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Ementa e Acórdão 25/09/2012 PRIMEIRA TURMA SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 232.695 SÃO PAULO RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) :UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL AGDO.(A/S) :FUNDO ICI BRASIL DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR - ICIFUND ADV.(A/S) :JOSÉ ERCÍLIO DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S) EMENTA Imunidade tributária. Previdência privada. Súmula nº 730 desta Corte. Aplicação ao presente caso. Precedentes. 1. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal tem entendido ser cabível a aplicação a casos como o presente, referentes a ações ajuizadas há muitos anos, do verbete da Súmula nº 730 desta Corte. 2. Ressalva quanto à posição pessoal do Relator sobre o tema, vencida na apreciação do RE nº 233.394/SP-AgR-AgR. 3. Agravo regimental não provido. ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata do julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao segundo agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Brasília, 25 de setembro de 2012. MINISTRO DIAS TOFFOLI Relator Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2963429. Supremo Tribunal Federal DJe 25/10/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 10 Relatório 25/09/2012 PRIMEIRA TURMA SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 232.695 SÃO PAULO RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) :UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL AGDO.(A/S) :FUNDO ICI BRASIL DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR - ICIFUND ADV.(A/S) :JOSÉ ERCÍLIO DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S) RELATÓRIO O EXMO. SR. MINISTRO DIAS TOFFOLI: União interpõe tempestivo agravo regimental (fls. 271 a 276) contra decisão mediante a qual dei provimento ao anterior recurso de agravo regimental interposto nos autos (fls. 267 a 269), com a seguinte fundamentação: “DECISÃO: Vistos. Trata-se de agravo regimental (folhas 161 a 165) interposto por Fundo ICI Brasil de Previdência Complementar ICIFUND, contra a decisão monocrática (fls. 145/146), pela qual o eminente Ministro Sepúlveda Pertence negou seguimento ao recurso extraordinário. Segundo constou das razões do agravo, o precedente em que fundamentada a decisão atacada não se aplica ao presente caso, pois o agravante aufere contribuições apenas de seu patrocinador e, em hipóteses como essa, a jurisprudência desta Corte tem reconhecido a pretendida imunidade tributária. Postulou, assim, a reconsideração daquela decisão, para que seu recurso seja acolhido. Decido. Recebo o agravo, vez que tempestivo e, utilizando-me do juízo de retratação, inerente a esse tipo de recurso, dou-lhe provimento, para reconsiderar a decisão agravada, acolhendo o Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2963426. Supremo Tribunal Federal 25/09/2012 PRIMEIRA TURMA SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 232.695 SÃO PAULO RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) :UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL AGDO.(A/S) :FUNDO ICI BRASIL DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR - ICIFUND ADV.(A/S) :JOSÉ ERCÍLIO DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S) RELATÓRIO O EXMO. SR. MINISTRO DIAS TOFFOLI: União interpõe tempestivo agravo regimental (fls. 271 a 276) contra decisão mediante a qual dei provimento ao anterior recurso de agravo regimental interposto nos autos (fls. 267 a 269), com a seguinte fundamentação: “DECISÃO: Vistos. Trata-se de agravo regimental (folhas 161 a 165) interposto por Fundo ICI Brasil de Previdência Complementar ICIFUND, contra a decisão monocrática (fls. 145/146), pela qual o eminente Ministro Sepúlveda Pertence negou seguimento ao recurso extraordinário. Segundo constou das razões do agravo, o precedente em que fundamentada a decisão atacada não se aplica ao presente caso, pois o agravante aufere contribuições apenas de seu patrocinador e, em hipóteses como essa, a jurisprudência desta Corte tem reconhecido a pretendida imunidade tributária. Postulou, assim, a reconsideração daquela decisão, para que seu recurso seja acolhido. Decido. Recebo o agravo, vez que tempestivo e, utilizando-me do juízo de retratação, inerente a esse tipo de recurso, dou-lhe provimento, para reconsiderar a decisão agravada, acolhendo o Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2963426. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 10 Relatório RE 232.695 AGR-SEGUNDO / SP recurso extraordinário interposto pelo ora agravante. Inicialmente, convém deixar desde logo ressaltada a plena possibilidade do exercício de tal juízo de retratação, amplamente admitido pela jurisprudência desta Corte, citando- se, para exemplificar, a ementa do seguinte precedente: ‘AGRAVO - JUÍZO DE RETRATAÇÃO. Todo e qualquer agravo viabiliza o juízo de retratação, ainda que silente a peça apresentada (...)’ (RE nº 383.774-AgR/SP, Relator o Ministro Marco Aurélio, Primeira Turma, DJ de 11/3/05). Com efeito, pacificou-se nesta Corte o entendimento de que a hipótese em discussão nestes autos encontra amparo no verbete da Súmula nº 730 desta Corte, cuja aplicação, a casos como o presente, tem sido amplamente reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal. Nesse sentido e, apenas para ilustrar, citem-se as ementas dos seguintes precedentes, de ambas as Turmas desta Corte e proferidos em processos relacionados a uma empresa de previdência privada, que se encontrava na mesma situação do ora agravante: ‘IMUNIDADE TRIBUTÁRIA PREVIDÊNCIA PRIVADA AUSÊNCIA DE CONTRIBUIÇÃO DOS EMPREGADOS. Uma vez constatada a inexistência de contribuição, visando benefícios de previdência privada fechada, por parte dos prestadores de serviço, cumpre, conforme reiterados pronunciamentos do Supremo, reconhecer o direito à imunidade tributária’ (RE nº 233.394-AgR-AgR/SP, Relator para o acórdão o Ministro Marco Aurélio, Primeira Turma, DJe de 23/8/12). ‘SEGUNDOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO - CARÁTER INFRINGENTE - EXCEPCIONALIDADE - INTIMAÇÃO DA PARTE CONTRÁRIA PARA IMPUGNÁ-LOS - ENTIDADE FECHADA DE PREVIDÊNCIA PRIVADA - EXTENSÃO DA IMUNIDADE TRIBUTÁRIA PREVISTA NO ART. 150, INCISO VI, c, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA - 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2963426. Supremo Tribunal Federal RE 232.695 AGR-SEGUNDO / SP recurso extraordinário interposto pelo ora agravante. Inicialmente, convém deixar desde logo ressaltada a plena possibilidade do exercício de tal juízo de retratação, amplamente admitido pela jurisprudência desta Corte, citando- se, para exemplificar, a ementa do seguinte precedente: ‘AGRAVO - JUÍZO DE RETRATAÇÃO. Todo e qualquer agravo viabiliza o juízo de retratação, ainda que silente a peça apresentada (...)’ (RE nº 383.774-AgR/SP, Relator o Ministro Marco Aurélio, Primeira Turma, DJ de 11/3/05). Com efeito, pacificou-se nesta Corte o entendimento de que a hipótese em discussão nestes autos encontra amparo no verbete da Súmula nº 730 desta Corte, cuja aplicação, a casos como o presente, tem sido amplamente reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal. Nesse sentido e, apenas para ilustrar, citem-se as ementas dos seguintes precedentes, de ambas as Turmas desta Corte e proferidos em processos relacionados a uma empresa de previdência privada, que se encontrava na mesma situação do ora agravante: ‘IMUNIDADE TRIBUTÁRIA PREVIDÊNCIA PRIVADA AUSÊNCIA DE CONTRIBUIÇÃO DOS EMPREGADOS. Uma vez constatada a inexistência de contribuição, visando benefícios de previdência privada fechada, por parte dos prestadores de serviço, cumpre, conforme reiterados pronunciamentos do Supremo, reconhecer o direito à imunidade tributária’ (RE nº 233.394-AgR-AgR/SP, Relator para o acórdão o Ministro Marco Aurélio, Primeira Turma, DJe de 23/8/12). ‘SEGUNDOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO - CARÁTER INFRINGENTE - EXCEPCIONALIDADE - INTIMAÇÃO DA PARTE CONTRÁRIA PARA IMPUGNÁ-LOS - ENTIDADE FECHADA DE PREVIDÊNCIA PRIVADA - EXTENSÃO DA IMUNIDADE TRIBUTÁRIA PREVISTA NO ART. 150, INCISO VI, c, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA - 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2963426. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 10 Relatório RE 232.695 AGR-SEGUNDO / SP POSSIBILIDADE - AUSÊNCIA DE CONTRIBUIÇÃO POR PARTE DOS BENEFICIÁRIOS RECONHECIDA, SOBERANAMENTE, PELO TRIBUNAL DE JURISDIÇÃO INFERIOR - APLICABILIDADE, AO CASO, DA SÚMULA Nº 730/STF - PRECEDENTES - EMBARGOS DE DECLARAÇÃO RECEBIDOS’ (AI nº 741.602-AgR-ED- ED/SP, Relator o Ministro Celso de Mello, Segunda Turma, DJe de 20/3/12). Ante o exposto, conheço do agravo regimental e, exercendo o juízo de retratação, dou-lhe provimento para, nos termos do artigo 557, § 1º-A, do Código de Processo Civil, dar provimento ao recurso extraordinário, para reformar o acórdão regional e conceder a segurança impetrada pelo agravante. Custas pela agravada, não havendo que se falar em honorários de advogado, nos termos da Súmula nº 512 desta Corte. Publique-se. Brasília, 23 de agosto de 2012.” Alegou a agravante que o apelo extremo da parte contrária não poderia ter sido provido, pois isso implicou alteração do quadro fático firmado na instância de origem, o que atenta contra o disposto na Súmula nº 279 desta Corte. Ressaltou a existência de inúmeras decisões deste Tribunal dispondo dessa maneira para postular a reconsideração da decisão agravada, para que prevaleça a primeira decisão aqui proferida por esta Corte e se negue provimento ao recurso extraordinário. É o relatório. 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2963426. Supremo Tribunal Federal RE 232.695 AGR-SEGUNDO / SP POSSIBILIDADE - AUSÊNCIA DE CONTRIBUIÇÃO POR PARTE DOS BENEFICIÁRIOS RECONHECIDA, SOBERANAMENTE, PELO TRIBUNAL DE JURISDIÇÃO INFERIOR - APLICABILIDADE, AO CASO, DA SÚMULA Nº 730/STF - PRECEDENTES - EMBARGOS DE DECLARAÇÃO RECEBIDOS’ (AI nº 741.602-AgR-ED- ED/SP, Relator o Ministro Celso de Mello, Segunda Turma, DJe de 20/3/12). Ante o exposto, conheço do agravo regimental e, exercendo o juízo de retratação, dou-lhe provimento para, nos termos do artigo 557, § 1º-A, do Código de Processo Civil, dar provimento ao recurso extraordinário, para reformar o acórdão regional e conceder a segurança impetrada pelo agravante. Custas pela agravada, não havendo que se falar em honorários de advogado, nos termos da Súmula nº 512 desta Corte. Publique-se. Brasília, 23 de agosto de 2012.” Alegou a agravante que o apelo extremo da parte contrária não poderia ter sido provido, pois isso implicou alteração do quadro fático firmado na instância de origem, o que atenta contra o disposto na Súmula nº 279 desta Corte. Ressaltou a existência de inúmeras decisões deste Tribunal dispondo dessa maneira para postular a reconsideração da decisão agravada, para que prevaleça a primeira decisão aqui proferida por esta Corte e se negue provimento ao recurso extraordinário. É o relatório. 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2963426. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 10 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI 25/09/2012 PRIMEIRA TURMA SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 232.695 SÃO PAULO VOTO O EXMO. SR. MINISTRO DIAS TOFFOLI: Não merece prosperar o inconformismo. Com efeito, a matéria ora em debate nestes autos vem sendo travada, há muitos anos, no Supremo Tribunal Federal, com significativa mudança da orientação jurisprudencial da Corte sobre o tema, não se podendo olvidar, ademais, que este processo foi ajuizado há mais de 18 anos. Modernamente, pacificou-se nesta Corte o entendimento de que a hipótese em discussão nestes autos encontra amparo no verbete da Súmula nº 730 do Supremo Tribunal Federal, cuja aplicação a casos como o presente tem sido amplamente reconhecida, mesmo que, tal como aqui se deu, a análise acerca da eventual ausência de contribuição por parte dos prestadores de serviço, com vistas à obtenção do benefício de previdência privada, não tenha sido objeto de debates na instância de origem. Nesse sentido, e apenas para ilustrar, confiram-se as ementas dos seguintes precedentes de ambas as Turmas desta Corte, proferidos em processos relacionados a uma empresa de previdência privada que se encontrava na mesma situação do ora agravado: “IMUNIDADE TRIBUTÁRIA PREVIDÊNCIA PRIVADA AUSÊNCIA DE CONTRIBUIÇÃO DOS EMPREGADOS. Uma vez constatada a inexistência de contribuição, visando benefícios de previdência privada fechada, por parte dos prestadores de serviço, cumpre, conforme reiterados pronunciamentos do Supremo, reconhecer o direito à imunidade tributária” (RE nº 233.394/SP-AgR-AgR, Relator para o acórdão o Ministro Marco Aurélio, Primeira Turma, DJe de 23/8/12). “SEGUNDOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO - Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2963427. Supremo Tribunal Federal 25/09/2012 PRIMEIRA TURMA SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 232.695 SÃO PAULO VOTO O EXMO. SR. MINISTRO DIAS TOFFOLI: Não merece prosperar o inconformismo. Com efeito, a matéria ora em debate nestes autos vem sendo travada, há muitos anos, no Supremo Tribunal Federal, com significativa mudança da orientação jurisprudencial da Corte sobre o tema, não se podendo olvidar, ademais, que este processo foi ajuizado há mais de 18 anos. Modernamente, pacificou-se nesta Corte o entendimento de que a hipótese em discussão nestes autos encontra amparo no verbete da Súmula nº 730 do Supremo Tribunal Federal, cuja aplicação a casos como o presente tem sido amplamente reconhecida, mesmo que, tal como aqui se deu, a análise acerca da eventual ausência de contribuição por parte dos prestadores de serviço, com vistas à obtenção do benefício de previdência privada, não tenha sido objeto de debates na instância de origem. Nesse sentido, e apenas para ilustrar, confiram-se as ementas dos seguintes precedentes de ambas as Turmas desta Corte, proferidos em processos relacionados a uma empresa de previdência privada que se encontrava na mesma situação do ora agravado: “IMUNIDADE TRIBUTÁRIA PREVIDÊNCIA PRIVADA AUSÊNCIA DE CONTRIBUIÇÃO DOS EMPREGADOS. Uma vez constatada a inexistência de contribuição, visando benefícios de previdência privada fechada, por parte dos prestadores de serviço, cumpre, conforme reiterados pronunciamentos do Supremo, reconhecer o direito à imunidade tributária” (RE nº 233.394/SP-AgR-AgR, Relator para o acórdão o Ministro Marco Aurélio, Primeira Turma, DJe de 23/8/12). “SEGUNDOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO - Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2963427. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 10 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI RE 232.695 AGR-SEGUNDO / SP CARÁTER INFRINGENTE - EXCEPCIONALIDADE - INTIMAÇÃO DA PARTE CONTRÁRIA PARA IMPUGNÁ-LOS - ENTIDADE FECHADA DE PREVIDÊNCIA PRIVADA - EXTENSÃO DA IMUNIDADE TRIBUTÁRIA PREVISTA NO ART. 150, INCISO VI, c, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA - POSSIBILIDADE - AUSÊNCIA DE CONTRIBUIÇÃO POR PARTE DOS BENEFICIÁRIOS RECONHECIDA, SOBERANAMENTE, PELO TRIBUNAL DE JURISDIÇÃO INFERIOR - APLICABILIDADE, AO CASO, DA SÚMULA Nº 730/STF - PRECEDENTES - EMBARGOS DE DECLARAÇÃO RECEBIDOS” (AI nº 741.602/SP-AgR-ED-ED, Relator o Ministro Celso de Mello, Segunda Turma, DJe de 20/3/12). Ressalvo que, quando da apreciação pela Primeira Turma deste Tribunal do primeiro dos precedentes supra transcritos, fiquei vencido, e que, em respeito ao princípio da colegialidade, passei a aplicar tal precedente para a solução de casos semelhantes. Ante o exposto, voto pelo não provimento do agravo regimental. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2963427. Supremo Tribunal Federal RE 232.695 AGR-SEGUNDO / SP CARÁTER INFRINGENTE - EXCEPCIONALIDADE - INTIMAÇÃO DA PARTE CONTRÁRIA PARA IMPUGNÁ-LOS - ENTIDADE FECHADA DE PREVIDÊNCIA PRIVADA - EXTENSÃO DA IMUNIDADE TRIBUTÁRIA PREVISTA NO ART. 150, INCISO VI, c, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA - POSSIBILIDADE - AUSÊNCIA DE CONTRIBUIÇÃO POR PARTE DOS BENEFICIÁRIOS RECONHECIDA, SOBERANAMENTE, PELO TRIBUNAL DE JURISDIÇÃO INFERIOR - APLICABILIDADE, AO CASO, DA SÚMULA Nº 730/STF - PRECEDENTES - EMBARGOS DE DECLARAÇÃO RECEBIDOS” (AI nº 741.602/SP-AgR-ED-ED, Relator o Ministro Celso de Mello, Segunda Turma, DJe de 20/3/12). Ressalvo que, quando da apreciação pela Primeira Turma deste Tribunal do primeiro dos precedentes supra transcritos, fiquei vencido, e que, em respeito ao princípio da colegialidade, passei a aplicar tal precedente para a solução de casos semelhantes. Ante o exposto, voto pelo não provimento do agravo regimental. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2963427. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 10 Debate 25/09/2012 PRIMEIRA TURMA SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 232.695 SÃO PAULO DEBATE O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE E RELATOR): Este, Ministro Marco Aurélio, é aquele caso da imunidade, em que não há contribuição por parte dos beneficiários. O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Mas a competência foi discutida lá embaixo, não foi? O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE E RELATOR): Discutida. O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Está bem! Acompanho Vossa Excelência. O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE E RELATOR): Em razão da nova posição, relativamente à qual eu fiquei vencido... O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Qual a nova posição, Presidente? O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE E RELATOR): Que havia... O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Sempre distinguíamos sob o ângulo da contribuição. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2963430. Supremo Tribunal Federal 25/09/2012 PRIMEIRA TURMA SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 232.695 SÃO PAULO DEBATE O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE E RELATOR): Este, Ministro Marco Aurélio, é aquele caso da imunidade, em que não há contribuição por parte dos beneficiários. O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Mas a competência foi discutida lá embaixo, não foi? O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE E RELATOR): Discutida. O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Está bem! Acompanho Vossa Excelência. O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE E RELATOR): Em razão da nova posição, relativamente à qual eu fiquei vencido... O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Qual a nova posição, Presidente? O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE E RELATOR): Que havia... O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Sempre distinguíamos sob o ângulo da contribuição. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2963430. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 10 Debate RE 232.695 AGR-SEGUNDO / SP O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE E RELATOR): Nova posição em relação à posição adotada no processo, porque o meu predecessor foi o Ministro Sepúlveda Pertence. O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Ah, sim. O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE E RELATOR): Houve caso de eu pegar duas, três decisões monocráticas, idas e vindas em relação a essa situação. O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Está bem! O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE E RELATOR): Vossa Excelência ficou como redator do acórdão, recentemente, de um caso nessa situação, com relação ao qual, inclusive, fiquei vencido. A Turma toda, menos eu, deu provimento. O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Saber se a adesão é obrigatória ou não. O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE E RELATOR): E aí, apesar de a decisão ser monocrática, eu dei provimento porque já havia precedente da Turma. O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – E quanto à imunidade, porque só a reconhecemos quando não há contribuição dos beneficiários da previdência complementar. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2963430. Supremo Tribunal Federal RE 232.695 AGR-SEGUNDO / SP O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE E RELATOR): Nova posição em relação à posição adotada no processo, porque o meu predecessor foi o Ministro Sepúlveda Pertence. O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Ah, sim. O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE E RELATOR): Houve caso de eu pegar duas, três decisões monocráticas, idas e vindas em relação a essa situação. O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Está bem! O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE E RELATOR): Vossa Excelência ficou como redator do acórdão, recentemente, de um caso nessa situação, com relação ao qual, inclusive, fiquei vencido. A Turma toda, menos eu, deu provimento. O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Saber se a adesão é obrigatória ou não. O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE E RELATOR): E aí, apesar de a decisão ser monocrática, eu dei provimento porque já havia precedente da Turma. O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – E quanto à imunidade, porque só a reconhecemos quando não há contribuição dos beneficiários da previdência complementar. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2963430. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 10 Debate RE 232.695 AGR-SEGUNDO / SP O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE E RELATOR): Exatamente! O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Havendo a contribuição do prestador de serviço, não se tem a imunidade. O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE E RELATOR): Eu tinha vários casos desse no Gabinete. Eu trouxe aquele, fiquei vencido e, aí, monocraticamente, passei a dar provimento aos outros, porque já havia o respaldo da Turma. E, no caso, a União agravou. O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Agora, de qualquer forma, a matéria que estamos a ferir foi debatida na origem, houve adoção de entendimento na origem, para não enfraquecer o instituto do prequestionamento. O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE E RELATOR): Eu vou adequar a ementa: “A jurisprudência do Supremo tem entendido cabível a aplicação a casos como o presente, referentes a ações ajuizadas há muitos anos, do verbete da Súmula nº 730 desta Corte.” 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2963430. Supremo Tribunal Federal RE 232.695 AGR-SEGUNDO / SP O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE E RELATOR): Exatamente! O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Havendo a contribuição do prestador de serviço, não se tem a imunidade. O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE E RELATOR): Eu tinha vários casos desse no Gabinete. Eu trouxe aquele, fiquei vencido e, aí, monocraticamente, passei a dar provimento aos outros, porque já havia o respaldo da Turma. E, no caso, a União agravou. O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Agora, de qualquer forma, a matéria que estamos a ferir foi debatida na origem, houve adoção de entendimento na origem, para não enfraquecer o instituto do prequestionamento. O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE E RELATOR): Eu vou adequar a ementa: “A jurisprudência do Supremo tem entendido cabível a aplicação a casos como o presente, referentes a ações ajuizadas há muitos anos, do verbete da Súmula nº 730 desta Corte.” 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2963430. Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 10 Decisão de Julgamento PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 232.695 PROCED. : SÃO PAULO RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) : UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL AGDO.(A/S) : FUNDO ICI BRASIL DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR - ICIFUND ADV.(A/S) : JOSÉ ERCÍLIO DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S) Decisão: A Turma negou provimento ao segundo agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 25.9.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo de Tarso Braz Lucas. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2895639 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 232.695 PROCED. : SÃO PAULO RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) : UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL AGDO.(A/S) : FUNDO ICI BRASIL DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR - ICIFUND ADV.(A/S) : JOSÉ ERCÍLIO DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S) Decisão: A Turma negou provimento ao segundo agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 25.9.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo de Tarso Braz Lucas. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2895639 Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 10
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3006634
2012-09-25T00:00:00
2012-10-25T00:00:00
A Turma negou provimento ao segundo agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 25.9.2012.
SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO
EMENTA Imunidade tributária. Previdência privada. Súmula nº 730 desta Corte. Aplicação ao presente caso. Precedentes. 1. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal tem entendido ser cabível a aplicação a casos como o presente, referentes a ações ajuizadas há muitos anos, do verbete da Súmula nº 730 desta Corte. 2. Ressalva quanto à posição pessoal do Relator sobre o tema, vencida na apreciação do RE nº 233.394/SP-AgR-AgR. 3. Agravo regimental não provido.
sjur217310
- Acórdãos citados: RE 233394 AgR-AgR, AI 741602 AgR-ED-ED. Número de páginas: 10. Análise: 05/11/2012, MAC.
DIAS TOFFOLI
Primeira Turma
232695
[ "LEG-FED SUMSTF-000730 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF" ]
RE-AgR-segundo
acordaos
RE 232695 AgR-segundo
[ "" ]
AGTE.(S) : UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL AGDO.(A/S) : FUNDO ICI BRASIL DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR - ICIFUND ADV.(A/S) : JOSÉ ERCÍLIO DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) : JOSÉ CÁSSIO GARCIA
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "RECURSO EXTRAORDINÁRIO 232 . 695", "RE [UNK] 233 . 394 / SP", "RECURSO EXTRAORDINÁRIO 232 . 695", "RECURSO EXTRAORDINÁRIO 232 . 695", "RE 232 . 695 AGR - SEGUNDO / SP", "RE [UNK] 383 . 774 - AgR / SP", "RE [UNK] 233 . 394 - AgR - AgR / SP", "RE 232 . 695 AGR - SEGUNDO", "RE [UNK] 383 . 774 - AgR / SP", "RE [UNK] 233 . 394 - AgR - AgR / SP", "RE 232 . 695", "AI [UNK] 741 . 602 - AgR - ED - ED / SP", "Súmula [UNK] 279 desta Corte", "RE 232 . 695 AGR", "SÚMULA [UNK] 730 / STF", "AI [UNK] 741 . 602 - AgR - ED - ED / SP", "RECURSO EXTRAORDINÁRIO 232 .", "Súmula [UNK] 730 do Supremo Tribunal Federal", "RE [UNK] 233 . 394 / SP - AgR - AgR", "RECURSO EXTRAORDINÁRIO 232 . 695", "Súmula [UNK] 730 do Supremo Tribunal Federal", "RE [UNK] 233 . 394 / SP - AgR - AgR", "RE 232 . 695 AGR", "SÚMULA [UNK] 730 / STF", "AI [UNK] 741 . 602 / SP - AgR - ED - ED", "RE 232 . 695 AGR", "SÚMULA [UNK] 730 / STF", "AI [UNK] 741 . 602 / SP - AgR - ED -", "RECURSO EXTRAORDINÁRIO 232 . 695", "RE 232 . 695 AGR - SEGUNDO / SP", "RE 232 . 695 AGR", "RE 232 . 695 AGR - SEGUNDO / SP", "Súmula [UNK] 730", "RE 232 . 695 AGR" ], "LEGISLACAO": [ "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "ART . 150 , INCISO VI , c , DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "ART . 150 , INCISO VI , c , DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "artigo 557 , § [UNK] - A , do Código de Processo Civil", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "artigo 557 , § [UNK] - A , do Código de Processo Civil", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "ART . 150 , INCISO VI , c , DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA", "MP", "ART . 150 , INCISO VI , c , DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001" ], 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"Sepúlveda Pertence", "MARCO AURÉLIO", "DIAS TOFFOLI", "MARCO AURÉLIO", "DIAS TOFFOLI", "MARCO AURÉLIO", "DIAS TOFFOLI", "MARCO AURÉLIO", "DIAS TOFFOLI", "Sepúlveda Pertence", "MARCO AURÉLIO", "DIAS TOFFOLI", "MARCO AURÉLIO", "DIAS TOFFOLI", "MARCO AURÉLIO", "MARCO AURÉLIO", "DIAS TOFFOLI", "MARCO AURÉLIO", "DIAS TOFFOLI", "MARCO AURÉLIO", "DIAS TOFFOLI", "DIAS TOFFOLI", "MARCO AURÉLIO", "DIAS TOFFOLI", "MARCO AURÉLIO", "DIAS TOFFOLI", "DIAS TOFFOLI", "JOSÉ ERCÍLIO DE OLIVEIRA", "Dias Toffoli", "Dias Toffoli", "Marco Aurélio", "Luiz Fux", "Rosa Weber", "Paulo de Tarso Braz Lucas", "Carmen Lilian Oliveira de Souza", "DIAS TOFFOLI", "JOSÉ ERCÍLIO DE OLIVEIRA", "Dias Toffoli", "Dias Toffoli", "Marco Aurélio", "Luiz Fux", "Rosa Weber", "Paulo de Tarso Braz Lucas", "Carmen Lilian Oliveira de Souza" ], "TEMPO": [ "25", "/", "09", "/", "2012", "25 de setembro de 2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", "/", "10", "/", "2012", "25", "/", "09", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", 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Ementa e Acórdão 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 645.764 RIO DE JANEIRO RELATOR : MIN. JOAQUIM BARBOSA AGTE.(S) :ANTHONY WILLIAM GAROTINHO MATHEUS DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) :JONAS LOPES DE CARVALHO NETO AGDO.(A/S) :MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA EMENTA: ELEITORAL. AGRAVO REGIMENTAL QUE NÃO INFIRMA OS FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA (SÚMULA 284). INTEMPESTIVIDADE DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO VIA FAX. No presente recurso, a parte tratou de questão relativa ao não conhecimento do agravo de instrumento em recuso especial eleitoral, matéria da qual não se ocupou a decisão agravada, que apenas cuidou da intempestividade do recurso extraordinário (Súmula 284). A decisão que não admitiu o recurso extraordinário está em conformidade com a orientação firmada nesta Corte, no sentido de se considerar intempestivo o recurso interposto via fax, cuja apresentação do original no protocolo do tribunal ocorra após o decurso do prazo legal, independentemente da sua data de postagem. Agravo regimental a que se nega provimento. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os ministros do Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a presidência do ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2877345. Supremo Tribunal Federal DJe 25/10/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 9 Ementa e Acórdão ARE 645.764 AGR / RJ ao recurso de agravo, nos termos do voto do Relator. Brasília, 25 de setembro de 2012. Ministro JOAQUIM BARBOSA Relator Documento assinado digitalmente 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2877345. Supremo Tribunal Federal ARE 645.764 AGR / RJ ao recurso de agravo, nos termos do voto do Relator. Brasília, 25 de setembro de 2012. Ministro JOAQUIM BARBOSA Relator Documento assinado digitalmente 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2877345. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 9 Relatório 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 645.764 RIO DE JANEIRO RELATOR : MIN. JOAQUIM BARBOSA AGTE.(S) :ANTHONY WILLIAM GAROTINHO MATHEUS DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) :JONAS LOPES DE CARVALHO NETO AGDO.(A/S) :MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO JOAQUIM BARBOSA (RELATOR): Trata-se de agravo regimental contra decisão monocrática na qual neguei seguimento a agravo em recurso extraordinário. Transcrevo o inteiro teor da decisão agravada (fls. 556-560): Trata-se de agravo contra decisão do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), min. Ricardo Lewandowski, que inadmitiu o recurso extraordinário interposto por Anthony William Garotinho Matheus e Partido da República (AI 2463- 57.2010.6.00.0000). A decisão agravada (fls. 263-265) possui o seguinte teor: Trata-se de recurso extraordinário interposto contra acórdão do Tribunal Superior Eleitoral, assim ementado: AGRAVO REGIMENTAL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO ESPECIAL. PEÇAS OBRIGATÓRIAS. AUSÊNCIA. NÃO PROVIMENTO. 1. O agravo de instrumento deve estar instruído, no momento de sua interposição, com todas as peças obrigatórias, não se admitindo complementação posterior. 2. Agravo regimental não provido (fl. 213). O acórdão que julgou os declaratórios ficou com a seguinte ementa: Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2877346. Supremo Tribunal Federal 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 645.764 RIO DE JANEIRO RELATOR : MIN. JOAQUIM BARBOSA AGTE.(S) :ANTHONY WILLIAM GAROTINHO MATHEUS DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) :JONAS LOPES DE CARVALHO NETO AGDO.(A/S) :MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO JOAQUIM BARBOSA (RELATOR): Trata-se de agravo regimental contra decisão monocrática na qual neguei seguimento a agravo em recurso extraordinário. Transcrevo o inteiro teor da decisão agravada (fls. 556-560): Trata-se de agravo contra decisão do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), min. Ricardo Lewandowski, que inadmitiu o recurso extraordinário interposto por Anthony William Garotinho Matheus e Partido da República (AI 2463- 57.2010.6.00.0000). A decisão agravada (fls. 263-265) possui o seguinte teor: Trata-se de recurso extraordinário interposto contra acórdão do Tribunal Superior Eleitoral, assim ementado: AGRAVO REGIMENTAL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO ESPECIAL. PEÇAS OBRIGATÓRIAS. AUSÊNCIA. NÃO PROVIMENTO. 1. O agravo de instrumento deve estar instruído, no momento de sua interposição, com todas as peças obrigatórias, não se admitindo complementação posterior. 2. Agravo regimental não provido (fl. 213). O acórdão que julgou os declaratórios ficou com a seguinte ementa: Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2877346. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 9 Relatório ARE 645.764 AGR / RJ EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. AGRAVO REGIMENTAL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. OMISSÃO, CONTRADIÇÃO OU OBSCURIDADE. AUSÊNCIA. NOVO JULGAMENTO DA CAUSA. IMPOSSIBILIDADE. REJEIÇÃO. 1. A omissão que desafia os declaratórios é aquela referente às questões, de fato e de direito, trazidas à apreciação do magistrado, e não a referente às teses defendidas pela parte, as quais podem ser rechaçadas de forma implícita ou explícita. Precedentes. 2. A suposta omissão apontada pelo embargante denota o mero inconformismo com os fundamentos do acórdão embargado e o propósito de rediscutir matéria já decidida, providência inviável na via aclaratória, conforme jurisprudência desta c. Corte Superior. 3. Embargos de declaração rejeitados (fl. 232). Os recorrentes sustentaram, em suma, violação do art. 5º, incisos LIV e LV, da Constituição Federal. Afirmaram, ainda, estar presente a repercussão geral da matéria controvertida, necessária ao trâmite do recurso, nos termos da legislação de regência. É o breve relatório. Decido. Bem examinados os autos, tenho que o recurso não merece seguimento. É que o acórdão foi publicado em 19/4/2011 (fl. 236) e o extraordinário foi interposto, mediante fac-símile, em 26/4/2011 (fl. 238). Os recorrentes, entretanto, apresentaram o original do extraordinário apenas em 4/5/2011, fora do prazo legal (fl. 247). Como se sabe, de acordo com a firme jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, os originais do recurso interposto por meio de fac-símile devem ser entregues em juízo, necessariamente, até 5 (cinco) dias da data do término do prazo recursal, nos termos do artigo 2º da Lei 9.800/99. Nesse sentido, confira-se: PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO INTERPOSTO 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2877346. Supremo Tribunal Federal ARE 645.764 AGR / RJ EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. AGRAVO REGIMENTAL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. OMISSÃO, CONTRADIÇÃO OU OBSCURIDADE. AUSÊNCIA. NOVO JULGAMENTO DA CAUSA. IMPOSSIBILIDADE. REJEIÇÃO. 1. A omissão que desafia os declaratórios é aquela referente às questões, de fato e de direito, trazidas à apreciação do magistrado, e não a referente às teses defendidas pela parte, as quais podem ser rechaçadas de forma implícita ou explícita. Precedentes. 2. A suposta omissão apontada pelo embargante denota o mero inconformismo com os fundamentos do acórdão embargado e o propósito de rediscutir matéria já decidida, providência inviável na via aclaratória, conforme jurisprudência desta c. Corte Superior. 3. Embargos de declaração rejeitados (fl. 232). Os recorrentes sustentaram, em suma, violação do art. 5º, incisos LIV e LV, da Constituição Federal. Afirmaram, ainda, estar presente a repercussão geral da matéria controvertida, necessária ao trâmite do recurso, nos termos da legislação de regência. É o breve relatório. Decido. Bem examinados os autos, tenho que o recurso não merece seguimento. É que o acórdão foi publicado em 19/4/2011 (fl. 236) e o extraordinário foi interposto, mediante fac-símile, em 26/4/2011 (fl. 238). Os recorrentes, entretanto, apresentaram o original do extraordinário apenas em 4/5/2011, fora do prazo legal (fl. 247). Como se sabe, de acordo com a firme jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, os originais do recurso interposto por meio de fac-símile devem ser entregues em juízo, necessariamente, até 5 (cinco) dias da data do término do prazo recursal, nos termos do artigo 2º da Lei 9.800/99. Nesse sentido, confira-se: PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO INTERPOSTO 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2877346. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 9 Relatório ARE 645.764 AGR / RJ POR MEIO DE FAC-SÍMILE. PRAZO PARA APRESENTAÇÃO DE ORIGINAIS. CINCO DIAS IMPRORROGÁVEIS E CONTÍNUOS. EMBARGOS DECLARATÓRIOS NÃO CONHECIDOS NÃO INTERROMPEM OU SUSPENDEM PRAZO RECURSAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO INTEMPESTIVO. AGRAVO IMPROVIDO. I - Os originais do recurso devem ser entregues em Juízo até cinco dias da data do término do prazo recursal. II - Esse prazo é improrrogável e contínuo, ainda que se trate de dia sem expediente forense. III - Embargos declaratórios que não foram conhecidos por serem intempestivos, não suspendem nem interrompem o prazo para a interposição de outro recurso. IV - Agravo regimental improvido (AgR-AI 653.421, de minha relatoria). Ainda que assim não fosse, anoto que o Tribunal Superior Eleitoral, ao decidir a respeito da viabilidade do agravo de instrumento, diante da ausência de peças obrigatórias, o fez exclusivamente com fundamento na legislação infraconstitucional pertinente (art. 279 do Código Eleitoral). Assim, a afronta à Constituição, se ocorrente, seria indireta. Incabível, portanto, o recurso extraordinário. Nesse sentido, confira-se: CONSTITUCIONAL. PROCESSO ELEITORAL. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA INDIRETA. ALEGADA VIOLAÇÃO AO ART. 5º, LIV E LV, DA CONSTITUIÇÃO. OFENSA REFLEXA. AGRAVO IMPROVIDO. I - O TSE decidiu a causa à luz da legislação infraconstitucional cabível à espécie. A violação ao texto constitucional, se ocorrente, seria indireta. II - A jurisprudência da Corte é no sentido de que a alegada violação ao art. 5º, LIV e LV, da Constituição, pode configurar, quando muito, situação de ofensa reflexa ao 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2877346. Supremo Tribunal Federal ARE 645.764 AGR / RJ POR MEIO DE FAC-SÍMILE. PRAZO PARA APRESENTAÇÃO DE ORIGINAIS. CINCO DIAS IMPRORROGÁVEIS E CONTÍNUOS. EMBARGOS DECLARATÓRIOS NÃO CONHECIDOS NÃO INTERROMPEM OU SUSPENDEM PRAZO RECURSAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO INTEMPESTIVO. AGRAVO IMPROVIDO. I - Os originais do recurso devem ser entregues em Juízo até cinco dias da data do término do prazo recursal. II - Esse prazo é improrrogável e contínuo, ainda que se trate de dia sem expediente forense. III - Embargos declaratórios que não foram conhecidos por serem intempestivos, não suspendem nem interrompem o prazo para a interposição de outro recurso. IV - Agravo regimental improvido (AgR-AI 653.421, de minha relatoria). Ainda que assim não fosse, anoto que o Tribunal Superior Eleitoral, ao decidir a respeito da viabilidade do agravo de instrumento, diante da ausência de peças obrigatórias, o fez exclusivamente com fundamento na legislação infraconstitucional pertinente (art. 279 do Código Eleitoral). Assim, a afronta à Constituição, se ocorrente, seria indireta. Incabível, portanto, o recurso extraordinário. Nesse sentido, confira-se: CONSTITUCIONAL. PROCESSO ELEITORAL. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA INDIRETA. ALEGADA VIOLAÇÃO AO ART. 5º, LIV E LV, DA CONSTITUIÇÃO. OFENSA REFLEXA. AGRAVO IMPROVIDO. I - O TSE decidiu a causa à luz da legislação infraconstitucional cabível à espécie. A violação ao texto constitucional, se ocorrente, seria indireta. II - A jurisprudência da Corte é no sentido de que a alegada violação ao art. 5º, LIV e LV, da Constituição, pode configurar, quando muito, situação de ofensa reflexa ao 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2877346. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 9 Relatório ARE 645.764 AGR / RJ texto constitucional, por demandar a análise de legislação processual ordinária. III - Agravo regimental improvido" (AgR-AI 707.204/MA, de minha relatoria). Ademais, anoto que a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal é firme em considerar que, em regra, "a violação ao art. 5º, XXXV, LIV e LV, da Constituição, pode configurar, quando muito, situação de ofensa reflexa ao texto constitucional, por demandar a análise de legislação processual ordinária (AgR-RE 528.911/SC, de minha relatoria). Isso posto, nego seguimento ao recurso. Publique-se. No presente agravo, os agravantes alegam que a apresentação tardia dos originais do recurso extraordinário foi motivada por atraso ocorrido no serviço de correios. É o relatório. Decido. A jurisprudência desta Corte é firme no sentido de que a aferição da tempestividade do recurso se faz pela data da entrada da petição no protocolo do Tribunal, sendo irrelevante a data da postagem nos Correios: 1. A tempestividade do recurso é aferida pela data de sua interposição na Secretaria do Tribunal e não por sua postagem nos Correios. Intempestivo, portanto, o apelo extremo. Precedente. 2.Agravo regimental improvido (AI 624.641-AgR, rel. min. Ellen Gracie, Plenário, DJ de 24.08.2007). Nesse sentido: AI 773.205-ED, rel. min. Ellen Gracie, Segunda Turma, DJe 25.10.2010; AI 458.875-AgR-AgR, rel. min. Eros Grau, Primeira Turma, DJ 19.11.2004; AI 591.001-AgR- AgR, rel. min. Ricardo Lewandowski, Primeira Turma, DJ 09.11.2007 e AI 647.200, rel. min. Cármen Lúcia, DJe 16.04.2009, entre outros. Dessa maneira, embora se alegue que a postagem da petição do recurso extraordinário ocorreu em data anterior, o 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2877346. Supremo Tribunal Federal ARE 645.764 AGR / RJ texto constitucional, por demandar a análise de legislação processual ordinária. III - Agravo regimental improvido" (AgR-AI 707.204/MA, de minha relatoria). Ademais, anoto que a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal é firme em considerar que, em regra, "a violação ao art. 5º, XXXV, LIV e LV, da Constituição, pode configurar, quando muito, situação de ofensa reflexa ao texto constitucional, por demandar a análise de legislação processual ordinária (AgR-RE 528.911/SC, de minha relatoria). Isso posto, nego seguimento ao recurso. Publique-se. No presente agravo, os agravantes alegam que a apresentação tardia dos originais do recurso extraordinário foi motivada por atraso ocorrido no serviço de correios. É o relatório. Decido. A jurisprudência desta Corte é firme no sentido de que a aferição da tempestividade do recurso se faz pela data da entrada da petição no protocolo do Tribunal, sendo irrelevante a data da postagem nos Correios: 1. A tempestividade do recurso é aferida pela data de sua interposição na Secretaria do Tribunal e não por sua postagem nos Correios. Intempestivo, portanto, o apelo extremo. Precedente. 2.Agravo regimental improvido (AI 624.641-AgR, rel. min. Ellen Gracie, Plenário, DJ de 24.08.2007). Nesse sentido: AI 773.205-ED, rel. min. Ellen Gracie, Segunda Turma, DJe 25.10.2010; AI 458.875-AgR-AgR, rel. min. Eros Grau, Primeira Turma, DJ 19.11.2004; AI 591.001-AgR- AgR, rel. min. Ricardo Lewandowski, Primeira Turma, DJ 09.11.2007 e AI 647.200, rel. min. Cármen Lúcia, DJe 16.04.2009, entre outros. Dessa maneira, embora se alegue que a postagem da petição do recurso extraordinário ocorreu em data anterior, o 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2877346. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 9 Relatório ARE 645.764 AGR / RJ recurso somente foi protocolado no Tribunal a quo em 04.05.2011. É, pois, intempestivo o recurso extraordinário. Ademais, a argumentação do acórdão do TSE baseia-se em dispositivos do Código Eleitoral concernentes ao agravo de instrumento em recurso especial eleitoral (art. 279). Conforme anotado na decisão agravada, trata-se de matéria infraconstitucional, que consubstancia, no máximo, ofensa reflexa à Constituição. Do exposto, nego seguimento ao recurso. No presente agravo regimental, Anthony William Garotinho Matheus de Oliveira reitera que as peças apresentadas ao Tribunal Superior Eleitoral quando da interposição do agravo de instrumento em recurso especial eleitoral eram suficientes para possibilitar o conhecimento e julgamento daquele recurso. É o relatório. 5 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2877346. Supremo Tribunal Federal ARE 645.764 AGR / RJ recurso somente foi protocolado no Tribunal a quo em 04.05.2011. É, pois, intempestivo o recurso extraordinário. Ademais, a argumentação do acórdão do TSE baseia-se em dispositivos do Código Eleitoral concernentes ao agravo de instrumento em recurso especial eleitoral (art. 279). Conforme anotado na decisão agravada, trata-se de matéria infraconstitucional, que consubstancia, no máximo, ofensa reflexa à Constituição. Do exposto, nego seguimento ao recurso. No presente agravo regimental, Anthony William Garotinho Matheus de Oliveira reitera que as peças apresentadas ao Tribunal Superior Eleitoral quando da interposição do agravo de instrumento em recurso especial eleitoral eram suficientes para possibilitar o conhecimento e julgamento daquele recurso. É o relatório. 5 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2877346. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 9 Voto - MIN. JOAQUIM BARBOSA 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 645.764 RIO DE JANEIRO V O T O O SENHOR MINISTRO JOAQUIM BARBOSA (RELATOR): No presente recurso, a parte tratou de questão relativa ao não conhecimento do agravo de instrumento em recuso especial eleitoral, matéria da qual não se ocupou a decisão agravada, que apenas cuidou da intempestividade do recurso extraordinário. Por conseguinte, incide, no caso, o óbice da Súmula 284 desta Casa. A esse respeito, confira-se o julgamento do AI 538.476-AgR (rel. min. Sepúlveda Pertence, DJ de 19.08.2005), cuja ementa transcrevo: Recurso extraordinário: inadmissibilidade: fundamentação deficiente, que não guarda relação com a matéria decidida no acórdão recorrido: incidência da Súmula 284. Quanto ao tema efetivamente tratado na decisão agravada, é de se reiterar que a decisão que não admitiu o recurso extraordinário está em conformidade com a orientação firmada nesta Corte, no sentido de se considerar intempestivo o recurso interposto via fax, cuja apresentação do original no protocolo do tribunal ocorra após o decurso do prazo legal, independentemente da data de sua postagem. Nesse sentido, volto a listar os acórdãos que foram mencionados por ocasião da decisão agravada: AI 773.205-ED, rel. min. Ellen Gracie, Segunda Turma, DJe 25.10.2010; AI 458.875-AgR-AgR, rel. min. Eros Grau, Primeira Turma, DJ 19.11.2004; AI 591.001-AgR-AgR, rel. min. Ricardo Lewandowski, Primeira Turma, DJ 09.11.2007 e AI 647.200, rel. min. Cármen Lúcia, DJe 16.04.2009, AI 624.641-AgR, rel. min. Ellen Gracie, Plenário, DJ de 24.08.2007. Ante o exposto, nego provimento ao agravo regimental. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2969932. Supremo Tribunal Federal 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 645.764 RIO DE JANEIRO V O T O O SENHOR MINISTRO JOAQUIM BARBOSA (RELATOR): No presente recurso, a parte tratou de questão relativa ao não conhecimento do agravo de instrumento em recuso especial eleitoral, matéria da qual não se ocupou a decisão agravada, que apenas cuidou da intempestividade do recurso extraordinário. Por conseguinte, incide, no caso, o óbice da Súmula 284 desta Casa. A esse respeito, confira-se o julgamento do AI 538.476-AgR (rel. min. Sepúlveda Pertence, DJ de 19.08.2005), cuja ementa transcrevo: Recurso extraordinário: inadmissibilidade: fundamentação deficiente, que não guarda relação com a matéria decidida no acórdão recorrido: incidência da Súmula 284. Quanto ao tema efetivamente tratado na decisão agravada, é de se reiterar que a decisão que não admitiu o recurso extraordinário está em conformidade com a orientação firmada nesta Corte, no sentido de se considerar intempestivo o recurso interposto via fax, cuja apresentação do original no protocolo do tribunal ocorra após o decurso do prazo legal, independentemente da data de sua postagem. Nesse sentido, volto a listar os acórdãos que foram mencionados por ocasião da decisão agravada: AI 773.205-ED, rel. min. Ellen Gracie, Segunda Turma, DJe 25.10.2010; AI 458.875-AgR-AgR, rel. min. Eros Grau, Primeira Turma, DJ 19.11.2004; AI 591.001-AgR-AgR, rel. min. Ricardo Lewandowski, Primeira Turma, DJ 09.11.2007 e AI 647.200, rel. min. Cármen Lúcia, DJe 16.04.2009, AI 624.641-AgR, rel. min. Ellen Gracie, Plenário, DJ de 24.08.2007. Ante o exposto, nego provimento ao agravo regimental. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2969932. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 9 Decisão de Julgamento SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 645.764 PROCED. : RIO DE JANEIRO RELATOR : MIN. JOAQUIM BARBOSA AGTE.(S) : ANTHONY WILLIAM GAROTINHO MATHEUS DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) : JONAS LOPES DE CARVALHO NETO AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 25.09.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Subprocurador-Geral da República, Dr. Francisco de Assis Vieira Sanseverino. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2885380 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 645.764 PROCED. : RIO DE JANEIRO RELATOR : MIN. JOAQUIM BARBOSA AGTE.(S) : ANTHONY WILLIAM GAROTINHO MATHEUS DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) : JONAS LOPES DE CARVALHO NETO AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 25.09.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Subprocurador-Geral da República, Dr. Francisco de Assis Vieira Sanseverino. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2885380 Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 9
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3014199
2012-09-25T00:00:00
2012-10-25T00:00:00
A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 25.09.2012.
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO
Ementa: ELEITORAL. AGRAVO REGIMENTAL QUE NÃO INFIRMA OS FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA (SÚMULA 284). INTEMPESTIVIDADE DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO VIA FAX. No presente recurso, a parte tratou de questão relativa ao não conhecimento do agravo de instrumento em recuso especial eleitoral, matéria da qual não se ocupou a decisão agravada, que apenas cuidou da intempestividade do recurso extraordinário (Súmula 284). A decisão que não admitiu o recurso extraordinário está em conformidade com a orientação firmada nesta Corte, no sentido de se considerar intempestivo o recurso interposto via fax, cuja apresentação do original no protocolo do tribunal ocorra após o decurso do prazo legal, independentemente da sua data de postagem. Agravo regimental a que se nega provimento.
sjur217332
- Acórdãos citados: AI 538476 AgR, AI 773205 ED, AI 458875 AgR-AgR, AI 591001 AgR, AgR, AI 624641 AgR. - Decisão monocrática citada: AI 647200. Número de páginas: 9. Análise: 29/10/2012, MJC.
JOAQUIM BARBOSA
Segunda Turma
645764
[ "LEG-FED LEI-009800 ANO-1999\r\n ART-00002 \r\n LEI ORDINÁRIA\r\n\r\n", "LEG-FED SUMSTF-000284 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF" ]
ARE-AgR
acordaos
ARE 645764 AgR
[ "" ]
ADV.(A/S) : JONAS LOPES DE CARVALHO NETO AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA AGTE.(S) : ANTHONY WILLIAM GAROTINHO MATHEUS DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S)
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 645 . 764", "ARE 645 . 764 AGR / RJ", "ARE 645 . 764 AGR / RJ", "AI 2463 - 57 . 2010 . 6 . 00 . 0000", "AI 2463 - 57 . 2010 . 6 . 00 . 0000", "ARE 645 . 764 AGR / RJ", "ARE 645 . 764 AGR / RJ", "ARE 645 . 764 AGR / RJ", "AgR", "-", "AI 653 . 421", "ARE 645 . 764 AGR", "AgR", "-", "AI 653 . 421", "ARE 645 . 764 AGR / RJ", "AgR", "-", "AI 707 . 204 / MA", "AgR", "-", "RE 528 . 911 / SC", "AI 624 . 641 - AgR", "AI 773 . 205 - ED", "AI 458 . 875 - AgR - AgR", "AI 591 . 001 - AgR - AgR", "AI 647 . 200", "ARE 645 . 764 AGR", "AgR", "-", "AI 707 . 204 / MA", "AgR", "-", "RE 528 . 911 / SC", "AI 624 . 641 - AgR", "AI 773 . 205 - ED", "AI 458 . 875 - AgR - AgR", "AI 591 . 001 - AgR - AgR", "AI 647 . 200", "ARE 645 . 764 AGR / RJ", "ARE 645 . 764", "Súmula 284 desta Casa", "AI 538 . 476 - AgR", "AI 773 . 205 - ED", "AI 458 . 875 - AgR - AgR", "AI 591 . 001 - AgR - AgR", "AI 647 . 200", "AI 624 . 641 - AgR", "Súmula 284 desta Casa", "AI 538 . 476 - AgR", "AI 773 . 205 - ED", "AI 458 . 875 - AgR - AgR", "AI 591 . 001 - AgR - AgR", "AI 647 . 200", "AI 624 . 641 - AgR" ], "LEGISLACAO": [ "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . [UNK] , incisos LIV e LV , da Constituição Federal", "artigo [UNK] da Lei 9 . 800 / 99", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . [UNK] , incisos LIV e LV , da Constituição Federal", "artigo [UNK] da Lei 9 . 800 / 99", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 279 do Código Eleitoral", "Constituição", "ART . [UNK] , LIV E LV , DA CONSTITUIÇÃO", "art . [UNK] , LIV e LV , da Constituição", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 279 do Código Eleitoral", "Constituição", "ART . [UNK] , LIV E LV , DA CONSTITUIÇÃO", "art . [UNK] , LIV e LV , da Constituição", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . [UNK] , XXXV , LIV e LV , da Constituição", "MP n° 2 . 200 - 2", "art . [UNK] , XXXV , LIV e LV , da Constituição", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Código Eleitoral", "Constituição", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Código Eleitoral", "Constituição", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001" ], "LOCAL": [ "RIO DE JANEIRO", "Brasília", "Brasília", "RIO DE JANEIRO", "RIO DE JANEIRO", "RIO DE JANEIRO", "RIO DE JANEIRO", "RIO DE JANEIRO" ], "ORGANIZACAO": [ "SEGUNDA TURMA", "MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL", "Supremo Tribunal Federal", "Segunda Turma", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "SEGUNDA TURMA", "MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL", "Tribunal Superior Eleitoral", "TSE", "Partido da República", "Tribunal Superior Eleitoral", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL", "Tribunal Superior Eleitoral", "TSE", "Partido da República", "Tribunal Superior Eleitoral", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Tribunal Superior Eleitoral", "TSE", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Tribunal Superior Eleitoral", "TSE", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Plenário", "Segunda Turma", "Primeira Turma", "Primeira Turma", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal 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"Sepúlveda Pertence", "Ellen Gracie", "Eros Grau", "Ricardo Lewandowski", "Cármen Lúcia", "Ellen Gracie", "JOAQUIM BARBOSA", "ANTHONY WILLIAM GAROTINHO MATHEUS DE OLIVEIRA", "Ricardo Lewandowski", "Celso de Mello", "Gilmar Mendes", "Joaquim Barbosa", "Cármen Lúcia", "Francisco de Assis Vieira Sanseverino", "Fabiane Duarte", "JOAQUIM BARBOSA", "ANTHONY WILLIAM GAROTINHO MATHEUS DE OLIVEIRA", "JONAS LOPES DE CARVALHO NETO", "Ricardo Lewandowski", "Celso de Mello", "Gilmar Mendes", "Joaquim Barbosa", "Cármen Lúcia", "Francisco de Assis Vieira Sanseverino", "Fabiane Duarte" ], "TEMPO": [ "25", "/", "09", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", "/", "10", "/", "2012", "25 de setembro de 2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "25 de setembro de 2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", "/", "09", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", "/", "09", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "19", "/", "4", "/", "2011", "26", "/", "4", "/", "2011", "4", "/", "5", "/", "2011", 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Ementa e Acórdão 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 699.586 PERNAMBUCO RELATOR : MIN. CELSO DE MELLO AGTE.(S) :FUNAPE - FUNDAÇÃO DE APOSENTADORIAS E PENSÕES DOS SERVIDORES DO ESTADO DE PERNAMBUCO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE PERNAMBUCO AGDO.(A/S) :LIENE RODRIGUES SARAIVA DE MACEDO ADV.(A/S) :ANTONIO PEDRO BARRETO CAMPELLO E OUTRO(A/S) E M E N T A: RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO (LEI Nº 12.322/2010) – ALEGADA VIOLAÇÃO A PRECEITOS CONSTITUCIONAIS – REEXAME DE FATOS E PROVAS – IMPOSSIBILIDADE – SÚMULA 279/STF – DIREITO LOCAL – INVIABILIDADE DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO – AGRAVO IMPROVIDO. - Não cabe recurso extraordinário, quando interposto com o objetivo de discutir questões de fato ou de examinar matéria de caráter probatório. Precedentes. - Revela-se inadmissível o recurso extraordinário, quando a alegação de ofensa resumir-se ao plano do direito meramente local (ordenamento positivo do Estado-membro ou do Município), sem qualquer repercussão direta sobre o âmbito normativo da Constituição da República. A C Ó R D Ã O Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2992660. Supremo Tribunal Federal DJe 31/10/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 7 Ementa e Acórdão ARE 699.586 AGR / PE Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a Presidência do Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamentos e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. Brasília, 25 de setembro de 2012. CELSO DE MELLO – RELATOR 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2992660. Supremo Tribunal Federal ARE 699.586 AGR / PE Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a Presidência do Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamentos e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. Brasília, 25 de setembro de 2012. CELSO DE MELLO – RELATOR 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2992660. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 7 Relatório 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 699.586 PERNAMBUCO RELATOR : MIN. CELSO DE MELLO AGTE.(S) :FUNAPE - FUNDAÇÃO DE APOSENTADORIAS E PENSÕES DOS SERVIDORES DO ESTADO DE PERNAMBUCO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE PERNAMBUCO AGDO.(A/S) :LIENE RODRIGUES SARAIVA DE MACEDO ADV.(A/S) :ANTONIO PEDRO BARRETO CAMPELLO E OUTRO(A/S) R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO – (Relator): Trata-se de recurso de agravo, tempestivamente interposto, contra decisão que conheceu do agravo (previsto e disciplinado na Lei nº 12.322/2010), para negar seguimento ao recurso extraordinário, manifestamente inadmissível, deduzido pela parte ora recorrente. Eis o teor da decisão que sofreu a interposição do presente recurso de agravo: “A decisão de que se recorre negou trânsito a apelo extremo interposto pela parte ora agravante, no qual esta sustenta que o Tribunal ‘a quo’ teria transgredido preceitos inscritos na Constituição da República. O exame da presente causa evidencia que o recurso extraordinário não se revela viável. É que a verificação da procedência, ou não, das alegações deduzidas pela parte recorrente implicará necessário reexame dos fatos e das provas existentes nos autos, circunstância esta que impede o conhecimento do apelo extremo, nos termos da Súmula 279/STF. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2992661. Supremo Tribunal Federal 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 699.586 PERNAMBUCO RELATOR : MIN. CELSO DE MELLO AGTE.(S) :FUNAPE - FUNDAÇÃO DE APOSENTADORIAS E PENSÕES DOS SERVIDORES DO ESTADO DE PERNAMBUCO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE PERNAMBUCO AGDO.(A/S) :LIENE RODRIGUES SARAIVA DE MACEDO ADV.(A/S) :ANTONIO PEDRO BARRETO CAMPELLO E OUTRO(A/S) R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO – (Relator): Trata-se de recurso de agravo, tempestivamente interposto, contra decisão que conheceu do agravo (previsto e disciplinado na Lei nº 12.322/2010), para negar seguimento ao recurso extraordinário, manifestamente inadmissível, deduzido pela parte ora recorrente. Eis o teor da decisão que sofreu a interposição do presente recurso de agravo: “A decisão de que se recorre negou trânsito a apelo extremo interposto pela parte ora agravante, no qual esta sustenta que o Tribunal ‘a quo’ teria transgredido preceitos inscritos na Constituição da República. O exame da presente causa evidencia que o recurso extraordinário não se revela viável. É que a verificação da procedência, ou não, das alegações deduzidas pela parte recorrente implicará necessário reexame dos fatos e das provas existentes nos autos, circunstância esta que impede o conhecimento do apelo extremo, nos termos da Súmula 279/STF. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2992661. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 7 Relatório ARE 699.586 AGR / PE De outro lado, cabe enfatizar que a questão ora em análise foi decidida com base no direito local, sem qualquer repercussão direta no plano normativo da Constituição da República, configurando, por isso mesmo, situação que inviabiliza, por completo, por efeito do que dispõe a Súmula 280/STF, a possibilidade de utilização do recurso extraordinário. Impõe-se registrar, no que concerne à própria controvérsia ora suscitada, que o entendimento exposto na presente decisão tem sido observado em julgamentos proferidos no âmbito desta Suprema Corte que versaram matérias assemelhadas à veiculada no caso em exame (RE 543.213-AgR/PE, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, v.g.). Sendo assim, e tendo em consideração as razões expostas, conheço do presente agravo, para negar seguimento ao recurso extraordinário, por manifestamente inadmissível (CPC, art. 544, § 4º, II, ‘b’, na redação dada pela Lei nº 12.322/2010). ....................................................................................................... Ministro CELSO DE MELLO Relator” Inconformada com esse ato decisório, a parte ora agravante interpõe o presente recurso, postulando o provimento do agravo que deduziu. Por não me convencer das razões expostas, submeto, à apreciação desta colenda Turma, o presente recurso de agravo. É o relatório. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2992661. Supremo Tribunal Federal ARE 699.586 AGR / PE De outro lado, cabe enfatizar que a questão ora em análise foi decidida com base no direito local, sem qualquer repercussão direta no plano normativo da Constituição da República, configurando, por isso mesmo, situação que inviabiliza, por completo, por efeito do que dispõe a Súmula 280/STF, a possibilidade de utilização do recurso extraordinário. Impõe-se registrar, no que concerne à própria controvérsia ora suscitada, que o entendimento exposto na presente decisão tem sido observado em julgamentos proferidos no âmbito desta Suprema Corte que versaram matérias assemelhadas à veiculada no caso em exame (RE 543.213-AgR/PE, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, v.g.). Sendo assim, e tendo em consideração as razões expostas, conheço do presente agravo, para negar seguimento ao recurso extraordinário, por manifestamente inadmissível (CPC, art. 544, § 4º, II, ‘b’, na redação dada pela Lei nº 12.322/2010). ....................................................................................................... Ministro CELSO DE MELLO Relator” Inconformada com esse ato decisório, a parte ora agravante interpõe o presente recurso, postulando o provimento do agravo que deduziu. Por não me convencer das razões expostas, submeto, à apreciação desta colenda Turma, o presente recurso de agravo. É o relatório. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2992661. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 7 Voto - MIN. CELSO DE MELLO 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 699.586 PERNAMBUCO V O T O O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO – (Relator): Não assiste razão à parte ora recorrente, eis que a decisão agravada ajusta-se, com integral fidelidade, à diretriz jurisprudencial firmada pelo Supremo Tribunal Federal na matéria ora em exame. Como se sabe, não cabe recurso extraordinário, quando interposto com o objetivo de discutir questões de fato ou de examinar matéria de caráter probatório. De outro lado, revela-se inadmissível o recurso extraordinário, quando a questão foi decidida pelo tribunal de jurisdição inferior com base no direito meramente local (ordenamento positivo do Estado-membro ou do Município), sem qualquer repercussão direta sobre o âmbito normativo da Constituição da República. Assinalo, finalmente, que o tema concernente à alegada transgressão ao preceito inscrito no art. 97 da Constituição, não se acha devidamente prequestionado. E, como se sabe, ausente o indispensável prequestionamento da matéria constitucional, que não se admite implícito (RTJ 125/1368 – RTJ 131/1391 – RTJ 144/300 – RTJ 153/989), incidem as Súmulas 282 e 356 desta Corte (RTJ 159/977). A configuração jurídica do prequestionamento decorre de sua oportuna formulação em momento procedimentalmente adequado. Não Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2992662. Supremo Tribunal Federal 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 699.586 PERNAMBUCO V O T O O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO – (Relator): Não assiste razão à parte ora recorrente, eis que a decisão agravada ajusta-se, com integral fidelidade, à diretriz jurisprudencial firmada pelo Supremo Tribunal Federal na matéria ora em exame. Como se sabe, não cabe recurso extraordinário, quando interposto com o objetivo de discutir questões de fato ou de examinar matéria de caráter probatório. De outro lado, revela-se inadmissível o recurso extraordinário, quando a questão foi decidida pelo tribunal de jurisdição inferior com base no direito meramente local (ordenamento positivo do Estado-membro ou do Município), sem qualquer repercussão direta sobre o âmbito normativo da Constituição da República. Assinalo, finalmente, que o tema concernente à alegada transgressão ao preceito inscrito no art. 97 da Constituição, não se acha devidamente prequestionado. E, como se sabe, ausente o indispensável prequestionamento da matéria constitucional, que não se admite implícito (RTJ 125/1368 – RTJ 131/1391 – RTJ 144/300 – RTJ 153/989), incidem as Súmulas 282 e 356 desta Corte (RTJ 159/977). A configuração jurídica do prequestionamento decorre de sua oportuna formulação em momento procedimentalmente adequado. Não Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2992662. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 7 Voto - MIN. CELSO DE MELLO ARE 699.586 AGR / PE basta, no entanto, só arguir, previamente, o tema de direito federal para legitimar o uso da via do recurso extraordinário. Mais do que a satisfação dessa exigência, impõe-se que a matéria constitucional questionada tenha sido efetivamente apreciada na decisão recorrida (RTJ 98/754 – RTJ 116/451). Sendo assim, tendo em consideração as razões expostas, nego provimento ao presente recurso de agravo, mantendo, em consequência, por seus próprios fundamentos, a decisão ora agravada. É o meu voto. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2992662. Supremo Tribunal Federal ARE 699.586 AGR / PE basta, no entanto, só arguir, previamente, o tema de direito federal para legitimar o uso da via do recurso extraordinário. Mais do que a satisfação dessa exigência, impõe-se que a matéria constitucional questionada tenha sido efetivamente apreciada na decisão recorrida (RTJ 98/754 – RTJ 116/451). Sendo assim, tendo em consideração as razões expostas, nego provimento ao presente recurso de agravo, mantendo, em consequência, por seus próprios fundamentos, a decisão ora agravada. É o meu voto. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2992662. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 7 Decisão de Julgamento SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 699.586 PROCED. : PERNAMBUCO RELATOR : MIN. CELSO DE MELLO AGTE.(S) : FUNAPE - FUNDAÇÃO DE APOSENTADORIAS E PENSÕES DOS SERVIDORES DO ESTADO DE PERNAMBUCO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE PERNAMBUCO AGDO.(A/S) : LIENE RODRIGUES SARAIVA DE MACEDO ADV.(A/S) : ANTONIO PEDRO BARRETO CAMPELLO E OUTRO(A/S) Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. 2ª Turma, 25.09.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Subprocurador-Geral da República, Dr. Francisco de Assis Vieira Sanseverino. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2885530 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 699.586 PROCED. : PERNAMBUCO RELATOR : MIN. CELSO DE MELLO AGTE.(S) : FUNAPE - FUNDAÇÃO DE APOSENTADORIAS E PENSÕES DOS SERVIDORES DO ESTADO DE PERNAMBUCO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE PERNAMBUCO AGDO.(A/S) : LIENE RODRIGUES SARAIVA DE MACEDO ADV.(A/S) : ANTONIO PEDRO BARRETO CAMPELLO E OUTRO(A/S) Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. 2ª Turma, 25.09.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Subprocurador-Geral da República, Dr. Francisco de Assis Vieira Sanseverino. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2885530 Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 7
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3034169
2012-09-25T00:00:00
2012-10-31T00:00:00
A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. 2ª Turma, 25.09.2012.
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO
E M E N T A: RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO (LEI Nº 12.322/2010) – ALEGADA VIOLAÇÃO A PRECEITOS CONSTITUCIONAIS – REEXAME DE FATOS E PROVAS – IMPOSSIBILIDADE – SÚMULA 279/STF – DIREITO LOCAL – INVIABILIDADE DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO – AGRAVO IMPROVIDO. - Não cabe recurso extraordinário, quando interposto com o objetivo de discutir questões de fato ou de examinar matéria de caráter probatório. Precedentes. - Revela-se inadmissível o recurso extraordinário, quando a alegação de ofensa resumir-se ao plano do direito meramente local (ordenamento positivo do Estado-membro ou do Município), sem qualquer repercussão direta sobre o âmbito normativo da Constituição da República.
sjur217737
- VIDE EMENTA. - Acórdãos citados: (SÚMULAS 282 e 356) STF: RTJ 98/754, RTJ 116/451, RTJ 125/1368, RTJ 131/1391, RTJ 144/300, RTJ 153/989, RTJ 159/977. Número de páginas: 7. Análise: 12/11/2012, LLD.
CELSO DE MELLO
Segunda Turma
699586
[ "LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00097 \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n\r\n", "LEG-FED LEI-012322 ANO-2010\r\n LEI ORDINÁRIA\r\n\r\n", "LEG-FED SUMSTF-000279 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\r\n\r\n", "LEG-FED SUMSTF-000282 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF \r\n\r\n", "LEG-FED SUMSTF-000356 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF" ]
ARE-AgR
acordaos
ARE 699586 AgR
[ "" ]
AGTE.(S) : FUNAPE - FUNDAÇÃO DE APOSENTADORIAS E PENSÕES DOS SERVIDORES DO ESTADO DE PERNAMBUCO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE PERNAMBUCO AGDO.(A/S) : LIENE RODRIGUES SARAIVA DE MACEDO ADV.(A/S) : ANTONIO PEDRO BARRETO CAMPELLO E OUTRO(A/S)
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{ "JURISPRUDENCIA": [ "RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 699 . 586", "SÚMULA 279 / STF", "ARE 699 . 586 AGR / PE", "ARE 699 . 586 AGR", "RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 699 . 586", "Súmula 279 / STF", "RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 699 . 586", "Súmula 279 / STF", "ARE 699 . 586 AGR / PE", "Súmula 280 / STF", "RE 543 . 213 - AgR / PE", "ARE 699 . 586 AGR / PE", "Súmula 280 / STF", "RE 543 . 213 - AgR / PE", "RTJ 125 / 1368", "ARE 699 . 586", "ARE 699 . 586", "RTJ 98 / 754" ], "LEGISLACAO": [ "LEI [UNK] 12 . 322 / 2010", "Constituição da República", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Lei [UNK] 12 . 322 / 2010", "Constituição da República", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Lei [UNK] 12 . 322 / 2010", "Constituição da República", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Constituição da República", "CPC , art . 544 , § [UNK] , II , ‘ b ’ ,", "Lei [UNK] 12 . 322 / 2010", "MP n° 2 . 200 -", "Constituição da República", "CPC , art . 544 , § [UNK] , II , ‘ b ’ ,", "Lei [UNK] 12 . 322 / 2010", "MP n° 2 . 200", "Constituição da República", "art . 97 da Constituição", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Constituição da República", "art . 97 da Constituição", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001" ], "LOCAL": [ "PERNAMBUCO", "ESTADO DE PERNAMBUCO", "Brasília", "Brasília", "PERNAMBUCO", "ESTADO DE PERNAMBUCO", "PERNAMBUCO", "ESTADO DE PERNAMBUCO", "PERNAMBUCO", "PERNAMBUCO", "ESTADO DE PERNAMBUCO", "ESTADO DE PERNAMBUCO", "PERNAMBUCO", "ESTADO DE PERNAMBUCO", "ESTADO DE PERNAMBUCO" ], "ORGANIZACAO": [ "SEGUNDA TURMA", "FUNAPE", "FUNDAÇÃO DE APOSENTADORIAS E PENSÕES DOS SERVIDORES DO ESTADO", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Segunda Turma", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Segunda Turma", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "SEGUNDA TURMA", "FUNAPE", "FUNDAÇÃO DE APOSENTADORIAS E PENSÕES DOS SERVIDORES DO ESTADO DE PERNAMBUCO", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "FUNAPE", "FUNDAÇÃO DE APOSENTADORIAS E PENSÕES DOS SERVIDORES DO ESTADO DE PERNAMBUCO", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "SEGUNDA TURMA", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "SEGUNDA TURMA", "FUNAPE", "FUNDAÇÃO DE APOSENTADORIAS E PENSÕES DOS SERVIDORES DO", "[UNK] Turma", "Infra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "FUNAPE", "FUNDAÇÃO DE", "[UNK] Turma", "Infra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil" ], "PESSOA": [ "CELSO DE MELLO", "LIENE RODRIGUES SARAIVA DE MACEDO", "ANTONIO PEDRO BARRETO CAMPELLO", "Ricardo Lewandowski", "Joaquim Barbosa", "Cármen Lúcia", "CELSO DE MELLO", "Ricardo Lewandowski", "Joaquim Barbosa", "Cármen Lúcia", "CELSO DE MELLO", "CELSO DE MELLO", "LIENE RODRIGUES SARAIVA DE MACEDO", "ANTONIO PEDRO BARRETO CAMPELLO", "CELSO DE MELLO", "CELSO DE MELLO", "LIENE RODRIGUES SARAIVA DE MACEDO", "ANTONIO PEDRO BARRETO CAMPELLO", "CELSO DE MELLO", "RICARDO LEWANDOWSKI", "CELSO DE MELLO", "RICARDO LEWANDOWSKI", "CELSO DE MELLO", "CELSO DE MELLO", "CELSO DE MELLO", "CELSO DE MELLO", "CELSO DE MELLO", "CELSO DE MELLO", "LIENE RODRIGUES SARAIVA DE MACEDO", "ANTONIO PEDRO BARRETO CAMPELLO", "Joaquim Barbosa", "Cármen Lúcia", "Ricardo Lewandowski", "Celso de Mello", "Gilmar Mendes", "Joaquim Barbosa", "Cármen Lúcia", "Francisco de Assis Vieira Sanseverino", "Fabiane Duarte", "CELSO DE MELLO", "LIENE RODRIGUES SARAIVA DE MACEDO", "ANTONIO PEDRO BARRETO CAMPELLO", "Joaquim Barbosa", "Cármen Lúcia", "Ricardo Lewandowski", "Celso de Mello", "Gilmar Mendes", "Joaquim Barbosa", "Cármen Lúcia", "Francisco de Assis Vieira Sanseverino", "Fabiane Duarte" ], "TEMPO": [ "25", "/", "09", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "31", "/", "10", "/", "2012", "25 de setembro de 2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "25 de setembro de 2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", "/", "09", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", "/", "09", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", "/", "09", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", "/", "09", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", ".", "09", ".", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", ".", "09", ".", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001" ] }
Ementa e Acórdão 18/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 661.679 MATO GROSSO RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) :EVA CHAGAS REZENDE ADV.(A/S) :CIBELE SILVA PRIETCH AGDO.(A/S) :INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL FEDERAL EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL. SERVIDOR PÚBLICO. TRANSPOSIÇÃO DO REGIME CELETISTA PARA O ESTATUTÁRIO. EXTINÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO. AUSÊNCIA DE DIREITO ADQUIRIDO A REGIME JURÍDICO. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a Presidência do Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, à unanimidade, em negar provimento ao agravo regimental no recurso extraordinário, nos termos do voto da Relatora. Ausentes, justificadamente, os Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. Brasília, 18 de setembro de 2012. Ministra CÁRMEN LÚCIA - Relatora Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863674. Supremo Tribunal Federal DJe 04/10/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 8 Relatório 18/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 661.679 MATO GROSSO RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) :EVA CHAGAS REZENDE ADV.(A/S) :CIBELE SILVA PRIETCH AGDO.(A/S) :INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL FEDERAL R E L A T Ó R I O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Em 15 de maio de 2012, neguei seguimento ao recurso extraordinário interposto por Eva Chagas Rezende contra julgado do Tribunal Superior do Trabalho, que decidira que a transposição do regime jurídico celetista para o estatutário implicaria extinção do contrato de trabalho. A decisão agravada teve a seguinte fundamentação: “5. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido de que “a mudança de regime jurídico celetista para o estatutário acarreta a extinção do contrato de trabalho”. Confira-se a propósito: “Agravo regimental. Prescrição. Servidor público celetista que pela Lei do regime único passou a estatutário. Aplicação do artigo 7º, XXIX, "a", da Carta Magna pela Justiça do Trabalho a reclamação trabalhista . - Inexistência de ofensa ao artigo 7º, XXIX, "a", da Constituição por estar correto o entendimento de que a mudança de regime jurídico celetista para o estatutário acarreta a extinção do contrato de trabalho dando margem à aplicação da parte final do referido dispositivo constitucional. - O § 2º (atualmente § 3º) do artigo 39 da Constituição não restringe os direitos sociais do servidor público celetista. - Improcedência da alegação de infringência ao princípio do respeito ao direito adquirido (artigo 5º, XXXVI, da Carta Magna). Agravo a que se nega provimento” (AI 321.223-AgR, Rel. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863675. Supremo Tribunal Federal 18/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 661.679 MATO GROSSO RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) :EVA CHAGAS REZENDE ADV.(A/S) :CIBELE SILVA PRIETCH AGDO.(A/S) :INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL FEDERAL R E L A T Ó R I O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Em 15 de maio de 2012, neguei seguimento ao recurso extraordinário interposto por Eva Chagas Rezende contra julgado do Tribunal Superior do Trabalho, que decidira que a transposição do regime jurídico celetista para o estatutário implicaria extinção do contrato de trabalho. A decisão agravada teve a seguinte fundamentação: “5. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido de que “a mudança de regime jurídico celetista para o estatutário acarreta a extinção do contrato de trabalho”. Confira-se a propósito: “Agravo regimental. Prescrição. Servidor público celetista que pela Lei do regime único passou a estatutário. Aplicação do artigo 7º, XXIX, "a", da Carta Magna pela Justiça do Trabalho a reclamação trabalhista . - Inexistência de ofensa ao artigo 7º, XXIX, "a", da Constituição por estar correto o entendimento de que a mudança de regime jurídico celetista para o estatutário acarreta a extinção do contrato de trabalho dando margem à aplicação da parte final do referido dispositivo constitucional. - O § 2º (atualmente § 3º) do artigo 39 da Constituição não restringe os direitos sociais do servidor público celetista. - Improcedência da alegação de infringência ao princípio do respeito ao direito adquirido (artigo 5º, XXXVI, da Carta Magna). Agravo a que se nega provimento” (AI 321.223-AgR, Rel. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863675. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 8 Relatório RE 661.679 AGR / MT Min. Moreira Alves, Primeira Turma, DJ 14.12.2001, grifei). “AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. 1. EFEITOS DAS DECISÕES DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL EM AÇÕES DIRETAS DE INCONSTITUCIONALIDADE. 2. SERVIDOR PÚBLICO: INEXISTÊNCIA DE DIREITO ADQUIRIDO A REGIME JURÍDICO. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. As decisões proferidas nos julgamentos de ações diretas de inconstitucionalidade têm efeitos retroativos e são oponíveis contra todos com força vinculante. Precedentes. 2. Servidor público não tem direito adquirido a regime jurídico. Assim, a transposição de regime celetista para o estatutário acarreta a extinção do contrato de trabalho. Precedentes” (RE 592.327-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 24.9.2010). Não há, pois, divergência entre a decisão recorrida e a jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal, razão pela qual nada há a prover quanto às alegações da Recorrente. 6. Pelo exposto, nego seguimento ao recurso extraordinário (art. 557, caput, do Código de Processo Civil)” (fls. 153-157). 2. Publicada essa decisão no DJe de 25.5.2012 (fl. 158), interpõe Eva Chagas Rezende, ora Agravante, em 31.5.2012, tempestivamente, agravo regimental (fls. 163-168). 3. Afirma a Agravante que “a interpretação aplicada ao caso infringiu frontal e diretamente o art. 37, inc. II, da CF88 e art. 19, § 1º, do ADCT, pois inobservou que a transmudação de regime se deu sem o concurso público, situação exigida tanto no dispositivo do corpo permanente quanto no dispositivo transitório” (fl. 165). Argumenta: “Ora, se o antigo empregado público, após preenchidas as condições insertas no art. 19 do ADCT, passa a ser estável, mas não 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863675. Supremo Tribunal Federal RE 661.679 AGR / MT Min. Moreira Alves, Primeira Turma, DJ 14.12.2001, grifei). “AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. 1. EFEITOS DAS DECISÕES DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL EM AÇÕES DIRETAS DE INCONSTITUCIONALIDADE. 2. SERVIDOR PÚBLICO: INEXISTÊNCIA DE DIREITO ADQUIRIDO A REGIME JURÍDICO. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. As decisões proferidas nos julgamentos de ações diretas de inconstitucionalidade têm efeitos retroativos e são oponíveis contra todos com força vinculante. Precedentes. 2. Servidor público não tem direito adquirido a regime jurídico. Assim, a transposição de regime celetista para o estatutário acarreta a extinção do contrato de trabalho. Precedentes” (RE 592.327-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 24.9.2010). Não há, pois, divergência entre a decisão recorrida e a jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal, razão pela qual nada há a prover quanto às alegações da Recorrente. 6. Pelo exposto, nego seguimento ao recurso extraordinário (art. 557, caput, do Código de Processo Civil)” (fls. 153-157). 2. Publicada essa decisão no DJe de 25.5.2012 (fl. 158), interpõe Eva Chagas Rezende, ora Agravante, em 31.5.2012, tempestivamente, agravo regimental (fls. 163-168). 3. Afirma a Agravante que “a interpretação aplicada ao caso infringiu frontal e diretamente o art. 37, inc. II, da CF88 e art. 19, § 1º, do ADCT, pois inobservou que a transmudação de regime se deu sem o concurso público, situação exigida tanto no dispositivo do corpo permanente quanto no dispositivo transitório” (fl. 165). Argumenta: “Ora, se o antigo empregado público, após preenchidas as condições insertas no art. 19 do ADCT, passa a ser estável, mas não 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863675. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 8 Relatório RE 661.679 AGR / MT efetivo, e possui somente o direito de permanência no serviço público no cargo em que fora admitido, todavia sem incorporação na carreira, não tendo direito à progressão funcional nela, ou a desfrutar de benefícios que sejam privativos de seus integrantes, (RE 167.635), por óbvio que ele não pode ser regido pela Lei 8.112/90, mas, sim, pela CLT, dispositivo que regia sua primitiva e continuativa contratação. O servidor passaria a ser regido pela Lei 8.112/90, se preenchidas as condições também exigidas por esta Lei, situação fática que não ocorreu no presente caso, portanto, permanece a Recorrente no primitivo e continuativo regime da CLT, sujeita ao recolhimento do FGTS, pois, não tem direito à incorporação na carreira, não tendo direito à progressão funcional nela, ou a desfrutar de benefícios que sejam privativos de seus integrantes” (fl. 167). Requer o provimento do presente recurso. É o relatório. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863675. Supremo Tribunal Federal RE 661.679 AGR / MT efetivo, e possui somente o direito de permanência no serviço público no cargo em que fora admitido, todavia sem incorporação na carreira, não tendo direito à progressão funcional nela, ou a desfrutar de benefícios que sejam privativos de seus integrantes, (RE 167.635), por óbvio que ele não pode ser regido pela Lei 8.112/90, mas, sim, pela CLT, dispositivo que regia sua primitiva e continuativa contratação. O servidor passaria a ser regido pela Lei 8.112/90, se preenchidas as condições também exigidas por esta Lei, situação fática que não ocorreu no presente caso, portanto, permanece a Recorrente no primitivo e continuativo regime da CLT, sujeita ao recolhimento do FGTS, pois, não tem direito à incorporação na carreira, não tendo direito à progressão funcional nela, ou a desfrutar de benefícios que sejam privativos de seus integrantes” (fl. 167). Requer o provimento do presente recurso. É o relatório. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863675. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 8 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA 18/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 661.679 MATO GROSSO V O T O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Razão jurídica não assiste à Agravante. 2. Como afirmado na decisão agravada, o acórdão recorrido está em harmonia com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, que assentou que não há direito adquirido a regime jurídico e que a transposição do regime celetista para o estatutário acarreta a extinção do contrato de trabalho. Confiram-se os seguintes julgados: “AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. TRANSPOSIÇÃO DO REGIME CELETISTA PARA O ESTATUTÁRIO. INEXISTÊNCIA DE DIREITO ADQUIRIDO A REGIME JURÍDICO. POSSIBILIDADE DE DIMINUIÇÃO OU SUPRESSÃO DE VANTAGENS. MAJORAÇÃO DA JORNADA DE TRABALHO. CONTROVÉRSIA DECIDIDA COM BASE NA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL PERTINENTE. AGRAVO IMPROVIDO. I – Esta Corte firmou o entendimento no sentido de que a transposição do regime celetista para estatutário acarreta a extinção do contrato de trabalho, não sendo possível invocar direito adquirido às vantagens do regime anterior. II – É inadmissível o recurso extraordinário quando sua análise implica rever a interpretação de normas infraconstitucionais que fundamentam a decisão a quo. A afronta à Constituição, se ocorrente, seria apenas indireta. III - Agravo regimental improvido” (AI 850.534-AgR, Rel. Ricardo Lewandowski, Segunda Turma, DJe 16.11.2011). “AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL E Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863676. Supremo Tribunal Federal 18/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 661.679 MATO GROSSO V O T O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Razão jurídica não assiste à Agravante. 2. Como afirmado na decisão agravada, o acórdão recorrido está em harmonia com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, que assentou que não há direito adquirido a regime jurídico e que a transposição do regime celetista para o estatutário acarreta a extinção do contrato de trabalho. Confiram-se os seguintes julgados: “AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. TRANSPOSIÇÃO DO REGIME CELETISTA PARA O ESTATUTÁRIO. INEXISTÊNCIA DE DIREITO ADQUIRIDO A REGIME JURÍDICO. POSSIBILIDADE DE DIMINUIÇÃO OU SUPRESSÃO DE VANTAGENS. MAJORAÇÃO DA JORNADA DE TRABALHO. CONTROVÉRSIA DECIDIDA COM BASE NA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL PERTINENTE. AGRAVO IMPROVIDO. I – Esta Corte firmou o entendimento no sentido de que a transposição do regime celetista para estatutário acarreta a extinção do contrato de trabalho, não sendo possível invocar direito adquirido às vantagens do regime anterior. II – É inadmissível o recurso extraordinário quando sua análise implica rever a interpretação de normas infraconstitucionais que fundamentam a decisão a quo. A afronta à Constituição, se ocorrente, seria apenas indireta. III - Agravo regimental improvido” (AI 850.534-AgR, Rel. Ricardo Lewandowski, Segunda Turma, DJe 16.11.2011). “AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL E Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863676. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 8 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA RE 661.679 AGR / MT ADMINISTRATIVO. 1. EFEITOS DAS DECISÕES DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL EM AÇÕES DIRETAS DE INCONSTITUCIONALIDADE. 2. SERVIDOR PÚBLICO: INEXISTÊNCIA DE DIREITO ADQUIRIDO A REGIME JURÍDICO. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. As decisões proferidas nos julgamentos de ações diretas de inconstitucionalidade têm efeitos retroativos e são oponíveis contra todos com força vinculante. Precedentes. 2. Servidor público não tem direito adquirido a regime jurídico. Assim, a transposição de regime celetista para o estatutário acarreta a extinção do contrato de trabalho. Precedentes” (RE 59.327- AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 24.9.2010). 3. Ademais, o Supremo Tribunal Federal decidiu que esta questão não tem repercussão geral: “DIREITO ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. ALTERAÇÃO DO REGIME CELETISTA PARA O ESTATUTÁRIO. DIREITO PREVISTO NO ESTATUTO DOS SERVIDORES PÚBLICOS. AUSÊNCIA DE TRANSCENDÊNCIA DE INTERESSES. RECURSO EXTRAORDINÁRIO RECUSADO. 1. O tema constitucional suscitado no recurso extraordinário - possibilidade de se deferir a servidor público, cujo regime jurídico é alterado do celetista para o estatutário, direito previsto no estatuto dos servidores públicos - não tem transcendência de interesses, além de ser meramente residual por decorrer da interpretação do art. 19 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias. 2. Recurso extraordinário recusado” (RE 575.526-RG, de minha relatoria, DJe 31.10.2008 – grifos nossos). 4. Os argumentos da Agravante, insuficientes para modificar a decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente prestação jurisdicional. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863676. Supremo Tribunal Federal RE 661.679 AGR / MT ADMINISTRATIVO. 1. EFEITOS DAS DECISÕES DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL EM AÇÕES DIRETAS DE INCONSTITUCIONALIDADE. 2. SERVIDOR PÚBLICO: INEXISTÊNCIA DE DIREITO ADQUIRIDO A REGIME JURÍDICO. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. As decisões proferidas nos julgamentos de ações diretas de inconstitucionalidade têm efeitos retroativos e são oponíveis contra todos com força vinculante. Precedentes. 2. Servidor público não tem direito adquirido a regime jurídico. Assim, a transposição de regime celetista para o estatutário acarreta a extinção do contrato de trabalho. Precedentes” (RE 59.327- AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 24.9.2010). 3. Ademais, o Supremo Tribunal Federal decidiu que esta questão não tem repercussão geral: “DIREITO ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. ALTERAÇÃO DO REGIME CELETISTA PARA O ESTATUTÁRIO. DIREITO PREVISTO NO ESTATUTO DOS SERVIDORES PÚBLICOS. AUSÊNCIA DE TRANSCENDÊNCIA DE INTERESSES. RECURSO EXTRAORDINÁRIO RECUSADO. 1. O tema constitucional suscitado no recurso extraordinário - possibilidade de se deferir a servidor público, cujo regime jurídico é alterado do celetista para o estatutário, direito previsto no estatuto dos servidores públicos - não tem transcendência de interesses, além de ser meramente residual por decorrer da interpretação do art. 19 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias. 2. Recurso extraordinário recusado” (RE 575.526-RG, de minha relatoria, DJe 31.10.2008 – grifos nossos). 4. Os argumentos da Agravante, insuficientes para modificar a decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente prestação jurisdicional. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863676. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 8 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA RE 661.679 AGR / MT 5. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863676. Supremo Tribunal Federal RE 661.679 AGR / MT 5. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863676. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 8 Decisão de Julgamento SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 661.679 PROCED. : MATO GROSSO RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) : EVA CHAGAS REZENDE ADV.(A/S) : CIBELE SILVA PRIETCH AGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 18.09.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2849248 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 661.679 PROCED. : MATO GROSSO RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) : EVA CHAGAS REZENDE ADV.(A/S) : CIBELE SILVA PRIETCH AGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 18.09.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2849248 Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 8
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=2875223
2012-09-18T00:00:00
2012-10-04T00:00:00
A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 18.09.2012.
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO
EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL. SERVIDOR PÚBLICO. TRANSPOSIÇÃO DO REGIME CELETISTA PARA O ESTATUTÁRIO. EXTINÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO. AUSÊNCIA DE DIREITO ADQUIRIDO A REGIME JURÍDICO. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.
sjur215926
- Acórdãos citados: AI 850534 AgR, RE 592327 AgR, RE 575526 RG. Número de páginas: 8. Análise: 10/10/2012, MJC.
CÁRMEN LÚCIA
Segunda Turma
661679
null
RE-AgR
acordaos
RE 661679 AgR
[ "" ]
AGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL AGTE.(S) : EVA CHAGAS REZENDE ADV.(A/S) : CIBELE SILVA PRIETCH
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Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "SEGUNDA TURMA", "INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL", "INSS", "[UNK] Turma", "Infra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL", "INSS", "[UNK] Turma", "Infra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil" ], "PESSOA": [ "CÁRMEN LÚCIA", "EVA CHAGAS REZENDE", "CIBELE SILVA PRIETCH", "Ricardo Lewandowski", "Celso de Mello", "Joaquim Barbosa", "CÁRMEN LÚCIA", "CÁRMEN LÚCIA", "EVA CHAGAS REZENDE", "CIBELE SILVA PRIETCH", "CÁRMEN LÚCIA", "Eva Chagas Rezende", "CÁRMEN LÚCIA", "EVA CHAGAS REZENDE", "CIBELE SILVA PRIETCH", "CÁRMEN LÚCIA", "Eva Chagas Rezende", "Moreira Alves", "Eva Chagas Rezende", "Moreira Alves", "Eva Chagas Rezende", "CÁRMEN LÚCIA", "CÁRMEN LÚCIA", "Ricardo Lewandowski", "CÁRMEN LÚCIA", "Ricardo Lewandowski", "CÁRMEN LÚCIA", "CÁRMEN", "LÚCIA", "CÁRMEN LÚCIA", "EVA CHAGAS REZENDE", "CIBELE SILVA PRIETCH", "Celso de Mello", "Joaquim Barbosa", "Ricardo Lewandowski", "Gilmar Mendes", "Cármen Lúcia", "Celso de Mello", "Joaquim Barbosa", "Paulo da Rocha Campos", "Fabiane Duarte", "CÁRMEN LÚCIA", "EVA CHAGAS REZENDE", "CIBELE SILVA PRIETCH", "Celso de Mello", "Joaquim Barbosa", "Ricardo Lewandowski", "Gilmar Mendes", "Cármen Lúcia", "Celso de Mello", "Joaquim Barbosa", "Paulo da Rocha Campos", "Fabiane Duarte" ], "TEMPO": [ "18", "/", "09", "/", "2012", "18 de setembro de 2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "04", "/", "10", "/", "2012", "18", "/", "09", "/", "2012", "15 de maio de 2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "18", "/", "09", "/", "2012", "15 de maio de 2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "14", ".", "12", ".", "2001", "24", ".", "9", ".", "2010", "25", ".", "5", ".", "2012", "31", ".", "5", ".", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "14", ".", "12", ".", "2001", "24", ".", "9", ".", "2010", "25", ".", 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Ementa e Acórdão 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.414 DISTRITO FEDERAL RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) :MESA DA CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL ADV.(A/S) :JOSÉ EDMUNDO PEREIRA PINTO AGDO.(A/S) :MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA AGDO.(A/S) :DISTRITO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL INTDO.(A/S) :SINDICATO DOS SERVIDORES PÚBLICOS CIVIS DA ADMINISTRAÇÃO DIRETA, AUTARQUIAS, FUNDAÇÕES E TRIBUNAL DE CONTAS DO DISTRITO FEDERAL - SINDIRETA-DF ADV.(A/S) :ARISTIDES JUNQUEIRA ALVARENGA E OUTRO(A/S) EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL. CARREIRA DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DO DISTRITO FEDERAL. IMPOSSIBILIDADE DE PROVIMENTO DE CARGO PÚBLICO POR TRANSPOSIÇÃO. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a Presidência do Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, à unanimidade, em negar provimento ao agravo regimental no recurso extraordinário, nos termos do voto da Relatora. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Ministro Joaquim Barbosa. Brasília, 25 de setembro de 2012. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2904281. Supremo Tribunal Federal DJe 17/10/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 8 Ementa e Acórdão RE 602.414 AGR / DF Ministra CÁRMEN LÚCIA - Relatora 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2904281. Supremo Tribunal Federal RE 602.414 AGR / DF Ministra CÁRMEN LÚCIA - Relatora 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2904281. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 8 Relatório 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.414 DISTRITO FEDERAL RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) :MESA DA CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL ADV.(A/S) :JOSÉ EDMUNDO PEREIRA PINTO AGDO.(A/S) :MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA AGDO.(A/S) :DISTRITO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL INTDO.(A/S) :SINDICATO DOS SERVIDORES PÚBLICOS CIVIS DA ADMINISTRAÇÃO DIRETA, AUTARQUIAS, FUNDAÇÕES E TRIBUNAL DE CONTAS DO DISTRITO FEDERAL - SINDIRETA-DF ADV.(A/S) :ARISTIDES JUNQUEIRA ALVARENGA E OUTRO(A/S) R E L A T Ó R I O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Em 30 de maio de 2011, neguei seguimento ao recurso extraordinário interposto pela Mesa da Câmara Legislativa do Distrito Federal contra julgado do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios, que declarou a inconstitucionalidade das Leis distritais n. 2.862/2001, 3.039/2002 e 3.626/2005. A decisão agravada teve a seguinte fundamentação: “3. Razão jurídica não assiste à Recorrente. 4. Pela jurisprudência do Supremo Tribunal, o aproveitamento lícito de servidores públicos em cargos de carreiras diversas daquelas nas quais ingressaram por concurso público pressupõe a similitude de atribuições, remuneração e grau de escolaridade: Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2904282. Supremo Tribunal Federal 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.414 DISTRITO FEDERAL RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) :MESA DA CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL ADV.(A/S) :JOSÉ EDMUNDO PEREIRA PINTO AGDO.(A/S) :MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA AGDO.(A/S) :DISTRITO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL INTDO.(A/S) :SINDICATO DOS SERVIDORES PÚBLICOS CIVIS DA ADMINISTRAÇÃO DIRETA, AUTARQUIAS, FUNDAÇÕES E TRIBUNAL DE CONTAS DO DISTRITO FEDERAL - SINDIRETA-DF ADV.(A/S) :ARISTIDES JUNQUEIRA ALVARENGA E OUTRO(A/S) R E L A T Ó R I O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Em 30 de maio de 2011, neguei seguimento ao recurso extraordinário interposto pela Mesa da Câmara Legislativa do Distrito Federal contra julgado do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios, que declarou a inconstitucionalidade das Leis distritais n. 2.862/2001, 3.039/2002 e 3.626/2005. A decisão agravada teve a seguinte fundamentação: “3. Razão jurídica não assiste à Recorrente. 4. Pela jurisprudência do Supremo Tribunal, o aproveitamento lícito de servidores públicos em cargos de carreiras diversas daquelas nas quais ingressaram por concurso público pressupõe a similitude de atribuições, remuneração e grau de escolaridade: Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2904282. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 8 Relatório RE 602.414 AGR / DF (...) Na espécie vertente, o Tribunal de origem declarou a inconstitucionalidade de leis distritais ao afirmar a ausência de dois daqueles requisitos (similitude de atribuições e remuneração). Assim, o julgado recorrido não divergiu da jurisprudência do Supremo Tribunal. 6. Pelo exposto, nego seguimento ao recurso extraordinário (art. 557, caput, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal)” (fls. 445-448). 2. Publicada essa decisão no DJe de 9.6.2011 (fl. 449), interpõe a Mesa da Câmara Legislativa do Distrito Federal, ora Agravante, em 14.6.2011, tempestivamente, agravo regimental (fls. 453-460). 3. Alega a Agravante que “o legislador distrital manteve as exigências de qualificação e observou a similitude das atribuições conferidas aos cargos recém- criados com aquelas desempenhadas pelo servidores ocupantes dos cargos extintos. Não alterou o padrão remuneratório, tampouco previu a transposição de servidores para carreiras de níveis de escolaridade mais elevados, pelo que, também aqui, não se há de falar em inconstitucionalidade” (fls. 458-459). Requer a reconsideração da decisão agravada ou o provimento do presente recurso. É o relatório. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2904282. Supremo Tribunal Federal RE 602.414 AGR / DF (...) Na espécie vertente, o Tribunal de origem declarou a inconstitucionalidade de leis distritais ao afirmar a ausência de dois daqueles requisitos (similitude de atribuições e remuneração). Assim, o julgado recorrido não divergiu da jurisprudência do Supremo Tribunal. 6. Pelo exposto, nego seguimento ao recurso extraordinário (art. 557, caput, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal)” (fls. 445-448). 2. Publicada essa decisão no DJe de 9.6.2011 (fl. 449), interpõe a Mesa da Câmara Legislativa do Distrito Federal, ora Agravante, em 14.6.2011, tempestivamente, agravo regimental (fls. 453-460). 3. Alega a Agravante que “o legislador distrital manteve as exigências de qualificação e observou a similitude das atribuições conferidas aos cargos recém- criados com aquelas desempenhadas pelo servidores ocupantes dos cargos extintos. Não alterou o padrão remuneratório, tampouco previu a transposição de servidores para carreiras de níveis de escolaridade mais elevados, pelo que, também aqui, não se há de falar em inconstitucionalidade” (fls. 458-459). Requer a reconsideração da decisão agravada ou o provimento do presente recurso. É o relatório. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2904282. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 8 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.414 DISTRITO FEDERAL V O T O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Razão jurídica não assiste à Agravante. 2. No voto condutor do acórdão recorrido, o Desembargador Relator asseverou: “Os dispositivos legais impugnados, na verdade, criaram a 'Carreira de Apoio Administrativo às Atividades Fazendárias' e elegeram, como seus integrantes, os servidores da Carreira Administração Pública do Distrito Federal que estivessem exercendo suas funções junto à Secretaria de Fazenda e Planejamento. Logo, não houve, com efeito, reestruturação ou transformação de uma carreira em outra, mas uma efetiva criação de uma nova carreira com a eleição de servidores públicos pertencentes a carreira diversa para integrá-la. (...) Ora, criada uma nova carreira, devem os seus integrantes ser selecionados por concurso público, conforme determina o art. 19, inciso II, da LODF, dispositivo que reproduz preceito fundamental inserto no inciso II do art. 37 da Constituição Federal, (...). Logo, criada uma nova carreira no 'Quadro de Pessoal do Distrito Federal' , todos os seus cargos deveriam ser originariamente preenchidos mediante 'concurso público específico', não podendo ser aceita qualquer outra forma de aproveitamento de servidores de carreiras diversas, ainda que integrantes da administração pública local” (fls. 328-329). Ao reestruturar as carreiras da Administração Pública, o legislador distrital não observou a similitude das atribuições conferidas aos cargos recém-criados com aquelas desempenhadas pelos servidores ocupantes Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2904283. Supremo Tribunal Federal 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.414 DISTRITO FEDERAL V O T O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Razão jurídica não assiste à Agravante. 2. No voto condutor do acórdão recorrido, o Desembargador Relator asseverou: “Os dispositivos legais impugnados, na verdade, criaram a 'Carreira de Apoio Administrativo às Atividades Fazendárias' e elegeram, como seus integrantes, os servidores da Carreira Administração Pública do Distrito Federal que estivessem exercendo suas funções junto à Secretaria de Fazenda e Planejamento. Logo, não houve, com efeito, reestruturação ou transformação de uma carreira em outra, mas uma efetiva criação de uma nova carreira com a eleição de servidores públicos pertencentes a carreira diversa para integrá-la. (...) Ora, criada uma nova carreira, devem os seus integrantes ser selecionados por concurso público, conforme determina o art. 19, inciso II, da LODF, dispositivo que reproduz preceito fundamental inserto no inciso II do art. 37 da Constituição Federal, (...). Logo, criada uma nova carreira no 'Quadro de Pessoal do Distrito Federal' , todos os seus cargos deveriam ser originariamente preenchidos mediante 'concurso público específico', não podendo ser aceita qualquer outra forma de aproveitamento de servidores de carreiras diversas, ainda que integrantes da administração pública local” (fls. 328-329). Ao reestruturar as carreiras da Administração Pública, o legislador distrital não observou a similitude das atribuições conferidas aos cargos recém-criados com aquelas desempenhadas pelos servidores ocupantes Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2904283. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 8 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA RE 602.414 AGR / DF dos cargos extintos. Tampouco manteve o padrão remuneratório dos cargos. Como afirmado na decisão agravada, este Supremo Tribunal assentou a possibilidade de aproveitamento de servidor público em carreira diversa, sem que haja a realização de concurso público, desde que haja similitude de atribuições, remuneração e grau de escolaridade, o que não ocorreu na espécie vertente. Confiram-se, a propósito, os seguintes julgados: “1. Concurso público: reputa-se ofensiva do art. 37, II, CF, toda modalidade de ascensão de cargo de uma carreira ao de outra, a exemplo do "aproveitamento" de que cogita a norma impugnada. 2. O caso é diverso daqueles em que o Supremo Tribunal Federal abrandou o entendimento inicial de que o aproveitamento de servidores de cargos extintos em outro cargo feriria a exigência de prévia aprovação em concurso público, para aceitar essa forma de investidura nas hipóteses em que as atribuições do cargo recém criado fossem similares àquelas do cargo extinto (v.g., ADIn 2.335, Gilmar, DJ 19.12.03; ADIn 1591, Gallotti, DJ 30.6.00). 3. As expressões impugnadas não especificam os cargos originários dos servidores do quadro do Estado aproveitados, bastando, para tanto, que estejam lotados em distrito policial e que exerçam a função de motorista policial. 4. A indistinção - na norma impugnada - das várias hipóteses que estariam abrangidas evidencia tentativa de burla ao princípio da prévia aprovação em concurso público, nos termos da jurisprudência pacífica do Supremo Tribunal” (ADI 3.582, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, Plenário, DJe 17.8.2007). “AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL. LEI DISTRITAL N. 2.743/01. IMPOSSIBILIDADE DE PROVIMENTO DE CARGO PÚBLICO POR TRANSPOSIÇÃO. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (RE 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2904283. Supremo Tribunal Federal RE 602.414 AGR / DF dos cargos extintos. Tampouco manteve o padrão remuneratório dos cargos. Como afirmado na decisão agravada, este Supremo Tribunal assentou a possibilidade de aproveitamento de servidor público em carreira diversa, sem que haja a realização de concurso público, desde que haja similitude de atribuições, remuneração e grau de escolaridade, o que não ocorreu na espécie vertente. Confiram-se, a propósito, os seguintes julgados: “1. Concurso público: reputa-se ofensiva do art. 37, II, CF, toda modalidade de ascensão de cargo de uma carreira ao de outra, a exemplo do "aproveitamento" de que cogita a norma impugnada. 2. O caso é diverso daqueles em que o Supremo Tribunal Federal abrandou o entendimento inicial de que o aproveitamento de servidores de cargos extintos em outro cargo feriria a exigência de prévia aprovação em concurso público, para aceitar essa forma de investidura nas hipóteses em que as atribuições do cargo recém criado fossem similares àquelas do cargo extinto (v.g., ADIn 2.335, Gilmar, DJ 19.12.03; ADIn 1591, Gallotti, DJ 30.6.00). 3. As expressões impugnadas não especificam os cargos originários dos servidores do quadro do Estado aproveitados, bastando, para tanto, que estejam lotados em distrito policial e que exerçam a função de motorista policial. 4. A indistinção - na norma impugnada - das várias hipóteses que estariam abrangidas evidencia tentativa de burla ao princípio da prévia aprovação em concurso público, nos termos da jurisprudência pacífica do Supremo Tribunal” (ADI 3.582, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, Plenário, DJe 17.8.2007). “AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL. LEI DISTRITAL N. 2.743/01. IMPOSSIBILIDADE DE PROVIMENTO DE CARGO PÚBLICO POR TRANSPOSIÇÃO. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (RE 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2904283. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 8 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA RE 602.414 AGR / DF 565.603-AgR, da minha relatoria, Primeira Turma, DJe 27.11.2009). 3. Os argumentos da Agravante, insuficientes para modificar a decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente prestação jurisdicional. 4. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2904283. Supremo Tribunal Federal RE 602.414 AGR / DF 565.603-AgR, da minha relatoria, Primeira Turma, DJe 27.11.2009). 3. Os argumentos da Agravante, insuficientes para modificar a decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente prestação jurisdicional. 4. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2904283. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 8 Decisão de Julgamento SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.414 PROCED. : DISTRITO FEDERAL RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) : MESA DA CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL ADV.(A/S) : JOSÉ EDMUNDO PEREIRA PINTO AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA AGDO.(A/S) : DISTRITO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL INTDO.(A/S) : SINDICATO DOS SERVIDORES PÚBLICOS CIVIS DA ADMINISTRAÇÃO DIRETA, AUTARQUIAS, FUNDAÇÕES E TRIBUNAL DE CONTAS DO DISTRITO FEDERAL - SINDIRETA-DF ADV.(A/S) : ARISTIDES JUNQUEIRA ALVARENGA E OUTRO(A/S) Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 25.09.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Subprocurador-Geral da República, Dr. Francisco de Assis Vieira Sanseverino. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2885368 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.414 PROCED. : DISTRITO FEDERAL RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) : MESA DA CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL ADV.(A/S) : JOSÉ EDMUNDO PEREIRA PINTO AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA AGDO.(A/S) : DISTRITO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL INTDO.(A/S) : SINDICATO DOS SERVIDORES PÚBLICOS CIVIS DA ADMINISTRAÇÃO DIRETA, AUTARQUIAS, FUNDAÇÕES E TRIBUNAL DE CONTAS DO DISTRITO FEDERAL - SINDIRETA-DF ADV.(A/S) : ARISTIDES JUNQUEIRA ALVARENGA E OUTRO(A/S) Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 25.09.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Subprocurador-Geral da República, Dr. Francisco de Assis Vieira Sanseverino. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2885368 Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 8
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=2948988
2012-09-25T00:00:00
2012-10-17T00:00:00
A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 25.09.2012.
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO
EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL. CARREIRA DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DO DISTRITO FEDERAL. IMPOSSIBILIDADE DE PROVIMENTO DE CARGO PÚBLICO POR TRANSPOSIÇÃO. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.
sjur216772
- Acórdãos citados: ADI 3582, RE 565603 AgR. Número de páginas: 8. Análise: 23/10/2012, LLD.
CÁRMEN LÚCIA
Segunda Turma
602414
null
RE-AgR
acordaos
RE 602414 AgR
[ "" ]
AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS AGDO.(A/S) : DISTRITO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA INTDO.(A/S) : SINDICATO DOS SERVIDORES PÚBLICOS CIVIS DA ADMINISTRAÇÃO DIRETA, AUTARQUIAS, FUNDAÇÕES E TRIBUNAL DE CONTAS DO DISTRITO FEDERAL - SINDIRETA-DF AGTE.(S) : MESA DA CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL ADV.(A/S) : JOSÉ EDMUNDO PEREIRA PINTO ADV.(A/S) : ARISTIDES JUNQUEIRA ALVARENGA E OUTRO(A/S) PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602 . 414", "RE 602 . 414 AGR / DF", "RE 602 . 414 AGR / DF", "RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602 . 414", "RE 602 . 414 AGR", "RE 602 . 414 AGR / DF", "RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602 . 414", "RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602 . 414", "RE 602 . 414 AGR", "ADIn 2 . 335", "ADIn 1591", "ADI 3 . 582", "RE 602 . 414 AGR / DF", "ADIn 2 . 335", "ADIn 1591", "ADI 3 . 582", "RE 602 . 414 AGR", "RE 602 . 414", "RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602 . 414", "RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602 . 414" ], "LEGISLACAO": [ "MP", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Leis distritais n . 2 . 862 / 2001", "3", ".", "039", "/", "2002", "3", ".", "626", "/", "2005", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Leis distritais n . 2 . 862 / 2001", "3", ".", "039", "/", "2002", "3", ".", "626", "/", "2005", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 557 , caput , do Código de Processo Civil", "art . 21 , § [UNK] , do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 557 , caput , do Código de Processo Civil", "art . 21 , § [UNK] , do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 19 , inciso II , da LODF", "inciso II do art . 37 da Constituição Federal", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 19 , inciso II , da LODF", "inciso II do art . 37 da Constituição Federal", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 37 , II , CF", "LEI DISTRITAL N . 2 . 743 / 01", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 37 , II , CF", "LEI DISTRITAL N . 2 . 743 / 01", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001" ], "LOCAL": [ "DISTRITO FEDERAL", "DISTRITO FEDERAL", "Brasília", "DISTRITO FEDERAL", "DISTRITO FEDERAL", "DISTRITO FEDERAL", "DISTRITO FEDERAL", "DISTRITO FEDERAL", "DISTRITO FEDERAL", "DISTRITO FEDERAL", "DISTRITO FEDERAL", "DISTRITO FEDERAL", "DISTRITO FEDERAL", "DISTRITO FEDERAL", "DISTRITO FEDERAL", "DISTRITO FEDERAL", "DISTRITO" ], "ORGANIZACAO": [ "SEGUNDA TURMA", "CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL", "MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS", "DISTRITO FEDERAL", "SINDICATO DOS SERVIDORES PÚBLICOS CIVIS DA ADMINISTRAÇÃO DIRETA , AUTARQUIAS , FUNDAÇÕES", "TRIBUNAL DE CONTAS DO DISTRITO FEDERAL", "Supremo Tribunal Federal", "Segunda Turma", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "SEGUNDA TURMA", "CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL", "MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS", "SINDICATO DOS SERVIDORES PÚBLICOS CIVIS DA ADMINISTRAÇÃO", "Câmara Legislativa do Distrito Federal", "Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios", "Supremo Tribunal", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL", "MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL", "SINDICATO DOS", "TRIBUNAL DE CONTAS", "Mesa da Câmara Legislativa do Distrito Federal", "Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios", "Supremo Tribunal", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "/", "Supremo Tribunal .", "Mesa", "Câmara Legislativa do Distrito Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal .", "Mesa da Câmara Legislativa do Distrito Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "SEGUNDA TURMA", "Secretaria de Fazenda e Planejamento", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "Secretaria de Fazenda e Planejamento", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "/", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal ”", "Plenário", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal ”", "Plenário", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Primeira Turma", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Primeira Turma", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "SEGUNDA TURMA", "CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL", "SINDICATO DOS", "TRIBUNAL DE CONTAS", "[UNK] Turma", "Infra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL", "MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL", "DISTRITO FEDERAL", "SINDICATO DOS SERVIDORES PÚBLICOS", "[UNK] Turma", "Infra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil" ], "PESSOA": [ "CÁRMEN LÚCIA", "JOSÉ EDMUNDO PEREIRA PINTO", "ARISTIDES JUNQUEIRA ALVARENGA", "Ricardo Lewandowski", "Joaquim Barbosa", "CÁRMEN LÚCIA", "CÁRMEN LÚCIA", "CÁRMEN LÚCIA", "JOSÉ EDMUNDO PEREIRA PINTO", "ARISTIDES JUNQUEIRA ALVARENGA", "CÁRMEN LÚCIA", "CÁRMEN LÚCIA", "JOSÉ EDMUNDO PEREIRA PINTO", "ARISTIDES JUNQUEIRA ALVARENGA", "CÁRMEN LÚCIA", "CÁRMEN LÚCIA", "CÁRMEN LÚCIA", "CÁRMEN LÚCIA", "CÁRMEN LÚCIA", "Gilmar", "Gallotti", "Sepúlveda Pertence", "Gilmar", "Gallotti", "Sepúlveda Pertence", "CÁRMEN LÚCIA", "CÁRMEN LÚCIA", "JOSÉ EDMUNDO PEREIRA PINTO", "ARISTIDES JUNQUEIRA ALVARENGA", "Joaquim Barbosa", "Ricardo Lewandowski", "Celso de Mello", "Gilmar Mendes", "Joaquim Barbosa", "Cármen Lúcia", "Francisco de Assis Vieira Sanseverino", "Fabiane Duarte", "CÁRMEN LÚCIA", "JOSÉ EDMUNDO PEREIRA PINTO", "ARISTIDES JUNQUEIRA ALVARENGA", "Joaquim Barbosa", "Ricardo Lewandowski", "Celso de Mello", "Gilmar Mendes", "Joaquim Barbosa", "Cármen Lúcia", "Francisco de Assis Vieira Sanseverino", "Fabiane Duarte" ], "TEMPO": [ "25", "/", "09", "/", "2012", "25 de setembro de 2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "17", "/", "10", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", "/", "09", "/", "2012", "30 de maio de 2011", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", "/", "09", "/", "2012", "30 de maio de 2011", "24", "/", "08", "/", "2001", "9", ".", "6", ".", "2011", "14", ".", "6", ".", "2011", "24", "/", "08", "/", "2001", "9", ".", "6", ".", "2011", "14", ".", "6", ".", "2011", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", "/", "09", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", "/", "09", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "19", ".", "12", 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Ementa e Acórdão 18/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 613.842 RIO GRANDE DO NORTE RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) :UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL AGDO.(A/S) :FRANCISCO PEREIRA ANDRADE ADV.(A/S) :MARCOS ROBERTO DE ARAÚJO EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. APOSENTADORIA ESPECIAL DE POLICIAL. ATIVIDADE DE RISCO. ART. 40, § 4º, INC. II, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. LEI COMPLEMENTAR N. 51/1985 – RECEPÇÃO PELA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA DE 1988. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a Presidência do Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, à unanimidade, em negar provimento ao agravo regimental no recurso extraordinário, nos termos do voto da Relatora. Ausentes, justificadamente, os Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. Brasília, 18 de setembro de 2012. Ministra CÁRMEN LÚCIA - Relatora Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863654. Supremo Tribunal Federal DJe 04/10/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 8 Relatório 18/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 613.842 RIO GRANDE DO NORTE RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) :UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL AGDO.(A/S) :FRANCISCO PEREIRA ANDRADE ADV.(A/S) :MARCOS ROBERTO DE ARAÚJO R E L A T Ó R I O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA – (Relatora): 1. Em 7 de março de 2011, neguei seguimento ao recurso extraordinário interposto pela União contra julgado da Turma Recursal Federal da Seção Judiciária do Rio Grande do Norte, a qual decidira que “a norma complementar [n. 51/1985] foi recepcionada pela Constituição Federal, inexistindo qualquer incompatibilidade que restrinja o direito de recebimento do abono de permanência ao policial que continua em serviço, após obtidas as condições para a aposentadoria especial”. A decisão agravada teve a seguinte fundamentação: “3. Razão jurídica não assiste à Recorrente. 4. Quanto à recepção da Lei Complementar n. 51/1985 pela Constituição da República, esse entendimento guarda perfeita consonância com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmada no julgamento da ADI 3.817, de minha relatoria: ‘(...) 3. O art. 1º da Lei Complementar Federal n. 51/1985 que dispõe que o policial será aposentado voluntariamente, com proventos integrais, após 30 (trinta) anos de serviço, desde que conte pelo menos 20 anos de exercício em cargo de natureza estritamente policial foi recepcionado pela Constituição da República de 1988. A combinação desse dispositivo com o art. 3º da Lei Distrital n. 3.556/2005 autoriza a contagem do período Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863655. Supremo Tribunal Federal 18/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 613.842 RIO GRANDE DO NORTE RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) :UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL AGDO.(A/S) :FRANCISCO PEREIRA ANDRADE ADV.(A/S) :MARCOS ROBERTO DE ARAÚJO R E L A T Ó R I O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA – (Relatora): 1. Em 7 de março de 2011, neguei seguimento ao recurso extraordinário interposto pela União contra julgado da Turma Recursal Federal da Seção Judiciária do Rio Grande do Norte, a qual decidira que “a norma complementar [n. 51/1985] foi recepcionada pela Constituição Federal, inexistindo qualquer incompatibilidade que restrinja o direito de recebimento do abono de permanência ao policial que continua em serviço, após obtidas as condições para a aposentadoria especial”. A decisão agravada teve a seguinte fundamentação: “3. Razão jurídica não assiste à Recorrente. 4. Quanto à recepção da Lei Complementar n. 51/1985 pela Constituição da República, esse entendimento guarda perfeita consonância com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmada no julgamento da ADI 3.817, de minha relatoria: ‘(...) 3. O art. 1º da Lei Complementar Federal n. 51/1985 que dispõe que o policial será aposentado voluntariamente, com proventos integrais, após 30 (trinta) anos de serviço, desde que conte pelo menos 20 anos de exercício em cargo de natureza estritamente policial foi recepcionado pela Constituição da República de 1988. A combinação desse dispositivo com o art. 3º da Lei Distrital n. 3.556/2005 autoriza a contagem do período Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863655. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 8 Relatório RE 613.842 AGR / RN de vinte anos previsto na Lei Complementar n. 51/1985 sem que o servidor público tenha, necessariamente, exercido atividades de natureza estritamente policial, expondo sua integridade física a risco, pressuposto para o reconhecimento da aposentadoria especial do art. 40, § 4º, da Constituição da República: inconstitucionalidade configurada’ (DJe 3.4.2009). Essa orientação foi confirmada no julgamento do RE 567.110, de minha relatoria, em 13.10.2010, cuja repercussão geral foi reconhecida (Informativo STF n. 604). 5. Não há, pois, o que prover quanto às alegações da Recorrente. 6. Pelo exposto, nego seguimento ao recurso extraordinário (art. 557, caput, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal)”. 2. Intimada dessa decisão no DJe de 13.4.2011, interpõe a União, em 13.4.2012, tempestivamente, agravo regimental. 3. Afirma a Agravante que “o recurso extraordinário interposto pela União, nos autos, vai além da questão da recepção da Lei Complementar n. 51/1985 pela Constituição Federal de 1988, tendo a Fazenda Nacional tecido argumentação em torno do princípio da solidariedade no custeio da Seguridade Social, para embasar a cobrança da contribuição previdenciária no caso dos autos”. Requer a reconsideração da decisão agravada ou o provimento do presente recurso. É o relatório. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863655. Supremo Tribunal Federal RE 613.842 AGR / RN de vinte anos previsto na Lei Complementar n. 51/1985 sem que o servidor público tenha, necessariamente, exercido atividades de natureza estritamente policial, expondo sua integridade física a risco, pressuposto para o reconhecimento da aposentadoria especial do art. 40, § 4º, da Constituição da República: inconstitucionalidade configurada’ (DJe 3.4.2009). Essa orientação foi confirmada no julgamento do RE 567.110, de minha relatoria, em 13.10.2010, cuja repercussão geral foi reconhecida (Informativo STF n. 604). 5. Não há, pois, o que prover quanto às alegações da Recorrente. 6. Pelo exposto, nego seguimento ao recurso extraordinário (art. 557, caput, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal)”. 2. Intimada dessa decisão no DJe de 13.4.2011, interpõe a União, em 13.4.2012, tempestivamente, agravo regimental. 3. Afirma a Agravante que “o recurso extraordinário interposto pela União, nos autos, vai além da questão da recepção da Lei Complementar n. 51/1985 pela Constituição Federal de 1988, tendo a Fazenda Nacional tecido argumentação em torno do princípio da solidariedade no custeio da Seguridade Social, para embasar a cobrança da contribuição previdenciária no caso dos autos”. Requer a reconsideração da decisão agravada ou o provimento do presente recurso. É o relatório. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863655. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 8 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA 18/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 613.842 RIO GRANDE DO NORTE V O T O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA – (Relatora): 1. Razão jurídica não assiste à Agravante. 2. Na espécie vertente, o juízo de origem assentou: “DIREITO ADMINISTRATIVO. RECURSO INOMINADO. SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL. POLICIAL FEDERAL. APOSENTADORIA VOLUNTÁRIA ESPECIAL. CONTINUIDADE DO SERVIÇO. ABONO DE PERMANÊNCIA. ISENÇÃO DE CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS. DIREITO À DEVOLUÇÃO DOS VALORES PAGOS INDEVIDAMENTE. PRECEDENTES DO TRF DA 5ª REGIÃO. PREQUESTIONAMENTO. AUSÊNCIA DE VIOLAÇÃO. SENTENÇA DE PROCEDÊNCIA. RECURSO IMPROVIDO. - O art. 3º, § 1º, da Emenda Constitucional nº 20/1998, dispunha que o servidor público que tivesse completado as exigências para a aposentadoria integral e que optasse por permanecer em atividade, faria jus à isenção da contribuição previdenciária até completadas as exigências para aposentadoria contidas no art. 40, § 1º, III, a, da CF. - A Lei Complementar nº 51/85, ao disciplinar sobre a aposentadoria especial do policial federal, fixa que o funcionário policial será aposentado voluntariamente, com proventos integrais, após trinta anos de serviço, desde que conte, pelo menos, com vinte anos de exercício em cargo de natureza estritamente policial. - A norma complementar foi recepcionada pela Constituição Federal, inexistindo qualquer incompatibilidade que restrinja o direito de recebimento do abono de permanência ao policial que continua em serviço, após obtidas as condições para a aposentadoria especial. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863656. Supremo Tribunal Federal 18/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 613.842 RIO GRANDE DO NORTE V O T O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA – (Relatora): 1. Razão jurídica não assiste à Agravante. 2. Na espécie vertente, o juízo de origem assentou: “DIREITO ADMINISTRATIVO. RECURSO INOMINADO. SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL. POLICIAL FEDERAL. APOSENTADORIA VOLUNTÁRIA ESPECIAL. CONTINUIDADE DO SERVIÇO. ABONO DE PERMANÊNCIA. ISENÇÃO DE CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS. DIREITO À DEVOLUÇÃO DOS VALORES PAGOS INDEVIDAMENTE. PRECEDENTES DO TRF DA 5ª REGIÃO. PREQUESTIONAMENTO. AUSÊNCIA DE VIOLAÇÃO. SENTENÇA DE PROCEDÊNCIA. RECURSO IMPROVIDO. - O art. 3º, § 1º, da Emenda Constitucional nº 20/1998, dispunha que o servidor público que tivesse completado as exigências para a aposentadoria integral e que optasse por permanecer em atividade, faria jus à isenção da contribuição previdenciária até completadas as exigências para aposentadoria contidas no art. 40, § 1º, III, a, da CF. - A Lei Complementar nº 51/85, ao disciplinar sobre a aposentadoria especial do policial federal, fixa que o funcionário policial será aposentado voluntariamente, com proventos integrais, após trinta anos de serviço, desde que conte, pelo menos, com vinte anos de exercício em cargo de natureza estritamente policial. - A norma complementar foi recepcionada pela Constituição Federal, inexistindo qualquer incompatibilidade que restrinja o direito de recebimento do abono de permanência ao policial que continua em serviço, após obtidas as condições para a aposentadoria especial. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863656. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 8 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA RE 613.842 AGR / RN - Nesse sentido, o STF, julgando a ADI 3817/DF (Tribunal Pleno, Relatora Ministra Cármen Lúcia, j. 13/11/2008, DJ 03/04/2009), declarou a constitucionalidade do art. 1º da LC nº 51/1985 e a recepção da referida norma pela Constituição Federal de 1988. - In casu , além de estarem preenchidas as exigências legais, tem-se que a própria Administração reconheceu em favor do autor o cumprimento das condições para a obtenção de aposentação com proventos integrais, não podendo alegar, com o objetivo de negar o direito à isenção das contribuições, que o Autor não tinha cumprido todos os requisitos para aposentadoria integral nos termos da EC nº 20/98. - Nesse sentido, faz jus o autor à isenção do pagamento das contribuições previdenciárias, com a devolução do montante vertido à União, nos termos estabelecidos na sentença de primeiro grau. - Precedentes do TRF da 5ª Região (AC 465106, Primeira Turma, j. 30/04/2009, DJ 31/07/2009). - Apesar de inexistir afronta art. 40, § 4º, da Constituição Federal, fica prequestionada a referida matéria. - Recurso improvido”. 3. Como posto na decisão agravada, a decisão do Tribunal de origem está em harmonia com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, que assentou que a Lei Complementar n. 51/1985, que trata da aposentadoria especial dos policiais, foi recepcionada pela Constituição da República de 1988. Nesse sentido: “AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. ART. 3º DA LEI DISTRITAL N. 3.556/2005. SERVIDORES DAS CARREIRAS POLICIAIS CIVIS CEDIDOS À ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA E INDIRETA DA UNIÃO E DO DISTRITO FEDERAL: TEMPO DE SERVIÇO CONSIDERADO PELA NORMA QUESTIONADA COMO DE EFETIVO EXERCÍCIO DE ATIVIDADE POLICIAL. AMPLIAÇÃO DO BENEFÍCIO DE APOSENTADORIA ESPECIAL DOS POLICIAIS CIVIS ESTABELECIDO NO ARTIGO 1º DA LEI COMPLEMENTAR 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863656. Supremo Tribunal Federal RE 613.842 AGR / RN - Nesse sentido, o STF, julgando a ADI 3817/DF (Tribunal Pleno, Relatora Ministra Cármen Lúcia, j. 13/11/2008, DJ 03/04/2009), declarou a constitucionalidade do art. 1º da LC nº 51/1985 e a recepção da referida norma pela Constituição Federal de 1988. - In casu , além de estarem preenchidas as exigências legais, tem-se que a própria Administração reconheceu em favor do autor o cumprimento das condições para a obtenção de aposentação com proventos integrais, não podendo alegar, com o objetivo de negar o direito à isenção das contribuições, que o Autor não tinha cumprido todos os requisitos para aposentadoria integral nos termos da EC nº 20/98. - Nesse sentido, faz jus o autor à isenção do pagamento das contribuições previdenciárias, com a devolução do montante vertido à União, nos termos estabelecidos na sentença de primeiro grau. - Precedentes do TRF da 5ª Região (AC 465106, Primeira Turma, j. 30/04/2009, DJ 31/07/2009). - Apesar de inexistir afronta art. 40, § 4º, da Constituição Federal, fica prequestionada a referida matéria. - Recurso improvido”. 3. Como posto na decisão agravada, a decisão do Tribunal de origem está em harmonia com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, que assentou que a Lei Complementar n. 51/1985, que trata da aposentadoria especial dos policiais, foi recepcionada pela Constituição da República de 1988. Nesse sentido: “AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. ART. 3º DA LEI DISTRITAL N. 3.556/2005. SERVIDORES DAS CARREIRAS POLICIAIS CIVIS CEDIDOS À ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA E INDIRETA DA UNIÃO E DO DISTRITO FEDERAL: TEMPO DE SERVIÇO CONSIDERADO PELA NORMA QUESTIONADA COMO DE EFETIVO EXERCÍCIO DE ATIVIDADE POLICIAL. AMPLIAÇÃO DO BENEFÍCIO DE APOSENTADORIA ESPECIAL DOS POLICIAIS CIVIS ESTABELECIDO NO ARTIGO 1º DA LEI COMPLEMENTAR 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863656. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 8 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA RE 613.842 AGR / RN FEDERAL Nº 51, DE 20.12.1985. AÇÃO JULGADA PROCEDENTE. 1. Inexistência de afronta ao art. art. 40, § 4º, da Constituição da República, por restringir-se a exigência constitucional de lei complementar à matéria relativa à aposentadoria especial do servidor público, o que não foi tratado no dispositivo impugnado. 2. Inconstitucionalidade formal por desobediência ao art. 21, inc. XIV, da Constituição da República que outorga competência privativa à União legislar sobre regime jurídico de policiais civis do Distrito Federal. 3. O art. 1º da Lei Complementar Federal n. 51/1985 que dispõe que o policial será aposentado voluntariamente, com proventos integrais, após 30 (trinta) anos de serviço, desde que conte pelo menos 20 anos de exercício em cargo de natureza estritamente policial foi recepcionado pela Constituição da República de 1988. A combinação desse dispositivo com o art. 3º da Lei Distrital n. 3.556/2005 autoriza a contagem do período de vinte anos previsto na Lei Complementar n. 51/1985 sem que o servidor público tenha, necessariamente, exercido atividades de natureza estritamente policial, expondo sua integridade física a risco, pressuposto para o reconhecimento da aposentadoria especial do art. 40, § 4º, da Constituição da República: inconstitucionalidade configurada. 4. Ação direta de inconstitucionalidade julgada procedente” (ADI 3.817, de minha relatoria, Plenário, DJe 3.4.2009). E ainda: “EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO REGIMENTAL. OMISSÃO CARACTERIZADA. QUESTÕES NÃO MENCIONADAS NO ACÓRDÃO EMBARGADO. EMBARGOS ACOLHIDOS SEM EFEITOS MODIFICATIVOS . I – Esta corte, no julgamento do RE 567.110/AC, Rel. Min. Cármen Lúcia, reconheceu a recepção do art. 1º, I, da Lei Complementar 51/85 pela Constituição Federal de 1988, mesmo após a alteração efetuada pela Emenda Constitucional 20/98. II – Embargos acolhidos, sem efeitos modificativos, apenas para acrescentar os fundamentos expostos” (AI 677.351-AgR-ED, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Primeira Turma, DJe 7.11.2011). 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863656. Supremo Tribunal Federal RE 613.842 AGR / RN FEDERAL Nº 51, DE 20.12.1985. AÇÃO JULGADA PROCEDENTE. 1. Inexistência de afronta ao art. art. 40, § 4º, da Constituição da República, por restringir-se a exigência constitucional de lei complementar à matéria relativa à aposentadoria especial do servidor público, o que não foi tratado no dispositivo impugnado. 2. Inconstitucionalidade formal por desobediência ao art. 21, inc. XIV, da Constituição da República que outorga competência privativa à União legislar sobre regime jurídico de policiais civis do Distrito Federal. 3. O art. 1º da Lei Complementar Federal n. 51/1985 que dispõe que o policial será aposentado voluntariamente, com proventos integrais, após 30 (trinta) anos de serviço, desde que conte pelo menos 20 anos de exercício em cargo de natureza estritamente policial foi recepcionado pela Constituição da República de 1988. A combinação desse dispositivo com o art. 3º da Lei Distrital n. 3.556/2005 autoriza a contagem do período de vinte anos previsto na Lei Complementar n. 51/1985 sem que o servidor público tenha, necessariamente, exercido atividades de natureza estritamente policial, expondo sua integridade física a risco, pressuposto para o reconhecimento da aposentadoria especial do art. 40, § 4º, da Constituição da República: inconstitucionalidade configurada. 4. Ação direta de inconstitucionalidade julgada procedente” (ADI 3.817, de minha relatoria, Plenário, DJe 3.4.2009). E ainda: “EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO REGIMENTAL. OMISSÃO CARACTERIZADA. QUESTÕES NÃO MENCIONADAS NO ACÓRDÃO EMBARGADO. EMBARGOS ACOLHIDOS SEM EFEITOS MODIFICATIVOS . I – Esta corte, no julgamento do RE 567.110/AC, Rel. Min. Cármen Lúcia, reconheceu a recepção do art. 1º, I, da Lei Complementar 51/85 pela Constituição Federal de 1988, mesmo após a alteração efetuada pela Emenda Constitucional 20/98. II – Embargos acolhidos, sem efeitos modificativos, apenas para acrescentar os fundamentos expostos” (AI 677.351-AgR-ED, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Primeira Turma, DJe 7.11.2011). 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863656. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 8 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA RE 613.842 AGR / RN 4. Os argumentos da Agravante, insuficientes para modificar a decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente prestação jurisdicional. 5. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental. 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863656. Supremo Tribunal Federal RE 613.842 AGR / RN 4. Os argumentos da Agravante, insuficientes para modificar a decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente prestação jurisdicional. 5. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental. 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863656. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 8 Decisão de Julgamento SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 613.842 PROCED. : RIO GRANDE DO NORTE RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) : UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL AGDO.(A/S) : FRANCISCO PEREIRA ANDRADE ADV.(A/S) : MARCOS ROBERTO DE ARAÚJO Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 18.09.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2849236 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 613.842 PROCED. : RIO GRANDE DO NORTE RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) : UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL AGDO.(A/S) : FRANCISCO PEREIRA ANDRADE ADV.(A/S) : MARCOS ROBERTO DE ARAÚJO Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 18.09.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2849236 Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 8
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=2875269
2012-09-18T00:00:00
2012-10-04T00:00:00
A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 18.09.2012.
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO
EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. APOSENTADORIA ESPECIAL DE POLICIAL. ATIVIDADE DE RISCO. ART. 40, § 4º, INC. II, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. LEI COMPLEMENTAR N. 51/1985 – RECEPÇÃO PELA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA DE 1988. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.
sjur215918
- Acórdãos citados: ADI 3817, AI 677351 AgR-ED. Número de páginas: 8. Análise: 11/10/2012, MJC.
CÁRMEN LÚCIA
Segunda Turma
613842
[ "LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00040 PAR-00004 INC-00002 \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n\r\n", "LEG-FED LCP-000051 ANO-1985\r\n LEI COMPLEMENTAR" ]
RE-AgR
acordaos
RE 613842 AgR
[ "" ]
AGTE.(S) : UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL AGDO.(A/S) : FRANCISCO PEREIRA ANDRADE ADV.(A/S) : MARCOS ROBERTO DE ARAÚJO
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "RECURSO EXTRAORDINÁRIO 613 . 842", "RECURSO EXTRAORDINÁRIO 613 . 842", "ADI 3 . 817", "RECURSO EXTRAORDINÁRIO 613 . 842", "ADI 3 . 817", "RE 613 . 842 AGR / RN", "RE 567 . 110", "RE 613 . 842 AGR / RN", "RE 567 . 110", "RECURSO EXTRAORDINÁRIO 613 . 842", "RE 613 . 842 AGR / RN", "ADI 3817 / DF", "AC 465106", "RE 613 . 842 AGR", "ADI 3817 / DF", "AC 465106", "RE 613 . 842", "AGR", "RN FEDERAL [UNK] 51", "ADI 3 . 817", "RE 567 . 110 / AC", "AI 677 . 351 - AgR - ED", "RE 613 . 842", "ADI 3 . 817", "RE 567 . 110 / AC", "AI 677 . 351 - AgR - ED", "RE 613 . 842 AGR / RN", "RE 613 . 842 AGR / RN", "RECURSO EXTRAORDINÁRIO 613 . 842", "RECURSO EXTRAORDINÁRIO 613 . 842" ], "LEGISLACAO": [ "ART . 40 , § [UNK] , INC . II , DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA", "LEI COMPLEMENTAR N . 51 / 1985", "CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA DE 1988", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Constituição Federal", "Lei Complementar n . 51 / 1985", "Constituição da República", "art . 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Ementa e Acórdão 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA EMB.DECL. NO AG.REG. EM MANDADO DE SEGURANÇA 28.711 DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI EMBTE.(S) :SALOMÃO FRANCISCO AMARAL ADV.(A/S) :KÁTIA MARIA SOUZA CARDOSO EMBDO.(A/S) :TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIAO TCU ADV.(A/S) :ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO INTDO.(A/S) :UNIÃO ADV.(A/S) :ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO EMENTA Embargos de declaração em agravo regimental em recurso ordinário em mandado de segurança. Negativa de registro de aposentadoria julgada ilegal pelo Tribunal de Contas da União. Inaplicabilidade da decadência prevista no art. 54 da Lei nº 9.784/99. Registro negado em menos de cinco anos da data de entrada do processo no TCU. Assegurados contraditório e ampla defesa. Ilegalidade do acúmulo de proventos de aposentadoria. EC Nº 20/98. Inexistência das hipóteses autorizadoras da interposição dos embargos. 1. No julgamento do recurso, enfrentaram-se adequadamente as questões postas pelas partes. Inexistência, portanto, de quaisquer dos vícios do art. 535 do Código de Processo Civil. 2. Matéria adequadamente analisada pela Turma, cujo julgamento foi bem fundamentado nas provas dos autos. 3. Embargos de declaração rejeitados. ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata do julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em rejeitar os embargos de declaração, nos termos do voto do Relator. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034800. Supremo Tribunal Federal DJe 08/11/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 10 Ementa e Acórdão MS 28.711 AGR-ED / DF Brasília, 16 de outubro de 2012. MINISTRO DIAS TOFFOLI Relator 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034800. Supremo Tribunal Federal MS 28.711 AGR-ED / DF Brasília, 16 de outubro de 2012. MINISTRO DIAS TOFFOLI Relator 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034800. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 10 Relatório 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA EMB.DECL. NO AG.REG. EM MANDADO DE SEGURANÇA 28.711 DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI EMBTE.(S) :SALOMÃO FRANCISCO AMARAL ADV.(A/S) :KÁTIA MARIA SOUZA CARDOSO EMBDO.(A/S) :TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIAO TCU ADV.(A/S) :ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO INTDO.(A/S) :UNIÃO ADV.(A/S) :ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO RELATÓRIO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): Trata-se de tempestivos embargos de declaração (fls. 258/262), opostos por SALOMÃO FRANCISCO AMARAL, contra acórdão proferido pela Primeira Turma desta Corte, assim ementado: “Recurso ordinário em mandado de segurança. Decisão monocrática. Conversão em agravo regimental. Negativa de registro de aposentadoria julgada ilegal pelo Tribunal de Contas da União. Inaplicabilidade da decadência prevista no art. 54 da Lei 9.784/99. Registro negado em menos de cinco anos da data de entrada do processo no TCU. Assegurado contraditório e ampla defesa. Ilegalidade no acúmulo de proventos de aposentadoria. EC 20/1998. Agravo regimental não provido. 1. Recurso ordinário em mandado de segurança recebido como agravo regimental. Embora o recurso ordinário para o Supremo Tribunal Federal tenha cabimento estrito, previsto no art. 102, II, a, da Constituição Federal, e haja decisões da Corte no sentido do não conhecimento do recurso por erro grosseiro, o inconformismo foi apresentado dentro do prazo recursal e com pedido subsidiário para sua conversão em agravo regimental. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034797. Supremo Tribunal Federal 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA EMB.DECL. NO AG.REG. EM MANDADO DE SEGURANÇA 28.711 DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI EMBTE.(S) :SALOMÃO FRANCISCO AMARAL ADV.(A/S) :KÁTIA MARIA SOUZA CARDOSO EMBDO.(A/S) :TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIAO TCU ADV.(A/S) :ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO INTDO.(A/S) :UNIÃO ADV.(A/S) :ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO RELATÓRIO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): Trata-se de tempestivos embargos de declaração (fls. 258/262), opostos por SALOMÃO FRANCISCO AMARAL, contra acórdão proferido pela Primeira Turma desta Corte, assim ementado: “Recurso ordinário em mandado de segurança. Decisão monocrática. Conversão em agravo regimental. Negativa de registro de aposentadoria julgada ilegal pelo Tribunal de Contas da União. Inaplicabilidade da decadência prevista no art. 54 da Lei 9.784/99. Registro negado em menos de cinco anos da data de entrada do processo no TCU. Assegurado contraditório e ampla defesa. Ilegalidade no acúmulo de proventos de aposentadoria. EC 20/1998. Agravo regimental não provido. 1. Recurso ordinário em mandado de segurança recebido como agravo regimental. Embora o recurso ordinário para o Supremo Tribunal Federal tenha cabimento estrito, previsto no art. 102, II, a, da Constituição Federal, e haja decisões da Corte no sentido do não conhecimento do recurso por erro grosseiro, o inconformismo foi apresentado dentro do prazo recursal e com pedido subsidiário para sua conversão em agravo regimental. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034797. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 10 Relatório MS 28.711 AGR-ED / DF 2. Esta Suprema Corte possui jurisprudência pacífica no sentido de que o Tribunal de Contas da União, no exercício da competência de controle externo da legalidade do ato de concessão inicial de aposentadorias, reformas e pensões (art. 71, inciso III, CF/88), não se submete ao prazo decadencial da Lei nº 9.784/99, iniciando-se o prazo quinquenal somente após a publicação do registro na imprensa oficial. 3. Segundo jurisprudência recente do STF, a participação do administrado não é imprescindível quando o julgamento ocorre no prazo de 5 (cinco) anos, iniciada a contagem a partir da data de entrada do processo de registro da aposentadoria no TCU. No presente caso, o processo de concessão da aposentadoria deu entrada no TCU em 15/1/2004, tendo essa sido julgada ilegal em 4/12/2007, antes de decorrido o prazo de cinco anos. Ainda assim, após essa decisão, foi assegurado ao recorrente o direito ao contraditório e à ampla defesa, uma vez que apresentou embargos de declaração e também pedido de reexame da decisão do TCU, não havendo que se falar em ofensa aos princípios da segurança jurídica, da boa-fé e da confiança. 4. A acumulação de proventos de duas aposentadorias em cargos de natureza pública não é permitida pelo art. 11 da Emenda Constitucional nº 20 de 1998. Enquanto em atividade, era permitido ao agravante acumular a remuneração de seu cargo (advogado) com a percepção da aposentadoria do cargo de procurador autárquico, uma vez que era albergado pela exceção prevista no art. 11 da EC nº 20/98. Contudo, a partir do momento em que entra para a inatividade com relação ao cargo de advogado, aposentando-se compulsoriamente em 13/4/02, após a edição da EC nº 20/98, não mais poderia ele acumular os dois proventos de aposentadoria, devendo fazer a opção por um deles. Precedentes. 5. Agravo regimental não provido.” (fl. 250/251). Alega o embargante que houve omissão, obscuridade e contradição na decisão atacada, pois nela não se teria reconhecido a decadência do 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034797. Supremo Tribunal Federal MS 28.711 AGR-ED / DF 2. Esta Suprema Corte possui jurisprudência pacífica no sentido de que o Tribunal de Contas da União, no exercício da competência de controle externo da legalidade do ato de concessão inicial de aposentadorias, reformas e pensões (art. 71, inciso III, CF/88), não se submete ao prazo decadencial da Lei nº 9.784/99, iniciando-se o prazo quinquenal somente após a publicação do registro na imprensa oficial. 3. Segundo jurisprudência recente do STF, a participação do administrado não é imprescindível quando o julgamento ocorre no prazo de 5 (cinco) anos, iniciada a contagem a partir da data de entrada do processo de registro da aposentadoria no TCU. No presente caso, o processo de concessão da aposentadoria deu entrada no TCU em 15/1/2004, tendo essa sido julgada ilegal em 4/12/2007, antes de decorrido o prazo de cinco anos. Ainda assim, após essa decisão, foi assegurado ao recorrente o direito ao contraditório e à ampla defesa, uma vez que apresentou embargos de declaração e também pedido de reexame da decisão do TCU, não havendo que se falar em ofensa aos princípios da segurança jurídica, da boa-fé e da confiança. 4. A acumulação de proventos de duas aposentadorias em cargos de natureza pública não é permitida pelo art. 11 da Emenda Constitucional nº 20 de 1998. Enquanto em atividade, era permitido ao agravante acumular a remuneração de seu cargo (advogado) com a percepção da aposentadoria do cargo de procurador autárquico, uma vez que era albergado pela exceção prevista no art. 11 da EC nº 20/98. Contudo, a partir do momento em que entra para a inatividade com relação ao cargo de advogado, aposentando-se compulsoriamente em 13/4/02, após a edição da EC nº 20/98, não mais poderia ele acumular os dois proventos de aposentadoria, devendo fazer a opção por um deles. Precedentes. 5. Agravo regimental não provido.” (fl. 250/251). Alega o embargante que houve omissão, obscuridade e contradição na decisão atacada, pois nela não se teria reconhecido a decadência do 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034797. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 10 Relatório MS 28.711 AGR-ED / DF direito do Tribunal de Contas da União de rever a aposentadoria concedida, uma vez que o referido processo teria ficado mais de 5 (cinco) anos em trâmite naquela Corte. Insiste na tese de que o direito à aposentadoria vindicado nos autos não foi alcançado pela Emenda Constitucional nº 20/98, por estar, na atividade, albergado pela exceção prevista no art. 11 do diploma normativo, razão pela qual teria o ato impugnado violado o direito adquirido e a segurança jurídica. Postula, por isso, o conhecimento dos embargos e o seu provimento, com efeitos modificativos, para que, sanando-se as omissões, obscuridades e contradições apontadas, seja concedida a segurança, declarando-se nula a decisão do Tribunal de Contas da União, “com determinação expressa para o imediato retorno do pagamento dos proventos de aposentadoria retirados, ilegalmente, do patrimônio do ora recorrente” (fl. 262). É o relatório. 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034797. Supremo Tribunal Federal MS 28.711 AGR-ED / DF direito do Tribunal de Contas da União de rever a aposentadoria concedida, uma vez que o referido processo teria ficado mais de 5 (cinco) anos em trâmite naquela Corte. Insiste na tese de que o direito à aposentadoria vindicado nos autos não foi alcançado pela Emenda Constitucional nº 20/98, por estar, na atividade, albergado pela exceção prevista no art. 11 do diploma normativo, razão pela qual teria o ato impugnado violado o direito adquirido e a segurança jurídica. Postula, por isso, o conhecimento dos embargos e o seu provimento, com efeitos modificativos, para que, sanando-se as omissões, obscuridades e contradições apontadas, seja concedida a segurança, declarando-se nula a decisão do Tribunal de Contas da União, “com determinação expressa para o imediato retorno do pagamento dos proventos de aposentadoria retirados, ilegalmente, do patrimônio do ora recorrente” (fl. 262). É o relatório. 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034797. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 10 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA EMB.DECL. NO AG.REG. EM MANDADO DE SEGURANÇA 28.711 DISTRITO FEDERAL VOTO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): Não se verifica a presença de nenhuma hipótese autorizadora da oposição do recurso de embargos de declaração, a teor do disposto no art. 535 do Código de Processo Civil. O acórdão embargado não incorreu em omissões, contradições ou obscuridades, tendo o órgão julgador decidido, fundamentadamente, a questão posta em debate, nos limites necessários ao deslinde do feito. As questões relativas à ocorrência da decadência e à possibilidade de acumulação de proventos, trazidas nos presentes declaratórios, já foram objeto do agravo regimental anteriormente interposto pelo embargante, sendo certo, também, que as referidas alegações foram rejeitadas por esta Turma no julgamento do acórdão ora embargado, no qual se negou provimento ao mencionado agravo. O embargante, repisando os fundamentos das peças recursais anteriores, pretende, efetivamente, um rejulgamento da causa, conferindo ao recurso efeitos modificativos, fim a que não se prestam os embargos declaratórios. Sobre o tema, anote-se: “EMBARGOS DE DECLARAÇÃO - INOCORRÊNCIA DE CONTRADIÇÃO, OBSCURIDADE OU OMISSÃO - PRETENDIDO REEXAME DA CAUSA - CARÁTER INFRINGENTE - INADMISSIBILIDADE - DEVOLUÇÃO IMEDIATA DOS AUTOS, INDEPENDENTEMENTE DA PUBLICAÇÃO DO RESPECTIVO ACÓRDÃO - EMBARGOS DE DECLARAÇÃO REJEITADOS. - Não se revelam cabíveis os embargos de declaração, quando a parte recorrente - a pretexto de esclarecer uma inexistente situação de obscuridade, omissão ou contradição - vem a utilizá-los com o objetivo de infringir o Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034798. Supremo Tribunal Federal 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA EMB.DECL. NO AG.REG. EM MANDADO DE SEGURANÇA 28.711 DISTRITO FEDERAL VOTO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): Não se verifica a presença de nenhuma hipótese autorizadora da oposição do recurso de embargos de declaração, a teor do disposto no art. 535 do Código de Processo Civil. O acórdão embargado não incorreu em omissões, contradições ou obscuridades, tendo o órgão julgador decidido, fundamentadamente, a questão posta em debate, nos limites necessários ao deslinde do feito. As questões relativas à ocorrência da decadência e à possibilidade de acumulação de proventos, trazidas nos presentes declaratórios, já foram objeto do agravo regimental anteriormente interposto pelo embargante, sendo certo, também, que as referidas alegações foram rejeitadas por esta Turma no julgamento do acórdão ora embargado, no qual se negou provimento ao mencionado agravo. O embargante, repisando os fundamentos das peças recursais anteriores, pretende, efetivamente, um rejulgamento da causa, conferindo ao recurso efeitos modificativos, fim a que não se prestam os embargos declaratórios. Sobre o tema, anote-se: “EMBARGOS DE DECLARAÇÃO - INOCORRÊNCIA DE CONTRADIÇÃO, OBSCURIDADE OU OMISSÃO - PRETENDIDO REEXAME DA CAUSA - CARÁTER INFRINGENTE - INADMISSIBILIDADE - DEVOLUÇÃO IMEDIATA DOS AUTOS, INDEPENDENTEMENTE DA PUBLICAÇÃO DO RESPECTIVO ACÓRDÃO - EMBARGOS DE DECLARAÇÃO REJEITADOS. - Não se revelam cabíveis os embargos de declaração, quando a parte recorrente - a pretexto de esclarecer uma inexistente situação de obscuridade, omissão ou contradição - vem a utilizá-los com o objetivo de infringir o Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034798. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 10 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI MS 28.711 AGR-ED / DF julgado e de, assim, viabilizar um indevido reexame da causa. Precedentes” (RMS nº 26.259/PR-AgR-ED, Segunda Turma, Relator o Ministro Celso de Mello, DJe de 5/6/09). “PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE SEGURANÇA. PRETENSÃO DE REFORMA DO JULGADO. IMPOSSIBILIDADE. ALEGAÇÃO DE NULIDADE DO ACÓRDÃO EMBARGADO. AUSÊNCIA DE PREJUÍZO À EMBARGANTE. ESCLARECIMENTOS PRESTADOS. EMBARGOS REJEITADOS. 1. Os embargos de declaração não constituem meio processual cabível para reforma do julgado, não sendo possível atribuir-lhes efeitos infringentes, salvo em situações excepcionais. 2. Inexistência de omissão, contradição ou obscuridade a sanar. A embargante repisa argumentos já devidamente apreciados por esta Turma. 3. Inocorrência de nulidade do acórdão embargado pelo fato de o eminente Ministro Cezar Peluso ter participado de seu julgamento, ante a ausência de prejuízo à embargante, porquanto, mesmo que se subtraísse o seu voto, ainda assim seria mantida a decisão proferida pela Segunda Turma desta Suprema Corte. 4. Embargos de declaração rejeitados” (RMS nº 24.634/SP-AgR-ED, Segunda Turma, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJe de 9/12/08). Não é demais ressaltar, por outro lado, que, conforme exposto na decisão embargada, o Tribunal de Contas da União, no exercício da competência de controle externo da legalidade do ato de concessão inicial de aposentadorias, reformas e pensões (art. 71, inciso III, CF/88), não se submete ao prazo decadencial da Lei nº 9.784/99, iniciando-se o prazo quinquenal somente após a publicação do registro na imprensa oficial, o que não ocorreu no caso concreto. Ademais, a acumulação de proventos de duas aposentadorias em cargos de natureza pública não é permitida pelo art. 11 da Emenda Constitucional nº 20 de 1998. Tendo o impetrante se aposentado em 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034798. Supremo Tribunal Federal MS 28.711 AGR-ED / DF julgado e de, assim, viabilizar um indevido reexame da causa. Precedentes” (RMS nº 26.259/PR-AgR-ED, Segunda Turma, Relator o Ministro Celso de Mello, DJe de 5/6/09). “PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE SEGURANÇA. PRETENSÃO DE REFORMA DO JULGADO. IMPOSSIBILIDADE. ALEGAÇÃO DE NULIDADE DO ACÓRDÃO EMBARGADO. AUSÊNCIA DE PREJUÍZO À EMBARGANTE. ESCLARECIMENTOS PRESTADOS. EMBARGOS REJEITADOS. 1. Os embargos de declaração não constituem meio processual cabível para reforma do julgado, não sendo possível atribuir-lhes efeitos infringentes, salvo em situações excepcionais. 2. Inexistência de omissão, contradição ou obscuridade a sanar. A embargante repisa argumentos já devidamente apreciados por esta Turma. 3. Inocorrência de nulidade do acórdão embargado pelo fato de o eminente Ministro Cezar Peluso ter participado de seu julgamento, ante a ausência de prejuízo à embargante, porquanto, mesmo que se subtraísse o seu voto, ainda assim seria mantida a decisão proferida pela Segunda Turma desta Suprema Corte. 4. Embargos de declaração rejeitados” (RMS nº 24.634/SP-AgR-ED, Segunda Turma, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJe de 9/12/08). Não é demais ressaltar, por outro lado, que, conforme exposto na decisão embargada, o Tribunal de Contas da União, no exercício da competência de controle externo da legalidade do ato de concessão inicial de aposentadorias, reformas e pensões (art. 71, inciso III, CF/88), não se submete ao prazo decadencial da Lei nº 9.784/99, iniciando-se o prazo quinquenal somente após a publicação do registro na imprensa oficial, o que não ocorreu no caso concreto. Ademais, a acumulação de proventos de duas aposentadorias em cargos de natureza pública não é permitida pelo art. 11 da Emenda Constitucional nº 20 de 1998. Tendo o impetrante se aposentado em 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034798. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 10 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI MS 28.711 AGR-ED / DF 13/4/02, sob a égide da referida emenda, não há se falar em direito adquirido. Reafirmo, portanto, a conclusão de minha decisão monocrática, ratificada por esta Primeira Turma, e cito jurisprudência: “Agravo regimental em mandado de segurança. 2. Direito administrativo. 3. Acumulação de aposentadorias em cargos públicos. Vedação pelas constituições federais de 1967 e 1988. Admitidas apenas as hipóteses previstas no texto constitucional, entre as quais não se inclui o caso dos autos. 4. Interpretação restritiva do art. 11 da EC 20/98. Possibilidade de acumular um provento da inatividade com um vencimento de cargo da ativa, no qual tenha ingressado antes da publicação da referida emenda, ainda que inacumuláveis os cargos. Vedada, em qualquer caso, a cumulação de duas aposentadorias. Não aplicação à hipótese dos autos. 6. Agravo regimental a que se nega provimento” (MS 24.664-DF/AgR, Relator o Ministro Gilmar Mendes, Segunda Turma, 21/3/12). “CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. DUPLA ACUMULAÇÃO DE PROVENTOS. EC 20/98. IMPOSSIBILIDADE. 1. Servidora aposentada que reingressou no serviço público, acumulando proventos com vencimentos até a sua aposentadoria, quando passou a receber dois proventos. 2. Conforme assentado pelo Plenário no julgamento do RE 163.204, mesmo antes da citada emenda constitucional, já era proibida a acumulação de cargos públicos. Pouco importava se o servidor estava na ativa ou aposentado nesses cargos, salvo as exceções previstas na própria Constituição. 3. Entendimento que se tornou expresso com a Emenda Constitucional 20/98, que preservou a situação daqueles servidores que retornaram ao serviço público antes da sua promulgação, nos termos do art. 11. 4. A pretensão ora deduzida, dupla acumulação de proventos, foi expressamente vedada no citado art. 11, além de não ter sido aceita pela jurisprudência desta Corte, sob a égide da CF/88. 5. Recurso extraordinário conhecido e 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034798. Supremo Tribunal Federal MS 28.711 AGR-ED / DF 13/4/02, sob a égide da referida emenda, não há se falar em direito adquirido. Reafirmo, portanto, a conclusão de minha decisão monocrática, ratificada por esta Primeira Turma, e cito jurisprudência: “Agravo regimental em mandado de segurança. 2. Direito administrativo. 3. Acumulação de aposentadorias em cargos públicos. Vedação pelas constituições federais de 1967 e 1988. Admitidas apenas as hipóteses previstas no texto constitucional, entre as quais não se inclui o caso dos autos. 4. Interpretação restritiva do art. 11 da EC 20/98. Possibilidade de acumular um provento da inatividade com um vencimento de cargo da ativa, no qual tenha ingressado antes da publicação da referida emenda, ainda que inacumuláveis os cargos. Vedada, em qualquer caso, a cumulação de duas aposentadorias. Não aplicação à hipótese dos autos. 6. Agravo regimental a que se nega provimento” (MS 24.664-DF/AgR, Relator o Ministro Gilmar Mendes, Segunda Turma, 21/3/12). “CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. DUPLA ACUMULAÇÃO DE PROVENTOS. EC 20/98. IMPOSSIBILIDADE. 1. Servidora aposentada que reingressou no serviço público, acumulando proventos com vencimentos até a sua aposentadoria, quando passou a receber dois proventos. 2. Conforme assentado pelo Plenário no julgamento do RE 163.204, mesmo antes da citada emenda constitucional, já era proibida a acumulação de cargos públicos. Pouco importava se o servidor estava na ativa ou aposentado nesses cargos, salvo as exceções previstas na própria Constituição. 3. Entendimento que se tornou expresso com a Emenda Constitucional 20/98, que preservou a situação daqueles servidores que retornaram ao serviço público antes da sua promulgação, nos termos do art. 11. 4. A pretensão ora deduzida, dupla acumulação de proventos, foi expressamente vedada no citado art. 11, além de não ter sido aceita pela jurisprudência desta Corte, sob a égide da CF/88. 5. Recurso extraordinário conhecido e 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034798. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 10 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI MS 28.711 AGR-ED / DF improvido” (RE 463.028/RS, Relatora a Ministra Ellen Gracie, Segunda Turma, DJ de 10/3/06). Ante o exposto, voto pela rejeição dos embargos de declaração. 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034798. Supremo Tribunal Federal MS 28.711 AGR-ED / DF improvido” (RE 463.028/RS, Relatora a Ministra Ellen Gracie, Segunda Turma, DJ de 10/3/06). Ante o exposto, voto pela rejeição dos embargos de declaração. 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034798. Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 10 Decisão de Julgamento PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA EMB.DECL. NO AG.REG. EM MANDADO DE SEGURANÇA 28.711 PROCED. : DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI EMBTE.(S) : SALOMÃO FRANCISCO AMARAL ADV.(A/S) : KÁTIA MARIA SOUZA CARDOSO EMBDO.(A/S) : TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIAO TCU ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO INTDO.(A/S) : UNIÃO ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO Decisão: A Turma rejeitou os embargos de declaração, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 16.10.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Rodrigo Janot. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3061176 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA EMB.DECL. NO AG.REG. EM MANDADO DE SEGURANÇA 28.711 PROCED. : DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI EMBTE.(S) : SALOMÃO FRANCISCO AMARAL ADV.(A/S) : KÁTIA MARIA SOUZA CARDOSO EMBDO.(A/S) : TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIAO TCU ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO INTDO.(A/S) : UNIÃO ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO Decisão: A Turma rejeitou os embargos de declaração, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 16.10.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Rodrigo Janot. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3061176 Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 10
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3065113
2012-10-16T00:00:00
2012-11-08T00:00:00
A Turma rejeitou os embargos de declaração, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 16.10.2012.
EMB.DECL. NO AG.REG. EM MANDADO DE SEGURANÇA
EMENTA Embargos de declaração em agravo regimental em recurso ordinário em mandado de segurança. Negativa de registro de aposentadoria julgada ilegal pelo Tribunal de Contas da União. Inaplicabilidade da decadência prevista no art. 54 da Lei nº 9.784/99. Registro negado em menos de cinco anos da data de entrada do processo no TCU. Assegurados contraditório e ampla defesa. Ilegalidade do acúmulo de proventos de aposentadoria. EC nº 20/98. Inexistência das hipóteses autorizadoras da interposição dos embargos. 1. No julgamento do recurso, enfrentaram-se adequadamente as questões postas pelas partes. Inexistência, portanto, de quaisquer dos vícios do art. 535 do Código de Processo Civil. 2. Matéria adequadamente analisada pela Turma, cujo julgamento foi bem fundamentado nas provas dos autos. 3. Embargos de declaração rejeitados.
sjur218048
- Acórdão(s) citado(s): (EMBARGOS DE DECLARAÇÃO, EFEITOS MODIFICATIVOS) STF: RMS 26259 AgR-ED (2ªT), RMS 24634 AgR-ED (2ªT). (PROVENTOS) STF: MS 24664 AgR (2ªT), RE 463028 (2ªT). Número de páginas: 10. Análise: 28/11/2012, AMS.
DIAS TOFFOLI
Primeira Turma
28711
[ "LEG-FED CF ANO-1988\r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n\r\n", "LEG-FED EMC-000020 ANO-1998\r\n EMENDA CONSTITUCIONAL\r\n\r\n", "LEG-FED LEI-005869 ANO-1973\r\n ART-00535 \r\n CPC-1973 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL\r\n\r\n", "LEG-FED LEI-009784 ANO-1999\r\n ART-00054 \r\n LPA-1999 LEI DE PROCESSO ADMINISTRATIVO" ]
MS-AgR-ED
acordaos
MS 28711 AgR-ED
[ "" ]
EMBDO.(A/S) : TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIAO TCU EMBTE.(S) : SALOMÃO FRANCISCO AMARAL ADV.(A/S) : KÁTIA MARIA SOUZA CARDOSO ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO INTDO.(A/S) : UNIÃO ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "MANDADO DE SEGURANÇA 28 . 711", "MS 28 . 711", "MS 28 . 711", "MS 28 . 711 AGR", "MS 28 . 711 AGR - ED / DF", "MS 28 . 711", "MS 28 . 711", "MS 28 .", "RMS [UNK] 26 . 259 / PR - AgR - ED", "RMS [UNK] 24 . 634 / SP - AgR - ED", "MS 28 . 711 AGR - ED / DF", "RMS [UNK] 26 . 259 / PR - AgR - ED", "RMS [UNK] 24 . 634 / SP - AgR - ED", "MS 28 . 711", "MS 24 . 664 - DF / AgR", "RE 163 . 204", "MS 28 . 711", "MS 24 . 664 - DF / AgR", "RE 163 . 204", "MS 28 . 711", "RE 463 . 028 / RS", "MS 28 . 711", "RE 463 . 028 / RS" ], "LEGISLACAO": [ "art . 54 da Lei [UNK] 9 . 784 / 99", "EC [UNK] 20 / 98", "art . 535 do Código de Processo Civil", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 54 da Lei 9 . 784 / 99", "EC 20 / 1998", "art . 102 , II , a , da Constituição Federal", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 54 da Lei 9 . 784 / 99", "EC 20 / 1998", "art . 102 , II , a , da Constituição Federal", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 71 , inciso III , CF / 88", "Lei [UNK] 9 . 784 / 99", "art . 11 da Emenda Constitucional [UNK] 20 de 1998", "art . 11 da EC [UNK] 20 / 98", "EC [UNK] 20 / 98", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 71 , inciso III , CF / 88", "Lei [UNK] 9 . 784 / 99", "art . 11 da Emenda Constitucional [UNK] 20 de 1998", "art . 11 da EC [UNK] 20 / 98", "EC [UNK] 20 / 98", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Emenda Constitucional [UNK] 20 / 98", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Emenda Constitucional [UNK] 20 / 98", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 535 do Código de Processo Civil", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 535 do Código de Processo Civil", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 71 , inciso III , CF / 88", "Lei [UNK] 9 . 784 / 99", "art . 11 da Emenda Constitucional [UNK]", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 71 , inciso III , CF / 88", "Lei [UNK] 9 . 784 / 99", "art . 11 da Emenda Constitucional [UNK] 20 de 1998", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "constituições", "1967", "1988", "art . 11 da EC 20 / 98", "EC 20 / 98", 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Contas da União", "Tribunal de Contas da União", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "PRIMEIRA TURMA", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "PRIMEIRA TURMA", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Segunda Turma", "Segunda Turma", "Segunda Turma", "Tribunal de Contas da União", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Segunda Turma", "Segunda Turma", "Segunda Turma", "Tribunal de Contas da União", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Segunda Turma", "Plenário", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Primeira Turma", "Segunda Turma", "Plenário", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Segunda Turma", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Segunda Turma", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "PRIMEIRA TURMA", "TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIAO", "TCU", "UNIÃO", "UNIÃO", "UNIÃO", "Toffoli", "[UNK] Turma", "Primeira", "Infra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "PRIMEIRA TURMA", "TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIAO", "TCU", "UNIÃO", "UNIÃO", "[UNK] Turma", "Primeira Turma", "ICP", "-", "Brasil" ], "PESSOA": [ "DIAS TOFFOLI", "SALOMÃO FRANCISCO AMARAL", "KÁTIA MARIA SOUZA CARDOSO", "Dias Toffoli", "DIAS TOFFOLI", "DIAS TOFFOLI", "DIAS TOFFOLI", "SALOMÃO FRANCISCO AMARAL", "KÁTIA MARIA SOUZA CARDOSO", "DIAS TOFFOLI", "SALOMÃO FRANCISCO AMARAL", "DIAS TOFFOLI", "SALOMÃO FRANCISCO AMARAL", "KÁTIA MARIA SOUZA CARDOSO", "DIAS TOFFOLI", "SALOMÃO FRANCISCO AMARAL", "DIAS TOFFOLI", "DIAS TOFFOLI", "DIAS TOFFOLI", "DIAS TOFFOLI", "Celso de Mello", "Cezar Peluso", "Ellen Gracie", "Celso de Mello", "Cezar Peluso", "Ellen Gracie", "DIAS TOFFOLI", "Gilmar Mendes", "Gilmar Mendes", "DIAS TOFFOLI", "Ellen Gracie", "Ellen Gracie", "DIAS TOFFOLI", "SALOMÃO FRANCISCO AMARAL", "KÁTIA MARIA SOUZA CARDOSO", "Dias", "Dias Toffoli", "Marco Aurélio", "Luiz Fux", "Rosa Weber", "Rodrigo Janot", "Carmen Lilian Oliveira de Souza", "DIAS TOFFOLI", "SALOMÃO FRANCISCO AMARAL", "KÁTIA MARIA SOUZA CARDOSO", "Dias Toffoli", "Dias Toffoli", "Marco Aurélio", "Luiz Fux", "Rosa Weber", "Rodrigo Janot", "Carmen Lilian Oliveira de Souza" ], "TEMPO": [ "16", "/", "10", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "08", "/", "11", "/", "2012", "16 de outubro de 2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "16 de outubro de 2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "16", "/", "10", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "16", "/", "10", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "15", "/", "1", "/", "2004", "4", "/", "12", "/", "2007", "13", "/", "4", "/", "02", "24", "/", "08", "/", "2001", "15", "/", "1", "/", "2004", "4", "/", "12", "/", "2007", 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Ementa e Acórdão 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 702.326 SÃO PAULO RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) :JOSÉ ROBERTO COLLETTI E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) :PEDRO PESSOTTO NETO E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :MASSA FALIDA DE TEMA TERRA EQUIPAMENTO LTDA ADV.(A/S) :ALESSANDRA MARETTI E OUTRO(A/S) EMENTA Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo. Princípio da ampla defesa. Prova testemunhal. Repetição. Indeferimento. Reexame de fatos e provas. Impossibilidade. Repercussão geral. Ausência. Ofensa reflexa. Precedentes. 1. Inadmissível, em recurso extraordinário, o reexame de fatos e provas dos autos. Incidência da Súmulas nº 279/STF. 2. O Plenário desta Corte, em sessão realizada por meio eletrônico, concluída em 16/6/11, no exame do ARE nº 639.228/RJ, Relator o Ministro Cezar Peluso, entendeu pela ausência de repercussão geral do tema relativo à suposta violação dos princípios do contraditório e da ampla defesa nos casos de indeferimento de produção de provas no âmbito de processo judicial, dado o caráter infraconstitucional da matéria. 3. A afronta aos princípios da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, quando depende, para ser reconhecida como tal, da análise de normas infraconstitucionais, configura apenas ofensa indireta ou reflexa à Constituição da República. 4. Agravo regimental não provido. ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2865227. Supremo Tribunal Federal DJe 10/10/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 13 Ementa e Acórdão ARE 702.326 AGR / SP Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata do julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Brasília, 18 de setembro de 2012. MINISTRO DIAS TOFFOLI Relator 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2865227. Supremo Tribunal Federal ARE 702.326 AGR / SP Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata do julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Brasília, 18 de setembro de 2012. MINISTRO DIAS TOFFOLI Relator 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2865227. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 13 Relatório 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 702.326 SÃO PAULO RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) :JOSÉ ROBERTO COLLETTI E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) :PEDRO PESSOTTO NETO E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :MASSA FALIDA DE TEMA TERRA EQUIPAMENTO LTDA ADV.(A/S) :ALESSANDRA MARETTI E OUTRO(A/S) RELATÓRIO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): José Roberto Colletti e outros interpõem tempestivo agravo regimental (fls. 205 a 211 – fax – e 213 a 219 – original) contra decisão em que conheci do agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário (fls. 195 a 197), com a seguinte fundamentação: “Vistos. Trata-se de agravo contra a decisão que não admitiu recurso extraordinário interposto contra acórdão da Oitava Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, assim ementado: ‘Carta precatória – Transcrição de depoimento com o uso de estenotipia – Ausência de vício perceptível – Pretensão à repetição do depoimento – Indeferimento mantido – Recurso desprovido’ (fl. 117). Opostos embargos de declaração (fls. 124/125), foram rejeitados (fl. 129). No recurso extraordinário, sustenta-se violação do artigo 5º, inciso LV, da Constituição Federal. Opina o Ministério Público Federal, em parecer da lavra do ilustrado Subprocurador-Geral da República, Dr. Rodrigo Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2865225. Supremo Tribunal Federal 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 702.326 SÃO PAULO RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) :JOSÉ ROBERTO COLLETTI E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) :PEDRO PESSOTTO NETO E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :MASSA FALIDA DE TEMA TERRA EQUIPAMENTO LTDA ADV.(A/S) :ALESSANDRA MARETTI E OUTRO(A/S) RELATÓRIO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): José Roberto Colletti e outros interpõem tempestivo agravo regimental (fls. 205 a 211 – fax – e 213 a 219 – original) contra decisão em que conheci do agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário (fls. 195 a 197), com a seguinte fundamentação: “Vistos. Trata-se de agravo contra a decisão que não admitiu recurso extraordinário interposto contra acórdão da Oitava Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, assim ementado: ‘Carta precatória – Transcrição de depoimento com o uso de estenotipia – Ausência de vício perceptível – Pretensão à repetição do depoimento – Indeferimento mantido – Recurso desprovido’ (fl. 117). Opostos embargos de declaração (fls. 124/125), foram rejeitados (fl. 129). No recurso extraordinário, sustenta-se violação do artigo 5º, inciso LV, da Constituição Federal. Opina o Ministério Público Federal, em parecer da lavra do ilustrado Subprocurador-Geral da República, Dr. Rodrigo Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2865225. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 13 Relatório ARE 702.326 AGR / SP Janot Monteiro de Barros, pelo desprovimento do agravo (fls. 191 a 193). Decido. Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi interposto contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da matéria constitucional objeto do recurso, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07. Todavia, apesar da petição recursal haver trazido a preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua existência, uma vez que, nos termos do artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, com a redação introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o procedimento acerca da existência da repercussão geral somente ocorrerá ‘quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão’. Não merece prosperar a irresignação, uma vez que a jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal está consolidada no sentido de que as alegações de afronta aos princípios da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame de normas infraconstitucionais, podem configurar apenas ofensa indireta ou reflexa à Constituição da República, o que não enseja reexame em recurso extraordinário. Anote-se: ‘AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE COBRANÇA. DESPESAS CONDOMINIAIS. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. Impossibilidade da análise da legislação infraconstitucional e do reexame de provas na via do recurso extraordinário. 2. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido de que as alegações de afronta aos princípios do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2865225. Supremo Tribunal Federal ARE 702.326 AGR / SP Janot Monteiro de Barros, pelo desprovimento do agravo (fls. 191 a 193). Decido. Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi interposto contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da matéria constitucional objeto do recurso, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07. Todavia, apesar da petição recursal haver trazido a preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua existência, uma vez que, nos termos do artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, com a redação introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o procedimento acerca da existência da repercussão geral somente ocorrerá ‘quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão’. Não merece prosperar a irresignação, uma vez que a jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal está consolidada no sentido de que as alegações de afronta aos princípios da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame de normas infraconstitucionais, podem configurar apenas ofensa indireta ou reflexa à Constituição da República, o que não enseja reexame em recurso extraordinário. Anote-se: ‘AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE COBRANÇA. DESPESAS CONDOMINIAIS. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. Impossibilidade da análise da legislação infraconstitucional e do reexame de provas na via do recurso extraordinário. 2. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido de que as alegações de afronta aos princípios do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2865225. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 13 Relatório ARE 702.326 AGR / SP jurisdicional, se dependentes de reexame de normas infraconstitucionais, podem configurar apenas ofensa reflexa à Constituição da República’ (AI nº 594.887/SP–AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJ de 30/11/07). ‘AGRAVO DE INSTRUMENTO - ALEGAÇÃO DE OFENSA AO POSTULADO DA MOTIVAÇÃO DOS ATOS DECISÓRIOS - INOCORRÊNCIA - AUSÊNCIA DE OFENSA DIRETA À CONSTITUIÇÃO - RECURSO IMPROVIDO. O Supremo Tribunal Federal deixou assentado que, em regra, as alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição, circunstância essa que impede a utilização do recurso extraordinário. Precedentes’ (AI nº 360.265/RJ-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 20/9/02). Ressalte-se, por fim, que o Tribunal local decidiu a lide amparado nas provas dos autos e na legislação processual pertinente, de reexame incabível em sede de recurso extraordinário. Incidência da Súmula nº 279/STF. Ante o exposto, conheço do agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário. Publique-se.” Insistem os agravantes que foi violado o art. 5º, inciso LV, da Constituição Federal. Aduzem, in verbis, que: “(...) o cerceamento da defesa reside no indeferimento de nova oitiva da testemunha cujo depoimento, tomado pelo método da estenotipia, quando da transcrição, não guardou fidelidade ao que fora dito em audiência e restou desconexo. O texto decorrente da transcrição de depoimento não 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2865225. Supremo Tribunal Federal ARE 702.326 AGR / SP jurisdicional, se dependentes de reexame de normas infraconstitucionais, podem configurar apenas ofensa reflexa à Constituição da República’ (AI nº 594.887/SP–AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJ de 30/11/07). ‘AGRAVO DE INSTRUMENTO - ALEGAÇÃO DE OFENSA AO POSTULADO DA MOTIVAÇÃO DOS ATOS DECISÓRIOS - INOCORRÊNCIA - AUSÊNCIA DE OFENSA DIRETA À CONSTITUIÇÃO - RECURSO IMPROVIDO. O Supremo Tribunal Federal deixou assentado que, em regra, as alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição, circunstância essa que impede a utilização do recurso extraordinário. Precedentes’ (AI nº 360.265/RJ-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 20/9/02). Ressalte-se, por fim, que o Tribunal local decidiu a lide amparado nas provas dos autos e na legislação processual pertinente, de reexame incabível em sede de recurso extraordinário. Incidência da Súmula nº 279/STF. Ante o exposto, conheço do agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário. Publique-se.” Insistem os agravantes que foi violado o art. 5º, inciso LV, da Constituição Federal. Aduzem, in verbis, que: “(...) o cerceamento da defesa reside no indeferimento de nova oitiva da testemunha cujo depoimento, tomado pelo método da estenotipia, quando da transcrição, não guardou fidelidade ao que fora dito em audiência e restou desconexo. O texto decorrente da transcrição de depoimento não 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2865225. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 13 Relatório ARE 702.326 AGR / SP deixa pairar dúvida que não há nexo entre as respostas dadas pela testemunha. Se tal prova permanecer como está, além de inócua, ela terá se tornado imprestável ao fim que se destinava, qual seja: provar as alegações dos ora Agravantes” (fl. 217). É o relatório. 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2865225. Supremo Tribunal Federal ARE 702.326 AGR / SP deixa pairar dúvida que não há nexo entre as respostas dadas pela testemunha. Se tal prova permanecer como está, além de inócua, ela terá se tornado imprestável ao fim que se destinava, qual seja: provar as alegações dos ora Agravantes” (fl. 217). É o relatório. 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2865225. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 13 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 702.326 SÃO PAULO VOTO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): Não merece prosperar a irresignação. Colhe-se do voto condutor do acórdão recorrido: “Para a oitiva de testemunha Ruben Oswaldo Omart, foi remetida carta precatória à Comarca de Santos, sendo realizada audiência e intimadas as partes acerca do teor de transcrição por estenotipia. Os agravante requereram, de início, uma revisão da transcrição, apontando a existência de trechos truncados, o que deferido. Realizadas correções, os agravantes propugnaram, porém, pela repetição do ato, o que foi indeferido. A leitura de dito depoimento (fls. 36/48 e 63/75), ainda mais depois da revisão ordenada e realizada, não revela dificuldade de intelecção e não indica qualquer necessidade da repetição dos atos. As respostas dadas às perguntas se ajustam ao contexto, devendo ser ressaltado o fato de haver sido mantido o registro das palavras proferidas pela testemunha em fita codificada, o que permite, a partir do conhecimento do código próprio, seja decifrado o conteúdo integral. Soma-se que o magistrado atuou diretamente na realização do ato instrutório, de maneira que uma conferência específica já foi feita por ele próprio. Nada há para ser alterado” (fls. 117/118). Desse modo, é certo que o Tribunal de Justiça concluiu, analisando as provas dos autos, que não houve prejuízo à defesa dos ora agravantes, haja vista que a prova testemunhal, após a realização das correções necessárias, não mais apresentava qualquer dificuldade na compreensão Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2865224. Supremo Tribunal Federal 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 702.326 SÃO PAULO VOTO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): Não merece prosperar a irresignação. Colhe-se do voto condutor do acórdão recorrido: “Para a oitiva de testemunha Ruben Oswaldo Omart, foi remetida carta precatória à Comarca de Santos, sendo realizada audiência e intimadas as partes acerca do teor de transcrição por estenotipia. Os agravante requereram, de início, uma revisão da transcrição, apontando a existência de trechos truncados, o que deferido. Realizadas correções, os agravantes propugnaram, porém, pela repetição do ato, o que foi indeferido. A leitura de dito depoimento (fls. 36/48 e 63/75), ainda mais depois da revisão ordenada e realizada, não revela dificuldade de intelecção e não indica qualquer necessidade da repetição dos atos. As respostas dadas às perguntas se ajustam ao contexto, devendo ser ressaltado o fato de haver sido mantido o registro das palavras proferidas pela testemunha em fita codificada, o que permite, a partir do conhecimento do código próprio, seja decifrado o conteúdo integral. Soma-se que o magistrado atuou diretamente na realização do ato instrutório, de maneira que uma conferência específica já foi feita por ele próprio. Nada há para ser alterado” (fls. 117/118). Desse modo, é certo que o Tribunal de Justiça concluiu, analisando as provas dos autos, que não houve prejuízo à defesa dos ora agravantes, haja vista que a prova testemunhal, após a realização das correções necessárias, não mais apresentava qualquer dificuldade na compreensão Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2865224. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 13 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI ARE 702.326 AGR / SP dos fatos relatados pela testemunha. Assim, para divergir desse entendimento, seria necessário reexaminar o conjunto fático-probatório da causa, o que é inviável em recurso extraordinário. Incidência da Súmula nº 279/STF. Ressalte-se que o Plenário desta Corte, em sessão realizada por meio eletrônico, concluída em 16/6/11, no exame do ARE nº 639.228/RJ, Relator o Ministro Cezar Peluso, entendeu pela ausência de repercussão geral do tema relativo à suposta violação dos princípios do contraditório e da ampla defesa nos casos de indeferimento de produção de provas no âmbito de processo judicial, dado o caráter infraconstitucional da matéria. Nesse sentido, anote-se: “AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. DIREITO DO CONSUMIDOR. SUSPENSÃO DO FORNECIMENTO DE ÁGUA. COMUNICAÇÃO PRÉVIA. RESTABELECIMENTO DO SERVIÇO FORA DO PRAZO COMUNICADO. DANO MORAL. RESPONSABILIDADE OBJETIVA DA CONCESSIONÁRIA DE SERVIÇO PÚBLICO. DISCUSSÃO QUANTO À NECESSIDADE DE PERÍCIA TÉCNICA. AUSÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL. ALEGADA AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO. INOCORRÊNCIA. CAUSA EXCLUDENTE DE RESPONSABILIDADE. REEXAME DO CONTEXTO FÁTICO-PROBATÓRIO. INVIÁVEL. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 279 DESTA CORTE. ALEGADA VIOLAÇÃO AOS ARTIGOS 2º E 5º, LIII, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. INCIDÊNCIA DAS SÚMULAS 282 E 356 DO STF. 1. A repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade (art. 323 do RISTF). Consectariamente, se o recurso é inadmissível por outro motivo, não há como se pretender seja reconhecida a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso (art. 102, III, § 3º, da Constituição Federal). 2. O prequestionamento da questão 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2865224. Supremo Tribunal Federal ARE 702.326 AGR / SP dos fatos relatados pela testemunha. Assim, para divergir desse entendimento, seria necessário reexaminar o conjunto fático-probatório da causa, o que é inviável em recurso extraordinário. Incidência da Súmula nº 279/STF. Ressalte-se que o Plenário desta Corte, em sessão realizada por meio eletrônico, concluída em 16/6/11, no exame do ARE nº 639.228/RJ, Relator o Ministro Cezar Peluso, entendeu pela ausência de repercussão geral do tema relativo à suposta violação dos princípios do contraditório e da ampla defesa nos casos de indeferimento de produção de provas no âmbito de processo judicial, dado o caráter infraconstitucional da matéria. Nesse sentido, anote-se: “AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. DIREITO DO CONSUMIDOR. SUSPENSÃO DO FORNECIMENTO DE ÁGUA. COMUNICAÇÃO PRÉVIA. RESTABELECIMENTO DO SERVIÇO FORA DO PRAZO COMUNICADO. DANO MORAL. RESPONSABILIDADE OBJETIVA DA CONCESSIONÁRIA DE SERVIÇO PÚBLICO. DISCUSSÃO QUANTO À NECESSIDADE DE PERÍCIA TÉCNICA. AUSÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL. ALEGADA AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO. INOCORRÊNCIA. CAUSA EXCLUDENTE DE RESPONSABILIDADE. REEXAME DO CONTEXTO FÁTICO-PROBATÓRIO. INVIÁVEL. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 279 DESTA CORTE. ALEGADA VIOLAÇÃO AOS ARTIGOS 2º E 5º, LIII, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. INCIDÊNCIA DAS SÚMULAS 282 E 356 DO STF. 1. A repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade (art. 323 do RISTF). Consectariamente, se o recurso é inadmissível por outro motivo, não há como se pretender seja reconhecida a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso (art. 102, III, § 3º, da Constituição Federal). 2. O prequestionamento da questão 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2865224. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 13 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI ARE 702.326 AGR / SP constitucional é requisito indispensável à admissão do recurso extraordinário, sendo certo que eventual omissão do acórdão recorrido reclama embargos de declaração. 3. As Súmulas 282 e 356 do STF dispõem respectivamente, verbis: ‘É inadmissível o recurso extraordinário, quando não ventilada, na decisão recorrida, a questão federal suscitada’ e ‘O ponto omisso da decisão, sobre o qual não foram opostos embargos declaratórios, não pode ser objeto de recurso extraordinário, por faltar o requisito do prequestionamento’. 4. O Plenário desta Corte já se manifestou sobre a ocorrência de cerceamento de defesa por indeferimento de prova pericial no julgamento do ARE 639.228, Rel. Min. Cezar Peluso, DJe de 30/08/2011. Naquela assentada, recusou-se o recurso extraordinário ante a ausência de repercussão geral, por versar sobre matéria infraconstitucional. 5. Os princípios da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, da motivação das decisões judiciais, bem como os limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, quando a verificação de sua ofensa dependa do reexame prévio de normas infraconstitucionais, revelam ofensa indireta ou reflexa à Constituição Federal, o que, por si só, não desafia a abertura da instância extraordinária. Precedentes: AI 804.854-AgR, 1ª Turma, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJe de 24/11/2010 e AI 756.336- AgR, 2ª Turma, Rel. Min. Ellen Gracie, DJe de 22/10/2010. 6. A matéria relativa à nulidade por negativa de prestação jurisdicional por ausência de fundamentação teve repercussão geral reconhecida pelo Plenário, no julgamento do AI 791.292 QO-RG, Rel. Min. Gilmar Mendes, DJe de 12/08/2010. Naquela assentada, reafirmou-se a jurisprudência desta Suprema Corte, no sentido de que o artigo 93, IX, da Constituição Federal exige que o acórdão ou decisão sejam fundamentados, ainda que sucintamente, sem determinar, contudo, o exame pormenorizado de cada uma das alegações ou provas, nem que sejam corretos os fundamentos da decisão. 7. A Súmula 279 do STF dispõe: ‘Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário’. 8. É que o recurso extraordinário não se presta 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2865224. Supremo Tribunal Federal ARE 702.326 AGR / SP constitucional é requisito indispensável à admissão do recurso extraordinário, sendo certo que eventual omissão do acórdão recorrido reclama embargos de declaração. 3. As Súmulas 282 e 356 do STF dispõem respectivamente, verbis: ‘É inadmissível o recurso extraordinário, quando não ventilada, na decisão recorrida, a questão federal suscitada’ e ‘O ponto omisso da decisão, sobre o qual não foram opostos embargos declaratórios, não pode ser objeto de recurso extraordinário, por faltar o requisito do prequestionamento’. 4. O Plenário desta Corte já se manifestou sobre a ocorrência de cerceamento de defesa por indeferimento de prova pericial no julgamento do ARE 639.228, Rel. Min. Cezar Peluso, DJe de 30/08/2011. Naquela assentada, recusou-se o recurso extraordinário ante a ausência de repercussão geral, por versar sobre matéria infraconstitucional. 5. Os princípios da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, da motivação das decisões judiciais, bem como os limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, quando a verificação de sua ofensa dependa do reexame prévio de normas infraconstitucionais, revelam ofensa indireta ou reflexa à Constituição Federal, o que, por si só, não desafia a abertura da instância extraordinária. Precedentes: AI 804.854-AgR, 1ª Turma, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJe de 24/11/2010 e AI 756.336- AgR, 2ª Turma, Rel. Min. Ellen Gracie, DJe de 22/10/2010. 6. A matéria relativa à nulidade por negativa de prestação jurisdicional por ausência de fundamentação teve repercussão geral reconhecida pelo Plenário, no julgamento do AI 791.292 QO-RG, Rel. Min. Gilmar Mendes, DJe de 12/08/2010. Naquela assentada, reafirmou-se a jurisprudência desta Suprema Corte, no sentido de que o artigo 93, IX, da Constituição Federal exige que o acórdão ou decisão sejam fundamentados, ainda que sucintamente, sem determinar, contudo, o exame pormenorizado de cada uma das alegações ou provas, nem que sejam corretos os fundamentos da decisão. 7. A Súmula 279 do STF dispõe: ‘Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário’. 8. É que o recurso extraordinário não se presta 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2865224. Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 13 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI ARE 702.326 AGR / SP ao exame de questões que demandam o revolvimento do contexto fático-probatório dos autos, adstringindo-se à análise da violação direta da ordem constitucional. 9. In casu, o acórdão originariamente recorrido assentou: ‘AGRAVO REGIMENTAL. DECISÃO MONOCRÁTICA QUE NEGOU SEGUIMENTO AO RECURSO INOMINADO INTERPOSTO. APLICAÇÃO DO ART. 557, DO CPC E ENUNCIADO 102, DO FONAJE. COMPETÊNCIA. SUSPENSÃO NO FORNECIMENTO DE ÁGUA MEDIANTE COMUNICAÇÃO PRÉVIA. RESTABELECIMENTO DO SERVIÇO NÃO REALIZADO NO PRAZO COMUNICADO À CONSUMIDORA. DESNECESSIDADE DE PERÍCIA TÉCNICA. DANO MORAL CONFIGURADO. ENTENDIMENTO JÁ CONSOLIDADO, INCLUSIVE, POR ESTA TURMA JULGADORA. INEXISTÊNCIA DE MOTIVOS QUE POSSAM ENSEJAR A REFORMA DO DECISUM. AGRAVO REGIMENTAL CONHECIDO E IMPROVIDO.’ 10. Agravo regimental desprovido” (ARE nº 670.866/SE-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Luiz Fux, DJe de 15/8/12). “AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL. INDEFERIMENTO MOTIVADO DE PRODUÇÃO DE PROVAS. CERCEAMENTO DE DEFESA. INEXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL. BONIFICAÇÃO ANUAL. NECESSIDADE DE REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO- PROBATÓRIO. SÚMULA 279 DO STF. ALEGADA OFENSA AO ART. 5º, II, DA CONSTITUIÇÃO. SÚMULA 636 DO STF. INCIDÊNCIA. VIOLAÇÃO AO ART. 93, IX, DA CF. INEXISTÊNCIA. AGRAVO IMPROVIDO. I - Os Ministros desta Corte, no ARE 639.228-RG/RJ, Rel. Min. Cezar Peluso, manifestaram-se pela inexistência de repercussão geral do tema - observância dos princípios do contraditório e da ampla defesa, nos casos de indeferimento de pedido de produção de provas em processo judicial - por se tratar de matéria infraconstitucional. II - Imprescindível a análise do conjunto 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2865224. Supremo Tribunal Federal ARE 702.326 AGR / SP ao exame de questões que demandam o revolvimento do contexto fático-probatório dos autos, adstringindo-se à análise da violação direta da ordem constitucional. 9. In casu, o acórdão originariamente recorrido assentou: ‘AGRAVO REGIMENTAL. DECISÃO MONOCRÁTICA QUE NEGOU SEGUIMENTO AO RECURSO INOMINADO INTERPOSTO. APLICAÇÃO DO ART. 557, DO CPC E ENUNCIADO 102, DO FONAJE. COMPETÊNCIA. SUSPENSÃO NO FORNECIMENTO DE ÁGUA MEDIANTE COMUNICAÇÃO PRÉVIA. RESTABELECIMENTO DO SERVIÇO NÃO REALIZADO NO PRAZO COMUNICADO À CONSUMIDORA. DESNECESSIDADE DE PERÍCIA TÉCNICA. DANO MORAL CONFIGURADO. ENTENDIMENTO JÁ CONSOLIDADO, INCLUSIVE, POR ESTA TURMA JULGADORA. INEXISTÊNCIA DE MOTIVOS QUE POSSAM ENSEJAR A REFORMA DO DECISUM. AGRAVO REGIMENTAL CONHECIDO E IMPROVIDO.’ 10. Agravo regimental desprovido” (ARE nº 670.866/SE-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Luiz Fux, DJe de 15/8/12). “AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL. INDEFERIMENTO MOTIVADO DE PRODUÇÃO DE PROVAS. CERCEAMENTO DE DEFESA. INEXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL. BONIFICAÇÃO ANUAL. NECESSIDADE DE REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO- PROBATÓRIO. SÚMULA 279 DO STF. ALEGADA OFENSA AO ART. 5º, II, DA CONSTITUIÇÃO. SÚMULA 636 DO STF. INCIDÊNCIA. VIOLAÇÃO AO ART. 93, IX, DA CF. INEXISTÊNCIA. AGRAVO IMPROVIDO. I - Os Ministros desta Corte, no ARE 639.228-RG/RJ, Rel. Min. Cezar Peluso, manifestaram-se pela inexistência de repercussão geral do tema - observância dos princípios do contraditório e da ampla defesa, nos casos de indeferimento de pedido de produção de provas em processo judicial - por se tratar de matéria infraconstitucional. II - Imprescindível a análise do conjunto 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2865224. Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 13 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI ARE 702.326 AGR / SP fático-probatório dos autos, para verificar, no caso, ocorrência de eventual ofensa à Lei Maior, o que inviabiliza o apelo extremo, nos termos da Súmula 279 do STF. III - O Tribunal entende não ser cabível a interposição de RE por contrariedade princípio da legalidade quando a verificação da ofensa envolva a reapreciação de interpretação dada a normas infraconstitucionais pelo Tribunal a quo (Súmula 636 do STF). Precedentes. IV - Não há contrariedade ao art. 93, IX, da Constituição, quando o acórdão recorrido encontra-se suficientemente fundamentado. V - Agravo regimental improvido” (ARE nº 664.293/PR-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 28/2/12). “Agravo regimental em agravo de instrumento. 2. Trabalhista e processual civil. Preliminar de negativa de prestação jurisdicional. Indeferimento motivado de produção de prova. Alegação de cerceamento do direito de defesa. Inexistência. Precedentes. ARE-RG 639.228 e AI-QO-RG 791.292. 3. Cumprimento de cláusula de sentença normativa. Diferenças salariais. Matéria infraconstitucional. Ofensa constitucional indireta. Enunciado de Súmula 279. 4. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI nº 816.078/MG-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJe de 20/9/11). Por fim, a jurisprudência desta Corte está consolidada no sentido de que a afronta aos princípios da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, quando depende, para ser reconhecida como tal, da análise de normas infraconstitucionais, configura apenas ofensa indireta ou reflexa à Constituição da República, o que não enseja o reexame da matéria em recurso extraordinário. Nesse sentido, anote-se: “AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL. OBRIGAÇÃO DE FAZER. PLANO DE SAÚDE EMPRESARIAL. INDEFERIMENTO DA PRODUÇÃO DE 5 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2865224. Supremo Tribunal Federal ARE 702.326 AGR / SP fático-probatório dos autos, para verificar, no caso, ocorrência de eventual ofensa à Lei Maior, o que inviabiliza o apelo extremo, nos termos da Súmula 279 do STF. III - O Tribunal entende não ser cabível a interposição de RE por contrariedade princípio da legalidade quando a verificação da ofensa envolva a reapreciação de interpretação dada a normas infraconstitucionais pelo Tribunal a quo (Súmula 636 do STF). Precedentes. IV - Não há contrariedade ao art. 93, IX, da Constituição, quando o acórdão recorrido encontra-se suficientemente fundamentado. V - Agravo regimental improvido” (ARE nº 664.293/PR-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 28/2/12). “Agravo regimental em agravo de instrumento. 2. Trabalhista e processual civil. Preliminar de negativa de prestação jurisdicional. Indeferimento motivado de produção de prova. Alegação de cerceamento do direito de defesa. Inexistência. Precedentes. ARE-RG 639.228 e AI-QO-RG 791.292. 3. Cumprimento de cláusula de sentença normativa. Diferenças salariais. Matéria infraconstitucional. Ofensa constitucional indireta. Enunciado de Súmula 279. 4. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI nº 816.078/MG-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJe de 20/9/11). Por fim, a jurisprudência desta Corte está consolidada no sentido de que a afronta aos princípios da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, quando depende, para ser reconhecida como tal, da análise de normas infraconstitucionais, configura apenas ofensa indireta ou reflexa à Constituição da República, o que não enseja o reexame da matéria em recurso extraordinário. Nesse sentido, anote-se: “AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL. OBRIGAÇÃO DE FAZER. PLANO DE SAÚDE EMPRESARIAL. INDEFERIMENTO DA PRODUÇÃO DE 5 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2865224. Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 13 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI ARE 702.326 AGR / SP PROVAS. ALEGAÇÃO DE OFENSA AO ARTIGO 5º, LV, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. OFENSA REFLEXA. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO. 1. Os postulados da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, quando a verificação de sua ofensa dependa do reexame prévio de normas infraconstitucionais, revelam ofensa indireta ou reflexa à Constituição Federal, o que, por si só, não desafia a abertura da instância extraordinária. Precedentes: AI 804.854-AgR, 1ª Turma, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJe de 24/11/2010; e AI 756.336-AgR, 2ª Turma, Rel. Min. Ellen Gracie, DJe de 22/10/2010. 2. Agravo regimental desprovido” (ARE nº 644.667/RS-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Luiz Fux, DJe de 5/10/11). “AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CERCEAMENTO DE DEFESA. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA INDIRETA. 1. O acórdão que mantém o indeferimento de diligência probatória tida por desnecessária não ofende o artigo 5º, LV, da Constituição do Brasil. Precedentes. 2. As alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame prévio de normas inferiores, podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI nº 531.906/RJ-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Eros Grau, DJ de 14/11/07). Nego provimento ao agravo regimental. 6 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2865224. Supremo Tribunal Federal ARE 702.326 AGR / SP PROVAS. ALEGAÇÃO DE OFENSA AO ARTIGO 5º, LV, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. OFENSA REFLEXA. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO. 1. Os postulados da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, quando a verificação de sua ofensa dependa do reexame prévio de normas infraconstitucionais, revelam ofensa indireta ou reflexa à Constituição Federal, o que, por si só, não desafia a abertura da instância extraordinária. Precedentes: AI 804.854-AgR, 1ª Turma, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJe de 24/11/2010; e AI 756.336-AgR, 2ª Turma, Rel. Min. Ellen Gracie, DJe de 22/10/2010. 2. Agravo regimental desprovido” (ARE nº 644.667/RS-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Luiz Fux, DJe de 5/10/11). “AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CERCEAMENTO DE DEFESA. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA INDIRETA. 1. O acórdão que mantém o indeferimento de diligência probatória tida por desnecessária não ofende o artigo 5º, LV, da Constituição do Brasil. Precedentes. 2. As alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame prévio de normas inferiores, podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI nº 531.906/RJ-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Eros Grau, DJ de 14/11/07). Nego provimento ao agravo regimental. 6 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2865224. Inteiro Teor do Acórdão - Página 12 de 13 Decisão de Julgamento PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 702.326 PROCED. : SÃO PAULO RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) : JOSÉ ROBERTO COLLETTI E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) : PEDRO PESSOTTO NETO E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : MASSA FALIDA DE TEMA TERRA EQUIPAMENTO LTDA ADV.(A/S) : ALESSANDRA MARETTI E OUTRO(A/S) Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 18.9.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de Almeida. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2848669 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 702.326 PROCED. : SÃO PAULO RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) : JOSÉ ROBERTO COLLETTI E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) : PEDRO PESSOTTO NETO E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : MASSA FALIDA DE TEMA TERRA EQUIPAMENTO LTDA ADV.(A/S) : ALESSANDRA MARETTI E OUTRO(A/S) Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 18.9.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de Almeida. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2848669 Inteiro Teor do Acórdão - Página 13 de 13
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=2915276
2012-09-18T00:00:00
2012-10-10T00:00:00
A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 18.9.2012.
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO
EMENTA Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo. Princípio da ampla defesa. Prova testemunhal. Repetição. Indeferimento. Reexame de fatos e provas. Impossibilidade. Repercussão geral. Ausência. Ofensa reflexa. Precedentes. 1. Inadmissível, em recurso extraordinário, o reexame de fatos e provas dos autos. Incidência da Súmulas nº 279/STF. 2. O Plenário desta Corte, em sessão realizada por meio eletrônico, concluída em 16/6/11, no exame do ARE nº 639.228/RJ, Relator o Ministro Cezar Peluso, entendeu pela ausência de repercussão geral do tema relativo à suposta violação dos princípios do contraditório e da ampla defesa nos casos de indeferimento de produção de provas no âmbito de processo judicial, dado o caráter infraconstitucional da matéria. 3. A afronta aos princípios da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, quando depende, para ser reconhecida como tal, da análise de normas infraconstitucionais, configura apenas ofensa indireta ou reflexa à Constituição da República. 4. Agravo regimental não provido.
sjur216450
- Acórdãos citados: ARE 639228 RG, ARE 670866 AgR, ARE 664293 AgR, AI 816078 AgR, ARE 644667 AgR, AI 531906 AgR. Número de páginas: 13. Análise: 23/10/2012, AMS.
DIAS TOFFOLI
Primeira Turma
702326
[ "LEG-FED SUMSTF-000279 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF" ]
ARE-AgR
acordaos
ARE 702326 AgR
[ "" ]
ADV.(A/S) : TEREZA NASCIMENTO ROCHA DÓRO AGTE.(S) : JOSÉ ROBERTO COLLETTI E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) : PEDRO PESSOTTO NETO E OUTRO(A/S) RECTE.(S) : SUSETE TEREZINHA FERREIRA COLLETTI AGDO.(A/S) : MASSA FALIDA DE TEMA TERRA EQUIPAMENTO LTDA ADV.(A/S) : ALESSANDRA MARETTI E OUTRO(A/S)
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 702 . 326", "Súmulas [UNK] 279 / STF", "ARE [UNK] 639 . 228 / RJ", "ARE 702 . 326 AGR / SP", "ARE 702 . 326 AGR", "AGRAVO 702 . 326", "ARE 702 . 326 AGR / SP", "Agravo de Instrumento [UNK] 664 . 567 / RS", "ARE 702 . 326 AGR", "Agravo de Instrumento [UNK] 664 . 567 / RS", "ARE 702 . 326 AGR / SP", "AI [UNK] 594 . 887 / SP – AgR", "AI [UNK] 360 . 265 / RJ - AgR", "Súmula [UNK] 279 / STF", "ARE 702 . 326 AGR / SP", "AI [UNK] 594 . 887 / SP – AgR", "AI [UNK] 360 . 265 / RJ - AgR", "Súmula [UNK] 279 / STF", "ARE 702 . 326 AGR / SP", "ARE 702 . 326 AGR / SP", "RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 702 . 326", "ARE 702 . 326 AGR / SP", "Súmula [UNK] 279 / STF", "ARE [UNK] 639 . 228 / RJ", "SÚMULA 279 DESTA CORTE", "SÚMULAS 282", "ARE 702 . 326 AGR / SP", "Súmula [UNK] 279 / STF", "ARE [UNK] 639 . 228 / RJ", "SÚMULA 279 DESTA CORTE", "SÚMULAS 282", "ARE 702 . 326 AGR / SP", "Súmulas 282", "ARE 639 . 228", "AI 804 . 854 - AgR", "AI 756 . 336 - AgR", "AI 791 . 292 QO - RG", "Súmula 279 do STF", "ARE 702 . 326 AGR / SP", "Súmulas 282", "ARE 639 . 228", "AI 804 . 854 - AgR", "AI 756 . 336 - AgR", "AI 791 . 292 QO - RG", "Súmula 279 do STF", "ARE 702 . 326 AGR / SP", "ENUNCIADO 102 , DO FONAJE", "ARE [UNK] 670 . 866 / SE - AgR", "SÚMULA 279 DO STF", "SÚMULA 636 DO STF", "ARE 639 . 228 - RG / RJ", "ARE 702 . 326 AGR / SP", "ARE [UNK] 670 . 866 / SE - AgR", "SÚMULA 279 DO STF", "SÚMULA 636 DO STF", "ARE 639 . 228 - RG / RJ", "ARE 702 . 326 AGR / SP", "Súmula 279 do STF", "Súmula 636 do STF", "ARE [UNK] 664 . 293 / PR - AgR", "ARE", "-", "RG 639 . 228", "AI", "-", "QO", "-", "RG 791 . 292", "AI [UNK] 816 . 078 / MG - AgR", "ARE 702 . 326 AGR / SP", "Súmula 279 do STF", "Súmula 636 do STF", "ARE [UNK] 664 . 293 / PR - AgR", "ARE", "-", "RG 639 . 228", "AI", "-", "QO", "-", "RG 791 . 292", "AI [UNK] 816 . 078 / MG - AgR", "ARE 702 . 326", "AI 804 . 854 - AgR", "AI 756 . 336 - AgR", "ARE [UNK] 644 . 667 / RS - AgR", "AI [UNK] 531 . 906 / RJ - AgR", "ARE 702 . 326 AGR", "AI 804 . 854 - AgR", "AI 756 . 336 - AgR", "ARE [UNK] 644 . 667 / RS - AgR", "AI [UNK] 531 . 906 / RJ - AgR", "RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 702 . 326" ], "LEGISLACAO": [ "Constituição da República", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "artigo [UNK] , inciso LV , da Constituição Federal", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "artigo [UNK] , inciso LV , da Constituição Federal", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal", "Emenda Regimental [UNK] 21 / 07", "Constituição da República", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal", "Emenda Regimental [UNK] 21 / 07", "Constituição da República", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Constituição da República ’", "Constituição", "art . 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[UNK] , II , DA CONSTITUIÇÃO", "ART . 93 , IX , DA CF", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Lei Maior", "art . 93 , IX , da Constituição", "Constituição da República", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Lei Maior", "art . 93 , IX , da Constituição", "Constituição da República", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "ARTIGO [UNK] , LV , DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL", "Constituição Federal", "artigo [UNK] , LV , da Constituição do Brasil", "Constituição", "MP n° 2 . 200", "ARTIGO [UNK] , LV , DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL", "Constituição Federal", "artigo [UNK] , LV , da Constituição do Brasil", "Constituição", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001" ], "LOCAL": [ "SÃO PAULO", "Brasília", "Brasília", "SÃO PAULO", "SÃO PAULO", "SÃO PAULO", "Comarca de Santos", "SÃO PAULO", "Comarca de Santos", "SÃO PAULO", "SÃO PAULO" ], "ORGANIZACAO": [ "PRIMEIRA TURMA", "TERRA EQUIPAMENTO LTDA", "Plenário desta Corte", "Primeira Turma", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves 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TOFFOLI", "DIAS TOFFOLI", "Ruben Oswaldo Omart", "DIAS TOFFOLI", "Ruben Oswaldo Omart", "DIAS TOFFOLI", "Cezar Peluso", "Cezar Peluso", "DIAS TOFFOLI", "Cezar Peluso", "Cármen Lúcia", "Ellen Gracie", "Gilmar Mendes", "Cezar Peluso", "Cármen Lúcia", "Ellen Gracie", "Gilmar Mendes", "DIAS TOFFOLI", "Luiz Fux", "Cezar Peluso", "Luiz Fux", "Cezar Peluso", "DIAS TOFFOLI", "Ricardo Lewandowski", "Gilmar Mendes", "Ricardo Lewandowski", "Gilmar Mendes", "DIAS TOFFOLI", "Cármen Lúcia", "Ellen Gracie", "Luiz Fux", "Eros Grau", "Cármen Lúcia", "Ellen Gracie", "Luiz Fux", "Eros Grau", "DIAS TOFFOLI", "JOSÉ ROBERTO COLLETTI", "PEDRO PESSOTTO NETO", "MASSA FALIDA DE TEMA TERRA", "ALESSANDRA MARETTI", "Dias Toffoli", "Dias Toffoli", "Marco Aurélio", "Luiz Fux", "Rosa Weber", "Edson Oliveira de Almeida", "Carmen Lilian Oliveira de Souza", "DIAS TOFFOLI", "JOSÉ ROBERTO COLLETTI", "PEDRO PESSOTTO NETO", "MASSA FALIDA", "ALESSANDRA MARETTI", "Dias Toffoli", "Dias Toffoli", "Marco Aurélio", "Luiz Fux", 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Ementa e Acórdão 16/10/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 703.148 RIO GRANDE DO SUL RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI AGTE.(S) :GARAGEM AUXILIADORA LTDA ADV.(A/S) :JULIANO COLOMBO E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :MUNICÍPIO DE PORTO ALEGRE PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE PORTO ALEGRE EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. RESPONSABILIDADE DO ESTADO. NECESSIDADE DE REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO- PROBATÓRIO CONSTANTE DOS AUTOS. SÚMULA 279 DO STF. INCIDÊNCIA. AGRAVO IMPROVIDO. I – A apreciação do recurso extraordinário, no que concerne à alegada ofensa ao art. 37, § 6°, da Constituição, encontra óbice na Súmula 279 do STF. Precedentes. II - Agravo regimental improvido. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamentos e das notas taquigráficas, por unanimidade, negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. Brasília, 16 de outubro de 2012. RICARDO LEWANDOWSKI – PRESIDENTE E RELATOR Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2974786. Supremo Tribunal Federal DJe 08/11/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 9 Relatório 16/10/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 703.148 RIO GRANDE DO SUL RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI AGTE.(S) :GARAGEM AUXILIADORA LTDA ADV.(A/S) :JULIANO COLOMBO E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :MUNICÍPIO DE PORTO ALEGRE PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE PORTO ALEGRE R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Trata-se de agravo regimental interposto contra decisão que negou seguimento ao agravo. Eis o teor da decisão agravada: “Trata-se de agravo contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário interposto de acórdão, cuja ementa segue transcrita, no que importa: 'APELAÇÃO CIVIL. RESPONSABILIDADE CIVIL. RESPONSABILIDADE DO MUNICÍPIO. AGRAVO RETIDO. PEDIDO DE DESIGNAÇÃO DE AUDIÊNCIA PARA EXIBIÇÃO DE VÍDEO. CHUVA TORRENCIAL. DANOS NA PROPRIEDADE DO AUTOR (OFICINA MECÂNICA). PEDIDO DE INDENIZAÇÃO POR DANO MATERIAL, MORAL E LUCROS CESSANTES. SENTENÇA DE IMPROCEDÊNCIA. (...)' (fl. 317). No RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se violação ao arts. 5º, X, e 37, § 6º, da mesma Carta. O agravo não merece acolhida. É que para se chegar à conclusão contrária à adotada pelo acórdão recorrido quanto à existência de nexo de causalidade a ensejar o dever de indenizar, necessário seria o reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos, o que atrai Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2974787. Supremo Tribunal Federal 16/10/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 703.148 RIO GRANDE DO SUL RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI AGTE.(S) :GARAGEM AUXILIADORA LTDA ADV.(A/S) :JULIANO COLOMBO E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :MUNICÍPIO DE PORTO ALEGRE PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE PORTO ALEGRE R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Trata-se de agravo regimental interposto contra decisão que negou seguimento ao agravo. Eis o teor da decisão agravada: “Trata-se de agravo contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário interposto de acórdão, cuja ementa segue transcrita, no que importa: 'APELAÇÃO CIVIL. RESPONSABILIDADE CIVIL. RESPONSABILIDADE DO MUNICÍPIO. AGRAVO RETIDO. PEDIDO DE DESIGNAÇÃO DE AUDIÊNCIA PARA EXIBIÇÃO DE VÍDEO. CHUVA TORRENCIAL. DANOS NA PROPRIEDADE DO AUTOR (OFICINA MECÂNICA). PEDIDO DE INDENIZAÇÃO POR DANO MATERIAL, MORAL E LUCROS CESSANTES. SENTENÇA DE IMPROCEDÊNCIA. (...)' (fl. 317). No RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se violação ao arts. 5º, X, e 37, § 6º, da mesma Carta. O agravo não merece acolhida. É que para se chegar à conclusão contrária à adotada pelo acórdão recorrido quanto à existência de nexo de causalidade a ensejar o dever de indenizar, necessário seria o reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos, o que atrai Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2974787. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 9 Relatório ARE 703.148 AGR / RS a incidência da Súmula 279 do STF. Inviável, portanto, o extraordinário. Nesse sentido, menciono as seguintes decisões, entre outras: AI 770.181-AgR/RS, Rel. Min. Cezar Peluso; RE 474.340- AgR/RN, Rel. Min. Sepúlveda Pertence; AI 686.227/RJ, Rel. Min. Menezes Direito; ARE 670.643-AgR/SE, Rel. Min. Cármen Lúcia; AI 651.340-AgR/PR, Rel. Min. Ayres Britto; e o AI 814.060-AgR/RJ, Rel. Min. Ellen Gracie , cuja ementa segue transcrita: 'ADMINISTRATIVO. INDENIZAÇÃO. RESPONSABILIDADE OBJETIVA DO ESTADO. ART. 37, § 6º, CF/88. NEXO DE CAUSALIDADE. SÚMULA STF 279. 1. O tribunal de origem, ao concluir pela existência do nexo de causalidade entre a conduta de agente da Administração Pública e o dano ocorrido, decidiu com fundamento no quadro fático- probatório da presente causa. Incidência da Súmula STF 279. 2. Agravo regimental não provido'. Isso posto, nego seguimento ao recurso (CPC, art. 557, caput)” (fls. 509-510). A agravante sustenta, em suma, a inaplicabilidade das Súmulas 279 do STF, ao argumento de que não é o “caso de mero reexame da matéria fático-probatória” (fl. 517). É o relatório. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2974787. Supremo Tribunal Federal ARE 703.148 AGR / RS a incidência da Súmula 279 do STF. Inviável, portanto, o extraordinário. Nesse sentido, menciono as seguintes decisões, entre outras: AI 770.181-AgR/RS, Rel. Min. Cezar Peluso; RE 474.340- AgR/RN, Rel. Min. Sepúlveda Pertence; AI 686.227/RJ, Rel. Min. Menezes Direito; ARE 670.643-AgR/SE, Rel. Min. Cármen Lúcia; AI 651.340-AgR/PR, Rel. Min. Ayres Britto; e o AI 814.060-AgR/RJ, Rel. Min. Ellen Gracie , cuja ementa segue transcrita: 'ADMINISTRATIVO. INDENIZAÇÃO. RESPONSABILIDADE OBJETIVA DO ESTADO. ART. 37, § 6º, CF/88. NEXO DE CAUSALIDADE. SÚMULA STF 279. 1. O tribunal de origem, ao concluir pela existência do nexo de causalidade entre a conduta de agente da Administração Pública e o dano ocorrido, decidiu com fundamento no quadro fático- probatório da presente causa. Incidência da Súmula STF 279. 2. Agravo regimental não provido'. Isso posto, nego seguimento ao recurso (CPC, art. 557, caput)” (fls. 509-510). A agravante sustenta, em suma, a inaplicabilidade das Súmulas 279 do STF, ao argumento de que não é o “caso de mero reexame da matéria fático-probatória” (fl. 517). É o relatório. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2974787. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 9 Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI 16/10/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 703.148 RIO GRANDE DO SUL V O T O O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Bem reexaminada a questão, verifica-se que a decisão ora atacada não merece reforma, uma vez que a agravante não aduz argumentos capazes de afastar as razões nela expendidas. Isso porque o Tribunal a quo entendeu que não restou comprovada a culpa da Administração Pública, nos seguintes termos: “No caso dos autos, tratando-se de dano causado a partir de fenômeno da natureza, fato em si estranho à atividade administrativa, exige-se prova da culpa da Administração em ação ou omissão que tenha causado dano, moral ou patrimonial, e o nexo de causalidade entre o ato do Estado e o prejuízo. E efetiva obrigação de indenizar, contudo, só estará presente se não elidida por fato de terceiro, culpa exclusiva da vítima ou caso fortuito ou força maior. De início, acerca da intensidade da chuva, sabe-se que o temporal que caiu sobre a capital gaúcha naquele início de novembro de 2005 foi de excepcional intensidade, como mostram as imagens dos jornais trazidos aos autos (fls. 44/52). Tanto que, equacionados os dados colhidos, chegou-se a um período de retorno de 97,8 anos – tempo que se estima para a repetição de evento daquelas dimensões (fls. 141, 153, 156). A testemunha JOSÉ FERREIRA, engenheiro da Prefeitura Municipal, esclarece que quanto ao tempo de recorrência, 'que o sistema é projetado para um tempo de recorrência de cinco anos dentro da cidade. Isso mostra que a capacidade do sistema ela não tinha condições de absorver, então, o excedente ficou do lado de fora' (fl. 204). Menciona o apelante o colapso no sistema de bombeamento, Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2974788. Supremo Tribunal Federal 16/10/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 703.148 RIO GRANDE DO SUL V O T O O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Bem reexaminada a questão, verifica-se que a decisão ora atacada não merece reforma, uma vez que a agravante não aduz argumentos capazes de afastar as razões nela expendidas. Isso porque o Tribunal a quo entendeu que não restou comprovada a culpa da Administração Pública, nos seguintes termos: “No caso dos autos, tratando-se de dano causado a partir de fenômeno da natureza, fato em si estranho à atividade administrativa, exige-se prova da culpa da Administração em ação ou omissão que tenha causado dano, moral ou patrimonial, e o nexo de causalidade entre o ato do Estado e o prejuízo. E efetiva obrigação de indenizar, contudo, só estará presente se não elidida por fato de terceiro, culpa exclusiva da vítima ou caso fortuito ou força maior. De início, acerca da intensidade da chuva, sabe-se que o temporal que caiu sobre a capital gaúcha naquele início de novembro de 2005 foi de excepcional intensidade, como mostram as imagens dos jornais trazidos aos autos (fls. 44/52). Tanto que, equacionados os dados colhidos, chegou-se a um período de retorno de 97,8 anos – tempo que se estima para a repetição de evento daquelas dimensões (fls. 141, 153, 156). A testemunha JOSÉ FERREIRA, engenheiro da Prefeitura Municipal, esclarece que quanto ao tempo de recorrência, 'que o sistema é projetado para um tempo de recorrência de cinco anos dentro da cidade. Isso mostra que a capacidade do sistema ela não tinha condições de absorver, então, o excedente ficou do lado de fora' (fl. 204). Menciona o apelante o colapso no sistema de bombeamento, Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2974788. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 9 Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI ARE 703.148 AGR / RS pois, na época, algumas bombas que puxam água das ruas, captadas pelas bocas-de-lobo, lançando-a no rio Guaíba e Gravataí, tiveram o funcionamento interrompido por queda de luz. Porém, como se vê de notícia veiculada no jornal Zero Hora, não se localizavam no bairro do apelante, mas sim na região da Av. Beira-Rio, Centro, Castelo Branco e Vila Farrapos (fl. 27). Quanto à obra do Conduto Forçado Álvaro Chaves (cujas características e finalidade foram explicadas pelo engenheiro depoente – fl. 204v.), tenho que não pode ser responsabilizada pelo danos. Primeiro, observo que o laudo da ECOPLAN Engenharia, que foi impugnado pelo autor, teve como objeto analisar a situação especificamente no Bairro Auxiliadora na rua Mata Bacelar esquina Xavier Pereira. De qualquer modo, refere que os alagamentos ocorridos teriam acontecido mesmo sem o advento do canteiro de obras, em que pese o local (Mata Bacelar esquina Xavier Ferreira) apresentar risco devido a ser ponto de convergência da bacia formada pelas avenidas Carlos Gomes, Cristóvão Colombo, Pedro Ivo e Lucas de Oliveira (fls. 153/155). (…) Peço vênia para adotar excerto da sentença a corroborar esta fundamentação ( fls. 251v./253): 'A testemunha Daniela (fls. 203/204) narra que o volume de precipitação no dia do fato foi de 38,4 mm, sendo 27 mm nos primeiros dez minutos de chuva. Ela também refere que o período de retorno da ocorrência de evento semelhante é de 97,8 anos. Informa a testemunha que as redes de drenagem são projetadas levando-se em consideração um período de retorno de em média dez anos. Por fim, refere a testemunhas que mesmo que o conduto Álvaro Chaves estivesse pronto não teria tido capacidade para escoar todo o volume de precipitação naquele dia. A testemunha Ernesto (fl. 203 – verso) também relata que o conduto não teve qualquer contribuição para o evento danoso, muito embora refira que a região tinha problemas de escoamento. As demais testemunhas ouvidas apenas narram os danos sofridos pela autora, sem trazer maiores esclarecimentos quanto 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2974788. Supremo Tribunal Federal ARE 703.148 AGR / RS pois, na época, algumas bombas que puxam água das ruas, captadas pelas bocas-de-lobo, lançando-a no rio Guaíba e Gravataí, tiveram o funcionamento interrompido por queda de luz. Porém, como se vê de notícia veiculada no jornal Zero Hora, não se localizavam no bairro do apelante, mas sim na região da Av. Beira-Rio, Centro, Castelo Branco e Vila Farrapos (fl. 27). Quanto à obra do Conduto Forçado Álvaro Chaves (cujas características e finalidade foram explicadas pelo engenheiro depoente – fl. 204v.), tenho que não pode ser responsabilizada pelo danos. Primeiro, observo que o laudo da ECOPLAN Engenharia, que foi impugnado pelo autor, teve como objeto analisar a situação especificamente no Bairro Auxiliadora na rua Mata Bacelar esquina Xavier Pereira. De qualquer modo, refere que os alagamentos ocorridos teriam acontecido mesmo sem o advento do canteiro de obras, em que pese o local (Mata Bacelar esquina Xavier Ferreira) apresentar risco devido a ser ponto de convergência da bacia formada pelas avenidas Carlos Gomes, Cristóvão Colombo, Pedro Ivo e Lucas de Oliveira (fls. 153/155). (…) Peço vênia para adotar excerto da sentença a corroborar esta fundamentação ( fls. 251v./253): 'A testemunha Daniela (fls. 203/204) narra que o volume de precipitação no dia do fato foi de 38,4 mm, sendo 27 mm nos primeiros dez minutos de chuva. Ela também refere que o período de retorno da ocorrência de evento semelhante é de 97,8 anos. Informa a testemunha que as redes de drenagem são projetadas levando-se em consideração um período de retorno de em média dez anos. Por fim, refere a testemunhas que mesmo que o conduto Álvaro Chaves estivesse pronto não teria tido capacidade para escoar todo o volume de precipitação naquele dia. A testemunha Ernesto (fl. 203 – verso) também relata que o conduto não teve qualquer contribuição para o evento danoso, muito embora refira que a região tinha problemas de escoamento. As demais testemunhas ouvidas apenas narram os danos sofridos pela autora, sem trazer maiores esclarecimentos quanto 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2974788. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 9 Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI ARE 703.148 AGR / RS a presença da falha no serviço prestado pela Administração. Do contexto probatório analisado, verifico que não há falha a ser imputada à Administração, a sustentar qualquer indenização postulada. O dimensionamento da rede, além de circunstâncias técnicas, passa por questões de sustentabilidade econômica e física. Exigir que a rede de escoamento municipal seja projetada com um período de recorrência de quase cem anos é ilógico e desarrazoado'. (...) De tudo se pode concluir que os danos ocorridos pelo volume e força das águas se deu por força maior, sendo impossível aferir, com absoluta segurança, se a realização de obras naquele local específico ou a desobstrução das 'bocas de lobo', teriam impedido o evento danoso” (fls. 319-321). Nesse contexto, reitero que para se verificar a ocorrência da alegada ofensa à Constituição Federal, no presente caso, necessário seria o reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos, o que atrai a incidência da Súmula 279 do STF. Nesse sentido, transcrevo ementas de julgados de ambas as turmas desta Corte: “AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. RESPONSABILIDADE OBJETIVA. INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. NECESSIDADE DO REEXAME DE LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL E DO CONJUNTO PROBATÓRIO. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. INCIDÊNCIA DA SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (AI 829.078-AgR/RJ, Rel. Min. Cármen Lúcia, Primeira Turma). “AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO. RESPONSABILIDADE OBJETIVA. REPARAÇÃO DE DANOS. ACIDENTE DE TRÂNSITO. RECURSO INOMINADO 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2974788. Supremo Tribunal Federal ARE 703.148 AGR / RS a presença da falha no serviço prestado pela Administração. Do contexto probatório analisado, verifico que não há falha a ser imputada à Administração, a sustentar qualquer indenização postulada. O dimensionamento da rede, além de circunstâncias técnicas, passa por questões de sustentabilidade econômica e física. Exigir que a rede de escoamento municipal seja projetada com um período de recorrência de quase cem anos é ilógico e desarrazoado'. (...) De tudo se pode concluir que os danos ocorridos pelo volume e força das águas se deu por força maior, sendo impossível aferir, com absoluta segurança, se a realização de obras naquele local específico ou a desobstrução das 'bocas de lobo', teriam impedido o evento danoso” (fls. 319-321). Nesse contexto, reitero que para se verificar a ocorrência da alegada ofensa à Constituição Federal, no presente caso, necessário seria o reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos, o que atrai a incidência da Súmula 279 do STF. Nesse sentido, transcrevo ementas de julgados de ambas as turmas desta Corte: “AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. RESPONSABILIDADE OBJETIVA. INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. NECESSIDADE DO REEXAME DE LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL E DO CONJUNTO PROBATÓRIO. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. INCIDÊNCIA DA SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (AI 829.078-AgR/RJ, Rel. Min. Cármen Lúcia, Primeira Turma). “AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO. RESPONSABILIDADE OBJETIVA. REPARAÇÃO DE DANOS. ACIDENTE DE TRÂNSITO. RECURSO INOMINADO 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2974788. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 9 Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI ARE 703.148 AGR / RS INTERPOSTO APÓS DECORRIDO O PRAZO LEGAL. INTEMPESTIVIDADE. INCURSIONAMENTO NO CONTEXTO FÁTICO-PROBATÓRIO CARREADO AOS AUTOS. SÚMULA 279 DO STF. (...) 3. A Súmula 279/STF dispõe: 'Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário'. 4. É que o recurso extraordinário não se presta ao exame de questões que demandam revolvimento do contexto fático-probatório dos autos, adstringindo-se à análise da violação direta da ordem constitucional. Precedentes: RE n. 389.096-AgR, Segunda Turma, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJe de 25.09.2009 e AI n. 763.419-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 10.11.2010. (...) 6. Agravo regimental a que se nega provimento” (ARE 683.170-AgR/SC, Rel. Min. Luiz Fux, Primeira Turma). “1. RECURSO Extraordinário. Inadmissibilidade. Responsabilidade civil. Extracontratual. Assalto em veículo de transporte coletivo intermunicipal. Danos morais reconhecidos. Responsabilidade objetiva do Estado. Indenização devida. Art. 37, § 6º da CF. Necessidade de revisão dos fatos à luz da prova. Impossibilidade. Recurso não conhecido. Aplicação da súmula 279. Não se admite, em recurso extraordinário, alegação de ofensa constitucional, cujo reconhecimento dependeria de reexame prévio de provas. 2. RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade pronunciada. Jurisprudência assentada a respeito da matéria. Ausência de objeções consistentes. Decisão mantida. Agravo regimental improvido. Nega-se provimento a agravo regimental tendente a impugnar, sem razões consistentes, decisão fundada em jurisprudência assente na Corte” (RE 449.210-AgR/BA, Rel. Min. Cezar Peluso, Segunda Turma). “AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. RESPONSABILIDADE DO ESTADO. NECESSIDADE DE REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO- PROBATÓRIO CONSTANTE DOS AUTOS. SÚMULA 279 DO STF. INCIDÊNCIA. AGRAVO IMPROVIDO. I – A apreciação do 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2974788. Supremo Tribunal Federal ARE 703.148 AGR / RS INTERPOSTO APÓS DECORRIDO O PRAZO LEGAL. INTEMPESTIVIDADE. INCURSIONAMENTO NO CONTEXTO FÁTICO-PROBATÓRIO CARREADO AOS AUTOS. SÚMULA 279 DO STF. (...) 3. A Súmula 279/STF dispõe: 'Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário'. 4. É que o recurso extraordinário não se presta ao exame de questões que demandam revolvimento do contexto fático-probatório dos autos, adstringindo-se à análise da violação direta da ordem constitucional. Precedentes: RE n. 389.096-AgR, Segunda Turma, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJe de 25.09.2009 e AI n. 763.419-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 10.11.2010. (...) 6. Agravo regimental a que se nega provimento” (ARE 683.170-AgR/SC, Rel. Min. Luiz Fux, Primeira Turma). “1. RECURSO Extraordinário. Inadmissibilidade. Responsabilidade civil. Extracontratual. Assalto em veículo de transporte coletivo intermunicipal. Danos morais reconhecidos. Responsabilidade objetiva do Estado. Indenização devida. Art. 37, § 6º da CF. Necessidade de revisão dos fatos à luz da prova. Impossibilidade. Recurso não conhecido. Aplicação da súmula 279. Não se admite, em recurso extraordinário, alegação de ofensa constitucional, cujo reconhecimento dependeria de reexame prévio de provas. 2. RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade pronunciada. Jurisprudência assentada a respeito da matéria. Ausência de objeções consistentes. Decisão mantida. Agravo regimental improvido. Nega-se provimento a agravo regimental tendente a impugnar, sem razões consistentes, decisão fundada em jurisprudência assente na Corte” (RE 449.210-AgR/BA, Rel. Min. Cezar Peluso, Segunda Turma). “AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. RESPONSABILIDADE DO ESTADO. NECESSIDADE DE REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO- PROBATÓRIO CONSTANTE DOS AUTOS. SÚMULA 279 DO STF. INCIDÊNCIA. AGRAVO IMPROVIDO. I – A apreciação do 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2974788. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 9 Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI ARE 703.148 AGR / RS recurso extraordinário, no que concerne à alegada ofensa ao art. 37, § 6°, da Constituição, encontra óbice na Súmula 279 do STF. Precedentes. II - Agravo regimental improvido” (AI 829.974- AgR/GO, de minha relatoria). Isso posto, nego provimento ao agravo regimental. 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2974788. Supremo Tribunal Federal ARE 703.148 AGR / RS recurso extraordinário, no que concerne à alegada ofensa ao art. 37, § 6°, da Constituição, encontra óbice na Súmula 279 do STF. Precedentes. II - Agravo regimental improvido” (AI 829.974- AgR/GO, de minha relatoria). Isso posto, nego provimento ao agravo regimental. 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2974788. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 9 Decisão de Julgamento SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 703.148 PROCED. : RIO GRANDE DO SUL RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI AGTE.(S) : GARAGEM AUXILIADORA LTDA ADV.(A/S) : JULIANO COLOMBO E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE PORTO ALEGRE PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE PORTO ALEGRE Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. 2ª Turma, 16.10.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Subprocurador-Geral da República, Dr. Mário José Gisi. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3052077 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 703.148 PROCED. : RIO GRANDE DO SUL RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI AGTE.(S) : GARAGEM AUXILIADORA LTDA ADV.(A/S) : JULIANO COLOMBO E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE PORTO ALEGRE PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE PORTO ALEGRE Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. 2ª Turma, 16.10.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Subprocurador-Geral da República, Dr. Mário José Gisi. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3052077 Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 9
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3065088
2012-10-16T00:00:00
2012-11-08T00:00:00
A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. 2ª Turma, 16.10.2012.
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO
Ementa: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. RESPONSABILIDADE DO ESTADO. NECESSIDADE DE REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO CONSTANTE DOS AUTOS. SÚMULA 279 DO STF. INCIDÊNCIA. AGRAVO IMPROVIDO. I – A apreciação do recurso extraordinário, no que concerne à alegada ofensa ao art. 37, § 6°, da Constituição, encontra óbice na Súmula 279 do STF. Precedentes. II - Agravo regimental improvido.
sjur218100
- Acórdão(s) citado(s) (SÚMULA 279) STF: AI 829078 AgR (1ªT), ARE 683170 AgR (1ªT), RE 449210 AgR (2ªT), AI 829974 AgR (2ªT). Número de páginas: 9. Análise: 23/11/2012, MJC.
RICARDO LEWANDOWSKI
Segunda Turma
703148
[ "LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00037 PAR-00006 \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n\r\n", "LEG-FED SUMSTF-000279 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF" ]
ARE-AgR
acordaos
ARE 703148 AgR
[ "" ]
AGTE.(S) : GARAGEM AUXILIADORA LTDA ADV.(A/S) : JULIANO COLOMBO E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE PORTO ALEGRE PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE PORTO ALEGRE
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{ "JURISPRUDENCIA": [ "RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 703 . 148", "SÚMULA 279 DO STF", "Súmula 279 do STF", "ARE 703 . 148 AGR / RS", "Súmula 279 do STF", "AI 770 . 181 - AgR / RS", "RE 474 . 340 - AgR / RN", "AI 686 . 227 / RJ", "ARE 670 . 643 - AgR / SE", "AI 651 . 340 - AgR / PR", "AI 814 . 060 - AgR / RJ", "ARE 703 . 148 AGR", "Súmula 279 do STF", "AI 770 . 181 - AgR / RS", "RE 474 . 340 - AgR / RN", "AI 686 . 227 / RJ", "ARE 670 . 643 - AgR / SE", "AI 651 . 340 - AgR / PR", "AI 814 . 060 - AgR / RJ", "Súmulas 279 do STF", "ARE 703 . 148 AGR / RS", "ARE 703 . 148 AGR / RS", "Súmula 279 do STF", "SÚMULA N . 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL", "AI 829 . 078 - AgR / RJ", "ARE 703 . 148 AGR / RS", "Súmula 279 do STF", "SÚMULA N . 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL", "AI 829 . 078 - AgR / RJ", "SÚMULA 279 DO STF", "Súmula 279 / STF", "RE n . 389 . 096 - AgR", "AI n . 763 . 419 - AgR", "ARE 683 . 170 - AgR / SC", "RE 449 . 210 - AgR / BA", "SÚMULA 279 DO STF", "ARE 703 . 148 AGR / RS", "SÚMULA 279 DO STF", "Súmula 279 / STF", "RE n . 389 . 096 - AgR", "AI n . 763 . 419 - AgR", "ARE 683 . 170 - AgR / SC", "RE 449 . 210 - AgR / BA", "SÚMULA 279 DO STF", "ARE 703 . 148 AGR / RS", "AI 829 . 974 - AgR / GO", "ARE 703 . 148 AGR", "Súmula 279 do STF", "AI 829 . 974 - AgR / GO" ], "LEGISLACAO": [ "art . 37 , § 6° , da Constituição", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 102 , III , a , da Constituição", "arts . 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Beira - Rio", "Centro", "Castelo Branco", "Vila Farrapos", "Conduto Forçado Álvaro Chaves", "Bairro Auxiliadora", "rua", "Mata Bacelar", "Xavier Pereira", "Mata Bacelar", "Xavier Ferreira", "avenidas Carlos Gomes", "Cristóvão Colombo", "Pedro Ivo", "Lucas de Oliveira", "rio Guaíba", "e", "Gravataí", "Av . Beira - Rio", "Centro", "Castelo Branco", "Vila Farrapos", "Conduto", "Bairro Auxiliadora", "rua", "Mata Bacelar", "Xavier Pereira", "Mata Bacelar", "Xavier Ferreira", "avenidas Carlos Gomes", "Cristóvão Colombo", "Pedro Ivo", "Lucas de Oliveira", "RS", "RIO GRANDE DO SUL", "MUNICÍPIO", "PORTO ALEGRE", "MUNICÍPIO DE", "PORTO ALEGRE", "RIO GRANDE DO SUL", "MUNICÍPIO DE PORTO ALEGRE" ], "ORGANIZACAO": [ "SEGUNDA TURMA", "GARAGEM AUXILIADORA LTDA", "MUNICÍPIO", "Segunda Turma do", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "GARAGEM AUXILIADORA LTDA", "MUNICÍPIO", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "GARAGEM AUXILIADORA LTDA", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "STF", 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Lúcia", "Mário José Gisi", "Fabiane Duarte", "RICARDO LEWANDOWSKI", "JULIANO COLOMBO", "Joaquim Barbosa", "Cármen Lúcia", "Ricardo Lewandowski", "Celso de Mello", "Gilmar Mendes", "Joaquim Barbosa", "Cármen Lúcia", "Mário José Gisi", "Fabiane Duarte" ], "TEMPO": [ "16", "/", "10", "/", "2012", "16 de outubro de 2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "08", "/", "11", "/", "2012", "16", "/", "10", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "16", "/", "10", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "16", "/", "10", "/", "2012", "início", "24", "/", "08", "/", "2001", "16", "/", "10", "/", "2012", "início", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", ".", "09", ".", "2009", "10", ".", "11", ".", "2010", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", ".", "09", ".", "2009", "10", ".", "11", ".", "2010", "24", "/", "08", "/", "2001", 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Ementa e Acórdão 16/10/2012 SEGUNDA TURMA SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 705.503 DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. GILMAR MENDES AGTE.(S) :USINA SAO MARTINHO S/A ADV.(A/S) :ELIMARA APARECIDA ASSAD SALLUM E OUTRO(A/S) ADV. :GUILHERME JOSE THEODORO DE CARVALHO AGDO.(A/S) :FRANCISCO JOSÉ BARBOSA ADV.(A/S) :FÁBIO EDUARDO DE LAURENTIZ Agravo regimental em recurso extraordinário com agravo. 2. Trabalhista. Enquadramento. Trabalhador urbano ou rural. Prescrição. Impossibilidade de reexame do conjunto fático-probatório. Enunciado 279 da Súmula do STF. 3. Agravo regimental a que se nega provimento. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os ministros do Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Brasília, 16 de outubro de 2012. Ministro GILMAR MENDES Relator Documento assinado digitalmente Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3022365. Supremo Tribunal Federal DJe 08/11/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 4 Relatório 16/10/2012 SEGUNDA TURMA SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 705.503 DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. GILMAR MENDES AGTE.(S) :USINA SAO MARTINHO S/A ADV.(A/S) :ELIMARA APARECIDA ASSAD SALLUM E OUTRO(A/S) ADV. :GUILHERME JOSE THEODORO DE CARVALHO AGDO.(A/S) :FRANCISCO JOSÉ BARBOSA ADV.(A/S) :FÁBIO EDUARDO DE LAURENTIZ R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (RELATOR): Trata-se de agravo regimental em recurso extraordinário com agravo contra decisão que negou seguimento ao recurso, com fundamento no Enunciado 279 da Súmula desta Corte. No agravo regimental, sustenta-se, em síntese, que a análise dos autos não exige a reapreciação de provas, razão pela qual pugna pela reconsideração da decisão agravada. É o relatório. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3022366. Supremo Tribunal Federal 16/10/2012 SEGUNDA TURMA SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 705.503 DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. GILMAR MENDES AGTE.(S) :USINA SAO MARTINHO S/A ADV.(A/S) :ELIMARA APARECIDA ASSAD SALLUM E OUTRO(A/S) ADV. :GUILHERME JOSE THEODORO DE CARVALHO AGDO.(A/S) :FRANCISCO JOSÉ BARBOSA ADV.(A/S) :FÁBIO EDUARDO DE LAURENTIZ R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (RELATOR): Trata-se de agravo regimental em recurso extraordinário com agravo contra decisão que negou seguimento ao recurso, com fundamento no Enunciado 279 da Súmula desta Corte. No agravo regimental, sustenta-se, em síntese, que a análise dos autos não exige a reapreciação de provas, razão pela qual pugna pela reconsideração da decisão agravada. É o relatório. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3022366. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 4 Voto - MIN. GILMAR MENDES 16/10/2012 SEGUNDA TURMA SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 705.503 DISTRITO FEDERAL V O T O O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (RELATOR): No agravo regimental, não ficou demonstrado o desacerto da decisão agravada. A agravante não trouxe argumentos suficientes para infirmar a decisão. Visa apenas à rediscussão da matéria já decidida em conformidade com a jurisprudência pacífica desta Corte segundo a qual a discussão relativa ao enquadramento funcional do empregado, como no presente caso, demandaria o revolvimento fático-probatório dos autos, o que é inviável em recurso extraordinário, consoante o Enunciado 279 da Súmula/STF. Sobre o tema, além dos precedentes citados no julgado atacado, menciono os julgamentos do AI-AgR 748.973, Primeira Turma, rel. Min. Dias Toffoli, DJe 14.12.2010; e do ARE-AgR 662.104, Segunda Turma, rel. Min. Joaquim Barbosa, DJe 17.9.2012, cuja ementa dispõe: “AGRAVO REGIMENTAL. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO DA QUESTÃO CONSTITUCIONAL INVOCADA NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. SÚMULAS 282 E 356 DO STF. REEXAME DE PROVAS. SÚMULA 279 DESTE TRIBUNAL. Para se chegar a conclusão diversa daquela a que chegou o Tribunal de origem, seria necessário o reexame de provas, o que é vedado em recurso extraordinário, nos termos da Súmula 279 do STF. Agravo regimental a que se nega provimento”. Ante o exposto, nego provimento ao agravo regimental. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3022367. Supremo Tribunal Federal 16/10/2012 SEGUNDA TURMA SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 705.503 DISTRITO FEDERAL V O T O O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (RELATOR): No agravo regimental, não ficou demonstrado o desacerto da decisão agravada. A agravante não trouxe argumentos suficientes para infirmar a decisão. Visa apenas à rediscussão da matéria já decidida em conformidade com a jurisprudência pacífica desta Corte segundo a qual a discussão relativa ao enquadramento funcional do empregado, como no presente caso, demandaria o revolvimento fático-probatório dos autos, o que é inviável em recurso extraordinário, consoante o Enunciado 279 da Súmula/STF. Sobre o tema, além dos precedentes citados no julgado atacado, menciono os julgamentos do AI-AgR 748.973, Primeira Turma, rel. Min. Dias Toffoli, DJe 14.12.2010; e do ARE-AgR 662.104, Segunda Turma, rel. Min. Joaquim Barbosa, DJe 17.9.2012, cuja ementa dispõe: “AGRAVO REGIMENTAL. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO DA QUESTÃO CONSTITUCIONAL INVOCADA NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. SÚMULAS 282 E 356 DO STF. REEXAME DE PROVAS. SÚMULA 279 DESTE TRIBUNAL. Para se chegar a conclusão diversa daquela a que chegou o Tribunal de origem, seria necessário o reexame de provas, o que é vedado em recurso extraordinário, nos termos da Súmula 279 do STF. Agravo regimental a que se nega provimento”. Ante o exposto, nego provimento ao agravo regimental. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3022367. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 4 Decisão de Julgamento SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 705.503 PROCED. : DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. GILMAR MENDES AGTE.(S) : USINA SAO MARTINHO S/A ADV.(A/S) : ELIMARA APARECIDA ASSAD SALLUM E OUTRO(A/S) ADV. : GUILHERME JOSE THEODORO DE CARVALHO AGDO.(A/S) : FRANCISCO JOSÉ BARBOSA ADV.(A/S) : FÁBIO EDUARDO DE LAURENTIZ Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. 2ª Turma, 16.10.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Subprocurador-Geral da República, Dr. Mário José Gisi. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3052091 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 705.503 PROCED. : DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. GILMAR MENDES AGTE.(S) : USINA SAO MARTINHO S/A ADV.(A/S) : ELIMARA APARECIDA ASSAD SALLUM E OUTRO(A/S) ADV. : GUILHERME JOSE THEODORO DE CARVALHO AGDO.(A/S) : FRANCISCO JOSÉ BARBOSA ADV.(A/S) : FÁBIO EDUARDO DE LAURENTIZ Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. 2ª Turma, 16.10.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Subprocurador-Geral da República, Dr. Mário José Gisi. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3052091 Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 4
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3065157
2012-10-16T00:00:00
2012-11-08T00:00:00
A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. 2ª Turma, 16.10.2012.
SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO
Agravo regimental em recurso extraordinário com agravo. 2. Trabalhista. Enquadramento. Trabalhador urbano ou rural. Prescrição. Impossibilidade de reexame do conjunto fático-probatório. Enunciado 279 da Súmula do STF. 3. Agravo regimental a que se nega provimento.
sjur218104
- Acórdãos citados: (SÚMULA 279) STF: AI 748973 AgR (1ªT), ARE 662104 AgR (2ªT). Número de páginas: 4. Análise: 16/11/2012, MAC.
GILMAR MENDES
Segunda Turma
705503
[ "LEG-FED SUMSTF-000279 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF" ]
ARE-AgR-segundo
acordaos
ARE 705503 AgR-segundo
[ "" ]
AGTE.(S) : USINA SAO MARTINHO S/A ADV.(A/S) : ELIMARA APARECIDA ASSAD SALLUM E OUTRO(A/S) ADV. : GUILHERME JOSE THEODORO DE CARVALHO AGDO.(A/S) : FRANCISCO JOSÉ BARBOSA ADV.(A/S) : FÁBIO EDUARDO DE LAURENTIZ
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{ "JURISPRUDENCIA": [ "RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 705 . 503", "Enunciado 279 da Súmula do STF", "Enunciado 279 da Súmula desta Corte", "AGRAVO 705 . 503", "Enunciado 279 da Súmula / STF", "AI", "-", "AgR 748 . 973", "ARE", "-", "AgR 662 . 104", "SÚMULAS 282", "SÚMULA 279 DESTE", "Súmula 279 do STF", "Enunciado 279 da Súmula / STF", "AI", "-", "AgR 748 . 973", "ARE", "-", "AgR 662 . 104", "SÚMULAS 282", "Súmula 279 do STF" ], "LEGISLACAO": [ "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001" ], "LOCAL": [ "DISTRITO FEDERAL", "Brasília", "DISTRITO FEDERAL", "DISTRITO FEDERAL", "DISTRITO FEDERAL", "DISTRITO FEDERAL", "DISTRITO FEDERAL", "DISTRITO FEDERAL" ], "ORGANIZACAO": [ "SEGUNDA TURMA", "SEGUNDO", "USINA SAO MARTINHO S / A", "Supremo Tribunal Federal", "Segunda Turma", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "USINA SAO MARTINHO S / A", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "SEGUNDO", "USINA SAO MARTINHO S / A", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "SEGUNDA TURMA", "Primeira Turma", "Segunda Turma", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "SEGUNDO", "Primeira Turma", "Segunda Turma", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "SEGUNDA TURMA", "USINA", "SAO MARTINHO S / A", "[UNK] Turma", "Infra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "USINA SAO MARTINHO S / A", "[UNK] Turma", "Infra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil" ], "PESSOA": [ "GILMAR MENDES", "ELIMARA APARECIDA ASSAD SALLUM", "GUILHERME JOSE THEODORO DE CARVALHO", "FRANCISCO JOSÉ BARBOSA", "FÁBIO EDUARDO DE LAURENTIZ", "Ricardo Lewandowski", "GILMAR MENDES", "GILMAR MENDES", "ELIMARA APARECIDA ASSAD SALLUM", "GUILHERME JOSE THEODORO DE CARVALHO", "FRANCISCO JOSÉ BARBOSA", "FÁBIO EDUARDO DE LAURENTIZ", "GILMAR MENDES", "GILMAR MENDES", "ELIMARA APARECIDA ASSAD SALLUM", "GUILHERME JOSE THEODORO DE CARVALHO", "FRANCISCO JOSÉ BARBOSA", "FÁBIO EDUARDO DE LAURENTIZ", "GILMAR MENDES", "GILMAR MENDES", "GILMAR MENDES", "Dias Toffoli", "Joaquim Barbosa", "GILMAR MENDES", "Dias Toffoli", "Joaquim Barbosa", "GILMAR MENDES", "ELIMARA APARECIDA ASSAD SALLUM", "GUILHERME JOSE THEODORO DE CARVALHO", "FRANCISCO JOSÉ BARBOSA", "FÁBIO EDUARDO DE LAURENTIZ", "Joaquim Barbosa", "Cármen Lúcia", "Ricardo Lewandowski", "Celso de Mello", "Gilmar Mendes", "Joaquim Barbosa", "Cármen Lúcia", "Mário José Gisi", "Fabiane Duarte", "GILMAR MENDES", "ELIMARA APARECIDA ASSAD SALLUM", "GUILHERME JOSE THEODORO DE CARVALHO", "FRANCISCO JOSÉ BARBOSA", "FÁBIO EDUARDO DE LAURENTIZ", "Joaquim Barbosa", "Cármen Lúcia", "Ricardo Lewandowski", "Celso de Mello", "Gilmar Mendes", "Joaquim Barbosa", "Cármen Lúcia", "Mário José Gisi", "Fabiane Duarte" ], "TEMPO": [ "16", "/", "10", "/", "2012", "16 de outubro de 2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "08", "/", "11", "/", "2012", "16", "/", "10", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "16", "/", "10", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "16", "/", "10", "/", "2012", "14", ".", "12", ".", "2010", "17", ".", "9", ".", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "16", "/", "10", "/", "2012", "14", ".", "12", ".", "2010", "17", ".", "9", ".", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "16", ".", "10", ".", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "16", ".", "10", ".", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001" ] }
Ementa e Acórdão 16/10/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 788.628 GOIÁS RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI AGTE.(S) :ESTADO DE GOIÁS PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE GOIÁS AGDO.(A/S) :DENYSE MENDONÇA PORTO E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) :OTÁVIO ALVES FORTE EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO. CONCURSO PÚBLICO. EXISTÊNCIA DE CARGOS VAGOS A SEREM PREENCHIDOS. CONTRATAÇÃO PRECÁRIA DE PESSOAL. CONTROVÉRSIA ACERCA DA CONFIGURAÇÃO DA SITUAÇÃO. QUESTÃO INFRACONSTITUCIONAL LOCAL. NECESSIDADE DE ANÁLISE DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO E DE CLÁUSULAS DE EDITAL. SÚMULAS 279 E 454 DO STF. ENTENDIMENTO DO ACÓRDÃO RECORRIDO DE QUE HOUVE PRETERIÇÃO DE CANDIDATO. DIREITO À NOMEAÇÃO. AGRAVO IMPROVIDO. I – Para dissentir do acórdão recorrido quanto ao entendimento de que existem cargos vagos a serem preenchidos, bem como de que houve a contratação de servidores comissionados e temporários pela Administração, seria necessário o reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos e das cláusulas do edital do certame, o que atrai a incidência das Súmulas 279 e 454 do STF, e seria imprescindível a análise de norma infraconstitucional local (Lei Estadual 15.745/2006), o que inviabiliza o extraordinário, a teor da Súmula 280 do STF. II – O STF possui orientação no sentido de que a contratação em caráter precário, para o exercício das mesmas atribuições do cargo para o qual foi promovido concurso público, implica em preterição de candidato habilitado, quando ainda subsiste a plena vigência do referido concurso, o que viola o direito do concorrente aprovado à respectiva nomeação. Precedentes. III - Agravo regimental improvido. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2974729. Supremo Tribunal Federal DJe 08/11/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 8 Ementa e Acórdão AI 788.628 AGR / GO A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamentos e das notas taquigráficas, por unanimidade, negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. Brasília, 16 de outubro de 2012. RICARDO LEWANDOWSKI – PRESIDENTE E RELATOR 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2974729. Supremo Tribunal Federal AI 788.628 AGR / GO A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamentos e das notas taquigráficas, por unanimidade, negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. Brasília, 16 de outubro de 2012. RICARDO LEWANDOWSKI – PRESIDENTE E RELATOR 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2974729. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 8 Relatório 16/10/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 788.628 GOIÁS RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI AGTE.(S) :ESTADO DE GOIÁS PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE GOIÁS AGDO.(A/S) :DENYSE MENDONÇA PORTO E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) :OTÁVIO ALVES FORTE R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Trata-se de agravo regimental interposto contra decisão que negou seguimento a agravo de instrumento. Eis o teor da decisão agravada: “Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário interposto de acórdão o qual possui a seguinte ementa, no que interessa: 'MANDADO DE SEGURANÇA. ADMINISTRATIVO. CONCURSO PUBLICO. DIREITO A NOMEAÇÃO. PRAZO DECADENCIAL. PRELIMINARES DE AUSÊNCIA DE INTERESSE PROCESSUAL E DE IMPOSSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO AFASTADAS. CANDIDATOS CLASSIFICADOS NO CADASTRO DE RESERVA. VAGAS DISPONIBILIZADAS NO EDITAL NÃO PREENCHIDAS. CONVOLAÇÃO DA EXPECTATIVA DE DIREITO A NOMEAÇÃO E A POSSE EM DIREITO LÍQUIDO E CERTO. CONTRATAÇÕES, DURANTE A VIGÊNCIA DO CERTAME, A TITULO PRECÁRIO PARA EXERCÍCIO DE FUNÇÕES TÍPICAS DOS CARGOS DE PROVIMENTO EFETIVO' (fls. 108-109). No RE, interposto com base no art. 102, III, a, da Constituição, Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2974730. Supremo Tribunal Federal 16/10/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 788.628 GOIÁS RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI AGTE.(S) :ESTADO DE GOIÁS PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE GOIÁS AGDO.(A/S) :DENYSE MENDONÇA PORTO E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) :OTÁVIO ALVES FORTE R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Trata-se de agravo regimental interposto contra decisão que negou seguimento a agravo de instrumento. Eis o teor da decisão agravada: “Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário interposto de acórdão o qual possui a seguinte ementa, no que interessa: 'MANDADO DE SEGURANÇA. ADMINISTRATIVO. CONCURSO PUBLICO. DIREITO A NOMEAÇÃO. PRAZO DECADENCIAL. PRELIMINARES DE AUSÊNCIA DE INTERESSE PROCESSUAL E DE IMPOSSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO AFASTADAS. CANDIDATOS CLASSIFICADOS NO CADASTRO DE RESERVA. VAGAS DISPONIBILIZADAS NO EDITAL NÃO PREENCHIDAS. CONVOLAÇÃO DA EXPECTATIVA DE DIREITO A NOMEAÇÃO E A POSSE EM DIREITO LÍQUIDO E CERTO. CONTRATAÇÕES, DURANTE A VIGÊNCIA DO CERTAME, A TITULO PRECÁRIO PARA EXERCÍCIO DE FUNÇÕES TÍPICAS DOS CARGOS DE PROVIMENTO EFETIVO' (fls. 108-109). No RE, interposto com base no art. 102, III, a, da Constituição, Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2974730. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 8 Relatório AI 788.628 AGR / GO alegou-se violação aos arts. 2º e 37, caput, II, IV e IX, da mesma Carta. O agravo não merece acolhida. É que para se chegar à conclusão contrária à adotada pelo acórdão recorrido, necessário seria o reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos, o que atrai a incidência da Súmula 279 do STF. Além disso, a apreciação da alegada ofensa à Constituição faz-se necessário analisar as cláusulas do edital do certame e norma infraconstitucional local (Lei Estadual 15.745/2006), o que inviabiliza o extraordinário, a teor da Súmula 280 do STF. Nesse sentido: 'AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONCURSO PÚBLICO. NOMEAÇÃO DE CANDIDATO APROVADO EM CONCURSO SUPERVENIENTE. PRETERIÇÃO. ALEGAÇÃO INSUBSISTENTE. 1. Concurso público. Nomeação de candidato aprovado em certame superveniente, mas para cargo igual de atribuições distintas. Preterição de candidato aprovado anteriormente. Reexame. Impossibilidade, dado que a matéria pertinente às atribuições dos cargos a serem providos está disciplinada pela legislação estadual, que serviu de fundamento ao acórdão recorrido. Incidência da Súmula 280. Agravo regimental não provido' (RE 248.309-AgR/RS, Rel. Min. Eros Grau). Isto posto, nego seguimento ao recurso” (fls. 249-250). O agravante sustenta, em suma, que “(...) não se busca em nenhum momento que se proceda ao reexame do conjunto fático-probatório, pois, além de incabível nesta elevada esfera recursal, não se cinge a questão na necessidade de reapreciá-lo, tampouco há qualquer interpretação de norma infraconstitucional a ser revista ou reformulada (…)” (fl. 254). 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2974730. Supremo Tribunal Federal AI 788.628 AGR / GO alegou-se violação aos arts. 2º e 37, caput, II, IV e IX, da mesma Carta. O agravo não merece acolhida. É que para se chegar à conclusão contrária à adotada pelo acórdão recorrido, necessário seria o reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos, o que atrai a incidência da Súmula 279 do STF. Além disso, a apreciação da alegada ofensa à Constituição faz-se necessário analisar as cláusulas do edital do certame e norma infraconstitucional local (Lei Estadual 15.745/2006), o que inviabiliza o extraordinário, a teor da Súmula 280 do STF. Nesse sentido: 'AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONCURSO PÚBLICO. NOMEAÇÃO DE CANDIDATO APROVADO EM CONCURSO SUPERVENIENTE. PRETERIÇÃO. ALEGAÇÃO INSUBSISTENTE. 1. Concurso público. Nomeação de candidato aprovado em certame superveniente, mas para cargo igual de atribuições distintas. Preterição de candidato aprovado anteriormente. Reexame. Impossibilidade, dado que a matéria pertinente às atribuições dos cargos a serem providos está disciplinada pela legislação estadual, que serviu de fundamento ao acórdão recorrido. Incidência da Súmula 280. Agravo regimental não provido' (RE 248.309-AgR/RS, Rel. Min. Eros Grau). Isto posto, nego seguimento ao recurso” (fls. 249-250). O agravante sustenta, em suma, que “(...) não se busca em nenhum momento que se proceda ao reexame do conjunto fático-probatório, pois, além de incabível nesta elevada esfera recursal, não se cinge a questão na necessidade de reapreciá-lo, tampouco há qualquer interpretação de norma infraconstitucional a ser revista ou reformulada (…)” (fl. 254). 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2974730. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 8 Relatório AI 788.628 AGR / GO Alega que a ofensa à Constituição é direta, não havendo que se falar “(...) em direito líquido e certo do recorrido ser nomeado para o cargo no qual logrou êxito em concurso público, mas foi classificado fora do número de vagas apresentado no edital. Há somente uma mera expectativa de direito” (fl. 255). É o relatório. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2974730. Supremo Tribunal Federal AI 788.628 AGR / GO Alega que a ofensa à Constituição é direta, não havendo que se falar “(...) em direito líquido e certo do recorrido ser nomeado para o cargo no qual logrou êxito em concurso público, mas foi classificado fora do número de vagas apresentado no edital. Há somente uma mera expectativa de direito” (fl. 255). É o relatório. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2974730. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 8 Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI 16/10/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 788.628 GOIÁS V O T O O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Bem reexaminada a questão, verifica-se que a decisão ora atacada não merece reforma, visto que o agravante não aduz novos argumentos capazes de afastar as razões nela expendidas, que devem ser mantidas por seus próprios fundamentos. Com efeito, o Tribunal a quo consignou que, de acordo com a Lei 15.543/2006 e com as demais provas acostadas aos autos, existem cargos vagos a serem preenchidos na AGANP, bem como houve a contratação de servidores comissionados e temporários pela Administração. Transcrevo, a seguir, trecho do acórdão recorrido que demonstra tal situação: “Os documentos de fls. 743/749, 751/830 atestam as diversas desistências de posse de candidatos aprovados e exonerações daqueles já empossados, o que, juntamente com a Lei nº 15.543/06 (fls. 66/71), com o Edital nº 02/06 (fls. 105/112), com Termo de Declarações de fls. 72/73, com os documentos de fls. 55/56 e 74/75, com reportagem de fls. 361, atestam a necessidade de preenchimento dos cargos vagos. Não bastando, as reportagens de fls. 364/379 e 599/602, os documentos oficiais de fls. 402/403, 444/519, 526/527, bem como os documentos de fls. 62/65, 76/79, 92/94 e 663/676, e o Termo de Declarações de fls. 72/73 demonstram o elevado número de servidores comissionados e/ou temporários na administração pública, a prejudicialidade de tal prática e a intenção manifestada pelo próprio Estado em substituí-los por servidores efetivos” (fl. 106). Desse modo, para dissentir do acórdão recorrido quanto à aludida questão, seria necessário o reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos e das cláusulas do edital do certame, o que atrai a Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2974731. Supremo Tribunal Federal 16/10/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 788.628 GOIÁS V O T O O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Bem reexaminada a questão, verifica-se que a decisão ora atacada não merece reforma, visto que o agravante não aduz novos argumentos capazes de afastar as razões nela expendidas, que devem ser mantidas por seus próprios fundamentos. Com efeito, o Tribunal a quo consignou que, de acordo com a Lei 15.543/2006 e com as demais provas acostadas aos autos, existem cargos vagos a serem preenchidos na AGANP, bem como houve a contratação de servidores comissionados e temporários pela Administração. Transcrevo, a seguir, trecho do acórdão recorrido que demonstra tal situação: “Os documentos de fls. 743/749, 751/830 atestam as diversas desistências de posse de candidatos aprovados e exonerações daqueles já empossados, o que, juntamente com a Lei nº 15.543/06 (fls. 66/71), com o Edital nº 02/06 (fls. 105/112), com Termo de Declarações de fls. 72/73, com os documentos de fls. 55/56 e 74/75, com reportagem de fls. 361, atestam a necessidade de preenchimento dos cargos vagos. Não bastando, as reportagens de fls. 364/379 e 599/602, os documentos oficiais de fls. 402/403, 444/519, 526/527, bem como os documentos de fls. 62/65, 76/79, 92/94 e 663/676, e o Termo de Declarações de fls. 72/73 demonstram o elevado número de servidores comissionados e/ou temporários na administração pública, a prejudicialidade de tal prática e a intenção manifestada pelo próprio Estado em substituí-los por servidores efetivos” (fl. 106). Desse modo, para dissentir do acórdão recorrido quanto à aludida questão, seria necessário o reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos e das cláusulas do edital do certame, o que atrai a Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2974731. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 8 Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI AI 788.628 AGR / GO incidência das Súmulas 279 e 454 do STF, bem como seria imprescindível a análise de norma infraconstitucional local (Lei estadual 15.745/2006), o que inviabiliza o extraordinário, a teor da Súmula 280 do STF. Ressalta-se, ademais, que o acórdão recorrido não divergiu do entendimento firmado por esta Corte no sentido de que a contratação em caráter precário, para o exercício de atribuições de cargo para o qual foi realizado concurso público, implica em preterição de candidato habilitado, quando ainda subsiste a plena vigência do referido concurso, o que viola o direito do concorrente aprovado à respectiva nomeação. Nesse sentido, transcrevo ementa de recente julgado proferido por esta Corte, no julgamento do AI 777.569-AgR/GO, Rel. Min. Dias Toffoli: “Agravo regimental no agravo de instrumento. Administrativo. Concurso público. Nomeação de comissionados. Preterição de candidata aprovada em concurso público. Direito à nomeação. Precedentes. 1. A jurisprudência desta Corte é no sentido de que, comprovada a necessidade do serviço e a existência de vaga, sendo essa preenchida, ainda que precariamente, fica caracterizada a preterição do candidato aprovado em concurso público. 2. Agravo regimental não provido”. No mesmo sentido, menciono os seguintes precedentes de ambas as Turmas desta Corte, entre outros: ARE 646.080-AgR/GO, Rel. Min. Dias Toffoli; ARE 648.980-AgR/MA e ARE 660.141-AgR/AL, Rel. Min. Cármen Lúcia; AI 776.070-AgR/MA, Rel. Min. Gilmar Mendes; AI 777.644- AgR/GO, Rel. Min. Eros Grau; ARE 661.070-AgR/MA e RE 582.819/RJ, Rel. Min. Ayres Britto. Isso posto, nego provimento ao agravo regimental. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2974731. Supremo Tribunal Federal AI 788.628 AGR / GO incidência das Súmulas 279 e 454 do STF, bem como seria imprescindível a análise de norma infraconstitucional local (Lei estadual 15.745/2006), o que inviabiliza o extraordinário, a teor da Súmula 280 do STF. Ressalta-se, ademais, que o acórdão recorrido não divergiu do entendimento firmado por esta Corte no sentido de que a contratação em caráter precário, para o exercício de atribuições de cargo para o qual foi realizado concurso público, implica em preterição de candidato habilitado, quando ainda subsiste a plena vigência do referido concurso, o que viola o direito do concorrente aprovado à respectiva nomeação. Nesse sentido, transcrevo ementa de recente julgado proferido por esta Corte, no julgamento do AI 777.569-AgR/GO, Rel. Min. Dias Toffoli: “Agravo regimental no agravo de instrumento. Administrativo. Concurso público. Nomeação de comissionados. Preterição de candidata aprovada em concurso público. Direito à nomeação. Precedentes. 1. A jurisprudência desta Corte é no sentido de que, comprovada a necessidade do serviço e a existência de vaga, sendo essa preenchida, ainda que precariamente, fica caracterizada a preterição do candidato aprovado em concurso público. 2. Agravo regimental não provido”. No mesmo sentido, menciono os seguintes precedentes de ambas as Turmas desta Corte, entre outros: ARE 646.080-AgR/GO, Rel. Min. Dias Toffoli; ARE 648.980-AgR/MA e ARE 660.141-AgR/AL, Rel. Min. Cármen Lúcia; AI 776.070-AgR/MA, Rel. Min. Gilmar Mendes; AI 777.644- AgR/GO, Rel. Min. Eros Grau; ARE 661.070-AgR/MA e RE 582.819/RJ, Rel. Min. Ayres Britto. Isso posto, nego provimento ao agravo regimental. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2974731. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 8 Decisão de Julgamento SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 788.628 PROCED. : GOIÁS RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI AGTE.(S) : ESTADO DE GOIÁS PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE GOIÁS AGDO.(A/S) : DENYSE MENDONÇA PORTO E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) : OTÁVIO ALVES FORTE Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. 2ª Turma, 16.10.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Subprocurador-Geral da República, Dr. Mário José Gisi. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3052249 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 788.628 PROCED. : GOIÁS RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI AGTE.(S) : ESTADO DE GOIÁS PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE GOIÁS AGDO.(A/S) : DENYSE MENDONÇA PORTO E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) : OTÁVIO ALVES FORTE Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. 2ª Turma, 16.10.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Subprocurador-Geral da República, Dr. Mário José Gisi. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3052249 Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 8
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3064973
2012-10-16T00:00:00
2012-11-08T00:00:00
A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. 2ª Turma, 16.10.2012.
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO
Ementa: AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO. CONCURSO PÚBLICO. EXISTÊNCIA DE CARGOS VAGOS A SEREM PREENCHIDOS. CONTRATAÇÃO PRECÁRIA DE PESSOAL. CONTROVÉRSIA ACERCA DA CONFIGURAÇÃO DA SITUAÇÃO. QUESTÃO INFRACONSTITUCIONAL LOCAL. NECESSIDADE DE ANÁLISE DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO E DE CLÁUSULAS DE EDITAL. SÚMULAS 279 E 454 DO STF. ENTENDIMENTO DO ACÓRDÃO RECORRIDO DE QUE HOUVE PRETERIÇÃO DE CANDIDATO. DIREITO À NOMEAÇÃO. AGRAVO IMPROVIDO. I – Para dissentir do acórdão recorrido quanto ao entendimento de que existem cargos vagos a serem preenchidos, bem como de que houve a contratação de servidores comissionados e temporários pela Administração, seria necessário o reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos e das cláusulas do edital do certame, o que atrai a incidência das Súmulas 279 e 454 do STF, e seria imprescindível a análise de norma infraconstitucional local (Lei Estadual 15.745/2006), o que inviabiliza o extraordinário, a teor da Súmula 280 do STF. II – O STF possui orientação no sentido de que a contratação em caráter precário, para o exercício das mesmas atribuições do cargo para o qual foi promovido concurso público, implica em preterição de candidato habilitado, quando ainda subsiste a plena vigência do referido concurso, o que viola o direito do concorrente aprovado à respectiva nomeação. Precedentes. III - Agravo regimental improvido.
sjur218148
- Acórdão(s) citado(s) (CONCURSO PÚBLICO, PRETERIÇÃO DE CANDIDATO) STF: AI 777569 AgR (1ªT), ARE 646080 AgR (1ªT), ARE 648980 AgR (1ªT), ARE 660141 AgR (1ªT), AI 776070 AgR (2ªT), AI 777644 AgR (2ªT); - Decisão(ões) monocrática(s) citada(s) (CONCURSO PÚBLICO, PRETERIÇÃO DE CANDIDATO) STF: RE 582819. Número de páginas: 8. Análise: 16/11/2012, MJC.
RICARDO LEWANDOWSKI
Segunda Turma
788628
[ "LEG-FED SUMSTF-000279 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\r\n\r\n", "LEG-FED SUMSTF-000280 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\r\n\r\n", "LEG-FED SUMSTF-000454 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\r\n\r\n", "LEG-EST LEI-015745 ANO-2006\r\n LEI ORDINÁRIA, GO" ]
AI-AgR
acordaos
AI 788628 AgR
[ "" ]
AGTE.(S) : ESTADO DE GOIÁS PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE GOIÁS ADV.(A/S) : OTÁVIO ALVES FORTE AGDO.(A/S) : DENYSE MENDONÇA PORTO E OUTRO(A/S)
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "AGRAVO DE INSTRUMENTO 788 . 628", "SÚMULAS 279 E 454 DO STF", "Súmulas 279", "Súmula 280 do STF", "AI 788 . 628", "AI 788 . 628", "AGRAVO DE INSTRUMENTO 788 . 628", "AI 788 . 628 AGR / GO", "Súmula 279 do STF", "Súmula 280 do STF", "RE 248 . 309 - AgR / RS", "AI 788 . 628 AGR / GO", "Súmula 279 do STF", "Súmula 280 do STF", "RE 248 . 309 - AgR / RS", "AI 788 . 628 AGR / GO", "AI 788 . 628 AGR / GO", "AGRAVO DE INSTRUMENTO 788 . 628", "AI 788 . 628 AGR / GO", "Súmulas 279 e 454 do STF", "Súmula 280 do STF", "AI 777 . 569 - AgR / GO", "ARE 646 . 080 - AgR / GO", "ARE 648 . 980 - AgR / MA", "ARE 660 . 141 - AgR / AL", "AI 776 . 070 - AgR / MA", "AI 777 . 644 - AgR / GO", "ARE 661 . 070 - AgR / MA", "RE 582 . 819 / RJ", "AI 788 . 628 AGR / GO", "Súmulas 279 e 454 do STF", "Súmula 280 do STF", "AI 777 . 569 - AgR / GO", "ARE 646 . 080 - AgR / GO", "ARE 648 . 980 - AgR / MA", "ARE 660 . 141 - AgR / AL", "AI 776 . 070 - AgR / MA", "AI 777 . 644 - AgR / GO", "ARE 661 . 070 - AgR / MA", "RE 582 . 819 / RJ", "AGRAVO DE INSTRUMENTO 788 . 628", "agravo regimental" ], "LEGISLACAO": [ "Lei Estadual 15 . 745 / 2006", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 102 , III , a , da Constituição", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 102 , III , a , da Constituição", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "arts . [UNK] e 37 , caput , II , IV e IX , da mesma Carta", "Constituição", "Lei Estadual 15 . 745 / 2006", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "arts . [UNK] e 37 , caput , II , IV e IX , da", "Constituição", "Lei Estadual 15 . 745 / 2006", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Constituição", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Constituição", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Lei 15 . 543 / 2006", "Lei [UNK] 15 . 543 / 06", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Lei 15 . 543 / 2006", "Lei [UNK] 15 . 543 / 06", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Lei estadual 15 . 745 / 2006", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Lei estadual 15 . 745 / 2006", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001" ], "LOCAL": [ "GOIÁS", "ESTADO DE GOIÁS", "ESTADO DE GOIÁS", "Brasília", "Brasília", "GOIÁS", "ESTADO DE GOIÁS", "ESTADO DE GOIÁS", "GOIÁS", "ESTADO DE GOIÁS", "ESTADO DE GOIÁS", "GOIÁS", "GOIÁS", "GOIÁS", "ESTADO DE GOIÁS", "ESTADO DE GOIÁS", "GOIÁS", "ESTADO DE GOIÁS", "ESTADO DE GOIÁS" ], "ORGANIZACAO": [ "SEGUNDA TURMA", "STF", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "SEGUNDA TURMA", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "SEGUNDA TURMA", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "SEGUNDA TURMA", "[UNK] Turma", "Infra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "[UNK] Turma", "Infra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil" ], "PESSOA": [ "RICARDO LEWANDOWSKI", "DENYSE MENDONÇA PORTO", "OTÁVIO ALVES FORTE", "Ricardo Lewandowski", "Joaquim Barbosa", "Cármen Lúcia", "RICARDO LEWANDOWSKI", "Ricardo Lewandowski", "Joaquim Barbosa", "Cármen Lúcia", "RICARDO LEWANDOWSKI", "RICARDO LEWANDOWSKI", "DENYSE MENDONÇA PORTO", "OTÁVIO ALVES", "RICARDO LEWANDOWSKI", "RICARDO LEWANDOWSKI", "DENYSE MENDONÇA PORTO", "OTÁVIO ALVES FORTE", "RICARDO LEWANDOWSKI", "Eros Grau", "Eros Grau", "RICARDO LEWANDOWSKI", "RICARDO LEWANDOWSKI", "RICARDO LEWANDOWSKI", "RICARDO LEWANDOWSKI", "Dias Toffoli", "Dias Toffoli", "Cármen Lúcia", "Gilmar Mendes", "Eros Grau", "Ayres Britto", "Dias Toffoli", "Dias Toffoli", "Cármen Lúcia", "Gilmar Mendes", "Eros Grau", "Ayres Britto", "DENYSE MENDONÇA PORTO", "OTÁVIO ALVES FORTE", "Joaquim Barbosa", "Cármen Lúcia", "Ricardo Lewandowski", "Celso de Mello", "Gilmar Mendes", "Joaquim Barbosa", "Cármen Lúcia", "Mário José Gisi", "Fabiane Duarte", "RICARDO LEWANDOWSKI", "DENYSE MENDONÇA PORTO", "OTÁVIO ALVES FORTE", "Joaquim Barbosa", "Cármen Lúcia", "Ricardo Lewandowski", "Celso de Mello", "Gilmar Mendes", "Joaquim Barbosa", "Cármen Lúcia", "Mário José Gisi", "Fabiane Duarte" ], "TEMPO": [ "16", "/", "10", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "08", "/", "11", "/", "2012", "16 de outubro de 2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "/", "16 de outubro de 2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "16", "/", "10", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "16", "/", "10", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "16", "/", "10", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "16", "/", "10", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "16", ".", "10", ".", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "16", ".", "10", ".", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001" ] }
Ementa e Acórdão 16/10/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 708.838 SÃO PAULO RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) :BANCO SANTANDER BRASIL S/A ADV.(A/S) :FERNANDO ANTONIO FONTANETTI E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :REGINALDO MARIOTO ADV.(A/S) :ELCIAS JOSÉ FERREIRA EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. VALOR DAS ASTREINTES. JULGADO RECORRIDO FUNDAMENTADO EM LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL E NAS PROVAS DOS AUTOS. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a Presidência do Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, à unanimidade, em negar provimento ao agravo regimental no recurso extraordinário com agravo, nos termos do voto da Relatora. Brasília, 16 de outubro de 2012. Ministra CÁRMEN LÚCIA - Relatora Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034485. Supremo Tribunal Federal DJe 08/11/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 9 Relatório 16/10/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 708.838 SÃO PAULO RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) :BANCO SANTANDER BRASIL S/A ADV.(A/S) :FERNANDO ANTONIO FONTANETTI E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :REGINALDO MARIOTO ADV.(A/S) :ELCIAS JOSÉ FERREIRA R E L A T Ó R I O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Em 19 de setembro de 2012, neguei seguimento ao agravo nos autos do recurso extraordinário interposto pelo Banco Santander Brasil S/A contra julgado do Colégio Recursal da 42ª Circunscrição Judiciária de Jaboticabal/SP, o qual decidira “limitar o valor da multa diária imposta ao recorrente (ora Agravante) em valor equivalente a 40 (quarenta) salários mínimos nacional, a ser convertido em reais na data desta decisão, que é o valor de alçada para o Juizado Especial, valor que atende aos critérios da razoabilidade e proporcionalidade” (fl. 344). A decisão agravada teve a seguinte fundamentação: “6. Razão jurídica não assiste ao Agravante. A alegação de nulidade do julgado por contrariedade ao inc. IX do art. 93 da Constituição da República não pode prosperar. Embora em sentido contrário à pretensão do Agravante, o acórdão recorrido apresentou suficiente fundamentação. Conforme a jurisprudência deste Supremo Tribunal, o que a Constituição exige, no art. 93, IX, é que a decisão judicial seja fundamentada; não, que a fundamentação seja correta, na solução das questões de fato ou de direito da lide: declinadas no julgado as premissas, corretamente assentadas ou não, mas coerentes com o Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034486. Supremo Tribunal Federal 16/10/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 708.838 SÃO PAULO RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) :BANCO SANTANDER BRASIL S/A ADV.(A/S) :FERNANDO ANTONIO FONTANETTI E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :REGINALDO MARIOTO ADV.(A/S) :ELCIAS JOSÉ FERREIRA R E L A T Ó R I O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Em 19 de setembro de 2012, neguei seguimento ao agravo nos autos do recurso extraordinário interposto pelo Banco Santander Brasil S/A contra julgado do Colégio Recursal da 42ª Circunscrição Judiciária de Jaboticabal/SP, o qual decidira “limitar o valor da multa diária imposta ao recorrente (ora Agravante) em valor equivalente a 40 (quarenta) salários mínimos nacional, a ser convertido em reais na data desta decisão, que é o valor de alçada para o Juizado Especial, valor que atende aos critérios da razoabilidade e proporcionalidade” (fl. 344). A decisão agravada teve a seguinte fundamentação: “6. Razão jurídica não assiste ao Agravante. A alegação de nulidade do julgado por contrariedade ao inc. IX do art. 93 da Constituição da República não pode prosperar. Embora em sentido contrário à pretensão do Agravante, o acórdão recorrido apresentou suficiente fundamentação. Conforme a jurisprudência deste Supremo Tribunal, o que a Constituição exige, no art. 93, IX, é que a decisão judicial seja fundamentada; não, que a fundamentação seja correta, na solução das questões de fato ou de direito da lide: declinadas no julgado as premissas, corretamente assentadas ou não, mas coerentes com o Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034486. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 9 Relatório ARE 708.838 AGR / SP dispositivo do acórdão, está satisfeita a exigência constitucional (RE 140.370, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, RTJ 150/269). 7. Os juízes do Colégio Recursal da 42ª Circunscrição Judiciária de Jaboticabal/SP assim decidiram a lide: (…). Concluir de forma diversa do que decidido pelas instâncias originárias demandaria o reexame de prova constante dos autos, inviável em recurso extraordinário, nos termos do que dispõe a Súmula n. 279 deste Supremo Tribunal. Nesse sentido: (...) (AI 588.544-ED, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 6.2.2009). 8. Ademais, este Supremo Tribunal assentou que a alegação de contrariedade ao princípio da legalidade e a verificação, no caso concreto, da ocorrência, ou não, de ofensa ao direito adquirido, ao ato jurídico perfeito, à coisa julgada ou, ainda, aos princípios do devido processo legal, da ampla defesa, do contraditório e da jurisdição, se dependentes de análise prévia da legislação infraconstitucional (Código de Processo Civil), configurariam apenas ofensa constitucional indireta. Nesse sentido: (...) (AI 573.345-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 12.5.2011). A decisão agravada, embasada nos dados constantes do acórdão recorrido, harmoniza-se com a jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal, razão pela qual nada há a prover quanto às alegações do Agravante. 9. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 544, § 4º, inc. II, alínea a, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno no Supremo Tribunal Federal” (fls. 377-382). 2. Publicada essa decisão no DJe de 1º.10.2012 (fl. 383), interpõe o Banco Santander Brasil S/A, em 2.10.2012, tempestivamente, agravo regimental (fls. 398-411 e 413-426). 3. Alega o Agravante que “o E. Colégio Recursal, ao proferir a r. decisão 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034486. Supremo Tribunal Federal ARE 708.838 AGR / SP dispositivo do acórdão, está satisfeita a exigência constitucional (RE 140.370, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, RTJ 150/269). 7. Os juízes do Colégio Recursal da 42ª Circunscrição Judiciária de Jaboticabal/SP assim decidiram a lide: (…). Concluir de forma diversa do que decidido pelas instâncias originárias demandaria o reexame de prova constante dos autos, inviável em recurso extraordinário, nos termos do que dispõe a Súmula n. 279 deste Supremo Tribunal. Nesse sentido: (...) (AI 588.544-ED, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 6.2.2009). 8. Ademais, este Supremo Tribunal assentou que a alegação de contrariedade ao princípio da legalidade e a verificação, no caso concreto, da ocorrência, ou não, de ofensa ao direito adquirido, ao ato jurídico perfeito, à coisa julgada ou, ainda, aos princípios do devido processo legal, da ampla defesa, do contraditório e da jurisdição, se dependentes de análise prévia da legislação infraconstitucional (Código de Processo Civil), configurariam apenas ofensa constitucional indireta. Nesse sentido: (...) (AI 573.345-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 12.5.2011). A decisão agravada, embasada nos dados constantes do acórdão recorrido, harmoniza-se com a jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal, razão pela qual nada há a prover quanto às alegações do Agravante. 9. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 544, § 4º, inc. II, alínea a, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno no Supremo Tribunal Federal” (fls. 377-382). 2. Publicada essa decisão no DJe de 1º.10.2012 (fl. 383), interpõe o Banco Santander Brasil S/A, em 2.10.2012, tempestivamente, agravo regimental (fls. 398-411 e 413-426). 3. Alega o Agravante que “o E. Colégio Recursal, ao proferir a r. decisão 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034486. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 9 Relatório ARE 708.838 AGR / SP de fls., não observou os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade. Ora, o recorrido pleiteia a execução de absurdo valor de R$ 69.880,00 (sessenta e nove mil e oitocentos reais) para cumprimento de uma obrigação de fazer no valor de R$ 200,00 (duzentos reais). (…). Ao fixar a pena de multa diária de R$ 150,00, houve manifesto exagero” (fl. 425). Requer a reconsideração da decisão agravada ou o provimento do presente recurso. É o relatório. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034486. Supremo Tribunal Federal ARE 708.838 AGR / SP de fls., não observou os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade. Ora, o recorrido pleiteia a execução de absurdo valor de R$ 69.880,00 (sessenta e nove mil e oitocentos reais) para cumprimento de uma obrigação de fazer no valor de R$ 200,00 (duzentos reais). (…). Ao fixar a pena de multa diária de R$ 150,00, houve manifesto exagero” (fl. 425). Requer a reconsideração da decisão agravada ou o provimento do presente recurso. É o relatório. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034486. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 9 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA 16/10/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 708.838 SÃO PAULO V O T O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Razão jurídica não assiste ao Agravante. 2. Na espécie vertente, o Juízo de origem decidiu: “Com efeito, a sentença que julgou procedente a ação manteve a multa diária imposta em sede liminar (fls. 36 e 116). Houve transito em julgado da sentença. Ao que se constata dos autos o banco descumpriu determinação judicial para cessar os descontos indevidos, mesmo após a liminar concedida. O autor demonstrou por extratos que, de fato, aconteceram débitos indevidos em sua conta, mesmo após a decisão judicial (fls. 87/89, 90, 91/93). Em audiência realizada em 03.08.2009 (fls. 94), foi determinado, inclusive, que se fosse oficiado à Datraprev para fazer cessar tais descontos, sendo juntados extratos demonstrativos de que o ilícito permanecia (fls. 96/101). Mesmo após a sentença prolatada o autor peticionou nos autos solicitando providências do Juízo a fim de cessar os descontos, que continuavam a ocorrer. Juntou extratos (fls. 182/185, 186/188). O banco foi intimado a dizer sobre tais documentos e silenciou tal como certificado à fl. 194. Isso em 22.03.2010, ou seja, mais de 01 ano depois da liminar que determinou a cessação dos descontos (fl. 36). O banco foi citado em 17.03.2009 (fl. 39). Alega o banco que não é devida multa diária pelo descumprimento da obrigação de abstenção nos descontos em benefício previdenciário do autor. Vale dizer, o banco não cumpriu a ordem judicial, continuou Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034487. Supremo Tribunal Federal 16/10/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 708.838 SÃO PAULO V O T O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Razão jurídica não assiste ao Agravante. 2. Na espécie vertente, o Juízo de origem decidiu: “Com efeito, a sentença que julgou procedente a ação manteve a multa diária imposta em sede liminar (fls. 36 e 116). Houve transito em julgado da sentença. Ao que se constata dos autos o banco descumpriu determinação judicial para cessar os descontos indevidos, mesmo após a liminar concedida. O autor demonstrou por extratos que, de fato, aconteceram débitos indevidos em sua conta, mesmo após a decisão judicial (fls. 87/89, 90, 91/93). Em audiência realizada em 03.08.2009 (fls. 94), foi determinado, inclusive, que se fosse oficiado à Datraprev para fazer cessar tais descontos, sendo juntados extratos demonstrativos de que o ilícito permanecia (fls. 96/101). Mesmo após a sentença prolatada o autor peticionou nos autos solicitando providências do Juízo a fim de cessar os descontos, que continuavam a ocorrer. Juntou extratos (fls. 182/185, 186/188). O banco foi intimado a dizer sobre tais documentos e silenciou tal como certificado à fl. 194. Isso em 22.03.2010, ou seja, mais de 01 ano depois da liminar que determinou a cessação dos descontos (fl. 36). O banco foi citado em 17.03.2009 (fl. 39). Alega o banco que não é devida multa diária pelo descumprimento da obrigação de abstenção nos descontos em benefício previdenciário do autor. Vale dizer, o banco não cumpriu a ordem judicial, continuou Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034487. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 9 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA ARE 708.838 AGR / SP realizando os descontos e passado mais de ano da decisão que lhe determinou a cessação da conduta, quer fazer crer que a multa diária, regularmente imposta, em patamar baixo e razoável (R$ 150,00 diários), não é devida. Se o valor se tornou alto foi por conta da teimosia ou ineficiência do banco em não atender ao comando judicial. Decisão judicial é para ser cumprida. Nada mais justo, portanto, que agora tenha de pagar o alto valor ao qual deu causa. E não há que se falar em redução de valores, porque significaria premiar o banco por sua desídia e desrespeito à ordem judicial prolatada, bem como descaso para com o consumidor lesado, o que evidentemente estimularia novas práticas e seria totalmente injusto. Não há, no caso, pretensão de enriquecimento ilícito do autor, que só está a executar o que é devido. Os cálculos apresentados são regulares, estão de acordo com as informações dos autos e não foram suficientemente rechaçados pelo banco, que há tempos está a procrastinar a solução da lide. Assim, o voto é pelo improvimento do recurso, mantendo-se a sentença por seus próprios fundamentos e por estes aqui lançados, devendo prosseguir a execução pelo valor total pretendido de R$ 69.880,69. (...) Apresentado o voto pela Juíza Relatora e dada a palavra aos demais Juízes, estes apresentaram votos divergentes nos seguintes termos: Acolhido o relatório do voto vencido, em que pese o respeito à decisão da Relatora, entendemos que o recurso interposto pelo Banco Santander merece parcial provimento para fixar o teto do valor total da multa diária imposta na sentença a quo. Não cumprida a determinação judicial, o autor apresentou minuta de liquidação, inclusive da multa diária, que importa no valor de R$ 69.880,00. Este Colegiado, em casos outros, tem entendido que o valor máximo para fixação de multa diária deve ater-se ao valor de alçada dos Juizados Especiais, ou seja, 40 salários mínimos nacional, sob 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034487. Supremo Tribunal Federal ARE 708.838 AGR / SP realizando os descontos e passado mais de ano da decisão que lhe determinou a cessação da conduta, quer fazer crer que a multa diária, regularmente imposta, em patamar baixo e razoável (R$ 150,00 diários), não é devida. Se o valor se tornou alto foi por conta da teimosia ou ineficiência do banco em não atender ao comando judicial. Decisão judicial é para ser cumprida. Nada mais justo, portanto, que agora tenha de pagar o alto valor ao qual deu causa. E não há que se falar em redução de valores, porque significaria premiar o banco por sua desídia e desrespeito à ordem judicial prolatada, bem como descaso para com o consumidor lesado, o que evidentemente estimularia novas práticas e seria totalmente injusto. Não há, no caso, pretensão de enriquecimento ilícito do autor, que só está a executar o que é devido. Os cálculos apresentados são regulares, estão de acordo com as informações dos autos e não foram suficientemente rechaçados pelo banco, que há tempos está a procrastinar a solução da lide. Assim, o voto é pelo improvimento do recurso, mantendo-se a sentença por seus próprios fundamentos e por estes aqui lançados, devendo prosseguir a execução pelo valor total pretendido de R$ 69.880,69. (...) Apresentado o voto pela Juíza Relatora e dada a palavra aos demais Juízes, estes apresentaram votos divergentes nos seguintes termos: Acolhido o relatório do voto vencido, em que pese o respeito à decisão da Relatora, entendemos que o recurso interposto pelo Banco Santander merece parcial provimento para fixar o teto do valor total da multa diária imposta na sentença a quo. Não cumprida a determinação judicial, o autor apresentou minuta de liquidação, inclusive da multa diária, que importa no valor de R$ 69.880,00. Este Colegiado, em casos outros, tem entendido que o valor máximo para fixação de multa diária deve ater-se ao valor de alçada dos Juizados Especiais, ou seja, 40 salários mínimos nacional, sob 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034487. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 9 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA ARE 708.838 AGR / SP pena de se chegar a valores astronômicos, sendo que a ação não pode servir como fonte de enriquecimento sem causa da parte. Posto isso, o voto do 2º e 3º Juízes é pelo provimento parcial do recurso para limitar o valor da multa diária imposta ao recorrente em valor equivalente a 40 (quarenta) salários mínimos nacional, a ser convertido em reais na data desta decisão, que é o valor de alçada para o Juizado Especial, valor que atende aos critérios da razoabilidade e proporcionalidade. Relator com voto vencido” (fls. 341-344). 3. Como posto na decisão agravada, decidir de modo diverso a respeito do valor das astreintes demandaria a reanálise da legislação infraconstitucional (no caso, do Código Civil e do Código de Processo Civil) e das provas dos autos, inviável em recurso extraordinário. A ofensa constitucional, se tivesse ocorrido, seria indireta. Incide na espécie, ainda, a Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal. Nesse sentido: “SEGUNDO AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. CONSUMIDOR E CIVIL. SERVIÇO DE TELEFONIA MÓVEL. ESTIPULAÇÃO DE PRAZO DE CARÊNCIA SUPERIOR A 12 MESES. INDENIZAÇÃO. DANOS MATERIAIS E MORAIS. FIXAÇÃO DE ASTREINTES. QUESTÃO QUE DEMANDA ANÁLISE DE DISPOSITIVOS DE ÍNDOLE INFRACONSTITUCIONAL. AUSÊNCIA DO NECESSÁRIO PREQUESTIONAMENTO. OFENSA REFLEXA AO TEXTO DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO JÁ CARREADO AOS AUTOS. IMPOSSIBILIDADE. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 279/STF” (AI 759.962-AgR-segundo, Rel. Min. Luiz Fux, Primeira Turma, DJe 16.5.2012). “AGRAVO REGIMENTAL. DISCUSSÃO SOBRE VALOR DE ASTREINTES. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034487. Supremo Tribunal Federal ARE 708.838 AGR / SP pena de se chegar a valores astronômicos, sendo que a ação não pode servir como fonte de enriquecimento sem causa da parte. Posto isso, o voto do 2º e 3º Juízes é pelo provimento parcial do recurso para limitar o valor da multa diária imposta ao recorrente em valor equivalente a 40 (quarenta) salários mínimos nacional, a ser convertido em reais na data desta decisão, que é o valor de alçada para o Juizado Especial, valor que atende aos critérios da razoabilidade e proporcionalidade. Relator com voto vencido” (fls. 341-344). 3. Como posto na decisão agravada, decidir de modo diverso a respeito do valor das astreintes demandaria a reanálise da legislação infraconstitucional (no caso, do Código Civil e do Código de Processo Civil) e das provas dos autos, inviável em recurso extraordinário. A ofensa constitucional, se tivesse ocorrido, seria indireta. Incide na espécie, ainda, a Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal. Nesse sentido: “SEGUNDO AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. CONSUMIDOR E CIVIL. SERVIÇO DE TELEFONIA MÓVEL. ESTIPULAÇÃO DE PRAZO DE CARÊNCIA SUPERIOR A 12 MESES. INDENIZAÇÃO. DANOS MATERIAIS E MORAIS. FIXAÇÃO DE ASTREINTES. QUESTÃO QUE DEMANDA ANÁLISE DE DISPOSITIVOS DE ÍNDOLE INFRACONSTITUCIONAL. AUSÊNCIA DO NECESSÁRIO PREQUESTIONAMENTO. OFENSA REFLEXA AO TEXTO DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO JÁ CARREADO AOS AUTOS. IMPOSSIBILIDADE. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 279/STF” (AI 759.962-AgR-segundo, Rel. Min. Luiz Fux, Primeira Turma, DJe 16.5.2012). “AGRAVO REGIMENTAL. DISCUSSÃO SOBRE VALOR DE ASTREINTES. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034487. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 9 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA ARE 708.838 AGR / SP REEXAME DE LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. IMPOSSIBILIDADE. OFENSA REFLEXA OU INDIRETA À CONSTITUIÇÃO. Para se chegar a conclusão diversa daquela a que se chegou no acórdão recorrido, seria necessário o reexame da legislação infraconstitucional pertinente, o que é inviável nesta esfera. Inexistência de ofensa direta à Constituição. Agravo regimental a que se nega provimento” (ARE 686.232-AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa, Segunda Turma, Dje 13.8.2012). 4. Os argumentos do Agravante, insuficientes para modificar a decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente prestação jurisdicional. 5. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental. 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034487. Supremo Tribunal Federal ARE 708.838 AGR / SP REEXAME DE LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. IMPOSSIBILIDADE. OFENSA REFLEXA OU INDIRETA À CONSTITUIÇÃO. Para se chegar a conclusão diversa daquela a que se chegou no acórdão recorrido, seria necessário o reexame da legislação infraconstitucional pertinente, o que é inviável nesta esfera. Inexistência de ofensa direta à Constituição. Agravo regimental a que se nega provimento” (ARE 686.232-AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa, Segunda Turma, Dje 13.8.2012). 4. Os argumentos do Agravante, insuficientes para modificar a decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente prestação jurisdicional. 5. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental. 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034487. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 9 Decisão de Julgamento SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 708.838 PROCED. : SÃO PAULO RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) : BANCO SANTANDER BRASIL S/A ADV.(A/S) : FERNANDO ANTONIO FONTANETTI E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : REGINALDO MARIOTO ADV.(A/S) : ELCIAS JOSÉ FERREIRA Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. 2ª Turma, 16.10.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Subprocurador-Geral da República, Dr. Mário José Gisi. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3052171 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 708.838 PROCED. : SÃO PAULO RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) : BANCO SANTANDER BRASIL S/A ADV.(A/S) : FERNANDO ANTONIO FONTANETTI E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : REGINALDO MARIOTO ADV.(A/S) : ELCIAS JOSÉ FERREIRA Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. 2ª Turma, 16.10.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Subprocurador-Geral da República, Dr. Mário José Gisi. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3052171 Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 9
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3064924
2012-10-16T00:00:00
2012-11-08T00:00:00
A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. 2ª Turma, 16.10.2012.
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO
EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. VALOR DAS ASTREINTES. JULGADO RECORRIDO FUNDAMENTADO EM LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL E NAS PROVAS DOS AUTOS. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.
sjur218128
- Acórdãos citados: (SÚMULA 279) STF: AI 759962 AgR-segundo(1ªT), ARE 686232 AgR(2ªT). Número de páginas: 9. Análise: 13/11/2012, LLD.
CÁRMEN LÚCIA
Segunda Turma
708838
[ "LEG-FED LEI-010406 ANO-2002\r\n CC-2002 CÓDIGO CIVIL\r\n\r\n", "LEG-FED LEI-005869 ANO-1973\r\n CPC-1973 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL\r\n\r\n", "LEG-FED SUMSTF-000279 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF" ]
ARE-AgR
acordaos
ARE 708838 AgR
[ "" ]
AGTE.(S) : BANCO SANTANDER BRASIL S/A ADV.(A/S) : FERNANDO ANTONIO FONTANETTI E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : REGINALDO MARIOTO ADV.(A/S) : ELCIAS JOSÉ FERREIRA
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 708 . 838", "SÚMULA N . 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL", "RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 708 . 838", "ARE 708 . 838 AGR / SP", "RE 140 . 370", "Súmula n . 279 deste Supremo Tribunal", "AI 588 . 544 - ED", "AI 573 . 345 - AgR", "ARE 708 . 838 AGR / SP", "RE 140 . 370", "RTJ 150 / 269", "Súmula n . 279 deste Supremo Tribunal", "AI 588 . 544 - ED", "AI 573 . 345 - AgR", "ARE 708 . 838", "ARE 708 . 838 AGR / SP", "ARE 708 . 838 AGR / SP", "Súmula n . 279 do Supremo Tribunal Federal", "SÚMULA 279 / STF", "AI 759 . 962 - AgR - segundo", "ARE 708 . 838 AGR / SP", "Súmula n . 279 do Supremo Tribunal Federal", "SÚMULA 279 / STF", "AI 759 . 962 - AgR - segundo", "ARE 708 . 838", "ARE 686 . 232 - AgR", "ARE 708 . 838 AGR / SP", "ARE 686 . 232 - AgR" ], "LEGISLACAO": [ "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "inc . IX do art . 93 da Constituição da República", "Constituição", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "inc . IX do art . 93 da Constituição da República", "Constituição", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Código de Processo Civil", "art . 544 , § [UNK] , inc . II , alínea a , do Código de Processo Civil", "art . 21 , § [UNK] , do Regimento Interno", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Código de Processo Civil", "art . 544 , § [UNK] , inc . II , alínea a , do Código de Processo Civil", "art . 21 , § [UNK] , do Regimento Interno no Supremo Tribunal Federal", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Código Civil", "Código de Processo Civil", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Código Civil", "Código de Processo Civil", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Constituição", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Constituição", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001" ], "LOCAL": [ "SÃO PAULO", "Brasília", "SÃO PAULO", "SÃO PAULO", "Jaboticabal", "/", "SP", "SÃO PAULO", "SÃO PAULO", "SÃO PAULO", "SÃO PAULO" ], "ORGANIZACAO": [ "SEGUNDA TURMA", "BANCO SANTANDER BRASIL S / A", "Supremo Tribunal Federal", "Segunda Turma", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo 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"-", "Brasil", "Primeira Turma", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Juizado Especial", "Primeira Turma", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "/", "SP", "Segunda Turma", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Segunda Turma", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "SEGUNDA TURMA", "BANCO SANTANDER BRASIL S / A", "[UNK] Turma", "Infra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "BANCO SANTANDER BRASIL S / A", "[UNK] Turma", "Infra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil" ], "PESSOA": [ "FERNANDO ANTONIO FONTANETTI", "REGINALDO MARIOTO", "ELCIAS JOSÉ FERREIRA", "Ricardo Lewandowski", "CÁRMEN LÚCIA", "CÁRMEN LÚCIA", "FERNANDO ANTONIO FONTANETTI", "REGINALDO MARIOTO", "ELCIAS JOSÉ FERREIRA", "CÁRMEN LÚCIA", "CÁRMEN LÚCIA", "FERNANDO ANTONIO FONTANETTI", "REGINALDO MARIOTO", "ELCIAS JOSÉ FERREIRA", "CÁRMEN LÚCIA", "Sepúlveda Pertence", "Sepúlveda Pertence", "CÁRMEN LÚCIA", "CÁRMEN LÚCIA", "CÁRMEN LÚCIA", "CÁRMEN LÚCIA", "CÁRMEN LÚCIA ARE", "Luiz Fux", "Luiz Fux", "CÁRMEN LÚCIA", "Joaquim Barbosa", "Joaquim Barbosa", "CÁRMEN LÚCIA", "FERNANDO ANTONIO FONTANETTI", "REGINALDO MARIOTO", "ELCIAS JOSÉ FERREIRA", "Ricardo Lewandowski", "Celso de Mello", "Gilmar Mendes", "Joaquim Barbosa", "Cármen Lúcia", "Mário José Gisi", "Fabiane Duarte", "FERNANDO ANTONIO FONTANETTI", "REGINALDO MARIOTO", "ELCIAS JOSÉ FERREIRA", "Ricardo Lewandowski", "Celso de Mello", "Gilmar Mendes", "Joaquim Barbosa", "Cármen Lúcia", "Mário José Gisi", "Fabiane Duarte" ], "TEMPO": [ "16", "/", "10", "/", "2012", "16 de outubro de 2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "08", "/", "11", "/", "2012", "16", "/", 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Ementa e Acórdão 16/10/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 704.364 AMAZONAS RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) :NAUTICA RIO E MAR LTDA ADV.(A/S) :VERA CARLA NELSON CRUZ SILVEIRA E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO. PENA DE PERDIMENTO DE BENS. ALEGADA CONTRARIEDADE AO ART. 5º, INC. LIV E LV, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a Presidência do Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, à unanimidade, em negar provimento ao agravo regimental no recurso extraordinário com agravo, nos termos do voto da Relatora. Brasília, 16 de outubro de 2012. Ministra CÁRMEN LÚCIA - Relatora Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034337. Supremo Tribunal Federal DJe 08/11/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 8 Relatório 16/10/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 704.364 AMAZONAS RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) :NAUTICA RIO E MAR LTDA ADV.(A/S) :VERA CARLA NELSON CRUZ SILVEIRA E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL R E L A T Ó R I O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA (Relatora): 1. Em 16 de agosto de 2012, neguei seguimento ao agravo nos autos do recurso extraordinário interposto por Náutica Rio e Mar Ltda. contra julgado do Superior Tribunal de Justiça, que cassou acórdão proferido na origem para decidir que “não há falar, portanto, na espécie, em oportunização à impetrante de interposição de recurso em face da decisão que decretou a perda dos bens”. A decisão agravada teve a seguinte fundamentação: “5. Passo ao exame do agravo de instrumento interposto por Náutica Rio e Mar Ltda. contra o julgado do Superior Tribunal de Justiça. (…) 6. Razão jurídica não assiste à Agravante Náutica Rio e Mar Ltda. 7. Este Supremo Tribunal Federal assentou que a alegação de contrariedade ao art. 5º, inc. LIV e LV, da Constituição da República, se dependente do exame da legislação infraconstitucional (na espécie vertente, Decreto-Lei n. 1.455/1976 e Lei n. 9.784/1999), não viabiliza o recurso extraordinário, pois eventual ofensa constitucional seria indireta. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034338. Supremo Tribunal Federal 16/10/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 704.364 AMAZONAS RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) :NAUTICA RIO E MAR LTDA ADV.(A/S) :VERA CARLA NELSON CRUZ SILVEIRA E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL R E L A T Ó R I O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA (Relatora): 1. Em 16 de agosto de 2012, neguei seguimento ao agravo nos autos do recurso extraordinário interposto por Náutica Rio e Mar Ltda. contra julgado do Superior Tribunal de Justiça, que cassou acórdão proferido na origem para decidir que “não há falar, portanto, na espécie, em oportunização à impetrante de interposição de recurso em face da decisão que decretou a perda dos bens”. A decisão agravada teve a seguinte fundamentação: “5. Passo ao exame do agravo de instrumento interposto por Náutica Rio e Mar Ltda. contra o julgado do Superior Tribunal de Justiça. (…) 6. Razão jurídica não assiste à Agravante Náutica Rio e Mar Ltda. 7. Este Supremo Tribunal Federal assentou que a alegação de contrariedade ao art. 5º, inc. LIV e LV, da Constituição da República, se dependente do exame da legislação infraconstitucional (na espécie vertente, Decreto-Lei n. 1.455/1976 e Lei n. 9.784/1999), não viabiliza o recurso extraordinário, pois eventual ofensa constitucional seria indireta. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034338. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 8 Relatório ARE 704.364 AGR / AM Nesse sentido: (…) Nada há, pois, a prover quanto às alegações da Agravante Náutica Rio e Mar Ltda. (…) 9. Pelo exposto, nego seguimento ao agravo interposto por Náutica Rio e Mar Ltda. (art. 544, § 4º, inc. I, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal) e julgo prejudicado o recurso extraordinário interposto pela União, por perda superveniente de objeto (art. 21, inc. IX, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal). Determino à Secretaria do Supremo Tribunal Federal que proceda à nova autuação deste recurso para constar como Recorrentes Náutica Rio e Mar Ltda. e a União”. 2. Publicada essa decisão no DJe de 23.8.2012, interpõe Náutica Rio e Mar Ltda., em 28.8.2012, tempestivamente, agravo regimental. 3. Afirma a Agravante que “a instância única de julgamento, tal como prevista no art. 27, § 4º, do Decreto-Lei n. 1.455/76, viola o art. 5º da Constituição da República de 1988”. Requer a reconsideração da decisão agravada ou o provimento do presente recurso, “a fim de conhecer e dar provimento ao pedido de reforma do v. acórdão que negou direito da ora Agravante de interpor recurso em face da decisão administrativa que lhe impôs a pena de perdimento d[e] bens”. É o relatório. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034338. Supremo Tribunal Federal ARE 704.364 AGR / AM Nesse sentido: (…) Nada há, pois, a prover quanto às alegações da Agravante Náutica Rio e Mar Ltda. (…) 9. Pelo exposto, nego seguimento ao agravo interposto por Náutica Rio e Mar Ltda. (art. 544, § 4º, inc. I, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal) e julgo prejudicado o recurso extraordinário interposto pela União, por perda superveniente de objeto (art. 21, inc. IX, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal). Determino à Secretaria do Supremo Tribunal Federal que proceda à nova autuação deste recurso para constar como Recorrentes Náutica Rio e Mar Ltda. e a União”. 2. Publicada essa decisão no DJe de 23.8.2012, interpõe Náutica Rio e Mar Ltda., em 28.8.2012, tempestivamente, agravo regimental. 3. Afirma a Agravante que “a instância única de julgamento, tal como prevista no art. 27, § 4º, do Decreto-Lei n. 1.455/76, viola o art. 5º da Constituição da República de 1988”. Requer a reconsideração da decisão agravada ou o provimento do presente recurso, “a fim de conhecer e dar provimento ao pedido de reforma do v. acórdão que negou direito da ora Agravante de interpor recurso em face da decisão administrativa que lhe impôs a pena de perdimento d[e] bens”. É o relatório. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034338. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 8 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA 16/10/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 704.364 AMAZONAS VO T O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Razão jurídica não assiste à Agravante. 2. Na espécie vertente, o Superior Tribunal de Justiça decidiu a controvérsia sob os seguintes fundamentos: “É que, tanto a jurisprudência desta Corte Superior, quanto à do Pretório Excelso, são uníssonas em afirmar que não há no ordenamento jurídico brasileiro a garantia do duplo grau de jurisdição administrativa obrigatório, conforme se depreende, exemplificativamente, dos seguintes precedentes: (…) In casu, a pena de perdimento de bens imposta ao ora recorrido foi decretada em procedimento administrativo regido pelo Decreto-Lei nº 1.455/76, que prevê, em seu art. 57, § 4º, que a respectiva decisão será proferida pelo Ministro da Fazenda, em única instância, o que não se incompatibiliza com o ordenamento jurídico pátrio, que não prevê o duplo grau obrigatório na instância administrativa. Registre-se que a Lei nº 9.784/99, que dispõe que ‘das decisões administrativas cabe recurso, em face de razões de legalidade e de mérito’, porque de caráter geral, não teve o condão de derrogar o Decreto-Lei nº 1.455/76, que regula procedimento administrativo específico relacionado à pena de perdimento de bens. Ademais, ainda que assim não fosse, o próprio artigo 69 da Lei nº 9.784/99 dispõe que ‘os processos administrativos específicos continuarão a reger-se por lei própria, aplicando-se-lhes apenas subsidiariamente os preceitos desta Lei’, não havendo, pois, falar em derrogação dos preceitos do Decreto-Lei nº 1.455/76. Não há falar, portanto, na espécie, em oportunização à Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034339. Supremo Tribunal Federal 16/10/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 704.364 AMAZONAS VO T O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Razão jurídica não assiste à Agravante. 2. Na espécie vertente, o Superior Tribunal de Justiça decidiu a controvérsia sob os seguintes fundamentos: “É que, tanto a jurisprudência desta Corte Superior, quanto à do Pretório Excelso, são uníssonas em afirmar que não há no ordenamento jurídico brasileiro a garantia do duplo grau de jurisdição administrativa obrigatório, conforme se depreende, exemplificativamente, dos seguintes precedentes: (…) In casu, a pena de perdimento de bens imposta ao ora recorrido foi decretada em procedimento administrativo regido pelo Decreto-Lei nº 1.455/76, que prevê, em seu art. 57, § 4º, que a respectiva decisão será proferida pelo Ministro da Fazenda, em única instância, o que não se incompatibiliza com o ordenamento jurídico pátrio, que não prevê o duplo grau obrigatório na instância administrativa. Registre-se que a Lei nº 9.784/99, que dispõe que ‘das decisões administrativas cabe recurso, em face de razões de legalidade e de mérito’, porque de caráter geral, não teve o condão de derrogar o Decreto-Lei nº 1.455/76, que regula procedimento administrativo específico relacionado à pena de perdimento de bens. Ademais, ainda que assim não fosse, o próprio artigo 69 da Lei nº 9.784/99 dispõe que ‘os processos administrativos específicos continuarão a reger-se por lei própria, aplicando-se-lhes apenas subsidiariamente os preceitos desta Lei’, não havendo, pois, falar em derrogação dos preceitos do Decreto-Lei nº 1.455/76. Não há falar, portanto, na espécie, em oportunização à Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034339. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 8 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA ARE 704.364 AGR / AM impetrante de interposição de recurso em face da decisão que decretou a perda dos bens, como decidido pela eg. Corte Regional de Justiça. Averbe-se, por fim, que a matéria não encerra discussão de ordem exclusivamente constitucional, tanto é que, além do recurso extraordinário, o ente fazendário interpôs ainda o competente recurso especial, suscitando ofensa ao artigo 27, § 4º, do Decreto-Lei nº 1.455/76, que efetivamente restou violado, porque prevê expressamente, na hipótese específica dos autos, a irrecorribilidade da decisão administrativa proferida pelo Ministro da Fazenda, como nos fundamentos encimados” (grifos nossos). 3. Como afirmado na decisão agravada, este Supremo Tribunal assentou que a alegação de afronta aos princípios da legalidade, do devido processo legal, do contraditório, da ampla defesa, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, quando dependente de exame de legislação infraconstitucional, na espécie vertente, do Decreto-Lei n. 1.455/1976 e da Lei n. 9.784/1999, configura ofensa constitucional indireta. Confiram-se os seguintes precedentes: “EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO, (...) 1. A garantia constitucional do duplo grau de jurisdição (art. 5º, LV) insere-se no âmbito de proteção do princípio constitucional da ampla defesa, insculpido no mesmo enunciado normativo da Carta Magna, razão pela qual o tema foi enfrentado no acórdão embargado sob essa ótica, consignando-se a natureza infraconstitucional da controvérsia. (…) 3. Mantida a inadmissibilidade do recurso extraordinário, é de se rejeitar a atribuição dos pretendidos efeitos infringentes. 4. Embargos declaratórios a que se dá provimento parcial” (AI 845.223-AgR-ED, Rel. Min. Luiz Fux, Primeira Turma, DJe 2.4.2012, grifos nossos). “Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo. Fundamentos não atacados. Súmula nº 283. Princípios do contraditório e da ampla defesa. Ilícito fiscal. Perdimento de bens. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034339. Supremo Tribunal Federal ARE 704.364 AGR / AM impetrante de interposição de recurso em face da decisão que decretou a perda dos bens, como decidido pela eg. Corte Regional de Justiça. Averbe-se, por fim, que a matéria não encerra discussão de ordem exclusivamente constitucional, tanto é que, além do recurso extraordinário, o ente fazendário interpôs ainda o competente recurso especial, suscitando ofensa ao artigo 27, § 4º, do Decreto-Lei nº 1.455/76, que efetivamente restou violado, porque prevê expressamente, na hipótese específica dos autos, a irrecorribilidade da decisão administrativa proferida pelo Ministro da Fazenda, como nos fundamentos encimados” (grifos nossos). 3. Como afirmado na decisão agravada, este Supremo Tribunal assentou que a alegação de afronta aos princípios da legalidade, do devido processo legal, do contraditório, da ampla defesa, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, quando dependente de exame de legislação infraconstitucional, na espécie vertente, do Decreto-Lei n. 1.455/1976 e da Lei n. 9.784/1999, configura ofensa constitucional indireta. Confiram-se os seguintes precedentes: “EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO, (...) 1. A garantia constitucional do duplo grau de jurisdição (art. 5º, LV) insere-se no âmbito de proteção do princípio constitucional da ampla defesa, insculpido no mesmo enunciado normativo da Carta Magna, razão pela qual o tema foi enfrentado no acórdão embargado sob essa ótica, consignando-se a natureza infraconstitucional da controvérsia. (…) 3. Mantida a inadmissibilidade do recurso extraordinário, é de se rejeitar a atribuição dos pretendidos efeitos infringentes. 4. Embargos declaratórios a que se dá provimento parcial” (AI 845.223-AgR-ED, Rel. Min. Luiz Fux, Primeira Turma, DJe 2.4.2012, grifos nossos). “Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo. Fundamentos não atacados. Súmula nº 283. Princípios do contraditório e da ampla defesa. Ilícito fiscal. Perdimento de bens. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034339. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 8 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA ARE 704.364 AGR / AM Ofensa reflexa. Reexame de provas. Súmula nº 279. 1. A jurisprudência de ambas as Turmas deste Tribunal é no sentido de negar provimento ao agravo quando, como no caso, não são impugnados todos os fundamentos da decisão agravada. Incide, na espécie, a inteligência da Súmula nº 283 desta Corte. 2. A ponderação da situação em que foram apreendidos os bens, da boa-fé do condutor do veículo e da aplicação, ou não, da pena imposta, como deseja a agravante, demandaria o reexame do conjunto fático-probatório dos autos e a análise da legislação infraconstitucional (Decreto-Lei nº 37/66 e Decreto nº 4.543/02), o que não é cabível em sede de recurso extraordinário. 3. Agravo regimental não provido” (ARE 662.564- AgR, Rel. Min. Dias Toffoli, Primeira Turma, DJe 3.8.2012, grifos nossos). “Agravo regimental em recurso extraordinário com agravo. 2. Direito Administrativo. Alegação de nulidades no processo disciplinar. 3. Violação aos princípios do contraditório e da ampla defesa, se dependente do reexame prévio de normas infraconstitucionais, configura ofensa reflexa à Constituição Federal. 4. Ausência de argumentos capazes de infirmar a decisão agravada. 5. Agravo regimental a que se nega provimento” (ARE 702.167-AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJe 24.9.2012). 4. Ressalte-se, ao final, que a discussão na origem ateve-se à aplicação da norma infraconstitucional ao caso em exame, se a regra específica ou geral. Não houve, portanto, o enfoque constitucional alegado pela Agravante (inconstitucionalidade do art. 27, § 4º, do Decreto-Lei n. 1.455/1976). 5. Os argumentos da Agravante, insuficientes para modificar a decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente prestação jurisdicional. 6. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034339. Supremo Tribunal Federal ARE 704.364 AGR / AM Ofensa reflexa. Reexame de provas. Súmula nº 279. 1. A jurisprudência de ambas as Turmas deste Tribunal é no sentido de negar provimento ao agravo quando, como no caso, não são impugnados todos os fundamentos da decisão agravada. Incide, na espécie, a inteligência da Súmula nº 283 desta Corte. 2. A ponderação da situação em que foram apreendidos os bens, da boa-fé do condutor do veículo e da aplicação, ou não, da pena imposta, como deseja a agravante, demandaria o reexame do conjunto fático-probatório dos autos e a análise da legislação infraconstitucional (Decreto-Lei nº 37/66 e Decreto nº 4.543/02), o que não é cabível em sede de recurso extraordinário. 3. Agravo regimental não provido” (ARE 662.564- AgR, Rel. Min. Dias Toffoli, Primeira Turma, DJe 3.8.2012, grifos nossos). “Agravo regimental em recurso extraordinário com agravo. 2. Direito Administrativo. Alegação de nulidades no processo disciplinar. 3. Violação aos princípios do contraditório e da ampla defesa, se dependente do reexame prévio de normas infraconstitucionais, configura ofensa reflexa à Constituição Federal. 4. Ausência de argumentos capazes de infirmar a decisão agravada. 5. Agravo regimental a que se nega provimento” (ARE 702.167-AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJe 24.9.2012). 4. Ressalte-se, ao final, que a discussão na origem ateve-se à aplicação da norma infraconstitucional ao caso em exame, se a regra específica ou geral. Não houve, portanto, o enfoque constitucional alegado pela Agravante (inconstitucionalidade do art. 27, § 4º, do Decreto-Lei n. 1.455/1976). 5. Os argumentos da Agravante, insuficientes para modificar a decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente prestação jurisdicional. 6. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034339. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 8 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA ARE 704.364 AGR / AM 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034339. Supremo Tribunal Federal ARE 704.364 AGR / AM 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034339. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 8 Decisão de Julgamento SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 704.364 PROCED. : AMAZONAS RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) : NAUTICA RIO E MAR LTDA ADV.(A/S) : VERA CARLA NELSON CRUZ SILVEIRA E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. 2ª Turma, 16.10.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Subprocurador-Geral da República, Dr. Mário José Gisi. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3052084 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 704.364 PROCED. : AMAZONAS RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) : NAUTICA RIO E MAR LTDA ADV.(A/S) : VERA CARLA NELSON CRUZ SILVEIRA E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. 2ª Turma, 16.10.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Subprocurador-Geral da República, Dr. Mário José Gisi. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3052084 Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 8
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3061099
2012-10-16T00:00:00
2012-11-08T00:00:00
A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. 2ª Turma, 16.10.2012.
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO
EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO. PENA DE PERDIMENTO DE BENS. ALEGADA CONTRARIEDADE AO ART. 5º, INC. LIV E LV, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.
sjur218103
- Acórdãos citados: (MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL) STF: AI 845223 AgR-ED(1ªT), ARE 662564 AgR(1ªT), ARE 702167 AgR(2ªT). Número de páginas: 8. Análise: 14/11/2012, LLD.
CÁRMEN LÚCIA
Segunda Turma
704364
[ "LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00005 INC-00054 INC-00055 \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n\r\n", "LEG-FED LEI-009784 ANO-1999\r\n LEI ORDINÁRIA\r\n\r\n", "LEG-FED DEL-001455 ANO-1976\r\n ART-00027 PAR-00004 \r\n DECRETO-LEI" ]
ARE-AgR
acordaos
ARE 704364 AgR
[ "" ]
AGTE.(S) : NAUTICA RIO E MAR LTDA ADV.(A/S) : VERA CARLA NELSON CRUZ SILVEIRA E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "RECURSO", "RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM", "ARE 704 . 364 AGR / AM", "ARE 704 . 364 AGR / AM", "RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 704 . 364", "ARE 704 . 364 AGR / AM", "AI 845 . 223 - AgR - ED", "ARE 704 . 364 AGR / AM", "AI 845 . 223 - AgR - ED", "ARE 704 . 364 AGR", "ARE 662 . 564 - AgR", "ARE 702 . 167 - AgR", "ARE 704 . 364 AGR", "ARE 662 . 564 - AgR", "ARE 702 . 167 - AgR", "ARE 704 . 364", "ARE 704 . 364 AGR / AM", "AGRAVO 704 . 364" ], "LEGISLACAO": [ "ART . [UNK] , INC . LIV E LV , DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . [UNK] , inc . LIV e LV , da Constituição da República", "Decreto", "-", "Lei n . 1 . 455 / 1976", "Lei n . 9 . 784 / 1999", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . [UNK] , inc . LIV e LV , da Constituição da República", "Decreto", "-", "Lei n . 1 . 455 / 1976", "Lei n . 9 . 784 / 1999", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 544 , § [UNK] , inc . I , do Código de Processo Civil", "art . 21 , § [UNK] , do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal", "art . 21 , inc . IX , do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal", "art . 27 , § [UNK] , do Decreto - Lei n . 1 . 455 / 76", "art . [UNK] da Constituição da República de 1988", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 544 , § [UNK] , inc . I , do Código de Processo Civil", "art . 21 , § [UNK] , do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal", "art . 21 , inc . IX , do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal", "art . 27 , § [UNK] , do Decreto - Lei n . 1 . 455 / 76", "art . [UNK] da Constituição da República de 1988", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Decreto", "-", "Lei [UNK] 1 . 455 / 76", "Lei [UNK] 9 . 784 / 99", "Decreto", "-", "Lei [UNK] 1 . 455 / 76", "artigo 69 da Lei [UNK] 9 . 784 / 99", "Decreto", "-", "Lei [UNK] 1 . 455 / 76", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Decreto", "-", "Lei [UNK] 1 . 455 / 76", "Lei [UNK] 9 . 784 / 99", "Decreto", "-", "Lei [UNK] 1 . 455 / 76", "artigo 69 da Lei [UNK] 9 . 784 / 99", "Decreto", "-", "Lei [UNK] 1 . 455 / 76", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "artigo 27 , § [UNK] , do Decreto - Lei [UNK] 1 . 455 / 76", "Decreto", "-", "Lei n . 1 . 455 / 1976", "Lei n . 9 . 784 / 1999", "Carta Magna", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "artigo 27 , § [UNK] , do Decreto - Lei [UNK] 1 . 455 / 76", "Decreto", "-", "Lei n . 1 . 455 / 1976", "Lei n . 9 . 784 / 1999", "Carta Magna", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Decreto", "-", "Lei [UNK] 37 / 66", "Decreto [UNK] 4 . 543 / 02", "Constituição Federal", "art . 27 , § [UNK] , do Decreto - Lei n . 1 . 455 / 1976", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Decreto", "-", "Lei [UNK] 37 / 66", "Decreto [UNK] 4 . 543 / 02", "Constituição Federal", "art . 27 , § [UNK] , do Decreto - Lei n . 1 . 455 / 1976", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001" ], "LOCAL": [ "AMAZONAS", "Brasília", "AMAZONAS", "AMAZONAS", "AMAZONAS" ], "ORGANIZACAO": [ "SEGUNDA TURMA", "NAUTICA RIO E MAR LTDA", "UNIÃO", "Supremo Tribunal Federal", "Segunda Turma", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "NAUTICA RIO E MAR LTDA", "UNIÃO", "Náutica Rio e Mar Ltda .", "Superior Tribunal de Justiça", "Náutica Rio e Mar Ltda .", "Superior Tribunal de Justiça", "Náutica Rio e Mar Ltda .", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "NAUTICA RIO E MAR LTDA", "UNIÃO", "Náutica Rio e Mar Ltda .", "Superior Tribunal de Justiça", "Náutica Rio e Mar Ltda .", "Superior Tribunal de Justiça", "Náutica Rio e Mar Ltda .", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Náutica Rio e Mar Ltda .", "Náutica Rio e Mar Ltda .", "União", "Secretaria do", "Supremo Tribunal Federal", "Náutica Rio e Mar Ltda .", "União", "Náutica Rio e Mar Ltda .", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Náutica Rio e Mar Ltda .", "Náutica Rio e Mar Ltda .", "União", "Secretaria do", "Supremo Tribunal Federal", "Náutica Rio e Mar Ltda .", "União", "Náutica Rio e Mar Ltda .", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "SEGUNDA TURMA", "Superior Tribunal de Justiça", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "Superior Tribunal de Justiça", "Pretório Excelso", "Fazenda", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal", "Primeira Turma", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo", "Primeira Turma", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "/", "AM", "Primeira Turma", "Segunda Turma", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Primeira Turma", "Segunda Turma", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "SEGUNDA TURMA", "NAUTICA RIO E MAR LTDA", "UNIÃO", "[UNK] Turma", "Infra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "AMAZONAS", "NAUTICA RIO E MAR LTDA", "UNIÃO", "[UNK] Turma", "Infra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil" ], "PESSOA": [ "CÁRMEN LÚCIA", "VERA CARLA NELSON CRUZ SILVEIRA", "Ricardo Lewandowski", "CÁRMEN LÚCIA", "CÁRMEN LÚCIA", "VERA CARLA NELSON CRUZ SILVEIRA", "CÁRMEN LÚCIA", "CÁRMEN LÚCIA", "VERA CARLA NELSON CRUZ SILVEIRA", "CÁRMEN LÚCIA", "CÁRMEN LÚCIA", "CÁRMEN LÚCIA", "CÁRMEN LÚCIA", "CÁRMEN LÚCIA", "Luiz Fux", "Luiz Fux", "CÁRMEN LÚCIA", "Dias Toffoli", "Gilmar Mendes", "Dias Toffoli", "Gilmar Mendes", "CÁRMEN LÚCIA", "CÁRMEN LÚCIA", "VERA CARLA NELSON CRUZ SILVEIRA", "Ricardo Lewandowski", "Celso de Mello", "Gilmar Mendes", "Joaquim Barbosa", "Cármen Lúcia", "Mário José Gisi", "Fabiane Duarte", "CÁRMEN LÚCIA", "VERA CARLA NELSON CRUZ SILVEIRA", "Ricardo Lewandowski", "Celso de Mello", "Gilmar Mendes", "Joaquim Barbosa", "Cármen Lúcia", "Mário José Gisi", "Fabiane Duarte" ], "TEMPO": [ "16", "/", "10", "/", "2012", "16 de outubro de 2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "08", "/", "11", "/", "2012", "16", "/", "10", "/", "2012", "16 de agosto de 2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "16", "/", "10", "/", "2012", "16 de agosto de 2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "23", ".", "8", ".", "2012", "28", ".", "8", ".", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "23", ".", "8", ".", "2012", "28", ".", "8", ".", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "16", "/", "10", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "16", "/", "10", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "2", ".", "4", ".", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "2", ".", "4", ".", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "3", ".", "8", "2012", "24", ".", "9", ".", "2012", "24", "/", "08", "/", 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Ementa e Acórdão 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 109.678 PARANÁ RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO PACTE.(S) :FÁBIO DUARTE IMPTE.(S) :DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO ADV.(A/S) :DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL COATOR(A/S)(ES) :SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA HABEAS CORPUS – JULGAMENTO POR TRIBUNAL SUPERIOR – IMPUGNAÇÃO. A teor do disposto no artigo 102, inciso II, alínea “a”, da Constituição Federal, contra decisão, proferida em processo revelador de habeas corpus, a implicar a não concessão da ordem, cabível é o recurso ordinário. Evolução quanto à admissibilidade do substitutivo do habeas corpus. HABEAS CORPUS – SUPLEMENTAÇÃO DO TÍTULO JUDICIAL CONDENATÓRIO – IMPROPRIEDADE. O habeas corpus não é ação de mão dupla, decorrendo dessa premissa a impossibilidade de órgão julgador vir a suplementar, em termos de fundamentos, o título judicial condenatório. PENA – TRÁFICO DE DROGAS – SUBSTITUIÇÃO DA PRIVATIVA DA LIBERDADE PELA RESTRITIVA DE DIREITOS – INCONSTITUCIONALIDADE DO ARTIGO 44 DA LEI Nº 11.343/2006. O Supremo, no julgamento do Habeas Corpus nº 104.339/SP, assentou a inconstitucionalidade da Lei de Tóxicos, no que vedava a substituição da pena privativa da liberdade pela restritiva de direitos. PENA – REGIME DE CUMPRIMENTO. Sendo de até oito anos a pena fixada, o regime de cumprimento é norteado pelas circunstâncias judiciais – artigo 33, § 3º, do Código Penal. A C Ó R D Ã O Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3005500. Supremo Tribunal Federal DJe 08/11/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 11 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3065008 Ementa e Acórdão HC 109.678 / PR Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal em julgar extinta a ordem de habeas corpus por inadequação da via processual, mas concedê-la, de ofício, nos termos do voto do relator e por unanimidade, em sessão presidida pelo Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata do julgamento e das respectivas notas taquigráficas. Brasília, 16 de outubro de 2012. MINISTRO MARCO AURÉLIO – RELATOR 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3005500. Supremo Tribunal Federal HC 109.678 / PR Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal em julgar extinta a ordem de habeas corpus por inadequação da via processual, mas concedê-la, de ofício, nos termos do voto do relator e por unanimidade, em sessão presidida pelo Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata do julgamento e das respectivas notas taquigráficas. Brasília, 16 de outubro de 2012. MINISTRO MARCO AURÉLIO – RELATOR 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3005500. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 11 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3065008 Relatório 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 109.678 PARANÁ RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO PACTE.(S) :FÁBIO DUARTE IMPTE.(S) :DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO ADV.(A/S) :DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL COATOR(A/S)(ES) :SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Adoto, a título de relatório, as informações prestadas pelo Gabinete: Na decisão que implicou o indeferimento da liminar, a espécie ficou assim resumida: TRÁFICO DE ENTORPECENTES – PENA RESTRITIVA DA LIBERDADE – SUBSTITUIÇÃO PELA DE DIREITOS – ARTIGO 44 DA Nº LEI 11.343/2006 – HABEAS CORPUS – JULGAMENTO PELO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA – SUBSTITUIÇÃO DE FUNDAMENTO – IMPROPRIEDADE – EXECUÇÃO DO TÍTULO JUDICIAL – AFASTAMENTO – LIMINAR DEFERIDA. 1. A Assessoria prestou as seguintes informações: O paciente foi denunciado em virtude de, no dia 24 de abril de 2009, ter praticado o delito previsto no artigo 33, combinado com o artigo 40, inciso I, da Lei nº 11.343/2006 (tráfico internacional de drogas), Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3005501. Supremo Tribunal Federal 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 109.678 PARANÁ RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO PACTE.(S) :FÁBIO DUARTE IMPTE.(S) :DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO ADV.(A/S) :DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL COATOR(A/S)(ES) :SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Adoto, a título de relatório, as informações prestadas pelo Gabinete: Na decisão que implicou o indeferimento da liminar, a espécie ficou assim resumida: TRÁFICO DE ENTORPECENTES – PENA RESTRITIVA DA LIBERDADE – SUBSTITUIÇÃO PELA DE DIREITOS – ARTIGO 44 DA Nº LEI 11.343/2006 – HABEAS CORPUS – JULGAMENTO PELO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA – SUBSTITUIÇÃO DE FUNDAMENTO – IMPROPRIEDADE – EXECUÇÃO DO TÍTULO JUDICIAL – AFASTAMENTO – LIMINAR DEFERIDA. 1. A Assessoria prestou as seguintes informações: O paciente foi denunciado em virtude de, no dia 24 de abril de 2009, ter praticado o delito previsto no artigo 33, combinado com o artigo 40, inciso I, da Lei nº 11.343/2006 (tráfico internacional de drogas), Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3005501. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 11 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3065008 Relatório HC 109.678 / PR na forma do artigo 29 do Código Penal (concurso de pessoas). Recebida a denúncia e concluída a instrução processual, sobreveio a prolação de sentença condenando-o a um ano, onze meses e dez dias de reclusão, em regime inicialmente fechado, e ao pagamento de 170 dias-multa. A defesa e a acusação interpuseram apelação. O Tribunal Regional Federal da 4ª Região negou provimento ao apelo da defesa e proveu parcialmente o recurso protocolado pelo Ministério Público Federal. Manteve a condenação do paciente por infração aos tipos penais acima mencionados. A sanção foi redimensionada para cinco anos, sete meses e quinze dias de reclusão. Tendo em conta a menoridade e a confissão espontânea, atenuou a pena, fixando-a em cinco anos. Incidiu a causa de aumento de 1/6 em razão da internacionalidade do delito e a diminuição prevista no § 4º do artigo 33 da Lei nº 11.343/2006, em face da quantidade de droga apreendida – 126 quilogramas de maconha –, tornando definitiva a pena em dois anos e onze meses de reclusão, mantido o regime inicialmente fechado. Consignou a impossibilidade de substituição da pena, à vista do disposto no artigo 44 da Lei nº 11.343/2006. A defesa impetrou habeas no Superior Tribunal de Justiça – de nº 166.078/PR –, objetivando a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos. O Ministro Og Fernandes, relator, indeferiu o pedido de liminar. Em seguida, a Sexta Turma do Superior Tribunal não concedeu a ordem, assentando: a) embora a jurisprudência venha se posicionando no sentido de a fixação do regime prisional ser avaliado em face das circunstâncias concretas do caso e reconhecendo a 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3005501. Supremo Tribunal Federal HC 109.678 / PR na forma do artigo 29 do Código Penal (concurso de pessoas). Recebida a denúncia e concluída a instrução processual, sobreveio a prolação de sentença condenando-o a um ano, onze meses e dez dias de reclusão, em regime inicialmente fechado, e ao pagamento de 170 dias-multa. A defesa e a acusação interpuseram apelação. O Tribunal Regional Federal da 4ª Região negou provimento ao apelo da defesa e proveu parcialmente o recurso protocolado pelo Ministério Público Federal. Manteve a condenação do paciente por infração aos tipos penais acima mencionados. A sanção foi redimensionada para cinco anos, sete meses e quinze dias de reclusão. Tendo em conta a menoridade e a confissão espontânea, atenuou a pena, fixando-a em cinco anos. Incidiu a causa de aumento de 1/6 em razão da internacionalidade do delito e a diminuição prevista no § 4º do artigo 33 da Lei nº 11.343/2006, em face da quantidade de droga apreendida – 126 quilogramas de maconha –, tornando definitiva a pena em dois anos e onze meses de reclusão, mantido o regime inicialmente fechado. Consignou a impossibilidade de substituição da pena, à vista do disposto no artigo 44 da Lei nº 11.343/2006. A defesa impetrou habeas no Superior Tribunal de Justiça – de nº 166.078/PR –, objetivando a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos. O Ministro Og Fernandes, relator, indeferiu o pedido de liminar. Em seguida, a Sexta Turma do Superior Tribunal não concedeu a ordem, assentando: a) embora a jurisprudência venha se posicionando no sentido de a fixação do regime prisional ser avaliado em face das circunstâncias concretas do caso e reconhecendo a 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3005501. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 11 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3065008 Relatório HC 109.678 / PR possibilidade de deferir-se a substituição da pena em favor dos condenados por delito de tráfico de drogas, os precedentes revelam a necessidade de considerar a sanção imposta, a existência de circunstâncias judiciais desfavoráveis, a presença de agravantes ou atenuantes, elementos com base nos quais poderá determinar-se a incidência, ou não, do mencionado benefício; b) na hipótese, o paciente foi preso em flagrante dentro de uma embarcação no Rio Paraná, onde transportava 126 Kg de maconha, trazidos do Paraguai para o Brasil; c) conquanto primário e a pena aplicada não ultrapasse quatro anos, a expressiva quantidade de entorpecente apreendida demonstra não serem recomendáveis a fixação de regime aberto ou a substituição da pena privativa de liberdade pela restritiva de direitos. A inicial deste habeas volta-se contra esse acórdão. Sustenta-se ter ocorrido inovação por parte do órgão apontado como coator, uma vez que o Tribunal Regional Federal negou a possibilidade de substituir a pena privativa da liberdade por restritivas de direitos tão só em razão do disposto no artigo 44 da Lei nº 11.343/2006 e não em virtude da quantidade de droga apreendida. Daí o entendimento de haver-se agravado a situação do paciente por ocasião do julgamento do Habeas Corpus nº 166.078/PR pela Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça. Acentua-se que a fixação do regime prisional inicial fechado foi estabelecido nas instâncias ordinárias à vista do que se contém no artigo 2º da Lei nº 8.072/90 (Lei dos Crimes Hediondos), declarado inconstitucional pelo Supremo, no julgamento do Habeas Corpus nº 82.959, por conflitar com o princípio da individualização da pena. Ressalta-se haver sido o dispositivo modificado pela 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3005501. Supremo Tribunal Federal HC 109.678 / PR possibilidade de deferir-se a substituição da pena em favor dos condenados por delito de tráfico de drogas, os precedentes revelam a necessidade de considerar a sanção imposta, a existência de circunstâncias judiciais desfavoráveis, a presença de agravantes ou atenuantes, elementos com base nos quais poderá determinar-se a incidência, ou não, do mencionado benefício; b) na hipótese, o paciente foi preso em flagrante dentro de uma embarcação no Rio Paraná, onde transportava 126 Kg de maconha, trazidos do Paraguai para o Brasil; c) conquanto primário e a pena aplicada não ultrapasse quatro anos, a expressiva quantidade de entorpecente apreendida demonstra não serem recomendáveis a fixação de regime aberto ou a substituição da pena privativa de liberdade pela restritiva de direitos. A inicial deste habeas volta-se contra esse acórdão. Sustenta-se ter ocorrido inovação por parte do órgão apontado como coator, uma vez que o Tribunal Regional Federal negou a possibilidade de substituir a pena privativa da liberdade por restritivas de direitos tão só em razão do disposto no artigo 44 da Lei nº 11.343/2006 e não em virtude da quantidade de droga apreendida. Daí o entendimento de haver-se agravado a situação do paciente por ocasião do julgamento do Habeas Corpus nº 166.078/PR pela Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça. Acentua-se que a fixação do regime prisional inicial fechado foi estabelecido nas instâncias ordinárias à vista do que se contém no artigo 2º da Lei nº 8.072/90 (Lei dos Crimes Hediondos), declarado inconstitucional pelo Supremo, no julgamento do Habeas Corpus nº 82.959, por conflitar com o princípio da individualização da pena. Ressalta-se haver sido o dispositivo modificado pela 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3005501. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 11 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3065008 Relatório HC 109.678 / PR Lei nº 11.464/2007, mediante a qual foi prevista a possibilidade de os condenados por crimes hediondos, tortura, tráfico de drogas e terrorismo cumprirem a sanção no regime inicial fechado e não integralmente fechado. No entanto, a modificação introduzida pela Lei nº 11.464/2007 também padeceria de inconstitucionalidade, ao impor o regime inicial fechado a condenados a penas ínfimas, primários e de bons antecedentes, afrontando o princípio da proporcionalidade. De igual modo, haveria de se compreender o disposto no artigo 44 da Lei nº 11.343/2006, dado que, considerando-se o parâmetro de pena inferior a quatro anos e a primariedade do paciente, o regime de cumprimento deveria ser, no mínimo, o intermediário. Pede-se a concessão de liminar para assegurar a substituição da pena privativa de liberdade por restritivas de direitos, ou determinar que o Juízo da Execução assim proceda, e fixar o regime inicial aberto, ou mesmo o semiaberto, determinando-se ao Juízo das Execuções que examine o regime cabível, sem prejuízo de eventuais progressões. No mérito, pleiteia-se a confirmação do provimento cautelar. Requer-se a intimação do Defensor Público Federal de Categoria Especial com atuação junto ao Supremo de todos os atos do processo, incluída a sessão de julgamento, observando-se as prerrogativas conferidas aos Defensores Públicos Federais. […] A Procuradoria Geral da República, no parecer, afirma que, na sentença, apesar de haver-se fundamentado a impossibilidade de substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos, na vedação expressa presente na Lei nº 11.343/06, ter-se-ia também consignado com clareza a 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3005501. Supremo Tribunal Federal HC 109.678 / PR Lei nº 11.464/2007, mediante a qual foi prevista a possibilidade de os condenados por crimes hediondos, tortura, tráfico de drogas e terrorismo cumprirem a sanção no regime inicial fechado e não integralmente fechado. No entanto, a modificação introduzida pela Lei nº 11.464/2007 também padeceria de inconstitucionalidade, ao impor o regime inicial fechado a condenados a penas ínfimas, primários e de bons antecedentes, afrontando o princípio da proporcionalidade. De igual modo, haveria de se compreender o disposto no artigo 44 da Lei nº 11.343/2006, dado que, considerando-se o parâmetro de pena inferior a quatro anos e a primariedade do paciente, o regime de cumprimento deveria ser, no mínimo, o intermediário. Pede-se a concessão de liminar para assegurar a substituição da pena privativa de liberdade por restritivas de direitos, ou determinar que o Juízo da Execução assim proceda, e fixar o regime inicial aberto, ou mesmo o semiaberto, determinando-se ao Juízo das Execuções que examine o regime cabível, sem prejuízo de eventuais progressões. No mérito, pleiteia-se a confirmação do provimento cautelar. Requer-se a intimação do Defensor Público Federal de Categoria Especial com atuação junto ao Supremo de todos os atos do processo, incluída a sessão de julgamento, observando-se as prerrogativas conferidas aos Defensores Públicos Federais. […] A Procuradoria Geral da República, no parecer, afirma que, na sentença, apesar de haver-se fundamentado a impossibilidade de substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos, na vedação expressa presente na Lei nº 11.343/06, ter-se-ia também consignado com clareza a 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3005501. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 11 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3065008 Relatório HC 109.678 / PR existência de circunstâncias judiciais desfavoráveis, inclusive descrevendo a grande quantidade de drogas internalizadas pelo paciente. Sustenta a prevalência das circunstâncias do artigo 42 da Lei nº 11.343/06 sobre as do artigo 59 do Código Penal e aduz ser a substituição pleiteada insuficiente para atender os fins preventivos e repressivos da pena. Opina pelo indeferimento da ordem. Lancei visto no processo em 8 de outubro de 2012, liberando-o para ser julgado na Turma a partir de 16 seguinte, isso objetivando a ciência da impetrante. É o relatório. 5 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3005501. Supremo Tribunal Federal HC 109.678 / PR existência de circunstâncias judiciais desfavoráveis, inclusive descrevendo a grande quantidade de drogas internalizadas pelo paciente. Sustenta a prevalência das circunstâncias do artigo 42 da Lei nº 11.343/06 sobre as do artigo 59 do Código Penal e aduz ser a substituição pleiteada insuficiente para atender os fins preventivos e repressivos da pena. Opina pelo indeferimento da ordem. Lancei visto no processo em 8 de outubro de 2012, liberando-o para ser julgado na Turma a partir de 16 seguinte, isso objetivando a ciência da impetrante. É o relatório. 5 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3005501. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 11 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3065008 Voto - MIN. MARCO AURÉLIO 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 109.678 PARANÁ V O T O O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Inicialmente, aponto a existência de pronunciamento de Colegiado indeferindo a ordem. Consigno a óptica sobre a inadequação do habeas corpus quando o caso sugere recurso ordinário constitucional. A Carta Federal encerra como garantia maior essa ação nobre voltada a preservar a liberdade de ir e vir do cidadão – o habeas corpus. Vale dizer, sofrendo alguém ou se achando ameaçado de sofrer violência ou coação à liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder, cabe manusear o instrumental, fazendo-o no tocante à competência originária de órgão julgador. Em época na qual não havia a sobrecarga de processos hoje notada – praticamente inviabilizando, em tempo hábil, a jurisdição –, passou-se a admitir o denominado habeas substitutivo do recurso ordinário constitucional previsto contra decisão judicial a implicar o indeferimento da ordem. Com isso, atualmente, tanto o Supremo quanto o Superior Tribunal de Justiça estão às voltas com um grande número de habeas corpus – este Tribunal recebeu, no primeiro semestre de 2012, 2.181 habeas e 108 recursos ordinários e aquele, 16.372 habeas e 1.475 recursos ordinários. Raras exceções, não se trata de impetrações passíveis de serem enquadradas como originárias, mas de medidas intentadas a partir de construção jurisprudencial. O Direito é orgânico e dinâmico e contém princípios, expressões e vocábulos com sentido próprio. A definição do alcance da Carta da República há de fazer-se de forma integrativa, mas também considerada a regra de hermenêutica e aplicação do Direito que é a sistemática. O habeas corpus substitutivo do recurso ordinário, além de não estar abrangido pela garantia constante do inciso LXVIII do artigo 5º do Diploma Maior, não existindo sequer previsão legal, enfraquece este último documento, Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3005502. Supremo Tribunal Federal 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 109.678 PARANÁ V O T O O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Inicialmente, aponto a existência de pronunciamento de Colegiado indeferindo a ordem. Consigno a óptica sobre a inadequação do habeas corpus quando o caso sugere recurso ordinário constitucional. A Carta Federal encerra como garantia maior essa ação nobre voltada a preservar a liberdade de ir e vir do cidadão – o habeas corpus. Vale dizer, sofrendo alguém ou se achando ameaçado de sofrer violência ou coação à liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder, cabe manusear o instrumental, fazendo-o no tocante à competência originária de órgão julgador. Em época na qual não havia a sobrecarga de processos hoje notada – praticamente inviabilizando, em tempo hábil, a jurisdição –, passou-se a admitir o denominado habeas substitutivo do recurso ordinário constitucional previsto contra decisão judicial a implicar o indeferimento da ordem. Com isso, atualmente, tanto o Supremo quanto o Superior Tribunal de Justiça estão às voltas com um grande número de habeas corpus – este Tribunal recebeu, no primeiro semestre de 2012, 2.181 habeas e 108 recursos ordinários e aquele, 16.372 habeas e 1.475 recursos ordinários. Raras exceções, não se trata de impetrações passíveis de serem enquadradas como originárias, mas de medidas intentadas a partir de construção jurisprudencial. O Direito é orgânico e dinâmico e contém princípios, expressões e vocábulos com sentido próprio. A definição do alcance da Carta da República há de fazer-se de forma integrativa, mas também considerada a regra de hermenêutica e aplicação do Direito que é a sistemática. O habeas corpus substitutivo do recurso ordinário, além de não estar abrangido pela garantia constante do inciso LXVIII do artigo 5º do Diploma Maior, não existindo sequer previsão legal, enfraquece este último documento, Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3005502. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 11 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3065008 Voto - MIN. MARCO AURÉLIO HC 109.678 / PR tornando-o desnecessário no que, nos artigos 102, inciso II, alínea “a”, e 105, inciso II, alínea “a”, tem-se a previsão do recurso ordinário constitucional a ser manuseado, em tempo, para o Supremo, contra decisão proferida por tribunal superior indeferindo ordem, e para o Superior Tribunal de Justiça, contra ato de tribunal regional federal e de tribunal de justiça. O Direito é avesso a sobreposições e impetrar-se novo habeas, embora para julgamento por tribunal diverso, impugnando pronunciamento em idêntica medida implica inviabilizar, em detrimento de outras situações em que requerida, a jurisdição. Cumpre implementar – visando restabelecer a eficácia dessa ação maior, a valia da Carta Federal no que prevê não o habeas substitutivo, mas o recurso ordinário – a correção de rumos. Consigno que, no tocante a habeas já formalizado sob a óptica da substituição do recurso constitucional, não ocorrerá prejuízo para o paciente, ante a possibilidade de vir-se a conceder, se for o caso, a ordem de ofício. Saliento, por último, que, há dois anos, cheguei a propor a edição de verbete de súmula que, no entanto, esbarrou na ausência de precedentes. Deve-se afastar o misoneísmo, a aversão a novas ideias, pouco importando a justificativa plausível destas – no caso, constitucional –, salvando-se, e esta é a expressão própria, o habeas corpus em sua envergadura maior, no que solapado por visão contrária ao princípio do terceiro excluído: uma coisa é ou não é. Entre duas possibilidades contempladas na Lei Fundamental, de modo exaustivo, não simplesmente exemplificativo, não há lugar para uma terceira – na espécie, o inexistente, normativamente, habeas corpus substitutivo do recurso ordinário, que, ante a prática admitida até aqui, caiu em desuso, tornando quase letra morta os preceitos constitucionais que o versam. É cômodo não interpor o recurso ordinário quando se pode, a qualquer momento e considerado o estágio do processo-crime, buscar-se infirmar decisão há muito proferida, mediante o denominado habeas corpus substitutivo, alcançando-se, com isso, a passagem do tempo, a desaguar, por vezes, na prescrição. A situação não deve continuar, no que já mitigou a importância do habeas corpus e emperrou a máquina 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3005502. Supremo Tribunal Federal HC 109.678 / PR tornando-o desnecessário no que, nos artigos 102, inciso II, alínea “a”, e 105, inciso II, alínea “a”, tem-se a previsão do recurso ordinário constitucional a ser manuseado, em tempo, para o Supremo, contra decisão proferida por tribunal superior indeferindo ordem, e para o Superior Tribunal de Justiça, contra ato de tribunal regional federal e de tribunal de justiça. O Direito é avesso a sobreposições e impetrar-se novo habeas, embora para julgamento por tribunal diverso, impugnando pronunciamento em idêntica medida implica inviabilizar, em detrimento de outras situações em que requerida, a jurisdição. Cumpre implementar – visando restabelecer a eficácia dessa ação maior, a valia da Carta Federal no que prevê não o habeas substitutivo, mas o recurso ordinário – a correção de rumos. Consigno que, no tocante a habeas já formalizado sob a óptica da substituição do recurso constitucional, não ocorrerá prejuízo para o paciente, ante a possibilidade de vir-se a conceder, se for o caso, a ordem de ofício. Saliento, por último, que, há dois anos, cheguei a propor a edição de verbete de súmula que, no entanto, esbarrou na ausência de precedentes. Deve-se afastar o misoneísmo, a aversão a novas ideias, pouco importando a justificativa plausível destas – no caso, constitucional –, salvando-se, e esta é a expressão própria, o habeas corpus em sua envergadura maior, no que solapado por visão contrária ao princípio do terceiro excluído: uma coisa é ou não é. Entre duas possibilidades contempladas na Lei Fundamental, de modo exaustivo, não simplesmente exemplificativo, não há lugar para uma terceira – na espécie, o inexistente, normativamente, habeas corpus substitutivo do recurso ordinário, que, ante a prática admitida até aqui, caiu em desuso, tornando quase letra morta os preceitos constitucionais que o versam. É cômodo não interpor o recurso ordinário quando se pode, a qualquer momento e considerado o estágio do processo-crime, buscar-se infirmar decisão há muito proferida, mediante o denominado habeas corpus substitutivo, alcançando-se, com isso, a passagem do tempo, a desaguar, por vezes, na prescrição. A situação não deve continuar, no que já mitigou a importância do habeas corpus e emperrou a máquina 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3005502. Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 11 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3065008 Voto - MIN. MARCO AURÉLIO HC 109.678 / PR judiciária, sendo prejudicados os cidadãos em geral, a cidadania. Rara é a sessão da Turma em que não se examina impetração voltada contra a demora na apreciação de idêntica medida pelo Superior Tribunal de Justiça. O caso, no entanto, está a ensejar a concessão da ordem de ofício. Ao deferir a medida acauteladora e suspender a execução do título condenatório, consignei: 2. O habeas corpus não é ação de mão dupla. Não se pode, no julgamento, suplementar o ato atacado. Isso acabou por ocorrer no que o Regional tinha apontado como óbice à substituição da pena restritiva da liberdade pela de direitos o artigo 44 da Lei nº 11.343/2006 e o Superior Tribunal de Justiça veio a acrescentar outros dados a essa fundamentação, conforme consta das informações transcritas. Tem-se que se acabou por aditar ao acórdão relativo à apelação fundamento dele não constante. Quanto ao óbice, o Supremo, no julgamento do Habeas Corpus nº 104.339/SP, assentou a inconstitucionalidade da norma do artigo 44 da Lei nº 11.343/2006, que vedava a substituição da pena privativa da liberdade pela restritiva de direitos. Implemento a ordem de ofício para que, afastado o óbice legal, o Juízo examine o pleito de substituição. Esclareço que, relativamente ao regime de cumprimento da pena, esta foi fixada, ante circunstância judicial, acima do mínimo legal, atraindo o disposto no artigo 33, § 3º, do Código Penal. 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3005502. Supremo Tribunal Federal HC 109.678 / PR judiciária, sendo prejudicados os cidadãos em geral, a cidadania. Rara é a sessão da Turma em que não se examina impetração voltada contra a demora na apreciação de idêntica medida pelo Superior Tribunal de Justiça. O caso, no entanto, está a ensejar a concessão da ordem de ofício. Ao deferir a medida acauteladora e suspender a execução do título condenatório, consignei: 2. O habeas corpus não é ação de mão dupla. Não se pode, no julgamento, suplementar o ato atacado. Isso acabou por ocorrer no que o Regional tinha apontado como óbice à substituição da pena restritiva da liberdade pela de direitos o artigo 44 da Lei nº 11.343/2006 e o Superior Tribunal de Justiça veio a acrescentar outros dados a essa fundamentação, conforme consta das informações transcritas. Tem-se que se acabou por aditar ao acórdão relativo à apelação fundamento dele não constante. Quanto ao óbice, o Supremo, no julgamento do Habeas Corpus nº 104.339/SP, assentou a inconstitucionalidade da norma do artigo 44 da Lei nº 11.343/2006, que vedava a substituição da pena privativa da liberdade pela restritiva de direitos. Implemento a ordem de ofício para que, afastado o óbice legal, o Juízo examine o pleito de substituição. Esclareço que, relativamente ao regime de cumprimento da pena, esta foi fixada, ante circunstância judicial, acima do mínimo legal, atraindo o disposto no artigo 33, § 3º, do Código Penal. 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3005502. Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 11 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3065008 Decisão de Julgamento PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA HABEAS CORPUS 109.678 PROCED. : PARANÁ RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO PACTE.(S) : FÁBIO DUARTE IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO ADV.(A/S) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA Decisão: A Turma julgou extinta a ordem de habeas corpus por inadequação da via processual, mas a concedeu, de ofício, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 16.10.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Rodrigo Janot. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3061189 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA HABEAS CORPUS 109.678 PROCED. : PARANÁ RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO PACTE.(S) : FÁBIO DUARTE IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO ADV.(A/S) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA Decisão: A Turma julgou extinta a ordem de habeas corpus por inadequação da via processual, mas a concedeu, de ofício, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 16.10.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Rodrigo Janot. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3061189 Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 11 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3065008
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3065008
2012-10-16T00:00:00
2012-11-08T00:00:00
A Turma julgou extinta a ordem de habeas corpus por inadequação da via processual, mas a concedeu, de ofício, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 16.10.2012.
HABEAS CORPUS
HABEAS CORPUS – JULGAMENTO POR TRIBUNAL SUPERIOR – IMPUGNAÇÃO. A teor do disposto no artigo 102, inciso II, alínea “a”, da Constituição Federal, contra decisão, proferida em processo revelador de habeas corpus, a implicar a não concessão da ordem, cabível é o recurso ordinário. Evolução quanto à admissibilidade do substitutivo do habeas corpus. HABEAS CORPUS – SUPLEMENTAÇÃO DO TÍTULO JUDICIAL CONDENATÓRIO – IMPROPRIEDADE. O habeas corpus não é ação de mão dupla, decorrendo dessa premissa a impossibilidade de órgão julgador vir a suplementar, em termos de fundamentos, o título judicial condenatório. PENA – TRÁFICO DE DROGAS – SUBSTITUIÇÃO DA PRIVATIVA DA LIBERDADE PELA RESTRITIVA DE DIREITOS – INCONSTITUCIONALIDADE DO ARTIGO 44 DA LEI Nº 11.343/2006. O Supremo, no julgamento do Habeas Corpus nº 104.339/SP, assentou a inconstitucionalidade da Lei de Tóxicos, no que vedava a substituição da pena privativa da liberdade pela restritiva de direitos. PENA – REGIME DE CUMPRIMENTO. Sendo de até oito anos a pena fixada, o regime de cumprimento é norteado pelas circunstâncias judiciais – artigo 33, § 3º, do Código Penal.
sjur218057
- Acórdão(s) citado(s) (PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE, SUBSTITUIÇÃO) STF: HC 104339 (TP). Número de páginas: 11. Análise: 14/11/2012, MJC.
MARCO AURÉLIO
Primeira Turma
109678
[ "LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00102 ART-00002 LET-A \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n\r\n", "LEG-FED DEL-002848 ANO-1940\r\n ART-00033 PAR-00003 \r\n CP-1940 CÓDIGO PENAL\r\n\r\n", "LEG-FED LEI-011343 ANO-2006\r\n ART-00044 \r\n LTX-2006 LEI DE TÓXICOS" ]
HC
acordaos
HC 109678
[ "" ]
PACTE.(S) : FÁBIO DUARTE IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO ADV.(A/S) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
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AURÉLIO", "Og Fernandes", "Og Fernandes", "MARCO AURÉLIO", "MARCO AURÉLIO", "MARCO AURÉLIO", "MARCO AURÉLIO", "MARCO AURÉLIO", "MARCO AURÉLIO", "FÁBIO DUARTE", "Dias Toffoli", "Dias Toffoli", "Marco Aurélio", "Luiz Fux", "Rosa Weber", "Rodrigo Janot", "Carmen Lilian Oliveira de Souza", "MARCO AURÉLIO", "FÁBIO DUARTE", "Dias Toffoli", "Dias Toffoli", "Marco Aurélio", "Luiz Fux", "Rosa Weber", "Rodrigo Janot", "Carmen Lilian Oliveira de Souza" ], "TEMPO": [ "16", "/", "10", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "08", "/", "11", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "16 de outubro de 2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "16 de outubro de 2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "16", "/", "10", "/", "2012", "24 de abril de 2009", "24", "/", "08", "/", "2001", "16", "/", "10", "/", "2012", "24 de abril de 2009", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "/", "2006", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", 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Ementa e Acórdão 16/10/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 682.493 RIO GRANDE DO SUL RELATOR : MIN. CELSO DE MELLO AGTE.(S) :UNIÃO ADV.(A/S) :ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO AGDO.(A/S) :PAULO CEZAR REIS DE SOUZA ADV.(A/S) :LUIZ ROTTENFUSSER AGDO.(A/S) :AMÉRICA LATINA LOGÍSTICA DO BRASIL S/A - ALL ADV.(A/S) :JOSÉ ALBERTO COUTO MACIEL E M E N T A: RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO (LEI Nº 12.322/2010) – ALEGADA VIOLAÇÃO A PRECEITOS CONSTITUCIONAIS – AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO – OFENSA INDIRETA À CONSTITUIÇÃO – CONTENCIOSO DE MERA LEGALIDADE – RECURSO IMPROVIDO. - A ausência de efetiva apreciação do litígio constitucional, por parte do Tribunal de que emanou o acórdão impugnado, não autoriza – ante a falta de prequestionamento explícito da controvérsia jurídica – a utilização do recurso extraordinário. - A situação de ofensa meramente reflexa ao texto constitucional, quando ocorrente, não basta, só por si, para viabilizar o acesso à via recursal extraordinária. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a Presidência do Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamentos Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3083648. Supremo Tribunal Federal DJe 16/11/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 6 Ementa e Acórdão ARE 682.493 AGR / RS e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. Brasília, 16 de outubro de 2012. CELSO DE MELLO – RELATOR 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3083648. Supremo Tribunal Federal ARE 682.493 AGR / RS e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. Brasília, 16 de outubro de 2012. CELSO DE MELLO – RELATOR 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3083648. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 6 Relatório 16/10/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 682.493 RIO GRANDE DO SUL RELATOR : MIN. CELSO DE MELLO AGTE.(S) :UNIÃO ADV.(A/S) :ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO AGDO.(A/S) :PAULO CEZAR REIS DE SOUZA ADV.(A/S) :LUIZ ROTTENFUSSER AGDO.(A/S) :AMÉRICA LATINA LOGÍSTICA DO BRASIL S/A - ALL ADV.(A/S) :JOSÉ ALBERTO COUTO MACIEL R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO – (Relator): Trata-se de recurso de agravo, tempestivamente interposto, contra decisão que conheceu do agravo (previsto e disciplinado na Lei nº 12.322/2010), para negar seguimento ao recurso extraordinário, manifestamente inadmissível, deduzido pela parte ora recorrente. Eis o teor da decisão que sofreu a interposição do presente recurso de agravo: “A parte ora recorrente, ao deduzir o recurso extraordinário a que se refere o presente agravo, sustentou que o Tribunal ‘a quo’ teria transgredido preceitos inscritos na Constituição da República. Cabe referir, desde logo, que o tema concernente à alegada transgressão ao preceito inscrito no art. 97, da Constituição, não se acha devidamente prequestionado. E, como se sabe, ausente o indispensável prequestionamento da matéria constitucional, que não se admite implícito (RTJ 125/1368 – RTJ 131/1391 – RTJ 144/300 – RTJ 153/989), incidem as súmulas 282 e 356 desta Corte (RTJ 159/977). Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3083649. Supremo Tribunal Federal 16/10/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 682.493 RIO GRANDE DO SUL RELATOR : MIN. CELSO DE MELLO AGTE.(S) :UNIÃO ADV.(A/S) :ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO AGDO.(A/S) :PAULO CEZAR REIS DE SOUZA ADV.(A/S) :LUIZ ROTTENFUSSER AGDO.(A/S) :AMÉRICA LATINA LOGÍSTICA DO BRASIL S/A - ALL ADV.(A/S) :JOSÉ ALBERTO COUTO MACIEL R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO – (Relator): Trata-se de recurso de agravo, tempestivamente interposto, contra decisão que conheceu do agravo (previsto e disciplinado na Lei nº 12.322/2010), para negar seguimento ao recurso extraordinário, manifestamente inadmissível, deduzido pela parte ora recorrente. Eis o teor da decisão que sofreu a interposição do presente recurso de agravo: “A parte ora recorrente, ao deduzir o recurso extraordinário a que se refere o presente agravo, sustentou que o Tribunal ‘a quo’ teria transgredido preceitos inscritos na Constituição da República. Cabe referir, desde logo, que o tema concernente à alegada transgressão ao preceito inscrito no art. 97, da Constituição, não se acha devidamente prequestionado. E, como se sabe, ausente o indispensável prequestionamento da matéria constitucional, que não se admite implícito (RTJ 125/1368 – RTJ 131/1391 – RTJ 144/300 – RTJ 153/989), incidem as súmulas 282 e 356 desta Corte (RTJ 159/977). Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3083649. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 6 Relatório ARE 682.493 AGR / RS A configuração jurídica do prequestionamento decorre de sua oportuna formulação em momento procedimentalmente adequado. Não basta, no entanto, só argüir, previamente, o tema de direito federal para legitimar o uso da via do recurso extraordinário. Mais do que a satisfação dessa exigência, impõe-se que a matéria constitucional questionada tenha sido efetivamente apreciada na decisão recorrida (RTJ 98/754 – RTJ 116/451). Cumpre assinalar, de outro lado, que a suposta ofensa ao texto constitucional, caso existente, apresentar-se-ia por via reflexa, eis que a sua constatação reclamaria – para que se configurasse – a formulação de juízo prévio de legalidade, fundado na vulneração e infringência de dispositivos de ordem meramente legal. Não se tratando de conflito direto e frontal com o texto da Constituição, como exigido pela jurisprudência da Corte (RTJ 120/912, Rel. Min. SYDNEY SANCHES – RTJ 132/455, Rel. Min. CELSO DE MELLO), torna-se inviável o acesso à via recursal extraordinária. Sendo assim, pelas razões expostas, e considerando, ainda, a existência de precedentes específicos sobre a matéria em análise (ARE 676.180/ES, Rel. Min. AYRES BRITTO – ARE 676.213/SP, Rel. Min. LUIZ FUX), conheço do presente agravo, para negar seguimento ao recurso extraordinário, por manifestamente inadmissível (CPC, art. 544, § 4º, II, ‘b’, na redação dada pela Lei nº 12.322/2010). ....................................................................................................... Ministro CELSO DE MELLO Relator” Inconformada com esse ato decisório, a parte ora agravante interpõe o presente recurso, postulando o provimento do agravo que deduziu. Por não me convencer das razões expostas, submeto, à apreciação desta colenda Turma, o presente recurso de agravo. É o relatório. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3083649. Supremo Tribunal Federal ARE 682.493 AGR / RS A configuração jurídica do prequestionamento decorre de sua oportuna formulação em momento procedimentalmente adequado. Não basta, no entanto, só argüir, previamente, o tema de direito federal para legitimar o uso da via do recurso extraordinário. Mais do que a satisfação dessa exigência, impõe-se que a matéria constitucional questionada tenha sido efetivamente apreciada na decisão recorrida (RTJ 98/754 – RTJ 116/451). Cumpre assinalar, de outro lado, que a suposta ofensa ao texto constitucional, caso existente, apresentar-se-ia por via reflexa, eis que a sua constatação reclamaria – para que se configurasse – a formulação de juízo prévio de legalidade, fundado na vulneração e infringência de dispositivos de ordem meramente legal. Não se tratando de conflito direto e frontal com o texto da Constituição, como exigido pela jurisprudência da Corte (RTJ 120/912, Rel. Min. SYDNEY SANCHES – RTJ 132/455, Rel. Min. CELSO DE MELLO), torna-se inviável o acesso à via recursal extraordinária. Sendo assim, pelas razões expostas, e considerando, ainda, a existência de precedentes específicos sobre a matéria em análise (ARE 676.180/ES, Rel. Min. AYRES BRITTO – ARE 676.213/SP, Rel. Min. LUIZ FUX), conheço do presente agravo, para negar seguimento ao recurso extraordinário, por manifestamente inadmissível (CPC, art. 544, § 4º, II, ‘b’, na redação dada pela Lei nº 12.322/2010). ....................................................................................................... Ministro CELSO DE MELLO Relator” Inconformada com esse ato decisório, a parte ora agravante interpõe o presente recurso, postulando o provimento do agravo que deduziu. Por não me convencer das razões expostas, submeto, à apreciação desta colenda Turma, o presente recurso de agravo. É o relatório. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3083649. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 6 Voto - MIN. CELSO DE MELLO 16/10/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 682.493 RIO GRANDE DO SUL V O T O O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO – (Relator): Não assiste razão à parte ora recorrente, eis que a decisão agravada ajusta-se, com integral fidelidade, à diretriz jurisprudencial firmada pelo Supremo Tribunal Federal na matéria ora em exame. Como se sabe, a ausência de efetiva apreciação do litígio constitucional, por parte do Tribunal de que emanou o acórdão impugnado, não autoriza – ante a falta de prequestionamento explícito da controvérsia jurídica – a utilização do recurso extraordinário. De outro lado, a situação de ofensa meramente reflexa ao texto constitucional, quando ocorrente, não basta, só por si, para viabilizar o acesso à via recursal extraordinária. Sendo assim, tendo em consideração as razões expostas, nego provimento ao presente recurso de agravo, mantendo, em consequência, por seus próprios fundamentos, a decisão ora agravada. É o meu voto. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3083650. Supremo Tribunal Federal 16/10/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 682.493 RIO GRANDE DO SUL V O T O O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO – (Relator): Não assiste razão à parte ora recorrente, eis que a decisão agravada ajusta-se, com integral fidelidade, à diretriz jurisprudencial firmada pelo Supremo Tribunal Federal na matéria ora em exame. Como se sabe, a ausência de efetiva apreciação do litígio constitucional, por parte do Tribunal de que emanou o acórdão impugnado, não autoriza – ante a falta de prequestionamento explícito da controvérsia jurídica – a utilização do recurso extraordinário. De outro lado, a situação de ofensa meramente reflexa ao texto constitucional, quando ocorrente, não basta, só por si, para viabilizar o acesso à via recursal extraordinária. Sendo assim, tendo em consideração as razões expostas, nego provimento ao presente recurso de agravo, mantendo, em consequência, por seus próprios fundamentos, a decisão ora agravada. É o meu voto. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3083650. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 6 Decisão de Julgamento SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 682.493 PROCED. : RIO GRANDE DO SUL RELATOR : MIN. CELSO DE MELLO AGTE.(S) : UNIÃO ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO AGDO.(A/S) : PAULO CEZAR REIS DE SOUZA ADV.(A/S) : LUIZ ROTTENFUSSER AGDO.(A/S) : AMÉRICA LATINA LOGÍSTICA DO BRASIL S/A - ALL ADV.(A/S) : JOSÉ ALBERTO COUTO MACIEL Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. 2ª Turma, 16.10.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Subprocurador-Geral da República, Dr. Mário José Gisi. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3052026 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 682.493 PROCED. : RIO GRANDE DO SUL RELATOR : MIN. CELSO DE MELLO AGTE.(S) : UNIÃO ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO AGDO.(A/S) : PAULO CEZAR REIS DE SOUZA ADV.(A/S) : LUIZ ROTTENFUSSER AGDO.(A/S) : AMÉRICA LATINA LOGÍSTICA DO BRASIL S/A - ALL ADV.(A/S) : JOSÉ ALBERTO COUTO MACIEL Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. 2ª Turma, 16.10.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Subprocurador-Geral da República, Dr. Mário José Gisi. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3052026 Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 6
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3093130
2012-10-16T00:00:00
2012-11-16T00:00:00
A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. 2ª Turma, 16.10.2012.
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO
E M E N T A: RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO (LEI Nº 12.322/2010) – ALEGADA VIOLAÇÃO A PRECEITOS CONSTITUCIONAIS – AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO – OFENSA INDIRETA À CONSTITUIÇÃO – CONTENCIOSO DE MERA LEGALIDADE – RECURSO IMPROVIDO. - A ausência de efetiva apreciação do litígio constitucional, por parte do Tribunal de que emanou o acórdão impugnado, não autoriza – ante a falta de prequestionamento explícito da controvérsia jurídica – a utilização do recurso extraordinário. - A situação de ofensa meramente reflexa ao texto constitucional, quando ocorrente, não basta, só por si, para viabilizar o acesso à via recursal extraordinária.
sjur218837
Número de páginas: 6. Análise: 26/11/2011, TBC.
CELSO DE MELLO
Segunda Turma
682493
null
ARE-AgR
acordaos
ARE 682493 AgR
[ "" ]
AGTE.(S) : UNIÃO ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO AGDO.(A/S) : PAULO CEZAR REIS DE SOUZA ADV.(A/S) : LUIZ ROTTENFUSSER AGDO.(A/S) : AMÉRICA LATINA LOGÍSTICA DO BRASIL S/A - ALL ADV.(A/S) : JOSÉ ALBERTO COUTO MACIEL
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Ementa e Acórdão 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 647.180 DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) :EXPRESSO FREDERES S/A VIAGENS E TURISMO ADV.(A/S) :LUCIANA PREVEDELLO E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL EMENTA Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo. Ofensa reflexa. Impossibilidade. Precedentes. 1. Inadmissível, em recurso extraordinário, o exame de ofensa reflexa à Constituição Federal e a análise de legislação infraconstitucional. Incidência da Súmula nº 636 desta Corte. 2. Agravo regimental não provido. ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata do julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Brasília, 18 de setembro de 2012. MINISTRO DIAS TOFFOLI Relator Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2878143. Supremo Tribunal Federal DJe 09/10/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 7 Relatório 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 647.180 DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) :EXPRESSO FREDERES S/A VIAGENS E TURISMO ADV.(A/S) :LUCIANA PREVEDELLO E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL RELATÓRIO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): Expresso Frederes S.A - Viagens e Turismo interpõe tempestivo agravo regimental contra decisão em que se conheceu agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário, com a seguinte fundamentação: “Vistos. Trata-se de agravo contra a decisão que não admitiu recurso extraordinário interposto contra acórdão da Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça, assim ementado: ‘PROCESSUAL CIVIL. LEI N. 11.941/09. HONORÁRIOS. DISPENSA. INTERPRETAÇÃO LITERAL. PRECEDENTES. 1. Os honorários advocatícios ficam dispensados apenas na hipótese de extinção de ação judicial na qual o sujeito passivo requer o restabelecimento de sua opção ou a sua reinclusão em outros parcelamentos, consoante disposto no artigo 6º, § 1º, da Lei nº 11.941, de 2009. Precedentes. 2. Recurso especial provido.’ Opostos embargos de declaração, foram rejeitados. No recurso extraordinário sustenta-se violação do artigo 150, inciso II, da Constituição Federal. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2877841. Supremo Tribunal Federal 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 647.180 DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) :EXPRESSO FREDERES S/A VIAGENS E TURISMO ADV.(A/S) :LUCIANA PREVEDELLO E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL RELATÓRIO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): Expresso Frederes S.A - Viagens e Turismo interpõe tempestivo agravo regimental contra decisão em que se conheceu agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário, com a seguinte fundamentação: “Vistos. Trata-se de agravo contra a decisão que não admitiu recurso extraordinário interposto contra acórdão da Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça, assim ementado: ‘PROCESSUAL CIVIL. LEI N. 11.941/09. HONORÁRIOS. DISPENSA. INTERPRETAÇÃO LITERAL. PRECEDENTES. 1. Os honorários advocatícios ficam dispensados apenas na hipótese de extinção de ação judicial na qual o sujeito passivo requer o restabelecimento de sua opção ou a sua reinclusão em outros parcelamentos, consoante disposto no artigo 6º, § 1º, da Lei nº 11.941, de 2009. Precedentes. 2. Recurso especial provido.’ Opostos embargos de declaração, foram rejeitados. No recurso extraordinário sustenta-se violação do artigo 150, inciso II, da Constituição Federal. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2877841. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 7 Relatório ARE 647.180 AGR / DF Decido. Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi interposto contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da matéria constitucional objeto do recurso, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07. Todavia, apesar da petição recursal haver trazido a preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua existência, uma vez que, nos termos do artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, com a redação introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o procedimento acerca da existência da repercussão geral somente ocorrerá ‘quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão’. Não merece prosperar a irresignação, uma vez que a questão em debate foi decidida com base na aplicação e na interpretação da legislação infraconstitucional pertinente (Lei nº 11.941/09). Assim, a alegada violação do dispositivo constitucional apontada pela recorrente, seria, se tivesse ocorrido, indireta ou reflexa, o que não viabiliza o processamento do recurso extraordinário. Nesse sentido: ‘AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PROCESSUAL CIVIL. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. BENEFICIÁRIOS DE GRATUIDADE DE JUSTIÇA. RETENÇÃO DE VALORES PELO ADVOGADO. PREQUESTIONAMENTO. AUSÊNCIA. SÚMULAS 282 E 356 DO STF. REAPRECIAÇÃO DE INTERPRETAÇÃO DE NORMAS INFRACONSTITUCIONAIS. OFENSA INDIRETA. NECESSIDADE DE REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO- PROBATÓRIO. SÚMULA 279 DO STF. MANUTENÇÃO DO FUNDAMENTO INFRACONSTITUCIONAL SUFICIENTE. SÚMULA 283 DO STF. AGRAVO IMPROVIDO. I - (...) II - É inadmissível o recurso 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2877841. Supremo Tribunal Federal ARE 647.180 AGR / DF Decido. Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi interposto contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da matéria constitucional objeto do recurso, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07. Todavia, apesar da petição recursal haver trazido a preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua existência, uma vez que, nos termos do artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, com a redação introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o procedimento acerca da existência da repercussão geral somente ocorrerá ‘quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão’. Não merece prosperar a irresignação, uma vez que a questão em debate foi decidida com base na aplicação e na interpretação da legislação infraconstitucional pertinente (Lei nº 11.941/09). Assim, a alegada violação do dispositivo constitucional apontada pela recorrente, seria, se tivesse ocorrido, indireta ou reflexa, o que não viabiliza o processamento do recurso extraordinário. Nesse sentido: ‘AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PROCESSUAL CIVIL. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. BENEFICIÁRIOS DE GRATUIDADE DE JUSTIÇA. RETENÇÃO DE VALORES PELO ADVOGADO. PREQUESTIONAMENTO. AUSÊNCIA. SÚMULAS 282 E 356 DO STF. REAPRECIAÇÃO DE INTERPRETAÇÃO DE NORMAS INFRACONSTITUCIONAIS. OFENSA INDIRETA. NECESSIDADE DE REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO- PROBATÓRIO. SÚMULA 279 DO STF. MANUTENÇÃO DO FUNDAMENTO INFRACONSTITUCIONAL SUFICIENTE. SÚMULA 283 DO STF. AGRAVO IMPROVIDO. I - (...) II - É inadmissível o recurso 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2877841. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 7 Relatório ARE 647.180 AGR / DF extraordinário quando sua análise implica rever a interpretação de normas infraconstitucionais que fundamentam o acórdão a quo. A afronta à Constituição, se ocorrente, seria indireta. III -(...). V - Agravo regimental improvido’ (RE nº 634.597/SC-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 21/9/11). No mesmo sentido: AI nº 796.576/PR, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJe de 5/12/11; e ARE nº 658.943/RS, Relator a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 19/12/11. Ante o exposto, conheço do agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário.” Aduz o agravante, in verbis, que: “(...) a decisão do E. STJ violou modo direto e frontal o princípio da isonomia tributária inscrita no artigo 150, II, da Carta Constitucional, (...) (...) Não se está a examinar ou questionar interpretação inconstitucional de norma federal, mas , bem ao contrário, a se insurgir contra APLICAÇÃO de norma federal INCONSTITUCIONAL. (...) O caso telado é emblemático, porquanto aqui verte insofismável a índole constitucional da questão posta, que diz com o direito à isonomia de tratamento entre os contribuintes que aderiram aos parcelamentos criados pela Lei nº 11.941/2009 no que diz com a isenção de honorários advocatícios devidos nas ações em que o contribuinte desistiu para incluir seus débitos nas diversas modalidades de parcelamento, isonomia está desrespeitada pela lei nº 11.941/2009.” É o relatório. 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2877841. Supremo Tribunal Federal ARE 647.180 AGR / DF extraordinário quando sua análise implica rever a interpretação de normas infraconstitucionais que fundamentam o acórdão a quo. A afronta à Constituição, se ocorrente, seria indireta. III -(...). V - Agravo regimental improvido’ (RE nº 634.597/SC-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 21/9/11). No mesmo sentido: AI nº 796.576/PR, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJe de 5/12/11; e ARE nº 658.943/RS, Relator a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 19/12/11. Ante o exposto, conheço do agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário.” Aduz o agravante, in verbis, que: “(...) a decisão do E. STJ violou modo direto e frontal o princípio da isonomia tributária inscrita no artigo 150, II, da Carta Constitucional, (...) (...) Não se está a examinar ou questionar interpretação inconstitucional de norma federal, mas , bem ao contrário, a se insurgir contra APLICAÇÃO de norma federal INCONSTITUCIONAL. (...) O caso telado é emblemático, porquanto aqui verte insofismável a índole constitucional da questão posta, que diz com o direito à isonomia de tratamento entre os contribuintes que aderiram aos parcelamentos criados pela Lei nº 11.941/2009 no que diz com a isenção de honorários advocatícios devidos nas ações em que o contribuinte desistiu para incluir seus débitos nas diversas modalidades de parcelamento, isonomia está desrespeitada pela lei nº 11.941/2009.” É o relatório. 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2877841. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 7 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 647.180 DISTRITO FEDERAL VOTO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): O inconformismo não merece prosperar. Colhe-se do voto condutor do acórdão recorrido: “(...) Na hipótese em exame, o recorrido desistiu dos embargos do devedor – apresentados nos autos de execução fiscal movida pelo INSS, para cobrança de débito previdenciário – e renunciou ao direito sobre o qual aqueles se fundavam por ter aderido ao parcelamento disciplinado pela Lei 11.941/09. Questiona a Fazenda Nacional, no seu apelo, a decisão do Tribunal de origem que entendeu ser descabida a condenação do contribuinte em honorários advocatícios, com apoio no § 1º do art. 6º da lei em referência. Assiste razão à recorrente. Isso porque a dispensa dos honorários advocatícios, prevista no artigo 6º, § 1º, da Lei n. 11.941/09, deve ser interpretada literalmente, ocorrendo apenas na hipótese de extinção de ação judicial na qual o sujeito passivo requer o restabelecimento de sua opção ou a sua reinclusão em outros parcelamentos. (...) Ademais, como estava em cobrança débito previdenciário, não há a inclusão do encargo legal de 20%, previsto no Decreto- Lei 1.025/69, sendo cabível, em consequência, a condenação da empresa contribuinte em honorários advocatícios.” Desse modo, conforme expresso na decisão agravada, é certo que para ultrapassar o entendimento do Superior Tribunal de Justiça acerca da condenação do ora agravante em honorários advocatícios seria Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2877840. Supremo Tribunal Federal 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 647.180 DISTRITO FEDERAL VOTO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): O inconformismo não merece prosperar. Colhe-se do voto condutor do acórdão recorrido: “(...) Na hipótese em exame, o recorrido desistiu dos embargos do devedor – apresentados nos autos de execução fiscal movida pelo INSS, para cobrança de débito previdenciário – e renunciou ao direito sobre o qual aqueles se fundavam por ter aderido ao parcelamento disciplinado pela Lei 11.941/09. Questiona a Fazenda Nacional, no seu apelo, a decisão do Tribunal de origem que entendeu ser descabida a condenação do contribuinte em honorários advocatícios, com apoio no § 1º do art. 6º da lei em referência. Assiste razão à recorrente. Isso porque a dispensa dos honorários advocatícios, prevista no artigo 6º, § 1º, da Lei n. 11.941/09, deve ser interpretada literalmente, ocorrendo apenas na hipótese de extinção de ação judicial na qual o sujeito passivo requer o restabelecimento de sua opção ou a sua reinclusão em outros parcelamentos. (...) Ademais, como estava em cobrança débito previdenciário, não há a inclusão do encargo legal de 20%, previsto no Decreto- Lei 1.025/69, sendo cabível, em consequência, a condenação da empresa contribuinte em honorários advocatícios.” Desse modo, conforme expresso na decisão agravada, é certo que para ultrapassar o entendimento do Superior Tribunal de Justiça acerca da condenação do ora agravante em honorários advocatícios seria Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2877840. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 7 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI ARE 647.180 AGR / DF necessário interpretar a legislação infraconstitucional pertinente (Lei nº 11.941/09), o que é inviável em recurso extraordinário. Incidência da Súmula nº 636 desta Corte. Ante o exposto, voto pelo não provimento do agravo regimental. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2877840. Supremo Tribunal Federal ARE 647.180 AGR / DF necessário interpretar a legislação infraconstitucional pertinente (Lei nº 11.941/09), o que é inviável em recurso extraordinário. Incidência da Súmula nº 636 desta Corte. Ante o exposto, voto pelo não provimento do agravo regimental. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2877840. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 7 Decisão de Julgamento PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 647.180 PROCED. : DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) : EXPRESSO FREDERES S/A VIAGENS E TURISMO ADV.(A/S) : LUCIANA PREVEDELLO E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 18.9.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de Almeida. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2848622 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 647.180 PROCED. : DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) : EXPRESSO FREDERES S/A VIAGENS E TURISMO ADV.(A/S) : LUCIANA PREVEDELLO E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 18.9.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de Almeida. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2848622 Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 7
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=2904979
2012-09-18T00:00:00
2012-10-09T00:00:00
A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 18.9.2012.
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO
EMENTA Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo. Ofensa reflexa. Impossibilidade. Precedentes. 1. Inadmissível, em recurso extraordinário, o exame de ofensa reflexa à Constituição Federal e a análise de legislação infraconstitucional. Incidência da Súmula nº 636 desta Corte. 2. Agravo regimental não provido.
sjur216273
Número de páginas: 7. Análise: 17/10/2012, MLM.
DIAS TOFFOLI
Primeira Turma
647180
[ "LEG-FED LEI-011941 ANO-2009\r\n ART-00006 PAR-00001 \r\n LEI ORDINÁRIA\r\n\r\n", "LEG-FED SUMSTF-000636 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF" ]
ARE-AgR
acordaos
ARE 647180 AgR
[ "" ]
AGTE.(S) : EXPRESSO FREDERES S/A VIAGENS E TURISMO ADV.(A/S) : LUCIANA PREVEDELLO E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL
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A - Viagens e Turismo", "Segunda Turma do", "Superior Tribunal de Justiça", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "PRIMEIRA", "EXPRESSO FREDERES S / A VIAGENS E TURISMO", "UNIÃO", "Expresso Frederes S . 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Ementa e Acórdão 25/09/2012 PRIMEIRA TURMA EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 689.916 PARANÁ RELATOR : MIN. LUIZ FUX EMBTE.(S) :REINALDO DOS SANTOS NASCIMENTO ADV.(A/S) :GUSTAVO ROSENDO SANCHES DE FREITAS E OUTRO(A/S) EMBDO.(A/S) :CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEF ADV.(A/S) :JOÃO CORREA SOBANIA E OUTRO(A/S) EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. POUPANÇA. CORREÇÃO MONETÁRIA. PLANOS ECONÔMICOS. JUROS REMUNERATÓRIOS. EXISTÊNCIA DE AÇÃO CIVIL PÚBLICA. LIMITES DA COISA JULGADA. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. SÚMULAS 282 E 356 DO DESTA CORTE. INTERPRETAÇÃO DE LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. RECURSO QUE NÃO SE INSURGE CONTRA TODOS OS FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA. SÚMULA 287 DO STF E ARTIGO 317, § 1º, DO RISTF. 1. Os embargos de declaração opostos objetivando a reforma da decisão do relator, com caráter infringente, devem ser convertidos em agravo regimental, que é o recurso cabível, por força do princípio da fungibilidade. (Precedentes: Pet 4.837-ED, rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, Tribunal Pleno, DJ 14.3.2011; Rcl 11.022-ED, rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, Tribunal Pleno, DJ 7.4.2011; AI 547.827-ED, rel. Min. DIAS TOFFOLI, 1ª Turma, DJ 9.3.2011; RE 546.525-ED, rel. Min. ELLEN GRACIE, 2ª Turma, DJ 5.4.2011) 2. O prequestionamento explícito da questão constitucional é requisito indispensável à admissão do recurso extraordinário, sendo certo que eventual omissão do acórdão recorrido reclama embargos de declaração. 3. A violação reflexa e oblíqua da Constituição Federal decorrente da necessidade de análise de malferimento de dispositivo infraconstitucional Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2858431. Supremo Tribunal Federal DJe 09/10/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 16 Ementa e Acórdão ARE 689.916 ED / PR torna inadmissível o recurso extraordinário. Precedentes: AI 503.093-AgR, Relator: Min. Ellen Gracie, DJe- 11/12/2009; RE 421.119-AgR, Relator: Min. Carlos Britto, DJ 11/02/2005; RE 402.557-AgR, Relator: Min. Sepúlveda Pertence, DJe- 27/042007 e RE 405.745-AgR, Relator: Min. Marco Aurélio, DJe 19/06/2009. 4. Os princípios da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, da motivação das decisões judiciais, bem como os limites da coisa julgada, quando a verificação de sua ofensa dependa do reexame prévio de normas infraconstitucionais, revelam ofensa indireta ou reflexa à Constituição Federal, o que, por si só, não desafia a abertura da instância extraordinária. Precedentes. AI 804.854-AgR, 1ª Turma, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJe de 24/11/2010 e AI 756.336-AgR, 2ª Turma, Rel. Min. Ellen Gracie, DJe de 22/10/2010. 5. O agravo regimental é inadmissível quando não impugna todos os fundamentos da decisão agravada. 6. É que configura princípio básico da disciplina dos recursos o dever que tem o recorrente de impugnar todos os fundamentos da decisão atacada, por isso que deixando de fazê-lo, resta ausente o requisito de admissibilidade consistente na regularidade formal o que, à luz da Súmula 287 do STF e do § 1º do artigo 317 do RISTF, conduz ao não-conhecimento do recurso interposto. Precedentes: RE n. 583.833-AgR, Relator o Ministro JOAQUIM BARBOSA, 2ª Turma, DJe de 1.10.10; RE n. 458.161-AgR, Relator o Ministro EROS GRAU, 2ª Turma, DJe de 1.1.08; AI n. 615.634-AgR, Relator o Ministro CELSO DE MELLO, 2ª Turma, DJ de 18.12.06; AI n. 585.140-AgR, Relator o Ministro GILMAR MENDES, 2ª Turma, DJ de 6.6.06; AI n. 835.505AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 16.08.2011 e RE n. 572.676-AgR, Segunda Turma, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJe de 17.05.2011. 7. A matéria sub examine teve sua repercussão geral rejeitada pelo Plenário desta Corte, nos autos do ARE n. 689.765-RG, de relatoria do E. Ministro Gilmar Mendes, DJe de 13.9.2012. 8. In casu, a decisão foi mantida por seus próprios fundamentos: “Por meio da Ação Civil Pública nº 9800160213, que tramitou na 5ª Vara 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2858431. Supremo Tribunal Federal ARE 689.916 ED / PR torna inadmissível o recurso extraordinário. Precedentes: AI 503.093-AgR, Relator: Min. Ellen Gracie, DJe- 11/12/2009; RE 421.119-AgR, Relator: Min. Carlos Britto, DJ 11/02/2005; RE 402.557-AgR, Relator: Min. Sepúlveda Pertence, DJe- 27/042007 e RE 405.745-AgR, Relator: Min. Marco Aurélio, DJe 19/06/2009. 4. Os princípios da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, da motivação das decisões judiciais, bem como os limites da coisa julgada, quando a verificação de sua ofensa dependa do reexame prévio de normas infraconstitucionais, revelam ofensa indireta ou reflexa à Constituição Federal, o que, por si só, não desafia a abertura da instância extraordinária. Precedentes. AI 804.854-AgR, 1ª Turma, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJe de 24/11/2010 e AI 756.336-AgR, 2ª Turma, Rel. Min. Ellen Gracie, DJe de 22/10/2010. 5. O agravo regimental é inadmissível quando não impugna todos os fundamentos da decisão agravada. 6. É que configura princípio básico da disciplina dos recursos o dever que tem o recorrente de impugnar todos os fundamentos da decisão atacada, por isso que deixando de fazê-lo, resta ausente o requisito de admissibilidade consistente na regularidade formal o que, à luz da Súmula 287 do STF e do § 1º do artigo 317 do RISTF, conduz ao não-conhecimento do recurso interposto. Precedentes: RE n. 583.833-AgR, Relator o Ministro JOAQUIM BARBOSA, 2ª Turma, DJe de 1.10.10; RE n. 458.161-AgR, Relator o Ministro EROS GRAU, 2ª Turma, DJe de 1.1.08; AI n. 615.634-AgR, Relator o Ministro CELSO DE MELLO, 2ª Turma, DJ de 18.12.06; AI n. 585.140-AgR, Relator o Ministro GILMAR MENDES, 2ª Turma, DJ de 6.6.06; AI n. 835.505AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 16.08.2011 e RE n. 572.676-AgR, Segunda Turma, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJe de 17.05.2011. 7. A matéria sub examine teve sua repercussão geral rejeitada pelo Plenário desta Corte, nos autos do ARE n. 689.765-RG, de relatoria do E. Ministro Gilmar Mendes, DJe de 13.9.2012. 8. In casu, a decisão foi mantida por seus próprios fundamentos: “Por meio da Ação Civil Pública nº 9800160213, que tramitou na 5ª Vara 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2858431. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 16 Ementa e Acórdão ARE 689.916 ED / PR Federal de Curitiba, ajuizada pela Associação Paranaense de Defesa do Consumidor (APADECO), os poupadores do Estado do Paraná obtiveram sentença favorável que condenou a CEF a: ‘a pagar aos poupadores do Estado do Paraná, nas contas de cadernetas de poupança mantidas junto à ré, iniciadas ou renovadas até 15.06.87 e 15.01.89, o valor da diferença apurada entre o que foi efetivamente creditado em suas contas nos meses referidos com o que deveria ter sido pago de acordo com o IPC apurado no período - em junho/87 e em janeiro/89 - mais juros de 0,5% ao mês, devendo ser corrigido até o efetivo pagamento, na forma da Lei nº 6.899/81, a contar da data em que era devido, acrescido de juros de mora de 0,5% ao mês, contados da citação’ (o percentual dos juros de mora foi corrigido de 5% para 0,5% ao mês, em julgamento de Embargos de Declaração opostos contra a decisão). Como se observa, a decisão contemplou o pagamento de juros remuneratórios e também de juros moratórios, ambos no mesmo percentual de 0,5% mensal, sendo estes devidos a partir da citação ocorrida no processo que deu origem ao título executivo, e aqueles aplicados, de forma capitalizada, em relação a todo o débito, independente de saque ou disponibilidade dos valores das contas de cadernetas de poupança dos poupadores do Estado do Paraná. O bem da vida ali buscado era a diferença entre o que foi creditado a título de correção monetária nos meses de junho de 1987 e janeiro de 1989, com o que deveria ter sido creditado, sendo os juros remuneratórios consectários daquele pedido considerado principal. Para obter esse bem, o poupador, parte autora, poderia valer-se daquele título executivo judicial transitado em julgado, ou, então, ingressar com ação individual. No caso em exame, a parte autora executou a sentença proferida na ação coletiva. Nada obstante, pretende, na presente ação individual de conhecimento, um acessório daquele bem, que, a seu juízo, não foi plenamente contemplado naquela ação coletiva: os juros remuneratórios decorrentes do pedido principal lá veiculado. Ocorre que o pedido esbarra na coisa julgada. Isto porque os juros remuneratórios, consoante expresso linhas atrás, nada mais representam que consectários do pedido principal veiculado na ação coletiva. Dessa maneira, 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2858431. Supremo Tribunal Federal ARE 689.916 ED / PR Federal de Curitiba, ajuizada pela Associação Paranaense de Defesa do Consumidor (APADECO), os poupadores do Estado do Paraná obtiveram sentença favorável que condenou a CEF a: ‘a pagar aos poupadores do Estado do Paraná, nas contas de cadernetas de poupança mantidas junto à ré, iniciadas ou renovadas até 15.06.87 e 15.01.89, o valor da diferença apurada entre o que foi efetivamente creditado em suas contas nos meses referidos com o que deveria ter sido pago de acordo com o IPC apurado no período - em junho/87 e em janeiro/89 - mais juros de 0,5% ao mês, devendo ser corrigido até o efetivo pagamento, na forma da Lei nº 6.899/81, a contar da data em que era devido, acrescido de juros de mora de 0,5% ao mês, contados da citação’ (o percentual dos juros de mora foi corrigido de 5% para 0,5% ao mês, em julgamento de Embargos de Declaração opostos contra a decisão). Como se observa, a decisão contemplou o pagamento de juros remuneratórios e também de juros moratórios, ambos no mesmo percentual de 0,5% mensal, sendo estes devidos a partir da citação ocorrida no processo que deu origem ao título executivo, e aqueles aplicados, de forma capitalizada, em relação a todo o débito, independente de saque ou disponibilidade dos valores das contas de cadernetas de poupança dos poupadores do Estado do Paraná. O bem da vida ali buscado era a diferença entre o que foi creditado a título de correção monetária nos meses de junho de 1987 e janeiro de 1989, com o que deveria ter sido creditado, sendo os juros remuneratórios consectários daquele pedido considerado principal. Para obter esse bem, o poupador, parte autora, poderia valer-se daquele título executivo judicial transitado em julgado, ou, então, ingressar com ação individual. No caso em exame, a parte autora executou a sentença proferida na ação coletiva. Nada obstante, pretende, na presente ação individual de conhecimento, um acessório daquele bem, que, a seu juízo, não foi plenamente contemplado naquela ação coletiva: os juros remuneratórios decorrentes do pedido principal lá veiculado. Ocorre que o pedido esbarra na coisa julgada. Isto porque os juros remuneratórios, consoante expresso linhas atrás, nada mais representam que consectários do pedido principal veiculado na ação coletiva. Dessa maneira, 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2858431. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 16 Ementa e Acórdão ARE 689.916 ED / PR torna-se impossível reconhecer à parte autora o direito apenas aos valores acessórios, sem haver o montante principal a que se referem. Não bastasse, os juros remuneratórios foram expressamente contemplados naquele título como devidos apenas em relação aos dois meses em causa, e não para os períodos que se seguiram até a liquidação. Desse modo, a parte autora, ao optar por executar o título judicial, em vez de ingressar com ação individual para discutir toda a matéria, exerceu, já, seu direito àquela pretensão, abrindo mão de eventuais parcelas não compreendidas expressamente naquela ação. Vale dizer, ao executar aquele título consumou o exercício de seu direito. Por conta disso, imperioso concluir que existe, de fato, coisa julgada a impedir o prosseguimento do feito, razão pela qual o processo deve ser extinto sem análise do mérito (art. 267, V, do CPC).” 9. Agravo regimental a que se nega provimento. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por maioria de votos, em converter os embargos de declaração em agravo regimental e, por unanimidade de votos, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Brasília, 25 de setembro de 2012. LUIZ FUX – Relator Documento assinado digitalmente 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2858431. Supremo Tribunal Federal ARE 689.916 ED / PR torna-se impossível reconhecer à parte autora o direito apenas aos valores acessórios, sem haver o montante principal a que se referem. Não bastasse, os juros remuneratórios foram expressamente contemplados naquele título como devidos apenas em relação aos dois meses em causa, e não para os períodos que se seguiram até a liquidação. Desse modo, a parte autora, ao optar por executar o título judicial, em vez de ingressar com ação individual para discutir toda a matéria, exerceu, já, seu direito àquela pretensão, abrindo mão de eventuais parcelas não compreendidas expressamente naquela ação. Vale dizer, ao executar aquele título consumou o exercício de seu direito. Por conta disso, imperioso concluir que existe, de fato, coisa julgada a impedir o prosseguimento do feito, razão pela qual o processo deve ser extinto sem análise do mérito (art. 267, V, do CPC).” 9. Agravo regimental a que se nega provimento. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por maioria de votos, em converter os embargos de declaração em agravo regimental e, por unanimidade de votos, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Brasília, 25 de setembro de 2012. LUIZ FUX – Relator Documento assinado digitalmente 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2858431. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 16 Relatório 25/09/2012 PRIMEIRA TURMA EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 689.916 PARANÁ RELATOR : MIN. LUIZ FUX EMBTE.(S) :REINALDO DOS SANTOS NASCIMENTO ADV.(A/S) :GUSTAVO ROSENDO SANCHES DE FREITAS E OUTRO(A/S) EMBDO.(A/S) :CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEF ADV.(A/S) :JOÃO CORREA SOBANIA E OUTRO(A/S) R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Cuida-se de embargos de declaração opostos por REINALDO DOS SANTOS NASCIMENTO, contra decisão de minha relatoria assim ementada: “RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL. COISA JULGADA. AUSÊNCIA DO NECESSÁRIO PREQUESTIONAMENTO. SÚMULAS 282 E 356 DO STF. INTERPRETAÇÃO DE LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. 1. A repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade (art. 323 do RISTF). Consectariamente, se o recurso é inadmissível por outro motivo, não há como se pretender seja reconhecida “a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso” (art. 102, III, § 3º, da CF). 2. O prequestionamento explícito da questão constitucional é requisito indispensável à admissão do recurso extraordinário, sendo certo que eventual omissão do acórdão recorrido reclama embargos de declaração. 3. As Súmulas 282 e 356 do STF dispõem, respectivamente: “É inadmissível o recurso extraordinário, quando não ventilada, na decisão recorrida, a questão federal suscitada” e “O ponto omisso da decisão, sobre o qual não foram opostos embargos Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2858432. Supremo Tribunal Federal 25/09/2012 PRIMEIRA TURMA EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 689.916 PARANÁ RELATOR : MIN. LUIZ FUX EMBTE.(S) :REINALDO DOS SANTOS NASCIMENTO ADV.(A/S) :GUSTAVO ROSENDO SANCHES DE FREITAS E OUTRO(A/S) EMBDO.(A/S) :CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEF ADV.(A/S) :JOÃO CORREA SOBANIA E OUTRO(A/S) R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Cuida-se de embargos de declaração opostos por REINALDO DOS SANTOS NASCIMENTO, contra decisão de minha relatoria assim ementada: “RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL. COISA JULGADA. AUSÊNCIA DO NECESSÁRIO PREQUESTIONAMENTO. SÚMULAS 282 E 356 DO STF. INTERPRETAÇÃO DE LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. 1. A repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade (art. 323 do RISTF). Consectariamente, se o recurso é inadmissível por outro motivo, não há como se pretender seja reconhecida “a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso” (art. 102, III, § 3º, da CF). 2. O prequestionamento explícito da questão constitucional é requisito indispensável à admissão do recurso extraordinário, sendo certo que eventual omissão do acórdão recorrido reclama embargos de declaração. 3. As Súmulas 282 e 356 do STF dispõem, respectivamente: “É inadmissível o recurso extraordinário, quando não ventilada, na decisão recorrida, a questão federal suscitada” e “O ponto omisso da decisão, sobre o qual não foram opostos embargos Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2858432. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 16 Relatório ARE 689.916 ED / PR declaratórios, não pode ser objeto de recurso extraordinário, por faltar o requisito do prequestionamento.”. 4. A violação reflexa e oblíqua da Constituição Federal decorrente da necessidade de análise de malferimento de dispositivo infraconstitucional torna inadmissível o recurso extraordinário. Precedentes: AI n. 503.093-AgR, Relatora Ministra ELLEN GRACIE, Segunda Turma, DJe de 11.12.2009, e RE 421.119-AgR, Relator Ministro AYRES BRITTO, Primeira Turma, DJ de 11.02-2005. 5. Os princípios da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, quando a verificação de sua ofensa dependa do reexame prévio de normas infraconstitucionais, revelam ofensa indireta ou reflexa à Constituição Federal, o que, por si só, não desafia a abertura da instância extraordinária. Precedentes. AI 804.854-AgR, 1ª Turma, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJe de 24/11/2010, e AI 756.336-AgR, 2ª Turma, Rel. Min. Ellen Gracie, DJe de 22/10/2010. 6. In casu, o acórdão recorrido assentou: ‘Por meio da Ação Civil Pública nº 9800160213, que tramitou na 5ª Vara Federal de Curitiba, ajuizada pela Associação Paranaense de Defesa do Consumidor (APADECO), os poupadores do Estado do Paraná obtiveram sentença favorável que condenou a Caixa Econômica Federal a depositar, nas contas de cadernetas de poupança por ela mantidas, iniciadas ou renovadas até 15/06/87 e 15/01/89, o valor da diferença apurada entre o que foi efetivamente creditado nos meses referidos com o que deveria ter sido pago de acordo com o IPC apurado no período – em junho/87 e 42,72% em janeiro/89 –, mais juros de 0,5% ao mês, devendo ser corrigido até o efetivo pagamento, na forma da Lei nº 6.899/81, a contar da data em que era devido, acrescido de juros de mora de 0,5% ao mês, contados da citação. O bem da vida ali pleiteado era a diferença entre o que foi creditado a título de correção monetária nos meses de junho de 1987 e janeiro de 1989, com o que deveria ter sido creditado, sendo os juros remuneratórios consectários daquele pedido considerado principal. Para obter esse bem, o poupador poderia valer-se daquele título 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2858432. Supremo Tribunal Federal ARE 689.916 ED / PR declaratórios, não pode ser objeto de recurso extraordinário, por faltar o requisito do prequestionamento.”. 4. A violação reflexa e oblíqua da Constituição Federal decorrente da necessidade de análise de malferimento de dispositivo infraconstitucional torna inadmissível o recurso extraordinário. Precedentes: AI n. 503.093-AgR, Relatora Ministra ELLEN GRACIE, Segunda Turma, DJe de 11.12.2009, e RE 421.119-AgR, Relator Ministro AYRES BRITTO, Primeira Turma, DJ de 11.02-2005. 5. Os princípios da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, quando a verificação de sua ofensa dependa do reexame prévio de normas infraconstitucionais, revelam ofensa indireta ou reflexa à Constituição Federal, o que, por si só, não desafia a abertura da instância extraordinária. Precedentes. AI 804.854-AgR, 1ª Turma, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJe de 24/11/2010, e AI 756.336-AgR, 2ª Turma, Rel. Min. Ellen Gracie, DJe de 22/10/2010. 6. In casu, o acórdão recorrido assentou: ‘Por meio da Ação Civil Pública nº 9800160213, que tramitou na 5ª Vara Federal de Curitiba, ajuizada pela Associação Paranaense de Defesa do Consumidor (APADECO), os poupadores do Estado do Paraná obtiveram sentença favorável que condenou a Caixa Econômica Federal a depositar, nas contas de cadernetas de poupança por ela mantidas, iniciadas ou renovadas até 15/06/87 e 15/01/89, o valor da diferença apurada entre o que foi efetivamente creditado nos meses referidos com o que deveria ter sido pago de acordo com o IPC apurado no período – em junho/87 e 42,72% em janeiro/89 –, mais juros de 0,5% ao mês, devendo ser corrigido até o efetivo pagamento, na forma da Lei nº 6.899/81, a contar da data em que era devido, acrescido de juros de mora de 0,5% ao mês, contados da citação. O bem da vida ali pleiteado era a diferença entre o que foi creditado a título de correção monetária nos meses de junho de 1987 e janeiro de 1989, com o que deveria ter sido creditado, sendo os juros remuneratórios consectários daquele pedido considerado principal. Para obter esse bem, o poupador poderia valer-se daquele título 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2858432. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 16 Relatório ARE 689.916 ED / PR executivo judicial transitado em julgado, ou, então, ingressar com ação individual. Na hipótese destes autos, a parte autora informa que executou a sentença proferida na ação coletiva. Nada obstante, pretende, nesta ação individual de conhecimento, um acessório daquele bem, que, a seu juízo, não foi plenamente contemplado naquela ação coletiva: os juros remuneratórios decorrentes do pedido principal lá veiculado. E, nesse aspecto, não merece procedência o pedido inicial. Isso porque os juros remuneratórios, consoante expresso linhas atrás, nada mais representam que consectários do pedido principal veiculado na ação coletiva. Não bastasse, os juros remuneratórios foram expressamente contemplados naquele título, como devidos apenas em relação aos dois meses em causa, e não para os períodos que se seguiram até a liquidação. Desse modo, a parte autora, ao optar por executar o título judicial, em vez de ingressar com ação individual para discutir toda a matéria, exerceu, já, seu direito àquela pretensão, abrindo mão de eventuais parcelas não compreendidas expressamente naquela ação. Vale dizer, ao executar aquele título consumou o exercício de seu direito. Por conta disso, imperioso concluir que existe, de fato, coisa julgada a impedir o prosseguimento do feito, razão pela qual o processo deve ser extinto sem análise do mérito (art. 267, V, do CPC).’ 7. NEGO SEGUIMENTO ao agravo. ” Inconformado com a decisão supra, opõe embargos de declaração, alegando em síntese: “(...) Trata-se de embargos de declaração opostos em face de decisão que conheceu do Agravo mas negou seguimento ao Recurso Extraordinário referente à ação de cobrança de juros remuneratórios incidentes sobre os expurgos inflacionários da poupança ocorridos por conta do Plano Verão. Em decisão entendeu o Ministro Relator não estar ventilada no acórdão recorrido, a matéria constitucional suscitada pelo recorrente, o 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2858432. Supremo Tribunal Federal ARE 689.916 ED / PR executivo judicial transitado em julgado, ou, então, ingressar com ação individual. Na hipótese destes autos, a parte autora informa que executou a sentença proferida na ação coletiva. Nada obstante, pretende, nesta ação individual de conhecimento, um acessório daquele bem, que, a seu juízo, não foi plenamente contemplado naquela ação coletiva: os juros remuneratórios decorrentes do pedido principal lá veiculado. E, nesse aspecto, não merece procedência o pedido inicial. Isso porque os juros remuneratórios, consoante expresso linhas atrás, nada mais representam que consectários do pedido principal veiculado na ação coletiva. Não bastasse, os juros remuneratórios foram expressamente contemplados naquele título, como devidos apenas em relação aos dois meses em causa, e não para os períodos que se seguiram até a liquidação. Desse modo, a parte autora, ao optar por executar o título judicial, em vez de ingressar com ação individual para discutir toda a matéria, exerceu, já, seu direito àquela pretensão, abrindo mão de eventuais parcelas não compreendidas expressamente naquela ação. Vale dizer, ao executar aquele título consumou o exercício de seu direito. Por conta disso, imperioso concluir que existe, de fato, coisa julgada a impedir o prosseguimento do feito, razão pela qual o processo deve ser extinto sem análise do mérito (art. 267, V, do CPC).’ 7. NEGO SEGUIMENTO ao agravo. ” Inconformado com a decisão supra, opõe embargos de declaração, alegando em síntese: “(...) Trata-se de embargos de declaração opostos em face de decisão que conheceu do Agravo mas negou seguimento ao Recurso Extraordinário referente à ação de cobrança de juros remuneratórios incidentes sobre os expurgos inflacionários da poupança ocorridos por conta do Plano Verão. Em decisão entendeu o Ministro Relator não estar ventilada no acórdão recorrido, a matéria constitucional suscitada pelo recorrente, o 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2858432. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 16 Relatório ARE 689.916 ED / PR que deixa de configurar-se, tecnicamente, o prequestionamento do tema, necessário ao conhecimento do recurso extraordinário. No entanto, a r. decisão se contradisse em relação aos dispositivos incidentes acerca desta questão, tendo a parte autora a necessidade de manejar os presentes embargos a fim de buscar o devido exame da questão. A decisão ora recorrida afronta, de forma direta, as garantias constitucionais da coisa julgada, bem como, o acesso à justiça, o direito à propriedade e o direito adquirido, inscritos na CF/88, Art. 5°, XXXV e XXXVI, XXII, Art. 170, II e Art. 102, III, “a”, o que fica demonstrado claramente à questão federal suscitada, nos ditames da súmula 282 do Supremo Tribunal Federal. O r. acórdão pronunciou a decisão no sentido de negar seguimento ao recurso extraordinário, por entender não estar ventilada no acórdão recorrido, a matéria constitucional suscitada pelo recorrente, o que deixa de configurar-se, tecnicamente, o prequestionamento do tema, necessário ao conhecimento do recurso extraordinário. Senão vejamos, a matéria constitucional levantada pelo relator, já vem sendo questionada desde a primeira instancia inclusive no recurso extraordinário e no Agravo de instrumento anteriormente interposto, o que fica demonstrada a omissão desta colenda turma quanto ao julgamento da matéria em questão. Verifica-se que, como não se operou os efeitos da coisa julgada e que sequer a mesma foi pleiteada na Ação Civil Pública, fica clara a violação expressa aos arts. 5º XXII e 170 II da CF/88, o não seguimento ao Agravo de Instrumento, bem como do Recurso Extraordinário o que restou como flagrante violação ao acesso a justiça previsto no art. 5º XXXV e XXXVI da CF/88. A tese sobre a coisa julgada, diga-se protegida por preceito constitucional, já foi ventilada na instancia a quo, 2º grau e tribunais superiores ficando demonstrada a desnecessidade de prequestionamento perante ao Supremo 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2858432. Supremo Tribunal Federal ARE 689.916 ED / PR que deixa de configurar-se, tecnicamente, o prequestionamento do tema, necessário ao conhecimento do recurso extraordinário. No entanto, a r. decisão se contradisse em relação aos dispositivos incidentes acerca desta questão, tendo a parte autora a necessidade de manejar os presentes embargos a fim de buscar o devido exame da questão. A decisão ora recorrida afronta, de forma direta, as garantias constitucionais da coisa julgada, bem como, o acesso à justiça, o direito à propriedade e o direito adquirido, inscritos na CF/88, Art. 5°, XXXV e XXXVI, XXII, Art. 170, II e Art. 102, III, “a”, o que fica demonstrado claramente à questão federal suscitada, nos ditames da súmula 282 do Supremo Tribunal Federal. O r. acórdão pronunciou a decisão no sentido de negar seguimento ao recurso extraordinário, por entender não estar ventilada no acórdão recorrido, a matéria constitucional suscitada pelo recorrente, o que deixa de configurar-se, tecnicamente, o prequestionamento do tema, necessário ao conhecimento do recurso extraordinário. Senão vejamos, a matéria constitucional levantada pelo relator, já vem sendo questionada desde a primeira instancia inclusive no recurso extraordinário e no Agravo de instrumento anteriormente interposto, o que fica demonstrada a omissão desta colenda turma quanto ao julgamento da matéria em questão. Verifica-se que, como não se operou os efeitos da coisa julgada e que sequer a mesma foi pleiteada na Ação Civil Pública, fica clara a violação expressa aos arts. 5º XXII e 170 II da CF/88, o não seguimento ao Agravo de Instrumento, bem como do Recurso Extraordinário o que restou como flagrante violação ao acesso a justiça previsto no art. 5º XXXV e XXXVI da CF/88. A tese sobre a coisa julgada, diga-se protegida por preceito constitucional, já foi ventilada na instancia a quo, 2º grau e tribunais superiores ficando demonstrada a desnecessidade de prequestionamento perante ao Supremo 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2858432. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 16 Relatório ARE 689.916 ED / PR Tribunal Federal. Uma vez que tal matéria já vem sendo discutida, não se justificaria a interposição de embargos apenas com propósito prequestionador por entender que isto afrontaria diretamente o princípio da celeridade e economia processual, trata-se de um expediente que apenas acarretaria a protelação custosa do feito, cito art. 5°, inciso LXXVIII da CF. (…) Assim a contradição consiste no não seguimento ao recurso extraordinário por falta de prequestionamento, quando no presente processo, e citado anteriormente, tal matéria vem sendo abordada em todo o trâmite processual desde a primeira instância. Deste modo não pode ter o autor seu direito cerceado sob o fundamento de que não foi prequestionada matéria. Assim sendo, requer seja suprida tal contradição, com o pronunciamento desta E. Turma acerca dos ditames constitucionais conforme segue demonstrado. Diante do exposto e diante da necessidade de pormenorizada análise desta e. Turma, por conta do prequestionamento, que culminará no afastamento da contradição, requer dignem-se Vossas Excelências em conhecer e julgar procedentes os embargos de declaração com efeito infringente, nos termos da fundamentação, reformando-se a decisão do agravo a fim e possibilitar a analise do Recurso Extraordinário por esta Digna Corte”. É o relatório. 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2858432. Supremo Tribunal Federal ARE 689.916 ED / PR Tribunal Federal. Uma vez que tal matéria já vem sendo discutida, não se justificaria a interposição de embargos apenas com propósito prequestionador por entender que isto afrontaria diretamente o princípio da celeridade e economia processual, trata-se de um expediente que apenas acarretaria a protelação custosa do feito, cito art. 5°, inciso LXXVIII da CF. (…) Assim a contradição consiste no não seguimento ao recurso extraordinário por falta de prequestionamento, quando no presente processo, e citado anteriormente, tal matéria vem sendo abordada em todo o trâmite processual desde a primeira instância. Deste modo não pode ter o autor seu direito cerceado sob o fundamento de que não foi prequestionada matéria. Assim sendo, requer seja suprida tal contradição, com o pronunciamento desta E. Turma acerca dos ditames constitucionais conforme segue demonstrado. Diante do exposto e diante da necessidade de pormenorizada análise desta e. Turma, por conta do prequestionamento, que culminará no afastamento da contradição, requer dignem-se Vossas Excelências em conhecer e julgar procedentes os embargos de declaração com efeito infringente, nos termos da fundamentação, reformando-se a decisão do agravo a fim e possibilitar a analise do Recurso Extraordinário por esta Digna Corte”. É o relatório. 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2858432. Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 16 Voto - MIN. LUIZ FUX 25/09/2012 PRIMEIRA TURMA EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 689.916 PARANÁ V O T O O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Os embargos de declaração foram opostos contra decisão do Relator. Prima facie, o Supremo Tribunal Federal tem conhecido dos embargos de declaração opostos objetivando a reforma da decisão do relator, com caráter infringente, como agravo regimental, que é o recurso cabível, por força do princípio da fungibilidade. Precedentes: Rcl 11.022- ED, rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, Tribunal Pleno, DJ 7.4.2011; AI 547.827- ED, rel. Min. DIAS TOFFOLI, 1ª Turma, DJ 9.3.2011; RE 546.525-ED, rel. Min. ELLEN GRACIE, 2ª Turma, DJ 5.4.2011 e a Pet 4.837-ED, rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, Tribunal Pleno, DJ 14.3.2011, este último, assim ementado: “EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA PETIÇÃO. CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. O CONTROLE ABSTRATO DE LEI OU DE ATO NORMATIVO DO PODER PÚBLICO NÃO PODE SER O OBJETO PRINCIPAL DA AÇÃO ORIGINÁRIA. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. “ Destarte, converto os embargos de declaração em agravo regimental, e passo a apreciá-lo. A presente irresignação não merece prosperar. O agravante, em seu recurso, não traz argumentação capaz de desconstituir os fundamentos da decisão agravada. Consoante apontado na aludida decisão, os artigos da Constituição Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2858433. Supremo Tribunal Federal 25/09/2012 PRIMEIRA TURMA EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 689.916 PARANÁ V O T O O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Os embargos de declaração foram opostos contra decisão do Relator. Prima facie, o Supremo Tribunal Federal tem conhecido dos embargos de declaração opostos objetivando a reforma da decisão do relator, com caráter infringente, como agravo regimental, que é o recurso cabível, por força do princípio da fungibilidade. Precedentes: Rcl 11.022- ED, rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, Tribunal Pleno, DJ 7.4.2011; AI 547.827- ED, rel. Min. DIAS TOFFOLI, 1ª Turma, DJ 9.3.2011; RE 546.525-ED, rel. Min. ELLEN GRACIE, 2ª Turma, DJ 5.4.2011 e a Pet 4.837-ED, rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, Tribunal Pleno, DJ 14.3.2011, este último, assim ementado: “EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA PETIÇÃO. CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. O CONTROLE ABSTRATO DE LEI OU DE ATO NORMATIVO DO PODER PÚBLICO NÃO PODE SER O OBJETO PRINCIPAL DA AÇÃO ORIGINÁRIA. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. “ Destarte, converto os embargos de declaração em agravo regimental, e passo a apreciá-lo. A presente irresignação não merece prosperar. O agravante, em seu recurso, não traz argumentação capaz de desconstituir os fundamentos da decisão agravada. Consoante apontado na aludida decisão, os artigos da Constituição Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2858433. Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 16 Voto - MIN. LUIZ FUX ARE 689.916 ED / PR Federal que o ora agravante considera violados não foram debatidos no acórdão recorrido. Além disso, não foram opostos embargos de declaração para sanar eventual omissão, faltando, ao caso, o necessário prequestionamento da questão constitucional, que deve ser explícito, o que inviabiliza a pretensão de exame do recurso extraordinário. Incide, portanto, o óbice das Súmulas 282 e 356 do STF: “É inadmissível o recurso extraordinário, quando não ventilada, na decisão recorrida, a questão federal suscitada.” e “O ponto omisso da decisão, sobre o qual não foram opostos embargos declaratórios, não pode ser objeto de recurso extraordinário, por faltar o requisito do prequestionamento.” A respeito da aplicação das aludidas súmulas, assim discorre Roberto Rosas: “A Constituição de 1891, no art. 59, III, a, dizia: 'quando se questionar sobre a validade de leis ou aplicação de tratados e leis federais, e a decisão for contra ela'. De forma idêntica dispôs a Constituição de 1934, no art. 76, III, a: “quando a decisão for contra literal disposição de tratado ou lei federal, sobre cuja aplicação se haja questionado”. Essas Constituições eram mais explícitas a respeito do âmbito do recurso extraordinário. Limita-se este às questões apreciadas na decisão recorrida. Se foi omissa em relação a determinado ponto, a parte deve opor embargos declaratórios. Caso não o faça, não poderá invocar essa questão não apreciada na decisão recorrida (RTJ 56/70; v. Súmula 356 do STF e Súmula 211 do STJ; Nelson Luiz Pinto, Manual dos Recursos Cíveis, Malheiros Editores, 1999, p. 234; Carlos Mário Velloso, Temas de Direito Público, p. 236).” E: “Os embargos declaratórios visam a pedir ao juiz ou juízes prolatores da decisão que espanquem dúvidas, supram omissões ou eliminem contradições. Se esse possível ponto omisso não foi aventado, nada há que se alegar posteriormente no recurso extraordinário. Falta o prequestionamento da matéria. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2858433. Supremo Tribunal Federal ARE 689.916 ED / PR Federal que o ora agravante considera violados não foram debatidos no acórdão recorrido. Além disso, não foram opostos embargos de declaração para sanar eventual omissão, faltando, ao caso, o necessário prequestionamento da questão constitucional, que deve ser explícito, o que inviabiliza a pretensão de exame do recurso extraordinário. Incide, portanto, o óbice das Súmulas 282 e 356 do STF: “É inadmissível o recurso extraordinário, quando não ventilada, na decisão recorrida, a questão federal suscitada.” e “O ponto omisso da decisão, sobre o qual não foram opostos embargos declaratórios, não pode ser objeto de recurso extraordinário, por faltar o requisito do prequestionamento.” A respeito da aplicação das aludidas súmulas, assim discorre Roberto Rosas: “A Constituição de 1891, no art. 59, III, a, dizia: 'quando se questionar sobre a validade de leis ou aplicação de tratados e leis federais, e a decisão for contra ela'. De forma idêntica dispôs a Constituição de 1934, no art. 76, III, a: “quando a decisão for contra literal disposição de tratado ou lei federal, sobre cuja aplicação se haja questionado”. Essas Constituições eram mais explícitas a respeito do âmbito do recurso extraordinário. Limita-se este às questões apreciadas na decisão recorrida. Se foi omissa em relação a determinado ponto, a parte deve opor embargos declaratórios. Caso não o faça, não poderá invocar essa questão não apreciada na decisão recorrida (RTJ 56/70; v. Súmula 356 do STF e Súmula 211 do STJ; Nelson Luiz Pinto, Manual dos Recursos Cíveis, Malheiros Editores, 1999, p. 234; Carlos Mário Velloso, Temas de Direito Público, p. 236).” E: “Os embargos declaratórios visam a pedir ao juiz ou juízes prolatores da decisão que espanquem dúvidas, supram omissões ou eliminem contradições. Se esse possível ponto omisso não foi aventado, nada há que se alegar posteriormente no recurso extraordinário. Falta o prequestionamento da matéria. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2858433. Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 16 Voto - MIN. LUIZ FUX ARE 689.916 ED / PR A parte não considerou a existência de omissão, por isso não opôs os embargos declaratórios no devido tempo, por não existir matéria a discutir no recurso extraordinário sobre essa questão (RE 77.128, RTJ 79/162; v. Súmula 282). O STF interpretou o teor da Súmula no sentido da desnecessidade de nova provocação, se a parte opôs os embargos, e o tribunal se recusou a suprir a omissão (RE 176.626, RTJ 168/305; v. Súmula 211 do STJ).” (ROSAS, Roberto, in Direito Sumular, Malheiros). Ainda nesse sentido: “Recurso extraordinário: prequestionamento explícito: exigibilidade. O requisito do prequestionamento assenta no fato de não ser aplicável à fase de conhecimento do recurso extraordinário o princípio jura novit curia: instrumento de revisão in jure das decisões proferidas em única ou última instância, o RE não investe o Supremo de competência para vasculhar o acórdão recorrido, à procura de uma norma que poderia ser pertinente ao caso, mas da qual não se cogitou. Daí a necessidade de pronunciamento explícito do Tribunal a quo sobre a questão suscitada no recurso extraordinário: Sendo o prequestionamento, por definição, necessariamente explícito, o chamado prequestionamento implícito não é mais do que uma simples e inconcebível contradição em termos”. (AI 253.566-AgR, rel. Min. Sepúlveda Pertence, DJ 03/03/00). Demais disso, a controvérsia foi decidida à luz de interpretação de normas infraconstitucionais. Esta Suprema Corte firmou jurisprudência nos termos da qual a violação constitucional dependente da análise de malferimento de dispositivos infraconstitucionais encerra violação reflexa e oblíqua, tornando inadmissível o recurso extraordinário. Nesse sentido: “CONSTITUCIONAL E PREVIDENCIÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. ACUMULAÇÃO DE APOSENTADORIA E AUXÍLIO- ACIDENTE. MP 1.596-14 E LEI 8.213/91. VIOLAÇÃO AO ART. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2858433. Supremo Tribunal Federal ARE 689.916 ED / PR A parte não considerou a existência de omissão, por isso não opôs os embargos declaratórios no devido tempo, por não existir matéria a discutir no recurso extraordinário sobre essa questão (RE 77.128, RTJ 79/162; v. Súmula 282). O STF interpretou o teor da Súmula no sentido da desnecessidade de nova provocação, se a parte opôs os embargos, e o tribunal se recusou a suprir a omissão (RE 176.626, RTJ 168/305; v. Súmula 211 do STJ).” (ROSAS, Roberto, in Direito Sumular, Malheiros). Ainda nesse sentido: “Recurso extraordinário: prequestionamento explícito: exigibilidade. O requisito do prequestionamento assenta no fato de não ser aplicável à fase de conhecimento do recurso extraordinário o princípio jura novit curia: instrumento de revisão in jure das decisões proferidas em única ou última instância, o RE não investe o Supremo de competência para vasculhar o acórdão recorrido, à procura de uma norma que poderia ser pertinente ao caso, mas da qual não se cogitou. Daí a necessidade de pronunciamento explícito do Tribunal a quo sobre a questão suscitada no recurso extraordinário: Sendo o prequestionamento, por definição, necessariamente explícito, o chamado prequestionamento implícito não é mais do que uma simples e inconcebível contradição em termos”. (AI 253.566-AgR, rel. Min. Sepúlveda Pertence, DJ 03/03/00). Demais disso, a controvérsia foi decidida à luz de interpretação de normas infraconstitucionais. Esta Suprema Corte firmou jurisprudência nos termos da qual a violação constitucional dependente da análise de malferimento de dispositivos infraconstitucionais encerra violação reflexa e oblíqua, tornando inadmissível o recurso extraordinário. Nesse sentido: “CONSTITUCIONAL E PREVIDENCIÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. ACUMULAÇÃO DE APOSENTADORIA E AUXÍLIO- ACIDENTE. MP 1.596-14 E LEI 8.213/91. VIOLAÇÃO AO ART. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2858433. Inteiro Teor do Acórdão - Página 12 de 16 Voto - MIN. LUIZ FUX ARE 689.916 ED / PR 5º, XXXVI E 7º, XXVIII. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. 1. Omissis. 2. É pacífica a jurisprudência desta Corte ao não admitir, em sede extraordinária, alegação de ofensa indireta à Constituição Federal. Precedentes. 3. Agravo regimental improvido.” (AI n. 503.093-AgR, Relatora Ministra ELLEN GRACIE, Segunda Turma, DJe de 11-12-2009) “PREVIDENCIÁRIO. SUSPENSÃO DE BENEFÍCIO POR SUSPEITA DE OCORRÊNCIA DE FRAUDE NA CONCESSÃO. ALEGADA OFENSA AO DEVIDO PROCESSO LEGAL, AO CONTRADITÓRIO E À AMPLA DEFESA. Para se chegar à conclusão pretendida pela autarquia previdenciária seria necessário o prévio exame da legislação infraconstitucional aplicável, bem como do conjunto fático-probatório dos autos, providência inviável em sede extraordinária.” Omissis. (RE 421.119-AgR, Relator Ministro AYRES BRITTO, Primeira Turma, DJ de 11.02-2005) Registre-se, por oportuno, que a jurisprudência deste Tribunal é uníssona no sentido de que a verificação de violações aos princípios da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, quando a aferição da violação dos mesmos depende de reexame prévio de normas infraconstitucionais, revela ofensa indireta ou reflexa à Constituição Federal, o que, por si só, não desafia a instância extraordinária. Nesse sentido, (AI 804.854, 1ª Turma, Rel. Min. Cármen Lúcia, Dje de 25/11/10, AI 756.336-AgR, 2ª, Rel. Min. Ellen Gracie, Dje de 25/10/10) Ressalte-se, por oportuno, que o ora agravante não impugnou todos os fundamentos da decisão agravada, in casu, não faz qualquer referência ao fundamento de que a controvérsia foi decidida à luz de interpretação de normas infraconstitucionais. 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2858433. Supremo Tribunal Federal ARE 689.916 ED / PR 5º, XXXVI E 7º, XXVIII. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. 1. Omissis. 2. É pacífica a jurisprudência desta Corte ao não admitir, em sede extraordinária, alegação de ofensa indireta à Constituição Federal. Precedentes. 3. Agravo regimental improvido.” (AI n. 503.093-AgR, Relatora Ministra ELLEN GRACIE, Segunda Turma, DJe de 11-12-2009) “PREVIDENCIÁRIO. SUSPENSÃO DE BENEFÍCIO POR SUSPEITA DE OCORRÊNCIA DE FRAUDE NA CONCESSÃO. ALEGADA OFENSA AO DEVIDO PROCESSO LEGAL, AO CONTRADITÓRIO E À AMPLA DEFESA. Para se chegar à conclusão pretendida pela autarquia previdenciária seria necessário o prévio exame da legislação infraconstitucional aplicável, bem como do conjunto fático-probatório dos autos, providência inviável em sede extraordinária.” Omissis. (RE 421.119-AgR, Relator Ministro AYRES BRITTO, Primeira Turma, DJ de 11.02-2005) Registre-se, por oportuno, que a jurisprudência deste Tribunal é uníssona no sentido de que a verificação de violações aos princípios da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, quando a aferição da violação dos mesmos depende de reexame prévio de normas infraconstitucionais, revela ofensa indireta ou reflexa à Constituição Federal, o que, por si só, não desafia a instância extraordinária. Nesse sentido, (AI 804.854, 1ª Turma, Rel. Min. Cármen Lúcia, Dje de 25/11/10, AI 756.336-AgR, 2ª, Rel. Min. Ellen Gracie, Dje de 25/10/10) Ressalte-se, por oportuno, que o ora agravante não impugnou todos os fundamentos da decisão agravada, in casu, não faz qualquer referência ao fundamento de que a controvérsia foi decidida à luz de interpretação de normas infraconstitucionais. 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2858433. Inteiro Teor do Acórdão - Página 13 de 16 Voto - MIN. LUIZ FUX ARE 689.916 ED / PR Ora, a jurisprudência deste Tribunal é uníssona no sentido de que a parte tem o dever de impugnar todos os fundamentos da decisão agravada, sob pena de não ter sua pretensão acolhida, por vedação expressa do enunciado da Súmula 287 deste Supremo Tribunal Federal, de seguinte teor: “Nega-se provimento ao agravo, quando a deficiência na sua fundamentação, ou na do recurso extraordinário, não permitir a exata compreensão da controvérsia”. Nesse sentido, colacionam-se os seguintes julgados: “PROCESSO PENAL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO RECEBIDOS COMO AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. RAZÕES RECURSAIS QUE NÃO ATACAM TODOS OS FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 287 DESTA CORTE. AGRAVO IMPROVIDO. I – O agravante deixou de atacar os fundamentos expostos na decisão agravada, o que inviabiliza o recurso. Incumbe ao agravante o dever de impugnar, de forma específica, cada um dos fundamentos da decisão questionada, sob pena de não conhecimento do recurso. Incidência da Súmula 287/STF. II – Embargos de declaração recebidos como agravo regimental ao qual se nega provimento” (AI n. 835.505AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 16.08.2011). “PROCESSO PENAL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO RECEBIDOS COMO AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. RAZÕES RECURSAIS QUE NÃO ATACAM TODOS OS FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 287 DESTA CORTE. AGRAVO IMPROVIDO. I – O agravante deixou de atacar os fundamentos expostos na decisão agravada, o que inviabiliza o recurso. Incumbe ao agravante o dever de impugnar, de forma específica, cada um dos fundamentos da decisão questionada, sob pena de não conhecimento do recurso. Incidência da Súmula 287/STF. 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2858433. Supremo Tribunal Federal ARE 689.916 ED / PR Ora, a jurisprudência deste Tribunal é uníssona no sentido de que a parte tem o dever de impugnar todos os fundamentos da decisão agravada, sob pena de não ter sua pretensão acolhida, por vedação expressa do enunciado da Súmula 287 deste Supremo Tribunal Federal, de seguinte teor: “Nega-se provimento ao agravo, quando a deficiência na sua fundamentação, ou na do recurso extraordinário, não permitir a exata compreensão da controvérsia”. Nesse sentido, colacionam-se os seguintes julgados: “PROCESSO PENAL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO RECEBIDOS COMO AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. RAZÕES RECURSAIS QUE NÃO ATACAM TODOS OS FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 287 DESTA CORTE. AGRAVO IMPROVIDO. I – O agravante deixou de atacar os fundamentos expostos na decisão agravada, o que inviabiliza o recurso. Incumbe ao agravante o dever de impugnar, de forma específica, cada um dos fundamentos da decisão questionada, sob pena de não conhecimento do recurso. Incidência da Súmula 287/STF. II – Embargos de declaração recebidos como agravo regimental ao qual se nega provimento” (AI n. 835.505AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 16.08.2011). “PROCESSO PENAL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO RECEBIDOS COMO AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. RAZÕES RECURSAIS QUE NÃO ATACAM TODOS OS FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 287 DESTA CORTE. AGRAVO IMPROVIDO. I – O agravante deixou de atacar os fundamentos expostos na decisão agravada, o que inviabiliza o recurso. Incumbe ao agravante o dever de impugnar, de forma específica, cada um dos fundamentos da decisão questionada, sob pena de não conhecimento do recurso. Incidência da Súmula 287/STF. 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2858433. Inteiro Teor do Acórdão - Página 14 de 16 Voto - MIN. LUIZ FUX ARE 689.916 ED / PR II – Embargos de declaração recebidos como agravo regimental ao qual se nega provimento.” (RE n. 572.676-AgR, Segunda Turma, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJe de 17.05.2011) Registre-se, por derradeiro, que a controvérsia sub examine, já foi objeto de análise desta Suprema Corte, nos autos do ARE n. 689.765–RG, Rel. Min. Gilmar Medes, DJe de 13.9.2012, oportunidade em que o Plenário do STF, rejeito a repercussão geral do tema, visto que a matéria está restrita a análise de norma infraconstitucional, a decisão restou assim ementada: “AÇÃO AUTÔNOMA DE COBRANÇA. POUPANÇA. CORREÇÃO MONETÁRIA. PLANOS ECONÔMICOS. JUROS REMUNERATÓRIOS. EXISTÊNCIA DE AÇÃO CIVIL PÚBLICA. LIMITES DA COISA JULGADA. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. REPERCUSSÃO GERAL REJEITADA.” Com essas considerações, uma vez convertidos os embargos de declaração em agravo regimental, NEGO-LHE PROVIMENTO. É como voto. 6 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2858433. Supremo Tribunal Federal ARE 689.916 ED / PR II – Embargos de declaração recebidos como agravo regimental ao qual se nega provimento.” (RE n. 572.676-AgR, Segunda Turma, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJe de 17.05.2011) Registre-se, por derradeiro, que a controvérsia sub examine, já foi objeto de análise desta Suprema Corte, nos autos do ARE n. 689.765–RG, Rel. Min. Gilmar Medes, DJe de 13.9.2012, oportunidade em que o Plenário do STF, rejeito a repercussão geral do tema, visto que a matéria está restrita a análise de norma infraconstitucional, a decisão restou assim ementada: “AÇÃO AUTÔNOMA DE COBRANÇA. POUPANÇA. CORREÇÃO MONETÁRIA. PLANOS ECONÔMICOS. JUROS REMUNERATÓRIOS. EXISTÊNCIA DE AÇÃO CIVIL PÚBLICA. LIMITES DA COISA JULGADA. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. REPERCUSSÃO GERAL REJEITADA.” Com essas considerações, uma vez convertidos os embargos de declaração em agravo regimental, NEGO-LHE PROVIMENTO. É como voto. 6 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2858433. Inteiro Teor do Acórdão - Página 15 de 16 Decisão de Julgamento PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 689.916 PROCED. : PARANÁ RELATOR : MIN. LUIZ FUX EMBTE.(S) : REINALDO DOS SANTOS NASCIMENTO ADV.(A/S) : GUSTAVO ROSENDO SANCHES DE FREITAS E OUTRO(A/S) EMBDO.(A/S) : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEF ADV.(A/S) : JOÃO CORREA SOBANIA E OUTRO(A/S) Decisão: Por maioria de votos, a Turma converteu os embargos de declaração em agravo regimental, vencido, nessa parte, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 25.9.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo de Tarso Braz Lucas. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2895714 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 689.916 PROCED. : PARANÁ RELATOR : MIN. LUIZ FUX EMBTE.(S) : REINALDO DOS SANTOS NASCIMENTO ADV.(A/S) : GUSTAVO ROSENDO SANCHES DE FREITAS E OUTRO(A/S) EMBDO.(A/S) : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEF ADV.(A/S) : JOÃO CORREA SOBANIA E OUTRO(A/S) Decisão: Por maioria de votos, a Turma converteu os embargos de declaração em agravo regimental, vencido, nessa parte, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 25.9.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo de Tarso Braz Lucas. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2895714 Inteiro Teor do Acórdão - Página 16 de 16
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=2904888
2012-09-25T00:00:00
2012-10-09T00:00:00
Por maioria de votos, a Turma converteu os embargos de declaração em agravo regimental, vencido, nessa parte, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 25.9.2012.
EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO
Ementa: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. POUPANÇA. CORREÇÃO MONETÁRIA. PLANOS ECONÔMICOS. JUROS REMUNERATÓRIOS. EXISTÊNCIA DE AÇÃO CIVIL PÚBLICA. LIMITES DA COISA JULGADA. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. SÚMULAS 282 E 356 DO DESTA CORTE. INTERPRETAÇÃO DE LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. RECURSO QUE NÃO SE INSURGE CONTRA TODOS OS FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA. SÚMULA 287 DO STF E ARTIGO 317, § 1º, DO RISTF. 1. Os embargos de declaração opostos objetivando a reforma da decisão do relator, com caráter infringente, devem ser convertidos em agravo regimental, que é o recurso cabível, por força do princípio da fungibilidade. (Precedentes: Pet 4.837-ED, rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, Tribunal Pleno, DJ 14.3.2011; Rcl 11.022-ED, rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, Tribunal Pleno, DJ 7.4.2011; AI 547.827-ED, rel. Min. DIAS TOFFOLI, 1ª Turma, DJ 9.3.2011; RE 546.525-ED, rel. Min. ELLEN GRACIE, 2ª Turma, DJ 5.4.2011) 2. O prequestionamento explícito da questão constitucional é requisito indispensável à admissão do recurso extraordinário, sendo certo que eventual omissão do acórdão recorrido reclama embargos de declaração. 3. A violação reflexa e oblíqua da Constituição Federal decorrente da necessidade de análise de malferimento de dispositivo infraconstitucional torna inadmissível o recurso extraordinário. Precedentes: AI 503.093-AgR, Relator: Min. Ellen Gracie, DJe- 11/12/2009; RE 421.119-AgR, Relator: Min. Carlos Britto, DJ 11/02/2005; RE 402.557-AgR, Relator: Min. Sepúlveda Pertence, DJe- 27/042007 e RE 405.745-AgR, Relator: Min. Marco Aurélio, DJe 19/06/2009. 4. Os princípios da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, da motivação das decisões judiciais, bem como os limites da coisa julgada, quando a verificação de sua ofensa dependa do reexame prévio de normas infraconstitucionais, revelam ofensa indireta ou reflexa à Constituição Federal, o que, por si só, não desafia a abertura da instância extraordinária. Precedentes. AI 804.854-AgR, 1ª Turma, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJe de 24/11/2010 e AI 756.336-AgR, 2ª Turma, Rel. Min. Ellen Gracie, DJe de 22/10/2010. 5. O agravo regimental é inadmissível quando não impugna todos os fundamentos da decisão agravada. 6. É que configura princípio básico da disciplina dos recursos o dever que tem o recorrente de impugnar todos os fundamentos da decisão atacada, por isso que deixando de fazê-lo, resta ausente o requisito de admissibilidade consistente na regularidade formal o que, à luz da Súmula 287 do STF e do § 1º do artigo 317 do RISTF, conduz ao não-conhecimento do recurso interposto. Precedentes: RE n. 583.833-AgR, Relator o Ministro JOAQUIM BARBOSA, 2ª Turma, DJe de 1.10.10; RE n. 458.161-AgR, Relator o Ministro EROS GRAU, 2ª Turma, DJe de 1.1.08; AI n. 615.634-AgR, Relator o Ministro CELSO DE MELLO, 2ª Turma, DJ de 18.12.06; AI n. 585.140-AgR, Relator o Ministro GILMAR MENDES, 2ª Turma, DJ de 6.6.06; AI n. 835.505AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 16.08.2011 e RE n. 572.676-AgR, Segunda Turma, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJe de 17.05.2011. 7. A matéria sub examine teve sua repercussão geral rejeitada pelo Plenário desta Corte, nos autos do ARE n. 689.765-RG, de relatoria do E. Ministro Gilmar Mendes, DJe de 13.9.2012. 8. In casu, a decisão foi mantida por seus próprios fundamentos: “Por meio da Ação Civil Pública nº 9800160213, que tramitou na 5ª Vara Federal de Curitiba, ajuizada pela Associação Paranaense de Defesa do Consumidor (APADECO), os poupadores do Estado do Paraná obtiveram sentença favorável que condenou a CEF a: ‘a pagar aos poupadores do Estado do Paraná, nas contas de cadernetas de poupança mantidas junto à ré, iniciadas ou renovadas até 15.06.87 e 15.01.89, o valor da diferença apurada entre o que foi efetivamente creditado em suas contas nos meses referidos com o que deveria ter sido pago de acordo com o IPC apurado no período - em junho/87 e em janeiro/89 - mais juros de 0,5% ao mês, devendo ser corrigido até o efetivo pagamento, na forma da Lei nº 6.899/81, a contar da data em que era devido, acrescido de juros de mora de 0,5% ao mês, contados da citação’ (o percentual dos juros de mora foi corrigido de 5% para 0,5% ao mês, em julgamento de Embargos de Declaração opostos contra a decisão). Como se observa, a decisão contemplou o pagamento de juros remuneratórios e também de juros moratórios, ambos no mesmo percentual de 0,5% mensal, sendo estes devidos a partir da citação ocorrida no processo que deu origem ao título executivo, e aqueles aplicados, de forma capitalizada, em relação a todo o débito, independente de saque ou disponibilidade dos valores das contas de cadernetas de poupança dos poupadores do Estado do Paraná. O bem da vida ali buscado era a diferença entre o que foi creditado a título de correção monetária nos meses de junho de 1987 e janeiro de 1989, com o que deveria ter sido creditado, sendo os juros remuneratórios consectários daquele pedido considerado principal. Para obter esse bem, o poupador, parte autora, poderia valer-se daquele título executivo judicial transitado em julgado, ou, então, ingressar com ação individual. No caso em exame, a parte autora executou a sentença proferida na ação coletiva. Nada obstante, pretende, na presente ação individual de conhecimento, um acessório daquele bem, que, a seu juízo, não foi plenamente contemplado naquela ação coletiva: os juros remuneratórios decorrentes do pedido principal lá veiculado. Ocorre que o pedido esbarra na coisa julgada. Isto porque os juros remuneratórios, consoante expresso linhas atrás, nada mais representam que consectários do pedido principal veiculado na ação coletiva. Dessa maneira, torna-se impossível reconhecer à parte autora o direito apenas aos valores acessórios, sem haver o montante principal a que se referem. Não bastasse, os juros remuneratórios foram expressamente contemplados naquele título como devidos apenas em relação aos dois meses em causa, e não para os períodos que se seguiram até a liquidação. Desse modo, a parte autora, ao optar por executar o título judicial, em vez de ingressar com ação individual para discutir toda a matéria, exerceu, já, seu direito àquela pretensão, abrindo mão de eventuais parcelas não compreendidas expressamente naquela ação. Vale dizer, ao executar aquele título consumou o exercício de seu direito. Por conta disso, imperioso concluir que existe, de fato, coisa julgada a impedir o prosseguimento do feito, razão pela qual o processo deve ser extinto sem análise do mérito (art. 267, V, do CPC).” 9. Agravo regimental a que se nega provimento.
sjur216286
- Acórdãos citados: Pet 4837 ED, Rcl 11022 ED, AI 547827 ED, RE 546525 ED, AI 503093 AgR, RE 402557 AgR, RE 405745 AgR, AI 804854 AgR, AI 756336 AgR, RE 583833, AI 458161 AgR, AI 615634 AgR, AI 585140 AgR, AI 835505 AgR, RE 572676 AgR, ARE 689765 RG. Número de páginas: 16. Análise: 18/10/2012, MJC.
LUIZ FUX
Primeira Turma
689916
[ "LEG-FED RGI ANO-1980\r\n ART-00317 PAR-00001 \r\n RISTF-1980 REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL\r\n\r\n", "LEG-FED SUMSTF-000282 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\r\n\r\n", "LEG-FED SUMSTF-000287 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\r\n\r\n", "LEG-FED SUMSTF-000356 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF" ]
ARE-ED
acordaos
ARE 689916 ED
[ "" ]
EMBTE.(S) : REINALDO DOS SANTOS NASCIMENTO ADV.(A/S) : GUSTAVO ROSENDO SANCHES DE FREITAS E OUTRO(A/S) EMBDO.(A/S) : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEF ADV.(A/S) : JOÃO CORREA SOBANIA E OUTRO(A/S)
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "SÚMULAS 282", "SÚMULA 287 DO STF", "Pet 4 . 837 - ED", "Rcl 11 . 022 - ED", "AI 547 . 827 - ED", "RE 546 . 525 - ED", "ARE 689 . 916 ED / PR", "AI 503 . 093 - AgR", "RE 421 . 119 - AgR", "RE 402 . 557 - AgR", "RE 405 . 745 - AgR", "AI 804 . 854 - AgR", "AI 756 . 336 - AgR", "Súmula 287 do STF", "RE n . 583 . 833 - AgR", "RE n . 458 . 161 - AgR", "AI n . 615 . 634 - AgR", "AI n . 585 . 140 - AgR", "AI n . 835 . 505AgR", "RE n . 572 . 676 - AgR", "ARE n . 689 . 765 - RG", "Ação Civil Pública [UNK] 9800160213", "ARE 689 . 916 ED / PR", "AI 503 . 093 - AgR", "RE 421 . 119 - AgR", "RE 402 . 557 - AgR", "RE 405 . 745 - AgR", "AI 804 . 854 - AgR", "AI 756 . 336 - AgR", "Súmula", "RE n . 583 . 833 - AgR", "RE n . 458 . 161 - AgR", "AI n . 615 . 634 - AgR", "AI n . 585 . 140 - AgR", "AI n . 835 . 505AgR", "RE n . 572 . 676 - AgR", "ARE n . 689 . 765 - RG", "Ação Civil Pública [UNK] 9800160213", "ARE 689 . 916 ED", "ARE 689 . 916 ED / PR", "ARE 689 . 916 ED / PR", "ARE 689 . 916 ED / PR", "SÚMULAS 282", "Súmulas 282", "SÚMULAS 282", "Súmulas 282", "ARE 689 . 916 ED / PR", "AI n . 503 . 093 - AgR", "RE 421 . 119 - AgR", "AI 804 . 854 - AgR", "AI 756 . 336 - AgR", "Ação Civil Pública [UNK] 9800160213", "ARE 689 . 916", "AI n . 503 . 093 - AgR", "RE 421 . 119 - AgR", "AI 804 . 854 - AgR", "AI 756 . 336 - AgR", "Ação Civil Pública [UNK] 9800160213", "ARE 689 . 916 ED / PR", "ARE 689 . 916 ED / PR", "ARE 689 . 916 ED / PR", "súmula 282 do Supremo Tribunal Federal", "ARE 689 . 916 ED / PR", "súmula 282 do Supremo Tribunal Federal", "ARE 689 . 916 ED / PR", "ARE 689 . 916 ED / PR", "AGRAVO 689 . 916", "Rcl 11 . 022 - ED", "AI 547 . 827 - ED", "RE 546 . 525 - ED", "Pet 4 . 837 - ED", "Rcl 11 . 022 - ED", "AI 547 . 827 - ED", "RE 546 . 525 - ED", "Pet 4 . 837 - ED", "ARE 689 . 916 ED / PR", "Súmulas 282", "RTJ 56 / 70", "Súmula 356 do STF", "Súmula 211 do STJ", "ARE 689 . 916 ED / PR Federal", "Súmulas 282", "RTJ 56 / 70", "Súmula 356 do STF", "Súmula 211 do STJ", "ARE 689 . 916 ED / PR", "RE 77 . 128", "RTJ 79 / 162", "RE 176 . 626", "RTJ 168 / 305", "Súmula 211 do STJ", "AI 253 . 566 - AgR", "ARE 689 . 916 ED / PR", "RE 77 . 128", "RE 176 . 626", "Súmula 211 do STJ", "AI 253 . 566 - AgR", "ARE 689 . 916 ED / PR", "AI n . 503 . 093 - AgR", "RE 421 . 119 - AgR", "AI 804 . 854 , [UNK]", "AI 756 . 336 - AgR", "ARE 689 . 916 ED / PR", "AI n . 503 . 093 - AgR", "RE 421 . 119 - AgR", "AI 804 . 854", "AI 756 . 336 - AgR", "ARE 689 . 916 ED / PR", "Súmula 287 deste Supremo Tribunal Federal", "Súmula 287 / STF", "AI n . 835 . 505AgR", "SÚMULA 287 DESTA CORTE", "Súmula 287 / STF", "ARE 689 . 916 ED / PR", "Súmula 287 deste Supremo Tribunal Federal", "SÚMULA 287 DESTA CORTE", "Súmula 287 / STF", "AI n . 835 . 505AgR", "Súmula 287 / STF .", "ARE 689 . 916 ED / PR", "RE n . 572 . 676 - AgR", "ARE n . 689 . 765 – RG", "ARE 689 . 916 ED / PR", "RE n . 572 . 676 - AgR", "ARE n . 689 . 765 – RG" ], "LEGISLACAO": [ "ARTIGO", "Constituição Federal", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Constituição Federal", "§ [UNK] do artigo 317 do RISTF", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Constituição Federal", "287 do STF", "§ [UNK] do artigo 317 do RISTF", "MP n° 2 . 200", "Lei [UNK] 6 . 899 / 81", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Lei [UNK] 6 . 899 / 81", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 267 , V , do CPC", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 267 , V , do CPC", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 323 do RISTF", "art . 102 , III , § [UNK] , da CF", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 323 do RISTF", "art . 102 , III , § [UNK] , da CF", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Constituição Federal", "Constituição Federal", "Lei [UNK] 6 . 899 / 81", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Constituição Federal", "Constituição Federal", "Lei [UNK] 6 . 899 / 81", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 267 , V , do CPC", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 267 , V , do CPC", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "CF", "/", "88 , Art . 5° , XXXV e XXXVI , XXII , Art . 170 ,", "arts . 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Ementa e Acórdão 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 821.134 RIO GRANDE DO SUL RELATOR : MIN. JOAQUIM BARBOSA AGTE.(S) :ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL AGDO.(A/S) :ANA DE FÁTIMA RUBIN MARCHIONATTI E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) :ELSO PEGORARO RUBIN E OUTRO(A/S) INTDO.(A/S) :ADINOR DIONISIO MARCHIONATTI EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL. PROCESSUAL. ÓRGÃO FRACIONÁRIO DE TRIBUNAL QUE SE LIMITA A APLICAR ENTENDIMENTO FIRMADO PELO ÓRGÃO ESPECIAL EM JULGAMENTOS DE INCIDENTE DE INCONSTITUCIONALIDADE E DE AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE ESTADUAL. NECESSIDADE DE JUNTADA DO INTEIRO TEOR DOS RESPECTIVOS ACÓRDÃOS PARA POSSIBILITAR O CONHECIMENTO DOS FUNDAMENTOS ADOTADOS. PRECEDENTES. Agravo regimental a que se nega provimento. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os ministros do Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a presidência do ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso de agravo, nos termos do voto do Relator. Brasília, 25 de setembro de 2012. Ministro JOAQUIM BARBOSA Relator Documento assinado digitalmente Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2969869. Supremo Tribunal Federal DJe 25/10/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 6 Relatório 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 821.134 RIO GRANDE DO SUL RELATOR : MIN. JOAQUIM BARBOSA AGTE.(S) :ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL AGDO.(A/S) :ANA DE FÁTIMA RUBIN MARCHIONATTI E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) :ELSO PEGORARO RUBIN E OUTRO(A/S) INTDO.(A/S) :ADINOR DIONISIO MARCHIONATTI R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO JOAQUIM BARBOSA (RELATOR): Trata-se de agravo regimental interposto da seguinte decisão: “Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que inadmitiu recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição federal) interposto de acórdão, proferido por Tribunal de Justiça estadual, em que se alega violação do disposto nos arts. 145, § 1º; 150, IV, e 155, I, da Constituição federal. O recurso não merece seguimento. O acórdão recorrido limitou-se a aplicar o entendimento firmado pelo Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, nos julgamentos do Incidente de Inconstitucionalidade 70005713862 e da Ação Direta de Inconstitucionalidade estadual 70007457880, quanto à inconstitucionalidade do § 3º do art. 12 da Lei estadual 8.821/1989. É nesses acórdãos que estão os fundamentos pelos quais a referida norma foi declarada inconstitucional. Contudo, observo que faltam ao instrumento cópias dos referidos acórdãos, peças essenciais à compreensão da controvérsia, o que acarreta o não- conhecimento do agravo (Súmula 288/STF e art. 544, § 1º, do Código de Processo Civil). Ademais, saliento que esta Corte já firmou o entendimento de Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2969870. Supremo Tribunal Federal 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 821.134 RIO GRANDE DO SUL RELATOR : MIN. JOAQUIM BARBOSA AGTE.(S) :ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL AGDO.(A/S) :ANA DE FÁTIMA RUBIN MARCHIONATTI E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) :ELSO PEGORARO RUBIN E OUTRO(A/S) INTDO.(A/S) :ADINOR DIONISIO MARCHIONATTI R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO JOAQUIM BARBOSA (RELATOR): Trata-se de agravo regimental interposto da seguinte decisão: “Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que inadmitiu recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição federal) interposto de acórdão, proferido por Tribunal de Justiça estadual, em que se alega violação do disposto nos arts. 145, § 1º; 150, IV, e 155, I, da Constituição federal. O recurso não merece seguimento. O acórdão recorrido limitou-se a aplicar o entendimento firmado pelo Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, nos julgamentos do Incidente de Inconstitucionalidade 70005713862 e da Ação Direta de Inconstitucionalidade estadual 70007457880, quanto à inconstitucionalidade do § 3º do art. 12 da Lei estadual 8.821/1989. É nesses acórdãos que estão os fundamentos pelos quais a referida norma foi declarada inconstitucional. Contudo, observo que faltam ao instrumento cópias dos referidos acórdãos, peças essenciais à compreensão da controvérsia, o que acarreta o não- conhecimento do agravo (Súmula 288/STF e art. 544, § 1º, do Código de Processo Civil). Ademais, saliento que esta Corte já firmou o entendimento de Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2969870. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 6 Relatório AI 821.134 AGR / RS que, tendo sido declarada a inconstitucionalidade de ato normativo pelo plenário ou pelo órgão especial do tribunal de origem, é contra esse acórdão que se dirige o ataque por parte do recurso extraordinário, razão por que, se ele não tiver sido juntado ao aresto da turma julgadora, o recorrente deverá fazê-lo no momento da interposição do recurso extraordinário. Do exposto, nego seguimento ao presente agravo. Publique-se.” (fls. 125-126) Em síntese, sustenta-se a desnecessidade da juntada do inteiro teor dos acórdãos proferidos no incidente de inconstitucionalidade e na ação direta de inconstitucionalidade estadual para o conhecimento do recurso extraordinário. Mantenho a decisão agravada e trago o presente recurso à apreciação da Turma. É o relatório. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2969870. Supremo Tribunal Federal AI 821.134 AGR / RS que, tendo sido declarada a inconstitucionalidade de ato normativo pelo plenário ou pelo órgão especial do tribunal de origem, é contra esse acórdão que se dirige o ataque por parte do recurso extraordinário, razão por que, se ele não tiver sido juntado ao aresto da turma julgadora, o recorrente deverá fazê-lo no momento da interposição do recurso extraordinário. Do exposto, nego seguimento ao presente agravo. Publique-se.” (fls. 125-126) Em síntese, sustenta-se a desnecessidade da juntada do inteiro teor dos acórdãos proferidos no incidente de inconstitucionalidade e na ação direta de inconstitucionalidade estadual para o conhecimento do recurso extraordinário. Mantenho a decisão agravada e trago o presente recurso à apreciação da Turma. É o relatório. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2969870. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 6 Voto - MIN. JOAQUIM BARBOSA 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 821.134 RIO GRANDE DO SUL V O T O O SENHOR MINISTRO JOAQUIM BARBOSA (RELATOR): Sem razão a parte ora agravante. O órgão fracionário do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul limitou-se a aplicar o entendimento firmado pelo Órgão Especial nos julgamentos do Incidente de Inconstitucionalidade 70005713862 e da Ação Direta de Inconstitucionalidade estadual 70007457880, quanto à inconstitucionalidade do § 3º do art. 12 da Lei estadual 8.821/1989. É nesses acórdãos que estão os fundamentos pelos quais a referida norma foi declarada inconstitucional. Contudo, faltam ao instrumento cópias dos referidos acórdãos, peças essenciais à compreensão da controvérsia, o que acarreta o não-conhecimento do agravo (Súmula 288/STF e art. 544, § 1º, do Código de Processo Civil). Ademais, saliento que esta Corte já firmou o entendimento de que, tendo sido declarada a inconstitucionalidade de ato normativo pelo plenário ou pelo órgão especial do tribunal de origem, é contra esse acórdão que se dirige o ataque por parte do recurso extraordinário, razão por que, se ele não tiver sido juntado ao aresto da turma julgadora, o recorrente deverá fazê-lo no momento da interposição do recurso extraordinário. Nesse sentido: “RECURSO EXTRAORDINÁRIO - ACÓRDÃO RECORRIDO QUE FAZ MERA REMISSÃO A DECISÃO PLENÁRIA PROFERIDA EM ARGÜIÇÃO INCIDENTAL DE INCONSTITUCIONALIDADE - FALTA DO INTEIRO TEOR DO ACÓRDÃO EMANADO DO PLENO DO TRIBUNAL RECORRIDO - PEÇA DOCUMENTAL IMPRESCINDÍVEL - RECURSO IMPROVIDO.” (AI 305.908-AgR, rel. min. Celso de Mello, Segunda Turma, DJ de 26.05.2006 - grifos originais) Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2969871. Supremo Tribunal Federal 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 821.134 RIO GRANDE DO SUL V O T O O SENHOR MINISTRO JOAQUIM BARBOSA (RELATOR): Sem razão a parte ora agravante. O órgão fracionário do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul limitou-se a aplicar o entendimento firmado pelo Órgão Especial nos julgamentos do Incidente de Inconstitucionalidade 70005713862 e da Ação Direta de Inconstitucionalidade estadual 70007457880, quanto à inconstitucionalidade do § 3º do art. 12 da Lei estadual 8.821/1989. É nesses acórdãos que estão os fundamentos pelos quais a referida norma foi declarada inconstitucional. Contudo, faltam ao instrumento cópias dos referidos acórdãos, peças essenciais à compreensão da controvérsia, o que acarreta o não-conhecimento do agravo (Súmula 288/STF e art. 544, § 1º, do Código de Processo Civil). Ademais, saliento que esta Corte já firmou o entendimento de que, tendo sido declarada a inconstitucionalidade de ato normativo pelo plenário ou pelo órgão especial do tribunal de origem, é contra esse acórdão que se dirige o ataque por parte do recurso extraordinário, razão por que, se ele não tiver sido juntado ao aresto da turma julgadora, o recorrente deverá fazê-lo no momento da interposição do recurso extraordinário. Nesse sentido: “RECURSO EXTRAORDINÁRIO - ACÓRDÃO RECORRIDO QUE FAZ MERA REMISSÃO A DECISÃO PLENÁRIA PROFERIDA EM ARGÜIÇÃO INCIDENTAL DE INCONSTITUCIONALIDADE - FALTA DO INTEIRO TEOR DO ACÓRDÃO EMANADO DO PLENO DO TRIBUNAL RECORRIDO - PEÇA DOCUMENTAL IMPRESCINDÍVEL - RECURSO IMPROVIDO.” (AI 305.908-AgR, rel. min. Celso de Mello, Segunda Turma, DJ de 26.05.2006 - grifos originais) Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2969871. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 6 Voto - MIN. JOAQUIM BARBOSA AI 821.134 AGR / RS “RE: incidência das Súmulas 282 e 356: acórdão recorrido que, sem motivação própria, aplicou à espécie decisão do Órgão Especial do Tribunal a quo proferida no julgamento de ação direta de inconstitucionalidade: necessidade de juntada aos autos do inteiro teor desta, para documentar os fundamentos da decisão recorrida e o prequestionamento dos temas ventilados no apelo constitucional. O assentamento na jurisprudência do STF da questão de fundo não dispensa os recursos extraordinários subseqüentes dos pressupostos constitucionais específicos do seu cabimento, entre os quais o do prequestionamento.” (AI 365.938-AgR, rel. min. Sepúlveda Pertence, Primeira Turma, DJ de 20.09.2002) Do exposto, nego provimento ao agravo regimental. É como voto. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2969871. Supremo Tribunal Federal AI 821.134 AGR / RS “RE: incidência das Súmulas 282 e 356: acórdão recorrido que, sem motivação própria, aplicou à espécie decisão do Órgão Especial do Tribunal a quo proferida no julgamento de ação direta de inconstitucionalidade: necessidade de juntada aos autos do inteiro teor desta, para documentar os fundamentos da decisão recorrida e o prequestionamento dos temas ventilados no apelo constitucional. O assentamento na jurisprudência do STF da questão de fundo não dispensa os recursos extraordinários subseqüentes dos pressupostos constitucionais específicos do seu cabimento, entre os quais o do prequestionamento.” (AI 365.938-AgR, rel. min. Sepúlveda Pertence, Primeira Turma, DJ de 20.09.2002) Do exposto, nego provimento ao agravo regimental. É como voto. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2969871. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 6 Decisão de Julgamento SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 821.134 PROCED. : RIO GRANDE DO SUL RELATOR : MIN. JOAQUIM BARBOSA AGTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL AGDO.(A/S) : ANA DE FÁTIMA RUBIN MARCHIONATTI E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) : ELSO PEGORARO RUBIN E OUTRO(A/S) INTDO.(A/S) : ADINOR DIONISIO MARCHIONATTI Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 25.09.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Subprocurador-Geral da República, Dr. Francisco de Assis Vieira Sanseverino. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2885672 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 821.134 PROCED. : RIO GRANDE DO SUL RELATOR : MIN. JOAQUIM BARBOSA AGTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL AGDO.(A/S) : ANA DE FÁTIMA RUBIN MARCHIONATTI E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) : ELSO PEGORARO RUBIN E OUTRO(A/S) INTDO.(A/S) : ADINOR DIONISIO MARCHIONATTI Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 25.09.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Subprocurador-Geral da República, Dr. Francisco de Assis Vieira Sanseverino. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2885672 Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 6
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3014105
2012-09-25T00:00:00
2012-10-25T00:00:00
A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 25.09.2012.
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO
Ementa: AGRAVO REGIMENTAL. PROCESSUAL. ÓRGÃO FRACIONÁRIO DE TRIBUNAL QUE SE LIMITA A APLICAR ENTENDIMENTO FIRMADO PELO ÓRGÃO ESPECIAL EM JULGAMENTOS DE INCIDENTE DE INCONSTITUCIONALIDADE E DE AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE ESTADUAL. NECESSIDADE DE JUNTADA DO INTEIRO TEOR DOS RESPECTIVOS ACÓRDÃOS PARA POSSIBILITAR O CONHECIMENTO DOS FUNDAMENTOS ADOTADOS. PRECEDENTES. Agravo regimental a que se nega provimento.
sjur217362
- Acórdãos citados: AI 305908 AgR, AI 365938 AgR. Número de páginas: 6. Análise: 29/10/2012, MJC.
JOAQUIM BARBOSA
Segunda Turma
821134
[ "LEG-FED LEI-005869 ANO-1973\r\n ART-00544 PAR-00001 \r\n CPC-1973 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL\r\n\r\n", "LEG-FED SUMSTF-000288 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\r\n\r\n", "LEG-EST LEI-008821 ANO-1989\r\n ART-00012 PAR-00003 \r\n LEI ORDINÁRIA, RS" ]
AI-AgR
acordaos
AI 821134 AgR
[ "" ]
AGTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL ADV.(A/S) : ELSO PEGORARO RUBIN E OUTRO(A/S) PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL AGDO.(A/S) : ANA DE FÁTIMA RUBIN MARCHIONATTI E OUTRO(A/S) INTDO.(A/S) : ADINOR DIONISIO MARCHIONATTI
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "AGRAVO DE INSTRUMENTO 821 . 134", "AGRAVO DE INSTRUMENTO 821 . 134", "Incidente de Inconstitucionalidade 70005713862", "Ação Direta de Inconstitucionalidade estadual 70007457880", "Súmula 288 / STF", "AGRAVO DE INSTRUMENTO 821 . 134", "Incidente de Inconstitucionalidade 70005713862", "Ação Direta de Inconstitucionalidade estadual 70007457880", "Súmula 288 / STF", "AI 821 . 134 AGR / RS", "AI 821 . 134 AGR / RS", "Incidente de Inconstitucionalidade 70005713862", "Ação Direta de Inconstitucionalidade estadual 70007457880", "Súmula 288 / STF", "AI 305 . 908 - AgR", "AGRAVO DE INSTRUMENTO 821 . 134", "Incidente de Inconstitucionalidade 70005713862", "Ação Direta de Inconstitucionalidade estadual 70007457880", "Súmula 288 / STF", "AI 305 . 908 - AgR", "AI 821 . 134 AGR / RS", "AI 365 . 938 - AgR", "AI 821 . 134 AGR / RS", "AI 365 . 938 - AgR", "AGRAVO DE INSTRUMENTO 821 . 134" ], "LEGISLACAO": [ "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 102 , III , a , da Constituição federal", "arts . 145 , § [UNK] ; 150 , IV , e 155 , I , da Constituição federal", "§ [UNK] do art . 12 da Lei estadual 8 . 821 / 1989", "art . 544 , § [UNK] , do Código de Processo Civil", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 102 , III , a , da Constituição federal", "arts . 145 , § [UNK] ; 150 , IV , e 155 , I , da Constituição federal", "§ [UNK] do art . 12 da Lei estadual 8 . 821 / 1989", "art . 544 , § [UNK] , do Código de Processo Civil", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "§ [UNK] do art . 12 da Lei estadual 8 . 821 / 1989", "art . 544 , § [UNK] , do Código de Processo Civil", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "§ [UNK] do art . 12 da Lei estadual 8 . 821 / 1989", "art . 544 , § [UNK] , do Código de Processo Civil", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001" ], "LOCAL": [ "RIO GRANDE DO SUL", "ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL", "ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL", "Brasília", "RIO GRANDE DO SUL", "ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL", "ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL", "RIO GRANDE DO SUL", "ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL", "ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL", "RIO GRANDE DO SUL", "RIO GRANDE DO SUL", "RIO GRANDE DO SUL", "ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL", "ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL", "RIO GRANDE DO SUL", "ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL", "ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL" ], "ORGANIZACAO": [ "SEGUNDA TURMA", "Supremo Tribunal Federal", "Segunda Turma", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "Tribunal de Justiça do Estado do Rio", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "SEGUNDA TURMA", "Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul", "Segunda Turma", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul", "Órgão Especial", "Segunda Turma", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Órgão Especial do Tribunal", "STF", "Primeira Turma", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Órgão Especial", "STF", "Primeira Turma", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "SEGUNDA TURMA", "[UNK] Turma", "Infra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "[UNK] Turma", "Infra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil" ], "PESSOA": [ "JOAQUIM BARBOSA", "ANA DE FÁTIMA RUBIN MARCHIONATTI", "ELSO PEGORARO RUBIN", "ADINOR DIONISIO MARCHIONATTI", "Ricardo Lewandowski", "JOAQUIM BARBOSA", "JOAQUIM BARBOSA", "ANA DE FÁTIMA RUBIN MARCHIONATTI", "ELSO PEGORARO RUBIN", "DIONISIO MARCHIONATTI", "JOAQUIM BARBOSA", "JOAQUIM BARBOSA", "ANA DE FÁTIMA RUBIN MARCHIONATTI", "ELSO PEGORARO RUBIN", "ADINOR DIONISIO MARCHIONATTI", "JOAQUIM BARBOSA", "JOAQUIM BARBOSA", "JOAQUIM BARBOSA", "Celso de Mello", "JOAQUIM BARBOSA", "Celso de Mello", "JOAQUIM BARBOSA", "Sepúlveda Pertence", "Sepúlveda Pertence", "JOAQUIM BARBOSA", "ANA DE FÁTIMA RUBIN MARCHIONATTI", "ELSO PEGORARO RUBIN", "Ricardo Lewandowski", "Celso de Mello", "Gilmar Mendes", "Joaquim Barbosa", "Cármen Lúcia", "Francisco de Assis Vieira Sanseverino", "Fabiane Duarte", "JOAQUIM BARBOSA", "ANA DE FÁTIMA RUBIN MARCHIONATTI", "ELSO PEGORARO RUBIN", "DIONISIO MARCHIONATTI", "Ricardo Lewandowski", "Celso de Mello", "Gilmar Mendes", "Joaquim Barbosa", "Cármen Lúcia", "Francisco de Assis Vieira Sanseverino", "Fabiane Duarte" ], "TEMPO": [ "25", "/", "09", "/", "2012", "25 de setembro de 2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", "/", "10", "/", "2012", "25", "/", "09", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", "/", "09", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", "/", "09", "/", "2012", "26", ".", "05", ".", "2006", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", "/", "09", "/", "2012", "26", ".", "05", ".", "2006", "24", "/", "08", "/", "2001", "20", ".", "09", ".", "2002", "24", "/", "08", "/", "2001", "20", ".", "09", ".", "2002", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", ".", "09", ".", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", ".", "09", ".", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001" ] }
Ementa e Acórdão 18/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 701.078 RIO DE JANEIRO RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) :ESTADO DO RIO DE JANEIRO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO AGDO.(A/S) :NELSON HERMOGENEO DE FARIAS ADV.(A/S) :MANOEL BARCELOS DE AGUIAR E OUTRO(A/S) EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO. FÉRIAS NÃO GOZADAS POR NECESSIDADE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA: INDENIZAÇÃO PECUNIÁRIA. ACÓRDÃO RECORRIDO CONSOANTE À JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a Presidência do Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, à unanimidade, em negar provimento ao agravo regimental no recurso extraordinário com agravo, nos termos do voto da Relatora. Ausentes, justificadamente, os Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. Brasília, 18 de setembro de 2012. Ministra CÁRMEN LÚCIA - Relatora Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863589. Supremo Tribunal Federal DJe 04/10/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 7 Relatório 18/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 701.078 RIO DE JANEIRO RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) :ESTADO DO RIO DE JANEIRO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO AGDO.(A/S) :NELSON HERMOGENEO DE FARIAS ADV.(A/S) :MANOEL BARCELOS DE AGUIAR E OUTRO(A/S) R E L A T Ó R I O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA – (Relatora): 1. Em 1º de agosto de 2012, neguei seguimento ao agravo nos autos do recurso extraordinário interposto pelo Estado do Rio de Janeiro contra julgado do Tribunal de Justiça daquele Estado, que reconheceu o direito de servidor público estadual à indenização por férias não gozadas adquiridas no exercício do cargo. A decisão agravada foi assim fundamentada: “Examinados os elementos havidos no processo, DECIDO. 4. O art. 544 do Código de Processo Civil, com as alterações da Lei n. 12.322/2010, estabeleceu que o agravo contra decisão que inadmite recurso extraordinário processa-se nos autos do processo, ou seja, sem a necessidade de formação de instrumento, sendo este o caso. Analisam-se, portanto, os argumentos postos no agravo, de cuja decisão se terá, na sequência, se for o caso, exame do recurso extraordinário. 5. Razão jurídica não assiste ao Agravante. 6. Este Supremo Tribunal Federal assentou ser possível a conversão de férias não gozadas por servidor público em indenização pecuniária, pois, do contrário, haveria enriquecimento da Administração Pública sem justa causa. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863590. Supremo Tribunal Federal 18/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 701.078 RIO DE JANEIRO RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) :ESTADO DO RIO DE JANEIRO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO AGDO.(A/S) :NELSON HERMOGENEO DE FARIAS ADV.(A/S) :MANOEL BARCELOS DE AGUIAR E OUTRO(A/S) R E L A T Ó R I O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA – (Relatora): 1. Em 1º de agosto de 2012, neguei seguimento ao agravo nos autos do recurso extraordinário interposto pelo Estado do Rio de Janeiro contra julgado do Tribunal de Justiça daquele Estado, que reconheceu o direito de servidor público estadual à indenização por férias não gozadas adquiridas no exercício do cargo. A decisão agravada foi assim fundamentada: “Examinados os elementos havidos no processo, DECIDO. 4. O art. 544 do Código de Processo Civil, com as alterações da Lei n. 12.322/2010, estabeleceu que o agravo contra decisão que inadmite recurso extraordinário processa-se nos autos do processo, ou seja, sem a necessidade de formação de instrumento, sendo este o caso. Analisam-se, portanto, os argumentos postos no agravo, de cuja decisão se terá, na sequência, se for o caso, exame do recurso extraordinário. 5. Razão jurídica não assiste ao Agravante. 6. Este Supremo Tribunal Federal assentou ser possível a conversão de férias não gozadas por servidor público em indenização pecuniária, pois, do contrário, haveria enriquecimento da Administração Pública sem justa causa. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863590. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 7 Relatório ARE 701.078 AGR / RJ (...) O acórdão recorrido não divergiu da jurisprudência deste Supremo Tribunal, razão pela qual nada há a prover quanto às alegações do Agravante. 7. Pelo exposto, nego seguimento ao agravo (art. 544, § 4º, inc. II, alínea ‘a’, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal)” (fls. 197-199). 2. Publicada essa decisão no DJe de 8.8.2012 (fl. 200), interpõe o Estado do Rio de Janeiro, em 9.8.2012, tempestivamente, agravo regimental (fls. 201-203). 3. O Agravante argumenta que: “A r. decisão de V. Exa. negou seguimento ao agravo do Estado sob o fundamento de que o aresto recorrido não teria divergido da jurisprudência do STF, que reconhece o direito do servidor aposentado ser indenizado de férias não gozadas. Ocorre que o caso não se ajusta à jurisprudência do STF citada na decisão, eis que dela diverge em um aspecto fundamental para a solução da questão, qual seja, o servidor, ora recorrido está em atividade” (fl. 202). Requer o provimento deste agravo regimental. É o relatório. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863590. Supremo Tribunal Federal ARE 701.078 AGR / RJ (...) O acórdão recorrido não divergiu da jurisprudência deste Supremo Tribunal, razão pela qual nada há a prover quanto às alegações do Agravante. 7. Pelo exposto, nego seguimento ao agravo (art. 544, § 4º, inc. II, alínea ‘a’, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal)” (fls. 197-199). 2. Publicada essa decisão no DJe de 8.8.2012 (fl. 200), interpõe o Estado do Rio de Janeiro, em 9.8.2012, tempestivamente, agravo regimental (fls. 201-203). 3. O Agravante argumenta que: “A r. decisão de V. Exa. negou seguimento ao agravo do Estado sob o fundamento de que o aresto recorrido não teria divergido da jurisprudência do STF, que reconhece o direito do servidor aposentado ser indenizado de férias não gozadas. Ocorre que o caso não se ajusta à jurisprudência do STF citada na decisão, eis que dela diverge em um aspecto fundamental para a solução da questão, qual seja, o servidor, ora recorrido está em atividade” (fl. 202). Requer o provimento deste agravo regimental. É o relatório. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863590. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 7 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA 18/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 701.078 RIO DE JANEIRO V O T O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA – (Relatora): 1. Razão jurídica não assiste ao Agravante. 2. O Desembargador Relator do caso no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro afirmou: “a Administração não cumpriu com o dever de propiciar o efetivo gozo das férias adquiridas. Pondere-se, ademais, que o pedido foi acolhido não com base no artigo 77, inciso XVI, da Constituição Estadual, mas no princípio que veda o enriquecimento sem causa, pois que em sendo o Apelado titular do direito ao gozo de férias, não pôde usufruí-las, por necessidade do serviço – presunção que milita em seu favor –, não se admitindo que, a toda evidência, a Administração possa locupletar-se em detrimento de seus servidores” (fl. 91). Como afirmado na decisão agravada, o acórdão recorrido harmoniza-se com a jurisprudência deste Supremo Tribunal, que assentou a possibilidade de o servidor público, ativo ou inativo, requerer a conversão de férias não gozadas por necessidade da Administração Pública em indenização pecuniária. Nesse sentido: “AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. DIREITO ADMINISTRATIVO. RECEBIMENTO DE INDENIZAÇÃO POR FÉRIAS VENCIDAS E NÃO GOZADAS POR NECESSIDADE DO SERVIÇO PÚBLICO. ALEGADA OFENSA AO PRINCÍPIO DA LEGALIDADE. TRANSGRESSÃO AOS VERBETES N. 269 E Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863591. Supremo Tribunal Federal 18/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 701.078 RIO DE JANEIRO V O T O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA – (Relatora): 1. Razão jurídica não assiste ao Agravante. 2. O Desembargador Relator do caso no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro afirmou: “a Administração não cumpriu com o dever de propiciar o efetivo gozo das férias adquiridas. Pondere-se, ademais, que o pedido foi acolhido não com base no artigo 77, inciso XVI, da Constituição Estadual, mas no princípio que veda o enriquecimento sem causa, pois que em sendo o Apelado titular do direito ao gozo de férias, não pôde usufruí-las, por necessidade do serviço – presunção que milita em seu favor –, não se admitindo que, a toda evidência, a Administração possa locupletar-se em detrimento de seus servidores” (fl. 91). Como afirmado na decisão agravada, o acórdão recorrido harmoniza-se com a jurisprudência deste Supremo Tribunal, que assentou a possibilidade de o servidor público, ativo ou inativo, requerer a conversão de férias não gozadas por necessidade da Administração Pública em indenização pecuniária. Nesse sentido: “AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. DIREITO ADMINISTRATIVO. RECEBIMENTO DE INDENIZAÇÃO POR FÉRIAS VENCIDAS E NÃO GOZADAS POR NECESSIDADE DO SERVIÇO PÚBLICO. ALEGADA OFENSA AO PRINCÍPIO DA LEGALIDADE. TRANSGRESSÃO AOS VERBETES N. 269 E Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863591. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 7 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA ARE 701.078 AGR / RJ 271/STF. INOCORRÊNCIA. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO. 1. As razões deduzidas no agravo não são capazes de desconstituir os fundamentos da decisão ora impugnada. Consoante apontado na decisão monocrática, o Supremo possui jurisprudência consolidada no sentido do reconhecimento do direito à indenização pelas férias não gozadas de servidor, por motivo de interesse público. (...) 2. O fundamento de ofensa ao princípio da legalidade não encontra guarida, pois o estado recorrido não pode se valer do argumento de ausência de lei prevendo a conversão de férias não gozadas em pecúnia para eximir-se do pagamento do direito laboral constitucionalmente assegurado, sobretudo quando a fruição deste restou inviabilizada por estar o servidor em exercício de função pública indeclinável, a de juiz corregedor do Tribunal da respectiva unidade da federação. Essa proibição está encerrada no princípio geral de direito da vedação ao enriquecimento sem causa, aplicável inclusive à Administração Pública, conforme bem acentuado nos precedentes supracitados. 3. Não incidem, na espécie, as vedações presentes nas Súmulas n. 269 e 271/STF, pois o mandado de segurança foi interposto em razão do indeferimento do pedido na via administrativa. Vê-se, dessa forma, que o presente ‘writ’ tem como objetivo o reconhecimento do direito do impetrante, eis porque não se pode considerar que esta ação tem como eficácia preponderante a cobrança da dívida. 4. Consigne-se que eventuais efeitos patrimoniais decorrentes da concessão da segurança serão procedidos na via administrativa. Caso insatisfeito, o agravado poderá recorrer à via judicial para efetuar a cobrança dos valores que considerar devidos. 5. ‘In casu’, o acórdão impugnado mediante o extraordinário assentou: ‘CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. MANDADO DE SEGURANÇA. MAGISTRADO. FÉRIAS NÃO GOZADAS. MOTIVAÇÃO ALHEIA À VONTADE DO SERVIDOR. CONVERSÃO EM PECÚNIA IMPOSTO DE RENDA. NÃO INCIDÊNCIA. NATUREZA INDENIZATÓRIA. PAGAMENTO EM DOBRO. INDEVIDO. SEGURANÇA CONDECIDA EM PARTE. I. Férias vencidas e não devidamente gozadas por motivação alheia à vontade do servidor gera direito á sua conversão em pecúnia. II. Não incide 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863591. Supremo Tribunal Federal ARE 701.078 AGR / RJ 271/STF. INOCORRÊNCIA. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO. 1. As razões deduzidas no agravo não são capazes de desconstituir os fundamentos da decisão ora impugnada. Consoante apontado na decisão monocrática, o Supremo possui jurisprudência consolidada no sentido do reconhecimento do direito à indenização pelas férias não gozadas de servidor, por motivo de interesse público. (...) 2. O fundamento de ofensa ao princípio da legalidade não encontra guarida, pois o estado recorrido não pode se valer do argumento de ausência de lei prevendo a conversão de férias não gozadas em pecúnia para eximir-se do pagamento do direito laboral constitucionalmente assegurado, sobretudo quando a fruição deste restou inviabilizada por estar o servidor em exercício de função pública indeclinável, a de juiz corregedor do Tribunal da respectiva unidade da federação. Essa proibição está encerrada no princípio geral de direito da vedação ao enriquecimento sem causa, aplicável inclusive à Administração Pública, conforme bem acentuado nos precedentes supracitados. 3. Não incidem, na espécie, as vedações presentes nas Súmulas n. 269 e 271/STF, pois o mandado de segurança foi interposto em razão do indeferimento do pedido na via administrativa. Vê-se, dessa forma, que o presente ‘writ’ tem como objetivo o reconhecimento do direito do impetrante, eis porque não se pode considerar que esta ação tem como eficácia preponderante a cobrança da dívida. 4. Consigne-se que eventuais efeitos patrimoniais decorrentes da concessão da segurança serão procedidos na via administrativa. Caso insatisfeito, o agravado poderá recorrer à via judicial para efetuar a cobrança dos valores que considerar devidos. 5. ‘In casu’, o acórdão impugnado mediante o extraordinário assentou: ‘CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. MANDADO DE SEGURANÇA. MAGISTRADO. FÉRIAS NÃO GOZADAS. MOTIVAÇÃO ALHEIA À VONTADE DO SERVIDOR. CONVERSÃO EM PECÚNIA IMPOSTO DE RENDA. NÃO INCIDÊNCIA. NATUREZA INDENIZATÓRIA. PAGAMENTO EM DOBRO. INDEVIDO. SEGURANÇA CONDECIDA EM PARTE. I. Férias vencidas e não devidamente gozadas por motivação alheia à vontade do servidor gera direito á sua conversão em pecúnia. II. Não incide 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863591. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 7 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA ARE 701.078 AGR / RJ imposto de renda sobre as verbas de natureza indenizatória. III. Pagamento em dobro das férias não usufruídas é vantagem assegurada somente aos celetistas. IV. Segurança parcialmente concedida’. 6. Agravo Regimental a que se nega provimento”(RE 636.661-AgR, Rel. Min. Luiz Fux, Primeira Turma, DJe 17.8.2012). 3. Os argumentos do Agravante, insuficientes para modificar a decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente prestação jurisdicional. 4. Pelo exposto, nego provimento a este agravo regimental. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863591. Supremo Tribunal Federal ARE 701.078 AGR / RJ imposto de renda sobre as verbas de natureza indenizatória. III. Pagamento em dobro das férias não usufruídas é vantagem assegurada somente aos celetistas. IV. Segurança parcialmente concedida’. 6. Agravo Regimental a que se nega provimento”(RE 636.661-AgR, Rel. Min. Luiz Fux, Primeira Turma, DJe 17.8.2012). 3. Os argumentos do Agravante, insuficientes para modificar a decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente prestação jurisdicional. 4. Pelo exposto, nego provimento a este agravo regimental. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863591. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 7 Decisão de Julgamento SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 701.078 PROCED. : RIO DE JANEIRO RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) : ESTADO DO RIO DE JANEIRO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO AGDO.(A/S) : NELSON HERMOGENEO DE FARIAS ADV.(A/S) : MANOEL BARCELOS DE AGUIAR E OUTRO(A/S) Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 18.09.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2849285 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 701.078 PROCED. : RIO DE JANEIRO RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) : ESTADO DO RIO DE JANEIRO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO AGDO.(A/S) : NELSON HERMOGENEO DE FARIAS ADV.(A/S) : MANOEL BARCELOS DE AGUIAR E OUTRO(A/S) Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 18.09.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2849285 Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 7
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=2875120
2012-09-18T00:00:00
2012-10-04T00:00:00
A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 18.09.2012.
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO
EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO. FÉRIAS NÃO GOZADAS POR NECESSIDADE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA: INDENIZAÇÃO PECUNIÁRIA. ACÓRDÃO RECORRIDO CONSOANTE À JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.
sjur215950
- Acórdão citado: RE 636661 AgR. Número de páginas: 7. Análise: 11/10/2012, MJC.
CÁRMEN LÚCIA
Segunda Turma
701078
null
ARE-AgR
acordaos
ARE 701078 AgR
[ "" ]
AGTE.(S) : ESTADO DO RIO DE JANEIRO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO AGDO.(A/S) : NELSON HERMOGENEO DE FARIAS ADV.(A/S) : MANOEL BARCELOS DE AGUIAR E OUTRO(A/S)
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 701 . 078", "ARE 701 . 078 AGR / RJ", "ARE 701 . 078 AGR / RJ", "AGRAVO 701 . 078", "RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 701 . 078", "ARE 701 . 078 AGR / RJ", "271", "STF", "Súmulas n . 269 e 271 / STF", "ARE 701 . 078 AGR / RJ 271 / STF", "Súmulas n . 269 e 271 / STF", "ARE 701 . 078 AGR / RJ", "RE 636 . 661 - AgR", "ARE 701 . 078 AGR / RJ", "RE 636 . 661 - AgR" ], "LEGISLACAO": [ "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 544 do Código de Processo Civil", "Lei n . 12 . 322 / 2010", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 544 do Código de Processo Civil", "Lei n . 12 . 322 / 2010", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 544 , § [UNK] , inc . II , alínea ‘ a ’ , do Código de Processo Civil", "art . 21 , § [UNK] , do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 544 , § [UNK] , inc . 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Ementa e Acórdão 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 106.360 DISTRITO FEDERAL RELATORA : MIN. ROSA WEBER RECTE.(S) :DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL RECTE.(S) :JEAN ROBERTO RITTER RECTE.(S) :MARCOS BENEVIDES JUNIOR RECDO.(A/S) :MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA EMENTA RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS. PENAL. ROUBO QUALIFICADO. PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA. INCOMPATIBILIDADE. É inviável reconhecer a aplicação do princípio da insignificância para crimes praticados com violência ou grave ameaça, incluindo o roubo. Jurisprudência consolidada do Supremo Tribunal Federal. Recurso ordinário em habeas corpus não provido. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Primeira Turma, sob a Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso ordinário em habeas corpus, nos termos do voto da relatora. Brasília, 18 de setembro de 2012. Ministra Rosa Weber Relatora Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800562. Supremo Tribunal Federal DJe 04/10/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 8 Relatório 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 106.360 DISTRITO FEDERAL RELATORA : MIN. ROSA WEBER RECTE.(S) :DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL RECTE.(S) :JEAN ROBERTO RITTER RECTE.(S) :MARCOS BENEVIDES JUNIOR RECDO.(A/S) :MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA R E L A T Ó R I O A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Trata-se de recurso ordinário em habeas corpus interposto por Jean Roberto Ritter e Marcos Benevides Junior, representados pela Defensoria Pública da União, contra julgamento colegiado do Superior Tribunal de Justiça que, nos autos do HC 149.877/MG, manteve o decreto condenatório. Jean Roberto Ritter e Marcos Benevides Junior foram condenados às penas de 5 (cinco) anos e 4 (quatro) meses de reclusão, em regime inicialmente semiaberto, e 13 (treze) dias-multa, pela prática do delito tipificado no art. 157, § 2º, II, do Código Penal, por terem, em 19.12.2008, mediante ameaça e violência física, subtraído um aparelho celular da vítima Cleuza Márcia Borges, avaliado em R$ 65,00 (sessenta e cinco reais). Em sede de apelação criminal, o Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais deu parcial provimento ao recurso, para apenas isentar os recorrentes do pagamento de custas processuais, mantida a sentença no restante. Inconformada, a Defensoria Pública da União impetrou o HC 149.877/MG ao Superior Tribunal de Justiça, que assim denegou a ordem: “HABEAS CORPUS. ROUBO CIRCUNSTANCIADO. PENA APLICADA: 5 ANOS E 4 MESES DE RECLUSÃO, EM REGIME INICIAL SEMIBAERTO. IMPOSSIBILIDADE DE Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800563. Supremo Tribunal Federal 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 106.360 DISTRITO FEDERAL RELATORA : MIN. ROSA WEBER RECTE.(S) :DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL RECTE.(S) :JEAN ROBERTO RITTER RECTE.(S) :MARCOS BENEVIDES JUNIOR RECDO.(A/S) :MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA R E L A T Ó R I O A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Trata-se de recurso ordinário em habeas corpus interposto por Jean Roberto Ritter e Marcos Benevides Junior, representados pela Defensoria Pública da União, contra julgamento colegiado do Superior Tribunal de Justiça que, nos autos do HC 149.877/MG, manteve o decreto condenatório. Jean Roberto Ritter e Marcos Benevides Junior foram condenados às penas de 5 (cinco) anos e 4 (quatro) meses de reclusão, em regime inicialmente semiaberto, e 13 (treze) dias-multa, pela prática do delito tipificado no art. 157, § 2º, II, do Código Penal, por terem, em 19.12.2008, mediante ameaça e violência física, subtraído um aparelho celular da vítima Cleuza Márcia Borges, avaliado em R$ 65,00 (sessenta e cinco reais). Em sede de apelação criminal, o Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais deu parcial provimento ao recurso, para apenas isentar os recorrentes do pagamento de custas processuais, mantida a sentença no restante. Inconformada, a Defensoria Pública da União impetrou o HC 149.877/MG ao Superior Tribunal de Justiça, que assim denegou a ordem: “HABEAS CORPUS. ROUBO CIRCUNSTANCIADO. PENA APLICADA: 5 ANOS E 4 MESES DE RECLUSÃO, EM REGIME INICIAL SEMIBAERTO. IMPOSSIBILIDADE DE Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800563. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 8 Relatório RHC 106.360 / DF APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA. DELITO COMPLEXO. PLURALIDADE DE BENS JURÍDICOS OFENDIDOS. INTEGRIDADE FÍSICA DA VÍTIMA QUE JAMAIS PODE SER CONSIDERADA COMO UM IRRELEVANTE PENAL. PRECEDENTES DO STJ. CRIME CONSUMADO. DISPENSABILIDADE DA POSSE TRANQUILA DA RES FURTIVA. PARECER DO MPF PELO CONHECIMENTO EM PARTE DO WRIT E, NESSA PARTE, PELA DENEGAÇÃO DA ORDEM. ORDEM DENEGADA. 1. Apesar do ínfimo valor do bem subtraído, o caso sub judice não merece a aplicação do postulado permissivo (princípio da insignificância), eis que o delito de roubo não ofende apenas o patrimônio furtado, mas também a integridade física da vítima que jamais pode ser considerada como um irrelevante penal. Precedentes do STJ. 2. Conforme orientação já sedimentada nesta Corte, a posse tranquila sobre a res furtiva não é imprescindível para a consumação do crime de roubo. 3. Parecer do MPF pelo conhecimento em parte do writ e, nessa parte, pela denegação da ordem. 4. Ordem denegada.” Neste recurso, insistem os Recorrentes na aplicação do princípio da insignificância, para que as condutas dos pacientes sejam desclassificadas para o crime de constrangimento ilegal (art. 146 do CP). Para tanto, invocam o ínfimo valor do bem subtraído e a não utilização de arma para o cometimento do delito, bem como o fato de não haverem lesionado a vítima. Requerem a concessão de medida liminar, para suspender a execução da pena de reclusão. No mérito, pugnam pelo provimento do recurso ordinário, para aplicar o princípio da insignificância e, por conseguinte, desclassificar o roubo para o crime de constrangimento ilegal. A Defensoria Pública da União solicita a intimação para a sessão de julgamento com o objetivo de realizar sustentação oral. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800563. Supremo Tribunal Federal RHC 106.360 / DF APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA. DELITO COMPLEXO. PLURALIDADE DE BENS JURÍDICOS OFENDIDOS. INTEGRIDADE FÍSICA DA VÍTIMA QUE JAMAIS PODE SER CONSIDERADA COMO UM IRRELEVANTE PENAL. PRECEDENTES DO STJ. CRIME CONSUMADO. DISPENSABILIDADE DA POSSE TRANQUILA DA RES FURTIVA. PARECER DO MPF PELO CONHECIMENTO EM PARTE DO WRIT E, NESSA PARTE, PELA DENEGAÇÃO DA ORDEM. ORDEM DENEGADA. 1. Apesar do ínfimo valor do bem subtraído, o caso sub judice não merece a aplicação do postulado permissivo (princípio da insignificância), eis que o delito de roubo não ofende apenas o patrimônio furtado, mas também a integridade física da vítima que jamais pode ser considerada como um irrelevante penal. Precedentes do STJ. 2. Conforme orientação já sedimentada nesta Corte, a posse tranquila sobre a res furtiva não é imprescindível para a consumação do crime de roubo. 3. Parecer do MPF pelo conhecimento em parte do writ e, nessa parte, pela denegação da ordem. 4. Ordem denegada.” Neste recurso, insistem os Recorrentes na aplicação do princípio da insignificância, para que as condutas dos pacientes sejam desclassificadas para o crime de constrangimento ilegal (art. 146 do CP). Para tanto, invocam o ínfimo valor do bem subtraído e a não utilização de arma para o cometimento do delito, bem como o fato de não haverem lesionado a vítima. Requerem a concessão de medida liminar, para suspender a execução da pena de reclusão. No mérito, pugnam pelo provimento do recurso ordinário, para aplicar o princípio da insignificância e, por conseguinte, desclassificar o roubo para o crime de constrangimento ilegal. A Defensoria Pública da União solicita a intimação para a sessão de julgamento com o objetivo de realizar sustentação oral. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800563. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 8 Relatório RHC 106.360 / DF O pedido de liminar foi indeferido. O Ministério Público Federal, em parecer da lavra da Subprocuradora-Geral da República Cláudia Sampaio Marques, manifestou-se pelo desprovimento do recurso. É o relatório. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800563. Supremo Tribunal Federal RHC 106.360 / DF O pedido de liminar foi indeferido. O Ministério Público Federal, em parecer da lavra da Subprocuradora-Geral da República Cláudia Sampaio Marques, manifestou-se pelo desprovimento do recurso. É o relatório. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800563. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 8 Voto - MIN. ROSA WEBER 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 106.360 DISTRITO FEDERAL V O T O A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Os Recorrentes foram condenados a 5 (cinco) anos e 4 (quatro) meses de reclusão, no regime semiaberto, pelo crime de roubo qualificado previsto no artigo 157, § 2º, II, do Código Penal. Conforme peça acusatória, em 19.12.2008, Jean Roberto Ritter e Marcos Benevides Junior, mediante violência física e ameaça, subtraíram um aparelho celular, avaliado em R$ 65,00 (sessenta e cinco reais), da vítima Cleuza Márcia Borges. Revelam os autos que a vítima desembarcou de um ônibus e, ao manusear, enquanto aguardava sua filha na rua Caetés, no Centro da cidade de Belo Horizonte-MG, um aparelho celular, foi abordada pelos recorrentes, “sendo que Marcos arrebatou-lhe o celular e desferiu-lhe um tapa no rosto, ao passo que Jean a ameaçou, dizendo ‘fica quieta, não fala nada não, vem atrás não’ (fls. 02/04)”. O decreto condenatório assenta que a materialidade do delito está comprovada pelo auto de apreensão, termo de restituição, laudo de avaliação e depoimento da vítima. A autoria decorre da confissão em juízo da subtração pelos Recorrentes e do reconhecimento feito pela vítima. O juiz sentenciante concluiu que a violência empregada no roubo aconteceu pelas vias moral e física, com ameaça e agressão física à vítima, a reduzir-lhe significativamente a resistência à subtração do celular. O Tribunal de Justiça confirmou a sentença condenatória ao fundamento de que, embora os Recorrentes tenham negado o emprego de violência ou grave ameaça para a subtração do bem, “a vítima sempre foi firme na narrativa dos fatos afirmando que, no momento em que tentou segurar o aparelho, foi agredida com um tapa no rosto por um os agentes, sendo ainda verbalmente ameaçada pelo comparsa”. Pretendeu a Defesa, sem êxito, que o Superior Tribunal de Justiça Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800564. Supremo Tribunal Federal 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 106.360 DISTRITO FEDERAL V O T O A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Os Recorrentes foram condenados a 5 (cinco) anos e 4 (quatro) meses de reclusão, no regime semiaberto, pelo crime de roubo qualificado previsto no artigo 157, § 2º, II, do Código Penal. Conforme peça acusatória, em 19.12.2008, Jean Roberto Ritter e Marcos Benevides Junior, mediante violência física e ameaça, subtraíram um aparelho celular, avaliado em R$ 65,00 (sessenta e cinco reais), da vítima Cleuza Márcia Borges. Revelam os autos que a vítima desembarcou de um ônibus e, ao manusear, enquanto aguardava sua filha na rua Caetés, no Centro da cidade de Belo Horizonte-MG, um aparelho celular, foi abordada pelos recorrentes, “sendo que Marcos arrebatou-lhe o celular e desferiu-lhe um tapa no rosto, ao passo que Jean a ameaçou, dizendo ‘fica quieta, não fala nada não, vem atrás não’ (fls. 02/04)”. O decreto condenatório assenta que a materialidade do delito está comprovada pelo auto de apreensão, termo de restituição, laudo de avaliação e depoimento da vítima. A autoria decorre da confissão em juízo da subtração pelos Recorrentes e do reconhecimento feito pela vítima. O juiz sentenciante concluiu que a violência empregada no roubo aconteceu pelas vias moral e física, com ameaça e agressão física à vítima, a reduzir-lhe significativamente a resistência à subtração do celular. O Tribunal de Justiça confirmou a sentença condenatória ao fundamento de que, embora os Recorrentes tenham negado o emprego de violência ou grave ameaça para a subtração do bem, “a vítima sempre foi firme na narrativa dos fatos afirmando que, no momento em que tentou segurar o aparelho, foi agredida com um tapa no rosto por um os agentes, sendo ainda verbalmente ameaçada pelo comparsa”. Pretendeu a Defesa, sem êxito, que o Superior Tribunal de Justiça Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800564. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 8 Voto - MIN. ROSA WEBER RHC 106.360 / DF revisasse a condenação forte no princípio da insignificância, com a desclassificação do roubo para o crime de constrangimento ilegal. Desde logo pontuo que a jurisprudência desta Corte é pacífica quanto à impossibilidade de aplicar o princípio da insignificância aos crimes de roubo, uma vez que este atinge não só o patrimônio, mas também a integridade física e moral da vítima. Nesse sentido: “HABEAS CORPUS. PENAL. CRIME DE ROUBO QUALIFICADO (ART. 157, § 2º, INCISO II, DO CÓDIGO PENAL). INAPLICABILIDADE. PRECEDENTES. 1. O crime de roubo se caracteriza pela apropriação do patrimônio de outrem mediante violência ou grave ameaça à sua integridade física ou psicológica. No caso concreto, ainda que o valor subtraído tenha sido pequeno, não há como se aplicar o princípio da insignificância, mormente se se considera que o ato foi praticado pelo paciente mediante grave ameaça e com o concurso de dois adolescentes, fato esse que não pode ser taxado como um comportamento de reduzido grau de reprovabilidade. 2. A jurisprudência consolidada nesta Suprema Corte é firme no sentido de ser inaplicável o princípio da insignificância ao delito de roubo. 3. Habeas corpus denegado. (HC 97.190/GO, rel. Min. Dias Toffoli, 1ª Turma, DJe 07.10.2010) . “HABEAS CORPUS. CRIME DE ROUBO. PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA. INAPLICABILIDADE. LESÃO AO PATRIMÔNIO E À INTEGRIDADE FÍSICA DA VÍTIMA. PRECEDENTES. ORDEM DENEGADA. 1. A questão tratada no presente writ diz respeito à possibilidade de aplicação do princípio da insignificância ao crime de roubo. 2. Como é cediço, o crime de roubo visa proteger não só o patrimônio, mas, também, a integridade física e a liberdade do indivíduo. 3. Deste modo, ainda que a quantia subtraída tenha sido 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800564. Supremo Tribunal Federal RHC 106.360 / DF revisasse a condenação forte no princípio da insignificância, com a desclassificação do roubo para o crime de constrangimento ilegal. Desde logo pontuo que a jurisprudência desta Corte é pacífica quanto à impossibilidade de aplicar o princípio da insignificância aos crimes de roubo, uma vez que este atinge não só o patrimônio, mas também a integridade física e moral da vítima. Nesse sentido: “HABEAS CORPUS. PENAL. CRIME DE ROUBO QUALIFICADO (ART. 157, § 2º, INCISO II, DO CÓDIGO PENAL). INAPLICABILIDADE. PRECEDENTES. 1. O crime de roubo se caracteriza pela apropriação do patrimônio de outrem mediante violência ou grave ameaça à sua integridade física ou psicológica. No caso concreto, ainda que o valor subtraído tenha sido pequeno, não há como se aplicar o princípio da insignificância, mormente se se considera que o ato foi praticado pelo paciente mediante grave ameaça e com o concurso de dois adolescentes, fato esse que não pode ser taxado como um comportamento de reduzido grau de reprovabilidade. 2. A jurisprudência consolidada nesta Suprema Corte é firme no sentido de ser inaplicável o princípio da insignificância ao delito de roubo. 3. Habeas corpus denegado. (HC 97.190/GO, rel. Min. Dias Toffoli, 1ª Turma, DJe 07.10.2010) . “HABEAS CORPUS. CRIME DE ROUBO. PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA. INAPLICABILIDADE. LESÃO AO PATRIMÔNIO E À INTEGRIDADE FÍSICA DA VÍTIMA. PRECEDENTES. ORDEM DENEGADA. 1. A questão tratada no presente writ diz respeito à possibilidade de aplicação do princípio da insignificância ao crime de roubo. 2. Como é cediço, o crime de roubo visa proteger não só o patrimônio, mas, também, a integridade física e a liberdade do indivíduo. 3. Deste modo, ainda que a quantia subtraída tenha sido 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800564. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 8 Voto - MIN. ROSA WEBER RHC 106.360 / DF de pequena monta, não há como se aplicar o princípio da insignificância diante da evidente e significativa lesão à integridade física da vítima do roubo. 4. Ante o exposto, denego a ordem de habeas corpus. (HC 96.671/MG, rel Min. Ellen Gracie, 2ª Turma, DJe 23.04.2009) .” Inviável, portanto, reconhecer a aplicação do princípio da insignificância para crimes praticados com violência ou grave ameaça, incluindo o roubo, o que por si só já estaria a afastar o alegado constrangimento ilegal. Ante o exposto, voto por negar provimento ao recurso ordinário em habeas corpus. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800564. Supremo Tribunal Federal RHC 106.360 / DF de pequena monta, não há como se aplicar o princípio da insignificância diante da evidente e significativa lesão à integridade física da vítima do roubo. 4. Ante o exposto, denego a ordem de habeas corpus. (HC 96.671/MG, rel Min. Ellen Gracie, 2ª Turma, DJe 23.04.2009) .” Inviável, portanto, reconhecer a aplicação do princípio da insignificância para crimes praticados com violência ou grave ameaça, incluindo o roubo, o que por si só já estaria a afastar o alegado constrangimento ilegal. Ante o exposto, voto por negar provimento ao recurso ordinário em habeas corpus. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800564. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 8 Decisão de Julgamento PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 106.360 PROCED. : MINAS GERAIS RELATORA : MIN. ROSA WEBER RECTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL RECTE.(S) : JEAN ROBERTO RITTER RECTE.(S) : MARCOS BENEVIDES JUNIOR RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA Decisão: A Turma negou provimento ao recurso ordinário em habeas corpus, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 18.9.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de Almeida. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2848581 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 106.360 PROCED. : MINAS GERAIS RELATORA : MIN. ROSA WEBER RECTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL RECTE.(S) : JEAN ROBERTO RITTER RECTE.(S) : MARCOS BENEVIDES JUNIOR RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA Decisão: A Turma negou provimento ao recurso ordinário em habeas corpus, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 18.9.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de Almeida. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2848581 Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 8
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=2875540
2012-09-18T00:00:00
2012-10-04T00:00:00
A Turma negou provimento ao recurso ordinário em habeas corpus, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 18.9.2012.
RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS
EMENTA RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS. PENAL. ROUBO QUALIFICADO. PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA. INCOMPATIBILIDADE. É inviável reconhecer a aplicação do princípio da insignificância para crimes praticados com violência ou grave ameaça, incluindo o roubo. Jurisprudência consolidada do Supremo Tribunal Federal. Recurso ordinário em habeas corpus não provido.
sjur215903
- Acórdãos citados: HC 96671, HC 97190. - Veja HC 149877 do STJ. Número de páginas: 8. Análise: 18/10/2012, IMC. Revisão: 08/11/2012, MMR.
ROSA WEBER
Primeira Turma
106360
[ "LEG-FED DEL-002848 ANO-1940\r\n ART-00157 PAR-00002 INC-00002 \r\n CP-1940 CÓDIGO PENAL" ]
RHC
acordaos
RHC 106360
[ "" ]
RECTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL RECTE.(S) : JEAN ROBERTO RITTER RECTE.(S) : MARCOS BENEVIDES JUNIOR RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA
[ "" ]
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de Minas Gerais", "Defensoria Pública da União", "Superior Tribunal de Justiça", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "PRIMEIRA TURMA", "DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO", "MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL", "Defensoria Pública da União", "Superior Tribunal de Justiça", "Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais", "Defensoria Pública da União", "Superior Tribunal de Justiça", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "STJ", "MPF", "STJ", "MPF", "Defensoria Pública da União", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "STJ", "MPF", "STJ", "MPF", "Defensoria Pública da União", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Ministério Público Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas 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Ementa e Acórdão 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 703.686 SÃO PAULO RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) :BANCO SANTANDER (BRASIL) S/A ADV.(A/S) :OSMAR MENDES PAIXÃO CORTES E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :VERA JÚLIA BRUGNOLI FELIPE ADV.(A/S) :RODRIGO LEITE SEGANTINI EMENTA Agravo regimental no recurso extraordinário. Prequestionamento. Ausência. Princípios do contraditório e da ampla defesa. Legislação infraconstitucional. Ofensa reflexa. Reexame de fatos e provas. Impossibilidade. Precedentes. 1. Não se admite o recurso extraordinário quando os dispositivos constitucionais que nele se alega violados não estão devidamente prequestionados. Incidência das Súmulas nºs 282 e 356/STF. 2. A afronta aos princípios do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, quando depende, para ser reconhecida como tal, da análise de normas infraconstitucionais, configura apenas ofensa indireta ou reflexa à Constituição da República. 3. Inadmissível, em recurso extraordinário, a análise da legislação infraconstitucional e o reexame dos fatos e das provas dos autos. Incidência das Súmulas nºs 636 e 279/STF. 4. Agravo regimental não provido. ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata do julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2878169. Supremo Tribunal Federal DJe 10/10/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 12 Ementa e Acórdão RE 703.686 AGR / SP Brasília, 18 de setembro de 2012. MINISTRO DIAS TOFFOLI Relator 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2878169. Supremo Tribunal Federal RE 703.686 AGR / SP Brasília, 18 de setembro de 2012. MINISTRO DIAS TOFFOLI Relator 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2878169. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 12 Relatório 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 703.686 SÃO PAULO RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) :BANCO SANTANDER (BRASIL) S/A ADV.(A/S) :OSMAR MENDES PAIXÃO CORTES E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :VERA JÚLIA BRUGNOLI FELIPE ADV.(A/S) :RODRIGO LEITE SEGANTINI RELATÓRIO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): Banco Santander (Brasil) S.A. interpõe tempestivo agravo regimental contra decisão em que neguei seguimento ao recurso extraordinário (fls. 171 a 173), com a seguinte fundamentação: “Vistos. Banco Santander (Brasil) S.A. interpõe recurso extraordinário, com fundamento na alínea ‘a’ do permissivo constitucional, contra acórdão do Colégio Recursal do Juizado Especial Cível do Estado de São Paulo que, em síntese, reformou a sentença de 1º Grau para excluir a condenação por danos morais, mantendo, todavia, a condenação ao pagamento de indenização por danos materiais no patamar de R$ 35,40. Alega o recorrente violação dos artigos 5º, inciso LV, e 93, inciso IX, da Constituição Federal. Apresentadas as contrarrazões (fls. 143/154), o recurso extraordinário (fls. 134/140) foi admitido (fl. 155). Decido. Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi interposto contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da matéria constitucional objeto do recurso, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07. Todavia, apesar da petição recursal haver trazido a Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2878166. Supremo Tribunal Federal 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 703.686 SÃO PAULO RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) :BANCO SANTANDER (BRASIL) S/A ADV.(A/S) :OSMAR MENDES PAIXÃO CORTES E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :VERA JÚLIA BRUGNOLI FELIPE ADV.(A/S) :RODRIGO LEITE SEGANTINI RELATÓRIO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): Banco Santander (Brasil) S.A. interpõe tempestivo agravo regimental contra decisão em que neguei seguimento ao recurso extraordinário (fls. 171 a 173), com a seguinte fundamentação: “Vistos. Banco Santander (Brasil) S.A. interpõe recurso extraordinário, com fundamento na alínea ‘a’ do permissivo constitucional, contra acórdão do Colégio Recursal do Juizado Especial Cível do Estado de São Paulo que, em síntese, reformou a sentença de 1º Grau para excluir a condenação por danos morais, mantendo, todavia, a condenação ao pagamento de indenização por danos materiais no patamar de R$ 35,40. Alega o recorrente violação dos artigos 5º, inciso LV, e 93, inciso IX, da Constituição Federal. Apresentadas as contrarrazões (fls. 143/154), o recurso extraordinário (fls. 134/140) foi admitido (fl. 155). Decido. Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi interposto contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da matéria constitucional objeto do recurso, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07. Todavia, apesar da petição recursal haver trazido a Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2878166. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 12 Relatório RE 703.686 AGR / SP preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua existência, uma vez que, nos termos do artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, com a redação introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o procedimento acerca da existência da repercussão geral somente ocorrerá ‘quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão’. Não merece prosperar a irresignação, uma vez que os dispositivos constitucionais apontados como violados, carecem do necessário prequestionamento, sendo certo que não foram opostos embargos de declaração para sanar eventual omissão no acórdão recorrido. Incidem na espécie as Súmulas nºs 282 e 356 desta Corte. Ademais, a jurisprudência desta Corte está consolidada no sentido de que as alegações de afronta aos princípios do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame de normas infraconstitucionais, podem configurar apenas ofensa indireta ou reflexa à Constituição da República, o que não enseja reexame em recurso extraordinário. Nesse sentido, anote-se: ‘AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE COBRANÇA. DESPESAS CONDOMINIAIS. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. Impossibilidade da análise da legislação infraconstitucional e do reexame de provas na via do recurso extraordinário. 2. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido de que as alegações de afronta aos princípios do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame de normas infraconstitucionais, podem configurar apenas ofensa reflexa à Constituição da República’ (AI nº 594.887/SP – AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJ de 30/11/07); 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2878166. Supremo Tribunal Federal RE 703.686 AGR / SP preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua existência, uma vez que, nos termos do artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, com a redação introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o procedimento acerca da existência da repercussão geral somente ocorrerá ‘quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão’. Não merece prosperar a irresignação, uma vez que os dispositivos constitucionais apontados como violados, carecem do necessário prequestionamento, sendo certo que não foram opostos embargos de declaração para sanar eventual omissão no acórdão recorrido. Incidem na espécie as Súmulas nºs 282 e 356 desta Corte. Ademais, a jurisprudência desta Corte está consolidada no sentido de que as alegações de afronta aos princípios do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame de normas infraconstitucionais, podem configurar apenas ofensa indireta ou reflexa à Constituição da República, o que não enseja reexame em recurso extraordinário. Nesse sentido, anote-se: ‘AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE COBRANÇA. DESPESAS CONDOMINIAIS. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. Impossibilidade da análise da legislação infraconstitucional e do reexame de provas na via do recurso extraordinário. 2. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido de que as alegações de afronta aos princípios do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame de normas infraconstitucionais, podem configurar apenas ofensa reflexa à Constituição da República’ (AI nº 594.887/SP – AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJ de 30/11/07); 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2878166. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 12 Relatório RE 703.686 AGR / SP ‘AGRAVO DE INSTRUMENTO - ALEGAÇÃO DE OFENSA AO POSTULADO DA MOTIVAÇÃO DOS ATOS DECISÓRIOS - INOCORRÊNCIA - AUSÊNCIA DE OFENSA DIRETA À CONSTITUIÇÃO - RECURSO IMPROVIDO. O Supremo Tribunal Federal deixou assentado que, em regra, as alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição, circunstância essa que impede a utilização do recurso extraordinário. Precedentes’ (AI nº 360.265/RJ - AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 20/9/02). Por fim, merece destaque que o acórdão atacado baseou seu convencimento a partir do conjunto probatório que permeia a lide e da legislação infraconstitucional pertinente, de reexame incabível em sede de recurso extraordinário. Incidência das Súmulas nº 279 e 636 desta Corte. Ante o exposto, nos termos do artigo 557, caput, do Código de Processo Civil, nego seguimento ao recurso extraordinário. Publique-se.” Insiste a agravante que foram violados os arts. 5º, inciso LV; e 93, inciso IX, da Constituição Federal e que as ofensas aos mencionados dispositivos foram devidamente prequestionadas. Aduz, in verbis, que: “(...) mesmo que o Tribunal a quo não tenha se manifestado de maneira explícita a respeito dos artigos violados, a questão tratada por eles arrastou-se durante todo o curso do processo, desde o seu início. Não há, portanto, necessidade de que as r. decisões 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2878166. Supremo Tribunal Federal RE 703.686 AGR / SP ‘AGRAVO DE INSTRUMENTO - ALEGAÇÃO DE OFENSA AO POSTULADO DA MOTIVAÇÃO DOS ATOS DECISÓRIOS - INOCORRÊNCIA - AUSÊNCIA DE OFENSA DIRETA À CONSTITUIÇÃO - RECURSO IMPROVIDO. O Supremo Tribunal Federal deixou assentado que, em regra, as alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição, circunstância essa que impede a utilização do recurso extraordinário. Precedentes’ (AI nº 360.265/RJ - AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 20/9/02). Por fim, merece destaque que o acórdão atacado baseou seu convencimento a partir do conjunto probatório que permeia a lide e da legislação infraconstitucional pertinente, de reexame incabível em sede de recurso extraordinário. Incidência das Súmulas nº 279 e 636 desta Corte. Ante o exposto, nos termos do artigo 557, caput, do Código de Processo Civil, nego seguimento ao recurso extraordinário. Publique-se.” Insiste a agravante que foram violados os arts. 5º, inciso LV; e 93, inciso IX, da Constituição Federal e que as ofensas aos mencionados dispositivos foram devidamente prequestionadas. Aduz, in verbis, que: “(...) mesmo que o Tribunal a quo não tenha se manifestado de maneira explícita a respeito dos artigos violados, a questão tratada por eles arrastou-se durante todo o curso do processo, desde o seu início. Não há, portanto, necessidade de que as r. decisões 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2878166. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 12 Relatório RE 703.686 AGR / SP recorridas façam expressa referência aos artigos violados, bastando que disponha sobre as matérias relativas a tais dispositivos. (...) Desnecessário rever documentos dos autos, bastando – para acolher a insurgência – analisar o equivocado enquadramento jurídico que foi dado aos fatos delineados nas decisões judiciais, e que representa violação direta aos referidos dispositivos legais” (fls. 179 a 181). É o relatório. 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2878166. Supremo Tribunal Federal RE 703.686 AGR / SP recorridas façam expressa referência aos artigos violados, bastando que disponha sobre as matérias relativas a tais dispositivos. (...) Desnecessário rever documentos dos autos, bastando – para acolher a insurgência – analisar o equivocado enquadramento jurídico que foi dado aos fatos delineados nas decisões judiciais, e que representa violação direta aos referidos dispositivos legais” (fls. 179 a 181). É o relatório. 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2878166. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 12 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 703.686 SÃO PAULO VOTO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): Não merece prosperar a irresignação. Conforme consignado na decisão agravada, os arts. 5º, inciso LV, e 93, inciso IX, da Constituição Federal, apontados como violados no recurso extraordinário, em nenhum momento foram analisados no acórdão recorrido, sendo certo que o agravante não opôs embargos declaratórios para sanar eventual omissão no julgado. Incidência das Súmulas nºs 282 e 356/STF. É certo que, no caso do recurso extraordinário, para se considerar que houve prequestionamento, não é necessário que o acórdão recorrido tenha tratado explicitamente dos dispositivos constitucionais invocados pela parte recorrente. É necessário, porém, que o referido acórdão tenha versado inequivocamente sobre a matéria neles abordada, o que não ocorreu no caso em tela. Ressalte-se, outrossim, que a jurisprudência desta Corte é pacífica no sentido de que, se a ofensa à Constituição surgir com a prolação do acórdão recorrido, é necessário opor embargos declaratórios que permitam ao Tribunal de origem apreciar o ponto sob o ângulo constitucional. Sobre o tema, anote-se: “EMBARGOS DE DECLARAÇÃO OPOSTOS DE DECISÃO MONOCRÁTICA. CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. INOCORRÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. SÚMULAS 282 E 356 DO STF. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO DE TODOS OS FUNDAMENTOS SUFICIENTES DA DECISÃO AGRAVADA. SÚMULA 283 DO STF. AGRAVO IMPROVIDO. I – Inocorrência de prequestionamento das questões constitucionais suscitadas. Incidência da Súmula 282 do STF. Ademais, não opostos Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2878167. Supremo Tribunal Federal 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 703.686 SÃO PAULO VOTO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): Não merece prosperar a irresignação. Conforme consignado na decisão agravada, os arts. 5º, inciso LV, e 93, inciso IX, da Constituição Federal, apontados como violados no recurso extraordinário, em nenhum momento foram analisados no acórdão recorrido, sendo certo que o agravante não opôs embargos declaratórios para sanar eventual omissão no julgado. Incidência das Súmulas nºs 282 e 356/STF. É certo que, no caso do recurso extraordinário, para se considerar que houve prequestionamento, não é necessário que o acórdão recorrido tenha tratado explicitamente dos dispositivos constitucionais invocados pela parte recorrente. É necessário, porém, que o referido acórdão tenha versado inequivocamente sobre a matéria neles abordada, o que não ocorreu no caso em tela. Ressalte-se, outrossim, que a jurisprudência desta Corte é pacífica no sentido de que, se a ofensa à Constituição surgir com a prolação do acórdão recorrido, é necessário opor embargos declaratórios que permitam ao Tribunal de origem apreciar o ponto sob o ângulo constitucional. Sobre o tema, anote-se: “EMBARGOS DE DECLARAÇÃO OPOSTOS DE DECISÃO MONOCRÁTICA. CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. INOCORRÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. SÚMULAS 282 E 356 DO STF. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO DE TODOS OS FUNDAMENTOS SUFICIENTES DA DECISÃO AGRAVADA. SÚMULA 283 DO STF. AGRAVO IMPROVIDO. I – Inocorrência de prequestionamento das questões constitucionais suscitadas. Incidência da Súmula 282 do STF. Ademais, não opostos Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2878167. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 12 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI RE 703.686 AGR / SP embargos declaratórios para suprir a omissão, é inviável o recurso, a teor da Súmula 356 desta Corte. II – Ausência de impugnação de todos os fundamentos suficientes da decisão agravada. Incidência da Súmula 283 do STF. III – Agravo regimental improvido” (RE nº 607.071/DF-ED, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 1º/7/11). “Agravo regimental em recurso extraordinário. 2. Alegação de ofensa ao art. 5º, LXIX e 97, da Carta Magna. Ausência de prequestionamento. Caso a violação à Constituição surja no julgamento do acórdão recorrido, torna-se indispensável à oposição dos embargos de declaração. 3. Agravo regimental a que se nega provimento” (RE nº 411.859/AL-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJ de 3/3/06). Ademais, a jurisprudência desta Corte está consolidada no sentido de que a afronta aos princípios da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, quando depende, para ser reconhecida como tal, da análise de normas infraconstitucionais, configura apenas ofensa indireta ou reflexa à Constituição da República, o que não enseja o reexame da matéria em recurso extraordinário. Nesse sentido, anote-se: “DIREITO ADMINISTRATIVO. INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL E MATERIAL. REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO DOS AUTOS. SÚMULA STF 279. ALEGADA AFRONTA AO ART. 5º, II, XXXV, LIV E LV, DA CF/88: OFENSA INDIRETA. VIOLAÇÃO AO ART. 93, IX, DA CARTA MAIOR: INEXISTÊNCIA. 1. Para se chegar à conclusão contrária à adotada pelo acórdão recorrido, seria necessário o reexame do conjunto fático-probatório dos autos, o que atrai a incidência da Súmula STF 279. 2. A jurisprudência desta Corte fixou-se no sentido de que a afronta aos princípios constitucionais da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, podem configurar, quando 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2878167. Supremo Tribunal Federal RE 703.686 AGR / SP embargos declaratórios para suprir a omissão, é inviável o recurso, a teor da Súmula 356 desta Corte. II – Ausência de impugnação de todos os fundamentos suficientes da decisão agravada. Incidência da Súmula 283 do STF. III – Agravo regimental improvido” (RE nº 607.071/DF-ED, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 1º/7/11). “Agravo regimental em recurso extraordinário. 2. Alegação de ofensa ao art. 5º, LXIX e 97, da Carta Magna. Ausência de prequestionamento. Caso a violação à Constituição surja no julgamento do acórdão recorrido, torna-se indispensável à oposição dos embargos de declaração. 3. Agravo regimental a que se nega provimento” (RE nº 411.859/AL-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJ de 3/3/06). Ademais, a jurisprudência desta Corte está consolidada no sentido de que a afronta aos princípios da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, quando depende, para ser reconhecida como tal, da análise de normas infraconstitucionais, configura apenas ofensa indireta ou reflexa à Constituição da República, o que não enseja o reexame da matéria em recurso extraordinário. Nesse sentido, anote-se: “DIREITO ADMINISTRATIVO. INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL E MATERIAL. REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO DOS AUTOS. SÚMULA STF 279. ALEGADA AFRONTA AO ART. 5º, II, XXXV, LIV E LV, DA CF/88: OFENSA INDIRETA. VIOLAÇÃO AO ART. 93, IX, DA CARTA MAIOR: INEXISTÊNCIA. 1. Para se chegar à conclusão contrária à adotada pelo acórdão recorrido, seria necessário o reexame do conjunto fático-probatório dos autos, o que atrai a incidência da Súmula STF 279. 2. A jurisprudência desta Corte fixou-se no sentido de que a afronta aos princípios constitucionais da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, podem configurar, quando 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2878167. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 12 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI RE 703.686 AGR / SP muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição, circunstância essa que impede a utilização do recurso extraordinário. 3. O acórdão recorrido contém motivação suficiente e adequada. Decisão fundamentada, embora contrária aos interesses da parte, não configura ofensa ao artigo 93, IX, da CF/88. 4. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI nº 830.812/RJ-AgR, Segunda Turma, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJe de 18/8/11). “PROCESSUAL PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. CERCEAMENTO DE DEFESA. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL OFENSA INDIRETA À CONSTITUIÇÃO. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. A jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido de que as alegações de afronta aos princípios do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, entre outros, configuram ofensa reflexa à Constituição da República. Precedentes. 2. Agravo Regimental desprovido” (AI nº 643.654/RJ-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJ de 22/6/07). Por fim, é certo que a Corte de origem deu parcial provimento ao recurso inominado do ora agravante para excluir a condenação em danos morais, mantendo, porém, a rescisão contratual e a condenação em danos materiais, conforme arbitrados na sentença de primeiro grau, com fundamento no Código Civil e nos fatos e nas provas dos autos. Rever esse entendimento demandaria a análise da legislação infraconstitucional e o reexame do conjunto fático-probatório dos autos, o que é inviável em recurso extraordinário. Incidência das Súmulas nºs 636 e 279/STF. Nesse sentido, anote-se: “AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. DIREITO DO CONSUMIDOR. SERVIÇO BANCÁRIO. RESPONSABILIDADE CIVIL. INDENIZAÇÃO POR DANOS 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2878167. Supremo Tribunal Federal RE 703.686 AGR / SP muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição, circunstância essa que impede a utilização do recurso extraordinário. 3. O acórdão recorrido contém motivação suficiente e adequada. Decisão fundamentada, embora contrária aos interesses da parte, não configura ofensa ao artigo 93, IX, da CF/88. 4. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI nº 830.812/RJ-AgR, Segunda Turma, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJe de 18/8/11). “PROCESSUAL PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. CERCEAMENTO DE DEFESA. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL OFENSA INDIRETA À CONSTITUIÇÃO. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. A jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido de que as alegações de afronta aos princípios do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, entre outros, configuram ofensa reflexa à Constituição da República. Precedentes. 2. Agravo Regimental desprovido” (AI nº 643.654/RJ-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJ de 22/6/07). Por fim, é certo que a Corte de origem deu parcial provimento ao recurso inominado do ora agravante para excluir a condenação em danos morais, mantendo, porém, a rescisão contratual e a condenação em danos materiais, conforme arbitrados na sentença de primeiro grau, com fundamento no Código Civil e nos fatos e nas provas dos autos. Rever esse entendimento demandaria a análise da legislação infraconstitucional e o reexame do conjunto fático-probatório dos autos, o que é inviável em recurso extraordinário. Incidência das Súmulas nºs 636 e 279/STF. Nesse sentido, anote-se: “AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. DIREITO DO CONSUMIDOR. SERVIÇO BANCÁRIO. RESPONSABILIDADE CIVIL. INDENIZAÇÃO POR DANOS 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2878167. Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 12 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI RE 703.686 AGR / SP MORAIS E MATERIAIS. 1. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. SÚMULAS N. 282 E 356 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. 2. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. 3. NECESSIDADE DE REEXAME DE FATOS E PROVAS. INCIDÊNCIA DA SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. 4. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (ARE nº 687.178/SP-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 14/8/12). “PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO OPOSTOS DE DECISÃO MONOCRÁTICA. CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. REEXAME DE PROVA. SÚMULA 279 DO STF. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. AGRAVO IMPROVIDO. I - Matéria demanda o reexame de conjunto fático-probatório, o que atrai a incidência da Súmula 279 do STF. II - O acórdão recorrido dirimiu a questão dos autos com base na legislação infraconstitucional aplicável à espécie. Inadmissibilidade do RE, porquanto a ofensa à Constituição, se ocorrente, seria indireta. III - Embargos de declaração convertidos em agravo regimental, a que se nega provimento” (AI nº 655.792/RJ-ED, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJ de 8/2/08). “1. Recurso extraordinário: descabimento: questão relativa a reparação de danos morais em decorrência de indevida inclusão em cadastros restritivos de crédito, de natureza infraconstitucional: a alegada violação dos dispositivos constitucionais invocados, se ocorresse, seria reflexa ou indireta, a cujo exame não se presta o recurso extraordinário: incidência, mutatis mutandis, da Súmula 636. 2. Decisão judicial: motivação suficiente: improcedência das alegações de negativa de prestação jurisdicional e de inexistência de fundamentação do acórdão recorrido. Precedente: RE 140.370, Pertence, RTJ 150/269” (AI nº 662.661/RJ-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJe de 14/9/07). 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2878167. Supremo Tribunal Federal RE 703.686 AGR / SP MORAIS E MATERIAIS. 1. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. SÚMULAS N. 282 E 356 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. 2. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. 3. NECESSIDADE DE REEXAME DE FATOS E PROVAS. INCIDÊNCIA DA SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. 4. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (ARE nº 687.178/SP-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 14/8/12). “PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO OPOSTOS DE DECISÃO MONOCRÁTICA. CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. REEXAME DE PROVA. SÚMULA 279 DO STF. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. AGRAVO IMPROVIDO. I - Matéria demanda o reexame de conjunto fático-probatório, o que atrai a incidência da Súmula 279 do STF. II - O acórdão recorrido dirimiu a questão dos autos com base na legislação infraconstitucional aplicável à espécie. Inadmissibilidade do RE, porquanto a ofensa à Constituição, se ocorrente, seria indireta. III - Embargos de declaração convertidos em agravo regimental, a que se nega provimento” (AI nº 655.792/RJ-ED, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJ de 8/2/08). “1. Recurso extraordinário: descabimento: questão relativa a reparação de danos morais em decorrência de indevida inclusão em cadastros restritivos de crédito, de natureza infraconstitucional: a alegada violação dos dispositivos constitucionais invocados, se ocorresse, seria reflexa ou indireta, a cujo exame não se presta o recurso extraordinário: incidência, mutatis mutandis, da Súmula 636. 2. Decisão judicial: motivação suficiente: improcedência das alegações de negativa de prestação jurisdicional e de inexistência de fundamentação do acórdão recorrido. Precedente: RE 140.370, Pertence, RTJ 150/269” (AI nº 662.661/RJ-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJe de 14/9/07). 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2878167. Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 12 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI RE 703.686 AGR / SP Nego provimento ao agravo regimental. 5 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2878167. Supremo Tribunal Federal RE 703.686 AGR / SP Nego provimento ao agravo regimental. 5 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2878167. Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 12 Decisão de Julgamento PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 703.686 PROCED. : SÃO PAULO RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) : BANCO SANTANDER (BRASIL) S/A ADV.(A/S) : OSMAR MENDES PAIXÃO CORTES E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : VERA JÚLIA BRUGNOLI FELIPE ADV.(A/S) : RODRIGO LEITE SEGANTINI Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 18.9.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de Almeida. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2848671 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 703.686 PROCED. : SÃO PAULO RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) : BANCO SANTANDER (BRASIL) S/A ADV.(A/S) : OSMAR MENDES PAIXÃO CORTES E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : VERA JÚLIA BRUGNOLI FELIPE ADV.(A/S) : RODRIGO LEITE SEGANTINI Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 18.9.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de Almeida. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2848671 Inteiro Teor do Acórdão - Página 12 de 12
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=2915387
2012-09-18T00:00:00
2012-10-10T00:00:00
A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 18.9.2012.
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO
EMENTA Agravo regimental no recurso extraordinário. Prequestionamento. Ausência. Princípios do contraditório e da ampla defesa. Legislação infraconstitucional. Ofensa reflexa. Reexame de fatos e provas. Impossibilidade. Precedentes. 1. Não se admite o recurso extraordinário quando os dispositivos constitucionais que nele se alega violados não estão devidamente prequestionados. Incidência das Súmulas nºs 282 e 356/STF. 2. A afronta aos princípios do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, quando depende, para ser reconhecida como tal, da análise de normas infraconstitucionais, configura apenas ofensa indireta ou reflexa à Constituição da República. 3. Inadmissível, em recurso extraordinário, a análise da legislação infraconstitucional e o reexame dos fatos e das provas dos autos. Incidência das Súmulas nºs 636 e 279/STF. 4. Agravo regimental não provido.
sjur216452
- Acórdãos citados: RE 607071 ED, RE 411859 AgR, AI 830812 AgR, AI 643654 AgR, ARE 687178 AgR, AI 655792 ED, AI 662661 AgR. Número de páginas: 12. Análise: 23/10/2012, AMS.
DIAS TOFFOLI
Primeira Turma
703686
[ "LEG-FED LEI-010406 ANO-2002\r\n CC-2002 CÓDIGO CIVIL" ]
RE-AgR
acordaos
RE 703686 AgR
[ "" ]
AGTE.(S) : BANCO SANTANDER (BRASIL) S/A ADV.(A/S) : OSMAR MENDES PAIXÃO CORTES E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : VERA JÚLIA BRUGNOLI FELIPE ADV.(A/S) : RODRIGO LEITE SEGANTINI
[ "" ]
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TOFFOLI", "Ricardo Lewandowski", "Gilmar Mendes", "Ricardo Lewandowski", "Gilmar Mendes", "DIAS TOFFOLI", "Ellen Gracie", "Cármen Lúcia", "Ellen Gracie", "Cármen Lúcia", "DIAS TOFFOLI", "Cármen Lúcia", "Ricardo Lewandowski", "Sepúlveda Pertence", "Cármen Lúcia", "Ricardo Lewandowski", "Sepúlveda Pertence", "DIAS TOFFOLI", "DIAS TOFFOLI", "OSMAR MENDES PAIXÃO CORTES", "VERA JÚLIA BRUGNOLI FELIPE", "RODRIGO LEITE SEGANTINI", "Dias Toffoli", "Dias Toffoli", "Marco Aurélio", "Luiz Fux", "Rosa Weber", "Edson Oliveira de Almeida", "Carmen Lilian Oliveira de Souza", "DIAS TOFFOLI", "OSMAR MENDES PAIXÃO CORTES", "VERA JÚLIA BRUGNOLI FELIPE", "RODRIGO LEITE SEGANTINI", "Dias Toffoli", "Dias Toffoli", "Marco Aurélio", "Luiz Fux", "Rosa Weber", "Edson Oliveira de Almeida", "Carmen Lilian Oliveira de Souza" ], "TEMPO": [ "18", "/", "09", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "10", "/", "10", "/", "2012", "18 de setembro de 2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "18 de setembro de 2012", "24", 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Ementa e Acórdão 18/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 698.357 RIO GRANDE DO SUL RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) :JAYR MACCAGNAN ADV.(A/S) :HELENA AMISANI SCHUELLER E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :HOSPITAL NOSSA SENHORA DA CONCEICAO S.A. ADV.(A/S) :DANTE ROSSI E OUTRO(A/S) EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. CONSTITUCIONAL. SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA PRESTADORA DE SERVIÇO PÚBLICO EM REGIME NÃO CONCORRENCIAL: APLICABILIDADE DO REGIME DE PRECATÓRIO. JULGADO RECORRIDO DIVERGENTE DA JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL. AGRAVO E RECURSO EXTRAORDINÁRIO PROVIDOS. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a Presidência do Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, à unanimidade, em negar provimento ao agravo regimental no recurso extraordinário com agravo, nos termos do voto da Relatora. Ausentes, justificadamente, os Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. Brasília, 18 de setembro de 2012. Ministra CÁRMEN LÚCIA - Relatora Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863581. Supremo Tribunal Federal DJe 04/10/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 7 Relatório 18/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 698.357 RIO GRANDE DO SUL RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) :JAYR MACCAGNAN ADV.(A/S) :HELENA AMISANI SCHUELLER E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :HOSPITAL NOSSA SENHORA DA CONCEICAO S.A. ADV.(A/S) :DANTE ROSSI E OUTRO(A/S) R E L A T Ó R I O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Em 9 de agosto de 2012, dei provimento ao agravo e ao recurso extraordinário interpostos pelo Hospital Nossa Senhora da Conceição S/A contra julgado do Tribunal Superior do Trabalho, o qual entendera por “afastar a possibilidade de que a execução da sentença se processe por precatório, no caso de sociedade de economia mista, ainda que a União seja sócia majoritária, por força do que dispõe o art. 100, caput, da Constituição Federal” (fls. 160-160- v). A decisão agravada teve a seguinte fundamentação: “6. Razão jurídica assiste ao Recorrente. 7. Este Supremo Tribunal assentou que: a) o Hospital Nossa Senhora da Conceição S.A. é apenas formalmente uma sociedade de economia mista, porque a União tem 99,99% das ações com direito a voto (o que importa no controle total de sua administração); b) esse Hospital não atua em ambiente concorrencial, pois presta serviços de saúde exclusivamente pelo Sistema Único de Saúde (como afirmado pela 2ª instância ordinária trabalhista) e está vinculado diretamente ao Ministério da Saúde; c) às sociedades de economia mista prestadoras de serviços públicos em ambiente não concorrencial (caso do Recorrente) aplica-se o regime de precatório. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863582. Supremo Tribunal Federal 18/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 698.357 RIO GRANDE DO SUL RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) :JAYR MACCAGNAN ADV.(A/S) :HELENA AMISANI SCHUELLER E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :HOSPITAL NOSSA SENHORA DA CONCEICAO S.A. ADV.(A/S) :DANTE ROSSI E OUTRO(A/S) R E L A T Ó R I O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Em 9 de agosto de 2012, dei provimento ao agravo e ao recurso extraordinário interpostos pelo Hospital Nossa Senhora da Conceição S/A contra julgado do Tribunal Superior do Trabalho, o qual entendera por “afastar a possibilidade de que a execução da sentença se processe por precatório, no caso de sociedade de economia mista, ainda que a União seja sócia majoritária, por força do que dispõe o art. 100, caput, da Constituição Federal” (fls. 160-160- v). A decisão agravada teve a seguinte fundamentação: “6. Razão jurídica assiste ao Recorrente. 7. Este Supremo Tribunal assentou que: a) o Hospital Nossa Senhora da Conceição S.A. é apenas formalmente uma sociedade de economia mista, porque a União tem 99,99% das ações com direito a voto (o que importa no controle total de sua administração); b) esse Hospital não atua em ambiente concorrencial, pois presta serviços de saúde exclusivamente pelo Sistema Único de Saúde (como afirmado pela 2ª instância ordinária trabalhista) e está vinculado diretamente ao Ministério da Saúde; c) às sociedades de economia mista prestadoras de serviços públicos em ambiente não concorrencial (caso do Recorrente) aplica-se o regime de precatório. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863582. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 7 Relatório ARE 698.357 AGR / RS Confiram-se os seguintes julgados: (...) (RE 592.004-AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa, Segunda Turma, Dje 22.6.2012). Tem-se no Recurso Extraordinário n. 580.264 (interposto pelo ora Recorrente): (…). Dessa orientação jurisprudencial divergiu o julgado recorrido. 8. Pelo exposto, dou provimento ao agravo e, desde logo, ao recurso extraordinário (art. 544, § 4º, inc. II, alínea c , do Código de Processo Civil, com as alterações da Lei n. 12.322/2010, e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal) para assentar a aplicabilidade do regime de precatório ao Recorrente” (fls. 218-232). 2. Publicada essa decisão no DJe de 20.8.2012 (fl. 233), interpõe Jayr Maccagnan, em 27.8.2012, tempestivamente, agravo regimental (fls. 235- 253 e 262-280). 3. Alega o Agravante que, “por se tratar de entidade com natureza ‘sui generis’, impõe-se que a matéria seja levada à apreciação do Colegiado, a fim de determinar qual a forma de execução deva ser adotada no caso das empresas integrantes do Grupo Hospitalar Conceição” (fl. 264). Afirma que no “RE 580.264 […] houve provimento apenas para reconhecer a imunidade tributária recíproca, e toda a análise foi realizada sob esta ótica, jamais tendo sido afirmado que os hospitais integrantes do Grupo Hospitalar Conceição se equiparam aos entes públicos para gozar dos demais privilégios, tais como aquela do artigo 100 da Constituição Federal, execução mediante precatório” (fl. 264). 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863582. Supremo Tribunal Federal ARE 698.357 AGR / RS Confiram-se os seguintes julgados: (...) (RE 592.004-AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa, Segunda Turma, Dje 22.6.2012). Tem-se no Recurso Extraordinário n. 580.264 (interposto pelo ora Recorrente): (…). Dessa orientação jurisprudencial divergiu o julgado recorrido. 8. Pelo exposto, dou provimento ao agravo e, desde logo, ao recurso extraordinário (art. 544, § 4º, inc. II, alínea c , do Código de Processo Civil, com as alterações da Lei n. 12.322/2010, e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal) para assentar a aplicabilidade do regime de precatório ao Recorrente” (fls. 218-232). 2. Publicada essa decisão no DJe de 20.8.2012 (fl. 233), interpõe Jayr Maccagnan, em 27.8.2012, tempestivamente, agravo regimental (fls. 235- 253 e 262-280). 3. Alega o Agravante que, “por se tratar de entidade com natureza ‘sui generis’, impõe-se que a matéria seja levada à apreciação do Colegiado, a fim de determinar qual a forma de execução deva ser adotada no caso das empresas integrantes do Grupo Hospitalar Conceição” (fl. 264). Afirma que no “RE 580.264 […] houve provimento apenas para reconhecer a imunidade tributária recíproca, e toda a análise foi realizada sob esta ótica, jamais tendo sido afirmado que os hospitais integrantes do Grupo Hospitalar Conceição se equiparam aos entes públicos para gozar dos demais privilégios, tais como aquela do artigo 100 da Constituição Federal, execução mediante precatório” (fl. 264). 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863582. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 7 Relatório ARE 698.357 AGR / RS Sustenta que “o posicionamento desta Suprema Corte em relação a esta matéria, especificamente – forma de execução nas ações trabalhistas movidas contra sociedade de economia mista ou afins – é aquela adotada (…) no RE 599.628-RG/DF, no qual reconhecida a existência de repercussão geral da questão constitucional em questão” (fl. 268). Requer a reconsideração da decisão agravada ou o provimento do presente recurso. É o relatório. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863582. Supremo Tribunal Federal ARE 698.357 AGR / RS Sustenta que “o posicionamento desta Suprema Corte em relação a esta matéria, especificamente – forma de execução nas ações trabalhistas movidas contra sociedade de economia mista ou afins – é aquela adotada (…) no RE 599.628-RG/DF, no qual reconhecida a existência de repercussão geral da questão constitucional em questão” (fl. 268). Requer a reconsideração da decisão agravada ou o provimento do presente recurso. É o relatório. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863582. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 7 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA 18/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 698.357 RIO GRANDE DO SUL V O T O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Razão jurídica não assiste ao Agravante. 2. Como afirmado na decisão agravada, o Supremo Tribunal Federal assentou que às sociedades de economia mista prestadoras de serviço público em ambiente não concorrencial aplica-se o regime de precatório. Nesse sentido: “FINANCEIRO. SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA. PAGAMENTO DE VALORES POR FORÇA DE DECISÃO JUDICIAL. INAPLICABILIDADE DO REGIME DE PRECATÓRIO. ART. 100 DA CONSTITUIÇÃO. CONSTITUCIONAL E PROCESSUAL CIVIL. MATÉRIA CONSTITUCIONAL CUJA REPERCUSSÃO GERAL FOI RECONHECIDA. Os privilégios da Fazenda Pública são inextensíveis às sociedades de economia mista que executam atividades em regime de concorrência ou que tenham como objetivo distribuir lucros aos seus acionistas. Portanto, a empresa Centrais Elétricas do Norte do Brasil S.A. - Eletronorte não pode se beneficiar do sistema de pagamento por precatório de dívidas decorrentes de decisões judiciais (art. 100 da Constituição). Recurso extraordinário ao qual se nega provimento” (RE 599.628, Redator para o acórdão o Ministro Joaquim Barbosa, Plenário, DJe 17.10.2011). “AGRAVO REGIMENTAL. FINANCEIRO. EXECUÇÃO DE SENTENÇAS TRANSITADAS EM JULGADO. ENTIDADE CONTROLADA PELO PODER PÚBLICO QUE EXECUTA SERVIÇOS PÚBLICOS PRIMÁRIOS E ESSENCIAIS. FALTA DE COMPROVAÇÃO DO ACÚMULO OU DA DISTRIBUIÇÃO DE Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863583. Supremo Tribunal Federal 18/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 698.357 RIO GRANDE DO SUL V O T O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Razão jurídica não assiste ao Agravante. 2. Como afirmado na decisão agravada, o Supremo Tribunal Federal assentou que às sociedades de economia mista prestadoras de serviço público em ambiente não concorrencial aplica-se o regime de precatório. Nesse sentido: “FINANCEIRO. SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA. PAGAMENTO DE VALORES POR FORÇA DE DECISÃO JUDICIAL. INAPLICABILIDADE DO REGIME DE PRECATÓRIO. ART. 100 DA CONSTITUIÇÃO. CONSTITUCIONAL E PROCESSUAL CIVIL. MATÉRIA CONSTITUCIONAL CUJA REPERCUSSÃO GERAL FOI RECONHECIDA. Os privilégios da Fazenda Pública são inextensíveis às sociedades de economia mista que executam atividades em regime de concorrência ou que tenham como objetivo distribuir lucros aos seus acionistas. Portanto, a empresa Centrais Elétricas do Norte do Brasil S.A. - Eletronorte não pode se beneficiar do sistema de pagamento por precatório de dívidas decorrentes de decisões judiciais (art. 100 da Constituição). Recurso extraordinário ao qual se nega provimento” (RE 599.628, Redator para o acórdão o Ministro Joaquim Barbosa, Plenário, DJe 17.10.2011). “AGRAVO REGIMENTAL. FINANCEIRO. EXECUÇÃO DE SENTENÇAS TRANSITADAS EM JULGADO. ENTIDADE CONTROLADA PELO PODER PÚBLICO QUE EXECUTA SERVIÇOS PÚBLICOS PRIMÁRIOS E ESSENCIAIS. FALTA DE COMPROVAÇÃO DO ACÚMULO OU DA DISTRIBUIÇÃO DE Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863583. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 7 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA ARE 698.357 AGR / RS LUCROS. REGIME DE PRECATÓRIO . APLICABILIDADE. ART. 100 DA CONSTITUIÇÃO. O Pleno assentou que as entidades jurídicas que atuam em mercado sujeito à concorrência , permitem a acumulação ou a distribuição de lucros submetem-se ao regime de execução comum às empresas controladas pelo setor privado (RE 599.628, rel. min. Carlos Britto, red. P/ acórdão min. Joaquim Barbosa, j. 25.05.2011). Porém, trata-se de entidade que presta serviços públicos essenciais de saneamento básico, sem que tenha ficado demonstrado nos autos se tratar de sociedade de economia mista ou empresa pública que competiria com pessoas jurídicas privadas ou que teria por objetivo primordial acumular patrimônio e distribuir lucros. Nessa hipótese, aplica-se o regime de precatórios. Precedentes. Agravo regimental ao qual se nega provimento” (RE 592.004-AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa, Segunda Turma, DJe 22.6.2012). Ademais, o Supremo Tribunal afirmou que o ora Agravado, Hospital Nossa Senhora da Conceição S/A, é uma “empresa [sociedade de economia mista] que, na verdade, não é empresa, é órgão direto da União” (RE 580.264, Redator para o acórdão o Ministro Ayres Britto, Plenário, DJe 6.10.2011). 3. Os argumentos do Agravante, insuficientes para modificar a decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente prestação jurisdicional. 4. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863583. Supremo Tribunal Federal ARE 698.357 AGR / RS LUCROS. REGIME DE PRECATÓRIO . APLICABILIDADE. ART. 100 DA CONSTITUIÇÃO. O Pleno assentou que as entidades jurídicas que atuam em mercado sujeito à concorrência , permitem a acumulação ou a distribuição de lucros submetem-se ao regime de execução comum às empresas controladas pelo setor privado (RE 599.628, rel. min. Carlos Britto, red. P/ acórdão min. Joaquim Barbosa, j. 25.05.2011). Porém, trata-se de entidade que presta serviços públicos essenciais de saneamento básico, sem que tenha ficado demonstrado nos autos se tratar de sociedade de economia mista ou empresa pública que competiria com pessoas jurídicas privadas ou que teria por objetivo primordial acumular patrimônio e distribuir lucros. Nessa hipótese, aplica-se o regime de precatórios. Precedentes. Agravo regimental ao qual se nega provimento” (RE 592.004-AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa, Segunda Turma, DJe 22.6.2012). Ademais, o Supremo Tribunal afirmou que o ora Agravado, Hospital Nossa Senhora da Conceição S/A, é uma “empresa [sociedade de economia mista] que, na verdade, não é empresa, é órgão direto da União” (RE 580.264, Redator para o acórdão o Ministro Ayres Britto, Plenário, DJe 6.10.2011). 3. Os argumentos do Agravante, insuficientes para modificar a decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente prestação jurisdicional. 4. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863583. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 7 Decisão de Julgamento SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 698.357 PROCED. : RIO GRANDE DO SUL RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) : JAYR MACCAGNAN ADV.(A/S) : HELENA AMISANI SCHUELLER E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : HOSPITAL NOSSA SENHORA DA CONCEICAO S.A. ADV.(A/S) : DANTE ROSSI E OUTRO(A/S) Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 18.09.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2849279 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 698.357 PROCED. : RIO GRANDE DO SUL RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) : JAYR MACCAGNAN ADV.(A/S) : HELENA AMISANI SCHUELLER E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : HOSPITAL NOSSA SENHORA DA CONCEICAO S.A. ADV.(A/S) : DANTE ROSSI E OUTRO(A/S) Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 18.09.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2849279 Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 7
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=2874814
2012-09-18T00:00:00
2012-10-04T00:00:00
A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 18.09.2012.
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO
EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. CONSTITUCIONAL. SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA PRESTADORA DE SERVIÇO PÚBLICO EM REGIME NÃO CONCORRENCIAL: APLICABILIDADE DO REGIME DE PRECATÓRIO. JULGADO RECORRIDO DIVERGENTE DA JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL. AGRAVO E RECURSO EXTRAORDINÁRIO PROVIDOS. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.
sjur215948
- Acórdãos citados: RE 599628, RE 592004 AgR, RE 580264. Número de páginas: 7. Análise: 11/10/2012, MJC.
CÁRMEN LÚCIA
Segunda Turma
698357
null
ARE-AgR
acordaos
ARE 698357 AgR
[ "" ]
AGDO.(A/S) : HOSPITAL NOSSA SENHORA DA CONCEICAO S.A. ADV.(A/S) : DANTE ROSSI E OUTRO(A/S) AGTE.(S) : JAYR MACCAGNAN ADV.(A/S) : HELENA AMISANI SCHUELLER E OUTRO(A/S)
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "ARE 698 . 357 AGR / RS", "RE 592 . 004 - AgR", "Recurso Extraordinário n . 580 . 264", "RE 580 . 264", "ARE 698 . 357 AGR / RS", "RE 592 . 004 - AgR", "Recurso Extraordinário n . 580 . 264", "RE 580 . 264", "ARE 698 . 357 AGR / RS", "RE 599 . 628 - RG / DF", "ARE 698 . 357 AGR / RS", "RE 599 . 628 - RG / DF", "RE 599 . 628", "RE 599 . 628", "ARE 698 . 357 AGR", "RE 599 . 628", "RE 592 . 004 - AgR", "RE 580 . 264", "ARE 698 . 357", "RE 599 . 628", "RE 592 . 004 - AgR", "RE 580 . 264", "RECURSO" ], "LEGISLACAO": [ "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 100 , caput , da Constituição Federal", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 100 , caput , da Constituição Federal", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 544 , § [UNK] , inc . II , alínea c , do Código de Processo Civil", "Lei n . 12 . 322 / 2010", "art . 21 , § [UNK] , do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal", "artigo 100 da Constituição Federal", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 544 , § [UNK] , inc . 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A .", "Eletronorte", "Plenário", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "Supremo Tribunal Federal", "Fazenda Pública", "Centrais Elétricas do Norte do Brasil S . A .", "Eletronorte", "Plenário", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "/", "Pleno", "Segunda Turma", "Supremo Tribunal", "Hospital Nossa Senhora da Conceição S / A", "União", "Plenário", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Segunda Turma", "Supremo Tribunal", "Hospital Nossa Senhora da Conceição S / A", "União", "Plenário", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "SEGUNDA TURMA", "HOSPITAL NOSSA SENHORA DA CONCEICAO S . 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Ementa e Acórdão 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 834.478 BAHIA RELATOR : MIN. JOAQUIM BARBOSA AGTE.(S) :ESTADO DA BAHIA PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA BAHIA AGDO.(A/S) :NELLY SALOMÉ VITÓRIA ADV.(A/S) :WAGNER BEMFICA ARAÚJO E OUTRO(A/S) EMENTA: SERVIDOR PÚBLICO DO ESTADO DA BAHIA. GRATIFICAÇÃO POR CONDIÇÕES ESPECIAIS DE TRABALHO. LEI 6.677/1994. REEXAME DE LEGISLAÇÃO LOCAL. ÓBICE DA SÚMULA 280/STF. Para se chegar a conclusão diversa daquela a que se chegou no acórdão recorrido, seria necessário o reexame das provas dos autos e da legislação local pertinente, o que encontra óbice nas Súmulas 279 e 280 do STF. Esta Corte firmou o entendimento de que a aposentadoria regula-se pela lei vigente à época da reunião dos requisitos. Agravo regimental a que se nega provimento. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os ministros do Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a presidência do ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso de agravo, nos termos do voto do Relator. Brasília, 25 de setembro de 2012. Ministro JOAQUIM BARBOSA Relator Documento assinado digitalmente Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2969905. Supremo Tribunal Federal DJe 25/10/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 7 Relatório 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 834.478 BAHIA RELATOR : MIN. JOAQUIM BARBOSA AGTE.(S) :ESTADO DA BAHIA PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA BAHIA AGDO.(A/S) :NELLY SALOMÉ VITÓRIA ADV.(A/S) :WAGNER BEMFICA ARAÚJO E OUTRO(A/S) R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO JOAQUIM BARBOSA (Relator): É este o teor da decisão agravada (fls. 113/115): Trata-se de agravo de instrumento de decisão que negou seguimento a recurso extraordinário (art. 102, III, a) interposto de acórdão proferido pelo Tribunal de Justiça da Bahia que envolve discussão acerca da incorporação da Gratificação por Condições Especiais de Trabalho por professora quando do momento de sua aposentadoria. Eis o teor do acórdão recorrido(fls. 59/60): "Apelação Civil e Remessa Necessária. Direito Administrativo. Condições Especiais de Trabalho. Preliminar única. Prescrição de Fundo de Direito. Rejeitada. Mérito. Incorporação de gratificação por condições especiais de trabalho no valor de 100%. Possibilidade. Precedentes. Honorários de Advogado. Redução. Possibilidade. Reexame Necessário. Juros de Mora. Dies a quo - data da citação - e índice aplicável - 0,5% a.m. (meio por mês) ou 6% a. (seis por cento ao ano). Fixação Possível. Correção Monetária. Termo inicial a data do pagamento a menor de cada parcela, consoante entendimento dos Tribunais Superiores. Preliminar de prescrição de fundo de direito afastada, aplicação da prescrição parcial a partir de 09/01/2001, no mérito apelação conhecida e parcialmente Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2969906. Supremo Tribunal Federal 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 834.478 BAHIA RELATOR : MIN. JOAQUIM BARBOSA AGTE.(S) :ESTADO DA BAHIA PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA BAHIA AGDO.(A/S) :NELLY SALOMÉ VITÓRIA ADV.(A/S) :WAGNER BEMFICA ARAÚJO E OUTRO(A/S) R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO JOAQUIM BARBOSA (Relator): É este o teor da decisão agravada (fls. 113/115): Trata-se de agravo de instrumento de decisão que negou seguimento a recurso extraordinário (art. 102, III, a) interposto de acórdão proferido pelo Tribunal de Justiça da Bahia que envolve discussão acerca da incorporação da Gratificação por Condições Especiais de Trabalho por professora quando do momento de sua aposentadoria. Eis o teor do acórdão recorrido(fls. 59/60): "Apelação Civil e Remessa Necessária. Direito Administrativo. Condições Especiais de Trabalho. Preliminar única. Prescrição de Fundo de Direito. Rejeitada. Mérito. Incorporação de gratificação por condições especiais de trabalho no valor de 100%. Possibilidade. Precedentes. Honorários de Advogado. Redução. Possibilidade. Reexame Necessário. Juros de Mora. Dies a quo - data da citação - e índice aplicável - 0,5% a.m. (meio por mês) ou 6% a. (seis por cento ao ano). Fixação Possível. Correção Monetária. Termo inicial a data do pagamento a menor de cada parcela, consoante entendimento dos Tribunais Superiores. Preliminar de prescrição de fundo de direito afastada, aplicação da prescrição parcial a partir de 09/01/2001, no mérito apelação conhecida e parcialmente Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2969906. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 7 Relatório AI 834.478 AGR / BA provida. Sentença parcialmente reformada em Reexame Necessário. 1. Preliminar: 1.1 A preliminar de prescrição de fundo de direito, não merece prosperar, porque não se está discutindo o direito à aposentadoria, mas as parcelas da gratificação que compõe os proventos da apelada. Importante esclarecer a incidência da Prescrição Quinquenal Parcial uma vez que, a ação foi intentada em 09/01/2006 e, portanto, só serão devidas as parcelas a contar dos 05 (cinco) anos anteriores do ajuizamento da ação qual seja, a partir do 09/01/2001, consoante entendimento desta Colenda Corte. Única Preliminar Rejeitada. 2. Mérito: 2.1. A gratificação por condições especiais de trabalho, incorpora-se aos proventos da inatividade, conforme o Art. 132, da Lei nº 6677/94, Estatuto do Servidores Públicos do Estado da Bahia. 2.2. Os honorários de advogado devem ser reduzidos para 10% (dez por cento) a incidir sobre o valor da condenação. 3. Reexame Necessário: 3.1 Os Juros de Mora devem ser fixados com o índice especificado na Lei 9.494/97, Artigo 1º-F. Conforme entendimento do STJ. 3.2. A correção monetária deve ser observada a partir do pagamento a menor de cada parcela, consoante o entendimento dos Tribunais Superiores. 4. Preliminar de prescrição de fundo de direito afastada, aplicação da prescrição parcial a partir de 09/01/2001. Recurso de Apelação Conhecido e parcialmente provido. Sentença reformada parcialmente em Reexame Necessário” Em seu recurso extraordinário o Estado da Bahia alega violação ao disposto nos arts. 5º, XXXVI; 37, XXXIII e XIV e 40, e seus 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2969906. Supremo Tribunal Federal AI 834.478 AGR / BA provida. Sentença parcialmente reformada em Reexame Necessário. 1. Preliminar: 1.1 A preliminar de prescrição de fundo de direito, não merece prosperar, porque não se está discutindo o direito à aposentadoria, mas as parcelas da gratificação que compõe os proventos da apelada. Importante esclarecer a incidência da Prescrição Quinquenal Parcial uma vez que, a ação foi intentada em 09/01/2006 e, portanto, só serão devidas as parcelas a contar dos 05 (cinco) anos anteriores do ajuizamento da ação qual seja, a partir do 09/01/2001, consoante entendimento desta Colenda Corte. Única Preliminar Rejeitada. 2. Mérito: 2.1. A gratificação por condições especiais de trabalho, incorpora-se aos proventos da inatividade, conforme o Art. 132, da Lei nº 6677/94, Estatuto do Servidores Públicos do Estado da Bahia. 2.2. Os honorários de advogado devem ser reduzidos para 10% (dez por cento) a incidir sobre o valor da condenação. 3. Reexame Necessário: 3.1 Os Juros de Mora devem ser fixados com o índice especificado na Lei 9.494/97, Artigo 1º-F. Conforme entendimento do STJ. 3.2. A correção monetária deve ser observada a partir do pagamento a menor de cada parcela, consoante o entendimento dos Tribunais Superiores. 4. Preliminar de prescrição de fundo de direito afastada, aplicação da prescrição parcial a partir de 09/01/2001. Recurso de Apelação Conhecido e parcialmente provido. Sentença reformada parcialmente em Reexame Necessário” Em seu recurso extraordinário o Estado da Bahia alega violação ao disposto nos arts. 5º, XXXVI; 37, XXXIII e XIV e 40, e seus 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2969906. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 7 Relatório AI 834.478 AGR / BA parágrafos, da Constituição Federal. Alega que é possível a alteração do regime jurídico sem violação ao direito adquirido quando observado o padrão remuneratório. Aduz, também que o recebimento da gratificação por 15 anos serviu de base para o enquadramento da servidora no regime de 40 horas semanais segundo a lei que definiu o Plano de Carreira do Magistério Público Estadual. O tema debatido nos autos está adstrito à interpretação de direito local, o que inviabiliza a abertura da via extraordinária, ante o óbice contido na Súmula 280 desta Corte . Nesse sentido o AI 634.055-AgR (rel. min. Carmen Lúcia, Primeira Turma, Dje de 24.08.2007): “AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. APOSENTADORIA. GRATIFICAÇÃO POR CONDIÇÕES ESPECIAIS DE TRABALHO. INCORPORAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE DA ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO ESTADUAL E DO REEXAME DE PROVAS. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.” Do exposto, nego seguimento ao recurso. Alega-se, em síntese, a inaplicabilidade da Súmula 280 do STF e a existência de ofensa direta à Constituição Federal. Mantenho a decisão agravada e submeto o presente agravo à apreciação da Turma. É o relatório. 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2969906. Supremo Tribunal Federal AI 834.478 AGR / BA parágrafos, da Constituição Federal. Alega que é possível a alteração do regime jurídico sem violação ao direito adquirido quando observado o padrão remuneratório. Aduz, também que o recebimento da gratificação por 15 anos serviu de base para o enquadramento da servidora no regime de 40 horas semanais segundo a lei que definiu o Plano de Carreira do Magistério Público Estadual. O tema debatido nos autos está adstrito à interpretação de direito local, o que inviabiliza a abertura da via extraordinária, ante o óbice contido na Súmula 280 desta Corte . Nesse sentido o AI 634.055-AgR (rel. min. Carmen Lúcia, Primeira Turma, Dje de 24.08.2007): “AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. APOSENTADORIA. GRATIFICAÇÃO POR CONDIÇÕES ESPECIAIS DE TRABALHO. INCORPORAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE DA ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO ESTADUAL E DO REEXAME DE PROVAS. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.” Do exposto, nego seguimento ao recurso. Alega-se, em síntese, a inaplicabilidade da Súmula 280 do STF e a existência de ofensa direta à Constituição Federal. Mantenho a decisão agravada e submeto o presente agravo à apreciação da Turma. É o relatório. 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2969906. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 7 Voto - MIN. JOAQUIM BARBOSA 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 834.478 BAHIA V O T O O SENHOR MINISTRO JOAQUIM BARBOSA (Relator): Sem razão a parte agravante. Com efeito, o Tribunal de origem entendeu ser devida a incorporação da Gratificação por Condições Especiais de Trabalho no valor de 100%, nos termos do art. 132 da Lei 6.677/1994 (Estatuto dos Servidores Públicos do Estado da Bahia). Alega a parte agravante, nas razões do recurso extraordinário, que a ora agravada recebeu uma vantagem substancial com a adequação de sua situação funcional à norma do art. 7º, § 4º, da Lei estadual 4.694/1987, visto que ela teria se aposentado com carga horária equivalente ao dobro da que prestava, o que representaria a fixação de proventos em valores muito além do que recebia em atividade. Dessa forma, o acolhimento da pretensão da servidora inativa configuraria hipótese de bis in idem, já que a ela seria conferida dupla vantagem, quais sejam: regime laboral de 40 horas e incorporação de vantagens aos seus proventos. A análise das questões apresentadas dependeria do exame prévio das provas dos autos e das leis locais que deram suporte ao acórdão recorrido, o que encontra óbice nas Súmulas 279 e 280 desta Corte. Nesse sentido, confira-se o seguinte julgado: EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. APOSENTADORIA. GRATIFICAÇÃO POR CONDIÇÕES ESPECIAIS DE TRABALHO. INCORPORAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE DA ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO ESTADUAL E DO REEXAME DE PROVAS. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. (AI 634.055-AgR, rel. Min. Cármen Lúcia, Primeira Turma, DJe 24.8.2007) Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2969907. Supremo Tribunal Federal 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 834.478 BAHIA V O T O O SENHOR MINISTRO JOAQUIM BARBOSA (Relator): Sem razão a parte agravante. Com efeito, o Tribunal de origem entendeu ser devida a incorporação da Gratificação por Condições Especiais de Trabalho no valor de 100%, nos termos do art. 132 da Lei 6.677/1994 (Estatuto dos Servidores Públicos do Estado da Bahia). Alega a parte agravante, nas razões do recurso extraordinário, que a ora agravada recebeu uma vantagem substancial com a adequação de sua situação funcional à norma do art. 7º, § 4º, da Lei estadual 4.694/1987, visto que ela teria se aposentado com carga horária equivalente ao dobro da que prestava, o que representaria a fixação de proventos em valores muito além do que recebia em atividade. Dessa forma, o acolhimento da pretensão da servidora inativa configuraria hipótese de bis in idem, já que a ela seria conferida dupla vantagem, quais sejam: regime laboral de 40 horas e incorporação de vantagens aos seus proventos. A análise das questões apresentadas dependeria do exame prévio das provas dos autos e das leis locais que deram suporte ao acórdão recorrido, o que encontra óbice nas Súmulas 279 e 280 desta Corte. Nesse sentido, confira-se o seguinte julgado: EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. APOSENTADORIA. GRATIFICAÇÃO POR CONDIÇÕES ESPECIAIS DE TRABALHO. INCORPORAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE DA ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO ESTADUAL E DO REEXAME DE PROVAS. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. (AI 634.055-AgR, rel. Min. Cármen Lúcia, Primeira Turma, DJe 24.8.2007) Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2969907. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 7 Voto - MIN. JOAQUIM BARBOSA AI 834.478 AGR / BA Ademais, esta Corte firmou o entendimento de que a aposentadoria regula-se pela lei vigente à época da reunião dos requisitos. Por fim, inexiste a alegada ofensa ao inciso IX do art. 93 da Constituição, visto que o Tribunal de origem prestou jurisdição por acórdão devidamente fundamentado. Do exposto, nego provimento ao presente agravo. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2969907. Supremo Tribunal Federal AI 834.478 AGR / BA Ademais, esta Corte firmou o entendimento de que a aposentadoria regula-se pela lei vigente à época da reunião dos requisitos. Por fim, inexiste a alegada ofensa ao inciso IX do art. 93 da Constituição, visto que o Tribunal de origem prestou jurisdição por acórdão devidamente fundamentado. Do exposto, nego provimento ao presente agravo. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2969907. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 7 Decisão de Julgamento SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 834.478 PROCED. : BAHIA RELATOR : MIN. JOAQUIM BARBOSA AGTE.(S) : ESTADO DA BAHIA PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA BAHIA AGDO.(A/S) : NELLY SALOMÉ VITÓRIA ADV.(A/S) : WAGNER BEMFICA ARAÚJO E OUTRO(A/S) Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 25.09.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Subprocurador-Geral da República, Dr. Francisco de Assis Vieira Sanseverino. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2885689 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 834.478 PROCED. : BAHIA RELATOR : MIN. JOAQUIM BARBOSA AGTE.(S) : ESTADO DA BAHIA PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA BAHIA AGDO.(A/S) : NELLY SALOMÉ VITÓRIA ADV.(A/S) : WAGNER BEMFICA ARAÚJO E OUTRO(A/S) Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 25.09.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Subprocurador-Geral da República, Dr. Francisco de Assis Vieira Sanseverino. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2885689 Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 7
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3014209
2012-09-25T00:00:00
2012-10-25T00:00:00
A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 25.09.2012.
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO
EMENTA: SERVIDOR PÚBLICO DO ESTADO DA BAHIA. GRATIFICAÇÃO POR CONDIÇÕES ESPECIAIS DE TRABALHO. LEI 6.677/1994. REEXAME DE LEGISLAÇÃO LOCAL. ÓBICE DA SÚMULA 280/STF. Para se chegar a conclusão diversa daquela a que se chegou no acórdão recorrido, seria necessário o reexame das provas dos autos e da legislação local pertinente, o que encontra óbice nas Súmulas 279 e 280 do STF. Esta Corte firmou o entendimento de que a aposentadoria regula-se pela lei vigente à época da reunião dos requisitos. Agravo regimental a que se nega provimento.
sjur217366
- Acórdão citado: AI 634055 AgR. Número de páginas: 7. Análise: 29/10/2012, MJC.
JOAQUIM BARBOSA
Segunda Turma
834478
[ "LEG-FED SUMSTF-000279 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\r\n\r\n", "LEG-FED SUMSTF-000280 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\r\n\r\n", "LEG-EST LEI-004694 ANO-1987\r\n ART-00007 PAR-00004 \r\n LEI ORDINÁRIA, BA\r\n\r\n", "LEG-EST LEI-006677 ANO-1994\r\n ART-00132 \r\n LEI ORDINÁRIA, BA" ]
AI-AgR
acordaos
AI 834478 AgR
[ "" ]
AGTE.(S) : ESTADO DA BAHIA PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA BAHIA AGDO.(A/S) : NELLY SALOMÉ VITÓRIA ADV.(A/S) : WAGNER BEMFICA ARAÚJO E OUTRO(A/S)
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[UNK] , XXXVI ; 37 , XXXIII e XIV e 40 , e", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Constituição Federal", "Constituição Federal", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Constituição Federal", "Constituição Federal", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 132 da Lei 6 . 677 / 1994", "Estatuto dos Servidores Públicos do Estado da Bahia", "art . [UNK] , § [UNK] , da Lei estadual 4 . 694 / 1987", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 132 da Lei 6 . 677 / 1994", "Estatuto dos Servidores Públicos do Estado da Bahia", "art . [UNK] , § [UNK] , da Lei estadual 4 . 694 / 1987", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "inciso IX do art . 93 da Constituição", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "inciso IX do art . 93 da Constituição", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001" ], "LOCAL": [ "BAHIA", "ESTADO DA BAHIA", "ESTADO DA BAHIA", "ESTADO DA BAHIA", "Brasília", "BAHIA", "ESTADO DA BAHIA", "ESTADO DA BAHIA", "BAHIA", "ESTADO DA BAHIA", "ESTADO DA BAHIA", "BAHIA", "BAHIA", "BAHIA", "ESTADO DA BAHIA", "ESTADO DA BAHIA", "BAHIA", "ESTADO DA BAHIA", "ESTADO DA BAHIA" ], "ORGANIZACAO": [ "SEGUNDA TURMA", "Supremo Tribunal Federal", "Segunda Turma", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "Tribunal de Justiça da Bahia", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "Tribunal de Justiça da Bahia", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "STJ", "Estado da Bahia", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "STJ", "Estado da Bahia", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Primeira Turma", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Primeira Turma", "STF", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "SEGUNDA TURMA", "Primeira Turma", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "Primeira Turma", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal", "BA", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "SEGUNDA TURMA", "[UNK] Turma", "Infra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "[UNK] Turma", "Infra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil" ], "PESSOA": [ "JOAQUIM BARBOSA", "NELLY SALOMÉ VITÓRIA", "WAGNER BEMFICA ARAÚJO", "Ricardo Lewandowski", "JOAQUIM BARBOSA", "JOAQUIM BARBOSA", "NELLY SALOMÉ VITÓRIA", "WAGNER BEMFICA ARAÚJO", "JOAQUIM BARBOSA", "JOAQUIM BARBOSA", "NELLY SALOMÉ VITÓRIA", "WAGNER BEMFICA ARAÚJO", "JOAQUIM BARBOSA", "Carmen Lúcia", "Carmen Lúcia", "JOAQUIM BARBOSA", "JOAQUIM BARBOSA", "Cármen Lúcia", "JOAQUIM BARBOSA", "Cármen Lúcia", "JOAQUIM BARBOSA", "JOAQUIM BARBOSA", "NELLY SALOMÉ VITÓRIA", "WAGNER BEMFICA ARAÚJO", "Ricardo Lewandowski", "Celso de Mello", "Gilmar Mendes", "Joaquim Barbosa", "Cármen Lúcia", "Francisco de Assis Vieira Sanseverino", "Fabiane Duarte", "JOAQUIM BARBOSA", "NELLY SALOMÉ VITÓRIA", "WAGNER BEMFICA ARAÚJO", "Ricardo Lewandowski", "Celso de Mello", "Gilmar Mendes", "Joaquim Barbosa", "Cármen Lúcia", "Francisco de Assis Vieira Sanseverino", "Fabiane Duarte" ], "TEMPO": [ "25", "/", "09", "/", "2012", "25 de setembro de 2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", "/", "10", "/", "2012", "25", "/", "09", "/", "2012", "09", "/", "01", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", "/", "09", "/", "2012", "09", "/", "01", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "09", "/", "01", "/", "2006", "09", "/", "01", "/", "2001", "09", "/", "01", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "09", "/", "01", "/", "2006", "09", "/", "01", "/", "2001", "09", "/", "01", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", ".", "08", ".", "2007", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", ".", "08", ".", "2007", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", "/", "09", "/", "2012", "24", ".", "8", ".", "2007", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", "/", "09", "/", "2012", "24", ".", "8", ".", "2007", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", ".", "09", ".", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", ".", "09", ".", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001" ] }
Ementa e Acórdão 18/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 690.583 MATO GROSSO DO SUL RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) :DULCE MARIA RODRIGUES DE MELLO ADV.(A/S) :EVANDRO MOMBRUM DE CARVALHO AGDO.(A/S) :MUNICÍPIO DE PARANAÍBA ADV.(A/S) :ARY RAGHIANT NETO E OUTRO(S) EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. TRIBUTÁRIO E CONSTITUCIONAL. 1. SERVIÇOS DE REGISTROS PÚBLICOS, NOTARIAIS E CARTORÁRIOS. 1. INCIDÊNCIA DO IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS – ISS: POSSIBILIDADE. PRECEDENTES. 2. CABIMENTO DE RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM FUNDAMENTO NO ART. 102, INC. III, ALÍNEA D, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA: CONFLITO LEGISLATIVO FEDERATIVO NÃO DEMONSTRADO. PRECEDENTES. 3. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a Presidência do Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, à unanimidade, em negar provimento ao agravo regimental no recurso extraordinário, nos termos do voto da Relatora. Ausentes, justificadamente, os Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. Brasília, 18 de setembro de 2012. Ministra CÁRMEN LÚCIA - Relatora Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863682. Supremo Tribunal Federal DJe 04/10/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 10 Relatório 18/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 690.583 MATO GROSSO DO SUL RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) :DULCE MARIA RODRIGUES DE MELLO ADV.(A/S) :EVANDRO MOMBRUM DE CARVALHO AGDO.(A/S) :MUNICÍPIO DE PARANAÍBA ADV.(A/S) :ARY RAGHIANT NETO E OUTRO(S) R E L A T Ó R I O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA (Relatora): 1. Em 25 de junho de 2012, neguei seguimento ao recurso extraordinário interposto por Dulce Maria Rodrigues de Mello contra julgado do Superior Tribunal de Justiça, o qual manteve decisão que negara provimento a agravo de instrumento em recurso especial, no sentido de ser inviável na espécie o benefício fiscal de recolhimento do Imposto sobre Serviços – ISS com base em alíquotas fixas, nos termos do art. 9º, § 1º, do Decreto-Lei n. 406/1968. A decisão agravada teve a seguinte fundamentação: “3. Razão jurídica não assiste ao Recorrente. 4. No julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade n. 3.089/DF, Relator o Ministro Ayres Britto, Redator para o acórdão Min. Joaquim Barbosa, este Supremo Tribunal Federal decidiu: (...) No mesmo sentido: (…) E ainda: ARE 666.563/RS, Rel. Min. Dias Toffoli, decisão monocrática, DJ 17.5.2012; RE 598.611/RO, Rel. Min. Menezes Direito, decisão monocrática, DJ 5.5.2009; RE 515.902/MG, Rel. Min. Eros Grau, decisão monocrática, DJ 11.4.2008, RE 555.594/MG, Rel. Min. Eros Grau, decisão monocrática, DJ Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863683. Supremo Tribunal Federal 18/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 690.583 MATO GROSSO DO SUL RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) :DULCE MARIA RODRIGUES DE MELLO ADV.(A/S) :EVANDRO MOMBRUM DE CARVALHO AGDO.(A/S) :MUNICÍPIO DE PARANAÍBA ADV.(A/S) :ARY RAGHIANT NETO E OUTRO(S) R E L A T Ó R I O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA (Relatora): 1. Em 25 de junho de 2012, neguei seguimento ao recurso extraordinário interposto por Dulce Maria Rodrigues de Mello contra julgado do Superior Tribunal de Justiça, o qual manteve decisão que negara provimento a agravo de instrumento em recurso especial, no sentido de ser inviável na espécie o benefício fiscal de recolhimento do Imposto sobre Serviços – ISS com base em alíquotas fixas, nos termos do art. 9º, § 1º, do Decreto-Lei n. 406/1968. A decisão agravada teve a seguinte fundamentação: “3. Razão jurídica não assiste ao Recorrente. 4. No julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade n. 3.089/DF, Relator o Ministro Ayres Britto, Redator para o acórdão Min. Joaquim Barbosa, este Supremo Tribunal Federal decidiu: (...) No mesmo sentido: (…) E ainda: ARE 666.563/RS, Rel. Min. Dias Toffoli, decisão monocrática, DJ 17.5.2012; RE 598.611/RO, Rel. Min. Menezes Direito, decisão monocrática, DJ 5.5.2009; RE 515.902/MG, Rel. Min. Eros Grau, decisão monocrática, DJ 11.4.2008, RE 555.594/MG, Rel. Min. Eros Grau, decisão monocrática, DJ Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863683. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 10 Relatório RE 690.583 AGR / MS 11.4.2008. 5. No voto condutor do acórdão recorrido, o Ministro Arnaldo Esteves Lima asseverou: ‘A decisão agravada, que merece ser mantida por seus próprios fundamentos, foi assim concebida (fls. 471/473e): (…) registros públicos, cartorários e notariais não se enquadram na prestação de serviços sob a forma de trabalho pessoal, de modo que inviável o benefício fiscal de recolher o ISS com base em alíquotas fixas, na forma do parágrafo 1º do artigo 9º do Decreto-Lei nº 406/68" (AgRg no REsp 1.221.491/SC, Rel. Min. HAMILTON CARVALHIDO, Primeira Turma, Dje 18/2/11). No mesmo sentido: (AgRg no REsp 1.206.873/RS, Rel. Min. HUMBERTO MARTINS, Segunda Turma, DJe 9/11/10) Com efeito, pacífico é o entendimento desta Corte no sentido de que os serviços notariais e de registro, uma vez que não são trabalho pessoal, não se beneficiam do recolhimento do ISS com base em alíquotas fixas, disciplinado pelo art. 9º, § 1°, do Decreto-Lei 406/68. (...)’. 6. O acórdão recorrido decidiu a questão posta nos autos com fundamento na interpretação da legislação infraconstitucional aplicável à espécie (Decreto-Lei 406/1968), o que não viabiliza o recurso extraordinário. Nesse sentido: (…) 7. Incabível o extraordinário pela alínea d do inc. III do art. 102 da Constituição da República. A análise do recurso extraordinário interposto por essa alínea depende da configuração nos autos de conflito de competência legislativa entre os entes da Federação, não sendo cabível, no entanto, quando há mera pretensão de revisão da interpretação dada à norma infraconstitucional. No julgamento da Questão de Ordem no Agravo de Instrumento 132.755, Redator para o acórdão o Ministro Dias Toffoli, o Ministro Marco Aurélio esclareceu que: (...) E ainda: RE 682.313/RS, de minha relatoria, decisão monocrática, DJ 18.5.2012 e RE 561.718, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, DJe 6.5.2010. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863683. Supremo Tribunal Federal RE 690.583 AGR / MS 11.4.2008. 5. No voto condutor do acórdão recorrido, o Ministro Arnaldo Esteves Lima asseverou: ‘A decisão agravada, que merece ser mantida por seus próprios fundamentos, foi assim concebida (fls. 471/473e): (…) registros públicos, cartorários e notariais não se enquadram na prestação de serviços sob a forma de trabalho pessoal, de modo que inviável o benefício fiscal de recolher o ISS com base em alíquotas fixas, na forma do parágrafo 1º do artigo 9º do Decreto-Lei nº 406/68" (AgRg no REsp 1.221.491/SC, Rel. Min. HAMILTON CARVALHIDO, Primeira Turma, Dje 18/2/11). No mesmo sentido: (AgRg no REsp 1.206.873/RS, Rel. Min. HUMBERTO MARTINS, Segunda Turma, DJe 9/11/10) Com efeito, pacífico é o entendimento desta Corte no sentido de que os serviços notariais e de registro, uma vez que não são trabalho pessoal, não se beneficiam do recolhimento do ISS com base em alíquotas fixas, disciplinado pelo art. 9º, § 1°, do Decreto-Lei 406/68. (...)’. 6. O acórdão recorrido decidiu a questão posta nos autos com fundamento na interpretação da legislação infraconstitucional aplicável à espécie (Decreto-Lei 406/1968), o que não viabiliza o recurso extraordinário. Nesse sentido: (…) 7. Incabível o extraordinário pela alínea d do inc. III do art. 102 da Constituição da República. A análise do recurso extraordinário interposto por essa alínea depende da configuração nos autos de conflito de competência legislativa entre os entes da Federação, não sendo cabível, no entanto, quando há mera pretensão de revisão da interpretação dada à norma infraconstitucional. No julgamento da Questão de Ordem no Agravo de Instrumento 132.755, Redator para o acórdão o Ministro Dias Toffoli, o Ministro Marco Aurélio esclareceu que: (...) E ainda: RE 682.313/RS, de minha relatoria, decisão monocrática, DJ 18.5.2012 e RE 561.718, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, DJe 6.5.2010. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863683. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 10 Relatório RE 690.583 AGR / MS Nada há, pois, a prover quanto às alegações do Recorrente. 8. Pelo exposto, nego seguimento ao recurso extraordinário (art. 557, caput, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal)”. 2. Publicada essa decisão no DJe de 2.8.2012, interpõe Dulce Maria Rodrigues de Mello, em 7.8.2012, tempestivamente, agravo regimental. 3. Afirma a Agravante que “o acórdão proferido pelo STJ emprestou efeito vinculante à decisão proferida na ADI 3.089, quando o próprio Supremo apenas reconheceu a constitucionalidade da incidência do ISS sobre as atividades dos serviços extrajudiciais”. Sustenta que “o acórdão verberado considerou aplicável a legislação municipal em detrimento do que dispõe o art. 9º, § 1º, do Decreto-Lei n. 406/68, requisito suficiente para o provimento do recurso, a teor do que dispõe o art. 102, III, d, da Constituição”. Assevera que, “ao tributar a agravante (registradora de imóveis), por exemplo, nos moldes estabelecidos pelo Superior Tribunal de Justiça, houve flagrante ofensa ao princípio constitucional da isonomia, insculpido nos arts. 5º, caput, e 150, inc. II, da Constituição”. Alega, ao final, que, “quando se tratar de prestação de serviços sob a forma de trabalho pessoal do contribuinte, o imposto é calculado, por meio de alíquotas fixas ou variáveis, em função da natureza do serviço ou de outros fatores pertinentes, nestes não compreendida a importância paga a título de remuneração do próprio trabalho (art. 9º, § 1º, do Decreto-Lei n. 406/68)”. Requer a reconsideração da decisão agravada ou o provimento do presente recurso. É o relatório. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863683. Supremo Tribunal Federal RE 690.583 AGR / MS Nada há, pois, a prover quanto às alegações do Recorrente. 8. Pelo exposto, nego seguimento ao recurso extraordinário (art. 557, caput, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal)”. 2. Publicada essa decisão no DJe de 2.8.2012, interpõe Dulce Maria Rodrigues de Mello, em 7.8.2012, tempestivamente, agravo regimental. 3. Afirma a Agravante que “o acórdão proferido pelo STJ emprestou efeito vinculante à decisão proferida na ADI 3.089, quando o próprio Supremo apenas reconheceu a constitucionalidade da incidência do ISS sobre as atividades dos serviços extrajudiciais”. Sustenta que “o acórdão verberado considerou aplicável a legislação municipal em detrimento do que dispõe o art. 9º, § 1º, do Decreto-Lei n. 406/68, requisito suficiente para o provimento do recurso, a teor do que dispõe o art. 102, III, d, da Constituição”. Assevera que, “ao tributar a agravante (registradora de imóveis), por exemplo, nos moldes estabelecidos pelo Superior Tribunal de Justiça, houve flagrante ofensa ao princípio constitucional da isonomia, insculpido nos arts. 5º, caput, e 150, inc. II, da Constituição”. Alega, ao final, que, “quando se tratar de prestação de serviços sob a forma de trabalho pessoal do contribuinte, o imposto é calculado, por meio de alíquotas fixas ou variáveis, em função da natureza do serviço ou de outros fatores pertinentes, nestes não compreendida a importância paga a título de remuneração do próprio trabalho (art. 9º, § 1º, do Decreto-Lei n. 406/68)”. Requer a reconsideração da decisão agravada ou o provimento do presente recurso. É o relatório. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863683. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 10 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA 18/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 690.583 MATO GROSSO DO SUL V O T O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA (Relatora): 1. Razão jurídica não assiste à Agravante. 2. O Superior Tribunal de Justiça assentou: “Com efeito, pacífico é o entendimento desta Corte no sentido de que os serviços notariais e de registro, uma vez que não são trabalho pessoal, não se beneficiam do recolhimento do ISS com base em alíquotas fixas, disciplinado pelo art. 9º, § 1°, do Decreto-Lei 406/68. (…) Diante do exposto, nego provimento ao agravo regimental”. No julgamento dos embargos de declaração, o Tribunal a quo esclareceu: “No tocante ao serviços de registros públicos, cartorários e notoriais, estes não se enquadram na prestação de serviços sob a forma de trabalho pessoal, de modo que inviável o benefício fiscal de recolher o ISS com base em alíquotas fixas, conforme disposto no art. 9°, §1°, do Decreto-Lei 406/68. Jurisprudência desta Corte”. 3. Como posto na decisão agravada, no julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade n. 3.089/DF, Redator para o acórdão o Ministro Joaquim Barbosa, este Supremo Tribunal Federal decidiu: “AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. ITENS 21 E 21.1. DA LISTA ANEXA À LEI COMPLEMENTAR 116/2003. INCIDÊNCIA DO IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS DE QUALQUER NATUREZA - Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863684. Supremo Tribunal Federal 18/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 690.583 MATO GROSSO DO SUL V O T O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA (Relatora): 1. Razão jurídica não assiste à Agravante. 2. O Superior Tribunal de Justiça assentou: “Com efeito, pacífico é o entendimento desta Corte no sentido de que os serviços notariais e de registro, uma vez que não são trabalho pessoal, não se beneficiam do recolhimento do ISS com base em alíquotas fixas, disciplinado pelo art. 9º, § 1°, do Decreto-Lei 406/68. (…) Diante do exposto, nego provimento ao agravo regimental”. No julgamento dos embargos de declaração, o Tribunal a quo esclareceu: “No tocante ao serviços de registros públicos, cartorários e notoriais, estes não se enquadram na prestação de serviços sob a forma de trabalho pessoal, de modo que inviável o benefício fiscal de recolher o ISS com base em alíquotas fixas, conforme disposto no art. 9°, §1°, do Decreto-Lei 406/68. Jurisprudência desta Corte”. 3. Como posto na decisão agravada, no julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade n. 3.089/DF, Redator para o acórdão o Ministro Joaquim Barbosa, este Supremo Tribunal Federal decidiu: “AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. ITENS 21 E 21.1. DA LISTA ANEXA À LEI COMPLEMENTAR 116/2003. INCIDÊNCIA DO IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS DE QUALQUER NATUREZA - Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863684. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 10 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA RE 690.583 AGR / MS ISSQN SOBRE SERVIÇOS DE REGISTROS PÚBLICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS. CONSTITUCIONALIDADE. Ação Direta de Inconstitucionalidade ajuizada contra os itens 21 e 21.1 da Lista Anexa à Lei Complementar 116/2003, que permitem a tributação dos serviços de registros públicos, cartorários e notariais pelo Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISSQN. Alegada violação dos arts. 145, II, 156, III, e 236, caput, da Constituição, porquanto a matriz constitucional do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza permitiria a incidência do tributo tão-somente sobre a prestação de serviços de índole privada. Ademais, a tributação da prestação dos serviços notariais também ofenderia o art. 150, VI, a e §§ 2º e 3º da Constituição, na medida em que tais serviços públicos são imunes à tributação recíproca pelos entes federados. As pessoas que exercem atividade notarial não são imunes à tributação, porquanto a circunstância de desenvolverem os respectivos serviços com intuito lucrativo invoca a exceção prevista no art. 150, § 3º da Constituição. O recebimento de remuneração pela prestação dos serviços confirma, ainda, capacidade contributiva. A imunidade recíproca é uma garantia ou prerrogativa imediata de entidades políticas federativas, e não de particulares que executem, com inequívoco intuito lucrativo, serviços públicos mediante concessão ou delegação, devidamente remunerados. Não há diferenciação que justifique a tributação dos serviços públicos concedidos e a não- tributação das atividades delegadas. Ação Direta de Inconstitucionalidade conhecida, mas julgada improcedente” (ADI 3.089, Redator para o acórdão o Ministro Joaquim Barbosa, Plenário, DJe 1º.8.2008 – grifos nossos). No mesmo sentido: “TRIBUTÁRIO. IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS DE QUALQUER NATUREZA. ATIVIDADE NOTARIAL. INCIDÊNCIA. PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL. Os serviços notariais e de registro exercidos em caráter privado e 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863684. Supremo Tribunal Federal RE 690.583 AGR / MS ISSQN SOBRE SERVIÇOS DE REGISTROS PÚBLICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS. CONSTITUCIONALIDADE. Ação Direta de Inconstitucionalidade ajuizada contra os itens 21 e 21.1 da Lista Anexa à Lei Complementar 116/2003, que permitem a tributação dos serviços de registros públicos, cartorários e notariais pelo Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISSQN. Alegada violação dos arts. 145, II, 156, III, e 236, caput, da Constituição, porquanto a matriz constitucional do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza permitiria a incidência do tributo tão-somente sobre a prestação de serviços de índole privada. Ademais, a tributação da prestação dos serviços notariais também ofenderia o art. 150, VI, a e §§ 2º e 3º da Constituição, na medida em que tais serviços públicos são imunes à tributação recíproca pelos entes federados. As pessoas que exercem atividade notarial não são imunes à tributação, porquanto a circunstância de desenvolverem os respectivos serviços com intuito lucrativo invoca a exceção prevista no art. 150, § 3º da Constituição. O recebimento de remuneração pela prestação dos serviços confirma, ainda, capacidade contributiva. A imunidade recíproca é uma garantia ou prerrogativa imediata de entidades políticas federativas, e não de particulares que executem, com inequívoco intuito lucrativo, serviços públicos mediante concessão ou delegação, devidamente remunerados. Não há diferenciação que justifique a tributação dos serviços públicos concedidos e a não- tributação das atividades delegadas. Ação Direta de Inconstitucionalidade conhecida, mas julgada improcedente” (ADI 3.089, Redator para o acórdão o Ministro Joaquim Barbosa, Plenário, DJe 1º.8.2008 – grifos nossos). No mesmo sentido: “TRIBUTÁRIO. IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS DE QUALQUER NATUREZA. ATIVIDADE NOTARIAL. INCIDÊNCIA. PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL. Os serviços notariais e de registro exercidos em caráter privado e 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863684. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 10 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA RE 690.583 AGR / MS mediante delegação sofrem a incidência do ISS. A imunidade tributária recíproca não se aplica aos notários e aos registradores. Como o único fundamento para afastar a lei local sobre a tributação utilizado pelo Tribunal de origem versa sobre as questões de fundo próprias à tributação (e.g., imunidade), aplica-se ao caso integralmente a orientação firmada na ADI 3.089 (rel. min. Ayres Britto, red. p/ acórdão min. Joaquim Barbosa). Agravo regimental ao qual s e nega provimento” (RE 599.527-AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa, Segunda Turma, DJe 6.4.2011 – grifos nossos). 4. Na espécie, a controvérsia foi decidida com base na interpretação prévia de normas infraconstitucionais (Decreto-Lei n. 406/1968). Eventual ofensa constitucional, se tivesse ocorrido, seria indireta. Nesse sentido: “AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. DIREITO TRIBUTÁRIO. INCIDÊNCIA DE ISSQN SOBRE SERVIÇOS DE REGISTROS PÚBLICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS. TRIBUTAÇÃO PRIVILEGIADA NA FORMA DO ARTIGO 9º, § 1º, DO DECRETO-LEI Nº 406/68 E LC Nº 116/03. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL E REEXAME DE PROVAS. INCIDÊNCIA DA SÚMULA N.º 279/STF. INVIABILIDADE DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO” (ARE 666.567-AgR, Rel. Min. Luiz Fux, Primeira Turma, DJe 20.6.2012). “AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ISS. ATIVIDADE NOTARIAL E DE REGISTRO PÚBLICO. REGIME DE TRIBUTAÇÃO FIXA PREVISTA NO ART. 9º, § 1º, DO DECRETO-LEI 406/1968. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. SÚMULAS 282 E 356 DO STF. INTERPRETAÇÃO DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA INDIRETA. AGRAVO 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863684. Supremo Tribunal Federal RE 690.583 AGR / MS mediante delegação sofrem a incidência do ISS. A imunidade tributária recíproca não se aplica aos notários e aos registradores. Como o único fundamento para afastar a lei local sobre a tributação utilizado pelo Tribunal de origem versa sobre as questões de fundo próprias à tributação (e.g., imunidade), aplica-se ao caso integralmente a orientação firmada na ADI 3.089 (rel. min. Ayres Britto, red. p/ acórdão min. Joaquim Barbosa). Agravo regimental ao qual s e nega provimento” (RE 599.527-AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa, Segunda Turma, DJe 6.4.2011 – grifos nossos). 4. Na espécie, a controvérsia foi decidida com base na interpretação prévia de normas infraconstitucionais (Decreto-Lei n. 406/1968). Eventual ofensa constitucional, se tivesse ocorrido, seria indireta. Nesse sentido: “AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. DIREITO TRIBUTÁRIO. INCIDÊNCIA DE ISSQN SOBRE SERVIÇOS DE REGISTROS PÚBLICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS. TRIBUTAÇÃO PRIVILEGIADA NA FORMA DO ARTIGO 9º, § 1º, DO DECRETO-LEI Nº 406/68 E LC Nº 116/03. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL E REEXAME DE PROVAS. INCIDÊNCIA DA SÚMULA N.º 279/STF. INVIABILIDADE DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO” (ARE 666.567-AgR, Rel. Min. Luiz Fux, Primeira Turma, DJe 20.6.2012). “AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ISS. ATIVIDADE NOTARIAL E DE REGISTRO PÚBLICO. REGIME DE TRIBUTAÇÃO FIXA PREVISTA NO ART. 9º, § 1º, DO DECRETO-LEI 406/1968. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. SÚMULAS 282 E 356 DO STF. INTERPRETAÇÃO DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA INDIRETA. AGRAVO 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863684. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 10 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA RE 690.583 AGR / MS IMPROVIDO. (…) I – É inadmissível o recurso extraordinário quando sua análise implica rever a interpretação de normas infraconstitucionais que fundamentam a decisão a quo. A afronta à Constituição, se ocorrente, seria apenas indireta. Precedentes. III – Agravo regimental improvido” (ARE 651.065-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Segunda Turma, DJe 22.5.2012). 5. Ademais, o Supremo Tribunal Federal assentou que o cabimento do recurso extraordinário com fundamento na alínea d do inc. III do art. 102 da Constituição da República depende da existência de conflito de competência legislativa entre os entes da Federação, o que não ocorreu na espécie vertente, que se limitou à interpretação de legislação infraconstitucional. Como afirmado na decisão agravada, no julgamento da Questão de Ordem no Agravo de Instrumento n. 132.755, Redator para o acórdão o Ministro Dias Toffoli, o Ministro Marco Aurélio esclareceu que: “Na alínea d, Presidente, não está essa explicitação e, então, em visão primeira, admitir-se-ia recurso extraordinário desde que contestada lei local em face de lei federal, inclusive quanto ao mérito em si. Foi quando imaginamos que o alcance desse preceito não é outro senão submeter ao Supremo a competência legiferante, ou seja, apenas quando em discussão - na Corte de origem e formalizado o acórdão impugnado mediante o extraordinário -, em termos de competência, se cabe ao Poder Legislativo local ou federal disciplinar a matéria, é que se abre a porta para chegar ao Supremo. Fora isso, o Supremo ficará inviabilizado se admitirmos todo e qualquer conflito entre a lei local e a federal” (DJe 25.2.2010). Em caso análogo ao dos autos: “AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. TRIBUTÁRIO. IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS – ISS. 1. PREENCHIMENTO DE REQUISITOS. DECRETO-LEI 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863684. Supremo Tribunal Federal RE 690.583 AGR / MS IMPROVIDO. (…) I – É inadmissível o recurso extraordinário quando sua análise implica rever a interpretação de normas infraconstitucionais que fundamentam a decisão a quo. A afronta à Constituição, se ocorrente, seria apenas indireta. Precedentes. III – Agravo regimental improvido” (ARE 651.065-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Segunda Turma, DJe 22.5.2012). 5. Ademais, o Supremo Tribunal Federal assentou que o cabimento do recurso extraordinário com fundamento na alínea d do inc. III do art. 102 da Constituição da República depende da existência de conflito de competência legislativa entre os entes da Federação, o que não ocorreu na espécie vertente, que se limitou à interpretação de legislação infraconstitucional. Como afirmado na decisão agravada, no julgamento da Questão de Ordem no Agravo de Instrumento n. 132.755, Redator para o acórdão o Ministro Dias Toffoli, o Ministro Marco Aurélio esclareceu que: “Na alínea d, Presidente, não está essa explicitação e, então, em visão primeira, admitir-se-ia recurso extraordinário desde que contestada lei local em face de lei federal, inclusive quanto ao mérito em si. Foi quando imaginamos que o alcance desse preceito não é outro senão submeter ao Supremo a competência legiferante, ou seja, apenas quando em discussão - na Corte de origem e formalizado o acórdão impugnado mediante o extraordinário -, em termos de competência, se cabe ao Poder Legislativo local ou federal disciplinar a matéria, é que se abre a porta para chegar ao Supremo. Fora isso, o Supremo ficará inviabilizado se admitirmos todo e qualquer conflito entre a lei local e a federal” (DJe 25.2.2010). Em caso análogo ao dos autos: “AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. TRIBUTÁRIO. IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS – ISS. 1. PREENCHIMENTO DE REQUISITOS. DECRETO-LEI 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863684. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 10 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA RE 690.583 AGR / MS N. 406/1968. IMPOSSIBILIDADE DE ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. 2. CABIMENTO DE RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM FUNDAMENTO NO ART. 102, INC. III, ALÍNEA D, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA: CONFLITO LEGISLATIVO FEDERATIVO NÃO DEMONSTRADO. PRECEDENTES. AGRAVO AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (AI 717.978-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 28.3.2012). 6. Os argumentos da Agravante, insuficientes para modificar a decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente prestação jurisdicional. 7. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental. 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863684. Supremo Tribunal Federal RE 690.583 AGR / MS N. 406/1968. IMPOSSIBILIDADE DE ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. 2. CABIMENTO DE RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM FUNDAMENTO NO ART. 102, INC. III, ALÍNEA D, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA: CONFLITO LEGISLATIVO FEDERATIVO NÃO DEMONSTRADO. PRECEDENTES. AGRAVO AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (AI 717.978-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 28.3.2012). 6. Os argumentos da Agravante, insuficientes para modificar a decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente prestação jurisdicional. 7. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental. 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863684. Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 10 Decisão de Julgamento SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 690.583 PROCED. : MATO GROSSO DO SUL RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) : DULCE MARIA RODRIGUES DE MELLO ADV.(A/S) : EVANDRO MOMBRUM DE CARVALHO AGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE PARANAÍBA ADV.(A/S) : ARY RAGHIANT NETO E OUTRO(S) Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 18.09.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2849268 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 690.583 PROCED. : MATO GROSSO DO SUL RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) : DULCE MARIA RODRIGUES DE MELLO ADV.(A/S) : EVANDRO MOMBRUM DE CARVALHO AGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE PARANAÍBA ADV.(A/S) : ARY RAGHIANT NETO E OUTRO(S) Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 18.09.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2849268 Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 10
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=2875113
2012-09-18T00:00:00
2012-10-04T00:00:00
A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 18.09.2012.
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO
EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. TRIBUTÁRIO E CONSTITUCIONAL. 1. SERVIÇOS DE REGISTROS PÚBLICOS, NOTARIAIS E CARTORÁRIOS. 1. INCIDÊNCIA DO IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS – ISS: POSSIBILIDADE. PRECEDENTES. 2. CABIMENTO DE RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM FUNDAMENTO NO ART. 102, INC. III, ALÍNEA D, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA: CONFLITO LEGISLATIVO FEDERATIVO NÃO DEMONSTRADO. PRECEDENTES. 3. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.
sjur215943
- Acórdãos citados: ADI 3089, RE 599527 AgR, ARE 666567 AgR, ARE 651065 AgR, AI 132755 QO. Número de páginas: 10. Análise: 11/10/2012, MJC.
CÁRMEN LÚCIA
Segunda Turma
690583
[ "LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00102 INC-00003 LET-D \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n\r\n", "LEG-FED DEL-000406 ANO-1968\r\n DECRETO-LEI" ]
RE-AgR
acordaos
RE 690583 AgR
[ "" ]
AGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE PARANAÍBA AGTE.(S) : DULCE MARIA RODRIGUES DE MELLO ADV.(A/S) : EVANDRO MOMBRUM DE CARVALHO ADV.(A/S) : ARY RAGHIANT NETO E OUTRO(S)
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "RECURSO EXTRAORDINÁRIO 690 . 583", "RECURSO EXTRAORDINÁRIO 690 . 583", "Ação Direta de Inconstitucionalidade n . 3 . 089 / DF", "ARE 666 . 563 / RS", "RE 598 . 611 / RO", "RE 515 . 902 / MG", "RE 555 . 594 / MG", "RECURSO", "Ação Direta de Inconstitucionalidade n . 3 . 089 / DF", "ARE 666 . 563 / RS", "RE 598 . 611 / RO", "RE 515 . 902 / MG", "RE 555 . 594 / MG", "RE 690 . 583 AGR / MS 11 . 4 . 2008", "AgRg no REsp 1 . 221 . 491 / SC", "AgRg no REsp 1 . 206 . 873 / RS", "Agravo de Instrumento 132 . 755", "RE 682 . 313 / RS", "RE 561 . 718", "RE 690 . 583 AGR / MS", "AgRg no REsp 1 . 221 . 491 / SC", "AgRg no REsp 1 . 206 . 873 / RS", "Agravo de Instrumento 132 . 755", "RE 682 . 313 / RS", "RE 561 . 718", "RE 690 . 583 AGR / MS", "ADI 3 . 089", "RE 690 . 583 AGR / MS", "ADI 3 . 089", "RECURSO EXTRAORDINÁRIO 690 . 583", "Ação Direta de Inconstitucionalidade n . 3 . 089 / DF", "RECURSO EXTRAORDINÁRIO 690 . 583", "Ação Direta de Inconstitucionalidade n . 3 . 089 / DF", "RE 690 . 583 AGR / MS", "ADI 3 . 089", "RE 690 . 583 AGR / MS", "ADI 3 . 089", "RE 690 . 583", "ADI 3 . 089", "RE 599 . 527 - AgR", "SÚMULA N . [UNK] 279 / STF", "ARE 666 . 567 - AgR", "SÚMULAS 282", "RE 690 . 583 AGR / MS", "ADI 3 . 089", "RE 599 . 527 - AgR", "SÚMULA N . [UNK] 279 / STF", "ARE 666 . 567 - AgR", "SÚMULAS 282", "RE 690 . 583 AGR", "ARE 651 . 065 - AgR", "Agravo de Instrumento n . 132 . 755", "RE 690 . 583 AGR / MS", "ARE 651 . 065 - AgR", "Agravo de Instrumento n . 132 . 755", "RE 690 . 583", "AI 717 . 978 - AgR", "RE 690 . 583", "AGR", "MS N . 406 / 1968", "AI 717 . 978 - AgR", "RECURSO EXTRAORDINÁRIO 690 . 583", "RECURSO EXTRAORDINÁRIO 690 . 583" ], "LEGISLACAO": [ "ART . 102 , INC . III , ALÍNEA D , DA", "CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . [UNK] , § [UNK] , do Decreto - Lei n . 406 / 1968", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . [UNK] , § [UNK] , do Decreto - Lei n . 406 / 1968", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "parágrafo [UNK] do artigo [UNK] do Decreto - Lei [UNK] 406 / 68", "art . [UNK] , § 1° , do Decreto - Lei 406 / 68", "Decreto", "-", "Lei 406 / 1968", "alínea d do inc . 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[UNK] , § [UNK] , DO DECRETO - LEI 406 / 1968", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Decreto", "-", "Lei n . 406 / 1968", "ARTIGO [UNK] , § [UNK] , DO DECRETO - LEI [UNK] 406 / 68", "LC [UNK] 116 / 03", "ART . [UNK] , § [UNK] , DO DECRETO - LEI 406 / 1968", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Constituição", "alínea d do inc . III do art . 102 da Constituição da República", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Constituição", "alínea d do inc . III do art . 102 da Constituição da República", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "AGR", "/", "MS", "ART . 102 , INC . III , ALÍNEA D , DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "/", "ART . 102 , INC . 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"Ricardo Lewandowski", "Gilmar Mendes", "Cármen Lúcia", "Celso de Mello", "Joaquim Barbosa", "Paulo da Rocha Campos", "Fabiane Duarte", "CÁRMEN LÚCIA", "DULCE MARIA RODRIGUES DE MELLO", "EVANDRO MOMBRUM DE CARVALHO", "ARY RAGHIANT NETO", "Celso de Mello", "Joaquim Barbosa", "Ricardo Lewandowski", "Gilmar Mendes", "Cármen Lúcia", "Celso de Mello", "Joaquim Barbosa", "Paulo da Rocha Campos", "Fabiane Duarte" ], "TEMPO": [ "18", "/", "09", "/", "2012", "18 de setembro de 2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "04", "/", "10", "/", "2012", "18", "/", "09", "/", "2012", "25 de junho de 2012", "17", ".", "5", ".", "2012", "5", ".", "5", ".", "2009", "11", ".", "4", ".", "2008", "24", "/", "08", "/", "2001", "18", "/", "09", "/", "2012", "25 de junho de 2012", "17", ".", "5", ".", "2012", "5", ".", "5", ".", "2009", "11", ".", "4", ".", "2008", "24", "/", "08", "/", "2001", "18", "/", "2", "/", "11", "9", "/", "11", "/", "10", "18", ".", "5", ".", "2012", "6", ".", "5", ".", "2010", "24", "/", 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Ementa e Acórdão 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 688.355 CEARÁ RELATOR : MIN. GILMAR MENDES AGTE.(S) :MANOEL COELHO SAMPAIO ADV.(A/S) :PAULO NAPOLEÃO GONÇALVES QUEZADO AGDO.(A/S) :MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO CEARÁ PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO CEARÁ Agravo regimental em agravo nos próprios autos do recurso extraordinário. 2. Penal e Processual Penal. 3. Homicídio. Pleito de desclassificação para lesão corporal. 4. Suposta violação aos princípios constitucionais do contraditório, da ampla defesa, do devido processo legal, da presunção de inocência e da individualização da pena. 5. Irresignação contra a rejeição de alegada legítima defesa putativa. Tese recursal que demanda revolvimento fático-probatório. Incidência do óbice da Súmula 279. 6. A análise da presença dos requisitos caracterizadores da legítima defesa putativa restringe-se à interpretação do artigo 20, § 1º, do Código Penal. 7. Insurgência relativa ao quantum adequado de diminuição de pena em razão da confissão e ao percentual de aumento aplicado às agravantes. Questão que se restringe à interpretação do art. 59 do Código Penal. 8 Ausência de violação frontal à Constituição Federal. 9. Agravo regimental a que se nega provimento. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os ministros do Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Brasília, 25 de setembro de 2012. Ministro GILMAR MENDES Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2877737. Supremo Tribunal Federal DJe 08/10/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 9 Ementa e Acórdão ARE 688.355 AGR / CE Relator Documento assinado digitalmente 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2877737. Supremo Tribunal Federal ARE 688.355 AGR / CE Relator Documento assinado digitalmente 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2877737. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 9 Relatório 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 688.355 CEARÁ RELATOR : MIN. GILMAR MENDES AGTE.(S) :MANOEL COELHO SAMPAIO ADV.(A/S) :PAULO NAPOLEÃO GONÇALVES QUEZADO AGDO.(A/S) :MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO CEARÁ PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO CEARÁ R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (RELATOR): Trata-se de agravo regimental contra decisão de minha relatoria pela qual neguei trânsito ao agravo nos próprios autos em face de decisão de inadmissibilidade de recurso extraordinário interposto contra acórdão do Tribunal de Justiça do Estado do Ceará assim ementado: “PENAL E PROCESSO PENAL. APELAÇÃO CRIMINAL. HOMICÍDIO. DESCLASSIFICAÇÃO. LESÃO CORPORAL. NULIDADE DA SENTENÇA POR AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO. REJEITADA. LEGÍTIMA DEFESA PUTATIVA NÃO CARACTERIZADA. FIXAÇÃO DA PENA SEGUNDO A ANÁLISE DOS ELEMENTOS DISPOSTOS NO ART. 59 DO CPB. SENTENÇA MANTIDA. 1. A jurisprudência pátria firma-se no sentido de que a decisão judicial não exige fundamentação exaustiva, sendo bastante que nela haja elementos suficientes esclarecedores do convencimento do julgador. Precedentes do STJ. Nulidade afastada. 2. Não há se falar em excludente da ilicitude de legítima defesa putativa, quando não vislumbrado o uso de meios moderados para repelir imaginária agressão. 3. Segundo o acervo provatório, restam mantidas as agravantes genéricas do motivo fútil e do uso de recurso que impossibilitou a defesa da vítima. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2877738. Supremo Tribunal Federal 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 688.355 CEARÁ RELATOR : MIN. GILMAR MENDES AGTE.(S) :MANOEL COELHO SAMPAIO ADV.(A/S) :PAULO NAPOLEÃO GONÇALVES QUEZADO AGDO.(A/S) :MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO CEARÁ PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO CEARÁ R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (RELATOR): Trata-se de agravo regimental contra decisão de minha relatoria pela qual neguei trânsito ao agravo nos próprios autos em face de decisão de inadmissibilidade de recurso extraordinário interposto contra acórdão do Tribunal de Justiça do Estado do Ceará assim ementado: “PENAL E PROCESSO PENAL. APELAÇÃO CRIMINAL. HOMICÍDIO. DESCLASSIFICAÇÃO. LESÃO CORPORAL. NULIDADE DA SENTENÇA POR AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO. REJEITADA. LEGÍTIMA DEFESA PUTATIVA NÃO CARACTERIZADA. FIXAÇÃO DA PENA SEGUNDO A ANÁLISE DOS ELEMENTOS DISPOSTOS NO ART. 59 DO CPB. SENTENÇA MANTIDA. 1. A jurisprudência pátria firma-se no sentido de que a decisão judicial não exige fundamentação exaustiva, sendo bastante que nela haja elementos suficientes esclarecedores do convencimento do julgador. Precedentes do STJ. Nulidade afastada. 2. Não há se falar em excludente da ilicitude de legítima defesa putativa, quando não vislumbrado o uso de meios moderados para repelir imaginária agressão. 3. Segundo o acervo provatório, restam mantidas as agravantes genéricas do motivo fútil e do uso de recurso que impossibilitou a defesa da vítima. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2877738. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 9 Relatório ARE 688.355 AGR / CE 4. Quando a análise das circunstâncias judiciais dispostas no art. 59 do CPB, mostram-se, em sua maioria desfavoráveis ao acusado, a fixação da pena-base pode ser imposta acima do mínimo legal, sem ofensa ao teor da novel Súmula Nº 444 do STJ. 5. Recurso conhecido, mas desprovido. “ Contra referido acórdão, foram opostos embargos declaratórios, os quais foram rejeitados, ao fundamento de ausência de omissão. Nas razões do recurso extraordinário, interposto com fundamento na alínea a do permissivo constitucional, alegou-se que o acórdão impugnado ofendia ao caput e aos incisos XLVI, LIV, LV e LVII do art. 5º da Constituição Federal, que tratam da igualdade, do contraditório, da ampla defesa, do devido processo legal, da presunção de inocência e da individualização da penal. O recorrente sustentou que a legítima defesa putativa foi excluída por um critério objetivo, ou seja, em razão do número de balas disparadas, ao passo que, no seu entender, a presença desta excludente de ilicitude deveria ter sido analisada de forma subjetiva, inerente à sua existência. Assim, insurgiu-se contra a não aplicação da parte inicial do parágrafo primeiro do artigo 20 do Código Penal, que prevê a legítima defesa imaginária. Consequentemente, afirmou incidir, no caso concreto, a parte final do mesmo dispositivo, que estabelece a punição do delito em sua modalidade culposa, ainda que o agente tenha agido com dolo. Alegou, ainda, no recurso extraordinário, que a instrução processual demonstra que a vítima era pessoa de má índole, conhecida por desordeira na cidade de Nova Oriente, contumaz na prática de arruaças que sempre geravam desordem. Sustentou que os disparos efetuados pelo ora recorrente foram feitos por erro plenamente justificável, uma vez que fora ameaçado várias vezes pela vítima. Segundo a defesa, corrobora a tese da legítima defesa putativa o fato de que o acusado se dirigiu à delegacia, com a arma do crime, tendo, inclusive, fretado um avião para transportar a vítima para Fortaleza, a fim de que fosse submetida a uma cirurgia por médicos especializados. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2877738. Supremo Tribunal Federal ARE 688.355 AGR / CE 4. Quando a análise das circunstâncias judiciais dispostas no art. 59 do CPB, mostram-se, em sua maioria desfavoráveis ao acusado, a fixação da pena-base pode ser imposta acima do mínimo legal, sem ofensa ao teor da novel Súmula Nº 444 do STJ. 5. Recurso conhecido, mas desprovido. “ Contra referido acórdão, foram opostos embargos declaratórios, os quais foram rejeitados, ao fundamento de ausência de omissão. Nas razões do recurso extraordinário, interposto com fundamento na alínea a do permissivo constitucional, alegou-se que o acórdão impugnado ofendia ao caput e aos incisos XLVI, LIV, LV e LVII do art. 5º da Constituição Federal, que tratam da igualdade, do contraditório, da ampla defesa, do devido processo legal, da presunção de inocência e da individualização da penal. O recorrente sustentou que a legítima defesa putativa foi excluída por um critério objetivo, ou seja, em razão do número de balas disparadas, ao passo que, no seu entender, a presença desta excludente de ilicitude deveria ter sido analisada de forma subjetiva, inerente à sua existência. Assim, insurgiu-se contra a não aplicação da parte inicial do parágrafo primeiro do artigo 20 do Código Penal, que prevê a legítima defesa imaginária. Consequentemente, afirmou incidir, no caso concreto, a parte final do mesmo dispositivo, que estabelece a punição do delito em sua modalidade culposa, ainda que o agente tenha agido com dolo. Alegou, ainda, no recurso extraordinário, que a instrução processual demonstra que a vítima era pessoa de má índole, conhecida por desordeira na cidade de Nova Oriente, contumaz na prática de arruaças que sempre geravam desordem. Sustentou que os disparos efetuados pelo ora recorrente foram feitos por erro plenamente justificável, uma vez que fora ameaçado várias vezes pela vítima. Segundo a defesa, corrobora a tese da legítima defesa putativa o fato de que o acusado se dirigiu à delegacia, com a arma do crime, tendo, inclusive, fretado um avião para transportar a vítima para Fortaleza, a fim de que fosse submetida a uma cirurgia por médicos especializados. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2877738. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 9 Relatório ARE 688.355 AGR / CE Em suma, sustentou-se insuficiência de provas para a acusação, argumentando-se que o acórdão funda-se, somente, no número de disparos. No que diz respeito à sanção aplicada, o recorrente alegou que a pena-base foi fixada no triplo do mínimo legal, o que destoa da realidade circunstancial do presente caso. Insurgiu-se, especialmente contra o fato de a pena ter sido reduzida somente em 2 (dois) meses, em razão da confissão espontânea, e aumentada em 6 (seis) meses por causa do reconhecimento das agravantes, consistentes no motivo fútil e no recurso que impossibilitou a defesa da vítima. Assim, pleiteou-se, no recurso extraordinário, que o réu fosse declarado isento de pena, com suporte no art. 20, § 1º, do Código Penal, ou que seja punido na modalidade culposa, conforme parte final do referido dispositivo legal. Subsidiariamente, requereu-se a revisão da fixação da pena, para que fosse reduzida ao mínimo estabelecido em lei. O Tribunal a quo negou trânsito ao recurso extraordinário, ao fundamento de ausência de prequestionamento e de impossibilidade de análise probatória no recurso extraordinário, invocando os óbices das súmulas 282, 356 e 279 desta Suprema Corte. Contra a decisão de inadmissibilidade do recurso extraordinário, foi interposto agravo nos próprios autos. Sobreveio, então, decisão monocrática de minha relatoria, pela qual neguei trânsito ao recurso, invocando o óbice da Súmula 279 e o fundamento de ocorrência de violação meramente reflexa à Constituição Federal. No presente agravo regimental, refutam-se os fundamentos da decisão recorrida, sustentando-se que o acórdão proferido pelo Tribunal a quo ofendeu diretamente normas constitucionais e que referidas máculas constitucionais foram contextualizadas “a partir da mínima exposição fática inerente e necessária a toda espécie recursal.” É o relatório. 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2877738. Supremo Tribunal Federal ARE 688.355 AGR / CE Em suma, sustentou-se insuficiência de provas para a acusação, argumentando-se que o acórdão funda-se, somente, no número de disparos. No que diz respeito à sanção aplicada, o recorrente alegou que a pena-base foi fixada no triplo do mínimo legal, o que destoa da realidade circunstancial do presente caso. Insurgiu-se, especialmente contra o fato de a pena ter sido reduzida somente em 2 (dois) meses, em razão da confissão espontânea, e aumentada em 6 (seis) meses por causa do reconhecimento das agravantes, consistentes no motivo fútil e no recurso que impossibilitou a defesa da vítima. Assim, pleiteou-se, no recurso extraordinário, que o réu fosse declarado isento de pena, com suporte no art. 20, § 1º, do Código Penal, ou que seja punido na modalidade culposa, conforme parte final do referido dispositivo legal. Subsidiariamente, requereu-se a revisão da fixação da pena, para que fosse reduzida ao mínimo estabelecido em lei. O Tribunal a quo negou trânsito ao recurso extraordinário, ao fundamento de ausência de prequestionamento e de impossibilidade de análise probatória no recurso extraordinário, invocando os óbices das súmulas 282, 356 e 279 desta Suprema Corte. Contra a decisão de inadmissibilidade do recurso extraordinário, foi interposto agravo nos próprios autos. Sobreveio, então, decisão monocrática de minha relatoria, pela qual neguei trânsito ao recurso, invocando o óbice da Súmula 279 e o fundamento de ocorrência de violação meramente reflexa à Constituição Federal. No presente agravo regimental, refutam-se os fundamentos da decisão recorrida, sustentando-se que o acórdão proferido pelo Tribunal a quo ofendeu diretamente normas constitucionais e que referidas máculas constitucionais foram contextualizadas “a partir da mínima exposição fática inerente e necessária a toda espécie recursal.” É o relatório. 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2877738. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 9 Voto - MIN. GILMAR MENDES 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 688.355 CEARÁ V O T O O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (RELATOR): Nas razões do agravo regimental, não ficou demonstrado o desacerto da decisão agravada, mas mero inconformismo da parte. Da leitura dos autos, extrai-se que o núcleo da controvérsia diz respeito à comprovação da legítima defesa putativa. Verifica-se que o ora recorrente, a pretexto de utilizar a regra do in dubio pro reo, pretende, na realidade, o revolvimento fático-probatório, o que é defeso em sede de recurso extraordinário. Com efeito, o Tribunal a quo, com base no acervo probatório, concluiu pela existência da materialidade delitiva e pela autoria do ora recorrente, afastando a tese de que teria incorrido em erro plenamente justificável pelas circunstâncias. A propósito, confiram-se os seguintes trechos do acórdão recorrido: “Desta feita, não de se falar em legítima defesa, dirá putativa, porquanto a ausência de um dos elementos, no caso, o uso de meios moderados, é suficiente para descaracterizar a mencionada excludente de ilicitude. Segundo o acervo provatório, os meios utilizados pelo réu – CINCO TIROS (certeiros!) -. Forma por demais desnecessários, desproporcionais e desarrazoados, mormente quando se encontrava a vítima desarmada.” Verifica-se, portanto, que a tese desenvolvida no recurso extraordinário demanda a reanálise da instrução probatória, entretanto o Recurso Extraordinário – que tem como escopo obstar a violação ao texto constitucional – não se presta à revisão dos fatos e provas já analisados pelas instâncias ordinárias. A propósito, entre inúmeros precedentes, cito os seguintes: AI-AgR 780123, rel. Min. Cármen Lúcia, Primeira Turma, DJe 1.10.2010; AI-AgR Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2877739. Supremo Tribunal Federal 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 688.355 CEARÁ V O T O O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (RELATOR): Nas razões do agravo regimental, não ficou demonstrado o desacerto da decisão agravada, mas mero inconformismo da parte. Da leitura dos autos, extrai-se que o núcleo da controvérsia diz respeito à comprovação da legítima defesa putativa. Verifica-se que o ora recorrente, a pretexto de utilizar a regra do in dubio pro reo, pretende, na realidade, o revolvimento fático-probatório, o que é defeso em sede de recurso extraordinário. Com efeito, o Tribunal a quo, com base no acervo probatório, concluiu pela existência da materialidade delitiva e pela autoria do ora recorrente, afastando a tese de que teria incorrido em erro plenamente justificável pelas circunstâncias. A propósito, confiram-se os seguintes trechos do acórdão recorrido: “Desta feita, não de se falar em legítima defesa, dirá putativa, porquanto a ausência de um dos elementos, no caso, o uso de meios moderados, é suficiente para descaracterizar a mencionada excludente de ilicitude. Segundo o acervo provatório, os meios utilizados pelo réu – CINCO TIROS (certeiros!) -. Forma por demais desnecessários, desproporcionais e desarrazoados, mormente quando se encontrava a vítima desarmada.” Verifica-se, portanto, que a tese desenvolvida no recurso extraordinário demanda a reanálise da instrução probatória, entretanto o Recurso Extraordinário – que tem como escopo obstar a violação ao texto constitucional – não se presta à revisão dos fatos e provas já analisados pelas instâncias ordinárias. A propósito, entre inúmeros precedentes, cito os seguintes: AI-AgR 780123, rel. Min. Cármen Lúcia, Primeira Turma, DJe 1.10.2010; AI-AgR Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2877739. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 9 Voto - MIN. GILMAR MENDES ARE 688.355 AGR / CE 780810, rel. Min. Ayres Britto, Primeira Turma, DJe 17.9.2010; AI-AgR 761897, rel. Min. Ellen Gracie, Segunda Turma, DJe 30.4.2010 e AI-AgR 51274, rel. Min. Joaquim Barbosa, Segunda Turma, DJ 16.2.2007. Incide, portanto, a Súmula 279, segundo a qual não cabe recurso extraordinário para simples reexame de prova. Ademais, a análise da presença dos requisitos caracterizadores da legítima defesa putativa demanda interpretação do artigo 20, § 1º, do Código Penal, razão pela qual o tema não deve ser enfrentado em sede de recurso extraordinário cujo objetivo é a salvaguarda da Constituição Federal. Ademais, a teor da jurisprudência desta Suprema Corte, a mera alegação de violação ao in dubio pro reo constitui ofensa reflexa à Constituição Federal: “AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PENAL MILITAR E PROCESSUAL PENAL MILITAR. CRIME DE HOMICÍDIO CULPOSO (CPM, ART. 206, § 2º, C/C ART. 33, II). APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO IN DUBIO PRO REO POR CONSIDERAR QUE NÃO FORAM REUNIDAS PROVAS CAPAZES DE EMBASAR A SENTENÇA CONDENATÓRIA. ALEGADA VIOLAÇÃO AO ARTIGO 5º, LV, CF. OFENSA REFLEXA. REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO JÁ CARREADO AOS AUTOS. IMPOSSIBILIDADE. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 279/STF. 1. A verificação de ofensa aos princípios da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, da motivação das decisões judiciais, bem como aos limites da coisa julgada, quando dependente do reexame prévio de normas infraconstitucionais, revela ofensa indireta ou reflexa à Constituição Federal, o que, por si só, não desafia a instância extraordinária. 2. A Súmula 279/STF dispõe, verbis: “Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário”. 3. É que o recurso extraordinário não se presta ao exame de questões que demandam revolvimento do contexto fático- probatório dos autos, adstringindo-se à análise da violação 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2877739. Supremo Tribunal Federal ARE 688.355 AGR / CE 780810, rel. Min. Ayres Britto, Primeira Turma, DJe 17.9.2010; AI-AgR 761897, rel. Min. Ellen Gracie, Segunda Turma, DJe 30.4.2010 e AI-AgR 51274, rel. Min. Joaquim Barbosa, Segunda Turma, DJ 16.2.2007. Incide, portanto, a Súmula 279, segundo a qual não cabe recurso extraordinário para simples reexame de prova. Ademais, a análise da presença dos requisitos caracterizadores da legítima defesa putativa demanda interpretação do artigo 20, § 1º, do Código Penal, razão pela qual o tema não deve ser enfrentado em sede de recurso extraordinário cujo objetivo é a salvaguarda da Constituição Federal. Ademais, a teor da jurisprudência desta Suprema Corte, a mera alegação de violação ao in dubio pro reo constitui ofensa reflexa à Constituição Federal: “AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PENAL MILITAR E PROCESSUAL PENAL MILITAR. CRIME DE HOMICÍDIO CULPOSO (CPM, ART. 206, § 2º, C/C ART. 33, II). APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO IN DUBIO PRO REO POR CONSIDERAR QUE NÃO FORAM REUNIDAS PROVAS CAPAZES DE EMBASAR A SENTENÇA CONDENATÓRIA. ALEGADA VIOLAÇÃO AO ARTIGO 5º, LV, CF. OFENSA REFLEXA. REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO JÁ CARREADO AOS AUTOS. IMPOSSIBILIDADE. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 279/STF. 1. A verificação de ofensa aos princípios da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, da motivação das decisões judiciais, bem como aos limites da coisa julgada, quando dependente do reexame prévio de normas infraconstitucionais, revela ofensa indireta ou reflexa à Constituição Federal, o que, por si só, não desafia a instância extraordinária. 2. A Súmula 279/STF dispõe, verbis: “Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário”. 3. É que o recurso extraordinário não se presta ao exame de questões que demandam revolvimento do contexto fático- probatório dos autos, adstringindo-se à análise da violação 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2877739. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 9 Voto - MIN. GILMAR MENDES ARE 688.355 AGR / CE direta da ordem constitucional. 4. Agravo Regimental desprovido”. Por derradeiro, à luz do mesmo raciocínio, a análise da dosimetria da pena – no que diz respeito ao quantum adequado de diminuição de pena em razão da confissão e ao percentual de aumento aplicado às agravantes – é questão que perpassa, necessariamente, prévia interpretação do artigo 59 do Código Penal, de forma que suposta irregularidade configuraria mera violação reflexa à Constituição Federal. A propósito, a jurisprudência pacífica desta Suprema Corte a respeito do pena culminou no reconhecimento, de ausência de repercussão geral da questão no AI-AgR 742460, rel. Min. Cesar Peluso, Tribunal Pleno, DJe 25.9.2009, cuja ementa se transcreve: “Recurso Extraordinário. Inadmissibilidade. Circunstâncias judiciais previstas no art. 59 do Código Penal. Fixação da pena-base. Fundamentação. Questão da ofensa aos princípios constitucionais da individualização da pena e da fundamentação das decisões judiciais. Inocorrência. Matéria infraconstitucional. Ausência de repercussão geral. Agravo de instrumento não conhecido. Não apresenta repercussão geral o recurso extraordinário que verse sobre a questão da valoração das circunstâncias judiciais previstas no art. 59, do Código Penal, na fundamentação da fixação da pena-base pelo juízo sentenciante, porque se trata de matéria infraconstitucional”. Ante o exposto, nego provimento ao agravo regimental. 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2877739. Supremo Tribunal Federal ARE 688.355 AGR / CE direta da ordem constitucional. 4. Agravo Regimental desprovido”. Por derradeiro, à luz do mesmo raciocínio, a análise da dosimetria da pena – no que diz respeito ao quantum adequado de diminuição de pena em razão da confissão e ao percentual de aumento aplicado às agravantes – é questão que perpassa, necessariamente, prévia interpretação do artigo 59 do Código Penal, de forma que suposta irregularidade configuraria mera violação reflexa à Constituição Federal. A propósito, a jurisprudência pacífica desta Suprema Corte a respeito do pena culminou no reconhecimento, de ausência de repercussão geral da questão no AI-AgR 742460, rel. Min. Cesar Peluso, Tribunal Pleno, DJe 25.9.2009, cuja ementa se transcreve: “Recurso Extraordinário. Inadmissibilidade. Circunstâncias judiciais previstas no art. 59 do Código Penal. Fixação da pena-base. Fundamentação. Questão da ofensa aos princípios constitucionais da individualização da pena e da fundamentação das decisões judiciais. Inocorrência. Matéria infraconstitucional. Ausência de repercussão geral. Agravo de instrumento não conhecido. Não apresenta repercussão geral o recurso extraordinário que verse sobre a questão da valoração das circunstâncias judiciais previstas no art. 59, do Código Penal, na fundamentação da fixação da pena-base pelo juízo sentenciante, porque se trata de matéria infraconstitucional”. Ante o exposto, nego provimento ao agravo regimental. 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2877739. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 9 Decisão de Julgamento SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 688.355 PROCED. : CEARÁ RELATOR : MIN. GILMAR MENDES AGTE.(S) : MANOEL COELHO SAMPAIO ADV.(A/S) : PAULO NAPOLEÃO GONÇALVES QUEZADO AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO CEARÁ PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO CEARÁ Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. 2ª Turma, 25.09.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Subprocurador-Geral da República, Dr. Francisco de Assis Vieira Sanseverino. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2885444 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 688.355 PROCED. : CEARÁ RELATOR : MIN. GILMAR MENDES AGTE.(S) : MANOEL COELHO SAMPAIO ADV.(A/S) : PAULO NAPOLEÃO GONÇALVES QUEZADO AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO CEARÁ PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO CEARÁ Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. 2ª Turma, 25.09.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Subprocurador-Geral da República, Dr. Francisco de Assis Vieira Sanseverino. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2885444 Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 9
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=2895251
2012-09-25T00:00:00
2012-10-08T00:00:00
A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. 2ª Turma, 25.09.2012.
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO
Agravo regimental em agravo nos próprios autos do recurso extraordinário. 2. Penal e Processual Penal. 3. Homicídio. Pleito de desclassificação para lesão corporal. 4. Suposta violação aos princípios constitucionais do contraditório, da ampla defesa, do devido processo legal, da presunção de inocência e da individualização da pena. 5. Irresignação contra a rejeição de alegada legítima defesa putativa. Tese recursal que demanda revolvimento fático-probatório. Incidência do óbice da Súmula 279. 6. A análise da presença dos requisitos caracterizadores da legítima defesa putativa restringe-se à interpretação do artigo 20, § 1º, do Código Penal. 7. Insurgência relativa ao quantum adequado de diminuição de pena em razão da confissão e ao percentual de aumento aplicado às agravantes. Questão que se restringe à interpretação do art. 59 do Código Penal. 8 Ausência de violação frontal à Constituição Federal. 9. Agravo regimental a que se nega provimento.
sjur216120
- Acórdãos citados: AI 742460 AgR, AI 761897 AgR, AI 780123 AgR, AI 780810 AgR. Número de páginas: 9. Análise: 18/10/2012, MAC.
GILMAR MENDES
Segunda Turma
688355
[ "LEG-FED DEL-002848 ANO-1940\r\n ART-00020 PAR-00001 ART-00059 \r\n CP-1940 CÓDIGO PENAL\r\n\r\n", "LEG-FED SUMSTF-000279 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF" ]
ARE-AgR
acordaos
ARE 688355 AgR
[ "" ]
AGTE.(S) : MANOEL COELHO SAMPAIO ADV.(A/S) : PAULO NAPOLEÃO GONÇALVES QUEZADO AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO CEARÁ PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO CEARÁ
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 688 . 355", "ARE 688 . 355 AGR /", "ARE 688 . 355 AGR /", "ARE 688 . 355 AGR / CE", "Súmula [UNK] 444 do STJ", "ARE 688 . 355 AGR / CE", "Súmula [UNK] 444 do STJ", "ARE 688 . 355 AGR / CE", "súmulas 282", "ARE 688 . 355 AGR / CE", "súmulas 282", "AI", "-", "AgR 780123", "AI", "-", "AgR 780123", "-", "ARE 688 . 355 AGR /", "CE 780810", "AI", "-", "AgR 761897", "AI", "-", "AgR 51274", "Súmula 279", "SÚMULA 279 / STF", "Súmula 279 / STF", "ARE 688 . 355 AGR / CE 780810", "AI", "-", "AgR 761897", "AI", "-", "AgR 51274", "SÚMULA 279 / STF", "Súmula 279 / STF", "ARE 688 . 355 AGR / CE", "AI", "-", "AgR 742460", "ARE 688 . 355", "AI", "-", "AgR 742460" ], "LEGISLACAO": [ "artigo 20 , § [UNK] , do Código Penal", "art . 59 do Código Penal", "Constituição Federal", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "ART . 59 DO CPB", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "ART . 59 DO CPB", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 59 do CPB", "caput e", "incisos XLVI , LIV , LV e LVII do art . [UNK] da Constituição Federal", "parágrafo primeiro do artigo 20 do Código Penal", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 59 do CPB", "caput e", "incisos XLVI , LIV , LV e LVII do art . [UNK] da Constituição Federal", "parágrafo primeiro do artigo 20 do Código Penal", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 20 , § [UNK] , do Código Penal", "Constituição Federal", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 20 , § [UNK] , do Código Penal", "Constituição Federal", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "artigo 20 , § [UNK] , do Código Penal", "Constituição Federal", "Constituição Federal", "CPM , ART . 206 , § [UNK] , C / C ART . 33 , II", "ARTIGO [UNK] , LV , CF", "Constituição Federal", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "artigo 20 , § [UNK] , do Código Penal", "Constituição Federal", "Constituição Federal", "CPM , ART . 206 , § [UNK] , C / C ART . 33 , II", "ARTIGO [UNK] , LV , CF", "Constituição Federal", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "artigo 59 do Código Penal", "Constituição Federal", "art . 59 do Código Penal", "art . 59 , do Código Penal", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "artigo 59 do Código Penal", "Constituição Federal", "art . 59 do Código Penal", "art . 59 , do Código Penal", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001" ], "LOCAL": [ "CEARÁ", "ESTADO DO CEARÁ", "Brasília", "CEARÁ", "ESTADO DO CEARÁ", "CEARÁ", "ESTADO DO CEARÁ", "Nova Oriente", "Fortaleza", "Nova Oriente", "Fortaleza", "CEARÁ", "CEARÁ", "CEARÁ", "ESTADO DO CEARÁ", "CEARÁ", "ESTADO DO CEARÁ" ], "ORGANIZACAO": [ "SEGUNDA TURMA", "MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO CEARÁ", "Supremo Tribunal Federal", "Segunda Turma", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "SEGUNDA TURMA", "MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO CEARÁ", "Tribunal de Justiça do Estado do Ceará", "STJ", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO CEARÁ", "Tribunal de Justiça do Estado do Ceará", "STJ", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "SEGUNDA TURMA", "Primeira Turma", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "Primeira Turma", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Primeira Turma", "Segunda Turma", "Segunda Turma", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Primeira Turma", "Segunda Turma", "Segunda Turma", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Tribunal Pleno", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Tribunal Pleno", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "SEGUNDA TURMA", "MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO CEARÁ", "[UNK] Turma", "Infra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO CEARÁ", "[UNK] Turma", "Infra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil" ], "PESSOA": [ "GILMAR MENDES", "MANOEL COELHO SAMPAIO", "PAULO NAPOLEÃO GONÇALVES QUEZADO", "Ricardo Lewandowski", "GILMAR MENDES", "GILMAR MENDES", "MANOEL COELHO SAMPAIO", "PAULO NAPOLEÃO GONÇALVES QUEZADO", "GILMAR MENDES", "GILMAR MENDES", "MANOEL COELHO SAMPAIO", "PAULO NAPOLEÃO GONÇALVES QUEZADO", "GILMAR MENDES", "GILMAR MENDES", "GILMAR MENDES", "Cármen Lúcia", "GILMAR MENDES", "Cármen Lúcia", "GILMAR MENDES", "Ayres Britto", "Ellen Gracie", "Joaquim Barbosa", "Ayres Britto", "Ellen Gracie", "Joaquim Barbosa", "GILMAR MENDES", "Cesar Peluso", "Cesar Peluso", "GILMAR MENDES", "MANOEL COELHO SAMPAIO", "PAULO NAPOLEÃO GONÇALVES QUEZADO", "Joaquim Barbosa", "Cármen Lúcia", "Ricardo Lewandowski", "Celso de Mello", "Gilmar Mendes", "Joaquim Barbosa", "Cármen Lúcia", "Francisco de Assis Vieira Sanseverino", "Fabiane Duarte", "GILMAR MENDES", "MANOEL COELHO SAMPAIO", "PAULO NAPOLEÃO GONÇALVES QUEZADO", "Joaquim Barbosa", "Cármen Lúcia", "Ricardo Lewandowski", "Celso de Mello", "Gilmar Mendes", "Joaquim Barbosa", "Cármen Lúcia", "Francisco de Assis Vieira Sanseverino", "Fabiane Duarte" ], "TEMPO": [ "25", "/", "09", "/", "2012", "25 de setembro de 2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "08", "/", "10", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", "/", "09", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", "/", "09", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", "/", "09", "/", "2012", "1", ".", "10", ".", "2010", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", "/", "09", "/", "2012", "1", ".", "10", ".", "2010", "24", "/", "08", "/", "2001", "17", ".", "9", ".", "2010", "30", ".", "4", ".", "2010", "16", ".", "2", ".", "2007", "24", "/", "08", "/", "2001", "17", ".", "9", ".", "2010", "30", ".", "4", ".", "2010", "16", ".", "2", ".", "2007", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", ".", "9", ".", "2009", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", ".", "9", ".", "2009", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", ".", "09", ".", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", ".", "09", ".", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001" ] }
Ementa e Acórdão 25/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 838.496 BAHIA RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) :ESTADO DA BAHIA PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA BAHIA AGDO.(A/S) :CLAYTON FARIA DE LIMA ADV.(A/S) :MARIA JOSSELIA DA SILVA CARRILHO ROSA EMENTA Agravo regimental no agravo de instrumento. Constitucional. Artigo 97 da Constituição Federal. Violação. Inexistência. Súmula Vinculante nº 10. Inaplicabilidade. Prêmio de Desempenho Fazendário. Extensão a inativos. Natureza da vantagem. Reexame de legislação local e das provas dos autos. Impossibilidade. Precedentes. 1. Pacífica a jurisprudência desta Corte de que não há violação do art. 97 da Constituição Federal quando o Tribunal de origem, sem declarar a inconstitucionalidade da norma e sem afastá-la sob fundamento de contrariedade à Constituição Federal, limita-se a interpretar e aplicar a legislação infraconstitucional ao caso concreto. Inaplicabilidade da Súmula Vinculante nº 10. 2. Inadmissível, em recurso extraordinário, a análise de legislação infraconstitucional local e dos fatos e provas dos autos. Incidência das Súmulas nºs 280 e 279/STF. 3. Agravo regimental não provido. ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata do julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Brasília, 25 de setembro de 2012. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2885997. Supremo Tribunal Federal DJe 09/10/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 14 Ementa e Acórdão AI 838.496 AGR / BA MINISTRO DIAS TOFFOLI Relator 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2885997. Supremo Tribunal Federal AI 838.496 AGR / BA MINISTRO DIAS TOFFOLI Relator 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2885997. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 14 Relatório 25/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 838.496 BAHIA RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) :ESTADO DA BAHIA PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA BAHIA AGDO.(A/S) :CLAYTON FARIA DE LIMA ADV.(A/S) :MARIA JOSSELIA DA SILVA CARRILHO ROSA RELATÓRIO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): Estado da Bahia interpõe tempestivo agravo regimental contra decisão em que se negou provimento ao agravo de instrumento, com a seguinte fundamentação: “Vistos. Estado da Bahia interpõe agravo de instrumento contra a decisão que não admitiu recurso extraordinário assentado em contrariedade ao artigo 40, parágrafo 8º, 97, e 167, inciso IV, da Constituição Federal. Insurge-se, no apelo extremo, contra acórdão da Seção Cível de Direito Público do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia, assim ementado: ‘DIREITO CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. PRELIMINARES. ILEGITIMIDADE PASSIVA. DECADÊNCIA. REJEITADAS. SERVIDOR PÚBLICO. AUDITOR FISCAL. PRÊMIO DE DESEMPENHO FAZENDÁRIO. INCORPORAÇÃO AOS PROVENTOS DA APOSENTADORIA. POSSIBILIDADE. ISONOMIA ENTRE ATIVOS E INATIVOS. VERBA DE NATUREZA REMUNERATÓRIA, PAGA INDISTINTAMENTE AOS SERVIDORES ATIVOS. PRECEDENTES. Nos termos da Lei 7800/2001, o Prêmio de Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2885994. Supremo Tribunal Federal 25/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 838.496 BAHIA RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) :ESTADO DA BAHIA PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA BAHIA AGDO.(A/S) :CLAYTON FARIA DE LIMA ADV.(A/S) :MARIA JOSSELIA DA SILVA CARRILHO ROSA RELATÓRIO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): Estado da Bahia interpõe tempestivo agravo regimental contra decisão em que se negou provimento ao agravo de instrumento, com a seguinte fundamentação: “Vistos. Estado da Bahia interpõe agravo de instrumento contra a decisão que não admitiu recurso extraordinário assentado em contrariedade ao artigo 40, parágrafo 8º, 97, e 167, inciso IV, da Constituição Federal. Insurge-se, no apelo extremo, contra acórdão da Seção Cível de Direito Público do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia, assim ementado: ‘DIREITO CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. PRELIMINARES. ILEGITIMIDADE PASSIVA. DECADÊNCIA. REJEITADAS. SERVIDOR PÚBLICO. AUDITOR FISCAL. PRÊMIO DE DESEMPENHO FAZENDÁRIO. INCORPORAÇÃO AOS PROVENTOS DA APOSENTADORIA. POSSIBILIDADE. ISONOMIA ENTRE ATIVOS E INATIVOS. VERBA DE NATUREZA REMUNERATÓRIA, PAGA INDISTINTAMENTE AOS SERVIDORES ATIVOS. PRECEDENTES. Nos termos da Lei 7800/2001, o Prêmio de Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2885994. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 14 Relatório AI 838.496 AGR / BA Desempenho Fazendário é verba de natureza indenizatória, concedida ao servidor em razão da função exercida, e relacionada ao alcance de metas de produtividade. Entretanto, na prática, observa-se que o PDF vem sendo tratado como verba de natureza remuneratória, paga genérica e indistintamente aos servidores ativos, o que autoriza a aplicação do quanto disposto no artigo 40, § 8° da Constituição Federal, não podendo haver modificação na remuneração dos servidores em atividade, sem que os benefícios e vantagens sejam estendidos também aos inativos. SEGURANÇA CONCEDIDA’ Opostos embargos de declaração, foram rejeitados. Decido. Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi interposto contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da matéria constitucional objeto do recurso, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07. Todavia, apesar da petição recursal haver trazido a preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua existência, uma vez que, nos termos do artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, com a redação introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o procedimento acerca da existência da repercussão geral somente ocorrerá ‘quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão’. Não merece prosperar a irresignação. Quanto à alegada afronta ao artigo 97 da Constituição Federal, o acórdão recorrido em nenhum momento declarou a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo de poder público, ou mesmo afastou sua incidência, limitando-se a interpretar as normas infraconstitucionais, para alcançar a conclusão a que 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2885994. Supremo Tribunal Federal AI 838.496 AGR / BA Desempenho Fazendário é verba de natureza indenizatória, concedida ao servidor em razão da função exercida, e relacionada ao alcance de metas de produtividade. Entretanto, na prática, observa-se que o PDF vem sendo tratado como verba de natureza remuneratória, paga genérica e indistintamente aos servidores ativos, o que autoriza a aplicação do quanto disposto no artigo 40, § 8° da Constituição Federal, não podendo haver modificação na remuneração dos servidores em atividade, sem que os benefícios e vantagens sejam estendidos também aos inativos. SEGURANÇA CONCEDIDA’ Opostos embargos de declaração, foram rejeitados. Decido. Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi interposto contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da matéria constitucional objeto do recurso, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07. Todavia, apesar da petição recursal haver trazido a preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua existência, uma vez que, nos termos do artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, com a redação introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o procedimento acerca da existência da repercussão geral somente ocorrerá ‘quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão’. Não merece prosperar a irresignação. Quanto à alegada afronta ao artigo 97 da Constituição Federal, o acórdão recorrido em nenhum momento declarou a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo de poder público, ou mesmo afastou sua incidência, limitando-se a interpretar as normas infraconstitucionais, para alcançar a conclusão a que 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2885994. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 14 Relatório AI 838.496 AGR / BA chegou, inexistindo, portanto, violação ao artigo 97 da Constituição, em que calcada a interposição deste recurso. Ademais, para acolher a pretensão do recorrente e ultrapassar o entendimento do Tribunal de origem seria necessária a interpretação da legislação infraconstitucional local e o reexame das provas dos autos, o que não é cabível em sede de recurso extraordinário. Incidência das Súmulas nºs 279 e 280 desta Corte. Ressalte-se que a jurisprudência da Corte está consolidada no sentido de que a discussão acerca da natureza jurídica de gratificação concedida aos servidores em atividade está restrita à interpretação da legislação local. Sobre o tema, destaca-se o seguinte julgado da relatoria do Ministro Cezar Peluso: ‘RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. Servidor público. Vencimentos. Proventos. Vantagem pecuniária. Gratificação devida aos funcionários em atividade. Extensão aos aposentados. Rediscussão do caráter geral sob fundamento de ofensa ao art. 40, § 8º, da CF. Impossibilidade. Questão infraconstitucional. Recurso não conhecido. Aplicação das súmulas 279, 280 e 636. Reconhecido ou negado pelo tribunal a quo o caráter geral de gratificação funcional ou de outra vantagem pecuniária, perante os termos da legislação local que a disciplina, não pode o Supremo, em recurso extraordinário, rever tal premissa para estender ou negar aquela aos servidores inativos com base no art. 40, § 8º, da Constituição da República’ (RE nº 586.949/MG, Segunda Turma, DJ de 13/3/09). No mesmo sentido, anote-se: ‘AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. PRÊMIO DE PRODUTIVIDADE. IMPOSSIBILIDADE DA ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2885994. Supremo Tribunal Federal AI 838.496 AGR / BA chegou, inexistindo, portanto, violação ao artigo 97 da Constituição, em que calcada a interposição deste recurso. Ademais, para acolher a pretensão do recorrente e ultrapassar o entendimento do Tribunal de origem seria necessária a interpretação da legislação infraconstitucional local e o reexame das provas dos autos, o que não é cabível em sede de recurso extraordinário. Incidência das Súmulas nºs 279 e 280 desta Corte. Ressalte-se que a jurisprudência da Corte está consolidada no sentido de que a discussão acerca da natureza jurídica de gratificação concedida aos servidores em atividade está restrita à interpretação da legislação local. Sobre o tema, destaca-se o seguinte julgado da relatoria do Ministro Cezar Peluso: ‘RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. Servidor público. Vencimentos. Proventos. Vantagem pecuniária. Gratificação devida aos funcionários em atividade. Extensão aos aposentados. Rediscussão do caráter geral sob fundamento de ofensa ao art. 40, § 8º, da CF. Impossibilidade. Questão infraconstitucional. Recurso não conhecido. Aplicação das súmulas 279, 280 e 636. Reconhecido ou negado pelo tribunal a quo o caráter geral de gratificação funcional ou de outra vantagem pecuniária, perante os termos da legislação local que a disciplina, não pode o Supremo, em recurso extraordinário, rever tal premissa para estender ou negar aquela aos servidores inativos com base no art. 40, § 8º, da Constituição da República’ (RE nº 586.949/MG, Segunda Turma, DJ de 13/3/09). No mesmo sentido, anote-se: ‘AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. PRÊMIO DE PRODUTIVIDADE. IMPOSSIBILIDADE DA ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2885994. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 14 Relatório AI 838.496 AGR / BA INFRACONSTITUCIONAL LOCAL (SÚMULA 280). OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO’ (AI nº 657.696/MG-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJ de 13/2/09). ‘SERVIDOR PÚBLICO INATIVO. GRATIFICAÇÃO. INCORPORAÇÃO AOS PROVENTOS. NECESSIDADE DE EXAME DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL LOCAL. SÚMULA 280 DO STF. EXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO CONSTANTE DOS AUTOS. SÚMULA 279 DO STF. AGRAVO IMPROVIDO. I - Para se chegar ao exame da alegada ofensa à Constituição, faz-se necessário analisar normas infraconstitucionais locais, bem como o conjunto fático-probatório constante dos autos, o que inviabiliza o extraordinário, a teor das Súmulas 279 e 280 do STF. Precedentes. II - Agravo regimental improvido’ (AI nº 733.499/SP-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJ de 13/3/09). ‘AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. EXTENSÃO DE GRATIFICAÇÃO A INATIVO. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. REEXAME DE PROVAS. IMPOSSIBILIDADE. 1. A controvérsia foi decidida com fundamento na legislação local, incidência da Súmula n. 280 deste Tribunal. 2. Reexame de fatos e provas. Inviabilidade do recurso extraordinário. Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal. Agravo regimental a que se nega provimento’ (RE nº 562.541/MS-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Eros Grau, DJ de 16/5/08). Em caso idêntico ao dos autos, a seguinte decisão monocrática: ARE nº 664.985/BA, Relator o Ministro Luiz Fux, DJe de 19/4/12. 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2885994. Supremo Tribunal Federal AI 838.496 AGR / BA INFRACONSTITUCIONAL LOCAL (SÚMULA 280). OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO’ (AI nº 657.696/MG-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJ de 13/2/09). ‘SERVIDOR PÚBLICO INATIVO. GRATIFICAÇÃO. INCORPORAÇÃO AOS PROVENTOS. NECESSIDADE DE EXAME DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL LOCAL. SÚMULA 280 DO STF. EXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO CONSTANTE DOS AUTOS. SÚMULA 279 DO STF. AGRAVO IMPROVIDO. I - Para se chegar ao exame da alegada ofensa à Constituição, faz-se necessário analisar normas infraconstitucionais locais, bem como o conjunto fático-probatório constante dos autos, o que inviabiliza o extraordinário, a teor das Súmulas 279 e 280 do STF. Precedentes. II - Agravo regimental improvido’ (AI nº 733.499/SP-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJ de 13/3/09). ‘AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. EXTENSÃO DE GRATIFICAÇÃO A INATIVO. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. REEXAME DE PROVAS. IMPOSSIBILIDADE. 1. A controvérsia foi decidida com fundamento na legislação local, incidência da Súmula n. 280 deste Tribunal. 2. Reexame de fatos e provas. Inviabilidade do recurso extraordinário. Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal. Agravo regimental a que se nega provimento’ (RE nº 562.541/MS-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Eros Grau, DJ de 16/5/08). Em caso idêntico ao dos autos, a seguinte decisão monocrática: ARE nº 664.985/BA, Relator o Ministro Luiz Fux, DJe de 19/4/12. 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2885994. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 14 Relatório AI 838.496 AGR / BA Ante o exposto, nego provimento ao agravo de instrumento.” Aduz o agravante, in verbis, que: “(...) a hipótese dos autos não se circunscreve à declaração explícita de inconstitucionalidade do artigo 5º da Lei 7.800/2001, mas de afastamento de referido dispositivo sem a observância da reserva de plenário, prevista no artigo 97 da Carta Magna. (...) o acórdão recorrido afastou a força normativa de dispositivo da Lei nº. 7.800/2001, que afasta a possibilidade de incorporação do PDF à remuneração do servidor, em detrimento do que dispõe o artigo 40, § 4º, da Carta Magna, violando expressamente o verbete sumular vinculante nº. 10, (...) (...) insurge-se contra a concessão do benefício aos servidores inativos, vantagem cuja natureza jurídica é a de gratificação pro labore faciendo, ou seja, vincula-se ao exercício efetivo da função, sendo, portanto, devida somente àqueles que se encontrem na atividade.” É o relatório. 5 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2885994. Supremo Tribunal Federal AI 838.496 AGR / BA Ante o exposto, nego provimento ao agravo de instrumento.” Aduz o agravante, in verbis, que: “(...) a hipótese dos autos não se circunscreve à declaração explícita de inconstitucionalidade do artigo 5º da Lei 7.800/2001, mas de afastamento de referido dispositivo sem a observância da reserva de plenário, prevista no artigo 97 da Carta Magna. (...) o acórdão recorrido afastou a força normativa de dispositivo da Lei nº. 7.800/2001, que afasta a possibilidade de incorporação do PDF à remuneração do servidor, em detrimento do que dispõe o artigo 40, § 4º, da Carta Magna, violando expressamente o verbete sumular vinculante nº. 10, (...) (...) insurge-se contra a concessão do benefício aos servidores inativos, vantagem cuja natureza jurídica é a de gratificação pro labore faciendo, ou seja, vincula-se ao exercício efetivo da função, sendo, portanto, devida somente àqueles que se encontrem na atividade.” É o relatório. 5 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2885994. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 14 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI 25/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 838.496 BAHIA VOTO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): O inconformismo não merece prosperar. Colhe-se do voto condutor do acórdão recorrido: “(...) Alegou o autor, auditor fiscal inativo, que, após a sua aposentadoria, houve a cessação da percepção do Prêmio de Desempenho Fazendário, instituído pela Lei Estadual 7800/2001. De fato, a legislação invocada é omissa no tocante aos aposentados, somente fazendo referência à concessão do Prêmio de Desempenho Fazendário aos servidores ativos no âmbito da Secretaria da Fazenda. (...) De fato, nos termos da Lei 7800/2001, o Prêmio de Desempenho Fazendário é verba de natureza indenizatória, concedida ao servidor em razão da função exercida, e relacionada ao alcance de metas de produtividade, não havendo que falar em caráter genérico da gratificação. Entretanto, e voltando os olhos para a conduta que vem sendo adotada, na prática, pelo Estado da Bahia, observa-se que, não obstante a eloqüência do dispositivo legal, o PDF vem sendo tratado como verba de natureza remuneratória, paga genérica e indistintamente aos servidores ocupantes de cargos no âmbito da Secretaria da Fazenda. (...) conforme se depreende dos próprios autos, durante o período em que o impetrante percebeu o PDF (fls. 35/44), houve a incidência do Imposto de Renda sobre aquela verba, o que descaracteriza a alega natureza indenizatória do prêmio. (...) a verba tem se revestido de caráter geral e linear, e vem sendo concedida, indistintamente, tanto aos servidores que efetivamente laboraram durante o período trimestral tomado Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2885995. Supremo Tribunal Federal 25/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 838.496 BAHIA VOTO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): O inconformismo não merece prosperar. Colhe-se do voto condutor do acórdão recorrido: “(...) Alegou o autor, auditor fiscal inativo, que, após a sua aposentadoria, houve a cessação da percepção do Prêmio de Desempenho Fazendário, instituído pela Lei Estadual 7800/2001. De fato, a legislação invocada é omissa no tocante aos aposentados, somente fazendo referência à concessão do Prêmio de Desempenho Fazendário aos servidores ativos no âmbito da Secretaria da Fazenda. (...) De fato, nos termos da Lei 7800/2001, o Prêmio de Desempenho Fazendário é verba de natureza indenizatória, concedida ao servidor em razão da função exercida, e relacionada ao alcance de metas de produtividade, não havendo que falar em caráter genérico da gratificação. Entretanto, e voltando os olhos para a conduta que vem sendo adotada, na prática, pelo Estado da Bahia, observa-se que, não obstante a eloqüência do dispositivo legal, o PDF vem sendo tratado como verba de natureza remuneratória, paga genérica e indistintamente aos servidores ocupantes de cargos no âmbito da Secretaria da Fazenda. (...) conforme se depreende dos próprios autos, durante o período em que o impetrante percebeu o PDF (fls. 35/44), houve a incidência do Imposto de Renda sobre aquela verba, o que descaracteriza a alega natureza indenizatória do prêmio. (...) a verba tem se revestido de caráter geral e linear, e vem sendo concedida, indistintamente, tanto aos servidores que efetivamente laboraram durante o período trimestral tomado Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2885995. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 14 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI AI 838.496 AGR / BA como parâmetro para fixação do prêmio, como àqueles que, em razão do gozo de férias, ou de licença, deixaram de trabalhar durante o referido período. (...) ao adotar a sistemática de ‘dois pesos e duas medidas’ para efetivar o cumprimento da Lei estadual nº 7800/2001, desvirtuando-a para permitir a tributação do PDF, e para estendê-la aos servidores ativos temporariamente afastados da atividade, e interpretando-a restritivamente no tocante aos inativos, o próprio Estado, através do seu Poder Executivo, procede com uma interpretação da lei em desconformidade com o texto da Constituição Federal. (...) no caso específico da extensão do Prêmio de Desempenho Fazendário aos proventos de aposentadoria, este Tribunal já possui posicionamento pacífico e consolidado acerca da sua possibilidade, (...).” Desse modo, conforme expresso na decisão agravada, é certo que não houve declaração de inconstitucionalidade da Lei nº 7800/01 e nem seu afastamento sob alegação de contrariedade à Constituição Federal, mas, sim, tão somente, aplicação do direito à lide posta nos autos, sendo certo, ainda, que o Tribunal de Justiça limitou-se a interpretar e aplicar a legislação infraconstitucional cabível na espécie. Portanto, não há falar em violação do art. 97 da Constituição e da Súmula Vinculante nº 10 desta Corte. Nesse sentido, os seguintes julgados: “AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. INCIDÊNCIA SOBRE OS VALORES PAGOS PELO EMPREGADOR AO EMPREGADO NOS PRIMEIROS QUINZE DIAS DO AUXÍLIO-DOENÇA. MATÉRIA DE ÍNDOLE INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA AO ART. 97 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. INOCORRÊNCIA. AUSÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL. 1. Caso em que entendimento diverso do adotado pelo Superior Tribunal de Justiça demandaria o reexame da legislação ordinária aplicada à espécie. Providência vedada neste momento processual. 2. Não 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2885995. Supremo Tribunal Federal AI 838.496 AGR / BA como parâmetro para fixação do prêmio, como àqueles que, em razão do gozo de férias, ou de licença, deixaram de trabalhar durante o referido período. (...) ao adotar a sistemática de ‘dois pesos e duas medidas’ para efetivar o cumprimento da Lei estadual nº 7800/2001, desvirtuando-a para permitir a tributação do PDF, e para estendê-la aos servidores ativos temporariamente afastados da atividade, e interpretando-a restritivamente no tocante aos inativos, o próprio Estado, através do seu Poder Executivo, procede com uma interpretação da lei em desconformidade com o texto da Constituição Federal. (...) no caso específico da extensão do Prêmio de Desempenho Fazendário aos proventos de aposentadoria, este Tribunal já possui posicionamento pacífico e consolidado acerca da sua possibilidade, (...).” Desse modo, conforme expresso na decisão agravada, é certo que não houve declaração de inconstitucionalidade da Lei nº 7800/01 e nem seu afastamento sob alegação de contrariedade à Constituição Federal, mas, sim, tão somente, aplicação do direito à lide posta nos autos, sendo certo, ainda, que o Tribunal de Justiça limitou-se a interpretar e aplicar a legislação infraconstitucional cabível na espécie. Portanto, não há falar em violação do art. 97 da Constituição e da Súmula Vinculante nº 10 desta Corte. Nesse sentido, os seguintes julgados: “AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. INCIDÊNCIA SOBRE OS VALORES PAGOS PELO EMPREGADOR AO EMPREGADO NOS PRIMEIROS QUINZE DIAS DO AUXÍLIO-DOENÇA. MATÉRIA DE ÍNDOLE INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA AO ART. 97 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. INOCORRÊNCIA. AUSÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL. 1. Caso em que entendimento diverso do adotado pelo Superior Tribunal de Justiça demandaria o reexame da legislação ordinária aplicada à espécie. Providência vedada neste momento processual. 2. Não 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2885995. Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 14 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI AI 838.496 AGR / BA há ofensa ao art. 97 da Constituição Federal em caso em que a instância judicante de origem não afastou a aplicação da norma ao caso concreto, por suposto vício de inconstitucionalidade, apenas entendeu que os dispositivos legais apontados não se aplicam à matéria em exame. 3. De mais a mais, ao analisar o RE 611.505, da minha relatoria, o Supremo Tribunal Federal assentou a ausência de repercussão geral do tema versado nestes autos. 4. Agravo regimental desprovido” (RE nº 612.800/RS-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Ayres Britto, DJe de 6/12/11). “AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. TRIBUTÁRIO. EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO SOBRE ENERGIA ELÉTRICA. DEVOLUÇÃO. RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA DA UNIÃO. INTERPRETAÇÃO DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA INDIRETA. ALEGAÇÃO DE VIOLAÇÃO AO ARTIGO 97 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. INEXISTÊNCIA. AGRAVO IMPROVIDO. I – O Tribunal de origem dirimiu a matéria atinente à responsabilidade solidária da União na devolução do empréstimo compulsório sobre energia elétrica com fundamento na interpretação da legislação infraconstitucional pertinente (Lei 4.156/1962). Assim, eventual violação ao texto constitucional se daria de forma indireta, circunstância que torna inviável o recurso extraordinário. Precedentes. II – Inocorrência de violação ao art. 97 da CF, uma vez que o Juízo a quo não declarou a inconstitucionalidade de norma nem afastou sua aplicabilidade com apoio em fundamentos extraídos da Constituição. Precedentes. III – Agravo regimental improvido” (ARE nº 637.184/SC-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandoski, DJe de 6/9/11). “CONSTITUCIONAL E PROCESSUAL CIVIL. APLICAÇÃO DA LEGISLAÇÃO PERTINENTE AO CASO. INEXISTÊNCIA DE VIOLAÇÃO À SÚMULA VINCULANTE 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2885995. Supremo Tribunal Federal AI 838.496 AGR / BA há ofensa ao art. 97 da Constituição Federal em caso em que a instância judicante de origem não afastou a aplicação da norma ao caso concreto, por suposto vício de inconstitucionalidade, apenas entendeu que os dispositivos legais apontados não se aplicam à matéria em exame. 3. De mais a mais, ao analisar o RE 611.505, da minha relatoria, o Supremo Tribunal Federal assentou a ausência de repercussão geral do tema versado nestes autos. 4. Agravo regimental desprovido” (RE nº 612.800/RS-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Ayres Britto, DJe de 6/12/11). “AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. TRIBUTÁRIO. EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO SOBRE ENERGIA ELÉTRICA. DEVOLUÇÃO. RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA DA UNIÃO. INTERPRETAÇÃO DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA INDIRETA. ALEGAÇÃO DE VIOLAÇÃO AO ARTIGO 97 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. INEXISTÊNCIA. AGRAVO IMPROVIDO. I – O Tribunal de origem dirimiu a matéria atinente à responsabilidade solidária da União na devolução do empréstimo compulsório sobre energia elétrica com fundamento na interpretação da legislação infraconstitucional pertinente (Lei 4.156/1962). Assim, eventual violação ao texto constitucional se daria de forma indireta, circunstância que torna inviável o recurso extraordinário. Precedentes. II – Inocorrência de violação ao art. 97 da CF, uma vez que o Juízo a quo não declarou a inconstitucionalidade de norma nem afastou sua aplicabilidade com apoio em fundamentos extraídos da Constituição. Precedentes. III – Agravo regimental improvido” (ARE nº 637.184/SC-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandoski, DJe de 6/9/11). “CONSTITUCIONAL E PROCESSUAL CIVIL. APLICAÇÃO DA LEGISLAÇÃO PERTINENTE AO CASO. INEXISTÊNCIA DE VIOLAÇÃO À SÚMULA VINCULANTE 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2885995. Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 14 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI AI 838.496 AGR / BA STF 10 E AO ART. 97, CF/88. 1. Para a caracterização de ofensa ao art. 97 da Constituição Federal, que estabelece a reserva de plenário (full bench), é necessário que a norma aplicável à espécie seja efetivamente afastada por alegada incompatibilidade com a Lei Maior. 2. Não incidindo a norma no caso e não tendo sido ela discutida, a simples aplicação da legislação pertinente ao caso concreto não é suficiente para caracterizar a violação à Súmula Vinculante 10, do Supremo Tribunal Federal 3. O embasamento da decisão em princípios constitucionais não resulta, necessariamente, em juízo de inconstitucionalidade. 4. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI nº 814.519/SE-AgR, Segunda Turma, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJe de 30/5/11). Ademais, o Tribunal de origem decidiu que o Prêmio por Desempenho Fazendário tem se revestido de caráter geral sendo, portanto, extensível aos servidores inativos. Assim, para chegar a entendimento diverso sobre a natureza da vantagem, seria necessário interpretar a legislação infraconstitucional local pertinente e reexaminar as provas dos autos, o que é inviável em recurso extraordinário. Incidência das Súmulas nºs 280 e 279/STF. Nesse sentido, anote-se: “AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO. PRÊMIO POR DESEMPENHO FAZENDÁRIO - PDF. EXTENSÃO AOS SERVIDORES INATIVOS. CONTROVÉRSIA DE ÍNDOLE INFRACONSTITUCIONAL LOCAL. SÚMULA 280 DO STF. OFENSA A CLÁUSULA DE RESERVA DE PLENÁRIO. INOCORRÊNCIA. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO. 1. A repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade (art. 323 do RISTF). Consectariamente, se o recurso é inadmissível por outro motivo, não há como se pretender seja reconhecida a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso (art. 102, III, § 3º, da Constituição Federal). 2. A ofensa a 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2885995. Supremo Tribunal Federal AI 838.496 AGR / BA STF 10 E AO ART. 97, CF/88. 1. Para a caracterização de ofensa ao art. 97 da Constituição Federal, que estabelece a reserva de plenário (full bench), é necessário que a norma aplicável à espécie seja efetivamente afastada por alegada incompatibilidade com a Lei Maior. 2. Não incidindo a norma no caso e não tendo sido ela discutida, a simples aplicação da legislação pertinente ao caso concreto não é suficiente para caracterizar a violação à Súmula Vinculante 10, do Supremo Tribunal Federal 3. O embasamento da decisão em princípios constitucionais não resulta, necessariamente, em juízo de inconstitucionalidade. 4. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI nº 814.519/SE-AgR, Segunda Turma, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJe de 30/5/11). Ademais, o Tribunal de origem decidiu que o Prêmio por Desempenho Fazendário tem se revestido de caráter geral sendo, portanto, extensível aos servidores inativos. Assim, para chegar a entendimento diverso sobre a natureza da vantagem, seria necessário interpretar a legislação infraconstitucional local pertinente e reexaminar as provas dos autos, o que é inviável em recurso extraordinário. Incidência das Súmulas nºs 280 e 279/STF. Nesse sentido, anote-se: “AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO. PRÊMIO POR DESEMPENHO FAZENDÁRIO - PDF. EXTENSÃO AOS SERVIDORES INATIVOS. CONTROVÉRSIA DE ÍNDOLE INFRACONSTITUCIONAL LOCAL. SÚMULA 280 DO STF. OFENSA A CLÁUSULA DE RESERVA DE PLENÁRIO. INOCORRÊNCIA. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO. 1. A repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade (art. 323 do RISTF). Consectariamente, se o recurso é inadmissível por outro motivo, não há como se pretender seja reconhecida a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso (art. 102, III, § 3º, da Constituição Federal). 2. A ofensa a 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2885995. Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 14 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI AI 838.496 AGR / BA direito local não viabiliza o apelo extremo. (Súmula 280 do STF) 3. O princípio da reserva de plenário resta indene nas hipóteses em que não há declaração de inconstitucionalidade por órgão fracionário do Tribunal de origem, mas apenas a interpretação da norma em sentido contrário aos interesses da parte. Precedentes: ARE 676.661-AgR, Rel. Min. Cármen Lúcia, Primeira Turma, DJe de 15/05/2012; e RE 612.800-AgR, Rel. Min. Ayres Britto, Segunda Turma, DJe de 05/12/2011. 4. In casu, o acórdão originariamente recorrido assentou: ‘Mandado de Segurança preventivo. Prêmio por Desempenho Fazendário (PDF). Observa-se dos autos que o impetrante vem percebendo o Prêmio por Desempenho Fazendário PDF e vê seu direito à percepção da gratificação ameaçado quando de sua aposentação. A não extensão do PDF aos servidores inativos se constitui em direta afronta às Constituições Federal e Estadual. Violação ao art. 40, § 8º, da CF, ao art. 7º da EC 41/2003 e ao art. 42, § 2º CEBA. Este último dispositivo é claro ao determinar tratamento isonômico entre ativos e inativos. Precedentes desta Corte. Presente a ameaça de violação a direito líquido e certo do impetrante. Segurança concedida para determinar que a autoridade apontada como coatora não suprima o pagamento do Prêmio por Desempenho Fazendário dos proventos do impetrante quando o mesmo entrar na inatividade’. 5. Agravo regimental a que se nega provimento” (ARE nº 664.985/BA- AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Luiz Fux, DJe de 13/9/12). “AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. SERVIDOR PÚBLICO. 'ADICIONAL DE DESEMPENHO'. 1. EXTENSÃO AOS APOSENTADOS. PRINCÍPIO DA ISONOMIA. NATUREZA DA VANTAGEM. 2. CONTROVÉRSIA DECIDIDA À LUZ DA LEGISLAÇÃO ESTADUAL. 1. A jurisprudência do STF é firme no sentido de que as vantagens de natureza genérica, concedidas ao pessoal da ativa, são extensíveis aos aposentados, em nome do princípio da isonomia, nos termos do § 8º do art. 40 (na redação 5 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2885995. Supremo Tribunal Federal AI 838.496 AGR / BA direito local não viabiliza o apelo extremo. (Súmula 280 do STF) 3. O princípio da reserva de plenário resta indene nas hipóteses em que não há declaração de inconstitucionalidade por órgão fracionário do Tribunal de origem, mas apenas a interpretação da norma em sentido contrário aos interesses da parte. Precedentes: ARE 676.661-AgR, Rel. Min. Cármen Lúcia, Primeira Turma, DJe de 15/05/2012; e RE 612.800-AgR, Rel. Min. Ayres Britto, Segunda Turma, DJe de 05/12/2011. 4. In casu, o acórdão originariamente recorrido assentou: ‘Mandado de Segurança preventivo. Prêmio por Desempenho Fazendário (PDF). Observa-se dos autos que o impetrante vem percebendo o Prêmio por Desempenho Fazendário PDF e vê seu direito à percepção da gratificação ameaçado quando de sua aposentação. A não extensão do PDF aos servidores inativos se constitui em direta afronta às Constituições Federal e Estadual. Violação ao art. 40, § 8º, da CF, ao art. 7º da EC 41/2003 e ao art. 42, § 2º CEBA. Este último dispositivo é claro ao determinar tratamento isonômico entre ativos e inativos. Precedentes desta Corte. Presente a ameaça de violação a direito líquido e certo do impetrante. Segurança concedida para determinar que a autoridade apontada como coatora não suprima o pagamento do Prêmio por Desempenho Fazendário dos proventos do impetrante quando o mesmo entrar na inatividade’. 5. Agravo regimental a que se nega provimento” (ARE nº 664.985/BA- AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Luiz Fux, DJe de 13/9/12). “AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. SERVIDOR PÚBLICO. 'ADICIONAL DE DESEMPENHO'. 1. EXTENSÃO AOS APOSENTADOS. PRINCÍPIO DA ISONOMIA. NATUREZA DA VANTAGEM. 2. CONTROVÉRSIA DECIDIDA À LUZ DA LEGISLAÇÃO ESTADUAL. 1. A jurisprudência do STF é firme no sentido de que as vantagens de natureza genérica, concedidas ao pessoal da ativa, são extensíveis aos aposentados, em nome do princípio da isonomia, nos termos do § 8º do art. 40 (na redação 5 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2885995. Inteiro Teor do Acórdão - Página 12 de 14 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI AI 838.496 AGR / BA anterior à EC 41/2003) da Magna Carta. 2. A discussão acerca da natureza jurídica de parcelas remuneratórias devidas a servidores públicos é de índole eminentemente infraconstitucional. Pelo que é de incidir a Súmula 280/STF. Agravo regimental desprovido” (RE nº 575.941/SE-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Ayres Britto, DJe de 14/2/11). No mesmo sentido, as seguintes decisões monocráticas: ARE nº 665.024/BA, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 9/2/12; e AI nº 490.927/BA-AgR, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, DJe de 7/8/09. Nego provimento ao agravo regimental. 6 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2885995. Supremo Tribunal Federal AI 838.496 AGR / BA anterior à EC 41/2003) da Magna Carta. 2. A discussão acerca da natureza jurídica de parcelas remuneratórias devidas a servidores públicos é de índole eminentemente infraconstitucional. Pelo que é de incidir a Súmula 280/STF. Agravo regimental desprovido” (RE nº 575.941/SE-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Ayres Britto, DJe de 14/2/11). No mesmo sentido, as seguintes decisões monocráticas: ARE nº 665.024/BA, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 9/2/12; e AI nº 490.927/BA-AgR, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, DJe de 7/8/09. Nego provimento ao agravo regimental. 6 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2885995. Inteiro Teor do Acórdão - Página 13 de 14 Decisão de Julgamento PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 838.496 PROCED. : BAHIA RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) : ESTADO DA BAHIA PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA BAHIA AGDO.(A/S) : CLAYTON FARIA DE LIMA ADV.(A/S) : MARIA JOSSELIA DA SILVA CARRILHO ROSA Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 25.9.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo de Tarso Braz Lucas. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2895750 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 838.496 PROCED. : BAHIA RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) : ESTADO DA BAHIA PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA BAHIA AGDO.(A/S) : CLAYTON FARIA DE LIMA ADV.(A/S) : MARIA JOSSELIA DA SILVA CARRILHO ROSA Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 25.9.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo de Tarso Braz Lucas. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2895750 Inteiro Teor do Acórdão - Página 14 de 14
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=2905074
2012-09-25T00:00:00
2012-10-09T00:00:00
A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 25.9.2012.
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO
EMENTA Agravo regimental no agravo de instrumento. Constitucional. Artigo 97 da Constituição Federal. Violação. Inexistência. Súmula Vinculante nº 10. Inaplicabilidade. Prêmio de Desempenho Fazendário. Extensão a inativos. Natureza da vantagem. Reexame de legislação local e das provas dos autos. Impossibilidade. Precedentes. 1. Pacífica a jurisprudência desta Corte de que não há violação do art. 97 da Constituição Federal quando o Tribunal de origem, sem declarar a inconstitucionalidade da norma e sem afastá-la sob fundamento de contrariedade à Constituição Federal, limita-se a interpretar e aplicar a legislação infraconstitucional ao caso concreto. Inaplicabilidade da Súmula Vinculante nº 10. 2. Inadmissível, em recurso extraordinário, a análise de legislação infraconstitucional local e dos fatos e provas dos autos. Incidência das Súmulas nºs 280 e 279/STF. 3. Agravo regimental não provido.
sjur216340
- Acórdãos citados: RE 612800 AgR, ARE 637184 AgR, AI 814519 AgR, ARE 664985 AgR, RE 575941 AgR. - Decisões monocráticas citadas: ARE 665024, AI 490927. Número de páginas: 14. Análise: 17/10/2012, MLM.
DIAS TOFFOLI
Primeira Turma
838496
[ "LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00097 \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n\r\n", "LEG-FED SUV-000010 \r\n SÚMULA VINCULANTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\r\n\r\n", "LEG-FED SUMSTF-000279 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\r\n\r\n", "LEG-FED SUMSTF-000280 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\r\n\r\n", "LEG-EST LEI-007800 ANO-2001\r\n LEI ORDINÁRIA, BA" ]
AI-AgR
acordaos
AI 838496 AgR
[ "" ]
AGTE.(S) : ESTADO DA BAHIA PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA BAHIA AGDO.(A/S) : CLAYTON FARIA DE LIMA ADV.(A/S) : MARIA JOSSELIA DA SILVA CARRILHO ROSA
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Ementa e Acórdão 18/09/2012 SEGUNDA TURMA EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 681.730 SÃO PAULO RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA EMBTE.(S) :CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA, ARQUITETURA E AGRONOMIA DO ESTADO DE SÃO PAULO ADV.(A/S) :CID PEREIRA STARLING E OUTRO(A/S) EMBDO.(A/S) :DAISY APARECIDA DOS SANTOS BAZO RODRIGUEZ E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) :ARTHUR JORGE SANTOS E OUTRO(A/S) EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO . CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. CONSTITUCIONAL. SERVIDORES AUTÁRQUICOS. ESTABILIDADE DO ART. 19 DO ATO DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS. ACÓRDÃO RECORRIDO EM HARMONIA COM A JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a Presidência do Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, à unanimidade, em converter os embargos de declaração em agravo regimental e, negar provimento ao agravo regimental no recurso extraordinário com agravo, nos termos do voto da Relatora. Ausentes, justificadamente, os Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. Brasília, 18 de setembro de 2012. Ministra CÁRMEN LÚCIA - Relatora Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863533. Supremo Tribunal Federal DJe 04/10/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 9 Relatório 18/09/2012 SEGUNDA TURMA EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 681.730 SÃO PAULO RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA EMBTE.(S) :CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA, ARQUITETURA E AGRONOMIA DO ESTADO DE SÃO PAULO ADV.(A/S) :CID PEREIRA STARLING E OUTRO(A/S) EMBDO.(A/S) :DAISY APARECIDA DOS SANTOS BAZO RODRIGUEZ E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) :ARTHUR JORGE SANTOS E OUTRO(A/S) R E L A T Ó R I O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA – (Relatora): 1. Em 17 de maio de 2012, neguei seguimento ao agravo nos autos do recurso extraordinário interposto pelo Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Estado de São Paulo contra julgado do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, o qual determinara “ao [Agravante] a reintegração das [Agravadas} em seus quadros, nas funções que exerciam quando demitidas”, por julgar que “todos os trabalhadores vinculados aos conselhos profissionais, que se enquadram no conceito de ‘servidores civis’ do artigo 19 do ADCT da CF/88 – porque seu empregador ostenta natureza autárquica -, deveriam ser considerados estáveis, desde que apresentassem relação de emprego que perdurasse por, no mínimo, 5 (cinco) anos contínuos” (fl. 593). A decisão embargada teve a seguinte fundamentação: “6. Razão jurídica não assiste ao Agravante. O Desembargador Relator do caso no Tribunal Regional Federal da 3ª Região afirmou: (…). O acórdão recorrido harmoniza-se com a jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863534. Supremo Tribunal Federal 18/09/2012 SEGUNDA TURMA EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 681.730 SÃO PAULO RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA EMBTE.(S) :CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA, ARQUITETURA E AGRONOMIA DO ESTADO DE SÃO PAULO ADV.(A/S) :CID PEREIRA STARLING E OUTRO(A/S) EMBDO.(A/S) :DAISY APARECIDA DOS SANTOS BAZO RODRIGUEZ E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) :ARTHUR JORGE SANTOS E OUTRO(A/S) R E L A T Ó R I O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA – (Relatora): 1. Em 17 de maio de 2012, neguei seguimento ao agravo nos autos do recurso extraordinário interposto pelo Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Estado de São Paulo contra julgado do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, o qual determinara “ao [Agravante] a reintegração das [Agravadas} em seus quadros, nas funções que exerciam quando demitidas”, por julgar que “todos os trabalhadores vinculados aos conselhos profissionais, que se enquadram no conceito de ‘servidores civis’ do artigo 19 do ADCT da CF/88 – porque seu empregador ostenta natureza autárquica -, deveriam ser considerados estáveis, desde que apresentassem relação de emprego que perdurasse por, no mínimo, 5 (cinco) anos contínuos” (fl. 593). A decisão embargada teve a seguinte fundamentação: “6. Razão jurídica não assiste ao Agravante. O Desembargador Relator do caso no Tribunal Regional Federal da 3ª Região afirmou: (…). O acórdão recorrido harmoniza-se com a jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863534. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 9 Relatório ARE 681.730 ED / SP Supremo Tribunal, que assentou a aplicação da estabilidade do art. 19 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias ADCT aos servidores públicos não concursados da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, bem como de suas autarquias e fundações públicas, em exercício pelo menos cinco anos antes da promulgação da Constituição da República. Nesse sentido: (...) (RE 323.499-AgR, Rel. Min. Ellen Gracie, DJe 18.12.2009). A decisão agravada, embasada nos dados constantes do acórdão recorrido, harmoniza-se com a jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal, razão pela qual nada há a prover quanto às alegações do Agravante. 7. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 544, § 4º, inc. II, alínea a, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno no Supremo Tribunal Federal)” (fls. 803-805). 2. Publicada essa decisão no DJe de 25.5.2012 (fl. 806), opõe Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Estado de São Paulo, em 29.5.2012, tempestivamente, embargos de declaração (fls. 808- 809 e 812-813). 3. Alega o Embargante que “a r. decisão ora embargada não enfrentou a questão acerca da situação jurídica dos funcionários de Conselhos Profissionais, antes da Constituição de 1988, isto é, quando vigorava o regime jurídico de direito privado disposto no artigo 1º do Decreto-Lei n. 968/69 e que descaracterizava a situação de ‘servidores públicos’ exigida para a incidência da norma constitucional. (…) Portanto, antes da Constituição de 1988, os funcionários de Conselhos Profissionais não poderiam ser considerados servidores públicos aptos a gerar a incidência do artigo 19 do ADCT. A jurisprudência consolidada do STF sobre o tema somente admite a aplicação do artigo 19 do ADCT a servidores públicos” (fl. 813). Requer o acolhimento dos presentes embargos. É o relatório. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863534. Supremo Tribunal Federal ARE 681.730 ED / SP Supremo Tribunal, que assentou a aplicação da estabilidade do art. 19 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias ADCT aos servidores públicos não concursados da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, bem como de suas autarquias e fundações públicas, em exercício pelo menos cinco anos antes da promulgação da Constituição da República. Nesse sentido: (...) (RE 323.499-AgR, Rel. Min. Ellen Gracie, DJe 18.12.2009). A decisão agravada, embasada nos dados constantes do acórdão recorrido, harmoniza-se com a jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal, razão pela qual nada há a prover quanto às alegações do Agravante. 7. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 544, § 4º, inc. II, alínea a, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno no Supremo Tribunal Federal)” (fls. 803-805). 2. Publicada essa decisão no DJe de 25.5.2012 (fl. 806), opõe Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Estado de São Paulo, em 29.5.2012, tempestivamente, embargos de declaração (fls. 808- 809 e 812-813). 3. Alega o Embargante que “a r. decisão ora embargada não enfrentou a questão acerca da situação jurídica dos funcionários de Conselhos Profissionais, antes da Constituição de 1988, isto é, quando vigorava o regime jurídico de direito privado disposto no artigo 1º do Decreto-Lei n. 968/69 e que descaracterizava a situação de ‘servidores públicos’ exigida para a incidência da norma constitucional. (…) Portanto, antes da Constituição de 1988, os funcionários de Conselhos Profissionais não poderiam ser considerados servidores públicos aptos a gerar a incidência do artigo 19 do ADCT. A jurisprudência consolidada do STF sobre o tema somente admite a aplicação do artigo 19 do ADCT a servidores públicos” (fl. 813). Requer o acolhimento dos presentes embargos. É o relatório. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863534. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 9 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA 18/09/2012 SEGUNDA TURMA EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 681.730 SÃO PAULO VO T O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA – (Relatora): 1. Recebo os embargos de declaração e converto-os em agravo regimental (Pet 1.245-ED-AgR, Rel. Min. Moreira Alves, DJ 22.5.1998; e RE 195.578-ED, Rel. Min. Ilmar Galvão, DJ 23.8.1996). 2. Razão jurídica não assiste ao Agravante. 3. O Tribunal de origem decidiu: “PROCESSUAL CIVIL, CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. MANDADO DE SEGURANÇA. FUNCIONÁRIAS DO CREASP. CONSELHOS FISCALIZADORES DE ATIVIDADES PROFISSIONAIS. NATUREZA JURÍDICA AUTÁRQUICA FEDERAL. PERSONALIDADE JURÍDICA DE DIREITO PÚBLICO. REGIME JURÍDICO. ESTABILIDADE CONFERIDA PELO ARTIGO 18 [19] DO ADCT DA CF. RELAÇÕES DE TRABALHO QUE PERDURAVAM POR MAIS DE 5 (CINCO) ANOS A CONTAR DA DATA DE PROMULGAÇÃO DA CF/88. REINTEGRAÇÃO. PRECEDENTES DO STJ. IMPOSSIBILIDADE DE COBRANÇA DE VALORES DEVIDOS NO PROCEDIMENTO MANDAMENTAL. SÚMULA N. 269 DO STF. APELAÇÃO PARCIALMENTE PROVIDA. SEGURANÇA PARCIALMENTE CONCEDIDA. SENTENÇA DE 1º GRAU REFORMADA. 1. O artigo 19 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias dispõe que os servidores públicos civis da administração autárquica em exercício, na data de promulgação da Constituição Federal, há pelo menos 5 (cinco) anos continuados, que não tenham sido admitidos por concurso público, são considerados Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863535. Supremo Tribunal Federal 18/09/2012 SEGUNDA TURMA EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 681.730 SÃO PAULO VO T O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA – (Relatora): 1. Recebo os embargos de declaração e converto-os em agravo regimental (Pet 1.245-ED-AgR, Rel. Min. Moreira Alves, DJ 22.5.1998; e RE 195.578-ED, Rel. Min. Ilmar Galvão, DJ 23.8.1996). 2. Razão jurídica não assiste ao Agravante. 3. O Tribunal de origem decidiu: “PROCESSUAL CIVIL, CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. MANDADO DE SEGURANÇA. FUNCIONÁRIAS DO CREASP. CONSELHOS FISCALIZADORES DE ATIVIDADES PROFISSIONAIS. NATUREZA JURÍDICA AUTÁRQUICA FEDERAL. PERSONALIDADE JURÍDICA DE DIREITO PÚBLICO. REGIME JURÍDICO. ESTABILIDADE CONFERIDA PELO ARTIGO 18 [19] DO ADCT DA CF. RELAÇÕES DE TRABALHO QUE PERDURAVAM POR MAIS DE 5 (CINCO) ANOS A CONTAR DA DATA DE PROMULGAÇÃO DA CF/88. REINTEGRAÇÃO. PRECEDENTES DO STJ. IMPOSSIBILIDADE DE COBRANÇA DE VALORES DEVIDOS NO PROCEDIMENTO MANDAMENTAL. SÚMULA N. 269 DO STF. APELAÇÃO PARCIALMENTE PROVIDA. SEGURANÇA PARCIALMENTE CONCEDIDA. SENTENÇA DE 1º GRAU REFORMADA. 1. O artigo 19 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias dispõe que os servidores públicos civis da administração autárquica em exercício, na data de promulgação da Constituição Federal, há pelo menos 5 (cinco) anos continuados, que não tenham sido admitidos por concurso público, são considerados Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863535. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 9 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA ARE 681.730 ED / SP estáveis. 2. Os conselhos fiscalizadores de atividades profissionais, por sua vez, têm natureza jurídica autárquica e, portanto, ostentam personalidade jurídica de direito público. A sua conceituação como autarquias profissionais ou autarquias em regime especial pode ser relevante meramente para fins acadêmicos. Isto porque, no direito brasileiro, ou se é autarquia, com todas as qualidades inerentes a esta situação, ou não. Pouco importa aqui o fato deles não apresentarem efetivamente as características de autarquia, pois foi a própria lei quem lhes atribuiu esta natureza. Ciente, aliás, deste equívoco, o legislador procurou remediar a situação, com a edição da Lei n. 9.649/98, retirando-lhes, por meio de seu artigo 58, a personalidade jurídica de direito público, o que, entretanto, foi obstado pelo Supremo Tribunal Federal na ADI N. 1.717-6/DF, que declarou inconstitucional o artigo mencionado e os seus respectivos parágrafos, à exceção do parágrafo 3º, por entender que, em relação a ele, o pleito se encontrava prejudicado diante das alterações perpetradas pela Emenda Constitucional n. 19/98. 3. Todos os trabalhadores vinculados aos conselhos profissionais, que se enquadram no conceito de servidores públicos civis do artigo 18 [19] do ADCT da CF/88 porque seu empregador ostenta natureza autárquica , deveriam ser considerados estáveis, desde que apresentassem relação de emprego que perdurasse por, no mínimo, 5 (cinco) anos contínuos. As impetrantes preencheram este requisito, visto que todas elas possuíam mais de cinco anos de trabalho contínuo junto ao Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Estado de São Paulo quando da entrada em vigor da CF/88, conforme se denota dos documentos de fls. 17/19, 26/28, 32/34, 39/41, 45/47 e 52/54 dos autos Daisy Aparecida dos Santos, contratada em 22/05/72; Djanira Maria Amadeu, contratada em 08/10/74; Florisa Nascimento de Oliveira, contratada em 12/08/71; Iraci Muniz Duarte, contratada em 12/07/73; Maria Izabel Alves da Costa, contratada em 18/07/72; e Roseli Nogueira Avigni, contratada em 08/06/83. Eram as impetrantes, diante disso, estáveis quando demitidas, razão pela qual só poderia o CREASP desligá-las após regular procedimento administrativo, conforme disciplina das regras estatuárias aplicáveis ao caso. Precedentes do STJ neste sentido. 4. Conveniente frisar, por 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863535. Supremo Tribunal Federal ARE 681.730 ED / SP estáveis. 2. Os conselhos fiscalizadores de atividades profissionais, por sua vez, têm natureza jurídica autárquica e, portanto, ostentam personalidade jurídica de direito público. A sua conceituação como autarquias profissionais ou autarquias em regime especial pode ser relevante meramente para fins acadêmicos. Isto porque, no direito brasileiro, ou se é autarquia, com todas as qualidades inerentes a esta situação, ou não. Pouco importa aqui o fato deles não apresentarem efetivamente as características de autarquia, pois foi a própria lei quem lhes atribuiu esta natureza. Ciente, aliás, deste equívoco, o legislador procurou remediar a situação, com a edição da Lei n. 9.649/98, retirando-lhes, por meio de seu artigo 58, a personalidade jurídica de direito público, o que, entretanto, foi obstado pelo Supremo Tribunal Federal na ADI N. 1.717-6/DF, que declarou inconstitucional o artigo mencionado e os seus respectivos parágrafos, à exceção do parágrafo 3º, por entender que, em relação a ele, o pleito se encontrava prejudicado diante das alterações perpetradas pela Emenda Constitucional n. 19/98. 3. Todos os trabalhadores vinculados aos conselhos profissionais, que se enquadram no conceito de servidores públicos civis do artigo 18 [19] do ADCT da CF/88 porque seu empregador ostenta natureza autárquica , deveriam ser considerados estáveis, desde que apresentassem relação de emprego que perdurasse por, no mínimo, 5 (cinco) anos contínuos. As impetrantes preencheram este requisito, visto que todas elas possuíam mais de cinco anos de trabalho contínuo junto ao Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Estado de São Paulo quando da entrada em vigor da CF/88, conforme se denota dos documentos de fls. 17/19, 26/28, 32/34, 39/41, 45/47 e 52/54 dos autos Daisy Aparecida dos Santos, contratada em 22/05/72; Djanira Maria Amadeu, contratada em 08/10/74; Florisa Nascimento de Oliveira, contratada em 12/08/71; Iraci Muniz Duarte, contratada em 12/07/73; Maria Izabel Alves da Costa, contratada em 18/07/72; e Roseli Nogueira Avigni, contratada em 08/06/83. Eram as impetrantes, diante disso, estáveis quando demitidas, razão pela qual só poderia o CREASP desligá-las após regular procedimento administrativo, conforme disciplina das regras estatuárias aplicáveis ao caso. Precedentes do STJ neste sentido. 4. Conveniente frisar, por 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863535. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 9 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA ARE 681.730 ED / SP fim, que a ação mandamental se presta tão somente a fazer cessar a ilegalidade ou abuso de poder praticado pela autoridade pública ou quem lhe faça às vezes, razão pela qual o pagamento de eventuais valores devidos não pode ser aqui determinado, por força do que dispõe a Súmula n. 269 do E. Supremo Tribunal Federal. A presente decisão, portanto, não surte efeito econômico pretérito algum, situação esta da qual certamente eram sabedoras as impetrantes, bem como seu patrono, quando optaram pela utilização desta ação constitucional para a tutela dos seus direitos. 5. As custas processuais são devidas na forma da lei. Incabíveis a condenação do vencido no pagamento de verba honorária por força do que dispõem as Súmulas n. 512 do C. Supremo Tribunal Federal e 105 do E. Superior Tribunal de Justiça. 6. Apelação das impetrantes parcialmente provida. Segurança parcialmente concedida para determinar ao impetrado a reintegração das impetrantes em seus quadros, nas funções que exerciam quando demitidas. Sentença de 1º grau de jurisdição reformada” (fls. 593- 595). 4. Este Supremo Tribunal Federal declarou a inconstitucionalidade do art. 58 da Lei n. 9.649/1998, que definia o caráter privado dos serviços de fiscalização das profissões regulamentadas. Ademais, este Supremo Tribunal assentou que os Conselhos de Fiscalização têm natureza jurídica de autarquia federal. Nesse sentido: "DIREITO CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE DO ART. 58 E SEUS PARÁGRAFOS DA LEI FEDERAL Nº 9.649, DE 27.05.1998, QUE TRATAM DOS SERVIÇOS DE FISCALIZAÇÃO DE PROFISSÕES REGULAMENTADAS. 1. Estando prejudicada a Ação, quanto ao § 3o do art. 58 da Lei nº 9.649, de 27.05.1998, como já decidiu o Plenário, quando apreciou o pedido de medida cautelar, a Ação Direta é julgada procedente, quanto ao mais, declarando-se a inconstitucionalidade do "caput" e dos parágrafos 1o, 2o, 4o, 5o, 6o, 7o e 8o do mesmo art. 58. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863535. Supremo Tribunal Federal ARE 681.730 ED / SP fim, que a ação mandamental se presta tão somente a fazer cessar a ilegalidade ou abuso de poder praticado pela autoridade pública ou quem lhe faça às vezes, razão pela qual o pagamento de eventuais valores devidos não pode ser aqui determinado, por força do que dispõe a Súmula n. 269 do E. Supremo Tribunal Federal. A presente decisão, portanto, não surte efeito econômico pretérito algum, situação esta da qual certamente eram sabedoras as impetrantes, bem como seu patrono, quando optaram pela utilização desta ação constitucional para a tutela dos seus direitos. 5. As custas processuais são devidas na forma da lei. Incabíveis a condenação do vencido no pagamento de verba honorária por força do que dispõem as Súmulas n. 512 do C. Supremo Tribunal Federal e 105 do E. Superior Tribunal de Justiça. 6. Apelação das impetrantes parcialmente provida. Segurança parcialmente concedida para determinar ao impetrado a reintegração das impetrantes em seus quadros, nas funções que exerciam quando demitidas. Sentença de 1º grau de jurisdição reformada” (fls. 593- 595). 4. Este Supremo Tribunal Federal declarou a inconstitucionalidade do art. 58 da Lei n. 9.649/1998, que definia o caráter privado dos serviços de fiscalização das profissões regulamentadas. Ademais, este Supremo Tribunal assentou que os Conselhos de Fiscalização têm natureza jurídica de autarquia federal. Nesse sentido: "DIREITO CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE DO ART. 58 E SEUS PARÁGRAFOS DA LEI FEDERAL Nº 9.649, DE 27.05.1998, QUE TRATAM DOS SERVIÇOS DE FISCALIZAÇÃO DE PROFISSÕES REGULAMENTADAS. 1. Estando prejudicada a Ação, quanto ao § 3o do art. 58 da Lei nº 9.649, de 27.05.1998, como já decidiu o Plenário, quando apreciou o pedido de medida cautelar, a Ação Direta é julgada procedente, quanto ao mais, declarando-se a inconstitucionalidade do "caput" e dos parágrafos 1o, 2o, 4o, 5o, 6o, 7o e 8o do mesmo art. 58. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863535. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 9 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA ARE 681.730 ED / SP 2. Isso porque a interpretação conjugada dos artigos 5°, XIII, 22, XVI, 21, XXIV, 70, parágrafo único, 149 e 175 da Constituição Federal, leva à conclusão, no sentido da indelegabilidade, a uma entidade privada, de atividade típica de Estado, que abrange até poder de polícia, de tributar e de punir, no que concerne ao exercício de atividades profissionais regulamentadas, como ocorre com os dispositivos impugnados. 3. Decisão unânime" (ADI 1.717, Rel. Min. Sydney Sanches, Plenário, DJ 28.3.2003). E também: “Agravo regimental no recurso extraordinário. Conselhos de fiscalização profissional. Natureza de autarquia reconhecida por esta Suprema Corte. Precedentes. 1. O servidor de órgão de fiscalização profissional, cuja natureza jurídica é inegavelmente de autarquia federal, não pode ser demitido sem a prévia instauração de processo administrativo. 2. Inaplicabilidade, no caso, da Súmula Vinculante nº 10 desta Corte, porque não se declarou inconstitucionalidade de lei, tampouco se afastou sua incidência. 3. Agravo regimental não provido” (RE 563.820-AgR, Rel. Min. Dias Toffoli, Primeira Turma, DJe 10.4.2012). 5. Assim, dada a natureza de autarquia federal do Agravante, o acórdão recorrido está em harmonia com a jurisprudência deste Supremo Tribunal, que assentou a aplicação da estabilidade do art. 19 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias - ADCT aos servidores públicos não concursados da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, bem como de suas autarquias e fundações públicas, em exercício pelo menos cinco anos antes da promulgação da Constituição da República. Nesse sentido: “AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863535. Supremo Tribunal Federal ARE 681.730 ED / SP 2. Isso porque a interpretação conjugada dos artigos 5°, XIII, 22, XVI, 21, XXIV, 70, parágrafo único, 149 e 175 da Constituição Federal, leva à conclusão, no sentido da indelegabilidade, a uma entidade privada, de atividade típica de Estado, que abrange até poder de polícia, de tributar e de punir, no que concerne ao exercício de atividades profissionais regulamentadas, como ocorre com os dispositivos impugnados. 3. Decisão unânime" (ADI 1.717, Rel. Min. Sydney Sanches, Plenário, DJ 28.3.2003). E também: “Agravo regimental no recurso extraordinário. Conselhos de fiscalização profissional. Natureza de autarquia reconhecida por esta Suprema Corte. Precedentes. 1. O servidor de órgão de fiscalização profissional, cuja natureza jurídica é inegavelmente de autarquia federal, não pode ser demitido sem a prévia instauração de processo administrativo. 2. Inaplicabilidade, no caso, da Súmula Vinculante nº 10 desta Corte, porque não se declarou inconstitucionalidade de lei, tampouco se afastou sua incidência. 3. Agravo regimental não provido” (RE 563.820-AgR, Rel. Min. Dias Toffoli, Primeira Turma, DJe 10.4.2012). 5. Assim, dada a natureza de autarquia federal do Agravante, o acórdão recorrido está em harmonia com a jurisprudência deste Supremo Tribunal, que assentou a aplicação da estabilidade do art. 19 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias - ADCT aos servidores públicos não concursados da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, bem como de suas autarquias e fundações públicas, em exercício pelo menos cinco anos antes da promulgação da Constituição da República. Nesse sentido: “AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863535. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 9 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA ARE 681.730 ED / SP EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO MUNICIPAL. COMPLEMENTAÇÃO DE APOSENTADORIA. ANÁLISE DE LEGISLAÇÃO LOCAL. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 280 DO STF. (…). 1. O art. 19 do ADCT da Constituição da República conferiu aos funcionários públicos admitidos sem concurso há pelo menos cinco anos antes da promulgação da Constituição da República de 1988 o direito à estabilidade. 2. (…). 3. Agravo regimental a que se nega provimento” (ARE 653.962-AgR, Rel. Min. Luiz Fux, Primeira Turma, DJe 13.3.2012). E ainda: “CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ESTABILIDADE EXCEPCIONAL DO ART. 19 DO ADCT/88. OBSERVÂNCIA. PRECEDENTES. 1. A decisão agravada fundou-se em entendimento consolidado na Suprema Corte. 2. O direito amparado pela norma transitória do art. 19 do ADCT/88 que criou a estabilidade excepcional se aplica aos servidores públicos não concursados da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, bem como de suas autarquias e fundações públicas, em exercício há pelo menos cinco anos antes da promulgação da Constituição Federal de 1988. Precedentes. 3. Inexistência de argumento capaz de infirmar o entendimento adotado pela decisão agravada. 4. Agravo regimental improvido” (RE 323.499-AgR, Rel. Min. Ellen Gracie, DJe 18.12.2009). 6. Os argumentos do Agravante, insuficientes para modificar a decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente prestação jurisdicional. 7. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental. 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863535. Supremo Tribunal Federal ARE 681.730 ED / SP EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO MUNICIPAL. COMPLEMENTAÇÃO DE APOSENTADORIA. ANÁLISE DE LEGISLAÇÃO LOCAL. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 280 DO STF. (…). 1. O art. 19 do ADCT da Constituição da República conferiu aos funcionários públicos admitidos sem concurso há pelo menos cinco anos antes da promulgação da Constituição da República de 1988 o direito à estabilidade. 2. (…). 3. Agravo regimental a que se nega provimento” (ARE 653.962-AgR, Rel. Min. Luiz Fux, Primeira Turma, DJe 13.3.2012). E ainda: “CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ESTABILIDADE EXCEPCIONAL DO ART. 19 DO ADCT/88. OBSERVÂNCIA. PRECEDENTES. 1. A decisão agravada fundou-se em entendimento consolidado na Suprema Corte. 2. O direito amparado pela norma transitória do art. 19 do ADCT/88 que criou a estabilidade excepcional se aplica aos servidores públicos não concursados da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, bem como de suas autarquias e fundações públicas, em exercício há pelo menos cinco anos antes da promulgação da Constituição Federal de 1988. Precedentes. 3. Inexistência de argumento capaz de infirmar o entendimento adotado pela decisão agravada. 4. Agravo regimental improvido” (RE 323.499-AgR, Rel. Min. Ellen Gracie, DJe 18.12.2009). 6. Os argumentos do Agravante, insuficientes para modificar a decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente prestação jurisdicional. 7. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental. 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863535. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 9 Decisão de Julgamento SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 681.730 PROCED. : SÃO PAULO RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA EMBTE.(S) : CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA, ARQUITETURA E AGRONOMIA DO ESTADO DE SÃO PAULO ADV.(A/S) : CID PEREIRA STARLING E OUTRO(A/S) EMBDO.(A/S) : DAISY APARECIDA DOS SANTOS BAZO RODRIGUEZ E OUTRO(A/ S) ADV.(A/S) : ARTHUR JORGE SANTOS E OUTRO(A/S) Decisão: A Turma, por unanimidade, converteu os embargos de declaração em agravo regimental, ao qual negou provimento, nos termos do voto da Relatora. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 18.09.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2849255 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 681.730 PROCED. : SÃO PAULO RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA EMBTE.(S) : CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA, ARQUITETURA E AGRONOMIA DO ESTADO DE SÃO PAULO ADV.(A/S) : CID PEREIRA STARLING E OUTRO(A/S) EMBDO.(A/S) : DAISY APARECIDA DOS SANTOS BAZO RODRIGUEZ E OUTRO(A/ S) ADV.(A/S) : ARTHUR JORGE SANTOS E OUTRO(A/S) Decisão: A Turma, por unanimidade, converteu os embargos de declaração em agravo regimental, ao qual negou provimento, nos termos do voto da Relatora. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 18.09.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2849255 Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 9
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=2874617
2012-09-18T00:00:00
2012-10-04T00:00:00
A Turma, por unanimidade, converteu os embargos de declaração em agravo regimental, ao qual negou provimento, nos termos do voto da Relatora. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 18.09.2012.
EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO
EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO . CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. CONSTITUCIONAL. SERVIDORES AUTÁRQUICOS. ESTABILIDADE DO ART. 19 DO ATO DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS. ACÓRDÃO RECORRIDO EM HARMONIA COM A JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.
sjur215933
- Acórdãos citados: Pet 1245 ED-AgR, RE 195578 ED, ADI 1717, RE 563820 AgR, ARE 653962 AgR, RE 323499 AgR. Número de páginas: 9. Análise: 10/10/2012, MJC.
CÁRMEN LÚCIA
Segunda Turma
681730
[ "LEG-FED ADCT ANO-1988 \r\n ART-00019 \r\n ATO DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS\r\n\r\n", "LEG-FED LEI-009649 ANO-1998\r\n ART-00058 \r\n LEI ORDINÁRIA" ]
ARE-ED
acordaos
ARE 681730 ED
[ "" ]
EMBTE.(S) : CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA, ARQUITETURA E AGRONOMIA DO ESTADO DE SÃO PAULO ADV.(A/S) : ARTHUR JORGE SANTOS E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) : CID PEREIRA STARLING E OUTRO(A/S) EMBDO.(A/S) : DAISY APARECIDA DOS SANTOS BAZO RODRIGUEZ E OUTRO(A/S)
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{ "JURISPRUDENCIA": [ "ARE 681 . 730 ED / SP", "RE 323 . 499 - AgR", "ARE 681 . 730 ED / SP", "RE 323 . 499 - AgR", "Pet 1 . 245 - ED - AgR", "RE 195 . 578 - ED", "SÚMULA N . 269 DO STF", "AGRAVO 681 . 730", "Pet 1 . 245 - ED - AgR", "RE 195 . 578 - ED", "SÚMULA N . 269 DO STF", "ADI N . 1 . 717 - 6 / DF", "ARE 681 . 730 ED / SP", "ADI N . 1 . 717 - 6 / DF", "ARE 681 . 730 ED / SP", "Súmula n . 269 do E . Supremo Tribunal Federal", "Súmulas n . 512 do C . Supremo Tribunal Federal", "ARE 681 . 730 ED / SP", "Súmula n . 269 do E . Supremo Tribunal Federal", "Súmulas n . 512 do C . 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II , alínea a , do Código de Processo Civil", "art . 21 , § [UNK] , do Regimento Interno no Supremo Tribunal Federal", "Constituição de 1988", "artigo [UNK] do Decreto - Lei n . 968 / 69", "Constituição de 1988", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "ARTIGO 18 [ 19 ] DO ADCT DA CF", "CF", "/", "88", "artigo 19 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias", "Constituição Federal", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "ARTIGO 18 [ 19 ] DO ADCT DA CF", "CF", "/", "88", "artigo 19 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias", "Constituição Federal", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Lei n . 9 . 649 / 98", "Emenda Constitucional n . 19 / 98", "artigo 18 [ 19 ] do ADCT da CF / 88", "CF", "/", "88", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Lei n . 9 . 649 / 98", "Emenda Constitucional n . 19 / 98", "artigo 18 [ 19 ] do ADCT da CF / 88", "CF", "/", "88", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 58 da Lei n . 9 . 649 / 1998", "ART . 58", "LEI FEDERAL [UNK] 9 . 649", "§ 3o do art . 58 da Lei [UNK] 9 . 649", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 58 da Lei n", "9", ".", "649", "/", "1998", "ART . 58", "LEI FEDERAL [UNK] 9 . 649", "§ 3o do art . 58 da Lei [UNK] 9 . 649", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "artigos 5°", "art . 19 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias", "Constituição da República", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "artigos 5° , XIII , 22 , XVI , 21 , XXIV , 70 , parágrafo único , 149 e 175 da Constituição Federal", "art . 19 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias", "Constituição da República", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 19 do ADCT da Constituição da República", "Constituição da República de 1988", "ART . 19 DO ADCT / 88", "art . 19 do ADCT / 88", "Constituição Federal de 1988", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 19 do ADCT da Constituição da República", "Constituição da República de 1988", "ART . 19 DO ADCT / 88", "art . 19 do ADCT / 88", "Constituição Federal de 1988", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001" ], "LOCAL": [ "SÃO PAULO", "Brasília", "SÃO PAULO", "ESTADO DE SÃO PAULO", "SÃO PAULO", "SÃO PAULO", "SÃO PAULO", "SÃO PAULO", "SÃO PAULO" ], "ORGANIZACAO": [ "SEGUNDA TURMA", "CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA , ARQUITETURA E AGRONOMIA DO ESTADO DE SÃO", "SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL", "Supremo Tribunal Federal", "Segunda Turma", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA , ARQUITETURA E AGRONOMIA", "Conselho Regional de Engenharia , Arquitetura e Agronomia do Estado de São Paulo", "Tribunal Regional Federal da [UNK] Região", "Tribunal Regional Federal da [UNK] Região", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA , ARQUITETURA E AGRONOMIA DO ESTADO DE SÃO PAULO", "Conselho Regional de Engenharia , Arquitetura e Agronomia do Estado de São Paulo", "Tribunal Regional Federal da [UNK] Região", "Tribunal Regional Federal da [UNK] Região", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal", "União", "Distrito Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Conselho Regional de Engenharia , Arquitetura e Agronomia do Estado de São Paulo", "STF", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal", "União", "Distrito Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Conselho Regional de Engenharia , Arquitetura e Agronomia do Estado de São Paulo", "STF", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "SEGUNDA TURMA", "CREASP", "STJ", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "CREASP", "STJ", "Supremo Tribunal 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Sanches", "Dias Toffoli", "Sydney Sanches", "Dias Toffoli", "CÁRMEN LÚCIA", "Luiz Fux", "Ellen Gracie", "Luiz Fux", "Ellen Gracie", "CÁRMEN LÚCIA", "CID PEREIRA STARLING", "DAISY APARECIDA DOS SANTOS BAZO RODRIGUEZ", "ARTHUR JORGE SANTOS", "Celso de Mello", "Joaquim Barbosa", "Ricardo Lewandowski", "Gilmar Mendes", "Cármen Lúcia", "Celso de Mello", "Joaquim Barbosa", "Paulo da Rocha Campos", "Fabiane Duarte", "CÁRMEN LÚCIA", "CID PEREIRA STARLING", "DAISY APARECIDA DOS SANTOS BAZO RODRIGUEZ", "ARTHUR JORGE SANTOS", "Celso de Mello", "Joaquim Barbosa", "Ricardo Lewandowski", "Gilmar Mendes", "Cármen Lúcia", "Celso de Mello", "Joaquim Barbosa", "Paulo da Rocha Campos", "Fabiane Duarte" ], "TEMPO": [ "18", "/", "09", "/", "2012", "18 de setembro de 2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "04", "/", "10", "/", "2012", "18", "/", "09", "/", "2012", "17 de maio de 2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "18", "/", "09", "/", "2012", "17 de maio de 2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "18", ".", 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Ementa e Acórdão 16/10/2012 SEGUNDA TURMA HABEAS CORPUS 111.715 SÃO PAULO RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA PACTE.(S) :FABRICIO JUNIOR VALENTINI IMPTE.(S) :DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL COATOR(A/S)(ES) :SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA EMENTA: HABEAS CORPUS. TRÁFICO DE DROGAS. CAUSA DE DIMINUIÇÃO PREVISTA NO § 4º DO ART. 33 DA LEI N. 11.343/2006. 1. INVIÁVEL REEXAME DE PROVA EM HABEAS CORPUS. 2. PRETENSÃO DE SUBSTITUIÇÃO DA PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE POR RESTRITIVA DE DIREITO E DE FIXAÇÃO DO REGIME INICIAL ABERTO. IMPOSSIBILIDADE DE EXAME SOB PENA DE SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA. 1. Inaplicabilidade da causa de diminuição prevista no § 4º do art. 33 da Lei n. 11.343/2006. Paciente que, nos termos do que assentado nas instâncias antecedentes, dedica-se à atividade criminosa. Afastar essa premissa demandaria o reexame dos fatos e das provas dos autos, ao que não se presta o habeas corpus. 2. Substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos e fixação do regime inicial aberto. Impossibilidade de conhecimento desta impetração, sob pena de contrariedade à repartição constitucional de competências e indevida supressão de instância. Precedentes. 3. Ordem denegada. A C Ó R D à O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a Presidência do Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade, em denegar a ordem, nos termos do voto da Relatora. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, os Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2975503. Supremo Tribunal Federal DJe 07/11/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 13 Ementa e Acórdão HC 111.715 / SP Brasília, 16 de outubro de 2012. Ministra CÁRMEN LÚCIA - Relatora 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2975503. Supremo Tribunal Federal HC 111.715 / SP Brasília, 16 de outubro de 2012. Ministra CÁRMEN LÚCIA - Relatora 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2975503. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 13 Relatório 16/10/2012 SEGUNDA TURMA HABEAS CORPUS 111.715 SÃO PAULO RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA PACTE.(S) :FABRICIO JUNIOR VALENTINI IMPTE.(S) :DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL COATOR(A/S)(ES) :SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA R E L A T Ó R I O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA (RELATORA): 1. Habeas corpus, sem pedido de medida liminar, impetrado pela DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO, em favor de FABRÍCIO JUNIOR VALENTINI, contra julgado da Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça, que, em 5.12.2011, não conheceu do Habeas Corpus n. 192.580, Relator o Ministro Marco Aurélio Bellizze. O caso 2. Tem-se nos autos que o Paciente foi denunciado pela prática de tráfico de entorpecente (art. 33, caput, da Lei n. 11.343/2006). Expõe a denúncia: “no dia 20 de junho de 2009, por volta das 18h50, na Rua Domizio Rossi, n. 70, Jardim Augusto de Paula, nesta cidade e comarca, trazia consigo, para fins de venda e fornecimento a terceiros, sem autorização legal e em desacordo com determinação legal ou regulamentar, 81,2 gramas de crack, acondicionados em 5 invólucros plásticos, lacrados com fita adesiva de cor rosa, droga essa capaz de provocar dependência. O réu caminhava pela Rua Domizio Rossi e, ao avistar a viatura policial militar, que fazia o patrulhamento no local, empreendeu fuga, imediatamente desfazendo-se de uma caixa preta, pequena, própria para guardar ferramentas, atirando-a num terreno Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2975504. Supremo Tribunal Federal 16/10/2012 SEGUNDA TURMA HABEAS CORPUS 111.715 SÃO PAULO RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA PACTE.(S) :FABRICIO JUNIOR VALENTINI IMPTE.(S) :DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL COATOR(A/S)(ES) :SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA R E L A T Ó R I O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA (RELATORA): 1. Habeas corpus, sem pedido de medida liminar, impetrado pela DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO, em favor de FABRÍCIO JUNIOR VALENTINI, contra julgado da Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça, que, em 5.12.2011, não conheceu do Habeas Corpus n. 192.580, Relator o Ministro Marco Aurélio Bellizze. O caso 2. Tem-se nos autos que o Paciente foi denunciado pela prática de tráfico de entorpecente (art. 33, caput, da Lei n. 11.343/2006). Expõe a denúncia: “no dia 20 de junho de 2009, por volta das 18h50, na Rua Domizio Rossi, n. 70, Jardim Augusto de Paula, nesta cidade e comarca, trazia consigo, para fins de venda e fornecimento a terceiros, sem autorização legal e em desacordo com determinação legal ou regulamentar, 81,2 gramas de crack, acondicionados em 5 invólucros plásticos, lacrados com fita adesiva de cor rosa, droga essa capaz de provocar dependência. O réu caminhava pela Rua Domizio Rossi e, ao avistar a viatura policial militar, que fazia o patrulhamento no local, empreendeu fuga, imediatamente desfazendo-se de uma caixa preta, pequena, própria para guardar ferramentas, atirando-a num terreno Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2975504. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 13 Relatório HC 111.715 / SP baldio situado nas imediações do numeral 70 da citada via pública. Os policiais abordaram o réu, há aproximadamente cinco metros do terreno baldio onde ele jogou a caixa preta e, submetendo-o a revista pessoal encontraram com ele um aparelho celular da marca LG e R$ 200,00 (duzentos reais), em dinheiro. Seguindo as investigações, os policiais localizaram, no terreno baldio, a caixa preta jogada pelo réu momentos antes e, no interior desta caixa, encontraram além da droga já descrita, uma tesoura, vários saquinhos plásticos transparentes, uma balança de precisão, uma unidade de fita crepe de cor rosa, uma faca de cozinha e uma colher pequena” (grifos nossos). 3. Em 1º.9.2009, o juízo do 1º Ofício Criminal da Comarca de Presidente Prudente/SP condenou o Paciente à pena de 1 ano e 8 meses de reclusão, a ser cumprida em regime inicial fechado, e 160 dias-multa. Foi aplicada a causa de diminuição no patamar de 2/3 e negado do direito de recorrer em liberdade. 4. O Ministério Público de São Paulo e a defesa interpuseram apelação (Proc. n. 990.10.0380051-6). Em 25.5.2010, a Quarta Câmara Criminal do Tribunal de Justiça paulista negou “provimento ao recurso da defesa e [deu] provimento ao apelo ministerial para, mantido o mais decidido, redimensionar as penas do acusado a cinco anos de reclusão, mais quinhentos dias-multas”. Esta a ementa desse julgado: “Tráfico ilícito de entorpecentes (Lei n. 11.343/2006). Crime caracterizado, integralmente. Flagrante inquestionável. Acondicionamento e quantidade da droga que revelam comércio. Palavras coerentes e incriminatórias dos Policiais Militares. Versão exculpatória inverossímil. Inaplicabilidade do art. 33, § 4º, da L. 11.343/2006. Constitucionalidade afirmada, mas afastamento do redutor determinado por motivação outra. Apenamento benéfico, corrigido na forma do apelo ministerial, que pede exatamente isto, ainda que por fundamentação distinta. Regime inicial fechado único possível (L. 11.464/2007). Apelo ministerial provido, improvido o da defesa”. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2975504. Supremo Tribunal Federal HC 111.715 / SP baldio situado nas imediações do numeral 70 da citada via pública. Os policiais abordaram o réu, há aproximadamente cinco metros do terreno baldio onde ele jogou a caixa preta e, submetendo-o a revista pessoal encontraram com ele um aparelho celular da marca LG e R$ 200,00 (duzentos reais), em dinheiro. Seguindo as investigações, os policiais localizaram, no terreno baldio, a caixa preta jogada pelo réu momentos antes e, no interior desta caixa, encontraram além da droga já descrita, uma tesoura, vários saquinhos plásticos transparentes, uma balança de precisão, uma unidade de fita crepe de cor rosa, uma faca de cozinha e uma colher pequena” (grifos nossos). 3. Em 1º.9.2009, o juízo do 1º Ofício Criminal da Comarca de Presidente Prudente/SP condenou o Paciente à pena de 1 ano e 8 meses de reclusão, a ser cumprida em regime inicial fechado, e 160 dias-multa. Foi aplicada a causa de diminuição no patamar de 2/3 e negado do direito de recorrer em liberdade. 4. O Ministério Público de São Paulo e a defesa interpuseram apelação (Proc. n. 990.10.0380051-6). Em 25.5.2010, a Quarta Câmara Criminal do Tribunal de Justiça paulista negou “provimento ao recurso da defesa e [deu] provimento ao apelo ministerial para, mantido o mais decidido, redimensionar as penas do acusado a cinco anos de reclusão, mais quinhentos dias-multas”. Esta a ementa desse julgado: “Tráfico ilícito de entorpecentes (Lei n. 11.343/2006). Crime caracterizado, integralmente. Flagrante inquestionável. Acondicionamento e quantidade da droga que revelam comércio. Palavras coerentes e incriminatórias dos Policiais Militares. Versão exculpatória inverossímil. Inaplicabilidade do art. 33, § 4º, da L. 11.343/2006. Constitucionalidade afirmada, mas afastamento do redutor determinado por motivação outra. Apenamento benéfico, corrigido na forma do apelo ministerial, que pede exatamente isto, ainda que por fundamentação distinta. Regime inicial fechado único possível (L. 11.464/2007). Apelo ministerial provido, improvido o da defesa”. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2975504. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 13 Relatório HC 111.715 / SP 5. A defesa do Paciente impetrou o Habeas Corpus n. 192.580, Relator o Ministro Marco Aurélio Bellizze. Em 20.10.2011, a Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça não conheceu dessa impetração: “HABEAS CORPUS. TRÁFICO DE DROGAS. AFASTAMENTO DA CAUSA ESPECIAL DE DIMINUIÇÃO DE PENA DO ART. 33, § 4º, DA LEI N. 11.343/2006. FUNDAMENTAÇÃO ADEQUADA. QUANTIDADE DA DROGA APREENDIDA. HABITUALIDADE NA PRÁTICA DELITUOSA. ANÁLISE SUBJETIVA. INVIABILIDADE PERANTE ESTA CORTE SUPERIOR EM TEMA DE HABEAS CORPUS. ORDEM NÃO CONHECIDA. 1. A Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça firmou jurisprudência no sentido da possibilidade de afastamento da causa especial de diminuição de pena do art. 33, § 4º, da Lei n. 11.343/2006 quando demonstrada a habitualidade na prática do crime de tráfico de entorpecentes. 2. Ademais, o habeas corpus é antídoto de prescrição restrita, que se presta a reparar constrangimento ilegal evidente, incontroverso, indisfarçável e que, portanto, se mostra de plano perceptível ao julgador. Não se mostra possível nos casos em que se busca a mera substituição do juízo subjetivo externado em decisão fundamentada, dentro dos parâmetros cominados pela lei, sob pena de banalização da garantia constitucional, tanto mais porque não há teratologia a examinar na espécie. 3. Habeas corpus não conhecido”. 6. Na presente ação, a Impetrante pretende restabelecer a aplicação da causa de diminuição de pena prevista no art. 33, § 4º, da Lei n. 11.343/2006, em seu patamar máximo, “bem como o reconhecimento de ofício da substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direito e, subsidiariamente, a fixação do regime prisional aberto para o cumprimento da pena aplicada”. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2975504. Supremo Tribunal Federal HC 111.715 / SP 5. A defesa do Paciente impetrou o Habeas Corpus n. 192.580, Relator o Ministro Marco Aurélio Bellizze. Em 20.10.2011, a Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça não conheceu dessa impetração: “HABEAS CORPUS. TRÁFICO DE DROGAS. AFASTAMENTO DA CAUSA ESPECIAL DE DIMINUIÇÃO DE PENA DO ART. 33, § 4º, DA LEI N. 11.343/2006. FUNDAMENTAÇÃO ADEQUADA. QUANTIDADE DA DROGA APREENDIDA. HABITUALIDADE NA PRÁTICA DELITUOSA. ANÁLISE SUBJETIVA. INVIABILIDADE PERANTE ESTA CORTE SUPERIOR EM TEMA DE HABEAS CORPUS. ORDEM NÃO CONHECIDA. 1. A Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça firmou jurisprudência no sentido da possibilidade de afastamento da causa especial de diminuição de pena do art. 33, § 4º, da Lei n. 11.343/2006 quando demonstrada a habitualidade na prática do crime de tráfico de entorpecentes. 2. Ademais, o habeas corpus é antídoto de prescrição restrita, que se presta a reparar constrangimento ilegal evidente, incontroverso, indisfarçável e que, portanto, se mostra de plano perceptível ao julgador. Não se mostra possível nos casos em que se busca a mera substituição do juízo subjetivo externado em decisão fundamentada, dentro dos parâmetros cominados pela lei, sob pena de banalização da garantia constitucional, tanto mais porque não há teratologia a examinar na espécie. 3. Habeas corpus não conhecido”. 6. Na presente ação, a Impetrante pretende restabelecer a aplicação da causa de diminuição de pena prevista no art. 33, § 4º, da Lei n. 11.343/2006, em seu patamar máximo, “bem como o reconhecimento de ofício da substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direito e, subsidiariamente, a fixação do regime prisional aberto para o cumprimento da pena aplicada”. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2975504. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 13 Relatório HC 111.715 / SP Sustenta que “por integração [em] organização criminosa deve-se entender a participação estável do agente em grupo que se dedica habitualmente ao crime, com tarefas previamente determinadas para cada um dos seus integrantes, que, assim, convergem suas vontades para a concretização do objetivo criminoso”. Ressalta que “não há prova concreta nos autos de que o paciente participava de organização criminosa ou se dedicava à prática de atividades ilícitas, não resta[ndo] alternativa senão a aplicação do percentual máximo de diminuição de pena conforme prevê o § 4º do artigo 33 da Lei n. 11.343/2006”. Alega que, reduzida a “pena nos termos acima expostos, o paciente tem ainda direito à substituição da pena privativa de liberdade pela pena restritiva de direitos, uma vez que preenche os requisitos exigidos pelo artigo 44 do Código Penal”. Afirma que não haveria fundamentação para fixação do regime fechado para o início do cumprimento da pena imposta ao Paciente e que “devem ser analisados os parâmetros do art. 33, §§ 2º e 3º, do Código Penal, com base nas circunstâncias particulares de cada caso concreto”. Este o teor dos pedidos: “Ante o exposto, requer seja concedida a ordem de Habeas Corpus para: a) restabelecer a aplicação do benefício previsto no § 4º do artigo 33 da Lei n. 11.343/2006 em seu patamar máximo; b) para garantir ao paciente a substituição da pena privativa de liberdade por outra restritiva de direitos; c) subsidiariamente, estabelecer o início da execução da pena privativa de liberdade em regime inicial aberto”. 7. Em 19.12.2011, não havendo requerimento de medida liminar a ser apreciado, determinei vista dos autos ao Procurador-Geral da República, 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2975504. Supremo Tribunal Federal HC 111.715 / SP Sustenta que “por integração [em] organização criminosa deve-se entender a participação estável do agente em grupo que se dedica habitualmente ao crime, com tarefas previamente determinadas para cada um dos seus integrantes, que, assim, convergem suas vontades para a concretização do objetivo criminoso”. Ressalta que “não há prova concreta nos autos de que o paciente participava de organização criminosa ou se dedicava à prática de atividades ilícitas, não resta[ndo] alternativa senão a aplicação do percentual máximo de diminuição de pena conforme prevê o § 4º do artigo 33 da Lei n. 11.343/2006”. Alega que, reduzida a “pena nos termos acima expostos, o paciente tem ainda direito à substituição da pena privativa de liberdade pela pena restritiva de direitos, uma vez que preenche os requisitos exigidos pelo artigo 44 do Código Penal”. Afirma que não haveria fundamentação para fixação do regime fechado para o início do cumprimento da pena imposta ao Paciente e que “devem ser analisados os parâmetros do art. 33, §§ 2º e 3º, do Código Penal, com base nas circunstâncias particulares de cada caso concreto”. Este o teor dos pedidos: “Ante o exposto, requer seja concedida a ordem de Habeas Corpus para: a) restabelecer a aplicação do benefício previsto no § 4º do artigo 33 da Lei n. 11.343/2006 em seu patamar máximo; b) para garantir ao paciente a substituição da pena privativa de liberdade por outra restritiva de direitos; c) subsidiariamente, estabelecer o início da execução da pena privativa de liberdade em regime inicial aberto”. 7. Em 19.12.2011, não havendo requerimento de medida liminar a ser apreciado, determinei vista dos autos ao Procurador-Geral da República, 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2975504. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 13 Relatório HC 111.715 / SP que opinou pela denegação da ordem. É o relatório. 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2975504. Supremo Tribunal Federal HC 111.715 / SP que opinou pela denegação da ordem. É o relatório. 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2975504. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 13 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA 16/10/2012 SEGUNDA TURMA HABEAS CORPUS 111.715 SÃO PAULO V O T O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Conforme relatado, a presente ação tem por objetivo redução da pena imposta ao Paciente, com a aplicação da causa de diminuição do art. 33, § 4º, da Lei n. 11.343/2006 em seu percentual máximo, a substituição da pena privativa de liberdade pela restritiva de direito ou a fixação do regime inicial aberto. 2. Razão jurídica não assiste à Impetrante. A Quarta Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo afastou a incidência da causa de diminuição do art. 33, § 4º, da Lei n. 11.343/2006 nestes termos: “Nada obstante tenha a novel legislação anti-drogas (Lei n. 11.343, 23.ago.2006) criado aparente situação mais favorável aos traficantes primários (art. 33, § 4º), sequer seria o caso de aqui considerá-la mais benéfica e em favor do acusado (‘lex mitior’), sem outras considerações. E, por ser meramente facultativa a redução (‘... as penas poderão ser reduzidas ...’ g.do a), o benefício demanda acurada análise, caso a caso. Daí a se verificar, no presente, verdadeira benesse ao acusado. Mais aqui, evidentemente, em face à grande quantidade de entorpecente e os diversos objetos típicos de traficância localizados em poder do acusado – incluso aí balança de precisão, tudo levando a crer que já vinha desenvolvendo a atividade ilícita há algum tempo. O que denota habitualidade constante e reiterada, a revelar que o réu não pode ser tratado igualmente a outros. Daí que deve ser afastada a incidência do redutor” (grifos nossos). 3. Ao proferir o julgado objeto desta impetração, a Quinta Turma do Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2975505. Supremo Tribunal Federal 16/10/2012 SEGUNDA TURMA HABEAS CORPUS 111.715 SÃO PAULO V O T O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Conforme relatado, a presente ação tem por objetivo redução da pena imposta ao Paciente, com a aplicação da causa de diminuição do art. 33, § 4º, da Lei n. 11.343/2006 em seu percentual máximo, a substituição da pena privativa de liberdade pela restritiva de direito ou a fixação do regime inicial aberto. 2. Razão jurídica não assiste à Impetrante. A Quarta Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo afastou a incidência da causa de diminuição do art. 33, § 4º, da Lei n. 11.343/2006 nestes termos: “Nada obstante tenha a novel legislação anti-drogas (Lei n. 11.343, 23.ago.2006) criado aparente situação mais favorável aos traficantes primários (art. 33, § 4º), sequer seria o caso de aqui considerá-la mais benéfica e em favor do acusado (‘lex mitior’), sem outras considerações. E, por ser meramente facultativa a redução (‘... as penas poderão ser reduzidas ...’ g.do a), o benefício demanda acurada análise, caso a caso. Daí a se verificar, no presente, verdadeira benesse ao acusado. Mais aqui, evidentemente, em face à grande quantidade de entorpecente e os diversos objetos típicos de traficância localizados em poder do acusado – incluso aí balança de precisão, tudo levando a crer que já vinha desenvolvendo a atividade ilícita há algum tempo. O que denota habitualidade constante e reiterada, a revelar que o réu não pode ser tratado igualmente a outros. Daí que deve ser afastada a incidência do redutor” (grifos nossos). 3. Ao proferir o julgado objeto desta impetração, a Quinta Turma do Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2975505. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 13 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA HC 111.715 / SP Superior Tribunal de Justiça assentou: “No caso, ao afastar a causa especial de diminuição de pena do art. 33, § 4º, da Lei n.º 11.343/06, o colegiado destacou, além da quantidade de droga apreendida em poder do paciente, a habitualidade na prática do comércio ilícito de entorpecentes, com a apreensão, inclusive, de diversos objetos típicos de traficância, o que não enseja nenhuma ilegalidade. Dessa forma, existindo fundamentação concreta à exclusão da aplicação da causa especial de diminuição de pena, não se divisa constrangimento ilegal passível de ser sanado por meio do writ, valendo ressaltar que o habeas corpus é antídoto de prescrição restrita, que se presta a reparar constrangimento ilegal evidente, incontroverso, indisfarçável e que, portanto, se mostra de plano perceptível ao julgador. Não se mostra possível nos casos em que se busca a mera substituição do juízo subjetivo externado em decisão fundamentada, dentro dos parâmetros cominados pela lei, sob pena de banalização da garantia constitucional, tanto mais porque não há teratologia a examinar na espécie” (grifos nossos). 4. Dessa forma, para afastar a premissa de que o Paciente se dedica a atividades criminosas, assentada nas instâncias antecedentes, seria imprescindível o reexame dos fatos e das provas dos autos, ao que não se presta o habeas corpus. Este Supremo Tribunal assentou que o “habeas corpus constitui remédio processual inadequado para a análise da prova, para o reexame do material probatório produzido, para a reapreciação da matéria de fato e, também, para a revalorização dos elementos instrutórios coligidos no processo penal de conhecimento” (HC 74.295, Rel. Min. Celso de Mello, DJ 22.6.2001). Na mesma linha: “HABEAS CORPUS. TRÁFICO ILÍCITO TRANSNACIONAL DE DROGAS. IMPOSSIBILIDADE DE 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2975505. Supremo Tribunal Federal HC 111.715 / SP Superior Tribunal de Justiça assentou: “No caso, ao afastar a causa especial de diminuição de pena do art. 33, § 4º, da Lei n.º 11.343/06, o colegiado destacou, além da quantidade de droga apreendida em poder do paciente, a habitualidade na prática do comércio ilícito de entorpecentes, com a apreensão, inclusive, de diversos objetos típicos de traficância, o que não enseja nenhuma ilegalidade. Dessa forma, existindo fundamentação concreta à exclusão da aplicação da causa especial de diminuição de pena, não se divisa constrangimento ilegal passível de ser sanado por meio do writ, valendo ressaltar que o habeas corpus é antídoto de prescrição restrita, que se presta a reparar constrangimento ilegal evidente, incontroverso, indisfarçável e que, portanto, se mostra de plano perceptível ao julgador. Não se mostra possível nos casos em que se busca a mera substituição do juízo subjetivo externado em decisão fundamentada, dentro dos parâmetros cominados pela lei, sob pena de banalização da garantia constitucional, tanto mais porque não há teratologia a examinar na espécie” (grifos nossos). 4. Dessa forma, para afastar a premissa de que o Paciente se dedica a atividades criminosas, assentada nas instâncias antecedentes, seria imprescindível o reexame dos fatos e das provas dos autos, ao que não se presta o habeas corpus. Este Supremo Tribunal assentou que o “habeas corpus constitui remédio processual inadequado para a análise da prova, para o reexame do material probatório produzido, para a reapreciação da matéria de fato e, também, para a revalorização dos elementos instrutórios coligidos no processo penal de conhecimento” (HC 74.295, Rel. Min. Celso de Mello, DJ 22.6.2001). Na mesma linha: “HABEAS CORPUS. TRÁFICO ILÍCITO TRANSNACIONAL DE DROGAS. IMPOSSIBILIDADE DE 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2975505. Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 13 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA HC 111.715 / SP APLICAÇÃO DA CAUSA DE DIMINUIÇÃO DE PENA PREVISTA NO § 4º DO ART. 33 DA LEI 11.343/2006. PACIENTE INTEGRANTE DE ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA. RECONHECIMENTO PELO JUIZ SENTENCIANTE E PELO TRIBUNAL EM SEDE DE APELAÇÃO. ORDEM DENEGADA. I – Para a concessão do benefício previsto no § 4º do art. 33 da Lei 11.343/2006, é necessário que o réu seja primário, de bons antecedentes, não se dedique às atividades criminosas nem integre organização criminosa. II – No presente caso, o juízo de primeiro grau deixou de aplicar a causa de diminuição da pena, em virtude de a paciente ter se associado a outras três pessoas para a prática do crime de tráfico transnacional de droga, o que evidencia a existência de uma organização criminosa voltada para esse fim. III – A discussão sobre o acerto ou desacerto da decisão do juiz de primeiro grau, confirmada em segunda instância, exige o exame aprofundado de fatos e provas, o que, em sede de habeas corpus , não se mostra possível, visto tratar-se de instrumento destinado à proteção de direito demonstrável de plano, que não admite dilação probatória. IV – Mantida a reprimenda, tal como aplicada pelo juízo sentenciante e confirmada em segundo grau de jurisdição, fica superado o pedido de substituição da pena privativa de liberdade por restritivas de direitos, por vedação do inciso I do art. 44 do Código Penal, bem como a fixação do regime aberto. V – Habeas corpus denegado” (HC 106.105, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, DJe 1º.2.2011, grifos nossos). E, ainda: HC 106.762, de minha relatoria, DJe 1º.8.2011 e HC 105.930, Rel. Min. Joaquim Barbosa, DJe 21.11.2011. Nesse mesmo sentido o parecer da Procuradoria-Geral da República: “O Tribunal de Justiça, soberano na análise da matéria fática, reconheceu que o paciente dedicava-se à atividade criminosa de tráfico de drogas (…), circunstância que, por si só, impede a aplicação da minorante prevista no § 4º do art. 33 da Lei n. 11.343/2006. Assim, para dissentir desse entendimento, necessário o exame aprofundado do acervo fático-probatório dos autos, o que é inviável na via estreita do 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2975505. Supremo Tribunal Federal HC 111.715 / SP APLICAÇÃO DA CAUSA DE DIMINUIÇÃO DE PENA PREVISTA NO § 4º DO ART. 33 DA LEI 11.343/2006. PACIENTE INTEGRANTE DE ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA. RECONHECIMENTO PELO JUIZ SENTENCIANTE E PELO TRIBUNAL EM SEDE DE APELAÇÃO. ORDEM DENEGADA. I – Para a concessão do benefício previsto no § 4º do art. 33 da Lei 11.343/2006, é necessário que o réu seja primário, de bons antecedentes, não se dedique às atividades criminosas nem integre organização criminosa. II – No presente caso, o juízo de primeiro grau deixou de aplicar a causa de diminuição da pena, em virtude de a paciente ter se associado a outras três pessoas para a prática do crime de tráfico transnacional de droga, o que evidencia a existência de uma organização criminosa voltada para esse fim. III – A discussão sobre o acerto ou desacerto da decisão do juiz de primeiro grau, confirmada em segunda instância, exige o exame aprofundado de fatos e provas, o que, em sede de habeas corpus , não se mostra possível, visto tratar-se de instrumento destinado à proteção de direito demonstrável de plano, que não admite dilação probatória. IV – Mantida a reprimenda, tal como aplicada pelo juízo sentenciante e confirmada em segundo grau de jurisdição, fica superado o pedido de substituição da pena privativa de liberdade por restritivas de direitos, por vedação do inciso I do art. 44 do Código Penal, bem como a fixação do regime aberto. V – Habeas corpus denegado” (HC 106.105, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, DJe 1º.2.2011, grifos nossos). E, ainda: HC 106.762, de minha relatoria, DJe 1º.8.2011 e HC 105.930, Rel. Min. Joaquim Barbosa, DJe 21.11.2011. Nesse mesmo sentido o parecer da Procuradoria-Geral da República: “O Tribunal de Justiça, soberano na análise da matéria fática, reconheceu que o paciente dedicava-se à atividade criminosa de tráfico de drogas (…), circunstância que, por si só, impede a aplicação da minorante prevista no § 4º do art. 33 da Lei n. 11.343/2006. Assim, para dissentir desse entendimento, necessário o exame aprofundado do acervo fático-probatório dos autos, o que é inviável na via estreita do 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2975505. Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 13 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA HC 111.715 / SP writ” (grifos nossos). 5. Quanto à substituição da pena privativa de liberdade pela restritiva de direito e à fixação do regime inicial aberto, trata-se de questões que não foram suscitadas no Superior Tribunal de Justiça, o que inviabiliza o seu conhecimento por este Supremo Tribunal, sob pena de contrariedade à repartição constitucional de competências e indevida supressão de instância. Este Supremo Tribunal assentou a impossibilidade de atuação jurisdicional quando a decisão impugnada por meio de habeas corpus não tenha cuidado da matéria objeto do pedido apresentado na nova ação, sob pena de supressão de instância: “PENAL. PROCESSO PENAL. HABEAS CORPUS. PRISÃO PREVENTIVA. EXCESSO DE PRAZO E FALTA DE FUNDAMENTAÇÃO DA DECISÃO QUE A DECRETA. SENTENÇA CONDENATÓRIA SUPERVENIENTE. QUADRILHA OU BANDO. ART. 288, § 1º, DO CÓDIGO PENAL. SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA. PREJUDICIALIDADE. I - Não pode o Supremo Tribunal Federal apreciar situação processual nova diversa da apresentada à autoridade tida por coatora, sob pena de supressão de instância. II - A sentença condenatória superveniente, ainda que, alegadamente e em tese, mantenha a inconsistência de fundamento do decreto de prisão preventiva, é novo título justificador da prisão. III - Habeas corpus prejudicado” (HC 87.775, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, DJ 13.4.2007, grifos nossos). “HABEAS CORPUS. PENAL E PROCESSUAL PENAL. EXTENSÃO DE DECISÃO FAVORÁVEL A CORRÉU. MATÉRIA NÃO SUBMETIDA A EXAME DO STJ. PROGRESSÃO DE REGIME. HC DEFERIDO PELO STJ PARA AFASTAR O ÓBICE PREVISTO NO § 1º DO ARTIGO 2º DA LEI N. 8.072/90. Pretensão de reduzir a pena, por extensão de decisão favorável a corréu. Não tendo a matéria sido submetida a exame do Superior 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2975505. Supremo Tribunal Federal HC 111.715 / SP writ” (grifos nossos). 5. Quanto à substituição da pena privativa de liberdade pela restritiva de direito e à fixação do regime inicial aberto, trata-se de questões que não foram suscitadas no Superior Tribunal de Justiça, o que inviabiliza o seu conhecimento por este Supremo Tribunal, sob pena de contrariedade à repartição constitucional de competências e indevida supressão de instância. Este Supremo Tribunal assentou a impossibilidade de atuação jurisdicional quando a decisão impugnada por meio de habeas corpus não tenha cuidado da matéria objeto do pedido apresentado na nova ação, sob pena de supressão de instância: “PENAL. PROCESSO PENAL. HABEAS CORPUS. PRISÃO PREVENTIVA. EXCESSO DE PRAZO E FALTA DE FUNDAMENTAÇÃO DA DECISÃO QUE A DECRETA. SENTENÇA CONDENATÓRIA SUPERVENIENTE. QUADRILHA OU BANDO. ART. 288, § 1º, DO CÓDIGO PENAL. SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA. PREJUDICIALIDADE. I - Não pode o Supremo Tribunal Federal apreciar situação processual nova diversa da apresentada à autoridade tida por coatora, sob pena de supressão de instância. II - A sentença condenatória superveniente, ainda que, alegadamente e em tese, mantenha a inconsistência de fundamento do decreto de prisão preventiva, é novo título justificador da prisão. III - Habeas corpus prejudicado” (HC 87.775, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, DJ 13.4.2007, grifos nossos). “HABEAS CORPUS. PENAL E PROCESSUAL PENAL. EXTENSÃO DE DECISÃO FAVORÁVEL A CORRÉU. MATÉRIA NÃO SUBMETIDA A EXAME DO STJ. PROGRESSÃO DE REGIME. HC DEFERIDO PELO STJ PARA AFASTAR O ÓBICE PREVISTO NO § 1º DO ARTIGO 2º DA LEI N. 8.072/90. Pretensão de reduzir a pena, por extensão de decisão favorável a corréu. Não tendo a matéria sido submetida a exame do Superior 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2975505. Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 13 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA HC 111.715 / SP Tribunal de Justiça, o seu conhecimento, nesta Corte, implicaria supressão de instância. Progressão de regime. Afastamento, pelo STJ, da norma que a proibia. Habeas Corpus não conhecido” (HC 90.315, Rel. Min. Eros Grau, DJ 27.4.2007, grifos nossos). No mesmo sentido o Habeas Corpus n. 102.730, de minha relatoria, DJe 14.4.2011. 6. Pelo exposto, encaminho a votação no sentido de denegar a ordem. 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2975505. Supremo Tribunal Federal HC 111.715 / SP Tribunal de Justiça, o seu conhecimento, nesta Corte, implicaria supressão de instância. Progressão de regime. Afastamento, pelo STJ, da norma que a proibia. Habeas Corpus não conhecido” (HC 90.315, Rel. Min. Eros Grau, DJ 27.4.2007, grifos nossos). No mesmo sentido o Habeas Corpus n. 102.730, de minha relatoria, DJe 14.4.2011. 6. Pelo exposto, encaminho a votação no sentido de denegar a ordem. 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2975505. Inteiro Teor do Acórdão - Página 12 de 13 Decisão de Julgamento SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA HABEAS CORPUS 111.715 PROCED. : SÃO PAULO RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA PACTE.(S) : FABRICIO JUNIOR VALENTINI IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA Decisão: A Turma, por unanimidade, denegou a ordem, nos termos do voto da Relatora. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 16.10.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Subprocurador-Geral da República, Dr. Mário José Gisi. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3051979 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA HABEAS CORPUS 111.715 PROCED. : SÃO PAULO RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA PACTE.(S) : FABRICIO JUNIOR VALENTINI IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA Decisão: A Turma, por unanimidade, denegou a ordem, nos termos do voto da Relatora. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 16.10.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Subprocurador-Geral da República, Dr. Mário José Gisi. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3051979 Inteiro Teor do Acórdão - Página 13 de 13
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3060078
2012-10-16T00:00:00
2012-11-07T00:00:00
A Turma, por unanimidade, denegou a ordem, nos termos do voto da Relatora. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 16.10.2012.
HABEAS CORPUS
EMENTA: HABEAS CORPUS. TRÁFICO DE DROGAS. CAUSA DE DIMINUIÇÃO PREVISTA NO § 4º DO ART. 33 DA LEI N. 11.343/2006. 1. INVIÁVEL REEXAME DE PROVA EM HABEAS CORPUS. 2. PRETENSÃO DE SUBSTITUIÇÃO DA PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE POR RESTRITIVA DE DIREITO E DE FIXAÇÃO DO REGIME INICIAL ABERTO. IMPOSSIBILIDADE DE EXAME SOB PENA DE SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA. 1. Inaplicabilidade da causa de diminuição prevista no § 4º do art. 33 da Lei n. 11.343/2006. Paciente que, nos termos do que assentado nas instâncias antecedentes, dedica-se à atividade criminosa. Afastar essa premissa demandaria o reexame dos fatos e das provas dos autos, ao que não se presta o habeas corpus. 2. Substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos e fixação do regime inicial aberto. Impossibilidade de conhecimento desta impetração, sob pena de contrariedade à repartição constitucional de competências e indevida supressão de instância. Precedentes. 3. Ordem denegada.
sjur217929
- Acórdão(s) citado(s): (HABEAS CORPUS, REEXAME DE PROVA) STF: HC 74295 (1ªT), HC 106105 (1ªT), HC 106762 (1ªT) HC 105930 (2ªT). (SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA) STF: HC 87775 (1ªT), HC 90315 (2ªT), HC 102730 (1ªT). - Veja HC 192580 do STJ. Número de páginas: 13. Análise: 20/11/2012, MMR. Revisão: 30/11/2012, IMC.
CÁRMEN LÚCIA
Segunda Turma
111715
[ "LEG-FED LEI-011343 ANO-2006\r\n ART-00033 PAR-00004 \r\n LTX-2006 LEI DE TÓXICOS" ]
HC
acordaos
HC 111715
[ "" ]
PACTE.(S) : FABRICIO JUNIOR VALENTINI IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "HABEAS CORPUS 111 . 715", "HC 111 . 715 / SP", "HC 111 . 715 / SP", "HABEAS CORPUS 111 . 715", "Habeas Corpus n . 192 . 580", "HABEAS CORPUS 111 . 715", "Habeas Corpus n . 192 . 580", "HC 111 . 715 / SP", "Proc", "HC 111 . 715 / SP", "Proc", "HC 111 . 715 / SP", "Habeas Corpus n . 192 . 580", "HC 111 . 715 / SP", "Habeas Corpus n . 192 . 580", "HC 111 . 715 / SP", "HC 111 . 715 / SP", "HC 111 . 715 / SP", "HC 111 . 715 / SP", "HABEAS CORPUS 111 . 715 SÃO", "HABEAS CORPUS 111 . 715", "HC 111 . 715 / SP", "HC 74 . 295", "HC 111 . 715 / SP", "HC 74 . 295", "HC 111 . 715 / SP", "HC 106 . 105", "HC 106 . 762", "HC 105 . 930", "HC 111 . 715 / SP", "HC 106 . 105", "HC 106 . 762", "HC 105 . 930", "HC 111 . 715 / SP", "HC 87 . 775", "HC 111 . 715 / SP", "HC 87 . 775", "HC 111 . 715 / SP", "HC 90 . 315", "Habeas Corpus n . 102 . 730", "HC 111 . 715 / SP", "HC 90 . 315", "Habeas Corpus n . 102 . 730" ], "LEGISLACAO": [ "§ [UNK] DO ART . 33 DA LEI N . 11 . 343 / 2006", "§ [UNK] do art . 33 da Lei n . 11 . 343 / 2006", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 33 , caput , da Lei n . 11 . 343 / 2006", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 33 , caput , da Lei n . 11 . 343 / 2006", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Lei n . 11 . 343 / 2006", "art . 33 , § [UNK] , da L . 11 . 343 / 2006", "L", ". 11 . 464 / 2007", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Lei n . 11 . 343 / 2006", "art . 33 , § [UNK] , da L . 11 . 343 / 2006", "L", ". 11 . 464 / 2007", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "ART . 33 , § [UNK] , DA LEI N . 11 . 343 / 2006", "art . 33 , § [UNK] , da Lei n . 11 . 343 / 2006", "art . 33 , § [UNK] , da Lei n . 11 . 343 / 2006", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "ART . 33 , § [UNK] , DA LEI N . 11 . 343 / 2006", "art . 33 , § [UNK] , da Lei n . 11 . 343 / 2006", "art . 33 , § [UNK] , da Lei n . 11 . 343 / 2006", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "§ [UNK] do artigo 33 da Lei n . 11 . 343 / 2006", "artigo 44 do Código Penal ”", "art . 33 , § § [UNK] e [UNK] , do Código Penal", "§ [UNK] do artigo 33 da Lei n . 11 . 343 / 2006", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "§ [UNK] do artigo 33 da Lei n . 11 . 343 / 2006", "artigo 44 do Código Penal ”", "art . 33 , § § [UNK] e [UNK] , do Código Penal", "§ [UNK] do artigo 33 da Lei n . 11 . 343 / 2006", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 33 , § [UNK] , da Lei n . 11 . 343 / 2006", "art . 33 , § [UNK] , da Lei n . 11 . 343 / 2006", "Lei n . 11 . 343", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 33 , § [UNK] , da Lei n . 11 . 343 / 2006", "art . 33 , § [UNK] , da Lei n .", "Lei n . 11 . 343", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 33 , § [UNK] , da Lei n . 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Ementa e Acórdão 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 715.772 SÃO PAULO RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) :MÁRCIO ÂNGELO ABÀTAYGUARA ADV.(A/S) :MÁRCIO ÂNGELO ABÀTAYGUARA AGDO.(A/S) :ITAÚ UNIBANCO S/A ADV.(A/S) :ELVIO HISPAGNOL E OUTRO(A/S) EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. SISTEMA FINANCEIRO DE HABITAÇÃO. CONTRATO DE MÚTUO. POSSIBILIDADE DA UTILIZAÇÃO DA TAXA REFERENCIAL COMO ÍNDICE DE CORREÇÃO MONETÁRIA EM CONTRATOS FIRMADOS APÓS A VIGÊNCIA DA LEI N. 8.177/1991. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a Presidência do Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, à unanimidade, em negar provimento ao agravo regimental no agravo de instrumento, nos termos do voto da Relatora. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Ministro Joaquim Barbosa. Brasília, 25 de setembro de 2012. Ministra CÁRMEN LÚCIA - Relatora Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2904151. Supremo Tribunal Federal DJe 11/10/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 7 Relatório 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 715.772 SÃO PAULO RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) :MÁRCIO ÂNGELO ABÀTAYGUARA ADV.(A/S) :MÁRCIO ÂNGELO ABÀTAYGUARA AGDO.(A/S) :ITAÚ UNIBANCO S/A ADV.(A/S) :ELVIO HISPAGNOL E OUTRO(A/S) R E L A T Ó R I O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Em 29 de outubro de 2008, neguei seguimento ao agravo de instrumento interposto por Márcio Ângelo Abàtayguara contra decisão que não admitiu recurso extraordinário contra julgado do Tribunal de Justiça de São Paulo, o qual decidiu ser legal a adoção da Taxa Referencial como índice de atualização de contrato vinculado ao sistema financeiro de habitação firmado após à vigência da Lei n. 8.177/1991. A decisão agravada teve a seguinte fundamentação: “Esse entendimento encontra respaldo na jurisprudência do Supremo Tribunal Federal. Na assentada de 9.5.2006, no julgamento do Agravo Regimental no Agravo de Instrumento n. 556.169/GO, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, a Primeira Turma decidiu: ‘EMENTA: 1. Recurso extraordinário: descabimento: falta de prequestionamento dos dispositivos constitucionais tidos como violados, exigência que se faz ainda que a violação à Constituição tenha surgido no acórdão recorrido: incidência das Súmulas 282 e 356. 2. Correção monetária: decidiu o Supremo Tribunal na ADIn 493, Moreira Alves, RTJ 143/724, que a inconstitucionalidade da aplicação da TR (ou TRD) como índice de indexação é Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2904152. Supremo Tribunal Federal 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 715.772 SÃO PAULO RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) :MÁRCIO ÂNGELO ABÀTAYGUARA ADV.(A/S) :MÁRCIO ÂNGELO ABÀTAYGUARA AGDO.(A/S) :ITAÚ UNIBANCO S/A ADV.(A/S) :ELVIO HISPAGNOL E OUTRO(A/S) R E L A T Ó R I O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Em 29 de outubro de 2008, neguei seguimento ao agravo de instrumento interposto por Márcio Ângelo Abàtayguara contra decisão que não admitiu recurso extraordinário contra julgado do Tribunal de Justiça de São Paulo, o qual decidiu ser legal a adoção da Taxa Referencial como índice de atualização de contrato vinculado ao sistema financeiro de habitação firmado após à vigência da Lei n. 8.177/1991. A decisão agravada teve a seguinte fundamentação: “Esse entendimento encontra respaldo na jurisprudência do Supremo Tribunal Federal. Na assentada de 9.5.2006, no julgamento do Agravo Regimental no Agravo de Instrumento n. 556.169/GO, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, a Primeira Turma decidiu: ‘EMENTA: 1. Recurso extraordinário: descabimento: falta de prequestionamento dos dispositivos constitucionais tidos como violados, exigência que se faz ainda que a violação à Constituição tenha surgido no acórdão recorrido: incidência das Súmulas 282 e 356. 2. Correção monetária: decidiu o Supremo Tribunal na ADIn 493, Moreira Alves, RTJ 143/724, que a inconstitucionalidade da aplicação da TR (ou TRD) como índice de indexação é Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2904152. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 7 Relatório AI 715.772 AGR / SP relativa apenas aos contratos anteriores à L. 8.177/91’ (DJ 2.6.2006). Não foi outra a conclusão a que chegou a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal que, no julgamento do Recurso Extraordinário n. 175.678/MG, assim se pronunciou: ‘EMENTA: CONSTITUCIONAL. CORREÇÃO MONETÁRIA. UTILIZAÇÃO DA TR COMO INDICE DE INDEXAÇÃO. I. - O Supremo Tribunal Federal, no julgamento das ADIns 493, Relator o Sr. Ministro Moreira Alves, 768, Relator o Sr. Ministro Marco Aurélio e 959-DF, Relator o Sr. Ministro Sydney Sanches, não excluiu do universo jurídico a Taxa Referencial, TR, vale dizer, não decidiu no sentido de que a TR não pode ser utilizada como índice de indexação. O que o Supremo Tribunal decidiu, nas referidas ADIns, e que a TR não pode ser imposta como índice de indexação em substituição a índices estipulados em contratos firmados anteriormente a Lei 8.177, de 01.03.91. Essa imposição violaria os princípios constitucionais do ato jurídico perfeito e do direito adquirido. C.F., art. 5., XXXVI. II. - No caso, não há falar em contrato em que ficara ajustado um certo índice de indexação e que estivesse esse índice sendo substituído pela TR. E dizer, no caso, não há nenhum contrato a impedir a aplicação da TR. III. - R.E. não conhecido’ (Relator Ministro Carlos Velloso, DJ 4.8.1995, grifos nossos). (...) 8. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 38 da Lei 8.038/1990, art. 557, caput, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal)” (fls. 114-117). 2. Publicada essa decisão no DJe de 14.11.2008 (fl. 118), interpõe Márcio Ângelo Abàtayguara, em 19.11.2008, tempestivamente, agravo regimental (fls. 120-122). 3. Alega o Agravante que “a TR não é índice de correção monetária” e que “a interpretação dada à Lei não tem respaldo no artigo 6º, da CF/88, visto que o mutuário e sua família em regra perdem o imóvel, porque não têm 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2904152. Supremo Tribunal Federal AI 715.772 AGR / SP relativa apenas aos contratos anteriores à L. 8.177/91’ (DJ 2.6.2006). Não foi outra a conclusão a que chegou a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal que, no julgamento do Recurso Extraordinário n. 175.678/MG, assim se pronunciou: ‘EMENTA: CONSTITUCIONAL. CORREÇÃO MONETÁRIA. UTILIZAÇÃO DA TR COMO INDICE DE INDEXAÇÃO. I. - O Supremo Tribunal Federal, no julgamento das ADIns 493, Relator o Sr. Ministro Moreira Alves, 768, Relator o Sr. Ministro Marco Aurélio e 959-DF, Relator o Sr. Ministro Sydney Sanches, não excluiu do universo jurídico a Taxa Referencial, TR, vale dizer, não decidiu no sentido de que a TR não pode ser utilizada como índice de indexação. O que o Supremo Tribunal decidiu, nas referidas ADIns, e que a TR não pode ser imposta como índice de indexação em substituição a índices estipulados em contratos firmados anteriormente a Lei 8.177, de 01.03.91. Essa imposição violaria os princípios constitucionais do ato jurídico perfeito e do direito adquirido. C.F., art. 5., XXXVI. II. - No caso, não há falar em contrato em que ficara ajustado um certo índice de indexação e que estivesse esse índice sendo substituído pela TR. E dizer, no caso, não há nenhum contrato a impedir a aplicação da TR. III. - R.E. não conhecido’ (Relator Ministro Carlos Velloso, DJ 4.8.1995, grifos nossos). (...) 8. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 38 da Lei 8.038/1990, art. 557, caput, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal)” (fls. 114-117). 2. Publicada essa decisão no DJe de 14.11.2008 (fl. 118), interpõe Márcio Ângelo Abàtayguara, em 19.11.2008, tempestivamente, agravo regimental (fls. 120-122). 3. Alega o Agravante que “a TR não é índice de correção monetária” e que “a interpretação dada à Lei não tem respaldo no artigo 6º, da CF/88, visto que o mutuário e sua família em regra perdem o imóvel, porque não têm 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2904152. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 7 Relatório AI 715.772 AGR / SP condições de pagar o injusto valor” (fl. 122). Requer o provimento do agravo regimental. É o relatório. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2904152. Supremo Tribunal Federal AI 715.772 AGR / SP condições de pagar o injusto valor” (fl. 122). Requer o provimento do agravo regimental. É o relatório. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2904152. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 7 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 715.772 SÃO PAULO V O T O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Razão jurídica não assiste à Agravante. 2. Como afirmado na decisão agravada, Supremo Tribunal Federal assentou que a Taxa Referencial pode ser utilizada como índice de indexação em contratos firmados após a vigência da Lei n. 8.711/1991. Nesse sentido: “EMENTA: 1. Recurso extraordinário: descabimento: falta de prequestionamento dos dispositivos constitucionais tidos como violados, exigência que se faz ainda que a violação à Constituição tenha surgido no acórdão recorrido: incidência das Súmulas 282 e 356. 2. Correção monetária: decidiu o Supremo Tribunal na ADIn 493, Moreira Alves, RTJ 143/724, que a inconstitucionalidade da aplicação da TR (ou TRD) como índice de indexação é relativa apenas aos contratos anteriores à L. 8.177/91” (AI 556.169-AgR, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, Primeira Turma, DJ 2.6.2006). E: “EMENTA: CONSTITUCIONAL. CORREÇÃO MONETÁRIA. UTILIZAÇÃO DA TR COMO INDICE DE INDEXAÇÃO. I. - O Supremo Tribunal Federal, no julgamento das ADIns 493, Relator o Sr. Ministro Moreira Alves, 768, Relator o Sr. Ministro Marco Aurelio e 959-DF, Relator o Sr. Ministro Sydney Sanches, não excluiu do universo jurídico a Taxa Referencial, TR, vale dizer, não decidiu no sentido de que a TR não pode ser utilizada como indice de indexação. O que o Supremo Tribunal decidiu, nas referidas ADIns, e Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2904153. Supremo Tribunal Federal 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 715.772 SÃO PAULO V O T O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Razão jurídica não assiste à Agravante. 2. Como afirmado na decisão agravada, Supremo Tribunal Federal assentou que a Taxa Referencial pode ser utilizada como índice de indexação em contratos firmados após a vigência da Lei n. 8.711/1991. Nesse sentido: “EMENTA: 1. Recurso extraordinário: descabimento: falta de prequestionamento dos dispositivos constitucionais tidos como violados, exigência que se faz ainda que a violação à Constituição tenha surgido no acórdão recorrido: incidência das Súmulas 282 e 356. 2. Correção monetária: decidiu o Supremo Tribunal na ADIn 493, Moreira Alves, RTJ 143/724, que a inconstitucionalidade da aplicação da TR (ou TRD) como índice de indexação é relativa apenas aos contratos anteriores à L. 8.177/91” (AI 556.169-AgR, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, Primeira Turma, DJ 2.6.2006). E: “EMENTA: CONSTITUCIONAL. CORREÇÃO MONETÁRIA. UTILIZAÇÃO DA TR COMO INDICE DE INDEXAÇÃO. I. - O Supremo Tribunal Federal, no julgamento das ADIns 493, Relator o Sr. Ministro Moreira Alves, 768, Relator o Sr. Ministro Marco Aurelio e 959-DF, Relator o Sr. Ministro Sydney Sanches, não excluiu do universo jurídico a Taxa Referencial, TR, vale dizer, não decidiu no sentido de que a TR não pode ser utilizada como indice de indexação. O que o Supremo Tribunal decidiu, nas referidas ADIns, e Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2904153. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 7 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA AI 715.772 AGR / SP que a TR não pode ser imposta como índice de indexação em substituição a índices estipulados em contratos firmados anteriormente a Lei 8.177, de 01.03.91. Essa imposição violaria os princípios constitucionais do ato jurídico perfeito e do direito adquirido. C.F., art. 5., XXXVI. II. - No caso, não há falar em contrato em que ficara ajustado um certo índice de indexação e que estivesse esse índice sendo substituído pela TR. E dizer, no caso, não há nenhum contrato a impedir a aplicação da TR. III. - R.E. não conhecido” (RE 175.678, Rel. Min. Carlos Velloso, Segunda Turma, DJ 4.8.1995). 3. Os argumentos do Agravante, insuficientes para modificar a decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente prestação jurisdicional. 4. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2904153. Supremo Tribunal Federal AI 715.772 AGR / SP que a TR não pode ser imposta como índice de indexação em substituição a índices estipulados em contratos firmados anteriormente a Lei 8.177, de 01.03.91. Essa imposição violaria os princípios constitucionais do ato jurídico perfeito e do direito adquirido. C.F., art. 5., XXXVI. II. - No caso, não há falar em contrato em que ficara ajustado um certo índice de indexação e que estivesse esse índice sendo substituído pela TR. E dizer, no caso, não há nenhum contrato a impedir a aplicação da TR. III. - R.E. não conhecido” (RE 175.678, Rel. Min. Carlos Velloso, Segunda Turma, DJ 4.8.1995). 3. Os argumentos do Agravante, insuficientes para modificar a decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente prestação jurisdicional. 4. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2904153. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 7 Decisão de Julgamento SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 715.772 PROCED. : SÃO PAULO RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) : MÁRCIO ÂNGELO ABÀTAYGUARA ADV.(A/S) : MÁRCIO ÂNGELO ABÀTAYGUARA AGDO.(A/S) : ITAÚ UNIBANCO S/A ADV.(A/S) : ELVIO HISPAGNOL E OUTRO(A/S) Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 25.09.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Subprocurador-Geral da República, Dr. Francisco de Assis Vieira Sanseverino. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2885636 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 715.772 PROCED. : SÃO PAULO RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) : MÁRCIO ÂNGELO ABÀTAYGUARA ADV.(A/S) : MÁRCIO ÂNGELO ABÀTAYGUARA AGDO.(A/S) : ITAÚ UNIBANCO S/A ADV.(A/S) : ELVIO HISPAGNOL E OUTRO(A/S) Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 25.09.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Subprocurador-Geral da República, Dr. Francisco de Assis Vieira Sanseverino. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2885636 Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 7
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=2926663
2012-09-25T00:00:00
2012-10-11T00:00:00
A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 25.09.2012.
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO
EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. SISTEMA FINANCEIRO DE HABITAÇÃO. CONTRATO DE MÚTUO. POSSIBILIDADE DA UTILIZAÇÃO DA TAXA REFERENCIAL COMO ÍNDICE DE CORREÇÃO MONETÁRIA EM CONTRATOS FIRMADOS APÓS A VIGÊNCIA DA LEI N. 8.177/1991. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.
sjur216544
- Acórdãos citados: AI 556169 AgR, RE 175678. Número de páginas: 7. Análise: 22/10/2012, MLM.
CÁRMEN LÚCIA
Segunda Turma
715772
[ "LEG-FED LEI-008177 ANO-1991\r\n LEI ORDINÁRIA" ]
AI-AgR
acordaos
AI 715772 AgR
[ "" ]
AGTE.(S) : MÁRCIO ÂNGELO ABÀTAYGUARA ADV.(A/S) : MÁRCIO ÂNGELO ABÀTAYGUARA AGDO.(A/S) : ITAÚ UNIBANCO S/A ADV.(A/S) : ELVIO HISPAGNOL E OUTRO(A/S)
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Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Segunda Turma", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "SEGUNDA TURMA", "ITAÚ UNIBANCO S / A", "[UNK] Turma", "Infra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "ITAÚ UNIBANCO S / A", "[UNK] Turma", "Infra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil" ], "PESSOA": [ "CÁRMEN LÚCIA", "MÁRCIO ÂNGELO ABÀTAYGUARA", "MÁRCIO ÂNGELO ABÀTAYGUARA", "ELVIO HISPAGNOL", "Ricardo Lewandowski", "Joaquim Barbosa", "CÁRMEN LÚCIA", "CÁRMEN LÚCIA", "MÁRCIO ÂNGELO ABÀTAYGUARA", "MÁRCIO ÂNGELO ABÀTAYGUARA", "ELVIO HISPAGNOL", "CÁRMEN LÚCIA", "Márcio Ângelo Abàtayguara", "Sepúlveda Pertence", "Moreira Alves", "CÁRMEN LÚCIA", "MÁRCIO ÂNGELO ABÀTAYGUARA", "MÁRCIO ÂNGELO ABÀTAYGUARA", "ELVIO HISPAGNOL", "CÁRMEN LÚCIA", "Márcio Ângelo Abàtayguara", "Sepúlveda Pertence", "Moreira Alves", "Moreira Alves", "Marco Aurélio", "Sydney Sanches", "Carlos Velloso", "Márcio Ângelo Abàtayguara", "Moreira Alves", "Marco Aurélio", "Sydney Sanches", "Carlos Velloso", "Márcio Ângelo Abàtayguara", "CÁRMEN LÚCIA", "CÁRMEN LÚCIA", "Moreira Alves", "Sepúlveda Pertence", "Moreira Alves", "Marco Aurelio", "Sydney Sanches", "CÁRMEN LÚCIA", "Moreira Alves", "Sepúlveda Pertence", "Moreira Alves", "Marco Aurelio", "Sydney Sanches", "CÁRMEN LÚCIA", "Carlos Velloso", "Carlos Velloso", "CÁRMEN LÚCIA", "MÁRCIO ÂNGELO ABÀTAYGUARA", "MÁRCIO ÂNGELO ABÀTAYGUARA", "ELVIO HISPAGNOL", "Joaquim Barbosa", "Ricardo Lewandowski", "Celso de Mello", "Gilmar Mendes", "Joaquim Barbosa", "Cármen Lúcia", "Francisco de Assis Vieira Sanseverino", "Fabiane Duarte", "CÁRMEN LÚCIA", "MÁRCIO ÂNGELO ABÀTAYGUARA", "MÁRCIO ÂNGELO ABÀTAYGUARA", "ELVIO HISPAGNOL", "Joaquim Barbosa", "Ricardo Lewandowski", "Celso de Mello", "Gilmar Mendes", "Joaquim Barbosa", "Cármen Lúcia", "Francisco de Assis Vieira Sanseverino", "Fabiane 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Ementa e Acórdão 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 744.226 PARANÁ RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) :SINDICATO DOS SERVIDORES DO PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARANÁ ADV.(A/S) :GUSTAVO CORTÊS DE LIMA E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :ESTADO DO PARANÁ PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁ EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL. EXTENSÃO DE REAJUSTE. INCIDÊNCIA DA SÚMULA N. 339 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. PRECEDENTES. IMPOSSIBILIDADE DE INOVAÇÃO DE FUNDAMENTO. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a Presidência do Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, à unanimidade, em negar provimento ao agravo regimental no agravo de instrumento, nos termos do voto da Relatora. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Ministro Joaquim Barbosa. Brasília, 25 de setembro de 2012. Ministra CÁRMEN LÚCIA - Relatora Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2904163. Supremo Tribunal Federal DJe 11/10/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 8 Relatório 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 744.226 PARANÁ RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) :SINDICATO DOS SERVIDORES DO PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARANÁ ADV.(A/S) :GUSTAVO CORTÊS DE LIMA E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :ESTADO DO PARANÁ PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁ R E L A T Ó R I O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Em 24 de março de 2009, dei provimento ao agravo de instrumento e ao recurso extraordinário interpostos pelo Estado do Paraná contra julgado do Tribunal de Justiça daquele Estado, o qual manteve sentença que julgara procedente ação ordinária para obter reajuste de vencimentos. A decisão agravada teve a seguinte fundamentação: “Quanto ao mérito, razão jurídica assiste ao Agravante. 10. O Agravado pleiteia para seus substituídos a extensão do reajuste de vencimentos concedido aos servidores do Poder Executivo do Estado do Paraná, proveniente de leis estaduais editadas a partir de 1992. (...) 11. A jurisprudência do Supremo Tribunal firmou-se no sentido de que a equiparação salarial por isonomia não pode ser concedida por decisão judicial, sendo necessária a edição de lei específica para tanto. Incide, na espécie, a Súmula 339 do Supremo Tribunal Federal. Nesse sentido, os seguintes julgados: ‘Agravo regimental no agravo de instrumento. Competência do Relator Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2904164. Supremo Tribunal Federal 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 744.226 PARANÁ RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) :SINDICATO DOS SERVIDORES DO PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARANÁ ADV.(A/S) :GUSTAVO CORTÊS DE LIMA E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :ESTADO DO PARANÁ PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁ R E L A T Ó R I O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Em 24 de março de 2009, dei provimento ao agravo de instrumento e ao recurso extraordinário interpostos pelo Estado do Paraná contra julgado do Tribunal de Justiça daquele Estado, o qual manteve sentença que julgara procedente ação ordinária para obter reajuste de vencimentos. A decisão agravada teve a seguinte fundamentação: “Quanto ao mérito, razão jurídica assiste ao Agravante. 10. O Agravado pleiteia para seus substituídos a extensão do reajuste de vencimentos concedido aos servidores do Poder Executivo do Estado do Paraná, proveniente de leis estaduais editadas a partir de 1992. (...) 11. A jurisprudência do Supremo Tribunal firmou-se no sentido de que a equiparação salarial por isonomia não pode ser concedida por decisão judicial, sendo necessária a edição de lei específica para tanto. Incide, na espécie, a Súmula 339 do Supremo Tribunal Federal. Nesse sentido, os seguintes julgados: ‘Agravo regimental no agravo de instrumento. Competência do Relator Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2904164. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 8 Relatório AI 744.226 AGR / PR para examinar, no agravo de instrumento, o mérito do recurso extraordinário. Servidor público. Isonomia de vencimentos. Súmula n. 339 desta Corte. 1. Competência do Relator do agravo de instrumento para reexaminar o juízo de admissibilidade emitido pelo Tribunal de origem e para, desde logo, julgar o mérito do recurso extraordinário. 2. Continua vigente, após a Constituição Federal de 1988, e incide no caso dos autos, a Súmula n. 339 do Supremo Tribunal Federal, que dispõe, in verbis: ‘Não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar vencimentos de servidores públicos, sob fundamento de isonomia’. 3. Agravo a que se nega provimento’ (AI 655.605- AgR, Rel. Min. Menezes Direito, Primeira Turma, DJe 5.12.2008). E ‘1. RECURSO. Extraordinário. Admissibilidade. Jurisprudência assentada. Súmula 339. Não pode o Judiciário, sob o pálio da isonomia, equiparar vencimentos de servidores sem previsão legal específica. 2. RECURSO. Agravo. Regimental. Ausência de razões novas. Decisão mantida. Agravo regimental improvido. Nega-se provimento a agravo regimental tendente a impugnar, sem razões novas, decisão fundada em jurisprudência assente na Corte. 3. RECURSO. Agravo. Regimental. Jurisprudência assentada sobre a matéria. Caráter meramente abusivo. Litigância de má-fé. Imposição de multa. Aplicação do art. 557, § 2º, cc. arts. 14, II e III, e 17, VII, do CPC. Quando abusiva a interposição de agravo, manifestamente inadmissível ou infundado, deve o Tribunal condenar o agravante a pagar multa ao agravado’ (RE 286.512-AgR, Rel. Min. Cezar Peluso, Segunda Turma, DJe 19.9.2008). Dessa orientação divergiu o acórdão recorrido. 12. Pelo exposto, dou provimento a este agravo, na forma do art. 544, §§ 3º e 4º, do Código de Processo Civil, e, desde logo, ao recurso extraordinário, nos termos do art. 557, § 1º-A, do mesmo diploma legal. Invertidos, nesse ponto, os ônus da sucumbência, ressalvada eventual concessão da justiça gratuita” (fls. 311-313). 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2904164. Supremo Tribunal Federal AI 744.226 AGR / PR para examinar, no agravo de instrumento, o mérito do recurso extraordinário. Servidor público. Isonomia de vencimentos. Súmula n. 339 desta Corte. 1. Competência do Relator do agravo de instrumento para reexaminar o juízo de admissibilidade emitido pelo Tribunal de origem e para, desde logo, julgar o mérito do recurso extraordinário. 2. Continua vigente, após a Constituição Federal de 1988, e incide no caso dos autos, a Súmula n. 339 do Supremo Tribunal Federal, que dispõe, in verbis: ‘Não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar vencimentos de servidores públicos, sob fundamento de isonomia’. 3. Agravo a que se nega provimento’ (AI 655.605- AgR, Rel. Min. Menezes Direito, Primeira Turma, DJe 5.12.2008). E ‘1. RECURSO. Extraordinário. Admissibilidade. Jurisprudência assentada. Súmula 339. Não pode o Judiciário, sob o pálio da isonomia, equiparar vencimentos de servidores sem previsão legal específica. 2. RECURSO. Agravo. Regimental. Ausência de razões novas. Decisão mantida. Agravo regimental improvido. Nega-se provimento a agravo regimental tendente a impugnar, sem razões novas, decisão fundada em jurisprudência assente na Corte. 3. RECURSO. Agravo. Regimental. Jurisprudência assentada sobre a matéria. Caráter meramente abusivo. Litigância de má-fé. Imposição de multa. Aplicação do art. 557, § 2º, cc. arts. 14, II e III, e 17, VII, do CPC. Quando abusiva a interposição de agravo, manifestamente inadmissível ou infundado, deve o Tribunal condenar o agravante a pagar multa ao agravado’ (RE 286.512-AgR, Rel. Min. Cezar Peluso, Segunda Turma, DJe 19.9.2008). Dessa orientação divergiu o acórdão recorrido. 12. Pelo exposto, dou provimento a este agravo, na forma do art. 544, §§ 3º e 4º, do Código de Processo Civil, e, desde logo, ao recurso extraordinário, nos termos do art. 557, § 1º-A, do mesmo diploma legal. Invertidos, nesse ponto, os ônus da sucumbência, ressalvada eventual concessão da justiça gratuita” (fls. 311-313). 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2904164. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 8 Relatório AI 744.226 AGR / PR 2. Publicada essa decisão no DJ de 14.4.2009 (fl. 314), interpõe o Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário do Estado do Paraná, em 16.4.2009, tempestivamente, agravo regimental (fls. 316-336). 3. Alega o Agravante que “em nenhum momento se consegue indicar precisamente onde residiria a ofensa aos comandos constitucionais citados, e se ofensa houvesse seria indireta, reflexa, o que não autorizaria o recebimento do Extraordinário, incidindo na hipótese, ainda, as S. 282 e 356 da Corte” (fl. 319). Afirma, também, que “não só se mostra inviável o conhecimento do presente recurso, ante a necessidade de reapreciação dos elementos probatórios, como também no mérito não há que se falar em ofensa ao artigo 37, X, da Carta Magna, ao contrário, a aplicação de tal comando é que veio a promover a legalidade, eis que a ofensa ao direito dos servidores do Judiciário do Paraná se deu sob a égide da redação original da CF/88, antes da EC 19/98, que alterou o art. 37, X, da CF” (fl. 325). Sustenta que “a ação interposta foi no sentido de se reaver os valores atrasados já reconhecidos de direito pelo Plenário do STF à época dos fatos, não se podendo olvidar que o processo de conhecimento, em primeiro grau, iniciou-se em fevereiro de 1995, sendo resultado de greve dos servidores públicos, os quais durante todo esse período, fundaram-se no direito assegurado pelo ST no acórdão citado [MS 21.906, Rel. Min. Ilmar Galvão]” (fl. 335). Requer o provimento do presente recurso. É o relatório. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2904164. Supremo Tribunal Federal AI 744.226 AGR / PR 2. Publicada essa decisão no DJ de 14.4.2009 (fl. 314), interpõe o Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário do Estado do Paraná, em 16.4.2009, tempestivamente, agravo regimental (fls. 316-336). 3. Alega o Agravante que “em nenhum momento se consegue indicar precisamente onde residiria a ofensa aos comandos constitucionais citados, e se ofensa houvesse seria indireta, reflexa, o que não autorizaria o recebimento do Extraordinário, incidindo na hipótese, ainda, as S. 282 e 356 da Corte” (fl. 319). Afirma, também, que “não só se mostra inviável o conhecimento do presente recurso, ante a necessidade de reapreciação dos elementos probatórios, como também no mérito não há que se falar em ofensa ao artigo 37, X, da Carta Magna, ao contrário, a aplicação de tal comando é que veio a promover a legalidade, eis que a ofensa ao direito dos servidores do Judiciário do Paraná se deu sob a égide da redação original da CF/88, antes da EC 19/98, que alterou o art. 37, X, da CF” (fl. 325). Sustenta que “a ação interposta foi no sentido de se reaver os valores atrasados já reconhecidos de direito pelo Plenário do STF à época dos fatos, não se podendo olvidar que o processo de conhecimento, em primeiro grau, iniciou-se em fevereiro de 1995, sendo resultado de greve dos servidores públicos, os quais durante todo esse período, fundaram-se no direito assegurado pelo ST no acórdão citado [MS 21.906, Rel. Min. Ilmar Galvão]” (fl. 335). Requer o provimento do presente recurso. É o relatório. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2904164. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 8 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 744.226 PARANÁ V O T O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Razão jurídica não assiste ao Agravante. 2. Inicialmente, cumpre anotar que os temas constitucionais foram prequestionados nos momentos processuais oportunos, o recurso extraordinário impugnou todos os fundamentos do acórdão recorrido, e trata a espécie de matéria constitucional, conforme precedentes do Supremo Tribunal Federal. Também não haveria necessidade de reexaminar o conjunto fático-probatório contido nos autos. 3. O Tribunal de origem decidiu a controvérsia : “Não se pode olvidar que, ao tempo dos reajustes reclamados, o país ainda vivia uma longa e dramática histórica de índices inflacionários galopantes, na qual o reajuste do poder aquisitivo da moeda se fazia necessário mensalmente, sob pena de integral corrosão. Assim é que se infere das certidões emitidas pelo Departamento de Recursos Humanos da Secretaria de Estado da Administração e pelo Secretário do Tribunal de Justiça (fls. 131/135) que, periodicamente, os servidores do Poder Executivo e do Poder Judiciário, tinham seus vencimentos reajustados com índices os mais variados, entre os percentuais de 19% e 92% (fls. 133). Resta assente que, tais índices gerais de reajuste não eram destinados a beneficiar uma carreira específica dentro do quadro de servidores de cada um dos Poderes Estaduais, incidiam indistintamente sobre os vencimentos de todos os servidores de cada Poder, com o único escopo de recuperar o poder aquisitivo da moeda. Neste sentido é que a sentença singular afirmou taxativamente que tais reajustes se enquadram no inciso X, do art. 37, da CF/88, cuja redação original Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2904165. Supremo Tribunal Federal 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 744.226 PARANÁ V O T O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Razão jurídica não assiste ao Agravante. 2. Inicialmente, cumpre anotar que os temas constitucionais foram prequestionados nos momentos processuais oportunos, o recurso extraordinário impugnou todos os fundamentos do acórdão recorrido, e trata a espécie de matéria constitucional, conforme precedentes do Supremo Tribunal Federal. Também não haveria necessidade de reexaminar o conjunto fático-probatório contido nos autos. 3. O Tribunal de origem decidiu a controvérsia : “Não se pode olvidar que, ao tempo dos reajustes reclamados, o país ainda vivia uma longa e dramática histórica de índices inflacionários galopantes, na qual o reajuste do poder aquisitivo da moeda se fazia necessário mensalmente, sob pena de integral corrosão. Assim é que se infere das certidões emitidas pelo Departamento de Recursos Humanos da Secretaria de Estado da Administração e pelo Secretário do Tribunal de Justiça (fls. 131/135) que, periodicamente, os servidores do Poder Executivo e do Poder Judiciário, tinham seus vencimentos reajustados com índices os mais variados, entre os percentuais de 19% e 92% (fls. 133). Resta assente que, tais índices gerais de reajuste não eram destinados a beneficiar uma carreira específica dentro do quadro de servidores de cada um dos Poderes Estaduais, incidiam indistintamente sobre os vencimentos de todos os servidores de cada Poder, com o único escopo de recuperar o poder aquisitivo da moeda. Neste sentido é que a sentença singular afirmou taxativamente que tais reajustes se enquadram no inciso X, do art. 37, da CF/88, cuja redação original Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2904165. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 8 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA AI 744.226 AGR / PR vigia à época dos fatos: ‘A revisão geral da remuneração dos servidores públicos, sem distinção de índices entre servidores públicos civis e militares, far-se-á sempre na mesma data’” (fl. 213). 4. Como assentado na decisão agravada, esse entendimento diverge da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal. Nesse sentido, os seguintes julgados: “EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. ADMINISTRATIVO. EQUIPARAÇÃO DE VENCIMENTOS COM FUNDAMENTO NO PRINCÍPIO DA ISONOMIA: INCIDÊNCIA DA SÚMULA 339 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (AI 689.330-ED, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 14.8.2009). E: “EMENTA: SERVIDOR PÚBLICO. VENCIMENTOS. REAJUSTE. ISONOMIA. SÚMULA STF Nº 339. ART. 37, X, DA CF/88. 1. O princípio da isonomia dirige-se aos Poderes Executivo e Legislativo, a quem cabe estabelecer a remuneração dos servidores públicos e permitir a sua efetivação. Vedado ao Judiciário estender aumentos que foram concedidos apenas a uma determinada categoria. Precedente: RE 173.252. 2. O recorrido editou várias leis de reajustes de vencimentos aos seus servidores, sem a finalidade de promover uma revisão geral de remuneração, mas para corrigir distorções. Situação que não se confunde com a previsão do art. 37, X, da CF/88. Precedente: RE 307.302-ED 3. Recurso extraordinário não conhecido” (RE 355.517, Rel. Min. Ellen Gracie, Segunda Turma, DJ 29.8.2003). E ainda: AI 655.605-AgR, Rel. Min. Menezes Direito, Primeira Turma, DJe 5.12.2008; RE 554.604-AgR, Rel. Min. Eros Grau, Segunda Turma, DJe 14.3.2008; e RE 286.512-AgR, Rel. Min. Cezar Peluso, Segunda Turma, DJe 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2904165. Supremo Tribunal Federal AI 744.226 AGR / PR vigia à época dos fatos: ‘A revisão geral da remuneração dos servidores públicos, sem distinção de índices entre servidores públicos civis e militares, far-se-á sempre na mesma data’” (fl. 213). 4. Como assentado na decisão agravada, esse entendimento diverge da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal. Nesse sentido, os seguintes julgados: “EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. ADMINISTRATIVO. EQUIPARAÇÃO DE VENCIMENTOS COM FUNDAMENTO NO PRINCÍPIO DA ISONOMIA: INCIDÊNCIA DA SÚMULA 339 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (AI 689.330-ED, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 14.8.2009). E: “EMENTA: SERVIDOR PÚBLICO. VENCIMENTOS. REAJUSTE. ISONOMIA. SÚMULA STF Nº 339. ART. 37, X, DA CF/88. 1. O princípio da isonomia dirige-se aos Poderes Executivo e Legislativo, a quem cabe estabelecer a remuneração dos servidores públicos e permitir a sua efetivação. Vedado ao Judiciário estender aumentos que foram concedidos apenas a uma determinada categoria. Precedente: RE 173.252. 2. O recorrido editou várias leis de reajustes de vencimentos aos seus servidores, sem a finalidade de promover uma revisão geral de remuneração, mas para corrigir distorções. Situação que não se confunde com a previsão do art. 37, X, da CF/88. Precedente: RE 307.302-ED 3. Recurso extraordinário não conhecido” (RE 355.517, Rel. Min. Ellen Gracie, Segunda Turma, DJ 29.8.2003). E ainda: AI 655.605-AgR, Rel. Min. Menezes Direito, Primeira Turma, DJe 5.12.2008; RE 554.604-AgR, Rel. Min. Eros Grau, Segunda Turma, DJe 14.3.2008; e RE 286.512-AgR, Rel. Min. Cezar Peluso, Segunda Turma, DJe 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2904165. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 8 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA AI 744.226 AGR / PR 19.9.2008. 5. Quanto à alegação de que deveria ser aplicado à espécie o que decidido no julgamento do Mandado de Segurança n. 21.906, é de se ressaltar que não cabe a inovação de fundamento em agravo regimental (AI 584.590-AgR, de minha relatoria, DJe 1º.8.2008; e RE 544.591-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, DJe 2.9.2008). 6. Os argumentos do Agravante, insuficientes para modificar a decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente prestação jurisdicional. 7. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2904165. Supremo Tribunal Federal AI 744.226 AGR / PR 19.9.2008. 5. Quanto à alegação de que deveria ser aplicado à espécie o que decidido no julgamento do Mandado de Segurança n. 21.906, é de se ressaltar que não cabe a inovação de fundamento em agravo regimental (AI 584.590-AgR, de minha relatoria, DJe 1º.8.2008; e RE 544.591-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, DJe 2.9.2008). 6. Os argumentos do Agravante, insuficientes para modificar a decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente prestação jurisdicional. 7. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2904165. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 8 Decisão de Julgamento SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 744.226 PROCED. : PARANÁ RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) : SINDICATO DOS SERVIDORES DO PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARANÁ ADV.(A/S) : GUSTAVO CORTÊS DE LIMA E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : ESTADO DO PARANÁ PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁ Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 25.09.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Subprocurador-Geral da República, Dr. Francisco de Assis Vieira Sanseverino. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2885643 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 744.226 PROCED. : PARANÁ RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) : SINDICATO DOS SERVIDORES DO PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARANÁ ADV.(A/S) : GUSTAVO CORTÊS DE LIMA E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : ESTADO DO PARANÁ PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁ Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 25.09.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Subprocurador-Geral da República, Dr. Francisco de Assis Vieira Sanseverino. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2885643 Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 8
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=2915675
2012-09-25T00:00:00
2012-10-11T00:00:00
A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 25.09.2012.
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO
EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL. EXTENSÃO DE REAJUSTE. INCIDÊNCIA DA SÚMULA N. 339 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. PRECEDENTES. IMPOSSIBILIDADE DE INOVAÇÃO DE FUNDAMENTO. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.
sjur216545
- Acórdãos citados: AI 689330 ED, RE 355517, AI 655605 AgR, RE 554604 AgR. RE 286512 AgR, AI 584590 AgR, RE 544591 AgR. Número de páginas: 8. Análise: 22/10/2012, MLM.
CÁRMEN LÚCIA
Segunda Turma
744226
[ "LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00037 INC-00010 \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n\r\n", "LEG-FED SUMSTF-000339 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF" ]
AI-AgR
acordaos
AI 744226 AgR
[ "" ]
AGTE.(S) : SINDICATO DOS SERVIDORES DO PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARANÁ ADV.(A/S) : GUSTAVO CORTÊS DE LIMA E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : ESTADO DO PARANÁ PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁ
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "AGRAVO DE INSTRUMENTO 744 . 226", "SÚMULA N . 339 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL", "AGRAVO DE INSTRUMENTO 744 . 226", "Súmula 339 do Supremo Tribunal Federal", "AGRAVO DE INSTRUMENTO 744 . 226", "Súmula 339 do Supremo Tribunal Federal", "AI 744 . 226 AGR / PR", "Súmula n . 339 desta Corte", "Súmula n . 339 do Supremo Tribunal Federal", "AI 655 . 605 - AgR", "RE 286 . 512 - AgR", "AI 744 . 226 AGR / PR", "Súmula n . 339 do Supremo Tribunal Federal", "AI 655 . 605 - AgR", "RE 286 . 512 - AgR", "AI 744 . 226 AGR / PR", "MS 21 . 906", "AI 744 . 226", "MS 21 . 906", "AI 744 . 226", "SÚMULA 339 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL", "AI 689 . 330 - ED", "SÚMULA STF [UNK] 339 .", "RE 173 . 252 .", "RE 307 . 302 - ED", "RE 355 . 517", "AI 655 . 605 - AgR", "AgR", "RE 286 . 512 - AgR", "AI 744 . 226 AGR / PR", "AI 689 . 330 - ED", "STF [UNK] 339", "RE 173 . 252 . 2", "RE 307 . 302 - ED", "RE 355 . 517", "AI 655 . 605 - AgR", "RE 554 . 604 - AgR", "RE 286 . 512 - AgR", "AI 744 . 226", "AI 584 . 590 - AgR", "RE 544 . 591 - AgR", "AI 744 . 226 AGR", "AI 584 . 590 - AgR", "RE 544 . 591 - AgR" ], "LEGISLACAO": [ "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Constituição Federal de 1988", "art . 557 , § [UNK] , cc . arts . 14 , II e III , e 17 , VII , do CPC", "art . 544 , § § [UNK] e [UNK] , do Código de Processo Civil", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Constituição Federal de 1988", "art . 557 , § [UNK] , cc . arts . 14 , II e III , e 17 , VII , do CPC", "art . 544 , § § [UNK] e [UNK] , do Código de Processo Civil", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "artigo 37 , X , da Carta Magna", "CF", "/", "88", "EC 19 / 98", "art . 37 , X , da CF", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "artigo 37 , X , da Carta Magna", "CF", "/", "88", "EC 19 / 98", "art . 37 , X , da CF", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "inciso X , do art . 37 , da CF / 88", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "inciso X , do art . 37 , da CF / 88", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "ART . 37 , X , DA CF", "art . 37 , X , da CF / 88", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "ART . 37 , X , DA CF / 88", "art . 37 , X , da CF / 88", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001" ], "LOCAL": [ "PARANÁ", "ESTADO DO PARANÁ", "ESTADO DO PARANÁ", "ESTADO DO PARANÁ", "Brasília", "PARANÁ", "ESTADO DO PARANÁ", "ESTADO DO PARANÁ", "ESTADO DO PARANÁ", "Estado do Paraná", "Estado do Paraná", "PARANÁ", "ESTADO DO PARANÁ", "ESTADO DO PARANÁ", "Estado do Paraná", "Estado do Paraná", "Paraná", "PARANÁ", "PARANÁ", "PARANÁ", "ESTADO DO PARANÁ", "ESTADO DO PARANÁ", "ESTADO DO PARANÁ", "PARANÁ", "ESTADO DO PARANÁ", "ESTADO DO PARANÁ", "ESTADO DO PARANÁ" ], "ORGANIZACAO": [ "SEGUNDA TURMA", "SINDICATO DOS SERVIDORES DO PODER", "Supremo Tribunal Federal", "Segunda Turma", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA 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Grau", "Cezar Peluso", "Ricardo Lewandowski", "Ricardo Lewandowski", "CÁRMEN LÚCIA", "GUSTAVO CORTÊS DE LIMA", "Joaquim Barbosa", "Ricardo Lewandowski", "Celso de Mello", "Gilmar Mendes", "Joaquim Barbosa", "Cármen Lúcia", "Francisco de Assis Vieira Sanseverino", "CÁRMEN LÚCIA", "GUSTAVO CORTÊS DE LIMA", "Joaquim Barbosa", "Ricardo Lewandowski", "Celso de Mello", "Gilmar Mendes", "Joaquim Barbosa", "Cármen Lúcia", "Francisco de Assis Vieira Sanseverino", "Fabiane Duarte" ], "TEMPO": [ "25", "/", "09", "/", "2012", "25 de setembro de 2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "11", "/", "10", "/", "2012", "25", "/", "09", "/", "2012", "24 de março de 2009", "1992", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", "/", "09", "/", "2012", "24 de março de 2009", "1992", "24", "/", "08", "/", "2001", "5", ".", "12", ".", "2008", "19", ".", "9", ".", "2008", "24", "/", "08", "/", "2001", "5", ".", "12", ".", "2008", "19", ".", "9", ".", "2008", "24", "/", "08", "/", "2001", "14", ".", "4", ".", "2009", "16", 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Ementa e Acórdão 16/10/2012 SEGUNDA TURMA EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 709.206 MATO GROSSO DO SUL RELATOR : MIN. CELSO DE MELLO EMBTE.(S) :CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA AGRICULTURA E PECUARIA DO BRASIL - CNA ADV.(A/S) :LUIZ ANTONIO MUNIZ MACHADO E OUTRO(A/S) EMBDO.(A/S) :JOÃO LUIZ MARTINS CAVALHEIRO ADV.(A/S) :SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS E M E N T A: RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO (LEI Nº 12.322/2010) – EMBARGOS DE DECLARAÇÃO RECEBIDOS COMO RECURSO DE AGRAVO – ALEGADA VIOLAÇÃO A PRECEITOS CONSTITUCIONAIS – OFENSA INDIRETA À CONSTITUIÇÃO – CONTENCIOSO DE MERA LEGALIDADE – RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO. - A situação de ofensa meramente reflexa ao texto constitucional, quando ocorrente, não basta, só por si, para viabilizar o acesso à via recursal extraordinária. A C Ó R D à O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a Presidência do Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamentos e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em receber os embargos de declaração como agravo regimental, a que se nega provimento, nos termos do voto do Relator. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3036526. Supremo Tribunal Federal DJe 13/11/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 11 Ementa e Acórdão ARE 709.206 ED / MS Brasília, 16 de outubro de 2012. CELSO DE MELLO – RELATOR 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3036526. Supremo Tribunal Federal ARE 709.206 ED / MS Brasília, 16 de outubro de 2012. CELSO DE MELLO – RELATOR 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3036526. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 11 Relatório 16/10/2012 SEGUNDA TURMA EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 709.206 MATO GROSSO DO SUL RELATOR : MIN. CELSO DE MELLO EMBTE.(S) :CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA AGRICULTURA E PECUARIA DO BRASIL - CNA ADV.(A/S) :LUIZ ANTONIO MUNIZ MACHADO E OUTRO(A/S) EMBDO.(A/S) :JOÃO LUIZ MARTINS CAVALHEIRO ADV.(A/S) :SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO - (Relator): Trata-se de embargos de declaração opostos a decisão monocrática que conheceu do agravo (previsto e disciplinado na Lei nº 12.322/2010), para negar-lhe provimento. Inconformada com esse ato decisório, opõe, a parte ora embargante, os presentes embargos de declaração, alegando, em síntese, a ocorrência dos vícios a que se refere o art. 535 do CPC. Submeto, à apreciação desta colenda Turma, os presentes embargos declaratórios. É o relatório. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3036527. Supremo Tribunal Federal 16/10/2012 SEGUNDA TURMA EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 709.206 MATO GROSSO DO SUL RELATOR : MIN. CELSO DE MELLO EMBTE.(S) :CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA AGRICULTURA E PECUARIA DO BRASIL - CNA ADV.(A/S) :LUIZ ANTONIO MUNIZ MACHADO E OUTRO(A/S) EMBDO.(A/S) :JOÃO LUIZ MARTINS CAVALHEIRO ADV.(A/S) :SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO - (Relator): Trata-se de embargos de declaração opostos a decisão monocrática que conheceu do agravo (previsto e disciplinado na Lei nº 12.322/2010), para negar-lhe provimento. Inconformada com esse ato decisório, opõe, a parte ora embargante, os presentes embargos de declaração, alegando, em síntese, a ocorrência dos vícios a que se refere o art. 535 do CPC. Submeto, à apreciação desta colenda Turma, os presentes embargos declaratórios. É o relatório. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3036527. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 11 Voto - MIN. CELSO DE MELLO 16/10/2012 SEGUNDA TURMA EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 709.206 MATO GROSSO DO SUL V O T O O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO – (Relator): Conheço, preliminarmente, dos presentes embargos de declaração como recurso de agravo (RTJ 145/664 – RTJ 153/834 – AI 243.159-ED/DF, Rel. Min. NÉRI DA SILVEIRA – AI 243.832-ED/MG, Rel. Min. MOREIRA ALVES – Rcl 4.395-ED/SP, Rel. Min. CEZAR PELUSO, v.g.). E, ao fazê-lo, reconheço que não assiste razão à parte recorrente, eis que a decisão agravada ajusta-se, com integral fidelidade, à diretriz jurisprudencial que o Supremo Tribunal Federal firmou na matéria ora em exame. Como se sabe, a situação de ofensa meramente reflexa ao texto constitucional, quando ocorrente, não basta, só por si, para viabilizar o acesso à via recursal extraordinária. Cabe assinalar que o Supremo Tribunal Federal tem enfatizado, a propósito da questão pertinente à transgressão constitucional indireta, que, em regra, as alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, do devido processo legal, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional podem configurar, quando muito, situações caracterizadoras de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição, hipóteses em que também não se revelará admissível o recurso extraordinário (AI 165.054/SP, Rel. Min. CELSO DE MELLO – AI 174.473/MG, Rel. Min. CELSO DE MELLO – AI 182.811/SP, Rel. Min. CELSO DE MELLO – AI 188.762-AgR/PR, Rel. Min. SYDNEY SANCHES – AI 587.873-AgR/RS, Rel. Min. EROS GRAU – AI 610.626- -AgR/RJ, Rel. Min. CEZAR PELUSO – AI 618.795-AgR/RS, Rel. Min. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3036528. Supremo Tribunal Federal 16/10/2012 SEGUNDA TURMA EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 709.206 MATO GROSSO DO SUL V O T O O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO – (Relator): Conheço, preliminarmente, dos presentes embargos de declaração como recurso de agravo (RTJ 145/664 – RTJ 153/834 – AI 243.159-ED/DF, Rel. Min. NÉRI DA SILVEIRA – AI 243.832-ED/MG, Rel. Min. MOREIRA ALVES – Rcl 4.395-ED/SP, Rel. Min. CEZAR PELUSO, v.g.). E, ao fazê-lo, reconheço que não assiste razão à parte recorrente, eis que a decisão agravada ajusta-se, com integral fidelidade, à diretriz jurisprudencial que o Supremo Tribunal Federal firmou na matéria ora em exame. Como se sabe, a situação de ofensa meramente reflexa ao texto constitucional, quando ocorrente, não basta, só por si, para viabilizar o acesso à via recursal extraordinária. Cabe assinalar que o Supremo Tribunal Federal tem enfatizado, a propósito da questão pertinente à transgressão constitucional indireta, que, em regra, as alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, do devido processo legal, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional podem configurar, quando muito, situações caracterizadoras de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição, hipóteses em que também não se revelará admissível o recurso extraordinário (AI 165.054/SP, Rel. Min. CELSO DE MELLO – AI 174.473/MG, Rel. Min. CELSO DE MELLO – AI 182.811/SP, Rel. Min. CELSO DE MELLO – AI 188.762-AgR/PR, Rel. Min. SYDNEY SANCHES – AI 587.873-AgR/RS, Rel. Min. EROS GRAU – AI 610.626- -AgR/RJ, Rel. Min. CEZAR PELUSO – AI 618.795-AgR/RS, Rel. Min. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3036528. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 11 Voto - MIN. CELSO DE MELLO ARE 709.206 ED / MS JOAQUIM BARBOSA – AI 687.304-AgR/PR, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA – AI 701.567-AgR/SP, Rel. Min. DIAS TOFFOLI – AI 748.884- -AgR/SP, Rel. Min. LUIZ FUX – AI 832.987-AgR/DF, Rel. Min. ELLEN GRACIE – RE 236.333/DF, Rel. Min. MARCO AURÉLIO – RE 599.512- -AgR/SC, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, v.g.). Impende destacar, com relação à alegada ofensa à norma inscrita no art. 5º, inciso XXXV, da Constituição, que foi assegurado, no caso ora em exame, à parte agravante, o direito de acesso à jurisdição estatal, não se podendo inferir, do insucesso processual que experimentou, o reconhecimento de que lhe teria sido denegada a concernente prestação jurisdicional. Com efeito, não se negou, à parte recorrente, o direito à prestação jurisdicional do Estado. Este, bem ou mal, apreciou, por intermédio de órgãos judiciários competentes, o litígio que lhe foi submetido. É preciso ter presente que a prestação jurisdicional, ainda que errônea, incompleta ou insatisfatória, não deixa de configurar-se como resposta efetiva do Estado-Juiz à invocação, pela parte interessada, da tutela jurisdicional do Poder Público, circunstância que afasta a alegada ofensa a quanto prescreve o art. 5º, inciso XXXV, da Carta Política, consoante tem enfatizado o magistério jurisprudencial do Supremo Tribunal Federal (RTJ 132/455, Rel. Min. CELSO DE MELLO – RTJ 141/980, Rel. Min. CARLOS VELLOSO – AI 120.933-AgR/RS, Rel. Min. NÉRI DA SILVEIRA – AI l25.492-AgR/SP, Rel. Min. CARLOS MADEIRA). A prestação jurisdicional que se revela contrária ao interesse de quem a postula não se identifica, não se equipara nem se confunde, para efeito de acesso à via recursal extraordinária, com a ausência de prestação jurisdicional. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3036528. Supremo Tribunal Federal ARE 709.206 ED / MS JOAQUIM BARBOSA – AI 687.304-AgR/PR, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA – AI 701.567-AgR/SP, Rel. Min. DIAS TOFFOLI – AI 748.884- -AgR/SP, Rel. Min. LUIZ FUX – AI 832.987-AgR/DF, Rel. Min. ELLEN GRACIE – RE 236.333/DF, Rel. Min. MARCO AURÉLIO – RE 599.512- -AgR/SC, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, v.g.). Impende destacar, com relação à alegada ofensa à norma inscrita no art. 5º, inciso XXXV, da Constituição, que foi assegurado, no caso ora em exame, à parte agravante, o direito de acesso à jurisdição estatal, não se podendo inferir, do insucesso processual que experimentou, o reconhecimento de que lhe teria sido denegada a concernente prestação jurisdicional. Com efeito, não se negou, à parte recorrente, o direito à prestação jurisdicional do Estado. Este, bem ou mal, apreciou, por intermédio de órgãos judiciários competentes, o litígio que lhe foi submetido. É preciso ter presente que a prestação jurisdicional, ainda que errônea, incompleta ou insatisfatória, não deixa de configurar-se como resposta efetiva do Estado-Juiz à invocação, pela parte interessada, da tutela jurisdicional do Poder Público, circunstância que afasta a alegada ofensa a quanto prescreve o art. 5º, inciso XXXV, da Carta Política, consoante tem enfatizado o magistério jurisprudencial do Supremo Tribunal Federal (RTJ 132/455, Rel. Min. CELSO DE MELLO – RTJ 141/980, Rel. Min. CARLOS VELLOSO – AI 120.933-AgR/RS, Rel. Min. NÉRI DA SILVEIRA – AI l25.492-AgR/SP, Rel. Min. CARLOS MADEIRA). A prestação jurisdicional que se revela contrária ao interesse de quem a postula não se identifica, não se equipara nem se confunde, para efeito de acesso à via recursal extraordinária, com a ausência de prestação jurisdicional. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3036528. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 11 Voto - MIN. CELSO DE MELLO ARE 709.206 ED / MS Cumpre salientar, de outro lado, a propósito da alegada violação ao art. 5º, incisos LIV e LV, da Constituição, que a orientação jurisprudencial emanada desta Suprema Corte, firmada na análise desse particular aspecto no qual se fundamenta o recurso extraordinário a que se refere o presente agravo de instrumento, tem salientado, considerado o princípio do devido processo legal (neste compreendida a cláusula inerente à plenitude de defesa), que a suposta ofensa ao texto constitucional, caso existente, apresentar-se-ia por via reflexa, eis que a sua constatação reclamaria – para que se configurasse – a formulação de juízo prévio de legalidade, fundado na vulneração e infringência de dispositivos de ordem meramente legal. Daí revelar-se inteiramente ajustável, ao caso ora em exame, o entendimento jurisprudencial desta Corte Suprema, no sentido de que “O devido processo legal – CF, art. 5º, LV – exerce-se de conformidade com a lei” (AI 192.995-AgR/PE, Rel. Min. CARLOS VELLOSO – grifei), razão pela qual a alegação de desrespeito à cláusula do devido processo legal, por traduzir transgressão “indireta, reflexa, dado que a ofensa direta seria a normas processuais” (AI 215.885-AgR/SP, Rel. Min. MOREIRA ALVES – AI 414.167/RS, Rel. Min. CEZAR PELUSO – RE 257.533-AgR/RS, Rel. Min. CARLOS VELLOSO), não autoriza o acesso à via recursal extraordinária: “DUE PROCESS OF LAW E PRINCÍPIO DA LEGALIDADE . – A garantia do devido processo legal exerce-se em conformidade com o que dispõe a lei, de tal modo que eventual desvio do ato decisório configurará, quando muito, situação tipificadora de conflito de mera legalidade, apto a desautorizar a utilização do recurso extraordinário. Precedentes.” (RTJ 189/336-337, Rel. Min. CELSO DE MELLO) “– Alegação de ofensa ao devido processo legal: C.F., art. 5º, LV: se ofensa tivesse havido, seria ela indireta, reflexa, dado 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3036528. Supremo Tribunal Federal ARE 709.206 ED / MS Cumpre salientar, de outro lado, a propósito da alegada violação ao art. 5º, incisos LIV e LV, da Constituição, que a orientação jurisprudencial emanada desta Suprema Corte, firmada na análise desse particular aspecto no qual se fundamenta o recurso extraordinário a que se refere o presente agravo de instrumento, tem salientado, considerado o princípio do devido processo legal (neste compreendida a cláusula inerente à plenitude de defesa), que a suposta ofensa ao texto constitucional, caso existente, apresentar-se-ia por via reflexa, eis que a sua constatação reclamaria – para que se configurasse – a formulação de juízo prévio de legalidade, fundado na vulneração e infringência de dispositivos de ordem meramente legal. Daí revelar-se inteiramente ajustável, ao caso ora em exame, o entendimento jurisprudencial desta Corte Suprema, no sentido de que “O devido processo legal – CF, art. 5º, LV – exerce-se de conformidade com a lei” (AI 192.995-AgR/PE, Rel. Min. CARLOS VELLOSO – grifei), razão pela qual a alegação de desrespeito à cláusula do devido processo legal, por traduzir transgressão “indireta, reflexa, dado que a ofensa direta seria a normas processuais” (AI 215.885-AgR/SP, Rel. Min. MOREIRA ALVES – AI 414.167/RS, Rel. Min. CEZAR PELUSO – RE 257.533-AgR/RS, Rel. Min. CARLOS VELLOSO), não autoriza o acesso à via recursal extraordinária: “DUE PROCESS OF LAW E PRINCÍPIO DA LEGALIDADE . – A garantia do devido processo legal exerce-se em conformidade com o que dispõe a lei, de tal modo que eventual desvio do ato decisório configurará, quando muito, situação tipificadora de conflito de mera legalidade, apto a desautorizar a utilização do recurso extraordinário. Precedentes.” (RTJ 189/336-337, Rel. Min. CELSO DE MELLO) “– Alegação de ofensa ao devido processo legal: C.F., art. 5º, LV: se ofensa tivesse havido, seria ela indireta, reflexa, dado 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3036528. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 11 Voto - MIN. CELSO DE MELLO ARE 709.206 ED / MS que a ofensa direta seria a normas processuais. E a ofensa a preceito constitucional que autoriza a admissão do recurso extraordinário é a ofensa direta, frontal.” (AI 427.186-AgR/DF, Rel. Min. CARLOS VELLOSO – grifei) “Inviável o processamento do extraordinário para debater matéria infraconstitucional, sob o argumento de violação ao disposto nos incisos LIV e LV do artigo 5º da Constituição. Agravo regimental improvido.” (AI 447.774-AgR/CE, Rel. Min. ELLEN GRACIE – grifei) Nem se alegue, neste ponto, que a suposta transgressão ao ordenamento legal – derivada da interpretação que lhe deu o órgão judiciário “a quo” – teria importado em desrespeito ao princípio constitucional da legalidade. Não se pode desconsiderar, quanto a tal postulado, a orientação firmada pelo Supremo Tribunal Federal, cuja jurisprudência vem proclamando, a propósito desse tema, que o procedimento hermenêutico do Tribunal inferior – quando examina o quadro normativo positivado pelo Estado e dele extrai a interpretação dos diversos diplomas legais que o compõem, para, em razão da inteligência e do sentido exegético que lhes der, obter os elementos necessários à exata composição da lide – não transgride, diretamente, o princípio da legalidade (AI 161.396-AgR/SP, Rel. Min. CELSO DE MELLO – AI 192.995-AgR/PE, Rel. Min. CARLOS VELLOSO – AI 307.711/PA, Rel. Min. CELSO DE MELLO). É por essa razão – ausência de conflito imediato com o texto da Constituição – que a jurisprudência desta Corte vem enfatizando que “A boa ou má interpretação de norma infraconstitucional não enseja o recurso extraordinário, sob color de ofensa ao princípio da legalidade (CF, art. 5º, II)” (RTJ 144/962, Rel. Min. CARLOS VELLOSO – grifei): 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3036528. Supremo Tribunal Federal ARE 709.206 ED / MS que a ofensa direta seria a normas processuais. E a ofensa a preceito constitucional que autoriza a admissão do recurso extraordinário é a ofensa direta, frontal.” (AI 427.186-AgR/DF, Rel. Min. CARLOS VELLOSO – grifei) “Inviável o processamento do extraordinário para debater matéria infraconstitucional, sob o argumento de violação ao disposto nos incisos LIV e LV do artigo 5º da Constituição. Agravo regimental improvido.” (AI 447.774-AgR/CE, Rel. Min. ELLEN GRACIE – grifei) Nem se alegue, neste ponto, que a suposta transgressão ao ordenamento legal – derivada da interpretação que lhe deu o órgão judiciário “a quo” – teria importado em desrespeito ao princípio constitucional da legalidade. Não se pode desconsiderar, quanto a tal postulado, a orientação firmada pelo Supremo Tribunal Federal, cuja jurisprudência vem proclamando, a propósito desse tema, que o procedimento hermenêutico do Tribunal inferior – quando examina o quadro normativo positivado pelo Estado e dele extrai a interpretação dos diversos diplomas legais que o compõem, para, em razão da inteligência e do sentido exegético que lhes der, obter os elementos necessários à exata composição da lide – não transgride, diretamente, o princípio da legalidade (AI 161.396-AgR/SP, Rel. Min. CELSO DE MELLO – AI 192.995-AgR/PE, Rel. Min. CARLOS VELLOSO – AI 307.711/PA, Rel. Min. CELSO DE MELLO). É por essa razão – ausência de conflito imediato com o texto da Constituição – que a jurisprudência desta Corte vem enfatizando que “A boa ou má interpretação de norma infraconstitucional não enseja o recurso extraordinário, sob color de ofensa ao princípio da legalidade (CF, art. 5º, II)” (RTJ 144/962, Rel. Min. CARLOS VELLOSO – grifei): 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3036528. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 11 Voto - MIN. CELSO DE MELLO ARE 709.206 ED / MS “E é pacífica a jurisprudência do S.T.F., no sentido de não admitir, em R.E., alegação de ofensa indireta à Constituição Federal, por má interpretação de normas infraconstitucionais, como as trabalhistas e processuais (...).” (AI 153.310-AgR/RS, Rel. Min. SYDNEY SANCHES – grifei) “A alegação de ofensa ao princípio da legalidade, inscrito no art. 5º, II, da Constituição da República, não autoriza, só por si, o acesso à via recursal extraordinária, pelo fato de tal alegação tornar indispensável, para efeito de sua constatação, o exame prévio do ordenamento positivo de caráter infraconstitucional, dando ensejo, em tal situação, à possibilidade de reconhecimento de hipótese de mera transgressão indireta ao texto da Carta Política. Precedentes.” (RTJ 189/336-337, Rel. Min. CELSO DE MELLO) Não foi por outro motivo que o eminente Ministro MOREIRA ALVES, Relator, ao apreciar o tema pertinente ao postulado da legalidade, em conexão com o emprego do recurso extraordinário, assim se pronunciou: “A alegação de ofensa ao artigo 5º, II, da Constituição, por implicar o exame prévio da legislação infraconstitucional, é alegação de infringência indireta ou reflexa à Carta Magna, não dando margem, assim, ao cabimento do recurso extraordinário.” (AI 339.607/MG, Rel. Min. MOREIRA ALVES – grifei) Cumpre acentuar, por oportuno, que essa orientação acha-se presentemente sumulada por esta Corte, como resulta claro da Súmula 636 do Supremo Tribunal Federal, cuja formulação possui o seguinte conteúdo: “Não cabe recurso extraordinário por contrariedade ao princípio constitucional da legalidade, quando a sua verificação pressuponha rever a interpretação dada a normas infraconstitucionais pela decisão recorrida.” (grifei) 5 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3036528. Supremo Tribunal Federal ARE 709.206 ED / MS “E é pacífica a jurisprudência do S.T.F., no sentido de não admitir, em R.E., alegação de ofensa indireta à Constituição Federal, por má interpretação de normas infraconstitucionais, como as trabalhistas e processuais (...).” (AI 153.310-AgR/RS, Rel. Min. SYDNEY SANCHES – grifei) “A alegação de ofensa ao princípio da legalidade, inscrito no art. 5º, II, da Constituição da República, não autoriza, só por si, o acesso à via recursal extraordinária, pelo fato de tal alegação tornar indispensável, para efeito de sua constatação, o exame prévio do ordenamento positivo de caráter infraconstitucional, dando ensejo, em tal situação, à possibilidade de reconhecimento de hipótese de mera transgressão indireta ao texto da Carta Política. Precedentes.” (RTJ 189/336-337, Rel. Min. CELSO DE MELLO) Não foi por outro motivo que o eminente Ministro MOREIRA ALVES, Relator, ao apreciar o tema pertinente ao postulado da legalidade, em conexão com o emprego do recurso extraordinário, assim se pronunciou: “A alegação de ofensa ao artigo 5º, II, da Constituição, por implicar o exame prévio da legislação infraconstitucional, é alegação de infringência indireta ou reflexa à Carta Magna, não dando margem, assim, ao cabimento do recurso extraordinário.” (AI 339.607/MG, Rel. Min. MOREIRA ALVES – grifei) Cumpre acentuar, por oportuno, que essa orientação acha-se presentemente sumulada por esta Corte, como resulta claro da Súmula 636 do Supremo Tribunal Federal, cuja formulação possui o seguinte conteúdo: “Não cabe recurso extraordinário por contrariedade ao princípio constitucional da legalidade, quando a sua verificação pressuponha rever a interpretação dada a normas infraconstitucionais pela decisão recorrida.” (grifei) 5 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3036528. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 11 Voto - MIN. CELSO DE MELLO ARE 709.206 ED / MS Desse modo, qualquer que seja o ângulo sob o qual se examine a pretensão recursal deduzida pela parte ora agravante, o fato é que essa postulação encontra obstáculo de ordem técnica na jurisprudência firmada pelo Supremo Tribunal Federal, consoante resulta claro de decisão, que, emanada desta Corte, reflete, com absoluta fidelidade, o entendimento jurisprudencial prevalecente no âmbito do Tribunal: “Inviável o processamento do extraordinário para debater matéria infraconstitucional, sob o argumento de violação ao disposto nos artigos 5º, II, XXXV, XXXVI, LIV e LV e 93, IX da Constituição. Agravo regimental improvido.” (AI 437.201-AgR/SP, Rel. Min. ELLEN GRACIE – grifei) Impende registrar, ainda, no que se refere à alegada transgressão ao postulado constitucional que impõe, ao Poder Judiciário, o dever de motivar suas decisões (CF, art. 93, IX), que o Supremo Tribunal Federal – embora sempre enfatizando a imprescindibilidade da observância dessa imposição da Carta Política (RTJ 170/627-628) – não confere, a tal prescrição constitucional, o alcance que lhe pretende dar a parte ora recorrente, pois, na realidade, segundo entendimento firmado por esta própria Corte, “O que a Constituição exige, no art. 93, IX, é que a decisão judicial seja fundamentada; não, que a fundamentação seja correta, na solução das questões de fato ou de direito da lide: declinadas no julgado as premissas, corretamente assentadas ou não, mas coerentes com o dispositivo do acórdão, está satisfeita a exigência constitucional” (RTJ 150/269, Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE – grifei). Vale ter presente, a propósito do sentido que esta Corte tem dado à cláusula inscrita no inciso IX do art. 93 da Constituição, que os precedentes deste Tribunal desautorizam a abordagem hermenêutica feita pela parte ora agravante, como se dessume de diversos julgados (AI 529.105-AgR/CE, Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA – AI 637.301-AgR/GO, 6 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3036528. Supremo Tribunal Federal ARE 709.206 ED / MS Desse modo, qualquer que seja o ângulo sob o qual se examine a pretensão recursal deduzida pela parte ora agravante, o fato é que essa postulação encontra obstáculo de ordem técnica na jurisprudência firmada pelo Supremo Tribunal Federal, consoante resulta claro de decisão, que, emanada desta Corte, reflete, com absoluta fidelidade, o entendimento jurisprudencial prevalecente no âmbito do Tribunal: “Inviável o processamento do extraordinário para debater matéria infraconstitucional, sob o argumento de violação ao disposto nos artigos 5º, II, XXXV, XXXVI, LIV e LV e 93, IX da Constituição. Agravo regimental improvido.” (AI 437.201-AgR/SP, Rel. Min. ELLEN GRACIE – grifei) Impende registrar, ainda, no que se refere à alegada transgressão ao postulado constitucional que impõe, ao Poder Judiciário, o dever de motivar suas decisões (CF, art. 93, IX), que o Supremo Tribunal Federal – embora sempre enfatizando a imprescindibilidade da observância dessa imposição da Carta Política (RTJ 170/627-628) – não confere, a tal prescrição constitucional, o alcance que lhe pretende dar a parte ora recorrente, pois, na realidade, segundo entendimento firmado por esta própria Corte, “O que a Constituição exige, no art. 93, IX, é que a decisão judicial seja fundamentada; não, que a fundamentação seja correta, na solução das questões de fato ou de direito da lide: declinadas no julgado as premissas, corretamente assentadas ou não, mas coerentes com o dispositivo do acórdão, está satisfeita a exigência constitucional” (RTJ 150/269, Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE – grifei). Vale ter presente, a propósito do sentido que esta Corte tem dado à cláusula inscrita no inciso IX do art. 93 da Constituição, que os precedentes deste Tribunal desautorizam a abordagem hermenêutica feita pela parte ora agravante, como se dessume de diversos julgados (AI 529.105-AgR/CE, Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA – AI 637.301-AgR/GO, 6 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3036528. Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 11 Voto - MIN. CELSO DE MELLO ARE 709.206 ED / MS Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA – AI 731.527-AgR/RJ, Rel. Min. GILMAR MENDES – AI 838.209-AgR/MA, Rel. Min. GILMAR MENDES – AI 840.788-AgR/SC, Rel. Min. LUIZ FUX – AI 842.316-AgR/RJ, Rel. Min. LUIZ FUX – RE 327.143-AgR/PE, Rel. Min. CARLOS VELLOSO, v.g.), notadamente daquele, emanado do Plenário do Supremo Tribunal Federal, em que se acolheu questão de ordem para reafirmar essa mesma jurisprudência no sentido que venho de expor: “Questão de ordem. Agravo de Instrumento. Conversão em recurso extraordinário (CPC, art. 544, §§ 3º e 4º). 2. Alegação de ofensa aos incisos XXXV e LX do art. 5º e ao inciso IX do art. 93 da Constituição Federal. Inocorrência. 3. O art. 93, IX, da Constituição Federal exige que o acórdão ou decisão sejam fundamentados, ainda que sucintamente, sem determinar, contudo, o exame pormenorizado de cada uma das alegações ou provas, nem que sejam corretos os fundamentos da decisão. 4. Questão de ordem acolhida para reconhecer a repercussão geral, reafirmar a jurisprudência do Tribunal, negar provimento ao recurso e autorizar a adoção dos procedimentos relacionados à repercussão geral.” (AI 791.292-QO-RG/PE, Rel. Min. GILMAR MENDES – grifei) Sendo assim, pelas razões expostas, e considerando, ainda, precedentes específicos sobre a matéria ora em exame (AI 707.144/PR, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA – AI 717.074/PR, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA – ARE 676.204-ED/MS, Rel. Min. LUIZ FUX, v.g.), nego provimento ao presente recurso de agravo, mantendo, em consequência, por seus próprios fundamentos, a decisão ora agravada. É o meu voto. 7 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3036528. Supremo Tribunal Federal ARE 709.206 ED / MS Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA – AI 731.527-AgR/RJ, Rel. Min. GILMAR MENDES – AI 838.209-AgR/MA, Rel. Min. GILMAR MENDES – AI 840.788-AgR/SC, Rel. Min. LUIZ FUX – AI 842.316-AgR/RJ, Rel. Min. LUIZ FUX – RE 327.143-AgR/PE, Rel. Min. CARLOS VELLOSO, v.g.), notadamente daquele, emanado do Plenário do Supremo Tribunal Federal, em que se acolheu questão de ordem para reafirmar essa mesma jurisprudência no sentido que venho de expor: “Questão de ordem. Agravo de Instrumento. Conversão em recurso extraordinário (CPC, art. 544, §§ 3º e 4º). 2. Alegação de ofensa aos incisos XXXV e LX do art. 5º e ao inciso IX do art. 93 da Constituição Federal. Inocorrência. 3. O art. 93, IX, da Constituição Federal exige que o acórdão ou decisão sejam fundamentados, ainda que sucintamente, sem determinar, contudo, o exame pormenorizado de cada uma das alegações ou provas, nem que sejam corretos os fundamentos da decisão. 4. Questão de ordem acolhida para reconhecer a repercussão geral, reafirmar a jurisprudência do Tribunal, negar provimento ao recurso e autorizar a adoção dos procedimentos relacionados à repercussão geral.” (AI 791.292-QO-RG/PE, Rel. Min. GILMAR MENDES – grifei) Sendo assim, pelas razões expostas, e considerando, ainda, precedentes específicos sobre a matéria ora em exame (AI 707.144/PR, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA – AI 717.074/PR, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA – ARE 676.204-ED/MS, Rel. Min. LUIZ FUX, v.g.), nego provimento ao presente recurso de agravo, mantendo, em consequência, por seus próprios fundamentos, a decisão ora agravada. É o meu voto. 7 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3036528. Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 11 Decisão de Julgamento SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 709.206 PROCED. : MATO GROSSO DO SUL RELATOR : MIN. CELSO DE MELLO EMBTE.(S) : CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA AGRICULTURA E PECUARIA DO BRASIL - CNA ADV.(A/S) : LUIZ ANTONIO MUNIZ MACHADO E OUTRO(A/S) EMBDO.(A/S) : JOÃO LUIZ MARTINS CAVALHEIRO ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS Decisão: A Turma, por unanimidade, recebeu os embargos de declaração como agravo regimental, ao qual negou provimento, nos termos do voto do Relator. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. 2ª Turma, 16.10.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Subprocurador-Geral da República, Dr. Mário José Gisi. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3052196 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 709.206 PROCED. : MATO GROSSO DO SUL RELATOR : MIN. CELSO DE MELLO EMBTE.(S) : CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA AGRICULTURA E PECUARIA DO BRASIL - CNA ADV.(A/S) : LUIZ ANTONIO MUNIZ MACHADO E OUTRO(A/S) EMBDO.(A/S) : JOÃO LUIZ MARTINS CAVALHEIRO ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS Decisão: A Turma, por unanimidade, recebeu os embargos de declaração como agravo regimental, ao qual negou provimento, nos termos do voto do Relator. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. 2ª Turma, 16.10.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Subprocurador-Geral da República, Dr. Mário José Gisi. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3052196 Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 11
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3081736
2012-10-16T00:00:00
2012-11-13T00:00:00
A Turma, por unanimidade, recebeu os embargos de declaração como agravo regimental, ao qual negou provimento, nos termos do voto do Relator. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. 2ª Turma, 16.10.2012.
EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO
E M E N T A: RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO (LEI Nº 12.322/2010) – EMBARGOS DE DECLARAÇÃO RECEBIDOS COMO RECURSO DE AGRAVO – ALEGADA VIOLAÇÃO A PRECEITOS CONSTITUCIONAIS – OFENSA INDIRETA À CONSTITUIÇÃO – CONTENCIOSO DE MERA LEGALIDADE – RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO. - A situação de ofensa meramente reflexa ao texto constitucional, quando ocorrente, não basta, só por si, para viabilizar o acesso à via recursal extraordinária.
sjur218597
- Acórão(s) citado(s) (EMBARGOS DE DECLARAÇÃO, CONVERSÃO)STF: AI 243159 ED (2ªT), AI 243832 ED (1ªT), Rcl 4395 ED(TP); RTJ 145/664, RTJ 153/834. (OFENSA REFLEXA) STF: AI 587873 AgR (2ªT), AI 610626 AgR (2ªT), AI 618795 AgR (2ªT), AI 687304 AgR (1ªT), AI 701567 AgR (1ªT), AI 748884 AgR (1ªT), AI 832987 AgR (2ªT), RE 236333 (2ªT), RE 599512 AgR (2ªT). (PRESTAÇÃO JURISDICIONAL) STF: AI 125492 AgR (2ªT); RTJ 132/455, RTJ 141/980. (DEVIDO PROCESSO LEGAL) STF: AI 192995 AgR (2ªT), AI 215885 AgR (2ªT), RE 257533 AgR (2ªT), AI 427186 AgR (2ªT), AI 447774 AgR (2ªT); RTJ 189/336. (PRINCÍPIO DA LEGALIDADE, OFENSA) STF: AI 161396 AgR (1ªT), AI 192995 AgR (2ªT), AI 153310 AgR (1ªT); RTJ 144/962, RTJ 189/336. (MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL) STF: AI 437201 AgR (2ªT). (FUNDAMENTAÇÃO DA DECISÃO) STF: AI 529105 AgR (2ªT), AI 637301 AgR (1ªT), AI 731527 (2ªT), AI 838209 AgR (2ªT), AI 840788 AgR (1ªT), AI 842316 AgR (1ªT), RE 327143 AgR (2ªT), AI 791292 QO-RG; RTJ 170/627, RTJ 150/269. (CONTRIBUIÇÃO SINDICAL RURAL, MULTA) STF: ARE 676204 ED (1ªT). - Decisão(ões) monocrática(s) citada(s) (OFENSA REFLEXA) STF: AI 165054, AI 174473, AI 182811, AI 339607. (DEVIDO PROCESSO LEGAL, OFENSA) STF: AI 414167. (PRINCÍPIO DA LEGALIDADE, OFENSA) STF: AI 307711. (CONTRIBUIÇÃO SINDICAL RURAL, MULTA) STF: AI 707144, AI 717074. Número de páginas: 11. Análise: 27/11/2012, MJC.
CELSO DE MELLO
Segunda Turma
709206
[ "LEG-FED LEI-012322 ANO-2010\r\n LEI ORDINÁRIA\r\n\r\n", "LEG-FED SUMSTF-000636 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF" ]
ARE-ED
acordaos
ARE 709206 ED
[ "" ]
EMBTE.(S) : CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA AGRICULTURA E PECUARIA DO BRASIL - CNA ADV.(A/S) : LUIZ ANTONIO MUNIZ MACHADO E OUTRO(A/S) EMBDO.(A/S) : JOÃO LUIZ MARTINS CAVALHEIRO ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS ADV.(A/S) : VANESSA CRISTINA CHAVES DA SILVA MATIAS SOARES
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{ "JURISPRUDENCIA": [ "ARE 709 . 206 ED / MS", "ARE 709 . 206 ED / MS", "RTJ 145 / 664", "RTJ", "AI 243 . 159 - ED / DF", "AI 243 . 832 - ED / MG", "Rcl 4 . 395 - ED / SP", "AI 165 . 054 / SP", "AI 174 . 473 / MG", "AI 182 . 811 / SP", "AI 188 . 762 - AgR / PR", "AI 587 . 873 - AgR / RS", "AI 610 . 626 - - AgR / RJ", "AI 618 . 795 - AgR / RS", "RTJ", "RTJ 153", "AI 243 . 159 - ED / DF", "AI 243 . 832 - ED / MG", "Rcl 4 . 395 - ED / SP", "AI 165 . 054 / SP", "AI 174 . 473 / MG", "AI 182 . 811 / SP", "AI 188 . 762 - AgR / PR", "AI 587 . 873 - AgR / RS", "AI 610 . 626 - - AgR / RJ", "AI 618 . 795 - AgR / RS", "ARE 709 . 206", "AI 687 . 304 - AgR / PR", "AI 701 . 567 - AgR / SP", "AI 748 . 884 - - AgR / SP", "AI 832 . 987 - AgR / DF", "RE 236 . 333 / DF", "RE 599 . 512 - - AgR / SC", "RTJ 132 / 455", "RTJ 141 / 980", "AI 120 . 933 - AgR / RS", "AI l25 . 492 - AgR / SP", "ARE 709 . 206 ED / MS", "AI 687 . 304 - AgR / PR", "AI 701 . 567 - AgR / SP", "AI 748 . 884 - - AgR / SP", "AI 832 . 987 - AgR / DF", "RE 236 . 333 / DF", "RE 599 . 512 - - AgR / SC", "RTJ 132 / 455", "RTJ 141 / 980", "AI 120 . 933 - AgR / RS", "AI l25 . 492 - AgR / SP", "ARE 709 . 206 ED / MS", "AI 192 . 995 - AgR / PE", "AI 215 . 885 - AgR / SP", "AI 414 . 167 / RS", "RE 257 . 533 - AgR / RS", "RTJ 189 / 336 - 337", "ARE 709 . 206 ED / MS", "AI 192 . 995 - AgR / PE", "AI 215 . 885 - AgR / SP", "AI 414 . 167 / RS", "RE 257 . 533 - AgR / RS", "RTJ 189 / 336 - 337", "ARE 709 . 206 ED / MS", "AI 427 . 186 - AgR / DF", "AI 447 . 774 - AgR / CE", "AI 161 . 396 - AgR / SP", "AI 192 . 995 - AgR / PE", "AI 307 . 711 / PA", "RTJ 144 / 962", "ARE 709 . 206 ED / MS", "AI 427 . 186 - AgR / DF", "AI 447 . 774 - AgR / CE", "AI 161 . 396 - AgR / SP", "AI 192 . 995 - AgR / PE", "AI 307 . 711 / PA", "RTJ 144 / 962", "ARE 709 . 206 ED / MS", "AI 153 . 310 - AgR / RS", "RTJ 189 / 336 - 337", "AI 339 . 607 / MG", "Súmula 636 do Supremo Tribunal Federal", "ARE 709 . 206 ED / MS", "AI 153 . 310 - AgR / RS", "RTJ 189 / 336 - 337", "AI 339 . 607 / MG", "Súmula 636 do Supremo Tribunal Federal", "ARE 709 . 206 ED / MS", "AI 437 . 201 - AgR / SP", "RTJ 170 / 627 - 628", "RTJ 150 / 269", "AI 529 . 105 - AgR / CE", "AI 637 . 301 - AgR / GO", "ARE 709 . 206 ED / MS", "AI 437 . 201 - AgR / SP", "RTJ 170 / 627 - 628", "RTJ 150 / 269", "AI 529 . 105 - AgR / CE", "AI 637 . 301 - AgR / GO", "ARE 709 . 206 ED / MS", "AI 731 . 527 - AgR / RJ", "AI 838 . 209 - AgR / MA", "AI 840 . 788 - AgR / SC", "AI 842 . 316 - AgR / RJ", "RE 327 . 143 - AgR / PE", "AI 791 . 292 - QO - RG / PE", "AI 707 . 144 / PR", "AI 717 . 074 / PR", "ARE 676 . 204 - ED / MS", "ARE 709 . 206 ED / MS", "AI 731 . 527 - AgR / RJ", "AI 838 . 209 - AgR / MA", "AI 840 . 788 - AgR / SC", "AI 842 . 316 - AgR / RJ", "RE 327 . 143 - AgR / PE", "AI 791 . 292 - QO - RG /", "AI 707 . 144 / PR", "AI 717 . 074 / PR", "ARE 676 . 204 - ED / MS" ], "LEGISLACAO": [ "LEI [UNK] 12 . 322 / 2010", "MP n°", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Lei [UNK] 12 . 322 / 2010", "art . 535 do CPC", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Lei [UNK] 12 . 322 / 2010", "art . 535 do CPC", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Constituição", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Constituição", "MP n° 2 . 200 -", "art . 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[UNK] , II , da Constituição da República", "Carta Política", "artigo [UNK] , II , da Constituição", "Carta Magna", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "artigos [UNK] , II , XXXV , XXXVI , LIV e LV e 93 , IX da Constituição", "CF , art . 93 , IX", "Carta Política", "Constituição", "inciso IX do art . 93 da Constituição", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "artigos [UNK] , II , XXXV , XXXVI , LIV e LV e 93 , IX da Constituição", "CF , art . 93 , IX", "Carta Política", "Constituição", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "CPC , art . 544 , § § [UNK] e [UNK]", "incisos XXXV e LX do art . [UNK]", "art . 93 , IX , da Constituição Federal", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "CPC , art . 544 , § § [UNK] e [UNK]", "incisos XXXV e LX do art . 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Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA AGRICULTURA E PECUARIA DO BRASIL", "CNA", "[UNK] Turma", "Infra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil" ], "PESSOA": [ "CELSO DE MELLO", "LUIZ ANTONIO MUNIZ MACHADO", "JOÃO LUIZ MARTINS CAVALHEIRO", "Ricardo Lewandowski", "Joaquim Barbosa", "Cármen Lúcia", "CELSO DE MELLO", "CELSO DE MELLO", "CELSO DE MELLO", "LUIZ ANTONIO MUNIZ MACHADO", "JOÃO LUIZ MARTINS CAVALHEIRO", "CELSO DE MELLO", "CELSO DE MELLO", "LUIZ ANTONIO MUNIZ MACHADO", "JOÃO LUIZ MARTINS CAVALHEIRO", "CELSO DE MELLO", "CELSO DE MELLO", "CELSO DE MELLO", "NÉRI DA SILVEIRA", "MOREIRA ALVES", "CEZAR PELUSO", "CELSO DE MELLO", "CELSO DE MELLO", "CELSO DE MELLO", "SYDNEY SANCHES", "EROS GRAU", "CEZAR PELUSO", "CELSO DE MELLO", "NÉRI DA SILVEIRA", "MOREIRA ALVES", "CEZAR PELUSO", "CELSO DE MELLO", "CELSO DE MELLO", "CELSO DE MELLO", "SYDNEY SANCHES", "EROS GRAU", "CEZAR PELUSO", "CELSO DE MELLO", "JOAQUIM BARBOSA", "CÁRMEN LÚCIA", "DIAS TOFFOLI", "LUIZ FUX", "ELLEN GRACIE", "MARCO AURÉLIO", "RICARDO LEWANDOWSKI", ".", "CELSO DE MELLO", "CARLOS VELLOSO", "NÉRI DA SILVEIRA", "CARLOS MADEIRA", "JOAQUIM BARBOSA", "CÁRMEN LÚCIA", "DIAS TOFFOLI", "LUIZ FUX", "ELLEN GRACIE", "MARCO AURÉLIO", "RICARDO LEWANDOWSKI", "CELSO DE MELLO", "CARLOS VELLOSO", "NÉRI DA SILVEIRA", "CARLOS MADEIRA", "CELSO DE MELLO", "CARLOS VELLOSO", "MOREIRA ALVES", "CEZAR PELUSO", "CARLOS VELLOSO", "CELSO DE MELLO", "CARLOS VELLOSO", "MOREIRA ALVES", "CEZAR PELUSO", "CARLOS VELLOSO", "CELSO DE MELLO", "CELSO DE MELLO", "CARLOS VELLOSO", "ELLEN GRACIE", "CELSO DE MELLO", "CARLOS VELLOSO", "CELSO DE MELLO", "CARLOS VELLOSO", "CARLOS VELLOSO", "ELLEN GRACIE", "CELSO DE MELLO", "CARLOS VELLOSO", "CELSO DE MELLO", "CARLOS VELLOSO", "CELSO DE MELLO", "SYDNEY SANCHES", "CELSO DE MELLO", "MOREIRA ALVES", "MOREIRA ALVES", "SYDNEY SANCHES", "CELSO DE MELLO", "MOREIRA ALVES", "MOREIRA ALVES", "CELSO DE MELLO", "ELLEN GRACIE", "SEPÚLVEDA PERTENCE", "JOAQUIM BARBOSA", "ELLEN GRACIE", "SEPÚLVEDA PERTENCE", "JOAQUIM BARBOSA", "CELSO DE MELLO", "CÁRMEN LÚCIA", "GILMAR MENDES", "GILMAR MENDES", "LUIZ FUX", "LUIZ FUX", "CARLOS VELLOSO", "GILMAR MENDES", "CÁRMEN LÚCIA", "CÁRMEN LÚCIA", "LUIZ FUX", "CÁRMEN LÚCIA", "GILMAR MENDES", "GILMAR MENDES", "LUIZ FUX", "LUIZ FUX", "CARLOS VELLOSO", "GILMAR MENDES", "CÁRMEN LÚCIA", "CÁRMEN LÚCIA", "LUIZ FUX", "CELSO DE MELLO", "LUIZ ANTONIO MUNIZ MACHADO", "JOÃO LUIZ MARTINS CAVALHEIRO", "Joaquim Barbosa", "Cármen Lúcia", "Ricardo Lewandowski", "Celso de Mello", "Gilmar Mendes", "Joaquim Barbosa", "Cármen Lúcia", "Mário José Gisi", "Fabiane Duarte", "CELSO DE MELLO", "LUIZ ANTONIO MUNIZ MACHADO", "JOÃO LUIZ MARTINS CAVALHEIRO", "Joaquim Barbosa", "Cármen Lúcia", "Ricardo Lewandowski", "Celso de Mello", "Gilmar Mendes", "Joaquim Barbosa", "Cármen Lúcia", "Mário José Gisi", "Fabiane Duarte" ], "TEMPO": [ "16", "/", "10", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "13", "/", "11", "/", "2012", "16 de outubro de 2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "16 de outubro de 2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "16", "/", "10", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "16", "/", "10", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "16", "/", "10", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "16", "/", "10", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "16", ".", "10", ".", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "16", ".", "10", ".", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001" ] }
Ementa e Acórdão 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 705.901 RIO GRANDE DO SUL RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI AGTE.(S) :ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL E OUTRO(A/S) PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL ADV. :GUILHERME VALLE BRUM AGDO.(A/S) :DIRCEU JOSÉ DE VARGAS EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. IMÓVEL OBJETO DE ARREMATAÇÃO JUDICIAL. POSTERIOR ANULAÇÃO DA ARREMATAÇÃO. INDENIZAÇÃO PELAS ACESSÕES REALIZADAS DE BOA-FÉ. NECESSIDADE DE REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO- PROBATÓRIO. SÚMULA 279 DO STF. AGRAVO IMPROVIDO. I – Para se chegar à conclusão contrária à adotada pelo acórdão recorrido, quanto à necessidade de serem indenizadas as acessões realizadas de boa-fé em imóvel adquirido em arrematação judicial posteriormente anulada, seria necessário o reexame do conjunto fático- probatório constante dos autos, o que atrai a incidência da Súmula 279 do STF. II – Agravo regimental improvido. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamentos e das notas taquigráficas, por unanimidade, negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Não Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2843419. Supremo Tribunal Federal DJe 11/10/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 7 Ementa e Acórdão ARE 705.901 AGR / RS participaram, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. Brasília, 25 de setembro de 2012. RICARDO LEWANDOWSKI – PRESIDENTE E RELATOR 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2843419. Supremo Tribunal Federal ARE 705.901 AGR / RS participaram, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. Brasília, 25 de setembro de 2012. RICARDO LEWANDOWSKI – PRESIDENTE E RELATOR 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2843419. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 7 Relatório 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 705.901 RIO GRANDE DO SUL RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI AGTE.(S) :ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL E OUTRO(A/S) PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL ADV. :GUILHERME VALLE BRUM AGDO.(A/S) :DIRCEU JOSÉ DE VARGAS R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Trata-se de agravo regimental interposto contra decisão que negou seguimento ao agravo. Eis o teor da decisão agravada: “Trata-se de agravo contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário interposto de acórdão, cuja ementa segue transcrita: 'Ação indenizatória por perdas e danos emergentes e lucros cessantes e dano moral. Anulação de arrematação judicial de bem imóvel. Legitimidade para responder à ação. No caso, possuem legitimidade passiva concorrentes a parte exequente e o Estado. O demandante, como arrematante que pagou o preço e entrou na posse do imóvel, tem direito de retenção e de indenização por acessões feitas de boa-fé, apuráveis em liquidação de sentença' (fl. 625 do e-STJ). No RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se violação ao art. 37, § 6º, da mesma Carta. O agravo não merece acolhida. Verifica-se que, para dissentir da conclusão adotada pelo Tribunal de origem, seria necessário o reexame do conjunto fático- probatório constante dos autos, o que atrai a incidência da Súmula Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2843420. Supremo Tribunal Federal 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 705.901 RIO GRANDE DO SUL RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI AGTE.(S) :ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL E OUTRO(A/S) PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL ADV. :GUILHERME VALLE BRUM AGDO.(A/S) :DIRCEU JOSÉ DE VARGAS R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Trata-se de agravo regimental interposto contra decisão que negou seguimento ao agravo. Eis o teor da decisão agravada: “Trata-se de agravo contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário interposto de acórdão, cuja ementa segue transcrita: 'Ação indenizatória por perdas e danos emergentes e lucros cessantes e dano moral. Anulação de arrematação judicial de bem imóvel. Legitimidade para responder à ação. No caso, possuem legitimidade passiva concorrentes a parte exequente e o Estado. O demandante, como arrematante que pagou o preço e entrou na posse do imóvel, tem direito de retenção e de indenização por acessões feitas de boa-fé, apuráveis em liquidação de sentença' (fl. 625 do e-STJ). No RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se violação ao art. 37, § 6º, da mesma Carta. O agravo não merece acolhida. Verifica-se que, para dissentir da conclusão adotada pelo Tribunal de origem, seria necessário o reexame do conjunto fático- probatório constante dos autos, o que atrai a incidência da Súmula Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2843420. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 7 Relatório ARE 705.901 AGR / RS 279 do STF. Nesse sentido, menciono as seguintes decisões, entre outras: AI 634.072-AgR/RJ, de minha relatoria; AI 642.351-AgR/SP, Rel. Min. Eros Grau; RE 516.836/DF, Rel. Min. Menezes Direito e AI 766.051-AgR/SP, Rel. Min. Gilmar Mendes, cuja ementa segue transcrita: 'Agravo regimental em agravo de instrumento. 2. Responsabilidade objetiva prevista no art. 37, § 6º, da Constituição Federal abrange também os atos omissivos do Poder Público. 3. Impossibilidade de reexame do conjunto fático- probatório. Súmula 279. 4. Ausência de argumentos suficientes para infirmar a decisão recorrida. 5. Agravo regimental a que se nega provimento'. Isso posto, nego seguimento ao recurso (CPC, art. 557, caput)”. Os agravantes sustentaram, em suma, a inaplicabilidade da Súmula 279 ao caso dos autos. É o relatório. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2843420. Supremo Tribunal Federal ARE 705.901 AGR / RS 279 do STF. Nesse sentido, menciono as seguintes decisões, entre outras: AI 634.072-AgR/RJ, de minha relatoria; AI 642.351-AgR/SP, Rel. Min. Eros Grau; RE 516.836/DF, Rel. Min. Menezes Direito e AI 766.051-AgR/SP, Rel. Min. Gilmar Mendes, cuja ementa segue transcrita: 'Agravo regimental em agravo de instrumento. 2. Responsabilidade objetiva prevista no art. 37, § 6º, da Constituição Federal abrange também os atos omissivos do Poder Público. 3. Impossibilidade de reexame do conjunto fático- probatório. Súmula 279. 4. Ausência de argumentos suficientes para infirmar a decisão recorrida. 5. Agravo regimental a que se nega provimento'. Isso posto, nego seguimento ao recurso (CPC, art. 557, caput)”. Os agravantes sustentaram, em suma, a inaplicabilidade da Súmula 279 ao caso dos autos. É o relatório. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2843420. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 7 Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 705.901 RIO GRANDE DO SUL V O T O O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Bem reexaminada a questão, verifica-se que a decisão ora atacada não merece reforma, visto que os recorrentes não aduzem argumentos capazes de afastar as razões nela expendidas. O Tribunal de origem dirimiu a matéria atinente à necessidade de o recorrido ser indenizado pelas acessões por ele realizadas no imóvel, que havia adquirido em arrematação judicial posteriormente anulada, com fundamento na análise do acervo probatório existente nos autos, conforme se observa dos seguintes trechos da decisão a quo: “No mérito, sobrepõe-se a boa-fé do demandante e adquirente, que deve ser protegida, boa-fé que se demonstra com a aquisição em juízo, pagando o preço e entrando na posse do imóvel, nele edificando acessões. Mediante tais circunstâncias, a boa-fé demonstra-se completamente, salvo prova em contrário, que não há. Vem a propósito o seguinte, a arrematação foi anulada por preço vil e inferior ao saldo devedor (fls. 170-172). No entanto, o fato de o demandante ter adquirido um bem por preço muito inferior ao alegado preço de mercado, não caracteriza a má-fé do arrematante, pois se tratava de alienação autorizada pelo Poder Judiciário. Assim, não há como afastar a presunção de boa-fé do arrematante, salvo, como disse, prova cabal em contrário, por exemplo, que percebera o erro e dolosamente prevaleceu-se. A má-fé deve ser demonstrada, enquanto a boa-fé se presume, no caso, daquelas circunstâncias, da qual decorre o direito de retenção e Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2843421. Supremo Tribunal Federal 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 705.901 RIO GRANDE DO SUL V O T O O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Bem reexaminada a questão, verifica-se que a decisão ora atacada não merece reforma, visto que os recorrentes não aduzem argumentos capazes de afastar as razões nela expendidas. O Tribunal de origem dirimiu a matéria atinente à necessidade de o recorrido ser indenizado pelas acessões por ele realizadas no imóvel, que havia adquirido em arrematação judicial posteriormente anulada, com fundamento na análise do acervo probatório existente nos autos, conforme se observa dos seguintes trechos da decisão a quo: “No mérito, sobrepõe-se a boa-fé do demandante e adquirente, que deve ser protegida, boa-fé que se demonstra com a aquisição em juízo, pagando o preço e entrando na posse do imóvel, nele edificando acessões. Mediante tais circunstâncias, a boa-fé demonstra-se completamente, salvo prova em contrário, que não há. Vem a propósito o seguinte, a arrematação foi anulada por preço vil e inferior ao saldo devedor (fls. 170-172). No entanto, o fato de o demandante ter adquirido um bem por preço muito inferior ao alegado preço de mercado, não caracteriza a má-fé do arrematante, pois se tratava de alienação autorizada pelo Poder Judiciário. Assim, não há como afastar a presunção de boa-fé do arrematante, salvo, como disse, prova cabal em contrário, por exemplo, que percebera o erro e dolosamente prevaleceu-se. A má-fé deve ser demonstrada, enquanto a boa-fé se presume, no caso, daquelas circunstâncias, da qual decorre o direito de retenção e Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2843421. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 7 Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI ARE 705.901 AGR / RS de indenização, conforme o artigo 1.219 do Código Civil” (fl. 631 e- STJ). Assim, firmar entendimento diverso implicaria novo exame do conjunto fático-probatório dos autos, circunstância que torna inviável o recurso, nos termos da Súmula 279 do STF. Isso posto, nego provimento ao agravo regimental. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2843421. Supremo Tribunal Federal ARE 705.901 AGR / RS de indenização, conforme o artigo 1.219 do Código Civil” (fl. 631 e- STJ). Assim, firmar entendimento diverso implicaria novo exame do conjunto fático-probatório dos autos, circunstância que torna inviável o recurso, nos termos da Súmula 279 do STF. Isso posto, nego provimento ao agravo regimental. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2843421. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 7 Decisão de Julgamento SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 705.901 PROCED. : RIO GRANDE DO SUL RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI AGTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL E OUTRO(A/S) PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL AGDO.(A/S) : DIRCEU JOSÉ DE VARGAS ADV.(A/S) : GERÔNIMO HÉLCIO HUK Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. 2ª Turma, 25.09.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Subprocurador-Geral da República, Dr. Francisco de Assis Vieira Sanseverino. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2915706 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 705.901 PROCED. : RIO GRANDE DO SUL RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI AGTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL E OUTRO(A/S) PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL AGDO.(A/S) : DIRCEU JOSÉ DE VARGAS ADV.(A/S) : GERÔNIMO HÉLCIO HUK Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. 2ª Turma, 25.09.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Subprocurador-Geral da República, Dr. Francisco de Assis Vieira Sanseverino. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2915706 Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 7
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=2916585
2012-09-25T00:00:00
2012-10-11T00:00:00
A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. 2ª Turma, 25.09.2012.
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO
Ementa: AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. IMÓVEL OBJETO DE ARREMATAÇÃO JUDICIAL. POSTERIOR ANULAÇÃO DA ARREMATAÇÃO. INDENIZAÇÃO PELAS ACESSÕES REALIZADAS DE BOA-FÉ. NECESSIDADE DE REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO. SÚMULA 279 DO STF. AGRAVO IMPROVIDO. I – Para se chegar à conclusão contrária à adotada pelo acórdão recorrido, quanto à necessidade de serem indenizadas as acessões realizadas de boa-fé em imóvel adquirido em arrematação judicial posteriormente anulada, seria necessário o reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos, o que atrai a incidência da Súmula 279 do STF. II – Agravo regimental improvido.
sjur216542
Número de páginas: 7. Análise: 24/10/2012, MAC.
RICARDO LEWANDOWSKI
Segunda Turma
705901
[ "LEG-FED LEI-010406 ANO-2002\r\n ART-01219 \r\n CC-2002 CÓDIGO CIVIL\r\n\r\n", "LEG-FED SUMSTF-000279 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF" ]
ARE-AgR
acordaos
ARE 705901 AgR
[ "" ]
AGTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL E OUTRO(A/S) PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL ADV. : GUILHERME VALLE BRUM AGDO.(A/S) : DIRCEU JOSÉ DE VARGAS
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 705 . 901", "SÚMULA 279 DO STF", "Súmula 279 do STF", "ARE 705 . 901 AGR", "ARE 705 . 901 AGR / RS", "ARE 705 . 901 AGR / RS", "AI 634 . 072 - AgR / RJ", "AI 642 . 351 - AgR / SP", "RE 516 . 836 / DF", "AI 766 . 051 - AgR / SP", "ARE 705 . 901 AGR / RS 279", "AI 634 . 072 - AgR / RJ", "AI 642 . 351 - AgR / SP", "RE 516 . 836 / DF", "AI 766 . 051 - AgR / SP", "RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM", "ARE 705 . 901 AGR / RS", "Súmula 279 do STF", "ARE 705 . 901 AGR", "Súmula 279 do STF" ], "LEGISLACAO": [ "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 102 , III , a , da Constituição", "art . 37 , § [UNK] ,", "Carta", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 102 , III , a , da Constituição", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 37 , § [UNK] , da Constituição Federal", "CPC , art . 557 , caput", "MP n° 2 . 200 - 2", "art . 37 , § [UNK] , da Constituição Federal", "CPC , art . 557 , caput", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 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Ementa e Acórdão 16/10/2012 SEGUNDA TURMA EMB.DECL. NO SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 491.476 MINAS GERAIS RELATOR : MIN. CELSO DE MELLO EMBTE.(S) :ESTADO DE MINAS GERAIS ADV.(A/S) :ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS EMBDO.(A/S) :BRENO BARTOLOMEI E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) :JULIANA MARA PORFIRIO GOMES INTDO.(A/S) :INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DOS SERVIDORES DO ESTADO DE MINAS GERAIS - IPSEMG ADV.(A/S) :BRENO RABELO LOPES E OUTRO(A/S) E M E N T A: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO – CARÁTER INFRINGENTE – EXCEPCIONALIDADE – INTIMAÇÃO DA PARTE CONTRÁRIA PARA IMPUGNÁ-LOS – SERVIDOR PÚBLICO – CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA – INCIDÊNCIA SOBRE SERVIDORES INATIVOS E PENSIONISTAS – ILEGITIMIDADE DA COBRANÇA DE REFERIDA EXAÇÃO UNICAMENTE NO PERÍODO COMPREENDIDO ENTRE A EC Nº 20/1998 E A EC Nº 41/2003 – EMBARGOS DE DECLARAÇÃO RECEBIDOS. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a Presidência do Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamentos e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em receber os embargos de declaração, nos termos do voto do Relator. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3036562. Supremo Tribunal Federal DJe 12/11/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 10 Ementa e Acórdão RE 491.476 AGR-SEGUNDO-ED / MG Brasília, 16 de outubro de 2012. CELSO DE MELLO – RELATOR 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3036562. Supremo Tribunal Federal RE 491.476 AGR-SEGUNDO-ED / MG Brasília, 16 de outubro de 2012. CELSO DE MELLO – RELATOR 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3036562. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 10 Relatório 16/10/2012 SEGUNDA TURMA EMB.DECL. NO SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 491.476 MINAS GERAIS RELATOR : MIN. CELSO DE MELLO EMBTE.(S) :ESTADO DE MINAS GERAIS ADV.(A/S) :ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS EMBDO.(A/S) :BRENO BARTOLOMEI E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) :JULIANA MARA PORFIRIO GOMES INTDO.(A/S) :INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DOS SERVIDORES DO ESTADO DE MINAS GERAIS - IPSEMG ADV.(A/S) :BRENO RABELO LOPES E OUTRO(A/S) R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO – (Relator): Trata-se de embargos de declaração opostos a decisão que, emanada desta colenda Turma, restou consubstanciada em acórdão assim ementado (fls. 345): “RECURSO EXTRAORDINÁRIO – SERVIDOR PÚBLICO LOCAL – CONTRIBUIÇÃO DESTINADA, POR DIPLOMA LEGISLATIVO LOCAL, AO CUSTEIO DE ASSISTÊNCIA MÉDICA – ESPÉCIE TRIBUTÁRIA, DE EXIGIBILIDADE COMPULSÓRIA, QUE NÃO SE INCLUI NA ESFERA DE COMPETÊNCIA IMPOSITIVA DOS ESTADOS-MEMBROS E MUNICÍPIOS – CONSEQÜENTE IMPOSSIBILIDADE DE SUA INSTITUIÇÃO POR ESTADO-MEMBRO OU MUNICÍPIO – MATÉRIA CUJA REPERCUSSÃO GERAL FOI RECONHECIDA NO JULGAMENTO DO RE 573.540-RG/MG – RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO.” Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3036563. Supremo Tribunal Federal 16/10/2012 SEGUNDA TURMA EMB.DECL. NO SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 491.476 MINAS GERAIS RELATOR : MIN. CELSO DE MELLO EMBTE.(S) :ESTADO DE MINAS GERAIS ADV.(A/S) :ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS EMBDO.(A/S) :BRENO BARTOLOMEI E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) :JULIANA MARA PORFIRIO GOMES INTDO.(A/S) :INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DOS SERVIDORES DO ESTADO DE MINAS GERAIS - IPSEMG ADV.(A/S) :BRENO RABELO LOPES E OUTRO(A/S) R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO – (Relator): Trata-se de embargos de declaração opostos a decisão que, emanada desta colenda Turma, restou consubstanciada em acórdão assim ementado (fls. 345): “RECURSO EXTRAORDINÁRIO – SERVIDOR PÚBLICO LOCAL – CONTRIBUIÇÃO DESTINADA, POR DIPLOMA LEGISLATIVO LOCAL, AO CUSTEIO DE ASSISTÊNCIA MÉDICA – ESPÉCIE TRIBUTÁRIA, DE EXIGIBILIDADE COMPULSÓRIA, QUE NÃO SE INCLUI NA ESFERA DE COMPETÊNCIA IMPOSITIVA DOS ESTADOS-MEMBROS E MUNICÍPIOS – CONSEQÜENTE IMPOSSIBILIDADE DE SUA INSTITUIÇÃO POR ESTADO-MEMBRO OU MUNICÍPIO – MATÉRIA CUJA REPERCUSSÃO GERAL FOI RECONHECIDA NO JULGAMENTO DO RE 573.540-RG/MG – RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO.” Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3036563. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 10 Relatório RE 491.476 AGR-SEGUNDO-ED / MG Sustentam, os embargantes, na presente sede recursal, em síntese, o que se segue (fls. 350): “(...) o OBJETO do RECURSO EXTRAORDINÁRIO de fls. 247-252 restringe-se à constitucionalidade da contribuição previdenciária instituída pela Lei Estadual 12.278/96, destinada ao custeio de aposentadorias e pensões, e correspondente ao percentual de 3,5% sobre a remuneração bruta mensal.” Tendo em vista o caráter infringente dos presentes embargos de declaração, ensejei, à parte ora embargada, a possibilidade de contrariá-los (fls. 360/361). Submeto, pois, estes embargos de declaração, ao exame desta colenda Turma. É o relatório. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3036563. Supremo Tribunal Federal RE 491.476 AGR-SEGUNDO-ED / MG Sustentam, os embargantes, na presente sede recursal, em síntese, o que se segue (fls. 350): “(...) o OBJETO do RECURSO EXTRAORDINÁRIO de fls. 247-252 restringe-se à constitucionalidade da contribuição previdenciária instituída pela Lei Estadual 12.278/96, destinada ao custeio de aposentadorias e pensões, e correspondente ao percentual de 3,5% sobre a remuneração bruta mensal.” Tendo em vista o caráter infringente dos presentes embargos de declaração, ensejei, à parte ora embargada, a possibilidade de contrariá-los (fls. 360/361). Submeto, pois, estes embargos de declaração, ao exame desta colenda Turma. É o relatório. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3036563. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 10 Voto - MIN. CELSO DE MELLO 16/10/2012 SEGUNDA TURMA EMB.DECL. NO SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 491.476 MINAS GERAIS V O T O O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO – (Relator): Trata-se de embargos de declaração que se revestem de caráter infringente, pois, neles, a parte ora recorrente objetiva o reexame de pretensão anteriormente apreciada por esta colenda Turma, quando do julgamento do RE 491.476-AgR-segundo/MG. É certo que o Supremo Tribunal Federal tem advertido, em tema de embargos de declaração, que estes não se revelam cabíveis, quando opostos com o objetivo de infringir o julgado. Como se sabe, os embargos de declaração destinam-se, precipuamente, a desfazer obscuridades, a afastar contradições e a suprir omissões que eventualmente se registrem no acórdão proferido pelo Tribunal. Essa modalidade recursal só permite o reexame do acórdão embargado, quando utilizada com o específico objetivo de viabilizar um pronunciamento jurisdicional de caráter integrativo-retificador, vocacionado a afastar as situações de obscuridade, omissão ou contradição, e a complementar e esclarecer o conteúdo da decisão proferida. Cumpre enfatizar, desse modo, que não se revelam cabíveis embargos de declaração, quando – a pretexto de esclarecer uma inexistente situação de obscuridade, omissão ou contradição – vêm a ser opostos com o inadmissível objetivo de infringir o julgado e de, assim, Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3036564. Supremo Tribunal Federal 16/10/2012 SEGUNDA TURMA EMB.DECL. NO SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 491.476 MINAS GERAIS V O T O O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO – (Relator): Trata-se de embargos de declaração que se revestem de caráter infringente, pois, neles, a parte ora recorrente objetiva o reexame de pretensão anteriormente apreciada por esta colenda Turma, quando do julgamento do RE 491.476-AgR-segundo/MG. É certo que o Supremo Tribunal Federal tem advertido, em tema de embargos de declaração, que estes não se revelam cabíveis, quando opostos com o objetivo de infringir o julgado. Como se sabe, os embargos de declaração destinam-se, precipuamente, a desfazer obscuridades, a afastar contradições e a suprir omissões que eventualmente se registrem no acórdão proferido pelo Tribunal. Essa modalidade recursal só permite o reexame do acórdão embargado, quando utilizada com o específico objetivo de viabilizar um pronunciamento jurisdicional de caráter integrativo-retificador, vocacionado a afastar as situações de obscuridade, omissão ou contradição, e a complementar e esclarecer o conteúdo da decisão proferida. Cumpre enfatizar, desse modo, que não se revelam cabíveis embargos de declaração, quando – a pretexto de esclarecer uma inexistente situação de obscuridade, omissão ou contradição – vêm a ser opostos com o inadmissível objetivo de infringir o julgado e de, assim, Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3036564. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 10 Voto - MIN. CELSO DE MELLO RE 491.476 AGR-SEGUNDO-ED / MG viabilizar um indevido reexame da causa (AI 177.313-AgR-ED/MG, Rel. Min. CELSO DE MELLO, v.g.). É por tal razão que a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, ao versar os aspectos ora mencionados, assim se tem pronunciado: “Embargos declaratórios. Inexistência de omissão, contradição, obscuridade ou dúvida, no acórdão embargado (art. 337 do RISTF). Embargos rejeitados. O que pretenderam os embargantes foi sustentar o desacerto do julgado e obter sua desconstituição. A isso não se prestam, porém, os embargos declaratórios.” (RTJ 134/1296, Rel. Min. SYDNEY SANCHES – grifei) “- A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal tem ressaltado que os embargos de declaração não se revelam cabíveis, quando, utilizados com a finalidade de sustentar a incorreção do acórdão, objetivam, na realidade, a própria desconstituição do ato decisório proferido pelo Tribunal. Precedentes: RTJ 114/885 – RTJ 116/1106 – RTJ 118/714 – RTJ 134/1296.” (AI 153.147-AgR-ED/RS, Rel. Min. CELSO DE MELLO) “- O recurso de embargos de declaração não tem cabimento, quando, a pretexto de esclarecer uma inocorrente situação de obscuridade, contradição ou omissão do acórdão, vem a ser utilizado com o objetivo de infringir o julgado.” (RE 177.599-ED/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO) “Embargos declaratórios só se destinam a possibilitar a eliminação de obscuridade (...), contradição ou omissão do acórdão embargado (art. 337 do RISTF), não o reconhecimento de erro de julgamento. E como, no caso, é esse reconhecimento que neles se reclama, com a conseqüente reforma do acórdão, ficam eles rejeitados.” (RTJ 134/836, Rel. Min. SYDNEY SANCHES – grifei) 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3036564. Supremo Tribunal Federal RE 491.476 AGR-SEGUNDO-ED / MG viabilizar um indevido reexame da causa (AI 177.313-AgR-ED/MG, Rel. Min. CELSO DE MELLO, v.g.). É por tal razão que a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, ao versar os aspectos ora mencionados, assim se tem pronunciado: “Embargos declaratórios. Inexistência de omissão, contradição, obscuridade ou dúvida, no acórdão embargado (art. 337 do RISTF). Embargos rejeitados. O que pretenderam os embargantes foi sustentar o desacerto do julgado e obter sua desconstituição. A isso não se prestam, porém, os embargos declaratórios.” (RTJ 134/1296, Rel. Min. SYDNEY SANCHES – grifei) “- A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal tem ressaltado que os embargos de declaração não se revelam cabíveis, quando, utilizados com a finalidade de sustentar a incorreção do acórdão, objetivam, na realidade, a própria desconstituição do ato decisório proferido pelo Tribunal. Precedentes: RTJ 114/885 – RTJ 116/1106 – RTJ 118/714 – RTJ 134/1296.” (AI 153.147-AgR-ED/RS, Rel. Min. CELSO DE MELLO) “- O recurso de embargos de declaração não tem cabimento, quando, a pretexto de esclarecer uma inocorrente situação de obscuridade, contradição ou omissão do acórdão, vem a ser utilizado com o objetivo de infringir o julgado.” (RE 177.599-ED/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO) “Embargos declaratórios só se destinam a possibilitar a eliminação de obscuridade (...), contradição ou omissão do acórdão embargado (art. 337 do RISTF), não o reconhecimento de erro de julgamento. E como, no caso, é esse reconhecimento que neles se reclama, com a conseqüente reforma do acórdão, ficam eles rejeitados.” (RTJ 134/836, Rel. Min. SYDNEY SANCHES – grifei) 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3036564. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 10 Voto - MIN. CELSO DE MELLO RE 491.476 AGR-SEGUNDO-ED / MG Ocorre, no entanto, que, no caso ora em exame, houve omissão no acórdão embargado, o que torna acolhível a postulação recursal em análise. Com efeito, o Plenário do Supremo Tribunal Federal, resolvendo questão de ordem formulada no RE 580.871-QO-RG/SP, Rel. Min. GILMAR MENDES, reconheceu existente a repercussão geral da matéria constitucional igualmente versada na presente causa, e, na mesma oportunidade, reafirmou a jurisprudência desta Corte sobre o tema, proferindo decisão consubstanciada em acórdão assim ementado: “Questão de ordem. 2. É devida a devolução aos pensionistas e inativos de contribuição previdenciária indevidamente recolhida no período entre a EC 20/98 e a EC 41/03, sob pena de enriquecimento ilícito do ente estatal. Precedentes. 3. Jurisprudência pacificada na Corte. Repercussão Geral. Aplicabilidade. 4. Questão de ordem acolhida para reconhecer a repercussão geral, reafirmar a jurisprudência do Tribunal, negar provimento ao recurso, autorizar a devolução aos tribunais de origem dos recursos extraordinários e agravos de instrumento que versem sobre o mesmo tema, autorizando as instâncias de origem a adotar procedimentos do art. 543-B, § 3º, do Código de Processo Civil.” Como se sabe, com essa decisão, o Plenário desta Suprema Corte limitou-se a reiterar diretriz jurisprudencial já prevalecente, no âmbito deste Tribunal, desde o julgamento, pela Corte, da ADI 2.010-MC/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO (RTJ 181/73-79), da ADI 3.105/DF, Rel. p/ o acórdão Min. CEZAR PELUSO (RTJ 193/137-138), e da ADI 3.128/DF, Rel. p/ o acórdão Min. CEZAR PELUSO. Cabe registrar, ainda, por relevante, que esta colenda Segunda Turma apreciou controvérsia essencialmente idêntica à ora versada na presente causa (incidência de contribuição previdenciária incidente sobre 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3036564. Supremo Tribunal Federal RE 491.476 AGR-SEGUNDO-ED / MG Ocorre, no entanto, que, no caso ora em exame, houve omissão no acórdão embargado, o que torna acolhível a postulação recursal em análise. Com efeito, o Plenário do Supremo Tribunal Federal, resolvendo questão de ordem formulada no RE 580.871-QO-RG/SP, Rel. Min. GILMAR MENDES, reconheceu existente a repercussão geral da matéria constitucional igualmente versada na presente causa, e, na mesma oportunidade, reafirmou a jurisprudência desta Corte sobre o tema, proferindo decisão consubstanciada em acórdão assim ementado: “Questão de ordem. 2. É devida a devolução aos pensionistas e inativos de contribuição previdenciária indevidamente recolhida no período entre a EC 20/98 e a EC 41/03, sob pena de enriquecimento ilícito do ente estatal. Precedentes. 3. Jurisprudência pacificada na Corte. Repercussão Geral. Aplicabilidade. 4. Questão de ordem acolhida para reconhecer a repercussão geral, reafirmar a jurisprudência do Tribunal, negar provimento ao recurso, autorizar a devolução aos tribunais de origem dos recursos extraordinários e agravos de instrumento que versem sobre o mesmo tema, autorizando as instâncias de origem a adotar procedimentos do art. 543-B, § 3º, do Código de Processo Civil.” Como se sabe, com essa decisão, o Plenário desta Suprema Corte limitou-se a reiterar diretriz jurisprudencial já prevalecente, no âmbito deste Tribunal, desde o julgamento, pela Corte, da ADI 2.010-MC/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO (RTJ 181/73-79), da ADI 3.105/DF, Rel. p/ o acórdão Min. CEZAR PELUSO (RTJ 193/137-138), e da ADI 3.128/DF, Rel. p/ o acórdão Min. CEZAR PELUSO. Cabe registrar, ainda, por relevante, que esta colenda Segunda Turma apreciou controvérsia essencialmente idêntica à ora versada na presente causa (incidência de contribuição previdenciária incidente sobre 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3036564. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 10 Voto - MIN. CELSO DE MELLO RE 491.476 AGR-SEGUNDO-ED / MG proventos de inativos, em período anterior à vigência da EC nº 20/1998), em decisão que torna acolhível, neste ponto, a pretensão recursal da parte ora embargante: “CONSTITUCIONAL. PREVIDENCIÁRIO. SERVIDOR PÚBLICO. INCIDÊNCIA DE CONTRIBUIÇÃO SOBRE PROVENTOS E PENSÕES. LEI 12.278/96 DO ESTADO DE MINAS GERAIS. EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 20/98. Para o período anterior à vigência da Emenda Constitucional nº 20/98, esta Suprema Corte admitia o custeio da previdência pública com recursos dos próprios proventos e pensões percebidos, respectivamente, pelos servidores públicos inativos e pensionistas (ADIMC 1.441, rel. Min. Octavio Gallotti). Todavia, após tal mudança no texto constitucional, estabeleceu-se um novo regime de previdência de caráter contributivo, definindo-se como contribuintes unicamente os ‘servidores titulares de cargos efetivos’. Assim, alterou-se a orientação deste Supremo Tribunal sobre a matéria, tendo o seu Plenário, no julgamento da ADIMC 2.010, rel. Min. Celso de Mello, assentado que a contribuição para o custeio da previdência social dos servidores públicos não deve incidir sobre os proventos ou pensões dos aposentados e pensionistas. Agravo regimental provido, para se prover, em parte, o recurso extraordinário dos agravados.” (RE 372.429-AgR/MG, Rel. Min. ELLEN GRACIE) Sendo assim, e pelas razões expostas, recebo os presentes embargos de declaração, com efeito modificativo, para conhecer e dar parcial provimento ao recurso extraordinário deduzido pela parte embargante, em ordem a reconhecer que é exigível, no período anterior à vigência da EC nº 20/1998, da parte ora embargada (trate-se de servidor inativo ou cuide-se de pensionista), a contribuição previdenciária instituída pelo diploma legislativo local, invertidos, neste específico ponto, os ônus da sucumbência. 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3036564. Supremo Tribunal Federal RE 491.476 AGR-SEGUNDO-ED / MG proventos de inativos, em período anterior à vigência da EC nº 20/1998), em decisão que torna acolhível, neste ponto, a pretensão recursal da parte ora embargante: “CONSTITUCIONAL. PREVIDENCIÁRIO. SERVIDOR PÚBLICO. INCIDÊNCIA DE CONTRIBUIÇÃO SOBRE PROVENTOS E PENSÕES. LEI 12.278/96 DO ESTADO DE MINAS GERAIS. EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 20/98. Para o período anterior à vigência da Emenda Constitucional nº 20/98, esta Suprema Corte admitia o custeio da previdência pública com recursos dos próprios proventos e pensões percebidos, respectivamente, pelos servidores públicos inativos e pensionistas (ADIMC 1.441, rel. Min. Octavio Gallotti). Todavia, após tal mudança no texto constitucional, estabeleceu-se um novo regime de previdência de caráter contributivo, definindo-se como contribuintes unicamente os ‘servidores titulares de cargos efetivos’. Assim, alterou-se a orientação deste Supremo Tribunal sobre a matéria, tendo o seu Plenário, no julgamento da ADIMC 2.010, rel. Min. Celso de Mello, assentado que a contribuição para o custeio da previdência social dos servidores públicos não deve incidir sobre os proventos ou pensões dos aposentados e pensionistas. Agravo regimental provido, para se prover, em parte, o recurso extraordinário dos agravados.” (RE 372.429-AgR/MG, Rel. Min. ELLEN GRACIE) Sendo assim, e pelas razões expostas, recebo os presentes embargos de declaração, com efeito modificativo, para conhecer e dar parcial provimento ao recurso extraordinário deduzido pela parte embargante, em ordem a reconhecer que é exigível, no período anterior à vigência da EC nº 20/1998, da parte ora embargada (trate-se de servidor inativo ou cuide-se de pensionista), a contribuição previdenciária instituída pelo diploma legislativo local, invertidos, neste específico ponto, os ônus da sucumbência. 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3036564. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 10 Voto - MIN. CELSO DE MELLO RE 491.476 AGR-SEGUNDO-ED / MG Ressalvo, no entanto, quanto aos encargos resultantes da sucumbência, a hipótese de ser, a parte vencida, eventual beneficiária da gratuidade, caso em que lhe será aplicável a cláusula de exoneração prevista na Lei nº 1.060/50 (art. 3º), observando-se, no que couber, a norma inscrita no art. 12 desse mesmo diploma legislativo, cuja incidência foi reputada compatível com o que dispõe o art. 5º, LXXIV, da Constituição da República (RE 184.841/DF, Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE). É o meu voto. 5 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3036564. Supremo Tribunal Federal RE 491.476 AGR-SEGUNDO-ED / MG Ressalvo, no entanto, quanto aos encargos resultantes da sucumbência, a hipótese de ser, a parte vencida, eventual beneficiária da gratuidade, caso em que lhe será aplicável a cláusula de exoneração prevista na Lei nº 1.060/50 (art. 3º), observando-se, no que couber, a norma inscrita no art. 12 desse mesmo diploma legislativo, cuja incidência foi reputada compatível com o que dispõe o art. 5º, LXXIV, da Constituição da República (RE 184.841/DF, Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE). É o meu voto. 5 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3036564. Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 10 Decisão de Julgamento SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA EMB.DECL. NO SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 491.476 PROCED. : MINAS GERAIS RELATOR : MIN. CELSO DE MELLO EMBTE.(S) : ESTADO DE MINAS GERAIS ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS EMBDO.(A/S) : BRENO BARTOLOMEI E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) : JULIANA MARA PORFIRIO GOMES INTDO.(A/S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DOS SERVIDORES DO ESTADO DE MINAS GERAIS - IPSEMG ADV.(A/S) : BRENO RABELO LOPES E OUTRO(A/S) Decisão: A Turma, por unanimidade, recebeu os embargos de declaração, nos termos do voto do Relator. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. 2ª Turma, 16.10.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Subprocurador-Geral da República, Dr. Mário José Gisi. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3051997 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA EMB.DECL. NO SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 491.476 PROCED. : MINAS GERAIS RELATOR : MIN. CELSO DE MELLO EMBTE.(S) : ESTADO DE MINAS GERAIS ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS EMBDO.(A/S) : BRENO BARTOLOMEI E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) : JULIANA MARA PORFIRIO GOMES INTDO.(A/S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DOS SERVIDORES DO ESTADO DE MINAS GERAIS - IPSEMG ADV.(A/S) : BRENO RABELO LOPES E OUTRO(A/S) Decisão: A Turma, por unanimidade, recebeu os embargos de declaração, nos termos do voto do Relator. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. 2ª Turma, 16.10.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Subprocurador-Geral da República, Dr. Mário José Gisi. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3051997 Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 10
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3076952
2012-10-16T00:00:00
2012-11-12T00:00:00
A Turma, por unanimidade, recebeu os embargos de declaração, nos termos do voto do Relator. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. 2ª Turma, 16.10.2012.
EMB.DECL. NO SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO
E M E N T A: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO – CARÁTER INFRINGENTE – EXCEPCIONALIDADE – INTIMAÇÃO DA PARTE CONTRÁRIA PARA IMPUGNÁ-LOS – SERVIDOR PÚBLICO – CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA – INCIDÊNCIA SOBRE SERVIDORES INATIVOS E PENSIONISTAS – ILEGITIMIDADE DA COBRANÇA DE REFERIDA EXAÇÃO UNICAMENTE NO PERÍODO COMPREENDIDO ENTRE A EC Nº 20/1998 E A EC Nº 41/2003 – EMBARGOS DE DECLARAÇÃO RECEBIDOS.
sjur218379
- Acórdãos citados: (EMBARGOS DE DECLARAÇÃO, VEDAÇÃO, EFEITOS INFRINGENTES) STF: AI 153147 AgR-ED(1ªT), RE 177599 ED(1ªT), AI 177313 AgR-ED(1ªT); RTJ 134/836, RTJ 134/1296; (REPERCUSSÃO GERAL, EXISTÊNCIA, DEVOLUÇÃO, CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA INDEVIDA) STF: RE 580871 QO-RG; (CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA, NÃO INCIDÊNCIA, PROVENTOS) STF: RE 372429 AgR(2ªT); (BENEFICIÁRIO, JUSTIÇA GRATUITA, NECESSIDADE, INSUFICIÊNCIA, RECURSOS) RE 184841(1ªT); STF: ADI 2010 MC, ADI 3105, ADI 3128. Número de páginas: 10. Análise: 19/11/2012, LLD.
CELSO DE MELLO
Segunda Turma
491476
[ "LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00005 INC-00074 \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n\r\n", "LEG-FED EMC-000020 ANO-1998\r\n EMENDA CONSTITUCIONAL\r\n\r\n", "LEG-FED EMC-000041 ANO-2003\r\n EMENDA CONSTITUCIONAL\r\n\r\n", "LEG-FED LEI-001060 ANO-1950\r\n ART-00003 ART-00012 \r\n LEI ORDINÁRIA" ]
RE-AgR-segundo-ED
acordaos
RE 491476 AgR-segundo-ED
[ "" ]
EMBTE.(S) : ESTADO DE MINAS GERAIS ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS EMBDO.(A/S) : BRENO BARTOLOMEI E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) : JULIANA MARA PORFIRIO GOMES ADV.(A/S) : JULIANA MARA PORFIRIO GOMES E OUTRO(A/S) INTDO.(A/S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DOS SERVIDORES DO ESTADO DE MINAS GERAIS - IPSEMG ADV.(A/S) : BRENO RABELO LOPES E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) : BRENO RABELO LOPES ADV.(A/S) : VÂNIA REGINA DE ARAÚJO GONDIM EMBDO.(A/S) : NADJA ARANTES GRECCO
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "RECURSO EXTRAORDINÁRIO 491 . 476", "RE 491 . 476", "RE 491 . 476", "RE 573 . 540 - RG / MG", "RECURSO EXTRAORDINÁRIO 491 . 476", "RE 573 . 540 - RG / MG", "RE 491 . 476 AGR", "RE 491 . 476 AGR", "RE 491 . 476 - AgR - segundo / MG", "RE 491 . 476 - AgR - segundo / MG", "RE 491 . 476 AGR", "AI 177 . 313 - AgR - ED / MG", "RTJ 134 / 1296", "RTJ 114 / 885", "RTJ 116 / 1106", "RTJ 118 / 714", "RTJ 134 / 1296", "AI 153 . 147 - AgR - ED / RS", "RE 177 . 599 - ED / DF", "RTJ 134 / 836", "RE 491 . 476", "AI 177 . 313 - AgR - ED / MG", "RTJ 134 / 1296", "RTJ 114 / 885", "RTJ 116 / 1106", "RTJ 118 / 714", "RTJ 134 / 1296", "AI 153 . 147 - AgR - ED / RS", "RE 177 . 599 - ED / DF", "RTJ 134 / 836", "RE 491 . 476 AGR", "RE 580 . 871 - QO - RG / SP", "ADI 2 . 010 - MC / DF", "ADI 3 . 105 / DF", "RTJ 193 / 137", "ADI 3 . 128 / DF", "RE 491 . 476", "RE 580 . 871 - QO - RG / SP", "ADI 2 . 010 - MC / DF", "RTJ 181 / 73 - 79", "ADI 3 . 105 / DF", "RTJ 193 / 137 - 138", "ADI 3 . 128 / DF", "RE 491 . 476", "EMENDA CONSTITUCIONAL [UNK] 20 / 98", "ADIMC 1 . 441", "ADIMC 2 . 010", "RE 372 . 429 - AgR / MG", "RE 491 . 476 AGR", "ADIMC 1 . 441", "ADIMC 2 . 010", "RE 372 . 429 - AgR / MG", "RE 491 . 476", "RE 184 . 841 / DF", "RE 491 . 476 AGR", "RE 184 . 841 / DF", "RECURSO EXTRAORDINÁRIO 491 . 476" ], "LEGISLACAO": [ "EC [UNK] 20 / 1998", "EC [UNK] 41 / 2003", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Lei Estadual 12 . 278 / 96", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Lei Estadual 12 . 278 / 96", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art", "art", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 337 do RISTF", "art . 337 do RISTF", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "EC 20 / 98", "EC 41 / 03", "art . 543 - B , § [UNK] , do Código de Processo Civil .", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "EC 20 / 98", "EC 41 / 03", "art . 543 - B , § [UNK] , do Código de Processo Civil", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "EC [UNK] 20 / 1998", "LEI 12 . 278 / 96", "Emenda Constitucional [UNK] 20 / 98", "EC [UNK] 20 / 1998", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "EC [UNK] 20 / 1998", "LEI 12 . 278 / 96", "EMENDA CONSTITUCIONAL [UNK] 20 / 98", "Emenda Constitucional [UNK] 20 / 98", "EC [UNK] 20 / 1998", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Lei [UNK] 1 . 060 / 50", "art . 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TURMA", "INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DOS SERVIDORES DO ESTADO DE MINAS GERAIS", "IPSEMG", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DOS SERVIDORES DO ESTADO DE MINAS GERAIS", "IPSEMG", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "SEGUNDO", "ED", "/", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "/", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "SEGUNDA TURMA", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "-", "SEGUNDO", "-", "ED", "/", "MG", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", 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"CELSO DE MELLO", "GILMAR MENDES", "CELSO DE MELLO", "CEZAR PELUSO", "CEZAR PELUSO", "GILMAR MENDES", "CELSO DE MELLO", "CEZAR PELUSO", "CEZAR PELUSO", "CELSO DE MELLO", "Octavio Gallotti", "Celso de Mello", "ELLEN GRACIE", "Octavio Gallotti", "Celso de Mello", "ELLEN GRACIE", "CELSO DE MELLO", "SEPÚLVEDA", "PERTENCE", "SEPÚLVEDA PERTENCE", "CELSO DE MELLO", "BRENO BARTOLOMEI", "JULIANA MARA PORFIRIO GOMES", "BRENO RABELO LOPES", "Joaquim Barbosa", "Cármen Lúcia", "Ricardo Lewandowski", "Celso de Mello", "Gilmar Mendes", "Joaquim Barbosa", "Cármen Lúcia", "Mário José Gisi", "Fabiane Duarte", "CELSO DE MELLO", "BRENO BARTOLOMEI", "JULIANA MARA PORFIRIO GOMES", "BRENO RABELO LOPES", "Joaquim Barbosa", "Cármen Lúcia", "Ricardo Lewandowski", "Celso de Mello", "Gilmar Mendes", "Joaquim Barbosa", "Cármen Lúcia", "Mário José Gisi", "Fabiane" ], "TEMPO": [ "16", "/", "10", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "12", "/", "11", "/", "2012", "16 de outubro de 2012", "24", "/", "08", "/", 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Ementa e Acórdão 25/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 450.314 MINAS GERAIS RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) :MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE AGDO.(A/S) :INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL EMENTA Constitucional. Tributário. Previdenciário. Contribuições sociais. Empresários, autônomos e avulsos. Lei Complementar nº 84/96. Constitucionalidade. Imunidade tributária recíproca para impostos. Não incidência na hipótese. Ausência de prequestionamento. Súmulas nºs 282 e 356 desta Corte. 1. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal se firmou no sentido da constitucionalidade da contribuição social incidente sobre a remuneração ou retribuição paga ou creditada aos segurados empresários, trabalhadores autônomos, avulsos e demais pessoas físicas, objeto do art. 1º, inciso I, da Lei Complementar nº 84/96, contribuição essa a cargo das empresas e pessoas jurídicas, incluindo nesse rol as cooperativas. 2. A imunidade tributária, inclusive a recíproca, restringe-se aos impostos, não abrangendo as contribuições. 3. A alegação referente à não incidência da referida contribuição, na hipótese dos autos, para os municípios, pelo fundamento de se tratar de ente público, não restou prequestionada, incidindo, na espécie, a Súmula nº 282 desta Corte. 4. Agravo regimental não provido. ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2904554. Supremo Tribunal Federal DJe 11/10/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 12 Ementa e Acórdão RE 450.314 AGR / MG Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata do julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Brasília, 25 de setembro de 2012. MINISTRO DIAS TOFFOLI Relator 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2904554. Supremo Tribunal Federal RE 450.314 AGR / MG Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata do julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Brasília, 25 de setembro de 2012. MINISTRO DIAS TOFFOLI Relator 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2904554. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 12 Relatório 25/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 450.314 MINAS GERAIS RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) :MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE AGDO.(A/S) :INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL RELATÓRIO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): Município de Belo Horizonte interpõe tempestivo agravo regimental contra decisão mediante a qual neguei seguimento ao recurso extraordinário, com a seguinte fundamentação: “Vistos. O MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE interpõe recurso extraordinário (folhas 181 a 190) contra acórdão proferido pela Terceira Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, assim ementado: ‘TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO SOCIAL. LEI COMPLEMENTAR N. 84, DE 1996. I - Para instituir outras fontes - podendo ser contribuições - para, garantir a manutenção ou extensão da seguridade social, o constituinte determinou que fosse obedecido o disposto no art. 154, inciso I, da Constituição Federal. Logo, em princípio, todos os requisitos desse artigo e não apenas a exigência de lei complementar. No entanto, o Supremo Tribunal Federal, ao examinar a ADIN n. 1.432-3, entendeu não serem aplicáveis os requisitos indicados no inciso I, do art. 154, a exceção da obrigatoriedade da lei complementar II - A Lei Complementar n. 84, de 1996, deu cumprimento a um dos requisitos exigidos pelo art. 154, inciso I, da Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2904552. Supremo Tribunal Federal 25/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 450.314 MINAS GERAIS RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) :MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE AGDO.(A/S) :INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL RELATÓRIO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): Município de Belo Horizonte interpõe tempestivo agravo regimental contra decisão mediante a qual neguei seguimento ao recurso extraordinário, com a seguinte fundamentação: “Vistos. O MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE interpõe recurso extraordinário (folhas 181 a 190) contra acórdão proferido pela Terceira Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, assim ementado: ‘TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO SOCIAL. LEI COMPLEMENTAR N. 84, DE 1996. I - Para instituir outras fontes - podendo ser contribuições - para, garantir a manutenção ou extensão da seguridade social, o constituinte determinou que fosse obedecido o disposto no art. 154, inciso I, da Constituição Federal. Logo, em princípio, todos os requisitos desse artigo e não apenas a exigência de lei complementar. No entanto, o Supremo Tribunal Federal, ao examinar a ADIN n. 1.432-3, entendeu não serem aplicáveis os requisitos indicados no inciso I, do art. 154, a exceção da obrigatoriedade da lei complementar II - A Lei Complementar n. 84, de 1996, deu cumprimento a um dos requisitos exigidos pelo art. 154, inciso I, da Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2904552. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 12 Relatório RE 450.314 AGR / MG Constituição, o que não ocorrera com a Lei n. 7.787, de 1989, art. 3°, e com a Lei n. 8.212, de 1991, art. 22, inciso I. III - Inocorrência de cumulatividade da nova contribuição com os tributos já existentes. IV - Fato gerador e base de cálculo da nova contribuição distintos dos tributos já discriminados. V - Inexistência de ofensa ao art. 52, inciso XX, e ao art. 170 da Constituição Federal’ (fl. 144). Interpostos embargos de declaração (folhas 146 a 153), foram rejeitados (folhas 171 a 174). Insurge-se, no apelo extremo, fundado na alínea a do permissivo constitucional, contra alegada contrariedade aos artigos 150, inciso VI, letra a, 154, inciso I e 195, incisos I, II e § 4º, da Constituição Federal, em razão de ter sido rejeitada sua pretensão contra a incidência de contribuição social sobre serviços a si prestados por trabalhadores autônomos que para tanto contrata. Processado sem contrarrazões (folha 193), o recurso foi inadmitido, na origem (folha 194), o que ensejou a interposição de agravo de instrumento, ao qual o eminente Ministro Sepúlveda Pertence inicialmente negara seguimento (folha 208), mas posteriormente deu provimento (folha 220), determinado sua conversão em recurso extraordinário. Por fim, o parecer da douta Procuradoria-Geral da República é pelo desprovimento do recurso (folhas 228 a 229). Decido. Anote-se, inicialmente, que o acórdão dos embargos de declaração foi publicado em 27/1/98, conforme expresso na certidão de folha 175, não sendo exigível a demonstração da existência de repercussão geral das questões constitucionais trazidas no recurso extraordinário, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07. A irresignação não merece prosperar. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2904552. Supremo Tribunal Federal RE 450.314 AGR / MG Constituição, o que não ocorrera com a Lei n. 7.787, de 1989, art. 3°, e com a Lei n. 8.212, de 1991, art. 22, inciso I. III - Inocorrência de cumulatividade da nova contribuição com os tributos já existentes. IV - Fato gerador e base de cálculo da nova contribuição distintos dos tributos já discriminados. V - Inexistência de ofensa ao art. 52, inciso XX, e ao art. 170 da Constituição Federal’ (fl. 144). Interpostos embargos de declaração (folhas 146 a 153), foram rejeitados (folhas 171 a 174). Insurge-se, no apelo extremo, fundado na alínea a do permissivo constitucional, contra alegada contrariedade aos artigos 150, inciso VI, letra a, 154, inciso I e 195, incisos I, II e § 4º, da Constituição Federal, em razão de ter sido rejeitada sua pretensão contra a incidência de contribuição social sobre serviços a si prestados por trabalhadores autônomos que para tanto contrata. Processado sem contrarrazões (folha 193), o recurso foi inadmitido, na origem (folha 194), o que ensejou a interposição de agravo de instrumento, ao qual o eminente Ministro Sepúlveda Pertence inicialmente negara seguimento (folha 208), mas posteriormente deu provimento (folha 220), determinado sua conversão em recurso extraordinário. Por fim, o parecer da douta Procuradoria-Geral da República é pelo desprovimento do recurso (folhas 228 a 229). Decido. Anote-se, inicialmente, que o acórdão dos embargos de declaração foi publicado em 27/1/98, conforme expresso na certidão de folha 175, não sendo exigível a demonstração da existência de repercussão geral das questões constitucionais trazidas no recurso extraordinário, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07. A irresignação não merece prosperar. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2904552. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 12 Relatório RE 450.314 AGR / MG A jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal é firme no sentido de que a discussão em torno dos requisitos de cabimento do mandado de segurança possui natureza eminentemente processual, o que enseja a análise prévia da legislação infraconstitucional aplicável à espécie, não configurando, portanto, ofensa direta à Constituição Federal. A propósito, confiram-se os seguintes julgados: ‘AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. CABIMENTO DE MANDADO DE SEGURANÇA. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. Admissibilidade de mandado de segurança: impossibilidade da análise da legislação infraconstitucional e do reexame de provas. 2. Imposição de multa de 5% do valor corrigido da causa. Aplicação do art. 557, § 2º, c/c arts. 14, inc. II e III, e 17, inc. VII, do Código de Processo Civil’ (AI nº 685.313/SP-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 17/4/09). ‘RESPONSABILIDADE CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO DOS FUNDAMENTOS DA DECISÃO. SÚMULA 287 DO STF. ALEGADA VIOLAÇÃO AO ART. 5º, XXXV, LIV E LV, E 93, IX, DA CONSTITUIÇÃO. OFENSA REFLEXA. MANDADO DE SEGURANÇA. ADMISSIBILIDADE. NECESSIDADE DE REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO CONSTANTE DOS AUTOS. SÚMULA 279 DO STF. AGRAVO IMPROVIDO. I - A parte agravante não atacou os fundamentos da decisão que negou seguimento ao recurso extraordinário. Inviável, portanto, o presente recurso, a teor da Súmula 287 do STF. 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2904552. Supremo Tribunal Federal RE 450.314 AGR / MG A jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal é firme no sentido de que a discussão em torno dos requisitos de cabimento do mandado de segurança possui natureza eminentemente processual, o que enseja a análise prévia da legislação infraconstitucional aplicável à espécie, não configurando, portanto, ofensa direta à Constituição Federal. A propósito, confiram-se os seguintes julgados: ‘AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. CABIMENTO DE MANDADO DE SEGURANÇA. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. Admissibilidade de mandado de segurança: impossibilidade da análise da legislação infraconstitucional e do reexame de provas. 2. Imposição de multa de 5% do valor corrigido da causa. Aplicação do art. 557, § 2º, c/c arts. 14, inc. II e III, e 17, inc. VII, do Código de Processo Civil’ (AI nº 685.313/SP-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 17/4/09). ‘RESPONSABILIDADE CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO DOS FUNDAMENTOS DA DECISÃO. SÚMULA 287 DO STF. ALEGADA VIOLAÇÃO AO ART. 5º, XXXV, LIV E LV, E 93, IX, DA CONSTITUIÇÃO. OFENSA REFLEXA. MANDADO DE SEGURANÇA. ADMISSIBILIDADE. NECESSIDADE DE REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO CONSTANTE DOS AUTOS. SÚMULA 279 DO STF. AGRAVO IMPROVIDO. I - A parte agravante não atacou os fundamentos da decisão que negou seguimento ao recurso extraordinário. Inviável, portanto, o presente recurso, a teor da Súmula 287 do STF. 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2904552. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 12 Relatório RE 450.314 AGR / MG II - A alegada violação ao art. 5º, XXXV, LIV e LV, da Constituição, em regra, configura situação de ofensa meramente reflexa ao texto constitucional, o que inviabiliza o conhecimento do recurso extraordinário. III - Não há contrariedade ao art. 93, IX, da Constituição, quando o acórdão recorrido encontra-se suficientemente fundamentado. IV - A pretendida discussão em torno dos requisitos de admissibilidade do mandado de segurança possui natureza meramente processual, que envolve a apreciação de normas infraconstitucionais. V - Matéria que demanda a análise de fatos e provas, o que atrai a incidência da Súmula 279 do STF. VI - Agravo regimental improvido’ (AI nº 701.469/PA- AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 27/6/08). Ademais, igualmente pacífico se mostra o entendimento desta Corte quanto à perfeita constitucionalidade da contribuição instituída pela Lei Complementar nº 84/96, firmado desde o julgamento do RE nº 228.321/RS, cuja ementa assim dispõe: ‘CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. PREVIDENCIÁRIO. CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS: EMPRESÁRIOS. AUTÔNOMOS e AVULSOS. Lei Complementar nº 84, de 18.01.96: CONSTITUCIONALIDADE. I. - Contribuição social instituída pela Lei Complementar nº 84, de 1996: constitucionalidade. II. - R.E. não conhecido’ (Tribunal Pleno, Relator o Ministro Carlos Velloso, DJ de 30/5/03). E tal posicionamento vem sendo seguido desde então, conforme se depreende da análise do seguinte julgado: ‘Contribuição social sobre a remuneração de autônomos e 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2904552. Supremo Tribunal Federal RE 450.314 AGR / MG II - A alegada violação ao art. 5º, XXXV, LIV e LV, da Constituição, em regra, configura situação de ofensa meramente reflexa ao texto constitucional, o que inviabiliza o conhecimento do recurso extraordinário. III - Não há contrariedade ao art. 93, IX, da Constituição, quando o acórdão recorrido encontra-se suficientemente fundamentado. IV - A pretendida discussão em torno dos requisitos de admissibilidade do mandado de segurança possui natureza meramente processual, que envolve a apreciação de normas infraconstitucionais. V - Matéria que demanda a análise de fatos e provas, o que atrai a incidência da Súmula 279 do STF. VI - Agravo regimental improvido’ (AI nº 701.469/PA- AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 27/6/08). Ademais, igualmente pacífico se mostra o entendimento desta Corte quanto à perfeita constitucionalidade da contribuição instituída pela Lei Complementar nº 84/96, firmado desde o julgamento do RE nº 228.321/RS, cuja ementa assim dispõe: ‘CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. PREVIDENCIÁRIO. CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS: EMPRESÁRIOS. AUTÔNOMOS e AVULSOS. Lei Complementar nº 84, de 18.01.96: CONSTITUCIONALIDADE. I. - Contribuição social instituída pela Lei Complementar nº 84, de 1996: constitucionalidade. II. - R.E. não conhecido’ (Tribunal Pleno, Relator o Ministro Carlos Velloso, DJ de 30/5/03). E tal posicionamento vem sendo seguido desde então, conforme se depreende da análise do seguinte julgado: ‘Contribuição social sobre a remuneração de autônomos e 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2904552. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 12 Relatório RE 450.314 AGR / MG administradores instituída pela LC 84, de 18.01.96: constitucionalidade: precedente (RE 228.321, Pleno, Carlos Velloso, DJ 30.5.2003)’ (AI nº 608.242/RS-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJe 25/5/07). A par da perfeita legalidade da contribuição contra a qual se volta o recorrente, convém ressaltar que tampouco há que se falar em imunidade recíproca em hipóteses como essa aqui em discussão, posto que inaplicável tal princípio a contribuições previdenciárias. Nesse sentido e apenas para ilustrar, transcrevo parte da decisão monocrática que proferi quando do julgamento do RE nº 342.422/PR, DJe de 26/3/10, in verbis: ‘‘No tocante à alegação de que a contribuição previdenciária recolhida pelo empregador é ‘imposto’ (fl. 110), verifica-se que esta Corte firmou entendimento no sentido de que não procede a alegação de igualdade entre esses tributos, haja vista que a própria Constituição Federal autoriza a instituição de contribuição social. Em situação análoga, anote-se parte da fundamentação proferida pelo Relator o Ministro Carlos Velloso no RE nº 138.284/CE, Pleno, DJ de 28/8/92: ‘Não têm razão os que entendem que ‘a contribuição social instituída pela Lei nº 7.689, de 15.12.88, seria um adicional do ‘imposto’’ sobre a renda. Pela leitura da citada lei, verifica-se que instituiu ela, expressamente, ‘contribuição social sobre o lucro das pessoas jurídicas, destinada ao financiamento da seguridade social.’ (art. 1). Não há invocar o argumento no sentido de que a consistência da hipótese de incidência seria de imposto, mais precisamente do imposto sobre a renda. Não há que fazer tal invocação, por isso que é a Constituição que autoriza a instituição de contribuição de seguridade social sobre o lucro dos empregadores (C.F., art. 195, I).’ 5 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2904552. Supremo Tribunal Federal RE 450.314 AGR / MG administradores instituída pela LC 84, de 18.01.96: constitucionalidade: precedente (RE 228.321, Pleno, Carlos Velloso, DJ 30.5.2003)’ (AI nº 608.242/RS-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJe 25/5/07). A par da perfeita legalidade da contribuição contra a qual se volta o recorrente, convém ressaltar que tampouco há que se falar em imunidade recíproca em hipóteses como essa aqui em discussão, posto que inaplicável tal princípio a contribuições previdenciárias. Nesse sentido e apenas para ilustrar, transcrevo parte da decisão monocrática que proferi quando do julgamento do RE nº 342.422/PR, DJe de 26/3/10, in verbis: ‘‘No tocante à alegação de que a contribuição previdenciária recolhida pelo empregador é ‘imposto’ (fl. 110), verifica-se que esta Corte firmou entendimento no sentido de que não procede a alegação de igualdade entre esses tributos, haja vista que a própria Constituição Federal autoriza a instituição de contribuição social. Em situação análoga, anote-se parte da fundamentação proferida pelo Relator o Ministro Carlos Velloso no RE nº 138.284/CE, Pleno, DJ de 28/8/92: ‘Não têm razão os que entendem que ‘a contribuição social instituída pela Lei nº 7.689, de 15.12.88, seria um adicional do ‘imposto’’ sobre a renda. Pela leitura da citada lei, verifica-se que instituiu ela, expressamente, ‘contribuição social sobre o lucro das pessoas jurídicas, destinada ao financiamento da seguridade social.’ (art. 1). Não há invocar o argumento no sentido de que a consistência da hipótese de incidência seria de imposto, mais precisamente do imposto sobre a renda. Não há que fazer tal invocação, por isso que é a Constituição que autoriza a instituição de contribuição de seguridade social sobre o lucro dos empregadores (C.F., art. 195, I).’ 5 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2904552. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 12 Relatório RE 450.314 AGR / MG Ademais, a jurisprudência desta Corte possui entendimento no sentido de que o princípio da imunidade tributária recíproca, disposto no artigo 150, inciso VI, alínea ‘a’, da Constituição Federal, é aplicável somente aos impostos e não às contribuições previdenciárias. Nesse sentido, colhe-se parte da fundamentação do voto proferido pelo Relator o Ministro Eros Grau no RE n° 378.144/PR-AgR, Primeira Turma, DJ de 22/4/05: ‘vale destacar que a imunidade tributária diz respeito tão- somente aos impostos, não alcançando as contribuições sociais’ Ante o exposto, nos termos do artigo 557, caput, do Código de Processo Civil, nego seguimento ao recurso extraordinário. Ante o exposto, nego provimento ao recurso.” Alega o agravante que a declaração de constitucionalidade da Lei Complementar nº 84/96 - que instituiu contribuição previdenciária -, assentada no julgamento do RE nº 228.321/RS, não se pode aplicar ao caso dos autos, pela peculiar natureza de ente público da agravante, aduzindo, in verbis, que: “(...) em se tratando de ente público, não haveria se falar em salário, faturamento e muito menos na existência de lucro no exercício de funções estatais típicas, elementos inerentes à espécie de tributo em análise, nos moldes do art. 195 da Constituição Federal” (fl. 241). É o relatório. 6 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2904552. Supremo Tribunal Federal RE 450.314 AGR / MG Ademais, a jurisprudência desta Corte possui entendimento no sentido de que o princípio da imunidade tributária recíproca, disposto no artigo 150, inciso VI, alínea ‘a’, da Constituição Federal, é aplicável somente aos impostos e não às contribuições previdenciárias. Nesse sentido, colhe-se parte da fundamentação do voto proferido pelo Relator o Ministro Eros Grau no RE n° 378.144/PR-AgR, Primeira Turma, DJ de 22/4/05: ‘vale destacar que a imunidade tributária diz respeito tão- somente aos impostos, não alcançando as contribuições sociais’ Ante o exposto, nos termos do artigo 557, caput, do Código de Processo Civil, nego seguimento ao recurso extraordinário. Ante o exposto, nego provimento ao recurso.” Alega o agravante que a declaração de constitucionalidade da Lei Complementar nº 84/96 - que instituiu contribuição previdenciária -, assentada no julgamento do RE nº 228.321/RS, não se pode aplicar ao caso dos autos, pela peculiar natureza de ente público da agravante, aduzindo, in verbis, que: “(...) em se tratando de ente público, não haveria se falar em salário, faturamento e muito menos na existência de lucro no exercício de funções estatais típicas, elementos inerentes à espécie de tributo em análise, nos moldes do art. 195 da Constituição Federal” (fl. 241). É o relatório. 6 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2904552. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 12 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI 25/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 450.314 MINAS GERAIS VOTO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): O inconformismo não merece prosperar. Como bem ressaltado na decisão agravada, o acórdão recorrido está em sintonia com a jurisprudência desta Corte, que se firmou no sentido da constitucionalidade da contribuição social incidente sobre a remuneração ou retribuição paga ou creditada aos segurados empresários, trabalhadores autônomos, avulsos e demais pessoas físicas, objeto do art. 1º, inciso I, da Lei Complementar nº 84/96, contribuição essa a cargo das empresas e pessoas jurídicas, incluindo neste rol as cooperativas. Nesse sentido, observe-se: “CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. PREVIDENCIÁRIO. CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS: EMPRESÁRIOS. AUTÔNOMOS e AVULSOS. Lei Complementar nº 84, de 18.01.96: CONSTITUCIONALIDADE. I. - Contribuição social instituída pela Lei Complementar nº 84, de 1996: constitucionalidade. II. - R.E. não conhecido” (RE nº 228.321/RS, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Carlos Velloso, DJ de 30/5/03). No mesmo sentido: AI nº 700.144/RJ, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski (DJ de 21/8/09); e AI nº 608.242/RS-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence (DJe de 25/5/07). Ademais, reitero que a imunidade tributária, inclusive a recíproca, restringe-se aos impostos, não abrangendo as contribuições. Nesse sentido: “AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. PASEP. CONTRIBUIÇÃO EXIGIDA DE ENTES ESTATAIS. IMUNIDADE. 1. PASEP. Exigibilidade da contribuição pelas Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2904551. Supremo Tribunal Federal 25/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 450.314 MINAS GERAIS VOTO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): O inconformismo não merece prosperar. Como bem ressaltado na decisão agravada, o acórdão recorrido está em sintonia com a jurisprudência desta Corte, que se firmou no sentido da constitucionalidade da contribuição social incidente sobre a remuneração ou retribuição paga ou creditada aos segurados empresários, trabalhadores autônomos, avulsos e demais pessoas físicas, objeto do art. 1º, inciso I, da Lei Complementar nº 84/96, contribuição essa a cargo das empresas e pessoas jurídicas, incluindo neste rol as cooperativas. Nesse sentido, observe-se: “CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. PREVIDENCIÁRIO. CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS: EMPRESÁRIOS. AUTÔNOMOS e AVULSOS. Lei Complementar nº 84, de 18.01.96: CONSTITUCIONALIDADE. I. - Contribuição social instituída pela Lei Complementar nº 84, de 1996: constitucionalidade. II. - R.E. não conhecido” (RE nº 228.321/RS, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Carlos Velloso, DJ de 30/5/03). No mesmo sentido: AI nº 700.144/RJ, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski (DJ de 21/8/09); e AI nº 608.242/RS-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence (DJe de 25/5/07). Ademais, reitero que a imunidade tributária, inclusive a recíproca, restringe-se aos impostos, não abrangendo as contribuições. Nesse sentido: “AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. PASEP. CONTRIBUIÇÃO EXIGIDA DE ENTES ESTATAIS. IMUNIDADE. 1. PASEP. Exigibilidade da contribuição pelas Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2904551. Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 12 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI RE 450.314 AGR / MG unidades da federação, pois a Constituição de 1988 retirou o caráter facultativo, bem assim a necessidade de legislação específica, para a adesão dos entes estatais ao Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público. Precedente do Plenário. 2. Imunidade recíproca. Matéria não discutida nas instâncias ordinárias. Inovação da lide. Impossibilidade. Inexigibilidade do tributo em decorrência de imunidade conferida aos entes da federação. Improcedência da pretensão. A imunidade tributária diz respeito aos impostos, não alcançando as contribuições. Agravo regimental não provido. (RE nº 378.144/PR-AgR, Relator o Ministro Eros Grau, Primeira Turma, DJ de 22/4/05). Por fim, o argumento quanto à não incidência da referida contribuição, na hipótese dos autos, para os municípios, pelo fundamento de se tratar de ente público, não restou prequestionado. O Tribunal a quo bem verificou a inovação recursal na apelação e não analisou a matéria. Incide, na espécie, a Súmula nº 282 desta Corte. Destaco o seguinte trecho do julgamento dos embargos de declaração, opostos contra acórdão que julgou a apelação no Tribunal de origem: “Quanto ao segundo argumento da embargante de que o Município não é sujeito passivo da obrigação tributária na hipótese, igualmente não tem razão. Essa questão não foi objeto de discussão na inicial e nem na sentença. Somente agora, no recurso de apelação, foi levantada a questão” (fl. 180). Ressalte-se que os embargos declaratórios só suprem a falta de prequestionamento quando a matéria é, efetivamente, devolvida ao Tribunal de Segundo Grau e a omissão é suscitada nos embargos declaratórios. Nesse sentido, anote-se: “CONSTITUCIONAL. PROCESSUAL CIVIL. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. SÚMULAS 282 E 356 DO STF. SÚMULA 279 DO STF. SÚMULA 636 DO STF. ALEGADA 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2904551. Supremo Tribunal Federal RE 450.314 AGR / MG unidades da federação, pois a Constituição de 1988 retirou o caráter facultativo, bem assim a necessidade de legislação específica, para a adesão dos entes estatais ao Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público. Precedente do Plenário. 2. Imunidade recíproca. Matéria não discutida nas instâncias ordinárias. Inovação da lide. Impossibilidade. Inexigibilidade do tributo em decorrência de imunidade conferida aos entes da federação. Improcedência da pretensão. A imunidade tributária diz respeito aos impostos, não alcançando as contribuições. Agravo regimental não provido. (RE nº 378.144/PR-AgR, Relator o Ministro Eros Grau, Primeira Turma, DJ de 22/4/05). Por fim, o argumento quanto à não incidência da referida contribuição, na hipótese dos autos, para os municípios, pelo fundamento de se tratar de ente público, não restou prequestionado. O Tribunal a quo bem verificou a inovação recursal na apelação e não analisou a matéria. Incide, na espécie, a Súmula nº 282 desta Corte. Destaco o seguinte trecho do julgamento dos embargos de declaração, opostos contra acórdão que julgou a apelação no Tribunal de origem: “Quanto ao segundo argumento da embargante de que o Município não é sujeito passivo da obrigação tributária na hipótese, igualmente não tem razão. Essa questão não foi objeto de discussão na inicial e nem na sentença. Somente agora, no recurso de apelação, foi levantada a questão” (fl. 180). Ressalte-se que os embargos declaratórios só suprem a falta de prequestionamento quando a matéria é, efetivamente, devolvida ao Tribunal de Segundo Grau e a omissão é suscitada nos embargos declaratórios. Nesse sentido, anote-se: “CONSTITUCIONAL. PROCESSUAL CIVIL. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. SÚMULAS 282 E 356 DO STF. SÚMULA 279 DO STF. SÚMULA 636 DO STF. ALEGADA 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2904551. Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 12 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI RE 450.314 AGR / MG VIOLAÇÃO AO ART. 5º, XXXVI, LIV E LV, DA CONSTITUIÇÃO. AGRAVO IMPROVIDO. MULTA. I - Inadmissível o recurso extraordinário se a questão constitucional suscitada não tiver sido apreciada no acórdão recorrido. Se a questão constitucional não vinha sendo discutida, e foi suscitada somente nos embargos de declaração, não há falar em prequestionamento. Incidem, na espécie, as Súmulas 282 e 356 da Corte. II - Matéria que demanda a análise de fatos e provas, o que atrai a incidência da Súmula 279 do STF. III - Incabível a interposição de RE por contrariedade ao art. 5º, II, da Constituição Federal, quando a verificação da ofensa envolva a reapreciação de interpretação dada a normas infraconstitucionais pelo Tribunal a quo (Súmula 636 do STF). IV - A alegada violação ao art. 5º, XXXVI, LIV e LV, da Constituição, em regra, configura situação de ofensa meramente reflexa ao texto constitucional, o que inviabiliza o conhecimento do recurso extraordinário. V - Aplicação de multa. VI - Agravo regimental improvido” (AI nº 638.758/SP- AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJ de 19/12/07). Ante o exposto, voto pelo não provimento do agravo regimental. 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2904551. Supremo Tribunal Federal RE 450.314 AGR / MG VIOLAÇÃO AO ART. 5º, XXXVI, LIV E LV, DA CONSTITUIÇÃO. AGRAVO IMPROVIDO. MULTA. I - Inadmissível o recurso extraordinário se a questão constitucional suscitada não tiver sido apreciada no acórdão recorrido. Se a questão constitucional não vinha sendo discutida, e foi suscitada somente nos embargos de declaração, não há falar em prequestionamento. Incidem, na espécie, as Súmulas 282 e 356 da Corte. II - Matéria que demanda a análise de fatos e provas, o que atrai a incidência da Súmula 279 do STF. III - Incabível a interposição de RE por contrariedade ao art. 5º, II, da Constituição Federal, quando a verificação da ofensa envolva a reapreciação de interpretação dada a normas infraconstitucionais pelo Tribunal a quo (Súmula 636 do STF). IV - A alegada violação ao art. 5º, XXXVI, LIV e LV, da Constituição, em regra, configura situação de ofensa meramente reflexa ao texto constitucional, o que inviabiliza o conhecimento do recurso extraordinário. V - Aplicação de multa. VI - Agravo regimental improvido” (AI nº 638.758/SP- AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJ de 19/12/07). Ante o exposto, voto pelo não provimento do agravo regimental. 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2904551. Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 12 Decisão de Julgamento PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 450.314 PROCED. : MINAS GERAIS RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) : MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE AGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 25.9.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo de Tarso Braz Lucas. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2895645 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 450.314 PROCED. : MINAS GERAIS RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) : MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE AGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 25.9.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo de Tarso Braz Lucas. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2895645 Inteiro Teor do Acórdão - Página 12 de 12
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=2926733
2012-09-25T00:00:00
2012-10-11T00:00:00
A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 25.9.2012.
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO
EMENTA Constitucional. Tributário. Previdenciário. Contribuições sociais. Empresários, autônomos e avulsos. Lei Complementar nº 84/96. Constitucionalidade. Imunidade tributária recíproca para impostos. Não incidência na hipótese. Ausência de prequestionamento. Súmulas nºs 282 e 356 desta Corte. 1. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal se firmou no sentido da constitucionalidade da contribuição social incidente sobre a remuneração ou retribuição paga ou creditada aos segurados empresários, trabalhadores autônomos, avulsos e demais pessoas físicas, objeto do art. 1º, inciso I, da Lei Complementar nº 84/96, contribuição essa a cargo das empresas e pessoas jurídicas, incluindo nesse rol as cooperativas. 2. A imunidade tributária, inclusive a recíproca, restringe-se aos impostos, não abrangendo as contribuições. 3. A alegação referente à não incidência da referida contribuição, na hipótese dos autos, para os municípios, pelo fundamento de se tratar de ente público, não restou prequestionada, incidindo, na espécie, a Súmula nº 282 desta Corte. 4. Agravo regimental não provido.
sjur216513
- Acórdãos citados: RE 228321 - Tribunal Pleno, AI 700144, AI 608242 AgR, RE 378144 AgR, AI 638758 AgR. Número de páginas: 12. Análise: 23/10/2012, AMS.
DIAS TOFFOLI
Primeira Turma
450314
[ "LEG-FED LCP-000084 ANO-1996\r\n ART-00001 INC-00001 \r\n LEI COMPLEMENTAR\r\n\r\n", "LEG-FED SUMSTF-000282 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\r\n\r\n", "LEG-FED SUMSTF-000356 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF" ]
RE-AgR
acordaos
RE 450314 AgR
[ "" ]
AGTE.(S) : MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE AGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "RECURSO EXTRAORDINÁRIO 450 . 314", "RE 450 . 314 AGR", "RE 450 . 314 AGR", "ADIN n . 1 . 432 - 3", "RECURSO EXTRAORDINÁRIO 450 . 314", "ADIN n . 1 . 432 - 3", "RE 450 . 314 AGR / MG", "Agravo de Instrumento [UNK] 664 . 567 / RS", "RE 450 . 314 AGR / MG", "Agravo de Instrumento [UNK] 664 . 567 / RS", "RE 450 . 314 AGR / MG", "SÚMULA 279 DO SUPREMO", "AI [UNK] 685 . 313 / SP - AgR", "SÚMULA 287 DO STF", "SÚMULA 279 DO STF", "Súmula 287 do STF", "RE 450 . 314 AGR / MG", "SÚMULA 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL", "AI [UNK] 685 . 313 / SP - AgR", "SÚMULA 287 DO STF", "SÚMULA 279 DO STF", "Súmula 287 do STF", "RE 450 . 314 AGR / MG", "Súmula 279 do STF", "AI [UNK] 701 . 469 / PA - AgR", "RE [UNK] 228 . 321 / RS", "RE 450 . 314 AGR / MG", "Súmula 279 do STF", "AI [UNK] 701 . 469 / PA - AgR", "RE [UNK] 228 . 321 / RS", "RE 450 . 314 AGR / MG", "RE 228 . 321", "AI [UNK] 608 . 242 / RS - AgR", "RE [UNK] 342 . 422 / PR", "RE [UNK] 138 . 284 / CE", "RE 450 . 314 AGR /", "RE 228 . 321", "AI [UNK] 608 . 242 / RS - AgR", "RE [UNK] 342 . 422 / PR", "RE [UNK] 138 . 284 / CE", "RE 450 . 314 AGR / MG", "RE n° 378 . 144 / PR - AgR", "RE [UNK] 228 . 321 / RS", "RE 450 . 314 AGR", "RE n° 378 . 144 / PR - AgR", "RE [UNK] 228 . 321 / RS", "RECURSO EXTRAORDINÁRIO 450 . 314", "RE [UNK] 228 . 321 / RS", "AI [UNK] 700 . 144 / RJ", "AI [UNK] 608 . 242 / RS - AgR", "RECURSO EXTRAORDINÁRIO 450 . 314", "RE [UNK] 228 . 321 / RS", "700", ".", "/", "RJ", "AI [UNK] 608 . 242 / RS - AgR", "RE 450 . 314 AGR / MG", "RE [UNK] 378 . 144 / PR - AgR", "Súmula [UNK] 282 desta Corte", "SÚMULAS 282", "SÚMULA 279 DO STF", "SÚMULA 636 DO STF", "RE 450 . 314 AGR", "RE [UNK] 378 . 144 /", "Súmula [UNK] 282 desta Corte", "SÚMULAS 282", "SÚMULA 279 DO STF", "SÚMULA 636 DO STF", "RE 450 . 314 AGR", "Súmulas 282", "Súmula 279 do STF", "Súmula 636 do STF", "AI [UNK] 638 . 758 / SP - AgR", "RE 450 . 314 AGR", "Súmulas 282", "Súmula 279 do STF", "Súmula 636 do STF", "AI [UNK] 638 . 758 / SP - AgR", "RECURSO EXTRAORDINÁRIO 450 . 314" ], "LEGISLACAO": [ "Lei Complementar [UNK] 84 / 96", "art . 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[UNK] , inciso I , da Lei Complementar [UNK] 84 / 96", "Lei Complementar [UNK] 84", "Lei Complementar [UNK] 84", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . [UNK] , inciso I , da Lei Complementar [UNK] 84 / 96", "Lei Complementar [UNK] 84", "Lei Complementar [UNK] 84", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Constituição de 1988", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Constituição de 1988", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "ART . [UNK] , XXXVI , LIV E LV , DA CONSTITUIÇÃO", "art . [UNK] , II , da Constituição Federal", "art . [UNK] , XXXVI , LIV e LV , da Constituição", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "ART . [UNK] , XXXVI , LIV E LV , DA CONSTITUIÇÃO", "art . [UNK] , II , da Constituição Federal", "art . 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Ementa e Acórdão 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA EXTRADIÇÃO 1.274 DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI REQTE.(S) :GOVERNO DA ALEMANHA EXTDO.(A/S) :NINA KOSSIN PROC.(A/S)(ES) :DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL EMENTA Extradição executória. Governo da Alemanha. Pedido formulado com base em reciprocidade e instruído com os documentos necessários à sua análise. Atendimento aos requisitos da Lei nº 6.815/80. Tráfico de entorpecentes e associação para o tráfico. Prescrição. Não ocorrência, tanto sob a óptica da legislação alienígena, quanto sob a óptica da legislação penal brasileira. Existência de prole no Brasil. Causa não obstativa da extradição, segundo a Súmula nº 421 desta Suprema Corte. Revogação da prisão. Não ocorrência de situação excepcional que justifique a revogação da medida constritiva da liberdade da extraditanda. Legitimidade constitucional da prisão cautelar para fins extradicionais. Precedentes. Pedido deferido, assegurando-se a detração do tempo de prisão no Brasil (art. 91, inciso II, da Lei nº 6.815/80). 1. O pedido formulado pelo Governo da Alemanha, com base em reciprocidade, atende aos pressupostos necessários ao seu deferimento, nos termos da Lei nº 6.815/80. 2. Os fatos delituosos imputados à extraditanda correspondem, no Brasil, aos crimes de tráfico de entorpecentes e de associação para o tráfico, previstos nos arts. 33 e 35 da Lei nº 11.343/06, satisfazendo, assim, ao requisito da dupla tipicidade previsto no art. 77, inciso II, da Lei nº 6.815/80. 3. Não ocorrência da prescrição da pretensão executória, tanto pelos textos legais apresentados pelo Estado requerente quanto pela legislação penal brasileira. 4. Pedido instruído com os documentos necessários à sua análise, trazendo, inclusive, detalhes pormenorizados sobre o local, a data, a Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034814. Supremo Tribunal Federal DJe 12/11/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 14 Ementa e Acórdão EXT 1.274 / DF natureza e as circunstâncias dos fatos delituosos. Portanto, em perfeita consonância com as regras do art. 80, caput, da Lei nº 6.815/80. 5. A circunstância de encontrar-se a extraditanda grávida, em vias de dar à luz uma criança que adquirirá a nacionalidade brasileira, não configura óbice ao deferimento da extradição, conforme preceitua o enunciado da Súmula nº 421 desta Suprema Corte: “não impede a extradição a circunstância de ser o extraditando casado com brasileira ou ter filho brasileiro”. 6. A prisão preventiva é condição de procedibilidade para o processo de extradição e, tendo natureza cautelar, “destina-se, em sua precípua função instrumental, a assegurar a execução de eventual ordem de extradição” (Ext nº 579-QO, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 10/9/93), nos termos dos arts. 81 e 84 da Lei nº 6.815/90, não comportando a liberdade provisória ou a prisão domiciliar, salvo em situações excepcionais. 7. De acordo com o art. 91, inciso II, da Lei nº 6.815/80 o Governo da Alemanha deverá assegurar a detração do tempo durante o qual a extraditanda permanecer presa no Brasil por força do pedido formulado. 8. Extradição deferida. ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata do julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em deferir a extradição, nos termos do voto do Relator. Brasília, 16 de outubro de 2012. MINISTRO DIAS TOFFOLI Relator 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034814. Supremo Tribunal Federal EXT 1.274 / DF natureza e as circunstâncias dos fatos delituosos. Portanto, em perfeita consonância com as regras do art. 80, caput, da Lei nº 6.815/80. 5. A circunstância de encontrar-se a extraditanda grávida, em vias de dar à luz uma criança que adquirirá a nacionalidade brasileira, não configura óbice ao deferimento da extradição, conforme preceitua o enunciado da Súmula nº 421 desta Suprema Corte: “não impede a extradição a circunstância de ser o extraditando casado com brasileira ou ter filho brasileiro”. 6. A prisão preventiva é condição de procedibilidade para o processo de extradição e, tendo natureza cautelar, “destina-se, em sua precípua função instrumental, a assegurar a execução de eventual ordem de extradição” (Ext nº 579-QO, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 10/9/93), nos termos dos arts. 81 e 84 da Lei nº 6.815/90, não comportando a liberdade provisória ou a prisão domiciliar, salvo em situações excepcionais. 7. De acordo com o art. 91, inciso II, da Lei nº 6.815/80 o Governo da Alemanha deverá assegurar a detração do tempo durante o qual a extraditanda permanecer presa no Brasil por força do pedido formulado. 8. Extradição deferida. ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata do julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em deferir a extradição, nos termos do voto do Relator. Brasília, 16 de outubro de 2012. MINISTRO DIAS TOFFOLI Relator 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034814. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 14 Relatório 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA EXTRADIÇÃO 1.274 DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI REQTE.(S) :GOVERNO DA ALEMANHA EXTDO.(A/S) :NINA KOSSIN PROC.(A/S)(ES) :DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL RELATÓRIO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): Trata-se de pedido de extradição executória formulado pelo Governo da República Federal da Alemanha (Nota Verbal nº 02/2011 – fls. 4 a 7), encaminhado por via diplomática ao Ministério das Relações Exteriores, com base em promessa de reciprocidade, no qual aquele Governo pede a extradição da nacional alemã Nina Kossin, condenada naquele País à pena de 2 (dois) anos de prisão pela prática dos delitos de tráfico drogas, por 126 (cento e vinte e seis) vezes, e de associação para o tráfico. O Estado requerente postula a decretação da prisão preventiva, para fins de extradição, da estrangeira, instruindo esse pedido com mandado de prisão expedido pelo Juízo de Primeira Instância de Braunschweig em 17 de julho de 2008, no qual narra todos os fatos que incidiram na sua condenação (fls. 44/45). Em 9/2/12, decretei a prisão preventiva para fins de extradição (fls. 52/54), tendo essa sido efetivada em 29/2/12 (fl. 62). A extraditanda foi interrogada (fls. 97 a 98) e, por seu defensor, apresentou defesa técnica, alegando, em síntese, que, não tendo sido apresentados pelo Estado requerente os dispositivos legais atinentes às causas interruptivas de prescrição, devia ser indeferido o requerimento de extradição (fls. 109/113). Diante da apresentação pelo Estado requerente de documentação complementar (fls. 137/161), foi facultada à defesa nova vista do processado (fl. 163), sobrevindo pedido de conversão da custódia em prisão domiciliar (fls. 166/171). O Ministério Público Federal, pelo parecer do ilustre Subprocurador- Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034811. Supremo Tribunal Federal 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA EXTRADIÇÃO 1.274 DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI REQTE.(S) :GOVERNO DA ALEMANHA EXTDO.(A/S) :NINA KOSSIN PROC.(A/S)(ES) :DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL RELATÓRIO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): Trata-se de pedido de extradição executória formulado pelo Governo da República Federal da Alemanha (Nota Verbal nº 02/2011 – fls. 4 a 7), encaminhado por via diplomática ao Ministério das Relações Exteriores, com base em promessa de reciprocidade, no qual aquele Governo pede a extradição da nacional alemã Nina Kossin, condenada naquele País à pena de 2 (dois) anos de prisão pela prática dos delitos de tráfico drogas, por 126 (cento e vinte e seis) vezes, e de associação para o tráfico. O Estado requerente postula a decretação da prisão preventiva, para fins de extradição, da estrangeira, instruindo esse pedido com mandado de prisão expedido pelo Juízo de Primeira Instância de Braunschweig em 17 de julho de 2008, no qual narra todos os fatos que incidiram na sua condenação (fls. 44/45). Em 9/2/12, decretei a prisão preventiva para fins de extradição (fls. 52/54), tendo essa sido efetivada em 29/2/12 (fl. 62). A extraditanda foi interrogada (fls. 97 a 98) e, por seu defensor, apresentou defesa técnica, alegando, em síntese, que, não tendo sido apresentados pelo Estado requerente os dispositivos legais atinentes às causas interruptivas de prescrição, devia ser indeferido o requerimento de extradição (fls. 109/113). Diante da apresentação pelo Estado requerente de documentação complementar (fls. 137/161), foi facultada à defesa nova vista do processado (fl. 163), sobrevindo pedido de conversão da custódia em prisão domiciliar (fls. 166/171). O Ministério Público Federal, pelo parecer do ilustre Subprocurador- Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034811. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 14 Relatório EXT 1.274 / DF Geral da República Dr. Edson Oliveira de Almeida, manifestou-se pelo deferimento da extradição (fls. 199 a 202). É o relatório. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034811. Supremo Tribunal Federal EXT 1.274 / DF Geral da República Dr. Edson Oliveira de Almeida, manifestou-se pelo deferimento da extradição (fls. 199 a 202). É o relatório. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034811. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 14 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA EXTRADIÇÃO 1.274 DISTRITO FEDERAL VOTO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): Conforme relatado, trata-se de pedido de extradição executória formulado pelo Governo da República Federal da Alemanha no qual esse Governo pede a extradição da nacional alemã Nina Kossin, condenada naquele País à pena de 2 (dois) anos de prisão pela prática dos delitos de tráfico drogas, por 126 (cento e vinte e seis) vezes, e de associação para o tráfico. Os fatos que resultaram na condenação da extraditanda estão assim resumidos na nota verbal: “1º - 112º No período de tempo entre outubro de 2005 e 29.11.2007 o antigo companheiro de vida dela, Afam Joseph Odo em Vechelde fornecia-lhe todas as semanas, por conseguinte em pelo menos 112 casos, de cada vez 7 bolas de cocaína de 3g cada. Estas bolas de cocaína eram vendidas por ela com lucro a um preço de 100,00 € por cada bola a 2 compradores sob o nome de ‘Chef’ (chefe) e de ‘Chef Bruder’ (chefe irmão), tratando-se aqui de Andreas John e de Frank John que são perseguidos pela justiça separadamente. No início deste período de tempo ela vendia uma bola, mais tarde duas bolas por conta própria enquanto que ela tinha que entregar o resto do produto de venda a Odo que é perseguido pela justiça separadamente. 113º e 114º No início do ano de 2007, num dia, cuja data não é possível determinar, ela se encontrou por ordem de Kelvin John, que é perseguido pela justiça separadamente, com um africano negro de nome ‘Prince’, devendo neste caso tratar-se de Pat Matu, que é perseguido pela justiça separadamente, Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034812. Supremo Tribunal Federal 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA EXTRADIÇÃO 1.274 DISTRITO FEDERAL VOTO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): Conforme relatado, trata-se de pedido de extradição executória formulado pelo Governo da República Federal da Alemanha no qual esse Governo pede a extradição da nacional alemã Nina Kossin, condenada naquele País à pena de 2 (dois) anos de prisão pela prática dos delitos de tráfico drogas, por 126 (cento e vinte e seis) vezes, e de associação para o tráfico. Os fatos que resultaram na condenação da extraditanda estão assim resumidos na nota verbal: “1º - 112º No período de tempo entre outubro de 2005 e 29.11.2007 o antigo companheiro de vida dela, Afam Joseph Odo em Vechelde fornecia-lhe todas as semanas, por conseguinte em pelo menos 112 casos, de cada vez 7 bolas de cocaína de 3g cada. Estas bolas de cocaína eram vendidas por ela com lucro a um preço de 100,00 € por cada bola a 2 compradores sob o nome de ‘Chef’ (chefe) e de ‘Chef Bruder’ (chefe irmão), tratando-se aqui de Andreas John e de Frank John que são perseguidos pela justiça separadamente. No início deste período de tempo ela vendia uma bola, mais tarde duas bolas por conta própria enquanto que ela tinha que entregar o resto do produto de venda a Odo que é perseguido pela justiça separadamente. 113º e 114º No início do ano de 2007, num dia, cuja data não é possível determinar, ela se encontrou por ordem de Kelvin John, que é perseguido pela justiça separadamente, com um africano negro de nome ‘Prince’, devendo neste caso tratar-se de Pat Matu, que é perseguido pela justiça separadamente, Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034812. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 14 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI EXT 1.274 / DF junto à Prefeitura de Braunschweig onde ela comprou 10g de cocaína para John, que é perseguido pela justiça separadamente, por uma soma de dinheiro, que já não pode ser determinada. Além disto, ela tinha adquirido poucos dias antes também 10g de cocaína de ‘Prince’ do mesmo modo. Ela deu a cocaína, conforme o plano de delito, que foi anteriormente explicado juntamente com John, que é perseguido pela justiça separadamente, a este para a voltar a vender com lucro. 115º e 116º Quando Kelvin John, que é perseguido pela justiça separadamente, o companheiro de vida da ré, quis substituir o antigo namorado dela, Odo, que é perseguido pela justiça separadamente, como seu fornecedor de cocaína, John adquiriu num dia, que já não é possível determinar, no fim de outubro assim como a 27.11.2007 respetivamente 10g de cocaína de um africano negro desconhecido até ao presente com o nome de ‘Elvis’ por um preço de 350,00 €. Durante a primeira compra a ré estava ela própria presente no ato da entrega da cocaína num call-shop nas proximidades de Hagenmarkt em Braunschweig após acordo prévio por telefone. John, que é perseguido pela justiça separadamente, adquiriu a cocaína à comissão e embalou-a em 7 bolas cada uma com 3g depois de a ter previamente aumentado. Estas 7 bolas foram depois respetivamente entregues à ré, que as voltou a vender com lucro, cada uma delas por 100,00 €, por conseguinte num montante total de 700,00 €. A ré pagou 50,00 € de comissão pela mediação a John, que é perseguido pela justiça separadamente. No segundo caso foi somente vendida uma bola depois de as restantes 6 bolas (cerca de 18g) poderem ter sido recuperadas no âmbito de uma busca no dia 29.11.2007 no apartamento conjunto da ré e de John, que é perseguido pela justiça separadamente. 117] até 126º Durante o período de tempo em que foi cometido o delito acima mencionado, a ré vendeu além disso a Stefan Schiller, que é perseguido pela justiça separadamente, devido a 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034812. Supremo Tribunal Federal EXT 1.274 / DF junto à Prefeitura de Braunschweig onde ela comprou 10g de cocaína para John, que é perseguido pela justiça separadamente, por uma soma de dinheiro, que já não pode ser determinada. Além disto, ela tinha adquirido poucos dias antes também 10g de cocaína de ‘Prince’ do mesmo modo. Ela deu a cocaína, conforme o plano de delito, que foi anteriormente explicado juntamente com John, que é perseguido pela justiça separadamente, a este para a voltar a vender com lucro. 115º e 116º Quando Kelvin John, que é perseguido pela justiça separadamente, o companheiro de vida da ré, quis substituir o antigo namorado dela, Odo, que é perseguido pela justiça separadamente, como seu fornecedor de cocaína, John adquiriu num dia, que já não é possível determinar, no fim de outubro assim como a 27.11.2007 respetivamente 10g de cocaína de um africano negro desconhecido até ao presente com o nome de ‘Elvis’ por um preço de 350,00 €. Durante a primeira compra a ré estava ela própria presente no ato da entrega da cocaína num call-shop nas proximidades de Hagenmarkt em Braunschweig após acordo prévio por telefone. John, que é perseguido pela justiça separadamente, adquiriu a cocaína à comissão e embalou-a em 7 bolas cada uma com 3g depois de a ter previamente aumentado. Estas 7 bolas foram depois respetivamente entregues à ré, que as voltou a vender com lucro, cada uma delas por 100,00 €, por conseguinte num montante total de 700,00 €. A ré pagou 50,00 € de comissão pela mediação a John, que é perseguido pela justiça separadamente. No segundo caso foi somente vendida uma bola depois de as restantes 6 bolas (cerca de 18g) poderem ter sido recuperadas no âmbito de uma busca no dia 29.11.2007 no apartamento conjunto da ré e de John, que é perseguido pela justiça separadamente. 117] até 126º Durante o período de tempo em que foi cometido o delito acima mencionado, a ré vendeu além disso a Stefan Schiller, que é perseguido pela justiça separadamente, devido a 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034812. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 14 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI EXT 1.274 / DF impedimento de John, que é perseguido pela justiça separadamente, e de acordo com este e por sua conta em 10 dias, cujas datas já não podem ser determinadas, por conseguinte em 10 casos, respetivamente pelo menos meio grama de cocaína por pelo menos 20,00 €, por conseguinte com um lucro comercial usual. 127º O mais tardar em agosto de 2007 John, que é perseguido pela justiça separadamente, decidiu entrar no comércio com marijuana em maiores proporções e comprar esta a partir da África do Sul. Através de vários meios de comunicação, ele encomendou através de pessoas contacto na Alemanha (Baden- Baden e Berlim) em agosto de 2007 um fornecimento de originalmente 5kg de marijuana pelo preço de 12.000,00 € que também foi fornecida por correio. Após acordo com John, que é perseguido separadamente, a ré foi buscar o entorpecente a Hannover depois do seu companheiro de vida ter recebido um e-mail do seu fornecedor, segundo o qual as drogas tinham chegado ao aeroporto de Hannover. Depois de ela, por iniciativa de uma pessoa de cor negra de Hannover com o nome ‘Obosi’ ter viajado até ao aeroporto primeiramente em vão num sábado, ela viajou de novo na segunda-feira seguinte juntamente com John, que é perseguido pela justiça separadamente, de trem de Braunschweig até Hannover para receber o entorpecente comprimido em 2 molduras. No entanto, depois de Kelvin John, que é perseguido pela justiça separadamente, e Samuel Osmani terem desmontado os dois quadros, verificou-se que só tinha sido fornecido cerca de metade, ou seja 2,5kg de marijuana. Dado que tinha sido tomado por base um preço de compra de 2,40 € por grama, a importância cia total reduzia-se primeiramente a 6.000,00 €, que no entanto deveria ser paga à comissão. No entanto, dado que se verificou que a qualidade do entorpecente era relativamente má, John, que é perseguido pela justiça separadamente, chegou depois a acordo com o seu fornecedor relativamente a um preço de compra de 2.000,00 €. Para efetuar o pagamento do preço de 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034812. Supremo Tribunal Federal EXT 1.274 / DF impedimento de John, que é perseguido pela justiça separadamente, e de acordo com este e por sua conta em 10 dias, cujas datas já não podem ser determinadas, por conseguinte em 10 casos, respetivamente pelo menos meio grama de cocaína por pelo menos 20,00 €, por conseguinte com um lucro comercial usual. 127º O mais tardar em agosto de 2007 John, que é perseguido pela justiça separadamente, decidiu entrar no comércio com marijuana em maiores proporções e comprar esta a partir da África do Sul. Através de vários meios de comunicação, ele encomendou através de pessoas contacto na Alemanha (Baden- Baden e Berlim) em agosto de 2007 um fornecimento de originalmente 5kg de marijuana pelo preço de 12.000,00 € que também foi fornecida por correio. Após acordo com John, que é perseguido separadamente, a ré foi buscar o entorpecente a Hannover depois do seu companheiro de vida ter recebido um e-mail do seu fornecedor, segundo o qual as drogas tinham chegado ao aeroporto de Hannover. Depois de ela, por iniciativa de uma pessoa de cor negra de Hannover com o nome ‘Obosi’ ter viajado até ao aeroporto primeiramente em vão num sábado, ela viajou de novo na segunda-feira seguinte juntamente com John, que é perseguido pela justiça separadamente, de trem de Braunschweig até Hannover para receber o entorpecente comprimido em 2 molduras. No entanto, depois de Kelvin John, que é perseguido pela justiça separadamente, e Samuel Osmani terem desmontado os dois quadros, verificou-se que só tinha sido fornecido cerca de metade, ou seja 2,5kg de marijuana. Dado que tinha sido tomado por base um preço de compra de 2,40 € por grama, a importância cia total reduzia-se primeiramente a 6.000,00 €, que no entanto deveria ser paga à comissão. No entanto, dado que se verificou que a qualidade do entorpecente era relativamente má, John, que é perseguido pela justiça separadamente, chegou depois a acordo com o seu fornecedor relativamente a um preço de compra de 2.000,00 €. Para efetuar o pagamento do preço de 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034812. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 14 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI EXT 1.274 / DF compra, John enviou uma vez 500,00 € e uma outra vez 400 até 500,00 € ao seu homem contacto em Baden-Baden. Não tomando em consideração numerosas pequenas vendas mais pequenas ele voltou a vender com lucro finalmente da marijuana importada pelo menos uma vez 100 g ao seu primo ‘Esbi’ em Magdeburgo. Deste ele recebeu pelo menos 170,00 €. Por outro lado ele vendeu em pelo menos 2 casos marijuana por 500,00 € ao africano negro ‘Agali’, que é perseguido pela justiça separadamente. De acordo com a ré este transferiu a 25.10.2007, 150,00 € como montante restante do preço de compra para a conta da ré. Durante uma busca no apartamento da ré foi encontrado, para além dos utensílios típicos para a venda de narcóticos, ainda um total de 883g de marijuana da quantidade que tinha sido importada com um conteúdo de substância de l,6g (14,07g de THC puro). Durante a compra, a importação e a continuação da venda do entorpecente, a ré apoiou John, que é perseguido pela justiça separadamente, especialmente na medida em que ela lhe deu alojamento no seu próprio apartamento e o apoiava sendo sua companheira de vida pelo menos também psiquicamente. Em todos os casos ela atuou de maneira a conseguir uma fonte de receitas de certa duração e quantidade. Com base nas extensas informações da ré relativamente aos seus cúmplices, diversos outros vendedores e compradores, foi possível descobrir um grande número de outros delitos” (fls. 22 a 25). Como se vê, os fatos identificam a prática pela extraditanda de crimes de tráfico de entorpecentes e de associação para o tráfico, os quais foram cometidos dentro do território alemão. O Estado requerente possuía competência para a instrução e o julgamento dos fatos narrados no mandado de prisão expedido, pois os crimes imputados à extraditanda foram praticados no seu território, estando este caso em perfeita consonância com o disposto no art. 78, inciso I, da Lei nº 6.815/80. A extradição se funda em reciprocidade. O fato de inexistir entre o 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034812. Supremo Tribunal Federal EXT 1.274 / DF compra, John enviou uma vez 500,00 € e uma outra vez 400 até 500,00 € ao seu homem contacto em Baden-Baden. Não tomando em consideração numerosas pequenas vendas mais pequenas ele voltou a vender com lucro finalmente da marijuana importada pelo menos uma vez 100 g ao seu primo ‘Esbi’ em Magdeburgo. Deste ele recebeu pelo menos 170,00 €. Por outro lado ele vendeu em pelo menos 2 casos marijuana por 500,00 € ao africano negro ‘Agali’, que é perseguido pela justiça separadamente. De acordo com a ré este transferiu a 25.10.2007, 150,00 € como montante restante do preço de compra para a conta da ré. Durante uma busca no apartamento da ré foi encontrado, para além dos utensílios típicos para a venda de narcóticos, ainda um total de 883g de marijuana da quantidade que tinha sido importada com um conteúdo de substância de l,6g (14,07g de THC puro). Durante a compra, a importação e a continuação da venda do entorpecente, a ré apoiou John, que é perseguido pela justiça separadamente, especialmente na medida em que ela lhe deu alojamento no seu próprio apartamento e o apoiava sendo sua companheira de vida pelo menos também psiquicamente. Em todos os casos ela atuou de maneira a conseguir uma fonte de receitas de certa duração e quantidade. Com base nas extensas informações da ré relativamente aos seus cúmplices, diversos outros vendedores e compradores, foi possível descobrir um grande número de outros delitos” (fls. 22 a 25). Como se vê, os fatos identificam a prática pela extraditanda de crimes de tráfico de entorpecentes e de associação para o tráfico, os quais foram cometidos dentro do território alemão. O Estado requerente possuía competência para a instrução e o julgamento dos fatos narrados no mandado de prisão expedido, pois os crimes imputados à extraditanda foram praticados no seu território, estando este caso em perfeita consonância com o disposto no art. 78, inciso I, da Lei nº 6.815/80. A extradição se funda em reciprocidade. O fato de inexistir entre o 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034812. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 14 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI EXT 1.274 / DF Brasil e a República Federal da Alemanha tratado de extradição não impede a formulação e o eventual atendimento do pedido extradicional, desde que o Estado requerente, como na espécie, prometa reciprocidade de tratamento ao Brasil, mediante expediente (nota verbal) formalmente transmitido por via diplomática (v.g. Ext nº 1.090/Alemanha, Plenário, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJ de 22/2/08; Ext nº 1.078/Alemanha, Plenário, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJ de 31/10/07; e Ext nº 1.039/Alemanha, Plenário, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 23/11/07). A existência, no caso, de promessa de reciprocidade formulada pelo Estado requerente ao Governo brasileiro, legitima o processamento, na espécie, da ação de extradição passiva, especialmente pelo que assegurado nos itens de a a c da nota verbal encaminhada pelo Ministério da Justiça (fls. 5/6). Os crimes também não possuem conotação política, afastando-se, portanto, a vedação do art. 77 da Lei nº 6.815/80. O pedido formal de extradição foi devidamente apresentado pelo Estado requerente (art. 80 da Lei nº 6.815/80) e instruído com cópias da decisão de detenção expedida por autoridade judiciária competente, havendo indicações seguras sobre local, data, natureza e circunstâncias dos fatos delituosos, como se verifica ao se analisar os documentos de fls. 8 a 50 e 140 a 161. Quanto ao atendimento dos requisitos da dupla tipicidade e da dupla punibilidade, também não há dúvida quanto à dupla incriminação, uma vez que os fatos imputados à extraditanda também estão previstos na legislação penal brasileira (tráfico e associação para o tráfico - arts. 33 e 35 da Lei nº 11.343/06). Em atendimento ao disposto nos arts. 77, VI, da Lei nº 6.815/80, cumpre salientar que não ocorreu a prescrição da pretensão executória dos crimes imputados à extraditanda, sob a óptica da legislação de ambos os Estados envolvidos. A sentença condenatória foi prolatada em 4/6/08 e transitou em julgado em 17/6/08. Foi concedida a suspensão condicional da pena, a 5 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034812. Supremo Tribunal Federal EXT 1.274 / DF Brasil e a República Federal da Alemanha tratado de extradição não impede a formulação e o eventual atendimento do pedido extradicional, desde que o Estado requerente, como na espécie, prometa reciprocidade de tratamento ao Brasil, mediante expediente (nota verbal) formalmente transmitido por via diplomática (v.g. Ext nº 1.090/Alemanha, Plenário, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJ de 22/2/08; Ext nº 1.078/Alemanha, Plenário, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJ de 31/10/07; e Ext nº 1.039/Alemanha, Plenário, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 23/11/07). A existência, no caso, de promessa de reciprocidade formulada pelo Estado requerente ao Governo brasileiro, legitima o processamento, na espécie, da ação de extradição passiva, especialmente pelo que assegurado nos itens de a a c da nota verbal encaminhada pelo Ministério da Justiça (fls. 5/6). Os crimes também não possuem conotação política, afastando-se, portanto, a vedação do art. 77 da Lei nº 6.815/80. O pedido formal de extradição foi devidamente apresentado pelo Estado requerente (art. 80 da Lei nº 6.815/80) e instruído com cópias da decisão de detenção expedida por autoridade judiciária competente, havendo indicações seguras sobre local, data, natureza e circunstâncias dos fatos delituosos, como se verifica ao se analisar os documentos de fls. 8 a 50 e 140 a 161. Quanto ao atendimento dos requisitos da dupla tipicidade e da dupla punibilidade, também não há dúvida quanto à dupla incriminação, uma vez que os fatos imputados à extraditanda também estão previstos na legislação penal brasileira (tráfico e associação para o tráfico - arts. 33 e 35 da Lei nº 11.343/06). Em atendimento ao disposto nos arts. 77, VI, da Lei nº 6.815/80, cumpre salientar que não ocorreu a prescrição da pretensão executória dos crimes imputados à extraditanda, sob a óptica da legislação de ambos os Estados envolvidos. A sentença condenatória foi prolatada em 4/6/08 e transitou em julgado em 17/6/08. Foi concedida a suspensão condicional da pena, a 5 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034812. Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 14 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI EXT 1.274 / DF qual foi revogada aos 12/4/11, em razão do cometimento de novo delito de tráfico (a extraditanda foi presa em flagrante no Aeroporto Internacional de Guarulhos por tráfico de drogas). O saldo de pena que tem a cumprir é de 715 dias de prisão. A extraditanda fugiu para o Brasil, onde foi presa em flagrante no dia 11/10/08 e condenada, pelo crime de tráfico de drogas, à pena de 5 anos e 10 meses de reclusão. Pela legislação alienígena, a prescrição executória, segundo o § 79 do Código Penal alemão “é de dez anos para penas de prisão de mais de um ano até cinco anos”. Esse mesmo diploma legal, em seu § 79a, dispõe que "a prescrição fica suspensa enquanto seja permitida ao condenado a suspensão ou interrupção da execução". Portanto, como o trânsito em julgado ocorreu em 4/6/08 e a suspensão condicional da pena vigorou até 12/4/11, não se verifica o transcurso do prazo prescricional. A prescrição da pretensão executória no Brasil, em consonância ao que dispõe o art. 119 do Código Penal, “no caso de concurso de crimes, (...) incidirá sobre a pena de cada um isoladamente” e, concedida a suspensão condicional, “a prescrição começa a correr do dia em que transita em julgado a sentença que revoga a suspensão (CP, art. 112, I). De outro lado, “depois de passada em julgado a sentença condenatória, a prescrição não corre durante o tempo em que o condenado está preso por outro motivo” (CP, art. 116, parágrafo único). Como bem destacado no parecer do Ministério Público Federal, “ a sentença alemã não especificou a pena de cada um dos dois crimes pelos quais condenada a extraditanda. Mesmo assim, é possível afastar a prescrição dos crimes, considerados isoladamente. É que o menor prazo para os crimes parcelares seria de dois anos (correspondente a um saldo de pena inferior a um ano) que, a toda evidência, não transcorreu desde a interrupção da execução da condenação na Alemanha (12.04.2011)” (fl. 201). A prescrição, ademais, não flui desde o momento em que a 6 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034812. Supremo Tribunal Federal EXT 1.274 / DF qual foi revogada aos 12/4/11, em razão do cometimento de novo delito de tráfico (a extraditanda foi presa em flagrante no Aeroporto Internacional de Guarulhos por tráfico de drogas). O saldo de pena que tem a cumprir é de 715 dias de prisão. A extraditanda fugiu para o Brasil, onde foi presa em flagrante no dia 11/10/08 e condenada, pelo crime de tráfico de drogas, à pena de 5 anos e 10 meses de reclusão. Pela legislação alienígena, a prescrição executória, segundo o § 79 do Código Penal alemão “é de dez anos para penas de prisão de mais de um ano até cinco anos”. Esse mesmo diploma legal, em seu § 79a, dispõe que "a prescrição fica suspensa enquanto seja permitida ao condenado a suspensão ou interrupção da execução". Portanto, como o trânsito em julgado ocorreu em 4/6/08 e a suspensão condicional da pena vigorou até 12/4/11, não se verifica o transcurso do prazo prescricional. A prescrição da pretensão executória no Brasil, em consonância ao que dispõe o art. 119 do Código Penal, “no caso de concurso de crimes, (...) incidirá sobre a pena de cada um isoladamente” e, concedida a suspensão condicional, “a prescrição começa a correr do dia em que transita em julgado a sentença que revoga a suspensão (CP, art. 112, I). De outro lado, “depois de passada em julgado a sentença condenatória, a prescrição não corre durante o tempo em que o condenado está preso por outro motivo” (CP, art. 116, parágrafo único). Como bem destacado no parecer do Ministério Público Federal, “ a sentença alemã não especificou a pena de cada um dos dois crimes pelos quais condenada a extraditanda. Mesmo assim, é possível afastar a prescrição dos crimes, considerados isoladamente. É que o menor prazo para os crimes parcelares seria de dois anos (correspondente a um saldo de pena inferior a um ano) que, a toda evidência, não transcorreu desde a interrupção da execução da condenação na Alemanha (12.04.2011)” (fl. 201). A prescrição, ademais, não flui desde o momento em que a 6 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034812. Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 14 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI EXT 1.274 / DF extraditanda foi presa em flagrante em 11/10/08, por crime cometido no Brasil (CP, art. 116, parágrafo único), ao que se agrega, ainda, a interrupção em razão do trânsito em julgado da condenação posterior no Brasil, ocorrido em 9/2/11 (CP, art. 117, VI). Portanto, sob todos os ângulos, não há que se falar em prescrição da pretensão executória estatal relativa ao delito praticado pela extraditanda, seja sob a óptica da legislação alienígena, seja sob a óptica da legislação brasileira. Afirmo, ainda, que a circunstância de encontrar-se a extraditanda grávida, em vias de dar à luz uma criança que adquirirá a nacionalidade brasileira, não configura óbice ao deferimento da extradição, conforme preceitua o enunciado da Súmula nº 421 desta Suprema Corte: “não impede a extradição a circunstância de ser o extraditando casado com brasileira ou ter filho brasileiro”. Nesse sentido, ressalto julgados recentes do Plenário da Corte: Ext nº 1.178/Uruguai, de minha relatoria, DJe de 22/10/10; Ext nº 1.139/Portugal, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJe de 2/10/09; Ext nº 1.143/Coréia, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, DJe de 21/8/09; Ext nº 1.077/Alemanha, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 3/8/07; e Ext nº1.000/Alemanha, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, DJe de 13/4/07, entre outras. Quanto ao pleito de revogação da prisão preventiva do extraditando (fls. 166 a 171), ressalto a jurisprudência da Corte, preconizada no sentido de que a prisão preventiva é condição de procedibilidade para o processo de extradição e, tendo natureza cautelar, “destina-se, em sua precípua função instrumental, a assegurar a execução de eventual ordem de extradição” (Ext nº 579-QO, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 10/9/93), nos termos dos arts. 81 e 84 da Lei nº 6.815/90, não comportando a liberdade provisória ou a prisão domiciliar, salvo em situação excepcional, não constatada na espécie. Por outro lado, observo que, segundo informações do Departamento de Polícia Federal (fl. 180), a pena da extraditanda foi majorada pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região para 5 anos e 10 meses de 7 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034812. Supremo Tribunal Federal EXT 1.274 / DF extraditanda foi presa em flagrante em 11/10/08, por crime cometido no Brasil (CP, art. 116, parágrafo único), ao que se agrega, ainda, a interrupção em razão do trânsito em julgado da condenação posterior no Brasil, ocorrido em 9/2/11 (CP, art. 117, VI). Portanto, sob todos os ângulos, não há que se falar em prescrição da pretensão executória estatal relativa ao delito praticado pela extraditanda, seja sob a óptica da legislação alienígena, seja sob a óptica da legislação brasileira. Afirmo, ainda, que a circunstância de encontrar-se a extraditanda grávida, em vias de dar à luz uma criança que adquirirá a nacionalidade brasileira, não configura óbice ao deferimento da extradição, conforme preceitua o enunciado da Súmula nº 421 desta Suprema Corte: “não impede a extradição a circunstância de ser o extraditando casado com brasileira ou ter filho brasileiro”. Nesse sentido, ressalto julgados recentes do Plenário da Corte: Ext nº 1.178/Uruguai, de minha relatoria, DJe de 22/10/10; Ext nº 1.139/Portugal, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJe de 2/10/09; Ext nº 1.143/Coréia, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, DJe de 21/8/09; Ext nº 1.077/Alemanha, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 3/8/07; e Ext nº1.000/Alemanha, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, DJe de 13/4/07, entre outras. Quanto ao pleito de revogação da prisão preventiva do extraditando (fls. 166 a 171), ressalto a jurisprudência da Corte, preconizada no sentido de que a prisão preventiva é condição de procedibilidade para o processo de extradição e, tendo natureza cautelar, “destina-se, em sua precípua função instrumental, a assegurar a execução de eventual ordem de extradição” (Ext nº 579-QO, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 10/9/93), nos termos dos arts. 81 e 84 da Lei nº 6.815/90, não comportando a liberdade provisória ou a prisão domiciliar, salvo em situação excepcional, não constatada na espécie. Por outro lado, observo que, segundo informações do Departamento de Polícia Federal (fl. 180), a pena da extraditanda foi majorada pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região para 5 anos e 10 meses de 7 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034812. Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 14 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI EXT 1.274 / DF reclusão, e que foi decretada a expulsão da extraditanda. Portanto, no meu entendimento, encontram-se presentes todos os requisitos legais necessários ao deferimento da extradição. Ante o exposto, e considerando que o Estado requerente assumiu os compromissos previstos no art. 91 da Lei nº 6.815/80 (fl. 164), defiro o pedido de extradição. Ressalto, finalmente, em vista da informação de que a extraditanda se encontra igualmente presa em decorrência da prática do delito previsto no art. 33 da Lei nº 11.343/06 (fls. 195 e 203/214), que haveria a necessidade, quanto a sua entrega ao Estado requerente, de observância do disposto no art. 89 da Lei nº 6.815/80. Ocorre que, de acordo com o disposto no art. 67 do mesmo estatuto, já houve determinação de sua expulsão do território brasileiro (fls. 196/197). Informo, para esse fim, que a extraditanda foi mantida presa, preventivamente, em virtude do pedido de extradição, desde o dia 29/2/12 (fl. 62), havendo, contudo, concomitante cumprimento de pena imposta por crime cometido no Brasil. Nessa conformidade, após o cumprimento da sanção corporal imposta pela justiça brasileira, deve ser efetuada a detração do tempo de prisão ao qual venha ela a ser submetida no Brasil (art. 91, inciso II, da Lei nº 6.815/80). É como voto. 8 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034812. Supremo Tribunal Federal EXT 1.274 / DF reclusão, e que foi decretada a expulsão da extraditanda. Portanto, no meu entendimento, encontram-se presentes todos os requisitos legais necessários ao deferimento da extradição. Ante o exposto, e considerando que o Estado requerente assumiu os compromissos previstos no art. 91 da Lei nº 6.815/80 (fl. 164), defiro o pedido de extradição. Ressalto, finalmente, em vista da informação de que a extraditanda se encontra igualmente presa em decorrência da prática do delito previsto no art. 33 da Lei nº 11.343/06 (fls. 195 e 203/214), que haveria a necessidade, quanto a sua entrega ao Estado requerente, de observância do disposto no art. 89 da Lei nº 6.815/80. Ocorre que, de acordo com o disposto no art. 67 do mesmo estatuto, já houve determinação de sua expulsão do território brasileiro (fls. 196/197). Informo, para esse fim, que a extraditanda foi mantida presa, preventivamente, em virtude do pedido de extradição, desde o dia 29/2/12 (fl. 62), havendo, contudo, concomitante cumprimento de pena imposta por crime cometido no Brasil. Nessa conformidade, após o cumprimento da sanção corporal imposta pela justiça brasileira, deve ser efetuada a detração do tempo de prisão ao qual venha ela a ser submetida no Brasil (art. 91, inciso II, da Lei nº 6.815/80). É como voto. 8 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034812. Inteiro Teor do Acórdão - Página 12 de 14 Notas para o Voto 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA EXTRADIÇÃO 1.274 DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI REQTE.(S) :GOVERNO DA ALEMANHA EXTDO.(A/S) :NINA KOSSIN PROC.(A/S)(ES) :DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL NOTAS PARA O VOTO A SENHORA MINISTRA ROSA WEBER - Senhor Presidente, concordo com Vossa Excelência no sentido de que não existe nenhum óbice legal em extradição pelo fato de a extraditanda estar grávida. Agora, fico com alguma dificuldade porque não sei se a data do parto está próxima, não haveria possibilidade, isso ocorreu-me em função da proteção ao nascituro, caso pudesse postergar por alguns meses. Quando vi o material de Vossa Excelência fiquei a refletir - quem sabe seis meses. Confesso, apenas foi algo que me ocorreu, mas estou acompanhando Vossa Excelência no sentido de que, de fato, não há nenhum óbice e que estão presentes todos os requisitos e que seria o caso de deferir a extradição. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3066693. Supremo Tribunal Federal 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA EXTRADIÇÃO 1.274 DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI REQTE.(S) :GOVERNO DA ALEMANHA EXTDO.(A/S) :NINA KOSSIN PROC.(A/S)(ES) :DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL NOTAS PARA O VOTO A SENHORA MINISTRA ROSA WEBER - Senhor Presidente, concordo com Vossa Excelência no sentido de que não existe nenhum óbice legal em extradição pelo fato de a extraditanda estar grávida. Agora, fico com alguma dificuldade porque não sei se a data do parto está próxima, não haveria possibilidade, isso ocorreu-me em função da proteção ao nascituro, caso pudesse postergar por alguns meses. Quando vi o material de Vossa Excelência fiquei a refletir - quem sabe seis meses. Confesso, apenas foi algo que me ocorreu, mas estou acompanhando Vossa Excelência no sentido de que, de fato, não há nenhum óbice e que estão presentes todos os requisitos e que seria o caso de deferir a extradição. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3066693. Inteiro Teor do Acórdão - Página 13 de 14 Decisão de Julgamento PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA EXTRADIÇÃO 1.274 PROCED. : DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI REQTE.(S) : GOVERNO DA ALEMANHA EXTDO.(A/S) : NINA KOSSIN PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL Decisão: A Turma deferiu a extradição, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 16.10.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Rodrigo Janot. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3061172 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA EXTRADIÇÃO 1.274 PROCED. : DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI REQTE.(S) : GOVERNO DA ALEMANHA EXTDO.(A/S) : NINA KOSSIN PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL Decisão: A Turma deferiu a extradição, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 16.10.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Rodrigo Janot. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3061172 Inteiro Teor do Acórdão - Página 14 de 14
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3077133
2012-10-16T00:00:00
2012-11-12T00:00:00
A Turma deferiu a extradição, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 16.10.2012.
EXTRADIÇÃO
EMENTA Extradição executória. Governo da Alemanha. Pedido formulado com base em reciprocidade e instruído com os documentos necessários à sua análise. Atendimento aos requisitos da Lei nº 6.815/80. Tráfico de entorpecentes e associação para o tráfico. Prescrição. Não ocorrência, tanto sob a óptica da legislação alienígena, quanto sob a óptica da legislação penal brasileira. Existência de prole no Brasil. Causa não obstativa da extradição, segundo a Súmula nº 421 desta Suprema Corte. Revogação da prisão. Não ocorrência de situação excepcional que justifique a revogação da medida constritiva da liberdade da extraditanda. Legitimidade constitucional da prisão cautelar para fins extradicionais. Precedentes. Pedido deferido, assegurando-se a detração do tempo de prisão no Brasil (art. 91, inciso II, da Lei nº 6.815/80). 1. O pedido formulado pelo Governo da Alemanha, com base em reciprocidade, atende aos pressupostos necessários ao seu deferimento, nos termos da Lei nº 6.815/80. 2. Os fatos delituosos imputados à extraditanda correspondem, no Brasil, aos crimes de tráfico de entorpecentes e de associação para o tráfico, previstos nos arts. 33 e 35 da Lei nº 11.343/06, satisfazendo, assim, ao requisito da dupla tipicidade previsto no art. 77, inciso II, da Lei nº 6.815/80. 3. Não ocorrência da prescrição da pretensão executória, tanto pelos textos legais apresentados pelo Estado requerente quanto pela legislação penal brasileira. 4. Pedido instruído com os documentos necessários à sua análise, trazendo, inclusive, detalhes pormenorizados sobre o local, a data, a natureza e as circunstâncias dos fatos delituosos. Portanto, em perfeita consonância com as regras do art. 80, caput, da Lei nº 6.815/80. 5. A circunstância de encontrar-se a extraditanda grávida, em vias de dar à luz uma criança que adquirirá a nacionalidade brasileira, não configura óbice ao deferimento da extradição, conforme preceitua o enunciado da Súmula nº 421 desta Suprema Corte: “não impede a extradição a circunstância de ser o extraditando casado com brasileira ou ter filho brasileiro”. 6. A prisão preventiva é condição de procedibilidade para o processo de extradição e, tendo natureza cautelar, “destina-se, em sua precípua função instrumental, a assegurar a execução de eventual ordem de extradição” (Ext nº 579-QO, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 10/9/93), nos termos dos arts. 81 e 84 da Lei nº 6.815/90, não comportando a liberdade provisória ou a prisão domiciliar, salvo em situações excepcionais. 7. De acordo com o art. 91, inciso II, da Lei nº 6.815/80 o Governo da Alemanha deverá assegurar a detração do tempo durante o qual a extraditanda permanecer presa no Brasil por força do pedido formulado. 8. Extradição deferida.
sjur218366
- Acórdão(s) citado(s): (PRISÃO PREVENTIVA, CONDIÇÃO DE PROCEDIBILIDADE, EXTRADIÇÃO) STF: Ext 579 QO (TP). (PROMESSA DE RECIPROCIDADE, SUFICIÊNCIA) STF: Ext 1090 (TP), Ext 1078 (TP), Ext 1039 (TP). (CASAMENTO COM NACIONAL, FILHO BRASILEIRO, AUSÊNCIA, IMPEDIMENTO, EXTRADIÇÃO) STF: Ext 1178 (TP), Ext 1139 (TP), Ext 1143 (TP), Ext 1077 (TP), Ext 1000 (TP). - Legislação estrangeira citada: § 79 do Código Penal alemão. Número de páginas: 14. Análise: 20/11/2012, MMR. Revisão: 30/11/2012, IMC.
DIAS TOFFOLI
Primeira Turma
1274
[ "LEG-FED DEL-002848 ANO-1940\r\n ART-00112 INC-00001 ART-00116 PAR-ÚNICO\r\n ART-00117 INC-00006 ART-00119 \r\n CP-1940 CÓDIGO PENAL\r\n", "LEG-FED LEI-006815 ANO-1980\r\n ART-00067 ART-00077 INC-00002 INC-00006 \r\n ART-00078 INC-00001 ART-00080 \"CAPUT\" \r\n ART-00081 ART-00084 ART-00089 ART-00091\r\n INC-00001 INC-00002\r\n EE-1980 ESTATUTO DO ESTRANGEIRO\r\n", "LEG-FED LEI-011343 ANO-2006\r\n ART-00033 ART-00035 \r\n LTX-2006 LEI DE TÓXICOS\r\n", "LEG-FED SUMSTF-000421 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF" ]
Ext
acordaos
Ext 1274
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"ICP", "-", "Brasil", "PRIMEIRA TURMA", "GOVERNO DA ALEMANHA", "[UNK] Turma", "Primeira Turma", "Infra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "PRIMEIRA TURMA", "[UNK] Turma", "Primeira Turma", "Infra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil" ], "PESSOA": [ "DIAS TOFFOLI", "NINA KOSSIN", "Celso de Mello", "Dias Toffoli", "DIAS TOFFOLI", "Celso de Mello", "Dias Toffoli", "DIAS TOFFOLI", "DIAS TOFFOLI", "NINA KOSSIN", "DIAS TOFFOLI", "Nina Kossin", "DIAS TOFFOLI", "NINA KOSSIN", "DIAS TOFFOLI", "Nina Kossin", "Edson Oliveira de Almeida", "Edson Oliveira de Almeida", "DIAS TOFFOLI", "DIAS TOFFOLI", "Nina Kossin", "Afam Joseph Odo em", "Bruder", "Andreas John", "Frank John", "Odo", "Kelvin John", "‘", "Prince ’", "Pat Matu", "DIAS TOFFOLI", "Nina Kossin", "Afam", "Joseph Odo em Vechelde", "Bruder ’", "Andreas John", "Frank John", "Odo", "Kelvin John", "Prince", "Pat Matu", "DIAS TOFFOLI", "John", "‘", "Prince", "John", "Kelvin John", "Odo", "John", "Elvis", "John", "John", "John", "Stefan Schiller", "John", "‘", "John", "Kelvin John", "Odo", "John", "Elvis", "John", "John", "John", "Stefan Schiller", "DIAS TOFFOLI", "John", "John", "John", "Obosi", "John", "Kelvin John", "Samuel Osmani", "John", "John", "John", "John", "Obosi", "John", "Kelvin", "John", "Samuel Osmani", "John", "DIAS TOFFOLI", "John", "‘", "Esbi", "‘", "Agali", "’", "John", "Esbi", "Agali", "’", "John", "DIAS TOFFOLI", "Cármen Lúcia", "Gilmar Mendes", "Celso de Mello", "Cármen Lúcia", "Gilmar Mendes", "Celso de Mello", "DIAS TOFFOLI", "DIAS TOFFOLI", "Ellen Gracie", "Joaquim Barbosa", "Cármen Lúcia", "Joaquim Barbosa", "Celso de Mello", "Ellen Gracie", "Joaquim Barbosa", "Cármen Lúcia", "Joaquim Barbosa", "Celso de Mello", "DIAS TOFFOLI", "DIAS TOFFOLI", "NINA KOSSIN", "ROSA WEBER", "DIAS TOFFOLI", "NINA KOSSIN", "ROSA WEBER", "DIAS TOFFOLI", "NINA KOSSIN", "Dias Toffoli", "Dias Toffoli", "Marco Aurélio", "Luiz Fux", "Rosa Weber", "Rodrigo Janot", "Carmen Lilian Oliveira de Souza", "DIAS TOFFOLI", "NINA KOSSIN", "Dias Toffoli", "Dias Toffoli", "Marco Aurélio", "Luiz Fux", "Rosa Weber", "Rodrigo Janot", "Carmen Lilian Oliveira de Souza" ], "TEMPO": [ "16", "/", "10", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "12", "/", "11", "/", "2012", "10", "/", "9", "/", "93", "16 de outubro de 2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "10", "/", "9", "/", "93", "16 de outubro de 2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "16", "/", "10", "/", "2012", "17 de julho de 2008", "9", "/", "2", "/", "12", "29", "/", "2", "/", "12", "24", "/", "08", "/", "2001", "16", "/", "10", "/", "2012", "17 de julho de 2008", "9", "/", "2", "/", "12", "29", "/", "2", "/", "12", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "16", "/", "10", "/", "2012", "outubro de 2005", "29", ".", "11", ".", "2007", "2007", "24", "/", "08", "/", "2001", "16", "/", "10", "/", "2012", "outubro de 2005", "29", ".", "11", ".", "2007", "2007", "24", "/", "08", "/", "2001", "fim", "outubro", "27", ".", "11", ".", "2007", "29", ".", "11", ".", "2007", "24", "/", "08", "/", "2001", "fim", "outubro", "27", ".", "11", ".", "2007", "29", ".", "11", ".", "2007", "24", "/", "08", "/", "2001", "agosto de 2007", "agosto de 2007", "24", "/", "08", "/", "2001", "agosto de 2007", "agosto de 2007", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", ".", "10", ".", "2007", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", ".", "10", ".", "2007", "24", "/", "08", "/", "2001", "22", "/", "2", "/", "08", "31", "/", "10", "/", "07", "23", "/", "11", "/", "07", "4", "/", "6", "/", "08", "17", "/", "6", "/", "08", "24", "/", "08", "/", "2001", "22", "/", "2", "/", "08", "31", "/", "10", "/", "07", "23", "/", "11", "/", "07", "4", "/", "6", "/", "08", "17", "/", "6", "/", "08", "24", "/", "08", "/", "2001", "12", "/", "4", "/", "11", "11", "/", "10", "/", "08", "4", "/", "6", "/", "08", "12", "/", "4", "/", "11", "12", ".", "04", ".", "2011", 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Ementa e Acórdão 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NOS EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 846.377 CEARÁ RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) :SINDICATO DOS SERVIDORES PÚBLICOS DO MUNICÍPIO DE FORTALEZA - SINDIFORT ADV.(A/S) :RODRIGO BARBOSA TELES DE CARVALHO ADV.(A/S) :THIAGO CÂMARA LOUREIRO AGDO.(A/S) :INSTITUTO DE PREVIDENCIA DO MUNICÍPIO DE FORTALEZA - IPM PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE FORTALEZA EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. SERVIDORES PÚBLICOS MUNICIPAIS. IMPOSSIBILIDADE DE EQUIPARAÇÃO DE VENCIMENTOS POR DECISÃO JUDICIAL SOB O FUNDAMENTO DO PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL DA ISONOMIA: SÚMULA N. 339 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a Presidência do Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, à unanimidade, em negar provimento ao agravo regimental nos embargos de declaração no agravo de instrumento, nos termos do voto da Relatora. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Ministro Joaquim Barbosa. Brasília, 25 de setembro de 2012. Ministra CÁRMEN LÚCIA - Relatora Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3020692. Supremo Tribunal Federal DJe 05/11/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 10 Relatório 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NOS EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 846.377 CEARÁ RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) :SINDICATO DOS SERVIDORES PÚBLICOS DO MUNICÍPIO DE FORTALEZA - SINDIFORT ADV.(A/S) :RODRIGO BARBOSA TELES DE CARVALHO ADV.(A/S) :THIAGO CÂMARA LOUREIRO AGDO.(A/S) :INSTITUTO DE PREVIDENCIA DO MUNICÍPIO DE FORTALEZA - IPM PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE FORTALEZA R E L A T Ó R I O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA (Relatora): 1. Em 22 de maio de 2012, neguei seguimento ao agravo de instrumento contra despacho de inadmissibilidade de recurso extraordinário interposto pelo Sindicato dos Servidores Públicos do Munício de Fortaleza - Sindifort contra julgado do Tribunal de Justiça do Ceará, o qual deu provimento à remessa necessária para julgar improcedente pedido de equiparação de vencimentos. A decisão agravada teve a seguinte fundamentação: “5. Razão jurídica não assiste ao Agravante. O Desembargador Relator do caso no Tribunal de Justiça do Ceará afirmou: Pretendem os servidores expressamente, e em nome do princípio da isonomia, obter a extensão dos efeitos de uma decisão proferida em sede de reclamação trabalhista, que reconheceu o direito dos servidores apontados como paradigmas de obterem incremento salarial. A causa de pedir, portanto, é relativa a situações oriundas de julgados da Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3020693. Supremo Tribunal Federal 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NOS EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 846.377 CEARÁ RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) :SINDICATO DOS SERVIDORES PÚBLICOS DO MUNICÍPIO DE FORTALEZA - SINDIFORT ADV.(A/S) :RODRIGO BARBOSA TELES DE CARVALHO ADV.(A/S) :THIAGO CÂMARA LOUREIRO AGDO.(A/S) :INSTITUTO DE PREVIDENCIA DO MUNICÍPIO DE FORTALEZA - IPM PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE FORTALEZA R E L A T Ó R I O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA (Relatora): 1. Em 22 de maio de 2012, neguei seguimento ao agravo de instrumento contra despacho de inadmissibilidade de recurso extraordinário interposto pelo Sindicato dos Servidores Públicos do Munício de Fortaleza - Sindifort contra julgado do Tribunal de Justiça do Ceará, o qual deu provimento à remessa necessária para julgar improcedente pedido de equiparação de vencimentos. A decisão agravada teve a seguinte fundamentação: “5. Razão jurídica não assiste ao Agravante. O Desembargador Relator do caso no Tribunal de Justiça do Ceará afirmou: Pretendem os servidores expressamente, e em nome do princípio da isonomia, obter a extensão dos efeitos de uma decisão proferida em sede de reclamação trabalhista, que reconheceu o direito dos servidores apontados como paradigmas de obterem incremento salarial. A causa de pedir, portanto, é relativa a situações oriundas de julgados da Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3020693. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 10 Relatório AI 846.377 ED-AGR / CE Justiça do Trabalho. (...) Além disso, conquanto seja lídimo aos servidores públicos buscarem no Judiciário a satisfação de seus direitos, dada a reiterada desídia do Executivo em cumprir tal mister, já é cediço nos tribunais pátrios o entendimento pela impossibilidade de o Judiciário conceder aumento de vencimentos com fundamento no princípio da isonomia. Incidência da Súmula n. 339 do Supremo Tribunal Federal (fls. 32- Pretendem os servidores expressamente, e em nome do princípio da isonomia, obter a extensão dos efeitos de uma decisão proferida em sede de reclamação trabalhista, que reconheceu o direito dos servidores apontados como paradigmas de obterem incremento salarial. A causa de pedir, portanto, é relativa a situações oriundas de julgados da Justiça do Trabalho (fls. 32-33). O acórdão recorrido harmoniza-se com a Súmula n. 339 deste Supremo Tribunal: Não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar vencimentos de servidores públicos sob fundamento de isonomia. Nesse sentido: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. ISONOMIA. IMPOSSIBILIDADE. INCIDÊNCIA DA SÚMULA N. 339 DO STF. 1. O Poder Judiciário não pode conceder aumento a servidores públicos ou a militares com fundamento no princípio da isonomia, uma vez que não possui atribuição legislativa. Súmula n. 339 do STF, verbis : Não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar vencimentos de servidores públicos sob fundamento de isonomia. Precedentes: RE n. 355.517, Segunda Turma, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJ de 29.8.2003 e RE n. 247.843-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Luiz Fux, DJe de 15.2.2012. 2. In casu , o acórdão recorrido assentou: CONSTITUCIONAL/ADMNISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. EQUIPARAÇÃO VENCIMENTAL POR ISONOMIA. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3020693. Supremo Tribunal Federal AI 846.377 ED-AGR / CE Justiça do Trabalho. (...) Além disso, conquanto seja lídimo aos servidores públicos buscarem no Judiciário a satisfação de seus direitos, dada a reiterada desídia do Executivo em cumprir tal mister, já é cediço nos tribunais pátrios o entendimento pela impossibilidade de o Judiciário conceder aumento de vencimentos com fundamento no princípio da isonomia. Incidência da Súmula n. 339 do Supremo Tribunal Federal (fls. 32- Pretendem os servidores expressamente, e em nome do princípio da isonomia, obter a extensão dos efeitos de uma decisão proferida em sede de reclamação trabalhista, que reconheceu o direito dos servidores apontados como paradigmas de obterem incremento salarial. A causa de pedir, portanto, é relativa a situações oriundas de julgados da Justiça do Trabalho (fls. 32-33). O acórdão recorrido harmoniza-se com a Súmula n. 339 deste Supremo Tribunal: Não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar vencimentos de servidores públicos sob fundamento de isonomia. Nesse sentido: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. ISONOMIA. IMPOSSIBILIDADE. INCIDÊNCIA DA SÚMULA N. 339 DO STF. 1. O Poder Judiciário não pode conceder aumento a servidores públicos ou a militares com fundamento no princípio da isonomia, uma vez que não possui atribuição legislativa. Súmula n. 339 do STF, verbis : Não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar vencimentos de servidores públicos sob fundamento de isonomia. Precedentes: RE n. 355.517, Segunda Turma, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJ de 29.8.2003 e RE n. 247.843-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Luiz Fux, DJe de 15.2.2012. 2. In casu , o acórdão recorrido assentou: CONSTITUCIONAL/ADMNISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. EQUIPARAÇÃO VENCIMENTAL POR ISONOMIA. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3020693. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 10 Relatório AI 846.377 ED-AGR / CE IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA N. 339 DO STF. VEDAÇÃO DE FIXAÇÃO DE VENCIMENTO EM VALORES MÚLTIPLOS DO SALÁRIO MÍNIMO. SÚMULA VINCULANTE N. 4. De acordo com julgados do Supremo Tribunal Federal, não pode o Judiciário conceder aumento a servidores públicos sob o fundamento da isonomia, uma vez que este não possui função legislativa, a teor da Súmula n. 339 do STF. Ademais, também não se pode aumentar vencimentos com base em valores múltiplos do salário mínimo, nos termos da Súmula vinculante n. 4. Apelação conhecida e improvida. Sentença mantida. Maioria. 3. Agravo regimental a que se nega provimento (AI 804.586-AgR, Rel. Min. Luiz Fux, Primeira Turma, DJe 20.4.2012). A decisão agravada, embasada nos dados constantes do acórdão recorrido, harmoniza-se com a jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal, razão pela qual nada há a prover quanto às alegações do Agravante. 6. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 557, caput do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno no Supremo Tribunal Federal) (fls. 146-148). 2. Publicada essa decisão no DJe de 24.5.2012 (fl. 149), interpõe o Sindicato dos Servidores Públicos do Munício de Fortaleza - Sindifort, em 29.5.2012, tempestivamente, agravo regimental (fls. 153-182). 3. Alega o Agravante que não se pode dizer que o pedido conflita com a Súmula n. 339, pois, em verdade, procuram acabar com a discriminação decorrente do não cumprimento de uma lei que havia concedido aos servidores um vencimento-base, mas que foi simplesmente ignorada pelo Poder Executivo municipal (fl. 157). Sustenta que o enunciado da súmula não pode impedir o servidor público de procurar a equiparação vencimental e muito menos ser aplicada irrestrita e indiscriminadamente, embora se saiba do previsto nos inc. X, XI, do art. 37 e § 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3020693. Supremo Tribunal Federal AI 846.377 ED-AGR / CE IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA N. 339 DO STF. VEDAÇÃO DE FIXAÇÃO DE VENCIMENTO EM VALORES MÚLTIPLOS DO SALÁRIO MÍNIMO. SÚMULA VINCULANTE N. 4. De acordo com julgados do Supremo Tribunal Federal, não pode o Judiciário conceder aumento a servidores públicos sob o fundamento da isonomia, uma vez que este não possui função legislativa, a teor da Súmula n. 339 do STF. Ademais, também não se pode aumentar vencimentos com base em valores múltiplos do salário mínimo, nos termos da Súmula vinculante n. 4. Apelação conhecida e improvida. Sentença mantida. Maioria. 3. Agravo regimental a que se nega provimento (AI 804.586-AgR, Rel. Min. Luiz Fux, Primeira Turma, DJe 20.4.2012). A decisão agravada, embasada nos dados constantes do acórdão recorrido, harmoniza-se com a jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal, razão pela qual nada há a prover quanto às alegações do Agravante. 6. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 557, caput do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno no Supremo Tribunal Federal) (fls. 146-148). 2. Publicada essa decisão no DJe de 24.5.2012 (fl. 149), interpõe o Sindicato dos Servidores Públicos do Munício de Fortaleza - Sindifort, em 29.5.2012, tempestivamente, agravo regimental (fls. 153-182). 3. Alega o Agravante que não se pode dizer que o pedido conflita com a Súmula n. 339, pois, em verdade, procuram acabar com a discriminação decorrente do não cumprimento de uma lei que havia concedido aos servidores um vencimento-base, mas que foi simplesmente ignorada pelo Poder Executivo municipal (fl. 157). Sustenta que o enunciado da súmula não pode impedir o servidor público de procurar a equiparação vencimental e muito menos ser aplicada irrestrita e indiscriminadamente, embora se saiba do previsto nos inc. X, XI, do art. 37 e § 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3020693. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 10 Relatório AI 846.377 ED-AGR / CE 4º do art. 39 da Constituição da República (fl. 159). Afirma que não se trata de hipótese de vinculação ao salário mínimo, já que, uma vez reconhecido o direito das servidoras à isonomia, os seus vencimentos continuarão atualizados de acordo com o reajuste anual do serviço público municipal e não de acordo com o reajuste do salário mínimo (fl. 180) Requer a reconsideração da decisão agravada ou o provimento do presente recurso. É o relatório. 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3020693. Supremo Tribunal Federal AI 846.377 ED-AGR / CE 4º do art. 39 da Constituição da República (fl. 159). Afirma que não se trata de hipótese de vinculação ao salário mínimo, já que, uma vez reconhecido o direito das servidoras à isonomia, os seus vencimentos continuarão atualizados de acordo com o reajuste anual do serviço público municipal e não de acordo com o reajuste do salário mínimo (fl. 180) Requer a reconsideração da decisão agravada ou o provimento do presente recurso. É o relatório. 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3020693. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 10 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NOS EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 846.377 CEARÁ V OTO A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA (Relatora): 1. Razão jurídica não assiste ao Agravante. 2. Na espécie vertente, o Tribunal a quo assentou: “Aduziu o sindicato que as remunerações dos servidores paradigmas são superiores àquelas dos servidores substituídos, por serem eles beneficiários de decisões transitadas em julgado que lhe asseguraram o direito à percepção do padrão vencimental instituído pelos Decretos municipais n. 7.809/88 e 7.853/88, aprovaram o Quadro de Pessoal e o Plano de Classificação e Redistribuição dos Cargos e Empregos da Extinta Superintendência Municipal de Obras e Viação SUMOV. (…) Embora o ilustre magistrado a quo tenha decidido a lide invocando a garantia constitucional de isonomia de vencimentos para uma mesa categoria profissional, tenho que, a uma análise de todo o caderno processual, não há ambiente fático-jurídico para confirmar a respeitável sentença. Pretendem os servidores expressamente em nome do princípio da isonomia, obter a extensão dos efeitos de uma decisão proferida em sede de reclamação trabalhista, que reconheceu o direito dos servidores apontados como paradigmas de obterem incremento salarial. A causa de pedir, portanto, é relativa a situações oriundas de julgados da Justiça do Trabalho. Nesse caso, perfilho-me ao entendimento de que devem ser respeitados os limites subjetivos da coisa julgada nos termos do art. 472 do CPC: (...). Ou seja, a sentença de mérito aproveitará às partes que participaram da relação jurídica processual posta à apreciação. Assim, não podem os efeitos de uma decisão proferida no âmbito da Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3020694. Supremo Tribunal Federal 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NOS EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 846.377 CEARÁ V OTO A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA (Relatora): 1. Razão jurídica não assiste ao Agravante. 2. Na espécie vertente, o Tribunal a quo assentou: “Aduziu o sindicato que as remunerações dos servidores paradigmas são superiores àquelas dos servidores substituídos, por serem eles beneficiários de decisões transitadas em julgado que lhe asseguraram o direito à percepção do padrão vencimental instituído pelos Decretos municipais n. 7.809/88 e 7.853/88, aprovaram o Quadro de Pessoal e o Plano de Classificação e Redistribuição dos Cargos e Empregos da Extinta Superintendência Municipal de Obras e Viação SUMOV. (…) Embora o ilustre magistrado a quo tenha decidido a lide invocando a garantia constitucional de isonomia de vencimentos para uma mesa categoria profissional, tenho que, a uma análise de todo o caderno processual, não há ambiente fático-jurídico para confirmar a respeitável sentença. Pretendem os servidores expressamente em nome do princípio da isonomia, obter a extensão dos efeitos de uma decisão proferida em sede de reclamação trabalhista, que reconheceu o direito dos servidores apontados como paradigmas de obterem incremento salarial. A causa de pedir, portanto, é relativa a situações oriundas de julgados da Justiça do Trabalho. Nesse caso, perfilho-me ao entendimento de que devem ser respeitados os limites subjetivos da coisa julgada nos termos do art. 472 do CPC: (...). Ou seja, a sentença de mérito aproveitará às partes que participaram da relação jurídica processual posta à apreciação. Assim, não podem os efeitos de uma decisão proferida no âmbito da Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3020694. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 10 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA AI 846.377 ED-AGR / CE Justiça trabalhista beneficiar os autores substituídos, já que sequer integraram a lide na qual os paradigmas obtiveram as vantagens ora pleiteadas. Além disso, conquanto seja lídimo aos servidores públicos buscarem no Judiciário a satisfação de seus direitos, dada a reiterada desídia do Executivo em cumprir tal mister, já é cediço nos tribunais pátrios o entendimento pela impossibilidade de o Judiciário conceder o aumento de vencimentos com fundamento no princípio da isonomia. Incidência da Súmula n. 339 do Supremo Tribunal Federal” (fls. 31- 36). 3. Como afirmado na decisão agravada, o Poder Judiciário não pode equiparar vencimentos sob o fundamento do princípio constitucional da isonomia, conforme entendimento consolidado na Súmula n. 339 do Supremo Tribunal Federal: “Não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar vencimentos de servidores públicos sob fundamento de isonomia”. Nesse sentido: “Servidor público. Isonomia. Artigo 39, § 1º, da Constituição Federal. Súmula 339 do STF. Esta Corte, como demonstram os precedentes invocados no parecer da Procuradoria-Geral da República, tem entendido que continua em vigor, em face da atual Constituição, a súmula 339 (Não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar vencimentos de servidores públicos, sob fundamento de isonomia), porquanto o § 1º do artigo 39 da Carta Magna é preceito dirigido ao legislador, a quem compete concretizar o princípio da isonomia, considerando especificamente os casos de atribuições iguais ou assemelhadas, não cabendo ao Poder Judiciário substituir-se ao legislador. Contra lei que viola o princípio da isonomia é cabível, no âmbito do controle concentrado, ação direta de inconstitucionalidade por omissão, que, se procedente, dará margem a que dessa declaração seja dada ciência ao Poder Legislativo para que 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3020694. Supremo Tribunal Federal AI 846.377 ED-AGR / CE Justiça trabalhista beneficiar os autores substituídos, já que sequer integraram a lide na qual os paradigmas obtiveram as vantagens ora pleiteadas. Além disso, conquanto seja lídimo aos servidores públicos buscarem no Judiciário a satisfação de seus direitos, dada a reiterada desídia do Executivo em cumprir tal mister, já é cediço nos tribunais pátrios o entendimento pela impossibilidade de o Judiciário conceder o aumento de vencimentos com fundamento no princípio da isonomia. Incidência da Súmula n. 339 do Supremo Tribunal Federal” (fls. 31- 36). 3. Como afirmado na decisão agravada, o Poder Judiciário não pode equiparar vencimentos sob o fundamento do princípio constitucional da isonomia, conforme entendimento consolidado na Súmula n. 339 do Supremo Tribunal Federal: “Não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar vencimentos de servidores públicos sob fundamento de isonomia”. Nesse sentido: “Servidor público. Isonomia. Artigo 39, § 1º, da Constituição Federal. Súmula 339 do STF. Esta Corte, como demonstram os precedentes invocados no parecer da Procuradoria-Geral da República, tem entendido que continua em vigor, em face da atual Constituição, a súmula 339 (Não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar vencimentos de servidores públicos, sob fundamento de isonomia), porquanto o § 1º do artigo 39 da Carta Magna é preceito dirigido ao legislador, a quem compete concretizar o princípio da isonomia, considerando especificamente os casos de atribuições iguais ou assemelhadas, não cabendo ao Poder Judiciário substituir-se ao legislador. Contra lei que viola o princípio da isonomia é cabível, no âmbito do controle concentrado, ação direta de inconstitucionalidade por omissão, que, se procedente, dará margem a que dessa declaração seja dada ciência ao Poder Legislativo para que 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3020694. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 10 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA AI 846.377 ED-AGR / CE aplique, por lei, o referido princípio constitucional; já na esfera do controle difuso, vício dessa natureza só pode conduzir à declaração de inconstitucionalidade da norma que infringiu esse princípio, o que, eliminando o beneficio dado a um cargo quando deveria abranger também outros com atribuições iguais ou assemelhadas, impede a sua extensão a estes. Dessa orientação divergiu o acórdão recorrido. Recurso extraordinário conhecido e provido” (RE 173.252, Rel. Min. Moreira Alves, Plenário, DJ 18.5.2001). Cumpre ressaltar que esse entendimento tem sido aplicado aos casos análogos ao dos autos: “AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. EQUIPARAÇÃO SALARIAL DE SERVIDORES. REAJUSTE DE PROVENTOS COM FUNDAMENTO EM ISONOMIA. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA 339 DO STF. PRECEDENTES. AGRAVO IMPROVIDO. I A teor do Súmula 339 do STF, não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar vencimentos de servidores públicos sob fundamento de isonomia. Precedentes. II Agravo regimental improvido” (AI 804.582-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Primeira Turma, Dje 30.11.2010). “AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. REPOSICIONAMENTO DE SERVIDOR. PRINCÍPIOS DA LEGALIDADE E DA SEPARAÇÃO DOS PODERES. SÚMULA 339. Não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa, conceder aumentos a servidores com base no argumento de violação de eventual isonomia. Súmula 339. Agravo regimental a que se nega provimento” (RE 378.141-AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa, Segunda Turma, Dje 30.4.2010). E ainda: AI 830.909, de minha relatoria, Dje 7.2.2011, trânsito em julgado em 17.2.2011; e AI 775.268, Rel. Min. Dias Toffoli, Dje 31.8.2010, trânsito em julgado em 10.9.2010. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3020694. Supremo Tribunal Federal AI 846.377 ED-AGR / CE aplique, por lei, o referido princípio constitucional; já na esfera do controle difuso, vício dessa natureza só pode conduzir à declaração de inconstitucionalidade da norma que infringiu esse princípio, o que, eliminando o beneficio dado a um cargo quando deveria abranger também outros com atribuições iguais ou assemelhadas, impede a sua extensão a estes. Dessa orientação divergiu o acórdão recorrido. Recurso extraordinário conhecido e provido” (RE 173.252, Rel. Min. Moreira Alves, Plenário, DJ 18.5.2001). Cumpre ressaltar que esse entendimento tem sido aplicado aos casos análogos ao dos autos: “AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. EQUIPARAÇÃO SALARIAL DE SERVIDORES. REAJUSTE DE PROVENTOS COM FUNDAMENTO EM ISONOMIA. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA 339 DO STF. PRECEDENTES. AGRAVO IMPROVIDO. I A teor do Súmula 339 do STF, não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar vencimentos de servidores públicos sob fundamento de isonomia. Precedentes. II Agravo regimental improvido” (AI 804.582-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Primeira Turma, Dje 30.11.2010). “AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. REPOSICIONAMENTO DE SERVIDOR. PRINCÍPIOS DA LEGALIDADE E DA SEPARAÇÃO DOS PODERES. SÚMULA 339. Não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa, conceder aumentos a servidores com base no argumento de violação de eventual isonomia. Súmula 339. Agravo regimental a que se nega provimento” (RE 378.141-AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa, Segunda Turma, Dje 30.4.2010). E ainda: AI 830.909, de minha relatoria, Dje 7.2.2011, trânsito em julgado em 17.2.2011; e AI 775.268, Rel. Min. Dias Toffoli, Dje 31.8.2010, trânsito em julgado em 10.9.2010. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3020694. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 10 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA AI 846.377 ED-AGR / CE 4. Os argumentos do Agravante, insuficientes para modificar a decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente prestação jurisdicional. 5. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental. 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3020694. Supremo Tribunal Federal AI 846.377 ED-AGR / CE 4. Os argumentos do Agravante, insuficientes para modificar a decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente prestação jurisdicional. 5. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental. 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3020694. Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 10 Decisão de Julgamento SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NOS EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 846.377 PROCED. : CEARÁ RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) : SINDICATO DOS SERVIDORES PÚBLICOS DO MUNICÍPIO DE FORTALEZA - SINDIFORT ADV.(A/S) : RODRIGO BARBOSA TELES DE CARVALHO ADV.(A/S) : THIAGO CÂMARA LOUREIRO AGDO.(A/S) : INSTITUTO DE PREVIDENCIA DO MUNICÍPIO DE FORTALEZA - IPM PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE FORTALEZA Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 25.09.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Subprocurador-Geral da República, Dr. Francisco de Assis Vieira Sanseverino. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3035371 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NOS EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 846.377 PROCED. : CEARÁ RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) : SINDICATO DOS SERVIDORES PÚBLICOS DO MUNICÍPIO DE FORTALEZA - SINDIFORT ADV.(A/S) : RODRIGO BARBOSA TELES DE CARVALHO ADV.(A/S) : THIAGO CÂMARA LOUREIRO AGDO.(A/S) : INSTITUTO DE PREVIDENCIA DO MUNICÍPIO DE FORTALEZA - IPM PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE FORTALEZA Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 25.09.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Subprocurador-Geral da República, Dr. Francisco de Assis Vieira Sanseverino. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3035371 Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 10
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3042051
2012-09-25T00:00:00
2012-11-05T00:00:00
A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 25.09.2012.
AG.REG. NOS EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO
EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. SERVIDORES PÚBLICOS MUNICIPAIS. IMPOSSIBILIDADE DE EQUIPARAÇÃO DE VENCIMENTOS POR DECISÃO JUDICIAL SOB O FUNDAMENTO DO PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL DA ISONOMIA: SÚMULA N. 339 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.
sjur217811
- Acórdãos citados: (SÚMULA 339) STF: RE 173252 (TP), AI 804582 AgR (1ªT), RE 378141 AgR (2ªT). - Decisões monocráticas citadas: (SÚMULA 339) STF: AI 830909, AI 775268. Número de páginas: 10. Análise: 12/11/2012, MAC.
CÁRMEN LÚCIA
Segunda Turma
846377
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AI-ED-AgR
acordaos
AI 846377 ED-AgR
[ "" ]
AGTE.(S) : SINDICATO DOS SERVIDORES PÚBLICOS DO MUNICÍPIO DE FORTALEZA - SINDIFORT ADV.(A/S) : RODRIGO BARBOSA TELES DE CARVALHO ADV.(A/S) : THIAGO CÂMARA LOUREIRO AGDO.(A/S) : INSTITUTO DE PREVIDENCIA DO MUNICÍPIO DE FORTALEZA - IPM PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE FORTALEZA
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"2011", "17", ".", "2", ".", "2011", "31", ".", "8", ".", "2010", "10", ".", "9", ".", "2010", "24", "/", "08", "/", "2001", "18", ".", "5", ".", "2001", "30", ".", "11", ".", "2010", "30", ".", "4", ".", "2010", "7", ".", "2", ".", "2011", "17", ".", "2", ".", "2011", "31", ".", "8", ".", "2010", "10", ".", "9", ".", "2010", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", ".", "09", ".", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", ".", "09", ".", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001" ] }
Ementa e Acórdão 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 678.843 SÃO PAULO RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO AGTE.(S) :MARIA DE FÁTIMA MENGE ADV.(A/S) :CARLOS EDUARDO COLLET E SILVA AGDO.(A/S) :SERGIO LOPES PIRES INTDO.(A/S) :ADRIANA PRATA RECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA FÁTICA E LEGAL. O recurso extraordinário não é meio próprio ao revolvimento da prova, também não servindo à interpretação de normas estritamente legais. RECURSO EXTRAORDINÁRIO – PRESTAÇÃO JURISDICIONAL – DEVIDO PROCESSO LEGAL. Se, de um lado, é possível ter-se situação concreta em que transgredido o devido processo legal a ponto de se enquadrar o recurso extraordinário no permissivo que lhe é próprio, de outro, descabe confundir a ausência de aperfeiçoamento da prestação jurisdicional com a entrega de forma contrária aos interesses do recorrente. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal em desprover o agravo regimental no recurso extraordinário com agravo, nos termos do voto do relator e por unanimidade, em sessão presidida pelo Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata do julgamento e das respectivas notas taquigráficas. Brasília, 16 de outubro de 2012. MINISTRO MARCO AURÉLIO – RELATOR Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3022010. Supremo Tribunal Federal DJe 12/11/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 6 Relatório 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 678.843 SÃO PAULO RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO AGTE.(S) :MARIA DE FÁTIMA MENGE ADV.(A/S) :CARLOS EDUARDO COLLET E SILVA AGDO.(A/S) :SERGIO LOPES PIRES INTDO.(A/S) :ADRIANA PRATA R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Por meio da decisão de folhas 223 e 224, neguei provimento a agravo, consignando: RECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA FÁTICA – INTERPRETAÇÃO DE NORMAS LEGAIS – INVIABILIDADE – DESPROVIMENTO DO AGRAVO. 1. A recorribilidade extraordinária é distinta daquela revelada por simples revisão do que decidido, na maioria das vezes procedida mediante o recurso por excelência – a apelação. Atua-se em sede excepcional à luz da moldura fática delineada soberanamente pelo Tribunal de origem, considerando-se as premissas constantes do acórdão impugnado. A jurisprudência sedimentada é pacífica a respeito, devendo-se ter presente o Verbete nº 279 da Súmula do Supremo: Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário. As razões do extraordinário partem de pressupostos fáticos estranhos ao acórdão atacado, buscando-se, em última análise, o reexame dos elementos probatórios para, com Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3022011. Supremo Tribunal Federal 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 678.843 SÃO PAULO RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO AGTE.(S) :MARIA DE FÁTIMA MENGE ADV.(A/S) :CARLOS EDUARDO COLLET E SILVA AGDO.(A/S) :SERGIO LOPES PIRES INTDO.(A/S) :ADRIANA PRATA R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Por meio da decisão de folhas 223 e 224, neguei provimento a agravo, consignando: RECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA FÁTICA – INTERPRETAÇÃO DE NORMAS LEGAIS – INVIABILIDADE – DESPROVIMENTO DO AGRAVO. 1. A recorribilidade extraordinária é distinta daquela revelada por simples revisão do que decidido, na maioria das vezes procedida mediante o recurso por excelência – a apelação. Atua-se em sede excepcional à luz da moldura fática delineada soberanamente pelo Tribunal de origem, considerando-se as premissas constantes do acórdão impugnado. A jurisprudência sedimentada é pacífica a respeito, devendo-se ter presente o Verbete nº 279 da Súmula do Supremo: Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário. As razões do extraordinário partem de pressupostos fáticos estranhos ao acórdão atacado, buscando-se, em última análise, o reexame dos elementos probatórios para, com Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3022011. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 6 Relatório ARE 678.843 AGR / SP fundamento em quadro diverso, assentar a viabilidade do recurso. A par desse aspecto, descabe confundir a ausência de entrega aperfeiçoada da prestação jurisdicional com decisão contrária aos interesses defendidos. A violência ao devido processo legal não pode ser tomada como uma alavanca para alçar a este Tribunal conflito de interesses com solução na origem. A tentativa acaba por fazer-se voltada à transformação do Supremo em mero revisor dos atos dos demais tribunais do País. Na espécie, o Colegiado de origem procedeu a julgamento fundamentado de forma consentânea com a ordem jurídica. Acresce que o acórdão impugnado mediante o extraordinário revela interpretação de normas estritamente legais, não ensejando campo ao acesso ao Supremo. À mercê de articulação sobre a violência à Carta da República, pretende-se submeter a análise matéria que não se enquadra no inciso III do artigo 102 da Constituição Federal. Este agravo somente serve à sobrecarga da máquina judiciária, ocupando espaço que deveria ser utilizado na apreciação de outro processo. 2. Conheço do agravo e o desprovejo. 3. Publiquem. A agravante, na minuta de folha 227 a 237, insiste na demonstração de ofensa aos artigos 5º, inciso II, e 7º, inciso X, da Constituição Federal, considerada a inconstitucionalidade da penhora incidente sobre salário, determinada em instância ordinária. Sustenta não ser necessário o revolvimento do conjunto fático probatório do processo. A parte agravada, instada a se manifestar, não apresentou contraminuta (certidão de folha 240). É o relatório. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3022011. Supremo Tribunal Federal ARE 678.843 AGR / SP fundamento em quadro diverso, assentar a viabilidade do recurso. A par desse aspecto, descabe confundir a ausência de entrega aperfeiçoada da prestação jurisdicional com decisão contrária aos interesses defendidos. A violência ao devido processo legal não pode ser tomada como uma alavanca para alçar a este Tribunal conflito de interesses com solução na origem. A tentativa acaba por fazer-se voltada à transformação do Supremo em mero revisor dos atos dos demais tribunais do País. Na espécie, o Colegiado de origem procedeu a julgamento fundamentado de forma consentânea com a ordem jurídica. Acresce que o acórdão impugnado mediante o extraordinário revela interpretação de normas estritamente legais, não ensejando campo ao acesso ao Supremo. À mercê de articulação sobre a violência à Carta da República, pretende-se submeter a análise matéria que não se enquadra no inciso III do artigo 102 da Constituição Federal. Este agravo somente serve à sobrecarga da máquina judiciária, ocupando espaço que deveria ser utilizado na apreciação de outro processo. 2. Conheço do agravo e o desprovejo. 3. Publiquem. A agravante, na minuta de folha 227 a 237, insiste na demonstração de ofensa aos artigos 5º, inciso II, e 7º, inciso X, da Constituição Federal, considerada a inconstitucionalidade da penhora incidente sobre salário, determinada em instância ordinária. Sustenta não ser necessário o revolvimento do conjunto fático probatório do processo. A parte agravada, instada a se manifestar, não apresentou contraminuta (certidão de folha 240). É o relatório. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3022011. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 6 Voto - MIN. MARCO AURÉLIO 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 678.843 SÃO PAULO V O T O O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Na interposição deste agravo, observaram-se os pressupostos de recorribilidade. A peça, subscrita por advogado regularmente credenciado, foi protocolada no prazo legal. Conheço. Atentem para o que decidido na origem. A Primeira Turma Cível do Colégio Recursal do Estado de São Paulo negou provimento ao recurso, consignando em síntese (folhas 126): Execução – descumprimento imotivado de parcelamento assumido voluntariamente pela devedora – penhora sobre salário – percentual razoável de 10% que não inviabiliza sustento da devedora – recurso improvido. O deslinde da controvérsia deu-se à luz dos fatos e das provas e sob o ângulo estritamente legal, não considerada a Constituição da República. Anoto não equivaler à negativa de prestação jurisdicional o julgamento fundamentado da controvérsia, mas contrário aos interesses da parte. Está-se diante de conflito de interesses que tem desfecho na origem, não ensejando campo ao acesso ao Supremo. Este recurso ganha contornos protelatórios. Valho-me de trecho do artigo “O Judiciário e a Litigância de Má-fé”, por mim outrora publicado: Observa-se, portanto, a existência de instrumental hábil a inibir-se manobras processuais procrastinatórias. Atento à sinalização de derrocada do Judiciário, sufocado por número de processos estranho à ordem natural das coisas, o Legislador normatizou. Agora, em verdadeira resistência democrática ao que vem acontecendo, compete ao Estado-juiz atuar com desassombro, sob pena de tornar-se o responsável pela falência Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3022012. Supremo Tribunal Federal 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 678.843 SÃO PAULO V O T O O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Na interposição deste agravo, observaram-se os pressupostos de recorribilidade. A peça, subscrita por advogado regularmente credenciado, foi protocolada no prazo legal. Conheço. Atentem para o que decidido na origem. A Primeira Turma Cível do Colégio Recursal do Estado de São Paulo negou provimento ao recurso, consignando em síntese (folhas 126): Execução – descumprimento imotivado de parcelamento assumido voluntariamente pela devedora – penhora sobre salário – percentual razoável de 10% que não inviabiliza sustento da devedora – recurso improvido. O deslinde da controvérsia deu-se à luz dos fatos e das provas e sob o ângulo estritamente legal, não considerada a Constituição da República. Anoto não equivaler à negativa de prestação jurisdicional o julgamento fundamentado da controvérsia, mas contrário aos interesses da parte. Está-se diante de conflito de interesses que tem desfecho na origem, não ensejando campo ao acesso ao Supremo. Este recurso ganha contornos protelatórios. Valho-me de trecho do artigo “O Judiciário e a Litigância de Má-fé”, por mim outrora publicado: Observa-se, portanto, a existência de instrumental hábil a inibir-se manobras processuais procrastinatórias. Atento à sinalização de derrocada do Judiciário, sufocado por número de processos estranho à ordem natural das coisas, o Legislador normatizou. Agora, em verdadeira resistência democrática ao que vem acontecendo, compete ao Estado-juiz atuar com desassombro, sob pena de tornar-se o responsável pela falência Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3022012. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 6 Voto - MIN. MARCO AURÉLIO ARE 678.843 AGR / SP do Judiciário. Cumpre-lhe, sem extravasamento, sem menosprezo ao dever de preservar o direito de defesa das partes, examinar, caso a caso, os recursos enquadráveis como meramente protelatórios, restabelecendo a boa ordem processual. Assim procedendo, honrará a responsabilidade decorrente do ofício, alfim, a própria toga. Ante o quadro, desprovejo o regimental. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3022012. Supremo Tribunal Federal ARE 678.843 AGR / SP do Judiciário. Cumpre-lhe, sem extravasamento, sem menosprezo ao dever de preservar o direito de defesa das partes, examinar, caso a caso, os recursos enquadráveis como meramente protelatórios, restabelecendo a boa ordem processual. Assim procedendo, honrará a responsabilidade decorrente do ofício, alfim, a própria toga. Ante o quadro, desprovejo o regimental. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3022012. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 6 Decisão de Julgamento PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 678.843 PROCED. : SÃO PAULO RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO AGTE.(S) : MARIA DE FÁTIMA MENGE ADV.(A/S) : CARLOS EDUARDO COLLET E SILVA AGDO.(A/S) : SERGIO LOPES PIRES INTDO.(A/S) : ADRIANA PRATA Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 16.10.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Rodrigo Janot. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3061291 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 678.843 PROCED. : SÃO PAULO RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO AGTE.(S) : MARIA DE FÁTIMA MENGE ADV.(A/S) : CARLOS EDUARDO COLLET E SILVA AGDO.(A/S) : SERGIO LOPES PIRES INTDO.(A/S) : ADRIANA PRATA Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 16.10.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Rodrigo Janot. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3061291 Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 6
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3076336
2012-10-16T00:00:00
2012-11-12T00:00:00
A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 16.10.2012.
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO
RECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA FÁTICA E LEGAL. O recurso extraordinário não é meio próprio ao revolvimento da prova, também não servindo à interpretação de normas estritamente legais. RECURSO EXTRAORDINÁRIO – PRESTAÇÃO JURISDICIONAL – DEVIDO PROCESSO LEGAL. Se, de um lado, é possível ter-se situação concreta em que transgredido o devido processo legal a ponto de se enquadrar o recurso extraordinário no permissivo que lhe é próprio, de outro, descabe confundir a ausência de aperfeiçoamento da prestação jurisdicional com a entrega de forma contrária aos interesses do recorrente.
sjur218402
Número de páginas: 6. Análise: 27/11/2012, BMB.
MARCO AURÉLIO
Primeira Turma
678843
null
ARE-AgR
acordaos
ARE 678843 AgR
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ADV.(A/S) : CARLOS EDUARDO COLLET E SILVA AGDO.(A/S) : SERGIO LOPES PIRES AGTE.(S) : MARIA DE FÁTIMA MENGE INTDO.(A/S) : ADRIANA PRATA
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Ementa e Acórdão 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 636.560 CEARÁ RELATOR : MIN. JOAQUIM BARBOSA AGTE.(S) :ROBERTO SOARES PESSOA ADV.(A/S) :ADRIANO FERREIRA GOMES SILVA E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA EMENTA: ELEITORAL. PROPAGANDA ELEITORAL EXTEMPORÂNEA (ART. 36 DA LEI 9.504/1997). IMPOSSIBILIDADE DE REEXAME DE MATÉRIA FÁTICA (SÚMULA 279). INEXISTÊNCIA DE VIOLAÇÃO AO ART. 93, IX, DA CONSTITUIÇÃO. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO. A análise da questão suscitada implica reexame dos fatos e provas que fundamentaram as conclusões da decisão recorrida. Isso inviabiliza o processamento do recurso, ante a vedação contida no enunciado da Súmula 279 desta Corte. É entendimento pacífico nesta Corte a impossibilidade de se falar em ofensa ao art. 93, IX, da Constituição quando o acórdão recorrido está devidamente fundamentado e inequivocamente prestou jurisdição, ainda que com sua fundamentação não concorde o agravante. Agravo regimental a que se nega provimento. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os ministros do Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a presidência do ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso de agravo, nos termos do voto do Relator. Brasília, 25 de setembro de 2012. Ministro JOAQUIM BARBOSA Relator Documento assinado digitalmente Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2877337. Supremo Tribunal Federal DJe 26/10/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 6 Relatório 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 636.560 CEARÁ RELATOR : MIN. JOAQUIM BARBOSA AGTE.(S) :ROBERTO SOARES PESSOA ADV.(A/S) :ADRIANO FERREIRA GOMES SILVA E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO JOAQUIM BARBOSA (RELATOR): Trata-se de agravo regimental contra decisão monocrática na qual neguei seguimento a agravo em recurso extraordinário. Transcrevo o inteiro teor da decisão agravada (fls. 280): Trata-se de recurso interposto de acórdão no qual o Tribunal Superior Eleitoral não conheceu de recurso especial de decisão que impôs ao recorrente multa por propaganda extemporânea (art. 36 da Lei 9.504/1997). O presente recurso alega violação aos arts. 5º, LV; e 93, IX, da Constituição. Inexiste a alegada ofensa ao art. 5º, LV, da Constituição, pois o acórdão recorrido, ao julgar o recurso interposto, inequivocamente prestou jurisdição, em observância aos princípios do contraditório e da ampla defesa. Não há violação do art. 93, IX, da Constituição, na medida em que o acórdão recorrido está devidamente fundamentado, ainda que com sua fundamentação não concorde o ora agravante. As alegações contidas no recurso exigem a análise prévia de fatos e provas, o que é vedado pela súmula 279. Nesse sentido, apreciando matéria relativa à Lei 9.504/1997, os seguintes acórdãos: AI 569.107, rel. min. Carlos Britto, Primeira Turma, DJ 20.04.2006; AI 662.705, rel. min. Ricardo Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2877338. Supremo Tribunal Federal 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 636.560 CEARÁ RELATOR : MIN. JOAQUIM BARBOSA AGTE.(S) :ROBERTO SOARES PESSOA ADV.(A/S) :ADRIANO FERREIRA GOMES SILVA E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO JOAQUIM BARBOSA (RELATOR): Trata-se de agravo regimental contra decisão monocrática na qual neguei seguimento a agravo em recurso extraordinário. Transcrevo o inteiro teor da decisão agravada (fls. 280): Trata-se de recurso interposto de acórdão no qual o Tribunal Superior Eleitoral não conheceu de recurso especial de decisão que impôs ao recorrente multa por propaganda extemporânea (art. 36 da Lei 9.504/1997). O presente recurso alega violação aos arts. 5º, LV; e 93, IX, da Constituição. Inexiste a alegada ofensa ao art. 5º, LV, da Constituição, pois o acórdão recorrido, ao julgar o recurso interposto, inequivocamente prestou jurisdição, em observância aos princípios do contraditório e da ampla defesa. Não há violação do art. 93, IX, da Constituição, na medida em que o acórdão recorrido está devidamente fundamentado, ainda que com sua fundamentação não concorde o ora agravante. As alegações contidas no recurso exigem a análise prévia de fatos e provas, o que é vedado pela súmula 279. Nesse sentido, apreciando matéria relativa à Lei 9.504/1997, os seguintes acórdãos: AI 569.107, rel. min. Carlos Britto, Primeira Turma, DJ 20.04.2006; AI 662.705, rel. min. Ricardo Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2877338. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 6 Relatório ARE 636.560 AGR / CE Lewandowski, Primeira Turma, DJe 09.11.2007; AI 648.270-AgR, rel. min. Eros Grau, Segunda Turma, DJe 23.11.2007; RE 591.849-AgR, rel. min. Ellen Gracie, Segunda Turma, DJe 03.04.2009; AI 688.299-AgR, rel. min. Celso de Mello, Segunda Turma, DJe 15.05.2009. Ante o exposto, nego seguimento ao recurso. No presente agravo regimental, Roberto Soares Pessoa reitera as violações constitucionais mencionadas no agravo interposto contra a decisão que não admitiu o recurso extraordinário. É o relatório. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2877338. Supremo Tribunal Federal ARE 636.560 AGR / CE Lewandowski, Primeira Turma, DJe 09.11.2007; AI 648.270-AgR, rel. min. Eros Grau, Segunda Turma, DJe 23.11.2007; RE 591.849-AgR, rel. min. Ellen Gracie, Segunda Turma, DJe 03.04.2009; AI 688.299-AgR, rel. min. Celso de Mello, Segunda Turma, DJe 15.05.2009. Ante o exposto, nego seguimento ao recurso. No presente agravo regimental, Roberto Soares Pessoa reitera as violações constitucionais mencionadas no agravo interposto contra a decisão que não admitiu o recurso extraordinário. É o relatório. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2877338. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 6 Voto - MIN. JOAQUIM BARBOSA 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 636.560 CEARÁ V O T O O SENHOR MINISTRO JOAQUIM BARBOSA (RELATOR): Sem razão os agravantes. Como afirmei na decisão agravada, a análise da questão suscitada implica reexame dos fatos e provas que fundamentaram as conclusões da decisão proferida pela Justiça Eleitoral. Isso inviabiliza o processamento do recurso, ante a vedação contida no enunciado da Súmula 279 desta Corte. Confira-se, por exemplo, a ementa do julgamento proferido no RE 301.343, rel. min. Moreira Alves, Primeira Turma, DJ 31.10.2001: Recurso extraordinário. Matéria eleitoral. Envio de correspondência de Deputado estadual com propaganda eleitoral custeada pela Assembléia Legislativa. Inelegibilidade. As alegações de ofensa aos incisos II, XXXIX, LIV e LV do artigo 5º da Constituição, por demandarem o exame prévio da legislação infraconstitucional e da prova, são indiretas ou reflexas, não dando margem, assim, ao cabimento do recurso extraordinário. Recurso extraordinário não conhecido. Menciono, ainda nesse sentido, os seguintes acórdãos: AI 662.705, rel. min. Ricardo Lewandowski, Primeira Turma, DJe 09.11.2007; AI 648.270-AgR, rel. min. Eros Grau, Segunda Turma, DJe 23.11.2007; RE 591.849-AgR, rel. min. Ellen Gracie, Segunda Turma, DJe 03.04.2009; AI 688.299-AgR, rel. min. Celso de Mello, Segunda Turma, DJe 15.05.2009. Por outro lado, é entendimento pacífico nesta Corte a impossibilidade de se falar em ofensa ao art. 93, IX, da Constituição quando o acórdão recorrido está devidamente fundamentado e inequivocamente prestou jurisdição, ainda que com sua fundamentação não concorde o ora agravante. Vejam-se, neste sentido, as ementas que Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2877339. Supremo Tribunal Federal 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 636.560 CEARÁ V O T O O SENHOR MINISTRO JOAQUIM BARBOSA (RELATOR): Sem razão os agravantes. Como afirmei na decisão agravada, a análise da questão suscitada implica reexame dos fatos e provas que fundamentaram as conclusões da decisão proferida pela Justiça Eleitoral. Isso inviabiliza o processamento do recurso, ante a vedação contida no enunciado da Súmula 279 desta Corte. Confira-se, por exemplo, a ementa do julgamento proferido no RE 301.343, rel. min. Moreira Alves, Primeira Turma, DJ 31.10.2001: Recurso extraordinário. Matéria eleitoral. Envio de correspondência de Deputado estadual com propaganda eleitoral custeada pela Assembléia Legislativa. Inelegibilidade. As alegações de ofensa aos incisos II, XXXIX, LIV e LV do artigo 5º da Constituição, por demandarem o exame prévio da legislação infraconstitucional e da prova, são indiretas ou reflexas, não dando margem, assim, ao cabimento do recurso extraordinário. Recurso extraordinário não conhecido. Menciono, ainda nesse sentido, os seguintes acórdãos: AI 662.705, rel. min. Ricardo Lewandowski, Primeira Turma, DJe 09.11.2007; AI 648.270-AgR, rel. min. Eros Grau, Segunda Turma, DJe 23.11.2007; RE 591.849-AgR, rel. min. Ellen Gracie, Segunda Turma, DJe 03.04.2009; AI 688.299-AgR, rel. min. Celso de Mello, Segunda Turma, DJe 15.05.2009. Por outro lado, é entendimento pacífico nesta Corte a impossibilidade de se falar em ofensa ao art. 93, IX, da Constituição quando o acórdão recorrido está devidamente fundamentado e inequivocamente prestou jurisdição, ainda que com sua fundamentação não concorde o ora agravante. Vejam-se, neste sentido, as ementas que Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2877339. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 6 Voto - MIN. JOAQUIM BARBOSA ARE 636.560 AGR / CE passo a transcrever: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. ELEITORAL. LEI N. 9.504/97. OFENSA INDIRETA. NEGATIVA DE PRESTAÇÃO JURISDICIONAL. INEXISTÊNCIA. REEXAME DE PROVAS. IMPOSSIBILIDADE EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. 1. Controvérsia decidida à luz de legislações infraconstitucionais. Ofensa indireta à Constituição do Brasil. 2. As alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame prévio de normas inferiores, podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição. 3. Reexame de fatos e provas. Inviabilidade do recurso extraordinário. Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal. 4. Não se confunde decisão contrária ao interesse da parte com negativa de prestação jurisdicional. Agravo regimental a que se nega provimento. (AI 648.270-AgR, rel. min. Eros Grau, Segunda Turma, DJe 23.11.2007) 1. Agravo regimental em agravo de instrumento. 2. Dispositivos constitucionais tidos por violados não suscitados nas instâncias ordinárias. 3. Esta Corte tem sólido entendimento de não admitir o chamado "prequestionamento implícito". Súmulas STF nºs 282 e 356. Precedentes. 4. Decisão desfavorável aos agravantes não configura negativa de prestação jurisdicional. Precedentes. 5. Agravo regimental a que se nega provimento. (AI 580.503-AgR e AI 591.433-AgR, rel. min. Ellen Gracie, Segunda Turma, DJ 28.04.2006) Ante o exposto, nego provimento ao agravo regimental. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2877339. Supremo Tribunal Federal ARE 636.560 AGR / CE passo a transcrever: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. ELEITORAL. LEI N. 9.504/97. OFENSA INDIRETA. NEGATIVA DE PRESTAÇÃO JURISDICIONAL. INEXISTÊNCIA. REEXAME DE PROVAS. IMPOSSIBILIDADE EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. 1. Controvérsia decidida à luz de legislações infraconstitucionais. Ofensa indireta à Constituição do Brasil. 2. As alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame prévio de normas inferiores, podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição. 3. Reexame de fatos e provas. Inviabilidade do recurso extraordinário. Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal. 4. Não se confunde decisão contrária ao interesse da parte com negativa de prestação jurisdicional. Agravo regimental a que se nega provimento. (AI 648.270-AgR, rel. min. Eros Grau, Segunda Turma, DJe 23.11.2007) 1. Agravo regimental em agravo de instrumento. 2. Dispositivos constitucionais tidos por violados não suscitados nas instâncias ordinárias. 3. Esta Corte tem sólido entendimento de não admitir o chamado "prequestionamento implícito". Súmulas STF nºs 282 e 356. Precedentes. 4. Decisão desfavorável aos agravantes não configura negativa de prestação jurisdicional. Precedentes. 5. Agravo regimental a que se nega provimento. (AI 580.503-AgR e AI 591.433-AgR, rel. min. Ellen Gracie, Segunda Turma, DJ 28.04.2006) Ante o exposto, nego provimento ao agravo regimental. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2877339. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 6 Decisão de Julgamento SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 636.560 PROCED. : CEARÁ RELATOR : MIN. JOAQUIM BARBOSA AGTE.(S) : ROBERTO SOARES PESSOA ADV.(A/S) : ADRIANO FERREIRA GOMES SILVA E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 25.09.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Subprocurador-Geral da República, Dr. Francisco de Assis Vieira Sanseverino. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2885377 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 636.560 PROCED. : CEARÁ RELATOR : MIN. JOAQUIM BARBOSA AGTE.(S) : ROBERTO SOARES PESSOA ADV.(A/S) : ADRIANO FERREIRA GOMES SILVA E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 25.09.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Subprocurador-Geral da República, Dr. Francisco de Assis Vieira Sanseverino. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2885377 Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 6
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3014398
2012-09-25T00:00:00
2012-10-26T00:00:00
A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 25.09.2012.
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO
Ementa: ELEITORAL. PROPAGANDA ELEITORAL EXTEMPORÂNEA (ART. 36 DA LEI 9.504/1997). IMPOSSIBILIDADE DE REEXAME DE MATÉRIA FÁTICA (SÚMULA 279). INEXISTÊNCIA DE VIOLAÇÃO AO ART. 93, IX, DA CONSTITUIÇÃO. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO. A análise da questão suscitada implica reexame dos fatos e provas que fundamentaram as conclusões da decisão recorrida. Isso inviabiliza o processamento do recurso, ante a vedação contida no enunciado da Súmula 279 desta Corte. É entendimento pacífico nesta Corte a impossibilidade de se falar em ofensa ao art. 93, IX, da Constituição quando o acórdão recorrido está devidamente fundamentado e inequivocamente prestou jurisdição, ainda que com sua fundamentação não concorde o agravante. Agravo regimental a que se nega provimento.
sjur217446
- Acórdãos citados: (DECISÃO DEVIDAMENTE FUNDAMENTADA) STF: AI 580503 AgR(2ªT), AI 591433 AgR(2ªT), AI 648270 AgR(2ªT); (SÚMULA 279) STF: RE 301343(1ªT), AI 662705 AgR(1ªT), AI 688299 AgR(2ªT), RE 591849 AgR(2ªT). Número de páginas: 6. Análise: 05/11/2012, LLD.
JOAQUIM BARBOSA
Segunda Turma
636560
[ "LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00093 INC-00009 \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n\r\n", "LEG-FED LEI-009504 ANO-1997\r\n LEI ORDINÁRIA\r\n\r\n", "LEG-FED SUMSTF-000279 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF" ]
ARE-AgR
acordaos
ARE 636560 AgR
[ "" ]
AGTE.(S) : ROBERTO SOARES PESSOA ADV.(A/S) : ADRIANO FERREIRA GOMES SILVA E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA ADV.(A/S) : JOSÉ MARQUES JÚNIOR
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 636 . 560", "AI 569 . 107", "AI 662 . 705", "AI 569 . 107", "AI 662 . 705", "ARE 636 . 560 AGR /", "AI 648 . 270 - AgR", "RE 591 . 849 - AgR", "AI 688 . 299 - AgR", "ARE 636 . 560 AGR / CE", "AI 648 . 270 - AgR", "RE 591 . 849 - AgR", "AI 688 . 299 - AgR", "Súmula 279 desta Corte", "RE 301 . 343", "AI 662 . 705", "AI 648 . 270 - AgR", "RE 591 . 849 - AgR", "AI 688 . 299 - AgR", "RE 301 . 343", "AI 662 . 705", "AI 648 . 270 - AgR", "RE 591 . 849 - AgR", "AI 688 . 299 - AgR", "ARE 636 . 560 AGR / CE", "Súmula n . 279 do Supremo Tribunal Federal", "AI 648 . 270 - AgR", "Súmulas STF [UNK] 282", "AI 580 . 503 - AgR", "AI", "591", ".", "-", "AgR", "ARE 636 . 560 AGR / CE", "Súmula n . 279 do Supremo Tribunal Federal", "AI 648 . 270 - AgR", "Súmulas STF [UNK] 282", "AI 580 . 503 - AgR", "AI 591 . 433 - AgR", "AGRAVO 636 . 560" ], "LEGISLACAO": [ "ART . 36 DA LEI 9 . 504 / 1997", "ART . 93 , IX , DA CONSTITUIÇÃO", "art . 93 , IX , da Constituição", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 36 da Lei 9 . 504 / 1997", "arts . 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Ementa e Acórdão 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 627.411 SERGIPE RELATORA : MIN. ROSA WEBER AGTE.(S) :UNIÃO ADV.(A/S) :ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO AGDO.(A/S) :ANDRE VICTOR BITTENCOURT DE SOUZA (REPRESENTADO POR ANDRÉ DE SOUZA E MARISE BITTENCOURT) ADV.(A/S) :AIANA CERQUEIRA FITERMAN E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) :FERNANDA REIS DA SILVA INTDO.(A/S) :ESTADO DE SERGIPE PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SERGIPE INTDO.(A/S) :MUNICÍPIO DE ARACAJU PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE ARACAJU EMENTA DIREITO CONSTITUCIONAL. FORNECIMENTO DE MEDICAÇÃO. REPERCUSSÃO GERAL DA MATÉRIA RECONHECIDA PELO PLENÁRIO DO STF (ARTS. 328 DO RISTF E 543-B DO CPC). RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA DA UNIÃO. CONFIGURAÇÃO. DANO MORAL. DEMONSTRAÇÃO NA ORIGEM. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. REEXAME INCABÍVEL NO ÂMBITO DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. O Plenário do Supremo Tribunal Federal já proclamou a existência de repercussão geral da questão relativa à obrigatoriedade de o Poder Público fornecer medicamento de alto custo. Incidência do art. 328 do RISTF e aplicação do art. 543-B do CPC. Responsabilidade solidária entre União, Estados-membros e Municípios quanto às prestações na área de saúde. Precedentes. Impossibilidade de exame, em recurso extraordinário, de alegada violação, acaso existente, situada no âmbito infraconstitucional. Acórdão do Tribunal de origem publicado antes de 03.5.2007, data Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800549. Supremo Tribunal Federal DJe 02/10/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 12 Ementa e Acórdão RE 627.411 AGR / SE da publicação da Emenda Regimental 21/2007, que alterou o RISTF para adequá-lo à sistemática da repercussão geral (Lei 11.418/2006). Possibilidade de aplicação do art. 543-B do CPC, conforme decidido pelo Plenário desta Corte no julgamento do AI 715.423-QO/RS. Agravo regimental conhecido e não provido. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Primeira Turma, sob a Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da relatora. Brasília, 18 de setembro de 2012. Ministra Rosa Weber Relatora 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800549. Supremo Tribunal Federal RE 627.411 AGR / SE da publicação da Emenda Regimental 21/2007, que alterou o RISTF para adequá-lo à sistemática da repercussão geral (Lei 11.418/2006). Possibilidade de aplicação do art. 543-B do CPC, conforme decidido pelo Plenário desta Corte no julgamento do AI 715.423-QO/RS. Agravo regimental conhecido e não provido. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Primeira Turma, sob a Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da relatora. Brasília, 18 de setembro de 2012. Ministra Rosa Weber Relatora 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800549. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 12 Relatório 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 627.411 SERGIPE RELATORA : MIN. ROSA WEBER AGTE.(S) :UNIÃO ADV.(A/S) :ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO AGDO.(A/S) :ANDRE VICTOR BITTENCOURT DE SOUZA (REPRESENTADO POR ANDRÉ DE SOUZA E MARISE BITTENCOURT) ADV.(A/S) :AIANA CERQUEIRA FITERMAN E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) :FERNANDA REIS DA SILVA INTDO.(A/S) :ESTADO DE SERGIPE PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SERGIPE INTDO.(A/S) :MUNICÍPIO DE ARACAJU PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE ARACAJU RELATÓRIO A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Contra a decisão proferida pela eminente Ministra Ellen Gracie, pela qual determinou a devolução dos autos ao Tribunal de origem, com fundamento no art. 543- B do CPC, maneja agravo regimental a União. A agravante sustenta que “a questão ‘constitucional’ veiculada por meio do presente recurso extraordinário não se restringe àquela que foi apreciada pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal no julgamento do recurso-paradigma” (doc. 54, fl. 4). Afirma que não questionou o fornecimento de medicamento de alto custo, mas estaria aduzindo “que a responsabilização pela entrega seria dos Estados e Municípios” (doc. 54, fl. 4). Acrescenta que, “no que tange à condenação da União a responder por supostos danos morais decorrentes da omissão que lhe foi imputada (fl. 13/19), também se discute a subsunção de ato omissivo ao regime da responsabilização objetiva, previsto no art. 37, § 6, da CR” (doc. 54, fl. 5). Acórdão do Tribunal de origem publicado em 17.4.2002 (fl. 117). Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800550. Supremo Tribunal Federal 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 627.411 SERGIPE RELATORA : MIN. ROSA WEBER AGTE.(S) :UNIÃO ADV.(A/S) :ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO AGDO.(A/S) :ANDRE VICTOR BITTENCOURT DE SOUZA (REPRESENTADO POR ANDRÉ DE SOUZA E MARISE BITTENCOURT) ADV.(A/S) :AIANA CERQUEIRA FITERMAN E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) :FERNANDA REIS DA SILVA INTDO.(A/S) :ESTADO DE SERGIPE PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SERGIPE INTDO.(A/S) :MUNICÍPIO DE ARACAJU PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE ARACAJU RELATÓRIO A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Contra a decisão proferida pela eminente Ministra Ellen Gracie, pela qual determinou a devolução dos autos ao Tribunal de origem, com fundamento no art. 543- B do CPC, maneja agravo regimental a União. A agravante sustenta que “a questão ‘constitucional’ veiculada por meio do presente recurso extraordinário não se restringe àquela que foi apreciada pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal no julgamento do recurso-paradigma” (doc. 54, fl. 4). Afirma que não questionou o fornecimento de medicamento de alto custo, mas estaria aduzindo “que a responsabilização pela entrega seria dos Estados e Municípios” (doc. 54, fl. 4). Acrescenta que, “no que tange à condenação da União a responder por supostos danos morais decorrentes da omissão que lhe foi imputada (fl. 13/19), também se discute a subsunção de ato omissivo ao regime da responsabilização objetiva, previsto no art. 37, § 6, da CR” (doc. 54, fl. 5). Acórdão do Tribunal de origem publicado em 17.4.2002 (fl. 117). Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800550. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 12 Relatório RE 627.411 AGR / SE Substituição do Relator à fl. 284 (art. 38 do RISTF). É o relatório. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800550. Supremo Tribunal Federal RE 627.411 AGR / SE Substituição do Relator à fl. 284 (art. 38 do RISTF). É o relatório. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800550. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 12 Voto - MIN. ROSA WEBER 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 627.411 SERGIPE VOTO A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Preenchidos os pressupostos genéricos, conheço do agravo regimental e passo ao exame do mérito. Transcrevo o teor da decisão que desafiou o agravo: “1. A hipótese dos autos versa sobre a obrigatoriedade de fornecimento de medicamentos pelo Estado. 2. Esta Corte reconheceu a existência de repercussão geral da matéria no RE 566.471, rel. Min. Marco Aurélio, DJe 6.12.2007. 3. No julgamento do RE 540.410-QO, rel. Min. Cezar Peluso, DJe 16.10.2008, e do AI 715.423-QO, de minha relatoria, DJe 4.9.2008, esta Corte decidiu que, nos casos de matérias com repercussão geral reconhecida, é possível a devolução dos recursos extraordinários e dos agravos de instrumento aos Tribunais de origem, para os fins previstos no art. 543-B, § 3º, do CPC. 4. Dessa forma, determino a devolução dos presentes autos ao Tribunal de origem, bem como a observância, no tocante ao apelo extremo interposto, das disposições do art. 543-B do Código de Processo Civil. Publique-se.” (doc. 51, fl. 1) Examinadas as questões trazidas no agravo regimental, constato que, a par do tema discutido no RE 566.471/RN, precedente que ensejou a aplicação da sistemática da repercussão geral à hipótese, constato que as razões do recurso extraordinário versaram, ainda: a) a alegação de que “não há que se falar em dever do Poder Público Federal quanto a uma suposta obrigação de entregar o remédio em discussão, já que essa é uma competência administrativa, essencialmente, dos Estados-Membros e dos Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800551. Supremo Tribunal Federal 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 627.411 SERGIPE VOTO A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Preenchidos os pressupostos genéricos, conheço do agravo regimental e passo ao exame do mérito. Transcrevo o teor da decisão que desafiou o agravo: “1. A hipótese dos autos versa sobre a obrigatoriedade de fornecimento de medicamentos pelo Estado. 2. Esta Corte reconheceu a existência de repercussão geral da matéria no RE 566.471, rel. Min. Marco Aurélio, DJe 6.12.2007. 3. No julgamento do RE 540.410-QO, rel. Min. Cezar Peluso, DJe 16.10.2008, e do AI 715.423-QO, de minha relatoria, DJe 4.9.2008, esta Corte decidiu que, nos casos de matérias com repercussão geral reconhecida, é possível a devolução dos recursos extraordinários e dos agravos de instrumento aos Tribunais de origem, para os fins previstos no art. 543-B, § 3º, do CPC. 4. Dessa forma, determino a devolução dos presentes autos ao Tribunal de origem, bem como a observância, no tocante ao apelo extremo interposto, das disposições do art. 543-B do Código de Processo Civil. Publique-se.” (doc. 51, fl. 1) Examinadas as questões trazidas no agravo regimental, constato que, a par do tema discutido no RE 566.471/RN, precedente que ensejou a aplicação da sistemática da repercussão geral à hipótese, constato que as razões do recurso extraordinário versaram, ainda: a) a alegação de que “não há que se falar em dever do Poder Público Federal quanto a uma suposta obrigação de entregar o remédio em discussão, já que essa é uma competência administrativa, essencialmente, dos Estados-Membros e dos Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800551. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 12 Voto - MIN. ROSA WEBER RE 627.411 AGR / SE Municípios” (doc. 32, fl. 10), sob a invocação dos arts. 2º, 37, 196, 197 e 198 da Constituição Federal, da Lei 8.080/1990 e da Portaria 373/2002 do Ministério da Saúde; e b) insurgência quanto à responsabilização objetiva do Estado no tocante aos danos morais, sob o argumento de que não demonstrado o nexo de causalidade “entre o dano eventualmente suportado (atraso no atendimento) e a conduta de agentes da União” (doc. 32, fl. 17). Reproduzo o teor da sentença mantida, com fulcro no art. 46 da Lei 9.099/1995, por seus próprios fundamentos, pela Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais da Seção Judiciária de Sergipe, verbis: “Trata-se de ação manejada em face da União, do Estado de Sergipe e do Município de Aracaju, na qual a parte autora, representada pelos seus genitores, postula a concessão, em sede de tutela antecipada, de tratamento de saúde multidisciplinar (psicopedagogia, psicologia e fonoaudiologia) e a concessão dos medicamentos necessários em tal procedimento. Em prol do seu pleito, sustenta a parte autora, atualmente com 11 (onze) anos de idade, padecer de DISLEXIA. Argui, também, que desde os 3 (três) anos apresenta ‘deficiências, lentidão no aprendizado, agitamento comportamental sendo definido como hiperativo, e muitas vezes apresentando comportamentos de auto-mutilação, irritabilidade e distúrbios da fala, apresentando também dificuldades de concentração, atenção e memória’ (v. petição inicial). Relata, ainda, que compareceu no CEMCA – Centro de Especializações Médicas de Crianças e Adolescentes em 2004 e desde então postula uma vaga para o tratamento com psicopedagogo sem sucesso, tendo em vista reiteradas recusas no atendimento de pacientes com dislexia. Ante tal omissão, aduz que formulou um termo de declaração perante o Ministério Público deste Estado e que registrou o ocorrido na 2ª Delegacia Metropolitana de Polícia. Em complemento, afirma que a sua família não tem condições de arcar com os custos de um tratamento multidisciplinar e dos medicamentos sem comprometer 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800551. Supremo Tribunal Federal RE 627.411 AGR / SE Municípios” (doc. 32, fl. 10), sob a invocação dos arts. 2º, 37, 196, 197 e 198 da Constituição Federal, da Lei 8.080/1990 e da Portaria 373/2002 do Ministério da Saúde; e b) insurgência quanto à responsabilização objetiva do Estado no tocante aos danos morais, sob o argumento de que não demonstrado o nexo de causalidade “entre o dano eventualmente suportado (atraso no atendimento) e a conduta de agentes da União” (doc. 32, fl. 17). Reproduzo o teor da sentença mantida, com fulcro no art. 46 da Lei 9.099/1995, por seus próprios fundamentos, pela Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais da Seção Judiciária de Sergipe, verbis: “Trata-se de ação manejada em face da União, do Estado de Sergipe e do Município de Aracaju, na qual a parte autora, representada pelos seus genitores, postula a concessão, em sede de tutela antecipada, de tratamento de saúde multidisciplinar (psicopedagogia, psicologia e fonoaudiologia) e a concessão dos medicamentos necessários em tal procedimento. Em prol do seu pleito, sustenta a parte autora, atualmente com 11 (onze) anos de idade, padecer de DISLEXIA. Argui, também, que desde os 3 (três) anos apresenta ‘deficiências, lentidão no aprendizado, agitamento comportamental sendo definido como hiperativo, e muitas vezes apresentando comportamentos de auto-mutilação, irritabilidade e distúrbios da fala, apresentando também dificuldades de concentração, atenção e memória’ (v. petição inicial). Relata, ainda, que compareceu no CEMCA – Centro de Especializações Médicas de Crianças e Adolescentes em 2004 e desde então postula uma vaga para o tratamento com psicopedagogo sem sucesso, tendo em vista reiteradas recusas no atendimento de pacientes com dislexia. Ante tal omissão, aduz que formulou um termo de declaração perante o Ministério Público deste Estado e que registrou o ocorrido na 2ª Delegacia Metropolitana de Polícia. Em complemento, afirma que a sua família não tem condições de arcar com os custos de um tratamento multidisciplinar e dos medicamentos sem comprometer 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800551. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 12 Voto - MIN. ROSA WEBER RE 627.411 AGR / SE seriamente a renda familiar. Feito o breve relato dos fatos narrados na petição inicial, PASSO A DECIDIR: (...) A Constituição Federal de 1988, em seus artigos 196 a 199, disciplina o direito fundamental à saúde como um dever do Estado. Para tanto, instituiu o Sistema Único de Saúde, através do qual todos os entes federados – União, Estado, Distrito Federal e Municípios – são responsáveis pela implementação das políticas sociais na área da saúde. A Lei n° 8.080/1990, que dispõe sobre as condições para promoção, proteção e recuperação da saúde, regula a matéria da seguinte forma, ad litteram: ‘Art. 2° A saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o Estado prover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício. § 1° O dever do Estado de garantir a saúde consiste na formulação e execução de políticas econômicas e sociais que visem à redução de riscos de doenças e de outros agravos e no estabelecimento de condições que assegurem acesso universal e igualitário às ações e aos serviços para a sua promoção, proteção e recuperação. § 2° O dever do Esatdo não exclui o das pessoas, da família, das empresas e da sociedade.” (...) Art. 6°. Estão incluídas ainda no campo de atuação do Sistema Único de Saúde – SUS: I – a execução de ações: a) de vigilância sanitária; b) de vigilância epidemiológica; c) de saúde do trabalhador; e d) de assistência terapêutica integral, inclusive farmacêutica’ A seu turno, o art. 23, inciso II, da Constituição Federal de 1988 assenta que é competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios ‘cuidar da saúde e assistência 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800551. Supremo Tribunal Federal RE 627.411 AGR / SE seriamente a renda familiar. Feito o breve relato dos fatos narrados na petição inicial, PASSO A DECIDIR: (...) A Constituição Federal de 1988, em seus artigos 196 a 199, disciplina o direito fundamental à saúde como um dever do Estado. Para tanto, instituiu o Sistema Único de Saúde, através do qual todos os entes federados – União, Estado, Distrito Federal e Municípios – são responsáveis pela implementação das políticas sociais na área da saúde. A Lei n° 8.080/1990, que dispõe sobre as condições para promoção, proteção e recuperação da saúde, regula a matéria da seguinte forma, ad litteram: ‘Art. 2° A saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o Estado prover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício. § 1° O dever do Estado de garantir a saúde consiste na formulação e execução de políticas econômicas e sociais que visem à redução de riscos de doenças e de outros agravos e no estabelecimento de condições que assegurem acesso universal e igualitário às ações e aos serviços para a sua promoção, proteção e recuperação. § 2° O dever do Esatdo não exclui o das pessoas, da família, das empresas e da sociedade.” (...) Art. 6°. Estão incluídas ainda no campo de atuação do Sistema Único de Saúde – SUS: I – a execução de ações: a) de vigilância sanitária; b) de vigilância epidemiológica; c) de saúde do trabalhador; e d) de assistência terapêutica integral, inclusive farmacêutica’ A seu turno, o art. 23, inciso II, da Constituição Federal de 1988 assenta que é competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios ‘cuidar da saúde e assistência 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800551. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 12 Voto - MIN. ROSA WEBER RE 627.411 AGR / SE pública’. (...) Com efeito, não subsiste a alegação da União segundo a qual não seria parte legítima para figurar no polo passivo da presente relação jurídica processual. Por conseguinte, não acolho a preliminar de ilegitimidade suscitada. (...) Com efeito, considerando que no presente caso os entes políticos não comprovaram satisfatoriamente a impossibilidade financeira em relação à concessão do medicamento solicitado pela parte autora, não se pode afastar o dever de fornecê-lo (art. 196 da CF/1988). Não houve demonstração inequívoca da inexistência de recursos para a outorga do fármaco. A simples alegação de insuficiência orçamentária não tem o condão de inviabilizar a pretensão da parte autora, já que incumbe aos réus o ônus de provar a existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor (art. 333,II, do CPC). (...) Por fim, convém salientar que o Município e supletivamente o Estado são responsáveis pela aquisição e distribuição de remédios no Sistema Único de Saúde - SUS consoante disciplina o art. 18, incisos I, IV e V, da Lei n° 8.080/1990, restando à União, no que pertine à assistência farmacêutica, o repasse de recursos financeiros. (...) A Constituição Federal de 1988 também cuida desta competência no seu art. 30, inciso VII: ‘Compete aos Municípios:” "prestar, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, serviços de atendimento à saúde da população’. Neste sentido já decidiu o Superior Tribunal de Justiça quando do julgamento do AGRESP 888975 (Rel. Min. Luiz Fux - DJ: 22.10.2007). Dessa forma, mesmo que configurada a responsabilidade solidária entre os entes políticos na prestação de serviços na área da saúde, é de se observar as normas acima registradas 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800551. Supremo Tribunal Federal RE 627.411 AGR / SE pública’. (...) Com efeito, não subsiste a alegação da União segundo a qual não seria parte legítima para figurar no polo passivo da presente relação jurídica processual. Por conseguinte, não acolho a preliminar de ilegitimidade suscitada. (...) Com efeito, considerando que no presente caso os entes políticos não comprovaram satisfatoriamente a impossibilidade financeira em relação à concessão do medicamento solicitado pela parte autora, não se pode afastar o dever de fornecê-lo (art. 196 da CF/1988). Não houve demonstração inequívoca da inexistência de recursos para a outorga do fármaco. A simples alegação de insuficiência orçamentária não tem o condão de inviabilizar a pretensão da parte autora, já que incumbe aos réus o ônus de provar a existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor (art. 333,II, do CPC). (...) Por fim, convém salientar que o Município e supletivamente o Estado são responsáveis pela aquisição e distribuição de remédios no Sistema Único de Saúde - SUS consoante disciplina o art. 18, incisos I, IV e V, da Lei n° 8.080/1990, restando à União, no que pertine à assistência farmacêutica, o repasse de recursos financeiros. (...) A Constituição Federal de 1988 também cuida desta competência no seu art. 30, inciso VII: ‘Compete aos Municípios:” "prestar, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, serviços de atendimento à saúde da população’. Neste sentido já decidiu o Superior Tribunal de Justiça quando do julgamento do AGRESP 888975 (Rel. Min. Luiz Fux - DJ: 22.10.2007). Dessa forma, mesmo que configurada a responsabilidade solidária entre os entes políticos na prestação de serviços na área da saúde, é de se observar as normas acima registradas 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800551. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 12 Voto - MIN. ROSA WEBER RE 627.411 AGR / SE quanto à responsabilidade pela execução das políticas do SUS para firmar, num primeiro momento, a responsabilidade do Município pela concessão direta dos medicamentos postulados pela população local de sua circunscrição. Quanto ao pedido de indenização por danos morais, compreendo como pertinente a pretensão. É que a parte autora vem sofrendo dificuldades para obter o tratamento postulado. Tanto é assim, que se deu ao trabalho de procurar o Ministério Público do Estado de Sergipe e o Ministério Público Federal para ver solucionado o seu problema. Não se trata de mero aborrecimento, mas de questão que envolve a saúde e o bem- estar de toda uma família. (...) Ante o exposto, julgo procedentes os pedidos (art. 269, I, CPC), pelo que condeno a União, o Estado de Sergipe e o Município de Aracaju, SOLIDARIAMENTE, a cumprir a obrigação de fazer consubstanciada no fornecimento à parte autora de tratamento com psicopedagogo e com fonoaudiólogo, bem como a conceder os medicamentos necessários em tais procedimentos pelo período necessário ao tratamento da enfermidade da parte autora, conforme prescrição médica. Incumbirá, num primeiro momento, ao Município de Aracaju o fornecimento dos produtos postulados, sem prejuízo da responsabilidade solidária estabelecida no presente provimento jurisdicional (art. 18 da Lei n° 8.080/1990 c/c art. 30, VII, da CF/1988). Outrossim, presentes os requisitos do art. 273 do CPC, antecipo os efeitos da tutela, razão pela qual concedo o prazo de 20 (vinte) dias úteis ao Município de Aracaju para cumprir a ordem judicial retro. Esvaído o mencionado prazo, caberá à parte autora informar a este juízo o cumprimento da presente decisão para a adoção das medidas necessárias. Condeno, também, os réus, a título de danos morais, ao pagamento da quantia de R$ 6.000,00 (seis mil reais), acrescida de correção monetária conforme os termos do Manual de Cálculo da Justiça Federal e de juros moratórios de 1% (um por 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800551. Supremo Tribunal Federal RE 627.411 AGR / SE quanto à responsabilidade pela execução das políticas do SUS para firmar, num primeiro momento, a responsabilidade do Município pela concessão direta dos medicamentos postulados pela população local de sua circunscrição. Quanto ao pedido de indenização por danos morais, compreendo como pertinente a pretensão. É que a parte autora vem sofrendo dificuldades para obter o tratamento postulado. Tanto é assim, que se deu ao trabalho de procurar o Ministério Público do Estado de Sergipe e o Ministério Público Federal para ver solucionado o seu problema. Não se trata de mero aborrecimento, mas de questão que envolve a saúde e o bem- estar de toda uma família. (...) Ante o exposto, julgo procedentes os pedidos (art. 269, I, CPC), pelo que condeno a União, o Estado de Sergipe e o Município de Aracaju, SOLIDARIAMENTE, a cumprir a obrigação de fazer consubstanciada no fornecimento à parte autora de tratamento com psicopedagogo e com fonoaudiólogo, bem como a conceder os medicamentos necessários em tais procedimentos pelo período necessário ao tratamento da enfermidade da parte autora, conforme prescrição médica. Incumbirá, num primeiro momento, ao Município de Aracaju o fornecimento dos produtos postulados, sem prejuízo da responsabilidade solidária estabelecida no presente provimento jurisdicional (art. 18 da Lei n° 8.080/1990 c/c art. 30, VII, da CF/1988). Outrossim, presentes os requisitos do art. 273 do CPC, antecipo os efeitos da tutela, razão pela qual concedo o prazo de 20 (vinte) dias úteis ao Município de Aracaju para cumprir a ordem judicial retro. Esvaído o mencionado prazo, caberá à parte autora informar a este juízo o cumprimento da presente decisão para a adoção das medidas necessárias. Condeno, também, os réus, a título de danos morais, ao pagamento da quantia de R$ 6.000,00 (seis mil reais), acrescida de correção monetária conforme os termos do Manual de Cálculo da Justiça Federal e de juros moratórios de 1% (um por 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800551. Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 12 Voto - MIN. ROSA WEBER RE 627.411 AGR / SE cento) ao mês, contados da presente data. Tal importância deverá ser rateada entre os réus, de modo que cada um seja responsável pelo pagamento da quantia de R$ 2.000,00 (dois mil reais). Defiro os benefícios da Justiça Gratuita nos termos do art. 12 da Lei n° 1.060/1950. Sem custas e honorários advocatícios (art. 55 da Lei n° 9.099/1995 c/c art. 1° da Lei n° 10.259/2001). Publique-se. Registre-se. Intimem-se.” (doc. 10, fls. 1-12) Não se divisa a alegada ilegitimidade passiva da União. O Plenário desta Corte, no julgamento da STA 175-AgR/CE fixou o entendimento de que “União, Estados, Distrito Federal e Municípios são responsáveis solidários pela saúde, tando do indivíduo quanto da coletividade e, dessa forma, são legitimados passivos nas demandas cuja causa de pedir é a negativa, pelo SUS (seja pelo gestor municipal, estadual ou federal), de prestações na área de saúde” (STA 175-AgR/CE, rel. Min. Gilmar Mendes, Tribunal Pleno, DJe 30.4.2010). Nesse sentido, cito, ainda, os seguintes precedentes: SS 3.355-AgR/RN, rel. Min. Gilmar Mendes, Tribunal Pleno, DJe 30.4.2010; AI 797.349-AgR/RS, rel. Min. Cármen Lúcia, Primeira Turma, DJe 12.5.2011; e AI 808.059-AgR/RS, Primeira Turma, rel. Min. Ricardo Lewandowski, DJe 1º.02.11. Não bastasse, o Tribunal de origem, soberano na análise dos fatos e das provas dos autos, descreveu, fundamentadamente, os elementos configuradores da responsabilidade objetiva da administração pública, na hipótese. É firme, nesta Primeira Turma, o entendimento que veda o reexame acerca da configuração dos danos morais e do dever do ente estatal de indenizar em sede recursal extraordinária. Nesse sentido: RE 508.114-AgR/SP, rel. Min. Cármen Lúcia, 1ª Turma, DJe 7.11.2008; RE 591.840-AgR/RJ, rel. Min. Dias Toffoli, 1ª Turma, DJe 8.6.2011; AI 798.234- AgR/DF, rel. Min. Marco Aurélio, 1ª Turma, DJe 05.12.2011; e AI 839.590- AgR/RJ, rel. Min. Luiz Fux, 1ª Turma, DJe 7.8.2012, este último, assim ementado: 6 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800551. Supremo Tribunal Federal RE 627.411 AGR / SE cento) ao mês, contados da presente data. Tal importância deverá ser rateada entre os réus, de modo que cada um seja responsável pelo pagamento da quantia de R$ 2.000,00 (dois mil reais). Defiro os benefícios da Justiça Gratuita nos termos do art. 12 da Lei n° 1.060/1950. Sem custas e honorários advocatícios (art. 55 da Lei n° 9.099/1995 c/c art. 1° da Lei n° 10.259/2001). Publique-se. Registre-se. Intimem-se.” (doc. 10, fls. 1-12) Não se divisa a alegada ilegitimidade passiva da União. O Plenário desta Corte, no julgamento da STA 175-AgR/CE fixou o entendimento de que “União, Estados, Distrito Federal e Municípios são responsáveis solidários pela saúde, tando do indivíduo quanto da coletividade e, dessa forma, são legitimados passivos nas demandas cuja causa de pedir é a negativa, pelo SUS (seja pelo gestor municipal, estadual ou federal), de prestações na área de saúde” (STA 175-AgR/CE, rel. Min. Gilmar Mendes, Tribunal Pleno, DJe 30.4.2010). Nesse sentido, cito, ainda, os seguintes precedentes: SS 3.355-AgR/RN, rel. Min. Gilmar Mendes, Tribunal Pleno, DJe 30.4.2010; AI 797.349-AgR/RS, rel. Min. Cármen Lúcia, Primeira Turma, DJe 12.5.2011; e AI 808.059-AgR/RS, Primeira Turma, rel. Min. Ricardo Lewandowski, DJe 1º.02.11. Não bastasse, o Tribunal de origem, soberano na análise dos fatos e das provas dos autos, descreveu, fundamentadamente, os elementos configuradores da responsabilidade objetiva da administração pública, na hipótese. É firme, nesta Primeira Turma, o entendimento que veda o reexame acerca da configuração dos danos morais e do dever do ente estatal de indenizar em sede recursal extraordinária. Nesse sentido: RE 508.114-AgR/SP, rel. Min. Cármen Lúcia, 1ª Turma, DJe 7.11.2008; RE 591.840-AgR/RJ, rel. Min. Dias Toffoli, 1ª Turma, DJe 8.6.2011; AI 798.234- AgR/DF, rel. Min. Marco Aurélio, 1ª Turma, DJe 05.12.2011; e AI 839.590- AgR/RJ, rel. Min. Luiz Fux, 1ª Turma, DJe 7.8.2012, este último, assim ementado: 6 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800551. Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 12 Voto - MIN. ROSA WEBER RE 627.411 AGR / SE “AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. RESPONSABILIDADE OBJETIVA. CONCESSIONÁRIA DE SERVIÇO PÚBLICO. ARTIGO 37, § 6º, DA CF. DANO MORAL. TERCEIRO NÃO- USUÁRIO DO SERVIÇO. QUANTUM INDENIZATÓRIO. ANÁLISE DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO CARREADO AOS AUTOS. SÚMULA 279 DESTA CORTE. A Súmula 279/STF dispõe verbis: Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário. É que o recurso extraordinário não se presta ao exame de questões que demandam revolvimento do contexto fático-probatório dos autos, adstringindo-se à análise da violação direta da ordem constitucional. (...) Agravo regimental a que se nega provimento.” Ante o exposto, tendo em vista a aplicabilidade da sistemática da repercussão geral à controvérsia central (RE 566.471-RG/RN) e afastadas as demais insurgências veiculadas nas razões do extraordinário, mantenho a decisão agravada. Agravo regimental conhecido e não provido. É como voto. 7 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800551. Supremo Tribunal Federal RE 627.411 AGR / SE “AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. RESPONSABILIDADE OBJETIVA. CONCESSIONÁRIA DE SERVIÇO PÚBLICO. ARTIGO 37, § 6º, DA CF. DANO MORAL. TERCEIRO NÃO- USUÁRIO DO SERVIÇO. QUANTUM INDENIZATÓRIO. ANÁLISE DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO CARREADO AOS AUTOS. SÚMULA 279 DESTA CORTE. A Súmula 279/STF dispõe verbis: Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário. É que o recurso extraordinário não se presta ao exame de questões que demandam revolvimento do contexto fático-probatório dos autos, adstringindo-se à análise da violação direta da ordem constitucional. (...) Agravo regimental a que se nega provimento.” Ante o exposto, tendo em vista a aplicabilidade da sistemática da repercussão geral à controvérsia central (RE 566.471-RG/RN) e afastadas as demais insurgências veiculadas nas razões do extraordinário, mantenho a decisão agravada. Agravo regimental conhecido e não provido. É como voto. 7 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800551. Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 12 Decisão de Julgamento PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 627.411 PROCED. : SERGIPE RELATORA : MIN. ROSA WEBER AGTE.(S) : UNIÃO ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO AGDO.(A/S) : ANDRE VICTOR BITTENCOURT DE SOUZA (REPRESENTADO POR ANDRÉ DE SOUZA E MARISE BITTENCOURT) ADV.(A/S) : AIANA CERQUEIRA FITERMAN E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) : FERNANDA REIS DA SILVA INTDO.(A/S) : ESTADO DE SERGIPE PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SERGIPE INTDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE ARACAJU PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE ARACAJU Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 18.9.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de Almeida. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2848615 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 627.411 PROCED. : SERGIPE RELATORA : MIN. ROSA WEBER AGTE.(S) : UNIÃO ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO AGDO.(A/S) : ANDRE VICTOR BITTENCOURT DE SOUZA (REPRESENTADO POR ANDRÉ DE SOUZA E MARISE BITTENCOURT) ADV.(A/S) : AIANA CERQUEIRA FITERMAN E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) : FERNANDA REIS DA SILVA INTDO.(A/S) : ESTADO DE SERGIPE PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SERGIPE INTDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE ARACAJU PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE ARACAJU Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 18.9.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de Almeida. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2848615 Inteiro Teor do Acórdão - Página 12 de 12
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=2857471
2012-09-18T00:00:00
2012-10-02T00:00:00
A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 18.9.2012.
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO
EMENTA DIREITO CONSTITUCIONAL. FORNECIMENTO DE MEDICAÇÃO. REPERCUSSÃO GERAL DA MATÉRIA RECONHECIDA PELO PLENÁRIO DO STF (ARTS. 328 DO RISTF E 543-B DO CPC). RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA DA UNIÃO. CONFIGURAÇÃO. DANO MORAL. DEMONSTRAÇÃO NA ORIGEM. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. REEXAME INCABÍVEL NO ÂMBITO DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. O Plenário do Supremo Tribunal Federal já proclamou a existência de repercussão geral da questão relativa à obrigatoriedade de o Poder Público fornecer medicamento de alto custo. Incidência do art. 328 do RISTF e aplicação do art. 543-B do CPC. Responsabilidade solidária entre União, Estados-membros e Municípios quanto às prestações na área de saúde. Precedentes. Impossibilidade de exame, em recurso extraordinário, de alegada violação, acaso existente, situada no âmbito infraconstitucional. Acórdão do Tribunal de origem publicado antes de 03.5.2007, data da publicação da Emenda Regimental 21/2007, que alterou o RISTF para adequá-lo à sistemática da repercussão geral (Lei 11.418/2006). Possibilidade de aplicação do art. 543-B do CPC, conforme decidido pelo Plenário desta Corte no julgamento do AI 715.423-QO/RS. Agravo regimental conhecido e não provido.
sjur215692
- Acórdãos citados: STA 175 AgR, SS 3355 AgR, AI 715423 QO, AI 797349 AgR, AI 798234 AgR, AI 808059 AgR, AI 839590 AgR, RE 508114 AgR, RE 566471 RG, RE 591840 AgR. Número de páginas: 12. Análise: 16/10/2012, MAC.
ROSA WEBER
Primeira Turma
627411
[ "LEG-FED LEI-005869 ANO-1973\r\n ART-0543B \r\n CPC-1973 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL\r\n\r\n", "LEG-FED LEI-009099 ANO-1995\r\n ART-00046 \r\n LJE-1995 LEI DOS JUIZADOS ESPECIAIS CÍVEIS E CRIMINAIS\r\n\r\n", "LEG-FED LEI-011418 ANO-2006\r\n LEI ORDINÁRIA\r\n\r\n", "LEG-FED RGI ANO-1980\r\n ART-00328 \r\n RISTF-1980 REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL\r\n\r\n", "LEG-FED EMR-000021 ANO-2007\r\n EMENDA REGIMENTAL DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF" ]
RE-AgR
acordaos
RE 627411 AgR
[ "" ]
ADV.(A/S) : FERNANDA REIS DA SILVA ADV.(A/S) : AIANA CERQUEIRA FITERMAN E OUTRO(A/S) INTDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE ARACAJU INTDO.(A/S) : ESTADO DE SERGIPE PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SERGIPE PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE ARACAJU AGDO.(A/S) : ANDRE VICTOR BITTENCOURT DE SOUZA (REPRESENTADO POR ANDRÉ DE SOUZA E MARISE BITTENCOURT) AGTE.(S) : UNIÃO ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
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{ "JURISPRUDENCIA": [ "RECURSO EXTRAORDINÁRIO 627 . 411 SERGIPE", "RE 627 . 411 AGR / SE", "AI 715 . 423 - QO / RS", "RE 627 . 411 AGR", "AI 715 . 423 - QO / RS", "RECURSO", "RE 627 . 411 AGR / SE", "RE 627 . 411 AGR / SE", "RE 566 . 471", "RE 540 . 410 - QO", "AI 715 . 423 - QO", "RE 566 . 471 / RN", "RE 566 . 471", "RE 540 . 410 - QO", "AI 715 . 423 - QO", "RE 566 . 471 / RN", "RE 627 . 411 AGR", "RE 627 . 411 AGR / SE", "RE 627 . 411 AGR / SE", "RE 627 . 411 AGR / SE", "RE 627 . 411 AGR", "AGRESP 888975", "RE 627 . 411 AGR", "AGRESP 888975", "RE 627 . 411 AGR / SE", "RE 627 . 411 AGR / SE", "RE 627 . 411 AGR / SE cento", "STA 175 -", "STA 175 -", "AgR /", "SS 3 . 355 - AgR / RN", "AI 797 . 349 - AgR / RS", "AI 808 . 059 - AgR / RS", "RE 508 . 114 - AgR / SP", "RE 591 . 840 - AgR / RJ", "AI 798 . 234 - AgR / DF", "AI 839 . 590 - AgR / RJ", "RE 627 . 411 AGR / SE", "STA 175 - AgR / CE", "STA 175 - AgR / CE", "SS 3 . 355 - AgR / RN", "AI 797 . 349 - AgR / RS", "AI 808 . 059 - AgR / RS", "RE 508 . 114 - AgR / SP", "RE 591 . 840 - AgR / RJ", "AI 798 . 234 - AgR / DF", "AI 839 . 590 - AgR / RJ", "RE 627 . 411 AGR / SE", "SÚMULA 279", "Súmula 279 / STF", "RE 566 . 471 - RG / RN", "RE 627 . 411 AGR", "SÚMULA 279 DESTA CORTE", "Súmula 279 / STF", "RE 566 . 471 - RG / RN", "RECURSO EXTRAORDINÁRIO 627 . 411", "RECURSO EXTRAORDINÁRIO 627 . 411" ], "LEGISLACAO": [ "ARTS . 328 DO RISTF", "543", "-", "B DO CPC", "art . 328 do RISTF", "art . 543 - B do CPC", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Emenda Regimental 21 / 2007", "Lei 11 . 418 / 2006", "art . 543 - B do CPC", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Emenda Regimental 21 / 2007", "Lei 11 . 418 / 2006", "art . 543 - B do CPC", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 543 - B do CPC", "art . 37 , § 6 , da CR ”", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 543 - B do CPC", "37 , § 6 , da CR ”", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 543 - B , § [UNK] , do CPC .", "art . 543 - B do Código de Processo Civil", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 543 - B , § [UNK] , do CPC .", "art . 543 - B do Código de Processo Civil", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "arts . [UNK] , 37 , 196 , 197 e 198 da Constituição Federal", "Lei 8 . 080 / 1990", "Portaria 373 / 2002 do Ministério da Saúde", "art . 46 da Lei 9 . 099 / 1995", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "arts . [UNK] , 37 , 196 , 197 e 198 da Constituição Federal", "Lei 8 . 080 / 1990", "Portaria 373 / 2002", "art . 46 da Lei 9 . 099 / 1995", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Constituição Federal de 1988", "Lei n° 8 . 080 / 1990", "art . 23 , inciso II , da Constituição Federal de 1988", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Constituição Federal de 1988", "Lei n° 8 . 080 / 1990", "art . 23 , inciso II , da Constituição Federal de 1988", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 196 da CF / 1988", "art . 333 , II , do CPC", "art . 18 , incisos I , IV e V , da Lei n° 8 . 080 / 1990", "Constituição Federal de 1988", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 196 da CF / 1988", "art . 333 , II , do CPC", "art . 18 , incisos I , IV e V , da Lei n° 8 . 080 / 1990", "Constituição Federal de 1988", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 269 , I , CPC", "art . 18 da Lei n° 8 . 080 / 1990", "art .", "30 , VII , da CF / 1988", "art . 273 do CPC", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 269 , I , CPC", "art . 18 da Lei n° 8 . 080 / 1990", "art . 30 , VII , da CF / 1988", "art . 273 do CPC", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 12 da Lei n° 1 . 060 / 1950", "art . 55 da Lei n° 9 . 099 / 1995", "art . 1° da Lei n° 10 . 259 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art", "art . 55 da Lei n° 9 . 099 / 1995", "art . 1° da Lei n° 10 . 259 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "ARTIGO 37 , § [UNK] , DA CF", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "ARTIGO 37 , § [UNK] , DA CF", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "/" ], "LOCAL": [ "ESTADO DE SERGIPE", "MUNICÍPIO DE ARACAJU", "Brasília", "Brasília", "ESTADO DE SERGIPE", "ESTADO DE SERGIPE", "MUNICÍPIO DE ARACAJU", "MUNICÍPIO DE ARACAJU", "ESTADO DE SERGIPE", "ESTADO DE SERGIPE", "MUNICÍPIO DE ARACAJU", "MUNICÍPIO DE ARACAJU", "Estado de Sergipe", "Município de Aracaju", "Estado de Sergipe", "Município de Aracaju", "Município de Aracaju", "Estado", "Município de Aracaju", "Aracaju", "CE", "ESTADO DE SERGIPE", "ESTADO DE SERGIPE", "MUNICÍPIO DE 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do Supremo Tribunal Federal", "União", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "PRIMEIRA TURMA", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "PRIMEIRA TURMA", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "União", "Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais da Seção Judiciária de Sergipe", "União", "CEMCA", "Centro de Especializações Médicas de Crianças e Adolescentes", "Ministério Público deste", "[UNK] Delegacia Metropolitana de Polícia", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Ministério da Saúde", "União", "Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais da Seção Judiciária de Sergipe", "União", "CEMCA", "Centro de Especializações Médicas de Crianças e Adolescentes", "Ministério Público", "[UNK] Delegacia Metropolitana de Polícia", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Sistema", "União", "Distrito Federal", "Sistema Único de Saúde", "SUS", "União", "Distrito", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Sistema Único de", "União", "Estado", "Distrito", "Federal", "Sistema Único de Saúde", "SUS", "União", "Distrito Federal", "Supremo Tribunal Federal", "ICP", "-", "Brasil", "/", "União", "Sistema Único de Saúde", "SUS", "União", "União", "Superior Tribunal de Justiça", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "União", "Sistema Único 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Ementa e Acórdão 18/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 696.437 TOCANTINS RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) :DIONISIO ALVES NUNES ADV.(A/S) :ROBERTO LACERDA CORREIA E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :ESTADO DO TOCANTINS PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO TOCANTINS EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO APOSENTADO. PLANO DE CLASSIFICAÇÃO DE CARGOS E SALÁRIOS. RECLASSIFICAÇÃO PRETENDIDA. AUSÊNCIA DE DIREITO ADQUIRIDO A REGIME JURÍDICO. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a Presidência do Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, à unanimidade, em negar provimento ao agravo regimental no recurso extraordinário com agravo, nos termos do voto da Relatora. Ausentes, justificadamente, os Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. Brasília, 18 de setembro de 2012. Ministra CÁRMEN LÚCIA - Relatora Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2904223. Supremo Tribunal Federal DJe 10/10/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 11 Relatório 18/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 696.437 TOCANTINS RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) :DIONISIO ALVES NUNES ADV.(A/S) :ROBERTO LACERDA CORREIA E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :ESTADO DO TOCANTINS PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO TOCANTINS R E L A T Ó R I O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Em 1º de agosto de 2012, dei provimento ao agravo e ao recurso extraordinário interpostos pelo Estado do Tocantins contra julgado do Tribunal de Justiça daquele Estado, que concedera segurança para que o Recorrido tivesse seus proventos reajustados conforme novo plano de cargos e salários estabelecido pela Lei estadual n. 1.777/2007. A decisão agravada teve a seguinte fundamentação: “8. Razão jurídica assiste ao Agravante. 9. O Tribunal de origem decidiu a controvérsia nos seguintes termos: “Observa-se nos autos que o impetrante pretende com a presente via mandamental receber reajustes salariais na mesma proporção em que fora concedido aos servidores da ativa, ou seja, aos Auditores Fiscais da Receita Estadual do Estado do Tocantins. Verifica-se que o impetrante se aposentou com proventos integrais no ano de 1996, no cargo de Agente de Fiscalização e Arrecadação da Receita Estadual do Estado do Tocantins, cargo este que foi extinto em conformidade com o artigo 38, I, § único, da Lei 1.609/2005, sendo o impetrante reenquadrado para o cargo de Auditor Fiscal da Receita Estadual, 2ª Classe, Padrão I, recebendo atualmente vencimentos correspondentes ao cargo que exercia como ocupante da 2ª Classe, padrão I dos Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2904224. Supremo Tribunal Federal 18/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 696.437 TOCANTINS RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) :DIONISIO ALVES NUNES ADV.(A/S) :ROBERTO LACERDA CORREIA E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :ESTADO DO TOCANTINS PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO TOCANTINS R E L A T Ó R I O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Em 1º de agosto de 2012, dei provimento ao agravo e ao recurso extraordinário interpostos pelo Estado do Tocantins contra julgado do Tribunal de Justiça daquele Estado, que concedera segurança para que o Recorrido tivesse seus proventos reajustados conforme novo plano de cargos e salários estabelecido pela Lei estadual n. 1.777/2007. A decisão agravada teve a seguinte fundamentação: “8. Razão jurídica assiste ao Agravante. 9. O Tribunal de origem decidiu a controvérsia nos seguintes termos: “Observa-se nos autos que o impetrante pretende com a presente via mandamental receber reajustes salariais na mesma proporção em que fora concedido aos servidores da ativa, ou seja, aos Auditores Fiscais da Receita Estadual do Estado do Tocantins. Verifica-se que o impetrante se aposentou com proventos integrais no ano de 1996, no cargo de Agente de Fiscalização e Arrecadação da Receita Estadual do Estado do Tocantins, cargo este que foi extinto em conformidade com o artigo 38, I, § único, da Lei 1.609/2005, sendo o impetrante reenquadrado para o cargo de Auditor Fiscal da Receita Estadual, 2ª Classe, Padrão I, recebendo atualmente vencimentos correspondentes ao cargo que exercia como ocupante da 2ª Classe, padrão I dos Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2904224. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 11 Relatório ARE 696.437 AGR / TO Auditores Fiscais. A Lei 1.777/07, ao modificar a Lei 1.609/05 elevou a remuneração dos auditores da ativa mantendo intacta a dos aposentados, já que estes ocupantes da classe II, não foram remetidos à classe III. Comparando a ficha financeira do impetrante, fls. 29/36, com a de outro servidor da ativa, verifica-se que no mês de agosto de 2007, data do novo reenquadramento, o impetrante permaneceu recebendo a quantia de R$ 4.509,79 (…) enquanto, outros servidores, estes da ativa, passaram a receber um valor bem superior, por conta do reenquadramento trazido pela Lei 1.777/07 (…) Dessa forma, verifica- se que houve violação ao direito líquido e certo do impetrante, uma vez que quando os servidores inativos ficaram de fora da reclassificação dentro da própria carreira, houve afronta aos princípios constitucionais de paridade e isonomia” (grifos nossos). Tem-se, portanto, que o Tribunal a quo divergiu da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmada no sentido de que não há direito adquirido a regime jurídico e a fórmula de composição da remuneração dos servidores públicos, desde que não se verifique redução no valor nominal dos vencimentos. Não há qualquer menção à redução de vencimentos. O que pretendeu e obteve o Agravado foi sua reclassificação, após a aposentadoria, por meio de decisão judicial e sob o pretenso amparo do art. 40, § 8º, da Constituição da República. Todavia, o princípio da paridade previsto neste artigo constitucional apenas garante aos servidores inativos a correspondência remuneratória com os servidores em atividade ocupantes do cargo no qual se aposentaram. Na espécie vertente, tomou-se como parâmetro servidor em atividade ocupante da Classe III, Padrão I do cargo de Auditor Fiscal, nível distinto daquele no qual se aposentou o Agravado. Logo, não há que se falar em paridade constitucional. Ademais, é também entendimento assente do Supremo Tribunal Federal que “Não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar vencimentos de servidores públicos sob fundamento de isonomia” (Súmula n. 339). Confiram-se os seguintes julgados: “AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2904224. Supremo Tribunal Federal ARE 696.437 AGR / TO Auditores Fiscais. A Lei 1.777/07, ao modificar a Lei 1.609/05 elevou a remuneração dos auditores da ativa mantendo intacta a dos aposentados, já que estes ocupantes da classe II, não foram remetidos à classe III. Comparando a ficha financeira do impetrante, fls. 29/36, com a de outro servidor da ativa, verifica-se que no mês de agosto de 2007, data do novo reenquadramento, o impetrante permaneceu recebendo a quantia de R$ 4.509,79 (…) enquanto, outros servidores, estes da ativa, passaram a receber um valor bem superior, por conta do reenquadramento trazido pela Lei 1.777/07 (…) Dessa forma, verifica- se que houve violação ao direito líquido e certo do impetrante, uma vez que quando os servidores inativos ficaram de fora da reclassificação dentro da própria carreira, houve afronta aos princípios constitucionais de paridade e isonomia” (grifos nossos). Tem-se, portanto, que o Tribunal a quo divergiu da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmada no sentido de que não há direito adquirido a regime jurídico e a fórmula de composição da remuneração dos servidores públicos, desde que não se verifique redução no valor nominal dos vencimentos. Não há qualquer menção à redução de vencimentos. O que pretendeu e obteve o Agravado foi sua reclassificação, após a aposentadoria, por meio de decisão judicial e sob o pretenso amparo do art. 40, § 8º, da Constituição da República. Todavia, o princípio da paridade previsto neste artigo constitucional apenas garante aos servidores inativos a correspondência remuneratória com os servidores em atividade ocupantes do cargo no qual se aposentaram. Na espécie vertente, tomou-se como parâmetro servidor em atividade ocupante da Classe III, Padrão I do cargo de Auditor Fiscal, nível distinto daquele no qual se aposentou o Agravado. Logo, não há que se falar em paridade constitucional. Ademais, é também entendimento assente do Supremo Tribunal Federal que “Não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar vencimentos de servidores públicos sob fundamento de isonomia” (Súmula n. 339). Confiram-se os seguintes julgados: “AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2904224. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 11 Relatório ARE 696.437 AGR / TO SERVIDOR PÚBLICO INATIVO. DIREITO ADQUIRIDO A REGIME JURÍDICO: INEXISTÊNCIA. IRREDUTIBILIDADE DE VENCIMENTOS: NÃO OCORRÊNCIA. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (AI 720.940-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 21.8.2009). “Agravo regimental no agravo de instrumento. Servidor. Novo plano de carreira. Reposicionamento no último padrão. Extensão aos inativos. Paridade. Impossibilidade. Inexistência de direito adquirido a regime jurídico. Precedentes. 1. É pacífica a Jurisprudência desta Corte de que não há direito adquirido a regime jurídico, podendo a Administração alterar o escalonamento hierárquico da carreira a que pertence o servidor inativo, criando novos níveis para a progressão de servidores da ativa, desde que não implique em redução dos proventos do servidor aposentado. 2. Agravo regimental não provido” (AI 796.527-AgR, Rel. Min. Dias Toffoli, Primeira Turma, DJe 4.8.2011). “Agravo regimental em recurso extraordinário. 2. Recurso que não demonstra o desacerto da decisão agravada. 3. Gratificação. Isonomia. Paridade de vencimentos. Impossibilidade. Súmula 339. 4. Artigos 5o, XXXV e 93, IX, da Constituição. Ofensa não configurada. 5. Agravo regimental a que se nega provimento” (RE 355.503-AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJe 8.6.2007). “ADMINISTRATIVO. AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. SERVIDOR PÚBLICO. QUINTOS. INCORPORAÇÃO. LEI 8.911/94. INAPLICABILIDADE PERÍODO ANTERIOR. ARTS 5º, XXXVI, e 37, CAPUT. DIREITO ADQUIRIDO. INEXISTÊNCIA. 1. O Supremo Tribunal Federal já pacificou entendimento de que inexiste direito adquirido a regime jurídico. 2. Nos termos da Súmula STF 339, não cabe ao Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar vencimentos de servidores públicos sob o fundamento de isonomia. 3. Precedentes. 4. Agravo regimental improvido” (RE 495.172-AgR, Rel. Min. Ellen Gracie, Segunda Turma, DJe 18.9.2009). Dessa orientação jurisprudencial divergiu o acórdão recorrido. 10. Pelo exposto, dou provimento ao agravo e, desde logo, ao recurso extraordinário (art. 544, § 4º, inc. II, alínea c, do Código de 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2904224. Supremo Tribunal Federal ARE 696.437 AGR / TO SERVIDOR PÚBLICO INATIVO. DIREITO ADQUIRIDO A REGIME JURÍDICO: INEXISTÊNCIA. IRREDUTIBILIDADE DE VENCIMENTOS: NÃO OCORRÊNCIA. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (AI 720.940-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 21.8.2009). “Agravo regimental no agravo de instrumento. Servidor. Novo plano de carreira. Reposicionamento no último padrão. Extensão aos inativos. Paridade. Impossibilidade. Inexistência de direito adquirido a regime jurídico. Precedentes. 1. É pacífica a Jurisprudência desta Corte de que não há direito adquirido a regime jurídico, podendo a Administração alterar o escalonamento hierárquico da carreira a que pertence o servidor inativo, criando novos níveis para a progressão de servidores da ativa, desde que não implique em redução dos proventos do servidor aposentado. 2. Agravo regimental não provido” (AI 796.527-AgR, Rel. Min. Dias Toffoli, Primeira Turma, DJe 4.8.2011). “Agravo regimental em recurso extraordinário. 2. Recurso que não demonstra o desacerto da decisão agravada. 3. Gratificação. Isonomia. Paridade de vencimentos. Impossibilidade. Súmula 339. 4. Artigos 5o, XXXV e 93, IX, da Constituição. Ofensa não configurada. 5. Agravo regimental a que se nega provimento” (RE 355.503-AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJe 8.6.2007). “ADMINISTRATIVO. AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. SERVIDOR PÚBLICO. QUINTOS. INCORPORAÇÃO. LEI 8.911/94. INAPLICABILIDADE PERÍODO ANTERIOR. ARTS 5º, XXXVI, e 37, CAPUT. DIREITO ADQUIRIDO. INEXISTÊNCIA. 1. O Supremo Tribunal Federal já pacificou entendimento de que inexiste direito adquirido a regime jurídico. 2. Nos termos da Súmula STF 339, não cabe ao Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar vencimentos de servidores públicos sob o fundamento de isonomia. 3. Precedentes. 4. Agravo regimental improvido” (RE 495.172-AgR, Rel. Min. Ellen Gracie, Segunda Turma, DJe 18.9.2009). Dessa orientação jurisprudencial divergiu o acórdão recorrido. 10. Pelo exposto, dou provimento ao agravo e, desde logo, ao recurso extraordinário (art. 544, § 4º, inc. II, alínea c, do Código de 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2904224. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 11 Relatório ARE 696.437 AGR / TO Processo Civil), para determinar a manutenção do pagamento dos proventos do Agravado em conformidade com aqueles devidos ao cargo no qual se aposentou, Auditor da Receita Estadual, Padrão I, Classe II”. 2. Publicada essa decisão no DJe de 6.8.2012, interpõe Dionísio Alves Nunes, em 13.8.2012, tempestivamente, agravo regimental. 3. Alega o Agravante que a decisão agravada partiu da premissa equivocada de que ele “teria se aposentado no cargo de AUDITOR FISCAL DA RECEITA ESTADUAL criado em 2005, quando na verdade sua aposentadoria ocorreu de forma integral no cargo de agente de fiscalização e arrecadação ainda em 1996”. Afirma que “o equívoco da decisão agravada, no sentido de reconhecer que o Impetrante/Servidor teria se aposentado no cargo de Auditor Fiscal da Receita Estadual, Padrão I, Classe II, resultou em análise contraditória dos fatos, sem que houvesse o enfrentamento do principal argumento da demanda, caracterizado na manobra da Administração Pública Estadual adotada para fins de burlar o direito à paridade adquirido pelo Servidor”. Assevera que, “aposentado como Agente de Fiscalização e não como Auditor Fiscal, o Impetrante foi enquadrado neste último cargo em 2005 (ante a primeira reformulação na carreira que extinguiu o cargo anterior). Ocorre que em 2007, com a nova reformulação na carreira apenas para a criação da 4ª classe dos Auditores Fiscais e o automático reenquadramento de todos os servidores ativos nas 3ª e 4ª classes, o Estado do Tocantins se negou a efetuar o enquadramento do Impetrante sob a alegação de que tal procedimento tinha como origem a concessão de progressão, portanto, incabível aos aposentados” (grifos nossos). Argumenta, ainda, que a Lei estadual n. 1.777/2007 consistiria em manobra do Estado Agravado para conceder aumento aos servidores em atividade, pois seu arts. 38-B dispensava o cumprimento das condições 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2904224. Supremo Tribunal Federal ARE 696.437 AGR / TO Processo Civil), para determinar a manutenção do pagamento dos proventos do Agravado em conformidade com aqueles devidos ao cargo no qual se aposentou, Auditor da Receita Estadual, Padrão I, Classe II”. 2. Publicada essa decisão no DJe de 6.8.2012, interpõe Dionísio Alves Nunes, em 13.8.2012, tempestivamente, agravo regimental. 3. Alega o Agravante que a decisão agravada partiu da premissa equivocada de que ele “teria se aposentado no cargo de AUDITOR FISCAL DA RECEITA ESTADUAL criado em 2005, quando na verdade sua aposentadoria ocorreu de forma integral no cargo de agente de fiscalização e arrecadação ainda em 1996”. Afirma que “o equívoco da decisão agravada, no sentido de reconhecer que o Impetrante/Servidor teria se aposentado no cargo de Auditor Fiscal da Receita Estadual, Padrão I, Classe II, resultou em análise contraditória dos fatos, sem que houvesse o enfrentamento do principal argumento da demanda, caracterizado na manobra da Administração Pública Estadual adotada para fins de burlar o direito à paridade adquirido pelo Servidor”. Assevera que, “aposentado como Agente de Fiscalização e não como Auditor Fiscal, o Impetrante foi enquadrado neste último cargo em 2005 (ante a primeira reformulação na carreira que extinguiu o cargo anterior). Ocorre que em 2007, com a nova reformulação na carreira apenas para a criação da 4ª classe dos Auditores Fiscais e o automático reenquadramento de todos os servidores ativos nas 3ª e 4ª classes, o Estado do Tocantins se negou a efetuar o enquadramento do Impetrante sob a alegação de que tal procedimento tinha como origem a concessão de progressão, portanto, incabível aos aposentados” (grifos nossos). Argumenta, ainda, que a Lei estadual n. 1.777/2007 consistiria em manobra do Estado Agravado para conceder aumento aos servidores em atividade, pois seu arts. 38-B dispensava o cumprimento das condições 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2904224. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 11 Relatório ARE 696.437 AGR / TO dos arts. 26 e 27 da lei para obtenção da primeira promoção; que a jurisprudência mencionada na decisão agravada não se amoldaria ao caso específico, por não tratar de paridade; e que “a concessão de uma vantagem caracterizada pela generalidade e pela padronização, ou seja, todos os servidores em atividade foram beneficiados indistintamente” feriria a regra constitucional da paridade. Requer a reconsideração da decisão agravada ou o provimento do presente recurso. É o relatório. 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2904224. Supremo Tribunal Federal ARE 696.437 AGR / TO dos arts. 26 e 27 da lei para obtenção da primeira promoção; que a jurisprudência mencionada na decisão agravada não se amoldaria ao caso específico, por não tratar de paridade; e que “a concessão de uma vantagem caracterizada pela generalidade e pela padronização, ou seja, todos os servidores em atividade foram beneficiados indistintamente” feriria a regra constitucional da paridade. Requer a reconsideração da decisão agravada ou o provimento do presente recurso. É o relatório. 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2904224. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 11 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA 18/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 696.437 TOCANTINS V O T O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Razão jurídica não assiste ao Agravante. 2. O Tribunal de Justiça do Tocantins decidiu a controvérsia nos seguintes termos: “Observa-se nos autos que o impetrante pretende com a presente via mandamental receber reajustes salariais na mesma proporção em que fora concedido aos servidores da ativa, ou seja, aos Auditores Fiscais da Receita Estadual do Estado do Tocantins. Verifica-se que o impetrante se aposentou com proventos integrais no ano de 1996, no cargo de Agente de Fiscalização e Arrecadação da Receita Estadual do Estado do Tocantins, cargo este que foi extinto em conformidade com o artigo 38, I, parágrafo único, da Lei 1.609/2005, sendo o impetrante reenquadrado para o cargo de Auditor Fiscal da Receita Estadual, 2ª Classe, Padrão I, recebendo atualmente vencimentos correspondentes ao cargo que exercia como ocupante da 2ª classe, padrão I dos Auditores Fiscais. Comparando a ficha financeira do impetrante, fls. 29/36, com a de outro servidor da ativa, verifica-se que no mês de agosto de 2007, data do novo reenquadramento, o impetrante permaneceu recebendo a quantia de (…) enquanto outros servidores, estes da ativa, passaram a receber um valor bem superior, por conta do reenquadramento trazido pela Lei 1.177/07 (...) verifica-se que houve violação ao direito líquido e certo do impetrante, uma vez que quando os servidores inativos ficaram de fora da reclassificação dentro da própria carreira, houve afronta aos princípios constitucionais da paridade e isonomia. (…) A paridade com o pessoal da ativa é direito resguardado pela legislação vigente à época em que se aposentou, Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2904225. Supremo Tribunal Federal 18/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 696.437 TOCANTINS V O T O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Razão jurídica não assiste ao Agravante. 2. O Tribunal de Justiça do Tocantins decidiu a controvérsia nos seguintes termos: “Observa-se nos autos que o impetrante pretende com a presente via mandamental receber reajustes salariais na mesma proporção em que fora concedido aos servidores da ativa, ou seja, aos Auditores Fiscais da Receita Estadual do Estado do Tocantins. Verifica-se que o impetrante se aposentou com proventos integrais no ano de 1996, no cargo de Agente de Fiscalização e Arrecadação da Receita Estadual do Estado do Tocantins, cargo este que foi extinto em conformidade com o artigo 38, I, parágrafo único, da Lei 1.609/2005, sendo o impetrante reenquadrado para o cargo de Auditor Fiscal da Receita Estadual, 2ª Classe, Padrão I, recebendo atualmente vencimentos correspondentes ao cargo que exercia como ocupante da 2ª classe, padrão I dos Auditores Fiscais. Comparando a ficha financeira do impetrante, fls. 29/36, com a de outro servidor da ativa, verifica-se que no mês de agosto de 2007, data do novo reenquadramento, o impetrante permaneceu recebendo a quantia de (…) enquanto outros servidores, estes da ativa, passaram a receber um valor bem superior, por conta do reenquadramento trazido pela Lei 1.177/07 (...) verifica-se que houve violação ao direito líquido e certo do impetrante, uma vez que quando os servidores inativos ficaram de fora da reclassificação dentro da própria carreira, houve afronta aos princípios constitucionais da paridade e isonomia. (…) A paridade com o pessoal da ativa é direito resguardado pela legislação vigente à época em que se aposentou, Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2904225. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 11 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA ARE 696.437 AGR / TO portanto, a referida lei deve ser aplicada a fim de resguardar o direito pleiteado nos autos (…) concedo em parte a segurança pleiteada para que o impetrante seja reenquadrado na Classe III do Cargo de Auditor Fiscal da Receita Estadual do Estado do Tocantins, nos termos da Lei 1.177/2007” (grifos nossos). 3. O que se depreende do acórdão recorrido e das demais peças processuais é que o Agravante, aposentado no cargo de agente de fiscalização e arrecadação da receita estadual em 1996, teve extinto o seu cargo pela Lei estadual n. 1.609/2005, razão pela qual foi reenquadrado no cargo de auditor fiscal, 2ª classe, padrão I. Posteriormente, a Lei estadual n. 1.777/2007 promoveu nova reclassificação dos cargos com a criação das 3ª e 4ª classes na carreira de auditor fiscal. O Agravante, então, impetrou mandado de segurança, fundamentado em seu direito líquido e certo à paridade com os servidores da ativa, a fim de ser reenquadrado na 3ª classe do cargo de auditor. Tem-se, portanto, que os argumentos trazidos pelo Agravante não têm o condão de modificar a decisão agravada. Não se está diante de paridade, que é o direito atribuído ao servidor aposentado de manter o valor real de seus proventos, mas, sim, de pretensão de servidor inativo a reenquadramento fundado no direito adquirido. O seu reenquadramento no cargo de auditor fiscal, 2º classe, padrão I, deu-se por força da extinção do cargo no qual se aposentara (agente de fiscalização e arrecadação). Uma vez reenquadrado na carreira, não se há que falar em direito a todo e qualquer reenquadramento decorrente de novos planos de cargos e salários. Como afirmado na decisão agravada, o acórdão recorrido divergiu da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal que assentou a inexistência de direito adquirido a regime jurídico. Nesse sentido: 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2904225. Supremo Tribunal Federal ARE 696.437 AGR / TO portanto, a referida lei deve ser aplicada a fim de resguardar o direito pleiteado nos autos (…) concedo em parte a segurança pleiteada para que o impetrante seja reenquadrado na Classe III do Cargo de Auditor Fiscal da Receita Estadual do Estado do Tocantins, nos termos da Lei 1.177/2007” (grifos nossos). 3. O que se depreende do acórdão recorrido e das demais peças processuais é que o Agravante, aposentado no cargo de agente de fiscalização e arrecadação da receita estadual em 1996, teve extinto o seu cargo pela Lei estadual n. 1.609/2005, razão pela qual foi reenquadrado no cargo de auditor fiscal, 2ª classe, padrão I. Posteriormente, a Lei estadual n. 1.777/2007 promoveu nova reclassificação dos cargos com a criação das 3ª e 4ª classes na carreira de auditor fiscal. O Agravante, então, impetrou mandado de segurança, fundamentado em seu direito líquido e certo à paridade com os servidores da ativa, a fim de ser reenquadrado na 3ª classe do cargo de auditor. Tem-se, portanto, que os argumentos trazidos pelo Agravante não têm o condão de modificar a decisão agravada. Não se está diante de paridade, que é o direito atribuído ao servidor aposentado de manter o valor real de seus proventos, mas, sim, de pretensão de servidor inativo a reenquadramento fundado no direito adquirido. O seu reenquadramento no cargo de auditor fiscal, 2º classe, padrão I, deu-se por força da extinção do cargo no qual se aposentara (agente de fiscalização e arrecadação). Uma vez reenquadrado na carreira, não se há que falar em direito a todo e qualquer reenquadramento decorrente de novos planos de cargos e salários. Como afirmado na decisão agravada, o acórdão recorrido divergiu da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal que assentou a inexistência de direito adquirido a regime jurídico. Nesse sentido: 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2904225. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 11 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA ARE 696.437 AGR / TO “Agravo regimental no agravo de instrumento. ADI nº 575/99. Natureza dos benefícios. Interpretação da legislação infraconstitucional local. Súmula nº 280 desta Corte. 1. A regra de extensão aos inativos das melhorias da remuneração dos correspondentes servidores em atividade (CF, art. 40, § 8º) não implica a permanente e absoluta paridade entre proventos e vencimentos, dado que, nos últimos, se podem incluir vantagens pecuniárias que, por sua natureza, só podem ser conferidas aos integrantes do serviço ativo. 2. Para ultrapassar o entendimento do Tribunal de origem, no sentido de que a redução da jornada de trabalho não configura benefícios ou vantagens que devam ser estendidas aos inativos, seria necessário interpretar a legislação infraconstitucional local pertinente. 3. Agravo regimental não provido” (AI 608.303-AgR, Rel. Min. Dias Toffoli, Primeira Turma, DJe 1º.8.2012 – grifos nossos). “AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. LEI 13.666/02. REENQUADRAMENTO. REGIME JURÍDICO. DIREITO ADQUIRIDO. INEXISTÊNCIA. PRECEDENTES. RECURSO DESPROVIDO. 1. O agravo regimental não merece provimento nas hipóteses em que a decisão monocrática chancela jurisprudência pacífica da Corte em recurso extraordinário interposto contra acórdão que contrariou decisão da Suprema Corte. 2. A questão constitucional posta nestes autos é relativa a reenquadramento de servidor inativo em outro nível da carreira, ainda que tenha sido aposentado no último nível desta. 3. Sob esse enfoque o Supremo Tribunal Federal, em casos idênticos, firmou entendimento segundo o qual o servidor público não tem direito adquirido a regime jurídico. Precedentes: AI 807.800-AgR, Rel. Ministra Ellen Gracie, Segunda Turma, DJe de 28/04/2011; AI 633501-AgR, Rel. Ministro Gilmar Mendes, Segunda Turma, Dje de 18/04/2008; AI 765.708-AgR, Rel. Ministro Ricardo Lewandowski, Primeira Turma, Dje de 30/11/2010; AI 720.940-AgR, Rel. Ministra Cármen Lúcia, Primeira Turma, Dje de 20/08/2009. 4. Deveras, havendo alteração no escalonamento dos níveis de referência da 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2904225. Supremo Tribunal Federal ARE 696.437 AGR / TO “Agravo regimental no agravo de instrumento. ADI nº 575/99. Natureza dos benefícios. Interpretação da legislação infraconstitucional local. Súmula nº 280 desta Corte. 1. A regra de extensão aos inativos das melhorias da remuneração dos correspondentes servidores em atividade (CF, art. 40, § 8º) não implica a permanente e absoluta paridade entre proventos e vencimentos, dado que, nos últimos, se podem incluir vantagens pecuniárias que, por sua natureza, só podem ser conferidas aos integrantes do serviço ativo. 2. Para ultrapassar o entendimento do Tribunal de origem, no sentido de que a redução da jornada de trabalho não configura benefícios ou vantagens que devam ser estendidas aos inativos, seria necessário interpretar a legislação infraconstitucional local pertinente. 3. Agravo regimental não provido” (AI 608.303-AgR, Rel. Min. Dias Toffoli, Primeira Turma, DJe 1º.8.2012 – grifos nossos). “AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. LEI 13.666/02. REENQUADRAMENTO. REGIME JURÍDICO. DIREITO ADQUIRIDO. INEXISTÊNCIA. PRECEDENTES. RECURSO DESPROVIDO. 1. O agravo regimental não merece provimento nas hipóteses em que a decisão monocrática chancela jurisprudência pacífica da Corte em recurso extraordinário interposto contra acórdão que contrariou decisão da Suprema Corte. 2. A questão constitucional posta nestes autos é relativa a reenquadramento de servidor inativo em outro nível da carreira, ainda que tenha sido aposentado no último nível desta. 3. Sob esse enfoque o Supremo Tribunal Federal, em casos idênticos, firmou entendimento segundo o qual o servidor público não tem direito adquirido a regime jurídico. Precedentes: AI 807.800-AgR, Rel. Ministra Ellen Gracie, Segunda Turma, DJe de 28/04/2011; AI 633501-AgR, Rel. Ministro Gilmar Mendes, Segunda Turma, Dje de 18/04/2008; AI 765.708-AgR, Rel. Ministro Ricardo Lewandowski, Primeira Turma, Dje de 30/11/2010; AI 720.940-AgR, Rel. Ministra Cármen Lúcia, Primeira Turma, Dje de 20/08/2009. 4. Deveras, havendo alteração no escalonamento dos níveis de referência da 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2904225. Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 11 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA ARE 696.437 AGR / TO carreira a que pertence o servidor inativo é possível seu reenquadramento em outro nível, ainda que tenha sido aposentado no último nível desta, por isso não há que se aduzir à violação do direito adquirido e do princípio da isonomia, uma vez não ocorrente redução dos proventos do servidor inativo. Precedente: AI 720.940-AgR, Rel. Ministra Cármen Lúcia. Extrai-se do voto condutor do acórdão: “(...) 2. Como assentado na decisão agravada, o Supremo Tribunal Federal firmou entendimento no sentido de que inexiste direito adquirido a regime jurídico e a fórmula de composição da remuneração dos servidores públicos, desde que não acarrete redução no valor nominal dos vencimentos, o que não ocorreu na espécie. 3. Ademais, o princípio da paridade previsto no art. 40, § 8°, da Constituição da República apenas garante aos servidores inativos a correspondência remuneratória com os servidores em atividade ocupantes do cargo no qual se aposentaram”. 3. Agravo regimental a que nega provimento” (RE 632.406-AgR, Rel. Min. Luiz Fux, Primeira Turma, DJe 15.9.2011 – grifos nossos). 4. O Agravante afirma que a Lei estadual n. 1.777/2007 teria sido instrumento para que o Estado Agravado disfarçasse majoração de vencimentos concedida independentemente do cumprimento de quaisquer condições e, assim, burlasse o princípio da paridade. Todavia, eventual afronta constitucional, nesse caso, seria indireta, o que afasta o cabimento do recurso extraordinário. Incide na espécie a Súmula n. 280 do Supremo Tribunal Federal. 5. Os argumentos do Agravante, insuficientes para modificar a decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente prestação jurisdicional. 6. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental. 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2904225. Supremo Tribunal Federal ARE 696.437 AGR / TO carreira a que pertence o servidor inativo é possível seu reenquadramento em outro nível, ainda que tenha sido aposentado no último nível desta, por isso não há que se aduzir à violação do direito adquirido e do princípio da isonomia, uma vez não ocorrente redução dos proventos do servidor inativo. Precedente: AI 720.940-AgR, Rel. Ministra Cármen Lúcia. Extrai-se do voto condutor do acórdão: “(...) 2. Como assentado na decisão agravada, o Supremo Tribunal Federal firmou entendimento no sentido de que inexiste direito adquirido a regime jurídico e a fórmula de composição da remuneração dos servidores públicos, desde que não acarrete redução no valor nominal dos vencimentos, o que não ocorreu na espécie. 3. Ademais, o princípio da paridade previsto no art. 40, § 8°, da Constituição da República apenas garante aos servidores inativos a correspondência remuneratória com os servidores em atividade ocupantes do cargo no qual se aposentaram”. 3. Agravo regimental a que nega provimento” (RE 632.406-AgR, Rel. Min. Luiz Fux, Primeira Turma, DJe 15.9.2011 – grifos nossos). 4. O Agravante afirma que a Lei estadual n. 1.777/2007 teria sido instrumento para que o Estado Agravado disfarçasse majoração de vencimentos concedida independentemente do cumprimento de quaisquer condições e, assim, burlasse o princípio da paridade. Todavia, eventual afronta constitucional, nesse caso, seria indireta, o que afasta o cabimento do recurso extraordinário. Incide na espécie a Súmula n. 280 do Supremo Tribunal Federal. 5. Os argumentos do Agravante, insuficientes para modificar a decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente prestação jurisdicional. 6. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental. 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2904225. Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 11 Decisão de Julgamento SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 696.437 PROCED. : TOCANTINS RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) : DIONISIO ALVES NUNES ADV.(A/S) : ROBERTO LACERDA CORREIA E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : ESTADO DO TOCANTINS PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO TOCANTINS Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 18.09.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2849276 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 696.437 PROCED. : TOCANTINS RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) : DIONISIO ALVES NUNES ADV.(A/S) : ROBERTO LACERDA CORREIA E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : ESTADO DO TOCANTINS PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO TOCANTINS Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 18.09.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2849276 Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 11
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=2915267
2012-09-18T00:00:00
2012-10-10T00:00:00
A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 18.09.2012.
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO
EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO APOSENTADO. PLANO DE CLASSIFICAÇÃO DE CARGOS E SALÁRIOS. RECLASSIFICAÇÃO PRETENDIDA. AUSÊNCIA DE DIREITO ADQUIRIDO A REGIME JURÍDICO. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.
sjur216443
- Acórdãos citados: AI 608303 AgR, RE 632406 AgR. Número de páginas: 11. Análise: 23/10/2012, MLM.
CÁRMEN LÚCIA
Segunda Turma
696437
[ "LEG-FED SUMSTF-000280 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\r\n\r\n", "LEG-EST LEI-001609 ANO-2005\r\n ART-00038 INC-00001 PAR-ÚNICO \r\n LEI ORDINÁRIA, TO\r\n\r\n", "LEG-EST LEI-001777 ANO-2007\r\n LEI ORDINÁRIA, TO" ]
ARE-AgR
acordaos
ARE 696437 AgR
[ "" ]
AGTE.(S) : DIONISIO ALVES NUNES ADV.(A/S) : ROBERTO LACERDA CORREIA E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : ESTADO DO TOCANTINS PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO TOCANTINS
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II , alínea c , do Código de 3", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Artigos 5o , XXXV e 93 , IX , da Constituição", "LEI 8 . 911 / 94", "art . 544 , § [UNK] , inc . II , alínea c , do Código de 3 Supremo Tribunal Federal", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", ".", "1", ".", "777", "/", "2007", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Lei estadual n . 1 . 777 / 2007", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2", "artigo 38 , I , parágrafo único , da Lei 1 . 609 / 2005", "Lei 1 . 177 / 07", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "artigo 38 , I , parágrafo único , da Lei 1 . 609 / 2005", "Lei 1 . 177 / 07", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Lei 1 . 177 / 2007", "Lei estadual n . 1 . 609 / 2005", "Lei estadual n . 1 . 777 / 2007", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Lei 1 . 177 / 2007", "Lei estadual n . 1 . 609 / 2005", "Lei estadual n . 1 . 777 / 2007", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "CF , art . 40 , § [UNK]", "LEI 13 . 666 / 02", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "CF , art . 40 , § [UNK]", "LEI 13 . 666 / 02", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 40 , § 8° , da Constituição da República", "Lei estadual n . 1 . 777 / 2007", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 40 , § 8° , 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Ementa e Acórdão 25/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 644.323 DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. LUIZ FUX AGTE.(S) :ESTADO DE GOIÁS PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE GOIAS AGDO.(A/S) :ALEXANDRINO ARAÚJO OLIVEIRA NETO ADV.(A/S) :GUSTAVO MACHADO SOARES EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL. DEMISSÃO. DELEGAÇÃO DE COMPETÊNCIA (ART. 84, XXV E PARÁGRAFO ÚNICO, DA CF/88 E ART. 37, XII E PARÁGRAFO ÚNICO, DA CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE GOIÁS). DECLARAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE DA LEGISLAÇÃO ESTADUAL PELO TJ/GO. NECESSIDADE DE INTERPOSIÇÃO DO RE COM FUNDAMENTO NA ALÍNEA B DO INCISO III DO ART. 102 DA CF/88. INTEIRO TEOR DO INCIDENTE DE INCONSTITUCIONALIDADE JULGADO PELO TRIBUNAL DE ORIGEM NÃO JUNTADO AOS AUTOS. AUSÊNCIA DO INTEIRO TEOR DA DECISÃO APONTADA COMO PARADIGMA NO ACÓRDÃO ORIGINALMENTE RECORRIDO. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO. 1. Na hipótese de declaração de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, ainda que não haja violação do artigo 97 da CF/88, o permissivo constitucional pertinente para fundamentar o recurso extraordinário é o da alínea b do inciso III do art. 102 da Constituição, que não dispensa a juntada aos autos da cópia do inteiro teor do incidente de inconstitucionalidade julgado pelo órgão Plenário e citado no acórdão recorrido (Precedentes: RE 394.167-AgR, Primeira Turma, DJ de 27.4.07; AI 725.524-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Eros Grau, DJ de 28.1108; RE 148.837-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Moreira Alves, DJ de 25.3.94). Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2941890. Supremo Tribunal Federal DJe 16/10/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 14 Ementa e Acórdão RE 644.323 AGR / DF 2. “É imprescindível para o conhecimento e julgamento do extraordinário a ciência da motivação do precedente invocado, salvo se a sua ausência é o fundamento do recurso. Se o acórdão recorrido apenas se reporta à fundamentação de precedente da Corte de origem, que declarou a inconstitucionalidade de preceito legal, não se conhece do recurso extraordinário se o recorrente não opôs embargos de declaração nem fez prova do inteiro teor daquela decisão” (RE 400.373-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Eros Grau, DJ de 26.11.04). Precedentes: AI 528.510-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 17.6.05; RE 340.151-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Eros Grau, DJ de 17.12.04; RE 263.249- AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Maurício Corrêa, DJ de 0.09.00. 3. In casu, o acórdão originalmente recorrido assentou que: “ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL. PODER DISCIPLINAR. DEMISSÃO. DELEGAÇÃO DO GOVERNADOR DE ESTADO AO SECRETÁRIO DE ESTADO. INCONSTITUCIONALIDADE DA LEI N. 10.460/88 RECONHECIDA PELO TRIBUNAL LOCAL. 1. O Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, no julgamento da Argüição de Inconstitucionalidade 2007.0224412-5, declarou inconstitucional o art. 312, III, alínea "a" da Lei Estadual 10.460/88, com a redação dada pela Lei 14.210/02 e pelo Decreto estadual 5.629/02. 2. O reconhecimento da inconstitucionalidade da delegação de poderes do Governador de Estado para exoneração de servidores públicos impõe a nulidade do ato impositor da pena demissória, assinado pelo Secretário de Segurança Pública e Justiça. Precedentes da Quinta Turma. 3. Agravo regimental improvido.” 4. Agravo regimental a que se nega provimento. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de julgamento e das 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2941890. Supremo Tribunal Federal RE 644.323 AGR / DF 2. “É imprescindível para o conhecimento e julgamento do extraordinário a ciência da motivação do precedente invocado, salvo se a sua ausência é o fundamento do recurso. Se o acórdão recorrido apenas se reporta à fundamentação de precedente da Corte de origem, que declarou a inconstitucionalidade de preceito legal, não se conhece do recurso extraordinário se o recorrente não opôs embargos de declaração nem fez prova do inteiro teor daquela decisão” (RE 400.373-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Eros Grau, DJ de 26.11.04). Precedentes: AI 528.510-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 17.6.05; RE 340.151-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Eros Grau, DJ de 17.12.04; RE 263.249- AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Maurício Corrêa, DJ de 0.09.00. 3. In casu, o acórdão originalmente recorrido assentou que: “ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL. PODER DISCIPLINAR. DEMISSÃO. DELEGAÇÃO DO GOVERNADOR DE ESTADO AO SECRETÁRIO DE ESTADO. INCONSTITUCIONALIDADE DA LEI N. 10.460/88 RECONHECIDA PELO TRIBUNAL LOCAL. 1. O Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, no julgamento da Argüição de Inconstitucionalidade 2007.0224412-5, declarou inconstitucional o art. 312, III, alínea "a" da Lei Estadual 10.460/88, com a redação dada pela Lei 14.210/02 e pelo Decreto estadual 5.629/02. 2. O reconhecimento da inconstitucionalidade da delegação de poderes do Governador de Estado para exoneração de servidores públicos impõe a nulidade do ato impositor da pena demissória, assinado pelo Secretário de Segurança Pública e Justiça. Precedentes da Quinta Turma. 3. Agravo regimental improvido.” 4. Agravo regimental a que se nega provimento. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de julgamento e das 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2941890. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 14 Ementa e Acórdão RE 644.323 AGR / DF notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Brasília, 25 de setembro de 2012. LUIZ FUX – Relator Documento assinado digitalmente 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2941890. Supremo Tribunal Federal RE 644.323 AGR / DF notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Brasília, 25 de setembro de 2012. LUIZ FUX – Relator Documento assinado digitalmente 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2941890. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 14 Relatório 25/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 644.323 DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. LUIZ FUX AGTE.(S) :ESTADO DE GOIÁS PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE GOIAS AGDO.(A/S) :ALEXANDRINO ARAÚJO OLIVEIRA NETO ADV.(A/S) :GUSTAVO MACHADO SOARES R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Trata-se de agravo regimental interposto pelo ESTADO DE GOIÁS em face de decisão de minha lavra, assim ementada: “CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL. DEMISSÃO. DELEGAÇÃO DE COMPETÊNCIA (ART. 84, XXV E PARÁGRAFO ÚNICO, DA CF/88 E ART. 37, XII E PARÁGRAFO ÚNICO, DA CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE GOIÁS). DECLARAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE DA LEGISLAÇÃO ESTADUAL PELO TJ/GO. NECESSIDADE DE INTERPOSIÇÃO DO RE COM FUNDAMENTO NA ALÍNEA B, DO INCISO III, DO ART. 102, DA CF/88. INTEIRO TEOR DO INCIDENTE DE INCONSTITUCIONALIDADE JULGADO PELO TRIBUNAL DE ORIGEM NÃO JUNTADO AOS AUTOS. INVIABILIDADE DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. 1. Na hipótese de declaração de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, ainda que não haja violação do artigo 97 da CF/88, o permissivo constitucional pertinente para fundamentar o recurso extraordinário é o da alínea b do inciso III do art. 102 da Constituição, que não dispensa a juntada aos autos da cópia do inteiro teor do incidente de inconstitucionalidade julgado pelo órgão Plenário e citado no Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2858542. Supremo Tribunal Federal 25/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 644.323 DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. LUIZ FUX AGTE.(S) :ESTADO DE GOIÁS PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE GOIAS AGDO.(A/S) :ALEXANDRINO ARAÚJO OLIVEIRA NETO ADV.(A/S) :GUSTAVO MACHADO SOARES R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Trata-se de agravo regimental interposto pelo ESTADO DE GOIÁS em face de decisão de minha lavra, assim ementada: “CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL. DEMISSÃO. DELEGAÇÃO DE COMPETÊNCIA (ART. 84, XXV E PARÁGRAFO ÚNICO, DA CF/88 E ART. 37, XII E PARÁGRAFO ÚNICO, DA CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE GOIÁS). DECLARAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE DA LEGISLAÇÃO ESTADUAL PELO TJ/GO. NECESSIDADE DE INTERPOSIÇÃO DO RE COM FUNDAMENTO NA ALÍNEA B, DO INCISO III, DO ART. 102, DA CF/88. INTEIRO TEOR DO INCIDENTE DE INCONSTITUCIONALIDADE JULGADO PELO TRIBUNAL DE ORIGEM NÃO JUNTADO AOS AUTOS. INVIABILIDADE DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. 1. Na hipótese de declaração de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, ainda que não haja violação do artigo 97 da CF/88, o permissivo constitucional pertinente para fundamentar o recurso extraordinário é o da alínea b do inciso III do art. 102 da Constituição, que não dispensa a juntada aos autos da cópia do inteiro teor do incidente de inconstitucionalidade julgado pelo órgão Plenário e citado no Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2858542. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 14 Relatório RE 644.323 AGR / DF acórdão recorrido (Precedentes: RE 394.167-AgR, Primeira Turma, DJ de 27.4.07; AI 725.524-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Eros Grau, DJ de 28.1108; RE 148.837-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Moreira Alves, DJ de 25.3.94). 2. In casu, o acórdão recorrido assentou que: ‘ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL. PODER DISCIPLINAR. DEMISSÃO. DELEGAÇÃO DO GOVERNADOR DE ESTADO AO SECRETÁRIO DE ESTADO. INCONSTITUCIONALIDADE DA LEI N. 10.460/88 RECONHECIDA PELO TRIBUNAL LOCAL. 1. O Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, no julgamento da Argüição de Inconstitucionalidade 2007.0224412-5, declarou inconstitucional o art. 312, III, alínea "a" da Lei Estadual 10.460/88, com a redação dada pela Lei 14.210/02 e pelo Decreto estadual 5.629/02. 2. O reconhecimento da inconstitucionalidade da delegação de poderes do Governador de Estado para exoneração de servidores públicos impõe a nulidade do ato impositor da pena demissória, assinado pelo Secretário de Segurança Pública e Justiça. Precedentes da Quinta Turma. 3. Agravo regimental improvido.’ 3. Recurso extraordinário a que se nega seguimento.” O agravante alega que “não prospera o suposto óbice ao processamento do RE dado que o recorrente não interpõe o presente recurso com vistas a reformar a decisão que declarou a inconstitucionalidade proferida no incidente de inconstitucionalidade; o que, então demandaria a juntada da decisão hostilizada. O presente RE insurge-se em face da decisão proferida pelo Superior Tribunal de Justiça que, ao contrário da vasta jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal, entendeu por inconstitucional a delegação de competência para o ato de demissão entendendo por nula a portaria exonerativa”. Ao final, requer a reconsideração da decisão hostilizada, com o 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2858542. Supremo Tribunal Federal RE 644.323 AGR / DF acórdão recorrido (Precedentes: RE 394.167-AgR, Primeira Turma, DJ de 27.4.07; AI 725.524-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Eros Grau, DJ de 28.1108; RE 148.837-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Moreira Alves, DJ de 25.3.94). 2. In casu, o acórdão recorrido assentou que: ‘ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL. PODER DISCIPLINAR. DEMISSÃO. DELEGAÇÃO DO GOVERNADOR DE ESTADO AO SECRETÁRIO DE ESTADO. INCONSTITUCIONALIDADE DA LEI N. 10.460/88 RECONHECIDA PELO TRIBUNAL LOCAL. 1. O Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, no julgamento da Argüição de Inconstitucionalidade 2007.0224412-5, declarou inconstitucional o art. 312, III, alínea "a" da Lei Estadual 10.460/88, com a redação dada pela Lei 14.210/02 e pelo Decreto estadual 5.629/02. 2. O reconhecimento da inconstitucionalidade da delegação de poderes do Governador de Estado para exoneração de servidores públicos impõe a nulidade do ato impositor da pena demissória, assinado pelo Secretário de Segurança Pública e Justiça. Precedentes da Quinta Turma. 3. Agravo regimental improvido.’ 3. Recurso extraordinário a que se nega seguimento.” O agravante alega que “não prospera o suposto óbice ao processamento do RE dado que o recorrente não interpõe o presente recurso com vistas a reformar a decisão que declarou a inconstitucionalidade proferida no incidente de inconstitucionalidade; o que, então demandaria a juntada da decisão hostilizada. O presente RE insurge-se em face da decisão proferida pelo Superior Tribunal de Justiça que, ao contrário da vasta jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal, entendeu por inconstitucional a delegação de competência para o ato de demissão entendendo por nula a portaria exonerativa”. Ao final, requer a reconsideração da decisão hostilizada, com o 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2858542. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 14 Relatório RE 644.323 AGR / DF consequente conhecimento e provimento do recurso extraordinário. É o relatório. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2858542. Supremo Tribunal Federal RE 644.323 AGR / DF consequente conhecimento e provimento do recurso extraordinário. É o relatório. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2858542. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 14 Voto - MIN. LUIZ FUX 25/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 644.323 DISTRITO FEDERAL V O T O O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Não assiste razão ao agravante. Em suma, os fundamentos da decisão agravada restaram assim consignados: “Cuida-se de recurso extraordinário interposto pelo ESTADO DE GOIÁS, com fundamento no artigo 102, inciso III, alíneas a e c, da Constituição Federal de 1988, contra acórdão do Superior Tribunal de Justiça assim ementado: ‘ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL. PODER DISCIPLINAR. DEMISSÃO. DELEGAÇÃO DO GOVERNADOR DE ESTADO AO SECRETÁRIO DE ESTADO. INCONSTITUCIONALIDADE DA LEI N. 10.460/88 RECONHECIDA PELO TRIBUNAL LOCAL. 1. O Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, no julgamento da Argüição de Inconstitucionalidade 2007.0224412-5, declarou inconstitucional o art. 312, III, alínea "a" da Lei Estadual 10.460/88, com a redação dada pela Lei 14.210/02 e pelo Decreto estadual 5.629/02. 2. O reconhecimento da inconstitucionalidade da delegação de poderes do Governador de Estado para exoneração de servidores públicos impõe a nulidade do ato impositor da pena demissória, assinado pelo Secretário de Segurança Pública e Justiça. Precedentes da Quinta Turma. 3. Agravo regimental improvido.’ Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2858543. Supremo Tribunal Federal 25/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 644.323 DISTRITO FEDERAL V O T O O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Não assiste razão ao agravante. Em suma, os fundamentos da decisão agravada restaram assim consignados: “Cuida-se de recurso extraordinário interposto pelo ESTADO DE GOIÁS, com fundamento no artigo 102, inciso III, alíneas a e c, da Constituição Federal de 1988, contra acórdão do Superior Tribunal de Justiça assim ementado: ‘ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL. PODER DISCIPLINAR. DEMISSÃO. DELEGAÇÃO DO GOVERNADOR DE ESTADO AO SECRETÁRIO DE ESTADO. INCONSTITUCIONALIDADE DA LEI N. 10.460/88 RECONHECIDA PELO TRIBUNAL LOCAL. 1. O Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, no julgamento da Argüição de Inconstitucionalidade 2007.0224412-5, declarou inconstitucional o art. 312, III, alínea "a" da Lei Estadual 10.460/88, com a redação dada pela Lei 14.210/02 e pelo Decreto estadual 5.629/02. 2. O reconhecimento da inconstitucionalidade da delegação de poderes do Governador de Estado para exoneração de servidores públicos impõe a nulidade do ato impositor da pena demissória, assinado pelo Secretário de Segurança Pública e Justiça. Precedentes da Quinta Turma. 3. Agravo regimental improvido.’ Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2858543. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 14 Voto - MIN. LUIZ FUX RE 644.323 AGR / DF Noticiam os autos que o ora recorrido, servidor público do Estado de Goiás, impetrou mandado de segurança contra ato do Secretário de Segurança Pública e Justiça daquele Estado que lhe aplicou a penalidade de demissão em decorrência da prática das condutas tipificadas nos artigos 303, LIV, 304, XII e XIII, da Lei estadual 10.460/88, verbis: ‘Art. 303 - Constitui transgressão disciplinar e ao funcionário é proibido: (…) LIV - praticar crimes contra a administração pública; Art. 304. Constitui, ainda, transgressão disciplinar, quanto aos funcionários ocupantes de cargos inerentes às funções de polícia civil ou de segurança prisional: (…) XII – praticar ato que importe em escândalo ou que concorra para comprometer a função policial ou função da administração penitenciária; XIII - deixar de cumprir ou de fazer cumprir, na esfera de suas atribuições, as leis e os regulamentos;’ O TJ/GO denegou a ordem, sob o fundamento de que o ato praticado pela autoridade apontada como coatora ‘decorre de função delegada, isto porque a exoneração é ato privativo do Chefe do Poder Executivo, previsto tanto na Constituição Federal como na Constituição do Estado de Goiás’. Destacou ainda que a referida delegação encontra amparo no artigo 312, inciso III, da Lei estadual 10.460/02, na redação conferida pela Lei estadual 14.210/02, verbis: ‘Art. 312. Para imposição de pena disciplinar, no âmbito de suas respectivas atribuições, são competentes: (…) III – por delegação de competência: a) do Chefe do Poder Executivo, os Secretários de Estado e autoridades equivalentes, quanto à pena de 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2858543. Supremo Tribunal Federal RE 644.323 AGR / DF Noticiam os autos que o ora recorrido, servidor público do Estado de Goiás, impetrou mandado de segurança contra ato do Secretário de Segurança Pública e Justiça daquele Estado que lhe aplicou a penalidade de demissão em decorrência da prática das condutas tipificadas nos artigos 303, LIV, 304, XII e XIII, da Lei estadual 10.460/88, verbis: ‘Art. 303 - Constitui transgressão disciplinar e ao funcionário é proibido: (…) LIV - praticar crimes contra a administração pública; Art. 304. Constitui, ainda, transgressão disciplinar, quanto aos funcionários ocupantes de cargos inerentes às funções de polícia civil ou de segurança prisional: (…) XII – praticar ato que importe em escândalo ou que concorra para comprometer a função policial ou função da administração penitenciária; XIII - deixar de cumprir ou de fazer cumprir, na esfera de suas atribuições, as leis e os regulamentos;’ O TJ/GO denegou a ordem, sob o fundamento de que o ato praticado pela autoridade apontada como coatora ‘decorre de função delegada, isto porque a exoneração é ato privativo do Chefe do Poder Executivo, previsto tanto na Constituição Federal como na Constituição do Estado de Goiás’. Destacou ainda que a referida delegação encontra amparo no artigo 312, inciso III, da Lei estadual 10.460/02, na redação conferida pela Lei estadual 14.210/02, verbis: ‘Art. 312. Para imposição de pena disciplinar, no âmbito de suas respectivas atribuições, são competentes: (…) III – por delegação de competência: a) do Chefe do Poder Executivo, os Secretários de Estado e autoridades equivalentes, quanto à pena de 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2858543. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 14 Voto - MIN. LUIZ FUX RE 644.323 AGR / DF demissão.’ Irresignado, o servidor opôs embargos de declaração, rejeitados. Ato contínuo, interpôs recurso ordinário. O Ministro Jorge Mussi, do Superior Tribunal de Justiça, decidiu que o ato que determinou a demissão do recorrido é nulo, porquanto praticado por agente absolutamente incompetente. Isto porque o TJ/GO, no julgamento da Arguição de Inconstitucionalidade 2007.0224412-5, declarou a inconstitucionalidade do art. 312, III, a, da Lei estadual 10.460/88, com a redação dada pela Lei 14.210/02 e pelo Decreto estadual 5.629/02, que delegava aos secretários de estado a competência para aplicar a pena de demissão aos servidores no âmbito das secretarias. Sendo assim, monocraticamente, deu provimento ao recurso ordinário para ‘determinar a anulação da portaria que demitiu o impetrante do cargo de Motorista Policial da Polícia Civil, devendo ser promovida sua imediata reintegração, com pagamento dos vencimentos e cômputo de tempo para todos os efeitos legais’. Contra essa decisão, o Estado de Goiás interpôs agravo regimental, improvido pela Quinta Turma do STJ, nos termos da ementa supratranscrita. Opôs embargos de declaração, rejeitados. Interpõe este recurso extraordinário, no qual alega violação do artigo 84, parágrafo único, da Constituição Federal, reproduzido no artigo 37, inciso XII e parágrafo único, da Constituição Estadual, sustentando, em síntese, que ‘não houve qualquer mácula no que se refere ao ato demissório do recorrido, visto que respeitados todos os seus direitos constitucionais, ínsitos ao devido processo legal, bem como exarado o ato administrativo sancionador por autoridade investida legalmente no poder disciplinar’. É o relatório. DECIDO. Ambas as Turmas desta Corte fixaram entendimento no sentido de que ‘em se tratando de declaração de 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2858543. Supremo Tribunal Federal RE 644.323 AGR / DF demissão.’ Irresignado, o servidor opôs embargos de declaração, rejeitados. Ato contínuo, interpôs recurso ordinário. O Ministro Jorge Mussi, do Superior Tribunal de Justiça, decidiu que o ato que determinou a demissão do recorrido é nulo, porquanto praticado por agente absolutamente incompetente. Isto porque o TJ/GO, no julgamento da Arguição de Inconstitucionalidade 2007.0224412-5, declarou a inconstitucionalidade do art. 312, III, a, da Lei estadual 10.460/88, com a redação dada pela Lei 14.210/02 e pelo Decreto estadual 5.629/02, que delegava aos secretários de estado a competência para aplicar a pena de demissão aos servidores no âmbito das secretarias. Sendo assim, monocraticamente, deu provimento ao recurso ordinário para ‘determinar a anulação da portaria que demitiu o impetrante do cargo de Motorista Policial da Polícia Civil, devendo ser promovida sua imediata reintegração, com pagamento dos vencimentos e cômputo de tempo para todos os efeitos legais’. Contra essa decisão, o Estado de Goiás interpôs agravo regimental, improvido pela Quinta Turma do STJ, nos termos da ementa supratranscrita. Opôs embargos de declaração, rejeitados. Interpõe este recurso extraordinário, no qual alega violação do artigo 84, parágrafo único, da Constituição Federal, reproduzido no artigo 37, inciso XII e parágrafo único, da Constituição Estadual, sustentando, em síntese, que ‘não houve qualquer mácula no que se refere ao ato demissório do recorrido, visto que respeitados todos os seus direitos constitucionais, ínsitos ao devido processo legal, bem como exarado o ato administrativo sancionador por autoridade investida legalmente no poder disciplinar’. É o relatório. DECIDO. Ambas as Turmas desta Corte fixaram entendimento no sentido de que ‘em se tratando de declaração de 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2858543. Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 14 Voto - MIN. LUIZ FUX RE 644.323 AGR / DF inconstitucionalidade de lei ou ato normativo (…), ainda que não haja violação do art. 97 da Constituição, o permissivo constitucional pertinente para fundamentar o recurso extraordinário é o da alínea b, que não dispensa a juntada aos autos da cópia do inteiro teor do incidente de inconstitucionalidade julgado pelo órgão Plenário e citado no acórdão recorrido, uma vez que é contra a sua fundamentação que se volta o RE’ (RE 394.167-AgR, Primeira Turma, DJ de 27.4.07). No mesmo sentido, os seguintes julgados: ‘EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. DL N. 1.783/80. IOF. COBRANÇA NO MESMO EXERCÍCIO DA INSTITUIÇÃO. INCONSTITUCIONALIDADE DECLARADA PELO TRIBUNAL A QUO. NÃO JUNTADA DO INTEIRO TEOR DA DECISÃO PLENÁRIA. NÃO CONHECIMENTO. PRECEDENTES. A jurisprudência do STF fixou-se no sentido do não conhecimento do recurso extraordinário contra decisão que declarou a inconstitucionalidade de lei sem que se junte aos autos a cópia do inteiro teor do acórdão proferido pelo Pleno do Tribunal a quo. Agravo regimental a que se nega provimento.’ (AI 725.524-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Eros Grau, DJ de 28.1108) ‘Agravo Regimental. - Qualquer que seja o teor do acórdão de Turma que se funde na inconstitucionalidade de lei declarada pelo Plenário do Tribunal não dispensa a juntada, aos autos, de cópia deste aresto, pois é contra a sua fundamentação que se interpõe o recurso extraordinário. Daí, ter-se firmado a orientação desta Corte no sentido de que não se conhece de recurso extraordinário quando o acórdão recorrido se funda na declaração de inconstitucionalidade de diploma legal feita pelo Plenário do Tribunal ‘a quo’, e não se junta aos autos 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2858543. Supremo Tribunal Federal RE 644.323 AGR / DF inconstitucionalidade de lei ou ato normativo (…), ainda que não haja violação do art. 97 da Constituição, o permissivo constitucional pertinente para fundamentar o recurso extraordinário é o da alínea b, que não dispensa a juntada aos autos da cópia do inteiro teor do incidente de inconstitucionalidade julgado pelo órgão Plenário e citado no acórdão recorrido, uma vez que é contra a sua fundamentação que se volta o RE’ (RE 394.167-AgR, Primeira Turma, DJ de 27.4.07). No mesmo sentido, os seguintes julgados: ‘EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. DL N. 1.783/80. IOF. COBRANÇA NO MESMO EXERCÍCIO DA INSTITUIÇÃO. INCONSTITUCIONALIDADE DECLARADA PELO TRIBUNAL A QUO. NÃO JUNTADA DO INTEIRO TEOR DA DECISÃO PLENÁRIA. NÃO CONHECIMENTO. PRECEDENTES. A jurisprudência do STF fixou-se no sentido do não conhecimento do recurso extraordinário contra decisão que declarou a inconstitucionalidade de lei sem que se junte aos autos a cópia do inteiro teor do acórdão proferido pelo Pleno do Tribunal a quo. Agravo regimental a que se nega provimento.’ (AI 725.524-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Eros Grau, DJ de 28.1108) ‘Agravo Regimental. - Qualquer que seja o teor do acórdão de Turma que se funde na inconstitucionalidade de lei declarada pelo Plenário do Tribunal não dispensa a juntada, aos autos, de cópia deste aresto, pois é contra a sua fundamentação que se interpõe o recurso extraordinário. Daí, ter-se firmado a orientação desta Corte no sentido de que não se conhece de recurso extraordinário quando o acórdão recorrido se funda na declaração de inconstitucionalidade de diploma legal feita pelo Plenário do Tribunal ‘a quo’, e não se junta aos autos 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2858543. Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 14 Voto - MIN. LUIZ FUX RE 644.323 AGR / DF o inteiro teor do aresto por este prolatado. - Agravo regimental a que se nega provimento.’ (RE 148.837-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Moreira Alves, DJ de 25.3.94). In casu, o recorrente não juntou aos autos cópia do inteiro teor da decisão do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás que declarou a inconstitucionalidade do artigo 312, III, a, da Lei estadual 10.460/88, com a redação dada pela Lei 14.210/02 e pelo Decreto estadual 5.629/02, que delegava aos secretários de estado a competência para aplicar a pena de demissão aos servidores no âmbito das secretarias. Ex positis, nego seguimento ao recurso extraordinário com fundamento no artigo 21, § 1º, do RISTF.” Ademais, verifica-se que esta Corte fixou entendimento no sentido de que “é imprescindível para o conhecimento e julgamento do extraordinário a ciência da motivação do precedente invocado, salvo se a sua ausência é o fundamento do recurso. Se o acórdão recorrido apenas se reporta à fundamentação de precedente da Corte de origem, que declarou a inconstitucionalidade de preceito legal, não se conhece do recurso extraordinário se o recorrente não opôs embargos de declaração nem fez prova do inteiro teor daquela decisão” (RE 400.373-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Eros Grau, DJ de 26.11.04). No mesmo sentido, as seguintes decisões: “EMENTA: Agravo de instrumento: deficiência do traslado: ausência do inteiro teor dos precedentes invocados pelo Tribunal a quo como único fundamento para afastar a aplicação do dispositivo legal em discussão: incidência da Súmula 288.” (AI 528.510-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 17.6.05) 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2858543. Supremo Tribunal Federal RE 644.323 AGR / DF o inteiro teor do aresto por este prolatado. - Agravo regimental a que se nega provimento.’ (RE 148.837-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Moreira Alves, DJ de 25.3.94). In casu, o recorrente não juntou aos autos cópia do inteiro teor da decisão do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás que declarou a inconstitucionalidade do artigo 312, III, a, da Lei estadual 10.460/88, com a redação dada pela Lei 14.210/02 e pelo Decreto estadual 5.629/02, que delegava aos secretários de estado a competência para aplicar a pena de demissão aos servidores no âmbito das secretarias. Ex positis, nego seguimento ao recurso extraordinário com fundamento no artigo 21, § 1º, do RISTF.” Ademais, verifica-se que esta Corte fixou entendimento no sentido de que “é imprescindível para o conhecimento e julgamento do extraordinário a ciência da motivação do precedente invocado, salvo se a sua ausência é o fundamento do recurso. Se o acórdão recorrido apenas se reporta à fundamentação de precedente da Corte de origem, que declarou a inconstitucionalidade de preceito legal, não se conhece do recurso extraordinário se o recorrente não opôs embargos de declaração nem fez prova do inteiro teor daquela decisão” (RE 400.373-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Eros Grau, DJ de 26.11.04). No mesmo sentido, as seguintes decisões: “EMENTA: Agravo de instrumento: deficiência do traslado: ausência do inteiro teor dos precedentes invocados pelo Tribunal a quo como único fundamento para afastar a aplicação do dispositivo legal em discussão: incidência da Súmula 288.” (AI 528.510-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 17.6.05) 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2858543. Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 14 Voto - MIN. LUIZ FUX RE 644.323 AGR / DF “EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL. LEI 8.742/93: BENEFÍCIO ASSISTENCIAL. AUSÊNCIA DO INTEIRO TEOR DO ARESTO PARADIGMA. AGRAVO NÃO PROVIDO. 1. A jurisprudência da Corte é no sentido de que ao conhecimento e julgamento do recurso extraordinário é imprescindível a ciência da motivação do acórdão recorrido, salvo se a ausência dela é o fundamento da irresignação extrema. Assim, se a decisão recorrida apenas se reporta à fundamentação de precedente do Tribunal "a quo", não se conhece do extraordinário se o recorrente não opôs embargos de declaração nem fez prova do teor do precedente invocado. 2. Portanto, duas são as oportunidades facultadas ao recorrente para a juntada do inteiro teor do precedente citado no julgado recorrido: a primeira, por meio da oposição de embargos declaratórios perante o Tribunal de origem; a segunda, por ocasião da interposição do recurso extraordinário, quando se faz a prova do aresto plenário que declarou a inconstitucionalidade da norma, que é fundamento do acórdão dissentido. 3. Agravo regimental a que se nega provimento.” (RE 340.151-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Eros Grau, DJ de 17.12.04) “EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. LEI DECLARADA INCONSTITUCIONAL PELO TRIBUNAL A QUO E QUE CONSTITUI FUNDAMENTO DA DECISÃO RECORRIDA. COMPROVAÇÃO NOS AUTOS. IMPRESCINDIBILIDADE. 1. É imprescindível para o conhecimento e julgamento do extraordinário a ciência da motivação do precedente invocado, salvo se a sua ausência é o fundamento do recurso. 2. Se o acórdão recorrido apenas se reporta à fundamentação de precedente da Corte de origem, que declarou a inconstitucionalidade de preceito legal, não se conhece do recurso extraordinário se o recorrente não opôs embargos de declaração nem fez prova do inteiro teor daquela decisão. 6 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2858543. Supremo Tribunal Federal RE 644.323 AGR / DF “EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL. LEI 8.742/93: BENEFÍCIO ASSISTENCIAL. AUSÊNCIA DO INTEIRO TEOR DO ARESTO PARADIGMA. AGRAVO NÃO PROVIDO. 1. A jurisprudência da Corte é no sentido de que ao conhecimento e julgamento do recurso extraordinário é imprescindível a ciência da motivação do acórdão recorrido, salvo se a ausência dela é o fundamento da irresignação extrema. Assim, se a decisão recorrida apenas se reporta à fundamentação de precedente do Tribunal "a quo", não se conhece do extraordinário se o recorrente não opôs embargos de declaração nem fez prova do teor do precedente invocado. 2. Portanto, duas são as oportunidades facultadas ao recorrente para a juntada do inteiro teor do precedente citado no julgado recorrido: a primeira, por meio da oposição de embargos declaratórios perante o Tribunal de origem; a segunda, por ocasião da interposição do recurso extraordinário, quando se faz a prova do aresto plenário que declarou a inconstitucionalidade da norma, que é fundamento do acórdão dissentido. 3. Agravo regimental a que se nega provimento.” (RE 340.151-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Eros Grau, DJ de 17.12.04) “EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. LEI DECLARADA INCONSTITUCIONAL PELO TRIBUNAL A QUO E QUE CONSTITUI FUNDAMENTO DA DECISÃO RECORRIDA. COMPROVAÇÃO NOS AUTOS. IMPRESCINDIBILIDADE. 1. É imprescindível para o conhecimento e julgamento do extraordinário a ciência da motivação do precedente invocado, salvo se a sua ausência é o fundamento do recurso. 2. Se o acórdão recorrido apenas se reporta à fundamentação de precedente da Corte de origem, que declarou a inconstitucionalidade de preceito legal, não se conhece do recurso extraordinário se o recorrente não opôs embargos de declaração nem fez prova do inteiro teor daquela decisão. 6 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2858543. Inteiro Teor do Acórdão - Página 12 de 14 Voto - MIN. LUIZ FUX RE 644.323 AGR / DF Precedentes. Agravo regimental não provido.” (RE 263.249-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Maurício Corrêa, DJ de 0.09.00) In casu, o Superior Tribunal de Justiça declarou a nulidade do ato do Secretário de Segurança Pública e Justiça que aplicou a pena de demissão ao ora agravado com fundamento na decisão do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás que reconheceu a inconstitucionalidade da delegação de poderes do Governador do Estado para exoneração de servidores públicos (artigo 312, inciso III, alínea a, da Lei estadual 10.460/88, com a redação dada pela Lei 14.210/02 e pelo Decreto estadual 5.629/02). Destarte, para o conhecimento e julgamento do recurso extraordinário, é imprescindível a juntada aos autos do acórdão que declarou a inconstitucionalidade do artigo 312, inciso III, alínea a, da Lei estadual 10.460/88, com a redação dada pela Lei 14.210/02 e pelo Decreto estadual 5.629/02, por ser ele fundamento do acórdão recorrido. Assim sendo, em que pesem os argumentos expendidos nas razões de agravar, resta evidenciado das razões recursais que o agravante não trouxe nenhum argumento capaz de infirmar a decisão hostilizada. Ex positis, nego provimento ao agravo regimental. É como voto. 7 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2858543. Supremo Tribunal Federal RE 644.323 AGR / DF Precedentes. Agravo regimental não provido.” (RE 263.249-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Maurício Corrêa, DJ de 0.09.00) In casu, o Superior Tribunal de Justiça declarou a nulidade do ato do Secretário de Segurança Pública e Justiça que aplicou a pena de demissão ao ora agravado com fundamento na decisão do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás que reconheceu a inconstitucionalidade da delegação de poderes do Governador do Estado para exoneração de servidores públicos (artigo 312, inciso III, alínea a, da Lei estadual 10.460/88, com a redação dada pela Lei 14.210/02 e pelo Decreto estadual 5.629/02). Destarte, para o conhecimento e julgamento do recurso extraordinário, é imprescindível a juntada aos autos do acórdão que declarou a inconstitucionalidade do artigo 312, inciso III, alínea a, da Lei estadual 10.460/88, com a redação dada pela Lei 14.210/02 e pelo Decreto estadual 5.629/02, por ser ele fundamento do acórdão recorrido. Assim sendo, em que pesem os argumentos expendidos nas razões de agravar, resta evidenciado das razões recursais que o agravante não trouxe nenhum argumento capaz de infirmar a decisão hostilizada. Ex positis, nego provimento ao agravo regimental. É como voto. 7 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2858543. Inteiro Teor do Acórdão - Página 13 de 14 Decisão de Julgamento PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 644.323 PROCED. : GOIÁS RELATOR : MIN. LUIZ FUX AGTE.(S) : ESTADO DE GOIÁS PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE GOIAS AGDO.(A/S) : ALEXANDRINO ARAÚJO OLIVEIRA NETO ADV.(A/S) : GUSTAVO MACHADO SOARES Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 25.9.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo de Tarso Braz Lucas. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2895692 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 644.323 PROCED. : GOIÁS RELATOR : MIN. LUIZ FUX AGTE.(S) : ESTADO DE GOIÁS PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE GOIAS AGDO.(A/S) : ALEXANDRINO ARAÚJO OLIVEIRA NETO ADV.(A/S) : GUSTAVO MACHADO SOARES Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 25.9.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo de Tarso Braz Lucas. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2895692 Inteiro Teor do Acórdão - Página 14 de 14
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=2948580
2012-09-25T00:00:00
2012-10-16T00:00:00
A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 25.9.2012.
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO
Ementa: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL. DEMISSÃO. DELEGAÇÃO DE COMPETÊNCIA (ART. 84, XXV E PARÁGRAFO ÚNICO, DA CF/88 E ART. 37, XII E PARÁGRAFO ÚNICO, DA CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE GOIÁS). DECLARAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE DA LEGISLAÇÃO ESTADUAL PELO TJ/GO. NECESSIDADE DE INTERPOSIÇÃO DO RE COM FUNDAMENTO NA ALÍNEA B DO INCISO III DO ART. 102 DA CF/88. INTEIRO TEOR DO INCIDENTE DE INCONSTITUCIONALIDADE JULGADO PELO TRIBUNAL DE ORIGEM NÃO JUNTADO AOS AUTOS. AUSÊNCIA DO INTEIRO TEOR DA DECISÃO APONTADA COMO PARADIGMA NO ACÓRDÃO ORIGINALMENTE RECORRIDO. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO. 1. Na hipótese de declaração de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, ainda que não haja violação do artigo 97 da CF/88, o permissivo constitucional pertinente para fundamentar o recurso extraordinário é o da alínea b do inciso III do art. 102 da Constituição, que não dispensa a juntada aos autos da cópia do inteiro teor do incidente de inconstitucionalidade julgado pelo órgão Plenário e citado no acórdão recorrido (Precedentes: RE 394.167-AgR, Primeira Turma, DJ de 27.4.07; AI 725.524-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Eros Grau, DJ de 28.1108; RE 148.837-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Moreira Alves, DJ de 25.3.94). 2. “É imprescindível para o conhecimento e julgamento do extraordinário a ciência da motivação do precedente invocado, salvo se a sua ausência é o fundamento do recurso. Se o acórdão recorrido apenas se reporta à fundamentação de precedente da Corte de origem, que declarou a inconstitucionalidade de preceito legal, não se conhece do recurso extraordinário se o recorrente não opôs embargos de declaração nem fez prova do inteiro teor daquela decisão” (RE 400.373-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Eros Grau, DJ de 26.11.04). Precedentes: AI 528.510-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 17.6.05; RE 340.151-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Eros Grau, DJ de 17.12.04; RE 263.249-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Maurício Corrêa, DJ de 0.09.00. 3. In casu, o acórdão originalmente recorrido assentou que: “ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL. PODER DISCIPLINAR. DEMISSÃO. DELEGAÇÃO DO GOVERNADOR DE ESTADO AO SECRETÁRIO DE ESTADO. INCONSTITUCIONALIDADE DA LEI N. 10.460/88 RECONHECIDA PELO TRIBUNAL LOCAL. 1. O Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, no julgamento da Argüição de Inconstitucionalidade 2007.0224412-5, declarou inconstitucional o art. 312, III, alínea "a" da Lei Estadual 10.460/88, com a redação dada pela Lei 14.210/02 e pelo Decreto estadual 5.629/02. 2. O reconhecimento da inconstitucionalidade da delegação de poderes do Governador de Estado para exoneração de servidores públicos impõe a nulidade do ato impositor da pena demissória, assinado pelo Secretário de Segurança Pública e Justiça. Precedentes da Quinta Turma. 3. Agravo regimental improvido.” 4. Agravo regimental a que se nega provimento.
sjur216695
- Acórdãos citados: RE 148837 AgR, RE 340151 AgR, RE 394167 AgR, RE 400373 AgR, AI 528510 AgR, AI 725524 AgR. - Decisão monocrática citada: RE 263249 AgR. Número de páginas: 14. Análise: 24/10/2012, MAC.
LUIZ FUX
Primeira Turma
644323
[ "LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00084 INC-00025 PAR-ÚNICO ART-00097\r\n ART-00102 INC-00003 LET-B \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n\r\n", "LEG-EST CES ANO-1989\r\n ART-00037 INC-00010 PAR-ÚNICO DA\r\n CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE GOIÁS\r\n\r\n", "LEG-EST LEI-010460 ANO-1988\r\n ART-00312 INC-00003 LET-A REDAÇÃO DADA PELA LEI-14210/2002 E PELO DEC-5629/2002\r\n LEI ORDINÁRIA, GO \r\n\r\n", "LEG-EST LEI-014210 ANO-2002\r\n LEI ORDINÁRIA, GO\r\n\r\n", "LEG-EST DEC-005629 ANO-2002\r\n DECRETO, GO" ]
RE-AgR
acordaos
RE 644323 AgR
[ "" ]
AGTE.(S) : ESTADO DE GOIÁS AGDO.(A/S) : ALEXANDRINO ARAÚJO OLIVEIRA NETO ADV.(A/S) : GUSTAVO MACHADO SOARES PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE GOIAS
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "RECURSO EXTRAORDINÁRIO 644 . 323", "RE 394 . 167 - AgR", "AI 725 . 524 - AgR", "RE 148 . 837 - AgR", "RE 644 . 323 AGR / DF", "RE 400 . 373 - AgR", "AI 528 . 510 - AgR", "RE 340 . 151 - AgR", "RE 263 . 249 - AgR", "Argüição de Inconstitucionalidade 2007 . 0224412 - 5", "RE 644 . 323 AGR / DF", "RE 400 . 373 - AgR", "AI 528 . 510 - AgR", "RE 340 . 151 - AgR", "RE 263 . 249 - AgR", "Argüição de Inconstitucionalidade 2007 . 0224412 - 5", "RE 644 . 323", "RE 644 . 323 AGR", "RECURSO EXTRAORDINÁRIO 644 . 323", "RECURSO EXTRAORDINÁRIO 644 .", "RE 644 . 323 AGR / DF", "RE 394 . 167 - AgR", "AI 725 . 524 - AgR", "RE 148 . 837 - AgR", "Argüição de Inconstitucionalidade 2007 . 0224412 - 5", "RE 644 . 323 AGR / DF", "RE 394 . 167 - AgR", "AI 725 . 524 - AgR", "RE 148 . 837 - AgR", "Argüição de Inconstitucionalidade 2007 . 0224412 - 5", "RE 644 . 323 AGR", "RE 644 . 323 AGR / DF", "Argüição de Inconstitucionalidade 2007 . 0224412 - 5", "Argüição de Inconstitucionalidade 2007 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Ementa e Acórdão 25/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 238.049 PERNAMBUCO RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) :ESTADO DE PERNAMBUCO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE PERNAMBUCO AGDO.(A/S) :INSTITUTO NACIONAL DE COLONIZAÇÃO E REFORMA AGRÁRIA - INCRA PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL FEDERAL EMENTA Agravo regimental no recurso extraordinário. Tributário. ICMS. Autarquia federal. INCRA. Não configuração de atividade econômica. Imunidade tributária. Não revolvimento de fatos e provas. Precedentes. 1. Como autarquia federal, o INCRA não se equipara a sociedade de economia mista ou a empresa pública, não exercendo atividade econômica de qualquer natureza. Na verdade, o fato de o INCRA absorver uma unidade agroindustrial não acarreta, pura e simplesmente, a atração da atividade econômica dessa, com o afastamento da imunidade tributária e a submissão da autarquia ao regime próprio das empresas privadas, conforme previsto na Constituição Federal. 2. A unidade em questão foi desapropriada por decreto federal, passando a integrar o acervo patrimonial do INCRA. Nesses casos, fica evidente que não houve alteração da natureza jurídica da autarquia, vinculada a serviço público essencial na área crítica da reforma agrária e de assentamentos. Não há, assim, nenhum tipo de interesse econômico ou intuito lucrativo por parte do órgão. 3. Agravo regimental não provido. ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2927418. Supremo Tribunal Federal DJe 16/10/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 8 Ementa e Acórdão RE 238.049 AGR / PE Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata do julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Brasília, 25 de setembro de 2012. MINISTRO DIAS TOFFOLI Relator 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2927418. Supremo Tribunal Federal RE 238.049 AGR / PE Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata do julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Brasília, 25 de setembro de 2012. MINISTRO DIAS TOFFOLI Relator 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2927418. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 8 Relatório 25/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 238.049 PERNAMBUCO RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) :ESTADO DE PERNAMBUCO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE PERNAMBUCO AGDO.(A/S) :INSTITUTO NACIONAL DE COLONIZAÇÃO E REFORMA AGRÁRIA - INCRA PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL FEDERAL RELATÓRIO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): Estado de Pernambuco interpõe agravo regimental contra decisão mediante a qual dei provimento ao recurso extraordinário, com a seguinte fundamentação: “Vistos. Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA interpõe recurso extraordinário, com fundamento na alínea a do permissivo constitucional, contra acórdão da Primeira Turma do Tribunal Regional Federal da 5ª Região, assim ementado: ‘Tributário e Processual Civil. Imunidade. O título que embasa a execução contra a Fazenda Pública. Controvérsias. A imunidade tributária não alcança as pessoas jurídicas de direito público quando executam atividades econômicas e quando relacionadas a atividades contra prestação ou pagamento de preços e tarifas pelo usuário. Espeque em lição do tributarista Hugo Machado, adotada nesta Corte (v.g. Juiz José Delgado). A controvérsia acerca da necessidade ou não de sentença judicial para embasar execução contra a Fazenda Pública, enquanto não resolvida pelo STJ, a quem cabe a última palavra, comporta qualquer dos caminhos defendidos pelas correntes Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2927420. Supremo Tribunal Federal 25/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 238.049 PERNAMBUCO RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) :ESTADO DE PERNAMBUCO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE PERNAMBUCO AGDO.(A/S) :INSTITUTO NACIONAL DE COLONIZAÇÃO E REFORMA AGRÁRIA - INCRA PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL FEDERAL RELATÓRIO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): Estado de Pernambuco interpõe agravo regimental contra decisão mediante a qual dei provimento ao recurso extraordinário, com a seguinte fundamentação: “Vistos. Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA interpõe recurso extraordinário, com fundamento na alínea a do permissivo constitucional, contra acórdão da Primeira Turma do Tribunal Regional Federal da 5ª Região, assim ementado: ‘Tributário e Processual Civil. Imunidade. O título que embasa a execução contra a Fazenda Pública. Controvérsias. A imunidade tributária não alcança as pessoas jurídicas de direito público quando executam atividades econômicas e quando relacionadas a atividades contra prestação ou pagamento de preços e tarifas pelo usuário. Espeque em lição do tributarista Hugo Machado, adotada nesta Corte (v.g. Juiz José Delgado). A controvérsia acerca da necessidade ou não de sentença judicial para embasar execução contra a Fazenda Pública, enquanto não resolvida pelo STJ, a quem cabe a última palavra, comporta qualquer dos caminhos defendidos pelas correntes Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2927420. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 8 Relatório RE 238.049 AGR / PE jurisprudenciais divergentes. No caso, o caminho adotado preenche requisitos das duas correntes. Improvimento da apelação’ (fls. 130 a 132). Alega o recorrente violação dos artigos 100, 150, § 1º, e 173, § 1º, da Constituição Federal. Contra-arrazoado (fls. 59 a 65), o recurso extraordinário (fls. 47 a 53) não foi admitido (fl. 67), tendo seguimento por força de decisão proferida em agravo de instrumento (fl. 45 dos autos em apenso). Opina o Ministério Público Federal, em parecer da lavra do então Subprocurador-Geral da República, Dr. Roberto Monteiro Gurgel Santos, pelo não conhecimento do recurso (fls. 74 a 76). Decido. Anote-se, inicialmente, que o acórdão dos embargos de declaração foi publicado em 25/11/94, conforme expresso na certidão de folha 45, não sendo exigível a demonstração da existência de repercussão geral das questões constitucionais trazidas no recurso extraordinário, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07. No que se refere ao artigo 100 da Constituição Federal, apontado como violado, carece do necessário prequestionamento, sendo certo que não foram opostos embargos de declaração para sanar eventual omissão no acórdão recorrido. Incidem na espécie as Súmulas nº 282 e 356 desta Corte. Por outro lado, na ocasião do julgamento do RE nº 242.827/PE, Relator o Ministro Menezes Direito, DJE de 24/10/08, em que se discutia a mesma questão tratada nos presentes autos, a Primeira Turma desta Corte decidiu pelo reconhecimento da imunidade tributária do INCRA - inclusive no que diz respeito à gerência da unidade agroindustrial em questão, por não restar configurado o exercício de atividade econômica. Colhe-se da fundamentação do referido julgado: 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2927420. Supremo Tribunal Federal RE 238.049 AGR / PE jurisprudenciais divergentes. No caso, o caminho adotado preenche requisitos das duas correntes. Improvimento da apelação’ (fls. 130 a 132). Alega o recorrente violação dos artigos 100, 150, § 1º, e 173, § 1º, da Constituição Federal. Contra-arrazoado (fls. 59 a 65), o recurso extraordinário (fls. 47 a 53) não foi admitido (fl. 67), tendo seguimento por força de decisão proferida em agravo de instrumento (fl. 45 dos autos em apenso). Opina o Ministério Público Federal, em parecer da lavra do então Subprocurador-Geral da República, Dr. Roberto Monteiro Gurgel Santos, pelo não conhecimento do recurso (fls. 74 a 76). Decido. Anote-se, inicialmente, que o acórdão dos embargos de declaração foi publicado em 25/11/94, conforme expresso na certidão de folha 45, não sendo exigível a demonstração da existência de repercussão geral das questões constitucionais trazidas no recurso extraordinário, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07. No que se refere ao artigo 100 da Constituição Federal, apontado como violado, carece do necessário prequestionamento, sendo certo que não foram opostos embargos de declaração para sanar eventual omissão no acórdão recorrido. Incidem na espécie as Súmulas nº 282 e 356 desta Corte. Por outro lado, na ocasião do julgamento do RE nº 242.827/PE, Relator o Ministro Menezes Direito, DJE de 24/10/08, em que se discutia a mesma questão tratada nos presentes autos, a Primeira Turma desta Corte decidiu pelo reconhecimento da imunidade tributária do INCRA - inclusive no que diz respeito à gerência da unidade agroindustrial em questão, por não restar configurado o exercício de atividade econômica. Colhe-se da fundamentação do referido julgado: 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2927420. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 8 Relatório RE 238.049 AGR / PE ‘Como autarquia federal, a sua destinação não tem nenhuma equiparação com sociedade de economia mista ou com empresa pública exercendo atividade econômica de qualquer natureza. Na verdade, o fato do INCRA, absorver uma unidade agroindustrial não acarreta, pura e simplesmente, a atração da atividade econômica adotada pela Constituição Federal para afastar a imunidade tributária e submeter a autarquia ao regime próprio das empresas privadas. Veja-se que essa unidade foi desapropriada por decreto federal passando a integrar o acervo patrimonial do INCRA. Nesses casos, fica evidente que não houve alteração na sua natureza jurídica, vinculada a serviço público essencial em área crítica da reforma agrária e de assentamento. Não há, assim, nenhum tipo de interesse econômico ou intuito lucrativo’ (DJ 23.10.2008). No mesmo sentido: ‘AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. TRIBUTÁRIO. IMPOSTO SOBRE CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E SERVIÇOS - ICMS. AUTARQUIA FEDERAL - INCRA. IMUNIDADE TRIBUTÁRIA: NÃO CONFIGURAÇÃO DO EXERCÍCIO DE ATIVIDADE ECONÔMICA. PRECEDENTE. DESNECESSIDADE DO REEXAME DE PROVAS. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO’ (RE nº 248.824/PE-AgR, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJE de 13/11/09). Ante o exposto, nos termos do artigo 557, § 1º-A, do Código de Processo Civil, conheço do recurso extraordinário e lhe dou provimento para reconhecer a imunidade tributária constitucional, julgando procedentes os embargos à execução. Honorários fixados em R$ 5.000,00 (cinco mil reais).” Alega o agravante que a reforma, por este Tribunal, do julgado proferido pelo Tribunal de origem importou em reexame do contexto 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2927420. Supremo Tribunal Federal RE 238.049 AGR / PE ‘Como autarquia federal, a sua destinação não tem nenhuma equiparação com sociedade de economia mista ou com empresa pública exercendo atividade econômica de qualquer natureza. Na verdade, o fato do INCRA, absorver uma unidade agroindustrial não acarreta, pura e simplesmente, a atração da atividade econômica adotada pela Constituição Federal para afastar a imunidade tributária e submeter a autarquia ao regime próprio das empresas privadas. Veja-se que essa unidade foi desapropriada por decreto federal passando a integrar o acervo patrimonial do INCRA. Nesses casos, fica evidente que não houve alteração na sua natureza jurídica, vinculada a serviço público essencial em área crítica da reforma agrária e de assentamento. Não há, assim, nenhum tipo de interesse econômico ou intuito lucrativo’ (DJ 23.10.2008). No mesmo sentido: ‘AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. TRIBUTÁRIO. IMPOSTO SOBRE CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E SERVIÇOS - ICMS. AUTARQUIA FEDERAL - INCRA. IMUNIDADE TRIBUTÁRIA: NÃO CONFIGURAÇÃO DO EXERCÍCIO DE ATIVIDADE ECONÔMICA. PRECEDENTE. DESNECESSIDADE DO REEXAME DE PROVAS. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO’ (RE nº 248.824/PE-AgR, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJE de 13/11/09). Ante o exposto, nos termos do artigo 557, § 1º-A, do Código de Processo Civil, conheço do recurso extraordinário e lhe dou provimento para reconhecer a imunidade tributária constitucional, julgando procedentes os embargos à execução. Honorários fixados em R$ 5.000,00 (cinco mil reais).” Alega o agravante que a reforma, por este Tribunal, do julgado proferido pelo Tribunal de origem importou em reexame do contexto 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2927420. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 8 Relatório RE 238.049 AGR / PE fático-probatório, o que é vedado nesta instância recursal, a teor do disposto na Súmula nº 279 desta Corte. Aduz, in verbis, que: “Ou o INCRA realizou atividade econômica passível de incidência tributária ou atuou dentro das suas competências e, portanto, estaria imune. (...) Para divergir dessa certeza do Tribunal a quo, no entanto, seria necessário se imiscuir na prova, o que é vedado pela Súmula 279/STF” (fl. 87). É o relatório. 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2927420. Supremo Tribunal Federal RE 238.049 AGR / PE fático-probatório, o que é vedado nesta instância recursal, a teor do disposto na Súmula nº 279 desta Corte. Aduz, in verbis, que: “Ou o INCRA realizou atividade econômica passível de incidência tributária ou atuou dentro das suas competências e, portanto, estaria imune. (...) Para divergir dessa certeza do Tribunal a quo, no entanto, seria necessário se imiscuir na prova, o que é vedado pela Súmula 279/STF” (fl. 87). É o relatório. 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2927420. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 8 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI 25/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 238.049 PERNAMBUCO VOTO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): O inconformismo não merece prosperar, haja vista que as alegações deduzidas no agravo são insuficientes para infirmar a fundamentação que ampara a decisão agravada, a qual se encontra em sintonia com a orientação jurisprudencial deste Supremo Tribunal Federal. Conforme assentado na decisão agravada, por ocasião do julgamento do RE nº 242.827/PE, Relator o Ministro Menezes Direito (DJe de 24/10/08), em que se discutia questão idêntica à desses autos, inclusive com as mesmas partes conflitantes, a Primeira Turma desta Corte decidiu pelo reconhecimento da imunidade tributária do INCRA – em especial, no que diz respeito à unidade agroindustrial desapropriada, que passou a integrar o patrimônio da referida autarquia. Não resta configurado o exercício de atividade econômica por órgão com natureza jurídica autárquica prestador de serviço público essencial. No mesmo sentido, ainda, o RE nº 248.824/PE-AgR, Relatora a Ministra Cármen Lúcia (DJe de 13/11/09). Correta, assim, a decisão agravada, a não merecer reparos. Ante exposto, voto pelo não provimento do agravo regimental. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2927419. Supremo Tribunal Federal 25/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 238.049 PERNAMBUCO VOTO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): O inconformismo não merece prosperar, haja vista que as alegações deduzidas no agravo são insuficientes para infirmar a fundamentação que ampara a decisão agravada, a qual se encontra em sintonia com a orientação jurisprudencial deste Supremo Tribunal Federal. Conforme assentado na decisão agravada, por ocasião do julgamento do RE nº 242.827/PE, Relator o Ministro Menezes Direito (DJe de 24/10/08), em que se discutia questão idêntica à desses autos, inclusive com as mesmas partes conflitantes, a Primeira Turma desta Corte decidiu pelo reconhecimento da imunidade tributária do INCRA – em especial, no que diz respeito à unidade agroindustrial desapropriada, que passou a integrar o patrimônio da referida autarquia. Não resta configurado o exercício de atividade econômica por órgão com natureza jurídica autárquica prestador de serviço público essencial. No mesmo sentido, ainda, o RE nº 248.824/PE-AgR, Relatora a Ministra Cármen Lúcia (DJe de 13/11/09). Correta, assim, a decisão agravada, a não merecer reparos. Ante exposto, voto pelo não provimento do agravo regimental. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2927419. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 8 Decisão de Julgamento PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 238.049 PROCED. : PERNAMBUCO RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) : ESTADO DE PERNAMBUCO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE PERNAMBUCO AGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE COLONIZAÇÃO E REFORMA AGRÁRIA - INCRA PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 25.9.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo de Tarso Braz Lucas. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2895640 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 238.049 PROCED. : PERNAMBUCO RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) : ESTADO DE PERNAMBUCO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE PERNAMBUCO AGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE COLONIZAÇÃO E REFORMA AGRÁRIA - INCRA PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 25.9.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo de Tarso Braz Lucas. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2895640 Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 8
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=2948417
2012-09-25T00:00:00
2012-10-16T00:00:00
A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 25.9.2012.
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO
EMENTA Agravo regimental no recurso extraordinário. Tributário. ICMS. Autarquia federal. INCRA. Não configuração de atividade econômica. Imunidade tributária. Não revolvimento de fatos e provas. Precedentes. 1. Como autarquia federal, o INCRA não se equipara a sociedade de economia mista ou a empresa pública, não exercendo atividade econômica de qualquer natureza. Na verdade, o fato de o INCRA absorver uma unidade agroindustrial não acarreta, pura e simplesmente, a atração da atividade econômica dessa, com o afastamento da imunidade tributária e a submissão da autarquia ao regime próprio das empresas privadas, conforme previsto na Constituição Federal. 2. A unidade em questão foi desapropriada por decreto federal, passando a integrar o acervo patrimonial do INCRA. Nesses casos, fica evidente que não houve alteração da natureza jurídica da autarquia, vinculada a serviço público essencial na área crítica da reforma agrária e de assentamentos. Não há, assim, nenhum tipo de interesse econômico ou intuito lucrativo por parte do órgão. 3. Agravo regimental não provido.
sjur216694
- Acórdãos citados: RE 242827, RE 248824 AgR. Número de páginas: 8. Análise: 23/10/2012, AMS.
DIAS TOFFOLI
Primeira Turma
238049
null
RE-AgR
acordaos
RE 238049 AgR
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AGTE.(S) : ESTADO DE PERNAMBUCO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL AGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE COLONIZAÇÃO E REFORMA AGRÁRIA - INCRA PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE PERNAMBUCO
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Ementa e Acórdão 25/09/2012 SEGUNDA TURMA EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 586.610 DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. JOAQUIM BARBOSA EMBTE.(S) :MARGARIDA MARIA REIS DE ANDRADE E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) :LUCIANO MELO MOREIRA LIMA E OUTRO(A/S) EMBDO.(A/S) :UNIÃO ADV.(A/S) :ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO CONHECIDOS COMO AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. DEVIDO PROCESSO LEGAL. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. MILITAR. IMÓVEL FUNCIONAL. DIREITO DE PERMANÊNCIA. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL E REEXAME DE FATOS E PROVAS - SÚMULA 279. Agravo regimental a que se nega provimento. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os ministros do Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a presidência do ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em converter os embargos de declaração em agravo regimental e, a este, negar provimento, nos termos do voto do Relator. Brasília, 25 de setembro de 2012. Ministro JOAQUIM BARBOSA Relator Documento assinado digitalmente Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2969769. Supremo Tribunal Federal DJe 30/10/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 6 Relatório 25/09/2012 SEGUNDA TURMA EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 586.610 DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. JOAQUIM BARBOSA EMBTE.(S) :MARGARIDA MARIA REIS DE ANDRADE E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) :LUCIANO MELO MOREIRA LIMA E OUTRO(A/S) EMBDO.(A/S) :UNIÃO ADV.(A/S) :ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO JOAQUIM BARBOSA (Relator): É este o teor da decisão recorrida (fls. 128/129): “Trata-se de recurso extraordinário interposto de acórdão que, reformando a sentença, julgou improcedente o pedido de permanência em imóvel funcional. O recurso extraordinário, ao alegar que o acórdão recorrido ofende o preceito do art. 5º, LIV, versa questão constitucional não ventilada na decisão recorrida. Ao inovar nos autos, deduz matéria estranha à controvérsia, incidindo no óbice da Súmula 282. Ademais, a análise das questões constitucionais suscitadas implica reexame dos fatos e provas que fundamentaram as conclusões da decisão recorrida. Isso inviabiliza o processamento do recurso, ante a vedação contida no enunciado da Súmula 279 desta Corte. Do exposto, nego seguimento ao recurso. ” Dessa decisão interpõem-se embargos de declaração, em que se alega que a matéria constitucional está prequestionada e que a solução da controvérsia não demanda reexame de prova. É o relatório. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3007018. Supremo Tribunal Federal 25/09/2012 SEGUNDA TURMA EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 586.610 DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. JOAQUIM BARBOSA EMBTE.(S) :MARGARIDA MARIA REIS DE ANDRADE E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) :LUCIANO MELO MOREIRA LIMA E OUTRO(A/S) EMBDO.(A/S) :UNIÃO ADV.(A/S) :ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO JOAQUIM BARBOSA (Relator): É este o teor da decisão recorrida (fls. 128/129): “Trata-se de recurso extraordinário interposto de acórdão que, reformando a sentença, julgou improcedente o pedido de permanência em imóvel funcional. O recurso extraordinário, ao alegar que o acórdão recorrido ofende o preceito do art. 5º, LIV, versa questão constitucional não ventilada na decisão recorrida. Ao inovar nos autos, deduz matéria estranha à controvérsia, incidindo no óbice da Súmula 282. Ademais, a análise das questões constitucionais suscitadas implica reexame dos fatos e provas que fundamentaram as conclusões da decisão recorrida. Isso inviabiliza o processamento do recurso, ante a vedação contida no enunciado da Súmula 279 desta Corte. Do exposto, nego seguimento ao recurso. ” Dessa decisão interpõem-se embargos de declaração, em que se alega que a matéria constitucional está prequestionada e que a solução da controvérsia não demanda reexame de prova. É o relatório. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3007018. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 6 Voto - MIN. JOAQUIM BARBOSA 25/09/2012 SEGUNDA TURMA EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 586.610 DISTRITO FEDERAL V O T O O SENHOR MINISTRO JOAQUIM BARBOSA (Relator): Recebo os presentes embargos como agravo regimental. Pela decisão agravada, neguei seguimento a recurso extraordinário interposto de acórdão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, cuja ementa possui o seguinte teor (fls. 57): “ADMINISTRATIVO – IMÓVEL FUNCIONAL – MILITAR – DIREITO DE PERMANÊNCIA. 1. O militar da ativa, ocupante de imóvel funcional que lhe foi dado pela Administração Militar, ao desligar-se do serviço ativo, está obrigado a devolver o imóvel ao legítimo administrador. 2. Impossibilidade de aquisição por expressa ressalva da Lei n. 8.025/90. 3. Não se aplica aos imóveis residenciais, ocupados e administrados pelas Forças Armadas, a jurisprudência que se desenvolveu em torno da Súmula 157, do extinto TRF. 4. Recursos providos.” No recurso extraordinário, alega-se ofensa ao art. 5º, caput e LIV, da Constituição. A recorrente sustenta que “teve seu direito fundamental violado quando, em idêntica situação, nota-se a existência de julgados diferentes daquele que cassou a sentença de primeira instância” e que “o acórdão que julgou a apelação não se manifestou acerca das provas apresentadas licitamente aos autos” (fls. 72/74). Ocorre que, conforme consignei na decisão agravada, a alegação de ofensa ao devido processo legal não foi analisada pelo acórdão recorrido, nem objeto dos embargos de declaração de fls. 60-61. Para que a matéria seja considerada prequestionada, deve ter sido Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2969771. Supremo Tribunal Federal 25/09/2012 SEGUNDA TURMA EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 586.610 DISTRITO FEDERAL V O T O O SENHOR MINISTRO JOAQUIM BARBOSA (Relator): Recebo os presentes embargos como agravo regimental. Pela decisão agravada, neguei seguimento a recurso extraordinário interposto de acórdão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, cuja ementa possui o seguinte teor (fls. 57): “ADMINISTRATIVO – IMÓVEL FUNCIONAL – MILITAR – DIREITO DE PERMANÊNCIA. 1. O militar da ativa, ocupante de imóvel funcional que lhe foi dado pela Administração Militar, ao desligar-se do serviço ativo, está obrigado a devolver o imóvel ao legítimo administrador. 2. Impossibilidade de aquisição por expressa ressalva da Lei n. 8.025/90. 3. Não se aplica aos imóveis residenciais, ocupados e administrados pelas Forças Armadas, a jurisprudência que se desenvolveu em torno da Súmula 157, do extinto TRF. 4. Recursos providos.” No recurso extraordinário, alega-se ofensa ao art. 5º, caput e LIV, da Constituição. A recorrente sustenta que “teve seu direito fundamental violado quando, em idêntica situação, nota-se a existência de julgados diferentes daquele que cassou a sentença de primeira instância” e que “o acórdão que julgou a apelação não se manifestou acerca das provas apresentadas licitamente aos autos” (fls. 72/74). Ocorre que, conforme consignei na decisão agravada, a alegação de ofensa ao devido processo legal não foi analisada pelo acórdão recorrido, nem objeto dos embargos de declaração de fls. 60-61. Para que a matéria seja considerada prequestionada, deve ter sido Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2969771. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 6 Voto - MIN. JOAQUIM BARBOSA AI 586.610 ED / DF abordada no acórdão impugnado, ou, caso omisso o tribunal recorrido, suscitada em embargos de declaração. Nesse sentido: “- Agravo regimental. - Não tem razão o agravante. Com efeito, a questão constitucional só está prequestionada se foi ventilada na decisão recorrida ou, se esta for omissa, foi objeto de embargos de declaração; e, se ela surgiu originariamente na decisão recorrida, para o seu prequestionamento é mister que seja levantada em embargos de declaração para possibilitar ao Tribunal a quo pronunciar-se sobre ela. Nada disso ocorreu no caso sob julgamento. Agravo a que se nega provimento.” (AI 392.689-AgR, rel. min. Moreira Alves, Primeira Turma, DJ 28.03.1993) No que tange à suposta ofensa ao princípio da isonomia, observo que as razões do recurso extraordinário limitam-se a tratar acerca da divergência entre o acórdão e julgados daquele e de outros tribunais, deixando de impugnar os fundamentos da decisão recorrida. É o caso de incidência da Súmula 284. Ainda que superado esse óbice, o recurso não merece provimento, uma vez que chegar a conclusão contrária à do Tribunal de origem demandaria reexame de fatos e provas, além da análise da legislação infraconstitucional – Lei 8.025/1990. Neste sentido, já decidiu o Supremo Tribunal Federal: “Ementa: 1. A alegada ofensa à Constituição Federal, se existente seria indireta, a depender da análise de legislação infraconstitucional (Lei 8.025/90 e Decreto 99.266/90). 2. Esta Corte já reconheceu a transitoriedade do vínculo existente entre os titulares de função de assessoramento (FAS) e a Administração Pública, inviabilizando a admissão do recurso extraordinário, no qual se sustenta o caráter permanente do referido vínculo. 3. Agravo regimental improvido.” (AI 452.675-AgR, rel. Min. Ellen Gracie, Segunda Turma, DJ de 24.02.2006.) 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2969771. Supremo Tribunal Federal AI 586.610 ED / DF abordada no acórdão impugnado, ou, caso omisso o tribunal recorrido, suscitada em embargos de declaração. Nesse sentido: “- Agravo regimental. - Não tem razão o agravante. Com efeito, a questão constitucional só está prequestionada se foi ventilada na decisão recorrida ou, se esta for omissa, foi objeto de embargos de declaração; e, se ela surgiu originariamente na decisão recorrida, para o seu prequestionamento é mister que seja levantada em embargos de declaração para possibilitar ao Tribunal a quo pronunciar-se sobre ela. Nada disso ocorreu no caso sob julgamento. Agravo a que se nega provimento.” (AI 392.689-AgR, rel. min. Moreira Alves, Primeira Turma, DJ 28.03.1993) No que tange à suposta ofensa ao princípio da isonomia, observo que as razões do recurso extraordinário limitam-se a tratar acerca da divergência entre o acórdão e julgados daquele e de outros tribunais, deixando de impugnar os fundamentos da decisão recorrida. É o caso de incidência da Súmula 284. Ainda que superado esse óbice, o recurso não merece provimento, uma vez que chegar a conclusão contrária à do Tribunal de origem demandaria reexame de fatos e provas, além da análise da legislação infraconstitucional – Lei 8.025/1990. Neste sentido, já decidiu o Supremo Tribunal Federal: “Ementa: 1. A alegada ofensa à Constituição Federal, se existente seria indireta, a depender da análise de legislação infraconstitucional (Lei 8.025/90 e Decreto 99.266/90). 2. Esta Corte já reconheceu a transitoriedade do vínculo existente entre os titulares de função de assessoramento (FAS) e a Administração Pública, inviabilizando a admissão do recurso extraordinário, no qual se sustenta o caráter permanente do referido vínculo. 3. Agravo regimental improvido.” (AI 452.675-AgR, rel. Min. Ellen Gracie, Segunda Turma, DJ de 24.02.2006.) 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2969771. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 6 Voto - MIN. JOAQUIM BARBOSA AI 586.610 ED / DF Confiram-se, ainda: AI 672.667-AgR, rel. min. Ayres Britto, Segunda Turma, DJe de 26.11.2010; AI 753.241-AgR, rel. min. Dias Toffoli, Primeira Turma, DJe de 26.03.2012. Do exposto, nego provimento ao agravo regimental. 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2969771. Supremo Tribunal Federal AI 586.610 ED / DF Confiram-se, ainda: AI 672.667-AgR, rel. min. Ayres Britto, Segunda Turma, DJe de 26.11.2010; AI 753.241-AgR, rel. min. Dias Toffoli, Primeira Turma, DJe de 26.03.2012. Do exposto, nego provimento ao agravo regimental. 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2969771. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 6 Decisão de Julgamento SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 586.610 PROCED. : DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. JOAQUIM BARBOSA EMBTE.(S) : MARGARIDA MARIA REIS DE ANDRADE E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) : LUCIANO MELO MOREIRA LIMA E OUTRO(A/S) EMBDO.(A/S) : UNIÃO ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO Decisão: A Turma, por unanimidade, converteu os embargos de declaração em agravo regimental, ao qual negou provimento, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 25.09.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Subprocurador-Geral da República, Dr. Francisco de Assis Vieira Sanseverino. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2885360 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 586.610 PROCED. : DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. JOAQUIM BARBOSA EMBTE.(S) : MARGARIDA MARIA REIS DE ANDRADE E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) : LUCIANO MELO MOREIRA LIMA E OUTRO(A/S) EMBDO.(A/S) : UNIÃO ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO Decisão: A Turma, por unanimidade, converteu os embargos de declaração em agravo regimental, ao qual negou provimento, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 25.09.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Subprocurador-Geral da República, Dr. Francisco de Assis Vieira Sanseverino. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2885360 Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 6
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3027998
2012-09-25T00:00:00
2012-10-30T00:00:00
A Turma, por unanimidade, converteu os embargos de declaração em agravo regimental, ao qual negou provimento, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 25.09.2012.
EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO
EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO CONHECIDOS COMO AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. DEVIDO PROCESSO LEGAL. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. MILITAR. IMÓVEL FUNCIONAL. DIREITO DE PERMANÊNCIA. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL E REEXAME DE FATOS E PROVAS - SÚMULA 279. Agravo regimental a que se nega provimento.
sjur217670
- Acórdão(s) citado(s) (PREQUESTIONAMENTO, AUSÊNCIA) STF: AI 392689 AgR (1ªT); (MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL) STF: AI 452675 AgR (2ªT), AI 753241 AgR (1ªT), AI 672667 AgR (2ªT). Número de páginas: 6. Análise: 13/11/2012, MJC.
JOAQUIM BARBOSA
Segunda Turma
586610
[ "LEG-FED LEI-008025 ANO-1990\r\n LEI ORDINÁRIA\r\n\r\n", "LEG-FED SUMSTF-000284 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF" ]
AI-ED
acordaos
AI 586610 ED
[ "" ]
EMBTE.(S) : MARGARIDA MARIA REIS DE ANDRADE E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) : LUCIANO MELO MOREIRA LIMA E OUTRO(A/S) EMBDO.(A/S) : UNIÃO ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO EMBTE.(S) : RONALD DE ANDRADE ADV.(A/S) : ANTÔNIO EDGARD G. S. PINTO
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "Súmula 279 desta Corte", "Súmula 157 , do extinto TRF", "Súmula 157 , do extinto TRF", "AI 586 . 610 ED / DF", "AI 392 . 689 - AgR", "AI 452 . 675 - AgR", "AI 586 . 610 ED / DF", "AI 392 . 689 - AgR", "AI 452 . 675 - AgR", "AI 586 . 610 ED / DF", "AI 672 . 667 - AgR", "AI 753 . 241 - AgR", "AI 586 . 610 ED / DF", "AI 672 . 667 - AgR", "AI 753 . 241 - AgR", "AGRAVO DE INSTRUMENTO 586 . 610", "AGRAVO DE INSTRUMENTO 586 . 610" ], "LEGISLACAO": [ "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Lei n . 8 . 025 / 90", "art . [UNK] , caput e LIV , da Constituição", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Lei n . 8 . 025 / 90", "art . [UNK] , caput e LIV , da Constituição", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Lei 8 . 025 / 1990", "Constituição Federal", "Lei 8 . 025 / 90", "Decreto 99", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Lei 8 . 025 / 1990", "Constituição Federal", "Lei 8 . 025 / 90", "Decreto 99 . 266 / 90", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001" ], "LOCAL": [ "DISTRITO FEDERAL", "Brasília", "DISTRITO FEDERAL", "DISTRITO FEDERAL", "DISTRITO FEDERAL", "DISTRITO FEDERAL", "DISTRITO FEDERAL", "DISTRITO FEDERAL" ], "ORGANIZACAO": [ "SEGUNDA TURMA", "UNIÃO", "UNIÃO", "Supremo Tribunal Federal", "Segunda Turma", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "UNIÃO", "UNIÃO", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "UNIÃO", "UNIÃO", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "SEGUNDA TURMA", "Tribunal Regional Federal da [UNK] Região", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "Tribunal Regional Federal da [UNK] Região", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Primeira Turma", "Supremo Tribunal Federal", "Segunda Turma", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Primeira Turma", "Supremo Tribunal Federal", "Segunda Turma", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Segunda Turma", "Primeira Turma", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Segunda Turma", "Primeira Turma", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "SEGUNDA TURMA", "UNIÃO", "UNIÃO", "[UNK] Turma", "Infra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "UNIÃO", "UNIÃO", "[UNK] Turma", "Infra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil" ], "PESSOA": [ "JOAQUIM BARBOSA", "MARGARIDA MARIA REIS DE ANDRADE", "LUCIANO MELO MOREIRA LIMA", "Ricardo Lewandowski", "JOAQUIM BARBOSA", "JOAQUIM BARBOSA", "MARGARIDA MARIA REIS DE ANDRADE", "LUCIANO MELO MOREIRA LIMA", "JOAQUIM BARBOSA", "JOAQUIM BARBOSA", "MARGARIDA MARIA REIS DE ANDRADE", "LUCIANO MELO MOREIRA LIMA", "JOAQUIM BARBOSA", "JOAQUIM BARBOSA", "JOAQUIM BARBOSA", "JOAQUIM BARBOSA", "JOAQUIM BARBOSA", "Moreira Alves", "Ellen Gracie", "Moreira Alves", "Ellen Gracie", "JOAQUIM BARBOSA", "Ayres Britto", "Dias Toffoli", "Ayres Britto", "Dias Toffoli", "JOAQUIM BARBOSA", "MARGARIDA MARIA REIS DE ANDRADE", "LUCIANO MELO MOREIRA LIMA", "Ricardo Lewandowski", "Celso de Mello", "Gilmar Mendes", "Joaquim Barbosa", "Cármen Lúcia", "Francisco de Assis Vieira Sanseverino", "JOAQUIM BARBOSA", "LUCIANO MELO MOREIRA LIMA", "Ricardo Lewandowski", "Celso de Mello", "Gilmar Mendes", "Joaquim Barbosa", "Cármen Lúcia", "Francisco de Assis Vieira Sanseverino", "Fabiane Duarte" ], "TEMPO": [ "25", "/", "09", "/", "2012", "25 de setembro de 2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "30", "/", "10", "/", "2012", "25", "/", "09", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", "/", "09", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", "/", "09", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", "/", "09", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "28", ".", "03", ".", "1993", "24", ".", "02", ".", "2006", "24", "/", "08", "/", "2001", "28", ".", "03", ".", "1993", "24", ".", "02", ".", "2006", "24", "/", "08", "/", "2001", "26", ".", "11", ".", "2010", "26", ".", "03", ".", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "26", ".", "11", ".", "2010", "26", ".", "03", ".", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", ".", "09", ".", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", ".", "09", ".", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001" ] }
Ementa e Acórdão 18/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 795.981 DISTRITO FEDERAL RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) :UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL AGDO.(A/S) :MICHELATO ALIMENTOS LTDA E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) :VANY ROSSELINA GIORDANO E OUTRO(A/S) EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS - IPI. CRÉDITOS ESCRITURAIS. INJUSTIFICADA OPOSIÇÃO DO FISCO. CABIMENTO DA CORREÇÃO MONETÁRIA SOBRE CRÉDITOS ESCRITURAIS DE IPI. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a Presidência do Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, à unanimidade, em negar provimento ao agravo regimental no agravo de instrumento, nos termos do voto da Relatora. Ausentes, justificadamente, os Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. Brasília, 18 de setembro de 2012. Ministra CÁRMEN LÚCIA - Relatora Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863458. Supremo Tribunal Federal DJe 04/10/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 11 Relatório 18/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 795.981 DISTRITO FEDERAL RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) :UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL AGDO.(A/S) :MICHELATO ALIMENTOS LTDA E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) :VANY ROSSELINA GIORDANO E OUTRO(A/S) R E L A T Ó R I O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA – (Relatora): 1. Em 5 de maio de 2010, o Ministro Eros Grau, então Relator, negou seguimento ao agravo de instrumento contra decisão que inadmitiu recurso extraordinário interposto pela União contra julgado do Superior Tribunal de Justiça, o qual negou provimento a agravo regimental nos embargos de divergência no recurso especial, para manter a decisão que reconhecera aos ora Agravados o direito à correção monetária de créditos escriturais de Impostos sobre Produtos Industrializados – IPI. A decisão agravada teve a seguinte fundamentação: “Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário interposto com fundamento no artigo 102, III, “a”, da Constituição do Brasil. 2. Alega-se, no extraordinário, ofensa ao disposto nos artigos 2º, 5º, II, XXXV e LIV, 93, IX, 150, § 6º, e 153, § 3º, II, da CB/88. 3. Deixo de apreciar a existência da repercussão geral, vez que o artigo 323, § 1º, do RISTF dispõe que ‘[t]al procedimento não terá lugar, quando o recurso versar questão cuja repercussão já houver sido Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863459. Supremo Tribunal Federal 18/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 795.981 DISTRITO FEDERAL RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) :UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL AGDO.(A/S) :MICHELATO ALIMENTOS LTDA E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) :VANY ROSSELINA GIORDANO E OUTRO(A/S) R E L A T Ó R I O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA – (Relatora): 1. Em 5 de maio de 2010, o Ministro Eros Grau, então Relator, negou seguimento ao agravo de instrumento contra decisão que inadmitiu recurso extraordinário interposto pela União contra julgado do Superior Tribunal de Justiça, o qual negou provimento a agravo regimental nos embargos de divergência no recurso especial, para manter a decisão que reconhecera aos ora Agravados o direito à correção monetária de créditos escriturais de Impostos sobre Produtos Industrializados – IPI. A decisão agravada teve a seguinte fundamentação: “Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário interposto com fundamento no artigo 102, III, “a”, da Constituição do Brasil. 2. Alega-se, no extraordinário, ofensa ao disposto nos artigos 2º, 5º, II, XXXV e LIV, 93, IX, 150, § 6º, e 153, § 3º, II, da CB/88. 3. Deixo de apreciar a existência da repercussão geral, vez que o artigo 323, § 1º, do RISTF dispõe que ‘[t]al procedimento não terá lugar, quando o recurso versar questão cuja repercussão já houver sido Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863459. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 11 Relatório AI 795.981 AGR / DF reconhecida pelo Tribunal, ou quando impugnar decisão contrária a súmula ou a jurisprudência dominante, casos em que se presume a existência de repercussão geral’. 4. O agravo não merece provimento. O acórdão recorrido está em consonância com o entendimento deste Tribunal, fixado no julgamento do RE n. 572.395-AgR, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 25.9.09, cuja ementa transcrevo: ‘EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. IPI. CORREÇÃO MONETÁRIA. RESISTÊNCIA ILEGÍTIMA DO ESTADO. INCIDÊNCIA. AGRAVO IMPROVIDO. I - Incide correção monetária no período em que se reconheceu ilegítima a resistência do Estado em possibilitar o aproveitamento dos créditos mencionados. Precedentes. II - Agravo regimental improvido’. Nego seguimento ao agravo com fundamento no disposto no artigo 21, § 1º, do RISTF” (fl. 677). 2. Publicada essa decisão no DJe de 25.5.2010 (fl. 678), interpõe a União, em 10.6.2010, tempestivamente, agravo regimental (fls. 680-685). 3. Afirma a Agravante ser necessário o sobrestamento do presente agravo até o julgamento do Recurso Extraordinário n. 476.316. Alega, também, que “opôs embargos de divergência em face do acórdão proferido nos autos do RE 572.395-AgR, o próprio e único precedente citado no decisum ora agravado, como revelador do entendimento deste Tribunal sobre a matéria” (fl. 683). Sustenta, ao final, que, “no específico caso concreto julgado nos autos, não há que se falar na existência de ‘óbice indevido’ por parte do Fisco ao aproveitamento de um crédito que, conforme bem declarou esse próprio Pretório Excelso, por ocasião do julgamento do RE 562.980 (Rel. Min. Ricardo 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863459. Supremo Tribunal Federal AI 795.981 AGR / DF reconhecida pelo Tribunal, ou quando impugnar decisão contrária a súmula ou a jurisprudência dominante, casos em que se presume a existência de repercussão geral’. 4. O agravo não merece provimento. O acórdão recorrido está em consonância com o entendimento deste Tribunal, fixado no julgamento do RE n. 572.395-AgR, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 25.9.09, cuja ementa transcrevo: ‘EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. IPI. CORREÇÃO MONETÁRIA. RESISTÊNCIA ILEGÍTIMA DO ESTADO. INCIDÊNCIA. AGRAVO IMPROVIDO. I - Incide correção monetária no período em que se reconheceu ilegítima a resistência do Estado em possibilitar o aproveitamento dos créditos mencionados. Precedentes. II - Agravo regimental improvido’. Nego seguimento ao agravo com fundamento no disposto no artigo 21, § 1º, do RISTF” (fl. 677). 2. Publicada essa decisão no DJe de 25.5.2010 (fl. 678), interpõe a União, em 10.6.2010, tempestivamente, agravo regimental (fls. 680-685). 3. Afirma a Agravante ser necessário o sobrestamento do presente agravo até o julgamento do Recurso Extraordinário n. 476.316. Alega, também, que “opôs embargos de divergência em face do acórdão proferido nos autos do RE 572.395-AgR, o próprio e único precedente citado no decisum ora agravado, como revelador do entendimento deste Tribunal sobre a matéria” (fl. 683). Sustenta, ao final, que, “no específico caso concreto julgado nos autos, não há que se falar na existência de ‘óbice indevido’ por parte do Fisco ao aproveitamento de um crédito que, conforme bem declarou esse próprio Pretório Excelso, por ocasião do julgamento do RE 562.980 (Rel. Min. Ricardo 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863459. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 11 Relatório AI 795.981 AGR / DF Lewandowski) e do RE 460.785 (Rel. Min. Marco Aurélio), inexiste, ou melhor, não tem o contribuinte direito ao creditamento de IPI quando da aquisição de insumos favorecidos pela alíquota zero ou não tributados” (fl. 684). Requer a reconsideração da decisão agravada ou o provimento do presente recurso. É o relatório. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863459. Supremo Tribunal Federal AI 795.981 AGR / DF Lewandowski) e do RE 460.785 (Rel. Min. Marco Aurélio), inexiste, ou melhor, não tem o contribuinte direito ao creditamento de IPI quando da aquisição de insumos favorecidos pela alíquota zero ou não tributados” (fl. 684). Requer a reconsideração da decisão agravada ou o provimento do presente recurso. É o relatório. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863459. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 11 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA 18/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 795.981 DISTRITO FEDERAL V O T O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA – (Relatora): 1. Razão jurídica não assiste à Agravante. 2. O Superior Tribunal de Justiça decidiu: “Senhor Presidente, a Primeira Seção deste Superior Tribunal de Justiça, no julgamento do Recurso Especial nº 1.035.847⁄RS, submetido ao regime do artigo 543-C do Código de Processo Civil, consolidou o entendimento de que, pena de enriquecimento sem causa para o Fisco, é devida a correção monetária de créditos de IPI referentes a operações de matérias-primas e insumos empregados na fabricação de produto isento ou beneficiado com alíquota zero quando admitidos extemporaneamente pelo Fisco, porque resta descaracterizado, nessa hipótese, o crédito como escritural. Na oportunidade, consignou o Ministro Luiz Fux, relator: ‘(...) Deveras, a correção monetária não incide sobre os créditos de IPI decorrentes do princípio constitucional da não cumulatividade (créditos escriturais), por ausência de previsão legal. Consectariamente, ocorrendo a vedação ao aproveitamento desses créditos, com o consequente ingresso no Judiciário, posterga-se o reconhecimento do direito pleiteado, exsurgindo legítima a necessidade de atualizá-los monetariamente, sob pena de enriquecimento sem causa do Fisco. A oposição constante de ato estatal, administrativo ou normativo, impedindo a utilização do direito de crédito oriundo da aplicação do princípio da não cumulatividade, descaracteriza referido crédito como escritural, assim considerado aquele oportunamente lançado pelo contribuinte em sua escrita contábil. Destarte, a vedação Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863460. Supremo Tribunal Federal 18/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 795.981 DISTRITO FEDERAL V O T O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA – (Relatora): 1. Razão jurídica não assiste à Agravante. 2. O Superior Tribunal de Justiça decidiu: “Senhor Presidente, a Primeira Seção deste Superior Tribunal de Justiça, no julgamento do Recurso Especial nº 1.035.847⁄RS, submetido ao regime do artigo 543-C do Código de Processo Civil, consolidou o entendimento de que, pena de enriquecimento sem causa para o Fisco, é devida a correção monetária de créditos de IPI referentes a operações de matérias-primas e insumos empregados na fabricação de produto isento ou beneficiado com alíquota zero quando admitidos extemporaneamente pelo Fisco, porque resta descaracterizado, nessa hipótese, o crédito como escritural. Na oportunidade, consignou o Ministro Luiz Fux, relator: ‘(...) Deveras, a correção monetária não incide sobre os créditos de IPI decorrentes do princípio constitucional da não cumulatividade (créditos escriturais), por ausência de previsão legal. Consectariamente, ocorrendo a vedação ao aproveitamento desses créditos, com o consequente ingresso no Judiciário, posterga-se o reconhecimento do direito pleiteado, exsurgindo legítima a necessidade de atualizá-los monetariamente, sob pena de enriquecimento sem causa do Fisco. A oposição constante de ato estatal, administrativo ou normativo, impedindo a utilização do direito de crédito oriundo da aplicação do princípio da não cumulatividade, descaracteriza referido crédito como escritural, assim considerado aquele oportunamente lançado pelo contribuinte em sua escrita contábil. Destarte, a vedação Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863460. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 11 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA AI 795.981 AGR / DF legal ao aproveitamento do crédito impele o contribuinte a socorrer-se do Judiciário, circunstância que acarreta demora no reconhecimento do direito pleiteado, dada a tramitação normal dos feitos judiciais. Consectariamente, ocorrendo a vedação ao aproveitamento desses créditos, com o consequente ingresso no Judiciário, posterga-se o reconhecimento do direito pleiteado, exsurgindo legítima a necessidade de atualizá-los monetariamente, sob pena de enriquecimento sem causa do Fisco. (…) Do exposto, resulta que o posicionamento adotado no acórdão embargado já não reflete a atual jurisprudência desta Corte, pelo que o provimento dos embargos de divergência era mesmo de rigor. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental” (fls. 551- 558 – grifos nossos). 3. Inicialmente, não prospera a alegação de nulidade do acórdão por falta de fundamentação. O Tribunal de origem apreciou as questões suscitadas, fundamentando-as de modo suficiente a demonstrar as razões objetivas do convencimento do julgador. A prestação jurisdicional foi concedida nos termos da legislação vigente, apesar de ter sido a conclusão contrária aos interesses da Agravante. Nesse sentido: “AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL. ALEGAÇÃO DE CONTRARIEDADE AO ART. 93, INC. IX, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA: IMPROCEDÊNCIA. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (ARE 645.521-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 26.10.2011). 4. Como afirmado na decisão agravada, este Supremo Tribunal Federal decidiu que, no caso de oposição injustificada do Fisco, é devida correção monetária sobre créditos escriturais de Imposto sobre Produto 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863460. Supremo Tribunal Federal AI 795.981 AGR / DF legal ao aproveitamento do crédito impele o contribuinte a socorrer-se do Judiciário, circunstância que acarreta demora no reconhecimento do direito pleiteado, dada a tramitação normal dos feitos judiciais. Consectariamente, ocorrendo a vedação ao aproveitamento desses créditos, com o consequente ingresso no Judiciário, posterga-se o reconhecimento do direito pleiteado, exsurgindo legítima a necessidade de atualizá-los monetariamente, sob pena de enriquecimento sem causa do Fisco. (…) Do exposto, resulta que o posicionamento adotado no acórdão embargado já não reflete a atual jurisprudência desta Corte, pelo que o provimento dos embargos de divergência era mesmo de rigor. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental” (fls. 551- 558 – grifos nossos). 3. Inicialmente, não prospera a alegação de nulidade do acórdão por falta de fundamentação. O Tribunal de origem apreciou as questões suscitadas, fundamentando-as de modo suficiente a demonstrar as razões objetivas do convencimento do julgador. A prestação jurisdicional foi concedida nos termos da legislação vigente, apesar de ter sido a conclusão contrária aos interesses da Agravante. Nesse sentido: “AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL. ALEGAÇÃO DE CONTRARIEDADE AO ART. 93, INC. IX, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA: IMPROCEDÊNCIA. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (ARE 645.521-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 26.10.2011). 4. Como afirmado na decisão agravada, este Supremo Tribunal Federal decidiu que, no caso de oposição injustificada do Fisco, é devida correção monetária sobre créditos escriturais de Imposto sobre Produto 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863460. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 11 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA AI 795.981 AGR / DF Industrializado – IPI. Confiram-se julgados recentes das Turmas deste Supremo Tribunal: “Correção Monetária. Créditos escriturais de IPI. Injustificada oposição do Fisco. Matéria constitucional. Entendimento desta Corte pelo cabimento. 1. Jurisprudência desta Corte no sentido de cabimento da correção monetária sobre créditos escriturais de IPI quando há oposição injustificada do Fisco. 2. Natureza constitucional da discussão. 3. Agravo regimental não provido” (RE 558.442-AgR- Segundo, Rel. Min. Dias Toffoli, Primeira Turma, DJe 6.2.2012 – grifos nossos). “CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. CRÉDITO. CORREÇÃO MONETÁRIA. DEFINIÇÃO DO ÍNDICE, PERÍODO, MONTANTE. QUESTÕES INFRACONSTITUCIONAIS OU QUE DEPENDEM DE PROVA. CRÉDITO ESCRITURADO EXEDENTE. CORREÇÃO INDEVIDA. RESISTÊNCIA ILEGÍTIMA DO ESTADO EM RECONHECER CRÉDITOS EM FAVOR DO CONTRIBUINTE. SITUAÇÃO DIVERSA. CORREÇÃO MONETÁRIA DEVIDA. EMBARGOS ACOLHIDOS PARCIALMENTE. I - Discussão sobre definição do índice de correção monetária, período de incidência e fixação do valor devido. Questões infraconstitucionais ou que dependem da análise de provas. II - Correção monetária. Créditos escriturais excedentes. Questão constitucional. Correção monetária indevida. Benefício fiscal que só pode ser concedido pelo Poder Legislativo. Inexistência de ofensa aos postulados da não cumulatividade e da isonomia. III - Correção monetária. Créditos escriturais não utilizados no tempo devido por ilegítima resistência do Estado. Questão constitucional diversa do item anterior. Correção monetária devida durante o período de oposição do Estado. IV - Entendimentos aplicáveis ao ICMS e ao IPI. V - Embargos de declaração acolhidos parcialmente para, mantendo a parte dispositiva do acórdão, sanar os vícios alegados” (RE 411.861-AgR-ED, Rel. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863460. Supremo Tribunal Federal AI 795.981 AGR / DF Industrializado – IPI. Confiram-se julgados recentes das Turmas deste Supremo Tribunal: “Correção Monetária. Créditos escriturais de IPI. Injustificada oposição do Fisco. Matéria constitucional. Entendimento desta Corte pelo cabimento. 1. Jurisprudência desta Corte no sentido de cabimento da correção monetária sobre créditos escriturais de IPI quando há oposição injustificada do Fisco. 2. Natureza constitucional da discussão. 3. Agravo regimental não provido” (RE 558.442-AgR- Segundo, Rel. Min. Dias Toffoli, Primeira Turma, DJe 6.2.2012 – grifos nossos). “CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. CRÉDITO. CORREÇÃO MONETÁRIA. DEFINIÇÃO DO ÍNDICE, PERÍODO, MONTANTE. QUESTÕES INFRACONSTITUCIONAIS OU QUE DEPENDEM DE PROVA. CRÉDITO ESCRITURADO EXEDENTE. CORREÇÃO INDEVIDA. RESISTÊNCIA ILEGÍTIMA DO ESTADO EM RECONHECER CRÉDITOS EM FAVOR DO CONTRIBUINTE. SITUAÇÃO DIVERSA. CORREÇÃO MONETÁRIA DEVIDA. EMBARGOS ACOLHIDOS PARCIALMENTE. I - Discussão sobre definição do índice de correção monetária, período de incidência e fixação do valor devido. Questões infraconstitucionais ou que dependem da análise de provas. II - Correção monetária. Créditos escriturais excedentes. Questão constitucional. Correção monetária indevida. Benefício fiscal que só pode ser concedido pelo Poder Legislativo. Inexistência de ofensa aos postulados da não cumulatividade e da isonomia. III - Correção monetária. Créditos escriturais não utilizados no tempo devido por ilegítima resistência do Estado. Questão constitucional diversa do item anterior. Correção monetária devida durante o período de oposição do Estado. IV - Entendimentos aplicáveis ao ICMS e ao IPI. V - Embargos de declaração acolhidos parcialmente para, mantendo a parte dispositiva do acórdão, sanar os vícios alegados” (RE 411.861-AgR-ED, Rel. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863460. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 11 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA AI 795.981 AGR / DF Min. Ricardo Lewandowski, Primeira Turma, DJe 25.6.2010 – grifos nossos). Cumpre destacar o voto do Relator no julgado acima: “Em verdade, o feito traz controvérsia específica, qual seja, o direito à correção monetária nos casos em que se reconhece ilegítima a resistência do Estado em possibilitar o aproveitamento dos créditos. Nesses casos, que diferem completamente da mera pretensão de se corrigirem monetariamente os créditos escriturais do ICMS, consideradas as datas de recolhimento e compensação do tributo, o STF determina que o crédito seja atualizado monetariamente, relativamente ao período em que se reconhece como indevida a oposição do Fisco, conforme se pode observar, por exemplo do julgamento do RE 282.120/PR, Rel. Min. Mauríco Côrrea, suja ementa transcrevo a seguir: (…). Nessa mesma esteira de pensamento, anoto, ainda, os seguintes precedentes: RE 200.379-ED-ED-EDv/SP, Rel. Min. Sepúlveda Pertence; RE 301.753-AgR/PR, Rel. Min. Ellen Gracie; AI 619.664- AgR/RS, Rel. Min. Marco Aurélio; AI 783.603/PR, Rel. Min. Eros Grau; RE 572.395-AgR/PR, de minha relatoria. Ressalte-se, por fim, que, nos termos da jurisprudência citada, todos esses entendimentos são aplicáveis tanto aos créditos de ICMS, quanto aos de IPI. Assim, é de se reconhecer que a discussão levantada nos autos quanto à correção monetária dos créditos de IPI possui natureza constitucional, pois se refere à situação em que se considera ilegítima a resistência do Estado em possibilitar o aproveitamento desses créditos. No entanto, conforme exposto acima, deve-se garantir ao contribuinte o direito de atualizar seus créditos durante o período em que houve oposição indevida do Poder Público em admiti-los”. E ainda: 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863460. Supremo Tribunal Federal AI 795.981 AGR / DF Min. Ricardo Lewandowski, Primeira Turma, DJe 25.6.2010 – grifos nossos). Cumpre destacar o voto do Relator no julgado acima: “Em verdade, o feito traz controvérsia específica, qual seja, o direito à correção monetária nos casos em que se reconhece ilegítima a resistência do Estado em possibilitar o aproveitamento dos créditos. Nesses casos, que diferem completamente da mera pretensão de se corrigirem monetariamente os créditos escriturais do ICMS, consideradas as datas de recolhimento e compensação do tributo, o STF determina que o crédito seja atualizado monetariamente, relativamente ao período em que se reconhece como indevida a oposição do Fisco, conforme se pode observar, por exemplo do julgamento do RE 282.120/PR, Rel. Min. Mauríco Côrrea, suja ementa transcrevo a seguir: (…). Nessa mesma esteira de pensamento, anoto, ainda, os seguintes precedentes: RE 200.379-ED-ED-EDv/SP, Rel. Min. Sepúlveda Pertence; RE 301.753-AgR/PR, Rel. Min. Ellen Gracie; AI 619.664- AgR/RS, Rel. Min. Marco Aurélio; AI 783.603/PR, Rel. Min. Eros Grau; RE 572.395-AgR/PR, de minha relatoria. Ressalte-se, por fim, que, nos termos da jurisprudência citada, todos esses entendimentos são aplicáveis tanto aos créditos de ICMS, quanto aos de IPI. Assim, é de se reconhecer que a discussão levantada nos autos quanto à correção monetária dos créditos de IPI possui natureza constitucional, pois se refere à situação em que se considera ilegítima a resistência do Estado em possibilitar o aproveitamento desses créditos. No entanto, conforme exposto acima, deve-se garantir ao contribuinte o direito de atualizar seus créditos durante o período em que houve oposição indevida do Poder Público em admiti-los”. E ainda: 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863460. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 11 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA AI 795.981 AGR / DF “AGRAVO REGIMENTAL. CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS. CUMULATIVIDADE. CRÉDITO EXTEMPORÂNEO. ESCRITURAÇÃO. CORREÇÃO MONETÁRIA. CABIMENTO. Segundo jurisprudência desta Corte, a aplicação de correção monetária aos créditos escriturais do IPI utilizados ou registrados tardiamente depende de lei autorizadora ou de prova quanto ao obstáculo injustamente posto pelas autoridades fiscais à pretensão do contribuinte. No caso em exame, o Tribunal de origem reconheceu expressamente a conduta injusta da administração, representada pelo atraso injustificado na apreciação de pedido de compensação. Agravo regimental ao qual se nega provimento” (AI 736.148-AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa, Segunda Turma, DJe 20.3.2012). 5. Portanto, não prospera a insurgência da Fazenda Nacional quanto à não observância de precedentes do próprio Supremo Tribunal, assim como não cabe a alegação de ter oposto embargos de divergência contra o julgado proferido no processo utilizado como fundamento na decisão ora agravada. No julgamento dos Embargos de Divergência no Agravo Regimental no Recurso Extraordinário n. 572.395, o Relator, Ministro Celso de Mello, não admitiu os embargos de divergência: “É que a tese jurídica consagrada no acórdão ora embargado reflete orientação que prevalece na jurisprudência que o Supremo Tribunal Federal veio a consolidar no exame da ‘quaestio juris ’ versada nesta sede recursal, o que torna inadmissíveis os presentes embargos de divergência, em face do que prescreve o art. 332 do RISTF. Com efeito, a colenda Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal, apreciando a controvérsia ora em análise, acolhe o entendimento – ora contestado pela parte embargante – no sentido de reconhecer, ao contribuinte, o direito de corrigir monetariamente 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863460. Supremo Tribunal Federal AI 795.981 AGR / DF “AGRAVO REGIMENTAL. CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS. CUMULATIVIDADE. CRÉDITO EXTEMPORÂNEO. ESCRITURAÇÃO. CORREÇÃO MONETÁRIA. CABIMENTO. Segundo jurisprudência desta Corte, a aplicação de correção monetária aos créditos escriturais do IPI utilizados ou registrados tardiamente depende de lei autorizadora ou de prova quanto ao obstáculo injustamente posto pelas autoridades fiscais à pretensão do contribuinte. No caso em exame, o Tribunal de origem reconheceu expressamente a conduta injusta da administração, representada pelo atraso injustificado na apreciação de pedido de compensação. Agravo regimental ao qual se nega provimento” (AI 736.148-AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa, Segunda Turma, DJe 20.3.2012). 5. Portanto, não prospera a insurgência da Fazenda Nacional quanto à não observância de precedentes do próprio Supremo Tribunal, assim como não cabe a alegação de ter oposto embargos de divergência contra o julgado proferido no processo utilizado como fundamento na decisão ora agravada. No julgamento dos Embargos de Divergência no Agravo Regimental no Recurso Extraordinário n. 572.395, o Relator, Ministro Celso de Mello, não admitiu os embargos de divergência: “É que a tese jurídica consagrada no acórdão ora embargado reflete orientação que prevalece na jurisprudência que o Supremo Tribunal Federal veio a consolidar no exame da ‘quaestio juris ’ versada nesta sede recursal, o que torna inadmissíveis os presentes embargos de divergência, em face do que prescreve o art. 332 do RISTF. Com efeito, a colenda Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal, apreciando a controvérsia ora em análise, acolhe o entendimento – ora contestado pela parte embargante – no sentido de reconhecer, ao contribuinte, o direito de corrigir monetariamente 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863460. Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 11 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA AI 795.981 AGR / DF crédito escritural de IPI, na hipótese de resistência ilegítima do Estado (tal como decidiu o acórdão ora embargado) (…) Essa mesma orientação, que prestigia o entendimento consagrado no acórdão ora embargado, tem prevalecido, a partir do julgamento plenário do RE 200.379-ED-ED-EDv/SP, Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE, na jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (AI 736.148- -AgR/SP, Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA – AI 803.263-AgR/PR, Rel. Min. LUIZ FUX – RE 411.861-AgR- ED/RS, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, v.g.)” (grifos nossos). 6. Cumpre ressaltar, ao final, que também não prospera o pedido de sobrestamento do presente feito com base no Recurso Extraordinário n. 476.316, pois naquele julgado negou-se seguimento ao recurso extraordinário interposto pela União em razão de óbice processual, sem análise do mérito recursal (DJe 8.2.2011, trânsito em julgado em 29.3.2011). 7. Os argumentos da Agravante, insuficientes para modificar a decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente prestação jurisdicional. 8. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental. 6 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863460. Supremo Tribunal Federal AI 795.981 AGR / DF crédito escritural de IPI, na hipótese de resistência ilegítima do Estado (tal como decidiu o acórdão ora embargado) (…) Essa mesma orientação, que prestigia o entendimento consagrado no acórdão ora embargado, tem prevalecido, a partir do julgamento plenário do RE 200.379-ED-ED-EDv/SP, Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE, na jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (AI 736.148- -AgR/SP, Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA – AI 803.263-AgR/PR, Rel. Min. LUIZ FUX – RE 411.861-AgR- ED/RS, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, v.g.)” (grifos nossos). 6. Cumpre ressaltar, ao final, que também não prospera o pedido de sobrestamento do presente feito com base no Recurso Extraordinário n. 476.316, pois naquele julgado negou-se seguimento ao recurso extraordinário interposto pela União em razão de óbice processual, sem análise do mérito recursal (DJe 8.2.2011, trânsito em julgado em 29.3.2011). 7. Os argumentos da Agravante, insuficientes para modificar a decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente prestação jurisdicional. 8. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental. 6 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863460. Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 11 Decisão de Julgamento SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 795.981 PROCED. : DISTRITO FEDERAL RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) : UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL AGDO.(A/S) : MICHELATO ALIMENTOS LTDA E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) : VANY ROSSELINA GIORDANO E OUTRO(A/S) Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 18.09.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2849310 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 795.981 PROCED. : DISTRITO FEDERAL RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) : UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL AGDO.(A/S) : MICHELATO ALIMENTOS LTDA E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) : VANY ROSSELINA GIORDANO E OUTRO(A/S) Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 18.09.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2849310 Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 11
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=2875325
2012-09-18T00:00:00
2012-10-04T00:00:00
A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 18.09.2012.
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO
EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS - IPI. CRÉDITOS ESCRITURAIS. INJUSTIFICADA OPOSIÇÃO DO FISCO. CABIMENTO DA CORREÇÃO MONETÁRIA SOBRE CRÉDITOS ESCRITURAIS DE IPI. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.
sjur215961
- Acórdãos citados: ARE 645521 AgR, RE 558442 AgR, RE 411861 AgR-ED, AI 736148 AgR, RE 476316 AgR. - Decisões monocráticas citadas: RE 572395 AgR-EDv. Número de páginas: 11. Análise: 10/10/2012, MJC.
CÁRMEN LÚCIA
Segunda Turma
795981
null
AI-AgR
acordaos
AI 795981 AgR
[ "" ]
AGTE.(S) : UNIÃO AGDO.(A/S) : MICHELATO ALIMENTOS LTDA E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) : VANY ROSSELINA GIORDANO E OUTRO(A/S) PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL
[ "" ]
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IX , DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "ART . 93 , INC . 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"Brasil" ], "PESSOA": [ "CÁRMEN LÚCIA", "MICHELATO ALIMENTOS LTDA", "VANY ROSSELINA GIORDANO", "Ricardo Lewandowski", "Celso de Mello", "Joaquim Barbosa", "CÁRMEN LÚCIA", "CÁRMEN LÚCIA", "MICHELATO ALIMENTOS LTDA", "VANY ROSSELINA GIORDANO", "CÁRMEN LÚCIA", "Eros Grau", "CÁRMEN LÚCIA", "VANY ROSSELINA GIORDANO", "CÁRMEN LÚCIA", "Eros Grau", "Ricardo Lewandowski", "Ricardo", "2", "Ricardo Lewandowski", "Ricardo", "Marco Aurélio", "Marco Aurélio", "CÁRMEN LÚCIA", "CÁRMEN LÚCIA", "Luiz Fux", "CÁRMEN LÚCIA", "Luiz Fux", "CÁRMEN LÚCIA", "CÁRMEN LÚCIA", "Dias Toffoli", "Dias Toffoli", "Ricardo Lewandowski", "Mauríco Côrrea", "Sepúlveda Pertence", "Ellen Gracie", "Marco Aurélio", "Eros Grau", "Ricardo Lewandowski", "Mauríco Côrrea", "Sepúlveda Pertence", "Ellen Gracie", "Marco Aurélio", "Eros Grau", "Joaquim Barbosa", "Celso de Mello", "Joaquim Barbosa", "Celso de Mello", "CÁRMEN LÚCIA", "SEPÚLVEDA PERTENCE", "JOAQUIM BARBOSA", "LUIZ FUX", "RICARDO LEWANDOWSKI", "SEPÚLVEDA", "JOAQUIM BARBOSA", "LUIZ FUX", "RICARDO LEWANDOWSKI", "CÁRMEN LÚCIA", "MICHELATO", "VANY ROSSELINA GIORDANO", "Celso de Mello", "Joaquim Barbosa", "Ricardo Lewandowski", "Gilmar Mendes", "Cármen Lúcia", "Celso de Mello", "Joaquim Barbosa", "Paulo da Rocha Campos", "Fabiane Duarte", "CÁRMEN LÚCIA", "MICHELATO ALIMENTOS", "VANY ROSSELINA GIORDANO", "Celso de Mello", "Joaquim Barbosa", "Ricardo Lewandowski", "Gilmar Mendes", "Cármen Lúcia", "Celso de Mello", "Joaquim Barbosa", "Paulo da Rocha Campos", "Fabiane Duarte" ], "TEMPO": [ "18", "/", "09", "/", "2012", "18 de setembro de 2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "04", "/", "10", "/", "2012", "18", "/", "09", "/", "2012", "5 de maio de 2010", "24", "/", "08", "/", "2001", "18", "/", "09", "/", "2012", "5 de maio de 2010", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", ".", "9", ".", "09", "25", ".", "5", ".", "2010", "10", ".", "6", ".", "2010", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", ".", "9", ".", "09", "25", ".", "5", ".", "2010", "10", ".", "6", ".", 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Ementa e Acórdão 16/10/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 696.644 SÃO PAULO RELATOR : MIN. CELSO DE MELLO AGTE.(S) :ESTADO DE SÃO PAULO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO AGDO.(A/S) :MARLON TORRES ANANIAS DE JESUS ADV.(A/S) :ANDRESSA PIRES DE MORAES ISIPON E OUTRO(A/S) E M E N T A: RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO (LEI Nº 12.322/2010) – CONCESSÃO DA VANTAGEM DA SEXTA-PARTE A SERVIDORES DO ESTADO DE SÃO PAULO – AUSÊNCIA DE OFENSA DIRETA À CONSTITUIÇÃO – DIREITO LOCAL – CONTROVÉRSIA SUSCITADA NO ARE 675.153-RG/SP – MATÉRIA A CUJO RESPEITO NÃO SE RECONHECEU A EXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL – RECURSO IMPROVIDO. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a Presidência do Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamentos e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. Brasília, 16 de outubro de 2012. CELSO DE MELLO – RELATOR Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3066091. Supremo Tribunal Federal DJe 12/11/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 6 Relatório 16/10/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 696.644 SÃO PAULO RELATOR : MIN. CELSO DE MELLO AGTE.(S) :ESTADO DE SÃO PAULO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO AGDO.(A/S) :MARLON TORRES ANANIAS DE JESUS ADV.(A/S) :ANDRESSA PIRES DE MORAES ISIPON E OUTRO(A/S) R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO – (Relator): Trata-se de recurso de agravo, tempestivamente interposto, contra decisão monocrática que conheceu do agravo (previsto e disciplinado na Lei nº 12.322/2010), para negar seguimento ao recurso extraordinário, manifestamente inadmissível, deduzido pela parte ora recorrente, em face do reconhecimento, pelo Supremo Tribunal Federal, de que inexiste, no tema versado nestes autos, repercussão geral da matéria suscitada no ARE 675.153-RG/SP, Rel. Min. AYRES BRITTO. Eis o teor da decisão que, por mim proferida, sofreu a interposição do presente recurso de agravo (fls. 160): “O Supremo Tribunal Federal, apreciando a ocorrência, ou não, de controvérsia alegadamente impregnada de transcendência e observando o procedimento a que se refere a Lei nº 11.418/2006, entendeu destituída de repercussão geral a questão suscitada no ARE 675.153/SP, Rel. Min. AYRES BRITTO (Presidente), por tratar-se de litígio referente a matéria decidida com base no direito local. O não atendimento desse pré-requisito de admissibilidade recursal, considerado o que dispõe o art. 322 do RISTF, na redação Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3066092. Supremo Tribunal Federal 16/10/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 696.644 SÃO PAULO RELATOR : MIN. CELSO DE MELLO AGTE.(S) :ESTADO DE SÃO PAULO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO AGDO.(A/S) :MARLON TORRES ANANIAS DE JESUS ADV.(A/S) :ANDRESSA PIRES DE MORAES ISIPON E OUTRO(A/S) R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO – (Relator): Trata-se de recurso de agravo, tempestivamente interposto, contra decisão monocrática que conheceu do agravo (previsto e disciplinado na Lei nº 12.322/2010), para negar seguimento ao recurso extraordinário, manifestamente inadmissível, deduzido pela parte ora recorrente, em face do reconhecimento, pelo Supremo Tribunal Federal, de que inexiste, no tema versado nestes autos, repercussão geral da matéria suscitada no ARE 675.153-RG/SP, Rel. Min. AYRES BRITTO. Eis o teor da decisão que, por mim proferida, sofreu a interposição do presente recurso de agravo (fls. 160): “O Supremo Tribunal Federal, apreciando a ocorrência, ou não, de controvérsia alegadamente impregnada de transcendência e observando o procedimento a que se refere a Lei nº 11.418/2006, entendeu destituída de repercussão geral a questão suscitada no ARE 675.153/SP, Rel. Min. AYRES BRITTO (Presidente), por tratar-se de litígio referente a matéria decidida com base no direito local. O não atendimento desse pré-requisito de admissibilidade recursal, considerado o que dispõe o art. 322 do RISTF, na redação Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3066092. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 6 Relatório ARE 696.644 AGR / SP dada pela Emenda Regimental nº 21/2007, inviabiliza o conhecimento do recurso extraordinário interposto pela parte ora agravante. Sendo assim, e tendo em consideração as razões expostas, conheço do presente agravo, para negar seguimento ao recurso extraordinário, por manifestamente inadmissível (CPC, art. 544, § 4º, II, ‘b’, na redação dada pela Lei nº 12.322/2010). …................................................................................................... Ministro CELSO DE MELLO Relator” Inconformada com esse ato decisório, a parte ora agravante interpõe o presente recurso, postulando o provimento do agravo de instrumento que deduziu (fls. 162/163). Por não me convencer das razões expostas, submeto, à apreciação desta colenda Turma, o presente recurso de agravo. É o relatório. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3066092. Supremo Tribunal Federal ARE 696.644 AGR / SP dada pela Emenda Regimental nº 21/2007, inviabiliza o conhecimento do recurso extraordinário interposto pela parte ora agravante. Sendo assim, e tendo em consideração as razões expostas, conheço do presente agravo, para negar seguimento ao recurso extraordinário, por manifestamente inadmissível (CPC, art. 544, § 4º, II, ‘b’, na redação dada pela Lei nº 12.322/2010). …................................................................................................... Ministro CELSO DE MELLO Relator” Inconformada com esse ato decisório, a parte ora agravante interpõe o presente recurso, postulando o provimento do agravo de instrumento que deduziu (fls. 162/163). Por não me convencer das razões expostas, submeto, à apreciação desta colenda Turma, o presente recurso de agravo. É o relatório. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3066092. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 6 Voto - MIN. CELSO DE MELLO 16/10/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 696.644 SÃO PAULO V O T O O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO – (Relator): Não assiste razão à parte recorrente, eis que a decisão agravada ajusta-se, com integral fidelidade, à diretriz jurisprudencial que o Supremo Tribunal Federal firmou na matéria ora em exame. Com efeito, o Plenário desta Suprema Corte, apreciando a ocorrência, ou não, de controvérsia alegadamente impregnada de transcendência e observando o procedimento a que se refere a Lei nº 11.418/2006, entendeu destituída de repercussão geral a questão jurídica suscitada no ARE 675.153-RG/SP, Rel. Min. AYRES BRITTO, por tratar-se de litígio referente a matéria infraconstitucional, fazendo-o em decisão assim ementada: “ADMINISTRATIVO. ADICIONAL DE ‘SEXTA-PARTE’. SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL ESTATUTÁRIO. MATÉRIA DE ÍNDOLE INFRACONSTITUCIONAL. AUSÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL. Nos termos da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, está circunscrito ao âmbito infraconstitucional o tema atinente à incidência do adicional de ‘sexta-parte’ sobre a integralidade dos vencimentos dos servidores públicos estaduais estatutários. Não havendo, em rigor, questão constitucional a ser apreciada por esta Suprema Corte, falta ao caso ‘elemento de configuração da própria repercussão geral’, conforme salientou a ministra Ellen Gracie, no julgamento da Repercussão Geral no RE 584.608.” Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3066093. Supremo Tribunal Federal 16/10/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 696.644 SÃO PAULO V O T O O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO – (Relator): Não assiste razão à parte recorrente, eis que a decisão agravada ajusta-se, com integral fidelidade, à diretriz jurisprudencial que o Supremo Tribunal Federal firmou na matéria ora em exame. Com efeito, o Plenário desta Suprema Corte, apreciando a ocorrência, ou não, de controvérsia alegadamente impregnada de transcendência e observando o procedimento a que se refere a Lei nº 11.418/2006, entendeu destituída de repercussão geral a questão jurídica suscitada no ARE 675.153-RG/SP, Rel. Min. AYRES BRITTO, por tratar-se de litígio referente a matéria infraconstitucional, fazendo-o em decisão assim ementada: “ADMINISTRATIVO. ADICIONAL DE ‘SEXTA-PARTE’. SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL ESTATUTÁRIO. MATÉRIA DE ÍNDOLE INFRACONSTITUCIONAL. AUSÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL. Nos termos da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, está circunscrito ao âmbito infraconstitucional o tema atinente à incidência do adicional de ‘sexta-parte’ sobre a integralidade dos vencimentos dos servidores públicos estaduais estatutários. Não havendo, em rigor, questão constitucional a ser apreciada por esta Suprema Corte, falta ao caso ‘elemento de configuração da própria repercussão geral’, conforme salientou a ministra Ellen Gracie, no julgamento da Repercussão Geral no RE 584.608.” Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3066093. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 6 Voto - MIN. CELSO DE MELLO ARE 696.644 AGR / SP O não atendimento desse pré-requisito de admissibilidade recursal, considerado o que dispõe o art. 322 do RISTF, na redação dada pela Emenda Regimental nº 21/2007, inviabiliza o conhecimento do recurso extraordinário interposto pela parte agravante, como já ressaltado na decisão ora impugnada. Sendo assim, tendo em consideração as razões expostas, nego provimento ao presente recurso de agravo, mantendo, em consequência, por seus próprios fundamentos, a decisão ora agravada. É o meu voto. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3066093. Supremo Tribunal Federal ARE 696.644 AGR / SP O não atendimento desse pré-requisito de admissibilidade recursal, considerado o que dispõe o art. 322 do RISTF, na redação dada pela Emenda Regimental nº 21/2007, inviabiliza o conhecimento do recurso extraordinário interposto pela parte agravante, como já ressaltado na decisão ora impugnada. Sendo assim, tendo em consideração as razões expostas, nego provimento ao presente recurso de agravo, mantendo, em consequência, por seus próprios fundamentos, a decisão ora agravada. É o meu voto. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3066093. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 6 Decisão de Julgamento SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 696.644 PROCED. : SÃO PAULO RELATOR : MIN. CELSO DE MELLO AGTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO AGDO.(A/S) : MARLON TORRES ANANIAS DE JESUS ADV.(A/S) : ANDRESSA PIRES DE MORAES ISIPON E OUTRO(A/S) Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. 2ª Turma, 16.10.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Subprocurador-Geral da República, Dr. Mário José Gisi. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3052058 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 696.644 PROCED. : SÃO PAULO RELATOR : MIN. CELSO DE MELLO AGTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO AGDO.(A/S) : MARLON TORRES ANANIAS DE JESUS ADV.(A/S) : ANDRESSA PIRES DE MORAES ISIPON E OUTRO(A/S) Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. 2ª Turma, 16.10.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Subprocurador-Geral da República, Dr. Mário José Gisi. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3052058 Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 6
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3076386
2012-10-16T00:00:00
2012-11-12T00:00:00
A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. 2ª Turma, 16.10.2012.
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO
E M E N T A: RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO (LEI Nº 12.322/2010) – CONCESSÃO DA VANTAGEM DA SEXTA-PARTE A SERVIDORES DO ESTADO DE SÃO PAULO – AUSÊNCIA DE OFENSA DIRETA À CONSTITUIÇÃO – DIREITO LOCAL – CONTROVÉRSIA SUSCITADA NO ARE 675.153-RG/SP – MATÉRIA A CUJO RESPEITO NÃO SE RECONHECEU A EXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL – RECURSO IMPROVIDO.
sjur218411
- Acórdão citado: (ADICIONAL SEXTA-PARTE, INCIDÊNCIA, VENCIMENTOS, MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL) STF: ARE 675153 RG. Número de páginas: 6. Análise: 19/11/2012, LLD.
CELSO DE MELLO
Segunda Turma
696644
[ "LEG-FED LEI-011418 ANO-2006\r\n LEI ORDINÁRIA\r\n\r\n", "LEG-FED LEI-012322 ANO-2010\r\n LEI ORDINÁRIA\r\n\r\n", "LEG-FED RGI ANO-1980\r\n ART-00322 REDAÇÃO DADA PELA EMR-21/2007 \r\n RISTF-1980 REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL\r\n\r\n", "LEG-FED EMR-000021 ANO-2007\r\n EMENDA REGIMENTAL DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF" ]
ARE-AgR
acordaos
ARE 696644 AgR
[ "" ]
AGTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO AGDO.(A/S) : MARLON TORRES ANANIAS DE JESUS ADV.(A/S) : ANDRESSA PIRES DE MORAES ISIPON E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) : CAROLINE DE OLIVEIRA PAMPADO CASQUEL BERLOFFA
[ "" ]
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Ementa e Acórdão 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 822.184 PARANÁ RELATORA : MIN. ROSA WEBER EMBTE.(S) :ANDRÉ LUIS ULRICH ADV.(A/S) :ALESSANDRO SILVERIO EMBDO.(A/S) :MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARANÁ PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARANÁ EMENTA PROCESSUAL PENAL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. ERRO MATERIAL. OMISSÃO. INEXISTÊNCIA. CARÁTER INFRINGENTE. Ausente ambiguidade, obscuridade, contradição ou omissão, justificadoras da oposição de embargos declaratórios, nos termos do art. 619 do CPP, a evidenciar o caráter meramente infringente da insurgência. Embargos de declaração rejeitados. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Primeira Turma, sob a Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em rejeitar os embargos de declaração, nos termos do voto da relatora. Brasília, 16 de outubro de 2012. Ministra Rosa Weber Relatora Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2975211. Supremo Tribunal Federal DJe 12/11/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 7 Relatório 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 822.184 PARANÁ RELATORA : MIN. ROSA WEBER EMBTE.(S) :ANDRÉ LUIS ULRICH ADV.(A/S) :ALESSANDRO SILVERIO EMBDO.(A/S) :MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARANÁ PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARANÁ RELATÓRIO A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Trata-se de embargos de declaração opostos contra acórdão desta 1ª Turma (fls. 531-5), de minha relatoria, em que se negou provimento ao agravo regimental interposto contra decisão monocrática da eminente Min. Ellen Gracie. Transcrevo, por oportuno, o teor da ementa da decisão: “AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. MATÉRIA CRIMINAL. INCONSTITUCIONALIDADE REFLEXA. EXAME DE PROVA. FALTA DE PREQUESTIONAMENTO. CARÊNCIA DE OBJETO DO RECURSO. 1. Não cabe recurso extraordinário se a inconstitucionalidade afirmada é meramente reflexa ou se demanda o reexame de prova. Precedentes. 2. Se não houve quebra de sigilo bancário do recorrente, não cabe recurso extraordinário para impugnar suposta violação por fundamentação insuficiente. 3. Se a questão constitucional invocada no recurso extraordinário não foi objeto de debate e decisão no acórdão recorrido, fica desatendido o pressuposto recursal do prequestionamento, imprescindível para o conhecimento do apelo extremo. 4. Se houve apenas manutenção da sentença recorrida em julgamento de apelação, sem alteração da pena ou de sua dosimetria, não cabe recurso extraordinário para impugnar inexistente reformatio in pejus. 5. Agravo regimental a que se nega provimento.” Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2975212. Supremo Tribunal Federal 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 822.184 PARANÁ RELATORA : MIN. ROSA WEBER EMBTE.(S) :ANDRÉ LUIS ULRICH ADV.(A/S) :ALESSANDRO SILVERIO EMBDO.(A/S) :MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARANÁ PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARANÁ RELATÓRIO A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Trata-se de embargos de declaração opostos contra acórdão desta 1ª Turma (fls. 531-5), de minha relatoria, em que se negou provimento ao agravo regimental interposto contra decisão monocrática da eminente Min. Ellen Gracie. Transcrevo, por oportuno, o teor da ementa da decisão: “AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. MATÉRIA CRIMINAL. INCONSTITUCIONALIDADE REFLEXA. EXAME DE PROVA. FALTA DE PREQUESTIONAMENTO. CARÊNCIA DE OBJETO DO RECURSO. 1. Não cabe recurso extraordinário se a inconstitucionalidade afirmada é meramente reflexa ou se demanda o reexame de prova. Precedentes. 2. Se não houve quebra de sigilo bancário do recorrente, não cabe recurso extraordinário para impugnar suposta violação por fundamentação insuficiente. 3. Se a questão constitucional invocada no recurso extraordinário não foi objeto de debate e decisão no acórdão recorrido, fica desatendido o pressuposto recursal do prequestionamento, imprescindível para o conhecimento do apelo extremo. 4. Se houve apenas manutenção da sentença recorrida em julgamento de apelação, sem alteração da pena ou de sua dosimetria, não cabe recurso extraordinário para impugnar inexistente reformatio in pejus. 5. Agravo regimental a que se nega provimento.” Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2975212. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 7 Relatório AI 822.184 AGR-ED / PR Nos presentes embargos declaratórios (fls. 544-58), alega o Embargante: a) que há erro material no julgado quanto à afirmação de que não teria havido quebra do sigilo bancário do Embargante; b) que, ao contrário do afirmado na decisão atacada, teria havido reformatio in pejus pelo reconhecimento na apelação de circunstância desfavorável não considerada na sentença; e c) que teria havido prequestionamento nos embargos de declaração opostos pela Defesa contra o acórdão condenatório. Requer o acolhimento dos embargos para “ser corrigido o erro material apontado e prequestionada as matérias suscitadas” (fl. 558). É o relatório. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2975212. Supremo Tribunal Federal AI 822.184 AGR-ED / PR Nos presentes embargos declaratórios (fls. 544-58), alega o Embargante: a) que há erro material no julgado quanto à afirmação de que não teria havido quebra do sigilo bancário do Embargante; b) que, ao contrário do afirmado na decisão atacada, teria havido reformatio in pejus pelo reconhecimento na apelação de circunstância desfavorável não considerada na sentença; e c) que teria havido prequestionamento nos embargos de declaração opostos pela Defesa contra o acórdão condenatório. Requer o acolhimento dos embargos para “ser corrigido o erro material apontado e prequestionada as matérias suscitadas” (fl. 558). É o relatório. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2975212. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 7 Voto - MIN. ROSA WEBER 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 822.184 PARANÁ VOTO A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Os embargos de declaração tem o propósito de permitir o aclaramento das decisões judiciais, eventualmente com a correção de erros materiais. Não é própria a sua utilização apenas para parte manifestar a sua irresignação e discordância do decidido, pretendendo a revisão. O Embargante questionou no recurso extraordinário a quebra de seu sigilo bancário, o que teria sido feito sem fundamentação. O tema foi devidamente enfrentado, sendo apontados óbices processuais para conhecimento do extraordinário no ponto e ainda que sequer teria havido quebra do sigilo bancário do Embargante, carecendo a irresignação de objeto. Transcrevo: “De todo modo, examinando melhor a questão constato que sequer houve quebra propriamente dita de sigilo bancário do Agravante. A decisão judicial questionada apenas levantou o sigilo bancário sobre o destino de cheques emitidos pela seguradora e nominais às vítimas, a fim de verificar o que teria sido feito com o numerário correspondente (fl. 107). Em nenhum momento, fez-se referência ao nome do Agravante. Com a diligência, absolutamente necessária já que apurava-se o destino dos cheques, foi recebida a informação de que eles teriam sido depositados na conta corrente do Agravante (fl. 109), somente isso. Sequer houve, portanto, quebra de sigilo bancário do Agravante, mas sim dos cheques emitidos pela seguradora e nominais às vítimas, motivo pelo qual o recurso é de todo insubsistente, sem objeto quanto ao ponto. Portanto, deve ser mantida a decisão agravada pelos óbices já apontados, inconstitucionalidade reflexa, necessidade de reexame de prova, e ainda porque sequer houve quebra de sigilo bancário do Agravante.” Pode a parte discordar do decidido, mas não há nada há esclarecer. O Embargante alegou afronta ao devido processo legal porque teria Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2975213. Supremo Tribunal Federal 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 822.184 PARANÁ VOTO A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Os embargos de declaração tem o propósito de permitir o aclaramento das decisões judiciais, eventualmente com a correção de erros materiais. Não é própria a sua utilização apenas para parte manifestar a sua irresignação e discordância do decidido, pretendendo a revisão. O Embargante questionou no recurso extraordinário a quebra de seu sigilo bancário, o que teria sido feito sem fundamentação. O tema foi devidamente enfrentado, sendo apontados óbices processuais para conhecimento do extraordinário no ponto e ainda que sequer teria havido quebra do sigilo bancário do Embargante, carecendo a irresignação de objeto. Transcrevo: “De todo modo, examinando melhor a questão constato que sequer houve quebra propriamente dita de sigilo bancário do Agravante. A decisão judicial questionada apenas levantou o sigilo bancário sobre o destino de cheques emitidos pela seguradora e nominais às vítimas, a fim de verificar o que teria sido feito com o numerário correspondente (fl. 107). Em nenhum momento, fez-se referência ao nome do Agravante. Com a diligência, absolutamente necessária já que apurava-se o destino dos cheques, foi recebida a informação de que eles teriam sido depositados na conta corrente do Agravante (fl. 109), somente isso. Sequer houve, portanto, quebra de sigilo bancário do Agravante, mas sim dos cheques emitidos pela seguradora e nominais às vítimas, motivo pelo qual o recurso é de todo insubsistente, sem objeto quanto ao ponto. Portanto, deve ser mantida a decisão agravada pelos óbices já apontados, inconstitucionalidade reflexa, necessidade de reexame de prova, e ainda porque sequer houve quebra de sigilo bancário do Agravante.” Pode a parte discordar do decidido, mas não há nada há esclarecer. O Embargante alegou afronta ao devido processo legal porque teria Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2975213. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 7 Voto - MIN. ROSA WEBER AI 822.184 AGR-ED / PR havido reformatio in pejus. O Tribunal de Apelação, ao manter a pena fixada em primeira instância, teria se valido de argumentos não utilizados pelo magistrado sentenciante. O tema foi diretamente enfrentado, com a conclusão de que não teria havido reformatio in pejus e de que não teria havido prequestionamento sobre o tema: “Ora, reformatio in pejus ocorre quando há reforma da decisão recorrida desfavoravelmente à Defesa sem que tenha havido recurso da Acusação. Não há como falar-se em reformatio in pejus se o Tribunal de Apelação apenas manteve a pena fixada em primeira instância, sem acréscimos, reprovando as mesmas circunstâncias judiciais para exasperação da pena e rejeitando as mesmas circunstâncias atenuantes ou causas de diminuição de pena. A Corte é livre para interpretar o Direito e utilizar os argumentos que reputar apropriado, não estando presa às razões do magistrado sentenciante. Se houve apenas manutenção da sentença recorrida em julgamento de apelação, sem alteração da pena ou de sua dosimetria, não cabe recurso extraordinário para impugnar inexistente reformatio in pejus . De todo modo, também aqui, por falta de prequestionamento, o recurso sequer deve ser conhecido, pois a questão não foi prequestionada perante a instância recursal. Com efeito, ao julgar os embargos de declaração, o colegiado esclareceu o seguinte (fls. 398-99): “Desde logo é importante ressaltar que, a rigor, a sentença deveria ser mantida pelo seus próprios fundamentos (…). Quanto aos demais aspectos invocados na extensa petição de embargos, inclusive para fins de prequestionamento, tomo ciência para o fim pretendido, porém, volto a repetir, deixo de enfrentá-las uma por uma, visto que no acórdão já constam os fundamentos que o colegiado considerou suficientes para a manutenção da sentença condenatória, não merecendo, ao nosso ver, nenhuma alteração. “ De fato, como bem delineou a decisão agravada, a pretensão recursal não se encontra prequestionada, porque a matéria deixou de 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2975213. Supremo Tribunal Federal AI 822.184 AGR-ED / PR havido reformatio in pejus. O Tribunal de Apelação, ao manter a pena fixada em primeira instância, teria se valido de argumentos não utilizados pelo magistrado sentenciante. O tema foi diretamente enfrentado, com a conclusão de que não teria havido reformatio in pejus e de que não teria havido prequestionamento sobre o tema: “Ora, reformatio in pejus ocorre quando há reforma da decisão recorrida desfavoravelmente à Defesa sem que tenha havido recurso da Acusação. Não há como falar-se em reformatio in pejus se o Tribunal de Apelação apenas manteve a pena fixada em primeira instância, sem acréscimos, reprovando as mesmas circunstâncias judiciais para exasperação da pena e rejeitando as mesmas circunstâncias atenuantes ou causas de diminuição de pena. A Corte é livre para interpretar o Direito e utilizar os argumentos que reputar apropriado, não estando presa às razões do magistrado sentenciante. Se houve apenas manutenção da sentença recorrida em julgamento de apelação, sem alteração da pena ou de sua dosimetria, não cabe recurso extraordinário para impugnar inexistente reformatio in pejus . De todo modo, também aqui, por falta de prequestionamento, o recurso sequer deve ser conhecido, pois a questão não foi prequestionada perante a instância recursal. Com efeito, ao julgar os embargos de declaração, o colegiado esclareceu o seguinte (fls. 398-99): “Desde logo é importante ressaltar que, a rigor, a sentença deveria ser mantida pelo seus próprios fundamentos (…). Quanto aos demais aspectos invocados na extensa petição de embargos, inclusive para fins de prequestionamento, tomo ciência para o fim pretendido, porém, volto a repetir, deixo de enfrentá-las uma por uma, visto que no acórdão já constam os fundamentos que o colegiado considerou suficientes para a manutenção da sentença condenatória, não merecendo, ao nosso ver, nenhuma alteração. “ De fato, como bem delineou a decisão agravada, a pretensão recursal não se encontra prequestionada, porque a matéria deixou de 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2975213. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 7 Voto - MIN. ROSA WEBER AI 822.184 AGR-ED / PR ser abordada sob o necessário enfoque constitucional no julgamento dos embargos de declaração opostos contra a apelação (Súmulas STF 282 e 356).” Também quanto a este ponto, pode a parte discordar do decidido, mas não há nada há esclarecer. Agrego apenas que, ao contrário do afirmado nos embargos de declaração, a vetoriais negativa reconhecidas na sentença são as mesmas admitidas no acórdão da apelação (fls. 236-236 e 346-347), motivo pelo qual a pena fixada em primeiro grau foi mantida integralmente na apelação sem reparos (“da leitura da r. Decisão de primeiro grau observa- se que a d. Magistrada acertadamente reconheceu as circunstâncias legais e causas especiais de aumento da reprimenda, não havendo assim, nenhum motivo para reformá-la”). Além de não ter havido incremento de pena, não se identifica vetorial negativa reconhecida apenas na apelação. Ilustrativamente, o Embargante não esclarece, em seus inúmeros recursos, qual teria sido a vetorial negativa considerada em seu desfavor apenas na apelação e não na sentença. Não há, portanto, o que discutir quanto a inexistência de reformatio in pejus. Não há esclarecimento a ser prestado, evidenciando o presente recurso tão-somente o inconformismo da parte com a decisão que lhe foi desfavorável. Rejeito, pois, os embargos declaratórios. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2975213. Supremo Tribunal Federal AI 822.184 AGR-ED / PR ser abordada sob o necessário enfoque constitucional no julgamento dos embargos de declaração opostos contra a apelação (Súmulas STF 282 e 356).” Também quanto a este ponto, pode a parte discordar do decidido, mas não há nada há esclarecer. Agrego apenas que, ao contrário do afirmado nos embargos de declaração, a vetoriais negativa reconhecidas na sentença são as mesmas admitidas no acórdão da apelação (fls. 236-236 e 346-347), motivo pelo qual a pena fixada em primeiro grau foi mantida integralmente na apelação sem reparos (“da leitura da r. Decisão de primeiro grau observa- se que a d. Magistrada acertadamente reconheceu as circunstâncias legais e causas especiais de aumento da reprimenda, não havendo assim, nenhum motivo para reformá-la”). Além de não ter havido incremento de pena, não se identifica vetorial negativa reconhecida apenas na apelação. Ilustrativamente, o Embargante não esclarece, em seus inúmeros recursos, qual teria sido a vetorial negativa considerada em seu desfavor apenas na apelação e não na sentença. Não há, portanto, o que discutir quanto a inexistência de reformatio in pejus. Não há esclarecimento a ser prestado, evidenciando o presente recurso tão-somente o inconformismo da parte com a decisão que lhe foi desfavorável. Rejeito, pois, os embargos declaratórios. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2975213. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 7 Decisão de Julgamento PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 822.184 PROCED. : PARANÁ RELATORA : MIN. ROSA WEBER EMBTE.(S) : ANDRÉ LUIS ULRICH ADV.(A/S) : ALESSANDRO SILVERIO EMBDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARANÁ PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARANÁ Decisão: A Turma rejeitou os embargos de declaração, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 16.10.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Rodrigo Janot. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3061331 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 822.184 PROCED. : PARANÁ RELATORA : MIN. ROSA WEBER EMBTE.(S) : ANDRÉ LUIS ULRICH ADV.(A/S) : ALESSANDRO SILVERIO EMBDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARANÁ PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARANÁ Decisão: A Turma rejeitou os embargos de declaração, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 16.10.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Rodrigo Janot. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3061331 Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 7
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3076912
2012-10-16T00:00:00
2012-11-12T00:00:00
A Turma rejeitou os embargos de declaração, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 16.10.2012.
EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO
EMENTA PROCESSUAL PENAL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. ERRO MATERIAL. OMISSÃO. INEXISTÊNCIA. CARÁTER INFRINGENTE. Ausente ambiguidade, obscuridade, contradição ou omissão, justificadoras da oposição de embargos declaratórios, nos termos do art. 619 do CPP, a evidenciar o caráter meramente infringente da insurgência. Embargos de declaração rejeitados.
sjur218452
Número de páginas: 7. Análise: 22/11/2012, MJC.
ROSA WEBER
Primeira Turma
822184
[ "LEG-FED DEL-003689 ANO-1941\r\n ART-00619 \r\n CPP-1941 CÓDIGO DE PROCESSO PENAL" ]
AI-AgR-ED
acordaos
AI 822184 AgR-ED
[ "" ]
EMBDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARANÁ ADV.(A/S) : ALESSANDRO SILVERIO EMBTE.(S) : ANDRÉ LUIS ULRICH PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARANÁ
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Ementa e Acórdão 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 547.532 DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) :DISTRITO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL AGDO.(A/S) :MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS INTDO.(A/S) :CUISINE SOLUTIONS BRASIL LTDA ADV.(A/S) :FRANCISCO CARNEIRO NOBRE DE LACERDA NETO INTDO.(A/S) :BANCO DE BRASÍLIA S/A - BRB ADV.(A/S) :ALAN LADY DE OLIVEIRA COSTA EMENTA Agravo regimental no recurso extraordinário. Ação civil pública. Impugnação de benefício fiscal. Legitimidade ativa do Ministério Público para seu ajuizamento reconhecida. 1. Em ações civis públicas nas quais se discute a validade de atos potencialmente lesivos ao patrimônio público, reconhece-se a legitimidade ativa do Ministério Público para seu ajuizamento. 2. Jurisprudência do Supremo Tribunal Federal pacífica, nesse sentido. 3. Agravo regimental não provido. ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata do julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034700. Supremo Tribunal Federal DJe 12/11/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 10 Ementa e Acórdão RE 547.532 AGR / DF Brasília, 16 de outubro de 2012. MINISTRO DIAS TOFFOLI Relator 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034700. Supremo Tribunal Federal RE 547.532 AGR / DF Brasília, 16 de outubro de 2012. MINISTRO DIAS TOFFOLI Relator 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034700. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 10 Relatório 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 547.532 DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) :DISTRITO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL AGDO.(A/S) :MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS INTDO.(A/S) :CUISINE SOLUTIONS BRASIL LTDA ADV.(A/S) :FRANCISCO CARNEIRO NOBRE DE LACERDA NETO INTDO.(A/S) :BANCO DE BRASÍLIA S/A - BRB ADV.(A/S) :ALAN LADY DE OLIVEIRA COSTA RELATÓRIO O EXMO. SR. MINISTRO DIAS TOFFOLI: Distrito Federal interpõe tempestivo agravo regimental (fls. 1355 a 1357) contra decisão em que neguei seguimento ao recurso extraordinário (fls. 1349 a 1351), com a seguinte fundamentação: “Decisão Vistos. O Distrito Federal interpõe recurso extraordinário, com fundamento na alínea a do permissivo constitucional, contra acórdão da Primeira Turma Cível do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios, assim ementado: ‘PROCESSO CIVIL. TRIBUTÁRIO. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. INCENTIVOS FISCAIS. ICMS. LEGITIMIDADE ATIVA AD CAUSAM. PORTARIA Nº 141/2000. SECRETARIA DE FAZENDA. NULIDADE. I O Banco de Brasília S/A, por ser o responsável pela operacionalização do financiamento, sofrerá os efeitos da Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034697. Supremo Tribunal Federal 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 547.532 DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) :DISTRITO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL AGDO.(A/S) :MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS INTDO.(A/S) :CUISINE SOLUTIONS BRASIL LTDA ADV.(A/S) :FRANCISCO CARNEIRO NOBRE DE LACERDA NETO INTDO.(A/S) :BANCO DE BRASÍLIA S/A - BRB ADV.(A/S) :ALAN LADY DE OLIVEIRA COSTA RELATÓRIO O EXMO. SR. MINISTRO DIAS TOFFOLI: Distrito Federal interpõe tempestivo agravo regimental (fls. 1355 a 1357) contra decisão em que neguei seguimento ao recurso extraordinário (fls. 1349 a 1351), com a seguinte fundamentação: “Decisão Vistos. O Distrito Federal interpõe recurso extraordinário, com fundamento na alínea a do permissivo constitucional, contra acórdão da Primeira Turma Cível do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios, assim ementado: ‘PROCESSO CIVIL. TRIBUTÁRIO. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. INCENTIVOS FISCAIS. ICMS. LEGITIMIDADE ATIVA AD CAUSAM. PORTARIA Nº 141/2000. SECRETARIA DE FAZENDA. NULIDADE. I O Banco de Brasília S/A, por ser o responsável pela operacionalização do financiamento, sofrerá os efeitos da Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034697. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 10 Relatório RE 547.532 AGR / DF condenação em caso de eventual procedência do pedido. Preliminar de ilegitimidade passiva rejeitada. II O Ministério Público tem legitimidade ativa ad causam para ajuizar ação civil pública com vista à proteção do patrimônio público e à preservação da ordem tributária. III A portaria nº 141/2000, editada pela Secretaria de Fazenda e Planejamento do Distrito Federal, que concedeu incentivos fiscais à sociedade Cuisine Solutions Brasil Ltda é nula, uma vez que o art. 155, § 2º, XII, da Constituição Federal/1988, estabelece que cabe à Lei Complementar regular a forma pela qual, mediante deliberação dos Estados e do Distrito Federal, serão concedidos isenções, incentivos e benefícios fiscais. No mesmo sentido dispõe o art. 135, § 5º, VII, da Lei Orgânica do Distrito Federal. Por seu turno, a Lei Complementar nº 24/75 preconiza que os incentivos fiscais do ICMS serão concedidos nos termos de convênios celebrados entre os Estados e o Distrito Federal. Nesse contexto, o benefício não poderia ter sido concedido por intermédio do mencionado ato normativo, mesmo que fundamentado em lei distrital, ante a ausência de autorização expressa veiculada em convênio formalizado entre o Distrito Federal e os Estados. IV Por outro lado, há manifesta lesão ao patrimônio público, na medida em que a operação levada a efeito resulta em perda de arrecadação, pois o beneficiário somente recolhe 30% (trinta por cento) do valor do ICMS efetivamente devido, sendo que o percentual restante será pago ao Banco de Brasília S/A. V Recurso provido. Unânime’ (fls. 1033). Sustenta o recorrente violação dos artigos 5º, incisos XXXV e LIV, 102, inciso I, alíneas a e f, e 129, inciso III, todos da Constituição Federal, em virtude do reconhecimento da legitimidade ativa do recorrido, para o ajuizamento da presente ação civil pública. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034697. Supremo Tribunal Federal RE 547.532 AGR / DF condenação em caso de eventual procedência do pedido. Preliminar de ilegitimidade passiva rejeitada. II O Ministério Público tem legitimidade ativa ad causam para ajuizar ação civil pública com vista à proteção do patrimônio público e à preservação da ordem tributária. III A portaria nº 141/2000, editada pela Secretaria de Fazenda e Planejamento do Distrito Federal, que concedeu incentivos fiscais à sociedade Cuisine Solutions Brasil Ltda é nula, uma vez que o art. 155, § 2º, XII, da Constituição Federal/1988, estabelece que cabe à Lei Complementar regular a forma pela qual, mediante deliberação dos Estados e do Distrito Federal, serão concedidos isenções, incentivos e benefícios fiscais. No mesmo sentido dispõe o art. 135, § 5º, VII, da Lei Orgânica do Distrito Federal. Por seu turno, a Lei Complementar nº 24/75 preconiza que os incentivos fiscais do ICMS serão concedidos nos termos de convênios celebrados entre os Estados e o Distrito Federal. Nesse contexto, o benefício não poderia ter sido concedido por intermédio do mencionado ato normativo, mesmo que fundamentado em lei distrital, ante a ausência de autorização expressa veiculada em convênio formalizado entre o Distrito Federal e os Estados. IV Por outro lado, há manifesta lesão ao patrimônio público, na medida em que a operação levada a efeito resulta em perda de arrecadação, pois o beneficiário somente recolhe 30% (trinta por cento) do valor do ICMS efetivamente devido, sendo que o percentual restante será pago ao Banco de Brasília S/A. V Recurso provido. Unânime’ (fls. 1033). Sustenta o recorrente violação dos artigos 5º, incisos XXXV e LIV, 102, inciso I, alíneas a e f, e 129, inciso III, todos da Constituição Federal, em virtude do reconhecimento da legitimidade ativa do recorrido, para o ajuizamento da presente ação civil pública. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034697. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 10 Relatório RE 547.532 AGR / DF O Superior Tribunal de Justiça, em decisão transitada em julgado, conforme verifica-se na certidão de fls. 1346, negou provimento ao recurso especial interposto paralelamente ao extraordinário. Decido. A irresignação não merece prosperar, uma vez que o Plenário desta Corte, no julgamento do RE nº 576.155/DF, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, apreciando questão similar, consolidou entendimento no sentido de considerar o Ministério Público parte legítima para ajuizar ação civil pública com o fim de obter a nulidade de atos administrativos ou normativos que disponham sobre matéria de ordem tributária, haja vista que é função institucional do Parquet promover a proteção do patrimônio público. Colhe-se a ementa do referido julgado: ‘EMENTA: AÇÃO CIVIL PÚBLICA. LEGITIMIDADE ATIVA. MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS. TERMO DE ACORDO DE REGIME ESPECIAL - TARE. POSSÍVEL LESÃO AO PATRIMÔNIO PÚBLICO. LIMITAÇÃO À ATUAÇÃO DO PARQUET. INADMISSIBILIDADE. AFRONTA AO ART. 129, III, DA CF. REPERCUSÃO GERAL RECONHECIDA. RECURSO EXTRAORDINÁRIO PROVIDO. I. O TARE não diz respeito apenas a interesses individuais, mas alcança interesses metaindividuais, pois o ajuste pode, em tese, ser lesivo ao patrimônio público. II. A Constituição Federal estabeleceu, no art. 129, III, que é função institucional do Ministério Público, dentre outras, promover o inquérito e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos. Precedentes. III. O Parquet tem legitimidade para propor ação civil pública com o objetivo de anular Termo de Acordo de Regime Especial - TARE, em face da legitimação ad 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034697. Supremo Tribunal Federal RE 547.532 AGR / DF O Superior Tribunal de Justiça, em decisão transitada em julgado, conforme verifica-se na certidão de fls. 1346, negou provimento ao recurso especial interposto paralelamente ao extraordinário. Decido. A irresignação não merece prosperar, uma vez que o Plenário desta Corte, no julgamento do RE nº 576.155/DF, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, apreciando questão similar, consolidou entendimento no sentido de considerar o Ministério Público parte legítima para ajuizar ação civil pública com o fim de obter a nulidade de atos administrativos ou normativos que disponham sobre matéria de ordem tributária, haja vista que é função institucional do Parquet promover a proteção do patrimônio público. Colhe-se a ementa do referido julgado: ‘EMENTA: AÇÃO CIVIL PÚBLICA. LEGITIMIDADE ATIVA. MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS. TERMO DE ACORDO DE REGIME ESPECIAL - TARE. POSSÍVEL LESÃO AO PATRIMÔNIO PÚBLICO. LIMITAÇÃO À ATUAÇÃO DO PARQUET. INADMISSIBILIDADE. AFRONTA AO ART. 129, III, DA CF. REPERCUSÃO GERAL RECONHECIDA. RECURSO EXTRAORDINÁRIO PROVIDO. I. O TARE não diz respeito apenas a interesses individuais, mas alcança interesses metaindividuais, pois o ajuste pode, em tese, ser lesivo ao patrimônio público. II. A Constituição Federal estabeleceu, no art. 129, III, que é função institucional do Ministério Público, dentre outras, promover o inquérito e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos. Precedentes. III. O Parquet tem legitimidade para propor ação civil pública com o objetivo de anular Termo de Acordo de Regime Especial - TARE, em face da legitimação ad 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034697. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 10 Relatório RE 547.532 AGR / DF causam que o texto constitucional lhe confere para defender o erário. IV. Não se aplica à hipótese o parágrafo único do artigo 1º da Lei 7.347/1985. V. Recurso extraordinário provido para que o TJ/DF decida a questão de fundo proposta na ação civil pública conforme entender’ (RE nº 576.155/DF, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 24/11/10). Ante o exposto, nego seguimento ao recurso extraordinário. Publique-se. Brasília, 22 de novembro de 2011.” Asseverou o agravante que a situação debatida nestes autos não é idêntica àquela que ensejou a prolação do acórdão referido na decisão atacada, pois aqui não se discute a validade de Termo de Acordo de Regime Especial firmado pelo Poder Público, mas, sim, a legitimidade ativa do Ministério Público para ajuizar ação tendente a discutir a validade de portaria que autorizou o Banco de Brasília a contratar financiamento com determinada empresa. É o relatório. 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034697. Supremo Tribunal Federal RE 547.532 AGR / DF causam que o texto constitucional lhe confere para defender o erário. IV. Não se aplica à hipótese o parágrafo único do artigo 1º da Lei 7.347/1985. V. Recurso extraordinário provido para que o TJ/DF decida a questão de fundo proposta na ação civil pública conforme entender’ (RE nº 576.155/DF, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 24/11/10). Ante o exposto, nego seguimento ao recurso extraordinário. Publique-se. Brasília, 22 de novembro de 2011.” Asseverou o agravante que a situação debatida nestes autos não é idêntica àquela que ensejou a prolação do acórdão referido na decisão atacada, pois aqui não se discute a validade de Termo de Acordo de Regime Especial firmado pelo Poder Público, mas, sim, a legitimidade ativa do Ministério Público para ajuizar ação tendente a discutir a validade de portaria que autorizou o Banco de Brasília a contratar financiamento com determinada empresa. É o relatório. 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034697. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 10 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 547.532 DISTRITO FEDERAL VOTO O EXMO. SR. MINISTRO DIAS TOFFOLI: Não merece prosperar a irresignação. A decisão atacada limitou-se a prestigiar a pacífica jurisprudência desta Suprema Corte a respeito do tema, a qual tem reconhecido, há muito tempo, a legitimidade ativa do Ministério Público para a propositura de ações civis públicas, na defesa do patrimônio público, visando à análise da validade de atos praticados por órgãos da Administração Pública. O precedente transcrito na decisão ora atacada não cuida de hipótese idêntica a essa aqui em discussão, tal como destacado, aliás, no corpo daquela decisão, que fez expressa menção ao fato de se cuidar de questão similar. É, contudo, inegável – reitere-se – a firme orientação jurisprudencial do Supremo Tribunal Federal em admitir a ampla legitimidade ativa do Ministério Público para a propositura de ações civis públicas na defesa do erário, tal como aqui se deu. Vide, em arremate, precedente específico sobre o tema: “AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. IMPUGNAÇÃO DA VALIDADE DE BENEFÍCIO FISCAL. MINISTÉRIO PÚBLICO. LEGITIMIDADE. AGRAVOS IMPROVIDOS. I – Esta Corte fixou orientação no sentido de que o Ministério Público é parte legítima para questionar, em sede de ação civil pública, a validade de benefício fiscal concedido pelo estado a determinada empresa. Precedentes. II – Agravos regimentais improvidos” (RE nº 586.705/DF-AgR, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, Segunda Turma, DJe de 8/9/11). De sua fundamentação, e apenas para ilustrar, destaque-se o Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034698. Supremo Tribunal Federal 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 547.532 DISTRITO FEDERAL VOTO O EXMO. SR. MINISTRO DIAS TOFFOLI: Não merece prosperar a irresignação. A decisão atacada limitou-se a prestigiar a pacífica jurisprudência desta Suprema Corte a respeito do tema, a qual tem reconhecido, há muito tempo, a legitimidade ativa do Ministério Público para a propositura de ações civis públicas, na defesa do patrimônio público, visando à análise da validade de atos praticados por órgãos da Administração Pública. O precedente transcrito na decisão ora atacada não cuida de hipótese idêntica a essa aqui em discussão, tal como destacado, aliás, no corpo daquela decisão, que fez expressa menção ao fato de se cuidar de questão similar. É, contudo, inegável – reitere-se – a firme orientação jurisprudencial do Supremo Tribunal Federal em admitir a ampla legitimidade ativa do Ministério Público para a propositura de ações civis públicas na defesa do erário, tal como aqui se deu. Vide, em arremate, precedente específico sobre o tema: “AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. IMPUGNAÇÃO DA VALIDADE DE BENEFÍCIO FISCAL. MINISTÉRIO PÚBLICO. LEGITIMIDADE. AGRAVOS IMPROVIDOS. I – Esta Corte fixou orientação no sentido de que o Ministério Público é parte legítima para questionar, em sede de ação civil pública, a validade de benefício fiscal concedido pelo estado a determinada empresa. Precedentes. II – Agravos regimentais improvidos” (RE nº 586.705/DF-AgR, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, Segunda Turma, DJe de 8/9/11). De sua fundamentação, e apenas para ilustrar, destaque-se o Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034698. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 10 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI RE 547.532 AGR / DF seguinte excerto: “Conforme assentado na decisão agravada, esta Corte, no julgamento do RE 576.155/DF, de minha relatoria, fixou orientação no sentido de que o Ministério Público é parte legítima para questionar, em ação civil pública, a validade de benefício fiscal concedido pelo estado a determinada empresa. Ademais, como destaquei no julgamento da ADI 2.549/DF, de minha relatoria, os empréstimos questionados neste processo, concedidos com amparo no programa PRÓ-DF, possuem nítida natureza de incentivos fiscais. Dessa forma, insubsistente o argumento da inaplicabilidade do precedente que embasou a decisão monocrática a este caso, sob a alegação de que, na espécie, não se estaria diante de benefício fiscal, mas sim financeiro. Nesse sentido, destaco o seguinte trecho do voto por mim proferido no julgamento daquela ADI: ‘Diante dos argumentos expostos resta evidente a inconstitucionalidade do disposto no artigo 2º, inciso I e, por estarem a ele vinculados, dos seus §§ 2º e 3º; bem como do artigo 5º, seus incisos I, II e III e seu parágrafo único, inciso I; artigo 6º na sua integralidade; e parágrafos 2º e 3º, do artigo 7º, todos da Lei n. 2.483, de 19 de novembro de 1999, uma vez que o incentivo fiscal neles tratado, representado pelo 'empréstimo de até setenta por cento do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação ICMS, próprio proveniente das operações e prestações decorrentes de empreendimento incentivado', não foi aprovado conjuntamente pelos demais Estados-membros, resultante patenta a violação ao disposto no artigo 155, inciso XII, g, da Constituição Federal’ (grifei).” Correta, pois, a decisão agravada, ao reconhecer a legitimidade ativa do Ministério Público para a propositura da ação civil pública em tela, a 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034698. Supremo Tribunal Federal RE 547.532 AGR / DF seguinte excerto: “Conforme assentado na decisão agravada, esta Corte, no julgamento do RE 576.155/DF, de minha relatoria, fixou orientação no sentido de que o Ministério Público é parte legítima para questionar, em ação civil pública, a validade de benefício fiscal concedido pelo estado a determinada empresa. Ademais, como destaquei no julgamento da ADI 2.549/DF, de minha relatoria, os empréstimos questionados neste processo, concedidos com amparo no programa PRÓ-DF, possuem nítida natureza de incentivos fiscais. Dessa forma, insubsistente o argumento da inaplicabilidade do precedente que embasou a decisão monocrática a este caso, sob a alegação de que, na espécie, não se estaria diante de benefício fiscal, mas sim financeiro. Nesse sentido, destaco o seguinte trecho do voto por mim proferido no julgamento daquela ADI: ‘Diante dos argumentos expostos resta evidente a inconstitucionalidade do disposto no artigo 2º, inciso I e, por estarem a ele vinculados, dos seus §§ 2º e 3º; bem como do artigo 5º, seus incisos I, II e III e seu parágrafo único, inciso I; artigo 6º na sua integralidade; e parágrafos 2º e 3º, do artigo 7º, todos da Lei n. 2.483, de 19 de novembro de 1999, uma vez que o incentivo fiscal neles tratado, representado pelo 'empréstimo de até setenta por cento do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação ICMS, próprio proveniente das operações e prestações decorrentes de empreendimento incentivado', não foi aprovado conjuntamente pelos demais Estados-membros, resultante patenta a violação ao disposto no artigo 155, inciso XII, g, da Constituição Federal’ (grifei).” Correta, pois, a decisão agravada, ao reconhecer a legitimidade ativa do Ministério Público para a propositura da ação civil pública em tela, a 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034698. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 10 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI RE 547.532 AGR / DF não merecer reparos. Ante o exposto, voto pelo não provimento do agravo regimental. 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034698. Supremo Tribunal Federal RE 547.532 AGR / DF não merecer reparos. Ante o exposto, voto pelo não provimento do agravo regimental. 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034698. Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 10 Decisão de Julgamento PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 547.532 PROCED. : DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) : DISTRITO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS INTDO.(A/S) : CUISINE SOLUTIONS BRASIL LTDA ADV.(A/S) : FRANCISCO CARNEIRO NOBRE DE LACERDA NETO INTDO.(A/S) : BANCO DE BRASÍLIA S/A - BRB ADV.(A/S) : ALAN LADY DE OLIVEIRA COSTA Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 16.10.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Rodrigo Janot. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3061253 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 547.532 PROCED. : DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) : DISTRITO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS INTDO.(A/S) : CUISINE SOLUTIONS BRASIL LTDA ADV.(A/S) : FRANCISCO CARNEIRO NOBRE DE LACERDA NETO INTDO.(A/S) : BANCO DE BRASÍLIA S/A - BRB ADV.(A/S) : ALAN LADY DE OLIVEIRA COSTA Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 16.10.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Rodrigo Janot. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3061253 Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 10
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3076308
2012-10-16T00:00:00
2012-11-12T00:00:00
A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 16.10.2012.
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO
EMENTA Agravo regimental no recurso extraordinário. Ação civil pública. Impugnação de benefício fiscal. Legitimidade ativa do Ministério Público para seu ajuizamento reconhecida. 1. Em ações civis públicas nas quais se discute a validade de atos potencialmente lesivos ao patrimônio público, reconhece-se a legitimidade ativa do Ministério Público para seu ajuizamento. 2. Jurisprudência do Supremo Tribunal Federal pacífica, nesse sentido. 3. Agravo regimental não provido.
sjur218384
- Acórdão(s) citado(s) (MINISTÉRIO PÚBLICO, LEGITIMIDADE, AÇÃO CIVIL PÚBLICA) STF: RE 586705 AgR. Número de páginas: 10. Análise: 22/11/2012, MJC.
DIAS TOFFOLI
Primeira Turma
547532
null
RE-AgR
acordaos
RE 547532 AgR
[ "" ]
AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS AGTE.(S) : DISTRITO FEDERAL ADV.(A/S) : FRANCISCO CARNEIRO NOBRE DE LACERDA NETO INTDO.(A/S) : BANCO DE BRASÍLIA S/A - BRB ADV.(A/S) : ALAN LADY DE OLIVEIRA COSTA INTDO.(A/S) : CUISINE SOLUTIONS BRASIL LTDA PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS
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Ementa e Acórdão 16/10/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 627.844 RIO DE JANEIRO RELATOR : MIN. CELSO DE MELLO AGTE.(S) :UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL AGDO.(A/S) :LABS EXAMES COMPLEMENTARES EM MEDICINA LTDA ADV.(A/S) :JEAN CRISTOPHER GONÇALVES DE MELO E OUTRO(A/S) E M E N T A: RECURSO EXTRAORDINÁRIO – EMPRESA NÃO CONTRIBUINTE DO IPI – IMPORTAÇÃO DE BENS DESTINADOS AO USO E/OU À INTEGRAÇÃO NO ATIVO FIXO – NÃO INCIDÊNCIA DESSA EXAÇÃO TRIBUTÁRIA – OBSERVÂNCIA DO PRINCÍPIO DA NÃO CUMULATIVIDADE (CF, ART. 153, § 3º, II) – RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a Presidência do Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamentos e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. Brasília, 16 de outubro de 2012. CELSO DE MELLO – RELATOR Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3036574. Supremo Tribunal Federal DJe 12/11/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 4 Relatório 16/10/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 627.844 RIO DE JANEIRO RELATOR : MIN. CELSO DE MELLO AGTE.(S) :UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL AGDO.(A/S) :LABS EXAMES COMPLEMENTARES EM MEDICINA LTDA ADV.(A/S) :JEAN CRISTOPHER GONÇALVES DE MELO E OUTRO(A/S) R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO – (Relator): Trata-se de recurso de agravo, tempestivamente interposto, contra decisão que conheceu e deu provimento ao recurso extraordinário deduzido pela parte ora agravada (fls. 422/423). Postula-se, nesta sede recursal, seja negado provimento ao apelo extremo que a parte ora recorrida interpôs (fls. 426/429). Por não me convencer das razões expostas, submeto, à apreciação desta colenda Turma, o presente recurso de agravo. É o relatório. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3036575. Supremo Tribunal Federal 16/10/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 627.844 RIO DE JANEIRO RELATOR : MIN. CELSO DE MELLO AGTE.(S) :UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL AGDO.(A/S) :LABS EXAMES COMPLEMENTARES EM MEDICINA LTDA ADV.(A/S) :JEAN CRISTOPHER GONÇALVES DE MELO E OUTRO(A/S) R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO – (Relator): Trata-se de recurso de agravo, tempestivamente interposto, contra decisão que conheceu e deu provimento ao recurso extraordinário deduzido pela parte ora agravada (fls. 422/423). Postula-se, nesta sede recursal, seja negado provimento ao apelo extremo que a parte ora recorrida interpôs (fls. 426/429). Por não me convencer das razões expostas, submeto, à apreciação desta colenda Turma, o presente recurso de agravo. É o relatório. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3036575. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 4 Voto - MIN. CELSO DE MELLO 16/10/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 627.844 RIO DE JANEIRO V O T O O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO – (Relator): Não a ssiste razão à parte recorrente, eis que a decisão agravada ajusta-se, com integral fidelidade, à diretriz jurisprudencial que o Supremo Tribunal Federal firmou na matéria ora em exame. Com efeito, a controvérsia jurídica objeto deste processo já foi dirimida por ambas as Turmas do Supremo Tribunal Federal, em sucessivos julgamentos (RTJ 197/636, Rel. Min. CARLOS VELLOSO – RE 272.230-AgR/SP, Rel. Min. CARLOS VELLOSO – RE 412.045-AgR/PE, Rel. Min. AYRES BRITTO – RE 501.773-AgR/SP, Rel. Min. EROS GRAU, v.g.), nos quais esta Corte fixou entendimento consubstanciado em acórdão assim ementado: “CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. IPI. IMPORTAÇÃO DE BEM PARA USO PRÓPRIO POR NÃO CONTRIBUINTE. IMPOSSIBILIDADE DE INCIDÊNCIA. PRINCÍPIO DA NÃO CUMULATIVIDADE. AGRAVO IMPROVIDO. I – A exigência de IPI na importação de bem para uso próprio por pessoa não contribuinte do tributo implica violação ao princípio da não cumulatividade. II – Agravo regimental improvido.” (RE 615.595-AgR/DF, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI) Sendo assim, e tendo em consideração as razões expostas, nego provimento ao presente recurso de agravo, mantendo, em consequência, por seus próprios fundamentos, a decisão ora agravada. É o meu voto. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3036576. Supremo Tribunal Federal 16/10/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 627.844 RIO DE JANEIRO V O T O O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO – (Relator): Não a ssiste razão à parte recorrente, eis que a decisão agravada ajusta-se, com integral fidelidade, à diretriz jurisprudencial que o Supremo Tribunal Federal firmou na matéria ora em exame. Com efeito, a controvérsia jurídica objeto deste processo já foi dirimida por ambas as Turmas do Supremo Tribunal Federal, em sucessivos julgamentos (RTJ 197/636, Rel. Min. CARLOS VELLOSO – RE 272.230-AgR/SP, Rel. Min. CARLOS VELLOSO – RE 412.045-AgR/PE, Rel. Min. AYRES BRITTO – RE 501.773-AgR/SP, Rel. Min. EROS GRAU, v.g.), nos quais esta Corte fixou entendimento consubstanciado em acórdão assim ementado: “CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. IPI. IMPORTAÇÃO DE BEM PARA USO PRÓPRIO POR NÃO CONTRIBUINTE. IMPOSSIBILIDADE DE INCIDÊNCIA. PRINCÍPIO DA NÃO CUMULATIVIDADE. AGRAVO IMPROVIDO. I – A exigência de IPI na importação de bem para uso próprio por pessoa não contribuinte do tributo implica violação ao princípio da não cumulatividade. II – Agravo regimental improvido.” (RE 615.595-AgR/DF, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI) Sendo assim, e tendo em consideração as razões expostas, nego provimento ao presente recurso de agravo, mantendo, em consequência, por seus próprios fundamentos, a decisão ora agravada. É o meu voto. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3036576. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 4 Decisão de Julgamento SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 627.844 PROCED. : RIO DE JANEIRO RELATOR : MIN. CELSO DE MELLO AGTE.(S) : UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL AGDO.(A/S) : LABS EXAMES COMPLEMENTARES EM MEDICINA LTDA ADV.(A/S) : JEAN CRISTOPHER GONÇALVES DE MELO E OUTRO(A/S) Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. 2ª Turma, 16.10.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Subprocurador-Geral da República, Dr. Mário José Gisi. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3052008 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 627.844 PROCED. : RIO DE JANEIRO RELATOR : MIN. CELSO DE MELLO AGTE.(S) : UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL AGDO.(A/S) : LABS EXAMES COMPLEMENTARES EM MEDICINA LTDA ADV.(A/S) : JEAN CRISTOPHER GONÇALVES DE MELO E OUTRO(A/S) Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. 2ª Turma, 16.10.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Subprocurador-Geral da República, Dr. Mário José Gisi. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3052008 Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 4
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3073381
2012-10-16T00:00:00
2012-11-12T00:00:00
A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. 2ª Turma, 16.10.2012.
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO
E M E N T A: RECURSO EXTRAORDINÁRIO – EMPRESA NÃO CONTRIBUINTE DO IPI – IMPORTAÇÃO DE BENS DESTINADOS AO USO E/OU À INTEGRAÇÃO NO ATIVO FIXO – NÃO INCIDÊNCIA DESSA EXAÇÃO TRIBUTÁRIA – OBSERVÂNCIA DO PRINCÍPIO DA NÃO CUMULATIVIDADE (CF, ART. 153, § 3º, II) – RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO.
sjur218389
- Acórdãos citados: (IPI, IMPORTAÇÃO, BEM, NÃO INCIDÊNCIA, PRINCÍPIO DA NÃO CUMULATIVIDADE) STF: RE 272230 AgR(2ªT), RE 412045 AgR(1ªT), RE 501773 AgR(2ªT), RE 615595 AgR(1ªT); RTJ 197/636. Número de páginas: 4. Análise: 19/11/2012, LLD.
CELSO DE MELLO
Segunda Turma
627844
[ "LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00153 PAR-00003 INC-00002 \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL" ]
RE-AgR
acordaos
RE 627844 AgR
[ "" ]
AGTE.(S) : UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL AGDO.(A/S) : LABS EXAMES COMPLEMENTARES EM MEDICINA LTDA ADV.(A/S) : JEAN CRISTOPHER GONÇALVES DE MELO E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) : SERGIO LUIZ M. DOURADO
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "RECURSO EXTRAORDINÁRIO 627 . 844", "RECURSO EXTRAORDINÁRIO 627 . 844", "RTJ 197 / 636", "RE 272 . 230 - AgR / SP", "RE 412 . 045 - AgR / PE", "RE 501 . 773 - AgR / SP", "RE 615 . 595 - AgR / DF", "RTJ 197 / 636", "RE 272 . 230 - AgR / SP", "RE 412 . 045 - AgR / PE", "RE 501 . 773 - AgR / SP", "RE 615 . 595 - AgR / DF", "RECURSO EXTRAORDINÁRIO 627 . 844", "RECURSO EXTRAORDINÁRIO 627 . 844" ], "LEGISLACAO": [ "CF , ART . 153 , § [UNK] , II", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001" ], "LOCAL": [ "RIO DE JANEIRO", "Brasília", "RIO DE JANEIRO", "RIO DE JANEIRO", "RIO DE JANEIRO", "RIO DE JANEIRO" ], "ORGANIZACAO": [ "SEGUNDA TURMA", "UNIÃO", "LABS EXAMES COMPLEMENTARES EM MEDICINA LTDA", "Supremo Tribunal Federal", "Segunda Turma", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "UNIÃO", "LABS EXAMES COMPLEMENTARES EM MEDICINA LTDA", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "UNIÃO", "LABS EXAMES COMPLEMENTARES EM MEDICINA LTDA", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "SEGUNDA TURMA", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "SEGUNDA TURMA", "UNIÃO", "LABS EXAMES COMPLEMENTARES EM MEDICINA LTDA", "[UNK] Turma", "Infra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "UNIÃO", "LABS EXAMES COMPLEMENTARES EM MEDICINA LTDA", "[UNK] Turma", "Infra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil" ], "PESSOA": [ "CELSO DE MELLO", "JEAN CRISTOPHER GONÇALVES DE MELO", "Ricardo Lewandowski", "Joaquim Barbosa", "Cármen Lúcia", "CELSO DE MELLO", "CELSO DE MELLO", "JEAN CRISTOPHER GONÇALVES DE MELO", "CELSO DE MELLO", "CELSO DE MELLO", "JEAN CRISTOPHER GONÇALVES DE MELO", "CELSO DE MELLO", "CELSO DE MELLO", "CELSO DE MELLO", "CARLOS VELLOSO", "CARLOS VELLOSO", "AYRES BRITTO", "EROS GRAU", "RICARDO LEWANDOWSKI", "CELSO DE MELLO", "CARLOS VELLOSO", "CARLOS VELLOSO", "AYRES BRITTO", "EROS GRAU", "RICARDO LEWANDOWSKI", "CELSO DE MELLO", "JEAN CRISTOPHER GONÇALVES DE MELO", "Joaquim Barbosa", "Cármen Lúcia", "Ricardo Lewandowski", "Celso de Mello", "Gilmar Mendes", "Joaquim Barbosa", "Cármen Lúcia", "Mário José Gisi", "Fabiane Duarte", "CELSO DE MELLO", "JEAN CRISTOPHER GONÇALVES DE MELO", "Joaquim Barbosa", "Cármen Lúcia", "Ricardo Lewandowski", "Celso de Mello", "Gilmar Mendes", "Joaquim Barbosa", "Cármen Lúcia", "Mário José Gisi", "Fabiane Duarte" ], "TEMPO": [ "16", "/", "10", "/", "2012", "16 de outubro de 2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "12", "/", "11", "/", "2012", "16", "/", "10", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "16", "/", "10", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "16", "/", "10", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "16", "/", "10", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "16", ".", "10", ".", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "16", ".", "10", ".", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001" ] }
Ementa e Acórdão 16/10/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 612.083 PARANÁ RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) :MARCOS ANTONIO CORPA E CIA LTDA ADV.(A/S) :ROSELI CACHOEIRA SESTREM AGDO.(A/S) :UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. TRIBUTÁRIO. ARRENDAMENTO MERCANTIL. CONSTITUCIONALIDADE DA INCIDÊNCIA DO IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS - IPI. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a Presidência do Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, à unanimidade, em negar provimento ao agravo regimental no recurso extraordinário, nos termos do voto da Relatora. Brasília, 16 de outubro de 2012. Ministra CÁRMEN LÚCIA - Relatora Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034622. Supremo Tribunal Federal DJe 07/11/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 7 Relatório 16/10/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 612.083 PARANÁ RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) :MARCOS ANTONIO CORPA E CIA LTDA ADV.(A/S) :ROSELI CACHOEIRA SESTREM AGDO.(A/S) :UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL R E L A T Ó R I O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Em 15 de maio de 2011, neguei seguimento ao recurso extraordinário interposto por Marcos Antonio Corpa e Cia Ltda. contra julgado do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, o qual assentou a exigibilidade do Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI nos contratos de arrendamento mercantil. A decisão agravada teve a seguinte fundamentação: “4. Em caso análogo ao debatido nestes autos, este Supremo Tribunal concluiu que é constitucional a incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI sobre as operações de arrendamento mercantil (leasing): 'CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO. IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS. IMPORTAÇÃO. ARRENDAMENTO MERCANTIL (LEASING). INCIDÊNCIA. 1. Recurso extraordinário em que se argumenta a não incidência do II e do IPI sobre operação de importação de sistema de tomografia computadorizada, amparada por contrato de arrendamento mercantil. 2. Alegada insubmissão do arrendamento mercantil, que seria um serviço, ao fato gerador do imposto de importação (art. 153, I da Constituição). Inconsistência. Por se tratar de tributos diferentes, com hipóteses de incidência específicas (prestação de serviços e importação, Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034623. Supremo Tribunal Federal 16/10/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 612.083 PARANÁ RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) :MARCOS ANTONIO CORPA E CIA LTDA ADV.(A/S) :ROSELI CACHOEIRA SESTREM AGDO.(A/S) :UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL R E L A T Ó R I O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Em 15 de maio de 2011, neguei seguimento ao recurso extraordinário interposto por Marcos Antonio Corpa e Cia Ltda. contra julgado do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, o qual assentou a exigibilidade do Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI nos contratos de arrendamento mercantil. A decisão agravada teve a seguinte fundamentação: “4. Em caso análogo ao debatido nestes autos, este Supremo Tribunal concluiu que é constitucional a incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI sobre as operações de arrendamento mercantil (leasing): 'CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO. IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS. IMPORTAÇÃO. ARRENDAMENTO MERCANTIL (LEASING). INCIDÊNCIA. 1. Recurso extraordinário em que se argumenta a não incidência do II e do IPI sobre operação de importação de sistema de tomografia computadorizada, amparada por contrato de arrendamento mercantil. 2. Alegada insubmissão do arrendamento mercantil, que seria um serviço, ao fato gerador do imposto de importação (art. 153, I da Constituição). Inconsistência. Por se tratar de tributos diferentes, com hipóteses de incidência específicas (prestação de serviços e importação, Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034623. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 7 Relatório RE 612.083 AGR / PR entendida como a entrada de bem em território nacional – art. 19 do CTN), a incidência concomitante do II e do ISS não implica bitributação ou de violação de pretensa exclusividade e preferência de cobrança do ISS. 3. Violação do princípio da isonomia (art. 150, II da Constituição), na medida em que o art. 17 da Lei 6.099/1974 proíbe a adoção do regime de admissão temporária para as operações amparadas por arrendamento mercantil. Improcedência. A exclusão do arrendamento mercantil do campo de aplicação do regime de admissão temporária atende aos valores e objetivos já antevistos no projeto de lei do arrendamento mercantil, para evitar que o leasing se torne opção por excelência devido às virtudes tributárias e não em razão da função social e do escopo empresarial que a avença tem. 4. Contrariedade à regra da legalidade (art. 150, I da Constituição), porque a alíquota do imposto de importação foi definida por decreto, e não por lei em sentido estrito. O art. 153, § 1º da Constituição estabelece expressamente que o Poder Executivo pode definir as alíquotas do II e do IPI, observados os limites estabelecidos em lei. 5. Vilipêndio do dever fundamental de prestação de serviços de saúde (art. 196 da Constituição), pois o bem tributado é equipamento médico (sistema de tomografia computadorizada). Impossibilidade. Não há imunidade à tributação de operações ou bens relacionados à saúde. Leitura do princípio da seletividade. Recurso extraordinário conhecido, mas ao qual se nega provimento” (RE 429.306, Rel. Min. Joaquim Barbosa, Segunda Turma, DJe 16.3.2011) . 5. Nada há, pois, a prover quanto às alegações do Recorrente. 6. Pelo exposto, nego seguimento ao recurso extraordinário (art. 557, caput, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal)”. 2. Publicada essa decisão no DJ de 27.5.2011, interpõe Marcos Antonio Corpa e Cia Ltda., ora Agravante, em 31.5.2011, tempestivamente, agravo regimental. 3. Alega a Agravante que, “ante a impossibilidade de cobrança do IPI, 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034623. Supremo Tribunal Federal RE 612.083 AGR / PR entendida como a entrada de bem em território nacional – art. 19 do CTN), a incidência concomitante do II e do ISS não implica bitributação ou de violação de pretensa exclusividade e preferência de cobrança do ISS. 3. Violação do princípio da isonomia (art. 150, II da Constituição), na medida em que o art. 17 da Lei 6.099/1974 proíbe a adoção do regime de admissão temporária para as operações amparadas por arrendamento mercantil. Improcedência. A exclusão do arrendamento mercantil do campo de aplicação do regime de admissão temporária atende aos valores e objetivos já antevistos no projeto de lei do arrendamento mercantil, para evitar que o leasing se torne opção por excelência devido às virtudes tributárias e não em razão da função social e do escopo empresarial que a avença tem. 4. Contrariedade à regra da legalidade (art. 150, I da Constituição), porque a alíquota do imposto de importação foi definida por decreto, e não por lei em sentido estrito. O art. 153, § 1º da Constituição estabelece expressamente que o Poder Executivo pode definir as alíquotas do II e do IPI, observados os limites estabelecidos em lei. 5. Vilipêndio do dever fundamental de prestação de serviços de saúde (art. 196 da Constituição), pois o bem tributado é equipamento médico (sistema de tomografia computadorizada). Impossibilidade. Não há imunidade à tributação de operações ou bens relacionados à saúde. Leitura do princípio da seletividade. Recurso extraordinário conhecido, mas ao qual se nega provimento” (RE 429.306, Rel. Min. Joaquim Barbosa, Segunda Turma, DJe 16.3.2011) . 5. Nada há, pois, a prover quanto às alegações do Recorrente. 6. Pelo exposto, nego seguimento ao recurso extraordinário (art. 557, caput, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal)”. 2. Publicada essa decisão no DJ de 27.5.2011, interpõe Marcos Antonio Corpa e Cia Ltda., ora Agravante, em 31.5.2011, tempestivamente, agravo regimental. 3. Alega a Agravante que, “ante a impossibilidade de cobrança do IPI, 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034623. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 7 Relatório RE 612.083 AGR / PR tendo em vista que a hipótese de incidência não está relacionada com produto que tenha sido industrializado fora do território nacional, observado o princípio da soberania, a incidência do IPI sobre a importação de produto estrangeiro industrializado ofende flagrantemente a Constituição”. Sustenta que, “em se tratando a presente operação de contrato de arrendamento mercantil internacional realizado pela agravante que é clínica destinada a prestação de serviços na área médica e, portanto, sem fins comerciais, não se encontram presentes aspectos essenciais do IPI, previstos constitucionalmente, como a realização de ato de industrialização e a saída do produto de estabelecimento industrial, impedindo assim a pretendida exação”. Assevera que “a simples interpretação literal do inciso I do § 3° do artigo 153 da CF/88, já basta para se compreender que o IPI deve ser exigido do modo menos oneroso para produtos/equipamentos mais essenciais – como é o caso da necessidade humana em obter as vantagens do desenvolvimento da ciência através de diagnósticos mais precisos ofertados pelo equipamento médico ora importado – e mais gravosos para produtos supérfluos”. Requer a reconsideração da decisão agravada ou o provimento do presente recurso. É o relatório. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034623. Supremo Tribunal Federal RE 612.083 AGR / PR tendo em vista que a hipótese de incidência não está relacionada com produto que tenha sido industrializado fora do território nacional, observado o princípio da soberania, a incidência do IPI sobre a importação de produto estrangeiro industrializado ofende flagrantemente a Constituição”. Sustenta que, “em se tratando a presente operação de contrato de arrendamento mercantil internacional realizado pela agravante que é clínica destinada a prestação de serviços na área médica e, portanto, sem fins comerciais, não se encontram presentes aspectos essenciais do IPI, previstos constitucionalmente, como a realização de ato de industrialização e a saída do produto de estabelecimento industrial, impedindo assim a pretendida exação”. Assevera que “a simples interpretação literal do inciso I do § 3° do artigo 153 da CF/88, já basta para se compreender que o IPI deve ser exigido do modo menos oneroso para produtos/equipamentos mais essenciais – como é o caso da necessidade humana em obter as vantagens do desenvolvimento da ciência através de diagnósticos mais precisos ofertados pelo equipamento médico ora importado – e mais gravosos para produtos supérfluos”. Requer a reconsideração da decisão agravada ou o provimento do presente recurso. É o relatório. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034623. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 7 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA 16/10/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 612.083 PARANÁ V O T O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Razão jurídica não assiste à Agravante. 2. Como afirmado na decisão agravada, este Supremo Tribunal assentou a constitucionalidade da incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI sobre as operações de arrendamento mercantil (leasing). Nesse sentido: “CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO. IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS. IMPORTAÇÃO. ARRENDAMENTO MERCANTIL ( LEASING). INCIDÊNCIA. 1. Recurso extraordinário em que se argumenta a não incidência do II e do IPI sobre operação de importação de sistema de tomografia computadorizada, amparada por contrato de arrendamento mercantil. 2. Alegada insubmissão do arrendamento mercantil, que seria um serviço, ao fato gerador do imposto de importação (art. 153, I da Constituição). Inconsistência. Por se tratar de tributos diferentes, com hipóteses de incidência específicas (prestação de serviços e importação, entendida como a entrada de bem em território nacional – art. 19 do CTN), a incidência concomitante do II e do ISS não implica bitributação ou de violação de pretensa exclusividade e preferência de cobrança do ISS. 3. Violação do princípio da isonomia (art. 150, II da Constituição), na medida em que o art. 17 da Lei 6.099/1974 proíbe a adoção do regime de admissão temporária para as operações amparadas por arrendamento mercantil. Improcedência. A exclusão do arrendamento mercantil do campo de aplicação do regime de admissão temporária atende aos valores e objetivos já antevistos no projeto de lei do arrendamento mercantil, para evitar que o leasing se torne opção por excelência devido às virtudes tributárias e não em razão da função Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034624. Supremo Tribunal Federal 16/10/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 612.083 PARANÁ V O T O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Razão jurídica não assiste à Agravante. 2. Como afirmado na decisão agravada, este Supremo Tribunal assentou a constitucionalidade da incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI sobre as operações de arrendamento mercantil (leasing). Nesse sentido: “CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO. IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS. IMPORTAÇÃO. ARRENDAMENTO MERCANTIL ( LEASING). INCIDÊNCIA. 1. Recurso extraordinário em que se argumenta a não incidência do II e do IPI sobre operação de importação de sistema de tomografia computadorizada, amparada por contrato de arrendamento mercantil. 2. Alegada insubmissão do arrendamento mercantil, que seria um serviço, ao fato gerador do imposto de importação (art. 153, I da Constituição). Inconsistência. Por se tratar de tributos diferentes, com hipóteses de incidência específicas (prestação de serviços e importação, entendida como a entrada de bem em território nacional – art. 19 do CTN), a incidência concomitante do II e do ISS não implica bitributação ou de violação de pretensa exclusividade e preferência de cobrança do ISS. 3. Violação do princípio da isonomia (art. 150, II da Constituição), na medida em que o art. 17 da Lei 6.099/1974 proíbe a adoção do regime de admissão temporária para as operações amparadas por arrendamento mercantil. Improcedência. A exclusão do arrendamento mercantil do campo de aplicação do regime de admissão temporária atende aos valores e objetivos já antevistos no projeto de lei do arrendamento mercantil, para evitar que o leasing se torne opção por excelência devido às virtudes tributárias e não em razão da função Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034624. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 7 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA RE 612.083 AGR / PR social e do escopo empresarial que a avença tem. 4. Contrariedade à regra da legalidade (art. 150, I da Constituição), porque a alíquota do imposto de importação foi definida por decreto, e não por lei em sentido estrito. O art. 153, § 1º da Constituição estabelece expressamente que o Poder Executivo pode definir as alíquotas do II e do IPI, observados os limites estabelecidos em lei. 5. Vilipêndio do dever fundamental de prestação de serviços de saúde (art. 196 da Constituição), pois o bem tributado é equipamento médico (sistema de tomografia computadorizada). Impossibilidade. Não há imunidade à tributação de operações ou bens relacionados à saúde. Leitura do princípio da seletividade. Recurso extraordinário conhecido, mas ao qual se nega provimento” (RE 429.306, Rel. Min. Joaquim Barbosa, Segunda Turma, DJe 16.3.2011) . 3. Os argumentos da Agravante, insuficientes para modificar a decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente prestação jurisdicional. 4. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034624. Supremo Tribunal Federal RE 612.083 AGR / PR social e do escopo empresarial que a avença tem. 4. Contrariedade à regra da legalidade (art. 150, I da Constituição), porque a alíquota do imposto de importação foi definida por decreto, e não por lei em sentido estrito. O art. 153, § 1º da Constituição estabelece expressamente que o Poder Executivo pode definir as alíquotas do II e do IPI, observados os limites estabelecidos em lei. 5. Vilipêndio do dever fundamental de prestação de serviços de saúde (art. 196 da Constituição), pois o bem tributado é equipamento médico (sistema de tomografia computadorizada). Impossibilidade. Não há imunidade à tributação de operações ou bens relacionados à saúde. Leitura do princípio da seletividade. Recurso extraordinário conhecido, mas ao qual se nega provimento” (RE 429.306, Rel. Min. Joaquim Barbosa, Segunda Turma, DJe 16.3.2011) . 3. Os argumentos da Agravante, insuficientes para modificar a decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente prestação jurisdicional. 4. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034624. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 7 Decisão de Julgamento SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 612.083 PROCED. : PARANÁ RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) : MARCOS ANTONIO CORPA E CIA LTDA ADV.(A/S) : ROSELI CACHOEIRA SESTREM AGDO.(A/S) : UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. 2ª Turma, 16.10.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Subprocurador-Geral da República, Dr. Mário José Gisi. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3052004 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 612.083 PROCED. : PARANÁ RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) : MARCOS ANTONIO CORPA E CIA LTDA ADV.(A/S) : ROSELI CACHOEIRA SESTREM AGDO.(A/S) : UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. 2ª Turma, 16.10.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Subprocurador-Geral da República, Dr. Mário José Gisi. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3052004 Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 7
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3060075
2012-10-16T00:00:00
2012-11-07T00:00:00
A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. 2ª Turma, 16.10.2012.
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO
EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. TRIBUTÁRIO. ARRENDAMENTO MERCANTIL. CONSTITUCIONALIDADE DA INCIDÊNCIA DO IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS - IPI. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.
sjur217932
- Acórdão citado: (IPI, CONSTITUCIONALIDADE, INCIDÊNCIA, OPERAÇÃO, LEASING) STF: RE 429306(2ªT). Número de páginas: 7. Análise: 14/11/2012, LLD.
CÁRMEN LÚCIA
Segunda Turma
612083
null
RE-AgR
acordaos
RE 612083 AgR
[ "" ]
AGDO.(A/S) : UNIÃO ADV.(A/S) : ROSELI CACHOEIRA SESTREM PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL AGTE.(S) : MARCOS ANTONIO CORPA E CIA LTDA
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "RECURSO EXTRAORDINÁRIO 612 . 083", "RECURSO EXTRAORDINÁRIO 612 . 083", "RECURSO EXTRAORDINÁRIO 612 . 083", "RE 612 . 083 AGR / PR", "RE 429 . 306", "RE 612 . 083 AGR / PR", "RE 429 . 306", "RE 612 . 083 AGR / PR", "RE 612 . 083 AGR / PR", "RECURSO EXTRAORDINÁRIO 612 . 083", "RECURSO EXTRAORDINÁRIO 612 .", "RE 612 . 083 AGR / PR", "RE 429 . 306", "RE 612 . 083 AGR / PR", "RE 429 . 306", "RECURSO", "RECURSO" ], "LEGISLACAO": [ "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 153 , I da Constituição", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 153 , I da Constituição", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 19 do CTN", "art . 150 , II da Constituição", "art . 17 da Lei 6 . 099 / 1974", "art . 150 , I da Constituição", "art . 153 , § [UNK] da Constituição", "art . 196 da Constituição", "art . 557 , caput , do Código de Processo Civil", "art . 21 , § [UNK] , do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 19 do CTN", "art . 150 , II da Constituição", "art . 17 da Lei 6 . 099 / 1974", "art . 150 , I da Constituição", "art . 153 , § [UNK] da Constituição", "art . 196 da Constituição", "art . 557 , caput , do Código de Processo Civil", "art . 21 , § [UNK] , do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Constituição ”", "inciso I do § 3° do artigo 153 da CF / 88", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Constituição ”", "inciso I do § 3° do artigo 153 da CF / 88", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 153 , I da Constituição", "art . 19 do CTN", "art . 150 , II da Constituição", "art . 17 da Lei 6 . 099 / 1974", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 153 , I da Constituição", "art . 19 do CTN", "art . 150 , II da Constituição", "art . 17 da Lei 6 . 099 / 1974", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 150 , I da Constituição", "art . 153 , § [UNK] da Constituição", "art . 196 da Constituição", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 150 , I da Constituição", "art . 153 , § [UNK] da Constituição", "art . 196 da Constituição", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001" ], "LOCAL": [ "PARANÁ", "Brasília", "PARANÁ", "PARANÁ", "PARANÁ", "PARANÁ", "PARANÁ", "PARANÁ" ], "ORGANIZACAO": [ "SEGUNDA TURMA", "UNIÃO", "Supremo Tribunal Federal", "Segunda Turma", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "UNIÃO", "FAZENDA", "Tribunal", "Regional Federal da [UNK] Região", "Supremo", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "UNIÃO", "Tribunal Regional Federal da [UNK] Região", "Supremo", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Segunda Turma", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Segunda Turma", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "SEGUNDA TURMA", "Supremo Tribunal", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "Supremo", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Segunda Turma", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Segunda Turma", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "SEGUNDA TURMA", "UNIÃO", "[UNK] Turma", "Infra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "UNIÃO", "[UNK] Turma", "Infra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil" ], "PESSOA": [ "CÁRMEN LÚCIA", "MARCOS ANTONIO CORPA E", "ROSELI CACHOEIRA", "Ricardo Lewandowski", "CÁRMEN LÚCIA", "CÁRMEN LÚCIA", "MARCOS ANTONIO CORPA E", "ROSELI CACHOEIRA", "CÁRMEN LÚCIA", "Marcos Antonio Corpa e", "CÁRMEN LÚCIA", "MARCOS ANTONIO CORPA E", "ROSELI CACHOEIRA", "Marcos Antonio Corpa e Cia Ltda .", "Joaquim Barbosa", "Marcos Antonio Corpa e Cia Ltda .", "Joaquim Barbosa", "Marcos Antonio Corpa", "CÁRMEN LÚCIA", "CÁRMEN LÚCIA", "CÁRMEN LÚCIA", "CÁRMEN LÚCIA", "Joaquim Barbosa", "Joaquim Barbosa", "CÁRMEN LÚCIA", "MARCOS ANTONIO CORPA", "ROSELI CACHOEIRA SESTREM", "Ricardo Lewandowski", "Celso de Mello", "Gilmar Mendes", "Joaquim Barbosa", "Cármen Lúcia", "Mário José Gisi .", "Fabiane Duarte", "CÁRMEN LÚCIA", "MARCOS ANTONIO CORPA E", "ROSELI CACHOEIRA", "Ricardo Lewandowski", "Celso de Mello", "Gilmar Mendes", "Joaquim Barbosa", "Cármen Lúcia", "Mário José Gisi", "Fabiane Duarte" ], "TEMPO": [ "16", "/", "10", "/", "2012", "16 de outubro de 2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "07", "/", "11", "/", "2012", "16", "/", "10", "/", "2012", "15 de maio de 2011", "24", "/", "08", "/", "2001", "16", "/", "10", "/", "2012", "15 de maio de 2011", "24", "/", "08", "/", "2001", "16", ".", "3", ".", "2011", "27", ".", "5", ".", "2011", "31", ".", "5", ".", "2011", "24", "/", "08", "/", "2001", "16", ".", "3", ".", "2011", "27", ".", "5", ".", "2011", "31", ".", "5", ".", "2011", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "16", "/", "10", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "16", "/", "10", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "16", ".", "3", ".", "2011", "24", "/", "08", "/", "2001", "16", ".", "3", ".", "2011", "24", "/", "08", "/", "2001", "16", ".", "10", ".", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "16", ".", "10", ".", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001" ] }
Ementa e Acórdão 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 736.689 RIO GRANDE DO SUL RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO AGTE.(S) :ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL AGDO.(A/S) :SINDICATO DOS TÉCNICOS CIENTÍFICOS DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL ADV.(A/S) :ROBERTO DE FIGUEIREDO CALDAS E OUTRO(A/S) RECURSO EXTRAORDINÁRIO - MATÉRIA FÁTICA E LEGAL. O recurso extraordinário não é meio próprio ao revolvimento da prova, também não servindo à interpretação de normas estritamente legais. AGRAVO – ARTIGO 557, § 2º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL – MULTA. Se o agravo é manifestamente infundado, impõe-se a aplicação da multa prevista no § 2º do artigo 557 do Código de Processo Civil, arcando a parte com o ônus decorrente da litigância de má-fé. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal em desprover o agravo regimental no agravo de instrumento, nos termos do voto do relator e por unanimidade, em sessão presidida pelo Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata do julgamento e das respectivas notas taquigráficas. Brasília, 16 de outubro de 2012. MINISTRO MARCO AURÉLIO – RELATOR Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3017376. Supremo Tribunal Federal DJe 16/11/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 6 Relatório 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 736.689 RIO GRANDE DO SUL RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO AGTE.(S) :ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL AGDO.(A/S) :SINDICATO DOS TÉCNICOS CIENTÍFICOS DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL ADV.(A/S) :ROBERTO DE FIGUEIREDO CALDAS E OUTRO(A/S) R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Por meio da decisão de folhas 249 e 250, desprovi o agravo, consignando: RECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA FÁTICA – INTERPRETAÇÃO DE NORMAS LEGAIS – INVIABILIDADE – DESPROVIMENTO DE AGRAVO. 1. A recorribilidade extraordinária é distinta daquela revelada por simples revisão do que decidido, na maioria das vezes procedida mediante o recurso por excelência – a apelação. Atua-se em sede excepcional à luz da moldura fática delineada soberanamente pelo Tribunal de origem, considerando-se as premissas constantes do acórdão impugnado. A jurisprudência sedimentada é pacífica a respeito, devendo-se ter presente o Verbete nº 279 da Súmula deste Tribunal: Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário. As razões do extraordinário partem de pressupostos Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3017377. Supremo Tribunal Federal 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 736.689 RIO GRANDE DO SUL RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO AGTE.(S) :ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL AGDO.(A/S) :SINDICATO DOS TÉCNICOS CIENTÍFICOS DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL ADV.(A/S) :ROBERTO DE FIGUEIREDO CALDAS E OUTRO(A/S) R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Por meio da decisão de folhas 249 e 250, desprovi o agravo, consignando: RECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA FÁTICA – INTERPRETAÇÃO DE NORMAS LEGAIS – INVIABILIDADE – DESPROVIMENTO DE AGRAVO. 1. A recorribilidade extraordinária é distinta daquela revelada por simples revisão do que decidido, na maioria das vezes procedida mediante o recurso por excelência – a apelação. Atua-se em sede excepcional à luz da moldura fática delineada soberanamente pelo Tribunal de origem, considerando-se as premissas constantes do acórdão impugnado. A jurisprudência sedimentada é pacífica a respeito, devendo-se ter presente o Verbete nº 279 da Súmula deste Tribunal: Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário. As razões do extraordinário partem de pressupostos Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3017377. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 6 Relatório AI 736.689 AGR / RS fáticos estranhos ao acórdão atacado, buscando-se, em última análise, o reexame dos elementos probatórios para, com fundamento em quadro diverso, assentar a viabilidade do recurso. Acresce que o acórdão impugnado mediante o extraordinário revela interpretação de normas estritamente legais, não ensejando campo ao acesso ao Supremo. À mercê de articulação sobre a violência à Carta da República, pretende-se submeter a análise matéria que não se enquadra no inciso III do artigo 102 da Constituição Federal. Este agravo somente serve à sobrecarga da máquina judiciária, ocupando espaço que deveria ser utilizado na apreciação de processo da competência do Tribunal. 2. Conheço do agravo e o desprovejo. 3. Publiquem. O Estado do Rio Grande do Sul, na minuta de folha 253 a 255-verso, insiste na demonstração de ofensa ao artigo 5º, inciso XXXV, da Constituição Federal. Sustenta ser a discussão dos autos sobre a possibilidade de um indivíduo, que se filiou ao sindicato posteriormente ao ajuizamento da ação coletiva, beneficiar-se do título executivo judicial gerado. A parte agravada apresentou a contraminuta de folha 281 a 287, apontando o acerto do ato atacado. É o relatório. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3017377. Supremo Tribunal Federal AI 736.689 AGR / RS fáticos estranhos ao acórdão atacado, buscando-se, em última análise, o reexame dos elementos probatórios para, com fundamento em quadro diverso, assentar a viabilidade do recurso. Acresce que o acórdão impugnado mediante o extraordinário revela interpretação de normas estritamente legais, não ensejando campo ao acesso ao Supremo. À mercê de articulação sobre a violência à Carta da República, pretende-se submeter a análise matéria que não se enquadra no inciso III do artigo 102 da Constituição Federal. Este agravo somente serve à sobrecarga da máquina judiciária, ocupando espaço que deveria ser utilizado na apreciação de processo da competência do Tribunal. 2. Conheço do agravo e o desprovejo. 3. Publiquem. O Estado do Rio Grande do Sul, na minuta de folha 253 a 255-verso, insiste na demonstração de ofensa ao artigo 5º, inciso XXXV, da Constituição Federal. Sustenta ser a discussão dos autos sobre a possibilidade de um indivíduo, que se filiou ao sindicato posteriormente ao ajuizamento da ação coletiva, beneficiar-se do título executivo judicial gerado. A parte agravada apresentou a contraminuta de folha 281 a 287, apontando o acerto do ato atacado. É o relatório. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3017377. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 6 Voto - MIN. MARCO AURÉLIO 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 736.689 RIO GRANDE DO SUL V O T O O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Na interposição deste agravo, observaram-se os pressupostos de recorribilidade. A peça, subscrita por Procurador do Estado, foi protocolada no prazo legal. Conheço. Atentem para o que decidido na origem. O Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul proveu o agravo de instrumento assentando (folha 159- verso): Assim, a limitação imposta na origem merece ser parcialmente afastada, dependendo o cumprimento da decisão, ainda, da documentação necessária à liquidação referida pela magistrada, especialmente para comprovar a condição de servidor técnico-científico e de filiado ao sindicato, independentemente da época de sua inscrição. Por tais razões voto pelo parcial provimento do agravo de instrumento, de modo a reconhecer o direito de todos os filiados, independentemente da data de filiação, por se tratar de restrição não constante no título judicial ora executado. O deslinde da controvérsia deu-se tendo em vista os limites da coisa julgada e conclusão em sentido contrário dependeria do revolvimento de matéria fática. Anoto que a decisão recorrida está em harmonia com o entendimento do Supremo, que, ao apreciar o tema relativo à substituição processual versada no inciso III do artigo 8º da Constituição Federal, concluiu pelo caráter linear da substituição. Este recurso ganha contornos protelatórios. Valho-me de trecho do artigo “O Judiciário e a Litigância de Má-fé”, por mim outrora publicado: Observa-se, portanto, a existência de instrumental hábil a Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3017378. Supremo Tribunal Federal 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 736.689 RIO GRANDE DO SUL V O T O O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Na interposição deste agravo, observaram-se os pressupostos de recorribilidade. A peça, subscrita por Procurador do Estado, foi protocolada no prazo legal. Conheço. Atentem para o que decidido na origem. O Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul proveu o agravo de instrumento assentando (folha 159- verso): Assim, a limitação imposta na origem merece ser parcialmente afastada, dependendo o cumprimento da decisão, ainda, da documentação necessária à liquidação referida pela magistrada, especialmente para comprovar a condição de servidor técnico-científico e de filiado ao sindicato, independentemente da época de sua inscrição. Por tais razões voto pelo parcial provimento do agravo de instrumento, de modo a reconhecer o direito de todos os filiados, independentemente da data de filiação, por se tratar de restrição não constante no título judicial ora executado. O deslinde da controvérsia deu-se tendo em vista os limites da coisa julgada e conclusão em sentido contrário dependeria do revolvimento de matéria fática. Anoto que a decisão recorrida está em harmonia com o entendimento do Supremo, que, ao apreciar o tema relativo à substituição processual versada no inciso III do artigo 8º da Constituição Federal, concluiu pelo caráter linear da substituição. Este recurso ganha contornos protelatórios. Valho-me de trecho do artigo “O Judiciário e a Litigância de Má-fé”, por mim outrora publicado: Observa-se, portanto, a existência de instrumental hábil a Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3017378. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 6 Voto - MIN. MARCO AURÉLIO AI 736.689 AGR / RS inibir-se manobras processuais procrastinatórias. Atento à sinalização de derrocada do Judiciário, sufocado por número de processos estranho à ordem natural das coisas, o Legislador normatizou. Agora, em verdadeira resistência democrática ao que vem acontecendo, compete ao Estado-juiz atuar com desassombro, sob pena de tornar-se o responsável pela falência do Judiciário. Cumpre-lhe, sem extravasamento, sem menosprezo ao dever de preservar o direito de defesa das partes, examinar, caso a caso, os recursos enquadráveis como meramente protelatórios, restabelecendo a boa ordem processual. Assim procedendo, honrará a responsabilidade decorrente do ofício, alfim, a própria toga. Ante o quadro, desprovejo o regimental. Imponho ao agravante, nos termos do artigo 557, § 2º, do Código de Processo Civil, a multa de 5% sobre o valor da causa devidamente corrigido, a reverter em benefício do agravado. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3017378. Supremo Tribunal Federal AI 736.689 AGR / RS inibir-se manobras processuais procrastinatórias. Atento à sinalização de derrocada do Judiciário, sufocado por número de processos estranho à ordem natural das coisas, o Legislador normatizou. Agora, em verdadeira resistência democrática ao que vem acontecendo, compete ao Estado-juiz atuar com desassombro, sob pena de tornar-se o responsável pela falência do Judiciário. Cumpre-lhe, sem extravasamento, sem menosprezo ao dever de preservar o direito de defesa das partes, examinar, caso a caso, os recursos enquadráveis como meramente protelatórios, restabelecendo a boa ordem processual. Assim procedendo, honrará a responsabilidade decorrente do ofício, alfim, a própria toga. Ante o quadro, desprovejo o regimental. Imponho ao agravante, nos termos do artigo 557, § 2º, do Código de Processo Civil, a multa de 5% sobre o valor da causa devidamente corrigido, a reverter em benefício do agravado. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3017378. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 6 Decisão de Julgamento PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 736.689 PROCED. : RIO GRANDE DO SUL RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO AGTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL AGDO.(A/S) : SINDICATO DOS TÉCNICOS CIENTÍFICOS DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL ADV.(A/S) : ROBERTO DE FIGUEIREDO CALDAS E OUTRO(A/S) Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, com imposição de multa, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 16.10.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Rodrigo Janot. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3061321 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 736.689 PROCED. : RIO GRANDE DO SUL RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO AGTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL AGDO.(A/S) : SINDICATO DOS TÉCNICOS CIENTÍFICOS DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL ADV.(A/S) : ROBERTO DE FIGUEIREDO CALDAS E OUTRO(A/S) Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, com imposição de multa, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 16.10.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Rodrigo Janot. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3061321 Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 6
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3092572
2012-10-16T00:00:00
2012-11-16T00:00:00
A Turma negou provimento ao agravo regimental, com imposição de multa, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 16.10.2012.
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO
RECURSO EXTRAORDINÁRIO - MATÉRIA FÁTICA E LEGAL. O recurso extraordinário não é meio próprio ao revolvimento da prova, também não servindo à interpretação de normas estritamente legais. AGRAVO – ARTIGO 557, § 2º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL – MULTA. Se o agravo é manifestamente infundado, impõe-se a aplicação da multa prevista no § 2º do artigo 557 do Código de Processo Civil, arcando a parte com o ônus decorrente da litigância de má-fé.
sjur218880
Número de páginas: 6. Análise: 03/12/2012, MJC.
MARCO AURÉLIO
Primeira Turma
736689
[ "LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00008 INC-00003 \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n\r\n", "LEG-FED LEI-005869 ANO-1973\r\n ART-00557 PAR-00002 \r\n CPC-1973 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL" ]
AI-AgR
acordaos
AI 736689 AgR
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AGTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL ADV.(A/S) : ROBERTO DE FIGUEIREDO CALDAS E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : SINDICATO DOS TÉCNICOS CIENTÍFICOS DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
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Ementa e Acórdão 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 672.514 MINAS GERAIS RELATORA : MIN. ROSA WEBER AGTE.(S) :CAIXA DE PREVIDÊNCIA DOS FUNCIONÁRIOS DO BANCO DO BRASIL - PREVI ADV.(A/S) :JOSÉ FRANCISCO DE OLIVEIRA SANTOS AGDO.(A/S) :RÔMULO GIUSEPPE RENDE ADV.(A/S) :JOSÉ FERNANDO CHAVES EMENTA DIREITO PROCESSUAL CIVIL. TEMPESTIVIDADE DE RECURSO DE COMPETÊNCIA DO TRIBUNAL A QUO. DEBATE DE ÂMBITO INFRACONSTITUCIONAL. PRECEDENTES. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal é pacífica no sentido de que o recurso extraordinário não se presta ao reexame dos pressupostos de admissibilidade de recursos de competência de outra Corte, considerado o âmbito infraconstitucional do debate, onde se inclui a tempestividade. Precedentes. O Plenário do STF, no exame do RE 598.365/MG, de relatoria do Ministro Ayres Britto, concluiu pela ausência de repercussão geral das questões atinentes a pressupostos de admissibilidade de recursos da competência de outros Tribunais. Agravo regimental conhecido e não provido. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Primeira Turma, sob a Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da relatora. Brasília, 16 de outubro de 2012. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2975235. Supremo Tribunal Federal DJe 09/11/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 12 Ementa e Acórdão ARE 672.514 AGR / MG Ministra Rosa Weber Relatora 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2975235. Supremo Tribunal Federal ARE 672.514 AGR / MG Ministra Rosa Weber Relatora 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2975235. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 12 Relatório 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 672.514 MINAS GERAIS RELATORA : MIN. ROSA WEBER AGTE.(S) :CAIXA DE PREVIDÊNCIA DOS FUNCIONÁRIOS DO BANCO DO BRASIL - PREVI ADV.(A/S) :JOSÉ FRANCISCO DE OLIVEIRA SANTOS AGDO.(A/S) :RÔMULO GIUSEPPE RENDE ADV.(A/S) :JOSÉ FERNANDO CHAVES RELATÓRIO Contra decisão por mim proferida (fls. 315-21), mediante a qual negado seguimento a seu agravo em recurso extraordinário, maneja agravo regimental a PREVI (fls. 325-7). A parte agravante insurge-se contra a decisão agravada, ao argumento de que violados frontalmente postulados da Carta Maior. Alega que o exame do conteúdo do art. 5º, XXXV e LV, da Constituição Federal – inafastabilidade do controle jurisdicional, ampla defesa e contraditório - foi efetuado pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais em diversos momentos, a afastar o fundamento da decisão agravada de ausência de prequestionamento. Sustenta cerceamento do direito de defesa em decorrência da falta de ciência inequívoca da ordem de bloqueio judicial, alegando que a secretaria permitiu apenas cópia de documentos pretéritos a aludida decisão. Aponta violação do art. 5º, XXXV e LV, da Constituição da República, a viabilizar o recurso extraordinário. Acordão do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais publicado em 12.7.2011. É o relatório. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2975236. Supremo Tribunal Federal 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 672.514 MINAS GERAIS RELATORA : MIN. ROSA WEBER AGTE.(S) :CAIXA DE PREVIDÊNCIA DOS FUNCIONÁRIOS DO BANCO DO BRASIL - PREVI ADV.(A/S) :JOSÉ FRANCISCO DE OLIVEIRA SANTOS AGDO.(A/S) :RÔMULO GIUSEPPE RENDE ADV.(A/S) :JOSÉ FERNANDO CHAVES RELATÓRIO Contra decisão por mim proferida (fls. 315-21), mediante a qual negado seguimento a seu agravo em recurso extraordinário, maneja agravo regimental a PREVI (fls. 325-7). A parte agravante insurge-se contra a decisão agravada, ao argumento de que violados frontalmente postulados da Carta Maior. Alega que o exame do conteúdo do art. 5º, XXXV e LV, da Constituição Federal – inafastabilidade do controle jurisdicional, ampla defesa e contraditório - foi efetuado pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais em diversos momentos, a afastar o fundamento da decisão agravada de ausência de prequestionamento. Sustenta cerceamento do direito de defesa em decorrência da falta de ciência inequívoca da ordem de bloqueio judicial, alegando que a secretaria permitiu apenas cópia de documentos pretéritos a aludida decisão. Aponta violação do art. 5º, XXXV e LV, da Constituição da República, a viabilizar o recurso extraordinário. Acordão do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais publicado em 12.7.2011. É o relatório. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2975236. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 12 Voto - MIN. ROSA WEBER 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 672.514 MINAS GERAIS VOTO A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Preenchidos os pressupostos genéricos, conheço do agravo regimental e passo ao exame do mérito. Transcrevo o teor da decisão que desafiou o agravo: “1. Relatório Contra a decisão da Presidência do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais (fl. 293), negativa da admissibilidade do recurso extraordinário que interpôs, maneja agravo a Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil - PREVI. O óbice oposto na origem ao seguimento do extraordinário foi a inexistência de ofensa direta ao texto constitucional. Na minuta do agravo, o agravante sustenta que o recurso extraordinário reúne todos os requisitos para sua admissão, presente ofensa direta à Lei Maior. Pondera que, se o acórdão recorrido não aplicou qualquer norma infraconstitucional, não pode haver ofensa reflexa. Diz que a vista dos autos pelo patrono da agravante não implica ciência inequívoca de todos os atos do processo. Insiste na tese da nulidade por negativa de prestação jurisdicional e cerceamento de defesa. Indica afronta aos incisos XXXV e LV do art. 5º da Constituição Federal. Apresenta preliminar formal e fundamentada de repercussão geral, na forma do art. 543-A, § 2º, do CPC (fls. 205). Contraminuta (fls. 309-12). 2. Fundamentação Preenchidos os pressupostos genéricos do agravo, passo ao exame dos específicos. Para tanto, reproduzo o teor da decisão negativa da Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2975237. Supremo Tribunal Federal 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 672.514 MINAS GERAIS VOTO A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Preenchidos os pressupostos genéricos, conheço do agravo regimental e passo ao exame do mérito. Transcrevo o teor da decisão que desafiou o agravo: “1. Relatório Contra a decisão da Presidência do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais (fl. 293), negativa da admissibilidade do recurso extraordinário que interpôs, maneja agravo a Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil - PREVI. O óbice oposto na origem ao seguimento do extraordinário foi a inexistência de ofensa direta ao texto constitucional. Na minuta do agravo, o agravante sustenta que o recurso extraordinário reúne todos os requisitos para sua admissão, presente ofensa direta à Lei Maior. Pondera que, se o acórdão recorrido não aplicou qualquer norma infraconstitucional, não pode haver ofensa reflexa. Diz que a vista dos autos pelo patrono da agravante não implica ciência inequívoca de todos os atos do processo. Insiste na tese da nulidade por negativa de prestação jurisdicional e cerceamento de defesa. Indica afronta aos incisos XXXV e LV do art. 5º da Constituição Federal. Apresenta preliminar formal e fundamentada de repercussão geral, na forma do art. 543-A, § 2º, do CPC (fls. 205). Contraminuta (fls. 309-12). 2. Fundamentação Preenchidos os pressupostos genéricos do agravo, passo ao exame dos específicos. Para tanto, reproduzo o teor da decisão negativa da Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2975237. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 12 Voto - MIN. ROSA WEBER ARE 672.514 AGR / MG admissibilidade do recurso extraordinário: O recurso não merece prosseguir. Disse o Pretório Excelso: ART. 5º, II, LIV E LV, E 93, IX, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. OFENSA REFLEXA. A possível violação aos postulados da legalidade, da ampla defesa, do contraditório, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios e da prestação jurisdicional configura ofensa reflexa à CF.... Isto posto, nego seguimento ao recurso (fl. 293). Por seu turno, transcrevo as razões de decidir adotadas pela Corte de origem, quando do exame do agravo de instrumento veiculado pela ora agravante: Preliminar de intempestividade O agravado, em sede de preliminar, pugna pelo não conhecimento do recurso ao fundamento de que o mesmo é intempestivo. Razão assiste ao agravado vez que o procurador do agravante teve ciência inequívoca da decisão através de carga dos autos em 28 de abril de 2010. De fato, a decisão vergastada datada de 28 de janeiro de 2010 não foi em nenhum momento publicada. Houve expedição de AR em 04 de maio e, de acordo com certidão de fls. 24 TJ, o mesmo juntada aos autos no dia 21 de maio do corrente ano. Desta feita, o prazo para interposição de agravo de instrumento teria termo ad quem no dia 02 de junho e o recurso interposto em 28 de maio estaria tempestivo. Contudo, de acordo com certidão exarada pela serventia, fls. 228 TJ, não restam dúvidas de que o patrono do agravante deu carga nos autos em 28 de abril de 2010. Assim, o termo final para interposição da irresignação foi o dia 10 de maio. Cabe ressaltar que o recurso somente foi interposto em 28 de maio, portanto dezoito dias do termo final. Tenho entendimento de que a retirada dos autos do cartório, pelo advogado da parte, constitui ato inequívoco de conhecimento da decisão, não cabendo discussões. Dessa forma, repita-se, ainda que tenha sido juntado o AR 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2975237. Supremo Tribunal Federal ARE 672.514 AGR / MG admissibilidade do recurso extraordinário: O recurso não merece prosseguir. Disse o Pretório Excelso: ART. 5º, II, LIV E LV, E 93, IX, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. OFENSA REFLEXA. A possível violação aos postulados da legalidade, da ampla defesa, do contraditório, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios e da prestação jurisdicional configura ofensa reflexa à CF.... Isto posto, nego seguimento ao recurso (fl. 293). Por seu turno, transcrevo as razões de decidir adotadas pela Corte de origem, quando do exame do agravo de instrumento veiculado pela ora agravante: Preliminar de intempestividade O agravado, em sede de preliminar, pugna pelo não conhecimento do recurso ao fundamento de que o mesmo é intempestivo. Razão assiste ao agravado vez que o procurador do agravante teve ciência inequívoca da decisão através de carga dos autos em 28 de abril de 2010. De fato, a decisão vergastada datada de 28 de janeiro de 2010 não foi em nenhum momento publicada. Houve expedição de AR em 04 de maio e, de acordo com certidão de fls. 24 TJ, o mesmo juntada aos autos no dia 21 de maio do corrente ano. Desta feita, o prazo para interposição de agravo de instrumento teria termo ad quem no dia 02 de junho e o recurso interposto em 28 de maio estaria tempestivo. Contudo, de acordo com certidão exarada pela serventia, fls. 228 TJ, não restam dúvidas de que o patrono do agravante deu carga nos autos em 28 de abril de 2010. Assim, o termo final para interposição da irresignação foi o dia 10 de maio. Cabe ressaltar que o recurso somente foi interposto em 28 de maio, portanto dezoito dias do termo final. Tenho entendimento de que a retirada dos autos do cartório, pelo advogado da parte, constitui ato inequívoco de conhecimento da decisão, não cabendo discussões. Dessa forma, repita-se, ainda que tenha sido juntado o AR 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2975237. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 12 Voto - MIN. ROSA WEBER ARE 672.514 AGR / MG no dia 21 de maio do corrente ano, o prazo para a interposição do agravo se esvaiu em 10 de maio, ou seja, dez dias após a ciência inequívoca da r. decisão hostilizada. Logo, interposto o agravo de instrumento em 28 de maio de 2010, manifesta a sua intempestividade. Este é o entendimento consolidado do e. STJ: Para a fluência do prazo recursal, é de rigor a intimação do advogado, somente se prescindindo de sua formalização quando o procurador toma ciência inequívoca da decisão, como é o caso da retirada dos autos de cartório. (Resp. nº 2840/MG, Rel. Min. Barros Monteiro, 4ª T., DJU. 3/12/1990, p. 14.322.) Neste sentido também já se manifestou esta colenda câmara: AGRAVO DE INSTRUMENTO - CIÊNCIA INEQUÍVOCA DA DECISÃO - RECURSO INTERPOSTO FORA DO PRAZO LEGAL - INTEMPESTIVIDADE. Não restando dúvida quanto ao acesso ao conteúdo decisório pela parte, inicia-se o prazo recursal a partir deste conhecimento inequívoco. É intempestivo o recurso interposto fora do prazo legal estabelecido pelo art. 522 do CPC. (Tribunal de justiça de Minas Gerais. Relator: Des. Antônio de Pádua. Julgamento em 04/09/2008. Processo número: 1.0686.05.162033-0/003) A tempestividade, como se sabe, é um dos pressupostos gerais do sistema recursal, sendo igualmente certo que tais requisitos podem, e devem, ser apreciados, mesmo de ofício, e sob duplo exame, no juízo a quo e ad quem. Ante o exposto, ACOLHO A PRELIMINAR e, por conseguinte, NÃO CONHEÇO DO RECUSO, face à constatação da intempestividade (fls. 241-4). Ao exame dos declaratórios, assim se manifestou a Corte de origem: Versam os autos EMBARGOS DE DECLARAÇÃO opostos por PREVI CAIXA PREVIDENCIA FUNC BANCO BRASIL, contra o acórdão proferido às fls. 240/244 - TJ, alegando a ocorrência de omissão no que diz respeito à tempestividade já que sustenta ter realmente tido carga dos autos, porém sem 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2975237. Supremo Tribunal Federal ARE 672.514 AGR / MG no dia 21 de maio do corrente ano, o prazo para a interposição do agravo se esvaiu em 10 de maio, ou seja, dez dias após a ciência inequívoca da r. decisão hostilizada. Logo, interposto o agravo de instrumento em 28 de maio de 2010, manifesta a sua intempestividade. Este é o entendimento consolidado do e. STJ: Para a fluência do prazo recursal, é de rigor a intimação do advogado, somente se prescindindo de sua formalização quando o procurador toma ciência inequívoca da decisão, como é o caso da retirada dos autos de cartório. (Resp. nº 2840/MG, Rel. Min. Barros Monteiro, 4ª T., DJU. 3/12/1990, p. 14.322.) Neste sentido também já se manifestou esta colenda câmara: AGRAVO DE INSTRUMENTO - CIÊNCIA INEQUÍVOCA DA DECISÃO - RECURSO INTERPOSTO FORA DO PRAZO LEGAL - INTEMPESTIVIDADE. Não restando dúvida quanto ao acesso ao conteúdo decisório pela parte, inicia-se o prazo recursal a partir deste conhecimento inequívoco. É intempestivo o recurso interposto fora do prazo legal estabelecido pelo art. 522 do CPC. (Tribunal de justiça de Minas Gerais. Relator: Des. Antônio de Pádua. Julgamento em 04/09/2008. Processo número: 1.0686.05.162033-0/003) A tempestividade, como se sabe, é um dos pressupostos gerais do sistema recursal, sendo igualmente certo que tais requisitos podem, e devem, ser apreciados, mesmo de ofício, e sob duplo exame, no juízo a quo e ad quem. Ante o exposto, ACOLHO A PRELIMINAR e, por conseguinte, NÃO CONHEÇO DO RECUSO, face à constatação da intempestividade (fls. 241-4). Ao exame dos declaratórios, assim se manifestou a Corte de origem: Versam os autos EMBARGOS DE DECLARAÇÃO opostos por PREVI CAIXA PREVIDENCIA FUNC BANCO BRASIL, contra o acórdão proferido às fls. 240/244 - TJ, alegando a ocorrência de omissão no que diz respeito à tempestividade já que sustenta ter realmente tido carga dos autos, porém sem 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2975237. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 12 Voto - MIN. ROSA WEBER ARE 672.514 AGR / MG possibilidade de acesso à decisão. Como já fundamentado no acórdão embargado, a retirada dos autos da secretaria, mesmo que rápida ou meramente para cópia como afirma o embargante, constitui ato inequívoco de conhecimento da decisão, não cabendo discussões. Insta ainda salientar que o embargante foi confuso em suas alegações, pois sustenta ter tido acesso aos autos, com exceção da decisão agravada que ficou na mesa do servidor, mas em momento algum comprova o alegado. Em regra, quando os autos de um processo são retirados de secretaria, o são por inteiro. Desta feita, deveria ter sido mais diligente o procurador e carreado ao seu recurso a fonte probatória dos fatos alegados juntamente com os Embargos Declaratórios, não cabendo juntada posterior. Pugna sejam acolhidos os embargos com atribuição de efeito modificativo ao julgado. Presentes os pressupostos de admissibilidade, conheço dos embargos. O acórdão hostilizado não contém qualquer vício a ensejar o acolhimento dos presentes embargos. Com efeito, o afastamento das teses empregadas pelo ora recorrente não se inclui nas hipóteses do art. 535 do CPC, sendo certo que a sua real pretensão é rediscutir matéria que restou expressamente decidida e bem fundamentada, buscando, o efeito modificativo. A propósito, esclarece SÉRGIO BERMUDES, (in Comentários ao Código de Processo Civil, vol. 7, p. 211), Destinando-se a reformar, ou corrigir apenas a fórmula da sentença, ou do acórdão, e não o seu conceito, não se pode dizer que os embargos de declaração sejam um recurso. Seu escopo é somente aperfeiçoar a forma através da qual a vontade do Juiz se exteriorizou, mas a decisão permanece imutável quanto a seu conteúdo. A finalidade dos embargos declaratórios não é propiciar ao julgador um momento para refletir sobre o posicionamento adotado, tampouco se destinam a abrigar o inconformismo com 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2975237. Supremo Tribunal Federal ARE 672.514 AGR / MG possibilidade de acesso à decisão. Como já fundamentado no acórdão embargado, a retirada dos autos da secretaria, mesmo que rápida ou meramente para cópia como afirma o embargante, constitui ato inequívoco de conhecimento da decisão, não cabendo discussões. Insta ainda salientar que o embargante foi confuso em suas alegações, pois sustenta ter tido acesso aos autos, com exceção da decisão agravada que ficou na mesa do servidor, mas em momento algum comprova o alegado. Em regra, quando os autos de um processo são retirados de secretaria, o são por inteiro. Desta feita, deveria ter sido mais diligente o procurador e carreado ao seu recurso a fonte probatória dos fatos alegados juntamente com os Embargos Declaratórios, não cabendo juntada posterior. Pugna sejam acolhidos os embargos com atribuição de efeito modificativo ao julgado. Presentes os pressupostos de admissibilidade, conheço dos embargos. O acórdão hostilizado não contém qualquer vício a ensejar o acolhimento dos presentes embargos. Com efeito, o afastamento das teses empregadas pelo ora recorrente não se inclui nas hipóteses do art. 535 do CPC, sendo certo que a sua real pretensão é rediscutir matéria que restou expressamente decidida e bem fundamentada, buscando, o efeito modificativo. A propósito, esclarece SÉRGIO BERMUDES, (in Comentários ao Código de Processo Civil, vol. 7, p. 211), Destinando-se a reformar, ou corrigir apenas a fórmula da sentença, ou do acórdão, e não o seu conceito, não se pode dizer que os embargos de declaração sejam um recurso. Seu escopo é somente aperfeiçoar a forma através da qual a vontade do Juiz se exteriorizou, mas a decisão permanece imutável quanto a seu conteúdo. A finalidade dos embargos declaratórios não é propiciar ao julgador um momento para refletir sobre o posicionamento adotado, tampouco se destinam a abrigar o inconformismo com 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2975237. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 12 Voto - MIN. ROSA WEBER ARE 672.514 AGR / MG a decisão proferida, que contrariou suas pretensões recursais, mas, apenas, sanar vícios do julgamento proferido. Assim, o inconformismo quanto ao que restou decidido no aresto embargado, não configura qualquer das hipóteses do artigo 535 do CPC, não autorizando, assim, o manejo dos embargos declaratórios. Conforme entendimento assente, os declaratórios não se prestam a essa finalidade, posto não ser possível, no âmbito restrito e limitado dessa espécie de recurso, revolver discussões da causa, já que, por meio dos embargos, apenas se esclarece o que está obscuro ou se complementa o que está incompleto. No que se refere aos efeitos infringentes ou modificativos, cabível é a lição do insigne Antônio Carlos Marcato: Os embargos de declaração não visam à modificação do julgado. Daí, segundo se defende em termos gerais, não têm os embargos efeitos infringentes.. (Código de Processo Civil interpretado, Ed. Atlas, p.1593). Assim é o entendimento desta Câmara: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO - OMISSÃO - EFEITO MODIFICATIVO - PREQUESTIONAMENTO - REEXAME DO JULGADO - IMPOSSIBILIDADE. - Rejeitam-se os embargos declaratórios, quando a matéria que se deseja declarar foi expressamente decidida e solucionada no acórdão impugnado, não justificando seu acolhimento para prequestionamento ou com efeito modificativo. - Os embargos declaratórios não se prestam a reexaminar a matéria examinada no julgamento, mas sim esclarecer omissão, sanar contradição ou obscuridade, nos termos do artigo 535 do CPC. (Embargos Declaratórios nº 2.000.00.504.411- 9/001, Rel Des. Dárcio Lopardi Mendes, j. 01.05.2005). EMBARGOS DECLARATÓRIOS - REEXAME DO MÉRITO - IMPOSSIBILIDADE - VÍCIOS DA DECISÃO EMBARGADA. Somente nos casos de omissão, contradição ou obscuridade da sentença ou do acórdão é que se admitem os embargos declaratórios. (Embargos Declaratórios nº 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2975237. Supremo Tribunal Federal ARE 672.514 AGR / MG a decisão proferida, que contrariou suas pretensões recursais, mas, apenas, sanar vícios do julgamento proferido. Assim, o inconformismo quanto ao que restou decidido no aresto embargado, não configura qualquer das hipóteses do artigo 535 do CPC, não autorizando, assim, o manejo dos embargos declaratórios. Conforme entendimento assente, os declaratórios não se prestam a essa finalidade, posto não ser possível, no âmbito restrito e limitado dessa espécie de recurso, revolver discussões da causa, já que, por meio dos embargos, apenas se esclarece o que está obscuro ou se complementa o que está incompleto. No que se refere aos efeitos infringentes ou modificativos, cabível é a lição do insigne Antônio Carlos Marcato: Os embargos de declaração não visam à modificação do julgado. Daí, segundo se defende em termos gerais, não têm os embargos efeitos infringentes.. (Código de Processo Civil interpretado, Ed. Atlas, p.1593). Assim é o entendimento desta Câmara: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO - OMISSÃO - EFEITO MODIFICATIVO - PREQUESTIONAMENTO - REEXAME DO JULGADO - IMPOSSIBILIDADE. - Rejeitam-se os embargos declaratórios, quando a matéria que se deseja declarar foi expressamente decidida e solucionada no acórdão impugnado, não justificando seu acolhimento para prequestionamento ou com efeito modificativo. - Os embargos declaratórios não se prestam a reexaminar a matéria examinada no julgamento, mas sim esclarecer omissão, sanar contradição ou obscuridade, nos termos do artigo 535 do CPC. (Embargos Declaratórios nº 2.000.00.504.411- 9/001, Rel Des. Dárcio Lopardi Mendes, j. 01.05.2005). EMBARGOS DECLARATÓRIOS - REEXAME DO MÉRITO - IMPOSSIBILIDADE - VÍCIOS DA DECISÃO EMBARGADA. Somente nos casos de omissão, contradição ou obscuridade da sentença ou do acórdão é que se admitem os embargos declaratórios. (Embargos Declaratórios nº 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2975237. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 12 Voto - MIN. ROSA WEBER ARE 672.514 AGR / MG 2.000.00.448.536-7/002, Rel Des. Valdez Leite Machado, j. 01.05.2005). Em suma, a decisão hostilizada apenas veio em desacordo aos anseios do embargante, que insiste no reexame da matéria já decidida. Logo, inexistindo os vícios apontados, e não servindo os embargos declaratórios, repita-se, à rediscussão de matérias que já foram examinadas no acórdão, a rejeição dos presentes embargos é imperativa. Com tais considerações, REJEITO OS EMBARGOS DECLARATÓRIOS (fls. 257-60). Não merece trânsito o agravo. A matéria versada no art. 5º, XXXV e LV, da Carta Magna não foi analisada pelas instâncias ordinárias, tampouco suscitada nos embargos de declaração opostos para satisfazer o requisito do prequestionamento. Aplicável, na hipótese, o entendimento jurisprudencial vertido nas Súmulas 282 e 356/STF: é inadmissível o recurso extraordinário, quando não ventilada, na decisão recorrida, a questão suscitada e o ponto omisso da decisão, sobre o qual não foram opostos embargos declaratórios, não pode ser objeto de recurso extraordinário, por faltar o requisito do prequestionamento. Nesse sentido, o AI 827.894-AgR/RJ, Rel. Min. Marco Aurélio, 1ª Turma, unânime, DJe 7.11.2011, cuja ementa transcrevo: "RECURSO EXTRAORDINÁRIO prequestionamento CONFIGURAÇÃO RAZÃO DE SER. O prequestionamento não resulta da circunstância de a matéria haver sido arguida pela parte recorrente. A configuração do instituto pressupõe debate e decisão prévios pelo Colegiado, ou seja, emissão de juízo sobre o tema. O procedimento tem como escopo o cotejo indispensável a que se diga do enquadramento do recurso extraordinário no permissivo constitucional. Se o Tribunal de origem não adotou tese explícita a respeito do fato jurígeno veiculado nas razões recursais, inviabilizado fica o entendimento sobre a violência ao preceito evocado pelo recorrente. AGRAVO ARTIGO 557, § 2º, DO CÓDIGO DE 6 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2975237. Supremo Tribunal Federal ARE 672.514 AGR / MG 2.000.00.448.536-7/002, Rel Des. Valdez Leite Machado, j. 01.05.2005). Em suma, a decisão hostilizada apenas veio em desacordo aos anseios do embargante, que insiste no reexame da matéria já decidida. Logo, inexistindo os vícios apontados, e não servindo os embargos declaratórios, repita-se, à rediscussão de matérias que já foram examinadas no acórdão, a rejeição dos presentes embargos é imperativa. Com tais considerações, REJEITO OS EMBARGOS DECLARATÓRIOS (fls. 257-60). Não merece trânsito o agravo. A matéria versada no art. 5º, XXXV e LV, da Carta Magna não foi analisada pelas instâncias ordinárias, tampouco suscitada nos embargos de declaração opostos para satisfazer o requisito do prequestionamento. Aplicável, na hipótese, o entendimento jurisprudencial vertido nas Súmulas 282 e 356/STF: é inadmissível o recurso extraordinário, quando não ventilada, na decisão recorrida, a questão suscitada e o ponto omisso da decisão, sobre o qual não foram opostos embargos declaratórios, não pode ser objeto de recurso extraordinário, por faltar o requisito do prequestionamento. Nesse sentido, o AI 827.894-AgR/RJ, Rel. Min. Marco Aurélio, 1ª Turma, unânime, DJe 7.11.2011, cuja ementa transcrevo: "RECURSO EXTRAORDINÁRIO prequestionamento CONFIGURAÇÃO RAZÃO DE SER. O prequestionamento não resulta da circunstância de a matéria haver sido arguida pela parte recorrente. A configuração do instituto pressupõe debate e decisão prévios pelo Colegiado, ou seja, emissão de juízo sobre o tema. O procedimento tem como escopo o cotejo indispensável a que se diga do enquadramento do recurso extraordinário no permissivo constitucional. Se o Tribunal de origem não adotou tese explícita a respeito do fato jurígeno veiculado nas razões recursais, inviabilizado fica o entendimento sobre a violência ao preceito evocado pelo recorrente. AGRAVO ARTIGO 557, § 2º, DO CÓDIGO DE 6 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2975237. Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 12 Voto - MIN. ROSA WEBER ARE 672.514 AGR / MG PROCESSO CIVIL MULTA. Se o agravo é manifestamente infundado, impõe-se a aplicação da multa prevista no § 2º do artigo 557 do Código de Processo Civil, arcando a parte com o ônus decorrente da litigância de má-fé". Ressalte-se que, consoante entendimento desta Corte, o prequestionamento explícito da questão constitucional é requisito indispensável à admissão do recurso extraordinário. 3. Conclusão Conheço do agravo para negar-lhe seguimento (art. 544, § 4º, II, b, do CPC)” (fls. 315-21). Irrepreensível a decisão agravada. Além de emergir do presente feito a ausência de provocação da Corte de origem à luz dos postulados constitucionais insculpidos no art. 5º, XXXV e LV, da Constituição da República, a jurisprudência desta Casa é pacífica no sentido de que o recurso extraordinário não se presta a reexame dos pressupostos de admissibilidade de recursos de competência de outro Tribunal, considerado o âmbito infraconstitucional do debate, onde se inclui a tempestividade. Anoto precedentes: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. ANÁLISE DA TEMPESTIVIDADE DE RECURSO DE COMPETÊNCIA DE TRIBUNAL DIVERSO. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. INVIABILIDADE DE REEXAME DE FATOS E PROVAS. INCIDÊNCIA DA SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO (AI 849338 AgR-AgR / RJ, Rel. Min. Cármen Lúcia, Primeira Turma, DJe 16.5.2012). AGRAVO REGIMENTAL. DISCUSSÃO SOBRE A TEMPESTIVIDADE DA APELAÇÃO. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. Nos termos da jurisprudência deste Tribunal, a questão relativa aos pressupostos de admissibilidade recursal é de índole infraconstitucional, o que 7 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2975237. Supremo Tribunal Federal ARE 672.514 AGR / MG PROCESSO CIVIL MULTA. Se o agravo é manifestamente infundado, impõe-se a aplicação da multa prevista no § 2º do artigo 557 do Código de Processo Civil, arcando a parte com o ônus decorrente da litigância de má-fé". Ressalte-se que, consoante entendimento desta Corte, o prequestionamento explícito da questão constitucional é requisito indispensável à admissão do recurso extraordinário. 3. Conclusão Conheço do agravo para negar-lhe seguimento (art. 544, § 4º, II, b, do CPC)” (fls. 315-21). Irrepreensível a decisão agravada. Além de emergir do presente feito a ausência de provocação da Corte de origem à luz dos postulados constitucionais insculpidos no art. 5º, XXXV e LV, da Constituição da República, a jurisprudência desta Casa é pacífica no sentido de que o recurso extraordinário não se presta a reexame dos pressupostos de admissibilidade de recursos de competência de outro Tribunal, considerado o âmbito infraconstitucional do debate, onde se inclui a tempestividade. Anoto precedentes: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. ANÁLISE DA TEMPESTIVIDADE DE RECURSO DE COMPETÊNCIA DE TRIBUNAL DIVERSO. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. INVIABILIDADE DE REEXAME DE FATOS E PROVAS. INCIDÊNCIA DA SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO (AI 849338 AgR-AgR / RJ, Rel. Min. Cármen Lúcia, Primeira Turma, DJe 16.5.2012). AGRAVO REGIMENTAL. DISCUSSÃO SOBRE A TEMPESTIVIDADE DA APELAÇÃO. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. Nos termos da jurisprudência deste Tribunal, a questão relativa aos pressupostos de admissibilidade recursal é de índole infraconstitucional, o que 7 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2975237. Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 12 Voto - MIN. ROSA WEBER ARE 672.514 AGR / MG enseja o descabimento do recurso extraordinário. Ofensa reflexa ou indireta à Constituição. Agravo regimental a que se nega provimento” (RE 407.732/SC-AgR, Segunda Turma, Rel. Min. Joaquim Barbosa, DJe 30.4.2010). De outra parte, o Plenário do STF, no exame do RE 598.365/MG, de relatoria do Ministro Ayres Britto, DJe 26.3.2010, concluiu pela ausência da repercussão geral das questões atinentes a pressupostos de admissibilidade de recursos da competência de outras Cortes, verbis: PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE DE RECURSOS DA COMPETÊNCIA DE OUTROS TRIBUNAIS. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. AUSÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL. A questão alusiva ao cabimento de recursos da competência de outros Tribunais se restringe ao âmbito infraconstitucional. Precedentes. Não havendo, em rigor, questão constitucional a ser apreciada por esta nossa Corte, falta ao caso “elemento de configuração da própria repercussão geral”, conforme salientou a ministra Ellen Gracie, no julgamento da Repercussão Geral no RE 584.608. Agravo regimental conhecido e não provido. É como voto. 8 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2975237. Supremo Tribunal Federal ARE 672.514 AGR / MG enseja o descabimento do recurso extraordinário. Ofensa reflexa ou indireta à Constituição. Agravo regimental a que se nega provimento” (RE 407.732/SC-AgR, Segunda Turma, Rel. Min. Joaquim Barbosa, DJe 30.4.2010). De outra parte, o Plenário do STF, no exame do RE 598.365/MG, de relatoria do Ministro Ayres Britto, DJe 26.3.2010, concluiu pela ausência da repercussão geral das questões atinentes a pressupostos de admissibilidade de recursos da competência de outras Cortes, verbis: PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE DE RECURSOS DA COMPETÊNCIA DE OUTROS TRIBUNAIS. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. AUSÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL. A questão alusiva ao cabimento de recursos da competência de outros Tribunais se restringe ao âmbito infraconstitucional. Precedentes. Não havendo, em rigor, questão constitucional a ser apreciada por esta nossa Corte, falta ao caso “elemento de configuração da própria repercussão geral”, conforme salientou a ministra Ellen Gracie, no julgamento da Repercussão Geral no RE 584.608. Agravo regimental conhecido e não provido. É como voto. 8 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2975237. Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 12 Decisão de Julgamento PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 672.514 PROCED. : MINAS GERAIS RELATORA : MIN. ROSA WEBER AGTE.(S) : CAIXA DE PREVIDÊNCIA DOS FUNCIONÁRIOS DO BANCO DO BRASIL - PREVI ADV.(A/S) : JOSÉ FRANCISCO DE OLIVEIRA SANTOS AGDO.(A/S) : RÔMULO GIUSEPPE RENDE ADV.(A/S) : JOSÉ FERNANDO CHAVES Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 16.10.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Rodrigo Janot. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3061287 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 672.514 PROCED. : MINAS GERAIS RELATORA : MIN. ROSA WEBER AGTE.(S) : CAIXA DE PREVIDÊNCIA DOS FUNCIONÁRIOS DO BANCO DO BRASIL - PREVI ADV.(A/S) : JOSÉ FRANCISCO DE OLIVEIRA SANTOS AGDO.(A/S) : RÔMULO GIUSEPPE RENDE ADV.(A/S) : JOSÉ FERNANDO CHAVES Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 16.10.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Rodrigo Janot. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3061287 Inteiro Teor do Acórdão - Página 12 de 12
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3071570
2012-10-16T00:00:00
2012-11-09T00:00:00
A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 16.10.2012.
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO
EMENTA DIREITO PROCESSUAL CIVIL. TEMPESTIVIDADE DE RECURSO DE COMPETÊNCIA DO TRIBUNAL A QUO. DEBATE DE ÂMBITO INFRACONSTITUCIONAL. PRECEDENTES. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal é pacífica no sentido de que o recurso extraordinário não se presta ao reexame dos pressupostos de admissibilidade de recursos de competência de outra Corte, considerado o âmbito infraconstitucional do debate, onde se inclui a tempestividade. Precedentes. O Plenário do STF, no exame do RE 598.365/MG, de relatoria do Ministro Ayres Britto, concluiu pela ausência de repercussão geral das questões atinentes a pressupostos de admissibilidade de recursos da competência de outros Tribunais. Agravo regimental conhecido e não provido.
sjur218268
- Acórdão(s) citado(s) (RECURSO, PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE, COMPETÊNCIA OUTRO TRIBUNAL) STF: AI 849338 AgR-AgR (1ªT), RE 407732 AgR (2ªT), RE 598365 RG (TP). Número de páginas: 12. Análise: 20/11/2012, MJC.
ROSA WEBER
Primeira Turma
672514
null
ARE-AgR
acordaos
ARE 672514 AgR
[ "" ]
AGTE.(S) : CAIXA DE PREVIDÊNCIA DOS FUNCIONÁRIOS DO BANCO DO BRASIL - PREVI ADV.(A/S) : JOSÉ FRANCISCO DE OLIVEIRA SANTOS AGDO.(A/S) : RÔMULO GIUSEPPE RENDE ADV.(A/S) : JOSÉ FERNANDO CHAVES
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 672 . 514", "RE 598 . 365 / MG", "ARE 672 . 514 AGR", "ARE 672 . 514 AGR", "ARE 672 . 514 AGR / MG", "ARE 672 . 514", "Resp . [UNK] 2840 / MG", "1", ".", "0686", ".", "05", ".", "162033", "-", "0", "/", "003", "ARE 672 . 514 AGR / MG", "Resp", ". [UNK] 2840 / MG", "1", ".", "0686", ".", "05", ".", "162033", "-", "0", "/", "ARE 672 . 514 AGR / MG", "ARE 672 . 514", "Embargos Declaratórios [UNK] 2 . 000 . 00 . 504 . 411 - 9 / 001", "Embargos Declaratórios [UNK] 5", "ARE 672 . 514 AGR /", "Embargos Declaratórios [UNK] 2 . 000 . 00 . 504 . 411 - 9 / 001", "ARE 672 . 514 AGR / MG 2 . 000 . 00 . 448 . 536 - 7 / 002", "Súmulas 282 e 356 / STF", "AI 827 . 894 - AgR / RJ", "ARE 672 . 514 AGR / MG 2 . 000 . 00 . 448 . 536 - 7 / 002", "Súmulas 282", "AI 827 . 894 - AgR / RJ", "ARE 672 . 514", "SÚMULA N . 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL", "AI 849338 AgR - AgR / RJ", "ARE 672 . 514 AGR / MG", "SÚMULA N . 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL", "AI 849338 AgR - AgR / RJ", "ARE 672 . 514 AGR / MG", "RE 407 . 732 / SC - AgR", "RE 598 . 365 / MG", "RE 584 . 608", "ARE 672 . 514 AGR / MG", "RE 407 . 732 / SC - AgR", "RE 598 . 365 / MG", "RE 584 . 608" ], "LEGISLACAO": [ "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Carta Maior", "art . [UNK] , XXXV e LV , da Constituição Federal", "art . [UNK] , XXXV e LV , da Constituição da República", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Carta Maior", "art . [UNK] , XXXV e LV , da Constituição Federal", "art", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Lei Maior", "incisos XXXV e LV do art . [UNK] da Constituição Federal", "art . 543 - A , § [UNK] , do CPC", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Lei Maior", "incisos XXXV e LV do art . [UNK] da Constituição Federal", "art . 543 - A , § [UNK] , do CPC", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "ART . [UNK] , II , LIV E LV , E 93 , IX , DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL", "CF .", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "ART . 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Ementa e Acórdão 16/10/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 707.229 SÃO PAULO RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI AGTE.(S) :DZ S/A ENGENHARIA EQUIPAMENTOS E SISTEMAS ADV.(A/S) :DANIELLE OLIVEIRA MENDES E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :USINA SANTA ELISA S/A ADV.(A/S) :ROBERTO CESAR SCACCHETTI DE CASTRO E OUTRO(A/S) INTDO.(A/S) :DEDINI S/A INDUSTRIAS DE BASE ADV.(A/S) :JOSÉ MARCELO JARDIM DE CAMARGO E OUTRO(A/S) INTDO.(A/S) :DOVILIO OMETTO EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSO JUDICIAL. DILIGÊNCIA PROBATÓRIA. INDEFERIMENTO. VIOLAÇÃO AOS PRINCÍPIOS DO CONTRADITÓRIO E DA AMPLA DEFESA. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. INEXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL. DISCUSSÃO SOBRE A ATRIBUIÇÃO DE EFEITO SUSPENSIVO À APELAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE DO REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO E DA ANÁLISE DE NORMAS INFRACONSTITUCIONAIS. SÚMULA 279 DO STF. OFENSA INDIRETA. AGRAVO IMPROVIDO. I – Os Ministros desta Corte, no ARE 639.228-RG/RJ, Rel. Min. Cezar Peluso, manifestaram-se pela inexistência de repercussão geral da controvérsia acerca da violação dos princípios da ampla defesa e do contraditório, nos casos de indeferimento de diligência probatória, por se tratar de matéria restrita ao âmbito processual, decisão que vale para todos os recursos sobre matéria idêntica. II – Para dissentir da conclusão adotada pelo Tribunal a quo acerca da concessão de efeito suspensivo à apelação, seria necessário o reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos, o que atrai a incidência da Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2974798. Supremo Tribunal Federal DJe 07/11/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 8 Ementa e Acórdão ARE 707.229 AGR / SP súmula 279 desta Corte, bem como seria imprescindível a interpretação da legislação infraconstitucional pertinente, sendo certo que a ofensa à Constituição, se ocorrente, seria apenas indireta, o que inviabiliza o recurso extraordinário. Precedentes. III – Agravo regimental improvido. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamentos e das notas taquigráficas, por unanimidade, negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. Brasília, 16 de outubro de 2012. RICARDO LEWANDOWSKI – PRESIDENTE E RELATOR 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2974798. Supremo Tribunal Federal ARE 707.229 AGR / SP súmula 279 desta Corte, bem como seria imprescindível a interpretação da legislação infraconstitucional pertinente, sendo certo que a ofensa à Constituição, se ocorrente, seria apenas indireta, o que inviabiliza o recurso extraordinário. Precedentes. III – Agravo regimental improvido. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamentos e das notas taquigráficas, por unanimidade, negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. Brasília, 16 de outubro de 2012. RICARDO LEWANDOWSKI – PRESIDENTE E RELATOR 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2974798. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 8 Relatório 16/10/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 707.229 SÃO PAULO RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI AGTE.(S) :DZ S/A ENGENHARIA EQUIPAMENTOS E SISTEMAS ADV.(A/S) :DANIELLE OLIVEIRA MENDES E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :USINA SANTA ELISA S/A ADV.(A/S) :ROBERTO CESAR SCACCHETTI DE CASTRO E OUTRO(A/S) INTDO.(A/S) :DEDINI S/A INDUSTRIAS DE BASE ADV.(A/S) :JOSÉ MARCELO JARDIM DE CAMARGO E OUTRO(A/S) INTDO.(A/S) :DOVILIO OMETTO R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Trata-se de agravo regimental interposto contra decisão que negou seguimento ao agravo. Eis o teor da decisão impugnada: “Trata-se de agravo contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário interposto de acórdão, cuja ementa segue transcrita: 'LOCAÇÃO DE IMÓVEL – AÇÃO REVISIONAL DE ALUGUEL – Apelo recebido somente no efeito devolutivo – Pleito de recebimento no duplo efeito – Impossibilidade – Regra específica do art. 58, inc. V, da Lei n° 8.245/91 – Inaplicabilidade do art. 558 do CPC – Não comprovação do alegado risco de dano irreparável – Agravo não provido'. No RE, interposto com base no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se violação ao art. 5º, LV, da mesma Carta. O agravo não merece acolhida. Os Ministros desta Corte, no ARE 639.228-RG/RJ, Rel. Min. Cezar Peluso, manifestaram-se pela Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2974799. Supremo Tribunal Federal 16/10/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 707.229 SÃO PAULO RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI AGTE.(S) :DZ S/A ENGENHARIA EQUIPAMENTOS E SISTEMAS ADV.(A/S) :DANIELLE OLIVEIRA MENDES E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :USINA SANTA ELISA S/A ADV.(A/S) :ROBERTO CESAR SCACCHETTI DE CASTRO E OUTRO(A/S) INTDO.(A/S) :DEDINI S/A INDUSTRIAS DE BASE ADV.(A/S) :JOSÉ MARCELO JARDIM DE CAMARGO E OUTRO(A/S) INTDO.(A/S) :DOVILIO OMETTO R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Trata-se de agravo regimental interposto contra decisão que negou seguimento ao agravo. Eis o teor da decisão impugnada: “Trata-se de agravo contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário interposto de acórdão, cuja ementa segue transcrita: 'LOCAÇÃO DE IMÓVEL – AÇÃO REVISIONAL DE ALUGUEL – Apelo recebido somente no efeito devolutivo – Pleito de recebimento no duplo efeito – Impossibilidade – Regra específica do art. 58, inc. V, da Lei n° 8.245/91 – Inaplicabilidade do art. 558 do CPC – Não comprovação do alegado risco de dano irreparável – Agravo não provido'. No RE, interposto com base no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se violação ao art. 5º, LV, da mesma Carta. O agravo não merece acolhida. Os Ministros desta Corte, no ARE 639.228-RG/RJ, Rel. Min. Cezar Peluso, manifestaram-se pela Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2974799. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 8 Relatório ARE 707.229 AGR / SP inexistência de repercussão geral da controvérsia acerca da violação dos princípios da ampla defesa e do contraditório, nos casos de indeferimento de diligência probatória, por se tratar de matéria restrita ao âmbito processual. Essa decisão vale para todos os recursos sobre matéria idêntica, consoante determinam os arts. 326 e 327, § 1º, do RISTF, e o art. 543-A, § 5º, do CPC, introduzido pela Lei 11.418/2006. Por oportuno, transcrevo a ementa do referido julgamento: 'Agravo convertido em Extraordinário. Inadmissibilidade deste. Produção de provas. Processo judicial. Indeferimento. Contraditório e ampla defesa. Tema infraconstitucional. Precedentes. Ausência de repercussão geral. Recurso extraordinário não conhecido. Não apresenta repercussão geral recurso extraordinário que, tendo por objeto a obrigatoriedade de observância dos princípios do contraditório e da ampla defesa, nos casos de indeferimento de pedido de produção de provas em processo judicial, versa sobre tema infraconstitucional'. Ademais, para se chegar à conclusão contrária à adotada pelo acórdão recorrido quanto à atribuição de efeito suspensivo ao recurso de apelação, necessário seria o reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos, o que atrai a incidência da Súmula 279 do STF, bem como a análise de normas infraconstitucionais aplicáveis à espécie (Lei nº 8.245/91 e o Código de processo Civil). Nesse sentido: 'AGRAVO EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO DE DESPEJO. CONTRATO DE LOCAÇÃO. 1) EFEITO SUSPENSIVO: EXCEPCIONALIDADE NÃO CONFIGURADA. 2) IMPOSSIBILIDADE DO REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO PROBATÓRIO E DA ANÁLISE DE LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO' (ARE 697.740/SP, Rel. Min. Cármen Lúcia). Isso posto, nego seguimento ao recurso (CPC, art. 557, caput)”. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2974799. Supremo Tribunal Federal ARE 707.229 AGR / SP inexistência de repercussão geral da controvérsia acerca da violação dos princípios da ampla defesa e do contraditório, nos casos de indeferimento de diligência probatória, por se tratar de matéria restrita ao âmbito processual. Essa decisão vale para todos os recursos sobre matéria idêntica, consoante determinam os arts. 326 e 327, § 1º, do RISTF, e o art. 543-A, § 5º, do CPC, introduzido pela Lei 11.418/2006. Por oportuno, transcrevo a ementa do referido julgamento: 'Agravo convertido em Extraordinário. Inadmissibilidade deste. Produção de provas. Processo judicial. Indeferimento. Contraditório e ampla defesa. Tema infraconstitucional. Precedentes. Ausência de repercussão geral. Recurso extraordinário não conhecido. Não apresenta repercussão geral recurso extraordinário que, tendo por objeto a obrigatoriedade de observância dos princípios do contraditório e da ampla defesa, nos casos de indeferimento de pedido de produção de provas em processo judicial, versa sobre tema infraconstitucional'. Ademais, para se chegar à conclusão contrária à adotada pelo acórdão recorrido quanto à atribuição de efeito suspensivo ao recurso de apelação, necessário seria o reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos, o que atrai a incidência da Súmula 279 do STF, bem como a análise de normas infraconstitucionais aplicáveis à espécie (Lei nº 8.245/91 e o Código de processo Civil). Nesse sentido: 'AGRAVO EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO DE DESPEJO. CONTRATO DE LOCAÇÃO. 1) EFEITO SUSPENSIVO: EXCEPCIONALIDADE NÃO CONFIGURADA. 2) IMPOSSIBILIDADE DO REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO PROBATÓRIO E DA ANÁLISE DE LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO' (ARE 697.740/SP, Rel. Min. Cármen Lúcia). Isso posto, nego seguimento ao recurso (CPC, art. 557, caput)”. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2974799. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 8 Relatório ARE 707.229 AGR / SP A agravante sustenta, em suma, que a decisão agravada deve ser reformada, ao argumento de que “a produção de prova testemunhal e a oitiva da parte contrária é perfeitamente necessária, pois, sua realização possibilitaria à Agravante comprovar circunstância fática que poderia influir decisivamente na solução do litígio e, portanto, imprescindível, razão pela qual devido o efeito suspensivo então pleiteado”. É o relatório. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2974799. Supremo Tribunal Federal ARE 707.229 AGR / SP A agravante sustenta, em suma, que a decisão agravada deve ser reformada, ao argumento de que “a produção de prova testemunhal e a oitiva da parte contrária é perfeitamente necessária, pois, sua realização possibilitaria à Agravante comprovar circunstância fática que poderia influir decisivamente na solução do litígio e, portanto, imprescindível, razão pela qual devido o efeito suspensivo então pleiteado”. É o relatório. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2974799. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 8 Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI 16/10/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 707.229 SÃO PAULO V O T O O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Bem reexaminada a questão, verifica-se que a decisão ora atacada não merece reforma, visto que a recorrente não aduz novos argumentos capazes de afastar as razões nela expendidas. Como destacado na decisão agravada, o recurso é inadmissível, tendo em vista que os Ministros desta Corte, no ARE 639.228-RG/RJ, Rel. Min. Cezar Peluso, manifestaram-se pela inexistência de repercussão geral da controvérsia acerca da violação dos princípios da ampla defesa e do contraditório, nos casos de indeferimento de diligência probatória, por se tratar de matéria restrita ao âmbito processual. Por oportuno, trago à colação trecho da manifestação proferida pelo Ministro Presidente no indigitado julgado: “A questão suscitada no presente recurso extraordinário versa sobre a suposta violação do princípio da ampla defesa e do contraditório, previstos no art. 5º, LV, da Constituição Federal, nos casos de indeferimentos, pelo juiz, dos pedidos de produção de provas requeridos no âmbito do processo judicial. Verifica-se, no entanto, que o acórdão impugnado decidiu a causa com base em interpretação e aplicação de legislação infraconstitucional, de modo que eventual ofensa à Constituição Federal seria, aqui, apenas indireta. (...) Ora, é pacífica a jurisprudência desta Corte no sentido de não tolerar, em recurso extraordinário, alegação de ofensa que, irradiando- se de má interpretação, aplicação, ou, até, de inobservância de normas infraconstitucionais, seria apenas indireta à Constituição da República. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2974800. Supremo Tribunal Federal 16/10/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 707.229 SÃO PAULO V O T O O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Bem reexaminada a questão, verifica-se que a decisão ora atacada não merece reforma, visto que a recorrente não aduz novos argumentos capazes de afastar as razões nela expendidas. Como destacado na decisão agravada, o recurso é inadmissível, tendo em vista que os Ministros desta Corte, no ARE 639.228-RG/RJ, Rel. Min. Cezar Peluso, manifestaram-se pela inexistência de repercussão geral da controvérsia acerca da violação dos princípios da ampla defesa e do contraditório, nos casos de indeferimento de diligência probatória, por se tratar de matéria restrita ao âmbito processual. Por oportuno, trago à colação trecho da manifestação proferida pelo Ministro Presidente no indigitado julgado: “A questão suscitada no presente recurso extraordinário versa sobre a suposta violação do princípio da ampla defesa e do contraditório, previstos no art. 5º, LV, da Constituição Federal, nos casos de indeferimentos, pelo juiz, dos pedidos de produção de provas requeridos no âmbito do processo judicial. Verifica-se, no entanto, que o acórdão impugnado decidiu a causa com base em interpretação e aplicação de legislação infraconstitucional, de modo que eventual ofensa à Constituição Federal seria, aqui, apenas indireta. (...) Ora, é pacífica a jurisprudência desta Corte no sentido de não tolerar, em recurso extraordinário, alegação de ofensa que, irradiando- se de má interpretação, aplicação, ou, até, de inobservância de normas infraconstitucionais, seria apenas indireta à Constituição da República. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2974800. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 8 Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI ARE 707.229 AGR / SP (…) 4. Isto posto, não havendo questão constitucional por examinar, não se pode reconhecer a existência da repercussão geral (art. 324, § 2º, do RISTF)”. Ressalte-se, também, que, declarada a ausência de repercussão geral, os recursos extraordinários e agravos que suscitarem a mesma questão poderão ter o seu seguimento negado pelos relatores, nos termos do art. 327, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal. Além disso, conforme ficou assentado na decisão impugnada, para dissentir da conclusão adotada pelo Tribunal a quo acerca da concessão de efeito suspensivo à apelação, seria necessário o reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos, o que atrai a incidência da Súmula 279 do STF. Além disso, seria imprescindível, também, a interpretação da legislação infraconstitucional pertinente (Lei 8.245/1991 e Código de Processo Civil), sendo certo que a ofensa à Constituição, se ocorrente, seria apenas indireta, o que inviabiliza o recurso extraordinário. Nesse sentido, menciono as seguintes decisões, entre outras: ARE 697.740/SP e AI 685.031-ED/SP, Rel. Min. Cármen Lúcia; ARE 709.366/SP e RE 658.516/ES, Rel. Min. Luiz Fux; AI 795.735/SP, Rel. Min Cezar Peluso. Isso posto, nego provimento ao agravo regimental. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2974800. Supremo Tribunal Federal ARE 707.229 AGR / SP (…) 4. Isto posto, não havendo questão constitucional por examinar, não se pode reconhecer a existência da repercussão geral (art. 324, § 2º, do RISTF)”. Ressalte-se, também, que, declarada a ausência de repercussão geral, os recursos extraordinários e agravos que suscitarem a mesma questão poderão ter o seu seguimento negado pelos relatores, nos termos do art. 327, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal. Além disso, conforme ficou assentado na decisão impugnada, para dissentir da conclusão adotada pelo Tribunal a quo acerca da concessão de efeito suspensivo à apelação, seria necessário o reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos, o que atrai a incidência da Súmula 279 do STF. Além disso, seria imprescindível, também, a interpretação da legislação infraconstitucional pertinente (Lei 8.245/1991 e Código de Processo Civil), sendo certo que a ofensa à Constituição, se ocorrente, seria apenas indireta, o que inviabiliza o recurso extraordinário. Nesse sentido, menciono as seguintes decisões, entre outras: ARE 697.740/SP e AI 685.031-ED/SP, Rel. Min. Cármen Lúcia; ARE 709.366/SP e RE 658.516/ES, Rel. Min. Luiz Fux; AI 795.735/SP, Rel. Min Cezar Peluso. Isso posto, nego provimento ao agravo regimental. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2974800. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 8 Decisão de Julgamento SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 707.229 PROCED. : SÃO PAULO RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI AGTE.(S) : DZ S/A ENGENHARIA EQUIPAMENTOS E SISTEMAS ADV.(A/S) : DANIELLE OLIVEIRA MENDES E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : USINA SANTA ELISA S/A ADV.(A/S) : ROBERTO CESAR SCACCHETTI DE CASTRO E OUTRO(A/S) INTDO.(A/S) : DEDINI S/A INDUSTRIAS DE BASE ADV.(A/S) : JOSÉ MARCELO JARDIM DE CAMARGO E OUTRO(A/S) INTDO.(A/S) : DOVILIO OMETTO Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. 2ª Turma, 16.10.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Subprocurador-Geral da República, Dr. Mário José Gisi. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3052104 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 707.229 PROCED. : SÃO PAULO RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI AGTE.(S) : DZ S/A ENGENHARIA EQUIPAMENTOS E SISTEMAS ADV.(A/S) : DANIELLE OLIVEIRA MENDES E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : USINA SANTA ELISA S/A ADV.(A/S) : ROBERTO CESAR SCACCHETTI DE CASTRO E OUTRO(A/S) INTDO.(A/S) : DEDINI S/A INDUSTRIAS DE BASE ADV.(A/S) : JOSÉ MARCELO JARDIM DE CAMARGO E OUTRO(A/S) INTDO.(A/S) : DOVILIO OMETTO Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. 2ª Turma, 16.10.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Subprocurador-Geral da República, Dr. Mário José Gisi. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3052104 Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 8
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3060422
2012-10-16T00:00:00
2012-11-07T00:00:00
A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. 2ª Turma, 16.10.2012.
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO
Ementa: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSO JUDICIAL. DILIGÊNCIA PROBATÓRIA. INDEFERIMENTO. VIOLAÇÃO AOS PRINCÍPIOS DO CONTRADITÓRIO E DA AMPLA DEFESA. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. INEXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL. DISCUSSÃO SOBRE A ATRIBUIÇÃO DE EFEITO SUSPENSIVO À APELAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE DO REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO E DA ANÁLISE DE NORMAS INFRACONSTITUCIONAIS. SÚMULA 279 DO STF. OFENSA INDIRETA. AGRAVO IMPROVIDO. I – Os Ministros desta Corte, no ARE 639.228-RG/RJ, Rel. Min. Cezar Peluso, manifestaram-se pela inexistência de repercussão geral da controvérsia acerca da violação dos princípios da ampla defesa e do contraditório, nos casos de indeferimento de diligência probatória, por se tratar de matéria restrita ao âmbito processual, decisão que vale para todos os recursos sobre matéria idêntica. II – Para dissentir da conclusão adotada pelo Tribunal a quo acerca da concessão de efeito suspensivo à apelação, seria necessário o reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos, o que atrai a incidência da súmula 279 desta Corte, bem como seria imprescindível a interpretação da legislação infraconstitucional pertinente, sendo certo que a ofensa à Constituição, se ocorrente, seria apenas indireta, o que inviabiliza o recurso extraordinário. Precedentes. III – Agravo regimental improvido.
sjur217953
- Acórdão(s) citado(s) (REPERCUSSÃO GERAL, INEXISTÊNCIA) STF: ARE 639228 RG (TP); (OFENSA REFLEXA) STF: ARE 685031 ED (1ªT); - Decisão(ões) monocrática(s) citada(s) (OFENSA REFLEXA) STF: ARE 697740, ARE 709366, RE 658516. Número de páginas: 8. Análise: 16/11/2012, MJC.
RICARDO LEWANDOWSKI
Segunda Turma
707229
[ "LEG-FED LEI-005869 ANO-1973\r\n CPC-1973 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL\r\n\r\n", "LEG-FED LEI-008245 ANO-1991\r\n LEI ORDINÁRIA\r\n\r\n", "LEG-FED RGI ANO-1980\r\n ART-00327 PAR-00001 \r\n RISTF-1980 REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL\r\n\r\n", "LEG-FED SUMSTF-000279 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF" ]
ARE-AgR
acordaos
ARE 707229 AgR
[ "" ]
AGDO.(A/S) : USINA SANTA ELISA S/A ADV.(A/S) : DANIELLE OLIVEIRA MENDES E OUTRO(A/S) AGTE.(S) : DZ S/A ENGENHARIA EQUIPAMENTOS E SISTEMAS ADV.(A/S) : ROBERTO CESAR SCACCHETTI DE CASTRO E OUTRO(A/S) INTDO.(A/S) : DEDINI S/A INDUSTRIAS DE BASE ADV.(A/S) : JOSÉ MARCELO JARDIM DE CAMARGO E OUTRO(A/S) INTDO.(A/S) : DOVILIO OMETTO
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 707 . 229", "SÚMULA 279 DO STF", "ARE 639 . 228 - RG / RJ", "ARE 707 . 229", "ARE 707 . 229 AGR / SP", "ARE 639 . 228 - RG / RJ", "AGRAVO 707 . 229", "ARE 639 . 228 - RG / RJ", "ARE 707 . 229 AGR / SP", "Súmula 279 do STF", "SÚMULA N . 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL", "ARE 697 . 740 / SP", "ARE 707 . 229 AGR", "Súmula 279 do STF", "SÚMULA N . 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL", "ARE 697 . 740 / SP", "ARE 707 . 229 AGR / SP", "ARE 707 . 229 AGR / SP", "ARE 639 . 228 - RG / RJ", "ARE 639 . 228 - RG / RJ", "ARE 707 . 229 AGR", "Súmula 279 do STF", "ARE 697 . 740 / SP", "AI 685 . 031 - ED / SP", "ARE 709 . 366 / SP", "RE 658 . 516 / ES", "AI 795 . 735 / SP", "ARE 707 . 229", "Súmula 279 do STF", "ARE 697 . 740 / SP", "AI 685 . 031 - ED / SP", "ARE 709 . 366 / SP", "RE 658 . 516 / ES", "AI 795 . 735 / SP" ], "LEGISLACAO": [ "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Constituição", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Constituição", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 58 , inc . V , da Lei n° 8 . 245 / 91", "art . 558 do CPC", "art . 102 , III , a , da Constituição", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 58 , inc . V , da Lei n° 8 . 245 / 91", "art . 558 do CPC", "art . 102 , III , a , da Constituição", "art .", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "arts . 326 e 327 , § [UNK] , do RISTF", "art . 543 - A , § [UNK] , do CPC", "Lei 11 . 418 / 2006", "Lei [UNK] 8 .", "245", "/", "91", "Código de processo Civil", "CPC , art . 557 , caput", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "arts", "art . 543 - A , § [UNK] , do CPC", "Lei 11 . 418 / 2006", "Lei [UNK] 8 . 245 / 91", "Código de processo Civil", "CPC , art . 557 , caput", "MP n° 2", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . [UNK] , LV , da Constituição Federal", "Constituição Federal", "Constituição da República", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 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"AGR", "/", "SP", "Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Segunda Turma do", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "SEGUNDA TURMA", "DZ S / A ENGENHARIA EQUIPAMENTOS", "USINA SANTA ELISA S / A", "DEDINI S / A INDUSTRIAS DE BASE", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "DZ S / A ENGENHARIA EQUIPAMENTOS E SISTEMAS", "USINA SANTA ELISA S / A", "DEDINI S / A INDUSTRIAS DE BASE", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "/", "SP", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "SEGUNDA TURMA", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "/", "SP", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "SEGUNDA TURMA", "DZ S / A ENGENHARIA EQUIPAMENTOS E SISTEMAS", "USINA SANTA ELISA S / A", "DEDINI S / A INDUSTRIAS DE BASE", "[UNK] Turma", "Infra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "DZ S / A ENGENHARIA EQUIPAMENTOS E SISTEMAS", "USINA SANTA ELISA S", "DEDINI S / A INDUSTRIAS DE BASE", "[UNK] Turma", "Infra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil" ], "PESSOA": [ "RICARDO LEWANDOWSKI", "DANIELLE OLIVEIRA MENDES", "ROBERTO CESAR SCACCHETTI DE CASTRO", "JOSÉ MARCELO JARDIM DE CAMARGO", "DOVILIO OMETTO", "Cezar Peluso", "Ricardo Lewandowski", "Joaquim Barbosa", "Cármen Lúcia", "RICARDO LEWANDOWSKI", "Ricardo Lewandowski", "Joaquim Barbosa", "Cármen Lúcia", "RICARDO LEWANDOWSKI", "RICARDO LEWANDOWSKI", "DANIELLE OLIVEIRA MENDES", "ROBERTO CESAR SCACCHETTI DE CASTRO", "JOSÉ MARCELO JARDIM DE CAMARGO", "DOVILIO OMETTO", "RICARDO LEWANDOWSKI", "Cezar Peluso", "RICARDO LEWANDOWSKI", "DANIELLE OLIVEIRA MENDES", "ROBERTO CESAR SCACCHETTI DE CASTRO", "JOSÉ MARCELO JARDIM DE CAMARGO", "DOVILIO OMETTO", "RICARDO LEWANDOWSKI", "Cezar Peluso", "Cármen Lúcia", "Cármen Lúcia", "RICARDO LEWANDOWSKI", "RICARDO LEWANDOWSKI", "Cezar Peluso", "RICARDO LEWANDOWSKI", "Cezar Peluso", "RICARDO LEWANDOWSKI", "Cármen Lúcia", "Luiz Fux", "Cezar Peluso", "Cármen Lúcia", "Luiz Fux", "Cezar Peluso", "RICARDO LEWANDOWSKI", "DANIELLE OLIVEIRA MENDES", "ROBERTO CESAR SCACCHETTI DE CASTRO", "JOSÉ MARCELO JARDIM DE CAMARGO", "DOVILIO OMETTO", "Joaquim Barbosa", "Cármen Lúcia", "Ricardo Lewandowski", "Celso de Mello", "Gilmar Mendes", "Joaquim Barbosa", "Cármen Lúcia", "Mário José Gisi", "RICARDO LEWANDOWSKI", "DANIELLE OLIVEIRA MENDES", "ROBERTO CESAR SCACCHETTI DE CASTRO", "JOSÉ MARCELO JARDIM DE CAMARGO", "DOVILIO OMETTO", "Joaquim Barbosa", "Cármen Lúcia", "Ricardo Lewandowski", "Celso de Mello", "Gilmar Mendes", "Joaquim Barbosa", "Cármen Lúcia", "Mário José Gisi" ], "TEMPO": [ "16", "/", "10", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "07", "/", "11", "/", "2012", "16 de outubro de 2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "16 de outubro de 2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "16", "/", "10", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", 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Ementa e Acórdão 16/10/2012 SEGUNDA TURMA EMB.DECL. NA EXTRADIÇÃO 1.250 REPÚBLICA ARGENTINA RELATOR : MIN. GILMAR MENDES EMBTE.(S) :BOZIDAR RATKOVIK OU GORAN SIMIC ADV.(A/S) :MARCO ANTONIO DO AMARAL FILHO EMBDO.(A/S) :GOVERNO DA ARGENTINA Embargos de declaração em extradição. 2. O cabimento dos embargos de declaração restringe-se à análise de possível e real contradição, omissão ou obscuridade, ainda assim, desde que importe em prejuízo lógico e jurídico à compreensão do julgado. 3. Razões do embargante que externam verdadeira manifestação de inconformismo e não, propriamente, supostos vícios na decisão ora embargada. 4. Embargos rejeitados. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os ministros do Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, rejeitar os embargos de declaração, nos termos do voto do Relator. Brasília, 16 de outubro de 2012. Ministro GILMAR MENDES Relator Documento assinado digitalmente Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3015309. Supremo Tribunal Federal DJe 08/11/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 6 Relatório 16/10/2012 SEGUNDA TURMA EMB.DECL. NA EXTRADIÇÃO 1.250 REPÚBLICA ARGENTINA RELATOR : MIN. GILMAR MENDES EMBTE.(S) :BOZIDAR RATKOVIK OU GORAN SIMIC ADV.(A/S) :MARCO ANTONIO DO AMARAL FILHO EMBDO.(A/S) :GOVERNO DA ARGENTINA R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (Relator): Trata-se de embargos de declaração opostos pelo extraditando contra o acórdão proferido pela Segunda Turma do STF, que deferiu a extradição com a ressalva do art. 89 do Estatuto do Estrangeiro. Eis a ementa desse julgado: “Extradição instrutória requerida pelo Governo da Argentina. 2. Crimes de tráfico internacional de entorpecentes e associação para o tráfico. 3. Presença dos requisitos da dupla tipicidade e punibilidade. 4. Alegação de erro quanto à pessoa. Laudo pericial contrário à tese da defesa. 5. Bis in idem. Não ocorrência. 6. Condenação por associação e tráfico de entorpecentes praticados no Brasil. Extradição deferida com a ressalva da comutação da pena e do art. 89 do Estatuto do Estrangeiro”. (DJe 24.9.2012). A defesa afirma que não houve pronunciamento deste Tribunal sobre a tipicidade dos fatos descritos na inicial, apesar de ter sustentado a atipicidade do delito de tráfico de entorpecentes. Alega ainda que, segundo o art. 83 do Estatuto do Estrangeiro, a competência para julgamento da extradição seria do Plenário, bem como que a alteração promovida pela Emenda Regimental n. 45 (competência do Pleno para as turmas) é inconstitucional, pois viola o art. 5º, LIII e LIV. É o relatório. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3015310. Supremo Tribunal Federal 16/10/2012 SEGUNDA TURMA EMB.DECL. NA EXTRADIÇÃO 1.250 REPÚBLICA ARGENTINA RELATOR : MIN. GILMAR MENDES EMBTE.(S) :BOZIDAR RATKOVIK OU GORAN SIMIC ADV.(A/S) :MARCO ANTONIO DO AMARAL FILHO EMBDO.(A/S) :GOVERNO DA ARGENTINA R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (Relator): Trata-se de embargos de declaração opostos pelo extraditando contra o acórdão proferido pela Segunda Turma do STF, que deferiu a extradição com a ressalva do art. 89 do Estatuto do Estrangeiro. Eis a ementa desse julgado: “Extradição instrutória requerida pelo Governo da Argentina. 2. Crimes de tráfico internacional de entorpecentes e associação para o tráfico. 3. Presença dos requisitos da dupla tipicidade e punibilidade. 4. Alegação de erro quanto à pessoa. Laudo pericial contrário à tese da defesa. 5. Bis in idem. Não ocorrência. 6. Condenação por associação e tráfico de entorpecentes praticados no Brasil. Extradição deferida com a ressalva da comutação da pena e do art. 89 do Estatuto do Estrangeiro”. (DJe 24.9.2012). A defesa afirma que não houve pronunciamento deste Tribunal sobre a tipicidade dos fatos descritos na inicial, apesar de ter sustentado a atipicidade do delito de tráfico de entorpecentes. Alega ainda que, segundo o art. 83 do Estatuto do Estrangeiro, a competência para julgamento da extradição seria do Plenário, bem como que a alteração promovida pela Emenda Regimental n. 45 (competência do Pleno para as turmas) é inconstitucional, pois viola o art. 5º, LIII e LIV. É o relatório. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3015310. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 6 Voto - MIN. GILMAR MENDES 16/10/2012 SEGUNDA TURMA EMB.DECL. NA EXTRADIÇÃO 1.250 REPÚBLICA ARGENTINA V O T O O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (Relator): Consoante relatado, o embargante sustenta que não houve pronunciamento deste Tribunal sobre a tipicidade dos fatos descritos na inicial, apesar de a defesa ter sustentado a atipicidade do delito de tráfico de entorpecentes. Alega, ainda, que, segundo o art. 83 do Estatuto do Estrangeiro, a competência para julgamento da extradição seria do Plenário, bem como que a alteração promovida pela Emenda Regimental n. 45 (competência do Pleno para as turmas) é inconstitucional, pois viola o art. 5º, LIII e LIV. O cabimento dos embargos de declaração restringe-se à análise de possível e real contradição, omissão ou obscuridade, ainda assim, desde que importe em prejuízo lógico e jurídico à compreensão do julgado. Na hipótese, depreende-se das razões do embargante verdadeira manifestação de inconformismo e não, propriamente, supostos vícios na decisão ora embargada. Na resposta escrita apresentada após o interrogatório, o extraditando já afirmara que o pedido do Governo requerente não trouxe indicações precisas sobre o fato criminoso (no caso, o tráfico de entorpecentes). Nesse sentido, asseverou: “O Estado Requerente não prestou informações a cerca do local, da data, da natureza e da circunstância do fato criminoso relativamente ao delito de tráfico de entorpecentes, nem esclareceu em que circunstâncias se teria caracterizado a participação do extraditando no delito de tráfico ilícito de entorpecentes – (fl. 155)”. Afirmou também: ante a ausência de descrição mínima dos fatos que supostamente estariam a indicar a participação do extraditando no delito de tráfico ilícito de entorpecentes, deve ser indeferido o pedido de extradição. (fl. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3015311. Supremo Tribunal Federal 16/10/2012 SEGUNDA TURMA EMB.DECL. NA EXTRADIÇÃO 1.250 REPÚBLICA ARGENTINA V O T O O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (Relator): Consoante relatado, o embargante sustenta que não houve pronunciamento deste Tribunal sobre a tipicidade dos fatos descritos na inicial, apesar de a defesa ter sustentado a atipicidade do delito de tráfico de entorpecentes. Alega, ainda, que, segundo o art. 83 do Estatuto do Estrangeiro, a competência para julgamento da extradição seria do Plenário, bem como que a alteração promovida pela Emenda Regimental n. 45 (competência do Pleno para as turmas) é inconstitucional, pois viola o art. 5º, LIII e LIV. O cabimento dos embargos de declaração restringe-se à análise de possível e real contradição, omissão ou obscuridade, ainda assim, desde que importe em prejuízo lógico e jurídico à compreensão do julgado. Na hipótese, depreende-se das razões do embargante verdadeira manifestação de inconformismo e não, propriamente, supostos vícios na decisão ora embargada. Na resposta escrita apresentada após o interrogatório, o extraditando já afirmara que o pedido do Governo requerente não trouxe indicações precisas sobre o fato criminoso (no caso, o tráfico de entorpecentes). Nesse sentido, asseverou: “O Estado Requerente não prestou informações a cerca do local, da data, da natureza e da circunstância do fato criminoso relativamente ao delito de tráfico de entorpecentes, nem esclareceu em que circunstâncias se teria caracterizado a participação do extraditando no delito de tráfico ilícito de entorpecentes – (fl. 155)”. Afirmou também: ante a ausência de descrição mínima dos fatos que supostamente estariam a indicar a participação do extraditando no delito de tráfico ilícito de entorpecentes, deve ser indeferido o pedido de extradição. (fl. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3015311. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 6 Voto - MIN. GILMAR MENDES EXT 1.250 ED / ** 157). No que se refere à alegação de que a acusação é vaga e imprecisa, não tendo o Estado requerente descrito suficientemente os fatos criminosos, bem como de insuficiência de provas da participação do extraditando, adoto o entendimento, mencionado pelo Ministério Público Federal, traduzido na ementa da EXT 1.145 de relatoria do Ministro Celso de Mello, DJe 27.2.2009: “o sistema de contenciosidade limitada, que caracteriza o regime jurídico da extradição passiva no direito positivo brasileiro, não permite qualquer indagação probatória pertinente ao ilícito criminal cuja persecução, no exterior, justificou o ajuizamento da demanda extradicional perante o Supremo Tribunal Federal”. No que tange à alegação de desrespeito ao artigo 83 do Estatuto do Estrangeiro, ressalto que a matéria escapa ao estreito campo de emprego dos embargos declaratórios. Entretanto, como a questão discute a competência de julgamento pela Turma para pedidos de extradição, por se tratar de matéria de ordem pública, passo à análise. Inicialmente, transcrevo o artigo 83 da Lei 6.815/1980: “Nenhuma extradição será concedida sem prévio pronunciamento do Plenário do Supremo Tribunal Federal sobre sua legalidade e procedência, não cabendo recurso da decisão”. Por outro lado, prevê o artigo 9º, inciso I, alínea “h”, do RI/STF que compete às turmas processar e julgar originariamente a extradição requisitada por Estado estrangeiro. Anoto que a competência, anteriormente, era do Plenário desta Corte, vindo a ser modificada pela Emenda Regimental n. 45/2011, com as justificativas consignadas no Processo Administrativo n. 344.588, deliberado em Sessão Administrativa em 18.5.2011. Oportuna a transcrição do seguinte excerto: “Considerando i) o alto número de processos constantes 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3015311. Supremo Tribunal Federal EXT 1.250 ED / ** 157). No que se refere à alegação de que a acusação é vaga e imprecisa, não tendo o Estado requerente descrito suficientemente os fatos criminosos, bem como de insuficiência de provas da participação do extraditando, adoto o entendimento, mencionado pelo Ministério Público Federal, traduzido na ementa da EXT 1.145 de relatoria do Ministro Celso de Mello, DJe 27.2.2009: “o sistema de contenciosidade limitada, que caracteriza o regime jurídico da extradição passiva no direito positivo brasileiro, não permite qualquer indagação probatória pertinente ao ilícito criminal cuja persecução, no exterior, justificou o ajuizamento da demanda extradicional perante o Supremo Tribunal Federal”. No que tange à alegação de desrespeito ao artigo 83 do Estatuto do Estrangeiro, ressalto que a matéria escapa ao estreito campo de emprego dos embargos declaratórios. Entretanto, como a questão discute a competência de julgamento pela Turma para pedidos de extradição, por se tratar de matéria de ordem pública, passo à análise. Inicialmente, transcrevo o artigo 83 da Lei 6.815/1980: “Nenhuma extradição será concedida sem prévio pronunciamento do Plenário do Supremo Tribunal Federal sobre sua legalidade e procedência, não cabendo recurso da decisão”. Por outro lado, prevê o artigo 9º, inciso I, alínea “h”, do RI/STF que compete às turmas processar e julgar originariamente a extradição requisitada por Estado estrangeiro. Anoto que a competência, anteriormente, era do Plenário desta Corte, vindo a ser modificada pela Emenda Regimental n. 45/2011, com as justificativas consignadas no Processo Administrativo n. 344.588, deliberado em Sessão Administrativa em 18.5.2011. Oportuna a transcrição do seguinte excerto: “Considerando i) o alto número de processos constantes 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3015311. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 6 Voto - MIN. GILMAR MENDES EXT 1.250 ED / ** da pauta do plenário e ii) a significativa diminuição da quantidade de recursos extraordinários e agravos de instrumentos, classes afeitas às Turmas e responsáveis por cerca de 92% dos processos recebidos nesta Corte, propõe-se ampliação da competências dessas”. Vê-se, assim, que a alteração regimental buscou atender a melhor e célere prestação jurisdicional por esta Corte, em plena consonância com o artigo 5º, LXXXVIII, da CF/88: “a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação”. Ressalto, ainda, que a competência do STF para julgamento do pedido extradicional está fixada na Constituição Federal de 1988 e sem qualquer menção a qual órgão da estrutura da Corte deverá apreciar esse pedido. Dessarte, o julgamento pelas turmas dos processos extradicionais, afetados em observância à competência fixada em norma constitucional, não representa qualquer ofensa à regra de competência fixada em norma infraconstitucional, no caso, anterior à promulgação da Constituição de 1988. Ante o exposto, por não vislumbrar qualquer vício na decisão ora embargada, rejeito os presentes embargos de declaração. É como voto. 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3015311. Supremo Tribunal Federal EXT 1.250 ED / ** da pauta do plenário e ii) a significativa diminuição da quantidade de recursos extraordinários e agravos de instrumentos, classes afeitas às Turmas e responsáveis por cerca de 92% dos processos recebidos nesta Corte, propõe-se ampliação da competências dessas”. Vê-se, assim, que a alteração regimental buscou atender a melhor e célere prestação jurisdicional por esta Corte, em plena consonância com o artigo 5º, LXXXVIII, da CF/88: “a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação”. Ressalto, ainda, que a competência do STF para julgamento do pedido extradicional está fixada na Constituição Federal de 1988 e sem qualquer menção a qual órgão da estrutura da Corte deverá apreciar esse pedido. Dessarte, o julgamento pelas turmas dos processos extradicionais, afetados em observância à competência fixada em norma constitucional, não representa qualquer ofensa à regra de competência fixada em norma infraconstitucional, no caso, anterior à promulgação da Constituição de 1988. Ante o exposto, por não vislumbrar qualquer vício na decisão ora embargada, rejeito os presentes embargos de declaração. É como voto. 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3015311. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 6 Decisão de Julgamento SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA EMB.DECL. NA EXTRADIÇÃO 1.250 PROCED. : REPÚBLICA ARGENTINA RELATOR : MIN. GILMAR MENDES EMBTE.(S) : BOZIDAR RATKOVIK OU GORAN SIMIC ADV.(A/S) : MARCO ANTONIO DO AMARAL FILHO EMBDO.(A/S) : GOVERNO DA ARGENTINA Decisão: A Turma, por unanimidade, rejeitou os embargos de declaração, nos termos do voto do Relator. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. 2ª Turma, 16.10.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Subprocurador-Geral da República, Dr. Mário José Gisi. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3051971 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA EMB.DECL. NA EXTRADIÇÃO 1.250 PROCED. : REPÚBLICA ARGENTINA RELATOR : MIN. GILMAR MENDES EMBTE.(S) : BOZIDAR RATKOVIK OU GORAN SIMIC ADV.(A/S) : MARCO ANTONIO DO AMARAL FILHO EMBDO.(A/S) : GOVERNO DA ARGENTINA Decisão: A Turma, por unanimidade, rejeitou os embargos de declaração, nos termos do voto do Relator. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. 2ª Turma, 16.10.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Subprocurador-Geral da República, Dr. Mário José Gisi. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3051971 Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 6
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3064957
2012-10-16T00:00:00
2012-11-08T00:00:00
A Turma, por unanimidade, rejeitou os embargos de declaração, nos termos do voto do Relator. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. 2ª Turma, 16.10.2012.
EMB.DECL. NA EXTRADIÇÃO
Embargos de declaração em extradição. 2. O cabimento dos embargos de declaração restringe-se à análise de possível e real contradição, omissão ou obscuridade, ainda assim, desde que importe em prejuízo lógico e jurídico à compreensão do julgado. 3. Razões do embargante que externam verdadeira manifestação de inconformismo e não, propriamente, supostos vícios na decisão ora embargada. 4. Embargos rejeitados.
sjur218046
- Acórdão(s) citado(s): (EXTRADIÇÃO, PRINCÍPIO DA CONTENCIOSIDADE LIMITADA, DILAÇÃO PROBATÓRIA) STF: EXT 1145 ED (TP). - Veja Processo Administrativo 344588 do STF. Número de páginas: 6. Análise: 21/11/2012, AAT. Revisão: 27/11/2012, SEV.
GILMAR MENDES
Segunda Turma
1250
[ "LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00005 INC-00053 INC-00054 INC-00078\r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n", "LEG-FED LEI-006815 ANO-1980\r\n ART-00083 \r\n EE-1980 ESTATUTO DO ESTRANGEIRO\r\n", "LEG-FED RGI ANO-1980\r\n ART-00009 INC-00001 LET-H \r\n RISTF-1980 REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL\r\n", "LEG-FED EMR-000045 ANO-2011\r\n EMENDA REGIMENTAL DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF" ]
Ext-ED
acordaos
Ext 1250 ED
[ "" ]
EMBTE.(S) : BOZIDAR RATKOVIK OU GORAN SIMIC ADV.(A/S) : MARCO ANTONIO DO AMARAL FILHO EMBDO.(A/S) : GOVERNO DA ARGENTINA
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "EXT 1 . 145", "EXT 1 . 250", "EXT 1 . 145" ], "LEGISLACAO": [ "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 89 do Estatuto do Estrangeiro", "art . 89 do Estatuto do Estrangeiro", "art . 83 do Estatuto do Estrangeiro", "Emenda Regimental n . 45", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 89 do Estatuto do Estrangeiro", "art . 89 do Estatuto do Estrangeiro", "art . 83 do Estatuto do", "Emenda Regimental n . 45", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 83 do Estatuto do Estrangeiro", "Emenda Regimental n . 45", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 83 do Estatuto do Estrangeiro", "Emenda Regimental n . 45", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "artigo 83 do Estatuto do Estrangeiro", "artigo 83 da Lei 6 . 815 / 1980", "artigo [UNK] , inciso I , alínea “ h ” , do RI / STF", "Emenda Regimental n . 45 / 2011", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "artigo 83 do Estatuto do Estrangeiro", "artigo 83 da Lei 6 . 815 / 1980", "artigo [UNK] , inciso I , alínea “ h ” , do RI / STF", "Emenda Regimental n . 45 / 2011", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "artigo [UNK] , LXXXVIII , da CF / 88", "Constituição Federal de 1988", "Constituição de 1988", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "artigo [UNK] , LXXXVIII , da CF / 88", "Constituição Federal de 1988", "Constituição de 1988", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001" ], "LOCAL": [ "Brasília", "Brasil", "Brasil" ], "ORGANIZACAO": [ "SEGUNDA TURMA", "GOVERNO DA ARGENTINA", "Supremo Tribunal Federal", "Segunda Turma", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "GOVERNO DA ARGENTINA", "Segunda Turma do STF", "Governo da Argentina", "Plenário", "Pleno", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "250", "REPÚBLICA ARGENTINA", "GOVERNO DA ARGENTINA", "Segunda Turma do STF", "Governo da Argentina", "Plenário", "Pleno", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "SEGUNDA TURMA", "Plenário", "Pleno", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "Plenário", "Pleno", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Ministério Público Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Plenário do Supremo Tribunal Federal", "Plenário", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Ministério Público Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Plenário do Supremo Tribunal Federal", "Plenário", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "STF", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "STF", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "SEGUNDA TURMA", "REPÚBLICA ARGENTINA", "GOVERNO DA ARGENTINA", "[UNK] Turma", "Infra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "REPÚBLICA ARGENTINA", "GOVERNO DA ARGENTINA", "[UNK] Turma", "Infra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil" ], "PESSOA": [ "GILMAR MENDES", "BOZIDAR RATKOVIK", "GORAN SIMIC", "MARCO ANTONIO DO AMARAL FILHO", "Ricardo Lewandowski", "GILMAR MENDES", "GILMAR MENDES", "BOZIDAR RATKOVIK", "GORAN SIMIC", "MARCO ANTONIO DO AMARAL FILHO", "GILMAR MENDES", "GILMAR MENDES", "BOZIDAR RATKOVIK", "GORAN SIMIC", "MARCO ANTONIO DO AMARAL FILHO", "GILMAR MENDES", "GILMAR MENDES", "GILMAR MENDES", "GILMAR MENDES", "GILMAR MENDES", "Celso de Mello", "Celso de Mello", "GILMAR MENDES", "GILMAR MENDES", "BOZIDAR RATKOVIK OU", "GORAN SIMIC", "MARCO ANTONIO DO AMARAL FILHO", "Joaquim Barbosa", "Cármen Lúcia", "Ricardo Lewandowski", "Celso de Mello", "Gilmar Mendes", "Joaquim Barbosa", "Cármen Lúcia", "Mário José Gisi", "Fabiane Duarte", "GILMAR MENDES", "BOZIDAR RATKOVIK OU", "GORAN SIMIC", "MARCO ANTONIO DO AMARAL FILHO", "Joaquim Barbosa", "Cármen Lúcia", "Ricardo Lewandowski", "Celso de Mello", "Gilmar Mendes", "Joaquim Barbosa", "Cármen Lúcia", "Mário José Gisi", "Fabiane Duarte" ], "TEMPO": [ "16", "/", "10", "/", "2012", "16 de outubro de 2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "08", "/", "11", "/", "2012", "16", "/", "10", "/", "2012", "24", ".", "9", ".", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "16", "/", "10", "/", "2012", "24", ".", "9", ".", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "16", "/", "10", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "16", "/", "10", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "27", ".", "2", ".", "2009", "18", ".", "5", ".", "2011", "24", "/", "08", "/", "2001", "27", ".", "2", ".", "2009", "18", ".", "5", ".", "2011", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "16", ".", "10", ".", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "16", ".", "10", ".", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001" ] }
Ementa e Acórdão 16/10/2012 SEGUNDA TURMA EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 708.673 RIO GRANDE DO SUL RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA EMBTE.(S) :HANAE SHINNAI ADV.(A/S) :MARCELO TRINDADE DE ALMEIDA E OUTRO(A/S) EMBDO.(A/S) :INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL FEDERAL EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. PROCESSUAL CIVIL. LITISPENDÊNCIA. SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a Presidência do Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, à unanimidade, em converter os embargos de declaração em agravo regimental e, negar provimento ao agravo regimental no recurso extraordinário com agravo, nos termos do voto da Relatora. Brasília, 16 de outubro de 2012. Ministra CÁRMEN LÚCIA - Relatora Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034429. Supremo Tribunal Federal DJe 12/11/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 7 Relatório 16/10/2012 SEGUNDA TURMA EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 708.673 RIO GRANDE DO SUL RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA EMBTE.(S) :HANAE SHINNAI ADV.(A/S) :MARCELO TRINDADE DE ALMEIDA E OUTRO(A/S) EMBDO.(A/S) :INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL FEDERAL R E L A T Ó R I O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Em 19 de setembro de 2012, neguei seguimento ao agravo nos autos do recurso extraordinário interposto por Hanae Shinnai contra julgado do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, o qual decidira pela extinção de execução de sentença com base no reconhecimento de litispendência. A decisão embargada teve a seguinte fundamentação: “5. Razão jurídica não assiste aos Agravantes. 6. Este Supremo Tribunal assentou que a alegação de contrariedade ao art. 5º, inc. XXXV, XXXVI, LIV e LV, da Constituição da República, se dependente do exame da legislação infraconstitucional (na espécie vertente, do Código de Processo Civil e da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro), não viabiliza o recurso extraordinário, pois eventual ofensa constitucional seria indireta: (...) (AI 573.345-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, Dje 12.5.2011). 7. Nada há, pois, a prover quanto às alegações dos Agravantes. 8. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 544, § 4º, inc. II, alínea a, do Código de Processo Civil, com as alterações da Lei n. 12.322/2010, e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034430. Supremo Tribunal Federal 16/10/2012 SEGUNDA TURMA EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 708.673 RIO GRANDE DO SUL RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA EMBTE.(S) :HANAE SHINNAI ADV.(A/S) :MARCELO TRINDADE DE ALMEIDA E OUTRO(A/S) EMBDO.(A/S) :INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL FEDERAL R E L A T Ó R I O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Em 19 de setembro de 2012, neguei seguimento ao agravo nos autos do recurso extraordinário interposto por Hanae Shinnai contra julgado do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, o qual decidira pela extinção de execução de sentença com base no reconhecimento de litispendência. A decisão embargada teve a seguinte fundamentação: “5. Razão jurídica não assiste aos Agravantes. 6. Este Supremo Tribunal assentou que a alegação de contrariedade ao art. 5º, inc. XXXV, XXXVI, LIV e LV, da Constituição da República, se dependente do exame da legislação infraconstitucional (na espécie vertente, do Código de Processo Civil e da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro), não viabiliza o recurso extraordinário, pois eventual ofensa constitucional seria indireta: (...) (AI 573.345-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, Dje 12.5.2011). 7. Nada há, pois, a prover quanto às alegações dos Agravantes. 8. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 544, § 4º, inc. II, alínea a, do Código de Processo Civil, com as alterações da Lei n. 12.322/2010, e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034430. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 7 Relatório ARE 708.673 ED / RS Tribunal Federal)”. 2. Publicada essa decisão no DJe de 25.9.2012, opõe Hanae Shinnai, em 28.9.2012, tempestivamente, embargos de declaração. 3. Alega o Embargante que a decisão recorrida é omissa, “na medida em que V. Excelência afirma que haveria ofensa indireta à Constituição Federal a alegação de violação ao seu ao art. 5º, XXXV, LIV e LV, ante a necessidade de exame da legislação infraconstitucional. Contudo, referido dispositivo legal tão somente visa garantir a adequada prestação jurisdicional, sendo desnecessário para sua análise eventual observância às normas infraconstitucionais, vez que a questão cinge-se ao insuficiente e precário julgamento do recurso pelo E. Tribunal Regional Federal da 4ª Região, em que pese a oposição de embargos de declaração para saneamento dos vícios”. Requer o acolhimento dos presentes embargos. É o relatório. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034430. Supremo Tribunal Federal ARE 708.673 ED / RS Tribunal Federal)”. 2. Publicada essa decisão no DJe de 25.9.2012, opõe Hanae Shinnai, em 28.9.2012, tempestivamente, embargos de declaração. 3. Alega o Embargante que a decisão recorrida é omissa, “na medida em que V. Excelência afirma que haveria ofensa indireta à Constituição Federal a alegação de violação ao seu ao art. 5º, XXXV, LIV e LV, ante a necessidade de exame da legislação infraconstitucional. Contudo, referido dispositivo legal tão somente visa garantir a adequada prestação jurisdicional, sendo desnecessário para sua análise eventual observância às normas infraconstitucionais, vez que a questão cinge-se ao insuficiente e precário julgamento do recurso pelo E. Tribunal Regional Federal da 4ª Região, em que pese a oposição de embargos de declaração para saneamento dos vícios”. Requer o acolhimento dos presentes embargos. É o relatório. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034430. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 7 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA 16/10/2012 SEGUNDA TURMA EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 708.673 RIO GRANDE DO SUL VO T O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA (Relatora): 1. Recebo os embargos de declaração e converto-os em agravo regimental (Pet 1.245-ED-AgR, Rel. Min. Moreira Alves, DJ 22.5.1998; e RE 195.578-ED, Rel. Min. Ilmar Galvão, DJ 23.8.1996). 2. Razão jurídica não assiste ao Agravante. 3. O Tribunal de origem confirmou a sentença proferida nos seguintes termos: “as parcelas vencidas a partir de 05/03/2001, incluídas no cálculo de fls., não poderiam ter sido objeto da presente ação presente ação de execução, uma vez que já foram objeto da ação de execução da obrigação de fazer, conforme petição de fls. 215/216 dos autos da ação ordinária n. 95.00.0956-4, execução esta que está pendente de recurso especial junto ao STJ, consoante constou do relatório da presente sentença. E, naturalmente, não se pode admitir que a parte embargada promova em duplicidade a execução relativa ao mesmo período. Desse modo, uma vez tendo ajuizado ação de execução, na forma de obrigação de fazer, para as parcelas vencidas a partir de 05/03/2001, não poderia ajuizar ação de execução, na forma de obrigação de dar, incluindo as parcelas vencidas entre 05/03/2001 e março de 2004. Há, no caso, litispendência, já que se trata das mesmas partes (os ora embargados e o INSS), da mesma causa de pedir (a sentença dos autos n. 95.00.0956-4) e do mesmo pedido (parcelas pendentes decorrentes da sentença nos autos n. 95.00.0956-4, relativas ao período entre março de 2001 e março de 2004)” (fl. 816). 4. Concluir de forma diversa das instâncias ordinárias a respeito da Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034431. Supremo Tribunal Federal 16/10/2012 SEGUNDA TURMA EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 708.673 RIO GRANDE DO SUL VO T O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA (Relatora): 1. Recebo os embargos de declaração e converto-os em agravo regimental (Pet 1.245-ED-AgR, Rel. Min. Moreira Alves, DJ 22.5.1998; e RE 195.578-ED, Rel. Min. Ilmar Galvão, DJ 23.8.1996). 2. Razão jurídica não assiste ao Agravante. 3. O Tribunal de origem confirmou a sentença proferida nos seguintes termos: “as parcelas vencidas a partir de 05/03/2001, incluídas no cálculo de fls., não poderiam ter sido objeto da presente ação presente ação de execução, uma vez que já foram objeto da ação de execução da obrigação de fazer, conforme petição de fls. 215/216 dos autos da ação ordinária n. 95.00.0956-4, execução esta que está pendente de recurso especial junto ao STJ, consoante constou do relatório da presente sentença. E, naturalmente, não se pode admitir que a parte embargada promova em duplicidade a execução relativa ao mesmo período. Desse modo, uma vez tendo ajuizado ação de execução, na forma de obrigação de fazer, para as parcelas vencidas a partir de 05/03/2001, não poderia ajuizar ação de execução, na forma de obrigação de dar, incluindo as parcelas vencidas entre 05/03/2001 e março de 2004. Há, no caso, litispendência, já que se trata das mesmas partes (os ora embargados e o INSS), da mesma causa de pedir (a sentença dos autos n. 95.00.0956-4) e do mesmo pedido (parcelas pendentes decorrentes da sentença nos autos n. 95.00.0956-4, relativas ao período entre março de 2001 e março de 2004)” (fl. 816). 4. Concluir de forma diversa das instâncias ordinárias a respeito da Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034431. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 7 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA ARE 708.673 ED / RS litispendência demandaria a análise prévia das provas dos autos, inviável em recurso extraordinário. Incide na espécie a Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal. 5. Ademais, como afirmado na decisão agravada, este Supremo Tribunal assentou que a alegação de contrariedade ao art. 5º, inc. XXXV, XXXVI, LIV e LV, da Constituição da República, se dependente do exame da legislação infraconstitucional (na espécie vertente, Código de Processo Civil e Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro), não viabiliza o recurso extraordinário, pois eventual ofensa constitucional seria indireta: “AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PROCESSUAL CIVIL. MULTA POR LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ. LITISPENDÊNCIA. IMPOSSIBILIDADE DA ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL E DO REEXAME DE PROVAS (SÚMULA 279). OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (RE 594.053-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 30.4.2010). “AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO. REVISÃO DE PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR. PREQUESTIONAMENTO. AUSÊNCIA. SÚMULA 282 DO STF. ALEGADA CONTRARIEDADE AOS ARTS. 5º, XXXV, LIV E LV, DA CF. OFENSA REFLEXA. VIOLAÇÃO AO ART. 93, IX, DA CF. INOCORRÊNCIA. REAPRECIAÇÃO DE INTERPRETAÇÃO DE NORMAS INFRACONSTITUCIONAIS, FEDERAL E LOCAL. IMPOSSIBILIDADE. OFENSA INDIRETA. SÚMULA 280 DO STF. MANUTENÇÃO DE FUNDAMENTOS INFRACONSTITUCIONAIS SUFICIENTES. SÚMULA 283 DO STF. AGRAVO IMPROVIDO. I - Ausência de prequestionamento do art. 22, I, da Constituição Federal. Incidência da Súmula 282 do STF. Ademais, a tardia alegação de ofensa ao texto constitucional, apenas 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034431. Supremo Tribunal Federal ARE 708.673 ED / RS litispendência demandaria a análise prévia das provas dos autos, inviável em recurso extraordinário. Incide na espécie a Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal. 5. Ademais, como afirmado na decisão agravada, este Supremo Tribunal assentou que a alegação de contrariedade ao art. 5º, inc. XXXV, XXXVI, LIV e LV, da Constituição da República, se dependente do exame da legislação infraconstitucional (na espécie vertente, Código de Processo Civil e Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro), não viabiliza o recurso extraordinário, pois eventual ofensa constitucional seria indireta: “AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PROCESSUAL CIVIL. MULTA POR LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ. LITISPENDÊNCIA. IMPOSSIBILIDADE DA ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL E DO REEXAME DE PROVAS (SÚMULA 279). OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (RE 594.053-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 30.4.2010). “AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO. REVISÃO DE PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR. PREQUESTIONAMENTO. AUSÊNCIA. SÚMULA 282 DO STF. ALEGADA CONTRARIEDADE AOS ARTS. 5º, XXXV, LIV E LV, DA CF. OFENSA REFLEXA. VIOLAÇÃO AO ART. 93, IX, DA CF. INOCORRÊNCIA. REAPRECIAÇÃO DE INTERPRETAÇÃO DE NORMAS INFRACONSTITUCIONAIS, FEDERAL E LOCAL. IMPOSSIBILIDADE. OFENSA INDIRETA. SÚMULA 280 DO STF. MANUTENÇÃO DE FUNDAMENTOS INFRACONSTITUCIONAIS SUFICIENTES. SÚMULA 283 DO STF. AGRAVO IMPROVIDO. I - Ausência de prequestionamento do art. 22, I, da Constituição Federal. Incidência da Súmula 282 do STF. Ademais, a tardia alegação de ofensa ao texto constitucional, apenas 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034431. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 7 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA ARE 708.673 ED / RS deduzida em embargos de declaração, não supre o prequestionamento. Precedentes. II - A orientação desta Corte, por meio da remansosa jurisprudência, é a de que, em regra, a alegada violação ao art. 5º, XXXV, LIV e LV, da Constituição, quando dependente de exame de legislação infraconstitucional, configura situação de ofensa reflexa ao texto constitucional, o que inviabiliza o conhecimento do recurso extraordinário. Precedentes. III - Não há negativa de prestação jurisdicional, tampouco contrariedade ao art. 93, IX, da Constituição, quando o acórdão recorrido encontra-se suficientemente fundamentado. Precedentes. IV - É inadmissível o recurso extraordinário quando sua análise implica rever a interpretação de normas infraconstitucionais, federal e local, que fundamentam a decisão a quo. A afronta à Constituição, se ocorrente, seria indireta. Incidência da Súmula 280 desta Corte. V - Com a inadmissão do recurso especial, permaneceram incólumes os fundamentos infraconstitucionais suficientes para a manutenção do acórdão recorrido. Incidência da Súmula 283 do STF. VI - Agravo regimental improvido” (RE 661.711-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Segunda Turma, DJe 13.6.2012 – grifos nossos). 6. Os argumentos do Agravante, insuficientes para modificar a decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente prestação jurisdicional. 7. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034431. Supremo Tribunal Federal ARE 708.673 ED / RS deduzida em embargos de declaração, não supre o prequestionamento. Precedentes. II - A orientação desta Corte, por meio da remansosa jurisprudência, é a de que, em regra, a alegada violação ao art. 5º, XXXV, LIV e LV, da Constituição, quando dependente de exame de legislação infraconstitucional, configura situação de ofensa reflexa ao texto constitucional, o que inviabiliza o conhecimento do recurso extraordinário. Precedentes. III - Não há negativa de prestação jurisdicional, tampouco contrariedade ao art. 93, IX, da Constituição, quando o acórdão recorrido encontra-se suficientemente fundamentado. Precedentes. IV - É inadmissível o recurso extraordinário quando sua análise implica rever a interpretação de normas infraconstitucionais, federal e local, que fundamentam a decisão a quo. A afronta à Constituição, se ocorrente, seria indireta. Incidência da Súmula 280 desta Corte. V - Com a inadmissão do recurso especial, permaneceram incólumes os fundamentos infraconstitucionais suficientes para a manutenção do acórdão recorrido. Incidência da Súmula 283 do STF. VI - Agravo regimental improvido” (RE 661.711-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Segunda Turma, DJe 13.6.2012 – grifos nossos). 6. Os argumentos do Agravante, insuficientes para modificar a decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente prestação jurisdicional. 7. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034431. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 7 Decisão de Julgamento SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 708.673 PROCED. : RIO GRANDE DO SUL RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA EMBTE.(S) : HANAE SHINNAI ADV.(A/S) : MARCELO TRINDADE DE ALMEIDA E OUTRO(A/S) EMBDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL Decisão: A Turma, por unanimidade, converteu os embargos de declaração em agravo regimental, ao qual negou provimento, nos termos do voto da Relatora. 2ª Turma, 16.10.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Subprocurador-Geral da República, Dr. Mário José Gisi. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3052149 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 708.673 PROCED. : RIO GRANDE DO SUL RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA EMBTE.(S) : HANAE SHINNAI ADV.(A/S) : MARCELO TRINDADE DE ALMEIDA E OUTRO(A/S) EMBDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL Decisão: A Turma, por unanimidade, converteu os embargos de declaração em agravo regimental, ao qual negou provimento, nos termos do voto da Relatora. 2ª Turma, 16.10.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Subprocurador-Geral da República, Dr. Mário José Gisi. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3052149 Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 7
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3073398
2012-10-16T00:00:00
2012-11-12T00:00:00
A Turma, por unanimidade, converteu os embargos de declaração em agravo regimental, ao qual negou provimento, nos termos do voto da Relatora. 2ª Turma, 16.10.2012.
EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO
EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. PROCESSUAL CIVIL. LITISPENDÊNCIA. SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.
sjur218431
- Acórdãos citados: (EMBARGOS DE DECLARAÇÃO, CONVERSÃO, AGRAVO REGIMENTAL) STF: Pet 1245 ED-AGR (TP), RE 195578 ED (1ªT); (OFENSA REFLEXA) STF: RE 594053 AgR (1ªT), RE 661711 AgR (2ªT). Número de páginas: 7. Análise: 21/11/2012, MAC.
CÁRMEN LÚCIA
Segunda Turma
708673
[ "LEG-FED SUMSTF-000279 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF" ]
ARE-ED
acordaos
ARE 708673 ED
[ "" ]
EMBTE.(S) : HANAE SHINNAI ADV.(A/S) : MARCELO TRINDADE DE ALMEIDA E OUTRO(A/S) RECTE.(S) : ELEONORA MELANIA THIESEN SALVADORI EMBDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS RECTE.(S) : JAIME AKIRA KANDA RECTE.(S) : JOÃO BATISTA DE SOUZA PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL RECTE.(S) : MARIA DO SOCORRO NEVES DE BRITO RECTE.(S) : MARIA SORA RECTE.(S) : MARLI CAMARGO NASCIMENTO RECTE.(S) : MIDORI MARUYAMA RECTE.(S) : OLINDA FRANZOI DE LIMA RECTE.(S) : WALDETE DE OLIVEIRA ROÇA RIVELINI RECTE.(S) : ELEONORA MELANIA THIESEN SALVADORI RECTE.(S) : JAIME AKIRA KANDA RECTE.(S) : JOÃO BATISTA DE SOUZA RECTE.(S) : MARIA DO SOCORRO NEVES DE BRITO RECTE.(S) : MARIA SORA RECTE.(S) : MARLI CAMARGO NASCIMENTO RECTE.(S) : MIDORI MARUYAMA RECTE.(S) : OLINDA FRANZOI DE LIMA RECTE.(S) : WALDETE DE OLIVEIRA ROÇA RIVELINI ADV.(A/S) : JOAO LUIZ ARZENO DA SILVA
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "SÚMULA N . 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL", "AI 573 . 345 - AgR", "AI 573 . 345 - AgR", "ARE 708 . 673 ED / RS", "ARE 708 . 673 ED / RS Tribunal Federal", "Pet 1 . 245 - ED - AgR", "RE 195 . 578 - ED", "Pet 1 . 245 - ED - AgR", "RE 195 . 578 - ED", "autos n . 95 . 00 . 0956 - 4", "ARE 708 . 673 ED / RS", "Súmula n . 279 do Supremo Tribunal Federal", "RE 594 . 053 - AgR", "SÚMULA 282 DO STF", "SÚMULA 280 DO STF", "SÚMULA 283 DO STF", "Súmula 282 do STF", "ARE 708 . 673 ED / RS", "Súmula n . 279 do Supremo Tribunal Federal", "RE 594 . 053 - AgR", "SÚMULA 282 DO STF", "SÚMULA 280 DO STF", "SÚMULA 283 DO STF", "Súmula 282 do STF", "ARE 708 . 673 ED / RS", "Súmula 283 do STF", "RE 661 . 711 - AgR", "ARE 708 . 673 ED / RS", "Súmula 283 do STF", "RE 661 . 711 - AgR" ], "LEGISLACAO": [ "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . [UNK] , inc . 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Ementa e Acórdão 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 756.647 SÃO PAULO RELATORA : MIN. ROSA WEBER AGTE.(S) :ROSÁLIA MARIA ANDREUCCI DE ANDRADE E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) :CARLOS ALBERTO DE ANDRADE E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO PROC.(A/S)(ES) :DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO AGDO.(A/S) :ESTADO DE SÃO PAULO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO EMENTA DIREITO CONSTITUCIONAL. AUSÊNCIA DE VÍNCULO COM A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. OPÇÃO PELA CARREIRA DE DEFENSOR PÚBLICO. INVIABILIDADE. ART. 22 DO ATO DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS. Ausência de vínculo com a Administração Pública, quando da instalação da Assembleia Nacional Constituinte de 1988, a obstar a investidura na função de defensor público, nos termos do art. 22 do ADCT. Precedentes. Agravo regimental conhecido e não provido. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Primeira Turma, sob a Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da relatora. Brasília, 18 de setembro de 2012. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800473. Supremo Tribunal Federal DJe 02/10/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 9 Ementa e Acórdão AI 756.647 AGR / SP Ministra Rosa Weber Relatora 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800473. Supremo Tribunal Federal AI 756.647 AGR / SP Ministra Rosa Weber Relatora 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800473. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 9 Relatório 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 756.647 SÃO PAULO RELATORA : MIN. ROSA WEBER AGTE.(S) :ROSÁLIA MARIA ANDREUCCI DE ANDRADE E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) :CARLOS ALBERTO DE ANDRADE E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO PROC.(A/S)(ES) :DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO AGDO.(A/S) :ESTADO DE SÃO PAULO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO RELATÓRIO A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Contra a decisão proferida pela eminente Ministra Ellen Gracie, pela qual negado seguimento ao agravo de instrumento, forte na jurisprudência desta Corte acerca da inviabilidade de opção pela carreira de defensor público, nos termos do art. 22 do ADCT, quando ausente a qualidade de servidor público, manejam agravo regimental Rosália Maria Andreucci de Andrade e Outros. Os agravantes reiteram a alegação de que “são servidores públicos estaduais, pois mesmo antes da instauração da Assembleia constituinte prestam serviço à Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso – FUNAP, fundação pública, vinculada à administração direta” (fl. 2.328). Sustentam ser irrelevante o fato de serem celetistas. Argumentam que “o artigo 22 do ADCT da Constituição Federal é cristalino, não aceitando quaisquer digressões hermenêuticas, como as apresentada pela decisão recorrida, necessitando apenas que os agravantes estivessem na investidura na função de defensor público antes da data da Assembleia Nacional Constituinte, ou seja, anterior a fevereiro de 1987” (fls. 2.338-9). Concluem que “se o Poder Constituinte expressamente afastou quaisquer outras exigências, não pode a decisão recorrida impor outros requisitos aos Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800474. Supremo Tribunal Federal 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 756.647 SÃO PAULO RELATORA : MIN. ROSA WEBER AGTE.(S) :ROSÁLIA MARIA ANDREUCCI DE ANDRADE E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) :CARLOS ALBERTO DE ANDRADE E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO PROC.(A/S)(ES) :DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO AGDO.(A/S) :ESTADO DE SÃO PAULO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO RELATÓRIO A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Contra a decisão proferida pela eminente Ministra Ellen Gracie, pela qual negado seguimento ao agravo de instrumento, forte na jurisprudência desta Corte acerca da inviabilidade de opção pela carreira de defensor público, nos termos do art. 22 do ADCT, quando ausente a qualidade de servidor público, manejam agravo regimental Rosália Maria Andreucci de Andrade e Outros. Os agravantes reiteram a alegação de que “são servidores públicos estaduais, pois mesmo antes da instauração da Assembleia constituinte prestam serviço à Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso – FUNAP, fundação pública, vinculada à administração direta” (fl. 2.328). Sustentam ser irrelevante o fato de serem celetistas. Argumentam que “o artigo 22 do ADCT da Constituição Federal é cristalino, não aceitando quaisquer digressões hermenêuticas, como as apresentada pela decisão recorrida, necessitando apenas que os agravantes estivessem na investidura na função de defensor público antes da data da Assembleia Nacional Constituinte, ou seja, anterior a fevereiro de 1987” (fls. 2.338-9). Concluem que “se o Poder Constituinte expressamente afastou quaisquer outras exigências, não pode a decisão recorrida impor outros requisitos aos Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800474. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 9 Relatório AI 756.647 AGR / SP agravantes” (fl. 2.339). Em contrarrazões ao agravo regimental, a Defensoria Pública do Estado de São Paulo requer a manutenção da decisão agravada (fls. 2.355- 63). Substituição do Relator à fl. 2.364 (art. 38 do RISTF). É o relatório. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800474. Supremo Tribunal Federal AI 756.647 AGR / SP agravantes” (fl. 2.339). Em contrarrazões ao agravo regimental, a Defensoria Pública do Estado de São Paulo requer a manutenção da decisão agravada (fls. 2.355- 63). Substituição do Relator à fl. 2.364 (art. 38 do RISTF). É o relatório. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800474. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 9 Voto - MIN. ROSA WEBER 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 756.647 SÃO PAULO VOTO A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Preenchidos os pressupostos genéricos, conheço do agravo regimental e passo ao exame do mérito. Transcrevo o teor da decisão que desafiou o agravo: “O recurso não merece prosperar. Consoante decidiu o Tribunal de origem, que é soberano na análise fática dos autos, os agravantes, quando da instalação da Assembleia Nacional Constituinte de 1988, não eram detentores de cargos públicos (fl. 1.877). Verifico, portanto, que falta à parte recorrente a qualidade de servidor público para ser investido na função de defensor público, nos termos do art. 22 do ADCT, conforme, aliás, decidido no RE 205.168/MG, rel. Min. Moreira Alves, 1ª Turma, DJ 21.5.99, assim ementado: ‘Contratado por prestadora de serviços que, em virtude de convênio entre esta e o Estado, foi posto a serviço deste e então colocado para exercer a função de defensor público até a data em que foi instalada a Assembleia Nacional Constituinte. Art. 22 do ADCT da Constituição Federal. - O Plenário desta Corte, ao julgar o RE 161.712, decidiu, por maioria de votos, que “servidor investido na função de defensor público até a data em que foi instalada a Assembleia Nacional Constituinte tem direito à opção pela carreira, independentemente da forma da investidura originária. Interpretação do artigo 22 do ADCT". - Falta ao recorrido um dos requisitos indispensáveis para a opção prevista no artigo 22 do ADCT da Constituição Federal segundo a orientação adotada pelo Plenário desta Corte: a qualidade de servidor público, ainda que independentemente da forma da investidura Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800475. Supremo Tribunal Federal 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 756.647 SÃO PAULO VOTO A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Preenchidos os pressupostos genéricos, conheço do agravo regimental e passo ao exame do mérito. Transcrevo o teor da decisão que desafiou o agravo: “O recurso não merece prosperar. Consoante decidiu o Tribunal de origem, que é soberano na análise fática dos autos, os agravantes, quando da instalação da Assembleia Nacional Constituinte de 1988, não eram detentores de cargos públicos (fl. 1.877). Verifico, portanto, que falta à parte recorrente a qualidade de servidor público para ser investido na função de defensor público, nos termos do art. 22 do ADCT, conforme, aliás, decidido no RE 205.168/MG, rel. Min. Moreira Alves, 1ª Turma, DJ 21.5.99, assim ementado: ‘Contratado por prestadora de serviços que, em virtude de convênio entre esta e o Estado, foi posto a serviço deste e então colocado para exercer a função de defensor público até a data em que foi instalada a Assembleia Nacional Constituinte. Art. 22 do ADCT da Constituição Federal. - O Plenário desta Corte, ao julgar o RE 161.712, decidiu, por maioria de votos, que “servidor investido na função de defensor público até a data em que foi instalada a Assembleia Nacional Constituinte tem direito à opção pela carreira, independentemente da forma da investidura originária. Interpretação do artigo 22 do ADCT". - Falta ao recorrido um dos requisitos indispensáveis para a opção prevista no artigo 22 do ADCT da Constituição Federal segundo a orientação adotada pelo Plenário desta Corte: a qualidade de servidor público, ainda que independentemente da forma da investidura Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800475. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 9 Voto - MIN. ROSA WEBER AI 756.647 AGR / SP originária, para poder fazer a opção entre sua situação funcional antes do exercício da função de defensor público e a carreira deste. Recurso extraordinário conhecido e provido’ Ante o exposto, nego seguimento ao agravo de instrumento (art. 557, caput, do CPC).” (fls. 2.312-2.313). Não prospera a insurgência. Reputo adequado à solução da controvérsia reproduzir o seguinte trecho do acórdão proferido pelo Tribunal a quo: “O art. 22 do ADCT trouxe mais uma exceção à regra do art. 37, II, permitindo a investidura derivada em cargo público, ao assegurar ‘aos defensores públicos investidos na função até a data de instalação da Assembleia Constituinte o direito de opção pela carreira, com a observância das garantias e vedações previstas no art. 134, parágrafo único, da Constituição.’ Afirmam os autores que, anteriormente à data da instalação da Assembleia Nacional Constituinte (1º/2/1987), exerciam a função de defensor público, em decorrência de contrato mantido com a Fundação Prof. Dr. Manoel Pedro Pimentel de Amparo ao Preso - FUNAP, o que lhes conferiu a condição de servidores públicos. Entretanto, quando da instalação da Assembleia Nacional Constituinte, em 1987, a FUNAP era considerada pessoa jurídica de Direito Privado. Só com o advento da Constituição Federal de 1988 foram transformadas em entidades de Direito Público, integrantes da Administração Indireta. (…) Assim, os autores não tinham vínculo empregatício com a Administração; eram contratados pela FUNAP para exercerem assistência judiciária restrita ao âmbito da execução criminal. O pressuposto para o ingresso na carreira de defensor público é a condição de servidor, que estivesse trabalhando nos serviços de assistência judiciária, à data da instalação da Assembleia Nacional Constituinte. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800475. Supremo Tribunal Federal AI 756.647 AGR / SP originária, para poder fazer a opção entre sua situação funcional antes do exercício da função de defensor público e a carreira deste. Recurso extraordinário conhecido e provido’ Ante o exposto, nego seguimento ao agravo de instrumento (art. 557, caput, do CPC).” (fls. 2.312-2.313). Não prospera a insurgência. Reputo adequado à solução da controvérsia reproduzir o seguinte trecho do acórdão proferido pelo Tribunal a quo: “O art. 22 do ADCT trouxe mais uma exceção à regra do art. 37, II, permitindo a investidura derivada em cargo público, ao assegurar ‘aos defensores públicos investidos na função até a data de instalação da Assembleia Constituinte o direito de opção pela carreira, com a observância das garantias e vedações previstas no art. 134, parágrafo único, da Constituição.’ Afirmam os autores que, anteriormente à data da instalação da Assembleia Nacional Constituinte (1º/2/1987), exerciam a função de defensor público, em decorrência de contrato mantido com a Fundação Prof. Dr. Manoel Pedro Pimentel de Amparo ao Preso - FUNAP, o que lhes conferiu a condição de servidores públicos. Entretanto, quando da instalação da Assembleia Nacional Constituinte, em 1987, a FUNAP era considerada pessoa jurídica de Direito Privado. Só com o advento da Constituição Federal de 1988 foram transformadas em entidades de Direito Público, integrantes da Administração Indireta. (…) Assim, os autores não tinham vínculo empregatício com a Administração; eram contratados pela FUNAP para exercerem assistência judiciária restrita ao âmbito da execução criminal. O pressuposto para o ingresso na carreira de defensor público é a condição de servidor, que estivesse trabalhando nos serviços de assistência judiciária, à data da instalação da Assembleia Nacional Constituinte. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800475. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 9 Voto - MIN. ROSA WEBER AI 756.647 AGR / SP Tratando-se de uma exceção, a interpretação do art. 22 do ADCT deve ser restritiva. Nessa linha de entendimento, estão excluídos os advogados contratados pela FUNAP para a assistência judiciária, que, por falta de qualquer vínculo com a Administração quando da instalação da Assembleia Nacional Constituinte (1º/02/1987), não se enquadravam no conceito de servidor público.” (fls. 1875-7) Da leitura do acórdão recorrido, verifico que a Corte de origem não divergiu da interpretação emprestada à dicção do art. 22 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias – ADCT pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal, no julgamento do RE 161.712/RS (rel. para o acórdão o Min. Francisco Rezek, DJ 19-12-1994), assim ementado: “RECURSO EXTRAORDINÁRIO. DEFENSORES PÚBLICOS. INTERPRETAÇÃO DO ARTIGO 22 DO ADCT. Servidor investido na função de defensor público até a data em que foi instalada a Assembleia Nacional constituinte tem direito a opção pela carreira, independentemente da forma da investidura originária. Interpretação do artigo 22 do ADCT. Recurso Extraordinário não conhecido.” Quando do julgamento dos embargos de declaração opostos ao referido precedente, o Plenário desta Corte teve a oportunidade de manifestar-se sobre a situação dos agravantes. Explicitou-se, na ocasião, que “a exclusão do benefício constitucional (...) ficou restrita aos empregados de sociedade de economia mista, de empresa pública, e também, por evidente, aos advogados designados para a assistência judiciária que, por falta de qualquer vínculo com a administração, não se ajustavam ao conceito legal de servidor público“ (RE 161.712-ED/RS, voto do rel. Min. Francisco Rezek, DJ 22-09-1995). É irrelevante a discussão acerca da transmudação, pela Constituição Federal de 1988, da natureza jurídica da Fundação a que vinculados os agravantes. O art. 22 do ADCT adota como marco temporal para a 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800475. Supremo Tribunal Federal AI 756.647 AGR / SP Tratando-se de uma exceção, a interpretação do art. 22 do ADCT deve ser restritiva. Nessa linha de entendimento, estão excluídos os advogados contratados pela FUNAP para a assistência judiciária, que, por falta de qualquer vínculo com a Administração quando da instalação da Assembleia Nacional Constituinte (1º/02/1987), não se enquadravam no conceito de servidor público.” (fls. 1875-7) Da leitura do acórdão recorrido, verifico que a Corte de origem não divergiu da interpretação emprestada à dicção do art. 22 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias – ADCT pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal, no julgamento do RE 161.712/RS (rel. para o acórdão o Min. Francisco Rezek, DJ 19-12-1994), assim ementado: “RECURSO EXTRAORDINÁRIO. DEFENSORES PÚBLICOS. INTERPRETAÇÃO DO ARTIGO 22 DO ADCT. Servidor investido na função de defensor público até a data em que foi instalada a Assembleia Nacional constituinte tem direito a opção pela carreira, independentemente da forma da investidura originária. Interpretação do artigo 22 do ADCT. Recurso Extraordinário não conhecido.” Quando do julgamento dos embargos de declaração opostos ao referido precedente, o Plenário desta Corte teve a oportunidade de manifestar-se sobre a situação dos agravantes. Explicitou-se, na ocasião, que “a exclusão do benefício constitucional (...) ficou restrita aos empregados de sociedade de economia mista, de empresa pública, e também, por evidente, aos advogados designados para a assistência judiciária que, por falta de qualquer vínculo com a administração, não se ajustavam ao conceito legal de servidor público“ (RE 161.712-ED/RS, voto do rel. Min. Francisco Rezek, DJ 22-09-1995). É irrelevante a discussão acerca da transmudação, pela Constituição Federal de 1988, da natureza jurídica da Fundação a que vinculados os agravantes. O art. 22 do ADCT adota como marco temporal para a 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800475. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 9 Voto - MIN. ROSA WEBER AI 756.647 AGR / SP aferição dos requisitos necessários à opção pela carreira de defensor público a data de instituição da Assembleia Nacional Constituinte, momento em que os ora agravantes não possuíam vínculo com a Administração Pública. Nesse sentido, cito o MI 356/RJ, rel. Min. Carlos Velloso, Pleno, por unanimidade, DJ 04.02.1994, cujo acórdão está assim ementado: “CONSTITUCIONAL. MANDADO DE INJUNÇÃO. LEGITIMIDADE. DEFENSORIA PÚBLICA. INEXISTÊNCIA DE VINCULO. ADCT, art. 22. I. - Somente tem legitimidade ativa para a ação o titular do direito ou liberdade constitucional, ou de prerrogativa inerente a nacionalidade, a soberania e a cidadania, cujo exercício esteja inviabilizado pela ausência da norma infraconstitucional regulamentadora. II. - No caso, o requerente não tem legitimidade ativa, dado que não se enquadra na norma do art. 22 do ADCT, por isso que a data da instalação da Assembleia Nacional Constituinte, não exercia cargo de defensor público, nem mantinha vinculo de emprego com o Estado. III. - M. I. não conhecido.” Agravo regimental conhecido e não provido. É como voto. 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800475. Supremo Tribunal Federal AI 756.647 AGR / SP aferição dos requisitos necessários à opção pela carreira de defensor público a data de instituição da Assembleia Nacional Constituinte, momento em que os ora agravantes não possuíam vínculo com a Administração Pública. Nesse sentido, cito o MI 356/RJ, rel. Min. Carlos Velloso, Pleno, por unanimidade, DJ 04.02.1994, cujo acórdão está assim ementado: “CONSTITUCIONAL. MANDADO DE INJUNÇÃO. LEGITIMIDADE. DEFENSORIA PÚBLICA. INEXISTÊNCIA DE VINCULO. ADCT, art. 22. I. - Somente tem legitimidade ativa para a ação o titular do direito ou liberdade constitucional, ou de prerrogativa inerente a nacionalidade, a soberania e a cidadania, cujo exercício esteja inviabilizado pela ausência da norma infraconstitucional regulamentadora. II. - No caso, o requerente não tem legitimidade ativa, dado que não se enquadra na norma do art. 22 do ADCT, por isso que a data da instalação da Assembleia Nacional Constituinte, não exercia cargo de defensor público, nem mantinha vinculo de emprego com o Estado. III. - M. I. não conhecido.” Agravo regimental conhecido e não provido. É como voto. 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800475. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 9 Decisão de Julgamento PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 756.647 PROCED. : SÃO PAULO RELATORA : MIN. ROSA WEBER AGTE.(S) : ROSÁLIA MARIA ANDREUCCI DE ANDRADE E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) : CARLOS ALBERTO DE ANDRADE E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO AGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 18.9.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de Almeida. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2848678 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 756.647 PROCED. : SÃO PAULO RELATORA : MIN. ROSA WEBER AGTE.(S) : ROSÁLIA MARIA ANDREUCCI DE ANDRADE E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) : CARLOS ALBERTO DE ANDRADE E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO AGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 18.9.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de Almeida. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2848678 Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 9
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=2857938
2012-09-18T00:00:00
2012-10-02T00:00:00
A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 18.9.2012.
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO
EMENTA DIREITO CONSTITUCIONAL. AUSÊNCIA DE VÍNCULO COM A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. OPÇÃO PELA CARREIRA DE DEFENSOR PÚBLICO. INVIABILIDADE. ART. 22 DO ATO DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS. Ausência de vínculo com a Administração Pública, quando da instalação da Assembleia Nacional Constituinte de 1988, a obstar a investidura na função de defensor público, nos termos do art. 22 do ADCT. Precedentes. Agravo regimental conhecido e não provido.
sjur215739
- Acórdãos citados: RE 161712 - Tribunal Pleno, RE 161712 ED, MI 356 - Tribunal Pleno. Número de páginas: 9. Análise: 11/10/2012, MAC.
ROSA WEBER
Primeira Turma
756647
[ "LEG-FED ADCT ANO-1988\r\n ATO DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS" ]
AI-AgR
acordaos
AI 756647 AgR
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AGTE.(S) : ROSÁLIA MARIA ANDREUCCI DE ANDRADE E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) : CARLOS ALBERTO DE ANDRADE E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO AGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "AGRAVO DE INSTRUMENTO 756 . 647", "AI 756 . 647 AGR", "AI 756 . 647 AGR", "AGRAVO DE INSTRUMENTO 756 . 647", "AGRAVO DE INSTRUMENTO 756 . 647", "AI 756 . 647 AGR / SP", "AI 756 . 647 AGR / SP", "RE 205 . 168 / MG", "RE 161 . 712", "RE 205 . 168 / MG", "RE 161 . 712", "AI 756 . 647", "AI 756 . 647", "RE 161 . 712 / RS", "RE 161 . 712 - ED / RS", "AI 756 . 647 AGR / SP", "RE 161 . 712 / RS", "RE 161 . 712 - ED / RS", "AI 756 . 647 AGR / SP", "MI 356 / RJ", "AI 756 . 647 AGR / SP", "MI 356 / RJ", "AGRAVO DE INSTRUMENTO 756 . 647" ], "LEGISLACAO": [ "Assembleia Nacional Constituinte de 1988", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 22 do ADCT", "artigo 22 do ADCT da Constituição Federal", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art", "artigo 22 do ADCT da Constituição Federal", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Assembleia Nacional Constituinte de 1988", "Art . 22 do ADCT da Constituição Federal", "artigo 22 do ADCT da Constituição Federal", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Assembleia Nacional Constituinte de 1988", "Art . 22 do ADCT da Constituição Federal", "artigo 22 do ADCT da Constituição Federal", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Assembleia Constituinte", "art . 134 , parágrafo único , da Constituição .", "Assembleia Nacional Constituinte", "Assembleia Nacional Constituinte", "Constituição Federal de 1988", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 557 , caput , do CPC", "Assembleia Constituinte", "art . 134 , parágrafo único , da Constituição .", "Constituição Federal de 1988", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 22 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias", "ARTIGO", "Constituição Federal de 1988", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 22 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias", "ARTIGO 22 DO ADCT", "artigo", "Constituição Federal de 1988", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001" ], "LOCAL": [ "SÃO PAULO", "ESTADO DE SÃO PAULO", "ESTADO DE SÃO PAULO", "ESTADO DE SÃO PAULO", "Brasília", "SÃO PAULO", "ESTADO DE SÃO PAULO", "ESTADO DE SÃO PAULO", "ESTADO DE SÃO PAULO", "SÃO PAULO", "ESTADO DE SÃO PAULO", "ESTADO DE SÃO PAULO", "ESTADO DE SÃO PAULO", "SÃO PAULO", "SÃO PAULO", "SÃO PAULO", "ESTADO DE SÃO PAULO", "ESTADO DE SÃO PAULO", "ESTADO DE SÃO PAULO", "SÃO PAULO", "ESTADO DE SÃO PAULO", "ESTADO DE SÃO PAULO", "ESTADO DE SÃO PAULO" ], "ORGANIZACAO": [ "PRIMEIRA TURMA", "DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO", "Supremo Tribunal Federal", "Primeira Turma", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "/", "SP", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "PRIMEIRA TURMA", "DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO", "Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso", "FUNAP", "Assembleia Nacional Constituinte", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "PRIMEIRA TURMA", "DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO", "Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso", "FUNAP", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Defensoria Pública do Estado de São Paulo", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Defensoria Pública do Estado de São Paulo", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "PRIMEIRA TURMA", "[UNK] Turma", "Assembleia Nacional Constituinte", "Plenário", "Assembleia Nacional Constituinte", "Plenário", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "PRIMEIRA TURMA", "[UNK] Turma", "Assembleia Nacional Constituinte", "Plenário", "Assembleia Nacional Constituinte", "Plenário", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "/", "SP", "Fundação Prof . Dr . Manoel Pedro Pimentel de Amparo ao Preso", "FUNAP", "FUNAP", "FUNAP", "Assembleia Nacional Constituinte", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SP", "Assembleia Nacional Constituinte", "Fundação Prof . Dr . Manoel Pedro Pimentel de Amparo ao Preso", "FUNAP", "Assembleia Nacional Constituinte", "FUNAP", "FUNAP", "Assembleia Nacional Constituinte", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "/", "SP", "FUNAP", "Assembleia Nacional Constituinte", "Plenário do Supremo Tribunal Federal", "Plenário", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "FUNAP", "Assembleia Nacional Constituinte", "Plenário do Supremo Tribunal Federal", "Plenário", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Assembleia Nacional Constituinte", "Pleno", "Assembleia Nacional Constituinte", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Assembleia Nacional Constituinte", "Pleno", "Assembleia Nacional Constituinte", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "PRIMEIRA TURMA", "DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO", "[UNK] Turma", "Primeira Turma", "Infra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "PRIMEIRA TURMA", "DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO", "[UNK] Turma", "Primeira Turma", "Infra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil" ], "PESSOA": [ "ROSA WEBER", "ROSÁLIA MARIA ANDREUCCI DE ANDRADE", "CARLOS ALBERTO DE ANDRADE", "Dias Toffoli", "Rosa Weber", "Rosa Weber", "ROSA WEBER", "ROSÁLIA MARIA ANDREUCCI DE ANDRADE", "CARLOS ALBERTO DE ANDRADE", "Rosa Weber", "Ellen Gracie", "Rosália Maria Andreucci de Andrade", "ROSA WEBER", "ROSÁLIA MARIA ANDREUCCI DE ANDRADE", "CARLOS ALBERTO DE ANDRADE", "Rosa Weber", "Ellen Gracie", "Rosália Maria Andreucci de Andrade", "ROSA WEBER", "Rosa Weber", "Moreira Alves", "Rosa Weber", "Moreira Alves", "ROSA WEBER", "ROSA WEBER", "Francisco Rezek", "Francisco Rezek", "Francisco Rezek", "Francisco Rezek", "ROSA WEBER", "Carlos Velloso", "Carlos Velloso", "ROSA WEBER", "ROSÁLIA MARIA ANDREUCCI DE ANDRADE", "CARLOS ALBERTO DE ANDRADE", "Marco Aurélio", "Dias Toffoli", "Dias Toffoli", "Marco Aurélio", "Luiz Fux", "Rosa Weber", "Edson Oliveira de Almeida", "Carmen Lilian Oliveira de Souza", "ROSA WEBER", "ROSÁLIA MARIA ANDREUCCI DE ANDRADE", "CARLOS ALBERTO DE ANDRADE", "Marco Aurélio", "Dias Toffoli", "Dias Toffoli", "Marco Aurélio", "Luiz Fux", "Rosa Weber", "Edson Oliveira de Almeida", "Carmen Lilian Oliveira de Souza" ], "TEMPO": [ "18", "/", "09", "/", "2012", "18 de setembro de 2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "02", "/", "10", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "18", "/", "09", "/", "2012", "fevereiro de 1987", "24", "/", "08", "/", "2001", "18", "/", "09", "/", "2012", "fevereiro de 1987", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "18", "/", "09", "/", "2012", "21", ".", "5", ".", "99", "24", "/", "08", "/", "2001", "18", "/", "09", "/", "2012", "21", ".", "5", ".", "99", "24", "/", "08", "/", "2001", "[UNK]", "/", "2", "/", "1987", "1987", "24", "/", "08", "/", "2001", "[UNK]", "/", "2", "/", "1987", "1987", "24", "/", "08", "/", "2001", "[UNK]", "/", "02", "/", "1987", "19", "-", "12", "-", "1994", "22", "-", "09", "-", "1995", "24", "/", "08", "/", "2001", "[UNK]", "/", "02", "/", "1987", "19", "-", "12", "-", "1994", "22", "-", "09", "-", "1995", "24", "/", "08", "/", "2001", "04", ".", "02", ".", "1994", "24", "/", "08", "/", "2001", "04", ".", "02", ".", "1994", "24", "/", "08", "/", "2001", "18", ".", "9", ".", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "18", ".", "9", ".", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001" ] }
Ementa e Acórdão 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 695.265 SÃO PAULO RELATOR : MIN. LUIZ FUX AGTE.(S) :MARIA CICERA DOS SANTOS ADV.(A/S) :MARIA HELENA DE ALMEIDA SILVA AGDO.(A/S) :INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL FEDERAL EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PREVIDENCIÁRIO. PENSÃO POR MORTE. PERDA DA QUALIDADE DE SEGURADO. AUSÊNCIA DE QUESTÃO CONSTITUCIONAL. ART. 323 DO RISTF C.C. ART. 102, III, §3º, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. REQUISITOS. REEXAME DE MATÉRIA FÁTICO-PROBATÓRIA. SÚMULA Nº 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. IMPOSSIBILIDADE. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO. 1. O entendimento diverso do adotado pelo Tribunal a quo, concluindo que na data do óbito o “de cujus” não possuía a qualidade de segurado, ensejaria o reexame do contexto fático-probatório engendrado nos autos, o que inviabiliza o extraordinário, a teor do Enunciado da Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal, verbis: “para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário”. 2. A violação reflexa e oblíqua da Constituição Federal decorrente da necessidade de análise de malferimento de dispositivo infraconstitucional torna inadmissível o recurso extraordinário. 3. Agravo regimental a que se nega provimento. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de julgamento e das Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2835919. Supremo Tribunal Federal DJe 02/10/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 8 Ementa e Acórdão RE 695.265 AGR / SP notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Brasília, 18 de setembro de 2012. LUIZ FUX – Relator Documento assinado digitalmente 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2835919. Supremo Tribunal Federal RE 695.265 AGR / SP notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Brasília, 18 de setembro de 2012. LUIZ FUX – Relator Documento assinado digitalmente 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2835919. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 8 Relatório 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 695.265 SÃO PAULO RELATOR : MIN. LUIZ FUX AGTE.(S) :MARIA CICERA DOS SANTOS ADV.(A/S) :MARIA HELENA DE ALMEIDA SILVA AGDO.(A/S) :INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL FEDERAL R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Trata-se de agravo regimental interposto contra a seguinte decisão monocrática por mim proferida e assim ementada: RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PREVIDENCIÁRIO. PENSÃO POR MORTE. PERDA DA QUALIDADE DE SEGURADO. AUSÊNCIA DE QUESTÃO CONSTITUCIONAL. ART. 323 DO RISTF C.C. ART. 102, III, §3º, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. REQUISITOS. REEXAME DE MATÉRIA FÁTICO- PROBATÓRIA. SÚMULA Nº 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. IMPOSSIBILIDADE. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. INVIABILIDADE DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. 1. A repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade (art. 323 do RISTF). 2. Consectariamente, se inexiste questão constitucional, não há como se pretender seja reconhecida a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso (art. 102, III, § 3º, da CF). 3. Deveras, entendimento diverso do adotado pelo Tribunal a quo, concluindo que na data do óbito o “de cujus” não possuía a qualidade de segurado, ensejaria o reexame do contexto fático-probatório engendrado nos Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2835920. Supremo Tribunal Federal 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 695.265 SÃO PAULO RELATOR : MIN. LUIZ FUX AGTE.(S) :MARIA CICERA DOS SANTOS ADV.(A/S) :MARIA HELENA DE ALMEIDA SILVA AGDO.(A/S) :INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL FEDERAL R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Trata-se de agravo regimental interposto contra a seguinte decisão monocrática por mim proferida e assim ementada: RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PREVIDENCIÁRIO. PENSÃO POR MORTE. PERDA DA QUALIDADE DE SEGURADO. AUSÊNCIA DE QUESTÃO CONSTITUCIONAL. ART. 323 DO RISTF C.C. ART. 102, III, §3º, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. REQUISITOS. REEXAME DE MATÉRIA FÁTICO- PROBATÓRIA. SÚMULA Nº 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. IMPOSSIBILIDADE. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. INVIABILIDADE DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. 1. A repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade (art. 323 do RISTF). 2. Consectariamente, se inexiste questão constitucional, não há como se pretender seja reconhecida a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso (art. 102, III, § 3º, da CF). 3. Deveras, entendimento diverso do adotado pelo Tribunal a quo, concluindo que na data do óbito o “de cujus” não possuía a qualidade de segurado, ensejaria o reexame do contexto fático-probatório engendrado nos Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2835920. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 8 Relatório RE 695.265 AGR / SP autos, o que inviabiliza o extraordinário, a teor do Enunciado da Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal, verbis: “para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário”. 4. In casu, o acórdão recorrido assentou: PREVIDENCIÁRIO. PENSÃO POR MORTE. SENTENÇA DE IMPROCEDÊNCIA. “DE CUJOS” NÃO POSSUÍA QUALIDADE DE SEGURADO NA DATA DO ÓBITO. NÃO HAVIA COMPLETADO TODOS OS REQUISITOS DA APOSENTADORIA POR IDADE. RECURSO DA PARTE AUTORA. NEGADO PROVIMENTO. 5. A violação reflexa e oblíqua da Constituição Federal decorrente da necessidade de análise de malferimento de dispositivo infraconstitucional torna inadmissível o recurso extraordinário. 6. Recurso extraordinário a que se nega seguimento. O agravante alega que, ao assim julgar a matéria, ferir-se-ia o princípio da dignidade da pessoa humana e, ainda, “os dispositivos legais de direito que devem presidir os atos jurídicos em geral”. Reforça as razões do apelo extremo ao alegar que o de cujus, já reunia os requisitos para a concessão da aposentadoria, uma vez que contribuiu por trinta anos à Previdência. É o relatório. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2835920. Supremo Tribunal Federal RE 695.265 AGR / SP autos, o que inviabiliza o extraordinário, a teor do Enunciado da Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal, verbis: “para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário”. 4. In casu, o acórdão recorrido assentou: PREVIDENCIÁRIO. PENSÃO POR MORTE. SENTENÇA DE IMPROCEDÊNCIA. “DE CUJOS” NÃO POSSUÍA QUALIDADE DE SEGURADO NA DATA DO ÓBITO. NÃO HAVIA COMPLETADO TODOS OS REQUISITOS DA APOSENTADORIA POR IDADE. RECURSO DA PARTE AUTORA. NEGADO PROVIMENTO. 5. A violação reflexa e oblíqua da Constituição Federal decorrente da necessidade de análise de malferimento de dispositivo infraconstitucional torna inadmissível o recurso extraordinário. 6. Recurso extraordinário a que se nega seguimento. O agravante alega que, ao assim julgar a matéria, ferir-se-ia o princípio da dignidade da pessoa humana e, ainda, “os dispositivos legais de direito que devem presidir os atos jurídicos em geral”. Reforça as razões do apelo extremo ao alegar que o de cujus, já reunia os requisitos para a concessão da aposentadoria, uma vez que contribuiu por trinta anos à Previdência. É o relatório. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2835920. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 8 Voto - MIN. LUIZ FUX 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 695.265 SÃO PAULO V O T O O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): A presente irresignação não merece prosperar. O Tribunal de origem, analisando os fatos e as provas trazidos aos autos, entendeu que o falecido não possuía, na data do óbito, os requisitos necessários para se manter na qualidade de segurado, bem como não reunia os requisitos à concessão da aposentadoria por idade. Colhe-se do voto condutor do acórdão: Nesta esteira, ao compulsar os autos, denota-se que o falecido não havia implementado todos os requisitos para obtenção do benefício previdenciário de aposentadoria por idade (art. 48, da Lei nº 8.213/91), pois quando do seu falecimento, não restava implementada a carência e a aposentadoria por idade exige a observância de dois requisitos, quais sejam, a carência e a idade. Em sede de recurso extraordinário, não se revela cognoscível a insurgência que tem como escopo o incursionamento no contexto fático- probatório engendrado nos autos, porquanto referida pretensão não se amolda à estreita via do apelo extremo, cujo conteúdo restringe-se a fundamentação vinculada de discussão eminentemente constitucional e, portanto, não servil ao exame de questões que demandam o revolvimento do arcabouço fático-probatório dos autos, face ao óbice erigido pela Súmula 279/STF de seguinte teor, verbis: “Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário”. Sob esse enfoque, ressoa inequívoca a vocação para o insucesso do Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2835921. Supremo Tribunal Federal 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 695.265 SÃO PAULO V O T O O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): A presente irresignação não merece prosperar. O Tribunal de origem, analisando os fatos e as provas trazidos aos autos, entendeu que o falecido não possuía, na data do óbito, os requisitos necessários para se manter na qualidade de segurado, bem como não reunia os requisitos à concessão da aposentadoria por idade. Colhe-se do voto condutor do acórdão: Nesta esteira, ao compulsar os autos, denota-se que o falecido não havia implementado todos os requisitos para obtenção do benefício previdenciário de aposentadoria por idade (art. 48, da Lei nº 8.213/91), pois quando do seu falecimento, não restava implementada a carência e a aposentadoria por idade exige a observância de dois requisitos, quais sejam, a carência e a idade. Em sede de recurso extraordinário, não se revela cognoscível a insurgência que tem como escopo o incursionamento no contexto fático- probatório engendrado nos autos, porquanto referida pretensão não se amolda à estreita via do apelo extremo, cujo conteúdo restringe-se a fundamentação vinculada de discussão eminentemente constitucional e, portanto, não servil ao exame de questões que demandam o revolvimento do arcabouço fático-probatório dos autos, face ao óbice erigido pela Súmula 279/STF de seguinte teor, verbis: “Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário”. Sob esse enfoque, ressoa inequívoca a vocação para o insucesso do Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2835921. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 8 Voto - MIN. LUIZ FUX RE 695.265 AGR / SP apelo extremo, por força do óbice intransponível do verbete sumular supra, que veda a esta Suprema Corte, em sede de recurso extraordinário, sindicar matéria fática. Ademais, inquirir as condições necessária para a percepção da pensão pela viúva, demandaria a interpretação de diplomas legais, especialmente dos textos das Leis nº 8.213/91 e 9.527/97. A violação constitucional dependente da análise de malferimento de dispositivos infraconstitucionais encerra violação reflexa e oblíqua, tornando inadmissível o recurso extraordinário. Sobre o tema: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PREVIDENCIÁRIO. 1. Índices de reajuste de benefício previdenciário. Impossibilidade de análise de legislação infraconstitucional: ofensa constitucional indireta. 2. Alegada inconstitucionalidade do art. 41, inc. II, da Lei n. 8.213/1991. Inadmissibilidade de inovação de argumentos em agravo regimental. 3. Agravo regimental ao qual se nega provimento. (AI nº 854.711/AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 17/05/2012) DIREITO CONSTITUCIONAL E PREVIDENCIÁRIO. ALEGAÇÃO DE OFENSA AO ART. 97 DA CF/88. PRINCÍPIO DA RESERVA DE PLENÁRIO. NÃO-CONFIGURAÇÃO. BENEFÍCIO. RESTITUIÇÃO DE VALORES RECEBIDOS DE BOA-FÉ. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. 1. Inexistência de ofensa ao princípio da reserva de plenário. O acórdão recorrido analisou normas legais sem julgar inconstitucional lei ou ato normativo federal ou afastar a sua incidência, restringindo-se a considerar inaplicável ao caso a Lei 8.213/1991. 2. O Tribunal a quo, para concluir que não é cabível a devolução de valores recebidos de boa-fé pelo segurado, limitou-se a examinar a legislação infraconstitucional aplicável à espécie (Lei 8.213/1991), o que impede o trânsito do recurso extraordinário. 3. Agravo regimental a que se nega provimento. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2835921. Supremo Tribunal Federal RE 695.265 AGR / SP apelo extremo, por força do óbice intransponível do verbete sumular supra, que veda a esta Suprema Corte, em sede de recurso extraordinário, sindicar matéria fática. Ademais, inquirir as condições necessária para a percepção da pensão pela viúva, demandaria a interpretação de diplomas legais, especialmente dos textos das Leis nº 8.213/91 e 9.527/97. A violação constitucional dependente da análise de malferimento de dispositivos infraconstitucionais encerra violação reflexa e oblíqua, tornando inadmissível o recurso extraordinário. Sobre o tema: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PREVIDENCIÁRIO. 1. Índices de reajuste de benefício previdenciário. Impossibilidade de análise de legislação infraconstitucional: ofensa constitucional indireta. 2. Alegada inconstitucionalidade do art. 41, inc. II, da Lei n. 8.213/1991. Inadmissibilidade de inovação de argumentos em agravo regimental. 3. Agravo regimental ao qual se nega provimento. (AI nº 854.711/AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 17/05/2012) DIREITO CONSTITUCIONAL E PREVIDENCIÁRIO. ALEGAÇÃO DE OFENSA AO ART. 97 DA CF/88. PRINCÍPIO DA RESERVA DE PLENÁRIO. NÃO-CONFIGURAÇÃO. BENEFÍCIO. RESTITUIÇÃO DE VALORES RECEBIDOS DE BOA-FÉ. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. 1. Inexistência de ofensa ao princípio da reserva de plenário. O acórdão recorrido analisou normas legais sem julgar inconstitucional lei ou ato normativo federal ou afastar a sua incidência, restringindo-se a considerar inaplicável ao caso a Lei 8.213/1991. 2. O Tribunal a quo, para concluir que não é cabível a devolução de valores recebidos de boa-fé pelo segurado, limitou-se a examinar a legislação infraconstitucional aplicável à espécie (Lei 8.213/1991), o que impede o trânsito do recurso extraordinário. 3. Agravo regimental a que se nega provimento. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2835921. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 8 Voto - MIN. LUIZ FUX RE 695.265 AGR / SP (AI nº 818.260/AgR, Segunda Turma, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJe de 18/08/2011) Assim, as razões da agravante não expenderam qualquer argumento capaz de infirmar a decisão monocrática que pretende ver reformada, razão pela qual tenho que a mesma há de ser mantida íntegra por seus próprios fundamentos. Ex positis, NEGO PROVIMENTO ao agravo regimental. É como voto. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2835921. Supremo Tribunal Federal RE 695.265 AGR / SP (AI nº 818.260/AgR, Segunda Turma, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJe de 18/08/2011) Assim, as razões da agravante não expenderam qualquer argumento capaz de infirmar a decisão monocrática que pretende ver reformada, razão pela qual tenho que a mesma há de ser mantida íntegra por seus próprios fundamentos. Ex positis, NEGO PROVIMENTO ao agravo regimental. É como voto. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2835921. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 8 Decisão de Julgamento PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 695.265 PROCED. : SÃO PAULO RELATOR : MIN. LUIZ FUX AGTE.(S) : MARIA CICERA DOS SANTOS ADV.(A/S) : MARIA HELENA DE ALMEIDA SILVA AGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 18.9.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de Almeida. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2848657 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 695.265 PROCED. : SÃO PAULO RELATOR : MIN. LUIZ FUX AGTE.(S) : MARIA CICERA DOS SANTOS ADV.(A/S) : MARIA HELENA DE ALMEIDA SILVA AGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 18.9.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de Almeida. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2848657 Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 8
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=2857639
2012-09-18T00:00:00
2012-10-02T00:00:00
A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 18.9.2012.
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO
Ementa: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PREVIDENCIÁRIO. PENSÃO POR MORTE. PERDA DA QUALIDADE DE SEGURADO. AUSÊNCIA DE QUESTÃO CONSTITUCIONAL. ART. 323 DO RISTF C.C. ART. 102, III, §3º, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. REQUISITOS. REEXAME DE MATÉRIA FÁTICO-PROBATÓRIA. SÚMULA Nº 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. IMPOSSIBILIDADE. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO. 1. O entendimento diverso do adotado pelo Tribunal a quo, concluindo que na data do óbito o “de cujus” não possuía a qualidade de segurado, ensejaria o reexame do contexto fático-probatório engendrado nos autos, o que inviabiliza o extraordinário, a teor do Enunciado da Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal, verbis: “para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário”. 2. A violação reflexa e oblíqua da Constituição Federal decorrente da necessidade de análise de malferimento de dispositivo infraconstitucional torna inadmissível o recurso extraordinário. 3. Agravo regimental a que se nega provimento.
sjur215716
- Acórdãos citados: AI 818260 AgR, AI 854711 AgR. Número de páginas: 8. Análise: 11/10/2012, LLD.
LUIZ FUX
Primeira Turma
695265
[ "LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00102 INC-00003 PAR-00003 \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n\r\n", "LEG-FED LEI-008213 ANO-1991\r\n LEI ORDINÁRIA\r\n\r\n", "LEG-FED LEI-009527 ANO-1997\r\n LEI ORDINÁRIA\r\n\r\n", "LEG-FED RGI ANO-1980\r\n ART-00323\r\n RISTF-1980 REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL\r\n\r\n", "LEG-FED SUMSTF-000279 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF" ]
RE-AgR
acordaos
RE 695265 AgR
[ "" ]
AGTE.(S) : MARIA CICERA DOS SANTOS ADV.(A/S) : MARIA HELENA DE ALMEIDA SILVA AGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL
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Ementa e Acórdão 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 679.434 RIO DE JANEIRO RELATOR : MIN. CELSO DE MELLO AGTE.(S) :ESTADO DO RIO DE JANEIRO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO AGDO.(A/S) :MARCOS EDUARDO PEREIRA LIMA ADV.(A/S) :LEANDRO SILVEIRA NUNES E M E N T A: RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO (LEI Nº 12.322/2010) – DECISÃO QUE SE AJUSTA À JURISPRUDÊNCIA PREVALECENTE NO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL – CONSEQUENTE INVIABILIDADE DO RECURSO QUE A IMPUGNA – SUBSISTÊNCIA DOS FUNDAMENTOS QUE DÃO SUPORTE À DECISÃO RECORRIDA – RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a Presidência do Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamentos e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. Brasília, 25 de setembro de 2012. CELSO DE MELLO – RELATOR Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3036402. Supremo Tribunal Federal DJe 13/11/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 6 Relatório 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 679.434 RIO DE JANEIRO RELATOR : MIN. CELSO DE MELLO AGTE.(S) :ESTADO DO RIO DE JANEIRO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO AGDO.(A/S) :MARCOS EDUARDO PEREIRA LIMA ADV.(A/S) :LEANDRO SILVEIRA NUNES R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO – (Relator): Trata-se de recurso de agravo, tempestivamente interposto, contra decisão que conheceu do agravo (previsto e disciplinado na Lei nº 12.322/2010), para negar seguimento ao recurso extraordinário, eis que o acórdão recorrido está em harmonia com diretriz jurisprudencial prevalecente nesta Suprema Corte. Eis o teor da decisão que sofreu a interposição do presente recurso de agravo (fls. 242/243): “A controvérsia suscitada no recurso extraordinário a que se refere o presente agravo já foi dirimida por ambas as Turmas do Supremo Tribunal Federal (RE 197.640/RJ, Rel. Min. ILMAR GALVÃO, v.g.): ‘1. A violação da Constituição do Brasil seria indireta, eis que imprescindível o reexame de matéria processual, nos termos da Lei n. 1.533/51 e do Código do Processo Civil. 2. O Supremo Tribunal Federal fixou entendimento no sentido de ser possível a conversão de férias não gozadas em indenização pecuniária dada a responsabilidade objetiva desta e vedação ao enriquecimento ilícito. Precedentes. Agravo regimental a que se nega provimento.’ Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3036403. Supremo Tribunal Federal 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 679.434 RIO DE JANEIRO RELATOR : MIN. CELSO DE MELLO AGTE.(S) :ESTADO DO RIO DE JANEIRO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO AGDO.(A/S) :MARCOS EDUARDO PEREIRA LIMA ADV.(A/S) :LEANDRO SILVEIRA NUNES R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO – (Relator): Trata-se de recurso de agravo, tempestivamente interposto, contra decisão que conheceu do agravo (previsto e disciplinado na Lei nº 12.322/2010), para negar seguimento ao recurso extraordinário, eis que o acórdão recorrido está em harmonia com diretriz jurisprudencial prevalecente nesta Suprema Corte. Eis o teor da decisão que sofreu a interposição do presente recurso de agravo (fls. 242/243): “A controvérsia suscitada no recurso extraordinário a que se refere o presente agravo já foi dirimida por ambas as Turmas do Supremo Tribunal Federal (RE 197.640/RJ, Rel. Min. ILMAR GALVÃO, v.g.): ‘1. A violação da Constituição do Brasil seria indireta, eis que imprescindível o reexame de matéria processual, nos termos da Lei n. 1.533/51 e do Código do Processo Civil. 2. O Supremo Tribunal Federal fixou entendimento no sentido de ser possível a conversão de férias não gozadas em indenização pecuniária dada a responsabilidade objetiva desta e vedação ao enriquecimento ilícito. Precedentes. Agravo regimental a que se nega provimento.’ Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3036403. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 6 Relatório ARE 679.434 AGR / RJ (AI 768.313-AgR/MA, Rel. Min. EROS GRAU) ‘AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL. FÉRIAS. PERÍODOS NÃO GOZADOS EM ATIVIDADE. RECEBIMENTO EM PECÚNIA. ACRÉSCIMO DO TERÇO CONSTITUCIONAL. INCISO XVII DO ART. 7º DA MAGNA CARTA. ADMISSIBILIDADE. O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, ao acolher o pedido do autor, apenas conferiu efetividade ao disposto no inciso XVII do art. 7º da Lei das Leis. Com efeito, se o benefício não é usufruído, porque a Administração indeferiu requerimento tempestivo do servidor, ao argumento de absoluta necessidade do serviço, impõe-se a indenização correspondente, acrescida do terço constitucional. De outra parte, o fato de o servidor não haver usufruído o direito, não lhe acarreta punição ainda maior; qual seja, a de deixar de receber a indenização devida, com o acréscimo constitucional. Procedimento esse que acarretaria, ainda, enriquecimento ilícito do Estado. Agravo regimental a que se nega provimento.’ (RE 324.880-AgR/SP, Rel. Min. AYRES BRITTO) O exame da causa em que interposto o apelo extremo em questão evidencia que o acórdão impugnado ajusta-se à diretriz jurisprudencial que esta Suprema Corte firmou na matéria em referência. Sendo assim, e tendo em consideração as razões expostas, conheço do presente agravo, para negar seguimento ao recurso extraordinário, eis que o acórdão recorrido está em harmonia com diretriz jurisprudencial prevalecente nesta Suprema Corte (CPC, art. 544, § 4º, II, ‘b’, na redação dada pela Lei nº 12.322/2010). ....................................................................................................... Ministro CELSO DE MELLO Relator” 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3036403. Supremo Tribunal Federal ARE 679.434 AGR / RJ (AI 768.313-AgR/MA, Rel. Min. EROS GRAU) ‘AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL. FÉRIAS. PERÍODOS NÃO GOZADOS EM ATIVIDADE. RECEBIMENTO EM PECÚNIA. ACRÉSCIMO DO TERÇO CONSTITUCIONAL. INCISO XVII DO ART. 7º DA MAGNA CARTA. ADMISSIBILIDADE. O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, ao acolher o pedido do autor, apenas conferiu efetividade ao disposto no inciso XVII do art. 7º da Lei das Leis. Com efeito, se o benefício não é usufruído, porque a Administração indeferiu requerimento tempestivo do servidor, ao argumento de absoluta necessidade do serviço, impõe-se a indenização correspondente, acrescida do terço constitucional. De outra parte, o fato de o servidor não haver usufruído o direito, não lhe acarreta punição ainda maior; qual seja, a de deixar de receber a indenização devida, com o acréscimo constitucional. Procedimento esse que acarretaria, ainda, enriquecimento ilícito do Estado. Agravo regimental a que se nega provimento.’ (RE 324.880-AgR/SP, Rel. Min. AYRES BRITTO) O exame da causa em que interposto o apelo extremo em questão evidencia que o acórdão impugnado ajusta-se à diretriz jurisprudencial que esta Suprema Corte firmou na matéria em referência. Sendo assim, e tendo em consideração as razões expostas, conheço do presente agravo, para negar seguimento ao recurso extraordinário, eis que o acórdão recorrido está em harmonia com diretriz jurisprudencial prevalecente nesta Suprema Corte (CPC, art. 544, § 4º, II, ‘b’, na redação dada pela Lei nº 12.322/2010). ....................................................................................................... Ministro CELSO DE MELLO Relator” 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3036403. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 6 Relatório ARE 679.434 AGR / RJ Inconformada com esse ato decisório, a parte ora agravante interpõe o presente recurso, postulando o provimento do agravo que deduziu (fls. 245/249). Por não me convencer das razões expostas, submeto, à apreciação desta colenda Turma, o presente recurso de agravo. É o relatório. 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3036403. Supremo Tribunal Federal ARE 679.434 AGR / RJ Inconformada com esse ato decisório, a parte ora agravante interpõe o presente recurso, postulando o provimento do agravo que deduziu (fls. 245/249). Por não me convencer das razões expostas, submeto, à apreciação desta colenda Turma, o presente recurso de agravo. É o relatório. 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3036403. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 6 Voto - MIN. CELSO DE MELLO 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 679.434 RIO DE JANEIRO V O T O O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO – (Relator): Não assiste razão à parte recorrente, eis que a decisão agravada ajusta-se, com integral fidelidade, à diretriz jurisprudencial que o Supremo Tribunal Federal firmou na matéria ora em exame, inexistindo, por isso mesmo, motivo que justifique o acolhimento da postulação recursal em causa. Observo, por relevante, que a orientação que resulta da decisão ora agravada constitui diretriz prevalecente na jurisprudência desta Corte, na linha dos precedentes referidos não só no ato decisório objeto deste recurso, mas, também, em outros julgados proferidos a respeito do tema em causa (ARE 684.151/RJ, Rel. Min. GILMAR MENDES – ARE 692.737/RJ, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI – ARE 702.126/RJ, Rel. Min. GILMAR MENDES – RE 632.707/RJ, Rel. Min. AYRES BRITTO – RE 683.123/RJ, Rel. Min. LUIZ FUX, v.g.): Sendo assim, e em face das razões expostas, nego provimento ao presente recurso de agravo, mantendo, em consequência, por seus próprios fundamentos, a decisão ora agravada. É o meu voto. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3036404. Supremo Tribunal Federal 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 679.434 RIO DE JANEIRO V O T O O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO – (Relator): Não assiste razão à parte recorrente, eis que a decisão agravada ajusta-se, com integral fidelidade, à diretriz jurisprudencial que o Supremo Tribunal Federal firmou na matéria ora em exame, inexistindo, por isso mesmo, motivo que justifique o acolhimento da postulação recursal em causa. Observo, por relevante, que a orientação que resulta da decisão ora agravada constitui diretriz prevalecente na jurisprudência desta Corte, na linha dos precedentes referidos não só no ato decisório objeto deste recurso, mas, também, em outros julgados proferidos a respeito do tema em causa (ARE 684.151/RJ, Rel. Min. GILMAR MENDES – ARE 692.737/RJ, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI – ARE 702.126/RJ, Rel. Min. GILMAR MENDES – RE 632.707/RJ, Rel. Min. AYRES BRITTO – RE 683.123/RJ, Rel. Min. LUIZ FUX, v.g.): Sendo assim, e em face das razões expostas, nego provimento ao presente recurso de agravo, mantendo, em consequência, por seus próprios fundamentos, a decisão ora agravada. É o meu voto. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3036404. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 6 Decisão de Julgamento SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 679.434 PROCED. : RIO DE JANEIRO RELATOR : MIN. CELSO DE MELLO AGTE.(S) : ESTADO DO RIO DE JANEIRO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO AGDO.(A/S) : MARCOS EDUARDO PEREIRA LIMA ADV.(A/S) : LEANDRO SILVEIRA NUNES Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. 2ª Turma, 25.09.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Subprocurador-Geral da República, Dr. Francisco de Assis Vieira Sanseverino. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2885407 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 679.434 PROCED. : RIO DE JANEIRO RELATOR : MIN. CELSO DE MELLO AGTE.(S) : ESTADO DO RIO DE JANEIRO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO AGDO.(A/S) : MARCOS EDUARDO PEREIRA LIMA ADV.(A/S) : LEANDRO SILVEIRA NUNES Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. 2ª Turma, 25.09.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Subprocurador-Geral da República, Dr. Francisco de Assis Vieira Sanseverino. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2885407 Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 6
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3081334
2012-09-25T00:00:00
2012-11-13T00:00:00
A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. 2ª Turma, 25.09.2012.
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO
E M E N T A: RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO (LEI Nº 12.322/2010) – DECISÃO QUE SE AJUSTA À JURISPRUDÊNCIA PREVALECENTE NO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL – CONSEQUENTE INVIABILIDADE DO RECURSO QUE A IMPUGNA – SUBSISTÊNCIA DOS FUNDAMENTOS QUE DÃO SUPORTE À DECISÃO RECORRIDA – RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO.
sjur218577
- Decisão(ões) monocrática(s) citads(s) (FÉRIAS NÃO GOZADAS, INDENIZAÇÃO) STF: ARE 684151, ARE 692737, ARE 702126, RE 632707, RE 683123. Número de páginas: 6. Análise: 27/11/2012, MJC.
CELSO DE MELLO
Segunda Turma
679434
[ "LEG-FED LEI-012322 ANO-2010\r\n LEI ORDINÁRIA" ]
ARE-AgR
acordaos
ARE 679434 AgR
[ "" ]
AGTE.(S) : ESTADO DO RIO DE JANEIRO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO AGDO.(A/S) : MARCOS EDUARDO PEREIRA LIMA ADV.(A/S) : LEANDRO SILVEIRA NUNES
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 679 . 434", "RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 679 . 434", "RE 197 . 640 / RJ", "RE 197 . 640 / RJ", "ARE 679 . 434 AGR / RJ", "AI 768 . 313 - AgR / MA", "RE 324 . 880 - AgR / SP", "AI 768 . 313 - AgR / MA", "RE 324 . 880 - AgR / SP", "ARE 679 . 434 AGR", "ARE 679 . 434 AGR / RJ", "ARE 684 . 151 / RJ", "ARE 692 . 737 / RJ", "ARE 702 . 126 / RJ", "RE 632 . 707 / RJ", "RE 683 . 123 / RJ", "ARE 684 . 151 / RJ", "ARE 692 . 737 / RJ", "ARE 702 . 126 / RJ", "RE 632 . 707 / RJ", "RE 683 . 123 / RJ" ], "LEGISLACAO": [ "LEI [UNK] 12 . 322 / 2010", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Lei [UNK] 12 . 322 / 2010", "Constituição do Brasil", "Lei n . 1 . 533 / 51", "Código do Processo Civil", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Lei [UNK] 12 . 322 / 2010", "Constituição do Brasil", "Lei n . 1 . 533 / 51", "Código do Processo Civil", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "inciso XVII do art . [UNK] da Lei das Leis", "CPC , art . 544 , § [UNK] , II , ‘ b ’", "Lei [UNK] 12 . 322 / 2010", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "INCISO XVII DO ART . [UNK] DA MAGNA CARTA", "inciso XVII do art . 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Ementa e Acórdão 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 696.009 PARANÁ RELATOR : MIN. LUIZ FUX AGTE.(S) :ESTELA MIGLIORINI DE ARAÚJO ADV.(A/S) :CLAUBER JULIO DE OLIVEIRA AGDO.(A/S) :UNIÃO ADV.(A/S) :ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. DIREITO ADQUIRIDO A REGIME JURÍDICO. INEXISTÊNCIA. IRREDUTIBILIDADE DE VENCIMENTOS ASSEGURADA. REPERCUSSÃO GERAL RECONHECIDA NO RE 563.965. RECURSO EXTRAORDINÁRIO A QUE SE NEGA PROVIMENTO. 1. O servidor público não possui direito adquirido a regime jurídico, devendo ser-lhe assegurada, entretanto, a irredutibilidade de vencimentos (RE 563.965, Pleno, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJ de 19.3.09). 2. No mesmo sentido as seguintes decisões: AI 730.020-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Dias Toffoli, DJ de 08.08.12; RE 650.062-AgR-ED, Segunda Turma, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 1º.08.12; RE 655.518-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJ de 14.03.12; AI 632.933-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Dias Toffoli, DJ de 15.03.12. 3. In casu, o acórdão originalmente recorrido assentou que: “ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. MP 2.215-10. ADICIONAL DE INATIVIDADE. AUSÊNCIA DE DIREITO ADQUIRIDO. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. Está pacificado no âmbito do STF o entendimento de que o servidor público não tem direito adquirido a regime jurídico e remuneratório, sendo-lhe assegurado tão somente a irredutibilidade de vencimentos.” 4. Agravo regimental a que se nega provimento. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2835923. Supremo Tribunal Federal DJe 02/10/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 9 Ementa e Acórdão RE 696.009 AGR / PR A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Brasília, 18 de setembro de 2012. LUIZ FUX – Relator Documento assinado digitalmente 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2835923. Supremo Tribunal Federal RE 696.009 AGR / PR A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Brasília, 18 de setembro de 2012. LUIZ FUX – Relator Documento assinado digitalmente 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2835923. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 9 Relatório 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 696.009 PARANÁ RELATOR : MIN. LUIZ FUX AGTE.(S) :ESTELA MIGLIORINI DE ARAÚJO ADV.(A/S) :CLAUBER JULIO DE OLIVEIRA AGDO.(A/S) :UNIÃO ADV.(A/S) :ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Trata-se de agravo regimental interposto por ESTELA MIGLIORINI DE ARAÚJO em face de decisão de minha lavra, assim ementada: “ADMINISTRATIVO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. SERVIDOR PÚBLICO. DIREITO ADQUIRIDO A REGIME JURÍDICO. INEXISTÊNCIA. IRREDUTIBILIDADE DE VENCIMENTOS ASSEGURADA. REPERCUSSÃO GERAL RECONHECIDA NO RE 563.965. RECURSO EXTRAORDINÁRIO A QUE SE NEGA SEGUIMENTO. 1. O servidor público não possui direito adquirido a regime jurídico, devendo ser-lhe assegurada, entretanto, a irredutibilidade de vencimentos (RE 563.965, Pleno, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJ de 19.3.09). 2. No mesmo sentido as seguintes decisões: AI 730.020- AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Dias Toffoli, DJ de 08.08.12; RE 650.062-AgR-ED, Segunda Turma, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 1º.08.12; RE 655.518-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJ de 14.03.12; AI 632.933-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Dias Toffoli, DJ de 15.03.12. 3. In casu, o acórdão recorrido assentou que: ‘ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. MP 2.215-10. ADICIONAL DE INATIVIDADE. AUSÊNCIA DE DIREITO ADQUIRIDO. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2835924. Supremo Tribunal Federal 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 696.009 PARANÁ RELATOR : MIN. LUIZ FUX AGTE.(S) :ESTELA MIGLIORINI DE ARAÚJO ADV.(A/S) :CLAUBER JULIO DE OLIVEIRA AGDO.(A/S) :UNIÃO ADV.(A/S) :ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Trata-se de agravo regimental interposto por ESTELA MIGLIORINI DE ARAÚJO em face de decisão de minha lavra, assim ementada: “ADMINISTRATIVO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. SERVIDOR PÚBLICO. DIREITO ADQUIRIDO A REGIME JURÍDICO. INEXISTÊNCIA. IRREDUTIBILIDADE DE VENCIMENTOS ASSEGURADA. REPERCUSSÃO GERAL RECONHECIDA NO RE 563.965. RECURSO EXTRAORDINÁRIO A QUE SE NEGA SEGUIMENTO. 1. O servidor público não possui direito adquirido a regime jurídico, devendo ser-lhe assegurada, entretanto, a irredutibilidade de vencimentos (RE 563.965, Pleno, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJ de 19.3.09). 2. No mesmo sentido as seguintes decisões: AI 730.020- AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Dias Toffoli, DJ de 08.08.12; RE 650.062-AgR-ED, Segunda Turma, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 1º.08.12; RE 655.518-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJ de 14.03.12; AI 632.933-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Dias Toffoli, DJ de 15.03.12. 3. In casu, o acórdão recorrido assentou que: ‘ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. MP 2.215-10. ADICIONAL DE INATIVIDADE. AUSÊNCIA DE DIREITO ADQUIRIDO. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2835924. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 9 Relatório RE 696.009 AGR / PR Está pacificado no âmbito do STF o entendimento de que o servidor público não tem direito adquirido a regime jurídico e remuneratório, sendo-lhe assegurado tão somente a irredutibilidade de vencimentos.’ 4. Recurso extraordinário a que se nega seguimento.” A agravante reitera os argumentos deduzidos nas razões do apelo extremo. Ao final, requer a reconsideração da decisão hostilizada, com o consequente conhecimento e provimento do recurso extraordinário. É o relatório. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2835924. Supremo Tribunal Federal RE 696.009 AGR / PR Está pacificado no âmbito do STF o entendimento de que o servidor público não tem direito adquirido a regime jurídico e remuneratório, sendo-lhe assegurado tão somente a irredutibilidade de vencimentos.’ 4. Recurso extraordinário a que se nega seguimento.” A agravante reitera os argumentos deduzidos nas razões do apelo extremo. Ao final, requer a reconsideração da decisão hostilizada, com o consequente conhecimento e provimento do recurso extraordinário. É o relatório. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2835924. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 9 Voto - MIN. LUIZ FUX 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 696.009 PARANÁ V O T O O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Não assiste razão à agravante. Em suma, os fundamentos da decisão agravada restaram assim consignados: “Cuida-se de recurso extraordinário interposto por ESTELA MIGLIORINI DE ARAÚJO, com fundamento no artigo 102, inciso III, alínea a, da Constituição Federal de 1988, contra acórdão proferido pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região assim ementado: ‘ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. MP 2.215-10. ADICIONAL DE INATIVIDADE. AUSÊNCIA DE DIREITO ADQUIRIDO. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. Está pacificado no âmbito do STF o entendimento de que o servidor público não tem direito adquirido a regime jurídico e remuneratório, sendo-lhe assegurado tão somente a irredutibilidade de vencimentos.’ Nas razões do apelo extremo, a recorrente alega violação do artigo 5º, inciso XXXVI, sustentando, em síntese, que a supressão do adicional de inatividade de seus proventos ofende à garantia constitucional do direito adquirido. É o relatório. DECIDO. O Plenário do Supremo Tribunal Federal, no julgamento do RE 563.965, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJ de 19.3.09, reconheceu a repercussão geral do tema e, no mérito, fixou entendimento no sentido de que o servidor público não possui direito adquirido a regime jurídico, devendo ser-lhe Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2835925. Supremo Tribunal Federal 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 696.009 PARANÁ V O T O O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Não assiste razão à agravante. Em suma, os fundamentos da decisão agravada restaram assim consignados: “Cuida-se de recurso extraordinário interposto por ESTELA MIGLIORINI DE ARAÚJO, com fundamento no artigo 102, inciso III, alínea a, da Constituição Federal de 1988, contra acórdão proferido pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região assim ementado: ‘ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. MP 2.215-10. ADICIONAL DE INATIVIDADE. AUSÊNCIA DE DIREITO ADQUIRIDO. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. Está pacificado no âmbito do STF o entendimento de que o servidor público não tem direito adquirido a regime jurídico e remuneratório, sendo-lhe assegurado tão somente a irredutibilidade de vencimentos.’ Nas razões do apelo extremo, a recorrente alega violação do artigo 5º, inciso XXXVI, sustentando, em síntese, que a supressão do adicional de inatividade de seus proventos ofende à garantia constitucional do direito adquirido. É o relatório. DECIDO. O Plenário do Supremo Tribunal Federal, no julgamento do RE 563.965, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJ de 19.3.09, reconheceu a repercussão geral do tema e, no mérito, fixou entendimento no sentido de que o servidor público não possui direito adquirido a regime jurídico, devendo ser-lhe Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2835925. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 9 Voto - MIN. LUIZ FUX RE 696.009 AGR / PR assegurado, entretanto, a irredutibilidade de vencimentos. Eis a ementa do julgado: ‘EMENTA: DIREITOS CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. ESTABILIDADE FINANCEIRA. MODIFICAÇÃO DE FORMA DE CÁLCULO DA REMUNERAÇÃO. OFENSA À GARANTIA CONSTITUCIONAL DA IRREDUTIBILIDADE DA REMUNERAÇÃO: AUSÊNCIA. JURISPRUDÊNCIA. LEI COMPLEMENTAR N. 203/2001 DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE: CONSTITUCIONALIDADE. 1. O Supremo Tribunal Federal pacificou a sua jurisprudência sobre a constitucionalidade do instituto da estabilidade financeira e sobre a ausência de direito adquirido a regime jurídico. 2. Nesta linha, a Lei Complementar n. 203/2001, do Estado do Rio Grande do Norte, no ponto que alterou a forma de cálculo de gratificações e, conseqüentemente, a composição da remuneração de servidores públicos, não ofende a Constituição da República de 1988, por dar cumprimento ao princípio da irredutibilidade da remuneração. 3. Recurso extraordinário ao qual se nega provimento.’ No mesmo sentido, as seguintes decisões: ‘EMENTA Agravo regimental no agravo de instrumento. Militar. Adicional de inatividade. Supressão. MP nº 2.131/2000. Direito adquirido a regime jurídico. Impossibilidade. Princípio da irredutibilidade de vencimentos. Violação. Não ocorrência. Precedentes. 1. A jurisprudência desta Corte está consolidada no sentido de que não há direito adquirido a regime jurídico, devendo, no entanto, ser preservado o valor nominal da remuneração, sob pena de ofensa ao princípio da irredutibilidade de vencimento. 2. A supressão do adicional de inatividade pela MP nº 2.131/2000 não afronta o princípio do direito adquirido, uma vez que as instâncias de origem não verificaram decesso nos proventos do agravante. 3. Agravo 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2835925. Supremo Tribunal Federal RE 696.009 AGR / PR assegurado, entretanto, a irredutibilidade de vencimentos. Eis a ementa do julgado: ‘EMENTA: DIREITOS CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. ESTABILIDADE FINANCEIRA. MODIFICAÇÃO DE FORMA DE CÁLCULO DA REMUNERAÇÃO. OFENSA À GARANTIA CONSTITUCIONAL DA IRREDUTIBILIDADE DA REMUNERAÇÃO: AUSÊNCIA. JURISPRUDÊNCIA. LEI COMPLEMENTAR N. 203/2001 DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE: CONSTITUCIONALIDADE. 1. O Supremo Tribunal Federal pacificou a sua jurisprudência sobre a constitucionalidade do instituto da estabilidade financeira e sobre a ausência de direito adquirido a regime jurídico. 2. Nesta linha, a Lei Complementar n. 203/2001, do Estado do Rio Grande do Norte, no ponto que alterou a forma de cálculo de gratificações e, conseqüentemente, a composição da remuneração de servidores públicos, não ofende a Constituição da República de 1988, por dar cumprimento ao princípio da irredutibilidade da remuneração. 3. Recurso extraordinário ao qual se nega provimento.’ No mesmo sentido, as seguintes decisões: ‘EMENTA Agravo regimental no agravo de instrumento. Militar. Adicional de inatividade. Supressão. MP nº 2.131/2000. Direito adquirido a regime jurídico. Impossibilidade. Princípio da irredutibilidade de vencimentos. Violação. Não ocorrência. Precedentes. 1. A jurisprudência desta Corte está consolidada no sentido de que não há direito adquirido a regime jurídico, devendo, no entanto, ser preservado o valor nominal da remuneração, sob pena de ofensa ao princípio da irredutibilidade de vencimento. 2. A supressão do adicional de inatividade pela MP nº 2.131/2000 não afronta o princípio do direito adquirido, uma vez que as instâncias de origem não verificaram decesso nos proventos do agravante. 3. Agravo 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2835925. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 9 Voto - MIN. LUIZ FUX RE 696.009 AGR / PR regimental não provido.’ - Sem grifos no original (AI 730.020- AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Dias Toffoli, DJ de 08.08.12) ‘E M E N T A: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO – EXISTÊNCIA DE OMISSÃO NO ACÓRDÃO EMBARGADO – SERVIDOR PÚBLICO MILITAR – ADICIONAL DE INATIVIDADE – SUPRESSÃO – MP Nº 2.131/2000 – AUSÊNCIA DE OFENSA À IRREDUTIBILIDADE DE VENCIMENTOS – DIREITO ADQUIRIDO – INEXISTÊNCIA – PRECEDENTES – EMBARGOS DE DECLARAÇÃO RECEBIDOS.’ (RE 650.062-AgR-ED, Segunda Turma, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 1º.08.12) ‘EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO. MILITAR. SUPRESSÃO DO ADICIONAL DE INATIVIDADE. INEXISTÊNCIA DE DIREITO ADQUIRIDO A REGIME JURÍDICO. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.’ (RE 655.518-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJ de 14.03.12) ‘EMENTA Agravo regimental no agravo de instrumento. Militar. Adicional de inatividade. Supressão. MP nº 2.131/2000. Direito adquirido a regime jurídico. Impossibilidade. Princípio da irredutibilidade de vencimentos. Violação. Não ocorrência. Precedentes. 1. A jurisprudência desta Corte está consolidada no sentido de que não há direito adquirido a regime jurídico, devendo ser preservado o valor nominal da remuneração, sob pena de ofensa ao princípio da irredutibilidade de vencimento. 2. A supressão do adicional de inatividade pela MP nº 2.131/2000 não afronta o princípio do direito adquirido, uma vez que não houve decesso na remuneração dos agravantes, conforme consignou o Tribunal de origem. 3. Agravo 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2835925. Supremo Tribunal Federal RE 696.009 AGR / PR regimental não provido.’ - Sem grifos no original (AI 730.020- AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Dias Toffoli, DJ de 08.08.12) ‘E M E N T A: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO – EXISTÊNCIA DE OMISSÃO NO ACÓRDÃO EMBARGADO – SERVIDOR PÚBLICO MILITAR – ADICIONAL DE INATIVIDADE – SUPRESSÃO – MP Nº 2.131/2000 – AUSÊNCIA DE OFENSA À IRREDUTIBILIDADE DE VENCIMENTOS – DIREITO ADQUIRIDO – INEXISTÊNCIA – PRECEDENTES – EMBARGOS DE DECLARAÇÃO RECEBIDOS.’ (RE 650.062-AgR-ED, Segunda Turma, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 1º.08.12) ‘EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO. MILITAR. SUPRESSÃO DO ADICIONAL DE INATIVIDADE. INEXISTÊNCIA DE DIREITO ADQUIRIDO A REGIME JURÍDICO. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.’ (RE 655.518-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJ de 14.03.12) ‘EMENTA Agravo regimental no agravo de instrumento. Militar. Adicional de inatividade. Supressão. MP nº 2.131/2000. Direito adquirido a regime jurídico. Impossibilidade. Princípio da irredutibilidade de vencimentos. Violação. Não ocorrência. Precedentes. 1. A jurisprudência desta Corte está consolidada no sentido de que não há direito adquirido a regime jurídico, devendo ser preservado o valor nominal da remuneração, sob pena de ofensa ao princípio da irredutibilidade de vencimento. 2. A supressão do adicional de inatividade pela MP nº 2.131/2000 não afronta o princípio do direito adquirido, uma vez que não houve decesso na remuneração dos agravantes, conforme consignou o Tribunal de origem. 3. Agravo 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2835925. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 9 Voto - MIN. LUIZ FUX RE 696.009 AGR / PR regimental não provido.’ (AI 632.933-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Dias Toffoli, DJ de 15.03.12) In casu, o Tribunal a quo afirmou que a supressão do adicional de inatividade não acarretou a redução nominal dos proventos da recorrente. Ex positis, nego seguimento ao recurso extraordinário com fundamento no artigo 21, § 1º, do RISTF.” Assim sendo, em que pesem os argumentos expendidos nas razões de agravar, resta evidenciado das razões recursais que a agravante não trouxe nenhum argumento capaz de infirmar a decisão hostilizada. Ex positis, nego provimento ao agravo regimental. É como voto. 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2835925. Supremo Tribunal Federal RE 696.009 AGR / PR regimental não provido.’ (AI 632.933-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Dias Toffoli, DJ de 15.03.12) In casu, o Tribunal a quo afirmou que a supressão do adicional de inatividade não acarretou a redução nominal dos proventos da recorrente. Ex positis, nego seguimento ao recurso extraordinário com fundamento no artigo 21, § 1º, do RISTF.” Assim sendo, em que pesem os argumentos expendidos nas razões de agravar, resta evidenciado das razões recursais que a agravante não trouxe nenhum argumento capaz de infirmar a decisão hostilizada. Ex positis, nego provimento ao agravo regimental. É como voto. 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2835925. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 9 Decisão de Julgamento PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 696.009 PROCED. : PARANÁ RELATOR : MIN. LUIZ FUX AGTE.(S) : ESTELA MIGLIORINI DE ARAÚJO ADV.(A/S) : CLAUBER JULIO DE OLIVEIRA AGDO.(A/S) : UNIÃO ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 18.9.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de Almeida. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2848659 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 696.009 PROCED. : PARANÁ RELATOR : MIN. LUIZ FUX AGTE.(S) : ESTELA MIGLIORINI DE ARAÚJO ADV.(A/S) : CLAUBER JULIO DE OLIVEIRA AGDO.(A/S) : UNIÃO ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 18.9.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de Almeida. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2848659 Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 9
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=2857635
2012-09-18T00:00:00
2012-10-02T00:00:00
A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 18.9.2012.
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO
Ementa: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. DIREITO ADQUIRIDO A REGIME JURÍDICO. INEXISTÊNCIA. IRREDUTIBILIDADE DE VENCIMENTOS ASSEGURADA. REPERCUSSÃO GERAL RECONHECIDA NO RE 563.965. RECURSO EXTRAORDINÁRIO A QUE SE NEGA PROVIMENTO. 1. O servidor público não possui direito adquirido a regime jurídico, devendo ser-lhe assegurada, entretanto, a irredutibilidade de vencimentos (RE 563.965, Pleno, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJ de 19.3.09). 2. No mesmo sentido as seguintes decisões: AI 730.020-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Dias Toffoli, DJ de 08.08.12; RE 650.062-AgR-ED, Segunda Turma, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 1º.08.12; RE 655.518-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJ de 14.03.12; AI 632.933-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Dias Toffoli, DJ de 15.03.12. 3. In casu, o acórdão originalmente recorrido assentou que: “ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. MP 2.215-10. ADICIONAL DE INATIVIDADE. AUSÊNCIA DE DIREITO ADQUIRIDO. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. Está pacificado no âmbito do STF o entendimento de que o servidor público não tem direito adquirido a regime jurídico e remuneratório, sendo-lhe assegurado tão somente a irredutibilidade de vencimentos.” 4. Agravo regimental a que se nega provimento.
sjur215718
- Acórdãos citados: AI 632933 AgR, AI 730020 AgR, RE 563965 - Tribunal Pleno, RE 655518 AgR, RE 650062 AgR-ED. Número de páginas: 9. Análise: 11/10/2012, LLD.
LUIZ FUX
Primeira Turma
696009
null
RE-AgR
acordaos
RE 696009 AgR
[ "" ]
AGTE.(S) : ESTELA MIGLIORINI DE ARAÚJO ADV.(A/S) : CLAUBER JULIO DE OLIVEIRA AGDO.(A/S) : UNIÃO ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
[ "" ]
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009", "RECURSO EXTRAORDINÁRIO 696 . 009" ], "LEGISLACAO": [ "MP 2 . 215 - 10", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP 2 . 215 - 10", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP 2 . 215 - 10", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "artigo 102 , inciso III , alínea a , da Constituição Federal de 1988", "MP 2 . 215 - 10", "artigo [UNK] ,", "MP n° 2 . 200 - 2 /", "artigo 102 , inciso III , alínea a , da Constituição Federal de 1988", "artigo [UNK] , inciso XXXVI", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "LEI COMPLEMENTAR N . 203 / 2001", "Lei Complementar n . 203 / 2001", "Constituição da República de 1988", "MP [UNK] 2 . 131 / 2000", "MP [UNK] 2 . 131 / 2000", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "LEI COMPLEMENTAR N . 203 / 2001", "Lei Complementar n . 203 / 2001", "Constituição da República de 1988", "MP [UNK] 2 . 131 / 2000", "MP [UNK] 2 . 131 / 2000", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP [UNK] 2 . 131 / 2000", "MP [UNK] 2 . 131 / 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Ementa e Acórdão 25/09/2012 SEGUNDA TURMA HABEAS CORPUS 112.774 MATO GROSSO DO SUL RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI PACTE.(S) :DEVANIL ALVES DA SILVA IMPTE.(S) :DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL COATOR(A/S)(ES) :SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA EMENTA: HABEAS CORPUS. PENAL. PACIENTE CONDENADO PELO DELITO DE TRÁFICO ILÍCITO DE DROGAS. FIXAÇÃO DA PENA-BASE ACIMA DO MÍNIMO LEGAL DEVIDAMENTE JUSTIFICADA. CONCURSO DA AGRAVANTE DA REINCIDÊNCIA E DA ATENUANTE DA CONFISSÃO ESPONTÂNEA. IMPOSSIBILIDADE DE COMPENSAÇÃO. ORDEM DENEGADA. I – A sentença condenatória que fixou a pena-base acima do mínimo legal não merece nenhum reparo, pois, além de considerar desfavoráveis os antecedentes criminais e a personalidade do agente, fez preponderar no cálculo a expressiva quantidade e a qualidade da droga apreendida (1.450g de maconha), em observância ao que dispõe o art. 42 da Lei 11.343/2006. II – Nos termos do art. 67 do Código Penal, no concurso de atenuantes e agravantes, a pena deve aproximar-se do limite indicado pelas circunstâncias preponderantes. No caso sob exame, a agravante da reincidência prepondera sobre a atenuante da confissão espontânea, razão pela qual é inviável a compensação pleiteada. Precedentes. III – O quantum de pena fixado pelo magistrado sentenciante encontra-se devidamente motivado, além de mostrar-se proporcional ao caso em apreço, sendo certo que não se pode utilizar “o habeas corpus para realizar novo juízo de reprovabilidade, ponderando, em concreto, qual seria a pena adequada ao fato pelo qual condenado o Paciente” (HC 94.655/MT, Rel. Min. Cármen Lúcia). Precedentes. IV – De acordo com a jurisprudência desta Corte, somente em Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2843509. Supremo Tribunal Federal DJe 19/11/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 16 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3098767 Ementa e Acórdão HC 112.774 / MS situações excepcionais é que se admite o reexame dos fundamentos da dosimetria levada a efeito pelo juiz a partir do sistema trifásico. Precedentes. V – Ordem denegada. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamentos e das notas taquigráficas, por unanimidade, denegar a ordem, nos termos do voto do Relator. Brasília, 25 de setembro de 2012. RICARDO LEWANDOWSKI – PRESIDENTE E RELATOR 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2843509. Supremo Tribunal Federal HC 112.774 / MS situações excepcionais é que se admite o reexame dos fundamentos da dosimetria levada a efeito pelo juiz a partir do sistema trifásico. Precedentes. V – Ordem denegada. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamentos e das notas taquigráficas, por unanimidade, denegar a ordem, nos termos do voto do Relator. Brasília, 25 de setembro de 2012. RICARDO LEWANDOWSKI – PRESIDENTE E RELATOR 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2843509. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 16 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3098767 Relatório 25/09/2012 SEGUNDA TURMA HABEAS CORPUS 112.774 MATO GROSSO DO SUL RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI PACTE.(S) :DEVANIL ALVES DA SILVA IMPTE.(S) :DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL COATOR(A/S)(ES) :SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Trata-se de habeas corpus impetrado pela Defensoria Pública da União, em favor de DEVANIL ALVES DA SILVA, contra acórdão da Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça, que denegou a ordem no HC 137.311/MS, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze. Consta dos autos que o paciente foi condenado, com outras duas pessoas, à pena de 9 anos, 6 meses e 10 dias de reclusão, em regime inicial fechado, pela prática do crime de tráfico ilícito de drogas, previsto no art. 33, combinado com o art. 40, III, da Lei 11.343/2006, porque foi surpreendido ao tentar entrar no Presídio de Trânsito, em Campo Grande/MS, com um aparelho televisor, onde estavam escondidos 1.450g de maconha, distribuídos em 26 sacos plásticos de cores diferentes. Além da droga foram encontrados três aparelhos celulares e os respectivos carregadores. A impetrante relata que, buscando a redução da pena-base e a compensação da agravante da reincidência com a atenuante da confissão espontânea, a defesa interpôs apelação no Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso do Sul, que negou provimento ao recurso. Inconformada, manejou recursos especial e extraordinário, mas nenhum deles foi admitido na origem. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2843510. Supremo Tribunal Federal 25/09/2012 SEGUNDA TURMA HABEAS CORPUS 112.774 MATO GROSSO DO SUL RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI PACTE.(S) :DEVANIL ALVES DA SILVA IMPTE.(S) :DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL COATOR(A/S)(ES) :SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Trata-se de habeas corpus impetrado pela Defensoria Pública da União, em favor de DEVANIL ALVES DA SILVA, contra acórdão da Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça, que denegou a ordem no HC 137.311/MS, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze. Consta dos autos que o paciente foi condenado, com outras duas pessoas, à pena de 9 anos, 6 meses e 10 dias de reclusão, em regime inicial fechado, pela prática do crime de tráfico ilícito de drogas, previsto no art. 33, combinado com o art. 40, III, da Lei 11.343/2006, porque foi surpreendido ao tentar entrar no Presídio de Trânsito, em Campo Grande/MS, com um aparelho televisor, onde estavam escondidos 1.450g de maconha, distribuídos em 26 sacos plásticos de cores diferentes. Além da droga foram encontrados três aparelhos celulares e os respectivos carregadores. A impetrante relata que, buscando a redução da pena-base e a compensação da agravante da reincidência com a atenuante da confissão espontânea, a defesa interpôs apelação no Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso do Sul, que negou provimento ao recurso. Inconformada, manejou recursos especial e extraordinário, mas nenhum deles foi admitido na origem. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2843510. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 16 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3098767 Relatório HC 112.774 / MS Informa, na sequência, que, insistindo nas teses defensivas, a Defensoria Pública estadual impetrou habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça, que, contudo, denegou a ordem. É contra o acórdão da Corte Superior que se insurge a impetrante. Alega, inicialmente, que o magistrado sentenciante, ao fixar a pena- base em 2 anos acima do mínimo legal, “descreveu apenas elementos integrantes do tipo”, deixando “à margem todas as outras circunstâncias judiciais, são elas: a culpabilidade, a conduta social, o comportamento da vítima, os motivos, as circunstâncias e consequências do crime”. Argumenta, outrossim, que “a confissão espontânea, por ser de natureza subjetiva, integra a personalidade, e, sendo assim, tem peso equiparável à reincidência, nos termos do artigo 67 do Código Penal”. Assevera, dessa forma, que “o quantum da atenuante deve ser fixado no mesmo limite ao fixado à agravante, compensando-se por proporcionalidade na aplicação e interpretação da lei”. Requer, ao final, a concessão da ordem, “para reduzir a pena-base imposta ao paciente, bem como para efetivar a devida compensação da agravante da reincidência com a atenuante da confissão”. Não havendo pedido de liminar a ser apreciado, e estando bem instruídos os autos, determinei fosse ouvido o Procurador-Geral da República. O Ministério Público Federal, em parecer da lavra do Subprocurador-Geral da República Edson Oliveira de Almeida, manifestou-se pela denegação da ordem. É o relatório. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2843510. Supremo Tribunal Federal HC 112.774 / MS Informa, na sequência, que, insistindo nas teses defensivas, a Defensoria Pública estadual impetrou habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça, que, contudo, denegou a ordem. É contra o acórdão da Corte Superior que se insurge a impetrante. Alega, inicialmente, que o magistrado sentenciante, ao fixar a pena- base em 2 anos acima do mínimo legal, “descreveu apenas elementos integrantes do tipo”, deixando “à margem todas as outras circunstâncias judiciais, são elas: a culpabilidade, a conduta social, o comportamento da vítima, os motivos, as circunstâncias e consequências do crime”. Argumenta, outrossim, que “a confissão espontânea, por ser de natureza subjetiva, integra a personalidade, e, sendo assim, tem peso equiparável à reincidência, nos termos do artigo 67 do Código Penal”. Assevera, dessa forma, que “o quantum da atenuante deve ser fixado no mesmo limite ao fixado à agravante, compensando-se por proporcionalidade na aplicação e interpretação da lei”. Requer, ao final, a concessão da ordem, “para reduzir a pena-base imposta ao paciente, bem como para efetivar a devida compensação da agravante da reincidência com a atenuante da confissão”. Não havendo pedido de liminar a ser apreciado, e estando bem instruídos os autos, determinei fosse ouvido o Procurador-Geral da República. O Ministério Público Federal, em parecer da lavra do Subprocurador-Geral da República Edson Oliveira de Almeida, manifestou-se pela denegação da ordem. É o relatório. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2843510. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 16 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3098767 Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI 25/09/2012 SEGUNDA TURMA HABEAS CORPUS 112.774 MATO GROSSO DO SUL V O T O O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Bem examinados os autos, tenho que o caso é de denegação da ordem. O acórdão questionado possui a seguinte ementa: “HABEAS CORPUS. TRÁFICO DE DROGAS. 1. PENA- BASE FIXADA ACIMA DO MÍNIMO LEGAL. CIRCUNSTÂNCIAS JUDICIAIS DESFAVORÁVEIS. QUANTIDADE E NATUREZA DA DROGA APREENDIDA. ILEGALIDADE AUSENTE. 2. DOSIMETRIA DA PENA. PREPONDERÂNCIA DA AGRAVANTE DA REINCIDÊNCIA SOBRE A ATENUANTE DA CONFISSÃO ESPONTÂNEA. AUSÊNCIA DE COMPENSAÇÃO EXATA. CONSTRANGIMENTO ILEGAL. NÃO OCORRÊNCIA. PRECEDENTES. 3. ORDEM DENEGADA. 1. Inexiste constrangimento ilegal a ser sanado no que diz respeito à fixação da pena-base acima do mínimo legal, se ela foi fixada levando em consideração a elevada quantidade de droga apreendida, vale dizer, 1.450g (mil quatrocentos e cinquenta gramas) de maconha, bem como a existência de circunstâncias judiciais negativas, relativas à personalidade e aos maus antecedentes do paciente, não havendo que se falar, portanto, em constrangimento ilegal na exasperação da pena- base em 2 anos. 2. Não faz jus o paciente à exata compensação entre a atenuante da confissão espontânea e a agravante da reincidência, em observância ao que disciplina o artigo 67 do Código Penal, segundo o qual, em havendo concurso entre atenuantes e agravantes, devem preponderar aquelas relativas aos motivos determinantes do crime, à personalidade do agente e à reincidência. 3. Habeas corpus denegado”. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2843511. Supremo Tribunal Federal 25/09/2012 SEGUNDA TURMA HABEAS CORPUS 112.774 MATO GROSSO DO SUL V O T O O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Bem examinados os autos, tenho que o caso é de denegação da ordem. O acórdão questionado possui a seguinte ementa: “HABEAS CORPUS. TRÁFICO DE DROGAS. 1. PENA- BASE FIXADA ACIMA DO MÍNIMO LEGAL. CIRCUNSTÂNCIAS JUDICIAIS DESFAVORÁVEIS. QUANTIDADE E NATUREZA DA DROGA APREENDIDA. ILEGALIDADE AUSENTE. 2. DOSIMETRIA DA PENA. PREPONDERÂNCIA DA AGRAVANTE DA REINCIDÊNCIA SOBRE A ATENUANTE DA CONFISSÃO ESPONTÂNEA. AUSÊNCIA DE COMPENSAÇÃO EXATA. CONSTRANGIMENTO ILEGAL. NÃO OCORRÊNCIA. PRECEDENTES. 3. ORDEM DENEGADA. 1. Inexiste constrangimento ilegal a ser sanado no que diz respeito à fixação da pena-base acima do mínimo legal, se ela foi fixada levando em consideração a elevada quantidade de droga apreendida, vale dizer, 1.450g (mil quatrocentos e cinquenta gramas) de maconha, bem como a existência de circunstâncias judiciais negativas, relativas à personalidade e aos maus antecedentes do paciente, não havendo que se falar, portanto, em constrangimento ilegal na exasperação da pena- base em 2 anos. 2. Não faz jus o paciente à exata compensação entre a atenuante da confissão espontânea e a agravante da reincidência, em observância ao que disciplina o artigo 67 do Código Penal, segundo o qual, em havendo concurso entre atenuantes e agravantes, devem preponderar aquelas relativas aos motivos determinantes do crime, à personalidade do agente e à reincidência. 3. Habeas corpus denegado”. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2843511. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 16 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3098767 Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI HC 112.774 / MS Conforme relatado, a impetrante pretende a redução da pena-base imposta ao paciente e a compensação da agravante da reincidência com a atenuante da confissão espontânea. Sem razão, contudo. Inicialmente, no que tange ao pleito de redução da pena-base, entendo que a sentença condenatória que a fixou em 7 anos não merece nenhum reparo, pois, além de considerar desfavoráveis os antecedentes criminais e a personalidade do agente, fez preponderar no cálculo a expressiva quantidade e a qualidade da droga apreendida (1.450g de maconha), em observância ao que dispõe o art. 42 da Lei 11.343/2006, que determina que o juiz, na fixação da reprimenda, considerará, com preponderância sobre o previsto no art. 59 do Código Penal, “a natureza e a quantidade da substância ou do produto, a personalidade e a conduta social do agente”. Confira-se, a propósito, os seguintes trechos da sentença: “(...) Analisadas as diretrizes do artigo 42 da Lei 11.343/06 e artigo 59 do Código Penal, merecem destaque: a natureza e a quantidade de substância entorpecente, levando-se em conta a apreensão de 1.450g (…) de maconha, demonstrando o réu vontade deliberada de obter lucro fácil em detrimento da saúde alheia e nenhum escrúpulo e consciência acerca dos males que tal substância produz na sociedade; a personalidade, haja vista que não é a primeira vez que o réu responde criminalmente e, não obstante as ações penais instauradas, manteve-se à margem da sociedade e agora está sendo acusado de deliquir novamente, demonstrando personalidade voltada para o crime; e os antecedentes, em vista da certidão cartorária de fl. 92, pelo que fixo a pena-base acima do mínimo legal, em 7 (sete) anos de reclusão e 700 (setecentos) dias-multa. Concorrendo a circunstância agravante prevista no artigo 61, 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2843511. Supremo Tribunal Federal HC 112.774 / MS Conforme relatado, a impetrante pretende a redução da pena-base imposta ao paciente e a compensação da agravante da reincidência com a atenuante da confissão espontânea. Sem razão, contudo. Inicialmente, no que tange ao pleito de redução da pena-base, entendo que a sentença condenatória que a fixou em 7 anos não merece nenhum reparo, pois, além de considerar desfavoráveis os antecedentes criminais e a personalidade do agente, fez preponderar no cálculo a expressiva quantidade e a qualidade da droga apreendida (1.450g de maconha), em observância ao que dispõe o art. 42 da Lei 11.343/2006, que determina que o juiz, na fixação da reprimenda, considerará, com preponderância sobre o previsto no art. 59 do Código Penal, “a natureza e a quantidade da substância ou do produto, a personalidade e a conduta social do agente”. Confira-se, a propósito, os seguintes trechos da sentença: “(...) Analisadas as diretrizes do artigo 42 da Lei 11.343/06 e artigo 59 do Código Penal, merecem destaque: a natureza e a quantidade de substância entorpecente, levando-se em conta a apreensão de 1.450g (…) de maconha, demonstrando o réu vontade deliberada de obter lucro fácil em detrimento da saúde alheia e nenhum escrúpulo e consciência acerca dos males que tal substância produz na sociedade; a personalidade, haja vista que não é a primeira vez que o réu responde criminalmente e, não obstante as ações penais instauradas, manteve-se à margem da sociedade e agora está sendo acusado de deliquir novamente, demonstrando personalidade voltada para o crime; e os antecedentes, em vista da certidão cartorária de fl. 92, pelo que fixo a pena-base acima do mínimo legal, em 7 (sete) anos de reclusão e 700 (setecentos) dias-multa. Concorrendo a circunstância agravante prevista no artigo 61, 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2843511. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 16 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3098767 Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI HC 112.774 / MS inciso I, do Código Penal, qual seja a reincidência, que prepondera sobre a confissão espontânea, nos termos do artigo 67 do Código Penal, agravo a pena em 1/6 (um sexto), isto é, 1 (um) ano e 2 (dois) meses de reclusão e 116 (cento e dezesseis) dias-multa, fixando em 8 (oito) anos e 2 (dois) meses de reclusão e 816 (oitocentos e dezesseis) dias-multa. Em face da causa de aumento prevista no artigo 40, inciso III, da Lei nº 11.343/06, majoro a pena em 1/6 (um sexto), isto é, 1 (um) ano, 4 (quatro) meses e 10 (dez) dias de reclusão e 136 (cento e trinta e seis) dias-multa, fixando-a definitivamente em 9 (nove) anos, 6 (seis) meses e 10 (dez) dias de reclusão e 952 (novecentos e cinquenta e dois) dias-multa, à míngua de outras causas que a modifique” (grifos no original). O Tribunal de Justiça local, por sua vez, ao examinar a apelação da defesa, manteve a pena-base e a agravante de reincidência fixadas pelo juízo sentenciante, nos termos do voto do relator: “(...) Pugna o apelante Devanil pela redução da pena ao mínimo legal. No entanto, constata-se que possui diversas circunstâncias judiciais desfavoráveis, bastando apenas uma para que a pena seja fixada acima do mínimo legal (f. 221), tendo a pena sido fundamentada em observância ao art. 42 da Lei n. 11.343/06. O magistrado possui discricionariedade, dentro dos limites legais, para fixar a pena em conformidade com sua finalidade, prevenção e repressão do crime. Assim, não há reparo a ser feito. (…) Na segunda fase da dosimetria da pena, a pena-base foi agravada em 1/6 em virtude de a reincidência preponderar sobre a atenuante da confissão. Observa-se que a reincidência não foi considerada na 1ª fase de aplicação da pena, sendo que esta não se confunde com os antecedentes, principalmente, no caso em tela em que o apelante já foi processado por inúmeras vezes (f. 113-116). Portanto, não há falar em bis in idem”. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2843511. Supremo Tribunal Federal HC 112.774 / MS inciso I, do Código Penal, qual seja a reincidência, que prepondera sobre a confissão espontânea, nos termos do artigo 67 do Código Penal, agravo a pena em 1/6 (um sexto), isto é, 1 (um) ano e 2 (dois) meses de reclusão e 116 (cento e dezesseis) dias-multa, fixando em 8 (oito) anos e 2 (dois) meses de reclusão e 816 (oitocentos e dezesseis) dias-multa. Em face da causa de aumento prevista no artigo 40, inciso III, da Lei nº 11.343/06, majoro a pena em 1/6 (um sexto), isto é, 1 (um) ano, 4 (quatro) meses e 10 (dez) dias de reclusão e 136 (cento e trinta e seis) dias-multa, fixando-a definitivamente em 9 (nove) anos, 6 (seis) meses e 10 (dez) dias de reclusão e 952 (novecentos e cinquenta e dois) dias-multa, à míngua de outras causas que a modifique” (grifos no original). O Tribunal de Justiça local, por sua vez, ao examinar a apelação da defesa, manteve a pena-base e a agravante de reincidência fixadas pelo juízo sentenciante, nos termos do voto do relator: “(...) Pugna o apelante Devanil pela redução da pena ao mínimo legal. No entanto, constata-se que possui diversas circunstâncias judiciais desfavoráveis, bastando apenas uma para que a pena seja fixada acima do mínimo legal (f. 221), tendo a pena sido fundamentada em observância ao art. 42 da Lei n. 11.343/06. O magistrado possui discricionariedade, dentro dos limites legais, para fixar a pena em conformidade com sua finalidade, prevenção e repressão do crime. Assim, não há reparo a ser feito. (…) Na segunda fase da dosimetria da pena, a pena-base foi agravada em 1/6 em virtude de a reincidência preponderar sobre a atenuante da confissão. Observa-se que a reincidência não foi considerada na 1ª fase de aplicação da pena, sendo que esta não se confunde com os antecedentes, principalmente, no caso em tela em que o apelante já foi processado por inúmeras vezes (f. 113-116). Portanto, não há falar em bis in idem”. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2843511. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 16 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3098767 Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI HC 112.774 / MS Na mesma esteira é o parecer do Subprocurador-Geral da República Edson Oliveira de Almeida, que destacou os seguintes aspectos da dosimetria: “(...) 5. Dessa feita, apesar do Juízo de Direito da 4ª Vara Criminal de Campo Grande não ter procedido à ponderação individualizada das demais circunstâncias judiciais arroladas no artigo 59 do Código Penal, o cálculo da pena-base não merece reparos. A fundamentação apresentada é idônea e suficiente para a exasperação da sanção em dois anos, na primeira fase da dosimetria: 'As circunstâncias judiciais previstas no art. 59 do Código Penal são da discricionária apreciação do magistrado, que, ao fixar a duração da pena, não está obrigado a analisar exaustivamente cada uma delas, bastando fixar-se nas reputadas decisivas para a dosagem, no caso, bem explícitas pelas instâncias ordinárias' (HC nº 70.303/SP, Rel. Min. Paulo Brossard, Segunda Turma, julgado em 22/03/1994, DJ de 29/09/1995, PP- 31902, EMENT VOL-01802-01, PP-00141)2. 6. De qualquer sorte, ainda, inexistente qualquer flagrante ilegalidade, mostra-se descabida a alegação de desarrazoabilidade ou desproporcionalidade da pena-base, em sede de habeas corpus, por puro inconformismo da parte, como reiteradamente já deliberou essa Corte Suprema: 'a análise da eventual justiça ou injustiça do provimento jurisdicional impugnado não encontra sede processualmente adequada na ação de 'habeas corpus' (HC 75.054/MG, rel. Min. Celso de Mello, DJe de 11.03.2011); 'O mero inconformismo com o resultado do julgamento não pode ser objeto de apreciação por meio de habeas corpus, instrumento processual este que não constitui via adequada para avaliar a justiça ou injustiça de condenação suficientemente fundamentada' (RHC 92.886 Agr/SP, rel. Min. Joaquim Barbosa, DJe de 21.10.2010). 7. Ademais, a corroborar com o exposto, registro os seguintes julgados: 'Havendo a indicação de circunstâncias judiciais desfavoráveis pelas instâncias ordinárias, não é o habeas corpus a via adequada para ponderar, em concreto, a suficiência delas para a 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2843511. Supremo Tribunal Federal HC 112.774 / MS Na mesma esteira é o parecer do Subprocurador-Geral da República Edson Oliveira de Almeida, que destacou os seguintes aspectos da dosimetria: “(...) 5. Dessa feita, apesar do Juízo de Direito da 4ª Vara Criminal de Campo Grande não ter procedido à ponderação individualizada das demais circunstâncias judiciais arroladas no artigo 59 do Código Penal, o cálculo da pena-base não merece reparos. A fundamentação apresentada é idônea e suficiente para a exasperação da sanção em dois anos, na primeira fase da dosimetria: 'As circunstâncias judiciais previstas no art. 59 do Código Penal são da discricionária apreciação do magistrado, que, ao fixar a duração da pena, não está obrigado a analisar exaustivamente cada uma delas, bastando fixar-se nas reputadas decisivas para a dosagem, no caso, bem explícitas pelas instâncias ordinárias' (HC nº 70.303/SP, Rel. Min. Paulo Brossard, Segunda Turma, julgado em 22/03/1994, DJ de 29/09/1995, PP- 31902, EMENT VOL-01802-01, PP-00141)2. 6. De qualquer sorte, ainda, inexistente qualquer flagrante ilegalidade, mostra-se descabida a alegação de desarrazoabilidade ou desproporcionalidade da pena-base, em sede de habeas corpus, por puro inconformismo da parte, como reiteradamente já deliberou essa Corte Suprema: 'a análise da eventual justiça ou injustiça do provimento jurisdicional impugnado não encontra sede processualmente adequada na ação de 'habeas corpus' (HC 75.054/MG, rel. Min. Celso de Mello, DJe de 11.03.2011); 'O mero inconformismo com o resultado do julgamento não pode ser objeto de apreciação por meio de habeas corpus, instrumento processual este que não constitui via adequada para avaliar a justiça ou injustiça de condenação suficientemente fundamentada' (RHC 92.886 Agr/SP, rel. Min. Joaquim Barbosa, DJe de 21.10.2010). 7. Ademais, a corroborar com o exposto, registro os seguintes julgados: 'Havendo a indicação de circunstâncias judiciais desfavoráveis pelas instâncias ordinárias, não é o habeas corpus a via adequada para ponderar, em concreto, a suficiência delas para a 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2843511. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 16 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3098767 Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI HC 112.774 / MS majoração da pena-base na via estreita do writ' (HC 111668, Rel. Min. Dias Toffoli, DJe de 16-04-2012); 'O habeas corpus, ação autônoma de impugnação, não é admissível como substitutivo do recurso próprio, in casu, o RHC, tampouco para aferir a exatidão da dosimetria da pena' (HC nº 99.266/SP, Rel. Min. Luiz Fux, DJe de 22.11.2011); 'O Habeas Corpus, instrumento de tutela primacial de liberdade de locomoção contra ato ilegal ou abusivo, tem como escopo precípuo a liberdade de ir e vir. Deveras, a cognominada doutrina brasileira do Habeas Corpus ampliou-lhe o espectro de cabimento, mercê de tê-lo mantido como instrumental à liberdade de locomoção. A inadmissibilidade do writ justifica-se toda vez que a sua utilização revela banalização da garantia constitucional ou substituição do recuso cabível, com inegável supressão de instância' (HC nº 108.268/MS, Rel. Min. Luiz Fux, DJe de 05.10.2011)”. No que concerne à compensação da agravante de reincidência com a atenuante de confissão espontânea, também não tem razão a impetrante. Assim dispõe o art. 67 do CP acerca do concurso de agravantes e atenuantes: “Art. 67 - No concurso de agravantes e atenuantes, a pena deve aproximar-se do limite indicado pelas circunstâncias preponderantes, entendendo-se como tais as que resultam dos motivos determinantes do crime, da personalidade do agente e da reincidência”. De outra banda, o Ministro Relator do STJ, em seu voto, destacou os seguintes aspectos sobre a questão: “(...) Além disso, não faz jus o paciente à exata compensação entre a atenuante da confissão espontânea e a agravante da reincidência, em observância ao que disciplina o artigo 67 do Código Penal, segundo o qual, em havendo concurso entre atenuantes e agravantes, devem preponderar aquelas relativas aos motivos determinantes do crime, à personalidade do agente e à reincidência. 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2843511. Supremo Tribunal Federal HC 112.774 / MS majoração da pena-base na via estreita do writ' (HC 111668, Rel. Min. Dias Toffoli, DJe de 16-04-2012); 'O habeas corpus, ação autônoma de impugnação, não é admissível como substitutivo do recurso próprio, in casu, o RHC, tampouco para aferir a exatidão da dosimetria da pena' (HC nº 99.266/SP, Rel. Min. Luiz Fux, DJe de 22.11.2011); 'O Habeas Corpus, instrumento de tutela primacial de liberdade de locomoção contra ato ilegal ou abusivo, tem como escopo precípuo a liberdade de ir e vir. Deveras, a cognominada doutrina brasileira do Habeas Corpus ampliou-lhe o espectro de cabimento, mercê de tê-lo mantido como instrumental à liberdade de locomoção. A inadmissibilidade do writ justifica-se toda vez que a sua utilização revela banalização da garantia constitucional ou substituição do recuso cabível, com inegável supressão de instância' (HC nº 108.268/MS, Rel. Min. Luiz Fux, DJe de 05.10.2011)”. No que concerne à compensação da agravante de reincidência com a atenuante de confissão espontânea, também não tem razão a impetrante. Assim dispõe o art. 67 do CP acerca do concurso de agravantes e atenuantes: “Art. 67 - No concurso de agravantes e atenuantes, a pena deve aproximar-se do limite indicado pelas circunstâncias preponderantes, entendendo-se como tais as que resultam dos motivos determinantes do crime, da personalidade do agente e da reincidência”. De outra banda, o Ministro Relator do STJ, em seu voto, destacou os seguintes aspectos sobre a questão: “(...) Além disso, não faz jus o paciente à exata compensação entre a atenuante da confissão espontânea e a agravante da reincidência, em observância ao que disciplina o artigo 67 do Código Penal, segundo o qual, em havendo concurso entre atenuantes e agravantes, devem preponderar aquelas relativas aos motivos determinantes do crime, à personalidade do agente e à reincidência. 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2843511. Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 16 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3098767 Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI HC 112.774 / MS (…) No presente caso, conforme se observa do acórdão impugnado, na segunda fase da dosimetria da pena, a reprimenda corporal foi aumentada de um sexto, ou seja 1 (um) ano e 2 (dois) meses de reclusão e 116 (cento e dezesseis) dias-multa, dada a preponderância da agravante da reincidência sobre a atenuante da confissão espontânea, em conformidade com os precedentes da 5ª Turma deste Tribunal. Confiram-se os seguintes julgados: A - HABEAS CORPUS. PENAL. FURTO SIMPLES. DOSIMETRIA DA PENA. IDONEIDADE DA FUNDAMENTAÇÃO JUDICIAL APRESENTADA PARA JUSTIFICAR A EXASPERAÇÃO DA PENA-BASE. SEGUNDA FASE. AGRAVANTES E ATENUANTES. PREPONDERÂNCIA DA REINCIDÊNCIA SOBRE A CONFISSÃO ESPONTÂNEA. COMPENSAÇÃO. INVIABILIDADE. PRECEDENTES. ORDEM DENEGADA. [...] 2. O Supremo Tribunal Federal e a Quinta Turma desta Corte Superior firmaram o entendimento de que a circunstância agravante da reincidência é preponderante sobre a atenuante da confissão espontânea, nos termos do art. 67 do Código Penal, sendo, por isso, inviável a compensação entre essas circunstâncias. Precedentes. 3. Ordem denegada. (HC nº 160.041/DF, Relatora a Ministra LAURITA VAZ, DJe de 21/11/2011.) B - PENAL. FURTO QUALIFICADO. DOSIMETRIA. CONFISSÃO ESPONTÂNEA E REINCIDÊNCIA. CIRCUNSTÂNCIA AGRAVANTE. PREPONDERÂNCIA. INTELIGÊNCIA DO ART. 67 DO CP. 1. A agravante da reincidência prevalece sobre a atenuante da confissão espontânea, não podendo gerar a compensação pretendida. Exegese do art. 67 do Código Penal. Precedentes desta Quinta Turma e do Supremo Tribunal Federal. 6 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2843511. Supremo Tribunal Federal HC 112.774 / MS (…) No presente caso, conforme se observa do acórdão impugnado, na segunda fase da dosimetria da pena, a reprimenda corporal foi aumentada de um sexto, ou seja 1 (um) ano e 2 (dois) meses de reclusão e 116 (cento e dezesseis) dias-multa, dada a preponderância da agravante da reincidência sobre a atenuante da confissão espontânea, em conformidade com os precedentes da 5ª Turma deste Tribunal. Confiram-se os seguintes julgados: A - HABEAS CORPUS. PENAL. FURTO SIMPLES. DOSIMETRIA DA PENA. IDONEIDADE DA FUNDAMENTAÇÃO JUDICIAL APRESENTADA PARA JUSTIFICAR A EXASPERAÇÃO DA PENA-BASE. SEGUNDA FASE. AGRAVANTES E ATENUANTES. PREPONDERÂNCIA DA REINCIDÊNCIA SOBRE A CONFISSÃO ESPONTÂNEA. COMPENSAÇÃO. INVIABILIDADE. PRECEDENTES. ORDEM DENEGADA. [...] 2. O Supremo Tribunal Federal e a Quinta Turma desta Corte Superior firmaram o entendimento de que a circunstância agravante da reincidência é preponderante sobre a atenuante da confissão espontânea, nos termos do art. 67 do Código Penal, sendo, por isso, inviável a compensação entre essas circunstâncias. Precedentes. 3. Ordem denegada. (HC nº 160.041/DF, Relatora a Ministra LAURITA VAZ, DJe de 21/11/2011.) B - PENAL. FURTO QUALIFICADO. DOSIMETRIA. CONFISSÃO ESPONTÂNEA E REINCIDÊNCIA. CIRCUNSTÂNCIA AGRAVANTE. PREPONDERÂNCIA. INTELIGÊNCIA DO ART. 67 DO CP. 1. A agravante da reincidência prevalece sobre a atenuante da confissão espontânea, não podendo gerar a compensação pretendida. Exegese do art. 67 do Código Penal. Precedentes desta Quinta Turma e do Supremo Tribunal Federal. 6 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2843511. Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 16 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3098767 Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI HC 112.774 / MS 2. Agravo regimental a que se nega provimento. (AgRg no REsp nº 1.187.181/DF, Relator o Ministro JORGE MUSSI, DJe de 7/11/2011). Assim, não se mostrou irregular a atuação do Poder Judiciário, motivo pelo qual não diviso o alegado constrangimento ilegal” (grifos no original). Vê-se, pois, que, à luz do direito positivo, o juízo sentenciante nada mais fez do que dar aplicação ao referido preceito legal. Neste particular, ademais, o acórdão ora questionado encontra-se em perfeita consonância com o entendimento desta Corte, sendo oportuno ressaltar a ementa do RHC 102.957/DF, Rel. Min. Cármen Lúcia, recentemente apreciado pela Primeira Turma: “RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS. PENAL. CRIME DE PORTE ILEGAL DE MUNIÇÃO DE USO PERMITIDO (ART. 14 DA LEI 10.826/2003). DOSIMETRIA DA PENA. CONCURSO DE CIRCUNSTÂNCIAS ATENUANTES E AGRAVANTES. ALEGAÇÃO DE QUE A CONFISSÃO ESPONTÂNEA DEVE PREPONDERAR SOBRE A AGRAVANTE DA REINCIDÊNCIA. IMPROCEDÊNCIA. 1. A reincidência é uma circunstância agravante que prepondera sobre as atenuantes, com exceção daquelas que resultam dos motivos determinantes do crime ou da personalidade do agente (art. 67 do Código Penal), hipóteses em que não se enquadra a atenuante da confissão espontânea. Precedentes. 2. Recurso ao qual se nega provimento”. No mesmo sentido, transcrevo a íntegra da ementa do HC 99.446/MS, Rel. Min. Ellen Gracie, antes referido pelo Parquet Federal, julgado por esta Segunda Turma: “HABEAS CORPUS. ROUBO. CONCURSO DE ATENUANTES E AGRAVANTES. ARMA NÃO APREENDIDA E NÃO PERICIADA. PREPONDERÂNCIA DA REINCIDÊNCIA 7 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2843511. Supremo Tribunal Federal HC 112.774 / MS 2. Agravo regimental a que se nega provimento. (AgRg no REsp nº 1.187.181/DF, Relator o Ministro JORGE MUSSI, DJe de 7/11/2011). Assim, não se mostrou irregular a atuação do Poder Judiciário, motivo pelo qual não diviso o alegado constrangimento ilegal” (grifos no original). Vê-se, pois, que, à luz do direito positivo, o juízo sentenciante nada mais fez do que dar aplicação ao referido preceito legal. Neste particular, ademais, o acórdão ora questionado encontra-se em perfeita consonância com o entendimento desta Corte, sendo oportuno ressaltar a ementa do RHC 102.957/DF, Rel. Min. Cármen Lúcia, recentemente apreciado pela Primeira Turma: “RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS. PENAL. CRIME DE PORTE ILEGAL DE MUNIÇÃO DE USO PERMITIDO (ART. 14 DA LEI 10.826/2003). DOSIMETRIA DA PENA. CONCURSO DE CIRCUNSTÂNCIAS ATENUANTES E AGRAVANTES. ALEGAÇÃO DE QUE A CONFISSÃO ESPONTÂNEA DEVE PREPONDERAR SOBRE A AGRAVANTE DA REINCIDÊNCIA. IMPROCEDÊNCIA. 1. A reincidência é uma circunstância agravante que prepondera sobre as atenuantes, com exceção daquelas que resultam dos motivos determinantes do crime ou da personalidade do agente (art. 67 do Código Penal), hipóteses em que não se enquadra a atenuante da confissão espontânea. Precedentes. 2. Recurso ao qual se nega provimento”. No mesmo sentido, transcrevo a íntegra da ementa do HC 99.446/MS, Rel. Min. Ellen Gracie, antes referido pelo Parquet Federal, julgado por esta Segunda Turma: “HABEAS CORPUS. ROUBO. CONCURSO DE ATENUANTES E AGRAVANTES. ARMA NÃO APREENDIDA E NÃO PERICIADA. PREPONDERÂNCIA DA REINCIDÊNCIA 7 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2843511. Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 16 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3098767 Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI HC 112.774 / MS SOBRE A CONFISSÃO ESPONTÂNEA. ORDEM DENEGADA. 1. A questão de direito tratada nos autos deste habeas corpus diz respeito à possível exclusão da causa especial de aumento de pena decorrente do uso de arma de fogo, que não foi apreendida nem periciada, e à preponderância da reincidência sobre a atenuante da confissão espontânea. 2. O reconhecimento da causa de aumento prevista no art. 157, § 2º, I, do Código Penal prescinde da apreensão e da realização de perícia na arma, quando provado o seu uso no roubo, por outros meios de prova. 3. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal é firme no sentido de que não se exclui a causa de aumento prevista no art. 157, § 2º, I, do Código Penal por falta de apreensão da arma, quando comprovado o seu uso por outro meio de prova. Precedentes. 4. Corretas as razões do parecer da Procuradoria-Geral da República ao concluir que o artigo 67 do Código Penal é claro 'ao dispor sobre a preponderância da reincidência sobre outras circunstâncias, dentre as quais enquadram-se a confissão espontânea. Afinal, a confissão não está associada aos motivos determinantes do crime, e - por diferir em muito do arrependimento - também não está relacionada à personalidade do agente, tratando-se apenas de postura adotada pelo réu de acordo com a conveniência e estratégia para sua defesa'. 5. Não há ilegalidade quando a circunstância agravante da reincidência prevalece sobre a atenuante da confissão espontânea na aplicação da pena. Nestes termos, HC 71.094/SP, rel. Min. Francisco Rezek, Segunda Turma, unânime, DJ 04.08.95. 6. Habeas corpus denegado” (grifos meus). Cumpre ressaltar, ainda, o parecer do membro do Ministério Público Federal, que, ao opinar pela denegação da ordem, consignou o seguinte: “(...) 9. O posicionamento adotado pelas instâncias ordinárias, no ponto, está em harmonia com a orientação jurisprudencial do 8 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2843511. Supremo Tribunal Federal HC 112.774 / MS SOBRE A CONFISSÃO ESPONTÂNEA. ORDEM DENEGADA. 1. A questão de direito tratada nos autos deste habeas corpus diz respeito à possível exclusão da causa especial de aumento de pena decorrente do uso de arma de fogo, que não foi apreendida nem periciada, e à preponderância da reincidência sobre a atenuante da confissão espontânea. 2. O reconhecimento da causa de aumento prevista no art. 157, § 2º, I, do Código Penal prescinde da apreensão e da realização de perícia na arma, quando provado o seu uso no roubo, por outros meios de prova. 3. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal é firme no sentido de que não se exclui a causa de aumento prevista no art. 157, § 2º, I, do Código Penal por falta de apreensão da arma, quando comprovado o seu uso por outro meio de prova. Precedentes. 4. Corretas as razões do parecer da Procuradoria-Geral da República ao concluir que o artigo 67 do Código Penal é claro 'ao dispor sobre a preponderância da reincidência sobre outras circunstâncias, dentre as quais enquadram-se a confissão espontânea. Afinal, a confissão não está associada aos motivos determinantes do crime, e - por diferir em muito do arrependimento - também não está relacionada à personalidade do agente, tratando-se apenas de postura adotada pelo réu de acordo com a conveniência e estratégia para sua defesa'. 5. Não há ilegalidade quando a circunstância agravante da reincidência prevalece sobre a atenuante da confissão espontânea na aplicação da pena. Nestes termos, HC 71.094/SP, rel. Min. Francisco Rezek, Segunda Turma, unânime, DJ 04.08.95. 6. Habeas corpus denegado” (grifos meus). Cumpre ressaltar, ainda, o parecer do membro do Ministério Público Federal, que, ao opinar pela denegação da ordem, consignou o seguinte: “(...) 9. O posicionamento adotado pelas instâncias ordinárias, no ponto, está em harmonia com a orientação jurisprudencial do 8 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2843511. Inteiro Teor do Acórdão - Página 12 de 16 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3098767 Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI HC 112.774 / MS Supremo Tribunal Federal, no sentido da impropriedade da mencionada compensação, com suporte no artigo 67 do Código Penal, em face da preponderância da reincidência frente à confissão espontânea: 'a reincidência é uma circunstância agravante que prepondera sobre as atenuantes, com exceção daquelas que resultam dos motivos determinantes do crime ou da personalidade do agente, o que não é o caso da confissão espontânea (…). A confissão espontânea é ato posterior ao cometimento do crime e não tem nenhuma relação com ele, mas, tão somente, com o interesse pessoal e a conveniência do réu durante o desenvolvimento do processo penal, motivo pelo qual não se inclui no caráter subjetivo dos motivos determinantes do crime ou na personalidade do agente. Ordem denegada' (HC 102.486/MS, rel. Min. Cármen Lúcia, DJe de 21.05.2010). 10. Nesse sentido, ainda, destaco a ementa prolatada no RHC nº 111.454/MS, pelo Min. Luiz Fux (DJe de 23.04/2012): 'Habeas corpus. Homicídio triplamente qualificado (CP, art. 121, § 2º, II, III e IV). Dosimetria da pena. Preponderância da agravante da reincidência sobre a atenuante da confissão espontânea. Artigo 67 do Código Penal. Precedentes. 1. O artigo 67 do Código de Processo Penal dispõe que no concurso de agravantes e atenuantes, a pena deve aproximar-se do limite indicado pelas circunstâncias preponderantes, entendendo-se como tais, as que resultam dos motivos determinantes do crime, da personalidade do agente e da reincidência. 2. Deveras, a reincidência revela que a condenação transitada em julgado restou ineficaz como efeito preventivo no agente, por isso merece maior carga de reprovação e, por conseguinte, deve preponderar sobre a circunstância atenuante da confissão espontânea. 3. In casu, o Juiz ao afirmar que 'A circunstância de ser o réu reincidente, já tendo sido condenado várias vezes, prepondera sobre a confissão espontânea', nada mais fez do que aplicar o citado artigo 67 do Código Penal, que trata especificamente do concurso entre circunstâncias agravantes e atenuantes; aliás, na linha da jurisprudência desta Corte: HC 9 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2843511. Supremo Tribunal Federal HC 112.774 / MS Supremo Tribunal Federal, no sentido da impropriedade da mencionada compensação, com suporte no artigo 67 do Código Penal, em face da preponderância da reincidência frente à confissão espontânea: 'a reincidência é uma circunstância agravante que prepondera sobre as atenuantes, com exceção daquelas que resultam dos motivos determinantes do crime ou da personalidade do agente, o que não é o caso da confissão espontânea (…). A confissão espontânea é ato posterior ao cometimento do crime e não tem nenhuma relação com ele, mas, tão somente, com o interesse pessoal e a conveniência do réu durante o desenvolvimento do processo penal, motivo pelo qual não se inclui no caráter subjetivo dos motivos determinantes do crime ou na personalidade do agente. Ordem denegada' (HC 102.486/MS, rel. Min. Cármen Lúcia, DJe de 21.05.2010). 10. Nesse sentido, ainda, destaco a ementa prolatada no RHC nº 111.454/MS, pelo Min. Luiz Fux (DJe de 23.04/2012): 'Habeas corpus. Homicídio triplamente qualificado (CP, art. 121, § 2º, II, III e IV). Dosimetria da pena. Preponderância da agravante da reincidência sobre a atenuante da confissão espontânea. Artigo 67 do Código Penal. Precedentes. 1. O artigo 67 do Código de Processo Penal dispõe que no concurso de agravantes e atenuantes, a pena deve aproximar-se do limite indicado pelas circunstâncias preponderantes, entendendo-se como tais, as que resultam dos motivos determinantes do crime, da personalidade do agente e da reincidência. 2. Deveras, a reincidência revela que a condenação transitada em julgado restou ineficaz como efeito preventivo no agente, por isso merece maior carga de reprovação e, por conseguinte, deve preponderar sobre a circunstância atenuante da confissão espontânea. 3. In casu, o Juiz ao afirmar que 'A circunstância de ser o réu reincidente, já tendo sido condenado várias vezes, prepondera sobre a confissão espontânea', nada mais fez do que aplicar o citado artigo 67 do Código Penal, que trata especificamente do concurso entre circunstâncias agravantes e atenuantes; aliás, na linha da jurisprudência desta Corte: HC 9 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2843511. Inteiro Teor do Acórdão - Página 13 de 16 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3098767 Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI HC 112.774 / MS 96.063/MS, 1ª Turma, Rel. Min. DIAS TÓFFOLI, DJe de 08/09/2011; RHC 106.514/MS, 1ª Turma, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, DJe de 17/02/2011; e HC 106.172/MS, 2ª Turma, Rel. Min. GILMAR MENDES, DJe de 11/03/2011. 4. Recurso ordinário em habeas corpus ao qual se nega provimento'”. Destaco, por fim, que a reprimenda fixada, definitivamente, em 9 anos, 6 meses e 10 dias de reclusão (num intervalo que varia de 5 a 15 anos) não desbordou os lindes da proporcionalidade e da razoabilidade, não havendo, a meu ver, flagrante ilegalidade ou teratologia que justifiquem a concessão da ordem, sendo certo que não se pode utilizar o habeas corpus para realizar novo juízo de reprovabilidade, ponderando, em concreto, qual seria a pena adequada ao fato pelo qual condenado o paciente (HC 94.655/MT, Rel. Min. Cármen Lúcia). No mesmo sentido, cito, entre outros, os seguintes precedentes de ambas as Turmas deste Tribunal: 95.864/SE, Rel. Min. Cármen Lúcia; HC 95.679/RJ, Rel. Min. Ellen Gracie. Com essas considerações, denego a ordem de habeas corpus. 10 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2843511. Supremo Tribunal Federal HC 112.774 / MS 96.063/MS, 1ª Turma, Rel. Min. DIAS TÓFFOLI, DJe de 08/09/2011; RHC 106.514/MS, 1ª Turma, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, DJe de 17/02/2011; e HC 106.172/MS, 2ª Turma, Rel. Min. GILMAR MENDES, DJe de 11/03/2011. 4. Recurso ordinário em habeas corpus ao qual se nega provimento'”. Destaco, por fim, que a reprimenda fixada, definitivamente, em 9 anos, 6 meses e 10 dias de reclusão (num intervalo que varia de 5 a 15 anos) não desbordou os lindes da proporcionalidade e da razoabilidade, não havendo, a meu ver, flagrante ilegalidade ou teratologia que justifiquem a concessão da ordem, sendo certo que não se pode utilizar o habeas corpus para realizar novo juízo de reprovabilidade, ponderando, em concreto, qual seria a pena adequada ao fato pelo qual condenado o paciente (HC 94.655/MT, Rel. Min. Cármen Lúcia). No mesmo sentido, cito, entre outros, os seguintes precedentes de ambas as Turmas deste Tribunal: 95.864/SE, Rel. Min. Cármen Lúcia; HC 95.679/RJ, Rel. Min. Ellen Gracie. Com essas considerações, denego a ordem de habeas corpus. 10 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2843511. Inteiro Teor do Acórdão - Página 14 de 16 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3098767 Esclarecimento 25/09/2012 SEGUNDA TURMA HABEAS CORPUS 112.774 MATO GROSSO DO SUL ESCLARECIMENTO O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO: CANCELADO. A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - Da confissão e da reincidência. O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO: CANCELADO. O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (PRESIDENTE E RELATOR) - Eu me dispensei de fazer maiores considerações porque Vossa Excelência acabou de dar uma aula no voto anterior da Ministra Cármen Lúcia sobre esse tema. Mas é importante até do ponto de vista pedagógico para os Magistrados e para todos os operadores do direito. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3091900. Supremo Tribunal Federal 25/09/2012 SEGUNDA TURMA HABEAS CORPUS 112.774 MATO GROSSO DO SUL ESCLARECIMENTO O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO: CANCELADO. A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - Da confissão e da reincidência. O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO: CANCELADO. O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (PRESIDENTE E RELATOR) - Eu me dispensei de fazer maiores considerações porque Vossa Excelência acabou de dar uma aula no voto anterior da Ministra Cármen Lúcia sobre esse tema. Mas é importante até do ponto de vista pedagógico para os Magistrados e para todos os operadores do direito. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3091900. Inteiro Teor do Acórdão - Página 15 de 16 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3098767 Decisão de Julgamento SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA HABEAS CORPUS 112.774 PROCED. : MATO GROSSO DO SUL RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI PACTE.(S) : DEVANIL ALVES DA SILVA IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA Decisão: A Turma, por unanimidade, denegou a ordem, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 25.09.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Subprocurador-Geral da República, Dr. Francisco de Assis Vieira Sanseverino. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2885316 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA HABEAS CORPUS 112.774 PROCED. : MATO GROSSO DO SUL RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI PACTE.(S) : DEVANIL ALVES DA SILVA IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA Decisão: A Turma, por unanimidade, denegou a ordem, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 25.09.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Subprocurador-Geral da República, Dr. Francisco de Assis Vieira Sanseverino. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2885316 Inteiro Teor do Acórdão - Página 16 de 16 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3098767
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3098767
2012-09-25T00:00:00
2012-11-19T00:00:00
A Turma, por unanimidade, denegou a ordem, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 25.09.2012.
HABEAS CORPUS
Ementa: HABEAS CORPUS. PENAL. PACIENTE CONDENADO PELO DELITO DE TRÁFICO ILÍCITO DE DROGAS. FIXAÇÃO DA PENA-BASE ACIMA DO MÍNIMO LEGAL DEVIDAMENTE JUSTIFICADA. CONCURSO DA AGRAVANTE DA REINCIDÊNCIA E DA ATENUANTE DA CONFISSÃO ESPONTÂNEA. IMPOSSIBILIDADE DE COMPENSAÇÃO. ORDEM DENEGADA. I – A sentença condenatória que fixou a pena-base acima do mínimo legal não merece nenhum reparo, pois, além de considerar desfavoráveis os antecedentes criminais e a personalidade do agente, fez preponderar no cálculo a expressiva quantidade e a qualidade da droga apreendida (1.450g de maconha), em observância ao que dispõe o art. 42 da Lei 11.343/2006. II – Nos termos do art. 67 do Código Penal, no concurso de atenuantes e agravantes, a pena deve aproximar-se do limite indicado pelas circunstâncias preponderantes. No caso sob exame, a agravante da reincidência prepondera sobre a atenuante da confissão espontânea, razão pela qual é inviável a compensação pleiteada. Precedentes. III – O quantum de pena fixado pelo magistrado sentenciante encontra-se devidamente motivado, além de mostrar-se proporcional ao caso em apreço, sendo certo que não se pode utilizar “o habeas corpus para realizar novo juízo de reprovabilidade, ponderando, em concreto, qual seria a pena adequada ao fato pelo qual condenado o Paciente” (HC 94.655/MT, Rel. Min. Cármen Lúcia). Precedentes. IV – De acordo com a jurisprudência desta Corte, somente em situações excepcionais é que se admite o reexame dos fundamentos da dosimetria levada a efeito pelo juiz a partir do sistema trifásico. Precedentes. V – Ordem denegada.
sjur218930
- Acórdão(s) citado(s): (HABEAS CORPUS, NOVO JUÍZO DE REPROVABILIDADE) STF: HC 94655 (1ªT), RHC 95864 (1ª), HC 95679 (2ªT). (CONCURSO, CIRCUNSTÂNCIAS, ATENUANTES, AGRAVANTES) STF: RHC 102957 (1ª), HC 99446 (2ªT). - Veja HC 137311 do STJ. Número de páginas: 16. Análise: 04/12/2012, SEV. Revisão: 05/12/2012, AAT.
RICARDO LEWANDOWSKI
Segunda Turma
112774
[ "LEG-FED DEL-002848 ANO-1940\r\n ART-00059 ART-00067 \r\n CP-1940 CÓDIGO PENAL\r\n", "LEG-FED LEI-011343 ANO-2006\r\n ART-00042 \r\n LTX-2006 LEI DE TÓXICOS" ]
HC
acordaos
HC 112774
[ "" ]
PACTE.(S) : DEVANIL ALVES DA SILVA IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "HABEAS CORPUS 112 . 774", "HC 94 . 655 / MT", "HC 112 . 774 / MS", "HC 112 . 774 / MS", "HABEAS CORPUS 112 . 774", "HC 137 . 311 / MS", "HABEAS CORPUS 112 . 774", "HC 137 . 311 / MS", "HC 112 . 774 / MS", "HC 112 . 774 / MS", "HABEAS CORPUS 112 . 774", "HABEAS CORPUS 112 . 774", "HC 112 . 774 / MS", "HC 112 . 774 / MS", "HC 112 . 774 / MS", "HC 112 . 774 / MS", "HC 112 . 774 / MS", "HC [UNK] 70 . 303 / SP", "HC 75 . 054 / MG", "RHC 92 . 886 Agr / SP", "HC 112 . 774 / MS", "HC [UNK] 70 . 303 / SP", "HC 75 . 054 / MG", "RHC 92 . 886 Agr / SP", "HC 112 . 774 / MS", "HC 111668", "HC [UNK] 99 . 266 / SP", "HC [UNK] 108 . 268 / MS", "HC 112 . 774 / MS", "HC 111668", "HC [UNK] 99 . 266 / SP", "HC [UNK] 108 . 268 / MS", "HC 112 . 774 / MS", "HC [UNK] 160 . 041 / DF", "HC 112 . 774 / MS", "HC [UNK] 160 . 041 / DF", "HC 112 . 774 / MS", "AgRg no REsp [UNK] 1 . 187 . 181 / DF", "RHC 102 . 957 / DF", "HC 99 . 446 / MS", "HC 112 . 774 / MS", "AgRg no REsp [UNK] 1 . 187 . 181 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Ementa e Acórdão 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 688.279 SANTA CATARINA RELATOR : MIN. JOAQUIM BARBOSA AGTE.(S) :GRAZIELA DE OLIVEIRA VIEIRA & CIA LTDA ADV.(A/S) :NORMA MARIA DE SOUZA FERNANDES MARTINS E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :ESTADO DE SANTA CATARINA PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SANTA CATARINA EMENTA: PROCESSUAL CIVIL. PRELIMINAR DE REPERCUSSÃO GERAL. INDISPENSABILIDADE. TRIBUTÁRIO. MULTA. EFEITO CONFISCATÓRIO. RAZÕES RECURSAIS QUE NÃO DEMONSTRAM PRECISA E ANALITICAMENTE A DESPROPORCIONALIDADE DA PUNIÇÃO. NECESSIDADE DE REABERTURA DA INSTRUÇÃO PROBATÓRIA. SÚMULA 279/STF. AGRAVO REGIMENTAL. A apresentação de preliminar de repercussão geral em argumento claro e objetivo é essencial para conhecimento do recurso extraordinário (cf. o ARE 663.647-QO, rel. min. Presidente, Pleno, j. 12.09.2012). Ademais, sem que a parte indique com precisão e analiticamente as razões que tornam desproporcional a punição, considerada a gravidade do ilícito, não é possível realizar o controle de validade constitucional da multa aplicada. Agravo regimental ao qual se nega provimento. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os ministros do Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a presidência do ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamento e Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2877389. Supremo Tribunal Federal DJe 07/12/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 8 Ementa e Acórdão ARE 688.279 AGR / SC das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso de agravo, nos termos do voto do Relator. Brasília, 25 de setembro de 2012. Ministro JOAQUIM BARBOSA Relator Documento assinado digitalmente 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2877389. Supremo Tribunal Federal ARE 688.279 AGR / SC das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso de agravo, nos termos do voto do Relator. Brasília, 25 de setembro de 2012. Ministro JOAQUIM BARBOSA Relator Documento assinado digitalmente 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2877389. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 8 Relatório 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 688.279 SANTA CATARINA RELATOR : MIN. JOAQUIM BARBOSA AGTE.(S) :GRAZIELA DE OLIVEIRA VIEIRA & CIA LTDA ADV.(A/S) :NORMA MARIA DE SOUZA FERNANDES MARTINS E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :ESTADO DE SANTA CATARINA PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SANTA CATARINA R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO JOAQUIM BARBOSA (RELATOR): Trata-se de agravo regimental interposto da seguinte decisão: “DECISÃO : Trata-se de agravo contra decisão que inadmitiu recurso extraordinário (art. 102, III, a , da Constituição) interposto de acórdão prolatado pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina. Verifico tratar-se de apelo extraordinário interposto de acórdão cuja publicação ocorreu em data posterior a 03.05.2007, portanto, quando já exigível a demonstração formal da existência de repercussão geral da questão constitucional invocada na peça recursal (cf. AI 664.567-QO, rel. min. Sepúlveda Pertence). Da leitura das razões do recurso extraordinário, observa- se ser patente que a parte não desenvolveu argumentação suficiente acerca das circunstâncias que poderiam configurar a relevância econômica, política, social ou jurídica das questões constitucionais aventadas na petição de recurso extraordinário. Há, portanto, deficiência formal que o inviabiliza. Nesse sentido: AI 709.995, rel. min. Cármen Lúcia, DJe de 24.06.2008). Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2877390. Supremo Tribunal Federal 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 688.279 SANTA CATARINA RELATOR : MIN. JOAQUIM BARBOSA AGTE.(S) :GRAZIELA DE OLIVEIRA VIEIRA & CIA LTDA ADV.(A/S) :NORMA MARIA DE SOUZA FERNANDES MARTINS E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :ESTADO DE SANTA CATARINA PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SANTA CATARINA R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO JOAQUIM BARBOSA (RELATOR): Trata-se de agravo regimental interposto da seguinte decisão: “DECISÃO : Trata-se de agravo contra decisão que inadmitiu recurso extraordinário (art. 102, III, a , da Constituição) interposto de acórdão prolatado pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina. Verifico tratar-se de apelo extraordinário interposto de acórdão cuja publicação ocorreu em data posterior a 03.05.2007, portanto, quando já exigível a demonstração formal da existência de repercussão geral da questão constitucional invocada na peça recursal (cf. AI 664.567-QO, rel. min. Sepúlveda Pertence). Da leitura das razões do recurso extraordinário, observa- se ser patente que a parte não desenvolveu argumentação suficiente acerca das circunstâncias que poderiam configurar a relevância econômica, política, social ou jurídica das questões constitucionais aventadas na petição de recurso extraordinário. Há, portanto, deficiência formal que o inviabiliza. Nesse sentido: AI 709.995, rel. min. Cármen Lúcia, DJe de 24.06.2008). Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2877390. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 8 Relatório ARE 688.279 AGR / SC Ante o exposto, conheço do agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário. Publique-se.” (fls. 119). Em síntese, a agravante sustenta ser desnecessária a redação de qualquer argumento consistente sobre a presença da repercussão geral, quando ela for inequívoca e já conhecida. É o relatório. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2877390. Supremo Tribunal Federal ARE 688.279 AGR / SC Ante o exposto, conheço do agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário. Publique-se.” (fls. 119). Em síntese, a agravante sustenta ser desnecessária a redação de qualquer argumento consistente sobre a presença da repercussão geral, quando ela for inequívoca e já conhecida. É o relatório. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2877390. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 8 Voto - MIN. JOAQUIM BARBOSA 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 688.279 SANTA CATARINA V O T O O SENHOR MINISTRO JOAQUIM BARBOSA (RELATOR): Sem razão a agravante. A apresentação de preliminar de repercussão geral em argumento claro e objetivo é essencial para conhecimento do recurso extraordinário (cf. o ARE 663.647-QO, rel. min. Presidente, Pleno, j. 12.09.2012). Ademais, sem que a parte indique com precisão e analiticamente as razões que tornam desproporcional a punição, considerada a gravidade do ilícito, não é possível realizar o controle de validade constitucional da multa aplicada. Nesse sentido, confiram-se os seguintes precedentes: “Ementa: TRIBUTÁRIO. IMPOSTO SOBRE OPERAÇÕES DE CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE COMUNICAÇÃO E DE TRANSPORTE INTERMUNICIPAL E INTERESTADUAL. CERTIDÃO DE DÍVIDA ATIVA. LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO. DÉBITO DECLARADO E NÃO PAGO. PROCESSO ADMINISTRATIVO. MULTA. EFEITO DE CONFISCO. BASE DE CÁLCULO POR DENTRO. EXCLUSÃO DO VALOR ACRESCIDO ÀS VENDAS A PRAZO. TAXA SELIC. AGRAVO REGIMENTAL. Se a autoridade fiscal não inovou a motivação apresentada pelo próprio sujeito passivo por ocasião do registro do fato gerador e da apuração do montante devido (lançamento por homologação), eventual violação dos princípios do devido processo legal, do contraditório, da ampla defesa e da legalidade será indireta ou reflexa (legislação infraconstitucional que define os requisitos da CDA). Sem a indicação precisa das razões que justificariam a Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3021885. Supremo Tribunal Federal 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 688.279 SANTA CATARINA V O T O O SENHOR MINISTRO JOAQUIM BARBOSA (RELATOR): Sem razão a agravante. A apresentação de preliminar de repercussão geral em argumento claro e objetivo é essencial para conhecimento do recurso extraordinário (cf. o ARE 663.647-QO, rel. min. Presidente, Pleno, j. 12.09.2012). Ademais, sem que a parte indique com precisão e analiticamente as razões que tornam desproporcional a punição, considerada a gravidade do ilícito, não é possível realizar o controle de validade constitucional da multa aplicada. Nesse sentido, confiram-se os seguintes precedentes: “Ementa: TRIBUTÁRIO. IMPOSTO SOBRE OPERAÇÕES DE CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE COMUNICAÇÃO E DE TRANSPORTE INTERMUNICIPAL E INTERESTADUAL. CERTIDÃO DE DÍVIDA ATIVA. LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO. DÉBITO DECLARADO E NÃO PAGO. PROCESSO ADMINISTRATIVO. MULTA. EFEITO DE CONFISCO. BASE DE CÁLCULO POR DENTRO. EXCLUSÃO DO VALOR ACRESCIDO ÀS VENDAS A PRAZO. TAXA SELIC. AGRAVO REGIMENTAL. Se a autoridade fiscal não inovou a motivação apresentada pelo próprio sujeito passivo por ocasião do registro do fato gerador e da apuração do montante devido (lançamento por homologação), eventual violação dos princípios do devido processo legal, do contraditório, da ampla defesa e da legalidade será indireta ou reflexa (legislação infraconstitucional que define os requisitos da CDA). Sem a indicação precisa das razões que justificariam a Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3021885. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 8 Voto - MIN. JOAQUIM BARBOSA ARE 688.279 AGR / SC desproporcionalidade, a multa calculada em 20% do valor do tributo devido não viola a Constituição. Aparente situação de mero inadimplemento. Precedentes. De forma semelhante, esta Suprema Corte já reconheceu a constitucionalidade da inserção do valor equivalente ao ICMS no cálculo do tributo. Sobre a exclusão dos encargos financeiros da base de cálculo do tributo nas vendas a prazo, o provimento do recurso nos moldes pretendidos pela agravante demandaria exame das operações realizadas, para estabelecer se se tratavam de financiamentos oferecidos por instituições devidamente autorizadas a atuar em tal ramo ou da imposição pura e simples de juros (Súmula 279/STF). Por fim, a constitucionalidade da Taxa Selic como índice de correção do crédito tributário também foi reconhecida por esta Suprema Corte. Agravo regimental ao qual se nega provimento.” (AI 794.679-AgR, rel. min. Joaquim Barbosa, Segunda Turma, DJ e de 14.09.2012); “Ementa: RECURSO DE EMBARGOS DE DECLARAÇÃO CONHECIDO COMO AGRAVO REGIMENTAL. TRIBUTÁRIO. ICMS. PRODUTOS SEMI-ELABORADOS. Da forma como postas as questões nestes autos, toda a discussão se resume na interpretação direta da legislação infraconstitucional e de fatos e provas para se definir se o ferro- gusa é produto semielaborado. Por outro lado, ao contrário do que sustenta a agravante, esta Suprema Corte não decidiu que apenas as multas calculadas à razão de 20% do valor do débito tributário são proporcionais. O exame de proporcionalidade deve tomar a motivação do ato administrativo de punição, isto é, os fatos ilícitos cuja prática se atribui ao sujeito passivo. Sem a exposição da motivação e de razões específicas que tornariam a pena desproporcional, não é possível aplicar a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal sobre a aplicação do princípio da vedação do uso de tributo com efeito confiscatório às multas. Recurso de embargos de declaração conhecido como 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3021885. Supremo Tribunal Federal ARE 688.279 AGR / SC desproporcionalidade, a multa calculada em 20% do valor do tributo devido não viola a Constituição. Aparente situação de mero inadimplemento. Precedentes. De forma semelhante, esta Suprema Corte já reconheceu a constitucionalidade da inserção do valor equivalente ao ICMS no cálculo do tributo. Sobre a exclusão dos encargos financeiros da base de cálculo do tributo nas vendas a prazo, o provimento do recurso nos moldes pretendidos pela agravante demandaria exame das operações realizadas, para estabelecer se se tratavam de financiamentos oferecidos por instituições devidamente autorizadas a atuar em tal ramo ou da imposição pura e simples de juros (Súmula 279/STF). Por fim, a constitucionalidade da Taxa Selic como índice de correção do crédito tributário também foi reconhecida por esta Suprema Corte. Agravo regimental ao qual se nega provimento.” (AI 794.679-AgR, rel. min. Joaquim Barbosa, Segunda Turma, DJ e de 14.09.2012); “Ementa: RECURSO DE EMBARGOS DE DECLARAÇÃO CONHECIDO COMO AGRAVO REGIMENTAL. TRIBUTÁRIO. ICMS. PRODUTOS SEMI-ELABORADOS. Da forma como postas as questões nestes autos, toda a discussão se resume na interpretação direta da legislação infraconstitucional e de fatos e provas para se definir se o ferro- gusa é produto semielaborado. Por outro lado, ao contrário do que sustenta a agravante, esta Suprema Corte não decidiu que apenas as multas calculadas à razão de 20% do valor do débito tributário são proporcionais. O exame de proporcionalidade deve tomar a motivação do ato administrativo de punição, isto é, os fatos ilícitos cuja prática se atribui ao sujeito passivo. Sem a exposição da motivação e de razões específicas que tornariam a pena desproporcional, não é possível aplicar a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal sobre a aplicação do princípio da vedação do uso de tributo com efeito confiscatório às multas. Recurso de embargos de declaração conhecido como 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3021885. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 8 Voto - MIN. JOAQUIM BARBOSA ARE 688.279 AGR / SC agravo regimental, ao qual se nega provimento.” (RE 630.380- EDcl, rel. min. Joaquim Barbosa, Segunda Turma, DJ e de 18.09.2012); “EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL. TAXA SELIC. INCIDÊNCIA SOBRE DÉBITOS TRIBUTÁRIOS. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA REFLEXA OU INDIRETA À CONSTITUIÇÃO FEDERAL. IMPOSIÇÃO DE MULTA PELO DESCUMPRIMENTO DE OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA. ALEGAÇÃO DE EFEITO CONFISCATÓRIO E DE OFENSA AO PRINCÍPIO DA CAPACIDADE CONTRIBUTIVA. SÚMULA 279 DO STF. De acordo com a orientação firmada neste Tribunal, a controvérsia relativa à aplicação da taxa SELIC como índice de atualização de débitos tributários encontra-se no âmbito infraconstitucional. Por essa razão, incabível o recurso extraordinário, visto que não há ofensa direta à Constituição Federal. Para se chegar a conclusão diversa daquela a que chegou o acórdão recorrido, quanto à alegada ofensa aos princípios da capacidade contributiva e da vedação ao confisco, seria necessário o reexame de fatos e provas, o que encontra óbice na Súmula 279 do STF. Agravo regimental a que se nega provimento.” (AI 505.908-AgR, rel. min. Joaquim Barbosa, Segunda Turma, DJ e de 14.08.2009). Ante o exposto, nego provimento ao agravo regimental. É como voto. 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3021885. Supremo Tribunal Federal ARE 688.279 AGR / SC agravo regimental, ao qual se nega provimento.” (RE 630.380- EDcl, rel. min. Joaquim Barbosa, Segunda Turma, DJ e de 18.09.2012); “EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL. TAXA SELIC. INCIDÊNCIA SOBRE DÉBITOS TRIBUTÁRIOS. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA REFLEXA OU INDIRETA À CONSTITUIÇÃO FEDERAL. IMPOSIÇÃO DE MULTA PELO DESCUMPRIMENTO DE OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA. ALEGAÇÃO DE EFEITO CONFISCATÓRIO E DE OFENSA AO PRINCÍPIO DA CAPACIDADE CONTRIBUTIVA. SÚMULA 279 DO STF. De acordo com a orientação firmada neste Tribunal, a controvérsia relativa à aplicação da taxa SELIC como índice de atualização de débitos tributários encontra-se no âmbito infraconstitucional. Por essa razão, incabível o recurso extraordinário, visto que não há ofensa direta à Constituição Federal. Para se chegar a conclusão diversa daquela a que chegou o acórdão recorrido, quanto à alegada ofensa aos princípios da capacidade contributiva e da vedação ao confisco, seria necessário o reexame de fatos e provas, o que encontra óbice na Súmula 279 do STF. Agravo regimental a que se nega provimento.” (AI 505.908-AgR, rel. min. Joaquim Barbosa, Segunda Turma, DJ e de 14.08.2009). Ante o exposto, nego provimento ao agravo regimental. É como voto. 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3021885. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 8 Decisão de Julgamento SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 688.279 PROCED. : SANTA CATARINA RELATOR : MIN. JOAQUIM BARBOSA AGTE.(S) : GRAZIELA DE OLIVEIRA VIEIRA & CIA LTDA ADV.(A/S) : NORMA MARIA DE SOUZA FERNANDES MARTINS E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : ESTADO DE SANTA CATARINA PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SANTA CATARINA Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 25.09.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Subprocurador-Geral da República, Dr. Francisco de Assis Vieira Sanseverino. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2885441 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 688.279 PROCED. : SANTA CATARINA RELATOR : MIN. JOAQUIM BARBOSA AGTE.(S) : GRAZIELA DE OLIVEIRA VIEIRA & CIA LTDA ADV.(A/S) : NORMA MARIA DE SOUZA FERNANDES MARTINS E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : ESTADO DE SANTA CATARINA PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SANTA CATARINA Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 25.09.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Subprocurador-Geral da República, Dr. Francisco de Assis Vieira Sanseverino. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2885441 Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 8
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3168192
2012-09-25T00:00:00
2012-12-07T00:00:00
A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 25.09.2012.
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO
Ementa: PROCESSUAL CIVIL. PRELIMINAR DE REPERCUSSÃO GERAL. INDISPENSABILIDADE. TRIBUTÁRIO. MULTA. EFEITO CONFISCATÓRIO. RAZÕES RECURSAIS QUE NÃO DEMONSTRAM PRECISA E ANALITICAMENTE A DESPROPORCIONALIDADE DA PUNIÇÃO. NECESSIDADE DE REABERTURA DA INSTRUÇÃO PROBATÓRIA. SÚMULA 279/STF. AGRAVO REGIMENTAL. A apresentação de preliminar de repercussão geral em argumento claro e objetivo é essencial para conhecimento do recurso extraordinário (cf. o ARE 663.647-QO, rel. min. Presidente, Pleno, j. 12.09.2012). Ademais, sem que a parte indique com precisão e analiticamente as razões que tornam desproporcional a punição, considerada a gravidade do ilícito, não é possível realizar o controle de validade constitucional da multa aplicada. Agravo regimental ao qual se nega provimento.
sjur220996
- Acórdãos citados: (DEFICIÊNCIA, FUNDAMENTAÇÃO, REPERCUSSÃO GERAL) STF: ARE 663647 QO (TP); (SÚMULA 279) STF: AI 794679 AgR (2ªT), RE 630380 ED (2ªT), AI 505908 AgR (2ªT). Número de páginas: 8. Análise: 12/12/2012, TBC.
JOAQUIM BARBOSA
Segunda Turma
688279
[ "LEG-FED SUMSTF-000279 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF" ]
ARE-AgR
acordaos
ARE 688279 AgR
[ "" ]
AGTE.(S) : GRAZIELA DE OLIVEIRA VIEIRA & CIA LTDA ADV.(A/S) : NORMA MARIA DE SOUZA FERNANDES MARTINS E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : ESTADO DE SANTA CATARINA PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SANTA CATARINA ADV.(A/S) : RENATA BOTELHO BACCARINI
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 688 . 279", "SÚMULA 279 / STF", "ARE 663 . 647 - QO", "ARE 688 . 279", "ARE 688 . 279", "AI 664 . 567 - QO", "AI 709 . 995", "AGRAVO 688 . 279", "AI 664 . 567 - QO", "AI 709 . 995", "ARE 688 . 279 AGR / SC", "ARE 688 . 279 AGR", "ARE 663 . 647", "ARE 663 . 647 - QO", "ARE 688 . 279 AGR / SC", "Súmula 279 / STF", "AI 794 . 679 - AgR", "ARE 688 . 279 AGR", "Súmula 279 / STF", "AI 794 . 679 - AgR", "ARE 688 . 279 AGR", "RE 630 . 380 - EDcl", "SÚMULA 279 DO STF", "Súmula 279 do STF", "AI 505 . 908 - AgR", "ARE 688 . 279 AGR / SC", "RE 630 . 380 - EDcl", "SÚMULA 279 DO STF", "Súmula 279 do STF", "AI 505 . 908 - AgR" ], "LEGISLACAO": [ "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 102 , III , a , da Constituição", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 102 , III , a , da Constituição", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Constituição", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Constituição", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Constituição Federal", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Constituição Federal", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001" ], "LOCAL": [ "SANTA CATARINA", "ESTADO DE SANTA CATARINA", "ESTADO DE SANTA CATARINA", "Brasília", "Brasília", "SANTA CATARINA", "ESTADO DE SANTA CATARINA", "ESTADO DE SANTA CATARINA", "SANTA CATARINA", "ESTADO DE SANTA CATARINA", "ESTADO DE SANTA CATARINA", "SANTA CATARINA", "SANTA CATARINA", "SANTA CATARINA", "ESTADO DE SANTA CATARINA", "ESTADO DE SANTA CATARINA", "SANTA CATARINA", "ESTADO DE SANTA CATARINA", "ESTADO DE SANTA CATARINA" ], "ORGANIZACAO": [ "SEGUNDA TURMA", "Pleno", "Supremo Tribunal Federal", "Segunda Turma", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "AGR", "/", "SC", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "AGR", "/", "SC", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "SEGUNDA TURMA", "Tribunal de Justiça de Santa Catarina", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "Tribunal de Justiça de Santa Catarina", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "/", "SC", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "SEGUNDA TURMA", "Pleno", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "Pleno", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Suprema", "Segunda Turma", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "/", "Segunda Turma", "Suprema", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "/", "SC", "Segunda Turma", "Segunda Turma", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Segunda Turma", "Segunda Turma", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "SEGUNDA TURMA", "[UNK] Turma", "Infra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "[UNK] Turma", "Infra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil" ], "PESSOA": [ "JOAQUIM BARBOSA", "GRAZIELA DE OLIVEIRA VIEIRA", "NORMA MARIA DE SOUZA FERNANDES MARTINS", "Ricardo Lewandowski", "JOAQUIM BARBOSA", "JOAQUIM BARBOSA", "JOAQUIM BARBOSA", "GRAZIELA DE OLIVEIRA VIEIRA &", "NORMA MARIA DE SOUZA FERNANDES MARTINS", "JOAQUIM BARBOSA", "Sepúlveda Pertence", "Cármen Lúcia", "JOAQUIM BARBOSA", "GRAZIELA DE OLIVEIRA VIEIRA", "NORMA MARIA DE SOUZA FERNANDES MARTINS", "JOAQUIM BARBOSA", "Sepúlveda Pertence", "Cármen Lúcia", "JOAQUIM BARBOSA", "JOAQUIM BARBOSA", "JOAQUIM BARBOSA", "JOAQUIM BARBOSA", "Joaquim Barbosa", "Joaquim Barbosa", "JOAQUIM BARBOSA", "Joaquim Barbosa", "Joaquim Barbosa", "Joaquim Barbosa", "Joaquim Barbosa", "JOAQUIM BARBOSA", "GRAZIELA DE OLIVEIRA VIEIRA & CIA LTDA", "NORMA MARIA DE SOUZA FERNANDES MARTINS", "Ricardo Lewandowski", "Celso de Mello", "Gilmar Mendes", "Joaquim Barbosa", "Cármen Lúcia", "Francisco de Assis Vieira Sanseverino", "Fabiane Duarte", "JOAQUIM BARBOSA", "GRAZIELA DE OLIVEIRA VIEIRA &", "NORMA MARIA DE SOUZA FERNANDES MARTINS", "Ricardo Lewandowski", "Celso de Mello", "Gilmar Mendes", "Joaquim Barbosa", "Cármen Lúcia", "Francisco de Assis Vieira Sanseverino", "Fabiane Duarte" ], "TEMPO": [ "25", "/", "09", "/", "2012", "12", ".", "09", ".", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "07", "/", "12", "/", "2012", "25 de setembro de 2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "25 de setembro de 2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", "/", "09", "/", "2012", "03", ".", "05", ".", "2007", "24", ".", "06", ".", "2008", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", "/", "09", "/", "2012", "03", ".", "05", ".", "2007", "24", ".", "06", ".", "2008", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", "/", "09", "/", "2012", "12", ".", "09", ".", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", "/", "09", "/", "2012", "12", ".", "09", ".", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "14", ".", "09", ".", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "14", ".", "09", ".", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "18", ".", "09", ".", "2012", "14", ".", "08", ".", "2009", "24", "/", "08", "/", "2001", "18", ".", "09", ".", "2012", "14", ".", "08", ".", "2009", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", ".", "09", ".", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", ".", "09", ".", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001" ] }
Ementa e Acórdão 25/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 613.306 MATO GROSSO DO SUL RELATORA : MIN. ROSA WEBER AGTE.(S) :ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL PROC.(A/S)(ES) :ULISSES SCHWARZ VIANA AGDO.(A/S) :ADEMIR GOMES SANDIM ADV.(A/S) :LEONARDO AVELINO DUARTE EMENTA DIREITO ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. NULIDADE POR NEGATIVA DE PRESTAÇÃO JURISDICIONAL NÃO CARACTERIZADA. PARCELA VANTAGEM PESSOAL INSTITUÍDA PARA SERVIDORES PÚBLICOS DO ESTADO DO MATO GROSSO DO SUL. LEI ESTADUAL 2.065/99. SÚMULA 280/STF. Explicitados os motivos de decidir - a afastar o vício da nulidade por negativa de prestação jurisdicional arguido-, a disparidade entre o resultado do julgamento e a expectativa da parte não caracteriza vício ao primado da fundamentação, tampouco afronta aos postulados insculpidos no art. 5º, incisos XXXV, XXXVI, LIV e LV, da Constituição da República. A jurisprudência desta Casa é pacífica quanto à aplicação do óbice da Súmula 280/STF a recurso extraordinário no qual se debate, em última análise, a natureza da parcela “vantagem pessoal”, instituída para os servidores públicos do Estado do Mato Grosso do Sul, considerado o deslinde da controvérsia a partir de interpretação da Lei Estadual 2.065/99. Precedentes. Agravo regimental conhecido e não provido. A C Ó R D à O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2864302. Supremo Tribunal Federal DJe 11/10/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 17 Ementa e Acórdão RE 613.306 AGR / MS Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Primeira Turma, sob a Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da relatora. Brasília, 25 de setembro de 2012. Ministra Rosa Weber Relatora 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2864302. Supremo Tribunal Federal RE 613.306 AGR / MS Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Primeira Turma, sob a Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da relatora. Brasília, 25 de setembro de 2012. Ministra Rosa Weber Relatora 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2864302. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 17 Relatório 25/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 613.306 MATO GROSSO DO SUL RELATORA : MIN. ROSA WEBER AGTE.(S) :ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL PROC.(A/S)(ES) :ULISSES SCHWARZ VIANA AGDO.(A/S) :ADEMIR GOMES SANDIM ADV.(A/S) :LEONARDO AVELINO DUARTE RELATÓRIO A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Contra a decisão por mim proferida (fls. 375-84), pela qual negado seguimento a seu recurso extraordinário, maneja agravo regimental o Estado de Mato Grosso do Sul (fls. 388-401). O agravante alega que o recurso extraordinário, interporto com fundamento no art. 102, III, alínea ‘a’, da Constituição da República, versa sobre matéria cuja repercussão geral resultou reconhecida no RE 592.317, tema 315, que diz com reajuste de remuneração de servidor público. Reputa incidentes os comandos do art. 37, X e XV, da Carta Maior. Argumenta que a Corte Estadual fez clara opção “pela aplicação, no caso concreto, do direito local (Leis Estaduais 2.065/00, 2.129/00) em detrimento da supremacia normativa da Constituição Federal, pertinente à regra clara do inciso XV de seu artigo 37” (fl. 392). Reputa inaplicável a Súmula 280/STF, defendendo que “a questão não foi somente decidida com base em lei local e que a violação dos dispositivos constitucionais não é indireta” (fl. 393), bem como a Súmula 279/STF - destacando que não pretende o revolvimento do conjunto probatório. Insiste na alegação de violação direta dos arts. 5º, XXXV, XXXVI, LIV e LV, 93, IX, da Constituição Federal, defendendo a nulidade, por negativa de prestação jurisdicional, do acórdão que apreciou os aclaratórios opostos na Corte Estadual. Aponta a violação dos arts. 37, caput, X, XIV, XV, XVI, e 39, § 1º, da Constituição da República. Acórdão do Tribunal de origem publicado em 28.9.2006 (fl. 160). Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2864303. Supremo Tribunal Federal 25/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 613.306 MATO GROSSO DO SUL RELATORA : MIN. ROSA WEBER AGTE.(S) :ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL PROC.(A/S)(ES) :ULISSES SCHWARZ VIANA AGDO.(A/S) :ADEMIR GOMES SANDIM ADV.(A/S) :LEONARDO AVELINO DUARTE RELATÓRIO A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Contra a decisão por mim proferida (fls. 375-84), pela qual negado seguimento a seu recurso extraordinário, maneja agravo regimental o Estado de Mato Grosso do Sul (fls. 388-401). O agravante alega que o recurso extraordinário, interporto com fundamento no art. 102, III, alínea ‘a’, da Constituição da República, versa sobre matéria cuja repercussão geral resultou reconhecida no RE 592.317, tema 315, que diz com reajuste de remuneração de servidor público. Reputa incidentes os comandos do art. 37, X e XV, da Carta Maior. Argumenta que a Corte Estadual fez clara opção “pela aplicação, no caso concreto, do direito local (Leis Estaduais 2.065/00, 2.129/00) em detrimento da supremacia normativa da Constituição Federal, pertinente à regra clara do inciso XV de seu artigo 37” (fl. 392). Reputa inaplicável a Súmula 280/STF, defendendo que “a questão não foi somente decidida com base em lei local e que a violação dos dispositivos constitucionais não é indireta” (fl. 393), bem como a Súmula 279/STF - destacando que não pretende o revolvimento do conjunto probatório. Insiste na alegação de violação direta dos arts. 5º, XXXV, XXXVI, LIV e LV, 93, IX, da Constituição Federal, defendendo a nulidade, por negativa de prestação jurisdicional, do acórdão que apreciou os aclaratórios opostos na Corte Estadual. Aponta a violação dos arts. 37, caput, X, XIV, XV, XVI, e 39, § 1º, da Constituição da República. Acórdão do Tribunal de origem publicado em 28.9.2006 (fl. 160). Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2864303. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 17 Relatório RE 613.306 AGR / MS Substituição da Relatora à fl. 374 (art. 38 do RISTF). É o relatório. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2864303. Supremo Tribunal Federal RE 613.306 AGR / MS Substituição da Relatora à fl. 374 (art. 38 do RISTF). É o relatório. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2864303. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 17 Voto - MIN. ROSA WEBER 25/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 613.306 MATO GROSSO DO SUL VOTO A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Preenchidos os pressupostos genéricos, conheço do agravo. Transcrevo o teor da decisão que desafiou o presente agravo regimental (fl. 375-84): “Vistos etc. Contra o acórdão do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, pelo qual assentado que, “nas obrigações de trato sucessivo, o prazo para impetração do mandamus se renova periodicamente, mês a mês”, afastada, assim, a preliminar de decadência arguida pelo Estado de Mato Grosso do Sul, e, no mérito, reconhecido o direito dos impetrantes à inclusão, na base de cálculo dos adicionais e das gratificações percebidas, da parcela denominada “vantagem pessoal”, nos termos das Leis 2.065/1999 e 2.129/2000, interpõe recurso extraordinário o ente público. Nas razões recursais, sustenta o recorrente, em síntese (fls. 178-94), a nulidade do julgamento por negativa de prestação jurisdicional, nos termos dos arts. 5º, XXXV e LIV, e 93, IX, da Constituição Federal, bem como violação dos arts. 5º, XXXVI e LXIX, 37, caput, XIV e XV, e 39, § 1º, da Lei Maior, sob o fundamento de que concedida a ordem sem comprovação do direito líquido e certo e sem demonstração de ilegalidade ou abuso de poder. Nas contrarrazões, defendem os recorridos que a vantagem foi “instituída para que a remuneração dos recorridos não fosse reduzida em decorrência das alterações em seus cargos”. Afirmam, ainda, que “a própria Lei Estadual nº 2.65/99 esclarece, textualmente, que a vantagem pessoal corresponde à diferença entre o Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2864304. Supremo Tribunal Federal 25/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 613.306 MATO GROSSO DO SUL VOTO A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Preenchidos os pressupostos genéricos, conheço do agravo. Transcrevo o teor da decisão que desafiou o presente agravo regimental (fl. 375-84): “Vistos etc. Contra o acórdão do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, pelo qual assentado que, “nas obrigações de trato sucessivo, o prazo para impetração do mandamus se renova periodicamente, mês a mês”, afastada, assim, a preliminar de decadência arguida pelo Estado de Mato Grosso do Sul, e, no mérito, reconhecido o direito dos impetrantes à inclusão, na base de cálculo dos adicionais e das gratificações percebidas, da parcela denominada “vantagem pessoal”, nos termos das Leis 2.065/1999 e 2.129/2000, interpõe recurso extraordinário o ente público. Nas razões recursais, sustenta o recorrente, em síntese (fls. 178-94), a nulidade do julgamento por negativa de prestação jurisdicional, nos termos dos arts. 5º, XXXV e LIV, e 93, IX, da Constituição Federal, bem como violação dos arts. 5º, XXXVI e LXIX, 37, caput, XIV e XV, e 39, § 1º, da Lei Maior, sob o fundamento de que concedida a ordem sem comprovação do direito líquido e certo e sem demonstração de ilegalidade ou abuso de poder. Nas contrarrazões, defendem os recorridos que a vantagem foi “instituída para que a remuneração dos recorridos não fosse reduzida em decorrência das alterações em seus cargos”. Afirmam, ainda, que “a própria Lei Estadual nº 2.65/99 esclarece, textualmente, que a vantagem pessoal corresponde à diferença entre o Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2864304. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 17 Voto - MIN. ROSA WEBER RE 613.306 AGR / MS valor do vencimento do cargo anterior e o vencimento do novo cargo (art. 24, § 2º)”(fls. 220-38). Admitido o recurso (fls. 270-1). É o relatório. Decido. Preenchidos os pressupostos genéricos, passo ao exame dos específicos. Para tanto, reproduzo o teor do acórdão recorrido ( fls. 149-59): “ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os juízes do Tribunal Pleno do Tribunal de Justiça, na conformidade da ata de julgamentos e das notas taquigráficas, por maioria e contra o parecer, rejeitar a preliminar. No mérito, por maioria e contra o parecer, concederam a segurança, nos termos do voto da relatora. Ausentes, justificadamente, nesta sessão os vogais 5°, 6°, 8°, 9° e 15°. (...) VOTO A Sra. Desa Marilza Lúcia Fortes (Relatora) Trata-se de mandado de segurança interposto por Ademir Gomes Sandim e outros, visando compelir o Estado de Mato Grosso do Sul, pelo Exmo. Sr. Governador do Estado, a pagar- lhes os adicionais e gratificações sobre a parcela denominada vantagem pessoal. A autoridade tida como coatora argui a preliminar de decadência do direito, sob o argumento de que a impetração se deu além do prazo legal de 120 dias, considerando o seu início a data da vigência da Lei n. 2.065/99 e da Lei n. 2.129/00, ou seja, agosto de 2000. Entretanto, essa preliminar aventada não merece ser acolhida. Consigno primeiramente que esta Corte, em inúmeros casos, já se posicionou que, por se tratar de lei de efeito concreto, com reflexos imediatos no patrimônio dos 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2864304. Supremo Tribunal Federal RE 613.306 AGR / MS valor do vencimento do cargo anterior e o vencimento do novo cargo (art. 24, § 2º)”(fls. 220-38). Admitido o recurso (fls. 270-1). É o relatório. Decido. Preenchidos os pressupostos genéricos, passo ao exame dos específicos. Para tanto, reproduzo o teor do acórdão recorrido ( fls. 149-59): “ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os juízes do Tribunal Pleno do Tribunal de Justiça, na conformidade da ata de julgamentos e das notas taquigráficas, por maioria e contra o parecer, rejeitar a preliminar. No mérito, por maioria e contra o parecer, concederam a segurança, nos termos do voto da relatora. Ausentes, justificadamente, nesta sessão os vogais 5°, 6°, 8°, 9° e 15°. (...) VOTO A Sra. Desa Marilza Lúcia Fortes (Relatora) Trata-se de mandado de segurança interposto por Ademir Gomes Sandim e outros, visando compelir o Estado de Mato Grosso do Sul, pelo Exmo. Sr. Governador do Estado, a pagar- lhes os adicionais e gratificações sobre a parcela denominada vantagem pessoal. A autoridade tida como coatora argui a preliminar de decadência do direito, sob o argumento de que a impetração se deu além do prazo legal de 120 dias, considerando o seu início a data da vigência da Lei n. 2.065/99 e da Lei n. 2.129/00, ou seja, agosto de 2000. Entretanto, essa preliminar aventada não merece ser acolhida. Consigno primeiramente que esta Corte, em inúmeros casos, já se posicionou que, por se tratar de lei de efeito concreto, com reflexos imediatos no patrimônio dos 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2864304. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 17 Voto - MIN. ROSA WEBER RE 613.306 AGR / MS impetrantes, e por se tratar de prestações de trato sucessivo, o prazo para interpor mandado de segurança se renova mensalmente, respeitado a prescrição qüinqüenal contra o Estado. Nesse sentido, extrai-se da melhor doutrina trazida por Hely Lopes Meirelles que ‘nos atos de trato sucessivo, como no pagamento de vencimentos ou outras prestações periódicas, o prazo se renova a cada ato’. Esta Corte, apreciando situação jurídica idêntica, assim, julgou, verbis: ‘MANDADO DE SEGURANÇA — PRELIMINAR AO MÉRITO — DECADÊNCIA — PRESTAÇÃO DE TRATO SUCESSIVO — PRELIMINAR AFASTADA — REFORMA ADMINISTRATIVA — TRANSFORMAÇÃO DE CARGOS — CRIAÇÃO DE VANTAGEM PESSOAL PARA IMPEDIR A REDUÇÃO DOS SALÁRIOS DE ANTIGOS SERVIDORES — ADICIONAL DE FUNÇÃO — NÃO-APLICAÇÃO SOBRE A VANTAGEM PESSOAL QUE TEM NATUREZA SALARIAL — ATO QUE FERE O PRINCÍPIO DA IRREDUTIBILIDADE DOS VENCIMENTOS — SEGURANÇA CONCEDIDA. Tratando-se de prestação de trato sucessivo, o termo inicial para a impetração de mandado de segurança se renova mês a mês. Se a vantagem pessoal percebida pelo servidor não se enquadra na categoria de vantagens, mas configura-se como sendo parte integrante e indivisível do vencimento (porquanto criada com a única finalidade de impedir a redução dos vencimentos, que adviria com a reforma administrativa), impõe-se a aplicação também, sobre tal vantagem, do adicional de função, sob pena de se violar o princípio da irredutibilidade dos vencimentos.’ (grifo). No mesmo sentido, é o entendimento no Superior Tribunal Justiça: ‘ADMINISTRATIVO. PROCESSO CIVIL. SUPRESSÃO DE PARCELA REMUNERATÓRIA. MANDADO DE SEGURANÇA. PRAZO PARA IMPETRAÇÃO. DECADÊNCIA. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2864304. Supremo Tribunal Federal RE 613.306 AGR / MS impetrantes, e por se tratar de prestações de trato sucessivo, o prazo para interpor mandado de segurança se renova mensalmente, respeitado a prescrição qüinqüenal contra o Estado. Nesse sentido, extrai-se da melhor doutrina trazida por Hely Lopes Meirelles que ‘nos atos de trato sucessivo, como no pagamento de vencimentos ou outras prestações periódicas, o prazo se renova a cada ato’. Esta Corte, apreciando situação jurídica idêntica, assim, julgou, verbis: ‘MANDADO DE SEGURANÇA — PRELIMINAR AO MÉRITO — DECADÊNCIA — PRESTAÇÃO DE TRATO SUCESSIVO — PRELIMINAR AFASTADA — REFORMA ADMINISTRATIVA — TRANSFORMAÇÃO DE CARGOS — CRIAÇÃO DE VANTAGEM PESSOAL PARA IMPEDIR A REDUÇÃO DOS SALÁRIOS DE ANTIGOS SERVIDORES — ADICIONAL DE FUNÇÃO — NÃO-APLICAÇÃO SOBRE A VANTAGEM PESSOAL QUE TEM NATUREZA SALARIAL — ATO QUE FERE O PRINCÍPIO DA IRREDUTIBILIDADE DOS VENCIMENTOS — SEGURANÇA CONCEDIDA. Tratando-se de prestação de trato sucessivo, o termo inicial para a impetração de mandado de segurança se renova mês a mês. Se a vantagem pessoal percebida pelo servidor não se enquadra na categoria de vantagens, mas configura-se como sendo parte integrante e indivisível do vencimento (porquanto criada com a única finalidade de impedir a redução dos vencimentos, que adviria com a reforma administrativa), impõe-se a aplicação também, sobre tal vantagem, do adicional de função, sob pena de se violar o princípio da irredutibilidade dos vencimentos.’ (grifo). No mesmo sentido, é o entendimento no Superior Tribunal Justiça: ‘ADMINISTRATIVO. PROCESSO CIVIL. SUPRESSÃO DE PARCELA REMUNERATÓRIA. MANDADO DE SEGURANÇA. PRAZO PARA IMPETRAÇÃO. DECADÊNCIA. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2864304. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 17 Voto - MIN. ROSA WEBER RE 613.306 AGR / MS ART. 18 DA LEI N° 1.533/51. INOCORRÊNCIA. PRESTAÇÃO DE TRATO SUCESSIVO. PRECEDENTES. Nas obrigações de trato sucessivo, o prazo de 120 dias para impetração do mandamus se renova periodicamente, não havendo que se falar em decadência do direito de impetração. Recurso desprovido.’ Diante dessas razões, e contra o parecer, rejeito a preliminar. (...) No mérito, a questão reside em se incluir ou não, na base de cálculo dos adicionais e gratificações percebidas pelos impetrantes, a parcela denominada de vantagem pessoal. Analisando as disposições do artigo 24, §§ 1°. e 2°., da Lei n. 2.065/1999 e artigo 2° da Lei n. 2.129/2000, que garantiu a inclusão aos vencimentos da verba denominada de vantagem pessoal, verifica-se possível a inclusão desse benefício na base de cálculo do adicional de função. Cumpre salientar que a parcela denominada vantagem pessoal surgiu para compensar a perda dos vencimentos trazida com o Plano de Cargos e Carreiras e garantindo, assim, a irredutibilidade de vencimentos, constitucionalmente garantida no art. 37, XV; enquanto os adicionais e gratificações foram criados em razão do exercício de determinada função e das condições desse exercício, caracterizando-se como vantagem adquirida (pro labore faciendo), vantagens pecuniárias. Nesse sentido Hely Lopes Meirelles ensina que: ‘O adicional de função apresenta-se como vantagem pecuniária ex facto officii, ligada a determinados cargos ou funções que, para serem bem desempenhados, exigem um regime especial de trabalho, uma particular dedicação ou uma especial habilitação de seus titulares. Ocorrendo qualquer dessas hipóteses, em que o serviço refoge da rotina burocrática, por seu caráter técnico, didático ou científico, passando a exigir maior jornada de trabalho, maior atenção do servidor ou maior especialização profissional, a Administração recompensa pecuniariamente os funcionários que o realizam, pagando-lhes 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2864304. Supremo Tribunal Federal RE 613.306 AGR / MS ART. 18 DA LEI N° 1.533/51. INOCORRÊNCIA. PRESTAÇÃO DE TRATO SUCESSIVO. PRECEDENTES. Nas obrigações de trato sucessivo, o prazo de 120 dias para impetração do mandamus se renova periodicamente, não havendo que se falar em decadência do direito de impetração. Recurso desprovido.’ Diante dessas razões, e contra o parecer, rejeito a preliminar. (...) No mérito, a questão reside em se incluir ou não, na base de cálculo dos adicionais e gratificações percebidas pelos impetrantes, a parcela denominada de vantagem pessoal. Analisando as disposições do artigo 24, §§ 1°. e 2°., da Lei n. 2.065/1999 e artigo 2° da Lei n. 2.129/2000, que garantiu a inclusão aos vencimentos da verba denominada de vantagem pessoal, verifica-se possível a inclusão desse benefício na base de cálculo do adicional de função. Cumpre salientar que a parcela denominada vantagem pessoal surgiu para compensar a perda dos vencimentos trazida com o Plano de Cargos e Carreiras e garantindo, assim, a irredutibilidade de vencimentos, constitucionalmente garantida no art. 37, XV; enquanto os adicionais e gratificações foram criados em razão do exercício de determinada função e das condições desse exercício, caracterizando-se como vantagem adquirida (pro labore faciendo), vantagens pecuniárias. Nesse sentido Hely Lopes Meirelles ensina que: ‘O adicional de função apresenta-se como vantagem pecuniária ex facto officii, ligada a determinados cargos ou funções que, para serem bem desempenhados, exigem um regime especial de trabalho, uma particular dedicação ou uma especial habilitação de seus titulares. Ocorrendo qualquer dessas hipóteses, em que o serviço refoge da rotina burocrática, por seu caráter técnico, didático ou científico, passando a exigir maior jornada de trabalho, maior atenção do servidor ou maior especialização profissional, a Administração recompensa pecuniariamente os funcionários que o realizam, pagando-lhes 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2864304. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 17 Voto - MIN. ROSA WEBER RE 613.306 AGR / MS um adicional de função enquanto desempenham o cargo nas condições estabelecidas pelo Poder Público. (...) Todo adicional de função é, por natureza, vantagem pecuniária pro labore faciendo, de auferimento condicionado à efetiva prestação do serviço nas condições estabelecidas pela Administração. Daí porque não se incorpora automaticamente ao vencimento, mas deve integrá-lo para efeitos de disponibilidade ou aposentadoria se no momento da passagem para a inatividade remunerada o funcionário estava exercendo o cargo ou a função com período de carência consumado. Nem seria justo e jurídico que a Administração se beneficiasse durante todo o tempo de atividade do servidor com as vantagens de exclusividade de seu trabalho e de sua profissão e ao pô-lo em disponibilidade, ou ao conceder-lhe a aposentadoria, passasse a desconhecer o regime especial em que trabalhou e o diploma universitário que apresentou para ter acesso ao cargo ou à função. (...) Gratificações são vantagens pecuniárias atribuídas precariamente aos funcionários que estão prestando serviços comuns da função em condições anormais de segurança, salubridade ou onerosidade (gratificações de serviço), ou concedidas como ajuda aos servidores que apresentem os encargos pessoais que a lei específica (gratificações pessoais)’ Isso posto, conclui-se que os adicionais e gratificações tratam-se de uma vantagem pecuniária que tem natureza de recompensa; e a vantagem pessoal, por sua vez, possui natureza de vencimento, uma vez que foi instituída para garantir o princípio da irredutibilidade de vencimentos, em face da reforma administrativa de cargos e carreiras do poder executivo, que reestruturou os cargos, causando, dessa maneira, a redução do valor anteriormente percebido pelos servidores, de modo que tal vantagem nada mais é do que a diferença de remuneração, ou seja, pura e simplesmente vencimento. Ressalte-se que este Tribunal Pleno já se pronunciou sobre 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2864304. Supremo Tribunal Federal RE 613.306 AGR / MS um adicional de função enquanto desempenham o cargo nas condições estabelecidas pelo Poder Público. (...) Todo adicional de função é, por natureza, vantagem pecuniária pro labore faciendo, de auferimento condicionado à efetiva prestação do serviço nas condições estabelecidas pela Administração. Daí porque não se incorpora automaticamente ao vencimento, mas deve integrá-lo para efeitos de disponibilidade ou aposentadoria se no momento da passagem para a inatividade remunerada o funcionário estava exercendo o cargo ou a função com período de carência consumado. Nem seria justo e jurídico que a Administração se beneficiasse durante todo o tempo de atividade do servidor com as vantagens de exclusividade de seu trabalho e de sua profissão e ao pô-lo em disponibilidade, ou ao conceder-lhe a aposentadoria, passasse a desconhecer o regime especial em que trabalhou e o diploma universitário que apresentou para ter acesso ao cargo ou à função. (...) Gratificações são vantagens pecuniárias atribuídas precariamente aos funcionários que estão prestando serviços comuns da função em condições anormais de segurança, salubridade ou onerosidade (gratificações de serviço), ou concedidas como ajuda aos servidores que apresentem os encargos pessoais que a lei específica (gratificações pessoais)’ Isso posto, conclui-se que os adicionais e gratificações tratam-se de uma vantagem pecuniária que tem natureza de recompensa; e a vantagem pessoal, por sua vez, possui natureza de vencimento, uma vez que foi instituída para garantir o princípio da irredutibilidade de vencimentos, em face da reforma administrativa de cargos e carreiras do poder executivo, que reestruturou os cargos, causando, dessa maneira, a redução do valor anteriormente percebido pelos servidores, de modo que tal vantagem nada mais é do que a diferença de remuneração, ou seja, pura e simplesmente vencimento. Ressalte-se que este Tribunal Pleno já se pronunciou sobre 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2864304. Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 17 Voto - MIN. ROSA WEBER RE 613.306 AGR / MS a matéria quando do julgamento dos Mandados de Segurança n. 2002.006592-7, n. 2002.006704-0, n. 2003.009979-4 e 2006.000020-4, este último, nos termos do voto da Relatora Desa. Tânia Garcia de Freitas Borges, julgado em 15.12.2004, restando assim ementado: ‘EMENTA — MANDADO DE SEGURANÇA — SERVIDORES PÚBLICOS LOTADOS NA AGÊNCIA ESTADUAL DE DEFESA SANITÁRIA E VEGETAL DE MATO GROSSO DO SUL — PRELIMINAR DE IMPOSSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO EXAMINADA JUNTO COM O MÉRITO — PRELIMINARES DE ILEGITIMIDADE PASSIVA DO GOVERNADOR DO ESTADO E DE DECADÊNCIA — REJEITADAS — MÉRITO — PRETENSÃO AO RECEBIMENTO DA VANTAGEM PESSOAL E DO ADICIONAL DE FUNÇÃO — DIREITO LÍQUIDO E CERTO AO RECEBIMENTO DE AMBAS AS VANTAGENS PECUNIÁRIAS — ORDEM CONCEDIDA. Em sendo o Governador do Estado a autoridade responsável pela emissão do ato impugnado e também tendo poderes para revogá-lo, possui este legitimidade passiva no mandamus. Nas obrigações de trato sucessivo, o prazo decadencial de 120 dias se renova a cada mês em que a autoridade coatora pratica lesão ao direito líquido e certo dos impetrantes. Perfeitamente cumuláveis a vantagem pessoal prevista no art. 24, § 2°, da Lei Estadual n° 2.065/99 e o adicional de função instituído pelo Decreto n° 10.440/2001, dado serem de natureza distinta, sendo a primeira vantagem pessoal instituída para os servidores que tiveram redução no vencimento, com a transformação do cargo e a segunda destinada aos servidores que exercem funções especificamente contempladas na legislação. A supressão do pagamento da vantagem pessoal mencionada constitui lesão ao disposto no art. 37, XV, da Constituição Federal.’ (grifei). E, ainda,no mesmo sentido é o julgamento do Mandado 6 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2864304. Supremo Tribunal Federal RE 613.306 AGR / MS a matéria quando do julgamento dos Mandados de Segurança n. 2002.006592-7, n. 2002.006704-0, n. 2003.009979-4 e 2006.000020-4, este último, nos termos do voto da Relatora Desa. Tânia Garcia de Freitas Borges, julgado em 15.12.2004, restando assim ementado: ‘EMENTA — MANDADO DE SEGURANÇA — SERVIDORES PÚBLICOS LOTADOS NA AGÊNCIA ESTADUAL DE DEFESA SANITÁRIA E VEGETAL DE MATO GROSSO DO SUL — PRELIMINAR DE IMPOSSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO EXAMINADA JUNTO COM O MÉRITO — PRELIMINARES DE ILEGITIMIDADE PASSIVA DO GOVERNADOR DO ESTADO E DE DECADÊNCIA — REJEITADAS — MÉRITO — PRETENSÃO AO RECEBIMENTO DA VANTAGEM PESSOAL E DO ADICIONAL DE FUNÇÃO — DIREITO LÍQUIDO E CERTO AO RECEBIMENTO DE AMBAS AS VANTAGENS PECUNIÁRIAS — ORDEM CONCEDIDA. Em sendo o Governador do Estado a autoridade responsável pela emissão do ato impugnado e também tendo poderes para revogá-lo, possui este legitimidade passiva no mandamus. Nas obrigações de trato sucessivo, o prazo decadencial de 120 dias se renova a cada mês em que a autoridade coatora pratica lesão ao direito líquido e certo dos impetrantes. Perfeitamente cumuláveis a vantagem pessoal prevista no art. 24, § 2°, da Lei Estadual n° 2.065/99 e o adicional de função instituído pelo Decreto n° 10.440/2001, dado serem de natureza distinta, sendo a primeira vantagem pessoal instituída para os servidores que tiveram redução no vencimento, com a transformação do cargo e a segunda destinada aos servidores que exercem funções especificamente contempladas na legislação. A supressão do pagamento da vantagem pessoal mencionada constitui lesão ao disposto no art. 37, XV, da Constituição Federal.’ (grifei). E, ainda,no mesmo sentido é o julgamento do Mandado 6 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2864304. Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 17 Voto - MIN. ROSA WEBER RE 613.306 AGR / MS de Segurança n. 2002.006568-4, assim ementado: (...) Ante o exposto, e contra o Parecer, concedo a segurança pleiteada, a fim de assegurar aos impetrantes o direito à inclusão da parcela denominada de vantagem pessoal na base de cálculo dos adicionais e gratificações. (...) DECISÃO Como consta na ata, a decisão foi a seguinte: POR MAIORIA E CONTRA O PARECER, REJEITARAM A PRELIMINAR. NO MÉRITO, POR MAIORIA E CONTRA O PARECER, CONCEDERAM A SEGURANÇA, NOS TERMOS DO VOTO DA RELATORA. AUSENTES, JUSTIFICADAMENTE, NESTA SESSÃO OS VOGAIS 5°, 6°, 8°, 9° E 15°.” Os embargos de declaração opostos à fls. 162-9 foram rejeitados às fls. 171-5. Nada colhe o extraordinário. A questão concernente ao reexame do julgamento proferido em sede de embargos de declaração reside no campo processual, inviabilizando a tese do desrespeito aos preceitos da Constituição Federal. Destaco que, no âmbito técnico-processual, o grau de correção do juízo de valor emitido na origem não se confunde com vício ao primado da fundamentação, notadamente consabido a disparidade entre o resultado do julgamento e a expectativa da parte não sugestiona lesão a norma do texto republicano. Precedentes desta Suprema Corte na matéria: “Fundamentação do acórdão recorrido. Existência. Não há falar em ofensa ao art. 93, IX, da CF, quando o acórdão impugnado tenha dado razões suficientes, embora contrárias à tese da recorrente.” (AI 426.981-AgR, Relator Ministro Cezar Peluso, DJ 05.11.04; no mesmo sentido: AI 611.406-AgR, Relator Ministro Carlos Britto, DJE 20.02.09) “Omissão. Inexistência. O magistrado não está obrigado a 7 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2864304. Supremo Tribunal Federal RE 613.306 AGR / MS de Segurança n. 2002.006568-4, assim ementado: (...) Ante o exposto, e contra o Parecer, concedo a segurança pleiteada, a fim de assegurar aos impetrantes o direito à inclusão da parcela denominada de vantagem pessoal na base de cálculo dos adicionais e gratificações. (...) DECISÃO Como consta na ata, a decisão foi a seguinte: POR MAIORIA E CONTRA O PARECER, REJEITARAM A PRELIMINAR. NO MÉRITO, POR MAIORIA E CONTRA O PARECER, CONCEDERAM A SEGURANÇA, NOS TERMOS DO VOTO DA RELATORA. AUSENTES, JUSTIFICADAMENTE, NESTA SESSÃO OS VOGAIS 5°, 6°, 8°, 9° E 15°.” Os embargos de declaração opostos à fls. 162-9 foram rejeitados às fls. 171-5. Nada colhe o extraordinário. A questão concernente ao reexame do julgamento proferido em sede de embargos de declaração reside no campo processual, inviabilizando a tese do desrespeito aos preceitos da Constituição Federal. Destaco que, no âmbito técnico-processual, o grau de correção do juízo de valor emitido na origem não se confunde com vício ao primado da fundamentação, notadamente consabido a disparidade entre o resultado do julgamento e a expectativa da parte não sugestiona lesão a norma do texto republicano. Precedentes desta Suprema Corte na matéria: “Fundamentação do acórdão recorrido. Existência. Não há falar em ofensa ao art. 93, IX, da CF, quando o acórdão impugnado tenha dado razões suficientes, embora contrárias à tese da recorrente.” (AI 426.981-AgR, Relator Ministro Cezar Peluso, DJ 05.11.04; no mesmo sentido: AI 611.406-AgR, Relator Ministro Carlos Britto, DJE 20.02.09) “Omissão. Inexistência. O magistrado não está obrigado a 7 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2864304. Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 17 Voto - MIN. ROSA WEBER RE 613.306 AGR / MS responder todos os fundamentos alegados pelo recorrente. PIS. Lei n. 9.715/98. Constitucionalidade. A controvérsia foi decidida com respaldo em fundamentos adequados, inexistindo omissão a ser suprida. Este Tribunal fixou entendimento no sentido de que o magistrado não está vinculado pelo dever de responder todo s os fundamentos alegados pela parte recorrente. Precedentes. Esta Corte afastou a suposta inconstitucionalidade das alterações introduzidas pela Lei n. 9.715/98, admitindo a majoração da contribuição para o PIS mediante a edição de medida provisória. Precedentes.” (RE 511.581-AgR, Relator Ministro Eros Grau, DJE 15.8.08) “O que a Constituição exige, no art. 93, IX, é que a decisão judicial seja fundamentada; não, que a fundamentação seja correta, na solução das questões de fato ou de direito da lide: declinadas no julgado as premissas, corretamente assentadas ou não, mas coerentes com o dispositivo do acórdão, está satisfeita a exigência constitucional.” (AI 402.819-AgR, Relator Ministro Sepúlveda Pertence, DJ 05.9.03) Rever a decisão recorrida, por seu turno, implica, além do reexame do contexto fático-probatório, a análise da legislação local, o que é defeso nesta fase recursal. Aplicação da Súmula 280/STF (Por ofensa a direito local não cabe recuso extraordinário). Noutro giro, o exame de eventual ofensa aos preceitos constitucionais indicados pelo recorrente – os quais consagram os princípios da legalidade, da proteção ao direito adquirido, ao ato jurídico perfeito e à coisa julgada, bem como ao devido processo legal, ao contraditório e à ampla defesa – demanda, em primeiro plano, a interpretação das normas infraconstitucionais aplicáveis à espécie, de tal modo que, se afronta ocorresse, seria indireta, o que não atende à exigência do art. 102, III, “a”, da Lei Maior, nos termos da remansosa jurisprudência deste egrégio Supremo Tribunal Federal, verbis: "RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. Alegação de ofensa ao art. 5º, XXII, XXIII, XXIV, LIV e LV, da Constituição Federal. Violações dependentes de reexame prévio de normas 8 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2864304. Supremo Tribunal Federal RE 613.306 AGR / MS responder todos os fundamentos alegados pelo recorrente. PIS. Lei n. 9.715/98. Constitucionalidade. A controvérsia foi decidida com respaldo em fundamentos adequados, inexistindo omissão a ser suprida. Este Tribunal fixou entendimento no sentido de que o magistrado não está vinculado pelo dever de responder todo s os fundamentos alegados pela parte recorrente. Precedentes. Esta Corte afastou a suposta inconstitucionalidade das alterações introduzidas pela Lei n. 9.715/98, admitindo a majoração da contribuição para o PIS mediante a edição de medida provisória. Precedentes.” (RE 511.581-AgR, Relator Ministro Eros Grau, DJE 15.8.08) “O que a Constituição exige, no art. 93, IX, é que a decisão judicial seja fundamentada; não, que a fundamentação seja correta, na solução das questões de fato ou de direito da lide: declinadas no julgado as premissas, corretamente assentadas ou não, mas coerentes com o dispositivo do acórdão, está satisfeita a exigência constitucional.” (AI 402.819-AgR, Relator Ministro Sepúlveda Pertence, DJ 05.9.03) Rever a decisão recorrida, por seu turno, implica, além do reexame do contexto fático-probatório, a análise da legislação local, o que é defeso nesta fase recursal. Aplicação da Súmula 280/STF (Por ofensa a direito local não cabe recuso extraordinário). Noutro giro, o exame de eventual ofensa aos preceitos constitucionais indicados pelo recorrente – os quais consagram os princípios da legalidade, da proteção ao direito adquirido, ao ato jurídico perfeito e à coisa julgada, bem como ao devido processo legal, ao contraditório e à ampla defesa – demanda, em primeiro plano, a interpretação das normas infraconstitucionais aplicáveis à espécie, de tal modo que, se afronta ocorresse, seria indireta, o que não atende à exigência do art. 102, III, “a”, da Lei Maior, nos termos da remansosa jurisprudência deste egrégio Supremo Tribunal Federal, verbis: "RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. Alegação de ofensa ao art. 5º, XXII, XXIII, XXIV, LIV e LV, da Constituição Federal. Violações dependentes de reexame prévio de normas 8 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2864304. Inteiro Teor do Acórdão - Página 12 de 17 Voto - MIN. ROSA WEBER RE 613.306 AGR / MS inferiores. Ofensa constitucional indireta. Matéria fática. Súmula 279. Agravo regimental não provido. É pacífica a jurisprudência desta Corte, no sentido de não tolerar, em recurso extraordinário, alegação de ofensa que, irradiando-se de má interpretação, aplicação, ou, até, inobservância de normas infraconstitucionais, seria apenas indireta à Constituição da República, e, muito menos, de reexame de provas" (STF-AI-AgR-495.880/SP, Relator Ministro Cezar Peluso, 1ª Turma, DJ 05.8.2005). "Recurso extraordinário: descabimento: acórdão recorrido, do Tribunal Superior do Trabalho, que decidiu a questão à luz de legislação infraconstitucional: alegada violação ao texto constitucional que, se ocorresse, seria reflexa ou indireta; ausência de negativa de prestação jurisdicional ou de defesa aos princípios compreendidos nos arts. 5º, II, XXXV, LIV e LV e 93, IX, da Constituição Federal." (STF-AI-AgR-436.911/SE, Relator Ministro Sepúlveda Pertence, 1ª Turma, DJ 17.6.2005) "CONSTITUCIONAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO: ALEGAÇÃO DE OFENSA À C.F., art. 5º, II, XXXV, XXXVI, LIV e LV. I. - Ao Judiciário cabe, no conflito de interesses, fazer valer a vontade concreta da lei, interpretando-a. Se, em tal operação, interpreta razoavelmente ou desarrazoadamente a lei, a questão fica no campo da legalidade, inocorrendo o contencioso constitucional. II. - Decisão contrária ao interesse da parte não configura negativa de prestação jurisdicional (C.F., art. 5º, XXXV). III. - A verificação, no caso concreto, da existência, ou não, do direito adquirido, situa-se no campo infraconstitucional. IV. - Alegação de ofensa ao devido processo legal: C.F., art. 5º, LIV e LV: se ofensa tivesse havido, seria ela indireta, reflexa, dado que a ofensa direta seria a normas processuais. E a ofensa a preceito constitucional que autoriza a admissão do recurso extraordinário é a ofensa direta, frontal. V. - Agravo não provido" (STF-RE-AgR-154.158/SP, Relator Ministro Carlos Velloso, 2ª Turma, DJ 20.9.2002). "TRABALHISTA. ACÓRDÃO QUE NÃO ADMITIU RECURSO DE REVISTA, INTERPOSTO PARA AFASTAR 9 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2864304. Supremo Tribunal Federal RE 613.306 AGR / MS inferiores. Ofensa constitucional indireta. Matéria fática. Súmula 279. Agravo regimental não provido. É pacífica a jurisprudência desta Corte, no sentido de não tolerar, em recurso extraordinário, alegação de ofensa que, irradiando-se de má interpretação, aplicação, ou, até, inobservância de normas infraconstitucionais, seria apenas indireta à Constituição da República, e, muito menos, de reexame de provas" (STF-AI-AgR-495.880/SP, Relator Ministro Cezar Peluso, 1ª Turma, DJ 05.8.2005). "Recurso extraordinário: descabimento: acórdão recorrido, do Tribunal Superior do Trabalho, que decidiu a questão à luz de legislação infraconstitucional: alegada violação ao texto constitucional que, se ocorresse, seria reflexa ou indireta; ausência de negativa de prestação jurisdicional ou de defesa aos princípios compreendidos nos arts. 5º, II, XXXV, LIV e LV e 93, IX, da Constituição Federal." (STF-AI-AgR-436.911/SE, Relator Ministro Sepúlveda Pertence, 1ª Turma, DJ 17.6.2005) "CONSTITUCIONAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO: ALEGAÇÃO DE OFENSA À C.F., art. 5º, II, XXXV, XXXVI, LIV e LV. I. - Ao Judiciário cabe, no conflito de interesses, fazer valer a vontade concreta da lei, interpretando-a. Se, em tal operação, interpreta razoavelmente ou desarrazoadamente a lei, a questão fica no campo da legalidade, inocorrendo o contencioso constitucional. II. - Decisão contrária ao interesse da parte não configura negativa de prestação jurisdicional (C.F., art. 5º, XXXV). III. - A verificação, no caso concreto, da existência, ou não, do direito adquirido, situa-se no campo infraconstitucional. IV. - Alegação de ofensa ao devido processo legal: C.F., art. 5º, LIV e LV: se ofensa tivesse havido, seria ela indireta, reflexa, dado que a ofensa direta seria a normas processuais. E a ofensa a preceito constitucional que autoriza a admissão do recurso extraordinário é a ofensa direta, frontal. V. - Agravo não provido" (STF-RE-AgR-154.158/SP, Relator Ministro Carlos Velloso, 2ª Turma, DJ 20.9.2002). "TRABALHISTA. ACÓRDÃO QUE NÃO ADMITIU RECURSO DE REVISTA, INTERPOSTO PARA AFASTAR 9 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2864304. Inteiro Teor do Acórdão - Página 13 de 17 Voto - MIN. ROSA WEBER RE 613.306 AGR / MS PENHORA SOBRE BENS ALIENADOS FIDUCIARIAMENTE EM GARANTIA DE FINANCIAMENTO POR MEIO DE CÉDULA DE CRÉDITO À EXPORTAÇÃO. DECRETO-LEI 413/69 E LEI 4.728/65. ALEGADA AFRONTA AO ART. 5º, II, XXII, XXXV E XXXVI, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. Questão insuscetível de ser apreciada senão por via da legislação infraconstitucional que fundamentou o acórdão, procedimento inviável em sede de recurso extraordinário, onde não cabe a aferição de ofensa reflexa e indireta à Carta Magna. Recurso não conhecido" (STF-RE-153.781/DF, Relator Ministro Ilmar Galvão, 1ª Turma, DJ 02.02.2001). Nego seguimento ao recurso extraordinário (CPC, art. 557, caput)”. De início, consoante destacado na decisão agravada, explicitados os motivos de decidir - a afastar o vício da nulidade por negativa de prestação jurisdicional arguido-, a disparidade entre o resultado do julgamento e a expectativa da parte não caracteriza vício ao primado da fundamentação, tampouco afronta os postulados insculpidos no art. 5º, incisos XXXV, XXXVI, LIV e LV, da Constituição da República. Noutro giro, diferentemente do que sustenta o agravante, o RE 592.317, em que reconhecida a repercussão geral por esta Corte, versa sobre equiparação salarial com base no princípio da isonomia, consoante emerge da ementa do acórdão da lavra do eminente Ministro Relator, Gilmar Mendes, verbis: “Recurso extraordinário. Administrativo. Servidor Público. Reajuste de remuneração e proventos. Princípio da Isonomia. Poder Judiciário e/ ou Administração Pública. Súmula 339/STF. Repercussão geral reconhecida.” (DJe 22.10.2010). Na espécie, contudo, debate-se, em última análise, a natureza da parcela “vantagem pessoal” instituída para os servidores públicos do 10 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2864304. Supremo Tribunal Federal RE 613.306 AGR / MS PENHORA SOBRE BENS ALIENADOS FIDUCIARIAMENTE EM GARANTIA DE FINANCIAMENTO POR MEIO DE CÉDULA DE CRÉDITO À EXPORTAÇÃO. DECRETO-LEI 413/69 E LEI 4.728/65. ALEGADA AFRONTA AO ART. 5º, II, XXII, XXXV E XXXVI, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. Questão insuscetível de ser apreciada senão por via da legislação infraconstitucional que fundamentou o acórdão, procedimento inviável em sede de recurso extraordinário, onde não cabe a aferição de ofensa reflexa e indireta à Carta Magna. Recurso não conhecido" (STF-RE-153.781/DF, Relator Ministro Ilmar Galvão, 1ª Turma, DJ 02.02.2001). Nego seguimento ao recurso extraordinário (CPC, art. 557, caput)”. De início, consoante destacado na decisão agravada, explicitados os motivos de decidir - a afastar o vício da nulidade por negativa de prestação jurisdicional arguido-, a disparidade entre o resultado do julgamento e a expectativa da parte não caracteriza vício ao primado da fundamentação, tampouco afronta os postulados insculpidos no art. 5º, incisos XXXV, XXXVI, LIV e LV, da Constituição da República. Noutro giro, diferentemente do que sustenta o agravante, o RE 592.317, em que reconhecida a repercussão geral por esta Corte, versa sobre equiparação salarial com base no princípio da isonomia, consoante emerge da ementa do acórdão da lavra do eminente Ministro Relator, Gilmar Mendes, verbis: “Recurso extraordinário. Administrativo. Servidor Público. Reajuste de remuneração e proventos. Princípio da Isonomia. Poder Judiciário e/ ou Administração Pública. Súmula 339/STF. Repercussão geral reconhecida.” (DJe 22.10.2010). Na espécie, contudo, debate-se, em última análise, a natureza da parcela “vantagem pessoal” instituída para os servidores públicos do 10 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2864304. Inteiro Teor do Acórdão - Página 14 de 17 Voto - MIN. ROSA WEBER RE 613.306 AGR / MS Estado do Mato Grosso do Sul, sobre a qual a jurisprudência desta Casa é pacífica quanto à aplicação do óbice da Súmula 280/STF, considerado o deslinde da controvérsia a partir de interpretação da Lei Estadual 2.065/99, verbis: AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. SERVIDOR PÚBLICO. MATO GROSSO DO SUL. VANTAGEM PESSOAL. NATUREZA JURÍDICA. LEI ESTADUAL 2.065/1999. SÚMULA 280 DO STF. PRECEDENTES. Agravo regimental a que se nega provimento (RE 600.301-AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa, Segunda Turma, DJe 02.12.2011). AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. VANTAGEM PESSOAL. BASE DE CÁLCULO. LEI 2.065/99. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL LOCAL. SÚMULA 280 DO STF. PRECEDENTES. AGRAVO IMPROVIDO I – Para se chegar ao exame da alegada ofensa à Constituição, faz-se necessário analisar normas infraconstitucionais locais, o que inviabiliza o extraordinário, a teor das Súmulas 280 do STF. II – Agravo regimental improvido (AI n. 836.593-AgR, Primeira Turma, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, DJe 01.7.2011). AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. VANTAGEM PESSOAL. BASE DE CÁLCULO. LEIS ESTADUAIS NS. 2.065/99 E 2.129/00. IMPOSSIBILIDADE DE ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO LOCAL. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 280 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO (RE 597.493-AgR, Rel. min. Cármen Lúcia, DJe de 26.06.2009). Agravo regimental conhecido e não provido. É como voto. 11 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2864304. Supremo Tribunal Federal RE 613.306 AGR / MS Estado do Mato Grosso do Sul, sobre a qual a jurisprudência desta Casa é pacífica quanto à aplicação do óbice da Súmula 280/STF, considerado o deslinde da controvérsia a partir de interpretação da Lei Estadual 2.065/99, verbis: AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. SERVIDOR PÚBLICO. MATO GROSSO DO SUL. VANTAGEM PESSOAL. NATUREZA JURÍDICA. LEI ESTADUAL 2.065/1999. SÚMULA 280 DO STF. PRECEDENTES. Agravo regimental a que se nega provimento (RE 600.301-AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa, Segunda Turma, DJe 02.12.2011). AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. VANTAGEM PESSOAL. BASE DE CÁLCULO. LEI 2.065/99. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL LOCAL. SÚMULA 280 DO STF. PRECEDENTES. AGRAVO IMPROVIDO I – Para se chegar ao exame da alegada ofensa à Constituição, faz-se necessário analisar normas infraconstitucionais locais, o que inviabiliza o extraordinário, a teor das Súmulas 280 do STF. II – Agravo regimental improvido (AI n. 836.593-AgR, Primeira Turma, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, DJe 01.7.2011). AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. VANTAGEM PESSOAL. BASE DE CÁLCULO. LEIS ESTADUAIS NS. 2.065/99 E 2.129/00. IMPOSSIBILIDADE DE ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO LOCAL. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 280 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO (RE 597.493-AgR, Rel. min. Cármen Lúcia, DJe de 26.06.2009). Agravo regimental conhecido e não provido. É como voto. 11 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2864304. Inteiro Teor do Acórdão - Página 15 de 17 Voto - MIN. ROSA WEBER RE 613.306 AGR / MS 12 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2864304. Supremo Tribunal Federal RE 613.306 AGR / MS 12 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2864304. Inteiro Teor do Acórdão - Página 16 de 17 Decisão de Julgamento PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 613.306 PROCED. : MATO GROSSO DO SUL RELATORA : MIN. ROSA WEBER AGTE.(S) : ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL PROC.(A/S)(ES) : ULISSES SCHWARZ VIANA AGDO.(A/S) : ADEMIR GOMES SANDIM ADV.(A/S) : LEONARDO AVELINO DUARTE Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 25.9.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo de Tarso Braz Lucas. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2895682 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 613.306 PROCED. : MATO GROSSO DO SUL RELATORA : MIN. ROSA WEBER AGTE.(S) : ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL PROC.(A/S)(ES) : ULISSES SCHWARZ VIANA AGDO.(A/S) : ADEMIR GOMES SANDIM ADV.(A/S) : LEONARDO AVELINO DUARTE Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 25.9.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo de Tarso Braz Lucas. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2895682 Inteiro Teor do Acórdão - Página 17 de 17
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=2926969
2012-09-25T00:00:00
2012-10-11T00:00:00
A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 25.9.2012.
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO
EMENTA DIREITO ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. NULIDADE POR NEGATIVA DE PRESTAÇÃO JURISDICIONAL NÃO CARACTERIZADA. PARCELA VANTAGEM PESSOAL INSTITUÍDA PARA SERVIDORES PÚBLICOS DO ESTADO DO MATO GROSSO DO SUL. LEI ESTADUAL 2.065/99. SÚMULA 280/STF. Explicitados os motivos de decidir - a afastar o vício da nulidade por negativa de prestação jurisdicional arguido-, a disparidade entre o resultado do julgamento e a expectativa da parte não caracteriza vício ao primado da fundamentação, tampouco afronta aos postulados insculpidos no art. 5º, incisos XXXV, XXXVI, LIV e LV, da Constituição da República. A jurisprudência desta Casa é pacífica quanto à aplicação do óbice da Súmula 280/STF a recurso extraordinário no qual se debate, em última análise, a natureza da parcela “vantagem pessoal”, instituída para os servidores públicos do Estado do Mato Grosso do Sul, considerado o deslinde da controvérsia a partir de interpretação da Lei Estadual 2.065/99. Precedentes. Agravo regimental conhecido e não provido.
sjur216520
- Acórdãos citados: RE 592317 RG, RE 600301 AgR, AI 836593 AgR, RE 597493 AgR. Número de páginas: 17. Análise: 19/10/2012, MJC.
ROSA WEBER
Primeira Turma
613306
[ "LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00005 INC-00035 INC-00036 INC-00054\r\n INC-00055 \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n\r\n", "LEG-FED SUMSTF-000280 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\r\n\r\n", "LEG-EST LEI-002065 ANO-1999\r\n LEI ORDINÁRIA, MS" ]
RE-AgR
acordaos
RE 613306 AgR
[ "" ]
AGTE.(S) : ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL ADV.(A/S) : LEONARDO AVELINO DUARTE AGDO.(A/S) : ADEMIR GOMES SANDIM PROC.(A/S)(ES) : ULISSES SCHWARZ VIANA
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "RECURSO EXTRAORDINÁRIO 613 . 306", "SÚMULA 280 / STF", "Súmula 280 / STF", "RE 613 . 306 AGR / MS", "RE 613 . 306 AGR / MS", "RE 592 . 317", "Súmula 280 / STF", "Súmula 279 / STF", "RECURSO EXTRAORDINÁRIO 613 . 306", "RE 592 . 317", "Súmula 280 / STF", "Súmula 279 / STF", "RE 613 . 306 AGR / MS", "RE 613 . 306 AGR", "RECURSO EXTRAORDINÁRIO 613 . 306", "RECURSO EXTRAORDINÁRIO 613 . 306", "RE 613 . 306 AGR / MS", "RE 613 . 306 AGR / MS", "RE 613 . 306 AGR / MS", "RE 613 . 306 AGR / MS", "RE 613 . 306 AGR", "RE 613 . 306 AGR", "RE 613 . 306 AGR", "RE 613 . 306 AGR", "RE 613 . 306 AGR", "Mandados de Segurança n . 2002 . 006592 - 7", "2003", ".", "009979", "-", "4", "2006", ".", "000020", "-", "4", "RE 613 . 306 AGR / MS", "Mandados", "-", "2006", ".", "000020", "-", "4", "RE 613 . 306", "AGR", "/", "MS", "de Segurança n . 2002 . 006568 - 4", "AI 426 . 981 - AgR", "AI 611 . 406 - AgR", "RE 613 . 306", "AGR", "/", "MS de Segurança n . 2002 . 006568 - 4", "AI 426 . 981 - AgR", "AI 611 . 406 - AgR", "RE 613 . 306", "RE 511 . 581 - AgR", "AI 402 . 819 - AgR", "Súmula 280 / STF", "RE 613 . 306 AGR", "RE 511 . 581 - AgR", "AI 402 . 819 - AgR", "Súmula 280 / STF", "RE 613 . 306 AGR", "STF", "-", "AI", "-", "AgR", "-", "495", ".", "880", "/", "SP", "STF", "-", "AI", "-", "AgR", "-", "436", ".", "911", "/", "SE", "STF", "-", "RE", "-", "AgR", "-", "154", ".", "158", "/", "SP", "RE 613 . 306", "STF", "-", "AI", "-", "AgR", "-", "495", ".", "880", "/", "SP", "STF", "-", "AI", "-", "AgR", "-", "436", ".", "911", "/", "SE", "STF", "-", "RE", "-", "AgR", "-", "154", ".", "158", "/", "SP", "RE 613 . 306 AGR / MS", "STF", "-", "RE", "-", "153", ".", "781", "/", "DF", "RE 592 . 317", "Súmula 339 / STF", "RE 613 . 306 AGR", "STF", "-", "RE", "-", "153", ".", "781", "/", "DF", "RE 592 . 317", "Súmula 339 / STF", "RE 613 . 306", "Súmula 280 / STF", "SÚMULA 280 DO STF", "RE 600 . 301 - AgR", "AGRAVO", "SÚMULA 280 DO STF", "Súmulas", "AI n . 836 . 593 - AgR", "SÚMULA 280 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL", "RE 597 . 493", "RE 613 . 306", "Súmula 280 / STF", "SÚMULA 280 DO STF", "RE 600 . 301 - AgR", "SÚMULA 280 DO STF", "Súmulas 280 do STF", "AI n . 836 . 593 - AgR", "SÚMULA 280 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL", "RE 597 . 493 - AgR", "RE 613 . 306 AGR / MS", "RE 613 . 306 AGR / MS", "RECURSO", "RECURSO" ], "LEGISLACAO": [ "LEI ESTADUAL 2 . 065 / 99", "art . 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[UNK] , XXII , XXIII , XXIV , LIV e LV , da Constituição Federal", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Lei n . 9 . 715 / 98", "Lei n . 9 . 715 / 98", "Constituição", "art . 102 , III , “ a ” , da Lei Maior", "art . [UNK] , XXII , XXIII , XXIV , LIV e LV , da Constituição Federal", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Constituição da República", "arts . [UNK] , II , XXXV , LIV e LV e 93 , IX , da Constituição Federal", "C", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Constituição da República", "arts . [UNK] , II , XXXV , LIV e LV e 93 , IX , da Constituição Federal", "C", ".", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "DECRETO", "-", "LEI 413 / 69", "LEI 4 . 728 / 65", "ART . [UNK] , II , XXII , XXXV E XXXVI , DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL", "Carta Magna", "CPC , art . 557 , caput )", "art", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "DECRETO", "-", "LEI 413 / 69", "LEI 4 . 728 / 65", "ART . [UNK] , II , XXII , XXXV E XXXVI , DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL", "Carta Magna", "CPC , art . 557 , caput", "art . 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Grosso do Sul", "MATO GROSSO DO SUL", "Estado do Mato Grosso do Sul", "MATO GROSSO DO SUL", "Estado do Mato Grosso do Sul", "MATO GROSSO DO SUL", "MATO GROSSO DO SUL", "ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL", "MATO GROSSO DO SUL", "ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL" ], "ORGANIZACAO": [ "PRIMEIRA TURMA", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Primeira Turma", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Primeira Turma", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "PRIMEIRA TURMA", "Estado", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "PRIMEIRA TURMA", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "/", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "PRIMEIRA TURMA", "Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "PRIMEIRA TURMA", "Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Tribunal Pleno do Tribunal de Justiça", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Tribunal Pleno do Tribunal de Justiça", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Superior Tribunal Justiça", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de 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"-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "AGR", "/", "MS", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "/", "MS", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "[UNK] Turma", "Tribunal Superior do Trabalho", "[UNK] Turma", "[UNK] Turma", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "[UNK] Turma", "Tribunal Superior do Trabalho", "[UNK] Turma", "[UNK] Turma", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "[UNK] Turma", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "[UNK] Turma", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "AGR", "/", "MS", "Segunda Turma", "Primeira Turma", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Segunda Turma", "Primeira Turma", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "PRIMEIRA TURMA", "[UNK] Turma", "Primeira Turma", "Infra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "PRIMEIRA TURMA", "[UNK] Turma", "Primeira Turma", "Infra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil" ], "PESSOA": [ "ROSA WEBER", "ULISSES SCHWARZ VIANA", "ADEMIR GOMES SANDIM", "LEONARDO AVELINO DUARTE", "Dias Toffoli", "Rosa Weber", "Dias Toffoli", "Rosa Weber", "ROSA WEBER", "ULISSES SCHWARZ VIANA", "ADEMIR GOMES SANDIM", "LEONARDO AVELINO", "Rosa Weber", "ROSA WEBER", "ULISSES SCHWARZ VIANA", "ADEMIR GOMES SANDIM", "LEONARDO AVELINO", "Rosa Weber", "ROSA WEBER", "Rosa Weber", "Rosa Weber", "ROSA WEBER", "Marilza Lúcia Fortes", "Ademir Gomes Sandim", "Marilza Lúcia Fortes", "Ademir Gomes Sandim", "ROSA WEBER", "Hely Lopes Meirelles", "Hely Lopes Meirelles", "ROSA WEBER", "Hely Lopes Meirelles", "Hely Lopes Meirelles", "ROSA WEBER", "ROSA WEBER", "Tânia Garcia de Freitas Borges", "Tânia Garcia de Freitas Borges", "ROSA WEBER", "Cezar Peluso", "Carlos Britto", "Cezar Peluso", "Carlos Britto", "ROSA WEBER", "Eros Grau", "Sepúlveda Pertence", "Eros Grau", "Sepúlveda Pertence", "ROSA WEBER", "Cezar Peluso", "Sepúlveda Pertence", "Carlos Velloso", "Cezar Peluso", "Sepúlveda Pertence", "Carlos Velloso", "ROSA WEBER", "Ilmar Galvão", "Gilmar Mendes", "Ilmar Galvão", "Gilmar Mendes", "ROSA WEBER", "Joaquim Barbosa", "Ricardo Lewandowski", "Cármen Lúcia", "Joaquim Barbosa", "Ricardo Lewandowski", "Cármen Lúcia", "ROSA WEBER", "ROSA WEBER", "ULISSES SCHWARZ VIANA", "ADEMIR GOMES SANDIM", "LEONARDO AVELINO DUARTE", "Dias Toffoli", "Dias Toffoli", "Marco Aurélio", "Luiz Fux", "Rosa Weber", "Paulo de Tarso Braz Lucas", "Carmen Lilian Oliveira de Souza", "ROSA WEBER", "ULISSES SCHWARZ VIANA", "ADEMIR GOMES SANDIM", "LEONARDO AVELINO DUARTE", "Dias Toffoli", "Dias Toffoli", "Marco Aurélio", "Luiz Fux", "Rosa Weber", "Paulo de Tarso Braz Lucas", "Carmen Lilian Oliveira de Souza" ], "TEMPO": [ "25", "/", "09", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "11", "/", "10", "/", "2012", "25 de setembro de 2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "25 de setembro de 2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", "/", "09", "/", "2012", "28", ".", "9", ".", "2006", "24", "/", "08", 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Ementa e Acórdão 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 696.290 MINAS GERAIS RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO AGTE.(S) :UNIMED BELO HORIZONTE - COOPERATIVA DE TRABALHO MÉDICO LTDA ADV.(A/S) :ANA PAULA CORRÊA DA SILVEIRA GOMES E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :MARIA DAS MERCÊS CAMPOS VIEIRA ADV.(A/S) :LUCIA BREGALDA LIMA PELEGRINI E OUTRO(A/S) RECURSO EXTRAORDINÁRIO - MATÉRIA FÁTICA E LEGAL. O recurso extraordinário não é meio próprio ao revolvimento da prova, também não servindo à interpretação de normas estritamente legais. RECURSO EXTRAORDINÁRIO - PREQUESTIONAMENTO - CONFIGURAÇÃO - RAZÃO DE SER. O prequestionamento não resulta da circunstância de a matéria haver sido argüida pela parte recorrente. A configuração do instituto pressupõe debate e decisão prévios pelo Colegiado, ou seja, emissão de juízo sobre o tema. O procedimento tem como escopo o cotejo indispensável a que se diga do enquadramento do recurso extraordinário no permissivo constitucional. Se o Tribunal de origem não adotou tese explícita a respeito do fato jurígeno veiculado nas razões recursais, inviabilizado fica o entendimento sobre a violência ao preceito evocado pelo recorrente. AGRAVO – ARTIGO 557, § 2º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL – MULTA. Se o agravo é manifestamente infundado, impõe-se a aplicação da multa prevista no § 2º do artigo 557 do Código de Processo Civil, arcando a parte com o ônus decorrente da litigância de má-fé. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2829379. Supremo Tribunal Federal DJe 02/10/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 8 Ementa e Acórdão ARE 696.290 AGR / MG Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal em desprover o agravo regimental no recurso extraordinário com agravo, nos termos do voto do relator e por unanimidade, em sessão presidida pelo Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata do julgamento e das respectivas notas taquigráficas. Brasília, 18 de setembro de 2012. MINISTRO MARCO AURÉLIO – RELATOR 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2829379. Supremo Tribunal Federal ARE 696.290 AGR / MG Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal em desprover o agravo regimental no recurso extraordinário com agravo, nos termos do voto do relator e por unanimidade, em sessão presidida pelo Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata do julgamento e das respectivas notas taquigráficas. Brasília, 18 de setembro de 2012. MINISTRO MARCO AURÉLIO – RELATOR 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2829379. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 8 Relatório 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 696.290 MINAS GERAIS RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO AGTE.(S) :UNIMED BELO HORIZONTE - COOPERATIVA DE TRABALHO MÉDICO LTDA ADV.(A/S) :ANA PAULA CORRÊA DA SILVEIRA GOMES E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :MARIA DAS MERCÊS CAMPOS VIEIRA ADV.(A/S) :LUCIA BREGALDA LIMA PELEGRINI E OUTRO(A/S) R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Por meio da decisão de folhas 200 e 201, neguei provimento ao agravo, consignando: RECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA FÁTICA – INTERPRETAÇÃO DE NORMAS LEGAIS – FALTA DE PREQUESTIONAMENTO – INVIABILIDADE – AGRAVO DESPROVIDO. 1. A recorribilidade extraordinária é distinta daquela revelada por simples revisão do que decidido, na maioria das vezes procedida mediante o recurso por excelência – a apelação. Atua-se em sede excepcional à luz da moldura fática delineada soberanamente pelo Tribunal de origem, considerando-se as premissas constantes do acórdão impugnado. A jurisprudência sedimentada é pacífica a respeito, devendo-se ter presente o Verbete nº 279 da Súmula do Supremo: Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2829380. Supremo Tribunal Federal 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 696.290 MINAS GERAIS RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO AGTE.(S) :UNIMED BELO HORIZONTE - COOPERATIVA DE TRABALHO MÉDICO LTDA ADV.(A/S) :ANA PAULA CORRÊA DA SILVEIRA GOMES E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :MARIA DAS MERCÊS CAMPOS VIEIRA ADV.(A/S) :LUCIA BREGALDA LIMA PELEGRINI E OUTRO(A/S) R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Por meio da decisão de folhas 200 e 201, neguei provimento ao agravo, consignando: RECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA FÁTICA – INTERPRETAÇÃO DE NORMAS LEGAIS – FALTA DE PREQUESTIONAMENTO – INVIABILIDADE – AGRAVO DESPROVIDO. 1. A recorribilidade extraordinária é distinta daquela revelada por simples revisão do que decidido, na maioria das vezes procedida mediante o recurso por excelência – a apelação. Atua-se em sede excepcional à luz da moldura fática delineada soberanamente pelo Tribunal de origem, considerando-se as premissas constantes do acórdão impugnado. A jurisprudência sedimentada é pacífica a respeito, devendo-se ter presente o Verbete nº 279 da Súmula do Supremo: Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2829380. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 8 Relatório ARE 696.290 AGR / MG As razões do extraordinário partem de pressupostos fáticos estranhos ao acórdão atacado, buscando-se, em síntese, o reexame dos elementos probatórios para, com fundamento em quadro diverso, assentar-se a viabilidade do recurso. A par desse aspecto, o acórdão impugnado revela interpretação de normas estritamente legais, não ensejando campo ao acesso ao Supremo. À mercê de articulação sobre a violência à Carta da República, pretende-se submeter a análise matéria que não se enquadra no inciso III do artigo 102 da Constituição Federal. Acresce que, no caso, o que sustentado nas razões do extraordinário não foi enfrentado pelo Órgão julgador. Assim, padece o recurso da ausência de prequestionamento, esbarrando nos Verbetes nº 282 e 356 da Súmula do Supremo. Este agravo somente serve à sobrecarga da máquina judiciária, ocupando espaço que deveria ser utilizado na apreciação de outro processo. 2. Conheço do agravo e o desprovejo. 3. Publiquem. No agravo de folha 203 a 205, a agravante insiste na demonstração de ofensa ao artigo 5º, inciso XXXVI, da Constituição Federal. Afirma não ser necessário o reexame de fatos e mostrar-se devidamente prequestionada a questão constitucional. Aduz estar em discussão a possibilidade de aplicação da Lei nº 9.656/98 aos contratos de plano de saúde celebrados antes da vigência da norma. A parte agravada, instada a se manifestar, não apresentou contraminuta (certidão de folha 227). É o relatório. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2829380. Supremo Tribunal Federal ARE 696.290 AGR / MG As razões do extraordinário partem de pressupostos fáticos estranhos ao acórdão atacado, buscando-se, em síntese, o reexame dos elementos probatórios para, com fundamento em quadro diverso, assentar-se a viabilidade do recurso. A par desse aspecto, o acórdão impugnado revela interpretação de normas estritamente legais, não ensejando campo ao acesso ao Supremo. À mercê de articulação sobre a violência à Carta da República, pretende-se submeter a análise matéria que não se enquadra no inciso III do artigo 102 da Constituição Federal. Acresce que, no caso, o que sustentado nas razões do extraordinário não foi enfrentado pelo Órgão julgador. Assim, padece o recurso da ausência de prequestionamento, esbarrando nos Verbetes nº 282 e 356 da Súmula do Supremo. Este agravo somente serve à sobrecarga da máquina judiciária, ocupando espaço que deveria ser utilizado na apreciação de outro processo. 2. Conheço do agravo e o desprovejo. 3. Publiquem. No agravo de folha 203 a 205, a agravante insiste na demonstração de ofensa ao artigo 5º, inciso XXXVI, da Constituição Federal. Afirma não ser necessário o reexame de fatos e mostrar-se devidamente prequestionada a questão constitucional. Aduz estar em discussão a possibilidade de aplicação da Lei nº 9.656/98 aos contratos de plano de saúde celebrados antes da vigência da norma. A parte agravada, instada a se manifestar, não apresentou contraminuta (certidão de folha 227). É o relatório. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2829380. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 8 Voto - MIN. MARCO AURÉLIO 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 696.290 MINAS GERAIS V O T O O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Na interposição deste agravo, atendeu-se aos pressupostos de recorribilidade. A peça, subscrita por advogado regularmente credenciado, foi protocolada no prazo legal. Conheço. Atentem para o que decidido na origem. O Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais consignou em síntese (folha 143): APELAÇÃO CÍVEL - PLANO DE SAÚDE - CIRURGIA ORTOPÉDICA - COLOCAÇÃO DE ÓRTESE - MATERIAL INDISPENSÁVEIS (SIC) AO TRATAMENTO - NEGATIVA DE COBERTURA - CLÁUSULA ABUSIVA - INTERPRETAÇÃO RESTRITIVA - ADEQUAÇÃO À LEI 9656/98 - ÔNUS DA ADMINISTRADORA. - É abusiva a conduta do plano de saúde que nega cobertura contratual para a colocação de órtese. Coloca-se o aderente em desvantagem exagerada, prejudicando o equilíbrio contratual e violando o princípio da boa-fé. - Incumbe às administradoras de planos de saúde o ônus de informar aos seus clientes sobre as mudanças ocorridas após a entrada em vigor da Lei 9.656/98. - É indispensável esclarecer acerca das vantagens e desvantagens da chamada migração dos planos. Assume a administradora o risco da atividade exercida, quando não demonstra que assim procedeu. Em sede excepcional, atua-se à luz da moldura fática delineada soberanamente pelo Tribunal de origem, considerando-se as premissas constantes do pronunciamento impugnado. A jurisprudência sedimentada é pacífica a respeito, devendo-se ter presente o Verbete nº 279 da Súmula deste Tribunal: Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2829381. Supremo Tribunal Federal 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 696.290 MINAS GERAIS V O T O O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Na interposição deste agravo, atendeu-se aos pressupostos de recorribilidade. A peça, subscrita por advogado regularmente credenciado, foi protocolada no prazo legal. Conheço. Atentem para o que decidido na origem. O Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais consignou em síntese (folha 143): APELAÇÃO CÍVEL - PLANO DE SAÚDE - CIRURGIA ORTOPÉDICA - COLOCAÇÃO DE ÓRTESE - MATERIAL INDISPENSÁVEIS (SIC) AO TRATAMENTO - NEGATIVA DE COBERTURA - CLÁUSULA ABUSIVA - INTERPRETAÇÃO RESTRITIVA - ADEQUAÇÃO À LEI 9656/98 - ÔNUS DA ADMINISTRADORA. - É abusiva a conduta do plano de saúde que nega cobertura contratual para a colocação de órtese. Coloca-se o aderente em desvantagem exagerada, prejudicando o equilíbrio contratual e violando o princípio da boa-fé. - Incumbe às administradoras de planos de saúde o ônus de informar aos seus clientes sobre as mudanças ocorridas após a entrada em vigor da Lei 9.656/98. - É indispensável esclarecer acerca das vantagens e desvantagens da chamada migração dos planos. Assume a administradora o risco da atividade exercida, quando não demonstra que assim procedeu. Em sede excepcional, atua-se à luz da moldura fática delineada soberanamente pelo Tribunal de origem, considerando-se as premissas constantes do pronunciamento impugnado. A jurisprudência sedimentada é pacífica a respeito, devendo-se ter presente o Verbete nº 279 da Súmula deste Tribunal: Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2829381. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 8 Voto - MIN. MARCO AURÉLIO ARE 696.290 AGR / MG Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário. No mais, o deslinde da controvérsia deu-se sob o ângulo estritamente legal e não considerada a Carta da República. A conclusão adotada no acórdão prolatado fez-se alicerçada em interpretação conferida à legislação de regência do tema. Está-se diante de conflito de interesses que tem desfecho na origem, não ensejando campo ao acesso ao Supremo. A par desse aspecto, o Tribunal de origem não examinou o preceito constitucional mencionado no extraordinário, padecendo o recurso da ausência do prequestionamento. Observem não o apego à literalidade do Verbete nº 356 da Súmula do Supremo, mas a razão de ser do prequestionamento e, mais ainda, o teor do Verbete nº 282 da referida Súmula. O instituto do prequestionamento significa o debate e a decisão prévios do tema jurídico constante das razões apresentadas. Se o pronunciamento impugnado nada contém sobre o que versado no recurso, descabe assentar o enquadramento deste no permissivo constitucional. Assim concluiu o Supremo no julgamento do Agravo Regimental no Agravo de Instrumento nº 541.696-6/DF, de que fui relator, com acórdão publicado no Diário da Justiça de 24 de fevereiro de 2006, sintetizado na seguinte ementa: RECURSO EXTRAORDINÁRIO – PREQUESTIONAMENTO – CONFIGURAÇÃO – RAZÃO DE SER. O prequestionamento não resulta da circunstância de a matéria haver sido argüida pela parte recorrente. A configuração do instituto pressupõe debate e decisão prévios pelo Colegiado, ou seja, emissão de juízo sobre o tema. O procedimento tem como escopo o cotejo indispensável a que se diga do enquadramento do recurso extraordinário no permissivo constitucional. Se o Tribunal de origem não adotou entendimento explícito a respeito do fato jurígeno veiculado nas razões recursais, inviabilizada fica a conclusão sobre a violência ao preceito evocado pelo recorrente. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2829381. Supremo Tribunal Federal ARE 696.290 AGR / MG Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário. No mais, o deslinde da controvérsia deu-se sob o ângulo estritamente legal e não considerada a Carta da República. A conclusão adotada no acórdão prolatado fez-se alicerçada em interpretação conferida à legislação de regência do tema. Está-se diante de conflito de interesses que tem desfecho na origem, não ensejando campo ao acesso ao Supremo. A par desse aspecto, o Tribunal de origem não examinou o preceito constitucional mencionado no extraordinário, padecendo o recurso da ausência do prequestionamento. Observem não o apego à literalidade do Verbete nº 356 da Súmula do Supremo, mas a razão de ser do prequestionamento e, mais ainda, o teor do Verbete nº 282 da referida Súmula. O instituto do prequestionamento significa o debate e a decisão prévios do tema jurídico constante das razões apresentadas. Se o pronunciamento impugnado nada contém sobre o que versado no recurso, descabe assentar o enquadramento deste no permissivo constitucional. Assim concluiu o Supremo no julgamento do Agravo Regimental no Agravo de Instrumento nº 541.696-6/DF, de que fui relator, com acórdão publicado no Diário da Justiça de 24 de fevereiro de 2006, sintetizado na seguinte ementa: RECURSO EXTRAORDINÁRIO – PREQUESTIONAMENTO – CONFIGURAÇÃO – RAZÃO DE SER. O prequestionamento não resulta da circunstância de a matéria haver sido argüida pela parte recorrente. A configuração do instituto pressupõe debate e decisão prévios pelo Colegiado, ou seja, emissão de juízo sobre o tema. O procedimento tem como escopo o cotejo indispensável a que se diga do enquadramento do recurso extraordinário no permissivo constitucional. Se o Tribunal de origem não adotou entendimento explícito a respeito do fato jurígeno veiculado nas razões recursais, inviabilizada fica a conclusão sobre a violência ao preceito evocado pelo recorrente. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2829381. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 8 Voto - MIN. MARCO AURÉLIO ARE 696.290 AGR / MG Este recurso ganha contornos protelatórios. Valho-me de trecho do artigo “O Judiciário e a Litigância de Má-fé”, por mim outrora publicado: Observa-se, portanto, a existência de instrumental hábil a inibir-se manobras processuais procrastinatórias. Atento à sinalização de derrocada do Judiciário, sufocado por número de processos estranho à ordem natural das coisas, o Legislador normatizou. Agora, em verdadeira resistência democrática ao que vem acontecendo, compete ao Estado-juiz atuar com desassombro, sob pena de tornar-se o responsável pela falência do Judiciário. Cumpre-lhe, sem extravasamento, sem menosprezo ao dever de preservar o direito de defesa das partes, examinar, caso a caso, os recursos enquadráveis como meramente protelatórios, restabelecendo a boa ordem processual. Assim procedendo, honrará a responsabilidade decorrente do ofício, alfim, a própria toga. Ante o quadro, desprovejo o regimental. Imponho à agravante, nos termos do artigo 557, § 2º, do Código de Processo Civil, a multa de 5% sobre o valor da causa devidamente corrigido, a reverter em benefício da agravada. 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2829381. Supremo Tribunal Federal ARE 696.290 AGR / MG Este recurso ganha contornos protelatórios. Valho-me de trecho do artigo “O Judiciário e a Litigância de Má-fé”, por mim outrora publicado: Observa-se, portanto, a existência de instrumental hábil a inibir-se manobras processuais procrastinatórias. Atento à sinalização de derrocada do Judiciário, sufocado por número de processos estranho à ordem natural das coisas, o Legislador normatizou. Agora, em verdadeira resistência democrática ao que vem acontecendo, compete ao Estado-juiz atuar com desassombro, sob pena de tornar-se o responsável pela falência do Judiciário. Cumpre-lhe, sem extravasamento, sem menosprezo ao dever de preservar o direito de defesa das partes, examinar, caso a caso, os recursos enquadráveis como meramente protelatórios, restabelecendo a boa ordem processual. Assim procedendo, honrará a responsabilidade decorrente do ofício, alfim, a própria toga. Ante o quadro, desprovejo o regimental. Imponho à agravante, nos termos do artigo 557, § 2º, do Código de Processo Civil, a multa de 5% sobre o valor da causa devidamente corrigido, a reverter em benefício da agravada. 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2829381. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 8 Decisão de Julgamento PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 696.290 PROCED. : MINAS GERAIS RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO AGTE.(S) : UNIMED BELO HORIZONTE - COOPERATIVA DE TRABALHO MÉDICO LTDA ADV.(A/S) : ANA PAULA CORRÊA DA SILVEIRA GOMES E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : MARIA DAS MERCÊS CAMPOS VIEIRA ADV.(A/S) : LUCIA BREGALDA LIMA PELEGRINI E OUTRO(A/S) Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, com imposição de multa, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 18.9.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de Almeida. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2848660 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 696.290 PROCED. : MINAS GERAIS RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO AGTE.(S) : UNIMED BELO HORIZONTE - COOPERATIVA DE TRABALHO MÉDICO LTDA ADV.(A/S) : ANA PAULA CORRÊA DA SILVEIRA GOMES E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : MARIA DAS MERCÊS CAMPOS VIEIRA ADV.(A/S) : LUCIA BREGALDA LIMA PELEGRINI E OUTRO(A/S) Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, com imposição de multa, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 18.9.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de Almeida. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2848660 Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 8
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=2857995
2012-09-18T00:00:00
2012-10-02T00:00:00
A Turma negou provimento ao agravo regimental, com imposição de multa, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 18.9.2012.
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO
RECURSO EXTRAORDINÁRIO - MATÉRIA FÁTICA E LEGAL. O recurso extraordinário não é meio próprio ao revolvimento da prova, também não servindo à interpretação de normas estritamente legais. RECURSO EXTRAORDINÁRIO - PREQUESTIONAMENTO - CONFIGURAÇÃO - RAZÃO DE SER. O prequestionamento não resulta da circunstância de a matéria haver sido argüida pela parte recorrente. A configuração do instituto pressupõe debate e decisão prévios pelo Colegiado, ou seja, emissão de juízo sobre o tema. O procedimento tem como escopo o cotejo indispensável a que se diga do enquadramento do recurso extraordinário no permissivo constitucional. Se o Tribunal de origem não adotou tese explícita a respeito do fato jurígeno veiculado nas razões recursais, inviabilizado fica o entendimento sobre a violência ao preceito evocado pelo recorrente. AGRAVO – ARTIGO 557, § 2º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL – MULTA. Se o agravo é manifestamente infundado, impõe-se a aplicação da multa prevista no § 2º do artigo 557 do Código de Processo Civil, arcando a parte com o ônus decorrente da litigância de má-fé.
sjur215719
- Acórdão citado: AI 541696 AgR. Número de páginas: 8. Análise: 10/10/2012, MLM.
MARCO AURÉLIO
Primeira Turma
696290
[ "LEG-FED LEI-005869 ANO-1973\r\n ART-00557 PAR-00002 \r\n CPC-1973 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL\r\n\r\n", "LEG-FED LEI-009656 ANO-1998\r\n LEI ORDINÁRIA\r\n\r\n", "LEG-FED SUMSTF-000279 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\r\n\r\n", "LEG-FED SUMSTF-000282 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\r\n\r\n", "LEG-FED SUMSTF-000356 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF" ]
ARE-AgR
acordaos
ARE 696290 AgR
[ "" ]
AGTE.(S) : UNIMED BELO HORIZONTE - COOPERATIVA DE TRABALHO MÉDICO LTDA ADV.(A/S) : ANA PAULA CORRÊA DA SILVEIRA GOMES E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) : LUCIA BREGALDA LIMA PELEGRINI E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : MARIA DAS MERCÊS CAMPOS VIEIRA
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2 / 2001", "2001", "Carta da República", "inciso III do artigo 102 da Constituição Federal", "artigo [UNK] , inciso XXXVI , da Constituição Federal", "Lei [UNK] 9 . 656 / 98", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Carta da República", "inciso III do artigo 102 da Constituição Federal", "artigo [UNK] , inciso XXXVI , da Constituição Federal", "Lei [UNK] 9 . 656 / 98", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "LEI 9656 / 98", "Lei 9 . 656 / 98", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "LEI 9656 / 98", "Lei 9 . 656 / 98", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Carta da República", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Carta da República", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "artigo 557 , § [UNK] , do Código de Processo Civil", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "/", "2001", "artigo 557 , § [UNK] , do Código de Processo Civil", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001" ], "LOCAL": [ "Brasília", "Brasília", "MINAS GERAIS", "MINAS GERAIS", "MINAS GERAIS", "MINAS GERAIS" ], "ORGANIZACAO": [ "PRIMEIRA TURMA", "UNIMED", "BELO HORIZONTE - 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Ementa e Acórdão 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 681.692 DISTRITO FEDERAL RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) :THAÍS KARLA MACÊDO DE FRANÇA (REPRESENTADA POR SÍNTIA CARLA VITÓRIO DE MACÊDO DE FRANÇA) AGTE.(S) :LUCAS MACÊDO DE FRANÇA (REPRESENTADO POR SÍNTIA CARLA VITÓRIO DE MACÊDO DE FRANÇA) AGTE.(S) :MATHEUS LUIZ MACÊDO DE FRANÇA (REPRESENTADO POR SÍNTIA CARLA VITÓRIO DE MACÊDO DE FRANÇA) ADV.(A/S) :VALÉRIO ALVARENGA MONTEIRO DE CASTRO E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :DISTRITO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. CONSTITUCIONAL E PREVIDENCIÁRIO. AUXÍLIO-RECLUSÃO. BENEFÍCIO A SER CONCEDIDO COM BASE NA RENDA MENSAL BRUTA DO SEGURADO. EMENDA CONSTITUCIONAL N. 20/1998. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a Presidência do Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, à unanimidade, em negar provimento ao agravo regimental no recurso extraordinário com agravo, nos termos do voto da Relatora. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Ministro Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3020700. Supremo Tribunal Federal DJe 31/10/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 7 Ementa e Acórdão ARE 681.692 AGR / DF Joaquim Barbosa. Brasília, 25 de setembro de 2012. Ministra CÁRMEN LÚCIA - Relatora 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3020700. Supremo Tribunal Federal ARE 681.692 AGR / DF Joaquim Barbosa. Brasília, 25 de setembro de 2012. Ministra CÁRMEN LÚCIA - Relatora 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3020700. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 7 Relatório 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 681.692 DISTRITO FEDERAL RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) :THAÍS KARLA MACÊDO DE FRANÇA (REPRESENTADA POR SÍNTIA CARLA VITÓRIO DE MACÊDO DE FRANÇA) AGTE.(S) :LUCAS MACÊDO DE FRANÇA (REPRESENTADO POR SÍNTIA CARLA VITÓRIO DE MACÊDO DE FRANÇA) AGTE.(S) :MATHEUS LUIZ MACÊDO DE FRANÇA (REPRESENTADO POR SÍNTIA CARLA VITÓRIO DE MACÊDO DE FRANÇA) ADV.(A/S) :VALÉRIO ALVARENGA MONTEIRO DE CASTRO E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :DISTRITO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL R E L A T Ó R I O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Em 30 de maio de 2012, dei provimento ao agravo nos autos do recurso extraordinário interposto pelo Distrito Federal contra julgado do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios, o qual decidira que a renda bruta mensal a ser considerada para fins de concessão do auxílio-reclusão seria a dos dependentes do segurado. A decisão agravada teve a seguinte fundamentação: “5. Inicialmente, cumpre afastar o fundamento da decisão agravada, pois o precedente constante da decisão foi reformado em embargos declaratórios. Superado esse óbice e provido o agravo, é de se reconhecer a razão jurídica assiste do Recorrente. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3020701. Supremo Tribunal Federal 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 681.692 DISTRITO FEDERAL RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) :THAÍS KARLA MACÊDO DE FRANÇA (REPRESENTADA POR SÍNTIA CARLA VITÓRIO DE MACÊDO DE FRANÇA) AGTE.(S) :LUCAS MACÊDO DE FRANÇA (REPRESENTADO POR SÍNTIA CARLA VITÓRIO DE MACÊDO DE FRANÇA) AGTE.(S) :MATHEUS LUIZ MACÊDO DE FRANÇA (REPRESENTADO POR SÍNTIA CARLA VITÓRIO DE MACÊDO DE FRANÇA) ADV.(A/S) :VALÉRIO ALVARENGA MONTEIRO DE CASTRO E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :DISTRITO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL R E L A T Ó R I O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Em 30 de maio de 2012, dei provimento ao agravo nos autos do recurso extraordinário interposto pelo Distrito Federal contra julgado do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios, o qual decidira que a renda bruta mensal a ser considerada para fins de concessão do auxílio-reclusão seria a dos dependentes do segurado. A decisão agravada teve a seguinte fundamentação: “5. Inicialmente, cumpre afastar o fundamento da decisão agravada, pois o precedente constante da decisão foi reformado em embargos declaratórios. Superado esse óbice e provido o agravo, é de se reconhecer a razão jurídica assiste do Recorrente. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3020701. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 7 Relatório ARE 681.692 AGR / DF 6. No julgamento do Recurso Extraordinário 587.365, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, com repercussão geral reconhecida, este Supremo Tribunal Federal assentou que a renda bruta mensal a ser considerada para fins de concessão do auxílio-reclusão será a do próprio segurado e não a de seus dependentes, nos seguintes termos: (...) (DJe 8.5.2009). No mesmo sentido, a seguinte decisão monocrática transitada em julgado: RE 583.534, de minha relatoria, DJe 11.11.2009. 7. O acórdão recorrido está em desarmonia com a jurisprudência deste Supremo Tribunal. 8. Pelo exposto, dou provimento a este agravo e, desde logo, ao recurso extraordinário (art. 544, § 4º, inc. II, alínea c, do Código de Processo Civil)” (fls. 199-200). 2. Publicada essa decisão no DJe de 7.5.2012 (fl. 201), interpõem Thaís Karla Macedo de França e outros, em 11.5.2012, tempestivamente, agravo regimental (fls. 203-208). 3. Alegam os Agravantes que “o julgado [citado na decisão agravada não é aplicável ao presente caso, pois se trata de segurados regidos pelo Regime Geral de Previdência Social, e não de servidores públicos cujas regras de previdência são diferenciadas” (fl. 205). Alegam que “a renda a ser utilizada como parâmetro para a concessão ou não do auxílio-reclusão deveria ser a dos dependentes e não a do segurado. Esta que seria a única interpretação que levaria ao fim social pretendido pela previsão constitucional de auxílio-reclusão” (fl. 205). Requer a reconsideração da decisão agravada ou o provimento do presente recurso. É o relatório. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3020701. Supremo Tribunal Federal ARE 681.692 AGR / DF 6. No julgamento do Recurso Extraordinário 587.365, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, com repercussão geral reconhecida, este Supremo Tribunal Federal assentou que a renda bruta mensal a ser considerada para fins de concessão do auxílio-reclusão será a do próprio segurado e não a de seus dependentes, nos seguintes termos: (...) (DJe 8.5.2009). No mesmo sentido, a seguinte decisão monocrática transitada em julgado: RE 583.534, de minha relatoria, DJe 11.11.2009. 7. O acórdão recorrido está em desarmonia com a jurisprudência deste Supremo Tribunal. 8. Pelo exposto, dou provimento a este agravo e, desde logo, ao recurso extraordinário (art. 544, § 4º, inc. II, alínea c, do Código de Processo Civil)” (fls. 199-200). 2. Publicada essa decisão no DJe de 7.5.2012 (fl. 201), interpõem Thaís Karla Macedo de França e outros, em 11.5.2012, tempestivamente, agravo regimental (fls. 203-208). 3. Alegam os Agravantes que “o julgado [citado na decisão agravada não é aplicável ao presente caso, pois se trata de segurados regidos pelo Regime Geral de Previdência Social, e não de servidores públicos cujas regras de previdência são diferenciadas” (fl. 205). Alegam que “a renda a ser utilizada como parâmetro para a concessão ou não do auxílio-reclusão deveria ser a dos dependentes e não a do segurado. Esta que seria a única interpretação que levaria ao fim social pretendido pela previsão constitucional de auxílio-reclusão” (fl. 205). Requer a reconsideração da decisão agravada ou o provimento do presente recurso. É o relatório. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3020701. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 7 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 681.692 DISTRITO FEDERAL V O T O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Razão jurídica não assiste aos Agravantes. 2. Como posto na decisão agravada, no julgamento do Recurso Extraordinário n. 587.365, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, com repercussão geral reconhecida, este Supremo Tribunal Federal assentou que a renda bruta mensal a ser considerada para fins de concessão do auxílio-reclusão será a do próprio segurado e não a de seus dependentes: “PREVIDENCIÁRIO. CONSTITUCIONAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. AUXÍLIO-RECLUSÃO. ART. 201, IV, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. LIMITAÇÃO DO UNIVERSO DOS CONTEMPLADOS PELO AUXÍLIO- RECLUSÃO. BENEFÍCIO RESTRITO AOS SEGURADOS PRESOS DE BAIXA RENDA. RESTRIÇÃO INTRODUZIDA PELA EC 20/1998. SELETIVIDADE FUNDADA NA RENDA DO SEGURADO PRESO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO PROVIDO. I - Segundo decorre do art. 201, IV, da Constituição, a renda do segurado preso é que a deve ser utilizada como parâmetro para a concessão do benefício e não a de seus dependentes. II - Tal compreensão se extrai da redação dada ao referido dispositivo pela EC 20/1998, que restringiu o universo daqueles alcançados pelo auxílio-reclusão, a qual adotou o critério da seletividade para apurar a efetiva necessidade dos beneficiários. III - Diante disso, o art. 116 do Decreto 3.048/1999 não padece do vício da inconstitucionalidade. IV - Recurso extraordinário conhecido e provido” (DJe 8.5.2009). Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3020702. Supremo Tribunal Federal 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 681.692 DISTRITO FEDERAL V O T O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Razão jurídica não assiste aos Agravantes. 2. Como posto na decisão agravada, no julgamento do Recurso Extraordinário n. 587.365, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, com repercussão geral reconhecida, este Supremo Tribunal Federal assentou que a renda bruta mensal a ser considerada para fins de concessão do auxílio-reclusão será a do próprio segurado e não a de seus dependentes: “PREVIDENCIÁRIO. CONSTITUCIONAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. AUXÍLIO-RECLUSÃO. ART. 201, IV, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. LIMITAÇÃO DO UNIVERSO DOS CONTEMPLADOS PELO AUXÍLIO- RECLUSÃO. BENEFÍCIO RESTRITO AOS SEGURADOS PRESOS DE BAIXA RENDA. RESTRIÇÃO INTRODUZIDA PELA EC 20/1998. SELETIVIDADE FUNDADA NA RENDA DO SEGURADO PRESO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO PROVIDO. I - Segundo decorre do art. 201, IV, da Constituição, a renda do segurado preso é que a deve ser utilizada como parâmetro para a concessão do benefício e não a de seus dependentes. II - Tal compreensão se extrai da redação dada ao referido dispositivo pela EC 20/1998, que restringiu o universo daqueles alcançados pelo auxílio-reclusão, a qual adotou o critério da seletividade para apurar a efetiva necessidade dos beneficiários. III - Diante disso, o art. 116 do Decreto 3.048/1999 não padece do vício da inconstitucionalidade. IV - Recurso extraordinário conhecido e provido” (DJe 8.5.2009). Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3020702. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 7 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA ARE 681.692 AGR / DF 3. Ademais, não assiste razão aos Agravantes quanto à aplicação do julgado acima exclusivamente aos segurados regidos pelo Regime Geral de Previdência Social, pois o art. 40, § 12, da Constituição da República dispõe que “o regime de previdência dos servidores públicos titulares de cargo efetivo observará, no que couber, os requisitos e critérios fixados para o regime geral de previdência social”. 4. Os argumentos dos Agravantes, insuficientes para modificar a decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente prestação jurisdicional. 5. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3020702. Supremo Tribunal Federal ARE 681.692 AGR / DF 3. Ademais, não assiste razão aos Agravantes quanto à aplicação do julgado acima exclusivamente aos segurados regidos pelo Regime Geral de Previdência Social, pois o art. 40, § 12, da Constituição da República dispõe que “o regime de previdência dos servidores públicos titulares de cargo efetivo observará, no que couber, os requisitos e critérios fixados para o regime geral de previdência social”. 4. Os argumentos dos Agravantes, insuficientes para modificar a decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente prestação jurisdicional. 5. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3020702. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 7 Decisão de Julgamento SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 681.692 PROCED. : DISTRITO FEDERAL RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) : THAÍS KARLA MACÊDO DE FRANÇA (REPRESENTADA POR SÍNTIA CARLA VITÓRIO DE MACÊDO DE FRANÇA) AGTE.(S) : LUCAS MACÊDO DE FRANÇA (REPRESENTADO POR SÍNTIA CARLA VITÓRIO DE MACÊDO DE FRANÇA) AGTE.(S) : MATHEUS LUIZ MACÊDO DE FRANÇA (REPRESENTADO POR SÍNTIA CARLA VITÓRIO DE MACÊDO DE FRANÇA) ADV.(A/S) : VALÉRIO ALVARENGA MONTEIRO DE CASTRO E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : DISTRITO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 25.09.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Subprocurador-Geral da República, Dr. Francisco de Assis Vieira Sanseverino. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2885410 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 681.692 PROCED. : DISTRITO FEDERAL RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) : THAÍS KARLA MACÊDO DE FRANÇA (REPRESENTADA POR SÍNTIA CARLA VITÓRIO DE MACÊDO DE FRANÇA) AGTE.(S) : LUCAS MACÊDO DE FRANÇA (REPRESENTADO POR SÍNTIA CARLA VITÓRIO DE MACÊDO DE FRANÇA) AGTE.(S) : MATHEUS LUIZ MACÊDO DE FRANÇA (REPRESENTADO POR SÍNTIA CARLA VITÓRIO DE MACÊDO DE FRANÇA) ADV.(A/S) : VALÉRIO ALVARENGA MONTEIRO DE CASTRO E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : DISTRITO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 25.09.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Subprocurador-Geral da República, Dr. Francisco de Assis Vieira Sanseverino. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2885410 Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 7
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3035263
2012-09-25T00:00:00
2012-10-31T00:00:00
A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 25.09.2012.
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO
EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. CONSTITUCIONAL E PREVIDENCIÁRIO. AUXÍLIO-RECLUSÃO. BENEFÍCIO A SER CONCEDIDO COM BASE NA RENDA MENSAL BRUTA DO SEGURADO. EMENDA CONSTITUCIONAL N. 20/1998. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.
sjur217732
- Acórdão citado: (AUXÍLIO-RECLUSÃO) STF: RE 587365 RG (TP). Número de páginas: 7. Análise: 12/11/2012, MAC.
CÁRMEN LÚCIA
Segunda Turma
681692
[ "LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00040 PAR-00012 \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n\r\n", "LEG-FED EMC-000020 ANO-1998\r\n EMENDA CONSTITUCIONAL" ]
ARE-AgR
acordaos
ARE 681692 AgR
[ "" ]
AGDO.(A/S) : DISTRITO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL AGTE.(S) : THAÍS KARLA MACÊDO DE FRANÇA (REPRESENTADA POR SÍNTIA CARLA VITÓRIO DE MACÊDO DE FRANÇA) AGTE.(S) : LUCAS MACÊDO DE FRANÇA (REPRESENTADO POR SÍNTIA CARLA VITÓRIO DE MACÊDO DE FRANÇA) AGTE.(S) : MATHEUS LUIZ MACÊDO DE FRANÇA (REPRESENTADO POR SÍNTIA CARLA VITÓRIO DE MACÊDO DE FRANÇA) ADV.(A/S) : VALÉRIO ALVARENGA MONTEIRO DE CASTRO E OUTRO(A/S)
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "ARE 681 . 692", "ARE 681 . 692 AGR / DF", "ARE 681 . 692 AGR / DF", "Recurso Extraordinário 587 . 365", "RE 583 . 534", "ARE 681 . 692 AGR / DF", "Recurso Extraordinário 587 . 365", "RE 583 . 534", "Recurso Extraordinário n . 587 . 365", "Recurso Extraordinário n . 587 . 365", "ARE 681 . 692", "ARE 681 . 692 AGR" ], "LEGISLACAO": [ "EMENDA CONSTITUCIONAL N . 20 / 1998", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 544 , § [UNK] , inc . II , alínea c , do Código de Processo Civil", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 544 , § [UNK] , inc . II , alínea c , do Código de Processo Civil", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "ART . 201 , IV , DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA", "EC 20 / 1998", "art . 201 , IV , da Constituição", "EC 20 / 1998", "art . 116 do Decreto 3 . 048 / 1999", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "ART . 201 , IV , DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA", "EC 20 / 1998", "art . 201 , IV , da Constituição", "EC 20 / 1998", "art . 116 do Decreto 3 . 048 / 1999", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 40 , § 12 , da Constituição da República", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 40 , § 12 , da Constituição da República", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001" ], "LOCAL": [ "DISTRITO FEDERAL", "DISTRITO FEDERAL", "DISTRITO FEDERAL", "Brasília", "Brasília", "DISTRITO FEDERAL", "DISTRITO FEDERAL", "DISTRITO FEDERAL", "DISTRITO FEDERAL", "DISTRITO FEDERAL", "DISTRITO FEDERAL", "DISTRITO FEDERAL", "DISTRITO FEDERAL", "DISTRITO FEDERAL", "DISTRITO FEDERAL", "DISTRITO FEDERAL", "DISTRITO FEDERAL", "DISTRITO 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Lewandowski", "Thaís Karla Macedo de França", "Ricardo Lewandowski", "Thaís Karla Macedo de França", "CÁRMEN LÚCIA", "CÁRMEN LÚCIA", "Ricardo Lewandowski", "CÁRMEN LÚCIA", "Ricardo Lewandowski", "CÁRMEN LÚCIA", "CÁRMEN LÚCIA", "THAÍS KARLA MACÊDO DE FRANÇA", "SÍNTIA CARLA VITÓRIO DE MACÊDO DE FRANÇA", "LUCAS MACÊDO DE FRANÇA", "SÍNTIA CARLA VITÓRIO DE MACÊDO DE FRANÇA", "MATHEUS LUIZ MACÊDO DE FRANÇA", "SÍNTIA CARLA VITÓRIO DE MACÊDO DE FRANÇA", "VALÉRIO ALVARENGA MONTEIRO DE CASTRO", "Joaquim Barbosa", "Ricardo Lewandowski", "Celso de Mello", "Gilmar Mendes", "Joaquim Barbosa", "Cármen Lúcia", "Francisco de Assis Vieira Sanseverino", "Fabiane Duarte", "CÁRMEN LÚCIA", "THAÍS KARLA MACÊDO DE FRANÇA", "SÍNTIA CARLA VITÓRIO DE MACÊDO DE FRANÇA", "LUCAS MACÊDO DE FRANÇA", "SÍNTIA CARLA VITÓRIO DE MACÊDO DE FRANÇA", "MATHEUS LUIZ MACÊDO DE FRANÇA", "SÍNTIA CARLA VITÓRIO DE MACÊDO DE FRANÇA", "VALÉRIO ALVARENGA MONTEIRO DE CASTRO", "Joaquim Barbosa", "Ricardo Lewandowski", "Celso de Mello", 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Ementa e Acórdão 25/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NOS EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 581.085 MATO GROSSO DO SUL RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) :CONDOMÍNIO RESIDENCIAL MANHATAN ADV.(A/S) :DAYANE ZANELA AMORIM AGDO.(A/S) :DIRETOR PRESIDENTE DA COMPANHIA DE SANEAMENTO ÁGUAS GUARIROBA S/A ADV.(A/S) :LEONARDO SAAD COSTA E OUTRO(A/S) EMENTA Agravo regimental nos embargos de declaração no recurso extraordinário. Constitucional. Serviços de água e esgoto. Natureza jurídica. Tarifa. Precedentes. 1. A jurisprudência desta Corte firmou-se no sentido de que o valor cobrado dos usuários pelos serviços de água e esgoto têm natureza jurídica de preço público, não de taxa. 2. Os fundamentos da agravante, insuficientes para modificar a decisão ora agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em pôr termo ao processo, em detrimento da eficiente prestação jurisdicional (RE nº 408.537-AgR, Relator o Ministro Cezar Peluso, DJ 6/3/08). 3. Agravo regimental não provido. ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata do julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Brasília, 25 de setembro de 2012. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2927404. Supremo Tribunal Federal DJe 15/10/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 8 Ementa e Acórdão RE 581.085 ED-AGR / MS MINISTRO DIAS TOFFOLI Relator 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2927404. Supremo Tribunal Federal RE 581.085 ED-AGR / MS MINISTRO DIAS TOFFOLI Relator 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2927404. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 8 Relatório 25/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NOS EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 581.085 MATO GROSSO DO SUL RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) :CONDOMÍNIO RESIDENCIAL MANHATAN ADV.(A/S) :DAYANE ZANELA AMORIM AGDO.(A/S) :DIRETOR PRESIDENTE DA COMPANHIA DE SANEAMENTO ÁGUAS GUARIROBA S/A ADV.(A/S) :LEONARDO SAAD COSTA E OUTRO(A/S) RELATÓRIO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): Condomínio Residencial Manhatan interpõe agravo regimental contra decisão em que se negou seguimento ao recurso extraordinário, com a seguinte fundamentação: “Vistos. Diretor Presidente da Companhia de Saneamento Águas Guariroba S/A e outros interpõem recurso extraordinário, com fundamento na alínea a do permissivo constitucional, contra acórdão da Primeira Turma Cível do Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso do Sul, assim ementado: ‘APELAÇÃO CÍVEL E RECURSO OBRIGATÓRIO - MANDADO DE SEGURANÇA - DECADÊNCIA - ATOS DE TRATO SUCESSIVO - AFASTADA - SERVIÇOS DE COLETA DE ESGOTO - COBRANÇA MEDIANTE TARIFA OU TAXA IMPOSSIBILIDADE - SERVIÇO ESSENCIAL E NÃO MENSURADO - SENTENÇA MANTIDA RECURSOS VOLUNTÁRIO E OBRIGATÓRIO IMPROVIDOS. A coleta de esgoto por ser serviço essencial, não pode ser cobrada mediante tarifa. No caso de esgotamento sanitário, não há como mensurar a quantidade de dejetos Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2927401. Supremo Tribunal Federal 25/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NOS EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 581.085 MATO GROSSO DO SUL RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) :CONDOMÍNIO RESIDENCIAL MANHATAN ADV.(A/S) :DAYANE ZANELA AMORIM AGDO.(A/S) :DIRETOR PRESIDENTE DA COMPANHIA DE SANEAMENTO ÁGUAS GUARIROBA S/A ADV.(A/S) :LEONARDO SAAD COSTA E OUTRO(A/S) RELATÓRIO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): Condomínio Residencial Manhatan interpõe agravo regimental contra decisão em que se negou seguimento ao recurso extraordinário, com a seguinte fundamentação: “Vistos. Diretor Presidente da Companhia de Saneamento Águas Guariroba S/A e outros interpõem recurso extraordinário, com fundamento na alínea a do permissivo constitucional, contra acórdão da Primeira Turma Cível do Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso do Sul, assim ementado: ‘APELAÇÃO CÍVEL E RECURSO OBRIGATÓRIO - MANDADO DE SEGURANÇA - DECADÊNCIA - ATOS DE TRATO SUCESSIVO - AFASTADA - SERVIÇOS DE COLETA DE ESGOTO - COBRANÇA MEDIANTE TARIFA OU TAXA IMPOSSIBILIDADE - SERVIÇO ESSENCIAL E NÃO MENSURADO - SENTENÇA MANTIDA RECURSOS VOLUNTÁRIO E OBRIGATÓRIO IMPROVIDOS. A coleta de esgoto por ser serviço essencial, não pode ser cobrada mediante tarifa. No caso de esgotamento sanitário, não há como mensurar a quantidade de dejetos Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2927401. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 8 Relatório RE 581.085 ED-AGR / MS lançados por contribuinte na respectiva rede, e tal divisibilidade é essencial para a cobrança de taxa, sendo irrelevante a denominação que se dê. A coleta de esgoto é espécie de serviço público geral ou universal, o qual é prestado a todos os cidadãos e, por se tratar de serviço essencial, deverá ser custeado por meio do produto da arrecadação dos impostos gerais.’ Alegam os recorrentes que o aludido acórdão violou os artigos 145, inciso II, e 175 da Constituição Federal. Sustentam a inaplicabilidade das normas tributárias ao serviço de abastecimento de água e coleta de esgoto, uma vez que se trata de tarifa. O Superior Tribunal de Justiça, em decisão transitada em julgado, não conheceu do recurso especial interposto paralelamente ao extraordinário. Decido. O julgado recorrido está em desacordo com jurisprudência do Supremo Tribunal Federal que se firmou no sentido de que a cobrança pela prestação dos serviços de fornecimento de água e de tratamento de esgoto tem natureza jurídica de preço público. Nesse sentido: ‘AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECESSO FORENSE. TEMPESTIVIDADE DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COMPROVADA. QUANTITATIVO COBRADO A TÍTULO DE FORNECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTO. NATUREZA JURÍDICA DE PREÇO PÚBLICO. 1. Ante a suspensão dos prazos processuais, em decorrência de recesso forense de final de ano, o recurso extraordinário é tempestivo. 2. Não bastasse, a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal é firme no sentido de ter como preço público o quantitativo cobrado a título de fornecimento de água e esgoto, não se tratando, dessa forma, de um tributo. Precedentes. 3. Agravo regimental desprovido’ (AI 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2927401. Supremo Tribunal Federal RE 581.085 ED-AGR / MS lançados por contribuinte na respectiva rede, e tal divisibilidade é essencial para a cobrança de taxa, sendo irrelevante a denominação que se dê. A coleta de esgoto é espécie de serviço público geral ou universal, o qual é prestado a todos os cidadãos e, por se tratar de serviço essencial, deverá ser custeado por meio do produto da arrecadação dos impostos gerais.’ Alegam os recorrentes que o aludido acórdão violou os artigos 145, inciso II, e 175 da Constituição Federal. Sustentam a inaplicabilidade das normas tributárias ao serviço de abastecimento de água e coleta de esgoto, uma vez que se trata de tarifa. O Superior Tribunal de Justiça, em decisão transitada em julgado, não conheceu do recurso especial interposto paralelamente ao extraordinário. Decido. O julgado recorrido está em desacordo com jurisprudência do Supremo Tribunal Federal que se firmou no sentido de que a cobrança pela prestação dos serviços de fornecimento de água e de tratamento de esgoto tem natureza jurídica de preço público. Nesse sentido: ‘AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECESSO FORENSE. TEMPESTIVIDADE DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COMPROVADA. QUANTITATIVO COBRADO A TÍTULO DE FORNECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTO. NATUREZA JURÍDICA DE PREÇO PÚBLICO. 1. Ante a suspensão dos prazos processuais, em decorrência de recesso forense de final de ano, o recurso extraordinário é tempestivo. 2. Não bastasse, a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal é firme no sentido de ter como preço público o quantitativo cobrado a título de fornecimento de água e esgoto, não se tratando, dessa forma, de um tributo. Precedentes. 3. Agravo regimental desprovido’ (AI 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2927401. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 8 Relatório RE 581.085 ED-AGR / MS nº 791.189/RS-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Ayres Britto, DJe de 13/6/11). ‘TRIBUTÁRIO. SERVIÇO DE COLETA OU TRATAMENTO DE ESGOTO. PREÇO PÚBLICO. CONSTITUCIONALIDADE. PREQUESTIONAMENTO. OCORRÊNCIA. I - Ocorrência do necessário prequestionamento, visto que a questão constitucional em debate foi devidamente discutida no acórdão recorrido. II - O quantitativo cobrado dos usuários das redes de água e esgoto é tido como preço público. Precedentes. III - Agravo regimental improvido’ (RE nº 544.289/MS-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe 19/6/09). No mesmo sentido, colaciono as seguintes decisões monocráticas: AI nº 765.037/RS, de minha relatoria DJe de 15/9/11, AI nº 807.020/RS, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe 19/11/10, e ARE nº 662.282/SP, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, DJe de 14/2/12. Ante o exposto, nos termos do artigo 557, § 1º-A, do Código de Processo Civil, conheço do recurso extraordinário e lhe dou provimento para assentar a natureza jurídica de preço público da cobrança efetuada em face do serviço de fornecimento de água e de tratamento de esgoto. Sem condenação em honorários, nos termos da Súmula nº 512/STF. Custas ex lege.” Alega o agravante que os serviços de fornecimento de água prestados possuem natureza jurídica tributária, o que torna sua cobrança por tarifa indevida. Aduz, in verbis, que: “Em suma, a cobrança pela prestação dos serviços de tratamento de esgoto trata-se de prestação de serviço público primário, que se constitui em obrigação básica do Estado, de 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2927401. Supremo Tribunal Federal RE 581.085 ED-AGR / MS nº 791.189/RS-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Ayres Britto, DJe de 13/6/11). ‘TRIBUTÁRIO. SERVIÇO DE COLETA OU TRATAMENTO DE ESGOTO. PREÇO PÚBLICO. CONSTITUCIONALIDADE. PREQUESTIONAMENTO. OCORRÊNCIA. I - Ocorrência do necessário prequestionamento, visto que a questão constitucional em debate foi devidamente discutida no acórdão recorrido. II - O quantitativo cobrado dos usuários das redes de água e esgoto é tido como preço público. Precedentes. III - Agravo regimental improvido’ (RE nº 544.289/MS-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe 19/6/09). No mesmo sentido, colaciono as seguintes decisões monocráticas: AI nº 765.037/RS, de minha relatoria DJe de 15/9/11, AI nº 807.020/RS, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe 19/11/10, e ARE nº 662.282/SP, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, DJe de 14/2/12. Ante o exposto, nos termos do artigo 557, § 1º-A, do Código de Processo Civil, conheço do recurso extraordinário e lhe dou provimento para assentar a natureza jurídica de preço público da cobrança efetuada em face do serviço de fornecimento de água e de tratamento de esgoto. Sem condenação em honorários, nos termos da Súmula nº 512/STF. Custas ex lege.” Alega o agravante que os serviços de fornecimento de água prestados possuem natureza jurídica tributária, o que torna sua cobrança por tarifa indevida. Aduz, in verbis, que: “Em suma, a cobrança pela prestação dos serviços de tratamento de esgoto trata-se de prestação de serviço público primário, que se constitui em obrigação básica do Estado, de 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2927401. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 8 Relatório RE 581.085 ED-AGR / MS natureza obrigatória, em que o contribuinte-consumidor não goza de liberdade para contratar. Logo, sua remuneração, somente pode por ser feita por meio de tributo (taxa), nunca pela modalidade reservada aos serviços de natureza facultativa, ou seja pela tarifa (preço)” (fl. 511). É o relatório. 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2927401. Supremo Tribunal Federal RE 581.085 ED-AGR / MS natureza obrigatória, em que o contribuinte-consumidor não goza de liberdade para contratar. Logo, sua remuneração, somente pode por ser feita por meio de tributo (taxa), nunca pela modalidade reservada aos serviços de natureza facultativa, ou seja pela tarifa (preço)” (fl. 511). É o relatório. 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2927401. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 8 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI 25/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NOS EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 581.085 MATO GROSSO DO SUL VOTO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): Mantenho a decisão por seus próprios fundamentos. Reitero que, conforme consignou a decisão impugnada, a jurisprudência desta Corte firmou-se no sentido de que o valor cobrado dos usuários pelos serviços de água e esgoto têm natureza jurídica de preço público, não de taxa. Colaciono outros precedentes que corroboram esse entendimento: AI nº 791189/RS-AgR, Relator o Ministro Ayres Britto, Segunda Turma, DJe de 13/6/11; RE nº 544.289/MS-AgR, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, Primeira Turma, DJe de 19/6/09; e RE nº 544.289/MS-AgR, Relator Ministro Ricardo Lewandowski, Primeira Turma, DJe de 19/6/09. Os fundamentos do agravante, insuficientes para modificar a decisão ora agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em pôr termo ao processo, em detrimento da eficiente prestação jurisdicional. (RE nº 408.537-AgR, Relator o Ministro Cezar Peluso, DJe de 6/3/08). Ante o exposto, voto pelo não provimento do agravo regimental. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2927402. Supremo Tribunal Federal 25/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NOS EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 581.085 MATO GROSSO DO SUL VOTO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): Mantenho a decisão por seus próprios fundamentos. Reitero que, conforme consignou a decisão impugnada, a jurisprudência desta Corte firmou-se no sentido de que o valor cobrado dos usuários pelos serviços de água e esgoto têm natureza jurídica de preço público, não de taxa. Colaciono outros precedentes que corroboram esse entendimento: AI nº 791189/RS-AgR, Relator o Ministro Ayres Britto, Segunda Turma, DJe de 13/6/11; RE nº 544.289/MS-AgR, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, Primeira Turma, DJe de 19/6/09; e RE nº 544.289/MS-AgR, Relator Ministro Ricardo Lewandowski, Primeira Turma, DJe de 19/6/09. Os fundamentos do agravante, insuficientes para modificar a decisão ora agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em pôr termo ao processo, em detrimento da eficiente prestação jurisdicional. (RE nº 408.537-AgR, Relator o Ministro Cezar Peluso, DJe de 6/3/08). Ante o exposto, voto pelo não provimento do agravo regimental. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2927402. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 8 Decisão de Julgamento PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NOS EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 581.085 PROCED. : MATO GROSSO DO SUL RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) : CONDOMÍNIO RESIDENCIAL MANHATAN ADV.(A/S) : DAYANE ZANELA AMORIM AGDO.(A/S) : DIRETOR PRESIDENTE DA COMPANHIA DE SANEAMENTO ÁGUAS GUARIROBA S/A ADV.(A/S) : LEONARDO SAAD COSTA E OUTRO(A/S) Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 25.9.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo de Tarso Braz Lucas. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2895660 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NOS EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 581.085 PROCED. : MATO GROSSO DO SUL RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) : CONDOMÍNIO RESIDENCIAL MANHATAN ADV.(A/S) : DAYANE ZANELA AMORIM AGDO.(A/S) : DIRETOR PRESIDENTE DA COMPANHIA DE SANEAMENTO ÁGUAS GUARIROBA S/A ADV.(A/S) : LEONARDO SAAD COSTA E OUTRO(A/S) Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 25.9.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo de Tarso Braz Lucas. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2895660 Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 8
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=2940456
2012-09-25T00:00:00
2012-10-15T00:00:00
A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 25.9.2012.
AG.REG. NOS EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO
EMENTA Agravo regimental nos embargos de declaração no recurso extraordinário. Constitucional. Serviços de água e esgoto. Natureza jurídica. Tarifa. Precedentes. 1. A jurisprudência desta Corte firmou-se no sentido de que o valor cobrado dos usuários pelos serviços de água e esgoto têm natureza jurídica de preço público, não de taxa. 2. Os fundamentos da agravante, insuficientes para modificar a decisão ora agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em pôr termo ao processo, em detrimento da eficiente prestação jurisdicional (RE nº 408.537-AgR, Relator o Ministro Cezar Peluso, DJ 6/3/08). 3. Agravo regimental não provido.
sjur216585
- Acórdãos citados: AI 791189 AgR, RE 544289 AgR, RE 408537 AgR. Número de páginas: 8. Análise: 23/10/2012, AMS.
DIAS TOFFOLI
Primeira Turma
581085
null
RE-ED-AgR
acordaos
RE 581085 ED-AgR
[ "" ]
ADV.(A/S) : LEONARDO SAAD COSTA E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : DIRETOR PRESIDENTE DA COMPANHIA DE SANEAMENTO ÁGUAS GUARIROBA S/A AGTE.(S) : CONDOMÍNIO RESIDENCIAL MANHATAN ADV.(A/S) : DAYANE ZANELA AMORIM
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"Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "PRIMEIRA TURMA", "CONDOMÍNIO RESIDENCIAL", "MANHATAN", "COMPANHIA DE SANEAMENTO ÁGUAS GUARIROBA S / A", "Condomínio Residencial Manhatan", "Companhia de Saneamento Águas Guariroba S / A", "Primeira Turma Cível do Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso do Sul", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "PRIMEIRA TURMA", "CONDOMÍNIO RESIDENCIAL", "COMPANHIA DE SANEAMENTO ÁGUAS GUARIROBA S / A", "Condomínio Residencial Manhatan", "Companhia de Saneamento Águas Guariroba S / A", "Primeira Turma Cível do Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso do Sul", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Superior Tribunal de Justiça", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Superior Tribunal de Justiça", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Segunda Turma", "Primeira Turma", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Segunda Turma", "Primeira Turma", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "PRIMEIRA TURMA", "Segunda Turma", "Primeira Turma", "Primeira Turma", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "PRIMEIRA TURMA", "Segunda Turma", "Primeira Turma", "Primeira Turma", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "PRIMEIRA TURMA", "COMPANHIA DE SANEAMENTO ÁGUAS GUARIROBA S / A", "[UNK] Turma", "Primeira Turma", "Infra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "PRIMEIRA TURMA", "CONDOMÍNIO RESIDENCIAL", "MANHATAN", "COMPANHIA DE SANEAMENTO", "ÁGUAS GUARIROBA S / A", "[UNK] Turma", "Primeira Turma", "Infra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil" ], "PESSOA": [ "DIAS TOFFOLI", "DAYANE ZANELA AMORIM", "LEONARDO SAAD COSTA", "Cezar Peluso", "Dias Toffoli", "DIAS TOFFOLI", "DIAS TOFFOLI", "DIAS TOFFOLI", "DAYANE ZANELA AMORIM", "LEONARDO SAAD COSTA", "DIAS TOFFOLI", "DIAS TOFFOLI", "DAYANE ZANELA AMORIM", "LEONARDO SAAD COSTA", "DIAS TOFFOLI", "Ayres Britto", "Ricardo Lewandowski", "Cármen Lúcia", "Joaquim Barbosa", "Ayres Britto", "Ricardo Lewandowski", "Cármen Lúcia", "Joaquim Barbosa", "DIAS TOFFOLI", "DIAS TOFFOLI", "Ayres Britto", "Ricardo Lewandowski", "Ricardo Lewandowski", "Cezar Peluso", "DIAS TOFFOLI", "Ayres Britto", "Ricardo Lewandowski", "Ricardo Lewandowski", "Cezar Peluso", "DIAS TOFFOLI", "MANHATAN", "DAYANE ZANELA AMORIM", "LEONARDO SAAD COSTA", "Dias Toffoli", "Dias Toffoli", "Marco Aurélio", "Luiz Fux", "Rosa Weber", "Paulo de Tarso Braz Lucas", "Carmen Lilian Oliveira de Souza", "DIAS TOFFOLI", "DAYANE ZANELA AMORIM", "LEONARDO SAAD COSTA", "Dias Toffoli", "Dias Toffoli", "Marco Aurélio", "Luiz Fux", "Rosa Weber", "Paulo de Tarso Braz Lucas", "Carmen Lilian Oliveira de Souza" ], "TEMPO": [ "25", "/", "09", "/", "2012", "6", "/", "3", "/", "08", "25 de setembro de 2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "15", "/", "10", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", "/", "09", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", "/", "09", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "13", "/", "6", "/", "11", "19", "/", "6", "/", "09", "15", "/", "9", "/", "11", "19", "/", "11", "/", "10", "14", "/", "2", 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Ementa e Acórdão 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.281 RIO GRANDE DO NORTE RELATORA : MIN. ROSA WEBER AGTE.(S) :MUNICÍPIO DE NATAL PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE NATAL AGDO.(A/S) :COMPANHIA ENERGÉTICA DO RIO GRANDE DO NORTE - COSERN ADV.(A/S) :ANNA CHRISTINA PISCO ROCHA DA SILVA E OUTRO(A/S) EMENTA DIREITO TRIBUTÁRIO. IMPOSTO SOBRE SERVIÇO – ISS. ENERGIA ELÉTRICA. IMUNIDADE. ART. 155, § 3º, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. EMISSÃO DE SEGUNDA VIA DE FATURA. AUSÊNCIA DE PREVISÃO EM LISTA ANEXA À LEI COMPLEMENTAR 116/2003. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. REEXAME INCABÍVEL NO ÂMBITO DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. A teor do art. 155, § 3º, da Constituição Federal, à exceção dos impostos especificamente ressalvados no próprio texto constitucional, “nenhum outro imposto poderá incidir sobre operações relativas a energia elétrica”. Impossibilidade de exame em recurso extraordinário de alegada violação, acaso existente, situada no âmbito infraconstitucional. Precedente. Agravo regimental conhecido e não provido. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Primeira Turma, sob a Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800544. Supremo Tribunal Federal DJe 02/10/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 10 Ementa e Acórdão RE 603.281 AGR / RN negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da relatora. Brasília, 18 de setembro de 2012. Ministra Rosa Weber Relatora 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800544. Supremo Tribunal Federal RE 603.281 AGR / RN negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da relatora. Brasília, 18 de setembro de 2012. Ministra Rosa Weber Relatora 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800544. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 10 Relatório 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.281 RIO GRANDE DO NORTE RELATORA : MIN. ROSA WEBER AGTE.(S) :MUNICÍPIO DE NATAL PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE NATAL AGDO.(A/S) :COMPANHIA ENERGÉTICA DO RIO GRANDE DO NORTE - COSERN ADV.(A/S) :ANNA CHRISTINA PISCO ROCHA DA SILVA E OUTRO(A/S) RELATÓRIO A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Contra a decisão proferida pela eminente Ministra Ellen Gracie, pela qual negou seguimento ao recurso extraordinário, forte na jurisprudência dominante desta Corte, no sentido da vedação constitucional à incidência de qualquer imposto sobre as operações relativas a energia elétrica, à exceção dos Impostos de Importação e Exportação e do ICMS, maneja agravo regimental o Município de Natal. O agravante alega que a imunidade tributária prevista no artigo 153, § 3º, da Constituição Federal “não pode alcançar a arrecadação dos pagamentos das faturas de energia elétrica, porquanto não é a referida concessionária que executa tais serviços e sim as instituições bancárias” (fl. 373). Sustenta que o princípio da exclusividade tributária “não se estende às movimentações financeiras decorrentes dessas mesmas operações” (fl. 373). Afirma que, no presente caso, “há uma prestação tributável pelo ISS, onde a COSERN é a tomadora desse serviço incidente sobre a arrecadação dos valores das faturas de consumo de energia elétrica e prestado pelas instituições bancárias em comento” (fl. 374). Acórdão do Tribunal de origem publicado em 26.6.2009 (fl. 342 verso). Substituição do Relator à fl. 375 (art. 38 do RISTF). É o relatório. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800545. Supremo Tribunal Federal 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.281 RIO GRANDE DO NORTE RELATORA : MIN. ROSA WEBER AGTE.(S) :MUNICÍPIO DE NATAL PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE NATAL AGDO.(A/S) :COMPANHIA ENERGÉTICA DO RIO GRANDE DO NORTE - COSERN ADV.(A/S) :ANNA CHRISTINA PISCO ROCHA DA SILVA E OUTRO(A/S) RELATÓRIO A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Contra a decisão proferida pela eminente Ministra Ellen Gracie, pela qual negou seguimento ao recurso extraordinário, forte na jurisprudência dominante desta Corte, no sentido da vedação constitucional à incidência de qualquer imposto sobre as operações relativas a energia elétrica, à exceção dos Impostos de Importação e Exportação e do ICMS, maneja agravo regimental o Município de Natal. O agravante alega que a imunidade tributária prevista no artigo 153, § 3º, da Constituição Federal “não pode alcançar a arrecadação dos pagamentos das faturas de energia elétrica, porquanto não é a referida concessionária que executa tais serviços e sim as instituições bancárias” (fl. 373). Sustenta que o princípio da exclusividade tributária “não se estende às movimentações financeiras decorrentes dessas mesmas operações” (fl. 373). Afirma que, no presente caso, “há uma prestação tributável pelo ISS, onde a COSERN é a tomadora desse serviço incidente sobre a arrecadação dos valores das faturas de consumo de energia elétrica e prestado pelas instituições bancárias em comento” (fl. 374). Acórdão do Tribunal de origem publicado em 26.6.2009 (fl. 342 verso). Substituição do Relator à fl. 375 (art. 38 do RISTF). É o relatório. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800545. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 10 Voto - MIN. ROSA WEBER 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.281 RIO GRANDE DO NORTE VOTO A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Preenchidos os pressupostos genéricos, conheço do agravo regimental e passo ao exame do mérito. Transcrevo o teor da decisão que desafiou o agravo: “1. Trata-se de recurso extraordinário interposto contra acórdão o qual decidiu pela não-incidência do ISS sobre operações relativas a energia elétrica. 2. No RE, a parte recorrente alega violação ao art. 155, § 3º, da Constituição Federal, sustentando, em síntese, que o referido dispositivo deve ser interpretado de forma restritiva, não se estendendo a imunidade nele prevista aos serviços de ‘arrecadação de valores de Notas Fiscais/Contas de Energia Elétrica’ (fls. 347-348). 3. Admitido na origem (fls. 361-363), subiram os autos. 4. O recurso não merece prosperar. O Supremo Tribunal Federal tem entendido que o art. 155, § 3º, da Constituição Federal veda a incidência de qualquer imposto sobre as operações relativas a energia elétrica, à exceção dos Impostos de Importação e Exportação e do ICMS. Veja-se trecho do voto do Min. Carlos Britto, na Medida Cautelar AC 457- MC/MG, 1ª Turma, DJ 11.02.2005: ‘Bastaria esta constatação para tirar o viço da tese apresentada pelo recorrente, que perde ainda mais consistência quando se tem em mira o § 3º do art. 155 da Magna Carta, de acordo com o qual o ICMS é o único imposto que ‘poderá incidir sobre operações relativas a energia elétrica, serviços de telecomunicações, derivados de petróleo, Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800546. Supremo Tribunal Federal 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.281 RIO GRANDE DO NORTE VOTO A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Preenchidos os pressupostos genéricos, conheço do agravo regimental e passo ao exame do mérito. Transcrevo o teor da decisão que desafiou o agravo: “1. Trata-se de recurso extraordinário interposto contra acórdão o qual decidiu pela não-incidência do ISS sobre operações relativas a energia elétrica. 2. No RE, a parte recorrente alega violação ao art. 155, § 3º, da Constituição Federal, sustentando, em síntese, que o referido dispositivo deve ser interpretado de forma restritiva, não se estendendo a imunidade nele prevista aos serviços de ‘arrecadação de valores de Notas Fiscais/Contas de Energia Elétrica’ (fls. 347-348). 3. Admitido na origem (fls. 361-363), subiram os autos. 4. O recurso não merece prosperar. O Supremo Tribunal Federal tem entendido que o art. 155, § 3º, da Constituição Federal veda a incidência de qualquer imposto sobre as operações relativas a energia elétrica, à exceção dos Impostos de Importação e Exportação e do ICMS. Veja-se trecho do voto do Min. Carlos Britto, na Medida Cautelar AC 457- MC/MG, 1ª Turma, DJ 11.02.2005: ‘Bastaria esta constatação para tirar o viço da tese apresentada pelo recorrente, que perde ainda mais consistência quando se tem em mira o § 3º do art. 155 da Magna Carta, de acordo com o qual o ICMS é o único imposto que ‘poderá incidir sobre operações relativas a energia elétrica, serviços de telecomunicações, derivados de petróleo, Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800546. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 10 Voto - MIN. ROSA WEBER RE 603.281 AGR / RN combustíveis e minerais do país.’ Nesse mesmo sentido: RE 216.286/PR, rel. min. Maurício Corrêa, 2ª Turma, DJ de 24.08.2001, este último assim ementado: ‘RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. IPMF. INCIDÊNCIA SOBRE A MOVIMENTAÇÃO FINANCEIRA DAS EMPRESAS PRODUTORAS DE ÁLCOOL CARBURANTE. PRINCÍPIO DA EXCLUSIVIDADE TRIBUTÁRIA. INCIDÊNCIA. ALEGAÇÃO IMPROCEDENTE. O princípio da exclusividade tributária, previsto no artigo 153, incisos I e II, da Constituição Federal, aplica-se às operações mercantis envolvendo os serviços e produtos pertinentes à energia elétrica, serviços de telecomunicações, derivados de petróleo, combustíveis e minerais do País, não se estendendo às movimentações financeiras delas decorrentes. Precedente. Recurso extraordinário não conhecido ‘. Frise-se que o precedente citado pela parte recorrente tratou de matéria referente a serviço prestado por empresa de transporte de materiais, no caso, minério, o que difere do caso dos presentes autos que trata da cobrança das faturas de energia elétrica. 5. Ante o exposto, nego seguimento ao recurso extraordinário (art. 557, caput, do CPC).” (fls. 368-9) Não prospera a insurgência. Reputo adequado à solução da controvérsia reproduzir os seguintes trechos do acórdão proferido pela Corte de origem: “O ponto que merece ser analisado é a afirmação do Município Recorrente/Recorrido de que o uso do termo congêneres na Lei Complementar nº 116 de 31/07/2003 lhe dá direito a cobrar o ISS sobre o serviço de emissão de segunda via de fatura de energia elétrica. Entendo que a tese esgrimida pela Concessionária 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800546. Supremo Tribunal Federal RE 603.281 AGR / RN combustíveis e minerais do país.’ Nesse mesmo sentido: RE 216.286/PR, rel. min. Maurício Corrêa, 2ª Turma, DJ de 24.08.2001, este último assim ementado: ‘RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. IPMF. INCIDÊNCIA SOBRE A MOVIMENTAÇÃO FINANCEIRA DAS EMPRESAS PRODUTORAS DE ÁLCOOL CARBURANTE. PRINCÍPIO DA EXCLUSIVIDADE TRIBUTÁRIA. INCIDÊNCIA. ALEGAÇÃO IMPROCEDENTE. O princípio da exclusividade tributária, previsto no artigo 153, incisos I e II, da Constituição Federal, aplica-se às operações mercantis envolvendo os serviços e produtos pertinentes à energia elétrica, serviços de telecomunicações, derivados de petróleo, combustíveis e minerais do País, não se estendendo às movimentações financeiras delas decorrentes. Precedente. Recurso extraordinário não conhecido ‘. Frise-se que o precedente citado pela parte recorrente tratou de matéria referente a serviço prestado por empresa de transporte de materiais, no caso, minério, o que difere do caso dos presentes autos que trata da cobrança das faturas de energia elétrica. 5. Ante o exposto, nego seguimento ao recurso extraordinário (art. 557, caput, do CPC).” (fls. 368-9) Não prospera a insurgência. Reputo adequado à solução da controvérsia reproduzir os seguintes trechos do acórdão proferido pela Corte de origem: “O ponto que merece ser analisado é a afirmação do Município Recorrente/Recorrido de que o uso do termo congêneres na Lei Complementar nº 116 de 31/07/2003 lhe dá direito a cobrar o ISS sobre o serviço de emissão de segunda via de fatura de energia elétrica. Entendo que a tese esgrimida pela Concessionária 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800546. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 10 Voto - MIN. ROSA WEBER RE 603.281 AGR / RN Apelante/Apelada, acolhida pelo juízo de primeiro grau e pelo Ministério Público, é a mais acertada, posto que é indissociável da atividade de fornecimento de energia elétrica a sua cobrança, não estando albergada essa atividade pelo termo congêneres. Verifico, nesse ponto, esclarecedora lição do aplaudido magistrado e estudioso LEANDRO PAULSEN (APUD Direito Tributário, 8ª ed. rev. e atual. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2006, p. 471/472), assim redigida: - Fornecimento de energia elétrica. "... Não se pode dizer que a previsão para incidência do ISS nos serviços ora comentados esteja prevista nos itens 17 e 31.01 da lista anexa à LC 116/03. Isto porque tratam os referidos itens da incidência do ISS sobre serviços de apoio técnico e serviços técnicos em eletrônicos, eletrotécnica e congêneres, respectivamente, que correspondem à prestação de serviços especializados para um determinado fim, a saber, a prestação de auxílio técnico. Ou seja, dizem respeito a serviços voltados única e exclusivamente a assessorar seus clientes, o que difere por completo do serviço prestado para fornecimento de energia elétrica, que, como já mencionado, há apenas um meio para o fornecimento da energia, uma mercadoria já tributada pelo ICMS. [...] a Constituição Federal em seu art. 155, §3º, expressamente veda a incidência de qualquer tributo sobre a energia elétrica que não seja o ICMS, o Imposto de Importação e o Imposto de Exportação. Neste contexto, incidindo o ICMS no fornecimento de energia, deve-se excluir, automaticamente, a incidência do ISS, conforme dispõe a própria Constituição, art. 156, III." (ALVES, Ana Paula Peres. O fornecimento de energia elétrica e a incidência do ISS, sob o prisma da LC 116/03, RTFP 57/98, ago/04). Nesse ponto, em razão de sua patente acuidade e clareza, acolho integralmente a opinião do representante do Parquet 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800546. Supremo Tribunal Federal RE 603.281 AGR / RN Apelante/Apelada, acolhida pelo juízo de primeiro grau e pelo Ministério Público, é a mais acertada, posto que é indissociável da atividade de fornecimento de energia elétrica a sua cobrança, não estando albergada essa atividade pelo termo congêneres. Verifico, nesse ponto, esclarecedora lição do aplaudido magistrado e estudioso LEANDRO PAULSEN (APUD Direito Tributário, 8ª ed. rev. e atual. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2006, p. 471/472), assim redigida: - Fornecimento de energia elétrica. "... Não se pode dizer que a previsão para incidência do ISS nos serviços ora comentados esteja prevista nos itens 17 e 31.01 da lista anexa à LC 116/03. Isto porque tratam os referidos itens da incidência do ISS sobre serviços de apoio técnico e serviços técnicos em eletrônicos, eletrotécnica e congêneres, respectivamente, que correspondem à prestação de serviços especializados para um determinado fim, a saber, a prestação de auxílio técnico. Ou seja, dizem respeito a serviços voltados única e exclusivamente a assessorar seus clientes, o que difere por completo do serviço prestado para fornecimento de energia elétrica, que, como já mencionado, há apenas um meio para o fornecimento da energia, uma mercadoria já tributada pelo ICMS. [...] a Constituição Federal em seu art. 155, §3º, expressamente veda a incidência de qualquer tributo sobre a energia elétrica que não seja o ICMS, o Imposto de Importação e o Imposto de Exportação. Neste contexto, incidindo o ICMS no fornecimento de energia, deve-se excluir, automaticamente, a incidência do ISS, conforme dispõe a própria Constituição, art. 156, III." (ALVES, Ana Paula Peres. O fornecimento de energia elétrica e a incidência do ISS, sob o prisma da LC 116/03, RTFP 57/98, ago/04). Nesse ponto, em razão de sua patente acuidade e clareza, acolho integralmente a opinião do representante do Parquet 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800546. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 10 Voto - MIN. ROSA WEBER RE 603.281 AGR / RN que, sobre o tema, assim opinou: Ora, a emissão de segunda via de fatura e a arrecadação de valores da fatura são 'operações relativas à energia elétrica', visto que não se concebe fornecimento de energia elétrica sem a prestação desses serviços. Eles, na verdade, fazem parte de uma série de atividades intermediárias que permitem a concretização da distribuição de energia elétrica aos consumidores. (...) De igual modo, em dissonância com o entendimento de primeiro grau e concordando com parecer ofertado pelo Ministério Público, penso que os bancos que efetuam a arrecadação dos valores das faturas de energia elétrica também prestam atividade indissociável do fornecimento do insumo em comento, motivo pelo qual julgo ilegal a exação do tributo, mesmo na condição de substituto tributário, entendendo que esta função está escudada pela isenção prevista pelo art. 155, § 3º, da Carta Magna.” (fls. 339) A teor do parágrafo terceiro do art. 155 da Constituição Federal, na redação dada pela Emenda Constitucional 33/2001, à exceção dos impostos especificamente ressalvados no próprio texto constitucional, “nenhum outro imposto poderá incidir sobre operações relativas a energia elétrica, serviços de telecomunicações, derivados de petróleo, combustíveis e minerais do País”. Nesse contexto, imune a atividade de emissão de faturas de energia elétrica, porque indissociável da atividade de fornecimento do referido insumo. Não bastasse, o Tribunal a quo, ao analisar se a cobrança pelo lançamento das faturas de energia elétrica estaria albergada pela imunidade prevista no citado dispositivo teve por base a previsão contida na lista anexa à Lei Complementar 116/2003. Assim, o exame da alegada ofensa ao art. 155, § 3º, da Constituição Federal dependeria de prévia análise da legislação infraconstitucional que disciplina a matéria, o que refoge à competência jurisdicional 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800546. Supremo Tribunal Federal RE 603.281 AGR / RN que, sobre o tema, assim opinou: Ora, a emissão de segunda via de fatura e a arrecadação de valores da fatura são 'operações relativas à energia elétrica', visto que não se concebe fornecimento de energia elétrica sem a prestação desses serviços. Eles, na verdade, fazem parte de uma série de atividades intermediárias que permitem a concretização da distribuição de energia elétrica aos consumidores. (...) De igual modo, em dissonância com o entendimento de primeiro grau e concordando com parecer ofertado pelo Ministério Público, penso que os bancos que efetuam a arrecadação dos valores das faturas de energia elétrica também prestam atividade indissociável do fornecimento do insumo em comento, motivo pelo qual julgo ilegal a exação do tributo, mesmo na condição de substituto tributário, entendendo que esta função está escudada pela isenção prevista pelo art. 155, § 3º, da Carta Magna.” (fls. 339) A teor do parágrafo terceiro do art. 155 da Constituição Federal, na redação dada pela Emenda Constitucional 33/2001, à exceção dos impostos especificamente ressalvados no próprio texto constitucional, “nenhum outro imposto poderá incidir sobre operações relativas a energia elétrica, serviços de telecomunicações, derivados de petróleo, combustíveis e minerais do País”. Nesse contexto, imune a atividade de emissão de faturas de energia elétrica, porque indissociável da atividade de fornecimento do referido insumo. Não bastasse, o Tribunal a quo, ao analisar se a cobrança pelo lançamento das faturas de energia elétrica estaria albergada pela imunidade prevista no citado dispositivo teve por base a previsão contida na lista anexa à Lei Complementar 116/2003. Assim, o exame da alegada ofensa ao art. 155, § 3º, da Constituição Federal dependeria de prévia análise da legislação infraconstitucional que disciplina a matéria, o que refoge à competência jurisdicional 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800546. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 10 Voto - MIN. ROSA WEBER RE 603.281 AGR / RN extraordinária, prevista no art. 102, III, da Constituição Federal. Nesse sentido, transcrevo a decisão proferida no RE 630.016/RN, rel. Min. Cezar Peluso, DJe 1º.8.2012, em caso similar ao dos autos: “1. Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte assim ementado: ‘DIREITO CONSTITUCIONAL E TRIBUTÁRIO. REMESSA NECESSÁRIA. APELAÇÃO CÍVEL. EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL. COBRANÇA DE IMPOSTO SOBRE SERVIÇO DE QUALQUER NATUREZA – ISSQN. EMISSÃO DE SEGUNDA VIA DA FATURA. EXERCÍCIO DE ATIVIDADES CORRELATAS AO FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA. IMPOSSIBILIDADE DE TRIBUTAÇÃO. APLICAÇÃO DO ARTIGO 155, §3º DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. PRECEDENTES DESTA CORTE DE JUSTIÇA. SENTENÇA MANTIDA. CONHECIMENTO E DESPROVIMENTO DA REMESSA NECESSÁRIA E DO APELO CÍVEL’. (fl. 344) Sustenta o recorrente, com base no art. 102, III, a, violação ao art. 155, § 3º, da Constituição Federal. Aduz que a expressão ‘operações relativas à energia elétrica’, contida no dispositivo constitucional tido como violado, deve ser interpretada restritivamente, de forma a não abarcar atividades não relacionadas diretamente a tais espécies de operações. Apresenta preliminar formal e fundamentada de repercussão geral, na forma do art. 543-A, § 2º, do CPC. 2. Incognoscível o recurso. É que o acórdão impugnado decidiu a causa com base na legislação infraconstitucional incidente (Lei Municipal 3.882/89 e Código Tributário Nacional), de modo que eventual ofensa à Constituição Federal seria, aqui, apenas indireta. É pacífica a jurisprudência desta Corte, no sentido de não tolerar, em RE, alegação de ofensa que, irradiando-se de má interpretação, aplicação, ou, até, de inobservância de direito local, seria apenas indireta à Constituição da República ( súmula 280). 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800546. Supremo Tribunal Federal RE 603.281 AGR / RN extraordinária, prevista no art. 102, III, da Constituição Federal. Nesse sentido, transcrevo a decisão proferida no RE 630.016/RN, rel. Min. Cezar Peluso, DJe 1º.8.2012, em caso similar ao dos autos: “1. Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte assim ementado: ‘DIREITO CONSTITUCIONAL E TRIBUTÁRIO. REMESSA NECESSÁRIA. APELAÇÃO CÍVEL. EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL. COBRANÇA DE IMPOSTO SOBRE SERVIÇO DE QUALQUER NATUREZA – ISSQN. EMISSÃO DE SEGUNDA VIA DA FATURA. EXERCÍCIO DE ATIVIDADES CORRELATAS AO FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA. IMPOSSIBILIDADE DE TRIBUTAÇÃO. APLICAÇÃO DO ARTIGO 155, §3º DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. PRECEDENTES DESTA CORTE DE JUSTIÇA. SENTENÇA MANTIDA. CONHECIMENTO E DESPROVIMENTO DA REMESSA NECESSÁRIA E DO APELO CÍVEL’. (fl. 344) Sustenta o recorrente, com base no art. 102, III, a, violação ao art. 155, § 3º, da Constituição Federal. Aduz que a expressão ‘operações relativas à energia elétrica’, contida no dispositivo constitucional tido como violado, deve ser interpretada restritivamente, de forma a não abarcar atividades não relacionadas diretamente a tais espécies de operações. Apresenta preliminar formal e fundamentada de repercussão geral, na forma do art. 543-A, § 2º, do CPC. 2. Incognoscível o recurso. É que o acórdão impugnado decidiu a causa com base na legislação infraconstitucional incidente (Lei Municipal 3.882/89 e Código Tributário Nacional), de modo que eventual ofensa à Constituição Federal seria, aqui, apenas indireta. É pacífica a jurisprudência desta Corte, no sentido de não tolerar, em RE, alegação de ofensa que, irradiando-se de má interpretação, aplicação, ou, até, de inobservância de direito local, seria apenas indireta à Constituição da República ( súmula 280). 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800546. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 10 Voto - MIN. ROSA WEBER RE 603.281 AGR / RN Ademais, dissentir do julgado exigiria, como é óbvio, reexame de provas, a cuja luz foi a causa decidida, o que é vedado na instância extraordinária (súmula 279). É como bem acentuou o parecer do representante do Ministério Público, Paulo Rocha Campos (fls. 382-383): ‘(...), para se concluir de modo diverso do v. acórdão proferido pela Corte Estadual, que formara seu convencimento com base nos fatos e provas carreados nos autos, ou seja, para rever a posição adotada, faz- se necessário o reexame do elenco fático-probatório dos autos, elemento que serviu de base à construção do entendimento manifestado pelo Tribunal a quo, o que encontra óbice na súmula 279 do STF’. 3. Ante o exposto, nego seguimento ao recurso extraordinário (arts. 21, § 1º, do RISTF, 38 da Lei nº 8.038, de 28.5.90, e 557 do CPC). Agravo regimental conhecido e não provido. É como voto. 6 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800546. Supremo Tribunal Federal RE 603.281 AGR / RN Ademais, dissentir do julgado exigiria, como é óbvio, reexame de provas, a cuja luz foi a causa decidida, o que é vedado na instância extraordinária (súmula 279). É como bem acentuou o parecer do representante do Ministério Público, Paulo Rocha Campos (fls. 382-383): ‘(...), para se concluir de modo diverso do v. acórdão proferido pela Corte Estadual, que formara seu convencimento com base nos fatos e provas carreados nos autos, ou seja, para rever a posição adotada, faz- se necessário o reexame do elenco fático-probatório dos autos, elemento que serviu de base à construção do entendimento manifestado pelo Tribunal a quo, o que encontra óbice na súmula 279 do STF’. 3. Ante o exposto, nego seguimento ao recurso extraordinário (arts. 21, § 1º, do RISTF, 38 da Lei nº 8.038, de 28.5.90, e 557 do CPC). Agravo regimental conhecido e não provido. É como voto. 6 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800546. Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 10 Decisão de Julgamento PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.281 PROCED. : RIO GRANDE DO NORTE RELATORA : MIN. ROSA WEBER AGTE.(S) : MUNICÍPIO DE NATAL PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE NATAL AGDO.(A/S) : COMPANHIA ENERGÉTICA DO RIO GRANDE DO NORTE - COSERN ADV.(A/S) : ANNA CHRISTINA PISCO ROCHA DA SILVA E OUTRO(A/S) Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 18.9.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de Almeida. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2848609 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.281 PROCED. : RIO GRANDE DO NORTE RELATORA : MIN. ROSA WEBER AGTE.(S) : MUNICÍPIO DE NATAL PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE NATAL AGDO.(A/S) : COMPANHIA ENERGÉTICA DO RIO GRANDE DO NORTE - COSERN ADV.(A/S) : ANNA CHRISTINA PISCO ROCHA DA SILVA E OUTRO(A/S) Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 18.9.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de Almeida. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2848609 Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 10
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=2857981
2012-09-18T00:00:00
2012-10-02T00:00:00
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 18.9.2012.
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO
EMENTA DIREITO TRIBUTÁRIO. IMPOSTO SOBRE SERVIÇO – ISS. ENERGIA ELÉTRICA. IMUNIDADE. ART. 155, § 3º, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. EMISSÃO DE SEGUNDA VIA DE FATURA. AUSÊNCIA DE PREVISÃO EM LISTA ANEXA À LEI COMPLEMENTAR 116/2003. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. REEXAME INCABÍVEL NO ÂMBITO DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. A teor do art. 155, § 3º, da Constituição Federal, à exceção dos impostos especificamente ressalvados no próprio texto constitucional, “nenhum outro imposto poderá incidir sobre operações relativas a energia elétrica”. Impossibilidade de exame em recurso extraordinário de alegada violação, acaso existente, situada no âmbito infraconstitucional. Precedente. Agravo regimental conhecido e não provido.
sjur215688
- Decisão monocrática citada: RE 630016 Número de páginas: 10. Análise: 15/10/2012, MAC.
ROSA WEBER
Primeira Turma
603281
[ "LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00102 INC-00003 ART-00155 PAR-00003 REDAÇÃO DADA PELA EMC-33/2001\r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n\r\n", "LEG-FED EMC-000033 ANO-2001\r\n EMENDA CONSTITUCIONAL\r\n\r\n", "LEG-FED LCP-000116 ANO-2003\r\n LEI COMPLEMENTAR" ]
RE-AgR
acordaos
RE 603281 AgR
[ "" ]
AGTE.(S) : MUNICÍPIO DE NATAL PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE NATAL AGDO.(A/S) : COMPANHIA ENERGÉTICA DO RIO GRANDE DO NORTE - COSERN ADV.(A/S) : ANNA CHRISTINA PISCO ROCHA DA SILVA E OUTRO(A/S)
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{ "JURISPRUDENCIA": [ "RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603 . 281", "RE 603 . 281 AGR", "RE 603 . 281 AGR", "RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603 .", "RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603 . 281", "RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603 . 281", "RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603 . 281", "Medida Cautelar AC 457 - MC / MG", "RE 603 . 281 AGR / RN", "RE 216 . 286 / PR", "RE 603 . 281 AGR / RN", "RE 216 . 286 / PR", "RE 603 . 281 AGR / RN", "RE 603 . 281 AGR / RN", "RE 603 . 281 AGR / RN", "RE 603 . 281 AGR / RN", "RE 603 . 281 AGR / RN", "RE 630 . 016 / RN", "RE 603 . 281 AGR / RN", "RE 630 . 016 / RN", "RE 603 . 281 AGR / RN", "súmula 279 do STF", "RE 603 . 281 AGR / RN", "súmula 279 do STF", "RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603 . 281" ], "LEGISLACAO": [ "ART . 155 , § [UNK] , DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL", "LEI COMPLEMENTAR 116 / 2003", "art . 155 , § [UNK] , da Constituição Federal", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "artigo 153 , § [UNK] , da Constituição Federal", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", 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Ementa e Acórdão 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 110.055 MINAS GERAIS RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO PACTE.(S) :LUCIANO COELHO DA SILVA PACTE.(S) :ÁTILA JUNIO CARIOCA IMPTE.(S) :DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL COATOR(A/S)(ES) :SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS – PRONUNCIAMENTO DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA – NOVA IMPETRAÇÃO – IMPROPRIEDADE. Uma vez julgado pelo Superior Tribunal de Justiça o recurso ordinário formalizado em processo revelador de impetração, o acesso ao Supremo faz-se em via das mais afuniladas – mediante recurso extraordinário e não nova impetração. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal em julgar extinta a ordem de habeas corpus por inadequação da via processual, nos termos do voto do relator e por unanimidade, em sessão presidida pelo Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata do julgamento e das respectivas notas taquigráficas. Brasília, 16 de outubro de 2012. MINISTRO MARCO AURÉLIO – RELATOR Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3005508. Supremo Tribunal Federal DJe 09/11/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 12 Relatório 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 110.055 MINAS GERAIS RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO PACTE.(S) :LUCIANO COELHO DA SILVA PACTE.(S) :ÁTILA JUNIO CARIOCA IMPTE.(S) :DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL COATOR(A/S)(ES) :SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Adoto, a título de relatório, as informações prestadas pelo Gabinete: Na decisão que implicou o indeferimento da liminar, a espécie ficou assim resumida: FURTO – OBJETO DE PEQUENO VALOR – INSIGNIFICÂNCIA – TEMPERAMENTO NORMATIVO – HABEAS CORPUS – LIMINAR INDEFERIDA. 1. A Assessoria prestou as seguintes informações: Os pacientes tentaram furtar duas bases de liquidificador em um ferro-velho, razão pela qual foram denunciados em virtude da prática do crime previsto no artigo 155, § 4º, inciso IV, combinado com o artigo 14, inciso II, do Código Penal. Os bens forma avaliados em R$ 272,00 (duzentos e setenta e dois reais). A Defensoria Pública do Estado de Minas Gerais, em resposta à acusação, requereu a absolvição sumária dos pacientes, acentuando, com Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3005509. Supremo Tribunal Federal 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 110.055 MINAS GERAIS RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO PACTE.(S) :LUCIANO COELHO DA SILVA PACTE.(S) :ÁTILA JUNIO CARIOCA IMPTE.(S) :DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL COATOR(A/S)(ES) :SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Adoto, a título de relatório, as informações prestadas pelo Gabinete: Na decisão que implicou o indeferimento da liminar, a espécie ficou assim resumida: FURTO – OBJETO DE PEQUENO VALOR – INSIGNIFICÂNCIA – TEMPERAMENTO NORMATIVO – HABEAS CORPUS – LIMINAR INDEFERIDA. 1. A Assessoria prestou as seguintes informações: Os pacientes tentaram furtar duas bases de liquidificador em um ferro-velho, razão pela qual foram denunciados em virtude da prática do crime previsto no artigo 155, § 4º, inciso IV, combinado com o artigo 14, inciso II, do Código Penal. Os bens forma avaliados em R$ 272,00 (duzentos e setenta e dois reais). A Defensoria Pública do Estado de Minas Gerais, em resposta à acusação, requereu a absolvição sumária dos pacientes, acentuando, com Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3005509. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 12 Relatório HC 110.055 / MG base no princípio da insignificância, ser atípica a conduta. O Juízo da 10ª Vara Criminal da Comarca de Belo Horizonte rejeitou o pedido. No habeas impetrado perante o Tribunal de Justiça, alegou-se ausente a justa causa para a persecução criminal, em virtude do princípio da insignificância. A ordem foi indeferida. Interpôs-se recurso ordinário em habeas corpus. A Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça negou provimento ao recurso. Assentou a impossibilidade do enquadramento da conduta dos pacientes na hipótese de furto de bagatela, pois, à época dos fatos, o salário mínimo vigente era de R$ 350,00 (trezentos e cinquenta reais). Na inicial deste habeas, reitera-se a tese relativa à aplicabilidade do princípio da insignificância, tendo em consideração o valor dos bens subtraídos, e busca-se a declaração de atipicidade da conduta. Pede-se a concessão de liminar, determinando- se o sobrestamento da Ação Penal nº 0024.07.483.725- 3, em curso no Juízo da 10ª Vara Criminal da Comarca de Belo Horizonte/MG, até o julgamento desta impetração. No mérito, pleiteia-se que, reconhecida a aplicação do princípio da insignificância na espécie, seja trancada a ação penal, tendo em conta a atipicidade da conduta dos pacientes. 2. Observem a ordem jurídica. O furto de objeto de pequeno valor pode gerar a substituição da pena de reclusão pela de detenção e a diminuição de um a dois terços ou a aplicação tão somente da pena de multa – § 2º do artigo 155 do Código Penal. A previsão normativa sinaliza a mitigação do princípio da insignificância, não cabendo confundir objeto de pequeno valor com de valor irrisório, insignificante. De qualquer forma, não há, na 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3005509. Supremo Tribunal Federal HC 110.055 / MG base no princípio da insignificância, ser atípica a conduta. O Juízo da 10ª Vara Criminal da Comarca de Belo Horizonte rejeitou o pedido. No habeas impetrado perante o Tribunal de Justiça, alegou-se ausente a justa causa para a persecução criminal, em virtude do princípio da insignificância. A ordem foi indeferida. Interpôs-se recurso ordinário em habeas corpus. A Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça negou provimento ao recurso. Assentou a impossibilidade do enquadramento da conduta dos pacientes na hipótese de furto de bagatela, pois, à época dos fatos, o salário mínimo vigente era de R$ 350,00 (trezentos e cinquenta reais). Na inicial deste habeas, reitera-se a tese relativa à aplicabilidade do princípio da insignificância, tendo em consideração o valor dos bens subtraídos, e busca-se a declaração de atipicidade da conduta. Pede-se a concessão de liminar, determinando- se o sobrestamento da Ação Penal nº 0024.07.483.725- 3, em curso no Juízo da 10ª Vara Criminal da Comarca de Belo Horizonte/MG, até o julgamento desta impetração. No mérito, pleiteia-se que, reconhecida a aplicação do princípio da insignificância na espécie, seja trancada a ação penal, tendo em conta a atipicidade da conduta dos pacientes. 2. Observem a ordem jurídica. O furto de objeto de pequeno valor pode gerar a substituição da pena de reclusão pela de detenção e a diminuição de um a dois terços ou a aplicação tão somente da pena de multa – § 2º do artigo 155 do Código Penal. A previsão normativa sinaliza a mitigação do princípio da insignificância, não cabendo confundir objeto de pequeno valor com de valor irrisório, insignificante. De qualquer forma, não há, na 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3005509. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 12 Relatório HC 110.055 / MG tramitação da ação penal, até o julgamento final deste habeas, risco direto à liberdade de ir e vir dos pacientes. 3. Indefiro a liminar. 4. Colham o parecer da Procuradoria Geral da República. 5. Publiquem. Brasília – residência –, 27 de agosto de 2011, às 16h30. A Procuradoria Geral da República, no parecer, afirma que a jurisprudência do Supremo exigiria, para a aplicação do princípio da insignificância, a presença simultânea dos seguintes requisitos: a) mínima ofensividade da conduta do agente; b) nenhuma periculosidade social da ação; c) reduzido grau de reprovabilidade do comportamento; e d) inexpressividade da lesão jurídica provocada. Sustenta não ter sido inexpressiva a lesão jurídica causada pelos pacientes, considerado o valor dos bens subtraídos (R$ 272,00) em comparação com salário mínimo vigente à época dos fatos (R$ 350,00). Diz da necessidade de diferenciar os conceitos de “valor ínfimo ou desprezível” de “pequeno valor”, os quais teriam tratamento diverso na esfera penal. Conclui ressaltando a existência de registros de inquéritos policiais e prisões em flagrante na folha de antecedentes criminais dos pacientes. Opina pelo indeferimento da ordem. Consulta ao sítio do Superior Tribunal de Justiça revelou o trânsito em julgado, em 23 de outubro de 2011, do acórdão formalizado no Recurso Ordinário em Habeas Corpus nº 30.361/MG. Lancei visto no processo em 8 de outubro de 2012, liberando-o para ser julgado na Turma a partir de 16 seguinte, isso objetivando a ciência da 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3005509. Supremo Tribunal Federal HC 110.055 / MG tramitação da ação penal, até o julgamento final deste habeas, risco direto à liberdade de ir e vir dos pacientes. 3. Indefiro a liminar. 4. Colham o parecer da Procuradoria Geral da República. 5. Publiquem. Brasília – residência –, 27 de agosto de 2011, às 16h30. A Procuradoria Geral da República, no parecer, afirma que a jurisprudência do Supremo exigiria, para a aplicação do princípio da insignificância, a presença simultânea dos seguintes requisitos: a) mínima ofensividade da conduta do agente; b) nenhuma periculosidade social da ação; c) reduzido grau de reprovabilidade do comportamento; e d) inexpressividade da lesão jurídica provocada. Sustenta não ter sido inexpressiva a lesão jurídica causada pelos pacientes, considerado o valor dos bens subtraídos (R$ 272,00) em comparação com salário mínimo vigente à época dos fatos (R$ 350,00). Diz da necessidade de diferenciar os conceitos de “valor ínfimo ou desprezível” de “pequeno valor”, os quais teriam tratamento diverso na esfera penal. Conclui ressaltando a existência de registros de inquéritos policiais e prisões em flagrante na folha de antecedentes criminais dos pacientes. Opina pelo indeferimento da ordem. Consulta ao sítio do Superior Tribunal de Justiça revelou o trânsito em julgado, em 23 de outubro de 2011, do acórdão formalizado no Recurso Ordinário em Habeas Corpus nº 30.361/MG. Lancei visto no processo em 8 de outubro de 2012, liberando-o para ser julgado na Turma a partir de 16 seguinte, isso objetivando a ciência da 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3005509. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 12 Relatório HC 110.055 / MG impetrante. É o relatório. 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3005509. Supremo Tribunal Federal HC 110.055 / MG impetrante. É o relatório. 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3005509. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 12 Voto - MIN. MARCO AURÉLIO 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 110.055 MINAS GERAIS V O T O O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Inicialmente, assentando a impropriedade do habeas corpus substitutivo do recurso ordinário constitucional, repito compreensão já exteriorizada: A Carta Federal encerra como garantia maior essa ação nobre voltada a preservar a liberdade de ir e vir do cidadão – o habeas corpus. Vale dizer, sofrendo alguém ou se achando ameaçado de sofrer violência ou coação à liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder, cabe manusear o instrumental, fazendo-o no tocante à competência originária de órgão julgador. Em época na qual não havia a sobrecarga de processos hoje notada – praticamente inviabilizando, em tempo hábil, a jurisdição –, passou-se a admitir o denominado habeas substitutivo do recurso ordinário constitucional previsto contra decisão judicial a implicar o indeferimento da ordem. Com isso, atualmente, tanto o Supremo quanto o Superior Tribunal de Justiça estão às voltas com um grande número de habeas corpus – este Tribunal recebeu, no primeiro semestre de 2012, 2.181 habeas e 108 recursos ordinários e aquele, 16.372 habeas e 1.475 recursos ordinários. Raras exceções, não se trata de impetrações passíveis de serem enquadradas como originárias, mas de medidas intentadas a partir de construção jurisprudencial. O Direito é orgânico e dinâmico e contém princípios, expressões e vocábulos com sentido próprio. A definição do alcance da Carta da República há de fazer-se de forma integrativa, mas também considerada a regra de hermenêutica e aplicação do Direito que é a sistemática. O habeas corpus substitutivo do recurso ordinário, além de não estar abrangido pela garantia constante do inciso LXVIII do artigo 5º do Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3005510. Supremo Tribunal Federal 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 110.055 MINAS GERAIS V O T O O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Inicialmente, assentando a impropriedade do habeas corpus substitutivo do recurso ordinário constitucional, repito compreensão já exteriorizada: A Carta Federal encerra como garantia maior essa ação nobre voltada a preservar a liberdade de ir e vir do cidadão – o habeas corpus. Vale dizer, sofrendo alguém ou se achando ameaçado de sofrer violência ou coação à liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder, cabe manusear o instrumental, fazendo-o no tocante à competência originária de órgão julgador. Em época na qual não havia a sobrecarga de processos hoje notada – praticamente inviabilizando, em tempo hábil, a jurisdição –, passou-se a admitir o denominado habeas substitutivo do recurso ordinário constitucional previsto contra decisão judicial a implicar o indeferimento da ordem. Com isso, atualmente, tanto o Supremo quanto o Superior Tribunal de Justiça estão às voltas com um grande número de habeas corpus – este Tribunal recebeu, no primeiro semestre de 2012, 2.181 habeas e 108 recursos ordinários e aquele, 16.372 habeas e 1.475 recursos ordinários. Raras exceções, não se trata de impetrações passíveis de serem enquadradas como originárias, mas de medidas intentadas a partir de construção jurisprudencial. O Direito é orgânico e dinâmico e contém princípios, expressões e vocábulos com sentido próprio. A definição do alcance da Carta da República há de fazer-se de forma integrativa, mas também considerada a regra de hermenêutica e aplicação do Direito que é a sistemática. O habeas corpus substitutivo do recurso ordinário, além de não estar abrangido pela garantia constante do inciso LXVIII do artigo 5º do Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3005510. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 12 Voto - MIN. MARCO AURÉLIO HC 110.055 / MG Diploma Maior, não existindo sequer previsão legal, enfraquece este último documento, tornando-o desnecessário no que, nos artigos 102, inciso II, alínea “a”, e 105, inciso II, alínea “a”, tem- se a previsão do recurso ordinário constitucional a ser manuseado, em tempo, para o Supremo, contra decisão proferida por tribunal superior indeferindo ordem, e para o Superior Tribunal de Justiça, contra ato de tribunal regional federal e de tribunal de justiça. O Direito é avesso a sobreposições e impetrar-se novo habeas, embora para julgamento por tribunal diverso, impugnando pronunciamento em idêntica medida implica inviabilizar, em detrimento de outras situações em que requerida, a jurisdição. Cumpre implementar – visando restabelecer a eficácia dessa ação maior, a valia da Carta Federal no que prevê não o habeas substitutivo, mas o recurso ordinário – a correção de rumos. Consigno que, no tocante a habeas já formalizado sob a óptica da substituição do recurso constitucional, não ocorrerá prejuízo para o paciente, ante a possibilidade de vir-se a conceder, se for o caso, a ordem de ofício. Saliento, por último, que, há dois anos, cheguei a propor a edição de verbete de súmula que, no entanto, esbarrou na ausência de precedentes. Deve-se afastar o misoneísmo, a aversão a novas ideias, pouco importando a justificativa plausível destas – no caso, constitucional –, salvando-se, e esta é a expressão própria, o habeas corpus em sua envergadura maior, no que solapado por visão contrária ao princípio do terceiro excluído: uma coisa é ou não é. Entre duas possibilidades contempladas na Lei Fundamental, de modo exaustivo, não simplesmente exemplificativo, não há lugar para uma terceira – na espécie, o inexistente, normativamente, habeas corpus substitutivo do recurso ordinário, que, ante a prática admitida até aqui, caiu em desuso, tornando quase letra morta os preceitos constitucionais que o versam. É cômodo não interpor o recurso ordinário quando se pode, a qualquer momento e considerado o estágio do processo-crime, buscar-se infirmar decisão há muito proferida, 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3005510. Supremo Tribunal Federal HC 110.055 / MG Diploma Maior, não existindo sequer previsão legal, enfraquece este último documento, tornando-o desnecessário no que, nos artigos 102, inciso II, alínea “a”, e 105, inciso II, alínea “a”, tem- se a previsão do recurso ordinário constitucional a ser manuseado, em tempo, para o Supremo, contra decisão proferida por tribunal superior indeferindo ordem, e para o Superior Tribunal de Justiça, contra ato de tribunal regional federal e de tribunal de justiça. O Direito é avesso a sobreposições e impetrar-se novo habeas, embora para julgamento por tribunal diverso, impugnando pronunciamento em idêntica medida implica inviabilizar, em detrimento de outras situações em que requerida, a jurisdição. Cumpre implementar – visando restabelecer a eficácia dessa ação maior, a valia da Carta Federal no que prevê não o habeas substitutivo, mas o recurso ordinário – a correção de rumos. Consigno que, no tocante a habeas já formalizado sob a óptica da substituição do recurso constitucional, não ocorrerá prejuízo para o paciente, ante a possibilidade de vir-se a conceder, se for o caso, a ordem de ofício. Saliento, por último, que, há dois anos, cheguei a propor a edição de verbete de súmula que, no entanto, esbarrou na ausência de precedentes. Deve-se afastar o misoneísmo, a aversão a novas ideias, pouco importando a justificativa plausível destas – no caso, constitucional –, salvando-se, e esta é a expressão própria, o habeas corpus em sua envergadura maior, no que solapado por visão contrária ao princípio do terceiro excluído: uma coisa é ou não é. Entre duas possibilidades contempladas na Lei Fundamental, de modo exaustivo, não simplesmente exemplificativo, não há lugar para uma terceira – na espécie, o inexistente, normativamente, habeas corpus substitutivo do recurso ordinário, que, ante a prática admitida até aqui, caiu em desuso, tornando quase letra morta os preceitos constitucionais que o versam. É cômodo não interpor o recurso ordinário quando se pode, a qualquer momento e considerado o estágio do processo-crime, buscar-se infirmar decisão há muito proferida, 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3005510. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 12 Voto - MIN. MARCO AURÉLIO HC 110.055 / MG mediante o denominado habeas corpus substitutivo, alcançando- se, com isso, a passagem do tempo, a desaguar, por vezes, na prescrição. A situação não deve continuar, no que já mitigou a importância do habeas corpus e emperrou a máquina judiciária, sendo prejudicados os cidadãos em geral, a cidadania. Rara é a sessão da Turma em que não se examina impetração voltada contra a demora na apreciação de idêntica medida pelo Superior Tribunal de Justiça. Essa óptica há de ser observada, também, no que o acórdão impugnado foi formalizado pelo Superior Tribunal de Justiça em recurso ordinário constitucional em habeas corpus. De duas, uma: ou há, no acórdão proferido, quadro a ensejar a interposição de recurso extraordinário, ou não há. Descabe a volta a estágio anterior, que é o do ajuizamento originário do habeas corpus. No mais, ante os parâmetros fáticos e legais, não existe campo para a concessão da ordem de ofício. Extingo o processo sem o julgamento do mérito. 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3005510. Supremo Tribunal Federal HC 110.055 / MG mediante o denominado habeas corpus substitutivo, alcançando- se, com isso, a passagem do tempo, a desaguar, por vezes, na prescrição. A situação não deve continuar, no que já mitigou a importância do habeas corpus e emperrou a máquina judiciária, sendo prejudicados os cidadãos em geral, a cidadania. Rara é a sessão da Turma em que não se examina impetração voltada contra a demora na apreciação de idêntica medida pelo Superior Tribunal de Justiça. Essa óptica há de ser observada, também, no que o acórdão impugnado foi formalizado pelo Superior Tribunal de Justiça em recurso ordinário constitucional em habeas corpus. De duas, uma: ou há, no acórdão proferido, quadro a ensejar a interposição de recurso extraordinário, ou não há. Descabe a volta a estágio anterior, que é o do ajuizamento originário do habeas corpus. No mais, ante os parâmetros fáticos e legais, não existe campo para a concessão da ordem de ofício. Extingo o processo sem o julgamento do mérito. 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3005510. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 12 Explicação 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 110.055 MINAS GERAIS RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO PACTE.(S) :LUCIANO COELHO DA SILVA PACTE.(S) :ÁTILA JUNIO CARIOCA IMPTE.(S) :DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL COATOR(A/S)(ES) :SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Presidente, neste caso, o habeas corpus é substitutivo do recurso extraordinário. Explico: no Tribunal de Justiça, foi impetrado um habeas corpus. Contra a decisão proferida, veio a ser protocolado o recurso ordinário constitucional e, havendo o pronunciamento do Superior, formalizou-se este habeas corpus, quando a via que se avizinhou era das mais afuniladas: o recurso extraordinário. Tem-se a adequação da doutrina da Turma, só que, em vez de a impetração ser substitutiva do recurso ordinário constitucional, o é do extraordinário. Seria um contrassenso não admitir-se o substitutivo do recurso ordinário e admitir-se o substitutivo do recurso extraordinário. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3042635. Supremo Tribunal Federal 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 110.055 MINAS GERAIS RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO PACTE.(S) :LUCIANO COELHO DA SILVA PACTE.(S) :ÁTILA JUNIO CARIOCA IMPTE.(S) :DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL COATOR(A/S)(ES) :SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Presidente, neste caso, o habeas corpus é substitutivo do recurso extraordinário. Explico: no Tribunal de Justiça, foi impetrado um habeas corpus. Contra a decisão proferida, veio a ser protocolado o recurso ordinário constitucional e, havendo o pronunciamento do Superior, formalizou-se este habeas corpus, quando a via que se avizinhou era das mais afuniladas: o recurso extraordinário. Tem-se a adequação da doutrina da Turma, só que, em vez de a impetração ser substitutiva do recurso ordinário constitucional, o é do extraordinário. Seria um contrassenso não admitir-se o substitutivo do recurso ordinário e admitir-se o substitutivo do recurso extraordinário. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3042635. Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 12 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 110.055 MINAS GERAIS VOTO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE): Eu ressalvo o meu entendimento pessoal, mas me curvo e acompanho o entendimento majoritário. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034804. Supremo Tribunal Federal 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 110.055 MINAS GERAIS VOTO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE): Eu ressalvo o meu entendimento pessoal, mas me curvo e acompanho o entendimento majoritário. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034804. Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 12 Notas para o Voto 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 110.055 MINAS GERAIS RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO PACTE.(S) :LUCIANO COELHO DA SILVA PACTE.(S) :ÁTILA JUNIO CARIOCA IMPTE.(S) :DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL COATOR(A/S)(ES) :SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA NOTAS PARA O VOTO A SENHORA MINISTRA ROSA WEBER – Senhor Presidente, concederia de ofício, princípio da insignificância: tentativa de furto de dois liquidificadores. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3058620. Supremo Tribunal Federal 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 110.055 MINAS GERAIS RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO PACTE.(S) :LUCIANO COELHO DA SILVA PACTE.(S) :ÁTILA JUNIO CARIOCA IMPTE.(S) :DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL COATOR(A/S)(ES) :SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA NOTAS PARA O VOTO A SENHORA MINISTRA ROSA WEBER – Senhor Presidente, concederia de ofício, princípio da insignificância: tentativa de furto de dois liquidificadores. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3058620. Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 12 Decisão de Julgamento PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA HABEAS CORPUS 110.055 PROCED. : MINAS GERAIS RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO PACTE.(S) : LUCIANO COELHO DA SILVA PACTE.(S) : ÁTILA JUNIO CARIOCA IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA Decisão: Por unanimidade, a Turma julgou extinta a ordem de habeas corpus por inadequação da via processual, nos termos do voto do Relator. Por maioria de votos, rejeitou a proposta formulada pela Senhora Ministra Rosa Weber no sentido da concessão da ordem, de ofício. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 16.10.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Rodrigo Janot. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3061191 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA HABEAS CORPUS 110.055 PROCED. : MINAS GERAIS RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO PACTE.(S) : LUCIANO COELHO DA SILVA PACTE.(S) : ÁTILA JUNIO CARIOCA IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA Decisão: Por unanimidade, a Turma julgou extinta a ordem de habeas corpus por inadequação da via processual, nos termos do voto do Relator. Por maioria de votos, rejeitou a proposta formulada pela Senhora Ministra Rosa Weber no sentido da concessão da ordem, de ofício. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 16.10.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Rodrigo Janot. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3061191 Inteiro Teor do Acórdão - Página 12 de 12
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3065576
2012-10-16T00:00:00
2012-11-09T00:00:00
Por unanimidade, a Turma julgou extinta a ordem de habeas corpus por inadequação da via processual, nos termos do voto do Relator. Por maioria de votos, rejeitou a proposta formulada pela Senhora Ministra Rosa Weber no sentido da concessão da ordem, de ofício. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 16.10.2012.
HABEAS CORPUS
RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS – PRONUNCIAMENTO DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA – NOVA IMPETRAÇÃO – IMPROPRIEDADE. Uma vez julgado pelo Superior Tribunal de Justiça o recurso ordinário formalizado em processo revelador de impetração, o acesso ao Supremo faz-se em via das mais afuniladas – mediante recurso extraordinário e não nova impetração.
sjur218228
Número de páginas: 12. Análise: 27/11/2012, BMB.
MARCO AURÉLIO
Primeira Turma
110055
null
HC
acordaos
HC 110055
[ "" ]
IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO PACTE.(S) : LUCIANO COELHO DA SILVA PACTE.(S) : ÁTILA JUNIO CARIOCA PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
[ "" ]
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Ementa e Acórdão 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 114.850 MINAS GERAIS RELATORA : MIN. ROSA WEBER PACTE.(S) :STENIO CELSO DA SILVA IMPTE.(S) :DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL COATOR(A/S)(ES) :SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA E M E N T A HABEAS CORPUS. SUBSTITUTIVO DO RECURSO CONSTITUCIONAL. INADEQUAÇÃO DA VIA ELEITA. FURTO. PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA. REGISTROS CRIMINAIS PRETÉRITOS. O habeas corpus tem uma rica história, constituindo garantia fundamental do cidadão. Ação constitucional que é, não pode ser o writ amesquinhado, mas também não é passível de vulgarização, sob pena de restar descaracterizado como remédio heroico. Contra a denegação de habeas corpus por Tribunal Superior prevê a Constituição Federal remédio jurídico expresso, o recurso ordinário. Diante da dicção do art. 102, II, a, da Constituição da República, a impetração de novo habeas corpus em caráter substitutivo escamoteia o instituto recursal próprio, em manifesta burla do preceito constitucional. Precedente da Primeira Turma desta Suprema Corte. A existência de registros criminais pretéritos obsta a aplicação do princípio da insignificância, consoante jurisprudência consolidada da Primeira Turma desta Suprema Corte (v.g.: HC 109.739/SP, rel. Min. Cármen Lúcia, DJe 14.02.2012; HC 110.951, rel. Min. Dias Toffoli, DJe 27.02.2012; HC 108.696 rel. Min. Dias Toffoli, DJe 20.10.2011; e HC 107.674, rel. Min. Cármen Lúcia, DJe 14.9.2011). Ressalva de entendimento pessoal da Ministra Relatora. Habeas corpus extinto sem resolução do mérito. A C Ó R D Ã O Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800537. Supremo Tribunal Federal DJe 02/10/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 15 Ementa e Acórdão HC 114.850 / MG Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Primeira Turma, sob a Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em julgar extinta a ordem de habeas corpus por inadequação da via processual, nos termos do voto da relatora. Brasília, 18 de setembro de 2012. Ministra Rosa Weber Relatora 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800537. Supremo Tribunal Federal HC 114.850 / MG Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Primeira Turma, sob a Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em julgar extinta a ordem de habeas corpus por inadequação da via processual, nos termos do voto da relatora. Brasília, 18 de setembro de 2012. Ministra Rosa Weber Relatora 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800537. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 15 Relatório 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 114.850 MINAS GERAIS RELATORA : MIN. ROSA WEBER PACTE.(S) :STENIO CELSO DA SILVA IMPTE.(S) :DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL COATOR(A/S)(ES) :SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA R E L A T Ó R I O A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Trata-se de habeas corpus impetrado pela Defensoria Pública da União em favor de Stenio Celso da Silva contra acórdão da Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça, proferido no HC 238.828/MG. O paciente foi denunciado por ter, em 28.7.2010, subtraído uma peça de lingerie no valor de R$ 50,00 (cinquenta reais), em um estabelecimento comercial localizado no centro da cidade de Guaxupé-MG, razão pela qual condenado pelo Juízo de Primeiro Grau às penas de 01 (um) ano e 06 (seis) meses de reclusão, no regime inicial fechado, e multa pela prática do crime de furto simples (art. 155, caput, do CP). Ao julgar a apelação defensiva, o Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais negou provimento ao recurso, razão pela qual impetrado o HC 238.828/MG, que foi denegado nos termos da ementa a seguir: “HABEAS CORPUS. CRIME CONTRA O PATRIMÔNIO. FURTO. ALEGAÇÃO DE CONSTRANGIMENTO ILEGAL. PLEITO PELO TRANCAMENTO DA AÇÃO. ATIPICIDADE DO FATO. PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA. IMPOSSIBILIDADE. CONDUTA DE EFETIVA OFENSIVIDADE PARA O DIREITO PENAL. REITERAÇÃO DELITIVA. PRECEDENTES. 1. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal entende que o princípio da insignificância tem como vetores a mínima ofensividade da conduta, nenhuma periculosidade social da ação, reduzido grau de reprovabilidade do comportamento e inexpressividade da lesão jurídica provocada. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800538. Supremo Tribunal Federal 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 114.850 MINAS GERAIS RELATORA : MIN. ROSA WEBER PACTE.(S) :STENIO CELSO DA SILVA IMPTE.(S) :DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL COATOR(A/S)(ES) :SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA R E L A T Ó R I O A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Trata-se de habeas corpus impetrado pela Defensoria Pública da União em favor de Stenio Celso da Silva contra acórdão da Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça, proferido no HC 238.828/MG. O paciente foi denunciado por ter, em 28.7.2010, subtraído uma peça de lingerie no valor de R$ 50,00 (cinquenta reais), em um estabelecimento comercial localizado no centro da cidade de Guaxupé-MG, razão pela qual condenado pelo Juízo de Primeiro Grau às penas de 01 (um) ano e 06 (seis) meses de reclusão, no regime inicial fechado, e multa pela prática do crime de furto simples (art. 155, caput, do CP). Ao julgar a apelação defensiva, o Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais negou provimento ao recurso, razão pela qual impetrado o HC 238.828/MG, que foi denegado nos termos da ementa a seguir: “HABEAS CORPUS. CRIME CONTRA O PATRIMÔNIO. FURTO. ALEGAÇÃO DE CONSTRANGIMENTO ILEGAL. PLEITO PELO TRANCAMENTO DA AÇÃO. ATIPICIDADE DO FATO. PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA. IMPOSSIBILIDADE. CONDUTA DE EFETIVA OFENSIVIDADE PARA O DIREITO PENAL. REITERAÇÃO DELITIVA. PRECEDENTES. 1. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal entende que o princípio da insignificância tem como vetores a mínima ofensividade da conduta, nenhuma periculosidade social da ação, reduzido grau de reprovabilidade do comportamento e inexpressividade da lesão jurídica provocada. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800538. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 15 Relatório HC 114.850 / MG 2. Este Sodalício, na mesma vertente da orientação da Excelsa Corte, reconhece a aplicação do princípio da insignificância como causa de atipicidade da conduta, desde que presentes, na hipótese, os requisitos supramencionados, condicionando o aludido reconhecimento, no entanto, à análise do comportamento do acusado, mormente se já responde a outras ações penais ou tenha praticado o delito em concurso de agentes. 3. No caso concreto, não se observa a irrelevância da conduta, tendo em vista a contumácia delitiva do réu, situação que demonstra a sua efetiva periculosidade social, exigindo a atuação por parte do Estado. 4. Ordem denegada.” Neste habeas corpus, a Defensoria Pública da União reitera a tese de aplicação do princípio da insignificância diante do pequeno valor da res furtiva, de modo a excluir a tipicidade da conduta do paciente. Indeferi a liminar. Dispensei as informações. O Ministério Público Federal manifestou-se pelo não conhecimento do habeas corpus e, em caso contrário, pela denegação da ordem, em parecer da lavra da Subprocuradora-Geral da República Cláudia Sampaio Marques. É o relatório. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800538. Supremo Tribunal Federal HC 114.850 / MG 2. Este Sodalício, na mesma vertente da orientação da Excelsa Corte, reconhece a aplicação do princípio da insignificância como causa de atipicidade da conduta, desde que presentes, na hipótese, os requisitos supramencionados, condicionando o aludido reconhecimento, no entanto, à análise do comportamento do acusado, mormente se já responde a outras ações penais ou tenha praticado o delito em concurso de agentes. 3. No caso concreto, não se observa a irrelevância da conduta, tendo em vista a contumácia delitiva do réu, situação que demonstra a sua efetiva periculosidade social, exigindo a atuação por parte do Estado. 4. Ordem denegada.” Neste habeas corpus, a Defensoria Pública da União reitera a tese de aplicação do princípio da insignificância diante do pequeno valor da res furtiva, de modo a excluir a tipicidade da conduta do paciente. Indeferi a liminar. Dispensei as informações. O Ministério Público Federal manifestou-se pelo não conhecimento do habeas corpus e, em caso contrário, pela denegação da ordem, em parecer da lavra da Subprocuradora-Geral da República Cláudia Sampaio Marques. É o relatório. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800538. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 15 Voto - MIN. ROSA WEBER 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 114.850 MINAS GERAIS V O T O I. A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): O presente habeas corpus foi impetrado contra acórdão denegatório do HC 238.828/MG proferido pelo Superior Tribunal de Justiça. Ora, contra a denegação de habeas corpus por Tribunal Superior prevê a Constituição da República remédio jurídico expresso, o recurso ordinário (art. 102, II, a). Diante da dicção constitucional não cabe, em decorrência, a utilização de novo habeas corpus, em caráter substitutivo. Esta Primeira Turma assentou tal entendimento, em 08.8.2012, ao julgar o HC 109.956 (HABEAS CORPUS - JULGAMENTO POR TRIBUNAL SUPERIOR - IMPUGNAÇÃO. A teor do disposto no artigo 102, inciso II,alínea “a”, da constituição Federal, contra decisão, proferida em processo revelador de habeas corpus, a implicar a não concessão da ordem, cabível é o recurso ordinário. Evolução quanto à admissibilidade do substitutivo do habeas corpus. PROCESSO –CRIME – DILIGÊNCIAS – INADEQUAÇÃO. Uma vez inexistente base para o implemento de diligências, cumpre ao Juízo, na condução do processo, indeferi-las. Rel. Min. Marco Aurélio, por maioria, DJe 11.9.2012), tendo a discussão se iniciado no HC 108.715, cujo julgamento ainda não foi finalizado. Ora, o habeas corpus constitui garantia fundamental prevista na Constituição da República para a tutela da liberdade de locomoção - ir, vir e permanecer -, contra prisão ou ameaça de prisão ilegal ou abusiva (art. 5.º, LXVIII). Sua origem perde-se no tempo. Na Inglaterra, o seu berço histórico, afirma-se que é mais antigo que a própria Magna Carta de 1215 (LEVY, Leonard W. Origins of the Bill of Rights . New Haven and London: Yale University Press, p. 44). Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800539. Supremo Tribunal Federal 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 114.850 MINAS GERAIS V O T O I. A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): O presente habeas corpus foi impetrado contra acórdão denegatório do HC 238.828/MG proferido pelo Superior Tribunal de Justiça. Ora, contra a denegação de habeas corpus por Tribunal Superior prevê a Constituição da República remédio jurídico expresso, o recurso ordinário (art. 102, II, a). Diante da dicção constitucional não cabe, em decorrência, a utilização de novo habeas corpus, em caráter substitutivo. Esta Primeira Turma assentou tal entendimento, em 08.8.2012, ao julgar o HC 109.956 (HABEAS CORPUS - JULGAMENTO POR TRIBUNAL SUPERIOR - IMPUGNAÇÃO. A teor do disposto no artigo 102, inciso II,alínea “a”, da constituição Federal, contra decisão, proferida em processo revelador de habeas corpus, a implicar a não concessão da ordem, cabível é o recurso ordinário. Evolução quanto à admissibilidade do substitutivo do habeas corpus. PROCESSO –CRIME – DILIGÊNCIAS – INADEQUAÇÃO. Uma vez inexistente base para o implemento de diligências, cumpre ao Juízo, na condução do processo, indeferi-las. Rel. Min. Marco Aurélio, por maioria, DJe 11.9.2012), tendo a discussão se iniciado no HC 108.715, cujo julgamento ainda não foi finalizado. Ora, o habeas corpus constitui garantia fundamental prevista na Constituição da República para a tutela da liberdade de locomoção - ir, vir e permanecer -, contra prisão ou ameaça de prisão ilegal ou abusiva (art. 5.º, LXVIII). Sua origem perde-se no tempo. Na Inglaterra, o seu berço histórico, afirma-se que é mais antigo que a própria Magna Carta de 1215 (LEVY, Leonard W. Origins of the Bill of Rights . New Haven and London: Yale University Press, p. 44). Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800539. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 15 Voto - MIN. ROSA WEBER HC 114.850 / MG Originariamente, era utilizado pelos Tribunais para determinar a apresentação de alguém, um prisioneiro, à Corte, para literalmente "ter o corpo" em Juízo, e não constituía um instrumento destinado necessariamente à salvaguarda da liberdade. Ilustrativamente, em 1554, a Queen's Bench utilizou dois habeas corpus para trazer a julgamento diversas pessoas envolvidas em rebelião, sendo identificadas nos writs notas de que os rebeldes deveriam ser enforcados (HALLIDAY, Paul D. Habeas Corpus: From England to Empire . Cambridge: Harvard University Press, 2010, p. 29). Com o tempo, porém, as Cortes inglesas, especialmente a King's Bench , começaram a utilizar o habeas corpus para avaliar a causa da prisão, liberando o preso quando reputavam a medida ilegal ou abusiva. Foi o habeas corpus o veículo para a afirmação progressiva das liberdades públicas inglesas, uma vez utilizado como instrumento contra prisões decorrentes de perseguições religiosas e políticas. Entre o rico histórico de casos, destaco apenas dois para não ser cansativa. James Somerset obteve, por meio de habeas corpus impetrado em 1771, a libertação pela King's Bench da condição de escravo por haver sido deportado da Inglaterra pelo seu proprietário sem seu consentimento (HALLIDAY, Paul D. op.cit ., p. 174-175). No Buschel's Case , de 1670, o habeas corpus foi concedido pela Court of Common Pleas para libertar jurados presos por ordem do Juiz Presidente do Júri fundada na compreensão deste de que eles haviam proferido um veredicto contrário à prova dos autos. O Buschel's Case confunde-se com o próprio nascimento do princípio da soberania dos veredictos (HALLIDAY, Paul D. op.cit. , p. 235-236, e LEVY, Leonard W. op.cit ., p. 52-53). Embora o habeas corpus constitua remédio criado pela common law, o seu prestígio ensejou-lhe posterior consagração legislativa, especialmente, no âmbito inglês, com o Habeas Corpus Act , de 1679, e, no âmbito norte- americano, com o artigo I, seção 9, da Constituição norte-americana de 1787, ainda antes da adoção das dez primeiras emendas de 1791. Interessante nesse breve relato é que, a despeito da importância histórica do instituto, confundido com a própria essência da liberdade, 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800539. Supremo Tribunal Federal HC 114.850 / MG Originariamente, era utilizado pelos Tribunais para determinar a apresentação de alguém, um prisioneiro, à Corte, para literalmente "ter o corpo" em Juízo, e não constituía um instrumento destinado necessariamente à salvaguarda da liberdade. Ilustrativamente, em 1554, a Queen's Bench utilizou dois habeas corpus para trazer a julgamento diversas pessoas envolvidas em rebelião, sendo identificadas nos writs notas de que os rebeldes deveriam ser enforcados (HALLIDAY, Paul D. Habeas Corpus: From England to Empire . Cambridge: Harvard University Press, 2010, p. 29). Com o tempo, porém, as Cortes inglesas, especialmente a King's Bench , começaram a utilizar o habeas corpus para avaliar a causa da prisão, liberando o preso quando reputavam a medida ilegal ou abusiva. Foi o habeas corpus o veículo para a afirmação progressiva das liberdades públicas inglesas, uma vez utilizado como instrumento contra prisões decorrentes de perseguições religiosas e políticas. Entre o rico histórico de casos, destaco apenas dois para não ser cansativa. James Somerset obteve, por meio de habeas corpus impetrado em 1771, a libertação pela King's Bench da condição de escravo por haver sido deportado da Inglaterra pelo seu proprietário sem seu consentimento (HALLIDAY, Paul D. op.cit ., p. 174-175). No Buschel's Case , de 1670, o habeas corpus foi concedido pela Court of Common Pleas para libertar jurados presos por ordem do Juiz Presidente do Júri fundada na compreensão deste de que eles haviam proferido um veredicto contrário à prova dos autos. O Buschel's Case confunde-se com o próprio nascimento do princípio da soberania dos veredictos (HALLIDAY, Paul D. op.cit. , p. 235-236, e LEVY, Leonard W. op.cit ., p. 52-53). Embora o habeas corpus constitua remédio criado pela common law, o seu prestígio ensejou-lhe posterior consagração legislativa, especialmente, no âmbito inglês, com o Habeas Corpus Act , de 1679, e, no âmbito norte- americano, com o artigo I, seção 9, da Constituição norte-americana de 1787, ainda antes da adoção das dez primeiras emendas de 1791. Interessante nesse breve relato é que, a despeito da importância histórica do instituto, confundido com a própria essência da liberdade, 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800539. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 15 Voto - MIN. ROSA WEBER HC 114.850 / MG não foi e não é o habeas corpus utilizado, no Direito anglo-saxão, senão diretamente contra uma prisão, decretada em processo criminal ou não (v.g. KAMISAR, Yale e outros. Modern Criminal Procedures: Cases, Comments, Questions. 10. ed. St. Paul: West Group, 2002, p. 1.585-628; TRECHSEL, Stefan. Human Rights in Criminal Proceedings . Oxford University Press, 2005, p. 462-495; GUIMARÃES, Isaac Sabbá. Habeas Corpus: críticas e perspectivas . 3. ed. Curitiba, Juruá, 2009, p. 165-81). Jamais se cogitou de sua utilização como um substitutivo de recurso no processo penal. Também em Portugal, onde o habeas corpus foi adotado apenas no século XX (Decreto-lei nº 35.043, de 20.10.1945), constitui ação destinada apenas à impugnação de uma prisão. Como já decidiu o Superior Tribunal de Justiça português, "a providência de habeas corpus destina-se tão- só a controlar a legalidade da prisão no momento em que se decide, tendo como finalidade verificar a legalidade das prisões a que os cidadãos estão sujeitos, nela não se incluindo a verificação de qualquer ilegalidade que possa ter sido cometida no processo, seja criminal ou disciplinar, nem qualquer medida contra os responsáveis por tais ilegalidades" (Acórdão de 26.04.1989, processo 10/89, BMJ 386, p. 422 - apud GUIMARÃES, Isaac Sabbá. op.cit. , p. 228-229). No Brasil, o habeas corpus tem igualmente rica história, contada em diversas obras, entre as quais a famosa de Pontes de Miranda (História e prática do habeas corpus , primeira edição de 1916). É certo que, no período colonial, não eram totalmente inexistentes remédios jurídicos para a proteção da liberdade, entre eles as assim denominadas "cartas de seguro" (por todos, STRAUS, Flávio Augusto Saraiva. A tutela da liberdade pessoal antes da instituição formal do habeas corpus no Brasil. In : PIOVESAN, Flávia e GARCIA, Maria (org.) Doutrinas essenciais: Direitos Humanos: Instrumentos e garantias de proteção . São Paulo: RT, 2011, v. 5, p. 799-51), mas somente com o habeas corpus a liberdade passou a ser assegurada por um remédio pronto, fácil e efetivo. Devido ao prestígio das instituições inglesas, o writ foi adotado, entre nós ainda no período imperial. O Código Criminal de 1830 a ele já faz referência nos arts. 183 a 188. Seu regramento,contudo, veio com o 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800539. Supremo Tribunal Federal HC 114.850 / MG não foi e não é o habeas corpus utilizado, no Direito anglo-saxão, senão diretamente contra uma prisão, decretada em processo criminal ou não (v.g. KAMISAR, Yale e outros. Modern Criminal Procedures: Cases, Comments, Questions. 10. ed. St. Paul: West Group, 2002, p. 1.585-628; TRECHSEL, Stefan. Human Rights in Criminal Proceedings . Oxford University Press, 2005, p. 462-495; GUIMARÃES, Isaac Sabbá. Habeas Corpus: críticas e perspectivas . 3. ed. Curitiba, Juruá, 2009, p. 165-81). Jamais se cogitou de sua utilização como um substitutivo de recurso no processo penal. Também em Portugal, onde o habeas corpus foi adotado apenas no século XX (Decreto-lei nº 35.043, de 20.10.1945), constitui ação destinada apenas à impugnação de uma prisão. Como já decidiu o Superior Tribunal de Justiça português, "a providência de habeas corpus destina-se tão- só a controlar a legalidade da prisão no momento em que se decide, tendo como finalidade verificar a legalidade das prisões a que os cidadãos estão sujeitos, nela não se incluindo a verificação de qualquer ilegalidade que possa ter sido cometida no processo, seja criminal ou disciplinar, nem qualquer medida contra os responsáveis por tais ilegalidades" (Acórdão de 26.04.1989, processo 10/89, BMJ 386, p. 422 - apud GUIMARÃES, Isaac Sabbá. op.cit. , p. 228-229). No Brasil, o habeas corpus tem igualmente rica história, contada em diversas obras, entre as quais a famosa de Pontes de Miranda (História e prática do habeas corpus , primeira edição de 1916). É certo que, no período colonial, não eram totalmente inexistentes remédios jurídicos para a proteção da liberdade, entre eles as assim denominadas "cartas de seguro" (por todos, STRAUS, Flávio Augusto Saraiva. A tutela da liberdade pessoal antes da instituição formal do habeas corpus no Brasil. In : PIOVESAN, Flávia e GARCIA, Maria (org.) Doutrinas essenciais: Direitos Humanos: Instrumentos e garantias de proteção . São Paulo: RT, 2011, v. 5, p. 799-51), mas somente com o habeas corpus a liberdade passou a ser assegurada por um remédio pronto, fácil e efetivo. Devido ao prestígio das instituições inglesas, o writ foi adotado, entre nós ainda no período imperial. O Código Criminal de 1830 a ele já faz referência nos arts. 183 a 188. Seu regramento,contudo, veio com o 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800539. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 15 Voto - MIN. ROSA WEBER HC 114.850 / MG Código de Processo Criminal de 1832 ("art. 340. Todo o cidadão que entender, que elle ou outrem soffre uma prisão ou constrangimento illegal, em sua liberdade, tem direito de pedir uma ordem de - Habeas-Corpus - em seu favor" ). Ainda no Império ampliou-se o cabimento do habeas corpus, que passou a ser admitido, com a promulgação da Lei nº 2.033, de 1871, também contra a ameaça de prisão (“art. 18, §1º: Tem lugar o pedido e concessão da ordem de habeas-corpus ainda quando o impetrante não tenha chegado a soffrer o constrangimento corporal, mas se veja delle ameaçado"). Já na primeira Constituição Republicana, de 1891, o habeas corpus foi constitucionalizado. E o silêncio do art. 72, §22 quanto ao objetivo de tutela apenas da liberdade de locomoção propiciou o desenvolvimento da "Doutrina brasileira do habeas corpus", que levou o writ, na ausência de outras ações constitucionais, a ser utilizado para a salvaguarda de outras liberdades que não a de locomoção, caso, v.g., do Habeas Corpus 3.536, em que concedida ordem, em 05.6.1914, por este Supremo Tribunal Federal, para garantir o direito do então Senador Ruy Barbosa a publicar os seus discursos proferidos no Senado, pela imprensa, onde, como e quando lhe convier. A memorável construção - a maior criação jurisprudencial brasileira, nos dizeres da historiadora Leda Boechat Rodrigues (História do Supremo Tribunal Federal: 1910-1926: doutrina brasileira do habeas corpus . 2. ed. Rio de Janeiro: Civilização brasileira, 1991, vol. 3, p. 17)-, chegou, contudo, ao fim em 1926, com a reforma constitucional promovida pelo Presidente Artur Bernardes, que, mediante alteração do mencionado art. 72 da Constituição de 1891, limitou o emprego do habeas corpus à tutela da liberdade de locomoção. Desde então o habeas foi contemplado em todas as Constituições republicanas, de 1934, 1937, 1946, 1967, 1969 e 1988, para a tutela da liberdade de locomoção contra violência ou coação ilegal ou abusiva. Todo esse rico histórico evidencia o caráter nobre da ação constitucional do habeas corpus, garantia fundamental que, se não pode ser amesquinhada, também não é passível de vulgarização. No dizer de Pontes de Miranda, "onde não há remédio do rito do habeas corpus, não há, não pode haver garantia segura da liberdade física" (História e prática do Habeas 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800539. Supremo Tribunal Federal HC 114.850 / MG Código de Processo Criminal de 1832 ("art. 340. Todo o cidadão que entender, que elle ou outrem soffre uma prisão ou constrangimento illegal, em sua liberdade, tem direito de pedir uma ordem de - Habeas-Corpus - em seu favor" ). Ainda no Império ampliou-se o cabimento do habeas corpus, que passou a ser admitido, com a promulgação da Lei nº 2.033, de 1871, também contra a ameaça de prisão (“art. 18, §1º: Tem lugar o pedido e concessão da ordem de habeas-corpus ainda quando o impetrante não tenha chegado a soffrer o constrangimento corporal, mas se veja delle ameaçado"). Já na primeira Constituição Republicana, de 1891, o habeas corpus foi constitucionalizado. E o silêncio do art. 72, §22 quanto ao objetivo de tutela apenas da liberdade de locomoção propiciou o desenvolvimento da "Doutrina brasileira do habeas corpus", que levou o writ, na ausência de outras ações constitucionais, a ser utilizado para a salvaguarda de outras liberdades que não a de locomoção, caso, v.g., do Habeas Corpus 3.536, em que concedida ordem, em 05.6.1914, por este Supremo Tribunal Federal, para garantir o direito do então Senador Ruy Barbosa a publicar os seus discursos proferidos no Senado, pela imprensa, onde, como e quando lhe convier. A memorável construção - a maior criação jurisprudencial brasileira, nos dizeres da historiadora Leda Boechat Rodrigues (História do Supremo Tribunal Federal: 1910-1926: doutrina brasileira do habeas corpus . 2. ed. Rio de Janeiro: Civilização brasileira, 1991, vol. 3, p. 17)-, chegou, contudo, ao fim em 1926, com a reforma constitucional promovida pelo Presidente Artur Bernardes, que, mediante alteração do mencionado art. 72 da Constituição de 1891, limitou o emprego do habeas corpus à tutela da liberdade de locomoção. Desde então o habeas foi contemplado em todas as Constituições republicanas, de 1934, 1937, 1946, 1967, 1969 e 1988, para a tutela da liberdade de locomoção contra violência ou coação ilegal ou abusiva. Todo esse rico histórico evidencia o caráter nobre da ação constitucional do habeas corpus, garantia fundamental que, se não pode ser amesquinhada, também não é passível de vulgarização. No dizer de Pontes de Miranda, "onde não há remédio do rito do habeas corpus, não há, não pode haver garantia segura da liberdade física" (História e prática do Habeas 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800539. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 15 Voto - MIN. ROSA WEBER HC 114.850 / MG Corpus . 3. ed. Campinas: Bookseller, 2007, vol. I, p. 160-161). Assim, é o habeas corpus uma garantia da liberdade de locomoção – ir, vir e permanecer -, contra violência ou coação, pressupondo, portanto, uma prisão, uma ameaça de prisão ou pelo menos alguma espécie de constrangimento físico ou moral à liberdade física. Nos últimos anos, todavia, tem se verificado um desvirtuamento da garantia constitucional. Ilustrativamente, notícia divulgada no site do Superior Tribunal de Justiça em 29.5.2011 ( "Número de habeas corpus dobra em três anos e preocupa Ministros" ) revela atingida naquela data a marca de duzentos mil habeas corpus impetrados perante aquela Corte. E, segundo os dados estatísticos disponibilizados, naquele ano nela foram distribuídos 36.125 habeas corpus, número quase equivalente ao total de processos distribuídos perante este Supremo Tribunal Federal no mesmo ano (de 38.109). Tais números só foram possíveis em virtude da prodigalização e da vulgarização do habeas corpus . Embora restrito seu cabimento, segundo a Constituição, a casos de prisão ou ameaça de prisão, passou-se a admiti-lo como substitutivo de recursos no processo penal, por vezes até mesmo sem qualquer prisão vigente ou sem ameaça senão remota de prisão. A pauta, aliás, desta Primeira Turma, com mais de uma centena de habeas corpus sobre os mais variados temas, poucos relacionados à impugnação da prisão ou efetiva ameaça de, é ilustrativa do desvirtuamento do habeas corpus. O desvirtuamento do habeas corpus também tornou sem sentido o princípio da exaustividade dos recursos no processo legal. De nada adianta a lei prever um número limitado de recursos contra decisões finais ou contra decisões interlocutórias se a jurisprudência entender, à falta de previsão do recurso, manejável o habeas corpus. A par de notório que a possibilidade de recorrer contra toda e qualquer decisão interlocutória é fatal para a duração razoável do processo também assegurada constitucionalmente, há verdadeira avalanche de habeas corpus a submeterem a mesma questão, sucessiva e até 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800539. Supremo Tribunal Federal HC 114.850 / MG Corpus . 3. ed. Campinas: Bookseller, 2007, vol. I, p. 160-161). Assim, é o habeas corpus uma garantia da liberdade de locomoção – ir, vir e permanecer -, contra violência ou coação, pressupondo, portanto, uma prisão, uma ameaça de prisão ou pelo menos alguma espécie de constrangimento físico ou moral à liberdade física. Nos últimos anos, todavia, tem se verificado um desvirtuamento da garantia constitucional. Ilustrativamente, notícia divulgada no site do Superior Tribunal de Justiça em 29.5.2011 ( "Número de habeas corpus dobra em três anos e preocupa Ministros" ) revela atingida naquela data a marca de duzentos mil habeas corpus impetrados perante aquela Corte. E, segundo os dados estatísticos disponibilizados, naquele ano nela foram distribuídos 36.125 habeas corpus, número quase equivalente ao total de processos distribuídos perante este Supremo Tribunal Federal no mesmo ano (de 38.109). Tais números só foram possíveis em virtude da prodigalização e da vulgarização do habeas corpus . Embora restrito seu cabimento, segundo a Constituição, a casos de prisão ou ameaça de prisão, passou-se a admiti-lo como substitutivo de recursos no processo penal, por vezes até mesmo sem qualquer prisão vigente ou sem ameaça senão remota de prisão. A pauta, aliás, desta Primeira Turma, com mais de uma centena de habeas corpus sobre os mais variados temas, poucos relacionados à impugnação da prisão ou efetiva ameaça de, é ilustrativa do desvirtuamento do habeas corpus. O desvirtuamento do habeas corpus também tornou sem sentido o princípio da exaustividade dos recursos no processo legal. De nada adianta a lei prever um número limitado de recursos contra decisões finais ou contra decisões interlocutórias se a jurisprudência entender, à falta de previsão do recurso, manejável o habeas corpus. A par de notório que a possibilidade de recorrer contra toda e qualquer decisão interlocutória é fatal para a duração razoável do processo também assegurada constitucionalmente, há verdadeira avalanche de habeas corpus a submeterem a mesma questão, sucessiva e até 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800539. Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 15 Voto - MIN. ROSA WEBER HC 114.850 / MG concomitantemente, a diferentes tribunais. O desvirtuamento do habeas corpus tem efeito ainda mais grave nos Tribunais Superiores, diante das funções precípuas do Superior Tribunal de Justiça - a última palavra na interpretação da lei federal – e desta Suprema Corte - a guarda da Constituição. A preservação da racionalidade do sistema processual e recursal, bem como a necessidade de assegurar a razoável duração do processo comandada no art. 5º, LXXVIII, da Carta Magna, aconselham seja retomada a função constitucional do habeas corpus, sem o seu emprego como substitutivo de recurso no processo penal. No caso do recurso ordinário contra a denegação do writ por Tribunal Superior, o uso do habeas corpus em substituição é ainda mais grave, considerada a expressa previsão do recurso no texto constitucional (art. 102, II, a, da Constituição Federal). Admitir o habes corpus como substitutivo do recurso, diante da expressa previsão constitucional, representa burla indireta ao instituto próprio, cujo manejo está à disposição do sucumbente, observados os requisitos pertinentes. Em síntese, o habeas corpus é garantia fundamental que não pode ser vulgarizada, sob pena de sua descaracterização como remédio heroico, e seu emprego não pode servir a escamotear o instituto recursal previsto no texto da Constituição. Como foi o que ocorreu no presente caso, voto por afirmar a inadequação do habeas corpus e por sua consequente extinção sem resolução do mérito. II. Como a não admissão do habeas corpus como substitutivo do recurso ordinário constitucional representa guinada da jurisprudência desta Corte, entendo que se impõe, quanto aos habeas corpus já impetrados, o exame da questão de fundo, uma vez, em tese, possível a concessão de habeas corpus de ofício diante de flagrante ilegalidade ou arbitrariedade. 6 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800539. Supremo Tribunal Federal HC 114.850 / MG concomitantemente, a diferentes tribunais. O desvirtuamento do habeas corpus tem efeito ainda mais grave nos Tribunais Superiores, diante das funções precípuas do Superior Tribunal de Justiça - a última palavra na interpretação da lei federal – e desta Suprema Corte - a guarda da Constituição. A preservação da racionalidade do sistema processual e recursal, bem como a necessidade de assegurar a razoável duração do processo comandada no art. 5º, LXXVIII, da Carta Magna, aconselham seja retomada a função constitucional do habeas corpus, sem o seu emprego como substitutivo de recurso no processo penal. No caso do recurso ordinário contra a denegação do writ por Tribunal Superior, o uso do habeas corpus em substituição é ainda mais grave, considerada a expressa previsão do recurso no texto constitucional (art. 102, II, a, da Constituição Federal). Admitir o habes corpus como substitutivo do recurso, diante da expressa previsão constitucional, representa burla indireta ao instituto próprio, cujo manejo está à disposição do sucumbente, observados os requisitos pertinentes. Em síntese, o habeas corpus é garantia fundamental que não pode ser vulgarizada, sob pena de sua descaracterização como remédio heroico, e seu emprego não pode servir a escamotear o instituto recursal previsto no texto da Constituição. Como foi o que ocorreu no presente caso, voto por afirmar a inadequação do habeas corpus e por sua consequente extinção sem resolução do mérito. II. Como a não admissão do habeas corpus como substitutivo do recurso ordinário constitucional representa guinada da jurisprudência desta Corte, entendo que se impõe, quanto aos habeas corpus já impetrados, o exame da questão de fundo, uma vez, em tese, possível a concessão de habeas corpus de ofício diante de flagrante ilegalidade ou arbitrariedade. 6 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800539. Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 15 Voto - MIN. ROSA WEBER HC 114.850 / MG No caso concreto, o cerne da controvérsia diz com a aplicação – ou não – do princípio da insignificância. Conforme relatado, o paciente foi condenado às penas de 01 (um) ano e 06 (seis) meses de reclusão, no regime inicial fechado, por ter, em 28.07.2010, subtraído uma peça de lingerie no valor de R$ 50,00 (cinquenta reais), em um estabelecimento comercial localizado no centro da cidade de Guaxupé-MG. O bem furtado foi avaliado em R$ 50,00 (dezesseis reais), ou seja, valor inferior ao do salário mínimo vigente à época dos fatos (julho de 2010), de R$ 510,00 (quinhentos e dez reais). Esta Suprema Corte, em princípio, tem admitido a aplicação do princípio da insignificância em casos envolvendo crimes de pequena dimensão. A conduta delitiva seria tão diminuta que não afetaria materialmente o bem jurídico protegido pela norma penal, sendo atípica da perspectiva material. Tal entendimento encontra-se consubstanciado em diversos acórdãos desta Suprema Corte: “A tipicidade penal não pode ser percebida como o trivial exercício de adequação do fato concreto à norma abstrata. Além da correspondência formal, para a configuração da tipicidade, é necessária análise materialmente valorativa das circunstâncias do caso concreto, no sentido de se verificar a ocorrência de alguma lesão grave, contundente e penalmente relevante do bem jurídico tutelado.” (HC 109.739/SP – Rel. Min. Carmen Lúcia – 1ª Turma do STF – un. - j. 13.12.2011 – Dje-032, de 13.02.2012) “O princípio da insignificância - que deve ser analisado em conexão com os postulados da fragmentariedade e da intervenção mínima do Estado em matéria penal - tem o sentido de excluir ou de afastar a própria tipicidade penal, examinada na perspectiva de seu caráter material. Doutrina. Tal postulado - que considera necessária, na aferição do relevo material da tipicidade penal, a presença de certos vetores, tais como (a) a mínima ofensividade da conduta do agente, (b) a nenhuma periculosidade social da ação, (c) o reduzidíssimo grau de reprovabilidade do comportamento e (d) a inexpressividade da lesão 7 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800539. Supremo Tribunal Federal HC 114.850 / MG No caso concreto, o cerne da controvérsia diz com a aplicação – ou não – do princípio da insignificância. Conforme relatado, o paciente foi condenado às penas de 01 (um) ano e 06 (seis) meses de reclusão, no regime inicial fechado, por ter, em 28.07.2010, subtraído uma peça de lingerie no valor de R$ 50,00 (cinquenta reais), em um estabelecimento comercial localizado no centro da cidade de Guaxupé-MG. O bem furtado foi avaliado em R$ 50,00 (dezesseis reais), ou seja, valor inferior ao do salário mínimo vigente à época dos fatos (julho de 2010), de R$ 510,00 (quinhentos e dez reais). Esta Suprema Corte, em princípio, tem admitido a aplicação do princípio da insignificância em casos envolvendo crimes de pequena dimensão. A conduta delitiva seria tão diminuta que não afetaria materialmente o bem jurídico protegido pela norma penal, sendo atípica da perspectiva material. Tal entendimento encontra-se consubstanciado em diversos acórdãos desta Suprema Corte: “A tipicidade penal não pode ser percebida como o trivial exercício de adequação do fato concreto à norma abstrata. Além da correspondência formal, para a configuração da tipicidade, é necessária análise materialmente valorativa das circunstâncias do caso concreto, no sentido de se verificar a ocorrência de alguma lesão grave, contundente e penalmente relevante do bem jurídico tutelado.” (HC 109.739/SP – Rel. Min. Carmen Lúcia – 1ª Turma do STF – un. - j. 13.12.2011 – Dje-032, de 13.02.2012) “O princípio da insignificância - que deve ser analisado em conexão com os postulados da fragmentariedade e da intervenção mínima do Estado em matéria penal - tem o sentido de excluir ou de afastar a própria tipicidade penal, examinada na perspectiva de seu caráter material. Doutrina. Tal postulado - que considera necessária, na aferição do relevo material da tipicidade penal, a presença de certos vetores, tais como (a) a mínima ofensividade da conduta do agente, (b) a nenhuma periculosidade social da ação, (c) o reduzidíssimo grau de reprovabilidade do comportamento e (d) a inexpressividade da lesão 7 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800539. Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 15 Voto - MIN. ROSA WEBER HC 114.850 / MG jurídica provocada - apoiou-se, em seu processo de formulação teórica, no reconhecimento de que o caráter subsidiário do sistema penal reclama e impõe, em função dos próprios objetivos por ele visados, a intervenção mínima do Poder Público.” (RHC 107264/DF – Rel. Min. Celso de Mello – 2ª Turma – un. – j. 19.04.2011 – Dje-232, de 06/12/2011) A doutrina majoritária também tem se posicionado no sentido de que o princípio da insignificância afeta a tipicidade material. Por todos, considerando a torrencial doutrina existente sobre o tema, cito o eminente e saudoso Ministro Francisco de Assis Toledo: “Note-se que a gradação qualitativa e quantitativa do injusto referida inicialmente (supra, n. 123), permite que o fato penalmente insignificante seja excluído da tipicidade penal, mas possa receber tratamento adequado – se necessário – como ilícito civil, administrativo etc., quando assim o exigirem preceitos legais ou regulamentares extrapenais.” (TOLEDO, Francisco de Assis. Princípios básicos de Direito Penal. 5ª ed. São Paulo, Saraiva, 2002, p. 134). O princípio da insignificância também pode ser invocado como decorrência dos princípios da proporcionalidade ou da razoabilidade. Impor prisão ou condenação criminal por crimes de diminuta dimensão não se justificaria por sua desproporcionalidade. Invocando a insignificância como consequência do princípio da proporcionalidade, encontram-se alguns julgados desta Corte, entre eles o seguinte da lavra do eminente Ministro Ayres Britto: “Reiteradas vezes este Supremo Tribunal Federal debateu o tema da insignificância penal. Oportunidades em que me posicionei pelo reconhecimento da insignificância penal como expressão de um necessário juízo de razoabilidade e proporcionalidade de condutas que, embora formalmente encaixadas no molde legal-punitivo, materialmente escapam desse encaixe.” (HC 109.277/SE – Rel. Min. Ayres Britto – 2ª Turma – un. – j. 13.12.2011 – DJe-036, de 17.2.2012). De todo modo, qualquer que seja a base jurídica para a aplicação do princípio da insignificância, a pontual atenuação do rigor da lei em 8 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800539. Supremo Tribunal Federal HC 114.850 / MG jurídica provocada - apoiou-se, em seu processo de formulação teórica, no reconhecimento de que o caráter subsidiário do sistema penal reclama e impõe, em função dos próprios objetivos por ele visados, a intervenção mínima do Poder Público.” (RHC 107264/DF – Rel. Min. Celso de Mello – 2ª Turma – un. – j. 19.04.2011 – Dje-232, de 06/12/2011) A doutrina majoritária também tem se posicionado no sentido de que o princípio da insignificância afeta a tipicidade material. Por todos, considerando a torrencial doutrina existente sobre o tema, cito o eminente e saudoso Ministro Francisco de Assis Toledo: “Note-se que a gradação qualitativa e quantitativa do injusto referida inicialmente (supra, n. 123), permite que o fato penalmente insignificante seja excluído da tipicidade penal, mas possa receber tratamento adequado – se necessário – como ilícito civil, administrativo etc., quando assim o exigirem preceitos legais ou regulamentares extrapenais.” (TOLEDO, Francisco de Assis. Princípios básicos de Direito Penal. 5ª ed. São Paulo, Saraiva, 2002, p. 134). O princípio da insignificância também pode ser invocado como decorrência dos princípios da proporcionalidade ou da razoabilidade. Impor prisão ou condenação criminal por crimes de diminuta dimensão não se justificaria por sua desproporcionalidade. Invocando a insignificância como consequência do princípio da proporcionalidade, encontram-se alguns julgados desta Corte, entre eles o seguinte da lavra do eminente Ministro Ayres Britto: “Reiteradas vezes este Supremo Tribunal Federal debateu o tema da insignificância penal. Oportunidades em que me posicionei pelo reconhecimento da insignificância penal como expressão de um necessário juízo de razoabilidade e proporcionalidade de condutas que, embora formalmente encaixadas no molde legal-punitivo, materialmente escapam desse encaixe.” (HC 109.277/SE – Rel. Min. Ayres Britto – 2ª Turma – un. – j. 13.12.2011 – DJe-036, de 17.2.2012). De todo modo, qualquer que seja a base jurídica para a aplicação do princípio da insignificância, a pontual atenuação do rigor da lei em 8 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800539. Inteiro Teor do Acórdão - Página 12 de 15 Voto - MIN. ROSA WEBER HC 114.850 / MG crimes de diminuta expressão é medida necessária sob pena da criação de situações de acentuada injustiça e da incômoda sensação de identificação da Justiça e do acusado com os personagens literários Inspetor Javert e Jean Valjean, da obra imortal de Victor Hugo. No caso presente, porém, não tem lugar o princípio da insignificância, segundo a compreensão desta 1ª Turma. Embora o bem furtado, avaliado em R$ 50,00 (cinquenta reais), correspondente a menos de 10% do salário mínimo vigente à época dos fatos (R$ 510,00), seja inexpressivo, as instâncias anteriores não admitiram a aplicação do princípio da bagatela pela reincidência do paciente. Da extensa folha de antecedentes criminais colacionada aos autos, infere-se que é, de fato, reincidente, tendo sido condenado em outras seis oportunidades, por decisões transitadas em julgado em 30.3.2009, 07.6.2004, 22.3.2004, 26.11.2002, 30.4.2002 e 27.12.2000. Enfatizo que a jurisprudência consolidada desta 1ª Turma compreende que “apesar de tratar-se de critério subjetivo, a reincidência deve ser excepcionada da regra para análise do princípio da insignificância, pois não está sujeita a interpretações doutrinárias e jurisprudenciais ou a análises discricionárias. O criminoso reincidente, como é o caso do ora paciente, apresenta comportamento reprovável, e sua conduta deve ser considerada materialmente típica” (HC 109.739/SP, rel. Min. Cármen Lúcia, DJe 14.02.2012). Nessa linha, representaria, o reconhecimento da insignificância para agente com registros criminais pretéritos estímulo para a prática reiterada de pequenos crimes sem punição. É o que emerge dos precedentes, v.g., HC 110.951, rel. Min. Dias Toffoli, DJe 27.02.2012; HC 108.696 rel. Min. Dias Toffoli, DJe 20.10.2011; e HC 107.674, rel. Min. Cármen Lúcia, DJe 14.9.2011. Minha visão, todavia, é diversa. Se a insignificância afeta a chamada tipicidade material, vale dizer, implica atipicidade da conduta, antecedentes criminais não se mostram aptos a inibir a aplicação do princípio no caso concreto, uma vez pertinentes a categoria dogmática estranha à tipicidade. Assim, antecedentes criminais, por maior gravidade que ostentem, não ensejam a tipificação criminal de conduta 9 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800539. Supremo Tribunal Federal HC 114.850 / MG crimes de diminuta expressão é medida necessária sob pena da criação de situações de acentuada injustiça e da incômoda sensação de identificação da Justiça e do acusado com os personagens literários Inspetor Javert e Jean Valjean, da obra imortal de Victor Hugo. No caso presente, porém, não tem lugar o princípio da insignificância, segundo a compreensão desta 1ª Turma. Embora o bem furtado, avaliado em R$ 50,00 (cinquenta reais), correspondente a menos de 10% do salário mínimo vigente à época dos fatos (R$ 510,00), seja inexpressivo, as instâncias anteriores não admitiram a aplicação do princípio da bagatela pela reincidência do paciente. Da extensa folha de antecedentes criminais colacionada aos autos, infere-se que é, de fato, reincidente, tendo sido condenado em outras seis oportunidades, por decisões transitadas em julgado em 30.3.2009, 07.6.2004, 22.3.2004, 26.11.2002, 30.4.2002 e 27.12.2000. Enfatizo que a jurisprudência consolidada desta 1ª Turma compreende que “apesar de tratar-se de critério subjetivo, a reincidência deve ser excepcionada da regra para análise do princípio da insignificância, pois não está sujeita a interpretações doutrinárias e jurisprudenciais ou a análises discricionárias. O criminoso reincidente, como é o caso do ora paciente, apresenta comportamento reprovável, e sua conduta deve ser considerada materialmente típica” (HC 109.739/SP, rel. Min. Cármen Lúcia, DJe 14.02.2012). Nessa linha, representaria, o reconhecimento da insignificância para agente com registros criminais pretéritos estímulo para a prática reiterada de pequenos crimes sem punição. É o que emerge dos precedentes, v.g., HC 110.951, rel. Min. Dias Toffoli, DJe 27.02.2012; HC 108.696 rel. Min. Dias Toffoli, DJe 20.10.2011; e HC 107.674, rel. Min. Cármen Lúcia, DJe 14.9.2011. Minha visão, todavia, é diversa. Se a insignificância afeta a chamada tipicidade material, vale dizer, implica atipicidade da conduta, antecedentes criminais não se mostram aptos a inibir a aplicação do princípio no caso concreto, uma vez pertinentes a categoria dogmática estranha à tipicidade. Assim, antecedentes criminais, por maior gravidade que ostentem, não ensejam a tipificação criminal de conduta 9 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800539. Inteiro Teor do Acórdão - Página 13 de 15 Voto - MIN. ROSA WEBER HC 114.850 / MG que, pela insignificância da ofensa perpetrada ao bem jurídico protegido, não lhe tenha causado lesão de relevo. Com a devida vênia, a vida pregressa do indivíduo não se mostra hábil a transformar em crime fato que, pelo dano insignificante causado ao bem jurídico objeto da tutela penal, materialmente não se subsume no tipo previsto em lei. Acato, todavia, a firme orientação desta Turma no que não admite a aplicação do princípio da bagatela quando o recorrente possui registros criminais pretéritos, limitando-me a ressalvar minha posição pessoal quanto ao tema. Em síntese, no presente caso, diante da reincidência do paciente não tem lugar o princípio da insignificância. Nesse contexto, não se justifica a concessão da ordem de ofício. III. Ante o exposto, voto pela extinção do habeas corpus sem julgamento de mérito, por inadequação como substitutivo do recurso constitucional. 10 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800539. Supremo Tribunal Federal HC 114.850 / MG que, pela insignificância da ofensa perpetrada ao bem jurídico protegido, não lhe tenha causado lesão de relevo. Com a devida vênia, a vida pregressa do indivíduo não se mostra hábil a transformar em crime fato que, pelo dano insignificante causado ao bem jurídico objeto da tutela penal, materialmente não se subsume no tipo previsto em lei. Acato, todavia, a firme orientação desta Turma no que não admite a aplicação do princípio da bagatela quando o recorrente possui registros criminais pretéritos, limitando-me a ressalvar minha posição pessoal quanto ao tema. Em síntese, no presente caso, diante da reincidência do paciente não tem lugar o princípio da insignificância. Nesse contexto, não se justifica a concessão da ordem de ofício. III. Ante o exposto, voto pela extinção do habeas corpus sem julgamento de mérito, por inadequação como substitutivo do recurso constitucional. 10 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800539. Inteiro Teor do Acórdão - Página 14 de 15 Decisão de Julgamento PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA HABEAS CORPUS 114.850 PROCED. : MINAS GERAIS RELATORA : MIN. ROSA WEBER PACTE.(S) : STENIO CELSO DA SILVA IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA Decisão: A Turma julgou extinta a ordem de habeas corpus por inadequação da via processual, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 18.9.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de Almeida. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2848592 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA HABEAS CORPUS 114.850 PROCED. : MINAS GERAIS RELATORA : MIN. ROSA WEBER PACTE.(S) : STENIO CELSO DA SILVA IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA Decisão: A Turma julgou extinta a ordem de habeas corpus por inadequação da via processual, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 18.9.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de Almeida. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2848592 Inteiro Teor do Acórdão - Página 15 de 15
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=2857559
2012-09-18T00:00:00
2012-10-02T00:00:00
A Turma julgou extinta a ordem de habeas corpus por inadequação da via processual, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 18.9.2012.
HABEAS CORPUS
E M E N T A HABEAS CORPUS. SUBSTITUTIVO DO RECURSO CONSTITUCIONAL. INADEQUAÇÃO DA VIA ELEITA. FURTO. PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA. REGISTROS CRIMINAIS PRETÉRITOS. O habeas corpus tem uma rica história, constituindo garantia fundamental do cidadão. Ação constitucional que é, não pode ser o writ amesquinhado, mas também não é passível de vulgarização, sob pena de restar descaracterizado como remédio heroico. Contra a denegação de habeas corpus por Tribunal Superior prevê a Constituição Federal remédio jurídico expresso, o recurso ordinário. Diante da dicção do art. 102, II, a, da Constituição da República, a impetração de novo habeas corpus em caráter substitutivo escamoteia o instituto recursal próprio, em manifesta burla do preceito constitucional. Precedente da Primeira Turma desta Suprema Corte. A existência de registros criminais pretéritos obsta a aplicação do princípio da insignificância, consoante jurisprudência consolidada da Primeira Turma desta Suprema Corte (v.g.: HC 109.739/SP, rel. Min. Cármen Lúcia, DJe 14.02.2012; HC 110.951, rel. Min. Dias Toffoli, DJe 27.02.2012; HC 108.696 rel. Min. Dias Toffoli, DJe 20.10.2011; e HC 107.674, rel. Min. Cármen Lúcia, DJe 14.9.2011). Ressalva de entendimento pessoal da Ministra Relatora. Habeas corpus extinto sem resolução do mérito.
sjur215680
- Acórdãos citados: HC 3536, RHC 107264, HC 107674, HC 108696, HC 108715, HC 109277, HC 109739, HC 109956, HC 110951. - Veja HC 238828 do STJ. - Legislação estrangeira citada: Magna Carta de 1215 da Inglaterra, Habeas Corpus Act, de 1679, artigo I, seção 9, da Constituição norte-americana de 1787, Decreto-lei nº 35.043, de 20.10.1945 de Portugual e Acórdão de 26.04.1989, processo 10/89, BMJ 386, p. 422 do Superior Tribunal de Justiça português. - Decisões estrangeiras citadas: Caso James Somerset da King's Bench; Buschel's Case da Court of Commom Pleas, de 1670. Número de páginas: 15. Análise: 15/10/2012, SEV. Revisão: 05/11/2012, IMC.
ROSA WEBER
Primeira Turma
114850
[ "LEG-IMP LEI-089313 ANO-1830\r\n ART-00183 ART-00184 ART-00185 ART-00186\r\n ART-00187 ART-00188 \r\n CCI-1830 CODIGO CRIMINAL DO IMPERIO DO BRAZIL\r\n", "LEG-IMP LEI ANO-1832\r\n ART-00340 \r\n CÓDIGO DE PROCESSO CRIMINAL\r\n", "LEG-IMP LIM-002033 ANO-1871\r\n ART-00018 PAR-00001 \r\n LEI DO IMPÉRIO\r\n", "LEG-FED CF ANO-1891\r\n ART-00072 PAR-00022 \r\n ART-00072 PAR-00022 REDAÇÃO DADA PELA EMC-3/1926 \r\n CF-1891 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n", "LEG-FED EMC-000003 ANO-1926\r\n EMENDA CONSTITUCIONAL \r\n", "LEG-FED CF ANO-1934\r\n CF-1934 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n", "LEG-FED CF ANO-1937\r\n CF-1937 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n", "LEG-FED CF ANO-1946\r\n CF-1946 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n", "LEG-FED CF ANO-1967\r\n CF-1967 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n", "LEG-FED EMC-000001 ANO-1969\r\n EMENDA CONSTITUCIONAL\r\n", "LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00005 INC-00068 INC-00078 ART-00102\r\n INC-00002 LET-A \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n", "LEG-FED DEL-002848 ANO-1940\r\n ART-00059 ART-00157 PAR-00002 INC-00001\r\n CP-1940 CÓDIGO PENAL" ]
HC
acordaos
HC 114850
[ "" ]
PACTE.(S) : STENIO CELSO DA SILVA IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
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{ "JURISPRUDENCIA": [ "HABEAS CORPUS 114 . 850", "HC 109 . 739 / SP", "HC 110 . 951", "HC 108 . 696", "HC 107 . 674", "HC 114 . 850 / MG", "HC 114 . 850 / MG", "HABEAS CORPUS 114 . 850 MINAS", "HC 238 . 828 / MG", "HC 238 . 828 / MG", "HABEAS CORPUS 114 . 850", "HC 238 . 828 / MG", "HC 238 . 828 / MG", "HC 114 . 850 / MG", "HC 114 . 850 / MG", "HABEAS CORPUS 114 . 850", "HC 238 . 828 / MG", "HC 109 . 956", "HC 108 . 715", "HABEAS CORPUS 114 . 850", "HC 238 . 828 / MG", "HC 109 . 956", "HC 108 . 715", "HC 114 . 850 / MG", "HC 114 . 850 / MG", "HC 114 . 850 / MG", "HC 114 . 850 / MG", "HC 114 . 850 / MG", "Habeas Corpus 3 . 536", "HC 114 . 850 / MG", "Habeas Corpus 3 . 536", "HC 114 . 850 / MG", "HC 114 . 850 / MG Corpus", "HC 114 . 850 / MG", "HC 114 . 850 / MG", "HC 109 . 739 / SP", "HC 114 . 850 / MG", "HC 109 . 739 / SP", "HC 114 . 850 / MG", "RHC 107264 / DF", "HC 109 . 277 / SE", "HC 114 . 850 / MG", "RHC 107264 / DF", "HC 109 . 277 / SE", "HC 114 . 850 / MG", "HC 109 . 739 / SP", "HC 110 . 951", "HC 108 . 696", "HC 107 . 674", "HC 114 . 850 / MG", "HC 109 . 739 / SP", "HC 110 . 951", "HC 108 . 696", "HC 107 . 674", "HC 114 . 850 / MG", "HC 114 . 850 / MG", "HABEAS CORPUS 114 . 850", "HABEAS CORPUS 114 . 850" ], "LEGISLACAO": [ "Constituição Federal", "art . 102 , II , a , da Constituição da República", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 155 , caput , do CP", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 155 , caput , do CP", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Constituição da República", "artigo 102 , inciso II , alínea “ a ” , da constituição Federal", "Constituição da República", "Magna Carta de 1215", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Constituição da República", "artigo 102 , inciso II , alínea “ a ” , da constituição Federal", "Constituição da República", "Magna Carta de 1215", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "artigo I , seção 9 , da Constituição norte - americana de 1787", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "artigo I , seção 9 , da Constituição norte - americana de 1787", "MP n°", "Decreto", "-", "lei [UNK] 35 . 043", "Código Criminal de 1830", "MP n° 2 . 200 - 2 /", "Decreto", "-", "lei [UNK] 35 . 043", "Código Criminal de 1830", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Código de Processo Criminal de 1832", "Lei [UNK] 2 . 033", "Constituição Republicana", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Código de Processo Criminal de 1832", "Lei [UNK] 2 . 033", "Constituição Republicana", "art . 72 da Constituição de 1891", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Constituição", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Constituição", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Constituição", "art . [UNK] , LXXVIII , da Carta Magna", "art . 102 , II , a , da Constituição Federal", "Constituição", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Constituição", "art . [UNK] , LXXVIII , da Carta Magna", "art . 102 , II , a , da Constituição Federal", "Constituição", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001" ], "LOCAL": [ "MINAS GERAIS", "Brasília", "Brasília", "Guaxupé - MG", "Guaxupé - MG", "Inglaterra", "New", "Haven", "London", "Inglaterra", "New", "Haven and", "London", "Cambridge", "Cambridge", "St", ". Paul", "Curitiba", "Portugal", "Brasil", "Brasil", "São Paulo", "St", ". Paul", "Curitiba", "Portugal", "Brasil", "Brasil", "São Paulo", "Rio de Janeiro", "Rio de Janeiro", "Campinas", "Campinas", "cidade", "de", "Guaxupé", "-", "MG", "cidade de", "Guaxupé", "-", "MG", "São Paulo", "São Paulo", "MINAS GERAIS", "MINAS GERAIS" ], "ORGANIZACAO": [ "PRIMEIRA TURMA", "DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO", "SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA", "Primeira Turma", "Primeira Turma", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Primeira", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Primeira", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "PRIMEIRA TURMA", "DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO", "SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA", "Defensoria Pública da União", "Quinta Turma do Superior Tribunal de 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Barbosa", "Leda Boechat Rodrigues", "Artur Bernardes", "Pontes de Miranda", "Ruy Barbosa", "Leda Boechat Rodrigues", "Artur Bernardes", "Pontes de Miranda", "ROSA WEBER", "ROSA WEBER", "ROSA WEBER", "Carmen Lúcia", "Carmen Lúcia", "ROSA WEBER", "Celso de Mello", "Francisco de Assis Toledo", "TOLEDO , Francisco de Assis", "Ayres Britto", "Ayres Britto", "Celso de Mello", "Francisco de Assis Toledo", "TOLEDO , Francisco de Assis", "Ayres Britto", "Ayres Britto", "ROSA WEBER", "Javert", "Jean Valjean", "Victor", "Cármen Lúcia", "Dias Toffoli", "Dias Toffoli", "Cármen Lúcia", "Inspetor", "Jean Valjean", "Victor", "Cármen Lúcia", "Dias Toffoli", "Dias Toffoli", "Cármen Lúcia", "ROSA WEBER", "ROSA WEBER", "STENIO CELSO DA SILVA", "Dias Toffoli", "Dias Toffoli", "Marco Aurélio", "Luiz Fux", "Rosa Weber", "Edson Oliveira de Almeida", "Carmen Lilian Oliveira de Souza", "ROSA WEBER", "STENIO CELSO DA SILVA", "Dias Toffoli", "Dias Toffoli", "Marco Aurélio", "Luiz Fux", "Rosa Weber", "Edson 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Ementa e Acórdão 16/10/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 855.514 SANTA CATARINA RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI AGTE.(S) :UNIÃO MOTORES ELÉTRICOS LTDA ADV.(A/S) :JOSÉ MANUEL FREITAS DA SILVA AGDO.(A/S) :UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO FISCAL. PENHORA. LEI N. 6.830/80. IMPOSSIBILIDADE DE ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. ART. 5º, LV, DA CF. OFENSA REFLEXA. VIOLAÇÃO AO ART. 93, IX, DA CF. INOCORRÊNCIA. AGRAVO IMPROVIDO. I - É inadmissível o recurso extraordinário quando sua análise implica rever a interpretação de norma infraconstitucional que fundamenta a decisão a quo . A afronta à Constituição, se ocorrente, seria indireta. II - Esta Corte firmou orientação no sentido de ser inadmissível, em regra, a interposição de recurso extraordinário para discutir matéria relacionada à ofensa aos princípios constitucionais da ampla defesa e do contraditório, quando a verificação dessa alegação depender de exame prévio de legislação infraconstitucional, por configurar situação de ofensa reflexa ao texto constitucional. Precedentes. III - Não há contrariedade ao art. 93, IX, da Constituição, quando o acórdão recorrido encontra-se suficientemente fundamentado. Precedentes. IV - Agravo regimental improvido. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2974749. Supremo Tribunal Federal DJe 09/11/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 8 Ementa e Acórdão AI 855.514 AGR / SC julgamentos e das notas taquigráficas, por unanimidade, negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. Brasília, 16 de outubro de 2012. RICARDO LEWANDOWSKI – PRESIDENTE E RELATOR 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2974749. Supremo Tribunal Federal AI 855.514 AGR / SC julgamentos e das notas taquigráficas, por unanimidade, negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. Brasília, 16 de outubro de 2012. RICARDO LEWANDOWSKI – PRESIDENTE E RELATOR 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2974749. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 8 Relatório 16/10/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 855.514 SANTA CATARINA RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI AGTE.(S) :UNIÃO MOTORES ELÉTRICOS LTDA ADV.(A/S) :JOSÉ MANUEL FREITAS DA SILVA AGDO.(A/S) :UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Trata-se de agravo regimental interposto contra decisão que negou seguimento a agravo de instrumento. Eis o teor da decisão agravada: “Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário interposto de acórdão, cuja ementa segue transcrita: 'EXECUÇÃO FISCAL. PENHORA. APÓLICES DA DÍVIDA PÚBLICA. AUSÊNCIA DE LIQUIDEZ E CERTEZA E NOTÓRIA DIFICULDADE DE COMERCIALIZAÇÃO. As apólices da Dívida Pública são impróprias à garantia do processo de execução fiscal' (fl. 110). No RE fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se ofensa aos arts. 5º, caput, II e LV, 6º, 93, IX, e 170, caput e III, da mesma Carta. O agravo não merece acolhida. A jurisprudência desta Corte firmou-se no sentido de que, em regra, a alegação de ofensa aos princípios da ampla defesa e do contraditório, quando dependente de exame prévio de normas infraconstitucionais, configura situação de ofensa reflexa ao texto constitucional, o que impede o cabimento do recurso extraordinário. Nesse sentido, cito as seguintes decisões: AI 778.923-AgR/RJ, Rel. Min. Cármen Lúcia; AI 596.568-AgR/GO, Rel. Min. Dias Toffoli; AI 806.313-AgR/RN, Rel. Min. Ayres Britto; AI 727.420-AgR/DF, Rel. Min. Joaquim Barbosa; AI 795.489- Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2974750. Supremo Tribunal Federal 16/10/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 855.514 SANTA CATARINA RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI AGTE.(S) :UNIÃO MOTORES ELÉTRICOS LTDA ADV.(A/S) :JOSÉ MANUEL FREITAS DA SILVA AGDO.(A/S) :UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Trata-se de agravo regimental interposto contra decisão que negou seguimento a agravo de instrumento. Eis o teor da decisão agravada: “Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário interposto de acórdão, cuja ementa segue transcrita: 'EXECUÇÃO FISCAL. PENHORA. APÓLICES DA DÍVIDA PÚBLICA. AUSÊNCIA DE LIQUIDEZ E CERTEZA E NOTÓRIA DIFICULDADE DE COMERCIALIZAÇÃO. As apólices da Dívida Pública são impróprias à garantia do processo de execução fiscal' (fl. 110). No RE fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se ofensa aos arts. 5º, caput, II e LV, 6º, 93, IX, e 170, caput e III, da mesma Carta. O agravo não merece acolhida. A jurisprudência desta Corte firmou-se no sentido de que, em regra, a alegação de ofensa aos princípios da ampla defesa e do contraditório, quando dependente de exame prévio de normas infraconstitucionais, configura situação de ofensa reflexa ao texto constitucional, o que impede o cabimento do recurso extraordinário. Nesse sentido, cito as seguintes decisões: AI 778.923-AgR/RJ, Rel. Min. Cármen Lúcia; AI 596.568-AgR/GO, Rel. Min. Dias Toffoli; AI 806.313-AgR/RN, Rel. Min. Ayres Britto; AI 727.420-AgR/DF, Rel. Min. Joaquim Barbosa; AI 795.489- Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2974750. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 8 Relatório AI 855.514 AGR / SC AgR/SP, Rel. Min. Celso de Mello; AI 755.879-AgR/SP, Rel. Min. Gilmar Mendes; AI 756.336-AgR/MG, Rel. Min. Ellen Gracie; AI 508.047-AgR/RJ, Rel. Min. Cezar Peluso; AI 723.935-AgR/GO, Rel. Min. Eros Grau. Ademais, o acórdão recorrido decidiu a questão posta nos autos com fundamento na interpretação da legislação infraconstitucional aplicável à espécie (Lei 6.830/1980). Dessa forma, o exame da alegada ofensa ao texto constitucional envolve a reanálise da interpretação dada àquela norma pelo juízo a quo. A afronta à Constituição, se ocorrente, seria indireta. Incabível, portanto, o recurso extraordinário. Nesse sentido, menciono as seguintes decisões, entre outras: 'AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO FISCAL. PENHORA. LEI N. 6.830/80. IMPOSSIBILIDADE DE ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. Imposição de multa de 5% do valor corrigido da causa. Aplicação do art. 557, § 2º, c/c arts. 14, inc. II e III, e 17, inc. VII, do Código de Processo Civil' (AI 740.001-AgR/SP, Rel. Min. Cármen Lúcia). 'CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. PREQUESTIONAMENTO. AUSÊNCIA. EXECUÇÃO FISCAL. PENHORA. SUBSTITUIÇÃO DE BENS. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA REFLEXA. AGRAVO IMPROVIDO. I - Ausência de prequestionamento da questão constitucional suscitada. Incidência da Súmula 282 do STF. Não opostos embargos de declaração para suprir a omissão (Súmula 356 do STF). II - O acórdão recorrido decidiu a questão com base na legislação infraconstitucional (Lei 6.830/80). A afronta à Constituição, se ocorrente, seria indireta. III - O acórdão não julgou válida lei ou ato de governo local contestado em face da Constituição, incabível, portanto, o conhecimento do recurso pela alínea c, do art. 102, III, da CF. IV - Agravo regimental improvido' (AI 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2974750. Supremo Tribunal Federal AI 855.514 AGR / SC AgR/SP, Rel. Min. Celso de Mello; AI 755.879-AgR/SP, Rel. Min. Gilmar Mendes; AI 756.336-AgR/MG, Rel. Min. Ellen Gracie; AI 508.047-AgR/RJ, Rel. Min. Cezar Peluso; AI 723.935-AgR/GO, Rel. Min. Eros Grau. Ademais, o acórdão recorrido decidiu a questão posta nos autos com fundamento na interpretação da legislação infraconstitucional aplicável à espécie (Lei 6.830/1980). Dessa forma, o exame da alegada ofensa ao texto constitucional envolve a reanálise da interpretação dada àquela norma pelo juízo a quo. A afronta à Constituição, se ocorrente, seria indireta. Incabível, portanto, o recurso extraordinário. Nesse sentido, menciono as seguintes decisões, entre outras: 'AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO FISCAL. PENHORA. LEI N. 6.830/80. IMPOSSIBILIDADE DE ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. Imposição de multa de 5% do valor corrigido da causa. Aplicação do art. 557, § 2º, c/c arts. 14, inc. II e III, e 17, inc. VII, do Código de Processo Civil' (AI 740.001-AgR/SP, Rel. Min. Cármen Lúcia). 'CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. PREQUESTIONAMENTO. AUSÊNCIA. EXECUÇÃO FISCAL. PENHORA. SUBSTITUIÇÃO DE BENS. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA REFLEXA. AGRAVO IMPROVIDO. I - Ausência de prequestionamento da questão constitucional suscitada. Incidência da Súmula 282 do STF. Não opostos embargos de declaração para suprir a omissão (Súmula 356 do STF). II - O acórdão recorrido decidiu a questão com base na legislação infraconstitucional (Lei 6.830/80). A afronta à Constituição, se ocorrente, seria indireta. III - O acórdão não julgou válida lei ou ato de governo local contestado em face da Constituição, incabível, portanto, o conhecimento do recurso pela alínea c, do art. 102, III, da CF. IV - Agravo regimental improvido' (AI 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2974750. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 8 Relatório AI 855.514 AGR / SC 669.655-AgR/SP, de minha relatoria). Ressalte-se, ainda, que este Tribunal entende não ser cabível a interposição de recurso extraordinário por contrariedade ao princípio da legalidade quando o exame da ofensa envolva a reanálise de interpretação dada à norma infraconstitucional pelo juízo a quo (Súmula 636 do STF). Por fim, a exigência do art. 93, IX, da Constituição não impõe seja a decisão exaustivamente fundamentada. O que se busca é que o julgador indique de forma clara as razões de seu convencimento, tal como ocorreu. Isso posto, nego seguimento ao recurso (CPC, art. 557, caput)” (fls. 190-192). A agravante sustenta, em suma, que “(...) a decisão foi carente de fundamentação, já que não se encontram os mínimos requisitos que demonstrem o porquê da aplicação de determinada norma, e se o caso concreto enquadra-se na hipótese por ela descrita. Não demonstra também, convencimento de serem aqueles títulos imprestáveis” (fl. 216 – grifos no original). É o relatório. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2974750. Supremo Tribunal Federal AI 855.514 AGR / SC 669.655-AgR/SP, de minha relatoria). Ressalte-se, ainda, que este Tribunal entende não ser cabível a interposição de recurso extraordinário por contrariedade ao princípio da legalidade quando o exame da ofensa envolva a reanálise de interpretação dada à norma infraconstitucional pelo juízo a quo (Súmula 636 do STF). Por fim, a exigência do art. 93, IX, da Constituição não impõe seja a decisão exaustivamente fundamentada. O que se busca é que o julgador indique de forma clara as razões de seu convencimento, tal como ocorreu. Isso posto, nego seguimento ao recurso (CPC, art. 557, caput)” (fls. 190-192). A agravante sustenta, em suma, que “(...) a decisão foi carente de fundamentação, já que não se encontram os mínimos requisitos que demonstrem o porquê da aplicação de determinada norma, e se o caso concreto enquadra-se na hipótese por ela descrita. Não demonstra também, convencimento de serem aqueles títulos imprestáveis” (fl. 216 – grifos no original). É o relatório. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2974750. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 8 Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI 16/10/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 855.514 SANTA CATARINA V O T O O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Bem reexaminada a questão, verifica-se que a decisão ora atacada não merece reforma, visto que a recorrente não aduz argumentos capazes de afastar as razões nela expendidas. Como afirmado no julgado impugnado, o Tribunal de origem dirimiu a matéria atinente à imprestabilidade do bem oferecido em garantia com fundamento na análise da legislação infraconstitucional pertinente (Lei 6.830/80). Assim, firmar entendimento diverso implicaria em revisão da interpretação conferida àquela legislação pela instância ordinária. Eventual violação ao texto constitucional se daria de forma meramente reflexa, circunstância que torna inviável o recurso extraordinário. Nesse sentido, além dos precedentes citados na decisão agravada, menciono, ainda, os seguintes: “AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO FISCAL. NOMEAÇÃO DE BEM À PENHORA. LEI N. 6.830/80. IMPOSSIBILIDADE DE ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. FUNDAMENTAÇÃO DEFICIENTE: RAZÕES DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO DISSOCIADAS DA MATÉRIA TRATADA NO JULGADO RECORRIDO. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 284 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (AI 782.702-AgR/RS, Rel. Min. Cármen Lúcia, Primeira Turma). “Agravo regimental em agravo de instrumento. 2. Processo civil. Execução fiscal. Penhora. Substituição de bem. Matéria infraconstitucional. Precedentes. 3. Agravo regimental a que se nega Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2974751. Supremo Tribunal Federal 16/10/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 855.514 SANTA CATARINA V O T O O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Bem reexaminada a questão, verifica-se que a decisão ora atacada não merece reforma, visto que a recorrente não aduz argumentos capazes de afastar as razões nela expendidas. Como afirmado no julgado impugnado, o Tribunal de origem dirimiu a matéria atinente à imprestabilidade do bem oferecido em garantia com fundamento na análise da legislação infraconstitucional pertinente (Lei 6.830/80). Assim, firmar entendimento diverso implicaria em revisão da interpretação conferida àquela legislação pela instância ordinária. Eventual violação ao texto constitucional se daria de forma meramente reflexa, circunstância que torna inviável o recurso extraordinário. Nesse sentido, além dos precedentes citados na decisão agravada, menciono, ainda, os seguintes: “AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO FISCAL. NOMEAÇÃO DE BEM À PENHORA. LEI N. 6.830/80. IMPOSSIBILIDADE DE ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. FUNDAMENTAÇÃO DEFICIENTE: RAZÕES DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO DISSOCIADAS DA MATÉRIA TRATADA NO JULGADO RECORRIDO. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 284 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (AI 782.702-AgR/RS, Rel. Min. Cármen Lúcia, Primeira Turma). “Agravo regimental em agravo de instrumento. 2. Processo civil. Execução fiscal. Penhora. Substituição de bem. Matéria infraconstitucional. Precedentes. 3. Agravo regimental a que se nega Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2974751. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 8 Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI AI 855.514 AGR / SC provimento” (AI 742.333-AgR/RJ, Rel. Min. Gilmar Mendes, Segunda Turma). Cumpre ressaltar que esta Corte firmou orientação no sentido de ser inadmissível, em regra, a interposição de recurso extraordinário para discutir matéria relacionada à ofensa aos princípios constitucionais da ampla defesa e do contraditório, quando a verificação dessa alegação depender de exame prévio de legislação infraconstitucional, por configurar situação de ofensa reflexa ao texto constitucional. Nesse sentido, cito as seguintes decisões: AI 778.923-AgR/RJ, Rel. Min. Cármen Lúcia; AI 596.568-AgR/GO, Rel. Min. Dias Toffoli; AI 806.313-AgR/RN, Rel. Min. Ayres Britto; AI 727.420-AgR/DF, Rel. Min. Joaquim Barbosa; AI 795.489-AgR/SP, Rel. Min. Celso de Mello; AI 755.879-AgR/SP, Rel. Min. Gilmar Mendes; AI 756.336-AgR/MG, Rel. Min. Ellen Gracie; AI 508.047- AgR/RJ, Rel. Min. Cezar Peluso; AI 723.935-AgR/GO, Rel. Min. Eros Grau. Por fim, não há que falar em contrariedade ao art. 93, IX, da Constituição, quando o acórdão recorrido encontra-se suficientemente fundamentado. Nesse sentido, cito os seguintes precedentes, entre outros: AI 816.457-AgR/MT, Rel. Min. Ellen Gracie; AI 701.567-AgR/SP, Rel. Min. Dias Toffoli; AI 712.670-AgR/MG, Rel. Min. Joaquim Barbosa; RE 430.637- AgR/PR, Rel. Min. Carlos Velloso; AI 812.481-AgR/RJ, de minha relatoria. Isso posto, nego provimento ao agravo regimental. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2974751. Supremo Tribunal Federal AI 855.514 AGR / SC provimento” (AI 742.333-AgR/RJ, Rel. Min. Gilmar Mendes, Segunda Turma). Cumpre ressaltar que esta Corte firmou orientação no sentido de ser inadmissível, em regra, a interposição de recurso extraordinário para discutir matéria relacionada à ofensa aos princípios constitucionais da ampla defesa e do contraditório, quando a verificação dessa alegação depender de exame prévio de legislação infraconstitucional, por configurar situação de ofensa reflexa ao texto constitucional. Nesse sentido, cito as seguintes decisões: AI 778.923-AgR/RJ, Rel. Min. Cármen Lúcia; AI 596.568-AgR/GO, Rel. Min. Dias Toffoli; AI 806.313-AgR/RN, Rel. Min. Ayres Britto; AI 727.420-AgR/DF, Rel. Min. Joaquim Barbosa; AI 795.489-AgR/SP, Rel. Min. Celso de Mello; AI 755.879-AgR/SP, Rel. Min. Gilmar Mendes; AI 756.336-AgR/MG, Rel. Min. Ellen Gracie; AI 508.047- AgR/RJ, Rel. Min. Cezar Peluso; AI 723.935-AgR/GO, Rel. Min. Eros Grau. Por fim, não há que falar em contrariedade ao art. 93, IX, da Constituição, quando o acórdão recorrido encontra-se suficientemente fundamentado. Nesse sentido, cito os seguintes precedentes, entre outros: AI 816.457-AgR/MT, Rel. Min. Ellen Gracie; AI 701.567-AgR/SP, Rel. Min. Dias Toffoli; AI 712.670-AgR/MG, Rel. Min. Joaquim Barbosa; RE 430.637- AgR/PR, Rel. Min. Carlos Velloso; AI 812.481-AgR/RJ, de minha relatoria. Isso posto, nego provimento ao agravo regimental. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2974751. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 8 Decisão de Julgamento SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 855.514 PROCED. : SANTA CATARINA RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI AGTE.(S) : UNIÃO MOTORES ELÉTRICOS LTDA ADV.(A/S) : JOSÉ MANUEL FREITAS DA SILVA AGDO.(A/S) : UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. 2ª Turma, 16.10.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Subprocurador-Geral da República, Dr. Mário José Gisi. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3052267 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 855.514 PROCED. : SANTA CATARINA RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI AGTE.(S) : UNIÃO MOTORES ELÉTRICOS LTDA ADV.(A/S) : JOSÉ MANUEL FREITAS DA SILVA AGDO.(A/S) : UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. 2ª Turma, 16.10.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Subprocurador-Geral da República, Dr. Mário José Gisi. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3052267 Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 8
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3071660
2012-10-16T00:00:00
2012-11-09T00:00:00
A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. 2ª Turma, 16.10.2012.
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO
Ementa: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO FISCAL. PENHORA. LEI N. 6.830/80. IMPOSSIBILIDADE DE ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. ART. 5º, LV, DA CF. OFENSA REFLEXA. VIOLAÇÃO AO ART. 93, IX, DA CF. INOCORRÊNCIA. AGRAVO IMPROVIDO. I - É inadmissível o recurso extraordinário quando sua análise implica rever a interpretação de norma infraconstitucional que fundamenta a decisão a quo . A afronta à Constituição, se ocorrente, seria indireta. II - Esta Corte firmou orientação no sentido de ser inadmissível, em regra, a interposição de recurso extraordinário para discutir matéria relacionada à ofensa aos princípios constitucionais da ampla defesa e do contraditório, quando a verificação dessa alegação depender de exame prévio de legislação infraconstitucional, por configurar situação de ofensa reflexa ao texto constitucional. Precedentes. III - Não há contrariedade ao art. 93, IX, da Constituição, quando o acórdão recorrido encontra-se suficientemente fundamentado. Precedentes. IV - Agravo regimental improvido.
sjur218311
- Acórdãos citados: (OFENSA REFLEXA) STF: AI 778923 AgR (1ªT), AI 596568 AgR (1ªT), AI 806313 AgR (2ªT), AI 727420 AgR (2ªT), AI 795489 AgR (2ªT), AI 755879 AgR (2ªT), AI 756336 AgR (1ªT), AI 508047 AgR (2ªT), AI 723935 AgR (2ªT), AI 782702 AgR (1ªT), AI 742333 AgR (2ªT); (FUNDAMENTAÇÃO SUFICIENTE) STF: AI 816457 AgR (2ªT), AI 701567 AgR (1ªT), AI 712670 AgR (2ªT), RE 430637 AgR (2ªT), AI 812481 AgR (1ªT). Número de páginas: 8. Análise: 20/11/2012, MAC.
RICARDO LEWANDOWSKI
Segunda Turma
855514
[ "LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00005 INC-00055 ART-00093 INC-00009\r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n\r\n", "LEG-FED LEI-006830 ANO-1980\r\n LEI ORDINÁRIA" ]
AI-AgR
acordaos
AI 855514 AgR
[ "" ]
AGDO.(A/S) : UNIÃO ADV.(A/S) : JOSÉ MANUEL FREITAS DA SILVA PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL AGTE.(S) : UNIÃO MOTORES ELÉTRICOS LTDA
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "AGRAVO DE INSTRUMENTO 855 . 514", "AI 855 . 514 AGR / SC", "AI 855 . 514 AGR / SC", "AGRAVO DE INSTRUMENTO 855 . 514", "AI 778 . 923 - AgR / RJ", "AI 596 . 568 - AgR / GO", "AI 806 . 313 - AgR / RN", "AI 727 . 420 - AgR / DF", "AI 795 . 489", "AGRAVO DE INSTRUMENTO 855 . 514", "AI 778 . 923 - AgR / RJ", "AI 596 . 568 - AgR / GO", "AI 806 . 313 - AgR / RN", "AI 727 . 420 - AgR / DF", "AI 795 . 489", "AI 855 . 514 AGR / SC AgR / SP", "AI 755 . 879 - AgR / SP", "AI 756 . 336 - AgR / MG", "AI 508 . 047 - AgR / RJ", "AI 723 . 935 - AgR / GO", "AI 740 . 001 - AgR / SP", "Súmula 282 do STF", "AI 2 Supremo Tribunal Federal", "AI 855 . 514 AGR / SC AgR / SP", "AI 755 . 879 - AgR / SP", "AI 756 . 336 - AgR / MG", "AI 508 . 047 - AgR / RJ", "AI 723 . 935 - AgR / GO", "AI 740 . 001 - AgR / SP", "Súmula 282 do STF", "Súmula 356 do STF", "AI 2 Supremo Tribunal Federal", "AI 855 . 514 AGR / SC 669 . 655 - AgR / SP", "Súmula 636 do STF", "AI 855 . 514 AGR", "/ SC 669 . 655 - AgR / SP", "Súmula 636 do STF", "AGRAVO DE INSTRUMENTO 855 . 514", "SÚMULA 284 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL", "AI 782 . 702 - AgR / RS", "SÚMULA 284 DO SUPREMO", "AI 782 . 702 - AgR / RS", "AI 855 . 514 AGR / SC", "AI 742 . 333 - AgR / RJ", "AI 778 . 923 - AgR / RJ", "AI 596 . 568 - AgR / GO", "AI 806 . 313 - AgR / RN", "AI 727 . 420 - AgR / DF", "AI 795 . 489 - AgR / SP", "AI 755 . 879 - AgR / SP", "AI 756 . 336 - AgR / MG", "AI 508 . 047 - AgR / RJ", "AI 723 . 935 - AgR / GO", "AI 816 . 457 - AgR / MT", "AI 701 . 567 - AgR / SP", "AI 712 . 670 - AgR / MG", "RE 430 . 637 - AgR / PR", "AI 812 .", "481", "-", "AgR", "/", "RJ", "AI 855 . 514 AGR / SC", "AI 742 . 333 - AgR / RJ", "AI 778 . 923 - AgR / RJ", "AI 596 . 568 - AgR / GO", "AI 806 . 313 - AgR / RN", "AI 727 . 420 - AgR / DF", "AI 795 . 489 - AgR / SP", "AI 755 . 879 - AgR / SP", "AI 756 . 336 - AgR / MG", "AI 508 . 047 - AgR / RJ", "AI 723 . 935 - AgR / GO", "AI 816 . 457 - AgR / MT", "AI", "701", ".", "567", "-", "AgR", "/", "SP", "AI 712 . 670 - AgR / MG", "RE 430 . 637 - AgR / PR", "AI 812 . 481 - AgR / RJ", "AGRAVO DE INSTRUMENTO 855 . 514" ], "LEGISLACAO": [ "LEI N . 6 . 830 / 80", "ART . 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"Cármen Lúcia", "Dias Toffoli", "Ayres Britto", "Joaquim Barbosa", "Celso de Mello", "Gilmar Mendes", "Ellen Gracie", "Cezar Peluso", "Eros Grau", "Ellen Gracie", "Dias Toffoli", "Joaquim Barbosa", "Carlos Velloso", "RICARDO LEWANDOWSKI", "JOSÉ MANUEL FREITAS DA SILVA", "Joaquim Barbosa", "Cármen Lúcia", "Ricardo Lewandowski", "Celso de Mello", "Gilmar Mendes", "Joaquim Barbosa", "Cármen Lúcia", "Mário José Gisi", "RICARDO LEWANDOWSKI", "JOSÉ MANUEL FREITAS DA SILVA", "Joaquim Barbosa", "Cármen Lúcia", "Ricardo Lewandowski", "Celso de Mello", "Gilmar Mendes", "Joaquim Barbosa", "Cármen Lúcia", "Mário José Gisi", "Fabiane Duarte" ], "TEMPO": [ "16", "/", "10", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "09", "/", "11", "/", "2012", "16 de outubro de 2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "16 de outubro de 2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "16", "/", "10", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "16", "/", "10", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", 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Ementa e Acórdão 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 644.855 MINAS GERAIS RELATORA : MIN. ROSA WEBER AGTE.(S) :BANCO SANTANDER (BRASIL) S/A ADV.(A/S) :OSMAR MENDES PAIXÃO CÔRTES E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :MARTA APARECIDA MARTINS PEDROSO ADV.(A/S) :ELISIANE DE SOUZA DUTRA EMENTA DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DIREITO CIVIL. JUIZADOS ESPECIAIS. DECISÃO DE TURMA RECURSAL. ADOÇÃO DOS FUNDAMENTOS DA SENTENÇA. NULIDADE POR NEGATIVA DE PRESTAÇÃO JURISDICIONAL NÃO CARACTERIZADA. EVENTUAL VIOLAÇÃO REFLEXA A POSTULADO CONSTITUCIONAL NÃO VIABILIZA RECURSO EXTRAORDINÁRIO. Não cuidou o agravante de infirmar os fundamentos que lastrearam a decisão agravada, mormente no que se refere à inexistência de afronta à Constituição Federal pela adoção dos fundamentos da sentença por Turma Recursal e à inviabilidade de trânsito a recurso extraordinário lastreado em mácula a postulado constitucional cuja verificação demande interpretação de norma infraconstitucional - sabido que eventual ofensa reflexa não se coaduna com o disposto no art. 102, III, ‘a’, da Carta Maior. Agravo conhecido e não provido. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Primeira Turma, sob a Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da relatora. Brasília, 16 de outubro de 2012. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2975226. Supremo Tribunal Federal DJe 09/11/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 13 Ementa e Acórdão ARE 644.855 AGR / MG Ministra Rosa Weber Relatora 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2975226. Supremo Tribunal Federal ARE 644.855 AGR / MG Ministra Rosa Weber Relatora 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2975226. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 13 Relatório 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 644.855 MINAS GERAIS RELATORA : MIN. ROSA WEBER AGTE.(S) :BANCO SANTANDER (BRASIL) S/A ADV.(A/S) :OSMAR MENDES PAIXÃO CÔRTES E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :MARTA APARECIDA MARTINS PEDROSO ADV.(A/S) :ELISIANE DE SOUZA DUTRA RELATÓRIO Contra decisão por mim proferida (fls. 203-11), mediante a qual negado provimento a seu agravo em recurso extraordinário, maneja agravo regimental o Banco Santander. A parte agravante insurge-se contra a decisão agravada, ao argumento de que, condenada pela Corte de origem em valor exagerado a título de dano moral, resulta evidenciada a violação dos arts. 5º, II, LIV e LV, e 93, IX, da Carta Maior. Acordão regional publicado em 11.01.2010 (fl. 162). É o relatório. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2975227. Supremo Tribunal Federal 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 644.855 MINAS GERAIS RELATORA : MIN. ROSA WEBER AGTE.(S) :BANCO SANTANDER (BRASIL) S/A ADV.(A/S) :OSMAR MENDES PAIXÃO CÔRTES E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :MARTA APARECIDA MARTINS PEDROSO ADV.(A/S) :ELISIANE DE SOUZA DUTRA RELATÓRIO Contra decisão por mim proferida (fls. 203-11), mediante a qual negado provimento a seu agravo em recurso extraordinário, maneja agravo regimental o Banco Santander. A parte agravante insurge-se contra a decisão agravada, ao argumento de que, condenada pela Corte de origem em valor exagerado a título de dano moral, resulta evidenciada a violação dos arts. 5º, II, LIV e LV, e 93, IX, da Carta Maior. Acordão regional publicado em 11.01.2010 (fl. 162). É o relatório. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2975227. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 13 Voto - MIN. ROSA WEBER 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 644.855 MINAS GERAIS VOTO A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Preenchidos os pressupostos genéricos, conheço do agravo regimental e passo ao exame do mérito. Transcrevo o teor da decisão que desafiou o agravo: “Vistos etc. Contra o juízo negativo de admissibilidade do recurso extraordinário que interpôs, exarado pela Presidência da Segunda Turma Recursal Cível do Grupo Jurisdicional de Poços de Caldas – MG (fls. 158-61), maneja agravo o Banco Santander Brasil S.A (fls. 170-4). O óbice oposto na origem ao seguimento do extraordinário foi, quanto à alegada violação do art. 93, IX, da CF, a necessidade de análise da legislação infraconstitucional e, quanto aos demais dispositivos, ausência de prequestionamento. Insiste na tese da nulidade por negativa de prestação jurisdicional, indicando afronta ao art. 93, IX, da Lei Maior, bem como ofensa aos incisos II, LIV e LV do art. 5º da Carta Federal. Registra, na minuta do agravo, que o recurso extraordinário reúne todos os requisitos para sua admissão. Sustenta a nulidade da decisão agravada, invadida a competência do STF pelo Tribunal de origem quando da inadmissão o recurso. Contraminuta (fls. 193-7). Substituição do Relator à fl. 202 (art. 38 do RISTF). 2. Fundamentação É o relatório. Decido. Preenchidos os pressupostos extrínsecos. Reproduzo o teor da decisão denegatória de seguimento Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2975228. Supremo Tribunal Federal 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 644.855 MINAS GERAIS VOTO A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Preenchidos os pressupostos genéricos, conheço do agravo regimental e passo ao exame do mérito. Transcrevo o teor da decisão que desafiou o agravo: “Vistos etc. Contra o juízo negativo de admissibilidade do recurso extraordinário que interpôs, exarado pela Presidência da Segunda Turma Recursal Cível do Grupo Jurisdicional de Poços de Caldas – MG (fls. 158-61), maneja agravo o Banco Santander Brasil S.A (fls. 170-4). O óbice oposto na origem ao seguimento do extraordinário foi, quanto à alegada violação do art. 93, IX, da CF, a necessidade de análise da legislação infraconstitucional e, quanto aos demais dispositivos, ausência de prequestionamento. Insiste na tese da nulidade por negativa de prestação jurisdicional, indicando afronta ao art. 93, IX, da Lei Maior, bem como ofensa aos incisos II, LIV e LV do art. 5º da Carta Federal. Registra, na minuta do agravo, que o recurso extraordinário reúne todos os requisitos para sua admissão. Sustenta a nulidade da decisão agravada, invadida a competência do STF pelo Tribunal de origem quando da inadmissão o recurso. Contraminuta (fls. 193-7). Substituição do Relator à fl. 202 (art. 38 do RISTF). 2. Fundamentação É o relatório. Decido. Preenchidos os pressupostos extrínsecos. Reproduzo o teor da decisão denegatória de seguimento Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2975228. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 13 Voto - MIN. ROSA WEBER ARE 644.855 AGR / MG do recurso extraordinário, exarada na origem: “1.- O recurso extraordinário foi interposto com espeque no art. 102, III, ‘a’, da Constituição Federal, tendo que o acórdão prolatado pela Turma Recursal contrariou dispositivo da Constituição Federal. 2.- Alega ofensa ao princípio da legalidade (art. 5º, II) e do contraditório no art. 5º, II, LIV e LV, além, do art. 93, IX, todos da Constituição Federal. 3.- Como primeiro pressuposto a ser observado para admissão do recurso extraordinário nos termos do art. 102, § 3º, da Constituição Federal e art. 543-A, § 2°, do Código de Processo Civil, tem-se a demonstração, em preliminar do recurso de apreciação exclusiva do Supremo Tribunal Federal, quanto à existência da repercussão geral. 4.- Evidentemente que a verificação nesta instância deste requisito diz respeito tão somente ao seu aspecto formal e constante da existência de preliminar formal e fundamentada. 5.- A preliminar, como se verifica, faz parte do recurso. 6.- Contudo, necessário, ainda, tenha havido o prequestionamento da matéria constitucional para cabimento do recurso extraordinário, posto que ‘o juízo preliminar de conhecimento do recurso extraordinário é estritamente limitado à questão constitucional suscitada na sua interposição’ (RTJ 161/1.021). 7.- E, com relação ao mesmo, ‘é inadmissível o recurso extraordinário quando não verificada, na decisão recorrida, a questão federal suscitada’ (Súmula 282-STF). 8.- In casu a única matéria constitucional dita por contrariada objeto de embargos de declaração foi com relação ao art. 93, IX, da Constituição da República, contudo é questão infraconstitucional prevista no art. 46 e art. 82, § 5°, da Lei n° 9099/95, que prevê a possibilidade a mantença da sentença por seus próprios fundamentos, servindo a súmula do julgamento de acórdão é matéria de interpretação de legislação infraconstitucional não dando ensejo a recurso extraordinário. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2975228. Supremo Tribunal Federal ARE 644.855 AGR / MG do recurso extraordinário, exarada na origem: “1.- O recurso extraordinário foi interposto com espeque no art. 102, III, ‘a’, da Constituição Federal, tendo que o acórdão prolatado pela Turma Recursal contrariou dispositivo da Constituição Federal. 2.- Alega ofensa ao princípio da legalidade (art. 5º, II) e do contraditório no art. 5º, II, LIV e LV, além, do art. 93, IX, todos da Constituição Federal. 3.- Como primeiro pressuposto a ser observado para admissão do recurso extraordinário nos termos do art. 102, § 3º, da Constituição Federal e art. 543-A, § 2°, do Código de Processo Civil, tem-se a demonstração, em preliminar do recurso de apreciação exclusiva do Supremo Tribunal Federal, quanto à existência da repercussão geral. 4.- Evidentemente que a verificação nesta instância deste requisito diz respeito tão somente ao seu aspecto formal e constante da existência de preliminar formal e fundamentada. 5.- A preliminar, como se verifica, faz parte do recurso. 6.- Contudo, necessário, ainda, tenha havido o prequestionamento da matéria constitucional para cabimento do recurso extraordinário, posto que ‘o juízo preliminar de conhecimento do recurso extraordinário é estritamente limitado à questão constitucional suscitada na sua interposição’ (RTJ 161/1.021). 7.- E, com relação ao mesmo, ‘é inadmissível o recurso extraordinário quando não verificada, na decisão recorrida, a questão federal suscitada’ (Súmula 282-STF). 8.- In casu a única matéria constitucional dita por contrariada objeto de embargos de declaração foi com relação ao art. 93, IX, da Constituição da República, contudo é questão infraconstitucional prevista no art. 46 e art. 82, § 5°, da Lei n° 9099/95, que prevê a possibilidade a mantença da sentença por seus próprios fundamentos, servindo a súmula do julgamento de acórdão é matéria de interpretação de legislação infraconstitucional não dando ensejo a recurso extraordinário. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2975228. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 13 Voto - MIN. ROSA WEBER ARE 644.855 AGR / MG 9.- As demais matérias suscitadas no recurso extraordinário não foram objeto de prequestionamento, não fazem parte das questões da lide e, assim, não foram examinadas no acórdão. 10.- Com os embargos o recorrente suscitou matéria nova que entende constitucional para dar cabimento ao recurso extraordinário. Mas tal, não torna prequestionada a matéria invocada no recurso pelo simples fato de que não fazia parte do recurso inominado e nem anteriormente fora ventilada, sendo que a questão foi decidida com base em normas infraconstitucionais. 11.- O Egrégio Supremo Tribunal Federal já se posicionou sobre essas questões: ‘Ementa: CONSTITUCIONAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. MATÉRIA CONSTITUCIONAL NÃO VENTILADA. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. I. - Questão constitucional posta no recurso e que não foi ventilada no acórdão recorrido, que decidiu a causa com base em normas infraconstitucionais. II. - Prequestionamento: embargos de declaração: ocorre o prequestionamento, via embargos de declaração, se a questão constitucional, que fora posta anteriormente, foi omitida no acórdão. Se isto não ocorreu, os embargos de declaração não têm o condão de tornar prequestionada matéria nova. III. - R.E. indeferido. Agravo não provido.’ (Agravo Regimental em Agravo de Instrumento n°. 130.845-1 RJ, Rel. Min. Carlos Velloso - julgamento em 20.10.1998, Segunda Turma, DJ de 04.12.1998) (grifo nosso). 12.- Além do que, nos termos da Súmula n° 636, do STF: ‘NÃO CABE RECURSO EXTRAORDINÁRIO POR CONTRARIEDADE AO PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL DA LEGALIDADE, QUANDO A SUA VERIFICAÇÃO PRESSUPONHA REVER A INTERPRETAÇÃO DADA A NORMAS INFRACONSTITUCIONAIS PELA DECISÃO RECORRIDA’. 13.- Dante do que, a matéria que se pretende como 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2975228. Supremo Tribunal Federal ARE 644.855 AGR / MG 9.- As demais matérias suscitadas no recurso extraordinário não foram objeto de prequestionamento, não fazem parte das questões da lide e, assim, não foram examinadas no acórdão. 10.- Com os embargos o recorrente suscitou matéria nova que entende constitucional para dar cabimento ao recurso extraordinário. Mas tal, não torna prequestionada a matéria invocada no recurso pelo simples fato de que não fazia parte do recurso inominado e nem anteriormente fora ventilada, sendo que a questão foi decidida com base em normas infraconstitucionais. 11.- O Egrégio Supremo Tribunal Federal já se posicionou sobre essas questões: ‘Ementa: CONSTITUCIONAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. MATÉRIA CONSTITUCIONAL NÃO VENTILADA. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. I. - Questão constitucional posta no recurso e que não foi ventilada no acórdão recorrido, que decidiu a causa com base em normas infraconstitucionais. II. - Prequestionamento: embargos de declaração: ocorre o prequestionamento, via embargos de declaração, se a questão constitucional, que fora posta anteriormente, foi omitida no acórdão. Se isto não ocorreu, os embargos de declaração não têm o condão de tornar prequestionada matéria nova. III. - R.E. indeferido. Agravo não provido.’ (Agravo Regimental em Agravo de Instrumento n°. 130.845-1 RJ, Rel. Min. Carlos Velloso - julgamento em 20.10.1998, Segunda Turma, DJ de 04.12.1998) (grifo nosso). 12.- Além do que, nos termos da Súmula n° 636, do STF: ‘NÃO CABE RECURSO EXTRAORDINÁRIO POR CONTRARIEDADE AO PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL DA LEGALIDADE, QUANDO A SUA VERIFICAÇÃO PRESSUPONHA REVER A INTERPRETAÇÃO DADA A NORMAS INFRACONSTITUCIONAIS PELA DECISÃO RECORRIDA’. 13.- Dante do que, a matéria que se pretende como 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2975228. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 13 Voto - MIN. ROSA WEBER ARE 644.855 AGR / MG contrária a Constituição Federal, não foi objeto de julgamento e, assim, sem valor sua inclusão tão somente nos embargos de declaração para os fins de prequestionamento, sendo, assim, inadmissível o recurso extraordinário, pela falta de prequestionamento. 14.- Nesse sentido: ‘O prequestionamento — requisito indeclinável do recurso extraordinário — ocorre quando a questão constitucional tenha sido efetivamente ventilada no acórdão recorrido, ou objeto de embargos de declaração. A tarda invocação de tema constitucional na via recursal extraordinária inviabiliza a apreciação do apelo (RE 115.175-SP, Rel. Min. limar Gaivão, DJU de 22.05.92, pág. 7.216)’ 15.- Por fim, ‘o ponto omisso da decisão, sobre o qual não foram opostos embargos declaratórios, não pode ser objeto de recurso extraordinário, por faltar o requisito do prequestionamento’ (Súmula 356-STF) e no acórdão não houve omissão, já que a questão constitucional não havia sido ventilada. 16.- Diante do exposto INADMITO O RECURSO EXTRAORDINÁRIO” (fl. 158-61). Por seu turno, ao adequado enfrentamento da controvérsia, transcrevo as razões de decidir adotadas pela Corte de origem, quando do exame do recurso inominado veiculado pelo ora agravante: “FUNDAMENTAÇÃO SUCINTA E PARTE DISPOSITIVA (art. 46, Lei n°. 9.099/95): a TURMA POR UNANIMIDADE CONHECEU DO RECURSO E NEGOU-LHE PROVIMENTO NOS TERMOS DO VOTO DO RELATOR CONSTANTE DESTA SÚMULA: ‘Conheço do recurso. A sentença deve ser mantida por seus próprios judiciosos fundamentos, que bem analisaram a matéria, inclusive quanto a preliminar de ilegitimidade de parte. Aponto que com relação ao mérito o recorrente nada contestou, visto que insistiu que os questionamentos deveriam 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2975228. Supremo Tribunal Federal ARE 644.855 AGR / MG contrária a Constituição Federal, não foi objeto de julgamento e, assim, sem valor sua inclusão tão somente nos embargos de declaração para os fins de prequestionamento, sendo, assim, inadmissível o recurso extraordinário, pela falta de prequestionamento. 14.- Nesse sentido: ‘O prequestionamento — requisito indeclinável do recurso extraordinário — ocorre quando a questão constitucional tenha sido efetivamente ventilada no acórdão recorrido, ou objeto de embargos de declaração. A tarda invocação de tema constitucional na via recursal extraordinária inviabiliza a apreciação do apelo (RE 115.175-SP, Rel. Min. limar Gaivão, DJU de 22.05.92, pág. 7.216)’ 15.- Por fim, ‘o ponto omisso da decisão, sobre o qual não foram opostos embargos declaratórios, não pode ser objeto de recurso extraordinário, por faltar o requisito do prequestionamento’ (Súmula 356-STF) e no acórdão não houve omissão, já que a questão constitucional não havia sido ventilada. 16.- Diante do exposto INADMITO O RECURSO EXTRAORDINÁRIO” (fl. 158-61). Por seu turno, ao adequado enfrentamento da controvérsia, transcrevo as razões de decidir adotadas pela Corte de origem, quando do exame do recurso inominado veiculado pelo ora agravante: “FUNDAMENTAÇÃO SUCINTA E PARTE DISPOSITIVA (art. 46, Lei n°. 9.099/95): a TURMA POR UNANIMIDADE CONHECEU DO RECURSO E NEGOU-LHE PROVIMENTO NOS TERMOS DO VOTO DO RELATOR CONSTANTE DESTA SÚMULA: ‘Conheço do recurso. A sentença deve ser mantida por seus próprios judiciosos fundamentos, que bem analisaram a matéria, inclusive quanto a preliminar de ilegitimidade de parte. Aponto que com relação ao mérito o recorrente nada contestou, visto que insistiu que os questionamentos deveriam 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2975228. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 13 Voto - MIN. ROSA WEBER ARE 644.855 AGR / MG se dar com a seguradora. A outra parte foi revel e, assim, o mérito não foi contestado. ASSIM NEGO PROVIMENTO AO RECURSO. CONDENO A RECORRENTE NO PAGAMENTO DAS CUTAS DO PROCESSO E HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS EM 20% DO VALOR DA CONDENAÇÃO CORRIGIDO” (fl. 105). E, por ocasião do julgamento dos declaratórios, assim se manifestou a Turma Recursal: “FUNDAMENTAÇÃO SUCINTA E PARTE DISPOSITIVA (art. 46, Lei n°. 9.099/95): a TURMA POR UNANIMIDADE CONHECEU DO RECURSO E NEGOU-LHE PROVIMENTO NOS TERMOS DO VOTO DO RELATOR CONSTANTE DESTA SÚMULA: ‘Conheço do recurso. Não existe no Acórdão qualquer omissão, contradição ou obscuridade, visto que julgou a questão nos termos do art. 46, da Lei n°. 9099/95. ASSIM, NEGO PROVIMENTO AO RECURSO INTERPOSTO” (fl. 116). Nada colhe o agravo Inocorrente a nulidade suscitada na minuta do agravo, consabido que o juízo de admissibilidade a quo não vincula nem torna precluso o reexame da matéria pelo juízo ad quem. No preciso dizer de Barbosa Moreira, in Comentários ao Código de Processo Civil, da Forense, o juízo positivo de admissibilidade proferido pelo órgão perante o qual interposto o recurso não basta para assegurar a obtenção do novo julgamento perseguido, seja pela possibilidade de advir algum fato que torne inadmissível o recurso, seja por não ficar preclusa a reapreciação da matéria pelo órgão ad quem, que procederá livremente ao controle da admissibilidade, inclusive para declarar insatisfeito algum ou mais de um dos pressupostos tidos, no juízo a quo, como cumpridos (vol. 5, 10ª ed., pp. 265-6). Da leitura dos fundamentos do acórdão prolatado na origem, constato explicitados os motivos de decidir, a afastar o vício da nulidade por negativa de prestação jurisdicional 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2975228. Supremo Tribunal Federal ARE 644.855 AGR / MG se dar com a seguradora. A outra parte foi revel e, assim, o mérito não foi contestado. ASSIM NEGO PROVIMENTO AO RECURSO. CONDENO A RECORRENTE NO PAGAMENTO DAS CUTAS DO PROCESSO E HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS EM 20% DO VALOR DA CONDENAÇÃO CORRIGIDO” (fl. 105). E, por ocasião do julgamento dos declaratórios, assim se manifestou a Turma Recursal: “FUNDAMENTAÇÃO SUCINTA E PARTE DISPOSITIVA (art. 46, Lei n°. 9.099/95): a TURMA POR UNANIMIDADE CONHECEU DO RECURSO E NEGOU-LHE PROVIMENTO NOS TERMOS DO VOTO DO RELATOR CONSTANTE DESTA SÚMULA: ‘Conheço do recurso. Não existe no Acórdão qualquer omissão, contradição ou obscuridade, visto que julgou a questão nos termos do art. 46, da Lei n°. 9099/95. ASSIM, NEGO PROVIMENTO AO RECURSO INTERPOSTO” (fl. 116). Nada colhe o agravo Inocorrente a nulidade suscitada na minuta do agravo, consabido que o juízo de admissibilidade a quo não vincula nem torna precluso o reexame da matéria pelo juízo ad quem. No preciso dizer de Barbosa Moreira, in Comentários ao Código de Processo Civil, da Forense, o juízo positivo de admissibilidade proferido pelo órgão perante o qual interposto o recurso não basta para assegurar a obtenção do novo julgamento perseguido, seja pela possibilidade de advir algum fato que torne inadmissível o recurso, seja por não ficar preclusa a reapreciação da matéria pelo órgão ad quem, que procederá livremente ao controle da admissibilidade, inclusive para declarar insatisfeito algum ou mais de um dos pressupostos tidos, no juízo a quo, como cumpridos (vol. 5, 10ª ed., pp. 265-6). Da leitura dos fundamentos do acórdão prolatado na origem, constato explicitados os motivos de decidir, a afastar o vício da nulidade por negativa de prestação jurisdicional 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2975228. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 13 Voto - MIN. ROSA WEBER ARE 644.855 AGR / MG arguido. Destaco que, no âmbito dos Juizados Especiais, não importa ausência de motivação, a adoção dos fundamentos da sentença recorrida pela Turma Recursal, em conformidade com o disposto no art. 46 da Lei 9.099/95, que disciplina o julgamento em segunda instância nos juizados especiais cíveis, verbis: “Art. 46. O julgamento em segunda instância constará apenas da ata, com a indicação suficiente do processo, fundamentação sucinta e parte dispositiva. Se a sentença for confirmada pelos próprios fundamentos, a súmula do julgamento servirá de acórdão”. Sobre o assunto, pacífica a jurisprudência desta Corte no sentido de que a adoção dos fundamentos da sentença pela Turma Recursal não viola a Constituição Federal, confiram-se: “EMENTA Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo. Juizados especiais. Turma recursal. Remissão aos fundamentos da sentença. Lei nº 9.099/95. Possibilidade. Legislação infraconstitucional. Reexame de fatos e provas. Impossibilidade. Precedentes. 1. Não viola o art. 93, inciso IX, da Constituição a fundamentação de turma recursal que, em conformidade com a Lei nº 9.099/95, adota os fundamentos contidos na sentença recorrida. 2. Inadmissível em recurso extraordinário a análise da legislação infraconstitucional e o reexame dos fatos e provas dos autos. Incidência das Súmulas nºs 636 e 279/STF. 3. Agravo regimental não provido” (STF- ARE-AgR-639.096/SP, Relator Ministro Dias Toffoli, 1ª Turma, DJe 11.10.2011). EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. JUIZADO ESPECIAL. ACÓRDÃO QUE MANTÉM A SENTENÇA POR SEUS PRÓPRIOS FUNDAMENTOS. ALEGADA OFENSA AO ART. 93, IX, DA CF. INOCORRÊNCIA. AGRAVO IMPROVIDO. I – Não viola a 6 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2975228. Supremo Tribunal Federal ARE 644.855 AGR / MG arguido. Destaco que, no âmbito dos Juizados Especiais, não importa ausência de motivação, a adoção dos fundamentos da sentença recorrida pela Turma Recursal, em conformidade com o disposto no art. 46 da Lei 9.099/95, que disciplina o julgamento em segunda instância nos juizados especiais cíveis, verbis: “Art. 46. O julgamento em segunda instância constará apenas da ata, com a indicação suficiente do processo, fundamentação sucinta e parte dispositiva. Se a sentença for confirmada pelos próprios fundamentos, a súmula do julgamento servirá de acórdão”. Sobre o assunto, pacífica a jurisprudência desta Corte no sentido de que a adoção dos fundamentos da sentença pela Turma Recursal não viola a Constituição Federal, confiram-se: “EMENTA Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo. Juizados especiais. Turma recursal. Remissão aos fundamentos da sentença. Lei nº 9.099/95. Possibilidade. Legislação infraconstitucional. Reexame de fatos e provas. Impossibilidade. Precedentes. 1. Não viola o art. 93, inciso IX, da Constituição a fundamentação de turma recursal que, em conformidade com a Lei nº 9.099/95, adota os fundamentos contidos na sentença recorrida. 2. Inadmissível em recurso extraordinário a análise da legislação infraconstitucional e o reexame dos fatos e provas dos autos. Incidência das Súmulas nºs 636 e 279/STF. 3. Agravo regimental não provido” (STF- ARE-AgR-639.096/SP, Relator Ministro Dias Toffoli, 1ª Turma, DJe 11.10.2011). EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. JUIZADO ESPECIAL. ACÓRDÃO QUE MANTÉM A SENTENÇA POR SEUS PRÓPRIOS FUNDAMENTOS. ALEGADA OFENSA AO ART. 93, IX, DA CF. INOCORRÊNCIA. AGRAVO IMPROVIDO. I – Não viola a 6 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2975228. Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 13 Voto - MIN. ROSA WEBER ARE 644.855 AGR / MG exigência constitucional de motivação, a decisão de Turma Recursal de juizados especiais que, em conformidade com a Lei nº 9.099/95, adota como fundamento os contidos na sentença recorrida. Precedentes. II – Agravo regimental improvido” (STF-AI-AgR-789.441/AP, Relator Ministro Ricardo Lewandowski, 1ª Turma, DJe 25.11.2010). EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. JUIZADOS ESPECIAIS. ACÓRDÃO RECORRIDO QUE ADOTA OS FUNDAMENTOS EXPENDIDOS NA SENTENÇA. ALEGAÇÃO DE OFENSA À CONSTITUIÇÃO FEDERAL. INSUBSISTÊNCIA. 1. Nos termos da jurisprudência do STF, não viola o Magno Texto acórdão que adota, como razões de decidir, os fundamentos utilizados na sentença. Precedentes. 2. De mais a mais, é de incidir a Súmula 279/STF. 3. Agravo regimental desprovido” (STF-ARE-AgR- 657.430/RS, Relator Ministro Ayres Britto, 2ª Turma, DJe 17.02.2012). O exame de eventual ofensa aos incisos II, LIV e LV do art. 5º da Constituição da República – os quais consagram os princípios da legalidade, da proteção ao devido processo legal, ao contraditório e à ampla defesa – demanda, em primeiro plano, a interpretação das normas infraconstitucionais aplicáveis à espécie, de tal modo que, se afronta ocorresse, seria indireta, o que não atende à exigência do art. 102, III, “a”, da Lei Maior, nos termos da remansosa jurisprudência deste egrégio Supremo Tribunal Federal, verbis: "RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. Alegação de ofensa ao art. 5º, XXII, XXIII, XXIV, LIV e LV, da Constituição Federal. Violações dependentes de reexame prévio de normas inferiores. Ofensa constitucional indireta. Matéria fática. Súmula 279. Agravo regimental não provido. É pacífica a jurisprudência desta Corte, no sentido de não tolerar, em recurso extraordinário, alegação de ofensa que, irradiando-se 7 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2975228. Supremo Tribunal Federal ARE 644.855 AGR / MG exigência constitucional de motivação, a decisão de Turma Recursal de juizados especiais que, em conformidade com a Lei nº 9.099/95, adota como fundamento os contidos na sentença recorrida. Precedentes. II – Agravo regimental improvido” (STF-AI-AgR-789.441/AP, Relator Ministro Ricardo Lewandowski, 1ª Turma, DJe 25.11.2010). EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. JUIZADOS ESPECIAIS. ACÓRDÃO RECORRIDO QUE ADOTA OS FUNDAMENTOS EXPENDIDOS NA SENTENÇA. ALEGAÇÃO DE OFENSA À CONSTITUIÇÃO FEDERAL. INSUBSISTÊNCIA. 1. Nos termos da jurisprudência do STF, não viola o Magno Texto acórdão que adota, como razões de decidir, os fundamentos utilizados na sentença. Precedentes. 2. De mais a mais, é de incidir a Súmula 279/STF. 3. Agravo regimental desprovido” (STF-ARE-AgR- 657.430/RS, Relator Ministro Ayres Britto, 2ª Turma, DJe 17.02.2012). O exame de eventual ofensa aos incisos II, LIV e LV do art. 5º da Constituição da República – os quais consagram os princípios da legalidade, da proteção ao devido processo legal, ao contraditório e à ampla defesa – demanda, em primeiro plano, a interpretação das normas infraconstitucionais aplicáveis à espécie, de tal modo que, se afronta ocorresse, seria indireta, o que não atende à exigência do art. 102, III, “a”, da Lei Maior, nos termos da remansosa jurisprudência deste egrégio Supremo Tribunal Federal, verbis: "RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. Alegação de ofensa ao art. 5º, XXII, XXIII, XXIV, LIV e LV, da Constituição Federal. Violações dependentes de reexame prévio de normas inferiores. Ofensa constitucional indireta. Matéria fática. Súmula 279. Agravo regimental não provido. É pacífica a jurisprudência desta Corte, no sentido de não tolerar, em recurso extraordinário, alegação de ofensa que, irradiando-se 7 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2975228. Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 13 Voto - MIN. ROSA WEBER ARE 644.855 AGR / MG de má interpretação, aplicação, ou, até, inobservância de normas infraconstitucionais, seria apenas indireta à Constituição da República, e, muito menos, de reexame de provas" (STF-AI-AgR-495.880/SP, Relator Ministro Cezar Peluso, 1ª Turma, DJ 05.8.2005). "EMENTA: Recurso extraordinário: descabimento: acórdão recorrido, do Tribunal Superior do Trabalho, que decidiu a questão à luz de legislação infraconstitucional: alegada violação ao texto constitucional que, se ocorresse, seria reflexa ou indireta; ausência de negativa de prestação jurisdicional ou de defesa aos princípios compreendidos nos arts. 5º, II, XXXV, LIV e LV e 93, IX, da Constituição Federal" (STF-AI-AgR-436.911/SE, Relator Ministro Sepúlveda Pertence, 1ª Turma, DJ 17.6.2005). "EMENTA: CONSTITUCIONAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO: ALEGAÇÃO DE OFENSA À C.F., art. 5º, II, XXXV, XXXVI, LIV e LV. I. - Ao Judiciário cabe, no conflito de interesses, fazer valer a vontade concreta da lei, interpretando- a. Se, em tal operação, interpreta razoavelmente ou desarrazoadamente a lei, a questão fica no campo da legalidade, inocorrendo o contencioso constitucional. II. - Decisão contrária ao interesse da parte não configura negativa de prestação jurisdicional (C.F., art. 5º, XXXV). III. - A verificação, no caso concreto, da existência, ou não, do direito adquirido, situa-se no campo infraconstitucional. IV. - Alegação de ofensa ao devido processo legal: C.F., art. 5º, LIV e LV: se ofensa tivesse havido, seria ela indireta, reflexa, dado que a ofensa direta seria a normas processuais. E a ofensa a preceito constitucional que autoriza a admissão do recurso extraordinário é a ofensa direta, frontal. V. - Agravo não provido" (STF-RE-AgR-154.158/SP, Relator Ministro Carlos Velloso, 2ª Turma, DJ 20.9.2002). "EMENTA: TRABALHISTA. ACÓRDÃO QUE NÃO 8 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2975228. Supremo Tribunal Federal ARE 644.855 AGR / MG de má interpretação, aplicação, ou, até, inobservância de normas infraconstitucionais, seria apenas indireta à Constituição da República, e, muito menos, de reexame de provas" (STF-AI-AgR-495.880/SP, Relator Ministro Cezar Peluso, 1ª Turma, DJ 05.8.2005). "EMENTA: Recurso extraordinário: descabimento: acórdão recorrido, do Tribunal Superior do Trabalho, que decidiu a questão à luz de legislação infraconstitucional: alegada violação ao texto constitucional que, se ocorresse, seria reflexa ou indireta; ausência de negativa de prestação jurisdicional ou de defesa aos princípios compreendidos nos arts. 5º, II, XXXV, LIV e LV e 93, IX, da Constituição Federal" (STF-AI-AgR-436.911/SE, Relator Ministro Sepúlveda Pertence, 1ª Turma, DJ 17.6.2005). "EMENTA: CONSTITUCIONAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO: ALEGAÇÃO DE OFENSA À C.F., art. 5º, II, XXXV, XXXVI, LIV e LV. I. - Ao Judiciário cabe, no conflito de interesses, fazer valer a vontade concreta da lei, interpretando- a. Se, em tal operação, interpreta razoavelmente ou desarrazoadamente a lei, a questão fica no campo da legalidade, inocorrendo o contencioso constitucional. II. - Decisão contrária ao interesse da parte não configura negativa de prestação jurisdicional (C.F., art. 5º, XXXV). III. - A verificação, no caso concreto, da existência, ou não, do direito adquirido, situa-se no campo infraconstitucional. IV. - Alegação de ofensa ao devido processo legal: C.F., art. 5º, LIV e LV: se ofensa tivesse havido, seria ela indireta, reflexa, dado que a ofensa direta seria a normas processuais. E a ofensa a preceito constitucional que autoriza a admissão do recurso extraordinário é a ofensa direta, frontal. V. - Agravo não provido" (STF-RE-AgR-154.158/SP, Relator Ministro Carlos Velloso, 2ª Turma, DJ 20.9.2002). "EMENTA: TRABALHISTA. ACÓRDÃO QUE NÃO 8 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2975228. Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 13 Voto - MIN. ROSA WEBER ARE 644.855 AGR / MG ADMITIU RECURSO DE REVISTA, INTERPOSTO PARA AFASTAR PENHORA SOBRE BENS ALIENADOS FIDUCIARIAMENTE EM GARANTIA DE FINANCIAMENTO POR MEIO DE CÉDULA DE CRÉDITO À EXPORTAÇÃO. DECRETO-LEI 413/69 E LEI 4.728/65. ALEGADA AFRONTA AO ART. 5º, II, XXII, XXXV E XXXVI, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. Questão insuscetível de ser apreciada senão por via da legislação infraconstitucional que fundamentou o acórdão, procedimento inviável em sede de recurso extraordinário, onde não cabe a aferição de ofensa reflexa e indireta à Carta Magna. Recurso não conhecido" (STF-RE-153.781/DF, Relator Ministro Ilmar Galvão, 1ª Turma, DJ 02.02.2001). Conheço do agravo para negar-lhe provimento (art. 544, § 4º, II, “a”, do CPC) (fls. 203-11). Irrepreensível a decisão agravada. Não cuidou o agravante de infirmar os fundamentos que lastrearam a decisão agravada, mormente no que se refere à inexistência de afronta à Constituição Federal pela adoção dos fundamentos da sentença por Turma Recursal e à inviabilidade de trânsito a recurso extraordinário lastreado em mácula a postulado constitucional cuja verificação demande interpretação de norma infraconstitucional, sabido que eventual ofensa reflexa não se coaduna com o disposto no art. 102, III, ‘a’, da Carta Maior. Agravo regimental conhecido e não provido. É como voto. 9 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2975228. Supremo Tribunal Federal ARE 644.855 AGR / MG ADMITIU RECURSO DE REVISTA, INTERPOSTO PARA AFASTAR PENHORA SOBRE BENS ALIENADOS FIDUCIARIAMENTE EM GARANTIA DE FINANCIAMENTO POR MEIO DE CÉDULA DE CRÉDITO À EXPORTAÇÃO. DECRETO-LEI 413/69 E LEI 4.728/65. ALEGADA AFRONTA AO ART. 5º, II, XXII, XXXV E XXXVI, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. Questão insuscetível de ser apreciada senão por via da legislação infraconstitucional que fundamentou o acórdão, procedimento inviável em sede de recurso extraordinário, onde não cabe a aferição de ofensa reflexa e indireta à Carta Magna. Recurso não conhecido" (STF-RE-153.781/DF, Relator Ministro Ilmar Galvão, 1ª Turma, DJ 02.02.2001). Conheço do agravo para negar-lhe provimento (art. 544, § 4º, II, “a”, do CPC) (fls. 203-11). Irrepreensível a decisão agravada. Não cuidou o agravante de infirmar os fundamentos que lastrearam a decisão agravada, mormente no que se refere à inexistência de afronta à Constituição Federal pela adoção dos fundamentos da sentença por Turma Recursal e à inviabilidade de trânsito a recurso extraordinário lastreado em mácula a postulado constitucional cuja verificação demande interpretação de norma infraconstitucional, sabido que eventual ofensa reflexa não se coaduna com o disposto no art. 102, III, ‘a’, da Carta Maior. Agravo regimental conhecido e não provido. É como voto. 9 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2975228. Inteiro Teor do Acórdão - Página 12 de 13 Decisão de Julgamento PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 644.855 PROCED. : MINAS GERAIS RELATORA : MIN. ROSA WEBER AGTE.(S) : BANCO SANTANDER (BRASIL) S/A ADV.(A/S) : OSMAR MENDES PAIXÃO CÔRTES E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : MARTA APARECIDA MARTINS PEDROSO ADV.(A/S) : ELISIANE DE SOUZA DUTRA Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 16.10.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Rodrigo Janot. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3061278 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 644.855 PROCED. : MINAS GERAIS RELATORA : MIN. ROSA WEBER AGTE.(S) : BANCO SANTANDER (BRASIL) S/A ADV.(A/S) : OSMAR MENDES PAIXÃO CÔRTES E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : MARTA APARECIDA MARTINS PEDROSO ADV.(A/S) : ELISIANE DE SOUZA DUTRA Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 16.10.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Rodrigo Janot. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3061278 Inteiro Teor do Acórdão - Página 13 de 13
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3071419
2012-10-16T00:00:00
2012-11-09T00:00:00
A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 16.10.2012.
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO
EMENTA DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DIREITO CIVIL. JUIZADOS ESPECIAIS. DECISÃO DE TURMA RECURSAL. ADOÇÃO DOS FUNDAMENTOS DA SENTENÇA. NULIDADE POR NEGATIVA DE PRESTAÇÃO JURISDICIONAL NÃO CARACTERIZADA. EVENTUAL VIOLAÇÃO REFLEXA A POSTULADO CONSTITUCIONAL NÃO VIABILIZA RECURSO EXTRAORDINÁRIO. Não cuidou o agravante de infirmar os fundamentos que lastrearam a decisão agravada, mormente no que se refere à inexistência de afronta à Constituição Federal pela adoção dos fundamentos da sentença por Turma Recursal e à inviabilidade de trânsito a recurso extraordinário lastreado em mácula a postulado constitucional cuja verificação demande interpretação de norma infraconstitucional - sabido que eventual ofensa reflexa não se coaduna com o disposto no art. 102, III, ‘a’, da Carta Maior. Agravo conhecido e não provido.
sjur218262
Número de páginas: 13. Análise: 20/11/2012, MJC.
ROSA WEBER
Primeira Turma
644855
[ "LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00102 INC-00003 LET-A \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n\r\n", "LEG-FED LEI-009099 ANO-1995\r\n LJE-1995 LEI DOS JUIZADOS ESPECIAIS CÍVEIS E CRIMINAIS" ]
ARE-AgR
acordaos
ARE 644855 AgR
[ "" ]
AGTE.(S) : BANCO SANTANDER (BRASIL) S/A ADV.(A/S) : ELISIANE DE SOUZA DUTRA ADV.(A/S) : OSMAR MENDES PAIXÃO CÔRTES E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : MARTA APARECIDA MARTINS PEDROSO
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 644 . 855", "ARE 644 . 855 AGR", "ARE 644 . 855 AGR / MG", "RTJ 161 / 1 . 021", "Súmula 282 - STF", "RTJ 161 / 1 . 021", "Súmula 282 - STF", "Agravo Regimental em Agravo de Instrumento n° . 130 . 845 - 1 RJ", "Súmula n° 636 , do STF", "ARE 644 . 855", "Agravo Regimental em Agravo de Instrumento n° . 130 . 845 - 1 RJ", "Súmula n° 636 , do STF", "ARE 644 . 855 AGR / MG", "RE 115 . 175 - SP", "Súmula 356 - STF", "ARE 644 . 855 AGR / MG", "RE 115 . 175 - SP", "Súmula 356 - STF", "ARE 644 . 855 AGR", "Súmulas [UNK] 636 e 279 / STF", "STF", "-", "ARE", "-", "AgR", "-", "639", ".", "096", "/", "SP", "ARE 644 . 855 AGR /", "Súmulas [UNK] 636", "-", "ARE", "-", "AgR", "-", "639", ".", "SP", "STF", "-", "AI", "-", "AgR", "-", "789", ".", "441", "/", "AP", "Súmula 279 / STF", "STF", "-", "ARE", "-", "AgR", "-", "657", ".", "430", "/", "RS", "ARE 644 . 855", "STF", "-", "AI", "-", "AgR", "-", "789", ".", "441", "Súmula 279 / STF", "STF", "-", "ARE", "-", "AgR", "-", "657", ".", "430", "/", "RS", "ARE 644 . 855 AGR / MG", "STF", "-", "AI", "-", "AgR", "-", "495", ".", "880", "/", "SP", "STF", "-", "AI", "-", "AgR", "-", "436", ".", "911", "/", "SE", "STF", "-", "RE", "-", "AgR", "-", "154", ".", "158", "/", "SP", "ARE 644 . 855 AGR /", "STF", "-", "AI", "-", "AgR", "-", "495", ".", "880", "/", "SP", "STF", "-", "AI", "-", "AgR", "-", "436", ".", "911", "/", "SE", "STF", "-", "RE", "-", "AgR", "-", "154", ".", "158", "/", "SP", "STF", "-", "RE", "-", "153", ".", "781", "/", "DF", "ARE 644 . 855", "STF", "-", "RE", "-", "153", ".", "781", "/", "DF" ], "LEGISLACAO": [ "Constituição Federal", "art . 102 , III , ‘ a ’ , da Carta Maior", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "arts . 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Ementa e Acórdão 16/10/2012 SEGUNDA TURMA HABEAS CORPUS 114.567 ESPÍRITO SANTO RELATOR : MIN. GILMAR MENDES PACTE.(S) :CARLOS ROBERTO FILGUEIRA IMPTE.(S) :DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO PROC.(A/S)(ES) :DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO COATOR(A/S)(ES) :SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA Habeas corpus. 2. Tentativa de homicídio. Desclassificação da conduta pelo Tribunal do Júri para lesão corporal grave. 3. Condenação. Pedido de afastamento da qualificadora do perigo de vida (art. 129, § 1º, II, do CP) em razão da ausência do laudo pericial, que poderia apontar o grau das lesões sofridas. 4. Desaparecimento da vítima. Comprovação da gravidade das lesões sofridas mediante prova testemunhal e laudo médico. 5. A ausência do laudo pericial não impede seja reconhecida a materialidade do delito de lesão corporal de natureza grave por outros meios. 6. Ordem denegada. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os ministros do Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, denegar a ordem, nos termos do voto do Relator. Brasília, 16 de outubro de 2012. Ministro GILMAR MENDES Relator Documento assinado digitalmente Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3015321. Supremo Tribunal Federal DJe 07/11/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 8 Relatório 16/10/2012 SEGUNDA TURMA HABEAS CORPUS 114.567 ESPÍRITO SANTO RELATOR : MIN. GILMAR MENDES PACTE.(S) :CARLOS ROBERTO FILGUEIRA IMPTE.(S) :DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO PROC.(A/S)(ES) :DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO COATOR(A/S)(ES) :SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES - (RELATOR): Trata-se de habeas corpus, sem pedido de medida liminar, impetrado pela Defensoria Pública do Estado do Espírito Santo, em favor de Carlos Roberto Filgueira, contra acórdão proferido pela Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que denegou a ordem requerida nos autos do HC 152.112/ES. Na espécie, o paciente foi denunciado e pronunciado pela suposta prática do crime previsto no art. 121, § 2º, I, c/c o art. 14, II, ambos do CP, porquanto, em 24.8.2001, utilizando-se de uma arma de fogo, teria efetuado disparo conta a vítima Roberto Pereira do Rosário, dando início ao crime de homicídio, que não se teria consumado por circunstâncias alheias à sua vontade (eDOC 1, fl. 11). Após regular instrução, foi submetido a julgamento perante o Conselho de Sentença, que, ao acolher a tese defensiva de que o paciente, ao proferir o disparo, não pretendeu produzir o resultado morte, transferiu ao Presidente do Tribunal do Júri a competência para o julgamento da causa. Ato contínuo, nos termos do art. 492 do CPP, o paciente foi condenado à pena de 3 anos e 9 meses de reclusão, a ser cumprida em regime inicial semiaberto, pela prática do crime previsto no art. 129, § 1º, II, do CP (lesão corporal de natureza grave por ter ocorrido perigo de vida) (eDOC 1, fl. 12). Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3015322. Supremo Tribunal Federal 16/10/2012 SEGUNDA TURMA HABEAS CORPUS 114.567 ESPÍRITO SANTO RELATOR : MIN. GILMAR MENDES PACTE.(S) :CARLOS ROBERTO FILGUEIRA IMPTE.(S) :DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO PROC.(A/S)(ES) :DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO COATOR(A/S)(ES) :SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES - (RELATOR): Trata-se de habeas corpus, sem pedido de medida liminar, impetrado pela Defensoria Pública do Estado do Espírito Santo, em favor de Carlos Roberto Filgueira, contra acórdão proferido pela Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que denegou a ordem requerida nos autos do HC 152.112/ES. Na espécie, o paciente foi denunciado e pronunciado pela suposta prática do crime previsto no art. 121, § 2º, I, c/c o art. 14, II, ambos do CP, porquanto, em 24.8.2001, utilizando-se de uma arma de fogo, teria efetuado disparo conta a vítima Roberto Pereira do Rosário, dando início ao crime de homicídio, que não se teria consumado por circunstâncias alheias à sua vontade (eDOC 1, fl. 11). Após regular instrução, foi submetido a julgamento perante o Conselho de Sentença, que, ao acolher a tese defensiva de que o paciente, ao proferir o disparo, não pretendeu produzir o resultado morte, transferiu ao Presidente do Tribunal do Júri a competência para o julgamento da causa. Ato contínuo, nos termos do art. 492 do CPP, o paciente foi condenado à pena de 3 anos e 9 meses de reclusão, a ser cumprida em regime inicial semiaberto, pela prática do crime previsto no art. 129, § 1º, II, do CP (lesão corporal de natureza grave por ter ocorrido perigo de vida) (eDOC 1, fl. 12). Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3015322. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 8 Relatório HC 114.567 / ES Contra essa decisão, defesa e acusação apelaram. Ambos os recursos foram desprovidos pelo Tribunal de Justiça do Estado do Espírito Santo (eDOC 1, fl. 14-30). Irresignada, a defesa impetrou habeas corpus no STJ, oportunidade em que postulou a exclusão da qualificadora prevista no art. 129, § 1º, II, do CP, ao argumento de ausência de perícia comprobatória do perigo de vida. A Quinta Turma denegou a ordem (eDOC 1, fl. 40-44). Daí, o presente habeas corpus, no qual a defesa reitera as alegações submetidas à Corte Superior. Aduz que, para a caracterização do inciso II, do § 1º, do art. 129, do CP (lesão corporal grave), seria necessário laudo fundamentado, preciso e seguro quanto à ocorrência de risco à vida da vítima, não podendo, portanto, ser substituído por qualquer prontuário médico ou mesmo por provas testemunhais. Nesses termos, requer a concessão da ordem para desclassificar a conduta do paciente e, com isso, alterar a sanção imposta (CP, art. 129, caput). A Procuradoria-Geral da República opinou pela denegação da ordem. É o relatório. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3015322. Supremo Tribunal Federal HC 114.567 / ES Contra essa decisão, defesa e acusação apelaram. Ambos os recursos foram desprovidos pelo Tribunal de Justiça do Estado do Espírito Santo (eDOC 1, fl. 14-30). Irresignada, a defesa impetrou habeas corpus no STJ, oportunidade em que postulou a exclusão da qualificadora prevista no art. 129, § 1º, II, do CP, ao argumento de ausência de perícia comprobatória do perigo de vida. A Quinta Turma denegou a ordem (eDOC 1, fl. 40-44). Daí, o presente habeas corpus, no qual a defesa reitera as alegações submetidas à Corte Superior. Aduz que, para a caracterização do inciso II, do § 1º, do art. 129, do CP (lesão corporal grave), seria necessário laudo fundamentado, preciso e seguro quanto à ocorrência de risco à vida da vítima, não podendo, portanto, ser substituído por qualquer prontuário médico ou mesmo por provas testemunhais. Nesses termos, requer a concessão da ordem para desclassificar a conduta do paciente e, com isso, alterar a sanção imposta (CP, art. 129, caput). A Procuradoria-Geral da República opinou pela denegação da ordem. É o relatório. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3015322. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 8 Voto - MIN. GILMAR MENDES 16/10/2012 SEGUNDA TURMA HABEAS CORPUS 114.567 ESPÍRITO SANTO V O T O O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES - (RELATOR): Conforme relatado, a defesa requer a exclusão da qualificadora prevista no art. 129, § 1º, II, do CP, ao argumento de que, para a sua caracterização, seria necessário laudo fundamentado, preciso e seguro quanto à ocorrência de risco à vida da vítima, não podendo, portanto, ser substituído por qualquer prontuário médico ou mesmo por provas testemunhais. Inicialmente, observo que se entende por perigo de vida a probabilidade séria, concreta e imediata do êxito letal. Consoante enfatizado por Luiz Regis Prado, para a configuração da qualificadora do perigo de vida, “não basta o mero prognóstico — ou a probabilidade remota e presumida, condicionada a eventuais complicações —, exige-se perigo real, efetivo e atual, ‘demonstrado por sintomas e sinais indiscutíveis de grandes repercussões sobre a vida orgânica’. A extensão ou a sede da lesão não importam, por si sós, o reconhecimento do perigo de vida. Para que este se configure, é indispensável a ocorrência de processo patológico que sinalize perigo concreto de superveniência da morte do ofendido, não sendo suficiente para tanto a mera ‘idoneidade genérica’ da lesão” (Prado, Luiz Regis. Curso de Direito Penal Brasileiro, Vol. 2: Parte Especial, arts. 121 a 249, 10ª ed., pg. 169-170. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2011). É bem verdade que a doutrina leciona a necessidade de se atestar o “perigo de vida” por meio da confecção do pertinente laudo pericial: “o perigo de vida deve ser atestado por laudo pericial, devidamente fundamentado. Demais disso, cabe ao perito demonstrar que a lesão provocada deu lugar a perigo de vida — ainda que breve — para a vida da vítima” (idem); “o perigo deve ser pericialmente comprovado. O resultado morte deve ser provável e não meramente possível. Não basta a resposta laconicamente afirmativa da existência de perigo de vida; o laudo pericial deve descrever objetiva e fundamentadamente em que consiste o perigo de vida” (Bitencourt, Cezar Roberto. Código Penal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3015323. Supremo Tribunal Federal 16/10/2012 SEGUNDA TURMA HABEAS CORPUS 114.567 ESPÍRITO SANTO V O T O O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES - (RELATOR): Conforme relatado, a defesa requer a exclusão da qualificadora prevista no art. 129, § 1º, II, do CP, ao argumento de que, para a sua caracterização, seria necessário laudo fundamentado, preciso e seguro quanto à ocorrência de risco à vida da vítima, não podendo, portanto, ser substituído por qualquer prontuário médico ou mesmo por provas testemunhais. Inicialmente, observo que se entende por perigo de vida a probabilidade séria, concreta e imediata do êxito letal. Consoante enfatizado por Luiz Regis Prado, para a configuração da qualificadora do perigo de vida, “não basta o mero prognóstico — ou a probabilidade remota e presumida, condicionada a eventuais complicações —, exige-se perigo real, efetivo e atual, ‘demonstrado por sintomas e sinais indiscutíveis de grandes repercussões sobre a vida orgânica’. A extensão ou a sede da lesão não importam, por si sós, o reconhecimento do perigo de vida. Para que este se configure, é indispensável a ocorrência de processo patológico que sinalize perigo concreto de superveniência da morte do ofendido, não sendo suficiente para tanto a mera ‘idoneidade genérica’ da lesão” (Prado, Luiz Regis. Curso de Direito Penal Brasileiro, Vol. 2: Parte Especial, arts. 121 a 249, 10ª ed., pg. 169-170. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2011). É bem verdade que a doutrina leciona a necessidade de se atestar o “perigo de vida” por meio da confecção do pertinente laudo pericial: “o perigo de vida deve ser atestado por laudo pericial, devidamente fundamentado. Demais disso, cabe ao perito demonstrar que a lesão provocada deu lugar a perigo de vida — ainda que breve — para a vida da vítima” (idem); “o perigo deve ser pericialmente comprovado. O resultado morte deve ser provável e não meramente possível. Não basta a resposta laconicamente afirmativa da existência de perigo de vida; o laudo pericial deve descrever objetiva e fundamentadamente em que consiste o perigo de vida” (Bitencourt, Cezar Roberto. Código Penal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3015323. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 8 Voto - MIN. GILMAR MENDES HC 114.567 / ES Comentado, 6ª ed., pg. 452. São Paulo: Saraiva, 2010). A despeito da importância da feitura do laudo pericial para a escorreita aferição da qualificadora do “perigo de vida”, tenho para mim que, bem compulsados os autos, as peculiaridades do caso afastam a tese aventada pela defesa. É que a não realização da perícia foi devidamente suprida por outros elementos de prova, os quais convergiram para demonstrar, de forma uníssona, que, na hipótese, não se tratava de mera probabilidade, mas sim de perigo real, efetivo e concreto de um resultado letal. Por oportuno, transcrevo, nesta ordem, as decisões proferidas pelo magistrado de primeiro grau e pelo Tribunal de Justiça do Estado do Espírito Santo: “De outra sorte, apesar dos depoimentos médicos de fls. 46/47 não terem sido feitos como instrumento de prova, isto é, não serem laudos, com respostas a quesitos, o que se extrai deles é que a vítima foi atingida em região letal (pescoço), tendo sido, inclusive, submetida a intervenção cirúrgica (vide laudo para recomendação de internação hospitalar de fls. 47). Assim, diante da soberania do Júri Popular não resta a este Juiz outra alternativa a não ser reconhecer a prática do crime de lesão corporal de natureza grave, pois o risco de morte foi latente, visto que a lesão foi provocada em região corporal extremamente vital, tanto que houve necessidade de intervenção cirúrgica e internação.” “Afirma a douta defesa, no tocante à inexistência do delito de lesão corporal de natureza grave inexistir nos autos ‘o indispensável laudo de lesões corporais, que em tese poderia afirmar a existência do grau das lesões’. O simples fato de inexistir laudo pericial a demonstrar o crime de lesão corporal, entrementes, não tem o condão de absolvê-lo da conduta em testilha. Primeiro, porque há provas documentais suficientes para demonstrar a gravidade das lesões sofridas pela vítima, seja por meio do documento de seu ingresso no Sistema Único de Saúde 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3015323. Supremo Tribunal Federal HC 114.567 / ES Comentado, 6ª ed., pg. 452. São Paulo: Saraiva, 2010). A despeito da importância da feitura do laudo pericial para a escorreita aferição da qualificadora do “perigo de vida”, tenho para mim que, bem compulsados os autos, as peculiaridades do caso afastam a tese aventada pela defesa. É que a não realização da perícia foi devidamente suprida por outros elementos de prova, os quais convergiram para demonstrar, de forma uníssona, que, na hipótese, não se tratava de mera probabilidade, mas sim de perigo real, efetivo e concreto de um resultado letal. Por oportuno, transcrevo, nesta ordem, as decisões proferidas pelo magistrado de primeiro grau e pelo Tribunal de Justiça do Estado do Espírito Santo: “De outra sorte, apesar dos depoimentos médicos de fls. 46/47 não terem sido feitos como instrumento de prova, isto é, não serem laudos, com respostas a quesitos, o que se extrai deles é que a vítima foi atingida em região letal (pescoço), tendo sido, inclusive, submetida a intervenção cirúrgica (vide laudo para recomendação de internação hospitalar de fls. 47). Assim, diante da soberania do Júri Popular não resta a este Juiz outra alternativa a não ser reconhecer a prática do crime de lesão corporal de natureza grave, pois o risco de morte foi latente, visto que a lesão foi provocada em região corporal extremamente vital, tanto que houve necessidade de intervenção cirúrgica e internação.” “Afirma a douta defesa, no tocante à inexistência do delito de lesão corporal de natureza grave inexistir nos autos ‘o indispensável laudo de lesões corporais, que em tese poderia afirmar a existência do grau das lesões’. O simples fato de inexistir laudo pericial a demonstrar o crime de lesão corporal, entrementes, não tem o condão de absolvê-lo da conduta em testilha. Primeiro, porque há provas documentais suficientes para demonstrar a gravidade das lesões sofridas pela vítima, seja por meio do documento de seu ingresso no Sistema Único de Saúde 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3015323. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 8 Voto - MIN. GILMAR MENDES HC 114.567 / ES (Atendimento de Urgência/Emergência), à fl. 46, seja através do Laudo Médico acostado à fl. 47, que relata os sinais e sintomas clínicos do caso, bem como as condições que justificam a internação. Segundo, e por fim, o Codex Processual Penal fulmina a tese arguida pela defesa, eis que, segundo o exposto em seu art. 167, ‘não sendo possível o exame de corpo de delito, por haverem desaparecido os vestígios, a prova testemunhal poderá suprir-lhe a falta’. (…) Nessa senda, abstendo-me de repetir, desnecessariamente, os excertos testemunhais retrocitados, é assente a prática do disparo, pelo agente, contra a vítima, em região próxima à cervical, conforme o já citado laudo médico de fl. 47”. Ad argumentandum, tenho para mim que o que se exige para se proceder ao cotejo da incidência ou não, em determinado caso, da qualificadora em estudo é a existência de uma prova de natureza eminentemente técnica, no intuito de que a constatação do “perigo de vida” não seja fruto do livre arbítrio ou de meras conjecturas do julgador. Ocorre que, nos termos das decisões proferidas pelas instâncias anteriores, a existência da qualificadora do “perigo de vida” encontra-se devidamente comprovada em prova técnica, qual seja: laudo médico que relata os sinais e sintomas clínicos do caso, bem como as condições que justificaram a internação da vítima. Isto é, malgrado a inexistência do pertinente laudo pericial, é certo que a materialização da qualificadora não foi produto de presunções, ilações externadas pelo juízo sentenciante, mas de prova técnica (laudo médico), hábil a demonstrar a probabilidade séria, concreta e imediata do êxito letal. Observo que a própria defesa admite a existência do laudo médico, não obstante o considere nitidamente precário (eDOC, p. 7), em razão de ter sido emitido para fins de emissão de Autorização de Internação Hospitalar (AIH). Todavia, reputo que, nos termos do que fizeram o Juízo sentenciante e o Tribunal local dos documentos acostados, é possível 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3015323. Supremo Tribunal Federal HC 114.567 / ES (Atendimento de Urgência/Emergência), à fl. 46, seja através do Laudo Médico acostado à fl. 47, que relata os sinais e sintomas clínicos do caso, bem como as condições que justificam a internação. Segundo, e por fim, o Codex Processual Penal fulmina a tese arguida pela defesa, eis que, segundo o exposto em seu art. 167, ‘não sendo possível o exame de corpo de delito, por haverem desaparecido os vestígios, a prova testemunhal poderá suprir-lhe a falta’. (…) Nessa senda, abstendo-me de repetir, desnecessariamente, os excertos testemunhais retrocitados, é assente a prática do disparo, pelo agente, contra a vítima, em região próxima à cervical, conforme o já citado laudo médico de fl. 47”. Ad argumentandum, tenho para mim que o que se exige para se proceder ao cotejo da incidência ou não, em determinado caso, da qualificadora em estudo é a existência de uma prova de natureza eminentemente técnica, no intuito de que a constatação do “perigo de vida” não seja fruto do livre arbítrio ou de meras conjecturas do julgador. Ocorre que, nos termos das decisões proferidas pelas instâncias anteriores, a existência da qualificadora do “perigo de vida” encontra-se devidamente comprovada em prova técnica, qual seja: laudo médico que relata os sinais e sintomas clínicos do caso, bem como as condições que justificaram a internação da vítima. Isto é, malgrado a inexistência do pertinente laudo pericial, é certo que a materialização da qualificadora não foi produto de presunções, ilações externadas pelo juízo sentenciante, mas de prova técnica (laudo médico), hábil a demonstrar a probabilidade séria, concreta e imediata do êxito letal. Observo que a própria defesa admite a existência do laudo médico, não obstante o considere nitidamente precário (eDOC, p. 7), em razão de ter sido emitido para fins de emissão de Autorização de Internação Hospitalar (AIH). Todavia, reputo que, nos termos do que fizeram o Juízo sentenciante e o Tribunal local dos documentos acostados, é possível 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3015323. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 8 Voto - MIN. GILMAR MENDES HC 114.567 / ES extrair informações que evidenciam a gravidade da lesão: ferimento por arma de fogo, na região cervical, sem orifício de saída, com recomendação de intervenção cirúrgica. Nesses termos, meu voto é no sentido de denegar a ordem. É como voto. 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3015323. Supremo Tribunal Federal HC 114.567 / ES extrair informações que evidenciam a gravidade da lesão: ferimento por arma de fogo, na região cervical, sem orifício de saída, com recomendação de intervenção cirúrgica. Nesses termos, meu voto é no sentido de denegar a ordem. É como voto. 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3015323. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 8 Decisão de Julgamento SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA HABEAS CORPUS 114.567 PROCED. : ESPÍRITO SANTO RELATOR : MIN. GILMAR MENDES PACTE.(S) : CARLOS ROBERTO FILGUEIRA IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA Decisão: A Turma, por unanimidade, denegou a ordem, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 16.10.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Subprocurador-Geral da República, Dr. Mário José Gisi. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3051991 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA HABEAS CORPUS 114.567 PROCED. : ESPÍRITO SANTO RELATOR : MIN. GILMAR MENDES PACTE.(S) : CARLOS ROBERTO FILGUEIRA IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA Decisão: A Turma, por unanimidade, denegou a ordem, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 16.10.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Subprocurador-Geral da República, Dr. Mário José Gisi. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3051991 Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 8
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3060210
2012-10-16T00:00:00
2012-11-07T00:00:00
A Turma, por unanimidade, denegou a ordem, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 16.10.2012.
HABEAS CORPUS
Habeas corpus. 2. Tentativa de homicídio. Desclassificação da conduta pelo Tribunal do Júri para lesão corporal grave. 3. Condenação. Pedido de afastamento da qualificadora do perigo de vida (art. 129, § 1º, II, do CP) em razão da ausência do laudo pericial, que poderia apontar o grau das lesões sofridas. 4. Desaparecimento da vítima. Comprovação da gravidade das lesões sofridas mediante prova testemunhal e laudo médico. 5. A ausência do laudo pericial não impede seja reconhecida a materialidade do delito de lesão corporal de natureza grave por outros meios. 6. Ordem denegada.
sjur217930
- Veja HC 152112 do STJ. Número de páginas: 8. Análise: 21/11/2012, MMR. Revisão: 30/11/2012, IMC.
GILMAR MENDES
Segunda Turma
114567
[ "LEG-FED DEL-002848 ANO-1940\r\n ART-00129 PAR-00001 INC-00002 \r\n CP-1940 CÓDIGO PENAL" ]
HC
acordaos
HC 114567
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PACTE.(S) : CARLOS ROBERTO FILGUEIRA IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
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{ "JURISPRUDENCIA": [ "HABEAS CORPUS 114 . 567", "HABEAS CORPUS 114 . 567", "HC 152 . 112 / ES", "HABEAS CORPUS 114 . 567", "HC 152 . 112 / ES", "HC 114 . 567 / ES", "HC 114 . 567 / ES", "HABEAS CORPUS 114 . 567", "HABEAS CORPUS 114 . 567", "HC 114 . 567 / ES", "HC 114 . 567 / ES", "HC 114 . 567 / ES", "HC 114 . 567 / ES", "HC 114 . 567 / ES", "HC 114 . 567 / ES", "HABEAS CORPUS 114 . 567", "HABEAS CORPUS 114 . 567" ], "LEGISLACAO": [ "art . 129 , § [UNK] , II , do CP", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 121 , § [UNK] , I , c / c o art . 14 , II , ambos do CP", "art . 492 do CPP", "art . 129 , § [UNK] , II , do CP", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art .", "art . 492 do CPP", "art . 129 , § [UNK] , II , do CP", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 129 , § [UNK] , II , do CP", "inciso II , do § [UNK] , do art . 129 , do CP", "CP , art . 129 , caput", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 129 , § [UNK] , II , do CP", "inciso II , do § [UNK] , do art . 129 , do CP", "CP , art . 129 , caput", "MP 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Ementa e Acórdão 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 479.634 GOIÁS RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) :ESTADO DE GOIÁS PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE GOIÁS AGDO.(A/S) :MARCELO AIRES MEDEIROS ADV.(A/S) :RAIMUNDO AZEVEDO MEDEIROS EMENTA Agravo regimental no agravo de instrumento. Impossibilidade de reexame de legislação infraconstitucional e dos fatos e das provas dos autos. 1. O recurso extraordinário não se presta ao reexame da legislação infraconstitucional, tampouco dos fatos e das provas dos autos. Incidência da Súmula nº 279 desta Corte. 2. Agravo regimental não provido. ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata do julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Brasília, 16 de outubro de 2012. MINISTRO DIAS TOFFOLI Relator Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034911. Supremo Tribunal Federal DJe 09/11/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 7 Relatório 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 479.634 GOIÁS RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) :ESTADO DE GOIÁS PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE GOIÁS AGDO.(A/S) :MARCELO AIRES MEDEIROS ADV.(A/S) :RAIMUNDO AZEVEDO MEDEIROS RELATÓRIO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): Estado de Goiás interpõe tempestivo agravo regimental contra decisão em que neguei provimento ao agravo de instrumento (fls. 171 a 173), com a seguinte fundamentação: “Vistos. Estado de Goiás interpõe agravo de instrumento contra a decisão que não admitiu recurso extraordinário assentado em contrariedade aos artigos 37, inciso II, e 206, inciso V, da Constituição Federal. Insurge-se, no apelo extremo, contra acórdão da Terceira Turma Julgadora da Primeira Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, assim ementado: ‘MANDADO DE SEGURANÇA. RECUSA DE FORNECIMENTO DE CERTIDÃO DE TEMPO DE SERVIÇO. Demonstrando, o impetrante, de forma inequívoca e robusta, ter laborado junto a órgão estadual, há que ser-lhe fornecida certidão de tempo de serviço, vez que a negativa de fornecimento viola direito líquido e certo do impetrante, de poder computar este prazo laboral para fins de aposentadoria e disponibilidade. Segurança concedida’ (fl. 78). Decido. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034913. Supremo Tribunal Federal 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 479.634 GOIÁS RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) :ESTADO DE GOIÁS PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE GOIÁS AGDO.(A/S) :MARCELO AIRES MEDEIROS ADV.(A/S) :RAIMUNDO AZEVEDO MEDEIROS RELATÓRIO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): Estado de Goiás interpõe tempestivo agravo regimental contra decisão em que neguei provimento ao agravo de instrumento (fls. 171 a 173), com a seguinte fundamentação: “Vistos. Estado de Goiás interpõe agravo de instrumento contra a decisão que não admitiu recurso extraordinário assentado em contrariedade aos artigos 37, inciso II, e 206, inciso V, da Constituição Federal. Insurge-se, no apelo extremo, contra acórdão da Terceira Turma Julgadora da Primeira Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, assim ementado: ‘MANDADO DE SEGURANÇA. RECUSA DE FORNECIMENTO DE CERTIDÃO DE TEMPO DE SERVIÇO. Demonstrando, o impetrante, de forma inequívoca e robusta, ter laborado junto a órgão estadual, há que ser-lhe fornecida certidão de tempo de serviço, vez que a negativa de fornecimento viola direito líquido e certo do impetrante, de poder computar este prazo laboral para fins de aposentadoria e disponibilidade. Segurança concedida’ (fl. 78). Decido. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034913. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 7 Relatório AI 479.634 AGR / GO Anote-se, inicialmente, que o recorrente foi intimado do acórdão recorrido em 4/6/02, como expresso na certidão de folha 92, não sendo exigível a demonstração da existência de repercussão geral das questões constitucionais trazidas no recurso extraordinário, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07. O Tribunal de origem, ao deferir a ordem para que a Secretaria de Educação do Estado de Goiás forneça a certidão de tempo de serviço ao impetrante, ora agravado, e garantir-lhe o direito de computar o prazo laborado para efeitos de aposentadoria e disponibilidade adotou como fundamento o artigo 97, § 3º, da Constituição do Estado de Goiás. Transcrevo: ‘(...) Assim, considerando, ainda, que o labor do impetrante colaborou para a consecução de um dos direitos fundamentais, constitucionalmente garantido, deve a Secretaria de Educação do Estado de Goiás fornecer-lhe certidão do tempo de serviço, posto que se desta forma não proceder estar-lhe-á violando o direito líquido e certo de poder computar tal prazo laboral para os efeitos de aposentadoria e disponibilidade, nos termos do art. 97, § 3º, da Constituição do Estado de Goiás’ (fl. 87). Nesse caso, para acolher a pretensão do recorrente e ultrapassar o entendimento do Tribunal de origem seria necessário o reexame da referida legislação local, o que não é cabível em sede de recurso extraordinário. Incidência da Súmula nº 280 desta Corte. Nesse sentido, anote-se: ‘ADMINISTRATIVO. LEI COMPLEMENTAR ESTADUAL 77/96. SÚMULA STF 280. PRECEDENTES. 1. Análise do apelo extremo que requer a interpretação de norma de direito local, hipótese inviável pelo óbice da Súmula STF 280. Precedentes. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034913. Supremo Tribunal Federal AI 479.634 AGR / GO Anote-se, inicialmente, que o recorrente foi intimado do acórdão recorrido em 4/6/02, como expresso na certidão de folha 92, não sendo exigível a demonstração da existência de repercussão geral das questões constitucionais trazidas no recurso extraordinário, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07. O Tribunal de origem, ao deferir a ordem para que a Secretaria de Educação do Estado de Goiás forneça a certidão de tempo de serviço ao impetrante, ora agravado, e garantir-lhe o direito de computar o prazo laborado para efeitos de aposentadoria e disponibilidade adotou como fundamento o artigo 97, § 3º, da Constituição do Estado de Goiás. Transcrevo: ‘(...) Assim, considerando, ainda, que o labor do impetrante colaborou para a consecução de um dos direitos fundamentais, constitucionalmente garantido, deve a Secretaria de Educação do Estado de Goiás fornecer-lhe certidão do tempo de serviço, posto que se desta forma não proceder estar-lhe-á violando o direito líquido e certo de poder computar tal prazo laboral para os efeitos de aposentadoria e disponibilidade, nos termos do art. 97, § 3º, da Constituição do Estado de Goiás’ (fl. 87). Nesse caso, para acolher a pretensão do recorrente e ultrapassar o entendimento do Tribunal de origem seria necessário o reexame da referida legislação local, o que não é cabível em sede de recurso extraordinário. Incidência da Súmula nº 280 desta Corte. Nesse sentido, anote-se: ‘ADMINISTRATIVO. LEI COMPLEMENTAR ESTADUAL 77/96. SÚMULA STF 280. PRECEDENTES. 1. Análise do apelo extremo que requer a interpretação de norma de direito local, hipótese inviável pelo óbice da Súmula STF 280. Precedentes. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034913. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 7 Relatório AI 479.634 AGR / GO 2. Embargos de declaração acolhidos com efeitos modificativos para dar provimento ao agravo regimental da parte ora embargante e reconsiderar a decisão agravada. 3. Recurso extraordinário do Estado do Paraná improvido’ (RE nº 566.783/PR-AgR-ED, Segunda Turma, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJe de 1/7/09). ‘Agravo regimental. Agravo de instrumento. Gratificação de encargos especiais. Concessão por processo administrativo. Extensão a outros servidores militares. Impossibilidade. Ofensa a direito local. Precedentes. 1. Não se abre a via do recurso extraordinário para o reexame de matéria ínsita ao plano normativo local. Incidência da Súmula nº 280 desta Corte. 2. Agravo regimental desprovido’ (AI 641.870/RJ- AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Menezes Direito, DJe de 20/2/09). Nego provimento ao agravo de instrumento.” Sustenta o agravante, in verbis, que: “o Acórdão do Tribunal a quo violou literalmente ao disposto nos mencionados textos insculpidos na Constituição Brasileira, que há de se ressaltar, restringe também a abordagem de tempo de serviço dessa natureza para contagem de tempo para a aposentadoria, pois não se pode permitir contabilizar um alegado tempo de serviço em cargo público que fora ocupado sem a devida exigência legal do concurso público, portanto, considerado afrontoso à Constituição Federal” (fl. 180). É o relatório. 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034913. Supremo Tribunal Federal AI 479.634 AGR / GO 2. Embargos de declaração acolhidos com efeitos modificativos para dar provimento ao agravo regimental da parte ora embargante e reconsiderar a decisão agravada. 3. Recurso extraordinário do Estado do Paraná improvido’ (RE nº 566.783/PR-AgR-ED, Segunda Turma, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJe de 1/7/09). ‘Agravo regimental. Agravo de instrumento. Gratificação de encargos especiais. Concessão por processo administrativo. Extensão a outros servidores militares. Impossibilidade. Ofensa a direito local. Precedentes. 1. Não se abre a via do recurso extraordinário para o reexame de matéria ínsita ao plano normativo local. Incidência da Súmula nº 280 desta Corte. 2. Agravo regimental desprovido’ (AI 641.870/RJ- AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Menezes Direito, DJe de 20/2/09). Nego provimento ao agravo de instrumento.” Sustenta o agravante, in verbis, que: “o Acórdão do Tribunal a quo violou literalmente ao disposto nos mencionados textos insculpidos na Constituição Brasileira, que há de se ressaltar, restringe também a abordagem de tempo de serviço dessa natureza para contagem de tempo para a aposentadoria, pois não se pode permitir contabilizar um alegado tempo de serviço em cargo público que fora ocupado sem a devida exigência legal do concurso público, portanto, considerado afrontoso à Constituição Federal” (fl. 180). É o relatório. 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034913. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 7 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 479.634 GOIÁS VOTO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): O inconformismo não merece prosperar, haja vista que as alegações deduzidas no agravo são insuficientes para infirmar a fundamentação que ampara a decisão agravada, a qual se encontra em sintonia com a orientação jurisprudencial deste Supremo Tribunal Federal. Da análise dos autos, verifica-se que o acórdão de origem se limitou a apreciar os direitos do recorrido à expedição da certidão de tempo de serviço e ao cômputo do tempo trabalhado efetivamente provado para fins de aposentadoria. Assim, para ultrapassar esse entendimento seria necessário reexaminar a legislação infraconstitucional pertinente e o conjunto fático- probatório constante dos autos, com o escopo de aferir a validade do contrato de trabalho, o que não viabiliza o processamento do recurso extraordinário. Nesse sentido: “AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PREVIDENCIÁRIO. AVERBAÇÃO DO TEMPO DE SERVIÇO. NECESSIDADE DO REEXAME DO CONJUNTO PROBATÓRIO. INCIDÊNCIA DA SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGAPROVIMENTO” (ARE nº 652.386/GO-AgR, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 10/11/11). “AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO. CONTRATO PRO-LABORE. TEMPO DE SERVIÇO. AVERBAÇÃO. LEIS ESTADUAIS NºS. 13.664/2000 E 13.909/2001. INTERPRETAÇÃO DA LEGISLAÇÃO LOCAL. SÚMULA 280/STF. ANÁLISE DO CONJUNTO FÁTICO- PROBATÓRIO CARREADO AOS AUTOS. IMPOSSIBILIDADE. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034912. Supremo Tribunal Federal 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 479.634 GOIÁS VOTO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): O inconformismo não merece prosperar, haja vista que as alegações deduzidas no agravo são insuficientes para infirmar a fundamentação que ampara a decisão agravada, a qual se encontra em sintonia com a orientação jurisprudencial deste Supremo Tribunal Federal. Da análise dos autos, verifica-se que o acórdão de origem se limitou a apreciar os direitos do recorrido à expedição da certidão de tempo de serviço e ao cômputo do tempo trabalhado efetivamente provado para fins de aposentadoria. Assim, para ultrapassar esse entendimento seria necessário reexaminar a legislação infraconstitucional pertinente e o conjunto fático- probatório constante dos autos, com o escopo de aferir a validade do contrato de trabalho, o que não viabiliza o processamento do recurso extraordinário. Nesse sentido: “AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PREVIDENCIÁRIO. AVERBAÇÃO DO TEMPO DE SERVIÇO. NECESSIDADE DO REEXAME DO CONJUNTO PROBATÓRIO. INCIDÊNCIA DA SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGAPROVIMENTO” (ARE nº 652.386/GO-AgR, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 10/11/11). “AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO. CONTRATO PRO-LABORE. TEMPO DE SERVIÇO. AVERBAÇÃO. LEIS ESTADUAIS NºS. 13.664/2000 E 13.909/2001. INTERPRETAÇÃO DA LEGISLAÇÃO LOCAL. SÚMULA 280/STF. ANÁLISE DO CONJUNTO FÁTICO- PROBATÓRIO CARREADO AOS AUTOS. IMPOSSIBILIDADE. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034912. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 7 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI AI 479.634 AGR / GO INCIDÊNCIA DA SÚMULA 279 DESTA CORTE (...)” (ARE nº 648.708/GO-AgR, Relator o Ministro Luiz Fux, DJe de 14/10/11). Ante o exposto, voto pelo não provimento do agravo regimental. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034912. Supremo Tribunal Federal AI 479.634 AGR / GO INCIDÊNCIA DA SÚMULA 279 DESTA CORTE (...)” (ARE nº 648.708/GO-AgR, Relator o Ministro Luiz Fux, DJe de 14/10/11). Ante o exposto, voto pelo não provimento do agravo regimental. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034912. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 7 Decisão de Julgamento PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 479.634 PROCED. : GOIÁS RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) : ESTADO DE GOIÁS PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE GOIÁS AGDO.(A/S) : MARCELO AIRES MEDEIROS ADV.(A/S) : RAIMUNDO AZEVEDO MEDEIROS Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 16.10.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Rodrigo Janot. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3061231 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 479.634 PROCED. : GOIÁS RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) : ESTADO DE GOIÁS PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE GOIÁS AGDO.(A/S) : MARCELO AIRES MEDEIROS ADV.(A/S) : RAIMUNDO AZEVEDO MEDEIROS Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 16.10.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Rodrigo Janot. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3061231 Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 7
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3071171
2012-10-16T00:00:00
2012-11-09T00:00:00
A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 16.10.2012.
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO
EMENTA Agravo regimental no agravo de instrumento. Impossibilidade de reexame de legislação infraconstitucional e dos fatos e das provas dos autos. 1. O recurso extraordinário não se presta ao reexame da legislação infraconstitucional, tampouco dos fatos e das provas dos autos. Incidência da Súmula nº 279 desta Corte. 2. Agravo regimental não provido.
sjur218245
- Acórdão(s) citado(s) (SÚMULA 279) STF: ARE 652386 AgR (1ªT), ARE 648708 AgR (1ªT). Número de páginas: 7. Análise: 22/11/2012, MJC.
DIAS TOFFOLI
Primeira Turma
479634
[ "LEG-FED SUMSTF-000279 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF" ]
AI-AgR
acordaos
AI 479634 AgR
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Ementa e Acórdão 18/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 656.732 DISTRITO FEDERAL RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) :MARIA HELENA PEREIRA PASSOS ADV.(A/S) :VICTOR MENDONÇA NEIVA E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :DISTRITO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. CONSTITUCIONAL, ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. 1. Alegada afronta aos princípios constitucionais do contraditório, da ampla defesa e do devido processo legal. Necessidade de análise de matéria infraconstitucional e das provas dos autos. Ofensa constitucional indireta. Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal. 2. Aposentadoria por invalidez decorrente de causa não prevista em lei. Proventos proporcionais ao tempo de contribuição. Precedentes. 3. Agravo regimental ao qual se nega provimento. ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a Presidência do Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, à unanimidade, em negar provimento ao agravo regimental no recurso extraordinário com agravo, nos termos do voto da Relatora. Ausentes, justificadamente, os Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. Brasília, 18 de setembro de 2012. Ministra CÁRMEN LÚCIA - Relatora Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2894760. Supremo Tribunal Federal DJe 11/10/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 8 Relatório 18/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 656.732 DISTRITO FEDERAL RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) :MARIA HELENA PEREIRA PASSOS ADV.(A/S) :VICTOR MENDONÇA NEIVA E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :DISTRITO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL R E L A T Ó R I O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Em 3 de fevereiro de 2012, neguei seguimento ao agravo nos autos do recurso extraordinário interposto por Maria Helena Pereira Passos contra julgado do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios, o qual decidira que não houve “ofensa à ampla defesa, mas simples observância da norma, pois o ato de aposentadoria foi publicado em 17.4.08, após o advento da EC 41/03, que estipula que os proventos são proporcionais para as hipóteses não elencadas no inciso I do § 1º do art. 40 da CF”. A decisão agravada teve a seguinte fundamentação: “6. Razão jurídica não assiste à Agravante. 7. Este Supremo Tribunal Federal assentou que a verificação, no caso concreto, da ocorrência, ou não, de ofensa aos princípios do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, se dependente de análise prévia da legislação infraconstitucional (na espécie vertente, o Código de Processo Civil), configuraria apenas ofensa constitucional indireta. Nesse sentido: (...) (AI 831.267-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 7.4.2011). 8. Quanto ao mérito, o Supremo Tribunal Federal assentou que os proventos serão integrais apenas quando a aposentadoria do servidor decorrer de moléstia profissional ou doença grave, contagiosa Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2894761. Supremo Tribunal Federal 18/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 656.732 DISTRITO FEDERAL RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) :MARIA HELENA PEREIRA PASSOS ADV.(A/S) :VICTOR MENDONÇA NEIVA E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :DISTRITO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL R E L A T Ó R I O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Em 3 de fevereiro de 2012, neguei seguimento ao agravo nos autos do recurso extraordinário interposto por Maria Helena Pereira Passos contra julgado do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios, o qual decidira que não houve “ofensa à ampla defesa, mas simples observância da norma, pois o ato de aposentadoria foi publicado em 17.4.08, após o advento da EC 41/03, que estipula que os proventos são proporcionais para as hipóteses não elencadas no inciso I do § 1º do art. 40 da CF”. A decisão agravada teve a seguinte fundamentação: “6. Razão jurídica não assiste à Agravante. 7. Este Supremo Tribunal Federal assentou que a verificação, no caso concreto, da ocorrência, ou não, de ofensa aos princípios do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, se dependente de análise prévia da legislação infraconstitucional (na espécie vertente, o Código de Processo Civil), configuraria apenas ofensa constitucional indireta. Nesse sentido: (...) (AI 831.267-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 7.4.2011). 8. Quanto ao mérito, o Supremo Tribunal Federal assentou que os proventos serão integrais apenas quando a aposentadoria do servidor decorrer de moléstia profissional ou doença grave, contagiosa Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2894761. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 8 Relatório ARE 656.732 AGR / DF ou incurável, especificadas em lei. Nesse sentido: (...) (AI 601.787-AgR, Rel. Min. Eros Grau, Segunda Turma, DJ 7.12.2006). O acórdão recorrido não divergiu dessa orientação. 9. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 544, § 4º, inc. II, alínea a, do Código de Processo Civil, com as alterações da Lei n. 12.322/2010, e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal)”. 2. Publicada essa decisão no DJe de 10.2.2012, interpõe Maria Helena Pereira Passos, em 17.2.2012, tempestivamente, agravo regimental. 3. Alega a Agravante que “o Tribunal não enfrentou (…) a questão da ofensa ao art. 40, § 1º, I, da CF, visto que o acórdão violou frontalmente o princípio da dignidade humana, e ainda, a redução se deu a partir de interpretação teratológica do réu acerca da Emenda Constitucional 41 e não pela não incorporação de gratificações, demonstrado de maneira inclusive matemática, até porque no caso em tela está a se tratar o caso de professor aposentado por invalidez, conforme já exposto anteriormente, restando clara a ofensa ao art. 40, § 1º, I, da CF, em face da evidente omissão verificada”. Afirma que “o tema já gerou jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, que já se manifestou acerca do assunto em aplicar as perdas da integralidade e paridade às aposentadorias por invalidez com proventos integrais, depois da EC/41, sendo que a 3ª Seção do STJ pacificou o entendimento de que os casos do art. 186, parágrafo 1º, inciso I, da Lei 8.112/90, fazem jus à paridade e integralidade plenas”. Requer a reconsideração da decisão agravada ou o provimento do presente recurso. É o relatório. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2894761. Supremo Tribunal Federal ARE 656.732 AGR / DF ou incurável, especificadas em lei. Nesse sentido: (...) (AI 601.787-AgR, Rel. Min. Eros Grau, Segunda Turma, DJ 7.12.2006). O acórdão recorrido não divergiu dessa orientação. 9. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 544, § 4º, inc. II, alínea a, do Código de Processo Civil, com as alterações da Lei n. 12.322/2010, e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal)”. 2. Publicada essa decisão no DJe de 10.2.2012, interpõe Maria Helena Pereira Passos, em 17.2.2012, tempestivamente, agravo regimental. 3. Alega a Agravante que “o Tribunal não enfrentou (…) a questão da ofensa ao art. 40, § 1º, I, da CF, visto que o acórdão violou frontalmente o princípio da dignidade humana, e ainda, a redução se deu a partir de interpretação teratológica do réu acerca da Emenda Constitucional 41 e não pela não incorporação de gratificações, demonstrado de maneira inclusive matemática, até porque no caso em tela está a se tratar o caso de professor aposentado por invalidez, conforme já exposto anteriormente, restando clara a ofensa ao art. 40, § 1º, I, da CF, em face da evidente omissão verificada”. Afirma que “o tema já gerou jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, que já se manifestou acerca do assunto em aplicar as perdas da integralidade e paridade às aposentadorias por invalidez com proventos integrais, depois da EC/41, sendo que a 3ª Seção do STJ pacificou o entendimento de que os casos do art. 186, parágrafo 1º, inciso I, da Lei 8.112/90, fazem jus à paridade e integralidade plenas”. Requer a reconsideração da decisão agravada ou o provimento do presente recurso. É o relatório. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2894761. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 8 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA 18/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 656.732 DISTRITO FEDERAL V O T O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Razão jurídica não assiste à Agravante. 2. Quanto à alegada contrariedade ao princípio do contraditório e da ampla defesa, o Tribunal de origem assentou: “quando se trata de procedimento administrativo de natureza não disciplinar, que não tenha por finalidade impor sanção ao servidor, que visa restaurar legalidade violada, prescindível seja observada a ampla defesa e o contraditório, os quais serão exercidos pelo servidor posteriormente, assim que ele tomar ciência do ato, como, por sinal, ocorreu na espécie” (grifos nossos). 3. Concluir de modo diverso do que decidido no juízo de origem demandaria o reexame de fatos e provas, procedimento inviável em recurso extraordinário, conforme a Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal. Ademais, este Supremo Tribunal assentou que a alegação de afronta aos princípios do devido processo legal, do contraditório, da ampla defesa e da prestação jurisdicional, quando dependente de exame de legislação infraconstitucional, no caso, do Código de Processo Civil, configura ofensa constitucional indireta. Nesse sentido: “Agravo regimental no agravo de instrumento. Princípios do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa. Ofensa Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2894762. Supremo Tribunal Federal 18/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 656.732 DISTRITO FEDERAL V O T O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Razão jurídica não assiste à Agravante. 2. Quanto à alegada contrariedade ao princípio do contraditório e da ampla defesa, o Tribunal de origem assentou: “quando se trata de procedimento administrativo de natureza não disciplinar, que não tenha por finalidade impor sanção ao servidor, que visa restaurar legalidade violada, prescindível seja observada a ampla defesa e o contraditório, os quais serão exercidos pelo servidor posteriormente, assim que ele tomar ciência do ato, como, por sinal, ocorreu na espécie” (grifos nossos). 3. Concluir de modo diverso do que decidido no juízo de origem demandaria o reexame de fatos e provas, procedimento inviável em recurso extraordinário, conforme a Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal. Ademais, este Supremo Tribunal assentou que a alegação de afronta aos princípios do devido processo legal, do contraditório, da ampla defesa e da prestação jurisdicional, quando dependente de exame de legislação infraconstitucional, no caso, do Código de Processo Civil, configura ofensa constitucional indireta. Nesse sentido: “Agravo regimental no agravo de instrumento. Princípios do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa. Ofensa Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2894762. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 8 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA ARE 656.732 AGR / DF reflexa. Reexame de fatos e provas. Impossibilidade. Precedentes. 1. A afronta aos princípios do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, quando depende, para ser reconhecida como tal, da análise de normas infraconstitucionais, configura apenas ofensa indireta ou reflexa à Constituição da República. 2. Inadmissível, em recurso extraordinário, o reexame da legislação infraconstitucional e dos fatos e provas dos autos. Incidência das Súmulas nºs 279 e 636/STF. 3. Agravo regimental não provido” (AI 716.789-AgR, Rel. Min. Dias Toffoli, Primeira Turma, DJe 11.6.2012). “Agravo regimental em recurso extraordinário com agravo. 2. Adjudicação de imóvel. Controvérsia decidida exclusivamente à luz da legislação infraconstitucional pertinente. Ofensa reflexa. 3. Impossibilidade de reexame do conjunto fático-probatório. Enunciado 279 da Súmula do STF. 4. Afronta aos princípios do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório. Violação meramente reflexa ao texto constitucional. 5. Alegação de negativa de prestação jurisdicional. Decisão fundamentada, apesar de contrária aos interesses da parte. AI-QO-RG 791.292. 6. Agravo regimental a que se nega provimento” (AE 683.545-AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJe 1º.8.2012). 4. No mérito, o Tribunal de origem decidiu: “O ato que reduziu o valor dos proventos está em consonância com a EC 41/03. Não, há, assim, ofensa à ampla defesa, mas simples observância da norma, pois o ato de aposentadoria foi publicado em 17.4.08 (f. 46), após o advento da EC 41/03, que estipula que os proventos são proporcionais para as hipóteses não elencadas no inciso I do § 1º do art. 40 da CF. Vale dizer, tendo a aposentadoria ocorrida na vigência da EC 41/03, não é assegurado proventos integrais, consoante L. 10.887/04, vigente à época da inativação. (…) Não se aplica a EC 47/2005 que, dispondo sobre alteração 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2894762. Supremo Tribunal Federal ARE 656.732 AGR / DF reflexa. Reexame de fatos e provas. Impossibilidade. Precedentes. 1. A afronta aos princípios do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, quando depende, para ser reconhecida como tal, da análise de normas infraconstitucionais, configura apenas ofensa indireta ou reflexa à Constituição da República. 2. Inadmissível, em recurso extraordinário, o reexame da legislação infraconstitucional e dos fatos e provas dos autos. Incidência das Súmulas nºs 279 e 636/STF. 3. Agravo regimental não provido” (AI 716.789-AgR, Rel. Min. Dias Toffoli, Primeira Turma, DJe 11.6.2012). “Agravo regimental em recurso extraordinário com agravo. 2. Adjudicação de imóvel. Controvérsia decidida exclusivamente à luz da legislação infraconstitucional pertinente. Ofensa reflexa. 3. Impossibilidade de reexame do conjunto fático-probatório. Enunciado 279 da Súmula do STF. 4. Afronta aos princípios do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório. Violação meramente reflexa ao texto constitucional. 5. Alegação de negativa de prestação jurisdicional. Decisão fundamentada, apesar de contrária aos interesses da parte. AI-QO-RG 791.292. 6. Agravo regimental a que se nega provimento” (AE 683.545-AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJe 1º.8.2012). 4. No mérito, o Tribunal de origem decidiu: “O ato que reduziu o valor dos proventos está em consonância com a EC 41/03. Não, há, assim, ofensa à ampla defesa, mas simples observância da norma, pois o ato de aposentadoria foi publicado em 17.4.08 (f. 46), após o advento da EC 41/03, que estipula que os proventos são proporcionais para as hipóteses não elencadas no inciso I do § 1º do art. 40 da CF. Vale dizer, tendo a aposentadoria ocorrida na vigência da EC 41/03, não é assegurado proventos integrais, consoante L. 10.887/04, vigente à época da inativação. (…) Não se aplica a EC 47/2005 que, dispondo sobre alteração 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2894762. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 8 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA ARE 656.732 AGR / DF do regime previdenciário dos servidores públicos, não regulamenta as hipóteses de aposentadoria por invalidez. As doenças que levaram a aposentadoria da apelante (…) não se caracterizam como acidente em serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável, especificada em lei, únicas hipóteses em que os proventos são integrais após o advento da EC 41/03, que alterou o art. 40, § 1º, da CF” (grifos nossos). Como posto na decisão agravada, a decisão do Tribunal a quo está em harmonia com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, que assentou serem os proventos de aposentadoria proporcionais ao tempo de contribuição para as hipóteses não elencadas no art. 40, § 1º, inc. I, da Constituição da República. Nesse sentido: “AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. SERVIDOR PÚBLICO. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ (INCISO I DO § 1º DO ART. 40 DO MAGNO TEXTO). INTEGRALIDADE. IMPROCEDÊNCIA DA PRETENSÃO. 1. O entendimento adotado pela instância judicante de origem afina com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, no sentido de que o direito ao recebimento de proventos integrais, decorrentes da aposentadoria por invalidez, pressupõe que a doença de que padece o servidor esteja relacionada em lei, nos termos do inciso I do § 1º do art. 40 da Magna Carta de 1988. 2. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI 767.931-AgR, Rel. Min. Ayres Britto, Segunda Turma, DJe 21.3.2011 – grifos nossos). “AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. SERVIDOR PÚBLICO. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. PROVENTOS INTEGRAIS. MOLÉSTIA PROFISSIONAL. INTERPRETAÇÃO DE LEGISLAÇÃO LOCAL. REEXAME DE PROVAS. IMPOSSIBILIDADE EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. 1. Os proventos serão integrais quando o servidor for aposentado por invalidez permanente decorrente de 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2894762. Supremo Tribunal Federal ARE 656.732 AGR / DF do regime previdenciário dos servidores públicos, não regulamenta as hipóteses de aposentadoria por invalidez. As doenças que levaram a aposentadoria da apelante (…) não se caracterizam como acidente em serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável, especificada em lei, únicas hipóteses em que os proventos são integrais após o advento da EC 41/03, que alterou o art. 40, § 1º, da CF” (grifos nossos). Como posto na decisão agravada, a decisão do Tribunal a quo está em harmonia com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, que assentou serem os proventos de aposentadoria proporcionais ao tempo de contribuição para as hipóteses não elencadas no art. 40, § 1º, inc. I, da Constituição da República. Nesse sentido: “AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. SERVIDOR PÚBLICO. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ (INCISO I DO § 1º DO ART. 40 DO MAGNO TEXTO). INTEGRALIDADE. IMPROCEDÊNCIA DA PRETENSÃO. 1. O entendimento adotado pela instância judicante de origem afina com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, no sentido de que o direito ao recebimento de proventos integrais, decorrentes da aposentadoria por invalidez, pressupõe que a doença de que padece o servidor esteja relacionada em lei, nos termos do inciso I do § 1º do art. 40 da Magna Carta de 1988. 2. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI 767.931-AgR, Rel. Min. Ayres Britto, Segunda Turma, DJe 21.3.2011 – grifos nossos). “AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. SERVIDOR PÚBLICO. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. PROVENTOS INTEGRAIS. MOLÉSTIA PROFISSIONAL. INTERPRETAÇÃO DE LEGISLAÇÃO LOCAL. REEXAME DE PROVAS. IMPOSSIBILIDADE EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. 1. Os proventos serão integrais quando o servidor for aposentado por invalidez permanente decorrente de 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2894762. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 8 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA ARE 656.732 AGR / DF moléstia profissional. 2. Reexame de fatos e provas e de legislação local. Inviabilidade do recurso extraordinário. Súmulas 279 e 280 do Supremo Tribunal Federal. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI 601.787-AgR, Rel. Min. Eros Grau, Segunda Turma, DJ 7.12.2006 – grifos nossos). 5. Os argumentos da Agravante, insuficientes para modificar a decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente prestação jurisdicional. 6. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental. 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2894762. Supremo Tribunal Federal ARE 656.732 AGR / DF moléstia profissional. 2. Reexame de fatos e provas e de legislação local. Inviabilidade do recurso extraordinário. Súmulas 279 e 280 do Supremo Tribunal Federal. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI 601.787-AgR, Rel. Min. Eros Grau, Segunda Turma, DJ 7.12.2006 – grifos nossos). 5. Os argumentos da Agravante, insuficientes para modificar a decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente prestação jurisdicional. 6. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental. 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2894762. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 8 Decisão de Julgamento SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 656.732 PROCED. : DISTRITO FEDERAL RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) : MARIA HELENA PEREIRA PASSOS ADV.(A/S) : VICTOR MENDONÇA NEIVA E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : DISTRITO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 18.09.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2926564 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 656.732 PROCED. : DISTRITO FEDERAL RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) : MARIA HELENA PEREIRA PASSOS ADV.(A/S) : VICTOR MENDONÇA NEIVA E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : DISTRITO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 18.09.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2926564 Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 8
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=2926973
2012-09-18T00:00:00
2012-10-11T00:00:00
A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 18.09.2012.
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO
EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. CONSTITUCIONAL, ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. 1. Alegada afronta aos princípios constitucionais do contraditório, da ampla defesa e do devido processo legal. Necessidade de análise de matéria infraconstitucional e das provas dos autos. Ofensa constitucional indireta. Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal. 2. Aposentadoria por invalidez decorrente de causa não prevista em lei. Proventos proporcionais ao tempo de contribuição. Precedentes. 3. Agravo regimental ao qual se nega provimento.
sjur216523
- Acórdãos citados: AI 716789 AgR, ARE 683545 AgR, AI 767931 AgR, AI 601787 AgR. Número de páginas: 8. Análise: 22/10/2012, MLM.
CÁRMEN LÚCIA
Segunda Turma
656732
[ "LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00040 PAR-00001 \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n\r\n", "LEG-FED EMC-000041 ANO-2003\r\n EMENDA CONSTITUCIONAL\r\n\r\n", "LEG-FED LEI-005869 ANO-1973\r\n CPC-1973 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL\r\n\r\n", "LEG-FED LEI-010887 ANO-2004\r\n LEI ORDINÁRIA\r\n\r\n", "LEG-FED SUMSTF-000279 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF" ]
ARE-AgR
acordaos
ARE 656732 AgR
[ "" ]
ADV.(A/S) : VICTOR MENDONÇA NEIVA E OUTRO(A/S) RECDO.(A/S) : DISTRITO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL AGTE.(S) : MARIA HELENA PEREIRA PASSOS
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 656 . 732", "Súmula n . 279 do Supremo Tribunal Federal", "AI 831 . 267 - AgR", "AI 831 . 267 - AgR", "ARE 656 . 732 AGR / DF", "AI 601 . 787 - AgR", "ARE 656 . 732 AGR / DF", "AI 601 . 787 - AgR", "Súmula n . 279 do Supremo Tribunal Federal", "Súmula n . 279 do Supremo Tribunal Federal", "ARE 656 . 732 AGR / DF", "Súmulas [UNK] 279", "AI 716 . 789 - AgR", "Enunciado 279 da Súmula do STF", "AI", "-", "QO", "-", "RG 791 . 292 . 6", "AE 683 . 545 - AgR", "ARE 656 . 732", "AI 716 . 789 - AgR", "Enunciado 279 da Súmula do STF", "AI", "-", "QO", "-", "RG 791 . 292", "AE 683 . 545 - AgR", "ARE 656 . 732 AGR / DF", "AI 767 . 931 - AgR", "ARE 656 . 732 AGR / DF", "AI 767 . 931 - AgR", "ARE 656 . 732", "Súmulas 279", "AI 601 . 787 - AgR", "ARE 656 . 732 AGR", "Súmulas 279", "AI 601 . 787 - AgR" ], "LEGISLACAO": [ "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "EC 41 / 03", "inciso I do § [UNK] do art . 40 da CF", "Código de Processo Civil", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "EC 41 / 03", "inciso I do § [UNK] do art . 40 da CF ”", "Código de Processo Civil", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 544 , § [UNK] , inc . II , alínea a , do Código de Processo Civil", "Lei n . 12 . 322 / 2010", "art . 21 , § [UNK] , do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal", "art . 40 , § [UNK] , I , da CF", "Emenda Constitucional 41", "art . 40 , § [UNK] , I , da CF", "EC", "/", "41", "art . 186 , parágrafo [UNK] , inciso I , da Lei 8 . 112 / 90", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 544 , § [UNK] , inc . II , alínea a , do Código de Processo Civil", "Lei n . 12 . 322 / 2010", "art . 21 , § [UNK] , do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal", "art . 40 , § [UNK] , I , da CF", "Emenda Constitucional 41", "art . 40 , § [UNK] , I , da CF", "EC", "/", "41", "art . 186 , parágrafo [UNK] , inciso I , da Lei 8 . 112 / 90", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Código de Processo Civil", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Código de Processo Civil", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Constituição da República", "EC 41 / 03", "EC 41 / 03", "inciso I do § [UNK] do art . 40 da CF", "EC 41 / 03", "L", ". 10 . 887 / 04", "EC 47 / 2005", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Constituição da República", "EC 41 / 03", "EC 41 / 03", "inciso I do § [UNK] do art . 40 da CF", "EC 41 / 03", "L", ". 10 . 887 / 04", "EC 47 / 2005", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "EC 41 / 03", "art . 40 , § [UNK] , da CF", "art . 40 , § [UNK] , inc . I , da Constituição da República", "inciso I do § [UNK] do art . 40 da Magna Carta de 1988", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "EC 41 / 03", "art . 40 , § [UNK] , da CF", "art . 40 , § [UNK] , inc . I , da Constituição da República", "inciso I do § [UNK] do art . 40 da Magna Carta de 1988", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001" ], "LOCAL": [ "DISTRITO FEDERAL", "DISTRITO FEDERAL", "DISTRITO FEDERAL", "Brasília", "DISTRITO FEDERAL", "DISTRITO FEDERAL", "DISTRITO FEDERAL", "DISTRITO FEDERAL", "DISTRITO FEDERAL", "DISTRITO FEDERAL", "DISTRITO FEDERAL", "DISTRITO FEDERAL", "DISTRITO FEDERAL", "DISTRITO FEDERAL", "DISTRITO FEDERAL", "DISTRITO FEDERAL", "DISTRITO FEDERAL", "DISTRITO FEDERAL" ], "ORGANIZACAO": [ "SEGUNDA TURMA", "Supremo Tribunal Federal", "Segunda Turma", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios", "Supremo Tribunal Federal", "Primeira Turma", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo 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Ementa e Acórdão 16/10/2012 SEGUNDA TURMA HABEAS CORPUS 114.146 SANTA CATARINA RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI PACTE.(S) :CARLOS PEDRO DA SILVA PACTE.(S) :PABLO SOPRAN PACTE.(S) :MARCOS DOS SANTOS AMÂNDIO PACTE.(S) :RODRIGO LUIZ ADRIANO IMPTE.(S) :CARLOS PEDRO DA SILVA E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) :SAMUEL SILVA COATOR(A/S)(ES) :RELATORA DO HC Nº 243.700 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA EMENTA: HABEAS CORPUS. TRÁFICO DE DROGAS E ASSOCIAÇÃO PARA O TRÁFICO. DOSIMETRIA. PENA-BASE. MAJORAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE. CIRCUNSTÂNCIAS INERENTES À CONDUTA CRIMINOSA . ORDEM CONCEDIDA. I – A circunstância judicial – mal causado pelo tóxico – valorada negativamente pelo juízo sentenciante é ínsita à conduta delituosa, incorporada ao próprio tipo penal, não podendo, pois, ser utilizada como elemento hábil a proporcionar a majoração da reprimenda, sob pena de indesejado bis in idem. II – No caso sob exame, o intuito de obter lucro fácil também está contido na conduta de comercializar a droga, de modo que não cabe invocá-lo para o fim de majorar a pena-base, ante a possibilidade de, novamente, incorrer-se em bis in idem. III – Ordem concedida apenas para determinar a realização de nova dosimetria da pena. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamentos e das notas taquigráficas, por unanimidade, ante a Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2974849. Supremo Tribunal Federal DJe 09/11/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 10 Ementa e Acórdão HC 114.146 / SC identidade das situações do corréu Willian e dos ora pacientes, conceder a ordem para estender a eles os efeitos da decisão proferida por esta Corte ao apreciar o HC 107.532/SC, no qual se determinou ao magistrado de primeiro grau que procedesse a nova dosimetria da pena, afastando, além da circunstância relativa à consequência do crime (mal causado pelo tóxico), também o motivo invocado (vontade de obter lucro fácil), nos termos do voto do Relator. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. Brasília, 16 de outubro de 2012. RICARDO LEWANDOWSKI – PRESIDENTE E RELATOR 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2974849. Supremo Tribunal Federal HC 114.146 / SC identidade das situações do corréu Willian e dos ora pacientes, conceder a ordem para estender a eles os efeitos da decisão proferida por esta Corte ao apreciar o HC 107.532/SC, no qual se determinou ao magistrado de primeiro grau que procedesse a nova dosimetria da pena, afastando, além da circunstância relativa à consequência do crime (mal causado pelo tóxico), também o motivo invocado (vontade de obter lucro fácil), nos termos do voto do Relator. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. Brasília, 16 de outubro de 2012. RICARDO LEWANDOWSKI – PRESIDENTE E RELATOR 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2974849. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 10 Relatório 16/10/2012 SEGUNDA TURMA HABEAS CORPUS 114.146 SANTA CATARINA RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI PACTE.(S) :CARLOS PEDRO DA SILVA PACTE.(S) :PABLO SOPRAN PACTE.(S) :MARCOS DOS SANTOS AMÂNDIO PACTE.(S) :RODRIGO LUIZ ADRIANO IMPTE.(S) :CARLOS PEDRO DA SILVA E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) :SAMUEL SILVA COATOR(A/S)(ES) :RELATORA DO HC Nº 243.700 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Trata-se de habeas corpus, com pedido de medida liminar, impetrado por Samuel Silva, em favor de CARLOS PEDRO DA SILVA, PABLO SOPRAN, MARCOS DOS SANTOS AMÂNDIO e RODRIGO LUIZ ADRIANO, contra ato da Ministra Alderita Ramos de Oliveira (Desembargadora convocada do TJ/PE), Relatora do HC 243.700/SC do Superior Tribunal de Justiça. O impetrante narra, em síntese, que os pacientes foram presos e processados junto com Willian Ramires Farias, que ajuizou nesta Corte o HC 107.532/SC, sendo a ordem concedida por esta Turma para determinar ao juízo sentenciante a realização de nova dosimetria da pena, afastando, além da circunstância relativa à consequência do crime (mal causado pelo tóxico), também o motivo invocado (intuito de obter lucro fácil). Relata ainda que, buscando a extensão dessa decisão aos ora pacientes, a defesa impetrou habeas corpus no STJ, com pedido de medida liminar, mas o pleito de urgência foi indeferido. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2974850. Supremo Tribunal Federal 16/10/2012 SEGUNDA TURMA HABEAS CORPUS 114.146 SANTA CATARINA RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI PACTE.(S) :CARLOS PEDRO DA SILVA PACTE.(S) :PABLO SOPRAN PACTE.(S) :MARCOS DOS SANTOS AMÂNDIO PACTE.(S) :RODRIGO LUIZ ADRIANO IMPTE.(S) :CARLOS PEDRO DA SILVA E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) :SAMUEL SILVA COATOR(A/S)(ES) :RELATORA DO HC Nº 243.700 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Trata-se de habeas corpus, com pedido de medida liminar, impetrado por Samuel Silva, em favor de CARLOS PEDRO DA SILVA, PABLO SOPRAN, MARCOS DOS SANTOS AMÂNDIO e RODRIGO LUIZ ADRIANO, contra ato da Ministra Alderita Ramos de Oliveira (Desembargadora convocada do TJ/PE), Relatora do HC 243.700/SC do Superior Tribunal de Justiça. O impetrante narra, em síntese, que os pacientes foram presos e processados junto com Willian Ramires Farias, que ajuizou nesta Corte o HC 107.532/SC, sendo a ordem concedida por esta Turma para determinar ao juízo sentenciante a realização de nova dosimetria da pena, afastando, além da circunstância relativa à consequência do crime (mal causado pelo tóxico), também o motivo invocado (intuito de obter lucro fácil). Relata ainda que, buscando a extensão dessa decisão aos ora pacientes, a defesa impetrou habeas corpus no STJ, com pedido de medida liminar, mas o pleito de urgência foi indeferido. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2974850. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 10 Relatório HC 114.146 / SC É contra essa decisão que se insurge o impetrante. Alega, inicialmente, que o decisum questionado contraria a decisão proferida por este Tribunal em favor de corréu que foi condenado no mesmo processo dos pacientes, no qual foi prolatada a mesma sentença para todos, de modo que “a negativa da liminar caracteriza manifesta ilegalidade e abuso de poder”, o que justifica a superação da Súmula 691 deste Tribunal. Sustenta, ademais, que, in casu, “avulta a ocorrência inegável de cerceio à liberdade de locomoção dos Pacientes, que executam pena cuja dosimetria já foi cassada”. Assevera, outrossim, que o motivo e a consequência do crime invocados pelo juízo sentenciante não podem agravar as penas dos pacientes, conforme decidido por esta Corte. Requer, ao final, liminarmente, a concessão da ordem para cassar a decisão que indeferiu a liminar no HC 243.700/SC do STJ e reafirmar o julgado deste Tribunal que anulou a dosimetria da pena do corréu Willian Ramires Farias, estendendo-o aos pacientes. Em 27/6/2012, indeferi a medida liminar e determinei fosse ouvido o Procurador-Geral da República. O Ministério Público Federal, em parecer da lavra do Subprocurador-Geral da República Edson Oliveira de Almeida, opinou pela concessão da ordem. É o relatório. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2974850. Supremo Tribunal Federal HC 114.146 / SC É contra essa decisão que se insurge o impetrante. Alega, inicialmente, que o decisum questionado contraria a decisão proferida por este Tribunal em favor de corréu que foi condenado no mesmo processo dos pacientes, no qual foi prolatada a mesma sentença para todos, de modo que “a negativa da liminar caracteriza manifesta ilegalidade e abuso de poder”, o que justifica a superação da Súmula 691 deste Tribunal. Sustenta, ademais, que, in casu, “avulta a ocorrência inegável de cerceio à liberdade de locomoção dos Pacientes, que executam pena cuja dosimetria já foi cassada”. Assevera, outrossim, que o motivo e a consequência do crime invocados pelo juízo sentenciante não podem agravar as penas dos pacientes, conforme decidido por esta Corte. Requer, ao final, liminarmente, a concessão da ordem para cassar a decisão que indeferiu a liminar no HC 243.700/SC do STJ e reafirmar o julgado deste Tribunal que anulou a dosimetria da pena do corréu Willian Ramires Farias, estendendo-o aos pacientes. Em 27/6/2012, indeferi a medida liminar e determinei fosse ouvido o Procurador-Geral da República. O Ministério Público Federal, em parecer da lavra do Subprocurador-Geral da República Edson Oliveira de Almeida, opinou pela concessão da ordem. É o relatório. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2974850. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 10 Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI 16/10/2012 SEGUNDA TURMA HABEAS CORPUS 114.146 SANTA CATARINA V O T O O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Bem examinados os autos, tenho que o caso é de deferimento do pedido. Esta Turma concedeu a ordem ao paciente Willian Ramires Farias, em acórdão assim ementado: “HABEAS CORPUS. TRÁFICO DE DROGAS E ASSOCIAÇÃO PARA O TRÁFICO. DOSIMETRIA. PENA-BASE. MAJORAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE. CIRCUNSTÂNCIAS INERENTES À CONDUTA CRIMINOSA. ORDEM CONCEDIDA. I – A circunstância judicial – mal causado pelo tóxico – valorada negativamente pelo juízo sentenciante é ínsita à conduta delituosa, incorporada ao próprio tipo penal, não podendo, pois, ser utilizada como elemento hábil a proporcionar a majoração da reprimenda, sob pena de indesejado bis in idem. II – No caso sob exame, o intuito de obter lucro fácil também está contido na conduta de comercializar a droga, de modo que não cabe invocá-lo para o fim de majorar a pena-base, ante a possibilidade de, novamente, incorrer-se em bis in idem. III – Ordem concedida apenas para determinar a realização de nova dosimetria da pena”. Como tenho reiteradamente decidido, a superação da Súmula 691 do STF constitui medida excepcional, que somente se legitima quando a decisão atacada se mostra teratológica, flagrantemente ilegal ou abusiva. No caso sob exame, verifico que a situação é excepcional, apta a superar o entendimento sumular, diante do evidente constrangimento ilegal ao qual estão submetidos os pacientes, como passo a demonstrar. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2974851. Supremo Tribunal Federal 16/10/2012 SEGUNDA TURMA HABEAS CORPUS 114.146 SANTA CATARINA V O T O O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Bem examinados os autos, tenho que o caso é de deferimento do pedido. Esta Turma concedeu a ordem ao paciente Willian Ramires Farias, em acórdão assim ementado: “HABEAS CORPUS. TRÁFICO DE DROGAS E ASSOCIAÇÃO PARA O TRÁFICO. DOSIMETRIA. PENA-BASE. MAJORAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE. CIRCUNSTÂNCIAS INERENTES À CONDUTA CRIMINOSA. ORDEM CONCEDIDA. I – A circunstância judicial – mal causado pelo tóxico – valorada negativamente pelo juízo sentenciante é ínsita à conduta delituosa, incorporada ao próprio tipo penal, não podendo, pois, ser utilizada como elemento hábil a proporcionar a majoração da reprimenda, sob pena de indesejado bis in idem. II – No caso sob exame, o intuito de obter lucro fácil também está contido na conduta de comercializar a droga, de modo que não cabe invocá-lo para o fim de majorar a pena-base, ante a possibilidade de, novamente, incorrer-se em bis in idem. III – Ordem concedida apenas para determinar a realização de nova dosimetria da pena”. Como tenho reiteradamente decidido, a superação da Súmula 691 do STF constitui medida excepcional, que somente se legitima quando a decisão atacada se mostra teratológica, flagrantemente ilegal ou abusiva. No caso sob exame, verifico que a situação é excepcional, apta a superar o entendimento sumular, diante do evidente constrangimento ilegal ao qual estão submetidos os pacientes, como passo a demonstrar. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2974851. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 10 Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI HC 114.146 / SC Conforme relatado, os impetrantes pretendem a extensão dos efeitos da decisão proferida por esta Turma, argumentando, em síntese, que a ordem foi concedida a corréu condenado no mesmo processo dos pacientes, em que foi prolatada a mesma sentença, cujos vícios já foram reconhecidos por este Tribunal. A pretensão merece acolhida. Isso porque, ao efetuar a dosimetria das penas impostas aos ora pacientes, o magistrado adotou, como fundamentos para majorar as penas-base, os motivos (intuito de obter lucro fácil) e as consequências do crime (mal causado pelo entorpecente), já considerados inábeis para agravar a situação do réu porque ínsitos à figura do tráfico. Para ilustrar, transcrevo o que o magistrado assentou com relação aos pacientes Rodrigo, Carlos, Pablo e Marcos, respectivamente : "(...) O réu é primário e não registra antecedentes criminais (certidões de fls. 55, 58 e 62). A conduta social é desconhecida; em relação à personalidade nada merecedor de registro foi detectado; os motivos que o levaram a cometer o ilícito foram o egoísmo, o desejo reprovável de obter vantagem econômica mediante a exploração da desgraça alheia, a vontade de obter ganho fácil sem o necessário trabalho honesto; as circunstâncias em que ocorreu o crime foram graves em razão da nocividade e da expressiva quantidade de droga apreendida, ou seja, cerca de 12,740,1 kg (doze quilos, setecentos e quarenta gramas e um decigrama) de cocaína, sendo certo que a quantidade influi na fixação da pena, para que se diferencie o pequeno do grande traficante; as conseqüências são graves pelo mal causado aos consumidores; a vítima é a sociedade; a culpabilidade do réu apresenta-se em grau elevado, eis que, maior e são, sabia ou devia saber que agia contra o direito" (grifos meus). 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2974851. Supremo Tribunal Federal HC 114.146 / SC Conforme relatado, os impetrantes pretendem a extensão dos efeitos da decisão proferida por esta Turma, argumentando, em síntese, que a ordem foi concedida a corréu condenado no mesmo processo dos pacientes, em que foi prolatada a mesma sentença, cujos vícios já foram reconhecidos por este Tribunal. A pretensão merece acolhida. Isso porque, ao efetuar a dosimetria das penas impostas aos ora pacientes, o magistrado adotou, como fundamentos para majorar as penas-base, os motivos (intuito de obter lucro fácil) e as consequências do crime (mal causado pelo entorpecente), já considerados inábeis para agravar a situação do réu porque ínsitos à figura do tráfico. Para ilustrar, transcrevo o que o magistrado assentou com relação aos pacientes Rodrigo, Carlos, Pablo e Marcos, respectivamente : "(...) O réu é primário e não registra antecedentes criminais (certidões de fls. 55, 58 e 62). A conduta social é desconhecida; em relação à personalidade nada merecedor de registro foi detectado; os motivos que o levaram a cometer o ilícito foram o egoísmo, o desejo reprovável de obter vantagem econômica mediante a exploração da desgraça alheia, a vontade de obter ganho fácil sem o necessário trabalho honesto; as circunstâncias em que ocorreu o crime foram graves em razão da nocividade e da expressiva quantidade de droga apreendida, ou seja, cerca de 12,740,1 kg (doze quilos, setecentos e quarenta gramas e um decigrama) de cocaína, sendo certo que a quantidade influi na fixação da pena, para que se diferencie o pequeno do grande traficante; as conseqüências são graves pelo mal causado aos consumidores; a vítima é a sociedade; a culpabilidade do réu apresenta-se em grau elevado, eis que, maior e são, sabia ou devia saber que agia contra o direito" (grifos meus). 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2974851. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 10 Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI HC 114.146 / SC “Em observância ao disposto no art. 42 da Lei nº 11.343/06 e demais circunstâncias referidas quando da aplicação da pena ao réu Rodrigo, no que se refere ao delito de tráfico e associação, verifica-se que o réu é primário e não registra antecedentes criminais (certidões de fls. 54, 59 e 62). A conduta social é desconhecida; em relação à personalidade nada merecedor de registro foi detectado; os motivos que o levaram a cometer o ilícito foram o egoísmo, o desejo reprovável de obter vantagem econômica mediante a exploração da desgraça alheia, a vontade de obter ganho fácil sem o necessário trabalho honesto; as circunstâncias em que ocorreu o crime foram graves em razão da nocividade e da expressiva quantidade de droga apreendida, ou seja, cerca de 12,740,1 kg (doze quilos, setecentos e quarenta gramas e um decigrama) de cocaína, sendo certo que a quantidade influi na fixação da pena, para que se diferencie o pequeno do grande traficante; as conseqüências são graves pelo mal causado aos consumidores; a vítima é a sociedade; a culpabilidade do réu apresenta-se em grau elevado, eis que, maior e são, sabia ou devia saber que agia contra o direito” (grifos meus). “Em observância ao disposto no art. 42 da Lei nº 11.343/06 e demais circunstâncias referidas quando da aplicação da pena ao réu Rodrigo, no que se refere ao delito de tráfico e associação, verifica-se que o réu é primário e não registra antecedentes criminais (certidões de fls. 56, 60 e 62). A conduta social é desconhecida; em relação à personalidade nada merecedor de registro foi detectado; os motivos que o levaram a cometer o ilícito foram o egoísmo, o desejo reprovável de obter vantagem econômica mediante a exploração da desgraça alheia, a vontade de obter ganho fácil sem o necessário trabalho honesto; as circunstâncias em que ocorreu o crime foram graves em razão da nocividade e da expressiva quantidade de droga apreendida, ou seja, cerca de 12,740,1 kg (doze quilos, setecentos e quarenta gramas e um 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2974851. Supremo Tribunal Federal HC 114.146 / SC “Em observância ao disposto no art. 42 da Lei nº 11.343/06 e demais circunstâncias referidas quando da aplicação da pena ao réu Rodrigo, no que se refere ao delito de tráfico e associação, verifica-se que o réu é primário e não registra antecedentes criminais (certidões de fls. 54, 59 e 62). A conduta social é desconhecida; em relação à personalidade nada merecedor de registro foi detectado; os motivos que o levaram a cometer o ilícito foram o egoísmo, o desejo reprovável de obter vantagem econômica mediante a exploração da desgraça alheia, a vontade de obter ganho fácil sem o necessário trabalho honesto; as circunstâncias em que ocorreu o crime foram graves em razão da nocividade e da expressiva quantidade de droga apreendida, ou seja, cerca de 12,740,1 kg (doze quilos, setecentos e quarenta gramas e um decigrama) de cocaína, sendo certo que a quantidade influi na fixação da pena, para que se diferencie o pequeno do grande traficante; as conseqüências são graves pelo mal causado aos consumidores; a vítima é a sociedade; a culpabilidade do réu apresenta-se em grau elevado, eis que, maior e são, sabia ou devia saber que agia contra o direito” (grifos meus). “Em observância ao disposto no art. 42 da Lei nº 11.343/06 e demais circunstâncias referidas quando da aplicação da pena ao réu Rodrigo, no que se refere ao delito de tráfico e associação, verifica-se que o réu é primário e não registra antecedentes criminais (certidões de fls. 56, 60 e 62). A conduta social é desconhecida; em relação à personalidade nada merecedor de registro foi detectado; os motivos que o levaram a cometer o ilícito foram o egoísmo, o desejo reprovável de obter vantagem econômica mediante a exploração da desgraça alheia, a vontade de obter ganho fácil sem o necessário trabalho honesto; as circunstâncias em que ocorreu o crime foram graves em razão da nocividade e da expressiva quantidade de droga apreendida, ou seja, cerca de 12,740,1 kg (doze quilos, setecentos e quarenta gramas e um 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2974851. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 10 Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI HC 114.146 / SC decigrama) de cocaína, sendo certo que a quantidade influi na fixação da pena, para que se diferencie o pequeno do grande traficante; as conseqüências são graves pelo mal causado aos consumidores; a vítima é a sociedade; a culpabilidade do réu apresenta-se em grau elevado, eis que, maior e são, sabia ou devia saber que agia contra o direito” (grifos meus). “Em observância ao disposto no art. 42 da Lei nº 11.343/06 e demais circunstâncias referidas quando da aplicação da pena ao réu Rodrigo, no que se refere ao delito de tráfico e associação, verifica-se que o réu é primário e não registra antecedentes criminais (certidões de fls. 339 e 341). A conduta social é desconhecida; em relação à personalidade nada merecedor de registro foi detectado; os motivos que o levaram a cometer o ilícito foram o egoísmo, o desejo reprovável de obter vantagem econômica mediante a exploração da desgraça alheia, a vontade de obter ganho fácil sem o necessário trabalho honesto; as circunstâncias em que ocorreu o crime foram graves em razão da nocividade e da expressiva quantidade de droga apreendida, ou seja, cerca de 12,740,1 kg (doze quilos, setecentos e quarenta gramas e um decigrama) de cocaína, sendo certo que a quantidade influi na fixação da pena, para que se diferencie o pequeno do grande traficante; as conseqüências são graves pelo mal causado aos consumidores; a vítima é a sociedade; a culpabilidade do réu apresenta-se em grau elevado, eis que, maior e são, sabia ou devia saber que agia contra o direito”(grifos meus). Conforme destaquei por ocasião do julgamento do HC 107.532/SC, assim como a consequência do crime – mal causado pelo tóxico – é ínsita à figura penal do tráfico, também o é a circunstância atinente ao motivo do crime – intuito de obter lucro fácil –, invocada pelo magistrado sentenciante em desfavor dos réus. Tal orientação já havia sido adotada por esta Turma no julgamento do HC 85.507/PE, Rel. Min. Ellen Gracie. O julgado recebeu a seguinte 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2974851. Supremo Tribunal Federal HC 114.146 / SC decigrama) de cocaína, sendo certo que a quantidade influi na fixação da pena, para que se diferencie o pequeno do grande traficante; as conseqüências são graves pelo mal causado aos consumidores; a vítima é a sociedade; a culpabilidade do réu apresenta-se em grau elevado, eis que, maior e são, sabia ou devia saber que agia contra o direito” (grifos meus). “Em observância ao disposto no art. 42 da Lei nº 11.343/06 e demais circunstâncias referidas quando da aplicação da pena ao réu Rodrigo, no que se refere ao delito de tráfico e associação, verifica-se que o réu é primário e não registra antecedentes criminais (certidões de fls. 339 e 341). A conduta social é desconhecida; em relação à personalidade nada merecedor de registro foi detectado; os motivos que o levaram a cometer o ilícito foram o egoísmo, o desejo reprovável de obter vantagem econômica mediante a exploração da desgraça alheia, a vontade de obter ganho fácil sem o necessário trabalho honesto; as circunstâncias em que ocorreu o crime foram graves em razão da nocividade e da expressiva quantidade de droga apreendida, ou seja, cerca de 12,740,1 kg (doze quilos, setecentos e quarenta gramas e um decigrama) de cocaína, sendo certo que a quantidade influi na fixação da pena, para que se diferencie o pequeno do grande traficante; as conseqüências são graves pelo mal causado aos consumidores; a vítima é a sociedade; a culpabilidade do réu apresenta-se em grau elevado, eis que, maior e são, sabia ou devia saber que agia contra o direito”(grifos meus). Conforme destaquei por ocasião do julgamento do HC 107.532/SC, assim como a consequência do crime – mal causado pelo tóxico – é ínsita à figura penal do tráfico, também o é a circunstância atinente ao motivo do crime – intuito de obter lucro fácil –, invocada pelo magistrado sentenciante em desfavor dos réus. Tal orientação já havia sido adotada por esta Turma no julgamento do HC 85.507/PE, Rel. Min. Ellen Gracie. O julgado recebeu a seguinte 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2974851. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 10 Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI HC 114.146 / SC ementa: “TRÁFICO DE ENTORPECENTES E ASSOCIAÇÃO CRIMINOSA (LEI 6.368/76, ARTS. 12 E 14). DOSIMETRIA DA PENA. 1. Circunstâncias inerentes à conduta criminosa - propagação do mal e busca de lucro fácil - são próprias da conduta delituosa, não podendo, sob pena de bis in idem, atuar para justificar aumento da reprimenda. Consideração, apenas, da reincidência. 2. HC deferido, parcialmente, para reduzir a penalidade”. Desse modo, ante a identidade das situações do corréu Willian e dos ora pacientes, concedo a ordem para estender a eles os efeitos da decisão proferida por esta Corte ao apreciar o HC 107.532/SC, no qual se determinou ao magistrado de primeiro grau que procedesse a nova dosimetria da pena, afastando, além da circunstância relativa à consequência do crime (mal causado pelo tóxico), também o motivo invocado (vontade de obter lucro fácil). 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2974851. Supremo Tribunal Federal HC 114.146 / SC ementa: “TRÁFICO DE ENTORPECENTES E ASSOCIAÇÃO CRIMINOSA (LEI 6.368/76, ARTS. 12 E 14). DOSIMETRIA DA PENA. 1. Circunstâncias inerentes à conduta criminosa - propagação do mal e busca de lucro fácil - são próprias da conduta delituosa, não podendo, sob pena de bis in idem, atuar para justificar aumento da reprimenda. Consideração, apenas, da reincidência. 2. HC deferido, parcialmente, para reduzir a penalidade”. Desse modo, ante a identidade das situações do corréu Willian e dos ora pacientes, concedo a ordem para estender a eles os efeitos da decisão proferida por esta Corte ao apreciar o HC 107.532/SC, no qual se determinou ao magistrado de primeiro grau que procedesse a nova dosimetria da pena, afastando, além da circunstância relativa à consequência do crime (mal causado pelo tóxico), também o motivo invocado (vontade de obter lucro fácil). 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2974851. Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 10 Decisão de Julgamento SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA HABEAS CORPUS 114.146 PROCED. : SANTA CATARINA RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI PACTE.(S) : CARLOS PEDRO DA SILVA PACTE.(S) : PABLO SOPRAN PACTE.(S) : MARCOS DOS SANTOS AMÂNDIO PACTE.(S) : RODRIGO LUIZ ADRIANO IMPTE.(S) : CARLOS PEDRO DA SILVA E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) : SAMUEL SILVA COATOR(A/S)(ES) : RELATORA DO HC Nº 243.700 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA Decisão: A Turma, por unanimidade, ante a identidade das situações do corréu Willian e dos ora pacientes, concedeu a ordem para estender a eles os efeitos da decisão proferida por esta Corte ao apreciar o HC 107.532/SC, no qual se determinou ao magistrado de primeiro grau que procedesse a nova dosimetria da pena, afastando, além da circunstância relativa à consequência do crime (mal causado pelo tóxico), também o motivo invocado (vontade de obter lucro fácil), nos termos do voto do Relator. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. 2ª Turma, 16.10.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Subprocurador-Geral da República, Dr. Mário José Gisi. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3051990 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA HABEAS CORPUS 114.146 PROCED. : SANTA CATARINA RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI PACTE.(S) : CARLOS PEDRO DA SILVA PACTE.(S) : PABLO SOPRAN PACTE.(S) : MARCOS DOS SANTOS AMÂNDIO PACTE.(S) : RODRIGO LUIZ ADRIANO IMPTE.(S) : CARLOS PEDRO DA SILVA E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) : SAMUEL SILVA COATOR(A/S)(ES) : RELATORA DO HC Nº 243.700 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA Decisão: A Turma, por unanimidade, ante a identidade das situações do corréu Willian e dos ora pacientes, concedeu a ordem para estender a eles os efeitos da decisão proferida por esta Corte ao apreciar o HC 107.532/SC, no qual se determinou ao magistrado de primeiro grau que procedesse a nova dosimetria da pena, afastando, além da circunstância relativa à consequência do crime (mal causado pelo tóxico), também o motivo invocado (vontade de obter lucro fácil), nos termos do voto do Relator. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. 2ª Turma, 16.10.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Subprocurador-Geral da República, Dr. Mário José Gisi. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3051990 Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 10
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3065551
2012-10-16T00:00:00
2012-11-09T00:00:00
A Turma, por unanimidade, ante a identidade das situações do corréu Willian e dos ora pacientes, concedeu a ordem para estender a eles os efeitos da decisão proferida por esta Corte ao apreciar o HC 107.532/SC, no qual se determinou ao magistrado de primeiro grau que procedesse a nova dosimetria da pena, afastando, além da circunstância relativa à consequência do crime (mal causado pelo tóxico), também o motivo invocado (vontade de obter lucro fácil), nos termos do voto do Relator. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. 2ª Turma, 16.10.2012.
HABEAS CORPUS
Ementa: HABEAS CORPUS. TRÁFICO DE DROGAS E ASSOCIAÇÃO PARA O TRÁFICO. DOSIMETRIA. PENA-BASE. MAJORAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE. CIRCUNSTÂNCIAS INERENTES À CONDUTA CRIMINOSA . ORDEM CONCEDIDA. I – A circunstância judicial – mal causado pelo tóxico – valorada negativamente pelo juízo sentenciante é ínsita à conduta delituosa, incorporada ao próprio tipo penal, não podendo, pois, ser utilizada como elemento hábil a proporcionar a majoração da reprimenda, sob pena de indesejado bis in idem. II – No caso sob exame, o intuito de obter lucro fácil também está contido na conduta de comercializar a droga, de modo que não cabe invocá-lo para o fim de majorar a pena-base, ante a possibilidade de, novamente, incorrer-se em bis in idem. III – Ordem concedida apenas para determinar a realização de nova dosimetria da pena.
sjur218233
- Acórdão(s) citado(s): (TRÁFICO DE DROGAS, DOSIMETRIA, CIRCUNSTÂNCIAS JUDICIAIS, LUCRO FÁCIL, EFEITO DO TÓXICO, INDISSOCIALIDADE, TIPO PENAL, IMPOSSIBILIDADE, UTILIZAÇÃO, AUMENTO, PENA) STF: HC 85507 (2ª). - Veja HC 107532 do STF. Número de páginas: 10. Análise: 27/11/2012, MMR. Revisão: 29/11/2012, IMC.
RICARDO LEWANDOWSKI
Segunda Turma
114146
[ "LEG-FED SUMSTF-000691 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF" ]
HC
acordaos
HC 114146
[ "" ]
PACTE.(S) : CARLOS PEDRO DA SILVA PACTE.(S) : PABLO SOPRAN PACTE.(S) : MARCOS DOS SANTOS AMÂNDIO PACTE.(S) : RODRIGO LUIZ ADRIANO IMPTE.(S) : CARLOS PEDRO DA SILVA E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) : SAMUEL SILVA COATOR(A/S)(ES) : RELATORA DO HC Nº 243.700 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
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"RICARDO LEWANDOWSKI", "CARLOS PEDRO DA SILVA", "PABLO SOPRAN", "MARCOS DOS SANTOS AMÂNDIO", "RODRIGO LUIZ ADRIANO", "CARLOS PEDRO DA SILVA", "SAMUEL SILVA", "RICARDO LEWANDOWSKI", "Samuel Silva", "CARLOS PEDRO DA SILVA", "PABLO SOPRAN", "MARCOS DOS SANTOS AMÂNDIO", "RODRIGO LUIZ ADRIANO", "Alderita Ramos de Oliveira", "Willian Ramires Farias", "RICARDO LEWANDOWSKI", "CARLOS PEDRO DA SILVA", "PABLO SOPRAN", "MARCOS DOS SANTOS AMÂNDIO", "RODRIGO LUIZ ADRIANO", "CARLOS PEDRO DA SILVA", "SAMUEL SILVA", "RICARDO LEWANDOWSKI", "Samuel Silva", "CARLOS PEDRO DA SILVA", "PABLO SOPRAN", "MARCOS DOS SANTOS AMÂNDIO", "RODRIGO LUIZ ADRIANO", "Alderita Ramos de Oliveira", "Willian Ramires Farias", "Willian Ramires Farias", "Edson Oliveira de Almeida", "Willian Ramires Farias", "Edson Oliveira de Almeida", "RICARDO LEWANDOWSKI", "RICARDO LEWANDOWSKI", "Willian Ramires Farias", "RICARDO LEWANDOWSKI", "Willian Ramires Farias", "RICARDO LEWANDOWSKI", "Rodrigo", "Carlos", "Pablo", "Marcos", "Rodrigo", 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Ementa e Acórdão 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 647.816 BAHIA RELATORA : MIN. ROSA WEBER EMBTE.(S) :TEREZINHA MARIA MONTEIRO LOPES ADV.(A/S) :ABDON ANTONIO ABBADE DOS REIS EMBDO.(A/S) :ESTADO DA BAHIA PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA BAHIA EMENTA DIREITO ADMINISTRATIVO. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO RECEBIDOS COMO AGRAVO REGIMENTAL. APOSENTADORIA COMPULSÓRIA DE MAGISTRADO. PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR. PRECLUSÃO DO FUNDAMENTO INFRACONSTITUCIONAL. A jurisprudência desta Corte firmou-se no sentido de que incabíveis embargos de declaração opostos em face de decisão monocrática. Recebimento como agravo regimental com fundamento no princípio da fungibilidade. Fundamento infraconstitucional suficiente para a manutenção do acórdão recorrido, que não pode ser afastado nesta via extraordinária. Aplicação da Súmula 283/STF: “é inadmissível o recurso extraordinário, quando a decisão recorrida assenta em mais de um fundamento suficiente e o recurso não abrange todos eles”. Embargos de declaração recebidos como agravo regimental, ao qual se nega provimento. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Primeira Turma, sob a Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por maioria de votos, em converter os embargos de declaração em agravo regimental e, por unanimidade, em Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800494. Supremo Tribunal Federal DJe 02/10/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 15 Ementa e Acórdão ARE 647.816 ED / BA negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da relatora. Brasília, 18 de setembro de 2012. Ministra Rosa Weber Relatora 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800494. Supremo Tribunal Federal ARE 647.816 ED / BA negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da relatora. Brasília, 18 de setembro de 2012. Ministra Rosa Weber Relatora 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800494. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 15 Relatório 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 647.816 BAHIA RELATORA : MIN. ROSA WEBER EMBTE.(S) :TEREZINHA MARIA MONTEIRO LOPES ADV.(A/S) :ABDON ANTONIO ABBADE DOS REIS EMBDO.(A/S) :ESTADO DA BAHIA PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA BAHIA RELATÓRIO A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Contra a decisão monocrática das fls. 966-70, exarada pela eminente Ministra Ellen Gracie, pela qual negou seguimento ao recurso extraordinário por preclusão de fundamento infraconstitucional, necessidade de reexame de fatos e provas e imprescindibilidade da análise de legislação infraconstitucional, opõe embargos de declaração Terezinha Maria Monteiro Lopes. A embargante afirma que “não se trata o presente caso de demissão de servidor público, mas versa sobre o ato ilegal de aposentadoria compulsória da embargante” (fl. 985). Sustenta que “o mandado de segurança foi constituído de prova suficiente a amparar o direito da embargante, não sendo a questão decidida com base no conjunto probatório” (fl. 985). Aduz não incidir o óbice previsto na Súmula 283/STF porque “não houve o trânsito em julgado da matéria supostamente tida como infraconstitucional, como também não se trata de matéria processual” (fls. 985-6). Assevera que o recurso extraordinário deve ser conhecido porque “não houve a apreciação sobre a existência da repercussão geral, fator imprescindível para o conhecimento do agravo nos próprios autos, e ainda, conforme reza o § 4º do art. 542 do CPC, por no mínimo, 4 (quatro) votos” (fl. 987). Ressalta que “o recurso extraordinário é a única via capaz de sanar todos os pontos que forem controversos à Carta Magna” (fl. 988) e que “se o mesmo não for conhecido e julgado, a embargante não terá mais oportunidade de debater as matérias que afrontam a Carta Magna, o que Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800495. Supremo Tribunal Federal 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 647.816 BAHIA RELATORA : MIN. ROSA WEBER EMBTE.(S) :TEREZINHA MARIA MONTEIRO LOPES ADV.(A/S) :ABDON ANTONIO ABBADE DOS REIS EMBDO.(A/S) :ESTADO DA BAHIA PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA BAHIA RELATÓRIO A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Contra a decisão monocrática das fls. 966-70, exarada pela eminente Ministra Ellen Gracie, pela qual negou seguimento ao recurso extraordinário por preclusão de fundamento infraconstitucional, necessidade de reexame de fatos e provas e imprescindibilidade da análise de legislação infraconstitucional, opõe embargos de declaração Terezinha Maria Monteiro Lopes. A embargante afirma que “não se trata o presente caso de demissão de servidor público, mas versa sobre o ato ilegal de aposentadoria compulsória da embargante” (fl. 985). Sustenta que “o mandado de segurança foi constituído de prova suficiente a amparar o direito da embargante, não sendo a questão decidida com base no conjunto probatório” (fl. 985). Aduz não incidir o óbice previsto na Súmula 283/STF porque “não houve o trânsito em julgado da matéria supostamente tida como infraconstitucional, como também não se trata de matéria processual” (fls. 985-6). Assevera que o recurso extraordinário deve ser conhecido porque “não houve a apreciação sobre a existência da repercussão geral, fator imprescindível para o conhecimento do agravo nos próprios autos, e ainda, conforme reza o § 4º do art. 542 do CPC, por no mínimo, 4 (quatro) votos” (fl. 987). Ressalta que “o recurso extraordinário é a única via capaz de sanar todos os pontos que forem controversos à Carta Magna” (fl. 988) e que “se o mesmo não for conhecido e julgado, a embargante não terá mais oportunidade de debater as matérias que afrontam a Carta Magna, o que Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800495. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 15 Relatório ARE 647.816 ED / BA consequentemente terá cerceado seu direito à mais ampla defesa, ao Estado de Direito e à segurança jurídica” (fl. 988). Acórdão só Tribunal de origem publicado em 21.3.2011 (fl. 863). Substituição do Relator à fl. 990 (art. 38 do RISTF). É o relatório. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800495. Supremo Tribunal Federal ARE 647.816 ED / BA consequentemente terá cerceado seu direito à mais ampla defesa, ao Estado de Direito e à segurança jurídica” (fl. 988). Acórdão só Tribunal de origem publicado em 21.3.2011 (fl. 863). Substituição do Relator à fl. 990 (art. 38 do RISTF). É o relatório. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800495. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 15 Voto - MIN. ROSA WEBER 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 647.816 BAHIA VOTO A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Na esteira do entendimento firmado por esta Corte, recebo, como agravo regimental, os embargos de declaração opostos contra decisão monocrática, aplicado o princípio da fungibilidade à espécie. Colho precedentes: “RECURSO. Embargos de declaração. Caráter infringente. Embargos recebidos como agravo. Agravo de instrumento. Inadmissibilidade. Peças obrigatórias. Falta. Não conhecimento. Agravo regimental não provido. Aplicação da súmula 288. É ônus da parte agravante promover a integral e oportuna formação do instrumento, sendo vedada posterior complementação.” (AI 841137 ED, Relator(a): Min. CEZAR PELUSO (Presidente), Tribunal Pleno, julgado em 18/08/2011, DJe-179 DIVULG 16-09-2011 PUBLIC 19-09-2011 EMENT VOL- 02589-04 PP-00633) “EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO CONVERTIDOS EM AGRAVO REGIMENTAL. PROCESSO PENAL. PEDIDO DE DEVOLUÇÃO DE PRAZO PARA INTERPOSIÇÃO DE RECURSO. AUSÊNCIA DE PRELIMINAR DE REPERCUSSÃO GERAL. ARTIGO 543-A, § 2º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL C.C. ART. 327, § 1º, DO RISTF. 1. Os embargos de declaração opostos objetivando reforma da decisão do relator, com caráter infringente, devem ser convertidos em agravo regimental, que é o recurso cabível, por força do princípio da fungibilidade. Precedentes: Pet 4.837-ED, rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, Tribunal Pleno, DJ 14.3.2011; Rcl 11.022-ED, rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, Tribunal Pleno, DJ 7.4.2011; AI 547.827-ED, Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800496. Supremo Tribunal Federal 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 647.816 BAHIA VOTO A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Na esteira do entendimento firmado por esta Corte, recebo, como agravo regimental, os embargos de declaração opostos contra decisão monocrática, aplicado o princípio da fungibilidade à espécie. Colho precedentes: “RECURSO. Embargos de declaração. Caráter infringente. Embargos recebidos como agravo. Agravo de instrumento. Inadmissibilidade. Peças obrigatórias. Falta. Não conhecimento. Agravo regimental não provido. Aplicação da súmula 288. É ônus da parte agravante promover a integral e oportuna formação do instrumento, sendo vedada posterior complementação.” (AI 841137 ED, Relator(a): Min. CEZAR PELUSO (Presidente), Tribunal Pleno, julgado em 18/08/2011, DJe-179 DIVULG 16-09-2011 PUBLIC 19-09-2011 EMENT VOL- 02589-04 PP-00633) “EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO CONVERTIDOS EM AGRAVO REGIMENTAL. PROCESSO PENAL. PEDIDO DE DEVOLUÇÃO DE PRAZO PARA INTERPOSIÇÃO DE RECURSO. AUSÊNCIA DE PRELIMINAR DE REPERCUSSÃO GERAL. ARTIGO 543-A, § 2º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL C.C. ART. 327, § 1º, DO RISTF. 1. Os embargos de declaração opostos objetivando reforma da decisão do relator, com caráter infringente, devem ser convertidos em agravo regimental, que é o recurso cabível, por força do princípio da fungibilidade. Precedentes: Pet 4.837-ED, rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, Tribunal Pleno, DJ 14.3.2011; Rcl 11.022-ED, rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, Tribunal Pleno, DJ 7.4.2011; AI 547.827-ED, Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800496. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 15 Voto - MIN. ROSA WEBER ARE 647.816 ED / BA rel. Min. DIAS TOFFOLI, 1ª Turma, DJ 9.3.2011; RE 546.525-ED, rel. Min. ELLEN GRACIE, 2ª Turma, DJ 5.4.2011). 2. A repercussão geral é requisito de admissibilidade do apelo extremo, por isso que o recurso extraordinário é inadmissível quando não apresentar preliminar formal de transcendência geral ou quando esta não for suficientemente fundamentada. (Questão de Ordem no AI n. 664.567, Relator o Ministro SEPÚLVEDA PERTENCE, DJ de 6.9.07). 3. A jurisprudência do Supremo fixou entendimento no sentido de ser necessário que o recorrente demonstre a existência de repercussão geral nos termos previstos em lei, conforme assentado no julgamento da Questão de Ordem no AI n. 664.567, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6.9.07,: “II. Recurso extraordinário: repercussão geral: juízo de admissibilidade: competência. 1 . Inclui-se no âmbito do juízo de admissibilidade - seja na origem, seja no Supremo Tribunal - verificar se o recorrente, em preliminar do recurso extraordinário, desenvolveu fundamentação especificamente voltada para a demonstração, no caso concreto, da existência de repercussão geral (C.Pr.Civil, art. 543-A, § 2º; RISTF, art. 327). 2. Cuida-se de requisito formal, ônus do recorrente, que, se dele não se desincumbir, impede a análise da efetiva existência da repercussão geral, esta sim sujeita “à apreciação exclusiva do Supremo Tribunal Federal” (Art. 543-A, § 2º).” 4. In casu, o Tribunal a quo proferiu decisão monocrática indeferindo pedido de devolução de prazo para interposição de recurso especial e recurso em sentido estrito, em que se alegava que a parte foi impedida de ter acesso ao processo por conta de uma carga indevida dos autos realizada por advogado. 5. Agravo Regimental desprovido.” (ARE 656354 ED, Relator(a): Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, julgado em 07/02/2012, ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-045 DIVULG 02-03- 2012 PUBLIC 05-03-2012) Passo ao exame do mérito do agravo regimental. Transcrevo o teor da decisão monocrática que desafiou o presente agravo regimental (fls.966-70): 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800496. Supremo Tribunal Federal ARE 647.816 ED / BA rel. Min. DIAS TOFFOLI, 1ª Turma, DJ 9.3.2011; RE 546.525-ED, rel. Min. ELLEN GRACIE, 2ª Turma, DJ 5.4.2011). 2. A repercussão geral é requisito de admissibilidade do apelo extremo, por isso que o recurso extraordinário é inadmissível quando não apresentar preliminar formal de transcendência geral ou quando esta não for suficientemente fundamentada. (Questão de Ordem no AI n. 664.567, Relator o Ministro SEPÚLVEDA PERTENCE, DJ de 6.9.07). 3. A jurisprudência do Supremo fixou entendimento no sentido de ser necessário que o recorrente demonstre a existência de repercussão geral nos termos previstos em lei, conforme assentado no julgamento da Questão de Ordem no AI n. 664.567, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6.9.07,: “II. Recurso extraordinário: repercussão geral: juízo de admissibilidade: competência. 1 . Inclui-se no âmbito do juízo de admissibilidade - seja na origem, seja no Supremo Tribunal - verificar se o recorrente, em preliminar do recurso extraordinário, desenvolveu fundamentação especificamente voltada para a demonstração, no caso concreto, da existência de repercussão geral (C.Pr.Civil, art. 543-A, § 2º; RISTF, art. 327). 2. Cuida-se de requisito formal, ônus do recorrente, que, se dele não se desincumbir, impede a análise da efetiva existência da repercussão geral, esta sim sujeita “à apreciação exclusiva do Supremo Tribunal Federal” (Art. 543-A, § 2º).” 4. In casu, o Tribunal a quo proferiu decisão monocrática indeferindo pedido de devolução de prazo para interposição de recurso especial e recurso em sentido estrito, em que se alegava que a parte foi impedida de ter acesso ao processo por conta de uma carga indevida dos autos realizada por advogado. 5. Agravo Regimental desprovido.” (ARE 656354 ED, Relator(a): Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, julgado em 07/02/2012, ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-045 DIVULG 02-03- 2012 PUBLIC 05-03-2012) Passo ao exame do mérito do agravo regimental. Transcrevo o teor da decisão monocrática que desafiou o presente agravo regimental (fls.966-70): 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800496. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 15 Voto - MIN. ROSA WEBER ARE 647.816 ED / BA “1. Trata-se de agravo nos próprios autos contra decisão que inadmitiu recurso extraordinário interposto pela recorrente – magistrada condenada pelo TJ/BA à pena da aposentadoria compulsória com vencimentos proporcionais ao tempo de serviço – contra acórdão do Superior Tribunal de Justiça (fls. 803-819) que apreciou o recurso ordinário em mandado de segurança por ela impetrado, o qual concluiu o seguinte: a) ‘eventual ausência da oitiva da juíza investigada na sindicância não macula o processo administrativo disciplinar que proporcionou o prévio conhecimento das bases da acusação e das provas’ (fl. 818); b) ausência de prejuízo à defesa quando oportunizada a vista dos autos em cartório e de prova robusta e pré-constituída do suposto vício a viabilizar a utilização do mandado de segurança; c) incidência da Súmula STF 283, porquanto no recurso ordinário em mandado de segurança a impetrante não impugnou o fundamento de que o writ ‘não é via apta a albergar a alegação de impedimento ou suspeição, a qual deveria ter sido argüida, por meio de exceção, no curso do próprio processo administrativo disciplinar’ (fl. 818). O STJ concluiu que na sindicância foram observados os princípios do contraditório e da ampla defesa, nestes termos: ‘Pois bem. Inicialmente, quanto à argüição de cerceamento de defesa, cumpre asseverar que a eventual ausência de oitiva da juíza investigada na sindicância não macula o processo administrativo disciplinar que proporcionou o prévio conhecimento das bases da acusação e das provas, garantindo-se, dessa forma, o respeito aos princípios do contraditório e da ampla defesa (fl. 807). (…) No caso dos autos, verifica-se que a magistrada, juntamente com seu advogado, compareceu à tribuna da Sessão Plenária Extraordinária 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800496. Supremo Tribunal Federal ARE 647.816 ED / BA “1. Trata-se de agravo nos próprios autos contra decisão que inadmitiu recurso extraordinário interposto pela recorrente – magistrada condenada pelo TJ/BA à pena da aposentadoria compulsória com vencimentos proporcionais ao tempo de serviço – contra acórdão do Superior Tribunal de Justiça (fls. 803-819) que apreciou o recurso ordinário em mandado de segurança por ela impetrado, o qual concluiu o seguinte: a) ‘eventual ausência da oitiva da juíza investigada na sindicância não macula o processo administrativo disciplinar que proporcionou o prévio conhecimento das bases da acusação e das provas’ (fl. 818); b) ausência de prejuízo à defesa quando oportunizada a vista dos autos em cartório e de prova robusta e pré-constituída do suposto vício a viabilizar a utilização do mandado de segurança; c) incidência da Súmula STF 283, porquanto no recurso ordinário em mandado de segurança a impetrante não impugnou o fundamento de que o writ ‘não é via apta a albergar a alegação de impedimento ou suspeição, a qual deveria ter sido argüida, por meio de exceção, no curso do próprio processo administrativo disciplinar’ (fl. 818). O STJ concluiu que na sindicância foram observados os princípios do contraditório e da ampla defesa, nestes termos: ‘Pois bem. Inicialmente, quanto à argüição de cerceamento de defesa, cumpre asseverar que a eventual ausência de oitiva da juíza investigada na sindicância não macula o processo administrativo disciplinar que proporcionou o prévio conhecimento das bases da acusação e das provas, garantindo-se, dessa forma, o respeito aos princípios do contraditório e da ampla defesa (fl. 807). (…) No caso dos autos, verifica-se que a magistrada, juntamente com seu advogado, compareceu à tribuna da Sessão Plenária Extraordinária 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800496. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 15 Voto - MIN. ROSA WEBER ARE 647.816 ED / BA Administrativa para a instauração da sindicância (fl. 33), bem como teve ocasião para se defender das acusações em interrogatório no processo administrativo disciplinar (fl. 44), apresentando defesa prévia (fls. 53/59) e alegações finais (fls. 88/94), o que também afasta o suposto malferimento no seu direito ao contraditório e à ampla defesa. Ainda no que diz respeito ao alegado cerceamento de defesa, tenho por insubsistente a afirmação de que esse vício também restou caracterizado por não ter sido concedida vista dos autos fora do cartório aos novos advogados da impetrante, esses constituídos após a prolação do voto do relator, no processo administrativo disciplinar. Isso porque foi oportunizada a vista dos autos em cartório, o que facultou ao advogado recém habilitado tomar notas ou, ainda, obter cópia das peças que lhe interessassem’ (fl. 810). 2. Nas razões do RE, sustenta-se ofensa aos artigos 5º, II, XXXIV, XXXV, XXXVI, XXXIX , LIII, LIV, LV e LVII, e 37, caput, da CF e, ao final, requer-se ‘que seja anulado o ato administrativo que determinou a aposentadoria compulsória da recorrente’ (fl. 911). 3. Inadmitido o recurso na origem (fls. 918-922), subiram os autos. 4. O recurso não merece prosperar. Verifica-se, da leitura do acórdão recorrido e das próprias razões recursais apresentadas, que concluir de forma diversa não prescinde da análise da legislação infraconstitucional que disciplina a matéria e do revolvimento dos fatos e das provas da causa, o que inviabiliza o trânsito do apelo extremo, dado o óbice da Súmula STF 279. Veja-se o AI 802.357-AgR/BA, rel. Min. Luiz Fux, 1ª Turma, unânime, DJe 11.05.2011, de cujo trecho destaco: ‘A aferição sobre se houve obediência pela 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800496. Supremo Tribunal Federal ARE 647.816 ED / BA Administrativa para a instauração da sindicância (fl. 33), bem como teve ocasião para se defender das acusações em interrogatório no processo administrativo disciplinar (fl. 44), apresentando defesa prévia (fls. 53/59) e alegações finais (fls. 88/94), o que também afasta o suposto malferimento no seu direito ao contraditório e à ampla defesa. Ainda no que diz respeito ao alegado cerceamento de defesa, tenho por insubsistente a afirmação de que esse vício também restou caracterizado por não ter sido concedida vista dos autos fora do cartório aos novos advogados da impetrante, esses constituídos após a prolação do voto do relator, no processo administrativo disciplinar. Isso porque foi oportunizada a vista dos autos em cartório, o que facultou ao advogado recém habilitado tomar notas ou, ainda, obter cópia das peças que lhe interessassem’ (fl. 810). 2. Nas razões do RE, sustenta-se ofensa aos artigos 5º, II, XXXIV, XXXV, XXXVI, XXXIX , LIII, LIV, LV e LVII, e 37, caput, da CF e, ao final, requer-se ‘que seja anulado o ato administrativo que determinou a aposentadoria compulsória da recorrente’ (fl. 911). 3. Inadmitido o recurso na origem (fls. 918-922), subiram os autos. 4. O recurso não merece prosperar. Verifica-se, da leitura do acórdão recorrido e das próprias razões recursais apresentadas, que concluir de forma diversa não prescinde da análise da legislação infraconstitucional que disciplina a matéria e do revolvimento dos fatos e das provas da causa, o que inviabiliza o trânsito do apelo extremo, dado o óbice da Súmula STF 279. Veja-se o AI 802.357-AgR/BA, rel. Min. Luiz Fux, 1ª Turma, unânime, DJe 11.05.2011, de cujo trecho destaco: ‘A aferição sobre se houve obediência pela 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800496. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 15 Voto - MIN. ROSA WEBER ARE 647.816 ED / BA Administração Pública ao princípio do devido processo legal, impõe o reexame dos fatos e das provas da instauração do processo administrativo para demissão do servidor público, o que é inviável nessa instância face o óbice da Súmula 279 do STF (verbis): ‘Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário’. 4. Os princípios da legalidade, o do devido processo legal, o da ampla defesa e o do contraditório, bem como a verificação dos limites da coisa julgada e da motivação das decisões judiciais quando a verificação da violação dos mesmos depende de reexame prévio de normas infraconstitucionais, revela ofensa indireta ou reflexa à Constituição Federal, o que, por si só, não desafia a instância extraordinária. Precedentes: AI 804.854, 1ª Turma, Rel. Min. Cármen Lúcia, AI 756.336-AgR, 2ª Turma, Rel. Min. Ellen Gracie’. Aponto, ainda, o AI 807.190-AgR/SP, 1ª Turma, rel. Min. Cármen Lúcia, DJe 1º.02.2011, de cujo trecho da ementa transcrevo: ‘AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL. PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR. 1) CONTROVÉRSIA SOBRE A OBSERVÂNCIA DOS PRINCÍPIOS DA AMPLA DEFESA E DO CONTRADITÓRIO: IMPOSSIBILIDADE DO REEXAME DE PROVAS. INCIDÊNCIA DA SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL’. 5. Ademais, o aresto impugnado, ao entender pela ausência de prova pré-constituída para a impetração do mandado de segurança e aplicar a Súmula STF 283, tratou de matéria de nível infraconstitucional e decidiu a questão com base no conjunto fático-probatório dos autos (Súmula STF 279), 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800496. Supremo Tribunal Federal ARE 647.816 ED / BA Administração Pública ao princípio do devido processo legal, impõe o reexame dos fatos e das provas da instauração do processo administrativo para demissão do servidor público, o que é inviável nessa instância face o óbice da Súmula 279 do STF (verbis): ‘Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário’. 4. Os princípios da legalidade, o do devido processo legal, o da ampla defesa e o do contraditório, bem como a verificação dos limites da coisa julgada e da motivação das decisões judiciais quando a verificação da violação dos mesmos depende de reexame prévio de normas infraconstitucionais, revela ofensa indireta ou reflexa à Constituição Federal, o que, por si só, não desafia a instância extraordinária. Precedentes: AI 804.854, 1ª Turma, Rel. Min. Cármen Lúcia, AI 756.336-AgR, 2ª Turma, Rel. Min. Ellen Gracie’. Aponto, ainda, o AI 807.190-AgR/SP, 1ª Turma, rel. Min. Cármen Lúcia, DJe 1º.02.2011, de cujo trecho da ementa transcrevo: ‘AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL. PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR. 1) CONTROVÉRSIA SOBRE A OBSERVÂNCIA DOS PRINCÍPIOS DA AMPLA DEFESA E DO CONTRADITÓRIO: IMPOSSIBILIDADE DO REEXAME DE PROVAS. INCIDÊNCIA DA SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL’. 5. Ademais, o aresto impugnado, ao entender pela ausência de prova pré-constituída para a impetração do mandado de segurança e aplicar a Súmula STF 283, tratou de matéria de nível infraconstitucional e decidiu a questão com base no conjunto fático-probatório dos autos (Súmula STF 279), 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800496. Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 15 Voto - MIN. ROSA WEBER ARE 647.816 ED / BA o que também impede o trânsito do apelo extremo. A respeito, cito o AI 763.195-AgR/SP, rel. Min. Cármen Lúcia, 1ª Turma, unânime, DJe 24.03.2011; e o RE 592.245/DF, rel. Min. Ayres Britto, 2ª Turma, unânime, DJe 01.06.2011, assim ementado: ‘AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE DO MANDADO DE SEGURANÇA: INEXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO’. (...) ‘AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. MANDADO DE SEGURANÇA. AUSÊNCIA DE PROVA PRÉ- CONSTITUÍDA. CONTROVÉRSIA DECIDIDA EXCLUSIVAMENTE À LUZ DO CONJUNTO PROBATÓRIO DOS AUTOS. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 279/STF. AUSÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL. APLICAÇÃO DA SÚMULA 283/STF. 1. Caso em que entendimento diverso do adotado pela instância judicante de origem demandaria a análise dos fatos e provas constantes dos autos. Providência vedada neste momento processual. 2. Ao analisar o AI 800.074, sob a relatoria do ministro Gilmar Mendes, o Supremo Tribunal Federal assentou a ausência de repercussão geral do tema versado nestes autos, ante o seu caráter eminentemente infraconstitucional. 3. Incidência da Súmula 283/STF, ante o trânsito em julgado da matéria infraconstitucional de que se valeu o Tribunal recorrido para a solução da causa. Matéria que é suficiente para a manutenção da 6 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800496. Supremo Tribunal Federal ARE 647.816 ED / BA o que também impede o trânsito do apelo extremo. A respeito, cito o AI 763.195-AgR/SP, rel. Min. Cármen Lúcia, 1ª Turma, unânime, DJe 24.03.2011; e o RE 592.245/DF, rel. Min. Ayres Britto, 2ª Turma, unânime, DJe 01.06.2011, assim ementado: ‘AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE DO MANDADO DE SEGURANÇA: INEXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO’. (...) ‘AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. MANDADO DE SEGURANÇA. AUSÊNCIA DE PROVA PRÉ- CONSTITUÍDA. CONTROVÉRSIA DECIDIDA EXCLUSIVAMENTE À LUZ DO CONJUNTO PROBATÓRIO DOS AUTOS. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 279/STF. AUSÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL. APLICAÇÃO DA SÚMULA 283/STF. 1. Caso em que entendimento diverso do adotado pela instância judicante de origem demandaria a análise dos fatos e provas constantes dos autos. Providência vedada neste momento processual. 2. Ao analisar o AI 800.074, sob a relatoria do ministro Gilmar Mendes, o Supremo Tribunal Federal assentou a ausência de repercussão geral do tema versado nestes autos, ante o seu caráter eminentemente infraconstitucional. 3. Incidência da Súmula 283/STF, ante o trânsito em julgado da matéria infraconstitucional de que se valeu o Tribunal recorrido para a solução da causa. Matéria que é suficiente para a manutenção da 6 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800496. Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 15 Voto - MIN. ROSA WEBER ARE 647.816 ED / BA decisão recorrida. 4. Agravo regimental desprovido’. 6. Por fim, esse último fundamento de nível infraconstitucional não pode ser afastado mediante o recurso extraordinário, por ser inviável a análise de matéria processual nesta via, o que o torna precluso. Dessa forma, também nesta via, incide o óbice previsto na Súmula STF 283, porquanto tal argumento também é suficiente para a mantença do aresto recorrido. Vejam-se o RE 247.720/MG, de minha relatoria, DJe 04.06.2002; o RE 286.623/MS, rel. Min. Joaquim Barbosa, DJe 04.02.2010; e o AI 752.690/MA, rel. Min. Cármen Lúcia, DJe 24.06.2009, deste último destaco: ‘7. O Tribunal a quo decidiu a matéria com base em dois fundamentos: um infraconstitucional (arts. 82 do Código de Processo Civil e 83, inc. II e VII, da Lei Complementar n. 75/2003) e outro constitucional (arts. 127 e 129, inc. III, da Constituição da República). O fundamento infraconstitucional não pode ser reformado por meio de recurso extraordinário, e, sendo suficiente para a manutenção do acórdão recorrido, incide, na espécie, a Súmula 283 do Supremo Tribunal Federal’. 7. Ante o exposto, conheço do agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário (CPC, art. 544, § 4º, II, b).” Nada colhe o agravo. Reputo adequado à solução da controvérsia reproduzir trecho da ementa do acórdão proferido no julgamento do Recurso em Mandado de Segurança pelo Superior Tribunal de Justiça: “Administrativo. Processual Civil. Processo administrativo disciplinar. Aposentadoria Compulsória a magistrada. Cerceamento de defesa. Não configurado. Sanção administrativa aplicada a despeito de não ter sido iniciado ou concluído processo penal. Possibilidade. Alegação de suspeição 7 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800496. Supremo Tribunal Federal ARE 647.816 ED / BA decisão recorrida. 4. Agravo regimental desprovido’. 6. Por fim, esse último fundamento de nível infraconstitucional não pode ser afastado mediante o recurso extraordinário, por ser inviável a análise de matéria processual nesta via, o que o torna precluso. Dessa forma, também nesta via, incide o óbice previsto na Súmula STF 283, porquanto tal argumento também é suficiente para a mantença do aresto recorrido. Vejam-se o RE 247.720/MG, de minha relatoria, DJe 04.06.2002; o RE 286.623/MS, rel. Min. Joaquim Barbosa, DJe 04.02.2010; e o AI 752.690/MA, rel. Min. Cármen Lúcia, DJe 24.06.2009, deste último destaco: ‘7. O Tribunal a quo decidiu a matéria com base em dois fundamentos: um infraconstitucional (arts. 82 do Código de Processo Civil e 83, inc. II e VII, da Lei Complementar n. 75/2003) e outro constitucional (arts. 127 e 129, inc. III, da Constituição da República). O fundamento infraconstitucional não pode ser reformado por meio de recurso extraordinário, e, sendo suficiente para a manutenção do acórdão recorrido, incide, na espécie, a Súmula 283 do Supremo Tribunal Federal’. 7. Ante o exposto, conheço do agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário (CPC, art. 544, § 4º, II, b).” Nada colhe o agravo. Reputo adequado à solução da controvérsia reproduzir trecho da ementa do acórdão proferido no julgamento do Recurso em Mandado de Segurança pelo Superior Tribunal de Justiça: “Administrativo. Processual Civil. Processo administrativo disciplinar. Aposentadoria Compulsória a magistrada. Cerceamento de defesa. Não configurado. Sanção administrativa aplicada a despeito de não ter sido iniciado ou concluído processo penal. Possibilidade. Alegação de suspeição 7 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800496. Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 15 Voto - MIN. ROSA WEBER ARE 647.816 ED / BA e impedimento. Ausência de prova pré-constituída. Fundamento do acórdão recorrido não impugnado nas razões do recurso ordinário. Súmula nº 283 do Excelso Pretório (fl. 818). O Superior Tribunal de Justiça também concluiu pela ausência de prova pré-constituída para a impetração de mandado de segurança e pela aplicação da Súmula 283/ STF, porque a ora agravante não impugnou o fundamento de que o mandado de segurança “não é via apta a albergar a alegação de impedimento ou suspeição, a qual deveria ter sido argüida, por meio de exceção, no curso do próprio processo administrativo disciplinar” (fl. 818). O fundamento infraconstitucional não pode ser afastado mediante recurso extraordinário. O Supremo Tribunal Federal entende que o recorrente tem o dever de impugnar todos os fundamentos suficientes da decisão atacada. A inobservância dessa orientação resulta na inadmissibilidade do recurso, em razão do não-preenchimento do requisito de regularidade formal disposto no artigo 317, § 1º, do RISTF (“a petição conterá, sob pena de rejeição liminar, as razões do pedido de reforma da decisão agravada”). Aplicação da Súmula 283/STF: “é inadmissível o recurso extraordinário, quando a decisão recorrida assenta em mais de um fundamento suficiente e o recurso não abrange todos eles”. Cito o AI 795.982-AgR/SP, rel. Min. Ricardo Lewandowski, 1ª Turma, por unanimidade, DJe 1º.02.2011; e AI 813.586-AgR/PR, rel. Min. Ellen Gracie, 2ª Turma, por unanimidade, DJe 08.02.2011, de cujas ementas destaco: “AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. PREQUESTIONAMENTO. AUSÊNCIA. SÚMULAS 282 e 356 DO STF. MANDADO DE SEGURANÇA. PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO IMPROVIDO. 8 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800496. Supremo Tribunal Federal ARE 647.816 ED / BA e impedimento. Ausência de prova pré-constituída. Fundamento do acórdão recorrido não impugnado nas razões do recurso ordinário. Súmula nº 283 do Excelso Pretório (fl. 818). O Superior Tribunal de Justiça também concluiu pela ausência de prova pré-constituída para a impetração de mandado de segurança e pela aplicação da Súmula 283/ STF, porque a ora agravante não impugnou o fundamento de que o mandado de segurança “não é via apta a albergar a alegação de impedimento ou suspeição, a qual deveria ter sido argüida, por meio de exceção, no curso do próprio processo administrativo disciplinar” (fl. 818). O fundamento infraconstitucional não pode ser afastado mediante recurso extraordinário. O Supremo Tribunal Federal entende que o recorrente tem o dever de impugnar todos os fundamentos suficientes da decisão atacada. A inobservância dessa orientação resulta na inadmissibilidade do recurso, em razão do não-preenchimento do requisito de regularidade formal disposto no artigo 317, § 1º, do RISTF (“a petição conterá, sob pena de rejeição liminar, as razões do pedido de reforma da decisão agravada”). Aplicação da Súmula 283/STF: “é inadmissível o recurso extraordinário, quando a decisão recorrida assenta em mais de um fundamento suficiente e o recurso não abrange todos eles”. Cito o AI 795.982-AgR/SP, rel. Min. Ricardo Lewandowski, 1ª Turma, por unanimidade, DJe 1º.02.2011; e AI 813.586-AgR/PR, rel. Min. Ellen Gracie, 2ª Turma, por unanimidade, DJe 08.02.2011, de cujas ementas destaco: “AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. PREQUESTIONAMENTO. AUSÊNCIA. SÚMULAS 282 e 356 DO STF. MANDADO DE SEGURANÇA. PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO IMPROVIDO. 8 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800496. Inteiro Teor do Acórdão - Página 12 de 15 Voto - MIN. ROSA WEBER ARE 647.816 ED / BA (...) II – A pretendida discussão em torno dos requisitos de admissibilidade do mandado de segurança possui natureza meramente processual, que envolve a apreciação de normas infraconstitucionais. Precedentes. III – Agravo regimental improvido.” “CONSTITUCIONAL E PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. VALORAÇÃO E VERIFICAÇÃO DE PROVA PRÉ- CONSTITUÍDA EM SEDE DE MANDADO DE SEGURANÇA. SÚMULA/STF 279. 1. Para divergir da conclusão a que chegou o Tribunal a quo acerca da existência e valoração das provas visando constituir a higidez da titularidade de créditos, seria necessário o reexame do conjunto fático-probatório dos autos, o que é defeso nesta sede recursal (Súmula/STF 279). 2. Agravo regimental improvido.” Por fim, nos termos do art. 323 do RISTF, com a redação introduzida pela Emenda Regimental 21/07, primeira parte, não é necessário que se proceda ao exame da existência da repercussão geral, na hipótese dos autos, devido aos óbices processuais acima apontados. Nesse sentido, o AI 815.474/ES, rel. Min. Dias Toffoli, DJe 05.10.2011, de cujo trecho da decisão transcrevo: “Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi interposto contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da matéria constitucional objeto do recurso, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07. Todavia, apesar da petição recursal ter trazido a preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua existência, uma vez que, nos termos do artigo 323 do Regimento 9 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800496. Supremo Tribunal Federal ARE 647.816 ED / BA (...) II – A pretendida discussão em torno dos requisitos de admissibilidade do mandado de segurança possui natureza meramente processual, que envolve a apreciação de normas infraconstitucionais. Precedentes. III – Agravo regimental improvido.” “CONSTITUCIONAL E PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. VALORAÇÃO E VERIFICAÇÃO DE PROVA PRÉ- CONSTITUÍDA EM SEDE DE MANDADO DE SEGURANÇA. SÚMULA/STF 279. 1. Para divergir da conclusão a que chegou o Tribunal a quo acerca da existência e valoração das provas visando constituir a higidez da titularidade de créditos, seria necessário o reexame do conjunto fático-probatório dos autos, o que é defeso nesta sede recursal (Súmula/STF 279). 2. Agravo regimental improvido.” Por fim, nos termos do art. 323 do RISTF, com a redação introduzida pela Emenda Regimental 21/07, primeira parte, não é necessário que se proceda ao exame da existência da repercussão geral, na hipótese dos autos, devido aos óbices processuais acima apontados. Nesse sentido, o AI 815.474/ES, rel. Min. Dias Toffoli, DJe 05.10.2011, de cujo trecho da decisão transcrevo: “Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi interposto contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da matéria constitucional objeto do recurso, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07. Todavia, apesar da petição recursal ter trazido a preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua existência, uma vez que, nos termos do artigo 323 do Regimento 9 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800496. Inteiro Teor do Acórdão - Página 13 de 15 Voto - MIN. ROSA WEBER ARE 647.816 ED / BA Interno do Supremo Tribunal Federal, com a redação introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o procedimento acerca da existência da repercussão geral somente ocorrerá ‘quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão’.” Menciono, ainda, o RE 641.083-AgR/SP, rel. Min. Luiz Fux, 1ª Turma, DJe 13.10.2011, de cuja ementa destaco: “AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PROCESSO CIVIL. PRAZO PROCESSUAL. SUSPENSÃO. REPERCUSSÃO GERAL NÃO EXAMINADA. AUSÊNCIA DE QUESTÃO CONSTITUCIONAL. ART. 323 DO RISTF C.C. ART. 102, III, § 3º, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. PREQUESTIONAMENTO. INEXISTÊNCIA. PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE DO RECURSO ESPECIAL. VIOLAÇÃO DO ART. 105, III, DA CONSTITUIÇÃO. REEXAME DE DECISÃO DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. IMPOSSIBILIDADE. OFENSA INDIRETA. REEXAME DE FATOS E PROVAS. SÚMULA N. 279 DO STF. INVIABILIDADE DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. 1. A repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade (art. 323 do RISTF).” Agravo regimental conhecido e não provido. É como voto. 10 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800496. Supremo Tribunal Federal ARE 647.816 ED / BA Interno do Supremo Tribunal Federal, com a redação introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o procedimento acerca da existência da repercussão geral somente ocorrerá ‘quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão’.” Menciono, ainda, o RE 641.083-AgR/SP, rel. Min. Luiz Fux, 1ª Turma, DJe 13.10.2011, de cuja ementa destaco: “AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PROCESSO CIVIL. PRAZO PROCESSUAL. SUSPENSÃO. REPERCUSSÃO GERAL NÃO EXAMINADA. AUSÊNCIA DE QUESTÃO CONSTITUCIONAL. ART. 323 DO RISTF C.C. ART. 102, III, § 3º, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. PREQUESTIONAMENTO. INEXISTÊNCIA. PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE DO RECURSO ESPECIAL. VIOLAÇÃO DO ART. 105, III, DA CONSTITUIÇÃO. REEXAME DE DECISÃO DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. IMPOSSIBILIDADE. OFENSA INDIRETA. REEXAME DE FATOS E PROVAS. SÚMULA N. 279 DO STF. INVIABILIDADE DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. 1. A repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade (art. 323 do RISTF).” Agravo regimental conhecido e não provido. É como voto. 10 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800496. Inteiro Teor do Acórdão - Página 14 de 15 Decisão de Julgamento PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 647.816 PROCED. : BAHIA RELATORA : MIN. ROSA WEBER EMBTE.(S) : TEREZINHA MARIA MONTEIRO LOPES ADV.(A/S) : ABDON ANTONIO ABBADE DOS REIS EMBDO.(A/S) : ESTADO DA BAHIA PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA BAHIA Decisão: Por maioria de votos, a Turma converteu os embargos de declaração em agravo regimental, vencido, nessa parte, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 18.9.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de Almeida. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2848623 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 647.816 PROCED. : BAHIA RELATORA : MIN. ROSA WEBER EMBTE.(S) : TEREZINHA MARIA MONTEIRO LOPES ADV.(A/S) : ABDON ANTONIO ABBADE DOS REIS EMBDO.(A/S) : ESTADO DA BAHIA PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA BAHIA Decisão: Por maioria de votos, a Turma converteu os embargos de declaração em agravo regimental, vencido, nessa parte, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 18.9.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de Almeida. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2848623 Inteiro Teor do Acórdão - Página 15 de 15
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=2857373
2012-09-18T00:00:00
2012-10-02T00:00:00
Por maioria de votos, a Turma converteu os embargos de declaração em agravo regimental, vencido, nessa parte, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 18.9.2012.
EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO
EMENTA DIREITO ADMINISTRATIVO. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO RECEBIDOS COMO AGRAVO REGIMENTAL. APOSENTADORIA COMPULSÓRIA DE MAGISTRADO. PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR. PRECLUSÃO DO FUNDAMENTO INFRACONSTITUCIONAL. A jurisprudência desta Corte firmou-se no sentido de que incabíveis embargos de declaração opostos em face de decisão monocrática. Recebimento como agravo regimental com fundamento no princípio da fungibilidade. Fundamento infraconstitucional suficiente para a manutenção do acórdão recorrido, que não pode ser afastado nesta via extraordinária. Aplicação da Súmula 283/STF: “é inadmissível o recurso extraordinário, quando a decisão recorrida assenta em mais de um fundamento suficiente e o recurso não abrange todos eles”. Embargos de declaração recebidos como agravo regimental, ao qual se nega provimento.
sjur215694
- Acórdãos citados: AI 841137 ED, ARE 656354 ED, AI 795982 AgR, AI 813586 AgR, RE 641083 AgR. - Decisão monocrática citada: AI 815474. Número de páginas: 15. Análise: 15/10/2012, MAC.
ROSA WEBER
Primeira Turma
647816
[ "LEG-FED RGI ANO-1980\r\n ART-00317 PAR-00001 ART-00323 REDAÇÃO DADA PELA EMR-21/2007 \r\n RISTF-1980 REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL\r\n\r\n", "LEG-FED EMR-000021 ANO-2007\r\n EMENDA REGIMENTAL DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\r\n\r\n", "LEG-FED SUMSTF-000283 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF" ]
ARE-ED
acordaos
ARE 647816 ED
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EMBTE.(S) : TEREZINHA MARIA MONTEIRO LOPES ADV.(A/S) : ABDON ANTONIO ABBADE DOS REIS EMBDO.(A/S) : ESTADO DA BAHIA PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA BAHIA
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Ementa e Acórdão 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 646.912 RIO GRANDE DO SUL RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) :JUVÊNCIO ALVES DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) :RENATA ALVARENGA FLEURY AGDO.(A/S) :MUNICÍPIO DE GRAVATAÍ ADV.(A/S) :BEATRIZ MARIA ALVES TORRES EMENTA Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo. Servidor público. Reclassificação. Ofensa a direito local. Precedentes. 1. Não se abre a via do recurso extraordinário para o reexame de matéria ínsita ao plano normativo local. Incidência da Súmula nº 280 desta Corte. 2. Agravo regimental não provido. ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata do julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Brasília, 16 de outubro de 2012. MINISTRO DIAS TOFFOLI Relator Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3005871. Supremo Tribunal Federal DJe 09/11/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 8 Relatório 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 646.912 RIO GRANDE DO SUL RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) :JUVÊNCIO ALVES DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) :RENATA ALVARENGA FLEURY AGDO.(A/S) :MUNICÍPIO DE GRAVATAÍ ADV.(A/S) :BEATRIZ MARIA ALVES TORRES RELATÓRIO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): Juvêncio Alves de Oliveira e outros interpõem tempestivo agravo regimental contra decisão em que se conheceu de agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário (fls. 407 a 409), com a seguinte fundamentação: “Vistos. Trata-se de agravo contra a decisão que não admitiu recurso extraordinário interposto contra acórdão da Primeira Turma do Tribunal Superior do Trabalho, assim ementado: ‘AGRAVO. AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO DE REVISTA. REAJUSTE SALARIAL DIFERENCIADO. Nega-se provimento ao agravo em que a parte não consegue desconstituir os fundamentos da decisão proferida no agravo de instrumento, porque repete os argumentos já expendidos, nada acrescendo para infirmar aqueles fundamentos, no sentido de que arestos oriundos do STF não encontram amparo no art. 896, -a-, da CLT. Agravo a que se nega provimento’ (fl. 357). Opostos embargos de declaração (fls. 362 a 365) foram rejeitados (fls. 368 a 374). Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3005868. Supremo Tribunal Federal 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 646.912 RIO GRANDE DO SUL RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) :JUVÊNCIO ALVES DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) :RENATA ALVARENGA FLEURY AGDO.(A/S) :MUNICÍPIO DE GRAVATAÍ ADV.(A/S) :BEATRIZ MARIA ALVES TORRES RELATÓRIO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): Juvêncio Alves de Oliveira e outros interpõem tempestivo agravo regimental contra decisão em que se conheceu de agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário (fls. 407 a 409), com a seguinte fundamentação: “Vistos. Trata-se de agravo contra a decisão que não admitiu recurso extraordinário interposto contra acórdão da Primeira Turma do Tribunal Superior do Trabalho, assim ementado: ‘AGRAVO. AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO DE REVISTA. REAJUSTE SALARIAL DIFERENCIADO. Nega-se provimento ao agravo em que a parte não consegue desconstituir os fundamentos da decisão proferida no agravo de instrumento, porque repete os argumentos já expendidos, nada acrescendo para infirmar aqueles fundamentos, no sentido de que arestos oriundos do STF não encontram amparo no art. 896, -a-, da CLT. Agravo a que se nega provimento’ (fl. 357). Opostos embargos de declaração (fls. 362 a 365) foram rejeitados (fls. 368 a 374). Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3005868. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 8 Relatório ARE 646.912 AGR / RS No recurso extraordinário sustenta-se violação dos artigos 37, inciso X, e 39, § 1º, da Constituição Federal, ao entender que houve reajuste diferenciado concedido aos professores e não reestruturação da carreira. Decido. Não merece prosperar a irresignação. No que se refere ao artigo 39, § 1º, da Constituição Federal, apontado como violado, carece do necessário prequestionamento, sendo certo que os acórdãos proferidos pelo Tribunal de origem não cuidaram da referida norma, a qual, também, não foi objeto dos embargos declaratórios opostos pelos recorrentes. Incidem na espécie as Súmulas nºs 282 e 356 desta Corte. Ademais, colhe-se do voto condutor do acórdão recorrido: ‘Observa-se que o Tribunal Regional abordou em sua fundamentação que a alegada ofensa ao princípio da isonomia não ficou configurada, pois esclareceu que a Lei 1.378/99 não concedeu exatamente um reajuste ao pessoal do quadro do magistério, mas alterou seu Plano de Classificação de Cargos e Funções, buscando uma reclassificação para os servidores do magistério com o objetivo de diminuir distorções salariais existentes. Não se divisa afronta ao art. 37, X, da CF, uma vez que a revisão geral anual prevista constitucionalmente foi garantida’ (fl. 359). Desse modo, para ultrapassar o entendimento do Tribunal de origem, de que houve uma reestruturação da carreira de magistério e não uma revisão geral anual, seria necessária a interpretação da legislação local pertinente (Leis Municipais n°s. 715/92, 1.378/99 e 1.379/99), o que não é cabível em sede de recurso extraordinário. Incidência das Súmula nº 280 desta Corte. ‘AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3005868. Supremo Tribunal Federal ARE 646.912 AGR / RS No recurso extraordinário sustenta-se violação dos artigos 37, inciso X, e 39, § 1º, da Constituição Federal, ao entender que houve reajuste diferenciado concedido aos professores e não reestruturação da carreira. Decido. Não merece prosperar a irresignação. No que se refere ao artigo 39, § 1º, da Constituição Federal, apontado como violado, carece do necessário prequestionamento, sendo certo que os acórdãos proferidos pelo Tribunal de origem não cuidaram da referida norma, a qual, também, não foi objeto dos embargos declaratórios opostos pelos recorrentes. Incidem na espécie as Súmulas nºs 282 e 356 desta Corte. Ademais, colhe-se do voto condutor do acórdão recorrido: ‘Observa-se que o Tribunal Regional abordou em sua fundamentação que a alegada ofensa ao princípio da isonomia não ficou configurada, pois esclareceu que a Lei 1.378/99 não concedeu exatamente um reajuste ao pessoal do quadro do magistério, mas alterou seu Plano de Classificação de Cargos e Funções, buscando uma reclassificação para os servidores do magistério com o objetivo de diminuir distorções salariais existentes. Não se divisa afronta ao art. 37, X, da CF, uma vez que a revisão geral anual prevista constitucionalmente foi garantida’ (fl. 359). Desse modo, para ultrapassar o entendimento do Tribunal de origem, de que houve uma reestruturação da carreira de magistério e não uma revisão geral anual, seria necessária a interpretação da legislação local pertinente (Leis Municipais n°s. 715/92, 1.378/99 e 1.379/99), o que não é cabível em sede de recurso extraordinário. Incidência das Súmula nº 280 desta Corte. ‘AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3005868. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 8 Relatório ARE 646.912 AGR / RS EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO. REGIME JURÍDICO ÚNICO DOS SERVIDORES PÚBLICOS DO ESTADO DE MINAS GERAIS. REVISÃO DAS TABELAS DE VENCIMENTO. Lei nº 11.510/94 do Estado de Minas Gerais. Tabela de vencimentos do pessoal do Poder Executivo. Natureza jurídica do ato governamental que fixou nova retribuição para o exercício dos cargos públicos, se revisão de vencimentos ou reajuste geral da remuneração dos servidores. Matéria decidida a partir da interpretação da legislação estadual. Reexame. Impossibilidade. Incidência da Súmula 280-STF. Agravo regimental a que se nega provimento’ (RE nº 269.206/MG- AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Maurício Corrêa, DJE de 2/3/01). ‘1. A análise do recurso extraordinário envolve interpretação de direito local (Lei 1.115/79 do Município de Maringá). Incide, no caso, a Súmula STF nº 280. 2. Agravo regimental improvido’ (RE nº 318.932/PR-AgR, Segunda Turma, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJ de 26/8/05). ‘AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. FUNDAÇÃO DE PLANEJAMENTO METROPOLITANO E REGIONAL - METROPLAN. NATUREZA JURÍDICA. LEGISLAÇÃO LOCAL. VERBETE N. 280 DA SÚMULA DO STF. ÓBICE. 1. Para dissentir-se do acórdão impugnado seria necessária a análise da legislação local que disciplina a espécie. Incide o óbice do Verbete n. 280 da Súmula do STF. 2. Os servidores estáveis por força de decisão do Superior Tribunal de Justiça trabalham em fundação instituída como pessoa jurídica de direito público. Agravo regimental improvido’ (RE nº 466.188/RS-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Eros Grau, DJ de 24/3/06). 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3005868. Supremo Tribunal Federal ARE 646.912 AGR / RS EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO. REGIME JURÍDICO ÚNICO DOS SERVIDORES PÚBLICOS DO ESTADO DE MINAS GERAIS. REVISÃO DAS TABELAS DE VENCIMENTO. Lei nº 11.510/94 do Estado de Minas Gerais. Tabela de vencimentos do pessoal do Poder Executivo. Natureza jurídica do ato governamental que fixou nova retribuição para o exercício dos cargos públicos, se revisão de vencimentos ou reajuste geral da remuneração dos servidores. Matéria decidida a partir da interpretação da legislação estadual. Reexame. Impossibilidade. Incidência da Súmula 280-STF. Agravo regimental a que se nega provimento’ (RE nº 269.206/MG- AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Maurício Corrêa, DJE de 2/3/01). ‘1. A análise do recurso extraordinário envolve interpretação de direito local (Lei 1.115/79 do Município de Maringá). Incide, no caso, a Súmula STF nº 280. 2. Agravo regimental improvido’ (RE nº 318.932/PR-AgR, Segunda Turma, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJ de 26/8/05). ‘AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. FUNDAÇÃO DE PLANEJAMENTO METROPOLITANO E REGIONAL - METROPLAN. NATUREZA JURÍDICA. LEGISLAÇÃO LOCAL. VERBETE N. 280 DA SÚMULA DO STF. ÓBICE. 1. Para dissentir-se do acórdão impugnado seria necessária a análise da legislação local que disciplina a espécie. Incide o óbice do Verbete n. 280 da Súmula do STF. 2. Os servidores estáveis por força de decisão do Superior Tribunal de Justiça trabalham em fundação instituída como pessoa jurídica de direito público. Agravo regimental improvido’ (RE nº 466.188/RS-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Eros Grau, DJ de 24/3/06). 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3005868. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 8 Relatório ARE 646.912 AGR / RS No mesmo sentido, as seguintes decisões monocráticas: AI nº 839.541/RS, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 10/3/11; AI nº 752.264, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 17/6/09; e RE nº 594.028/RS, Relator o Ministro Eros Grau, DJe de 10/11/08. Ante o exposto, conheço do agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário.” Alegam os agravantes que foi violado o inciso X do art. 37 da Constituição Federal. Aduzem, in verbis, que: “(...) em momento algum do processo, alegou-se eventual ofensa ao artigo 39, § 1º, da Carta Magna, o que denota a impertinência da alegação de ausência de prequestionamento da matéria. (...) já foi reconhecida a existência de repercussão geral da matéria discutida no presente feito no julgamento do processo RRE 565.089/SP, o que de per si demonstra que a discussão possui cunho eminentemente constitucional, afastando com isso, o óbice da Súmula nº 280/STF. (...) a indenização pleiteada decorre da mora legislativa na concessão de reajustes salariais aos Autores, e também do tratamento não isonômico perpetrado pelo Município de Gravataí, que reajustou vencimentos de uma parcela dos servidores estaduais, por intermédio da Lei Municipal 1.378/99” (fls. 415/416). É o relatório. 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3005868. Supremo Tribunal Federal ARE 646.912 AGR / RS No mesmo sentido, as seguintes decisões monocráticas: AI nº 839.541/RS, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 10/3/11; AI nº 752.264, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 17/6/09; e RE nº 594.028/RS, Relator o Ministro Eros Grau, DJe de 10/11/08. Ante o exposto, conheço do agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário.” Alegam os agravantes que foi violado o inciso X do art. 37 da Constituição Federal. Aduzem, in verbis, que: “(...) em momento algum do processo, alegou-se eventual ofensa ao artigo 39, § 1º, da Carta Magna, o que denota a impertinência da alegação de ausência de prequestionamento da matéria. (...) já foi reconhecida a existência de repercussão geral da matéria discutida no presente feito no julgamento do processo RRE 565.089/SP, o que de per si demonstra que a discussão possui cunho eminentemente constitucional, afastando com isso, o óbice da Súmula nº 280/STF. (...) a indenização pleiteada decorre da mora legislativa na concessão de reajustes salariais aos Autores, e também do tratamento não isonômico perpetrado pelo Município de Gravataí, que reajustou vencimentos de uma parcela dos servidores estaduais, por intermédio da Lei Municipal 1.378/99” (fls. 415/416). É o relatório. 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3005868. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 8 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 646.912 RIO GRANDE DO SUL VOTO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): Ainda que superado o óbice da ausência de prequestionamento, o inconformismo não mereceria prosperar. Colhe-se do voto condutor do acórdão recorrido: “(...) o Tribunal Regional abordou em sua fundamentação que a alegada ofensa ao princípio da isonomia não ficou configurada, pois esclareceu que a Lei 1.378/99 não concedeu exatamente um reajuste ao pessoal do quadro do magistério, mas alterou seu Plano de Classificação de Cargos e Funções, buscando uma reclassificação para os servidores do magistério com o objetivo de diminuir distorções salariais existentes. Não se divisa afronta ao art. 37, X, da CF, uma vez que a revisão geral anula prevista constitucionalmente foi garantida” (fl. 359). Desse modo, é certo que, para ultrapassar o entendimento das instâncias de origem, que decidiram que houve uma reestruturação da carreira de magistério e não um reajuste geral a ser estendido a todos os servidores municipais, seria necessário analisar a legislação infraconstitucional local pertinente (Lei nº 1.378/99), o que é inviável em recurso extraordinário. Incidência da Súmula nº 280 desta Corte. Sobre o tema, anote-se: “AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO TRABALHISTA. PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. REAJUSTE SALARIAL DIFERENCIADO. PROFESSORES MUNICIPAIS. REEXAME DE LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA 280/STF. Para se chegar a conclusão diversa daquela a que chegou o Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3005869. Supremo Tribunal Federal 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 646.912 RIO GRANDE DO SUL VOTO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): Ainda que superado o óbice da ausência de prequestionamento, o inconformismo não mereceria prosperar. Colhe-se do voto condutor do acórdão recorrido: “(...) o Tribunal Regional abordou em sua fundamentação que a alegada ofensa ao princípio da isonomia não ficou configurada, pois esclareceu que a Lei 1.378/99 não concedeu exatamente um reajuste ao pessoal do quadro do magistério, mas alterou seu Plano de Classificação de Cargos e Funções, buscando uma reclassificação para os servidores do magistério com o objetivo de diminuir distorções salariais existentes. Não se divisa afronta ao art. 37, X, da CF, uma vez que a revisão geral anula prevista constitucionalmente foi garantida” (fl. 359). Desse modo, é certo que, para ultrapassar o entendimento das instâncias de origem, que decidiram que houve uma reestruturação da carreira de magistério e não um reajuste geral a ser estendido a todos os servidores municipais, seria necessário analisar a legislação infraconstitucional local pertinente (Lei nº 1.378/99), o que é inviável em recurso extraordinário. Incidência da Súmula nº 280 desta Corte. Sobre o tema, anote-se: “AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO TRABALHISTA. PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. REAJUSTE SALARIAL DIFERENCIADO. PROFESSORES MUNICIPAIS. REEXAME DE LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA 280/STF. Para se chegar a conclusão diversa daquela a que chegou o Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3005869. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 8 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI ARE 646.912 AGR / RS acórdão recorrido seria necessário o reexame da legislação infraconstitucional. Assim, eventual ofensa à Constituição seria indireta ou reflexa, o que enseja o descabimento do recurso extraordinário. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI nº 639.059/RS, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, DJe de 9/4/10). “AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. TRABALHISTA E ADMINISTRATIVO. REESTRUTURAÇÃO DE QUADRO DE SERVIDORES MUNICIPAIS. IMPOSSIBILIDADE DA ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL E DO REEXAME DE PROVAS (SÚMULA 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL). OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (AI nº 752.264/RS-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 9/10/09). Nesse sentido, ainda, a seguinte decisão monocrática: AI nº 839.541/RS, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 10/3/11. Ante o exposto, voto pelo não provimento do agravo regimental. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3005869. Supremo Tribunal Federal ARE 646.912 AGR / RS acórdão recorrido seria necessário o reexame da legislação infraconstitucional. Assim, eventual ofensa à Constituição seria indireta ou reflexa, o que enseja o descabimento do recurso extraordinário. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI nº 639.059/RS, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, DJe de 9/4/10). “AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. TRABALHISTA E ADMINISTRATIVO. REESTRUTURAÇÃO DE QUADRO DE SERVIDORES MUNICIPAIS. IMPOSSIBILIDADE DA ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL E DO REEXAME DE PROVAS (SÚMULA 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL). OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (AI nº 752.264/RS-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 9/10/09). Nesse sentido, ainda, a seguinte decisão monocrática: AI nº 839.541/RS, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 10/3/11. Ante o exposto, voto pelo não provimento do agravo regimental. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3005869. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 8 Decisão de Julgamento PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 646.912 PROCED. : RIO GRANDE DO SUL RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) : JUVÊNCIO ALVES DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) : RENATA ALVARENGA FLEURY AGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE GRAVATAÍ ADV.(A/S) : BEATRIZ MARIA ALVES TORRES Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 16.10.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Rodrigo Janot. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3061279 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 646.912 PROCED. : RIO GRANDE DO SUL RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) : JUVÊNCIO ALVES DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) : RENATA ALVARENGA FLEURY AGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE GRAVATAÍ ADV.(A/S) : BEATRIZ MARIA ALVES TORRES Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 16.10.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Rodrigo Janot. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3061279 Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 8
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3071616
2012-10-16T00:00:00
2012-11-09T00:00:00
A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 16.10.2012.
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO
EMENTA Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo. Servidor público. Reclassificação. Ofensa a direito local. Precedentes. 1. Não se abre a via do recurso extraordinário para o reexame de matéria ínsita ao plano normativo local. Incidência da Súmula nº 280 desta Corte. 2. Agravo regimental não provido.
sjur218264
- Acórdão(s) citado(s) (SÚMULA 280) STF:AI 752264 AgR (1ªT); -Decisão(ões) monocrática(s) citada(s) (SÚMULA 280) STF: AI 639059, AI 839541. Número de páginas: 8. Análise: 22/11/2012, MJC.
DIAS TOFFOLI
Primeira Turma
646912
[ "LEG-FED SUMSTF-000280 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\r\n\r\n", "LEG-MUN LEI-001378 ANO-1999\r\n LEI ORDINÁRIA DO MUNICÍPIO DE GRAVATAÍ, RS" ]
ARE-AgR
acordaos
ARE 646912 AgR
[ "" ]
AGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE GRAVATAÍ ADV.(A/S) : RENATA ALVARENGA FLEURY AGTE.(S) : JUVÊNCIO ALVES DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) : BEATRIZ MARIA ALVES TORRES
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "RECURSO", "ARE 646 . 912 AGR / RS", "ARE 646 . 912 AGR / RS", "ARE 646 . 912 AGR / RS", "Súmula 280 - STF", "RE [UNK] 269 . 206 / MG - AgR", "Súmula STF [UNK] 280 .", "RE [UNK] 318 . 932 / PR - AgR", "VERBETE N . 280 DA SÚMULA DO STF", "Verbete n . 280 da Súmula do STF", "RE [UNK] 466 . 188 / RS - AgR", "ARE 646 . 912 AGR / RS", "Súmula 280 - STF", "RE [UNK] 269 . 206 / MG - AgR", "Súmula STF [UNK] 280 .", "RE [UNK] 318 . 932 / PR - AgR", "VERBETE N . 280 DA SÚMULA", "Verbete n . 280 da Súmula do STF", "RE [UNK] 466 . 188 / RS - AgR", "ARE 646 . 912 AGR / RS", "AI [UNK] 839 . 541 / RS", "AI [UNK] 752 . 264", "RE [UNK] 594 . 028 / RS", "RRE 565 . 089 / SP", "Súmula [UNK] 280 / STF", "ARE 646 . 912", "AI [UNK] 839 . 541 / RS", "AI [UNK] 752 . 264", "RE [UNK] 594 . 028 / RS", "RRE 565 . 089", "Súmula [UNK] 280 / STF", "Súmula [UNK] 280 desta Corte", "SÚMULA 280 / STF", "AGRAVO 646 . 912", "SÚMULA 280 / STF", "ARE 646 . 912", "AI [UNK] 639 . 059 / RS", "SÚMULA 279 DO 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Ementa e Acórdão 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 794.949 SÃO PAULO RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI AGTE.(S) :GILBERTO ROSA ADV.(A/S) :ELIEZER PEREIRA MARTINS AGDO.(A/S) :ESTADO DE SÃO PAULO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO DOS ARTS. 5º, LIII, E 94 DA CF. SÚMULAS 282 E 356 DO STF. MILITAR. SANÇÃO ADMINISTRATIVA. APLICAÇÃO DA PENA DE EXCLUSÃO. ATO DO COMANDANTE GERAL. POSSIBILIDADE. PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR. REGULARIDADE. IMPOSSIBILIDADE DO REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO CONSTANTE DOS AUTOS. SÚMULA 279 DO STF. INCIDÊNCIA. AGRAVO IMPROVIDO. I - Ausência de prequestionamento da questão constitucional suscitada. Incidência da Súmula 282 do STF. Ademais, não opostos embargos declaratórios para suprir a omissão, é inviável o recurso, a teor da Súmula 356 do STF. Precedentes. II – O Plenário desta Corte, no RE 197.649/SP, Rel. Min. Carlos Velloso, concluiu que a competência da Justiça Militar estadual, nos termos do art. 125, § 4º, da Constituição, restringe-se à decisão sobre a perda da graduação de praças como pena acessória de crime, o que não obsta a competência do Comando Geral da Polícia Militar para decretar a perda da graduação como sanção administrativa disciplinar. III – Concluir de forma diversa do acórdão recorrido, no caso, demandaria o reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos, o que atrai a incidência da Súmula 279 do STF. IV – Agravo regimental improvido. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2843143. Supremo Tribunal Federal DJe 08/10/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 11 Ementa e Acórdão AI 794.949 AGR / SP A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamentos e das notas taquigráficas, por unanimidade, negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. Brasília, 25 de setembro de 2012. RICARDO LEWANDOWSKI – PRESIDENTE E RELATOR 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2843143. Supremo Tribunal Federal AI 794.949 AGR / SP A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamentos e das notas taquigráficas, por unanimidade, negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. Brasília, 25 de setembro de 2012. RICARDO LEWANDOWSKI – PRESIDENTE E RELATOR 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2843143. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 11 Relatório 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 794.949 SÃO PAULO RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI AGTE.(S) :GILBERTO ROSA ADV.(A/S) :ELIEZER PEREIRA MARTINS AGDO.(A/S) :ESTADO DE SÃO PAULO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Trata-se de agravo regimental interposto contra decisão que negou seguimento a agravo de instrumento. Eis o teor da decisão agravada: “Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário interposto de acórdão, cuja ementa segue transcrita: ‘Direito constitucional, administrativo e processual civil. Policial Militar. Demissão. Nulidade do ato administrativo. Reintegração. Apelação Cível. Recurso Improvido. Atendidos os pressupostos de competência, finalidade, forma, motivo e objeto, tem-se por garantida a validade e eficácia do ato administrativo’ (fl. 1.120). No RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se violação aos arts. 5º, II, LIII, LIV e LV, 37, caput, 94 e 125, § 5º, da mesma Carta. O agravo não merece acolhida. Verifica-se, preliminarmente, que os arts. 5º, LIII, e 94 da Constituição não foram prequestionados. Assim, como tem consignado este Tribunal, por meio da Súmula 282, é inadmissível o recurso extraordinário se a questão constitucional suscitada não tiver sido apreciada no acórdão recorrido. Ademais, não opostos embargos declaratórios para suprir a omissão, é inviável o recurso, nos termos da Súmula 356 do STF. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2843144. Supremo Tribunal Federal 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 794.949 SÃO PAULO RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI AGTE.(S) :GILBERTO ROSA ADV.(A/S) :ELIEZER PEREIRA MARTINS AGDO.(A/S) :ESTADO DE SÃO PAULO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Trata-se de agravo regimental interposto contra decisão que negou seguimento a agravo de instrumento. Eis o teor da decisão agravada: “Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário interposto de acórdão, cuja ementa segue transcrita: ‘Direito constitucional, administrativo e processual civil. Policial Militar. Demissão. Nulidade do ato administrativo. Reintegração. Apelação Cível. Recurso Improvido. Atendidos os pressupostos de competência, finalidade, forma, motivo e objeto, tem-se por garantida a validade e eficácia do ato administrativo’ (fl. 1.120). No RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se violação aos arts. 5º, II, LIII, LIV e LV, 37, caput, 94 e 125, § 5º, da mesma Carta. O agravo não merece acolhida. Verifica-se, preliminarmente, que os arts. 5º, LIII, e 94 da Constituição não foram prequestionados. Assim, como tem consignado este Tribunal, por meio da Súmula 282, é inadmissível o recurso extraordinário se a questão constitucional suscitada não tiver sido apreciada no acórdão recorrido. Ademais, não opostos embargos declaratórios para suprir a omissão, é inviável o recurso, nos termos da Súmula 356 do STF. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2843144. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 11 Relatório AI 794.949 AGR / SP Quanto a suposta violação ao art. 125, § 4º, da Constituição Federal, a jurisprudência desta Corte firmou entendimento no sentido de que a competência conferida à Justiça Militar pelo mencionado dispositivo constitucional refere-se à perda de graduação como pena acessória criminal e não à sanção disciplinar administrativa, como ocorre no presente caso . Assim, aplica-se ao caso a Súmula 673 do STF. Nesse sentido: ‘AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. MILITAR. PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR. IMPOSSIBILIDADE DO REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO CONSTANTE DOS AUTOS. SÚMULA 279 DO STF. APLICAÇÃO DA PENA DE EXCLUSÃO. SÚMULA 673 DO STF. ART. 93, IX, DA CONSTITUIÇÃO. VIOLAÇÃO. INEXISTÊNCIA. ACÓRDÃO SUFICIENTEMENTE FUNDAMENTADO. AGRAVO IMPROVIDO. I – Concluir de forma diversa do acórdão recorrido, no caso, demandaria o reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos, o que atrai a incidência da Súmula 279 do STF. II – A jurisprudência desta Corte firmou-se no sentido de que a competência conferida à Justiça Militar pelo art. 125, § 4º, da Constituição (em redação anterior à EC 45/2004), refere-se à perda de graduação como pena acessória criminal e não à sanção disciplinar, que pode decorrer de adequado processo administrativo (Súmula 673 do STF). III – A exigência do art. 93, IX, da Constituição, não impõe seja a decisão exaustivamente fundamentada. O que se busca é que o julgador informe de forma clara e concisa as razões de seu convencimento. IV – Agravo regimental improvido’ (AI 822.641-AgR/MG, de minha relatoria). Além disso, para se chegar à conclusão contrária à adotada pelo acórdão recorrido, imprescindível o reexame do conjunto fático- probatório constante dos autos, o que atrai a incidência da Súmula 279 do STF. Nesse sentido: ‘RECURSO EXTRAORDINÁRIO - EXPULSÃO DE MILITAR DAS FILEIRAS DAS FORÇAS ARMADAS - 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2843144. Supremo Tribunal Federal AI 794.949 AGR / SP Quanto a suposta violação ao art. 125, § 4º, da Constituição Federal, a jurisprudência desta Corte firmou entendimento no sentido de que a competência conferida à Justiça Militar pelo mencionado dispositivo constitucional refere-se à perda de graduação como pena acessória criminal e não à sanção disciplinar administrativa, como ocorre no presente caso . Assim, aplica-se ao caso a Súmula 673 do STF. Nesse sentido: ‘AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. MILITAR. PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR. IMPOSSIBILIDADE DO REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO CONSTANTE DOS AUTOS. SÚMULA 279 DO STF. APLICAÇÃO DA PENA DE EXCLUSÃO. SÚMULA 673 DO STF. ART. 93, IX, DA CONSTITUIÇÃO. VIOLAÇÃO. INEXISTÊNCIA. ACÓRDÃO SUFICIENTEMENTE FUNDAMENTADO. AGRAVO IMPROVIDO. I – Concluir de forma diversa do acórdão recorrido, no caso, demandaria o reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos, o que atrai a incidência da Súmula 279 do STF. II – A jurisprudência desta Corte firmou-se no sentido de que a competência conferida à Justiça Militar pelo art. 125, § 4º, da Constituição (em redação anterior à EC 45/2004), refere-se à perda de graduação como pena acessória criminal e não à sanção disciplinar, que pode decorrer de adequado processo administrativo (Súmula 673 do STF). III – A exigência do art. 93, IX, da Constituição, não impõe seja a decisão exaustivamente fundamentada. O que se busca é que o julgador informe de forma clara e concisa as razões de seu convencimento. IV – Agravo regimental improvido’ (AI 822.641-AgR/MG, de minha relatoria). Além disso, para se chegar à conclusão contrária à adotada pelo acórdão recorrido, imprescindível o reexame do conjunto fático- probatório constante dos autos, o que atrai a incidência da Súmula 279 do STF. Nesse sentido: ‘RECURSO EXTRAORDINÁRIO - EXPULSÃO DE MILITAR DAS FILEIRAS DAS FORÇAS ARMADAS - 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2843144. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 11 Relatório AI 794.949 AGR / SP NATUREZA JURÍDICA DO ATO - NECESSIDADE DE REEXAME DE FATOS E PROVAS - IMPOSSIBILIDADE - SÚMULA 279/STF - RECURSO IMPROVIDO. - Não cabe recurso extraordinário, quando interposto com o objetivo de discutir questões de fato ou de examinar matéria de caráter probatório. Precedentes’ (RE 382.482-AgR, Rel. Min. Celso de Mello). Por fim, este Tribunal entende não ser cabível a interposição de recurso extraordinário por contrariedade ao princípio da legalidade quando o exame da ofensa envolva a reanálise de interpretação dada à norma infraconstitucional pelo juízo a quo (Súmula 636 do STF). Isso posto, nego seguimento ao recurso (CPC, art. 557, caput)” (fls. 1.224-1.225). O agravante sustenta, em suma, que, “No caso vertente, não há que se invocar as súmulas 636 e 673 do STF, vez que o não provimento da presente demanda implicará em total violação a preceito constitucional. (...) Ressalte-se que, com relação aos dispositivos constitucionais acima ventilados, não há que se falar na aplicação da Súmula nº 279 do Supremo Tribunal Federal, eis que em momento algum se pede reexame das provas dos autos. O que se pede é a apreciação acerca da violação dos dispositivos constitucionais suscitados. Com efeito, não há que se falar, inclusive, em incidência das Súmulas nº 282 e 356 STF, eis que o v. acórdão recorrido emitiu juízo explícito a respeito do tema, inclusive mencionando os preceitos constitucionais previamente suscitados nas razões do recurso submetido à apreciação do E. Tribunal de Justiça Militar, sendo que não existe qualquer inovação recursal no caso concreto” (fl. 1.239- 1.241). É o relatório. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2843144. Supremo Tribunal Federal AI 794.949 AGR / SP NATUREZA JURÍDICA DO ATO - NECESSIDADE DE REEXAME DE FATOS E PROVAS - IMPOSSIBILIDADE - SÚMULA 279/STF - RECURSO IMPROVIDO. - Não cabe recurso extraordinário, quando interposto com o objetivo de discutir questões de fato ou de examinar matéria de caráter probatório. Precedentes’ (RE 382.482-AgR, Rel. Min. Celso de Mello). Por fim, este Tribunal entende não ser cabível a interposição de recurso extraordinário por contrariedade ao princípio da legalidade quando o exame da ofensa envolva a reanálise de interpretação dada à norma infraconstitucional pelo juízo a quo (Súmula 636 do STF). Isso posto, nego seguimento ao recurso (CPC, art. 557, caput)” (fls. 1.224-1.225). O agravante sustenta, em suma, que, “No caso vertente, não há que se invocar as súmulas 636 e 673 do STF, vez que o não provimento da presente demanda implicará em total violação a preceito constitucional. (...) Ressalte-se que, com relação aos dispositivos constitucionais acima ventilados, não há que se falar na aplicação da Súmula nº 279 do Supremo Tribunal Federal, eis que em momento algum se pede reexame das provas dos autos. O que se pede é a apreciação acerca da violação dos dispositivos constitucionais suscitados. Com efeito, não há que se falar, inclusive, em incidência das Súmulas nº 282 e 356 STF, eis que o v. acórdão recorrido emitiu juízo explícito a respeito do tema, inclusive mencionando os preceitos constitucionais previamente suscitados nas razões do recurso submetido à apreciação do E. Tribunal de Justiça Militar, sendo que não existe qualquer inovação recursal no caso concreto” (fl. 1.239- 1.241). É o relatório. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2843144. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 11 Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 794.949 SÃO PAULO V O T O O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Bem reexaminada a questão, verifica-se que a decisão ora atacada não merece reforma, visto que o recorrente não aduz argumentos capazes de afastar as razões nela expendidas. Isso porque, ao contrário do que alegado pelo agravante, os arts. 5º, LIII, e 94 da Constituição não foram objeto de debate e decisão prévia pelo Tribunal de origem. Falta-lhes, pois, o indispensável prequestionamento, consoante o teor da Súmula 282 do STF. Ademais, não opostos embargos declaratórios para suprir a omissão, é inviável o recurso, a teor da Súmula 356 do STF. Nesse sentido, além dos precedentes mencionados na decisão atacada, cito ainda julgados de ambas as Turmas desta Corte: “AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PREQUESTIONAMENTO. AUSÊNCIA. SÚMULAS 282 E 356 DO STF. ANÁLISE DE QUESTÃO INFRACONSTITUCIONAL. IMPOSSIBILIDADE. I - Ausência de prequestionamento da questão constitucional suscitada. Incidência da Súmula 282 do STF. Ademais, não opostos embargos declaratórios para suprir a omissão, é inviável o recurso, a teor da Súmula 356 do STF. II - Inviável o recurso extraordinário se inexistente questão constitucional decidida no acórdão recorrido. III - Agravo regimental desprovido” (RE 565.970-AgR/RJ, de minha relatoria, Primeira Turma). “AGRAVO REGIMENTAL. DIREITO ADMINISTRATIVO. ANISTIADO POLÍTICO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. ISENÇÃO. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO DA Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2843145. Supremo Tribunal Federal 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 794.949 SÃO PAULO V O T O O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Bem reexaminada a questão, verifica-se que a decisão ora atacada não merece reforma, visto que o recorrente não aduz argumentos capazes de afastar as razões nela expendidas. Isso porque, ao contrário do que alegado pelo agravante, os arts. 5º, LIII, e 94 da Constituição não foram objeto de debate e decisão prévia pelo Tribunal de origem. Falta-lhes, pois, o indispensável prequestionamento, consoante o teor da Súmula 282 do STF. Ademais, não opostos embargos declaratórios para suprir a omissão, é inviável o recurso, a teor da Súmula 356 do STF. Nesse sentido, além dos precedentes mencionados na decisão atacada, cito ainda julgados de ambas as Turmas desta Corte: “AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PREQUESTIONAMENTO. AUSÊNCIA. SÚMULAS 282 E 356 DO STF. ANÁLISE DE QUESTÃO INFRACONSTITUCIONAL. IMPOSSIBILIDADE. I - Ausência de prequestionamento da questão constitucional suscitada. Incidência da Súmula 282 do STF. Ademais, não opostos embargos declaratórios para suprir a omissão, é inviável o recurso, a teor da Súmula 356 do STF. II - Inviável o recurso extraordinário se inexistente questão constitucional decidida no acórdão recorrido. III - Agravo regimental desprovido” (RE 565.970-AgR/RJ, de minha relatoria, Primeira Turma). “AGRAVO REGIMENTAL. DIREITO ADMINISTRATIVO. ANISTIADO POLÍTICO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. ISENÇÃO. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO DA Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2843145. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 11 Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI AI 794.949 AGR / SP MATÉRIA CONSTITUCIONAL. ENUNCIADOS 282 E 356 DA SÚMULA/STF. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA REFLEXA OU INDIRETA. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI 742.256- AgR/GO, Rel. Min. Joaquim Barbosa, Segunda Turma). Extrai-se, por oportuno, o seguinte trecho do voto condutor do AI 742.256-AgR/GO: “De acordo com a jurisprudência desta Corte, para se ter como prequestionada, a matéria deve ter sido trazida nas razões do recurso e abordada no acórdão recorrido, ou, caso omisso o tribunal recorrido, suscitada em embargos de declaração. Da mesma forma, para que a ofensa surgida no acórdão recorrido seja considerada prequestionada, deve-se dar ao tribunal recorrido, via embargos de declaração, oportunidade para manifestar-se acerca da violação apontada”. Ressalte-se, ainda, que o Plenário desta Corte, no RE 197.649/SP, Rel. Min. Carlos Velloso, concluiu que a competência da Justiça Militar estadual, nos termos do art. 125, § 4º, da Constituição, restringe-se à decisão sobre a perda da graduação de praças como pena acessória de crime, o que não obsta a competência do Comando Geral da Polícia Militar para decretar a perda da graduação como sanção administrativa disciplinar. Com esse entendimento, cito os seguintes julgados de ambas as Turmas deste Tribunal: “Praça da Polícia Militar. Licenciamento por conveniência do serviço. Competência. - Falta de prequestionamento das questões relativas aos incisos LIII, LV e LVII do art. 5º da Constituição. - Por outro lado, o Plenário desta Corte, ao julgar o RE 199.800, apreciando caso análogo ao presente, decidiu, quanto à alegação de ofensa ao artigo 125, § 4º, da Constituição, que a prática de ato incompatível com a função militar pode implicar a perda da graduação como sanção administrativa, 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2843145. Supremo Tribunal Federal AI 794.949 AGR / SP MATÉRIA CONSTITUCIONAL. ENUNCIADOS 282 E 356 DA SÚMULA/STF. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA REFLEXA OU INDIRETA. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI 742.256- AgR/GO, Rel. Min. Joaquim Barbosa, Segunda Turma). Extrai-se, por oportuno, o seguinte trecho do voto condutor do AI 742.256-AgR/GO: “De acordo com a jurisprudência desta Corte, para se ter como prequestionada, a matéria deve ter sido trazida nas razões do recurso e abordada no acórdão recorrido, ou, caso omisso o tribunal recorrido, suscitada em embargos de declaração. Da mesma forma, para que a ofensa surgida no acórdão recorrido seja considerada prequestionada, deve-se dar ao tribunal recorrido, via embargos de declaração, oportunidade para manifestar-se acerca da violação apontada”. Ressalte-se, ainda, que o Plenário desta Corte, no RE 197.649/SP, Rel. Min. Carlos Velloso, concluiu que a competência da Justiça Militar estadual, nos termos do art. 125, § 4º, da Constituição, restringe-se à decisão sobre a perda da graduação de praças como pena acessória de crime, o que não obsta a competência do Comando Geral da Polícia Militar para decretar a perda da graduação como sanção administrativa disciplinar. Com esse entendimento, cito os seguintes julgados de ambas as Turmas deste Tribunal: “Praça da Polícia Militar. Licenciamento por conveniência do serviço. Competência. - Falta de prequestionamento das questões relativas aos incisos LIII, LV e LVII do art. 5º da Constituição. - Por outro lado, o Plenário desta Corte, ao julgar o RE 199.800, apreciando caso análogo ao presente, decidiu, quanto à alegação de ofensa ao artigo 125, § 4º, da Constituição, que a prática de ato incompatível com a função militar pode implicar a perda da graduação como sanção administrativa, 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2843145. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 11 Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI AI 794.949 AGR / SP não se havendo de invocar julgamento pela Justiça Militar Estadual, porquanto a esta compete decidir sobre a perda da graduação das praças somente como pena acessória dos crimes que a ela coube decidir. - Dessa orientação não divergiu o acórdão recorrido. Recurso extraordinário não conhecido” (RE 283.393/ES, Rel. Min. Moreira Alves, Primeira Turma – grifos meus). “EMENTA: CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. MILITAR. PRAÇA. LICENCIAMENTO EX OFFICIO. EXCLUSÃO. PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO. ARTIGOS 5º, CAPUT, 22, XXI, E 32, 4º, DA CF. INOVAÇÃO À LIDE. OFENSA REFLEXA. SÚMULA 283 E 284. COMPETÊNCIA. ART. 125, § 4º, DA CF. INAPLICABILIDADE À ESPÉCIE. 1. O recurso extraordinário é inviável para debater matéria processual referente à inovação à lide consignada pelo Tribunal a quo (artigos 5º, 22, XXI, e 32, § 4º, da CF), fundamento da decisão impugnada que não foi atacado pelo agravante. Incidência das Súmulas STF 283 e 284. 2. A competência conferida à Justiça Militar pelo art. 125, § 4º, da CF refere-se à perda de graduação como pena acessória criminal, e não à sanção disciplinar administrativa, como acontece no caso em exame. Precedentes. 3. Agravo regimental desprovido” (RE 589.461-AgR/DF, Rel. Min. Ellen Gracie, Segunda Turma - grifos meus). No mesmo sentido, menciono os seguintes precedentes, entre outros: AI 596.982-AgR/MG, Rel. Min. Ellen Gracie; AI 286.636-AgR/MG, Rel. Min. Maurício Corrêa; RE 206.971/SP, Rel. Min. Moreira Alves; RE 199.800/SP e RE 339.989-AgR/RS, Rel. Min. Carlos Velloso; RE 470.546- AgR/MG, Rel. Min. Cármen Lúcia. Por fim, o Tribunal de origem dirimiu a questão atinente à regularidade do processo disciplinar, nos seguintes termos: 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2843145. Supremo Tribunal Federal AI 794.949 AGR / SP não se havendo de invocar julgamento pela Justiça Militar Estadual, porquanto a esta compete decidir sobre a perda da graduação das praças somente como pena acessória dos crimes que a ela coube decidir. - Dessa orientação não divergiu o acórdão recorrido. Recurso extraordinário não conhecido” (RE 283.393/ES, Rel. Min. Moreira Alves, Primeira Turma – grifos meus). “EMENTA: CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. MILITAR. PRAÇA. LICENCIAMENTO EX OFFICIO. EXCLUSÃO. PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO. ARTIGOS 5º, CAPUT, 22, XXI, E 32, 4º, DA CF. INOVAÇÃO À LIDE. OFENSA REFLEXA. SÚMULA 283 E 284. COMPETÊNCIA. ART. 125, § 4º, DA CF. INAPLICABILIDADE À ESPÉCIE. 1. O recurso extraordinário é inviável para debater matéria processual referente à inovação à lide consignada pelo Tribunal a quo (artigos 5º, 22, XXI, e 32, § 4º, da CF), fundamento da decisão impugnada que não foi atacado pelo agravante. Incidência das Súmulas STF 283 e 284. 2. A competência conferida à Justiça Militar pelo art. 125, § 4º, da CF refere-se à perda de graduação como pena acessória criminal, e não à sanção disciplinar administrativa, como acontece no caso em exame. Precedentes. 3. Agravo regimental desprovido” (RE 589.461-AgR/DF, Rel. Min. Ellen Gracie, Segunda Turma - grifos meus). No mesmo sentido, menciono os seguintes precedentes, entre outros: AI 596.982-AgR/MG, Rel. Min. Ellen Gracie; AI 286.636-AgR/MG, Rel. Min. Maurício Corrêa; RE 206.971/SP, Rel. Min. Moreira Alves; RE 199.800/SP e RE 339.989-AgR/RS, Rel. Min. Carlos Velloso; RE 470.546- AgR/MG, Rel. Min. Cármen Lúcia. Por fim, o Tribunal de origem dirimiu a questão atinente à regularidade do processo disciplinar, nos seguintes termos: 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2843145. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 11 Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI AI 794.949 AGR / SP “A sanção aplicada encontra-se prevista no Art. 23, inciso II, alínea ‘c’, do Regulamento Disciplinar da polícia Militar do Estado de São Paulo (LC 893/01) , foi levada a efeito pelo Exmo. Sr. Comandante Geral da Polícia Militar, com base nas provas produzidas em procedimento administrativo válido, devidamente fundamentada, sem qualquer vício dentro do poder discricionário da autoridade competente com base no comportamento do miliciano que se revelou incompatível com a função. A conduta do miliciano encontra-se descrita na Portaria que deu origem ao Procedimento Disciplinar Sumário, de forma clara, descrevendo os fatos, dos quais o autor defendeu-se, através de advogado constituído e de sua confiança, não conseguindo seu intento de afastar as acusações que lhe foram imputadas, sendo irrelevante a capitulação descrita” (fl. 1.129). Dessa forma, para dissentir do acórdão recorrido seria necessário o reexame do conjunto fático-probatório dos autos, o que inviabiliza o recurso extraordinário, nos termos da Súmulas 279 do STF. Nesse sentido: “AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL. PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR. 1) CONTROVÉRSIA SOBRE A OBSERVÂNCIA DOS PRINCÍPIOS DA AMPLA DEFESA E DO CONTRADITÓRIO: IMPOSSIBILIDADE DO REEXAME DE PROVAS. INCIDÊNCIA DA SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. 2) ABSOLVIÇÃO NA ESFERA CRIMINAL. DEMISSÃO EM PROCESSO ADMINISTRATIVO. INDEPENDÊNCIA DAS ESFERAS PENAL E ADMINISTRATIVA. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (AI 807.190-AgR/SP, Rel. Min. Cármen Lúcia, Primeira Turma – grifos meus). “CONSTITUCIONAL E PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. MILITAR. PRAÇA. EXCLUSÃO. PROCESSO ADMINISTRATIVO 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2843145. Supremo Tribunal Federal AI 794.949 AGR / SP “A sanção aplicada encontra-se prevista no Art. 23, inciso II, alínea ‘c’, do Regulamento Disciplinar da polícia Militar do Estado de São Paulo (LC 893/01) , foi levada a efeito pelo Exmo. Sr. Comandante Geral da Polícia Militar, com base nas provas produzidas em procedimento administrativo válido, devidamente fundamentada, sem qualquer vício dentro do poder discricionário da autoridade competente com base no comportamento do miliciano que se revelou incompatível com a função. A conduta do miliciano encontra-se descrita na Portaria que deu origem ao Procedimento Disciplinar Sumário, de forma clara, descrevendo os fatos, dos quais o autor defendeu-se, através de advogado constituído e de sua confiança, não conseguindo seu intento de afastar as acusações que lhe foram imputadas, sendo irrelevante a capitulação descrita” (fl. 1.129). Dessa forma, para dissentir do acórdão recorrido seria necessário o reexame do conjunto fático-probatório dos autos, o que inviabiliza o recurso extraordinário, nos termos da Súmulas 279 do STF. Nesse sentido: “AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL. PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR. 1) CONTROVÉRSIA SOBRE A OBSERVÂNCIA DOS PRINCÍPIOS DA AMPLA DEFESA E DO CONTRADITÓRIO: IMPOSSIBILIDADE DO REEXAME DE PROVAS. INCIDÊNCIA DA SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. 2) ABSOLVIÇÃO NA ESFERA CRIMINAL. DEMISSÃO EM PROCESSO ADMINISTRATIVO. INDEPENDÊNCIA DAS ESFERAS PENAL E ADMINISTRATIVA. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (AI 807.190-AgR/SP, Rel. Min. Cármen Lúcia, Primeira Turma – grifos meus). “CONSTITUCIONAL E PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. MILITAR. PRAÇA. EXCLUSÃO. PROCESSO ADMINISTRATIVO 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2843145. Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 11 Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI AI 794.949 AGR / SP DISCIPLINAR. AMPLA DEFESA. COMPETÊNCIA. REEXAME DE EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. E ALEGADO CERCEAMENTO DE DEFESA. OFENSA INDIRETA. FATOS E PROVAS. SÚMULA STF 279. ART. 125, § 4º, E ECs 18 E 20 DE 1998. INAPLICÁVEIS À ESPÉCIE. 1. O recurso extraordinário é inviável para debater matéria processual relativa ao reexame de julgamento de embargos de declaração no Tribunal de origem. Precedentes. 2. Necessidade do revolvimento de matéria fático- probatória (Súmula STF 279) e de legislação infraconstitucional (CPC) para se concluir pela observância do princípio da ampla defesa em processo administrativo disciplinar, in casu , que resultou na exclusão de policial militar da corporação. 3. A competência conferida à Justiça Militar pelo art. 125, § 4º, da CF refere-se à perda de graduação como pena acessória criminal, e não à sanção disciplinar administrativa, como acontece no caso em exame. Precedentes. 4. Agravo regimental desprovido” (AI 596.982-AgR/MG, Rel. Min. Ellen Gracie, Segunda Turma – grifos meus). Isso posto, nego provimento ao agravo regimental. 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2843145. Supremo Tribunal Federal AI 794.949 AGR / SP DISCIPLINAR. AMPLA DEFESA. COMPETÊNCIA. REEXAME DE EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. E ALEGADO CERCEAMENTO DE DEFESA. OFENSA INDIRETA. FATOS E PROVAS. SÚMULA STF 279. ART. 125, § 4º, E ECs 18 E 20 DE 1998. INAPLICÁVEIS À ESPÉCIE. 1. O recurso extraordinário é inviável para debater matéria processual relativa ao reexame de julgamento de embargos de declaração no Tribunal de origem. Precedentes. 2. Necessidade do revolvimento de matéria fático- probatória (Súmula STF 279) e de legislação infraconstitucional (CPC) para se concluir pela observância do princípio da ampla defesa em processo administrativo disciplinar, in casu , que resultou na exclusão de policial militar da corporação. 3. A competência conferida à Justiça Militar pelo art. 125, § 4º, da CF refere-se à perda de graduação como pena acessória criminal, e não à sanção disciplinar administrativa, como acontece no caso em exame. Precedentes. 4. Agravo regimental desprovido” (AI 596.982-AgR/MG, Rel. Min. Ellen Gracie, Segunda Turma – grifos meus). Isso posto, nego provimento ao agravo regimental. 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2843145. Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 11 Decisão de Julgamento SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 794.949 PROCED. : SÃO PAULO RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI AGTE.(S) : GILBERTO ROSA ADV.(A/S) : ELIEZER PEREIRA MARTINS AGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. 2ª Turma, 25.09.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Subprocurador-Geral da República, Dr. Francisco de Assis Vieira Sanseverino. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2885661 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 794.949 PROCED. : SÃO PAULO RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI AGTE.(S) : GILBERTO ROSA ADV.(A/S) : ELIEZER PEREIRA MARTINS AGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. 2ª Turma, 25.09.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Subprocurador-Geral da República, Dr. Francisco de Assis Vieira Sanseverino. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2885661 Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 11
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=2895250
2012-09-25T00:00:00
2012-10-08T00:00:00
A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. 2ª Turma, 25.09.2012.
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO
Ementa: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO DOS ARTS. 5º, LIII, E 94 DA CF. SÚMULAS 282 E 356 DO STF. MILITAR. SANÇÃO ADMINISTRATIVA. APLICAÇÃO DA PENA DE EXCLUSÃO. ATO DO COMANDANTE GERAL. POSSIBILIDADE. PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR. REGULARIDADE. IMPOSSIBILIDADE DO REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO CONSTANTE DOS AUTOS. SÚMULA 279 DO STF. INCIDÊNCIA. AGRAVO IMPROVIDO. I - Ausência de prequestionamento da questão constitucional suscitada. Incidência da Súmula 282 do STF. Ademais, não opostos embargos declaratórios para suprir a omissão, é inviável o recurso, a teor da Súmula 356 do STF. Precedentes. II – O Plenário desta Corte, no RE 197.649/SP, Rel. Min. Carlos Velloso, concluiu que a competência da Justiça Militar estadual, nos termos do art. 125, § 4º, da Constituição, restringe-se à decisão sobre a perda da graduação de praças como pena acessória de crime, o que não obsta a competência do Comando Geral da Polícia Militar para decretar a perda da graduação como sanção administrativa disciplinar. III – Concluir de forma diversa do acórdão recorrido, no caso, demandaria o reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos, o que atrai a incidência da Súmula 279 do STF. IV – Agravo regimental improvido.
sjur216166
- Acórdãos citados: RE 565970 AgR, AI 742256 AgR, RE 197649 Tribunal Pleno, RE 283393, RE 589461 AgR, AI 596982 AgR, AI 286636 AgR, RE 206971, RE 199800, RE 339989 AgR, RE 470546 AgR, AI 807190 AgR, AI 596982 AgR. Número de páginas: 11. Análise: 18/10/2012, MJC.
RICARDO LEWANDOWSKI
Segunda Turma
794949
[ "LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00005 INC-00053 ART-00094 ART-00125\r\n PAR-00004 \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n\r\n", "LEG-FED SUMSTF-000279 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\r\n\r\n", "LEG-FED SUMSTF-000282 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\r\n\r\n", "LEG-FED SUMSTF-000356 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF" ]
AI-AgR
acordaos
AI 794949 AgR
[ "" ]
AGTE.(S) : GILBERTO ROSA ADV.(A/S) : ELIEZER PEREIRA MARTINS AGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
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[UNK] , LIII , e 94 da Constituição", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 125 , § [UNK] , da Constituição Federal", "ART . 93 , IX , DA CONSTITUIÇÃO", "art . 125 , § [UNK] , da Constituição", "EC 45 / 2004", "art . 93 , IX , da Constituição", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 125 , § [UNK] , da Constituição Federal", "ART . 93 , IX , DA CONSTITUIÇÃO", "art . 125 , § [UNK] , da Constituição", "EC 45 / 2004", "art . 93 , IX , da Constituição", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "CPC , art . 557 , caput", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "CPC , art . 557 , caput", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "arts . [UNK] , LIII , e 94 da Constituição", "arts . [UNK] , LIII , e 94 da Constituição", "MP", "art . 125 , § [UNK] , da Constituição", "incisos LIII , LV e LVII do art . [UNK] da Constituição", "artigo 125 , § [UNK] , da Constituição", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 125 , § [UNK] , da Constituição", "incisos LIII , LV e LVII do art . 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PAULO", "ESTADO DE SÃO PAULO", "ESTADO DE SÃO PAULO", "Brasília", "Brasília", "SÃO PAULO", "ESTADO DE SÃO PAULO", "ESTADO DE SÃO PAULO", "SÃO PAULO", "ESTADO DE SÃO PAULO", "ESTADO DE SÃO PAULO", "SÃO PAULO", "SÃO PAULO", "SÃO PAULO", "ESTADO DE SÃO PAULO", "ESTADO DE SÃO PAULO", "SÃO PAULO", "ESTADO DE SÃO PAULO", "ESTADO DE SÃO PAULO" ], "ORGANIZACAO": [ "SEGUNDA TURMA", "Plenário", "Comando Geral da Polícia Militar", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Segunda Turma do", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "/", "Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "SEGUNDA TURMA", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", 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"RICARDO LEWANDOWSKI", "RICARDO LEWANDOWSKI", "RICARDO LEWANDOWSKI", "RICARDO LEWANDOWSKI", "Joaquim Barbosa", "Carlos Velloso", "Joaquim Barbosa", "Carlos Velloso", "RICARDO LEWANDOWSKI", "Moreira Alves", "Ellen Gracie", "Ellen Gracie", "Maurício Corrêa", "Moreira Alves", "Carlos Velloso", "Cármen Lúcia", "Moreira Alves", "Ellen Gracie", "Ellen Gracie", "Maurício Corrêa", "Moreira Alves", "Carlos Velloso", "Cármen Lúcia", "RICARDO LEWANDOWSKI", "Cármen Lúcia", "Cármen Lúcia", "RICARDO LEWANDOWSKI", "Ellen Gracie", "Ellen Gracie", "RICARDO LEWANDOWSKI", "GILBERTO ROSA", "ELIEZER PEREIRA MARTINS", "Joaquim Barbosa", "Cármen Lúcia", "Ricardo Lewandowski", "Celso de Mello", "Gilmar Mendes", "Joaquim Barbosa", "Cármen Lúcia", "Francisco de Assis Vieira Sanseverino", "Fabiane Duarte", "RICARDO LEWANDOWSKI", "GILBERTO ROSA", "ELIEZER PEREIRA MARTINS", "Joaquim Barbosa", "Cármen Lúcia", "Ricardo Lewandowski", "Celso de Mello", "Gilmar Mendes", "Joaquim Barbosa", "Cármen Lúcia", "Francisco de 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Ementa e Acórdão 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 112.327 MATO GROSSO DO SUL RELATORA : MIN. ROSA WEBER PACTE.(S) :DIEGO DE MORAES ARRUDA IMPTE.(S) :DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL COATOR(A/S)(ES) :SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA EMENTA HABEAS CORPUS. SUBSTITUTIVO DO RECURSO CONSTITUCIONAL. INADEQUAÇÃO DA VIA ELEITA. ROUBO QUALIFICADO. TENTATIVA. DOSIMETRIA. AUSÊNCIA DE DEMONSTRAÇÃO DE ILEGALIDADE OU ARBITRARIEDADE. 1. O Habeas Corpus tem uma rica história, constituindo garantia fundamental do cidadão. Ação constitucional que é, não pode ser o writ amesquinhado, mas também não é passível de vulgarização, sob pena de restar descaracterizado como remédio heroico. Contra a denegação de habeas corpus por Tribunal Superior prevê a Constituição Federal remédio jurídico expresso, o recurso ordinário. Diante da dicção do art. 102, II, a, da Constituição da República, a impetração de novo habeas corpus em caráter substitutivo escamoteia o instituto recursal próprio, em manifesta burla do preceito constitucional. Precedente. 2. A dosimetria da pena é matéria sujeita a certa discricionariedade judicial. O Código Penal não estabelece rígidos esquemas matemáticos ou regras absolutamente objetivas para a fixação da pena. Cabe às instâncias ordinárias, mais próximas dos fatos e das provas, fixar as penas. Às Cortes Superiores, no exame da dosimetria das penas em grau recursal, compete apenas o controle da legalidade e da constitucionalidade dos critérios empregados, bem como corrigir, eventualmente, discrepâncias gritantes e arbitrárias nas frações de aumento ou diminuição adotadas pelas instâncias anteriores. 3. Não se presta o habeas corpus, enquanto não permite ampla avaliação e valoração das provas, como instrumento hábil ao reexame do Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800519. Supremo Tribunal Federal DJe 02/10/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 15 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2857980 Ementa e Acórdão HC 112.327 / MS conjunto fático-probatório que leva à fixação das penas. 4. Habeas corpus extinto sem resolução do mérito. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Primeira Turma, sob a Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em julgar extinta a ordem de habeas corpus por inadequação da via processual, nos termos do voto da relatora. Brasília, 18 de setembro de 2012. Ministra Rosa Weber Relatora 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800519. Supremo Tribunal Federal HC 112.327 / MS conjunto fático-probatório que leva à fixação das penas. 4. Habeas corpus extinto sem resolução do mérito. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Primeira Turma, sob a Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em julgar extinta a ordem de habeas corpus por inadequação da via processual, nos termos do voto da relatora. Brasília, 18 de setembro de 2012. Ministra Rosa Weber Relatora 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800519. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 15 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2857980 Relatório 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 112.327 MATO GROSSO DO SUL RELATORA : MIN. ROSA WEBER PACTE.(S) :DIEGO DE MORAES ARRUDA IMPTE.(S) :DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL COATOR(A/S)(ES) :SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA RELATÓRIO A Sra. Ministra Rosa Weber (Relatora): Trata-se de habeas corpus impetrado pela Defensoria Pública da União, em favor de Diego de Moraes Arruda, contra julgamento colegiado do Superior Tribunal de Justiça em writ anteriormente aforado perante aquela Corte (HC 185.020/MS). O paciente foi condenado à pena de 4 (quatro) anos, 5 (cinco) meses e 27 (vinte e sete) dias de reclusão e 21 (vinte e um) dias-multa, pela prática do crime previsto no artigo 157, § 2º, I, c/c artigo 14, II, do Código Penal. Consta da denúncia que foi flagrado em estabelecimento comercial quando subtraía R$ 240,00 (duzentos e quarenta reais), sem que se tenha consumando o crime por haver sido surpreendido pela vítima, com quem entrou em luta corporal. Ao fugir, o acusado efetuou disparo com arma de fogo. Ao recurso de apelação o Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso do Sul negou provimento, mantendo a sentença condenatória. No Superior Tribunal de Justiça, a Quinta Turma denegou o HC 185.020/ES impetrado em favor do Paciente. Daí o presente writ. Neste habeas corpus, a Defesa insurge-se contra a dosimetria da pena imposta ao Acusado. Alega que “o uso de arma de fogo é causa de aumento especial a ser valorada na 3ª fase da dosimetria, não podendo ser considerada para o estabelecimento da pena-base, por incidir no vedado bis in idem”. Requer a concessão da ordem para reduzir a pena aplicada, fixando-se a pena-base no mínimo legal, com a aplicação da redutora máxima de 2/3 (dois terços) Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800520. Supremo Tribunal Federal 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 112.327 MATO GROSSO DO SUL RELATORA : MIN. ROSA WEBER PACTE.(S) :DIEGO DE MORAES ARRUDA IMPTE.(S) :DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL COATOR(A/S)(ES) :SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA RELATÓRIO A Sra. Ministra Rosa Weber (Relatora): Trata-se de habeas corpus impetrado pela Defensoria Pública da União, em favor de Diego de Moraes Arruda, contra julgamento colegiado do Superior Tribunal de Justiça em writ anteriormente aforado perante aquela Corte (HC 185.020/MS). O paciente foi condenado à pena de 4 (quatro) anos, 5 (cinco) meses e 27 (vinte e sete) dias de reclusão e 21 (vinte e um) dias-multa, pela prática do crime previsto no artigo 157, § 2º, I, c/c artigo 14, II, do Código Penal. Consta da denúncia que foi flagrado em estabelecimento comercial quando subtraía R$ 240,00 (duzentos e quarenta reais), sem que se tenha consumando o crime por haver sido surpreendido pela vítima, com quem entrou em luta corporal. Ao fugir, o acusado efetuou disparo com arma de fogo. Ao recurso de apelação o Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso do Sul negou provimento, mantendo a sentença condenatória. No Superior Tribunal de Justiça, a Quinta Turma denegou o HC 185.020/ES impetrado em favor do Paciente. Daí o presente writ. Neste habeas corpus, a Defesa insurge-se contra a dosimetria da pena imposta ao Acusado. Alega que “o uso de arma de fogo é causa de aumento especial a ser valorada na 3ª fase da dosimetria, não podendo ser considerada para o estabelecimento da pena-base, por incidir no vedado bis in idem”. Requer a concessão da ordem para reduzir a pena aplicada, fixando-se a pena-base no mínimo legal, com a aplicação da redutora máxima de 2/3 (dois terços) Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800520. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 15 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2857980 Relatório HC 112.327 / MS pela tentativa. O Ministério Público Federal, em parecer da lavra do Subprocurador-Geral da República Edson Oliveira de Almeida, opinou pelo conhecimento parcial da ordem e, nessa parte, pelo seu indeferimento (doc. 5). É o relatório. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800520. Supremo Tribunal Federal HC 112.327 / MS pela tentativa. O Ministério Público Federal, em parecer da lavra do Subprocurador-Geral da República Edson Oliveira de Almeida, opinou pelo conhecimento parcial da ordem e, nessa parte, pelo seu indeferimento (doc. 5). É o relatório. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800520. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 15 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2857980 Voto - MIN. ROSA WEBER 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 112.327 MATO GROSSO DO SUL VOTO I. A Sra. Ministra Rosa Weber (Relatora): O presente habeas corpus foi impetrado contra acórdão denegatório do HC 134.841/SP proferido pelo Superior Tribunal de Justiça. Contra a denegação de habeas corpus por Tribunal Superior prevê a Constituição da República remédio jurídico expresso, o recurso ordinário (art. 102, II, a). Diante da dicção constitucional não cabe, em decorrência, a utilização de novo habeas corpus, em caráter substitutivo. Esta Primeira Turma assentou tal entendimento, em 08.8.2012, ao julgar o HC 109.956 (HABEAS CORPUS - JULGAMENTO POR TRIBUNAL SUPERIOR - IMPUGNAÇÃO. A teor do disposto no artigo 102, inciso II, alínea “a”, da constituição Federal, contra decisão, proferida em processo revelador de habeas corpus, a implicar a não concessão da ordem, cabível é o recurso ordinário. Evolução quanto à admissibilidade do substitutivo do habeas corpus. PROCESSO – CRIME – DILIGÊNCIAS – INADEQUAÇÃO. Uma vez inexistente base para o implemento de diligências, cumpre ao Juízo, na condução do processo, indeferi-las. Rel. Min. Marco Aurélio, por maioria, DJe 11.9.2012), tendo a discussão se iniciado no HC 108.715, cujo julgamento ainda não foi finalizado. Ora, o habeas corpus constitui garantia fundamental prevista na Constituição da República para a tutela da liberdade de locomoção - ir, vir e permanecer -, contra prisão ou ameaça de prisão ilegal ou abusiva (art. 5.º, LXVIII). Sua origem perde-se no tempo. Na Inglaterra, o seu berço histórico, afirma-se que é mais antigo que a própria Magna Carta de 1215 (LEVY, Leonard W. Origins of the Bill of Rights . New Haven and London: Yale University Press, p. 44). Originariamente, era utilizado pelos Tribunais para determinar a Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800521. Supremo Tribunal Federal 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 112.327 MATO GROSSO DO SUL VOTO I. A Sra. Ministra Rosa Weber (Relatora): O presente habeas corpus foi impetrado contra acórdão denegatório do HC 134.841/SP proferido pelo Superior Tribunal de Justiça. Contra a denegação de habeas corpus por Tribunal Superior prevê a Constituição da República remédio jurídico expresso, o recurso ordinário (art. 102, II, a). Diante da dicção constitucional não cabe, em decorrência, a utilização de novo habeas corpus, em caráter substitutivo. Esta Primeira Turma assentou tal entendimento, em 08.8.2012, ao julgar o HC 109.956 (HABEAS CORPUS - JULGAMENTO POR TRIBUNAL SUPERIOR - IMPUGNAÇÃO. A teor do disposto no artigo 102, inciso II, alínea “a”, da constituição Federal, contra decisão, proferida em processo revelador de habeas corpus, a implicar a não concessão da ordem, cabível é o recurso ordinário. Evolução quanto à admissibilidade do substitutivo do habeas corpus. PROCESSO – CRIME – DILIGÊNCIAS – INADEQUAÇÃO. Uma vez inexistente base para o implemento de diligências, cumpre ao Juízo, na condução do processo, indeferi-las. Rel. Min. Marco Aurélio, por maioria, DJe 11.9.2012), tendo a discussão se iniciado no HC 108.715, cujo julgamento ainda não foi finalizado. Ora, o habeas corpus constitui garantia fundamental prevista na Constituição da República para a tutela da liberdade de locomoção - ir, vir e permanecer -, contra prisão ou ameaça de prisão ilegal ou abusiva (art. 5.º, LXVIII). Sua origem perde-se no tempo. Na Inglaterra, o seu berço histórico, afirma-se que é mais antigo que a própria Magna Carta de 1215 (LEVY, Leonard W. Origins of the Bill of Rights . New Haven and London: Yale University Press, p. 44). Originariamente, era utilizado pelos Tribunais para determinar a Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800521. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 15 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2857980 Voto - MIN. ROSA WEBER HC 112.327 / MS apresentação de alguém, um prisioneiro, à Corte, para literalmente "ter o corpo" em Juízo, e não constituía um instrumento destinado necessariamente à salvaguarda da liberdade. Ilustrativamente, em 1554, a Queen's Bench utilizou dois habeas corpus para trazer a julgamento diversas pessoas envolvidas em rebelião, sendo identificadas nos writs notas de que os rebeldes deveriam ser enforcados (HALLIDAY, Paul D. Habeas Corpus: From England to Empire . Cambridge: Harvard University Press, 2010, p. 29). Com o tempo, porém, as Cortes inglesas, especialmente a King's Bench , começaram a utilizar o habeas corpus para avaliar a causa da prisão, liberando o preso quando reputavam a medida ilegal ou abusiva. Foi o habeas corpus o veículo para a afirmação progressiva das liberdades públicas inglesas, uma vez utilizado como instrumento contra prisões decorrentes de perseguições religiosas e políticas. Entre o rico histórico de casos, destaco apenas dois para não ser cansativa. James Somerset obteve, por meio de habeas corpus impetrado em 1771, a libertação pela King's Bench da condição de escravo por haver sido deportado da Inglaterra pelo seu proprietário sem seu consentimento (HALLIDAY, Paul D. op.cit ., p. 174-175). No Buschel's Case , de 1670, o habeas corpus foi concedido pela Court of Common Pleas para libertar jurados presos por ordem do Juiz Presidente do Júri fundada na compreensão deste de que eles haviam proferido um veredicto contrário à prova dos autos. O Buschel's Case confunde-se com o próprio nascimento do princípio da soberania dos veredictos (HALLIDAY, Paul D. op.cit. , p. 235-236, e LEVY, Leonard W. op.cit ., p. 52-53). Embora o habeas corpus constitua remédio criado pela common law , o seu prestígio ensejou-lhe posterior consagração legislativa, especialmente, no âmbito inglês, com o Habeas Corpus Act , de 1679, e, no âmbito norte- americano, com o artigo I, seção 9, da Constituição norte-americana de 1787, ainda antes da adoção das dez primeiras emendas de 1791. Interessante nesse breve relato é que, a despeito da importância histórica do instituto, confundido com a própria essência da liberdade, não foi e não é o habeas corpus utilizado, no Direito anglo-saxão, senão 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800521. Supremo Tribunal Federal HC 112.327 / MS apresentação de alguém, um prisioneiro, à Corte, para literalmente "ter o corpo" em Juízo, e não constituía um instrumento destinado necessariamente à salvaguarda da liberdade. Ilustrativamente, em 1554, a Queen's Bench utilizou dois habeas corpus para trazer a julgamento diversas pessoas envolvidas em rebelião, sendo identificadas nos writs notas de que os rebeldes deveriam ser enforcados (HALLIDAY, Paul D. Habeas Corpus: From England to Empire . Cambridge: Harvard University Press, 2010, p. 29). Com o tempo, porém, as Cortes inglesas, especialmente a King's Bench , começaram a utilizar o habeas corpus para avaliar a causa da prisão, liberando o preso quando reputavam a medida ilegal ou abusiva. Foi o habeas corpus o veículo para a afirmação progressiva das liberdades públicas inglesas, uma vez utilizado como instrumento contra prisões decorrentes de perseguições religiosas e políticas. Entre o rico histórico de casos, destaco apenas dois para não ser cansativa. James Somerset obteve, por meio de habeas corpus impetrado em 1771, a libertação pela King's Bench da condição de escravo por haver sido deportado da Inglaterra pelo seu proprietário sem seu consentimento (HALLIDAY, Paul D. op.cit ., p. 174-175). No Buschel's Case , de 1670, o habeas corpus foi concedido pela Court of Common Pleas para libertar jurados presos por ordem do Juiz Presidente do Júri fundada na compreensão deste de que eles haviam proferido um veredicto contrário à prova dos autos. O Buschel's Case confunde-se com o próprio nascimento do princípio da soberania dos veredictos (HALLIDAY, Paul D. op.cit. , p. 235-236, e LEVY, Leonard W. op.cit ., p. 52-53). Embora o habeas corpus constitua remédio criado pela common law , o seu prestígio ensejou-lhe posterior consagração legislativa, especialmente, no âmbito inglês, com o Habeas Corpus Act , de 1679, e, no âmbito norte- americano, com o artigo I, seção 9, da Constituição norte-americana de 1787, ainda antes da adoção das dez primeiras emendas de 1791. Interessante nesse breve relato é que, a despeito da importância histórica do instituto, confundido com a própria essência da liberdade, não foi e não é o habeas corpus utilizado, no Direito anglo-saxão, senão 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800521. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 15 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2857980 Voto - MIN. ROSA WEBER HC 112.327 / MS diretamente contra uma prisão, decretada em processo criminal ou não (v.g. KAMISAR, Yale e outros. Modern Criminal Procedures: Cases, Comments, Questions. 10. ed. St. Paul: West Group, 2002, p. 1.585-628; TRECHSEL, Stefan. Human Rights in Criminal Proceedings . Oxford University Press, 2005, p. 462-495; GUIMARÃES, Isaac Sabbá. Habeas Corpus: críticas e perspectivas . 3. ed. Curitiba, Juruá, 2009, p. 165-81). Jamais se cogitou de sua utilização como um substitutivo de recurso no processo penal. Também em Portugal, onde o habeas corpus foi adotado apenas no século XX (Decreto-lei nº 35.043, de 20.10.1945), constitui ação destinada apenas à impugnação de uma prisão. Como já decidiu o Superior Tribunal de Justiça português, "a providência de habeas corpus destina-se tão- só a controlar a legalidade da prisão no momento em que se decide, tendo como finalidade verificar a legalidade das prisões a que os cidadãos estão sujeitos, nela não se incluindo a verificação de qualquer ilegalidade que possa ter sido cometida no processo, seja criminal ou disciplinar, nem qualquer medida contra os responsáveis por tais ilegalidades" (Acórdão de 26.04.1989, processo 10/89, BMJ 386, p. 422 - apud GUIMARÃES, Isaac Sabbá. op.cit. , p. 228-229). No Brasil, o habeas corpus tem igualmente rica história, contada em diversas obras, entre as quais a famosa de Pontes de Miranda ( História e prática do habeas corpus , primeira edição de 1916). É certo que, no período colonial, não eram totalmente inexistentes remédios jurídicos para a proteção da liberdade, entre eles as assim denominadas "cartas de seguro" (por todos, STRAUS, Flávio Augusto Saraiva. A tutela da liberdade pessoal antes da instituição formal do habeas corpus no Brasil. In : PIOVESAN, Flávia e GARCIA, Maria (org.) Doutrinas essenciais: Direitos Humanos: Instrumentos e garantias de proteção . São Paulo: RT, 2011, v. 5, p. 799-51), mas somente com o habeas corpus a liberdade passou a ser assegurada por um remédio pronto, fácil e efetivo. Devido ao prestígio das instituições inglesas, o writ foi adotado, entre nós ainda no período imperial. O Código Criminal de 1830 a ele já faz referência nos arts. 183 a 188. Seu regramento,contudo, veio com o Código de Processo Criminal de 1832 ( "art. 340. Todo o cidadão que 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800521. Supremo Tribunal Federal HC 112.327 / MS diretamente contra uma prisão, decretada em processo criminal ou não (v.g. KAMISAR, Yale e outros. Modern Criminal Procedures: Cases, Comments, Questions. 10. ed. St. Paul: West Group, 2002, p. 1.585-628; TRECHSEL, Stefan. Human Rights in Criminal Proceedings . Oxford University Press, 2005, p. 462-495; GUIMARÃES, Isaac Sabbá. Habeas Corpus: críticas e perspectivas . 3. ed. Curitiba, Juruá, 2009, p. 165-81). Jamais se cogitou de sua utilização como um substitutivo de recurso no processo penal. Também em Portugal, onde o habeas corpus foi adotado apenas no século XX (Decreto-lei nº 35.043, de 20.10.1945), constitui ação destinada apenas à impugnação de uma prisão. Como já decidiu o Superior Tribunal de Justiça português, "a providência de habeas corpus destina-se tão- só a controlar a legalidade da prisão no momento em que se decide, tendo como finalidade verificar a legalidade das prisões a que os cidadãos estão sujeitos, nela não se incluindo a verificação de qualquer ilegalidade que possa ter sido cometida no processo, seja criminal ou disciplinar, nem qualquer medida contra os responsáveis por tais ilegalidades" (Acórdão de 26.04.1989, processo 10/89, BMJ 386, p. 422 - apud GUIMARÃES, Isaac Sabbá. op.cit. , p. 228-229). No Brasil, o habeas corpus tem igualmente rica história, contada em diversas obras, entre as quais a famosa de Pontes de Miranda ( História e prática do habeas corpus , primeira edição de 1916). É certo que, no período colonial, não eram totalmente inexistentes remédios jurídicos para a proteção da liberdade, entre eles as assim denominadas "cartas de seguro" (por todos, STRAUS, Flávio Augusto Saraiva. A tutela da liberdade pessoal antes da instituição formal do habeas corpus no Brasil. In : PIOVESAN, Flávia e GARCIA, Maria (org.) Doutrinas essenciais: Direitos Humanos: Instrumentos e garantias de proteção . São Paulo: RT, 2011, v. 5, p. 799-51), mas somente com o habeas corpus a liberdade passou a ser assegurada por um remédio pronto, fácil e efetivo. Devido ao prestígio das instituições inglesas, o writ foi adotado, entre nós ainda no período imperial. O Código Criminal de 1830 a ele já faz referência nos arts. 183 a 188. Seu regramento,contudo, veio com o Código de Processo Criminal de 1832 ( "art. 340. Todo o cidadão que 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800521. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 15 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2857980 Voto - MIN. ROSA WEBER HC 112.327 / MS entender, que elle ou outrem soffre uma prisão ou constrangimento illegal, em sua liberdade, tem direito de pedir uma ordem de - Habeas-Corpus - em seu favor" ). Ainda no Império ampliou-se o cabimento do habeas corpus, que passou a ser admitido, com a promulgação da Lei nº 2.033, de 1871, também contra a ameaça de prisão ( art. 18, §1º: Tem lugar o pedido e concessão da ordem de habeas-corpus ainda quando o impetrante não tenha chegado a soffrer o constrangimento corporal, mas se veja delle ameaçado" ). Já na primeira Constituição Republicana, de 1891, o habeas corpus foi constitucionalizado. E o silêncio do art. 72, § 22 quanto ao objetivo de tutela apenas da liberdade de locomoção propiciou o desenvolvimento da "Doutrina brasileira do habeas corpus", que levou o writ , na ausência de outras ações constitucionais, a ser utilizado para a salvaguarda de outras liberdades que não a de locomoção, caso, v.g., do Habeas Corpus 3.536, em que concedida ordem, em 05.6.1914, por este Supremo Tribunal Federal, para garantir o direito do então Senador Ruy Barbosa a publicar os seus discursos proferidos no Senado, pela imprensa, onde, como e quando lhe convier . A memorável construção - a maior criação jurisprudencial brasileira, nos dizeres da historiadora Leda Boechat Rodrigues ( História do Supremo Tribunal Federal: 1910-1926: doutrina brasileira do habeas corpus . 2. ed. Rio de Janeiro: Civilização brasileira, 1991, vol. 3, p. 17)-, chegou, contudo, ao fim em 1926, com a reforma constitucional promovida pelo Presidente Artur Bernardes, que, mediante alteração do mencionado art. 72 da Constituição de 1891, limitou o emprego do habeas corpus à tutela da liberdade de locomoção. Desde então o habeas foi contemplado em todas as Constituições republicanas, de 1934, 1937, 1946, 1967, 1969 e 1988, para a tutela da liberdade de locomoção contra violência ou coação ilegal ou abusiva. Todo esse rico histórico evidencia o caráter nobre da ação constitucional do habeas corpus, garantia fundamental que, se não pode ser amesquinhada, também não é passível de vulgarização. No dizer de Pontes de Miranda, "onde não há remédio do rito do habeas corpus, não há, não pode haver garantia segura da liberdade física" ( História e prática do Habeas Corpus . 3. ed. Campinas: Bookseller, 2007, vol. I, p. 160-161). 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800521. Supremo Tribunal Federal HC 112.327 / MS entender, que elle ou outrem soffre uma prisão ou constrangimento illegal, em sua liberdade, tem direito de pedir uma ordem de - Habeas-Corpus - em seu favor" ). Ainda no Império ampliou-se o cabimento do habeas corpus, que passou a ser admitido, com a promulgação da Lei nº 2.033, de 1871, também contra a ameaça de prisão ( art. 18, §1º: Tem lugar o pedido e concessão da ordem de habeas-corpus ainda quando o impetrante não tenha chegado a soffrer o constrangimento corporal, mas se veja delle ameaçado" ). Já na primeira Constituição Republicana, de 1891, o habeas corpus foi constitucionalizado. E o silêncio do art. 72, § 22 quanto ao objetivo de tutela apenas da liberdade de locomoção propiciou o desenvolvimento da "Doutrina brasileira do habeas corpus", que levou o writ , na ausência de outras ações constitucionais, a ser utilizado para a salvaguarda de outras liberdades que não a de locomoção, caso, v.g., do Habeas Corpus 3.536, em que concedida ordem, em 05.6.1914, por este Supremo Tribunal Federal, para garantir o direito do então Senador Ruy Barbosa a publicar os seus discursos proferidos no Senado, pela imprensa, onde, como e quando lhe convier . A memorável construção - a maior criação jurisprudencial brasileira, nos dizeres da historiadora Leda Boechat Rodrigues ( História do Supremo Tribunal Federal: 1910-1926: doutrina brasileira do habeas corpus . 2. ed. Rio de Janeiro: Civilização brasileira, 1991, vol. 3, p. 17)-, chegou, contudo, ao fim em 1926, com a reforma constitucional promovida pelo Presidente Artur Bernardes, que, mediante alteração do mencionado art. 72 da Constituição de 1891, limitou o emprego do habeas corpus à tutela da liberdade de locomoção. Desde então o habeas foi contemplado em todas as Constituições republicanas, de 1934, 1937, 1946, 1967, 1969 e 1988, para a tutela da liberdade de locomoção contra violência ou coação ilegal ou abusiva. Todo esse rico histórico evidencia o caráter nobre da ação constitucional do habeas corpus, garantia fundamental que, se não pode ser amesquinhada, também não é passível de vulgarização. No dizer de Pontes de Miranda, "onde não há remédio do rito do habeas corpus, não há, não pode haver garantia segura da liberdade física" ( História e prática do Habeas Corpus . 3. ed. Campinas: Bookseller, 2007, vol. I, p. 160-161). 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800521. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 15 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2857980 Voto - MIN. ROSA WEBER HC 112.327 / MS Assim, é o habeas corpus uma garantia da liberdade de locomoção ir, vir e permanecer -, contra violência ou coação, pressupondo, portanto, uma prisão, uma ameaça de prisão ou pelo menos alguma espécie de constrangimento físico ou moral à liberdade física. Nos últimos anos, todavia, tem se verificado um desvirtuamento da garantia constitucional. Ilustrativamente, notícia divulgada no site do Superior Tribunal de Justiça em 29.5.2011 ( "Número de habeas corpus dobra em três anos e preocupa Ministros" ) revela atingida naquela data a marca de duzentos mil habeas corpus impetrados perante aquela Corte. E, segundo os dados estatísticos disponibilizados, naquele ano nela foram distribuídos 36.125 habeas corpus, número quase equivalente ao total de processos distribuídos perante este Supremo Tribunal Federal no mesmo ano (de 38.109). Tais números só foram possíveis em virtude da prodigalização e da vulgarização do habeas corpus . Embora restrito seu cabimento, segundo a Constituição, a casos de prisão ou ameaça de prisão, passou-se a admiti-lo como substitutivo de recursos no processo penal, por vezes até mesmo sem qualquer prisão vigente ou sem ameaça senão remota de prisão. A pauta, aliás, desta Primeira Turma, com mais de uma centena de habeas corpus sobre os mais variados temas, poucos relacionados à impugnação da prisão ou efetiva ameaça de, é ilustrativa do desvirtuamento do habeas corpus . O desvirtuamento do habeas corpus também tornou sem sentido o princípio da exaustividade dos recursos no processo legal. De nada adianta a lei prever um número limitado de recursos contra decisões finais ou contra decisões interlocutórias se a jurisprudência entender, à falta de previsão do recurso, manejável o habeas corpus. A par de notório que a possibilidade de recorrer contra toda e qualquer decisão interlocutória é fatal para a duração razoável do processo também assegurada constitucionalmente, há verdadeira avalanche de habeas corpus a submeterem a mesma questão, sucessiva e até concomitantemente, a diferentes tribunais. 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800521. Supremo Tribunal Federal HC 112.327 / MS Assim, é o habeas corpus uma garantia da liberdade de locomoção ir, vir e permanecer -, contra violência ou coação, pressupondo, portanto, uma prisão, uma ameaça de prisão ou pelo menos alguma espécie de constrangimento físico ou moral à liberdade física. Nos últimos anos, todavia, tem se verificado um desvirtuamento da garantia constitucional. Ilustrativamente, notícia divulgada no site do Superior Tribunal de Justiça em 29.5.2011 ( "Número de habeas corpus dobra em três anos e preocupa Ministros" ) revela atingida naquela data a marca de duzentos mil habeas corpus impetrados perante aquela Corte. E, segundo os dados estatísticos disponibilizados, naquele ano nela foram distribuídos 36.125 habeas corpus, número quase equivalente ao total de processos distribuídos perante este Supremo Tribunal Federal no mesmo ano (de 38.109). Tais números só foram possíveis em virtude da prodigalização e da vulgarização do habeas corpus . Embora restrito seu cabimento, segundo a Constituição, a casos de prisão ou ameaça de prisão, passou-se a admiti-lo como substitutivo de recursos no processo penal, por vezes até mesmo sem qualquer prisão vigente ou sem ameaça senão remota de prisão. A pauta, aliás, desta Primeira Turma, com mais de uma centena de habeas corpus sobre os mais variados temas, poucos relacionados à impugnação da prisão ou efetiva ameaça de, é ilustrativa do desvirtuamento do habeas corpus . O desvirtuamento do habeas corpus também tornou sem sentido o princípio da exaustividade dos recursos no processo legal. De nada adianta a lei prever um número limitado de recursos contra decisões finais ou contra decisões interlocutórias se a jurisprudência entender, à falta de previsão do recurso, manejável o habeas corpus. A par de notório que a possibilidade de recorrer contra toda e qualquer decisão interlocutória é fatal para a duração razoável do processo também assegurada constitucionalmente, há verdadeira avalanche de habeas corpus a submeterem a mesma questão, sucessiva e até concomitantemente, a diferentes tribunais. 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800521. Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 15 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2857980 Voto - MIN. ROSA WEBER HC 112.327 / MS O desvirtuamento do habeas corpus tem efeito ainda mais grave nos Tribunais Superiores, diante das funções precípuas do Superior Tribunal de Justiça - a última palavra na interpretação da lei federal e desta Suprema Corte - a guarda da Constituição. A preservação da racionalidade do sistema processual e recursal, bem como a necessidade de assegurar a razoável duração do processo, comandada pelo art. 5º, LXXVIII, da Carta Magna, aconselham seja retomada a função constitucional do habeas corpus, sem o seu emprego como substitutivo de recurso no processo penal. No caso do recurso ordinário contra a denegação do writ por Tribunal Superior, o uso do habeas corpus em substituição é ainda mais grave, considerada a expressa previsão do recurso no texto constitucional (art. 102, II, a, da Constituição Federal). Admitir o habes corpus como substitutivo do recurso, diante da expressa previsão constitucional, representa burla indireta ao instituto próprio, cujo manejo está à disposição do sucumbente, observados os requisitos pertinentes. Em síntese, o habeas corpus é garantia fundamental que não pode ser vulgarizada, sob pena de sua descaracterização como remédio heroico, e seu emprego não pode servir a escamotear o instituto recursal previsto no texto da Constituição. Como foi o que ocorreu no presente caso, voto por afirmar a inadequação do habeas corpus e por sua consequente extinção sem resolução de mérito. II. Considerando que a não admissão do habeas corpus como substitutivo do recurso ordinário constitucional representa guinada da jurisprudência desta Corte, entendo que se impõe, quanto aos habeas corpus já impetrados, o exame da questão de fundo, uma vez, em tese, possível a concessão de habeas corpus de ofício diante de flagrante ilegalidade ou arbitrariedade. Em síntese, a Impetrante insurge-se contra a dosimetria da pena 6 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800521. Supremo Tribunal Federal HC 112.327 / MS O desvirtuamento do habeas corpus tem efeito ainda mais grave nos Tribunais Superiores, diante das funções precípuas do Superior Tribunal de Justiça - a última palavra na interpretação da lei federal e desta Suprema Corte - a guarda da Constituição. A preservação da racionalidade do sistema processual e recursal, bem como a necessidade de assegurar a razoável duração do processo, comandada pelo art. 5º, LXXVIII, da Carta Magna, aconselham seja retomada a função constitucional do habeas corpus, sem o seu emprego como substitutivo de recurso no processo penal. No caso do recurso ordinário contra a denegação do writ por Tribunal Superior, o uso do habeas corpus em substituição é ainda mais grave, considerada a expressa previsão do recurso no texto constitucional (art. 102, II, a, da Constituição Federal). Admitir o habes corpus como substitutivo do recurso, diante da expressa previsão constitucional, representa burla indireta ao instituto próprio, cujo manejo está à disposição do sucumbente, observados os requisitos pertinentes. Em síntese, o habeas corpus é garantia fundamental que não pode ser vulgarizada, sob pena de sua descaracterização como remédio heroico, e seu emprego não pode servir a escamotear o instituto recursal previsto no texto da Constituição. Como foi o que ocorreu no presente caso, voto por afirmar a inadequação do habeas corpus e por sua consequente extinção sem resolução de mérito. II. Considerando que a não admissão do habeas corpus como substitutivo do recurso ordinário constitucional representa guinada da jurisprudência desta Corte, entendo que se impõe, quanto aos habeas corpus já impetrados, o exame da questão de fundo, uma vez, em tese, possível a concessão de habeas corpus de ofício diante de flagrante ilegalidade ou arbitrariedade. Em síntese, a Impetrante insurge-se contra a dosimetria da pena 6 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800521. Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 15 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2857980 Voto - MIN. ROSA WEBER HC 112.327 / MS imposta ao Paciente. Alega que “o uso de arma de fogo é causa de aumento especial a ser valorada na 3ª fase da dosimetria, não podendo ser considerada para o estabelecimento da pena-base, por incidir no vedado bis in idem”. Requer a concessão da ordem para efeito de redução da pena aplicada, fixando-se a pena-base no mínimo legal, com a incidência da redutora máxima de 2/3 pela tentativa. Na fase do art. 59 do Código Penal, o magistrado sentenciante valorou negativamente as circunstâncias do crime, especialmente a realização de disparo no contexto do roubo, a colocar em risco a integridade das pessoas presentes. O Tribunal de Justiça do Mato Grosso apreciou, na apelação contra a sentença, essa questão com as devidas minúcias: “Quanto ao pedido de redução da pena-base, sem razão o apelante, pois as circunstâncias em que o delito ocorreu lhe são desfavoráveis, conforme asseverado na sentença. Em relação a esse aspecto o julgador a quo foi claro ao especificar que as circunstâncias foram graves, tendo em vista que o apelante efetuou um disparo de arma de fogo e esse fator gerou mais risco não só em relação à vítima, mas também a qualquer pessoa que por ali transitasse. De qualquer modo, o argumento do recorrente, no sentido de que “em momento algum a vítima se intimidou, conforme facilmente se depreende do relato por ela fornecido às fls. 104, sendo o disparo efetuado com o intuito de assegurar a fuga do acusado” (f. 129), não procede. A própria afirmação da defesa quanto a intuito do acusado em efetuar disparos de arma de fogo para assegurar a sua fuga é fundamento suficiente para se concluir que a circunstância em que o delito ocorreu não foi normal para o tipo penal, porquanto não é necessário atirar contra terceiros visando-se unicamente a fuga. Na verdade, foram pelo menos 02 (duas) as pessoas que sofreram com o risco de serem atingidas pelo disparo: Arlindo Flores (f. 104) e Roberto Armelindo Flores (f. 106); a primeira testemunha disse que, muito embora tenha tentado tirar a arma da mão do acusado, ele 7 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800521. Supremo Tribunal Federal HC 112.327 / MS imposta ao Paciente. Alega que “o uso de arma de fogo é causa de aumento especial a ser valorada na 3ª fase da dosimetria, não podendo ser considerada para o estabelecimento da pena-base, por incidir no vedado bis in idem”. Requer a concessão da ordem para efeito de redução da pena aplicada, fixando-se a pena-base no mínimo legal, com a incidência da redutora máxima de 2/3 pela tentativa. Na fase do art. 59 do Código Penal, o magistrado sentenciante valorou negativamente as circunstâncias do crime, especialmente a realização de disparo no contexto do roubo, a colocar em risco a integridade das pessoas presentes. O Tribunal de Justiça do Mato Grosso apreciou, na apelação contra a sentença, essa questão com as devidas minúcias: “Quanto ao pedido de redução da pena-base, sem razão o apelante, pois as circunstâncias em que o delito ocorreu lhe são desfavoráveis, conforme asseverado na sentença. Em relação a esse aspecto o julgador a quo foi claro ao especificar que as circunstâncias foram graves, tendo em vista que o apelante efetuou um disparo de arma de fogo e esse fator gerou mais risco não só em relação à vítima, mas também a qualquer pessoa que por ali transitasse. De qualquer modo, o argumento do recorrente, no sentido de que “em momento algum a vítima se intimidou, conforme facilmente se depreende do relato por ela fornecido às fls. 104, sendo o disparo efetuado com o intuito de assegurar a fuga do acusado” (f. 129), não procede. A própria afirmação da defesa quanto a intuito do acusado em efetuar disparos de arma de fogo para assegurar a sua fuga é fundamento suficiente para se concluir que a circunstância em que o delito ocorreu não foi normal para o tipo penal, porquanto não é necessário atirar contra terceiros visando-se unicamente a fuga. Na verdade, foram pelo menos 02 (duas) as pessoas que sofreram com o risco de serem atingidas pelo disparo: Arlindo Flores (f. 104) e Roberto Armelindo Flores (f. 106); a primeira testemunha disse que, muito embora tenha tentado tirar a arma da mão do acusado, ele 7 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800521. Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 15 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2857980 Voto - MIN. ROSA WEBER HC 112.327 / MS manteve a posse do artefato e apontou o revólver para a sua esposa, que apareceu no local após ouvir o barulho gerado pela briga corporal. Além disso, as vítimas não afirmaram que não se sentiram intimidadas pelo disparo. Por outro lado, Roberto Armelindo Flores disse que o acusado derrubou o seu pai (Arlindo Flores) e, quando Diego estava empreendendo fuga, foi seguido por Roberto, razão por que o disparo foi efetuado para frear a perseguição, obtendo sucesso quanto a esse aspecto (f. 106) Portanto, existem fundamentos concretos para amparar a fixação da pena-base em apenas 04 (quatro) meses acima do mínimo legal, razão pela qual não há se falar em violação aos artigos 5º, XLVI, e 93, IX, ambos da Constituição Federal, e art. 59, do Código Penal.” (doc. 2, fls.79-82). A mesma fundamentação foi adotada pelo Superior Tribunal de Justiça quando negou a ordem. Diante da descrição da conduta delitiva, inequívoca na espécie a presença da vetorial negativa quanto às circunstâncias do delito prevista no art. 59 do Código Penal, hábil a justificar o incremento da pena base. Não há bis in idem em relação à causa de aumento do art. 157, §2º, I, do Código Penal. O emprego de arma no roubo é, é certo, causa de aumento da pena. Entretanto, o que foi valorado negativamente na fase do art. 59 do Código Penal não foi o mero emprego de arma, e sim a realização de disparo pelo paciente, acarretando risco à vida e à integridade física da vítima e das demais pessoas presentes no local dos fatos. Entre o emprego da arma e a efetiva realização de um disparo há certa distância, não se tratando de fenômenos absolutamente coincidentes. Entre o mínimo de 4 (quatro) e 10 (dez) anos, não vislumbro excesso ou arbitrariedade no aumento de quatro meses na pena base, considerada a vetorial negativa das circunstâncias do crime. A dosimetria da pena é matéria sujeita a certa discricionariedade judicial. O Código penal não estabelece rígidos esquemas matemáticos ou regras absolutamente objetivas para a fixação da pena. Cabe às instâncias 8 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800521. Supremo Tribunal Federal HC 112.327 / MS manteve a posse do artefato e apontou o revólver para a sua esposa, que apareceu no local após ouvir o barulho gerado pela briga corporal. Além disso, as vítimas não afirmaram que não se sentiram intimidadas pelo disparo. Por outro lado, Roberto Armelindo Flores disse que o acusado derrubou o seu pai (Arlindo Flores) e, quando Diego estava empreendendo fuga, foi seguido por Roberto, razão por que o disparo foi efetuado para frear a perseguição, obtendo sucesso quanto a esse aspecto (f. 106) Portanto, existem fundamentos concretos para amparar a fixação da pena-base em apenas 04 (quatro) meses acima do mínimo legal, razão pela qual não há se falar em violação aos artigos 5º, XLVI, e 93, IX, ambos da Constituição Federal, e art. 59, do Código Penal.” (doc. 2, fls.79-82). A mesma fundamentação foi adotada pelo Superior Tribunal de Justiça quando negou a ordem. Diante da descrição da conduta delitiva, inequívoca na espécie a presença da vetorial negativa quanto às circunstâncias do delito prevista no art. 59 do Código Penal, hábil a justificar o incremento da pena base. Não há bis in idem em relação à causa de aumento do art. 157, §2º, I, do Código Penal. O emprego de arma no roubo é, é certo, causa de aumento da pena. Entretanto, o que foi valorado negativamente na fase do art. 59 do Código Penal não foi o mero emprego de arma, e sim a realização de disparo pelo paciente, acarretando risco à vida e à integridade física da vítima e das demais pessoas presentes no local dos fatos. Entre o emprego da arma e a efetiva realização de um disparo há certa distância, não se tratando de fenômenos absolutamente coincidentes. Entre o mínimo de 4 (quatro) e 10 (dez) anos, não vislumbro excesso ou arbitrariedade no aumento de quatro meses na pena base, considerada a vetorial negativa das circunstâncias do crime. A dosimetria da pena é matéria sujeita a certa discricionariedade judicial. O Código penal não estabelece rígidos esquemas matemáticos ou regras absolutamente objetivas para a fixação da pena. Cabe às instâncias 8 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800521. Inteiro Teor do Acórdão - Página 12 de 15 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2857980 Voto - MIN. ROSA WEBER HC 112.327 / MS ordinárias, mais próximas dos fatos e das provas, fixar as penas. Às Cortes Superiores, no exame da dosimetria das penas em grau recursal, compete apenas o controle da legalidade e da constitucionalidade dos critérios empregados, bem como a correção, eventual, de discrepâncias gritantes e arbitrárias nas frações de aumento ou diminuição adotadas pelas instâncias inferiores. Não se presta ainda o habeas corpus, considerando que não permite ampla avaliação e valoração das provas, como instrumento hábil ao reexame do conjunto fático-probatório que levou à fixação das penas. A esse respeito, transcrevo precedente da minha lavra: HABEAS CORPUS. PENAL E PROCESSUAL PENAL. CONDENAÇÃO CRIMINAL. ELEMENTOS INFORMATIVOS COLHIDOS NA INVESTIGAÇÃO CRIMINAL. POSSIBILIDADE DE VALORAÇÃO NA SENTENÇA. DOSIMETRIA. AUSÊNCIA DE DEMONSTRAÇÃO DE ILEGALIDADE OU ARBITRARIEDADE. ORDEM DENEGADA. O art. 155 do Código de Processo Penal não impede que o juiz, para a formação de sua livre convicção, considere elementos informativos colhidos na fase de investigação criminal, mas apenas que a condenação se fundamente exclusivamente em prova da espécie. A dosimetria da pena é matéria sujeita a certa discricionariedade judicial. O Código Penal não estabelece rígidos esquemas matemáticos ou regras absolutamente objetivas para a fixação da pena. Cabe às instâncias ordinárias, mais próximas dos fatos e das provas, fixar as penas. Às Cortes Superiores, no exame da dosimetria das penas em grau recursal, compete o controle da legalidade e da constitucionalidade dos critérios empregados, bem como a correção de eventuais discrepâncias se gritantes e arbitrárias , nas frações de aumento ou diminuição adotadas pelas instâncias inferiores. Não se presta o habeas corpus, enquanto não permite ampla avaliação e valoração das provas, como instrumento hábil ao reexame do conjunto fático-probatório que leva à fixação das penas. Ordem denegada. (HC 105.837/RS 1ª Turma Rel. Min. Rosa Weber un. - j. 08.5.2012). 9 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800521. Supremo Tribunal Federal HC 112.327 / MS ordinárias, mais próximas dos fatos e das provas, fixar as penas. Às Cortes Superiores, no exame da dosimetria das penas em grau recursal, compete apenas o controle da legalidade e da constitucionalidade dos critérios empregados, bem como a correção, eventual, de discrepâncias gritantes e arbitrárias nas frações de aumento ou diminuição adotadas pelas instâncias inferiores. Não se presta ainda o habeas corpus, considerando que não permite ampla avaliação e valoração das provas, como instrumento hábil ao reexame do conjunto fático-probatório que levou à fixação das penas. A esse respeito, transcrevo precedente da minha lavra: HABEAS CORPUS. PENAL E PROCESSUAL PENAL. CONDENAÇÃO CRIMINAL. ELEMENTOS INFORMATIVOS COLHIDOS NA INVESTIGAÇÃO CRIMINAL. POSSIBILIDADE DE VALORAÇÃO NA SENTENÇA. DOSIMETRIA. AUSÊNCIA DE DEMONSTRAÇÃO DE ILEGALIDADE OU ARBITRARIEDADE. ORDEM DENEGADA. O art. 155 do Código de Processo Penal não impede que o juiz, para a formação de sua livre convicção, considere elementos informativos colhidos na fase de investigação criminal, mas apenas que a condenação se fundamente exclusivamente em prova da espécie. A dosimetria da pena é matéria sujeita a certa discricionariedade judicial. O Código Penal não estabelece rígidos esquemas matemáticos ou regras absolutamente objetivas para a fixação da pena. Cabe às instâncias ordinárias, mais próximas dos fatos e das provas, fixar as penas. Às Cortes Superiores, no exame da dosimetria das penas em grau recursal, compete o controle da legalidade e da constitucionalidade dos critérios empregados, bem como a correção de eventuais discrepâncias se gritantes e arbitrárias , nas frações de aumento ou diminuição adotadas pelas instâncias inferiores. Não se presta o habeas corpus, enquanto não permite ampla avaliação e valoração das provas, como instrumento hábil ao reexame do conjunto fático-probatório que leva à fixação das penas. Ordem denegada. (HC 105.837/RS 1ª Turma Rel. Min. Rosa Weber un. - j. 08.5.2012). 9 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800521. Inteiro Teor do Acórdão - Página 13 de 15 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2857980 Voto - MIN. ROSA WEBER HC 112.327 / MS No caso presente, além da inadequação do habeas corpus para rever as posições das instâncias anteriores, constato fundamentos idôneos e razoáveis para a pena fixada em concreto. Quanto ao pedido de aumento da fração de redução decorrente da tentativa, verifico que não formulado perante o Superior Tribunal de Justiça, não tendo aquela Corte, por conseguinte, se manifestado sobre a questão. Sob pena de supressão de instância, não é possível conhecer da matéria. Portanto, não se afigura como arbitrária ou ilegal a pena atacada através deste writ. Ainda, portanto, que o presente habeas corpus fosse julgado no mérito, seria denegado, não tendo lugar a concessão da ordem de ofício. III. Ante o exposto, voto pela extinção do habeas corpus por sua inadequação como substitutivo de recurso. 10 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800521. Supremo Tribunal Federal HC 112.327 / MS No caso presente, além da inadequação do habeas corpus para rever as posições das instâncias anteriores, constato fundamentos idôneos e razoáveis para a pena fixada em concreto. Quanto ao pedido de aumento da fração de redução decorrente da tentativa, verifico que não formulado perante o Superior Tribunal de Justiça, não tendo aquela Corte, por conseguinte, se manifestado sobre a questão. Sob pena de supressão de instância, não é possível conhecer da matéria. Portanto, não se afigura como arbitrária ou ilegal a pena atacada através deste writ. Ainda, portanto, que o presente habeas corpus fosse julgado no mérito, seria denegado, não tendo lugar a concessão da ordem de ofício. III. Ante o exposto, voto pela extinção do habeas corpus por sua inadequação como substitutivo de recurso. 10 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800521. Inteiro Teor do Acórdão - Página 14 de 15 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2857980 Decisão de Julgamento PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA HABEAS CORPUS 112.327 PROCED. : MATO GROSSO DO SUL RELATORA : MIN. ROSA WEBER PACTE.(S) : DIEGO DE MORAES ARRUDA IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA Decisão: A Turma julgou extinta a ordem de habeas corpus por inadequação da via processual, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 18.9.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de Almeida. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2848586 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA HABEAS CORPUS 112.327 PROCED. : MATO GROSSO DO SUL RELATORA : MIN. ROSA WEBER PACTE.(S) : DIEGO DE MORAES ARRUDA IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA Decisão: A Turma julgou extinta a ordem de habeas corpus por inadequação da via processual, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 18.9.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de Almeida. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2848586 Inteiro Teor do Acórdão - Página 15 de 15 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2857980
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=2857980
2012-09-18T00:00:00
2012-10-02T00:00:00
A Turma julgou extinta a ordem de habeas corpus por inadequação da via processual, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 18.9.2012.
HABEAS CORPUS
EMENTA HABEAS CORPUS. SUBSTITUTIVO DO RECURSO CONSTITUCIONAL. INADEQUAÇÃO DA VIA ELEITA. ROUBO QUALIFICADO. TENTATIVA. DOSIMETRIA. AUSÊNCIA DE DEMONSTRAÇÃO DE ILEGALIDADE OU ARBITRARIEDADE. 1. O Habeas Corpus tem uma rica história, constituindo garantia fundamental do cidadão. Ação constitucional que é, não pode ser o writ amesquinhado, mas também não é passível de vulgarização, sob pena de restar descaracterizado como remédio heroico. Contra a denegação de habeas corpus por Tribunal Superior prevê a Constituição Federal remédio jurídico expresso, o recurso ordinário. Diante da dicção do art. 102, II, a, da Constituição da República, a impetração de novo habeas corpus em caráter substitutivo escamoteia o instituto recursal próprio, em manifesta burla do preceito constitucional. Precedente. 2. A dosimetria da pena é matéria sujeita a certa discricionariedade judicial. O Código Penal não estabelece rígidos esquemas matemáticos ou regras absolutamente objetivas para a fixação da pena. Cabe às instâncias ordinárias, mais próximas dos fatos e das provas, fixar as penas. Às Cortes Superiores, no exame da dosimetria das penas em grau recursal, compete apenas o controle da legalidade e da constitucionalidade dos critérios empregados, bem como corrigir, eventualmente, discrepâncias gritantes e arbitrárias nas frações de aumento ou diminuição adotadas pelas instâncias anteriores. 3. Não se presta o habeas corpus, enquanto não permite ampla avaliação e valoração das provas, como instrumento hábil ao reexame do conjunto fático-probatório que leva à fixação das penas. 4. Habeas corpus extinto sem resolução do mérito.
sjur215669
- Acórdãos citados: HC 3536, HC 105837, HC 109956. - Veja HC 108715 do STF e HC 185020 do STJ. - Legislação estrangeira citada: Magna Carta de 1215 da Inglaterra, Habeas Corpus Act, de 1679, artigo I, seção 9, da Constituição norte-americana de 1787, Decreto-lei nº 35.043, de 20.10.1945 de Portugual e Acórdão de 26.04.1989, processo 10/89, BMJ 386, p. 422 do Superior Tribunal de Justiça português. - Decisões estrangeiras citadas: Caso James Somerset da King's Bench; Buschel's Case da Court of Common Pleas, de 1670. Número de páginas: 15. Análise: 15/10/2012, SEV. Revisão: 22/10/2012, IMC.
ROSA WEBER
Primeira Turma
112327
[ "LEG-IMP LEI-089313 ANO-1830\r\n ART-00183 ART-00184 ART-00185 ART-00186\r\n ART-00187 ART-00188 \r\n CCI-1830 CODIGO CRIMINAL DO IMPERIO DO BRAZIL\r\n", "LEG-IMP LEI ANO-1832\r\n ART-00340 \r\n CÓDIGO DE PROCESSO CRIMINAL\r\n", "LEG-IMP LIM-002033 ANO-1871\r\n ART-00018 PAR-00001 \r\n LEI DO IMPÉRIO\r\n", "LEG-FED CF ANO-1891\r\n ART-00072 PAR-00022\r\n ART-00072 PAR-00022 REDAÇÃO DADA PELA EMC-3/1926\r\n CF-1891 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n", "LEG-FED EMC-000003 ANO-1926\r\n EMENDA CONSTITUCIONAL\r\n", "LEG-FED CF ANO-1934\r\n CF-1934 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n", "LEG-FED CF ANO-1937\r\n CF-1937 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n", "LEG-FED CF ANO-1946\r\n CF-1946 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n", "LEG-FED CF ANO-1967\r\n CF-1967 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n", "LEG-FED EMC-000001 ANO-1969\r\n EMENDA CONSTITUCIONAL\r\n", "LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00005 INC-00068 INC-00078 ART-00102\r\n INC-00002 LET-A \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n", "LEG-FED DEL-002848 ANO-1940\r\n ART-00059 ART-00157 PAR-00002 INC-00001\r\n CP-1940 CÓDIGO PENAL" ]
HC
acordaos
HC 112327
[ "" ]
PACTE.(S) : DIEGO DE MORAES ARRUDA IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "HABEAS CORPUS 112 . 327", "HC 112 . 327 / MS", "HC 112 . 327 /", "HABEAS CORPUS 112 . 327", "HC 185 . 020 / MS", "HC 185 . 020 / ES", "HABEAS CORPUS 112 . 327", "HC 185 . 020 / MS", "HC 185 . 020 / ES", "HC 112 . 327 / MS", "HC 112 . 327 / MS", "HABEAS CORPUS 112 . 327", "HC 134 . 841 / SP", "HC 109 . 956", "HC 108 . 715", "HABEAS CORPUS 112 . 327", "HC 134 . 841 / SP", "HC 109 . 956", "HC 108 . 715", "HC 112 . 327 / MS", "HC 112 . 327 / MS", "HC 112 . 327 / MS", "HC 112 . 327 / MS", "HC 112 . 327 / MS", "Habeas Corpus 3 . 536", "HC 112 . 327 / MS", "Habeas Corpus 3 . 536", "HC 112 . 327 / MS", "HC 112 . 327 / MS", "HC 112 . 327 / MS", "HC 112 . 327 / MS", "HC 112 . 327 / MS", "HC 112 . 327 / MS", "HC 112 . 327 / MS", "HC 112 . 327 / MS", "HC 112 . 327 / MS", "HC 105 . 837 / RS", "HC 112 . 327 / MS", "HC 105 . 837 / RS [UNK]", "HC 112 . 327 / MS", "HC 112 . 327 / MS", "HABEAS CORPUS 112 . 327", "HABEAS CORPUS 112 . 327" ], "LEGISLACAO": [ "Constituição Federal", "art . 102 , II , a , da Constituição da República", "Código Penal", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "artigo 157 , § [UNK] , I , c / c", "artigo 14 , II , do Código Penal", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "artigo 157 , § [UNK] , I , c / c artigo 14 , II , do Código Penal", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Constituição da República", "artigo 102 , inciso II , alínea “ a ” , da constituição Federal", "Constituição da República", "Magna Carta de 1215", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Constituição da República", "artigo 102 , inciso II , alínea “ a ” , da constituição Federal", "Constituição da República", "Magna Carta de 1215", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "artigo I , seção 9 , da Constituição norte - americana de 1787", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "artigo I , seção 9 , da Constituição norte - americana de", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Decreto", "-", "lei [UNK] 35 . 043", "Código Criminal de 1830", "Código de Processo Criminal de 1832", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Decreto", "-", "lei [UNK] 35 . 043", "Código Criminal de 1830", "Código de Processo Criminal de 1832", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Lei [UNK] 2 . 033", "Constituição Republicana", "art . 72 da Constituição de 1891", "1934", "1937", "1946", "1967", "1969", "1988", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Lei [UNK] 2 . 033", "Constituição Republicana", "art . 72 da Constituição de 1891", "1934", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Constituição", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Constituição", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . [UNK] , LXXVIII , da Carta Magna", "art . 102 , II , a , da Constituição Federal", "Constituição", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 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Ementa e Acórdão 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. EM MANDADO DE SEGURANÇA 31.046 DISTRITO FEDERAL RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) :JULIO CESAR DE OLIVEIRA DE ALBUQUERQUE PEREIRA ADV.(A/S) :JOSE ARNALDO DA FONSECA FILHO AGDO.(A/S) :TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO ADV.(A/S) :ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM MANDADO DE SEGURANÇA. TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO. TOMADA DE CONTAS ESPECIAL. RESSARCIMENTO DE VALORES. ART. 210, § 1º, DO REGIMENTO INTERNO DO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO. IMPOSSIBILIDADE DE DILAÇÃO PROBATÓRIA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a Presidência do Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, à unanimidade, em negar provimento ao agravo regimental no mandado de segurança, nos termos do voto da Relatora. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Ministro Joaquim Barbosa. Brasília, 25 de setembro de 2012. Ministra CÁRMEN LÚCIA - Relatora Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3013319. Supremo Tribunal Federal DJe 31/10/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 12 Relatório 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. EM MANDADO DE SEGURANÇA 31.046 DISTRITO FEDERAL RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) :JULIO CESAR DE OLIVEIRA DE ALBUQUERQUE PEREIRA ADV.(A/S) :JOSE ARNALDO DA FONSECA FILHO AGDO.(A/S) :TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO ADV.(A/S) :ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO R E L A T Ó R I O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Em 1º.2.2012, deneguei a ordem no mandado de segurança impetrado por Júlio César de Oliveira de Albuquerque Pereira contra ato do Tribunal de Contas da União, que, na Tomada de Contas Especial n. 008.551/2003-8, condenou o ora Impetrante ao ressarcimento dos valores contidos nos itens 9.3.1 e 9.3.2 do Acórdão n. 918/2005. A decisão agravada teve a seguinte fundamentação: “ 5. O Impetrante argumenta, basicamente, que, para o cálculo do valor por ele devido, a autoridade coatora teria usado como parâmetro um único contrato de aquisição do próprio Tribunal de Contas da União, o que feriria seu direito líquido e certo a devolver quantia que seguramente não exceda o real valor devido. O Impetrante pretende que se conclua, neste mandado de segurança, pela invalidade dos parâmetros usados pelo Tribunal de Contas da União e, consequentemente, pela incorreção dos valores encontrados, a fim de se anular sua cobrança. Suscita, assim, dúvida sobre a estimativa feita pelo Tribunal de Contas da União, sem, contudo, apontar qual seria o valor correto a ser restituído. Argumenta que seu direito líquido e certo estaria fundamentado Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3013320. Supremo Tribunal Federal 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. EM MANDADO DE SEGURANÇA 31.046 DISTRITO FEDERAL RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) :JULIO CESAR DE OLIVEIRA DE ALBUQUERQUE PEREIRA ADV.(A/S) :JOSE ARNALDO DA FONSECA FILHO AGDO.(A/S) :TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO ADV.(A/S) :ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO R E L A T Ó R I O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Em 1º.2.2012, deneguei a ordem no mandado de segurança impetrado por Júlio César de Oliveira de Albuquerque Pereira contra ato do Tribunal de Contas da União, que, na Tomada de Contas Especial n. 008.551/2003-8, condenou o ora Impetrante ao ressarcimento dos valores contidos nos itens 9.3.1 e 9.3.2 do Acórdão n. 918/2005. A decisão agravada teve a seguinte fundamentação: “ 5. O Impetrante argumenta, basicamente, que, para o cálculo do valor por ele devido, a autoridade coatora teria usado como parâmetro um único contrato de aquisição do próprio Tribunal de Contas da União, o que feriria seu direito líquido e certo a devolver quantia que seguramente não exceda o real valor devido. O Impetrante pretende que se conclua, neste mandado de segurança, pela invalidade dos parâmetros usados pelo Tribunal de Contas da União e, consequentemente, pela incorreção dos valores encontrados, a fim de se anular sua cobrança. Suscita, assim, dúvida sobre a estimativa feita pelo Tribunal de Contas da União, sem, contudo, apontar qual seria o valor correto a ser restituído. Argumenta que seu direito líquido e certo estaria fundamentado Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3013320. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 12 Relatório MS 31.046 AGR / DF no art. 210, § 1º, do Regimento Interno do Tribunal de Contas da União, que dispõe: “Art. 210. Quando julgar as contas irregulares, havendo débito, o Tribunal condenará o responsável ao pagamento da dívida atualizada monetariamente, acrescida dos juros de mora devidos, podendo, ainda, aplicar-lhe a multa prevista no art. 267. § 1º A apuração do débito far-se-á mediante: I – verificação, quando for possível quantificar com exatidão o real valor devido; II – estimativa, quando, por meios confiáveis, apurar-se quantia que seguramente não excederia o real valor devido”(grifos nossos). 6. O art. 210, § 1º, do Regimento Interno do Tribunal de Contas da União não estabelece um número mínimo de contratos a ser analisado pelo órgão para fins de comparação e cálculo de valores eventualmente devidos pelo responsável por contas irregulares. Esse dispositivo regimental garante ao devedor apenas que a estimativa dos valores a serem restituídos ao erário não deve exceder o real valor devido. No entanto, para se concluir sobre a exatidão dos valores apurados pela autoridade coatora como devidos pelo ora Impetrante seria necessária dilação probatória, mediante a obtenção de pareceres técnicos da área de informática. Seria preciso, em suma, que se realizasse, neste Supremo Tribunal, estudo idêntico ao feito pelo Tribunal de Contas da União. Essa análise, contudo, não tem lugar na via estreita do mandado de segurança. A jurisprudência deste Supremo Tribunal é firme nesse sentido. São precedentes: “EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM MANDADO DE SEGURANÇA. DECISÃO ADMINISTRATIVA DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA. 1. LEGITIMIDADE DA ASSOCIAÇÃO. 2. CONCURSO DA MAGISTRATURA. REVISÃO OU ARREDONDAMENTO DE NOTAS. AUSÊNCIA DE DIREITO LÍQUIDO E CERTO. IMPOSSIBILIDADE DE DILAÇÃO PROBATÓRIA EM MANDADO DE SEGURANÇA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (MS 26.302-AgR/DF, de minha relatoria, Plenário, DJ 13.12.2011). 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3013320. Supremo Tribunal Federal MS 31.046 AGR / DF no art. 210, § 1º, do Regimento Interno do Tribunal de Contas da União, que dispõe: “Art. 210. Quando julgar as contas irregulares, havendo débito, o Tribunal condenará o responsável ao pagamento da dívida atualizada monetariamente, acrescida dos juros de mora devidos, podendo, ainda, aplicar-lhe a multa prevista no art. 267. § 1º A apuração do débito far-se-á mediante: I – verificação, quando for possível quantificar com exatidão o real valor devido; II – estimativa, quando, por meios confiáveis, apurar-se quantia que seguramente não excederia o real valor devido”(grifos nossos). 6. O art. 210, § 1º, do Regimento Interno do Tribunal de Contas da União não estabelece um número mínimo de contratos a ser analisado pelo órgão para fins de comparação e cálculo de valores eventualmente devidos pelo responsável por contas irregulares. Esse dispositivo regimental garante ao devedor apenas que a estimativa dos valores a serem restituídos ao erário não deve exceder o real valor devido. No entanto, para se concluir sobre a exatidão dos valores apurados pela autoridade coatora como devidos pelo ora Impetrante seria necessária dilação probatória, mediante a obtenção de pareceres técnicos da área de informática. Seria preciso, em suma, que se realizasse, neste Supremo Tribunal, estudo idêntico ao feito pelo Tribunal de Contas da União. Essa análise, contudo, não tem lugar na via estreita do mandado de segurança. A jurisprudência deste Supremo Tribunal é firme nesse sentido. São precedentes: “EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM MANDADO DE SEGURANÇA. DECISÃO ADMINISTRATIVA DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA. 1. LEGITIMIDADE DA ASSOCIAÇÃO. 2. CONCURSO DA MAGISTRATURA. REVISÃO OU ARREDONDAMENTO DE NOTAS. AUSÊNCIA DE DIREITO LÍQUIDO E CERTO. IMPOSSIBILIDADE DE DILAÇÃO PROBATÓRIA EM MANDADO DE SEGURANÇA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (MS 26.302-AgR/DF, de minha relatoria, Plenário, DJ 13.12.2011). 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3013320. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 12 Relatório MS 31.046 AGR / DF “EMENTA: MANDADO DE SEGURANÇA. AGRAVO REGIMENTAL. BANCO DA AMAZÔNIA. CONCESSÃO DE FINANCIAMENTO. APRECIAÇÃO DO ATO PELO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO. POSSIBILIDADE. NECESSIDADE DE DILAÇÃO PROBATÓRIA. INVIABILIDADE DO WRIT. AGRAVO DESPROVIDO. O Banco da Amazônia, ao receber e administrar recursos da União, está sujeito ao controle do Tribunal de Contas da União sobre os atos referentes a esses recursos, na forma do art. 1º, I da Lei 8.443/92 e da jurisprudência desta Corte, firmada no julgamento do MS 25.092, rel. min. Carlos Velloso, DJ 17.03.2006. Para aferir a legalidade da concessão de financiamento destinado à construção de complexo turístico, não basta analisar o direito aplicável à espécie, sendo imprescindível revolver todo o conjunto fático- probatório subjacente, o que é inviável na estreita via do mandado de segurança. Agravo regimental a que se nega provimento” (MS 25.837-AgR/DF, Rel. Min. Joaquim Barbosa, Plenário, DJ 29.10.2009). “EMENTA: MANDADO DE SEGURANÇA. APOSENTADORIA COMPULSÓRIA DE MAGISTRADO TRABALHISTA. COMPETÊNCIA DO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO PARA INSTAURAR PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR CONTRA MAGISTRADO TRABALHISTA. INOCORRÊNCIA DE PRESCRIÇÃO ADMINISTRATIVA. INEXISTÊNCIA DE NULIDADE DA SINDICÂNCIA E DO PROCESSO ADMINISTRATIVO. PRECEDENTES. IMPOSSIBILIDADE DE DILAÇÃO PROBATÓRIA EM MANDADO DE SEGURANÇA. SEGURANÇA DENEGADA. (...) O mandado de segurança não é a sede apropriada para se rediscutirem argumentos debatidos e analisados no curso do processo administrativo, diante da impossibilidade de dilação probatória nessa ação. Precedentes. 5. Segurança denegada” (MS 25.191/DF, de minha relatoria, Plenário, DJ 14.12.2007). “EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO MANDADO DE SEGURANÇA. DESAPROPRIAÇÃO. DECRETO PRESIDENCIAL QUE DECLARA SER DE INTERESSE SOCIAL 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3013320. Supremo Tribunal Federal MS 31.046 AGR / DF “EMENTA: MANDADO DE SEGURANÇA. AGRAVO REGIMENTAL. BANCO DA AMAZÔNIA. CONCESSÃO DE FINANCIAMENTO. APRECIAÇÃO DO ATO PELO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO. POSSIBILIDADE. NECESSIDADE DE DILAÇÃO PROBATÓRIA. INVIABILIDADE DO WRIT. AGRAVO DESPROVIDO. O Banco da Amazônia, ao receber e administrar recursos da União, está sujeito ao controle do Tribunal de Contas da União sobre os atos referentes a esses recursos, na forma do art. 1º, I da Lei 8.443/92 e da jurisprudência desta Corte, firmada no julgamento do MS 25.092, rel. min. Carlos Velloso, DJ 17.03.2006. Para aferir a legalidade da concessão de financiamento destinado à construção de complexo turístico, não basta analisar o direito aplicável à espécie, sendo imprescindível revolver todo o conjunto fático- probatório subjacente, o que é inviável na estreita via do mandado de segurança. Agravo regimental a que se nega provimento” (MS 25.837-AgR/DF, Rel. Min. Joaquim Barbosa, Plenário, DJ 29.10.2009). “EMENTA: MANDADO DE SEGURANÇA. APOSENTADORIA COMPULSÓRIA DE MAGISTRADO TRABALHISTA. COMPETÊNCIA DO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO PARA INSTAURAR PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR CONTRA MAGISTRADO TRABALHISTA. INOCORRÊNCIA DE PRESCRIÇÃO ADMINISTRATIVA. INEXISTÊNCIA DE NULIDADE DA SINDICÂNCIA E DO PROCESSO ADMINISTRATIVO. PRECEDENTES. IMPOSSIBILIDADE DE DILAÇÃO PROBATÓRIA EM MANDADO DE SEGURANÇA. SEGURANÇA DENEGADA. (...) O mandado de segurança não é a sede apropriada para se rediscutirem argumentos debatidos e analisados no curso do processo administrativo, diante da impossibilidade de dilação probatória nessa ação. Precedentes. 5. Segurança denegada” (MS 25.191/DF, de minha relatoria, Plenário, DJ 14.12.2007). “EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO MANDADO DE SEGURANÇA. DESAPROPRIAÇÃO. DECRETO PRESIDENCIAL QUE DECLARA SER DE INTERESSE SOCIAL 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3013320. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 12 Relatório MS 31.046 AGR / DF IMÓVEL PARA FINS DE REFORMA AGRÁRIA. (...) INADMISSIBILIDADE DE DILAÇÃO PROBATÓRIA EM MANDADO DE SEGURANÇA. 1. É pacífica a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal no sentido de não se admitir dilação probatória em mandado de segurança. Precedentes. 2. Agravo regimental ao qual se nega provimento” (MS 26.357-AgR/DF, de minha relatoria, Plenário, DJ 22.10.2009). “(...) O PROCESSO MANDAMENTAL NÃO COMPORTA DILAÇÃO PROBATÓRIA. - O processo de mandado de segurança qualifica-se como processo documental, em cujo âmbito não se admite dilação probatória, pois a liquidez dos fatos, para evidenciar-se de maneira incontestável, exige prova pré-constituída, circunstância essa que afasta a discussão de matéria fática fundada em simples conjecturas ou em meras suposições ou inferências” (MS 23.652/DF, Rel. Min. Celso de Mello, Plenário, DJ 16.2.2001, grifos nossos)”. 2. Publicada essa decisão no DJ 9.2.2012, interpõe Júlio César de Oliveira de Albuquerque Pereira, ora Agravante, em 13.2.2012, tempestivamente, agravo regimental. Argumenta o Agravante que este Supremo Tribunal não seria “chamado a decidir (...) sobre a exatidão dos valores apurados pela autoridade coatora [mas sim] se a apuração alcançada pela autoridade impetrada resultou de estimativa feita por meios confiáveis, como exige a regra regimental do [Tribunal de Contas da União]” (fl. 2 da petição de agravo regimental). Sustenta que “a resposta a esta questão prescind[iria] de qualquer dilação probatória [e que] os elementos necessários (...) [estariam] estampados em documentos da própria autoridade coatora, acostados à inicial” (fl. 3 da petição de agravo regimental). Pede o provimento do agravo regimental para que seja concedido o mandado de segurança. Em 22.2.2012, a União apresentou contrarrazões ao agravo 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3013320. Supremo Tribunal Federal MS 31.046 AGR / DF IMÓVEL PARA FINS DE REFORMA AGRÁRIA. (...) INADMISSIBILIDADE DE DILAÇÃO PROBATÓRIA EM MANDADO DE SEGURANÇA. 1. É pacífica a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal no sentido de não se admitir dilação probatória em mandado de segurança. Precedentes. 2. Agravo regimental ao qual se nega provimento” (MS 26.357-AgR/DF, de minha relatoria, Plenário, DJ 22.10.2009). “(...) O PROCESSO MANDAMENTAL NÃO COMPORTA DILAÇÃO PROBATÓRIA. - O processo de mandado de segurança qualifica-se como processo documental, em cujo âmbito não se admite dilação probatória, pois a liquidez dos fatos, para evidenciar-se de maneira incontestável, exige prova pré-constituída, circunstância essa que afasta a discussão de matéria fática fundada em simples conjecturas ou em meras suposições ou inferências” (MS 23.652/DF, Rel. Min. Celso de Mello, Plenário, DJ 16.2.2001, grifos nossos)”. 2. Publicada essa decisão no DJ 9.2.2012, interpõe Júlio César de Oliveira de Albuquerque Pereira, ora Agravante, em 13.2.2012, tempestivamente, agravo regimental. Argumenta o Agravante que este Supremo Tribunal não seria “chamado a decidir (...) sobre a exatidão dos valores apurados pela autoridade coatora [mas sim] se a apuração alcançada pela autoridade impetrada resultou de estimativa feita por meios confiáveis, como exige a regra regimental do [Tribunal de Contas da União]” (fl. 2 da petição de agravo regimental). Sustenta que “a resposta a esta questão prescind[iria] de qualquer dilação probatória [e que] os elementos necessários (...) [estariam] estampados em documentos da própria autoridade coatora, acostados à inicial” (fl. 3 da petição de agravo regimental). Pede o provimento do agravo regimental para que seja concedido o mandado de segurança. Em 22.2.2012, a União apresentou contrarrazões ao agravo 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3013320. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 12 Relatório MS 31.046 AGR / DF regimental. Argumentou que o Agravante “pretende[ria] discutir se o preço de mercado encontrado pelo [Tribunal de Contas da União] para servir de comparação com o preço de contratação [seria] correto ou não, o que só pode[ria] ser analisado mediante a produção de provas”(fl. 4 das contrarrazões da União). Salientou que a Secretaria de Fiscalização de Tecnologia da Informação – Sefti do Tribunal de Contas da União teria concluído que o estudo de mercado por ela realizado teria sido “suficiente para validar a comparação efetuada entre as licitações do [Tribunal de Contas da União] e do [Ministério do Esporte e Turismo]“ (fl. 4 das contrarrazões da União). Concluiu que, “para se decidir que tal conclusão foi equivocada, [seria] necessário provar que o estudo naquele momento realizado não foi suficiente para validar a comparação, [seria] preciso fazer prova do que seriam meios confiáveis para serem utilizados na estimativa do [Tribunal de Contas da União] e, principalmente, que os meios empregados no presente caso não teriam sido confiáveis” (fl. 4 das contrarrazões da União). Ponderou, ainda, que a dificuldade da Secretaria de Fiscalização de Tecnologia da Informação – Sefti em reunir dados relevantes para a caracterização da amostra “decorre[ria] da própria natureza do objeto e, por isso mesmo, não pode[ria] inviabilizar qualquer estudo e qualquer estimativa, sob pena de não ser possível analisar nenhum ato de gestão antieconômico quando se tratar de produtos de informática” (fl. 5 das contrarrazões da União, grifos no original). Ressaltou que “o impetrante pretende[ria] revolver todo o conteúdo fático- probatório que culminou em sua condenação pelo [Tribunal de Contas da União]” (fl. 7 das contrarrazões da União). 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3013320. Supremo Tribunal Federal MS 31.046 AGR / DF regimental. Argumentou que o Agravante “pretende[ria] discutir se o preço de mercado encontrado pelo [Tribunal de Contas da União] para servir de comparação com o preço de contratação [seria] correto ou não, o que só pode[ria] ser analisado mediante a produção de provas”(fl. 4 das contrarrazões da União). Salientou que a Secretaria de Fiscalização de Tecnologia da Informação – Sefti do Tribunal de Contas da União teria concluído que o estudo de mercado por ela realizado teria sido “suficiente para validar a comparação efetuada entre as licitações do [Tribunal de Contas da União] e do [Ministério do Esporte e Turismo]“ (fl. 4 das contrarrazões da União). Concluiu que, “para se decidir que tal conclusão foi equivocada, [seria] necessário provar que o estudo naquele momento realizado não foi suficiente para validar a comparação, [seria] preciso fazer prova do que seriam meios confiáveis para serem utilizados na estimativa do [Tribunal de Contas da União] e, principalmente, que os meios empregados no presente caso não teriam sido confiáveis” (fl. 4 das contrarrazões da União). Ponderou, ainda, que a dificuldade da Secretaria de Fiscalização de Tecnologia da Informação – Sefti em reunir dados relevantes para a caracterização da amostra “decorre[ria] da própria natureza do objeto e, por isso mesmo, não pode[ria] inviabilizar qualquer estudo e qualquer estimativa, sob pena de não ser possível analisar nenhum ato de gestão antieconômico quando se tratar de produtos de informática” (fl. 5 das contrarrazões da União, grifos no original). Ressaltou que “o impetrante pretende[ria] revolver todo o conteúdo fático- probatório que culminou em sua condenação pelo [Tribunal de Contas da União]” (fl. 7 das contrarrazões da União). 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3013320. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 12 Relatório MS 31.046 AGR / DF Pediu fosse negado provimento ao agravo regimental. Em 17.4.2012, o Procurador-Geral da República opinou pelo não provimento do agravo regimental e salientou: “De fato, pretende o agravante a reanálise dos parâmetros utilizados pelo TCU – Tribunal de Contas da União, para identificar o valor da restituição. Todavia, o dispositivo do artigo 210, §1º, do Regimento Interno do referido Tribunal afasta do devedor, apenas, o excesso” (fl. 2 do parecer). É o relatório. 6 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3013320. Supremo Tribunal Federal MS 31.046 AGR / DF Pediu fosse negado provimento ao agravo regimental. Em 17.4.2012, o Procurador-Geral da República opinou pelo não provimento do agravo regimental e salientou: “De fato, pretende o agravante a reanálise dos parâmetros utilizados pelo TCU – Tribunal de Contas da União, para identificar o valor da restituição. Todavia, o dispositivo do artigo 210, §1º, do Regimento Interno do referido Tribunal afasta do devedor, apenas, o excesso” (fl. 2 do parecer). É o relatório. 6 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3013320. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 12 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. EM MANDADO DE SEGURANÇA 31.046 DISTRITO FEDERAL V O T O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Razão jurídica não assiste ao Agravante. 2. A decisão agravada fundamentou-se em que seria necessária dilação probatória, mediante a obtenção de pareceres técnicos da área de informática, para concluir sobre a exatidão dos valores apurados pela autoridade coatora como devidos pelo ora Agravante. 3. O Agravante argumenta que este Supremo Tribunal não seria “chamado a decidir, (...) sobre a exatidão dos valores apurados pela autoridade coatora [mas sim] se a apuração alcançada pela autoridade impetrada resultou de estimativa feita por meios confiáveis, como exige [o art. 210, § 1º, do Regimento do Tribunal de Contas da União]” (fl. 2 da petição de agravo regimental). 4. Conforme salientado na decisão agravada, o art. 210, § 1º, do Regimento Interno do Tribunal de Contas da União garante ao devedor apenas que a estimativa dos valores a serem restituídos ao erário não deve exceder o real valor devido. A Secretaria de Fiscalização de Tecnologia da Informação – Sefti do Tribunal de Contas da União anotou que o estudo por ela realizado teria sido suficiente para concluir pelos valores devidos. Concluir de forma diversa demandaria a realização de estudo, neste Supremo Tribunal, do conteúdo fático probatório, tal como feito pelo Tribunal de Contas da União, com a obtenção de pareceres técnicos da área de informática, inclusive. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3013321. Supremo Tribunal Federal 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. EM MANDADO DE SEGURANÇA 31.046 DISTRITO FEDERAL V O T O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Razão jurídica não assiste ao Agravante. 2. A decisão agravada fundamentou-se em que seria necessária dilação probatória, mediante a obtenção de pareceres técnicos da área de informática, para concluir sobre a exatidão dos valores apurados pela autoridade coatora como devidos pelo ora Agravante. 3. O Agravante argumenta que este Supremo Tribunal não seria “chamado a decidir, (...) sobre a exatidão dos valores apurados pela autoridade coatora [mas sim] se a apuração alcançada pela autoridade impetrada resultou de estimativa feita por meios confiáveis, como exige [o art. 210, § 1º, do Regimento do Tribunal de Contas da União]” (fl. 2 da petição de agravo regimental). 4. Conforme salientado na decisão agravada, o art. 210, § 1º, do Regimento Interno do Tribunal de Contas da União garante ao devedor apenas que a estimativa dos valores a serem restituídos ao erário não deve exceder o real valor devido. A Secretaria de Fiscalização de Tecnologia da Informação – Sefti do Tribunal de Contas da União anotou que o estudo por ela realizado teria sido suficiente para concluir pelos valores devidos. Concluir de forma diversa demandaria a realização de estudo, neste Supremo Tribunal, do conteúdo fático probatório, tal como feito pelo Tribunal de Contas da União, com a obtenção de pareceres técnicos da área de informática, inclusive. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3013321. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 12 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA MS 31.046 AGR / DF Essa análise, contudo, não tem lugar na via estreita do mandado de segurança. A jurisprudência deste Supremo Tribunal é firme nesse sentido. São precedentes: “EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM MANDADO DE SEGURANÇA. DECISÃO ADMINISTRATIVA DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA. 1. LEGITIMIDADE DA ASSOCIAÇÃO. 2. CONCURSO DA MAGISTRATURA. REVISÃO OU ARREDONDAMENTO DE NOTAS. AUSÊNCIA DE DIREITO LÍQUIDO E CERTO. IMPOSSIBILIDADE DE DILAÇÃO PROBATÓRIA EM MANDADO DE SEGURANÇA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (MS 26.302-AgR/DF, de minha relatoria, Plenário, DJ 13.12.2011). “EMENTA: MANDADO DE SEGURANÇA. AGRAVO REGIMENTAL. BANCO DA AMAZÔNIA. CONCESSÃO DE FINANCIAMENTO. APRECIAÇÃO DO ATO PELO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO. POSSIBILIDADE. NECESSIDADE DE DILAÇÃO PROBATÓRIA. INVIABILIDADE DO WRIT. AGRAVO DESPROVIDO. O Banco da Amazônia, ao receber e administrar recursos da União, está sujeito ao controle do Tribunal de Contas da União sobre os atos referentes a esses recursos, na forma do art. 1º, I da Lei 8.443/92 e da jurisprudência desta Corte, firmada no julgamento do MS 25.092, rel. min. Carlos Velloso, DJ 17.03.2006. Para aferir a legalidade da concessão de financiamento destinado à construção de complexo turístico, não basta analisar o direito aplicável à espécie, sendo imprescindível revolver todo o conjunto fático- probatório subjacente, o que é inviável na estreita via do mandado de segurança. Agravo regimental a que se nega provimento” (MS 25.837-AgR/DF, Rel. Min. Joaquim Barbosa, Plenário, DJ 29.10.2009). “EMENTA: MANDADO DE SEGURANÇA. APOSENTADORIA COMPULSÓRIA DE MAGISTRADO 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3013321. Supremo Tribunal Federal MS 31.046 AGR / DF Essa análise, contudo, não tem lugar na via estreita do mandado de segurança. A jurisprudência deste Supremo Tribunal é firme nesse sentido. São precedentes: “EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM MANDADO DE SEGURANÇA. DECISÃO ADMINISTRATIVA DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA. 1. LEGITIMIDADE DA ASSOCIAÇÃO. 2. CONCURSO DA MAGISTRATURA. REVISÃO OU ARREDONDAMENTO DE NOTAS. AUSÊNCIA DE DIREITO LÍQUIDO E CERTO. IMPOSSIBILIDADE DE DILAÇÃO PROBATÓRIA EM MANDADO DE SEGURANÇA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (MS 26.302-AgR/DF, de minha relatoria, Plenário, DJ 13.12.2011). “EMENTA: MANDADO DE SEGURANÇA. AGRAVO REGIMENTAL. BANCO DA AMAZÔNIA. CONCESSÃO DE FINANCIAMENTO. APRECIAÇÃO DO ATO PELO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO. POSSIBILIDADE. NECESSIDADE DE DILAÇÃO PROBATÓRIA. INVIABILIDADE DO WRIT. AGRAVO DESPROVIDO. O Banco da Amazônia, ao receber e administrar recursos da União, está sujeito ao controle do Tribunal de Contas da União sobre os atos referentes a esses recursos, na forma do art. 1º, I da Lei 8.443/92 e da jurisprudência desta Corte, firmada no julgamento do MS 25.092, rel. min. Carlos Velloso, DJ 17.03.2006. Para aferir a legalidade da concessão de financiamento destinado à construção de complexo turístico, não basta analisar o direito aplicável à espécie, sendo imprescindível revolver todo o conjunto fático- probatório subjacente, o que é inviável na estreita via do mandado de segurança. Agravo regimental a que se nega provimento” (MS 25.837-AgR/DF, Rel. Min. Joaquim Barbosa, Plenário, DJ 29.10.2009). “EMENTA: MANDADO DE SEGURANÇA. APOSENTADORIA COMPULSÓRIA DE MAGISTRADO 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3013321. Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 12 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA MS 31.046 AGR / DF TRABALHISTA. COMPETÊNCIA DO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO PARA INSTAURAR PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR CONTRA MAGISTRADO TRABALHISTA. INOCORRÊNCIA DE PRESCRIÇÃO ADMINISTRATIVA. INEXISTÊNCIA DE NULIDADE DA SINDICÂNCIA E DO PROCESSO ADMINISTRATIVO. PRECEDENTES. IMPOSSIBILIDADE DE DILAÇÃO PROBATÓRIA EM MANDADO DE SEGURANÇA. SEGURANÇA DENEGADA. (...) O mandado de segurança não é a sede apropriada para se rediscutirem argumentos debatidos e analisados no curso do processo administrativo, diante da impossibilidade de dilação probatória nessa ação. Precedentes. 5. Segurança denegada” (MS 25.191/DF, de minha relatoria, Plenário, DJ 14.12.2007). “EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO MANDADO DE SEGURANÇA. DESAPROPRIAÇÃO. DECRETO PRESIDENCIAL QUE DECLARA SER DE INTERESSE SOCIAL IMÓVEL PARA FINS DE REFORMA AGRÁRIA. (...) INADMISSIBILIDADE DE DILAÇÃO PROBATÓRIA EM MANDADO DE SEGURANÇA. 1. É pacífica a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal no sentido de não se admitir dilação probatória em mandado de segurança. Precedentes. 2. Agravo regimental ao qual se nega provimento” (MS 26.357-AgR/DF, de minha relatoria, Plenário, DJ 22.10.2009). “O PROCESSO MANDAMENTAL NÃO COMPORTA DILAÇÃO PROBATÓRIA. - O processo de mandado de segurança qualifica-se como processo documental, em cujo âmbito não se admite dilação probatória, pois a liquidez dos fatos, para evidenciar-se de maneira incontestável, exige prova pré-constituída, circunstância essa que afasta a discussão de matéria fática fundada em simples conjecturas ou em meras suposições ou inferências” (MS 23.652/DF, Rel. Min. Celso de Mello, Plenário, DJ 16.2.2001, grifos nossos). O que pretende o Agravante é suscitar dúvida sobre a exatidão dos 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3013321. Supremo Tribunal Federal MS 31.046 AGR / DF TRABALHISTA. COMPETÊNCIA DO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO PARA INSTAURAR PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR CONTRA MAGISTRADO TRABALHISTA. INOCORRÊNCIA DE PRESCRIÇÃO ADMINISTRATIVA. INEXISTÊNCIA DE NULIDADE DA SINDICÂNCIA E DO PROCESSO ADMINISTRATIVO. PRECEDENTES. IMPOSSIBILIDADE DE DILAÇÃO PROBATÓRIA EM MANDADO DE SEGURANÇA. SEGURANÇA DENEGADA. (...) O mandado de segurança não é a sede apropriada para se rediscutirem argumentos debatidos e analisados no curso do processo administrativo, diante da impossibilidade de dilação probatória nessa ação. Precedentes. 5. Segurança denegada” (MS 25.191/DF, de minha relatoria, Plenário, DJ 14.12.2007). “EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO MANDADO DE SEGURANÇA. DESAPROPRIAÇÃO. DECRETO PRESIDENCIAL QUE DECLARA SER DE INTERESSE SOCIAL IMÓVEL PARA FINS DE REFORMA AGRÁRIA. (...) INADMISSIBILIDADE DE DILAÇÃO PROBATÓRIA EM MANDADO DE SEGURANÇA. 1. É pacífica a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal no sentido de não se admitir dilação probatória em mandado de segurança. Precedentes. 2. Agravo regimental ao qual se nega provimento” (MS 26.357-AgR/DF, de minha relatoria, Plenário, DJ 22.10.2009). “O PROCESSO MANDAMENTAL NÃO COMPORTA DILAÇÃO PROBATÓRIA. - O processo de mandado de segurança qualifica-se como processo documental, em cujo âmbito não se admite dilação probatória, pois a liquidez dos fatos, para evidenciar-se de maneira incontestável, exige prova pré-constituída, circunstância essa que afasta a discussão de matéria fática fundada em simples conjecturas ou em meras suposições ou inferências” (MS 23.652/DF, Rel. Min. Celso de Mello, Plenário, DJ 16.2.2001, grifos nossos). O que pretende o Agravante é suscitar dúvida sobre a exatidão dos 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3013321. Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 12 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA MS 31.046 AGR / DF valores apurados pelo Tribunal de Contas da União a fim de se eximir, por completo, de qualquer dívida. 5. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental. 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3013321. Supremo Tribunal Federal MS 31.046 AGR / DF valores apurados pelo Tribunal de Contas da União a fim de se eximir, por completo, de qualquer dívida. 5. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental. 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3013321. Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 12 Decisão de Julgamento SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. EM MANDADO DE SEGURANÇA 31.046 PROCED. : DISTRITO FEDERAL RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) : JULIO CESAR DE OLIVEIRA DE ALBUQUERQUE PEREIRA ADV.(A/S) : JOSE ARNALDO DA FONSECA FILHO AGDO.(A/S) : TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 25.09.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Subprocurador-Geral da República, Dr. Francisco de Assis Vieira Sanseverino. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3035372 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. EM MANDADO DE SEGURANÇA 31.046 PROCED. : DISTRITO FEDERAL RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) : JULIO CESAR DE OLIVEIRA DE ALBUQUERQUE PEREIRA ADV.(A/S) : JOSE ARNALDO DA FONSECA FILHO AGDO.(A/S) : TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 25.09.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Subprocurador-Geral da República, Dr. Francisco de Assis Vieira Sanseverino. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3035372 Inteiro Teor do Acórdão - Página 12 de 12
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3035483
2012-09-25T00:00:00
2012-10-31T00:00:00
A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 25.09.2012.
AG.REG. EM MANDADO DE SEGURANÇA
EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM MANDADO DE SEGURANÇA. TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO. TOMADA DE CONTAS ESPECIAL. RESSARCIMENTO DE VALORES. ART. 210, § 1º, DO REGIMENTO INTERNO DO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO. IMPOSSIBILIDADE DE DILAÇÃO PROBATÓRIA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.
sjur217725
- Acórdão(s) citado(s): (MANDADO DE SEGURANÇA, DILAÇÃO PROBATÓRIA) STF: MS 26302 (TP), MS 25837 AgR (TP), MS 25191 (TP), MS 26357 AgR (TP), MS 23652 (TP). - Veja Tomada de Contas Especial 008.551/2003-8 e itens 9.3.1 e 9.3.2 do acórdão 918/2005 do TCU. Número de páginas: 12. Análise: 07/11/2012, IMC. Revisão: 03/01/2013, MMR.
CÁRMEN LÚCIA
Segunda Turma
31046
[ "LEG-FED RGI ANO-1989\r\n ART-00210 PAR-00001 \r\n REGIMENTO INTERNO DO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO" ]
MS-AgR
acordaos
MS 31046 AgR
[ "" ]
AGTE.(S) : JULIO CESAR DE OLIVEIRA DE ALBUQUERQUE PEREIRA ADV.(A/S) : JOSE ARNALDO DA FONSECA FILHO AGDO.(A/S) : TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "Acórdão n . 918 / 2005", "Tomada de Contas Especial n . 008 . 551 / 2003 - 8", "Acórdão n . 918", "MS 31 . 046 AGR / DF", "MS 26 . 302 - AgR / DF", "MS 31 . 046", "MS 26 . 302 - AgR / DF", "MS 31 . 046", "MS 25 . 092", "MS 25 . 837 - AgR / DF", "MS 25 . 191 / DF", "MS 31 . 046", "MS 25 . 092", "MS 25 . 837 - AgR / DF", "MS 25 . 191 / DF", "MS 31 . 046 AGR / DF", "MS 26 . 357 - AgR / DF", "MS 23 . 652 / DF", "MS 31 . 046", "MS 26 . 357 - AgR / DF", "MS 23 . 652 / DF", "MS 31 . 046", "MS 31 . 046", "MS 31 . 046 AGR / DF", "MS 31 . 046", "MS 31 . 046", "MS 26 . 302 - AgR / DF", "MS 25 . 092", "MS 25 . 837 - AgR / DF", "MS 31 . 046", "MS 26 . 302 - AgR / DF", "MS 25 . 092", "MS 25 . 837 - AgR / DF", "MS 31 . 046", "MS 25 . 191 / DF", "MS 26 . 357 - AgR / DF", "MS 23 . 652 / DF", "MS 31 .", "MS 25 . 191 / DF", "MS 26 . 357 - AgR / DF", "MS 23 . 652 / DF", "MS", "MS" ], "LEGISLACAO": [ "ART . 210 , § [UNK] , DO REGIMENTO INTERNO DO", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 210 , § [UNK] , do Regimento Interno do Tribunal de Contas da União", "art . 210 , § [UNK] , do Regimento Interno do Tribunal de Contas da União", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 210 , § [UNK] , do Regimento Interno do Tribunal de Contas da União", "art . 210 , § [UNK] , do Regimento Interno do Tribunal de Contas da", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 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Ementa e Acórdão 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 832.221 SÃO PAULO RELATOR : MIN. JOAQUIM BARBOSA AGTE.(S) :ANDRÉ BERTOLINI ADV.(A/S) :TARCÍSIO RODOLFO SOARES AGDO.(A/S) :MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL. LIMITES OBJETIVOS DA COISA JULGADA. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA REFLEXA OU INDIRETA À CONSTITUIÇÃO. Para se chegar a conclusão diversa daquela a que se chegou no acórdão recorrido, seria necessário o reexame da legislação infraconstitucional pertinente e das provas dos autos, o que é inviável nesta esfera. Agravo regimental a que se nega provimento. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os ministros do Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a presidência do ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso de agravo, nos termos do voto do Relator. Brasília, 25 de setembro de 2012. Ministro JOAQUIM BARBOSA Relator Documento assinado digitalmente Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2969889. Supremo Tribunal Federal DJe 26/10/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 5 Relatório 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 832.221 SÃO PAULO RELATOR : MIN. JOAQUIM BARBOSA AGTE.(S) :ANDRÉ BERTOLINI ADV.(A/S) :TARCÍSIO RODOLFO SOARES AGDO.(A/S) :MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO JOAQUIM BARBOSA (RELATOR): É este o teor da decisão agravada (fls. 227/228): Trata-se de agravo de instrumento de decisão que inadmitiu recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição federal) interposto de acórdão do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, cuja ementa possui o seguinte teor: “Ação civil pública. Loteamento irregular. Acordo. Limites. 1. Não tendo os adquirentes dos lotes irregulares participado do acordo, homologado pela sentença na ação civil pública, é inócua a previsão de expedição de ofício ao registro imobiliário para cancelamento dos registros na matrícula relativas aos atos de alienação. Agravo improvido.” (Fls. 131.) No recurso extraordinário, o ora agravante alega violação do disposto no art. 5º, XXXV, XXXVI, LV e LVI; e 93, IX, da Constituição. É o relatório. Decido. O agravo não merece prosperar. A análise de eventual ofensa ao art. 5º, XXXVI, por demandar o exame prévio dos limites objetivos e subjetivos da coisa julgada em Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2969890. Supremo Tribunal Federal 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 832.221 SÃO PAULO RELATOR : MIN. JOAQUIM BARBOSA AGTE.(S) :ANDRÉ BERTOLINI ADV.(A/S) :TARCÍSIO RODOLFO SOARES AGDO.(A/S) :MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO JOAQUIM BARBOSA (RELATOR): É este o teor da decisão agravada (fls. 227/228): Trata-se de agravo de instrumento de decisão que inadmitiu recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição federal) interposto de acórdão do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, cuja ementa possui o seguinte teor: “Ação civil pública. Loteamento irregular. Acordo. Limites. 1. Não tendo os adquirentes dos lotes irregulares participado do acordo, homologado pela sentença na ação civil pública, é inócua a previsão de expedição de ofício ao registro imobiliário para cancelamento dos registros na matrícula relativas aos atos de alienação. Agravo improvido.” (Fls. 131.) No recurso extraordinário, o ora agravante alega violação do disposto no art. 5º, XXXV, XXXVI, LV e LVI; e 93, IX, da Constituição. É o relatório. Decido. O agravo não merece prosperar. A análise de eventual ofensa ao art. 5º, XXXVI, por demandar o exame prévio dos limites objetivos e subjetivos da coisa julgada em Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2969890. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 5 Relatório AI 832.221 AGR / SP face da legislação processual infraconstitucional, é indireta ou reflexa, o que dá margem ao descabimento do recurso extraordinário. Nesse sentido: AI 585.388-AgR (rel. min. Cármen Lúcia, Primeira Turma, DJe de 25.06.2010); AI 626.840 (rel. min. Menezes Direito, DJ de 09.05.2008); AI 608.138 (rel. min. Gilmar Mendes, DJ de 30.05.2007); AI 599.421 (rel. min. Ricardo Lewandowski, DJ de 03.10.2006); AI 558.581 (rel. min. Cezar Peluso, DJ de 24.03.2006); AI 565.678 (rel. min. Sepúlveda Pertence, DJ de 03.02.2006) e RE 430.084-AgR (rel. min. Ellen Gracie, Segunda Turma, DJ de 24.06.2005). Ademais, verifico que concluir diversamente do acórdão recorrido demandaria o prévio exame do quadro fático-probatório, o que dá margem ao descabimento do recurso extraordinário (Súmula 279/STF). Do exposto, nego seguimento ao presente agravo. A parte agravante reitera a alegação de ofensa direta ao art. 5º, XXXVI, da Constituição. Ademais, sustenta a inaplicabilidade da Súmula 279 do STF. Mantenho a decisão agravada e trago o presente agravo à apreciação da Turma. É o relatório. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2969890. Supremo Tribunal Federal AI 832.221 AGR / SP face da legislação processual infraconstitucional, é indireta ou reflexa, o que dá margem ao descabimento do recurso extraordinário. Nesse sentido: AI 585.388-AgR (rel. min. Cármen Lúcia, Primeira Turma, DJe de 25.06.2010); AI 626.840 (rel. min. Menezes Direito, DJ de 09.05.2008); AI 608.138 (rel. min. Gilmar Mendes, DJ de 30.05.2007); AI 599.421 (rel. min. Ricardo Lewandowski, DJ de 03.10.2006); AI 558.581 (rel. min. Cezar Peluso, DJ de 24.03.2006); AI 565.678 (rel. min. Sepúlveda Pertence, DJ de 03.02.2006) e RE 430.084-AgR (rel. min. Ellen Gracie, Segunda Turma, DJ de 24.06.2005). Ademais, verifico que concluir diversamente do acórdão recorrido demandaria o prévio exame do quadro fático-probatório, o que dá margem ao descabimento do recurso extraordinário (Súmula 279/STF). Do exposto, nego seguimento ao presente agravo. A parte agravante reitera a alegação de ofensa direta ao art. 5º, XXXVI, da Constituição. Ademais, sustenta a inaplicabilidade da Súmula 279 do STF. Mantenho a decisão agravada e trago o presente agravo à apreciação da Turma. É o relatório. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2969890. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 5 Voto - MIN. JOAQUIM BARBOSA 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 832.221 SÃO PAULO V O T O O SENHOR MINISTRO JOAQUIM BARBOSA (Relator): Sem razão a parte agravante, visto que a discussão apresentada tem natureza infraconstitucional. Conforme consignei na decisão agravada, a análise da suposta ofensa ao art. 5º, XXXVI, da Constituição, demandaria a apreciação prévia dos limites objetivos da coisa julgada. Desse modo, eventual ofensa à Constituição seria indireta ou reflexa, o que enseja o descabimento do recurso extraordinário. Esta Corte já firmou entendimento no sentido de que “em regra, as alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, do devido processo legal, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional podem configurar, quando muito, situações caracterizadoras de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição, hipóteses em que também não se revelará cabível o recurso extraordinário” (AI 477.645-AgR, rel. min. Celso de Mello). Ainda que superado o mencionado óbice, não mereceria prosperar o presente recurso, visto que, para se chegar a conclusão diversa daquela a que chegou o Tribunal de origem, seria necessário o reexame de matéria fática, o que é vedado nesta esfera, nos termos da Súmula 279 do STF. Do exposto, nego provimento ao presente agravo regimental. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2969891. Supremo Tribunal Federal 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 832.221 SÃO PAULO V O T O O SENHOR MINISTRO JOAQUIM BARBOSA (Relator): Sem razão a parte agravante, visto que a discussão apresentada tem natureza infraconstitucional. Conforme consignei na decisão agravada, a análise da suposta ofensa ao art. 5º, XXXVI, da Constituição, demandaria a apreciação prévia dos limites objetivos da coisa julgada. Desse modo, eventual ofensa à Constituição seria indireta ou reflexa, o que enseja o descabimento do recurso extraordinário. Esta Corte já firmou entendimento no sentido de que “em regra, as alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, do devido processo legal, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional podem configurar, quando muito, situações caracterizadoras de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição, hipóteses em que também não se revelará cabível o recurso extraordinário” (AI 477.645-AgR, rel. min. Celso de Mello). Ainda que superado o mencionado óbice, não mereceria prosperar o presente recurso, visto que, para se chegar a conclusão diversa daquela a que chegou o Tribunal de origem, seria necessário o reexame de matéria fática, o que é vedado nesta esfera, nos termos da Súmula 279 do STF. Do exposto, nego provimento ao presente agravo regimental. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2969891. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 5 Decisão de Julgamento SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 832.221 PROCED. : SÃO PAULO RELATOR : MIN. JOAQUIM BARBOSA AGTE.(S) : ANDRÉ BERTOLINI ADV.(A/S) : TARCÍSIO RODOLFO SOARES AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 25.09.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Subprocurador-Geral da República, Dr. Francisco de Assis Vieira Sanseverino. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2885684 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 832.221 PROCED. : SÃO PAULO RELATOR : MIN. JOAQUIM BARBOSA AGTE.(S) : ANDRÉ BERTOLINI ADV.(A/S) : TARCÍSIO RODOLFO SOARES AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 25.09.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Subprocurador-Geral da República, Dr. Francisco de Assis Vieira Sanseverino. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2885684 Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 5
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3014819
2012-09-25T00:00:00
2012-10-26T00:00:00
A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 25.09.2012.
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO
Ementa: AGRAVO REGIMENTAL. LIMITES OBJETIVOS DA COISA JULGADA. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA REFLEXA OU INDIRETA À CONSTITUIÇÃO. Para se chegar a conclusão diversa daquela a que se chegou no acórdão recorrido, seria necessário o reexame da legislação infraconstitucional pertinente e das provas dos autos, o que é inviável nesta esfera. Agravo regimental a que se nega provimento.
sjur217549
- Acórdão citado: (OFENSA REFLEXA) STF: AI 477645 AgR(2ªT). Número de páginas: 5. Análise: 06/11/2012, LLD.
JOAQUIM BARBOSA
Segunda Turma
832221
[ "LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00005 INC-00036 \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n\r\n", "LEG-FED SUMSTF-000279 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF" ]
AI-AgR
acordaos
AI 832221 AgR
[ "" ]
AGTE.(S) : ANDRÉ BERTOLINI ADV.(A/S) : TARCÍSIO RODOLFO SOARES AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "AGRAVO DE INSTRUMENTO 832 . 221", "AGRAVO DE INSTRUMENTO 832 . 221", "AGRAVO DE INSTRUMENTO 832 . 221", "AI 832 . 221 AGR / SP", "AI 585 . 388 - AgR", "AI 626 . 840", "AI 608 . 138", "AI 599 . 421", "AI 558 . 581", "AI 565 . 678", "RE 430 . 084 - AgR", "Súmula 279 / STF", "Súmula 279 do STF", "AI 832 . 221 AGR / SP", "AI 585 . 388 - AgR", "AI 626 . 840", "AI 608 . 138", "AI 599 . 421", "AI 558 . 581", "AI 565 . 678", "RE 430 . 084 - AgR", "Súmula 279 / STF", "Súmula 279 do STF", "AGRAVO DE INSTRUMENTO 832 . 221", "AI 477 . 645 - AgR", "Súmula 279 do STF", "AGRAVO DE INSTRUMENTO 832 . 221", "AI 477 . 645 - AgR", "Súmula 279 do STF", "AGRAVO DE INSTRUMENTO 832 . 221", "AGRAVO DE INSTRUMENTO 832 . 221" ], "LEGISLACAO": [ "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 102 , III , a , da Constituição federal", "art . [UNK] , XXXV , XXXVI , LV e LVI ;", "93 , IX , da Constituição", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 102 , III , a , da Constituição federal", "art . 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Ementa e Acórdão 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 694.997 BAHIA RELATOR : MIN. CELSO DE MELLO AGTE.(S) :MARIA JULIA BISPO GUEDES ADV.(A/S) :JAIRO ANDRADE DE MIRANDA E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL FEDERAL AGDO.(A/S) :UNIÃO ADV.(A/S) :ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO E M E N T A: RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO (LEI Nº 12.322/2010) – SERVIDOR PÚBLICO CELETISTA APOSENTADO ANTES DA CONSTITUIÇÃO DE 1988 – CF, ART. 40, § 4º, NA REDAÇÃO ANTERIOR À EC Nº 20/98 – INAPLICABILIDADE – DECISÃO QUE SE AJUSTA À JURISPRUDÊNCIA PREVALECENTE NO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL – CONSEQUENTE INVIABILIDADE DO RECURSO QUE A IMPUGNA – SUBSISTÊNCIA DOS FUNDAMENTOS QUE DÃO SUPORTE À DECISÃO RECORRIDA – RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a Presidência do Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamentos e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. Brasília, 25 de setembro de 2012. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2992608. Supremo Tribunal Federal DJe 26/10/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 7 Ementa e Acórdão ARE 694.997 AGR / BA CELSO DE MELLO – RELATOR 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2992608. Supremo Tribunal Federal ARE 694.997 AGR / BA CELSO DE MELLO – RELATOR 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2992608. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 7 Relatório 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 694.997 BAHIA RELATOR : MIN. CELSO DE MELLO AGTE.(S) :MARIA JULIA BISPO GUEDES ADV.(A/S) :JAIRO ANDRADE DE MIRANDA E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL FEDERAL AGDO.(A/S) :UNIÃO ADV.(A/S) :ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO – (Relator): Trata-se de recurso de agravo, tempestivamente interposto, contra decisão que conheceu do agravo (previsto e disciplinado na Lei nº 12.322/2010), para negar seguimento ao recurso extraordinário, eis que o acórdão recorrido está em harmonia com diretriz jurisprudencial prevalecente nesta Suprema Corte. Eis o teor da decisão que sofreu a interposição do presente recurso de agravo: “A controvérsia suscitada no recurso extraordinário – a que se refere o presente agravo – já foi dirimida por ambas as Turmas do Supremo Tribunal Federal (RE 221.069-AgR/SC, Rel. Min. GILMAR MENDES – RE 241.372/SC, Rel. Min. ILMAR GALVÃO – RE 327.320-AgR/RS, Rel. Min. NELSON JOBIM, v.g.): ‘1. Servidor celetista aposentado antes da Constituição de 1988 pelo regime geral da previdência social: inaplicabilidade do artigo 40, § 4º, da Constituição (redação anterior à EC 20/98): precedentes.’ (AI 384.047-AgR/RS, Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE) Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2992609. Supremo Tribunal Federal 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 694.997 BAHIA RELATOR : MIN. CELSO DE MELLO AGTE.(S) :MARIA JULIA BISPO GUEDES ADV.(A/S) :JAIRO ANDRADE DE MIRANDA E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL FEDERAL AGDO.(A/S) :UNIÃO ADV.(A/S) :ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO – (Relator): Trata-se de recurso de agravo, tempestivamente interposto, contra decisão que conheceu do agravo (previsto e disciplinado na Lei nº 12.322/2010), para negar seguimento ao recurso extraordinário, eis que o acórdão recorrido está em harmonia com diretriz jurisprudencial prevalecente nesta Suprema Corte. Eis o teor da decisão que sofreu a interposição do presente recurso de agravo: “A controvérsia suscitada no recurso extraordinário – a que se refere o presente agravo – já foi dirimida por ambas as Turmas do Supremo Tribunal Federal (RE 221.069-AgR/SC, Rel. Min. GILMAR MENDES – RE 241.372/SC, Rel. Min. ILMAR GALVÃO – RE 327.320-AgR/RS, Rel. Min. NELSON JOBIM, v.g.): ‘1. Servidor celetista aposentado antes da Constituição de 1988 pelo regime geral da previdência social: inaplicabilidade do artigo 40, § 4º, da Constituição (redação anterior à EC 20/98): precedentes.’ (AI 384.047-AgR/RS, Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE) Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2992609. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 7 Relatório ARE 694.997 AGR / BA ‘CONSTITUCIONAL. PREVIDENCIÁRIO. SERVIDOR PÚBLICO CELETISTA APOSENTADO ANTERIORMENTE AO REGIME ÚNICO. C.F., art. 40, § 4º e § 5º. I. - Servidor público celetista aposentado anteriormente à instituição do regime único: inaplicabilidade do art. 40, § 4º e § 5º da C.F. II. - RE conhecido e provido. Agravo não provido.’ (AI 317.428-AgR/PR, Rel. Min. CARLOS VELLOSO) Cumpre ressaltar, por necessário, que esse entendimento vem sendo observado em sucessivos julgamentos, proferidos no âmbito desta Corte, a propósito de questões essencialmente idênticas à que ora se examina na presente causa (AI 348.322/RJ, Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE – AI 370.250/RS, Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE – AI 501.560-AgR/RS, Rel. Min. CARLOS VELLOSO – RE 241.204/SC, Rel. Min. NELSON JOBIM – RE 348.353- -EDv/SC, Rel. Min. CARLOS VELLOSO, v.g.). O exame da causa em que interposto o recurso extraordinário em questão evidencia que o acórdão impugnado ajusta-se à diretriz jurisprudencial que esta Suprema Corte firmou na matéria em referência. Sendo assim, e tendo em consideração as razões expostas, conheço do presente agravo, para negar seguimento ao recurso extraordinário, eis que o acórdão recorrido está em harmonia com diretriz jurisprudencial prevalecente nesta Suprema Corte (CPC, art. 544, § 4º, II, ‘b’, na redação dada pela Lei nº 12.322/2010). ....................................................................................................... Ministro CELSO DE MELLO Relator” Inconformada com esse ato decisório, a parte ora agravante interpõe o presente recurso, postulando o provimento do agravo que deduziu. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2992609. Supremo Tribunal Federal ARE 694.997 AGR / BA ‘CONSTITUCIONAL. PREVIDENCIÁRIO. SERVIDOR PÚBLICO CELETISTA APOSENTADO ANTERIORMENTE AO REGIME ÚNICO. C.F., art. 40, § 4º e § 5º. I. - Servidor público celetista aposentado anteriormente à instituição do regime único: inaplicabilidade do art. 40, § 4º e § 5º da C.F. II. - RE conhecido e provido. Agravo não provido.’ (AI 317.428-AgR/PR, Rel. Min. CARLOS VELLOSO) Cumpre ressaltar, por necessário, que esse entendimento vem sendo observado em sucessivos julgamentos, proferidos no âmbito desta Corte, a propósito de questões essencialmente idênticas à que ora se examina na presente causa (AI 348.322/RJ, Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE – AI 370.250/RS, Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE – AI 501.560-AgR/RS, Rel. Min. CARLOS VELLOSO – RE 241.204/SC, Rel. Min. NELSON JOBIM – RE 348.353- -EDv/SC, Rel. Min. CARLOS VELLOSO, v.g.). O exame da causa em que interposto o recurso extraordinário em questão evidencia que o acórdão impugnado ajusta-se à diretriz jurisprudencial que esta Suprema Corte firmou na matéria em referência. Sendo assim, e tendo em consideração as razões expostas, conheço do presente agravo, para negar seguimento ao recurso extraordinário, eis que o acórdão recorrido está em harmonia com diretriz jurisprudencial prevalecente nesta Suprema Corte (CPC, art. 544, § 4º, II, ‘b’, na redação dada pela Lei nº 12.322/2010). ....................................................................................................... Ministro CELSO DE MELLO Relator” Inconformada com esse ato decisório, a parte ora agravante interpõe o presente recurso, postulando o provimento do agravo que deduziu. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2992609. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 7 Relatório ARE 694.997 AGR / BA Por não me convencer das razões expostas, submeto, à apreciação desta colenda Turma, o presente recurso de agravo. É o relatório. 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2992609. Supremo Tribunal Federal ARE 694.997 AGR / BA Por não me convencer das razões expostas, submeto, à apreciação desta colenda Turma, o presente recurso de agravo. É o relatório. 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2992609. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 7 Voto - MIN. CELSO DE MELLO 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 694.997 BAHIA V O T O O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO - (Relator): Não assiste razão à parte recorrente, eis que a decisão agravada ajusta-se, com integral fidelidade, à diretriz jurisprudencial que o Supremo Tribunal Federal firmou na matéria ora em exame, inexistindo, por isso mesmo, motivo que justifique o acolhimento da postulação recursal em causa. Sendo assim, e em face das razões expostas, nego provimento ao presente recurso de agravo, mantendo, em consequência, por seus próprios fundamentos, a decisão ora agravada. É o meu voto. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2992610. Supremo Tribunal Federal 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 694.997 BAHIA V O T O O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO - (Relator): Não assiste razão à parte recorrente, eis que a decisão agravada ajusta-se, com integral fidelidade, à diretriz jurisprudencial que o Supremo Tribunal Federal firmou na matéria ora em exame, inexistindo, por isso mesmo, motivo que justifique o acolhimento da postulação recursal em causa. Sendo assim, e em face das razões expostas, nego provimento ao presente recurso de agravo, mantendo, em consequência, por seus próprios fundamentos, a decisão ora agravada. É o meu voto. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2992610. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 7 Decisão de Julgamento SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 694.997 PROCED. : BAHIA RELATOR : MIN. CELSO DE MELLO AGTE.(S) : MARIA JULIA BISPO GUEDES ADV.(A/S) : JAIRO ANDRADE DE MIRANDA E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL AGDO.(A/S) : UNIÃO ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. 2ª Turma, 25.09.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Subprocurador-Geral da República, Dr. Francisco de Assis Vieira Sanseverino. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2885488 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 694.997 PROCED. : BAHIA RELATOR : MIN. CELSO DE MELLO AGTE.(S) : MARIA JULIA BISPO GUEDES ADV.(A/S) : JAIRO ANDRADE DE MIRANDA E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL AGDO.(A/S) : UNIÃO ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. 2ª Turma, 25.09.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Subprocurador-Geral da República, Dr. Francisco de Assis Vieira Sanseverino. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2885488 Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 7
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3017120
2012-09-25T00:00:00
2012-10-26T00:00:00
A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. 2ª Turma, 25.09.2012.
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO
E M E N T A: RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO (LEI Nº 12.322/2010) – SERVIDOR PÚBLICO CELETISTA APOSENTADO ANTES DA CONSTITUIÇÃO DE 1988 – CF, ART. 40, § 4º, NA REDAÇÃO ANTERIOR À EC Nº 20/98 – INAPLICABILIDADE – DECISÃO QUE SE AJUSTA À JURISPRUDÊNCIA PREVALECENTE NO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL – CONSEQUENTE INVIABILIDADE DO RECURSO QUE A IMPUGNA – SUBSISTÊNCIA DOS FUNDAMENTOS QUE DÃO SUPORTE À DECISÃO RECORRIDA – RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO.
sjur217477
Número de páginas: 7. Análise: 08/11/2012, MJC.
CELSO DE MELLO
Segunda Turma
694997
[ "LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00040 PAR-00004 REDAÇÃO ANTERIOR À EMC-20/1998 \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n\r\n", "LEG-FED LEI-012322 ANO-2010\r\n LEI ORDINÁRIA" ]
ARE-AgR
acordaos
ARE 694997 AgR
[ "" ]
AGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS AGDO.(A/S) : UNIÃO ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL ADV.(A/S) : JAIRO ANDRADE DE MIRANDA E OUTRO(A/S) AGTE.(S) : MARIA JULIA BISPO GUEDES
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 694 . 997", "ARE 694 . 997", "ARE 694 . 997", "RE 221 . 069 - AgR / SC", "RE 241 . 372 / SC", "RE 327 . 320 - AgR / RS", "AI 384 . 047 - AgR / RS", "RE 221 . 069 - AgR / SC", "RE 241 . 372 / SC", "RE 327 . 320 - AgR / RS", "AI 384 . 047 - AgR / RS", "ARE 694 . 997 AGR", "AI 317 . 428 - AgR / PR", "AI 348 . 322 / RJ", "AI 370 . 250 / RS", "AI 501 . 560 - AgR / RS", "RE 241 . 204 / SC", "RE 348 . 353 - - EDv / SC", "AI 317 . 428 - AgR / PR", "AI 348", ".", "322", "/", "RJ", "AI 370 . 250 / RS", "AI 501 . 560 - AgR / RS", "RE 241 . 204 / SC", "RE 348 . 353 - - EDv / SC", "ARE 694 . 997" ], "LEGISLACAO": [ "LEI [UNK] 12 . 322 / 2010", "CONSTITUIÇÃO", "CF , ART . 40 , § [UNK]", "EC [UNK] 20 / 98", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Lei [UNK] 12 . 322 / 2010", "Constituição de 1988", "artigo 40 , § [UNK] , da Constituição", "EC 20 / 98", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Lei [UNK] 12 . 322 / 2010", "Constituição de 1988", "artigo 40 , § [UNK] , da Constituição", "EC 20 / 98", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 40 , § [UNK] e § [UNK] da C . F .", "CPC , art . 544 , § [UNK] , II , ‘ b ’", "Lei [UNK] 12 . 322 / 2010", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "CPC , art . 544 , § [UNK] , II , ‘ b ’", "Lei [UNK] 12 . 322 / 2010", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001" ], "LOCAL": [ "BAHIA", "Brasília", "BAHIA", "BAHIA", "BAHIA", "BAHIA", "BAHIA" ], "ORGANIZACAO": [ "SEGUNDA TURMA", "INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL", "INSS", "UNIÃO", "UNIÃO", "SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL", "Supremo Tribunal Federal", "Segunda Turma", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "/", "BA", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "/", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "SEGUNDA TURMA", "INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL", "INSS", "UNIÃO", "UNIÃO", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL", "INSS", "UNIÃO", "UNIÃO", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Suprema", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Suprema Corte", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "SEGUNDA TURMA", "BAHIA", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "SEGUNDA TURMA", "INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL", "INSS", "UNIÃO", "UNIÃO", "[UNK] Turma", "Infra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL", "INSS", "UNIÃO", "UNIÃO", "[UNK] Turma", "Infra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil" ], "PESSOA": [ "CELSO DE MELLO", "MARIA JULIA BISPO GUEDES", "JAIRO ANDRADE DE MIRANDA", "Ricardo Lewandowski", "Joaquim Barbosa", "Cármen Lúcia", "CELSO DE MELLO", "CELSO DE MELLO", "CELSO DE MELLO", "MARIA JULIA BISPO GUEDES", "JAIRO ANDRADE DE MIRANDA", "CELSO DE MELLO", "GILMAR MENDES", "ILMAR GALVÃO", "NELSON JOBIM", "SEPÚLVEDA PERTENCE", "CELSO DE MELLO", "MARIA JULIA BISPO GUEDES", "JAIRO ANDRADE DE MIRANDA", "CELSO DE MELLO", "GILMAR MENDES", "ILMAR GALVÃO", "NELSON JOBIM", "CARLOS VELLOSO", "SEPÚLVEDA PERTENCE", "SEPÚLVEDA PERTENCE", "CARLOS VELLOSO", "NELSON JOBIM", "CARLOS VELLOSO", "CELSO DE MELLO", "CARLOS VELLOSO", "SEPÚLVEDA PERTENCE", "SEPÚLVEDA PERTENCE", "CARLOS VELLOSO", "NELSON JOBIM", "CARLOS VELLOSO", "CELSO DE MELLO", "CELSO DE MELLO", "CELSO DE MELLO", "CELSO DE MELLO", "CELSO DE MELLO", "MARIA JULIA BISPO GUEDES", "JAIRO ANDRADE DE MIRANDA", "Joaquim Barbosa", "Cármen Lúcia", "Ricardo Lewandowski", "Celso de Mello", "Gilmar Mendes", "Joaquim Barbosa", "Cármen Lúcia", "Francisco de Assis Vieira Sanseverino", "Fabiane Duarte", "CELSO DE MELLO", "MARIA JULIA BISPO GUEDES", "JAIRO ANDRADE DE MIRANDA", "Joaquim Barbosa", "Cármen Lúcia", "Ricardo Lewandowski", "Celso de Mello", "Gilmar Mendes", "Joaquim Barbosa", "Cármen Lúcia", "Francisco de Assis Vieira Sanseverino", "Fabiane Duarte" ], "TEMPO": [ "25", "/", "09", "/", "2012", "1988", "25 de setembro de 2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "26", "/", "10", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", "/", "09", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", "/", "09", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", "/", "09", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", "/", "09", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", ".", "09", ".", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", ".", "09", ".", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001" ] }
Ementa e Acórdão 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 693.136 MATO GROSSO DO SUL RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) :TÂNIA DE OLIVEIRA BARBOSA ADV.(A/S) :ALEX VIEGAS DE LEMES ADV.(A/S) :JAQUES CARDOSO DA CRUZ AGDO.(A/S) :ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. CONSTITUCIONAL. APOSENTADORIA ESPECIAL. ATIVIDADE DE RISCO. AGENTE CARCERÁRIA. COMPETÊNCIA LEGISLATIVA CONCORRENTE. NECESSIDADE DE ATUAÇÃO NORMATIVA DA UNIÃO PARA A EDIÇÃO DE NORMA REGULAMENTADORA DE CARÁTER NACIONAL. PRECEDENTES DO PLENÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a Presidência do Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, à unanimidade, em negar provimento ao agravo regimental no recurso extraordinário com agravo, nos termos do voto da Relatora. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Ministro Joaquim Barbosa. Brasília, 25 de setembro de 2012. Ministra CÁRMEN LÚCIA - Relatora Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2972382. Supremo Tribunal Federal DJe 23/10/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 12 Relatório 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 693.136 MATO GROSSO DO SUL RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) :TÂNIA DE OLIVEIRA BARBOSA ADV.(A/S) :ALEX VIEGAS DE LEMES ADV.(A/S) :JAQUES CARDOSO DA CRUZ AGDO.(A/S) :ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL R E L A T Ó R I O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA (Relatora): 1. Em 24 de agosto de 2012, dei provimento ao agravo e, desde logo, ao recurso extraordinário interposto pelo Estado do Mato Grosso contra julgado do Tribunal de Justiça daquele Estado, o qual concedera parcialmente a ordem pleiteada para garantir à Agravante o direito de ter o seu requerimento administrativo de aposentadoria especial analisado pela autoridade competente nos termos do art. 57 da Lei n. 8.213/1991. A decisão agravada teve a seguinte fundamentação: “6 . Razão jurídica assiste ao Agravante. 7. O art. 40, § 4º, inc. I, II e III, da Constituição da República dispõe sobre três formas distintas de aposentadoria especial do servidor público: a) portador de deficiências; b) que exerça atividades de risco, e c) cujas atividades sejam exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física. Na espécie vertente, a Agravada alega que a ausência da norma regulamentadora do art. 40, § 4º, inc. II e III, da Constituição da República tornaria inviável o exercício do seu direito à aposentadoria Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2972383. Supremo Tribunal Federal 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 693.136 MATO GROSSO DO SUL RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) :TÂNIA DE OLIVEIRA BARBOSA ADV.(A/S) :ALEX VIEGAS DE LEMES ADV.(A/S) :JAQUES CARDOSO DA CRUZ AGDO.(A/S) :ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL R E L A T Ó R I O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA (Relatora): 1. Em 24 de agosto de 2012, dei provimento ao agravo e, desde logo, ao recurso extraordinário interposto pelo Estado do Mato Grosso contra julgado do Tribunal de Justiça daquele Estado, o qual concedera parcialmente a ordem pleiteada para garantir à Agravante o direito de ter o seu requerimento administrativo de aposentadoria especial analisado pela autoridade competente nos termos do art. 57 da Lei n. 8.213/1991. A decisão agravada teve a seguinte fundamentação: “6 . Razão jurídica assiste ao Agravante. 7. O art. 40, § 4º, inc. I, II e III, da Constituição da República dispõe sobre três formas distintas de aposentadoria especial do servidor público: a) portador de deficiências; b) que exerça atividades de risco, e c) cujas atividades sejam exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física. Na espécie vertente, a Agravada alega que a ausência da norma regulamentadora do art. 40, § 4º, inc. II e III, da Constituição da República tornaria inviável o exercício do seu direito à aposentadoria Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2972383. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 12 Relatório ARE 693.136 AGR / MS especial, pois os termos para sua aposentação deveriam ser definidos por lei complementar. Ao apreciar questão de ordem suscitada pelo Ministro Joaquim Barbosa no julgamento do Mandado de Injunção n. 795, de minha relatoria, decidiu-se que os Ministros do Supremo Tribunal poderiam julgar, monocraticamente, os mandados de injunção que objetivassem garantir aos impetrantes o direito à aposentadoria especial a que se refere o art. 40, § 4º, inc. III, da Constituição da República, determinando a aplicação da regra do art. 57 da Lei n. 8.213/1991, no que coubesse. Na espécie, trata-se de pedido com base no art. 40, § 4º, inc. II e III, da Constituição (atividade de risco), matéria não apreciada pelo Plenário deste Supremo Tribunal. 8. Este Supremo Tribunal Federal assentou que a competência concorrente para legislar sobre previdência social não afasta a necessidade de tratamento uniforme das exceções às regras de aposentadoria dos servidores públicos. Portanto, é obrigatória a atuação normativa da União para a edição de lei regulamentadora nacional do art. 40, § 4º, da Constituição da República. Assim, enquanto não for regulamentado o § 4º do art. 40 da Constituição, o Presidente da República é parte legítima para figurar no polo passivo de mandado de injunção em que se discute a aposentadoria especial de servidor público federal, estadual ou municipal. Nesse sentido: (...) (MI 1.832-AgR, de minha relatoria, Plenário, DJe 18.5.2011). (...) (MI 1.463-AgR, de minha relatoria, Plenário, DJe 13.5.2011). (...) (MI 1.898-AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa, Plenário, DJe 1º.6.2012, grifos nossos). Portanto, compete ao Presidente da República a edição da norma regulamentadora do art. 40, § 4º, da Constituição. Assim, o 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2972383. Supremo Tribunal Federal ARE 693.136 AGR / MS especial, pois os termos para sua aposentação deveriam ser definidos por lei complementar. Ao apreciar questão de ordem suscitada pelo Ministro Joaquim Barbosa no julgamento do Mandado de Injunção n. 795, de minha relatoria, decidiu-se que os Ministros do Supremo Tribunal poderiam julgar, monocraticamente, os mandados de injunção que objetivassem garantir aos impetrantes o direito à aposentadoria especial a que se refere o art. 40, § 4º, inc. III, da Constituição da República, determinando a aplicação da regra do art. 57 da Lei n. 8.213/1991, no que coubesse. Na espécie, trata-se de pedido com base no art. 40, § 4º, inc. II e III, da Constituição (atividade de risco), matéria não apreciada pelo Plenário deste Supremo Tribunal. 8. Este Supremo Tribunal Federal assentou que a competência concorrente para legislar sobre previdência social não afasta a necessidade de tratamento uniforme das exceções às regras de aposentadoria dos servidores públicos. Portanto, é obrigatória a atuação normativa da União para a edição de lei regulamentadora nacional do art. 40, § 4º, da Constituição da República. Assim, enquanto não for regulamentado o § 4º do art. 40 da Constituição, o Presidente da República é parte legítima para figurar no polo passivo de mandado de injunção em que se discute a aposentadoria especial de servidor público federal, estadual ou municipal. Nesse sentido: (...) (MI 1.832-AgR, de minha relatoria, Plenário, DJe 18.5.2011). (...) (MI 1.463-AgR, de minha relatoria, Plenário, DJe 13.5.2011). (...) (MI 1.898-AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa, Plenário, DJe 1º.6.2012, grifos nossos). Portanto, compete ao Presidente da República a edição da norma regulamentadora do art. 40, § 4º, da Constituição. Assim, o 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2972383. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 12 Relatório ARE 693.136 AGR / MS Governador do Estado de Mato Grosso do Sul e a Assembleia Legislativa desse Estado não têm competência constitucional apta para interferir na continuidade da omissão legislativa apontada. Nesse sentido: (...) (MI 1.525-AgR, de minha relatoria, Plenário, DJe 12.4.2011). (...) (MI 1.231-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Plenário, DJe 1º.12.2011). 9. Ressalte-se que a Lei n. 9.717/1998, que dispõe sobre regras gerais para a organização e o funcionamento dos regimes próprios de previdência social dos servidores públicos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos militares dos Estados e do Distrito Federal e dá outras providências, estabelece, no seu art. 5º, parágrafo único, que fica vedada a concessão de aposentadoria especial, nos termos do § 4º do art. 40 da Constituição Federal, até que lei complementar federal discipline a matéria . Isso impede o Governador do Estado de Mato Grosso do Sul e a Assembleia Legislativa desse Estado legislar sobre essa matéria, pois, vinculados ao princípio da legalidade (art. 37, caput, da Constituição), devem observar as normas previdenciárias aplicáveis ao servidor público. 10. Pelo exposto, dou provimento a este agravo e, desde logo, ao recurso extraordinário (art. 544, § 4º, inc. II, alínea c, do Código de Processo Civil) para extinguir o processo sem resolução de mérito, por ilegitimidade da parte (art. 267, inc. VI, do Código de Processo Civil)” (fls. 345-349). 2. Publicada essa decisão no DJe de 4.9.2012 (fl. 350), interpõe Tânia de Oliveira Barbosa, em 10.9.2012, tempestivamente, agravo regimental (fls. 353-367). 3. Afirma a Agravante que “a competência para legislar sobre previdência social é comum de todos os entes federativos por permissão expressa do inc. XII do art. 24 da Constituição brasileira. Em sendo competência legislativa comum, a omissão de norma geral pela União não impede a legiferação específica dos Estados” (fl. 362). 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2972383. Supremo Tribunal Federal ARE 693.136 AGR / MS Governador do Estado de Mato Grosso do Sul e a Assembleia Legislativa desse Estado não têm competência constitucional apta para interferir na continuidade da omissão legislativa apontada. Nesse sentido: (...) (MI 1.525-AgR, de minha relatoria, Plenário, DJe 12.4.2011). (...) (MI 1.231-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Plenário, DJe 1º.12.2011). 9. Ressalte-se que a Lei n. 9.717/1998, que dispõe sobre regras gerais para a organização e o funcionamento dos regimes próprios de previdência social dos servidores públicos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos militares dos Estados e do Distrito Federal e dá outras providências, estabelece, no seu art. 5º, parágrafo único, que fica vedada a concessão de aposentadoria especial, nos termos do § 4º do art. 40 da Constituição Federal, até que lei complementar federal discipline a matéria . Isso impede o Governador do Estado de Mato Grosso do Sul e a Assembleia Legislativa desse Estado legislar sobre essa matéria, pois, vinculados ao princípio da legalidade (art. 37, caput, da Constituição), devem observar as normas previdenciárias aplicáveis ao servidor público. 10. Pelo exposto, dou provimento a este agravo e, desde logo, ao recurso extraordinário (art. 544, § 4º, inc. II, alínea c, do Código de Processo Civil) para extinguir o processo sem resolução de mérito, por ilegitimidade da parte (art. 267, inc. VI, do Código de Processo Civil)” (fls. 345-349). 2. Publicada essa decisão no DJe de 4.9.2012 (fl. 350), interpõe Tânia de Oliveira Barbosa, em 10.9.2012, tempestivamente, agravo regimental (fls. 353-367). 3. Afirma a Agravante que “a competência para legislar sobre previdência social é comum de todos os entes federativos por permissão expressa do inc. XII do art. 24 da Constituição brasileira. Em sendo competência legislativa comum, a omissão de norma geral pela União não impede a legiferação específica dos Estados” (fl. 362). 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2972383. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 12 Relatório ARE 693.136 AGR / MS Sustenta que “se evidencia a mora legislativa não apenas no âmbito nacional, que não criou a lei complementar citada no art. 40 da Constituição Federal, mas também em âmbito estadual que possui competência concorrente para criar as normas previdenciárias” (fl. 366). Alega que “adequada está a legitimidade passiva do governador do Estado e da Assembleia Legislativa, bem como a competência do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul para o julgamento do presente mandado de injunção” (fl. 366). Requer a reconsideração da decisão agravada ou o provimento do presente recurso. É o relatório. 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2972383. Supremo Tribunal Federal ARE 693.136 AGR / MS Sustenta que “se evidencia a mora legislativa não apenas no âmbito nacional, que não criou a lei complementar citada no art. 40 da Constituição Federal, mas também em âmbito estadual que possui competência concorrente para criar as normas previdenciárias” (fl. 366). Alega que “adequada está a legitimidade passiva do governador do Estado e da Assembleia Legislativa, bem como a competência do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul para o julgamento do presente mandado de injunção” (fl. 366). Requer a reconsideração da decisão agravada ou o provimento do presente recurso. É o relatório. 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2972383. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 12 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 693.136 MATO GROSSO DO SUL VOTO A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA (Relatora): 1. Razão jurídica não assiste à Agravante. 2. Na espécie vertente, o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul concedeu parcialmente a ordem pleiteada para garantir à Agravante o direito de ter o seu requerimento administrativo de aposentadoria especial analisado pela autoridade competente à luz do art. 57 da Lei n. 8.213/1991, sob os seguintes fundamentos: “Cuida-se de mandado de injunção impetrado por Tânia de Oliveira Barbosa contra o Governador do Estado de Mato Grosso do Sul e Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso do Sul em razão de alegada omissão legislativa consistente na ausência de regulamentação do direito à aposentadoria especial. (…) Preliminar de ilegitimidade passiva do Governador do Estado e da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul: Acompanho em parte o E. Relator, tão somente para reconhecer a ilegitimidade da Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso do Sul. Na primeira abordagem desta matéria, no mérito do MS n. 2009.007747-9, esta Corte manifestou-se com os mesmos fundamentos agora esposados pelo E. Des. Sérgio Fernandes Martins, rejeitando o mandado de injunção, ao fundamento de que competia à União a edição de norma regulamentando esta matéria e, diante da sua omissão, não teriam os Estados da federação legitimidade para legislar. Posteriormente, em outro mandado de injunção, eis que é realmente primazia da União traçar normas gerais sobre Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2972384. Supremo Tribunal Federal 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 693.136 MATO GROSSO DO SUL VOTO A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA (Relatora): 1. Razão jurídica não assiste à Agravante. 2. Na espécie vertente, o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul concedeu parcialmente a ordem pleiteada para garantir à Agravante o direito de ter o seu requerimento administrativo de aposentadoria especial analisado pela autoridade competente à luz do art. 57 da Lei n. 8.213/1991, sob os seguintes fundamentos: “Cuida-se de mandado de injunção impetrado por Tânia de Oliveira Barbosa contra o Governador do Estado de Mato Grosso do Sul e Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso do Sul em razão de alegada omissão legislativa consistente na ausência de regulamentação do direito à aposentadoria especial. (…) Preliminar de ilegitimidade passiva do Governador do Estado e da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul: Acompanho em parte o E. Relator, tão somente para reconhecer a ilegitimidade da Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso do Sul. Na primeira abordagem desta matéria, no mérito do MS n. 2009.007747-9, esta Corte manifestou-se com os mesmos fundamentos agora esposados pelo E. Des. Sérgio Fernandes Martins, rejeitando o mandado de injunção, ao fundamento de que competia à União a edição de norma regulamentando esta matéria e, diante da sua omissão, não teriam os Estados da federação legitimidade para legislar. Posteriormente, em outro mandado de injunção, eis que é realmente primazia da União traçar normas gerais sobre Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2972384. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 12 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA ARE 693.136 AGR / MS aposentadoria especial, sendo que o Estado só pode, concorrentemente traçar normas complementares e, como a disciplina geral não foi realizada pela União, optou-se por rejeitar a injunção por ser impossível ao Estado fazer normas complementares se não existe a geral. Contudo, examinando julgados do Supremo Tribunal Federal, com relação à estas injunções, verificou-se que a Corte Suprema havia adotado uma posição de dar efeito concreto para solucionar o problema da parte, determinando que fosse disciplinada a matéria específica para aquele autor da injunção. Em razão disso, passamos a dar parcial provimento parcial ao recurso, para que seja aplicada a legislação federal, supletivamente. Portanto, as questões relativas às hipóteses previstas no artigo 40, incisos I a III, da CF/88, que determina os casos em que pode haver aposentadoria especial, passou a ser da competência da autoridade administrativa e, por essa razão, passamos a conceder parcialmente a injunção, para que seja aplicada a regra geral prevista na legislação federal (art. 47 da lei 8.213/91), evitando, com isso, que a parte fique desamparada. Por isso adoto o entendimento de que essa preliminar, de ilegitimidade do Estado de Mato Grosso do Sul, deve ser analisada em conjunto com o mérito. Pelo exposto, acompanho em parte o relator, para acolher parcialmente a preliminar de ilegitimidade passiva em relação à Assembleia Legislativa e confundir a preliminar de ilegitimidade passiva do Estado de Mato Grosso do Sul com o mérito. (...) De fato, o Supremo Tribunal Federal vem reconhecendo que a mora legislativa em regulamentar a aposentadoria especial assegurada no § 4º do artigo 40 da Constituição da República deve ser suprida pela concessão de injunção que viabilize a apreciação pela Administração Pública de pedido de aposentadoria especial de servidor público através da aplicação da regra prevista no artigo 57 da Lei n. 8.213/91. Nesse sentido, os seguintes julgados do Plenário do Pretório Excelso: MI 721, Rel. Min. MARCO AURÉLIO; e MI 788, Rel. Min. AYRES BRITTO; e MI 795, Rel.ª Min.ª CARMÉN LÚCIA. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2972384. Supremo Tribunal Federal ARE 693.136 AGR / MS aposentadoria especial, sendo que o Estado só pode, concorrentemente traçar normas complementares e, como a disciplina geral não foi realizada pela União, optou-se por rejeitar a injunção por ser impossível ao Estado fazer normas complementares se não existe a geral. Contudo, examinando julgados do Supremo Tribunal Federal, com relação à estas injunções, verificou-se que a Corte Suprema havia adotado uma posição de dar efeito concreto para solucionar o problema da parte, determinando que fosse disciplinada a matéria específica para aquele autor da injunção. Em razão disso, passamos a dar parcial provimento parcial ao recurso, para que seja aplicada a legislação federal, supletivamente. Portanto, as questões relativas às hipóteses previstas no artigo 40, incisos I a III, da CF/88, que determina os casos em que pode haver aposentadoria especial, passou a ser da competência da autoridade administrativa e, por essa razão, passamos a conceder parcialmente a injunção, para que seja aplicada a regra geral prevista na legislação federal (art. 47 da lei 8.213/91), evitando, com isso, que a parte fique desamparada. Por isso adoto o entendimento de que essa preliminar, de ilegitimidade do Estado de Mato Grosso do Sul, deve ser analisada em conjunto com o mérito. Pelo exposto, acompanho em parte o relator, para acolher parcialmente a preliminar de ilegitimidade passiva em relação à Assembleia Legislativa e confundir a preliminar de ilegitimidade passiva do Estado de Mato Grosso do Sul com o mérito. (...) De fato, o Supremo Tribunal Federal vem reconhecendo que a mora legislativa em regulamentar a aposentadoria especial assegurada no § 4º do artigo 40 da Constituição da República deve ser suprida pela concessão de injunção que viabilize a apreciação pela Administração Pública de pedido de aposentadoria especial de servidor público através da aplicação da regra prevista no artigo 57 da Lei n. 8.213/91. Nesse sentido, os seguintes julgados do Plenário do Pretório Excelso: MI 721, Rel. Min. MARCO AURÉLIO; e MI 788, Rel. Min. AYRES BRITTO; e MI 795, Rel.ª Min.ª CARMÉN LÚCIA. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2972384. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 12 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA ARE 693.136 AGR / MS (…) Por oportuno, registro que o posicionamento do Supremo Tribunal Federal acerca da mora legislativa em relação à aposentadoria especial será brevemente objeto de súmula vinculante, conforme se infere da Proposta de Súmula Vinculante n. 45, que tramita naquele Pretório Excelso. Desse modo, não resta dúvidas que a injunção, no caso, deve ser parcialmente concedida para, nos termos da firme jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, afastar o óbice criado pela mora legislativa, relegando à análise concreta do pedido de aposentadoria à Administração Pública. (…) Desse modo, concedo, em parte, a ordem para assegurar ao servidor impetrante o direito de ter requerimento de aposentadoria especial apreciado pela autoridade administrativa à luz da disciplina conferida aos trabalhadores em geral (art. 57, 58 e 65 da Lei n. 8.213/91), devendo ser verificado pela Administração se o servidor comprova - inclusive por meio de laudo técnico circunstanciado de condições ambientais das atividades exercidas - ter exercido suas atividades em contato com os agentes nocivos listados no Anexo IV do Regulamento da Previdência Social (Decreto 3.048/1999) de forma ininterrupta durante o tempo ali determinado” (fls. 214-229, grifos nossos). 3. Como assentado na decisão agravada, trata-se de pedido com base no art. 40, § 4º, inc. II, da Constituição (atividade de risco). Este Supremo Tribunal Federal assentou que a competência concorrente para legislar sobre previdência social não afasta a necessidade de tratamento uniforme das exceções às regras de aposentadoria dos servidores públicos. Portanto, é obrigatória a atuação normativa da União para a edição de lei regulamentadora nacional do art. 40, § 4º, da Constituição da República. Assim, enquanto não for regulamentado o § 4º do art. 40 da 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2972384. Supremo Tribunal Federal ARE 693.136 AGR / MS (…) Por oportuno, registro que o posicionamento do Supremo Tribunal Federal acerca da mora legislativa em relação à aposentadoria especial será brevemente objeto de súmula vinculante, conforme se infere da Proposta de Súmula Vinculante n. 45, que tramita naquele Pretório Excelso. Desse modo, não resta dúvidas que a injunção, no caso, deve ser parcialmente concedida para, nos termos da firme jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, afastar o óbice criado pela mora legislativa, relegando à análise concreta do pedido de aposentadoria à Administração Pública. (…) Desse modo, concedo, em parte, a ordem para assegurar ao servidor impetrante o direito de ter requerimento de aposentadoria especial apreciado pela autoridade administrativa à luz da disciplina conferida aos trabalhadores em geral (art. 57, 58 e 65 da Lei n. 8.213/91), devendo ser verificado pela Administração se o servidor comprova - inclusive por meio de laudo técnico circunstanciado de condições ambientais das atividades exercidas - ter exercido suas atividades em contato com os agentes nocivos listados no Anexo IV do Regulamento da Previdência Social (Decreto 3.048/1999) de forma ininterrupta durante o tempo ali determinado” (fls. 214-229, grifos nossos). 3. Como assentado na decisão agravada, trata-se de pedido com base no art. 40, § 4º, inc. II, da Constituição (atividade de risco). Este Supremo Tribunal Federal assentou que a competência concorrente para legislar sobre previdência social não afasta a necessidade de tratamento uniforme das exceções às regras de aposentadoria dos servidores públicos. Portanto, é obrigatória a atuação normativa da União para a edição de lei regulamentadora nacional do art. 40, § 4º, da Constituição da República. Assim, enquanto não for regulamentado o § 4º do art. 40 da 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2972384. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 12 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA ARE 693.136 AGR / MS Constituição, o Presidente da República é parte legítima para figurar no polo passivo de mandado de injunção em que se discute a aposentadoria especial de servidor público federal, estadual ou municipal. Confiram-se os seguintes julgados: “AGRAVO REGIMENTAL NO MANDADO DE INJUNÇÃO. APOSENTADORIA ESPECIAL DE SERVIDOR PÚBLICO DISTRITAL. ART. 40, § 4º, INC. III, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. COMPETÊNCIA CONCORRENTE DA UNIÃO, ESTADOS E DO DISTRITO FEDERAL PARA LEGISLAR SOBRE PREVIDÊNCIA SOCIAL. NECESSIDADE DE TRATAMENTO UNIFORME DA MATÉRIA. 1. A competência concorrente para legislar sobre previdência social não afasta a necessidade de tratamento uniforme das exceções às regras de aposentadoria dos servidores públicos. Necessidade de atuação normativa da União para a edição de norma regulamentadora de caráter nacional. 2. O Presidente da República é parte legítima para figurar no polo passivo de mandado de injunção em que se discute a aposentadoria especial de servidor público. Precedente. 3. Agravo regimental ao qual se nega provimento” (MI 1.832-AgR, de minha relatoria, Plenário, DJe 18.5.2011). “CONSTITUCIONAL. MANDADO DE INJUNÇÃO. APOSENTADORIA ESPECIAL. SERVIDORES PÚBLICOS ESTADUAIS E MUNICIPAIS. DECISÃO QUE CONCEDE A ORDEM PARA DETERMINAR QUE A AUTORIDADE ADMINISTRATIVA COMPETENTE ANALISE A SITUAÇÃO FÁTICA DO IMPETRANTE À LUZ DO ART. 57 DA LEI 8.213/1991. AGRAVO REGIMENTAL DA UNIÃO. ALEGAÇÃO DE ILEGITIMIDADE PASSIVA DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA E DE INCOMPETÊNCIA DA UNIÃO PARA LEGISLAR SOBRE PREVIDÊNCIA DOS SERVIDORES PÚBLICOS ESTADUAIS E MUNICIPAIS. AGRAVO 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2972384. Supremo Tribunal Federal ARE 693.136 AGR / MS Constituição, o Presidente da República é parte legítima para figurar no polo passivo de mandado de injunção em que se discute a aposentadoria especial de servidor público federal, estadual ou municipal. Confiram-se os seguintes julgados: “AGRAVO REGIMENTAL NO MANDADO DE INJUNÇÃO. APOSENTADORIA ESPECIAL DE SERVIDOR PÚBLICO DISTRITAL. ART. 40, § 4º, INC. III, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. COMPETÊNCIA CONCORRENTE DA UNIÃO, ESTADOS E DO DISTRITO FEDERAL PARA LEGISLAR SOBRE PREVIDÊNCIA SOCIAL. NECESSIDADE DE TRATAMENTO UNIFORME DA MATÉRIA. 1. A competência concorrente para legislar sobre previdência social não afasta a necessidade de tratamento uniforme das exceções às regras de aposentadoria dos servidores públicos. Necessidade de atuação normativa da União para a edição de norma regulamentadora de caráter nacional. 2. O Presidente da República é parte legítima para figurar no polo passivo de mandado de injunção em que se discute a aposentadoria especial de servidor público. Precedente. 3. Agravo regimental ao qual se nega provimento” (MI 1.832-AgR, de minha relatoria, Plenário, DJe 18.5.2011). “CONSTITUCIONAL. MANDADO DE INJUNÇÃO. APOSENTADORIA ESPECIAL. SERVIDORES PÚBLICOS ESTADUAIS E MUNICIPAIS. DECISÃO QUE CONCEDE A ORDEM PARA DETERMINAR QUE A AUTORIDADE ADMINISTRATIVA COMPETENTE ANALISE A SITUAÇÃO FÁTICA DO IMPETRANTE À LUZ DO ART. 57 DA LEI 8.213/1991. AGRAVO REGIMENTAL DA UNIÃO. ALEGAÇÃO DE ILEGITIMIDADE PASSIVA DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA E DE INCOMPETÊNCIA DA UNIÃO PARA LEGISLAR SOBRE PREVIDÊNCIA DOS SERVIDORES PÚBLICOS ESTADUAIS E MUNICIPAIS. AGRAVO 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2972384. Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 12 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA ARE 693.136 AGR / MS REGIMENTAL DESPROVIDO. A Corte firmou entendimento no sentido de que a competência concorrente para legislar sobre previdência dos servidores públicos não afasta a necessidade da edição de norma regulamentadora de caráter nacional, cuja competência é da União. Por esse motivo, a Corte assentou a legitimidade do Presidente da República para figurar no polo passivo de mandado de injunção sobre esse tema. Precedentes. Agravo regimental desprovido” (MI 1.898-AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa, Plenário, DJe 1º.6.2012). Portanto, compete ao Presidente da República a edição da norma regulamentadora do art. 40, § 4º, da Constituição. Assim, o Governador do Estado de Mato Grosso do Sul e a Assembleia Legislativa daquele Estado não têm competência constitucional para interferir na continuidade da omissão legislativa apontada, pois, vinculados ao princípio da legalidade (art. 37, caput, da Constituição), devem observar as normas previdenciárias aplicáveis ao servidor público. Nesse sentido: “AGRAVO REGIMENTAL NO MANDADO DE INJUNÇÃO. APOSENTADORIA ESPECIAL DE SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL. LEGITIMIDADE PASSIVA. 1. Apenas a autoridade, órgão ou entidade que tenha o dever de regulamentar a norma constitucional dispõe de legitimidade passiva 'ad causam' no mandado de injunção. 2. Agravo regimental ao qual se nega provimento” (MI 1.525-AgR, de minha relatoria, Plenário, DJe 12.4.2011). 4. Ademais, como também posto na decisão agravada, a Lei n. 9.717/1998, que dispõe sobre regras gerais para a organização e o funcionamento dos regimes próprios de previdência social dos servidores públicos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos militares dos Estados e do Distrito Federal e dá outras providências, estabelece, no seu art. 5º, parágrafo único, que “fica vedada a concessão de aposentadoria especial, nos termos do § 4º do art. 40 da Constituição Federal, até 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2972384. Supremo Tribunal Federal ARE 693.136 AGR / MS REGIMENTAL DESPROVIDO. A Corte firmou entendimento no sentido de que a competência concorrente para legislar sobre previdência dos servidores públicos não afasta a necessidade da edição de norma regulamentadora de caráter nacional, cuja competência é da União. Por esse motivo, a Corte assentou a legitimidade do Presidente da República para figurar no polo passivo de mandado de injunção sobre esse tema. Precedentes. Agravo regimental desprovido” (MI 1.898-AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa, Plenário, DJe 1º.6.2012). Portanto, compete ao Presidente da República a edição da norma regulamentadora do art. 40, § 4º, da Constituição. Assim, o Governador do Estado de Mato Grosso do Sul e a Assembleia Legislativa daquele Estado não têm competência constitucional para interferir na continuidade da omissão legislativa apontada, pois, vinculados ao princípio da legalidade (art. 37, caput, da Constituição), devem observar as normas previdenciárias aplicáveis ao servidor público. Nesse sentido: “AGRAVO REGIMENTAL NO MANDADO DE INJUNÇÃO. APOSENTADORIA ESPECIAL DE SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL. LEGITIMIDADE PASSIVA. 1. Apenas a autoridade, órgão ou entidade que tenha o dever de regulamentar a norma constitucional dispõe de legitimidade passiva 'ad causam' no mandado de injunção. 2. Agravo regimental ao qual se nega provimento” (MI 1.525-AgR, de minha relatoria, Plenário, DJe 12.4.2011). 4. Ademais, como também posto na decisão agravada, a Lei n. 9.717/1998, que dispõe sobre regras gerais para a organização e o funcionamento dos regimes próprios de previdência social dos servidores públicos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos militares dos Estados e do Distrito Federal e dá outras providências, estabelece, no seu art. 5º, parágrafo único, que “fica vedada a concessão de aposentadoria especial, nos termos do § 4º do art. 40 da Constituição Federal, até 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2972384. Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 12 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA ARE 693.136 AGR / MS que lei complementar federal discipline a matéria”. 5. Os argumentos da Agravante, insuficientes para modificar a decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente prestação jurisdicional. 6. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental. 6 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2972384. Supremo Tribunal Federal ARE 693.136 AGR / MS que lei complementar federal discipline a matéria”. 5. Os argumentos da Agravante, insuficientes para modificar a decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente prestação jurisdicional. 6. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental. 6 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2972384. Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 12 Decisão de Julgamento SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 693.136 PROCED. : MATO GROSSO DO SUL RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) : TÂNIA DE OLIVEIRA BARBOSA ADV.(A/S) : ALEX VIEGAS DE LEMES ADV.(A/S) : JAQUES CARDOSO DA CRUZ AGDO.(A/S) : ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 25.09.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Subprocurador-Geral da República, Dr. Francisco de Assis Vieira Sanseverino. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2885481 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 693.136 PROCED. : MATO GROSSO DO SUL RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) : TÂNIA DE OLIVEIRA BARBOSA ADV.(A/S) : ALEX VIEGAS DE LEMES ADV.(A/S) : JAQUES CARDOSO DA CRUZ AGDO.(A/S) : ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 25.09.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Subprocurador-Geral da República, Dr. Francisco de Assis Vieira Sanseverino. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2885481 Inteiro Teor do Acórdão - Página 12 de 12
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=2981315
2012-09-25T00:00:00
2012-10-23T00:00:00
A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 25.09.2012.
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO
EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. CONSTITUCIONAL. APOSENTADORIA ESPECIAL. ATIVIDADE DE RISCO. AGENTE CARCERÁRIA. COMPETÊNCIA LEGISLATIVA CONCORRENTE. NECESSIDADE DE ATUAÇÃO NORMATIVA DA UNIÃO PARA A EDIÇÃO DE NORMA REGULAMENTADORA DE CARÁTER NACIONAL. PRECEDENTES DO PLENÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.
sjur217169
- Acórdãos citados: MI 1525 AgR - Tribunal Pleno, MI 1832 AgR - Tribunal Pleno, MI 1898 AgR - Tribunal Pleno. Número de páginas: 12. Análise: 26/10/2012, LLD.
CÁRMEN LÚCIA
Segunda Turma
693136
[ "LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00037 ART-00040 PAR-00004 INC-00002\r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n\r\n", "LEG-FED LEI-008213 ANO-1991\r\n ART-00057 \r\n LEI ORDINÁRIA\r\n\r\n", "LEG-FED LEI-009717 ANO-1998\r\n ART-00005 PAR-ÚNICO \r\n LEI ORDINÁRIA" ]
ARE-AgR
acordaos
ARE 693136 AgR
[ "" ]
AGDO.(A/S) : ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL ADV.(A/S) : ALEX VIEGAS DE LEMES ADV.(A/S) : JAQUES CARDOSO DA CRUZ AGTE.(S) : TÂNIA DE OLIVEIRA BARBOSA
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "RECURSO", "ARE 693 . 136 AGR / MS", "Mandado", "MI 1 . 832 -", "AgR", "MI 1 . 463 -", "AgR", "MI 1 . 898 - AgR", "ARE 693 . 136 AGR / MS", "MI 1 . 832 - AgR", "MI 1 . 463 - AgR", "MI 1 . 898 - AgR", "ARE 693 . 136 AGR / MS", "MI 1 . 525 - AgR", "MI 1 . 231 - AgR", "ARE 693 . 136 AGR", "MI", "MI", "ARE 693 . 136 AGR", "ARE 693 . 136", "MS n . 2009 . 007747 - 9", "MS n . 2009 . 007747 - 9", "ARE 693 . 136 AGR / MS", "MI", "MI", "MI 795", "ARE 693 . 136 AGR", "MI", "MI", "MI", "ARE 693 . 136 AGR / MS", "ARE 693 . 136 AGR / MS", "Proposta de Súmula Vinculante n . 45", "ARE 693 . 136 AGR / MS", "MI 1 . 832 - AgR", "ARE 693 . 136", "MI 1 . 832 - AgR", "MI 1 . 898 - AgR", "MI 1 . 525 - AgR", "ARE 693 . 136 AGR / MS", "MI 1 . 898 - AgR", "MI 1 . 525 - AgR", "ARE 693 . 136 AGR", "ARE 693 . 136" ], "LEGISLACAO": [ "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 57 da Lei n . 8 . 213 / 1991", "art . 40 , § [UNK] , inc . I , II e III , da Constituição da República", "art . 40 , § [UNK] , inc . II e III , da Constituição da República", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 57 da Lei n . 8 . 213 / 1991", "40 , § [UNK] , inc . I , II e III , da Constituição da República", "art . 40 , § [UNK] , inc . II e III , da Constituição da República", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 40 , § [UNK] , inc . III , da Constituição da República", "art . 57 da Lei n . 8 . 213 / 1991", "art . 40 , § [UNK] , inc . II e III , da Constituição", "art . 40 , § [UNK] , da Constituição da República", "§ [UNK] do art . 40 da Constituição", "art . 40 , § [UNK] , da Constituição", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 40 , § [UNK] , inc . III , da Constituição da República", "art . 57 da Lei n . 8 . 213 / 1991", "art . 40 , § [UNK] , inc . II e III , da Constituição", "art . 40 , § [UNK] , da Constituição da República", "§ [UNK] do", "art . 40 da Constituição", "art . 40 , § [UNK] , da Constituição", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Lei n . 9 . 717 / 1998", "§ [UNK] do art . 40 da Constituição Federal", "art . 37 , caput , da Constituição", "art . 544 , § [UNK] , inc . II , alínea c , do Código de Processo Civil", "art . 267 , inc . VI , do Código de Processo Civil", "inc . XII do art . 24 da Constituição brasileira", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Lei n . 9 . 717 / 1998", "§ [UNK] do art . 40 da Constituição Federal", "art . 37 , caput , da Constituição", "art . 544 , § [UNK] , inc . II , alínea c , do Código de Processo Civil", "art . 267 , inc . VI , do Código de Processo Civil", "inc . XII do art . 24 da Constituição brasileira", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 40 da Constituição", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 40 da Constituição Federal", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 57 da Lei n . 8 .", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 57 da Lei n . 8 . 213 / 1991", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "artigo 40 , incisos I a III , da CF / 88", "art . 47 da lei 8 . 213 / 91", "§ [UNK] do artigo 40 da Constituição da República", "artigo 57 da Lei n . 8 . 213 / 91", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "artigo 40 , incisos I a III , da CF / 88", "art . 47 da lei 8 . 213 / 91", "§ [UNK] do artigo 40 da Constituição da República", "artigo 57 da Lei n . 8 . 213 / 91", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 57 , 58 e 65 da Lei n . 8 . 213 / 91", "Anexo IV do Regulamento da Previdência Social", "Decreto 3 . 048 / 1999", "art . 40 , § [UNK] , inc . II , da Constituição", "art . 40 , § [UNK] , da Constituição da República", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 57 , 58 e 65 da Lei n . 8 . 213 / 91", "Anexo IV do Regulamento da Previdência Social", "Decreto 3 . 048 / 1999", "art . 40 , § [UNK] , inc . II , da Constituição", "art . 40 , § [UNK] , da Constituição da República", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "ART . 40 , § [UNK] , INC . III , DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA", "ART . 57 DA LEI 8 . 213 / 1991", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "ART . 40 , § [UNK] , INC . III , DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA", "ART . 57 DA LEI 8 . 213 / 1991", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 40 , § [UNK] , da Constituição", "art . 37 , caput , da Constituição", "Lei n . 9 . 717 / 1998", "§ [UNK] do art . 40 da Constituição Federal", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 40 , § [UNK] , da Constituição", "art . 37 , caput , da Constituição", "Lei n . 9 . 717 / 1998", "§ [UNK] do art . 40 da Constituição Federal", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001" ], "LOCAL": [ "MATO GROSSO DO SUL", "ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL", "ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL", "Brasília", "MATO GROSSO DO SUL", "ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL", "ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL", "Estado do Mato Grosso", "MATO GROSSO DO SUL", "ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL", "ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL", "Estado do Mato Grosso", "Estado de Mato Grosso do Sul", "Distrito Federal", "Distrito Federal", "Estado de Mato Grosso do Sul", "Estado de Mato Grosso do Sul", "Distrito Federal", "Estado de Mato Grosso do Sul", "MATO GROSSO DO SUL", "Estado de Mato Grosso do Sul", "MATO GROSSO DO SUL", "Mato Grosso do Sul", "Estado de Mato Grosso do Sul", "Estado de Mato Grosso do Sul", "Estado de Mato Grosso do Sul", "Estado de Mato Grosso do Sul", "Estado de Mato Grosso do Sul", "DISTRITO FEDERAL", "DISTRITO FEDERAL", "Estado de Mato Grosso do Sul", "Distrito Federal", "Estado de Mato Grosso do Sul", "Distrito Federal", "MATO GROSSO DO SUL", "ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL", "ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL", "MATO GROSSO DO SUL", "ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL", "ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL" ], "ORGANIZACAO": [ "SEGUNDA TURMA", "UNIÃO", "Supremo Tribunal Federal", "Segunda Turma", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", 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"Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso do Sul", "União", "União", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "União", "Supremo Tribunal Federal", "Corte Suprema", "Assembleia Legislativa", "Supremo Tribunal Federal", "Plenário do Pretório Excelso", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "União", "Supremo Tribunal Federal", "Corte Suprema", "Assembleia Legislativa", "Supremo Tribunal Federal", "Plenário do Pretório Excelso", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "União", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "União", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "UNIÃO", "União", "Plenário", "UNIÃO", "UNIÃO", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "UNIÃO", "União", "Plenário", "UNIÃO", "UNIÃO", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "CÁRMEN", "União", "Plenário", "Assembleia Legislativa daquele Estado", "Plenário", "União", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "União", "Plenário", "Assembleia Legislativa", "APOSENTADORIA ESPECIAL", "Plenário", "União", "Distrito Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "/", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "/", "MS", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "SEGUNDA TURMA", "[UNK] Turma", "Infra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "[UNK] Turma", "Infra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil" ], "PESSOA": [ "CÁRMEN LÚCIA", "TÂNIA DE OLIVEIRA BARBOSA", "ALEX VIEGAS DE LEMES", "JAQUES CARDOSO DA CRUZ", "Ricardo Lewandowski", "Joaquim Barbosa", "CÁRMEN LÚCIA", "TÂNIA DE OLIVEIRA BARBOSA", "ALEX VIEGAS DE LEMES", "JAQUES CARDOSO DA CRUZ", "CÁRMEN LÚCIA", "CÁRMEN LÚCIA", "TÂNIA DE OLIVEIRA BARBOSA", "ALEX VIEGAS DE LEMES", "JAQUES CARDOSO DA CRUZ", "CÁRMEN LÚCIA", "Joaquim Barbosa", "Joaquim Barbosa", "Joaquim Barbosa", "Joaquim Barbosa", "Ricardo Lewandowski", "Tânia de Oliveira Barbosa", "Ricardo Lewandowski", "Tânia de Oliveira Barbosa", "CÁRMEN LÚCIA", "Tânia de Oliveira Barbosa", "Sérgio Fernandes Martins", "CÁRMEN LÚCIA", "Tânia de Oliveira Barbosa", "Sérgio Fernandes Martins", "CÁRMEN LÚCIA", "MARCO AURÉLIO", "AYRES BRITTO", "CARMÉN", "MARCO AURÉLIO", "AYRES BRITTO", "CARMÉN LÚCIA", "CÁRMEN LÚCIA", "CÁRMEN LÚCIA", "Joaquim Barbosa", "Joaquim Barbosa", "CÁRMEN LÚCIA", "CÁRMEN LÚCIA", "TÂNIA DE OLIVEIRA BARBOSA", "ALEX VIEGAS DE LEMES", "JAQUES CARDOSO DA CRUZ", "Joaquim Barbosa", "Ricardo Lewandowski", "Celso de Mello", "Gilmar Mendes", "Joaquim Barbosa", "Cármen Lúcia", "Francisco de Assis Vieira Sanseverino", "Fabiane Duarte", "CÁRMEN LÚCIA", "TÂNIA DE OLIVEIRA BARBOSA", "ALEX VIEGAS DE LEMES", "JAQUES CARDOSO DA CRUZ", "Joaquim Barbosa", "Ricardo Lewandowski", "Celso de Mello", "Gilmar Mendes", "Joaquim Barbosa", "Cármen Lúcia", "Francisco de Assis Vieira Sanseverino", "Fabiane Duarte" ], "TEMPO": [ "25", "/", "09", "/", "2012", "25 de setembro de 2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "23", "/", "10", "/", "2012", "25", "/", "09", "/", "2012", "24 de agosto de 2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", "/", "09", "/", "2012", "24 de agosto de 2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "18", ".", "5", ".", "2011", "13", ".", "5", ".", "2011", "[UNK]", ".", "6", ".", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "18", ".", "5", ".", "2011", "13", ".", "5", ".", "2011", "[UNK]", ".", "6", ".", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "12", ".", "4", ".", "2011", "[UNK]", ".", "12", ".", "2011", "4", ".", "9", ".", "2012", "10", ".", "9", ".", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "12", ".", "4", ".", "2011", "[UNK]", ".", "12", ".", "2011", "4", ".", "9", ".", "2012", "10", ".", "9", ".", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", "/", "09", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", "/", "09", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "18", ".", "5", ".", "2011", "24", "/", "08", "/", "2001", "18", ".", "5", ".", "2011", "24", "/", "08", "/", 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Ementa e Acórdão 25/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 687.841 MINAS GERAIS RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) :MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE AGDO.(A/S) :JAQUELINE BITENCOURT DOMINGOS ADV.(A/S) :LUCIANA CHAMONE GARCIA E OUTRO(A/S) EMENTA Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo. Agente de combate às endemias. Natureza do vínculo mantido com o Poder Público. Verbas rescisórias. Legislação infraconstitucional. Reexame de fatos e provas. Impossibilidade. Precedentes. 1. O Tribunal de origem concluiu, com base na Lei federal nº 11.350/06, na Lei municipal nº 8.490/08 e nos fatos e nas provas dos autos, que o vínculo mantido entre o Município e a ora agravada detinha natureza celetista e que, ainda que o contrato celebrado pelos litigantes contivesse irregularidades, seriam devidas à agravada as férias não gozadas, bem como o terço constitucional de férias. 2. Inadmissível, em recurso extraordinário, a análise da legislação infraconstitucional e o reexame de fatos e provas dos autos. Incidência das Súmulas nºs 636, 280 e 279/STF. 3. Agravo regimental não provido. ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata do julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2927406. Supremo Tribunal Federal DJe 15/10/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 14 Ementa e Acórdão ARE 687.841 AGR / MG Brasília, 25 de setembro de 2012. MINISTRO DIAS TOFFOLI Relator 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2927406. Supremo Tribunal Federal ARE 687.841 AGR / MG Brasília, 25 de setembro de 2012. MINISTRO DIAS TOFFOLI Relator 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2927406. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 14 Relatório 25/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 687.841 MINAS GERAIS RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) :MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE AGDO.(A/S) :JAQUELINE BITENCOURT DOMINGOS ADV.(A/S) :LUCIANA CHAMONE GARCIA E OUTRO(A/S) RELATÓRIO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): Município de Belo Horizonte interpõe tempestivo agravo regimental contra decisão em que conheci de agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário (fls. 308 a 315), com a seguinte fundamentação: “Vistos. Município de Belo Horizonte interpõe agravo contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário interposto com fundamento na alínea ‘a’ do permissivo constitucional. Insurge, no apelo extremo, contra acórdão da 1ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, assim ementado: ‘DIREITO ADMINISTRATIVO - AGENTE DE COMBATE A ENDEMIAS - TRATAMENTO CONSTITUCIONAL ESPECÍFICO DA FUNÇÃO - LEI FEDERAL LEI N.º 11.350, DE 5 DE OUTUBRO DE 2006 - REGULAMENTAÇÃO DO § 5.º DO ART. 198 DA CR/88. CONTRATO SUBMETIDO AO REGIME DA CLT - AÇÃO COM PEDIDO DE DIREITOS ESTATUTÁRIOS - COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA COMUM. PRECEDENTES DO STF. - Tratando-se de contratos temporários de Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2927408. Supremo Tribunal Federal 25/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 687.841 MINAS GERAIS RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) :MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE AGDO.(A/S) :JAQUELINE BITENCOURT DOMINGOS ADV.(A/S) :LUCIANA CHAMONE GARCIA E OUTRO(A/S) RELATÓRIO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): Município de Belo Horizonte interpõe tempestivo agravo regimental contra decisão em que conheci de agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário (fls. 308 a 315), com a seguinte fundamentação: “Vistos. Município de Belo Horizonte interpõe agravo contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário interposto com fundamento na alínea ‘a’ do permissivo constitucional. Insurge, no apelo extremo, contra acórdão da 1ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, assim ementado: ‘DIREITO ADMINISTRATIVO - AGENTE DE COMBATE A ENDEMIAS - TRATAMENTO CONSTITUCIONAL ESPECÍFICO DA FUNÇÃO - LEI FEDERAL LEI N.º 11.350, DE 5 DE OUTUBRO DE 2006 - REGULAMENTAÇÃO DO § 5.º DO ART. 198 DA CR/88. CONTRATO SUBMETIDO AO REGIME DA CLT - AÇÃO COM PEDIDO DE DIREITOS ESTATUTÁRIOS - COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA COMUM. PRECEDENTES DO STF. - Tratando-se de contratos temporários de Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2927408. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 14 Relatório ARE 687.841 AGR / MG agentes comunitários de saúde e agentes de combates às endemias, submetidos ao regime celetista, se a ação versa sobre pedidos de índole estatutária, como o de efetivação, estabilidade, reintegração ao cargo e outros direitos estatutários, ou discute a validade do próprio contrato, a competência é da Justiça comum, não a excluindo eventuais pedidos cumulados de verbas celetistas. - Precedentes da STF: Rcl n.º 8.110/PI e outros’ (fl. 180). Rejeitados os embargos de declaração opostos (fls. 273). Sustenta a parte recorrente que o acórdão atacado violou o artigo 37, inciso IX, da Constituição Federal, por ter ignorado a ‘impossibilidade de aplicabilidade a regime de contrato celetista aos contratos temporários de prestação de serviço ao Município, sob regime de direito administrativo (...)’ (fl. 293). Decido. Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi interposto contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da matéria constitucional objeto do recurso, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07. Todavia, apesar da petição recursal haver trazido a preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua existência, uma vez que, nos termos do artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, com a redação introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o procedimento acerca da existência da repercussão geral somente ocorrerá ‘quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão’. O inconformismo não merece colher êxito, uma vez que o Tribunal de origem concluiu que a contratação da autora, ora recorrida, não observou as disposições da Lei federal nº 11.350/06 e da Lei municipal nº 8.490/08, implicando a incidência da normas da CLT, mediante aprofundado exame dos fatos e provas dos autos, consignando, in verbis: 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2927408. Supremo Tribunal Federal ARE 687.841 AGR / MG agentes comunitários de saúde e agentes de combates às endemias, submetidos ao regime celetista, se a ação versa sobre pedidos de índole estatutária, como o de efetivação, estabilidade, reintegração ao cargo e outros direitos estatutários, ou discute a validade do próprio contrato, a competência é da Justiça comum, não a excluindo eventuais pedidos cumulados de verbas celetistas. - Precedentes da STF: Rcl n.º 8.110/PI e outros’ (fl. 180). Rejeitados os embargos de declaração opostos (fls. 273). Sustenta a parte recorrente que o acórdão atacado violou o artigo 37, inciso IX, da Constituição Federal, por ter ignorado a ‘impossibilidade de aplicabilidade a regime de contrato celetista aos contratos temporários de prestação de serviço ao Município, sob regime de direito administrativo (...)’ (fl. 293). Decido. Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi interposto contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da matéria constitucional objeto do recurso, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07. Todavia, apesar da petição recursal haver trazido a preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua existência, uma vez que, nos termos do artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, com a redação introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o procedimento acerca da existência da repercussão geral somente ocorrerá ‘quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão’. O inconformismo não merece colher êxito, uma vez que o Tribunal de origem concluiu que a contratação da autora, ora recorrida, não observou as disposições da Lei federal nº 11.350/06 e da Lei municipal nº 8.490/08, implicando a incidência da normas da CLT, mediante aprofundado exame dos fatos e provas dos autos, consignando, in verbis: 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2927408. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 14 Relatório ARE 687.841 AGR / MG ‘Pois bem. Feita esta consideração, cumpre destacar, outrossim, que a Constituição outorgou à legislação federal a competência exclusiva para tratar da regulamentação da função, inclusive no tocante ao regime jurídico dos funcionários, por meio do § 5º. Seguindo, pois, este mandamento constitucional, foi editada pelo Congresso Nacional, em 2006, a Lei Federal n.º 11.350. Deste diploma normativo, cumpre destacar os seguintes dispositivos, relevantes à adequada solução do presente litígio: (...) Do exposto, podemos extrair que: a) a admissão deve ser precedida de processo seletivo simplificado, sendo vedada qualquer forma de contratação temporária - inclusive, portanto, a prevista no art. 37, IX, da Constituição Federal - ressalvada a hipótese de surtos endêmicos; b) a gestão local do SUS é competente para dispor sobre a criação de cargos, empregos e demais aspectos inerentes à atividade; c) a dispensa, por rescisão unilateral da Administração Pública, só ocorrerá nas hipóteses legais previstas. Por fim, cumpre observar que, com escopo no art. 14 da retro mencionada lei, o Município de Belo Horizonte editou a Lei Municipal n.º 8.490, de 2008, que estabeleceu os seguintes dispositivos, que interessam à solução da lide: (...) Em síntese, por conseguinte, determinou a legislação municipal que os agentes, no município, se submeterão ao regime da CLT, reforçando que a contratação se dará por processo seletivo público e que a rescisão unilateral, por parte da Administração Pública, só se dará nos casos e formas legais. Caso concreto: da nulidade do contrato temporário Trazendo tais considerações ao caso ora sob exame, 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2927408. Supremo Tribunal Federal ARE 687.841 AGR / MG ‘Pois bem. Feita esta consideração, cumpre destacar, outrossim, que a Constituição outorgou à legislação federal a competência exclusiva para tratar da regulamentação da função, inclusive no tocante ao regime jurídico dos funcionários, por meio do § 5º. Seguindo, pois, este mandamento constitucional, foi editada pelo Congresso Nacional, em 2006, a Lei Federal n.º 11.350. Deste diploma normativo, cumpre destacar os seguintes dispositivos, relevantes à adequada solução do presente litígio: (...) Do exposto, podemos extrair que: a) a admissão deve ser precedida de processo seletivo simplificado, sendo vedada qualquer forma de contratação temporária - inclusive, portanto, a prevista no art. 37, IX, da Constituição Federal - ressalvada a hipótese de surtos endêmicos; b) a gestão local do SUS é competente para dispor sobre a criação de cargos, empregos e demais aspectos inerentes à atividade; c) a dispensa, por rescisão unilateral da Administração Pública, só ocorrerá nas hipóteses legais previstas. Por fim, cumpre observar que, com escopo no art. 14 da retro mencionada lei, o Município de Belo Horizonte editou a Lei Municipal n.º 8.490, de 2008, que estabeleceu os seguintes dispositivos, que interessam à solução da lide: (...) Em síntese, por conseguinte, determinou a legislação municipal que os agentes, no município, se submeterão ao regime da CLT, reforçando que a contratação se dará por processo seletivo público e que a rescisão unilateral, por parte da Administração Pública, só se dará nos casos e formas legais. Caso concreto: da nulidade do contrato temporário Trazendo tais considerações ao caso ora sob exame, 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2927408. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 14 Relatório ARE 687.841 AGR / MG observo, de início, que a autora foi contratada de forma direta pela administração municipal. Isso fica exaustivamente demonstrado nos autos, sendo expresso até mesmo no contrato apresentado pela autora (f. 20). O município réu confessou, inclusive, tanto à contestação quanto à peça de irresignação, que a contratação se deu na forma do art. 37, IX, por excepcional interesse público. Violou-se frontalmente, desta forma, todo o conjunto normativo exposto, inclusive a Constituição Federal. Em primeiro lugar, porque a admissão deveria, necessariamente, ter ocorrido por meio de processo seletivo público, o que não se verificou no caso em análise. Em segundo, porque a Lei Federal, à qual a própria Carta Magna outorgou expressamente o poder para regulamentar a função, vedou expressamente qualquer forma de contratação temporária, inclusive aquela prevista no art. 37, IX. Não restam dúvidas, portanto, de que a contratação está eivada de irregularidade, sendo nulo de pleno direito o contrato firmado. (...) ‘Certamente que - ainda seguindo os fundamentos da apelação - o Tribunal Superior do Trabalho firmou entendimento que nos casos de fraude na contratação de servidores públicos o empregado fará jus tão somente ao pagamento dos dias efetivamente trabalhados, pelo que as demais parcelas rescisórias, entre elas as férias constitucionais, seriam descabidas (neste sentido temos a Súmula 363/TST). Contudo, o presente caso apresenta uma peculiaridade, pois segundo expressa previsão normativa, tanto da Lei Municipal, quanto da Federal, o agente de combate a endemias está sujeito às disposições da Consolidação das Leis do Trabalho, como exposto anteriormente. Há que se considerar ainda a boa-fé do trabalhador, 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2927408. Supremo Tribunal Federal ARE 687.841 AGR / MG observo, de início, que a autora foi contratada de forma direta pela administração municipal. Isso fica exaustivamente demonstrado nos autos, sendo expresso até mesmo no contrato apresentado pela autora (f. 20). O município réu confessou, inclusive, tanto à contestação quanto à peça de irresignação, que a contratação se deu na forma do art. 37, IX, por excepcional interesse público. Violou-se frontalmente, desta forma, todo o conjunto normativo exposto, inclusive a Constituição Federal. Em primeiro lugar, porque a admissão deveria, necessariamente, ter ocorrido por meio de processo seletivo público, o que não se verificou no caso em análise. Em segundo, porque a Lei Federal, à qual a própria Carta Magna outorgou expressamente o poder para regulamentar a função, vedou expressamente qualquer forma de contratação temporária, inclusive aquela prevista no art. 37, IX. Não restam dúvidas, portanto, de que a contratação está eivada de irregularidade, sendo nulo de pleno direito o contrato firmado. (...) ‘Certamente que - ainda seguindo os fundamentos da apelação - o Tribunal Superior do Trabalho firmou entendimento que nos casos de fraude na contratação de servidores públicos o empregado fará jus tão somente ao pagamento dos dias efetivamente trabalhados, pelo que as demais parcelas rescisórias, entre elas as férias constitucionais, seriam descabidas (neste sentido temos a Súmula 363/TST). Contudo, o presente caso apresenta uma peculiaridade, pois segundo expressa previsão normativa, tanto da Lei Municipal, quanto da Federal, o agente de combate a endemias está sujeito às disposições da Consolidação das Leis do Trabalho, como exposto anteriormente. Há que se considerar ainda a boa-fé do trabalhador, 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2927408. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 14 Relatório ARE 687.841 AGR / MG como o STJ, em casos próximos, vem adotando posicionamento: ‘SERVIDOR PÚBLICO CONTRATADO SEM CONCURSO PÚBLICO. NULIDADE DO CONTRATO DE TRABALHO. DIREITO AO LEVANTAMENTO DOS SALDOS DO FGTS. INEXISTÊNCIA. 1. A declaração de nulidade de contrato de trabalho, por inobservância do art. 37, II, da CF/88 (ausência de concurso público), gera efeitos ex nunc, resultando para o empregado o direito ao recebimento dos salários e dos valores existentes nas contas vinculadas ao FGTS em seu nome. 2. O empregado não concorre diretamente para a prática de ato ilícito cometido pelo empregador, quando o contrata sem concurso público, afrontando o art. 37, II, da CF. 3. Aplicação do princípio da boa-fé e da primazia da realidade. 4. Precedente: RESP. 284.250/GO, Relator Min. Humberto Gomes de Barros. 5. Recurso desprovido’ (REsp. nº 326.676/GO, RECURSO ESPECIAL 2001/0077165-4, Relator Ministro José Delgado, Primeira Turma, DJ de 04.03.2002). As decisões do STJ se pautam no princípio da boa fé objetiva, ligada ao fato em si (prestação do serviço), e não à pessoa que comete o ato, ou às circunstâncias da suposta ilegalidade. Este princípio, tão celebrado na doutrina, começa a ter mais aplicabilidade do nosso ordenamento jurídico em casos como este, quando a atuação do empregado não deve ser analisada sob a égide de sua culpabilidade, mas sim sobre os aspectos reais, ou como versou o eminente Relator Min. José Delgado na ‘primazia da realidade’ sobre a forma. O princípio da boa-fé objetiva é regido por três institutos distintos, quais sejam: confiança jurídica; venire contra factum propium e supressio. 5 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2927408. Supremo Tribunal Federal ARE 687.841 AGR / MG como o STJ, em casos próximos, vem adotando posicionamento: ‘SERVIDOR PÚBLICO CONTRATADO SEM CONCURSO PÚBLICO. NULIDADE DO CONTRATO DE TRABALHO. DIREITO AO LEVANTAMENTO DOS SALDOS DO FGTS. INEXISTÊNCIA. 1. A declaração de nulidade de contrato de trabalho, por inobservância do art. 37, II, da CF/88 (ausência de concurso público), gera efeitos ex nunc, resultando para o empregado o direito ao recebimento dos salários e dos valores existentes nas contas vinculadas ao FGTS em seu nome. 2. O empregado não concorre diretamente para a prática de ato ilícito cometido pelo empregador, quando o contrata sem concurso público, afrontando o art. 37, II, da CF. 3. Aplicação do princípio da boa-fé e da primazia da realidade. 4. Precedente: RESP. 284.250/GO, Relator Min. Humberto Gomes de Barros. 5. Recurso desprovido’ (REsp. nº 326.676/GO, RECURSO ESPECIAL 2001/0077165-4, Relator Ministro José Delgado, Primeira Turma, DJ de 04.03.2002). As decisões do STJ se pautam no princípio da boa fé objetiva, ligada ao fato em si (prestação do serviço), e não à pessoa que comete o ato, ou às circunstâncias da suposta ilegalidade. Este princípio, tão celebrado na doutrina, começa a ter mais aplicabilidade do nosso ordenamento jurídico em casos como este, quando a atuação do empregado não deve ser analisada sob a égide de sua culpabilidade, mas sim sobre os aspectos reais, ou como versou o eminente Relator Min. José Delgado na ‘primazia da realidade’ sobre a forma. O princípio da boa-fé objetiva é regido por três institutos distintos, quais sejam: confiança jurídica; venire contra factum propium e supressio. 5 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2927408. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 14 Relatório ARE 687.841 AGR / MG (...) Não há que se falar em efeitos da nulidade do contrato, visto que a sua validade ou invalidade, acarretaria consequências apenas no que concerne ao recebimento ou não das parcelas relativas a salário, décimo terceiro, férias, etc., não tendo a eventual nulidade do mesmo o condão de desqualificar a natureza do serviço prestado, público, bem como o regime a que se submete, qual seja, o estatutário. Neste caso, porém, trata-se de contrato regido pelo regime celetista, tanto por força de lei quanto porque previsto no próprio contrato. São devidas, assim, as verbas trabalhistas, portanto devido o FGTS’ (fl. 180 a 267). Assim, para alcançar conclusão diversa e reformar o aresto combatido, seria necessário reexaminar o conjunto fático- probatório dos autos e a legislação infraconstitucional pertinente, providência vedada em sede de recurso extraordinário, a teor dos enunciados das Súmulas nºs 279 e 280 desta Corte. Nesse sentido, menciono os seguintes precedentes: ‘Agravo regimental no recurso extraordinário. Prequestionamento. Ausência. Impossibilidade de reexame de legislação infraconstitucional e de fatos e provas dos autos. Incidência das Súmulas nº 636 e 279 desta Corte. Precedentes. 1. Não se admite o recurso extraordinário quando os dispositivos constitucionais que nele se alega violados não estão devidamente prequestionados. Incidência das Súmulas nº 282 e 356 desta Corte. 2. O recurso extraordinário não se presta ao reexame da legislação infraconstitucional e de fatos e provas dos autos. Incidência das Súmulas nº 636 e 279 do Supremo Tribunal Federal. 3. Agravo regimental não provido’ (RE nº. 224.150/RS-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJ 6 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2927408. Supremo Tribunal Federal ARE 687.841 AGR / MG (...) Não há que se falar em efeitos da nulidade do contrato, visto que a sua validade ou invalidade, acarretaria consequências apenas no que concerne ao recebimento ou não das parcelas relativas a salário, décimo terceiro, férias, etc., não tendo a eventual nulidade do mesmo o condão de desqualificar a natureza do serviço prestado, público, bem como o regime a que se submete, qual seja, o estatutário. Neste caso, porém, trata-se de contrato regido pelo regime celetista, tanto por força de lei quanto porque previsto no próprio contrato. São devidas, assim, as verbas trabalhistas, portanto devido o FGTS’ (fl. 180 a 267). Assim, para alcançar conclusão diversa e reformar o aresto combatido, seria necessário reexaminar o conjunto fático- probatório dos autos e a legislação infraconstitucional pertinente, providência vedada em sede de recurso extraordinário, a teor dos enunciados das Súmulas nºs 279 e 280 desta Corte. Nesse sentido, menciono os seguintes precedentes: ‘Agravo regimental no recurso extraordinário. Prequestionamento. Ausência. Impossibilidade de reexame de legislação infraconstitucional e de fatos e provas dos autos. Incidência das Súmulas nº 636 e 279 desta Corte. Precedentes. 1. Não se admite o recurso extraordinário quando os dispositivos constitucionais que nele se alega violados não estão devidamente prequestionados. Incidência das Súmulas nº 282 e 356 desta Corte. 2. O recurso extraordinário não se presta ao reexame da legislação infraconstitucional e de fatos e provas dos autos. Incidência das Súmulas nº 636 e 279 do Supremo Tribunal Federal. 3. Agravo regimental não provido’ (RE nº. 224.150/RS-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJ 6 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2927408. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 14 Relatório ARE 687.841 AGR / MG de 21/5/12). ‘AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. MAGISTÉRIO. CONTRATAÇÃO TEMPORÁRIA DE PESSOAL. EXISTÊNCIA DE CANDIDATO APROVADO EM CONCURSO PÚBLICO. ATO ILEGAL DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. IMPOSSIBILIDADE DO REEXAME DE PROVAS. INCIDÊNCIA DA SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO’ (ARE nº 648.980/MA-AgR, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, Primeira Turma, DJe de 26/10/11). ‘ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. CONCURSO PÚBLICO. EDITAL. NOMEAÇÃO. AGRAVO REGIMENTAL QUE NÃO ATACA TODOS OS FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA. SÚMULA STF 283. NECESSIDADE DE REEXAME DE FATOS E PROVAS, LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL E CLÁUSULAS DE EDITAL. SÚMULAS STF 279, 280 E 454. 1. As razões do agravo regimental não atacam dois dos fundamentos da decisão agravada, referentes à necessidade de reexame de legislação local e de cláusulas de edital de concurso público, o que atrai a aplicação, no presente caso, da Súmula STF 283. 2. Para divergir da conclusão do aresto impugnado, seria necessário o reexame do conjunto fático-probatório, cláusulas de edital de concurso público e legislação local (Súmulas STF 279, 454 e 280). 3. Agravo regimental a que se nega provimento’ (AI nº 832.149/CE-AgR, Relatora a Ministra Ellen Gracie, Segunda Turma, DJe de 19/8/11). ‘RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. 7 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2927408. Supremo Tribunal Federal ARE 687.841 AGR / MG de 21/5/12). ‘AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. MAGISTÉRIO. CONTRATAÇÃO TEMPORÁRIA DE PESSOAL. EXISTÊNCIA DE CANDIDATO APROVADO EM CONCURSO PÚBLICO. ATO ILEGAL DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. IMPOSSIBILIDADE DO REEXAME DE PROVAS. INCIDÊNCIA DA SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO’ (ARE nº 648.980/MA-AgR, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, Primeira Turma, DJe de 26/10/11). ‘ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. CONCURSO PÚBLICO. EDITAL. NOMEAÇÃO. AGRAVO REGIMENTAL QUE NÃO ATACA TODOS OS FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA. SÚMULA STF 283. NECESSIDADE DE REEXAME DE FATOS E PROVAS, LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL E CLÁUSULAS DE EDITAL. SÚMULAS STF 279, 280 E 454. 1. As razões do agravo regimental não atacam dois dos fundamentos da decisão agravada, referentes à necessidade de reexame de legislação local e de cláusulas de edital de concurso público, o que atrai a aplicação, no presente caso, da Súmula STF 283. 2. Para divergir da conclusão do aresto impugnado, seria necessário o reexame do conjunto fático-probatório, cláusulas de edital de concurso público e legislação local (Súmulas STF 279, 454 e 280). 3. Agravo regimental a que se nega provimento’ (AI nº 832.149/CE-AgR, Relatora a Ministra Ellen Gracie, Segunda Turma, DJe de 19/8/11). ‘RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. 7 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2927408. Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 14 Relatório ARE 687.841 AGR / MG Servidor público. Contrato temporário. Concurso público. Dispensa. Necessidade temporária. Questão de fato. Aplicação da súmula 279. Agravo regimental improvido. Não cabe recurso extraordinário que dependa de reexame de fatos e provas’ (AI nº 488.610-AgR/RN, Relator o Ministro Cezar Peluso, DJ de 25/11/05). Por fim, anote-se que jurisprudência desta Corte é no sentido de ser devida a extensão dos diretos sociais previstos no artigo 7º da Constituição Federal a servidor contratado temporariamente, nos moldes do art. 37, inciso IX, da referida Carta da República. Sobre o tema: ‘EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. DIREITOS SOCIAIS PREVISTOS NO ART. 7º DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. FÉRIAS E DÉCIMO TERCEIRO. EXTENSÃO AO SERVIDOR CONTRATADO TEMPORARIAMENTE. POSSIBILIDADE. PRECEDENTES. 1. Conforme a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, os servidores contratados em caráter temporário têm direito à extensão de direitos sociais constantes do art. 7º do Magno Texto, nos moldes do inciso IX do art. 37 da Carta Magna. 2. Agravo regimental desprovido’ (ARE nº 663.104/PE-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Ayres Britto, DJe de 19/3/12). ‘EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR CONTRATADO PELA ADMINISTRAÇÃO EM CARÁTER EMERGENCIAL. CONTRATO PRORROGADO SUCESSIVAMENTE. DÉCIMO TERCEIRO SALÁRIO DEVIDO. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO’ (AI nº 837.352/MG-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 26/5/11). 8 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2927408. Supremo Tribunal Federal ARE 687.841 AGR / MG Servidor público. Contrato temporário. Concurso público. Dispensa. Necessidade temporária. Questão de fato. Aplicação da súmula 279. Agravo regimental improvido. Não cabe recurso extraordinário que dependa de reexame de fatos e provas’ (AI nº 488.610-AgR/RN, Relator o Ministro Cezar Peluso, DJ de 25/11/05). Por fim, anote-se que jurisprudência desta Corte é no sentido de ser devida a extensão dos diretos sociais previstos no artigo 7º da Constituição Federal a servidor contratado temporariamente, nos moldes do art. 37, inciso IX, da referida Carta da República. Sobre o tema: ‘EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. DIREITOS SOCIAIS PREVISTOS NO ART. 7º DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. FÉRIAS E DÉCIMO TERCEIRO. EXTENSÃO AO SERVIDOR CONTRATADO TEMPORARIAMENTE. POSSIBILIDADE. PRECEDENTES. 1. Conforme a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, os servidores contratados em caráter temporário têm direito à extensão de direitos sociais constantes do art. 7º do Magno Texto, nos moldes do inciso IX do art. 37 da Carta Magna. 2. Agravo regimental desprovido’ (ARE nº 663.104/PE-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Ayres Britto, DJe de 19/3/12). ‘EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR CONTRATADO PELA ADMINISTRAÇÃO EM CARÁTER EMERGENCIAL. CONTRATO PRORROGADO SUCESSIVAMENTE. DÉCIMO TERCEIRO SALÁRIO DEVIDO. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO’ (AI nº 837.352/MG-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 26/5/11). 8 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2927408. Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 14 Relatório ARE 687.841 AGR / MG Pelo exposto, com fundamento no artigo 544, § 4º, inciso II, alínea a, do Código de Processo Civil, conheço do agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário. Publique-se.” Alega o agravante que “a matéria de fundo agitada no recurso extraordinário – direito de servidor temporário ao recebimento de férias e décimo terceiro salário – teve repercussão geral reconhecida no julgamento eletrônico do Recurso Extraordinário n. 593.068, de relatoria do e. Ministro Joaquim Barbosa” (fl. 317). Aduz, ainda, que o tema discutido nos presentes autos teria sido submetido ao rito da repercussão geral pela Ministra Cármen Lúcia no exame do AI nº 808.212 e que “desta sorte, não caberia, segundo a sistemática adotada em razão do novel instituto da repercussão geral, o julgamento definitivo do presente recurso quando pendente a solução definitiva pelo Plenário da Corte” (fl. 321). É o relatório. 9 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2927408. Supremo Tribunal Federal ARE 687.841 AGR / MG Pelo exposto, com fundamento no artigo 544, § 4º, inciso II, alínea a, do Código de Processo Civil, conheço do agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário. Publique-se.” Alega o agravante que “a matéria de fundo agitada no recurso extraordinário – direito de servidor temporário ao recebimento de férias e décimo terceiro salário – teve repercussão geral reconhecida no julgamento eletrônico do Recurso Extraordinário n. 593.068, de relatoria do e. Ministro Joaquim Barbosa” (fl. 317). Aduz, ainda, que o tema discutido nos presentes autos teria sido submetido ao rito da repercussão geral pela Ministra Cármen Lúcia no exame do AI nº 808.212 e que “desta sorte, não caberia, segundo a sistemática adotada em razão do novel instituto da repercussão geral, o julgamento definitivo do presente recurso quando pendente a solução definitiva pelo Plenário da Corte” (fl. 321). É o relatório. 9 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2927408. Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 14 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI 25/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 687.841 MINAS GERAIS VOTO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): Não merece prosperar a irresignação. Consoante expresso na decisão agravada, o Tribunal de origem concluiu, com base na Lei federal nº 11.350/06, na Lei municipal nº 8.490/08 e nos fatos e nas provas dos autos, que o vínculo mantido entre o Município e a ora agravada detinha natureza celetista e que, ainda que o contrato celebrado pelos litigantes contivesse irregularidades, seriam devidas à agravada as férias não gozadas, bem como o terço constitucional de férias. Assim, para chegar a entendimento diverso, seria necessário interpretar a legislação infraconstitucional e reexaminar o conjunto fático- probatório dos autos, o que é inviável em recurso extraordinário. Incidência das Súmulas nºs 636, 280 e 279/STF. Em casos análogos aos dos autos, esta Corte assim se pronunciou, anote-se: “RECURSO EXTRAORDINÁRIO – JULGAMENTO – LEGISLAÇÃO LOCAL. A apreciação do recurso extraordinário faz-se considerada a Constituição Federal, descabendo interpretar normas locais visando a concluir pelo enquadramento no permissivo do inciso III do artigo 102 da Carta da República” (AI nº 844.980/MS-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Marco Aurélio, DJe de 29/6/12). “AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO. ESTABILIDADE. ART. 19 DO ATO DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS. NATUREZA DO VÍNCULO: IMPOSSIBILIDADE DO REEXAME DE FATOS E PROVAS. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. FUNDAMENTAÇÃO DEFICIENTE DO RECURSO Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2927407. Supremo Tribunal Federal 25/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 687.841 MINAS GERAIS VOTO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): Não merece prosperar a irresignação. Consoante expresso na decisão agravada, o Tribunal de origem concluiu, com base na Lei federal nº 11.350/06, na Lei municipal nº 8.490/08 e nos fatos e nas provas dos autos, que o vínculo mantido entre o Município e a ora agravada detinha natureza celetista e que, ainda que o contrato celebrado pelos litigantes contivesse irregularidades, seriam devidas à agravada as férias não gozadas, bem como o terço constitucional de férias. Assim, para chegar a entendimento diverso, seria necessário interpretar a legislação infraconstitucional e reexaminar o conjunto fático- probatório dos autos, o que é inviável em recurso extraordinário. Incidência das Súmulas nºs 636, 280 e 279/STF. Em casos análogos aos dos autos, esta Corte assim se pronunciou, anote-se: “RECURSO EXTRAORDINÁRIO – JULGAMENTO – LEGISLAÇÃO LOCAL. A apreciação do recurso extraordinário faz-se considerada a Constituição Federal, descabendo interpretar normas locais visando a concluir pelo enquadramento no permissivo do inciso III do artigo 102 da Carta da República” (AI nº 844.980/MS-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Marco Aurélio, DJe de 29/6/12). “AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO. ESTABILIDADE. ART. 19 DO ATO DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS. NATUREZA DO VÍNCULO: IMPOSSIBILIDADE DO REEXAME DE FATOS E PROVAS. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. FUNDAMENTAÇÃO DEFICIENTE DO RECURSO Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2927407. Inteiro Teor do Acórdão - Página 12 de 14 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI ARE 687.841 AGR / MG EXTRAORDINÁRIO (SÚMULA 284). PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (RE nº 601.893/PI-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 30/4/10). “AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. ESTABILIDADE. ART. 19 DO ADCT/88. EMPREGADOS DE SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA. CONTROVÉRSIA ACERCA DA NATUREZA DO VÍNCULO. REEXAME DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL E DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO DOS AUTOS. 1. No caso, para se chegar à conclusão pretendida pelos agravantes, faz-se necessário o revolvimento de fatos e provas e a análise da legislação infraconstitucional pertinente. Providências vedadas na instância extraordinária. 2. Agravo regimental desprovido” (AI nº 456.693/RS-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Ayres Britto, DJe de 25/9/09). Anote-se, ainda, que o RE nº 593.068/SC, da relatoria do Ministro Joaquim Barbosa, na qual reconhecida a repercussão geral, trata da possibilidade de incidência de contribuição previdenciária sobre o terço constitucional de férias, os serviços extraordinários, o adicional noturno e o adicional de insalubridade, tema, portanto, diverso do debatido nos presentes autos. Por fim, o AI nº 808.212 da relatoria da Ministra Cármen Lúcia, reautuado como RE nº 630.900/MG, encontra-se concluso à Relatora desde 5/10/10, consoante informação obtida no sítio do STF, não havendo a discussão sido submetida ao crivo do Plenário, assim como também não houve manifestação pela repercussão geral da matéria, motivo pelo qual não há falar em impossibilidade de julgamento imediato do presente feito. Nego provimento ao agravo regimental. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2927407. Supremo Tribunal Federal ARE 687.841 AGR / MG EXTRAORDINÁRIO (SÚMULA 284). PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (RE nº 601.893/PI-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 30/4/10). “AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. ESTABILIDADE. ART. 19 DO ADCT/88. EMPREGADOS DE SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA. CONTROVÉRSIA ACERCA DA NATUREZA DO VÍNCULO. REEXAME DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL E DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO DOS AUTOS. 1. No caso, para se chegar à conclusão pretendida pelos agravantes, faz-se necessário o revolvimento de fatos e provas e a análise da legislação infraconstitucional pertinente. Providências vedadas na instância extraordinária. 2. Agravo regimental desprovido” (AI nº 456.693/RS-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Ayres Britto, DJe de 25/9/09). Anote-se, ainda, que o RE nº 593.068/SC, da relatoria do Ministro Joaquim Barbosa, na qual reconhecida a repercussão geral, trata da possibilidade de incidência de contribuição previdenciária sobre o terço constitucional de férias, os serviços extraordinários, o adicional noturno e o adicional de insalubridade, tema, portanto, diverso do debatido nos presentes autos. Por fim, o AI nº 808.212 da relatoria da Ministra Cármen Lúcia, reautuado como RE nº 630.900/MG, encontra-se concluso à Relatora desde 5/10/10, consoante informação obtida no sítio do STF, não havendo a discussão sido submetida ao crivo do Plenário, assim como também não houve manifestação pela repercussão geral da matéria, motivo pelo qual não há falar em impossibilidade de julgamento imediato do presente feito. Nego provimento ao agravo regimental. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2927407. Inteiro Teor do Acórdão - Página 13 de 14 Decisão de Julgamento PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 687.841 PROCED. : MINAS GERAIS RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) : MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE AGDO.(A/S) : JAQUELINE BITENCOURT DOMINGOS ADV.(A/S) : LUCIANA CHAMONE GARCIA E OUTRO(A/S) Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 25.9.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo de Tarso Braz Lucas. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2895712 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 687.841 PROCED. : MINAS GERAIS RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) : MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE AGDO.(A/S) : JAQUELINE BITENCOURT DOMINGOS ADV.(A/S) : LUCIANA CHAMONE GARCIA E OUTRO(A/S) Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 25.9.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo de Tarso Braz Lucas. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2895712 Inteiro Teor do Acórdão - Página 14 de 14
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=2940641
2012-09-25T00:00:00
2012-10-15T00:00:00
A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 25.9.2012.
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO
EMENTA Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo. Agente de combate às endemias. Natureza do vínculo mantido com o Poder Público. Verbas rescisórias. Legislação infraconstitucional. Reexame de fatos e provas. Impossibilidade. Precedentes. 1. O Tribunal de origem concluiu, com base na Lei federal nº 11.350/06, na Lei municipal nº 8.490/08 e nos fatos e nas provas dos autos, que o vínculo mantido entre o Município e a ora agravada detinha natureza celetista e que, ainda que o contrato celebrado pelos litigantes contivesse irregularidades, seriam devidas à agravada as férias não gozadas, bem como o terço constitucional de férias. 2. Inadmissível, em recurso extraordinário, a análise da legislação infraconstitucional e o reexame de fatos e provas dos autos. Incidência das Súmulas nºs 636, 280 e 279/STF. 3. Agravo regimental não provido.
sjur216591
- Acórdãos citados: AI 844980 AgR, RE 601893 AgR, AI 456693 AgR. - Decisão monocrática citada: AI 808212. - Veja RE 630900 do STF. Número de páginas: 14. Análise: 23/10/2012, AMS.
DIAS TOFFOLI
Primeira Turma
687841
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ARE-AgR
acordaos
ARE 687841 AgR
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AGTE.(S) : MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE AGDO.(A/S) : JAQUELINE BITENCOURT DOMINGOS ADV.(A/S) : LUCIANA CHAMONE GARCIA E OUTRO(A/S)
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Ementa e Acórdão 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 681.482 MINAS GERAIS RELATOR : MIN. JOAQUIM BARBOSA AGTE.(S) :LUIZ ALVIM RIBEIRO PASSOS ADV.(A/S) :LUIZ FERNANDO VALLADÃO NOGUEIRA AGDO.(A/S) :MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAIS PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS EMENTA : AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. MATÉRIA CRIMINAL. INABILITAÇÃO PARA O EXERCÍCIO DE CARGO PÚBLICO. EFEITO DA CONDENAÇÃO. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA REFLEXA. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 283. Hipótese de inabilitação para o exercício de cargo público como efeito da condenação e não de suspensão dos direitos políticos em face da norma do art. 15, III, da Constituição Federal. Discussão constitucional levantada pelo recorrente que, para ser analisada, necessita de apreciação prévia de norma infraconstitucional (Decreto-Lei 201/1967). Caracterização de ofensa reflexa ou indireta à Constituição Federal. Precedentes. Com o trânsito em julgado do recurso especial simultaneamente interposto ao recurso extraordinário, os fundamentos infraconstitucionais que amparam o acórdão recorrido tornaram-se definitivos (Súmula 283 do STF). Agravo regimental a que se nega provimento. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os ministros do Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a presidência do ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamento e Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2877324. Supremo Tribunal Federal DJe 26/10/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 8 Ementa e Acórdão AI 681.482 AGR / MG das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso de agravo, nos termos do voto do Relator. Brasília, 25 de setembro de 2012. Ministro JOAQUIM BARBOSA Relator Documento assinado digitalmente 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2877324. Supremo Tribunal Federal AI 681.482 AGR / MG das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso de agravo, nos termos do voto do Relator. Brasília, 25 de setembro de 2012. Ministro JOAQUIM BARBOSA Relator Documento assinado digitalmente 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2877324. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 8 Relatório 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 681.482 MINAS GERAIS RELATOR : MIN. JOAQUIM BARBOSA AGTE.(S) :LUIZ ALVIM RIBEIRO PASSOS ADV.(A/S) :LUIZ FERNANDO VALLADÃO NOGUEIRA AGDO.(A/S) :MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAIS PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO JOAQUIM BARBOSA (RELATOR): Esse é o teor da decisão com que neguei seguimento ao agravo de instrumento (fls. 274-276): “Trata-se de agravo de instrumento interposto de decisão que inadmitiu recurso extraordinário (artigo 102, III, a, da Constituição Federal) que tem como violados os arts. 5º, LV, LVII, 15, III, e 93, IX, da Carta Magna. Consta dos autos que o agravante, na condição de Prefeito do Município de Virgínia, foi denunciado como incurso no art. 1º, I, do Decreto-Lei 201/1967. O Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais - órgão competente para julgar a ação penal – acolheu parcialmente a denúncia para condenar o agravante em 2 (dois) anos de reclusão, substituída por duas penas restritivas de direitos, decretando-se, ainda, a perda do cargo e a inabilitação para o exercício de cargo ou função pública pelo prazo de 5 (cinco) anos. Nas razões do recurso extraordinário, busca o recorrente a exclusão da condenação da inabilitação para o exercício de cargo ou função pública, por entender ter havido violação dos dispositivos constitucionais mencionados. Decido. A análise da exclusão da perda dos direitos políticos, como efeito da condenação, do modo como pretende o recorrente, não pode ser admitida nessa instância recursal, pois o exame da suposta violação Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2877325. Supremo Tribunal Federal 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 681.482 MINAS GERAIS RELATOR : MIN. JOAQUIM BARBOSA AGTE.(S) :LUIZ ALVIM RIBEIRO PASSOS ADV.(A/S) :LUIZ FERNANDO VALLADÃO NOGUEIRA AGDO.(A/S) :MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAIS PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO JOAQUIM BARBOSA (RELATOR): Esse é o teor da decisão com que neguei seguimento ao agravo de instrumento (fls. 274-276): “Trata-se de agravo de instrumento interposto de decisão que inadmitiu recurso extraordinário (artigo 102, III, a, da Constituição Federal) que tem como violados os arts. 5º, LV, LVII, 15, III, e 93, IX, da Carta Magna. Consta dos autos que o agravante, na condição de Prefeito do Município de Virgínia, foi denunciado como incurso no art. 1º, I, do Decreto-Lei 201/1967. O Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais - órgão competente para julgar a ação penal – acolheu parcialmente a denúncia para condenar o agravante em 2 (dois) anos de reclusão, substituída por duas penas restritivas de direitos, decretando-se, ainda, a perda do cargo e a inabilitação para o exercício de cargo ou função pública pelo prazo de 5 (cinco) anos. Nas razões do recurso extraordinário, busca o recorrente a exclusão da condenação da inabilitação para o exercício de cargo ou função pública, por entender ter havido violação dos dispositivos constitucionais mencionados. Decido. A análise da exclusão da perda dos direitos políticos, como efeito da condenação, do modo como pretende o recorrente, não pode ser admitida nessa instância recursal, pois o exame da suposta violação Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2877325. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 8 Relatório AI 681.482 AGR / MG demandaria o exame prévio da legislação infraconstitucional, qual seja, o Código Penal e o Decreto-Lei 201/1967. Trata-se, assim, de alegação de ofensa indireta ou reflexa ao texto constitucional. Não há matéria constitucional a ser tratada no presente feito sem que antes se efetue o mencionado exame. Ademais, observa-se que o Superior Tribunal de Justiça realizou ampla abordagem no âmbito das normas infraconstitucionais, esgotando ali o tema tratado no presente feito. Veja-se, a propósito, o teor das ementas de julgamento do recurso especial: ‘CRIMINAL. RESP. CRIME DE RESPONSABILIDADE. PREFEITO MUNICIPAL. ART. 619 DO CPP. OMISSÃO INOCORRÊNCIA. PERDA DO CARGO. SUSPENSÃO DOS DIREITOS POLÍTICOS. TRÂNSITO EM JULGADO DA CONDENAÇÃO. ÔNUS DA PROVA. INVERSÃO. INOCORRÊNCIA. MATERIALIDADE E AUTORIA DELITIVAS COMPROVADAS. PLEITO DE REEXAME DE PROVAS. IMPOSSILIDADE. RECURSO PARCIALMENTE CONHECIDO E PROVIDO. I. Incabível a hipótese de ofensa ao art. 619 do CPP se o acórdão enfrentou detidamente a questão suscitada nos embargos declaratórios. II. O art. 1º, § 2º, do Decreto-lei 201/67 condiciona a execução das penas acessórias – perda do cargo e inabilitação para o exercício de cargo ou função pública – ao trânsito em julgado da sentença condenatória. III – Não se conhece do recurso especial na parte em que se alega inversão do ônus da prova e se pretende a absolvição, se a questão exige análise de matéria fático-probatória, vedada pelo teor da Súmula 07/STJ. IV – A execução das penas acessórias de perda do cargo e inabilitação para o exercício de cargo ou função pública deve aguardar o trânsito em julgado da condenação. V – Recurso parcialmente conhecido e provido, nos termos do voto do Relator.’ (fl. 263) ‘EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO RECURSO 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2877325. Supremo Tribunal Federal AI 681.482 AGR / MG demandaria o exame prévio da legislação infraconstitucional, qual seja, o Código Penal e o Decreto-Lei 201/1967. Trata-se, assim, de alegação de ofensa indireta ou reflexa ao texto constitucional. Não há matéria constitucional a ser tratada no presente feito sem que antes se efetue o mencionado exame. Ademais, observa-se que o Superior Tribunal de Justiça realizou ampla abordagem no âmbito das normas infraconstitucionais, esgotando ali o tema tratado no presente feito. Veja-se, a propósito, o teor das ementas de julgamento do recurso especial: ‘CRIMINAL. RESP. CRIME DE RESPONSABILIDADE. PREFEITO MUNICIPAL. ART. 619 DO CPP. OMISSÃO INOCORRÊNCIA. PERDA DO CARGO. SUSPENSÃO DOS DIREITOS POLÍTICOS. TRÂNSITO EM JULGADO DA CONDENAÇÃO. ÔNUS DA PROVA. INVERSÃO. INOCORRÊNCIA. MATERIALIDADE E AUTORIA DELITIVAS COMPROVADAS. PLEITO DE REEXAME DE PROVAS. IMPOSSILIDADE. RECURSO PARCIALMENTE CONHECIDO E PROVIDO. I. Incabível a hipótese de ofensa ao art. 619 do CPP se o acórdão enfrentou detidamente a questão suscitada nos embargos declaratórios. II. O art. 1º, § 2º, do Decreto-lei 201/67 condiciona a execução das penas acessórias – perda do cargo e inabilitação para o exercício de cargo ou função pública – ao trânsito em julgado da sentença condenatória. III – Não se conhece do recurso especial na parte em que se alega inversão do ônus da prova e se pretende a absolvição, se a questão exige análise de matéria fático-probatória, vedada pelo teor da Súmula 07/STJ. IV – A execução das penas acessórias de perda do cargo e inabilitação para o exercício de cargo ou função pública deve aguardar o trânsito em julgado da condenação. V – Recurso parcialmente conhecido e provido, nos termos do voto do Relator.’ (fl. 263) ‘EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO RECURSO 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2877325. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 8 Relatório AI 681.482 AGR / MG ESPECIAL. PERDA DO CARGO E FUNÇÃO PÚBLICA. PENA RESTRITIVA DE DIREITOS. IMPOSIÇÃO. OMISSÃO. RECONHECIMENTO. EMBARGOS ACOLHIDOS. PLEITO DESPROVIDO. I. A perda do cargo ou função pública prevista no art. 1º, § 2º, do Decreto-lei 201/67, não é pena acessória, mas efeito da condenação, com caráter autônomo. II. De acordo com o disposto na alínea ‘a’ do inciso I do art. 92 do Código Penal, há perda do cargo, função pública ou mandato eletivo nos crimes praticados com abuso de poder ou violação de dever para com a administração pública, quando aplicada pena privativa de liberdade por tempo igual ou superior a um ano, exatamente a hipótese dos autos, em que o réu foi condenado à pena de 2 anos de reclusão. III. A substituição de sua pena por restritivas de direitos, no entanto, não tem o condão de afastar o efeito disposto no art. 92 do Código Penal, pois a perda do cargo não está adstrita à efetiva privação da liberdade do réu. IV. Embargos acolhidos para sanar a omissão, negando provimento ao recurso especial quanto ao pleito de exclusão da perda do cargo ou função pública.’ (fl. 269) Do exposto, nego seguimento ao agravo (RISTF, art. 327, § 1º).” Dessa decisão interpõe-se o presente recurso, inicialmente por fax (fls. 278-282), com posterior apresentação do original (fls. 285-289). Sustenta a parte agravante que tendo havido a substituição da pena privativa de liberdade por duas restritivas de direitos, não caberia a suspensão dos direitos políticos, sob pena de violação do art. 15, III, da Constituição Federal, pois tal medida é justificada apenas quando o condenado estiver impossibilitado de exercê-los, em virtude de foi violado na medida em que, por não possuir natureza sancionatória, “a suspensão dos direitos políticos apenas se justifica quando o condenado estiver impossibilitado de exercê-los, em virtude de seu encarceramento” (fls. 286). É o relatório. 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2877325. Supremo Tribunal Federal AI 681.482 AGR / MG ESPECIAL. PERDA DO CARGO E FUNÇÃO PÚBLICA. PENA RESTRITIVA DE DIREITOS. IMPOSIÇÃO. OMISSÃO. RECONHECIMENTO. EMBARGOS ACOLHIDOS. PLEITO DESPROVIDO. I. A perda do cargo ou função pública prevista no art. 1º, § 2º, do Decreto-lei 201/67, não é pena acessória, mas efeito da condenação, com caráter autônomo. II. De acordo com o disposto na alínea ‘a’ do inciso I do art. 92 do Código Penal, há perda do cargo, função pública ou mandato eletivo nos crimes praticados com abuso de poder ou violação de dever para com a administração pública, quando aplicada pena privativa de liberdade por tempo igual ou superior a um ano, exatamente a hipótese dos autos, em que o réu foi condenado à pena de 2 anos de reclusão. III. A substituição de sua pena por restritivas de direitos, no entanto, não tem o condão de afastar o efeito disposto no art. 92 do Código Penal, pois a perda do cargo não está adstrita à efetiva privação da liberdade do réu. IV. Embargos acolhidos para sanar a omissão, negando provimento ao recurso especial quanto ao pleito de exclusão da perda do cargo ou função pública.’ (fl. 269) Do exposto, nego seguimento ao agravo (RISTF, art. 327, § 1º).” Dessa decisão interpõe-se o presente recurso, inicialmente por fax (fls. 278-282), com posterior apresentação do original (fls. 285-289). Sustenta a parte agravante que tendo havido a substituição da pena privativa de liberdade por duas restritivas de direitos, não caberia a suspensão dos direitos políticos, sob pena de violação do art. 15, III, da Constituição Federal, pois tal medida é justificada apenas quando o condenado estiver impossibilitado de exercê-los, em virtude de foi violado na medida em que, por não possuir natureza sancionatória, “a suspensão dos direitos políticos apenas se justifica quando o condenado estiver impossibilitado de exercê-los, em virtude de seu encarceramento” (fls. 286). É o relatório. 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2877325. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 8 Voto - MIN. JOAQUIM BARBOSA 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 681.482 MINAS GERAIS V O T O O SENHOR MINISTRO JOAQUIM BARBOSA (RELATOR): O presente recurso não merece provimento. Conforme consignei na decisão agravada, a negativa de seguimento ao agravo de instrumento teve por fundamento a suposta ofensa reflexa ao texto constitucional, por ser necessária a análise da legislação infraconstitucional. Reitero que a parte recorrente só pode se valer do recurso extraordinário desde que para se chegar à conclusão de violação à Constituição Federal não seja necessário o exame prévio da legislação infraconstitucional, qual seja, o Código Penal e o Decreto-Lei 201/1967. Em ambas as Turmas, a jurisprudência já se firmou nesse sentido, a saber: “EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. MATÉRIA PENAL. OFENSA INDIRETA. NEGATIVA DE PRESTAÇÃO JURISDICIONAL. INEXISTÊNCIA. REEXAME DE PROVAS. IMPOSSIBILIDADE EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. 1. Controvérsia decidida à luz de legislação infraconstitucional [Código Penal]. Ofensa indireta à Constituição do Brasil. 2. As alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame prévio de normas inferiores, podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição. 3. Reexame de fatos e provas. Inviabilidade do recurso extraordinário. Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal. Agravo regimental a que se nega provimento.” (AI 710.190- AgR, rel. min. Eros Grau, DJ 27.06.2008) EMENTA: PROCESSUAL PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA INDIRETA À Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2877326. Supremo Tribunal Federal 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 681.482 MINAS GERAIS V O T O O SENHOR MINISTRO JOAQUIM BARBOSA (RELATOR): O presente recurso não merece provimento. Conforme consignei na decisão agravada, a negativa de seguimento ao agravo de instrumento teve por fundamento a suposta ofensa reflexa ao texto constitucional, por ser necessária a análise da legislação infraconstitucional. Reitero que a parte recorrente só pode se valer do recurso extraordinário desde que para se chegar à conclusão de violação à Constituição Federal não seja necessário o exame prévio da legislação infraconstitucional, qual seja, o Código Penal e o Decreto-Lei 201/1967. Em ambas as Turmas, a jurisprudência já se firmou nesse sentido, a saber: “EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. MATÉRIA PENAL. OFENSA INDIRETA. NEGATIVA DE PRESTAÇÃO JURISDICIONAL. INEXISTÊNCIA. REEXAME DE PROVAS. IMPOSSIBILIDADE EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. 1. Controvérsia decidida à luz de legislação infraconstitucional [Código Penal]. Ofensa indireta à Constituição do Brasil. 2. As alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame prévio de normas inferiores, podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição. 3. Reexame de fatos e provas. Inviabilidade do recurso extraordinário. Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal. Agravo regimental a que se nega provimento.” (AI 710.190- AgR, rel. min. Eros Grau, DJ 27.06.2008) EMENTA: PROCESSUAL PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA INDIRETA À Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2877326. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 8 Voto - MIN. JOAQUIM BARBOSA AI 681.482 AGR / MG CONSTITUIÇÃO. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. O Supremo Tribunal Federal firmou jurisprudência no sentido de que as alegações de afronta aos princípios da legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame de normas infraconstitucionais, podem configurar ofensa apenas reflexa à Constituição da República. Precedentes. 2. Agravo Regimental desprovido.” (AI 565.063, rel. min. Cármen Lúcia, DJ 16.05.2008) A hipótese dos autos não trata da suspensão dos direitos políticos prevista no art. 15, III, da Constituição Federal, mas de inabilitação para o exercício de cargo público como efeito da condenação. Nesse sentido, a manifestação da Procuradoria-Geral da República, in verbis: “6. Ao contrário do que sustenta o agravante, a hipótese não é de suspensão de seus direitos políticos em face da norma do art. 15, III, da CF/88, mas sim de inabilitação para o exercício de cargo público como pena acessória, decorrente de condenação pelo art. 1º, I, do Decreto-lei nº 201/67, nos termos do § 2º do mesmo dispositivo legal. 7. Diante deste quadro, resta claro que a decisão ora agravada deve ser mantida, pois a pretensão formulada no RE, de fato, não prescinde do exame de normas infraconstitucionais, o que caracteriza ofensa meramente reflexa à Constituição Federal, inviabilizando o acesso à via extraordinária. (...)” (fls. 293-294) Por outro lado, com o trânsito em julgado do recurso especial simultaneamente interposto ao recurso extraordinário, os fundamentos infraconstitucionais que amparam o acórdão recorrido tornaram-se definitivos (Súmula 283 do STF). Nesse sentido: AI 760.294-AgR, Rel. Min. Ayres Britto, Primeira Turma, DJ de 06.08.2010. Em conclusão, o agravante não demonstrou o desacerto da decisão ora agravada, que deve ser mantida por seus próprios fundamentos. Do exposto, nego provimento ao agravo regimental. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2877326. Supremo Tribunal Federal AI 681.482 AGR / MG CONSTITUIÇÃO. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. O Supremo Tribunal Federal firmou jurisprudência no sentido de que as alegações de afronta aos princípios da legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame de normas infraconstitucionais, podem configurar ofensa apenas reflexa à Constituição da República. Precedentes. 2. Agravo Regimental desprovido.” (AI 565.063, rel. min. Cármen Lúcia, DJ 16.05.2008) A hipótese dos autos não trata da suspensão dos direitos políticos prevista no art. 15, III, da Constituição Federal, mas de inabilitação para o exercício de cargo público como efeito da condenação. Nesse sentido, a manifestação da Procuradoria-Geral da República, in verbis: “6. Ao contrário do que sustenta o agravante, a hipótese não é de suspensão de seus direitos políticos em face da norma do art. 15, III, da CF/88, mas sim de inabilitação para o exercício de cargo público como pena acessória, decorrente de condenação pelo art. 1º, I, do Decreto-lei nº 201/67, nos termos do § 2º do mesmo dispositivo legal. 7. Diante deste quadro, resta claro que a decisão ora agravada deve ser mantida, pois a pretensão formulada no RE, de fato, não prescinde do exame de normas infraconstitucionais, o que caracteriza ofensa meramente reflexa à Constituição Federal, inviabilizando o acesso à via extraordinária. (...)” (fls. 293-294) Por outro lado, com o trânsito em julgado do recurso especial simultaneamente interposto ao recurso extraordinário, os fundamentos infraconstitucionais que amparam o acórdão recorrido tornaram-se definitivos (Súmula 283 do STF). Nesse sentido: AI 760.294-AgR, Rel. Min. Ayres Britto, Primeira Turma, DJ de 06.08.2010. Em conclusão, o agravante não demonstrou o desacerto da decisão ora agravada, que deve ser mantida por seus próprios fundamentos. Do exposto, nego provimento ao agravo regimental. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2877326. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 8 Decisão de Julgamento SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 681.482 PROCED. : MINAS GERAIS RELATOR : MIN. JOAQUIM BARBOSA AGTE.(S) : LUIZ ALVIM RIBEIRO PASSOS ADV.(A/S) : LUIZ FERNANDO VALLADÃO NOGUEIRA AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAIS PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 25.09.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Subprocurador-Geral da República, Dr. Francisco de Assis Vieira Sanseverino. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2885409 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 681.482 PROCED. : MINAS GERAIS RELATOR : MIN. JOAQUIM BARBOSA AGTE.(S) : LUIZ ALVIM RIBEIRO PASSOS ADV.(A/S) : LUIZ FERNANDO VALLADÃO NOGUEIRA AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAIS PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 25.09.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Subprocurador-Geral da República, Dr. Francisco de Assis Vieira Sanseverino. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2885409 Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 8
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3014399
2012-09-25T00:00:00
2012-10-26T00:00:00
A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 25.09.2012.
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO
Ementa: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. MATÉRIA CRIMINAL. INABILITAÇÃO PARA O EXERCÍCIO DE CARGO PÚBLICO. EFEITO DA CONDENAÇÃO. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA REFLEXA. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 283. Hipótese de inabilitação para o exercício de cargo público como efeito da condenação e não de suspensão dos direitos políticos em face da norma do art. 15, III, da Constituição Federal. Discussão constitucional levantada pelo recorrente que, para ser analisada, necessita de apreciação prévia de norma infraconstitucional (Decreto-Lei 201/1967). Caracterização de ofensa reflexa ou indireta à Constituição Federal. Precedentes. Com o trânsito em julgado do recurso especial simultaneamente interposto ao recurso extraordinário, os fundamentos infraconstitucionais que amparam o acórdão recorrido tornaram-se definitivos (Súmula 283 do STF). Agravo regimental a que se nega provimento.
sjur217457
- Acórdãos citados: (OFENSA REFLEXA) STF: AI 565063(1ªT), AI 710190 AgR(2ªT); (SÚMULA 283) STF: AI 760294 AgR(1ªT). Número de páginas: 8. Análise: 06/11/2012, LLD.
JOAQUIM BARBOSA
Segunda Turma
681482
[ "LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00015 INC-00003 \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n\r\n", "LEG-FED DEL-002848 ANO-1940\r\n CP-1940 CÓDIGO PENAL\r\n\r\n", "LEG-FED DEL-000201 ANO-1967\r\n DECRETO-LEI\r\n\r\n", "LEG-FED SUMSTF-000283 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF" ]
AI-AgR
acordaos
AI 681482 AgR
[ "" ]
AGTE.(S) : LUIZ ALVIM RIBEIRO PASSOS ADV.(A/S) : LUIZ FERNANDO VALLADÃO NOGUEIRA AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAIS PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS
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{ "JURISPRUDENCIA": [ "AGRAVO DE INSTRUMENTO 681 . 482", "Súmula 283 do STF", "AI 681 . 482 AGR", "AI 681 . 482 AGR / MG", "AGRAVO DE INSTRUMENTO 681 . 482", "AI 681 . 482 AGR / MG", "Súmula 07 / STJ", "AI 681 . 482 AGR", "Súmula 07 / STJ", "AI 681 . 482 AGR", "AI 681 . 482 AGR", "AGRAVO DE INSTRUMENTO 681 . 482", "Súmula n . 279 do Supremo Tribunal Federal", "AI 710 . 190 - AgR", "Súmula n . 279 do Supremo Tribunal Federal", "AI 710 . 190 - AgR", "AI 681 . 482", "AI 565 . 063", "Súmula 283 do STF", "AI 760 . 294 - AgR", "AI 681 . 482 AGR", "AI 565 . 063", "Súmula 283 do STF", "AI 760 . 294 - AgR", "AGRAVO DE INSTRUMENTO 681 . 482", "AGRAVO DE INSTRUMENTO 681 . 482" ], "LEGISLACAO": [ "art . 15 , III , da Constituição Federal", "Decreto", "-", "Lei 201 / 1967", "Constituição Federal", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "artigo 102 , III , a , da Constituição Federal", "arts . 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Ementa e Acórdão 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 807.074 RIO GRANDE DO SUL RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) :POLICLÍNICA CENTRAL LTDA ADV.(A/S) :ÉDISON FREITAS DE SIQUEIRA AGDO.(A/S) :UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL EMENTA Agravo regimental no agravo de instrumento. Exame de admissibilidade do recurso extraordinário na origem. Competência do Supremo Tribunal Federal. Usurpação. Não ocorrência. Princípios do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa. Ofensa reflexa. Multa. Litigância de má-fé. Legislação infraconstitucional. Reexame de provas. Impossibilidade. Ausência de repercussão geral da matéria. Precedentes. 1. Incumbe ao Tribunal de origem proceder a um exame prévio de admissibilidade do recurso extraordinário, o que não configura usurpação da competência constitucional atribuída ao Supremo Tribunal Federal. 2. A afronta aos princípios da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, quando depende, para ser reconhecida como tal, da análise de normas infraconstitucionais, configura apenas ofensa indireta ou reflexa à Constituição da República. 3. Inadmissível, em recurso extraordinário, a análise da legislação infraconstitucional e o reexame dos fatos e das provas dos autos. Incidência das Súmulas nºs 636 e 279/STF. 4. O Plenário desta Corte, em sessão realizada por meio eletrônico, no exame do RE nº 633.360/SP, Relator o Ministro Cezar Peluso, concluiu pela ausência de repercussão geral do tema relativo à aplicação da multa por litigância de má-fé prevista no Código de Processo Civil, dado o caráter infraconstitucional da matéria. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2878094. Supremo Tribunal Federal DJe 09/10/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 14 Ementa e Acórdão AI 807.074 AGR / RS 5. Agravo regimental não provido. ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata do julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Brasília, 18 de setembro de 2012. MINISTRO DIAS TOFFOLI Relator 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2878094. Supremo Tribunal Federal AI 807.074 AGR / RS 5. Agravo regimental não provido. ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata do julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Brasília, 18 de setembro de 2012. MINISTRO DIAS TOFFOLI Relator 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2878094. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 14 Relatório 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 807.074 RIO GRANDE DO SUL RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) :POLICLÍNICA CENTRAL LTDA ADV.(A/S) :ÉDISON FREITAS DE SIQUEIRA AGDO.(A/S) :UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL RELATÓRIO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): Policlínica Central Ltda. interpõe tempestivo agravo regimental contra decisão em que se negou provimento ao agravo de instrumento, com a seguinte fundamentação: “Vistos. Policlínica Central Ltda. interpõe agravo de instrumento contra a decisão que não admitiu recurso extraordinário assentado em contrariedade aos artigos 3º e 5º, incisos LIV e LV, da Constituição Federal. Insurge-se, no apelo extremo, contra acórdão da Primeira Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, assim ementado: ‘TRIBUTÁRIO. AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO FISCAL. PENHORA. TÍTULOS DA ELETROBRÁS. IMPOSSIBILIDADE. LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ. MULTA. 1. O simples oferecimento de debêntures da Eletrobrás à penhora não torna necessária a participação da CVM no feito, sobretudo se o executivo fiscal não tem a Eletrobrás como parte. 2. Manutenção da aplicação da multa por litigância de má-fé (artigo 17, VI, do CPC) em razão do oferecimento de incidentes manifestamente infundados pela parte Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2878091. Supremo Tribunal Federal 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 807.074 RIO GRANDE DO SUL RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) :POLICLÍNICA CENTRAL LTDA ADV.(A/S) :ÉDISON FREITAS DE SIQUEIRA AGDO.(A/S) :UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL RELATÓRIO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): Policlínica Central Ltda. interpõe tempestivo agravo regimental contra decisão em que se negou provimento ao agravo de instrumento, com a seguinte fundamentação: “Vistos. Policlínica Central Ltda. interpõe agravo de instrumento contra a decisão que não admitiu recurso extraordinário assentado em contrariedade aos artigos 3º e 5º, incisos LIV e LV, da Constituição Federal. Insurge-se, no apelo extremo, contra acórdão da Primeira Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, assim ementado: ‘TRIBUTÁRIO. AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO FISCAL. PENHORA. TÍTULOS DA ELETROBRÁS. IMPOSSIBILIDADE. LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ. MULTA. 1. O simples oferecimento de debêntures da Eletrobrás à penhora não torna necessária a participação da CVM no feito, sobretudo se o executivo fiscal não tem a Eletrobrás como parte. 2. Manutenção da aplicação da multa por litigância de má-fé (artigo 17, VI, do CPC) em razão do oferecimento de incidentes manifestamente infundados pela parte Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2878091. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 14 Relatório AI 807.074 AGR / RS agravante. 3. Agravo de instrumento desprovido’. Opostos embargos de declaração, foram ‘parcialmente providos para efeito de prequestionamento em vista do disposto nas Súmulas 282 e 356 do STF e 98 e 211 do STJ’. Opina o Ministério Público Federal, em parecer da lavra do Subprocurador-Geral da República, Dr. Rodrigo Janot Monteiro de Barros, pelo desprovimento ao agravo de instrumento. Decido. Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi interposto contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da matéria constitucional objeto do recurso, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07. Todavia, apesar da petição recursal haver trazido a preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua existência, uma vez que, nos termos do artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, com a redação introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o procedimento acerca da existência da repercussão geral somente ocorrerá ‘quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão’. Não merece prosperar a irresignação, uma vez que a jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal é firme no sentido de que afronta aos princípios constitucionais da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependente de reexame prévio de normas infraconstitucionais, seria indireta ou reflexa. Anote-se: ‘AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE COBRANÇA. DESPESAS CONDOMINIAIS. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2878091. Supremo Tribunal Federal AI 807.074 AGR / RS agravante. 3. Agravo de instrumento desprovido’. Opostos embargos de declaração, foram ‘parcialmente providos para efeito de prequestionamento em vista do disposto nas Súmulas 282 e 356 do STF e 98 e 211 do STJ’. Opina o Ministério Público Federal, em parecer da lavra do Subprocurador-Geral da República, Dr. Rodrigo Janot Monteiro de Barros, pelo desprovimento ao agravo de instrumento. Decido. Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi interposto contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da matéria constitucional objeto do recurso, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07. Todavia, apesar da petição recursal haver trazido a preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua existência, uma vez que, nos termos do artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, com a redação introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o procedimento acerca da existência da repercussão geral somente ocorrerá ‘quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão’. Não merece prosperar a irresignação, uma vez que a jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal é firme no sentido de que afronta aos princípios constitucionais da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependente de reexame prévio de normas infraconstitucionais, seria indireta ou reflexa. Anote-se: ‘AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE COBRANÇA. DESPESAS CONDOMINIAIS. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2878091. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 14 Relatório AI 807.074 AGR / RS NEGA PROVIMENTO. 1. Impossibilidade da análise da legislação infraconstitucional e do reexame de provas na via do recurso extraordinário. 2. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido de que as alegações de afronta aos princípios do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame de normas infraconstitucionais, podem configurar apenas ofensa reflexa à Constituição da República’ (AI nº 594.887/SP–AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJ de 30/11/07). ‘AGRAVO DE INSTRUMENTO - ALEGAÇÃO DE OFENSA AO POSTULADO DA MOTIVAÇÃO DOS ATOS DECISÓRIOS - INOCORRÊNCIA - AUSÊNCIA DE OFENSA DIRETA À CONSTITUIÇÃO - RECURSO IMPROVIDO. O Supremo Tribunal Federal deixou assentado que, em regra, as alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição, circunstância essa que impede a utilização do recurso extraordinário. Precedentes’ (AI nº 360.265/RJ-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 20/9/02). Ademais, verifico que a análise da eventual ofensa à Constituição demandaria, in casu, o exame prévio da legislação infraconstitucional pertinente, o que, como já mencionado, não enseja reexame em recurso extraordinário. Nesse sentido: ‘EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. TÍTULOS DA DÍVIDA PÚBLICA. COMPENSAÇÃO. PRESCRIÇÃO. IMPOSSIBILIDADE DA ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL E DO REEXAME DE PROVAS (SÚMULA 279). OFENSA CONSTITUCIONAL 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2878091. Supremo Tribunal Federal AI 807.074 AGR / RS NEGA PROVIMENTO. 1. Impossibilidade da análise da legislação infraconstitucional e do reexame de provas na via do recurso extraordinário. 2. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido de que as alegações de afronta aos princípios do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame de normas infraconstitucionais, podem configurar apenas ofensa reflexa à Constituição da República’ (AI nº 594.887/SP–AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJ de 30/11/07). ‘AGRAVO DE INSTRUMENTO - ALEGAÇÃO DE OFENSA AO POSTULADO DA MOTIVAÇÃO DOS ATOS DECISÓRIOS - INOCORRÊNCIA - AUSÊNCIA DE OFENSA DIRETA À CONSTITUIÇÃO - RECURSO IMPROVIDO. O Supremo Tribunal Federal deixou assentado que, em regra, as alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição, circunstância essa que impede a utilização do recurso extraordinário. Precedentes’ (AI nº 360.265/RJ-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 20/9/02). Ademais, verifico que a análise da eventual ofensa à Constituição demandaria, in casu, o exame prévio da legislação infraconstitucional pertinente, o que, como já mencionado, não enseja reexame em recurso extraordinário. Nesse sentido: ‘EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. TÍTULOS DA DÍVIDA PÚBLICA. COMPENSAÇÃO. PRESCRIÇÃO. IMPOSSIBILIDADE DA ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL E DO REEXAME DE PROVAS (SÚMULA 279). OFENSA CONSTITUCIONAL 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2878091. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 14 Relatório AI 807.074 AGR / RS INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO’ (AI n° 639.000/SP-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 7/5/09). ‘EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO SOBRE ENERGIA ELÉTRICA EM BENEFÍCIO DAS CENTRAIS ELÉTRICAS BRASILEIRAS S.A. (ELETROBRÁS). LEI 4.156/1962. ADCT, ART. 34, § 12. O Plenário do Supremo Tribunal Federal reconheceu que a regra prevista no art. 34, § 12, do ADCT preservou a exigibilidade do empréstimo compulsório instituído pela Lei 4.156/1962, com as alterações posteriores, até o exercício de 1993. DEVOLUÇÃO. INCIDÊNCIA DE CORREÇÃO MONETÁRIA. PRESCRIÇÃO. EXAME DE NORMAS INFRACONSTITUCIONAIS. OFENSA REFLEXA À CONSTITUIÇÃO. Agravo regimental a que se nega provimento’ (AI 591.381/SC-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, DJe de 6/3/09). ‘Agravo regimental em agravo de instrumento. 2. Processual civil e tributário. Alegação de negativa de prestação jurisdicional. Decisão fundamentada apesar de contrária aos interesses da parte. AI-QO-RG 791.292. 3. Penhora de títulos de dívida pública. Matéria infraconstitucional. Ofensa reflexa. Precedentes. 3. Agravo regimental a que se nega provimento’ (AI nº 839.532/SC- AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Gilmar Mendes, Dje de 16/2/12). No mesmo sentido as seguintes decisões monocráticas: AI n° 834.096/RS, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJe 22/2/11; AI nº 825.551/DF, Ministra Cármen Lúcia, DJe 22/11/10; AI 591.597/RJ, Relator Ministro Joaquim Barbosa, DJe 10/3/11). Ante o exposto, nego provimento ao agravo. Publique-se.” 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2878091. Supremo Tribunal Federal AI 807.074 AGR / RS INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO’ (AI n° 639.000/SP-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 7/5/09). ‘EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO SOBRE ENERGIA ELÉTRICA EM BENEFÍCIO DAS CENTRAIS ELÉTRICAS BRASILEIRAS S.A. (ELETROBRÁS). LEI 4.156/1962. ADCT, ART. 34, § 12. O Plenário do Supremo Tribunal Federal reconheceu que a regra prevista no art. 34, § 12, do ADCT preservou a exigibilidade do empréstimo compulsório instituído pela Lei 4.156/1962, com as alterações posteriores, até o exercício de 1993. DEVOLUÇÃO. INCIDÊNCIA DE CORREÇÃO MONETÁRIA. PRESCRIÇÃO. EXAME DE NORMAS INFRACONSTITUCIONAIS. OFENSA REFLEXA À CONSTITUIÇÃO. Agravo regimental a que se nega provimento’ (AI 591.381/SC-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, DJe de 6/3/09). ‘Agravo regimental em agravo de instrumento. 2. Processual civil e tributário. Alegação de negativa de prestação jurisdicional. Decisão fundamentada apesar de contrária aos interesses da parte. AI-QO-RG 791.292. 3. Penhora de títulos de dívida pública. Matéria infraconstitucional. Ofensa reflexa. Precedentes. 3. Agravo regimental a que se nega provimento’ (AI nº 839.532/SC- AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Gilmar Mendes, Dje de 16/2/12). No mesmo sentido as seguintes decisões monocráticas: AI n° 834.096/RS, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJe 22/2/11; AI nº 825.551/DF, Ministra Cármen Lúcia, DJe 22/11/10; AI 591.597/RJ, Relator Ministro Joaquim Barbosa, DJe 10/3/11). Ante o exposto, nego provimento ao agravo. Publique-se.” 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2878091. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 14 Relatório AI 807.074 AGR / RS Insiste a agravante que foram violados os arts. 3º, inciso II, e 5º, incisos LIV e LV, da Constituição Federal e que referidas ofensas ao texto constitucional são diretas. Afirma que o Tribunal a quo teria usurpado a competência do Supremo Tribunal Federal ao negar seguimento ao recurso extraordinário sob o fundamento de que a ofensa suscitada no recurso não seria direta, mas reflexa à Constituição Federal, haja vista que estaria julgando o próprio mérito do recurso. Aduz, ainda, in verbis, que: “(...) as Leis 6.404/76 e 6.385/76 são de suma importância e não podem em momento algum serem violadas, sob pena de afronta direta ao art. 3º da Constituição referido. Essas leis efetivam a ideia de desenvolvimento insculpida na Carta Magna, além de irradiarem-se para normativos inferiores que, conquanto hierarquicamente inferiores, são de igual importância ao projeto de desenvolvimento econômico constitucional”. É o relatório. 5 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2878091. Supremo Tribunal Federal AI 807.074 AGR / RS Insiste a agravante que foram violados os arts. 3º, inciso II, e 5º, incisos LIV e LV, da Constituição Federal e que referidas ofensas ao texto constitucional são diretas. Afirma que o Tribunal a quo teria usurpado a competência do Supremo Tribunal Federal ao negar seguimento ao recurso extraordinário sob o fundamento de que a ofensa suscitada no recurso não seria direta, mas reflexa à Constituição Federal, haja vista que estaria julgando o próprio mérito do recurso. Aduz, ainda, in verbis, que: “(...) as Leis 6.404/76 e 6.385/76 são de suma importância e não podem em momento algum serem violadas, sob pena de afronta direta ao art. 3º da Constituição referido. Essas leis efetivam a ideia de desenvolvimento insculpida na Carta Magna, além de irradiarem-se para normativos inferiores que, conquanto hierarquicamente inferiores, são de igual importância ao projeto de desenvolvimento econômico constitucional”. É o relatório. 5 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2878091. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 14 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 807.074 RIO GRANDE DO SUL VOTO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): O inconformismo não merece prosperar. Inicialmente, não há falar em usurpação de competência pela Corte de origem. É certo que, quando da interposição de um recurso dirigido a esta Suprema Corte, incumbe ao Tribunal de origem proceder a um exame prévio de admissibilidade desse apelo, sem que isso implique usurpação da competência constitucional atribuída ao Supremo Tribunal Federal. Nesse sentido, os seguintes precedentes: “RECURSO EXTRAORDINÁRIO - JUÍZO PRIMEIRO DE ADMISSIBILIDADE. Ao Juízo primeiro de admissibilidade cumpre verificar se o extraordinário atende, ou não, aos pressupostos gerais de recorribilidade e a pelo menos um dos específicos de que cuida o inciso III do artigo 102 da Carta Política da República. Assim agindo, longe fica de usurpar a competência do Supremo Tribunal Federal” (AI nº 178.743/SP- AgR, Relator o Ministro Marco Aurélio, Segunda Turma, DJ de 16/5/97). “RECURSO EXTRAORDINÁRIO (...) O Presidente do Tribunal Superior do Trabalho, ao emitir juízo negativo de admissibilidade do recurso extraordinário - nele destacando a ausência dos pressupostos condicionadores da valida utilização processual desse meio de impugnação - exerce, legitimamente, competência que lhe foi outorgada pelo ordenamento positivo, não praticando, em consequência, qualquer ato de usurpação das atribuições jurisdicionais deferidas ao Supremo Tribunal Federal (RTJ 143/46). - (...)” (AI nº 153.147/RS-AgR, Relator o Ministro Celso de Mello, Primeira Turma, DJ de 6/5/94). Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2878092. Supremo Tribunal Federal 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 807.074 RIO GRANDE DO SUL VOTO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): O inconformismo não merece prosperar. Inicialmente, não há falar em usurpação de competência pela Corte de origem. É certo que, quando da interposição de um recurso dirigido a esta Suprema Corte, incumbe ao Tribunal de origem proceder a um exame prévio de admissibilidade desse apelo, sem que isso implique usurpação da competência constitucional atribuída ao Supremo Tribunal Federal. Nesse sentido, os seguintes precedentes: “RECURSO EXTRAORDINÁRIO - JUÍZO PRIMEIRO DE ADMISSIBILIDADE. Ao Juízo primeiro de admissibilidade cumpre verificar se o extraordinário atende, ou não, aos pressupostos gerais de recorribilidade e a pelo menos um dos específicos de que cuida o inciso III do artigo 102 da Carta Política da República. Assim agindo, longe fica de usurpar a competência do Supremo Tribunal Federal” (AI nº 178.743/SP- AgR, Relator o Ministro Marco Aurélio, Segunda Turma, DJ de 16/5/97). “RECURSO EXTRAORDINÁRIO (...) O Presidente do Tribunal Superior do Trabalho, ao emitir juízo negativo de admissibilidade do recurso extraordinário - nele destacando a ausência dos pressupostos condicionadores da valida utilização processual desse meio de impugnação - exerce, legitimamente, competência que lhe foi outorgada pelo ordenamento positivo, não praticando, em consequência, qualquer ato de usurpação das atribuições jurisdicionais deferidas ao Supremo Tribunal Federal (RTJ 143/46). - (...)” (AI nº 153.147/RS-AgR, Relator o Ministro Celso de Mello, Primeira Turma, DJ de 6/5/94). Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2878092. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 14 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI AI 807.074 AGR / RS Assim, se negado seguimento ao recurso extraordinário, incumbe à parte a interposição de agravo de instrumento, que deverá, necessariamente, ser remetido a esta Suprema Corte, a qual, no exercício de sua competência constitucional, poderá analisar seus requisitos de admissibilidade ou, tal como aqui se deu, o próprio recurso extraordinário. Pacífica se mostra a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal assim dispondo, conforme os seguintes precedentes: “Agravo regimental no agravo de instrumento. Competência do Relator. Pressupostos recursais. Ausência de repercussão geral. Precedentes. 1. É competente o relator do agravo de instrumento para reexaminar o juízo de admissibilidade feito pelo Tribunal de origem e para, desde logo, julgar o mérito do recurso extraordinário. 2. O Plenário desta Corte, no exame do RE nº 598.365/MG, Relator o Ministro Ayres Britto, concluiu pela ausência de repercussão geral do tema relativo a pressupostos de admissibilidade de recursos da competência de outros tribunais, dado o seu caráter infraconstitucional. 3. Agravo regimental não provido” (AI nº 830.057/RS-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe de 1º/8/12). “DIREITO PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO FISCAL. PENHORA. MATÉRIA CONSTITUCIONAL NÃO PREQUESTIONADA. SÚMULAS 282 E 356/STF. NEGATIVA DE PRESTAÇÃO JURISDICIONAL NÃO CONFIGURADA. COMPETÊNCIA DO RELATOR. EXAME DO MÉRITO DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. Questão constitucional não levada ao conhecimento do Tribunal de origem no momento processual oportuno. Aplicação das Súmulas 282 e 356/STF, segundo as quais ‘é inadmissível o recurso extraordinário, quando não ventilada, na decisão recorrida, a questão federal suscitada’ e ‘o ponto omisso da decisão, sobre o qual não foram opostos embargos declaratórios, não pode ser objeto de recurso extraordinário, por faltar o requisito do prequestionamento’. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2878092. Supremo Tribunal Federal AI 807.074 AGR / RS Assim, se negado seguimento ao recurso extraordinário, incumbe à parte a interposição de agravo de instrumento, que deverá, necessariamente, ser remetido a esta Suprema Corte, a qual, no exercício de sua competência constitucional, poderá analisar seus requisitos de admissibilidade ou, tal como aqui se deu, o próprio recurso extraordinário. Pacífica se mostra a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal assim dispondo, conforme os seguintes precedentes: “Agravo regimental no agravo de instrumento. Competência do Relator. Pressupostos recursais. Ausência de repercussão geral. Precedentes. 1. É competente o relator do agravo de instrumento para reexaminar o juízo de admissibilidade feito pelo Tribunal de origem e para, desde logo, julgar o mérito do recurso extraordinário. 2. O Plenário desta Corte, no exame do RE nº 598.365/MG, Relator o Ministro Ayres Britto, concluiu pela ausência de repercussão geral do tema relativo a pressupostos de admissibilidade de recursos da competência de outros tribunais, dado o seu caráter infraconstitucional. 3. Agravo regimental não provido” (AI nº 830.057/RS-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe de 1º/8/12). “DIREITO PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO FISCAL. PENHORA. MATÉRIA CONSTITUCIONAL NÃO PREQUESTIONADA. SÚMULAS 282 E 356/STF. NEGATIVA DE PRESTAÇÃO JURISDICIONAL NÃO CONFIGURADA. COMPETÊNCIA DO RELATOR. EXAME DO MÉRITO DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. Questão constitucional não levada ao conhecimento do Tribunal de origem no momento processual oportuno. Aplicação das Súmulas 282 e 356/STF, segundo as quais ‘é inadmissível o recurso extraordinário, quando não ventilada, na decisão recorrida, a questão federal suscitada’ e ‘o ponto omisso da decisão, sobre o qual não foram opostos embargos declaratórios, não pode ser objeto de recurso extraordinário, por faltar o requisito do prequestionamento’. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2878092. Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 14 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI AI 807.074 AGR / RS Negativa de prestação jurisdicional não configurada. O artigo 93, IX, da Constituição Federal exige que o órgão jurisdicional explicite as razões do seu convencimento, ainda que sucintamente. O relator tem competência para reexaminar o juízo de admissibilidade emitido pelo Tribunal de origem e para apreciar, desde logo, o mérito do recurso extraordinário. Agravo regimental conhecido e não provido” (AI nº 665.497- AgR/SP, Relatora a Ministra Rosa Weber, Primeira Turma, DJe de 23/5/12). Ademais, conforme expresso na decisão agravada, a jurisprudência desta Corte está consolidada no sentido de que a afronta aos princípios da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, quando depende, para ser reconhecida como tal, da análise de normas infraconstitucionais, configura apenas ofensa indireta ou reflexa à Constituição da República, o que não enseja reexame da matéria em recurso extraordinário. Nesse sentido, anote-se: “AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL. OBRIGAÇÃO DE FAZER. PLANO DE SAÚDE EMPRESARIAL. INDEFERIMENTO DA PRODUÇÃO DE PROVAS. ALEGAÇÃO DE OFENSA AO ARTIGO 5º, LV, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. OFENSA REFLEXA. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO. 1. Os postulados da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, quando a verificação de sua ofensa dependa do reexame prévio de normas infraconstitucionais, revelam ofensa indireta ou reflexa à Constituição Federal, o que, por si só, não desafia a abertura da instância extraordinária. Precedentes: AI 804.854-AgR, 1ª Turma, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJe de 24/11/2010; e AI 756.336-AgR, 2ª Turma, Rel. Min. Ellen Gracie, DJe de 22/10/2010. 2. Agravo regimental desprovido” (ARE nº 644.667/RS-AgR, Primeira 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2878092. Supremo Tribunal Federal AI 807.074 AGR / RS Negativa de prestação jurisdicional não configurada. O artigo 93, IX, da Constituição Federal exige que o órgão jurisdicional explicite as razões do seu convencimento, ainda que sucintamente. O relator tem competência para reexaminar o juízo de admissibilidade emitido pelo Tribunal de origem e para apreciar, desde logo, o mérito do recurso extraordinário. Agravo regimental conhecido e não provido” (AI nº 665.497- AgR/SP, Relatora a Ministra Rosa Weber, Primeira Turma, DJe de 23/5/12). Ademais, conforme expresso na decisão agravada, a jurisprudência desta Corte está consolidada no sentido de que a afronta aos princípios da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, quando depende, para ser reconhecida como tal, da análise de normas infraconstitucionais, configura apenas ofensa indireta ou reflexa à Constituição da República, o que não enseja reexame da matéria em recurso extraordinário. Nesse sentido, anote-se: “AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL. OBRIGAÇÃO DE FAZER. PLANO DE SAÚDE EMPRESARIAL. INDEFERIMENTO DA PRODUÇÃO DE PROVAS. ALEGAÇÃO DE OFENSA AO ARTIGO 5º, LV, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. OFENSA REFLEXA. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO. 1. Os postulados da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, quando a verificação de sua ofensa dependa do reexame prévio de normas infraconstitucionais, revelam ofensa indireta ou reflexa à Constituição Federal, o que, por si só, não desafia a abertura da instância extraordinária. Precedentes: AI 804.854-AgR, 1ª Turma, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJe de 24/11/2010; e AI 756.336-AgR, 2ª Turma, Rel. Min. Ellen Gracie, DJe de 22/10/2010. 2. Agravo regimental desprovido” (ARE nº 644.667/RS-AgR, Primeira 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2878092. Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 14 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI AI 807.074 AGR / RS Turma, Relator o Ministro Luiz Fux, DJe de 5/10/11). “AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CERCEAMENTO DE DEFESA. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA INDIRETA. 1. O acórdão que mantém o indeferimento de diligência probatória tida por desnecessária não ofende o artigo 5º, LV, da Constituição do Brasil. Precedentes. 2. As alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame prévio de normas inferiores, podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI nº 531.906/RJ-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Eros Grau, DJ de 14/11/07). “PROCESSUAL PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. CERCEAMENTO DE DEFESA. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL OFENSA INDIRETA À CONSTITUIÇÃO. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. A jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido de que as alegações de afronta aos princípios do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, entre outros, configuram ofensa reflexa à Constituição da República. Precedentes. 2. Agravo Regimental desprovido” (AI nº 643.654/RJ-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJ de 22/6/07). De resto, colhe-se do voto condutor do acórdão recorrido: “(...) trata-se o processo originário de execução fiscal, e o fato de ter a executada oferecido debênture à penhora não torna necessária a participação da CVM no feito. Aliás, a execução fiscal não tem a Eletrobrás como parte e o fato de a garantia da 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2878092. Supremo Tribunal Federal AI 807.074 AGR / RS Turma, Relator o Ministro Luiz Fux, DJe de 5/10/11). “AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CERCEAMENTO DE DEFESA. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA INDIRETA. 1. O acórdão que mantém o indeferimento de diligência probatória tida por desnecessária não ofende o artigo 5º, LV, da Constituição do Brasil. Precedentes. 2. As alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame prévio de normas inferiores, podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI nº 531.906/RJ-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Eros Grau, DJ de 14/11/07). “PROCESSUAL PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. CERCEAMENTO DE DEFESA. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL OFENSA INDIRETA À CONSTITUIÇÃO. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. A jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido de que as alegações de afronta aos princípios do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, entre outros, configuram ofensa reflexa à Constituição da República. Precedentes. 2. Agravo Regimental desprovido” (AI nº 643.654/RJ-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJ de 22/6/07). De resto, colhe-se do voto condutor do acórdão recorrido: “(...) trata-se o processo originário de execução fiscal, e o fato de ter a executada oferecido debênture à penhora não torna necessária a participação da CVM no feito. Aliás, a execução fiscal não tem a Eletrobrás como parte e o fato de a garantia da 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2878092. Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 14 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI AI 807.074 AGR / RS execução fiscal ser consubstanciada por debênture por ela emitido não tem o condão de possibilitar que a executada, ora agravante, venha aos autos e queira discutir toda e qualquer questão atinente ao título por ela mesma oferecido. Especificamente no que tange à multa aplicada pelo MM. Magistrado de origem, entendo deva ser mantida. Isso porque, apesar de ter sido negado em grau de recurso – já com trânsito em julgado – a nomeação de meio de créditos de ação de execução extrajudicial referente a debêntures da ELETROBRÁS para garantia do débito ajuizado, a agravante, novamente, vem aos autos, e oferece as próprias debêntures, juntando, agora, novo entendimento jurisprudencial do STJ, e, a seguir, invocando nulidade de atos processuais após a negativa do credor acerca da primeira nomeação por não ter ocorrido a intimação da CVM nos autos. Tais incidentes, não restam dúvidas, enquadram-se no inciso VI do artigo 17 do CPC.” Desse modo, é certo que o Tribunal de origem decidiu acerca da aplicação da multa por litigância de má-fé com fundamento no Código de Processo Civil e nos fatos e nas provas dos autos. Divergir desse entendimento demandaria a análise da legislação infraconstitucional e o reexame do conjunto fático-probatório da causa, o que é inadmissível em recurso extraordinário. Incidência das Súmulas nºs 636 e 279/STF. Anote-se, ainda, que o Plenário desta Corte, em sessão realizada por meio eletrônico, concluída em 27/5/11, no exame do RE nº 633.360/SP, Relator o Ministro Cezar Peluso, concluiu pela ausência de repercussão geral do tema relativo à aplicação da multa por litigância de má-fé prevista no Código de Processo Civil, dado o caráter infraconstitucional da matéria. Sobre o tema, o seguinte precedente: “Agravo regimental em agravo de instrumento. 2. Alegação de violação aos princípios do contraditório e da ampla defesa, se dependente do reexame prévio de normas infraconstitucionais, configura ofensa reflexa à Constituição 5 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2878092. Supremo Tribunal Federal AI 807.074 AGR / RS execução fiscal ser consubstanciada por debênture por ela emitido não tem o condão de possibilitar que a executada, ora agravante, venha aos autos e queira discutir toda e qualquer questão atinente ao título por ela mesma oferecido. Especificamente no que tange à multa aplicada pelo MM. Magistrado de origem, entendo deva ser mantida. Isso porque, apesar de ter sido negado em grau de recurso – já com trânsito em julgado – a nomeação de meio de créditos de ação de execução extrajudicial referente a debêntures da ELETROBRÁS para garantia do débito ajuizado, a agravante, novamente, vem aos autos, e oferece as próprias debêntures, juntando, agora, novo entendimento jurisprudencial do STJ, e, a seguir, invocando nulidade de atos processuais após a negativa do credor acerca da primeira nomeação por não ter ocorrido a intimação da CVM nos autos. Tais incidentes, não restam dúvidas, enquadram-se no inciso VI do artigo 17 do CPC.” Desse modo, é certo que o Tribunal de origem decidiu acerca da aplicação da multa por litigância de má-fé com fundamento no Código de Processo Civil e nos fatos e nas provas dos autos. Divergir desse entendimento demandaria a análise da legislação infraconstitucional e o reexame do conjunto fático-probatório da causa, o que é inadmissível em recurso extraordinário. Incidência das Súmulas nºs 636 e 279/STF. Anote-se, ainda, que o Plenário desta Corte, em sessão realizada por meio eletrônico, concluída em 27/5/11, no exame do RE nº 633.360/SP, Relator o Ministro Cezar Peluso, concluiu pela ausência de repercussão geral do tema relativo à aplicação da multa por litigância de má-fé prevista no Código de Processo Civil, dado o caráter infraconstitucional da matéria. Sobre o tema, o seguinte precedente: “Agravo regimental em agravo de instrumento. 2. Alegação de violação aos princípios do contraditório e da ampla defesa, se dependente do reexame prévio de normas infraconstitucionais, configura ofensa reflexa à Constituição 5 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2878092. Inteiro Teor do Acórdão - Página 12 de 14 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI AI 807.074 AGR / RS Federal. Precedentes. 3. Discussão relativa à aplicação de multa por litigância de má-fé. Ausência de repercussão geral. Precedente: RE-RG 633.360, DJe 31.8.2011. 4. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI nº 838.761/RS-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJe de 17/8/12). Por fim, ressalte-se que, para verificar a suposta violação do art. 3º, inciso II, da Constituição Federal, seria necessário analisar e interpretar, no caso, as Leis 6.404/76 e 6.385/76, o que também atrai o óbice da Súmula nº 636/STF. Nego provimento ao agravo regimental. 6 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2878092. Supremo Tribunal Federal AI 807.074 AGR / RS Federal. Precedentes. 3. Discussão relativa à aplicação de multa por litigância de má-fé. Ausência de repercussão geral. Precedente: RE-RG 633.360, DJe 31.8.2011. 4. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI nº 838.761/RS-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJe de 17/8/12). Por fim, ressalte-se que, para verificar a suposta violação do art. 3º, inciso II, da Constituição Federal, seria necessário analisar e interpretar, no caso, as Leis 6.404/76 e 6.385/76, o que também atrai o óbice da Súmula nº 636/STF. Nego provimento ao agravo regimental. 6 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2878092. Inteiro Teor do Acórdão - Página 13 de 14 Decisão de Julgamento PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 807.074 PROCED. : RIO GRANDE DO SUL RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) : POLICLÍNICA CENTRAL LTDA ADV.(A/S) : ÉDISON FREITAS DE SIQUEIRA AGDO.(A/S) : UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 18.9.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de Almeida. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2848682 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 807.074 PROCED. : RIO GRANDE DO SUL RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) : POLICLÍNICA CENTRAL LTDA ADV.(A/S) : ÉDISON FREITAS DE SIQUEIRA AGDO.(A/S) : UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 18.9.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de Almeida. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2848682 Inteiro Teor do Acórdão - Página 14 de 14
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=2905013
2012-09-18T00:00:00
2012-10-09T00:00:00
A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 18.9.2012.
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO
EMENTA Agravo regimental no agravo de instrumento. Exame de admissibilidade do recurso extraordinário na origem. Competência do Supremo Tribunal Federal. Usurpação. Não ocorrência. Princípios do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa. Ofensa reflexa. Multa. Litigância de má-fé. Legislação infraconstitucional. Reexame de provas. Impossibilidade. Ausência de repercussão geral da matéria. Precedentes. 1. Incumbe ao Tribunal de origem proceder a um exame prévio de admissibilidade do recurso extraordinário, o que não configura usurpação da competência constitucional atribuída ao Supremo Tribunal Federal. 2. A afronta aos princípios da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, quando depende, para ser reconhecida como tal, da análise de normas infraconstitucionais, configura apenas ofensa indireta ou reflexa à Constituição da República. 3. Inadmissível, em recurso extraordinário, a análise da legislação infraconstitucional e o reexame dos fatos e das provas dos autos. Incidência das Súmulas nºs 636 e 279/STF. 4. O Plenário desta Corte, em sessão realizada por meio eletrônico, no exame do RE nº 633.360/SP, Relator o Ministro Cezar Peluso, concluiu pela ausência de repercussão geral do tema relativo à aplicação da multa por litigância de má-fé prevista no Código de Processo Civil, dado o caráter infraconstitucional da matéria. 5. Agravo regimental não provido.
sjur216336
- Acórdãos citados: AI 178743 AgR, AI 153147 AgR, AI 830057 AgR, AI 665497 AgR, ARE 644667 AgR, AI 531906 AgR, AI 643654 AgR, RE 633360 RG, AI 838761 AgR. Número de páginas: 14. Análise: 17/10/2012, MLM.
DIAS TOFFOLI
Primeira Turma
807074
[ "LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00003 INC-00002 \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n\r\n", "LEG-FED LEI-005869 ANO-1973\r\n ART-00017 INC-00006 \r\n CPC-1973 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL\r\n\r\n", "LEG-FED LEI-006385 ANO-1976\r\n LEI ORDINÁRIA\r\n\r\n", "LEG-FED LEI-006404 ANO-1976\r\n LSAN-1976 LEI DAS SOCIEDADES ANÔNIMAS\r\n\r\n", "LEG-FED SUMSTF-000279 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\r\n\r\n", "LEG-FED SUMSTF-000636 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF" ]
AI-AgR
acordaos
AI 807074 AgR
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AGTE.(S) : POLICLÍNICA CENTRAL LTDA ADV.(A/S) : ÉDISON FREITAS DE SIQUEIRA AGDO.(A/S) : UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL
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"Edson Oliveira de Almeida", "Carmen Lilian Oliveira de Souza", "DIAS TOFFOLI", "ÉDISON FREITAS DE SIQUEIRA", "Dias Toffoli", "Dias Toffoli", "Marco Aurélio", "Luiz Fux", "Rosa Weber", "Edson Oliveira de Almeida", "Carmen Lilian Oliveira de Souza" ], "TEMPO": [ "18", "/", "09", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "09", "/", "10", "/", "2012", "18 de setembro de 2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "18 de setembro de 2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "18", "/", "09", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "18", "/", "09", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "3", "/", "5", "/", "07", "6", "/", "9", "/", "07", "24", "/", "08", "/", "2001", "3", "/", "5", "/", "07", "6", "/", "9", "/", "07", "24", "/", "08", "/", "2001", "30", "/", "11", "/", "07", "20", "/", "9", "/", "02", "24", "/", "08", "/", "2001", "30", "/", "11", "/", "07", "20", "/", "9", "/", "02", "24", "/", "08", "/", "2001", "7", "/", "5", "/", "09", "1993", "6", "/", "3", "/", "09", "16", "/", "2", "/", 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Ementa e Acórdão 16/10/2012 SEGUNDA TURMA EXTRADIÇÃO 1.235 REPÚBLICA DO PERU RELATOR : MIN. GILMAR MENDES REQTE.(S) :GOVERNO DO PERU EXTDO.(A/S) :JONCKLER VALLADARES ALVARES OU JONCKLER VALLADARES ALVAREZ PROC.(A/S)(ES) :DEFENSOR PUBLICO GERAL FEDERAL Extradição executória. Crimes de posse ilegal de armas e quadrilha armada. 3. Atendimento dos requisitos formais. 4. Dupla tipicidade e punibilidade. 5. Extraditando que responde a processo penal no Brasil por crime diverso daquele que versa o pedido de extradição. 6. Discricionariedade do Chefe do Poder Executivo para ordenar a extradição ainda que haja processo penal instaurado ou mesmo condenação no Brasil (art. 89 da Lei 6.815/1980). 7. Pedido de extradição deferido, com a ressalva do art. 89 do Estatuto do Estrangeiro. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os ministros do Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, deferir o pedido com a ressalva do art. 89 do Estatuto do Estrangeiro, nos termos do voto do Relator. Brasília, 16 de outubro de 2012. Ministro GILMAR MENDES Relator Documento assinado digitalmente Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3015305. Supremo Tribunal Federal DJe 08/11/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 9 Relatório 16/10/2012 SEGUNDA TURMA EXTRADIÇÃO 1.235 REPÚBLICA DO PERU RELATOR : MIN. GILMAR MENDES REQTE.(S) :GOVERNO DO PERU EXTDO.(A/S) :JONCKLER VALLADARES ALVARES OU JONCKLER VALLADARES ALVAREZ PROC.(A/S)(ES) :DEFENSOR PUBLICO GERAL FEDERAL R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (Relator): Trata-se de extradição, com pedido de prisão preventiva, do nacional peruano JONCLER VALLADARES ALVARES ou JONCLER VALLADARES ALVAREZ, formulado pelo Governo do Peru, mediante Nota Verbal n. 25/2011, com base no artigo XIV do Tratado de Extradição firmado entre o Brasil e o Peru. Na espécie, o extraditando foi condenado pelo Juízo da 1ª Vara Especializada no Penal, da Província de Coronel Portillo, do Superior Tribunal de Justiça de Ucayali, à pena privativa de liberdade de 10 anos pela práticas dos crimes contra a segurança pública (posse ilegal de armas de guerra) e contra a tranquilidade pública (associação ilícita para delinquir). Segundo a referida Nota, o Governo requerente pleiteia a extradição do estrangeiro para cumprimento do resto da pena privativa de liberdade (3 anos, 6 meses e 28 dias). Consta, ainda, dos autos que o extraditando encontra-se preso no Centro Penitenciário Antônio Tridente, de Manaus (fl. 224). Prisão decretada em 29.4.2011. Oitiva realizada em 19.7.2012 e defesa juntada às fls. 376-384. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3015306. Supremo Tribunal Federal 16/10/2012 SEGUNDA TURMA EXTRADIÇÃO 1.235 REPÚBLICA DO PERU RELATOR : MIN. GILMAR MENDES REQTE.(S) :GOVERNO DO PERU EXTDO.(A/S) :JONCKLER VALLADARES ALVARES OU JONCKLER VALLADARES ALVAREZ PROC.(A/S)(ES) :DEFENSOR PUBLICO GERAL FEDERAL R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (Relator): Trata-se de extradição, com pedido de prisão preventiva, do nacional peruano JONCLER VALLADARES ALVARES ou JONCLER VALLADARES ALVAREZ, formulado pelo Governo do Peru, mediante Nota Verbal n. 25/2011, com base no artigo XIV do Tratado de Extradição firmado entre o Brasil e o Peru. Na espécie, o extraditando foi condenado pelo Juízo da 1ª Vara Especializada no Penal, da Província de Coronel Portillo, do Superior Tribunal de Justiça de Ucayali, à pena privativa de liberdade de 10 anos pela práticas dos crimes contra a segurança pública (posse ilegal de armas de guerra) e contra a tranquilidade pública (associação ilícita para delinquir). Segundo a referida Nota, o Governo requerente pleiteia a extradição do estrangeiro para cumprimento do resto da pena privativa de liberdade (3 anos, 6 meses e 28 dias). Consta, ainda, dos autos que o extraditando encontra-se preso no Centro Penitenciário Antônio Tridente, de Manaus (fl. 224). Prisão decretada em 29.4.2011. Oitiva realizada em 19.7.2012 e defesa juntada às fls. 376-384. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3015306. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 9 Relatório EXT 1.235 / ** O Ministério Público Federal opinou “pelo deferimento do pedido, observado o art. 21, “c”, do Tratado de Extradição entre o Brasil e o Peru, e os artigos 89 e 67 da Lei 6.815/80, uma vez que o extraditando está cumprindo pena por condenação imposta pela Justiça brasileira”. É o relatório. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3015306. Supremo Tribunal Federal EXT 1.235 / ** O Ministério Público Federal opinou “pelo deferimento do pedido, observado o art. 21, “c”, do Tratado de Extradição entre o Brasil e o Peru, e os artigos 89 e 67 da Lei 6.815/80, uma vez que o extraditando está cumprindo pena por condenação imposta pela Justiça brasileira”. É o relatório. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3015306. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 9 Voto - MIN. GILMAR MENDES 16/10/2012 SEGUNDA TURMA EXTRADIÇÃO 1.235 REPÚBLICA DO PERU V O T O O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (RELATOR): Trata-se de extradição executória, com pedido de prisão preventiva, do nacional peruano JONCLER VALLADARES ALVARES ou JONCLER VALLADARES ALVAREZ, formulado pelo Governo do Peru, mediante Nota Verbal n. 25/2011, com base no artigo XIV do Tratado de Extradição firmado entre o Brasil e o Peru. Em síntese, na oitiva do extraditando e na resposta escrita apresentada pela Defensoria Pública, a defesa manifestou-se favoravelmente “à extradição do reeducando para que este cumpra o término de sua pena em seu país e para que fique perto de sua família, visando sempre a ressocialização e o bem estar do extraditando que melhorará estando perto de seus parentes”. Preliminarmente, verifico que a concordância do extraditando não dispensa o exame dos requisitos para extradição. De início, estão nos autos todos os documentos necessários à análise da legalidade do pleito extradicional, atendido o disposto nos arts. 80 e 82 da Lei 6.815/1980. Ademais, como bem consignado no parecer ministerial, “é competente a Justiça requerente, pois o extraditando é nacional peruano, país onde ocorreram os fatos”. O extraditando foi condenado nos seguintes termos (fls. 224-225): “Em base a estes fatos, o representante do Ministério Público no seu ditame acusatório n. 723-2005, fez uma acusação contra Jonckler Valladares Alvarez e outros pelos crimes Contra a Segurança Pública, Posse Ilegal de Armas de Guerra, munição e material explosivo no agravo do Estado, previsto e punido no artigo 279 do Código Penal Peruano e pelo crime contra a Tranquilidade Pública - Associação Ilícita para Delinquir no agravo do Estado, previsto e punido no artigo 317, primeiro Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3015307. Supremo Tribunal Federal 16/10/2012 SEGUNDA TURMA EXTRADIÇÃO 1.235 REPÚBLICA DO PERU V O T O O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (RELATOR): Trata-se de extradição executória, com pedido de prisão preventiva, do nacional peruano JONCLER VALLADARES ALVARES ou JONCLER VALLADARES ALVAREZ, formulado pelo Governo do Peru, mediante Nota Verbal n. 25/2011, com base no artigo XIV do Tratado de Extradição firmado entre o Brasil e o Peru. Em síntese, na oitiva do extraditando e na resposta escrita apresentada pela Defensoria Pública, a defesa manifestou-se favoravelmente “à extradição do reeducando para que este cumpra o término de sua pena em seu país e para que fique perto de sua família, visando sempre a ressocialização e o bem estar do extraditando que melhorará estando perto de seus parentes”. Preliminarmente, verifico que a concordância do extraditando não dispensa o exame dos requisitos para extradição. De início, estão nos autos todos os documentos necessários à análise da legalidade do pleito extradicional, atendido o disposto nos arts. 80 e 82 da Lei 6.815/1980. Ademais, como bem consignado no parecer ministerial, “é competente a Justiça requerente, pois o extraditando é nacional peruano, país onde ocorreram os fatos”. O extraditando foi condenado nos seguintes termos (fls. 224-225): “Em base a estes fatos, o representante do Ministério Público no seu ditame acusatório n. 723-2005, fez uma acusação contra Jonckler Valladares Alvarez e outros pelos crimes Contra a Segurança Pública, Posse Ilegal de Armas de Guerra, munição e material explosivo no agravo do Estado, previsto e punido no artigo 279 do Código Penal Peruano e pelo crime contra a Tranquilidade Pública - Associação Ilícita para Delinquir no agravo do Estado, previsto e punido no artigo 317, primeiro Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3015307. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 9 Voto - MIN. GILMAR MENDES EXT 1.235 / ** parágrafo do Código Penal Peruano, que diz assim: Artigo 279 do Código Penal Peruano que diz: ‘Aquele que de forma ilegítima, fabrica, armazena, fornece ou tem na sua posse bombas, armas, munições ou materiais explosivos, inflamáveis, asfixiantes ou tóxicos ou substâncias ou materiais destinados para sua preparação será punido com pena privativa de liberdade de não menos de seis nem mais de quinze anos’. Artigo modificado segundo a 1ª Disposição Complementar do Decreto Legislativo n. 898 de 27 de maio de 1998, vigente atualmente e à data dos fatos cometidos durante o ano de dois mil e cinco. Artigo 317 primeiro parágrafo do Código Penal Peruano, que diz: ‘Aquele que faz parte de uma organização de duas ou mais pessoas destinada a cometer crimes será punido somente pelo fato de ser membro da mesma com pena privativa de liberdade de não menos de três anos nem mais de seis anos’. Vigente à data dos fatos cometidos durante o ano de dois mil e cinco, modificado pelo artigo 1º da Lei 28355 em 06 de outubro de 2004. A sanção solicitada pela Promotoria foi pena privativa de liberdade por 12 anos, além do pagamento de uma reparação civil de oito mil novos soles. Crimes pelos quais o acusado Jonckler Valladares Alvarez foi sentenciado em 23 de novembro de 2005 a 10 anos de pena privativa de liberdade e ao pagamento de una reparação civil de Quatro mil novos soles no favor do Estado”. Presente o requisito da dupla tipicidade. Os delitos previstos na lei peruana como posse ilegal de armas de guerra, munição e material 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3015307. Supremo Tribunal Federal EXT 1.235 / ** parágrafo do Código Penal Peruano, que diz assim: Artigo 279 do Código Penal Peruano que diz: ‘Aquele que de forma ilegítima, fabrica, armazena, fornece ou tem na sua posse bombas, armas, munições ou materiais explosivos, inflamáveis, asfixiantes ou tóxicos ou substâncias ou materiais destinados para sua preparação será punido com pena privativa de liberdade de não menos de seis nem mais de quinze anos’. Artigo modificado segundo a 1ª Disposição Complementar do Decreto Legislativo n. 898 de 27 de maio de 1998, vigente atualmente e à data dos fatos cometidos durante o ano de dois mil e cinco. Artigo 317 primeiro parágrafo do Código Penal Peruano, que diz: ‘Aquele que faz parte de uma organização de duas ou mais pessoas destinada a cometer crimes será punido somente pelo fato de ser membro da mesma com pena privativa de liberdade de não menos de três anos nem mais de seis anos’. Vigente à data dos fatos cometidos durante o ano de dois mil e cinco, modificado pelo artigo 1º da Lei 28355 em 06 de outubro de 2004. A sanção solicitada pela Promotoria foi pena privativa de liberdade por 12 anos, além do pagamento de uma reparação civil de oito mil novos soles. Crimes pelos quais o acusado Jonckler Valladares Alvarez foi sentenciado em 23 de novembro de 2005 a 10 anos de pena privativa de liberdade e ao pagamento de una reparação civil de Quatro mil novos soles no favor do Estado”. Presente o requisito da dupla tipicidade. Os delitos previstos na lei peruana como posse ilegal de armas de guerra, munição e material 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3015307. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 9 Voto - MIN. GILMAR MENDES EXT 1.235 / ** explosivo no agravo do Estado e associação ilícita para delinquir no agravo do Estado (artigo 279 e artigo 317, do Código Penal peruano) encontram correspondência nos tipos penais previstos no art. 16 da Lei n. 10.826/2003 (posse ilegal de armas) e no parágrafo único do artigo 288 do Código Penal (quadrilha ou bando armado). Não há que se falar, também, de prescrição em ambos os ordenamentos jurídicos. A prescrição é da pretensão executória. O trânsito em julgado ocorreu em 24.8.2006. Cumprida parte da pena, o extraditando foi transferido para regime de semiliberdade, revogado em 22.10.2010, em razão da fuga. A pena que resta a cumprir é de 3 anos, 6 meses e 28 dias. No Peru, a prescrição da pretensão executória regula-se, no caso de concurso de crimes, pela pena máxima cominada ao crime mais grave (ou seja, posse ilegal de armas: pena de 6 a 15 anos). Não houve o transcurso do prazo de 15 anos. Prescrição da pretensão executória no Brasil: no caso de concurso de crimes, a extinção da punibilidade incidirá sobre a pena de cada um isoladamente (CP, art. 119) e, evadindo-se o condenado, a prescrição é regulada pelo tempo que resta da pena (CP, art. 113). E, mais, depois de passada em julgado a sentença condenatória, a prescrição não corre durante o tempo em que o condenado estiver preso por outro motivo (CP, art. 116, parágrafo único). A sentença peruana não especificou a pena de cada um dos dois crimes pelos quais foi condenado o extraditando. Mesmo assim, é possível afastar a prescrição dos crimes, considerados isoladamente. É que o menor prazo para os crimes parcelados seria de 2 anos (correspondente a um saldo de pena inferior a 1 ano – mínimo exigido para autorizar a extradição) que, a toda evidência, não transcorreu desde a interrupção da execução da condenação no Peru e os termos interruptivos supervenientes, ou seja, a prisão em flagrante por crime cometido no Brasil (6.9.2010) e a própria prisão para fins de extradição (2.9.2011). No que se refere ao argumento do extraditando de que não 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3015307. Supremo Tribunal Federal EXT 1.235 / ** explosivo no agravo do Estado e associação ilícita para delinquir no agravo do Estado (artigo 279 e artigo 317, do Código Penal peruano) encontram correspondência nos tipos penais previstos no art. 16 da Lei n. 10.826/2003 (posse ilegal de armas) e no parágrafo único do artigo 288 do Código Penal (quadrilha ou bando armado). Não há que se falar, também, de prescrição em ambos os ordenamentos jurídicos. A prescrição é da pretensão executória. O trânsito em julgado ocorreu em 24.8.2006. Cumprida parte da pena, o extraditando foi transferido para regime de semiliberdade, revogado em 22.10.2010, em razão da fuga. A pena que resta a cumprir é de 3 anos, 6 meses e 28 dias. No Peru, a prescrição da pretensão executória regula-se, no caso de concurso de crimes, pela pena máxima cominada ao crime mais grave (ou seja, posse ilegal de armas: pena de 6 a 15 anos). Não houve o transcurso do prazo de 15 anos. Prescrição da pretensão executória no Brasil: no caso de concurso de crimes, a extinção da punibilidade incidirá sobre a pena de cada um isoladamente (CP, art. 119) e, evadindo-se o condenado, a prescrição é regulada pelo tempo que resta da pena (CP, art. 113). E, mais, depois de passada em julgado a sentença condenatória, a prescrição não corre durante o tempo em que o condenado estiver preso por outro motivo (CP, art. 116, parágrafo único). A sentença peruana não especificou a pena de cada um dos dois crimes pelos quais foi condenado o extraditando. Mesmo assim, é possível afastar a prescrição dos crimes, considerados isoladamente. É que o menor prazo para os crimes parcelados seria de 2 anos (correspondente a um saldo de pena inferior a 1 ano – mínimo exigido para autorizar a extradição) que, a toda evidência, não transcorreu desde a interrupção da execução da condenação no Peru e os termos interruptivos supervenientes, ou seja, a prisão em flagrante por crime cometido no Brasil (6.9.2010) e a própria prisão para fins de extradição (2.9.2011). No que se refere ao argumento do extraditando de que não 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3015307. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 9 Voto - MIN. GILMAR MENDES EXT 1.235 / ** participou do crime ao qual foi condenado, não há como ser acolhido. Neste sentido, assentou o Parquet: “A alegação do extraditando, que diz não ter cometido os delitos, concerne ao mérito da acusação, ultrapassando os limites da defesa permitida no juízo delibatório (art. VIII do Tratado de Extradição c.c. o art. 85, § 1º, da Lei nº 6.815/80), não cabendo pesquisar os elementos de convicção nos quais se fundou a Justiça do Estado estrangeiro para proferir a sentença condenatória: “no sistema belga – ao qual filiado a lei extradicional brasileira, não cabe ao Supremo Tribunal – ao cabo de um processo em que, ao contrário do que sucede no sistema anglo-saxão, não há dilação probatória – adentrar ao mérito da sentença com base na qual requerida a extradição. Precedentes”. (Extradição 1.009, rel. Min. Sepúlveda Pertence, DJ 10.11.2006). Por fim, embora o extraditando tenha-se manifestado pelo pleito do Estado requerente, em razão da sua condenação pelo Juízo Criminal da Comarca de Benjamin Constant/AM, nos autos do Processo 0000525- 61.2011.804.0009, à pena de 4 anos e 6 meses de reclusão, em regime fechado, entendo que, na espécie, aplica-se o disposto no art. 89 da Lei 6.815/1980: “Quando o extraditando estiver sendo processado, ou tiver sido condenado, no Brasil, por crime punível com pena privativa de liberdade, a extradição será executada somente depois da conclusão do processo ou do cumprimento da pena, ressalvado, entretanto, o disposto no artigo 67. Art. 67 - Desde que conveniente ao interesse nacional, a expulsão do estrangeiro poderá efetivar-se, ainda que haja processo ou tenha ocorrido condenação”. Ante o exposto, presentes os requisitos legais necessários à concessão do pedido, meu voto é pelo deferimento da extradição, com a ressalva do art. 89 do Estatuto do Estrangeiro. 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3015307. Supremo Tribunal Federal EXT 1.235 / ** participou do crime ao qual foi condenado, não há como ser acolhido. Neste sentido, assentou o Parquet: “A alegação do extraditando, que diz não ter cometido os delitos, concerne ao mérito da acusação, ultrapassando os limites da defesa permitida no juízo delibatório (art. VIII do Tratado de Extradição c.c. o art. 85, § 1º, da Lei nº 6.815/80), não cabendo pesquisar os elementos de convicção nos quais se fundou a Justiça do Estado estrangeiro para proferir a sentença condenatória: “no sistema belga – ao qual filiado a lei extradicional brasileira, não cabe ao Supremo Tribunal – ao cabo de um processo em que, ao contrário do que sucede no sistema anglo-saxão, não há dilação probatória – adentrar ao mérito da sentença com base na qual requerida a extradição. Precedentes”. (Extradição 1.009, rel. Min. Sepúlveda Pertence, DJ 10.11.2006). Por fim, embora o extraditando tenha-se manifestado pelo pleito do Estado requerente, em razão da sua condenação pelo Juízo Criminal da Comarca de Benjamin Constant/AM, nos autos do Processo 0000525- 61.2011.804.0009, à pena de 4 anos e 6 meses de reclusão, em regime fechado, entendo que, na espécie, aplica-se o disposto no art. 89 da Lei 6.815/1980: “Quando o extraditando estiver sendo processado, ou tiver sido condenado, no Brasil, por crime punível com pena privativa de liberdade, a extradição será executada somente depois da conclusão do processo ou do cumprimento da pena, ressalvado, entretanto, o disposto no artigo 67. Art. 67 - Desde que conveniente ao interesse nacional, a expulsão do estrangeiro poderá efetivar-se, ainda que haja processo ou tenha ocorrido condenação”. Ante o exposto, presentes os requisitos legais necessários à concessão do pedido, meu voto é pelo deferimento da extradição, com a ressalva do art. 89 do Estatuto do Estrangeiro. 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3015307. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 9 Voto - MIN. GILMAR MENDES EXT 1.235 / ** É como voto. 5 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3015307. Supremo Tribunal Federal EXT 1.235 / ** É como voto. 5 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3015307. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 9 Decisão de Julgamento SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA EXTRADIÇÃO 1.235 PROCED. : REPÚBLICA DO PERU RELATOR : MIN. GILMAR MENDES REQTE.(S) : GOVERNO DO PERU EXTDO.(A/S) : JONCKLER VALLADARES ALVARES OU JONCKLER VALLADARES ALVAREZ PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PUBLICO GERAL FEDERAL Decisão: A Turma, por unanimidade, deferiu o pedido, com a ressalva do art. 89 do Estatuto do Estrangeiro, nos termos do voto do Relator. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. 2ª Turma, 16.10.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Subprocurador-Geral da República, Dr. Mário José Gisi. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3051970 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA EXTRADIÇÃO 1.235 PROCED. : REPÚBLICA DO PERU RELATOR : MIN. GILMAR MENDES REQTE.(S) : GOVERNO DO PERU EXTDO.(A/S) : JONCKLER VALLADARES ALVARES OU JONCKLER VALLADARES ALVAREZ PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PUBLICO GERAL FEDERAL Decisão: A Turma, por unanimidade, deferiu o pedido, com a ressalva do art. 89 do Estatuto do Estrangeiro, nos termos do voto do Relator. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. 2ª Turma, 16.10.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Subprocurador-Geral da República, Dr. Mário José Gisi. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3051970 Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 9
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3064689
2012-10-16T00:00:00
2012-11-08T00:00:00
A Turma, por unanimidade, deferiu o pedido, com a ressalva do art. 89 do Estatuto do Estrangeiro, nos termos do voto do Relator. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. 2ª Turma, 16.10.2012.
EXTRADIÇÃO
Extradição executória. Crimes de posse ilegal de armas e quadrilha armada. 3. Atendimento dos requisitos formais. 4. Dupla tipicidade e punibilidade. 5. Extraditando que responde a processo penal no Brasil por crime diverso daquele que versa o pedido de extradição. 6. Discricionariedade do Chefe do Poder Executivo para ordenar a extradição ainda que haja processo penal instaurado ou mesmo condenação no Brasil (art. 89 da Lei 6.815/1980). 7. Pedido de extradição deferido, com a ressalva do art. 89 do Estatuto do Estrangeiro.
sjur218045
- Acórdão(s) citado(s): Ext 1009 (TP). - Veja Processo 0000525-61.2011.804.0009 do Juízo Criminal da Comarca de Benjamin Constant/AM. - Legislação estrangeira citada: art. 279 e art. 317, do Código Penal peruano. Número de páginas: 9. Análise: 20/11/2012, MMR. Revisão: 30/11/2012, IMC.
GILMAR MENDES
Segunda Turma
1235
[ "LEG-FED DEL-002848 ANO-1940\r\n ART-00113 ART-00116 PAR-ÚNICO ART-00119\r\n ART-00288 \r\n CP-1940 CÓDIGO PENAL\r\n", "LEG-FED LEI-006815 ANO-1980\r\n ART-00067 ART-00080 ART-00082 ART-00089 \r\n EE-1980 ESTATUTO DO ESTRANGEIRO\r\n", "LEG-FED LEI-010826 ANO-2003\r\n ART-00016 \r\n ED-2003 ESTATUTO DO DESARMAMENTO\r\n", "LEG-INT TTD ANO-2003\r\n ART-00014 \r\n TRATADO DE EXTRADIÇÃO CELEBRADO ENTRE BRASIL E PERU\r\n", "LEG-FED DLG-000071 ANO-2006\r\n APROVA O TRATADO DE EXTRADIÇÃO CELEBRADO ENTRE BRASIL E PERU\r\n DECRETO LEGISLATIVO\r\n", "LEG-FED DEC-005853 ANO-2006\r\n PROMULGA O TRATADO DE EXTRADIÇÃO CELEBRADO ENTRE BRASIL E PERU\r\n DECRETO" ]
Ext
acordaos
Ext 1235
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REQTE.(S) : GOVERNO DO PERU EXTDO.(A/S) : JONCKLER VALLADARES ALVARES OU JONCKLER VALLADARES ALVAREZ PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
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VIII do Tratado de Extradição", "art . 85 , § [UNK] , da Lei [UNK] 6 . 815 / 80", "art . 89 da Lei 6 . 815 / 1980", "art . 89 do Estatuto do Estrangeiro", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 89 do Estatuto do Estrangeiro", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001" ], "LOCAL": [ "PERU", "Brasil", "Brasil", "Brasília", "Província de Coronel Portillo", "Centro Penitenciário Antônio Tridente", "Manaus", "Província de Coronel Portillo", "Centro Penitenciário Antônio Tridente", "Manaus", "Peru", "Brasil", "Peru", "Brasil", "Peru", "Brasil", "Peru", "Brasil", "Comarca de Benjamin Constant / AM", "Brasil", "Comarca de Benjamin Constant / AM", "Brasil", "PERU", "PERU" ], "ORGANIZACAO": [ "SEGUNDA TURMA", "REPÚBLICA DO PERU", "GOVERNO", "Supremo Tribunal Federal", "Segunda Turma", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", 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"Cármen Lúcia", "Ricardo Lewandowski", "Celso de Mello", "Gilmar Mendes", "Joaquim Barbosa", "Cármen Lúcia", "Mário José Gisi", "Fabiane Duarte", "GILMAR MENDES", "JONCKLER VALLADARES ALVARES", "JONCKLER VALLADARES ALVAREZ", "Joaquim Barbosa", "Cármen Lúcia", "Ricardo Lewandowski", "Celso de Mello", "Gilmar Mendes", "Joaquim Barbosa", "Cármen Lúcia", "Mário José Gisi", "Fabiane Duarte" ], "TEMPO": [ "16", "/", "10", "/", "2012", "16 de outubro de 2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "08", "/", "11", "/", "2012", "16", "/", "10", "/", "2012", "29", ".", "4", ".", "2011", "19", ".", "7", ".", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "16", "/", "10", "/", "2012", "29", ".", "4", ".", "2011", "19", ".", "7", ".", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "16", "/", "10", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "16", "/", "10", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "27 de maio de 1998", "06 de outubro de 2004", "23 de novembro de 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Ementa e Acórdão 18/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 680.814 MINAS GERAIS RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) :MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE AGDO.(A/S) :INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL FEDERAL EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. TRIBUTÁRIO. IMUNIDADE TRIBUTÁRIA RECÍPROCA. AUTARQUIA. EXTENSÃO AOS IMÓVEIS VAGOS E LOCADOS. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a Presidência do Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, à unanimidade, em negar provimento ao agravo regimental no recurso extraordinário com agravo, nos termos do voto da Relatora. Ausentes, justificadamente, os Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. Brasília, 18 de setembro de 2012. Ministra CÁRMEN LÚCIA - Relatora Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2874268. Supremo Tribunal Federal DJe 05/10/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 7 Relatório 18/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 680.814 MINAS GERAIS RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) :MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE AGDO.(A/S) :INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL FEDERAL R E L A T Ó R I O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA (Relatora): 1. Em 29 de maio de 2012, dei provimento ao agravo e, desde logo, ao recurso extraordinário interposto pelo Instituto Nacional de Seguro Social - INSS contra julgado do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, o qual afastou a imunidade recíproca com relação à autarquia previdenciária ora Agravada. A decisão agravada teve a seguinte fundamentação: “5. Inicialmente, cumpre afastar o fundamento da decisão agravada, pois a análise da controvérsia prescinde do reexame do conjunto fático-probatório dos autos . 6. Razão jurídica assiste ao Agravante . 7. O Tribunal de origem divergiu da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal que se firmou no sentido de que a imunidade tributária abrange os imóveis vagos. Confira-se, a propósito, os seguintes julgados: (...). É de se ressaltar que o Supremo Tribunal Federal reconhece a imunidade ainda que o imóvel da entidade imune esteja locado, nos termos da Súmula n. 724. Nesse sentido, foi julgado o Agravo Regimental no Recurso Extraordinário n. 472.855, Rel. Min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, em que foi parte o Instituto Nacional do Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2874269. Supremo Tribunal Federal 18/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 680.814 MINAS GERAIS RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) :MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE AGDO.(A/S) :INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL FEDERAL R E L A T Ó R I O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA (Relatora): 1. Em 29 de maio de 2012, dei provimento ao agravo e, desde logo, ao recurso extraordinário interposto pelo Instituto Nacional de Seguro Social - INSS contra julgado do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, o qual afastou a imunidade recíproca com relação à autarquia previdenciária ora Agravada. A decisão agravada teve a seguinte fundamentação: “5. Inicialmente, cumpre afastar o fundamento da decisão agravada, pois a análise da controvérsia prescinde do reexame do conjunto fático-probatório dos autos . 6. Razão jurídica assiste ao Agravante . 7. O Tribunal de origem divergiu da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal que se firmou no sentido de que a imunidade tributária abrange os imóveis vagos. Confira-se, a propósito, os seguintes julgados: (...). É de se ressaltar que o Supremo Tribunal Federal reconhece a imunidade ainda que o imóvel da entidade imune esteja locado, nos termos da Súmula n. 724. Nesse sentido, foi julgado o Agravo Regimental no Recurso Extraordinário n. 472.855, Rel. Min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, em que foi parte o Instituto Nacional do Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2874269. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 7 Relatório ARE 680.814 AGR / MG Seguro Social: ‘Agravo regimental em recurso extraordinário. 2. Recurso que não demonstra o desacerto da decisão agravada. 3. Decisão em consonância com a jurisprudência desta Corte. Imunidade. IPTU. Autarquia federal. Precedente. 4. Agravo regimental a que se nega provimento (DJ 1.9.2006)’. O acórdão recorrido está em desarmonia com a jurisprudência deste Supremo Tribunal. 4. Pelo exposto, dou provimento a este agravo e, desde logo, ao recurso extraordinário (art. 544, § 4º, inc. II, alínea c, do Código de Processo Civil) para reconhecer ser vedado ao Município de Belo Horizonte instituir Imposto Predial e Territorial Urbano - IPTU sobre bens imóveis locados e vagos do Instituto Nacional de Seguro Social, invertidos os ônus da sucumbência”. 2. Publicada essa decisão no DJe de 5.6.2012, interpõe o Município de Belo Horizonte, em 14.6.2012, tempestivamente, agravo regimental. 3. Afirma o Agravante que na espécie deveria incidir a Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal. Requer a reconsideração da decisão agravada ou o provimento do presente recurso. É o relatório. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2874269. Supremo Tribunal Federal ARE 680.814 AGR / MG Seguro Social: ‘Agravo regimental em recurso extraordinário. 2. Recurso que não demonstra o desacerto da decisão agravada. 3. Decisão em consonância com a jurisprudência desta Corte. Imunidade. IPTU. Autarquia federal. Precedente. 4. Agravo regimental a que se nega provimento (DJ 1.9.2006)’. O acórdão recorrido está em desarmonia com a jurisprudência deste Supremo Tribunal. 4. Pelo exposto, dou provimento a este agravo e, desde logo, ao recurso extraordinário (art. 544, § 4º, inc. II, alínea c, do Código de Processo Civil) para reconhecer ser vedado ao Município de Belo Horizonte instituir Imposto Predial e Territorial Urbano - IPTU sobre bens imóveis locados e vagos do Instituto Nacional de Seguro Social, invertidos os ônus da sucumbência”. 2. Publicada essa decisão no DJe de 5.6.2012, interpõe o Município de Belo Horizonte, em 14.6.2012, tempestivamente, agravo regimental. 3. Afirma o Agravante que na espécie deveria incidir a Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal. Requer a reconsideração da decisão agravada ou o provimento do presente recurso. É o relatório. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2874269. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 7 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA 18/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 680.814 MINAS GERAIS V O T O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Razão jurídica não assiste ao Agravante. 2. Como assentado na decisão agravada, o Tribunal a quo, ao decidir que “a imunidade tributária (art. 150, § 2º, CF/88) não há de ser aplicada no presente caso”, divergiu da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, que assentou que a imunidade tributária abrange os imóveis vagos e aqueles locados, nos termos da Súmula n. 724 deste Supremo Tribunal: “AINDA QUANDO ALUGADO A TERCEIROS, PERMANECE IMUNE AO IPTU O IMÓVEL PERTENCENTE A QUALQUER DAS ENTIDADES REFERIDAS PELO ART. 150, VI, ‘C’, DA CONSTITUIÇÃO, DESDE QUE O VALOR DOS ALUGUÉIS SEJA APLICADO NAS ATIVIDADES ESSENCIAIS DE TAIS ENTIDADES”. Confiram-se os seguintes julgados: “AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. TRIBUTÁRIO. IMUNIDADE TRIBUTÁRIA. IPTU. ENTIDADE ASSISTENCIAL. IMÓVEL VAGO. IRRELEVÂNCIA. JURISPRUDÊNCIA DO STF. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO DESPROVIDO. 1. A imunidade tributária prevista no art. 150, VI, c, da CF alcança todos os bens das entidades assistenciais de que cuida o referido dispositivo constitucional. 2. Deveras, o acórdão recorrido decidiu em conformidade com o entendimento firmado por esta Suprema Corte, Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2874270. Supremo Tribunal Federal 18/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 680.814 MINAS GERAIS V O T O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Razão jurídica não assiste ao Agravante. 2. Como assentado na decisão agravada, o Tribunal a quo, ao decidir que “a imunidade tributária (art. 150, § 2º, CF/88) não há de ser aplicada no presente caso”, divergiu da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, que assentou que a imunidade tributária abrange os imóveis vagos e aqueles locados, nos termos da Súmula n. 724 deste Supremo Tribunal: “AINDA QUANDO ALUGADO A TERCEIROS, PERMANECE IMUNE AO IPTU O IMÓVEL PERTENCENTE A QUALQUER DAS ENTIDADES REFERIDAS PELO ART. 150, VI, ‘C’, DA CONSTITUIÇÃO, DESDE QUE O VALOR DOS ALUGUÉIS SEJA APLICADO NAS ATIVIDADES ESSENCIAIS DE TAIS ENTIDADES”. Confiram-se os seguintes julgados: “AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. TRIBUTÁRIO. IMUNIDADE TRIBUTÁRIA. IPTU. ENTIDADE ASSISTENCIAL. IMÓVEL VAGO. IRRELEVÂNCIA. JURISPRUDÊNCIA DO STF. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO DESPROVIDO. 1. A imunidade tributária prevista no art. 150, VI, c, da CF alcança todos os bens das entidades assistenciais de que cuida o referido dispositivo constitucional. 2. Deveras, o acórdão recorrido decidiu em conformidade com o entendimento firmado por esta Suprema Corte, Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2874270. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 7 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA ARE 680.814 AGR / MG no sentido de se conferir a máxima efetividade ao art. 150, VI, b e c, da CF, revogando a concessão da imunidade tributária ali prevista somente quando há provas de que a utilização dos bens imóveis abrangidos pela imunidade tributária são estranhas àquelas consideradas essenciais para as suas finalidades. Precedentes: RE 325.822, Tribunal Pleno, Rel. Min. Gilmar Mendes, DJ 14.05.2004 e AI 447.855, da relatoria do Ministro Gilmar Mendes, DJ de 6.10.06. (...) 4. Agravo regimental a que se nega provimento” (ARE 658.080- AgR, Rel. Min Luiz Fux, Primeira Turma, DJe 15.2.2012). E: “Agravo regimental em recurso extraordinário. 2. Recurso que não demonstra o desacerto da decisão agravada. 3. Decisão em consonância com a jurisprudência desta Corte. Imunidade. IPTU. Autarquia federal. Precedente. 4. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI 626.372-AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJe 18.4.2008). Nesse julgamento, o Ministro Relator consignou que: “A decisão agravada foi proferida em consonância com a jurisprudência desta Corte, no sentido da extensão às autarquias da imunidade tributária recíproca relativa ao IPTU . Nesse sentido, o AgRRE 388.838, 2ª T., Rel. Carlos Velloso, DJ 29.04.05, assim ementado: (...). (…) Ademais, conforme sustentei na decisão agravada, há presunção legal de que os aluguéis arrecadados sejam utilizados para o custeio da seguridade social”. 3. Os argumentos do Agravante, insuficientes para modificar a decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2874270. Supremo Tribunal Federal ARE 680.814 AGR / MG no sentido de se conferir a máxima efetividade ao art. 150, VI, b e c, da CF, revogando a concessão da imunidade tributária ali prevista somente quando há provas de que a utilização dos bens imóveis abrangidos pela imunidade tributária são estranhas àquelas consideradas essenciais para as suas finalidades. Precedentes: RE 325.822, Tribunal Pleno, Rel. Min. Gilmar Mendes, DJ 14.05.2004 e AI 447.855, da relatoria do Ministro Gilmar Mendes, DJ de 6.10.06. (...) 4. Agravo regimental a que se nega provimento” (ARE 658.080- AgR, Rel. Min Luiz Fux, Primeira Turma, DJe 15.2.2012). E: “Agravo regimental em recurso extraordinário. 2. Recurso que não demonstra o desacerto da decisão agravada. 3. Decisão em consonância com a jurisprudência desta Corte. Imunidade. IPTU. Autarquia federal. Precedente. 4. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI 626.372-AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJe 18.4.2008). Nesse julgamento, o Ministro Relator consignou que: “A decisão agravada foi proferida em consonância com a jurisprudência desta Corte, no sentido da extensão às autarquias da imunidade tributária recíproca relativa ao IPTU . Nesse sentido, o AgRRE 388.838, 2ª T., Rel. Carlos Velloso, DJ 29.04.05, assim ementado: (...). (…) Ademais, conforme sustentei na decisão agravada, há presunção legal de que os aluguéis arrecadados sejam utilizados para o custeio da seguridade social”. 3. Os argumentos do Agravante, insuficientes para modificar a decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2874270. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 7 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA ARE 680.814 AGR / MG prestação jurisdicional. 4. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2874270. Supremo Tribunal Federal ARE 680.814 AGR / MG prestação jurisdicional. 4. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2874270. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 7 Decisão de Julgamento SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 680.814 PROCED. : MINAS GERAIS RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) : MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE AGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 18.09.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2849254 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 680.814 PROCED. : MINAS GERAIS RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) : MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE AGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 18.09.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2849254 Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 7
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=2884955
2012-09-18T00:00:00
2012-10-05T00:00:00
A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 18.09.2012.
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO
EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. TRIBUTÁRIO. IMUNIDADE TRIBUTÁRIA RECÍPROCA. AUTARQUIA. EXTENSÃO AOS IMÓVEIS VAGOS E LOCADOS. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO
sjur216047
- Acórdãos citados: ARE 658080 AgR, AI 626372 AgR. Número de páginas: 7. Análise: 10/10/2012, MJC.
CÁRMEN LÚCIA
Segunda Turma
680814
[ "LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00150 PAR-00002 \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n\r\n", "LEG-FED SUMSTF-000724 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF" ]
ARE-AgR
acordaos
ARE 680814 AgR
[ "" ]
AGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS AGTE.(S) : MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "RECURSO", "Súmula n . 724", "Agravo Regimental no Recurso Extraordinário n . 472 . 855", "ARE 680 . 814", "Súmula n . 279 do Supremo Tribunal Federal", "ARE 680 . 814 AGR / MG", "Súmula n . 279 do Supremo Tribunal", "Súmula n . 724 deste Supremo Tribunal", "Súmula n . 724 deste Supremo Tribunal", "RE 325 . 822", "AI 447 . 855", "ARE 658 . 080 - AgR", "AI 626 . 372 - AgR", "AgRRE 388 . 838", "ARE 680 . 814 AGR / MG", "RE 325 . 822", "AI 447 . 855", "ARE 658 . 080 - AgR", "AI 626 . 372 - AgR", "AgRRE 388 . 838", "ARE 680 . 814 AGR", "ARE 680 . 814 AGR / MG" ], "LEGISLACAO": [ "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 544 , § [UNK] , inc . II , alínea c , do Código de Processo Civil", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 544 , § [UNK] , inc . II , alínea c , do Código de Processo Civil", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 150 , § [UNK] , CF / 88", "ART . 150 , VI , ‘ C ’ , DA CONSTITUIÇÃO", "art . 150 , VI , c , da CF", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 150 , § [UNK] , CF / 88", "ART . 150 , VI , ‘ C ’ , DA CONSTITUIÇÃO", "art . 150 , VI , c , da CF", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 150 , VI , b e c , da CF", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 150 , VI , b e c , da CF", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001" ], "LOCAL": [ "MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE", "Brasília", "MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE", "MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE", "Município", "Belo Horizonte", "MINAS GERAIS", "MINAS GERAIS", "MINAS GERAIS", "MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE", "MINAS GERAIS", "MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE" ], "ORGANIZACAO": [ "SEGUNDA TURMA", "MUNICÍPIO", "INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL", "INSS", "Supremo Tribunal Federal", "Segunda Turma", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "MUNICÍPIO", "INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL", "INSS", "Instituto Nacional de Seguro Social", "INSS", "Tribunal Regional Federal da [UNK] Região", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Segunda Turma", "Instituto Nacional do Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "MUNICÍPIO", "INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL", "INSS", "Instituto Nacional de Seguro Social", "INSS", "Tribunal Regional Federal da [UNK] Região", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Segunda Turma", "Instituto Nacional do Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "AGR", "/", "Supremo Tribunal", "Instituto Nacional de Seguro Social", "Município", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Instituto Nacional de Seguro Social", "Município", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "SEGUNDA TURMA", "Supremo Tribunal Federal", "STF", "Suprema Corte", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "Supremo Tribunal Federal", "STF", "Suprema Corte", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Tribunal Pleno", "Primeira Turma", "Segunda Turma", "[UNK] T .", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Tribunal Pleno", "Primeira Turma", "Segunda Turma", "[UNK] T .", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "/", "MG", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "SEGUNDA TURMA", "MUNICÍPIO", "INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL", "INSS", "[UNK] Turma", "Infra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "EXTRATO", "MUNICÍPIO", "INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL", "INSS", "[UNK] Turma", "Infra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil" ], "PESSOA": [ "Ricardo Lewandowski", "Celso de Mello", "Joaquim Barbosa", "CÁRMEN LÚCIA", "CÁRMEN LÚCIA", "CÁRMEN LÚCIA", "Gilmar Mendes", "CÁRMEN LÚCIA", "CÁRMEN LÚCIA", "Gilmar Mendes", "CÁRMEN LÚCIA", "CÁRMEN LÚCIA", "CÁRMEN LÚCIA", "Gilmar Mendes", "Gilmar Mendes", "Luiz Fux", "Gilmar Mendes", "Carlos Velloso", "Gilmar Mendes", "Gilmar Mendes", "Luiz Fux", "Gilmar Mendes", "Carlos Velloso", "CÁRMEN LÚCIA", "CÁRMEN LÚCIA", "Celso de Mello", "Joaquim Barbosa", "Ricardo Lewandowski", "Gilmar Mendes", "Cármen Lúcia", "Celso de Mello", "Joaquim Barbosa", "Paulo da Rocha Campos", "CÁRMEN LÚCIA", "Celso de Mello", "Joaquim Barbosa", "Ricardo Lewandowski", "Gilmar Mendes", "Cármen Lúcia", "Celso de Mello", "Joaquim Barbosa", "Paulo da Rocha Campos", "Fabiane Duarte" ], "TEMPO": [ "18", "/", "09", "/", "2012", "18 de setembro de 2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "05", "/", "10", "/", "2012", "18", "/", "09", "/", "2012", "29 de maio de 2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "18", "/", "09", "/", "2012", "29 de maio de 2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "1", ".", "9", ".", "2006", "5", ".", "6", ".", "2012", "14", ".", "6", ".", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "1", ".", "9", ".", "2006", "5", ".", "6", ".", "2012", "14", ".", "6", ".", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "18", "/", "09", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "18", "/", "09", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "14", ".", "05", ".", "2004", "6", ".", "10", ".", "06", "15", ".", "2", ".", "2012", "18", ".", "4", ".", "2008", "29", ".", "04", ".", "05", "24", "/", "08", "/", "2001", "14", ".", "05", ".", "2004", "6", ".", "10", ".", "06", "15", ".", "2", ".", "2012", "18", ".", "4", ".", "2008", "29", ".", "04", ".", "05", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "18", ".", "09", ".", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "18", ".", "09", ".", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001" ] }
Ementa e Acórdão 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 108.272 MINAS GERAIS RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO PACTE.(S) :DIRCILENE APARECIDA SILVA IMPTE.(S) :DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL COATOR(A/S)(ES) :SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA HABEAS CORPUS – JULGAMENTO POR TRIBUNAL SUPERIOR – IMPUGNAÇÃO. A teor do disposto no artigo 102, inciso II, alínea “a”, da Constituição Federal, contra decisão, proferida em processo revelador de habeas corpus, a implicar a não concessão da ordem, cabível é o recurso ordinário. Evolução quanto à admissibilidade do substitutivo do habeas corpus. FLAGRANTE – LIBERDADE PROVISÓRIA – ARTIGO 44 DA LEI Nº 11.343/06. O Supremo, no julgamento do Habeas Corpus nº 104.339/SP, assentou a inconstitucionalidade do artigo 44 da Lei nº 11.343/2006, que vedava a liberdade provisória no caso de tráfico de entorpecentes. Implemento da ordem de ofício para que o Juízo aprecie a possibilidade de concessão da liberdade. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal em julgar extinta a ordem de habeas corpus por inadequação da via processual, mas em concedê-la de ofício, nos termos do voto do relator e por unanimidade, em sessão presidida pelo Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata do julgamento e das respectivas notas taquigráficas. Brasília, 16 de outubro de 2012. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3005485. Supremo Tribunal Federal DJe 08/11/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 11 Ementa e Acórdão HC 108.272 / MG MINISTRO MARCO AURÉLIO – RELATOR 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3005485. Supremo Tribunal Federal HC 108.272 / MG MINISTRO MARCO AURÉLIO – RELATOR 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3005485. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 11 Relatório 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 108.272 MINAS GERAIS RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO PACTE.(S) :DIRCILENE APARECIDA SILVA IMPTE.(S) :DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL COATOR(A/S)(ES) :SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – O Gabinete prestou as seguintes informações: Na decisão que implicou o indeferimento da liminar, a espécie ficou assim resumida: TRÁFICO DE ENTORPECENTES – FLAGRANTE – LIBERDADE PROVISÓRIA – ARTIGO 44 DA LEI Nº 11.343/2006 – PRECEDENTES DA TURMA – MATÉRIA SUBMETIDA AO PLENÁRIO – LIMINAR INDEFERIDA. 1. A Assessoria prestou as seguintes informações: A paciente foi presa em flagrante delito, em 23 de julho de 2010, pela suposta prática do crime de tráfico de drogas (Lei nº 11.343/2006, artigos 33 e 35). Consoante documentação a instruir este processo, na oportunidade, trazia consigo, para fins comerciais, tijolos de maconha e pedras de crack. O Juízo da 2ª Vara de Tóxicos da Comarca de Belo Horizonte, Estado de Minas Gerais, não acolheu Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3005486. Supremo Tribunal Federal 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 108.272 MINAS GERAIS RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO PACTE.(S) :DIRCILENE APARECIDA SILVA IMPTE.(S) :DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL COATOR(A/S)(ES) :SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – O Gabinete prestou as seguintes informações: Na decisão que implicou o indeferimento da liminar, a espécie ficou assim resumida: TRÁFICO DE ENTORPECENTES – FLAGRANTE – LIBERDADE PROVISÓRIA – ARTIGO 44 DA LEI Nº 11.343/2006 – PRECEDENTES DA TURMA – MATÉRIA SUBMETIDA AO PLENÁRIO – LIMINAR INDEFERIDA. 1. A Assessoria prestou as seguintes informações: A paciente foi presa em flagrante delito, em 23 de julho de 2010, pela suposta prática do crime de tráfico de drogas (Lei nº 11.343/2006, artigos 33 e 35). Consoante documentação a instruir este processo, na oportunidade, trazia consigo, para fins comerciais, tijolos de maconha e pedras de crack. O Juízo da 2ª Vara de Tóxicos da Comarca de Belo Horizonte, Estado de Minas Gerais, não acolheu Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3005486. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 11 Relatório HC 108.272 / MG o pedido de liberdade provisória. Teve em conta a explícita vedação prevista no artigo 44 da Lei nº 11.343/2006 e a necessidade de garantia da ordem pública. O Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais indeferiu o habeas corpus impetrado. Consignou estarem presentes os requisitos indispensáveis à imposição da custódia processual e ressaltou o fato de o artigo 44 da Lei nº 11.343/2006 proibir, expressamente, a concessão de liberdade provisória em casos como o da espécie. No Superior Tribunal de Justiça, a Quinta Turma indeferiu a ordem no Habeas Corpus nº 195.300/MG, relatado pelo Ministro Adilson Vieira Macabu, Desembargador do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, convocado. Entendeu aplicável o mencionado preceito. Neste processo, o impetrante reafirma a tese relacionada ao direito da paciente à liberdade provisória. Segundo assevera, o disposto no artigo 44 da Lei nº 11.343/2006 não poderia servir, por si só, como fundamento à manutenção da medida constritiva da liberdade. Sustenta ser de duvidosa constitucionalidade o que estabelecido no mencionado artigo, por ofensa ao princípio da presunção de não culpabilidade, da dignidade da pessoa humana e do direito ao devido processo legal, conforme realçado no acórdão proferido pela Segunda Turma do Supremo no Habeas Corpus nº 97.579, relatora Ministra Ellen Gracie, publicado no Diário da Justiça de 14 de maio de 2010. Pede a concessão de liminar, determinando-se a 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3005486. Supremo Tribunal Federal HC 108.272 / MG o pedido de liberdade provisória. Teve em conta a explícita vedação prevista no artigo 44 da Lei nº 11.343/2006 e a necessidade de garantia da ordem pública. O Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais indeferiu o habeas corpus impetrado. Consignou estarem presentes os requisitos indispensáveis à imposição da custódia processual e ressaltou o fato de o artigo 44 da Lei nº 11.343/2006 proibir, expressamente, a concessão de liberdade provisória em casos como o da espécie. No Superior Tribunal de Justiça, a Quinta Turma indeferiu a ordem no Habeas Corpus nº 195.300/MG, relatado pelo Ministro Adilson Vieira Macabu, Desembargador do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, convocado. Entendeu aplicável o mencionado preceito. Neste processo, o impetrante reafirma a tese relacionada ao direito da paciente à liberdade provisória. Segundo assevera, o disposto no artigo 44 da Lei nº 11.343/2006 não poderia servir, por si só, como fundamento à manutenção da medida constritiva da liberdade. Sustenta ser de duvidosa constitucionalidade o que estabelecido no mencionado artigo, por ofensa ao princípio da presunção de não culpabilidade, da dignidade da pessoa humana e do direito ao devido processo legal, conforme realçado no acórdão proferido pela Segunda Turma do Supremo no Habeas Corpus nº 97.579, relatora Ministra Ellen Gracie, publicado no Diário da Justiça de 14 de maio de 2010. Pede a concessão de liminar, determinando-se a 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3005486. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 11 Relatório HC 108.272 / MG expedição de alvará de soltura em favor da paciente, para assegurar-lhe o direito à liberdade provisória. No mérito, busca a confirmação da providência. 2. Valho-me do que tenho consignado sobre o artigo 44 da Lei nº 11.343/2006: [...] […] quanto ao disposto no artigo 44 da Lei nº 11.343/06, a obstaculizar a liberdade provisória, considerem a opção político-normativa no que calcada, em primeiro lugar, em preceitos constitucionais e, em segundo, em interesses maiores da sociedade. O inciso LXVI do artigo 5º da Constituição Federal menciona a possibilidade de a lei obstaculizar a liberdade provisória: LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela mantido quando a lei admitir a liberdade provisória, com ou sem fiança; O princípio do terceiro excluído afasta a interpretação de só haver a incidência do inciso XLIII do citado artigo 5º quando se cuidar de crime inafiançável. Se, no tocante a crime afiançável, pode existir a cláusula vedadora da liberdade provisória, com maior razão poderá se estiver em jogo um tipo em relação ao qual não se admite a fiança. O preceito é claro ao revelar que: XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3005486. Supremo Tribunal Federal HC 108.272 / MG expedição de alvará de soltura em favor da paciente, para assegurar-lhe o direito à liberdade provisória. No mérito, busca a confirmação da providência. 2. Valho-me do que tenho consignado sobre o artigo 44 da Lei nº 11.343/2006: [...] […] quanto ao disposto no artigo 44 da Lei nº 11.343/06, a obstaculizar a liberdade provisória, considerem a opção político-normativa no que calcada, em primeiro lugar, em preceitos constitucionais e, em segundo, em interesses maiores da sociedade. O inciso LXVI do artigo 5º da Constituição Federal menciona a possibilidade de a lei obstaculizar a liberdade provisória: LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela mantido quando a lei admitir a liberdade provisória, com ou sem fiança; O princípio do terceiro excluído afasta a interpretação de só haver a incidência do inciso XLIII do citado artigo 5º quando se cuidar de crime inafiançável. Se, no tocante a crime afiançável, pode existir a cláusula vedadora da liberdade provisória, com maior razão poderá se estiver em jogo um tipo em relação ao qual não se admite a fiança. O preceito é claro ao revelar que: XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3005486. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 11 Relatório HC 108.272 / MG por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem; […] Ressalto ainda que a matéria está submetida ao Plenário sob o ângulo da harmonia, ou não, do preceito com a Constituição Federal e, até que venha à balha pronunciamento em sentido negativo, cumpre observar os precedentes da Turma – Habeas Corpus nº 102.715/MG, relator Ministro Dias Toffoli, nº 103.715/RJ, de relatoria da Ministra Cármen Lúcia, e nº 107.430/AC, relator Ministro Ricardo Lewandowski, com os acórdãos publicados no Diário da Justiça de 21 de outubro de 2010, 24 de março de 2011 e 7 de junho de 2011, respectivamente. 3. Indefiro a medida liminar. 4. Colham o parecer da Procuradoria Geral da República. Com a volta do processo, há de implementar-se o sobrestamento para aguardar o citado crivo, como tem feito a Primeira Turma. 5. Publiquem. Brasília – residência –, 29 de julho de 2011, às 17h30. A Procuradoria Geral da República, no parecer, afirma existir óbice expresso no artigo 44 da Lei nº 11.343/06 à concessão de liberdade provisória aos acusados de tráfico de drogas, tendo o Supremo reconhecido a constitucionalidade dessa vedação em diversos precedentes. Sustenta ser a Lei nº 11.343/06 norma especial, não se aplicando ao caso em análise a Lei de Crimes Hediondos, com a nova redação dada pela Lei nº 11.464/07, nem o parágrafo único do artigo 310 do Código de Processo Penal. Aduz não haver previsão de fiança para os 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3005486. Supremo Tribunal Federal HC 108.272 / MG por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem; […] Ressalto ainda que a matéria está submetida ao Plenário sob o ângulo da harmonia, ou não, do preceito com a Constituição Federal e, até que venha à balha pronunciamento em sentido negativo, cumpre observar os precedentes da Turma – Habeas Corpus nº 102.715/MG, relator Ministro Dias Toffoli, nº 103.715/RJ, de relatoria da Ministra Cármen Lúcia, e nº 107.430/AC, relator Ministro Ricardo Lewandowski, com os acórdãos publicados no Diário da Justiça de 21 de outubro de 2010, 24 de março de 2011 e 7 de junho de 2011, respectivamente. 3. Indefiro a medida liminar. 4. Colham o parecer da Procuradoria Geral da República. Com a volta do processo, há de implementar-se o sobrestamento para aguardar o citado crivo, como tem feito a Primeira Turma. 5. Publiquem. Brasília – residência –, 29 de julho de 2011, às 17h30. A Procuradoria Geral da República, no parecer, afirma existir óbice expresso no artigo 44 da Lei nº 11.343/06 à concessão de liberdade provisória aos acusados de tráfico de drogas, tendo o Supremo reconhecido a constitucionalidade dessa vedação em diversos precedentes. Sustenta ser a Lei nº 11.343/06 norma especial, não se aplicando ao caso em análise a Lei de Crimes Hediondos, com a nova redação dada pela Lei nº 11.464/07, nem o parágrafo único do artigo 310 do Código de Processo Penal. Aduz não haver previsão de fiança para os 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3005486. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 11 Relatório HC 108.272 / MG acusados de tráfico de drogas, conforme dispõe o artigo 5º, inciso XLIII, da Constituição Federal. Ressalta a ausência de pronunciamento definitivo do Plenário do Supremo sobre a questão ora discutida, tendo sido reconhecida, no julgamento do Habeas Corpus nº 97.256/RS, a inconstitucionalidade apenas da vedação da substituição da pena privativa de liberdade pela restritiva de direitos. Superado o debate sobre a vedação legal à concessão de liberdade provisória, assevera que, ainda assim, a custódia deveria ser mantida, em virtude de ter-se demonstrado a periculosidade do paciente pela grande quantidade de drogas apreendida no momento da prisão. Citando precedentes jurisprudenciais, opina pelo indeferimento da ordem. Lancei visto no processo em 6 de outubro de 2012, liberando-o para ser julgado na Turma a partir de 16 seguinte, isso objetivando a ciência da impetrante. É o relatório. 5 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3005486. Supremo Tribunal Federal HC 108.272 / MG acusados de tráfico de drogas, conforme dispõe o artigo 5º, inciso XLIII, da Constituição Federal. Ressalta a ausência de pronunciamento definitivo do Plenário do Supremo sobre a questão ora discutida, tendo sido reconhecida, no julgamento do Habeas Corpus nº 97.256/RS, a inconstitucionalidade apenas da vedação da substituição da pena privativa de liberdade pela restritiva de direitos. Superado o debate sobre a vedação legal à concessão de liberdade provisória, assevera que, ainda assim, a custódia deveria ser mantida, em virtude de ter-se demonstrado a periculosidade do paciente pela grande quantidade de drogas apreendida no momento da prisão. Citando precedentes jurisprudenciais, opina pelo indeferimento da ordem. Lancei visto no processo em 6 de outubro de 2012, liberando-o para ser julgado na Turma a partir de 16 seguinte, isso objetivando a ciência da impetrante. É o relatório. 5 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3005486. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 11 Voto - MIN. MARCO AURÉLIO 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 108.272 MINAS GERAIS V O T O O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Inicialmente, aponto a existência de pronunciamento de Colegiado indeferindo a ordem. Consigno a óptica sobre a inadequação do habeas corpus quando o caso sugere recurso ordinário constitucional. A Carta Federal encerra como garantia maior essa ação nobre voltada a preservar a liberdade de ir e vir do cidadão – o habeas corpus. Vale dizer, sofrendo alguém ou se achando ameaçado de sofrer violência ou coação à liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder, cabe manusear o instrumental, fazendo-o no tocante à competência originária de órgão julgador. Em época na qual não havia a sobrecarga de processos hoje notada – praticamente inviabilizando, em tempo hábil, a jurisdição –, passou-se a admitir o denominado habeas substitutivo do recurso ordinário constitucional previsto contra decisão judicial a implicar o indeferimento da ordem. Com isso, atualmente, tanto o Supremo quanto o Superior Tribunal de Justiça estão às voltas com um grande número de habeas corpus – este Tribunal recebeu, no primeiro semestre de 2012, 2.181 habeas e 108 recursos ordinários e aquele, 16.372 habeas e 1.475 recursos ordinários. Raras exceções, não se trata de impetrações passíveis de serem enquadradas como originárias, mas de medidas intentadas a partir de construção jurisprudencial. O Direito é orgânico e dinâmico e contém princípios, expressões e vocábulos com sentido próprio. A definição do alcance da Carta da República há de fazer-se de forma integrativa, mas também considerada a regra de hermenêutica e aplicação do Direito que é a sistemática. O habeas corpus substitutivo do recurso ordinário, além de não estar abrangido pela garantia constante do inciso LXVIII do artigo 5º do Diploma Maior, não existindo sequer previsão legal, enfraquece este último documento, Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3005487. Supremo Tribunal Federal 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 108.272 MINAS GERAIS V O T O O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Inicialmente, aponto a existência de pronunciamento de Colegiado indeferindo a ordem. Consigno a óptica sobre a inadequação do habeas corpus quando o caso sugere recurso ordinário constitucional. A Carta Federal encerra como garantia maior essa ação nobre voltada a preservar a liberdade de ir e vir do cidadão – o habeas corpus. Vale dizer, sofrendo alguém ou se achando ameaçado de sofrer violência ou coação à liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder, cabe manusear o instrumental, fazendo-o no tocante à competência originária de órgão julgador. Em época na qual não havia a sobrecarga de processos hoje notada – praticamente inviabilizando, em tempo hábil, a jurisdição –, passou-se a admitir o denominado habeas substitutivo do recurso ordinário constitucional previsto contra decisão judicial a implicar o indeferimento da ordem. Com isso, atualmente, tanto o Supremo quanto o Superior Tribunal de Justiça estão às voltas com um grande número de habeas corpus – este Tribunal recebeu, no primeiro semestre de 2012, 2.181 habeas e 108 recursos ordinários e aquele, 16.372 habeas e 1.475 recursos ordinários. Raras exceções, não se trata de impetrações passíveis de serem enquadradas como originárias, mas de medidas intentadas a partir de construção jurisprudencial. O Direito é orgânico e dinâmico e contém princípios, expressões e vocábulos com sentido próprio. A definição do alcance da Carta da República há de fazer-se de forma integrativa, mas também considerada a regra de hermenêutica e aplicação do Direito que é a sistemática. O habeas corpus substitutivo do recurso ordinário, além de não estar abrangido pela garantia constante do inciso LXVIII do artigo 5º do Diploma Maior, não existindo sequer previsão legal, enfraquece este último documento, Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3005487. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 11 Voto - MIN. MARCO AURÉLIO HC 108.272 / MG tornando-o desnecessário no que, nos artigos 102, inciso II, alínea “a”, e 105, inciso II, alínea “a”, tem-se a previsão do recurso ordinário constitucional a ser manuseado, em tempo, para o Supremo, contra decisão proferida por tribunal superior indeferindo ordem, e para o Superior Tribunal de Justiça, contra ato de tribunal regional federal e de tribunal de justiça. O Direito é avesso a sobreposições e impetrar-se novo habeas, embora para julgamento por tribunal diverso, impugnando pronunciamento em idêntica medida implica inviabilizar, em detrimento de outras situações em que requerida, a jurisdição. Cumpre implementar – visando restabelecer a eficácia dessa ação maior, a valia da Carta Federal no que prevê não o habeas substitutivo, mas o recurso ordinário – a correção de rumos. Consigno que, no tocante a habeas já formalizado sob a óptica da substituição do recurso constitucional, não ocorrerá prejuízo para o paciente, ante a possibilidade de vir-se a conceder, se for o caso, a ordem de ofício. Saliento, por último, que, há dois anos, cheguei a propor a edição de verbete de súmula que, no entanto, esbarrou na ausência de precedentes. Deve-se afastar o misoneísmo, a aversão a novas ideias, pouco importando a justificativa plausível destas – no caso, constitucional –, salvando-se, e esta é a expressão própria, o habeas corpus em sua envergadura maior, no que solapado por visão contrária ao princípio do terceiro excluído: uma coisa é ou não é. Entre duas possibilidades contempladas na Lei Fundamental, de modo exaustivo, não simplesmente exemplificativo, não há lugar para uma terceira – na espécie, o inexistente, normativamente, habeas corpus substitutivo do recurso ordinário, que, ante a prática admitida até aqui, caiu em desuso, tornando quase letra morta os preceitos constitucionais que o versam. É cômodo não interpor o recurso ordinário quando se pode, a qualquer momento e considerado o estágio do processo-crime, buscar-se infirmar decisão há muito proferida, mediante o denominado habeas corpus substitutivo, alcançando-se, com isso, a passagem do tempo, a desaguar, por vezes, na prescrição. A situação não deve continuar, no que já mitigou a importância do habeas corpus e emperrou a máquina 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3005487. Supremo Tribunal Federal HC 108.272 / MG tornando-o desnecessário no que, nos artigos 102, inciso II, alínea “a”, e 105, inciso II, alínea “a”, tem-se a previsão do recurso ordinário constitucional a ser manuseado, em tempo, para o Supremo, contra decisão proferida por tribunal superior indeferindo ordem, e para o Superior Tribunal de Justiça, contra ato de tribunal regional federal e de tribunal de justiça. O Direito é avesso a sobreposições e impetrar-se novo habeas, embora para julgamento por tribunal diverso, impugnando pronunciamento em idêntica medida implica inviabilizar, em detrimento de outras situações em que requerida, a jurisdição. Cumpre implementar – visando restabelecer a eficácia dessa ação maior, a valia da Carta Federal no que prevê não o habeas substitutivo, mas o recurso ordinário – a correção de rumos. Consigno que, no tocante a habeas já formalizado sob a óptica da substituição do recurso constitucional, não ocorrerá prejuízo para o paciente, ante a possibilidade de vir-se a conceder, se for o caso, a ordem de ofício. Saliento, por último, que, há dois anos, cheguei a propor a edição de verbete de súmula que, no entanto, esbarrou na ausência de precedentes. Deve-se afastar o misoneísmo, a aversão a novas ideias, pouco importando a justificativa plausível destas – no caso, constitucional –, salvando-se, e esta é a expressão própria, o habeas corpus em sua envergadura maior, no que solapado por visão contrária ao princípio do terceiro excluído: uma coisa é ou não é. Entre duas possibilidades contempladas na Lei Fundamental, de modo exaustivo, não simplesmente exemplificativo, não há lugar para uma terceira – na espécie, o inexistente, normativamente, habeas corpus substitutivo do recurso ordinário, que, ante a prática admitida até aqui, caiu em desuso, tornando quase letra morta os preceitos constitucionais que o versam. É cômodo não interpor o recurso ordinário quando se pode, a qualquer momento e considerado o estágio do processo-crime, buscar-se infirmar decisão há muito proferida, mediante o denominado habeas corpus substitutivo, alcançando-se, com isso, a passagem do tempo, a desaguar, por vezes, na prescrição. A situação não deve continuar, no que já mitigou a importância do habeas corpus e emperrou a máquina 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3005487. Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 11 Voto - MIN. MARCO AURÉLIO HC 108.272 / MG judiciária, sendo prejudicados os cidadãos em geral, a cidadania. Rara é a sessão da Turma em que não se examina impetração voltada contra a demora na apreciação de idêntica medida pelo Superior Tribunal de Justiça. No caso, há a possibilidade de concessão da ordem de ofício. É que, no julgamento do Habeas Corpus nº 104.339/SP, o Supremo declarou a inconstitucionalidade do artigo 44 da Lei nº 11.343/2006, que vedava a liberdade provisória. Ante o precedente e o fato de se haver apontado como óbice a citada proibição, cumpre implementar a ordem de ofício, a fim de que o Juízo aprecie o pleito de chegar-se à liberdade. 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3005487. Supremo Tribunal Federal HC 108.272 / MG judiciária, sendo prejudicados os cidadãos em geral, a cidadania. Rara é a sessão da Turma em que não se examina impetração voltada contra a demora na apreciação de idêntica medida pelo Superior Tribunal de Justiça. No caso, há a possibilidade de concessão da ordem de ofício. É que, no julgamento do Habeas Corpus nº 104.339/SP, o Supremo declarou a inconstitucionalidade do artigo 44 da Lei nº 11.343/2006, que vedava a liberdade provisória. Ante o precedente e o fato de se haver apontado como óbice a citada proibição, cumpre implementar a ordem de ofício, a fim de que o Juízo aprecie o pleito de chegar-se à liberdade. 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3005487. Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 11 Decisão de Julgamento PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA HABEAS CORPUS 108.272 PROCED. : MINAS GERAIS RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO PACTE.(S) : DIRCILENE APARECIDA SILVA IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA Decisão: A Turma julgou extinta a ordem de habeas corpus por inadequação da via processual, mas a concedeu, de ofício, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 16.10.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Rodrigo Janot. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3061185 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA HABEAS CORPUS 108.272 PROCED. : MINAS GERAIS RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO PACTE.(S) : DIRCILENE APARECIDA SILVA IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA Decisão: A Turma julgou extinta a ordem de habeas corpus por inadequação da via processual, mas a concedeu, de ofício, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 16.10.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Rodrigo Janot. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3061185 Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 11
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3064524
2012-10-16T00:00:00
2012-11-08T00:00:00
A Turma julgou extinta a ordem de habeas corpus por inadequação da via processual, mas a concedeu, de ofício, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 16.10.2012.
HABEAS CORPUS
HABEAS CORPUS – JULGAMENTO POR TRIBUNAL SUPERIOR – IMPUGNAÇÃO. A teor do disposto no artigo 102, inciso II, alínea “a”, da Constituição Federal, contra decisão, proferida em processo revelador de habeas corpus, a implicar a não concessão da ordem, cabível é o recurso ordinário. Evolução quanto à admissibilidade do substitutivo do habeas corpus. FLAGRANTE – LIBERDADE PROVISÓRIA – ARTIGO 44 DA LEI Nº 11.343/06. O Supremo, no julgamento do Habeas Corpus nº 104.339/SP, assentou a inconstitucionalidade do artigo 44 da Lei nº 11.343/2006, que vedava a liberdade provisória no caso de tráfico de entorpecentes. Implemento da ordem de ofício para que o Juízo aprecie a possibilidade de concessão da liberdade.
sjur218054
- Acórdão(s) citado(s) (LIBERDADE PROVISÓRIA, VEDAÇÃO) STF: HC 104339 (TP). Número de páginas: 11. Análise: 14/11/2012, MJC.
MARCO AURÉLIO
Primeira Turma
108272
[ "LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00102 INC-00002 LET-A \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n\r\n", "LEG-FED LEI-011343 ANO-2006\r\n ART-00044 \r\n LTX-2006 LEI DE TÓXICOS" ]
HC
acordaos
HC 108272
[ "" ]
PACTE.(S) : DIRCILENE APARECIDA SILVA IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
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"Carta Federal", "Lei Fundamental", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "artigo 44 da Lei [UNK] 11 . 343 / 2006", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "artigo 44 da Lei [UNK] 11 . 343 / 2006", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001" ], "LOCAL": [ "MINAS GERAIS", "Brasília", "MINAS GERAIS", "Estado de Minas Gerais", "Estado de Minas Gerais", "Brasília", "Brasília", "MINAS GERAIS", "MINAS GERAIS" ], "ORGANIZACAO": [ "PRIMEIRA TURMA", "DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO", "SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA", "Supremo", "Primeira Turma do", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "PRIMEIRA TURMA", "DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO", "SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA", "[UNK] Vara de Tóxicos da Comarca de 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Ementa e Acórdão 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 114.568 ESPÍRITO SANTO RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI PACTE.(S) :NAYARA BARCELOS DOS SANTOS IMPTE.(S) :DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO PROC.(A/S)(ES) :DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO COATOR(A/S)(ES) :SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA EMENTA Habeas corpus. Penal. Tráfico de entorpecentes. Crime praticado durante a vigência da Lei nº 11.464/07. Pena inferior a 8 anos de reclusão. Obrigatoriedade de imposição do regime inicial fechado. Declaração incidental de inconstitucionalidade do § 1º do art. 2º da Lei nº 8.072/90. Ofensa à garantia constitucional da individualização da pena (inciso XLVI do art. 5º da CF/88). Fundamentação necessária (CP, art. 33, § 3º, c/c o art. 59). Possibilidade de fixação, no caso em exame, do regime semiaberto para o início de cumprimento da pena privativa de liberdade. Ordem concedida. 1. Verifica-se que o delito foi praticado em 10/10/09, já na vigência da Lei nº 11.464/07, a qual instituiu a obrigatoriedade da imposição do regime inicialmente fechado aos crimes hediondos e assemelhados. 2. Se a Constituição Federal menciona que a lei regulará a individualização da pena, é natural que ela exista. Do mesmo modo, os critérios para a fixação do regime prisional inicial devem-se harmonizar com as garantias constitucionais, sendo necessário exigir-se sempre a fundamentação do regime imposto, ainda que se trate de crime hediondo ou equiparado. 3. Na situação em análise, em que a paciente, condenada a cumprir pena de cinco (5) anos de reclusão, ostenta circunstâncias subjetivas favoráveis, o regime prisional, à luz do art. 33, § 2º, alínea b, deve ser o semiaberto. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034765. Supremo Tribunal Federal DJe 08/11/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 12 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3064692 Ementa e Acórdão HC 114.568 / ES 4. Tais circunstâncias não elidem a possibilidade de o magistrado, em eventual apreciação das condições subjetivas desfavoráveis, vir a estabelecer regime prisional mais severo, desde que o faça em razão de elementos concretos e individualizados, aptos a demonstrar a necessidade de maior rigor da medida privativa de liberdade do indivíduo, nos termos do § 3º do art. 33, c/c o art. 59, do Código Penal. 5. Embora as instâncias ordinárias tenham indicado elementos que, no seu entendimento, eram aptos a demonstrar a necessidade de imposição do regime mais severo à ora paciente, não foi concretamente justificada a necessidade da imposição do regime mais gravoso. 6. Ordem concedida. ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata do julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em conceder a ordem de habeas corpus, nos termos do voto do Relator. Brasília, 16 de outubro de 2012. MINISTRO DIAS TOFFOLI Relator 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034765. Supremo Tribunal Federal HC 114.568 / ES 4. Tais circunstâncias não elidem a possibilidade de o magistrado, em eventual apreciação das condições subjetivas desfavoráveis, vir a estabelecer regime prisional mais severo, desde que o faça em razão de elementos concretos e individualizados, aptos a demonstrar a necessidade de maior rigor da medida privativa de liberdade do indivíduo, nos termos do § 3º do art. 33, c/c o art. 59, do Código Penal. 5. Embora as instâncias ordinárias tenham indicado elementos que, no seu entendimento, eram aptos a demonstrar a necessidade de imposição do regime mais severo à ora paciente, não foi concretamente justificada a necessidade da imposição do regime mais gravoso. 6. Ordem concedida. ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata do julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em conceder a ordem de habeas corpus, nos termos do voto do Relator. Brasília, 16 de outubro de 2012. MINISTRO DIAS TOFFOLI Relator 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034765. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 12 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3064692 Relatório 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 114.568 ESPÍRITO SANTO RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI PACTE.(S) :NAYARA BARCELOS DOS SANTOS IMPTE.(S) :DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO PROC.(A/S)(ES) :DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO COATOR(A/S)(ES) :SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA RELATÓRIO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): Habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado pelo Defensor Público do Estado do Espírito Santo, Thiago Piloni, em favor de Nayara Barcelos dos Santos, denunciada e condenada pelo crime de tráfico ilícito de entorpecentes (art. 33, § 4º, da Lei nº 11.343/06), apontando como autoridade coatora a Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça, que negou provimento ao agravo regimental no REsp nº 1.290.188/ES interposto àquela Corte, Relatora a Ministra Laurita Vaz. Sustenta a impetrante que a paciente preencheria os requisitos necessários para iniciar o cumprimento da sua pena no regime semiaberto. Aduz, para tanto, em síntese, que, “a pena imposta à paciente foi de 05 (cinco) anos de reclusão, o que oportunizaria, segundo os ditames do Código Penal, o cumprimento da medida em regime semiaberto. Como já se esperava, em recente decisão, o pleno do Supremo Tribunal Federal declarou a inconstitucionalidade do regime iniciai fechado obrigatório em caso de crimes hediondos, autorizando ao magistrado sentenciante analisar o caso concreto para decidir sobre a possibilidade de fixação de regime de cumprimento diverso; tudo de acordo com a garantia constitucional de individualização da pena (art. 5º, inciso LXVI, da CRFB)” (fl. 4 da inicial). Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034763. Supremo Tribunal Federal 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 114.568 ESPÍRITO SANTO RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI PACTE.(S) :NAYARA BARCELOS DOS SANTOS IMPTE.(S) :DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO PROC.(A/S)(ES) :DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO COATOR(A/S)(ES) :SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA RELATÓRIO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): Habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado pelo Defensor Público do Estado do Espírito Santo, Thiago Piloni, em favor de Nayara Barcelos dos Santos, denunciada e condenada pelo crime de tráfico ilícito de entorpecentes (art. 33, § 4º, da Lei nº 11.343/06), apontando como autoridade coatora a Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça, que negou provimento ao agravo regimental no REsp nº 1.290.188/ES interposto àquela Corte, Relatora a Ministra Laurita Vaz. Sustenta a impetrante que a paciente preencheria os requisitos necessários para iniciar o cumprimento da sua pena no regime semiaberto. Aduz, para tanto, em síntese, que, “a pena imposta à paciente foi de 05 (cinco) anos de reclusão, o que oportunizaria, segundo os ditames do Código Penal, o cumprimento da medida em regime semiaberto. Como já se esperava, em recente decisão, o pleno do Supremo Tribunal Federal declarou a inconstitucionalidade do regime iniciai fechado obrigatório em caso de crimes hediondos, autorizando ao magistrado sentenciante analisar o caso concreto para decidir sobre a possibilidade de fixação de regime de cumprimento diverso; tudo de acordo com a garantia constitucional de individualização da pena (art. 5º, inciso LXVI, da CRFB)” (fl. 4 da inicial). Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034763. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 12 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3064692 Relatório HC 114.568 / ES Requer, liminarmente, a concessão da ordem para que “seja determinada a suspensão do início de cumprimento da reprimenda imposta à paciente” e, no mérito, pede “seja fixado o regime prisional semiaberto” (fl. 7 da inicial). Em 2/8/12, indeferi o pedido de liminar e, estando a impetração devidamente instruída com cópia do inteiro teor do acórdão impugnado, dispensei as informações da autoridade coatora. O Ministério Público Federal, em parecer da lavra do ilustre Subprocurador-Geral da República Dr. Mario José Gisi, opinou pela concessão da ordem de ofício, inclusive, em extensão maior que a do pedido formulado pela defesa (anexo de instrução nº 5). É o relatório. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034763. Supremo Tribunal Federal HC 114.568 / ES Requer, liminarmente, a concessão da ordem para que “seja determinada a suspensão do início de cumprimento da reprimenda imposta à paciente” e, no mérito, pede “seja fixado o regime prisional semiaberto” (fl. 7 da inicial). Em 2/8/12, indeferi o pedido de liminar e, estando a impetração devidamente instruída com cópia do inteiro teor do acórdão impugnado, dispensei as informações da autoridade coatora. O Ministério Público Federal, em parecer da lavra do ilustre Subprocurador-Geral da República Dr. Mario José Gisi, opinou pela concessão da ordem de ofício, inclusive, em extensão maior que a do pedido formulado pela defesa (anexo de instrução nº 5). É o relatório. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034763. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 12 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3064692 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 114.568 ESPÍRITO SANTO VOTO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): Conforme relatado, volta-se esta impetração contra ato da Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça, que negou provimento ao agravo regimental no REsp nº 1.290.188/ES interposto àquela Corte, Relatora a Ministra Laurita Vaz. Narra a impetrante, na inicial: “(...) Convém destacar que a paciente preenche todos os requisitos objetivos e subjetivos para cumprir sua sanção em regime semiaberto: (1) a pena-base foi aplicada no mínimo legal, prevalecendo uma determinação definitiva de privação de liberdade de 05 (cinco) anos; (2) a paciente foi contemplada com a causa de diminuição prevista no §4° de art. 23 da Lei de Drogas; (3) o crime não foi cometido com violência ou grave ameaça à pessoa; (4) a paciente não é reincidente; (5) as circunstâncias judiciais, quais sejam, a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do condenado bem como os motivos e as circunstâncias, indicam que o regime semiaberto é conveniente (tanto é que a pena-base foi aplicada no mínimo legal). Por fim, vale ressaltar que a quantidade e a natureza da droga apreendida com a paciente não justificam a restrição absoluta de sua liberdade, afinal, foi localizada apenas 01 (uma) ‘bucha de maconha’ em seu poder, e outras 30 (trinta) da mesma espécie em sua residência. Nesse sentido, não resta dúvida de que a paciente é merecedora do regime semiaberto, nos termos do art. 33, § 2º, alínea ‘b’, do Código Penal” (fls. 2/3 da inicial). Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034762. Supremo Tribunal Federal 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 114.568 ESPÍRITO SANTO VOTO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): Conforme relatado, volta-se esta impetração contra ato da Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça, que negou provimento ao agravo regimental no REsp nº 1.290.188/ES interposto àquela Corte, Relatora a Ministra Laurita Vaz. Narra a impetrante, na inicial: “(...) Convém destacar que a paciente preenche todos os requisitos objetivos e subjetivos para cumprir sua sanção em regime semiaberto: (1) a pena-base foi aplicada no mínimo legal, prevalecendo uma determinação definitiva de privação de liberdade de 05 (cinco) anos; (2) a paciente foi contemplada com a causa de diminuição prevista no §4° de art. 23 da Lei de Drogas; (3) o crime não foi cometido com violência ou grave ameaça à pessoa; (4) a paciente não é reincidente; (5) as circunstâncias judiciais, quais sejam, a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do condenado bem como os motivos e as circunstâncias, indicam que o regime semiaberto é conveniente (tanto é que a pena-base foi aplicada no mínimo legal). Por fim, vale ressaltar que a quantidade e a natureza da droga apreendida com a paciente não justificam a restrição absoluta de sua liberdade, afinal, foi localizada apenas 01 (uma) ‘bucha de maconha’ em seu poder, e outras 30 (trinta) da mesma espécie em sua residência. Nesse sentido, não resta dúvida de que a paciente é merecedora do regime semiaberto, nos termos do art. 33, § 2º, alínea ‘b’, do Código Penal” (fls. 2/3 da inicial). Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034762. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 12 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3064692 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI HC 114.568 / ES Transcrevo a ementa do julgado proferido pelo Superior Tribunal de Justiça: “AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. PENAL. TRÁFICO DE DROGAS. REGIME PRISIONAL FECHADO. OBRIGATORIEDADE, NA HIPÓTESE DE COMETIMENTO APÓS A LEI N.º 11.464/2007. MITIGAÇÃO DO REGIME PRISIONAL ADMITIDA, ENTRETANTO, QUANDO, APLICADA A CAUSA ESPECIAL DE DIMINUIÇÃO PREVISTA NO § 4.º DO ART. 33 DA LEI N.º 11.343/2006, FOR SUBSTITUÍDA A PENA CORPORAL POR RESTRITIVA DE DIREITOS, O QUE NÃO CONSTITUI A HIPÓTESE DOS AUTOS. 1. A partir do julgamento, pelo plenário do Supremo Tribunal Federal, do HC n.º 97.256/RS, Rel. Min. AYRES BRITTO – no qual se admitiu a possibilidade, aos condenados por tráfico de drogas sob a égide da Lei n.º 11.343/2006, de terem a pena privativa de liberdade substituída pela restritiva de direitos –, fez-se necessário, também, proceder à adequação da pena corporal, com a determinação de regime prisional mais brando, compatível com o novo entendimento, fixado justamente para evitar o encarceramento. 2. Por se tratar de pena superior a 4 anos, no caso a pena foi fixada em 5 anos de reclusão, a ora Agravante não foi beneficiada com a substituição da pena, tendo em vista o previsto no art. 44, inciso I, do Código Penal, sendo obrigatório, portanto, o cumprimento da pena no regime inicial fechado, nos termos da Lei n.º 11.464, de 29 de março de 2007. 3. Agravo regimental desprovido” (www.stj.jus.br). Essa é a razão pela qual se insurge a impetrante neste writ. Diante do que foi decidido pelo Plenário desta Suprema Corte no HC nº 111.840/ES, de minha relatoria, reconhece-se a inconstitucionalidade do § 1º do art. 2º, da Lei nº 8.072/90, com a redação que lhe deu a Lei nº 11.464/07. Concluiu-se, desse modo, que a fixação do regime prisional — 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034762. Supremo Tribunal Federal HC 114.568 / ES Transcrevo a ementa do julgado proferido pelo Superior Tribunal de Justiça: “AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. PENAL. TRÁFICO DE DROGAS. REGIME PRISIONAL FECHADO. OBRIGATORIEDADE, NA HIPÓTESE DE COMETIMENTO APÓS A LEI N.º 11.464/2007. MITIGAÇÃO DO REGIME PRISIONAL ADMITIDA, ENTRETANTO, QUANDO, APLICADA A CAUSA ESPECIAL DE DIMINUIÇÃO PREVISTA NO § 4.º DO ART. 33 DA LEI N.º 11.343/2006, FOR SUBSTITUÍDA A PENA CORPORAL POR RESTRITIVA DE DIREITOS, O QUE NÃO CONSTITUI A HIPÓTESE DOS AUTOS. 1. A partir do julgamento, pelo plenário do Supremo Tribunal Federal, do HC n.º 97.256/RS, Rel. Min. AYRES BRITTO – no qual se admitiu a possibilidade, aos condenados por tráfico de drogas sob a égide da Lei n.º 11.343/2006, de terem a pena privativa de liberdade substituída pela restritiva de direitos –, fez-se necessário, também, proceder à adequação da pena corporal, com a determinação de regime prisional mais brando, compatível com o novo entendimento, fixado justamente para evitar o encarceramento. 2. Por se tratar de pena superior a 4 anos, no caso a pena foi fixada em 5 anos de reclusão, a ora Agravante não foi beneficiada com a substituição da pena, tendo em vista o previsto no art. 44, inciso I, do Código Penal, sendo obrigatório, portanto, o cumprimento da pena no regime inicial fechado, nos termos da Lei n.º 11.464, de 29 de março de 2007. 3. Agravo regimental desprovido” (www.stj.jus.br). Essa é a razão pela qual se insurge a impetrante neste writ. Diante do que foi decidido pelo Plenário desta Suprema Corte no HC nº 111.840/ES, de minha relatoria, reconhece-se a inconstitucionalidade do § 1º do art. 2º, da Lei nº 8.072/90, com a redação que lhe deu a Lei nº 11.464/07. Concluiu-se, desse modo, que a fixação do regime prisional — 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034762. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 12 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3064692 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI HC 114.568 / ES mesmo no caso de tráfico ilícito de entorpecentes ou de outros crimes hediondos e equiparados — deve ser devidamente fundamentada, como ocorre nos demais delitos dispostos no ordenamento. Impende, portanto, a apreciação dos motivos expressos na decisão que fixou o regime inicial fechado para a paciente do presente writ, no intuito de se verificar, diante do que dispõe o art. 33, § 3º, do CP, se estão presentes circunstâncias judiciais que justificavam a imposição de regime mais severo do que aquele previsto na alínea b do § 2º do citado dispositivo legal. O Juízo da 2ª Vara Criminal da Comarca de São Mateus/ES, na sentença condenatória, impôs o regime carcerário mais severo à paciente, pelos fundamentos seguintes: “(...) Atento ao princípio constitucional de individualização de penas e os critérios do art. 59 do Código Penal, quais sejam: à sua culpabilidade (evidenciada); aos seus antecedentes (não há registros); à sua conduta social (da pessoa comum); à sua personalidade (a pessoa que se propõe à prática de tráfico ilícito de drogas, sem dúvidas, tem personalidade voltada para fazer o mal ao semelhante, eis que troca a saúde dos outros em beneficio material); às circunstâncias do crime (obviamente não a favorecem e já esclarecidas nesta decisão); às conseqüências do crime (muitas, milhares e milhares de famílias são destruídas diariamente, no mundo inteiro, por conta da ação de pessoas que se propõem ao tráfico ilícito de drogas, sem falar que, também, são os principais responsáveis pelas execuções de muitas vidas humanas), bem como considerando a natureza da substância entorpecente ("maconha", tóxico de efeitos não tão graves) e a quantidade da droga (80,6g - oitenta gramas e seis decigramas), fixo a pena-base de: 05 (cinco) anos de reclusão e em 500 (quinhentos) dias-multa. Há em favor da ré a circunstância atenuante preconizada no art. 65, I, do Código Penal, consistente em contar a ré com menos de vinte e um anos de idade na data do crime, todavia, 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034762. Supremo Tribunal Federal HC 114.568 / ES mesmo no caso de tráfico ilícito de entorpecentes ou de outros crimes hediondos e equiparados — deve ser devidamente fundamentada, como ocorre nos demais delitos dispostos no ordenamento. Impende, portanto, a apreciação dos motivos expressos na decisão que fixou o regime inicial fechado para a paciente do presente writ, no intuito de se verificar, diante do que dispõe o art. 33, § 3º, do CP, se estão presentes circunstâncias judiciais que justificavam a imposição de regime mais severo do que aquele previsto na alínea b do § 2º do citado dispositivo legal. O Juízo da 2ª Vara Criminal da Comarca de São Mateus/ES, na sentença condenatória, impôs o regime carcerário mais severo à paciente, pelos fundamentos seguintes: “(...) Atento ao princípio constitucional de individualização de penas e os critérios do art. 59 do Código Penal, quais sejam: à sua culpabilidade (evidenciada); aos seus antecedentes (não há registros); à sua conduta social (da pessoa comum); à sua personalidade (a pessoa que se propõe à prática de tráfico ilícito de drogas, sem dúvidas, tem personalidade voltada para fazer o mal ao semelhante, eis que troca a saúde dos outros em beneficio material); às circunstâncias do crime (obviamente não a favorecem e já esclarecidas nesta decisão); às conseqüências do crime (muitas, milhares e milhares de famílias são destruídas diariamente, no mundo inteiro, por conta da ação de pessoas que se propõem ao tráfico ilícito de drogas, sem falar que, também, são os principais responsáveis pelas execuções de muitas vidas humanas), bem como considerando a natureza da substância entorpecente ("maconha", tóxico de efeitos não tão graves) e a quantidade da droga (80,6g - oitenta gramas e seis decigramas), fixo a pena-base de: 05 (cinco) anos de reclusão e em 500 (quinhentos) dias-multa. Há em favor da ré a circunstância atenuante preconizada no art. 65, I, do Código Penal, consistente em contar a ré com menos de vinte e um anos de idade na data do crime, todavia, 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034762. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 12 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3064692 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI HC 114.568 / ES deixo de proceder a atenuação da pena, porquanto já fixada em seu minimo legal. (…) Para o cumprimento da pena corporal fixo o regime FECHADO (art. 2º da Lei nº 8.072/1990)” (fls. 28/29 do anexo de instrução 1- grifos conforme o original). O Tribunal de Justiça do Estado do Espírito Santo, julgando a apelação interposta pela defesa (A.C. nº 47099122070), negou provimento ao recurso, mantendo a decisão condenatória e o regime inicial fechado, nos seguintes termos: “(...) Passo, então, a analisar o ponto especifico de inconformismo destacado no presente recurso, qual seja: a suposta impropriedade do comando sentencial que determinou o regime fechado para fins de cumprimento da pena privativa de liberdade imposta à apelante. Avaliando cuidadosamente o referido ponto de irresignação verifico que não merece prosperar a alegação recorrente. Embora tenha conhecimento do teor do art. 2º, § 1º. da Lei n° 8.072/90, com a redação que lhe foi dada pela Lei n° 11.464/07, constata-se -e o entendimento das Cortes Superiores caminha neste sentido - que mesmo em se tratando de crimes hediondos - ou a eles equiparados - na fixação do regime prisional para o início de cumprimento da pena privativa de liberdade o julgador deve observar, invariavelmente, a quantidade de pena imposta, a existência de circunstâncias judiciais desfavoráveis ao réu, a presença de agravantes, atenuantes, causas de aumento ou de diminuição, e ainda, as circunstâncias e fatos concretos que justifiquem a adoção de regime mais rigoroso. Isto porque não há qualquer ilegalidade na fixação do regime prisional mais gravoso, quando este for determinado diante do acentuado grau de reprovabilidade da conduta praticada pelo agente. 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034762. Supremo Tribunal Federal HC 114.568 / ES deixo de proceder a atenuação da pena, porquanto já fixada em seu minimo legal. (…) Para o cumprimento da pena corporal fixo o regime FECHADO (art. 2º da Lei nº 8.072/1990)” (fls. 28/29 do anexo de instrução 1- grifos conforme o original). O Tribunal de Justiça do Estado do Espírito Santo, julgando a apelação interposta pela defesa (A.C. nº 47099122070), negou provimento ao recurso, mantendo a decisão condenatória e o regime inicial fechado, nos seguintes termos: “(...) Passo, então, a analisar o ponto especifico de inconformismo destacado no presente recurso, qual seja: a suposta impropriedade do comando sentencial que determinou o regime fechado para fins de cumprimento da pena privativa de liberdade imposta à apelante. Avaliando cuidadosamente o referido ponto de irresignação verifico que não merece prosperar a alegação recorrente. Embora tenha conhecimento do teor do art. 2º, § 1º. da Lei n° 8.072/90, com a redação que lhe foi dada pela Lei n° 11.464/07, constata-se -e o entendimento das Cortes Superiores caminha neste sentido - que mesmo em se tratando de crimes hediondos - ou a eles equiparados - na fixação do regime prisional para o início de cumprimento da pena privativa de liberdade o julgador deve observar, invariavelmente, a quantidade de pena imposta, a existência de circunstâncias judiciais desfavoráveis ao réu, a presença de agravantes, atenuantes, causas de aumento ou de diminuição, e ainda, as circunstâncias e fatos concretos que justifiquem a adoção de regime mais rigoroso. Isto porque não há qualquer ilegalidade na fixação do regime prisional mais gravoso, quando este for determinado diante do acentuado grau de reprovabilidade da conduta praticada pelo agente. 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034762. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 12 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3064692 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI HC 114.568 / ES Portanto, a despeito da pena que for aplicada o apelante (05 anos de reclusão) de sua primariedade e bons antecedentes, consista se que varias das circunstâncias judiciais analisadas lhe foram desfavoráveis, tendo em vista esta pormenor. e ainda, as circunstâncias nas quais se desenvolveu o crime perpetrado, mormente no que se refere a natureza e quantidade da droga destinada ao tráfico, verifica-se a impossibilidade de que lhe seja direcionado regime mais brando para que inicie s cumprimento da pena que lhe fora imposta, inclusive pelos nefastos efeitos carreados pela sua conduta à sociedade em geral” (fl. 32 do anexo de instrução 1). Embora as instâncias ordinárias tenham indicado elementos que, no seu entendimento eram aptos a demonstrar a necessidade do regime mais severo à ora paciente, não me parece que concretamente tenha-se justificado a necessidade da imposição do regime mais gravoso. No caso, cuida-se de entorpecente, que dentro de uma gradação quanto à novicidade à saúde – maconha – pode ser considerado o de menor ofensividade. A quantidade também não me parece exagerada. A ré é primária, ostenta bons antecedentes. Nessa conformidade, me parece que o regime, diante da pena imposta, pudesse ser o semiaberto (CP, art. 33, § 2º, b). No que concerne à revisão da reprimenda imposta, com o afastamento de causa de aumento de pena ( Lei nº 11.343/06, art. 40, inciso VI) e o reconhecimento da minorante decorrente de privilégio legal (Lei nº 11.343/06, art. 33, § 4º), penso não se prestar o habeas corpus para o reexame ou a ponderação das circunstâncias judiciais consideradas no mérito da ação penal, pois, como já decidido em diversas oportunidades pelo Supremo Tribunal Federal, a via processualmente estreita do habeas corpus só se presta a rever a reprimenda quando for evidente a ilegalidade ou o abuso de poder, e desde que inexistam “motivação [formalmente idônea] de mérito e a congruência lógico-jurídica entre os motivos declarados e a conclusão” (HC nº 70.362/RJ, Primeira Turma, da relatoria do Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 12/4/96). 5 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034762. Supremo Tribunal Federal HC 114.568 / ES Portanto, a despeito da pena que for aplicada o apelante (05 anos de reclusão) de sua primariedade e bons antecedentes, consista se que varias das circunstâncias judiciais analisadas lhe foram desfavoráveis, tendo em vista esta pormenor. e ainda, as circunstâncias nas quais se desenvolveu o crime perpetrado, mormente no que se refere a natureza e quantidade da droga destinada ao tráfico, verifica-se a impossibilidade de que lhe seja direcionado regime mais brando para que inicie s cumprimento da pena que lhe fora imposta, inclusive pelos nefastos efeitos carreados pela sua conduta à sociedade em geral” (fl. 32 do anexo de instrução 1). Embora as instâncias ordinárias tenham indicado elementos que, no seu entendimento eram aptos a demonstrar a necessidade do regime mais severo à ora paciente, não me parece que concretamente tenha-se justificado a necessidade da imposição do regime mais gravoso. No caso, cuida-se de entorpecente, que dentro de uma gradação quanto à novicidade à saúde – maconha – pode ser considerado o de menor ofensividade. A quantidade também não me parece exagerada. A ré é primária, ostenta bons antecedentes. Nessa conformidade, me parece que o regime, diante da pena imposta, pudesse ser o semiaberto (CP, art. 33, § 2º, b). No que concerne à revisão da reprimenda imposta, com o afastamento de causa de aumento de pena ( Lei nº 11.343/06, art. 40, inciso VI) e o reconhecimento da minorante decorrente de privilégio legal (Lei nº 11.343/06, art. 33, § 4º), penso não se prestar o habeas corpus para o reexame ou a ponderação das circunstâncias judiciais consideradas no mérito da ação penal, pois, como já decidido em diversas oportunidades pelo Supremo Tribunal Federal, a via processualmente estreita do habeas corpus só se presta a rever a reprimenda quando for evidente a ilegalidade ou o abuso de poder, e desde que inexistam “motivação [formalmente idônea] de mérito e a congruência lógico-jurídica entre os motivos declarados e a conclusão” (HC nº 70.362/RJ, Primeira Turma, da relatoria do Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 12/4/96). 5 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034762. Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 12 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3064692 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI HC 114.568 / ES Nesse sentido é o entendimento de ambas as Turmas desta Corte, conforme mostram as ementas abaixo transcritas: “Habeas corpus. Tráfico ilícito de entorpecentes e associação para o tráfico (arts. 33, caput, e 35, caput, ambos da Lei nº 11.343/06). Dosimetria da pena estabelecida para o crime de tráfico. Decisão fundamentada em circunstâncias judiciais desfavoráveis. Inviabilidade de reexame fático-probatório na via estreita do habeas corpus. Precedentes. Ordem denegada. 1. Devidamente motivado o quantum de pena fixado na sentença condenatória, além de proporcional ao caso em apreço, não se presta o habeas corpus para reexame ou ponderação das circunstâncias judiciais consideradas no mérito da ação penal. Precedentes. 2. Habeas corpus denegado” (HC nº 108.381/MG, Primeira Turma, de minha relatoria, j. em 8/5/12); “RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS. FIXAÇÃO DA PENA ACIMA DO MÍNIMO LEGAL. INDICAÇÃO DE FUNDAMENTOS CONCRETOS E EM TESE VÁLIDOS. ORDEM DENEGADA. 1. Não há nulidade na decisão que indica os fatos para a fixação da pena acima do mínimo legal, não se prestando o habeas corpus para ponderar, em concreto, a suficiência das circunstâncias judiciais invocadas pelas instâncias de mérito (Habeas Corpus n. 87.684, Rel. Ministro Sepúlveda Pertence, DJ 26.5.2007; Habeas Corpus n. 88.132, Rel. Ministro Sepúlveda Pertence, DJ 2.6.2006, e Recurso Ordinário em Habeas Corpus n. 90.525, Rel. Ministro Sepúlveda Pertence, DJ 26.5.2007). 2. Recurso Ordinário em Habeas Corpus ao qual se nega provimento” (RHC nº 95.864/SE, Primeira Turma, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJe de 31/10/08 - grifei); “PENAL E PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS. DOSIMETRIA DA PENA. PENA-BASE FIXADA ACIMA DO MÍNIMO LEGAL. DECISÃO FUNDAMENTADA EM CIRCUNSTÂNCIAS JUDICIAIS DESFAVORÁVEIS. 6 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034762. Supremo Tribunal Federal HC 114.568 / ES Nesse sentido é o entendimento de ambas as Turmas desta Corte, conforme mostram as ementas abaixo transcritas: “Habeas corpus. Tráfico ilícito de entorpecentes e associação para o tráfico (arts. 33, caput, e 35, caput, ambos da Lei nº 11.343/06). Dosimetria da pena estabelecida para o crime de tráfico. Decisão fundamentada em circunstâncias judiciais desfavoráveis. Inviabilidade de reexame fático-probatório na via estreita do habeas corpus. Precedentes. Ordem denegada. 1. Devidamente motivado o quantum de pena fixado na sentença condenatória, além de proporcional ao caso em apreço, não se presta o habeas corpus para reexame ou ponderação das circunstâncias judiciais consideradas no mérito da ação penal. Precedentes. 2. Habeas corpus denegado” (HC nº 108.381/MG, Primeira Turma, de minha relatoria, j. em 8/5/12); “RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS. FIXAÇÃO DA PENA ACIMA DO MÍNIMO LEGAL. INDICAÇÃO DE FUNDAMENTOS CONCRETOS E EM TESE VÁLIDOS. ORDEM DENEGADA. 1. Não há nulidade na decisão que indica os fatos para a fixação da pena acima do mínimo legal, não se prestando o habeas corpus para ponderar, em concreto, a suficiência das circunstâncias judiciais invocadas pelas instâncias de mérito (Habeas Corpus n. 87.684, Rel. Ministro Sepúlveda Pertence, DJ 26.5.2007; Habeas Corpus n. 88.132, Rel. Ministro Sepúlveda Pertence, DJ 2.6.2006, e Recurso Ordinário em Habeas Corpus n. 90.525, Rel. Ministro Sepúlveda Pertence, DJ 26.5.2007). 2. Recurso Ordinário em Habeas Corpus ao qual se nega provimento” (RHC nº 95.864/SE, Primeira Turma, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJe de 31/10/08 - grifei); “PENAL E PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS. DOSIMETRIA DA PENA. PENA-BASE FIXADA ACIMA DO MÍNIMO LEGAL. DECISÃO FUNDAMENTADA EM CIRCUNSTÂNCIAS JUDICIAIS DESFAVORÁVEIS. 6 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034762. Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 12 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3064692 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI HC 114.568 / ES PRECEDENTES. ALEGAÇÃO DE EXCESSO DE PRAZO DA CUSTÓDIA CAUTELAR NÃO APRECIADA PELO TRIBUNAL A QUO. SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA. WRIT PARCIALMENTE CONHECIDO E DENEGADO. 1. Consoante já decidiu esta Suprema Corte, 'a via estreita do processo de habeas corpus não permite que nele se proceda à ponderação das circunstâncias referidas nos arts. 59 e 68 do Código Penal. Não cabe reexaminar, no âmbito do remédio heróico, os elementos de convicção essenciais à definição da sanção penal, porque necessária, para tal fim, a concreta avaliação das circunstâncias de fato subjacentes aos critérios legais que regem a operação de dosimetria da pena.' (HC 82.713/MS, Rel. Min. Celso de Mello, DJ 29.09.2006). 2. Entendo que a Juíza sentenciante fundamentou suficientemente a fixação da pena- base acima do mínimo legal, apontando objetivamente os elementos que caracterizaram as circunstâncias judiciais desfavoráveis, atendendo ao disposto no art. 93, IX, da Constituição da República, e nos arts. 59 e 68 do Código Penal. 3. Com relação ao alegado excesso de prazo da custódia cautelar do paciente, observo que tal questão não foi apreciada pelo Tribunal a quo, o que inviabiliza o seu conhecimento por esta Suprema Corte, sob pena de indevida supressão de instância. 4. Habeas corpus parcialmente conhecido e, nessa extensão, denegado” (HC nº 95.679/RJ, Segunda Turma, Rel. Min. Ellen Gracie, DJe de 12/2/10 - grifei). Ante o exposto, voto pela concessão de ordem para fixar o regime semiaberto para o início do cumprimento da reprimenda carcerária imposta à paciente. Comunique-se. 7 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034762. Supremo Tribunal Federal HC 114.568 / ES PRECEDENTES. ALEGAÇÃO DE EXCESSO DE PRAZO DA CUSTÓDIA CAUTELAR NÃO APRECIADA PELO TRIBUNAL A QUO. SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA. WRIT PARCIALMENTE CONHECIDO E DENEGADO. 1. Consoante já decidiu esta Suprema Corte, 'a via estreita do processo de habeas corpus não permite que nele se proceda à ponderação das circunstâncias referidas nos arts. 59 e 68 do Código Penal. Não cabe reexaminar, no âmbito do remédio heróico, os elementos de convicção essenciais à definição da sanção penal, porque necessária, para tal fim, a concreta avaliação das circunstâncias de fato subjacentes aos critérios legais que regem a operação de dosimetria da pena.' (HC 82.713/MS, Rel. Min. Celso de Mello, DJ 29.09.2006). 2. Entendo que a Juíza sentenciante fundamentou suficientemente a fixação da pena- base acima do mínimo legal, apontando objetivamente os elementos que caracterizaram as circunstâncias judiciais desfavoráveis, atendendo ao disposto no art. 93, IX, da Constituição da República, e nos arts. 59 e 68 do Código Penal. 3. Com relação ao alegado excesso de prazo da custódia cautelar do paciente, observo que tal questão não foi apreciada pelo Tribunal a quo, o que inviabiliza o seu conhecimento por esta Suprema Corte, sob pena de indevida supressão de instância. 4. Habeas corpus parcialmente conhecido e, nessa extensão, denegado” (HC nº 95.679/RJ, Segunda Turma, Rel. Min. Ellen Gracie, DJe de 12/2/10 - grifei). Ante o exposto, voto pela concessão de ordem para fixar o regime semiaberto para o início do cumprimento da reprimenda carcerária imposta à paciente. Comunique-se. 7 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034762. Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 12 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3064692 Decisão de Julgamento PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA HABEAS CORPUS 114.568 PROCED. : ESPÍRITO SANTO RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI PACTE.(S) : NAYARA BARCELOS DOS SANTOS IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA Decisão: A Turma concedeu a ordem de habeas corpus, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 16.10.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Rodrigo Janot. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3061200 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA HABEAS CORPUS 114.568 PROCED. : ESPÍRITO SANTO RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI PACTE.(S) : NAYARA BARCELOS DOS SANTOS IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA Decisão: A Turma concedeu a ordem de habeas corpus, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 16.10.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Rodrigo Janot. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3061200 Inteiro Teor do Acórdão - Página 12 de 12 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3064692
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3064692
2012-10-16T00:00:00
2012-11-08T00:00:00
A Turma concedeu a ordem de habeas corpus, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 16.10.2012.
HABEAS CORPUS
EMENTA Habeas corpus. Penal. Tráfico de entorpecentes. Crime praticado durante a vigência da Lei nº 11.464/07. Pena inferior a 8 anos de reclusão. Obrigatoriedade de imposição do regime inicial fechado. Declaração incidental de inconstitucionalidade do § 1º do art. 2º da Lei nº 8.072/90. Ofensa à garantia constitucional da individualização da pena (inciso XLVI do art. 5º da CF/88). Fundamentação necessária (CP, art. 33, § 3º, c/c o art. 59). Possibilidade de fixação, no caso em exame, do regime semiaberto para o início de cumprimento da pena privativa de liberdade. Ordem concedida. 1. Verifica-se que o delito foi praticado em 10/10/09, já na vigência da Lei nº 11.464/07, a qual instituiu a obrigatoriedade da imposição do regime inicialmente fechado aos crimes hediondos e assemelhados. 2. Se a Constituição Federal menciona que a lei regulará a individualização da pena, é natural que ela exista. Do mesmo modo, os critérios para a fixação do regime prisional inicial devem-se harmonizar com as garantias constitucionais, sendo necessário exigir-se sempre a fundamentação do regime imposto, ainda que se trate de crime hediondo ou equiparado. 3. Na situação em análise, em que a paciente, condenada a cumprir pena de cinco (5) anos de reclusão, ostenta circunstâncias subjetivas favoráveis, o regime prisional, à luz do art. 33, § 2º, alínea b, deve ser o semiaberto. 4. Tais circunstâncias não elidem a possibilidade de o magistrado, em eventual apreciação das condições subjetivas desfavoráveis, vir a estabelecer regime prisional mais severo, desde que o faça em razão de elementos concretos e individualizados, aptos a demonstrar a necessidade de maior rigor da medida privativa de liberdade do indivíduo, nos termos do § 3º do art. 33, c/c o art. 59, do Código Penal. 5. Embora as instâncias ordinárias tenham indicado elementos que, no seu entendimento, eram aptos a demonstrar a necessidade de imposição do regime mais severo à ora paciente, não foi concretamente justificada a necessidade da imposição do regime mais gravoso. 6. Ordem concedida.
sjur218072
- Acórdão(s) citado(s): (INCONSTITUCIONALIDADE, OBRIGATORIEDADE, REGIME INICIAL FECHADO, PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE, LEI DE CRIMES HEDIONDOS) STF: HC 111840 (TP). (DOSIMETRIA DA PENA, CIRCUNSTÂNCIAS JUDICIAIS, REEXAME, INADEQUAÇÃO, HABEAS CORPUS) STF: HC 70362 (1ªT), HC 108381 (1ªT), RHC 95864 (1ªT), HC 95679 (2ªT). - Veja REsp 1290188 do STJ e AC 47099122070 do TJ/ES. Número de páginas: 12. Análise: 27/11/2012, MMR. Revisão: 29/11/2012, IMC.
DIAS TOFFOLI
Primeira Turma
114568
[ "LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00005 INC-00046 \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n", "LEG-FED DEL-002848 ANO-1940\r\n ART-00033 PAR-00002 LET-B PAR-00003 \r\n ART-00059 \r\n CP-1940 CÓDIGO PENAL\r\n", "LEG-FED LEI-008072 ANO-1990\r\n ART-00002 PAR-00001 REDAÇÃO DADA PELA LEI-11464/2007 \r\n LCH-1990 LEI DE CRIMES HEDIONDOS\r\n", "LEG-FED LEI-011343 ANO-2006\r\n ART-00033 PAR-00004 ART-00040 INC-00006\r\n LTX-2006 LEI DE TÓXICOS\r\n", "LEG-FED LEI-011464 ANO-2007\r\n LEI ORDINÁRIA" ]
HC
acordaos
HC 114568
[ "" ]
PACTE.(S) : NAYARA BARCELOS DOS SANTOS IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
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"Brasil" ], "PESSOA": [ "DIAS TOFFOLI", "NAYARA BARCELOS DOS SANTOS", "Dias Toffoli", "DIAS TOFFOLI", "Dias Toffoli", "DIAS TOFFOLI", "DIAS TOFFOLI", "NAYARA BARCELOS DOS SANTOS", "DIAS TOFFOLI", "Thiago Piloni", "Nayara Barcelos dos Santos", "Laurita Vaz", "DIAS TOFFOLI", "NAYARA BARCELOS DOS SANTOS", "DIAS TOFFOLI", "Thiago Piloni", "Nayara Barcelos dos Santos", "Laurita Vaz", "Mario José Gisi", "Mario José Gisi", "DIAS TOFFOLI", "DIAS TOFFOLI", "Laurita Vaz", "DIAS TOFFOLI", "Laurita Vaz", "DIAS TOFFOLI", "AYRES BRITTO", "AYRES BRITTO", "DIAS TOFFOLI", "DIAS TOFFOLI", "DIAS TOFFOLI", "Sepúlveda Pertence", "Sepúlveda Pertence", "DIAS TOFFOLI", "Sepúlveda Pertence", "Sepúlveda Pertence", "Sepúlveda Pertence", "Cármen Lúcia", "Sepúlveda Pertence", "Sepúlveda Pertence", "Sepúlveda Pertence", "Cármen Lúcia", "DIAS TOFFOLI", "Celso de Mello", "Ellen Gracie", "Celso de Mello", "Ellen Gracie", "DIAS TOFFOLI", "NAYARA BARCELOS DOS SANTOS", "Dias Toffoli", "Dias Toffoli", "Marco Aurélio", "Luiz Fux", "Rosa Weber", "Rodrigo Janot", "Carmen Lilian Oliveira de Souza", "DIAS TOFFOLI", "NAYARA BARCELOS DOS SANTOS", "Dias Toffoli", "Dias Toffoli", "Marco Aurélio", "Luiz Fux", "Rosa Weber", "Rodrigo Janot", "Carmen Lilian Oliveira de Souza" ], "TEMPO": [ "16", "/", "10", "/", "2012", "10", "/", "10", "/", "09", "24", "/", "08", "/", "2001", "08", "/", "11", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "16 de outubro de 2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "16 de outubro de 2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "16", "/", "10", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "16", "/", "10", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "2", "/", "8", "/", "12", "24", "/", "08", "/", "2001", "2", "/", "8", "/", "12", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "16", "/", "10", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "16", "/", "10", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "29 de março de 2007", "24", "/", "08", "/", "2001", "29 de março de 2007", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "12", "/", "4", "/", "96", "24", "/", "08", "/", "2001", "12", "/", "4", "/", "96", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "8", "/", "5", "/", "12", "26", ".", "5", ".", "2007", "2", ".", "6", ".", "2006", "26", ".", "5", ".", "2007", "31", "/", "10", "/", "08", "24", "/", "08", "/", "2001", "8", "/", "5", "/", "12", "26", ".", "5", ".", "2007", "2", ".", "6", ".", "2006", "26", ".", "5", ".", "2007", "31", "/", "10", "/", "08", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "29", ".", "09", ".", "2006", "12", "/", "2", "/", "10", "24", "/", "08", "/", "2001", "29", ".", "09", ".", "2006", "12", "/", "2", "/", "10", "24", "/", "08", "/", "2001", 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Ementa e Acórdão 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 651.134 RIO GRANDE DO SUL RELATOR : MIN. LUIZ FUX AGTE.(S) :UNIÃO ADV.(A/S) :ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO AGDO.(A/S) :AFONSO TELMO LAGO OURIQUE E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) :MARCELO LIPERT E OUTRO(A/S) EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. EXECUÇÃO. FAZENDA PÚBLICA. PRECATÓRIO COMPLEMENTAR. JUROS DE MORA. INCIDÊNCIA. EXISTÊNCIA DE COISA JULGADA. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO. 1. As razões deduzidas no agravo não são capazes de desconstituir os fundamentos da decisão ora impugnada. 2. Por outro lado, tratando-se de pleito que visa a definir o alcance do dispositivo de sentença transitada em julgado, também se mostra incabível o acolhimento em recurso extraordinário, por se tratar de questão de natureza jurídica infraconstitucional, que desafiaria recurso especial. A questão só poderia ser alçada ao crivo do Supremo mediante recurso de pronunciamento de colegiado do Superior Tribunal de Justiça, em última instância. Todavia, o recurso especial foi desprovido e já certificado o trânsito em julgado. Logo, preclusa a alegação, conforme bem sustentado pelos agravados. 3. A arguição do agravo demonstra inconformismo com a conclusão proferida na ponderação entre a norma do artigo 5º, XXXVI, e a do artigo 100, § 1º, ambas da Constituição de 1988, e o Verbete Vinculante nº 17. Isto é, pretende nova interpretação, que equivale a novo julgamento da causa, medida notadamente inviável. 4. Agravo Regimental a que se nega provimento. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3043648. Supremo Tribunal Federal DJe 08/11/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 9 Ementa e Acórdão RE 651.134 AGR / RS Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Brasília, 16 de outubro de 2012. LUIZ FUX – Relator Documento assinado digitalmente 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3043648. Supremo Tribunal Federal RE 651.134 AGR / RS Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Brasília, 16 de outubro de 2012. LUIZ FUX – Relator Documento assinado digitalmente 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3043648. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 9 Relatório 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 651.134 RIO GRANDE DO SUL RELATOR : MIN. LUIZ FUX AGTE.(S) :UNIÃO ADV.(A/S) :ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO AGDO.(A/S) :AFONSO TELMO LAGO OURIQUE E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) :MARCELO LIPERT E OUTRO(A/S) R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Trata-se de agravo regimental interposto pela União, contra a decisão monocrática mediante a qual neguei seguimento ao recurso extraordinário, assim ementada: “RECURSO EXTRAORDINÁRIO. EXECUÇÃO. FAZENDA PÚBLICA. PRECATÓRIO COMPLEMENTAR. JUROS DA MORA. COISA JULGADA. RECURSO EXTRAORDINÁRIO DESPROVIDO. 1. A repercussão geral é presumida quando o recurso versar questão cuja repercussão já houver sido reconhecida pelo Tribunal, ou quando impugnar decisão contrária a súmula ou a jurisprudência dominante desta Corte (artigo 323, § 1º, do RISTF ). 2. O Supremo, no julgamento do Recurso Extraordinário nº 591.085-7, Relator Ministro Ricardo Lewandowski, reconheceu a existência de repercussão geral do tema e reiterou a jurisprudência da Corte, nos seguintes termos: “CONSTITUCIONAL. PRECATÓRIOS. JUROS DE MORA. INCIDÊNCIA DURANTE O PRAZO PREVISTO NA CONSTITUIÇÃO PARA SEU PAGAMENTO. IMPOSSIBILIDADE. ART. 100, § 1º (REDAÇÃO ORIGINAL E REDAÇÃO DADA PELA EC 30/2000), DA CONSTITUIÇÃO. I - QUESTÃO DE ORDEM. MATÉRIA DE MÉRITO PACIFICADA NO STF. REPERCUSSÃO GERAL RECONHECIDA. CONFIRMAÇÃO DA JURISPRUDÊNCIA. DENEGAÇÃO DA Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3043650. Supremo Tribunal Federal 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 651.134 RIO GRANDE DO SUL RELATOR : MIN. LUIZ FUX AGTE.(S) :UNIÃO ADV.(A/S) :ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO AGDO.(A/S) :AFONSO TELMO LAGO OURIQUE E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) :MARCELO LIPERT E OUTRO(A/S) R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Trata-se de agravo regimental interposto pela União, contra a decisão monocrática mediante a qual neguei seguimento ao recurso extraordinário, assim ementada: “RECURSO EXTRAORDINÁRIO. EXECUÇÃO. FAZENDA PÚBLICA. PRECATÓRIO COMPLEMENTAR. JUROS DA MORA. COISA JULGADA. RECURSO EXTRAORDINÁRIO DESPROVIDO. 1. A repercussão geral é presumida quando o recurso versar questão cuja repercussão já houver sido reconhecida pelo Tribunal, ou quando impugnar decisão contrária a súmula ou a jurisprudência dominante desta Corte (artigo 323, § 1º, do RISTF ). 2. O Supremo, no julgamento do Recurso Extraordinário nº 591.085-7, Relator Ministro Ricardo Lewandowski, reconheceu a existência de repercussão geral do tema e reiterou a jurisprudência da Corte, nos seguintes termos: “CONSTITUCIONAL. PRECATÓRIOS. JUROS DE MORA. INCIDÊNCIA DURANTE O PRAZO PREVISTO NA CONSTITUIÇÃO PARA SEU PAGAMENTO. IMPOSSIBILIDADE. ART. 100, § 1º (REDAÇÃO ORIGINAL E REDAÇÃO DADA PELA EC 30/2000), DA CONSTITUIÇÃO. I - QUESTÃO DE ORDEM. MATÉRIA DE MÉRITO PACIFICADA NO STF. REPERCUSSÃO GERAL RECONHECIDA. CONFIRMAÇÃO DA JURISPRUDÊNCIA. DENEGAÇÃO DA Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3043650. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 9 Relatório RE 651.134 AGR / RS DISTRIBUIÇÃO DOS RECURSOS QUE VERSEM SOBRE O MESMO TEMA. DEVOLUÇÃO DESSES RE À ORIGEM PARA ADOÇÃO DOS PROCEDIMENTOS PREVISTOS NO ART. 543- B, § 3º, DO CPC. PRECEDENTES: RE 579.431-QO/RS, RE 582.650-QO/BA, RE 580.108-QO/SP, MIN. ELLEN GRACIE; RE 591.068-QO/PR, MIN. GILMAR MENDES; RE 585.235-QO/MG, REL. MIN. CEZAR PELUSO. II – Julgamento de mérito conforme precedentes. III – Recurso provido.” 3. In casu, o acórdão recorrido assentou: “PROCESSO CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. OMISSÃO. OCORRÊNCIA. COISA JULGADA. JUROS MORATÓRIOS. PRECATÓRIO COMPLEMENTAR. O título judicial exequendo determinou, expressamente, a incidência de juros de mora ‘até o depósito da integralidade da dívida’, hipótese na qual, sob pena de violação à coisa julgada, não cabe a exclusão de referida parcela dos cálculos para expedição de precatório complementar. Embargos de declaração conhecidos e providos.” 4. Recurso extraordinário a que se nega seguimento.” Nas razões do agravo a União sustenta que o acórdão impugnado no extraordinário fundamentou-se, exclusivamente, na interpretação dada à decisão judicial transitada em julgado que estava sendo executada na origem e que tal hermenêutica deveria ser revista. Cita precedentes: Agr- RE nºs 504.194 e 577.465, Relatora Ministra Cármen Lúcia, Primeira Turma, e RE nº 480.704, Relatora Ministra Ellen Gracie, Segunda Turma, Dje 23/04/09. Propugna interpretação do dispositivo transitado em julgado de modo a impedir a incidência de juros da mora no período compreendido entre a data da expedição da requisição de pequeno valor ou do precatório e do seu respectivo pagamento. Rememora o precedente do RG-RE nº 591.085. Em contrarrazões os recorridos sustentam o acerto da decisão agravada. Apontam a preclusão da matéria objeto do agravo, por se tratar de tema infraconstitucional e, ante o trânsito em julgado do recurso 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3043650. Supremo Tribunal Federal RE 651.134 AGR / RS DISTRIBUIÇÃO DOS RECURSOS QUE VERSEM SOBRE O MESMO TEMA. DEVOLUÇÃO DESSES RE À ORIGEM PARA ADOÇÃO DOS PROCEDIMENTOS PREVISTOS NO ART. 543- B, § 3º, DO CPC. PRECEDENTES: RE 579.431-QO/RS, RE 582.650-QO/BA, RE 580.108-QO/SP, MIN. ELLEN GRACIE; RE 591.068-QO/PR, MIN. GILMAR MENDES; RE 585.235-QO/MG, REL. MIN. CEZAR PELUSO. II – Julgamento de mérito conforme precedentes. III – Recurso provido.” 3. In casu, o acórdão recorrido assentou: “PROCESSO CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. OMISSÃO. OCORRÊNCIA. COISA JULGADA. JUROS MORATÓRIOS. PRECATÓRIO COMPLEMENTAR. O título judicial exequendo determinou, expressamente, a incidência de juros de mora ‘até o depósito da integralidade da dívida’, hipótese na qual, sob pena de violação à coisa julgada, não cabe a exclusão de referida parcela dos cálculos para expedição de precatório complementar. Embargos de declaração conhecidos e providos.” 4. Recurso extraordinário a que se nega seguimento.” Nas razões do agravo a União sustenta que o acórdão impugnado no extraordinário fundamentou-se, exclusivamente, na interpretação dada à decisão judicial transitada em julgado que estava sendo executada na origem e que tal hermenêutica deveria ser revista. Cita precedentes: Agr- RE nºs 504.194 e 577.465, Relatora Ministra Cármen Lúcia, Primeira Turma, e RE nº 480.704, Relatora Ministra Ellen Gracie, Segunda Turma, Dje 23/04/09. Propugna interpretação do dispositivo transitado em julgado de modo a impedir a incidência de juros da mora no período compreendido entre a data da expedição da requisição de pequeno valor ou do precatório e do seu respectivo pagamento. Rememora o precedente do RG-RE nº 591.085. Em contrarrazões os recorridos sustentam o acerto da decisão agravada. Apontam a preclusão da matéria objeto do agravo, por se tratar de tema infraconstitucional e, ante o trânsito em julgado do recurso 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3043650. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 9 Relatório RE 651.134 AGR / RS especial, incidiria na espécie o óbice da Súmula nº 283 do STF. Cita precedentes. Requer o desprovimento do agravo regimental. É o relatório. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3043650. Supremo Tribunal Federal RE 651.134 AGR / RS especial, incidiria na espécie o óbice da Súmula nº 283 do STF. Cita precedentes. Requer o desprovimento do agravo regimental. É o relatório. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3043650. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 9 Voto - MIN. LUIZ FUX 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 651.134 RIO GRANDE DO SUL V O T O O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): O agravo preenche os requisitos de admissibilidade, tendo sido interposto dentro do prazo legal e regularmente assinado pelo Advogado-Geral da União. Conheço. A irresignação da União não merece prosperar. As razões deduzidas no agravo não são capazes de desconstituir os fundamentos da decisão ora impugnada. De saída, revela-se incognoscível o pleito da agravante, uma vez que pretende a interpretação de dispositivo de ação coletiva transitada em julgado, sem que integre a presente relação processual todas as partes que se fizeram presentes da ação em que proferida a sentença coberta pela res judicata. Por outro lado, tratando-se de pleito que visa a definir o alcance do dispositivo de sentença transitada em julgado, também se mostra incabível o acolhimento em recurso extraordinário, por se tratar de questão de natureza jurídica infraconstitucional, que desafiaria recurso especial. A questão só poderia ser alçada ao crivo do Supremo mediante recurso de pronunciamento de colegiado do Superior Tribunal de Justiça, em última instância. Todavia, o recurso especial foi desprovido e já certificado o trânsito em julgado. Logo, preclusa a alegação, conforme bem sustentado pelos agravados, ante o óbice da Súmula nº 283 do Supremo. Aliás, sobre o verbete do STF precisa é a lição de Roberto Rosas, in verbis: 283. É inadmissível o recurso extraordinário, quando a decisão recorrida assenta em mais de um fundamento suficiente Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3043649. Supremo Tribunal Federal 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 651.134 RIO GRANDE DO SUL V O T O O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): O agravo preenche os requisitos de admissibilidade, tendo sido interposto dentro do prazo legal e regularmente assinado pelo Advogado-Geral da União. Conheço. A irresignação da União não merece prosperar. As razões deduzidas no agravo não são capazes de desconstituir os fundamentos da decisão ora impugnada. De saída, revela-se incognoscível o pleito da agravante, uma vez que pretende a interpretação de dispositivo de ação coletiva transitada em julgado, sem que integre a presente relação processual todas as partes que se fizeram presentes da ação em que proferida a sentença coberta pela res judicata. Por outro lado, tratando-se de pleito que visa a definir o alcance do dispositivo de sentença transitada em julgado, também se mostra incabível o acolhimento em recurso extraordinário, por se tratar de questão de natureza jurídica infraconstitucional, que desafiaria recurso especial. A questão só poderia ser alçada ao crivo do Supremo mediante recurso de pronunciamento de colegiado do Superior Tribunal de Justiça, em última instância. Todavia, o recurso especial foi desprovido e já certificado o trânsito em julgado. Logo, preclusa a alegação, conforme bem sustentado pelos agravados, ante o óbice da Súmula nº 283 do Supremo. Aliás, sobre o verbete do STF precisa é a lição de Roberto Rosas, in verbis: 283. É inadmissível o recurso extraordinário, quando a decisão recorrida assenta em mais de um fundamento suficiente Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3043649. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 9 Voto - MIN. LUIZ FUX RE 651.134 AGR / RS e o recurso não abrange todos eles. Pontes de Miranda sustenta opinião favorável à admissão do recurso extraordinário com fulcro num dos fundamentos quando a decisão assenta em vários (Comentários ao Código de Processo Civil, 2ª ed., t. XII/278). Opiniões contrárias são sustentadas por Lopes da Costa (Direito Processual Civil Brasileiro, 2ª ed., v. III/418) e José Afonso da Silva (Do Recurso Extraordinário, p. 201), que inadmitem o recurso nessas condições. A Súmula 283 expressa que é inadmissível o recurso extraordinário quando a decisão recorrida tem mais de um fundamento suficiente e o recurso não abrange todos eles (RE 65.072, Rel. Min. Amaral Santos, RTJ 53/371; 66.768, Rel. Min. Djaci Falcão, RTJ 52/606; 60.854, Rel. Min. Barros Monteiro, RTJ 45/855; 63.174, Rel. Min. Evandro Lins, RTJ 45/419; 79.083, Rel. Min. Rodrigues de Alckmin, RTJ 75/844; 79.623, RTJ 75/849; 84.077, RTJ 80/906). V. Luiz Guilherme Marinoni, Manual do Processo de Conhecimento, Ed. RT, 2001, p. 561. (in, Direito Sumular, 14ª ed. São Paulo, Malheiros). De fato, o imbróglio debatido nestes autos se resume à preclusão máxima da sentença proferida em ação coletiva. Deveras, a parte não arguiu, na ação coletiva, a impugnação referente aos limites de incidência dos juros da mora decorrentes do pagamento da condenação imposta. No caso, o respeito à res judicata se completa com o preceito jurídico segundo o qual dormientibus non sucurrit jus. Consigne-se, por oportuno, na seara das razões sustentadas no agravo, que a tarefa jurisdicional de interpretar o alcance de dispositivo de sentença judicial transitada em julgado é afeta ao magistrado responsável pela sua execução ou cumprimento, isto é, o juiz de direito de primeiro grau de jurisdição. Alçada a questão à instância extraordinária, o Supremo, pela via hermenêutica, aplicará a norma constitucional conforme entenda correto. E, se houver aparente confronto 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3043649. Supremo Tribunal Federal RE 651.134 AGR / RS e o recurso não abrange todos eles. Pontes de Miranda sustenta opinião favorável à admissão do recurso extraordinário com fulcro num dos fundamentos quando a decisão assenta em vários (Comentários ao Código de Processo Civil, 2ª ed., t. XII/278). Opiniões contrárias são sustentadas por Lopes da Costa (Direito Processual Civil Brasileiro, 2ª ed., v. III/418) e José Afonso da Silva (Do Recurso Extraordinário, p. 201), que inadmitem o recurso nessas condições. A Súmula 283 expressa que é inadmissível o recurso extraordinário quando a decisão recorrida tem mais de um fundamento suficiente e o recurso não abrange todos eles (RE 65.072, Rel. Min. Amaral Santos, RTJ 53/371; 66.768, Rel. Min. Djaci Falcão, RTJ 52/606; 60.854, Rel. Min. Barros Monteiro, RTJ 45/855; 63.174, Rel. Min. Evandro Lins, RTJ 45/419; 79.083, Rel. Min. Rodrigues de Alckmin, RTJ 75/844; 79.623, RTJ 75/849; 84.077, RTJ 80/906). V. Luiz Guilherme Marinoni, Manual do Processo de Conhecimento, Ed. RT, 2001, p. 561. (in, Direito Sumular, 14ª ed. São Paulo, Malheiros). De fato, o imbróglio debatido nestes autos se resume à preclusão máxima da sentença proferida em ação coletiva. Deveras, a parte não arguiu, na ação coletiva, a impugnação referente aos limites de incidência dos juros da mora decorrentes do pagamento da condenação imposta. No caso, o respeito à res judicata se completa com o preceito jurídico segundo o qual dormientibus non sucurrit jus. Consigne-se, por oportuno, na seara das razões sustentadas no agravo, que a tarefa jurisdicional de interpretar o alcance de dispositivo de sentença judicial transitada em julgado é afeta ao magistrado responsável pela sua execução ou cumprimento, isto é, o juiz de direito de primeiro grau de jurisdição. Alçada a questão à instância extraordinária, o Supremo, pela via hermenêutica, aplicará a norma constitucional conforme entenda correto. E, se houver aparente confronto 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3043649. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 9 Voto - MIN. LUIZ FUX RE 651.134 AGR / RS entre normas da Carta Magna, pondera-se pela regra proporcional em sentido estrito. Logo, a arguição do agravo demonstra inconformismo com a conclusão proferida na ponderação entre a norma do artigo 5º, XXXVI, e a do artigo 100, § 1º, ambas da Constituição de 1988, e o Verbete Vinculante nº 17. Isto é, pretende nova interpretação, que equivale a novo julgamento da causa, medida notadamente inviável. Com tais considerações, NEGO PROVIMENTO ao agravo regimental. É como voto. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3043649. Supremo Tribunal Federal RE 651.134 AGR / RS entre normas da Carta Magna, pondera-se pela regra proporcional em sentido estrito. Logo, a arguição do agravo demonstra inconformismo com a conclusão proferida na ponderação entre a norma do artigo 5º, XXXVI, e a do artigo 100, § 1º, ambas da Constituição de 1988, e o Verbete Vinculante nº 17. Isto é, pretende nova interpretação, que equivale a novo julgamento da causa, medida notadamente inviável. Com tais considerações, NEGO PROVIMENTO ao agravo regimental. É como voto. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3043649. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 9 Decisão de Julgamento PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 651.134 PROCED. : DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. LUIZ FUX AGTE.(S) : UNIÃO ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO AGDO.(A/S) : AFONSO TELMO LAGO OURIQUE E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) : MARCELO LIPERT E OUTRO(A/S) Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 16.10.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Rodrigo Janot. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3061280 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 651.134 PROCED. : DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. LUIZ FUX AGTE.(S) : UNIÃO ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO AGDO.(A/S) : AFONSO TELMO LAGO OURIQUE E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) : MARCELO LIPERT E OUTRO(A/S) Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 16.10.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Rodrigo Janot. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3061280 Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 9
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3065033
2012-10-16T00:00:00
2012-11-08T00:00:00
A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 16.10.2012.
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO
Ementa: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. EXECUÇÃO. FAZENDA PÚBLICA. PRECATÓRIO COMPLEMENTAR. JUROS DE MORA. INCIDÊNCIA. EXISTÊNCIA DE COISA JULGADA. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO. 1. As razões deduzidas no agravo não são capazes de desconstituir os fundamentos da decisão ora impugnada. 2. Por outro lado, tratando-se de pleito que visa a definir o alcance do dispositivo de sentença transitada em julgado, também se mostra incabível o acolhimento em recurso extraordinário, por se tratar de questão de natureza jurídica infraconstitucional, que desafiaria recurso especial. A questão só poderia ser alçada ao crivo do Supremo mediante recurso de pronunciamento de colegiado do Superior Tribunal de Justiça, em última instância. Todavia, o recurso especial foi desprovido e já certificado o trânsito em julgado. Logo, preclusa a alegação, conforme bem sustentado pelos agravados. 3. A arguição do agravo demonstra inconformismo com a conclusão proferida na ponderação entre a norma do artigo 5º, XXXVI, e a do artigo 100, § 1º, ambas da Constituição de 1988, e o Verbete Vinculante nº 17. Isto é, pretende nova interpretação, que equivale a novo julgamento da causa, medida notadamente inviável. 4. Agravo Regimental a que se nega provimento.
sjur218083
Número de páginas: 9. Análise: 16/11/2012, MAC.
LUIZ FUX
Primeira Turma
651134
[ "LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00005 INC-00036 ART-00100 PAR-00001\r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n\r\n", "LEG-FED SUV-000017 \r\n SÚMULA VINCULANTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\r\n\r\n", "LEG-FED SUMSTF-000283 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF" ]
RE-AgR
acordaos
RE 651134 AgR
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AGTE.(S) : UNIÃO ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO ADV.(A/S) : MARCELO LIPERT E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : AFONSO TELMO LAGO OURIQUE E OUTRO(A/S)
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Ementa e Acórdão 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 689.418 RIO GRANDE DO SUL RELATOR : MIN. LUIZ FUX EMBTE.(S) :MARIA RAUBER ADV.(A/S) :CARLOS ALBERTO BORRÉ E OUTRO(A/S) EMBDO.(A/S) :INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL FEDERAL EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PREVIDENCIÁRIO. REVISÃO DE BENEFÍCIO. DECADÊNCIA. INTERPRETAÇÃO DE LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. 1. Os embargos de declaração opostos objetivando a reforma da decisão do relator, com caráter infringente, devem ser convertidos em agravo regimental, que é o recurso cabível, por força do princípio da fungibilidade. (Precedentes: Pet 4.837-ED, rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, Tribunal Pleno, DJ 14.3.2011; Rcl 11.022-ED, rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, Tribunal Pleno, DJ 7.4.2011; AI 547.827-ED, rel. Min. DIAS TOFFOLI, 1ª Turma, DJ 9.3.2011; RE 546.525-ED, rel. Min. ELLEN GRACIE, 2ª Turma, DJ 5.4.2011) 2. A violação reflexa e oblíqua da Constituição Federal decorrente da necessidade de análise de malferimento de dispositivo infraconstitucional torna inadmissível o recurso extraordinário. Precedentes: AI 503.093-AgR, Relator: Min. Ellen Gracie, DJe- 11/12/2009; RE 421.119-AgR, Relator: Min. Carlos Britto, DJ 11/02/2005; RE 402.557-AgR, Relator: Min. Sepúlveda Pertence, DJe- 27/042007 e RE 405.745-AgR, Relator: Min. Marco Aurélio, DJe 19/06/2009. 3. O direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada, quando objeto de verificação de cada caso concreto acerca da ocorrência ou não de violação, não desafiam a instância extraordinária, posto implicarem análise de matéria infraconstitucional. Precedentes. AI 700.685-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Eros Grau, DJe 23.02.2008 e AI 635.789-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Dias Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2858427. Supremo Tribunal Federal DJe 03/10/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 10 Ementa e Acórdão ARE 689.418 ED / RS Toffoli, DJe de 27.04.2011. 4. O RE n. 626.489-RG, da Relatoria do Ministro Ayres Britto, no qual o Plenário desta Corte Suprema, reconheceu a repercussão geral do tema, (possibilidade de aplicação do prazo decadencial estabelecido pela Medida Provisória 1.523/1997 aos benefícios previdenciários concedidos antes da respectiva vigência), não se aplica ao caso sub examine, em que o benefício foi concedido em data posterior à fixada naquele julgado. 5. In casu, a decisão foi mantida por seus próprios fundamentos: ‘A MP 1.523-9, de 27.06.1997, estabeleceu o prazo decadencial de 10 anos para revisão dos benefícios previdenciários, alterando o Art. 103 da Lei 8.213/91: ‘Art. 103. É de dez anos o prazo de decadência de todo e qualquer direito ou ação do segurado ou beneficiário para a revisão do ato de concessão de benefício, a contar do dia primeiro do mês seguinte ao do recebimento da primeira prestação ou, quando for o caso, do dia em que tomar conhecimento da decisão indeferitória definitiva no âmbito administrativo’. A MP 1.663-15, de 22.10.1998 (Lei 9.711/98) alterou novamente o Art. 103 da Lei 8.213/91: ‘Art. 103. É de cinco anos o prazo de decadência de todo e qualquer direito ou ação do segurado ou beneficiário para a revisão do ato de concessão de benefício, a contar do dia primeiro do mês seguinte ao do recebimento da primeira prestação ou, quando for o caso, do dia em que tomar conhecimento da decisão indeferitória definitiva no âmbito administrativo’. Posteriormente, com a MP 138, de 19.11.2003, convertida na Lei 10.839/2003, o prazo foi novamente aumentado para 10 anos, constituindo-se na redação atual do Artigo 103 da Lei 8.213/91. Dessa forma: a) Os benefícios concedidos antes da MP 1.523-9, de 27.06.1997 não têm prazo decadencial de revisão; b) Os benefícios concedidos entre a data da edição da MP 1.523-9, de 27.06.1997 até a edição da MP 1.663-15, de 22.10.1998, têm prazo decadencial de revisão de dez anos; c) Os benefícios concedidos entre a edição da MP 1.663-15, de 22.10.1998 (convertida na Lei 9.711/98) até a da edição da Medida Provisória nº 138, de 19.11.2003 (convertida na Lei 10.839/04) têm prazo decadencial para revisão de 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2858427. Supremo Tribunal Federal ARE 689.418 ED / RS Toffoli, DJe de 27.04.2011. 4. O RE n. 626.489-RG, da Relatoria do Ministro Ayres Britto, no qual o Plenário desta Corte Suprema, reconheceu a repercussão geral do tema, (possibilidade de aplicação do prazo decadencial estabelecido pela Medida Provisória 1.523/1997 aos benefícios previdenciários concedidos antes da respectiva vigência), não se aplica ao caso sub examine, em que o benefício foi concedido em data posterior à fixada naquele julgado. 5. In casu, a decisão foi mantida por seus próprios fundamentos: ‘A MP 1.523-9, de 27.06.1997, estabeleceu o prazo decadencial de 10 anos para revisão dos benefícios previdenciários, alterando o Art. 103 da Lei 8.213/91: ‘Art. 103. É de dez anos o prazo de decadência de todo e qualquer direito ou ação do segurado ou beneficiário para a revisão do ato de concessão de benefício, a contar do dia primeiro do mês seguinte ao do recebimento da primeira prestação ou, quando for o caso, do dia em que tomar conhecimento da decisão indeferitória definitiva no âmbito administrativo’. A MP 1.663-15, de 22.10.1998 (Lei 9.711/98) alterou novamente o Art. 103 da Lei 8.213/91: ‘Art. 103. É de cinco anos o prazo de decadência de todo e qualquer direito ou ação do segurado ou beneficiário para a revisão do ato de concessão de benefício, a contar do dia primeiro do mês seguinte ao do recebimento da primeira prestação ou, quando for o caso, do dia em que tomar conhecimento da decisão indeferitória definitiva no âmbito administrativo’. Posteriormente, com a MP 138, de 19.11.2003, convertida na Lei 10.839/2003, o prazo foi novamente aumentado para 10 anos, constituindo-se na redação atual do Artigo 103 da Lei 8.213/91. Dessa forma: a) Os benefícios concedidos antes da MP 1.523-9, de 27.06.1997 não têm prazo decadencial de revisão; b) Os benefícios concedidos entre a data da edição da MP 1.523-9, de 27.06.1997 até a edição da MP 1.663-15, de 22.10.1998, têm prazo decadencial de revisão de dez anos; c) Os benefícios concedidos entre a edição da MP 1.663-15, de 22.10.1998 (convertida na Lei 9.711/98) até a da edição da Medida Provisória nº 138, de 19.11.2003 (convertida na Lei 10.839/04) têm prazo decadencial para revisão de 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2858427. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 10 Ementa e Acórdão ARE 689.418 ED / RS cinco anos; d) Os benefícios concedidos após 19.11.2003 (MP 138 e Lei 10.839/04) têm prazo decadencial de revisão de dez anos. O benefício da parte autora foi concedido em data que se enquadra numa dessas regras, por isso, é o caso de se reformar o julgado, para o fim de declarar a decadência do direito de revisar o benefício, medida essa que é passível de aplicação de ofício (art. 269, IV, do CPC). Em assim sendo, decreto a extinção do feito, com resolução de mérito, pelo reconhecimento da decadência do direito à revisão do benefício (art. 269, IV, do CPC). Com isso, resta prejudicado o recurso da parte.’ 6. Agravo regimental a que se nega provimento. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em converter os embargos de declaração em agravo regimental e negar-lhe provimento, nos termos do voto do Relator. Brasília, 18 de setembro de 2012. LUIZ FUX – Relator Documento assinado digitalmente 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2858427. Supremo Tribunal Federal ARE 689.418 ED / RS cinco anos; d) Os benefícios concedidos após 19.11.2003 (MP 138 e Lei 10.839/04) têm prazo decadencial de revisão de dez anos. O benefício da parte autora foi concedido em data que se enquadra numa dessas regras, por isso, é o caso de se reformar o julgado, para o fim de declarar a decadência do direito de revisar o benefício, medida essa que é passível de aplicação de ofício (art. 269, IV, do CPC). Em assim sendo, decreto a extinção do feito, com resolução de mérito, pelo reconhecimento da decadência do direito à revisão do benefício (art. 269, IV, do CPC). Com isso, resta prejudicado o recurso da parte.’ 6. Agravo regimental a que se nega provimento. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em converter os embargos de declaração em agravo regimental e negar-lhe provimento, nos termos do voto do Relator. Brasília, 18 de setembro de 2012. LUIZ FUX – Relator Documento assinado digitalmente 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2858427. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 10 Relatório 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 689.418 RIO GRANDE DO SUL RELATOR : MIN. LUIZ FUX EMBTE.(S) :MARIA RAUBER ADV.(A/S) :CARLOS ALBERTO BORRÉ E OUTRO(A/S) EMBDO.(A/S) :INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL FEDERAL R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Cuida-se de embargos de declaração opostos por MARIA RAUBER, contra decisão de minha relatoria assim ementada: “RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. REVISÃO DE BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO. DECADÊNCIA. ANÁLISE DE LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. 1. A repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade (art. 323 do RISTF). Consectariamente, se o recurso é inadmissível por outro motivo, não há como se pretender seja reconhecida “a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso” (art. 102, III, § 3º, da CF). 2. A violação reflexa e oblíqua da Constituição Federal decorrente da necessidade de análise de malferimento de dispositivo infraconstitucional torna inadmissível o recurso extraordinário. Precedentes: AI 503093 AgR, Relator: Min. Ellen Gracie, DJe- 11/12/2009; RE 421119 AgR, Relator: Min. Carlos Britto, DJ 11/02/2005; RE 402557 AgR, Relator: Min. Sepúlveda Pertence, DJe- 27/042007; RE 405745 AgR, Relator(a): Min. Marco Aurélio, DJe- 19/06/2009. 3. O direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada, quando objeto de verificação de cada caso concreto Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2858428. Supremo Tribunal Federal 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 689.418 RIO GRANDE DO SUL RELATOR : MIN. LUIZ FUX EMBTE.(S) :MARIA RAUBER ADV.(A/S) :CARLOS ALBERTO BORRÉ E OUTRO(A/S) EMBDO.(A/S) :INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL FEDERAL R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Cuida-se de embargos de declaração opostos por MARIA RAUBER, contra decisão de minha relatoria assim ementada: “RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. REVISÃO DE BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO. DECADÊNCIA. ANÁLISE DE LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. 1. A repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade (art. 323 do RISTF). Consectariamente, se o recurso é inadmissível por outro motivo, não há como se pretender seja reconhecida “a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso” (art. 102, III, § 3º, da CF). 2. A violação reflexa e oblíqua da Constituição Federal decorrente da necessidade de análise de malferimento de dispositivo infraconstitucional torna inadmissível o recurso extraordinário. Precedentes: AI 503093 AgR, Relator: Min. Ellen Gracie, DJe- 11/12/2009; RE 421119 AgR, Relator: Min. Carlos Britto, DJ 11/02/2005; RE 402557 AgR, Relator: Min. Sepúlveda Pertence, DJe- 27/042007; RE 405745 AgR, Relator(a): Min. Marco Aurélio, DJe- 19/06/2009. 3. O direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada, quando objeto de verificação de cada caso concreto Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2858428. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 10 Relatório ARE 689.418 ED / RS acerca da ocorrência ou não de violação, não desafiam a instância extraordinária, posto implicar análise de matéria infraconstitucional. Precedentes: AI 700.685-AgR, Segunda Turma, Relator Ministro Eros Grau, DJe 23.02.2008 e AI 635.789- AgR, Primeira Turma, Relator Ministro Dias Toffoli, DJe de 27.04.2011. 4. In casu, o acórdão recorrido assentou: ‘A MP 1.523-9, de 27.06.1997, estabeleceu o prazo decadencial de 10 anos para revisão dos benefícios previdenciários, alterando o Art. 103 da Lei 8.213/91: ‘Art. 103. É de dez anos o prazo de decadência de todo e qualquer direito ou ação do segurado ou beneficiário para a revisão do ato de concessão de benefício, a contar do dia primeiro do mês seguinte ao do recebimento da primeira prestação ou, quando for o caso, do dia em que tomar conhecimento da decisão indeferitória definitiva no âmbito administrativo’. A MP 1.663-15, de 22.10.1998 (Lei 9.711/98) alterou novamente o Art. 103 da Lei 8.213/91: ‘Art. 103. É de cinco anos o prazo de decadência de todo e qualquer direito ou ação do segurado ou beneficiário para a revisão do ato de concessão de benefício, a contar do dia primeiro do mês seguinte ao do recebimento da primeira prestação ou, quando for o caso, do dia em que tomar conhecimento da decisão indeferitória definitiva no âmbito administrativo’. Posteriormente, com a MP 138, de 19.11.2003, convertida na Lei 10.839/2003, o prazo foi novamente aumentado para 10 anos, constituindo-se na redação atual do Artigo 103 da Lei 8.213/91. Dessa forma: a) Os benefícios concedidos antes da MP 1.523-9, de 27.06.1997 não têm prazo decadencial de revisão; b) Os benefícios concedidos entre a data da edição da MP 1.523- 9, de 27.06.1997 até a edição da MP 1.663-15, de 22.10.1998, têm prazo decadencial de revisão de dez anos; c) Os benefícios concedidos entre a edição da MP 1.663-15, de 22.10.1998 (convertida na Lei 9.711/98) até a da edição da Medida Provisória nº 138, de 19.11.2003 (convertida na Lei 10.839/04) têm prazo decadencial para revisão de cinco anos; d) Os benefícios concedidos após 19.11.2003 (MP 138 e Lei 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2858428. Supremo Tribunal Federal ARE 689.418 ED / RS acerca da ocorrência ou não de violação, não desafiam a instância extraordinária, posto implicar análise de matéria infraconstitucional. Precedentes: AI 700.685-AgR, Segunda Turma, Relator Ministro Eros Grau, DJe 23.02.2008 e AI 635.789- AgR, Primeira Turma, Relator Ministro Dias Toffoli, DJe de 27.04.2011. 4. In casu, o acórdão recorrido assentou: ‘A MP 1.523-9, de 27.06.1997, estabeleceu o prazo decadencial de 10 anos para revisão dos benefícios previdenciários, alterando o Art. 103 da Lei 8.213/91: ‘Art. 103. É de dez anos o prazo de decadência de todo e qualquer direito ou ação do segurado ou beneficiário para a revisão do ato de concessão de benefício, a contar do dia primeiro do mês seguinte ao do recebimento da primeira prestação ou, quando for o caso, do dia em que tomar conhecimento da decisão indeferitória definitiva no âmbito administrativo’. A MP 1.663-15, de 22.10.1998 (Lei 9.711/98) alterou novamente o Art. 103 da Lei 8.213/91: ‘Art. 103. É de cinco anos o prazo de decadência de todo e qualquer direito ou ação do segurado ou beneficiário para a revisão do ato de concessão de benefício, a contar do dia primeiro do mês seguinte ao do recebimento da primeira prestação ou, quando for o caso, do dia em que tomar conhecimento da decisão indeferitória definitiva no âmbito administrativo’. Posteriormente, com a MP 138, de 19.11.2003, convertida na Lei 10.839/2003, o prazo foi novamente aumentado para 10 anos, constituindo-se na redação atual do Artigo 103 da Lei 8.213/91. Dessa forma: a) Os benefícios concedidos antes da MP 1.523-9, de 27.06.1997 não têm prazo decadencial de revisão; b) Os benefícios concedidos entre a data da edição da MP 1.523- 9, de 27.06.1997 até a edição da MP 1.663-15, de 22.10.1998, têm prazo decadencial de revisão de dez anos; c) Os benefícios concedidos entre a edição da MP 1.663-15, de 22.10.1998 (convertida na Lei 9.711/98) até a da edição da Medida Provisória nº 138, de 19.11.2003 (convertida na Lei 10.839/04) têm prazo decadencial para revisão de cinco anos; d) Os benefícios concedidos após 19.11.2003 (MP 138 e Lei 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2858428. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 10 Relatório ARE 689.418 ED / RS 10.839/04) têm prazo decadencial de revisão de dez anos. O benefício da parte autora foi concedido em data que se enquadra numa dessas regras, por isso, é o caso de se reformar o julgado, para o fim de declarar a decadência do direito de revisar o benefício, medida essa que é passível de aplicação de ofício (art. 269, IV, do CPC). Em assim sendo, decreto a extinção do feito, com resolução de mérito, pelo reconhecimento da decadência do direito à revisão do benefício (art. 269, IV, do CPC). Com isso, resta prejudicado o recurso da parte.’ 5. NEGO SEGUIMENTO ao agravo.” Inconformada com a decisão supra, opõe embargos de declaração, alegando em síntese, a existência de erro material, que só pode ter ocorrido por socorrer-se de modelo ultrapassado, ou desatualizado. Alega ademais, que esta Corte reconheceu a repercussão geral sobre a decadência, no RE 626.489, como pode Vossa Excelência dizer que esta questão é infraconstitucional. Pelo exposto, considerando os esclarecimentos ora prestados, e o reconhecimento desta própria Corte Suprema da repercussão geral sobre o tema, nada mais resta do que requerer se digne Vossa Excelência reparar o lapso no que tange a correta identificação dos dispositivos constitucionais tidos por violados no apelo extremo e dar normal seguimento ao extraordinário interposto. É o relatório. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2858428. Supremo Tribunal Federal ARE 689.418 ED / RS 10.839/04) têm prazo decadencial de revisão de dez anos. O benefício da parte autora foi concedido em data que se enquadra numa dessas regras, por isso, é o caso de se reformar o julgado, para o fim de declarar a decadência do direito de revisar o benefício, medida essa que é passível de aplicação de ofício (art. 269, IV, do CPC). Em assim sendo, decreto a extinção do feito, com resolução de mérito, pelo reconhecimento da decadência do direito à revisão do benefício (art. 269, IV, do CPC). Com isso, resta prejudicado o recurso da parte.’ 5. NEGO SEGUIMENTO ao agravo.” Inconformada com a decisão supra, opõe embargos de declaração, alegando em síntese, a existência de erro material, que só pode ter ocorrido por socorrer-se de modelo ultrapassado, ou desatualizado. Alega ademais, que esta Corte reconheceu a repercussão geral sobre a decadência, no RE 626.489, como pode Vossa Excelência dizer que esta questão é infraconstitucional. Pelo exposto, considerando os esclarecimentos ora prestados, e o reconhecimento desta própria Corte Suprema da repercussão geral sobre o tema, nada mais resta do que requerer se digne Vossa Excelência reparar o lapso no que tange a correta identificação dos dispositivos constitucionais tidos por violados no apelo extremo e dar normal seguimento ao extraordinário interposto. É o relatório. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2858428. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 10 Voto - MIN. LUIZ FUX 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 689.418 RIO GRANDE DO SUL V O T O O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Os embargos de declaração foram opostos contra decisão do Relator. Prima facie, o Supremo Tribunal Federal tem conhecido dos embargos de declaração opostos objetivando a reforma da decisão do relator, com caráter infringente, como agravo regimental, que é o recurso cabível, por força do princípio da fungibilidade. Precedentes: Rcl 11.022- ED, rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, Tribunal Pleno, DJ 7.4.2011; AI 547.827- ED, rel. Min. DIAS TOFFOLI, 1ª Turma, DJ 9.3.2011; RE 546.525-ED, rel. Min. ELLEN GRACIE, 2ª Turma, DJ 5.4.2011 e a Pet 4.837-ED, rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, Tribunal Pleno, DJ 14.3.2011, este último, assim ementado: “EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA PETIÇÃO. CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. O CONTROLE ABSTRATO DE LEI OU DE ATO NORMATIVO DO PODER PÚBLICO NÃO PODE SER O OBJETO PRINCIPAL DA AÇÃO ORIGINÁRIA. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. “ Destarte, converto os embargos de declaração em agravo regimental, e passo a apreciá-lo. A presente irresignação não merece prosperar. A agravante, em seu recurso, não traz argumentação capaz de desconstituir os fundamentos da decisão agravada. Consoante apontado na aludida decisão, a controvérsia foi decidida Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2858429. Supremo Tribunal Federal 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 689.418 RIO GRANDE DO SUL V O T O O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Os embargos de declaração foram opostos contra decisão do Relator. Prima facie, o Supremo Tribunal Federal tem conhecido dos embargos de declaração opostos objetivando a reforma da decisão do relator, com caráter infringente, como agravo regimental, que é o recurso cabível, por força do princípio da fungibilidade. Precedentes: Rcl 11.022- ED, rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, Tribunal Pleno, DJ 7.4.2011; AI 547.827- ED, rel. Min. DIAS TOFFOLI, 1ª Turma, DJ 9.3.2011; RE 546.525-ED, rel. Min. ELLEN GRACIE, 2ª Turma, DJ 5.4.2011 e a Pet 4.837-ED, rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, Tribunal Pleno, DJ 14.3.2011, este último, assim ementado: “EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA PETIÇÃO. CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. O CONTROLE ABSTRATO DE LEI OU DE ATO NORMATIVO DO PODER PÚBLICO NÃO PODE SER O OBJETO PRINCIPAL DA AÇÃO ORIGINÁRIA. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. “ Destarte, converto os embargos de declaração em agravo regimental, e passo a apreciá-lo. A presente irresignação não merece prosperar. A agravante, em seu recurso, não traz argumentação capaz de desconstituir os fundamentos da decisão agravada. Consoante apontado na aludida decisão, a controvérsia foi decidida Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2858429. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 10 Voto - MIN. LUIZ FUX ARE 689.418 ED / RS à luz de interpretação de normas infraconstitucionais. Esta Suprema Corte firmou jurisprudência nos termos da qual a violação constitucional dependente da análise de malferimento de dispositivos infraconstitucionais encerra violação reflexa e oblíqua, tornando inadmissível o recurso extraordinário. Nesse sentido: “CONSTITUCIONAL E PREVIDENCIÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. ACUMULAÇÃO DE APOSENTADORIA E AUXÍLIO- ACIDENTE. MP 1.596-14 E LEI 8.213/91. VIOLAÇÃO AO ART. 5º, XXXVI E 7º, XXVIII. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. 1. Omissis. 2. É pacífica a jurisprudência desta Corte ao não admitir, em sede extraordinária, alegação de ofensa indireta à Constituição Federal. Precedentes. 3. Agravo regimental improvido.” (AI n. 503.093-AgR, Relatora Ministra ELLEN GRACIE, Segunda Turma, DJe de 11-12-2009) “PREVIDENCIÁRIO. SUSPENSÃO DE BENEFÍCIO POR SUSPEITA DE OCORRÊNCIA DE FRAUDE NA CONCESSÃO. ALEGADA OFENSA AO DEVIDO PROCESSO LEGAL, AO CONTRADITÓRIO E À AMPLA DEFESA. Para se chegar à conclusão pretendida pela autarquia previdenciária seria necessário o prévio exame da legislação infraconstitucional aplicável, bem como do conjunto fático-probatório dos autos, providência inviável em sede extraordinária.” Omissis. (RE 421.119-AgR, Relator Ministro AYRES BRITTO, Primeira Turma, DJ de 11.02-2005) Relativamente à alegada violação ao artigo 5º, XXXVI, da Constituição Federal, a insurgência também não procede, isso porque esta Corte firmou jurisprudência nos termos da qual a verificação, em cada caso concreto, da ocorrência, ou não, de violação do direito adquirido, do ato jurídico perfeito e da coisa julgada não desafia a instância 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2858429. Supremo Tribunal Federal ARE 689.418 ED / RS à luz de interpretação de normas infraconstitucionais. Esta Suprema Corte firmou jurisprudência nos termos da qual a violação constitucional dependente da análise de malferimento de dispositivos infraconstitucionais encerra violação reflexa e oblíqua, tornando inadmissível o recurso extraordinário. Nesse sentido: “CONSTITUCIONAL E PREVIDENCIÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. ACUMULAÇÃO DE APOSENTADORIA E AUXÍLIO- ACIDENTE. MP 1.596-14 E LEI 8.213/91. VIOLAÇÃO AO ART. 5º, XXXVI E 7º, XXVIII. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. 1. Omissis. 2. É pacífica a jurisprudência desta Corte ao não admitir, em sede extraordinária, alegação de ofensa indireta à Constituição Federal. Precedentes. 3. Agravo regimental improvido.” (AI n. 503.093-AgR, Relatora Ministra ELLEN GRACIE, Segunda Turma, DJe de 11-12-2009) “PREVIDENCIÁRIO. SUSPENSÃO DE BENEFÍCIO POR SUSPEITA DE OCORRÊNCIA DE FRAUDE NA CONCESSÃO. ALEGADA OFENSA AO DEVIDO PROCESSO LEGAL, AO CONTRADITÓRIO E À AMPLA DEFESA. Para se chegar à conclusão pretendida pela autarquia previdenciária seria necessário o prévio exame da legislação infraconstitucional aplicável, bem como do conjunto fático-probatório dos autos, providência inviável em sede extraordinária.” Omissis. (RE 421.119-AgR, Relator Ministro AYRES BRITTO, Primeira Turma, DJ de 11.02-2005) Relativamente à alegada violação ao artigo 5º, XXXVI, da Constituição Federal, a insurgência também não procede, isso porque esta Corte firmou jurisprudência nos termos da qual a verificação, em cada caso concreto, da ocorrência, ou não, de violação do direito adquirido, do ato jurídico perfeito e da coisa julgada não desafia a instância 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2858429. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 10 Voto - MIN. LUIZ FUX ARE 689.418 ED / RS extraordinária, visto situar-se, também, no âmbito infraconstitucional. Nesse sentido, AI 700.685-AgR, Segunda Turma, Relator Ministro Eros Grau, DJe 23.02.2008, e AI 635.789-AgR, Primeira Turma, Relator Ministro Dias Toffoli, DJe de 27.04.2011. Registre-se, por derradeiro, que não se desconhece que esta Suprema Corte reconheceu a repercussão geral do tema relativo à possibilidade de aplicação do prazo decadencial estabelecido pela Medida Provisória 1.523/1997 aos benefícios previdenciários concedidos antes da respectiva vigência, RE n. 626.489-RG, Relator Ministro Ayres Britto, no entanto, a decisão não se aplica ao caso sub examine, em que o benefício foi concedido em 31.7.2002, portanto em data posterior à fixada no aludido julgado. Com essas considerações, uma vez convertidos os embargos de declaração em agravo regimental, NEGO-LHE PROVIMENTO. É como voto. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2858429. Supremo Tribunal Federal ARE 689.418 ED / RS extraordinária, visto situar-se, também, no âmbito infraconstitucional. Nesse sentido, AI 700.685-AgR, Segunda Turma, Relator Ministro Eros Grau, DJe 23.02.2008, e AI 635.789-AgR, Primeira Turma, Relator Ministro Dias Toffoli, DJe de 27.04.2011. Registre-se, por derradeiro, que não se desconhece que esta Suprema Corte reconheceu a repercussão geral do tema relativo à possibilidade de aplicação do prazo decadencial estabelecido pela Medida Provisória 1.523/1997 aos benefícios previdenciários concedidos antes da respectiva vigência, RE n. 626.489-RG, Relator Ministro Ayres Britto, no entanto, a decisão não se aplica ao caso sub examine, em que o benefício foi concedido em 31.7.2002, portanto em data posterior à fixada no aludido julgado. Com essas considerações, uma vez convertidos os embargos de declaração em agravo regimental, NEGO-LHE PROVIMENTO. É como voto. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2858429. Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 10 Decisão de Julgamento PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 689.418 PROCED. : RIO GRANDE DO SUL RELATOR : MIN. LUIZ FUX EMBTE.(S) : MARIA RAUBER ADV.(A/S) : CARLOS ALBERTO BORRÉ E OUTRO(A/S) EMBDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL Decisão: A Turma converteu os embargos de declaração em agravo regimental e negou-lhe provimento, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 18.9.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de Almeida. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2848650 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 689.418 PROCED. : RIO GRANDE DO SUL RELATOR : MIN. LUIZ FUX EMBTE.(S) : MARIA RAUBER ADV.(A/S) : CARLOS ALBERTO BORRÉ E OUTRO(A/S) EMBDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL Decisão: A Turma converteu os embargos de declaração em agravo regimental e negou-lhe provimento, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 18.9.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de Almeida. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2848650 Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 10
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=2864567
2012-09-18T00:00:00
2012-10-03T00:00:00
A Turma converteu os embargos de declaração em agravo regimental e negou-lhe provimento, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 18.9.2012.
EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO
Ementa: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PREVIDENCIÁRIO. REVISÃO DE BENEFÍCIO. DECADÊNCIA. INTERPRETAÇÃO DE LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. 1. Os embargos de declaração opostos objetivando a reforma da decisão do relator, com caráter infringente, devem ser convertidos em agravo regimental, que é o recurso cabível, por força do princípio da fungibilidade. (Precedentes: Pet 4.837-ED, rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, Tribunal Pleno, DJ 14.3.2011; Rcl 11.022-ED, rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, Tribunal Pleno, DJ 7.4.2011; AI 547.827-ED, rel. Min. DIAS TOFFOLI, 1ª Turma, DJ 9.3.2011; RE 546.525-ED, rel. Min. ELLEN GRACIE, 2ª Turma, DJ 5.4.2011) 2. A violação reflexa e oblíqua da Constituição Federal decorrente da necessidade de análise de malferimento de dispositivo infraconstitucional torna inadmissível o recurso extraordinário. Precedentes: AI 503.093-AgR, Relator: Min. Ellen Gracie, DJe- 11/12/2009; RE 421.119-AgR, Relator: Min. Carlos Britto, DJ 11/02/2005; RE 402.557-AgR, Relator: Min. Sepúlveda Pertence, DJe- 27/042007 e RE 405.745-AgR, Relator: Min. Marco Aurélio, DJe 19/06/2009. 3. O direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada, quando objeto de verificação de cada caso concreto acerca da ocorrência ou não de violação, não desafiam a instância extraordinária, posto implicarem análise de matéria infraconstitucional. Precedentes. AI 700.685-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Eros Grau, DJe 23.02.2008 e AI 635.789-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Dias Toffoli, DJe de 27.04.2011. 4. O RE n. 626.489-RG, da Relatoria do Ministro Ayres Britto, no qual o Plenário desta Corte Suprema, reconheceu a repercussão geral do tema, (possibilidade de aplicação do prazo decadencial estabelecido pela Medida Provisória 1.523/1997 aos benefícios previdenciários concedidos antes da respectiva vigência), não se aplica ao caso sub examine, em que o benefício foi concedido em data posterior à fixada naquele julgado. 5. In casu, a decisão foi mantida por seus próprios fundamentos: ‘A MP 1.523-9, de 27.06.1997, estabeleceu o prazo decadencial de 10 anos para revisão dos benefícios previdenciários, alterando o Art. 103 da Lei 8.213/91: ‘Art. 103. É de dez anos o prazo de decadência de todo e qualquer direito ou ação do segurado ou beneficiário para a revisão do ato de concessão de benefício, a contar do dia primeiro do mês seguinte ao do recebimento da primeira prestação ou, quando for o caso, do dia em que tomar conhecimento da decisão indeferitória definitiva no âmbito administrativo’. A MP 1.663-15, de 22.10.1998 (Lei 9.711/98) alterou novamente o Art. 103 da Lei 8.213/91: ‘Art. 103. É de cinco anos o prazo de decadência de todo e qualquer direito ou ação do segurado ou beneficiário para a revisão do ato de concessão de benefício, a contar do dia primeiro do mês seguinte ao do recebimento da primeira prestação ou, quando for o caso, do dia em que tomar conhecimento da decisão indeferitória definitiva no âmbito administrativo’. Posteriormente, com a MP 138, de 19.11.2003, convertida na Lei 10.839/2003, o prazo foi novamente aumentado para 10 anos, constituindo-se na redação atual do Artigo 103 da Lei 8.213/91. Dessa forma: a) Os benefícios concedidos antes da MP 1.523-9, de 27.06.1997 não têm prazo decadencial de revisão; b) Os benefícios concedidos entre a data da edição da MP 1.523-9, de 27.06.1997 até a edição da MP 1.663-15, de 22.10.1998, têm prazo decadencial de revisão de dez anos; c) Os benefícios concedidos entre a edição da MP 1.663-15, de 22.10.1998 (convertida na Lei 9.711/98) até a da edição da Medida Provisória nº 138, de 19.11.2003 (convertida na Lei 10.839/04) têm prazo decadencial para revisão de cinco anos; d) Os benefícios concedidos após 19.11.2003 (MP 138 e Lei 10.839/04) têm prazo decadencial de revisão de dez anos. O benefício da parte autora foi concedido em data que se enquadra numa dessas regras, por isso, é o caso de se reformar o julgado, para o fim de declarar a decadência do direito de revisar o benefício, medida essa que é passível de aplicação de ofício (art. 269, IV, do CPC). Em assim sendo, decreto a extinção do feito, com resolução de mérito, pelo reconhecimento da decadência do direito à revisão do benefício (art. 269, IV, do CPC). Com isso, resta prejudicado o recurso da parte.’ 6. Agravo regimental a que se nega provimento.
sjur215804
- Acórdãos citados: AI 503093 AgR, AI 635789 AgR, AI 700685 AgR, AI 547827 ED, Pet 4837 ED - Tribunal Pleno, Rcl 11022 ED - Tribunal Pleno, RE 402557 AgR, RE 405745 AgR, RE 421119 AgR, RE 546525 ED, RE 626489 RG. Número de páginas: 10. Análise: 11/10/2012, LLD.
LUIZ FUX
Primeira Turma
689418
[ "LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00005 INC-00036 \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n\r\n", "LEG-FED MPR-001523 ANO-1997\r\n REEDIÇÃO Nº 9\r\n MEDIDA PROVISÓRIA" ]
ARE-ED
acordaos
ARE 689418 ED
[ "" ]
EMBTE.(S) : MARIA RAUBER ADV.(A/S) : CARLOS ALBERTO BORRÉ E OUTRO(A/S) EMBDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 689 . 418", "Pet 4 . 837 - ED", "Rcl 11 . 022 - ED", "AI 547 . 827 - ED", "RE 546 . 525 - ED", "AI 503 . 093 - AgR", "RE 421 . 119 - AgR", "RE 402 . 557 - AgR", "RE 405 . 745 - AgR", "AI 700 . 685 - AgR", "AI 635 . 789 - AgR", "ARE 689 . 418 ED / RS", "RE n . 626 . 489 - RG", "ARE 689 . 418 ED / RS", "RE n . 626 . 489 - RG", "ARE 689 . 418 ED / RS", "ARE 689 . 418 ED / RS", "AGRAVO 689 . 418", "AI 503093 AgR", "RE 421119 AgR", "RE 402557 AgR", "RE 405745 AgR", "AI 503093 AgR", "RE 421119 AgR", "RE 402557 AgR", "RE 405745 AgR", "ARE 689 . 418 ED / RS", "AI 700 . 685 - AgR", "AI 635 . 789 - AgR", "ARE 689 . 418 ED / RS", "AI 700 . 685 - AgR", "AI 635 . 789 - AgR", "ARE 689 . 418 ED / RS 10 . 839 / 04", "RE 626 . 489", "ARE 689 . 418", "ED", "/", "RS 10 . 839 / 04", "RE 626 . 489", "Rcl 11 . 022 - ED", "AI 547 . 827 - ED", "RE 546 . 525 - ED", "Pet 4 . 837 - ED", "Rcl 11 . 022 - ED", "AI 547 . 827 - ED", "RE 546 . 525 - ED", "Pet 4 . 837 - ED", "ARE 689 . 418 ED / RS", "AI n . 503 . 093 - AgR", "RE 421 . 119 - AgR", "ARE 689 . 418 ED / RS", "AI n . 503 . 093 - AgR", "RE 421 . 119 - AgR", "ARE 689 . 418 ED / RS", "AI 700 . 685 - AgR", "AI 635 . 789 - AgR", "RE n . 626 . 489 - RG", "ARE 689 . 418 ED / RS", "AI 700 . 685 - AgR", "AI 635 . 789 - AgR", "RE n . 626 . 489 - RG" ], "LEGISLACAO": [ "Constituição Federal", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Medida Provisória 1 . 523 / 1997", "MP 1 . 523 - 9", "Art . 103 da Lei 8 . 213 / 91", "MP 1 . 663 - 15", "Lei 9 . 711 / 98", "Art . 103 da Lei 8 . 213 / 91", "MP 138", "Lei 10 . 839 / 2003", "Artigo 103 da Lei 8 . 213 / 91", "MP 1 . 523 - 9", "MP 1 . 523 - 9", "MP 1 . 663 - 15", "MP 1 . 663 - 15", "Lei 9 . 711 / 98", "Medida Provisória [UNK] 138", "Lei 10 . 839 / 04", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Medida Provisória 1 . 523 / 1997", "MP 1 . 523 - 9", "Art . 103 da Lei 8 . 213 / 91", "MP 1 . 663 - 15", "Lei 9 . 711 / 98", "Art . 103 da Lei 8 . 213 / 91", "MP 138", "Lei 10 . 839 / 2003", "Artigo 103 da Lei 8 . 213 / 91", "MP 1 . 523 - 9", "MP 1 . 523 - 9", "MP 1 . 663 - 15", "MP 1 . 663 - 15", "Lei 9 . 711 / 98", "Medida Provisória [UNK] 138", "Lei 10 . 839 / 04", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP 138", "Lei 10 . 839 / 04", "art . 269 , IV , do CPC", "art . 269 , IV , do CPC", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP 138", "Lei 10 . 839 / 04", "art . 269 , IV , do CPC", "art . 269 , IV , do CPC", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 323 do RISTF", "art . 102 , III , § [UNK] , da CF", "Constituição Federal", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 323 do RISTF", "art . 102 , III , § [UNK] , da CF", "Constituição Federal", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP 1 . 523 - 9", "Art . 103 da Lei 8 . 213 / 91", "MP 1 . 663 - 15", "Lei 9 . 711 / 98", "Art . 103 da Lei 8 . 213 / 91", "MP 138", "Lei 10 . 839 / 2003", "Artigo 103 da Lei 8 . 213 / 91", "MP 1 . 523 - 9", "MP 1 . 523 - 9", "MP 1 . 663 - 15", "MP 1 . 663 - 15", "Lei 9 . 711 / 98", "Medida Provisória [UNK] 138", "Lei 10 . 839 / 04", "MP 138", "Lei 2 Supremo Tribunal Federal", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP 1 . 523 - 9", "Art . 103 da Lei 8 . 213 / 91", "MP 1 . 663 - 15", "Lei 9 . 711 / 98", "Art . 103 da Lei 8 . 213 /", "MP 138", "Lei 10 . 839 / 2003", "Artigo 103 da Lei 8 . 213 / 91", "MP 1 . 523 - 9", "MP 1 . 523 - 9", "MP 1 . 663 - 15", "MP 1 . 663 - 15", "Lei 9 . 711 / 98", "Medida Provisória [UNK] 138", "Lei 10 . 839 / 04", "MP 138", "Lei", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 269 , IV , do CPC", "art . 269 , IV , do CPC", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 269 , IV , do CPC", "art . 269 , IV , do CPC", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP 1 . 596 - 14", "LEI 8 . 213 / 91", "Constituição Federal", "artigo [UNK] , XXXVI , da Constituição Federal", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP 1 . 596 - 14", "LEI 8 . 213 / 91", "ART . 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Ementa e Acórdão 16/10/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 708.593 RIO DE JANEIRO RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) :MANOEL CARLOS DA SILVA NETO ADV.(A/S) :MANOEL CARLOS DA SILVA NETO AGDO.(A/S) :AMAURI ALVES GOMES E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) :VICENTE GOMES DE CARVALHO EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO DE COBRANÇA DE HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. 1. Ausência de impugnação dos fundamentos da decisão de inadmissibilidade do recurso extraordinário. Súmula n. 287 do Supremo Tribunal Federal. 2. Matéria de natureza infraconstitucional. Ofensa constitucional indireta. 3. Agravo regimental ao qual se nega provimento. ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a Presidência do Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, à unanimidade, em negar provimento ao agravo regimental no recurso extraordinário com agravo, nos termos do voto da Relatora. Brasília, 16 de outubro de 2012. Ministra CÁRMEN LÚCIA - Relatora Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034421. Supremo Tribunal Federal DJe 08/11/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 7 Relatório 16/10/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 708.593 RIO DE JANEIRO RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) :MANOEL CARLOS DA SILVA NETO ADV.(A/S) :MANOEL CARLOS DA SILVA NETO AGDO.(A/S) :AMAURI ALVES GOMES E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) :VICENTE GOMES DE CARVALHO R E L A T Ó R I O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA – (Relatora): 1. Em 12 de setembro de 2012, neguei seguimento ao agravo nos autos do recurso extraordinário interposto por Manoel Carlos da Silva Neto contra julgado proferido pela Quarta Turma Recursal dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais do Rio de Janeiro, a qual manteve sentença que julgara parcialmente procedente pedido de expedição de alvará para a liberação de valores referentes a honorários advocatícios. A decisão agravada teve a seguinte fundamentação: “6. Razão jurídica não assiste ao Agravante. Os argumentos expostos neste agravo não infirmam todos os óbices impostos pela decisão agravada, pois o Agravante deixou de manifestar-se quanto à contrariedade indireta à Constituição, e, também, sobre a incidência da Súmula n. 279 deste Supremo Tribunal, fundamentos autônomos e suficientes para sustentar a inviabilidade do recurso extraordinário. Este Supremo Tribunal assentou que deve ser negado seguimento ao agravo que não impugna todos os fundamentos da decisão agravada. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034422. Supremo Tribunal Federal 16/10/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 708.593 RIO DE JANEIRO RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) :MANOEL CARLOS DA SILVA NETO ADV.(A/S) :MANOEL CARLOS DA SILVA NETO AGDO.(A/S) :AMAURI ALVES GOMES E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) :VICENTE GOMES DE CARVALHO R E L A T Ó R I O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA – (Relatora): 1. Em 12 de setembro de 2012, neguei seguimento ao agravo nos autos do recurso extraordinário interposto por Manoel Carlos da Silva Neto contra julgado proferido pela Quarta Turma Recursal dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais do Rio de Janeiro, a qual manteve sentença que julgara parcialmente procedente pedido de expedição de alvará para a liberação de valores referentes a honorários advocatícios. A decisão agravada teve a seguinte fundamentação: “6. Razão jurídica não assiste ao Agravante. Os argumentos expostos neste agravo não infirmam todos os óbices impostos pela decisão agravada, pois o Agravante deixou de manifestar-se quanto à contrariedade indireta à Constituição, e, também, sobre a incidência da Súmula n. 279 deste Supremo Tribunal, fundamentos autônomos e suficientes para sustentar a inviabilidade do recurso extraordinário. Este Supremo Tribunal assentou que deve ser negado seguimento ao agravo que não impugna todos os fundamentos da decisão agravada. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034422. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 7 Relatório ARE 708.593 AGR / RJ Nesse sentido: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL PENAL. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO DOS FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. Inviável o agravo regimental no qual não são impugnados todos os fundamentos da decisão agravada. Precedentes (AI 801.141-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 17.8.2010). Nada há a prover quanto às alegações do Agravante. 7. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 544, § 4º, inc. I, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal)” (fls. 359-361). 2. Publicada essa decisão no DJe de 18.9.2012 (fl. 362), interpõe Manoel Carlos da Silva Neto, em 21.9.2012, tempestivamente, agravo regimental (fls. 364-367, 371-374, 376-379). 3. Alega o Agravante que “os agravados com extrema má-fé estão tentando lesá-lo, ou seja, no sentido de tentar apoderar-se de seus honorários que podem ser considerados como um rendimento de caráter alimentar, portanto, protegido constitucionalmente” (fl. 373). Requer a reconsideração da decisão agravada ou o provimento do presente recurso. É o relatório. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034422. Supremo Tribunal Federal ARE 708.593 AGR / RJ Nesse sentido: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL PENAL. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO DOS FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. Inviável o agravo regimental no qual não são impugnados todos os fundamentos da decisão agravada. Precedentes (AI 801.141-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 17.8.2010). Nada há a prover quanto às alegações do Agravante. 7. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 544, § 4º, inc. I, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal)” (fls. 359-361). 2. Publicada essa decisão no DJe de 18.9.2012 (fl. 362), interpõe Manoel Carlos da Silva Neto, em 21.9.2012, tempestivamente, agravo regimental (fls. 364-367, 371-374, 376-379). 3. Alega o Agravante que “os agravados com extrema má-fé estão tentando lesá-lo, ou seja, no sentido de tentar apoderar-se de seus honorários que podem ser considerados como um rendimento de caráter alimentar, portanto, protegido constitucionalmente” (fl. 373). Requer a reconsideração da decisão agravada ou o provimento do presente recurso. É o relatório. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034422. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 7 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA 16/10/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 708.593 RIO DE JANEIRO V O T O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA (Relatora): 1. Razão jurídica não assiste ao Agravante. 2. Em juízo de admissibilidade do recurso extraordinário, a Turma recursal a quo não conheceu do recurso sob os seguintes fundamentos: a) insuficiência da preliminar de repercussão geral; b) ausência de prequestionamento da matéria constitucional suscitada; c) necessidade de análise de matéria infraconstitucional; e d) incidência da Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal (fls. 307-310). Na petição de agravo (fls. 336-342), o Agravante apenas reitera as razões do recurso extraordinário, sem infirmar os óbices da decisão agravada. 3. Como afirmado na decisão agravada, o Agravante não impugnou os fundamentos da decisão agravada. Este Supremo assentou que a ausência de impugnação específica de todos os fundamentos da decisão agravada torna inviável a apreciação do recurso de agravo (Súmula n. 287): PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO ESPECÍFICA DOS FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA. APLICAÇÃO DA SÚMULA 287 DO STF . 1. O agravo de instrumento é inadmissível quando a sua fundamentação não impugna especificamente a decisão agravada . Nega-se provimento ao agravo, quando a deficiência na sua fundamentação, ou na do recurso extraordinário, não permitir a exata compreensão da Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034423. Supremo Tribunal Federal 16/10/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 708.593 RIO DE JANEIRO V O T O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA (Relatora): 1. Razão jurídica não assiste ao Agravante. 2. Em juízo de admissibilidade do recurso extraordinário, a Turma recursal a quo não conheceu do recurso sob os seguintes fundamentos: a) insuficiência da preliminar de repercussão geral; b) ausência de prequestionamento da matéria constitucional suscitada; c) necessidade de análise de matéria infraconstitucional; e d) incidência da Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal (fls. 307-310). Na petição de agravo (fls. 336-342), o Agravante apenas reitera as razões do recurso extraordinário, sem infirmar os óbices da decisão agravada. 3. Como afirmado na decisão agravada, o Agravante não impugnou os fundamentos da decisão agravada. Este Supremo assentou que a ausência de impugnação específica de todos os fundamentos da decisão agravada torna inviável a apreciação do recurso de agravo (Súmula n. 287): PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO ESPECÍFICA DOS FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA. APLICAÇÃO DA SÚMULA 287 DO STF . 1. O agravo de instrumento é inadmissível quando a sua fundamentação não impugna especificamente a decisão agravada . Nega-se provimento ao agravo, quando a deficiência na sua fundamentação, ou na do recurso extraordinário, não permitir a exata compreensão da Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034423. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 7 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA ARE 708.593 AGR / RJ controvérsia. (súmula 287/STF). 2. Precedentes desta Corte: AI 841.690 AgR, Relator: Min. Ricardo Lewandowski, DJe- 01/08/2011; RE 550505 AgR, Relator: Min. Gilmar Mendes, DJe- 24/02/2011; AI 786044 AgR, Relator: Min. Ellen Gracie, DJe- 25/06/2010. (…). 4. Agravo regimental desprovido (AI 805.701-AgR, Rel. Min. Luiz Fux, Primeira Turma, DJe 23.4.2012, grifos nossos). AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. DEVER DE IMPUGNAR TODOS OS FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA. INOBSERVÂNCIA. SÚMULA 287 DO STF . DEMONSTRAÇÃO DA REPERCUSSÃO GERAL DAS QUESTÕES CONSTITUCIONAIS. NÃO OCORRÊNCIA. CONFIGURAÇÃO DE OFENSA REFLEXA. REVOLVIMENTO DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 297/STF. AGRAVO IMPROVIDO. I Os agravantes deixaram de atacar os fundamentos expostos na decisão agravada, o que inviabiliza o recurso. A jurisprudência é firme no sentido de que i ncumbe ao agravante o dever de impugnar, de forma específica, cada um dos fundamentos da decisão questionada , sob pena de não conhecimento do recurso (AI 847.452-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Segunda Turma, DJe 7.11.2011, grifos nossos). 4. Ademais, a matéria em debate tem natureza infraconstitucional. Eventual contrariedade à Constituição da República, se tivesse ocorrido, seria indireta. Nesse sentido: “EMBARGOS DE DECLARAÇÃO OPOSTOS DE DECISÃO MONOCRÁTICA. CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO DE COBRANÇA. HONORÁRIOS DE SUCUMBÊNCIA. ADVOGADO. COMPETÊNCIA PARA O EXAME DA CAUSA. REAPRECIAÇÃO DE INTERPRETAÇÃO DE NORMAS INFRACONSTITUCIONALIS. OFENSA INDIRETA. AGRAVO IMPROVIDO. I – É inadmissível o recurso extraordinário quando sua análise implica rever a interpretação de normas 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034423. Supremo Tribunal Federal ARE 708.593 AGR / RJ controvérsia. (súmula 287/STF). 2. Precedentes desta Corte: AI 841.690 AgR, Relator: Min. Ricardo Lewandowski, DJe- 01/08/2011; RE 550505 AgR, Relator: Min. Gilmar Mendes, DJe- 24/02/2011; AI 786044 AgR, Relator: Min. Ellen Gracie, DJe- 25/06/2010. (…). 4. Agravo regimental desprovido (AI 805.701-AgR, Rel. Min. Luiz Fux, Primeira Turma, DJe 23.4.2012, grifos nossos). AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. DEVER DE IMPUGNAR TODOS OS FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA. INOBSERVÂNCIA. SÚMULA 287 DO STF . DEMONSTRAÇÃO DA REPERCUSSÃO GERAL DAS QUESTÕES CONSTITUCIONAIS. NÃO OCORRÊNCIA. CONFIGURAÇÃO DE OFENSA REFLEXA. REVOLVIMENTO DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 297/STF. AGRAVO IMPROVIDO. I Os agravantes deixaram de atacar os fundamentos expostos na decisão agravada, o que inviabiliza o recurso. A jurisprudência é firme no sentido de que i ncumbe ao agravante o dever de impugnar, de forma específica, cada um dos fundamentos da decisão questionada , sob pena de não conhecimento do recurso (AI 847.452-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Segunda Turma, DJe 7.11.2011, grifos nossos). 4. Ademais, a matéria em debate tem natureza infraconstitucional. Eventual contrariedade à Constituição da República, se tivesse ocorrido, seria indireta. Nesse sentido: “EMBARGOS DE DECLARAÇÃO OPOSTOS DE DECISÃO MONOCRÁTICA. CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO DE COBRANÇA. HONORÁRIOS DE SUCUMBÊNCIA. ADVOGADO. COMPETÊNCIA PARA O EXAME DA CAUSA. REAPRECIAÇÃO DE INTERPRETAÇÃO DE NORMAS INFRACONSTITUCIONALIS. OFENSA INDIRETA. AGRAVO IMPROVIDO. I – É inadmissível o recurso extraordinário quando sua análise implica rever a interpretação de normas 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034423. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 7 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA ARE 708.593 AGR / RJ infraconstitucionais que fundamentam o acórdão a quo. A afronta à Constituição, se ocorrente, seria indireta. II – Agravo regimental improvido” (RE 478.468-ED, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Segunda Turma, DJe 8.9.2011). 5. Os argumentos do Agravante, insuficientes para modificar a decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente prestação jurisdicional. 6. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034423. Supremo Tribunal Federal ARE 708.593 AGR / RJ infraconstitucionais que fundamentam o acórdão a quo. A afronta à Constituição, se ocorrente, seria indireta. II – Agravo regimental improvido” (RE 478.468-ED, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Segunda Turma, DJe 8.9.2011). 5. Os argumentos do Agravante, insuficientes para modificar a decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente prestação jurisdicional. 6. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034423. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 7 Decisão de Julgamento SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 708.593 PROCED. : RIO DE JANEIRO RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) : MANOEL CARLOS DA SILVA NETO ADV.(A/S) : MANOEL CARLOS DA SILVA NETO AGDO.(A/S) : AMAURI ALVES GOMES E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) : VICENTE GOMES DE CARVALHO Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. 2ª Turma, 16.10.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Subprocurador-Geral da República, Dr. Mário José Gisi. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3052147 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 708.593 PROCED. : RIO DE JANEIRO RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) : MANOEL CARLOS DA SILVA NETO ADV.(A/S) : MANOEL CARLOS DA SILVA NETO AGDO.(A/S) : AMAURI ALVES GOMES E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) : VICENTE GOMES DE CARVALHO Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. 2ª Turma, 16.10.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Subprocurador-Geral da República, Dr. Mário José Gisi. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3052147 Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 7
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3065236
2012-10-16T00:00:00
2012-11-08T00:00:00
A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. 2ª Turma, 16.10.2012.
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO
EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO DE COBRANÇA DE HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. 1. Ausência de impugnação dos fundamentos da decisão de inadmissibilidade do recurso extraordinário. Súmula n. 287 do Supremo Tribunal Federal. 2. Matéria de natureza infraconstitucional. Ofensa constitucional indireta. 3. Agravo regimental ao qual se nega provimento.
sjur218118
- Acórdãos citados: (SÚMULA 287) STF: AI 805701 AgR(1ªT), AI 847452 AgR(2ªT); (OFENSA REFLEXA) STF: RE 478468 ED(2ªT). Número de páginas: 7. Análise: 13/11/2012, LLD.
CÁRMEN LÚCIA
Segunda Turma
708593
[ "LEG-FED SUMSTF-000287 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF" ]
ARE-AgR
acordaos
ARE 708593 AgR
[ "" ]
AGTE.(S) : MANOEL CARLOS DA SILVA NETO AGDO.(A/S) : AMAURI ALVES GOMES E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) : VICENTE GOMES DE CARVALHO ADV.(A/S) : MANOEL CARLOS DA SILVA NETO
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 708 . 593", "Súmula n . 287 do Supremo Tribunal Federal", "Súmula n . 279 deste Supremo Tribunal", "RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 708 . 593", "Súmula n . 279 deste Supremo Tribunal", "ARE 708 . 593 AGR /", "AI 801 . 141 - AgR", "ARE 708 . 593 AGR / RJ", "AI 801 . 141 - AgR", "RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 708 . 593", "Súmula n . 279 do Supremo Tribunal Federal", "SÚMULA 287 DO STF", "Súmula n . 279 do Supremo Tribunal Federal", "SÚMULA 287 DO STF", "ARE 708 . 593 AGR / RJ", "súmula 287 / STF", "AI 841 . 690 AgR", "RE 550505 AgR", "AI 786044 AgR", "AI 805 . 701 - AgR", "SÚMULA 287 DO STF", "SÚMULA 297 / STF", "AI 847 . 452 - AgR", "ARE 708 . 593 AGR / RJ", "súmula 287 / STF", "AI 841 . 690 AgR", "RE 550505 AgR", "AI 786044 AgR", "AI 805 . 701 - AgR", "SÚMULA 287 DO STF", "SÚMULA 297 / STF", "AI 847 . 452 - AgR", "ARE 708 . 593 AGR /", "RE 478 . 468 - ED", "ARE 708 . 593 AGR / RJ", "RE 478 . 468 - ED" ], "LEGISLACAO": [ "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Constituição", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Constituição", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 544 , § [UNK] , inc . I , do Código de Processo Civil", "art . 21 , § [UNK] , do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 544 , § [UNK] , inc . I , do Código de Processo Civil", "art . 21 , § [UNK] , do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Constituição da República", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Constituição da República", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Constituição", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Constituição", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001" ], "LOCAL": [ "RIO DE JANEIRO", "Brasília", "RIO DE JANEIRO", "RIO DE JANEIRO", "RIO DE JANEIRO", "RIO DE JANEIRO", "RIO DE JANEIRO", "RIO DE JANEIRO" ], "ORGANIZACAO": [ "SEGUNDA TURMA", "Supremo Tribunal Federal", "Segunda Turma", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "Quarta Turma Recursal dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais do Rio de Janeiro", "Supremo Tribunal", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura 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"CÁRMEN LÚCIA", "MANOEL CARLOS DA SILVA NETO", "MANOEL CARLOS DA SILVA NETO", "AMAURI ALVES GOMES", "VICENTE GOMES DE CARVALHO", "CÁRMEN LÚCIA", "Manoel Carlos da Silva Neto", "Manoel Carlos da Silva Neto", "Manoel Carlos da Silva Neto", "CÁRMEN LÚCIA", "CÁRMEN LÚCIA", "Ricardo Lewandowski", "Gilmar Mendes", "Ellen Gracie", "Luiz Fux", "Ricardo Lewandowski", "Ricardo Lewandowski", "Gilmar Mendes", "Ellen Gracie", "Luiz Fux", "Ricardo Lewandowski", "CÁRMEN LÚCIA", "Ricardo Lewandowski", "Ricardo Lewandowski", "CÁRMEN LÚCIA", "MANOEL CARLOS DA SILVA NETO", "MANOEL CARLOS DA SILVA NETO", "AMAURI ALVES GOMES", "VICENTE GOMES DE CARVALHO", "Ricardo Lewandowski", "Celso de Mello", "Gilmar Mendes", "Joaquim Barbosa", "Cármen Lúcia", "Mário José Gisi", "Fabiane", "CÁRMEN LÚCIA", "MANOEL CARLOS DA SILVA NETO", "MANOEL CARLOS DA SILVA NETO", "AMAURI ALVES GOMES", "VICENTE GOMES DE CARVALHO", "Ricardo Lewandowski", "Celso de Mello", "Gilmar Mendes", "Joaquim Barbosa", "Cármen Lúcia", "Mário José 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Ementa e Acórdão 16/10/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 709.474 SÃO PAULO RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) :MOISÉS MUNHOZ DA CUNHA ADV.(A/S) :CARLOS ALBERTO ROCA AGDO.(A/S) :MUNICÍPIO DE RANCHARIA ADV.(A/S) :CAROLINA DE OLIVEIRA SOBRAL EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. TRABALHISTA. PAGAMENTO DE HORAS EXTRAORDINÁRIAS. ACÓRDÃO FUNDAMENTADO NO CONJUNTO PROBATÓRIO. SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a Presidência do Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, à unanimidade, em negar provimento ao agravo regimental no recurso extraordinário com agravo, nos termos do voto da Relatora. Brasília, 16 de outubro de 2012. Ministra CÁRMEN LÚCIA - Relatora Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034565. Supremo Tribunal Federal DJe 08/11/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 7 Relatório 16/10/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 709.474 SÃO PAULO RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) :MOISÉS MUNHOZ DA CUNHA ADV.(A/S) :CARLOS ALBERTO ROCA AGDO.(A/S) :MUNICÍPIO DE RANCHARIA ADV.(A/S) :CAROLINA DE OLIVEIRA SOBRAL R E L A T Ó R I O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Em 5 de setembro de 2012, neguei seguimento ao agravo nos autos do recurso extraordinário interposto por Moisés Munhoz da Cunha contra julgado do Tribunal de Justiça de São Paulo, que manteve sentença de indeferimento do pedido de recebimento de horas extras. A decisão agravada teve a seguinte fundamentação: “7. Razão jurídica não assiste ao Agravante. 8. O Tribunal de origem decidiu a controvérsia nos termos seguintes: “Da atenta leitura dos elementos acostados aos autos, sobretudo da declaração do 2º Sargento PM Comandante do Posto de Bombeiros de Rancharia acostada à fl. 10, é possível perceber que não logrou demonstrar o autor o desempenho de jornada de trabalho acima do patamar previsto em lei, ao contrário do que afirma. Os elementos acostados aos autos permitem aferir que, nas oportunidades em que o autor desempenhou efetivamente horas de trabalho em patamares acima das escalas de trabalho, tratou o réu de realizar a respectiva compensação, nos termos da lei” (fls. 77-78). Tem-se, portanto, que o acórdão recorrido está fundamentado no conjunto probatório dos autos. Concluir de forma diversa demandaria o reexame de provas, o que não pode ser adotado em recurso Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034566. Supremo Tribunal Federal 16/10/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 709.474 SÃO PAULO RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) :MOISÉS MUNHOZ DA CUNHA ADV.(A/S) :CARLOS ALBERTO ROCA AGDO.(A/S) :MUNICÍPIO DE RANCHARIA ADV.(A/S) :CAROLINA DE OLIVEIRA SOBRAL R E L A T Ó R I O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Em 5 de setembro de 2012, neguei seguimento ao agravo nos autos do recurso extraordinário interposto por Moisés Munhoz da Cunha contra julgado do Tribunal de Justiça de São Paulo, que manteve sentença de indeferimento do pedido de recebimento de horas extras. A decisão agravada teve a seguinte fundamentação: “7. Razão jurídica não assiste ao Agravante. 8. O Tribunal de origem decidiu a controvérsia nos termos seguintes: “Da atenta leitura dos elementos acostados aos autos, sobretudo da declaração do 2º Sargento PM Comandante do Posto de Bombeiros de Rancharia acostada à fl. 10, é possível perceber que não logrou demonstrar o autor o desempenho de jornada de trabalho acima do patamar previsto em lei, ao contrário do que afirma. Os elementos acostados aos autos permitem aferir que, nas oportunidades em que o autor desempenhou efetivamente horas de trabalho em patamares acima das escalas de trabalho, tratou o réu de realizar a respectiva compensação, nos termos da lei” (fls. 77-78). Tem-se, portanto, que o acórdão recorrido está fundamentado no conjunto probatório dos autos. Concluir de forma diversa demandaria o reexame de provas, o que não pode ser adotado em recurso Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034566. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 7 Relatório ARE 709.474 AGR / SP extraordinário. Incide na espécie a Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal. Confiram-se os seguintes julgados: “AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL. PAGAMENTO DE HORAS EXTRAS. NECESSIDADE DO REEXAME DO CONJUNTO PROBATÓRIO CONSTANTE DOS AUTOS: IMPOSSIBILIDADE. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (RE 607.714-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 24.9.2010). “AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO TRABALHISTA. PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. HORAS EXTRAS E ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. SÚMULA 279. O exame dos pressupostos de admissibilidade de recurso trabalhista encontra-se no âmbito infraconstitucional. Por essa razão, incabível o recurso extraordinário, visto que não há ofensa direta à Constituição federal. Para se chegar a conclusão diversa daquela a que chegou o acórdão recorrido, seria necessário reexaminar os fatos da causa, o que é vedado na esfera do recurso extraordinário, de acordo com a Súmula 279/STF. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI 524.639-AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa, Segunda Turma, DJ 28.4.2006 – grifos nossos). Não há, pois, o que prover quanto às alegações do Agravante. 9. Pelo exposto, nego seguimento ao agravo (art. 544, § 4º, inc. II, alínea a, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal)” (fls. 128-132). 2. Publicada essa decisão no DJe de 13.9.2012, interpõe Moisés Munhoz da Cunha, em 18.9.2012, tempestivamente, agravo regimental (fls. 135-139, 143-147). 3. Sustenta o Agravante que “não postula o pagamento de horas extras pelo serviço excepcionalmente realizado além da jornada de 24 x 48, mas, sim, o pagamento pelas horas que excedem a jornada de 44 horas semanais, prevista no 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034566. Supremo Tribunal Federal ARE 709.474 AGR / SP extraordinário. Incide na espécie a Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal. Confiram-se os seguintes julgados: “AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL. PAGAMENTO DE HORAS EXTRAS. NECESSIDADE DO REEXAME DO CONJUNTO PROBATÓRIO CONSTANTE DOS AUTOS: IMPOSSIBILIDADE. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (RE 607.714-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 24.9.2010). “AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO TRABALHISTA. PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. HORAS EXTRAS E ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. SÚMULA 279. O exame dos pressupostos de admissibilidade de recurso trabalhista encontra-se no âmbito infraconstitucional. Por essa razão, incabível o recurso extraordinário, visto que não há ofensa direta à Constituição federal. Para se chegar a conclusão diversa daquela a que chegou o acórdão recorrido, seria necessário reexaminar os fatos da causa, o que é vedado na esfera do recurso extraordinário, de acordo com a Súmula 279/STF. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI 524.639-AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa, Segunda Turma, DJ 28.4.2006 – grifos nossos). Não há, pois, o que prover quanto às alegações do Agravante. 9. Pelo exposto, nego seguimento ao agravo (art. 544, § 4º, inc. II, alínea a, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal)” (fls. 128-132). 2. Publicada essa decisão no DJe de 13.9.2012, interpõe Moisés Munhoz da Cunha, em 18.9.2012, tempestivamente, agravo regimental (fls. 135-139, 143-147). 3. Sustenta o Agravante que “não postula o pagamento de horas extras pelo serviço excepcionalmente realizado além da jornada de 24 x 48, mas, sim, o pagamento pelas horas que excedem a jornada de 44 horas semanais, prevista no 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034566. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 7 Relatório ARE 709.474 AGR / SP inciso XIII do artigo 7º da CF/88, logo que trabalhando 24 horas seguidas e descansando 48 horas, de forma ininterrupta, numa semana o Agravante trabalha 48 horas e na outra 72 horas, sendo, portanto, evidente o trabalho além da jornada semanal de 44 horas” (fl. 145). Assevera que “a questão discutida nos autos revela afronta à Constituição Federal, pois a questão trazida a julgamento se lastreia em dispositivos que tratam da jornada de trabalho de servidores públicos, sendo evidente a contrariedade do comando decisório com o disposto nos incisos XIII, XV e XVI do artigo 7º da CF, aplicável ao Agravante por força do § 3º do artigo 39 da CF/88” (fl. 146). Requer a reconsideração da decisão agravada ou o provimento do presente recurso. É o relatório. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034566. Supremo Tribunal Federal ARE 709.474 AGR / SP inciso XIII do artigo 7º da CF/88, logo que trabalhando 24 horas seguidas e descansando 48 horas, de forma ininterrupta, numa semana o Agravante trabalha 48 horas e na outra 72 horas, sendo, portanto, evidente o trabalho além da jornada semanal de 44 horas” (fl. 145). Assevera que “a questão discutida nos autos revela afronta à Constituição Federal, pois a questão trazida a julgamento se lastreia em dispositivos que tratam da jornada de trabalho de servidores públicos, sendo evidente a contrariedade do comando decisório com o disposto nos incisos XIII, XV e XVI do artigo 7º da CF, aplicável ao Agravante por força do § 3º do artigo 39 da CF/88” (fl. 146). Requer a reconsideração da decisão agravada ou o provimento do presente recurso. É o relatório. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034566. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 7 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA 16/10/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 709.474 SÃO PAULO V O T O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Razão jurídica não assiste ao Agravante. 2. Como afirmado na decisão agravada, o Tribunal de origem, analisando as provas dos autos, julgou que “a jornada do autor esta[ria] dentro dos patamares legais e que, quando necessária a extrapolação, [teria havido] a devida e correspondente compensação” (fl. 76). Assim, a modificação do julgado demandaria o reexame do conjunto probatório, o que não pode ser realizado em recurso extraordinário em razão do óbice da Súmula n . 279 do Supremo Tribunal Federal. Nesse sentido, os seguintes julgados: “AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. TRABALHISTA. ACÓRDÃO FUNDAMENTADO EM NORMAS INFRACONSTITUCIONAIS E NO CONJUNTO PROBATÓRIO. ALEGADA AFRONTA AO PRINCÍPIO DA LEGALIDADE. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. INCIDÊNCIA DAS SÚMULAS N. 279 E 636 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (ARE 680.462-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 4.9.2012 – grifos nossos). “AGRAVO REGIMENTAL. RESPONSABILIDADE CIVIL DO EX-EMPREGADOR. ACIDENTE DE TRABALHO. MATÉRIA PROBATÓRIA. OFENSA REFLEXA. 1. O pleito do Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034567. Supremo Tribunal Federal 16/10/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 709.474 SÃO PAULO V O T O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Razão jurídica não assiste ao Agravante. 2. Como afirmado na decisão agravada, o Tribunal de origem, analisando as provas dos autos, julgou que “a jornada do autor esta[ria] dentro dos patamares legais e que, quando necessária a extrapolação, [teria havido] a devida e correspondente compensação” (fl. 76). Assim, a modificação do julgado demandaria o reexame do conjunto probatório, o que não pode ser realizado em recurso extraordinário em razão do óbice da Súmula n . 279 do Supremo Tribunal Federal. Nesse sentido, os seguintes julgados: “AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. TRABALHISTA. ACÓRDÃO FUNDAMENTADO EM NORMAS INFRACONSTITUCIONAIS E NO CONJUNTO PROBATÓRIO. ALEGADA AFRONTA AO PRINCÍPIO DA LEGALIDADE. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. INCIDÊNCIA DAS SÚMULAS N. 279 E 636 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (ARE 680.462-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 4.9.2012 – grifos nossos). “AGRAVO REGIMENTAL. RESPONSABILIDADE CIVIL DO EX-EMPREGADOR. ACIDENTE DE TRABALHO. MATÉRIA PROBATÓRIA. OFENSA REFLEXA. 1. O pleito do Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034567. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 7 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA ARE 709.474 AGR / SP recurso extraordinário de restabelecimento da sentença que condenou o ex-empregador depende do exame das provas dos autos, o que é inviável em face do enunciado da Súmula 279. 2. A discussão sobre o alegado cerceamento de defesa e o livre convencimento do juiz é tema de cunho processual. 3. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI 406.788-AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa, Segunda Turma, DJe 4.6.2012 - grifos nossos). 3. Os argumentos do Agravante, insuficientes para modificar a decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente prestação jurisdicional. 4. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034567. Supremo Tribunal Federal ARE 709.474 AGR / SP recurso extraordinário de restabelecimento da sentença que condenou o ex-empregador depende do exame das provas dos autos, o que é inviável em face do enunciado da Súmula 279. 2. A discussão sobre o alegado cerceamento de defesa e o livre convencimento do juiz é tema de cunho processual. 3. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI 406.788-AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa, Segunda Turma, DJe 4.6.2012 - grifos nossos). 3. Os argumentos do Agravante, insuficientes para modificar a decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente prestação jurisdicional. 4. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034567. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 7 Decisão de Julgamento SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 709.474 PROCED. : SÃO PAULO RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) : MOISÉS MUNHOZ DA CUNHA ADV.(A/S) : CARLOS ALBERTO ROCA AGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE RANCHARIA ADV.(A/S) : CAROLINA DE OLIVEIRA SOBRAL Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. 2ª Turma, 16.10.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Subprocurador-Geral da República, Dr. Mário José Gisi. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3052203 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 709.474 PROCED. : SÃO PAULO RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) : MOISÉS MUNHOZ DA CUNHA ADV.(A/S) : CARLOS ALBERTO ROCA AGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE RANCHARIA ADV.(A/S) : CAROLINA DE OLIVEIRA SOBRAL Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. 2ª Turma, 16.10.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Subprocurador-Geral da República, Dr. Mário José Gisi. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3052203 Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 7
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3065065
2012-10-16T00:00:00
2012-11-08T00:00:00
A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. 2ª Turma, 16.10.2012.
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO
EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. TRABALHISTA. PAGAMENTO DE HORAS EXTRAORDINÁRIAS. ACÓRDÃO FUNDAMENTADO NO CONJUNTO PROBATÓRIO. SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.
sjur218142
- Acórdãos citados: (SÚMULA 279) STF: AI 406788 AgR(2ªT), ARE 680462 AgR(1ªT). Número de páginas: 7. Análise: 13/11/2012, LLD.
CÁRMEN LÚCIA
Segunda Turma
709474
[ "LEG-FED SUMSTF-000279 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF" ]
ARE-AgR
acordaos
ARE 709474 AgR
[ "" ]
AGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE RANCHARIA ADV.(A/S) : CAROLINA DE OLIVEIRA SOBRAL ADV.(A/S) : CARLOS ALBERTO ROCA AGTE.(S) : MOISÉS MUNHOZ DA CUNHA
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 709 . 474", "SÚMULA N . 279 DO SUPREMO TRIBUNAL", "RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 709 . 474", "RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 709 . 474", "ARE 709 . 474 AGR / SP", "Súmula n . 279 do Supremo Tribunal Federal", "SÚMULA 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL", "RE 607 . 714 - AgR", "Súmula 279 / STF", "AI 524 . 639 - AgR", "ARE 709 . 474", "Súmula n . 279 do Supremo Tribunal Federal", "SÚMULA 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL", "RE 607 . 714 - AgR", "Súmula 279 / STF", "AI 524 . 639 - AgR", "ARE 709 . 474 AGR / SP", "ARE 709 . 474 AGR / SP", "AGRAVO 709 . 474", "Súmula n . 279 do Supremo Tribunal Federal", "SÚMULAS N . 279", "ARE 680 . 462 - AgR", "AGRAVO 709 . 474", "Súmula n . 279 do Supremo Tribunal Federal", "SÚMULAS N . 279", "ARE 680 . 462 - AgR", "ARE 709 . 474 AGR / SP", "AI 406 .", "ARE 709 . 474 AGR / SP", "AI 406 . 788 - AgR" ], "LEGISLACAO": [ "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Constituição federal", "art . 544 , § [UNK] , inc . II , alínea a , do Código de Processo Civil", "art . 21 , § [UNK] , do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Constituição federal", "art . 544 , § [UNK] , inc . II , alínea a , do Código de Processo Civil", "art . 21 , § [UNK] , do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "inciso XIII do artigo [UNK] da CF / 88", "Constituição Federal", "incisos XIII , XV e XVI do artigo [UNK] da CF", "§ [UNK] do artigo 39 da CF / 88", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "inciso XIII do artigo [UNK] da CF / 88", "Constituição Federal", "incisos XIII , XV e XVI do artigo [UNK] da CF", "§ [UNK] do artigo 39 da CF / 88", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001" ], "LOCAL": [ "SÃO PAULO", "MUNICÍPIO DE RANCHARIA", "Brasília", "SÃO PAULO", "Posto de Bombeiros de Rancharia", "SÃO PAULO", "Posto de Bombeiros de Rancharia", "SÃO PAULO", "SÃO PAULO", "SÃO PAULO", "SÃO PAULO" ], "ORGANIZACAO": [ "SEGUNDA TURMA", "Supremo Tribunal Federal", "Segunda Turma", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "MUNICÍPIO", "Tribunal de Justiça de São Paulo", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "MUNICÍPIO", "Tribunal de Justiça de São Paulo", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Primeira Turma", "Segunda Turma", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Primeira Turma", "Segunda Turma", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "SEGUNDA TURMA", "Primeira Turma", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "AGRAVO", "Primeira Turma", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Segunda Turma", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Segunda Turma", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "SEGUNDA TURMA", "MUNICÍPIO", "[UNK] Turma", "Infra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "[UNK] Turma", "Infra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil" ], "PESSOA": [ "CÁRMEN LÚCIA", "MOISÉS MUNHOZ DA CUNHA", "CARLOS ALBERTO ROCA", "CAROLINA DE OLIVEIRA SOBRAL", "Ricardo Lewandowski", "CÁRMEN LÚCIA", "LÚCIA", "MOISÉS MUNHOZ DA CUNHA", "CARLOS ALBERTO ROCA", "CAROLINA DE OLIVEIRA SOBRAL", "CÁRMEN LÚCIA", "Moisés Munhoz da Cunha", "CÁRMEN LÚCIA", "MOISÉS MUNHOZ DA CUNHA", "CARLOS ALBERTO ROCA", "CAROLINA DE OLIVEIRA SOBRAL", "CÁRMEN", "Moisés Munhoz da Cunha", "Joaquim Barbosa", "Moisés Munhoz da Cunha", "Joaquim Barbosa", "Moisés Munhoz da Cunha", "CÁRMEN LÚCIA", "CÁRMEN LÚCIA", "CÁRMEN LÚCIA", "CÁRMEN LÚCIA", "Joaquim Barbosa", "Joaquim Barbosa", "CÁRMEN LÚCIA", "MOISÉS MUNHOZ DA CUNHA", "CARLOS ALBERTO ROCA", "CAROLINA DE OLIVEIRA SOBRAL", "Ricardo Lewandowski", "Celso de Mello", "Gilmar Mendes", "Joaquim Barbosa", "Cármen Lúcia", "Mário José Gisi", "Fabiane Duarte", "CÁRMEN LÚCIA", "MOISÉS MUNHOZ DA CUNHA", "CARLOS ALBERTO ROCA", "CAROLINA DE OLIVEIRA SOBRAL", "Ricardo", "Lewandowski", "Celso de Mello", "Gilmar Mendes", "Joaquim Barbosa", "Cármen Lúcia", "Mário José Gisi", "Fabiane Duarte" ], "TEMPO": [ "16", "/", "10", "/", "2012", "16 de outubro de 2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "08", "/", "11", "/", "2012", "16", "/", "10", "/", "2012", "5 de setembro de 2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "16", "/", "10", "/", "2012", "5 de setembro de 2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", ".", "9", ".", "2010", "28", ".", "4", ".", "2006", "13", ".", "9", ".", "2012", "18", ".", "9", ".", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", ".", "9", ".", "2010", "28", ".", "4", ".", "2006", "13", ".", "9", ".", "2012", "18", ".", "9", ".", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "16", "/", "10", "/", "2012", "4", ".", "9", ".", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "16", "/", "10", "/", "2012", "4", ".", "9", ".", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "4", ".", "6", ".", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "4", ".", "6", ".", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "16", ".", "10", ".", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "16", ".", "10", ".", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001" ] }
Ementa e Acórdão 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 758.316 PARANÁ RELATOR : MIN. JOAQUIM BARBOSA AGTE.(S) :COMUNIDADE EVANGÉLICA LUTERANA DE CURITIBA - UNIÃO PAROQUIAL ADV.(A/S) :MARA CLÁUDIA DIB DE LIMA AGDO.(A/S) :MUNICÍPIO DE CURITIBA PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE CURITIBA EMENTA: TRIBUTÁRIO. IMUNIDADE. TERRENO BALDIO OU VAGO. ACÓRDÃO RECORRIDO QUE ENTENDE NÃO HAVER PROVA DA DESTINAÇÃO DO BEM ÀS FINALIDADES ESSENCIAIS DA ENTIDADE PROTEGIDA. CONTRA-ARGUMENTO PELA APLICAÇÃO DE PRESUNÇÃO ABSOLUTA E LINEAR. IMPOSSIBILIDADE. AGRAVO REGIMENTAL. Nestes autos, é incontroversa a aplicabilidade da imunidade tributária a todo o patrimônio, renda ou serviços da entidade protegida, se aplicados em suas finalidades essenciais. A mera titularidade do bem imóvel não fixa presunção absoluta e irretorquível de que terreno baldio ou vago está sendo utilizado para atender as finalidades constitucionalmente salvaguardas pela imunidade tributária. Para que fosse possível reverter o acórdão recorrido, de forma a indicar que a desocupação do terreno é temporária e ocasional, seria necessário reabrir a instrução probatória (Súmula 279/STF). Agravo regimental ao qual se nega provimento. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os ministros do Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a presidência do ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2969833. Supremo Tribunal Federal DJe 26/10/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 7 Ementa e Acórdão AI 758.316 AGR / PR ao recurso de agravo, nos termos do voto do Relator. Brasília, 25 de setembro de 2012. Ministro JOAQUIM BARBOSA Relator Documento assinado digitalmente 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2969833. Supremo Tribunal Federal AI 758.316 AGR / PR ao recurso de agravo, nos termos do voto do Relator. Brasília, 25 de setembro de 2012. Ministro JOAQUIM BARBOSA Relator Documento assinado digitalmente 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2969833. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 7 Relatório 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 758.316 PARANÁ RELATOR : MIN. JOAQUIM BARBOSA AGTE.(S) :COMUNIDADE EVANGÉLICA LUTERANA DE CURITIBA - UNIÃO PAROQUIAL ADV.(A/S) :MARA CLÁUDIA DIB DE LIMA AGDO.(A/S) :MUNICÍPIO DE CURITIBA PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE CURITIBA R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO JOAQUIM BARBOSA (RELATOR): Trata-se de agravo regimental interposto da seguinte decisão: “DECISÃO : Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que inadmitiu recurso extraordinário (art. 102, III, a , da Constituição) interposto de acórdão prolatado pelo Tribunal de Justiça do Paraná cujo entendimento, no que toca ao presente recurso, está expresso no seguinte trecho transcrito: ... embora a apelada não tenha comprovado a vinculação da área tributada com o desempenho de sua atividade religiosa, não se enquadrando, portanto, na hipótese de imunidade tributária do art. 150, VI e § 4º, da Constituição Federal... Sustenta-se, em síntese, a violação do art. 150, VI, b , e § 4º, da Constituição. Sem razão a agravante. O aresto vergastado entendeu que a imunidade não incidiria, porque não houve comprovação da vinculação da área tributada com o desempenho de sua atividade religiosa. Esta Corte firmou jurisprudência no sentido de que a Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2969834. Supremo Tribunal Federal 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 758.316 PARANÁ RELATOR : MIN. JOAQUIM BARBOSA AGTE.(S) :COMUNIDADE EVANGÉLICA LUTERANA DE CURITIBA - UNIÃO PAROQUIAL ADV.(A/S) :MARA CLÁUDIA DIB DE LIMA AGDO.(A/S) :MUNICÍPIO DE CURITIBA PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE CURITIBA R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO JOAQUIM BARBOSA (RELATOR): Trata-se de agravo regimental interposto da seguinte decisão: “DECISÃO : Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que inadmitiu recurso extraordinário (art. 102, III, a , da Constituição) interposto de acórdão prolatado pelo Tribunal de Justiça do Paraná cujo entendimento, no que toca ao presente recurso, está expresso no seguinte trecho transcrito: ... embora a apelada não tenha comprovado a vinculação da área tributada com o desempenho de sua atividade religiosa, não se enquadrando, portanto, na hipótese de imunidade tributária do art. 150, VI e § 4º, da Constituição Federal... Sustenta-se, em síntese, a violação do art. 150, VI, b , e § 4º, da Constituição. Sem razão a agravante. O aresto vergastado entendeu que a imunidade não incidiria, porque não houve comprovação da vinculação da área tributada com o desempenho de sua atividade religiosa. Esta Corte firmou jurisprudência no sentido de que a Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2969834. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 7 Relatório AI 758.316 AGR / PR entidade que pretende a imunidade de impostos sobre seu patrimônio, suas rendas ou seus serviços deve demonstrar a vinculação destes às suas finalidades essenciais. Confira-se: ICMS ÔNUS. O ônus de satisfazer o ICMS é do vendedor da mercadoria, que subtrai do preço de venda o valor correspondente ao tributo. IMUNIDADE ALÍNEAS B E C DO INCISO VI DO ARTIGO 150 REQUISITOS PROVA. A destinação prevista no § 4° do artigo 150 da Constituição Federal há que ser provada, como fato constitutivo, por aquele que se diga titular do direito à imunidade. (RE 206.169-AgR, rel. min. Marco Aurélio, DJ de 05.06.1998) Nesse sentido: RMS 27.093, rel. min. Eros Grau, DJ de 14.11.2008. Ante o exposto, nego seguimento ao agravo de instrumento. Publique-se.” (fls. 260-261). Em síntese, a parte-agravante afirma que: “[...] todo o patrimônio da ´igreja´ mostra-se imune à tributação de impostos, já que se presumem relacionados com as finalidades essenciais da entidade, qual seja, ´igreja´” (grifei – fls. 268). “O SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL […] entendeu que a imunidade se estende a todo o patrimônio, a renda e os serviços relacionados com as finalidades essenciais da entidade, e isto, obviamente, se presume” (grifei – fls. 269). É o relatório. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2969834. Supremo Tribunal Federal AI 758.316 AGR / PR entidade que pretende a imunidade de impostos sobre seu patrimônio, suas rendas ou seus serviços deve demonstrar a vinculação destes às suas finalidades essenciais. Confira-se: ICMS ÔNUS. O ônus de satisfazer o ICMS é do vendedor da mercadoria, que subtrai do preço de venda o valor correspondente ao tributo. IMUNIDADE ALÍNEAS B E C DO INCISO VI DO ARTIGO 150 REQUISITOS PROVA. A destinação prevista no § 4° do artigo 150 da Constituição Federal há que ser provada, como fato constitutivo, por aquele que se diga titular do direito à imunidade. (RE 206.169-AgR, rel. min. Marco Aurélio, DJ de 05.06.1998) Nesse sentido: RMS 27.093, rel. min. Eros Grau, DJ de 14.11.2008. Ante o exposto, nego seguimento ao agravo de instrumento. Publique-se.” (fls. 260-261). Em síntese, a parte-agravante afirma que: “[...] todo o patrimônio da ´igreja´ mostra-se imune à tributação de impostos, já que se presumem relacionados com as finalidades essenciais da entidade, qual seja, ´igreja´” (grifei – fls. 268). “O SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL […] entendeu que a imunidade se estende a todo o patrimônio, a renda e os serviços relacionados com as finalidades essenciais da entidade, e isto, obviamente, se presume” (grifei – fls. 269). É o relatório. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2969834. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 7 Voto - MIN. JOAQUIM BARBOSA 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 758.316 PARANÁ V O T O O SENHOR MINISTRO JOAQUIM BARBOSA (RELATOR): Sem razão a parte-agravante. Ao contrário do que sustendo à fls. 269, não se pode presumir de forma absoluta linear que todos os “bens [da entidade imune] estão relacionados à sua finalidade essencial (pregação da palavra de Deus). Bastasse a propriedade do bem para caracterizar a proteção constitucional, seria desnecessária qualquer ligação normativa expressa com as finalidades essenciais da entidade. De fato, não se discute nestes autos a aplicabilidade da imunidade tributária a todo o patrimônio, renda ou serviços da entidade imune, pois inexiste controvérsia sobre o alcance da norma constitucional. A questão de fundo é se saber a quem compete, no estágio do fluxo de positivação em que se encontrava o crédito tributário, provar a destinação correta ou inadequada do bem. Esse ônus não é necessariamente do contribuinte (cf., e.g., AI 579.096-AgR, rel. min. Joaquim Barbosa, DJ e de 03.06.2011; AI 526.787- AgR, rel. min. Joaquim Barbosa, Segunda Turma, DJe de 07.05.2010). Ademais, a circunstância de o imóvel estar vago também pode não ser determinante (cf. o AI 579.096-AgR). Ocorre que eventuais falhas do processo administrativo fiscal (ausência de motivação idônea e imposição de dever probatório inexequível) não foram prequestionadas. De forma semelhante, também não foi prequestionada qualquer justificativa para a desocupação eventualmente transitória do imóvel. O único argumento utilizado pela parte-agravante foi a presunção absoluta e irretorquível de boa aplicação do bem, tão-somente em função da idoneidade de seu proprietário. Para que fosse possível reverter o acórdão-recorrido, de forma a indicar que a desocupação do terreno é temporária e ocasional, seria Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2969835. Supremo Tribunal Federal 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 758.316 PARANÁ V O T O O SENHOR MINISTRO JOAQUIM BARBOSA (RELATOR): Sem razão a parte-agravante. Ao contrário do que sustendo à fls. 269, não se pode presumir de forma absoluta linear que todos os “bens [da entidade imune] estão relacionados à sua finalidade essencial (pregação da palavra de Deus). Bastasse a propriedade do bem para caracterizar a proteção constitucional, seria desnecessária qualquer ligação normativa expressa com as finalidades essenciais da entidade. De fato, não se discute nestes autos a aplicabilidade da imunidade tributária a todo o patrimônio, renda ou serviços da entidade imune, pois inexiste controvérsia sobre o alcance da norma constitucional. A questão de fundo é se saber a quem compete, no estágio do fluxo de positivação em que se encontrava o crédito tributário, provar a destinação correta ou inadequada do bem. Esse ônus não é necessariamente do contribuinte (cf., e.g., AI 579.096-AgR, rel. min. Joaquim Barbosa, DJ e de 03.06.2011; AI 526.787- AgR, rel. min. Joaquim Barbosa, Segunda Turma, DJe de 07.05.2010). Ademais, a circunstância de o imóvel estar vago também pode não ser determinante (cf. o AI 579.096-AgR). Ocorre que eventuais falhas do processo administrativo fiscal (ausência de motivação idônea e imposição de dever probatório inexequível) não foram prequestionadas. De forma semelhante, também não foi prequestionada qualquer justificativa para a desocupação eventualmente transitória do imóvel. O único argumento utilizado pela parte-agravante foi a presunção absoluta e irretorquível de boa aplicação do bem, tão-somente em função da idoneidade de seu proprietário. Para que fosse possível reverter o acórdão-recorrido, de forma a indicar que a desocupação do terreno é temporária e ocasional, seria Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2969835. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 7 Voto - MIN. JOAQUIM BARBOSA AI 758.316 AGR / PR necessário reabrir a instrução probatória (Súmula 279/STF). Ante o exposto, nego provimento ao agravo regimental. É como voto. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2969835. Supremo Tribunal Federal AI 758.316 AGR / PR necessário reabrir a instrução probatória (Súmula 279/STF). Ante o exposto, nego provimento ao agravo regimental. É como voto. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2969835. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 7 Decisão de Julgamento SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 758.316 PROCED. : PARANÁ RELATOR : MIN. JOAQUIM BARBOSA AGTE.(S) : COMUNIDADE EVANGÉLICA LUTERANA DE CURITIBA - UNIÃO PAROQUIAL ADV.(A/S) : MARA CLÁUDIA DIB DE LIMA AGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE CURITIBA PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE CURITIBA Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 25.09.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Subprocurador-Geral da República, Dr. Francisco de Assis Vieira Sanseverino. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2885649 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 758.316 PROCED. : PARANÁ RELATOR : MIN. JOAQUIM BARBOSA AGTE.(S) : COMUNIDADE EVANGÉLICA LUTERANA DE CURITIBA - UNIÃO PAROQUIAL ADV.(A/S) : MARA CLÁUDIA DIB DE LIMA AGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE CURITIBA PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE CURITIBA Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 25.09.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Subprocurador-Geral da República, Dr. Francisco de Assis Vieira Sanseverino. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2885649 Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 7
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3017671
2012-09-25T00:00:00
2012-10-26T00:00:00
A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 25.09.2012.
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO
Ementa: TRIBUTÁRIO. IMUNIDADE. TERRENO BALDIO OU VAGO. ACÓRDÃO RECORRIDO QUE ENTENDE NÃO HAVER PROVA DA DESTINAÇÃO DO BEM ÀS FINALIDADES ESSENCIAIS DA ENTIDADE PROTEGIDA. CONTRA-ARGUMENTO PELA APLICAÇÃO DE PRESUNÇÃO ABSOLUTA E LINEAR. IMPOSSIBILIDADE. AGRAVO REGIMENTAL. Nestes autos, é incontroversa a aplicabilidade da imunidade tributária a todo o patrimônio, renda ou serviços da entidade protegida, se aplicados em suas finalidades essenciais. A mera titularidade do bem imóvel não fixa presunção absoluta e irretorquível de que terreno baldio ou vago está sendo utilizado para atender as finalidades constitucionalmente salvaguardas pela imunidade tributária. Para que fosse possível reverter o acórdão recorrido, de forma a indicar que a desocupação do terreno é temporária e ocasional, seria necessário reabrir a instrução probatória (Súmula 279/STF). Agravo regimental ao qual se nega provimento.
sjur217538
- Acórdãos citados: (ÔNUS DA PROVA, DESTINAÇÃO CORRETA, BEM, FINALIDADE, ESSENCIAL) STF: AI 526787 AgR(2ªT), AI 579096 AgR(2ªT). Número de páginas: 7. Análise: 06/11/2012, LLD.
JOAQUIM BARBOSA
Segunda Turma
758316
[ "LEG-FED SUMSTF-000279 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF" ]
AI-AgR
acordaos
AI 758316 AgR
[ "" ]
AGTE.(S) : COMUNIDADE EVANGÉLICA LUTERANA DE CURITIBA - UNIÃO PAROQUIAL ADV.(A/S) : MARA CLÁUDIA DIB DE LIMA AGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE CURITIBA PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE CURITIBA
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "AGRAVO DE INSTRUMENTO 758 . 316", "Súmula 279 / STF", "AI 758 . 316 AGR / PR", "AI 758 . 316", "AGRAVO DE INSTRUMENTO 758 . 316", "AGRAVO DE INSTRUMENTO 758 . 316", "AI 758 . 316 AGR", "RE 206 . 169 - AgR", "RMS 27 . 093", "AI 758 . 316 AGR /", "RE 206 . 169 - AgR", "RMS 27 . 093", "AI 579 . 096 - AgR", "AI 526 . 787 - AgR", "AI 579 . 096 - AgR", "AI 579 . 096 - AgR", "AI 526 . 787 - AgR", "AI 579 . 096 - AgR", "AI 758 . 316 AGR", "Súmula 279 / STF", "AI 758 . 316 AGR / PR", "Súmula 279 / STF", "AGRAVO DE INSTRUMENTO 758 . 316", "AGRAVO DE INSTRUMENTO 758 . 316" ], "LEGISLACAO": [ "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 102 , III , a , da Constituição", "art . 150 , VI e § [UNK] , da Constituição Federal", "art . 150 , VI , b , e § [UNK] , da Constituição", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 102 , III , a , da Constituição", "art . 150 , VI e § [UNK] , da Constituição Federal", "art . 150 , VI , b , e § [UNK] , da Constituição", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "§ 4° do artigo 150 da Constituição Federal", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "§ 4° do artigo 150 da Constituição Federal", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001" ], "LOCAL": [ "PARANÁ", "MUNICÍPIO DE CURITIBA", "Brasília", "Brasília", "PARANÁ", "MUNICÍPIO DE CURITIBA", "PARANÁ", "MUNICÍPIO DE CURITIBA", "PARANÁ", "PARANÁ", "PARANÁ", "MUNICÍPIO", "CURITIBA", "PARANÁ", "MUNICÍPIO DE CURITIBA", "MUNICÍPIO DE CURITIBA" ], "ORGANIZACAO": [ "SEGUNDA TURMA", "COMUNIDADE EVANGÉLICA LUTERANA DE CURITIBA", "UNIÃO PAROQUIAL", "MUNICÍPIO DE CURITIBA", "Supremo Tribunal Federal", "Segunda Turma", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "AGR", "/", "PR", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "SEGUNDA TURMA", "S", "COMUNIDADE EVANGÉLICA LUTERANA DE CURITIBA", "UNIÃO PAROQUIAL", "MUNICÍPIO", "Tribunal de Justiça do Paraná", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "COMUNIDADE EVANGÉLICA LUTERANA DE CURITIBA", "UNIÃO PAROQUIAL", "MUNICÍPIO", "Tribunal de Justiça do Paraná", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "/", "PR", "SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "SEGUNDA TURMA", "Segunda Turma", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "Segunda Turma", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "/", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "SEGUNDA TURMA", "COMUNIDADE EVANGÉLICA LUTERANA DE CURITIBA", "UNIÃO PAROQUIAL", "MUNICÍPIO", "[UNK] Turma", "Infra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "COMUNIDADE EVANGÉLICA LUTERANA DE CURITIBA", "UNIÃO PAROQUIAL", "[UNK] Turma", "Infra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil" ], "PESSOA": [ "JOAQUIM BARBOSA", "MARA CLÁUDIA DIB DE LIMA", "Ricardo Lewandowski", "JOAQUIM BARBOSA", "JOAQUIM BARBOSA", "JOAQUIM BARBOSA", "MARA CLÁUDIA DIB DE LIMA", "JOAQUIM BARBOSA", "MARA CLÁUDIA DIB DE LIMA", "JOAQUIM BARBOSA", "Marco Aurélio", "Eros Grau", "Marco Aurélio", "Eros Grau", "JOAQUIM BARBOSA", "JOAQUIM BARBOSA", "Joaquim Barbosa", "Joaquim Barbosa", "JOAQUIM BARBOSA", "Joaquim Barbosa", "Joaquim Barbosa", "JOAQUIM BARBOSA", "JOAQUIM BARBOSA", "MARA CLÁUDIA DIB DE LIMA", "Ricardo Lewandowski", "Celso de Mello", "Gilmar Mendes", "Joaquim Barbosa", "Cármen Lúcia", "Francisco de Assis Vieira Sanseverino", "Fabiane Duarte", "JOAQUIM BARBOSA", "MARA CLÁUDIA DIB DE LIMA", "Ricardo Lewandowski", "Celso de Mello", "Gilmar Mendes", "Joaquim Barbosa", "Cármen Lúcia", "Francisco de Assis Vieira Sanseverino", "Fabiane Duarte" ], "TEMPO": [ "25", "/", "09", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "26", "/", "10", "/", "2012", "25 de setembro de 2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "25 de setembro de 2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", "/", "09", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", "/", "09", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "05", ".", "06", ".", "1998", "14", ".", "11", ".", "2008", "24", "/", "08", "/", "2001", "05", ".", "06", ".", "1998", "14", ".", "11", ".", "2008", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", "/", "09", "/", "2012", "03", ".", "06", ".", "2011", "07", ".", "05", ".", "2010", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", "/", "09", "/", "2012", "03", ".", "06", ".", "2011", "07", ".", "05", ".", "2010", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", ".", "09", ".", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", ".", "09", ".", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001" ] }
Ementa e Acórdão 18/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 825.286 RONDÔNIA RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI AGTE.(S) :ERNANDES SANTOS AMORIM ADV.(A/S) :NELSON CANEDO MOTTA AGDO.(A/S) :MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE RONDÔNIA PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE RONDÔNIA INTDO.(A/S) :OSMAR SANTOS AMORIM ADV.(A/S) :HELMA SANTANA AMORIM INTDO.(A/S) :SAMUEL GOMES MONTEIRO FILHO ADV.(A/S) :REJANE SARUHASHI INTDO.(A/S) :FRANCISCO KLINGER DE ALMEIDA INTDO.(A/S) :MANOEL FELIX DE AQUINO ADV.(A/S) :WANILDE NUNES ARANTES INTDO.(A/S) :DANIELA SANTANA AMORIM INTDO.(A/S) :MARIA RUTH HORR ZAKI INTDO.(A/S) :ALBER JOSÉ MELO DE CASTRO INTDO.(A/S) :GERALDO RODRIGUES DA COSTA INTDO.(A/S) :EMÍLIO AZEVEDO DE OLIVEIRA ADV.(A/S) :EDMUNDO SANTIAGO CHAGAS E OUTRO(A/S) INTDO.(A/S) :CONSTRUTORA CANAÃ LTDA ADV.(A/S) :JÚLIO CLEY MONTEIRO RESENDE INTDO.(A/S) :MUNICÍPIO DE ARIQUEMES ADV.(A/S) :RICARDO SOUSA RODRIGUES EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. CONSTITUCIONAL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. DEFESA DO PATRIMÔNIO PÚBLICO. LEGITIMIDADE DO MINISTÉRIO PÚBLICO. ART. 129, III, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. ALEGADA CONTRARIEDADE AO ART. 5º, LIV E LV, DA CARTA MAGNA. OFENSA REFLEXA. AGRAVO IMPROVIDO. I – A jurisprudência desta Corte firmou-se no sentido de que o Ministério Público tem legitimidade para ajuizar ação civil pública na defesa do patrimônio público. Precedentes. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800320. Supremo Tribunal Federal DJe 03/10/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 12 Ementa e Acórdão AI 825.286 AGR / RO II - Esta Corte firmou orientação no sentido de ser inadmissível, em regra, a interposição de recurso extraordinário para discutir matéria relacionada à ofensa aos princípios constitucionais do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, quando a verificação dessa alegação depender de exame prévio de legislação infraconstitucional, por configurar situação de ofensa reflexa ao texto constitucional. Precedentes. III – Agravo regimental improvido. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamentos e das notas taquigráficas, por unanimidade, negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. Brasília, 18 de setembro de 2012. RICARDO LEWANDOWSKI – PRESIDENTE E RELATOR 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800320. Supremo Tribunal Federal AI 825.286 AGR / RO II - Esta Corte firmou orientação no sentido de ser inadmissível, em regra, a interposição de recurso extraordinário para discutir matéria relacionada à ofensa aos princípios constitucionais do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, quando a verificação dessa alegação depender de exame prévio de legislação infraconstitucional, por configurar situação de ofensa reflexa ao texto constitucional. Precedentes. III – Agravo regimental improvido. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamentos e das notas taquigráficas, por unanimidade, negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. Brasília, 18 de setembro de 2012. RICARDO LEWANDOWSKI – PRESIDENTE E RELATOR 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800320. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 12 Relatório 18/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 825.286 RONDÔNIA RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI AGTE.(S) :ERNANDES SANTOS AMORIM ADV.(A/S) :NELSON CANEDO MOTTA AGDO.(A/S) :MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE RONDÔNIA PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE RONDÔNIA INTDO.(A/S) :OSMAR SANTOS AMORIM ADV.(A/S) :HELMA SANTANA AMORIM INTDO.(A/S) :SAMUEL GOMES MONTEIRO FILHO ADV.(A/S) :REJANE SARUHASHI INTDO.(A/S) :FRANCISCO KLINGER DE ALMEIDA INTDO.(A/S) :MANOEL FELIX DE AQUINO ADV.(A/S) :WANILDE NUNES ARANTES INTDO.(A/S) :DANIELA SANTANA AMORIM INTDO.(A/S) :MARIA RUTH HORR ZAKI INTDO.(A/S) :ALBER JOSÉ MELO DE CASTRO INTDO.(A/S) :GERALDO RODRIGUES DA COSTA INTDO.(A/S) :EMÍLIO AZEVEDO DE OLIVEIRA ADV.(A/S) :EDMUNDO SANTIAGO CHAGAS E OUTRO(A/S) INTDO.(A/S) :CONSTRUTORA CANAÃ LTDA ADV.(A/S) :JÚLIO CLEY MONTEIRO RESENDE INTDO.(A/S) :MUNICÍPIO DE ARIQUEMES ADV.(A/S) :RICARDO SOUSA RODRIGUES R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Trata-se de agravo regimental interposto contra decisão que negou seguimento a agravo de instrumento. Eis o teor da decisão agravada: “Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário interposto de acórdão, cuja ementa segue transcrita, no que importa: Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800321. Supremo Tribunal Federal 18/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 825.286 RONDÔNIA RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI AGTE.(S) :ERNANDES SANTOS AMORIM ADV.(A/S) :NELSON CANEDO MOTTA AGDO.(A/S) :MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE RONDÔNIA PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE RONDÔNIA INTDO.(A/S) :OSMAR SANTOS AMORIM ADV.(A/S) :HELMA SANTANA AMORIM INTDO.(A/S) :SAMUEL GOMES MONTEIRO FILHO ADV.(A/S) :REJANE SARUHASHI INTDO.(A/S) :FRANCISCO KLINGER DE ALMEIDA INTDO.(A/S) :MANOEL FELIX DE AQUINO ADV.(A/S) :WANILDE NUNES ARANTES INTDO.(A/S) :DANIELA SANTANA AMORIM INTDO.(A/S) :MARIA RUTH HORR ZAKI INTDO.(A/S) :ALBER JOSÉ MELO DE CASTRO INTDO.(A/S) :GERALDO RODRIGUES DA COSTA INTDO.(A/S) :EMÍLIO AZEVEDO DE OLIVEIRA ADV.(A/S) :EDMUNDO SANTIAGO CHAGAS E OUTRO(A/S) INTDO.(A/S) :CONSTRUTORA CANAÃ LTDA ADV.(A/S) :JÚLIO CLEY MONTEIRO RESENDE INTDO.(A/S) :MUNICÍPIO DE ARIQUEMES ADV.(A/S) :RICARDO SOUSA RODRIGUES R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Trata-se de agravo regimental interposto contra decisão que negou seguimento a agravo de instrumento. Eis o teor da decisão agravada: “Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário interposto de acórdão, cuja ementa segue transcrita, no que importa: Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800321. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 12 Relatório AI 825.286 AGR / RO 'Ação civil pública por ato de Improbidade Administrativa. Ministério Público. Legitimidade. Procedimento licitatório. Fraude na constituição de empresa concorrente. Certame direcionado. Medições e recebimentos de obra fictícios. Atos ímprobos. Constitucionalidade das sanções. Apelações não providas. (...)' (fl. 14). No RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se ofensa aos arts. 5º, LIV e LV, 37, caput, 93, IX, e 129, III, da mesma Carta. O agravo não merece acolhida. Como tem consignado o Tribunal, por meio de remansosa jurisprudência, em regra, a alegação de ofensa aos princípios do devido processo legal, da ampla defesa, do contraditório e da prestação jurisdicional, quando dependente de exame prévio de normas infraconstitucionais, configura situação de ofensa reflexa ao texto constitucional, o que inviabiliza o conhecimento do recurso extraordinário. É certo, ainda, que não há contrariedade ao art. 93, IX, da Carta Magna, quando o acórdão recorrido encontra-se suficientemente fundamentado. Nesse sentido, menciono as seguintes decisões, entre outras: AI 663.125-AgR/PE, Rel. Min. Cármen Lúcia; AI 806.313-AgR/RN, Rel. Min. Ayres Britto; AI 756.336-AgR/MG, Rel. Min. Ellen Gracie; AI 634.217-AgR/GO, Rel. Min. Joaquim Barbosa; AI 764.042-AgR/MA, Rel. Min. Eros Grau; AI 508.047- AgR/RJ, Rel. Min. Cezar Peluso; AI 643.180-AgR/BA, Rel. Min. Gilmar Mendes; AI 787.991-AgR/DF, de minha relatoria. Ademais, a jurisprudência desta Corte firmou-se no sentido de que o Ministério Público tem legitimidade para ajuizar ação civil pública na defesa do patrimônio público. Nesse sentido: 'Agravo regimental em recurso extraordinário. 2. Ministério Público Federal. Legitimidade ativa para propor ação civil pública com a finalidade de evitar lesão ao patrimônio público. Precedentes. 3. Agravo regimental a que se nega provimento' (RE 459.138-AgR/PR, Rel Min. Gilmar Mendes). 'RECURSO EXTRAORDINÁRIO. AÇÃO CIVIL 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800321. Supremo Tribunal Federal AI 825.286 AGR / RO 'Ação civil pública por ato de Improbidade Administrativa. Ministério Público. Legitimidade. Procedimento licitatório. Fraude na constituição de empresa concorrente. Certame direcionado. Medições e recebimentos de obra fictícios. Atos ímprobos. Constitucionalidade das sanções. Apelações não providas. (...)' (fl. 14). No RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se ofensa aos arts. 5º, LIV e LV, 37, caput, 93, IX, e 129, III, da mesma Carta. O agravo não merece acolhida. Como tem consignado o Tribunal, por meio de remansosa jurisprudência, em regra, a alegação de ofensa aos princípios do devido processo legal, da ampla defesa, do contraditório e da prestação jurisdicional, quando dependente de exame prévio de normas infraconstitucionais, configura situação de ofensa reflexa ao texto constitucional, o que inviabiliza o conhecimento do recurso extraordinário. É certo, ainda, que não há contrariedade ao art. 93, IX, da Carta Magna, quando o acórdão recorrido encontra-se suficientemente fundamentado. Nesse sentido, menciono as seguintes decisões, entre outras: AI 663.125-AgR/PE, Rel. Min. Cármen Lúcia; AI 806.313-AgR/RN, Rel. Min. Ayres Britto; AI 756.336-AgR/MG, Rel. Min. Ellen Gracie; AI 634.217-AgR/GO, Rel. Min. Joaquim Barbosa; AI 764.042-AgR/MA, Rel. Min. Eros Grau; AI 508.047- AgR/RJ, Rel. Min. Cezar Peluso; AI 643.180-AgR/BA, Rel. Min. Gilmar Mendes; AI 787.991-AgR/DF, de minha relatoria. Ademais, a jurisprudência desta Corte firmou-se no sentido de que o Ministério Público tem legitimidade para ajuizar ação civil pública na defesa do patrimônio público. Nesse sentido: 'Agravo regimental em recurso extraordinário. 2. Ministério Público Federal. Legitimidade ativa para propor ação civil pública com a finalidade de evitar lesão ao patrimônio público. Precedentes. 3. Agravo regimental a que se nega provimento' (RE 459.138-AgR/PR, Rel Min. Gilmar Mendes). 'RECURSO EXTRAORDINÁRIO. AÇÃO CIVIL 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800321. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 12 Relatório AI 825.286 AGR / RO PÚBLICA. PATRIMÔNIO PÚBLICO. PARQUET. LEGITIMIDADE. 1. O Ministério Público detém legitimidade para propor ação civil pública na defesa do patrimônio público (art. 129, III, da Constituição). 2. Precedentes. 3. Agravo regimental improvido' (RE 372.658-AgR/SP, Rel. Min. Ellen Gracie). Ressalte-se, ainda, que para se chegar à conclusão contrária à adotada pelo acórdão recorrido, no sentido de que não há conduta dolosa ou culposa hábil a configurar a improbidade administrativa, seria necessário o reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos, o que atrai a incidência da Súmula 279 do STF. Nesse sentido, transcrevo ementas de julgados de ambas as Turmas desta Corte: 'AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. AÇÃO DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. EX-VEREADOR. CONDENAÇÃO POR ATO DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. LEI N. 8.429/92. IMPOSSIBILIDADE DA ANÁLISE DE LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL E DO REEXAME DE PROVAS (SÚMULA 279 do SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL). PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO' (AI 749.094-AgR/AM, Rel. Min. Cármen Lúcia, Primeira Turma). 'AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. EX- PREFEITO. AUTORIZAÇÃO DE DESPESAS: ILEGALIDADE. SUSPENSÃO DE DIREITOS POLÍTICOS. REEXAME DE FATOS E PROVAS. SÚMULA STF 279. LEI 8.429/92. ADI 2.182/DF. INEXISTÊNCIA DE VÍCIO FORMAL. 1. O Tribunal de origem, para concluir pela ilegalidade da realização de despesas, procedeu ao cotejo das provas dos autos com a Lei de Improbidade Administrativa, questão de cunho infraconstitucional de reexame inviável na via extraordinária. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800321. Supremo Tribunal Federal AI 825.286 AGR / RO PÚBLICA. PATRIMÔNIO PÚBLICO. PARQUET. LEGITIMIDADE. 1. O Ministério Público detém legitimidade para propor ação civil pública na defesa do patrimônio público (art. 129, III, da Constituição). 2. Precedentes. 3. Agravo regimental improvido' (RE 372.658-AgR/SP, Rel. Min. Ellen Gracie). Ressalte-se, ainda, que para se chegar à conclusão contrária à adotada pelo acórdão recorrido, no sentido de que não há conduta dolosa ou culposa hábil a configurar a improbidade administrativa, seria necessário o reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos, o que atrai a incidência da Súmula 279 do STF. Nesse sentido, transcrevo ementas de julgados de ambas as Turmas desta Corte: 'AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. AÇÃO DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. EX-VEREADOR. CONDENAÇÃO POR ATO DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. LEI N. 8.429/92. IMPOSSIBILIDADE DA ANÁLISE DE LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL E DO REEXAME DE PROVAS (SÚMULA 279 do SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL). PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO' (AI 749.094-AgR/AM, Rel. Min. Cármen Lúcia, Primeira Turma). 'AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. EX- PREFEITO. AUTORIZAÇÃO DE DESPESAS: ILEGALIDADE. SUSPENSÃO DE DIREITOS POLÍTICOS. REEXAME DE FATOS E PROVAS. SÚMULA STF 279. LEI 8.429/92. ADI 2.182/DF. INEXISTÊNCIA DE VÍCIO FORMAL. 1. O Tribunal de origem, para concluir pela ilegalidade da realização de despesas, procedeu ao cotejo das provas dos autos com a Lei de Improbidade Administrativa, questão de cunho infraconstitucional de reexame inviável na via extraordinária. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800321. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 12 Relatório AI 825.286 AGR / RO Incidência da Súmula STF 279. 2. Indeferimento liminar na ADI 2.182/DF, no sentido de afastar o alegado vício formal, não enseja sobrestamento do feito. 3. Ausência de razões novas capazes de infirmar a decisão agravada. Precedentes. 4. Agravo regimental improvido' (RE 559.226-AgR/PR, Rel. Min. Ellen Gracie, Segunda Turma). Por fim, o acórdão recorrido decidiu a questão posta nos autos com fundamento na interpretação da legislação infraconstitucional aplicável à espécie (Lei 8.429/1992). Dessa forma, o exame da alegada ofensa ao texto constitucional envolve a reanálise da interpretação dada àquela norma pelo juízo a quo. A afronta à Constituição, se ocorrente, seria indireta. Incabível, portanto, o recurso extraordinário. Nesse sentido, transcrevo ementas de julgados de ambas as Turmas desta Corte: 'EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. ADMINISTRATIVO. AÇÃO CIVIL PÚBLICA POR ATO DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. 1. APLICAÇÃO DA MULTA PREVISTA NO ART. 12 DA LEI N. 8.429/1992. IMPOSSIBILIDADE DE ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. 2. LEGITIMIDADE DO MINISTÉRIO PÚBLICO PARA PROPOR AÇÃO CIVIL PÚBLICA EM DEFESA DO PATRIMÔNIO PÚBLICO. 3. AUSÊNCIA DE VÍCIO FORMAL NA EDIÇÃO DA LEI N. 8.429/1992. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO' (AI 545.466-ED/SP, Rel. Min. Cármen Lúcia, Primeira Turma). 'AGRAVO REGIMENTAL. IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. LEI 8.429/92. INDISPONIBILIDADE DE BENS. REEXAME DE LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. REEXAME DE MATÉRIA FÁTICA. ENUNCIADO 279 DA SÚMULA/STF. 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800321. Supremo Tribunal Federal AI 825.286 AGR / RO Incidência da Súmula STF 279. 2. Indeferimento liminar na ADI 2.182/DF, no sentido de afastar o alegado vício formal, não enseja sobrestamento do feito. 3. Ausência de razões novas capazes de infirmar a decisão agravada. Precedentes. 4. Agravo regimental improvido' (RE 559.226-AgR/PR, Rel. Min. Ellen Gracie, Segunda Turma). Por fim, o acórdão recorrido decidiu a questão posta nos autos com fundamento na interpretação da legislação infraconstitucional aplicável à espécie (Lei 8.429/1992). Dessa forma, o exame da alegada ofensa ao texto constitucional envolve a reanálise da interpretação dada àquela norma pelo juízo a quo. A afronta à Constituição, se ocorrente, seria indireta. Incabível, portanto, o recurso extraordinário. Nesse sentido, transcrevo ementas de julgados de ambas as Turmas desta Corte: 'EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. ADMINISTRATIVO. AÇÃO CIVIL PÚBLICA POR ATO DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. 1. APLICAÇÃO DA MULTA PREVISTA NO ART. 12 DA LEI N. 8.429/1992. IMPOSSIBILIDADE DE ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. 2. LEGITIMIDADE DO MINISTÉRIO PÚBLICO PARA PROPOR AÇÃO CIVIL PÚBLICA EM DEFESA DO PATRIMÔNIO PÚBLICO. 3. AUSÊNCIA DE VÍCIO FORMAL NA EDIÇÃO DA LEI N. 8.429/1992. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO' (AI 545.466-ED/SP, Rel. Min. Cármen Lúcia, Primeira Turma). 'AGRAVO REGIMENTAL. IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. LEI 8.429/92. INDISPONIBILIDADE DE BENS. REEXAME DE LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. REEXAME DE MATÉRIA FÁTICA. ENUNCIADO 279 DA SÚMULA/STF. 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800321. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 12 Relatório AI 825.286 AGR / RO Agravo regimental a que se nega provimento' (AI 728.723-AgR/DF, Rel. Min. Joaquim Barbosa, Segunda Turma). Isso posto, nego seguimento ao recurso (CPC, art. 557, caput)” (fls. 608-612). O agravante sustenta, em suma, que “(...) o art. 129, III, da CF, não permite a atuação do MP em casos como o presente; ademais, as violações ao princípio do devido processo legal suscitadas no recurso extraordinário não são indiretas, nem tampouco dependem do reexame das provas acostadas aos autos, sendo tal fundamento, por si só, suficiente para o provimento do agravo de instrumento e a subida do recurso extraordinário” (fl. 620). É o relatório. 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800321. Supremo Tribunal Federal AI 825.286 AGR / RO Agravo regimental a que se nega provimento' (AI 728.723-AgR/DF, Rel. Min. Joaquim Barbosa, Segunda Turma). Isso posto, nego seguimento ao recurso (CPC, art. 557, caput)” (fls. 608-612). O agravante sustenta, em suma, que “(...) o art. 129, III, da CF, não permite a atuação do MP em casos como o presente; ademais, as violações ao princípio do devido processo legal suscitadas no recurso extraordinário não são indiretas, nem tampouco dependem do reexame das provas acostadas aos autos, sendo tal fundamento, por si só, suficiente para o provimento do agravo de instrumento e a subida do recurso extraordinário” (fl. 620). É o relatório. 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800321. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 12 Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI 18/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 825.286 RONDÔNIA V O T O O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Bem reexaminada a questão, verifica-se que a decisão ora atacada não merece reforma, visto que o recorrente não aduz novos argumentos capazes de afastar as razões nela expendidas. Com efeito, conforme consignado na decisão agravada, esta Corte possui entendimento firmado no sentido de que o Ministério Público tem legitimidade para ajuizar ação civil pública na defesa do patrimônio público. Nesse sentido, transcrevo ementas de julgados de ambas as Turmas deste Tribunal: “AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. LEGITIMIDADE DO MINISTÉRIO PÚBLICO. ART. 129, III, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. PROTEÇÃO AO PATRIMÔNIO PÚBLICO. ELETROPAULO. CONTRATAÇÃO DE MÃO-DE- OBRA. AUSÊNCIA DE PROCEDIMENTO LICITATÓRIO. EMPRESA PÚBLICA À ÉPOCA DA ASSINATURA DO CONTRATO. PARTICIPAÇÃO MAJORITÁRIA DO ESTADO DE SÃO PAULO NO CAPITAL SOCIAL. LEI N. 98.666/93, ART. 24, I E XXVI. NECESSIDADE DE LICITAÇÃO. ALEGAÇÃO DE AFRONTA AOS ARTIGOS 5º, LIV e LV, 37, § 5º, II e XIX, 127, caput, e 129, III e IX, DA CARTA FEDERAL. OFENSA REFLEXA. MATÉRIA FÁTICA. SÚMULA N. 279/STF. DECISÃO QUE SE MANTÉM POR SEUS PRÓPRIOS FUNDAMENTOS. 1. A violação reflexa e oblíqua da Constituição Federal decorrente da necessidade de análise de malferimento de dispositivo infraconstitucional torna inadmissível o recurso extraordinário. Precedentes. 2. Legitimatio ad causam do Ministério Público à luz da Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800322. Supremo Tribunal Federal 18/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 825.286 RONDÔNIA V O T O O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Bem reexaminada a questão, verifica-se que a decisão ora atacada não merece reforma, visto que o recorrente não aduz novos argumentos capazes de afastar as razões nela expendidas. Com efeito, conforme consignado na decisão agravada, esta Corte possui entendimento firmado no sentido de que o Ministério Público tem legitimidade para ajuizar ação civil pública na defesa do patrimônio público. Nesse sentido, transcrevo ementas de julgados de ambas as Turmas deste Tribunal: “AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. LEGITIMIDADE DO MINISTÉRIO PÚBLICO. ART. 129, III, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. PROTEÇÃO AO PATRIMÔNIO PÚBLICO. ELETROPAULO. CONTRATAÇÃO DE MÃO-DE- OBRA. AUSÊNCIA DE PROCEDIMENTO LICITATÓRIO. EMPRESA PÚBLICA À ÉPOCA DA ASSINATURA DO CONTRATO. PARTICIPAÇÃO MAJORITÁRIA DO ESTADO DE SÃO PAULO NO CAPITAL SOCIAL. LEI N. 98.666/93, ART. 24, I E XXVI. NECESSIDADE DE LICITAÇÃO. ALEGAÇÃO DE AFRONTA AOS ARTIGOS 5º, LIV e LV, 37, § 5º, II e XIX, 127, caput, e 129, III e IX, DA CARTA FEDERAL. OFENSA REFLEXA. MATÉRIA FÁTICA. SÚMULA N. 279/STF. DECISÃO QUE SE MANTÉM POR SEUS PRÓPRIOS FUNDAMENTOS. 1. A violação reflexa e oblíqua da Constituição Federal decorrente da necessidade de análise de malferimento de dispositivo infraconstitucional torna inadmissível o recurso extraordinário. Precedentes. 2. Legitimatio ad causam do Ministério Público à luz da Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800322. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 12 Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI AI 825.286 AGR / RO dicção do art. 129, III, da C.F/1988, que o habilita a demandar em prol do patrimônio público. Precedentes: RE 459.138-AgR, Rel Min. GILMAR MENDES, 2ª Turma, DJ 25.4.2008; RE 262.134-AgR, Rel. Min. CELSO DE MELLO, 2ª Turma, DJ 2.2.2007; AI 495.632-AgR, Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE, 1ª Turma, DJ 16.6.2006;AI 244.217- AgR, Rel. Min. EROS GRAU, 1ª Turma, DJ 25.11.2005. 3. Os princípios da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, da motivação das decisões judiciais, bem como os limites da coisa julgada, quando a verificação de sua ofensa dependa do reexame prévio de normas infraconstitucionais, revelam ofensa indireta ou reflexa à Constituição Federal, o que, por si só, não desafia a abertura da instância extraordinária. Precedentes. 4. A Súmula 279/STF dispõe verbis: Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário. (...) 7. Agravo Regimental a que se nega provimento” (AI 837.555- AgR/SP, Rel. Min. Luiz Fux, Primeira Turma). “EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. ADMINISTRATIVO. AÇÃO CIVIL PÚBLICA POR ATO DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. 1. APLICAÇÃO DA MULTA PREVISTA NO ART. 12 DA LEI N. 8.429/1992. IMPOSSIBILIDADE DE ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. 2. LEGITIMIDADE DO MINISTÉRIO PÚBLICO PARA PROPOR AÇÃO CIVIL PÚBLICA EM DEFESA DO PATRIMÔNIO PÚBLICO. 3. AUSÊNCIA DE VÍCIO FORMAL NA EDIÇÃO DA LEI N. 8.429/1992. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (AI 545.466-ED/SP, Rel. Min. Cármen Lúcia, Primeira Turma). “Agravo regimental em agravo de instrumento. 2. Alegação de nulidade da decisão do Tribunal a quo que inadmitiu o recurso extraordinário. 3. Nulidade afastada, tendo em vista que o decisum foi devidamente motivado. 4. O Ministério Público possui legitimação 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800322. Supremo Tribunal Federal AI 825.286 AGR / RO dicção do art. 129, III, da C.F/1988, que o habilita a demandar em prol do patrimônio público. Precedentes: RE 459.138-AgR, Rel Min. GILMAR MENDES, 2ª Turma, DJ 25.4.2008; RE 262.134-AgR, Rel. Min. CELSO DE MELLO, 2ª Turma, DJ 2.2.2007; AI 495.632-AgR, Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE, 1ª Turma, DJ 16.6.2006;AI 244.217- AgR, Rel. Min. EROS GRAU, 1ª Turma, DJ 25.11.2005. 3. Os princípios da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, da motivação das decisões judiciais, bem como os limites da coisa julgada, quando a verificação de sua ofensa dependa do reexame prévio de normas infraconstitucionais, revelam ofensa indireta ou reflexa à Constituição Federal, o que, por si só, não desafia a abertura da instância extraordinária. Precedentes. 4. A Súmula 279/STF dispõe verbis: Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário. (...) 7. Agravo Regimental a que se nega provimento” (AI 837.555- AgR/SP, Rel. Min. Luiz Fux, Primeira Turma). “EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. ADMINISTRATIVO. AÇÃO CIVIL PÚBLICA POR ATO DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. 1. APLICAÇÃO DA MULTA PREVISTA NO ART. 12 DA LEI N. 8.429/1992. IMPOSSIBILIDADE DE ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. 2. LEGITIMIDADE DO MINISTÉRIO PÚBLICO PARA PROPOR AÇÃO CIVIL PÚBLICA EM DEFESA DO PATRIMÔNIO PÚBLICO. 3. AUSÊNCIA DE VÍCIO FORMAL NA EDIÇÃO DA LEI N. 8.429/1992. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (AI 545.466-ED/SP, Rel. Min. Cármen Lúcia, Primeira Turma). “Agravo regimental em agravo de instrumento. 2. Alegação de nulidade da decisão do Tribunal a quo que inadmitiu o recurso extraordinário. 3. Nulidade afastada, tendo em vista que o decisum foi devidamente motivado. 4. O Ministério Público possui legitimação 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800322. Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 12 Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI AI 825.286 AGR / RO extraordinária, conferida pelo art. 129, III, da CF, para propor ação civil pública em defesa do patrimônio público. 5. Precedentes. 6. Alegação de cerceamento de defesa decorrente, em tese, do julgamento antecipado da lide. 7. Violação reflexa. 8. A análise da situação demandaria revolvimento do acervo probatório. 9. Precedentes. 10. Indeferimento do benefício de Justiça gratuita. Incidência da Súmula 279. 11. Precedentes 12. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI 778.583-AgR/SP, Rel. Min. Gilmar Mendes, Segunda Turma). Além disso, reafirmo que esta Corte possui entendimento consolidado no sentido de ser inadmissível, em regra, a interposição de recurso extraordinário para discutir matéria relacionada à ofensa aos princípios constitucionais do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, quando a verificação dessa alegação depender de exame prévio de legislação infraconstitucional, por configurar situação de ofensa reflexa ao texto constitucional. Nesse sentido, menciono decisões de ambas as Turmas: “AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. TRABALHISTA. ALEGAÇÃO DE CONTRARIEDADE AO ART. 5º, INC. XXXV, LIV E LV, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA: CONTROVÉRSIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. A jurisprudência do Supremo Tribunal firmou-se no sentido de que as alegações de contrariedade aos princípios da legalidade, do devido processo legal, do contraditório, da ampla defesa, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, quando dependentes de exame de legislação infraconstitucional, configuram ofensa constitucional indireta” (AI 777.240-AgR/RS, Rel. Min. Cármen Lúcia, Primeira Turma). “1. RECURSO. Agravo de instrumento. Inadmissibilidade. Certidão de não apresentação de contra-razões de recurso 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800322. Supremo Tribunal Federal AI 825.286 AGR / RO extraordinária, conferida pelo art. 129, III, da CF, para propor ação civil pública em defesa do patrimônio público. 5. Precedentes. 6. Alegação de cerceamento de defesa decorrente, em tese, do julgamento antecipado da lide. 7. Violação reflexa. 8. A análise da situação demandaria revolvimento do acervo probatório. 9. Precedentes. 10. Indeferimento do benefício de Justiça gratuita. Incidência da Súmula 279. 11. Precedentes 12. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI 778.583-AgR/SP, Rel. Min. Gilmar Mendes, Segunda Turma). Além disso, reafirmo que esta Corte possui entendimento consolidado no sentido de ser inadmissível, em regra, a interposição de recurso extraordinário para discutir matéria relacionada à ofensa aos princípios constitucionais do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, quando a verificação dessa alegação depender de exame prévio de legislação infraconstitucional, por configurar situação de ofensa reflexa ao texto constitucional. Nesse sentido, menciono decisões de ambas as Turmas: “AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. TRABALHISTA. ALEGAÇÃO DE CONTRARIEDADE AO ART. 5º, INC. XXXV, LIV E LV, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA: CONTROVÉRSIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. A jurisprudência do Supremo Tribunal firmou-se no sentido de que as alegações de contrariedade aos princípios da legalidade, do devido processo legal, do contraditório, da ampla defesa, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, quando dependentes de exame de legislação infraconstitucional, configuram ofensa constitucional indireta” (AI 777.240-AgR/RS, Rel. Min. Cármen Lúcia, Primeira Turma). “1. RECURSO. Agravo de instrumento. Inadmissibilidade. Certidão de não apresentação de contra-razões de recurso 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800322. Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 12 Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI AI 825.286 AGR / RO extraordinário. Comprovação de Inexistência. Recurso conhecido. Demonstrada a existência de peça obrigatória ao agravo de instrumento, deve ser apreciado o recurso. 2. RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. Alegação de ofensa ao art. 5º, XXXV, LIV e LV, da Constituição Federal. Ofensa constitucional indireta. Agravo regimental não provido. As alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame prévio de normas inferiores, podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição” (AI 610.626- AgR/RJ, Rel. Min. Cezar Peluso, Segunda Turma). Isso posto, nego provimento ao agravo regimental. 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800322. Supremo Tribunal Federal AI 825.286 AGR / RO extraordinário. Comprovação de Inexistência. Recurso conhecido. Demonstrada a existência de peça obrigatória ao agravo de instrumento, deve ser apreciado o recurso. 2. RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. Alegação de ofensa ao art. 5º, XXXV, LIV e LV, da Constituição Federal. Ofensa constitucional indireta. Agravo regimental não provido. As alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame prévio de normas inferiores, podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição” (AI 610.626- AgR/RJ, Rel. Min. Cezar Peluso, Segunda Turma). Isso posto, nego provimento ao agravo regimental. 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800322. Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 12 Decisão de Julgamento SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 825.286 PROCED. : RONDÔNIA RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI AGTE.(S) : ERNANDES SANTOS AMORIM ADV.(A/S) : NELSON CANEDO MOTTA AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE RONDÔNIA PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE RONDÔNIA INTDO.(A/S) : OSMAR SANTOS AMORIM ADV.(A/S) : HELMA SANTANA AMORIM INTDO.(A/S) : SAMUEL GOMES MONTEIRO FILHO ADV.(A/S) : REJANE SARUHASHI INTDO.(A/S) : FRANCISCO KLINGER DE ALMEIDA INTDO.(A/S) : MANOEL FELIX DE AQUINO ADV.(A/S) : WANILDE NUNES ARANTES INTDO.(A/S) : DANIELA SANTANA AMORIM INTDO.(A/S) : MARIA RUTH HORR ZAKI INTDO.(A/S) : ALBER JOSÉ MELO DE CASTRO INTDO.(A/S) : GERALDO RODRIGUES DA COSTA INTDO.(A/S) : EMÍLIO AZEVEDO DE OLIVEIRA ADV.(A/S) : EDMUNDO SANTIAGO CHAGAS E OUTRO(A/S) INTDO.(A/S) : CONSTRUTORA CANAÃ LTDA ADV.(A/S) : JÚLIO CLEY MONTEIRO RESENDE INTDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE ARIQUEMES ADV.(A/S) : RICARDO SOUSA RODRIGUES Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 18.09.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2849312 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 825.286 PROCED. : RONDÔNIA RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI AGTE.(S) : ERNANDES SANTOS AMORIM ADV.(A/S) : NELSON CANEDO MOTTA AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE RONDÔNIA PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE RONDÔNIA INTDO.(A/S) : OSMAR SANTOS AMORIM ADV.(A/S) : HELMA SANTANA AMORIM INTDO.(A/S) : SAMUEL GOMES MONTEIRO FILHO ADV.(A/S) : REJANE SARUHASHI INTDO.(A/S) : FRANCISCO KLINGER DE ALMEIDA INTDO.(A/S) : MANOEL FELIX DE AQUINO ADV.(A/S) : WANILDE NUNES ARANTES INTDO.(A/S) : DANIELA SANTANA AMORIM INTDO.(A/S) : MARIA RUTH HORR ZAKI INTDO.(A/S) : ALBER JOSÉ MELO DE CASTRO INTDO.(A/S) : GERALDO RODRIGUES DA COSTA INTDO.(A/S) : EMÍLIO AZEVEDO DE OLIVEIRA ADV.(A/S) : EDMUNDO SANTIAGO CHAGAS E OUTRO(A/S) INTDO.(A/S) : CONSTRUTORA CANAÃ LTDA ADV.(A/S) : JÚLIO CLEY MONTEIRO RESENDE INTDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE ARIQUEMES ADV.(A/S) : RICARDO SOUSA RODRIGUES Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 18.09.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2849312 Inteiro Teor do Acórdão - Página 12 de 12
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=2858672
2012-09-18T00:00:00
2012-10-03T00:00:00
A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 18.09.2012.
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO
Ementa: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. CONSTITUCIONAL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. DEFESA DO PATRIMÔNIO PÚBLICO. LEGITIMIDADE DO MINISTÉRIO PÚBLICO. ART. 129, III, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. ALEGADA CONTRARIEDADE AO ART. 5º, LIV E LV, DA CARTA MAGNA. OFENSA REFLEXA. AGRAVO IMPROVIDO. I – A jurisprudência desta Corte firmou-se no sentido de que o Ministério Público tem legitimidade para ajuizar ação civil pública na defesa do patrimônio público. Precedentes. II - Esta Corte firmou orientação no sentido de ser inadmissível, em regra, a interposição de recurso extraordinário para discutir matéria relacionada à ofensa aos princípios constitucionais do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, quando a verificação dessa alegação depender de exame prévio de legislação infraconstitucional, por configurar situação de ofensa reflexa ao texto constitucional. Precedentes. III – Agravo regimental improvido.
sjur215813
- Acórdãos citados: AI 610626 AgR, AI 777240 AgR, AI 778583 AgR, AI 837555 AgR, AI 545466 ED. Número de páginas: 12. Análise: 09/10/2012, LLD.
RICARDO LEWANDOWSKI
Segunda Turma
825286
[ "LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00005 INC-00054 INC-00055 ART-00129\r\n INC-00003 \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL" ]
AI-AgR
acordaos
AI 825286 AgR
[ "" ]
AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE RONDÔNIA INTDO.(A/S) : MARIA RUTH HORR ZAKI AGTE.(S) : ERNANDES SANTOS AMORIM INTDO.(A/S) : ALBER JOSÉ MELO DE CASTRO INTDO.(A/S) : EMÍLIO AZEVEDO DE OLIVEIRA INTDO.(A/S) : GERALDO RODRIGUES DA COSTA PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE RONDÔNIA ADV.(A/S) : NELSON CANEDO MOTTA ADV.(A/S) : EDMUNDO SANTIAGO CHAGAS E OUTRO(A/S) INTDO.(A/S) : DANIELA SANTANA AMORIM INTDO.(A/S) : OSMAR SANTOS AMORIM ADV.(A/S) : HELMA SANTANA AMORIM INTDO.(A/S) : SAMUEL GOMES MONTEIRO FILHO ADV.(A/S) : REJANE SARUHASHI INTDO.(A/S) : FRANCISCO KLINGER DE ALMEIDA ADV.(A/S) : JÚLIO CLEY MONTEIRO RESENDE ADV.(A/S) : WANILDE NUNES ARANTES INTDO.(A/S) : MANOEL FELIX DE AQUINO INTDO.(A/S) : CONSTRUTORA CANAÃ LTDA INTDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE ARIQUEMES ADV.(A/S) : RICARDO SOUSA RODRIGUES
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[UNK] , XXXV , LIV e LV , da Constituição Federal", "Constituição", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 -" ], "LOCAL": [ "ESTADO DE RONDÔNIA", "Brasília", "Brasília", "RONDÔNIA", "ESTADO DE RONDÔNIA", "RONDÔNIA", "ESTADO DE RONDÔNIA", "MUNICÍPIO DE ARIQUEMES", "BA", "ESTADO DE SÃO PAULO", "ESTADO DE SÃO PAULO", "RONDÔNIA", "ESTADO DE RONDÔNIA", "RONDÔNIA", "ESTADO DE RONDÔNIA", "MUNICÍPIO DE ARIQUEMES" ], "ORGANIZACAO": [ "SEGUNDA TURMA", "MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE RONDÔNIA", "MUNICÍPIO", "MINISTÉRIO PÚBLICO", "Ministério Público", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Segunda Turma", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de 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"Ministério Público", "Primeira Turma", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Segunda Turma", "MINISTÉRIO PÚBLICO", "Primeira Turma", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Segunda Turma", "MINISTÉRIO PÚBLICO", "Primeira Turma", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "/", "DF", "Segunda Turma", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Segunda Turma", "MP", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de", "ICP", "-", "Brasil", "SEGUNDA TURMA", "Ministério Público", "MINISTÉRIO PÚBLICO", "Ministério Público", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "Ministério Público", "MINISTÉRIO PÚBLICO", "Ministério Público", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "[UNK] Turma", "[UNK] Turma", "[UNK] Turma", "[UNK] Turma", "Primeira Turma", "MINISTÉRIO PÚBLICO", "Primeira Turma", "Ministério Público", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "[UNK] Turma", "[UNK] Turma", "[UNK] Turma", "[UNK] Turma", "Primeira Turma", "MINISTÉRIO PÚBLICO", "Primeira Turma", "Ministério Público", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Segunda Turma", "Supremo Tribunal", "Primeira Turma", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Segunda Turma", "Supremo Tribunal", "Primeira Turma", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Segunda Turma", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Segunda Turma", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "SEGUNDA TURMA", "MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE RONDÔNIA", "[UNK] Turma", "Infra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE RONDÔNIA", "CONSTRUTORA CANAÃ LTDA", "[UNK] Turma", "Infra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil" ], "PESSOA": [ "RICARDO LEWANDOWSKI", "ERNANDES SANTOS AMORIM", "NELSON CANEDO MOTTA", "OSMAR SANTOS AMORIM", "HELMA SANTANA AMORIM", "SAMUEL GOMES MONTEIRO FILHO", "REJANE SARUHASHI", "FRANCISCO KLINGER DE ALMEIDA", "MANOEL FELIX DE AQUINO", "WANILDE NUNES ARANTES", "DANIELA SANTANA AMORIM", "MARIA RUTH HORR ZAKI", "ALBER JOSÉ MELO DE CASTRO", "GERALDO RODRIGUES DA COSTA", "EMÍLIO AZEVEDO DE OLIVEIRA", "EDMUNDO SANTIAGO CHAGAS", "JÚLIO CLEY MONTEIRO RESENDE", "RICARDO SOUSA RODRIGUES", "Ricardo Lewandowski", "Celso de Mello", "Joaquim Barbosa", "RICARDO LEWANDOWSKI", "Ricardo Lewandowski", "Celso de Mello", "Joaquim Barbosa", "RICARDO LEWANDOWSKI", "RICARDO LEWANDOWSKI", "ERNANDES SANTOS AMORIM", "NELSON CANEDO MOTTA", "OSMAR SANTOS AMORIM", "HELMA SANTANA AMORIM", "SAMUEL GOMES MONTEIRO FILHO", "REJANE SARUHASHI", "FRANCISCO KLINGER DE ALMEIDA", "MANOEL FELIX DE AQUINO", "WANILDE NUNES ARANTES", "DANIELA SANTANA AMORIM", "MARIA RUTH HORR ZAKI", "ALBER JOSÉ MELO DE CASTRO", "GERALDO RODRIGUES DA COSTA", "EMÍLIO AZEVEDO DE OLIVEIRA", "EDMUNDO SANTIAGO CHAGAS", "JÚLIO CLEY MONTEIRO RESENDE", "RICARDO SOUSA RODRIGUES", "RICARDO LEWANDOWSKI", "RICARDO LEWANDOWSKI", "ERNANDES SANTOS AMORIM", "NELSON CANEDO MOTTA", "OSMAR SANTOS AMORIM", "HELMA SANTANA AMORIM", "SAMUEL GOMES MONTEIRO FILHO", "REJANE SARUHASHI", "FRANCISCO KLINGER DE ALMEIDA", "MANOEL FELIX DE AQUINO", "WANILDE NUNES ARANTES", "DANIELA SANTANA AMORIM", "MARIA RUTH HORR ZAKI", "ALBER JOSÉ MELO DE CASTRO", "GERALDO RODRIGUES DA COSTA", "EDMUNDO SANTIAGO CHAGAS", "JÚLIO CLEY MONTEIRO RESENDE", "RICARDO SOUSA RODRIGUES", "RICARDO LEWANDOWSKI", "Cármen Lúcia", "Ayres Britto", "Ellen Gracie", "Joaquim Barbosa", "Eros Grau", "Cezar Peluso", "Gilmar Mendes", "Gilmar Mendes", "Cármen Lúcia", "Ayres Britto", "Ellen Gracie", "Joaquim Barbosa", "Eros Grau", "Cezar Peluso", "Gilmar Mendes", "Gilmar Mendes", "Ellen Gracie", "Cármen Lúcia", "Ellen Gracie", "Cármen Lúcia", "Ellen Gracie", "Cármen Lúcia", "Ellen Gracie", "Cármen Lúcia", "Joaquim Barbosa", "Joaquim Barbosa", "RICARDO LEWANDOWSKI", "RICARDO LEWANDOWSKI", "RICARDO LEWANDOWSKI", "RICARDO LEWANDOWSKI", "GILMAR MENDES", "CELSO DE MELLO", "SEPÚLVEDA PERTENCE", "EROS GRAU", "Luiz Fux", "Cármen Lúcia", "GILMAR MENDES", "CELSO DE MELLO", "SEPÚLVEDA PERTENCE", "EROS GRAU", "Luiz Fux", "Cármen Lúcia", "RICARDO LEWANDOWSKI", "Gilmar Mendes", "Cármen Lúcia", "Gilmar Mendes", "Cármen Lúcia", "RICARDO LEWANDOWSKI", "Cezar Peluso", "Cezar Peluso", "RICARDO LEWANDOWSKI", "ERNANDES SANTOS AMORIM", "NELSON CANEDO MOTTA", "OSMAR SANTOS AMORIM", "HELMA SANTANA AMORIM", "SAMUEL GOMES MONTEIRO FILHO", "REJANE SARUHASHI", "FRANCISCO KLINGER DE ALMEIDA", "MANOEL FELIX DE AQUINO", "WANILDE NUNES ARANTES", "DANIELA SANTANA AMORIM", "MARIA RUTH HORR ZAKI", "ALBER JOSÉ MELO DE CASTRO", "GERALDO RODRIGUES DA COSTA", "EMÍLIO AZEVEDO DE OLIVEIRA", "EDMUNDO SANTIAGO CHAGAS", "JÚLIO CLEY MONTEIRO RESENDE", "RICARDO SOUSA RODRIGUES", "Celso de Mello", "Joaquim Barbosa", "Ricardo Lewandowski", "Gilmar Mendes", "Cármen Lúcia", "Celso de Mello", "Joaquim Barbosa", "Paulo da Rocha Campos", "Fabiane Duarte", "RICARDO LEWANDOWSKI", "ERNANDES SANTOS AMORIM", "NELSON CANEDO MOTTA", "OSMAR SANTOS AMORIM", "HELMA SANTANA AMORIM", "SAMUEL GOMES MONTEIRO FILHO", "REJANE SARUHASHI", "FRANCISCO KLINGER DE ALMEIDA", "MANOEL FELIX DE AQUINO", "WANILDE NUNES ARANTES", "DANIELA SANTANA AMORIM", "MARIA RUTH HORR ZAKI", "ALBER JOSÉ MELO DE CASTRO", "GERALDO RODRIGUES DA COSTA", "EMÍLIO AZEVEDO DE OLIVEIRA", "EDMUNDO SANTIAGO CHAGAS", "JÚLIO CLEY MONTEIRO RESENDE", "RICARDO SOUSA RODRIGUES", "Celso de Mello", "Joaquim Barbosa", "Ricardo Lewandowski", "Gilmar Mendes", "Cármen Lúcia", "Celso de Mello", "Joaquim Barbosa", "Paulo da Rocha Campos", "Fabiane Duarte" ], "TEMPO": [ "18", "/", "09", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "03", "/", "10", "/", "2012", "18 de setembro de 2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "18 de setembro de 2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "18", "/", "09", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "18", "/", "09", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "/", "92", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "18", "/", "09", "/", 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Ementa e Acórdão 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 640.305 PERNAMBUCO RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO AGTE.(S) :ESTADO DE PERNAMBUCO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE PERNAMBUCO AGDO.(A/S) :MARIA JOSE CAMPOS DE LIMA ADV.(A/S) :GERVÁSIO XAVIER DE LIMA LACERDA RECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA FÁTICA E LEGAL. O recurso extraordinário não é meio próprio ao revolvimento da prova, também não servindo à interpretação de normas estritamente legais. AGRAVO REGIMENTAL – RECURSO EXTRAORDINÁRIO – BALIZAS. Aprecia-se o recurso extraordinário a partir das premissas fixadas no acórdão proferido, sendo defeso inovar sobre a matéria em agravo regimental. AGRAVO – ARTIGO 557, § 2º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL – MULTA. Se o agravo é manifestamente infundado, impõe-se a aplicação da multa prevista no § 2º do artigo 557 do Código de Processo Civil, arcando a parte com o ônus decorrente da litigância de má-fé. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal em desprover o agravo regimental no agravo de instrumento, nos termos do voto do relator e por unanimidade, em sessão presidida pelo Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata do julgamento e das respectivas notas taquigráficas. Brasília, 18 de setembro de 2012. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2829336. Supremo Tribunal Federal DJe 03/10/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 9 Ementa e Acórdão AI 640.305 AGR / PE MINISTRO MARCO AURÉLIO – RELATOR 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2829336. Supremo Tribunal Federal AI 640.305 AGR / PE MINISTRO MARCO AURÉLIO – RELATOR 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2829336. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 9 Relatório 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 640.305 PERNAMBUCO RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO AGTE.(S) :ESTADO DE PERNAMBUCO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE PERNAMBUCO AGDO.(A/S) :MARIA JOSE CAMPOS DE LIMA ADV.(A/S) :GERVÁSIO XAVIER DE LIMA LACERDA R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Às folhas 377 e 378, proferi a seguinte decisão: RECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA FÁTICA – INTERPRETAÇÃO DE NORMAS LEGAIS – INVIABILIDADE – DESPROVIMENTO DE AGRAVO. 1. O Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco concedeu a segurança, ante os seguintes fundamentos (folhas 147 e 148): Ademais, registro que a impetrante em tudo se equipara aos demais servidores do Estado - pagou e paga contribuição previdenciária, foi aposentada, recebe proventos e gratificação por tempo de serviço, tem direito a gozar licença prêmio - tanto que lhe foi deferida - porém não tem direito de receber, como os demais, o valor correspondente, uma vez que não gozou e nem computou o tempo para efeito de aposentadoria. 2. A recorribilidade extraordinária é distinta daquela revelada por simples revisão do que decidido, na maioria das Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2829337. Supremo Tribunal Federal 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 640.305 PERNAMBUCO RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO AGTE.(S) :ESTADO DE PERNAMBUCO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE PERNAMBUCO AGDO.(A/S) :MARIA JOSE CAMPOS DE LIMA ADV.(A/S) :GERVÁSIO XAVIER DE LIMA LACERDA R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Às folhas 377 e 378, proferi a seguinte decisão: RECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA FÁTICA – INTERPRETAÇÃO DE NORMAS LEGAIS – INVIABILIDADE – DESPROVIMENTO DE AGRAVO. 1. O Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco concedeu a segurança, ante os seguintes fundamentos (folhas 147 e 148): Ademais, registro que a impetrante em tudo se equipara aos demais servidores do Estado - pagou e paga contribuição previdenciária, foi aposentada, recebe proventos e gratificação por tempo de serviço, tem direito a gozar licença prêmio - tanto que lhe foi deferida - porém não tem direito de receber, como os demais, o valor correspondente, uma vez que não gozou e nem computou o tempo para efeito de aposentadoria. 2. A recorribilidade extraordinária é distinta daquela revelada por simples revisão do que decidido, na maioria das Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2829337. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 9 Relatório AI 640.305 AGR / PE vezes procedida mediante o recurso por excelência – a apelação. Atua-se em sede excepcional à luz da moldura fática delineada soberanamente pelo Tribunal de origem, considerando-se as premissas constantes do acórdão impugnado. A jurisprudência sedimentada é pacífica a respeito, devendo-se ter presente o Verbete nº 279 da Súmula deste Tribunal: Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário. As razões do extraordinário partem de pressupostos fáticos estranhos ao acórdão atacado, buscando-se, em última análise, o reexame dos elementos probatórios para, com fundamento em quadro diverso, assentar a viabilidade do recurso. Acresce que o acórdão impugnado mediante o extraordinário revela interpretação de normas estritamente legais, não ensejando campo ao acesso ao Supremo. À mercê de articulação sobre a violência à Carta da República, pretende-se submeter a análise matéria que não se enquadra no inciso III do artigo 102 da Constituição Federal. Este agravo somente serve à sobrecarga da máquina judiciária, ocupando espaço que deveria ser utilizado na apreciação de processo da competência do Tribunal. 3. Conheço do agravo e o desprovejo. 4. Publiquem. O Estado de Pernambuco, no agravo de folha 384 a 390, insiste no processamento do extraordinário. Salienta a natureza constitucional da matéria e sustenta a necessidade não do reexame dos fatos, mas da adequada valoração do conjunto probatório. Ressalta estar em jogo a necessidade de, no caso de execução provisória, aguardar-se o trânsito em julgado para compelir a Fazenda Pública ao pagamento de quantia certa, 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2829337. Supremo Tribunal Federal AI 640.305 AGR / PE vezes procedida mediante o recurso por excelência – a apelação. Atua-se em sede excepcional à luz da moldura fática delineada soberanamente pelo Tribunal de origem, considerando-se as premissas constantes do acórdão impugnado. A jurisprudência sedimentada é pacífica a respeito, devendo-se ter presente o Verbete nº 279 da Súmula deste Tribunal: Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário. As razões do extraordinário partem de pressupostos fáticos estranhos ao acórdão atacado, buscando-se, em última análise, o reexame dos elementos probatórios para, com fundamento em quadro diverso, assentar a viabilidade do recurso. Acresce que o acórdão impugnado mediante o extraordinário revela interpretação de normas estritamente legais, não ensejando campo ao acesso ao Supremo. À mercê de articulação sobre a violência à Carta da República, pretende-se submeter a análise matéria que não se enquadra no inciso III do artigo 102 da Constituição Federal. Este agravo somente serve à sobrecarga da máquina judiciária, ocupando espaço que deveria ser utilizado na apreciação de processo da competência do Tribunal. 3. Conheço do agravo e o desprovejo. 4. Publiquem. O Estado de Pernambuco, no agravo de folha 384 a 390, insiste no processamento do extraordinário. Salienta a natureza constitucional da matéria e sustenta a necessidade não do reexame dos fatos, mas da adequada valoração do conjunto probatório. Ressalta estar em jogo a necessidade de, no caso de execução provisória, aguardar-se o trânsito em julgado para compelir a Fazenda Pública ao pagamento de quantia certa, 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2829337. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 9 Relatório AI 640.305 AGR / PE sob pena de afronta ao disposto no artigo 100, cabeça e § 3º, da Constituição Federal. A parte agravada, instada a manifestar, não apresentou contraminuta (certidão de folha 394). É o relatório. 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2829337. Supremo Tribunal Federal AI 640.305 AGR / PE sob pena de afronta ao disposto no artigo 100, cabeça e § 3º, da Constituição Federal. A parte agravada, instada a manifestar, não apresentou contraminuta (certidão de folha 394). É o relatório. 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2829337. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 9 Voto - MIN. MARCO AURÉLIO 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 640.305 PERNAMBUCO V O T O O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Na interposição deste agravo, observaram-se os pressupostos de recorribilidade. A peça, subscrita por Procurador do Estado, foi protocolada no prazo legal. Conheço. No tocante à ausência de envergadura constitucional do tema, atentem para o que decidido pelo Tribunal de origem (folha 137): EMENTA: ADMINISTRATIVO. MANDADO DE SEGURANÇA. SERVIDOR DO EXTRAJUDICIAL. APOSENTADORIA. LICENÇA PRÊMIO NÃO GOZADA NEM CONTADA PARA EFEITO DE COMPLEMENTAÇÃO DE TEMPO DE SERVIÇO PARA APOSENTADORIA. DEFERIMENTO. a) A toda evidência, os serventuários de serventias extrajudiciais, providos mediante concurso público, são ocupantes de cargos públicos, criados por lei, sob fiscalização permanente e direta do Poder Judiciário, remunerado a conta de receitas públicas criadas por lei (custas e emolumentos) e, portanto, são considerados servidores públicos, conferindo- se-Ihes todos os direitos e vantagens asseguradas pela Constituição Estadual e pelos, estatutos próprios. b) Segurança concedida para deferir-lhe o direito a percepção de licença prêmio não gozada e nem contada para efeito de complementação de tempo para aposentadoria. Decisão por maioria. Em sede excepcional, atua-se à luz da moldura fática delineada soberanamente pelo Colegiado de origem, considerando-se as premissas constantes do pronunciamento impugnado. A jurisprudência sedimentada é pacífica a respeito, devendo-se ter presente o Verbete nº Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2829338. Supremo Tribunal Federal 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 640.305 PERNAMBUCO V O T O O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Na interposição deste agravo, observaram-se os pressupostos de recorribilidade. A peça, subscrita por Procurador do Estado, foi protocolada no prazo legal. Conheço. No tocante à ausência de envergadura constitucional do tema, atentem para o que decidido pelo Tribunal de origem (folha 137): EMENTA: ADMINISTRATIVO. MANDADO DE SEGURANÇA. SERVIDOR DO EXTRAJUDICIAL. APOSENTADORIA. LICENÇA PRÊMIO NÃO GOZADA NEM CONTADA PARA EFEITO DE COMPLEMENTAÇÃO DE TEMPO DE SERVIÇO PARA APOSENTADORIA. DEFERIMENTO. a) A toda evidência, os serventuários de serventias extrajudiciais, providos mediante concurso público, são ocupantes de cargos públicos, criados por lei, sob fiscalização permanente e direta do Poder Judiciário, remunerado a conta de receitas públicas criadas por lei (custas e emolumentos) e, portanto, são considerados servidores públicos, conferindo- se-Ihes todos os direitos e vantagens asseguradas pela Constituição Estadual e pelos, estatutos próprios. b) Segurança concedida para deferir-lhe o direito a percepção de licença prêmio não gozada e nem contada para efeito de complementação de tempo para aposentadoria. Decisão por maioria. Em sede excepcional, atua-se à luz da moldura fática delineada soberanamente pelo Colegiado de origem, considerando-se as premissas constantes do pronunciamento impugnado. A jurisprudência sedimentada é pacífica a respeito, devendo-se ter presente o Verbete nº Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2829338. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 9 Voto - MIN. MARCO AURÉLIO AI 640.305 AGR / PE 279 da Súmula deste Tribunal: Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário. No mais, o deslinde da controvérsia deu-se sob o ângulo estritamente legal e não considerada a Carta da República. A conclusão adotada fez-se alicerçada em interpretação conferida à legislação de regência. Acresce que a alegada violação ao artigo 100, cabeça e § 3º, do Diploma Maior, além de não ter sido debatida no acórdão de origem, nem sequer foi veiculada nas razões do extraordinário. Há precedentes de ambas as Turmas no sentido de ser inadmissível a inovação de argumentos quando do agravo regimental. Este recurso ganha contornos protelatórios. Valho-me de trecho do artigo “O Judiciário e a Litigância de Má-fé”, por mim outrora publicado: Observa-se, portanto, a existência de instrumental hábil a inibir-se manobras processuais procrastinatórias. Atento à sinalização de derrocada do Judiciário, sufocado por número de processos estranho à ordem natural das coisas, o Legislador normatizou. Agora, em verdadeira resistência democrática ao que vem acontecendo, compete ao Estado-juiz atuar com desassombro, sob pena de tornar-se o responsável pela falência do Judiciário. Cumpre-lhe, sem extravasamento, sem menosprezo ao dever de preservar o direito de defesa das partes, examinar, caso a caso, os recursos enquadráveis como meramente protelatórios, restabelecendo a boa ordem processual. Assim procedendo, honrará a responsabilidade decorrente do ofício, alfim, a própria toga. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2829338. Supremo Tribunal Federal AI 640.305 AGR / PE 279 da Súmula deste Tribunal: Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário. No mais, o deslinde da controvérsia deu-se sob o ângulo estritamente legal e não considerada a Carta da República. A conclusão adotada fez-se alicerçada em interpretação conferida à legislação de regência. Acresce que a alegada violação ao artigo 100, cabeça e § 3º, do Diploma Maior, além de não ter sido debatida no acórdão de origem, nem sequer foi veiculada nas razões do extraordinário. Há precedentes de ambas as Turmas no sentido de ser inadmissível a inovação de argumentos quando do agravo regimental. Este recurso ganha contornos protelatórios. Valho-me de trecho do artigo “O Judiciário e a Litigância de Má-fé”, por mim outrora publicado: Observa-se, portanto, a existência de instrumental hábil a inibir-se manobras processuais procrastinatórias. Atento à sinalização de derrocada do Judiciário, sufocado por número de processos estranho à ordem natural das coisas, o Legislador normatizou. Agora, em verdadeira resistência democrática ao que vem acontecendo, compete ao Estado-juiz atuar com desassombro, sob pena de tornar-se o responsável pela falência do Judiciário. Cumpre-lhe, sem extravasamento, sem menosprezo ao dever de preservar o direito de defesa das partes, examinar, caso a caso, os recursos enquadráveis como meramente protelatórios, restabelecendo a boa ordem processual. Assim procedendo, honrará a responsabilidade decorrente do ofício, alfim, a própria toga. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2829338. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 9 Voto - MIN. MARCO AURÉLIO AI 640.305 AGR / PE Ante o quadro, desprovejo o regimental. Imponho ao agravante, nos termos do artigo 557, § 2º, do Código de Processo Civil, a multa de 5% sobre o valor da causa devidamente corrigido, a reverter em benefício da agravada. 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2829338. Supremo Tribunal Federal AI 640.305 AGR / PE Ante o quadro, desprovejo o regimental. Imponho ao agravante, nos termos do artigo 557, § 2º, do Código de Processo Civil, a multa de 5% sobre o valor da causa devidamente corrigido, a reverter em benefício da agravada. 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2829338. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 9 Decisão de Julgamento PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 640.305 PROCED. : PERNAMBUCO RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO AGTE.(S) : ESTADO DE PERNAMBUCO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE PERNAMBUCO AGDO.(A/S) : MARIA JOSE CAMPOS DE LIMA ADV.(A/S) : GERVÁSIO XAVIER DE LIMA LACERDA Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, com imposição de multa, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 18.9.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de Almeida. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2848621 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 640.305 PROCED. : PERNAMBUCO RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO AGTE.(S) : ESTADO DE PERNAMBUCO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE PERNAMBUCO AGDO.(A/S) : MARIA JOSE CAMPOS DE LIMA ADV.(A/S) : GERVÁSIO XAVIER DE LIMA LACERDA Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, com imposição de multa, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 18.9.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de Almeida. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2848621 Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 9
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=2865142
2012-09-18T00:00:00
2012-10-03T00:00:00
A Turma negou provimento ao agravo regimental, com imposição de multa, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 18.9.2012.
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO
RECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA FÁTICA E LEGAL. O recurso extraordinário não é meio próprio ao revolvimento da prova, também não servindo à interpretação de normas estritamente legais. AGRAVO REGIMENTAL – RECURSO EXTRAORDINÁRIO – BALIZAS. Aprecia-se o recurso extraordinário a partir das premissas fixadas no acórdão proferido, sendo defeso inovar sobre a matéria em agravo regimental. AGRAVO – ARTIGO 557, § 2º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL – MULTA. Se o agravo é manifestamente infundado, impõe-se a aplicação da multa prevista no § 2º do artigo 557 do Código de Processo Civil, arcando a parte com o ônus decorrente da litigância de má-fé.
sjur215799
Número de páginas: 9. Análise: 10/10/2012, MLM.
MARCO AURÉLIO
Primeira Turma
640305
[ "LEG-FED LEI-005869 ANO-1973\r\n ART-00557 PAR-00002 \r\n CPC-1973 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL\r\n\r\n", "LEG-FED SUMSTF-000279 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF" ]
AI-AgR
acordaos
AI 640305 AgR
[ "" ]
AGTE.(S) : ESTADO DE PERNAMBUCO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE PERNAMBUCO AGDO.(A/S) : MARIA JOSE CAMPOS DE LIMA ADV.(A/S) : GERVÁSIO XAVIER DE LIMA LACERDA
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Ementa e Acórdão 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 705.454 SÃO PAULO RELATOR : MIN. JOAQUIM BARBOSA AGTE.(S) :BANCO ECONÔMICO S/A (EM LIQUIDAÇÃO EXTRAJUDICIAL) ADV.(A/S) :OSMAR MENDES PAIXÃO CÔRTES E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :IDEC - INSTITUTO BRASILEIRO DE DEFESA DO CONSUMIDOR ADV.(A/S) :MAÍRA FELTRIN TOMÉ E OUTRO(A/S) EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL. PROCESSUAL. QUESTÃO CONSTITUCIONAL SUSCITADA NA INSTÂNCIA ORDINÁRIA. TENTATIVA DE REDISCUSSÃO DA MATÉRIA POR MEIO DE RECURSO EXTRAORDINÁRIO NO RECURSO ESPECIAL. DESCABIMENTO. Inviável o recurso extraordinário que, interposto de acórdão do Superior Tribunal de Justiça em recurso especial, suscita as mesmas questões constitucionais debatidas na instância ordinária. Agravo regimental a que se nega provimento. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os ministros do Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a presidência do ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso de agravo, nos termos do voto do Relator. Brasília, 25 de setembro de 2012. Ministro JOAQUIM BARBOSA Relator Documento assinado digitalmente Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2969801. Supremo Tribunal Federal DJe 26/10/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 7 Relatório 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 705.454 SÃO PAULO RELATOR : MIN. JOAQUIM BARBOSA AGTE.(S) :BANCO ECONÔMICO S/A (EM LIQUIDAÇÃO EXTRAJUDICIAL) ADV.(A/S) :OSMAR MENDES PAIXÃO CÔRTES E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :IDEC - INSTITUTO BRASILEIRO DE DEFESA DO CONSUMIDOR ADV.(A/S) :MAÍRA FELTRIN TOMÉ E OUTRO(A/S) R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO JOAQUIM BARBOSA (Relator): É este o teor da decisão agravada (fls. 1.637/1.638): “DECISÃO: Trata-se agravo de instrumento interposto de decisão que inadmitiu recurso extraordinário contra acórdão do Superior Tribunal de Justiça que negou provimento a agravo para trânsito de recurso especial que visava à reforma de julgado do Tribunal de Justiça de São Paulo proferido em ação civil pública. Preliminarmente, sustenta-se, no recurso extraordinário, violação dos arts. 5º, XXXV, LIV e LV, e 93, IX; no mérito, alega-se afronta aos arts. 2º, 5º, caput, II, XXI, XXXII, XXXV, XXXVI, LIV, LV e § 2º, 93, IX, 102, I, a, §2º, 105, III, a e c, 125, §1º, 127, 128, § 5º, II, a, 129, III e §1º, 170, V, 192, do texto constitucional permanente, e art. 48 do ADCT. Decido. Inexiste a apontada violação dos arts. 5º, XXXV, LIV, LV, e 93, IX, da Constituição, pois o acórdão recorrido, ao julgar o recurso interposto, inequivocamente prestou jurisdição, em observância aos princípios do contraditório, ampla defesa e devido processo legal, estando devidamente fundamentado, ainda que com sua fundamentação não concorde a ora recorrente. No mérito, o recurso extraordinário, ao alegar que o acórdão Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2969802. Supremo Tribunal Federal 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 705.454 SÃO PAULO RELATOR : MIN. JOAQUIM BARBOSA AGTE.(S) :BANCO ECONÔMICO S/A (EM LIQUIDAÇÃO EXTRAJUDICIAL) ADV.(A/S) :OSMAR MENDES PAIXÃO CÔRTES E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :IDEC - INSTITUTO BRASILEIRO DE DEFESA DO CONSUMIDOR ADV.(A/S) :MAÍRA FELTRIN TOMÉ E OUTRO(A/S) R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO JOAQUIM BARBOSA (Relator): É este o teor da decisão agravada (fls. 1.637/1.638): “DECISÃO: Trata-se agravo de instrumento interposto de decisão que inadmitiu recurso extraordinário contra acórdão do Superior Tribunal de Justiça que negou provimento a agravo para trânsito de recurso especial que visava à reforma de julgado do Tribunal de Justiça de São Paulo proferido em ação civil pública. Preliminarmente, sustenta-se, no recurso extraordinário, violação dos arts. 5º, XXXV, LIV e LV, e 93, IX; no mérito, alega-se afronta aos arts. 2º, 5º, caput, II, XXI, XXXII, XXXV, XXXVI, LIV, LV e § 2º, 93, IX, 102, I, a, §2º, 105, III, a e c, 125, §1º, 127, 128, § 5º, II, a, 129, III e §1º, 170, V, 192, do texto constitucional permanente, e art. 48 do ADCT. Decido. Inexiste a apontada violação dos arts. 5º, XXXV, LIV, LV, e 93, IX, da Constituição, pois o acórdão recorrido, ao julgar o recurso interposto, inequivocamente prestou jurisdição, em observância aos princípios do contraditório, ampla defesa e devido processo legal, estando devidamente fundamentado, ainda que com sua fundamentação não concorde a ora recorrente. No mérito, o recurso extraordinário, ao alegar que o acórdão Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2969802. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 7 Relatório AI 705.454 AGR / SP recorrido ofende os preceitos dos artigos 192 do texto permanente e 48 do ADCT, versa questão constitucional não ventilada na decisão recorrida. Ao inovar nos autos, suscitando nos embargos de declaração matéria que não consta do recurso especial (fls. 1.185-1.200) nem do agravo regimental (fls. 1.378-1.392), deduz matéria estranha à controvérsia, incidindo no óbice das Súmulas 282 e 356. Ademais, verifico que o recorrente impugna os efeitos dados à sentença na presente ação civil pública, a aplicação do Código de Defesa do Consumidor, a legitimidade ativa da recorrida e a condenação integral em honorários advocatícios. Porém, tais matérias foram decididas pelo Tribunal de Justiça de São Paulo, no julgamento da apelação (fls. 979-985). O Plenário desta Corte já decidiu ser inviável o recurso extraordinário que — interposto de acórdão do Superior Tribunal de Justiça em recurso especial — suscita as mesmas questões constitucionais debatidas na instância ordinária. Assim, da decisão do STJ no recurso especial, só caberá recurso extraordinário se a questão constitucional for diversa daquela resolvida pela instância ordinária. Confira-se: AI 145.589-AgR (rel. min. Sepúlveda Pertence, Tribunal Pleno, DJ de 24.06.1994); AI 364.277–AgR (rel. min. Carlos Velloso, Segunda Turma, DJ de 28.06.2002); AI 436.046–AgR, rel. min. Carlos Britto, Primeira Turma, DJ de 01.04.2005); AI 618.700 (rel. min. Sepúlveda Pertence, DJ de 26.02.2007); AI 472.822 (rel. min. Dias Toffoli, DJe de 08.03.2010). Do exposto, nego seguimento ao agravo de instrumento.” Dessa decisão interpõe-se agravo regimental, em que se impugna os fundamentos da decisão agravada. Sustenta-se que o recurso extraordinário cumpre os requisitos de admissibilidade. Mantenho a decisão agravada e submeto o agravo à apreciação da Turma. É o relatório. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2969802. Supremo Tribunal Federal AI 705.454 AGR / SP recorrido ofende os preceitos dos artigos 192 do texto permanente e 48 do ADCT, versa questão constitucional não ventilada na decisão recorrida. Ao inovar nos autos, suscitando nos embargos de declaração matéria que não consta do recurso especial (fls. 1.185-1.200) nem do agravo regimental (fls. 1.378-1.392), deduz matéria estranha à controvérsia, incidindo no óbice das Súmulas 282 e 356. Ademais, verifico que o recorrente impugna os efeitos dados à sentença na presente ação civil pública, a aplicação do Código de Defesa do Consumidor, a legitimidade ativa da recorrida e a condenação integral em honorários advocatícios. Porém, tais matérias foram decididas pelo Tribunal de Justiça de São Paulo, no julgamento da apelação (fls. 979-985). O Plenário desta Corte já decidiu ser inviável o recurso extraordinário que — interposto de acórdão do Superior Tribunal de Justiça em recurso especial — suscita as mesmas questões constitucionais debatidas na instância ordinária. Assim, da decisão do STJ no recurso especial, só caberá recurso extraordinário se a questão constitucional for diversa daquela resolvida pela instância ordinária. Confira-se: AI 145.589-AgR (rel. min. Sepúlveda Pertence, Tribunal Pleno, DJ de 24.06.1994); AI 364.277–AgR (rel. min. Carlos Velloso, Segunda Turma, DJ de 28.06.2002); AI 436.046–AgR, rel. min. Carlos Britto, Primeira Turma, DJ de 01.04.2005); AI 618.700 (rel. min. Sepúlveda Pertence, DJ de 26.02.2007); AI 472.822 (rel. min. Dias Toffoli, DJe de 08.03.2010). Do exposto, nego seguimento ao agravo de instrumento.” Dessa decisão interpõe-se agravo regimental, em que se impugna os fundamentos da decisão agravada. Sustenta-se que o recurso extraordinário cumpre os requisitos de admissibilidade. Mantenho a decisão agravada e submeto o agravo à apreciação da Turma. É o relatório. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2969802. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 7 Voto - MIN. JOAQUIM BARBOSA 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 705.454 SÃO PAULO V O T O O SENHOR MINISTRO JOAQUIM BARBOSA (Relator) : Inconsistente o recurso. No que diz respeito ao art. 93, IX, e ao art. 5º, XXXV, LIV e LV, da CF/1988, o Tribunal de origem prestou jurisdição, por meio de acórdão devidamente fundamentado, sem ofensa aos princípios do contraditório, da ampla defesa e do devido processo legal. Ainda que assim não fosse, esta Corte já firmou entendimento no sentido de que “em regra, as alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, do devido processo legal, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional podem configurar, quando muito, situações caracterizadoras de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição, hipóteses em que também não se revelará cabível o recurso extraordinário” (AI 477.645-AgR, rel. min. Celso de Mello). Ademais, de acordo com a jurisprudência desta Corte, para se ter como prequestionada, a matéria deve ter sido trazida oportunamente e abordada no acórdão recorrido, ou, caso omisso o tribunal recorrido, suscitada em embargos de declaração. Nesse sentido, confira-se o AI 392.689-AgR (rel. min. Moreira Alves, DJ 28.03.1993), cuja ementa transcrevo: - Agravo regimental. - Não tem razão o agravante. Com efeito, a questão constitucional só está prequestionada se foi ventilada na decisão recorrida ou, se esta for omissa, foi objeto de embargos de declaração; e, se ela surgiu originariamente na decisão recorrida, para o seu prequestionamento é mister que seja levantada em embargos de declaração para possibilitar ao Tribunal a quo pronunciar-se sobre ela. Nada disso ocorreu no caso sob julgamento. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2969803. Supremo Tribunal Federal 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 705.454 SÃO PAULO V O T O O SENHOR MINISTRO JOAQUIM BARBOSA (Relator) : Inconsistente o recurso. No que diz respeito ao art. 93, IX, e ao art. 5º, XXXV, LIV e LV, da CF/1988, o Tribunal de origem prestou jurisdição, por meio de acórdão devidamente fundamentado, sem ofensa aos princípios do contraditório, da ampla defesa e do devido processo legal. Ainda que assim não fosse, esta Corte já firmou entendimento no sentido de que “em regra, as alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, do devido processo legal, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional podem configurar, quando muito, situações caracterizadoras de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição, hipóteses em que também não se revelará cabível o recurso extraordinário” (AI 477.645-AgR, rel. min. Celso de Mello). Ademais, de acordo com a jurisprudência desta Corte, para se ter como prequestionada, a matéria deve ter sido trazida oportunamente e abordada no acórdão recorrido, ou, caso omisso o tribunal recorrido, suscitada em embargos de declaração. Nesse sentido, confira-se o AI 392.689-AgR (rel. min. Moreira Alves, DJ 28.03.1993), cuja ementa transcrevo: - Agravo regimental. - Não tem razão o agravante. Com efeito, a questão constitucional só está prequestionada se foi ventilada na decisão recorrida ou, se esta for omissa, foi objeto de embargos de declaração; e, se ela surgiu originariamente na decisão recorrida, para o seu prequestionamento é mister que seja levantada em embargos de declaração para possibilitar ao Tribunal a quo pronunciar-se sobre ela. Nada disso ocorreu no caso sob julgamento. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2969803. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 7 Voto - MIN. JOAQUIM BARBOSA AI 705.454 AGR / SP No presente caso, verifica-se que a questão relativa à ofensa aos arts. 192 do texto permanente e 48 do ADCT, não foi arguida no recurso especial, tendo sido levantada apenas nos embargos de declaração (fls. 1.401-1.410). Aplica-se, portanto, ao caso, as Súmulas 282 e 356 do STF. Por fim, conforme consignei na decisão agravada, o presente apelo extremo impugna decisão do Superior Tribunal de Justiça no Ag 727.565, que manteve acórdão do Tribunal de Justiça de São Paulo e as questões constitucionais trazidas são as mesmas arguidas na instância ordinária. Desta sorte, a controvérsia deve ser apreciada no julgamento do recurso extraordinário interposto contra o acórdão da apelação e, não, do recurso especial. Neste sentido: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO ESPECIAL. REEXAME DE DECISÃO DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. IMPOSSIBILIDADE. PRECLUSÃO DA QUESTÃO CONSTITUCIONAL. 1. Controvérsia decidida à luz de normas infraconstitucionais. Ofensa indireta à Constituição do Brasil. 2. A questão constitucional que serviu de fundamento ao acórdão do Tribunal de segundo grau deve ser atacada no momento próprio, sob pena de preclusão. Agravo regimental a que se nega provimento. (AI 640.020-AgR, rel. min. Eros Grau, Segunda Turma, DJ de 17.08.2007) (grifei) AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. DECISÃO DO TRIBUNAL LOCAL. FUNDAMENTOS CONSTITUCIONAL E INFRACONSTITUCIONAL. RECURSOS ESPECIAL E EXTRAORDINÁRIO. INTERPOSIÇÃO SIMULTÂNEA. 1. Baseando-se o acórdão recorrido em fundamentos constitucional e infraconstitucional, é correta a interposição simultânea de recursos especial e extraordinário, sob pena de preclusão da matéria não recorrida . 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2969803. Supremo Tribunal Federal AI 705.454 AGR / SP No presente caso, verifica-se que a questão relativa à ofensa aos arts. 192 do texto permanente e 48 do ADCT, não foi arguida no recurso especial, tendo sido levantada apenas nos embargos de declaração (fls. 1.401-1.410). Aplica-se, portanto, ao caso, as Súmulas 282 e 356 do STF. Por fim, conforme consignei na decisão agravada, o presente apelo extremo impugna decisão do Superior Tribunal de Justiça no Ag 727.565, que manteve acórdão do Tribunal de Justiça de São Paulo e as questões constitucionais trazidas são as mesmas arguidas na instância ordinária. Desta sorte, a controvérsia deve ser apreciada no julgamento do recurso extraordinário interposto contra o acórdão da apelação e, não, do recurso especial. Neste sentido: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO ESPECIAL. REEXAME DE DECISÃO DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. IMPOSSIBILIDADE. PRECLUSÃO DA QUESTÃO CONSTITUCIONAL. 1. Controvérsia decidida à luz de normas infraconstitucionais. Ofensa indireta à Constituição do Brasil. 2. A questão constitucional que serviu de fundamento ao acórdão do Tribunal de segundo grau deve ser atacada no momento próprio, sob pena de preclusão. Agravo regimental a que se nega provimento. (AI 640.020-AgR, rel. min. Eros Grau, Segunda Turma, DJ de 17.08.2007) (grifei) AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. DECISÃO DO TRIBUNAL LOCAL. FUNDAMENTOS CONSTITUCIONAL E INFRACONSTITUCIONAL. RECURSOS ESPECIAL E EXTRAORDINÁRIO. INTERPOSIÇÃO SIMULTÂNEA. 1. Baseando-se o acórdão recorrido em fundamentos constitucional e infraconstitucional, é correta a interposição simultânea de recursos especial e extraordinário, sob pena de preclusão da matéria não recorrida . 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2969803. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 7 Voto - MIN. JOAQUIM BARBOSA AI 705.454 AGR / SP 2. Precedentes. Agravo regimental a que se nega provimento. (AI 271.451-AgR, rel. min. Marco Aurélio, Segunda Turma, DJ de 15.12.2000) (grifei) Do exposto, nego provimento ao presente agravo. 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2969803. Supremo Tribunal Federal AI 705.454 AGR / SP 2. Precedentes. Agravo regimental a que se nega provimento. (AI 271.451-AgR, rel. min. Marco Aurélio, Segunda Turma, DJ de 15.12.2000) (grifei) Do exposto, nego provimento ao presente agravo. 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2969803. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 7 Decisão de Julgamento SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 705.454 PROCED. : SÃO PAULO RELATOR : MIN. JOAQUIM BARBOSA AGTE.(S) : BANCO ECONÔMICO S/A (EM LIQUIDAÇÃO EXTRAJUDICIAL) ADV.(A/S) : OSMAR MENDES PAIXÃO CÔRTES E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : IDEC - INSTITUTO BRASILEIRO DE DEFESA DO CONSUMIDOR ADV.(A/S) : MAÍRA FELTRIN TOMÉ E OUTRO(A/S) Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 25.09.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Subprocurador-Geral da República, Dr. Francisco de Assis Vieira Sanseverino. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2885590 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 705.454 PROCED. : SÃO PAULO RELATOR : MIN. JOAQUIM BARBOSA AGTE.(S) : BANCO ECONÔMICO S/A (EM LIQUIDAÇÃO EXTRAJUDICIAL) ADV.(A/S) : OSMAR MENDES PAIXÃO CÔRTES E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : IDEC - INSTITUTO BRASILEIRO DE DEFESA DO CONSUMIDOR ADV.(A/S) : MAÍRA FELTRIN TOMÉ E OUTRO(A/S) Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 25.09.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Subprocurador-Geral da República, Dr. Francisco de Assis Vieira Sanseverino. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2885590 Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 7
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3017354
2012-09-25T00:00:00
2012-10-26T00:00:00
A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 25.09.2012.
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO
EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL. PROCESSUAL. QUESTÃO CONSTITUCIONAL SUSCITADA NA INSTÂNCIA ORDINÁRIA. TENTATIVA DE REDISCUSSÃO DA MATÉRIA POR MEIO DE RECURSO EXTRAORDINÁRIO NO RECURSO ESPECIAL. DESCABIMENTO. Inviável o recurso extraordinário que, interposto de acórdão do Superior Tribunal de Justiça em recurso especial, suscita as mesmas questões constitucionais debatidas na instância ordinária. Agravo regimental a que se nega provimento.
sjur217507
- Acórdãos citados: (OFENSA REFLEXA) STF: AI 477645 AgR(2ªT); (SÚMULA 282 e 356) STF: AI 392689 AgR(1ªT); (QUESTÃO CONSTITUCIONAL, PRECLUSÃO) STF: AI 271451 AgR(2ªT), AI 640020 AgR(2ªT). Número de páginas: 7. Análise: 07/11/2012, LLD.
JOAQUIM BARBOSA
Segunda Turma
705454
[ "LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00005 INC-00035 INC-00054 INC-00055\r\n ART-00093 INC-00009 ART-00192 \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n\r\n", "LEG-FED ADCT ANO-1988\r\n ART-00048 \r\n ATO DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS\r\n\r\n", "LEG-FED SUMSTF-000282 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF \r\n\r\n", "LEG-FED SUMSTF-000356 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF" ]
AI-AgR
acordaos
AI 705454 AgR
[ "" ]
AGDO.(A/S) : IDEC - INSTITUTO BRASILEIRO DE DEFESA DO CONSUMIDOR AGTE.(S) : BANCO ECONÔMICO S/A (EM LIQUIDAÇÃO EXTRAJUDICIAL) ADV.(A/S) : MAÍRA FELTRIN TOMÉ E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) : OSMAR MENDES PAIXÃO CÔRTES E OUTRO(A/S)
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "AGRAVO DE INSTRUMENTO 705 . 454", "AGRAVO DE INSTRUMENTO 705 . 454", "AI 705 . 454 AGR", "AI 145 . 589 - AgR", "AI 364 . 277 – AgR", "AI 436 . 046 – AgR", "AI 618 . 700", "AI 472 . 822", "AI 705 . 454 AGR /", "AI 145 . 589 - AgR", "AI 364 . 277 – AgR", "AI 436 . 046 – AgR", "AI 618 . 700", "AI 472 . 822", "AGRAVO DE INSTRUMENTO 705 . 454", "AI 477 . 645 - AgR", "AI 392 . 689 - AgR", "AGRAVO DE INSTRUMENTO 705 . 454", "AI 477 . 645 - AgR", "AI 392 . 689 - AgR", "AI 705 . 454 AGR / SP", "Súmulas 282 e 356 do STF", "Ag 727 . 565", "AI 640 . 020 - AgR", "AI 705 . 454 AGR / SP", "Súmulas 282 e 356 do STF", "Ag 727 . 565", "AI 640 . 020 - AgR", "AI 705 . 454 AGR", "AI 271 . 451 -", "AI 705 . 454 AGR", "AI 271 . 451 - AgR", "AGRAVO DE INSTRUMENTO 705 . 454" ], "LEGISLACAO": [ "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "129", "art . 48 do ADCT", "arts . [UNK] , XXXV , LIV , LV , e 93 , IX , da Constituição", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "arts . [UNK] , [UNK] , caput , II , XXI , XXXII , XXXV , XXXVI , LIV , LV e § [UNK] , 93 , IX , 102 , I , a , § [UNK] , 105 , III , a e c , 125 , § [UNK] , 127 , 128 , § [UNK] , II , a , 129 , III e § [UNK] , 170 , V , 192 , do texto constitucional permanente", "art . 48 do ADCT", "arts . [UNK] , XXXV , LIV , LV , e 93 , IX , da Constituição", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "artigos", "Código de Defesa do Consumidor", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "artigos 192 do texto permanente e 48 do ADCT", "Código de Defesa do Consumidor", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 93 , IX , e", "art . [UNK] , XXXV , LIV e LV , da CF / 1988", "Constituição", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 93 , IX , e", "art . [UNK] , XXXV , LIV e LV , da CF / 1988", "Constituição", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "arts . 192 do texto permanente e 48 do ADCT", "Constituição do Brasil", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "arts . 192 do texto permanente", "48 do ADCT", "Constituição do Brasil", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001" ], "LOCAL": [ "SÃO PAULO", "Brasília", "SÃO PAULO", "SÃO PAULO", "SÃO PAULO", "SÃO PAULO", "SÃO PAULO", "SÃO PAULO" ], "ORGANIZACAO": [ "SEGUNDA TURMA", "BANCO ECONÔMICO S / A", "IDEC", "INSTITUTO BRASILEIRO DE DEFESA DO CONSUMIDOR", "Superior Tribunal de Justiça", "Supremo Tribunal Federal", "Segunda Turma", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "BANCO ECONÔMICO S / A", "IDEC", "-", "INSTITUTO BRASILEIRO DE DEFESA DO CONSUMIDOR", "Superior Tribunal de Justiça", "Tribunal de Justiça de São Paulo", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "BANCO ECONÔMICO S / A", "IDEC", "INSTITUTO BRASILEIRO DE DEFESA DO CONSUMIDOR", "Superior Tribunal de Justiça", "Tribunal de Justiça de São Paulo", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "/", "SP", "Tribunal de Justiça de São Paulo", "Plenário", "Superior Tribunal de Justiça", "STJ", "Tribunal Pleno", "Segunda Turma", "Primeira Turma", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SP", "Tribunal de Justiça de São Paulo", "Plenário", "Superior Tribunal de Justiça", "STJ", "Tribunal Pleno", "Segunda Turma", "Primeira Turma", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "SEGUNDA TURMA", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Superior Tribunal de Justiça", "Tribunal de Justiça de São Paulo", "SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA", "Segunda Turma", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Superior Tribunal de Justiça", "Tribunal de Justiça de São Paulo", "SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA", "Segunda Turma", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "/", "SP", "Segunda Turma", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "/", "Segunda Turma", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "SEGUNDA TURMA", "BANCO ECONÔMICO S / A", "IDEC", "INSTITUTO BRASILEIRO DE DEFESA DO CONSUMIDOR", "[UNK] Turma", "Infra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "BANCO ECONÔMICO S / A", "IDEC", "INSTITUTO BRASILEIRO DE DEFESA DO CONSUMIDOR", "[UNK] Turma", "Infra", "-", "estrutura de Chaves 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BARBOSA", "OSMAR MENDES PAIXÃO CÔRTES", "MAÍRA FELTRIN TOMÉ", "Ricardo Lewandowski", "Celso de Mello", "Gilmar Mendes", "Joaquim Barbosa", "Cármen Lúcia", "Francisco de Assis Vieira Sanseverino", "Fabiane Duarte" ], "TEMPO": [ "25", "/", "09", "/", "2012", "25 de setembro de 2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "26", "/", "10", "/", "2012", "25", "/", "09", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", "/", "09", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", ".", "06", ".", "1994", "28", ".", "06", ".", "2002", "01", ".", "04", ".", "2005", "26", ".", "02", ".", "2007", "08", ".", "03", ".", "2010", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", ".", "06", ".", "1994", "28", ".", "06", ".", "2002", "01", ".", "04", ".", "2005", "26", ".", "02", ".", "2007", "08", ".", "03", ".", "2010", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", "/", "09", "/", "2012", "28", ".", "03", ".", "1993", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", "/", "09", "/", "2012", "28", ".", "03", ".", "1993", "24", "/", "08", "/", 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Ementa e Acórdão 18/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 690.284 SÃO PAULO RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI AGTE.(S) :ROGÉRIO RIBEIRO DA SILVA ADV.(A/S) :SEBASTIÃO BOTTO DE BARROS TOJAL AGDO.(A/S) :MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO AGDO.(A/S) :MUNICÍPIO DA ESTÂNCIA DE ATIBAIA ADV.(A/S) :MAURO SANCHES CHERFÊM INTDO.(A/S) :JOSÉ ROBERTO DE BARROS ADV.(A/S) :TANIA LIS TIZZONI NOGUEIRA EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. ARTIGO 543 DO CPC. SOBRESTAMENTO DO FEITO. DESCABIMENTO. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. SÚMULAS 282 E 356 DO STF. ALEGADA CONTRARIEDADE AO ART. 5º, LV, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. OFENSA REFLEXA. AGRAVO IMPROVIDO. I – O art. 543, § 1º, do Código de Processo Civil, que impõe o julgamento prévio do recurso especial pelo Superior Tribunal de Justiça, somente se aplica, nos termos do que disposto no caput do artigo, quando os recursos especial e extraordinário são admitidos. II - Como tem consignado o Tribunal, por meio da Súmula 282, é inadmissível o recurso extraordinário se a questão constitucional suscitada não tiver sido apreciada no acórdão recorrido. Ademais, se os embargos declaratórios não foram opostos com a finalidade de suprir essa omissão, é inviável o recurso, a teor da Súmula 356 do STF. III – Esta Corte firmou orientação no sentido de ser inadmissível, em regra, a interposição de recurso extraordinário para discutir matéria relacionada à ofensa aos princípios constitucionais da ampla defesa e do contraditório, quando a verificação dessa alegação depender de exame prévio de legislação infraconstitucional, por configurar situação de ofensa Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800303. Supremo Tribunal Federal DJe 03/10/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 10 Ementa e Acórdão AI 690.284 AGR / SP reflexa ao texto constitucional. Precedentes. IV - Agravo regimental improvido. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamentos e das notas taquigráficas, por unanimidade, negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. Brasília, 18 de setembro de 2012. RICARDO LEWANDOWSKI – PRESIDENTE E RELATOR 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800303. Supremo Tribunal Federal AI 690.284 AGR / SP reflexa ao texto constitucional. Precedentes. IV - Agravo regimental improvido. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamentos e das notas taquigráficas, por unanimidade, negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. Brasília, 18 de setembro de 2012. RICARDO LEWANDOWSKI – PRESIDENTE E RELATOR 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800303. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 10 Relatório 18/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 690.284 SÃO PAULO RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI AGTE.(S) :ROGÉRIO RIBEIRO DA SILVA ADV.(A/S) :SEBASTIÃO BOTTO DE BARROS TOJAL AGDO.(A/S) :MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO AGDO.(A/S) :MUNICÍPIO DA ESTÂNCIA DE ATIBAIA ADV.(A/S) :MAURO SANCHES CHERFÊM INTDO.(A/S) :JOSÉ ROBERTO DE BARROS ADV.(A/S) :TANIA LIS TIZZONI NOGUEIRA R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Trata-se de agravo regimental interposto contra decisão que negou seguimento a agravo de instrumento. Eis o teor da decisão agravada: “Trata-se de agravo contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário interposto de acórdão, cuja ementa segue transcrita, no que importa: ‘AÇÃO CIVIL PÚBLICA - IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA - LEI N. 8.429/92, ART. 12, II - Uso de documento falso de advogado pelo primeiro co-réu, com exercício de funções inerentes ao bacharel em direito, sem possuir tal qualificação, com dano ao erário pelo recebimento de salário e verbas de rescisão sem justa causa, atos finais lavrados com falsificação de data de emissão - Prova robusta na consubstanciação do ilícito - Sentença condenatória - Apelações improvidas. AÇÃO CIVIL PÚBLICA - IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA - LEI N. 8.429/92, ART. 12, II - Determinação de lavratura de documento público com dados falsos pertinentes à data e natureza da exoneração (sem justa Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800304. Supremo Tribunal Federal 18/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 690.284 SÃO PAULO RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI AGTE.(S) :ROGÉRIO RIBEIRO DA SILVA ADV.(A/S) :SEBASTIÃO BOTTO DE BARROS TOJAL AGDO.(A/S) :MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO AGDO.(A/S) :MUNICÍPIO DA ESTÂNCIA DE ATIBAIA ADV.(A/S) :MAURO SANCHES CHERFÊM INTDO.(A/S) :JOSÉ ROBERTO DE BARROS ADV.(A/S) :TANIA LIS TIZZONI NOGUEIRA R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Trata-se de agravo regimental interposto contra decisão que negou seguimento a agravo de instrumento. Eis o teor da decisão agravada: “Trata-se de agravo contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário interposto de acórdão, cuja ementa segue transcrita, no que importa: ‘AÇÃO CIVIL PÚBLICA - IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA - LEI N. 8.429/92, ART. 12, II - Uso de documento falso de advogado pelo primeiro co-réu, com exercício de funções inerentes ao bacharel em direito, sem possuir tal qualificação, com dano ao erário pelo recebimento de salário e verbas de rescisão sem justa causa, atos finais lavrados com falsificação de data de emissão - Prova robusta na consubstanciação do ilícito - Sentença condenatória - Apelações improvidas. AÇÃO CIVIL PÚBLICA - IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA - LEI N. 8.429/92, ART. 12, II - Determinação de lavratura de documento público com dados falsos pertinentes à data e natureza da exoneração (sem justa Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800304. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 10 Relatório AI 690.284 AGR / SP causa diante do conhecimento do ilícito), com determinação de pagamento de verbas rescisórias e depósito de FGTS - Ato praticado por co-réu no exercício da Presidência da Câmara Municipal local - Prova robusta dos ilícitos praticados - Sentença condenatória - Apelação improvida. (...)’ (fl. 1.267). No RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se violação aos arts. 1º, III, 5º, caput, XLVI, LIV e LV, 37, § 4º, da mesma Carta. O agravo não merece acolhida. Verifica-se, preliminarmente, que, com exceção do art. 5º, LV, da Constituição Federal, os demais dispositivos apontados como violados não foram prequestionados. Assim, como tem consignado este Tribunal, por meio da Súmula 282, é inadmissível o recurso extraordinário se a questão constitucional suscitada não tiver sido apreciada no acórdão recorrido. Ademais, se os embargos declaratórios não foram opostos com a finalidade de suprir essa omissão, é inviável o recurso, nos termos da Súmula 356 do STF. Ademais, a jurisprudência desta Corte firmou-se no sentido de que, em regra, a alegação de ofensa aos princípios da ampla defesa e do contraditório, quando dependente de exame prévio de normas infraconstitucionais, configura situação de ofensa reflexa ao texto constitucional, o que impede o cabimento do recurso extraordinário. Nesse sentido, cito as seguintes decisões: AI 778.923-AgR/RJ, Rel. Min. Cármen Lúcia; AI 596.568-AgR/GO, Rel. Min. Dias Toffoli; AI 806.313-AgR/RN, Rel. Min. Ayres Britto; AI 727.420-AgR/DF, Rel. Min. Joaquim Barbosa; AI 795.489-AgR/SP, Rel. Min. Celso de Mello; AI 755.879-AgR/SP, Rel. Min. Gilmar Mendes; AI 756.336- AgR/MG, Rel. Min. Ellen Gracie; AI 508.047-AgR/RJ, Rel. Min. Cezar Peluso; AI 723.935-AgR/GO, Rel. Min. Eros Grau. Isso posto, nego seguimento ao recurso (CPC, art. 557, caput)”. O agravante sustenta, em suma, que, “Inicialmente, cumpre destacar que a presente decisão ora recorrida, data vênia, possui nulidade, haja vista que a decisão 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800304. Supremo Tribunal Federal AI 690.284 AGR / SP causa diante do conhecimento do ilícito), com determinação de pagamento de verbas rescisórias e depósito de FGTS - Ato praticado por co-réu no exercício da Presidência da Câmara Municipal local - Prova robusta dos ilícitos praticados - Sentença condenatória - Apelação improvida. (...)’ (fl. 1.267). No RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se violação aos arts. 1º, III, 5º, caput, XLVI, LIV e LV, 37, § 4º, da mesma Carta. O agravo não merece acolhida. Verifica-se, preliminarmente, que, com exceção do art. 5º, LV, da Constituição Federal, os demais dispositivos apontados como violados não foram prequestionados. Assim, como tem consignado este Tribunal, por meio da Súmula 282, é inadmissível o recurso extraordinário se a questão constitucional suscitada não tiver sido apreciada no acórdão recorrido. Ademais, se os embargos declaratórios não foram opostos com a finalidade de suprir essa omissão, é inviável o recurso, nos termos da Súmula 356 do STF. Ademais, a jurisprudência desta Corte firmou-se no sentido de que, em regra, a alegação de ofensa aos princípios da ampla defesa e do contraditório, quando dependente de exame prévio de normas infraconstitucionais, configura situação de ofensa reflexa ao texto constitucional, o que impede o cabimento do recurso extraordinário. Nesse sentido, cito as seguintes decisões: AI 778.923-AgR/RJ, Rel. Min. Cármen Lúcia; AI 596.568-AgR/GO, Rel. Min. Dias Toffoli; AI 806.313-AgR/RN, Rel. Min. Ayres Britto; AI 727.420-AgR/DF, Rel. Min. Joaquim Barbosa; AI 795.489-AgR/SP, Rel. Min. Celso de Mello; AI 755.879-AgR/SP, Rel. Min. Gilmar Mendes; AI 756.336- AgR/MG, Rel. Min. Ellen Gracie; AI 508.047-AgR/RJ, Rel. Min. Cezar Peluso; AI 723.935-AgR/GO, Rel. Min. Eros Grau. Isso posto, nego seguimento ao recurso (CPC, art. 557, caput)”. O agravante sustenta, em suma, que, “Inicialmente, cumpre destacar que a presente decisão ora recorrida, data vênia, possui nulidade, haja vista que a decisão 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800304. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 10 Relatório AI 690.284 AGR / SP proferida pelo Supremo Tribunal Federal foi anterior à decisão a ser proferida pelo Superior Tribunal de Justiça. (...) Assim, muito embora a r. Decisão monocrática recorrida tenha entendido que a matéria objeto do Recurso Extraordinário não tenha sido prequestionada, cumpre destacar, data vênia, que esta assertiva não é verdadeira, devendo o recurso interposto ser admitido” (fl. 1.453). É o relatório. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800304. Supremo Tribunal Federal AI 690.284 AGR / SP proferida pelo Supremo Tribunal Federal foi anterior à decisão a ser proferida pelo Superior Tribunal de Justiça. (...) Assim, muito embora a r. Decisão monocrática recorrida tenha entendido que a matéria objeto do Recurso Extraordinário não tenha sido prequestionada, cumpre destacar, data vênia, que esta assertiva não é verdadeira, devendo o recurso interposto ser admitido” (fl. 1.453). É o relatório. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800304. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 10 Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI 18/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 690.284 SÃO PAULO V O T O O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Bem reexaminada a questão, verifica-se que a decisão ora atacada não merece reforma, visto que o recorrente não aduz argumentos capazes de afastar as razões nela expendidas. Quanto ao pedido preliminar, para que seja sobrestado o recurso até decisão final do recurso especial pelo Superior Tribunal de Justiça, não assiste razão ao agravante. Como se sabe, a jurisprudência desta Corte é firme no sentido de que o § 1º do art. 543 do Código de Processo Civil, que impõe o julgamento prévio do recurso especial pelo Superior Tribunal de Justiça, somente se aplica, conforme prevê o caput do referido artigo, quando os recursos especial e extraordinário são admitidos. No caso em análise, ambos foram inadmitidos. Nesse sentido, menciono o AI 494.459-AgR-SP, Rel. Min. Eros Grau, assim ementado: “AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. VÍCIO DE PROCEDIMENTO. INEXISTÊNCIA. ARTIGO 33 DO ADCT. JUROS MORATÓRIOS E COMPENSATÓRIOS. INCIDÊNCIA. IMPOSSIBILIDADE. 1. A observância do disposto no parágrafo primeiro do artigo 543 do Código de Processo Civil não pode ser dissociada da previsão legal do seu caput, que prevê primeiramente a remessa do processo ao Superior Tribunal de Justiça somente na hipótese em que ambos os recursos foram admitidos pelo Presidente do Tribunal a quo. (...) Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800305. Supremo Tribunal Federal 18/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 690.284 SÃO PAULO V O T O O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Bem reexaminada a questão, verifica-se que a decisão ora atacada não merece reforma, visto que o recorrente não aduz argumentos capazes de afastar as razões nela expendidas. Quanto ao pedido preliminar, para que seja sobrestado o recurso até decisão final do recurso especial pelo Superior Tribunal de Justiça, não assiste razão ao agravante. Como se sabe, a jurisprudência desta Corte é firme no sentido de que o § 1º do art. 543 do Código de Processo Civil, que impõe o julgamento prévio do recurso especial pelo Superior Tribunal de Justiça, somente se aplica, conforme prevê o caput do referido artigo, quando os recursos especial e extraordinário são admitidos. No caso em análise, ambos foram inadmitidos. Nesse sentido, menciono o AI 494.459-AgR-SP, Rel. Min. Eros Grau, assim ementado: “AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. VÍCIO DE PROCEDIMENTO. INEXISTÊNCIA. ARTIGO 33 DO ADCT. JUROS MORATÓRIOS E COMPENSATÓRIOS. INCIDÊNCIA. IMPOSSIBILIDADE. 1. A observância do disposto no parágrafo primeiro do artigo 543 do Código de Processo Civil não pode ser dissociada da previsão legal do seu caput, que prevê primeiramente a remessa do processo ao Superior Tribunal de Justiça somente na hipótese em que ambos os recursos foram admitidos pelo Presidente do Tribunal a quo. (...) Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800305. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 10 Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI AI 690.284 AGR / SP Agravo regimental a que se nega provimento”. Na mesma linha, cito as seguintes decisões, entre outras: AI 780.879- AgR/RS, de minha relatoria; AI 498.852-AgR/RS, Rel. Min. Carlos Velloso; AI 481.598-AgR/SP, Rel. Min. Nelson Jobim. Desse modo, entendo que não há como acolher a pretensão do agravante, pois, ainda que o agravo dirigido ao Superior Tribunal de Justiça tenha sido provido para determinar a subida do recurso especial, não há impedimento para o julgamento do presente recurso. Quanto ao mérito, a irresignação também não prospera. Com efeito, ao contrário do que alegado pelo recorrente, o acórdão recorrido não abordou a questão referente à aplicação, na espécie, dos arts. 1º, III, 5º, caput, XLVI e LIV, e 37, § 4º, da Constituição, tampouco os declaratórios opostos pelo recorrente provocaram a manifestação do Tribunal a quo a respeito do tema. Aplicáveis, portanto, as Súmulas 282 e 356 do STF. Nesse sentido, além dos precedentes mencionados na decisão atacada, cito ainda julgados de ambas as Turmas desta Corte: “AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. AUSÊNCIA DE prequestionamento DAS MATÉRIAS CONSTITUCIONAIS SUSCITADAS. INCIDÊNCIA DAS SÚMULAS 282 E 356 DO STF. 1. Os temas constitucionais suscitados no apelo extremo não foram objeto de análise prévia, e conclusiva, pela Instância Judicante de origem. Pelo que incidem as Súmulas 282 e 356 desta Corte. 2. Agravo regimental desprovido” (AI 770.103-AgR/RJ, Rel. Min. Ayres Britto, Primeira Turma). “AGRAVO REGIMENTAL. DIREITO ADMINISTRATIVO. ANISTIADO POLÍTICO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. ISENÇÃO. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO DA MATÉRIA CONSTITUCIONAL. ENUNCIADOS 282 E 356 DA SÚMULA/STF. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA REFLEXA OU INDIRETA. Agravo regimental a que se nega 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800305. Supremo Tribunal Federal AI 690.284 AGR / SP Agravo regimental a que se nega provimento”. Na mesma linha, cito as seguintes decisões, entre outras: AI 780.879- AgR/RS, de minha relatoria; AI 498.852-AgR/RS, Rel. Min. Carlos Velloso; AI 481.598-AgR/SP, Rel. Min. Nelson Jobim. Desse modo, entendo que não há como acolher a pretensão do agravante, pois, ainda que o agravo dirigido ao Superior Tribunal de Justiça tenha sido provido para determinar a subida do recurso especial, não há impedimento para o julgamento do presente recurso. Quanto ao mérito, a irresignação também não prospera. Com efeito, ao contrário do que alegado pelo recorrente, o acórdão recorrido não abordou a questão referente à aplicação, na espécie, dos arts. 1º, III, 5º, caput, XLVI e LIV, e 37, § 4º, da Constituição, tampouco os declaratórios opostos pelo recorrente provocaram a manifestação do Tribunal a quo a respeito do tema. Aplicáveis, portanto, as Súmulas 282 e 356 do STF. Nesse sentido, além dos precedentes mencionados na decisão atacada, cito ainda julgados de ambas as Turmas desta Corte: “AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. AUSÊNCIA DE prequestionamento DAS MATÉRIAS CONSTITUCIONAIS SUSCITADAS. INCIDÊNCIA DAS SÚMULAS 282 E 356 DO STF. 1. Os temas constitucionais suscitados no apelo extremo não foram objeto de análise prévia, e conclusiva, pela Instância Judicante de origem. Pelo que incidem as Súmulas 282 e 356 desta Corte. 2. Agravo regimental desprovido” (AI 770.103-AgR/RJ, Rel. Min. Ayres Britto, Primeira Turma). “AGRAVO REGIMENTAL. DIREITO ADMINISTRATIVO. ANISTIADO POLÍTICO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. ISENÇÃO. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO DA MATÉRIA CONSTITUCIONAL. ENUNCIADOS 282 E 356 DA SÚMULA/STF. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA REFLEXA OU INDIRETA. Agravo regimental a que se nega 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800305. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 10 Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI AI 690.284 AGR / SP provimento” (AI 742.256-AgR/GO, Rel. Min. Joaquim Barbosa, Segunda Turma). Extrai-se, por oportuno, o seguinte trecho do voto condutor do AI 742.256-AgR/GO: “De acordo com a jurisprudência desta Corte, para se ter como prequestionada, a matéria deve ter sido trazida nas razões do recurso e abordada no acórdão recorrido, ou, caso omisso o tribunal recorrido, suscitada em embargos de declaração. Da mesma forma, para que a ofensa surgida no acórdão recorrido seja considerada prequestionada, deve-se dar ao tribunal recorrido, via embargos de declaração, oportunidade para manifestar-se acerca da violação apontada”. É certo, ainda, que esta Corte firmou entendimento no sentido de ser inadmissível, em regra, a interposição de recurso extraordinário para discutir matéria relacionada à ofensa aos princípios constitucionais do devido processo legal, da ampla defesa, do contraditório e da prestação jurisdicional, quando a verificação dessa alegação depender de exame prévio de legislação infraconstitucional, por configurar situação de ofensa reflexa ao texto constitucional. Nesse sentido, transcrevo ementas de julgados de ambas as Turmas deste Tribunal: “AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. TRABALHISTA. ALEGAÇÃO DE CONTRARIEDADE AO ART. 5º, INC. XXXV, LIV E LV, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA: CONTROVÉRSIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. A jurisprudência do Supremo Tribunal firmou-se no sentido de que as alegações de contrariedade aos princípios da legalidade, do devido processo legal, do contraditório, da ampla defesa, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, quando dependentes de exame de legislação infraconstitucional, configuram ofensa 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800305. Supremo Tribunal Federal AI 690.284 AGR / SP provimento” (AI 742.256-AgR/GO, Rel. Min. Joaquim Barbosa, Segunda Turma). Extrai-se, por oportuno, o seguinte trecho do voto condutor do AI 742.256-AgR/GO: “De acordo com a jurisprudência desta Corte, para se ter como prequestionada, a matéria deve ter sido trazida nas razões do recurso e abordada no acórdão recorrido, ou, caso omisso o tribunal recorrido, suscitada em embargos de declaração. Da mesma forma, para que a ofensa surgida no acórdão recorrido seja considerada prequestionada, deve-se dar ao tribunal recorrido, via embargos de declaração, oportunidade para manifestar-se acerca da violação apontada”. É certo, ainda, que esta Corte firmou entendimento no sentido de ser inadmissível, em regra, a interposição de recurso extraordinário para discutir matéria relacionada à ofensa aos princípios constitucionais do devido processo legal, da ampla defesa, do contraditório e da prestação jurisdicional, quando a verificação dessa alegação depender de exame prévio de legislação infraconstitucional, por configurar situação de ofensa reflexa ao texto constitucional. Nesse sentido, transcrevo ementas de julgados de ambas as Turmas deste Tribunal: “AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. TRABALHISTA. ALEGAÇÃO DE CONTRARIEDADE AO ART. 5º, INC. XXXV, LIV E LV, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA: CONTROVÉRSIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. A jurisprudência do Supremo Tribunal firmou-se no sentido de que as alegações de contrariedade aos princípios da legalidade, do devido processo legal, do contraditório, da ampla defesa, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, quando dependentes de exame de legislação infraconstitucional, configuram ofensa 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800305. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 10 Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI AI 690.284 AGR / SP constitucional indireta” (AI 777.240-AgR/RS, Rel. Min. Cármen Lúcia, Primeira Turma). “1. RECURSO. Agravo de instrumento. Inadmissibilidade. Certidão de não apresentação de contra-razões de recurso extraordinário. Comprovação de Inexistência. Recurso conhecido. Demonstrada a existência de peça obrigatória ao agravo de instrumento, deve ser apreciado o recurso. 2. RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. Alegação de ofensa ao art. 5º, XXXV, LIV e LV, da Constituição Federal. Ofensa constitucional indireta. Agravo regimental não provido. As alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame prévio de normas inferiores, podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição” (AI 610.626- AgR/RJ, Rel. Min. Cezar Peluso, Segunda Turma). Isso posto, nego provimento ao agravo regimental. 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800305. Supremo Tribunal Federal AI 690.284 AGR / SP constitucional indireta” (AI 777.240-AgR/RS, Rel. Min. Cármen Lúcia, Primeira Turma). “1. RECURSO. Agravo de instrumento. Inadmissibilidade. Certidão de não apresentação de contra-razões de recurso extraordinário. Comprovação de Inexistência. Recurso conhecido. Demonstrada a existência de peça obrigatória ao agravo de instrumento, deve ser apreciado o recurso. 2. RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. Alegação de ofensa ao art. 5º, XXXV, LIV e LV, da Constituição Federal. Ofensa constitucional indireta. Agravo regimental não provido. As alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame prévio de normas inferiores, podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição” (AI 610.626- AgR/RJ, Rel. Min. Cezar Peluso, Segunda Turma). Isso posto, nego provimento ao agravo regimental. 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800305. Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 10 Decisão de Julgamento SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 690.284 PROCED. : SÃO PAULO RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI AGTE.(S) : ROGÉRIO RIBEIRO DA SILVA ADV.(A/S) : SEBASTIÃO BOTTO DE BARROS TOJAL AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO AGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DA ESTÂNCIA DE ATIBAIA ADV.(A/S) : MAURO SANCHES CHERFÊM INTDO.(A/S) : JOSÉ ROBERTO DE BARROS ADV.(A/S) : TANIA LIS TIZZONI NOGUEIRA Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 18.09.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2849267 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 690.284 PROCED. : SÃO PAULO RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI AGTE.(S) : ROGÉRIO RIBEIRO DA SILVA ADV.(A/S) : SEBASTIÃO BOTTO DE BARROS TOJAL AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO AGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DA ESTÂNCIA DE ATIBAIA ADV.(A/S) : MAURO SANCHES CHERFÊM INTDO.(A/S) : JOSÉ ROBERTO DE BARROS ADV.(A/S) : TANIA LIS TIZZONI NOGUEIRA Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 18.09.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2849267 Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 10
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=2864017
2012-09-18T00:00:00
2012-10-03T00:00:00
A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 18.09.2012.
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO
Ementa: AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. ARTIGO 543 DO CPC. SOBRESTAMENTO DO FEITO. DESCABIMENTO. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. SÚMULAS 282 E 356 DO STF. ALEGADA CONTRARIEDADE AO ART. 5º, LV, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. OFENSA REFLEXA. AGRAVO IMPROVIDO. I – O art. 543, § 1º, do Código de Processo Civil, que impõe o julgamento prévio do recurso especial pelo Superior Tribunal de Justiça, somente se aplica, nos termos do que disposto no caput do artigo, quando os recursos especial e extraordinário são admitidos. II - Como tem consignado o Tribunal, por meio da Súmula 282, é inadmissível o recurso extraordinário se a questão constitucional suscitada não tiver sido apreciada no acórdão recorrido. Ademais, se os embargos declaratórios não foram opostos com a finalidade de suprir essa omissão, é inviável o recurso, a teor da Súmula 356 do STF. III – Esta Corte firmou orientação no sentido de ser inadmissível, em regra, a interposição de recurso extraordinário para discutir matéria relacionada à ofensa aos princípios constitucionais da ampla defesa e do contraditório, quando a verificação dessa alegação depender de exame prévio de legislação infraconstitucional, por configurar situação de ofensa reflexa ao texto constitucional. Precedentes. IV - Agravo regimental improvido.
sjur215805
- Acórdãos citados: AI 494459 AgR, AI 481598 AgR, AI 498852 AgR, AI 610626 AgR, AI 742256 AgR, AI 770103 AgR, AI 777240 AgR, AI 780879 AgR. Número de páginas: 10. Análise: 09/10/2012, LLD.
RICARDO LEWANDOWSKI
Segunda Turma
690284
[ "LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00005 INC-00055 \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n\r\n", "LEG-FED LEI-005869 ANO-1973\r\n ART-00543 \"CAPUT\" PAR-00001 \r\n CPC-1973 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL\r\n\r\n", "LEG-FED SUMSTF-000282 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF \r\n\r\n", "LEG-FED SUMSTF-000356 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF" ]
AI-AgR
acordaos
AI 690284 AgR
[ "" ]
AGTE.(S) : ROGÉRIO RIBEIRO DA SILVA ADV.(A/S) : SEBASTIÃO BOTTO DE BARROS TOJAL AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO AGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DA ESTÂNCIA DE ATIBAIA ADV.(A/S) : MAURO SANCHES CHERFÊM INTDO.(A/S) : JOSÉ ROBERTO DE BARROS ADV.(A/S) : TANIA LIS TIZZONI NOGUEIRA PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
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Barbosa", "RICARDO LEWANDOWSKI", "Cármen Lúcia", "Cezar Peluso", "Cármen Lúcia", "Cezar Peluso", "RICARDO LEWANDOWSKI", "ROGÉRIO RIBEIRO DA SILVA", "SEBASTIÃO BOTTO DE BARROS TOJAL", "MAURO SANCHES CHERFÊM", "JOSÉ ROBERTO DE BARROS", "TANIA LIS TIZZONI NOGUEIRA", "Celso de Mello", "Joaquim Barbosa", "Ricardo Lewandowski", "Gilmar Mendes", "Cármen Lúcia", "Celso de Mello", "Joaquim Barbosa", "Paulo da Rocha Campos", "Fabiane Duarte", "RICARDO LEWANDOWSKI", "ROGÉRIO RIBEIRO DA SILVA", "SEBASTIÃO BOTTO DE BARROS TOJAL", "MAURO SANCHES CHERFÊM", "JOSÉ ROBERTO DE BARROS", "TANIA LIS TIZZONI NOGUEIRA", "Celso de Mello", "Joaquim Barbosa", "Ricardo Lewandowski", "Gilmar Mendes", "Cármen Lúcia", "Celso de Mello", "Joaquim Barbosa", "Paulo da Rocha Campos" ], "TEMPO": [ "18", "/", "09", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "03", "/", "10", "/", "2012", "18 de setembro de 2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "18 de setembro de 2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "18", "/", "09", "/", 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Ementa e Acórdão 18/09/2012 SEGUNDA TURMA HABEAS CORPUS 112.507 PIAUÍ RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI PACTE.(S) :JOSÉ ALVES FERREIRA NETO IMPTE.(S) :DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL COATOR(A/S)(ES) :SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA EMENTA: HABEAS CORPUS. PROCESSUAL PENAL. NULIDADE DA SENTENÇA DE PRONÚNCIA. FUNDAMENTAÇÃO. AUSÊNCIA DE INDÍCIOS DE AUTORIA. NÃO OCORRÊNCIA. IMPOSSIBILIDADE DE DILAÇÃO PROBATÓRIA. ORDEM DENEGADA. I – A discussão exaustiva a respeito da autoria de crime doloso contra a vida situa-se no âmbito da competência funcional do Tribunal do Júri. II - Na fase de pronúncia não se exige juízo de certeza, bastando indícios suficientes sobre a autoria ou participação do agente, conforme ficou demostrado na decisão impugnada. III – Para se chegar a conclusão contrária à adotada pelas instâncias ordinárias e confirmada pelo STJ, seria necessário o reexame de fatos e provas, providência incabível em habeas corpus, por se tratar de instrumento destinado à proteção de direito demonstrável de plano, que não admite dilação probatória. IV – Habeas corpus denegado. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamentos e das notas taquigráficas, por unanimidade, denegar a Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800426. Supremo Tribunal Federal DJe 03/10/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 11 Ementa e Acórdão HC 112.507 / PI ordem, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. Brasília, 18 de setembro de 2012. RICARDO LEWANDOWSKI – PRESIDENTE E RELATOR 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800426. Supremo Tribunal Federal HC 112.507 / PI ordem, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. Brasília, 18 de setembro de 2012. RICARDO LEWANDOWSKI – PRESIDENTE E RELATOR 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800426. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 11 Relatório 18/09/2012 SEGUNDA TURMA HABEAS CORPUS 112.507 PIAUÍ RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI PACTE.(S) :JOSÉ ALVES FERREIRA NETO IMPTE.(S) :DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL COATOR(A/S)(ES) :SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Trata-se de habeas corpus, com pedido de medida liminar, impetrado pela Defensoria Pública da União, em favor de JOSÉ ALVES FERREIRA NETO, contra acórdão da Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça, que denegou a ordem pleiteada no HC 104.240/PI, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze. Consta dos autos que o paciente foi pronunciado pela suposta tentativa de homicídio duplamente qualificado (art. 121, § 2º, II e IV, combinado com o art. 14, II, do CP). A impetrante relata, em suma, que, buscando a anulação da sentença de pronúncia por ausência de provas suficientes de autoria, o paciente interpôs recurso em sentido estrito no Tribunal de Justiça do Estado do Piauí, que negou provimento ao recurso. Inconformada, a defesa impetrou habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça, que denegou a ordem. É contra o acórdão da Corte Superior que se insurge a impetrante. Sustenta, em síntese, que o juízo de 1ª instância tomou como base para a pronúncia “tão somente o depoimento da testemunha Cláudia Maria de Carvalho Mota, colhido durante o tramitar do Inquérito Policial (...)”. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800427. Supremo Tribunal Federal 18/09/2012 SEGUNDA TURMA HABEAS CORPUS 112.507 PIAUÍ RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI PACTE.(S) :JOSÉ ALVES FERREIRA NETO IMPTE.(S) :DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL COATOR(A/S)(ES) :SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Trata-se de habeas corpus, com pedido de medida liminar, impetrado pela Defensoria Pública da União, em favor de JOSÉ ALVES FERREIRA NETO, contra acórdão da Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça, que denegou a ordem pleiteada no HC 104.240/PI, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze. Consta dos autos que o paciente foi pronunciado pela suposta tentativa de homicídio duplamente qualificado (art. 121, § 2º, II e IV, combinado com o art. 14, II, do CP). A impetrante relata, em suma, que, buscando a anulação da sentença de pronúncia por ausência de provas suficientes de autoria, o paciente interpôs recurso em sentido estrito no Tribunal de Justiça do Estado do Piauí, que negou provimento ao recurso. Inconformada, a defesa impetrou habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça, que denegou a ordem. É contra o acórdão da Corte Superior que se insurge a impetrante. Sustenta, em síntese, que o juízo de 1ª instância tomou como base para a pronúncia “tão somente o depoimento da testemunha Cláudia Maria de Carvalho Mota, colhido durante o tramitar do Inquérito Policial (...)”. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800427. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 11 Relatório HC 112.507 / PI Aduz, por isso, que “tal procedimento é de natureza administrativa e inquisitiva, indo de encontro aos preceitos constitucionais do contraditório e da ampla defesa”. Alega, em reforço, que “a prova produzida na fase inquisitorial não tem o condão de imputar ao Paciente os indícios da autoria delitiva, ainda mais quando constatada a contradição nos depoimentos prestados durante o inquérito policial e no curso da instrução processual”. Requer, ao final, liminarmente, a suspensão dos efeitos do acórdão do Superior Tribunal de Justiça, “sob pena de graves e irreversíveis consequências”. No mérito, pede o reconhecimento da nulidade da sentença de pronúncia, que foi “fundamentada apenas em depoimentos contraditórios de uma única testemunha que afirmou a autoria do delito (...)”. Em 6/3/2012, indeferi a medida liminar, solicitei informações ao Juízo de Direito da Comarca de Ipiranga do Piauí, para que informasse o andamento da ação penal movida contra o paciente, e determinei, na sequência, fosse ouvido o Procurador-Geral da República. As informações foram prestadas por meio do Ofício 28/2012.2-GJ, de 20/3/2012, recebido nesta Corte em 27/3/2012. O Ministério Público Federal, em parecer da lavra do Subprocurador-Geral da República Edson Oliveira de Almeida, manifestou-se pela denegação da ordem. É o relatório. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800427. Supremo Tribunal Federal HC 112.507 / PI Aduz, por isso, que “tal procedimento é de natureza administrativa e inquisitiva, indo de encontro aos preceitos constitucionais do contraditório e da ampla defesa”. Alega, em reforço, que “a prova produzida na fase inquisitorial não tem o condão de imputar ao Paciente os indícios da autoria delitiva, ainda mais quando constatada a contradição nos depoimentos prestados durante o inquérito policial e no curso da instrução processual”. Requer, ao final, liminarmente, a suspensão dos efeitos do acórdão do Superior Tribunal de Justiça, “sob pena de graves e irreversíveis consequências”. No mérito, pede o reconhecimento da nulidade da sentença de pronúncia, que foi “fundamentada apenas em depoimentos contraditórios de uma única testemunha que afirmou a autoria do delito (...)”. Em 6/3/2012, indeferi a medida liminar, solicitei informações ao Juízo de Direito da Comarca de Ipiranga do Piauí, para que informasse o andamento da ação penal movida contra o paciente, e determinei, na sequência, fosse ouvido o Procurador-Geral da República. As informações foram prestadas por meio do Ofício 28/2012.2-GJ, de 20/3/2012, recebido nesta Corte em 27/3/2012. O Ministério Público Federal, em parecer da lavra do Subprocurador-Geral da República Edson Oliveira de Almeida, manifestou-se pela denegação da ordem. É o relatório. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800427. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 11 Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI 18/09/2012 SEGUNDA TURMA HABEAS CORPUS 112.507 PIAUÍ V O T O O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Bem examinados os autos, tenho que o caso é de denegação da ordem. O acórdão questionado possui a seguinte ementa: “PENAL E PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS. TENTATIVA DE HOMICÍDIO DUPLAMENTE QUALIFICADO. (I) ARGUIÇÃO DE NULIDADE DA DECISÃO DE PRONÚNCIA FUNDADA EXCLUSIVAMENTE EM PROVA COLHIDA EM FASE INQUISITORIAL. INVIABILIDADE. INDICAÇÃO DE PROVAS SUBMETIDAS AO CRIVO DO CONTRADITÓRIO E DA AMPLA DEFESA. (II) ALEGAÇÃO DE FRAGILIDADE DOS FATOS INDICADOS NA DENÚNCIA. IMPROCEDÊNCIA. CORRETA INDICAÇÃO DE INDÍCIOS DE AUTORIA E CERTEZA DA MATERIALIDADE DO FATO CRIMINOSO. ORDEM DENEGADA. 1. Não há nulidade processual se a decisão de pronúncia, para admitir a tese veiculada na denúncia, funda-se em elementos de prova colhidos em juízo, mesmo que eventualmente mencione informações colhidas durante o inquérito policial. Ademais, a impetrante não trouxe elementos aptos a desconstituir o alegado pela Corte estadual, não constando dos autos documento que demonstre que os depoimentos utilizados na sentença de pronúncia foram somente aqueles prestados perante a autoridade policial. 2. O entendimento desta Corte Superior vem se firmando no sentido de que a sentença de pronúncia pode se valer de elementos probatórios colhidos na fase inquisitorial, por não configurar juízo de certeza. Precedentes. 3. É regular a decisão de pronúncia e o acórdão que a confirma se há indicação de elementos suficientes a demonstrar a probabilidade Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800428. Supremo Tribunal Federal 18/09/2012 SEGUNDA TURMA HABEAS CORPUS 112.507 PIAUÍ V O T O O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Bem examinados os autos, tenho que o caso é de denegação da ordem. O acórdão questionado possui a seguinte ementa: “PENAL E PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS. TENTATIVA DE HOMICÍDIO DUPLAMENTE QUALIFICADO. (I) ARGUIÇÃO DE NULIDADE DA DECISÃO DE PRONÚNCIA FUNDADA EXCLUSIVAMENTE EM PROVA COLHIDA EM FASE INQUISITORIAL. INVIABILIDADE. INDICAÇÃO DE PROVAS SUBMETIDAS AO CRIVO DO CONTRADITÓRIO E DA AMPLA DEFESA. (II) ALEGAÇÃO DE FRAGILIDADE DOS FATOS INDICADOS NA DENÚNCIA. IMPROCEDÊNCIA. CORRETA INDICAÇÃO DE INDÍCIOS DE AUTORIA E CERTEZA DA MATERIALIDADE DO FATO CRIMINOSO. ORDEM DENEGADA. 1. Não há nulidade processual se a decisão de pronúncia, para admitir a tese veiculada na denúncia, funda-se em elementos de prova colhidos em juízo, mesmo que eventualmente mencione informações colhidas durante o inquérito policial. Ademais, a impetrante não trouxe elementos aptos a desconstituir o alegado pela Corte estadual, não constando dos autos documento que demonstre que os depoimentos utilizados na sentença de pronúncia foram somente aqueles prestados perante a autoridade policial. 2. O entendimento desta Corte Superior vem se firmando no sentido de que a sentença de pronúncia pode se valer de elementos probatórios colhidos na fase inquisitorial, por não configurar juízo de certeza. Precedentes. 3. É regular a decisão de pronúncia e o acórdão que a confirma se há indicação de elementos suficientes a demonstrar a probabilidade Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800428. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 11 Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI HC 112.507 / PI da autoria, bem como a certeza sobre a materialidade do fato criminoso, de maneira a atestar a possível adequação da conduta aos dispositivos – art. 121, § 2º, incisos II e IV, c/c art. 14, II, do CP - que embasaram a submissão do feito ao colegiado popular. 4. Habeas corpus denegado”. Conforme relatado, a impetrante pugna pela nulidade da sentença de pronúncia proferida pelo Juízo da Comarca de Ipiranga do Piauí/PI, sob a alegação de que a decisão estaria fundada em depoimentos colhidos na fase do inquérito policial, bem como que não haveriam indícios suficientes de autoria do crime. Entretanto, a irresignação não prospera. À época dos fatos, a matéria era regida pelo art. 408 do Código de Processo Penal (atualmente pelo art. 413 do CPP), segundo o qual, se “o juiz se convencer da existência do crime e de indícios de que o réu seja o seu autor, pronunciá-lo-á, dando os motivos do seu convencimento”. Nesse contexto, o magistrado processante pronunciou o paciente, com base nos seguintes fundamentos: “(...) Quando do seu interrogatório o réu, JOSÉ ALVES FERREIRA NETO, negou a autoria, dizendo não saber se é verdadeira a imputação que lhe é feita. As testemunhas confirmam o crime praticado pelo réu, senão vejamos: CLAÚDIA MARIA DE CARVALHO MOTA, fl. 62, 'em chegando no local do fato tomaram conhecimento de que um irmão de Rozita, tinha furado a vítima'. 'Que não viu discussão entre acusado e vítima'. JOSEFA RIBEIRO DE CARVALHO SILVA, fl. 15, alínea 09, 'O acusado de nome José Neto comprou dois cachorros quentes' (…) Fl. 15, alínea – 12 a 13 'Que nesta hora a declarante ouviu uma 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800428. Supremo Tribunal Federal HC 112.507 / PI da autoria, bem como a certeza sobre a materialidade do fato criminoso, de maneira a atestar a possível adequação da conduta aos dispositivos – art. 121, § 2º, incisos II e IV, c/c art. 14, II, do CP - que embasaram a submissão do feito ao colegiado popular. 4. Habeas corpus denegado”. Conforme relatado, a impetrante pugna pela nulidade da sentença de pronúncia proferida pelo Juízo da Comarca de Ipiranga do Piauí/PI, sob a alegação de que a decisão estaria fundada em depoimentos colhidos na fase do inquérito policial, bem como que não haveriam indícios suficientes de autoria do crime. Entretanto, a irresignação não prospera. À época dos fatos, a matéria era regida pelo art. 408 do Código de Processo Penal (atualmente pelo art. 413 do CPP), segundo o qual, se “o juiz se convencer da existência do crime e de indícios de que o réu seja o seu autor, pronunciá-lo-á, dando os motivos do seu convencimento”. Nesse contexto, o magistrado processante pronunciou o paciente, com base nos seguintes fundamentos: “(...) Quando do seu interrogatório o réu, JOSÉ ALVES FERREIRA NETO, negou a autoria, dizendo não saber se é verdadeira a imputação que lhe é feita. As testemunhas confirmam o crime praticado pelo réu, senão vejamos: CLAÚDIA MARIA DE CARVALHO MOTA, fl. 62, 'em chegando no local do fato tomaram conhecimento de que um irmão de Rozita, tinha furado a vítima'. 'Que não viu discussão entre acusado e vítima'. JOSEFA RIBEIRO DE CARVALHO SILVA, fl. 15, alínea 09, 'O acusado de nome José Neto comprou dois cachorros quentes' (…) Fl. 15, alínea – 12 a 13 'Que nesta hora a declarante ouviu uma 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800428. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 11 Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI HC 112.507 / PI pequena discussão onde o acusado dizia que furava e a vítima respondeu, pois fura, e em seguida já viu a vítima saindo com a mão na altura da furada e caindo na calçada do clube'. A materialidade do delito está provada através do Laudo de Exame Corpo Delito de fl. 14. A negativa de autoria, entretanto, está em contradição com a outra versão presente nos autos, qual seja, a de que a vítima dizia que furava a vítima fl. 15, alínea 12. E o relato de CLAÚDIA MARIA DE CARVALHO MOTA, não está isolado nos autos. Assim, existindo dúvida, nesta primeira fase, o juízo deve manifestar-se em prol da sociedade, ficando o princípio secular do in dubio pro reo para a segunda fase do processo de competência do Tribunal do Júri. A certeza da materialidade, em se tratando de delito tentado, está demonstrada pelo auto de exame de corpo de delito de fl. 14, acostado, e prova testemunhal colhida”. Verifica-se que o juízo de primeiro grau descreveu os fatos com as suas circunstâncias, baseando-se não apenas no depoimento de uma única testemunha, como alegado pela defesa, mas também no relato de outra testemunha. Assim, segundo o magistrado, esses depoimentos seriam suficientes para comprovar os indícios de autoria, bem como assentou que ficou demostrada a materialidade do crime pelo laudo do exame de corpo delito. Ao julgar o recurso em sentido estrito interposto contra a sentença de pronúncia, o Tribunal de Justiça do Estado do Piauí reafirmou os fatos narrados, afastando a tese de ausência de indícios de autoria, bem como da alegada nulidade da pronúncia em razão de ter sido fundamentada apenas em elementos do inquérito: “Preliminarmente, o apelante alega a nulidade da sentença de pronúncia por se basear apenas em provas testemunhais obtidas na fase inquisitorial, o que não condiz com a verdade dos fatos, pois, vê-se que a sentença de pronúncia refere-se ao depoimento da testemunha 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800428. Supremo Tribunal Federal HC 112.507 / PI pequena discussão onde o acusado dizia que furava e a vítima respondeu, pois fura, e em seguida já viu a vítima saindo com a mão na altura da furada e caindo na calçada do clube'. A materialidade do delito está provada através do Laudo de Exame Corpo Delito de fl. 14. A negativa de autoria, entretanto, está em contradição com a outra versão presente nos autos, qual seja, a de que a vítima dizia que furava a vítima fl. 15, alínea 12. E o relato de CLAÚDIA MARIA DE CARVALHO MOTA, não está isolado nos autos. Assim, existindo dúvida, nesta primeira fase, o juízo deve manifestar-se em prol da sociedade, ficando o princípio secular do in dubio pro reo para a segunda fase do processo de competência do Tribunal do Júri. A certeza da materialidade, em se tratando de delito tentado, está demonstrada pelo auto de exame de corpo de delito de fl. 14, acostado, e prova testemunhal colhida”. Verifica-se que o juízo de primeiro grau descreveu os fatos com as suas circunstâncias, baseando-se não apenas no depoimento de uma única testemunha, como alegado pela defesa, mas também no relato de outra testemunha. Assim, segundo o magistrado, esses depoimentos seriam suficientes para comprovar os indícios de autoria, bem como assentou que ficou demostrada a materialidade do crime pelo laudo do exame de corpo delito. Ao julgar o recurso em sentido estrito interposto contra a sentença de pronúncia, o Tribunal de Justiça do Estado do Piauí reafirmou os fatos narrados, afastando a tese de ausência de indícios de autoria, bem como da alegada nulidade da pronúncia em razão de ter sido fundamentada apenas em elementos do inquérito: “Preliminarmente, o apelante alega a nulidade da sentença de pronúncia por se basear apenas em provas testemunhais obtidas na fase inquisitorial, o que não condiz com a verdade dos fatos, pois, vê-se que a sentença de pronúncia refere-se ao depoimento da testemunha 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800428. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 11 Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI HC 112.507 / PI Cláudia Maria de Carvalho Mota, prestado em juízo e que tal depoimento não se encontra isolado nos autos. Com relação à transcrição do depoimento de Josefa Ribeiro de Carvalho Silva, prestado na fase policial, vale destacar que tais afirmações são categoricamente confirmadas no depoimento da testemunha Ivan Batista da Silva às fls. 94 que diz: 'Que a vítima entrou no clube já bastante embriagada e peitou no acusado. A vítima pediu desculpas ao acusado. E o acusado respondeu: negócio de desculpa, quer que eu te fure? Que a vítima respondeu fure. Que o acusado sacou seu punhal e furou acima do abdômen da vítima.' Desta forma, conclui-se não se baseou apenas em versão contida exclusivamente na fase inquisitorial, mas em versão confirmada em juízo, não merecendo, portanto, acolhida a preliminar suscitada”. Não há, assim, nenhuma irregularidade a justificar a concessão da ordem. Isso porque as decisões ora atacadas estão em perfeita consonância com a jurisprudência desta Corte, sedimentada no sentido de que “(...) não se mostra ilegal, nem excessiva, a sentença de pronúncia que se limitou a expor, fundamentadamente, os motivos do convencimento do juiz acerca da materialidade e da autoria, especificando o dispositivo legal no qual o réu está incurso, conforme dispõe o art. 408 do Código de Processo Penal (com redação dada pela Lei nº 5.941, de 22.11.1973), vigente à época da prolação da sentença (...)” (HC 110.285/DF, Rel. Min. Joaquim Barbosa). “I. Habeas corpus: cabimento para verificar a suficiência e a idoneidade da fundamentação de decisão judicial. II. Pronúncia: motivação suficiente: C.Pr.Penal,art. 408. (...) 2. O caso, porém, é de pronúncia, para a qual contenta-se o art. 408 C.Pr.Penal com a existência do crime 'e de indícios de que o réu seja o seu autor'. 3. Aí - segundo o entendimento sedimentado -indícios de autoria não têm o sentido de prova indiciária - que pode bastar à condenação - mas, sim, de elementos bastantes a fundar suspeita contra o denunciado. 4. Para esse fim de suportar a pronúncia - decisão de efeitos meramente 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800428. Supremo Tribunal Federal HC 112.507 / PI Cláudia Maria de Carvalho Mota, prestado em juízo e que tal depoimento não se encontra isolado nos autos. Com relação à transcrição do depoimento de Josefa Ribeiro de Carvalho Silva, prestado na fase policial, vale destacar que tais afirmações são categoricamente confirmadas no depoimento da testemunha Ivan Batista da Silva às fls. 94 que diz: 'Que a vítima entrou no clube já bastante embriagada e peitou no acusado. A vítima pediu desculpas ao acusado. E o acusado respondeu: negócio de desculpa, quer que eu te fure? Que a vítima respondeu fure. Que o acusado sacou seu punhal e furou acima do abdômen da vítima.' Desta forma, conclui-se não se baseou apenas em versão contida exclusivamente na fase inquisitorial, mas em versão confirmada em juízo, não merecendo, portanto, acolhida a preliminar suscitada”. Não há, assim, nenhuma irregularidade a justificar a concessão da ordem. Isso porque as decisões ora atacadas estão em perfeita consonância com a jurisprudência desta Corte, sedimentada no sentido de que “(...) não se mostra ilegal, nem excessiva, a sentença de pronúncia que se limitou a expor, fundamentadamente, os motivos do convencimento do juiz acerca da materialidade e da autoria, especificando o dispositivo legal no qual o réu está incurso, conforme dispõe o art. 408 do Código de Processo Penal (com redação dada pela Lei nº 5.941, de 22.11.1973), vigente à época da prolação da sentença (...)” (HC 110.285/DF, Rel. Min. Joaquim Barbosa). “I. Habeas corpus: cabimento para verificar a suficiência e a idoneidade da fundamentação de decisão judicial. II. Pronúncia: motivação suficiente: C.Pr.Penal,art. 408. (...) 2. O caso, porém, é de pronúncia, para a qual contenta-se o art. 408 C.Pr.Penal com a existência do crime 'e de indícios de que o réu seja o seu autor'. 3. Aí - segundo o entendimento sedimentado -indícios de autoria não têm o sentido de prova indiciária - que pode bastar à condenação - mas, sim, de elementos bastantes a fundar suspeita contra o denunciado. 4. Para esse fim de suportar a pronúncia - decisão de efeitos meramente 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800428. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 11 Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI HC 112.507 / PI processuais -, o testemunho no inquérito desmentido em juízo pode ser suficiente, sobretudo se a retratação é expressamente vinculada à acusação de tortura sofrida pelo declarante e não se ofereceu sequer traço de plausibilidade da alegação: aí, a reinquirição da testemunha no plenário do Júri e outras provas que ali se produzam podem ser relevantes” (HC 83.542/PE, Rel. Min. Sepúlveda Pertence – grifos meus). Na mesma esteira, cito os seguintes precedentes: RHC 103.562/PE, Rel. Min. Gilmar Mendes; HC 110.467/PR, Rel. Min. Joaquim Barbosa; HC 107.585/MG, Rel. Min. Luiz Fux. Ademais, a discussão exaustiva a respeito da autoria do crime situa- se no âmbito da competência funcional do Tribunal do Júri. Na fase de pronúncia bastam indícios suficientes sobre a autoria ou participação do agente, conforme ficou demostrado pelas instâncias a quo. Na pronúncia não se exige juízo de certeza, nem o exame aprofundado dos elementos probatórios, mas apenas que o juiz fundamente a decisão, como já dito, convencido da materialidade do fato e da existência de indícios suficientes de autoria, que indicam a probabilidade da prática de crime doloso contra a vida. Importa salientar, por fim, que, para se chegar a conclusão contrária à adotada pelas instâncias ordinárias e confirmada pelo STJ, seria necessário o reexame de fatos e provas, providência incabível em habeas corpus, por se tratar de instrumento destinado à proteção de direito demonstrável de plano, que não admite dilação probatória. Esse também foi o entendimento do Ministério Público Federal, que, ao se manifestar pela denegação da ordem, expôs os seguintes argumentos: “Sem razão o questionamento em relação à sentença de 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800428. Supremo Tribunal Federal HC 112.507 / PI processuais -, o testemunho no inquérito desmentido em juízo pode ser suficiente, sobretudo se a retratação é expressamente vinculada à acusação de tortura sofrida pelo declarante e não se ofereceu sequer traço de plausibilidade da alegação: aí, a reinquirição da testemunha no plenário do Júri e outras provas que ali se produzam podem ser relevantes” (HC 83.542/PE, Rel. Min. Sepúlveda Pertence – grifos meus). Na mesma esteira, cito os seguintes precedentes: RHC 103.562/PE, Rel. Min. Gilmar Mendes; HC 110.467/PR, Rel. Min. Joaquim Barbosa; HC 107.585/MG, Rel. Min. Luiz Fux. Ademais, a discussão exaustiva a respeito da autoria do crime situa- se no âmbito da competência funcional do Tribunal do Júri. Na fase de pronúncia bastam indícios suficientes sobre a autoria ou participação do agente, conforme ficou demostrado pelas instâncias a quo. Na pronúncia não se exige juízo de certeza, nem o exame aprofundado dos elementos probatórios, mas apenas que o juiz fundamente a decisão, como já dito, convencido da materialidade do fato e da existência de indícios suficientes de autoria, que indicam a probabilidade da prática de crime doloso contra a vida. Importa salientar, por fim, que, para se chegar a conclusão contrária à adotada pelas instâncias ordinárias e confirmada pelo STJ, seria necessário o reexame de fatos e provas, providência incabível em habeas corpus, por se tratar de instrumento destinado à proteção de direito demonstrável de plano, que não admite dilação probatória. Esse também foi o entendimento do Ministério Público Federal, que, ao se manifestar pela denegação da ordem, expôs os seguintes argumentos: “Sem razão o questionamento em relação à sentença de 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800428. Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 11 Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI HC 112.507 / PI pronúncia, sendo nítida a pretensão de reexame da matéria fático- probatória, pois, ao contrário do que afirma o impetrante, a decisão não tem por fundamento apenas o depoimento prestado na fase inquisitorial pela testemunha Cláudia Maria de Carvalho Mota, que em juízo afirmou não ter presenciado os fatos, mas também as declarações prestadas pela testemunha Josefa Ribeiro de Carvalho Silva. Isso posto, opino pela denegação da ordem”. Com essas considerações, denego a ordem. 6 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800428. Supremo Tribunal Federal HC 112.507 / PI pronúncia, sendo nítida a pretensão de reexame da matéria fático- probatória, pois, ao contrário do que afirma o impetrante, a decisão não tem por fundamento apenas o depoimento prestado na fase inquisitorial pela testemunha Cláudia Maria de Carvalho Mota, que em juízo afirmou não ter presenciado os fatos, mas também as declarações prestadas pela testemunha Josefa Ribeiro de Carvalho Silva. Isso posto, opino pela denegação da ordem”. Com essas considerações, denego a ordem. 6 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800428. Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 11 Decisão de Julgamento SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA HABEAS CORPUS 112.507 PROCED. : PIAUÍ RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI PACTE.(S) : JOSÉ ALVES FERREIRA NETO IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA Decisão: A Turma, por unanimidade, denegou a ordem, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 18.09.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2849208 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA HABEAS CORPUS 112.507 PROCED. : PIAUÍ RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI PACTE.(S) : JOSÉ ALVES FERREIRA NETO IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA Decisão: A Turma, por unanimidade, denegou a ordem, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 18.09.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2849208 Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 11
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=2858663
2012-09-18T00:00:00
2012-10-03T00:00:00
A Turma, por unanimidade, denegou a ordem, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 18.09.2012.
HABEAS CORPUS
Ementa: HABEAS CORPUS. PROCESSUAL PENAL. NULIDADE DA SENTENÇA DE PRONÚNCIA. FUNDAMENTAÇÃO. AUSÊNCIA DE INDÍCIOS DE AUTORIA. NÃO OCORRÊNCIA. IMPOSSIBILIDADE DE DILAÇÃO PROBATÓRIA. ORDEM DENEGADA. I – A discussão exaustiva a respeito da autoria de crime doloso contra a vida situa-se no âmbito da competência funcional do Tribunal do Júri. II - Na fase de pronúncia não se exige juízo de certeza, bastando indícios suficientes sobre a autoria ou participação do agente, conforme ficou demostrado na decisão impugnada. III – Para se chegar a conclusão contrária à adotada pelas instâncias ordinárias e confirmada pelo STJ, seria necessário o reexame de fatos e provas, providência incabível em habeas corpus, por se tratar de instrumento destinado à proteção de direito demonstrável de plano, que não admite dilação probatória. IV – Habeas corpus denegado.
sjur215788
- Acórdãos citados: HC 83542, RHC 103562, RHC 107585, HC 110285, HC 110467. - Veja HC 104240 do STJ. Número de páginas: 11. Análise: 16/10/2012, AAT. Revisão: 30/10/2012, SOF.
RICARDO LEWANDOWSKI
Segunda Turma
112507
[ "LEG-FED DEL-003689 ANO-1941\r\n ART-00408 REDAÇÃO ORIGINÁRIA \r\n ART-00413 \r\n CPP-1941 CÓDIGO DE PROCESSO PENAL" ]
HC
acordaos
HC 112507
[ "" ]
PACTE.(S) : JOSÉ ALVES FERREIRA NETO IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
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{ "JURISPRUDENCIA": [ "HABEAS CORPUS 112 . 507", "HC 112 . 507 / PI", "HC 112 . 507 / PI", "HABEAS CORPUS 112 . 507", "HC 104 . 240 / PI", "HABEAS CORPUS 112 . 507 PIAUÍ", "HC 104 . 240 / PI", "HC 112 . 507 / PI", "HC 112 . 507 / PI", "HABEAS CORPUS 112 . 507", "HABEAS CORPUS 112 . 507", "HC 112 . 507 / PI", "HC 112 . 507 / PI", "HC 112 . 507 / PI", "HC 112 . 507 / PI", "HC 112 . 507 / PI", "HC 110 . 285 / DF", "HC 112 . 507 / PI", "HC 110 . 285 / DF", "HC 112 . 507 / PI", "HC 83 . 542 / PE", "RHC 103 . 562 / PE", "HC 110 . 467 / PR", "HC 107 . 585 / MG", "HC 112 . 507 / PI", "HC 83 . 542 / PE", "RHC 103 . 562 / PE", "HC 110 . 467 / PR", "HC 107 . 585 / MG", "HC 112 . 507 / PI", "HC 112 . 507 / PI", "HABEAS CORPUS 112 . 507" ], "LEGISLACAO": [ "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 121 , § [UNK] , II e IV , combinado", "art . 14 , II , do CP", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 121 , § [UNK] , II e IV , combinado com o art . 14 , II , do CP", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 121 , § [UNK] , incisos II e IV , c / c art . 14 , II , do CP", "art . 408 do Código de Processo Penal", "art . 413 do CPP", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 121 , § [UNK] , incisos II e IV , c / c art . 14 , II , do CP", "art . 408 do Código de Processo Penal", "art . 413 do CPP", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 408 do Código de Processo Penal", "Lei [UNK] 5 . 941", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 408 do Código de Processo Penal", "Lei [UNK] 5 . 941", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001" ], "LOCAL": [ "PIAUÍ", "Brasília", "Brasília", "PIAUÍ", "Comarca de Ipiranga do Piauí", "Comarca de Ipiranga do Piauí", "PIAUÍ", 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TURMA", "DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO", "SUPERIOR TRIBUNAL", "Defensoria Pública da União", "Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça", "Tribunal de Justiça do Estado do Piauí", "Superior Tribunal de Justiça", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Superior Tribunal de Justiça", "Ministério Público Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Superior Tribunal de Justiça", "Ministério Público Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "SEGUNDA TURMA", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Tribunal de Justiça do Estado do Piauí", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Tribunal de Justiça do Estado do Piauí", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "STJ", "Ministério Público Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "STJ", "Ministério Público Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", 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LEWANDOWSKI", "JOSÉ ALVES FERREIRA NETO", "Marco Aurélio Bellizze", "Cláudia Maria de Carvalho Mota", "Edson Oliveira de Almeida", "Edson Oliveira de Almeida", "RICARDO LEWANDOWSKI", "RICARDO LEWANDOWSKI", "RICARDO LEWANDOWSKI", "RICARDO LEWANDOWSKI", "JOSÉ ALVES FERREIRA NETO", "CLAÚDIA MARIA DE CARVALHO MOTA", "Rozita", "JOSEFA RIBEIRO DE CARVALHO SILVA", "José Neto", "JOSÉ ALVES FERREIRA NETO", "CLAÚDIA MARIA DE CARVALHO MOTA", "Rozita", "JOSEFA RIBEIRO DE CARVALHO SILVA", "José Neto", "RICARDO LEWANDOWSKI", "CLAÚDIA MARIA DE CARVALHO MOTA", "CLAÚDIA MARIA DE CARVALHO MOTA", "RICARDO LEWANDOWSKI", "Cláudia Maria de Carvalho Mota", "Josefa Ribeiro de Carvalho Silva", "Ivan Batista da Silva", "Joaquim Barbosa", "Cláudia Maria de Carvalho Mota", "Josefa Ribeiro de Carvalho Silva", "Ivan Batista da Silva", "Joaquim Barbosa", "RICARDO LEWANDOWSKI", "Sepúlveda Pertence", "Gilmar Mendes", "Joaquim Barbosa", "Luiz Fux", "Sepúlveda Pertence", "Gilmar Mendes", "Joaquim Barbosa", "Luiz Fux", "RICARDO LEWANDOWSKI", "Cláudia Maria de Carvalho Mota", "Josefa Ribeiro de Carvalho Silva", "Cláudia Maria de Carvalho Mota", "Josefa Ribeiro de Carvalho Silva", "RICARDO LEWANDOWSKI", "JOSÉ ALVES FERREIRA NETO", "Celso de Mello", "Joaquim Barbosa", "Ricardo Lewandowski", "Gilmar Mendes", "Cármen Lúcia", "Celso de Mello", "Joaquim Barbosa", "Paulo da Rocha Campos", "Fabiane Duarte", "RICARDO LEWANDOWSKI", "JOSÉ ALVES FERREIRA NETO", "Celso de Mello", "Joaquim Barbosa", "Ricardo Lewandowski", "Gilmar Mendes", "Cármen Lúcia", "Celso de Mello", "Joaquim Barbosa", "Paulo da Rocha Campos", "Fabiane Duarte" ], "TEMPO": [ "18", "/", "09", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "03", "/", "10", "/", "2012", "18 de setembro de 2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "18 de setembro de 2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "18", "/", "09", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "18", "/", "09", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "6", "/", "3", "/", "2012", "20", "/", "3", "/", 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Ementa e Acórdão 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 777.562 GOIÁS RELATORA : MIN. ROSA WEBER AGTE.(S) :ANTÔNIO GERALDO RAMOS JUBÉ E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) :ALEXANDRE IUNES MACHADO E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :TÂNIA ROCHA LIMA DE CASTRO ADV.(A/S) :ZÉLIA DOS REIS REZENDE EMENTA DIREITO PROCESSUAL CIVIL. PUBLICAÇÃO NO NOME DE APENAS UM DOS PROCURADORES DA PARTE. SUBSTABELECIMENTO PARA ADVOGADO COM RESERVA DE PODERES. AUSÊNCIA DE NULIDADE DA INTIMAÇÃO. CERCEAMENTO DE DEFESA NÃO CONFIGURADO. PRECEDENTES. Inocorrência de nulidade pela intimação de apenas um dos procuradores constituídos, presente substabelecimento com reservas de poderes, sem pedido de exclusividade nas intimações. Agravo regimental conhecido e não provido. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Primeira Turma, sob a Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da relatora. Brasília, 18 de setembro de 2012. Ministra Rosa Weber Relatora Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800477. Supremo Tribunal Federal DJe 03/10/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 13 Relatório 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 777.562 GOIÁS RELATORA : MIN. ROSA WEBER AGTE.(S) :ANTÔNIO GERALDO RAMOS JUBÉ E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) :ALEXANDRE IUNES MACHADO E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :TÂNIA ROCHA LIMA DE CASTRO ADV.(A/S) :ZÉLIA DOS REIS REZENDE RELATÓRIO A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Contra a decisão pela qual negado seguimento ao agravo de instrumento por ausência de prequestionamento, manejam agravo regimental Antônio Geraldo Ramos Jubé e outra. Alegam que “para atender ao requisito do prequestionamento não se mostra indispensável a precisa menção do dispositivo legal, bastando a existência de decisão pertinente aos efeitos jurídicos atribuídos aos fatos soberanamente apreciados pelas instâncias ordinárias (fl. 200). Defendem “a verificação de que a decisão recorrida obsta a apresentação de recurso por parte do agravante, já que seu patrono, embora tenha requerido expressamente que as intimações fossem feitas em seu nome, não tomou conhecimento da decisão proferida pelo Tribunal, em razão da intimação ter sido feita em nome de outro advogado” (fl. 206). Sustentam que “o cadastro de todos os patronos nos autos do processo para fins de intimação é medida que se impõe, inclusive de ofício, pelas secretarias dos tribunais pátrios” (fl. 206). É o relatório. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800478. Supremo Tribunal Federal 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 777.562 GOIÁS RELATORA : MIN. ROSA WEBER AGTE.(S) :ANTÔNIO GERALDO RAMOS JUBÉ E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) :ALEXANDRE IUNES MACHADO E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :TÂNIA ROCHA LIMA DE CASTRO ADV.(A/S) :ZÉLIA DOS REIS REZENDE RELATÓRIO A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Contra a decisão pela qual negado seguimento ao agravo de instrumento por ausência de prequestionamento, manejam agravo regimental Antônio Geraldo Ramos Jubé e outra. Alegam que “para atender ao requisito do prequestionamento não se mostra indispensável a precisa menção do dispositivo legal, bastando a existência de decisão pertinente aos efeitos jurídicos atribuídos aos fatos soberanamente apreciados pelas instâncias ordinárias (fl. 200). Defendem “a verificação de que a decisão recorrida obsta a apresentação de recurso por parte do agravante, já que seu patrono, embora tenha requerido expressamente que as intimações fossem feitas em seu nome, não tomou conhecimento da decisão proferida pelo Tribunal, em razão da intimação ter sido feita em nome de outro advogado” (fl. 206). Sustentam que “o cadastro de todos os patronos nos autos do processo para fins de intimação é medida que se impõe, inclusive de ofício, pelas secretarias dos tribunais pátrios” (fl. 206). É o relatório. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800478. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 13 Voto - MIN. ROSA WEBER 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 777.562 GOIÁS VOTO A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Preenchidos os pressupostos genéricos, conheço do agravo regimental e passo ao exame do mérito. Transcrevo o teor da decisão que desafiou o agravo: “Vistos etc. Contra o juízo negativo de admissibilidade do recurso extraordinário que interpôs, exarado pela Presidência do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (fls. 168-9), manejam agravo de instrumento (fls. 02-12) Antônio Geraldo Ramos Jubé e outra. Requerem a reabertura de prazo recursal. Insistem a tese nulo o trânsito em julgado do acórdão proferido nos autos da ação de modificação de cláusula de separação consensual, porquanto houve cerceamento de defesa. Indicam afronta ao art. 5º, LV, da Lei Maior, ausente intimação do patrono dos agravantes. Insurgem-se contra os óbices das Súmulas STF 282 e 356. Registram, na minuta do agravo, que foi preenchido o requisito do prequestionamento da matéria constitucional suscitada no recurso. Contraminuta (fls. 180-1). É o relatório. Decido. Preenchidos os pressupostos genéricos do agravo de instrumento, passo ao exame dos específicos. Para tanto, reproduzo o teor da decisão negativa de admissibilidade do recurso extraordinário (fls. 90-8): ‘ANTÔNIO GERALDO RAMOS JUBÉ e OUTRA, não se conformado com o acórdão unânime de fls. 86/87, da Segunda Turma Julgadora da Terceira Câmara Cível, proferido nos autos do Agravo de Instrumento nº 70182- 3/180 (200805871220), da Comarca de Goiânia, interpõem Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800479. Supremo Tribunal Federal 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 777.562 GOIÁS VOTO A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Preenchidos os pressupostos genéricos, conheço do agravo regimental e passo ao exame do mérito. Transcrevo o teor da decisão que desafiou o agravo: “Vistos etc. Contra o juízo negativo de admissibilidade do recurso extraordinário que interpôs, exarado pela Presidência do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (fls. 168-9), manejam agravo de instrumento (fls. 02-12) Antônio Geraldo Ramos Jubé e outra. Requerem a reabertura de prazo recursal. Insistem a tese nulo o trânsito em julgado do acórdão proferido nos autos da ação de modificação de cláusula de separação consensual, porquanto houve cerceamento de defesa. Indicam afronta ao art. 5º, LV, da Lei Maior, ausente intimação do patrono dos agravantes. Insurgem-se contra os óbices das Súmulas STF 282 e 356. Registram, na minuta do agravo, que foi preenchido o requisito do prequestionamento da matéria constitucional suscitada no recurso. Contraminuta (fls. 180-1). É o relatório. Decido. Preenchidos os pressupostos genéricos do agravo de instrumento, passo ao exame dos específicos. Para tanto, reproduzo o teor da decisão negativa de admissibilidade do recurso extraordinário (fls. 90-8): ‘ANTÔNIO GERALDO RAMOS JUBÉ e OUTRA, não se conformado com o acórdão unânime de fls. 86/87, da Segunda Turma Julgadora da Terceira Câmara Cível, proferido nos autos do Agravo de Instrumento nº 70182- 3/180 (200805871220), da Comarca de Goiânia, interpõem Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800479. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 13 Voto - MIN. ROSA WEBER AI 777.562 AGR / GO recurso extraordinário para o Supremo Tribunal Federal, com fundamento no artigo 102, inciso III, alínea c, da Constituição Federal (fls. 124/134). Estando a petição recursal acompanhada de demonstração de existência de repercussão geral, para apreciação exclusiva do Supremo Tribunal Federal, nos termos do artigo 543-A, § 2º, do Código de Processo Civil, acrescentado pela Lei no 11.418/06, passo ao juízo de admissibilidade. O acórdão censurado traz a seguinte ementa: AGRAVO DE INSTRUMENTO. NULIDADE DE INTIMAÇÃO. NÃO CARACTERIZAÇÃO. INTIMAÇÃO DO PROCURADOR QUE SUBSTABELECEU COM RESERVAS DE PODERES A ELE CONFERIDOS PELA PARTE. VALIDADE DO ATO. Substabelecimento efetuado com reserva de poderes. Ausência de renúncia ou desconstituição do advogado substabelecente. Validade da outorga de poderes conferidas a este, nos termos em que prestada no instrumento de procuração assinado pelos agravantes. Inexistência nos autos, de pedido expresso para que as intimações fossem efetuadas apenas no nome do advogado substabelecido. Recurso conhecido e desprovido. Alegam os recorrentes contrariedade ao artigo 5º, inciso LV, da Constituição Federal. Contrarrazões à fl. 151. O preceito constitucional apontado pelos recorrentes não foi ventilado no acórdão impugnado, inocorrendo o prequestionamento indispensável à admissibilidade do recurso extraordinário. Não manifestados embargos de declaração para suprir eventual omissão, incidem as Súmulas 282 e 356 do Supremo Tribunal Federal. Nego, pois, seguimento ao recurso.’ Por seu turno, transcrevo as razões de decidir adotadas pela Corte de origem, quando do exame do agravo de instrumento veiculado pelos ora agravantes: 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800479. Supremo Tribunal Federal AI 777.562 AGR / GO recurso extraordinário para o Supremo Tribunal Federal, com fundamento no artigo 102, inciso III, alínea c, da Constituição Federal (fls. 124/134). Estando a petição recursal acompanhada de demonstração de existência de repercussão geral, para apreciação exclusiva do Supremo Tribunal Federal, nos termos do artigo 543-A, § 2º, do Código de Processo Civil, acrescentado pela Lei no 11.418/06, passo ao juízo de admissibilidade. O acórdão censurado traz a seguinte ementa: AGRAVO DE INSTRUMENTO. NULIDADE DE INTIMAÇÃO. NÃO CARACTERIZAÇÃO. INTIMAÇÃO DO PROCURADOR QUE SUBSTABELECEU COM RESERVAS DE PODERES A ELE CONFERIDOS PELA PARTE. VALIDADE DO ATO. Substabelecimento efetuado com reserva de poderes. Ausência de renúncia ou desconstituição do advogado substabelecente. Validade da outorga de poderes conferidas a este, nos termos em que prestada no instrumento de procuração assinado pelos agravantes. Inexistência nos autos, de pedido expresso para que as intimações fossem efetuadas apenas no nome do advogado substabelecido. Recurso conhecido e desprovido. Alegam os recorrentes contrariedade ao artigo 5º, inciso LV, da Constituição Federal. Contrarrazões à fl. 151. O preceito constitucional apontado pelos recorrentes não foi ventilado no acórdão impugnado, inocorrendo o prequestionamento indispensável à admissibilidade do recurso extraordinário. Não manifestados embargos de declaração para suprir eventual omissão, incidem as Súmulas 282 e 356 do Supremo Tribunal Federal. Nego, pois, seguimento ao recurso.’ Por seu turno, transcrevo as razões de decidir adotadas pela Corte de origem, quando do exame do agravo de instrumento veiculado pelos ora agravantes: 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800479. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 13 Voto - MIN. ROSA WEBER AI 777.562 AGR / GO ‘Trata-se de agravo de instrumento interposto por ANTÔNIO GERALDO RAMOS JUBÉ e MILZA LACERDA RAMOS JUBÉ, irresignados com o despacho (fl. 53) proferido pela MM. Juíza de Direito da 1° de Família, Sucessões e Cível da comarca de Goiânia-GO, Drª Rozana Fernandes Camapum nos autos da Ação de Modificação de Cláusula de Separação Consensual em desfavor de TÂNIA ROCHA LIMA DE CASTRO. O inconformismo do agravante funda-se no indeferimento do retorno dos autos a esta Corte para reabrir o prazo recursal do advogado do agravante e, ainda, anular o trânsito em julgado. Arguí que a Drª Marlene Moreira Farinha Lemes- OAB-GO n° 15.272 substabeleceu os poderes outorgados ao Dr. Alexandre Iunes Machado-OAB-GO n° 17.275, o qual solicitou além da juntada do instrumento que as publicações também passassem a constar o seu nome como patrono, o que não ocorreu, retornando os autos à comarca de origem. O agravante solicitou ao juiz de primeiro grau a reabertura do prazo e anulação do trânsito em julgado, porém, foi indeferido com fulcro de que os últimos substabelecimentos conferidos nos autos pela parte autora foram feitos com reserva de poderes, permanecendo, portanto, o patrocínio exercido pelos anteriores mandatários, fls. 09, 50, 200 e 2001. Assim, sendo, não foram revogados os poderes exercidos aos mandatários, devidamente cadastrados, nem houve pedido de indicação de qual dos profissionais, exclusivamente, deveria ser cientificado dos autos judiciais (...) Inconformado com r. decisão interpõe embargos de declaração, os quais, foram rejeitados. Face a essas decisões, alega cerceamento de defesa, por não ter constado o nome do patrono do agravante, o qual foi solicitado insistentemente, pois houve requerimento de que as publicações também constem seu 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800479. Supremo Tribunal Federal AI 777.562 AGR / GO ‘Trata-se de agravo de instrumento interposto por ANTÔNIO GERALDO RAMOS JUBÉ e MILZA LACERDA RAMOS JUBÉ, irresignados com o despacho (fl. 53) proferido pela MM. Juíza de Direito da 1° de Família, Sucessões e Cível da comarca de Goiânia-GO, Drª Rozana Fernandes Camapum nos autos da Ação de Modificação de Cláusula de Separação Consensual em desfavor de TÂNIA ROCHA LIMA DE CASTRO. O inconformismo do agravante funda-se no indeferimento do retorno dos autos a esta Corte para reabrir o prazo recursal do advogado do agravante e, ainda, anular o trânsito em julgado. Arguí que a Drª Marlene Moreira Farinha Lemes- OAB-GO n° 15.272 substabeleceu os poderes outorgados ao Dr. Alexandre Iunes Machado-OAB-GO n° 17.275, o qual solicitou além da juntada do instrumento que as publicações também passassem a constar o seu nome como patrono, o que não ocorreu, retornando os autos à comarca de origem. O agravante solicitou ao juiz de primeiro grau a reabertura do prazo e anulação do trânsito em julgado, porém, foi indeferido com fulcro de que os últimos substabelecimentos conferidos nos autos pela parte autora foram feitos com reserva de poderes, permanecendo, portanto, o patrocínio exercido pelos anteriores mandatários, fls. 09, 50, 200 e 2001. Assim, sendo, não foram revogados os poderes exercidos aos mandatários, devidamente cadastrados, nem houve pedido de indicação de qual dos profissionais, exclusivamente, deveria ser cientificado dos autos judiciais (...) Inconformado com r. decisão interpõe embargos de declaração, os quais, foram rejeitados. Face a essas decisões, alega cerceamento de defesa, por não ter constado o nome do patrono do agravante, o qual foi solicitado insistentemente, pois houve requerimento de que as publicações também constem seu 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800479. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 13 Voto - MIN. ROSA WEBER AI 777.562 AGR / GO nome como patrono do requerente(fl. 26). Requer o recebimento do recurso, sendo deferida a concessão da antecipação da tutela recursal e, ao final, reformando o despacho determinando o retorno dos autos ao Tribunal de Justiça, para que seja realizada a intimação do acórdão, na pessoa do procurador Dr. Alexandre limes Machado, restituindo o prazo recursal, bem como anulando o trânsito em julgado da decisão. Preparo regular à fl. 56. A concessão do efeito suspensivo foi indeferido às fls. 60/62. Notificado o juiz monocrático não apresentou informações, conforme certidão de fl. 73. TÂNIA ROCHA LIMA DE CASTRO, devidamente intimada, apresenta contrarrazões, refutando todas as assertivas do agravante. (fls. 68/71)’ É o relatório. Passo ao voto. Presentes os pressupostos de admissibilidade recursal, conheço do agravo. Cinge-se a irresignação de que os atuais procuradores do agravante não foram intimados do acórdão e, para que não ocorra cerceamento de defesa, faz-se necessário a determinação do retorno dos autos ao Tribunal de Justiça, para que seja realizada a intimação do acórdão, na pessoa do procurador Dr. Alexandre Iunes Machado-OAB-GO n° 17.275, restituindo o prazo recursal, bem como anulando o trânsito em julgado da decisão. O instrumento de outorga de mandato assinado pelo agravante, constante à fl. 19, constitui como seu procurador Luis Alves da Costa, posteriormente, consta o Termo de Substabelecimento sem reservas de poderes para Marlene Moreira Farinha Lemos, logo em seguida , para Débora Cristina Xavier com reservas de iguais poderes (fl. 22) e ainda, substabelecimento (fl. 27), para Alexandre Iunes Machado, tendo em seu conteúdo o seguinte: Substabeleço com reserva de todos os poderes a 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800479. Supremo Tribunal Federal AI 777.562 AGR / GO nome como patrono do requerente(fl. 26). Requer o recebimento do recurso, sendo deferida a concessão da antecipação da tutela recursal e, ao final, reformando o despacho determinando o retorno dos autos ao Tribunal de Justiça, para que seja realizada a intimação do acórdão, na pessoa do procurador Dr. Alexandre limes Machado, restituindo o prazo recursal, bem como anulando o trânsito em julgado da decisão. Preparo regular à fl. 56. A concessão do efeito suspensivo foi indeferido às fls. 60/62. Notificado o juiz monocrático não apresentou informações, conforme certidão de fl. 73. TÂNIA ROCHA LIMA DE CASTRO, devidamente intimada, apresenta contrarrazões, refutando todas as assertivas do agravante. (fls. 68/71)’ É o relatório. Passo ao voto. Presentes os pressupostos de admissibilidade recursal, conheço do agravo. Cinge-se a irresignação de que os atuais procuradores do agravante não foram intimados do acórdão e, para que não ocorra cerceamento de defesa, faz-se necessário a determinação do retorno dos autos ao Tribunal de Justiça, para que seja realizada a intimação do acórdão, na pessoa do procurador Dr. Alexandre Iunes Machado-OAB-GO n° 17.275, restituindo o prazo recursal, bem como anulando o trânsito em julgado da decisão. O instrumento de outorga de mandato assinado pelo agravante, constante à fl. 19, constitui como seu procurador Luis Alves da Costa, posteriormente, consta o Termo de Substabelecimento sem reservas de poderes para Marlene Moreira Farinha Lemos, logo em seguida , para Débora Cristina Xavier com reservas de iguais poderes (fl. 22) e ainda, substabelecimento (fl. 27), para Alexandre Iunes Machado, tendo em seu conteúdo o seguinte: Substabeleço com reserva de todos os poderes a 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800479. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 13 Voto - MIN. ROSA WEBER AI 777.562 AGR / GO mim conferidos por Antônio Geraldo Ramos Jubé e Milza Lacerda Ramos Jubé, nos autos do processo de Ação de Modificação de Cláusula Contratual... Afirma o agravante que na certidão de publicação do r. acórdão não consta o nome do novo procurador, porém, não fez acostar aos autos tal certidão, acostando apenas o Extrato de Ata (fl. 40) fazendo registrar o nome do advogado que substabeleceu, com reservas, os poderes que lhe foram outorgados pelos agravantes, ao advogado Alexandre Iunes Machado, que assina a petição dos embargos. Ou seja, consta o nome da advogada substabelecente, e não do advogado substabelecido, na referida certidão de publicação, o que, segundo os agravantes, é causa de anulação da intimação, pois ausente intimação válida da parte. Ocorre que a intimação da parte agravante, foi realizada em nome da substabelecente Marlene Moreira Farinha Lemos, procuradora legal e regularmente constituída nos autos, a qual mantém sua condição de patrona da causa como representante dos agravantes. Isto porque, como é cediço, no substabelecimento com reserva de poderes, como é o caso dos autos, continua a substabelecente a exercer o mandato, porque o substabelecido não o substitui, apenas se agrega ao oficio desempenhado pelo substabelecente, fazendo-o em conjunto. Repiso que, in casu, mesmo que o substabelecimento, porque não houve renúncia e nem desconstituição de Marlene Moreira Farinha Lemes, por parte dos agravantes, continua válida a outorga de poderes nos termos em que prestada no instrumento à advogada referida, não se podendo falar, assim, em ausência de intimação da parte agravante do r. acórdão. Ademais, sequer consta, nos autos, pedido expresso para que as intimações fossem efetuadas apenas no nome 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800479. Supremo Tribunal Federal AI 777.562 AGR / GO mim conferidos por Antônio Geraldo Ramos Jubé e Milza Lacerda Ramos Jubé, nos autos do processo de Ação de Modificação de Cláusula Contratual... Afirma o agravante que na certidão de publicação do r. acórdão não consta o nome do novo procurador, porém, não fez acostar aos autos tal certidão, acostando apenas o Extrato de Ata (fl. 40) fazendo registrar o nome do advogado que substabeleceu, com reservas, os poderes que lhe foram outorgados pelos agravantes, ao advogado Alexandre Iunes Machado, que assina a petição dos embargos. Ou seja, consta o nome da advogada substabelecente, e não do advogado substabelecido, na referida certidão de publicação, o que, segundo os agravantes, é causa de anulação da intimação, pois ausente intimação válida da parte. Ocorre que a intimação da parte agravante, foi realizada em nome da substabelecente Marlene Moreira Farinha Lemos, procuradora legal e regularmente constituída nos autos, a qual mantém sua condição de patrona da causa como representante dos agravantes. Isto porque, como é cediço, no substabelecimento com reserva de poderes, como é o caso dos autos, continua a substabelecente a exercer o mandato, porque o substabelecido não o substitui, apenas se agrega ao oficio desempenhado pelo substabelecente, fazendo-o em conjunto. Repiso que, in casu, mesmo que o substabelecimento, porque não houve renúncia e nem desconstituição de Marlene Moreira Farinha Lemes, por parte dos agravantes, continua válida a outorga de poderes nos termos em que prestada no instrumento à advogada referida, não se podendo falar, assim, em ausência de intimação da parte agravante do r. acórdão. Ademais, sequer consta, nos autos, pedido expresso para que as intimações fossem efetuadas apenas no nome 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800479. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 13 Voto - MIN. ROSA WEBER AI 777.562 AGR / GO do advogado substabelecido, tanto o é, que consta à fl. 26 que as publicações também constem seu nome como patrono do requerente(negritei). Para corroborar, colaciono nota de THEOTONIO NEGRÃO ao artigo 236 do CPC ( in Código de Processo Civil e legislação processual em vigor, Ed. Saraiva, 2005, 37, ed. p. 318, assim vazadas: Art. 236. 18. Não há necessidade de serem intimados todos os advogados da mesma parte; basta que seja intimado um só. Assim,: Não havendo designação prévia e expressa do nome do advogado que receberia as publicações e sendo vários os advogados constituídos, será válida a intimação quando constar da publicação o nome de apenas um deles. (STJ 3ª Turma, AI 406. 130-SP Ag. Rg. Rel. Min. Menezes Direito, j. 26.3.02. negaram provimento, v.u. DJU 6.5.02, p. 292). No mesmo sentido: RTJ 163/91, RSTJ 56/242, 67/445. 89/141, 151/20. RT 618/89 e RTTJESP 105/296 maioria (com extensa citação de julgados), JTJ 160/230. JTA 97/364, Boi. AASP 858/216, 1.332/154. Mas é preciso que o advogado intimado tenha atuado no processo (RT 635/237, Lex-JTA 146/105) e, caso tenha substabelecido a procuração o tenha feito com reserva de poderes (RP 22/248). Seguindo igual norte, a jurisprudência desta E. Corte: ‘EMBARGOS À EXECUÇÃO. SUBSTABELECIMENTO COM RESERVA DE PODERES CONCEDIDO NA AÇÃO INDENIZATÓRIA. INTIMAÇÃO APENAS DO ADVOGADO SUBSTABELECIDO DA SENTENÇA PROLATADA NO PROCESSO DE CONHECIMENTO. AUSÊNCIA DE NULIDADE. É suficiente a intimação de qualquer dos advogados para tornar válido o ato. Se no substabelecimento reservou o advogado substabelecente iguais poderes, 6 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800479. Supremo Tribunal Federal AI 777.562 AGR / GO do advogado substabelecido, tanto o é, que consta à fl. 26 que as publicações também constem seu nome como patrono do requerente(negritei). Para corroborar, colaciono nota de THEOTONIO NEGRÃO ao artigo 236 do CPC ( in Código de Processo Civil e legislação processual em vigor, Ed. Saraiva, 2005, 37, ed. p. 318, assim vazadas: Art. 236. 18. Não há necessidade de serem intimados todos os advogados da mesma parte; basta que seja intimado um só. Assim,: Não havendo designação prévia e expressa do nome do advogado que receberia as publicações e sendo vários os advogados constituídos, será válida a intimação quando constar da publicação o nome de apenas um deles. (STJ 3ª Turma, AI 406. 130-SP Ag. Rg. Rel. Min. Menezes Direito, j. 26.3.02. negaram provimento, v.u. DJU 6.5.02, p. 292). No mesmo sentido: RTJ 163/91, RSTJ 56/242, 67/445. 89/141, 151/20. RT 618/89 e RTTJESP 105/296 maioria (com extensa citação de julgados), JTJ 160/230. JTA 97/364, Boi. AASP 858/216, 1.332/154. Mas é preciso que o advogado intimado tenha atuado no processo (RT 635/237, Lex-JTA 146/105) e, caso tenha substabelecido a procuração o tenha feito com reserva de poderes (RP 22/248). Seguindo igual norte, a jurisprudência desta E. Corte: ‘EMBARGOS À EXECUÇÃO. SUBSTABELECIMENTO COM RESERVA DE PODERES CONCEDIDO NA AÇÃO INDENIZATÓRIA. INTIMAÇÃO APENAS DO ADVOGADO SUBSTABELECIDO DA SENTENÇA PROLATADA NO PROCESSO DE CONHECIMENTO. AUSÊNCIA DE NULIDADE. É suficiente a intimação de qualquer dos advogados para tornar válido o ato. Se no substabelecimento reservou o advogado substabelecente iguais poderes, 6 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800479. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 13 Voto - MIN. ROSA WEBER AI 777.562 AGR / GO basta a intimação de qualquer um dos patronos da causa, não havendo nulidade. Sentença mantida por seus próprios fundamentos. Recurso improvido’ (Recurso Cível n° 71001340991, Primeira Turma Recursal Cível, Turmas Recursais, Relator Ricardo Torres Hermann, Julgado em 06/11/2007) Pelo exposto, conheço do recurso, porém, nego-lhe provimento, mantenho inalterada a decisão objurgada. É o meu voto. (fls. 90-9, destaques no original) Nada colhe o agravo. A matéria versada no art. 5º, LV, da Carta Magna não foi analisada pelas instâncias ordinárias, tampouco opostos embargos de declaração para satisfazer o requisito do prequestionamento. Aplicável, na hipótese, o entendimento jurisprudencial vertido nas Súmulas 282 e 356/STF: é inadmissível o recurso extraordinário, quando não ventilada, na decisão recorrida, a questão suscitada e o ponto omisso da decisão, sobre o qual não foram opostos embargos declaratórios, não pode ser objeto de recurso extraordinário, por faltar o requisito do prequestionamento. Nesse sentido, o AI 827.894-AgR/RJ, Rel. Min. Marco Aurélio, 1ª Turma, unânime, DJe 7.11.2011, cuja ementa transcrevo: ‘RECURSO EXTRAORDINÁRIO prequestionamento CONFIGURAÇÃO RAZÃO DE SER. O prequestionamento não resulta da circunstância de a matéria haver sido arguida pela parte recorrente. A configuração do instituto pressupõe debate e decisão prévios pelo Colegiado, ou seja, emissão de juízo sobre o tema. O procedimento tem como escopo o cotejo indispensável a que se diga do enquadramento do recurso extraordinário no permissivo constitucional. Se o Tribunal de origem não adotou tese explícita a respeito do fato jurígeno veiculado nas razões recursais, inviabilizado fica o entendimento sobre a violência ao preceito evocado pelo recorrente. AGRAVO ARTIGO 557, § 2º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL MULTA. Se o agravo é manifestamente 7 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800479. Supremo Tribunal Federal AI 777.562 AGR / GO basta a intimação de qualquer um dos patronos da causa, não havendo nulidade. Sentença mantida por seus próprios fundamentos. Recurso improvido’ (Recurso Cível n° 71001340991, Primeira Turma Recursal Cível, Turmas Recursais, Relator Ricardo Torres Hermann, Julgado em 06/11/2007) Pelo exposto, conheço do recurso, porém, nego-lhe provimento, mantenho inalterada a decisão objurgada. É o meu voto. (fls. 90-9, destaques no original) Nada colhe o agravo. A matéria versada no art. 5º, LV, da Carta Magna não foi analisada pelas instâncias ordinárias, tampouco opostos embargos de declaração para satisfazer o requisito do prequestionamento. Aplicável, na hipótese, o entendimento jurisprudencial vertido nas Súmulas 282 e 356/STF: é inadmissível o recurso extraordinário, quando não ventilada, na decisão recorrida, a questão suscitada e o ponto omisso da decisão, sobre o qual não foram opostos embargos declaratórios, não pode ser objeto de recurso extraordinário, por faltar o requisito do prequestionamento. Nesse sentido, o AI 827.894-AgR/RJ, Rel. Min. Marco Aurélio, 1ª Turma, unânime, DJe 7.11.2011, cuja ementa transcrevo: ‘RECURSO EXTRAORDINÁRIO prequestionamento CONFIGURAÇÃO RAZÃO DE SER. O prequestionamento não resulta da circunstância de a matéria haver sido arguida pela parte recorrente. A configuração do instituto pressupõe debate e decisão prévios pelo Colegiado, ou seja, emissão de juízo sobre o tema. O procedimento tem como escopo o cotejo indispensável a que se diga do enquadramento do recurso extraordinário no permissivo constitucional. Se o Tribunal de origem não adotou tese explícita a respeito do fato jurígeno veiculado nas razões recursais, inviabilizado fica o entendimento sobre a violência ao preceito evocado pelo recorrente. AGRAVO ARTIGO 557, § 2º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL MULTA. Se o agravo é manifestamente 7 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800479. Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 13 Voto - MIN. ROSA WEBER AI 777.562 AGR / GO infundado, impõe-se a aplicação da multa prevista no § 2º do artigo 557 do Código de Processo Civil, arcando a parte com o ônus decorrente da litigância de má-fé.’ Ressalte-se que, consoante entendimento deste Corte, o prequestionamento explícito da questão constitucional é requisito indispensável à admissão do recurso extraordinário. Nego seguimento ao agravo de instrumento (CPC, art. 557, caput ).” (fls. 185-91) Examinadas as questões trazidas no agravo regimental, constato a ocorrência de prequestionamento da matéria. Supero, portanto, a decisão agravada e passo ao exame do agravo de instrumento manejado contra o juízo negativo de admissibilidade do recurso extraordinário exarado pela Presidência do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás. Os agravantes sustentam a nulidade da intimação, tendo em vista não ter sido feita em nome do advogado indicado. Não prospera a insurgência. Esta Corte tem decidido que a publicação feita a um dos procuradores da parte é suficiente para efeitos de intimação, a não ser que exista substabelecimento sem reservas de poderes, caso em que a publicação deve ocorrer em nome do advogado substabelecido. Nesse sentido, ARE 648494-AgR, Min. Ayres Britto, por unanimidade, DJe 04.5.2012; e RE 662059-AgR, Min. Luiz Fux, por unanimidade, DJe 13.3.2012, com a seguinte ementa: “AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PROCESSO CIVIL. REPRESENTAÇÃO PROCESSUAL. PARTE ASSISTIDA POR MAIS DE UM ADVOGADO NA MESMA PROCURAÇÃO. PUBLICAÇÃO EM NOME DE UM DELES. EFICÁCIA DO ATO INTIMATÓRIO. AUSÊNCIA DE NULIDADE. 1. A parte assistida por mais de um advogado pode ser intimada nos autos pela publicação que só mencione o nome de um deles, exceto no caso de substabelecimento outorgado sem reserva de poderes, hipótese em que é indispensável constar da publicação 8 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800479. Supremo Tribunal Federal AI 777.562 AGR / GO infundado, impõe-se a aplicação da multa prevista no § 2º do artigo 557 do Código de Processo Civil, arcando a parte com o ônus decorrente da litigância de má-fé.’ Ressalte-se que, consoante entendimento deste Corte, o prequestionamento explícito da questão constitucional é requisito indispensável à admissão do recurso extraordinário. Nego seguimento ao agravo de instrumento (CPC, art. 557, caput ).” (fls. 185-91) Examinadas as questões trazidas no agravo regimental, constato a ocorrência de prequestionamento da matéria. Supero, portanto, a decisão agravada e passo ao exame do agravo de instrumento manejado contra o juízo negativo de admissibilidade do recurso extraordinário exarado pela Presidência do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás. Os agravantes sustentam a nulidade da intimação, tendo em vista não ter sido feita em nome do advogado indicado. Não prospera a insurgência. Esta Corte tem decidido que a publicação feita a um dos procuradores da parte é suficiente para efeitos de intimação, a não ser que exista substabelecimento sem reservas de poderes, caso em que a publicação deve ocorrer em nome do advogado substabelecido. Nesse sentido, ARE 648494-AgR, Min. Ayres Britto, por unanimidade, DJe 04.5.2012; e RE 662059-AgR, Min. Luiz Fux, por unanimidade, DJe 13.3.2012, com a seguinte ementa: “AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PROCESSO CIVIL. REPRESENTAÇÃO PROCESSUAL. PARTE ASSISTIDA POR MAIS DE UM ADVOGADO NA MESMA PROCURAÇÃO. PUBLICAÇÃO EM NOME DE UM DELES. EFICÁCIA DO ATO INTIMATÓRIO. AUSÊNCIA DE NULIDADE. 1. A parte assistida por mais de um advogado pode ser intimada nos autos pela publicação que só mencione o nome de um deles, exceto no caso de substabelecimento outorgado sem reserva de poderes, hipótese em que é indispensável constar da publicação 8 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800479. Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 13 Voto - MIN. ROSA WEBER AI 777.562 AGR / GO da intimação o nome do advogado substabelecido. (Precedentes: RE n. 164.577-AgR, Relator o Ministro Maurício Corrêa, 2ª Turma, DJ de 30.05.97; Pet n. 1.263-AgR, Relator o Marco Aurélio, Pleno, DJ 10.10.01; RE n. 255.967-AgR, Relator o Ministro Gilmar Mendes, 2ª Turma, DJ de 24.06.05; AI n. 458.274-AgR, Relator o Ministro Dias Toffoli, 1ª Turma, DJe de 25.05.11; AI n. 819.663-AgR, Relator o Ministro Dias Toffoli, 1ª Turma, DJe de 25.05.11, entre outros). 2. In casu, o acórdão originariamente recorrido assentou: ‘Na minuta de folhas 64 a 81, o agravante defende a tempestividade deste regimental, porque a intimação, divulgada no Diário da Justiça, teria sido feita no nome do Doutor João Affonso da Câmara Canto, não constando o do Doutor Lieverson Luiz Perin. Alega-se haver instrumento de mandato credenciando os dois profissionais. A decisão atacada mediante este agravo foi publicada no Diário Eletrônico da Justiça Eleitoral de 13 de junho de 2011, segunda- feira (certidão de folha 42). Excluído tal dia da contagem, o termo final ocorreu no dia 16 de junho seguinte (quinta-feira). Este recurso somente veio a ser protocolado, via fac-símile, em 21 de junho de 2011 (folha 43), portanto fora do prazo fixado em lei. Os originais foram formalizados no dia 22 subsequente (folha 64).] De qualquer forma, atentem para o fato de o credenciamento de mais de um profissional da advocacia não ensejar as inserções pretendidas. A parte deve indicar a preferência no registro do nome de um deles. Não o fazendo, como na espécie, observar-se-á o que disposto no artigo 236 do Código de Processo Civil quanto às intimações e, no tocante à autuação, a regra do lançamento de nome seguido da expressão ‘e outros’’. 3. Ademais, o agravante não trouxe nenhum argumento capaz de infirmar a decisão hostilizada, razão pela qual a mesma deve ser mantida por seus próprios fundamentos. 4. Agravo regimental a que se nega provimento.” Na espécie, o substabelecimento de fl. 39 foi feito com reserva de poderes, constando como substabelecente a Dra. Marlene Moreira Farinha Lemos e como substabelecido o Dr. Alexandre Iunes Machado, 9 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800479. Supremo Tribunal Federal AI 777.562 AGR / GO da intimação o nome do advogado substabelecido. (Precedentes: RE n. 164.577-AgR, Relator o Ministro Maurício Corrêa, 2ª Turma, DJ de 30.05.97; Pet n. 1.263-AgR, Relator o Marco Aurélio, Pleno, DJ 10.10.01; RE n. 255.967-AgR, Relator o Ministro Gilmar Mendes, 2ª Turma, DJ de 24.06.05; AI n. 458.274-AgR, Relator o Ministro Dias Toffoli, 1ª Turma, DJe de 25.05.11; AI n. 819.663-AgR, Relator o Ministro Dias Toffoli, 1ª Turma, DJe de 25.05.11, entre outros). 2. In casu, o acórdão originariamente recorrido assentou: ‘Na minuta de folhas 64 a 81, o agravante defende a tempestividade deste regimental, porque a intimação, divulgada no Diário da Justiça, teria sido feita no nome do Doutor João Affonso da Câmara Canto, não constando o do Doutor Lieverson Luiz Perin. Alega-se haver instrumento de mandato credenciando os dois profissionais. A decisão atacada mediante este agravo foi publicada no Diário Eletrônico da Justiça Eleitoral de 13 de junho de 2011, segunda- feira (certidão de folha 42). Excluído tal dia da contagem, o termo final ocorreu no dia 16 de junho seguinte (quinta-feira). Este recurso somente veio a ser protocolado, via fac-símile, em 21 de junho de 2011 (folha 43), portanto fora do prazo fixado em lei. Os originais foram formalizados no dia 22 subsequente (folha 64).] De qualquer forma, atentem para o fato de o credenciamento de mais de um profissional da advocacia não ensejar as inserções pretendidas. A parte deve indicar a preferência no registro do nome de um deles. Não o fazendo, como na espécie, observar-se-á o que disposto no artigo 236 do Código de Processo Civil quanto às intimações e, no tocante à autuação, a regra do lançamento de nome seguido da expressão ‘e outros’’. 3. Ademais, o agravante não trouxe nenhum argumento capaz de infirmar a decisão hostilizada, razão pela qual a mesma deve ser mantida por seus próprios fundamentos. 4. Agravo regimental a que se nega provimento.” Na espécie, o substabelecimento de fl. 39 foi feito com reserva de poderes, constando como substabelecente a Dra. Marlene Moreira Farinha Lemos e como substabelecido o Dr. Alexandre Iunes Machado, 9 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800479. Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 13 Voto - MIN. ROSA WEBER AI 777.562 AGR / GO sem pedido de exclusividade das intimações em nome do substabelecido. Agravo regimental conhecido e não provido. É como voto. 10 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800479. Supremo Tribunal Federal AI 777.562 AGR / GO sem pedido de exclusividade das intimações em nome do substabelecido. Agravo regimental conhecido e não provido. É como voto. 10 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800479. Inteiro Teor do Acórdão - Página 12 de 13 Decisão de Julgamento PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 777.562 PROCED. : GOIÁS RELATORA : MIN. ROSA WEBER AGTE.(S) : ANTÔNIO GERALDO RAMOS JUBÉ E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) : ALEXANDRE IUNES MACHADO E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : TÂNIA ROCHA LIMA DE CASTRO ADV.(A/S) : ZÉLIA DOS REIS REZENDE Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 18.9.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de Almeida. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2848680 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 777.562 PROCED. : GOIÁS RELATORA : MIN. ROSA WEBER AGTE.(S) : ANTÔNIO GERALDO RAMOS JUBÉ E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) : ALEXANDRE IUNES MACHADO E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : TÂNIA ROCHA LIMA DE CASTRO ADV.(A/S) : ZÉLIA DOS REIS REZENDE Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 18.9.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de Almeida. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2848680 Inteiro Teor do Acórdão - Página 13 de 13
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=2864492
2012-09-18T00:00:00
2012-10-03T00:00:00
A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 18.9.2012.
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO
EMENTA DIREITO PROCESSUAL CIVIL. PUBLICAÇÃO NO NOME DE APENAS UM DOS PROCURADORES DA PARTE. SUBSTABELECIMENTO PARA ADVOGADO COM RESERVA DE PODERES. AUSÊNCIA DE NULIDADE DA INTIMAÇÃO. CERCEAMENTO DE DEFESA NÃO CONFIGURADO. PRECEDENTES. Inocorrência de nulidade pela intimação de apenas um dos procuradores constituídos, presente substabelecimento com reservas de poderes, sem pedido de exclusividade nas intimações. Agravo regimental conhecido e não provido.
sjur215812
- Acórdãos citados: ARE 648494 AgR, RE 662059 AgR. Número de páginas: 13. Análise: 11/10/2012, MAC.
ROSA WEBER
Primeira Turma
777562
null
AI-AgR
acordaos
AI 777562 AgR
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ADV.(A/S) : ALEXANDRE IUNES MACHADO E OUTRO(A/S) AGTE.(S) : ANTÔNIO GERALDO RAMOS JUBÉ E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : TÂNIA ROCHA LIMA DE CASTRO ADV.(A/S) : ZÉLIA DOS REIS REZENDE
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"Antônio Geraldo Ramos Jubé", "ROSA WEBER", "ANTÔNIO GERALDO RAMOS JUBÉ", "ALEXANDRE IUNES MACHADO", "TÂNIA ROCHA LIMA DE CASTRO", "ZÉLIA DOS REIS REZENDE", "Rosa Weber", "Antônio Geraldo Ramos Jubé", "ROSA WEBER", "Rosa Weber", "Antônio Geraldo Ramos Jubé", "ANTÔNIO GERALDO RAMOS JUBÉ", "Rosa Weber", "Antônio Geraldo Ramos Jubé", "ANTÔNIO GERALDO RAMOS JUBÉ", "ROSA WEBER", "ROSA WEBER", "ANTÔNIO GERALDO RAMOS JUBÉ", "MILZA LACERDA RAMOS JUBÉ", "Rozana Fernandes Camapum", "TÂNIA ROCHA LIMA DE CASTRO", "Marlene Moreira Farinha Lemes", "Alexandre Iunes Machado", "ANTÔNIO GERALDO RAMOS JUBÉ", "MILZA LACERDA RAMOS JUBÉ", "Rozana Fernandes Camapum", "TÂNIA ROCHA LIMA DE CASTRO", "Marlene Moreira Farinha Lemes", "Alexandre Iunes Machado", "ROSA WEBER", "Alexandre limes Machado", "TÂNIA ROCHA LIMA DE CASTRO", "Alexandre Iunes Machado", "Luis Alves da Costa", "Marlene Moreira Farinha Lemos", "Débora Cristina Xavier", "Alexandre Iunes Machado", "Alexandre limes Machado", "TÂNIA ROCHA LIMA DE CASTRO", "Alexandre Iunes Machado", "Luis Alves da Costa", "Marlene Moreira Farinha Lemos", "Débora Cristina Xavier", "Alexandre Iunes Machado", "ROSA WEBER", "Antônio Geraldo Ramos Jubé", "Milza Lacerda Ramos Jubé", "Alexandre Iunes Machado", "Marlene Moreira Farinha Lemos", "Marlene Moreira Farinha Lemes", "Antônio Geraldo Ramos Jubé", "Milza Lacerda Ramos Jubé", "Alexandre Iunes Machado", "Marlene Moreira Farinha Lemos", "Marlene Moreira Farinha Lemes", "ROSA WEBER", "Menezes Direito", "THEOTONIO NEGRÃO", "Menezes Direito", "ROSA WEBER", "Ricardo Torres Hermann", "Marco Aurélio", "Ricardo Torres Hermann", "Marco Aurélio", "ROSA WEBER", "Ayres Britto", "Luiz Fux", "Ayres Britto", "Luiz Fux", "ROSA WEBER", "Maurício Corrêa", "Marco Aurélio", "Gilmar Mendes", "Dias Toffoli", "Dias Toffoli", "João Affonso da Câmara Canto", "Lieverson Luiz Perin", "Marlene Moreira Farinha Lemos", "Alexandre Iunes Machado", "Maurício Corrêa", "Marco Aurélio", "Gilmar Mendes", "Dias Toffoli", "Dias Toffoli", "João Affonso da Câmara Canto", "Lieverson Luiz Perin", "Marlene Moreira Farinha Lemos", "Alexandre Iunes Machado", "ROSA WEBER", "ROSA WEBER", "ANTÔNIO GERALDO RAMOS JUBÉ", "ALEXANDRE IUNES MACHADO", "TÂNIA ROCHA LIMA DE CASTRO", "ZÉLIA DOS REIS REZENDE", "Marco Aurélio", "Dias Toffoli", "Dias Toffoli", "Marco Aurélio", "Luiz Fux", "Rosa Weber", "Edson Oliveira de Almeida", "Carmen Lilian Oliveira de Souza", "ROSA WEBER", "ANTÔNIO GERALDO RAMOS JUBÉ", "ALEXANDRE IUNES MACHADO", "TÂNIA ROCHA LIMA DE CASTRO", "ZÉLIA DOS REIS REZENDE", "Marco Aurélio", "Dias Toffoli", "Dias Toffoli", "Marco Aurélio", "Luiz Fux", "Rosa Weber", "Edson Oliveira de Almeida", "Carmen Lilian Oliveira de Souza" ], "TEMPO": [ "18", "/", "09", "/", "2012", "18 de setembro de 2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "03", "/", "10", "/", "2012", "18", "/", "09", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "18", "/", "09", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "18", "/", "09", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "18", "/", "09", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "2005", "26", ".", "3", ".", "02", "6", ".", "5", ".", "02", "24", "/", "08", "/", "2001", "2005", "26", ".", "3", ".", "02", "6", ".", "5", ".", "02", "24", "/", "08", "/", "2001", "06", "/", "11", "/", "2007", "7", ".", "11", ".", "2011", "24", "/", "08", "/", "2001", "06", "/", "11", "/", "2007", "7", ".", "11", ".", "2011", "24", "/", "08", "/", "2001", "04", ".", "5", ".", "2012", "13", ".", "3", ".", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "04", ".", "5", ".", "2012", "13", ".", "3", ".", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "30", ".", "05", ".", "97", "10", ".", "10", ".", "01", "24", ".", "06", ".", "05", "25", ".", "05", ".", "11", "25", ".", "05", ".", "11", "13 de junho de 2011", "16 de junho", "quinta", "21 de junho de 2011", "24", "/", "08", "/", "2001", "30", ".", "05", ".", "97", "10", ".", "10", ".", "01", "24", ".", "06", ".", "05", "25", ".", "05", ".", "11", "25", ".", "05", ".", "11", "13 de junho de 2011", "16 de junho", "quinta", "-", "feira", "21 de junho de 2011", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "18", ".", "9", ".", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "18", ".", "9", ".", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001" ] }
Ementa e Acórdão 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 582.487 ESPÍRITO SANTO RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) :MUNICIPIO DE LINHARES PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE LINHARES AGDO.(A/S) :BRENA ROCHA FELIX E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) :JAYME HENRIQUE R SANTOS E OUTRO(A/S) EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL. IMPOSSIBILIDADE DE DECRETO SUSPENDER A EFICÁCIA DE LEI. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a Presidência do Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, à unanimidade, em negar provimento ao agravo regimental no recurso extraordinário, nos termos do voto da Relatora. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Ministro Joaquim Barbosa. Brasília, 25 de setembro de 2012. Ministra CÁRMEN LÚCIA - Relatora Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2904277. Supremo Tribunal Federal DJe 10/10/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 6 Relatório 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 582.487 ESPÍRITO SANTO RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) :MUNICIPIO DE LINHARES PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE LINHARES AGDO.(A/S) :BRENA ROCHA FELIX E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) :JAYME HENRIQUE R SANTOS E OUTRO(A/S) R E L A T Ó R I O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA – (Relatora): 1. Em 29 de março de 2012, neguei seguimento ao recurso extraordinário interposto pelo Município de Linhares contra julgado do Tribunal de Justiça do Espírito Santo, o qual decidira que, “tendo sido o Projeto que permite o acesso da população ao ensino superior aprovado por meio de lei em sentido formal, a fim de se atender aos princípios da legalidade, da simetria, ou paralelismo das formas, imperioso que sua extinção também ocorra por meio de lei em sentido formal”. A decisão agravada teve a seguinte fundamentação: “4. Razão jurídica não assiste ao Recorrente. (…) 6. Ao julgar a Medida Cautelar na Ação Direta de Inconstitucionalidade n. 1.410/ES, Relator o Ministro Ilmar Galvão, o Plenário do Supremo Tribunal Federal decidiu: ‘(...) Relevância do fundamento segundo o qual falece competência ao Chefe do Poder Executivo para expedir decreto destinado a paralisar a eficácia de ato normativo hierarquicamente superior, como a lei. Medida cautelar deferida’ (DJ 1º.2.2002). Na mesma linha: AI 282.622/MT, Rel. Min. Cezar Peluso, decisão monocrática, DJ 29.10.2009. 7. Ademais, inadmissível o recurso extraordinário pela alínea c Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2904278. Supremo Tribunal Federal 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 582.487 ESPÍRITO SANTO RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) :MUNICIPIO DE LINHARES PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE LINHARES AGDO.(A/S) :BRENA ROCHA FELIX E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) :JAYME HENRIQUE R SANTOS E OUTRO(A/S) R E L A T Ó R I O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA – (Relatora): 1. Em 29 de março de 2012, neguei seguimento ao recurso extraordinário interposto pelo Município de Linhares contra julgado do Tribunal de Justiça do Espírito Santo, o qual decidira que, “tendo sido o Projeto que permite o acesso da população ao ensino superior aprovado por meio de lei em sentido formal, a fim de se atender aos princípios da legalidade, da simetria, ou paralelismo das formas, imperioso que sua extinção também ocorra por meio de lei em sentido formal”. A decisão agravada teve a seguinte fundamentação: “4. Razão jurídica não assiste ao Recorrente. (…) 6. Ao julgar a Medida Cautelar na Ação Direta de Inconstitucionalidade n. 1.410/ES, Relator o Ministro Ilmar Galvão, o Plenário do Supremo Tribunal Federal decidiu: ‘(...) Relevância do fundamento segundo o qual falece competência ao Chefe do Poder Executivo para expedir decreto destinado a paralisar a eficácia de ato normativo hierarquicamente superior, como a lei. Medida cautelar deferida’ (DJ 1º.2.2002). Na mesma linha: AI 282.622/MT, Rel. Min. Cezar Peluso, decisão monocrática, DJ 29.10.2009. 7. Ademais, inadmissível o recurso extraordinário pela alínea c Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2904278. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 6 Relatório RE 582.487 AGR / ES do inc. III do art. 102 da Constituição da República, pois o Tribunal de origem não julgou válida lei ou ato de governo local contestado em face da Constituição da República. Incide a Súmula 284 do Supremo Tribunal Federal. Confira-se o seguinte julgado: (...) (RE 148.355, Rel. Min. Moreira Alves, Primeira Turma, DJ 5.3.1993). 7. Pelo exposto, nego seguimento ao recurso extraordinário (art. 557, caput, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal)”. 2. Publicada essa decisão no DJe de 13.4.2012, interpõe o Município de Linhares, em 24.4.2012, tempestivamente, agravo regimental. 3. Afirma o Agravante que, “ao exame dos autos, verifica-se que se encontra clara e inequívoca a lesão ao texto constitucional, especialmente no que concerne ao artigo 37, caput, e artigo 211, §2ª, bem como que a decisão recorrida julgou válida lei ou ato contestado em face da Constituição Federal”. Ressalta que, “imbuído pelo princípio da autotutela, que se constitui no poder-dever da Administração Pública de controlar seus próprios atos, (...) suspendeu os efeitos da Lei 2.266/2001, que instituiu o Programa de financiamento estudantil, através da edição do Decreto Municipal nº 195/05 e na data de 01/08/2007 publicou a Lei 2.709 extinguindo em definitivo referido programa. Verifica-se, assim, que a suspensão do programa de financiamento estudantil está dentro da legalidade, pois visou resguardar o interesse coletivo em detrimento do interesse particular, em observância à Constituição”. Requer a reconsideração da decisão agravada ou o provimento do presente recurso. É o relatório. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2904278. Supremo Tribunal Federal RE 582.487 AGR / ES do inc. III do art. 102 da Constituição da República, pois o Tribunal de origem não julgou válida lei ou ato de governo local contestado em face da Constituição da República. Incide a Súmula 284 do Supremo Tribunal Federal. Confira-se o seguinte julgado: (...) (RE 148.355, Rel. Min. Moreira Alves, Primeira Turma, DJ 5.3.1993). 7. Pelo exposto, nego seguimento ao recurso extraordinário (art. 557, caput, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal)”. 2. Publicada essa decisão no DJe de 13.4.2012, interpõe o Município de Linhares, em 24.4.2012, tempestivamente, agravo regimental. 3. Afirma o Agravante que, “ao exame dos autos, verifica-se que se encontra clara e inequívoca a lesão ao texto constitucional, especialmente no que concerne ao artigo 37, caput, e artigo 211, §2ª, bem como que a decisão recorrida julgou válida lei ou ato contestado em face da Constituição Federal”. Ressalta que, “imbuído pelo princípio da autotutela, que se constitui no poder-dever da Administração Pública de controlar seus próprios atos, (...) suspendeu os efeitos da Lei 2.266/2001, que instituiu o Programa de financiamento estudantil, através da edição do Decreto Municipal nº 195/05 e na data de 01/08/2007 publicou a Lei 2.709 extinguindo em definitivo referido programa. Verifica-se, assim, que a suspensão do programa de financiamento estudantil está dentro da legalidade, pois visou resguardar o interesse coletivo em detrimento do interesse particular, em observância à Constituição”. Requer a reconsideração da decisão agravada ou o provimento do presente recurso. É o relatório. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2904278. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 6 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 582.487 ESPÍRITO SANTO V O T O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA – (Relatora): 1. Razão jurídica não assiste ao Agravante. 2. Na espécie vertente, o Tribunal de origem decidiu: “No caso presente, o que se nota é que uma Lei, regularmente formulada, teve seus efeitos revogados por meio de um Decreto, emanado pelo Chefe do Poder Executivo. Contudo, o supracitado princípio proíbe a revogação de uma Lei através de Decreto, só podendo ser revogada por outra Lei. (…). Desta maneira, pelo que consta dos autos, vejo que a Lei Municipal instituidora do programa educacional obedeceu, em sua elaboração, as normas referentes ao processo legislativo. Portanto, apenas poderia ocorrer sua retirada do mundo jurídico por meio de outra lei, de igual ou superior hierarquia, ou por meio da competente ação direta de inconstitucionalidade perante o Poder Judiciário”. 3. Como posto na decisão agravada, o Supremo Tribunal Federal assentou que é vedado ao Chefe do Poder Executivo expedir decreto a fim de suspender a eficácia de ato normativo hierarquicamente superior. Nesse sentido: “AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. DECRETO Nº 6.618-E, DE 05.12.95, DO GOVERNADOR DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO. Ato pelo qual restou suspenso, pelo prazo de 120 dias, o pagamento de acréscimos pecuniários devidos aos servidores estaduais, decorrentes de concessão de vantagens e benefícios funcionais. Relevância do fundamento segundo o qual falece competência ao Chefe do Poder Executivo para expedir decreto destinado a paralisar a eficácia de ato normativo Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2904279. Supremo Tribunal Federal 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 582.487 ESPÍRITO SANTO V O T O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA – (Relatora): 1. Razão jurídica não assiste ao Agravante. 2. Na espécie vertente, o Tribunal de origem decidiu: “No caso presente, o que se nota é que uma Lei, regularmente formulada, teve seus efeitos revogados por meio de um Decreto, emanado pelo Chefe do Poder Executivo. Contudo, o supracitado princípio proíbe a revogação de uma Lei através de Decreto, só podendo ser revogada por outra Lei. (…). Desta maneira, pelo que consta dos autos, vejo que a Lei Municipal instituidora do programa educacional obedeceu, em sua elaboração, as normas referentes ao processo legislativo. Portanto, apenas poderia ocorrer sua retirada do mundo jurídico por meio de outra lei, de igual ou superior hierarquia, ou por meio da competente ação direta de inconstitucionalidade perante o Poder Judiciário”. 3. Como posto na decisão agravada, o Supremo Tribunal Federal assentou que é vedado ao Chefe do Poder Executivo expedir decreto a fim de suspender a eficácia de ato normativo hierarquicamente superior. Nesse sentido: “AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. DECRETO Nº 6.618-E, DE 05.12.95, DO GOVERNADOR DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO. Ato pelo qual restou suspenso, pelo prazo de 120 dias, o pagamento de acréscimos pecuniários devidos aos servidores estaduais, decorrentes de concessão de vantagens e benefícios funcionais. Relevância do fundamento segundo o qual falece competência ao Chefe do Poder Executivo para expedir decreto destinado a paralisar a eficácia de ato normativo Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2904279. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 6 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA RE 582.487 AGR / ES hierarquicamente superior, como a lei. Medida cautelar deferida” (ADI 1.410-MC, Rel. Min. Ilmar Galvão, Plenário, DJ 1º.2.2002). “Agravo regimental em agravo de instrumento. 2. Decretos 463/95 e 464/95 do Estado de Mato Grosso. 3. Possibilidade de realização, pelo tribunal estadual, do controle de constitucionalidade de decretos que determinam a suspensão de lei complementar e a introdução de inovações legislativas, em extrapolação da função regulamentar. 4. Ausência de fundamentos suficientes para infirmar a decisão agravada. 5. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI 282.622-AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJe 5.4.2011). Dessa orientação não divergiu o acórdão recorrido. 4. Os argumentos do Agravante, insuficientes para modificar a decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente prestação jurisdicional. 5. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2904279. Supremo Tribunal Federal RE 582.487 AGR / ES hierarquicamente superior, como a lei. Medida cautelar deferida” (ADI 1.410-MC, Rel. Min. Ilmar Galvão, Plenário, DJ 1º.2.2002). “Agravo regimental em agravo de instrumento. 2. Decretos 463/95 e 464/95 do Estado de Mato Grosso. 3. Possibilidade de realização, pelo tribunal estadual, do controle de constitucionalidade de decretos que determinam a suspensão de lei complementar e a introdução de inovações legislativas, em extrapolação da função regulamentar. 4. Ausência de fundamentos suficientes para infirmar a decisão agravada. 5. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI 282.622-AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJe 5.4.2011). Dessa orientação não divergiu o acórdão recorrido. 4. Os argumentos do Agravante, insuficientes para modificar a decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente prestação jurisdicional. 5. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2904279. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 6 Decisão de Julgamento SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 582.487 PROCED. : ESPÍRITO SANTO RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) : MUNICIPIO DE LINHARES PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE LINHARES AGDO.(A/S) : BRENA ROCHA FELIX E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) : JAYME HENRIQUE R SANTOS E OUTRO(A/S) Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 25.09.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Subprocurador-Geral da República, Dr. Francisco de Assis Vieira Sanseverino. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2885358 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 582.487 PROCED. : ESPÍRITO SANTO RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) : MUNICIPIO DE LINHARES PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE LINHARES AGDO.(A/S) : BRENA ROCHA FELIX E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) : JAYME HENRIQUE R SANTOS E OUTRO(A/S) Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 25.09.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Subprocurador-Geral da República, Dr. Francisco de Assis Vieira Sanseverino. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2885358 Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 6
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=2914882
2012-09-25T00:00:00
2012-10-10T00:00:00
A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 25.09.2012.
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO
EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL. IMPOSSIBILIDADE DE DECRETO SUSPENDER A EFICÁCIA DE LEI. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.
sjur216403
- Acórdãos citados: ADI 1410 MC - Tribunal Pleno, AI 282622 AgR. Número de páginas: 6. Análise: 23/10/2012, MLM.
CÁRMEN LÚCIA
Segunda Turma
582487
null
RE-AgR
acordaos
RE 582487 AgR
[ "" ]
AGTE.(S) : MUNICIPIO DE LINHARES PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE LINHARES AGDO.(A/S) : BRENA ROCHA FELIX E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) : JAYME HENRIQUE R SANTOS E OUTRO(A/S)
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