163753.
Supremo Tribunal Federal
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 721.353 SÃO PAULO
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Senhor Presidente,
fico vencido na conversão e também na matéria de fundo. O artigo 17 do
Ato das Disposições Constitucionais Transitórias não coloca em segundo
plano a coisa julgada. Cito precedente da Segunda Turma, no Recurso
Extraordinário nº 195.821 – creio, se não me falha a memória –, nesse
sentido.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3163753.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 10
Decisão de Julgamento
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 721.353
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI
EMBTE.(S) : NELSON NUNES FERNANDEZ
ADV.(A/S) : ADRIANA MARIA MELLO ARAÚJO DE SOUZA
EMBDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
Decisão: Por maioria de votos, a Turma converteu os embargos
de declaração em agravo regimental e negou-lhe provimento, nos
termos do voto do Relator, vencido o Senhor Ministro Marco
Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma,
6.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 721.353
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI
EMBTE.(S) : NELSON NUNES FERNANDEZ
ADV.(A/S) : ADRIANA MARIA MELLO ARAÚJO DE SOUZA
EMBDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
Decisão: Por maioria de votos, a Turma converteu os embargos
de declaração em agravo regimental e negou-lhe provimento, nos
termos do voto do Relator, vencido o Senhor Ministro Marco
Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma,
6.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3108243
Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 10
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3172333 | 2012-11-06T00:00:00 | 2012-12-10T00:00:00 | Por maioria de votos, a Turma converteu os embargos de declaração em agravo regimental e negou-lhe provimento, nos termos do voto do Relator, vencido o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 6.11.2012. | EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO | EMENTA
Embargos de declaração no agravo de instrumento. Conversão em agravo regimental. Servidor público. Incidência de gratificação sobre adicionais por tempo de serviço e de sexta-parte. Coisa julgada formada antes da Constituição Federal de 1988. Direito adquirido. Não oponibilidade. Artigo 17 do ADCT. Precedente.
1. Embargos de declaração recebidos como agravo regimental, conforme pacífica orientação desta Corte.
2. Este Supremo Tribunal Federal firmou o entendimento de que a coisa julgada constituída anteriormente à vigência da Constituição Federal de 1988 não impede a incidência do disposto no art. 17 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, em razão da não oponibilidade do direito adquirido quando incompatível com a atual norma constitucional.
3. Agravo regimental não provido. | sjur221209 | - Acórdãos citados:
(COISA JULGADA)
STF: RE 146331(TP), RE 161571 ED(2ªT).
Número de páginas: 10.
Análise: 14/12/2012, LLD. | DIAS TOFFOLI | Primeira Turma | 721353 | [
"LEG-FED CF ANO-1988\r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n\r\n",
"LEG-FED ADCT ANO-1988\r\n ART-00017 \r\n ATO DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS"
] | AI-ED | acordaos | AI 721353 ED | [
""
] | EMBDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
ADV.(A/S) : ADRIANA MARIA MELLO ARAÚJO DE SOUZA
EMBTE.(S) : NELSON NUNES FERNANDEZ | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"AI 721 . 353 ED / SP",
"AI 721 . 353 ED /",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 721 . 353",
"AI 721 . 353 ED / SP",
"Questão de Ordem no Agravo de Instrumento [UNK] 664 . 567 / RS",
"RE [UNK] 563",
".",
"965",
"/",
"RN",
"AI 721 . 353 ED / SP",
"RE [UNK] 563 . 965 / RN",
"AI 721 . 353 ED / SP",
"RE [UNK] 597 . 324 / SP",
"ARE [UNK] 650 . 798 / SP",
"AI 721 . 353 ED / SP",
"RE [UNK] 597 . 324 / SP",
"ARE [UNK] 650 . 798 / SP",
"EMB",
"AI 721 . 353 ED / SP",
"RE [UNK] 146 . 331 / SP",
"AI 721 . 353 ED / SP",
"RE [UNK] 146 . 331 / SP",
"AI 721 . 353 ED / SP",
"RE 146 . 331 - EDiv / SP",
"RE [UNK] 161 . 571 / SP - ED",
"AI 721 . 353 ED / SP",
"RE 146 . 331 - EDiv / SP",
"RE [UNK] 161 . 571 / SP - ED",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 721 . 353",
"Recurso Extraordinário [UNK] 195 . 821",
"Recurso Extraordinário [UNK] 195 . 821"
],
"LEGISLACAO": [
"Constituição Federal de 1988",
"Constituição Federal de 1988",
"art . 17 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 17 do ADCT",
"artigos [UNK] , inciso XXXVI , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 17 do ADCT",
"artigos [UNK] , inciso XXXVI , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal",
"Emenda Regimental [UNK] 21 / 07",
"LEI COMPLEMENTAR N . 203 / 2001",
"Lei Complementar n . 203 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal",
"Emenda Regimental [UNK] 21 / 07",
"LEI COMPLEMENTAR N . 203 / 2001",
"Lei Complementar n . 203 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição da República de 1988",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição da República de 1988",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 17 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias",
"Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 17 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias",
"Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição Federal de 1988",
"art . 17 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias",
"Constituição da República",
"art . 37 , XIV , da CF",
"art . 17 , caput , do ADCT",
"Constituição da República ”",
"LEI COMPLEMENTAR ESTADUAL 645 / 98",
"ART . 37 , XIV , CF / 88",
"ART . 17 ADCT /",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição Federal de 1988",
"art . 17 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias",
"Constituição da República",
"art . 37 , XIV , da CF",
"art . 17 , caput , do ADCT",
"Constituição da República ”",
"LEI COMPLEMENTAR ESTADUAL 645 / 98",
"ART . 37 , XIV , CF / 88",
"ART . 17 ADCT / 88",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição Federal de 1988",
"art . 17 do ADCT / 88",
"Lei Complementar Estadual 645 / 98",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição Federal de 1988",
"art . 17 do ADCT / 88",
"Lei Complementar Estadual 645 / 98",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 17 do Ato das Disposições Constitucionais",
"MP n° 2 . 200 -",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"Brasília",
"SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE",
"Estado do Rio Grande do Norte",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE",
"Estado do Rio Grande do Norte",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO"
],
"ORGANIZACAO": [
"PRIMEIRA TURMA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"Quarta Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Quarta Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Pleno",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Plenário",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Plenário",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Plenário do Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Plenário do Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"[UNK] Turma",
"Primeira",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"DIAS TOFFOLI",
"NELSON NUNES FERNANDEZ",
"ADRIANA MARIA MELLO ARAÚJO DE SOUZA",
"Dias Toffoli",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"NELSON NUNES FERNANDEZ",
"ADRIANA MARIA MELLO ARAÚJO DE SOUZA",
"DIAS TOFFOLI",
"Nelson Nunes Fernandez",
"Nelson Nunes Fernandez",
"DIAS TOFFOLI",
"NELSON NUNES FERNANDEZ",
"ADRIANA MARIA MELLO ARAÚJO DE SOUZA",
"DIAS TOFFOLI",
"Nelson Nunes Fernandez",
"Nelson Nunes Fernandez",
"Sepúlveda Pertence",
"Cármen Lúcia",
"Sepúlveda Pertence",
"Cármen Lúcia",
"Ayres Britto",
"Gilmar Mendes",
"Ayres Britto",
"Gilmar Mendes",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"Ellen Gracie",
"Ellen Gracie",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"DIAS TOFFOLI",
"NELSON NUNES FERNANDEZ",
"ADRIANA MARIA MELLO ARAÚJO DE SOUZA",
"Marco Aurélio",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza",
"DIAS TOFFOLI",
"NELSON NUNES FERNANDEZ",
"ADRIANA MARIA MELLO ARAÚJO DE SOUZA",
"Marco Aurélio",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza"
],
"TEMPO": [
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"6 de novembro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
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"/",
"12",
"/",
"2012",
"24",
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"08",
"/",
"2001",
"24",
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"08",
"/",
"2001",
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"2012",
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"07",
"24",
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"08",
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"2001",
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"2012",
"3",
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"24",
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"/",
"2001",
"6",
"/",
"9",
"/",
"07",
"11 de fevereiro de 2009",
"24",
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"08",
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"2001",
"6",
"/",
"9",
"/",
"07",
"11 de fevereiro de 2009",
"24",
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"/",
"2001",
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"6",
"/",
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"25",
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"8",
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"24",
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"08",
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"2001",
"11",
"/",
"6",
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"10",
"25",
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"24",
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"/",
"2001",
"06",
"/",
"11",
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"2012",
"24",
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"08",
"/",
"2001",
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"20",
"/",
"4",
"/",
"07",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"20",
"/",
"4",
"/",
"07",
"24",
"/",
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"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"09",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"09",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
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"/",
"2001",
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
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"/",
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"6",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
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"/",
"2001",
"6",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO
COM AGRAVO 665.977 PARÁ
RELATOR
: MIN. LUIZ FUX
EMBTE.(S)
:MARCINA GRAÇA ALCANTARA MARTINS
ADV.(A/S)
:MARIO DAVID PRADO SÁ
EMBDO.(A/S)
:ESTADO DO PARÁ
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARÁ
EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NOS EMBARGOS DE
DECLARAÇÃO NO AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL.
OBSCURIDADE. CONTRADIÇÃO OU OMISSÃO. INEXISTÊNCIA.
REJEIÇÃO. APLICAÇÃO DE MULTA. ARTIGO 538, § ÚNICO, DO
CPC.
1. A pretensão de reformar o decisum não há como prosperar,
porquanto inocorrentes as hipóteses de omissão, contradição ou
obscuridade, sendo inviável a revisão em sede de embargos de
declaração, em face dos estreitos limites do art. 535 do CPC.
2. Segundos embargos de declaração com caráter manifestamente
procrastinatório. Aplicação de multa no percentual de 1% (um por cento)
sobre o valor corrigido da causa, nos termos do artigo 538, § único do
CPC.
3. In casu, o acórdão recorrido assentou: “ADMINISTRATIVO.
PROFESSORA. CONTRATAÇÃO EM REGIME TEMPORÁRIO APÓS A
CONSTITUIÇÃO DE 1988. AUSÊNCIA DE DIREITO LÍQUIDO E CERTO
À ESTABILIDADE NO SERVIÇO PÚBLICO. 1. Inexiste direito líquido e certo
à estabilidade no serviço público para aqueles que, após a Constituição de 1988 e
sem aprovação prévia em concurso público, são contratados por tempo
determinado para atender a necessidade temporária de excepcional interesse
público. Precedentes do STJ. 2. Agravo Regimental não provido.“
4. Embargos de declaração REJEITADOS.
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
DJe 03/12/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 8
Ementa e Acórdão
ARE 665.977 AGR-ED-ED / PA
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do
Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de julgamento e das
notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em rejeitar os embargos
de declaração, com imposição de multa, nos termos do voto do Relator.
Brasília, 6 de novembro de 2012.
LUIZ FUX – Relator
Documento assinado digitalmente
2
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
ARE 665.977 AGR-ED-ED / PA
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do
Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de julgamento e das
notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em rejeitar os embargos
de declaração, com imposição de multa, nos termos do voto do Relator.
Brasília, 6 de novembro de 2012.
LUIZ FUX – Relator
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2
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Relatório
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO
COM AGRAVO 665.977 PARÁ
RELATOR
: MIN. LUIZ FUX
EMBTE.(S)
:MARCINA GRAÇA ALCANTARA MARTINS
ADV.(A/S)
:MARIO DAVID PRADO SÁ
EMBDO.(A/S)
:ESTADO DO PARÁ
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARÁ
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Cuida-se de embargos de
declaração opostos por MARCINA GRAÇA ALCANTARA MARTINS E
OUTROS, contra acórdão de minha relatoria assim ementado:
“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL.
OMISSÃO. INEXISTÊNCIA. EFEITOS INFRINGENTES.
IMPOSSIBILIDADE. REJEIÇÃO.
1. O inconformismo, que tem como real escopo a
pretensão de reformar o decisum, não há como prosperar,
porquanto inocorrentes as hipóteses de omissão, contradição ou
obscuridade, sendo inviável a revisão em sede de embargos de
declaração, em face dos estreitos limites do art. 535 do CPC.
2. O magistrado não está obrigado a refutar, um a um, os
argumentos deduzidos pela parte, desde que os fundamentos
utilizados tenham sido suficientes para embasar a decisão.
3. A pretensão de revisão do julgado, em manifesta
pretensão infringente, revela-se inadmissível, em sede de
embargos. (Precedentes: AI n. 799.509-AgR-ED, Relator o
Ministro Marco Aurélio, 1ª Turma, DJe de 8.9.2011; e RE n.
591.260-AgR-ED, Relator o Ministro Celso de Mello, 2ª Turma,
DJe de 9.9.2011).
4. Embargos de declaração REJEITADOS.”
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06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO
COM AGRAVO 665.977 PARÁ
RELATOR
: MIN. LUIZ FUX
EMBTE.(S)
:MARCINA GRAÇA ALCANTARA MARTINS
ADV.(A/S)
:MARIO DAVID PRADO SÁ
EMBDO.(A/S)
:ESTADO DO PARÁ
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARÁ
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Cuida-se de embargos de
declaração opostos por MARCINA GRAÇA ALCANTARA MARTINS E
OUTROS, contra acórdão de minha relatoria assim ementado:
“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL.
OMISSÃO. INEXISTÊNCIA. EFEITOS INFRINGENTES.
IMPOSSIBILIDADE. REJEIÇÃO.
1. O inconformismo, que tem como real escopo a
pretensão de reformar o decisum, não há como prosperar,
porquanto inocorrentes as hipóteses de omissão, contradição ou
obscuridade, sendo inviável a revisão em sede de embargos de
declaração, em face dos estreitos limites do art. 535 do CPC.
2. O magistrado não está obrigado a refutar, um a um, os
argumentos deduzidos pela parte, desde que os fundamentos
utilizados tenham sido suficientes para embasar a decisão.
3. A pretensão de revisão do julgado, em manifesta
pretensão infringente, revela-se inadmissível, em sede de
embargos. (Precedentes: AI n. 799.509-AgR-ED, Relator o
Ministro Marco Aurélio, 1ª Turma, DJe de 8.9.2011; e RE n.
591.260-AgR-ED, Relator o Ministro Celso de Mello, 2ª Turma,
DJe de 9.9.2011).
4. Embargos de declaração REJEITADOS.”
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Relatório
ARE 665.977 AGR-ED-ED / PA
Inconformados com a decisão supra, opõem embargos de
declaração, alegando em síntese que:
(...)”Vê-se, pois, que a decisão embargada teve por escopo
a repetição dos argumentos da decisão já acima identificada.
Por outro lado, os Embargantes estão albergados, primeiro pela
Tempestividade dos Declaratórios vertentes, Segundo: pela
presença da Repercussão Geral já reconhecida na Corte,
terceiro: por ser cristalino na demanda o seu direito ‘liquido e
certo’, uma vez que tais, alegações encontra-se comprovadas
através da vasta documentação nos Autos, inclusive dessa
Corte, abaixo relacionadas, logo a Decisão ora Embargada não
prospera e não condiz com os elementos fáticos e de direito
trazidos aos autos.
Douto Relator, Primeiramente, há nos autos flagrante
omissão, ou se entenda obscuridade, porquanto, as decisões
dessa Suprema Corte são ‘erga omini’ logo, não podemos usar
‘dois pesos e duas medidas’, como no caso em apreço, no qual
V. Exa., não levou em consideração a decisão do Pleno dessa
Corte, mais precisamente no RE - 631102, das lavras do Ministro
aposentado Cezar Peluso, em anexos, que reconheceu a
‘possibilidade de atribuição de efeitos modificativos ao Recurso,
através dos Embargos de Declaração’ já ter tido sua
Repercussão reconhecida pelo Plenário Eletrônico da Corte.
(...)
Como se vê, douto relator, a jurisprudência da Corte, é
pacifica e permanente em reconhecer a prestabilidade dos
Embargos para reforma do Recurso em apreço, logo, o direito
está com as Embargantes, ainda podemos constar que V. Exa.,
não pediu o parecer da Procuradoria. Como também, apesar ser
clarividente o direito ‘liquido e certo’ das Servidoras, ainda sim,
tiveram o seu Recurso Agravo Regimental Improvido, sem
terem sido levantadas as decisões da Corte, com relação a
matéria em analise, ‘data vênia’, o que mais uma vez esses
Servidores foram prejudicados, ‘salvo melhor juízo’!
Por outro lado, o que é mais grave no presente
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Inconformados com a decisão supra, opõem embargos de
declaração, alegando em síntese que:
(...)”Vê-se, pois, que a decisão embargada teve por escopo
a repetição dos argumentos da decisão já acima identificada.
Por outro lado, os Embargantes estão albergados, primeiro pela
Tempestividade dos Declaratórios vertentes, Segundo: pela
presença da Repercussão Geral já reconhecida na Corte,
terceiro: por ser cristalino na demanda o seu direito ‘liquido e
certo’, uma vez que tais, alegações encontra-se comprovadas
através da vasta documentação nos Autos, inclusive dessa
Corte, abaixo relacionadas, logo a Decisão ora Embargada não
prospera e não condiz com os elementos fáticos e de direito
trazidos aos autos.
Douto Relator, Primeiramente, há nos autos flagrante
omissão, ou se entenda obscuridade, porquanto, as decisões
dessa Suprema Corte são ‘erga omini’ logo, não podemos usar
‘dois pesos e duas medidas’, como no caso em apreço, no qual
V. Exa., não levou em consideração a decisão do Pleno dessa
Corte, mais precisamente no RE - 631102, das lavras do Ministro
aposentado Cezar Peluso, em anexos, que reconheceu a
‘possibilidade de atribuição de efeitos modificativos ao Recurso,
através dos Embargos de Declaração’ já ter tido sua
Repercussão reconhecida pelo Plenário Eletrônico da Corte.
(...)
Como se vê, douto relator, a jurisprudência da Corte, é
pacifica e permanente em reconhecer a prestabilidade dos
Embargos para reforma do Recurso em apreço, logo, o direito
está com as Embargantes, ainda podemos constar que V. Exa.,
não pediu o parecer da Procuradoria. Como também, apesar ser
clarividente o direito ‘liquido e certo’ das Servidoras, ainda sim,
tiveram o seu Recurso Agravo Regimental Improvido, sem
terem sido levantadas as decisões da Corte, com relação a
matéria em analise, ‘data vênia’, o que mais uma vez esses
Servidores foram prejudicados, ‘salvo melhor juízo’!
Por outro lado, o que é mais grave no presente
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Relatório
ARE 665.977 AGR-ED-ED / PA
julgamento, é que vossa excelência também não levantou a
questão de Ordem no AI 760.358, da lavra do Ministro Gilmar
Mendes, constante em anexo, que diz o seguinte: ‘Em caso
análogo que não foi reconhecida a repercussão geral da mataria
objeto do Extraordinário, também, decidido devolver o Agravo
de Instrumento e a Reclamação ao Tribunal de Origem para que
os julgue como Agravo Regimental’, como no caso em tela, o
que levou todos os seus pares ao erro, no qual demonstra o
dano irreparável que os Embargantes estão sendo vitimados e
tornam clarividente que o presente Acórdão ora guerreado, é
totalmente viciado.
Pelo exposto, reiteramos os presentes EMBARGOS DOS
EMBARGOS COM EFEITO MODIFICATIVO DO VOSSO
DESPACHO, pelos motivos do Eminente Relator ter julgado
sem as observâncias das decisões dessa Corte já devidamente
pacificados e permanentes, acima elencadas, que espera ser
remetidos os presentes Declaratórios ao Parecer da
Procuradoria da Republica, a se pronunciar quanto aos
argumentos levantados nos presentes Embargos, como também,
recebidos e providos com o fim de instar o Pleno dessa Corte
Suprema, a se pronunciar sobre os fatos ora esposados no
Acórdão vertente, da lavra de V. Exa., que rejeitou o Agravo
vertente, e reconhecer o direito ‘líquido e certo’, das Servidoras,
em ter analise do mérito dirimido e julgado no presente recurso
Extraordinário, como também do seu mérito, para constatar o
direito ‘líquido e certo’ das Embargantes, não reconhecido em
vosso Acórdão ora guerreado, com vistas, as suas Reintegrações
e permanecerem em seus Cargos até atingir suas
aposentadorias, conforme os argumentos reclamados e
identificados na Inicial, tudo de acordo com a Lei, medida que
se recomenda como de insofismável justiça.”
É o relatório.
3
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ARE 665.977 AGR-ED-ED / PA
julgamento, é que vossa excelência também não levantou a
questão de Ordem no AI 760.358, da lavra do Ministro Gilmar
Mendes, constante em anexo, que diz o seguinte: ‘Em caso
análogo que não foi reconhecida a repercussão geral da mataria
objeto do Extraordinário, também, decidido devolver o Agravo
de Instrumento e a Reclamação ao Tribunal de Origem para que
os julgue como Agravo Regimental’, como no caso em tela, o
que levou todos os seus pares ao erro, no qual demonstra o
dano irreparável que os Embargantes estão sendo vitimados e
tornam clarividente que o presente Acórdão ora guerreado, é
totalmente viciado.
Pelo exposto, reiteramos os presentes EMBARGOS DOS
EMBARGOS COM EFEITO MODIFICATIVO DO VOSSO
DESPACHO, pelos motivos do Eminente Relator ter julgado
sem as observâncias das decisões dessa Corte já devidamente
pacificados e permanentes, acima elencadas, que espera ser
remetidos os presentes Declaratórios ao Parecer da
Procuradoria da Republica, a se pronunciar quanto aos
argumentos levantados nos presentes Embargos, como também,
recebidos e providos com o fim de instar o Pleno dessa Corte
Suprema, a se pronunciar sobre os fatos ora esposados no
Acórdão vertente, da lavra de V. Exa., que rejeitou o Agravo
vertente, e reconhecer o direito ‘líquido e certo’, das Servidoras,
em ter analise do mérito dirimido e julgado no presente recurso
Extraordinário, como também do seu mérito, para constatar o
direito ‘líquido e certo’ das Embargantes, não reconhecido em
vosso Acórdão ora guerreado, com vistas, as suas Reintegrações
e permanecerem em seus Cargos até atingir suas
aposentadorias, conforme os argumentos reclamados e
identificados na Inicial, tudo de acordo com a Lei, medida que
se recomenda como de insofismável justiça.”
É o relatório.
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Voto - MIN. LUIZ FUX
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO
COM AGRAVO 665.977 PARÁ
V O T O
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Não há qualquer
omissão a ser sanada no acórdão embargado.
Verifica-se que os ora embargantes pretendem nestes segundos
embargos de declaração rediscutir matéria já decidida. Ora, esta Suprema
Corte firmou jurisprudência nos termos do qual não se revelam cabíveis
embargos de declaração quando a pretexto de esclarecer uma inexistente
situação de obscuridade, omissão ou contradição, vêm a ser opostos com
o inadmissível objetivo de infringir o julgado, em ordem a viabilizar um
indevido reexame da causa.” (AI n. 177.313–AgR-ED, Relator o Ministro
Celso de Mello, DJ de 13.9.1996)
Vale enfatizar, ainda, que a jurisprudência deste Tribunal é uníssona
no sentido de que a oposição de embargos com nítido intuito
procrastinatório, com a injustificável reiteração do recurso, traduz
hipótese de evidente abusividade, apta a justificar, por si só, a aplicação,
ao caso ora em julgamento, da norma inscrita no artigo 538, parágrafo
único, do CPC. (AI n. 586.710-AgR-ED-ED, Relator o Ministro Celso de
Mello, DJ de 2.2.07)
Registre-se por oportuno, que não se desconhece a jurisprudência
desta Corte no sentido de que em casos excepcionais, o relator poderá
acolher os embargos de declaração com efeitos modificativos, no entanto,
reitera-se que, no caso sub examine, o recurso extraordinário sequer
merece ser conhecido, em decorrência de sua fundamentação deficiente,
que atrai inevitavelmente o óbice erigido pelo Enunciado da Súmula 284
desta Corte Suprema, de seguinte teor: “É inadmissível o recurso
extraordinário, quando a deficiência na sua fundamentação não permitir a exata
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06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO
COM AGRAVO 665.977 PARÁ
V O T O
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Não há qualquer
omissão a ser sanada no acórdão embargado.
Verifica-se que os ora embargantes pretendem nestes segundos
embargos de declaração rediscutir matéria já decidida. Ora, esta Suprema
Corte firmou jurisprudência nos termos do qual não se revelam cabíveis
embargos de declaração quando a pretexto de esclarecer uma inexistente
situação de obscuridade, omissão ou contradição, vêm a ser opostos com
o inadmissível objetivo de infringir o julgado, em ordem a viabilizar um
indevido reexame da causa.” (AI n. 177.313–AgR-ED, Relator o Ministro
Celso de Mello, DJ de 13.9.1996)
Vale enfatizar, ainda, que a jurisprudência deste Tribunal é uníssona
no sentido de que a oposição de embargos com nítido intuito
procrastinatório, com a injustificável reiteração do recurso, traduz
hipótese de evidente abusividade, apta a justificar, por si só, a aplicação,
ao caso ora em julgamento, da norma inscrita no artigo 538, parágrafo
único, do CPC. (AI n. 586.710-AgR-ED-ED, Relator o Ministro Celso de
Mello, DJ de 2.2.07)
Registre-se por oportuno, que não se desconhece a jurisprudência
desta Corte no sentido de que em casos excepcionais, o relator poderá
acolher os embargos de declaração com efeitos modificativos, no entanto,
reitera-se que, no caso sub examine, o recurso extraordinário sequer
merece ser conhecido, em decorrência de sua fundamentação deficiente,
que atrai inevitavelmente o óbice erigido pelo Enunciado da Súmula 284
desta Corte Suprema, de seguinte teor: “É inadmissível o recurso
extraordinário, quando a deficiência na sua fundamentação não permitir a exata
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Voto - MIN. LUIZ FUX
ARE 665.977 AGR-ED-ED / PA
compreensão da controvérsia”.
Com essas considerações, REJEITO estes segundos embargos de
declaração e, por considerá-los manifestamente procrastinatórios,
condeno os embargantes ao pagamento da multa de 1% (um por cento)
sobre o valor corrigido da causa, em favor da parte embargada, ficando a
interposição de qualquer outro recurso condicionada ao depósito do valor
correspondente.
É como voto.
2
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ARE 665.977 AGR-ED-ED / PA
compreensão da controvérsia”.
Com essas considerações, REJEITO estes segundos embargos de
declaração e, por considerá-los manifestamente procrastinatórios,
condeno os embargantes ao pagamento da multa de 1% (um por cento)
sobre o valor corrigido da causa, em favor da parte embargada, ficando a
interposição de qualquer outro recurso condicionada ao depósito do valor
correspondente.
É como voto.
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 8
Decisão de Julgamento
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM
AGRAVO 665.977
PROCED. : PARÁ
RELATOR : MIN. LUIZ FUX
EMBTE.(S) : MARCINA GRAÇA ALCANTARA MARTINS
ADV.(A/S) : MARIO DAVID PRADO SÁ
EMBDO.(A/S) : ESTADO DO PARÁ
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARÁ
Decisão: A Turma rejeitou os embargos de declaração, com
imposição de multa, nos termos do voto do Relator. Unânime.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 6.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
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documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3108183
Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM
AGRAVO 665.977
PROCED. : PARÁ
RELATOR : MIN. LUIZ FUX
EMBTE.(S) : MARCINA GRAÇA ALCANTARA MARTINS
ADV.(A/S) : MARIO DAVID PRADO SÁ
EMBDO.(A/S) : ESTADO DO PARÁ
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARÁ
Decisão: A Turma rejeitou os embargos de declaração, com
imposição de multa, nos termos do voto do Relator. Unânime.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 6.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 8
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3151423 | 2012-11-06T00:00:00 | 2012-12-03T00:00:00 | A Turma rejeitou os embargos de declaração, com imposição de multa, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 6.11.2012. | EMB.DECL. NOS EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO | Ementa: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL. OBSCURIDADE. CONTRADIÇÃO OU OMISSÃO. INEXISTÊNCIA. REJEIÇÃO. APLICAÇÃO DE MULTA. ARTIGO 538, § ÚNICO, DO CPC.
1. A pretensão de reformar o decisum não há como prosperar, porquanto inocorrentes as hipóteses de omissão, contradição ou obscuridade, sendo inviável a revisão em sede de embargos de declaração, em face dos estreitos limites do art. 535 do CPC.
2. Segundos embargos de declaração com caráter manifestamente procrastinatório. Aplicação de multa no percentual de 1% (um por cento) sobre o valor corrigido da causa, nos termos do artigo 538, § único do CPC.
3. In casu, o acórdão recorrido assentou: “ADMINISTRATIVO. PROFESSORA. CONTRATAÇÃO EM REGIME TEMPORÁRIO APÓS A CONSTITUIÇÃO DE 1988. AUSÊNCIA DE DIREITO LÍQUIDO E CERTO À ESTABILIDADE NO SERVIÇO PÚBLICO. 1. Inexiste direito líquido e certo à estabilidade no serviço público para aqueles que, após a Constituição de 1988 e sem aprovação prévia em concurso público, são contratados por tempo determinado para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público. Precedentes do STJ. 2. Agravo Regimental não provido.“
4. Embargos de declaração REJEITADOS. | sjur220373 | - Acórdão (s) citado (s):
(EMBARGOS, PRETENSÃO, EFEITOS INFRINGENTES)
STF: AI 177313 AgR-ED (1ªT);
(APLICAÇÃO DE MULTA, EMBARGOS PROCRASTINATÓRIOS)
STF: AI 586710 AgR-ED-ED (2ªT).
Número de páginas: 8.
Análise: 06/12/2012, BMB. | LUIZ FUX | Primeira Turma | 665977 | [
"LEG-FED LEI-005869 ANO-1973\r\n ART-00535 ART-00538 PAR-ÚNICO \r\n CPC-1973 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL"
] | ARE-AgR-ED-ED | acordaos | ARE 665977 AgR-ED-ED | [
""
] | EMBDO.(A/S) : ESTADO DO PARÁ
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARÁ
ADV.(A/S) : MARIO DAVID PRADO SÁ
EMBTE.(S) : MARCINA GRAÇA ALCANTARA MARTINS | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"ARE 665 . 977",
"RECURSO",
"AI n . 799 . 509 - AgR - ED",
"RE n . 591 . 260 - AgR - ED",
"AI n . 799 . 509 - AgR - ED",
"RE n . 591 . 260 - AgR - ED",
"ARE 665 . 977",
"RE",
"-",
"631102",
"ARE 665 . 977 AGR",
"RE - 631102",
"ARE 665 . 977",
"AI 760 . 358",
"ARE 665 . 977 AGR",
"AI 760 . 358",
"AI n . 177 . 313 – AgR - ED",
"AI n . 586 . 710 - AgR - ED - ED",
"AI n . 177 . 313 – AgR - ED",
"AI n . 586 . 710 - AgR - ED - ED",
"Súmula 284 desta Corte Suprema",
"ARE 665 . 977",
"ARE 665 . 977 AGR"
],
"LEGISLACAO": [
"ARTIGO 538 , § ÚNICO , DO CPC",
"art . 535 do CPC",
"artigo 538 , § único do CPC",
"Constituição de 1988",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 535 do CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 535 do CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 538 , parágrafo único , do CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 538 , parágrafo único , do CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"PARÁ",
"ESTADO DO PARÁ",
"ESTADO DO PARÁ",
"Brasília",
"Brasília",
"PARÁ",
"ESTADO DO PARÁ",
"ESTADO DO PARÁ",
"ESTADO DO PARÁ",
"ESTADO DO PARÁ",
"PARÁ",
"PARÁ",
"ESTADO DO PARÁ",
"ESTADO DO PARÁ",
"PARÁ",
"ESTADO DO PARÁ",
"ESTADO DO PARÁ",
"Brasil"
],
"ORGANIZACAO": [
"PRIMEIRA TURMA",
"STJ",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma do",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"[UNK] Turma",
"[UNK] Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"[UNK] Turma",
"[UNK] Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"ED",
"ED",
"/",
"PA",
"Suprema",
"Plenário Eletrônico da Corte",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Suprema",
"Plenário Eletrônico da",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Procuradoria da Republica",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Procuradoria da Republica",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"PARÁ",
"Suprema",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Suprema Corte",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP"
],
"PESSOA": [
"LUIZ FUX",
"MARCINA GRAÇA ALCANTARA MARTINS",
"MARIO DAVID PRADO SÁ",
"Dias Toffoli",
"LUIZ FUX",
"Dias Toffoli",
"LUIZ FUX",
"LUIZ FUX",
"MARCINA GRAÇA ALCANTARA MARTINS",
"MARIO DAVID PRADO SÁ",
"LUIZ FUX",
"MARCINA GRAÇA ALCANTARA MARTINS",
"Marco Aurélio",
"Celso de Mello",
"LUIZ FUX",
"MARCINA GRAÇA ALCANTARA MARTINS",
"MARIO DAVID PRADO SÁ",
"LUIZ FUX",
"MARCINA GRAÇA ALCANTARA MARTINS",
"Marco Aurélio",
"Celso de Mello",
"Cezar Peluso",
"Cezar Peluso",
"Gilmar Mendes",
"Gilmar Mendes",
"LUIZ FUX",
"LUIZ FUX",
"Celso de Mello",
"Celso de Mello",
"LUIZ FUX",
"Celso de Mello",
"Celso de Mello",
"LUIZ FUX",
"LUIZ FUX",
"MARCINA GRAÇA ALCANTARA MARTINS",
"MARIO DAVID PRADO SÁ",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza",
"LUIZ FUX",
"MARCINA GRAÇA ALCANTARA MARTINS",
"MARIO DAVID PRADO SÁ",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza"
],
"TEMPO": [
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"1988",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"03",
"/",
"12",
"/",
"2012",
"6 de novembro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"6 de novembro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"8",
".",
"9",
".",
"2011",
"9",
".",
"9",
".",
"2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"8",
".",
"9",
".",
"2011",
"9",
".",
"9",
".",
"2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"13",
".",
"9",
".",
"1996",
"2",
".",
"2",
".",
"07",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"13",
".",
"9",
".",
"1996",
"2",
".",
"2",
".",
"07",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"6",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"6",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 705.179 SÃO
PAULO
RELATOR
: MIN. LUIZ FUX
AGTE.(S)
:BANCO SANTANDER ( BRASIL ) S/A
ADV.(A/S)
:OSMAR MENDES PAIXÃO CÔRTES E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:OSWALDO ANTONIO BALDIN
ADV.(A/S)
:ANDERSON BONELLI DE SOUZA E OUTRO(A/S)
INTDO.(A/S)
:REGINALDO DANIEL DE GODOY LEME
ADV.(A/S)
:EDMILSON NORBERTO BARBATO
EMENTA:
AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. CIVIL. CANCELAMENTO DE
PROTESTO DE TÍTULO. CONFIGURAÇÃO DE DANOS MORAIS.
PRELIMINAR FORMAL DE REPERCUSSÃO GERAL. AUSÊNCIA DE
FUNDAMENTAÇÃO. ARTIGO 543-A, § 2º, DO CÓDIGO DE
PROCESSO CIVIL C.C. ART. 327, § 1º, DO RISTF.
1. A repercussão geral como novel requisito constitucional de
admissibilidade do recurso extraordinário demanda que o reclamante
demonstre, fundamentadamente, que a indignação extrema encarta
questões relevantes do ponto de vista econômico, político, social ou
jurídico que ultrapassem os interesses subjetivos da causa (artigo 543-A, §
2º, do Código de Processo Civil, introduzido pela Lei n. 11.418/06, verbis:
O recorrente deverá demonstrar, em preliminar do recurso, para apreciação
exclusiva do Supremo Tribunal Federal, a existência de repercussão geral).
2. A jurisprudência do Supremo tem-se alinhado no sentido de ser
necessário que o recorrente demonstre a existência de repercussão geral
nos termos previstos em lei, conforme assentado no julgamento do AI n.
797.515 – AgR, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, Segunda Turma, Dje
de 28.02.11: “EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE
INSTRUMENTO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. DEFICIÊNCIA NA
FUNDAMENTAÇÃO RELATIVA À PRELIMINAR DE EXISTÊNCIA DE
REPERCUSSÃO GERAL DA MATÉRIA CONSTITUCIONAL INVOCADA
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3135700.
Supremo Tribunal Federal
DJe 29/11/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 10
Ementa e Acórdão
ARE 705.179 AGR / SP
NO RECURSO. INTIMAÇÃO DO ACÓRDÃO RECORRIDO POSTERIOR
A 03.05.2007. De acordo com a orientação firmada neste Tribunal, é insuficiente
a simples alegação de que a matéria em debate no recurso extraordinário tem
repercussão geral. Cabe à parte recorrente demonstrar de forma expressa e clara
as circunstâncias que poderiam configurar a relevância – do ponto de vista
econômico, político, social ou jurídico – das questões constitucionais invocadas
no recurso extraordinário. A deficiência na fundamentação inviabiliza o recurso
interposto”.
3. O momento processual oportuno para a demonstração das
questões relevantes do ponto de vista econômico, político, social ou
jurídico, que ultrapassem os interesses subjetivos das partes, é em tópico
exclusivo, devidamente fundamentado, no recurso extraordinário, e não
nas razões do agravo regimental, como deseja o recorrente. Incide, aqui, o
óbice da preclusão consumativa.
4. Ademais, o agravante não trouxe nenhum argumento capaz de
infirmar a decisão hostilizada, razão pela qual a mesma deve ser mantida
por seus próprios fundamentos.
5. In casu, o acórdão originariamente recorrido negou provimento ao
recurso inominado da ora recorrente, mantendo-se a sentença por seus
próprios fundamentos, que julgou procedente o pedido inicial,
confirmando a antecipação da tutela, declarando a inexigibilidade da
duplicata indicada na inicial, e determinando o cancelamento definitivo
do protesto do título, condenando-a ao pagamento de indenização por
danos morais.
6. Agravo regimental não provido.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do
Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de julgamento e das
notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3135700.
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ARE 705.179 AGR / SP
NO RECURSO. INTIMAÇÃO DO ACÓRDÃO RECORRIDO POSTERIOR
A 03.05.2007. De acordo com a orientação firmada neste Tribunal, é insuficiente
a simples alegação de que a matéria em debate no recurso extraordinário tem
repercussão geral. Cabe à parte recorrente demonstrar de forma expressa e clara
as circunstâncias que poderiam configurar a relevância – do ponto de vista
econômico, político, social ou jurídico – das questões constitucionais invocadas
no recurso extraordinário. A deficiência na fundamentação inviabiliza o recurso
interposto”.
3. O momento processual oportuno para a demonstração das
questões relevantes do ponto de vista econômico, político, social ou
jurídico, que ultrapassem os interesses subjetivos das partes, é em tópico
exclusivo, devidamente fundamentado, no recurso extraordinário, e não
nas razões do agravo regimental, como deseja o recorrente. Incide, aqui, o
óbice da preclusão consumativa.
4. Ademais, o agravante não trouxe nenhum argumento capaz de
infirmar a decisão hostilizada, razão pela qual a mesma deve ser mantida
por seus próprios fundamentos.
5. In casu, o acórdão originariamente recorrido negou provimento ao
recurso inominado da ora recorrente, mantendo-se a sentença por seus
próprios fundamentos, que julgou procedente o pedido inicial,
confirmando a antecipação da tutela, declarando a inexigibilidade da
duplicata indicada na inicial, e determinando o cancelamento definitivo
do protesto do título, condenando-a ao pagamento de indenização por
danos morais.
6. Agravo regimental não provido.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do
Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de julgamento e das
notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 10
Ementa e Acórdão
ARE 705.179 AGR / SP
agravo regimental, nos termos do voto do Relator.
Brasília, 6 de novembro de 2012.
LUIZ FUX – Relator
Documento assinado digitalmente
3
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Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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ARE 705.179 AGR / SP
agravo regimental, nos termos do voto do Relator.
Brasília, 6 de novembro de 2012.
LUIZ FUX – Relator
Documento assinado digitalmente
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Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 10
Relatório
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 705.179 SÃO
PAULO
RELATOR
: MIN. LUIZ FUX
AGTE.(S)
:BANCO SANTANDER ( BRASIL ) S/A
ADV.(A/S)
:OSMAR MENDES PAIXÃO CÔRTES E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:OSWALDO ANTONIO BALDIN
ADV.(A/S)
:ANDERSON BONELLI DE SOUZA E OUTRO(A/S)
INTDO.(A/S)
:REGINALDO DANIEL DE GODOY LEME
ADV.(A/S)
:EDMILSON NORBERTO BARBATO
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Trata-se de agravo
regimental interposto pelo Banco Santander (Brasil) S/A contra a decisão
que prolatei, assim ementada, verbis:
RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. CIVIL.
CANCELAMENTO
DE
PROTESTO
DE
TÍTULO.
CONFIGURAÇÃO DE DANOS MORAIS. PRELIMINAR
FORMAL DE REPERCUSSÃO GERAL. AUSÊNCIA DE
FUNDAMENTAÇÃO. ARTIGO 543-A, § 2º, DO CÓDIGO DE
PROCESSO CIVIL C.C. ART. 327, § 1º, DO RISTF.
1. A repercussão geral como novel requisito constitucional
de admissibilidade do recurso extraordinário demanda
que o reclamante demonstre, fundamentadamente, que a
indignação extrema encarta questões relevantes do ponto de
vista econômico, político, social ou jurídico que ultrapassem os
interesses subjetivos da causa (artigo 543-A, § 2º, do Código de
Processo Civil, introduzido pela Lei n. 11.418/06, verbis: O
recorrente deverá demonstrar, em preliminar do recurso, para
apreciação exclusiva do Supremo Tribunal Federal, a existência de
repercussão geral).
2. A jurisprudência do Supremo tem-se alinhado no
sentido de ser necessário que o recorrente demonstre a
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3135701.
Supremo Tribunal Federal
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 705.179 SÃO
PAULO
RELATOR
: MIN. LUIZ FUX
AGTE.(S)
:BANCO SANTANDER ( BRASIL ) S/A
ADV.(A/S)
:OSMAR MENDES PAIXÃO CÔRTES E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:OSWALDO ANTONIO BALDIN
ADV.(A/S)
:ANDERSON BONELLI DE SOUZA E OUTRO(A/S)
INTDO.(A/S)
:REGINALDO DANIEL DE GODOY LEME
ADV.(A/S)
:EDMILSON NORBERTO BARBATO
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Trata-se de agravo
regimental interposto pelo Banco Santander (Brasil) S/A contra a decisão
que prolatei, assim ementada, verbis:
RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. CIVIL.
CANCELAMENTO
DE
PROTESTO
DE
TÍTULO.
CONFIGURAÇÃO DE DANOS MORAIS. PRELIMINAR
FORMAL DE REPERCUSSÃO GERAL. AUSÊNCIA DE
FUNDAMENTAÇÃO. ARTIGO 543-A, § 2º, DO CÓDIGO DE
PROCESSO CIVIL C.C. ART. 327, § 1º, DO RISTF.
1. A repercussão geral como novel requisito constitucional
de admissibilidade do recurso extraordinário demanda
que o reclamante demonstre, fundamentadamente, que a
indignação extrema encarta questões relevantes do ponto de
vista econômico, político, social ou jurídico que ultrapassem os
interesses subjetivos da causa (artigo 543-A, § 2º, do Código de
Processo Civil, introduzido pela Lei n. 11.418/06, verbis: O
recorrente deverá demonstrar, em preliminar do recurso, para
apreciação exclusiva do Supremo Tribunal Federal, a existência de
repercussão geral).
2. A jurisprudência do Supremo tem-se alinhado no
sentido de ser necessário que o recorrente demonstre a
Supremo Tribunal Federal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 10
Relatório
ARE 705.179 AGR / SP
existência de repercussão geral nos termos previstos em lei,
conforme assentado no julgamento do AI n. 797.515 – AgR,
Relator o Ministro Joaquim Barbosa, Segunda Turma, Dje de
28.02.11:
“EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE
INSTRUMENTO.
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO.
DEFICIÊNCIA NA FUNDAMENTAÇÃO RELATIVA À
PRELIMINAR DE EXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL
DA MATÉRIA CONSTITUCIONAL INVOCADA NO
RECURSO. INTIMAÇÃO DO ACÓRDÃO RECORRIDO
POSTERIOR A 03.05.2007. De acordo com a orientação firmada
neste Tribunal, é insuficiente a simples alegação de que a
matéria em debate no recurso extraordinário tem repercussão
geral. Cabe à parte recorrente demonstrar de forma expressa e
clara as circunstâncias que poderiam configurar a relevância –
do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico – das
questões constitucionais invocadas no recurso extraordinário. A
deficiência na fundamentação inviabiliza o recurso interposto”.
3. Deveras, o recorrente limitou-se a afirmar que “a questão
sub judice trazida a esta Corte através da interposição do presente
recurso extraordinário se trata de questão de repercussão geral, posto
que envolve a questão do cerceamento de defesa em vista do fato de que
o entendimento pelos Julgadores impunha ao Banco recorrente a
obrigatoriedade do mesmo tomar conhecimento de fatos que a lei não
vem a exigir”. Por essa razão, o requisito constitucional de
admissibilidade recursal não restou atendido.
4. In casu, o acórdão recorrido negou provimento ao
recurso inominado da ora recorrente, mantendo-se a sentença
por seus próprios fundamentos, que julgou procedente o
pedido inicial, confirmando a antecipação da tutela, declarando
a inexigibilidade da duplicata indicada na inicial, e
determinando o cancelamento definitivo do protesto do título,
condenando-a ao pagamento de indenização por danos morais.
5. NEGO SEGUIMENTO ao agravo.
Inconformado com a decisão supra, o agravante interpõe o recurso
2
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Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3135701.
Supremo Tribunal Federal
ARE 705.179 AGR / SP
existência de repercussão geral nos termos previstos em lei,
conforme assentado no julgamento do AI n. 797.515 – AgR,
Relator o Ministro Joaquim Barbosa, Segunda Turma, Dje de
28.02.11:
“EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE
INSTRUMENTO.
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO.
DEFICIÊNCIA NA FUNDAMENTAÇÃO RELATIVA À
PRELIMINAR DE EXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL
DA MATÉRIA CONSTITUCIONAL INVOCADA NO
RECURSO. INTIMAÇÃO DO ACÓRDÃO RECORRIDO
POSTERIOR A 03.05.2007. De acordo com a orientação firmada
neste Tribunal, é insuficiente a simples alegação de que a
matéria em debate no recurso extraordinário tem repercussão
geral. Cabe à parte recorrente demonstrar de forma expressa e
clara as circunstâncias que poderiam configurar a relevância –
do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico – das
questões constitucionais invocadas no recurso extraordinário. A
deficiência na fundamentação inviabiliza o recurso interposto”.
3. Deveras, o recorrente limitou-se a afirmar que “a questão
sub judice trazida a esta Corte através da interposição do presente
recurso extraordinário se trata de questão de repercussão geral, posto
que envolve a questão do cerceamento de defesa em vista do fato de que
o entendimento pelos Julgadores impunha ao Banco recorrente a
obrigatoriedade do mesmo tomar conhecimento de fatos que a lei não
vem a exigir”. Por essa razão, o requisito constitucional de
admissibilidade recursal não restou atendido.
4. In casu, o acórdão recorrido negou provimento ao
recurso inominado da ora recorrente, mantendo-se a sentença
por seus próprios fundamentos, que julgou procedente o
pedido inicial, confirmando a antecipação da tutela, declarando
a inexigibilidade da duplicata indicada na inicial, e
determinando o cancelamento definitivo do protesto do título,
condenando-a ao pagamento de indenização por danos morais.
5. NEGO SEGUIMENTO ao agravo.
Inconformado com a decisão supra, o agravante interpõe o recurso
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Relatório
ARE 705.179 AGR / SP
de fls. 227/231 alegando em síntese que:
“a discussão submetida à apreciação do C. Supremo
Tribunal Federal pelo presente recurso extraordinário é de
extrema relevância por tratar de questão de alta repercussão
econômica e jurídica, pois diz respeito de valores fixados a
título de dano moral, e, ainda afronta aos princípios do
contraditório e da ampla defesa”.
É o relatório.
3
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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ARE 705.179 AGR / SP
de fls. 227/231 alegando em síntese que:
“a discussão submetida à apreciação do C. Supremo
Tribunal Federal pelo presente recurso extraordinário é de
extrema relevância por tratar de questão de alta repercussão
econômica e jurídica, pois diz respeito de valores fixados a
título de dano moral, e, ainda afronta aos princípios do
contraditório e da ampla defesa”.
É o relatório.
3
Supremo Tribunal Federal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 10
Voto - MIN. LUIZ FUX
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 705.179 SÃO
PAULO
V O T O
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Não assiste razão ao
agravante.
Em suma, os fundamentos da decisão agravada restaram
assim consignados:
Cuida-se de agravo nos próprios autos interposto pelo
BANCO SANTANDER ( BRASIL ) S/A, com fundamento no art. 544
do Código de Processo Civil, com o objetivo de ver reformada a
r. decisão de fl. 180 que inadmitiu seu recurso extraordinário
manejado com arrimo na alínea a do permissivo Constitucional
contra acórdão prolatado pelo Colégio Recursal da Comarca de
Pirassununga/SP que negou provimento ao recurso inominado
da ora recorrente, mantendo-se a sentença por seus próprios
fundamentos, que julgou procedente o pedido inicial,
confirmando a antecipação da tutela, declarando a
inexigibilidade da duplicata indicada na inicial, e determinando
o cancelamento definitivo do protesto do título, condenando-a
ao pagamento de indenização por danos morais.
Os embargos de declaração opostos foram rejeitados.
Nas razões do apelo extremo, sustenta a preliminar de
repercussão geral e, no mérito, alega violação ao artigo 5º, LV,
da Constituição Federal.
O Tribunal a quo negou seguimento ao apelo extremo sob
o fundamento de que não restou demonstrada a preliminar
formal e fundamentada de repercussão geral.
É o relatório. DECIDO.
A repercussão geral como novel requisito constitucional
de admissibilidade do recurso extraordinário demanda que o
reclamante demonstre, fundamentadamente, que a indignação
extrema encarta questões relevantes do ponto de vista
econômico, político, social ou jurídico que ultrapassem os
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06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 705.179 SÃO
PAULO
V O T O
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Não assiste razão ao
agravante.
Em suma, os fundamentos da decisão agravada restaram
assim consignados:
Cuida-se de agravo nos próprios autos interposto pelo
BANCO SANTANDER ( BRASIL ) S/A, com fundamento no art. 544
do Código de Processo Civil, com o objetivo de ver reformada a
r. decisão de fl. 180 que inadmitiu seu recurso extraordinário
manejado com arrimo na alínea a do permissivo Constitucional
contra acórdão prolatado pelo Colégio Recursal da Comarca de
Pirassununga/SP que negou provimento ao recurso inominado
da ora recorrente, mantendo-se a sentença por seus próprios
fundamentos, que julgou procedente o pedido inicial,
confirmando a antecipação da tutela, declarando a
inexigibilidade da duplicata indicada na inicial, e determinando
o cancelamento definitivo do protesto do título, condenando-a
ao pagamento de indenização por danos morais.
Os embargos de declaração opostos foram rejeitados.
Nas razões do apelo extremo, sustenta a preliminar de
repercussão geral e, no mérito, alega violação ao artigo 5º, LV,
da Constituição Federal.
O Tribunal a quo negou seguimento ao apelo extremo sob
o fundamento de que não restou demonstrada a preliminar
formal e fundamentada de repercussão geral.
É o relatório. DECIDO.
A repercussão geral como novel requisito constitucional
de admissibilidade do recurso extraordinário demanda que o
reclamante demonstre, fundamentadamente, que a indignação
extrema encarta questões relevantes do ponto de vista
econômico, político, social ou jurídico que ultrapassem os
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Voto - MIN. LUIZ FUX
ARE 705.179 AGR / SP
interesses subjetivos da causa (artigo 543-A, § 2º, do Código de
Processo Civil, introduzido pela Lei n. 11.418/06, verbis: O
recorrente deverá demonstrar, em preliminar do recurso, para
apreciação exclusiva do Supremo Tribunal Federal, a existência de
repercussão geral).
A jurisprudência do Supremo tem-se alinhado no sentido
de ser necessário que o recorrente demonstre a existência de
repercussão geral nos termos previstos em lei, conforme
assentado no julgamento do AI n. 797.515 – AgR, Relator o
Ministro Joaquim Barbosa, Segunda Turma, Dje de 28.02.11:
“EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE
INSTRUMENTO.
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO.
DEFICIÊNCIA NA FUNDAMENTAÇÃO RELATIVA À
PRELIMINAR DE EXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL
DA MATÉRIA CONSTITUCIONAL INVOCADA NO
RECURSO. INTIMAÇÃO DO ACÓRDÃO RECORRIDO
POSTERIOR A 03.05.2007. De acordo com a orientação firmada
neste Tribunal, é insuficiente a simples alegação de que a
matéria em debate no recurso extraordinário tem repercussão
geral. Cabe à parte recorrente demonstrar de forma expressa e
clara as circunstâncias que poderiam configurar a relevância –
do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico – das
questões constitucionais invocadas no recurso extraordinário. A
deficiência na fundamentação inviabiliza o recurso interposto”.
In casu, o recorrente limitou-se a afirmar que “a questão
sub judice trazida a esta Corte através da interposição do presente
recurso extraordinário se trata de questão de repercussão geral, posto
que envolve a questão do cerceamento de defesa em vista do fato de que
o entendimento pelos Julgadores impunha ao Banco recorrente a
obrigatoriedade do mesmo tomar conhecimento de fatos que a lei não
vem a exigir”.
Ex positis, NEGO SEGUIMENTO ao agravo, com
fundamento no disposto no artigo 21, § 1º, do RISTF.
Em que pesem os argumentos expendidos nas razões de agravar,
resta evidenciado das razões recursais que o agravante não trouxe
2
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ARE 705.179 AGR / SP
interesses subjetivos da causa (artigo 543-A, § 2º, do Código de
Processo Civil, introduzido pela Lei n. 11.418/06, verbis: O
recorrente deverá demonstrar, em preliminar do recurso, para
apreciação exclusiva do Supremo Tribunal Federal, a existência de
repercussão geral).
A jurisprudência do Supremo tem-se alinhado no sentido
de ser necessário que o recorrente demonstre a existência de
repercussão geral nos termos previstos em lei, conforme
assentado no julgamento do AI n. 797.515 – AgR, Relator o
Ministro Joaquim Barbosa, Segunda Turma, Dje de 28.02.11:
“EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE
INSTRUMENTO.
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO.
DEFICIÊNCIA NA FUNDAMENTAÇÃO RELATIVA À
PRELIMINAR DE EXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL
DA MATÉRIA CONSTITUCIONAL INVOCADA NO
RECURSO. INTIMAÇÃO DO ACÓRDÃO RECORRIDO
POSTERIOR A 03.05.2007. De acordo com a orientação firmada
neste Tribunal, é insuficiente a simples alegação de que a
matéria em debate no recurso extraordinário tem repercussão
geral. Cabe à parte recorrente demonstrar de forma expressa e
clara as circunstâncias que poderiam configurar a relevância –
do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico – das
questões constitucionais invocadas no recurso extraordinário. A
deficiência na fundamentação inviabiliza o recurso interposto”.
In casu, o recorrente limitou-se a afirmar que “a questão
sub judice trazida a esta Corte através da interposição do presente
recurso extraordinário se trata de questão de repercussão geral, posto
que envolve a questão do cerceamento de defesa em vista do fato de que
o entendimento pelos Julgadores impunha ao Banco recorrente a
obrigatoriedade do mesmo tomar conhecimento de fatos que a lei não
vem a exigir”.
Ex positis, NEGO SEGUIMENTO ao agravo, com
fundamento no disposto no artigo 21, § 1º, do RISTF.
Em que pesem os argumentos expendidos nas razões de agravar,
resta evidenciado das razões recursais que o agravante não trouxe
2
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Voto - MIN. LUIZ FUX
ARE 705.179 AGR / SP
nenhum argumento capaz de infirmar a decisão hostilizada, razão pela
qual a mesma deve ser mantida por seus próprios fundamentos.
Cabe salientar que o momento processual oportuno para a
demonstração das questões relevantes do ponto de vista econômico,
político, social ou jurídico, que ultrapassem os interesses subjetivos das
partes, é em tópico exclusivo, devidamente fundamentado, no recurso
extraordinário, e não nas razões do agravo regimental, como deseja o
recorrente. Incide, aqui, o óbice da preclusão consumativa.
Ex positis, nego provimento ao agravo regimental.
É como voto.
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Supremo Tribunal Federal
ARE 705.179 AGR / SP
nenhum argumento capaz de infirmar a decisão hostilizada, razão pela
qual a mesma deve ser mantida por seus próprios fundamentos.
Cabe salientar que o momento processual oportuno para a
demonstração das questões relevantes do ponto de vista econômico,
político, social ou jurídico, que ultrapassem os interesses subjetivos das
partes, é em tópico exclusivo, devidamente fundamentado, no recurso
extraordinário, e não nas razões do agravo regimental, como deseja o
recorrente. Incide, aqui, o óbice da preclusão consumativa.
Ex positis, nego provimento ao agravo regimental.
É como voto.
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 10
Decisão de Julgamento
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 705.179
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. LUIZ FUX
AGTE.(S) : BANCO SANTANDER ( BRASIL ) S/A
ADV.(A/S) : OSMAR MENDES PAIXÃO CÔRTES E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : OSWALDO ANTONIO BALDIN
ADV.(A/S) : ANDERSON BONELLI DE SOUZA E OUTRO(A/S)
INTDO.(A/S) : REGINALDO DANIEL DE GODOY LEME
ADV.(A/S) : EDMILSON NORBERTO BARBATO
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos
termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro
Dias Toffoli. 1ª Turma, 6.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 705.179
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. LUIZ FUX
AGTE.(S) : BANCO SANTANDER ( BRASIL ) S/A
ADV.(A/S) : OSMAR MENDES PAIXÃO CÔRTES E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : OSWALDO ANTONIO BALDIN
ADV.(A/S) : ANDERSON BONELLI DE SOUZA E OUTRO(A/S)
INTDO.(A/S) : REGINALDO DANIEL DE GODOY LEME
ADV.(A/S) : EDMILSON NORBERTO BARBATO
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos
termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro
Dias Toffoli. 1ª Turma, 6.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 10
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3140822 | 2012-11-06T00:00:00 | 2012-11-29T00:00:00 | A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 6.11.2012. | AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO | Ementa: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. CIVIL. CANCELAMENTO DE PROTESTO DE TÍTULO. CONFIGURAÇÃO DE DANOS MORAIS. PRELIMINAR FORMAL DE REPERCUSSÃO GERAL. AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO. ARTIGO 543-A, § 2º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL C.C. ART. 327, § 1º, DO RISTF.
1. A repercussão geral como novel requisito constitucional de admissibilidade do recurso extraordinário demanda que o reclamante demonstre, fundamentadamente, que a indignação extrema encarta questões relevantes do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico que ultrapassem os interesses subjetivos da causa (artigo 543-A, § 2º, do Código de Processo Civil, introduzido pela Lei n. 11.418/06, verbis: O recorrente deverá demonstrar, em preliminar do recurso, para apreciação exclusiva do Supremo Tribunal Federal, a existência de repercussão geral).
2. A jurisprudência do Supremo tem-se alinhado no sentido de ser necessário que o recorrente demonstre a existência de repercussão geral nos termos previstos em lei, conforme assentado no julgamento do AI n. 797.515 – AgR, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, Segunda Turma, Dje de 28.02.11: “EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. DEFICIÊNCIA NA FUNDAMENTAÇÃO RELATIVA À PRELIMINAR DE EXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL DA MATÉRIA CONSTITUCIONAL INVOCADA NO RECURSO. INTIMAÇÃO DO ACÓRDÃO RECORRIDO POSTERIOR A 03.05.2007. De acordo com a orientação firmada neste Tribunal, é insuficiente a simples alegação de que a matéria em debate no recurso extraordinário tem repercussão geral. Cabe à parte recorrente demonstrar de forma expressa e clara as circunstâncias que poderiam configurar a relevância – do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico – das questões constitucionais invocadas no recurso extraordinário. A deficiência na fundamentação inviabiliza o recurso interposto”.
3. O momento processual oportuno para a demonstração das questões relevantes do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico, que ultrapassem os interesses subjetivos das partes, é em tópico exclusivo, devidamente fundamentado, no recurso extraordinário, e não nas razões do agravo regimental, como deseja o recorrente. Incide, aqui, o óbice da preclusão consumativa.
4. Ademais, o agravante não trouxe nenhum argumento capaz de infirmar a decisão hostilizada, razão pela qual a mesma deve ser mantida por seus próprios fundamentos.
5. In casu, o acórdão originariamente recorrido negou provimento ao recurso inominado da ora recorrente, mantendo-se a sentença por seus próprios fundamentos, que julgou procedente o pedido inicial, confirmando a antecipação da tutela, declarando a inexigibilidade da duplicata indicada na inicial, e determinando o cancelamento definitivo do protesto do título, condenando-a ao pagamento de indenização por danos morais.
6. Agravo regimental não provido. | sjur220158 | - Acórdão (s) citado (s):
(NECESSIDADE, DEMONSTRAÇÃO, EXISTÊNCIA, REPERCUSSÃO GERAL)
STF: AI 797515 AgR (2ªT).
Número de páginas: 10.
Análise: 05/12/2012, BMB. | LUIZ FUX | Primeira Turma | 705179 | [
"LEG-FED LEI-005869 ANO-1973\r\n ART-0543A PAR-00002 INCLUÍDO PELA LEI-11418/2006\r\n CPC-1973 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL\r\n\r\n",
"LEG-FED LEI-011418 ANO-2006\r\n LEI ORDINÁRIA\r\n\r\n",
"LEG-FED RGI ANO-1980\r\n ART-00327 PAR-00001 \r\n REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF"
] | ARE-AgR | acordaos | ARE 705179 AgR | [
""
] | ADV.(A/S) : OSMAR MENDES PAIXÃO CÔRTES E OUTRO(A/S)
AGTE.(S) : BANCO SANTANDER ( BRASIL ) S/A
INTDO.(A/S) : REGINALDO DANIEL DE GODOY LEME
AGDO.(A/S) : OSWALDO ANTONIO BALDIN
ADV.(A/S) : ANDERSON BONELLI DE SOUZA E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : EDMILSON NORBERTO BARBATO | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 705 . 179",
"AI n . 797 . 515 – AgR",
"ARE 705 . 179",
"ARE 705 . 179",
"ARE 705 . 179 AGR / SP",
"ARE 705 . 179 AGR / SP",
"RECURSO",
"ARE 705 . 179 AGR / SP",
"AI n . 797 . 515 – AgR",
"ARE 705 . 179 AGR",
"AI n . 797 . 515 – AgR",
"ARE 705 . 179 AGR / SP",
"ARE 705 . 179 AGR / SP",
"ARE 705 . 179 AGR / SP",
"AI n . 797 . 515 – AgR",
"ARE 705 . 179 AGR / SP",
"AI n . 797 . 515 – AgR",
"ARE 705 . 179 AGR / SP",
"ARE 705 . 179 AGR / SP"
],
"LEGISLACAO": [
"ARTIGO 543 - A , § [UNK] , DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL",
"artigo 543 - A , § [UNK] , do Código de Processo Civil",
"Lei n . 11 . 418 / 06",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ARTIGO 543 - A , § [UNK] , DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL",
"artigo 543 - A , § [UNK] , do Código de Processo Civil",
"Lei n . 11 . 418 / 06",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ARTIGO 543 - A , § [UNK] , DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL",
"ART . 327 , § [UNK] , DO RISTF",
"artigo 543 - A , § [UNK] , do Código de Processo Civil",
"Lei n . 11 . 418 / 06",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 544 do Código de Processo Civil",
"artigo [UNK] , LV , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 544 do Código de Processo Civil",
"artigo [UNK] , LV , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 543 - A , § [UNK] , do Código de Processo Civil",
"Lei n . 11 . 418 / 06",
"artigo 21 , § [UNK] , do RISTF",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 543 - A , § [UNK] , do Código de Processo Civil",
"Lei n . 11 . 418 / 06",
"artigo 21 , § [UNK] , do RISTF",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"SÃO PAULO",
"Brasília",
"Brasília",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO"
],
"ORGANIZACAO": [
"PRIMEIRA TURMA",
"BANCO SANTANDER ( BRASIL ) S / A",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"AGR",
"/",
"SP",
"Primeira Turma do",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"AGR",
"/",
"SP",
"Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"BANCO SANTANDER ( BRASIL ) S / A",
"Banco Santander",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"BANCO SANTANDER ( BRASIL ) S / A",
"Banco Santander",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"BANCO SANTANDER ( BRASIL ) S / A",
"Colégio Recursal da Comarca de Pirassununga / SP",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"BANCO SANTANDER ( BRASIL ) S / A",
"Colégio Recursal da Comarca de Pirassununga / SP",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"BANCO SANTANDER ( BRASIL ) S / A",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"BANCO SANTANDER ( BRASIL ) S / A",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"LUIZ FUX",
"OSMAR MENDES",
"PAIXÃO CÔRTES",
"OSWALDO ANTONIO BALDIN",
"ANDERSON BONELLI DE SOUZA",
"REGINALDO DANIEL DE GODOY LEME",
"EDMILSON NORBERTO BARBATO",
"Joaquim Barbosa",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"LUIZ FUX",
"LUIZ FUX",
"LUIZ FUX",
"OSMAR MENDES PAIXÃO CÔRTES",
"OSWALDO ANTONIO BALDIN",
"ANDERSON BONELLI DE SOUZA",
"REGINALDO DANIEL DE GODOY LEME",
"EDMILSON NORBERTO BARBATO",
"LUIZ FUX",
"LUIZ FUX",
"OSMAR MENDES PAIXÃO CÔRTES",
"OSWALDO ANTONIO BALDIN",
"ANDERSON BONELLI DE SOUZA",
"REGINALDO DANIEL DE GODOY LEME",
"EDMILSON NORBERTO BARBATO",
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"Joaquim Barbosa",
"Joaquim Barbosa",
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"LUIZ FUX",
"LUIZ FUX",
"LUIZ FUX",
"Joaquim Barbosa",
"Joaquim Barbosa",
"LUIZ FUX",
"LUIZ FUX",
"OSMAR MENDES PAIXÃO CÔRTES",
"OSWALDO ANTONIO BALDIN",
"ANDERSON BONELLI DE SOUZA",
"REGINALDO DANIEL DE GODOY LEME",
"EDMILSON NORBERTO BARBATO",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza",
"LUIZ FUX",
"OSMAR MENDES PAIXÃO CÔRTES",
"OSWALDO ANTONIO BALDIN",
"ANDERSON BONELLI DE SOUZA",
"REGINALDO DANIEL DE GODOY LEME",
"EDMILSON NORBERTO BARBATO",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza"
],
"TEMPO": [
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"28",
".",
"02",
".",
"11",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"29",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"03",
".",
"05",
".",
"2007",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"03",
".",
"05",
".",
"2007",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"6 de novembro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"6 de novembro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"28",
".",
"02",
".",
"11",
"03",
".",
"05",
".",
"2007",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"28",
".",
"02",
".",
"11",
"03",
".",
"05",
".",
"2007",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"28",
".",
"02",
".",
"11",
"03",
".",
"05",
".",
"2007",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"28",
".",
"02",
".",
"11",
"03",
".",
"05",
".",
"2007",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"6",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"6",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 641.363 RIO GRANDE DO SUL
RELATOR
: MIN. LUIZ FUX
AGTE.(S)
:FASOLO ARTEFATOS DE COURO LTDA
ADV.(A/S)
:CLÁUDIO LEITE PIMENTEL E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL
EMENTA:
AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. DESISTÊNCIA DA EXECUÇÃO FISCAL.
CONDENAÇÃO DA FAZENDA PÚBLICA EM HONORÁRIOS
ADVOCATÍCIOS. PAGAMENTO COMO CONDIÇÃO PARA A
INTERPOSIÇÃO DE NOVA EXECUÇÃO FISCAL. ARTIGO 28 DO
CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. OFENSA REFLEXA. AGRAVO
REGIMENTAL DESPROVIDO.
1. A violação reflexa e oblíqua da Constituição Federal decorrente da
necessidade de análise de malferimento de dispositivo infraconstitucional
torna inadmissível o recurso extraordinário. Precedentes: RE 596.682, Rel.
Min. Carlos Britto, Dje de 21/10/10, e o AI 808.361, Rel. Min. Marco
Aurélio, Dje de 08/09/10.
2. O pagamento de dívidas da Fazenda Pública e sua forma
encontram-se expressamente discriminadas nos parágrafos do artigo 100
da Carta Magna, sendo certo que em nenhuma delas há a previsão de
pagamento de condenação judicial em honorários, por isso que não pode
a Administração, por conveniência do administrado, optar livremente
pela forma de adimplemento da dívida judicial, à luz do princípio da
legalidade (artigo 37 da Constituição).
3. A questão em debate se encerra no âmbito do direito
infraconstitucional, vale dizer: no artigo 28 do Código de Processo Civil
que não previu que a Fazenda devesse efetuar o pagamento direto,
tampouco a Lei nº 6830/80 estabelece tal permissão.
4. Agravo Regimental a que se nega provimento.
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3135775.
Supremo Tribunal Federal
DJe 04/12/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 9
Ementa e Acórdão
RE 641.363 AGR / RS
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do
Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de julgamento e das
notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao
agravo regimental, nos termos do voto do Relator.
Brasília, 6 de novembro de 2012.
LUIZ FUX – Relator
Documento assinado digitalmente
2
Supremo Tribunal Federal
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RE 641.363 AGR / RS
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do
Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de julgamento e das
notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao
agravo regimental, nos termos do voto do Relator.
Brasília, 6 de novembro de 2012.
LUIZ FUX – Relator
Documento assinado digitalmente
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Relatório
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 641.363 RIO GRANDE DO SUL
RELATOR
: MIN. LUIZ FUX
AGTE.(S)
:FASOLO ARTEFATOS DE COURO LTDA
ADV.(A/S)
:CLÁUDIO LEITE PIMENTEL E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Trata-se de agravo
regimental interposto por FASOLO ARTEFATOS DE COURO LTDA., contra a
decisão monocrática mediante a qual neguei seguimento ao recurso
extraordinário, assim ementada:
“RECURSO
EXTRAORDINÁRIO.
DIREITO
CONSTITUCIONAL E PROCESSUAL CIVIL. DESISTÊNCIA
DA EXECUÇÃO FISCAL. CONDENAÇÃO DA FAZENDA
PÚBLICA AO PAGAMENTO DE HONORÁRIOS
ADVOCATÍCIOS. PRECATÓRIO. CONDIÇÃO PARA
EXERCÍCIO DO DIREITO DE NOVA EXECUÇÃO FISCAL.
OFENSA REFLEXA. AUSÊNCIA DE VIOLAÇÃO A
DISPOSITIVO
CONSTITUCIONAL.
NEGATIVA
DE
SEGUIMENTO.
1. Preliminarmente, a repercussão geral pressupõe recurso
admissível sob o crivo dos demais requisitos constitucionais e
processuais de admissibilidade (art. 323 do RISTF).
Consectariamente, se inexiste questão constitucional, não há como se
pretender seja reconhecida a repercussão geral das questões
constitucionais discutidas no caso (art. 102, III, § 3º, da CF).
2. A violação reflexa e oblíqua da Constituição Federal
decorrente da necessidade de análise de malferimento de dispositivo
infraconstitucional torna inadmissível o recurso extraordinário.
Precedentes: RE 596.682, Rel. Min. Carlos Britto, Dje de 21/10/10, e
o AI 808.361, Rel. Min. Marco Aurélio, Dje de 08/09/10.
Supremo Tribunal Federal
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06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 641.363 RIO GRANDE DO SUL
RELATOR
: MIN. LUIZ FUX
AGTE.(S)
:FASOLO ARTEFATOS DE COURO LTDA
ADV.(A/S)
:CLÁUDIO LEITE PIMENTEL E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Trata-se de agravo
regimental interposto por FASOLO ARTEFATOS DE COURO LTDA., contra a
decisão monocrática mediante a qual neguei seguimento ao recurso
extraordinário, assim ementada:
“RECURSO
EXTRAORDINÁRIO.
DIREITO
CONSTITUCIONAL E PROCESSUAL CIVIL. DESISTÊNCIA
DA EXECUÇÃO FISCAL. CONDENAÇÃO DA FAZENDA
PÚBLICA AO PAGAMENTO DE HONORÁRIOS
ADVOCATÍCIOS. PRECATÓRIO. CONDIÇÃO PARA
EXERCÍCIO DO DIREITO DE NOVA EXECUÇÃO FISCAL.
OFENSA REFLEXA. AUSÊNCIA DE VIOLAÇÃO A
DISPOSITIVO
CONSTITUCIONAL.
NEGATIVA
DE
SEGUIMENTO.
1. Preliminarmente, a repercussão geral pressupõe recurso
admissível sob o crivo dos demais requisitos constitucionais e
processuais de admissibilidade (art. 323 do RISTF).
Consectariamente, se inexiste questão constitucional, não há como se
pretender seja reconhecida a repercussão geral das questões
constitucionais discutidas no caso (art. 102, III, § 3º, da CF).
2. A violação reflexa e oblíqua da Constituição Federal
decorrente da necessidade de análise de malferimento de dispositivo
infraconstitucional torna inadmissível o recurso extraordinário.
Precedentes: RE 596.682, Rel. Min. Carlos Britto, Dje de 21/10/10, e
o AI 808.361, Rel. Min. Marco Aurélio, Dje de 08/09/10.
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Relatório
RE 641.363 AGR / RS
3. In casu, o Superior Tribunal de Justiça desproveu o recurso
especial mediante pronunciamento assim resumido:
PROCESSUAL CIVIL. ART. 28 DO CPC. EXTINÇÃO DO
PROCESSO
SEM
RESOLUÇÃO
DO
MÉRITO.
REPROPOSITURA. RECOLHIMENTO DE CUSTAS E
HONORÁRIOS DEVIDOS PELA FAZENDA NACIONAL.
EXPEDIÇÃO DE PRECATÓRIO.
1. Discute-se a interpretação do art. 28 do CPC em relação à
Fazenda Pública. Enquanto a Corte de origem considerou suficiente a
expedição de precatório para satisfazer os honorários advocatícios, o
recorrente argumenta que a propositura de nova execução fiscal
estaria condicionada ao depósito em espécie dessa verba, a qual decorre
da extinção sem resolução do mérito da primeira ação executiva.
2. No que respeita ao pagamento de débitos em decorrência de
decisão judicial, é sabido por todos que a Fazenda Pública submete-se
ao regime de precatórios, consoante o art. 100 da Constituição Federal.
3. Mesmo que o legislador infraconstitucional não tenha
estabelecido ressalvas ou exceções, é induvidoso que as regras gerais
do direito processual que disponham sobre o assunto devem ser
interpretadas de forma a se harmonizarem com as peculiaridades
inerentes à sistemática dos precatórios, sob pena de, em última análise,
haver afronta aos preceitos constitucionais que regem a matéria.
4. No caso vertente, já foi expedido precatório destinado a pagar
os honorários advocatícios relativos à primeira execução,
circunstância que se revela mais que suficiente a atender ao requisito
instituído pelo art. 28 do CPC na hipótese em que a ação é de autoria
da Fazenda Pública.
5. Ademais, a finalidade do dispositivo em questão é coibir casos
em que, após acionar a máquina judiciária e chamar aos autos o réu
contra o qual agita determinada pretensão – com todos os gastos
inerentes a essas atividades –, o autor negligente abandona a demanda
sem justificativa legítima.
6. Para tanto, o legislador condicionou a repropositura da ação
ao pagamento das custas e honorários advocatícios da demanda
original, não somente pelo evidente efeito pedagógico que essa
restrição carrega, mas também para impedir que novas despesas sejam
2
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RE 641.363 AGR / RS
3. In casu, o Superior Tribunal de Justiça desproveu o recurso
especial mediante pronunciamento assim resumido:
PROCESSUAL CIVIL. ART. 28 DO CPC. EXTINÇÃO DO
PROCESSO
SEM
RESOLUÇÃO
DO
MÉRITO.
REPROPOSITURA. RECOLHIMENTO DE CUSTAS E
HONORÁRIOS DEVIDOS PELA FAZENDA NACIONAL.
EXPEDIÇÃO DE PRECATÓRIO.
1. Discute-se a interpretação do art. 28 do CPC em relação à
Fazenda Pública. Enquanto a Corte de origem considerou suficiente a
expedição de precatório para satisfazer os honorários advocatícios, o
recorrente argumenta que a propositura de nova execução fiscal
estaria condicionada ao depósito em espécie dessa verba, a qual decorre
da extinção sem resolução do mérito da primeira ação executiva.
2. No que respeita ao pagamento de débitos em decorrência de
decisão judicial, é sabido por todos que a Fazenda Pública submete-se
ao regime de precatórios, consoante o art. 100 da Constituição Federal.
3. Mesmo que o legislador infraconstitucional não tenha
estabelecido ressalvas ou exceções, é induvidoso que as regras gerais
do direito processual que disponham sobre o assunto devem ser
interpretadas de forma a se harmonizarem com as peculiaridades
inerentes à sistemática dos precatórios, sob pena de, em última análise,
haver afronta aos preceitos constitucionais que regem a matéria.
4. No caso vertente, já foi expedido precatório destinado a pagar
os honorários advocatícios relativos à primeira execução,
circunstância que se revela mais que suficiente a atender ao requisito
instituído pelo art. 28 do CPC na hipótese em que a ação é de autoria
da Fazenda Pública.
5. Ademais, a finalidade do dispositivo em questão é coibir casos
em que, após acionar a máquina judiciária e chamar aos autos o réu
contra o qual agita determinada pretensão – com todos os gastos
inerentes a essas atividades –, o autor negligente abandona a demanda
sem justificativa legítima.
6. Para tanto, o legislador condicionou a repropositura da ação
ao pagamento das custas e honorários advocatícios da demanda
original, não somente pelo evidente efeito pedagógico que essa
restrição carrega, mas também para impedir que novas despesas sejam
2
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 9
Relatório
RE 641.363 AGR / RS
efetuadas pelo Poder Judiciário e pelo réu sem que as anteriores
tenham sido satisfeitas pelo autor que deu causa à lide e também a sua
extinção sem resolução do mérito.
7. No caso vertente, a expedição do precatório presta-se a
atender esse preceito, de forma que o espírito do art. 28 do CPC
também é preservado, não havendo que se cogitar de sua vulneração.
8. Recurso especial não provido”
4. Recurso extraordinário a que se nega seguimento.”
Nas razões do agravo a empresa recorrente insiste na alegação de
ofensa direta ao artigo 100 da Constituição Federal no acórdão recorrido.
Pretende, em síntese, obrigar a União a efetuar o pagamento da
condenação em honorários advocatícios decorrente da desistência de
execução fiscal de forma direta, isto é, sem submeter-se ao regime de
precatórios, a configurar uma condição especial para a interposição de
nova execução fiscal, na dicção do artigo 28 do Código de Processo Civil.
Articula, ainda, que a Fazenda estaria impedida de exercer o direito de
execução fiscal acaso a agravante não promovesse a execução dos
honorários advocatícios.
Em contrarrazões a União sustenta o acerto da decisão agravada.
Alega tratar-se de debate de índole infraconstitucional e ofensa
meramente reflexa à Constituição.
É o relatório.
3
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RE 641.363 AGR / RS
efetuadas pelo Poder Judiciário e pelo réu sem que as anteriores
tenham sido satisfeitas pelo autor que deu causa à lide e também a sua
extinção sem resolução do mérito.
7. No caso vertente, a expedição do precatório presta-se a
atender esse preceito, de forma que o espírito do art. 28 do CPC
também é preservado, não havendo que se cogitar de sua vulneração.
8. Recurso especial não provido”
4. Recurso extraordinário a que se nega seguimento.”
Nas razões do agravo a empresa recorrente insiste na alegação de
ofensa direta ao artigo 100 da Constituição Federal no acórdão recorrido.
Pretende, em síntese, obrigar a União a efetuar o pagamento da
condenação em honorários advocatícios decorrente da desistência de
execução fiscal de forma direta, isto é, sem submeter-se ao regime de
precatórios, a configurar uma condição especial para a interposição de
nova execução fiscal, na dicção do artigo 28 do Código de Processo Civil.
Articula, ainda, que a Fazenda estaria impedida de exercer o direito de
execução fiscal acaso a agravante não promovesse a execução dos
honorários advocatícios.
Em contrarrazões a União sustenta o acerto da decisão agravada.
Alega tratar-se de debate de índole infraconstitucional e ofensa
meramente reflexa à Constituição.
É o relatório.
3
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Voto - MIN. LUIZ FUX
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 641.363 RIO GRANDE DO SUL
V O T O
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): O agravo preenche os
requisitos de admissibilidade, tendo sido interposto dentro do prazo legal
e regularmente assinado profissional da advocacia credenciado. Conheço.
A irresignação da agravante não merece prosperar.
As razões deduzidas no agravo não são capazes de desconstituir os
fundamentos da decisão ora impugnada.
Ab initio, revela-se contraditória a argumentação da agravante, pois,
tendo obtido condenação (por sentença judicial) ao pagamento de
honorários advocatícios pela Fazenda Pública, pretende a recorrente
receber tal pagamento pela via direta, isto é, sem se submeter ao sistema
de precatórios. Além disso, alega que o cumprimento desse pagamento
implica em verdadeira condição prévia para a proposição de nova
execução fiscal.
Todavia, a quebra do regime de precatórios e a imposição de
condições à União para o exercício do direito de execução fiscal não
previstas expressamente em lei traduzem ofensa direta à norma do artigo
100 da Constituição Federal, in verbis:
“Art. 100. Os pagamentos devidos pelas Fazendas Públicas
Federal, Estaduais, Distrital e Municipais, em virtude de sentença
judiciária, far-se-ão exclusivamente na ordem cronológica de
apresentação dos precatórios e à conta dos créditos respectivos,
proibida a designação de casos ou de pessoas nas dotações
orçamentárias e nos créditos adicionais abertos para este fim. (EC
62/2009)
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3135777.
Supremo Tribunal Federal
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 641.363 RIO GRANDE DO SUL
V O T O
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): O agravo preenche os
requisitos de admissibilidade, tendo sido interposto dentro do prazo legal
e regularmente assinado profissional da advocacia credenciado. Conheço.
A irresignação da agravante não merece prosperar.
As razões deduzidas no agravo não são capazes de desconstituir os
fundamentos da decisão ora impugnada.
Ab initio, revela-se contraditória a argumentação da agravante, pois,
tendo obtido condenação (por sentença judicial) ao pagamento de
honorários advocatícios pela Fazenda Pública, pretende a recorrente
receber tal pagamento pela via direta, isto é, sem se submeter ao sistema
de precatórios. Além disso, alega que o cumprimento desse pagamento
implica em verdadeira condição prévia para a proposição de nova
execução fiscal.
Todavia, a quebra do regime de precatórios e a imposição de
condições à União para o exercício do direito de execução fiscal não
previstas expressamente em lei traduzem ofensa direta à norma do artigo
100 da Constituição Federal, in verbis:
“Art. 100. Os pagamentos devidos pelas Fazendas Públicas
Federal, Estaduais, Distrital e Municipais, em virtude de sentença
judiciária, far-se-ão exclusivamente na ordem cronológica de
apresentação dos precatórios e à conta dos créditos respectivos,
proibida a designação de casos ou de pessoas nas dotações
orçamentárias e nos créditos adicionais abertos para este fim. (EC
62/2009)
Supremo Tribunal Federal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 9
Voto - MIN. LUIZ FUX
RE 641.363 AGR / RS
As exceções para pagamento de dívidas da Fazenda Pública
encontram-se expressamente discriminadas nos parágrafos do artigo
supracitado. E em nenhuma delas há a previsão de pagamento de
condenação judicial em honorários. Portanto, não pode a Administração,
por conveniência ao administrado, optar livremente pela forma de
pagamento da divida judicial. A ela é imposta o princípio da legalidade
do artigo 37 da Constituição, impondo o dever de obedecer ao que
determina a lei.
Assim, a agravante articula ter o acórdão recorrido implicado em
ofensa direta ao artigo 100 da Constituição e pretende a reforma do
julgado para, desrespeitada a letra da norma constitucional, receber
pagamento de sentença judicial contra a Fazenda sem se submeter ao
regime de precatórios.
Ora, é a concessão do pleito da agravante que importaria em
desobediência à norma constitucional.
Logo, incide no caso óbice da Súmula 284, in verbis: É inadmissível o
recurso extraordinário, quando a deficiência na sua fundamentação não permitir
a exata compreensão da controvérsia.
A questão em debate se encerra no âmbito do direito
infraconstitucional. O artigo 28 do Código de Processo Civil assim
estabelece:
“Art. 28. Quando, a requerimento do réu, o juiz declarar extinto
o processo sem julgar o mérito (art. 267, § 2º), o autor não poderá
intentar de novo a ação, sem pagar ou depositar em cartório as
despesas e os honorários, em que foi condenado.”
Não previu o código que a Fazenda devesse efetuar o pagamento
direto, tampouco a Lei nº 6830/80 estabelece tal permissão. Aliás, o
Tribunal a quo, Superior Tribunal de Justiça, o órgão responsável pela
interpretação última a lei infraconstitucional, entendeu correta a decisão
2
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Supremo Tribunal Federal
RE 641.363 AGR / RS
As exceções para pagamento de dívidas da Fazenda Pública
encontram-se expressamente discriminadas nos parágrafos do artigo
supracitado. E em nenhuma delas há a previsão de pagamento de
condenação judicial em honorários. Portanto, não pode a Administração,
por conveniência ao administrado, optar livremente pela forma de
pagamento da divida judicial. A ela é imposta o princípio da legalidade
do artigo 37 da Constituição, impondo o dever de obedecer ao que
determina a lei.
Assim, a agravante articula ter o acórdão recorrido implicado em
ofensa direta ao artigo 100 da Constituição e pretende a reforma do
julgado para, desrespeitada a letra da norma constitucional, receber
pagamento de sentença judicial contra a Fazenda sem se submeter ao
regime de precatórios.
Ora, é a concessão do pleito da agravante que importaria em
desobediência à norma constitucional.
Logo, incide no caso óbice da Súmula 284, in verbis: É inadmissível o
recurso extraordinário, quando a deficiência na sua fundamentação não permitir
a exata compreensão da controvérsia.
A questão em debate se encerra no âmbito do direito
infraconstitucional. O artigo 28 do Código de Processo Civil assim
estabelece:
“Art. 28. Quando, a requerimento do réu, o juiz declarar extinto
o processo sem julgar o mérito (art. 267, § 2º), o autor não poderá
intentar de novo a ação, sem pagar ou depositar em cartório as
despesas e os honorários, em que foi condenado.”
Não previu o código que a Fazenda devesse efetuar o pagamento
direto, tampouco a Lei nº 6830/80 estabelece tal permissão. Aliás, o
Tribunal a quo, Superior Tribunal de Justiça, o órgão responsável pela
interpretação última a lei infraconstitucional, entendeu correta a decisão
2
Supremo Tribunal Federal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 9
Voto - MIN. LUIZ FUX
RE 641.363 AGR / RS
da primeira instância.
Conforme exposto supra, estando a Administração Pública sujeita ao
princípio da legalidade do artigo 37 da Constituição Federal, a ela só é
dado fazer o que a lei permite.
Portanto, se a lei maior impõe as regras e exceções para os
pagamentos de dívidas da União pelo sistema de precatórios, se a
situação da agravante não se enquadra nas exceções constitucionais e,
tampouco há previsão no sentido pleiteado nas normas
infraconstitucionais, inviável o pleito.
Com tais considerações, NEGO PROVIMENTO ao agravo
regimental.
É como voto.
3
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
RE 641.363 AGR / RS
da primeira instância.
Conforme exposto supra, estando a Administração Pública sujeita ao
princípio da legalidade do artigo 37 da Constituição Federal, a ela só é
dado fazer o que a lei permite.
Portanto, se a lei maior impõe as regras e exceções para os
pagamentos de dívidas da União pelo sistema de precatórios, se a
situação da agravante não se enquadra nas exceções constitucionais e,
tampouco há previsão no sentido pleiteado nas normas
infraconstitucionais, inviável o pleito.
Com tais considerações, NEGO PROVIMENTO ao agravo
regimental.
É como voto.
3
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Decisão de Julgamento
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 641.363
PROCED. : DISTRITO FEDERAL
RELATOR : MIN. LUIZ FUX
AGTE.(S) : FASOLO ARTEFATOS DE COURO LTDA
ADV.(A/S) : CLÁUDIO LEITE PIMENTEL E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos
termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro
Dias Toffoli. 1ª Turma, 6.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 641.363
PROCED. : DISTRITO FEDERAL
RELATOR : MIN. LUIZ FUX
AGTE.(S) : FASOLO ARTEFATOS DE COURO LTDA
ADV.(A/S) : CLÁUDIO LEITE PIMENTEL E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos
termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro
Dias Toffoli. 1ª Turma, 6.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 9
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3152777 | 2012-11-06T00:00:00 | 2012-12-04T00:00:00 | A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 6.11.2012. | AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO | Ementa: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. DESISTÊNCIA DA EXECUÇÃO FISCAL. CONDENAÇÃO DA FAZENDA PÚBLICA EM HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. PAGAMENTO COMO CONDIÇÃO PARA A INTERPOSIÇÃO DE NOVA EXECUÇÃO FISCAL. ARTIGO 28 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. OFENSA REFLEXA. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO.
1. A violação reflexa e oblíqua da Constituição Federal decorrente da necessidade de análise de malferimento de dispositivo infraconstitucional torna inadmissível o recurso extraordinário. Precedentes: RE 596.682, Rel. Min. Carlos Britto, Dje de 21/10/10, e o AI 808.361, Rel. Min. Marco Aurélio, Dje de 08/09/10.
2. O pagamento de dívidas da Fazenda Pública e sua forma encontram-se expressamente discriminadas nos parágrafos do artigo 100 da Carta Magna, sendo certo que em nenhuma delas há a previsão de pagamento de condenação judicial em honorários, por isso que não pode a Administração, por conveniência do administrado, optar livremente pela forma de adimplemento da dívida judicial, à luz do princípio da legalidade (artigo 37 da Constituição).
3. A questão em debate se encerra no âmbito do direito infraconstitucional, vale dizer: no artigo 28 do Código de Processo Civil que não previu que a Fazenda devesse efetuar o pagamento direto, tampouco a Lei nº 6830/80 estabelece tal permissão.
4. Agravo Regimental a que se nega provimento. | sjur220518 | - Decisão (ões) monocrática (s) citada (s):
(INTERPRETAÇÃO, NORMA INFRACONSTITUCIONAL)
STF: RE 596682; AI 808361;
Número de páginas: 9.
Análise: 18/12/2012, BMB. | LUIZ FUX | Primeira Turma | 641363 | [
"LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00037 ART-00100 \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n\r\n",
"LEG-FED LEI-005869 ANO-1973\r\n ART-00028 \r\n CPC-1973 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL\r\n\r\n",
"LEG-FED LEI-006830 ANO-1980\r\n LEF-1980 LEI DE EXECUÇÃO FISCAL\r\n\r\n",
"LEG-FED SUMSTF-000284 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF"
] | RE-AgR | acordaos | RE 641363 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : FASOLO ARTEFATOS DE COURO LTDA
ADV.(A/S) : CLÁUDIO LEITE PIMENTEL E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 641 . 363",
"RE 596 . 682",
"AI 808 . 361",
"RE 641 . 363",
"RE 641 . 363",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 641 . 363",
"RE 596 . 682",
"AI 808 . 361",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 641 . 363",
"RE 596 . 682",
"AI 808 . 361",
"RE 641 . 363 AGR / RS",
"RE 641 . 363 AGR / RS",
"RE 641 . 363 AGR / RS",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 641 . 363",
"RE 641 . 363",
"RE 641 . 363 AGR / RS",
"RE 641 . 363",
"RE 641 . 363 AGR",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 641 . 363",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 641 . 363"
],
"LEGISLACAO": [
"ARTIGO 28 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL",
"Constituição Federal",
"artigo 100 da Carta Magna",
"artigo 37 da Constituição",
"artigo 28 do Código de Processo Civil",
"Lei [UNK] 6830 / 80",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 323 do RISTF",
"art . 102 , III , § [UNK] , da CF",
"Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 323 do RISTF",
"art . 102 , III , § [UNK] , da CF",
"Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ART . 28 DO CPC",
"art . 28 do CPC",
"art . 100 da Constituição Federal",
"art . 28 do CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ART . 28 DO CPC",
"art . 28 do CPC",
"art . 100 da Constituição Federal",
"art . 28 do CPC",
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"EC 62 / 2009",
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"EC 62 / 2009",
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],
"LOCAL": [
"RIO GRANDE DO SUL",
"Brasília",
"Brasília",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL"
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"ORGANIZACAO": [
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"-",
"Brasil",
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"Supremo Tribunal Federal",
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"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"/",
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"Supremo Tribunal Federal",
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"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
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"UNIÃO",
"FASOLO ARTEFATOS DE COURO LTDA .",
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"Brasil",
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"Brasil",
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"Fazenda Pública",
"Fazenda Pública",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Superior Tribunal de Justiça",
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"Supremo Tribunal Federal",
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"ICP",
"-",
"Brasil",
"União",
"Fazenda",
"União",
"Supremo Tribunal Federal",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"União",
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"União",
"Supremo Tribunal Federal",
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"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"Fazenda Pública",
"União",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
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"Supremo Tribunal Federal",
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"-",
"Brasil",
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"/",
"RS",
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"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Fazenda",
"Fazenda",
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"Supremo Tribunal Federal",
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"[UNK] Turma",
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"Brasil",
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"-",
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"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"LUIZ FUX",
"CLÁUDIO LEITE PIMENTEL",
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"Marco Aurélio",
"Dias Toffoli",
"LUIZ FUX",
"Dias Toffoli",
"LUIZ FUX",
"LUIZ FUX",
"CLÁUDIO LEITE PIMENTEL",
"LUIZ FUX",
"Carlos Britto",
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"LUIZ FUX",
"CLÁUDIO LEITE PIMENTEL",
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"Carlos Britto",
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"LUIZ FUX",
"LUIZ FUX",
"LUIZ FUX",
"LUIZ FUX",
"LUIZ FUX",
"CLÁUDIO LEITE PIMENTEL",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza",
"LUIZ FUX",
"CLÁUDIO LEITE PIMENTEL",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
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"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza"
],
"TEMPO": [
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"21",
"/",
"10",
"/",
"10",
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"/",
"09",
"/",
"10",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"04",
"/",
"12",
"/",
"2012",
"6 de novembro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"6 de novembro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
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"10",
"/",
"10",
"08",
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"09",
"/",
"10",
"24",
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"08",
"/",
"2001",
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"/",
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"2012",
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"10",
"/",
"10",
"08",
"/",
"09",
"/",
"10",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
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"/",
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"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"6",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"6",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 691.432
PARAÍBA
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:CAIXA DE PREVIDÊNCIA DOS FUNCIONÁRIOS DO
BANCO DO BRASIL - PREVI
ADV.(A/S)
:JOÃO ANDRÉ SALES RODRIGUES E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:FRANCISCO DO NASCIMENTO ASSIS
ADV.(A/S)
:CÍCERO GUEDES RODRIGUES E OUTRO(A/S)
EMENTA
Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo.
Intempestividade. Precedentes.
1. O agravante não observou o prazo de 10 dias para a interposição
do agravo de instrumento, conforme estabelece o caput do art. 544 do
Código de Processo Civil, daí a intempestividade de seu recurso.
2. Agravo regimental não provido.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do
Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata do julgamento e das
notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao
agravo regimental, nos termos do voto do Relator.
Brasília, 6 de novembro de 2012.
MINISTRO DIAS TOFFOLI
Relator
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
DJe 03/12/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 5
Relatório
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 691.432
PARAÍBA
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:CAIXA DE PREVIDÊNCIA DOS FUNCIONÁRIOS DO
BANCO DO BRASIL - PREVI
ADV.(A/S)
:JOÃO ANDRÉ SALES RODRIGUES E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:FRANCISCO DO NASCIMENTO ASSIS
ADV.(A/S)
:CÍCERO GUEDES RODRIGUES E OUTRO(A/S)
RELATÓRIO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (PREVI)
interpõe tempestivo agravo regimental contra decisão em que não se
conheceu de agravo de instrumento, com a seguinte fundamentação:
“Vistos.
Caixa de Previdências dos Funcionários do Banco do
Brasil – PREVI interpõe agravo contra a decisão que não
admitiu recurso extraordinário assentado na alínea ‘a’ do
permissivo constitucional.
Vê-se, porém, que não se observou o prazo de 10 (dez)
dias para a interposição do presente agravo, conforme
estabelece o caput do artigo 544 do Código de Processo Civil,
com a alteração da Lei n.º 12.322/10.
Anote-se que a decisão agravada foi publicada no dia 14
de junho de 2011, terça-feira. Iniciada a contagem no dia 15 de
junho de 2011, quarta-feira, o prazo terminou no dia 24 de
junho de 2011, sexta-feira. A petição de agravo, todavia, foi
protocolada somente em 27 de junho de 2011, segunda-feira,
após o término do prazo. É, portanto, intempestivo.
Não conheço do agravo.”
Aduz a agravante, in verbis, que:
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 691.432
PARAÍBA
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:CAIXA DE PREVIDÊNCIA DOS FUNCIONÁRIOS DO
BANCO DO BRASIL - PREVI
ADV.(A/S)
:JOÃO ANDRÉ SALES RODRIGUES E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:FRANCISCO DO NASCIMENTO ASSIS
ADV.(A/S)
:CÍCERO GUEDES RODRIGUES E OUTRO(A/S)
RELATÓRIO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (PREVI)
interpõe tempestivo agravo regimental contra decisão em que não se
conheceu de agravo de instrumento, com a seguinte fundamentação:
“Vistos.
Caixa de Previdências dos Funcionários do Banco do
Brasil – PREVI interpõe agravo contra a decisão que não
admitiu recurso extraordinário assentado na alínea ‘a’ do
permissivo constitucional.
Vê-se, porém, que não se observou o prazo de 10 (dez)
dias para a interposição do presente agravo, conforme
estabelece o caput do artigo 544 do Código de Processo Civil,
com a alteração da Lei n.º 12.322/10.
Anote-se que a decisão agravada foi publicada no dia 14
de junho de 2011, terça-feira. Iniciada a contagem no dia 15 de
junho de 2011, quarta-feira, o prazo terminou no dia 24 de
junho de 2011, sexta-feira. A petição de agravo, todavia, foi
protocolada somente em 27 de junho de 2011, segunda-feira,
após o término do prazo. É, portanto, intempestivo.
Não conheço do agravo.”
Aduz a agravante, in verbis, que:
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3133503.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 5
Relatório
ARE 691.432 AGR / PB
“(...)
Como pode ser visto pela página 2 (dois) do DJE-PB (Doc.
1) do dia 14/06/2011 (terça-feira), a decisão Embargada foi
disponibilizada nessa data, só sendo publicada no primeiro dia
útil seguinte, 15/06/2011 (quarta-feira) e, naturalmente, o inicio
do prazo só ocorreu no dia seguinte, ou seja, 16/06/2011 (quinta-
feira).
(...)
Levando em consideração o artigo citado anteriormente,
da Lei 11.419/2006, que instituiu o Diário de Justiça Eletrônico
no país e a página do DJE-PB anexada ao presente Recurso, fica
claro que o Agravo do próprios autos anteriormente
protocolizado por essa entidade são tempestivos, pois como o
fim do prazo seria dia 25/06/2011 (sábado), o prazo seria
prorrogado para o primeiro dia útil seguinte, ou seja, 27/06/2011
(segunda-feira), devendo assim o Agravo ter seu mérito
julgado.”
É o relatório.
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3133503.
Supremo Tribunal Federal
ARE 691.432 AGR / PB
“(...)
Como pode ser visto pela página 2 (dois) do DJE-PB (Doc.
1) do dia 14/06/2011 (terça-feira), a decisão Embargada foi
disponibilizada nessa data, só sendo publicada no primeiro dia
útil seguinte, 15/06/2011 (quarta-feira) e, naturalmente, o inicio
do prazo só ocorreu no dia seguinte, ou seja, 16/06/2011 (quinta-
feira).
(...)
Levando em consideração o artigo citado anteriormente,
da Lei 11.419/2006, que instituiu o Diário de Justiça Eletrônico
no país e a página do DJE-PB anexada ao presente Recurso, fica
claro que o Agravo do próprios autos anteriormente
protocolizado por essa entidade são tempestivos, pois como o
fim do prazo seria dia 25/06/2011 (sábado), o prazo seria
prorrogado para o primeiro dia útil seguinte, ou seja, 27/06/2011
(segunda-feira), devendo assim o Agravo ter seu mérito
julgado.”
É o relatório.
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3133503.
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Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 691.432
PARAÍBA
VOTO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
O inconformismo não merece prosperar.
Conforme expresso na decisão agravada, a ora agravante não
observou o prazo de 10 (dez) dias para a interposição do agravo de
instrumento, conforme estabelece o caput do art. 544 do Código de
Processo Civil, com redação dada pela Lei nº 12.322/10.
Conforme consta da certidão da Coordenadoria Judiciária do
Tribunal de Justiça do Estado da Paraíba, a decisão então agravada foi
publicada no dia 14 de junho de 2011, terça-feira. Iniciada a contagem no
dia 15 de junho de 2011, quarta-feira, o prazo terminou no dia 24 de junho
de 2011, sexta-feira. A petição de agravo, todavia, foi protocolada somente
em 27 de junho de 2011, segunda-feira, após o término do prazo. É,
portanto, intempestivo.
Ressalte-se que a cópia do Diário da Justiça do Estado da Paraíba
trazida aos autos pela ora agravante apenas confirma a data da
publicação da decisão como sendo o dia 14 de junho de 2011.
Assim, era mesmo intempestivo o referido recurso
Ante o exposto, voto pelo não provimento do agravo regimental.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3133504.
Supremo Tribunal Federal
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 691.432
PARAÍBA
VOTO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
O inconformismo não merece prosperar.
Conforme expresso na decisão agravada, a ora agravante não
observou o prazo de 10 (dez) dias para a interposição do agravo de
instrumento, conforme estabelece o caput do art. 544 do Código de
Processo Civil, com redação dada pela Lei nº 12.322/10.
Conforme consta da certidão da Coordenadoria Judiciária do
Tribunal de Justiça do Estado da Paraíba, a decisão então agravada foi
publicada no dia 14 de junho de 2011, terça-feira. Iniciada a contagem no
dia 15 de junho de 2011, quarta-feira, o prazo terminou no dia 24 de junho
de 2011, sexta-feira. A petição de agravo, todavia, foi protocolada somente
em 27 de junho de 2011, segunda-feira, após o término do prazo. É,
portanto, intempestivo.
Ressalte-se que a cópia do Diário da Justiça do Estado da Paraíba
trazida aos autos pela ora agravante apenas confirma a data da
publicação da decisão como sendo o dia 14 de junho de 2011.
Assim, era mesmo intempestivo o referido recurso
Ante o exposto, voto pelo não provimento do agravo regimental.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Decisão de Julgamento
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 691.432
PROCED. : PARAÍBA
RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S) : CAIXA DE PREVIDÊNCIA DOS FUNCIONÁRIOS DO BANCO DO
BRASIL - PREVI
ADV.(A/S) : JOÃO ANDRÉ SALES RODRIGUES E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : FRANCISCO DO NASCIMENTO ASSIS
ADV.(A/S) : CÍCERO GUEDES RODRIGUES E OUTRO(A/S)
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos
termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro
Dias Toffoli. 1ª Turma, 6.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3108188
Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 691.432
PROCED. : PARAÍBA
RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S) : CAIXA DE PREVIDÊNCIA DOS FUNCIONÁRIOS DO BANCO DO
BRASIL - PREVI
ADV.(A/S) : JOÃO ANDRÉ SALES RODRIGUES E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : FRANCISCO DO NASCIMENTO ASSIS
ADV.(A/S) : CÍCERO GUEDES RODRIGUES E OUTRO(A/S)
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos
termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro
Dias Toffoli. 1ª Turma, 6.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3108188
Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 5
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3151506 | 2012-11-06T00:00:00 | 2012-12-03T00:00:00 | A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 6.11.2012. | AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO | EMENTA
Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo. Intempestividade. Precedentes.
1. O agravante não observou o prazo de 10 dias para a interposição do agravo de instrumento, conforme estabelece o caput do art. 544 do Código de Processo Civil, daí a intempestividade de seu recurso.
2. Agravo regimental não provido. | sjur220391 | Número de páginas: 5.
Análise: 05/12/2012, BMB. | DIAS TOFFOLI | Primeira Turma | 691432 | [
"LEG-FED LEI-005869 ANO-1973\r\n ART-00544 \"CAPUT\" REDAÇÃO DADA PELA LEI-12322/2010 \r\n CPC-1973 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL\r\n\r\n",
"LEG-FED LEI-012322 ANO-2010\r\n LEI ORDINÁRIA"
] | ARE-AgR | acordaos | ARE 691432 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : CAIXA DE PREVIDÊNCIA DOS FUNCIONÁRIOS DO BANCO DO BRASIL - PREVI
ADV.(A/S) : JOÃO ANDRÉ SALES RODRIGUES E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : FRANCISCO DO NASCIMENTO ASSIS
ADV.(A/S) : CÍCERO GUEDES RODRIGUES E OUTRO(A/S) | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 691 . 432",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM",
"ARE 691 . 432 AGR",
"ARE 691 . 432 AGR"
],
"LEGISLACAO": [
"art . 544 do Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 544 do Código de Processo Civil",
"Lei n . [UNK] 12 . 322 / 10",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 544 do Código de Processo Civil",
"Lei n . [UNK] 12 . 322 / 10",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei 11 . 419 / 2006",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
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"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
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"Lei [UNK] 12 . 322 / 10",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 544 do Código de Processo Civil",
"Lei [UNK] 12 . 322 / 10",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"PARAÍBA",
"Brasília",
"PARAÍBA",
"PARAÍBA",
"PARAÍBA",
"PARAÍBA",
"PARAÍBA",
"PARAÍBA"
],
"ORGANIZACAO": [
"PRIMEIRA TURMA",
"CAIXA DE PREVIDÊNCIA DOS FUNCIONÁRIOS DO BANCO DO BRASIL",
"PREVI",
"Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"CAIXA DE PREVIDÊNCIA DOS FUNCIONÁRIOS DO BANCO DO BRASIL",
"PREVI",
"Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil",
"PREVI",
"Caixa de Previdências dos Funcionários do Banco do Brasil",
"PREVI",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"CAIXA DE PREVIDÊNCIA DOS FUNCIONÁRIOS DO BANCO DO BRASIL",
"PREVI",
"Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil",
"PREVI",
"Caixa de Previdências dos Funcionários do Banco do Brasil",
"PREVI",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"/",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"/",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"Coordenadoria Judiciária do Tribunal de Justiça do Estado da Paraíba",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Coordenadoria Judiciária do Tribunal de Justiça do Estado da Paraíba",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"CAIXA DE PREVIDÊNCIA DOS FUNCIONÁRIOS DO BANCO DO BRASIL - PREVI",
"[UNK] Turma",
"Primeira",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"CAIXA DE PREVIDÊNCIA DOS FUNCIONÁRIOS DO BANCO DO BRASIL",
"PREVI",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"DIAS TOFFOLI",
"JOÃO ANDRÉ SALES RODRIGUES",
"FRANCISCO DO NASCIMENTO ASSIS",
"CÍCERO GUEDES RODRIGUES",
"Dias Toffoli",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"JOÃO ANDRÉ SALES RODRIGUES",
"FRANCISCO DO NASCIMENTO ASSIS",
"CÍCERO GUEDES RODRIGUES",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
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"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"JOÃO ANDRÉ SALES RODRIGUES",
"FRANCISCO DO NASCIMENTO ASSIS",
"CÍCERO GUEDES RODRIGUES",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza",
"DIAS TOFFOLI",
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"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
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"TEMPO": [
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"6 de novembro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"03",
"/",
"12",
"/",
"2012",
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"14 de junho de 2011",
"15 de junho de 2011",
"24 de junho de 2011",
"27 de junho de 2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"14 de junho de 2011",
"15 de junho de 2011",
"24 de junho de 2011",
"27 de junho de 2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"14",
"/",
"06",
"/",
"2011",
"terça",
"-",
"feira",
"15",
"/",
"06",
"/",
"2011",
"quarta",
"-",
"feira",
"16",
"/",
"06",
"/",
"2011",
"quinta",
"-",
"feira",
"25",
"/",
"06",
"/",
"2011",
"sábado",
"27",
"/",
"06",
"/",
"2011",
"segunda",
"-",
"feira",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"14",
"/",
"06",
"/",
"2011",
"terça",
"15",
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"06",
"/",
"2011",
"quarta",
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"16",
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"06",
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"2011",
"quinta",
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"feira",
"25",
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"06",
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"2011",
"sábado",
"27",
"/",
"06",
"/",
"2011",
"segunda",
"-",
"feira",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"14 de junho de 2011",
"15 de junho de 2011",
"quarta",
"24 de junho de 2011",
"27 de junho de 2011",
"14 de junho de 2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"14 de junho de 2011",
"15 de junho de 2011",
"24 de junho de 2011",
"27 de junho de 2011",
"14 de junho de 2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"6",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
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"2001",
"6",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 110.428 TOCANTINS
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
PACTE.(S)
:ALBERTO GOMES CARVALHO
IMPTE.(S)
:DEFENSORIA
PUBLICA
DO
ESTADO
DO
TOCANTINS
PROC.(A/S)(ES)
:DEFENSOR PÚBLICO-GERAL
DO ESTADO
DO
TOCANTINS
COATOR(A/S)(ES)
:SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
PORTE DE ARMA – AUSÊNCIA DE MUNIÇÃO – TIPO PENAL
CONFIGURADO. Consoante dispõe o artigo 14 da Lei do Desarmamento
– nº 10.826/2003 –, tem-se como tipo penal o porte ilegal de arma de fogo
de uso permitido, valendo notar que o da munição, isoladamente,
consubstancia crime.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal em indeferir a ordem de
habeas corpus, nos termos do voto do relator e por unanimidade, em
sessão presidida pelo Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata do
julgamento e das respectivas notas taquigráficas.
Brasília, 6 de novembro de 2012.
MINISTRO MARCO AURÉLIO – RELATOR
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
DJe 27/11/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 7
Relatório
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 110.428 TOCANTINS
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
PACTE.(S)
:ALBERTO GOMES CARVALHO
IMPTE.(S)
:DEFENSORIA
PUBLICA
DO
ESTADO
DO
TOCANTINS
PROC.(A/S)(ES)
:DEFENSOR PÚBLICO-GERAL
DO ESTADO
DO
TOCANTINS
COATOR(A/S)(ES)
:SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Eis as informações
prestadas pelo Gabinete:
Na decisão que implicou o indeferimento da liminar, a
espécie ficou assim resumida:
PORTE DE ARMA – AUSÊNCIA DE
MUNIÇÃO
–
TIPICIDADE
RECONHECIDA NA ORIGEM –
RELEVÂNCIA NÃO DEMONSTRADA –
LIMINAR INDEFERIDA.
1. A Assessoria prestou as seguintes informações:
O paciente foi condenado, pela prática do delito
previsto no artigo 14 da Lei nº 10.826/2003, a dois
anos e um mês de reclusão, em regime aberto, sendo
a penalidade substituída por prestação pecuniária e
de serviços. O Juízo da Vara Criminal da Comarca de
Figueirópolis, Estado do Tocantins, assentou a
tipicidade da conduta de o agente portar arma
desmuniciada.
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documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3122011.
Supremo Tribunal Federal
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 110.428 TOCANTINS
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
PACTE.(S)
:ALBERTO GOMES CARVALHO
IMPTE.(S)
:DEFENSORIA
PUBLICA
DO
ESTADO
DO
TOCANTINS
PROC.(A/S)(ES)
:DEFENSOR PÚBLICO-GERAL
DO ESTADO
DO
TOCANTINS
COATOR(A/S)(ES)
:SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Eis as informações
prestadas pelo Gabinete:
Na decisão que implicou o indeferimento da liminar, a
espécie ficou assim resumida:
PORTE DE ARMA – AUSÊNCIA DE
MUNIÇÃO
–
TIPICIDADE
RECONHECIDA NA ORIGEM –
RELEVÂNCIA NÃO DEMONSTRADA –
LIMINAR INDEFERIDA.
1. A Assessoria prestou as seguintes informações:
O paciente foi condenado, pela prática do delito
previsto no artigo 14 da Lei nº 10.826/2003, a dois
anos e um mês de reclusão, em regime aberto, sendo
a penalidade substituída por prestação pecuniária e
de serviços. O Juízo da Vara Criminal da Comarca de
Figueirópolis, Estado do Tocantins, assentou a
tipicidade da conduta de o agente portar arma
desmuniciada.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 7
Relatório
HC 110.428 / TO
Houve apelação, à qual o Tribunal de Justiça do
Estado do Tocantins deu provimento. Consignou que
o porte de arma desmuniciada caracteriza conduta
atípica, em face da impossibilidade de causar dano à
incolumidade pública ou de expor a risco bem
juridicamente protegido, razão por que o paciente foi
absolvido com base no artigo 386, inciso III, do
Código de Processo Penal.
O Ministério Público estadual interpôs recurso
especial – de nº 1.249.092. O Ministro Jorge Mussi,
relator, proveu o recurso a fim de restabelecer a
sentença penal condenatória. O agravo regimental
interposto contra a decisão foi desprovido.
A inicial deste habeas volta-se contra o referido
julgado. A Defensoria Pública do Estado do
Tocantins anotou a atipicidade material da conduta
de portar arma desmuniciada, por ausência de
potencialidade lesiva a bem juridicamente protegido.
Menciona precedentes do Supremo: Recurso
Ordinário em Habeas Corpus nº 81.057/SP e Habeas
Corpus nº 99.449/MG, ambos relatados pela Ministra
Ellen Gracie, cujos acórdãos foram publicados em 25
de maio de 2004 e 25 de agosto de 2009,
respectivamente.
Pede a concessão da liminar para suspender os
efeitos do acórdão recorrido, até o julgamento final
do habeas. No mérito, pleiteia o trancamento da ação
penal, por manifesta atipicidade da conduta
imputada ao paciente, ou, sucessivamente, a
absolvição, nos termos do artigo 386, inciso III, do
Código de Processo Penal.
2
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Supremo Tribunal Federal
HC 110.428 / TO
Houve apelação, à qual o Tribunal de Justiça do
Estado do Tocantins deu provimento. Consignou que
o porte de arma desmuniciada caracteriza conduta
atípica, em face da impossibilidade de causar dano à
incolumidade pública ou de expor a risco bem
juridicamente protegido, razão por que o paciente foi
absolvido com base no artigo 386, inciso III, do
Código de Processo Penal.
O Ministério Público estadual interpôs recurso
especial – de nº 1.249.092. O Ministro Jorge Mussi,
relator, proveu o recurso a fim de restabelecer a
sentença penal condenatória. O agravo regimental
interposto contra a decisão foi desprovido.
A inicial deste habeas volta-se contra o referido
julgado. A Defensoria Pública do Estado do
Tocantins anotou a atipicidade material da conduta
de portar arma desmuniciada, por ausência de
potencialidade lesiva a bem juridicamente protegido.
Menciona precedentes do Supremo: Recurso
Ordinário em Habeas Corpus nº 81.057/SP e Habeas
Corpus nº 99.449/MG, ambos relatados pela Ministra
Ellen Gracie, cujos acórdãos foram publicados em 25
de maio de 2004 e 25 de agosto de 2009,
respectivamente.
Pede a concessão da liminar para suspender os
efeitos do acórdão recorrido, até o julgamento final
do habeas. No mérito, pleiteia o trancamento da ação
penal, por manifesta atipicidade da conduta
imputada ao paciente, ou, sucessivamente, a
absolvição, nos termos do artigo 386, inciso III, do
Código de Processo Penal.
2
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 7
Relatório
HC 110.428 / TO
(...)
A Procuradoria Geral da República, no parecer, afirma não
existir ilegalidade na decisão mediante a qual o Superior
Tribunal de Justiça, no julgamento de recurso especial, apontou
a irrelevância, para a configuração do crime tipificado no artigo
14 da Lei nº 10.826/03, do fato de a arma estar desmuniciada.
Ressalta ser a conduta de portar arma de fogo em desacordo
com a lei, por si só, ilícito penal. Aduz que, caso prevalecesse a
tese sustentada pelo impetrante, haveria possibilidade de burla
à finalidade da lei, pois seria possível a utilização da arma com
munição anteriormente escondida ou portada por terceiros.
Citando precedentes jurisprudenciais, opina pelo indeferimento
da ordem.
Lancei visto no processo em 28 de outubro de 2012, liberando-o para
ser julgado na Turma a partir de 6 de novembro seguinte, isso
objetivando a ciência da impetrante.
É o relatório.
3
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Supremo Tribunal Federal
HC 110.428 / TO
(...)
A Procuradoria Geral da República, no parecer, afirma não
existir ilegalidade na decisão mediante a qual o Superior
Tribunal de Justiça, no julgamento de recurso especial, apontou
a irrelevância, para a configuração do crime tipificado no artigo
14 da Lei nº 10.826/03, do fato de a arma estar desmuniciada.
Ressalta ser a conduta de portar arma de fogo em desacordo
com a lei, por si só, ilícito penal. Aduz que, caso prevalecesse a
tese sustentada pelo impetrante, haveria possibilidade de burla
à finalidade da lei, pois seria possível a utilização da arma com
munição anteriormente escondida ou portada por terceiros.
Citando precedentes jurisprudenciais, opina pelo indeferimento
da ordem.
Lancei visto no processo em 28 de outubro de 2012, liberando-o para
ser julgado na Turma a partir de 6 de novembro seguinte, isso
objetivando a ciência da impetrante.
É o relatório.
3
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Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 110.428 TOCANTINS
V O T O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Adoto, a
título de voto, os fundamentos lançados quando indeferi a medida
acauteladora:
(...)
2. Observem o tipo legal:
Porte ilegal de arma de fogo de uso permitido
Art. 14. Portar, deter, adquirir, fornecer, receber, ter
em depósito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente,
emprestar, remeter, empregar, manter sob guarda ou
ocultar arma de fogo, acessório ou munição, de uso
permitido, sem autorização e em desacordo com
determinação legal ou regulamentar:
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e
multa.
Parágrafo único. O crime previsto neste artigo é
inafiançável, salvo quando a arma de fogo estiver
registrada em nome do agente.
Descabe distinguir onde o preceito não distingue. Mais
ainda: deve-se atentar para o fato de o porte, o simples porte, da
munição consubstanciar crime.
A incongruência surge no que sustentado que portar arma
desmuniciada é figura atípica. A Turma tem enfrentado a
matéria e concluído pela insubsistência dessa defesa.
Precedentes: Habeas Corpus nº 88.757/DF, relator Ministro Luiz
Fux, acórdão veiculado no Diário da Justiça eletrônico de 20 de
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 110.428 TOCANTINS
V O T O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Adoto, a
título de voto, os fundamentos lançados quando indeferi a medida
acauteladora:
(...)
2. Observem o tipo legal:
Porte ilegal de arma de fogo de uso permitido
Art. 14. Portar, deter, adquirir, fornecer, receber, ter
em depósito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente,
emprestar, remeter, empregar, manter sob guarda ou
ocultar arma de fogo, acessório ou munição, de uso
permitido, sem autorização e em desacordo com
determinação legal ou regulamentar:
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e
multa.
Parágrafo único. O crime previsto neste artigo é
inafiançável, salvo quando a arma de fogo estiver
registrada em nome do agente.
Descabe distinguir onde o preceito não distingue. Mais
ainda: deve-se atentar para o fato de o porte, o simples porte, da
munição consubstanciar crime.
A incongruência surge no que sustentado que portar arma
desmuniciada é figura atípica. A Turma tem enfrentado a
matéria e concluído pela insubsistência dessa defesa.
Precedentes: Habeas Corpus nº 88.757/DF, relator Ministro Luiz
Fux, acórdão veiculado no Diário da Justiça eletrônico de 20 de
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 7
Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
HC 110.428 / TO
novembro de 2011; 104.206/RS, da relatoria da Ministra Cármen
Lúcia, acórdão publicado no Diário da Justiça de 26 de agosto
de 2010; nº 96.072/RJ, da relatoria do Ministro Ricardo
Lewandowski, acórdão veiculado no Diário da Justiça
eletrônico de 8 de abril de 2010; e Recurso Ordinário em Habeas
Corpus nº 91.553/DF, relatado pelo Ministro Ayres Britto,
acórdão publicado no Diário da Justiça eletrônico de 20 de
agosto de 2009.
3. Indefiro a liminar.
4. Colham o parecer da Procuradoria Geral da República.
5. Publiquem.
Brasília – residência –, 26 de setembro de 2011, às 14h55.
Indefiro a ordem.
2
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Supremo Tribunal Federal
HC 110.428 / TO
novembro de 2011; 104.206/RS, da relatoria da Ministra Cármen
Lúcia, acórdão publicado no Diário da Justiça de 26 de agosto
de 2010; nº 96.072/RJ, da relatoria do Ministro Ricardo
Lewandowski, acórdão veiculado no Diário da Justiça
eletrônico de 8 de abril de 2010; e Recurso Ordinário em Habeas
Corpus nº 91.553/DF, relatado pelo Ministro Ayres Britto,
acórdão publicado no Diário da Justiça eletrônico de 20 de
agosto de 2009.
3. Indefiro a liminar.
4. Colham o parecer da Procuradoria Geral da República.
5. Publiquem.
Brasília – residência –, 26 de setembro de 2011, às 14h55.
Indefiro a ordem.
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Decisão de Julgamento
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
HABEAS CORPUS 110.428
PROCED. : TOCANTINS
RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO
PACTE.(S) : ALBERTO GOMES CARVALHO
IMPTE.(S) : DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO DO TOCANTINS
PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO TOCANTINS
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Decisão: A Turma denegou a ordem de habeas corpus, nos termos
do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias
Toffoli. 1ª Turma, 6.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
HABEAS CORPUS 110.428
PROCED. : TOCANTINS
RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO
PACTE.(S) : ALBERTO GOMES CARVALHO
IMPTE.(S) : DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO DO TOCANTINS
PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO TOCANTINS
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Decisão: A Turma denegou a ordem de habeas corpus, nos termos
do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias
Toffoli. 1ª Turma, 6.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 7
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3129035 | 2012-11-06T00:00:00 | 2012-11-27T00:00:00 | A Turma denegou a ordem de habeas corpus, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 6.11.2012. | HABEAS CORPUS | PORTE DE ARMA – AUSÊNCIA DE MUNIÇÃO – TIPO PENAL CONFIGURADO. Consoante dispõe o artigo 14 da Lei do Desarmamento – nº 10.826/2003 –, tem-se como tipo penal o porte ilegal de arma de fogo de uso permitido, valendo notar que o da munição, isoladamente, consubstancia crime. | sjur219920 | Número de páginas: 7.
Análise: 30/11/2012, LLD. | MARCO AURÉLIO | Primeira Turma | 110428 | [
"LEG-FED LEI-010826 ANO-2003\r\n ART-00014 \r\n ED-2003 ESTATUTO DO DESARMAMENTO"
] | HC | acordaos | HC 110428 | [
""
] | PACTE.(S) : ALBERTO GOMES CARVALHO
IMPTE.(S) : DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO DO TOCANTINS
PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO TOCANTINS
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"HABEAS CORPUS 110 . 428 TOCANTINS",
"HABEAS CORPUS 110 . 428",
"HABEAS CORPUS 110 . 428 TOCANTINS",
"HC 110 . 428 / TO",
"Recurso Ordinário em Habeas Corpus [UNK] 81 . 057 / SP",
"Habeas Corpus [UNK] 99 . 449 / MG",
"HC 110 . 428 / TO",
"Recurso Ordinário em Habeas Corpus [UNK] 81 . 057 / SP",
"Habeas Corpus [UNK] 99 . 449 / MG",
"HC 110 . 428 / TO",
"HC 110 . 428 / TO",
"HABEAS CORPUS 110 . 428",
"Habeas Corpus [UNK] 88 . 757 / DF",
"HABEAS CORPUS 110 . 428",
"Habeas Corpus [UNK] 88 . 757 / DF",
"HC 110 . 428 / TO",
"104",
".",
"206",
"/",
"RS",
"[UNK] 96 . 072 / RJ",
"Recurso Ordinário em Habeas Corpus [UNK] 91 . 553 / DF",
"HC 110 . 428 / TO",
"104",
".",
"206",
"/",
"RS",
"[UNK] 96 . 072 / RJ",
"Recurso Ordinário em Habeas Corpus [UNK] 91 . 553 / DF",
"HABEAS CORPUS 110 . 428",
"HABEAS CORPUS 110 . 428"
],
"LEGISLACAO": [
"artigo 14 da Lei do Desarmamento",
"[UNK] 10 . 826 / 2003",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 14 da Lei [UNK] 10 . 826 / 2003",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 14 da Lei [UNK] 10 . 826 / 2003",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 386 , inciso III , do Código de Processo Penal",
"artigo 386 , inciso III , do Código de Processo Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 386 , inciso III , do Código de Processo Penal",
"artigo 386 , inciso III , do Código de Processo Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 14 da Lei [UNK] 10 . 826 / 03",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 14 da Lei [UNK] 10 . 826 / 03",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"ESTADO DO TOCANTINS",
"Brasília",
"ESTADO DO TOCANTINS",
"Vara Criminal da Comarca de Figueirópolis",
"Estado do Tocantins",
"ESTADO DO TOCANTINS",
"Vara Criminal da Comarca de Figueirópolis",
"Estado do Tocantins",
"Brasília",
"Brasília",
"ESTADO DO TOCANTINS",
"ESTADO DO TOCANTINS"
],
"ORGANIZACAO": [
"PRIMEIRA TURMA",
"DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO DO TOCANTINS",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO DO TOCANTINS",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO DO TOCANTINS",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Tribunal de Justiça do Estado do Tocantins",
"Ministério",
"Defensoria Pública do Estado do Tocantins",
"Supremo",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Tribunal de Justiça do Estado do Tocantins",
"Ministério Público estadual",
"Defensoria Pública do Estado do Tocantins",
"Supremo",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Procuradoria Geral da República",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Procuradoria Geral da República",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Procuradoria Geral da República",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Procuradoria Geral da República",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO DO",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO DO TOCANTINS",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"MARCO AURÉLIO",
"ALBERTO GOMES CARVALHO",
"Dias Toffoli",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"ALBERTO GOMES CARVALHO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"ALBERTO GOMES CARVALHO",
"MARCO AURÉLIO",
"Jorge Mussi",
"Ellen Gracie",
"Jorge Mussi",
"Ellen Gracie",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"Luiz Fux",
"MARCO AURÉLIO",
"Luiz Fux",
"MARCO AURÉLIO",
"Cármen Lúcia",
"Ricardo Lewandowski",
"Ayres Britto",
"Cármen Lúcia",
"Ricardo Lewandowski",
"Ayres Britto",
"MARCO AURÉLIO",
"ALBERTO GOMES CARVALHO",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza",
"MARCO AURÉLIO",
"ALBERTO GOMES CARVALHO",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza"
],
"TEMPO": [
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"6 de novembro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"27",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"25 de maio de 2004",
"25 de agosto de 2009",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"25 de maio de 2004",
"25 de agosto de 2009",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"28 de outubro de 2012",
"6 de novembro seguinte",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"28 de outubro de 2012",
"6 de novembro seguinte",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"20 de",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"20 de",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"novembro de 2011",
"26 de agosto de 2010",
"8 de abril de 2010",
"20 de agosto de 2009",
"26 de setembro de 2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"novembro de 2011",
"26 de agosto de 2010",
"8 de abril de 2010",
"20 de agosto de 2009",
"26 de setembro de 2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"6",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 112.116 SÃO PAULO
RELATORA
: MIN. ROSA WEBER
PACTE.(S)
:ZWINGLIO SORZAN GONÇALVES FEIJÓ
IMPTE.(S)
:ZWINGLIO SORZAN GONÇALVES FEIJÓ
PROC.(A/S)(ES)
:DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
COATOR(A/S)(ES)
:SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
E M E N T A
HABEAS CORPUS. PENAL. SUBSTITUTIVO DO RECURSO
CONSTITUCIONAL. INADEQUAÇÃO DA VIA ELEITA. CRIME DE
ROUBO. CAUSAS DE AUMENTO DA PENA. EXASPERAÇÃO DA
PENA ACIMA DO PATAMAR MÁXIMO. IMPOSSIBILIDADE.
CONCESSÃO DA ORDEM DE OFÍCIO.
1. O habeas corpus tem uma rica história, constituindo garantia
fundamental do cidadão. Ação constitucional que é, não pode ser o writ
amesquinhado, mas também não é passível de vulgarização, sob pena de
restar descaracterizado como remédio heroico. Contra a denegação de
habeas corpus por Tribunal Superior prevê a Constituição Federal remédio
jurídico expresso, o recurso ordinário. Diante da dicção do art. 102, II, a,
da Constituição da República, a impetração de novo habeas corpus em
caráter substitutivo escamoteia o instituto recursal próprio, em manifesta
burla do preceito constitucional. Precedente da Primeira Turma desta
Suprema Corte.
2. Cabe às instâncias inferiores decidir sobre a fração pertinente de
aumento da pena decorrente das qualificadoras do § 2º do art. 157 do
Código Penal, não se mostrando hábil o habeas corpus para revisão, salvo
se presente manifesta ilegalidade ou arbitrariedade. Configura flagrante
ilegalidade a exasperação da pena, pela presença de causas de aumento
relativas ao crime de roubo, em 3/5, patamar superior ao máximo previsto
em lei (art. 157, § 2º, do Código Penal). A concorrência de mais de uma
qualificadora não autoriza que seja ultrapassado o limite legal.
4. Habeas corpus extinto sem resolução do mérito pela inadequação
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3081112.
Supremo Tribunal Federal
DJe 17/12/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 17
Ementa e Acórdão
HC 112.116 / SP
da via eleita, mas com concessão de ofício para limitar a exasperação da
pena cominada ao crime de roubo ao patamar máximo, acréscimo de
metade, estabelecido pelo § 2º do art. 157 do Código Penal. Ordem
estendida de ofício aos demais condenados.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os
Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Primeira Turma, sob a
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de
julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em
julgar extinta a ordem de habeas corpus por inadequação da via
processual, mas concedê-la, de ofício, com extensão, nos termos do voto
da relatora.
Brasília, 6 de novembro de 2012.
Ministra Rosa Weber
Relatora
2
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
HC 112.116 / SP
da via eleita, mas com concessão de ofício para limitar a exasperação da
pena cominada ao crime de roubo ao patamar máximo, acréscimo de
metade, estabelecido pelo § 2º do art. 157 do Código Penal. Ordem
estendida de ofício aos demais condenados.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os
Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Primeira Turma, sob a
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de
julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em
julgar extinta a ordem de habeas corpus por inadequação da via
processual, mas concedê-la, de ofício, com extensão, nos termos do voto
da relatora.
Brasília, 6 de novembro de 2012.
Ministra Rosa Weber
Relatora
2
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Relatório
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 112.116 SÃO PAULO
RELATORA
: MIN. ROSA WEBER
PACTE.(S)
:ZWINGLIO SORZAN GONÇALVES FEIJÓ
IMPTE.(S)
:ZWINGLIO SORZAN GONÇALVES FEIJÓ
PROC.(A/S)(ES)
:DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
COATOR(A/S)(ES)
:SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
RELATÓRIO
A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Trata-se de habeas
corpus impetrado em causa própria por Zwinglio Sorzan Gonçalves Feijó,
contra acórdão do Superior Tribunal de Justiça, que denegou a ordem no
HC 209.072/SP.
Consta dos autos que o paciente foi denunciado por ter, em concurso
de pessoas, subtraído da residência de Luís Roberto Scarabelli, Ilcemir
Scarabelli e Alexandre Barbosa, mediante grave ameaça com o emprego
de arma de fogo, violência e restrição da liberdade das vítimas, diversos
bens que guarneciam a casa, R$ 300,00 (trezentos reais) em espécie e,
ainda, um veículo Nissan Frontier, placa CYU 9005.
Em razão desses fatos, o paciente foi condenado pelo Juízo da
Comarca de Regente Feijó/SP às penas de 06 (seis) anos, 04 (quatro) meses
e 24 (vinte e quatro) dias de reclusão, no regime inicial semiaberto, e de
16 (dezesseis) dias-multa, pela prática do crime previsto no artigo 157, §
2º, incisos I, II e V, do Código Penal.
Irresignada, a Defesa interpôs apelação, julgada improcedente pelo
Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, que manteve a sentença
condenatória.
Contra tal decisão, o paciente impetrou o HC 209.072/SP ao Superior
Tribunal de Justiça, que inadmitiu o writ, nos termos da seguinte ementa:
“PENAL. HABEAS CORPUS. ROUBO MAJORADO.
DOSIMETRIA. EXCLUSÃO DAS CAUSAS DE AUMENTO DA
PENA. VIA ELEITA INADEQUADA. REVOLVIMENTO DO
Supremo Tribunal Federal
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06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 112.116 SÃO PAULO
RELATORA
: MIN. ROSA WEBER
PACTE.(S)
:ZWINGLIO SORZAN GONÇALVES FEIJÓ
IMPTE.(S)
:ZWINGLIO SORZAN GONÇALVES FEIJÓ
PROC.(A/S)(ES)
:DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
COATOR(A/S)(ES)
:SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
RELATÓRIO
A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Trata-se de habeas
corpus impetrado em causa própria por Zwinglio Sorzan Gonçalves Feijó,
contra acórdão do Superior Tribunal de Justiça, que denegou a ordem no
HC 209.072/SP.
Consta dos autos que o paciente foi denunciado por ter, em concurso
de pessoas, subtraído da residência de Luís Roberto Scarabelli, Ilcemir
Scarabelli e Alexandre Barbosa, mediante grave ameaça com o emprego
de arma de fogo, violência e restrição da liberdade das vítimas, diversos
bens que guarneciam a casa, R$ 300,00 (trezentos reais) em espécie e,
ainda, um veículo Nissan Frontier, placa CYU 9005.
Em razão desses fatos, o paciente foi condenado pelo Juízo da
Comarca de Regente Feijó/SP às penas de 06 (seis) anos, 04 (quatro) meses
e 24 (vinte e quatro) dias de reclusão, no regime inicial semiaberto, e de
16 (dezesseis) dias-multa, pela prática do crime previsto no artigo 157, §
2º, incisos I, II e V, do Código Penal.
Irresignada, a Defesa interpôs apelação, julgada improcedente pelo
Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, que manteve a sentença
condenatória.
Contra tal decisão, o paciente impetrou o HC 209.072/SP ao Superior
Tribunal de Justiça, que inadmitiu o writ, nos termos da seguinte ementa:
“PENAL. HABEAS CORPUS. ROUBO MAJORADO.
DOSIMETRIA. EXCLUSÃO DAS CAUSAS DE AUMENTO DA
PENA. VIA ELEITA INADEQUADA. REVOLVIMENTO DO
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Relatório
HC 112.116 / SP
ACERVO PROBATÓRIO. WRIT NÃO CONHECIDO.
I. Na via estreita do habeas corpus, marcado por cognição
sumária e rito célere, não é possível extirpar as causas de
aumento de pena previstas no § 2º, do artigo 157, do Código
Penal, sem reexaminar todo o acervo probatório. Precedente.
II. Writ não conhecido”.
No presente
habeas corpus, alega o Impetrante falta de
fundamentação da sentença quanto à exasperação da pena no patamar de
3/5, com fundamento no número de causas de aumento de pena presentes
no caso, sem apontar circunstância concreta a justificar o acréscimo
expressivo.
Requer a concessão da ordem para seja revista a dosimetria da pena
em seu benefício.
Indeferi a liminar em 22.02.2012.
Devidamente intimada, a Defensoria Pública da União
manifestou interesse em assumir o patrocínio da defesa do paciente,
nos termos da Petição STF 18.801/2012.
O
Ministério Público Federal, em parecer da lavra do
Subprocurador-Geral da República Edson Oliveira de Almeida, opinou
pela extinção do processo.
É o relatório.
2
Supremo Tribunal Federal
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HC 112.116 / SP
ACERVO PROBATÓRIO. WRIT NÃO CONHECIDO.
I. Na via estreita do habeas corpus, marcado por cognição
sumária e rito célere, não é possível extirpar as causas de
aumento de pena previstas no § 2º, do artigo 157, do Código
Penal, sem reexaminar todo o acervo probatório. Precedente.
II. Writ não conhecido”.
No presente
habeas corpus, alega o Impetrante falta de
fundamentação da sentença quanto à exasperação da pena no patamar de
3/5, com fundamento no número de causas de aumento de pena presentes
no caso, sem apontar circunstância concreta a justificar o acréscimo
expressivo.
Requer a concessão da ordem para seja revista a dosimetria da pena
em seu benefício.
Indeferi a liminar em 22.02.2012.
Devidamente intimada, a Defensoria Pública da União
manifestou interesse em assumir o patrocínio da defesa do paciente,
nos termos da Petição STF 18.801/2012.
O
Ministério Público Federal, em parecer da lavra do
Subprocurador-Geral da República Edson Oliveira de Almeida, opinou
pela extinção do processo.
É o relatório.
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Voto - MIN. ROSA WEBER
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 112.116 SÃO PAULO
VOTO
I.
A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): O presente habeas
corpus foi impetrado contra acórdão denegatório do HC 209.072/SP
proferido pelo Superior Tribunal de Justiça.
Contra a denegação de habeas corpus por Tribunal Superior prevê a
Constituição da República remédio jurídico expresso, o recurso ordinário
(art. 102, II, a). Diante da dicção constitucional não cabe, em decorrência,
a utilização de novo habeas corpus, em caráter substitutivo.
Esta Primeira Turma assentou tal entendimento, em 08.8.2012, ao
julgar o HC 109.956 (Rel. Min. Marco Aurélio, por maioria, acórdão ainda
não publicado), tendo a discussão se iniciado no HC 108.715, cujo
julgamento ainda não foi finalizado.
Ora, o habeas corpus constitui garantia fundamental prevista na
Constituição da República para a tutela da liberdade de locomoção - ir,
vir e permanecer -, contra prisão ou ameaça de prisão ilegal ou abusiva
(art. 5.º, LXVIII).
Sua origem perde-se no tempo. Na Inglaterra, o seu berço histórico,
afirma-se que é mais antigo que a própria Magna Carta de 1215 (LEVY,
Leonard W. Origins of the Bill of Rights . New Haven and London: Yale
University Press, p. 44).
Originariamente, era utilizado pelos Tribunais para determinar a
apresentação de alguém, um prisioneiro, à Corte, para literalmente "ter o
corpo" em Juízo, e não constituía um instrumento destinado
necessariamente à salvaguarda da liberdade. Ilustrativamente, em 1554, a
Queen's Bench utilizou dois habeas corpus para trazer a julgamento
diversas pessoas envolvidas em rebelião, sendo identificadas nos writs
notas de que os rebeldes deveriam ser enforcados (HALLIDAY, Paul D.
Habeas Corpus: From England to Empire . Cambridge: Harvard University
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 112.116 SÃO PAULO
VOTO
I.
A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): O presente habeas
corpus foi impetrado contra acórdão denegatório do HC 209.072/SP
proferido pelo Superior Tribunal de Justiça.
Contra a denegação de habeas corpus por Tribunal Superior prevê a
Constituição da República remédio jurídico expresso, o recurso ordinário
(art. 102, II, a). Diante da dicção constitucional não cabe, em decorrência,
a utilização de novo habeas corpus, em caráter substitutivo.
Esta Primeira Turma assentou tal entendimento, em 08.8.2012, ao
julgar o HC 109.956 (Rel. Min. Marco Aurélio, por maioria, acórdão ainda
não publicado), tendo a discussão se iniciado no HC 108.715, cujo
julgamento ainda não foi finalizado.
Ora, o habeas corpus constitui garantia fundamental prevista na
Constituição da República para a tutela da liberdade de locomoção - ir,
vir e permanecer -, contra prisão ou ameaça de prisão ilegal ou abusiva
(art. 5.º, LXVIII).
Sua origem perde-se no tempo. Na Inglaterra, o seu berço histórico,
afirma-se que é mais antigo que a própria Magna Carta de 1215 (LEVY,
Leonard W. Origins of the Bill of Rights . New Haven and London: Yale
University Press, p. 44).
Originariamente, era utilizado pelos Tribunais para determinar a
apresentação de alguém, um prisioneiro, à Corte, para literalmente "ter o
corpo" em Juízo, e não constituía um instrumento destinado
necessariamente à salvaguarda da liberdade. Ilustrativamente, em 1554, a
Queen's Bench utilizou dois habeas corpus para trazer a julgamento
diversas pessoas envolvidas em rebelião, sendo identificadas nos writs
notas de que os rebeldes deveriam ser enforcados (HALLIDAY, Paul D.
Habeas Corpus: From England to Empire . Cambridge: Harvard University
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Voto - MIN. ROSA WEBER
HC 112.116 / SP
Press, 2010, p. 29).
Com o tempo, porém, as Cortes inglesas, especialmente a King's
Bench , começaram a utilizar o habeas corpus para avaliar a causa da prisão,
liberando o preso quando reputavam a medida ilegal ou abusiva.
Foi o habeas corpus o veículo para a afirmação progressiva das
liberdades públicas inglesas, uma vez utilizado como instrumento contra
prisões decorrentes de perseguições religiosas e políticas.
Entre o rico histórico de casos, destaco apenas dois para não ser
cansativa. James Somerset obteve, por meio de habeas corpus impetrado
em 1771, a libertação pela King's Bench da condição de escravo por haver
sido deportado da Inglaterra pelo seu proprietário sem seu
consentimento (HALLIDAY, Paul D. op.cit ., p. 174-175). No Buschel's
Case , de 1670, o habeas corpus foi concedido pela Court of Common Pleas
para libertar jurados presos por ordem do Juiz Presidente do Júri fundada
na compreensão deste de que eles haviam proferido um veredicto
contrário à prova dos autos. O Buschel's Case confunde-se com o próprio
nascimento do princípio da soberania dos veredictos (HALLIDAY, Paul
D. op.cit. , p. 235-236, e LEVY, Leonard W. op.cit ., p. 52-53).
Embora o habeas corpus constitua remédio criado pela common law , o
seu prestígio ensejou-lhe posterior consagração legislativa, especialmente,
no âmbito inglês, com o Habeas Corpus Act , de 1679, e, no âmbito norte-
americano, com o artigo I, seção 9, da Constituição norte-americana de
1787, ainda antes da adoção das dez primeiras emendas de 1791.
Interessante nesse breve relato é que, a despeito da importância
histórica do instituto, confundido com a própria essência da liberdade,
não foi e não é o habeas corpus utilizado, no Direito anglo-saxão, senão
diretamente contra uma prisão, decretada em processo criminal ou não
(v.g. KAMISAR, Yale e outros. Modern Criminal Procedures: Cases,
Comments, Questions. 10. ed. St. Paul: West Group, 2002, p. 1.585-628;
TRECHSEL, Stefan. Human Rights in Criminal Proceedings . Oxford
University Press, 2005, p. 462-495; GUIMARÃES, Isaac Sabbá. Habeas
Corpus: críticas e perspectivas . 3. ed. Curitiba, Juruá, 2009, p. 165-81).
Jamais se cogitou de sua utilização como um substitutivo de recurso no
2
Supremo Tribunal Federal
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HC 112.116 / SP
Press, 2010, p. 29).
Com o tempo, porém, as Cortes inglesas, especialmente a King's
Bench , começaram a utilizar o habeas corpus para avaliar a causa da prisão,
liberando o preso quando reputavam a medida ilegal ou abusiva.
Foi o habeas corpus o veículo para a afirmação progressiva das
liberdades públicas inglesas, uma vez utilizado como instrumento contra
prisões decorrentes de perseguições religiosas e políticas.
Entre o rico histórico de casos, destaco apenas dois para não ser
cansativa. James Somerset obteve, por meio de habeas corpus impetrado
em 1771, a libertação pela King's Bench da condição de escravo por haver
sido deportado da Inglaterra pelo seu proprietário sem seu
consentimento (HALLIDAY, Paul D. op.cit ., p. 174-175). No Buschel's
Case , de 1670, o habeas corpus foi concedido pela Court of Common Pleas
para libertar jurados presos por ordem do Juiz Presidente do Júri fundada
na compreensão deste de que eles haviam proferido um veredicto
contrário à prova dos autos. O Buschel's Case confunde-se com o próprio
nascimento do princípio da soberania dos veredictos (HALLIDAY, Paul
D. op.cit. , p. 235-236, e LEVY, Leonard W. op.cit ., p. 52-53).
Embora o habeas corpus constitua remédio criado pela common law , o
seu prestígio ensejou-lhe posterior consagração legislativa, especialmente,
no âmbito inglês, com o Habeas Corpus Act , de 1679, e, no âmbito norte-
americano, com o artigo I, seção 9, da Constituição norte-americana de
1787, ainda antes da adoção das dez primeiras emendas de 1791.
Interessante nesse breve relato é que, a despeito da importância
histórica do instituto, confundido com a própria essência da liberdade,
não foi e não é o habeas corpus utilizado, no Direito anglo-saxão, senão
diretamente contra uma prisão, decretada em processo criminal ou não
(v.g. KAMISAR, Yale e outros. Modern Criminal Procedures: Cases,
Comments, Questions. 10. ed. St. Paul: West Group, 2002, p. 1.585-628;
TRECHSEL, Stefan. Human Rights in Criminal Proceedings . Oxford
University Press, 2005, p. 462-495; GUIMARÃES, Isaac Sabbá. Habeas
Corpus: críticas e perspectivas . 3. ed. Curitiba, Juruá, 2009, p. 165-81).
Jamais se cogitou de sua utilização como um substitutivo de recurso no
2
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 17
Voto - MIN. ROSA WEBER
HC 112.116 / SP
processo penal.
Também em Portugal, onde o habeas corpus foi adotado apenas no
século XX (Decreto-lei nº 35.043, de 20.10.1945), constitui ação destinada
apenas à impugnação de uma prisão. Como já decidiu o Superior
Tribunal de Justiça português, "a providência de habeas corpus destina-se tão-
só a controlar a legalidade da prisão no momento em que se decide, tendo como
finalidade verificar a legalidade das prisões a que os cidadãos estão sujeitos, nela
não se incluindo a verificação de qualquer ilegalidade que possa ter sido cometida
no processo, seja criminal ou disciplinar, nem qualquer medida contra os
responsáveis por tais ilegalidades" (Acórdão de 26.04.1989, processo 10/89,
BMJ 386, p. 422 - apud GUIMARÃES, Isaac Sabbá. op.cit. , p. 228-229).
No Brasil, o habeas corpus tem igualmente rica história, contada em
diversas obras, entre as quais a famosa de Pontes de Miranda ( História e
prática do habeas corpus , primeira edição de 1916).
É certo que, no período colonial, não eram totalmente inexistentes
remédios jurídicos para a proteção da liberdade, entre eles as assim
denominadas "cartas de seguro" (por todos, STRAUS, Flávio Augusto
Saraiva. A tutela da liberdade pessoal antes da instituição formal do
habeas corpus no Brasil. In : PIOVESAN, Flávia e GARCIA, Maria (org.)
Doutrinas essenciais: Direitos Humanos: Instrumentos e garantias de proteção .
São Paulo: RT, 2011, v. 5, p. 799-51), mas somente com o habeas corpus a
liberdade passou a ser assegurada por um remédio pronto, fácil e efetivo.
Devido ao prestígio das instituições inglesas, o writ foi adotado,
entre nós ainda no período imperial. O Código Criminal de 1830 a ele já
faz referência nos arts. 183 a 188. Seu regramento,contudo, veio com o
Código de Processo Criminal de 1832 ( "art. 340. Todo o cidadão que
entender, que elle ou outrem soffre uma prisão ou constrangimento illegal, em
sua liberdade, tem direito de pedir uma ordem de - Habeas-Corpus - em seu
favor" ). Ainda no Império ampliou-se o cabimento do habeas corpus, que
passou a ser admitido, com a promulgação da Lei nº 2.033, de 1871,
também contra a ameaça de prisão ( art. 18, §1º: Tem lugar o pedido e
concessão da ordem de habeas-corpus ainda quando o impetrante não tenha
chegado a soffrer o constrangimento corporal, mas se veja delle ameaçado" ).
3
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Supremo Tribunal Federal
HC 112.116 / SP
processo penal.
Também em Portugal, onde o habeas corpus foi adotado apenas no
século XX (Decreto-lei nº 35.043, de 20.10.1945), constitui ação destinada
apenas à impugnação de uma prisão. Como já decidiu o Superior
Tribunal de Justiça português, "a providência de habeas corpus destina-se tão-
só a controlar a legalidade da prisão no momento em que se decide, tendo como
finalidade verificar a legalidade das prisões a que os cidadãos estão sujeitos, nela
não se incluindo a verificação de qualquer ilegalidade que possa ter sido cometida
no processo, seja criminal ou disciplinar, nem qualquer medida contra os
responsáveis por tais ilegalidades" (Acórdão de 26.04.1989, processo 10/89,
BMJ 386, p. 422 - apud GUIMARÃES, Isaac Sabbá. op.cit. , p. 228-229).
No Brasil, o habeas corpus tem igualmente rica história, contada em
diversas obras, entre as quais a famosa de Pontes de Miranda ( História e
prática do habeas corpus , primeira edição de 1916).
É certo que, no período colonial, não eram totalmente inexistentes
remédios jurídicos para a proteção da liberdade, entre eles as assim
denominadas "cartas de seguro" (por todos, STRAUS, Flávio Augusto
Saraiva. A tutela da liberdade pessoal antes da instituição formal do
habeas corpus no Brasil. In : PIOVESAN, Flávia e GARCIA, Maria (org.)
Doutrinas essenciais: Direitos Humanos: Instrumentos e garantias de proteção .
São Paulo: RT, 2011, v. 5, p. 799-51), mas somente com o habeas corpus a
liberdade passou a ser assegurada por um remédio pronto, fácil e efetivo.
Devido ao prestígio das instituições inglesas, o writ foi adotado,
entre nós ainda no período imperial. O Código Criminal de 1830 a ele já
faz referência nos arts. 183 a 188. Seu regramento,contudo, veio com o
Código de Processo Criminal de 1832 ( "art. 340. Todo o cidadão que
entender, que elle ou outrem soffre uma prisão ou constrangimento illegal, em
sua liberdade, tem direito de pedir uma ordem de - Habeas-Corpus - em seu
favor" ). Ainda no Império ampliou-se o cabimento do habeas corpus, que
passou a ser admitido, com a promulgação da Lei nº 2.033, de 1871,
também contra a ameaça de prisão ( art. 18, §1º: Tem lugar o pedido e
concessão da ordem de habeas-corpus ainda quando o impetrante não tenha
chegado a soffrer o constrangimento corporal, mas se veja delle ameaçado" ).
3
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Voto - MIN. ROSA WEBER
HC 112.116 / SP
Já na primeira Constituição Republicana, de 1891, o habeas corpus foi
constitucionalizado. E o silêncio do art. 72, §22 quanto ao objetivo de
tutela apenas da liberdade de locomoção propiciou o desenvolvimento da
"Doutrina brasileira do habeas corpus", que levou o writ , na ausência de
outras ações constitucionais, a ser utilizado para a salvaguarda de outras
liberdades que não a de locomoção, caso, v.g., do Habeas Corpus 3.536, em
que concedida ordem, em 05.6.1914, por este Supremo Tribunal Federal,
para garantir o direito do então Senador Ruy Barbosa a publicar os seus
discursos proferidos no Senado, pela imprensa, onde, como e quando lhe convier .
A memorável construção - a maior criação jurisprudencial brasileira ,
nos dizeres da historiadora Leda Boechat Rodrigues ( História do Supremo
Tribunal Federal: 1910-1926: doutrina brasileira do habeas corpus . 2. ed. Rio de
Janeiro: Civilização brasileira, 1991, vol. 3, p. 17)-, chegou, contudo, ao
fim em 1926, com a reforma constitucional promovida pelo Presidente
Artur Bernardes, que, mediante alteração do mencionado art. 72 da
Constituição de 1891, limitou o emprego do habeas corpus à tutela da
liberdade de locomoção.
Desde então o habeas foi contemplado em todas as Constituições
republicanas, de 1934, 1937, 1946, 1967, 1969 e 1988, para a tetela da
liberdade de locomoção contra violência ou coação ilegal ou abusiva.
Todo esse rico histórico evidencia o caráter nobre da ação
constitucional do habeas corpus, garantia fundamental que, se não pode
ser amesquinhada, também não é passível de vulgarização. No dizer de
Pontes de Miranda, "onde não há remédio do rito do habeas corpus, não há, não
pode haver garantia segura da liberdade física" ( História e prática do Habeas
Corpus . 3. ed. Campinas: Bookseller, 2007, vol. I, p. 160-161).
Assim, é o habeas corpus uma garantia da liberdade de locomoção ir,
vir e permanecer -, contra violência ou coação, pressupondo, portanto,
uma prisão, uma ameaça de prisão ou pelo menos alguma espécie de
constrangimento físico ou moral à liberdade física.
Nos últimos anos, todavia, tem se verificado um desvirtuamento da
garantia constitucional. Ilustrativamente, notícia divulgada no site do
Superior Tribunal de Justiça em 29.5.2011 ( "Número de habeas corpus dobra
4
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HC 112.116 / SP
Já na primeira Constituição Republicana, de 1891, o habeas corpus foi
constitucionalizado. E o silêncio do art. 72, §22 quanto ao objetivo de
tutela apenas da liberdade de locomoção propiciou o desenvolvimento da
"Doutrina brasileira do habeas corpus", que levou o writ , na ausência de
outras ações constitucionais, a ser utilizado para a salvaguarda de outras
liberdades que não a de locomoção, caso, v.g., do Habeas Corpus 3.536, em
que concedida ordem, em 05.6.1914, por este Supremo Tribunal Federal,
para garantir o direito do então Senador Ruy Barbosa a publicar os seus
discursos proferidos no Senado, pela imprensa, onde, como e quando lhe convier .
A memorável construção - a maior criação jurisprudencial brasileira ,
nos dizeres da historiadora Leda Boechat Rodrigues ( História do Supremo
Tribunal Federal: 1910-1926: doutrina brasileira do habeas corpus . 2. ed. Rio de
Janeiro: Civilização brasileira, 1991, vol. 3, p. 17)-, chegou, contudo, ao
fim em 1926, com a reforma constitucional promovida pelo Presidente
Artur Bernardes, que, mediante alteração do mencionado art. 72 da
Constituição de 1891, limitou o emprego do habeas corpus à tutela da
liberdade de locomoção.
Desde então o habeas foi contemplado em todas as Constituições
republicanas, de 1934, 1937, 1946, 1967, 1969 e 1988, para a tetela da
liberdade de locomoção contra violência ou coação ilegal ou abusiva.
Todo esse rico histórico evidencia o caráter nobre da ação
constitucional do habeas corpus, garantia fundamental que, se não pode
ser amesquinhada, também não é passível de vulgarização. No dizer de
Pontes de Miranda, "onde não há remédio do rito do habeas corpus, não há, não
pode haver garantia segura da liberdade física" ( História e prática do Habeas
Corpus . 3. ed. Campinas: Bookseller, 2007, vol. I, p. 160-161).
Assim, é o habeas corpus uma garantia da liberdade de locomoção ir,
vir e permanecer -, contra violência ou coação, pressupondo, portanto,
uma prisão, uma ameaça de prisão ou pelo menos alguma espécie de
constrangimento físico ou moral à liberdade física.
Nos últimos anos, todavia, tem se verificado um desvirtuamento da
garantia constitucional. Ilustrativamente, notícia divulgada no site do
Superior Tribunal de Justiça em 29.5.2011 ( "Número de habeas corpus dobra
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Voto - MIN. ROSA WEBER
HC 112.116 / SP
em três anos e preocupa Ministros" ) revela atingida naquela data a marca de
duzentos mil habeas corpus impetrados perante aquela Corte. E, segundo
os dados estatísticos disponibilizados, naquele ano nela foram
distribuídos 36.125 habeas corpus, número quase equivalente ao total de
processos distribuídos perante este Supremo Tribunal Federal no mesmo
ano (de 38.109).
Tais números só foram possíveis em virtude da prodigalização e da
vulgarização do habeas corpus .
Embora restrito seu cabimento, segundo a Constituição, a casos de
prisão ou ameaça de prisão, passou-se a admiti-lo como substitutivo de
recursos no processo penal, por vezes até mesmo sem qualquer prisão
vigente ou sem ameaça senão remota de prisão.
A pauta, aliás, desta Primeira Turma, com mais de uma centena de
habeas corpus sobre os mais variados temas, poucos relacionados à
impugnação da prisão ou efetiva ameaça de, é ilustrativa do
desvirtuamento do habeas corpus, que também tornou sem sentido o
princípio da exaustividade dos recursos no processo legal. De nada
adianta a lei prever um número limitado de recursos contra decisões
finais ou contra decisões interlocutórias se a jurisprudência entender, à
falta de previsão do recurso, manejável o habeas corpus. A par de notório
que a possibilidade de recorrer contra toda e qualquer decisão
interlocutória é fatal para a duração razoável do processo também
assegurada constitucionalmente, há verdadeira avalanche de habeas
corpus
a submeterem a mesma questão, sucessiva e até
concomitantemente, a diferentes tribunais.
O efeito é ainda mais grave nos Tribunais Superiores, diante das
funções precípuas do Superior Tribunal de Justiça - a última palavra na
interpretação da lei federal e desta Suprema Corte - a guarda da
Constituição.
A preservação da racionalidade do sistema processual e recursal,
bem como a necessidade de assegurar a razoável duração do processo
comandada no art. 5º, LXXVIII, da Carta Magna aconselham seja
retomada a função constitucional do habeas corpus, inadmitido o seu uso
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HC 112.116 / SP
em três anos e preocupa Ministros" ) revela atingida naquela data a marca de
duzentos mil habeas corpus impetrados perante aquela Corte. E, segundo
os dados estatísticos disponibilizados, naquele ano nela foram
distribuídos 36.125 habeas corpus, número quase equivalente ao total de
processos distribuídos perante este Supremo Tribunal Federal no mesmo
ano (de 38.109).
Tais números só foram possíveis em virtude da prodigalização e da
vulgarização do habeas corpus .
Embora restrito seu cabimento, segundo a Constituição, a casos de
prisão ou ameaça de prisão, passou-se a admiti-lo como substitutivo de
recursos no processo penal, por vezes até mesmo sem qualquer prisão
vigente ou sem ameaça senão remota de prisão.
A pauta, aliás, desta Primeira Turma, com mais de uma centena de
habeas corpus sobre os mais variados temas, poucos relacionados à
impugnação da prisão ou efetiva ameaça de, é ilustrativa do
desvirtuamento do habeas corpus, que também tornou sem sentido o
princípio da exaustividade dos recursos no processo legal. De nada
adianta a lei prever um número limitado de recursos contra decisões
finais ou contra decisões interlocutórias se a jurisprudência entender, à
falta de previsão do recurso, manejável o habeas corpus. A par de notório
que a possibilidade de recorrer contra toda e qualquer decisão
interlocutória é fatal para a duração razoável do processo também
assegurada constitucionalmente, há verdadeira avalanche de habeas
corpus
a submeterem a mesma questão, sucessiva e até
concomitantemente, a diferentes tribunais.
O efeito é ainda mais grave nos Tribunais Superiores, diante das
funções precípuas do Superior Tribunal de Justiça - a última palavra na
interpretação da lei federal e desta Suprema Corte - a guarda da
Constituição.
A preservação da racionalidade do sistema processual e recursal,
bem como a necessidade de assegurar a razoável duração do processo
comandada no art. 5º, LXXVIII, da Carta Magna aconselham seja
retomada a função constitucional do habeas corpus, inadmitido o seu uso
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HC 112.116 / SP
como substitutivo de recurso no processo penal.
No caso do recurso ordinário contra a denegação do writ por
Tribunal Superior, o emprego do habeas corpus em substituição é ainda
mais grave, considerada a expressa previsão do recurso no texto
constitucional (art. 102, II, a, da Constituição Federal).
Admitir o habeas corpus como substitutivo do recurso, diante da
expressa previsão constitucional, representa burla indireta ao instituto
próprio, cujo manejo está à disposição do sucumbente, observados os
requisitos pertinentes.
Em síntese, o habeas corpus é garantia fundamental que não pode ser
vulgarizada, sob pena de sua descaracterização como remédio heroico, e
seu emprego não pode servir a escamotear o instituto recursal previsto no
texto da Constituição.
Como foi o que ocorreu no presente caso, voto por afirmar a
inadequação do habeas corpus e por sua consequente extinção sem
julgamento do mérito.
II.
Como a não admissão do habeas corpus como substitutivo do recurso
ordinário constitucional representa guinada da jurisprudência desta
Corte, entendo que se impõe, quanto aos habeas corpus já impetrados, o
exame da questão de fundo, uma vez, em tese, possível a concessão de
habeas corpus de ofício diante de flagrante ilegalidade ou arbitrariedade.
Em síntese, busca o Impetrante a revisão da dosimetria da pena ora
fixada, notadamente quanto à majoração de 3/5 em decorrência das causa
de aumento de pena.
Conforme relatado, o paciente foi condenado às penas de 06 (seis)
anos, 04 (quatro) meses e 24 (vinte e quatro) dias de reclusão, no regime
inicial semiaberto, e de 16 (dezesseis) dias-multa, pela prática do crime
tipificado no art. 157, § 2º, incisos I, II e VI, do Código Penal. A
condenação foi integralmente mantida pelo Tribunal de Apelação, o que
deu ensejo à impetração de habeas corpus inadmitido no Superior Tribunal
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HC 112.116 / SP
como substitutivo de recurso no processo penal.
No caso do recurso ordinário contra a denegação do writ por
Tribunal Superior, o emprego do habeas corpus em substituição é ainda
mais grave, considerada a expressa previsão do recurso no texto
constitucional (art. 102, II, a, da Constituição Federal).
Admitir o habeas corpus como substitutivo do recurso, diante da
expressa previsão constitucional, representa burla indireta ao instituto
próprio, cujo manejo está à disposição do sucumbente, observados os
requisitos pertinentes.
Em síntese, o habeas corpus é garantia fundamental que não pode ser
vulgarizada, sob pena de sua descaracterização como remédio heroico, e
seu emprego não pode servir a escamotear o instituto recursal previsto no
texto da Constituição.
Como foi o que ocorreu no presente caso, voto por afirmar a
inadequação do habeas corpus e por sua consequente extinção sem
julgamento do mérito.
II.
Como a não admissão do habeas corpus como substitutivo do recurso
ordinário constitucional representa guinada da jurisprudência desta
Corte, entendo que se impõe, quanto aos habeas corpus já impetrados, o
exame da questão de fundo, uma vez, em tese, possível a concessão de
habeas corpus de ofício diante de flagrante ilegalidade ou arbitrariedade.
Em síntese, busca o Impetrante a revisão da dosimetria da pena ora
fixada, notadamente quanto à majoração de 3/5 em decorrência das causa
de aumento de pena.
Conforme relatado, o paciente foi condenado às penas de 06 (seis)
anos, 04 (quatro) meses e 24 (vinte e quatro) dias de reclusão, no regime
inicial semiaberto, e de 16 (dezesseis) dias-multa, pela prática do crime
tipificado no art. 157, § 2º, incisos I, II e VI, do Código Penal. A
condenação foi integralmente mantida pelo Tribunal de Apelação, o que
deu ensejo à impetração de habeas corpus inadmitido no Superior Tribunal
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Voto - MIN. ROSA WEBER
HC 112.116 / SP
de Justiça.
Ao proferir a sentença condenatória, o magistrado reconheceu
configuradas as causas de aumento de pena do crime de roubo
relacionadas ao concurso de pessoas, ao emprego de arma de fogo e à
restrição da liberdade das vítimas, previstas nos incisos I, II e V do § 2º do
art. 157 do Código Penal, e realizou a dosimetria da pena aos seguintes
fundamentos:
“RÉU ZWINGLIO SORZAN GONÇALVES FEIJÓ
Na primeira fase da dosimetria penal, passo a analisar as
circunstâncias judiciais do artigo 59 do Código Penal:
culpabilidade (dolo inerente ao tipo, sem considerações que
possam aumentar significativamente a repovabilidade da
conduta); antecedentes (o acusado é tecnicamente primário);
conduta social (nada a considerar); personalidade (nada a
considerar); motivos do crime (inerentes à espécie – crime
contra o patrimônio); circunstâncias do crime (inerentes ao tipo
penal); consequências do crime (inerentes à espécie);
comportamento da vítima (nada a considerar).
Assim, fixo a pena base no mínimo legal, qual seja, 04
(quatro) anos de reclusão e 10 (dez) dias multa.
Na segunda fase de aplicação de pena, não há atenuantes
e agravantes a serem consideradas.
Na terceira fase da dosimetria penal, malgrado a ausência
de causas de diminuição, observo a presença de três causas de
aumento de pena descritas na parte especial do Código Penal,
ou seja, no artigo 157, § 2º, incisos I, II e V, do Código Penal,
motivo pelo qual majoro a pena do acusado de 3/5, totalizando
06 (seis) anos, 04 (quatro) meses e 24 (vinte e quatro) dias de
reclusão e 16 (dezesseis) dias-multa.
Baseado no critério da situação econômica do réu, arbitro
cada dia multa no valor de 1/30 (um trigésimo) do salário
mínimo vigente à data dos fatos.
Fixo o regime semi-aberto para o início de cumprimento
de pena, nos termos do artigo 33, § 2º, alínea ‘b’, do Código
Penal”.
7
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de Justiça.
Ao proferir a sentença condenatória, o magistrado reconheceu
configuradas as causas de aumento de pena do crime de roubo
relacionadas ao concurso de pessoas, ao emprego de arma de fogo e à
restrição da liberdade das vítimas, previstas nos incisos I, II e V do § 2º do
art. 157 do Código Penal, e realizou a dosimetria da pena aos seguintes
fundamentos:
“RÉU ZWINGLIO SORZAN GONÇALVES FEIJÓ
Na primeira fase da dosimetria penal, passo a analisar as
circunstâncias judiciais do artigo 59 do Código Penal:
culpabilidade (dolo inerente ao tipo, sem considerações que
possam aumentar significativamente a repovabilidade da
conduta); antecedentes (o acusado é tecnicamente primário);
conduta social (nada a considerar); personalidade (nada a
considerar); motivos do crime (inerentes à espécie – crime
contra o patrimônio); circunstâncias do crime (inerentes ao tipo
penal); consequências do crime (inerentes à espécie);
comportamento da vítima (nada a considerar).
Assim, fixo a pena base no mínimo legal, qual seja, 04
(quatro) anos de reclusão e 10 (dez) dias multa.
Na segunda fase de aplicação de pena, não há atenuantes
e agravantes a serem consideradas.
Na terceira fase da dosimetria penal, malgrado a ausência
de causas de diminuição, observo a presença de três causas de
aumento de pena descritas na parte especial do Código Penal,
ou seja, no artigo 157, § 2º, incisos I, II e V, do Código Penal,
motivo pelo qual majoro a pena do acusado de 3/5, totalizando
06 (seis) anos, 04 (quatro) meses e 24 (vinte e quatro) dias de
reclusão e 16 (dezesseis) dias-multa.
Baseado no critério da situação econômica do réu, arbitro
cada dia multa no valor de 1/30 (um trigésimo) do salário
mínimo vigente à data dos fatos.
Fixo o regime semi-aberto para o início de cumprimento
de pena, nos termos do artigo 33, § 2º, alínea ‘b’, do Código
Penal”.
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Voto - MIN. ROSA WEBER
HC 112.116 / SP
O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo manteve integralmente
a condenação e enfatizou, nos termos do voto do relator, que “as penas
todas foram aplicadas de forma criteriosa e estão bem justificadas na
sentença, não merecendo reparo algum”.
Submetida à apreciação do Superior Tribunal de Justiça a
possibilidade de afastamento das causas de aumento de pena com a
consequente redução da reprimenda, a Corte não conheceu do
inconformismo por inadequação da via eleita. Eis a ementa do julgado:
“PENAL. HABEAS CORPUS. ROUBO MAJORADO.
DOSIMETRIA. EXCLUSÃO DAS CAUSAS DE AUMENTO DA
PENA. VIA ELEITA INADEQUADA. REVOLVIMENTO DO
ACERVO PROBATÓRIO. WRIT NÃO CONHECIDO.
I. Na via estreita do habeas corpus, marcado por cognição
sumária e rito célere, não é possível extirpar as causas de
aumento de pena previstas no § 2º do artigo 157 do Código
Penal, sem reexaminar todo o acervo probatório. Precedente.
II. Writ não conhecido”.
Ora, a dosimetria da pena é matéria sujeita a certa
discricionariedade judicial. O Código Penal e as leis extravagantes não
estabelecem rígidos esquemas matemáticos ou regras absolutamente
objetivas para tanto. Cabe às instâncias ordinárias, mais próximas dos
fatos e das provas, fixar as penas. Às Cortes Superiores, no exame da
dosimetria das penas em grau recursal, compete o controle da legalidade
e da constitucionalidade dos critérios empregados, bem como a correção
de eventuais discrepâncias, se gritantes e arbitrárias, nas frações de
aumento ou diminuição adotadas pelas instâncias inferiores.
Pertinente à dosimetria da pena, encontra-se a aplicação das causas
de aumento do art. 157, incisos I, II e V, do Código Penal.
No caso, após comprovadas as causas de aumento de pena, o
magistrado exasperou a reprimenda, valendo-se, ao que tudo indica, do
critério da quantidade de causas presentes para atribuir o aumento mais
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O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo manteve integralmente
a condenação e enfatizou, nos termos do voto do relator, que “as penas
todas foram aplicadas de forma criteriosa e estão bem justificadas na
sentença, não merecendo reparo algum”.
Submetida à apreciação do Superior Tribunal de Justiça a
possibilidade de afastamento das causas de aumento de pena com a
consequente redução da reprimenda, a Corte não conheceu do
inconformismo por inadequação da via eleita. Eis a ementa do julgado:
“PENAL. HABEAS CORPUS. ROUBO MAJORADO.
DOSIMETRIA. EXCLUSÃO DAS CAUSAS DE AUMENTO DA
PENA. VIA ELEITA INADEQUADA. REVOLVIMENTO DO
ACERVO PROBATÓRIO. WRIT NÃO CONHECIDO.
I. Na via estreita do habeas corpus, marcado por cognição
sumária e rito célere, não é possível extirpar as causas de
aumento de pena previstas no § 2º do artigo 157 do Código
Penal, sem reexaminar todo o acervo probatório. Precedente.
II. Writ não conhecido”.
Ora, a dosimetria da pena é matéria sujeita a certa
discricionariedade judicial. O Código Penal e as leis extravagantes não
estabelecem rígidos esquemas matemáticos ou regras absolutamente
objetivas para tanto. Cabe às instâncias ordinárias, mais próximas dos
fatos e das provas, fixar as penas. Às Cortes Superiores, no exame da
dosimetria das penas em grau recursal, compete o controle da legalidade
e da constitucionalidade dos critérios empregados, bem como a correção
de eventuais discrepâncias, se gritantes e arbitrárias, nas frações de
aumento ou diminuição adotadas pelas instâncias inferiores.
Pertinente à dosimetria da pena, encontra-se a aplicação das causas
de aumento do art. 157, incisos I, II e V, do Código Penal.
No caso, após comprovadas as causas de aumento de pena, o
magistrado exasperou a reprimenda, valendo-se, ao que tudo indica, do
critério da quantidade de causas presentes para atribuir o aumento mais
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HC 112.116 / SP
próximo da menor ou da maior fração legal, concretizando a exasperação
na fração de 3/5.
Em que pese a discricionariedade do julgador na escolha do
aumento que lhe pareceu mais adequado à vista das provas constantes
dos autos, o aumento da pena em 3/5 superou o patamar máximo
previsto em lei.
De fato, o aumento da pena deve ser realizado com estrita
observância à variação de um terço até metade, estabelecida no art. 157, §
2º, do Código Penal, sendo certo que, independentemente do critério
escolhido pelo julgador, o limite máximo da exasperação será de até
metade. A concorrência de mais de uma qualificadora não autoriza que
seja ultrapassado o limite legal.
Nesse sentido, destaco precedente desta Suprema Corte:
“HABEAS CORPUS - INTERROGATORIO JUDICIAL -
RÉU MENOR - AUSÊNCIA DE NOMEAÇÃO DE CURADOR -
ATUAÇÃO EFETIVA DO DEFENSOR CONSTITUIDO -
INOCORRENCIA
DE
PREJUIZO
-
CORRETO
ENQUADRAMENTO DO PACIENTE COMO CO-PARTICIPE
DO DELITO - EXASPERAÇÃO DA PENA ACIMA DO
MAXIMO LEGAL - INADMISSIBILIDADE - PEDIDO
DEFERIDO EM PARTE. - A ausência de nomeação de curador para o
acusado menor de 21 anos não assume relevo jurídico-processual se o
réu, ao longo do processo penal de conhecimento, foi assistido de modo
pleno e efetivo por defensor constituido. A jurisprudência do STF tem
estendido o alcance da Súmula 352 também as hipóteses em que o réu
menor teve a efetiva assistencia de Advogado por ele constituido (RTJ
109/67). - A participação do réu no evento delituoso, caracterizada por
atividade de inequivoca colaboração material e pelo desempenho de
conduta previamente ajustada com os demais agentes, torna-o
suscetivel de punição penal, eis que, ante a doutrina monista
perfilhada pelo legislador, "Todos os que contribuem para a integração
do delito cometem o mesmo crime", pois, em tal hipótese, "Há unidade
de crime e pluralidade de agentes" (DAMASIO E. DE JESUS,
"Código Penal Anotado", p. 108, 3. ed., 1993, Saraiva). - O roubo
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próximo da menor ou da maior fração legal, concretizando a exasperação
na fração de 3/5.
Em que pese a discricionariedade do julgador na escolha do
aumento que lhe pareceu mais adequado à vista das provas constantes
dos autos, o aumento da pena em 3/5 superou o patamar máximo
previsto em lei.
De fato, o aumento da pena deve ser realizado com estrita
observância à variação de um terço até metade, estabelecida no art. 157, §
2º, do Código Penal, sendo certo que, independentemente do critério
escolhido pelo julgador, o limite máximo da exasperação será de até
metade. A concorrência de mais de uma qualificadora não autoriza que
seja ultrapassado o limite legal.
Nesse sentido, destaco precedente desta Suprema Corte:
“HABEAS CORPUS - INTERROGATORIO JUDICIAL -
RÉU MENOR - AUSÊNCIA DE NOMEAÇÃO DE CURADOR -
ATUAÇÃO EFETIVA DO DEFENSOR CONSTITUIDO -
INOCORRENCIA
DE
PREJUIZO
-
CORRETO
ENQUADRAMENTO DO PACIENTE COMO CO-PARTICIPE
DO DELITO - EXASPERAÇÃO DA PENA ACIMA DO
MAXIMO LEGAL - INADMISSIBILIDADE - PEDIDO
DEFERIDO EM PARTE. - A ausência de nomeação de curador para o
acusado menor de 21 anos não assume relevo jurídico-processual se o
réu, ao longo do processo penal de conhecimento, foi assistido de modo
pleno e efetivo por defensor constituido. A jurisprudência do STF tem
estendido o alcance da Súmula 352 também as hipóteses em que o réu
menor teve a efetiva assistencia de Advogado por ele constituido (RTJ
109/67). - A participação do réu no evento delituoso, caracterizada por
atividade de inequivoca colaboração material e pelo desempenho de
conduta previamente ajustada com os demais agentes, torna-o
suscetivel de punição penal, eis que, ante a doutrina monista
perfilhada pelo legislador, "Todos os que contribuem para a integração
do delito cometem o mesmo crime", pois, em tal hipótese, "Há unidade
de crime e pluralidade de agentes" (DAMASIO E. DE JESUS,
"Código Penal Anotado", p. 108, 3. ed., 1993, Saraiva). - O roubo
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praticado nas condições referidas pelo art. 157, par. 2, do Código Penal
expoe o seu autor a uma causa especial de aumento de pena que não
pode superar o limite maximo nele previsto. Hipótese em que a
condenação impôs ao paciente aumento de 2/3 sobre a pena-base.
Condenação penal que, embora mantida, deve ser ajustada,
motivadamente, aos parametros legais.” (HC 71.293/RJ – Rel. Min.
Celso de Mello – Primeira Turma – un. j. 14.6.1994)
Logo, afigura-se ilegal a dosimetria realizada pelo magistrado, pois a
exasperação da pena, fixada em 3/5, superou o patamar máximo previsto
em lei.
Diante da apontada ilegalidade, concedo a ordem de ofício para
limitar a exasperação da pena à metade, nos termos do § 2º do art. 157 do
Código Penal, reduzindo a pena cominada ao roubo praticado pelo
paciente para seis anos de reclusão e quinze dias multa. Estendo, de
ofício, o mesmo benefício para os demais condenados, reduzindo as
penas cominadas aos crimes de roubo para nove anos e quatro meses de
reclusão e vinte e um dias multa ao condenado Gilberto Cabral e para
sete anos e um mês e vinte e um dias multa ao condenado Danilo César
Monteiro do Nascimento, sem outras alterações.
III.
Ante o exposto, voto pela extinção do habeas corpus sem resolução do
mérito, por sua inadequação como substitutivo do recurso constitucional
e pela concessão da ordem de ofício nos termos acima expostos.
É como voto.
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praticado nas condições referidas pelo art. 157, par. 2, do Código Penal
expoe o seu autor a uma causa especial de aumento de pena que não
pode superar o limite maximo nele previsto. Hipótese em que a
condenação impôs ao paciente aumento de 2/3 sobre a pena-base.
Condenação penal que, embora mantida, deve ser ajustada,
motivadamente, aos parametros legais.” (HC 71.293/RJ – Rel. Min.
Celso de Mello – Primeira Turma – un. j. 14.6.1994)
Logo, afigura-se ilegal a dosimetria realizada pelo magistrado, pois a
exasperação da pena, fixada em 3/5, superou o patamar máximo previsto
em lei.
Diante da apontada ilegalidade, concedo a ordem de ofício para
limitar a exasperação da pena à metade, nos termos do § 2º do art. 157 do
Código Penal, reduzindo a pena cominada ao roubo praticado pelo
paciente para seis anos de reclusão e quinze dias multa. Estendo, de
ofício, o mesmo benefício para os demais condenados, reduzindo as
penas cominadas aos crimes de roubo para nove anos e quatro meses de
reclusão e vinte e um dias multa ao condenado Gilberto Cabral e para
sete anos e um mês e vinte e um dias multa ao condenado Danilo César
Monteiro do Nascimento, sem outras alterações.
III.
Ante o exposto, voto pela extinção do habeas corpus sem resolução do
mérito, por sua inadequação como substitutivo do recurso constitucional
e pela concessão da ordem de ofício nos termos acima expostos.
É como voto.
10
Supremo Tribunal Federal
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documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3081114.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 14 de 17
Explicação
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 112.116 SÃO PAULO
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – O teto seria a metade,
não é?
A SENHORA MINISTRA ROSA WEBER (RELATORA) - Seria a
metade. Entendo que há uma ilegalidade quando se exaspera além da
metade.
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - É, aí haveria.
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Três quintos são mais
do que a metade.
A SENHORA MINISTRA ROSA WEBER (RELATORA) - São mais.
Se Vossas Excelências me acompanham, não admito.
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - Há ilegalidade mesmo, quer
dizer, nós não admitimos discutir dosimetria em habeas corpus, mas,
aqui, aumentou-se ou fixou-se uma pena que não está prevista na lei; é
ilegalidade flagrante.
A SENHORA MINISTRA ROSA WEBER (RELATORA) - Em três
quintos.
Parece-me que, na verdade, como as causas de aumento - esse foi o
referencial - foram expressivas, eles fixaram em três quintos, quando a lei
fixa até a metade, é o limite máximo, pelo menos depreendi isso da minha
leitura.
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - Não, uma ilegalidade dessa
realmente não...
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documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3183970.
Supremo Tribunal Federal
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 112.116 SÃO PAULO
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – O teto seria a metade,
não é?
A SENHORA MINISTRA ROSA WEBER (RELATORA) - Seria a
metade. Entendo que há uma ilegalidade quando se exaspera além da
metade.
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - É, aí haveria.
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Três quintos são mais
do que a metade.
A SENHORA MINISTRA ROSA WEBER (RELATORA) - São mais.
Se Vossas Excelências me acompanham, não admito.
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - Há ilegalidade mesmo, quer
dizer, nós não admitimos discutir dosimetria em habeas corpus, mas,
aqui, aumentou-se ou fixou-se uma pena que não está prevista na lei; é
ilegalidade flagrante.
A SENHORA MINISTRA ROSA WEBER (RELATORA) - Em três
quintos.
Parece-me que, na verdade, como as causas de aumento - esse foi o
referencial - foram expressivas, eles fixaram em três quintos, quando a lei
fixa até a metade, é o limite máximo, pelo menos depreendi isso da minha
leitura.
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - Não, uma ilegalidade dessa
realmente não...
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 15 de 17
Explicação
HC 112.116 / SP
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE):
A conclusão do voto é...
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - Concessão de ofício.
A SENHORA MINISTRA ROSA WEBER - Extinção e concessão de
ofício no sentido de limitar a exasperação da pena à metade, nos termos
do artigo 157, § 2º do Código Penal, reduzindo a pena cominada ou roubo
praticado pelo paciente para seis anos de reclusão e quinze dias de multa.
2
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Supremo Tribunal Federal
HC 112.116 / SP
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE):
A conclusão do voto é...
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - Concessão de ofício.
A SENHORA MINISTRA ROSA WEBER - Extinção e concessão de
ofício no sentido de limitar a exasperação da pena à metade, nos termos
do artigo 157, § 2º do Código Penal, reduzindo a pena cominada ou roubo
praticado pelo paciente para seis anos de reclusão e quinze dias de multa.
2
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 16 de 17
Decisão de Julgamento
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
HABEAS CORPUS 112.116
PROCED. : SÃO PAULO
RELATORA : MIN. ROSA WEBER
PACTE.(S) : ZWINGLIO SORZAN GONÇALVES FEIJÓ
IMPTE.(S) : ZWINGLIO SORZAN GONÇALVES FEIJÓ
PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Decisão: A Turma julgou extinta a ordem de habeas corpus por
inadequação da via processual, mas a concedeu, de ofício, com
extensão, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Presidência do
Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 6.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3108164
Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
HABEAS CORPUS 112.116
PROCED. : SÃO PAULO
RELATORA : MIN. ROSA WEBER
PACTE.(S) : ZWINGLIO SORZAN GONÇALVES FEIJÓ
IMPTE.(S) : ZWINGLIO SORZAN GONÇALVES FEIJÓ
PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Decisão: A Turma julgou extinta a ordem de habeas corpus por
inadequação da via processual, mas a concedeu, de ofício, com
extensão, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Presidência do
Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 6.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3108164
Inteiro Teor do Acórdão - Página 17 de 17
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3207676 | 2012-11-06T00:00:00 | 2012-12-17T00:00:00 | A Turma julgou extinta a ordem de habeas corpus por inadequação da via processual, mas a concedeu, de ofício, com extensão, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 6.11.2012. | HABEAS CORPUS | E M E N T A
HABEAS CORPUS. PENAL. SUBSTITUTIVO DO RECURSO CONSTITUCIONAL. INADEQUAÇÃO DA VIA ELEITA. CRIME DE ROUBO. CAUSAS DE AUMENTO DA PENA. EXASPERAÇÃO DA PENA ACIMA DO PATAMAR MÁXIMO. IMPOSSIBILIDADE. CONCESSÃO DA ORDEM DE OFÍCIO.
1. O habeas corpus tem uma rica história, constituindo garantia fundamental do cidadão. Ação constitucional que é, não pode ser o writ amesquinhado, mas também não é passível de vulgarização, sob pena de restar descaracterizado como remédio heroico. Contra a denegação de habeas corpus por Tribunal Superior prevê a Constituição Federal remédio jurídico expresso, o recurso ordinário. Diante da dicção do art. 102, II, a, da Constituição da República, a impetração de novo habeas corpus em caráter substitutivo escamoteia o instituto recursal próprio, em manifesta burla do preceito constitucional. Precedente da Primeira Turma desta Suprema Corte.
2. Cabe às instâncias inferiores decidir sobre a fração pertinente de aumento da pena decorrente das qualificadoras do § 2º do art. 157 do Código Penal, não se mostrando hábil o habeas corpus para revisão, salvo se presente manifesta ilegalidade ou arbitrariedade. Configura flagrante ilegalidade a exasperação da pena, pela presença de causas de aumento relativas ao crime de roubo, em 3/5, patamar superior ao máximo previsto em lei (art. 157, § 2º, do Código Penal). A concorrência de mais de uma qualificadora não autoriza que seja ultrapassado o limite legal.
4. Habeas corpus extinto sem resolução do mérito pela inadequação da via eleita, mas com concessão de ofício para limitar a exasperação da pena cominada ao crime de roubo ao patamar máximo, acréscimo de metade, estabelecido pelo § 2º do art. 157 do Código Penal. Ordem estendida de ofício aos demais condenados. | sjur221816 | - Acórdão(s) citado(s):
(HC, SUBSTITUIÇÃO, RHC)
STF: HC 109956 (1ªT), HC 108715 (1ªT).
(HC, CABIMENTO)
STF: HC 3536.
(CAUSA DE AUMENTO DE PENA, LIMITE MÁXIMO)
STF: HC 71293 (1ªT).
- Legislação estrangeira citada: Magna Carta de 1215 da Inglaterra;
Habeas Corpus Act, de 1679. artigo I, seção 9, da Constituição
norte-americana de 1787; Decreto-lei nº 35.043, de 20.10.1945 de
Portugual.
- Decisões estrangeiras citadas: Caso James Somerset da King's
Bench; Buschel's Case, de 1670, da Court of Common Pleas; Acórdão
de 26.04.1989, processo 10/89, BMJ 386, p. 422, do Superior Tribunal
de Justiça português.
- Veja HC 209072 do STJ.
Número de páginas: 17.
Análise: 16/01/2013, SEV.
Análise: 07/02/2013, AAT. | ROSA WEBER | Primeira Turma | 112116 | [
"LEG-IMP CCI ANO-1830\r\n ART-00183 ART-00184 ART-00185 ART-00186\r\n ART-00187 ART-00188 \r\n CCI-1830 CODIGO CRIMINAL DO IMPERIO DO BRAZIL (LEI DE 16 DE DEZEMBRO)\r\n",
"LEG-IMP CPCPI ANO-1832\r\n ART-00340\r\n CPCPI-1832 CODIGO DE PROCESSO CRIMINAL DE PRIMEIRA INSTANCIA (LEI DE 29 DE NOVEMBRO)\r\n",
"LEG-IMP LIM-002033 ANO-1871\r\n ART-00018 PAR-00001 \r\n LEI DO IMPÉRIO\r\n",
"LEG-FED CF ANO-1891\r\n ART-00072 PAR-00022\r\n ART-00072 REDAÇÃO DADA PELA EMC-3/1926\r\n CF-1891 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n",
"LEG-FED EMC-000003 ANO-1926\r\n EMENDA CONSTITUCIONAL \r\n",
"LEG-FED CF ANO-1934\r\n CF-1934 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n",
"LEG-FED CF ANO-1937\r\n CF-1937 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n",
"LEG-FED CF ANO-1946\r\n CF-1946 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n",
"LEG-FED CF ANO-1967\r\n CF-1967 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n",
"LEG-FED EMC-000001 ANO-1969\r\n EMENDA CONSTITUCIONAL\r\n",
"LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00005 INC-00068 INC-00078 ART-00102 \r\n INC-00002 LET-A \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n",
"LEG-FED DEL-002848 ANO-1940\r\n ART-00157 PAR-00002 INC-00001 INC-00002\r\n INC-00005 INC-00006 \r\n CP-1940 CÓDIGO PENAL"
] | HC | acordaos | HC 112116 | [
""
] | PACTE.(S) : ZWINGLIO SORZAN GONÇALVES FEIJÓ
IMPTE.(S) : ZWINGLIO SORZAN GONÇALVES FEIJÓ
PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"HABEAS CORPUS 112 . 116",
"HC 112 . 116 / SP",
"HC 112 . 116 / SP",
"HABEAS CORPUS 112 . 116 SÃO",
"HC 209 . 072 / SP",
"HC 209 . 072 / SP",
"HABEAS CORPUS 112 . 116",
"HC 209 . 072 / SP",
"HC 209 . 072 / SP",
"HC 112 . 116 / SP",
"Petição",
"STF 18 . 801 / 2012",
"HC 112 . 116 / SP",
"Petição",
"STF 18 . 801 / 2012",
"HABEAS CORPUS 112 . 116 SÃO",
"HC 209 . 072 / SP",
"HC 109 . 956",
"HC 108 . 715",
"HABEAS CORPUS 112 . 116",
"HC 209 . 072 / SP",
"HC 109 . 956",
"HC 108 . 715",
"HC 112 . 116 / SP Press",
"HC 112 . 116 / SP Press",
"HC 112 . 116 / SP",
"HC 112 . 116 / SP",
"HC 112 . 116 / SP",
"Habeas Corpus 3",
"HC 112 . 116 / SP",
"Habeas Corpus 3 . 536",
"HC 112 . 116 / SP",
"HC 112 . 116 / SP",
"HC 112 . 116 / SP",
"HC 112 . 116 / SP",
"HC 112 . 116 / SP",
"HC 112 . 116 / SP de",
"HC 112 . 116 / SP",
"HC 112 . 116 / SP",
"HC 112 . 116 / SP",
"RTJ",
"HC 112 . 116 / SP",
"RTJ 109 / 67",
"HC 112 . 116 / SP",
"HC 71 . 293 / RJ",
"HC 112 . 116 / SP",
"HC 71 . 293 / RJ",
"HABEAS CORPUS 112 . 116",
"HABEAS CORPUS 112 . 116",
"HC 112 . 116 / SP",
"HC 112 . 116 / SP",
"HABEAS CORPUS 112 . 116",
"HABEAS CORPUS 112 . 116"
],
"LEGISLACAO": [
"Constituição Federal",
"art . 102 , II , a , da Constituição da República",
"§ [UNK] do art . 157 do Código Penal",
"art . 157 , § [UNK] , do Código Penal",
"MP n° 2 . 200",
"§ [UNK] do art . 157 do Código Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"§ [UNK] do art . 157 do Código Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 157 , § [UNK] , incisos I , II e V , do Código Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 157 , § [UNK] , incisos I , II e V , do Código Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"§ [UNK] , do artigo 157 , do Código Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"§ [UNK] , do artigo 157 , do Código Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição da República",
"Constituição da República",
"Magna Carta de 1215",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição da República",
"Constituição da República",
"Magna Carta de 1215",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo I , seção 9 , da Constituição norte - americana de 1787",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo I , seção 9 , da Constituição norte - americana de 1787",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Decreto",
"-",
"lei [UNK] 35 . 043",
"Código Criminal de 1830",
"Código de Processo Criminal de 1832",
"Lei [UNK] 2 . 033",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Decreto",
"-",
"lei [UNK] 35 . 043",
"Código Criminal de 1830",
"Código de Processo Criminal de 1832",
"Lei [UNK] 2 . 033",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição Republicana",
"art",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição Republicana",
"art . 72 da Constituição de 1891",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição",
"Constituição",
"art . [UNK] , LXXVIII , da Carta Magna",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição",
"art . [UNK] , LXXVIII , da Carta Magna",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 102 , II , a , da Constituição Federal",
"Constituição",
"art . 157 , § [UNK] , incisos I , II e VI , do Código Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 102 , II , a , da Constituição Federal",
"Constituição",
"art . 157 , § [UNK] , incisos I , II e VI , do Código Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"incisos I , II e V do § [UNK] do art . 157 do Código Penal",
"artigo 59 do Código Penal",
"Código Penal",
"artigo 157 , § [UNK] , incisos I , II e V , do Código Penal",
"artigo 33 , § [UNK] , alínea ‘ b ’ , do Código Penal ”",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"incisos I , II e V do § [UNK] do art . 157 do Código Penal",
"artigo 59 do Código Penal",
"Código Penal",
"artigo 157 , § [UNK] , incisos I , II e V , do Código Penal",
"artigo 33 , § [UNK] , alínea ‘ b ’ , do Código Penal ”",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"§ [UNK] do artigo 157 do Código Penal",
"Código Penal",
"art . 157 , incisos I , II e V , do Código Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"§ [UNK] do artigo 157 do Código Penal",
"Código Penal",
"art . 157 , incisos I , II e V , do Código Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 157 , § [UNK] , do Código Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 157 , § [UNK] , do Código Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 157 , par . 2 , do Código Penal",
"§ [UNK] do art . 157 do Código Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 157 , par . 2 , do Código Penal",
"§ [UNK] do art . 157 do Código Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
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"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 157 , § [UNK] do Código Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"/"
],
"LOCAL": [
"SÃO PAULO",
"Brasília",
"Brasília",
"Comarca de Regente Feijó / SP",
"SÃO PAULO",
"Comarca de Regente Feijó / SP",
"Inglaterra",
"New Haven and London",
"Cambridge",
"SÃO PAULO",
"Inglaterra",
"New",
"Haven",
"London",
"Cambridge",
"St",
". Paul",
"Curitiba",
"St",
". Paul",
"Curitiba",
"Portugal",
"Brasil",
"Brasil",
"São Paulo",
"Portugal",
"Brasil",
"Brasil",
"São Paulo",
"Rio de Janeiro",
"Campinas",
"Rio de Janeiro",
"Campinas",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO"
],
"ORGANIZACAO": [
"PRIMEIRA TURMA",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"Primeira Turma",
"Suprema Corte",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
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"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Nissan",
"Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Supremo Tribunal Federal",
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"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Nissan",
"Frontier",
"Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Supremo Tribunal Federal",
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"-",
"Brasil",
"Defensoria Pública da União",
"Ministério Público Federal",
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"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Defensoria Pública da União",
"Ministério Público Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Primeira Turma",
"Yale University Press",
"Queen",
"'",
"s Bench",
"Harvard University",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Primeira Turma",
"Yale University Press",
"Queen",
"'",
"s Bench",
"Harvard",
"University",
"Supremo Tribunal Federal",
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"-",
"Brasil",
"King",
"King",
"Court of Common Pleas",
"West Group",
"Oxford University Press",
"Juruá",
"Supremo Tribunal Federal",
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"' s Bench",
"King",
"'",
"s Bench",
"Court of Common Pleas",
"West Group",
"Oxford University Press",
"Juruá",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Superior Tribunal de Justiça português",
"RT",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Superior Tribunal de Justiça português",
"RT",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Senado",
"Supremo Tribunal Federal",
"Civilização brasileira",
"Bookseller",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Senado",
"Supremo Tribunal Federal",
"Civilização brasileira",
"Bookseller",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Suprema Corte",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Suprema Corte",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Superior Tribunal 6",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Superior Tribunal 6",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
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"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo",
"Superior Tribunal de Justiça",
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"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
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"Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Supremo Tribunal Federal",
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"Saraiva",
"Supremo Tribunal Federal",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
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"STF",
"Saraiva",
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"Brasil",
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"-",
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"-",
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"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"[UNK] Turma",
"Primeira",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"[UNK] Turma",
"Primeira",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"ROSA WEBER",
"ZWINGLIO SORZAN GONÇALVES FEIJÓ",
"ZWINGLIO SORZAN GONÇALVES FEIJÓ",
"Dias Toffoli",
"Rosa Weber",
"Dias Toffoli",
"Rosa Weber",
"ROSA WEBER",
"ZWINGLIO SORZAN GONÇALVES FEIJÓ",
"ZWINGLIO SORZAN GONÇALVES FEIJÓ",
"Rosa Weber",
"Zwinglio Sorzan Gonçalves Feijó",
"Luís Roberto Scarabelli",
"Ilcemir Scarabelli",
"Alexandre Barbosa",
"ROSA WEBER",
"ZWINGLIO SORZAN GONÇALVES FEIJÓ",
"ZWINGLIO SORZAN GONÇALVES FEIJÓ",
"Rosa Weber",
"Zwinglio Sorzan Gonçalves Feijó",
"Luís Roberto Scarabelli",
"Ilcemir Scarabelli",
"Alexandre Barbosa",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Edson Oliveira de Almeida",
"ROSA WEBER",
"Rosa Weber",
"Marco Aurélio",
"LEVY , Leonard W",
"HALLIDAY , Paul D .",
"Rosa Weber",
"Marco Aurélio",
"LEVY , Leonard W",
"HALLIDAY , Paul D",
"ROSA WEBER",
"James Somerset",
"HALLIDAY , Paul D .",
"HALLIDAY , Paul D .",
"LEVY , Leonard W .",
"KAMISAR , Yale",
"TRECHSEL , Stefan",
"GUIMARÃES , Isaac Sabbá",
"James Somerset",
"HALLIDAY , Paul D .",
"HALLIDAY , Paul D .",
"LEVY , Leonard W .",
"KAMISAR",
"Yale",
"TRECHSEL ,",
"Stefan",
"GUIMARÃES , Isaac Sabbá",
"ROSA WEBER",
"GUIMARÃES , Isaac Sabbá",
"Pontes de Miranda",
"STRAUS , Flávio Augusto Saraiva",
"PIOVESAN ,",
"Flávia",
"GARCIA , Maria",
"GUIMARÃES , Isaac Sabbá",
"Pontes de Miranda",
"STRAUS , Flávio Augusto Saraiva",
"PIOVESAN ,",
"Flávia",
"GARCIA ,",
"Maria",
"ROSA WEBER",
"Ruy Barbosa",
"Leda Boechat Rodrigues",
"Artur Bernardes",
"Pontes de Miranda",
"Ruy Barbosa",
"Leda Boechat Rodrigues",
"Artur Bernardes",
"Pontes de Miranda",
"ROSA WEBER",
"ROSA WEBER",
"ROSA WEBER",
"ZWINGLIO SORZAN GONÇALVES FEIJÓ",
"ZWINGLIO SORZAN GONÇALVES FEIJÓ",
"ROSA WEBER",
"ROSA WEBER",
"DAMASIO E . DE JESUS",
"DAMASIO E . DE JESUS",
"ROSA WEBER",
"Celso de Mello",
"Gilberto Cabral",
"Danilo César Monteiro do Nascimento",
"Celso de Mello",
"Gilberto Cabral",
"Danilo César Monteiro do Nascimento",
"MARCO AURÉLIO",
"ROSA WEBER",
"LUIZ FUX",
"MARCO AURÉLIO",
"ROSA WEBER",
"LUIZ FUX",
"ROSA WEBER",
"LUIZ FUX",
"MARCO AURÉLIO",
"ROSA WEBER",
"LUIZ FUX",
"MARCO AURÉLIO",
"ROSA WEBER",
"LUIZ FUX",
"ROSA WEBER",
"LUIZ FUX",
"DIAS TOFFOLI",
"LUIZ FUX",
"ROSA WEBER",
"DIAS TOFFOLI",
"LUIZ FUX",
"ROSA WEBER",
"ROSA WEBER",
"ZWINGLIO SORZAN GONÇALVES FEIJÓ",
"ZWINGLIO SORZAN GONÇALVES FEIJÓ",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza",
"ROSA WEBER",
"ZWINGLIO SORZAN GONÇALVES FEIJÓ",
"ZWINGLIO SORZAN GONÇALVES FEIJÓ",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza"
],
"TEMPO": [
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"6 de novembro de 2012",
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".",
"2012",
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"08",
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"22",
".",
"02",
".",
"2012",
"24",
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"08",
"/",
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"08",
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"8",
".",
"2012",
"24",
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"/",
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"08",
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"8",
".",
"2012",
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"2010",
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"2002",
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".",
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".",
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".",
"1989",
"1916",
"2011",
"1871",
"24",
"/",
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"/",
"2001",
"20",
".",
"10",
".",
"1945",
"26",
".",
"04",
".",
"1989",
"1916",
"2011",
"1871",
"24",
"/",
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"/",
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".",
"6",
".",
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"1967",
"1969",
"1988",
"2007",
"29",
".",
"5",
".",
"2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"1891",
"05",
".",
"6",
".",
"1914",
"1991",
"1926",
"1967",
"1969",
"1988",
"2007",
"29",
".",
"5",
".",
"2011",
"24",
"/",
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"/",
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"/",
"08",
"/",
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"/",
"2001",
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"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"1993",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"1993",
"24",
"/",
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"/",
"2001",
"14",
".",
"6",
".",
"1994",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"14",
".",
"6",
".",
"1994",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"6",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"6",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 109.393 PIAUÍ
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
PACTE.(S)
:FRANCISCO DAS CHAGAS GOMES DA SILVA
IMPTE.(S)
:DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
COATOR(A/S)(ES)
:SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
RECURSO
ORDINÁRIO
EM
HABEAS
CORPUS
–
PRONUNCIAMENTO DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA – NOVA
IMPETRAÇÃO – IMPROPRIEDADE. Uma vez julgado pelo Superior
Tribunal de Justiça o recurso ordinário formalizado em processo
revelador de impetração, o acesso ao Supremo faz-se em via das mais
afuniladas – mediante recurso extraordinário e não nova impetração.
PRISÃO PREVENTIVA – EXCESSO DE PRAZO – ORDEM DE
OFÍCIO. Surgindo do processo ilegalidade a alcançar, direta ou
indiretamente, o direito de ir e vir do cidadão, cumpre implementar
ordem de ofício. Isso ocorre quando, passados mais de dois anos, ainda
há custódia provisória.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal em julgar extinta a ordem
de habeas corpus por inadequação da via processual, nos termos do voto
do relator e por unanimidade, em sessão presidida pelo Ministro Dias
Toffoli, na conformidade da ata do julgamento e das respectivas notas
taquigráficas.
Brasília, 6 de novembro de 2012.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3122008.
Supremo Tribunal Federal
DJe 17/12/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 13
Ementa e Acórdão
HC 109.393 / PI
MINISTRO MARCO AURÉLIO – RELATOR
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3122008.
Supremo Tribunal Federal
HC 109.393 / PI
MINISTRO MARCO AURÉLIO – RELATOR
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3122008.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 13
Relatório
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 109.393 PIAUÍ
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
PACTE.(S)
:FRANCISCO DAS CHAGAS GOMES DA SILVA
IMPTE.(S)
:DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
COATOR(A/S)(ES)
:SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – O Gabinete prestou as
seguintes informações:
O Presidente, ao indeferir o pedido de liminar, assentou:
Decisão: 1. Trata-se de habeas corpus, com pedido de
liminar, impetrado em favor de FRANCISCO DAS
CHAGAS GOMES DA SILVA, contra decisão do Superior
Tribunal de Justiça que denegou a ordem requerida no
RHC nº 28.839.
Alega que o paciente vem sofrendo constrangimento
ilegal, ante o excesso de prazo para o encerramento do
processo crime que responde na 3ª Vara Criminal de
Teresina/PI.
Requer, liminarmente, o relaxamento da prisão
cautelar, expedindo-se alvará de soltura em favor do
paciente. No mérito, aduz igual pedido.
2- Decido, nos termos do art. 13, VIII, do RISTF.
Não é caso de liminar.
Vejo que, nas circunstâncias do caso não há falar em
constrangimento ilegal, pois o excesso do prazo para o
encerramento da instrução processual não se dá de forma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3071393.
Supremo Tribunal Federal
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 109.393 PIAUÍ
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
PACTE.(S)
:FRANCISCO DAS CHAGAS GOMES DA SILVA
IMPTE.(S)
:DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
COATOR(A/S)(ES)
:SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – O Gabinete prestou as
seguintes informações:
O Presidente, ao indeferir o pedido de liminar, assentou:
Decisão: 1. Trata-se de habeas corpus, com pedido de
liminar, impetrado em favor de FRANCISCO DAS
CHAGAS GOMES DA SILVA, contra decisão do Superior
Tribunal de Justiça que denegou a ordem requerida no
RHC nº 28.839.
Alega que o paciente vem sofrendo constrangimento
ilegal, ante o excesso de prazo para o encerramento do
processo crime que responde na 3ª Vara Criminal de
Teresina/PI.
Requer, liminarmente, o relaxamento da prisão
cautelar, expedindo-se alvará de soltura em favor do
paciente. No mérito, aduz igual pedido.
2- Decido, nos termos do art. 13, VIII, do RISTF.
Não é caso de liminar.
Vejo que, nas circunstâncias do caso não há falar em
constrangimento ilegal, pois o excesso do prazo para o
encerramento da instrução processual não se dá de forma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3071393.
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Relatório
HC 109.393 / PI
injustificada, mas, sim, por fatores que não podem ser
imputados à acusação, ou ao Magistrado de primeiro
grau.
Considerando a existência de outros dois réus, com
patronos diversos, e com o arrolamento de testemunhas
de fora da comarca, e, notadamente, a circunstância de
que houve a designação de audiência para o dia 21 de
julho de 2011, não vislumbro, em análise sumária,
indicação de evidente desídia do juiz na condução da
causa, que eventualmente poderia levar ao
reconhecimento de excesso de prazo.
Atento ao princípio da razoabilidade, não vislumbro
flagrante constrangimento ilegal ao paciente a justificar a
concessão da cautelar requerida.
3. Ante o exposto, indefiro a liminar, sem prejuízo
de nova apreciação pelo Ministro sorteado.
Requisitem-se informações ao juízo de Direito da 3ª
Vara Criminal de Teresina/PI, ao Tribunal de Justiça da
Paraíba e ao Superior Tribunal de Justiça, para que, com
urgência, prestem informações acerca do alegado na
inicial, cuja cópia determino siga anexa ao ofício.
Após, submetam-se os autos à distribuição, na forma
regimental.
Publique-se. Int..
Brasília, 26 de Julho de 2011.
Ministro Cezar Peluso
Presidente
Documento assinado digitalmente
O Juízo de origem e o Tribunal de Justiça do Estado do
Piauí prestaram informações.
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3071393.
Supremo Tribunal Federal
HC 109.393 / PI
injustificada, mas, sim, por fatores que não podem ser
imputados à acusação, ou ao Magistrado de primeiro
grau.
Considerando a existência de outros dois réus, com
patronos diversos, e com o arrolamento de testemunhas
de fora da comarca, e, notadamente, a circunstância de
que houve a designação de audiência para o dia 21 de
julho de 2011, não vislumbro, em análise sumária,
indicação de evidente desídia do juiz na condução da
causa, que eventualmente poderia levar ao
reconhecimento de excesso de prazo.
Atento ao princípio da razoabilidade, não vislumbro
flagrante constrangimento ilegal ao paciente a justificar a
concessão da cautelar requerida.
3. Ante o exposto, indefiro a liminar, sem prejuízo
de nova apreciação pelo Ministro sorteado.
Requisitem-se informações ao juízo de Direito da 3ª
Vara Criminal de Teresina/PI, ao Tribunal de Justiça da
Paraíba e ao Superior Tribunal de Justiça, para que, com
urgência, prestem informações acerca do alegado na
inicial, cuja cópia determino siga anexa ao ofício.
Após, submetam-se os autos à distribuição, na forma
regimental.
Publique-se. Int..
Brasília, 26 de Julho de 2011.
Ministro Cezar Peluso
Presidente
Documento assinado digitalmente
O Juízo de origem e o Tribunal de Justiça do Estado do
Piauí prestaram informações.
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3071393.
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Relatório
HC 109.393 / PI
A Procuradoria Geral da República, no parecer, entende
não estar configurado o constrangimento ilegal, atribuindo às
defesas dos corréus a responsabilidade pela demora na
conclusão da instrução, uma vez que possuem patronos
diversos e arrolaram testemunhas de fora da comarca para
depor na ação penal. Cita precedentes: Habeas Corpus nº
83.773/SP, relator Ministro Celso de Mello, Habeas Corpus nº
104.346/SP, relator Ministro Luiz Fux, e Habeas Corpus nº
103.558/SP, relator Ministro Ricardo Lewandowski. Opina pela
não concessão da ordem.
Lancei visto no processo em 27 de outubro de 2012, liberando-o para
ser julgado na Turma a partir de 6 de novembro seguinte, isso
objetivando a ciência da impetrante.
É o relatório.
3
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3071393.
Supremo Tribunal Federal
HC 109.393 / PI
A Procuradoria Geral da República, no parecer, entende
não estar configurado o constrangimento ilegal, atribuindo às
defesas dos corréus a responsabilidade pela demora na
conclusão da instrução, uma vez que possuem patronos
diversos e arrolaram testemunhas de fora da comarca para
depor na ação penal. Cita precedentes: Habeas Corpus nº
83.773/SP, relator Ministro Celso de Mello, Habeas Corpus nº
104.346/SP, relator Ministro Luiz Fux, e Habeas Corpus nº
103.558/SP, relator Ministro Ricardo Lewandowski. Opina pela
não concessão da ordem.
Lancei visto no processo em 27 de outubro de 2012, liberando-o para
ser julgado na Turma a partir de 6 de novembro seguinte, isso
objetivando a ciência da impetrante.
É o relatório.
3
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3071393.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 13
Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 109.393 PIAUÍ
V O T O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Este
habeas surge como substitutivo do recurso extraordinário. Valho-me do
que já veiculei a respeito:
A Carta Federal encerra como garantia maior essa ação
nobre voltada a preservar a liberdade de ir e vir do cidadão – o
habeas corpus. Vale dizer, sofrendo alguém ou se achando
ameaçado de sofrer violência ou coação à liberdade de
locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder, cabe manusear o
instrumental, fazendo-o no tocante à competência originária de
órgão julgador.
Em época na qual não havia a sobrecarga de processos
hoje notada – praticamente inviabilizando, em tempo hábil, a
jurisdição –, passou-se a admitir o denominado habeas
substitutivo do recurso ordinário constitucional previsto contra
decisão judicial a implicar o indeferimento da ordem. Com isso,
atualmente, tanto o Supremo quanto o Superior Tribunal de
Justiça estão às voltas com um grande número de habeas corpus
– este Tribunal recebeu, no primeiro semestre de 2012, 2.181
habeas e 108 recursos ordinários e aquele, 16.372 habeas e 1.475
recursos ordinários. Raras exceções, não se trata de impetrações
passíveis de serem enquadradas como originárias, mas de
medidas intentadas a partir de construção jurisprudencial.
O Direito é orgânico e dinâmico e contém princípios,
expressões e vocábulos com sentido próprio. A definição do
alcance da Carta da República há de fazer-se de forma
integrativa, mas também considerada a regra de hermenêutica e
aplicação do Direito que é a sistemática. O habeas corpus
substitutivo do recurso ordinário, além de não estar abrangido
pela garantia constante do inciso LXVIII do artigo 5º do
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Supremo Tribunal Federal
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 109.393 PIAUÍ
V O T O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Este
habeas surge como substitutivo do recurso extraordinário. Valho-me do
que já veiculei a respeito:
A Carta Federal encerra como garantia maior essa ação
nobre voltada a preservar a liberdade de ir e vir do cidadão – o
habeas corpus. Vale dizer, sofrendo alguém ou se achando
ameaçado de sofrer violência ou coação à liberdade de
locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder, cabe manusear o
instrumental, fazendo-o no tocante à competência originária de
órgão julgador.
Em época na qual não havia a sobrecarga de processos
hoje notada – praticamente inviabilizando, em tempo hábil, a
jurisdição –, passou-se a admitir o denominado habeas
substitutivo do recurso ordinário constitucional previsto contra
decisão judicial a implicar o indeferimento da ordem. Com isso,
atualmente, tanto o Supremo quanto o Superior Tribunal de
Justiça estão às voltas com um grande número de habeas corpus
– este Tribunal recebeu, no primeiro semestre de 2012, 2.181
habeas e 108 recursos ordinários e aquele, 16.372 habeas e 1.475
recursos ordinários. Raras exceções, não se trata de impetrações
passíveis de serem enquadradas como originárias, mas de
medidas intentadas a partir de construção jurisprudencial.
O Direito é orgânico e dinâmico e contém princípios,
expressões e vocábulos com sentido próprio. A definição do
alcance da Carta da República há de fazer-se de forma
integrativa, mas também considerada a regra de hermenêutica e
aplicação do Direito que é a sistemática. O habeas corpus
substitutivo do recurso ordinário, além de não estar abrangido
pela garantia constante do inciso LXVIII do artigo 5º do
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Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
HC 109.393 / PI
Diploma Maior, não existindo sequer previsão legal, enfraquece
este último documento, tornando-o desnecessário no que, nos
artigos 102, inciso II, alínea “a”, e 105, inciso II, alínea “a”, tem-
se a previsão do recurso ordinário constitucional a ser
manuseado, em tempo, para o Supremo, contra decisão
proferida por tribunal superior indeferindo ordem, e para o
Superior Tribunal de Justiça, contra ato de tribunal regional
federal e de tribunal de justiça. O Direito é avesso a
sobreposições e impetrar-se novo habeas, embora para
julgamento por tribunal diverso, impugnando pronunciamento
em idêntica medida implica inviabilizar, em detrimento de
outras situações em que requerida, a jurisdição.
Cumpre implementar – visando restabelecer a eficácia
dessa ação maior, a valia da Carta Federal no que prevê não o
habeas substitutivo, mas o recurso ordinário – a correção de
rumos. Consigno que, no tocante a habeas já formalizado sob a
óptica da substituição do recurso constitucional, não ocorrerá
prejuízo para o paciente, ante a possibilidade de vir-se a
conceder, se for o caso, a ordem de ofício.
Saliento, por último, que, há dois anos, cheguei a propor a
edição de verbete de súmula que, no entanto, esbarrou na
ausência de precedentes. Deve-se afastar o misoneísmo, a
aversão a novas ideias, pouco importando a justificativa
plausível destas – no caso, constitucional –, salvando-se, e esta é
a expressão própria, o habeas corpus em sua envergadura maior,
no que solapado por visão contrária ao princípio do terceiro
excluído: uma coisa é ou não é. Entre duas possibilidades
contempladas na Lei Fundamental, de modo exaustivo, não
simplesmente exemplificativo, não há lugar para uma terceira –
na espécie, o inexistente, normativamente, habeas corpus
substitutivo do recurso ordinário, que, ante a prática admitida
até aqui, caiu em desuso, tornando quase letra morta os
preceitos constitucionais que o versam.
É cômodo não interpor o recurso ordinário quando se
pode, a qualquer momento e considerado o estágio do
processo-crime, buscar-se infirmar decisão há muito proferida,
2
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HC 109.393 / PI
Diploma Maior, não existindo sequer previsão legal, enfraquece
este último documento, tornando-o desnecessário no que, nos
artigos 102, inciso II, alínea “a”, e 105, inciso II, alínea “a”, tem-
se a previsão do recurso ordinário constitucional a ser
manuseado, em tempo, para o Supremo, contra decisão
proferida por tribunal superior indeferindo ordem, e para o
Superior Tribunal de Justiça, contra ato de tribunal regional
federal e de tribunal de justiça. O Direito é avesso a
sobreposições e impetrar-se novo habeas, embora para
julgamento por tribunal diverso, impugnando pronunciamento
em idêntica medida implica inviabilizar, em detrimento de
outras situações em que requerida, a jurisdição.
Cumpre implementar – visando restabelecer a eficácia
dessa ação maior, a valia da Carta Federal no que prevê não o
habeas substitutivo, mas o recurso ordinário – a correção de
rumos. Consigno que, no tocante a habeas já formalizado sob a
óptica da substituição do recurso constitucional, não ocorrerá
prejuízo para o paciente, ante a possibilidade de vir-se a
conceder, se for o caso, a ordem de ofício.
Saliento, por último, que, há dois anos, cheguei a propor a
edição de verbete de súmula que, no entanto, esbarrou na
ausência de precedentes. Deve-se afastar o misoneísmo, a
aversão a novas ideias, pouco importando a justificativa
plausível destas – no caso, constitucional –, salvando-se, e esta é
a expressão própria, o habeas corpus em sua envergadura maior,
no que solapado por visão contrária ao princípio do terceiro
excluído: uma coisa é ou não é. Entre duas possibilidades
contempladas na Lei Fundamental, de modo exaustivo, não
simplesmente exemplificativo, não há lugar para uma terceira –
na espécie, o inexistente, normativamente, habeas corpus
substitutivo do recurso ordinário, que, ante a prática admitida
até aqui, caiu em desuso, tornando quase letra morta os
preceitos constitucionais que o versam.
É cômodo não interpor o recurso ordinário quando se
pode, a qualquer momento e considerado o estágio do
processo-crime, buscar-se infirmar decisão há muito proferida,
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Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
HC 109.393 / PI
mediante o denominado habeas corpus substitutivo, alcançando-
se, com isso, a passagem do tempo, a desaguar, por vezes, na
prescrição. A situação não deve continuar, no que já mitigou a
importância do habeas corpus e emperrou a máquina judiciária,
sendo prejudicados os cidadãos em geral, a cidadania. Rara é a
sessão da Turma em que não se examina impetração voltada
contra a demora na apreciação de idêntica medida pelo
Superior Tribunal de Justiça.
Incumbe observar essa óptica também no que o acórdão impugnado
foi formalizado pelo Superior Tribunal de Justiça em recurso ordinário
constitucional em habeas corpus. De duas, uma: ou há, no acórdão
proferido, quadro a ensejar a interposição de recurso extraordinário, ou
não há. Descabe a volta a estágio anterior, que é o do ajuizamento
originário do habeas corpus.
No mais, tendo iniciado a prisão provisória do paciente em 18 de
fevereiro de 2010, surge o excesso de prazo. Concedo a ordem de ofício
para afastá-la. Expeçam alvará de soltura a ser cumprido com as cautelas
próprias: caso o paciente não esteja recolhido por motivo diverso da
custódia preventiva retratada no ato formalizado pelo Juízo da 3ª Vara
Criminal de Teresina/PI no Processo nº 4382007.
3
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HC 109.393 / PI
mediante o denominado habeas corpus substitutivo, alcançando-
se, com isso, a passagem do tempo, a desaguar, por vezes, na
prescrição. A situação não deve continuar, no que já mitigou a
importância do habeas corpus e emperrou a máquina judiciária,
sendo prejudicados os cidadãos em geral, a cidadania. Rara é a
sessão da Turma em que não se examina impetração voltada
contra a demora na apreciação de idêntica medida pelo
Superior Tribunal de Justiça.
Incumbe observar essa óptica também no que o acórdão impugnado
foi formalizado pelo Superior Tribunal de Justiça em recurso ordinário
constitucional em habeas corpus. De duas, uma: ou há, no acórdão
proferido, quadro a ensejar a interposição de recurso extraordinário, ou
não há. Descabe a volta a estágio anterior, que é o do ajuizamento
originário do habeas corpus.
No mais, tendo iniciado a prisão provisória do paciente em 18 de
fevereiro de 2010, surge o excesso de prazo. Concedo a ordem de ofício
para afastá-la. Expeçam alvará de soltura a ser cumprido com as cautelas
próprias: caso o paciente não esteja recolhido por motivo diverso da
custódia preventiva retratada no ato formalizado pelo Juízo da 3ª Vara
Criminal de Teresina/PI no Processo nº 4382007.
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Notas para o Voto
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 109.393 PIAUÍ
NOTAS PARA O VOTO
A SENHORA MINISTRA ROSA WEBER - Senhor Presidente,
tenho o apontamento de que, na verdade, o STJ teria denegado a ordem
porque o fundamento é o excesso de prazo. E, de fato, decretada a prisão
preventiva em 05 de setembro de 2008, seria de acolher, mas o STJ
argumentou que a defesa causou esse atraso porque provocou pelo
menos o adiamento de três audiências.
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - Eu tenho aqui, também,
anotado esse fato. É que a defesa adiou cinco audiências.
A SENHORA MINISTRA ROSA WEBER - Eu tenho, pelo menos, o
registro de adiamento por três vezes.
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – O Juízo
preside a instrução.
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE):
A Ministra Rosa, então, não concede de ofício, no que acompanha...
A SENHORA MINISTRA ROSA WEBER - Observo que não há nos
autos - por isso o Ministro Marco Aurélio não pode fornecer -
informações atualizadas; as últimas que temos são de 2011.
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Quanto a
quê?
A SENHORA MINISTRA ROSA WEBER - Ao que aconteceu.
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 109.393 PIAUÍ
NOTAS PARA O VOTO
A SENHORA MINISTRA ROSA WEBER - Senhor Presidente,
tenho o apontamento de que, na verdade, o STJ teria denegado a ordem
porque o fundamento é o excesso de prazo. E, de fato, decretada a prisão
preventiva em 05 de setembro de 2008, seria de acolher, mas o STJ
argumentou que a defesa causou esse atraso porque provocou pelo
menos o adiamento de três audiências.
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - Eu tenho aqui, também,
anotado esse fato. É que a defesa adiou cinco audiências.
A SENHORA MINISTRA ROSA WEBER - Eu tenho, pelo menos, o
registro de adiamento por três vezes.
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – O Juízo
preside a instrução.
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE):
A Ministra Rosa, então, não concede de ofício, no que acompanha...
A SENHORA MINISTRA ROSA WEBER - Observo que não há nos
autos - por isso o Ministro Marco Aurélio não pode fornecer -
informações atualizadas; as últimas que temos são de 2011.
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Quanto a
quê?
A SENHORA MINISTRA ROSA WEBER - Ao que aconteceu.
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Notas para o Voto
HC 109.393 / PI
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Estou
deferindo com as cautelas, apenas afastando a provisória.
A SENHORA MINISTRA ROSA WEBER - Exato. Por isso estou
tendendo acompanhar o voto de Vossa Excelência, porque não a
diligenciaram desde 2008.
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Pois é,
agora, se já estiver com a culpa selada, aí...
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - É roubo qualificado.
A SENHORA MINISTRA ROSA WEBER – Então, parece que já
aconteceu alguma coisa, porque ele continua preso desde 2008. Como
não diligenciaram em nos trazer as informações, eu acompanho o voto do
eminente Ministro Relator.
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Um
esclarecimento, está havendo um descompasso quanto à data da prisão,
que consigno como 18 de fevereiro de 2010, e Vossa Excelência encontrou
2008?
A SENHORA MINISTRA ROSA WEBER - O recorrente foi
denunciado pelo crime de latrocínio, decretada a prisão preventiva - não
sei, só se foi equívoco - 05 de setembro de 2008.
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Só foi
preso mais tarde, depois de formalizada. Só deve ter sido preso...
A SENHORA MINISTRA ROSA WEBER - É, então só foi
implementada depois, mas de qualquer sorte já seriam mais de três anos.
Assim, acompanho o voto do eminente Ministro Marco Aurélio.
2
Supremo Tribunal Federal
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HC 109.393 / PI
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Estou
deferindo com as cautelas, apenas afastando a provisória.
A SENHORA MINISTRA ROSA WEBER - Exato. Por isso estou
tendendo acompanhar o voto de Vossa Excelência, porque não a
diligenciaram desde 2008.
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Pois é,
agora, se já estiver com a culpa selada, aí...
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - É roubo qualificado.
A SENHORA MINISTRA ROSA WEBER – Então, parece que já
aconteceu alguma coisa, porque ele continua preso desde 2008. Como
não diligenciaram em nos trazer as informações, eu acompanho o voto do
eminente Ministro Relator.
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Um
esclarecimento, está havendo um descompasso quanto à data da prisão,
que consigno como 18 de fevereiro de 2010, e Vossa Excelência encontrou
2008?
A SENHORA MINISTRA ROSA WEBER - O recorrente foi
denunciado pelo crime de latrocínio, decretada a prisão preventiva - não
sei, só se foi equívoco - 05 de setembro de 2008.
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Só foi
preso mais tarde, depois de formalizada. Só deve ter sido preso...
A SENHORA MINISTRA ROSA WEBER - É, então só foi
implementada depois, mas de qualquer sorte já seriam mais de três anos.
Assim, acompanho o voto do eminente Ministro Marco Aurélio.
2
Supremo Tribunal Federal
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Voto - MIN. LUIZ FUX
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 109.393 PIAUÍ
VOTO
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - Senhor Presidente, aqui foi
pedido pela defesa, a primeira vez; depois, o segundo adiamento pela
ausência de Defensor; depois, adiada por conta da falta de Defensor;
depois, pela ausência da vítima e das testemunhas; e esse excesso de
prazo aqui, no meu modo de ver, não resulta de simples operação
aritmética. O delito é um delito grave.
Eu vou acompanhar a divergência da Ministra Rosa.
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 109.393 PIAUÍ
VOTO
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - Senhor Presidente, aqui foi
pedido pela defesa, a primeira vez; depois, o segundo adiamento pela
ausência de Defensor; depois, adiada por conta da falta de Defensor;
depois, pela ausência da vítima e das testemunhas; e esse excesso de
prazo aqui, no meu modo de ver, não resulta de simples operação
aritmética. O delito é um delito grave.
Eu vou acompanhar a divergência da Ministra Rosa.
Supremo Tribunal Federal
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Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 109.393 PIAUÍ
VOTO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE):
Eu também, neste caso concreto, vou acompanhar o Ministro Luiz
Fux.
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Supremo Tribunal Federal
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 109.393 PIAUÍ
VOTO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE):
Eu também, neste caso concreto, vou acompanhar o Ministro Luiz
Fux.
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 12 de 13
Decisão de Julgamento
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
HABEAS CORPUS 109.393
PROCED. : PIAUÍ
RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO
PACTE.(S) : FRANCISCO DAS CHAGAS GOMES DA SILVA
IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Decisão: Por unanimidade, a Turma julgou extinta a ordem de
habeas corpus por inadequação da via processual. Por empate na
votação, concedeu a ordem, de ofício, nos termos do voto do
Relator. Votaram pela não concessão da ordem, de ofício, os
Senhores Ministros Luiz Fux e Dias Toffoli, Presidente. 1ª Turma,
6.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3108157
Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
HABEAS CORPUS 109.393
PROCED. : PIAUÍ
RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO
PACTE.(S) : FRANCISCO DAS CHAGAS GOMES DA SILVA
IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Decisão: Por unanimidade, a Turma julgou extinta a ordem de
habeas corpus por inadequação da via processual. Por empate na
votação, concedeu a ordem, de ofício, nos termos do voto do
Relator. Votaram pela não concessão da ordem, de ofício, os
Senhores Ministros Luiz Fux e Dias Toffoli, Presidente. 1ª Turma,
6.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3108157
Inteiro Teor do Acórdão - Página 13 de 13
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3207225 | 2012-11-06T00:00:00 | 2012-12-17T00:00:00 | Por unanimidade, a Turma julgou extinta a ordem de habeas corpus por inadequação da via processual. Por empate na votação, concedeu a ordem, de ofício, nos termos do voto do Relator. Votaram pela não concessão da ordem, de ofício, os Senhores Ministros Luiz Fux e Dias Toffoli, Presidente. 1ª Turma, 6.11.2012. | HABEAS CORPUS | RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS – PRONUNCIAMENTO DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA – NOVA IMPETRAÇÃO – IMPROPRIEDADE. Uma vez julgado pelo Superior Tribunal de Justiça o recurso ordinário formalizado em processo revelador de impetração, o acesso ao Supremo faz-se em via das mais afuniladas – mediante recurso extraordinário e não nova impetração.
PRISÃO PREVENTIVA – EXCESSO DE PRAZO – ORDEM DE OFÍCIO. Surgindo do processo ilegalidade a alcançar, direta ou indiretamente, o direito de ir e vir do cidadão, cumpre implementar ordem de ofício. Isso ocorre quando, passados mais de dois anos, ainda há custódia provisória. | sjur221811 | - Veja RHC 28839 do STJ.
Número de páginas: 13.
Análise: 23/01/2013, MMR.
Revisão: 04/02/2013, IMC. | MARCO AURÉLIO | Primeira Turma | 109393 | null | HC | acordaos | HC 109393 | [
""
] | PACTE.(S) : FRANCISCO DAS CHAGAS GOMES DA SILVA
IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"HABEAS CORPUS 109 . 393",
"HC 109 . 393 / PI",
"HC 109 . 393 / PI",
"HABEAS CORPUS 109 . 393 PIAUÍ",
"RHC [UNK] 28 . 839",
"HABEAS CORPUS 109 . 393",
"RHC [UNK] 28 . 839",
"HC 109 . 393 / PI",
"HC 109 . 393 / PI",
"HC 109 . 393 / PI",
"Habeas Corpus [UNK] 83 . 773 / SP",
"Habeas Corpus [UNK] 104 . 346 / SP",
"Habeas Corpus [UNK] 103 . 558 / SP",
"HC 109 . 393 / PI",
"Habeas Corpus [UNK] 83 . 773 / SP",
"Habeas Corpus [UNK] 104 . 346 / SP",
"Habeas Corpus [UNK] 103 . 558 / SP",
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"HABEAS CORPUS 109 . 393",
"HC 109 . 393 / PI",
"HC 109 . 393 / PI",
"HC 109 . 393 / PI",
"HC 109 . 393 / PI",
"HABEAS CORPUS 109 . 393",
"HABEAS CORPUS 109 . 393",
"HC 109 . 393 / PI",
"HC 109 . 393 / PI",
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"HABEAS CORPUS 109 . 393 PIAUÍ",
"HABEAS CORPUS 109 . 393",
"HABEAS CORPUS 109 . 393",
"HABEAS CORPUS 109 . 393",
"HABEAS CORPUS 109 . 393"
],
"LEGISLACAO": [
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 13 , VIII , do RISTF",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Carta Federal",
"Carta da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Carta Federal",
"Carta da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Carta Federal",
"Lei Fundamental",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Carta Federal",
"Lei Fundamental",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"PIAUÍ",
"Brasília",
"PIAUÍ",
"Brasília",
"Brasília",
"PIAUÍ",
"PIAUÍ",
"PIAUÍ",
"PIAUÍ",
"PIAUÍ",
"PIAUÍ"
],
"ORGANIZACAO": [
"PRIMEIRA TURMA",
"DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Supremo",
"Primeira Turma do",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"Superior Tribunal de Justiça",
"[UNK] Vara Criminal de Teresina / PI",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
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"[UNK] Vara Criminal de Teresina / PI",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"[UNK] Vara Criminal de Teresina / PI",
"Tribunal de Justiça da Paraíba",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Tribunal de Justiça do Estado do Piauí",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"[UNK] Vara Criminal de Teresina / PI",
"Tribunal de Justiça da Paraíba",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Tribunal de Justiça do Estado do Piauí",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"Procuradoria Geral da República",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Procuradoria Geral da República",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"Supremo",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Supremo",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Superior Tribunal de Justiça",
"[UNK] Vara Criminal de Teresina / PI",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Superior Tribunal de Justiça",
"[UNK] Vara Criminal de Teresina / PI",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"STJ",
"STJ",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"STJ",
"STJ",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
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"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"MARCO AURÉLIO",
"FRANCISCO DAS CHAGAS GOMES DA SILVA",
"Dias Toffoli",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"FRANCISCO DAS CHAGAS GOMES DA SILVA",
"MARCO AURÉLIO",
"FRANCISCO DAS CHAGAS GOMES DA SILVA",
"MARCO AURÉLIO",
"FRANCISCO DAS CHAGAS GOMES DA SILVA",
"MARCO AURÉLIO",
"FRANCISCO DAS CHAGAS GOMES DA SILVA",
"Cezar Peluso",
"Cezar Peluso",
"Celso de Mello",
"Luiz Fux",
"Ricardo Lewandowski",
"Celso de Mello",
"Luiz Fux",
"Ricardo Lewandowski",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"ROSA WEBER",
"LUIZ FUX",
"ROSA WEBER",
"MARCO AURÉLIO",
"DIAS TOFFOLI",
"Rosa",
"ROSA WEBER",
"Marco Aurélio",
"MARCO AURÉLIO",
"ROSA WEBER",
"ROSA WEBER",
"LUIZ FUX",
"ROSA WEBER",
"MARCO AURÉLIO",
"DIAS TOFFOLI",
"Rosa",
"ROSA WEBER",
"Marco Aurélio",
"MARCO AURÉLIO",
"ROSA WEBER",
"MARCO AURÉLIO",
"ROSA WEBER",
"MARCO AURÉLIO",
"LUIZ FUX",
"ROSA WEBER",
"MARCO AURÉLIO",
"ROSA WEBER",
"MARCO AURÉLIO",
"ROSA WEBER",
"Marco Aurélio",
"MARCO AURÉLIO",
"ROSA WEBER",
"MARCO AURÉLIO",
"LUIZ FUX",
"ROSA WEBER",
"MARCO AURÉLIO",
"ROSA WEBER",
"MARCO AURÉLIO",
"ROSA WEBER",
"Marco Aurélio",
"LUIZ FUX",
"LUIZ FUX",
"Rosa",
"LUIZ FUX",
"Rosa",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"Luiz Fux",
"DIAS TOFFOLI",
"Luiz Fux",
"MARCO AURÉLIO",
"FRANCISCO DAS CHAGAS GOMES DA SILVA",
"Luiz Fux",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza",
"MARCO AURÉLIO",
"FRANCISCO DAS CHAGAS GOMES DA SILVA",
"Luiz Fux",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza"
],
"TEMPO": [
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"6 de novembro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"17",
"/",
"12",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"21 de julho de 2011",
"26 de Julho de 2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"21 de julho de 2011",
"26 de Julho de 2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"27 de outubro de 2012",
"6 de novembro seguinte",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"27 de outubro de 2012",
"6 de novembro",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"primeiro semestre de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"primeiro semestre de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"18 de fevereiro de 2010",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"18 de fevereiro de 2010",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"05 de setembro de 2008",
"2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"05 de setembro de 2008",
"2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"2008",
"2008",
"18 de fevereiro de 2010",
"05 de setembro de 2008",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"2008",
"2008",
"18 de fevereiro de 2010",
"05 de setembro de 2008",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"6",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"6",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 108.989 MATO GROSSO DO SUL
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
PACTE.(S)
:WILSON APARECIDO DOS SANTOS SILVA
IMPTE.(S)
:DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
COATOR(A/S)(ES)
:SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
HABEAS CORPUS – JULGAMENTO POR TRIBUNAL SUPERIOR –
IMPUGNAÇÃO. A teor do disposto no artigo 102, inciso II, alínea “a”, da
Constituição Federal, contra decisão, proferida em processo revelador de
habeas corpus, a implicar a não concessão da ordem, cabível é o recurso
ordinário. Evolução quanto à admissibilidade do substitutivo do habeas
corpus.
PRISÃO EM FLAGRANTE – TRÁFICO DE ENTORPECENTES
PREVENTIVA – FUNDAMENTOS – INSUBSISTÊNCIA. Estando o ato
referente à prisão preventiva em desconformidade com o artigo 312 do
Código de Processo Penal, impõe-se o implemento da ordem de ofício.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal em julgar extinta a ordem
de habeas corpus por inadequação da via processual, mas em concedê-la de
ofício, nos termos do voto do relator e por unanimidade, em sessão
presidida pelo Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata do
julgamento e das respectivas notas taquigráficas.
Brasília, 6 de novembro de 2012.
MINISTRO MARCO AURÉLIO – RELATOR
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3134237.
Supremo Tribunal Federal
DJe 29/11/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 14
Relatório
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 108.989 MATO GROSSO DO SUL
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
PACTE.(S)
:WILSON APARECIDO DOS SANTOS SILVA
IMPTE.(S)
:DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
COATOR(A/S)(ES)
:SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Adoto, a título de
relatório, as informações prestadas pelo Gabinete:
O Presidente, ao indeferir o pedido de liminar, consignou:
Decisão: 1. Trata-se de habeas corpus, com
pedido de liminar, impetrado em favor de WILSON
APARECIDO DOS SANTOS SILVA, contra decisão
do Superior Tribunal de Justiça, que lhe denegou a
ordem requerida no HC nº 199.276.
O paciente foi preso em flagrante, pela suposta
prática dos delitos tipificados nos arts. 33, caput, e 35,
caput, todos da Lei nº 11.343/2006.
Contra a decisão da 4ª Vara Criminal da
Comarca de Campo Grande (MS), que indeferiu o
pedido de liberdade provisória, a defesa impetrou
habeas corpus ao Tribunal de Justiça do Mato Grosso
do Sul, o qual lhe denegou a ordem. Novo pedido de
writ foi impetrado perante o STJ, que o denegou nos
seguintes termos:
“HABEAS CORPUS. TRÁFICO DE
DROGAS.
PEDIDODE
LIBERDADE
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3071384.
Supremo Tribunal Federal
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 108.989 MATO GROSSO DO SUL
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
PACTE.(S)
:WILSON APARECIDO DOS SANTOS SILVA
IMPTE.(S)
:DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
COATOR(A/S)(ES)
:SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Adoto, a título de
relatório, as informações prestadas pelo Gabinete:
O Presidente, ao indeferir o pedido de liminar, consignou:
Decisão: 1. Trata-se de habeas corpus, com
pedido de liminar, impetrado em favor de WILSON
APARECIDO DOS SANTOS SILVA, contra decisão
do Superior Tribunal de Justiça, que lhe denegou a
ordem requerida no HC nº 199.276.
O paciente foi preso em flagrante, pela suposta
prática dos delitos tipificados nos arts. 33, caput, e 35,
caput, todos da Lei nº 11.343/2006.
Contra a decisão da 4ª Vara Criminal da
Comarca de Campo Grande (MS), que indeferiu o
pedido de liberdade provisória, a defesa impetrou
habeas corpus ao Tribunal de Justiça do Mato Grosso
do Sul, o qual lhe denegou a ordem. Novo pedido de
writ foi impetrado perante o STJ, que o denegou nos
seguintes termos:
“HABEAS CORPUS. TRÁFICO DE
DROGAS.
PEDIDODE
LIBERDADE
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Relatório
HC 108.989 / MS
PROVISÓRIA. IMPOSSIBILIDADE. ART. 44,
CAPUT, DA LEI 11.343/06. VEDAÇÃO LEGAL.
PREVISÃO LEGAL NÃO REVOGADA PELA
NOVA REDAÇÃO DO ART. 2º DA LEI Nº
8.072/90, CONFERIDA PELA LEI 11.464/07.
ALEGAÇÃO DE CONDIÇÕES PESSOAIS
FAVORÁVEIS COMO FUNDAMENTO PARA
A
CONCESSÃO
DE
LIBERDADE
PROVISÓRIA. INSUFICIENTE. ORDEM
DENEGADA.
1. A Quinta Turma do Superior Tribunal
de Justiça vem decidindo no sentido de que ao
acusado por tráfico de drogas, cumprindo
prisão cautelar, é vedada a concessão de
liberdade provisória. Tal proibição legal,
contida no art.44 da Lei nº 11.343/06, não foi
revogada com a alteração do art. 2º, II, da Lei
8.072/90, pela Lei nº 11.464/07.
2. O reconhecimento da Repercussão
Geral pelo Supremo Tribunal Federal no RE
601.384/RS, sob a relatoria do Min. MARCO
AURÉLIO, com referência ao mérito deste writ,
em regra, não tem o condão de sobrestar os
processos pendentes de julgamento nesta Corte.
3. As Turmas componentes da Terceira
Seção do Superior Tribunal de Justiça já
cristalizaram o entendimento de inexistir
constrangimento ilegal quando a manutenção
da
custódia
cautelar,
suficientemente
fundamentada, retratar a necessidade da
medida para as garantia da ordem pública e
aplicação da lei penal.
4. “Ordem denegada.”
Aduz, agora, a impetrante:
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3071384.
Supremo Tribunal Federal
HC 108.989 / MS
PROVISÓRIA. IMPOSSIBILIDADE. ART. 44,
CAPUT, DA LEI 11.343/06. VEDAÇÃO LEGAL.
PREVISÃO LEGAL NÃO REVOGADA PELA
NOVA REDAÇÃO DO ART. 2º DA LEI Nº
8.072/90, CONFERIDA PELA LEI 11.464/07.
ALEGAÇÃO DE CONDIÇÕES PESSOAIS
FAVORÁVEIS COMO FUNDAMENTO PARA
A
CONCESSÃO
DE
LIBERDADE
PROVISÓRIA. INSUFICIENTE. ORDEM
DENEGADA.
1. A Quinta Turma do Superior Tribunal
de Justiça vem decidindo no sentido de que ao
acusado por tráfico de drogas, cumprindo
prisão cautelar, é vedada a concessão de
liberdade provisória. Tal proibição legal,
contida no art.44 da Lei nº 11.343/06, não foi
revogada com a alteração do art. 2º, II, da Lei
8.072/90, pela Lei nº 11.464/07.
2. O reconhecimento da Repercussão
Geral pelo Supremo Tribunal Federal no RE
601.384/RS, sob a relatoria do Min. MARCO
AURÉLIO, com referência ao mérito deste writ,
em regra, não tem o condão de sobrestar os
processos pendentes de julgamento nesta Corte.
3. As Turmas componentes da Terceira
Seção do Superior Tribunal de Justiça já
cristalizaram o entendimento de inexistir
constrangimento ilegal quando a manutenção
da
custódia
cautelar,
suficientemente
fundamentada, retratar a necessidade da
medida para as garantia da ordem pública e
aplicação da lei penal.
4. “Ordem denegada.”
Aduz, agora, a impetrante:
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3071384.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 14
Relatório
HC 108.989 / MS
(i) o não preenchimento dos requisitos exigidos pelo
art. 312 do CPP;
(ii) a impossibilidade de prisão preventiva com
fundamento na gravidade do delito; e
(iii) a possibilidade de concessão da liberdade
provisória, tendo em vista que a medida extrema, neste
caso, não é automática, nem se presume a periculosidade
do agente, nos termos da pacífica jurisprudência e da Lei
nº 11.464/2007, que revogou o inc. II do art. 2º da Lei dos
Crimes Hediondos.
Requer a impetrante o deferimento da liminar
“...para imediata expedição de alvará de soltura em favor
do paciente, sob pena de graves e irreversíveis
conseqüências, de forma que seja concedida a liberdade
provisória
ao caso concreto...”.
No
mérito, a
confirmação da liminar.
2. Nos termos do art. 13, VIII, do RISTF, decido.
Não é caso de liminar.
Cansa-se esta Corte de decidir que a gravidade
do delito não é elemento apto a ensejar a decretação
da prisão preventiva:
“AÇÃO PENAL. Prisão preventiva. Decreto
fundado na gravidade do delito, a título de garantia
da ordem pública. Inadmissibilidade. Razão que não
autoriza a prisão cautelar. Constrangimento ilegal
caracterizado. Precedentes.
É ilegal o decreto de prisão preventiva que, a
título de necessidade de garantir a ordem pública, se
funda na gravidade do delito” (HC n° 92.302, Rel.
3
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3071384.
Supremo Tribunal Federal
HC 108.989 / MS
(i) o não preenchimento dos requisitos exigidos pelo
art. 312 do CPP;
(ii) a impossibilidade de prisão preventiva com
fundamento na gravidade do delito; e
(iii) a possibilidade de concessão da liberdade
provisória, tendo em vista que a medida extrema, neste
caso, não é automática, nem se presume a periculosidade
do agente, nos termos da pacífica jurisprudência e da Lei
nº 11.464/2007, que revogou o inc. II do art. 2º da Lei dos
Crimes Hediondos.
Requer a impetrante o deferimento da liminar
“...para imediata expedição de alvará de soltura em favor
do paciente, sob pena de graves e irreversíveis
conseqüências, de forma que seja concedida a liberdade
provisória
ao caso concreto...”.
No
mérito, a
confirmação da liminar.
2. Nos termos do art. 13, VIII, do RISTF, decido.
Não é caso de liminar.
Cansa-se esta Corte de decidir que a gravidade
do delito não é elemento apto a ensejar a decretação
da prisão preventiva:
“AÇÃO PENAL. Prisão preventiva. Decreto
fundado na gravidade do delito, a título de garantia
da ordem pública. Inadmissibilidade. Razão que não
autoriza a prisão cautelar. Constrangimento ilegal
caracterizado. Precedentes.
É ilegal o decreto de prisão preventiva que, a
título de necessidade de garantir a ordem pública, se
funda na gravidade do delito” (HC n° 92.302, Rel.
3
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3071384.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 14
Relatório
HC 108.989 / MS
Min. CEZAR PELUSO, DJ 13/06/2008).
“AÇÃO PENAL. Prisão preventiva. Decreto
fundado na gravidade do delito. Inadmissibilidade.
Razão que não autoriza a prisão cautelar.
Constrangimento ilegal caracterizado. Precedentes.
HC concedido.
É ilegal o decreto de prisão preventiva que se
funda na gravidade do delito.” (HC n° 94.122; 2ª
Turma; Rel. Min. CEZAR PELUSO; j. 19/8/2008).
“AÇÃO PENAL. Prisão preventiva. Decreto
fundado na gravidade concreta do delito e em
suposta insensibilidade moral dos réus, primários.
Inadmissibilidade. Razões que não autorizam a
prisão
cautelar.
Constrangimento
ilegal
caracterizado. HC concedido.
É ilegal o decreto de prisão preventiva que se
funda na gravidade concreta do delito e na suposta
insensibilidade moral do réu.” (HC n° 83.806; 1ª
Turma; Rel. Min.
JOAQUIM BARBOSA; j.
09/03/2004).
Mas ao negar a liberdade provisória, o
Magistrado de primeiro grau o fez com base em
fundamentos concretos, os de envolvimento do
paciente em empresa destinada à traficância,
deixando claro que a decisão foi tomada para
assegurar a manutenção da ordem pública, in verbis:
“O pedido deve ser indeferido momento
processual, haja vista que no caso em tela estão
presentes os requisitos do art. 312 do Código de
Processo Penal, que, a contrario sensu, impede a
concessão de liberdade provisória.
Com efeito, a manutenção de prisão de cunho
4
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
HC 108.989 / MS
Min. CEZAR PELUSO, DJ 13/06/2008).
“AÇÃO PENAL. Prisão preventiva. Decreto
fundado na gravidade do delito. Inadmissibilidade.
Razão que não autoriza a prisão cautelar.
Constrangimento ilegal caracterizado. Precedentes.
HC concedido.
É ilegal o decreto de prisão preventiva que se
funda na gravidade do delito.” (HC n° 94.122; 2ª
Turma; Rel. Min. CEZAR PELUSO; j. 19/8/2008).
“AÇÃO PENAL. Prisão preventiva. Decreto
fundado na gravidade concreta do delito e em
suposta insensibilidade moral dos réus, primários.
Inadmissibilidade. Razões que não autorizam a
prisão
cautelar.
Constrangimento
ilegal
caracterizado. HC concedido.
É ilegal o decreto de prisão preventiva que se
funda na gravidade concreta do delito e na suposta
insensibilidade moral do réu.” (HC n° 83.806; 1ª
Turma; Rel. Min.
JOAQUIM BARBOSA; j.
09/03/2004).
Mas ao negar a liberdade provisória, o
Magistrado de primeiro grau o fez com base em
fundamentos concretos, os de envolvimento do
paciente em empresa destinada à traficância,
deixando claro que a decisão foi tomada para
assegurar a manutenção da ordem pública, in verbis:
“O pedido deve ser indeferido momento
processual, haja vista que no caso em tela estão
presentes os requisitos do art. 312 do Código de
Processo Penal, que, a contrario sensu, impede a
concessão de liberdade provisória.
Com efeito, a manutenção de prisão de cunho
4
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 14
Relatório
HC 108.989 / MS
cautelar, decorrente de prisão em flagrante, depende
da presença dos requisitos para a decretação da
prisão preventiva, os quais ressaem expressos do art.
312 do Código de Processo Penal, tais sejam: indícios
suficientes de autoria e prova materialidade do
crime, somando-se a isso algum dos seguintes
fundamentos: a garantia da ordem pública ou
econômica, a conveniência da instrução criminal e
para assegurar a aplicação da lei penal, ex vi do
disposto no art. 312 do Código de Processo Penal.
No caso em tela reputo presentes tais
requisitos.
Primeiro, há nos autos prova da existência do
crime e indício suficientes da autoria, tanto que o
requerente foi preso em flagrante com um papelote
contendo cocaína.
Somado a isso, no momento dos fatos, a menor
AMANDA JANUÁRIA DA SILVA estava embalando
em recipientes plásticos substância análoga à
maconha, sendo que chegou a afirmar aos policiais
militares que trabalha no local acondicionando
entorpecentes, que WILSON é responsável por fazer
as entregas das drogas e “JOÃO DE DEUS” pelo
abastecimento de entorpecentes no local.
Referidos circunstâncias demonstram que o
requerente praticou o delito em concurso de agentes,
tratando-se de atividade organizada, com requintes
de organização criminosa.
(...)
Por isso, sem prejuízo de renovação do pedido,
INDEFIRO O PEDIDO DE LIBERDADE
PROVISÓRIA
formulado
por
WILSON
APARECIDO DOS SANTOS SILVA.”
5
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cautelar, decorrente de prisão em flagrante, depende
da presença dos requisitos para a decretação da
prisão preventiva, os quais ressaem expressos do art.
312 do Código de Processo Penal, tais sejam: indícios
suficientes de autoria e prova materialidade do
crime, somando-se a isso algum dos seguintes
fundamentos: a garantia da ordem pública ou
econômica, a conveniência da instrução criminal e
para assegurar a aplicação da lei penal, ex vi do
disposto no art. 312 do Código de Processo Penal.
No caso em tela reputo presentes tais
requisitos.
Primeiro, há nos autos prova da existência do
crime e indício suficientes da autoria, tanto que o
requerente foi preso em flagrante com um papelote
contendo cocaína.
Somado a isso, no momento dos fatos, a menor
AMANDA JANUÁRIA DA SILVA estava embalando
em recipientes plásticos substância análoga à
maconha, sendo que chegou a afirmar aos policiais
militares que trabalha no local acondicionando
entorpecentes, que WILSON é responsável por fazer
as entregas das drogas e “JOÃO DE DEUS” pelo
abastecimento de entorpecentes no local.
Referidos circunstâncias demonstram que o
requerente praticou o delito em concurso de agentes,
tratando-se de atividade organizada, com requintes
de organização criminosa.
(...)
Por isso, sem prejuízo de renovação do pedido,
INDEFIRO O PEDIDO DE LIBERDADE
PROVISÓRIA
formulado
por
WILSON
APARECIDO DOS SANTOS SILVA.”
5
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 14
Relatório
HC 108.989 / MS
Extraem-se, portanto, da decisão de primeiro
grau, fundamentos relevantes que sustentam a prisão
preventiva do ora paciente. Não é preciso grande
raciocínio para perceber que contra o paciente
existem grandes indícios de pertencer a quadrilha
destinada ao tráfico de entorpecentes e que sua
participação na empresa é significativa. A toda
evidência, o fundamento relevante da decretação da
custódia cautelar está na premente necessidade de
garantia da ordem pública.
Em casos tais, esta Corte tem mantido o decreto
de prisão preventiva, v.g.: "(...) garantia da ordem
pública, por sua vez, visa, entre outras coisas, a evitar a
reiteração delitiva, assim resguardando a sociedade de
maiores danos. Sendo a paciente, segundo afirma a
acusação, um dos principais membros da quadrilha, teme-
se que, em liberdade, continue a comandar esse esquema
criminoso, restabelecendo o elo com os integrantes que se
encontram em outros países ou foragidos. Ao contrário do
que se alega na petição inicial, existem nos autos
elementos concretos, e não meras conjecturas, que
apontam a paciente como importante integrante da
organização criminosa em comento" (HC nº 84.658, Rel.
Min. JOAQUIM BARBOSA. Cf., ainda, HC nº
84.680, Rel. Min. CARLOS BRITTO; HC nº 84.352,
Rel. Min. MARCO AURÉLIO).
Nesse sentido, tenho decidido:
“AÇÃO PENAL. Prisão preventiva. Decretação
para garantia da ordem pública. Tráfico
internacional de medicamentos com propriedades
entorpecentes. Quadrilha com organização
requintada e complexa. Causa legal caracterizada.
Constrangimento ilegal inexistente. HC denegado.
6
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Supremo Tribunal Federal
HC 108.989 / MS
Extraem-se, portanto, da decisão de primeiro
grau, fundamentos relevantes que sustentam a prisão
preventiva do ora paciente. Não é preciso grande
raciocínio para perceber que contra o paciente
existem grandes indícios de pertencer a quadrilha
destinada ao tráfico de entorpecentes e que sua
participação na empresa é significativa. A toda
evidência, o fundamento relevante da decretação da
custódia cautelar está na premente necessidade de
garantia da ordem pública.
Em casos tais, esta Corte tem mantido o decreto
de prisão preventiva, v.g.: "(...) garantia da ordem
pública, por sua vez, visa, entre outras coisas, a evitar a
reiteração delitiva, assim resguardando a sociedade de
maiores danos. Sendo a paciente, segundo afirma a
acusação, um dos principais membros da quadrilha, teme-
se que, em liberdade, continue a comandar esse esquema
criminoso, restabelecendo o elo com os integrantes que se
encontram em outros países ou foragidos. Ao contrário do
que se alega na petição inicial, existem nos autos
elementos concretos, e não meras conjecturas, que
apontam a paciente como importante integrante da
organização criminosa em comento" (HC nº 84.658, Rel.
Min. JOAQUIM BARBOSA. Cf., ainda, HC nº
84.680, Rel. Min. CARLOS BRITTO; HC nº 84.352,
Rel. Min. MARCO AURÉLIO).
Nesse sentido, tenho decidido:
“AÇÃO PENAL. Prisão preventiva. Decretação
para garantia da ordem pública. Tráfico
internacional de medicamentos com propriedades
entorpecentes. Quadrilha com organização
requintada e complexa. Causa legal caracterizada.
Constrangimento ilegal inexistente. HC denegado.
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 14
Relatório
HC 108.989 / MS
Aplicação do art. 312 do CPP. Precedente. É legal, a
título de garantia da ordem pública, o decreto de
prisão preventiva de membros de quadrilha que,
com organização requintada e complexa, se dedica a
tráfico internacional de medicamentos com
propriedades entorpecentes” (HC nº 91.228, de
minha relatoria, DJ de 14.9.2007).
3. Ante ao exposto, indefiro o pedido de
liminar, sem prejuízo de nova apreciação pelo
Ministro Relator.
Publique-se. Int..
Brasília, 27 de Julho de 2011.
Ministro Cezar Peluso
Presidente
A Procuradoria Geral da República, no parecer, afasta a
alegação de atipicidade da conduta em razão do princípio da
insignificância. Diz da impossibilidade de conceder-se
liberdade provisória em caso de tráfico de drogas, conforme
previsto no artigo 44 da Lei nº 11.343/06. Reforça a necessidade
de conjugar-se as condições subjetivas com as objetivas para a
viabilização da cautelar. Cita como precedentes o Habeas Corpus
nº 103.406/SP, relator Ministro Ricardo Lewandowski, e o
Habeas Corpus nº 103.715/RJ, relatora Ministra Cármen Lúcia.
Opina pelo indeferimento da ordem.
Consulta ao sítio do Superior Tribunal de Justiça, nesta
data, revelou que o Habeas Corpus nº 199.276/MS encontra-se
arquivado em definitivo, após o trânsito em julgado do
acórdão, ocorrido em 7 de junho de 2011.
Lancei visto no processo em 27 de outubro de 2012, liberando-o para
7
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Supremo Tribunal Federal
HC 108.989 / MS
Aplicação do art. 312 do CPP. Precedente. É legal, a
título de garantia da ordem pública, o decreto de
prisão preventiva de membros de quadrilha que,
com organização requintada e complexa, se dedica a
tráfico internacional de medicamentos com
propriedades entorpecentes” (HC nº 91.228, de
minha relatoria, DJ de 14.9.2007).
3. Ante ao exposto, indefiro o pedido de
liminar, sem prejuízo de nova apreciação pelo
Ministro Relator.
Publique-se. Int..
Brasília, 27 de Julho de 2011.
Ministro Cezar Peluso
Presidente
A Procuradoria Geral da República, no parecer, afasta a
alegação de atipicidade da conduta em razão do princípio da
insignificância. Diz da impossibilidade de conceder-se
liberdade provisória em caso de tráfico de drogas, conforme
previsto no artigo 44 da Lei nº 11.343/06. Reforça a necessidade
de conjugar-se as condições subjetivas com as objetivas para a
viabilização da cautelar. Cita como precedentes o Habeas Corpus
nº 103.406/SP, relator Ministro Ricardo Lewandowski, e o
Habeas Corpus nº 103.715/RJ, relatora Ministra Cármen Lúcia.
Opina pelo indeferimento da ordem.
Consulta ao sítio do Superior Tribunal de Justiça, nesta
data, revelou que o Habeas Corpus nº 199.276/MS encontra-se
arquivado em definitivo, após o trânsito em julgado do
acórdão, ocorrido em 7 de junho de 2011.
Lancei visto no processo em 27 de outubro de 2012, liberando-o para
7
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 14
Relatório
HC 108.989 / MS
ser julgado na Turma a partir de 6 de novembro seguinte, isso
objetivando a ciência da impetrante.
É o relatório.
8
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Supremo Tribunal Federal
HC 108.989 / MS
ser julgado na Turma a partir de 6 de novembro seguinte, isso
objetivando a ciência da impetrante.
É o relatório.
8
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 14
Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 108.989 MATO GROSSO DO SUL
V O T O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Este
habeas surge como substitutivo do recurso ordinário constitucional. Valho-
me do que tenho veiculado sobre a inadequação:
A Carta Federal encerra como garantia maior essa ação
nobre voltada a preservar a liberdade de ir e vir do cidadão – o
habeas corpus. Vale dizer, sofrendo alguém ou se achando
ameaçado de sofrer violência ou coação à liberdade de
locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder, cabe manusear o
instrumental, fazendo-o no tocante à competência originária de
órgão julgador.
Em época na qual não havia a sobrecarga de processos
hoje notada – praticamente inviabilizando, em tempo hábil, a
jurisdição –, passou-se a admitir o denominado habeas
substitutivo do recurso ordinário constitucional previsto contra
decisão judicial a implicar o indeferimento da ordem. Com isso,
atualmente, tanto o Supremo quanto o Superior Tribunal de
Justiça estão às voltas com um grande número de habeas corpus
– este Tribunal recebeu, no primeiro semestre de 2012, 2.181
habeas e 108 recursos ordinários e aquele, 16.372 habeas e 1.475
recursos ordinários. Raras exceções, não se trata de impetrações
passíveis de serem enquadradas como originárias, mas de
medidas intentadas a partir de construção jurisprudencial.
O Direito é orgânico e dinâmico e contém princípios,
expressões e vocábulos com sentido próprio. A definição do
alcance da Carta da República há de fazer-se de forma
integrativa, mas também considerada a regra de hermenêutica e
aplicação do Direito que é a sistemática. O habeas corpus
substitutivo do recurso ordinário, além de não estar abrangido
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Supremo Tribunal Federal
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 108.989 MATO GROSSO DO SUL
V O T O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Este
habeas surge como substitutivo do recurso ordinário constitucional. Valho-
me do que tenho veiculado sobre a inadequação:
A Carta Federal encerra como garantia maior essa ação
nobre voltada a preservar a liberdade de ir e vir do cidadão – o
habeas corpus. Vale dizer, sofrendo alguém ou se achando
ameaçado de sofrer violência ou coação à liberdade de
locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder, cabe manusear o
instrumental, fazendo-o no tocante à competência originária de
órgão julgador.
Em época na qual não havia a sobrecarga de processos
hoje notada – praticamente inviabilizando, em tempo hábil, a
jurisdição –, passou-se a admitir o denominado habeas
substitutivo do recurso ordinário constitucional previsto contra
decisão judicial a implicar o indeferimento da ordem. Com isso,
atualmente, tanto o Supremo quanto o Superior Tribunal de
Justiça estão às voltas com um grande número de habeas corpus
– este Tribunal recebeu, no primeiro semestre de 2012, 2.181
habeas e 108 recursos ordinários e aquele, 16.372 habeas e 1.475
recursos ordinários. Raras exceções, não se trata de impetrações
passíveis de serem enquadradas como originárias, mas de
medidas intentadas a partir de construção jurisprudencial.
O Direito é orgânico e dinâmico e contém princípios,
expressões e vocábulos com sentido próprio. A definição do
alcance da Carta da República há de fazer-se de forma
integrativa, mas também considerada a regra de hermenêutica e
aplicação do Direito que é a sistemática. O habeas corpus
substitutivo do recurso ordinário, além de não estar abrangido
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 14
Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
HC 108.989 / MS
pela garantia constante do inciso LXVIII do artigo 5º do
Diploma Maior, não existindo sequer previsão legal, enfraquece
este último documento, tornando-o desnecessário no que, nos
artigos 102, inciso II, alínea “a”, e 105, inciso II, alínea “a”, tem-
se a previsão do recurso ordinário constitucional a ser
manuseado, em tempo, para o Supremo, contra decisão
proferida por tribunal superior indeferindo ordem, e para o
Superior Tribunal de Justiça, contra ato de tribunal regional
federal e de tribunal de justiça. O Direito é avesso a
sobreposições e impetrar-se novo habeas, embora para
julgamento por tribunal diverso, impugnando pronunciamento
em idêntica medida implica inviabilizar, em detrimento de
outras situações em que requerida, a jurisdição.
Cumpre implementar – visando restabelecer a eficácia
dessa ação maior, a valia da Carta Federal no que prevê não o
habeas substitutivo, mas o recurso ordinário – a correção de
rumos. Consigno que, no tocante a habeas já formalizado sob a
óptica da substituição do recurso constitucional, não ocorrerá
prejuízo para o paciente, ante a possibilidade de vir-se a
conceder, se for o caso, a ordem de ofício.
Saliento, por último, que, há dois anos, cheguei a propor a
edição de verbete de súmula que, no entanto, esbarrou na
ausência de precedentes. Deve-se afastar o misoneísmo, a
aversão a novas ideias, pouco importando a justificativa
plausível destas – no caso, constitucional –, salvando-se, e esta é
a expressão própria, o habeas corpus em sua envergadura maior,
no que solapado por visão contrária ao princípio do terceiro
excluído: uma coisa é ou não é. Entre duas possibilidades
contempladas na Lei Fundamental, de modo exaustivo, não
simplesmente exemplificativo, não há lugar para uma terceira –
na espécie, o inexistente, normativamente, habeas corpus
substitutivo do recurso ordinário, que, ante a prática admitida
até aqui, caiu em desuso, tornando quase letra morta os
preceitos constitucionais que o versam.
É cômodo não interpor o recurso ordinário quando se
pode, a qualquer momento e considerado o estágio do
2
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pela garantia constante do inciso LXVIII do artigo 5º do
Diploma Maior, não existindo sequer previsão legal, enfraquece
este último documento, tornando-o desnecessário no que, nos
artigos 102, inciso II, alínea “a”, e 105, inciso II, alínea “a”, tem-
se a previsão do recurso ordinário constitucional a ser
manuseado, em tempo, para o Supremo, contra decisão
proferida por tribunal superior indeferindo ordem, e para o
Superior Tribunal de Justiça, contra ato de tribunal regional
federal e de tribunal de justiça. O Direito é avesso a
sobreposições e impetrar-se novo habeas, embora para
julgamento por tribunal diverso, impugnando pronunciamento
em idêntica medida implica inviabilizar, em detrimento de
outras situações em que requerida, a jurisdição.
Cumpre implementar – visando restabelecer a eficácia
dessa ação maior, a valia da Carta Federal no que prevê não o
habeas substitutivo, mas o recurso ordinário – a correção de
rumos. Consigno que, no tocante a habeas já formalizado sob a
óptica da substituição do recurso constitucional, não ocorrerá
prejuízo para o paciente, ante a possibilidade de vir-se a
conceder, se for o caso, a ordem de ofício.
Saliento, por último, que, há dois anos, cheguei a propor a
edição de verbete de súmula que, no entanto, esbarrou na
ausência de precedentes. Deve-se afastar o misoneísmo, a
aversão a novas ideias, pouco importando a justificativa
plausível destas – no caso, constitucional –, salvando-se, e esta é
a expressão própria, o habeas corpus em sua envergadura maior,
no que solapado por visão contrária ao princípio do terceiro
excluído: uma coisa é ou não é. Entre duas possibilidades
contempladas na Lei Fundamental, de modo exaustivo, não
simplesmente exemplificativo, não há lugar para uma terceira –
na espécie, o inexistente, normativamente, habeas corpus
substitutivo do recurso ordinário, que, ante a prática admitida
até aqui, caiu em desuso, tornando quase letra morta os
preceitos constitucionais que o versam.
É cômodo não interpor o recurso ordinário quando se
pode, a qualquer momento e considerado o estágio do
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HC 108.989 / MS
processo-crime, buscar-se infirmar decisão há muito proferida,
mediante o denominado habeas corpus substitutivo, alcançando-
se, com isso, a passagem do tempo, a desaguar, por vezes, na
prescrição. A situação não deve continuar, no que já mitigou a
importância do habeas corpus e emperrou a máquina judiciária,
sendo prejudicados os cidadãos em geral, a cidadania. Rara é a
sessão da Turma em que não se examina impetração voltada
contra a demora na apreciação de idêntica medida pelo
Superior Tribunal de Justiça.
No mais, o Juízo chegou a enfrentar a espécie sob o ângulo do
disposto no artigo 312 do Código de Processo Penal. Após apontar
indícios da autoria e materialidade quanto ao crime, fez ver que o
paciente seria o responsável pelas entregas das drogas. Aludiu ao
concurso de agentes para, a seguir, assentar que a inexistência de prova
do exercício de atividade profissional estaria a revelar a probabilidade de
reiteração criminosa, colocando em segundo plano as condições pessoais
do paciente: primariedade e residência fixa. Mencionou a necessidade de
garantir a ordem pública.
As premissas lançadas não se coadunam com o Direito posto. A
participação do paciente no crime há de ser elucidada no decorrer da ação
penal, não se podendo presumir a culpa. Também não vinga a
problemática atinente ao concurso de agentes. A teor do artigo 29 do
Código Penal, o fenômeno direciona à fixação das penas. No tocante à
ausência de demonstração do exercício de atividade profissional lícita,
tem-se a neutralidade, não cabendo supor o excepcional, ou seja, a
reiteração criminosa.
Ante esse quadro, implemento a ordem de ofício para afastar a
prisão preventiva formalizada pelo Juízo da 4ª Vara Criminal de Campo
Grande/MS no Processo nº 0073547-17.2010.8.12.0001. Cumpram o alvará
com as cautelas próprias: caso o paciente não esteja recolhido por motivo
diverso do retratado acima. Advirtam-no de que deve permanecer no
distrito da culpa, atendendo aos chamamentos judiciais e adotando a
3
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Supremo Tribunal Federal
HC 108.989 / MS
processo-crime, buscar-se infirmar decisão há muito proferida,
mediante o denominado habeas corpus substitutivo, alcançando-
se, com isso, a passagem do tempo, a desaguar, por vezes, na
prescrição. A situação não deve continuar, no que já mitigou a
importância do habeas corpus e emperrou a máquina judiciária,
sendo prejudicados os cidadãos em geral, a cidadania. Rara é a
sessão da Turma em que não se examina impetração voltada
contra a demora na apreciação de idêntica medida pelo
Superior Tribunal de Justiça.
No mais, o Juízo chegou a enfrentar a espécie sob o ângulo do
disposto no artigo 312 do Código de Processo Penal. Após apontar
indícios da autoria e materialidade quanto ao crime, fez ver que o
paciente seria o responsável pelas entregas das drogas. Aludiu ao
concurso de agentes para, a seguir, assentar que a inexistência de prova
do exercício de atividade profissional estaria a revelar a probabilidade de
reiteração criminosa, colocando em segundo plano as condições pessoais
do paciente: primariedade e residência fixa. Mencionou a necessidade de
garantir a ordem pública.
As premissas lançadas não se coadunam com o Direito posto. A
participação do paciente no crime há de ser elucidada no decorrer da ação
penal, não se podendo presumir a culpa. Também não vinga a
problemática atinente ao concurso de agentes. A teor do artigo 29 do
Código Penal, o fenômeno direciona à fixação das penas. No tocante à
ausência de demonstração do exercício de atividade profissional lícita,
tem-se a neutralidade, não cabendo supor o excepcional, ou seja, a
reiteração criminosa.
Ante esse quadro, implemento a ordem de ofício para afastar a
prisão preventiva formalizada pelo Juízo da 4ª Vara Criminal de Campo
Grande/MS no Processo nº 0073547-17.2010.8.12.0001. Cumpram o alvará
com as cautelas próprias: caso o paciente não esteja recolhido por motivo
diverso do retratado acima. Advirtam-no de que deve permanecer no
distrito da culpa, atendendo aos chamamentos judiciais e adotando a
3
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3071385.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 12 de 14
Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
HC 108.989 / MS
postura que se aguarda do homem integrado à vida em sociedade.
4
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3071385.
Supremo Tribunal Federal
HC 108.989 / MS
postura que se aguarda do homem integrado à vida em sociedade.
4
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 13 de 14
Decisão de Julgamento
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
HABEAS CORPUS 108.989
PROCED. : MATO GROSSO DO SUL
RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO
PACTE.(S) : WILSON APARECIDO DOS SANTOS SILVA
IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Decisão: A Turma julgou extinta a ordem de habeas corpus por
inadequação da via processual, mas a concedeu, de ofício, nos
termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro
Dias Toffoli. 1ª Turma, 6.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3108151
Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
HABEAS CORPUS 108.989
PROCED. : MATO GROSSO DO SUL
RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO
PACTE.(S) : WILSON APARECIDO DOS SANTOS SILVA
IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Decisão: A Turma julgou extinta a ordem de habeas corpus por
inadequação da via processual, mas a concedeu, de ofício, nos
termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro
Dias Toffoli. 1ª Turma, 6.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3108151
Inteiro Teor do Acórdão - Página 14 de 14
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3140739 | 2012-11-06T00:00:00 | 2012-11-29T00:00:00 | A Turma julgou extinta a ordem de habeas corpus por inadequação da via processual, mas a concedeu, de ofício, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 6.11.2012. | HABEAS CORPUS | HABEAS CORPUS – JULGAMENTO POR TRIBUNAL SUPERIOR – IMPUGNAÇÃO. A teor do disposto no artigo 102, inciso II, alínea “a”, da Constituição Federal, contra decisão, proferida em processo revelador de habeas corpus, a implicar a não concessão da ordem, cabível é o recurso ordinário. Evolução quanto à admissibilidade do substitutivo do habeas corpus.
PRISÃO EM FLAGRANTE – TRÁFICO DE ENTORPECENTES PREVENTIVA – FUNDAMENTOS – INSUBSISTÊNCIA. Estando o ato referente à prisão preventiva em desconformidade com o artigo 312 do Código de Processo Penal, impõe-se o implemento da ordem de ofício. | sjur220083 | Número de páginas: 14.
Análise: 06/12/2012, MJC. | MARCO AURÉLIO | Primeira Turma | 108989 | [
"LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00102 INC-00002 LET-A \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n\r\n",
"LEG-FED DEL-003689 ANO-1941\r\n ART-00312 \r\n CPP-1941 CÓDIGO DE PROCESSO PENAL"
] | HC | acordaos | HC 108989 | [
""
] | PACTE.(S) : WILSON APARECIDO DOS SANTOS SILVA
IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"HABEAS CORPUS 108 . 989",
"HABEAS CORPUS 108 . 989",
"HC [UNK] 199 . 276",
"HABEAS CORPUS 108 . 989",
"HC [UNK] 199 . 276",
"HC 108 . 989 / MS",
"RE 601 . 384 / RS",
"HC 108 . 989 / MS",
"RE 601 . 384 / RS",
"HC 108 . 989 / MS",
"HC n° 92 . 302",
"HC 108 . 989 / MS",
"HC n° 92 . 302",
"HC 108 . 989 / MS",
"HC n° 94 . 122",
"HC n° 83 . 806",
"HC 108 . 989 / MS",
"HC n° 94 . 122",
"HC n° 83 . 806",
"HC 108 . 989 / MS",
"HC 108 . 989 / MS",
"HC 108 . 989 / MS",
"HC [UNK] 84 . 658",
"HC [UNK] 84 . 680",
"HC [UNK] 84 . 352",
"HC 108 . 989 / MS",
"HC [UNK] 84 . 658",
"HC [UNK] 84 . 680",
"HC [UNK] 84 . 352",
"HC 108 . 989 / MS",
"HC [UNK] 91 . 228",
"Habeas Corpus [UNK] 103 . 715 / RJ",
"Habeas Corpus [UNK] 199 . 276 / MS",
"HC 108 . 989 / MS",
"HC [UNK] 91 . 228",
"Habeas Corpus [UNK] 103 . 406 / SP",
"Habeas Corpus [UNK] 103 . 715 / RJ",
"Habeas Corpus [UNK] 199 . 276 / MS",
"HC 108 . 989 / MS",
"HC 108 . 989 / MS",
"HABEAS CORPUS 108 . 989",
"HABEAS CORPUS 108 . 989",
"HC 108 . 989 / MS",
"HC 108 . 989 / MS",
"HC 108 . 989 / MS",
"Processo [UNK] 0073547 - 17",
"HC 108 . 989 / MS",
"Processo [UNK] 0073547 - 17 . 2010 . 8 . 12 . 0001",
"HC 108 . 989 / MS",
"HC 108 . 989 / MS",
"HABEAS CORPUS 108 . 989",
"HABEAS CORPUS 108 . 989"
],
"LEGISLACAO": [
"artigo 102 , inciso II , alínea “ a ” , da Constituição Federal",
"artigo 312 do Código de Processo Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"arts . 33 , caput , e 35 , caput , todos da Lei [UNK] 11 . 343 / 2006",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"arts . 33 , caput , e 35 , caput , todos da Lei [UNK] 11 . 343 / 2006",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ART . 44 , CAPUT , DA LEI 11 . 343 / 06",
"ART . [UNK] DA LEI [UNK] 8 . 072 / 90",
"LEI 11 . 464 / 07",
"art . 44 da Lei [UNK] 11 . 343 / 06",
"art . [UNK] , II , da Lei 8 . 072 / 90",
"Lei [UNK] 11 . 464 / 07",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ART . 44 , CAPUT , DA LEI 11 . 343 / 06",
"ART . [UNK] DA LEI [UNK] 8 . 072 / 90",
"LEI 11 . 464 / 07",
"art . 44 da Lei [UNK] 11 . 343 / 06",
"art . [UNK] , II , da Lei 8 . 072 / 90",
"Lei [UNK] 11 . 464 / 07",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 312 do CPP",
"Lei [UNK] 11 . 464 / 2007",
"inc . II do art . [UNK] da Lei dos Crimes Hediondos",
"art . 13 , VIII , do RISTF",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 312 do CPP",
"Lei [UNK] 11 . 464 / 2007",
"inc . II do art . [UNK] da Lei dos Crimes Hediondos",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 312 do Código de Processo Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 312 do Código de Processo Penal",
"MP n° 2 . 200 -",
"art . 312 do Código de Processo Penal",
"art . 312 do Código de Processo Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 312 do Código de Processo Penal",
"art . 312 do Código de Processo Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 312 do CPP",
"artigo 44 da Lei [UNK] 11 . 343 / 06",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 312 do CPP",
"artigo 44 da Lei [UNK] 11 . 343 / 06",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Carta Federal",
"Carta da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Carta",
"Carta da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Carta Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"inciso LXVIII do artigo [UNK] do Diploma Maior",
"Carta Federal",
"Lei Fundamental",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 312 do Código de Processo Penal",
"artigo 29 do Código Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 312 do Código de Processo Penal",
"artigo 29 do Código Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"MATO GROSSO DO SUL",
"Brasília",
"MATO GROSSO DO SUL",
"MATO GROSSO DO SUL",
"Brasília",
"Brasília",
"MATO GROSSO DO SUL",
"MATO GROSSO DO SUL",
"MATO GROSSO DO SUL",
"MATO GROSSO DO SUL"
],
"ORGANIZACAO": [
"PRIMEIRA TURMA",
"DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"Primeira Turma do",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"Superior Tribunal de Justiça",
"[UNK] Vara Criminal da Comarca de Campo Grande ( MS",
"Tribunal de Justiça do Mato Grosso do Sul",
"STJ",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"Superior Tribunal de Justiça",
"[UNK] Vara Criminal da Comarca de Campo Grande ( MS )",
"Tribunal de Justiça do Mato Grosso do Sul",
"STJ",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça",
"Supremo Tribunal Federal",
"Terceira Seção do Superior Tribunal de Justiça",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça",
"Supremo Tribunal Federal",
"Terceira Seção do Superior Tribunal de Justiça",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"[UNK] Turma",
"[UNK] Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"[UNK] Turma",
"[UNK] Turma",
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"-",
"Brasil",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"Procuradoria Geral da República",
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"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Procuradoria Geral da República",
"Superior Tribunal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"Supremo",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Supremo",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal",
"Federal",
"Supremo",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Superior Tribunal de Justiça",
"[UNK] Vara Criminal de Campo Grande / MS",
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"-",
"Brasil",
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"Superior Tribunal de Justiça",
"[UNK] Vara Criminal de Campo Grande / MS",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO",
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"Primeira Turma",
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"-",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"MARCO AURÉLIO",
"WILSON APARECIDO DOS SANTOS SILVA",
"Dias Toffoli",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"WILSON APARECIDO DOS SANTOS SILVA",
"MARCO AURÉLIO",
"WILSON APARECIDO DOS SANTOS SILVA",
"MARCO AURÉLIO",
"WILSON APARECIDO DOS SANTOS SILVA",
"MARCO AURÉLIO",
"WILSON APARECIDO DOS SANTOS SILVA",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"CEZAR PELUSO",
"CEZAR PELUSO",
"JOAQUIM BARBOSA",
"CEZAR PELUSO",
"CEZAR PELUSO",
"JOAQUIM BARBOSA",
"AMANDA JANUÁRIA DA SILVA",
"WILSON",
"JOÃO DE DEUS",
"WILSON APARECIDO DOS SANTOS SILVA",
"AMANDA JANUÁRIA DA SILVA",
"WILSON",
"JOÃO DE DEUS",
"WILSON APARECIDO DOS SANTOS SILVA .",
"JOAQUIM BARBOSA",
"CARLOS BRITTO",
"MARCO AURÉLIO",
"JOAQUIM BARBOSA",
"CARLOS BRITTO",
"MARCO AURÉLIO",
"Cezar Peluso",
"Ricardo Lewandowski",
"Cármen Lúcia",
"Cezar Peluso",
"Ricardo Lewandowski",
"Cármen Lúcia",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"WILSON APARECIDO DOS SANTOS SILVA",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza",
"MARCO AURÉLIO",
"WILSON APARECIDO DOS SANTOS SILVA",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza"
],
"TEMPO": [
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"6 de novembro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"29",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"06",
"/",
"11",
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"2012",
"24",
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"08",
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"2001",
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
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"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
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"06",
"/",
"2008",
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"8",
"/",
"2008",
"09",
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"03",
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"24",
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"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"06",
"/",
"2008",
"19",
"/",
"8",
"/",
"2008",
"09",
"/",
"03",
"/",
"2004",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"14",
".",
"9",
".",
"2007",
"27 de Julho de 2011",
"7 de junho de 2011",
"27 de outubro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"14",
".",
"9",
".",
"2007",
"27 de Julho de 2011",
"7 de junho de 2011",
"27 de outubro de 2012",
"24",
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"6 de novembro seguinte",
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"2001",
"6 de novembro seguinte",
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"06",
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"primeiro",
"semestre de 2012",
"24",
"/",
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"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"2010",
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"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
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"/",
"08",
"/",
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".",
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"/",
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"/",
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".",
"11",
".",
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"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 702.540 RIO DE
JANEIRO
RELATOR
: MIN. LUIZ FUX
AGTE.(S)
:FABIO COELHO MAIA
ADV.(A/S)
:NADIA OLIVEIRA PEGADO E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
EMENTA:
AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO. DEFESO
DO
CAMARÃO/SARDINHA.
PESCADOR
ARTESANAL.
COMPROVAÇÃO DE CONTRIBUIÇÃO PARA A PREVIDÊNCIA
SOCIAL.
INTERPRETAÇÃO
DE
LEGISLAÇÃO
INFRACONSTITUCIONAL. REEXAME DE MATÉRIA FÁTICO-
PROBATÓRIA. AUSÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL. PLENÁRIO
VIRTUAL. TEMA 575 ARE. 695.278-RG.
1. A matéria sub examine teve sua repercussão geral rejeitada pelo
Plenário Virtual desta Corte, nos autos do ARE n. 695.278-RG, de relatoria
do E. Ministro Gilmar Mendes, DJe 11.9.2012.
2. In casu, o acórdão recorrido assentou: “Como visto, já foi reconhecida
pelo STF a possibilidade de exigência pelo CODEFAT de outros requisitos além
dos previstos legalmente para a fruição do seguro desemprego em virtude do
defeso, plenamente legítima no intuito de reduzir fraudes da concessão do
benefício a pescadores profissionais artesanais durante o período em que a pesca é
proibida. Nesse contexto, a imposição do registro da embarcação pesqueira não
desbordaria do papel regulamentar da resolução. Destarte, vislumbra-se que a
parte autora juntou documentação probante de sua condição de segurado do
INSS , mas não comprovou a existência de pelo menos duas contribuições no
período correspondente aos últimos doze meses que antecederam ao início do
defeso, necessária ao deferimento do seguro-desemprego, uma vez que não
demonstrou a venda do pescado a adquirente pessoa jurídica ou cooperativa, no
mesmo lapso temporal, de acordo com o art. 2º, II, da Lei n.º 10.779/2003 e com o
art. 2º, IV, da Resolução CODEFAT n.º 468/05, o que inviabiliza a concessão do
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DJe 04/12/2012
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 6
Ementa e Acórdão
ARE 702.540 AGR / RJ
benefício. Resumindo, no caso concreto, não há qualquer prova convincente da
venda para os alegados “atravessadores”, que, se fosse o caso, teriam a obrigação
do recolhimento. Destarte, o conteúdo probatório dos autos denota-se frágil a
corroborar a tese inicial, porquanto não basta, in casu, a prova testemunhal, de
pessoas que possuem o mesmo interesse do autor, no deslinde da causa, por
exercerem a mesma atividade, ora em análise. Ademais, não merece prosperar o
fundamento do juízo a quo, no sentindo que há a produção de prova testemunhal
satisfatória, na qual os próprios pescadores comprovam adequadamente as
atividades de outros pescadores. A rigor, deveria constar nos autos provas
documentais dos períodos de contribuições ou a petição inicial deveria indicar
quem seria o atravessador, o que é sempre omitido, convenientemente. Assim,
resta claro que as razões recursais demonstram o desacerto da sentença, eis que
para fazer jus ao benefício em comento, referente ao defeso do camarão/sardinha,
no período indicado, a parte autora deve preencher todos os requisitos exigidos no
art. 2º da Lei n.º 10.779/03 e da Resolução do CODEFAT n.º 468/05. Ante o
exposto, CONHEÇO do recurso e DOU-LHE provimento, reformando a
sentença de forma a julgar improcedente o pedido autoral, na forma do art. 269,
I, do Código de Processo Civil.”
3. Agravo regimental a que se nega provimento.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do
Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de julgamento e das
notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao
agravo regimental, nos termos do voto do Relator.
Brasília, 6 de novembro de 2012.
LUIZ FUX – Relator
Documento assinado digitalmente
2
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ARE 702.540 AGR / RJ
benefício. Resumindo, no caso concreto, não há qualquer prova convincente da
venda para os alegados “atravessadores”, que, se fosse o caso, teriam a obrigação
do recolhimento. Destarte, o conteúdo probatório dos autos denota-se frágil a
corroborar a tese inicial, porquanto não basta, in casu, a prova testemunhal, de
pessoas que possuem o mesmo interesse do autor, no deslinde da causa, por
exercerem a mesma atividade, ora em análise. Ademais, não merece prosperar o
fundamento do juízo a quo, no sentindo que há a produção de prova testemunhal
satisfatória, na qual os próprios pescadores comprovam adequadamente as
atividades de outros pescadores. A rigor, deveria constar nos autos provas
documentais dos períodos de contribuições ou a petição inicial deveria indicar
quem seria o atravessador, o que é sempre omitido, convenientemente. Assim,
resta claro que as razões recursais demonstram o desacerto da sentença, eis que
para fazer jus ao benefício em comento, referente ao defeso do camarão/sardinha,
no período indicado, a parte autora deve preencher todos os requisitos exigidos no
art. 2º da Lei n.º 10.779/03 e da Resolução do CODEFAT n.º 468/05. Ante o
exposto, CONHEÇO do recurso e DOU-LHE provimento, reformando a
sentença de forma a julgar improcedente o pedido autoral, na forma do art. 269,
I, do Código de Processo Civil.”
3. Agravo regimental a que se nega provimento.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do
Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de julgamento e das
notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao
agravo regimental, nos termos do voto do Relator.
Brasília, 6 de novembro de 2012.
LUIZ FUX – Relator
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Relatório
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 702.540 RIO DE
JANEIRO
RELATOR
: MIN. LUIZ FUX
AGTE.(S)
:FABIO COELHO MAIA
ADV.(A/S)
:NADIA OLIVEIRA PEGADO E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Cuida-se de agravo
regimental interposto por FÁBIO COELHO MAIA, contra decisão de
minha relatoria assim ementada:
“RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO.
ADMINISTRATIVO.
DEFESO
DO
CAMARÃO/SARDINHA.
PESCADOR
ARTESANAL.
COMPROVAÇÃO DE CONTRIBUIÇÃO PARA A
PREVIDÊNCIA
SOCIAL.
INTERPRETAÇÃO
DE
LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. REEXAME DE
MATÉRIA FÁTICO-PROBATÓRIA.
AUSÊNCIA DE
REPERCUSSÃO GERAL. PLENÁRIO VIRTUAL. TEMA 575.
ARE 695.278-RG.”
Inconformado com a decisão supra, interpõe agravo regimental,
alegando em síntese que:
(...)“Pela inconstitucionalidade/ilegalidade da vinculação
do seguro defeso a contribuição previdenciária para seu
pagamento, uma vez que o custeio do seguro defeso e feito pelo
PIS/PASEP e as contribuições previdenciárias servem
exclusivamente para pagamento dos benefícios previstos no
Regime Geral de Previdência Social – RGPS na forma lei
8213/91.
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PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 702.540 RIO DE
JANEIRO
RELATOR
: MIN. LUIZ FUX
AGTE.(S)
:FABIO COELHO MAIA
ADV.(A/S)
:NADIA OLIVEIRA PEGADO E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Cuida-se de agravo
regimental interposto por FÁBIO COELHO MAIA, contra decisão de
minha relatoria assim ementada:
“RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO.
ADMINISTRATIVO.
DEFESO
DO
CAMARÃO/SARDINHA.
PESCADOR
ARTESANAL.
COMPROVAÇÃO DE CONTRIBUIÇÃO PARA A
PREVIDÊNCIA
SOCIAL.
INTERPRETAÇÃO
DE
LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. REEXAME DE
MATÉRIA FÁTICO-PROBATÓRIA.
AUSÊNCIA DE
REPERCUSSÃO GERAL. PLENÁRIO VIRTUAL. TEMA 575.
ARE 695.278-RG.”
Inconformado com a decisão supra, interpõe agravo regimental,
alegando em síntese que:
(...)“Pela inconstitucionalidade/ilegalidade da vinculação
do seguro defeso a contribuição previdenciária para seu
pagamento, uma vez que o custeio do seguro defeso e feito pelo
PIS/PASEP e as contribuições previdenciárias servem
exclusivamente para pagamento dos benefícios previstos no
Regime Geral de Previdência Social – RGPS na forma lei
8213/91.
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Relatório
ARE 702.540 AGR / RJ
Que ainda que existisse a obrigação de comprovação do
recolhimento de contribuições previdenciárias para
recebimento do seguro defeso, na hipótese de venda do
pescado a pessoas físicas que comercialização o produto da
compra no varejo (atravessadores) está não pode ser exigida do
pescador, segurado obrigatório da Previdência Social, sendo a
obrigação relativa à arrecadação e recolhimento das
contribuições do comprador do pescado (art. 30, I, "a", da Lei n°
8.212/91);
Assim por todo acima exposto fica evidente que a
vinculação imposta pela final do inciso II do artigo 2º da Lei
10.779/2003
(contribuição
previdenciária
e
ilegal/inconstitucional e deve ser repelida pelo poder judiciário
e uma vez que atendidos os demais requisitos da lei deve ser
concedido o seguro desemprego.
Pelo Exposto, requer o Agravante o provimento do
presente Agravo para que seja admitido o Recurso
Extraordinário como remessa do mesmo ao Supremo Tribunal
Federal posto que a decisão ora recorrida está em confronto
com jurisprudência dominante naquele tribunal.”
É o relatório.
2
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ARE 702.540 AGR / RJ
Que ainda que existisse a obrigação de comprovação do
recolhimento de contribuições previdenciárias para
recebimento do seguro defeso, na hipótese de venda do
pescado a pessoas físicas que comercialização o produto da
compra no varejo (atravessadores) está não pode ser exigida do
pescador, segurado obrigatório da Previdência Social, sendo a
obrigação relativa à arrecadação e recolhimento das
contribuições do comprador do pescado (art. 30, I, "a", da Lei n°
8.212/91);
Assim por todo acima exposto fica evidente que a
vinculação imposta pela final do inciso II do artigo 2º da Lei
10.779/2003
(contribuição
previdenciária
e
ilegal/inconstitucional e deve ser repelida pelo poder judiciário
e uma vez que atendidos os demais requisitos da lei deve ser
concedido o seguro desemprego.
Pelo Exposto, requer o Agravante o provimento do
presente Agravo para que seja admitido o Recurso
Extraordinário como remessa do mesmo ao Supremo Tribunal
Federal posto que a decisão ora recorrida está em confronto
com jurisprudência dominante naquele tribunal.”
É o relatório.
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Voto - MIN. LUIZ FUX
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 702.540 RIO DE
JANEIRO
V O T O
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): A presente irresignação
não merece prosperar.
O agravante, em seu recurso, não traz argumentação capaz de
desconstituir os fundamentos da decisão agravada.
Consoante apontado na aludida decisão, a controvérsia sub examine
já foi objeto de analise desta Suprema Corte, nos autos do ARE 695.278-
RG, Rel. Min. Gilmar Mendes, DJe de 11.9.2012, por meio do qual o
Plenário deste Tribunal recusou o recurso extraordinário, ante a ausência
de repercussão geral do tema, visto que a questão versa sobre matéria
infraconstitucional e o reexame de matéria fático-probatória. O julgado
restou assim ementado:
“PREVIDENCIÁRIO. SEGURO DESEMPREGO. DEFESO
DO CAMARÃO/SARDINHA. PESCADOR ARTESANAL.
AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO DE CONTRIBUIÇÕES
PARA
A
PREVIDÊNCIA
SOCIAL.
MATÉRIA
INFRACONSTITUCIONAL E IMPOSSIBILIDADE DO
REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO PROBATÓRIO.
AUSÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL.”
Com essas considerações, NEGO PROVIMENTO ao agravo
regimental.
É como voto.
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06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 702.540 RIO DE
JANEIRO
V O T O
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): A presente irresignação
não merece prosperar.
O agravante, em seu recurso, não traz argumentação capaz de
desconstituir os fundamentos da decisão agravada.
Consoante apontado na aludida decisão, a controvérsia sub examine
já foi objeto de analise desta Suprema Corte, nos autos do ARE 695.278-
RG, Rel. Min. Gilmar Mendes, DJe de 11.9.2012, por meio do qual o
Plenário deste Tribunal recusou o recurso extraordinário, ante a ausência
de repercussão geral do tema, visto que a questão versa sobre matéria
infraconstitucional e o reexame de matéria fático-probatória. O julgado
restou assim ementado:
“PREVIDENCIÁRIO. SEGURO DESEMPREGO. DEFESO
DO CAMARÃO/SARDINHA. PESCADOR ARTESANAL.
AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO DE CONTRIBUIÇÕES
PARA
A
PREVIDÊNCIA
SOCIAL.
MATÉRIA
INFRACONSTITUCIONAL E IMPOSSIBILIDADE DO
REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO PROBATÓRIO.
AUSÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL.”
Com essas considerações, NEGO PROVIMENTO ao agravo
regimental.
É como voto.
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Decisão de Julgamento
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 702.540
PROCED. : RIO DE JANEIRO
RELATOR : MIN. LUIZ FUX
AGTE.(S) : FABIO COELHO MAIA
ADV.(A/S) : NADIA OLIVEIRA PEGADO E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos
termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro
Dias Toffoli. 1ª Turma, 6.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
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PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 702.540
PROCED. : RIO DE JANEIRO
RELATOR : MIN. LUIZ FUX
AGTE.(S) : FABIO COELHO MAIA
ADV.(A/S) : NADIA OLIVEIRA PEGADO E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos
termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro
Dias Toffoli. 1ª Turma, 6.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 6
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3152813 | 2012-11-06T00:00:00 | 2012-12-04T00:00:00 | A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 6.11.2012. | AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO | Ementa: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO. DEFESO DO CAMARÃO/SARDINHA. PESCADOR ARTESANAL. COMPROVAÇÃO DE CONTRIBUIÇÃO PARA A PREVIDÊNCIA SOCIAL. INTERPRETAÇÃO DE LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. REEXAME DE MATÉRIA FÁTICO-PROBATÓRIA. AUSÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL. PLENÁRIO VIRTUAL. TEMA 575 ARE. 695.278-RG.
1. A matéria sub examine teve sua repercussão geral rejeitada pelo Plenário Virtual desta Corte, nos autos do ARE n. 695.278-RG, de relatoria do E. Ministro Gilmar Mendes, DJe 11.9.2012.
2. In casu, o acórdão recorrido assentou: “Como visto, já foi reconhecida pelo STF a possibilidade de exigência pelo CODEFAT de outros requisitos além dos previstos legalmente para a fruição do seguro desemprego em virtude do defeso, plenamente legítima no intuito de reduzir fraudes da concessão do benefício a pescadores profissionais artesanais durante o período em que a pesca é proibida. Nesse contexto, a imposição do registro da embarcação pesqueira não desbordaria do papel regulamentar da resolução. Destarte, vislumbra-se que a parte autora juntou documentação probante de sua condição de segurado do INSS , mas não comprovou a existência de pelo menos duas contribuições no período correspondente aos últimos doze meses que antecederam ao início do defeso, necessária ao deferimento do seguro-desemprego, uma vez que não demonstrou a venda do pescado a adquirente pessoa jurídica ou cooperativa, no mesmo lapso temporal, de acordo com o art. 2º, II, da Lei n.º 10.779/2003 e com o art. 2º, IV, da Resolução CODEFAT n.º 468/05, o que inviabiliza a concessão do benefício. Resumindo, no caso concreto, não há qualquer prova convincente da venda para os alegados “atravessadores”, que, se fosse o caso, teriam a obrigação do recolhimento. Destarte, o conteúdo probatório dos autos denota-se frágil a corroborar a tese inicial, porquanto não basta, in casu, a prova testemunhal, de pessoas que possuem o mesmo interesse do autor, no deslinde da causa, por exercerem a mesma atividade, ora em análise. Ademais, não merece prosperar o fundamento do juízo a quo, no sentindo que há a produção de prova testemunhal satisfatória, na qual os próprios pescadores comprovam adequadamente as atividades de outros pescadores. A rigor, deveria constar nos autos provas documentais dos períodos de contribuições ou a petição inicial deveria indicar quem seria o atravessador, o que é sempre omitido, convenientemente. Assim, resta claro que as razões recursais demonstram o desacerto da sentença, eis que para fazer jus ao benefício em comento, referente ao defeso do camarão/sardinha, no período indicado, a parte autora deve preencher todos os requisitos exigidos no art. 2º da Lei n.º 10.779/03 e da Resolução do CODEFAT n.º 468/05. Ante o exposto, CONHEÇO do recurso e DOU-LHE provimento, reformando a sentença de forma a julgar improcedente o pedido autoral, na forma do art. 269, I, do Código de Processo Civil.”
3. Agravo regimental a que se nega provimento. | sjur220543 | - Acórdão (s) citado (s):
(PESCADOR ARTESANAL, DIREITO À PREVIDÊNCIA SOCIAL, SEGURADO OBRIGATÓRIO)
STF: ARE 695278 RG (TP).
Número de páginas: 6.
Análise: 18/12/2012, BMB. | LUIZ FUX | Primeira Turma | 702540 | [
"LEG-FED LEI-005869 ANO-1973\r\n ART-00269 INC-00001 \r\n CPC-1973 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL\r\n\r\n",
"LEG-FED LEI-010779 ANO-2003\r\n ART-00002 INC-00002 \r\n LEI ORDINÁRIA\r\n\r\n",
"LEG-FED RES-000468 ANO-2005\r\n ART-00002 INC-00004 \r\n RESOLUÇÃO DO CONSELHO DELIBERATIVO DO FUNDO DE AMPARO \r\nAO TRABALHADOR - CODEFAT"
] | ARE-AgR | acordaos | ARE 702540 AgR | [
""
] | AGDO.(A/S) : UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
ADV.(A/S) : NADIA OLIVEIRA PEGADO E OUTRO(A/S)
AGTE.(S) : FABIO COELHO MAIA | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 702 . 540",
"ARE",
"ARE n . 695 . 278 - RG",
"ARE 702 . 540 AGR / RJ",
"ARE 702 . 540 AGR /",
"ARE 695 . 278 - RG .",
"ARE 702 . 540 AGR / RJ",
"ARE 702 . 540 AGR / RJ",
"ARE 695 . 278 - RG",
"ARE 695 . 278 - RG"
],
"LEGISLACAO": [
"art . [UNK] , II , da Lei n . [UNK] 10 . 779 / 2003",
"art . [UNK] , IV , da Resolução CODEFAT n . [UNK] 468 / 05",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] da Lei n . [UNK] 10 . 779 / 03",
"Resolução do CODEFAT n . [UNK] 468 / 05",
"art . 269 , I , do Código de Processo Civil .",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] da Lei n . [UNK] 10 . 779 / 03",
"Resolução do CODEFAT n . [UNK] 468 / 05",
"art . 269 , I , do Código de Processo Civil .",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"lei 8213 / 91",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"lei 8213 / 91",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 30 , I , \" a \" , da Lei n° 8 . 212 / 91",
"inciso II do artigo [UNK] da Lei 10 . 779 / 2003",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 30 , I , \" a \" , da Lei",
"n° 8 . 212 / 91",
"inciso II do artigo [UNK] da Lei 10 . 779 / 2003",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"RIO DE JANEIRO",
"Brasília",
"Brasília",
"RIO DE JANEIRO",
"RIO DE",
"JANEIRO",
"RIO DE JANEIRO",
"RIO DE JANEIRO",
"RIO DE JANEIRO",
"RIO DE JANEIRO"
],
"ORGANIZACAO": [
"PRIMEIRA TURMA",
"UNIÃO",
"UNIÃO",
"Plenário",
"STF",
"CODEFAT",
"INSS",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma do",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"UNIÃO",
"UNIÃO",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"UNIÃO",
"UNIÃO",
"PIS",
"/",
"PASEP",
"Regime",
"RGPS",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"Plenário",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Plenário",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"UNIÃO",
"UNIÃO",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"UNIÃO",
"UNIÃO",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"LUIZ FUX",
"FABIO COELHO MAIA",
"NADIA OLIVEIRA PEGADO",
"Gilmar Mendes",
"Dias Toffoli",
"LUIZ FUX",
"Dias Toffoli",
"LUIZ FUX",
"LUIZ FUX",
"FABIO COELHO MAIA",
"NADIA OLIVEIRA PEGADO",
"LUIZ FUX",
"FÁBIO COELHO MAIA",
"LUIZ FUX",
"FABIO COELHO MAIA",
"NADIA OLIVEIRA PEGADO",
"LUIZ FUX",
"FÁBIO COELHO MAIA",
"LUIZ FUX",
"LUIZ FUX",
"Gilmar Mendes",
"LUIZ FUX",
"Gilmar Mendes",
"LUIZ FUX",
"FABIO COELHO MAIA",
"NADIA OLIVEIRA PEGADO",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza",
"LUIZ FUX",
"FABIO COELHO MAIA",
"NADIA OLIVEIRA PEGADO",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza"
],
"TEMPO": [
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"11",
".",
"9",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"04",
"/",
"12",
"/",
"2012",
"6 de novembro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"6 de novembro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"11",
".",
"9",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"11",
".",
"9",
".",
"2012",
"24",
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"08",
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"2001",
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".",
"11",
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"2012",
"24",
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"08",
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"2001",
"6",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 109.565 SÃO PAULO
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
PACTE.(S)
:ALTAMIRO FERREIRA SANTIAGO
IMPTE.(S)
:DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO
ADV.(A/S)
:DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
COATOR(A/S)(ES)
:SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
HABEAS CORPUS – JULGAMENTO POR TRIBUNAL SUPERIOR –
IMPUGNAÇÃO. A teor do disposto no artigo 102, inciso II, alínea “a”, da
Constituição Federal, contra decisão, proferida em processo revelador de
habeas corpus, a implicar a não concessão da ordem, cabível é o recurso
ordinário. Evolução quanto à admissibilidade do substitutivo do habeas
corpus.
LIVRAMENTO CONDICIONAL – EXAME CRIMINOLÓGICO –
INEXIGIBILIDADE. A previsão de exigência do exame criminológico,
para a análise relativa aos benefícios a que tem jus o custodiado, foi
excluída do artigo 112 da Lei de Execuções Penais mediante a Lei nº
10.792/2003. Implemento de ordem de ofício.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal em julgar extinta a ordem
de habeas corpus por inadequação da via processual, mas em concedê-la de
ofício, nos termos do voto do relator e por unanimidade, em sessão
presidida pelo Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata do
julgamento e das respectivas notas taquigráficas.
Brasília, 6 de novembro de 2012.
MINISTRO MARCO AURÉLIO – RELATOR
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3134247.
Supremo Tribunal Federal
DJe 29/11/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 10
Relatório
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 109.565 SÃO PAULO
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
PACTE.(S)
:ALTAMIRO FERREIRA SANTIAGO
IMPTE.(S)
:DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO
ADV.(A/S)
:DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
COATOR(A/S)(ES)
:SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Adoto, a título de
relatório, as informações prestadas pelo Gabinete:
O Presidente, ao indeferir o pedido de liminar, assentou:
Decisão: 1. Trata-se de habeas corpus, com pedido de
liminar, impetrado em favor de ALTAMIRO FERREIRA
SANTIAGO, contra decisão do Superior Tribunal de
Justiça que denegou a ordem requerida no HC nº 195.193.
O paciente cumpre pena em regime fechado, e,
preenchidos os requisitos objetivos, requereu a concessão
de livramento condicional. O pedido foi deferido pelo
juízo singular. Contra a decisão, o Ministério Público
interpôs agravo em execução, a que o Tribunal local deu
provimento para cassar a decisão de primeiro grau e,
consequentemente, o benefício concedido.
A defesa interpôs habeas corpus ao Superior Tribunal
de Justiça, que o denegou, em decisão aqui reputada
configuradora de constrangimento ilegal.
Alega que a realização de exame criminológico exige
fundamentação idônea por parte do magistrado, o que
não se verifica do acórdão proferido pelo Tribunal local.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3071396.
Supremo Tribunal Federal
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 109.565 SÃO PAULO
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
PACTE.(S)
:ALTAMIRO FERREIRA SANTIAGO
IMPTE.(S)
:DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO
ADV.(A/S)
:DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
COATOR(A/S)(ES)
:SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Adoto, a título de
relatório, as informações prestadas pelo Gabinete:
O Presidente, ao indeferir o pedido de liminar, assentou:
Decisão: 1. Trata-se de habeas corpus, com pedido de
liminar, impetrado em favor de ALTAMIRO FERREIRA
SANTIAGO, contra decisão do Superior Tribunal de
Justiça que denegou a ordem requerida no HC nº 195.193.
O paciente cumpre pena em regime fechado, e,
preenchidos os requisitos objetivos, requereu a concessão
de livramento condicional. O pedido foi deferido pelo
juízo singular. Contra a decisão, o Ministério Público
interpôs agravo em execução, a que o Tribunal local deu
provimento para cassar a decisão de primeiro grau e,
consequentemente, o benefício concedido.
A defesa interpôs habeas corpus ao Superior Tribunal
de Justiça, que o denegou, em decisão aqui reputada
configuradora de constrangimento ilegal.
Alega que a realização de exame criminológico exige
fundamentação idônea por parte do magistrado, o que
não se verifica do acórdão proferido pelo Tribunal local.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3071396.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 10
Relatório
HC 109.565 / SP
Aduz que o acórdão justificou a necessidade de realização
do exame criminológico com base em dois fundamentos: a
gravidade abstrata do crime praticado e o registro de seis
faltas disciplinares de natureza grave, a última consistente
em tentativa de fuga. Sustenta que o primeiro fundamento
não se presta a fundamentar, isoladamente, a medida, nos
termos de jurisprudência da Corte, e que o segundo
fundamento não encontra amparo na documentação
juntada aos autos.
Anota, por fim, que o ora paciente gozou do
benefício do livramento condicional por quase 1 (um) ano
e 9 (nove) meses, sem que se tenha registrado qualquer
falta em seu desfavor.
Requer, liminarmente, a suspensão dos efeitos da
decisão
do
Tribunal
local,
restabelecendo-se
provisoriamente a decisão do Juízo das Execuções e
garantindo-se ao paciente o gozo da liberdade condicional
até o julgamento definitivo do habeas corpus. No mérito,
requer a confirmação da liminar.
2. Decido, nos termos do art. 13, VIII, do RISTF.
Não é caso de liminar.
O art. 131 da Lei de Execução Penal é claro no
sentido de que só o preenchimento simultâneo dos
requisitos subjetivos e objetivos previstos no art. 83 do
Código Penal autoriza a concessão do livramento
condicional.
A jurisprudência desta Corte reputa lícito ao juízo da
execução determinar, ou não, a realização de exame
criminológico em pedido de progressão de regime, para
formar o seu livre convencimento (HC nº 71.703, Rel. Min.
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3071396.
Supremo Tribunal Federal
HC 109.565 / SP
Aduz que o acórdão justificou a necessidade de realização
do exame criminológico com base em dois fundamentos: a
gravidade abstrata do crime praticado e o registro de seis
faltas disciplinares de natureza grave, a última consistente
em tentativa de fuga. Sustenta que o primeiro fundamento
não se presta a fundamentar, isoladamente, a medida, nos
termos de jurisprudência da Corte, e que o segundo
fundamento não encontra amparo na documentação
juntada aos autos.
Anota, por fim, que o ora paciente gozou do
benefício do livramento condicional por quase 1 (um) ano
e 9 (nove) meses, sem que se tenha registrado qualquer
falta em seu desfavor.
Requer, liminarmente, a suspensão dos efeitos da
decisão
do
Tribunal
local,
restabelecendo-se
provisoriamente a decisão do Juízo das Execuções e
garantindo-se ao paciente o gozo da liberdade condicional
até o julgamento definitivo do habeas corpus. No mérito,
requer a confirmação da liminar.
2. Decido, nos termos do art. 13, VIII, do RISTF.
Não é caso de liminar.
O art. 131 da Lei de Execução Penal é claro no
sentido de que só o preenchimento simultâneo dos
requisitos subjetivos e objetivos previstos no art. 83 do
Código Penal autoriza a concessão do livramento
condicional.
A jurisprudência desta Corte reputa lícito ao juízo da
execução determinar, ou não, a realização de exame
criminológico em pedido de progressão de regime, para
formar o seu livre convencimento (HC nº 71.703, Rel. Min.
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 10
Relatório
HC 109.565 / SP
CELSO DE MELLO, DJ 15/12/2006; HC nº 86.631, Rel.
Min. RICARDO LEWANDOWSKI, DJ 20/10/2006; HC nº
94.425, Rel. Min. CÁRMEM LÚCIA, DJe 8/8/2008; HC nº
94.625, Rel. Min. ELLEN GRACIE, DJe 26/9/2008).
É certo, ainda, que os laudos técnicos não vinculam a
decisão do magistrado, que pode considerar satisfeitos os
requisitos subjetivos ainda que haja laudo desfavorável ao
executado (HC nº 95.111, Rel. Min. CARLOS BRITTO,
DJe 06/03/2009; HC nº 93.108, Rel. p/ o acórdão Min.
RICARDO LEWANDOWSKI, DJe 13/02/2009).
No caso em exame, o juízo singular não considerou
necessária a realização do exame criminológico para a
concessão do benefício. Mas, considerando-se que a
interposição de agravo contra a decisão do juízo de
primeiro grau devolveu ao Tribunal de Justiça o exame
das condições subjetivas necessárias à concessão do
benefício, o órgão colegiado não estava impedido de
formar seu convencimento (HC nº 94.826, Rel. Min.
RICARDO LEWANDOWSKI, DJe 28/11/2008).
Desta forma, não vislumbro o alegado
constrangimento ilegal a justificar a concessão da liminar
requerida.
3. Ante ao exposto, indefiro a liminar, sem prejuízo
de ulterior análise pelo Relator sorteado.
Distribuam-se na forma regimental. Após, estando os
autos devidamente instruídos, dê-se vista ao Ministério
Público Federal.
Publique-se. Int..
Brasília, 27 de julho de 2011.
3
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documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3071396.
Supremo Tribunal Federal
HC 109.565 / SP
CELSO DE MELLO, DJ 15/12/2006; HC nº 86.631, Rel.
Min. RICARDO LEWANDOWSKI, DJ 20/10/2006; HC nº
94.425, Rel. Min. CÁRMEM LÚCIA, DJe 8/8/2008; HC nº
94.625, Rel. Min. ELLEN GRACIE, DJe 26/9/2008).
É certo, ainda, que os laudos técnicos não vinculam a
decisão do magistrado, que pode considerar satisfeitos os
requisitos subjetivos ainda que haja laudo desfavorável ao
executado (HC nº 95.111, Rel. Min. CARLOS BRITTO,
DJe 06/03/2009; HC nº 93.108, Rel. p/ o acórdão Min.
RICARDO LEWANDOWSKI, DJe 13/02/2009).
No caso em exame, o juízo singular não considerou
necessária a realização do exame criminológico para a
concessão do benefício. Mas, considerando-se que a
interposição de agravo contra a decisão do juízo de
primeiro grau devolveu ao Tribunal de Justiça o exame
das condições subjetivas necessárias à concessão do
benefício, o órgão colegiado não estava impedido de
formar seu convencimento (HC nº 94.826, Rel. Min.
RICARDO LEWANDOWSKI, DJe 28/11/2008).
Desta forma, não vislumbro o alegado
constrangimento ilegal a justificar a concessão da liminar
requerida.
3. Ante ao exposto, indefiro a liminar, sem prejuízo
de ulterior análise pelo Relator sorteado.
Distribuam-se na forma regimental. Após, estando os
autos devidamente instruídos, dê-se vista ao Ministério
Público Federal.
Publique-se. Int..
Brasília, 27 de julho de 2011.
3
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3071396.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 10
Relatório
HC 109.565 / SP
Ministro Cezar Peluso
Presidente
A Procuradoria Geral da República, no parecer, destaca o
acerto do acórdão impugnado. Aduz estar a decisão
fundamentada na natureza do crime cometido (latrocínio) e no
histórico da execução penal do condenado, que contava com
seis faltas graves. Articula com a inviabilidade de concessão do
livramento condicional, ante a ausência do requisito previsto no
inciso III do artigo 83 do Código Penal. Cita precedente – do
Habeas Corpus nº 94.208, relator Ministro Carlos Ayres Britto.
Opina pelo indeferimento da ordem.
Consulta ao sítio do Superior Tribunal de Justiça, nesta
data, revelou que o Habeas Corpus nº 195.193/SP encontra-se
arquivado em definitivo desde 30 de agosto de 2011, após o
trânsito em julgado do acórdão que implicou a não concessão
da ordem.
Lancei visto no processo em 27 de outubro de 2012, liberando-o para
ser julgado na Turma a partir de 6 de novembro seguinte, isso
objetivando a ciência do impetrante.
É o relatório.
4
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documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3071396.
Supremo Tribunal Federal
HC 109.565 / SP
Ministro Cezar Peluso
Presidente
A Procuradoria Geral da República, no parecer, destaca o
acerto do acórdão impugnado. Aduz estar a decisão
fundamentada na natureza do crime cometido (latrocínio) e no
histórico da execução penal do condenado, que contava com
seis faltas graves. Articula com a inviabilidade de concessão do
livramento condicional, ante a ausência do requisito previsto no
inciso III do artigo 83 do Código Penal. Cita precedente – do
Habeas Corpus nº 94.208, relator Ministro Carlos Ayres Britto.
Opina pelo indeferimento da ordem.
Consulta ao sítio do Superior Tribunal de Justiça, nesta
data, revelou que o Habeas Corpus nº 195.193/SP encontra-se
arquivado em definitivo desde 30 de agosto de 2011, após o
trânsito em julgado do acórdão que implicou a não concessão
da ordem.
Lancei visto no processo em 27 de outubro de 2012, liberando-o para
ser julgado na Turma a partir de 6 de novembro seguinte, isso
objetivando a ciência do impetrante.
É o relatório.
4
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 10
Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 109.565 SÃO PAULO
V O T O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Este
habeas
ganha contornos de substitutivo do recurso ordinário
constitucional, surgindo, assim, a inadequação. Valho-me do que tenho
consignado a respeito:
A Carta Federal encerra como garantia maior essa ação
nobre voltada a preservar a liberdade de ir e vir do cidadão – o
habeas corpus. Vale dizer, sofrendo alguém ou se achando
ameaçado de sofrer violência ou coação à liberdade de
locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder, cabe manusear o
instrumental, fazendo-o no tocante à competência originária de
órgão julgador.
Em época na qual não havia a sobrecarga de processos
hoje notada – praticamente inviabilizando, em tempo hábil, a
jurisdição –, passou-se a admitir o denominado habeas
substitutivo do recurso ordinário constitucional previsto contra
decisão judicial a implicar o indeferimento da ordem. Com isso,
atualmente, tanto o Supremo quanto o Superior Tribunal de
Justiça estão às voltas com um grande número de habeas corpus
– este Tribunal recebeu, no primeiro semestre de 2012, 2.181
habeas e 108 recursos ordinários e aquele, 16.372 habeas e 1.475
recursos ordinários. Raras exceções, não se trata de impetrações
passíveis de serem enquadradas como originárias, mas de
medidas intentadas a partir de construção jurisprudencial.
O Direito é orgânico e dinâmico e contém princípios,
expressões e vocábulos com sentido próprio. A definição do
alcance da Carta da República há de fazer-se de forma
integrativa, mas também considerada a regra de hermenêutica e
aplicação do Direito que é a sistemática. O habeas corpus
substitutivo do recurso ordinário, além de não estar abrangido
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3071397.
Supremo Tribunal Federal
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 109.565 SÃO PAULO
V O T O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Este
habeas
ganha contornos de substitutivo do recurso ordinário
constitucional, surgindo, assim, a inadequação. Valho-me do que tenho
consignado a respeito:
A Carta Federal encerra como garantia maior essa ação
nobre voltada a preservar a liberdade de ir e vir do cidadão – o
habeas corpus. Vale dizer, sofrendo alguém ou se achando
ameaçado de sofrer violência ou coação à liberdade de
locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder, cabe manusear o
instrumental, fazendo-o no tocante à competência originária de
órgão julgador.
Em época na qual não havia a sobrecarga de processos
hoje notada – praticamente inviabilizando, em tempo hábil, a
jurisdição –, passou-se a admitir o denominado habeas
substitutivo do recurso ordinário constitucional previsto contra
decisão judicial a implicar o indeferimento da ordem. Com isso,
atualmente, tanto o Supremo quanto o Superior Tribunal de
Justiça estão às voltas com um grande número de habeas corpus
– este Tribunal recebeu, no primeiro semestre de 2012, 2.181
habeas e 108 recursos ordinários e aquele, 16.372 habeas e 1.475
recursos ordinários. Raras exceções, não se trata de impetrações
passíveis de serem enquadradas como originárias, mas de
medidas intentadas a partir de construção jurisprudencial.
O Direito é orgânico e dinâmico e contém princípios,
expressões e vocábulos com sentido próprio. A definição do
alcance da Carta da República há de fazer-se de forma
integrativa, mas também considerada a regra de hermenêutica e
aplicação do Direito que é a sistemática. O habeas corpus
substitutivo do recurso ordinário, além de não estar abrangido
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3071397.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 10
Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
HC 109.565 / SP
pela garantia constante do inciso LXVIII do artigo 5º do
Diploma Maior, não existindo sequer previsão legal, enfraquece
este último documento, tornando-o desnecessário no que, nos
artigos 102, inciso II, alínea “a”, e 105, inciso II, alínea “a”, tem-
se a previsão do recurso ordinário constitucional a ser
manuseado, em tempo, para o Supremo, contra decisão
proferida por tribunal superior indeferindo ordem, e para o
Superior Tribunal de Justiça, contra ato de tribunal regional
federal e de tribunal de justiça. O Direito é avesso a
sobreposições e impetrar-se novo habeas, embora para
julgamento por tribunal diverso, impugnando pronunciamento
em idêntica medida implica inviabilizar, em detrimento de
outras situações em que requerida, a jurisdição.
Cumpre implementar – visando restabelecer a eficácia
dessa ação maior, a valia da Carta Federal no que prevê não o
habeas substitutivo, mas o recurso ordinário – a correção de
rumos. Consigno que, no tocante a habeas já formalizado sob a
óptica da substituição do recurso constitucional, não ocorrerá
prejuízo para o paciente, ante a possibilidade de vir-se a
conceder, se for o caso, a ordem de ofício.
Saliento, por último, que, há dois anos, cheguei a propor a
edição de verbete de súmula que, no entanto, esbarrou na
ausência de precedentes. Deve-se afastar o misoneísmo, a
aversão a novas ideias, pouco importando a justificativa
plausível destas – no caso, constitucional –, salvando-se, e esta é
a expressão própria, o habeas corpus em sua envergadura maior,
no que solapado por visão contrária ao princípio do terceiro
excluído: uma coisa é ou não é. Entre duas possibilidades
contempladas na Lei Fundamental, de modo exaustivo, não
simplesmente exemplificativo, não há lugar para uma terceira –
na espécie, o inexistente, normativamente, habeas corpus
substitutivo do recurso ordinário, que, ante a prática admitida
até aqui, caiu em desuso, tornando quase letra morta os
preceitos constitucionais que o versam.
É cômodo não interpor o recurso ordinário quando se
pode, a qualquer momento e considerado o estágio do
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
HC 109.565 / SP
pela garantia constante do inciso LXVIII do artigo 5º do
Diploma Maior, não existindo sequer previsão legal, enfraquece
este último documento, tornando-o desnecessário no que, nos
artigos 102, inciso II, alínea “a”, e 105, inciso II, alínea “a”, tem-
se a previsão do recurso ordinário constitucional a ser
manuseado, em tempo, para o Supremo, contra decisão
proferida por tribunal superior indeferindo ordem, e para o
Superior Tribunal de Justiça, contra ato de tribunal regional
federal e de tribunal de justiça. O Direito é avesso a
sobreposições e impetrar-se novo habeas, embora para
julgamento por tribunal diverso, impugnando pronunciamento
em idêntica medida implica inviabilizar, em detrimento de
outras situações em que requerida, a jurisdição.
Cumpre implementar – visando restabelecer a eficácia
dessa ação maior, a valia da Carta Federal no que prevê não o
habeas substitutivo, mas o recurso ordinário – a correção de
rumos. Consigno que, no tocante a habeas já formalizado sob a
óptica da substituição do recurso constitucional, não ocorrerá
prejuízo para o paciente, ante a possibilidade de vir-se a
conceder, se for o caso, a ordem de ofício.
Saliento, por último, que, há dois anos, cheguei a propor a
edição de verbete de súmula que, no entanto, esbarrou na
ausência de precedentes. Deve-se afastar o misoneísmo, a
aversão a novas ideias, pouco importando a justificativa
plausível destas – no caso, constitucional –, salvando-se, e esta é
a expressão própria, o habeas corpus em sua envergadura maior,
no que solapado por visão contrária ao princípio do terceiro
excluído: uma coisa é ou não é. Entre duas possibilidades
contempladas na Lei Fundamental, de modo exaustivo, não
simplesmente exemplificativo, não há lugar para uma terceira –
na espécie, o inexistente, normativamente, habeas corpus
substitutivo do recurso ordinário, que, ante a prática admitida
até aqui, caiu em desuso, tornando quase letra morta os
preceitos constitucionais que o versam.
É cômodo não interpor o recurso ordinário quando se
pode, a qualquer momento e considerado o estágio do
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 10
Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
HC 109.565 / SP
processo-crime, buscar-se infirmar decisão há muito proferida,
mediante o denominado habeas corpus substitutivo, alcançando-
se, com isso, a passagem do tempo, a desaguar, por vezes, na
prescrição. A situação não deve continuar, no que já mitigou a
importância do habeas corpus e emperrou a máquina judiciária,
sendo prejudicados os cidadãos em geral, a cidadania. Rara é a
sessão da Turma em que não se examina impetração voltada
contra a demora na apreciação de idêntica medida pelo
Superior Tribunal de Justiça.
No mais, o caso está a ensejar a concessão de ordem de ofício. O
Juízo veio a implementar o benefício do livramento condicional. Recurso
interposto pelo Ministério Público foi provido, entendendo o Tribunal de
Justiça do Estado de São Paulo que se imporia o citado exame. Este, com a
edição da Lei nº 10.792, de 2003, acabou suprimido. Leiam o artigo 112 da
Lei de Execuções Penais na redação anterior e na atual:
Art. 112. A pena privativa de liberdade será executada em
forma progressiva, com a transferência para regime menos
rigoroso, a ser determinada pelo Juiz, quando o preso tiver
cumprido ao menos 1/6 (um sexto) da pena no regime anterior e
seu mérito indicar a progressão.
Parágrafo único. A decisão será motivada e precedida de
parecer da Comissão Técnica de Classificação e do exame
criminológico, quando necessário.
Art. 112. A pena privativa de liberdade será executada em
forma progressiva com a transferência para regime menos
rigoroso, a ser determinada pelo juiz, quando o preso tiver
cumprido ao menos um sexto da pena no regime anterior e
ostentar bom comportamento carcerário, comprovado pelo
diretor do estabelecimento, respeitadas as normas que vedam a
progressão.(Redação dada pela Lei nº 10.792, de 2003)
Mais do que isso, o Juízo admitiu o livramento condicional. Então,
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Supremo Tribunal Federal
HC 109.565 / SP
processo-crime, buscar-se infirmar decisão há muito proferida,
mediante o denominado habeas corpus substitutivo, alcançando-
se, com isso, a passagem do tempo, a desaguar, por vezes, na
prescrição. A situação não deve continuar, no que já mitigou a
importância do habeas corpus e emperrou a máquina judiciária,
sendo prejudicados os cidadãos em geral, a cidadania. Rara é a
sessão da Turma em que não se examina impetração voltada
contra a demora na apreciação de idêntica medida pelo
Superior Tribunal de Justiça.
No mais, o caso está a ensejar a concessão de ordem de ofício. O
Juízo veio a implementar o benefício do livramento condicional. Recurso
interposto pelo Ministério Público foi provido, entendendo o Tribunal de
Justiça do Estado de São Paulo que se imporia o citado exame. Este, com a
edição da Lei nº 10.792, de 2003, acabou suprimido. Leiam o artigo 112 da
Lei de Execuções Penais na redação anterior e na atual:
Art. 112. A pena privativa de liberdade será executada em
forma progressiva, com a transferência para regime menos
rigoroso, a ser determinada pelo Juiz, quando o preso tiver
cumprido ao menos 1/6 (um sexto) da pena no regime anterior e
seu mérito indicar a progressão.
Parágrafo único. A decisão será motivada e precedida de
parecer da Comissão Técnica de Classificação e do exame
criminológico, quando necessário.
Art. 112. A pena privativa de liberdade será executada em
forma progressiva com a transferência para regime menos
rigoroso, a ser determinada pelo juiz, quando o preso tiver
cumprido ao menos um sexto da pena no regime anterior e
ostentar bom comportamento carcerário, comprovado pelo
diretor do estabelecimento, respeitadas as normas que vedam a
progressão.(Redação dada pela Lei nº 10.792, de 2003)
Mais do que isso, o Juízo admitiu o livramento condicional. Então,
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Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
HC 109.565 / SP
houve o desprezo às condições impostas pela lei – decurso do tempo e
certidão de bom comportamento carcerário para vislumbrar-se, como a
exigirem o exame criminológico, a condenação imposta ao paciente e o
fato de anteriormente ter cometido faltas graves como custodiado.
Concedo a ordem de ofício para restabelecer a decisão do Juízo.
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Supremo Tribunal Federal
HC 109.565 / SP
houve o desprezo às condições impostas pela lei – decurso do tempo e
certidão de bom comportamento carcerário para vislumbrar-se, como a
exigirem o exame criminológico, a condenação imposta ao paciente e o
fato de anteriormente ter cometido faltas graves como custodiado.
Concedo a ordem de ofício para restabelecer a decisão do Juízo.
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 10
Decisão de Julgamento
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
HABEAS CORPUS 109.565
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO
PACTE.(S) : ALTAMIRO FERREIRA SANTIAGO
IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO
ADV.(A/S) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Decisão: A Turma julgou extinta a ordem de habeas corpus por
inadequação da via processual, mas a concedeu, de ofício, nos
termos do voto do Relator. Unânime. Não participou,
justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Luiz Fux.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 6.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
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Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
HABEAS CORPUS 109.565
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO
PACTE.(S) : ALTAMIRO FERREIRA SANTIAGO
IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO
ADV.(A/S) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Decisão: A Turma julgou extinta a ordem de habeas corpus por
inadequação da via processual, mas a concedeu, de ofício, nos
termos do voto do Relator. Unânime. Não participou,
justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Luiz Fux.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 6.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 10
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3139825 | 2012-11-06T00:00:00 | 2012-11-29T00:00:00 | A Turma julgou extinta a ordem de habeas corpus por inadequação da via processual, mas a concedeu, de ofício, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 6.11.2012. | HABEAS CORPUS | HABEAS CORPUS – JULGAMENTO POR TRIBUNAL SUPERIOR – IMPUGNAÇÃO. A teor do disposto no artigo 102, inciso II, alínea “a”, da Constituição Federal, contra decisão, proferida em processo revelador de habeas corpus, a implicar a não concessão da ordem, cabível é o recurso ordinário. Evolução quanto à admissibilidade do substitutivo do habeas corpus.
LIVRAMENTO CONDICIONAL – EXAME CRIMINOLÓGICO – INEXIGIBILIDADE. A previsão de exigência do exame criminológico, para a análise relativa aos benefícios a que tem jus o custodiado, foi excluída do artigo 112 da Lei de Execuções Penais mediante a Lei nº 10.792/2003. Implemento de ordem de ofício. | sjur220084 | Número de páginas: 10.
Análise: 06/12/2012, MJC. | MARCO AURÉLIO | Primeira Turma | 109565 | [
"LEG-FED LEI-007210 ANO-1984\r\n ART-00112 \r\n LEP-1984 LEI DE EXECUÇÃO PENAL\r\n\r\n",
"LEG-FED LEI-007210 ANO-1984\r\n ART-00112 REDAÇÃO DADA PELA LEI-10792/2003 \r\n LEP-1984 LEI DE EXECUÇÃO PENAL\r\n\r\n",
"LEG-FED LEI-010792 ANO-2003\r\n LEI ORDINÁRIA"
] | HC | acordaos | HC 109565 | [
""
] | PACTE.(S) : ALTAMIRO FERREIRA SANTIAGO
IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO
ADV.(A/S) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"HABEAS CORPUS 109 . 565",
"HABEAS CORPUS 109 . 565 SÃO",
"HC [UNK] 195 . 193",
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"HC [UNK] 195 . 193",
"HC 109 . 565 / SP",
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"HC [UNK] 86 . 631",
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"HC [UNK] 94 . 425",
"HC [UNK] 94 . 625",
"HC [UNK] 95 . 111",
"HC [UNK] 93 . 108",
"HC [UNK] 94 . 826",
"HC 109 . 565 / SP",
"Habeas Corpus [UNK] 94 . 208",
"Habeas Corpus [UNK] 195 . 193 / SP",
"HC 109 . 565 / SP",
"Habeas Corpus [UNK] 94 . 208",
"Habeas Corpus [UNK] 195 . 193 / SP",
"HABEAS CORPUS 109 . 565",
"HABEAS CORPUS 109 . 565",
"HC 109 . 565 / SP",
"HC 109 . 565 / SP",
"HC 109 . 565 / SP",
"HC 109 . 565 / SP",
"HC 109 . 565 / SP",
"HC 109 . 565 / SP",
"HABEAS CORPUS 109 . 565",
"HABEAS CORPUS 109 . 565"
],
"LEGISLACAO": [
"artigo 102 , inciso II , alínea “ a ” , da Constituição Federal",
"artigo 112 da Lei de Execuções Penais",
"Lei [UNK] 10 . 792 / 2003",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 13 , VIII , do RISTF",
"art . 131 da Lei de Execução Penal",
"art . 83 do Código Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 13 , VIII , do RISTF",
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"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"inciso III do artigo 83 do Código Penal",
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"inciso III do artigo 83 do Código Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Carta Federal",
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"Carta Federal",
"Carta da República",
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"inciso LXVIII do artigo [UNK] do Diploma Maior",
"Carta Federal",
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"inciso LXVIII do artigo [UNK] do Diploma Maior",
"Carta Federal",
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"Lei [UNK] 10 . 792",
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"Lei [UNK] 10 . 792",
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"Lei [UNK] 10 . 792",
"artigo 112 da Lei de Execuções Penais",
"Lei [UNK] 10 . 792",
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"MP n° 2",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"SÃO PAULO",
"Brasília",
"SÃO PAULO",
"Brasília",
"Brasília",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO"
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"ORGANIZACAO": [
"PRIMEIRA TURMA",
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"-",
"Brasil",
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"Supremo Tribunal Federal",
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"Brasil",
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"PESSOA": [
"MARCO AURÉLIO",
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"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
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"MARCO AURÉLIO",
"ALTAMIRO FERREIRA SANTIAGO",
"MARCO AURÉLIO",
"ALTAMIRO FERREIRA SANTIAGO",
"MARCO AURÉLIO",
"ALTAMIRO FERREIRA SANTIAGO",
"CELSO DE MELLO",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
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"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"CELSO DE MELLO",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"CÁRMEM LÚCIA",
"ELLEN GRACIE",
"CARLOS BRITTO",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
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"Carlos Ayres Britto",
"Cezar Peluso",
"Carlos Ayres Britto",
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"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
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"Dias Toffoli",
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"2001",
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"/",
"2001",
"6",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"6",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 707.727 RIO
GRANDE DO SUL
RELATORA
: MIN. ROSA WEBER
AGTE.(S)
:MARILENE FRASSON
ADV.(A/S)
:CARLOS ALBERTO NASCIMENTO
ADV.(A/S)
:LUÍS ALFREDO COSTA
AGDO.(A/S)
:ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL
DO
ESTADO
DO
RIO
GRANDE DO SUL
EMENTA
DIREITO ADMINISTRATIVO. SERVIDOR DA EXTINTA CAIXA
ECONÔMICA ESTADUAL DO RIO GRANDE DO SUL. CRITÉRIO DE
REAJUSTE DO VALE-REFEIÇÃO. INTERPRETAÇÃO DAS LEIS
10.959/1997 E 10.002/1993 DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL.
MATÉRIA RESTRITA AO ÂMBITO INFRACONSTITUCIONAL.
AUSÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL. ARE 708.403 RG (DJe
11.10.2012). FUNDAMENTO EM IDÊNTICA CONTROVÉRSIA.
DECISÃO AGRAVADA FUNDAMENTADA NO ART. 328 DO RISTF
PARA OS FINS PREVISTOS NO ART. 543-B DO CPC.
Consoante registrado na decisão agravada, esta Casa já concluiu pela
inexistência de repercussão geral da questão relativa ao reajuste do vale-
refeição dos empregados da extinta Caixa Econômica Estadual do Rio
Grande do Sul, objeto do recurso extraordinário, considerada a
necessidade de interpretação das normas infraconstitucionais pertinentes.
Caracterizada a identidade de controvérsia, o art. 328 do RISTF
autoriza a devolução dos recursos extraordinários e dos agravos de
instrumento aos Tribunais ou Turmas Recursais de origem para os fins
previstos no art. 543-B do CPC.
Agravo conhecido e não provido.
A C Ó R D Ã O
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3081029.
Supremo Tribunal Federal
DJe 22/11/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 6
Ementa e Acórdão
ARE 707.727 AGR / RS
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os
Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Primeira Turma, sob a
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de
julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em
negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da relatora.
Brasília, 06 de novembro de 2012.
Ministra Rosa Weber
Relatora
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3081029.
Supremo Tribunal Federal
ARE 707.727 AGR / RS
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os
Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Primeira Turma, sob a
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de
julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em
negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da relatora.
Brasília, 06 de novembro de 2012.
Ministra Rosa Weber
Relatora
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Relatório
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 707.727 RIO
GRANDE DO SUL
RELATORA
: MIN. ROSA WEBER
AGTE.(S)
:MARILENE FRASSON
ADV.(A/S)
:CARLOS ALBERTO NASCIMENTO
ADV.(A/S)
:LUÍS ALFREDO COSTA
AGDO.(A/S)
:ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL
DO
ESTADO
DO
RIO
GRANDE DO SUL
RELATÓRIO
Contra decisão por mim proferida (fl. 80), mediante a qual, à luz do
art. 328 do RISTF, determinada a devolução dos autos à Corte de origem
para os fins do art. 543-B do CPC, maneja agravo regimental a parte
autora (fls. 84-90).
A agravante insurge-se contra a decisão agravada, ao argumento de
ocorrência de violação direta da Constituição da República, a afastar o
óbice atinente à Súmula 280/STF – referida no paradigma indicado na
decisão agravada. Referindo conclusão de precedente desta Casa, de
relatoria do eminente Min. Marco Aurélio, alega violação dos princípios
insculpidos no art. 37 da Carta Maior. Requer o “cumprimento da norma
que lhe garantiu a condição igualitária aos demais servidores do Estado,
quando da extinção da sua categoria” (fl. 89).
Acórdão regional disponibilizado em 30.8.2011 (fl.48).
É o relatório.
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3081030.
Supremo Tribunal Federal
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 707.727 RIO
GRANDE DO SUL
RELATORA
: MIN. ROSA WEBER
AGTE.(S)
:MARILENE FRASSON
ADV.(A/S)
:CARLOS ALBERTO NASCIMENTO
ADV.(A/S)
:LUÍS ALFREDO COSTA
AGDO.(A/S)
:ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL
DO
ESTADO
DO
RIO
GRANDE DO SUL
RELATÓRIO
Contra decisão por mim proferida (fl. 80), mediante a qual, à luz do
art. 328 do RISTF, determinada a devolução dos autos à Corte de origem
para os fins do art. 543-B do CPC, maneja agravo regimental a parte
autora (fls. 84-90).
A agravante insurge-se contra a decisão agravada, ao argumento de
ocorrência de violação direta da Constituição da República, a afastar o
óbice atinente à Súmula 280/STF – referida no paradigma indicado na
decisão agravada. Referindo conclusão de precedente desta Casa, de
relatoria do eminente Min. Marco Aurélio, alega violação dos princípios
insculpidos no art. 37 da Carta Maior. Requer o “cumprimento da norma
que lhe garantiu a condição igualitária aos demais servidores do Estado,
quando da extinção da sua categoria” (fl. 89).
Acórdão regional disponibilizado em 30.8.2011 (fl.48).
É o relatório.
Supremo Tribunal Federal
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Voto - MIN. ROSA WEBER
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 707.727 RIO
GRANDE DO SUL
VOTO
A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Preenchidos os
pressupostos genéricos, conheço do agravo regimental e passo ao exame
do mérito.
Consoante registrado na decisão agravada, esta Casa, em Plenário
Virtual, no ARE 708.403, concluiu pela inexistência de repercussão geral
da questão relativa ao reajuste do vale-refeição dos empregados da
extinta Caixa Econômica Estadual do Rio Grande do Sul - objeto do
recurso extraordinário-, considerada a necessidade de interpretação das
normas infraconstitucionais pertinentes:
ADMINISTRATIVO. SERVIDOR DA EXTINTA CAIXA
ECONÔMICA ESTADUAL DO RIO GRANDE DO SUL.
CRITÉRIO
DE
REAJUSTE
DO
VALE-REFEIÇÃO.
INTERPRETAÇÃO DAS LEIS 10.959/1997 E 10.002/1993, DO
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL. MATÉRIA RESTRITA AO
ÂMBITO INFRACONSTITUCIONAL. AUSÊNCIA DE
REPERCUSSÃO GERAL.
Nesse contexto, à luz do art. 328 do RISTF, resulta autorizada a
devolução dos recursos extraordinários e dos agravos de instrumento aos
Tribunais ou Turmas Recursais de origem para os fins previstos no art.
543-B do CPC.
Caracterizada a identidade de controvérsia, irrepreensível a decisão
agravada.
Esclareço que o precedente indicado pelo agravante nas razões de
agravo - RE 428.991, Rel. Min. Marco Aurélio, Primeira Turma, DJe
31.10.2008-, além de ser anterior ao julgamento sedimentado pelo
Plenário Virtual desta Casa no ARE 708403 RG (DJe 11.10.2012) – em que
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 707.727 RIO
GRANDE DO SUL
VOTO
A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Preenchidos os
pressupostos genéricos, conheço do agravo regimental e passo ao exame
do mérito.
Consoante registrado na decisão agravada, esta Casa, em Plenário
Virtual, no ARE 708.403, concluiu pela inexistência de repercussão geral
da questão relativa ao reajuste do vale-refeição dos empregados da
extinta Caixa Econômica Estadual do Rio Grande do Sul - objeto do
recurso extraordinário-, considerada a necessidade de interpretação das
normas infraconstitucionais pertinentes:
ADMINISTRATIVO. SERVIDOR DA EXTINTA CAIXA
ECONÔMICA ESTADUAL DO RIO GRANDE DO SUL.
CRITÉRIO
DE
REAJUSTE
DO
VALE-REFEIÇÃO.
INTERPRETAÇÃO DAS LEIS 10.959/1997 E 10.002/1993, DO
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL. MATÉRIA RESTRITA AO
ÂMBITO INFRACONSTITUCIONAL. AUSÊNCIA DE
REPERCUSSÃO GERAL.
Nesse contexto, à luz do art. 328 do RISTF, resulta autorizada a
devolução dos recursos extraordinários e dos agravos de instrumento aos
Tribunais ou Turmas Recursais de origem para os fins previstos no art.
543-B do CPC.
Caracterizada a identidade de controvérsia, irrepreensível a decisão
agravada.
Esclareço que o precedente indicado pelo agravante nas razões de
agravo - RE 428.991, Rel. Min. Marco Aurélio, Primeira Turma, DJe
31.10.2008-, além de ser anterior ao julgamento sedimentado pelo
Plenário Virtual desta Casa no ARE 708403 RG (DJe 11.10.2012) – em que
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Voto - MIN. ROSA WEBER
ARE 707.727 AGR / RS
afastada a repercussão geral da matéria -, diz com hipótese estranha ao
presente feito, pois se refere a reajuste do vale-refeição previsto na Lei
Estadual 10.002/93 – cuja incidência, na espécie, resultou expressamente
afastada pelo Tribunal de Justiça gaúcho, consoante se denota da ementa
do julgado regional:
“SERVIDOR PÚBLICO. EXTINTA CAIXA ECONÔMICA
ESTADUAL (QUADRO ESPECIAL INSTITUÍDO PELA LEI
ESTADUAL Nº 10.959/97). AUXÍLIO RANCHO E VALE
REFEIÇÃO. VERBAS DIVERSAS. IMPROCEDENTE O
PEDIDO DE REAJUSTE DO VALE REFEIÇÃO, POSTO QUE
INAPLICÁVEL AO CASO O DISPOSTO NA LEI Nº 10.002/93.
VALOR PERCEBIDO QUE EXTRAPOLA O RECEBIDO PELOS
DEMAIS SERVIDORES. CARÊNCIA DA AÇÃO AFASTADA.
MATÉRIA NO MÉRITO ENFRENTADA, MAS RECURSO
IMPROVIDO” (fl. 44)
Acresço, à demasia, que suposta afronta a preceitos constitucionais
que dependa da análise de legislação infraconstitucional, a tornar oblíqua
e reflexa eventual ofensa, é insuscetível de viabilizar o conhecimento de
recurso extraordinário, considerada a disposição do art. 102, III, “a”, da
Lei Maior.
Agravo regimental conhecido e não provido.
É como voto.
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
ARE 707.727 AGR / RS
afastada a repercussão geral da matéria -, diz com hipótese estranha ao
presente feito, pois se refere a reajuste do vale-refeição previsto na Lei
Estadual 10.002/93 – cuja incidência, na espécie, resultou expressamente
afastada pelo Tribunal de Justiça gaúcho, consoante se denota da ementa
do julgado regional:
“SERVIDOR PÚBLICO. EXTINTA CAIXA ECONÔMICA
ESTADUAL (QUADRO ESPECIAL INSTITUÍDO PELA LEI
ESTADUAL Nº 10.959/97). AUXÍLIO RANCHO E VALE
REFEIÇÃO. VERBAS DIVERSAS. IMPROCEDENTE O
PEDIDO DE REAJUSTE DO VALE REFEIÇÃO, POSTO QUE
INAPLICÁVEL AO CASO O DISPOSTO NA LEI Nº 10.002/93.
VALOR PERCEBIDO QUE EXTRAPOLA O RECEBIDO PELOS
DEMAIS SERVIDORES. CARÊNCIA DA AÇÃO AFASTADA.
MATÉRIA NO MÉRITO ENFRENTADA, MAS RECURSO
IMPROVIDO” (fl. 44)
Acresço, à demasia, que suposta afronta a preceitos constitucionais
que dependa da análise de legislação infraconstitucional, a tornar oblíqua
e reflexa eventual ofensa, é insuscetível de viabilizar o conhecimento de
recurso extraordinário, considerada a disposição do art. 102, III, “a”, da
Lei Maior.
Agravo regimental conhecido e não provido.
É como voto.
2
Supremo Tribunal Federal
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Decisão de Julgamento
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 707.727
PROCED. : RIO GRANDE DO SUL
RELATORA : MIN. ROSA WEBER
AGTE.(S) : MARILENE FRASSON
ADV.(A/S) : CARLOS ALBERTO NASCIMENTO
ADV.(A/S) : LUÍS ALFREDO COSTA
AGDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos
termos do voto da Relatora. Unânime. Presidência do Senhor
Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 6.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3108199
Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 707.727
PROCED. : RIO GRANDE DO SUL
RELATORA : MIN. ROSA WEBER
AGTE.(S) : MARILENE FRASSON
ADV.(A/S) : CARLOS ALBERTO NASCIMENTO
ADV.(A/S) : LUÍS ALFREDO COSTA
AGDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos
termos do voto da Relatora. Unânime. Presidência do Senhor
Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 6.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3108199
Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 6
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3116063 | 2012-11-06T00:00:00 | 2012-11-22T00:00:00 | A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 6.11.2012. | AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO | EMENTA
DIREITO ADMINISTRATIVO. SERVIDOR DA EXTINTA CAIXA ECONÔMICA ESTADUAL DO RIO GRANDE DO SUL. CRITÉRIO DE REAJUSTE DO VALE-REFEIÇÃO. INTERPRETAÇÃO DAS LEIS 10.959/1997 E 10.002/1993 DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL. MATÉRIA RESTRITA AO ÂMBITO INFRACONSTITUCIONAL. AUSÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL. ARE 708.403 RG (DJe 11.10.2012). FUNDAMENTO EM IDÊNTICA CONTROVÉRSIA. DECISÃO AGRAVADA FUNDAMENTADA NO ART. 328 DO RISTF PARA OS FINS PREVISTOS NO ART. 543-B DO CPC.
Consoante registrado na decisão agravada, esta Casa já concluiu pela inexistência de repercussão geral da questão relativa ao reajuste do vale-refeição dos empregados da extinta Caixa Econômica Estadual do Rio Grande do Sul, objeto do recurso extraordinário, considerada a necessidade de interpretação das normas infraconstitucionais pertinentes.
Caracterizada a identidade de controvérsia, o art. 328 do RISTF autoriza a devolução dos recursos extraordinários e dos agravos de instrumento aos Tribunais ou Turmas Recursais de origem para os fins previstos no art. 543-B do CPC.
Agravo conhecido e não provido. | sjur219553 | - Acórdãos citados:
(MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL, VALE-REFEIÇÃO, CRITÉRIO DE REAJUSTE)
STF: ARE 708403 RG (TP), RE 428991 (1ªT).
Número de páginas: 6.
Análise: 27/11/2012, TBC. | ROSA WEBER | Primeira Turma | 707727 | [
"LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00102 INC-00003 LET-A\r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n\r\n",
"LEG-FED LEI-005869 ANO-1973\r\n ART-0543B \r\n CPC-1973 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL\r\n\r\n",
"LEG-FED RGI ANO-1980\r\n ART-00328 \r\n RISTF-1980 REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL\r\n\r\n",
"LEG-EST LEI-010002 ANO-1993\r\n LEI ORDINÁRIA, RS\r\n\r\n",
"LEG-EST LEI-010959 ANO-1997\r\n LEI ORDINÁRIA, RS"
] | ARE-AgR | acordaos | ARE 707727 AgR | [
""
] | AGDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
ADV.(A/S) : LUÍS ALFREDO COSTA
ADV.(A/S) : CARLOS ALBERTO NASCIMENTO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
AGTE.(S) : MARILENE FRASSON | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 707 . 727",
"ARE 708 . 403 RG",
"ARE 707 . 727 AGR",
"ARE 707 . 727 AGR / RS",
"Súmula 280 / STF",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 707 . 727",
"Súmula 280 / STF",
"RE 428 . 991",
"RE 428 . 991",
"ARE 708403 RG"
],
"LEGISLACAO": [
"LEIS 10 . 959 / 1997",
"10",
".",
"002",
"/",
"1993",
"ART .",
"ART . 543 - B DO CPC",
"art . 328 do RISTF",
"art . 543 - B do CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 328 do RISTF",
"art . 543 - B do CPC",
"Constituição da República",
"art . 37 da Carta Maior",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 328 do RISTF",
"art . 543 - B do CPC",
"Constituição da República",
"art . 37 da Carta Maior",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"LEIS 10 . 959 / 1997",
"10",
".",
"002",
"/",
"1993",
"art .",
"art . 543 - B do CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"LEIS 10 . 959 / 1997",
"10",
".",
"002",
"/",
"1993",
"art . 328 do RISTF",
"art . 543 - B do CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei Estadual 10 . 002 / 93",
"LEI ESTADUAL [UNK] 10 . 959 / 97",
"LEI [UNK] 10 . 002 / 93",
"art . 102 , III , “ a ” , da Lei Maior",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei Estadual 10 . 002 / 93",
"LEI ESTADUAL [UNK] 10 . 959 / 97",
"LEI [UNK] 10 . 002 / 93",
"art . 102 , III , “ a ” , da Lei Maior",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL",
"Brasília",
"Brasília",
"RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL"
],
"ORGANIZACAO": [
"PRIMEIRA TURMA",
"CAIXA ECONÔMICA ESTADUAL DO RIO GRANDE DO SUL",
"Caixa Econômica Estadual do Rio Grande do Sul",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"Caixa Econômica Estadual do Rio Grande do Sul",
"CAIXA ECONÔMICA ESTADUAL DO RIO GRANDE DO SUL",
"Primeira Turma",
"Plenário Virtual",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Plenário",
"Caixa Econômica Estadual do Rio Grande do Sul",
"CAIXA ECONÔMICA ESTADUAL DO RIO GRANDE DO SUL",
"Primeira Turma",
"Plenário Virtual desta Casa",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Tribunal de Justiça gaúcho",
"CAIXA ECONÔMICA ESTADUAL",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"CAIXA ECONÔMICA ESTADUAL",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"[UNK] Turma",
"Primeira",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"ROSA WEBER",
"MARILENE FRASSON",
"CARLOS ALBERTO NASCIMENTO",
"LUÍS ALFREDO COSTA",
"Dias",
"Toffoli",
"Rosa Weber",
"Dias Toffoli",
"Rosa Weber",
"ROSA WEBER",
"MARILENE FRASSON",
"CARLOS ALBERTO NASCIMENTO",
"LUÍS ALFREDO COSTA",
"Marco Aurélio",
"ROSA WEBER",
"MARILENE FRASSON",
"CARLOS ALBERTO NASCIMENTO",
"LUÍS ALFREDO COSTA",
"Marco Aurélio",
"ROSA WEBER",
"Rosa Weber",
"Marco Aurélio",
"Rosa Weber",
"Marco Aurélio",
"ROSA WEBER",
"ROSA WEBER",
"MARILENE FRASSON",
"CARLOS ALBERTO NASCIMENTO",
"LUÍS ALFREDO COSTA",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza",
"ROSA WEBER",
"MARILENE FRASSON",
"CARLOS ALBERTO",
"LUÍS ALFREDO COSTA",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza"
],
"TEMPO": [
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"11",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"22",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"06 de novembro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06 de novembro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"30",
".",
"8",
".",
"2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"30",
".",
"8",
".",
"2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"31",
".",
"10",
".",
"2008",
"11",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"31",
".",
"10",
".",
"2008",
"11",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
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"24",
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"2001",
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"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
SEGUNDOS EMB.DECL. NO RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS
110.622 DISTRITO FEDERAL
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
EMBTE.(S)
:CARLOS LEONARDO COSTA PEREIRA
ADV.(A/S)
:JOSE ADOLFO NUNES DE OLIVEIRA
EMBTE.(S)
:MAXWEL SILVA
ADV.(A/S)
:JOSE ADOLFO NUNES DE OLIVEIRA
EMBDO.(A/S)
:SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICA
EMENTA
Embargos de declaração em recurso ordinário em habeas corpus.
Alegação de prejuízo à defesa pela ausência de intimação para a
realização do julgamento do writ. Ausência de omissão, contradição ou
obscuridade. Nulidade, todavia, reconhecida. Embargos rejeitados, com
a concessão de ordem de habeas corpus de ofício.
1. O julgamento do recurso enfrentou adequadamente as questões
postas pelos recorrentes, não estando presente nenhum dos vícios do art.
619 do Código de Processo Penal.
2. Embargos de declaração rejeitados.
3. Havendo pedido expresso nos autos de intimação para a
realização do julgamento, é de se deferir o habeas corpus, em
homenagem à envergadura maior do writ.
4. Ordem concedida de ofício para o rejulgamento do recurso
mediante prévia intimação dos recorrentes.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do
Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata do julgamento e das
notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em rejeitar os embargos
de declaração, concedendo, no entanto, a ordem de ofício, nos termos do
voto do Relator.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3113467.
Supremo Tribunal Federal
DJe 23/11/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 10
Ementa e Acórdão
RHC 110.622 ED-SEGUNDOS / DF
Brasília, 6 de novembro de 2012.
MINISTRO DIAS TOFFOLI
Relator
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3113467.
Supremo Tribunal Federal
RHC 110.622 ED-SEGUNDOS / DF
Brasília, 6 de novembro de 2012.
MINISTRO DIAS TOFFOLI
Relator
2
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 10
Relatório
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
SEGUNDOS EMB.DECL. NO RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS
110.622 DISTRITO FEDERAL
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
EMBTE.(S)
:CARLOS LEONARDO COSTA PEREIRA
ADV.(A/S)
:JOSE ADOLFO NUNES DE OLIVEIRA
EMBTE.(S)
:MAXWEL SILVA
ADV.(A/S)
:JOSE ADOLFO NUNES DE OLIVEIRA
EMBDO.(A/S)
:SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICA
RELATÓRIO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Os pacientes, por intermédio de seu advogado, opõem embargos
declaratórios ao acórdão publicado no DJe de 23/10/12, cuja ementa se
lavrou nos termos seguintes:
“Recurso ordinário em habeas corpus. Penal. Crime de
concussão praticado por policiais militares. Pretensão à
aplicação das atenuantes previstas nos art. 72, II e III, b, do
CPM e 66 do CPB. Questões não analisadas nas instâncias
antecedentes. Inviabilidade do conhecimento do tema per
saltum pela Suprema Corte. Supressão de instância. Recurso
não provido. 1. Os temas relativos à aplicação ou não das
atenuantes previstas nos art. 72, II e III, b, do CPM e 66 do CPB
não foram suscitados perante as instâncias ordinárias, nem
mesmo em sede de embargos declaratórios ao acórdão da
apelação. 2. Configuraria verdadeira dupla supressão de
instância analisar os argumentos acerca do constrangimento
ilegal imposto aos pacientes. Com efeito, não tendo os temas
sido apreciados pelo TJRJ e pelo Superior Tribunal de Justiça,
não pode esta Suprema Corte, em exame per saltum, analisá-
los. Precedentes. 3. Recurso ordinário a que se nega
provimento.”
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3113465.
Supremo Tribunal Federal
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
SEGUNDOS EMB.DECL. NO RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS
110.622 DISTRITO FEDERAL
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
EMBTE.(S)
:CARLOS LEONARDO COSTA PEREIRA
ADV.(A/S)
:JOSE ADOLFO NUNES DE OLIVEIRA
EMBTE.(S)
:MAXWEL SILVA
ADV.(A/S)
:JOSE ADOLFO NUNES DE OLIVEIRA
EMBDO.(A/S)
:SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICA
RELATÓRIO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Os pacientes, por intermédio de seu advogado, opõem embargos
declaratórios ao acórdão publicado no DJe de 23/10/12, cuja ementa se
lavrou nos termos seguintes:
“Recurso ordinário em habeas corpus. Penal. Crime de
concussão praticado por policiais militares. Pretensão à
aplicação das atenuantes previstas nos art. 72, II e III, b, do
CPM e 66 do CPB. Questões não analisadas nas instâncias
antecedentes. Inviabilidade do conhecimento do tema per
saltum pela Suprema Corte. Supressão de instância. Recurso
não provido. 1. Os temas relativos à aplicação ou não das
atenuantes previstas nos art. 72, II e III, b, do CPM e 66 do CPB
não foram suscitados perante as instâncias ordinárias, nem
mesmo em sede de embargos declaratórios ao acórdão da
apelação. 2. Configuraria verdadeira dupla supressão de
instância analisar os argumentos acerca do constrangimento
ilegal imposto aos pacientes. Com efeito, não tendo os temas
sido apreciados pelo TJRJ e pelo Superior Tribunal de Justiça,
não pode esta Suprema Corte, em exame per saltum, analisá-
los. Precedentes. 3. Recurso ordinário a que se nega
provimento.”
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Relatório
RHC 110.622 ED-SEGUNDOS / DF
Alegam os embargantes, em síntese, que o acórdão embargado
contém omissão, porquanto, embora houvesse requerimento expresso por
parte do patrono dos embargantes para a sessão de julgamento do
recurso, essa, pela segunda vez, não se teria efetivado, o que implicaria o
cerceamento de defesa.
Requerem o provimento dos presentes embargos para que seja
“anulado o julgamento, bem como marcada nova data
publicando-se o dia do julgamento. Alternativamente, que seja
declarado o Acórdão com pedido alternativo constante da
exordial de que o Tribunal ‘a quo’ se manifeste quanto as
circunstâncias atenuantes e a minorante” (fl. 4 dos embargos).
É o relatório.
2
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documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3113465.
Supremo Tribunal Federal
RHC 110.622 ED-SEGUNDOS / DF
Alegam os embargantes, em síntese, que o acórdão embargado
contém omissão, porquanto, embora houvesse requerimento expresso por
parte do patrono dos embargantes para a sessão de julgamento do
recurso, essa, pela segunda vez, não se teria efetivado, o que implicaria o
cerceamento de defesa.
Requerem o provimento dos presentes embargos para que seja
“anulado o julgamento, bem como marcada nova data
publicando-se o dia do julgamento. Alternativamente, que seja
declarado o Acórdão com pedido alternativo constante da
exordial de que o Tribunal ‘a quo’ se manifeste quanto as
circunstâncias atenuantes e a minorante” (fl. 4 dos embargos).
É o relatório.
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3113465.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 10
Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
SEGUNDOS EMB.DECL. NO RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS
110.622 DISTRITO FEDERAL
VOTO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Não está presente nenhuma hipótese autorizadora da oposição do
recurso declaratório.
O aresto embargado não incorreu em omissão, tendo o órgão
julgador decidido, fundamentadamente, todas as questões postas a
julgamento, nos limites necessários ao deslinde do feito. Da mesma
forma, a decisão não é obscura, pois não falta a ela clareza ou certeza
quanto ao que foi decidido. Os embargos pretendem, efetivamente,
rediscutir a insatisfação dos embargantes com o deslinde da causa, fim a
que não se prestam os embargos declaratórios.
Nessa conformidade, rejeito os embargos de declaração.
Verifico, contudo, que efetivamente constou da petição de
interposição do recurso ordinário constitucional pedido de intimação
prévia do patrono dos recorrentes para a sessão de julgamento daquele
recurso (fl. 96 do anexo 4), o que, pela segunda vez, não foi observado.
Portanto, proponho, nesse aspecto, nova concessão de ordem de
habeas corpus de ofício, para a anulação do julgamento ocorrido na
sessão de 23/10/12 e seu rejulgamento nesta própria sessão, sendo dada
oportunidade à defesa para a realização de sua sustentação.
Como já preconizado pela eminente Ministra Cármen Lúcia no HC
nº 104.264/RJ:
“o fato de a sustentação oral não constituir ato essencial é
irrelevante, devendo-se distinguir duas situações. A primeira é
a sustentação não constituir ato essencial, no sentido de que, se
não realizada, não gera nulidade alguma (nesse sentido, entre
outros, HC 66.315, Rel. Min. Moreira Alves, DJ 24.2.1989; HC
68.369, Rel. Min. Sydney Sanches, DJ 8.3.1991; HC 69.429, Rel.
Min. Carlos Velloso, DJ 28.5.1983; HC 73.839, Rel. Min. Carlos
Velloso, DJ 27.3.1998; HC 76.970, Rel. Min. Maurício Corrêa, DJ
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3113464.
Supremo Tribunal Federal
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
SEGUNDOS EMB.DECL. NO RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS
110.622 DISTRITO FEDERAL
VOTO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Não está presente nenhuma hipótese autorizadora da oposição do
recurso declaratório.
O aresto embargado não incorreu em omissão, tendo o órgão
julgador decidido, fundamentadamente, todas as questões postas a
julgamento, nos limites necessários ao deslinde do feito. Da mesma
forma, a decisão não é obscura, pois não falta a ela clareza ou certeza
quanto ao que foi decidido. Os embargos pretendem, efetivamente,
rediscutir a insatisfação dos embargantes com o deslinde da causa, fim a
que não se prestam os embargos declaratórios.
Nessa conformidade, rejeito os embargos de declaração.
Verifico, contudo, que efetivamente constou da petição de
interposição do recurso ordinário constitucional pedido de intimação
prévia do patrono dos recorrentes para a sessão de julgamento daquele
recurso (fl. 96 do anexo 4), o que, pela segunda vez, não foi observado.
Portanto, proponho, nesse aspecto, nova concessão de ordem de
habeas corpus de ofício, para a anulação do julgamento ocorrido na
sessão de 23/10/12 e seu rejulgamento nesta própria sessão, sendo dada
oportunidade à defesa para a realização de sua sustentação.
Como já preconizado pela eminente Ministra Cármen Lúcia no HC
nº 104.264/RJ:
“o fato de a sustentação oral não constituir ato essencial é
irrelevante, devendo-se distinguir duas situações. A primeira é
a sustentação não constituir ato essencial, no sentido de que, se
não realizada, não gera nulidade alguma (nesse sentido, entre
outros, HC 66.315, Rel. Min. Moreira Alves, DJ 24.2.1989; HC
68.369, Rel. Min. Sydney Sanches, DJ 8.3.1991; HC 69.429, Rel.
Min. Carlos Velloso, DJ 28.5.1983; HC 73.839, Rel. Min. Carlos
Velloso, DJ 27.3.1998; HC 76.970, Rel. Min. Maurício Corrêa, DJ
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 10
Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
RHC 110.622 ED-SEGUNDOS / DF
20.4.2001; HC 82.241, Rel. Min. Gilmar Mendes, DJ 4.3.2005;
HC 83.792, Rel. Min. Gilmar Mendes, DJ 30.4.2004; HC 82.740,
Rel. Min. Gilmar Mendes, DJ 22.6.2007; HC 84.655, Rel. Min.
Carlos Velloso, DJ 4.2.2005; HC 85.789, Rel. Min. Carlos
Velloso, DJ 26.8.2005; HC 85.845, Rel. Min. Carlos Velloso, DJ
23.9.2005; RHC 79.541, Rel. Min. Celso de Mello, Informativo n.
179; e RHC 86.085, Rel. Min. Ayres Britto, DJ 31.3.2006; e QC
501, Rel. Min. Celso de Mello, DJ 28.11.1997). A segunda,
substancialmente diversa, refere-se aos casos em que há pedido
da defesa para ser intimada da data da sessão de julgamento, a
fim de que possa exercitar o seu direito à sustentação oral e a
comunicação não ocorre” (Primeira Turma, DJe de 19/11/10).
Nesse mesmo sentido:
“HABEAS CORPUS. ALEGAÇÃO DE PREJUÍZO À
DEFESA PELA AUSÊNCIA DE INTIMAÇÃO PARA A
REALIZAÇÃO
DO
JULGAMENTO
DO
WRIT.
IMPOSSIBILITADA A SUSTENTAÇÃO ORAL. EXISTÊNCIA
DE PEDIDO DE INTIMAÇÃO EXPRESSO NOS AUTOS. Nos
termos da orientação deste Supremo Tribunal Federal, a
sustentação oral não é ato essencial à defesa. Contudo, havendo
pedido expresso nos autos de intimação da realização do
julgamento, é de se deferir o habeas corpus , em homenagem à
envergadura maior do writ. Habeas corpus deferido em parte”
(HC nº 86.550/SC, Primeira Turma, Relator o Ministro Ayres
Britto, DJ 13/10/06);
“PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS. PRINCÍPIO
DA AMPLA DEFESA. ART. 5º, LIV E LV, DA CONSTITUIÇÃO
FEDERAL. SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. PEDIDO DA
DEFESA PARA REALIZAR SUSTENTAÇÃO ORAL.
COMUNICAÇÃO DA DATA DE JULGAMENTO. AUSÊNCIA
DE
PREVISÃO
NORMATIVA.
INFORMAÇÃO
DISPONIBILIZADA
APENAS
NOS
MEIOS
INFORMATIZADOS DAQUELA CORTE. NECESSIDADE DE
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3113464.
Supremo Tribunal Federal
RHC 110.622 ED-SEGUNDOS / DF
20.4.2001; HC 82.241, Rel. Min. Gilmar Mendes, DJ 4.3.2005;
HC 83.792, Rel. Min. Gilmar Mendes, DJ 30.4.2004; HC 82.740,
Rel. Min. Gilmar Mendes, DJ 22.6.2007; HC 84.655, Rel. Min.
Carlos Velloso, DJ 4.2.2005; HC 85.789, Rel. Min. Carlos
Velloso, DJ 26.8.2005; HC 85.845, Rel. Min. Carlos Velloso, DJ
23.9.2005; RHC 79.541, Rel. Min. Celso de Mello, Informativo n.
179; e RHC 86.085, Rel. Min. Ayres Britto, DJ 31.3.2006; e QC
501, Rel. Min. Celso de Mello, DJ 28.11.1997). A segunda,
substancialmente diversa, refere-se aos casos em que há pedido
da defesa para ser intimada da data da sessão de julgamento, a
fim de que possa exercitar o seu direito à sustentação oral e a
comunicação não ocorre” (Primeira Turma, DJe de 19/11/10).
Nesse mesmo sentido:
“HABEAS CORPUS. ALEGAÇÃO DE PREJUÍZO À
DEFESA PELA AUSÊNCIA DE INTIMAÇÃO PARA A
REALIZAÇÃO
DO
JULGAMENTO
DO
WRIT.
IMPOSSIBILITADA A SUSTENTAÇÃO ORAL. EXISTÊNCIA
DE PEDIDO DE INTIMAÇÃO EXPRESSO NOS AUTOS. Nos
termos da orientação deste Supremo Tribunal Federal, a
sustentação oral não é ato essencial à defesa. Contudo, havendo
pedido expresso nos autos de intimação da realização do
julgamento, é de se deferir o habeas corpus , em homenagem à
envergadura maior do writ. Habeas corpus deferido em parte”
(HC nº 86.550/SC, Primeira Turma, Relator o Ministro Ayres
Britto, DJ 13/10/06);
“PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS. PRINCÍPIO
DA AMPLA DEFESA. ART. 5º, LIV E LV, DA CONSTITUIÇÃO
FEDERAL. SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. PEDIDO DA
DEFESA PARA REALIZAR SUSTENTAÇÃO ORAL.
COMUNICAÇÃO DA DATA DE JULGAMENTO. AUSÊNCIA
DE
PREVISÃO
NORMATIVA.
INFORMAÇÃO
DISPONIBILIZADA
APENAS
NOS
MEIOS
INFORMATIZADOS DAQUELA CORTE. NECESSIDADE DE
2
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 10
Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
RHC 110.622 ED-SEGUNDOS / DF
QUE A CIENTIFICAÇÃO COM ANTECEDÊNCIA MÍNIMA
DE QUARENTA E OITO. EXIGÊNCIA QUE DECORRE DO
PRINCÍPIO DA AMPLA DEFESA. ORDEM PARCIALMENTE
CONCEDIDA. I - sustentação oral não constitui, de per si, ato
essencial à defesa, razão pela qual, em princípio, não há
necessidade de comunicação da data de julgamento. II - Na
ausência de disposição normativa interna, não é ônus das
Cortes de Justiça a comunicação nos termos e prazos requeridos
pelas partes. III - No caso, todavia, de indicação da defesa de
que pretende sustentar oralmente, a cientificação desta, em
tempo hábil, melhor atende ao disposto no art. 5º, incisos LIV e
LV, da Constituição. IV - Afigura-se, porém, razoável e
suficiente que a informação seja disponibilizada por meio dos
sistemas institucionais de acompanhamento processual,
observada a antecedência necessária a permitir o deslocamento
do patrono para o ato. IV - Ordem parcialmente concedida”
(HC nº 92.290/SP, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo
Lewandowski, DJe de 30/11/07).
Em virtude disso, esta Primeira Turma reformulou o entendimento
que anteriormente predominava e que fora reproduzido no enunciado da
Súmula nº 431/STF, segundo a qual, “é nulo o julgamento de recurso
criminal, na segunda instância, sem prévia intimação, ou publicação da
pauta, salvo em habeas corpus”.
A ausência de intimação para a sessão de julgamento quando houver
pedido para tal é considerada causa de nulidade do julgamento, por se
frustrar eventual possibilidade de sustentação oral. Com esse
entendimento, em questão de ordem, já foi anulado julgamento do
próprio Supremo Tribunal Federal. Confira-se:
“QUESTÃO DE ORDEM EM HABEAS CORPUS.
PROCESSUAL PENAL. REQUERIMENTO PRÉVIO DE
SUSTENTAÇÃO ORAL. AUSÊNCIA DE NOTIFICAÇÃO DA
SESSÃO DE JULGAMENTO. Nulidade. Havendo requerimento
de ciência prévia do julgamento visando à sustentação oral, a
3
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3113464.
Supremo Tribunal Federal
RHC 110.622 ED-SEGUNDOS / DF
QUE A CIENTIFICAÇÃO COM ANTECEDÊNCIA MÍNIMA
DE QUARENTA E OITO. EXIGÊNCIA QUE DECORRE DO
PRINCÍPIO DA AMPLA DEFESA. ORDEM PARCIALMENTE
CONCEDIDA. I - sustentação oral não constitui, de per si, ato
essencial à defesa, razão pela qual, em princípio, não há
necessidade de comunicação da data de julgamento. II - Na
ausência de disposição normativa interna, não é ônus das
Cortes de Justiça a comunicação nos termos e prazos requeridos
pelas partes. III - No caso, todavia, de indicação da defesa de
que pretende sustentar oralmente, a cientificação desta, em
tempo hábil, melhor atende ao disposto no art. 5º, incisos LIV e
LV, da Constituição. IV - Afigura-se, porém, razoável e
suficiente que a informação seja disponibilizada por meio dos
sistemas institucionais de acompanhamento processual,
observada a antecedência necessária a permitir o deslocamento
do patrono para o ato. IV - Ordem parcialmente concedida”
(HC nº 92.290/SP, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo
Lewandowski, DJe de 30/11/07).
Em virtude disso, esta Primeira Turma reformulou o entendimento
que anteriormente predominava e que fora reproduzido no enunciado da
Súmula nº 431/STF, segundo a qual, “é nulo o julgamento de recurso
criminal, na segunda instância, sem prévia intimação, ou publicação da
pauta, salvo em habeas corpus”.
A ausência de intimação para a sessão de julgamento quando houver
pedido para tal é considerada causa de nulidade do julgamento, por se
frustrar eventual possibilidade de sustentação oral. Com esse
entendimento, em questão de ordem, já foi anulado julgamento do
próprio Supremo Tribunal Federal. Confira-se:
“QUESTÃO DE ORDEM EM HABEAS CORPUS.
PROCESSUAL PENAL. REQUERIMENTO PRÉVIO DE
SUSTENTAÇÃO ORAL. AUSÊNCIA DE NOTIFICAÇÃO DA
SESSÃO DE JULGAMENTO. Nulidade. Havendo requerimento
de ciência prévia do julgamento visando à sustentação oral, a
3
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 10
Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
RHC 110.622 ED-SEGUNDOS / DF
ausência de notificação da sessão de julgamento consubstancia
nulidade. Questão de ordem resolvida no sentido de anular o
julgamento proferido na Sessão de 29 de setembro de 2009, a
fim de que outro se realize com a prévia intimação do
impetrante para fazer sustentação oral” (HC nº 99.929/SP-QO,
Segunda Turma, Relator o Ministro Eros Grau, DJe de 4/6/10).
É firme, também, a jurisprudência deste Supremo Tribunal quanto à
desnecessidade de comprovação do efetivo prejuízo (HC nº 69.142/SP,
Primeira Turma, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 11/2/92)
para se concluir pela nulidade na forma acima exposta.
Inevitável, assim, é a conclusão de que o acórdão atacado está eivado
de vício insanável, sendo, portanto, nulo, tal como reconhecido no
julgamento do HC nº 105.728/RJ, do qual fui relator. Confira-se:
“HABEAS CORPUS. PROCESSUAL PENAL. AUSÊNCIA
DE INTIMAÇÃO DOS ADVOGADOS PARA A SESSÃO DE
JULGAMENTO DE HABEAS CORPUS IMPETRADO NO
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. IMPOSSIBILIDADE DE
REALIZAÇÃO DE SUSTENTAÇÃO ORAL. EXISTÊNCIA DE
PEDIDO DE INTIMAÇÃO CONSTANTE DOS AUTOS.
CERCEAMENTO DE DEFESA. DIREITO À PRÉVIA
COMUNICAÇÃO PARA DAR EFICÁCIA À GARANTIA
CONSTITUCIONAL DA AMPLA DEFESA. NULIDADE
ABSOLUTA.
PRECEDENTES.
HABEAS
CORPUS
CONCEDIDO EM PARTE. 1. Havendo pedido nos autos, a falta
de intimação para a sessão de julgamento suprime o direito da
defesa de comparecer para realizar a sustentação oral, que
constitui instrumento de efetivação da garantia constitucional
da ampla defesa, para cujo exercício a Constituição da
República assegura ‘os meios e recursos a ela inerentes’ (art. 5º,
LV). 2. Nulidade absoluta do ato praticado nessa condição.
Precedentes. 3. Writ concedido em parte” (Primeira Turma, DJe
de 7/10/11).
4
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Supremo Tribunal Federal
RHC 110.622 ED-SEGUNDOS / DF
ausência de notificação da sessão de julgamento consubstancia
nulidade. Questão de ordem resolvida no sentido de anular o
julgamento proferido na Sessão de 29 de setembro de 2009, a
fim de que outro se realize com a prévia intimação do
impetrante para fazer sustentação oral” (HC nº 99.929/SP-QO,
Segunda Turma, Relator o Ministro Eros Grau, DJe de 4/6/10).
É firme, também, a jurisprudência deste Supremo Tribunal quanto à
desnecessidade de comprovação do efetivo prejuízo (HC nº 69.142/SP,
Primeira Turma, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 11/2/92)
para se concluir pela nulidade na forma acima exposta.
Inevitável, assim, é a conclusão de que o acórdão atacado está eivado
de vício insanável, sendo, portanto, nulo, tal como reconhecido no
julgamento do HC nº 105.728/RJ, do qual fui relator. Confira-se:
“HABEAS CORPUS. PROCESSUAL PENAL. AUSÊNCIA
DE INTIMAÇÃO DOS ADVOGADOS PARA A SESSÃO DE
JULGAMENTO DE HABEAS CORPUS IMPETRADO NO
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. IMPOSSIBILIDADE DE
REALIZAÇÃO DE SUSTENTAÇÃO ORAL. EXISTÊNCIA DE
PEDIDO DE INTIMAÇÃO CONSTANTE DOS AUTOS.
CERCEAMENTO DE DEFESA. DIREITO À PRÉVIA
COMUNICAÇÃO PARA DAR EFICÁCIA À GARANTIA
CONSTITUCIONAL DA AMPLA DEFESA. NULIDADE
ABSOLUTA.
PRECEDENTES.
HABEAS
CORPUS
CONCEDIDO EM PARTE. 1. Havendo pedido nos autos, a falta
de intimação para a sessão de julgamento suprime o direito da
defesa de comparecer para realizar a sustentação oral, que
constitui instrumento de efetivação da garantia constitucional
da ampla defesa, para cujo exercício a Constituição da
República assegura ‘os meios e recursos a ela inerentes’ (art. 5º,
LV). 2. Nulidade absoluta do ato praticado nessa condição.
Precedentes. 3. Writ concedido em parte” (Primeira Turma, DJe
de 7/10/11).
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 10
Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
RHC 110.622 ED-SEGUNDOS / DF
Ante o exposto, rejeito os embargos. Concedo, porém, ordem de
habeas corpus, de ofício, para anular o acórdão anteriormente proferido.
É como voto.
5
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Supremo Tribunal Federal
RHC 110.622 ED-SEGUNDOS / DF
Ante o exposto, rejeito os embargos. Concedo, porém, ordem de
habeas corpus, de ofício, para anular o acórdão anteriormente proferido.
É como voto.
5
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 10
Decisão de Julgamento
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
SEGUNDOS EMB.DECL. NO RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 110.622
PROCED. : DISTRITO FEDERAL
RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI
EMBTE.(S) : CARLOS LEONARDO COSTA PEREIRA
ADV.(A/S) : JOSE ADOLFO NUNES DE OLIVEIRA
EMBTE.(S) : MAXWEL SILVA
ADV.(A/S) : JOSE ADOLFO NUNES DE OLIVEIRA
EMBDO.(A/S) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICA
Decisão: A Turma rejeitou os embargos de declaração, mas
concedeu a ordem, de ofício, nos termos do voto do Relator.
Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma,
6.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3108161
Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
SEGUNDOS EMB.DECL. NO RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 110.622
PROCED. : DISTRITO FEDERAL
RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI
EMBTE.(S) : CARLOS LEONARDO COSTA PEREIRA
ADV.(A/S) : JOSE ADOLFO NUNES DE OLIVEIRA
EMBTE.(S) : MAXWEL SILVA
ADV.(A/S) : JOSE ADOLFO NUNES DE OLIVEIRA
EMBDO.(A/S) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICA
Decisão: A Turma rejeitou os embargos de declaração, mas
concedeu a ordem, de ofício, nos termos do voto do Relator.
Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma,
6.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3108161
Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 10
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3121248 | 2012-11-06T00:00:00 | 2012-11-23T00:00:00 | A Turma rejeitou os embargos de declaração, mas concedeu a ordem, de ofício, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 6.11.2012. | SEGUNDOS EMB.DECL. NO RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS | EMENTA
Embargos de declaração em recurso ordinário em habeas corpus. Alegação de prejuízo à defesa pela ausência de intimação para a realização do julgamento do writ. Ausência de omissão, contradição ou obscuridade. Nulidade, todavia, reconhecida. Embargos rejeitados, com a concessão de ordem de habeas corpus de ofício.
1. O julgamento do recurso enfrentou adequadamente as questões postas pelos recorrentes, não estando presente nenhum dos vícios do art. 619 do Código de Processo Penal.
2. Embargos de declaração rejeitados.
3. Havendo pedido expresso nos autos de intimação para a realização do julgamento, é de se deferir o habeas corpus, em homenagem à envergadura maior do writ.
4. Ordem concedida de ofício para o rejulgamento do recurso mediante prévia intimação dos recorrentes. | sjur219655 | - Acórdãos citados:
(SUSTENTAÇÃO ORAL)
STF: HC 104264 (1ªT), HC 86550 (1ªT), HC 92290 (1ªT),
HC 99929 QO (2ªT), HC 105728 (1ªT), STF: HC 69142 (1ªT).
Número de páginas: 10.
Análise: 05/12/2012, MAC. | DIAS TOFFOLI | Primeira Turma | 110622 | [
"LEG-FED DEL-003689 ANO-1941\r\n ART-00619 \r\n CPP-1941 CÓDIGO DE PROCESSO PENAL\r\n\r\n",
"LEG-FED SUMSTF-000431 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF"
] | RHC-ED-segundos | acordaos | RHC 110622 ED-segundos | [
""
] | EMBTE.(S) : CARLOS LEONARDO COSTA PEREIRA
ADV.(A/S) : JOSE ADOLFO NUNES DE OLIVEIRA
EMBTE.(S) : MAXWEL SILVA
ADV.(A/S) : JOSE ADOLFO NUNES DE OLIVEIRA
EMBDO.(A/S) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICA | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RHC 110 . 622",
"RHC 110 . 622",
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"QC 501",
"HC [UNK] 86 . 550 / SC",
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"HC 84 . 655",
"HC 85 . 789",
"HC 85 . 845",
"RHC 79 . 541",
"RHC 86 . 085",
"QC 501",
"HC [UNK] 86 . 550 / SC",
"RHC 110 . 622",
"HC [UNK] 92 . 290 / SP",
"Súmula [UNK] 431 / STF",
"HC [UNK] 92 . 290 / SP",
"Súmula [UNK] 431 / STF",
"RHC 110 . 622",
"HC [UNK] 99 . 929 / SP - QO",
"HC [UNK] 69 . 142 / SP",
"HC [UNK] 105 . 728 / RJ",
"HC [UNK] 99 . 929 / SP - QO",
"HC [UNK] 69 . 142 / SP",
"HC [UNK] 105 . 728 / RJ",
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"RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 110 . 622"
],
"LEGISLACAO": [
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"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 72 , II e III , b , do CPM",
"66 do CPB",
"art . 72 , II e III , b , do CPM",
"66 do CPB",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 72 , II e III , b , do CPM",
"66 do CPB",
"art . 72 , II e III , b , do CPM",
"66 do CPB",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
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"ART . [UNK] , LIV E LV , DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL",
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"ART . [UNK] , LIV E LV , DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] , incisos LIV e LV , da Constituição",
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"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição da República",
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"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
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"LOCAL": [
"DISTRITO FEDERAL",
"Brasília",
"Brasília",
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL",
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"DISTRITO FEDERAL",
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"Supremo Tribunal Federal",
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"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICA",
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"TJRJ",
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"Supremo Tribunal Federal",
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"Supremo Tribunal Federal",
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"PESSOA": [
"DIAS TOFFOLI",
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"JOSE ADOLFO NUNES DE OLIVEIRA",
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"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"CARLOS LEONARDO COSTA PEREIRA",
"JOSE ADOLFO NUNES DE OLIVEIRA",
"MAXWEL SILVA",
"JOSE ADOLFO NUNES DE OLIVEIRA",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"CARLOS LEONARDO COSTA PEREIRA",
"JOSE ADOLFO NUNES DE OLIVEIRA",
"MAXWEL SILVA",
"JOSE ADOLFO NUNES DE OLIVEIRA",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"Cármen Lúcia",
"Moreira Alves",
"Sydney Sanches",
"Carlos Velloso",
"Carlos Velloso",
"Maurício Corrêa",
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"Moreira Alves",
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"Carlos Velloso",
"Maurício Corrêa",
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"Gilmar Mendes",
"Gilmar Mendes",
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"Carlos Velloso",
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"Celso de Mello",
"Ayres Britto",
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"Gilmar Mendes",
"Gilmar Mendes",
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"Carlos Velloso",
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"Celso de Mello",
"Ayres Britto",
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"Sepúlveda Pertence",
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"Dias Toffoli",
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"Edson Oliveira de Almeida",
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"MAXWEL SILVA",
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"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
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],
"TEMPO": [
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"6 de novembro de 2012",
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"08",
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"2001",
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".",
"2001",
"4",
".",
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".",
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".",
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".",
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".",
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".",
"2006",
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"11",
".",
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"/",
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"4",
".",
"2001",
"4",
".",
"3",
".",
"2005",
"30",
".",
"4",
".",
"2004",
"22",
".",
"6",
".",
"2007",
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".",
"2",
".",
"2005",
"26",
".",
"8",
".",
"2005",
"23",
".",
"9",
".",
"2005",
"31",
".",
"3",
".",
"2006",
"28",
".",
"11",
".",
"1997",
"19",
"/",
"11",
"/",
"10",
"13",
"/",
"10",
"/",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"11",
"/",
"07",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"11",
"/",
"07",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"29 de setembro de 2009",
"4",
"/",
"6",
"/",
"10",
"11",
"/",
"2",
"/",
"92",
"7",
"/",
"10",
"/",
"11",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"29 de setembro de 2009",
"4",
"/",
"6",
"/",
"10",
"11",
"/",
"2",
"/",
"92",
"7",
"/",
"10",
"/",
"11",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"6",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"6",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 698.655 AMAZONAS
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S)
:ESTADO DO AMAZONAS
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL
DO
ESTADO
DO
AMAZONAS
AGDO.(A/S)
:MARIO JORGE REIS VITOR
ADV.(A/S)
:MARTA M GONZALES
INTDO.(A/S)
:FUNDO
PREVIDENCIARIO
DO
ESTADO
DO
AMAZONAS - AMAZONPREV
ADV.(A/S)
:LUCIANE BARROS DE SOUZA E OUTRO(A/S)
RECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA FÁTICA E LEGAL. O
recurso extraordinário não é meio próprio ao revolvimento da prova,
também não servindo à interpretação de normas estritamente legais.
RECURSO EXTRAORDINÁRIO – PREQUESTIONAMENTO –
CONFIGURAÇÃO – RAZÃO DE SER. O prequestionamento não resulta
da circunstância de a matéria haver sido arguida pela parte recorrente. A
configuração do instituto pressupõe debate e decisão prévios pelo
Colegiado, ou seja, emissão de juízo sobre o tema. O procedimento tem
como escopo o cotejo indispensável a que se diga do enquadramento do
recurso extraordinário no permissivo constitucional. Se o Tribunal de
origem não adotou tese explícita a respeito do fato jurígeno veiculado nas
razões recursais, inviabilizado fica o entendimento sobre a violência ao
preceito evocado pelo recorrente.
AGRAVO – ARTIGO 557, § 2º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL –
MULTA. Se o agravo é manifestamente infundado, impõe-se a aplicação
da multa prevista no § 2º do artigo 557 do Código de Processo Civil,
arcando a parte com o ônus decorrente da litigância de má-fé.
A C Ó R D Ã O
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3207150.
Supremo Tribunal Federal
DJe 19/12/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 9
Ementa e Acórdão
RE 698.655 AGR / AM
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal em desprover o agravo
regimental no recurso extraordinário, nos termos do voto do relator e por
unanimidade, em sessão presidida pelo Ministro Dias Toffoli, na
conformidade da ata do julgamento e das respectivas notas taquigráficas.
Brasília, 6 de novembro de 2012.
MINISTRO MARCO AURÉLIO – RELATOR
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3207150.
Supremo Tribunal Federal
RE 698.655 AGR / AM
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal em desprover o agravo
regimental no recurso extraordinário, nos termos do voto do relator e por
unanimidade, em sessão presidida pelo Ministro Dias Toffoli, na
conformidade da ata do julgamento e das respectivas notas taquigráficas.
Brasília, 6 de novembro de 2012.
MINISTRO MARCO AURÉLIO – RELATOR
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3207150.
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Relatório
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 698.655 AMAZONAS
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S)
:ESTADO DO AMAZONAS
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL
DO
ESTADO
DO
AMAZONAS
AGDO.(A/S)
:MARIO JORGE REIS VITOR
ADV.(A/S)
:MARTA M GONZALES
INTDO.(A/S)
:FUNDO
PREVIDENCIARIO
DO
ESTADO
DO
AMAZONAS - AMAZONPREV
ADV.(A/S)
:LUCIANE BARROS DE SOUZA E OUTRO(A/S)
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Por meio da decisão
de folhas 737 e 738, neguei seguimento ao extraordinário, consignando:
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO
–
QUINTOS – INTEGRAÇÃO – MATERIA
FÁTICA – INTERPRETAÇÃO DE
NORMAS LEGAIS – FALTA DE
PREQUESTIONAMENTO
–
INVIABILIDFADE – NEGATIVA DE
SEGUIMENTO.
1. O Tribunal de origem dirimiu a controvérsia a partir da
análise de fatos com base em preceitos estritamente legais.
Registrou a ocorrência de integração dos quintos à luz da
legislação de regência, assentando o direito adquirido do
recorrido. Somente pelo reexame dos dados fáticos e
consideradas normas estritamente legais, seria possível concluir
pelo desacerto do acórdão impugnado mediante o
extraordinário.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3207151.
Supremo Tribunal Federal
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 698.655 AMAZONAS
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S)
:ESTADO DO AMAZONAS
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL
DO
ESTADO
DO
AMAZONAS
AGDO.(A/S)
:MARIO JORGE REIS VITOR
ADV.(A/S)
:MARTA M GONZALES
INTDO.(A/S)
:FUNDO
PREVIDENCIARIO
DO
ESTADO
DO
AMAZONAS - AMAZONPREV
ADV.(A/S)
:LUCIANE BARROS DE SOUZA E OUTRO(A/S)
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Por meio da decisão
de folhas 737 e 738, neguei seguimento ao extraordinário, consignando:
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO
–
QUINTOS – INTEGRAÇÃO – MATERIA
FÁTICA – INTERPRETAÇÃO DE
NORMAS LEGAIS – FALTA DE
PREQUESTIONAMENTO
–
INVIABILIDFADE – NEGATIVA DE
SEGUIMENTO.
1. O Tribunal de origem dirimiu a controvérsia a partir da
análise de fatos com base em preceitos estritamente legais.
Registrou a ocorrência de integração dos quintos à luz da
legislação de regência, assentando o direito adquirido do
recorrido. Somente pelo reexame dos dados fáticos e
consideradas normas estritamente legais, seria possível concluir
pelo desacerto do acórdão impugnado mediante o
extraordinário.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3207151.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 9
Relatório
RE 698.655 AGR / AM
Acresce que, no caso, o que sustentado nas razões do
extraordinário, quanto a suposta ofensa ao artigo 37, inciso XIII,
da Constituição Federal, não foi enfrentado pelo órgão julgador.
Assim, padece o recurso da ausência de prequestionamento,
esbarrando nas Verbetes n º 282 e nº 356 da Súmula do
Supremo. Este recurso somente serve à sobrecarga da máquina
judiciaria, ocupando espaço que deveria ser utilizado na
apreciação de outro processo.
2. Ante o quadro, nego seguimento ao extraordinário.
3. Publiquem.
O Estado do Amazonas, na minuta de folha 740 a 750, insiste na
demonstração de ofensa aos artigos 5º, inciso XXXVI, e 40, § 8º, da
Constituição Federal. Sustenta não possuir o servidor público direito
adquirido à forma de cálculo e à constante atualização de vantagem
pessoal. Cita decisões do Supremo favoráveis à tese. Alega ser
desnecessário examinar-se norma de direito local ou o conjunto fático-
probatório do processo. Evoca precedente do Supremo – Recurso
Extraordinário nº 563.965/RN -, em que o tema em debate teve a
repercussão geral reconhecida, e no mérito, confirmou-se a jurisprudência
no sentido de que não há direito adquirido à forma de cálculo de
remuneração. Aduz ter havido debate do tema, estando satisfeito o
requisito do prequestionamento, ante a interposição dos declaratórios.
A parte agravada apresentou a contraminuta de folha 756 a 759,
apontando o acerto do ato atacado.
É o relatório.
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3207151.
Supremo Tribunal Federal
RE 698.655 AGR / AM
Acresce que, no caso, o que sustentado nas razões do
extraordinário, quanto a suposta ofensa ao artigo 37, inciso XIII,
da Constituição Federal, não foi enfrentado pelo órgão julgador.
Assim, padece o recurso da ausência de prequestionamento,
esbarrando nas Verbetes n º 282 e nº 356 da Súmula do
Supremo. Este recurso somente serve à sobrecarga da máquina
judiciaria, ocupando espaço que deveria ser utilizado na
apreciação de outro processo.
2. Ante o quadro, nego seguimento ao extraordinário.
3. Publiquem.
O Estado do Amazonas, na minuta de folha 740 a 750, insiste na
demonstração de ofensa aos artigos 5º, inciso XXXVI, e 40, § 8º, da
Constituição Federal. Sustenta não possuir o servidor público direito
adquirido à forma de cálculo e à constante atualização de vantagem
pessoal. Cita decisões do Supremo favoráveis à tese. Alega ser
desnecessário examinar-se norma de direito local ou o conjunto fático-
probatório do processo. Evoca precedente do Supremo – Recurso
Extraordinário nº 563.965/RN -, em que o tema em debate teve a
repercussão geral reconhecida, e no mérito, confirmou-se a jurisprudência
no sentido de que não há direito adquirido à forma de cálculo de
remuneração. Aduz ter havido debate do tema, estando satisfeito o
requisito do prequestionamento, ante a interposição dos declaratórios.
A parte agravada apresentou a contraminuta de folha 756 a 759,
apontando o acerto do ato atacado.
É o relatório.
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3207151.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 9
Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 698.655 AMAZONAS
V O T O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Na
interposição deste agravo, observaram-se os pressupostos de
recorribilidade. A peça, subscrita por Procurador do Estado, foi
protocolada no prazo legal. Conheço.
Atentem para o que decidido na origem. O Tribunal de Justiça do
Estado do Amazonas concedeu a segurança, ante os seguintes
fundamentos (folhas 186 e 187):
O direito à incorporação dos quintos encontrava seu
fundamento legal de validade no já mencionado art. 82, II, da
Lei Estadual n° 1.762, de 14.11.1986:
[...]
Assim a análise da Certidão de Tempo de Exercício de
Função Comissionada se faz imperiosa, porquanto é nela que se
encontram devidamente escandidos os períodos em que o
Impetrante exerceu função/cargo comissionado, cujos quintos
pretende ao seu patrimônio incorporar.
No aludido documento, verifico que encontra-se
devidamente certificado que o Impetrante desenvolveu 3.734
( três mil setecentos e trinta e quatro) dias em função
gratificada/cargo em comissão, que equivalem a 10 anos, 2
meses e 24 dias.
Acrescento, por oportuno, que esses dez anos de exercício
de cargo/função comissionada, tal como se extrai da
mencionada Certidão de Exercício de Cargo/Função
Comissionada ocorreram antes do advento da Lei Estadual n°
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 698.655 AMAZONAS
V O T O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Na
interposição deste agravo, observaram-se os pressupostos de
recorribilidade. A peça, subscrita por Procurador do Estado, foi
protocolada no prazo legal. Conheço.
Atentem para o que decidido na origem. O Tribunal de Justiça do
Estado do Amazonas concedeu a segurança, ante os seguintes
fundamentos (folhas 186 e 187):
O direito à incorporação dos quintos encontrava seu
fundamento legal de validade no já mencionado art. 82, II, da
Lei Estadual n° 1.762, de 14.11.1986:
[...]
Assim a análise da Certidão de Tempo de Exercício de
Função Comissionada se faz imperiosa, porquanto é nela que se
encontram devidamente escandidos os períodos em que o
Impetrante exerceu função/cargo comissionado, cujos quintos
pretende ao seu patrimônio incorporar.
No aludido documento, verifico que encontra-se
devidamente certificado que o Impetrante desenvolveu 3.734
( três mil setecentos e trinta e quatro) dias em função
gratificada/cargo em comissão, que equivalem a 10 anos, 2
meses e 24 dias.
Acrescento, por oportuno, que esses dez anos de exercício
de cargo/função comissionada, tal como se extrai da
mencionada Certidão de Exercício de Cargo/Função
Comissionada ocorreram antes do advento da Lei Estadual n°
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 9
Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
RE 698.655 AGR / AM
2.531, de 16.04.1999, de modo que a incorporação da vantagem
ao patrimônio do Impetrante é incontestável.
Por fim, mas não menos importante, o cálculo dessa
vantagem pessoal deverá ser atualizada efetuada sobre os
vencimentos totais do Impetrante, tal como vem decidindo
reiteradamente esta Corte de Justiça.
Nem se cogite de aplicação do entendimento manifestado
em Repercussão Geral pelo STF, nos autos do RE n° 563.965/RN,
porquanto, como mencionado brilhantemente pela
Desembargadora Maria das Graças Pessoa Figueiredo, nos
autos do Mandado de Segurança n° 2007.000630-2, o leading case
analisado no âmbito da Suprema Corte, aludia a pretensão a
um regime jurídico específico. No caso ora em comento cuida-
se de reconhecer comprovada incorporação de vantagem ao
patrimônio pessoal do servidor antes do advento de norma
legal revogadora e sua manutenção, após o adventos de sua
aposentadoria
O deslinde da controvérsia deu-se à luz dos fatos e das provas e sob
o ângulo estritamente legal, não considerada a Constituição da República.
Está-se diante de conflito de interesses que tem desfecho no Tribunal de
origem, não ensejando campo ao acesso ao Supremo.
A par deste aspecto, o Tribunal de origem não examinou os preceitos
constitucionais mencionados no extraordinário, padecendo o recurso da
ausência do prequestionamento. Atentem não para o apego à literalidade
do Verbete nº 356 da Súmula do Supremo, mas para a razão de ser do
prequestionamento e, mais ainda, para o teor do Verbete nº 282 da
referida Súmula. O instituto do prequestionamento significa o debate e a
decisão prévios do tema jurídico constante das razões apresentadas. Se o
ato impugnado nada contém sobre o que versado no recurso, descabe
assentar o enquadramento deste no permissivo constitucional. Assim
concluiu o Supremo no julgamento do Agravo Regimental no Agravo de
Instrumento nº 541.696-6/DF, de que fui relator, com acórdão publicado
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
RE 698.655 AGR / AM
2.531, de 16.04.1999, de modo que a incorporação da vantagem
ao patrimônio do Impetrante é incontestável.
Por fim, mas não menos importante, o cálculo dessa
vantagem pessoal deverá ser atualizada efetuada sobre os
vencimentos totais do Impetrante, tal como vem decidindo
reiteradamente esta Corte de Justiça.
Nem se cogite de aplicação do entendimento manifestado
em Repercussão Geral pelo STF, nos autos do RE n° 563.965/RN,
porquanto, como mencionado brilhantemente pela
Desembargadora Maria das Graças Pessoa Figueiredo, nos
autos do Mandado de Segurança n° 2007.000630-2, o leading case
analisado no âmbito da Suprema Corte, aludia a pretensão a
um regime jurídico específico. No caso ora em comento cuida-
se de reconhecer comprovada incorporação de vantagem ao
patrimônio pessoal do servidor antes do advento de norma
legal revogadora e sua manutenção, após o adventos de sua
aposentadoria
O deslinde da controvérsia deu-se à luz dos fatos e das provas e sob
o ângulo estritamente legal, não considerada a Constituição da República.
Está-se diante de conflito de interesses que tem desfecho no Tribunal de
origem, não ensejando campo ao acesso ao Supremo.
A par deste aspecto, o Tribunal de origem não examinou os preceitos
constitucionais mencionados no extraordinário, padecendo o recurso da
ausência do prequestionamento. Atentem não para o apego à literalidade
do Verbete nº 356 da Súmula do Supremo, mas para a razão de ser do
prequestionamento e, mais ainda, para o teor do Verbete nº 282 da
referida Súmula. O instituto do prequestionamento significa o debate e a
decisão prévios do tema jurídico constante das razões apresentadas. Se o
ato impugnado nada contém sobre o que versado no recurso, descabe
assentar o enquadramento deste no permissivo constitucional. Assim
concluiu o Supremo no julgamento do Agravo Regimental no Agravo de
Instrumento nº 541.696-6/DF, de que fui relator, com acórdão publicado
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 9
Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
RE 698.655 AGR / AM
no Diário da Justiça de 24 de fevereiro de 2006, sintetizado na seguinte
ementa:
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO
–
PREQUESTIONAMENTO – CONFIGURAÇÃO – RAZÃO DE
SER. O prequestionamento não resulta da circunstância de a
matéria haver sido argüida pela parte recorrente. A
configuração do instituto pressupõe debate e decisão prévios
pelo Colegiado, ou seja, emissão de juízo sobre o tema. O
procedimento tem como escopo o cotejo indispensável a que se
diga do enquadramento do recurso extraordinário no
permissivo constitucional. Se o Tribunal de origem não adotou
entendimento explícito a respeito do fato jurígeno veiculado
nas razões recursais, inviabilizada fica a conclusão sobre a
violência ao preceito evocado pelo recorrente.
Este recurso ganha contornos protelatórios. Valho-me de trecho do
artigo “O Judiciário e a Litigância de Má-fé”, por mim outrora publicado:
Observa-se, portanto, a existência de instrumental hábil a
inibir-se manobras processuais procrastinatórias. Atento à
sinalização de derrocada do Judiciário, sufocado por número de
processos estranho à ordem natural das coisas, o Legislador
normatizou. Agora, em verdadeira resistência democrática ao
que vem acontecendo, compete ao Estado-juiz atuar com
desassombro, sob pena de tornar-se o responsável pela falência
do Judiciário. Cumpre-lhe, sem extravasamento, sem
menosprezo ao dever de preservar o direito de defesa das
partes, examinar, caso a caso, os recursos enquadráveis como
meramente protelatórios, restabelecendo a boa ordem
processual. Assim procedendo, honrará a responsabilidade
decorrente do ofício, alfim, a própria toga.
3
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3207152.
Supremo Tribunal Federal
RE 698.655 AGR / AM
no Diário da Justiça de 24 de fevereiro de 2006, sintetizado na seguinte
ementa:
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO
–
PREQUESTIONAMENTO – CONFIGURAÇÃO – RAZÃO DE
SER. O prequestionamento não resulta da circunstância de a
matéria haver sido argüida pela parte recorrente. A
configuração do instituto pressupõe debate e decisão prévios
pelo Colegiado, ou seja, emissão de juízo sobre o tema. O
procedimento tem como escopo o cotejo indispensável a que se
diga do enquadramento do recurso extraordinário no
permissivo constitucional. Se o Tribunal de origem não adotou
entendimento explícito a respeito do fato jurígeno veiculado
nas razões recursais, inviabilizada fica a conclusão sobre a
violência ao preceito evocado pelo recorrente.
Este recurso ganha contornos protelatórios. Valho-me de trecho do
artigo “O Judiciário e a Litigância de Má-fé”, por mim outrora publicado:
Observa-se, portanto, a existência de instrumental hábil a
inibir-se manobras processuais procrastinatórias. Atento à
sinalização de derrocada do Judiciário, sufocado por número de
processos estranho à ordem natural das coisas, o Legislador
normatizou. Agora, em verdadeira resistência democrática ao
que vem acontecendo, compete ao Estado-juiz atuar com
desassombro, sob pena de tornar-se o responsável pela falência
do Judiciário. Cumpre-lhe, sem extravasamento, sem
menosprezo ao dever de preservar o direito de defesa das
partes, examinar, caso a caso, os recursos enquadráveis como
meramente protelatórios, restabelecendo a boa ordem
processual. Assim procedendo, honrará a responsabilidade
decorrente do ofício, alfim, a própria toga.
3
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3207152.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 9
Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
RE 698.655 AGR / AM
Ante o quadro, desprovejo o regimental. Imponho ao agravante, nos
termos do artigo 557, § 2º, do Código de Processo Civil, a multa de 5%
sobre o valor da causa devidamente corrigido, a reverter em benefício do
agravado.
4
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3207152.
Supremo Tribunal Federal
RE 698.655 AGR / AM
Ante o quadro, desprovejo o regimental. Imponho ao agravante, nos
termos do artigo 557, § 2º, do Código de Processo Civil, a multa de 5%
sobre o valor da causa devidamente corrigido, a reverter em benefício do
agravado.
4
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3207152.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 9
Decisão de Julgamento
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 698.655
PROCED. : AMAZONAS
RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S) : ESTADO DO AMAZONAS
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO AMAZONAS
AGDO.(A/S) : MARIO JORGE REIS VITOR
ADV.(A/S) : MARTA M GONZALES
INTDO.(A/S) : FUNDO PREVIDENCIARIO DO ESTADO DO AMAZONAS -
AMAZONPREV
ADV.(A/S) : LUCIANE BARROS DE SOUZA E OUTRO(A/S)
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, com
imposição de multa, nos termos do voto do Relator. Unânime.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 6.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3108191
Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 698.655
PROCED. : AMAZONAS
RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S) : ESTADO DO AMAZONAS
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO AMAZONAS
AGDO.(A/S) : MARIO JORGE REIS VITOR
ADV.(A/S) : MARTA M GONZALES
INTDO.(A/S) : FUNDO PREVIDENCIARIO DO ESTADO DO AMAZONAS -
AMAZONPREV
ADV.(A/S) : LUCIANE BARROS DE SOUZA E OUTRO(A/S)
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, com
imposição de multa, nos termos do voto do Relator. Unânime.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 6.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3108191
Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 9
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3217112 | 2012-11-06T00:00:00 | 2012-12-19T00:00:00 | A Turma negou provimento ao agravo regimental, com imposição de multa, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 6.11.2012. | AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO | RECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA FÁTICA E LEGAL. O recurso extraordinário não é meio próprio ao revolvimento da prova, também não servindo à interpretação de normas estritamente legais.
RECURSO EXTRAORDINÁRIO – PREQUESTIONAMENTO – CONFIGURAÇÃO – RAZÃO DE SER. O prequestionamento não resulta da circunstância de a matéria haver sido arguida pela parte recorrente. A configuração do instituto pressupõe debate e decisão prévios pelo Colegiado, ou seja, emissão de juízo sobre o tema. O procedimento tem como escopo o cotejo indispensável a que se diga do enquadramento do recurso extraordinário no permissivo constitucional. Se o Tribunal de origem não adotou tese explícita a respeito do fato jurígeno veiculado nas razões recursais, inviabilizado fica o entendimento sobre a violência ao preceito evocado pelo recorrente.
AGRAVO – ARTIGO 557, § 2º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL – MULTA. Se o agravo é manifestamente infundado, impõe-se a aplicação da multa prevista no § 2º do artigo 557 do Código de Processo Civil, arcando a parte com o ônus decorrente da litigância de má-fé. | sjur222144 | - Acórdão (s) citado (s):
(PREQUESTIONAMENTO, CONFIGURAÇÃO)
STF: AI 541696 AgR (1ªT).
Número de páginas: 9.
Análise: 16/01/2013, BMB. | MARCO AURÉLIO | Primeira Turma | 698655 | [
"LEG-FED LEI-005869 ANO-1973\r\n ART-00557 PAR-00002 \r\n CPC-1973 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL\r\n\r\n",
"LEG-FED SUMSTF-000282 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\r\n\r\n",
"LEG-FED SUMSTF-000356 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\r\n\r\n",
"LEG-EST LEI-001762 ANO-1986\r\n ART-00082 INC-00002 \r\n LEI ORDINÁRIA, AM"
] | RE-AgR | acordaos | RE 698655 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : ESTADO DO AMAZONAS
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO AMAZONAS
AGDO.(A/S) : MARIO JORGE REIS VITOR
ADV.(A/S) : MARTA M GONZALES
INTDO.(A/S) : FUNDO PREVIDENCIARIO DO ESTADO DO AMAZONAS - AMAZONPREV
ADV.(A/S) : LUCIANE BARROS DE SOUZA E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : MARIANGELA LADOGANO LEITE DE AZEVEDO SODRÉ | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 698 . 655",
"RE 698 . 655 AGR",
"RE 698 . 655 AGR / AM",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 698 . 655 AMAZONAS",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 698 . 655 AMAZONAS",
"RE 698 . 655 AGR / AM",
"Verbetes n [UNK] 282 e [UNK] 356 da Súmula do Supremo",
"Recurso Extraordinário [UNK] 563 . 965 / RN",
"RE 698 . 655 AGR / AM",
"Verbetes n [UNK] 282 e [UNK] 356 da Súmula do Supremo",
"Recurso Extraordinário [UNK] 563 . 965 / RN",
"RE 698 . 655 AGR / AM 2 . 531",
"RE n° 563 . 965 / RN",
"Mandado de Segurança n° 2007 . 000630 - 2",
"Verbete [UNK] 356 da Súmula do Supremo",
"Agravo Regimental no Agravo de Instrumento [UNK] 541 . 696 - 6 / DF",
"RE 698 . 655 AGR",
"RE n° 563 . 965 / RN",
"Mandado de Segurança n° 2007 . 000630 - 2",
"Verbete [UNK] 356 da Súmula do Supremo",
"Agravo Regimental no Agravo de Instrumento [UNK] 541 . 696 - 6 / DF",
"RE 698 . 655",
"RE 698 . 655",
"RE 698 . 655 AGR / AM",
"RE 698 . 655 AGR",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 698 .",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 698 . 655"
],
"LEGISLACAO": [
"ARTIGO 557 , § [UNK] , DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL",
"§ [UNK] do artigo 557 do Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2",
"artigo 37 , inciso XIII , da Constituição Federal",
"artigos [UNK] , inciso XXXVI , e 40 , § [UNK] , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 37 , inciso XIII , da Constituição Federal",
"artigos [UNK] , inciso XXXVI , e 40 , § [UNK] , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 82 , II , da Lei Estadual n° 1 . 762",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 82 , II , da Lei Estadual n° 1 . 762",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 557 , § [UNK] , do Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 557 , § [UNK] , do Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"AMAZONAS",
"ESTADO DO AMAZONAS",
"ESTADO DO AMAZONAS",
"Brasília",
"Brasília",
"ESTADO DO AMAZONAS",
"ESTADO DO AMAZONAS",
"ESTADO DO AMAZONAS",
"ESTADO DO AMAZONAS",
"Estado do Amazonas",
"AMAZONAS",
"ESTADO DO AMAZONAS",
"ESTADO DO AMAZONAS",
"AMAZONAS",
"ESTADO DO AMAZONAS",
"ESTADO DO AMAZONAS"
],
"ORGANIZACAO": [
"PRIMEIRA TURMA",
"FUNDO PREVIDENCIARIO DO ESTADO DO AMAZONAS",
"AMAZONPREV",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"/",
"AM",
"Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma do",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"FUNDO PREVIDENCIARIO DO ESTADO DO AMAZONAS",
"AMAZONPREV",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"FUNDO PREVIDENCIARIO DO ESTADO DO AMAZONAS",
"AMAZONPREV",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Estado",
"Supremo",
"Supremo",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo",
"Supremo",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
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"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
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"Tribunal de Justiça do Estado do Amazonas",
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"-",
"Brasil",
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"Suprema Corte",
"Supremo",
"Supremo",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"STF",
"Suprema Corte",
"Supremo",
"Supremo",
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"PRIMEIRA TURMA",
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],
"PESSOA": [
"MARCO AURÉLIO",
"MARIO JORGE REIS VITOR",
"MARTA M GONZALES",
"LUCIANE BARROS DE SOUZA",
"Dias Toffoli",
"MARCO AURÉLIO",
"Dias Toffoli",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARIO JORGE REIS VITOR",
"MARTA M GONZALES",
"LUCIANE BARROS DE SOUZA",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARIO JORGE REIS VITOR",
"MARTA M GONZALES",
"LUCIANE BARROS DE SOUZA",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"Maria das Graças Pessoa Figueiredo",
"Maria das Graças Pessoa Figueiredo",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARIO JORGE REIS VITOR",
"MARTA M GONZALES",
"LUCIANE BARROS DE SOUZA",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza",
"MARCO AURÉLIO",
"MARIO JORGE REIS VITOR",
"MARTA M GONZALES",
"LUCIANE BARROS DE SOUZA",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza"
],
"TEMPO": [
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"19",
"/",
"12",
"/",
"2012",
"6 de novembro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"6 de novembro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"14",
".",
"11",
".",
"1986",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"14",
".",
"11",
".",
"1986",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"16",
".",
"04",
".",
"1999",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"16",
".",
"04",
".",
"1999",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24 de fevereiro de 2006",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24 de fevereiro de 2006",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"6",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"6",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
EMB.DECL. NO HABEAS CORPUS 103.823 RIO DE JANEIRO
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
EMBTE.(S)
:VÂNIA CRISTINA NASCIMENTO DE OLIVEIRA
EMBTE.(S)
:CARLOS ALBERTO LOPES
EMBTE.(S)
:CÉLIA PEREIRA BENTES
EMBTE.(S)
:LEONARDO ABEL SINÓPOLI AZCOAGA
EMBTE.(S)
:LAURA NUNES DOS SANTOS
ADV.(A/S)
:LEONARDO ARAÚJO DA SILVA
EMBDO.(A/S)
:PRESIDENTE DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
EMBARGOS DECLARATÓRIOS. Inexistente o vício apontado,
impõe-se o desprovimento. Isso ocorre quando fica elucidado que o
habeas corpus não envolve a liberdade de ir e vir, mas o sequestro de bens
móveis e imóveis e o bloqueio de valores.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal em desprover os embargos
de declaração no habeas corpus, nos termos do voto do relator e por
unanimidade, em sessão presidida pelo Ministro Dias Toffoli, na
conformidade da ata do julgamento e das respectivas notas taquigráficas.
Brasília, 6 de novembro de 2012.
MINISTRO MARCO AURÉLIO – RELATOR
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Supremo Tribunal Federal
DJe 23/11/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 5
Relatório
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
EMB.DECL. NO HABEAS CORPUS 103.823 RIO DE JANEIRO
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
EMBTE.(S)
:VÂNIA CRISTINA NASCIMENTO DE OLIVEIRA
EMBTE.(S)
:CARLOS ALBERTO LOPES
EMBTE.(S)
:CÉLIA PEREIRA BENTES
EMBTE.(S)
:LEONARDO ABEL SINÓPOLI AZCOAGA
EMBTE.(S)
:LAURA NUNES DOS SANTOS
ADV.(A/S)
:LEONARDO ARAÚJO DA SILVA
EMBDO.(A/S)
:PRESIDENTE DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – A Turma assentou a
inadequação do pedido formulado no habeas, ante fundamento assim
sintetizado:
HABEAS CORPUS – ADEQUAÇÃO – SEQUESTRO DE
BENS MÓVEIS E IMÓVEIS E BLOQUEIO DE VALORES –
INEXISTÊNCIA. O habeas corpus não é o meio adequado para
impugnar ato alusivo a sequestro de bens móveis e imóveis
bem como a bloqueio de valores.
Nos embargos de declaração de folha 670 a 689, o impetrante aponta
a existência de obscuridade e contradição no julgado. Os alegados vícios
decorreriam da circunstância de haver sido mantida decisão
inconstitucional do então Presidente do Superior Tribunal de Justiça,
ministro Cesar Asfor Rocha, que deferiu o exequátur à Carta Rogatória nº
4.037, formalizada pela Confederação Helvética. Reitera a arguição de
afronta ao disposto no artigo 105, inciso I, alínea “i”, da Constituição
Federal, pois a competência para a apreciação da medida seria do
Colegiado e não da Presidência, de forma monocrática. Pondera ocorrer
situação de flagrante ilegalidade, a merecer, de ofício, a intervenção do
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Supremo Tribunal Federal
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
EMB.DECL. NO HABEAS CORPUS 103.823 RIO DE JANEIRO
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
EMBTE.(S)
:VÂNIA CRISTINA NASCIMENTO DE OLIVEIRA
EMBTE.(S)
:CARLOS ALBERTO LOPES
EMBTE.(S)
:CÉLIA PEREIRA BENTES
EMBTE.(S)
:LEONARDO ABEL SINÓPOLI AZCOAGA
EMBTE.(S)
:LAURA NUNES DOS SANTOS
ADV.(A/S)
:LEONARDO ARAÚJO DA SILVA
EMBDO.(A/S)
:PRESIDENTE DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – A Turma assentou a
inadequação do pedido formulado no habeas, ante fundamento assim
sintetizado:
HABEAS CORPUS – ADEQUAÇÃO – SEQUESTRO DE
BENS MÓVEIS E IMÓVEIS E BLOQUEIO DE VALORES –
INEXISTÊNCIA. O habeas corpus não é o meio adequado para
impugnar ato alusivo a sequestro de bens móveis e imóveis
bem como a bloqueio de valores.
Nos embargos de declaração de folha 670 a 689, o impetrante aponta
a existência de obscuridade e contradição no julgado. Os alegados vícios
decorreriam da circunstância de haver sido mantida decisão
inconstitucional do então Presidente do Superior Tribunal de Justiça,
ministro Cesar Asfor Rocha, que deferiu o exequátur à Carta Rogatória nº
4.037, formalizada pela Confederação Helvética. Reitera a arguição de
afronta ao disposto no artigo 105, inciso I, alínea “i”, da Constituição
Federal, pois a competência para a apreciação da medida seria do
Colegiado e não da Presidência, de forma monocrática. Pondera ocorrer
situação de flagrante ilegalidade, a merecer, de ofício, a intervenção do
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 5
Relatório
HC 103.823 ED / RJ
Supremo. Defende a adequação do habeas, citando os artigos 647 e 648 do
Código de Processo Penal. Retoma a argumentação trazida na inicial, no
sentido da caracterização de coação ao direito de ir e vir do paciente, em
razão da inobservância do devido processo legal na produção das provas
criminais colhidas.
Requer sejam os embargos declaratórios conhecidos e providos com
efeito modificativo de mérito.
É o relatório.
2
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Supremo Tribunal Federal
HC 103.823 ED / RJ
Supremo. Defende a adequação do habeas, citando os artigos 647 e 648 do
Código de Processo Penal. Retoma a argumentação trazida na inicial, no
sentido da caracterização de coação ao direito de ir e vir do paciente, em
razão da inobservância do devido processo legal na produção das provas
criminais colhidas.
Requer sejam os embargos declaratórios conhecidos e providos com
efeito modificativo de mérito.
É o relatório.
2
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 5
Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
EMB.DECL. NO HABEAS CORPUS 103.823 RIO DE JANEIRO
V O T O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Na
interposição destes embargos, atendeu-se aos pressupostos de
recorribilidade. A peça, subscrita por profissional da advocacia, foi
protocolada no quinquídio. A notícia do acórdão veio a ser veiculada no
Diário de 26 de abril de 2012, quinta-feira (folha 668), ocorrendo a
manifestação do inconformismo em 30 imediato, segunda-feira (folha
670).
Observem a organicidade do Direito. Segundo consignado, não se
faz em jogo a liberdade de ir e vir de quem quer que seja. A carta
rogatória visou o sequestro de bens móveis e imóveis bem como o
bloqueio de valores existentes em contas bancárias da titularidade de
Mike Niggli ou de terceiros ligados ao extraditado. Daí a Turma haver
assentado a inadequação dessa ação nobre que é o habeas corpus.
Desprovejo os embargos declaratórios.
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Supremo Tribunal Federal
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
EMB.DECL. NO HABEAS CORPUS 103.823 RIO DE JANEIRO
V O T O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Na
interposição destes embargos, atendeu-se aos pressupostos de
recorribilidade. A peça, subscrita por profissional da advocacia, foi
protocolada no quinquídio. A notícia do acórdão veio a ser veiculada no
Diário de 26 de abril de 2012, quinta-feira (folha 668), ocorrendo a
manifestação do inconformismo em 30 imediato, segunda-feira (folha
670).
Observem a organicidade do Direito. Segundo consignado, não se
faz em jogo a liberdade de ir e vir de quem quer que seja. A carta
rogatória visou o sequestro de bens móveis e imóveis bem como o
bloqueio de valores existentes em contas bancárias da titularidade de
Mike Niggli ou de terceiros ligados ao extraditado. Daí a Turma haver
assentado a inadequação dessa ação nobre que é o habeas corpus.
Desprovejo os embargos declaratórios.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 5
Decisão de Julgamento
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
EMB.DECL. NO HABEAS CORPUS 103.823
PROCED. : RIO DE JANEIRO
RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO
EMBTE.(S) : VÂNIA CRISTINA NASCIMENTO DE OLIVEIRA
EMBTE.(S) : CARLOS ALBERTO LOPES
EMBTE.(S) : CÉLIA PEREIRA BENTES
EMBTE.(S) : LEONARDO ABEL SINÓPOLI AZCOAGA
EMBTE.(S) : LAURA NUNES DOS SANTOS
ADV.(A/S) : LEONARDO ARAÚJO DA SILVA
EMBDO.(A/S) : PRESIDENTE DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Decisão: A Turma rejeitou os embargos de declaração, nos
termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro
Dias Toffoli. 1ª Turma, 6.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3108139
Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
EMB.DECL. NO HABEAS CORPUS 103.823
PROCED. : RIO DE JANEIRO
RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO
EMBTE.(S) : VÂNIA CRISTINA NASCIMENTO DE OLIVEIRA
EMBTE.(S) : CARLOS ALBERTO LOPES
EMBTE.(S) : CÉLIA PEREIRA BENTES
EMBTE.(S) : LEONARDO ABEL SINÓPOLI AZCOAGA
EMBTE.(S) : LAURA NUNES DOS SANTOS
ADV.(A/S) : LEONARDO ARAÚJO DA SILVA
EMBDO.(A/S) : PRESIDENTE DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Decisão: A Turma rejeitou os embargos de declaração, nos
termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro
Dias Toffoli. 1ª Turma, 6.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3108139
Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 5
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3121240 | 2012-11-06T00:00:00 | 2012-11-23T00:00:00 | A Turma rejeitou os embargos de declaração, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 6.11.2012. | EMB.DECL. NO HABEAS CORPUS | EMBARGOS DECLARATÓRIOS. Inexistente o vício apontado, impõe-se o desprovimento. Isso ocorre quando fica elucidado que o habeas corpus não envolve a liberdade de ir e vir, mas o sequestro de bens móveis e imóveis e o bloqueio de valores. | sjur219649 | Número de páginas: 5.
Análise: 03/12/2012, TBC. | MARCO AURÉLIO | Primeira Turma | 103823 | null | HC-ED | acordaos | HC 103823 ED | [
""
] | EMBTE.(S) : VÂNIA CRISTINA NASCIMENTO DE OLIVEIRA
EMBTE.(S) : CARLOS ALBERTO LOPES
EMBTE.(S) : CÉLIA PEREIRA BENTES
EMBTE.(S) : LEONARDO ABEL SINÓPOLI AZCOAGA
EMBTE.(S) : LAURA NUNES DOS SANTOS
ADV.(A/S) : LEONARDO ARAÚJO DA SILVA
EMBDO.(A/S) : PRESIDENTE DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"HABEAS CORPUS 103 . 823",
"HABEAS CORPUS 103 . 823",
"HABEAS CORPUS 103 . 823",
"HC 103 . 823 ED / RJ",
"HC 103 . 823 ED / RJ",
"HABEAS CORPUS 103 . 823",
"HABEAS CORPUS 103 . 823",
"HABEAS CORPUS 103 . 823"
],
"LEGISLACAO": [
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 105 , inciso I , alínea “ i ” , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Carta",
"artigo 105 , inciso I , alínea “ i ” , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigos 647 e 648 do Código de Processo Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigos 647 e 648 do Código de Processo Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"RIO DE JANEIRO",
"Brasília",
"RIO DE JANEIRO",
"RIO DE JANEIRO",
"RIO DE JANEIRO",
"RIO DE JANEIRO",
"RIO DE JANEIRO",
"RIO DE JANEIRO"
],
"ORGANIZACAO": [
"PRIMEIRA TURMA",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Confederação Helvética",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
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"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Confederação Helvética",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
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"Supremo",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"[UNK] Turma",
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"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"MARCO AURÉLIO",
"VÂNIA CRISTINA NASCIMENTO DE OLIVEIRA",
"CARLOS ALBERTO LOPES",
"CÉLIA PEREIRA BENTES",
"LEONARDO ABEL SINÓPOLI AZCOAGA",
"LAURA NUNES DOS SANTOS",
"LEONARDO ARAÚJO DA SILVA",
"Dias Toffoli",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"VÂNIA CRISTINA NASCIMENTO DE OLIVEIRA",
"CARLOS ALBERTO LOPES",
"CÉLIA PEREIRA BENTES",
"LEONARDO ABEL SINÓPOLI AZCOAGA",
"LAURA NUNES DOS SANTOS",
"LEONARDO ARAÚJO DA SILVA",
"MARCO AURÉLIO",
"Cesar Asfor Rocha",
"MARCO AURÉLIO",
"VÂNIA CRISTINA NASCIMENTO DE OLIVEIRA",
"CARLOS ALBERTO LOPES",
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"LEONARDO ABEL SINÓPOLI AZCOAGA",
"LAURA NUNES DOS SANTOS",
"LEONARDO ARAÚJO DA SILVA",
"MARCO AURÉLIO",
"Cesar Asfor Rocha",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"Mike Niggli",
"MARCO AURÉLIO",
"Mike Niggli",
"MARCO AURÉLIO",
"VÂNIA CRISTINA NASCIMENTO DE OLIVEIRA",
"CARLOS ALBERTO LOPES",
"CÉLIA PEREIRA BENTES",
"LEONARDO ABEL SINÓPOLI AZCOAGA",
"LAURA NUNES DOS SANTOS",
"LEONARDO ARAÚJO DA SILVA",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza",
"MARCO AURÉLIO",
"VÂNIA CRISTINA NASCIMENTO DE OLIVEIRA",
"CARLOS ALBERTO LOPES",
"CÉLIA PEREIRA BENTES",
"LEONARDO ABEL SINÓPOLI AZCOAGA",
"LAURA NUNES DOS SANTOS",
"LEONARDO ARAÚJO DA SILVA",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza"
],
"TEMPO": [
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"6 de novembro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"23",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
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"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"26 de abril de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"26 de abril de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"6",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
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"2001",
"6",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 103.375 SÃO PAULO
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
PACTE.(S)
:VANDERCI ARTIOLI TELLES
IMPTE.(S)
:NAGASHI FURUKAWA E OUTRO(A/S)
COATOR(A/S)(ES)
:SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
HABEAS CORPUS – JULGAMENTO POR TRIBUNAL SUPERIOR –
IMPUGNAÇÃO. A teor do disposto no artigo 102, inciso II, alínea “a”, da
Constituição Federal, contra decisão, proferida em processo revelador de
habeas corpus, a implicar a não concessão da ordem, cabível é o recurso
ordinário. Evolução quanto à admissibilidade do substitutivo do habeas
corpus.
TRÁFICO DE ENTORPECENTES – SUBSTITUIÇÃO DA PENA
RESTRITIVA DA LIBERDADE – PRECEDENTES DO PLENÁRIO –
IMPLEMENTO DE ORDEM DE OFÍCIO. Ante o que decidido pelo
Plenário no julgamento do Habeas Corpus nº 104.339/SP, há de
implementar-se a ordem de ofício a fim de que o Juízo aprecie a
possibilidade de substituição da pena privativa da liberdade pela de
restrição a direitos.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal em julgar extinta a ordem
de habeas corpus por inadequação da via processual, mas em concedê-la,
de ofício, nos termos do voto do relator e por unanimidade, em sessão
presidida pelo Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata do
julgamento e das respectivas notas taquigráficas.
Brasília, 6 de novembro de 2012.
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Supremo Tribunal Federal
DJe 10/12/2012
Supremo Tribunal Federal
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Ementa e Acórdão
HC 103.375 / SP
MINISTRO MARCO AURÉLIO – RELATOR
2
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Supremo Tribunal Federal
HC 103.375 / SP
MINISTRO MARCO AURÉLIO – RELATOR
2
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Relatório
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 103.375 SÃO PAULO
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
PACTE.(S)
:VANDERCI ARTIOLI TELLES
IMPTE.(S)
:NAGASHI FURUKAWA E OUTRO(A/S)
COATOR(A/S)(ES)
:SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Adoto, a título de
relatório, as informações prestadas pelo Gabinete:
Vossa Excelência indeferiu o pedido de liminar em decisão
assim fundamentada:
TRÁFICO DE DROGAS – ABSOLVIÇÃO
NO JUÍZO E CONDENAÇÃO EM GRAU
REVISIONAL – PROVA – PENA MÍNIMA
– AUSÊNCIA DE ABORDAGEM DA
SUBSTITUIÇÃO PELA RESTRITIVA DE
DIREITO – REGIME INTEGRALMENTE
FECHADO – LIMINAR – RELEVÂNCIA E
RISCO NÃO DEMONSTRADOS –
JULGAMENTO DE FUNDO PELO
COLEGIADO.
1. A Assessoria assim revelou as balizas da
impetração:
À paciente foi imputada a prática do crime
previsto no artigo 12, combinado com o artigo 18,
inciso III, da Lei nº 6.368/76 – tráfico ilícito de drogas
(Processo-Crime nº 749/2003). O Juízo da 2ª Vara
Criminal da Comarca de Bragança Paulista/SP julgou
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3071369.
Supremo Tribunal Federal
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 103.375 SÃO PAULO
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
PACTE.(S)
:VANDERCI ARTIOLI TELLES
IMPTE.(S)
:NAGASHI FURUKAWA E OUTRO(A/S)
COATOR(A/S)(ES)
:SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Adoto, a título de
relatório, as informações prestadas pelo Gabinete:
Vossa Excelência indeferiu o pedido de liminar em decisão
assim fundamentada:
TRÁFICO DE DROGAS – ABSOLVIÇÃO
NO JUÍZO E CONDENAÇÃO EM GRAU
REVISIONAL – PROVA – PENA MÍNIMA
– AUSÊNCIA DE ABORDAGEM DA
SUBSTITUIÇÃO PELA RESTRITIVA DE
DIREITO – REGIME INTEGRALMENTE
FECHADO – LIMINAR – RELEVÂNCIA E
RISCO NÃO DEMONSTRADOS –
JULGAMENTO DE FUNDO PELO
COLEGIADO.
1. A Assessoria assim revelou as balizas da
impetração:
À paciente foi imputada a prática do crime
previsto no artigo 12, combinado com o artigo 18,
inciso III, da Lei nº 6.368/76 – tráfico ilícito de drogas
(Processo-Crime nº 749/2003). O Juízo da 2ª Vara
Criminal da Comarca de Bragança Paulista/SP julgou
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Relatório
HC 103.375 / SP
improcedente o pedido formulado na denúncia, sob
o fundamento da insuficiência de prova (Código de
Processo Penal, artigo 386, inciso III).
O Ministério Público estadual interpôs recurso
de apelação, ao qual o Tribunal de Justiça deu
provimento para condenar a paciente a quatro anos
de reclusão, em regime prisional integralmente
fechado, bem como ao pagamento de 66 dias-multa,
determinando-se a expedição de mandado de prisão.
Contra o referido acórdão foi impetrado habeas
perante o Superior Tribunal de Justiça – de nº
95.334/SP -, distribuído ao Ministro Napoleão Nunes
Maia Filho. Formulou-se pedido para cassar o ato do
Tribunal estadual, porque baseado exclusivamente
em elementos colhidos na fase de inquérito policial,
não confirmados na fase judicial, razão por que foi
requerido o trancamento da ação penal, por falta de
justa causa. Buscou-se, sucessivamente, a
substituição da pena privativa de liberdade pela
restritiva de direitos, bem como a progressão de
regime prisional.
A Quinta Turma do Superior Tribunal conheceu
parcialmente da impetração e, nessa extensão,
indeferiu a ordem. Afirmou que a controvérsia
relacionada à deficiência do conjunto probatório em
que se baseou o Tribunal de origem para impor a
condenação não é passível de discussão na via do
habeas. O pedido não foi conhecido no que visada a
substituição da pena privativa de liberdade pela
restritiva de direitos. A questão não fora submetida
ao exame do Tribunal de Justiça no julgamento da
apelação.
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
HC 103.375 / SP
improcedente o pedido formulado na denúncia, sob
o fundamento da insuficiência de prova (Código de
Processo Penal, artigo 386, inciso III).
O Ministério Público estadual interpôs recurso
de apelação, ao qual o Tribunal de Justiça deu
provimento para condenar a paciente a quatro anos
de reclusão, em regime prisional integralmente
fechado, bem como ao pagamento de 66 dias-multa,
determinando-se a expedição de mandado de prisão.
Contra o referido acórdão foi impetrado habeas
perante o Superior Tribunal de Justiça – de nº
95.334/SP -, distribuído ao Ministro Napoleão Nunes
Maia Filho. Formulou-se pedido para cassar o ato do
Tribunal estadual, porque baseado exclusivamente
em elementos colhidos na fase de inquérito policial,
não confirmados na fase judicial, razão por que foi
requerido o trancamento da ação penal, por falta de
justa causa. Buscou-se, sucessivamente, a
substituição da pena privativa de liberdade pela
restritiva de direitos, bem como a progressão de
regime prisional.
A Quinta Turma do Superior Tribunal conheceu
parcialmente da impetração e, nessa extensão,
indeferiu a ordem. Afirmou que a controvérsia
relacionada à deficiência do conjunto probatório em
que se baseou o Tribunal de origem para impor a
condenação não é passível de discussão na via do
habeas. O pedido não foi conhecido no que visada a
substituição da pena privativa de liberdade pela
restritiva de direitos. A questão não fora submetida
ao exame do Tribunal de Justiça no julgamento da
apelação.
2
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 12
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Relatório
HC 103.375 / SP
Neste habeas, após discorrer sobre os fatos que
deram ensejo ao ajuizamento da ação penal, os
impetrantes sustentam que cabia ao Superior
Tribunal de Justiça conhecer do pedido de
substituição da pena privativa da liberdade pela
restritiva de direito, sob o argumento de o Tribunal
estadual, embora não o tenha feito de modo
expresso, haver implicitamente imposto a vedação ao
benefício ao fixar o regime prisional integralmente
fechado. Assim, considerada a pena aplicada e as
circunstâncias
judiciais favoráveis, fazia-se
necessária a concessão do benefício, consoante os
termos do artigo 44 do Código Penal, não servindo
de obstáculo ao deferimento da pretensão a
classificação do crime como hediondo. Insurgem-se,
também, contra a fixação do regime prisional,
presente a declaração de inconstitucionalidade do
artigo 2º, § 1º, da Lei nº 8.072/90, na assentada em
que julgado o Habeas Corpus nº 82.959, em 23 de
fevereiro de 2006, pelo Supremo.
Pedem a concessão de liminar para determinar
ao Juízo da 2ª Vara Criminal da Comarca de
Bragança Paulista que recolha o mandado de prisão
expedido contra a paciente, até o julgamento da
impetração. No mérito, requerem a substituição da
pena privativa da liberdade pela restritiva de
direitos. Sucessivamente, buscam a fixação do regime
aberto para início do cumprimento da pena e, não se
reconhecendo esse direito, seja afastada a imposição
do regime integralmente fechado.
Por estar deficiente a instrução processual,
foram solicitadas informações ao Tribunal de Justiça
e ao Juízo Criminal, quanto à ocorrência, ou não, de
trânsito em julgado do acórdão proferido no recurso
3
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Supremo Tribunal Federal
HC 103.375 / SP
Neste habeas, após discorrer sobre os fatos que
deram ensejo ao ajuizamento da ação penal, os
impetrantes sustentam que cabia ao Superior
Tribunal de Justiça conhecer do pedido de
substituição da pena privativa da liberdade pela
restritiva de direito, sob o argumento de o Tribunal
estadual, embora não o tenha feito de modo
expresso, haver implicitamente imposto a vedação ao
benefício ao fixar o regime prisional integralmente
fechado. Assim, considerada a pena aplicada e as
circunstâncias
judiciais favoráveis, fazia-se
necessária a concessão do benefício, consoante os
termos do artigo 44 do Código Penal, não servindo
de obstáculo ao deferimento da pretensão a
classificação do crime como hediondo. Insurgem-se,
também, contra a fixação do regime prisional,
presente a declaração de inconstitucionalidade do
artigo 2º, § 1º, da Lei nº 8.072/90, na assentada em
que julgado o Habeas Corpus nº 82.959, em 23 de
fevereiro de 2006, pelo Supremo.
Pedem a concessão de liminar para determinar
ao Juízo da 2ª Vara Criminal da Comarca de
Bragança Paulista que recolha o mandado de prisão
expedido contra a paciente, até o julgamento da
impetração. No mérito, requerem a substituição da
pena privativa da liberdade pela restritiva de
direitos. Sucessivamente, buscam a fixação do regime
aberto para início do cumprimento da pena e, não se
reconhecendo esse direito, seja afastada a imposição
do regime integralmente fechado.
Por estar deficiente a instrução processual,
foram solicitadas informações ao Tribunal de Justiça
e ao Juízo Criminal, quanto à ocorrência, ou não, de
trânsito em julgado do acórdão proferido no recurso
3
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 12
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Relatório
HC 103.375 / SP
de apelação e acerca do cumprimento do mandado
de prisão. Verifica-se nas certidões vindas ao
processo que o trânsito em julgado para a acusação
ocorreu em 6 de novembro de 2006 e, para a defesa,
no dia 16 de novembro subsequente. O processo-
crime foi remetido à 2ª Vara Criminal da Comarca de
Bragança Paulista/SP e aguarda, em cartório, o
cumprimento do mandado de prisão.
2. Ambas as decisões estão fundamentadas. Tanto o
Juízo quanto a Câmara julgadora da apelação interposta
pelo Ministério Público reportaram-se à prova coligida. De
início, no contexto, conforme ressaltado pelo Superior
Tribunal de Justiça, surge a inadequação do habeas para o
reexame cabível, não se tratando apenas de
enquadramento jurídico de premissas fáticas.
Quanto à substituição da pena imposta pela restritiva
de direitos, observem o sistema relativo ao tráfico de
drogas. A regência mostra-se especial. Se, de um lado, esta
Corte, em precedente primeiro, de minha lavra, afastou o
cumprimento da pena em regime integralmente fechado,
de outro, não adentrou, mediante pronunciamento do
Plenário, a questão da aplicabilidade, ou não, do artigo 44
do Código Penal nos casos de crime hediondo.
No tocante ao cumprimento da pena em regime
integralmente fechado, a ausência de risco ao direito da
impetrante afasta a atuação individual do relator como
porta-voz do Colegiado. Encontra-se ela, ainda, foragida.
3. Indefiro a liminar.
4. Publiquem.
Brasília – residência –, 1º de maio de 2010, às 17h.
4
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Supremo Tribunal Federal
HC 103.375 / SP
de apelação e acerca do cumprimento do mandado
de prisão. Verifica-se nas certidões vindas ao
processo que o trânsito em julgado para a acusação
ocorreu em 6 de novembro de 2006 e, para a defesa,
no dia 16 de novembro subsequente. O processo-
crime foi remetido à 2ª Vara Criminal da Comarca de
Bragança Paulista/SP e aguarda, em cartório, o
cumprimento do mandado de prisão.
2. Ambas as decisões estão fundamentadas. Tanto o
Juízo quanto a Câmara julgadora da apelação interposta
pelo Ministério Público reportaram-se à prova coligida. De
início, no contexto, conforme ressaltado pelo Superior
Tribunal de Justiça, surge a inadequação do habeas para o
reexame cabível, não se tratando apenas de
enquadramento jurídico de premissas fáticas.
Quanto à substituição da pena imposta pela restritiva
de direitos, observem o sistema relativo ao tráfico de
drogas. A regência mostra-se especial. Se, de um lado, esta
Corte, em precedente primeiro, de minha lavra, afastou o
cumprimento da pena em regime integralmente fechado,
de outro, não adentrou, mediante pronunciamento do
Plenário, a questão da aplicabilidade, ou não, do artigo 44
do Código Penal nos casos de crime hediondo.
No tocante ao cumprimento da pena em regime
integralmente fechado, a ausência de risco ao direito da
impetrante afasta a atuação individual do relator como
porta-voz do Colegiado. Encontra-se ela, ainda, foragida.
3. Indefiro a liminar.
4. Publiquem.
Brasília – residência –, 1º de maio de 2010, às 17h.
4
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Relatório
HC 103.375 / SP
O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo prestou
informações, noticiando o trânsito em julgado do acórdão da
apelação criminal que implicou a condenação da paciente.
A Procuradoria Geral da República, no parecer, alega a
impossibilidade de conversão da pena privativa de liberdade
em restritiva de direitos ou a substituição do regime inicial
fechado pelo aberto, pois, desde a expedição do mandado de
prisão para a execução da sentença condenatória definitiva, em
28 de setembro de 2006, até a presente data, a paciente não se
apresentou voluntariamente para se submeter à pena imposta.
Destaca a existência de outros processos criminais em curso
contra ela. Opina pelo indeferimento da ordem.
Lancei visto no processo em 27 de outubro de 2012, liberando-o para
ser julgado na Turma a partir de 6 de novembro seguinte, isso
objetivando a ciência dos impetrantes.
É o relatório.
5
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Supremo Tribunal Federal
HC 103.375 / SP
O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo prestou
informações, noticiando o trânsito em julgado do acórdão da
apelação criminal que implicou a condenação da paciente.
A Procuradoria Geral da República, no parecer, alega a
impossibilidade de conversão da pena privativa de liberdade
em restritiva de direitos ou a substituição do regime inicial
fechado pelo aberto, pois, desde a expedição do mandado de
prisão para a execução da sentença condenatória definitiva, em
28 de setembro de 2006, até a presente data, a paciente não se
apresentou voluntariamente para se submeter à pena imposta.
Destaca a existência de outros processos criminais em curso
contra ela. Opina pelo indeferimento da ordem.
Lancei visto no processo em 27 de outubro de 2012, liberando-o para
ser julgado na Turma a partir de 6 de novembro seguinte, isso
objetivando a ciência dos impetrantes.
É o relatório.
5
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Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 103.375 SÃO PAULO
V O T O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Este
habeas
ganha contornos de substitutivo do recurso ordinário
constitucional. Valho-me do que tenho veiculado sobre a inadequação:
A Carta Federal encerra como garantia maior essa ação
nobre voltada a preservar a liberdade de ir e vir do cidadão – o
habeas corpus. Vale dizer, sofrendo alguém ou se achando
ameaçado de sofrer violência ou coação à liberdade de
locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder, cabe manusear o
instrumental, fazendo-o no tocante à competência originária de
órgão julgador.
Em época na qual não havia a sobrecarga de processos
hoje notada – praticamente inviabilizando, em tempo hábil, a
jurisdição –, passou-se a admitir o denominado habeas
substitutivo do recurso ordinário constitucional previsto contra
decisão judicial a implicar o indeferimento da ordem. Com isso,
atualmente, tanto o Supremo quanto o Superior Tribunal de
Justiça estão às voltas com um grande número de habeas corpus
– este Tribunal recebeu, no primeiro semestre de 2012, 2.181
habeas e 108 recursos ordinários e aquele, 16.372 habeas e 1.475
recursos ordinários. Raras exceções, não se trata de impetrações
passíveis de serem enquadradas como originárias, mas de
medidas intentadas a partir de construção jurisprudencial.
O Direito é orgânico e dinâmico e contém princípios,
expressões e vocábulos com sentido próprio. A definição do
alcance da Carta da República há de fazer-se de forma
integrativa, mas também considerada a regra de hermenêutica e
aplicação do Direito que é a sistemática. O habeas corpus
substitutivo do recurso ordinário, além de não estar abrangido
pela garantia constante do inciso LXVIII do artigo 5º do
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Supremo Tribunal Federal
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 103.375 SÃO PAULO
V O T O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Este
habeas
ganha contornos de substitutivo do recurso ordinário
constitucional. Valho-me do que tenho veiculado sobre a inadequação:
A Carta Federal encerra como garantia maior essa ação
nobre voltada a preservar a liberdade de ir e vir do cidadão – o
habeas corpus. Vale dizer, sofrendo alguém ou se achando
ameaçado de sofrer violência ou coação à liberdade de
locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder, cabe manusear o
instrumental, fazendo-o no tocante à competência originária de
órgão julgador.
Em época na qual não havia a sobrecarga de processos
hoje notada – praticamente inviabilizando, em tempo hábil, a
jurisdição –, passou-se a admitir o denominado habeas
substitutivo do recurso ordinário constitucional previsto contra
decisão judicial a implicar o indeferimento da ordem. Com isso,
atualmente, tanto o Supremo quanto o Superior Tribunal de
Justiça estão às voltas com um grande número de habeas corpus
– este Tribunal recebeu, no primeiro semestre de 2012, 2.181
habeas e 108 recursos ordinários e aquele, 16.372 habeas e 1.475
recursos ordinários. Raras exceções, não se trata de impetrações
passíveis de serem enquadradas como originárias, mas de
medidas intentadas a partir de construção jurisprudencial.
O Direito é orgânico e dinâmico e contém princípios,
expressões e vocábulos com sentido próprio. A definição do
alcance da Carta da República há de fazer-se de forma
integrativa, mas também considerada a regra de hermenêutica e
aplicação do Direito que é a sistemática. O habeas corpus
substitutivo do recurso ordinário, além de não estar abrangido
pela garantia constante do inciso LXVIII do artigo 5º do
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Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
HC 103.375 / SP
Diploma Maior, não existindo sequer previsão legal, enfraquece
este último documento, tornando-o desnecessário no que, nos
artigos 102, inciso II, alínea “a”, e 105, inciso II, alínea “a”, tem-
se a previsão do recurso ordinário constitucional a ser
manuseado, em tempo, para o Supremo, contra decisão
proferida por tribunal superior indeferindo ordem, e para o
Superior Tribunal de Justiça, contra ato de tribunal regional
federal e de tribunal de justiça. O Direito é avesso a
sobreposições e impetrar-se novo habeas, embora para
julgamento por tribunal diverso, impugnando pronunciamento
em idêntica medida implica inviabilizar, em detrimento de
outras situações em que requerida, a jurisdição.
Cumpre implementar – visando restabelecer a eficácia
dessa ação maior, a valia da Carta Federal no que prevê não o
habeas substitutivo, mas o recurso ordinário – a correção de
rumos. Consigno que, no tocante a habeas já formalizado sob a
óptica da substituição do recurso constitucional, não ocorrerá
prejuízo para o paciente, ante a possibilidade de vir-se a
conceder, se for o caso, a ordem de ofício.
Saliento, por último, que, há dois anos, cheguei a propor a
edição de verbete de súmula que, no entanto, esbarrou na
ausência de precedentes. Deve-se afastar o misoneísmo, a
aversão a novas ideias, pouco importando a justificativa
plausível destas – no caso, constitucional –, salvando-se, e esta é
a expressão própria, o habeas corpus em sua envergadura maior,
no que solapado por visão contrária ao princípio do terceiro
excluído: uma coisa é ou não é. Entre duas possibilidades
contempladas na Lei Fundamental, de modo exaustivo, não
simplesmente exemplificativo, não há lugar para uma terceira –
na espécie, o inexistente, normativamente, habeas corpus
substitutivo do recurso ordinário, que, ante a prática admitida
até aqui, caiu em desuso, tornando quase letra morta os
preceitos constitucionais que o versam.
É cômodo não interpor o recurso ordinário quando se
pode, a qualquer momento e considerado o estágio do
processo-crime, buscar-se infirmar decisão há muito proferida,
2
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Supremo Tribunal Federal
HC 103.375 / SP
Diploma Maior, não existindo sequer previsão legal, enfraquece
este último documento, tornando-o desnecessário no que, nos
artigos 102, inciso II, alínea “a”, e 105, inciso II, alínea “a”, tem-
se a previsão do recurso ordinário constitucional a ser
manuseado, em tempo, para o Supremo, contra decisão
proferida por tribunal superior indeferindo ordem, e para o
Superior Tribunal de Justiça, contra ato de tribunal regional
federal e de tribunal de justiça. O Direito é avesso a
sobreposições e impetrar-se novo habeas, embora para
julgamento por tribunal diverso, impugnando pronunciamento
em idêntica medida implica inviabilizar, em detrimento de
outras situações em que requerida, a jurisdição.
Cumpre implementar – visando restabelecer a eficácia
dessa ação maior, a valia da Carta Federal no que prevê não o
habeas substitutivo, mas o recurso ordinário – a correção de
rumos. Consigno que, no tocante a habeas já formalizado sob a
óptica da substituição do recurso constitucional, não ocorrerá
prejuízo para o paciente, ante a possibilidade de vir-se a
conceder, se for o caso, a ordem de ofício.
Saliento, por último, que, há dois anos, cheguei a propor a
edição de verbete de súmula que, no entanto, esbarrou na
ausência de precedentes. Deve-se afastar o misoneísmo, a
aversão a novas ideias, pouco importando a justificativa
plausível destas – no caso, constitucional –, salvando-se, e esta é
a expressão própria, o habeas corpus em sua envergadura maior,
no que solapado por visão contrária ao princípio do terceiro
excluído: uma coisa é ou não é. Entre duas possibilidades
contempladas na Lei Fundamental, de modo exaustivo, não
simplesmente exemplificativo, não há lugar para uma terceira –
na espécie, o inexistente, normativamente, habeas corpus
substitutivo do recurso ordinário, que, ante a prática admitida
até aqui, caiu em desuso, tornando quase letra morta os
preceitos constitucionais que o versam.
É cômodo não interpor o recurso ordinário quando se
pode, a qualquer momento e considerado o estágio do
processo-crime, buscar-se infirmar decisão há muito proferida,
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Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
HC 103.375 / SP
mediante o denominado habeas corpus substitutivo, alcançando-
se, com isso, a passagem do tempo, a desaguar, por vezes, na
prescrição. A situação não deve continuar, no que já mitigou a
importância do habeas corpus e emperrou a máquina judiciária,
sendo prejudicados os cidadãos em geral, a cidadania. Rara é a
sessão da Turma em que não se examina impetração voltada
contra a demora na apreciação de idêntica medida pelo
Superior Tribunal de Justiça.
No mais, o Plenário, no julgamento do Habeas Corpus nº 104.339/SP,
assentou que, mesmo em se tratando de tráfico de entorpecentes, há
possibilidade de incidência do artigo 44 do Código Penal no que prevê a
substituição da pena privativa da liberdade pela restritiva de direitos.
Ante o quadro, implemento a ordem de ofício a fim de que o Juízo
aprecie o enquadramento da espécie, afastada a proibição, no disposto no
citado preceito.
3
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Supremo Tribunal Federal
HC 103.375 / SP
mediante o denominado habeas corpus substitutivo, alcançando-
se, com isso, a passagem do tempo, a desaguar, por vezes, na
prescrição. A situação não deve continuar, no que já mitigou a
importância do habeas corpus e emperrou a máquina judiciária,
sendo prejudicados os cidadãos em geral, a cidadania. Rara é a
sessão da Turma em que não se examina impetração voltada
contra a demora na apreciação de idêntica medida pelo
Superior Tribunal de Justiça.
No mais, o Plenário, no julgamento do Habeas Corpus nº 104.339/SP,
assentou que, mesmo em se tratando de tráfico de entorpecentes, há
possibilidade de incidência do artigo 44 do Código Penal no que prevê a
substituição da pena privativa da liberdade pela restritiva de direitos.
Ante o quadro, implemento a ordem de ofício a fim de que o Juízo
aprecie o enquadramento da espécie, afastada a proibição, no disposto no
citado preceito.
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Voto - MIN. LUIZ FUX
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 103.375 SÃO PAULO
VOTO
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - Senhor Presidente, eu tenho
aqui informações de que a paciente tem uma vastíssima folha penal
vinculada ao crime em foco.
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Não
estou deferindo a substituição. O Juízo apontou que havia o obstáculo
legal, que foi declarado inconstitucional no julgamento do Habeas Corpus
nº 104.339, estou abrindo margem a que ele aprecie a espécie.
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - Ah! Ele aprecie?
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Sim.
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - Então eu estou de acordo.
Supremo Tribunal Federal
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documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3135716.
Supremo Tribunal Federal
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 103.375 SÃO PAULO
VOTO
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - Senhor Presidente, eu tenho
aqui informações de que a paciente tem uma vastíssima folha penal
vinculada ao crime em foco.
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Não
estou deferindo a substituição. O Juízo apontou que havia o obstáculo
legal, que foi declarado inconstitucional no julgamento do Habeas Corpus
nº 104.339, estou abrindo margem a que ele aprecie a espécie.
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - Ah! Ele aprecie?
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Sim.
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - Então eu estou de acordo.
Supremo Tribunal Federal
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Decisão de Julgamento
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
HABEAS CORPUS 103.375
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO
PACTE.(S) : VANDERCI ARTIOLI TELLES
IMPTE.(S) : NAGASHI FURUKAWA E OUTRO(A/S)
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Decisão: A Turma julgou extinta a ordem de habeas corpus por
inadequação da via processual, mas a concedeu, de ofício, nos
termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro
Dias Toffoli. 1ª Turma, 6.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3108137
Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
HABEAS CORPUS 103.375
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO
PACTE.(S) : VANDERCI ARTIOLI TELLES
IMPTE.(S) : NAGASHI FURUKAWA E OUTRO(A/S)
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Decisão: A Turma julgou extinta a ordem de habeas corpus por
inadequação da via processual, mas a concedeu, de ofício, nos
termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro
Dias Toffoli. 1ª Turma, 6.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
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documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3108137
Inteiro Teor do Acórdão - Página 12 de 12
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| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3172867 | 2012-11-06T00:00:00 | 2012-12-10T00:00:00 | A Turma julgou extinta a ordem de habeas corpus por inadequação da via processual, mas a concedeu, de ofício, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 6.11.2012. | HABEAS CORPUS | HABEAS CORPUS – JULGAMENTO POR TRIBUNAL SUPERIOR – IMPUGNAÇÃO. A teor do disposto no artigo 102, inciso II, alínea “a”, da Constituição Federal, contra decisão, proferida em processo revelador de habeas corpus, a implicar a não concessão da ordem, cabível é o recurso ordinário. Evolução quanto à admissibilidade do substitutivo do habeas corpus.
TRÁFICO DE ENTORPECENTES – SUBSTITUIÇÃO DA PENA RESTRITIVA DA LIBERDADE – PRECEDENTES DO PLENÁRIO – IMPLEMENTO DE ORDEM DE OFÍCIO. Ante o que decidido pelo Plenário no julgamento do Habeas Corpus nº 104.339/SP, há de implementar-se a ordem de ofício a fim de que o Juízo aprecie a possibilidade de substituição da pena privativa da liberdade pela de restrição a direitos. | sjur221130 | - Acórdão (s) citado (s):
(PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE, SUBSTITUIÇÃO, RESTRITIVA DE DIREITOS)
STF: HC 104339 (TP).
Número de páginas: 12.
Análise: 19/12/2012, BMB. | MARCO AURÉLIO | Primeira Turma | 103375 | [
"LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00102 INC-00002 LET-A \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n\r\n",
"LEG-FED DEL-002848 ANO-1940\r\n ART-00044 \r\n CP-1940 CÓDIGO PENAL"
] | HC | acordaos | HC 103375 | [
""
] | PACTE.(S) : VANDERCI ARTIOLI TELLES
IMPTE.(S) : NAGASHI FURUKAWA E OUTRO(A/S)
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"HABEAS CORPUS 103 . 375",
"Habeas Corpus [UNK] 104 . 339 / SP",
"HC 103 . 375 / SP",
"HC 103 . 375 / SP",
"Processo",
"Crime [UNK] 749 / 2003",
"Processo",
"Crime [UNK] 749 / 2003",
"HC 103 . 375 / SP",
"HC 103",
"HC 103 . 375 / SP",
"Habeas Corpus [UNK] 82 . 959",
"HC 103 . 375 / SP",
"Habeas Corpus [UNK] 82 . 959",
"HC 103 . 375 / SP",
"HC 103 . 375 / SP",
"HC 103 . 375 / SP",
"HC 103 . 375 / SP",
"HABEAS CORPUS 103 . 375",
"HABEAS CORPUS 103 . 375",
"HC 103 . 375 / SP",
"HC 103 . 375 / SP",
"HC 103 . 375",
"Habeas Corpus [UNK] 104 . 339 / SP",
"HC 103 . 375 / SP",
"Habeas Corpus [UNK] 104 . 339 / SP",
"HABEAS CORPUS 103 . 375 SÃO",
"Habeas Corpus [UNK] 104 . 339",
"HABEAS CORPUS 103 . 375",
"Habeas Corpus [UNK] 104 . 339",
"HABEAS CORPUS 103 . 375",
"HABEAS CORPUS 103 . 375"
],
"LEGISLACAO": [
"artigo 102 , inciso II , alínea “ a ” , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 18 , inciso III , da Lei [UNK] 6 . 368 / 76",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 12 , combinado",
"artigo 18 , inciso III , da Lei [UNK] 6 . 368 / 76",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Código de Processo Penal , artigo 386 , inciso III",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Código de Processo Penal , artigo 386 , inciso III",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 44 do Código Penal",
"artigo [UNK] , § [UNK] , da Lei [UNK] 8 . 072 / 90",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 44 do Código Penal",
"artigo [UNK] , § [UNK] , da Lei [UNK] 8 . 072 / 90",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 44 do Código Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 44 do Código Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Carta Federal",
"Carta da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Carta Federal",
"Carta da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Carta Federal",
"Lei Fundamental",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Carta Federal",
"Lei Fundamental",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 44 do Código Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 44 do Código Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"SÃO PAULO",
"Brasília",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"Brasília",
"Brasília – residência",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"/",
"SP",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO"
],
"ORGANIZACAO": [
"PRIMEIRA TURMA",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"Plenário",
"Primeira Turma do",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"[UNK] Vara Criminal da Comarca de Bragança Paulista / SP",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"[UNK] Vara Criminal da Comarca de Bragança Paulista / SP",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Ministério Público estadual",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Quinta Turma do Superior Tribunal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Ministério Público estadual",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Quinta Turma do Superior Tribunal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Supremo",
"[UNK] Vara Criminal da Comarca de Bragança Paulista",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Supremo",
"[UNK] Vara Criminal da Comarca de Bragança Paulista",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"[UNK] Vara Criminal da Comarca de Bragança Paulista / SP",
"Ministério Público",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Plenário",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"[UNK] Vara Criminal da Comarca de Bragança Paulista / SP",
"Câmara",
"Ministério Público",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Plenário",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo",
"Procuradoria Geral da República",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo",
"Procuradoria Geral da República",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"Supremo",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Supremo",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Plenário",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Plenário",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"[UNK] Turma",
"Primeira",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"MARCO AURÉLIO",
"VANDERCI ARTIOLI TELLES",
"NAGASHI FURUKAWA",
"Dias Toffoli",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"VANDERCI ARTIOLI TELLES",
"NAGASHI FURUKAWA",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"VANDERCI ARTIOLI TELLES",
"NAGASHI FURUKAWA",
"MARCO AURÉLIO",
"Napoleão Nunes Maia Filho",
"Napoleão Nunes Maia Filho",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"LUIZ FUX",
"LUIZ FUX",
"MARCO AURÉLIO",
"LUIZ FUX",
"MARCO AURÉLIO",
"LUIZ FUX",
"LUIZ FUX",
"MARCO AURÉLIO",
"LUIZ FUX",
"MARCO AURÉLIO",
"LUIZ FUX",
"MARCO AURÉLIO",
"VANDERCI ARTIOLI TELLES",
"NAGASHI FURUKAWA",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza",
"MARCO AURÉLIO",
"VANDERCI ARTIOLI TELLES",
"NAGASHI FURUKAWA",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza"
],
"TEMPO": [
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"6 de novembro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"10",
"/",
"12",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"23 de fevereiro de 2006",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"23 de fevereiro de 2006",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"6 de novembro de 2006",
"16 de novembro subsequente",
"[UNK] de maio de 2010",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"6 de novembro de 2006",
"16 de novembro",
"[UNK] de maio de 2010",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"28 de setembro de 2006",
"27 de outubro de 2012",
"6 de novembro seguinte",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"28 de setembro de 2006",
"27 de outubro de 2012",
"6 de novembro",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"primeiro semestre de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"primeiro semestre de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"6",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"6",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 596.056 SANTA CATARINA
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:ESTADO DE SANTA CATARINA
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SANTA
CATARINA
AGDO.(A/S)
:MERLISE JOENCK
ADV.(A/S)
:LUIZ ROBERTO SILVEIRA ZACCHI
EMENTA
Agravo regimental no recurso extraordinário. Servidor público.
Professor. Readaptação. Abono. Lei estadual nº 12.667/03. Reexame.
Impossibilidade. Ofensa reflexa. Precedentes.
1. O Tribunal de origem concluiu ser devido o pagamento de abono
à ora agravada, professora em readaptação, com fundamento na Lei nº
12.667/03 do Estado do Rio Grande do Sul.
2. O recurso extraordinário não se presta à análise de matéria ínsita
ao plano normativo local. Incidência da Súmula nº 280/STF.
2. Agravo regimental não provido.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do
Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata do julgamento e das
notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao
agravo regimental, nos termos do voto do Relator.
Brasília, 6 de novembro de 2012.
MINISTRO DIAS TOFFOLI
Relator
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3158349.
Supremo Tribunal Federal
DJe 06/12/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 10
Relatório
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 596.056 SANTA CATARINA
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:ESTADO DE SANTA CATARINA
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SANTA
CATARINA
AGDO.(A/S)
:MERLISE JOENCK
ADV.(A/S)
:LUIZ ROBERTO SILVEIRA ZACCHI
RELATÓRIO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Estado de Santa Catarina interpõe tempestivo agravo regimental
contra decisão em que se conheceu e deu provimento, em parte, ao seu
recurso extraordinário (fls. 212 a 217), com a seguinte fundamentação:
“Vistos.
Estado de Santa Catarina interpõe recurso extraordinário,
com fundamento na alínea ‘a’ do permissivo constitucional,
contra acórdão do Grupo de Câmaras de Direito Público do
Tribunal de Justiça do Estado de Santa Catarina, assim
ementado:
‘MANDADO DE SEGURANÇA – PROFESSOR
READAPTADO – ABONO
Ao professor readaptado em razão de enfermidade
resultante do exercício da função é devido o abono
previsto no art. 2º da Lei 12.667/03’ (fl. 51).
Alega a recorrente violação dos artigos 2º, 37, caput e
inciso XV, 61, § 1º, inciso II, alínea ‘c’, e 100, § 3º, da Constituição
Federal, além do artigo 87, do ADCT.
Sem contra-razões (fl. 186), o recurso extraordinário (fls.
91 a 107) foi admitido (fl. 199).
O Superior Tribunal de Justiça, em decisão transitada em
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documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3158346.
Supremo Tribunal Federal
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 596.056 SANTA CATARINA
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:ESTADO DE SANTA CATARINA
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SANTA
CATARINA
AGDO.(A/S)
:MERLISE JOENCK
ADV.(A/S)
:LUIZ ROBERTO SILVEIRA ZACCHI
RELATÓRIO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Estado de Santa Catarina interpõe tempestivo agravo regimental
contra decisão em que se conheceu e deu provimento, em parte, ao seu
recurso extraordinário (fls. 212 a 217), com a seguinte fundamentação:
“Vistos.
Estado de Santa Catarina interpõe recurso extraordinário,
com fundamento na alínea ‘a’ do permissivo constitucional,
contra acórdão do Grupo de Câmaras de Direito Público do
Tribunal de Justiça do Estado de Santa Catarina, assim
ementado:
‘MANDADO DE SEGURANÇA – PROFESSOR
READAPTADO – ABONO
Ao professor readaptado em razão de enfermidade
resultante do exercício da função é devido o abono
previsto no art. 2º da Lei 12.667/03’ (fl. 51).
Alega a recorrente violação dos artigos 2º, 37, caput e
inciso XV, 61, § 1º, inciso II, alínea ‘c’, e 100, § 3º, da Constituição
Federal, além do artigo 87, do ADCT.
Sem contra-razões (fl. 186), o recurso extraordinário (fls.
91 a 107) foi admitido (fl. 199).
O Superior Tribunal de Justiça, em decisão transitada em
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3158346.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 10
Relatório
RE 596.056 AGR / SC
julgado (fls. 205 a 207 e 209), negou seguimento ao recurso
especial interposto simultaneamente ao extraordinário.
Decido.
Anote-se, inicialmente, que o acórdão recorrido foi
publicado em 16/2/05, como expresso na certidão de fl. 64, não
sendo exigível a demonstração da existência de repercussão
geral das questões constitucionais trazidas no recurso
extraordinário, conforme decidido na Questão de Ordem no
Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Pleno, Relator o Ministro
Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07.
A irresignação merece prosperar, em parte.
No tocante aos efeitos patrimoniais pretéritos à segurança,
o Tribunal de origem divergiu da jurisprudência do Supremo
Tribunal Federal no sentido de que a concessão da segurança
não produz efeitos patrimoniais em relação ao período pretérito
à impetração, não afastando, contudo, a pretensão
administrativa, ou pela via judicial própria. Incide, no caso a
Súmula nº 271 da Corte, in verbis:
‘Concessão de mandado de segurança não produz
efeitos patrimoniais em relação a período pretérito, os
quais devem ser reclamados administrativamente ou pela
via judicial própria.’
Em relação à concessão do abono, o acórdão atacado
solucionou a questão com fundamento na legislação local
pertinente ao caso (Leis estaduais nºs 12.667 e 13.135/03).
Nessa conformidade, para acolher a pretensão do
recorrente e ultrapassar o entendimento do Tribunal de origem,
seria necessária a interpretação da legislação infraconstitucional
pertinente, o que não é cabível em sede de recurso
extraordinário. Incidência da Súmula nº 280 desta Corte.
Nesse sentido, em caso idêntico ao dos presentes autos, a
seguinte decisão monocrática, proferida pela Ministra Cármen
Lúcia, nos autos do RE nº 510.443/SC (DJ de 19/8/08):
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3158346.
Supremo Tribunal Federal
RE 596.056 AGR / SC
julgado (fls. 205 a 207 e 209), negou seguimento ao recurso
especial interposto simultaneamente ao extraordinário.
Decido.
Anote-se, inicialmente, que o acórdão recorrido foi
publicado em 16/2/05, como expresso na certidão de fl. 64, não
sendo exigível a demonstração da existência de repercussão
geral das questões constitucionais trazidas no recurso
extraordinário, conforme decidido na Questão de Ordem no
Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Pleno, Relator o Ministro
Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07.
A irresignação merece prosperar, em parte.
No tocante aos efeitos patrimoniais pretéritos à segurança,
o Tribunal de origem divergiu da jurisprudência do Supremo
Tribunal Federal no sentido de que a concessão da segurança
não produz efeitos patrimoniais em relação ao período pretérito
à impetração, não afastando, contudo, a pretensão
administrativa, ou pela via judicial própria. Incide, no caso a
Súmula nº 271 da Corte, in verbis:
‘Concessão de mandado de segurança não produz
efeitos patrimoniais em relação a período pretérito, os
quais devem ser reclamados administrativamente ou pela
via judicial própria.’
Em relação à concessão do abono, o acórdão atacado
solucionou a questão com fundamento na legislação local
pertinente ao caso (Leis estaduais nºs 12.667 e 13.135/03).
Nessa conformidade, para acolher a pretensão do
recorrente e ultrapassar o entendimento do Tribunal de origem,
seria necessária a interpretação da legislação infraconstitucional
pertinente, o que não é cabível em sede de recurso
extraordinário. Incidência da Súmula nº 280 desta Corte.
Nesse sentido, em caso idêntico ao dos presentes autos, a
seguinte decisão monocrática, proferida pela Ministra Cármen
Lúcia, nos autos do RE nº 510.443/SC (DJ de 19/8/08):
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3158346.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 10
Relatório
RE 596.056 AGR / SC
‘1. Recurso extraordinário interposto com base no
art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República,
contra o seguinte julgado do Tribunal de Justiça de Santa
Catarina:
‘MANDADO DE SEGURANÇA – SERVIDOR
PÚBLICO ESTADUAL – PROFESSOR EM PERÍODO
DE READAPTAÇÃO FUNCIONAL – SUPRESSÃO
DOS ABONOS PREVISTOS NAS LEIS ESTADUAIS
NS. 12.667/03 E 13.135/04 – IMPOSSIBILIDADE DE
DECESSO REMUNERATÓRIO – DIREITO LÍQUIDO
E CERTO.
É entendimento pacífico nesta Corte que o
professor em readaptação funcional não pode, em
razão disso, sofrer a perda da gratificação da
regência de classe, que já compunha a sua
remuneração.
Nessa mesma linha, idêntica interpretação deve
ser concedida aos abonos previstos nas leis estaduais
n. 12.667/03 e n. 13.135/04, eis que ambos decorrem
do mesmo fato, o efetivo exercício de serviço em sala
de aula como professor quando, por recomendação
médica, teve que se afastar, visto que a readaptação
funcional não pode redundar em prejuízo financeiro
ao professor’ (fl. 58).
2. O Recorrente alega que o Tribunal a quo teria
afrontado os arts. 2º, 37, caput e inc. XV, 100, § 3º, da
Constituição da República e art. 87, inc. I, do Ato das
Disposições Constitucionais Provisórias.
Argumenta que ‘o mandado de segurança em
comento discute pretenso direito de membro do
Magistério Público estadual readaptado ao percebimento
dos abonos de R$ 50,00 e R$ 100 (cem reais) pagos
3
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3158346.
Supremo Tribunal Federal
RE 596.056 AGR / SC
‘1. Recurso extraordinário interposto com base no
art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República,
contra o seguinte julgado do Tribunal de Justiça de Santa
Catarina:
‘MANDADO DE SEGURANÇA – SERVIDOR
PÚBLICO ESTADUAL – PROFESSOR EM PERÍODO
DE READAPTAÇÃO FUNCIONAL – SUPRESSÃO
DOS ABONOS PREVISTOS NAS LEIS ESTADUAIS
NS. 12.667/03 E 13.135/04 – IMPOSSIBILIDADE DE
DECESSO REMUNERATÓRIO – DIREITO LÍQUIDO
E CERTO.
É entendimento pacífico nesta Corte que o
professor em readaptação funcional não pode, em
razão disso, sofrer a perda da gratificação da
regência de classe, que já compunha a sua
remuneração.
Nessa mesma linha, idêntica interpretação deve
ser concedida aos abonos previstos nas leis estaduais
n. 12.667/03 e n. 13.135/04, eis que ambos decorrem
do mesmo fato, o efetivo exercício de serviço em sala
de aula como professor quando, por recomendação
médica, teve que se afastar, visto que a readaptação
funcional não pode redundar em prejuízo financeiro
ao professor’ (fl. 58).
2. O Recorrente alega que o Tribunal a quo teria
afrontado os arts. 2º, 37, caput e inc. XV, 100, § 3º, da
Constituição da República e art. 87, inc. I, do Ato das
Disposições Constitucionais Provisórias.
Argumenta que ‘o mandado de segurança em
comento discute pretenso direito de membro do
Magistério Público estadual readaptado ao percebimento
dos abonos de R$ 50,00 e R$ 100 (cem reais) pagos
3
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 10
Relatório
RE 596.056 AGR / SC
exclusivamente aos professores em efetivo exercício em
sala de aula. Inteligência dos artigos 2º e 1º das Leis
estaduais n. 12.667/03 e 13.135/04’ (fl. 75).
Sustenta, ainda, que ‘o acórdão concedeu a
segurança com efeitos patrimoniais pretéritos à data em
que ocorreu a violação do direito postulado, com a
ressalva do parágrafo único do art. 87 do ADCT, se
ocorrente na hipótese nele tipificada, fundamentando o
entendimento no art. 100, § 3º, da Constituição Federal, e
art. 87, do ADCT’ (fl. 89).
Requer o provimento do recurso para denegar a
ordem ‘posto que, conforme demonstrado, inexiste
qualquer direito, muito menos líquido e certo, merecedor
do Poder Judiciário (...) em sendo mantida a decisão de
mérito, requer-se seja provido o presente recurso para, por
ofensa ao artigo 100, § 3º, da Constituição Federal, e artigo
87, do ADCT, reformar a parte do acórdão que conferiu
efeitos pretéritos à condenação imposta’ (fls. 90-91).
Apreciada a matéria trazida na espécie, DECIDO.
3. Razão de direito assiste, em parte, ao Recorrente.
4. O Tribunal a quo, ao conceder a segurança com
‘os efeitos patrimoniais [retroagindo] à data que foi
praticada a violação do direito da impetrante’ (fl. 65),
divergiu da jurisprudência deste Supremo Tribunal
Federal que se firmou no sentido de que a concessão da
segurança não produz efeitos patrimoniais em relação ao
período pretérito, os quais devem ser reclamados
administrativamente ou pela via judicial própria (Súmula
271 deste Supremo Tribunal). Nesse sentido a seguinte
decisão monocrática, com trânsito em julgado em
23.11.2007:
4
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
RE 596.056 AGR / SC
exclusivamente aos professores em efetivo exercício em
sala de aula. Inteligência dos artigos 2º e 1º das Leis
estaduais n. 12.667/03 e 13.135/04’ (fl. 75).
Sustenta, ainda, que ‘o acórdão concedeu a
segurança com efeitos patrimoniais pretéritos à data em
que ocorreu a violação do direito postulado, com a
ressalva do parágrafo único do art. 87 do ADCT, se
ocorrente na hipótese nele tipificada, fundamentando o
entendimento no art. 100, § 3º, da Constituição Federal, e
art. 87, do ADCT’ (fl. 89).
Requer o provimento do recurso para denegar a
ordem ‘posto que, conforme demonstrado, inexiste
qualquer direito, muito menos líquido e certo, merecedor
do Poder Judiciário (...) em sendo mantida a decisão de
mérito, requer-se seja provido o presente recurso para, por
ofensa ao artigo 100, § 3º, da Constituição Federal, e artigo
87, do ADCT, reformar a parte do acórdão que conferiu
efeitos pretéritos à condenação imposta’ (fls. 90-91).
Apreciada a matéria trazida na espécie, DECIDO.
3. Razão de direito assiste, em parte, ao Recorrente.
4. O Tribunal a quo, ao conceder a segurança com
‘os efeitos patrimoniais [retroagindo] à data que foi
praticada a violação do direito da impetrante’ (fl. 65),
divergiu da jurisprudência deste Supremo Tribunal
Federal que se firmou no sentido de que a concessão da
segurança não produz efeitos patrimoniais em relação ao
período pretérito, os quais devem ser reclamados
administrativamente ou pela via judicial própria (Súmula
271 deste Supremo Tribunal). Nesse sentido a seguinte
decisão monocrática, com trânsito em julgado em
23.11.2007:
4
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 10
Relatório
RE 596.056 AGR / SC
‘(...) A pretensão recursal merece acolhida, em
parte. O acórdão recorrido está em desacordo com a
jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmada
no sentido de que, em se tratando de ação
mandamental, a concessão de segurança não produz
efeitos patrimoniais em relação a período pretérito,
os quais devem ser reclamados administrativamente
ou pela via judicial própria (Súmula 271 do STF).
Nesse sentido, menciono as seguintes decisões, entre
outras: Rcl 2.348-AgR/GO, Rel. Min. Ricardo
Lewandowski; MS 21.540/MT, Rel. Min. Octavio
Gallotti; RE 247.520-AgR/SP, Rel. Min. Maurício
Corrêa; MS 21.977/DF, Rel. Min. Sydney Sanches’ (RE
494.520, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, DJE
9.11.2007).
5. Quanto à concessão de abono, o Tribunal a quo
concluiu que a Recorrida teria direito ao abono com base
nas Leis estaduais ns. 12.667/03 e 13.135/04, o reexame do
acórdão impugnado demandaria a análise prévia de
legislação infraconstitucional. Assim, a alegada
contrariedade à Constituição da República, se tivesse
ocorrido, seria indireta, o que não viabiliza o
processamento do recurso extraordinário.
Em caso análogo, por exemplo, o seguinte julgado
monocrático deste Supremo Tribunal Federal:
‘(...) 3. Tenho que o apelo extremo não merece
acolhida. É que a controvérsia foi dirimida à luz do
direito estadual pertinente, conforme se vê da
própria ementa do aresto recorrido, transcrita no
início desta decisão. Logo, eventual ofensa ao Magno
Texto ocorreria, quando muito, de maneira indireta
ou reflexa, não ensejando a abertura da via
5
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Supremo Tribunal Federal
RE 596.056 AGR / SC
‘(...) A pretensão recursal merece acolhida, em
parte. O acórdão recorrido está em desacordo com a
jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmada
no sentido de que, em se tratando de ação
mandamental, a concessão de segurança não produz
efeitos patrimoniais em relação a período pretérito,
os quais devem ser reclamados administrativamente
ou pela via judicial própria (Súmula 271 do STF).
Nesse sentido, menciono as seguintes decisões, entre
outras: Rcl 2.348-AgR/GO, Rel. Min. Ricardo
Lewandowski; MS 21.540/MT, Rel. Min. Octavio
Gallotti; RE 247.520-AgR/SP, Rel. Min. Maurício
Corrêa; MS 21.977/DF, Rel. Min. Sydney Sanches’ (RE
494.520, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, DJE
9.11.2007).
5. Quanto à concessão de abono, o Tribunal a quo
concluiu que a Recorrida teria direito ao abono com base
nas Leis estaduais ns. 12.667/03 e 13.135/04, o reexame do
acórdão impugnado demandaria a análise prévia de
legislação infraconstitucional. Assim, a alegada
contrariedade à Constituição da República, se tivesse
ocorrido, seria indireta, o que não viabiliza o
processamento do recurso extraordinário.
Em caso análogo, por exemplo, o seguinte julgado
monocrático deste Supremo Tribunal Federal:
‘(...) 3. Tenho que o apelo extremo não merece
acolhida. É que a controvérsia foi dirimida à luz do
direito estadual pertinente, conforme se vê da
própria ementa do aresto recorrido, transcrita no
início desta decisão. Logo, eventual ofensa ao Magno
Texto ocorreria, quando muito, de maneira indireta
ou reflexa, não ensejando a abertura da via
5
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 10
Relatório
RE 596.056 AGR / SC
extraordinária.
4. Consigno, por oportuno, que no mesmo
sentido dirimi o RE 495.236 (decisão já transitada em
julgado), também proveniente de Santa Catarina e
com objeto análogo ao presente’ (RE 508.098, Rel.
Min. Carlos Britto, DJ 7.12.2006).
6. Pelo exposto, com fundamento no art. 557, § 1º-A,
do Código de Processo Civil, dou parcial provimento ao
recurso extraordinário para que os efeitos patrimoniais da
concessão da segurança sejam reconhecidos a partir da
data da impetração do mandado de segurança.
Considerando-se a Súmula 512 deste Supremo
Tribunal Federal, deixo de condenar ao pagamento de
honorários advocatícios de sucumbência.’
No mesmo sentido: RE nº 595.298/SC, Relator o Ministro
Joaquim Barbosa, DJe de 6/5/11; RE nº 503.726/SC, Relator o
Ministro Ayres Britto, DJe de 11/5/10; RE nº 582.624/SC,
Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 11/9/09; RE nº
508.940/SC, Relator o Ministro Cezar Peluso, DJ de 10/8/07; RE
nº 487.239/SC, Relator o Ministro Ricardo Lewandoski, DJ de
5/12/06, e RE nº 485.796/SC, Relator o Ministro Sepúlveda
Pertence, DJ de 31/8/06.
Ante o exposto, nos termos do artigo 557, caput e § 1º-A,
do Código de Processo Civil, conheço do recurso extraordinário
e dou-lhe parcial provimento, para determinar que os efeitos
patrimoniais da concessão do mandado de segurança sejam
reconhecidos apenas após a sua impetração. Sem condenação
em honorários, nos termos da Súmula nº 512/STF. Custas ex
lege.”
Aduz o agravante, in verbis, que:
“(...) a decisão que deu parcial provimento ao Recurso
6
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Supremo Tribunal Federal
RE 596.056 AGR / SC
extraordinária.
4. Consigno, por oportuno, que no mesmo
sentido dirimi o RE 495.236 (decisão já transitada em
julgado), também proveniente de Santa Catarina e
com objeto análogo ao presente’ (RE 508.098, Rel.
Min. Carlos Britto, DJ 7.12.2006).
6. Pelo exposto, com fundamento no art. 557, § 1º-A,
do Código de Processo Civil, dou parcial provimento ao
recurso extraordinário para que os efeitos patrimoniais da
concessão da segurança sejam reconhecidos a partir da
data da impetração do mandado de segurança.
Considerando-se a Súmula 512 deste Supremo
Tribunal Federal, deixo de condenar ao pagamento de
honorários advocatícios de sucumbência.’
No mesmo sentido: RE nº 595.298/SC, Relator o Ministro
Joaquim Barbosa, DJe de 6/5/11; RE nº 503.726/SC, Relator o
Ministro Ayres Britto, DJe de 11/5/10; RE nº 582.624/SC,
Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 11/9/09; RE nº
508.940/SC, Relator o Ministro Cezar Peluso, DJ de 10/8/07; RE
nº 487.239/SC, Relator o Ministro Ricardo Lewandoski, DJ de
5/12/06, e RE nº 485.796/SC, Relator o Ministro Sepúlveda
Pertence, DJ de 31/8/06.
Ante o exposto, nos termos do artigo 557, caput e § 1º-A,
do Código de Processo Civil, conheço do recurso extraordinário
e dou-lhe parcial provimento, para determinar que os efeitos
patrimoniais da concessão do mandado de segurança sejam
reconhecidos apenas após a sua impetração. Sem condenação
em honorários, nos termos da Súmula nº 512/STF. Custas ex
lege.”
Aduz o agravante, in verbis, que:
“(...) a decisão que deu parcial provimento ao Recurso
6
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 10
Relatório
RE 596.056 AGR / SC
Extraordinário do Estado foi equivocada a respeito de questão
essencial de envergadura constitucional , pois não enfrentou a
alegação de ofensa aos Artigos 2º, 37,
caput
e inciso XV, 61, § 1º,
inciso II, alínea ‘c’, da Constituição Federal.
(...)
Não se trata do clássico caso de regência de classe, no qual
esse Supremo Tribunal Federal decidiu que se tratava de
interpretação da lei local.
A recorrida professora readaptada, teve reconhecido, pelo
acórdão ora em questão, o direito a abono, que fora instituido
unicamente aos professores ativos, em efetivo exercício em
sala de aula.
Frise-se que o fundamento do acórdão é unicamente
constitucional, não é necessário revolver matéria fática ou
reinterpretar a norma infraconstitucional ou local.
O abono em questão é propter laborem, que não se
incorpora ao vencimento ou aos proventos, em razão do
exercício do magistério, significa dizer, de determinada função”
(fls. 222/223).
É o relatório.
7
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Supremo Tribunal Federal
RE 596.056 AGR / SC
Extraordinário do Estado foi equivocada a respeito de questão
essencial de envergadura constitucional , pois não enfrentou a
alegação de ofensa aos Artigos 2º, 37,
caput
e inciso XV, 61, § 1º,
inciso II, alínea ‘c’, da Constituição Federal.
(...)
Não se trata do clássico caso de regência de classe, no qual
esse Supremo Tribunal Federal decidiu que se tratava de
interpretação da lei local.
A recorrida professora readaptada, teve reconhecido, pelo
acórdão ora em questão, o direito a abono, que fora instituido
unicamente aos professores ativos, em efetivo exercício em
sala de aula.
Frise-se que o fundamento do acórdão é unicamente
constitucional, não é necessário revolver matéria fática ou
reinterpretar a norma infraconstitucional ou local.
O abono em questão é propter laborem, que não se
incorpora ao vencimento ou aos proventos, em razão do
exercício do magistério, significa dizer, de determinada função”
(fls. 222/223).
É o relatório.
7
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Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 596.056 SANTA CATARINA
VOTO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
O inconformismo não merece prosperar.
O Tribunal de origem concluiu ser devido o pagamento de abono à
ora agravada, professora em readaptação, com o fundamento de que “ao
professor readaptado em razão de enfermidade resultante do exercício da
função é devido o abono previsto no art. 2º da Lei nº 12.667/03” (fl. 51).
Desse modo, é certo que para decidir de forma diversa seria
necessário analisar a referida lei do Estado do Rio Grande do Sul, o que
não é possível, uma vez que o recurso extraordinário não se presta ao
exame de matéria ínsita ao plano normativo local. Incidência da Súmula
nº 280/STF.
Sobre o tema, além dos precedentes indicados na decisão ora
agravada, anotem-se os seguintes julgados: RE nº 495.257/SC, Relator o
Ministro Gilmar Mendes, DJe de 19/8/11; e RE nº 503.698/SC, Relator o
Ministro Joaquim Barbosa, DJe de 29/3/11.
Nego provimento ao agravo regimental.
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Supremo Tribunal Federal
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 596.056 SANTA CATARINA
VOTO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
O inconformismo não merece prosperar.
O Tribunal de origem concluiu ser devido o pagamento de abono à
ora agravada, professora em readaptação, com o fundamento de que “ao
professor readaptado em razão de enfermidade resultante do exercício da
função é devido o abono previsto no art. 2º da Lei nº 12.667/03” (fl. 51).
Desse modo, é certo que para decidir de forma diversa seria
necessário analisar a referida lei do Estado do Rio Grande do Sul, o que
não é possível, uma vez que o recurso extraordinário não se presta ao
exame de matéria ínsita ao plano normativo local. Incidência da Súmula
nº 280/STF.
Sobre o tema, além dos precedentes indicados na decisão ora
agravada, anotem-se os seguintes julgados: RE nº 495.257/SC, Relator o
Ministro Gilmar Mendes, DJe de 19/8/11; e RE nº 503.698/SC, Relator o
Ministro Joaquim Barbosa, DJe de 29/3/11.
Nego provimento ao agravo regimental.
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 10
Decisão de Julgamento
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 596.056
PROCED. : SANTA CATARINA
RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S) : ESTADO DE SANTA CATARINA
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SANTA CATARINA
AGDO.(A/S) : MERLISE JOENCK
ADV.(A/S) : LUIZ ROBERTO SILVEIRA ZACCHI
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos
termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro
Dias Toffoli. 1ª Turma, 6.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
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Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 596.056
PROCED. : SANTA CATARINA
RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S) : ESTADO DE SANTA CATARINA
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SANTA CATARINA
AGDO.(A/S) : MERLISE JOENCK
ADV.(A/S) : LUIZ ROBERTO SILVEIRA ZACCHI
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos
termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro
Dias Toffoli. 1ª Turma, 6.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 10
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3163653 | 2012-11-06T00:00:00 | 2012-12-06T00:00:00 | A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 6.11.2012. | AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO | EMENTA
Agravo regimental no recurso extraordinário. Servidor público. Professor. Readaptação. Abono. Lei estadual nº 12.667/03. Reexame. Impossibilidade. Ofensa reflexa. Precedentes.
1. O Tribunal de origem concluiu ser devido o pagamento de abono à ora agravada, professora em readaptação, com fundamento na Lei nº 12.667/03 do Estado do Rio Grande do Sul.
2. O recurso extraordinário não se presta à análise de matéria ínsita ao plano normativo local. Incidência da Súmula nº 280/STF.
2. Agravo regimental não provido. | sjur220877 | - Decisões monocráticas citadas:
(PAGAMENTO, ABONO)
STF: RE 495257, RE 503698.
Número de páginas: 10.
Análise: 13/12/2012, LLD. | DIAS TOFFOLI | Primeira Turma | 596056 | [
"LEG-FED SUMSTF-000280\r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF \r\n\r\n",
"LEG-EST LEI-012667 ANO-2003\r\n ART-00002 \r\n LEI ORDINÁRIA, SC"
] | RE-AgR | acordaos | RE 596056 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : ESTADO DE SANTA CATARINA
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SANTA CATARINA
ADV.(A/S) : LUIZ ROBERTO SILVEIRA ZACCHI
AGDO.(A/S) : MERLISE JOENCK | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 596 . 056",
"Súmula [UNK] 280 / STF",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 596 . 056",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 596 . 056",
"RE 596 . 056 AGR / SC",
"Agravo de Instrumento [UNK] 664 . 567 / RS",
"Súmula [UNK] 271 da Corte",
"Súmula [UNK] 280 desta Corte",
"RE [UNK] 510 . 443 / SC",
"RE 596 . 056 AGR / SC",
"Agravo de Instrumento [UNK] 664 . 567 / RS",
"Súmula [UNK] 271 da Corte",
"Súmula [UNK] 280 desta Corte",
"RE [UNK] 510 . 443 / SC",
"RE 596 . 056 AGR / SC",
"RE 596 . 056 AGR / SC",
"RE 596 . 056 AGR / SC",
"Súmula 271 deste Supremo Tribunal",
"RE 596 . 056 AGR / SC",
"Súmula 271 deste Supremo Tribunal",
"RE 596 . 056 AGR / SC",
"Súmula 271 do STF",
"Rcl 2 . 348 - AgR / GO",
"MS 21 . 540 / MT",
"RE 247 . 520 - AgR / SP",
"MS 21 . 977 / DF",
"RE 494 . 520",
"RE 596 . 056 AGR / SC",
"Súmula 271 do STF",
"Rcl 2 . 348 - AgR / GO",
"MS 21 . 540 / MT",
"RE 247 . 520 - AgR / SP",
"MS 21 . 977 / DF",
"RE 494 . 520",
"RE 596 . 056 AGR / SC",
"RE 495 . 236",
"RE 508 . 098",
"Súmula 512 deste Supremo Tribunal Federal",
"RE [UNK] 595 . 298 / SC",
"RE [UNK] 503 . 726 / SC",
"RE [UNK] 582 . 624 / SC",
"RE [UNK] 508 . 940 / SC",
"RE [UNK] 487 . 239 / SC",
"RE [UNK] 485 . 796 / SC",
"Súmula [UNK] 512 / STF",
"RE 596 . 056 AGR / SC",
"RE 495 . 236",
"RE 508 . 098",
"Súmula 512 deste Supremo Tribunal Federal",
"RE [UNK] 595 . 298 / SC",
"RE [UNK] 503 . 726 / SC",
"RE [UNK] 582 . 624 / SC",
"RE [UNK] 508 . 940 /",
"RE [UNK] 487 . 239 / SC",
"RE [UNK] 485 . 796 / SC",
"Súmula [UNK] 512 / STF",
"RE 596 . 056 AGR / SC",
"RE 596 . 056 AGR / SC",
"Súmula [UNK] 280 / STF",
"RE [UNK] 495 . 257 / SC",
"RE [UNK] 503 . 698 / SC",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 596 . 056",
"Súmula [UNK] 280 / STF",
"RE [UNK] 495 . 257 / SC",
"RE [UNK] 503 . 698 / SC",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 596 . 056",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 596 . 056"
],
"LEGISLACAO": [
"Lei estadual [UNK] 12 . 667 / 03",
"Lei [UNK] 12 . 667 / 03",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] da Lei 12 . 667 / 03",
"artigos [UNK] , 37 , caput e inciso XV , 61 , § [UNK] , inciso II , alínea ‘ c ’ , e 100 , § [UNK] , da Constituição Federal",
"artigo",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] da Lei 12 . 667 / 03",
"artigos [UNK] , 37 , caput e inciso XV , 61 , § [UNK] , inciso II , alínea ‘ c ’ , e 100 , § [UNK] , da Constituição Federal",
"artigo",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Leis estaduais [UNK] 12 . 667",
"13",
".",
"135",
"/",
"03",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Leis estaduais [UNK] 12 . 667",
"13",
".",
"135",
"/",
"03",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 102 , inc . III , alínea a , da Constituição da República",
"LEIS ESTADUAIS NS . 12 . 667 / 03",
"13",
".",
"135",
"/",
"04",
"leis",
"estaduais n . 12 . 667 / 03",
"n",
".",
"13",
".",
"135",
"/",
"04",
"arts . [UNK] , 37 , caput e inc . XV , 100 , § [UNK] , da Constituição da República",
"art . 87 , inc . I ,",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 102 , inc . III , alínea a , da Constituição da República",
"LEIS ESTADUAIS NS . 12 . 667 / 03",
"13",
".",
"135",
"/",
"04",
"leis",
"estaduais n . 12 . 667 / 03",
"n",
".",
"13",
".",
"135",
"/",
"04",
"arts . [UNK] , 37 , caput e inc . XV , 100 , § [UNK] , da Constituição da República",
"87 , inc . I , do Ato das Disposições Constitucionais Provisórias",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigos [UNK] e [UNK] das Leis estaduais n . 12 . 667 / 03",
"13",
".",
"135",
"/",
"04",
"art . 100 , § [UNK] , da Constituição Federal",
"art",
"artigo 100 , § [UNK] , da Constituição Federal",
"artigo 87 , do ADCT",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigos [UNK] e [UNK] das Leis estaduais n . 12 . 667 / 03",
"13",
".",
"135",
"/",
"04",
"art . 100 , § [UNK] , da Constituição Federal",
"art",
"artigo 100 , § [UNK] , da Constituição Federal",
"artigo 87 , do ADCT",
"MP n° 2 . 200",
"Leis estaduais ns . 12 . 667 / 03",
"13",
".",
"135",
"/",
"04",
"Constituição da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Leis",
"estaduais ns . 12 . 667 / 03",
"13",
".",
"135",
"/",
"04",
"Constituição da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 557 , § [UNK] - A , do Código de Processo Civil",
"artigo 557 , caput e § [UNK] - A , do Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 557 , § [UNK] - A , do Código de Processo Civil",
"artigo 557 , caput e § [UNK] - A , do Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Artigos [UNK] , 37 , caput e inciso XV , 61 , § [UNK] , inciso II , alínea ‘ c ’ , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Artigos [UNK] , 37 , caput e inciso XV , 61 , § [UNK] , inciso II , alínea ‘ c ’ , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] da Lei [UNK] 12 . 667 / 03",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] da Lei [UNK] 12 . 667 / 03",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"SANTA CATARINA",
"ESTADO DE SANTA CATARINA",
"ESTADO DE SANTA CATARINA",
"Estado do Rio Grande do Sul",
"Brasília",
"SANTA CATARINA",
"ESTADO DE SANTA CATARINA",
"ESTADO DE SANTA CATARINA",
"Estado de Santa Catarina",
"Estado de Santa Catarina",
"SANTA CATARINA",
"ESTADO DE SANTA CATARINA",
"ESTADO DE SANTA CATARINA",
"Estado de Santa Catarina",
"Estado de Santa Catarina",
"Santa",
"Catarina",
"Santa",
"Catarina",
"Estado do Rio Grande do Sul",
"SANTA CATARINA",
"Estado do Rio Grande do Sul",
"SANTA CATARINA",
"ESTADO DE SANTA CATARINA",
"ESTADO DE SANTA CATARINA",
"SANTA CATARINA",
"ESTADO DE SANTA CATARINA",
"ESTADO DE SANTA CATARINA"
],
"ORGANIZACAO": [
"PRIMEIRA TURMA",
"Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Grupo de Câmaras de Direito Público do Tribunal de Justiça do Estado de Santa Catarina",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Grupo de Câmaras de Direito Público do Tribunal de Justiça do Estado de Santa Catarina",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Pleno",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Pleno",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Tribunal de Justiça de Santa Catarina",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Tribunal de Justiça de Santa Catarina",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"DIAS TOFFOLI",
"MERLISE JOENCK",
"LUIZ ROBERTO SILVEIRA ZACCHI",
"Dias Toffoli",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"MERLISE JOENCK",
"LUIZ ROBERTO SILVEIRA ZACCHI",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"MERLISE JOENCK",
"LUIZ ROBERTO SILVEIRA ZACCHI",
"DIAS TOFFOLI",
"Sepúlveda Pertence",
"Cármen Lúcia",
"Sepúlveda Pertence",
"Cármen Lúcia",
"Ricardo Lewandowski",
"Octavio Gallotti",
"Maurício Corrêa",
"Sydney Sanches",
"Ricardo Lewandowski",
"Ricardo Lewandowski",
"Octavio Gallotti",
"Maurício Corrêa",
"Sydney Sanches ’",
"Ricardo Lewandowski",
"Carlos Britto",
"Joaquim Barbosa",
"Ayres Britto",
"Cármen Lúcia",
"Cezar Peluso",
"Ricardo Lewandoski",
"Sepúlveda Pertence",
"Carlos Britto",
"Joaquim Barbosa",
"Ayres Britto",
"Cármen Lúcia",
"Cezar Peluso",
"Ricardo Lewandoski",
"Sepúlveda Pertence",
"DIAS TOFFOLI",
"SANTA",
"DIAS TOFFOLI",
"Gilmar Mendes",
"Joaquim Barbosa",
"DIAS TOFFOLI",
"Gilmar Mendes",
"Joaquim Barbosa",
"DIAS TOFFOLI",
"MERLISE JOENCK",
"LUIZ ROBERTO SILVEIRA ZACCHI",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza",
"DIAS TOFFOLI",
"MERLISE JOENCK",
"LUIZ ROBERTO SILVEIRA ZACCHI",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza"
],
"TEMPO": [
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"6 de novembro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06",
"/",
"12",
"/",
"2012",
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"16",
"/",
"2",
"/",
"05",
"6",
"/",
"9",
"/",
"07",
"19",
"/",
"8",
"/",
"08",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"16",
"/",
"2",
"/",
"05",
"6",
"/",
"9",
"/",
"07",
"19",
"/",
"8",
"/",
"08",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"23",
".",
"11",
".",
"2007",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"23",
".",
"11",
".",
"2007",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"9",
".",
"11",
".",
"2007",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"9",
".",
"11",
".",
"2007",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"7",
".",
"12",
".",
"2006",
"6",
"/",
"5",
"/",
"11",
"11",
"/",
"5",
"/",
"10",
"11",
"/",
"9",
"/",
"09",
"10",
"/",
"8",
"/",
"07",
"5",
"/",
"12",
"/",
"06",
"31",
"/",
"8",
"/",
"06",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"7",
".",
"12",
".",
"2006",
"6",
"/",
"5",
"/",
"11",
"11",
"/",
"5",
"/",
"10",
"11",
"/",
"9",
"/",
"09",
"10",
"/",
"8",
"/",
"07",
"5",
"/",
"12",
"/",
"06",
"31",
"/",
"8",
"/",
"06",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"19",
"/",
"8",
"/",
"11",
"29",
"/",
"3",
"/",
"11",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"19",
"/",
"8",
"/",
"11",
"29",
"/",
"3",
"/",
"11",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"6",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"6",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 707.775 RIO
GRANDE DO SUL
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S)
:JUSSARA OLIVEIRA GARCIA
ADV.(A/S)
:ANDRE ANDRADE DE ARAUJO E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL
DO
ESTADO
DO
RIO
GRANDE DO SUL
RECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA FÁTICA E LEGAL. O
recurso extraordinário não é meio próprio ao revolvimento da prova,
também não servindo à interpretação de normas estritamente legais.
RECURSO EXTRAORDINÁRIO – PREQUESTIONAMENTO –
CONFIGURAÇÃO – RAZÃO DE SER. O prequestionamento não resulta
da circunstância de a matéria haver sido arguida pela parte recorrente. A
configuração do instituto pressupõe debate e decisão prévios pelo
Colegiado, ou seja, emissão de juízo sobre o tema. O procedimento tem
como escopo o cotejo indispensável a que se diga do enquadramento do
recurso extraordinário no permissivo constitucional. Se o Tribunal de
origem não adotou tese explícita a respeito do fato jurígeno veiculado nas
razões recursais, inviabilizado fica o entendimento sobre a violência ao
preceito evocado pelo recorrente.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal em desprover o agravo
regimental no recurso extraordinário, nos termos do voto do relator e por
unanimidade, em sessão presidida pelo Ministro Dias Toffoli, na
conformidade da ata do julgamento e das respectivas notas taquigráficas.
Brasília, 6 de novembro de 2012.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3147424.
Supremo Tribunal Federal
DJe 10/12/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 9
Ementa e Acórdão
ARE 707.775 AGR / RS
MINISTRO MARCO AURÉLIO – RELATOR
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3147424.
Supremo Tribunal Federal
ARE 707.775 AGR / RS
MINISTRO MARCO AURÉLIO – RELATOR
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3147424.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 9
Relatório
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 707.775 RIO
GRANDE DO SUL
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S)
:JUSSARA OLIVEIRA GARCIA
ADV.(A/S)
:ANDRE ANDRADE DE ARAUJO E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL
DO
ESTADO
DO
RIO
GRANDE DO SUL
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Às folhas 81 e 82,
proferi a seguinte decisão:
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO
–
MATÉRIA FÁTICA – INTERPRETAÇÃO
DE NORMAS LEGAIS – FALTA DE
PREQUESTIONAMENTO
–
INVIABILIDADE
–
AGRAVO
DESPROVIDO.
1. A recorribilidade extraordinária é distinta daquela
revelada por simples revisão do que decidido, na maioria das
vezes procedida mediante o recurso por excelência – a apelação.
Atua-se em sede excepcional à luz da moldura fática delineada
soberanamente pelo Tribunal de origem, considerando-se as
premissas constantes do acórdão impugnado. A jurisprudência
sedimentada é pacífica a respeito, devendo-se ter presente o
Verbete nº 279 da Súmula do Supremo:
Para simples reexame de prova não cabe recurso
extraordinário.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3147425.
Supremo Tribunal Federal
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 707.775 RIO
GRANDE DO SUL
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S)
:JUSSARA OLIVEIRA GARCIA
ADV.(A/S)
:ANDRE ANDRADE DE ARAUJO E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL
DO
ESTADO
DO
RIO
GRANDE DO SUL
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Às folhas 81 e 82,
proferi a seguinte decisão:
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO
–
MATÉRIA FÁTICA – INTERPRETAÇÃO
DE NORMAS LEGAIS – FALTA DE
PREQUESTIONAMENTO
–
INVIABILIDADE
–
AGRAVO
DESPROVIDO.
1. A recorribilidade extraordinária é distinta daquela
revelada por simples revisão do que decidido, na maioria das
vezes procedida mediante o recurso por excelência – a apelação.
Atua-se em sede excepcional à luz da moldura fática delineada
soberanamente pelo Tribunal de origem, considerando-se as
premissas constantes do acórdão impugnado. A jurisprudência
sedimentada é pacífica a respeito, devendo-se ter presente o
Verbete nº 279 da Súmula do Supremo:
Para simples reexame de prova não cabe recurso
extraordinário.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3147425.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 9
Relatório
ARE 707.775 AGR / RS
As razões do extraordinário partem de pressupostos
fáticos estranhos ao acórdão atacado, buscando-se, em síntese, o
reexame dos elementos probatórios para, com fundamento em
quadro diverso, assentar-se a viabilidade do recurso.
A par desse aspecto, o acórdão impugnado revela
interpretação de normas estritamente legais, não ensejando
campo ao acesso ao Supremo. À mercê de articulação sobre a
violência à Carta da República, pretende-se submeter a análise
matéria que não se enquadra no inciso III do artigo 102 da
Constituição Federal.
Acresce que, no caso, o que sustentado nas razões do
extraordinário não foi enfrentado pelo Órgão julgador. Assim,
padece o recurso da ausência de prequestionamento,
esbarrando nos Verbetes nº 282 e 356 da Súmula do Supremo.
Este agravo somente serve à sobrecarga da máquina judiciária,
ocupando espaço que deveria ser utilizado na apreciação de
outro processo.
2. Conheço do agravo e o desprovejo.
3. Publiquem.
A agravante, na minuta de folha 86 a 92, insiste no processamento do
extraordinário. Salienta ter a matéria natureza constitucional e estar
devidamente prequestionada. Aduz configurada a ofensa ao artigo 37,
cabeça, do Diploma Maior. Evoca o princípio da igualdade, considerados
os servidores do quadro especial e os demais, no âmbito do Estado.
Alude a pronunciamento no qual se assentou o direito à reposição do
poder aquisitivo do vale-refeição instituído mediante a Lei estadual nº
10.002/93. Menciona, por fim, precedente desta Turma, no sentido da
possibilidade de examinar-se a legislação comum, para concluir-se pela
afronta aos princípios da legalidade e do devido processo legal.
O Estado do Rio Grande do Sul apresentou a contraminuta de folhas
2
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documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3147425.
Supremo Tribunal Federal
ARE 707.775 AGR / RS
As razões do extraordinário partem de pressupostos
fáticos estranhos ao acórdão atacado, buscando-se, em síntese, o
reexame dos elementos probatórios para, com fundamento em
quadro diverso, assentar-se a viabilidade do recurso.
A par desse aspecto, o acórdão impugnado revela
interpretação de normas estritamente legais, não ensejando
campo ao acesso ao Supremo. À mercê de articulação sobre a
violência à Carta da República, pretende-se submeter a análise
matéria que não se enquadra no inciso III do artigo 102 da
Constituição Federal.
Acresce que, no caso, o que sustentado nas razões do
extraordinário não foi enfrentado pelo Órgão julgador. Assim,
padece o recurso da ausência de prequestionamento,
esbarrando nos Verbetes nº 282 e 356 da Súmula do Supremo.
Este agravo somente serve à sobrecarga da máquina judiciária,
ocupando espaço que deveria ser utilizado na apreciação de
outro processo.
2. Conheço do agravo e o desprovejo.
3. Publiquem.
A agravante, na minuta de folha 86 a 92, insiste no processamento do
extraordinário. Salienta ter a matéria natureza constitucional e estar
devidamente prequestionada. Aduz configurada a ofensa ao artigo 37,
cabeça, do Diploma Maior. Evoca o princípio da igualdade, considerados
os servidores do quadro especial e os demais, no âmbito do Estado.
Alude a pronunciamento no qual se assentou o direito à reposição do
poder aquisitivo do vale-refeição instituído mediante a Lei estadual nº
10.002/93. Menciona, por fim, precedente desta Turma, no sentido da
possibilidade de examinar-se a legislação comum, para concluir-se pela
afronta aos princípios da legalidade e do devido processo legal.
O Estado do Rio Grande do Sul apresentou a contraminuta de folhas
2
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 9
Relatório
ARE 707.775 AGR / RS
97 e 98, ressaltando cuidar a espécie de pedido, formulado por servidor
da extinta Caixa Econômica do Estado do Rio Grande do Sul, de extensão
do vale-refeição previsto para os servidores da administração direta e das
autarquias. Ressalta que o Supremo, no Recurso Extraordinário com
Agravo nº 708.403/RS, reconheceu a inexistência de repercussão geral do
tema, haja vista o carácter infraconstitucional da discussão.
É o relatório.
3
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Supremo Tribunal Federal
ARE 707.775 AGR / RS
97 e 98, ressaltando cuidar a espécie de pedido, formulado por servidor
da extinta Caixa Econômica do Estado do Rio Grande do Sul, de extensão
do vale-refeição previsto para os servidores da administração direta e das
autarquias. Ressalta que o Supremo, no Recurso Extraordinário com
Agravo nº 708.403/RS, reconheceu a inexistência de repercussão geral do
tema, haja vista o carácter infraconstitucional da discussão.
É o relatório.
3
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 9
Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 707.775 RIO
GRANDE DO SUL
V O T O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Na
interposição deste agravo, observaram-se os pressupostos de
recorribilidade. A peça, subscrita por profissional da advocacia
regularmente constituído (folha 12), foi protocolada no prazo legal.
Conheço.
No tocante à ausência de envergadura constitucional do tema,
atentem para o que decidido pela Turma Recursal da Fazenda Pública da
Comarca de Porto Alegre (folha 45):
SERVIDOR PÚBLICO. EXTINTA CAIXA ECONÔMICA
ESTADUAL (QUADRO ESPECIAL INSTITUÍDO PELA LEI
ESTADUAL Nº 10.959/97). AUXÍLIO RANCHO E VALE
REFEIÇÃO. VERBAS DIVERSAS. IMPROCEDENTE O
PEDIDO DE REAJUSTE DO VALE REFEIÇÃO, POSTO QUE
INAPLICÁVEL AO CASO O DISPOSTO NA LEI Nº 10.002/93.
VALOR PERCEBIDO QUE EXTRAPOLA O RECEBIDO PELOS
DEMAIS SERVIDORES. CARÊNCIA DA AÇÃO AFASTADA.
MATÉRIA NO MÉRITO ENFRENTADA, MAS RECURSO
IMPROVIDO.
Em sede excepcional, atua-se à luz da moldura fática delineada
soberanamente pelo Colegiado de origem, considerando-se as premissas
constantes do pronunciamento impugnado. A jurisprudência
sedimentada é pacífica a respeito, devendo-se ter presente o Verbete nº
279 da Súmula deste Tribunal:
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Supremo Tribunal Federal
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 707.775 RIO
GRANDE DO SUL
V O T O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Na
interposição deste agravo, observaram-se os pressupostos de
recorribilidade. A peça, subscrita por profissional da advocacia
regularmente constituído (folha 12), foi protocolada no prazo legal.
Conheço.
No tocante à ausência de envergadura constitucional do tema,
atentem para o que decidido pela Turma Recursal da Fazenda Pública da
Comarca de Porto Alegre (folha 45):
SERVIDOR PÚBLICO. EXTINTA CAIXA ECONÔMICA
ESTADUAL (QUADRO ESPECIAL INSTITUÍDO PELA LEI
ESTADUAL Nº 10.959/97). AUXÍLIO RANCHO E VALE
REFEIÇÃO. VERBAS DIVERSAS. IMPROCEDENTE O
PEDIDO DE REAJUSTE DO VALE REFEIÇÃO, POSTO QUE
INAPLICÁVEL AO CASO O DISPOSTO NA LEI Nº 10.002/93.
VALOR PERCEBIDO QUE EXTRAPOLA O RECEBIDO PELOS
DEMAIS SERVIDORES. CARÊNCIA DA AÇÃO AFASTADA.
MATÉRIA NO MÉRITO ENFRENTADA, MAS RECURSO
IMPROVIDO.
Em sede excepcional, atua-se à luz da moldura fática delineada
soberanamente pelo Colegiado de origem, considerando-se as premissas
constantes do pronunciamento impugnado. A jurisprudência
sedimentada é pacífica a respeito, devendo-se ter presente o Verbete nº
279 da Súmula deste Tribunal:
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 9
Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
ARE 707.775 AGR / RS
Para simples reexame de prova não cabe recurso
extraordinário.
A par deste aspecto, o deslinde da controvérsia deu-se sob o ângulo
estritamente legal e não considerada a Carta da República. A conclusão
adotada fez-se alicerçada em interpretação conferida à legislação local.
Acresce que o Supremo, no julgamento do Recurso Extraordinário
com Agravo nº 708.403/RS, da relatoria do ministro Gilmar Mendes,
consignando a natureza infraconstitucional da matéria, concluiu não ter
repercussão geral o tema concernente à observância dos critérios de
reajuste do vale-refeição dos servidores do Estado do Rio Grande do Sul
relativamente aos integrantes do quadro especial decorrente da
transformação da CEERGS – Caixa Econômica Estadual do Rio Grande
do Sul em sociedade de economia mista.
No mais, não foi examinado, na origem, o preceito constitucional
mencionado no extraordinário, padecendo o recurso da ausência do
prequestionamento. Atentem não para o apego à literalidade do Verbete
nº 356 da Súmula do Supremo, mas para a razão de ser do
prequestionamento e, mais ainda, para o teor do Verbete nº 282 da
referida Súmula. O instituto do prequestionamento significa o debate e a
decisão prévios do tema jurídico constante das razões apresentadas. Se o
ato impugnado nada contém sobre o que versado no recurso, descabe
assentar o enquadramento deste no permissivo constitucional. Assim
decidiu o Supremo no julgamento do Agravo Regimental no Agravo de
Instrumento nº 541.696-6/DF, de que fui relator, com acórdão publicado
no Diário da Justiça de 24 de fevereiro de 2006, sintetizado na seguinte
ementa:
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO
–
PREQUESTIONAMENTO – CONFIGURAÇÃO – RAZÃO DE
SER. O prequestionamento não resulta da circunstância de a
matéria haver sido argüida pela parte recorrente. A
configuração do instituto pressupõe debate e decisão prévios
pelo Colegiado, ou seja, emissão de juízo sobre o tema. O
2
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Supremo Tribunal Federal
ARE 707.775 AGR / RS
Para simples reexame de prova não cabe recurso
extraordinário.
A par deste aspecto, o deslinde da controvérsia deu-se sob o ângulo
estritamente legal e não considerada a Carta da República. A conclusão
adotada fez-se alicerçada em interpretação conferida à legislação local.
Acresce que o Supremo, no julgamento do Recurso Extraordinário
com Agravo nº 708.403/RS, da relatoria do ministro Gilmar Mendes,
consignando a natureza infraconstitucional da matéria, concluiu não ter
repercussão geral o tema concernente à observância dos critérios de
reajuste do vale-refeição dos servidores do Estado do Rio Grande do Sul
relativamente aos integrantes do quadro especial decorrente da
transformação da CEERGS – Caixa Econômica Estadual do Rio Grande
do Sul em sociedade de economia mista.
No mais, não foi examinado, na origem, o preceito constitucional
mencionado no extraordinário, padecendo o recurso da ausência do
prequestionamento. Atentem não para o apego à literalidade do Verbete
nº 356 da Súmula do Supremo, mas para a razão de ser do
prequestionamento e, mais ainda, para o teor do Verbete nº 282 da
referida Súmula. O instituto do prequestionamento significa o debate e a
decisão prévios do tema jurídico constante das razões apresentadas. Se o
ato impugnado nada contém sobre o que versado no recurso, descabe
assentar o enquadramento deste no permissivo constitucional. Assim
decidiu o Supremo no julgamento do Agravo Regimental no Agravo de
Instrumento nº 541.696-6/DF, de que fui relator, com acórdão publicado
no Diário da Justiça de 24 de fevereiro de 2006, sintetizado na seguinte
ementa:
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO
–
PREQUESTIONAMENTO – CONFIGURAÇÃO – RAZÃO DE
SER. O prequestionamento não resulta da circunstância de a
matéria haver sido argüida pela parte recorrente. A
configuração do instituto pressupõe debate e decisão prévios
pelo Colegiado, ou seja, emissão de juízo sobre o tema. O
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Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
ARE 707.775 AGR / RS
procedimento tem como escopo o cotejo indispensável a que se
diga do enquadramento do recurso extraordinário no
permissivo constitucional. Se o Tribunal de origem não adotou
entendimento explícito a respeito do fato jurígeno veiculado
nas razões recursais, inviabilizada fica a conclusão sobre a
violência ao preceito evocado pelo recorrente.
Ante o quadro, desprovejo o regimental.
3
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Supremo Tribunal Federal
ARE 707.775 AGR / RS
procedimento tem como escopo o cotejo indispensável a que se
diga do enquadramento do recurso extraordinário no
permissivo constitucional. Se o Tribunal de origem não adotou
entendimento explícito a respeito do fato jurígeno veiculado
nas razões recursais, inviabilizada fica a conclusão sobre a
violência ao preceito evocado pelo recorrente.
Ante o quadro, desprovejo o regimental.
3
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 9
Decisão de Julgamento
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 707.775
PROCED. : RIO GRANDE DO SUL
RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S) : JUSSARA OLIVEIRA GARCIA
ADV.(A/S) : ANDRE ANDRADE DE ARAUJO E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos
termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro
Dias Toffoli. 1ª Turma, 6.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
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Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 707.775
PROCED. : RIO GRANDE DO SUL
RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S) : JUSSARA OLIVEIRA GARCIA
ADV.(A/S) : ANDRE ANDRADE DE ARAUJO E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos
termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro
Dias Toffoli. 1ª Turma, 6.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 9
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3172789 | 2012-11-06T00:00:00 | 2012-12-10T00:00:00 | A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 6.11.2012. | AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO | RECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA FÁTICA E LEGAL. O recurso extraordinário não é meio próprio ao revolvimento da prova, também não servindo à interpretação de normas estritamente legais.
RECURSO EXTRAORDINÁRIO – PREQUESTIONAMENTO – CONFIGURAÇÃO – RAZÃO DE SER. O prequestionamento não resulta da circunstância de a matéria haver sido arguida pela parte recorrente. A configuração do instituto pressupõe debate e decisão prévios pelo Colegiado, ou seja, emissão de juízo sobre o tema. O procedimento tem como escopo o cotejo indispensável a que se diga do enquadramento do recurso extraordinário no permissivo constitucional. Se o Tribunal de origem não adotou tese explícita a respeito do fato jurígeno veiculado nas razões recursais, inviabilizado fica o entendimento sobre a violência ao preceito evocado pelo recorrente. | sjur221184 | - Acórdão (s) citado (s):
(CRITÉRIO, REAJUSTE, VALE-REFEIÇÃO, REPERCUSSÃO GERAL, AUSÊNCIA)
STF: RE 708403 RG (TP);
(PREQUESTIONAMENTO, CONFIGURAÇÃO)
STF: AI 541696 AgR (1ªT).
Número de páginas: 9.
Análise: 19/12/2012, BMB. | MARCO AURÉLIO | Primeira Turma | 707775 | [
"LEG-FED SUMSTF-000279 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\r\n\r\n",
"LEG-FED SUMSTF-000282 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\r\n\r\n",
"LEG-FED SUMSTF-000356 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\r\n\r\n",
"LEG-EST LEI-010959 ANO-1997\r\n LEI ORDINÁRIA, RS\r\n\r\n",
"LEG-EST LEI-010002 ANO-1993\r\n LEI ORDINÁRIA, RS"
] | ARE-AgR | acordaos | ARE 707775 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : JUSSARA OLIVEIRA GARCIA
ADV.(A/S) : ANDRE ANDRADE DE ARAUJO E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
ADV.(A/S) : CARLOS ALBERTO NASCIMENTO | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 707 . 775",
"ARE 707 . 775 AGR / RS",
"ARE 707 . 775 AGR / RS",
"Verbete [UNK] 279 da Súmula do Supremo",
"AGRAVO 707 . 775",
"Verbete [UNK] 279 da Súmula do Supremo",
"ARE 707 . 775 AGR / RS",
"ARE 707 . 775 AGR / RS",
"Verbetes [UNK] 282",
"ARE 707 . 775 AGR / RS 97",
"Recurso Extraordinário com Agravo [UNK] 708 . 403 / RS",
"ARE 707 . 775 AGR",
"Recurso Extraordinário com Agravo [UNK] 708 . 403 / RS",
"ARE 707 . 775 AGR / RS",
"Recurso Extraordinário com Agravo [UNK] 708 . 403 / RS",
"Verbete [UNK] 356 da Súmula do Supremo",
"Agravo Regimental no Agravo de Instrumento [UNK] 541 . 696 - 6 / DF",
"ARE 707 . 775 AGR / RS",
"Recurso Extraordinário com Agravo [UNK] 708 . 403 / RS",
"Verbete [UNK] 356 da Súmula do Supremo",
"Agravo Regimental no Agravo de Instrumento [UNK] 541 . 696 - 6 / DF",
"ARE 707 . 775",
"ARE 707 . 775"
],
"LEGISLACAO": [
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Carta da República",
"inciso III do artigo 102 da Constituição Federal",
"artigo 37 , cabeça , do Diploma Maior",
"Lei estadual [UNK] 10 . 002 / 93",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Carta da República",
"inciso III do artigo 102 da Constituição Federal",
"artigo 37 , cabeça , do Diploma Maior",
"Lei estadual [UNK] 10 . 002 / 93",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"/",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"LEI ESTADUAL [UNK] 10 . 959 / 97",
"LEI [UNK] 10 . 002 / 93",
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"LEI ESTADUAL [UNK] 10 . 959 / 97",
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"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Carta da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Carta da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL",
"Brasília",
"RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DO RIO GRANDE",
"RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL",
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"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
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"Estado do Rio Grande do Sul",
"RIO GRANDE DO SUL",
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"ESTADO DO RIO GRANDE",
"RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL"
],
"ORGANIZACAO": [
"PRIMEIRA TURMA",
"Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo",
"Supremo",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Caixa Econômica do Estado do Rio Grande do Sul",
"Supremo",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Caixa Econômica do Estado do Rio Grande do Sul",
"Supremo",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"Turma Recursal da Fazenda Pública da Comarca de Porto Alegre",
"CAIXA ECONÔMICA ESTADUAL",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Turma Recursal da Fazenda Pública da Comarca de Porto Alegre",
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"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
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"-",
"Brasil",
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"Supremo",
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"/",
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"/",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
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"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
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"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"PRIMEIRA TURMA",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"MARCO AURÉLIO",
"JUSSARA OLIVEIRA GARCIA",
"ANDRE ANDRADE DE ARAUJO",
"Dias Toffoli",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"JUSSARA OLIVEIRA GARCIA",
"ANDRE ANDRADE DE ARAUJO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"JUSSARA OLIVEIRA GARCIA",
"ANDRE ANDRADE DE ARAUJO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
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